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Universidade
Estadual de Londrina
CENTRO DE EDUCAÇÃO FÍSICA E ESPORTE
CURSO DE BACHARELADO EM EDUCAÇÃO FÍSICA
TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO
ANÁLISE DOS GOLPES EFETIVOS DE KARATÊ DA CATEGORIA SUB-21 NA COMPETIÇÃO USA OPEN
2011
Alberto Mitsuo Nishimura
LONDRINA – PARANÁ
2010
i
DEDICATÓRIA
A Deus, por ser extremamente paciente e piedoso comigo...
Aos meus pais que foram companheiros em todas as horas...
ii
AGRADECIMENTOS
Ao Prof. Esp. Orientador Marcelo Seiji Missaka, pelo seu apoio e paciência.
Ao meu Sensei Marcelo Oguido, mais do que uma figura de professor, verdadeiro
amigo/irmão, alguém em que sempre me espelhei como pessoa e atleta.
Aos meus amigos da família Karatê Oguido, que sempre me deram forças.
A minha namorada Carolina Kodera, sempre presente me incentivando e auxiliando
em todos os momentos, uma verdadeira companheira.
Aos professores, que contribuíram com valiosas informações, e nos proporcionaram
momentos de sabedoria onde adquirimos grandes conhecimentos.
Aos Professores Ronaldo José Nascimento e Marcio Teixeira que fizeram parte da
comissão examinadora, auxiliando-me no aperfeiçoamento deste trabalho.
iii
EPÍGRAFE
“Os guerreiros vitoriosos vencem antes de ir
à guerra, ao passo que os derrotados
vão à guerra e só então procuram a vitória.”
SUN TZU
iv
NISHIMURA, Alberto Mitsuo. ANÁLISE DOS GOLPES EFETIVOS DE KARATÊ DA CATEGORIA SUB-21 NA COMPETIÇÃO USA OPEN 2011. Trabalho de Conclusão de Curso. Curso de Bacharelado em Educação Física. Centro de Educação Física e Esporte. Universidade Estadual de Londrina, 2011.
RESUMO
O karatê é uma arte marcial japonesa desenvolvida por camponeses para defesa
pessoal. O karatê esportivo atravessa grande fase de evoluções e adaptações. Em
muitos esportes várias ajudas tecnológicas ou instrumentos são utilizados para o
aperfeiçoamento técnico/tático. O presente estudo teve como objetivo analisar os
diferentes golpes efetivos na competição. A coleta de dados foi realizada no torneio
internacional em Las Vegas – Nevada nos Estados Unidos da América. Campeonato
USA Open Karatê 2011. A amostra foi constituída por 23 atletas do sexo masculino,
categoria Sub21 até 78kg. Foram analisadas 27 lutas, sendo utilizada a Estatística
Descritiva. Os resultados encontrados no presente estudo foram: golpes de socos
mais efetivos (81,10%), golpes de perna na altura de tronco (7,87%) e chutes na
cabeça (7,07%). O golpe mais efetivo foi o Gyaku-Zuki Chudan (23,62%), por ser um
golpe veloz, forte e preciso. E com base neste estudo podem-se analisar os
diferentes golpes ocorridos e mais Freqüentes, auxiliando atletas, professores e
técnicos na montagem de treinamentos dando ênfase nos golpes mais utilizados.
Palavras chaves: Karatê; Gyaku-Zuki Chudan, Estatística Descritiva.
v
ABSTRACT
Karate is a Japanese martial arts developed by farmers for self defense. Sport Karate through major stage of development and change. In many sports various technological aids or tools are used to improve technical / tactical. This study aimed to analyze the different effective attacks on the competition. Collecting of data was performed at international tournament in Las Vegas - Nevada United States of America. USA Open Karate Championship 2011. The sample consisted of 23 male athletes, up to 78kg category U21. We analyzed 27 fights, used Descriptive Statistics. The results of this study were: hitting punching more effective (81.10%), blows leg at the trunk (7.87%) and kicks to the head (7.07%). The coup was the most effective Gyaku-Zuki Chudan (23.62%), being a scam fast, strong and accurate. And based on this study can be analyzed and the different strokes occurred more often assisted athletes, teachers and coach in setting training with emphasis on attacks more used. Key Words: Karate; Scout; Descriptive Statistics.
vi
LISTA DE TABELAS
Quadro 1 - Categorias de peso...................................................................... 13
Quadro 2 - Categorias de peso...................................................................... 13
Tabela 1 - Freqüência dos Golpes Absolutos, Percentual e Média.............. 23
vii
LISTA DE FIGURAS
Figura 1 - Área de competição..................................................................... 12
viii
SUMÁRIO
RESUMO V
ABSTRACT VI
LISTA DE TABELAS VII
LISTA DE FIGURAS VIII
1. INTRODUÇÃO........................................................................................... 01
1.1 Objetivos.................................................................................................... 02
1.1.1 Objetivo Geral............................................................................................ 02
1.1.2 Objetivos Específicos................................................................................. 02
2. REVISÃO DE LITERATURA...................................................................... 03
2.1 A História do Karatê................................................................................... 03
2.2 A prática do Karatê.................................................................................... 06
2.3 Desenvolvimento Esportivo do Karatê....................................................... 07
2.4 Shiai Kumite............................................................................................... 08
2.5 Área de Competição do Shiai-Kumite........................................................ 10
2.6 Equipamentos Oficiais............................................................................... 11
2.7 Organização da Competição..................................................................... 11
2.8 Classificação dos Pesos............................................................................ 12
2.9 Duração dos Combates............................................................................. 13
ix
2.10 Pontuações ............................................................................................... 14
2.11 Comportamentos Proibidos........................................................................ 15
2.12 Tipos de Penalizações............................................................................... 16
2.13 Táticas e Estratégias.................................................................................. 16
2.14 Características de Atletas de Shiai-Kumite................................................ 18
3. METODOLOGIA........................................................................................ 19
3.1 Tipo de Pesquisa....................................................................................... 19
3.2 População e Amostras............................................................................... 19
3.3 Instrumentos de Pesquisa......................................................................... 19
3.4 Coleta de Dados........................................................................................ 20
3.5 Lutas e Golpes........................................................................................... 20
4. RESULTADOS........................................................................................... 21
5. DISCUSSÃO.............................................................................................. 23
6. CONCLUSÃO ........................................................................................... 25
7. REFERÊNCIAS.......................................................................................... 26
1. INTRODUÇÃO
O Karatê é uma arte marcial japonesa que foi desenvolvida por camponeses
para defesa pessoal sem a utilização de armas. No decorrer dos anos e seu
desenvolvimento também ganhou um caráter competitivo. O Karatê de competição é
um jogo que exige percepção do momento exato de realizar uma ação (ataque ou
defesa), velocidade, técnica, estratégia e controle. Com isso o atleta desta
modalidade depende de muitos fatores para o sucesso esportivo.
O Karatê esportivo atravessa uma grande fase de evoluções e adaptações,
desenvolvendo-se na parte física, tática, técnica e psicológica. As alterações
constantes nas regras é um elemento que torna a modalidade em níveis de
performance mais elevada e competitiva. Em muitos esportes várias ajudas
tecnológicas ou instrumentos são utilizados para o aperfeiçoamento.
Realizar qualquer tipo de analise da atividade competitiva, atualmente, no
esporte é fundamental para auxiliar no desempenho. E para se fazer qualquer tipo
de analise é necessário a utilização da estatística.
A estatística no esporte faz com que atletas e técnicos busquem um
constante aperfeiçoamento. Assim, a estatística esta cada vez mais presente nas
modalidades esportivas.
IEMMA (1992) descreve que a estatística conquistou o “status” de ciência
com aplicabilidade em praticamente todas as áreas do saber. Pode-se mesmo dizer
que, a menos de estudos de casos e correlatos, atualmente, dificilmente se pode
fazer pesquisa com bases cientificas sem o respaldo fornecido pela estatística.
Um dos objetivos desse tipo de observação é dar aos técnicos e atletas
informações sobre o jogo de maneira que sejam identificadas qualidades e
deficiências e que os desempenhos subseqüentes possam ser melhorados (De
Rose Junior et al 2002).
Este estudo propõe analisar os diferentes golpes efetivos utilizados pelos
atletas de Kumitê (luta) em competição de Karatê, ocorrido na cidade de Las Vegas,
Nevada nos Estados Unidos da América na competição USA Open 2011, categoria
Junior Olympics 18-20 anos até 78 quilos, tendo em vista auxiliar atletas,
professores e técnicos na montagem de treinamentos específicos.
2
O estudo se baseia no scout, que tem como objetivo identificar e analisar as
situações ocorridas na lutas tanto no âmbito da parte técnica, quanto na
compreensão e solução da parte tática.
A identificação por meio da utilização do scout dos pontos fortes e pontos
fracos de atleta facilitarão muitíssimo a individualização do treinamento desportivo.
Os pontos fortes deverão ser cada vez mais potencializados para que possa haver
um melhor aproveitamento deles durante o desempenho, enquanto que os pontos
fracos deverão ser corrigidos, melhorados, ou então neutralizados (Bertasso de
Araujo et al, 2010).
Existem poucos estudos desenvolvidos sobre o karatê esportivo e os fatores
relevantes para o sucesso de um atleta. Com uma metodologia que contemple
aspectos técnicos, físicos, táticos, psicológicos.
A importância da realização deste estudo está relacionada às contribuições
que os resultados obtidos nas lutas, poderão contribuir na preparação e formação de
atletas desta modalidade.
`
1.1 OBJETIVOS
1.1.1 OBJETIVO GERAL
Analisar os diferentes golpes efetivos de karatê utilizado por atletas de shiai-
kumite (luta) em competição.
1.1.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Identificar os diferentes golpes de karatê.
Definir os golpes mais utilizados pelos atletas de kumite.
3
2. REVISÃO DE LITERATURA 2.1 A HISTÓRIA DO KARATÊ
O Karatê nos tempos atuais é reconhecido sob o aspecto de modalidade
esportiva, as suas origens e toda trajetória foram de fundamental importância para
determinar as principais características como arte marcial. Desde o período que foi
desenvolvido como defesa pessoal de camponeses japoneses, passando a prática
filosófica, tornando-se referência como atividade saudável a seu praticante até o seu
desenvolvimento como esporte competitivo.
A necessidade de defender-se para sobreviver fez com que o homem
desenvolvesse diversos métodos de Luta, em diferentes épocas e regiões do mundo
(VIANNA, 2009). Esse mesmo autor complementa que em um momento e uma
região, em especial, marcaram historicamente as artes marciais, quando em meados
do século V, o monge indiano Bodhidarma, chegou a um mosteiro budista na China e
nele desenvolveu um método de condicionamento físico com técnicas de luta sem
armas. Com o objetivo de manutenção da saúde e a auto defesa em que, através de
exercícios penosos, pretendiam fortalecer o corpo e a mente, essas técnicas foram
difundidas pelo território chinês.
Com o tempo essas técnicas de Luta desarmada percorreram terras além do
território chinês chegando a outros povos e culturas, onde foram adaptada a
necessidade da população local.
Ao leste do território chinês e ao sul do Japão encontra-se uma ilha chamada
Okinawa, a maior ilha da cadeia Ryu-Kyu, de acordo com Nakayama (1987) esta ilha
situa-se entre esses dois países, por isso aconteciam muitos intercâmbios comerciais
e culturais, mas na época Okinawa pertencia à China, isso facilitou a introdução das
técnicas de Lutas chinesas. Este mesmo autor explica que ao final da dinastia Ming,
Okinawa passou ao domínio japonês, com a intenção de evitar a reação do povo
nativo, proibiu o uso de armas, e assim sob pressão militar, a população desenvolveu
nos utensílios de uso cotidiano e no próprio corpo meios de defesa, transformando
esses utensílios e o corpo em armas.
Nesta época como única forma de defesa dos habitantes da ilha de Okinawa,
as artes marciais não podiam ser reveladas a qualquer estranho, assim poucos
registros a respeito desta Luta foram realizados, portanto toda a informação existente
4
hoje sobre o seu passado histórico foi transmitida oralmente (FUNAKOSHI, 1994
apud VIANNA, 1996). Os treinamentos eram secretos e os alunos escolhidos, cada
mestre desenvolvia técnicas segundo as suas características físicas e mentais, as
características dos seus alunos e das suas zonas de influência, nesta época essas
lutas já se destacavam em diferentes regiões da ilha, a vertente mais conhecida era
denominada Okinawa-te, que mais tarde após algumas mudanças foi denominado
como Karatê-Dô (VIANNA, 1996).
Após treinar com diferentes mestres de Okinawa, Gichin Funakoshi
considerado como pai do Karatê-Dô moderno desenvolveu o estilo Shotokan,
fundamentando-o nos princípios filosóficos do Budô e do Zen budismo, objetivando a
evolução do espírito e do corpo conjuntamente e o desenvolvimento da
autoconfiança, da autodisciplina, do autocontrole e da realização (FUNAKOSHI, 1989
apud VIANNA 1996). Funakoshi modificou o Karatê literal e filosoficamente de “Mãos
Chinesas” para “Mãos Vazias”, em que KARA (vazio) e TE (mão) passaram a ter a
conotação de defender-se desarmado e ter a mente livre do egoísmo e da maldade,
DO (caminho) significa que esta arte marcial passou a representar a busca de um
caminho ou disciplina a ser seguida por toda a vida, na construção da personalidade
dos seus praticantes, fossem novos ou velhos, doentes ou saudáveis (NAKAYAMA,
1987). Com isso explica-se o significado literal de Karatê-Dô como “Caminho das
mãos vazias”.
Para Funakoshi (1989, apud Vianna, 1996) a intenção do Karatê-Dô é formar o
indivíduo cortes nos relacionamentos sociais, porém corajoso e determinado nas
situações de injustiça, capaz de enfrentar milhões de adversários.
De acordo com Santos (2008) o ensino do Karatê tinha um objetivo militarista,
sendo encarado como uma forma de cultivar uma força de vontade marcial, que ao
ser ensinado desde cedo às crianças poderia ser-lhes úteis na sua formação pessoal
e militar, assim foram cultivadas rotinas como o alinhamento tipo militar, resposta em
voz alta ao professor, saudação ao local de prática e saudação no início e fim da
sessão. O mesmo autor explica que este é o estereótipo da aula de Karatê que ainda
hoje é preconizado em grande parte dos dojos.
Para o Karatê chegar ao Japão foi decisivo a “emigração” de um dos principais
mestres dessa arte de Okinawa, Gichin Funakoshi que após seu sucesso, outros
grandes mestres de Okinawa partiram da ilha para divulgar suas técnicas pelo
território japonês como Mabuni e Miyagi (SANTOS, 2008). A este respeito à fusão do
5
Karatê com a concepção japonesa de arte marcial, deu origem aos estilos principais
conhecidos hoje como: Shotokan, Shito-ryu, Goju-ryu, Wado-ryu e Shorin-Ryu
(OKINAWA, 1985 apud VIANNA, 1996).
Em suas pesquisas Figueiredo (2006 apud SANTOS, 2008) explica que em
1924, Funakoshi estabeleceu o modelo padrão de graduações de nível de prática.
Também durante o decorrer deste ano ocorreu outro passo significativo para o
desenvolvimento futuro da modalidade, ao ser criado o primeiro dojo universitário que
permitiu formar instrutores de Karatê com níveis acadêmicos superiores e projetar
uma imagem positiva da modalidade, até 1935, surgiram mais de três dezenas de
dojos espalhados por escolas secundárias, institutos e até, associações de negócios
(COOK, 2001 apud SANTOS, 2008).
No período da II Guerra Mundial, os soldados e a população japonesa foram
treinados por mestres de artes marciais para resistirem ao ataque aliado, tal fato
determinou o surgimento de vários estilos (VIANNA, 1996). Com isso foi despertado o
interesse dos aliados, a incrível capacidade dos pequenos japoneses em se
defenderem sem armas (SILVARES, 1987 apud VIANNA, 1996).
De acordo com Vianna (1996) após a guerra, a imigração dos japoneses e o
interesse das tropas de ocupação em adquirirem as técnicas, foram os responsáveis
pelo início da difusão do Karatê pelo mundo. Santos (2008) acrescenta que o
momento pós-guerra foi ideal para o surgimento de novas metodologias e novas
formas de estar nesta arte marcial, também foram adicionadas novas influências
ocidentais, repletas de novas estratégias de ensino, e de um modelo de formação
estruturado e institucionalizado.
Os militares americanos entraram em contato com o Karatê, no Japão, ao
regressarem à sua pátria os americanos divulgaram suas aprendizagens em relação
a esta arte marcial oriental (SANTOS, 2008).
Algumas situações foram de fundamental importância para o desenvolvimento
dessa arte marcial como sua prática de defesa pessoal ainda secreta em Okinawa,
mais tarde sendo levado ao território japonês onde se desenvolveu e inovou-se junto
aos movimentos universitários e, após a II Guerra Mundial foi difundido
mundialmente, é importante ressaltar que na atualidade esta prática procura um
equilíbrio entre permanecer atrativa na sociedade atual sem perder suas tradições.
6
Nakayama (1987) destaca que no Japão esta luta desenvolveu-se não apenas
como uma defesa pessoal, mas também como uma filosofia de vida, em virtude de
seus grandes mestres se tornou uma arte marcial mundialmente conhecida.
Em relação ao Karatê no Brasil, existem estudos como de Silvares (1987 apud
VIANNA, 1996), que apontam Yasutaka Tanaka e Sadame Uriu como responsáveis
pela introdução oficial do Karatê no país, na cidade do Rio de janeiro. Outros estudos
apontam como primeiro mestre a introduzir o Karatê oficialmente no país foi o mestre
Mitsuke Harada em São Paulo, Yoshihide Shinzato(SP) seguindo-se de Juichi Sagara
(SP), Yasutaka Tanaka e Sadame Uriu (RJ), Higashionna (DF) e Eisuku Oishi (BA)
(MANUAL DO KARATÊ, 1991 apud VIANNA, 1996).
Considerando os processos históricos envolvendo esta arte marcial e sua
disseminação ao redor do mundo, em conseqüência do trabalho de muitos mestres,
na atualidade a entidade de organização mundial a WKF (World Karatê Federation)
constitui-se de 181 países filiados, e mais de 55 milhões de praticantes em todo o
mundo (CBK, 2007).
2.2 A PRÁTICA DO KARATÊ
A prática do Karatê divide-se principalmente em três treinamentos principais:
Kihon (fundamentos), Kata (forma ou padrão) e Kumite (luta propriamente dita).
A prática do Kihon constituí no treinamento dos fundamentos, de acordo com
as técnicas básicas fundamentais de cada estilo (Santos, 2008). O Kata pode ser
definido como uma espécie de luta contra vários inimigos imaginários e expressa
seqüências fixas de movimentos (NAKAYAMA, 1987). As técnicas que compõe o Kata
foram passadas de geração em geração, de professor para aluno, sendo considerada
a principal forma de manutenção das tradições do Karatê, para uma boa execução de
um Kata é necessário o uso correto das técnicas, a aplicação ideal da força, controle
da respiração e de várias habilidades coordenativas (FILHO et al., 2009). Atualmente
somente os Kata de quatro estilos são reconhecidos pela WKF, que são: Goju-ryu,
Shito-ryu, Shotokan e Wado-ryu (WKF, 2010).
Kumite é a luta propriamente dita, Neves (2009) acrescenta que durante
aplicação das diferentes técnicas é proibido tocar no alvo, o que leva à interrupção
das técnicas antes de atingir o ponto vital do oponente. Em sua forma mais básica é
combinada (com movimentos predeterminados) entre os lutadores para,
7
posteriormente, alcançar o jyu kumite (combate livre ou sem regras). Para isso a
necessidade do conhecimento de três alturas básicas na execução destes Kumites:
Jodan (nível superior: área da cabeça, rosto e pescoço) Chudan (nível médio: área
do tórax, abdome, costas e laterais do tronco) e Gedan (região inferior do corpo)
(NAKAYAMA, 1966).
Em suas pesquisas Nakayama (1977 apud NEVES, 2009) divide o Kumite em
cinco partes: Gohon Kumite consiste em uma forma de combate predefinido é
executado com cinco passos, onde Uke (defensor) bloqueia os primeiros ataques e
contra-ataca no último, considera a posição, a estabilidade, a potência; a fase
seguinte é o Sanbon Kumite, com três passos ou três ataques, neste tipo de kumite
inclui-se um ritmo diferente na ação dos ataques, onde Uke tem que adaptar-se a
Tori (atacante), no final dos três passos Uke executa um contra-ataque; Ippon Kumite
(forma de combate predefinida) realiza-se sobre a condição de um só passo, onde
Tori ataca a Uke e este se defende e contra-ataca com uma técnica considerada
decisiva; Jyu Ippon Kumite (forma de combate semi-livre) esta fase é semelhante à
anterior, porém de mais livre, sem conhecimento prévio da técnica de ataque nem em
que parte do corpo será dirigida; Jyu Kumite (combate livre) nesta fase pode ser
explicada como um vale tudo, desde técnicas de todo tipo tanto braços como de
pernas, até luxações, projeções, estrangulamentos e muitas outras técnicas
(ESTIVALES, 2008). O combate desportivo ou combate com regras, é denominada
como Shiai-kumite (NAKAYAMA, 1987).
2.3 DESENVOLVIMENTO ESPORTIVO DO KARATÊ
O Karatê esportivo se divide em duas modalidades o Kata e o Shiai-Kumite
(combate com regras), entretanto este estudo a atenção estará focalizada ao Shiai-
Kumite, buscando analisar os golpes aplicados e efetivos nas lutas de determinada
competição. Assim, o Kata pode ser utilizado como uma ferramenta relevante no
processo de desenvolvimento desses atletas.
Cook (2003, apud SANTOS, 2008) afirma que Nakayama propôs em 1956 as
primeiras regras de competição de Karatê. Com isso, nos anos 50 as universidades
no Japão começaram a promover competições de Karatê. O 1° Campeonato Mundial
de Karatê foi realizado em 1970 na cidade de Tóquio, Japão, com a participação de
33 países e, desde então, cada campeonato mundial tem sido promovido de dois em
8
dois anos. Em 2002, o 16° Campeonato Mundial realizado em Madri/Espanha teve a
participação de 84 países (CBK, 2004).
Devido popularidade global do Karatê como esporte, a formação de uma
federação internacional de Karatê tornou-se necessária. Em 1970, a União Mundial
das Organizações de Karatê (WUKO) foi criada. No ano de 1985, a WUKO foi
oficialmente reconhecida pelo Comitê Olímpico Internacional (COI). Em 1993, na
Argélia, para adaptar-se às regras do Comitê Olímpico Internacional, a Federação
Mundial de Karatê (FMK), também conhecida como World Karatê Federation (WKF),
absorveu a antiga WUKO, fato este que trouxe um desenvolvimento direcionado à
promoção do Karatê mundial. Em 1999 o COI em sua 109° sessão (Seul), certificado
do COI confirmou o reconhecimento em caráter definitivo da FMK/WKF, de acordo
com o artigo 29 da carta Olímpica, como a federação mundial dirigente da
modalidade Karatê (CBK, 2004). No Brasil a entidade nacional de administração
desta modalidade é a Confederação Brasileira de Karatê – CBK (representante de 26
federações estaduais), que está filiada a WKF e vinculada ao Comitê Olímpico
Brasileiro – COB (CBK, 2004).
No entanto, ao longo dos anos sugiram divergências nos aspectos mundiais,
nacionais e estaduais, desta maneira sugiram outras entidades relacionadas à prática
do Karatê, com seus próprios regulamentos e circuitos de competição (TESTA,
2007). Dificultando assim o pleito de uma vaga nos Jogos Olímpicos para o Karatê,
apesar de já ser considerado esporte olímpico, participando efetivamente do circuito
promovido pelo Comitê Olímpico Internacional, como os Jogos Pan-Americanos, os
Sul-Americanos, os Asiáticos e os Europeus (FERREIRA, 2006).
2.4 SHIAI-KUMITE
O Karatê de competição é o jogo de reflexos que exige “timing”, velocidade,
técnica, estratégia, camaradagem e controle, onde prevalece honra, lealdade e senso
de compromisso. Durante os combates, todos os golpes, embora fortemente
focalizados, devem ser controlados precisamente antes do contato. Embora seja
muito excitante de assistir, o campeonato de Karatê é considerado, pela maioria dos
mestres, como um degrau e não como o objetivo principal no desenvolvimento do
karateca (CBK, 2004).
9
De acordo com WKF (2010) o kumite consiste em uma forma livre contra um
adversário, os confrontos são caracterizados por 3 minutos de atividade de alta
intensidade envolvendo chutes, socos e rápidos deslocamentos horizontais, um dos
principais critérios para a pontuação em uma competição esportiva de karatê é a
aplicação vigorosa de chutes e socos.
Para Mori et al., (2002 apud BRITO et al., 2006), a luta na modalidade Karatê
requer reações rápidas, para que o lutador não seja acuado pelo adversário, além de
exigir alta capacidade de velocidade e força para golpear o oponente, muitas vezes o
nível técnico dos lutadores se equivalem, fazendo com que uma competição seja
definida por detalhes.
Outra definição utilizada caracteriza o Kumite esportivo como sendo um tipo de
confronto entre duas pessoas com oposição direta e contato físico controlado, na sua
estrutura funcional encontra movimentos acíclicos de luta, como deslocamentos,
rotações, saltos e varrimentos que se constituem como movimentos técnicos e táticos
preparatórios para ações ofensivas de membros inferiores e superiores diretos,
circulares, bloqueios, derivações, esquivas, entre outros (FIGUEIREDO, 1994 apud
SANTOS, 2008).
Neste contexto Nunan (2006 apud SANTOS, 2008) explica que esta luta
resulta de algumas ações realizadas a baixa intensidade (deslocamentos à frente, à
retaguarda e laterais e os constantes “mini-saltitares” que o atleta realiza) em
conjunto com a execução de técnicas ofensivas ou defensivas de curta duração, mas
de máxima intensidade o que resulta em uma atividade de alta-intensidade
intermitente. Estas seqüências de movimentos são interrompidas sempre que um
atleta pontue, cometa uma infração ou após uma ação ou série de ações o árbitro
considere importante parar o combate e trazer os atletas para o centro do tatame
(VOLTARELLI et al., 2009).
Roschel et al., (2009) acrescenta que todas as ações são realizadas sem
cargas externas e, geralmente, o mais rápido e poderoso possível, as características
únicas das ações motoras no Shiai-Kumite exigem uma avaliação da força que pode
ser capaz de classificar atletas em diferentes níveis competitivos.
Alguns esportes de lutas apresentam características semelhantes ao Karatê,
como no judô: também a divisão das categorias por peso fazendo com que as
características dos atletas sejam diferentes em cada uma delas; embora exista a
necessidade de avaliar a condição física dos indivíduos, os aspectos técnico-táticos
10
deverão fazer parte de uma avaliação após um período de aprendizado da
modalidade; os aspectos psicológicos devem ser considerados, tanto em relação à
aderência ao treinamento como para enfrentar a situação competitiva (FRANCHINI,
2001).
2.5 ÁREA DE COMPETIÇÃO DO SHIAI-KUMITE
A área de competição é formada por peças de tatames aprovados pela WKF,
onde deve ser um quadrado medindo 8 x 8 metros, com uma área adicional de dois
metros em todo o perímetro como zona de segurança, nas categorias Infantis “B” e
“A” (10 e 11/ 12 e 13 anos) a área de competição é menor de 6 x 6 metros. A área de
um metro de largura antes da linha limite da área de competição deverá ser de uma
cor diferente do resto da área de competição (WKF, 2010).
Segue abaixo a figura 1 ilustrando a área de competição de Shiai-Kumite:
Fonte: World Karate Federation (WKF 2010, p. 46).
11
2.6 EQUIPAMENTOS OFICIAIS
Os competidores devem usar um Karate-gi branco, o emblema ou bandeira do
país deve colocar-se na parte esquerda do peito. Um competidor utilizará a faixa
vermelha (Aka) e o outro a faixa azul (Ao) na cintura (WKF, 2010).
De acordo com o regulamento da WKF (2010) os equipamentos de proteção,
são obrigatórios os seguintes: Luvas; protetores de tíbia (caneleiras); protetores de
pé, os itens citados anteriormente o atleta deverá ter um par nas cores vermelha e
azul; protetor bucal; protetor de peito feminino; coquilha (optativa). Para os juvenis
(cadetes) além dos protetores já citados será obrigatória a utilização da nova
máscara facial e o protetor de tórax. Todos os equipamentos de proteção devem ser
homologados pela WKF.
2.7 ORGANIZAÇÃO DA COMPETIÇÃO
De acordo com a WKF (2010) as competições de Kumite podem ser divididas
em individual e por equipes. A também a divisão de categorias por idade, a nível
mundial a categorias de idade são: Juvenil (14 e 15 anos), Júnior (16 e 17 anos),
Sub-21 (18,19 e 20 anos) e Sênior (acima de 18 anos). Em âmbito nacional além das
divisões já citadas, a também a divisão Infantil “A” (10 e 11 anos) e também infantil
“B” (12 e 13 anos) (CBK, 2010).
O combate individual pode ser subdividido em categorias de peso. Nas
competições por equipe, cada equipe deve ter um número impar de competidores, as
equipes masculinas se compõe de sete membros, dos quais competirão cinco em
cada eliminatória, as equipes femininas serão compostas de quatro membros, quais
competirão três em cada eliminatória. Todos os atletas são membros da equipe, não
existem reservas fixas. Antes de cada eliminatória, um representante de cada equipe
apresentará à mesa oficial um formulário oficial definindo os nomes e a ordem de
combate dos membros competidores da equipe. Os participantes selecionados entre
os sete atletas da equipe, e a ordem de combate poderão ser trocados em cada
rodada, porém uma vez comunicado não se poderá trocar até que a rodada esteja
completa (WKF, 2010).
12
2.8 CLASSIFICAÇÕES DOS PESOS
Em competições de lutas no Karatê os atletas são divididos por categorias de
pesos, diferentes em cada divisão por idade e entre masculino e feminino. Os pesos
masculinos e femininos das categorias Infantil “B” e “A” seguem descritos no quadro
02, e nas categorias masculinas e femininas Juvenil, Júnior, Sub-21 e Sênior no
quadro 03, que seguem abaixo:
Quadro 01 – Categorias de peso.
Fonte: CBK (2010, p. 4).
Quadro 02 – Categorias de peso Fonte: WKF (2010, p. 48).
Graças às divisões de peso algumas considerações em relação à redução de
peso realizada por atletas nesta modalidade são importantes.
As modalidades de lutas incluindo o karatê têm por principal motivo para
redução de peso a classificação na categoria competitiva, com o objetivo de obter o
peso mínimo com manutenção do rendimento máximo (FOGELHOLM, 1994 apud
Infantil “B” – Masculino e feminino (10 e 11 anos)
Categorias de Peso - 30 Kg. - 35 Kg. - 40 Kg. - 45 Kg. - 50 Kg. + 50 Kg
Infantil “A” (12 e 13 anos)
Categorias Femininas - 35 Kg. - 40 Kg. - 45 Kg. + 45 Kg.
Categorias Masculinas - 35 Kg. - 40 Kg. - 45 Kg. - 50 Kg. + 50 Kg.
Kumite individual Masculino
Juvenil (14 e 15 anos) - 52 kg. -57 kg. -63 kg - 70 kg. + 70 Kg.
Junior (16 e 17 anos) - 55 Kg. - 61 Kg. - 68 Kg. - 76 Kg. + 76 Kg.
Sub-21 (18, 19 e 20 anos) - 68 Kg. - 78 Kg. + 78 Kg.
Sênior (acima de 18 anos) - 60 Kg. - 67 Kg. - 75 Kg. - 84 Kg. + 84 Kg.
Kumite individual Feminino
Juvenil (14 e 15 anos) - 47 kg. - 54 kg. + 54 kg
Junior (16 e 17 anos) - 48 Kg. - 53 Kg. - 59 Kg. + 59 Kg.
Sub-21 (18, 19 e 20 anos) - 53 Kg. - 60 Kg. + 60 Kg.
Sênior (acima de 18 anos) - 50 Kg. - 55 Kg. - 61 Kg. - 68 Kg. + 68 Kg.
13
ROSSI et al., 2004). A este respeito Brouns et al., (2002 apud ROSSI et a., 1999)
acrescenta que a maioria dos atletas que participam de competições com pesagem,
como por exemplo, Karatê, Judô, Boxe ou Luta Greco-Romana, competem em
categorias de peso de 5 a 10% menores do que seu peso habitual.
Os métodos utilizados para a perda de peso podem ser classificados como:
rápidos, nos quais os objetivos são alcançados em menos de uma semana e até
horas antes da pesagem normalmente utilizando de estratégias como a desidratação;
graduais, onde a redução leva um período superior a sete dias (ROSSI et al., 1999).
Sobre o método rápido de perda de peso que normalmente apóia-se na
estratégia da desidratação Marins et al., (2000 apud BRITO et al., 2006) aponta 21
manifestações fisiológicas negativas para o atleta em conseqüência da desidratação.
Santos (2008) explica sucintamente que o peso é o resultado da combinação
entre Massa Gorda e Massa Isenta de Gordura, sendo que a categoria de peso em
que o atleta se encontra, deve ser aquela que melhor representa uma proporção
correta entre esses dois componentes e outros fatores, como a altura e o
comprimento dos segmentos.
2.9 DURAÇÃO DOS COMBATES
A duração de um combate de Shiai-Kumite é realizada em três minutos para o
adulto (sênior) masculino, tanto no individual quanto na equipe e quatro minutos nos
encontros individuais para a disputa de medalhas. Para o adulto (sênior) feminino,
será de dois minutos tanto no individual quanto na equipe e três minutos nos
encontros individuais para disputa de medalhas. Para o Júnior e Juvenil (cadete) a
duração dos encontros será de dois minutos em todos os casos (WKF, 2010). Nas
competições infantis o tempo é de 1 minuto e 30 segundos (CBK, 2010).
O tempo do combate é cronometrado, inicia-se no comando do árbitro central,
e para a cada vez que o arbitro central diz “yame” (parar). Quando faltam dez
segundos para o final da luta toca-se uma campainha, e também no final da mesma
(WKF, 2010).
Um combate pode ser terminado ao final do tempo indicado a cada categoria,
quando um atleta abre a diferença de 6 pontos (categoria infantil) ou 8 pontos (para
14
as demais divisões de idade) em relação ao seu adversário, ou quando um dos
atletas é considerado sem condições para a continuação do combate. Em combates
individuais, no caso de haver um empate, se eliminarão do marcador todas as
pontuações e penalizações e se iniciará uma prorrogação por mais um minuto (Sai-
Shiai). Um Sai-Shiai é um novo combate, que ao final decidirá o ganhador. Caso ao
final do tempo ninguém tenha pontuado, ou as pontuações sejam iguais, a decisão
será tomada por uma votação final do árbitro e dos três juízes (hantei) (WKF, 2010).
2.10 PONTUAÇÕES
De acordo com a WKF (2010) as pontuações utilizadas são denominadas
como: Sanbon (três pontos), Nihon (dois pontos) e Ippon (um ponto). Para se pontuar
durante um combate de karatê é de fundamental importância o conhecimento dos
critérios de pontuação, as limitações das zonas de pontuação do corpo e as técnicas
recomendadas para cada nível de pontuação.
Para que uma técnica seja pontuável é necessário que ela esteja adequada a
seis critérios definidos pela WKF:
1 Boa forma refere-se a uma técnica que lhe confira uma eficácia provável,
dentro dos conceitos do Karatê tradicional;
2 Atitude desportiva é a clara atitude, não mal intencionada, e de grande
concentração durante a realização da técnica pontuável;
3 Aplicação vigorosa define a potência e a velocidade de uma técnica, e vontade
de que esta tenha êxito.
4 “Zanchin” (estado de alerta) é o estado de alerta contínuo em que o
competidor mantém total concentração, observação e consciência do potencial
do oponente para contra-atacar.
5 Tempo apropriado (timing) significa realizar uma técnica quando esta tem um
maior efeito potencial.
6 Distância correta significa o mesmo que executar uma técnica no momento
preciso em que esta tem um maior efeito potencial. Portanto, se a técnica é
executada sobre um oponente que está distanciando rapidamente, nesse caso o
efeito potencial do golpe é reduzido. Em relação a golpes de socos ou de chutes
que cheguem a um toque superficial ou cinco centímetros do rosto, cabeça e
15
pescoço devem ser consideradas dentro de uma distância correta. Nas
competições de Infantil, Juvenil e Júnior não se permite contato algum no rosto,
cabeça e pescoço, salvo um contato muito ligeiro para chutes Jodan, e a distancia
para se pontuar é incrementada até 10 centímetros.
Além desses seis critérios é importante que a técnica seja aplicada em uma
zona pontuável do corpo como: cabeça, rosto, pescoço, abdômen, peito, costas e
flancos (zona lateral). Os tipos de técnicas apropriadas para cada pontuação são: em
caso de pontuação Sanbon (três pontos) são as aplicações de chutes Jodan (define-
se rosto, cabeça e pescoço) ou qualquer técnica pontuável que se realize sobre um
oponente que tenha caído ou tenha sido derrubado; a pontuação Nihon (dois pontos)
é concebida quando se aplica chutes Chudan (área: abdômen, peito, costas e zona
lateral); o Ippon (um ponto) é concedido em casos de qualquer golpe de punho Tsuki
(soco) sobre qualquer das sete zonas pontuáveis (WKF, 2010).
2.11 COMPORTAMENTOS PROIBIDOS
Na competição de Karatê os comportamentos proibidos são divididos em duas
categorias.
A primeira é denominada de Categoria 1 que são técnicas que tenham contato
excessivo, levando em conta a zona pontuável atacada, e técnicas que toquem a
garganta; ataques a braços ou pernas, genitálias, articulações, tornozelos e ao peito
do pé; ataques ao rosto com técnicas de mão aberta; técnicas de queda perigosas ou
proibidas (WKF, 2010).
A segunda é a Categoria 2 é composta de comportamentos proibidos
relacionados à simulação ou exagerar uma lesão; saídas repetidas da área de
competição (Jogai); colocar-se em perigo com um comportamento de expor-se a ser
lesionado pelo oponente, ou não tomar as medidas de autoproteção adequadas
(Mubobi); evitar o combate com a finalidade de que o oponente não tenha
oportunidade de marcar pontos; agarrar, empurrar ou permanecer agarrado um ao
outro sem tentar derrubar o oponente ou executar uma técnica; técnicas que por sua
natureza não possam ser controladas com referência a segurança do oponente,
ataques perigosos e sem controle; ataques com a cabeça, joelhos ou cotovelos; falar
ou provocar o oponente, desobedecer às ordens do árbitro, qualquer tipo de
16
comportamento descortês com os árbitros e juízes, ou outras faltas de
comportamentos (WKF, 2010).
2.12 TIPOS DE PENALIZAÇÕES
Na competição esportiva existem cinco níveis de penalizações: Chukoku
(advertência) é a primeira penalização e pode ser impostas por infrações menores
repetidas ou pela primeira vez de uma infração menor; Keikoku trata-se de uma
penalização que determina um Ippon (um ponto) a pontuação do adversário; A
terceira penalização trata-se do Hansoku Chui, que determina a soma de Nihon (dois
pontos) à pontuação do adversário. Impõe-se normalmente pro infrações para as
quais se tenha dado previamente Keikoku neste combate; Hansoku impõe-se como
conseqüência de uma infração muito grave ou quando já foi dado Hansoku-chui.
Supõe a desclassificação do competidor. Em competições por equipes, a pontuação
do competidor penalizado será considerada zero e do oponente em oito pontos; A
penalização mais grave é o Shikkaku, consiste na desclassificação do torneio,
competição ou combate, Shikkaku deve ser dado quando um competidor atua
maliciosamente, não obedecendo às ordens do árbitro ou quando comete um ato que
denigre o prestígio e a honra do Karatê-Dô, ou por outras razões que violem as
regras e o espírito do torneio (WKF, 2010).
As penalizações da Categoria 1 e Categoria 2 não se acumulam entre si. Uma
penalização pode ser imposta diretamente por uma infração ao regulamento, porém
uma vez dada a sua reincidência nessa categoria de infração deve ser acompanhada
por um aumento na gravidade da penalidade imposta.
2.13 TÁTICAS E ESTRATÉGIAS
De Paula (1996) destaca a importância de o atleta escolher uma estratégia
segura e confiável, e também de estudá-la intensivamente e incorporar nela táticas
que o levem à vitória. Este mesmo autor explica que a estratégia escolhida não deve
ser mudada constantemente, pois faz parte do estilo do lutador, porém, as táticas
devem ser as mais diversas, e devem ser mudadas de acordo com cada adversário,
17
com o clima, o tipo de competição, e outros motivos menores, que apesar de serem
menores são os maiores culpados por uma derrota.
Um componente importante nas táticas e estratégias de Karatê é denominado
“Maai” que significa a distância entre os adversários, que pode ser longa, média ou
curta, isso vai depender do físico e a técnica tanto de um atleta quanto do seu
adversário (NAKAYAMA, 1978). Para o mesmo autor a distância ideal, pode significar
manter o adversário afastado de você e ao mesmo tempo estar próximo a ele, essa
aplicação correta pode desempenhar um papel fundamental na decisão final pela
vitória ou derrota, por isso da importância do treinamento e domínio do Maai mais
vantajoso para cada individuo.
Na competição de Karatê existem algumas táticas básicas, mais ainda muito
eficientes durante o combate, o Sen-no-sen (ataque) é a tática onde o atleta faz um
ataque antes de algum ataque do oponente, já o Go-no-sen (contra-ataque) tem o
propósito de contra-ataque, esta tática deixa o oponente atacar primeiro para aplicar
um contra-golpe, outra tática é denominada Deai é considerado a antecipação ao
golpe adversário, ou seja, é sentir a intenção do oponente em atacar e golpeá-lo
antes de uma ação dele, nesta tática é necessário um elevado conhecimento técnico,
além de um alto grau de concentração e extrema explosão muscular (BRAGA, 2009).
Outro aspecto de grande importância para a escolha da tática mais correta é o
conhecimento profundo do regulamento da competição como, por exemplo, o impacto
não é explicitamente procurado na competição, mas, como sua conseqüência
biomecânica inerente, dependendo da quantidade de movimento elevados, torna-se
a velocidade, um critério explicito de pontuação e qualidade física mecanicamente
importante (critério aplicação vigorosa), além disso, interessa taticamente chegar ao
adversário dificultando as suas reações de defesa (FIGUEIREDO & DIAS, 2002 apud
SANTOS, 2008).
Quer no ataque em que o praticante toma a iniciativa antes (Sen-no- sen), quer
naquele em que toma a iniciativa depois (Go-no-sen), a execução de uma técnica só
será eficaz se o atleta tirar proveito do momento oportuno, onde o adversário
encontre-se sem nenhuma chance de reação a sua técnica (NAKAYAMA, 1978). Este
mesmo autor acrescenta a importância de que o atleta esteja atento a estes
momentos oportunos ou ele mesmo crie essas aberturas, como atrair a atenção do
adversário com uma técnica no nível do rosto, mas deixando a chance de aplicar o
golpe decisivo na região do abdômen.
18
Outros componentes do combate devem também ser observados como a
região do tatame utilizado (centro, laterais ou cantos) para a melhor visibilidade do
golpe pelo árbitro, já que o combate de Karatê sofre grandes influências das decisões
arbitrais, atenção e controle ao tempo de luta, também a observação do estado físico
e mental do atleta e do seu adversário antes do combate.
Para De Paula (1996) o adversário pode até ter conhecimento de sua
estratégia, seu estilo, mas ele nunca pode descobrir a tática que você irá empregar,
nunca se deve demonstrar a real intenção de atacar ou defender.
2.14 CARACTERÍSTICAS DE ATLETAS DE SHIAI-KUMITE
Roschel et al., (2009) explica que na atualidade ainda encontra-se dificuldade
em construir um perfil de lutadores de Karatê, mesmo que a literatura apresente
informações dispersas sobre alguns aspectos relacionados ao desempenho esportivo
de Karatecas.
A este respeito Lehmann (1996 apud VOLTARELLI et al., 2009) observa que
atletas de sucesso nesta modalidade possuem tanto excelentes habilidades técnicas
e táticas como níveis elevados de condicionamento físico.
Em suas observações Terra (2009) define os atletas de Shiai-Kumite de três
formas: físico/técnico, tático/racional e emotivo. Normalmente atleta físico/técnico
pode apresentar uma grande dominância motora, aspectos físicos fortes, a técnica é
apurada, utiliza-se muito bem tanto das táticas defensivas quanto das ofensivas e
geralmente procura lutar no centro da área de competição; O atleta tático/ racional
normalmente prefere as táticas defensivas (passivo), comete poucas falhas, prefere
não ir para o corpo a corpo e tem a característica de pensar sempre antes de uma
ação; Os competidores emotivos são mais fortes nas táticas ofensivas (ativo) e mais
fracos nas defensivas, apresentam um comportamento aguerrido, muitas vezes agem
por impulso sem pensar nas conseqüências, e por isso apresentam uma alta taxa de
erros durante a competição.
19
3. METODOLOGIA
3.1 TIPO DE PESQUISA
Este estudo é de caráter quantitativo, configura-se como estudo descritivo,
visto que têm como objetivo primordial a descrição das características de
determinada população ou fenômeno ou, então, o estabelecimento de relações entre
variáveis. Uma de suas características mais significativas está na utilização de
técnicas padronizadas de coletas de dados, tais como questionário e a observação
sistemática (GIL, 1996).
Com base nas análises das filmagens realizadas no Campeonato USA Open
Karatê 2011, na cidade de Las Vegas – Nevada, nos Estados Unidos da América,
este estudo fará uma análise dos dados observados, a partir dos quais se pode
identificar a predominância de técnicas da categoria Sub-21 até 78 kg.
A análise estatística descritiva foi realizada através de um cálculo de
Freqüências e Médias dos golpes efetivos nas lutas. Sendo também encontradas o
percentual de cada golpes e o total em 27 lutas.
3.2 POPULAÇÃO E AMOSTRAS
A população foi composta por 23 atletas do sexo masculino, de diferentes
nacionalidades, com idade entre 18 a 20 anos, na categoria -78kg Sub-21, todos
participantes da competição USA Open 2011. E os atletas foram numerados no
presente estudo como Lutador-01 a 23.
3.3 INSTRUMENTOS DE PESQUISA
Os equipamentos utilizados na pesquisa foram: uma filmadora Sony (DCR-
SR68), Câmera Digital Olympus (FE 4020 14MP) e um Notebook HP (Pavilion
dv6000).
20
3.4 COLETA DE DADOS
A coleta de dados foi realizada no dia 22 de Abril de 2011, no Hotel Caesar’s
Palace na cidade de Las Vegas, Estados Unidos da América, sob a autorização
verbal da organização USA - National Karate-Do Federation (USA-NKF) para as
filmagens das lutas.
A análise das lutas foi feita através das filmagens, sendo anotados os golpes
em uma planilha no Excel, com as 27 lutas.
3.5 LUTAS E GOLPES
Com um total de 27 lutas na competição USA Open Karatê 2011. Sendo 10
lutas na Chave-A e 11 na Chave-B, e mais 2 lutas da repescagem da Chave-A e 3
lutas da Chave-B, e uma luta da final entre as duas chaves.
Os diferentes tipos de golpes básicos possíveis de serem aplicados são 19,
divididos em 8 golpes de braço, 5 golpes de perna na altura do tronco (Chute T.) e 5
golpes de perna na altura da cabeça (Chute C.) e 1 golpes com quedas ou
projeções.
Golpes de braço: Gyaku-Zuki Jodan (GZJ), Gyaku-Zuki Chudan (GZC),
Kizami-Zuki Jodan (KZJ), Kizami-Zuki Chudan (KZC), Oizuki (OZ), Uraken-Uchi
(UU), Oizuki Gyaku-Zuki (OZGZ), Sanbon-Zuki (SZ).
Golpes de perna na altura do tronco: Mae-Gueri (MG), Mawashi-Gueri
Chudan (MGC), Kizami Mawashi-Gueri Chudan (KMGC), Ushiro-Gueri (UG) e Yoko-
Gueri (YG).
Golpes de perna na altura da cabeça: Mawashi-Gueri Jodan (MGJ), Kizami
Mawashi-Gueri Jodan (KMGJ), Uramawashi-Gueri Jodan (UMGJ), Kizami
Uramawashi-Gueri Jodan (KUMGJ) e Ushiro Uramawashi-Gueri Jodan (UUMGJ).
Golpes com projeções ou quedas (ASH/P).
21
4. RESULTADOS
SOCO
Golpes GZJ GZC KZJ KZC OZ UU OZG SZ
Freqüência 22 30 22 4 9 1 11 4
Média 0,814815 1,153846 0,814815 0,148148 0,333333 0,037037 0,37037 0,153846
% 17,32 23,62 17,32 3,14 7,08 0,78 8,66 3,14
CHUTE T. Golpes MG MWGC KMWGC USG YG
Freqüência 1 7 2 0 0 Média 0,037037 0,259259 0,074074 0 0 % 0,78 5,51 1,57 0 0
CHUTE C. Golpes MWGJ KMWGJ UMGJ KUMGJ UUMG
Freqüência 2 1 1 5 0 Média 0,08 0,037037 0,037037 0,2 0 % 1,57 0,78 0,78 3,93 0
PROJEÇÃO/FALTA
SOCO 103 81,10%
Golpes Q/P FPA FPC
CHUTE T. 10 7,87%
Freqüência 1 3 1
CHUTE C. 9 7,08%
Média 0,037037 0,111111 0,037037
QUEDAS/PROJ. 1 0,78%
% 1,57 2,36 1,57 FPA/FPC 4 3,14%
TOTAL 127 100%
Legendas: Gyaku-Zuki Jodan (GZJ), Gyaku-Zuki Chudan (GZC), Kizami-Zuki Jodan
(KZJ), Kizami-Zuki Chudan (KZC), Oizuki(OZ), Uraken-Uchi (UU), Oizuki Gyaku-Zuki (OZG), Sanbon Zuki (SZ), Mae-Gueri (MG), Mawashi-Gueri Chudan (MWGC), Kizami Mawashi-Gueri Chudan (KMWGC), Ushiro-Gueri (UG), Yoko-Gueri (YG), Mawashi-Gueri Jodan (MWGJ), Kizami Mawashi-Gueri Jodan (KMWGJ), Uramawashi-Gueri Jodan (UMGJ), Kizami Uramawashi-Gueri Jodan (KUMGJ), Ushiro Uramawashi Gueri (UUMG), Quedas/Projeção (Q/P), Ponto por Falta, Atitude (FPA) e Falta por Contato (FPC).
De acordo com a tabela 1, foram encontrados os números da quantidade de
todos os golpes efetivos em 27 lutas, demonstrado em seu percentual e freqüências
absolutas. Sendo também encontradas suas respectivas Médias. Podemos ver que
houve diferenças das freqüências nas ocorrências entre as diferentes técnicas desta
modalidade esportiva
Os golpes com maior freqüência encontrados foram ataques com braço,
sendo o Gyaku-Zuki Chudan (GZC) com 23,62% ocorreu maior freqüência seguido
de Gyaku-Zuki Jodan (GZJ) 17,32% e Kizami-Zuki Jodan (KZJ) 17,32%. As técnicas
utilizadas com chutes obteve menor freqüência, porém o chute mais utilizado foi o
22
Mawashi-Gueri Chudan (MWGC) 5,51% e chutes na altura da cabeça foi o Kizami
Uramawashi-Gueri (KUMGJ) 3,93% enquanto que as técnicas utilizadas como
projeções e quedas seguidas de ataques ocorreu somente uma vez durante toda a
categoria.
Podemos observar na tabela 1 que a maior predominância foram dos golpes
de braço com total de 81,10% que equivalem a pontuação de 1 ponto (Ippon),
seguido por chutes no tronco com 7,87% que equivalem a 2 pontos (Nihon) e chutes
na altura da cabeça com 7,08% tem como pontuação 3 pontos (Sanbon) e também
técnicas de quedas ou projeções 0,78% com valor de 3 pontos (Sanbon).
As pontuações por faltas ocorridas nas lutas teve um total de 4 (3,14%),
sendo que 3 pontos foram por Atitude inadequada (FPA) e 1 ponto por contato
excessivo no adversário (FPC).
23
5. DISCUSSÃO
O resultado do presente estudo reflete a realidade do karatê esportivo, mas
precisamente o shiai-kumitê, onde a maioria dos golpes efetivos é através de socos
81,10% seguido por golpes de perna na altura de tronco 7,87% e chutes na cabeça
7,07%. Devido à maior dificuldade em se aplicar determinados ataques, a pontuação
é maior, por exemplo, os chutes na altura da cabeça, quedas por varrimentos ou
projeções seguido de um ataque quando o adversário ainda esta caído ao solo são
caracterizados 3 pontos (Sanbon). E golpes de braço por ser relativamente com um
nível de dificuldade menor equivale apenas 1 ponto (Ippon).
Como o soco é mais rápido do que o chute, e é mais fácil de acertar no
oponente os atletas preferem aplicar mais socos (KOROPANOVSKI; DOPSAJ;
JOVANOVIC, 2008), por isso a baixa freqüência de golpes com perna.
O Gyaku-Zuki Chudan teve maior freqüência com 23,62%. Por ser um soco
muito veloz, forte e preciso, uma explicação pelo grande numero na ação
competitiva. (JOVANOVIC; & MILOSEVIC, 1992). O Kizami-Zuki Jodan teve uma
alta freqüência 17,32%, por ser um ataque veloz, entretanto a menor freqüência em
relação ao GZC, usar o braço da frente pode ter um alto risco de interceptação.
(KOROPANOVSKI; DOPSAJ; JOVANOVIC, 2008).
A freqüência dos golpes Oizuki e Oizuki Gyaku-Zuki foram de 7,08% e 8,66%
respectivamente. São ataques realizados a uma distância maior em relação ao
Gyaku-Zuki e Kizami-Zuki, sendo mais fácil a percepção do adversário.
Os golpes com perna tiveram baixa freqüência, que pode ser explicada pelo
fato do alto nível dos competidores analisados nesta pesquisa. Os atletas com
características de alta velocidade em mover-se e grande habilidade em bloqueios e
esquivas. (Blazevic et al., 2006), e dificulta o acerto dos golpes.
O chute que houve maior freqüência foi o Mawashi-Gueri Chudan 5,51%, por
ser um chute na altura do tronco não há necessidade de um maior controle em
comparação aos chutes na cabeça que é permitido apenas um toque ligeiro e
superficial.
Um fator relevante que pode ser levado em consideração é o fato de a
competição ter ocorrido nos Estados Unidos da América. Com isso um maior número
de atletas da América do Norte, Central e do Sul e um número reduzido de atletas
24
europeus e asiáticos. Os europeus são muito conhecidos por serem excelentes em
ataques de pernas, principalmente na altura da cabeça.
O desempenho no karatê esportivo são necessários outros fatores na busca
do sucesso na competição como a inteligência emocional, rápidas tomadas de
decisão, tática, estratégia, analisar distância de luta, as possíveis intenções do
adversário e assim realizando o golpe com a máxima velocidade, agressividade,
potência, tempo correto, precisão para se ter a efetividade do ponto. O exemplo foi o
atleta campeão (Lutador-11) que utilizou muito da estratégia, não se expondo e
marcando os pontos nos erros dos adversários e assim sagrando-se campeão da
categoria.
25
6. CONCLUSÃO
O trabalho permite concluir com base nas análises das 27 lutas, na
competição internacional USA Open Karatê 2011, na Cidade de Las Vegas –
Nevada da Categoria Masculina Sub-21 -78 quilos. Ocorreu maior freqüência em
golpes de braço com 81,10%, e o golpe de perna na altura do tronco 7,87 e chutes
na altura da cabeça 7,08.
O golpe mais efetivo na categoria foi o Gyaku-Zuki Chudan totalizando 30
ataques equivalentes a 23,62% em relação aos outros golpes.
E com base neste estudo pode-se analisar os diferentes golpes ocorridos e
mais Freqüentes, auxiliando atletas, professores e técnicos na montagem de
treinamentos dando ênfase nos golpes mais utilizados. Entretanto os golpes como
chutes no tronco ou altura da cabeça, quedas e projeções devem ser treinados, pois
são golpes que tem maior valor na pontuação e pode decidir um combate e até
mesmo a competição.
26
7. REFERÊNCIAS
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