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UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA "JÚLIO DE MESQUITA FILHO" FACULDADE DE CIÊNCIAS AGRONÔMICAS CAMPUS DE BOTUCATU PRODUÇÃO DE MUDAS DE Eucalyptus grandis W. (HILL ex. MAIDEN) EM DIFERENTES SUBSTRATOS E LÂMINAS DE IRRIGAÇÃO JANE LUÍSA WADAS LOPES Dissertação apresentada à Faculdade de Ciências Agronômicas da UNESP – Câmpus de Botucatu, para obtenção do título de Mestre em Agronomia Área de Concentração em Irrigação e Drenagem. BOTUCATU – SP Junho - 2004

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UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA "JÚLIO DE MESQUITA FILHO"

FACULDADE DE CIÊNCIAS AGRONÔMICAS

CAMPUS DE BOTUCATU

PRODUÇÃO DE MUDAS DE Eucalyptus grandis W. (HILL ex. MAIDEN)

EM DIFERENTES SUBSTRATOS E LÂMINAS DE IRRIGAÇÃO

JANE LUÍSA WADAS LOPES

Dissertação apresentada à Faculdade de Ciências Agronômicas da UNESP – Câmpus de Botucatu, para obtenção do título de Mestre em Agronomia – Área de Concentração em Irrigação e Drenagem.

BOTUCATU – SP

Junho - 2004

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UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA "JÚLIO DE MESQUITA FILHO"

FACULDADE DE CIÊNCIAS AGRONÔMICAS

CAMPUS DE BOTUCATU

PRODUÇÃO DE MUDAS DE Eucalyptus grandis W. (HILL ex. MAIDEN)

EM DIFERENTES SUBSTRATOS E LÂMINAS DE IRRIGAÇÃO

JANE LUÍSA WADAS LOPES

Engenheira Florestal

Orientador: Prof. Dr. Iraê Amaral Guerrini

Co - Orientador: Prof. Dr. João Carlos Cury Saad

Dissertação apresentada à Faculdade de Ciências Agronômicas da UNESP – Câmpus de Botucatu, para obtenção do título de Mestre em Agronomia – Área de Concentração em Irrigação e Drenagem.

BOTUCATU – SP

Junho - 2004

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OFEREÇO E DEDICO

Ao Bem mais precioso que Deus me concedeu,

meu querido filho

Gustavo.

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"Nem tudo o que se enfrenta pode

ser modificado, mas nada pode ser

modificado enquanto não for

enfrentado."

James Baldwin

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HOMENAGEM ESPECIAL

A Cristiano Freitas Lopes e Magali Ribeiro da Silva, meus amigos em

todos momentos, no apoio durante o curso, durante o

experimento, durante as análises e na elaboração desta

dissertação, mesmo nos seus próprios momentos de sufôco.

À equipe da Camará – Mudas Florestais, pelo incansável apoio,

infra-estrutura, troca de experiências, confiança e

amizade: Henrique Lott Perigo, José Carlos

Madashi, Vlademir Bernardo, Carlos Nogueira de

Souza Jr., Leda Trevisan e demais colaboradores

que atuaram na condução desta pesquisa.

A Gustavo, que no alto de seus 6 anos respondia a

quem o perguntava sobre a mãe:

- “Mamãe não desgruda nunca da tarefa dela”!

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AGRADECIMENTOS

Agradeço a todas instituições e pessoas que contribuíram para a minha

evolução profissional, principalmente:

- À Deus, sempre presente....

- À Faculdade de Ciências Agronômicas da Universidade Estadual Paulista – UNESP,

juntamente com a coordenação do Curso de Irrigação e Drenagem, pela oportunidade de

realização do curso.

- Ao CNPq (Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico), pela

concessão da bolsa de estudos.

- Aos Departamentos de Recursos Naturais (Ciências Florestais e Ciência do Solo), de

Engenharia Rural (Área de Irrigação e Drenagem) e de Produção Vegetal (Área de

Agricultura).

- Aos professores Drs. Iraê Amaral Guerrini e João Carlos Cury Saad pela acolhida,

orientação, confiança, amizade, liberação de recursos e apoio em todos momentos.

- Aos excelentes mestres, Profs. Drs. João Carlos Cury Saad, João Domingos Rodrigues,

Antônio Evaldo Klar, Sheila Zambello de Pinho, Elizabeth Orika Ono, Carmem Fernandes

Boaro, Raimundo Leite Cruz e Hélio Grassi Filho.

- Aos amigos Profs. Drs. Francisco Alves Ferreira (UFV), Kátia Christina Zufelatto-Ribas

(UFPR), Roberto Lyra Villas Boas e Iraê Amaral Guerrini (FCA-UNESP), pelo incentivo e

apoio quando da decisão de cursar mestrado.

- Aos meus pais Armando e Elli, pelo apoio em todas minhas decisões.

- Ao meu marido Cristiano e ao meu filho Gustavo, pelo amor que nos une.

- Aos colegas do Curso de PG em Irrigação e Drenagem: Christian Traficante, Mônica M. da

Silva, Magali R. da Silva, Mariana F. S. Muçolçah e Eliezer S. Gervásio (ESALQ-USP); do

Curso de Energia na Agricultura: Rodrigo M. Trigueiro; do Curso de Horticultura: Isabele

Sarzi e do curso de Agricultura: Angela Cristina Alvarez e Ana Paula Encide.

- À empresa AMAFIBRA, aos Eng°s José Augusto Taveira e Ângelo Malvestiti, pelo apoio no

fornecimento de substratos para os testes preliminares e pelas análises realizadas na Holanda.

- Aos funcionários da FCA, do Viveiro do DRN: Cláudio R. da Silva, Ieda Ferreira, Luís M.

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Lyra e Edson Brito. Aos do DER: Gilberto, Rosângela, Rita, Fátima e Israel. Aos do

Laboratório de Fertilidade do Solo: José C. Coelho, Gisele Pires, Rodrigo Prado e José C.

DePier. À Dorival, do Laboratório de Solo e Planta da Agricultura. Às da Pós-graduação:

Marilene, Marlene e Jaqueline. Às da biblioteca, Maria Inês, Solange e Cida.

- Ao meu amigo Edson Dionísio, pelo apoio e principalmente, pela paciência na condução da

análise estatística.

- Ao meu amigo Christian Traficante, pelo sumary.

- À saudosa equipe (período maio de 1996 a agosto de 2001) do viveiro Central da

DURATEX - Área Florestal.

- À Empresa DURATEX - Área Florestal: Aos seus diretores Antônio Rensi Coelho,

Francisco Bertolani e Antônio Joaquim de Oliveira e suas equipes de colaboradores, pela

minha experiência profissional ao longo de quase 13 anos, desde a época de Gravataí – RS.

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v

SUMÁRIO Sumário PáginaLISTA DE TABELAS...................................................................................................... ix

LISTA DE FIGURAS....................................................................................................... xiii

RESUMO.......................................................................................................................... 1

SUMARY.......................................................................................................................... 3

1 INTRODUÇÃO............................................................................................................. 5

2 REVISÃO DE LITERATURA...................................................................................... 7

2.1 O eucalipto............................................................................................................. 7

2.2 Qualidade na produção de mudas florestais........................................................... 8

2.3 Substrato................................................................................................................. 10

2.4 Água e transpiração de plantas............................................................................... 12

2.5 Irrigação................................................................................................................. 13

2.6 Nutrição de mudas de eucalipto............................................................................. 15

3 MATERIAL E MÉTODOS.......................................................................................... 18

3.1 Local de aplicação da pesquisa.............................................................................. 18

3.1.1 Localização geográfica e dados climáticos................................................... 18

3.1.2. Período de aplicação dos estudos................................................................. 19

3.2 Espécie................................................................................................................... 19

3.3 Estrutura física....................................................................................................... 19

3.4 Insumos.................................................................................................................. 20

3.4.1 Recipientes.................................................................................................... 20

3.4.2 Substratos...................................................................................................... 20

3.4.3 Adubação....................................................................................................... 21

3.4.4 Água.............................................................................................................. 21

3.5 Metodologia........................................................................................................... 22

3.5.1 Semeadura..................................................................................................... 22

3.5.2 Germinação................................................................................................... 22

3.5.3 Desbaste........................................................................................................ 22

3.5.4 Alternagem e encanteiramento à plena luz................................................... 22

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vi

3.6 Aplicação dos tratamentos..................................................................................... 23

3.7 Layout do experimento.......................................................................................... 25

3.8 Avaliação dos tratamentos..................................................................................... 25

3.8.1 Determinação das características físicas dos substratos............................... 25

3.8.2 Determinação das características fisiológicas............................................... 27

3.8.2.1 Determinação do teor relativo de água na folha................................ 27

3.8.2.2 Determinação da transpiração........................................................... 28

3.9 Determinação da sobrevivência das plantas no viveiro......................................... 28

3.10 Determinação das características morfológicas................................................... 28

3.11 Determinação das características nutricionais das plantas................................... 29

3.12 Determinação das características químicas dos substratos antes e após a

produção das mudas............................................................................................ 29

4 RESULTADOS E DISCUSSÃO................................................................................... 31

4.1 Características físicas dos substratos..................................................................... 31

4.2 Características fisiológicas..................................................................................... 32

4.2.1 Teor relativo de água na folha (TRF)............................................................ 32

4.2.2 Transpiração.................................................................................................. 33

4.3 Sobrevivência......................................................................................................... 36

4.4 Características morfológicas.................................................................................. 39

4.4.1 Altura de parte aérea (H)............................................................................... 39

4.4.2 Diâmetro de colo (D).................................................................................... 41

4.4.3 Relação entre diâmetro e altura (Rel H : D).................................................. 42

4.4.4 Número de pares de folhas (PF).................................................................... 44

4.4.5 Número de ramos (NR)................................................................................. 45

4.4.6 Matéria seca de raízes (MSR)....................................................................... 47

4.4.7 Matéria seca de parte aérea (MSPA)............................................................. 48

4.4.8 Matéria seca total (MST).............................................................................. 49

4.4.9 Área foliar (AF)............................................................................................ 50

4.5 Características químicas dos substratos................................................................. 52

4.5.1 Teores totais de nutrientes antes da produção das mudas............................. 52

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vii

4.5.2 Teores de macronutrientes e micronutrientes disponíveis nos substratos,

antes da produção das mudas.................................................................... 52

4.5.3 Teores de nutrientes nos substratos após a produção das mudas.................. 53

4.5.3.1 Total de nitrogênio (N)...................................................................... 53

4.5.3.2 Total de matéria orgânica (M.O)....................................................... 54

4.5.3.3 Total de carbono (C)......................................................................... 55

4.5.3.4 Relação carbono : nitrogênio (C : N)............................................... 56

4.5.3.5 Fósforo (P) disponível....................................................................... 57

4.5.3.6 Potássio (K) disponível..................................................................... 58

4.5.3.7 Cálcio (Ca) disponível....................................................................... 59

4.5.3.8 Magnésio (Mg) disponível................................................................ 60

4.5.3.9 Enxofre (S) disponível...................................................................... 61

4.5.3.10 Boro (B) disponível......................................................................... 62

4.5.3.11 Cobre (Cu) disponível..................................................................... 63

4.5.3.12 Ferro (Fe) disponível....................................................................... 64

4.5.3.13 Manganês (Mn) disponível............................................................. 65

4.5.3.14 Zinco (Zn) disponível...................................................................... 66

4.5.4 Potencial de hidrogênio (pH)........................................................................ 67

4.5.5 Condutividade elétrica (EC).......................................................................... 68

4.6 Características nutricionais das plantas................................................................. 69

4.6.1 Totais de nutrientes no sistema radicular...................................................... 69

4.6.1.1 Nitrogênio (N)................................................................................... 69

4.6.1.2 Fósforo (P)........................................................................................ 70

4.6.1.3 Potássio (K)....................................................................................... 71

4.6.1.4 Cálcio (Ca)....................................................................................... 72

4.6.1.5 Magnésio (Mg).................................................................................. 73

4.6.1.6 Enxofre (S) ....................................................................................... 74

4.6.1.7 Boro (B)............................................................................................ 75

4.6.1.8 Cobre (Cu)........................................................................................ 76

4.6.1.9 Ferro (Fe).......................................................................................... 77

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viii

4.6.1.10 Manganês....................................................................................... 78

4.6.1.11 Zinco (Zn)....................................................................................... 79

4.6.2 Totais de nutrientes na parte aérea................................................................ 80

4.6.2.1 Nitrogênio (N)................................................................................... 80

4.6.2.2 Fósforo (P)........................................................................................ 81

4.6.2.3 Potássio (K)....................................................................................... 82

4.6.2.4 Cálcio (Ca)....................................................................................... 83

4.6.2.5 Magnésio (Mg).................................................................................. 84

4.6.2.6 Enxofre (S) ....................................................................................... 85

4.6.2.7 Boro (B)............................................................................................ 86

4.6.2.8 Cobre (Cu)........................................................................................ 87

4.6.2.9 Ferro (Fe).......................................................................................... 88

4.6.2.10 Manganês....................................................................................... 89

4.6.2.11 Zinco (Zn)....................................................................................... 90

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS......................................................................................... 92

6 CONCLUSÕES.............................................................................................................. 94

7 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS........................................................................... 95

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ix

LISTA DE TABELAS

Tabela Página

1 Resultados das características físicas dos substratos, segundo a metodologia do

Laboratório do Departamento de Ciências Florestais da FCA................................. 32

2 Transpiração diária das mudas, aos 36 DAL, para os substratos, em função das

lâminas de irrigação.................................................................................................. 34

3 Sobrevivência das mudas aos 24 DAL, para os substratos, em função das lâminas

de irrigação................................................................................................................ 37

4 Sobrevivência das mudas aos 37 DAL, para os substratos, em função das lâminas

de irrigação................................................................................................................ 38

5 Sobrevivência das mudas aos 42 DAL, para os substratos, em função das lâminas

de irrigação................................................................................................................ 39

6 Resultados médios para os tratamentos, do número de pares de folhas (PF), ao

final do ciclo, nos diferentes substratos..................................................................... 44

7 Resultados médios para os tratamentos, do número de ramos (NR), ao final do

ciclo, nos diferentes substratos.................................................................................. 46

8 Teores totais de carbono, nitrogênio e matéria orgânica e de pH e EC no extrato

2:1, para os substratos, antes da produção das mudas............................................... 52

9 Teores de macronutrientes e micronutrientes disponíveis nos substratos, antes da

produção das mudas................................................................................................... 53

10 Teores totais de nitrogênio nos substratos, após a produção das mudas, em função

das lâminas de irrigação............................................................................................ 54

11 Teores de matéria orgânica nos substratos, após a produção das mudas, em função

das lâminas de irrigação............................................................................................ 55

12 Teores de carbono nos substratos, após a produção das mudas, em função das

lâminas de irrigação................................................................................................... 56

13 Relação C:N nos substratos, após a produção das mudas, em função das lâminas

de irrigação................................................................................................................ 57

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x

14 Teores de fósforo disponíveis nos substratos, após a produção das mudas, em

função das lâminas de irrigação................................................................................. 58

15 Teores de potássio disponíveis nos substratos, após a produção das mudas, em

função das lâminas de irrigação................................................................................. 59

16 Teores de cálcio disponíveis nos substratos, após a produção das mudas, em

função das lâminas de irrigação................................................................................. 60

17 Teores de magnésio disponíveis nos substratos, após a produção das mudas, em

função das lâminas de irrigação................................................................................. 61

18 Teores de enxofre disponíveis nos substratos, após a produção das mudas, em

função das lâminas de irrigação................................................................................. 62

19 Teores de boro disponíveis nos substratos, após a produção das mudas, em função

das lâminas de irrigação............................................................................................ 63

20 Teores de cobre disponíveis nos substratos, após a produção das mudas, em

função das lâminas de irrigação................................................................................. 64

21 Teores de ferro disponíveis nos substratos, após a produção das mudas, em

função das lâminas de irrigação................................................................................. 65

22 Teores de manganês disponíveis nos substratos, após a produção das mudas, em

função das lâminas de irrigação................................................................................. 66

23 Teores de zinco disponíveis nos substratos, após a produção das mudas, em

função das lâminas de irrigação................................................................................. 67

24 Potencial de hidrogênio (pH) dos substratos, após a produção das mudas, em

função das lâminas de irrigação................................................................................. 68

25 Condutividade elétrica (EC) dos substratos, após a produção das mudas, em

função das lâminas de irrigação................................................................................. 69

26 Teores de nitrogênio no sistema radicular das mudas, para os substratos, em

função das lâminas de irrigação................................................................................. 70

27 Teores de fósforo no sistema radicular das mudas, para os substratos, em função

das lâminas de irrigação............................................................................................ 71

28 Teores de potássio no sistema radicular das mudas, para os substratos, em função

das lâminas de irrigação............................................................................................ 72

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xi

29 Teores de cálcio no sistema radicular das mudas, para os substratos, em função

das lâminas de irrigação............................................................................................ 73

30 Teores de magnésio no sistema radicular das mudas, para os substratos, em

função das lâminas de irrigação................................................................................ 74

31 Teores de enxofre no sistema radicular das mudas, para os substratos, em função

das lâminas de irrigação............................................................................................ 75

32 Teores de boro no sistema radicular das mudas, para os substratos, em função das

lâminas de irrigação................................................................................................... 76

33 Teores de cobre no sistema radicular das mudas, para os substratos, em função

das lâminas de irrigação............................................................................................ 77

34 Teores de ferro no sistema radicular das mudas, para os substratos, em função das

lâminas de irrigação................................................................................................... 78

35 Teores de manganês no sistema radicular das mudas, para os substratos, em

função das lâminas de irrigação................................................................................. 79

36 Teores de zinco no sistema radicular das mudas, para os substratos, em função

das lâminas de irrigação............................................................................................ 80

37 Teores de nitrogênio na parte aérea das mudas, para os substratos, em função das

lâminas de irrigação................................................................................................... 81

38 Teores de fósforo na parte aérea das mudas, para os substratos, em função das

lâminas de irrigação................................................................................................... 82

39 Teores de potássio na parte aérea das mudas, para os substratos, em função das

lâminas de irrigação................................................................................................... 83

40 Teores de cálcio na parte aérea das mudas, para os substratos, em função das

lâminas de irrigação................................................................................................... 84

41 Teores de magnésio na parte aérea das mudas, para os substratos, em função das

lâminas de irrigação................................................................................................... 85

42 Teores de enxofre na parte aérea das mudas, para os substratos, em função das

lâminas de irrigação................................................................................................... 86

43 Teores de boro na parte aérea das mudas, para os substratos, em função das

lâminas de irrigação................................................................................................... 87

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xii

44 Teores de cobre na parte aérea das mudas, para os substratos, em função das

lâminas de irrigação................................................................................................... 88

45 Teores de ferro na parte aérea das mudas, para os substratos, em função das

lâminas de irrigação................................................................................................... 89

46 Teores de manganês na parte aérea das mudas, para os substratos, em função das

lâminas de irrigação................................................................................................... 90

47 Teores de zinco na parte aérea das mudas, para os substratos, em função das

lâminas de irrigação................................................................................................... 91

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xiii

LISTA DE FIGURAS Figura Página1 Barra de irrigação........................................................................................................ 104

2 Orifícios da barra de irrigação.................................................................................... 104

3 Operação de irrigação acontecendo no canteiro sob 14 mm diários........................... 106

4 Aspecto da área útil de cada planta (49 cm²).............................................................. 106

5 Visão geral do experimento. Da direita para a esquerda, canteiros sob lâminas

diárias em mm, de 6; 8; 10; 12 e 14............................................................................ 105

6 Teste de transpiração nas mudas, aos 36 DAL........................................................... 105

7 TRF, aos 30 DAL, nas mudas produzidas em cada substrato, em função das

lâminas de irrigação..................................................................................................... 33

8 Transpiração das mudas, aos 36 DAL, ao longo do dia, para as plantas sob cada

lâmina de irrigação, produzidas com o substrato FB.................................................. 34

9 Transpiração das mudas, aos 36 DAL, ao longo do dia, para as plantas sob cada

lâmina de irrigação, produzidas com o substrato Mix................................................. 35

10 Transpiração das mudas, aos 36 DAL, ao longo do dia, para as plantas sob cada

lâmina de irrigação, produzidas com o substrato CATV............................................ 35

11 Transpiração das mudas, aos 36 DAL, ao longo do dia, para as plantas sob cada

lâmina de irrigação, produzidas com o substrato CPV............................................. 36

12 Visão da mortalidade aos 24 DAL, sob a lâmina de 6mm diários.............................. 106

13 Mudas aos 37 DAL, sob lâmina diária de 6mm. Setas indicam ponto de murcha

permanente................................................................................................................... 106

14 Visão geral do experimento, aos 37 DAL. Da esquerda para a direita (lâminas

diárias em mm de 14, 12, 10, 8 e 6)............................................................................. 106

15 Mudas aos 42 DAL. Setas indicam lâminas diárias em mm (vermelha= 6; amarela=

8; laranja= 10; verde= 12 e azul= 14)......................................................................... 106

16 Sobrevivência final das mudas em cada substrato, sob cada lâmina de irrigação....... 38

17 Altura (H) das mudas, ao final do ciclo, nos substratos, sob efeito das lâminas de

irrigação........................................................................................................................ 40

18 Diâmetro de colo das mudas, ao final do ciclo, nos substratos, sob efeito das

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xiv

lâminas de irrigação. ................................................................................................... 42

19 Relação H:D das mudas, ao final do ciclo, nos diferentes substratos, sob o efeito

das lâminas de irrigação. .................................................................................................. 43

20 Número de pares de folhas, ao final do ciclo, nos diferentes substratos, sob o efeito

das lâminas de irrigação............................................................................................... 45

21 Mudas aos 24 DAL, sob lâmina diária de 12mm. Setas no canteiro sob lâmina de

10 mm indicam oscilação no crescimento devido ao substrato................................. 105

22 Mudas aos 24 DAL, sob lâmina diária de 6mm. Setas indicam ramos...................... 105

23 Número de ramos, ao final do ciclo, nos diferentes substratos, sob o efeito das

lâminas de irrigação..................................................................................................... 46

24 Matéria seca de raízes das mudas, ao final do ciclo, nos diferentes substratos, sob o

efeito das lâminas de irrigação. ................................................................................... 48

25 Matéria seca da parte aérea, ao final do ciclo, nos substratos, sob o efeito das

lâminas de irrigação. ................................................................................................... 49

26 Matéria seca total das mudas, ao final do ciclo, nos diferentes substratos, sob o

efeito das lâminas de irrigação..................................................................................... 50

27 Área foliar das mudas, ao final do ciclo, nos substratos, sob o efeito das lâminas de

irrigação........................................................................................................................ 51

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RESUMO

Este trabalho teve por objetivo avaliar os efeitos de lâminas de

irrigação na produção de mudas de Eucalyptus grandis produzidas em diferentes substratos.

Os experimentos foram conduzidos na empresa Camará – Mudas Florestais, em Ibaté, SP, nas

estações inverno – primavera do ano de 2003. (As lâminas foram determinadas baseado em

experiência prática). O ensaio constituiu-se de um fatorial 5 X 4, sendo cinco lâminas de

irrigação diárias (6 mm, 8 mm, 10 mm, 12 mm e 14 mm), aplicadas em diferentes horários

(10, 13 e 16 h), e quatro substratos (fibra de coco; casca de pinus e vermiculita; casca de

árvores, turfa e vermiculita e um Mix - 70% do substrato de casca de pinus e vermiculita e

30% do substrato de fibra de coco). Aos 108 dias após semeadura, foram feitas avaliações de:

teor relativo de água na folha, transpiração, altura de parte aérea, diâmetro de colo, relação

altura da parte aérea / diâmetro de colo, número de pares de folhas, número de ramos, matéria

seca da parte aérea e da radicular, matéria seca total e área foliar, bem como análises físicas e

químicas dos substratos (antes e após a produção das mudas) e análises dos teores nutricionais

das diferentes partes da planta. Em três ocasiões, foram efetuados censos da sobrevivência das

mudas em todas as parcelas. Os resultados indicaram que houve influência das lâminas e dos

substratos nas características que definem a qualidade das mudas. A sobrevivência foi

fortemente influenciada pelas lâminas de irrigação a que as plantas estiveram submetidas; sob

as lâminas de 6 e 8 mm dia-1, a produção ficou drasticamente comprometida. Com relação às

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características fisiológicas, observou-se que o teor relativo de água na folha aumentou à

medida que as lâminas de irrigação eram maiores, demonstrando haver boa correlação entre as

lâminas e esta variável; a transpiração não diferiu estatisticamente em função das lâminas para

nenhum dos substratos, no entanto, verificou-se que houve uma tendência distinta para cada

substrato, em função das suas características físicas, de quanto maiores as lâminas de

irrigação, maior a transpiração das plantas. Com relação às características morfológicas,

verificou-se, pela análise de regressão realizada, a influência das lâminas em todas as

variáveis, independentemente do substrato. A avaliação nutricional dos sistemas radiculares

mostrou haver variação no teor dos nutrientes em função dos substratos e das lâminas de

irrigação. A avaliação nutricional nas partes aéreas das mudas mostrou que a maior parte dos

nutrientes se encontraram na mesma faixa observada por outros pesquisadores com exceção do

nitrogênio, cujos teores obtidos foram maiores. A avaliação química dos substratos antes e

após o ciclo de produção das mudas, mostrou que diversas variáveis apresentaram

comportamentos diferentes em função das lâminas aplicadas. Desta maneira, concluiu-se que

as lâminas de irrigação de 12 e de 14 mm dia-1 foram as que mais contribuíram para o

desenvolvimento das mudas, com qualidade ótima aos 108 DAS (nas estações inverno –

primavera) e que sob estas lâminas, os melhores substratos foram a fibra de coco e a mistura

formada por 70% de substrato de casca de pinus e vermiculita e 30% de substrato de fibra de

coco.

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PRODUCTION OF Eucalyptus grandis W. (HILL ex. MAIDEN)

SEEDLINGS IN DIFFERENTS SUBSTRATUM AND IRRIGATION

DEPTHS. Botucatu, 2004. 100 p. Dissertation (Mestrado em Agronomia / Irrigação e

Drenagem) – Faculdade de Ciências Agronômicas, Universidade Estadual Paulista.

Author: JANE LUÍSA WADAS LOPES

Adviser: Iraê Amaral Guerrini

Co – Adviser: João Carlos Cury Saad

SUMARY

The aim of this work it to assess the irrigation depths effects from

Eucalyptus grandis seedling produced in differents substratum. The experiments took place in

Camará Commercial Farm (Camará Mudas Florestais – Forest Seedling), in Ibaté, SP, from

winter 2003 to spring 2003. (The irrigation depths was determined based on direct experience

on field). The tests were made of a factorial 5 X 4, where 5 means the number of daily

watering (6, 8, 10, 12 and 14 mm), applied several times (at 10 am, 13 pm and 16 pm), and 4

means the number of substratum (fiber of coconut; barks of tree, peat and vermiculita; barks of

pinus and vermiculita and Mix, the latter formed with a mixture of barks of pinus and

vermiculita (70%) and fiber of coconut (30%). At 108 days after sowing, the following

parameters were assessed: relative water content in the leaf, transpiration, aerial part height,

diameter of bonds, relation aerial part height / diameter of bonds, number of pairs of leaves,

number of branches, dry matter from the aerial parts and from the radicular, total dry matter

and leaf area, as well as physical and chemical analyses of the substratum (before and after the

bedder production), analyses of the nutritional contents of various parts of plant. Three times,

the degree of survival was determined in any parcel. The results pointed out that the watering

irrigation depths as well as the substratum affected the bedder final quality. The survival

degree was strongly influenced by the watering irrigation depths; i.e., laminas of 6 and 8 mm

height drastically compromised the production. As to physiological characteristics, it can be

observed that the higher depths enhanced relative water content in the leaf values, thus, it turns

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out in a good correlation between the watering depths height and this parameter; the

transpiration statistically did not present any difference as the irrigation depths changed in any

substratum, but for every substratum happened that the transpiration rate in the plant increased

as the lamina height increased depending on the substratum physical. As regards the

morphological characteristics, regression analysis demonstrated that all the parameters are

influenced by the laminar flux, with no dependence on the substratum. The nutritional

measure in the root systems varies with the irrigation depths and substratum, while in the

aerial parts of the bedder most nutrients values are the same found by others researchers, but

the nitrogen, whose contents were higher. The chemical estimate of the substratum before and

after the cycle of bedder production reveals that diverse parameters presented different

behaviors depending on what laminar rate was applied.

Thus, it can be concluded that the watering laminas as high as 12 and

14 mm day-1 helped in the development of the bedder, with excellent quality at 108 DAS

(during winter – spring) and that the best substratum were fiber of coconut and the mixture

70% of bark of pinus and vermiculita and 30% of fiber of coconut.

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1 INTRODUÇÃO

Hoje, o mundo reconhece o uso da madeira de eucalipto como de

excelente fibra para a produção de papel de melhor qualidade. Além de ser economicamente

viável, devido ao seu rápido crescimento, permite que tenha maior produtividade sem

prejuízos à natureza.

De acordo com a FAO, existem no mundo cerca de 3,4 bilhões de

hectares de florestas naturais. No início da década de noventa as florestas plantadas

totalizavam aproximadamente 130 milhões de hectares, sendo que cerca de seis milhões

correspondiam a plantações de eucalipto e destes, 50% estavam localizados no Brasil.

Atualmente, a participação brasileira é de 22% do total mundial, atingindo em 1999, segundo

estudos de Flynn & Associates, 13,6 milhões de hectares (MORA & GARCIA, 2000).

O setor florestal oferece 500 mil empregos diretos e 2 milhões de

indiretos, conforme relatos de Mora e Garcia (2000), e gerou em 1998 receitas da ordem de

US$ 13 bilhões, contribuindo com US$ 1,5 bilhões em impostos e participando com 4% no

PIB nacional.

Pela importância do cenário, que indica expectativas de investimentos

aproximados de US$ 13 bilhões até 2005 (www.fao.org), o aumento da produtividade dos

maciços florestais torna-se necessária, com esforços de pesquisas nas mais diversas áreas.

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Analisando a produção comercial das mudas florestais, são necessárias

melhorias nos viveiros, como dimensionamento, estrutura, qualidade da água e insumos

utilizados, qualificação da mão-de-obra e técnicas de produção, garantindo com isto plantas de

qualidade que atendam às exigências do campo.

Embora ostentando uma posição privilegiada perante a maioria dos

países, com 8% da água doce disponível no mundo, o Brasil por muito tempo permaneceu sem

dar a devida importância ao uso e à preservação de seus recursos hídricos e,

conseqüentemente, muitas providências deixaram de ser tomadas (LIMA et al., 1999).

A quantificação da necessidade hídrica na formação das mudas é

extremamente importante, pois a sua falta ou excesso pode limitar o desenvolvimento das

mesmas. A falta de água leva ao estresse hídrico (desejável somente na rustificação das

mudas), além da diminuição na absorção de nutrientes, e o excesso pode levar à lixiviação dos

mesmos e também proporcionar um micro-clima favorável ao desenvolvimento de doenças,

além de ter que se considerar todas as questões sócio-ambientais relativas à economia de água.

Atualmente, algumas empresas adotam sistemas de irrigação através

de barras de pulverização, muito similares àquelas usadas em pulverizações agrícolas, com o

objetivo de melhorar a uniformidade de distribuição de água e nutrientes. No entanto, a

maioria dimensiona seus projetos sem uma análise profunda de necessidade de água.

Assim, pode-se pensar que num sistema de produção de mudas de

eucalipto, utilizando como substrato a fibra de coco e irrigação através barras, pode-se reduzir

a lâmina de irrigação aplicada, face à alta capacidade de retenção das fibras de coco, conforme

testes preliminares já realizados. Diante da complexidade desta situação, torna-se necessário,

através de experimentos, quantificar as relações entre lâminas de irrigação, substratos

tradicionais e à base de fibras de coco.

Neste sentido, o objetivo deste trabalho foi o de testar em quatro

formulações de substrato, qual a melhor lâmina bruta de irrigação diária que garanta melhor

qualidade de mudas de Eucalyptus grandis em menor período vegetativo.

Como hipótese principal deste trabalho, sustenta-se que as lâminas de

irrigação devem ser específicas para cada formulação de substrato.

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2 REVISÃO DE LITERATURA

2.1 O Eucalipto

De ocorrência natural na Austrália, o eucalipto possui cerca de

seiscentas espécies adaptadas a diversas condições de solo e clima. Dessa grande variedade de

espécies, apenas duas não são originárias da Austrália : E. urophylla e E. deglupta. A área de

ocorrência natural da espécie E. grandis engloba de forma descontínua e fragmentada uma

longa faixa costeira, desde Newcastle (região temperada) até Atherton (região tropical). É

considerada uma espécie de qualidades excelentes, superando qualquer outra em incremento

(em condições adequadas), tendo entre as várias características, o hábito de desramar-se

espontaneamente, originando fustes de aspecto colunar e liso. É a espécie mais plantada no

Brasil, sendo muito utilizada para a obtenção de híbridos e na clonagem de árvores

selecionadas (MORA & GARCIA, 2000).

Hill & Johnson (1995) publicaram um artigo que relata a redução das

espécies do gênero Eucalyptus. Este gênero contava com mais de 500 espécies, mas após os

estudos desses pesquisadores no Herbário Nacional de Nova Gales do Sul, em Sydnei na

Austrália, houve a redução deste número e a formação de um novo gênero, com 113 espécies,

que denominaram de Corymbia. No Brasil, as mudanças se refletem para as espécies

citriodora, maculata e torelliana.

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Segundo Lima (1987), na América do Sul admite-se que foi o Chile o

primeiro país a cultivar o eucalipto, por volta de 1823. Os primeiros ensaios brasileiros com

reflorestamento datam de 1868 no Rio Grande do Sul. De acordo com Mora e Garcia (2000),

também em 1823 foram plantados alguns exemplares de eucalipto na Quinta da Boa Vista, Rio

de Janeiro. No entanto, a expansão ocorreu através dos trabalhos de Navarro de Andrade, na

Cia. Paulista de Estrada de Ferro de 1904 a 1909, no Horto de Jundiaí - SP e com os plantios

em Rio Claro - SP.

Desde a década de sessenta, o gênero Eucalyptus passou a ter

importância significativa no cenário nacional, contando em 1996 com mais de 2,5 milhões de

hectares de florestas. Em 2000, segundo dados da Sociedade Brasileira de Silvicultura

(www.sbs.org.br), o setor florestal brasileiro contava com 4.805.930 ha plantados sendo que

destes, 1.840.050 ha foram cultivados com o gênero Pinus e 2.965.880 ha foram cultivados

com o gênero Eucalyptus. Minas Gerais continua sendo o estado com o maior número de ha

reflorestados com eucalipto, (1.535.290) e o Paraná, o estado com o maior número de ha

reflorestados com pinus (605.130).

2.2 Qualidade na produção de mudas florestais

A qualidade representa, nos dias atuais, um conceito de extrema

importância para qualquer setor. Na literatura de Economia, entende-se qualidade como uma

variável passível de medição e até mesma precisa. Assim, diferenças são observáveis no

produto pela diversidade de elementos ou atributos que o mesmo possui. Qualidade superior

resulta do maior número de melhores características que um produto apresenta (PICCHI,

1993).

Para Rubira & Bueno (1996), a qualidade das plantas é resultante de

numerosas características fisiológicas e morfológicas que controlam as possibilidades de

desenvolvimento e de crescimento. Para estes autores, o manejo do viveiro (sombreamento,

irrigações em excesso, adubações inadequadas, competição com ervas daninhas, etc.) e as

influências genéticas podem afetar significativamente a qualidade.

No Brasil (estado do Paraná), as Comissões Estaduais de Sementes e

Mudas (CESM), através da Subcomissão Florestal (COMFLOR), estão encarregadas de

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normatizar e difundir os padrões de qualidade para mudas, mas no entanto, ainda baseiam-se

em altura de parte aérea e diâmetro mínimo de colo (CARNEIRO, 1995). Este mesmo autor,

procurando estabelecer critérios de qualidade, desenvolveu uma equação para Pinus taeda

(para plantios nos Campos Gerais do Paraná): H / 8,1 = média mínima do diâmetro de colo,

onde H = altura. Este critério foi testado por Lopes (2002) em Pinus caribaea hondurensis, no

estado de SP, com sucesso.

A capacidade de produção de um viveiro está relacionada diretamente

com a qualidade dos insumos usados (sementes, substratos, fertilizantes, água, recipientes e

estrutura de suporte das plantas), com a localização geográfica (chuva, vento, granizo e geada)

e com as técnicas de produção e manejo adotadas (sombreamento, espaçamento entre plantas,

freqüência de irrigação e lâmina de água aplicada, fertirrigação e tratos culturais). O produtor

não pode aumentar o crescimento das plantas mais do que a capacidade que o sítio comporta,

sem que a qualidade seja afetada.

Para Silva (2003), o conceito de qualidade não é absoluto e fatores

como a espécie e/ou o lugar do plantio das mudas influenciam fortemente esta definição. Para

o autor, uma muda de boa qualidade para uma determinada região pode não ser apropriada

para outra, assim como uma conífera não pode ter o mesmo critério de qualidade que uma

folhosa, pois entre outros fatores, a transpiração (controle) e a regeneração radicular

(potencial) são muito distintas.

No entanto, se a qualidade da muda é definida em função da condução

adotada no viveiro, o plantio no campo deve assegurar as condições para que as plantas

tenham desenvolvimento adequado; os tratos culturais que antecedem a implantação

(trituração de resíduos, combate às formigas cortadeiras, aplicação de herbicidas), a

subsolagem ou coveamento, a correção da fertilidade do solo, o tempo de permanência das

mudas encaixotadas (mantidas à sombra e irrigadas em excesso), o plantio propriamente dito

(qualidade da mão-de-obra), a irrigação no momento do plantio (que de modo geral é realizada

empiricamente), podem colocar em risco todo o trabalho de melhoria de qualidade das mudas

produzidas.

Segundo Gomes et al. (1996), as características nas quais as empresas

florestais se fundamentam para classificação da qualidade das mudas de eucaliptos, são

baseadas na avaliação das plantas pertencentes à unidade amostral, na qual são consideradas as

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características: altura média (entre 15 e 30 cm), diâmetro do colo (2 mm), sistema radicular

(desenvolvimento, formação e agregação), rigidez da haste (amadurecimento das plantas),

número de pares de folhas (mínimo de três), aspecto nutricional (sintomas de deficiência) e

resistência a pragas e doenças (sanidade).

2.3 Substrato

Kämpf (2000) refere-se a substrato como o produto utilizado em

substituição ao solo, para a produção vegetal. O seu uso está relacionado, em geral, com o

cultivo em recipientes, onde o volume é reduzido, o que diminui a drenagem e a superfície de

contato com a atmosfera, essencial para as trocas gasosas (CO2 e O2).

Lopes (2002) cita a importância dos aspectos relacionados a substratos

que podem levar a sérios prejuízos na produção de mudas. Relata informações de vários

pesquisadores que justificaram o abandono do solo como substrato para formação de mudas

por produtos mais elaborados, com propriedades físicas, químicas e biológicas definidas e

previsíveis. No mundo todo, a indústria de substrato para plantas busca materiais substitutos

para a turfa, consagrada como componente padrão para o cultivo.

Nos sistemas de mudas em tubetes, a partir de sementes ou estacas, as

características físicas do substrato são fundamentais para um equilíbrio adequado entre os seus

constituintes, de forma a prover adequada relação entre macroporosidade (espaço ocupado

pelo ar) e microporosidade (espaço ocupado pela água). O controle da irrigação deve manter

adequada relação entre ar e água e as fertilizações de cobertura devem fornecer as quantidades

e proporções de nutrientes no momento exato para o crescimento das mudas.

Segundo Carneiro (1995), a presença de um ou mais componentes

numa mistura de substratos, com partículas de diâmetro menor ou igual ao diâmetro médio dos

macroporos da mistura, leva ao bloqueio de grande parte da macroporosidade; situação

comum em misturas com predominância de componentes orgânicos, mas que recebem grandes

quantidades de terra de subsolo, rica em areia fina e ou muito fina, silte e argila.

Fretz et al. (1979), Gonçalves (1981), Carneiro (1995), apud

Gonçalves e Poggiani (1996) e Lopes (2002), consideram como características essenciais para

um substrato:

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a) Boa estrutura e consistência, de forma a sustentar, sem grandes acomodações ou

movimentações, as sementes e estacas durante a germinação e enraizamento;

b) Porosidade suficiente para permitir pronta drenagem do excesso de água durante as

irrigações e chuvas, mantendo uma adequada aeração junto ao sistema radicular;

c) Contrações e expansões não devem ser excessivas com as oscilações de umidade;

d) Isenção de substâncias tóxicas, inóculos de doenças, sementes de invasoras, ovos e

ou larvas de insetos e sais em excesso;

e) Disponibilidade em quantidades adequadas e custos viáveis economicamente;

f) Padronização de lotes.

É desejável que os substratos orgânicos sejam estáveis biologicamente,

pois altas relações entre carbono e nitrogênio (C/N) podem apresentar alta atividade de

microorganismos, que competem com as plantas por nutrientes, principalmente por N. As

plantas em conseqüência apresentam sérias deficiências, podendo inclusive sucumbir. Para

Gonçalves e Poggiani (1996), as relações C/N de 8 a 12/1 são consideradas baixas, de 12 a

18/1 são médias e maiores que 18/1 são altas; como adequado, indicam relações C/N de 8 a

12/1. De acordo com Sturion (1981), independentemente da reação inicial do substrato,

havendo água, a tendência natural é a acidificação deste. Ressalta que potenciais de hidrogênio

(pH) baixos são prejudiciais (reduzem a atividade de bactérias e actinomicetos). Cita que a

formação de nitratos e sulfatos diminui a disponibilidade de cálcio, magnésio e potássio,

insolubilizam o fósforo, o boro, o cobre e o zinco e provocam o aparecimento de quantidades

tóxicas de alumínio. Altos índices de pH diminuem sensivelmente a disponibilidade de

fósforo, boro, cobre, zinco, ferro e manganês. Para este autor, o ideal é manter o pH na faixa

de 6,0, o qual permitiria a disponibilidade dos nutrientes, não ocasionando problemas de

toxidez, pelo excesso de alumínio e manganês.

As fibras de coco como substrato para a produção de mudas, vem

sendo usadas de modo crescente, devido ao fato de que atuam como microesponjas que, por

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capilaridade, pode absorver muitas vezes seu próprio peso em água. Simultaneamente à

capacidade de retenção da água, conseguem combinar uma excepcional aeração, devido à

estrutura física das fibras, as quais atuam como órgãos de flutuação ao mesmo tempo em que

oferecem um meio de crescimento poroso. As vantagens consistem justamente na economia

de água pela estrutura física estável, propriedade de rehidratação, capacidade de retenção de

água disponível, elevada porosidade total e capacidade de aeração, homogeneidade e baixa

densidade aparente, isenção de ervas daninhas e doenças (TAVEIRA, 20011).

2.4 Água e transpiração de plantas

Kramer e Boyer (1995) afirmam que todos os processos que ocorrem

nas plantas sofrem interferências diretas ou indiretas pelo suprimento de água. Para Reichardt

(1990), apenas uma parte da água que um solo pode reter fica disponível para as plantas, que é

comumente aceita como sendo a água retida entre a capacidade de campo e o ponto de murcha

permanente. A estrutura e as propriedades da água influenciam de modo significativo à

estrutura e as propriedades das membranas, ácidos nucléicos, proteínas e demais constituintes

das células (TAIZ & ZEIGER, 1998).

Silva (2003) relata informações sobre a importância da água na planta

por vários pesquisadores. Menciona Larcher (2000), para o qual, na célula, a água está

quimicamente associada aos constituintes do protoplasma, constituído essencialmente de água

e proteínas, e Coll et al. (1992) e Kramer & Boyer (1995), que resumem a importância da água

tanto quantitativa como qualitativa, constituindo 80 a 90% do peso verde da maioria das

plantas herbáceas e acima de 50% do peso verde de plantas lenhosas.

O transporte de água na planta pode ser visto como um sistema de

entrada e de saída, sendo a água do solo a entrada e a transpiração das plantas a saída; em

condições ótimas, o volume perdido por transpiração é reposto ao longo do dia pela raiz,

embora ocorram atrasos entre a absorção pelas raízes e a transpiração, devidos aos

mecanismos de resistência interna (MCDONALD & RUNNING, 1988).

Reichardt (1990), apresenta os fatores que afetam a absorção de água

na planta como sendo àqueles referentes à planta (extensão e profundidade do sistema

______________________ TAVEIRA, J. A1. Folder Institucional da Amafibra – Fibras e Substratos Agrícolas da Amazônia LTDA. Material Publicitário. 2001.

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radicular, superfície e permeabilidade radicular, idade da raiz, atividade metabólica da planta),

àqueles referentes à atmosfera (umidade relativa do ar, disponibilidade de radiação solar,

vento e temperatura) e àqueles referentes ao solo (umidade, capacidade de água disponível,

condutividade hidráulica, temperatura, aeração e salinidade da água).

Em plantas que se encontram transpirando água em taxas médias e

altas, o potencial muito negativo da água da atmosfera é o responsável pela grande perda de

água pelas folhas; em conseqüência, a água líquida nos terminais do xilema nas folhas assume

potenciais bem negativos. Esta diferença significativa do potencial de água entre folhas e solo

é responsável pelo fluxo de água na planta, a absorção de água, geralmente denominada de

absorção passiva (REICHARDT,1990). Para este mesmo autor, a melhor forma de se medir a

absorção de água pelas plantas é através da transpiração. Ela se processa conforme as leis que

regem a evaporação da água de superfícies úmidas; plantas com altas taxas de absorção de

CO2 apresentam altas perdas por transpiração, que ocorrem em qualquer parte exposta à

atmosfera externa, principalmente pelos estômatos, seguidos em pequena escala pelas

cutículas das folhas, o que torna implícito que elevados consumos de água aumentam a

produtividade (KLAR, 1984; KRAMER & BOYER, 1995).

Na Austrália, um dos trabalhos pioneiros de medição da transpiração

do eucalipto adulto foi o de Wood (1934), apud Lima (1987), o qual encontrou enorme taxa de

variação entre as espécies. Este autor cita diversos pesquisadores que realizaram estudos da

transpiração em eucalipto (em mudas, em árvores de 1 a 2 anos, 2,5 a 3,5 anos e em árvores

adultas), usando técnicas de pesagem rápida de folhas, câmara de ventilação forçada, potencial

de água nas folhas e pesagens de mudas envasadas.

2.5 Irrigação

A agricultura irrigada é a atividade humana que demanda maior

quantidade total de água. Em termos mundiais, estima-se que esse uso responda por cerca de

80% das derivações de água; no Brasil, esse valor supera os 60%, conforme relatam Lima et

al. (2002). A qualidade e a quantidade (falta ou excesso) da água a se usar nas culturas é um

dos fatores mais importantes para a produtividade. Irrigação e drenagem são intimamente

correlacionadas, contribuindo para o bom desempenho de qualquer cultura. A estimativa da

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quantidade de água ou lâmina a ser aplicada por irrigação é um problema difícil, segundo

Reichardt (1990). Klar (1991), refere-se à necessidade de conhecer as variáveis hídricas do

solo (capacidade de campo, porcentagem de murchamento permanente, densidade aparente,

curva característica de água no solo, etc), profundidade efetiva de raízes e fatores da

atmosfera.

O manejo da irrigação em recipientes pequenos, como por exemplo,

tubetes, apresenta particularidades quando comparados ao cultivo em solos, devido a maior

freqüência de irrigação que se dá em função do baixo volume de substrato disponível para a

planta. Isto faz com que se deva ter um maior controle da irrigação, prevenindo o estresse

hídrico na fase de crescimento. A freqüência e o volume de água devem ser determinados para

cada tipo de substrato a ser usado (WENDLING & GATTO, 2002). Em substratos com menor

capacidade de retenção de água (casca de arroz carbonizada, areia, etc.) é preciso irrigar mais

freqüentemente do que nos de maior capacidade de retenção (turfas, compostos orgânicos,

fibras de coco, etc.).

No período da germinação das sementes e enraizamento de estacas, a

freqüência de irrigação deve ser maior (CARNEIRO, 1995). No entanto, nas fases posteriores

o risco de se umedecer apenas alguns centímetros da camada superficial do substrato é muito

grande quando se realiza uma irrigação freqüente e de baixa intensidade. O excesso de

umidade que favorece a lixiviação de nutrientes e o possível surgimento de doenças deve ser

evitado, pois cria, além disso, condições desfavoráveis para a circulação do ar nos substratos

(aeração), fazendo com que o crescimento das raízes seja seriamente prejudicado. Milner

(2002) sugere que seja usado um fator chamado "leaching ratio" (LR= taxa de lixiviação), que

é um percentual de água a mais capaz de prevenir o acúmulo de sais no sistema. Este fator

depende da qualidade da água usada e da sensibilidade da planta a sais.

Existem diversos métodos que podem ser empregados para irrigar

plantas em viveiros (aspersão, microaspersão, subirrigação, inundação, flooting, gotejo e

pulverização). Nos viveiros florestais, de modo geral, os métodos de aspersão e microaspersão

fixos ainda são predominantes. Nestes, segundo Reichardt (1990), a distribuição da água é

afetada pelo vento, pelo tipo de emissor, pela pressão do sistema e, a uniformidade de

aplicação, afetada pelo espaçamento entre cada aspersor ou microaspersor.

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De um modo geral, acreditava-se que as lâminas brutas médias de

irrigação na produção de mudas de espécies florestais (Pinus e Eucalipto) eram em torno de 8

mm. No entanto, simples levantamentos demonstraram que, na prática, essas lâminas eram

muito maiores. Em 2001, Lopes orientou e coordenou um levantamento prático do manejo da

irrigação no Viveiro Central da Empresa DURATEX S.A., região de Lençóis Paulista-SP,

verificando-se as lâminas brutas de irrigação na produção de mudas por sementes de

Eucalyptus grandis e Pinus caribaea var. hondurensis em vários estádios de desenvolvimento.

Os resultados foram apresentados em forma de relatório de estágio por Knapik (2001),

demonstrando haver, como já era de se esperar, uma variação significativa para ambas as

espécies, em todos os estádios de desenvolvimento; para eucalipto com 20 cm de altura, a

lâmina média diária aplicada foi de 13 mm e para pinus com 15 cm de altura, foi de 7,7 mm.

Algumas empresas florestais brasileiras adotaram, na década de

noventa, a técnica de irrigação através de barras de pulverização (similar a uma barra de

pulverização agrícola). Segundo relatos de profissionais dessas empresas, houve uma melhora

significativa na uniformidade de distribuição aliada à economia significativa de água, já que a

mesma é dirigida unicamente para o alvo em questão. Gervásio (2003) avaliou os coeficientes

de uniformidade (CUC) de uma barra de irrigação na produção de mudas de cafeeiro e

constatou resultados acima de 90%, possibilitando, no sistema testado, a aplicação de lâminas

de 0,32 a 6,97 mm em apenas uma operação. Este mesmo autor usou dados de evaporação de

um minitanque Classe A para definir a lâmina de água a ser reposta no dia seguinte, e chegou

à conclusão de que o minitanque não é um método adequado para manejar a irrigação em

viveiros de produção de mudas.

Dentre os métodos empregados para avaliação de quando irrigar, pode-

se utilizar tensiômetros de elevada sensibilidade, fabricados especialmente para substratos (os

de formato "L" são os mais adequados), porém o mais adequado para plantas em recipientes

como tubetes é a pesagem, pois permite acompanhar a demanda atmosférica, o estádio da

planta, além das dimensões do recipiente, garantindo assim a determinação do consumo de

água ao longo do dia. De modo simples, quando o peso for atingido é chegado o momento de

irrigar, que varia conforme a estação do ano (MILNER, 2002).

2.6 Nutrição de mudas de eucalipto

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A adubação é a técnica mais eficiente para acelerar o crescimento,

tanto de mudas no viveiro como de plantas no campo. Segundo Barros et al. (1997), a variação

nas características dos substratos tem dificultado, de maneira considerável, a recomendação de

adubação, pois de acordo com a matéria prima usada para a fabricação do substrato e a

proporção entre eles, a capacidade de retenção de umidade e de nutrientes também irá variar.

Além disso, a composição química e a taxa de liberação de nutrientes diferem de material para

material e em suas misturas. Os autores relatam que os problemas nutricionais são muito

comuns, pela falta, pelo excesso, ou desequilíbrio entre nutrientes.

O desenvolvimento de mudas de eucalipto, em função da fertilização

com adubo NPK, vem despertando a atenção dos pesquisadores por várias décadas. Para

Neves et al. (1990), a fertilização nitrogenada normalmente promove ganhos no

desenvolvimento, controlando o ritmo de crescimento, tamanho e vigor, e as respostas da

aplicação de fósforo tem sido generalizadas; quando o fósforo não é aplicado ao substrato, as

mudas de eucalipto não se desenvolvem. Segundo Malavolta et al. (1997), o efeito do potássio

na atividade das enzimas relaciona-se com as mudanças na conformação das moléculas, que

melhoram a exposição de sítios ativos na ligação com o substrato. Também, na importância

que exerce controlando a abertura e o fechamento dos estômatos, já que o fluxo deste nutriente

nas células-guarda aumenta o nível de ácido abscísico que causa o fechamento dos estômatos

(MARSCHNER, 1995).

Uma alternativa para nutrição dos substratos ou da mistura destes para

a produção de mudas de eucalipto é, segundo Barros et al. (1997), o uso de "osmocote", um

fertilizante com liberação lenta de nutrientes. A dose recomendada é de 3 a 4 Kg para cada m³

de substrato. A formulação recomendada deve estar em torno de 17:9:11 e liberar os

nutrientes em cerca de 90 dias. Os autores também alertam para o surgimento de deficiências

de micronutrientes, no caso do uso de substratos no lugar de solo. Para isto recomendam,

quando os sintomas forem detectados, a aplicação de boro (B), zinco (Zn), ferro (Fe) e

manganês (Mn) durante duas a três semanas na dosagem de 0,1% para produção de mudas de

eucalipto.

Para Silveira et al. (2001), em mudas de Eucalyptus spp, a relação

adequada entre os nutrientes nitrogênio e potássio na fase de crescimento deve estar na faixa

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de 1,4 até 2,0 e na fase terminal de formação de mudas (conhecida como rustificação) na faixa

de 0,6 até 1,0.

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3 MATERIAL E MÉTODOS

3.1 Local de aplicação da pesquisa

Os ensaios experimentais de viveiro foram desenvolvidos na empresa

Camará - Mudas Florestais, no município de Ibaté, SP. A produção das mudas, bem como a

aplicação dos tratamentos foi realizada no viveiro da empresa. Os testes preliminares com

barras, para a determinação da vazão necessária e tempo de deslocamento da barra de

irrigação foram realizadas no próprio viveiro, bem como o teste de transpiração para as mudas

nas lâminas de irrigação aplicadas. Na Faculdade de Ciências Agronômicas da UNESP de

Botucatu foram realizadas as análises físicas dos substratos (no Departamento de Recursos

Naturais- Setor de Ciências Florestais), o teor relativo de água na folha – TRF (no

Departamento de Engenharia Rural- Laboratório de Recursos Hídricos) e as análises químicas

dos substratos, dos adubos e as análises nutricionais das plantas (nos Departamentos de

Ciência do Solo- Laboratório de Fertilidade do Solo e, Produção Vegetal/Área de Agricultura

- Laboratório de Solo e Planta).

3.1.1 Localização geográfica e dados climáticos

A localização geográfica de Ibaté é a seguinte: 21° 56´ de latitude sul,

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47° 59´ de longitude oeste e aproximadamente 793 metros de altitude.

Segundo os dados climáticos obtidos junto ao DAEE - São Carlos, a

temperatura média anual é de 20,45°C e médias mensais extremas de 23°C em fevereiro e

16,9°C em julho. O clima da região é do tipo Cfa moderado chuvoso. Na região, a precipitação

média mensal é de 116 mm, oscilando entre 23 mm e 262 mm para os anos mais secos e mais

úmidos, respectivamente. A estação chuvosa vai de outubro a março, com média de 192,33

mm e 39,67 mm na estação seca de abril a setembro.

3.1.2 Período de aplicação dos estudos

O período de duração do experimento foi de 19 de junho a 05 de

outubro de 2003.

3.2 Espécie

As sementes de Eucalyptus grandis usadas para a produção das mudas

foram provenientes de um Pomar de Sementes Clonal (PSC), procedência Boa Esperança do

Sul – SP. Esta procedência foi escolhida por apresentar bom percentual de germinação.

3.3 Estrutura física

Como estrutura física no processo de produção das mudas foram

usadas:

a) casa de germinação: trata-se de uma casa confeccionada com tela de sombra a 30% e

pé direito de 2,8 m;

b) viveiro: área a plena luz, composta de mesas de estrutura metálica, de dimensões 1,60

m X 1,10 m, comportando até 1240 plantas (lotação 100%) dispostas

longitudinalmente a 0,8 m da superfície do solo;

c) irrigação: foram confeccionadas várias barras de irrigação, as quais foram testadas

preliminarmente à pesquisa. Estas barras usadas rotineiramente pela Empresa para a

realização de fertirrigação, consistem de um tubo de PVC (com um cabo, para

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manuseio) com pequenos orifícios eqüidistantes na sua extensão longitudinal. A barra

escolhida (Figuras 1 e 2, em anexo 3) apresentou uma vazão de 1,97 mm, com CUC

(coeficiente de uniformidade) médio de 90%. O número de passadas da barra na

extensão do canteiro definiu a lâmina bruta de irrigação aplicada (Figura 3, em anexo

4). Por exemplo, para a lâmina de 10 mm, foram realizadas uma passada às 10 h (2

mm), duas passadas às 13 h (4 mm) e duas passadas às 16 h (4 mm). Para as

precipitações pluviométricas (dados em anexo 1) ocorrida no período de duração do

experimento a céu aberto, foram desprezadas as chuvas de 1mm (duas ocasiões); para

o dia 26 de agosto todos os canteiros (cinco) não receberam a irrigação das 10h e, para

os dias 17 e 27 de setembro, com chuvas de 5 e 8 mm respectivamente ao longo do dia,

não foi feita a irrigação.

3.4 Insumos

3.4.1 Recipientes

Os recipientes usados para a produção das mudas foram tubetes

cilíndrico - cônicos de polietileno com dimensões de 12,5 cm de comprimento, 2,5 cm de

diâmetro de abertura superior, 0,8 cm de diâmetro de abertura inferior e volume de 55 cm3,

com quatro estrias internas salientes. Como suporte para os tubetes, foram usadas na casa de

germinação, bandejas de polietileno com dimensões de 60 cm x 40 cm e capacidade para 176

tubetes e, na área a céu aberto, mesas de estrutura metálica (teladas) com dimensões de 1,56 m

X 1,09 m e com capacidade total de 1240 tubetes .

Na casa de germinação, os recipientes ocuparam 100% da capacidade

da bandeja e na área a céu aberto, 25 % da área da mesa telada.

3.4.2 Substratos

Foram usados quatro substratos, sendo três formulações comerciais:

substrato de fibra de coco (FB); substrato de cascas de árvores, turfa e vermiculita (CATV);

substrato de cascas de pinus e vermiculita (CPV); e um Mix, usado rotineiramente no viveiro

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da Empresa, composto por 70% em volume do substrato de cascas de pinus e vermiculita

(CPV) e 30% em volume do substrato de fibra de coco (FB). As análises laboratoriais,

apresentadas nas Tabelas 8 e 9 indicam a nutrição correspondente a cada um destes substratos.

3.4.3 Adubação

Como adubação de base foi usada a formulação 15:10:10 de osmocote,

e realizada uma mistura homogênea com 4 Kg para cada m3 dos quatro substratos (antes do

enchimento dos tubetes). A análise laboratorial confirmou os teores de nutrientes informados

pelos fabricantes.

Nas adubações de cobertura, que seguiram os critérios adotados pela

Empresa para esta cultura, os adubos foram aplicados via água de irrigação, no último horário

pré-estabelecido de irrigação (com a lâmina convencionada de 2 mm, na última passagem da

barra pelo canteiro).

Na primeira adubação, aos 85 DAS, usou-se: 3,0 g L-1 de nitrato de

cálcio; 1,0 g L-1 de sulfato de amônia; 1,0 g L-1 de nitrato de potássio e 1,2 g L-1 de sulfato de

magnésio.

Na segunda adubação, aos 100 DAS, usou-se: 0,690 g L-1 de K20 e

0,418 g L-1 de cálcio.

As análises dos adubos utilizados na pesquisa corresponderam com as

informações dos fabricantes: O cloreto de potássio apresentou 61% K2O; o MAP, 13% de N e

64% de P2O5; o nitrato de cálcio, 14% de N e 19% de Ca; o sulfato de amônio, 19% de N e

23,50 de S; o cloreto de potássio, 13% de P2O5 e o sulfato de magnésio, 10% de magnésio e

14% de enxofre.

3.4.4 Água

A água usada para a irrigação das mudas na fase germinativa foi de um

poço artesiano, e nas fases de crescimento e rustificação foi de fonte natural (córrego).

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3.5 Metodologia

3.5.1 Semeadura

Foi adotado o método de semeio manual, sendo colocadas até quatro

sementes nuas por tubete. Após a colocação das sementes, estas foram cobertas (com o auxílio

de uma peneira) por uma fina camada do substrato correspondente, sendo em seguida

irrigadas.

Foram semeadas 40.000 embalagens, sendo 10.000 para cada

substrato.

3.5.2 Germinação

Os tubetes foram levados à casa de germinação onde permaneceram

por 50 dias sob condição de sombra a 30%, sendo que durante esse período, através de

microaspersores, a irrigação foi acionada toda vez que o substrato apresentava-se levemente

seco.

3.5.3 Desbaste

No quadragésimo dia iniciou-se o desbaste (com tesoura) das plantas

excedentes, deixando uma planta por tubete (a seleção obedeceu ao critério de escolher a mais

vigorosa, sadia e centralizada).

3.5.4 Alternagem e encanteiramento à plena luz

As plantas foram separadas aos 50 DAS (dias após semeadura) em três

lotes, compostos por plantas pequenas (10% das embalagens com germinação), médias (60%)

e maiores (40%). Para cada substrato foram separadas e medidas (do grupo das médias e

maiores) 1600 plantas para compor a área útil (cada repetição continha 80 plantas úteis) e, 680

plantas para compor a bordadura, com altura e diâmetros equivalentes, que foram alternadas

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ocupando área (definida pela experiência prática do autor (LOPES, 2004)) de 49 cm2 cada

uma, conforme pode ser observado na Figura 4, em anexo 4.

3.6 Aplicação dos tratamentos

Para cada lâmina de irrigação foi definido um canteiro, composto pelas

plantas dividas em blocos. Cada bloco que formava a repetição (4 repetições) continha os

quatro substratos, cada um com 80 plantas úteis mais bordadura (dupla) correspondente. Desta

maneira, foram formados os tratamentos:

T 1: Lâmina de irrigação de 6 mm dia-1 e substrato Mix (70% de casca de pinus e

vermiculita (CPV) mais 30% de substrato de fibra de coco (FB));

T 2: Lâmina de irrigação de 6 mm dia-1 e substrato de fibra de coco (FB);

T 3: Lâmina de irrigação de 6 mm dia-1 e substrato de casca de pinus e vermiculita (CPV);

T 4: Lâmina de irrigação de 6 mm dia-1 e substrato de cascas de árvores, turfa e

vermiculita (CATV);

T 5: Lâmina de irrigação de 8 mm dia-1 e substrato Mix (70% de casca de pinus e

vermiculita (CPV) mais 30% de substrato de fibra de coco (FB));

T 6: Lâmina de irrigação de 8 mm dia-1 e substrato de fibra de coco (FB);

T 7: Lâmina de irrigação de 8 mm dia-1 e substrato de casca de pinus e vermiculita (CPV);

T 8: Lâmina de irrigação de 8 mm dia-1 e substrato de cascas de árvores, turfa e

vermiculita (CATV);

T 9: Lâmina de irrigação de 10 mm dia-1 e substrato Mix (70% de casca de pinus e

vermiculita (CPV) mais 30% de substrato de fibra de coco (FB));

T 10: Lâmina de irrigação de 10 mm dia-1 e substrato de fibra de coco (FB);

T 11: Lâmina de irrigação de 10 mm dia-1 e substrato de casca de pinus e vermiculita

(CPV);

T 12: Lâmina de irrigação de 10 mm dia-1 e substrato de cascas de árvores, turfa e

vermiculita (CATV);

T 13: Lâmina de irrigação de 12 mm dia-1 e substrato Mix (70% de casca de pinus e

vermiculita (CPV) mais 30% de substrato de fibra de coco (FB));

T 14: Lâmina de irrigação de 12 mm dia-1 e substrato de fibra de coco (FB);

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T 15: Lâmina de irrigação de 12 mm dia-1 e substrato de casca de pinus e vermiculita

(CPV);

T 16: Lâmina de irrigação de 12 mm dia-1 e substrato de cascas de árvores, turfa e

vermiculita (CATV);

T 17: Lâmina de irrigação de 14 mm dia-1 e substrato Mix (70% de casca de pinus e

vermiculita (CPV) mais 30% de substrato de fibra de coco (FB));

T 18: Lâmina de irrigação de 14 mm dia-1 e substrato de fibra de coco (FB);

T 19: Lâmina de irrigação de 14 mm dia-1 e substrato de casca de pinus e vermiculita

(CPV);

T 20: Lâmina de irrigação de 14 mm dia-1 e substrato de cascas de árvores, turfa e

vermiculita (CATV).

Até o início da aplicação das lâminas de irrigação específicas (a partir

dos 65 DAS), as plantas foram irrigadas (para os quatro substratos) por aspersores com vazão

de 670 L h-1, conforme os critérios adotados normalmente na empresa para a espécie. A partir

de experiência prática do autor (LOPES, 2004), foram definidas cinco lâminas diárias para

cada substrato (5,91 mm; 7,88 mm, 9,85 mm, 11,82 mm e 13,79 mm), convencionadas

respectivamente de lâminas 6 mm, 8 mm, 10 mm, 12 mm e 14 mm.

A freqüência de aplicação, que normalmente ocorre nos viveiros

florestais de três até cinco vezes ao dia (a variação é em função do sistema de irrigação), foi

definida a partir da experiência prática do autor (LOPES, 2004), em três horários ao longo do

dia (10, 13 e 16 horas), com distribuição nos canteiros da seguinte maneira:

a) Sob lâmina de 6 mm: 2,0 mm em cada um dos horários;

b) Sob lâmina de 8 mm: 2,0 mm nos horários das 10 h e 16 h e de 4 mm no horário das

13 h;

c) Sob lâmina de 10 mm: 2,0 mm no horário das 10 h e de 4,0 mm nos horários de 13 h e

16 h;

d) Sob lâmina de 12 mm: 2,0 mm no horário das 10 h, 4 mm no horário das 13 h e de 6

mm no horário das 16 h;

e) Sob lâmina de 14 mm: 2,0 mm no horário das 10 h e de 6 mm nos horários das 13 h e

16 h.

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3.7 Layout do experimento

Foram formados cinco canteiros longitudinais (compostos pelas mesas

teladas), expostos lado a lado. Cada canteiro recebia a lâmina de irrigação específica; nele

havia os blocos com as mudas de cada substrato, por exemplo, o primeiro canteiro recebia a

lâmina de 6 mm diários e continha para cada bloco, os quatro substratos e as quatro repetições,

o segundo canteiro recebia a lâmina de 8 mm diários e continha para cada bloco, os quatro

substratos e as quatro repetições e assim sucessivamente, até o quinto canteiro que recebia a

lâmina de 14 mm diários. Na Figura 5, em anexo 4, pode se observar os canteiros com as

mudas em formação.

3.8 Avaliações dos tratamentos

Transcorridos 30 dias da aplicação das lâminas nas plantas, foram

conduzidas às avaliações fisiológicas de teor relativo de água na folha e, passados mais seis

dias (36 após), foram realizadas as avaliações de transpiração, com as mudas no viveiro. Ao

final de 42 dias, foram determinadas as características morfológicas e nutricionais das plantas

e químicas dos substratos e adubos. A sobrevivência foi avaliada em três ocasiões, sendo a

primeira aos 24 DAL (dias após a aplicação das lâminas), a segunda aos 37 DAL e a terceira,

considerada final, aos 42 DAL.

3.8.1 Determinação das características físicas dos substratos

Os substratos foram caracterizados fisicamente pelo método do

Laboratório do Departamento de Ciências Florestais da Faculdade de Ciências Agronômicas

da UNESP de Botucatu, desenvolvido por Carvalho e Silva (1992), e descrito por Silva

(1998), Trigueiro (2002) e Lopes (2002).

A metodologia utilizada foi a seguinte:

a) Preparo dos tubetes: Todos os tubetes foram numerados (para possibilitar a

identificação) e suas massas determinadas com auxílio de balança analítica e suas

capacidades volumétricas determinadas. A abertura inferior foi vedada por um botão

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de quatro furos para evitar a perda de substrato durante a determinação;

b) Enchimento dos tubetes: Os tubetes foram preenchidos manualmente com cada um

dos substratos desta pesquisa, em um protótipo de compactação, semelhante aos que

são usados nos viveiros de produção de mudas comerciais, procedendo-se

inicialmente em seis batimentos, para a seguir serem completados com substrato;

sofreram mais quatro batimentos, sendo completados e, finalmente, mais dois

batimentos e foram completados;

c) Absorção de água: Foi colocada água em uma caixa plástica do tipo conteiner de

laranja, na qual foi acomodada uma bandeja de polietileno para suporte dos tubetes

que foram colocados sem pressão. O nível de água na caixa foi o correspondente à

borda superior do tubete. O período inicial de absorção de água foi de 1 hora, e logo

após, os tubetes foram colocados em um suporte (o mesmo do protótipo) para

drenagem por 30 minutos; depois, foram completados todos os volumes com mais

substrato, para compensar a acomodação inicial, e foram retornados para a caixa de

água por mais uma hora para nova absorção;

d) Primeira determinação de massa (encharcado): Cada tubete foi levantado tampando-se

os orifícios do botão, para não drenar a água existente. Foi enxugada a água aderida

na superfície externa e, com auxílio de uma balança analítica, a massa foi

determinada;

e) Drenagem: A drenagem foi dividida em duas etapas, sendo a primeira com os tubetes

suspensos, com a superfície de drenagem livre, durante 1 hora. Posteriormente,

foram mantidos em drenagem com o fundo sobre folhas de papel absorvente e uma

lâmina de espuma plástica por 12 horas;

f) Segunda determinação de massa (drenado): Os tubetes foram retirados do suporte e

determinadas as suas massas com auxílio de balança analítica;

g) Secagem: Foi retirado todo o substrato drenado dos tubetes e transferido para

cápsulas de alumínio (identificadas e com massa definida), que foram levadas para

estufa à temperatura de 75 °C, na qual permaneceram por 24 horas;

h) Terceira determinação de massa (seca): As cápsulas foram retiradas da estufa e

vedadas até ocorrer o resfriamento, quando ocorreu a medição da massa.

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Para obtenção da porosidade foram usadas as seguintes fórmulas:

Porosidade Total (%) = Macroporosidade (%) + Microporosidade (%)

Macroporosidade (%) = A – B X 100

C

Microporosidade (%) = B – D – E X 100

C

onde,

A = Massa do substrato encharcado (g)

B = Massa drenada (g)

C = Volume do conteiner (cm³)

D = Massa seca do substrato (g)

E = Massa do conteiner (g)

3.8.2 Determinação das características fisiológicas

3.8.2.1 Determinação do teor relativo de água na folha

Para esta determinação foram usadas 64 plantas (devido à mortalidade

das plantas sob lâmina de 6 mm, não foram utilizadas as plantas destes tratamentos) e adotada

a metodologia desenvolvida por Stocker (1928), descrita por Klar (1984):

Na noite anterior às avaliações, todas as plantas foram submetidas a

subirrigação até a capacidade de campo e deixadas drenando livremente. No dia do teste,

foram cortados (com um anel vazado) seis discos de 8,75 mm de diâmetro das folhas

(localizadas no terço mediano) de uma mesma planta para cada repetição. Após medida a

matéria fresca, todos os discos foram acondicionados em frascos com água destilada

sobrenadante e devidamente tampados, colocados em ambiente refrigerado e escuro (+ ou -

2°C) até massa constante (24 horas). Após a saturação, foram secos em papel filtro (com a

mesma pressão, pela mesma pessoa) e medido a matéria saturada. Em seguida, os discos

foram acondicionados em papel alumínio e levados à estufa (70°C) até massa constante (12

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28

horas). Feito isto, determinou-se o teor relativo de água na folha (TRF) para cada tratamento

através da equação:

Teor Relativo (%) = Massa fresca (g) – Massa seca (g) X 100

Massa saturada (g) – Massa seca (g)

3.8.2.2 Determinação da transpiração

Para determinação desta característica fisiológica, foram usadas 160

plantas e adotada a metodologia descrita por Silva (2003), obtendo-se os resultados através do

método de pesagens (ou determinação das massas).

Os tubetes contendo as plantas (2 por repetição), foram retirados dos

canteiros após o entardecer e submetidos a subirrigação até a capacidade de campo. Após a

drenagem, foram envolvidos individualmente com saquinhos plásticos e amarrados com tiras

elásticas no colo da planta para evitar perdas de água por evaporação (Figura 6, em anexo 4).

No início da manhã seguinte, estes tubetes tiveram sua massa determinada sendo colocados

em bandejas plásticas que foram suspensas e expostas ao sol. A cada 2 horas a partir das 7 h e

45 min foram determinadas as massas de cada tubete até às 16 h e 45 min. As últimas

determinações de massa ocorreram às 7 h e 45 min do dia seguinte. A diferença das massas

inicial e final indicava a água perdida em 24 horas pela transpiração de cada planta. Para

obtenção da estimativa da transpiração das plantas por unidade de área, relacionou-se a perda

de água com a área foliar.

3.9 Determinação da sobrevivência das plantas no viveiro

Para avaliar a sobrevivência, foi realizado censo em todas as parcelas

em três ocasiões.

3.10 Determinação das características morfológicas

Para esta determinação foram avaliadas 800 plantas (10 para cada

repetição): altura de parte aérea (H em cm), diâmetro de colo (D em mm), área foliar (AF em

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29

cm2), massa seca de parte aérea (MSPA em g), massa seca de raízes (MSR em g), número de

pares de folhas (PF em quantidade numérica) e número de ramos (NR em quantidade

numérica).

Os instrumentos usados para as determinações foram: paquímetro

digital Starrett®- modelo 727-2001, régua numerada, balança de precisão e medidor de área

foliar LI-COR®- modelo LI-3000 A (que foi usado para definir a área de plantas com folhas

de comprimento e largura definidas, as quais foram submetidas a um teste de regressão linear,

para ajuste de equação usada no cálculo das áreas foliares, posteriormente à digitalização das

imagens destas folhas).

As determinações iniciaram-se na manhã seguinte ao último dia da

aplicação das lâminas. Primeiramente, determinou-se o diâmetro das plantas, após a altura da

haste, para então serem cortadas e armazenadas em sacos plásticos sob refrigeração, para que

de maneira gradativa fossem sendo avaliados os números de folhas e de ramos, digitalizadas

as imagens das folhas, separadas as raízes dos substratos e realizada a secagem dos órgãos da

planta em estufa a 60°C até obtenção de massa constante.

3.11 Determinação das características nutricionais das plantas

Para a caracterização nutricional, as plantas foram divididas em

sistema radicular e parte aérea. As análises foram realizadas no Laboratório de Nutrição

Mineral de Plantas do DRN (Departamento de Recursos Naturais) / Ciência do Solo, onde

foram determinadas as concentrações de macro e micronutrientes, segundo a metodologia

descrita por Malavolta el al. (1977), sendo o nitrogênio total (N total) determinado pelo

método semimicro Kjedahl e o fósforo (P total) por colorimetria do metavanadato, o enxofre

por turbidimetria do sulfato de bário e os elementos como potássio (K), cálcio (Ca), magnésio

(Mg), cobre (Cu), ferro (Fe), manganês (Mn) e zinco (Zn) por espectrofotometria de absorção

atômica. Para extração do boro (B) foi realizada a incineração e para a análise, a colorimetria

da azometina H.

3.12 Determinação das características químicas dos substratos antes e após a

produção das mudas

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30

Para a determinação das características de cada substrato antes da

produção das mudas, foi formada uma amostra composta de cada um (Mix, FB, CPV e

CATV), tomando-se o cuidado de coletar as sub amostras no terço intermediário das

embalagens. Para as determinações realizadas após a produção, os substratos das 10 raízes

para cada repetição foram retirados do sistema radicular (antes das raízes serem lavadas) e

acondicionados em sacos plásticos. As análises foram feitas no Departamento de Recursos

Naturais - Ciência do Solo, da FCA, para as 80 amostras. Foi usada a metodologia do

Laboratório de Análise de Fertilizantes e Corretivos (Ministério da Agricultura, 1988) deste

departamento, para determinação dos nutrientes totais.

Para a determinação dos nutrientes disponíveis nos substratos: zinco

(Zn), ferro (Fe), manganês (Mn), cobre (Cu), potássio (K), cálcio (Ca) e magnésio (Mg) foi

seguida a metodologia descrita por Sonneveld et al. (1990), apud Abreu et al. (2002),

normalmente empregada pela indústria de substratos da Holanda. Preparou-se uma mistura de

duas partes de água destilada para uma de substrato (2:1), que permaneceu em repouso durante

três horas. A seguir as amostras foram colocadas em um agitador TECNAL a 160 RPM,

durante 15 minutos. Após, o material permaneceu em repouso durante 30 minutos e a partir

daí, obteve-se o extrato através da filtragem em papel filtro. A partir do extrato, utilizando

espectrofotômetro de absorção atômica, marca Perkin Elmer, Mod. 2380®, foram

determinados os teores disponíveis (em mg L-¹ e g L-¹) dos nutrientes.

O nitrogênio total (N) foi determinado pelo método semi-micro

Kjedahl. Para determinação de fósforo (P), enxofre (S) e boro (B) disponíveis nos substratos,

foi usado indução através de plasma, com o equipamento Plasma ICP- Modelo Thermo Jarrel

Ash, do Laboratório de Solo e Planta do Departamento de Produção Vegetal/Área de

Agricultura.

Para determinação do potencial de hidrogênio (pH) e da condutividade

elétrica (EC), adotou-se a mesma metodologia usada para os nutrientes disponíveis, obtendo-

se as leituras através de um pH-metro, marca Micronal, Mod. B474® e um condutivímetro

marca Mettler Toledo, Mod. MC226®.

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4 RESULTADOS E DISCUSSÃO

4.1 Características físicas dos substratos

A análise dos substratos, realizada conforme a metodologia do

Laboratório do Departamento de Ciências Florestais da FCA, demonstrou que o substrato FB

apresentou 73,23% de poros totais (Tabela 1). No entanto, quando os resultados desta análise

são confrontados com a análise fornecida pela Empresa Amafibra (em anexo 2) verifica-se que

a porosidade total deste material é de 94% (20% de macroporos e 74% de microporos), que se

assemelham aos resultados de Fermino (2002), o qual apresenta a fibra de coco como o

material com maior percentual de poros (98%) e menor de sólidos (2%). Para os substratos

CPV e CATV, os resultados obtidos são semelhantes aos encontrados por outros

pesquisadores e se encontram dentro da faixa estabelecida por Gonçalves e Poggiani (1996),

que julgam adequado que a porosidade total esteja entre 75 e 85%. Em relação à porosidade

total do Mix é possível, que a metodologia (do Laboratório de Ciências Florestais) usada para

a determinação não esteja adequada para quando se usam fibras de coco como substrato,

conforme detectado para o substrato FB.

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32

Tabela 1. Resultados das características físicas dos substratos, segundo a metodologia do

Laboratório do Departamento de Ciências Florestais da FCA.

Substrato Característica Mix FB CPV CATV

Porosidade total (%) 75,52 73,23 76,50 78,67 - Macroporosidade (%) 30,82 32,88 29,94 25,31 - Microporosidade (%) 44,70 40,35 46,56 53,36

4.2 Características fisiológicas

4.2.1 Teor relativo de água na folha (TRF)

Analisando-se os valores obtidos pela análise de regressão para cada

substrato, em função das lâminas de irrigação, verifica-se que houve boa correlação entre as

lâminas aplicadas e o TRF, sendo que o aumento da lâmina de irrigação aumentou o teor de

água na folha, como era de se esperar. Para cada substrato, as mudas apresentaram teor

relativo de água diferente, conforme pode ser verificado na Figura 7, sendo que inicialmente,

sob a lâmina de 8 mm dia–1, as plantas produzidas com o substrato CPV apresentaram o menor

TRF (57,11%) e as plantas produzidas com o substrato CATV, o maior (64,03%). Sob a

lâmina de 14 mm dia–1, o maior TRF foi obtido pelas plantas produzidas com o substrato Mix

(88,64%) e o menor pelas plantas produzidas com o substrato CATV (83,26%); sob esta

mesma lâmina, as plantas produzidas com os substratos FB e CPV apresentaram TRF

similares (85,92% e 85,25%, respectivamente).

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33

Teor Relativo de Água Na Folha

50,00

55,00

60,00

65,00

70,00

75,00

80,00

85,00

90,00

8 10 12

Teor

Rel

. de

Águ

a (%

)

14

Lâmina (mm dia-1)

Subs Mix=>y= 10,2251 + 6,69706 X x - 0,07828 X x^2 r²= 0,96**Subs. FB=>y= 45,10425 + 1,34075 X x + 0,1125 X x^2 r²= 0,90**Subs. CPV=>y= 76,2845 - 6,447 X x - 0,50625 X x^2 r²= 0,93**Subs CATV=>y= - 1,124 + 10,9671 X x - 0,3528 X x^2 r²= 0,73**

Figura 7. TRF, aos 30 DAL, nas mudas produzidas em cada substrato, em função das lâminas

de irrigação.

4.2.2 Transpiração

As plantas, aos 36 DAL, produzidas em cada um dos substratos

apresentaram particularidades sob cada lâmina. No entanto, em função dos horários do dia, a

transpiração foi maior ou menor conforme pode ser verificado nas Figuras 8, 9, 10 e 11.

Não houve diferença estatística para as plantas de um mesmo substrato

(Tabela 2), em função das lâminas, o que pode ser explicado pelo fato de que o dia mostrou-se

nublado durante a maior parte do tempo; no entanto, houve uma tendência de quanto maior a

lâmina, maior a transpiração, independente do substrato. E embora cada um deles tenha tido

um comportamento distinto, em função de suas características físicas, observa-se que para as

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34

Tabela 2. Transpiração diária das mudas, aos 36 DAL, para os substratos, em função das

lâminas de irrigação. Transpiração

......... mg m² s-1 ..........

Substrato

Lâmina

(mm dia-1)

Mix FB CPV CATV

6 10,42 12,29 10,86 10,02

8 10,76 12,92 11,46 11,86

10 11,05 14,74 11,86 11,97

12 11,35 16,42 11,96 12,00

14 11,74 16,61 12,08 12,47

D.M.S 2,6973 4,899 2,8318 4,3091

D.M.S. – Diferença mínima estatística do Teste de Tukey (α = 5%).

- médias seguidas de letras iguais na vertical não diferem pelo Teste de Tukey, ao nível de 5% de significância.

Substrato FB

2,00

3,00

4,00

5,00

8 - 10 10 -13 13 - 15 15 -17Horários (h)

Tran

spira

ção

(mg

m² s

-¹)

Lâmina 6 mm Lâmina 8 mm Lâmina 10 mmLâmina 12 mm Lâmina 14 mm

Figura 8. Transpiração, aos 36 DAL, ao longo do dia, para as plantas sob cada lâmina de irrigação, produzidas com o substrato FB.

plantas produzidas em FB, a transpiração se diferenciou mais entre as lâminas. Já para as

plantas produzidas com CPV, sob lâminas de 10 e 14 mm dia-1, a transpiração foi similar;

também para as plantas produzidas com CATV, obteve-se um resultado similar às plantas

produzidas em CPV, porém menos pronunciada. Silva (1998) e Ismael (2001) observaram

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35

que, em plantas de eucalipto menos estressadas de água, a transpiração ocorreu em taxas

maiores.

Substrato Mix

1,50

2,50

3,50

8 - 10 10 -13 13 - 15 15 -17Horários (h)

Tran

spira

ção

(mg

m² s

-¹)

Lâmina 6 mm Lâmina 8 mm Lâmina 10 mmLâmina 12 mm Lâmina 14 mm

Figura 9. Transpiração, aos 36 DAL, ao longo do dia, para as plantas sob cada lâmina de

irrigação, produzidas com o substrato Mix.

Substrato CATV

1,00

2,00

3,00

4,00

8 - 10 10 -13 13 - 15 15 -17Horários

Tran

spira

ção

(mg

m² s

-¹)

Lâmina 6 mm Lâmina 8 mm Lâmina 10 mmLâmina 12 mm Lâmina 14 mm

Figura 10. Transpiração, aos 36 DAL, ao longo do dia, para as plantas sob cada lâmina de

irrigação, produzidas com o substrato CATV.

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36

Substrato CPV

1,90

2,30

2,70

3,10

3,50

8 - 10 10 -13 13 - 15 15 -17 Horário (h)

Tran

spira

ção

(mg

m² s

-¹)

Lâmina 6 mm Lâmina 8 mm Lâmina 10 mmLâmina 12 mm Lâmina 14 mm

Figura 11. Transpiração, aos 36 DAL, ao longo do dia, para as plantas sob cada lâmina de

irrigação, produzidas com o substrato CPV.

4.3 Sobrevivência

Observando-se a Tabela 3, aos 24 DAL, verifica-se que sob a lâmina

de 6 mm dia-1 houve a maior mortalidade de mudas, independente do substrato (Figura 12, em

anexo 5). De modo geral, para as demais lâminas não houve diferença estatística; porém,

analisando-se economicamente, as melhores lâminas para a garantia da sobrevivência das

mudas foram as de 10, 12 e 14 mm dia-1, onde ocorreram porcentagens mínimas de morte.

A partir dos 37 DAL (Figuras 13 e 14, em anexo 5), já com

temperaturas diárias bem mais elevadas (anexo 1) do que às da ocasião do censo anterior,

verificam-se as maiores mortalidades de mudas sob as lâminas de 6, 8 e 10 mm dia-1,

independentemente do substrato. Sob a lâmina de 12 mm dia-1, a maior porcentagem de

sobrevivência ocorreu no substrato FB, representando perdas de 4%, o que economicamente

ainda é muito bom. Considerando-se todos os substratos, a melhor lâmina para a sobrevivência

de mudas foi a de 14 mm dia-1. (Tabela 4).

Em relação ao censo realizado aos 37 DAL, neste, aos 42 DAL,

ocorreu uma estabilização na sobrevivência sob todas as lâminas, à exceção das mudas sob a

lâmina de 6 mm dia-1, cujas mortes ainda continuaram a ocorrer, conforme pode ser verificado

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37

na Tabela 5. Sob a lâmina de 14 mm dia-1, a sobrevivência das mudas foi considerada ótima

em todos os substratos, pois geralmente se observam perdas nos viveiros, próximas de 5% nas

fases de crescimento e de rustificação (LOPES, 2004). Figuras 14 e 15, em anexo 6.

Tabela 3. Sobrevivência das mudas aos 24 DAL, para os substratos, em função das lâminas de

irrigação. Sobrevivência

..........%...........

Substrato

Lâmina

(mm dia-1)

Mix FB CPV CATV

6 78,50 b 73,00 b 93,00 b 58,75 c

8 83,75 ab 85,25 ab 96,50 ab 83,50 b

10 100,00 a 100,00 a 100,00 a 99,75 a

12 100,00 a 100,00 a 100,00 a 100,00 a

14 99,75 ab 99,75 a 100,00 a 100,00 a

D.M.S 21,28 17,77 5,25 10,62

D.M.S. – Diferença mínima estatística do Teste de Tukey (α = 5%).

médias seguidas de letras iguais na vertical não diferem pelo Teste de Tukey, ao nível de 5% de significância.

Analisando-se a sobrevivência final das mudas, verifica-se que

independentemente do substrato que foi usado, a mortalidade ocorreu em proporções

inaceitáveis sob as lâminas de 6 , 8 e 10 mm dia-1, conforme pode ser observado na Figura 16.

Sob as lâminas de 14 mm dia-1, a sobrevivência das mudas foi considerada ótima para todos os

substratos. Já sob a lâmina de 12 mm dia-1, os substratos que garantiram a maior porcentagem

de vivas foram o FB e o Mix (que ainda permaneceu dentro dos 7% de perdas nas fases de

crescimento e de rustificação); os demais tiveram perdas de 9,5% (CATV) e de 8,5% (CPV), o

que já começou a comprometer a produção.

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Sobrevivência Final

0

20

40

60

80

100

6 8 10 12 14

Lâminas (mm dia-1)

Sobr

eviv

ênci

a (%

)

38

MIX FB CPV CATV

Figura 16. Sobrevivência final das mudas em cada substrato, sob cada lâmina de irrigação.

Tabela 4. Sobrevivência das mudas, aos 37 DAL, para os substratos em função das lâminas de

irrigação. Sobrevivência

..........%...........

Substrato

Lâmina

(mm dia-1)

Mix FB CPV CATV

6 49,00 e 51,25 e 46,50 e 44,00 e

8 54,75 d 61,00 d 49,50 d 46,25 d

10 61,00 c 64,75 c 54,00 c 49,75 c

12 94,25 b 96,00 b 91,50 b 90,50 b

14 99,25 a 99,75 a 98,50 a 98,25 a

D.M.S 2,068 2,148 2,016 2,005

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39

D.M.S. – Diferença mínima estatística do Teste de Tukey (α = 5%).

– médias seguidas de letras iguais na vertical não diferem pelo Teste de Tukey, ao nível de 5% de significância.

Tabela 5. Sobrevivência das mudas, aos 42 DAL, para os substratos, em função das lâminas de

irrigação. Sobrevivência

..........%...........

Substrato

Lâmina

(mm dia-1)

Mix FB CPV CATV

6 18,50 e 21,75 e 19,25 e 18,50 d

8 24,75 d 26,00 d 23,25 d 20,25 d

10 61,00 c 64,75 c 54,00 c 49,75 c

12 94,25 b 96,00 b 91,50 b 90,50 b

14 99,25 a 99,75 a 98,25 a 97,50 a

D.M.S 1,96 2,30 1,41 2,005

D.M.S. – Diferença mínima estatística do Teste de Tukey (α = 5%).

– médias seguidas de letras iguais na vertical não diferem pelo Teste de Tukey, ao nível de 5% de significância.

4.4 Características morfológicas

4.4.1 Altura de parte aérea (H)

Houve boa correlação entre as lâminas de irrigação aplicadas e H em

todos os substratos, pela análise de regressão apresentada na Figura 17. Conforme os critérios

de Gomes et al. (1996), que estabeleceram valores de 15 a 30 cm para altura média de mudas

de E. grandis para plantio, nesta pesquisa foi verificado, que o substrato FB foi o único que

possibilitou às plantas, altura média de 27,42 cm, com aplicação de lâmina de irrigação de 9

mm dia-1. Com esta mesma lâmina, para as mudas em Mix, a altura média foi de 26,89 cm;

para as mudas em CPV, de 24,65 cm, e para as mudas em CATV, de 22,60 cm.

Para as mudas produzidas com o substrato Mix, o incremento em

altura foi proporcional ao aumento da lâmina até 13 mm dia-1 (para cada mm de lâmina

ocorreu um incremento médio de 2 cm); a partir de então, o incremento não seguiu a mesma

proporcionalidade, apesar de se manter constante (na faixa de 1 a 1,9 cm para cada mm de

lâmina). Para as mudas em FB, isso ocorreu até a lâmina de irrigação de 10 mm dia-1 e, a

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40

partir desta, o incremento foi menor (de 1,1 a 1,9 cm para cada mm de lâmina) até a lâmina de

14 mm dia-1.

0,00

5,00

10,00

15,00

20,00

25,00

30,00

35,00

40,00

6 8 10 12 14

Lâmina (mm dia-1)

H (c

m)

Subs MIX=> y = - 2,7643 + 3,9857 X x - 0,0768 X x² r²= 0,90**Subs FB => y = 1,1336 + 3,6761 X x - 0,0839 X x ² r²= 0,90**Subs CPV => y= 5,4994 + 2,4242 X x- 0,0329 X x² r² = 0,92**Subs CATV => y= 3,2850 + 1,6944 X x + 0,0453 X x² r² = 0,93**

Figura 17. Altura (H) das mudas, ao final do ciclo, nos substratos, sob efeito das lâminas de irrigação.

Para as mudas produzidas em CPV, o incremento de 2 cm na altura

para cada mm de lâmina de irrigação aplicada, ocorreu somente até a lâmina de 7 mm dia-1,

sendo que a partir desta, o incremento não seguiu a mesma proporcionalidade (1,1 a 1,9 cm

para cada mm de lâmina) até a lâmina de 14 mm dia-1, apesar de também ter sido constante. Já

para as mudas produzidas com CATV, o incremento de 2 cm na altura para cada mm de

lâmina de irrigação aplicada ocorreu até a lâmina de 4 mm dia-1. Para as mudas produzidas

com substrato FB, o incremento em altura foi proporcional ao aumento da lâmina de irrigação

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41

até 10 mm dia-1 (para cada mm de lâmina ocorreu um incremento médio de 2 cm); a partir de

então, não seguiu a mesma proporcionalidade, apesar de se manter constante.

Considerando e corroborando com os critérios de Gomes et al. (1996),

para altura de parte aérea, o ciclo vegetativo das mudas neste experimento poderia ter sido

menor (avaliado de 108 DAS).

Rawat et al. (1984) trabalhando com Eucalyptus tereticornis mantidos

em umi dades diferentes, concluíram que o crescimento em altura não foi proporcional ao

aumento da umidade. Alvarenga et al. (1994) estudando dois níveis de umidade (um na

capacidade de campo e outro com potencial de água no solo de – 1,5 MPa), em Eucalyptus

grandis, encontraram crescimento superior a 65% na altura para as plantas produzidas na

capacidade de campo.

4.4.2 Diâmetro de colo (D)

Analisando-se os valores encontrados pela análise de regressão

apresentada na Figura 18, verifica-se que houve boa correlação entre as lâminas de irrigação

aplicadas e o diâmetro das mudas nos diferentes substratos, também, que o incremento em

diâmetro, aumentou conforme aumentou a lâmina, de modo diferente para cada substrato. O

máximo valor de diâmetro ocorreu sob a lâmina de 14 mm dia-1, sendo de 3,05 mm para

mudas em substrato Mix, 3,03 mm para mudas em substrato FB, 2,75 mm para mudas em

substrato CATV e 2,72 mm para mudas em substrato CPV.

Conforme os critérios de Gomes et al. (1996), que estabeleceram para

diâmetro médio de mudas de E. grandis para plantio o valor mínimo de 2 mm, nessa pesquisa

foi obtido este valor, quando se usou lâmina de 5 mm dia-1, para mudas produzidas nos

substratos Mix, FB e CPV. Para mudas produzidas em CATV, foram necessários 7 mm dia-1

de lâmina, para atingir o mesmo valor de diâmetro.

No entanto, Lopes (2004), a partir de sua experiência prática,

considera que o diâmetro mínimo de 2 mm não seja bom e julga que este valor deva se maior

do que 2,5 mm para mudas de eucalipto. Considerando esta informação, obtiveram-se valores

médios maiores do que 2,5 mm de diâmetro para mudas em FB quando sob lâmina de 8 mm

dia-1, para as mudas nos substratos Mix e CPV quando sob lâmina de 9 mm dia-1, e para

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mudas em CATV, foram necessários 11 mm de lâmina de irrigação. Deste modo, o ciclo

vegetativo das mudas neste experimento poderia ter sido menor (avaliado de 108 DAS).

Sasse et al. (1996) e Silva (1998) estudando E. grandis encontraram

diferenças significativas nos diâmetros das mudas submetidas a manejos hídricos

diferenciados. Nos trabalhos com clones, quanto maior foi o estresse aplicado menor foi o

crescimento em diâmetro (SASSE et al., 1996). Nos trabalhos com sementes, apesar de ter

havido diferença significativa entre os níveis de estresse, não houve esta tendência (SILVA,

1998). Convém ressaltar que estes resultados foram obtidos com as mudas na fase de

rustificação (as mudas "já haviam crescido").

1,50

2,00

2,50

3,00

3,50

6 8 10 12 14

Lâmina (mm dia-1)

D (m

m)

Subs MIX => y= 0,8379 + 0,2627 X x - 0,0074 X x² r²= 68,78**

Subs FB => y= 0,9525 + 0,3014 X x - 0,0109 X x² r²= 85,42**

Subs CPV => y= 0,8704 + 0,2872 X x - 0,0111 X x² r²= 67,65**

Subs CATV=> y= 0,7031 + 0,2389 X x - 0,0066 X x² r²= 81,14**

Figura 18. Diâmetro de colo das mudas, ao final do ciclo, nos substratos, sob efeito das

lâminas de irrigação.

4.4.3 Relação entre diâmetro e altura (Rel H:D)

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43

Pela análise de regressão (obtida pelo ajuste de modelos linear e

quadráticos) apresentada na Figura 19, verifica-se que houve correlação entre as lâminas de

irrigação aplicadas e a relação H:D das mudas, sendo que nas produzidas em substrato Mix,

ocorreu uma relação constante à medida que se aumentou a lâmina (aumentou sempre 0,49 no

índice). Para as mudas em FB, a relação também aumentou à medida que se aumentou a

lâmina, em proporções constantes até a lâmina de 12 mm dia-1; a partir daí o aumento na

relação H:D ocorreu em índices menores. De modo geral, para mudas em CPV e em CATV,

a relação aumentou à medida que se aumentou a lâmina, o que não é considerado bom, pois o

crescimento em altura deve ser proporcional ao crescimento em diâmetro (neste caso, o

crescimento foi maior em altura e menor em diâmetro).

7,50

10,00

12,50

15,00

6 8 10 12 14

Lâmina (mm dia-1)

REL

H:D

Subs MIX => y= 5,8250 + 0,4885 X Lâm r²= 0,63**

Subs FB => y= 5,8566 + 0,4634 X x - 0,0022 X x² r²= 0,86**

Subs CPV=> y= 7,9923 - 0,0260 X x + 0,0230 X x² r²= 0,77**

Subs CATV => y= 6,5833 + 0,0813 X x + 0,0274 X x² r²= 0,87**

Figura 19. Relação H:D das mudas, ao final do ciclo, nos diferentes substratos, sob o efeito das lâminas de irrigação.

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44

4.4.4 Número de pares de folhas (PF)

Pela análise de regressão, demonstrada na Figura 20, houve correlação

entre as lâminas de irrigação aplicadas e o número de pares de folhas nas mudas, para todos

substratos (à exceção do Mix), sendo que para o substrato FB, o número de pares de folhas nas

mudas diminuiu até a lâmina de 12 mm dia-1; a partir desta aumentou gradativamente

(aproximadamente 2 pares para cada mm de lâmina). Para as mudas produzidas com substrato

CPV, o número de pares de folhas aumentou gradativamente, conforme se aumentou a lâmina

(1 folha para cada mm de lâmina). Para as mudas produzidas com substrato CATV, também

aumentou até a lâmina de 11 mm dia-1 (cerca de 2 pares para cada mm de lâmina); a partir

desta ocorreu uma diminuição sensível do número de pares de folhas. Considerando os

tratamentos, sem o efeito das lâminas, a média encontrada para esta característica demonstra

que, os substratos CPV e CATV possibilitaram crescimento de maior número de pares de

folhas nas mudas, diferindo estatisticamente dos demais (Tabela 6).

Tabela 6. Resultados médios para os tratamentos, do número de pares de folhas (PF), ao final

do ciclo, nos diferentes substratos. Substratos N° de Pares de Folhas

Casca de pinus e vermiculita

Cascas de árvores, turfa e vermiculita

Mix

Fibra de coco

17,15 a

16,65 a

14,90 b

14,30 b

D.M.S. = 1,68 - D.M.S. = Diferença Mínima Significativa do Teste de Tukey (α=5%) - médias seguidas de letras iguais na mesma coluna não diferem pelo Teste de Tukey, ao nível de 5% de significância.

De modo geral, não se encontram trabalhos com mudas de eucalipto

em que sejam quantificados os números de pares de folhas. No entanto, não era esperada

diferença entre os substratos, já que as plantas estavam distribuídas igualmente.

Possivelmente este resultado possa ser atribuído à nutrição de cada substrato.

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0

7

14

21

6 8 10 12 14

Lâmina (mm dia-1)

Par

es d

e Fo

lhas

Subs FB => y= 26,05 - 3,2 X x + 0,1875 X x² r²= 0,49**

Subs CPV => y= 18,9357 - 0,90179 X x + 0,06697 X x² r²= 0,40*

Subs CATV => y= -15,6714 + 6,3661 X x - 0,2902 X x² r²= 0,57**

Figura 20. Número de pares de folhas, ao final do ciclo, nos diferentes substratos, sob o efeito

das lâminas de irrigação.

4.4.5 Número de ramos (NR)

Com relação ao número de ramos, somente não foi verificada

correlação entre as lâminas de irrigação aplicadas e o número de ramos, para as mudas

produzidas com substrato Mix, conforme modelo de regressão linear apresentado na Figura

23. Observa-se que, nas plantas produzidas com os substratos FB e CPV, houve um aumento

gradativo do número de ramos (maior para CPV); para as mudas produzidas com substrato

CATV, os números de ramos aumentaram conforme se aumentou a lâmina até 11 mm dia-1, a

partir desta, ocorreu uma diminuição gradativa desta variável.

Considerando os tratamentos, sem o efeito das lâminas, a média

encontrada para esta característica demonstra que o substrato CPV foi melhor, não diferindo

estatisticamente do CATV. O pior resultado obtido foi do substrato Mix, que não diferiu

estatisticamente do substrato FB, conforme é demonstrado na Tabela 7.

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Tabela 7. Resultados médios para os tratamentos, do número de ramos (NR), ao final do ciclo,

nos diferentes substratos. Substratos N° de Ramos

Casca de pinus e vermiculita

Cascas de árvores, turfa e vermiculita

Mix

Fibra de coco

4,95 a

4,80 ab

4,05 bc

3,85 c

D.M.S. = 0,76

- D.M.S. = Diferença Mínima Significativa do Teste de Tukey (α=5%)

- médias seguidas de letras iguais na mesma coluna não diferem pelo Teste de Tukey, ao nível de 5% de

significância.

2

3

4

5

6

7

6 8 10 12 14

Lâmina (mm dia-1)

de

Ram

os

Subs FB => y= 7,3357 - 1,05179 X x + 0,06696 X x² r²= 0,56**

Subs CPV => y= 3,9143 - 0,1857 X x + 0,026786 X x² r²= 0,61**

Subs CATV => y= - 9,7357 + 2,85179 X x - 0,12946 X x² r²= 0,57**

Figura 23. Número de ramos, ao final do ciclo, nos diferentes substratos, sob o efeito das lâminas de irrigação.

O desenvolvimento de qualquer parte da planta está comprovadamente

relacionado à disponibilidade de água. No entanto, algumas características sofrem também, a

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influência direta da competição a que as plantas estão submetidas, como é o caso do número

de ramos, que é relacionado ao espaço que cada planta ocupa para desenvolver-se (quanto

maior a área que a planta ocupa, menor será a desrama natural).

A experiência prática do autor (LOPES, 2004), demonstra que plantas

produzidas ocupando área aproximada de 25 cm² (cada uma) de modo geral não apresentam

ramos, o que justifica a ausência deste critério de qualidade nos trabalhos publicados até então

com mudas de eucalipto. De modo geral até 2001, nos viveiros florestais, a produção ocorria

com este espaçamento (ou similar) entre plantas.

4.4.6 Matéria seca de raízes (MSR)

A matéria seca de raízes das mudas foi influenciada pelo regime

hídrico, como pode ser verificado na análise de regressão apresentada na Figura 24. Para todos

substratos ocorreu um aumento gradativo da matéria seca radicular, conforme se aumentou a

lâmina, sendo melhor para Mix e FB (cerca de 0,4 g de MSR para cada mm de lâmina).

Para matéria seca radicular em E. grandis, Alvarenga et al. (1994)

encontraram valores proporcionais à quantidade de água aplicada. Silva (2003) relata que

Bachelard (1986), não observou diferenças para esta característica entre as espécies E.

maculata e E. sieberi, em relação ao potencial de água no solo. Corroborando com este

resultado, Ismael (2001) observou que a matéria seca radicular de E. grandis não diferiu entre

os potenciais de – 0,05 e – 1,5 MPa no substrato.

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0,00

0,20

0,40

0,60

0,80

6 8 10 12 14

Lâmina (mm dia-1)

MS

R (g

)

Subs MIX => MSR= - 0,0696 + 0,0628 X x - 0,00076 X x² r²= 0,90**

Subs FB => MSR= 0,0467 + 0,0461 X x - 0,00022 X x² r²= 0,86**

Subs CPV => MSR= 0,01636 + 0,0666 X x - 0,00214 X x² r²= 0,50**

Subs CATV => MSR= - 0,20079 + 0,0733 X x - 0,0015 X x² r²= 0,92**

48

Figura 24. Matéria seca de raízes das mudas, ao final do ciclo, nos diferentes substratos, sob o

efeito das lâminas de irrigação.

4.4.7 Matéria seca de parte aérea (MSPA)

Em relação a MSPA, houve boa correlação pela análise de regressão

apresentada na Figura 25. Para as mudas produzidas em substrato Mix, o incremento em

MSPA ocorreu conforme se aumentou a lâmina de irrigação. Para as mudas produzidas em

substrato FB, o incremento foi de 12 g para cada mm de lâmina (até a lâmina de 14 mm dia-1).

Para as mudas produzidas em substrato CPV, observou-se a partir da lâmina de 12 mm dia-1,

que a incorporação foi menor. De modo geral, para as mudas produzidas em substrato CATV,

o incremento foi tendo o mesmo comportamento observado nas mudas em FB.

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49

0,00

0,25

0,50

0,75

1,00

1,25

1,50

1,75

6 8 10 12 14

Lâmina (mm dia -1)

MS

A (g

)

Subs MIX => MSA= - 0,6245 + 0,1954 X x - 0,0041 X x² r²= 0,90**

Subs FB => MSA= - 0,1301 + 0,1137 X x - 0,0004 X x² r²= 0,91**

Subs CPV => MSA= 0,0066 + 0,0987 X x - 0,0011 X x² r²= 0,88**

Subs CATV => MSA= - 0,1678 + 0,0687 X x + 0,0020 X x² r²= 0,94**

Figura 25. Matéria seca da parte aérea, ao final do ciclo, nos substratos sob o efeito das lâminas de irrigação.

Figura 25. Matéria seca da parte aérea, ao final do ciclo, nos substratos sob o efeito das lâminas de irrigação.

4.4.8 Matéria seca total (MST) 4.4.8 Matéria seca total (MST)

Com relação a esta característica, foi encontrada boa correlação, como

é demonstrado na análise de regressão apresentada na Figura 26. Para as mudas produzidas em

substrato Mix, o incremento foi crescente, mas inferior quando comparado às mudas

produzidas em FB (0,14 g para cada mm de lâmina aplicada), sob mesmas lâminas. Até a

lâmina de 14 mm dia-1, a incorporação de MST em mudas produzidas em CATV foi menor,

quando comparadas às produzidas em CPV e a partir deste ponto, foi sendo gradativamente

maior.

Com relação a esta característica, foi encontrada boa correlação, como

é demonstrado na análise de regressão apresentada na Figura 26. Para as mudas produzidas em

substrato Mix, o incremento foi crescente, mas inferior quando comparado às mudas

produzidas em FB (0,14 g para cada mm de lâmina aplicada), sob mesmas lâminas. Até a

lâmina de 14 mm dia-1, a incorporação de MST em mudas produzidas em CATV foi menor,

quando comparadas às produzidas em CPV e a partir deste ponto, foi sendo gradativamente

maior.

Alvarenga et al. (1994) observaram em E. grandis, redução na MST Alvarenga et al. (1994) observaram em E. grandis, redução na MST

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pelo nível de estresse hídrico. No entanto, Ismael (2001), observou que não houve diferenças

entre os regimes hídricos no conteúdo de matéria seca total. Myers & Landsberg (1989)

estudando mudas de E. maculata e E. brockwayi, sob diferentes regimes hídricos observaram

o aumento de matéria seca proporcional ao menor regime hídrico, de mesmo modo Teixeira et

al. (1995), concluíram que a MST, em diversos clones de Eucalyptus spp foi afetada de modo

favorável pelo nível de água no solo. Para Silva (1998), mudas de E. grandis em regime

hídrico severo, apresentaram menores conteúdos de MST.

0,00

0,40

0,80

1,20

1,60

2,00

2,40

6 8 10 12 14

Lâmina (mm dia -1)

MS

T (g

)

Subs MIX => MST= - 0,6941 + 0,2582 X x - 0,0048 X x² r²= 0,93**

Subs FB => MST= - 0,08334 + 0,1598 X x - 0,0007 X x² r²= 0,93**

Subs CPV => MST= 0,0229 + 0,1653 X x - 0,0033 X x² r²= 0,84**

Subs CATV => MST= - 0,3686 + 0,1421 X x + 0,0005 X x² r²= 0,95**

Figura 26. Matéria seca total das mudas, ao final do ciclo, nos diferentes substratos, sob o

efeito das lâminas de irrigação.

4.4.9 Área foliar (AF)

Dentre os demais substratos, pela análise de regressão apresentada na

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Figura 27 (onde está demonstrado haver uma boa correlação entre lâminas de irrigação e área

foliar), o substrato FB foi aquele que proporcionou nas mudas, maior área foliar. À medida

que a lâmina de água aplicada era maior (até 13 mm dia-1, o aumento foi de 10 cm² para cada

mm dia-1 de água aplicada; depois foi de 9 cm²). Resultado similar foi obtido com as mudas

produzidas em CPV. De modo geral, as lâminas de 14 mm dia-1 foram aquelas que

possibilitaram a máxima expansão foliar.

0,00

40,00

80,00

120,00

160,00

6 8 10 12 14

Lâmina (mm dia-1)

AF

(cm

²)

Subs MIX => AF= - 130,1448 + 36,4411 X x - 1,1333 X x² r²= 0,93**

Subs FB => AF= - 2,1461 + 13,2564 X x - 0,1265 X x² r²= 0,92**

Subs CPV => AF= - 19,3228 + 16,0777 X x - 0,2574 X x² r²= 0,88**

Subs CATV => AF= - 100,7854 + 28,1186 X x - 0,7660 X x² r²= 0,95**

Figura 27. Área foliar das mudas, ao final do ciclo, nos substratos, sob o efeito das lâminas de

irrigação.

Para Silva (1998) e Ismael (2001), em E. grandis, ocorreu redução da

área foliar à medida que o estresse hídrico era mais severo. Silva (2003) não encontrou

diferença estatística para esta característica quando avaliou dois níveis de estresse em mudas

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de E. grandis, o que é justificado pelo fato das mudas "já terem crescido" e estarem na fase de

rustificação, quando da aplicação dos níveis de estresse.

4.5 Características químicas dos substratos

4.5.1 Teores totais de nutrientes antes da produção das mudas

Analisando-se os resultados apresentados na Tabela 8, verifica-se que

o maior teor de nitrogênio foi obtido no substrato CPV e o menor no substrato CPV (0,57%) e

que, o maior teor de carbono foi obtido no substrato FB (50%) e o menor no substrato CATV.

Com relação à % de matéria orgânica, verifica-se que no substrato FB, o teor é maior (90%),

enquanto no CATV é menor (40%). Os dados de relação C:N são considerados altos quando

comparados à recomendação de Gonçalves e Poggiani (1996); no entanto não foram

observados problemas decorrentes destas relações elevadas (na fase inicial do

desenvolvimento das mudas não ocorreram deficiências de nitrogênio e atrasos no

crescimento); o que pode ser explicado pela presença do adubo osmocote (4 Kg m-³ de

15:10:10) e também, no caso dos substratos Mix e FB pela estabilidade biológica das fibras

de coco.

Tabela 8. Teores totais de carbono, nitrogênio e matéria orgânica e de pH e EC no extrato 2:1,

para os substratos, antes da produção das mudas. N M.O. C Rel C:N pH EC

Substrato ..................... % na matéria seca ......................... (µS cm-1)

Mix 0,77 79 43,89 57 : 1 4,19 1194

FB 0,57 90 50,00 88 : 1 4,40 1762

CPV 1,50 81 45,00 30 : 1 4,08 1079

CATV 0,63 40 22,23 35 : 1 4,79 4260

4.5.2 Teores de macronutrientes e micronutrientes disponíveis nos substratos

antes da produção das mudas

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Pelos resultados da análise apresentada na Tabela 9 verifica-se que, no

substrato Mix, foram obtidos os maiores teores de boro (0,078 mg Kg-1); no substrato FB, os

maiores teores de potássio (690,82 mg Kg-1), cobre (0,29 mg Kg-1) e de zinco (0,69 mg Kg-1);

no substrato CPV, os maiores teores de fósforo (71,86 mg Kg-1), ferro (0,30 mg Kg-1) e de

manganês (1,21 mg Kg-1) e no substrato CATV foram obtidos os maiores teores de magnésio

(454,30 mg Kg-1), cálcio (464,50 mg Kg-1) e de enxofre (62,78 mg Kg-1). No substrato FB e no

substrato CATV, não foi verificada a presença de boro. No substrato FB, foram obtidos os

menores teores de fósforo (9,05 mg Kg-1) e magnésio (23,50 mg Kg-1); nos substrato CPV, os

menores teores de potássio (57,82 mg Kg-1), cálcio (7,10 mg Kg-1) e enxofre (3,09 g Kg-1) e no

substrato CATV, os menores teores de ferro (0,07 mg Kg-1), cobre (0,06 mg Kg-1) e de zinco

(0,01 mg Kg-1).

Tabela 9. Teores de macronutrientes e micronutrientes disponíveis nos substratos,

antes da produção das mudas. Substrato

Nutriente Mix FB CPV CATV

Fósforo (mg kg-1) 58,71 9,05 71,86 42,80

Potássio (mg kg-1) 264,32 690,82 57,82 300,82

Magnésio (mg kg-1) 107,30 23,50 105,30 454,30

Cálcio (mg kg-1) 9,00 11,50 7,10 464,50

Boro (mg kg-1) 0,078 0,0 0,014 0,0

Enxofre (mg kg-1) 8,10 25,95 3,09 62,78

Ferro (mg kg-1) 0,10 0,25 0,30 0,07

Manganês (mg kg-1) 1,20 0,78 1,21 0,13

Cobre (mg kg-1) 0,07 0,29 0,24 0,06

Zinco (mg kg-1) 0,07 0,69 0,09 0,01

4.5.3 Teores de nutrientes nos substratos após a produção das mudas

4.5.3.1 Total de Nitrogênio (N)

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54

Analisando-se os resultados apresentados na Tabela 10, verifica-se que

os maiores teores foram obtidos no substrato CATV (variação de 1,02% a 1,47%) e os

menores, no CPV (variação de 0,69% a 0,89%). Para o substrato CPV não foi verificada

diferença estatística. Para os demais, sob a lâmina de 14 mm dia-1 foram obtidos os menores

teores.

Comparando-se os teores obtidos nos substratos ao final do ciclo de

produção das mudas, com os teores obtidos antes da produção (Tabela 8), verifica-se para

todos os substratos, uma elevação no teor de N. Augusto et al. (2003) na produção de mudas

de Croton floribundus e Copaifera langsdorfi, utilizando substrato com composição

semelhante a do CATV e fertirrigação via subirrigação com lodo de esgoto doméstico,

também verificaram aumento no final do ciclo.

Tabela 10. Teores totais de nitrogênio nos substratos, após a produção das mudas, em função

das lâminas de irrigação. N

..........% na matéria seca...........

Substrato

Lâmina

(mm dia-1)

Mix FB CPV CATV

6 1,16 ab 1,04 ab 0,89 a 1,47 a

8 1,41 ab 1,10 a 0,73 a 1,37 ab

10 1,47 a 1,04 ab 0,75 a 1,30 ab

12 1,28 ab 1,15 a 0,79 a 1,22 b

14 1,03 b 0,81 b 0,69 a 1,02 c

D.M.S 0,3911 0,2403 0,2797 0,1791

D.M.S. – Diferença mínima estatística do Teste de Tukey (α = 5%).

- médias seguidas de letras iguais na vertical não diferem pelo Teste de Tukey, ao nível de 5% de significância.

4.5.3.2 Total de matéria orgânica (M.O.)

Os maiores teores de M.O. nos substratos, após a produção das mudas

foram obtidos no FB (variação de 83,00% a 88,75%) e os menores, no substrato CPV

(variação de 36,50% a 42,50%). Analisando-se os resultados da análise estatística apresentada

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55

na Tabela 11, verifica-se que não ocorreram diferenças estatísticas, em função das lâminas a

que as plantas estiveram submetidas, para os substratos FB, CPV e CATV; para o substrato

Mix, sob a lâmina de 6 mm dia-1, os teores obtidos foram os maiores (81,50%), que diferiram

dos teores obtidos sob a lâmina de 14 mm dia-1 (62,75%).

Comparando-se os teores obtidos ao final da produção, com os teores

obtidos antes da produção (Tabela 8), verifica-se que para os substratos FB e CPV, houve

redução, enquanto que para o substrato CATV, ocorreu aumento. Para o substrato Mix, sob a

lâmina de 6 mm dia-1, ocorreu aumento e sob as demais lâminas, redução. Augusto et al.

(2003) na produção de mudas de Croton floribundus e Copaifera langsdorfi, utilizando

substrato com composição semelhante a do CATV e fertirrigação via subirrigação com lodo

de esgoto doméstico, verificaram redução no teor de M.O ao final do ciclo.

Tabela 11. Teores totais de matéria orgânica nos substratos, após a produção das mudas, em

função das lâminas de irrigação. M.O.

..........% na matéria seca...........

Substrato

Lâmina

(mm dia-1)

Mix FB CPV CATV

6 81,50 a 85,50 a 42,50 a 75,50 a

8 77,00 ab 88,75 a 40,25 a 78,50 a

10 76,00 ab 88,50 a 37,50 a 72,75 a

12 78,50 ab 82,50 a 38,50 a 76,75 a

14 62,75 b 83,00 a 36,50 a 73,50 a

D.M.S 18,655 7,9896 8,2246 8,5154

D.M.S. – Diferença mínima estatística do Teste de Tukey (α = 5%).

- médias seguidas de letras iguais na vertical não diferem pelo Teste de Tukey, ao nível de 5% de significância.

4.5.3.3 Total de carbono (C)

Com relação aos teores de carbono nos substratos após a produção das

mudas, demonstrados na Tabela 12, verifica-se que no substrato Mix, foram obtidos os

maiores teores (variação de 34,87% a 45,28%) e no substrato CPV, os menores teores

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56

(variação de 20,28% a 23,61%). Analisando-se cada substrato em função das lâminas a que as

plantas estiveram submetidas, verifica-se que não ocorreram diferenças estatísticas para CPV,

CPV e CATV; já para o Mix, sob a lâmina de 6 mm dia-1, foram obtidos os maiores teores e

sob a lâmina de 14 mm dia-1, os menores.

Comparando-se os teores obtidos após a produção das mudas, com os

obtidos antes da produção (Tabela 8), verifica-se que houve redução nos teores para os

substratos Mix (à exceção sob a lâmina de 6 mm dia-1), FB e CPV e aumento para CATV.

Augusto et al. (2003) na produção de mudas de Croton floribundus e Copaifera langsdorfi,

utilizando substrato com composição semelhante a do CATV e fertirrigação via subirrigação

com lodo de esgoto doméstico, verificaram redução no teor de C ao final do ciclo de produção

das mudas.

Tabela 12. Teores de carbono nos substratos, após a produção das mudas, em função das

lâminas de irrigação. C

..........% na matéria seca...........

Substrato

Lâmina

(mm dia-1)

Mix FB CPV CATV

6 45,28 a 47,50 a 23,61 a 41,95 a

8 42,78 ab 49,31 a 22,37 a 38,20 a

10 42,23 b 49,17 a 20,84 a 40,42 a

12 43,75 ab 45,84 a 21,39 a 42,64 a

14 34,87 b 46,12 a 20,28 a 40,84 a

D.M.S 10,37 4,44 4,57 11,60

D.M.S. – Diferença mínima estatística do Teste de Tukey (α = 5%).

médias seguidas de letras iguais na vertical não diferem pelo Teste de Tukey, ao nível de 5% de significância.

4.5.3.4 Relação carbono:nitrogênio (C:N)

A relação C:N em todos os substratos, após a produção das mudas,

demonstrada na Tabela 13 é considerada alta e conforme já comentado anteriormente, para

nenhum substrato foram verificados problemas decorrentes a isto. No substrato FB, foram

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57

obtidos as maiores relações C:N (variação de 40 : 1 a 57,75 : 1) e no substrato CPV, as

menores relações C:N (variação de 27 : 1 a 30,50 : 1). Analisando-se cada um dos substratos,

em função das lâminas a que as plantas estiveram submetidas, verifica-se que para Mix e CPV

não ocorreram diferenças estatísticas, enquanto que para FB e CATV, sob a lâmina de 14 mm

dia-1, obtiveram-se as maiores relações C:N.

Comparando-se a relação C:N nos substratos, antes da produção das

mudas (Tabela 8), com a relação ao final do ciclo, verifica-se que houve uma redução em

função das lâminas, para os substratos Mix, FB e CATV (com exceção sob a lâmina de 14 mm

dia-1, neste último), enquanto que para CPV, sob as lâminas de 8 e de 14 mm dia-1 ocorreu um

pequeno aumento. Augusto et al. (2003) na produção de mudas de Croton floribundus e

Copaifera langsdorfi, utilizando substrato com composição semelhante a do CATV e

fertirrigação via subirrigação com lodo de esgoto doméstico, verificaram redução na relação

C:N ao final do ciclo.

Tabela 13. Relação C:N nos substratos, após a produção das mudas, em função das lâminas de

irrigação. Rel C:N

% na matéria seca

Substrato

Lâmina

(mm dia-1)

Mix FB CPV CATV

6 39,50 : 1 a 46,00 : 1 ab 27,00 : 1 a 28,75 : 1 b

8 30,50 : 1 a 45,50 : 1 b 30,50: 1 a 27,75 : 1 b

10 29,50 : 1 a 47,25 : 1 ab 27,75 : 1 a 31,00 : 1 ab

12 34,25 :1 a 40,00 : 1 b 27,25 : 1 a 35,00 : 1 ab

14 34,50 : 1 a 57,75 : 1 a 30,50 : 1 a 40,25 : 1 a

D.M.S 14,04 11,98 11,08 9,49

D.M.S. – Diferença mínima estatística do Teste de Tukey (α = 5%).

médias seguidas de letras iguais na vertical não diferem pelo Teste de Tukey, ao nível de 5% de significância.

4.5.3.5 Fósforo (P) disponível

Com relação aos teores de fósforo nos substratos após a produção das

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58

mudas (Tabela 14), verifica-se que os maiores teores foram obtidos no CPV (variação de

30,48 mg Kg-1 a 56,76 mg Kg-1) e os menores no FB (variação de 17,68 mg Kg-1 a 27,21 mg

Kg-1). Analisando-se cada substrato, em função das lâminas a que as plantas foram

submetidas, verifica-se que somente para CPV ocorreram diferenças estatísticas; os menores

teores foram obtidos sob a lâmina de 10 mm dia-1 e os maiores sob as lâminas de 8 e de 12

mm dia-1.

Comparando-se os teores obtidos nos substratos, ao final do ciclo de

produção das mudas, com o teor antes da produção (Tabela 9), verifica-se que para todos os

substratos (a exceção do FB, pobre em fósforo), houve redução. Augusto et al. (2003) na

produção de mudas de Croton floribundus e Copaifera langsdorfi, utilizando substrato com

composição semelhante a do CATV e fertirrigação via subirrigação com lodo de esgoto

doméstico, verificaram redução nos teores de P ao final do ciclo.

Tabela 14. Teores de fósforo disponíveis nos substratos, após a produção das mudas, em

função das lâminas de irrigação. P

........ mg Kg-1...........

Substrato

Lâmina

(mm dia-1)

Mix FB CPV CATV

6 23,57 a 25,11 a 40,20 ab 28,97 a

8 22,56 a 27,21 a 56,68 a 35,22 a

10 27,41 a 22,69 a 30,48 b 32,15 a

12 28,95 a 22,47 a 56,76 a 27,60 a

14 21,41 a 17,68 a 42,05 ab 27,83 a

D.M.S 12,05 21,33 19,49 15,69

D.M.S. – Diferença mínima estatística do Teste de Tukey (α = 5%).

- médias seguidas de letras iguais na vertical não diferem pelo Teste de Tukey, ao nível de 5% de significância.

4.5.3.6 Potássio (K) disponível

Com relação aos teores de potássio nos substratos após a produção das

mudas, que são apresentados na Tabela 15, verifica-se que no FB foram obtidos os maiores

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59

teores (variação de 36,77 mg Kg-1 a 83,45 mg Kg-1) e no Mix, os menores (variação de 36,64

mg Kg-1 a 56,57 mg Kg-1). Analisando-se cada substrato, em função das lâminas a que as

plantas estiveram submetidas, verifica-se que somente no substrato Mix ocorreram diferenças

estatísticas; sob a lâmina de 14 mm dia-1, foram obtidos os menores teores (36,64 mg Kg-1) e

sob as lâminas de 8 e de 10 mm dia-1, os maiores.

Comparando-se os teores obtidos nos substratos, ao final do ciclo de

produção das mudas, com o teor antes da produção (Tabela 9), verifica-se que para todos os

substratos (a exceção do CPV, que sofreu variação em função das lâminas de irrigação), houve

diminuição no teor de potássio. Augusto et al. (2003) na produção de mudas de Croton

floribundus e Copaifera langsdorfi, utilizando substrato com composição semelhante a do

CATV e fertirrigação via subirrigação com lodo de esgoto doméstico, verificaram aumento

nos teores de K ao final do ciclo de produção das mudas.

Tabela 15. Teores de potássio disponíveis nos substratos, após a produção das mudas, em

função das lâminas de irrigação. K

......... mg Kg-1...........

Substrato

Lâmina

(mm dia-1)

Mix FB CPV CATV

6 41,84 ab 83,45 a 58,17 a 55,40 a

8 56,57 a 63,02 a 63,42 a 58,40 a

10 56,62 a 58,77 a 48,87 a 63,14 a

12 49,22 ab 36,77 a 47,87 a 42,17 a

14 36,64 b 39,72 a 42,55 a 44,45 a

D.M.S 18,90 56,78 37,81 22,03

D.M.S. – Diferença mínima estatística do Teste de Tukey (α = 5%).

- médias seguidas de letras iguais na vertical não diferem pelo Teste de Tukey, ao nível de 5% de significância.

4.5.3.7 Cálcio (Ca) disponível

Com relação aos teores de cálcio nos substratos após a produção das

mudas, que são apresentados na Tabela 16, verifica-se que os maiores teores foram obtidos no

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CPV (variação de 23,55 mg Kg-1 a 51,43 mg Kg-1) e os menores, no FB (variação de 3,70 mg

Kg-1 a 7,20 mg Kg-1). Analisando-se cada substrato, em função das lâminas a que as plantas

estiveram submetidas, verifica-se que não ocorreram diferenças estatísticas nos teores de Ca.

Comparando-se os teores obtidos nos substratos ao final do ciclo de produção das

mudas, com o teor antes da produção (Tabela 9), verifica-se que para todos os substratos (a

exceção do CPV), houve redução no teor de Ca. Augusto et al. (2003) na produção de mudas

de Croton floribundus e Copaifera langsdorfi, utilizando substrato com composição

semelhante a do CATV e fertirrigação via subirrigação com lodo de esgoto doméstico,

também verificaram redução nos teores de Ca ao final do ciclo.

Tabela 16. Teores de cálcio disponíveis nos substratos, após a produção das mudas, em função

das lâminas de irrigação. Ca

........ mg Kg-1...........

Substrato

Lâmina

(mm dia-1)

Mix FB CPV CATV

6 5,55 7,20 39,23 7,98

8 7,98 5,58 51,43 4,50

10 6,35 4,88 36,48 8,35

12 6,48 4,02 44,58 4,88

14 5,08 3,70 23,55 5,58

D.M.S 4,19 4,09 33,33 4,17

D.M.S. – Diferença mínima estatística do Teste de Tukey (α = 5%).

- médias seguidas de letras iguais na vertical não diferem pelo Teste de Tukey, ao nível de 5% de significância.

4.5.3.8 Magnésio (Mg) disponível

Com relação aos teores de magnésio nos substratos, após a produção

das mudas, que são apresentados na Tabela 17, verifica-se que os maiores teores foram obtidos

no CPV (variação de 15,43 mg Kg-1 a 123,93 mg Kg-1) e os menores no FB (variação de 4,75

mg Kg-1 a 10,78 mg Kg-1). Analisando-se cada substrato, em função das lâminas a que as

plantas estiveram submetidas, verifica-se que para o FB, não ocorreram diferenças estatísticas;

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61

para Mix sob a lâmina de 6 mm dia-1 obtiveram-se os menores teores e sob a lâmina de 8 mm

dia-1, os maiores; para CPV, sob a lâmina de 14 mm dia-1, obtiveram-se os menores teores e

sob a lâmina de 8 mm dia-1, os maiores; para CATV, sob a lâmina de 14 mm dia-1 e de 12 mm

dia-1, obtiveram-se os menores teores e sob a lâmina de 10 mm dia-1, os maiores.

Comparando-se os teores obtidos nos substratos, ao final do ciclo de

produção das mudas, com o teor antes da produção (Tabela 9), verifica-se que para todos (a

exceção do CPV, que sofreu variação em função das lâminas de irrigação), houve redução no

teor de Mg. Augusto et al. (2003) na produção de mudas de Croton floribundus e Copaifera

langsdorfi, utilizando substrato com composição semelhante a do CATV e fertirrigação via

subirrigação com lodo de esgoto doméstico, também verificaram redução nos teores de Mg ao

final do ciclo.

Tabela 17. Teores de magnésio disponíveis nos substratos, após a produção das mudas, em

função das lâminas de irrigação. Mg

......... mg Kg-1...........

Substrato

Lâmina

(mm dia-1)

Mix FB CPV CATV

6 6,62 c 10,78 a 69,03 ab 14,33 ab

8 15,90 a 7,85 a 123,93 a 11,53 ab

10 12,25 ab 7,28 a 61,15 ab 19,48 a

12 12,15 ab 4,75 a 87,80 ab 9,60 b

14 7,72 bc 5,13 a 15,43 b 8,28 b

D.M.S 5,37 9,25 95,35 9,78

D.M.S. – Diferença mínima estatística do Teste de Tukey (α = 5%).

- médias seguidas de letras iguais na vertical não diferem pelo Teste de Tukey, ao nível de 5% de significância.

4.5.3.9 Enxofre (S) disponível

Os maiores teores de S foram obtidos no substrato CPV (variação de

9,59 mg Kg-1 a 25,48 mg Kg-1) e os menores no substrato Mix (variação de 2,40 mg Kg-1 a

6,53 mg Kg-1). Com relação aos teores de enxofre nos substratos, demonstrados na Tabela 18,

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62

verifica-se que somente para o FB não ocorreram diferenças estatísticas, em função das

lâminas a que as plantas estiveram submetidas; para os demais, os menores teores foram

obtidos sob a lâmina de 6 mm dia-1 .

Comparando-se os teores obtidos nos substratos, ao final do ciclo de

produção das mudas, com o teor antes da produção (Tabela 9), verifica-se que para todos os

substratos (a exceção do CPV), houve redução no teor de S. Augusto et al. (2003) na produção

de mudas de Croton floribundus e Copaifera langsdorfi, utilizando substrato com composição

semelhante a do CATV e fertirrigação via subirrigação com lodo de esgoto doméstico,

também verificaram redução nos teores de S ao final do ciclo.

Tabela 18. Teores de enxofre disponíveis nos substratos, após a produção das mudas, em

função das lâminas de irrigação. S

........ mg Kg-1...........

Substrato

Lâmina

(mm dia-1)

Mix FB CPV CATV

6 2,40 c 3,23 a 9,59 a 3,80 b

8 3,13 bc 3,78 a 23,59 a 5,30 ab

10 6,53 a 4,10 a 15,15 ab 7,05 a

12 6,14 a 1,52 a 25,48 a 5,57 ab

14 5,34 ab 3,42 a 14,08 ab 7,34 a

D.M.S 2,61 3,78 13,91 3,05

D.M.S. – Diferença mínima estatística do Teste de Tukey (α = 5%).

- médias seguidas de letras iguais na vertical não diferem pelo Teste de Tukey, ao nível de 5% de significância.

4.5.3.10 Boro (B) disponível

Com relação aos teores de boro nos substratos, após a produção das

mudas, demonstrados na Tabela 19, os maiores teores foram obtidos no CPV (0,052 mg Kg-1 a

0,122 mg Kg-1) e os menores no CATV (0,004 mg Kg-1 a 0,033 mg Kg-1). Analisando-se cada

substrato, em função das lâminas a que as plantas estiveram submetidas, verifica-se que no

CATV não ocorreram diferenças estatísticas; no Mix, sob a lâmina de 6 mm dia-1, foram

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63

obtidos os maiores teores (0,067 mg Kg-1); para o CPV, sob a lâmina de 10 e de 14 mm dia-1,

foram obtidos os menores teores de B (0,052 mg Kg-1 e 0,056 mg Kg-1) que diferiram dos

demais teores; para o FB, sob a lâmina de 6 mm dia-1, foram obtidos os maiores teores (0,111

mg Kg-1) e sob as lâminas de 12 e de 14 mm dia-1, os menores.

Comparando-se os teores obtidos nos substratos, ao final do ciclo de

produção das mudas, com o teor antes da produção (Tabela 9), verifica-se que para todos os

substratos, houve de modo geral, aumento nos teores de B (ocorreu variação em função das

lâminas de irrigação). Augusto et al. (2003) na produção de mudas de Croton floribundus e

Copaifera langsdorfi, utilizando substrato com composição semelhante a do CATV e

fertirrigação via subirrigação com lodo de esgoto doméstico, verificaram redução nos teores

de boro ao final do ciclo.

Tabela 19. Teores de boro disponíveis nos substratos, após a produção das mudas, em função

das lâminas de irrigação. B

..........mg Kg-1...........

Substrato

Lâmina

(mm dia-1)

Mix FB CPV CATV

6 0,067 a 0,111 a 0,122 a 0,033 a

8 0,025 b 0,066 ab 0,114 a 0,029 a

10 0,028 b 0,045 ab 0,052 b 0,019 a

12 0,014 b 0,024 b 0,111 a 0,004 a

0,0008 b 0,005 b 0,056 b 0,018 a

D.M.S 0,029 0,081 0,055 0,031

14

D.M.S. – Diferença mínima estatística do Teste de Tukey (α = 5%).

- médias seguidas de letras iguais na vertical não diferem pelo Teste de Tukey, ao nível de 5% de significância.

4.5.3.11 Cobre (Cu) disponível

Com relação aos teores de cobre nos substratos, após a produção das

mudas, demonstrados na Tabela 20, os maiores teores foram obtidos no FB (variação de 0,16

mg Kg-1 a 0,24 mg Kg-1) e os menores, no Mix (variação de 0,11 mg Kg-1 a 0,19 mg Kg-1).

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64

Analisando-se cada substrato em função das lâminas, verifica-se que não ocorreram diferenças

estatísticas para nenhum deles.

Comparando-se os teores obtidos nos substratos, ao final do ciclo de

produção das mudas, com o teor antes da produção (Tabela 9), verifica-se que para os

substratos Mix e CATV, houve aumento nos teores de Cu, após o ciclo de produção das mudas

e para os substratos FB e CPV, houve uma redução nos teores de Cu, após o ciclo de produção

das mudas. Augusto et al. (2003) na produção de mudas de Croton floribundus e Copaifera

langsdorfi, utilizando substrato com composição semelhante a do CATV e fertirrigação via

subirrigação com lodo de esgoto doméstico, verificaram redução nos teores de Cu.

Tabela 20. Teores de cobre disponíveis nos substratos, após a produção das mudas, em função

das lâminas de irrigação. Cu

..........mg Kg-1...........

Substrato

Lâmina

(mm dia-1)

Mix FB CPV CATV

6 0,19 0,24 0,15 0,19

8 0,18 0,18 0,22 0,20

10 0,11 0,24 0,17 0,15

12 0,16 0,16 0,21 0,13

14 0,14 0,19 0,20 0,19

D.M.S 0,11 0,14 0,13 0,15

D.M.S. – Diferença mínima estatística do Teste de Tukey (α = 5%).

médias seguidas de letras iguais na vertical não diferem pelo Teste de Tukey, ao nível de 5% de significância.

4.5.3.12 Ferro (Fe) disponível

Com relação aos teores de ferro nos substratos, após a produção das

mudas, demonstrados na Tabela 21, da mesma maneira que com o cobre, não ocorreram

diferenças estatísticas para os substratos, em função das lâminas a que as plantas estiveram

submetidas. Os maiores teores de Fe foram obtidos no Mix (variação de 0,43 mg Kg-1 a 0,60

mg Kg-1) e os menores, no CPV (variação de 0,27 mg Kg-1 a 0,39 mg Kg-1).

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65

Comparando-se os teores obtidos nos substratos ao final do ciclo de

produção das mudas, com o teor obtido antes da produção (Tabela 9), verifica-se que para

todos substratos houve aumento nos teores de Fe após o ciclo de produção das mudas, com

exceção para o CPV, cujos teores variaram em função das lâminas. Augusto et al. (2003) na

produção de mudas de Croton floribundus e Copaifera langsdorfi, utilizando substrato com

composição semelhante a do CATV e fertirrigação via subirrigação com lodo de esgoto

doméstico, verificaram redução nos teores de Fe ao final do ciclo de produção das mudas.

Tabela 21. Teores de ferro disponíveis nos substratos, após a produção das mudas, em função

das lâminas de irrigação. Fe

..........mg Kg-1...........

Substrato

Lâmina

(mm dia-1)

Mix FB CPV CATV

6 0,58 0,54 0,27 0,40

8 0,49 0,31 0,34 0,54

10 0,43 0,47 0,27 0,58

12 0,57 0,36 0,29 0,47

14 0,60 0,44 0,39 0,52

D.M.S 0,32 0,26 0,20 0,32

D.M.S. – Diferença mínima estatística do Teste de Tukey (α = 5%).

- médias seguidas de letras iguais na vertical não diferem pelo Teste de Tukey, ao nível de 5% de significância.

4.5.3.13 Manganês (Mn) disponível

Com relação aos teores de manganês nos substratos, após a produção

das mudas, demonstrados na Tabela 22, os maiores teores de Mn foram obtidos no CPV

(variação de 0,33 mg Kg-1 a 0,69 mg Kg-1) e os menores, no substrato FB (variação de 0,05

mg Kg-1 a 0,11 mg Kg-1). Nos substratos FB e CPV não ocorreram diferenças estatísticas nos

teores obtidos, enquanto que para Mix e CATV, os menores teores foram obtidos sob a lâmina

de 14 mm dia -1.

Comparando-se os teores obtidos nos substratos, ao final do ciclo de

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66

produção das mudas, com o teor antes da produção (Tabela 9), verifica-se que para todos os

substratos, com exceção do CATV, houve redução nos teores de Mn, após o ciclo de produção

das mudas. Augusto et al. (2003) na produção de mudas de Croton floribundus e Copaifera

langsdorfi, utilizando substrato com composição semelhante a do CATV e fertirrigação via

subirrigação com lodo de esgoto doméstico, verificaram redução nos teores de Mn ao final do

ciclo de produção das mudas.

Tabela 22. Teores de manganês disponíveis nos substratos, após a produção das mudas, em

função das lâminas de irrigação. Mn

..........mg Kg-1...........

Substrato

Lâmina

(mm dia-1)

Mix FB CPV CATV

6 0,22 ab 0,11 a 0,51 a 0,50 ab

8 0,39 a 0,08 a 0,69 a 0,33 ab

10 0,27 ab 0,06 a 0,40 a 0,56 a

12 0,24 ab 0,05 a 0,44 a 0,26 ab

14 0,13 b 0,09 a 0,33 a 0,17 b

D.M.S 0,20 0,16 0,37 0,36

D.M.S. – Diferença mínima estatística do Teste de Tukey (α = 5%).

médias seguidas de letras iguais na vertical não diferem pelo Teste de Tukey, ao nível de 5% de significância.

4.5.3.14 Zinco (Zn) disponível

Com relação aos teores de zinco nos substratos, após a produção das

mudas, demonstrados na Tabela 23, os maiores teores foram obtidos com o FB (variação de

0,07 mg Kg-1 a 0,18 mg Kg-1) e os menores, com o CATV (variação de 0,03 mg Kg-1 a 0,09

mg Kg-1). Somente no CATV foram verificadas diferenças estatísticas, sendo que sob a lâmina

de 8 mm dia -1 foram obtidos os maiores teores, enquanto que na de 14 mm dia -1, foram

obtidos os menores.

Comparando-se os teores obtidos nos substratos, ao final do ciclo de

produção das mudas, com os teores antes da produção (Tabela 9), verifica-se que houve

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67

variação para os substratos CPV e CATV; para Mix (de modo geral) e FB houve redução nos

teores de Mn. Augusto et al. (2003) na produção de mudas de Croton floribundus e Copaifera

langsdorfi, utilizando substrato com composição semelhante a do CATV, e fertirrigação via

subirrigação com lodo de esgoto doméstico, verificaram aumento nos teores de Zn ao final do

ciclo de produção das mudas.

Tabela 23. Teores de zinco disponíveis nos substratos, após a produção das mudas, em função

das lâminas de irrigação. Zn

..........mg Kg-1...........

Substrato

Lâmina

(mm dia-1)

Mix FB CPV CATV

6 0,05 a 0,18 a 0,05 a 0,04 ab

8 0,06 a 0,13 a 0,09 a 0,09 a

10 0,06 a 0,14 a 0,05 a 0,06 ab

12 0,07 a 0,08 a 0,05 a 0,03 b

14 0,06 a 0,07 a 0,06 a 0,06 ab

D.M.S 0,03 0,15 0,05 0,06

D.M.S. – Diferença mínima estatística do Teste de Tukey (α = 5%).

- médias seguidas de letras iguais na vertical não diferem pelo Teste de Tukey, ao nível de 5% de significância.

4.5.4 Potencial de hidrogênio (pH)

Analisando-se o pH para cada substrato, em função das lâminas a que

as plantas estiveram submetidas (Tabela 24), verifica-se que não ocorreram diferenças

estatísticas para nenhum deles. Os maiores valores de pH foram obtidos no substrato FB

(variação de 4,70 a 5,02) e os menores valores de pH foram obtidos no substrato CATV

(variação de 4,32 a 4,54).

Comparando-se os valores obtidos nos substratos, ao final do ciclo de

produção das mudas, com os valores antes da produção (Tabela 8), verifica-se que para todos

os substratos houve aumento no pH (a exceção do CATV), após o ciclo de produção das

mudas. Augusto et al. (2003) na produção de mudas de Croton floribundus e Copaifera

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68

langsdorfi, utilizando substrato com composição semelhante a do CATV , e fertirrigação via

subirrigação, com lodo de esgoto doméstico, verificaram variações no pH ao final do ciclo de

produção das mudas.

Tabela 24. Potencial de hidrogênio (pH) dos substratos, após a produção das mudas, em

função das lâminas de irrigação. pH

.......................

Substrato

Lâmina

(mm dia-1)

Mix FB CPV CATV

6 4,54 4,83 4,78 4,38

8 4,44 4,88 4,64 4,54

10 4,59 4,70 4,73 4,32

12 4,47 5,02 4,67 4,44

14 4,50 4,72 4,60 4,48

D.M.S 0,20 0,57 0,34 0,23

D.M.S. – Diferença mínima estatística do Teste de Tukey (α = 5%).

- médias seguidas de letras iguais na vertical não diferem pelo Teste de Tukey, ao nível de 5% de significância.

4.5.5 Condutividade elétrica (EC)

Analisando-se a condutividade elétrica para cada substrato, em função

das lâminas a que as plantas estiveram submetidas (Tabela 25), verifica-se que não ocorreram

diferenças estatísticas para nenhum deles. Os maiores valores de EC foram obtidos no

substrato CATV (variação de 566,3 µS cm-1 a 720,80 µS cm-1) e os menores, no substrato FB

(variação de 374,8 µS cm-1 a 647,50 µS cm-1). Comparando-se os resultados obtidos nos

substratos, ao final do ciclo de produção das mudas, com os valores antes da produção (Tabela

8), verifica-se que houve redução na EC (com exceção do substrato CPV, que variou em

função das lâminas), após o ciclo de produção das mudas. Augusto et al. (2003) na produção

de mudas de Croton floribundus e Copaifera langsdorfi, utilizando substrato com composição

semelhante a do CATV, e fertirrigação via subirrigação com lodo de esgoto doméstico,

verificaram aumento na EC ao final do ciclo de produção das mudas.

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69

Tabela 25. Condutividade elétrica (EC) dos substratos, após a produção das mudas, em função

das lâminas de irrigação. EC

µS cm-1

Substrato

Lâmina

(mm dia-1)

Mix Golden Mix Mec Plant Plantmax

6 521,5 647,50 1110,3 707,50

8 602,0 488,5 1452,8 675,8

10 630,8 575,0 1082,8 720,8

12 595,5 374,8 1220,0 566,3

14 589,3 480,3 938,5 661,3

D.M.S 405,03 464,00 761,11 352,65

D.M.S. – Diferença mínima estatística do Teste de Tukey (α = 5%).

- médias seguidas de letras iguais na vertical não diferem pelo Teste de Tukey, ao nível de 5% de significância.

4.6 Características nutricionais das plantas

4.6.1 Teores de nutrientes no sistema radicular

4.6.1.1 Nitrogênio (N)

Os maiores teores de N no sistema radicular das mudas foram obtidos

quando usado CATV (variação de 10,46 g Kg-1 a 12,55 g Kg-1) e os menores quando usado FB

(variação de 8,33 g Kg-1 a 11,52 g Kg-1), conforme pode ser verificado na Tabela 26.

Analisando-se cada substrato, em função das lâminas que foram aplicadas, verifica-se que para

as mudas produzidas com os substratos Mix e CATV, os teores de N no sistema radicular sob

as diversas lâminas não apresentaram diferenças e em Mix variaram de 9,73 g Kg-1 a 11,81 g

Kg-1. Com o substrato FB, o teor de N obtido no sistema radicular, sob lâmina de 6 mm dia-1,

foi superior aos demais. Com o substrato CPV, o teor de N obtido no sistema radicular, sob

lâmina de 8 mm dia-1 foi maior que os teores obtidos sob as lâminas de 12 e de 14 mm dia-1.

Comparando-se esses resultados, com os obtidos por Silva (2003), em

mudas de E. grandis com 120 DAS (variação de 6,3 g Kg-1 a 7,0 g Kg-1), verifica-se que os

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70

obtidos neste experimento são maiores.

Tabela 26. Teores de nitrogênio no sistema radicular das mudas, para os substratos, em função

das lâminas de irrigação. N

..........g Kg-1...........

Substrato

Lâmina

(mm dia-1)

Mix FB CPV CATV

6 11,81 a 11,52 a 11,31 ab 11,85 a

8 11,62 a 9,29 b 11,59 a 12,41 a

10 10,92 a 8,94 b 10,48 ab 12,55 a

12 9,73 a 9,01 b 10,13 b 11,15 a

14 10,85 a 8,33 b 10,03 b 10,46 a

D.M.S 2,1224 2,0602 1,3907 3,0677

D.M.S. – Diferença mínima estatística do Teste de Tukey (α = 5%).

- médias seguidas de letras iguais na vertical não diferem pelo Teste de Tukey, ao nível de 5% de significância.

4.6.1.2 Fósforo (P)

Analisando-se os teores de P encontrados nas mudas, em cada

substrato, em função das lâminas aplicadas (que são demonstrados na Tabela 27), verifica-se

que nas mudas produzidas com CATV, não ocorreram diferenças entre os tratamentos. Nas

mudas produzidas com o substrato Mix, sob a lâmina de 6 mm dia-1 observaram-se os maiores

teores de P em relação às de 10 e de 14 mm dia-1, enquanto que nas com o substrato CPV, o

teor de P no sistema radicular foi menor apenas sob a lâmina de 6 mm dia-1, sendo que sob as

outras lâminas observaram-se os maiores teores de P do experimento. Para as mudas com o

substrato FB, os teores desse elemento foram superiores sob a lâmina de 6 mm dia-1 (1,92 g

Kg-1), em relação às de 10, 12 e de 14 mm dia-1.

Comparando-se esses resultados com os obtidos por Silva (2003), em

mudas de E. grandis com 120 DAS (variação de 0,9 g Kg-1 a 1,5 g Kg-1), verifica-se que a

maioria dos teores de P obtidos nesse experimento estão bem acima dos encontrados por este

autor.

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71

Tabela 27. Teores de fósforo no sistema radicular das mudas, para os substratos, em função

das lâminas de irrigação. P

..........g Kg-1...........

Substrato

Lâmina

(mm dia-1)

Mix FB CPV CATV

6 1,89 a 1,92 a 1,95 b 1,78 a

8 1,60 ab 1,54 ab 3,56 a 1,87 a

10 1,41 b 1,42 b 3,70 a 2,01 a

12 1,63 ab 1,47 b 3,14 a 1,78 a

14 1,79 b 1,49 b 3,56 a 1,82 a

D.M.S 0,374 0,4316 0,6695 0,3754

D.M.S. – Diferença mínima estatística do Teste de Tukey (α = 5%).

- médias seguidas de letras iguais na vertical não diferem pelo Teste de Tukey, ao nível de 5% de significância.

4.6.1.3 Potássio (K)

Os maiores teores de K (variação de 5,08 g Kg-1 a 6,78 g Kg-1), no

sistema radicular foram obtidos, quando se usou CPV como substrato na produção das mudas

e os menores (variação de 3,65 g Kg-1 a 5,70 g Kg-1), com o FB. Analisando-se os resultados

(Tabela 28) encontrados nas mudas em cada substrato em função das lâminas, tem-se o

seguinte: quando do uso de Mix para a produção das mudas, os teores de K, sob lâmina de 6

mm dia-1 (5,70 g Kg-1) diferiram dos demais, que são estatisticamente iguais; quando do uso

de FB, tem-se a mesma situação, sob a lâmina de 6 mm dia-1 os teores encontrados diferiram

dos teores sob as demais lâminas; quando do uso de CPV, os teores obtidos sob a lâmina de 12

mm dia-1 foram inferiores aos demais; já quando do uso de CATV, verifica-se que os teores

obtidos sob a lâmina de 8 mm dia-1 foram superiores do que naqueles sob lâmina de 12 e de 14

mm dia-1.

Comparando-se esses resultados, àqueles obtidos por Silva (2003), em

mudas de E. grandis com 120 DAS (variação de 8,8 g Kg-1 a 12,70 g Kg-1), verifica-se que

neste experimento todos os teores são menores.

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72

Tabela 28. Teores de potássio no sistema radicular das mudas, para os substratos, em função

das lâminas de irrigação. K

......... g Kg-1...........

Substrato

Lâmina

(mm dia-1)

Mix FB CPV CATV

6 5,70 a 6,33 a 5,80 ab 5,22 a

8 3,88 b 5,18 b 6,78 a 5,30 a

10 3,80 b 4,45 bc 5,52 ab 4,73 ab

12 3,65 b 3,85 c 5,08 b 3,80 c

14 4,50 b 4,02 c 6,42 a 4,15 bc

D.M.S 0,95 0,7918 1,2819 0,7896

D.M.S. – Diferença mínima estatística do Teste de Tukey (α = 5%).

- médias seguidas de letras iguais na vertical não diferem pelo Teste de Tukey, ao nível de 5% de significância.

4.6.1.4 Cálcio (Ca)

Os maiores teores de Ca (variação de 4,75 g Kg-1 a 13,03 g Kg-1) nos

sistemas radiculares das mudas foram obtidos, quando as mudas foram produzidas com o

substrato CPV, e os menores (variação de 3,78 g Kg-1 a 4,75 g Kg-1), quando as mudas foram

produzidas com o substrato Mix. Entre as lâminas 8, 10, 12 e 14 mm dia-1 não foi observada

diferença estatística em qualquer dos substratos e sob a lâmina de 6 mm dia-1, quando as

mudas foram produzidas com os substratos FB, CPV e CATV, foram obtidos os menores

teores de Ca (Tabela 29).

Comparando-se esses resultados, com os obtidos por Silva (2003), em

mudas de E. grandis com 120 DAS (variação de 4,7 g Kg-1 a 5,5 g Kg-1), verifica-se que, para

as mudas com o substrato Mix, sob todas as lâminas, os teores são menores (com exceção para

as mudas sob lâmina de 8 mm dia-1); para o substrato FB, os valores encontrados estão acima

da faixa (com exceção para as mudas sob a lâmina de 6 mm dia-1); para o substrato CPV, só

estão na faixa para as mudas sob lâmina de 6 mm dia-1 e para CATV, estão na faixa só para as

mudas sob lâminas de 8 e de 10 mm dia-1.

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73

Tabela 29. Teores de cálcio no sistema radicular das mudas, para os substratos, em função das

lâminas de irrigação. Ca

..........g Kg-1...........

Substrato

Lâmina

(mm dia-1)

Mix FB CPV CATV

6 4,25 a 3,70 b 4,75 b 3,20 b

8 4,75 a 7,45 a 13,02 a 5,03 a

10 4,05 a 6,33 a 12,63 a 4,90 ab

12 4,08 a 6,42 a 12,00 a 4,45 ab

14 3,78 a 6,15 a 12,00 a 5,65 a

D.M.S 1,1263 1,5703 2,0563 1,7417

D.M.S. – Diferença mínima estatística do Teste de Tukey (α = 5%).

- médias seguidas de letras iguais na vertical não diferem pelo Teste de Tukey, ao nível de 5% de significância.

4.6.1.5 Magnésio (Mg)

Quando o substrato CPV foi usado na produção das mudas, obtiveram-

se os maiores teores de Mg nos sistemas radiculares (variação de 5,43 g Kg-1 a 10,93 g Kg-1) e

quando o substrato FB foi usado, os menores teores (variação de 2,98 g Kg-1 a 3,43 g Kg-1).

Analisando-se a Tabela 30, observa-se que, para as mudas produzidas com FB e CATV não

foram observadas diferenças estatísticas nos teores de Mg, sob as diferentes lâminas; para as

mudas produzidas com o Mix, sob a lâmina de 6 mm dia-1, os teores (4,08 g Kg-1) diferiram

dos demais (que variaram de 3,43 g Kg-1 a 2,98 g Kg-1) e para as mudas produzidas com CPV,

a variação ocorreu para as lâminas de 6, 8 e 10 mm dia-1.

Comparando-se esses resultados, com os obtidos por Silva (2003), em

mudas de E. grandis com 120 DAS (variação de 4,6 g Kg-1 a 7,2 g Kg-1), tem-se o seguinte:

Para as mudas produzidas com os substratos Mix e FB, os teores se encontram abaixo da

faixa; para as mudas produzidas com o substrato CPV, os teores se encontram acima (a

exceção para a lâmina 6 mm dia-1, que apresentou teores menores) e para as mudas produzidas

com o substrato CATV, todos os teores obtidos sob as diferentes lâminas estão abaixo da faixa

encontrado por Silva (2003).

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74

Tabela 30. Teores de magnésio no sistema radicular das mudas, para os substratos, em função

das lâminas de irrigação. Mg

..........g Kg-1...........

Substrato

Lâmina

(mm dia-1)

Mix FB CPV CATV

6 4,08 a 3,43 a 5,43 c 3,48 a

8 3,43 b 2,98 a 10,93 a 3,90 a

10 3,00 b 3,03 a 8,13 b 3,60 a

12 2,98 b 3,25 a 9,28 ab 3,50 a

14 3,13 b 2,98 a 9,63 ab 3,90 a

D.M.S 0,5739 0,6288 2,2406 1,1213

D.M.S. – Diferença mínima estatística do Teste de Tukey (α = 5%).

– médias seguidas de letras iguais na vertical não diferem pelo Teste de Tukey, ao nível de 5% de significância.

4.6.1.6 Enxofre (S)

Analisando-se os resultados apresentados na Tabela 31, verifica-se que

os maiores teores de S (variação de 2,19 g Kg-1 a 3,31 g Kg-1), nos sistemas radiculares foram

obtidos, quando o substrato CPV foi usado na produção das mudas e os menores teores

(variação de 1,86 g Kg-1 a 2,14 g Kg-1), quando foi usado o substrato FB. Para todas as mudas

produzidas, em qualquer um dos substratos, não foi verificada diferença estatística nos teores

de S no sistema radicular sob as diversas lâminas, com exceção para as mudas produzidas com

o substrato CPV, sob a lâmina de 6 mm dia-1, cujos teores obtidos de 2,19 g Kg-1, diferiram

dos demais.

Comparando esses resultados, com os obtidos por Silva (2003), em

mudas de E. grandis com 120 DAS (variação de 0,9 g Kg-1 a 1,8 g Kg-1), os teores obtidos

neste experimento maiores.

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75

Tabela 31. Teores de enxofre no sistema radicular das mudas, para os substratos, em função

das lâminas de irrigação. S

..........g Kg-1...........

Substrato

Lâmina

(mm dia-1)

Mix FB CPV CATV

6 2,01 a 2,14 a 2,19 b 2,26 a

8 2,21 a 2,11 a 3,18 a 2,21 a

10 1,95 a 1,94 a 3,31 a 2,26 a

12 1,97 a 1,86 a 2,90 a 2,17 a

14 2,16 a 1,92 a 3,26 a 2,31 a

D.M.S 0,5503 0,5545 0,5127 0,6526

D.M.S. – Diferença mínima estatística do Teste de Tukey (α = 5%).

- médias seguidas de letras iguais na vertical não diferem pelo Teste de Tukey, ao nível de 5% de significância.

4.6.1.7 Boro (B)

Nas mudas produzidas com o substrato FB, foram obtidos os maiores

teores de B no sistema radicular (variação de 36 mg Kg-1 a 57 mg Kg-1) e nas produzidas com

o Mix, foram obtidos os menores teores (variação de 29 mg Kg-1 a 49 mg Kg-1). Analisando-se

os resultados, que são apresentados na Tabela 32, verifica-se que, quando a produção foi

realizada com o Mix, os teores obtidos sob lâmina de 8 mm dia-1 (49 mg Kg-1), foram

superiores aos obtidos sob as lâminas de 10, 12 e de 14 mm dia-1; quando a produção foi

realizada com FB, sob lâmina de 8 mm dia-1, os teores de B obtidos (57 mg Kg-1) foram

superiores aos obtidos sob as lâminas de 12 e de 10 mm dia-1; quando a produção foi realizada

com CPV, os teores de B obtidos nos sistemas radiculares sob lâmina de 8 mm dia-1 (57 mg

Kg-1), foram considerados estatisticamente superiores aos demais; para a produção com

CATV, os teores de B obtidos nos sistemas radiculares sob a lâmina de 8 mm dia-1 diferiram

dos teores encontrados sob as lâminas de 6, de 10 e de 12 mm dia-1 (28 mg Kg-1).

Comparando-se esses resultados, com os obtidos por Silva (2003), em

mudas de E. grandis com 120 DAS (variação de 49,50 mg Kg-1 a 55,70 mg Kg-1), os teores

obtidos são menores para o substrato Mix. Em relação aos substratos FB e CPV, sob a lâmina

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de 8 mm dia-1, os teores obtidos são maiores, nas demais são inferiores. Já para as mudas

produzidas com o substrato CATV, sob a lâmina de 8 mm dia-1, os teores estão na faixa

encontrada por Silva (2003), porém para as mudas sob as demais lâminas os teores obtidos são

menores.

Tabela 32. Teores de boro no sistema radicular das mudas, para os substratos, em função das

lâminas de irrigação. B

..........mg Kg-1...........

Substrato

Lâmina

(mm dia-1)

Mix FB CPV CATV

6 42 ab 41 ab 39 b 35 bc

8 49 a 57 a 57 a 54 a

10 38 bc 36 b 39 b 35 bc

12 31 cd 38 b 34 b 28 c

14 29 d 42 ab 38 b 46 ab

D.M.S 7 16 7 12

D.M.S. – Diferença mínima estatística do Teste de Tukey (α = 5%).

- médias seguidas de letras iguais na vertical não diferem pelo Teste de Tukey, ao nível de 5% de significância.

4.6.1.8 Cobre (Cu)

Analisando-se os resultados obtidos, que são apresentados na Tabela

33, verifica-se que quando o substrato Mix foi usado na produção das mudas, foram obtidos os

menores teores de Cu no sistema radicular (variação de 4 mg Kg-1 a 9 mg Kg-1) e quando o

substrato FB foi usado, obtiveram-se os maiores teores (variação de 8 mg Kg-1 a 40 mg Kg-1).

Observando-se os resultados para cada substrato isoladamente, verifica-se que quando os

substratos Mix e CATV foram usados na produção, não houve diferença estatística para os

teores de Cu entre as lâminas; para as produzidas em FB, sob a lâmina de 6 mm dia-1, os teores

obtidos foram os menores (8 mg Kg-1) que diferiram estatisticamente dos demais; para as

mudas produzidas em CPV, sob a lâmina de 6 mm dia-1, os teores obtidos foram os menores (4

mg Kg-1) que diferiram dos demais.

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Tabela 33. Teores de cobre no sistema radicular das mudas, para os substratos, em função das

lâminas de irrigação. Cu

..........mg Kg-1...........

Substrato

Lâmina

(mm dia-1)

Mix FB CPV CATV

6 4 a 8 b 4 b 2 a

8 9 a 38 a 20 a 12 a

10 8 a 32 a 16 a 4 a

12 9 a 40 a 15 a 5 a

14 9 a 40 a 17 a 24 a

D.M.S 10 17 7 23

D.M.S. – Diferença mínima estatística do Teste de Tukey (α = 5%).

- médias seguidas de letras iguais na vertical não diferem pelo Teste de Tukey, ao nível de 5% de significância.

Comparando-se esses resultados com os obtidos por Silva (2003), em

mudas de E. grandis com 120 DAS (variação de 11 mg Kg-1 a 13,80 mg Kg-1), tem-se o

seguinte: Para o substrato Mix, os teores nas mudas sob todas as lâminas são menores; para o

substrato FB, os teores obtidos nas mudas sob todas as lâminas são maiores (a exceção sob

lâmina de 6 mm dia-1); para as mudas com o substrato CPV, os valores obtidos são maiores, à

exceção sob lâmina de 6 mm dia-1 que apresentaram teores menores; para as mudas produzidas

com o substrato CATV, os teores obtidos sob todas as lâminas são menores, a exceção das

mudas sob lâmina de 14 mm dia-1, cujos teores são superiores.

4.6.1.9 Ferro (Fe)

Os maiores teores de Fe, encontrados nos sistemas radiculares das

mudas, foram obtidos nas mudas produzidas com o substrato CPV (variação de 2508 mg Kg-1

a 6412 mg Kg-1) e os menores, nas mudas produzidas com o substrato FB (variação de 1157

mg Kg-1 a 1660 mg Kg-1). Analisando-se a Tabela 34, verifica-se que não ocorreram

diferenças estatísticas nos teores obtidos no sistema radicular das plantas entre as lâminas para

os substratos Mix, FB e CATV; já para as mudas produzidas no substrato CPV, sob a lâmina

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de 6 mm dia-1, os teores obtidos foram os menores (2508 mg Kg-1).

Tabela 34. Teor de ferro no sistema radicular das mudas, para os substratos, em função das

lâminas de irrigação. Fe

..........mg Kg-1...........

Substrato

Lâmina

(mm dia-1)

Mix FB CPV CATV

6 1863 a 1283 a 2508 b 1549 a

8 2149 a 1157 a 5395 a 1680 a

10 1307 a 1213 a 5581 a 1692 a

12 1571 a 1660 a 6163 a 1887 a

14 1515 a 1585 a 6412 a 2494 a

D.M.S 845 630 1594 954

D.M.S. – Diferença mínima estatística do Teste de Tukey (α = 5%).

- médias seguidas de letras iguais na vertical não diferem pelo Teste de Tukey, ao nível de 5% de significância.

Comparando-se esses resultados com os obtidos por Silva (2003), em

mudas de E. grandis com 120 DAS (variação de 1434 mg Kg-1 a 2650 mg Kg-1), os teores

obtidos se encontram na faixa para as mudas produzidas com o substrato Mix (com exceção

sob lâmina 10 mm dia-1) e para as produzidas com FB, estão na faixa somente para àquelas

sob lâminas de 12 e 14 mm dia-1 (para as demais são menores); para o CATV, estão na mesma

faixa encontrada por Silva (2003). Para as mudas produzidas com o substrato CPV, os teores

são maiores, com exceção sob lâmina de 6 mm dia-1.

4.6.1.10 Manganês (Mn)

Quando o substrato CPV foi usado na produção das mudas, foram

obtidos os maiores teores de Mn no sistema radicular (variação de 89 mg Kg-1 a 185 mg Kg-1)

e quando o substrato FB foi usado, foram obtidos os menores teores (variação de 42 mg Kg-1

a 76 mg Kg-1). Analisando-se os resultados que são apresentados na Tabela 35, verifica-se que

com o substrato FB, sob lâmina de 6 mm dia-1, os teores obtidos nas mudas foram superiores

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daqueles obtidos sob a lâmina de 10 mm dia-1; para as mudas produzidas com CPV, sob a

lâmina de 8 mm dia-1, foram obtidos os maiores teores (185 mg Kg-1), que diferiram dos teores

sob a lâmina de 6 mm dia-1; para as mudas produzidas em CATV, não ocorreram diferenças

nos teores e para as mudas produzidas com Mix sob a lâmina de 8 mm dia-1, os teores obtidos

foram superiores aos demais.

Comparando-se esses resultados, com os obtidos por Silva (2003), em

mudas de Eucalyptus grandis com 120 DAS (variação de 101,20 mg Kg-1 a 137 mg Kg-1),

verifica-se que para o substrato Mix, os teores são todos inferiores a exceção para as mudas

sob a lâmina 14 mm dia-1 (estão na mesma faixa); para o substrato FB todos os teores são

inferiores; para o substrato CPV, os teores são superiores (a exceção para as mudas sob a

lâmina de 6 mm dia-1). Já para o substrato CATV, os teores encontrados são inferiores (a

exceção para as mudas sob as lâminas de 8 e de 10 mm dia-1, cujos teores se encontram na

mesma faixa de Silva (2003)).

Tabela 35. Teores de manganês no sistema radicular das mudas, para os substratos, em função

das lâminas de irrigação. Mn

..........mg Kg-1...........

Substrato

Lâmina

(mm dia-1)

Mix FB CPV CATV

6 98 ab 76 a 89 b 88 a

8 115 a 56 ab 185 a 108 a

10 85 bc 42 b 153 a 103 a

12 88 bc 51 ab 140 a 96 a

14 77 c 53 ab 166 a 80 a

D.M.S 19 30 45 43

D.M.S. – Diferença mínima estatística do Teste de Tukey (α = 5%).

- médias seguidas de letras iguais na vertical não diferem pelo Teste de Tukey, ao nível de 5% de significância.

4.6.1.11 Zinco (Zn)

Os maiores teores de Zn nos sistemas radiculares (variação de 46 mg

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Kg-1 a 96 mg Kg-1), foram obtidos quando as mudas foram produzidas com o substrato FB e os

menores (variação de 36 mg Kg-1 a 37 mg Kg-1), quando as mudas foram produzidas com o

Mix, conforme é demonstrado na Tabela 36. Analisando-se os teores em cada substrato,

verifica-se que não ocorreram diferenças estatísticas sob as diversas lâminas, nos substratos

Mix, CATV e FB. Para as produzidas com CPV, sob as lâminas de 10 e de 14 mm dia-1 foram

obtidos os maiores teores que diferiram do teor obtido nas mudas sob lâmina de 6 mm dia-1.

Comparando-se esses resultados, com os obtidos por Silva (2003), em

mudas de E. grandis com 120 DAS (variação de 106,50 mg Kg-1 a 123,70 mg Kg-1), nesse

experimento os teores obtidos são inferiores.

Tabela 36. Teores de zinco no sistema radicular das mudas, para os substratos, em função das

lâminas de irrigação. Zn

..........mg Kg-1...........

Substrato

Lâmina

(mm dia-1)

Mix FB CPV CATV

6 37 a 46 b 33 b 34 a

8 37 a 88 a 44 ab 57 a

10 37 a 88 a 46 a 35 a

12 36 a 95 a 36 ab 33 a

14 36 a 96 a 47 a 81 a

D.M.S 12 41 11,3 71

D.M.S. – Diferença mínima estatística do Teste de Tukey (α = 5%).

- médias seguidas de letras iguais na vertical não diferem pelo Teste de Tukey, ao nível de 5% de significância.

4.6.2 Teores de nutrientes na parte aérea

4.6.2.1 Nitrogênio (N)

De modo geral, os maiores teores de nitrogênio na parte aérea das

mudas foram encontrados, naquelas produzidas com o substrato CATV e os menores, naquelas

produzidas com FB. Observando-se os teores apresentados na Tabela 37, verifica-se que não

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ocorreu diferença estatística nas plantas sob as diversas lâminas, para os substratos Mix, FB e

CPV. Para as mudas produzidas em CATV, os maiores teores foram obtidos sob a lâmina de

10 mm dia-1.

Comparando-se esses resultados com os obtidos por Silva (2003), em

mudas de E. grandis com 120 DAS (variação de 13,50 g Kg-1 a 14,50 g Kg-1), verifica-se que

os teores obtidos nesse experimento são maiores. Também são maiores, quando comparados

com os obtidos por Silveira et al. (2001), que indicam como adequado, teores de N nas folhas

que variam de 13 a 15 g Kg-1.

Tabela 37. Teores de nitrogênio na parte aérea das mudas, para os substratos, em função das

lâminas de irrigação. N

..........g Kg-1...........

Substrato

Lâmina

(mm dia-1)

Mix FB CPV CATV

6 20,25 a 18,75 a 17,50 a 19,00 b

8 25,75 a 23,00 a 23,00 a 22,00 ab

10 22,50 a 19,25 a 22,75 a 28,50 a

12 20,50 a 19,25 a 19,75 a 23,50 ab

14 20,75 a 17,00 a 20,75 a 20,75 b

D.M.S 6,20 6,30 6,94 7,65

D.M.S. – Diferença mínima estatística do Teste de Tukey (α = 5%).

- médias seguidas de letras iguais na vertical não diferem pelo Teste de Tukey, ao nível de 5% de significância.

4.6.2.2 Fósforo (P)

De modo geral, os maiores teores de fósforo na parte aérea foram

encontrados nas mudas produzidas com CPV. Analisando-se cada substrato isoladamente

verifica-se (Tabela 38) que, nas plantas produzidas com substrato Mix não ocorreu diferença

estatística entre as lâminas; para FB, os teores foram maiores para as mudas sob lâmina de 8

mm dia –1, que não diferiram dos teores encontrados nas mudas sob lâminas 10 e 12 mm dia-1;

para o substrato CPV, sob as lâminas de 6 e de 14 mm dia–1 foram obtidos os maiores teores.

Já para mudas em CATV, sob a lâmina de 10 mm dia-1 foram obtidos os maiores teores.

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Comparando-se esses resultados, com os obtidos por Silva (2003), em

mudas de E. grandis com 120 DAS (variação de 4,0 g Kg-1 a 5,1 g Kg-1 de P na parte aérea),

os teores obtidos para as mudas nos substratos Mix e FB são menores; para as mudas em CPV,

são maiores em todas as lâminas (à exceção sob a lâmina 6 mm dia-1) e para as mudas em

CATV, os teores são superiores somente para as mudas sob lâminas de 12 e 14 mm dia-1.

Comparando-se aos indicados por Malavolta et al. (1997), (faixa de 1,3 a 1,4 g Kg-1, como

adequada para as folhas), verifica-se que os teores obtidos são adequados.

Tabela 38. Teores de fósforo na parte aérea das mudas, para os substratos, em função das

lâminas de irrigação. P

..........g Kg-1...........

Substrato

Lâmina

(mm dia-1)

Mix FB CPV CATV

6 3,13 a 2,73 b 3,03 b 3,00 c

8 3,68 a 3,25 a 4,45 a 3,73 bc

10 3,42 a 3,03 ab 4,48 a 4,65 a

12 3,25 a 2,80 ab 4,35 a 4,23 ab

14 3,40 a 2,73 b 4,23 b 3,30 c

D.M.S 0,6529 0,4759 0,6998 0,8232

D.M.S. – Diferença mínima estatística do Teste de Tukey (α = 5%).

- médias seguidas de letras iguais na vertical não diferem pelo Teste de Tukey, ao nível de 5% de significância.

4.6.2.3 Potássio (K)

Os maiores teores de potássio, na parte aérea foram encontrados nas

mudas produzidas com os substratos CPV e CATV. Pelos resultados apresentados na Tabela

39, nas mudas produzidas com FB, não houve diferença estatística em função das lâminas;

para as mudas produzidas em CPV, sob lâmina de 6 mm dia-1 foram obtidos os menores

teores. Nas mudas produzidas com o Mix, sob a lâmina de 8 mm dia-1, foram obtidos os

maiores teores, enquanto que nas produzidas com CATV, foram sob a lâmina de 10 mm dia-1.

Comparando-se esses resultados com os obtidos por Silva (2003), em

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mudas de E. grandis com 120 DAS (variação de 27 g Kg-1 a 33,5 g Kg-1de K na parte aérea),

os teores obtidos nesse experimento são menores. Comparando-se aos de Silveira et al. (2001),

que indicam como a faixa adequada de K nas folhas de mudas de 80 a 100 DAS, valores de 15

a 20 g Kg-1, verifica-se que os teores encontrados são adequados.

Tabela 39. Teores de potássio na parte aérea das mudas, para os substratos, em função das

lâminas de irrigação. K

......... g Kg-1...........

Substrato

Lâmina

(mm dia-1)

Mix FB CPV CATV

6 21,25 b 22,00 a 20,25 b 21,00 c

8 24,00 a 23,00 a 23,75 a 22,50 bc

10 22,75 ab 21,00 a 24,75 a 25,75 a

12 22,00 b 22,00 a 24,75 a 24,25 ab

14 21,25 b 20,50 a 24,00 a 21,50 c

D.M.S 1,85 3,05 2,88 2,72

D.M.S. – Diferença mínima estatística do Teste de Tukey (α = 5%).

- médias seguidas de letras iguais na vertical não diferem pelo Teste de Tukey, ao nível de 5% de significância.

4.6.2.4 Cálcio (Ca)

Nas mudas produzidas em CPV foram encontrados teores mais

elevados de Ca na parte aérea, do que nas demais mudas e para as produzidas em substrato

Mix, os menores teores. Analisando-se os teores encontrados que são apresentados na Tabela

40, verifica-se que nas produzidas com o substrato Mix sob a lâmina de 6 mm dia-1, foram

obtidos os menores teores; para as mudas produzidas em CPV e CATV, os menores teores

foram obtidos sob a lâmina de 6 mm dia-1. Para as mudas produzidas em FB, sob a lâmina de

6 mm dia-1, obtiveram-se os menores teores (7,75 g Kg-1).

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Tabela 40. Teores de cálcio na parte aérea das mudas, para os substratos, em função das

lâminas de irrigação. Ca

..........g Kg-1...........

Substrato

Lâmina

(mm dia-1)

Mix FB CPV CATV

6 7,50 b 7,75 c 8,75 b 7,00 b

8 8,75 ab 9,75 b 12,50 a 9,50 a

10 9,00 ab 10,50 ab 11,75 a 9,25 a

12 8,50 ab 11,50 a 13,00 a 9,00 a

14 9,25 a 11,50 a 12,50 a 9,75 a

D.M.S 1,53 1,32 2,37 1,58

D.M.S. – Diferença mínima estatística do Teste de Tukey (α = 5%).

- médias seguidas de letras iguais na vertical não diferem pelo Teste de Tukey, ao nível de 5% de significância.

Comparando-se esses resultados com os obtidos por Silva (2003), em

mudas de E. grandis com 120 DAS (variação na parte aérea de 11,3 g Kg-1 a 12,8 g Kg-1),

verifica-se que, nas mudas produzidas com os substratos Mix e CATV, os teores nas mudas

são menores em todas as lâminas. Nas mudas produzidas com FB, estão na mesma faixa, sob

as lâminas de 10, de 12 e de 14 mm dia-1, enquanto que nas produzidas com CPV, só não

estão na mesma faixa sob lâmina de 6 mm dia-1. Comparados aos obtidos por Silveira et al.

(2001), que indicam como adequado para as folhas, de 10 a 15 g Kg-1, os teores obtidos nesse

experimento estão nesta faixa.

4.6.2.5 Magnésio (Mg)

Com relação aos teores de magnésio na parte aérea, os maiores valores

foram encontrados nas mudas produzidas com o substrato CPV e os menores nas mudas

produzidas com o Mix. Analisando-se os resultados apresentados na Tabela 41, em cada

substrato, verifica-se que nas mudas produzidas com Mix não houve diferenças nos teores sob

as diversas lâminas. Nas mudas produzidas com FB e com CPV, sob a lâmina de 6 mm dia-1

foram obtidos os menores teores. Com o substrato CATV, os maiores teores nas mudas foram

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obtidos sob a lâmina de 10 mm dia-1.

Tabela 41. Teores de magnésio na parte aérea das mudas, para os substratos, em função das

lâminas de irrigação. Mg

..........g Kg-1...........

Substrato

Lâmina

(mm dia-1)

Mix FB CPV CATV

6 3,63 a 3,53 b 3,53 b 3,28 c

8 3,83 a 4,08 a 4,40 ab 3,65 bc

10 3,88 a 4,13 a 4,38 ab 4,13 a

12 3,53 a 4,28 a 4,55 ab 4,10 ab

14 3,95 a 4,25 a 4,40 ab 4,08 ab

D.M.S 0,64 0,46 0,90 0,47

D.M.S. – Diferença mínima estatística do Teste de Tukey (α = 5%).

- médias seguidas de letras iguais na vertical não diferem pelo Teste de Tukey, ao nível de 5% de significância.

Comparando-se esses resultados com os obtidos por Silva (2003), em

mudas de E. grandis com 120 DAS (variação na parte aérea de 4,8 g Kg-1 a 5,4 g Kg-1), os

teores obtidos nesse experimento são menores. Também são menores, quando comparados aos

de Malavolta et al. (1997) e de Silveira et al. (2001), que indicam que a faixa ideal de Mg nas

folhas deva ser de 10 a 15 g Kg-1.

4.6.2.6 Enxofre (S)

Nas produzidas com o substrato CPV, foram encontrados os maiores

teores de S na parte aérea das mudas (1,70 g Kg-1 de S a 2,83 g Kg-1 de S) e nas mudas

produzidas com o substrato Mix, foram obtidos os menores teores (1,75 g Kg-1 de S a 2,35 g

Kg-1 de S). Analisando-se a Tabela 42, verifica-se que para todos os substratos, os menores

teores de S foram obtidos nas mudas sob a lâmina de 6 mm dia-1.

Comparando-se esses resultados com os obtidos por Silva (2003), em

mudas de E. grandis com 120 DAS (variação na parte aérea de 1,7 g Kg-1 a 3,2 g Kg-1), os

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teores obtidos nesse experimento se encontram na mesma faixa; também se encontram na

faixa recomendada por Silveira et al. (2001), que indicam 1,5 g Kg-1 a 2,5 g Kg-1 como sendo

adequado para as folhas.

Tabela 42. Teores de enxofre na parte aérea das mudas, para os substratos, em função das

lâminas de irrigação. S

..........g Kg-1...........

Substrato

Lâmina

(mm dia-1)

Mix FB CPV CATV

6 1,75 b 1,90 b 1,70 b 1,80 b

8 2,35 ab 2,43 a 2,65 a 2,33 a

10 2,33 ab 2,20 ab 2,83 a 2,63 a

12 1,98 ab 2,28 ab 2,53 ab 2,30 a

14 1,85 ab 2,03 ab 2,43 ab 2,28 a

D.M.S 0,59 0,469 0,59 0,42

D.M.S. – Diferença mínima estatística do Teste de Tukey (α = 5%).

- médias seguidas de letras iguais na vertical não diferem pelo Teste de Tukey, ao nível de 5% de significância

4.6.2.7 Boro (B)

Da mesma maneira que ocorreu para o S, também para o B, os

maiores teores (variação de 30 mg Kg-1 a 54 mg Kg-1), foram encontrados nas mudas

produzidas com o substrato CPV e os menores (variação de 30 mg Kg-1 a 38 mg Kg-1), nas

mudas produzidas com o substrato Mix. Pela análise dos resultados apresentados na Tabela

43, verifica-se que não ocorreu diferença estatística entre as lâminas, quando a produção foi

com o substrato Mix. Para produção com os demais substratos, verifica-se que sob a lâmina de

12 mm dia-1 foram obtidos os maiores teores.

Comparando-se esses resultados com os obtidos por Silva (2003), em

mudas de E. grandis com 120 DAS (variação de 65,50 mg Kg-1 a 85,10 mg Kg-1), os teores

obtidos nesse experimento foram menores. Comparando-se com os obtidos por Silveira et al.

(2001), para mudas com 80 a 100 DAS (que indicam a faixa de 30 mg Kg-1 a 40 mg Kg-1 de B

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nas folhas), neste experimento os teores obtidos, sob a maioria das lâminas está adequado.

Tabela 43. Teores de boro na parte aérea das mudas, para os substratos, em função das lâminas

de irrigação. B

..........mg Kg-1...........

Substrato

Lâmina

(mm dia-1)

Mix FB CPV CATV

6 30 a 29 c 30 c 23 c

8 31 a 42 ab 38 bc 31 bc

10 33 a 32 c 38 bc 32 b

12 38 a 45 a 54 a 44 a

14 30 a 36 bc 42 b 32 b

D.M.S 10 7 9 8

D.M.S. – Diferença mínima estatística do Teste de Tukey (α = 5%).

- médias seguidas de letras iguais na vertical não diferem pelo Teste de Tukey, ao nível de 5% de significância.

4.6.2.8 Cobre (Cu)

Quando usado substrato Mix na produção das mudas, os teores obtidos

de Cu na parte aérea foram menores (variação de 2 mg Kg-1 a 3 mg Kg-1) e quando usado FB,

os teores obtidos de Cu na parte aérea foram maiores (variação de 3 mg Kg-1 a 9 mg Kg-1).

Pela análise dos teores obtidos, que são apresentados na Tabela 44, não ocorreu diferença sob

as lâminas para os substratos Mix, CPV e CATV. Para as mudas produzidas com FB, sob

lâmina de 6 mm dia-1 obtiveram-se os menores teores.

Comparando-se esses resultados com os obtidos por Silva (2003), em

mudas de E. grandis com 120 DAS (variação de 8,34 mg Kg-1 a 9,75 mg Kg-1), verifica-se que

os teores encontrados foram menores, à exceção para o substrato FB, sob a lâmina de 12 mm

dia-1, cujos teores nas mudas se encontram na mesma faixa (9 mg Kg-1).

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Tabela 44. Teores de cobre na parte aérea das mudas, para os substratos, em função das

lâminas de irrigação. Cu

..........mg Kg-1...........

Substrato

Lâmina

(mm dia-1)

Mix FB CPV CATV

6 3 a 3 b 2 a 2 a

8 2 a 7 a 3 a 4 a

10 3 a 7 a 3 a 2 a

12 2 a 9 a 3 a 1 a

14 3 a 7 a 3 a 3 a

D.M.S 2 2 2 4

D.M.S. – Diferença mínima estatística do Teste de Tukey (α = 5%).

- médias seguidas de letras iguais na vertical não diferem pelo Teste de Tukey, ao nível de 5% de significância.

4.6.2.9 Ferro (Fe)

Pela observação da Tabela 45, verifica-se que os menores teores de Fe

na parte aérea foram obtidos nas mudas produzidas com o substrato FB (variaram de 110 mg

Kg-1 a 197 mg Kg-1) e os maiores, nas mudas produzidas com o substrato Mix (variaram de

120 mg Kg-1 a 200 mg Kg-1). Para as mudas produzidas em CPV e CATV, não ocorreram

diferenças, enquanto que para Mix e FB, sob a lâmina de 6 mm dia-1 obtiveram-se os maiores

teores.

Comparando-se esses resultados com os obtidos por Silva (2003), em

mudas de E. grandis com 120 DAS (variação na parte aérea de 67,20 mg Kg-1 a 105,30 mg

Kg-1), os teores obtidos nesse experimento foram maiores; também são maiores, quando

comparados aos indicados por Malavolta et al. (1997), de 45 mg Kg-1 de Fe na haste.

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Tabela 45. Teores de ferro na parte aérea das mudas, para os substratos, em função das

lâminas de irrigação. Fe

..........mg Kg-1...........

Substrato

Lâmina

(mm dia-1)

Mix FB CPV CATV

6 200 a 197 a 150 a 162 a

8 120 b 139 cd 155 a 145 a

10 142 b 157 bc 163 a 137 a

12 130 b 180 ab 157 a 156 a

14 124 b 110 d 140 a 146 a

D.M.S 39 33 35 34

D.M.S. – Diferença mínima estatística do Teste de Tukey (α = 5%).

- médias seguidas de letras iguais na vertical não diferem pelo Teste de Tukey, ao nível de 5% de significância.

4.6.2.10 Manganês (Mn)

Nas mudas produzidas com FB, foram obtidos os menores teores de

Mn na parte aérea (variação de 191 mg Kg-1 a 343 mg Kg-1) e nas mudas produzidas com

substrato CATV, foram obtidos os maiores teores (variação de 467 mg Kg-1 a 652 mg Kg-1).

Para as mudas produzidas com CATV, não ocorreram diferenças nos teores obtidos entre as

lâminas, enquanto que para os demais substratos, sob a lâmina de 6 mm dia-1, foram obtidos os

maiores teores (Tabela 46).

Comparando-se os teores obtidos neste experimento, com os obtidos

por Silva (2003), em mudas de E. grandis com 120 DAS (variação de 430,20 mg Kg-1 a

560,90 mg Kg-1), verifica-se que quando usado o substrato Mix, os teores se encontraram na

mesma faixa (a exceção para as mudas sob lâmina de 8 mm dia-1, que apresentaram teores

maiores de Mn; 648 mg Kg-1); enquanto que nas mudas produzidas com CPV, os teores foram

menores. Para as mudas produzidas com CATV, os teores se encontram na mesma faixa, para

as mudas sob as lâminas de 6 e 14 mm dia-1, para as demais são maiores. Comparando-se

esses resultados com os obtidos por Silveira et al. (2001), que indicam teores de 300 mg Kg-1

a 500 mg Kg-1, verifica-se que para as mudas produzidas em FB e em CPV, os teores nesse

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experimento, de modo geral são adequados.

Tabela 46. Teores de manganês na parte aérea das mudas, para os substratos, em função das

lâminas de irrigação. Mn

..........mg Kg-1...........

Substrato

Lâmina

(mm dia-1)

Mix FB CPV CATV

6 500 ab 343 a 343 b 467 a

8 648 a 268 ab 337 b 604 a

10 502 ab 198 b 316 b 652 a

12 427 b 192 b 348 b 646 a

14 492 b 191 b 427 a 476 a

D.M.S 152 86 72 195

D.M.S. – Diferença mínima estatística do Teste de Tukey (α = 5%).

- médias seguidas de letras iguais na vertical não diferem pelo Teste de Tukey, ao nível de 5% de significância.

4.6.2.11 Zinco (Zn)

Os menores teores de Zn na parte aérea, foram obtidos nas plantas sob

as lâminas de 12 e 14 mm dia-1, independente do substrato em que tenham sido produzidas.

Quando as mudas foram produzidas com substrato FB, obtiveram-se os maiores teores

(variação de 30 mg Kg-1 a 50 mg Kg-1) e quando foram produzidas com CPV, os menores

(variação de 21 mg Kg-1 a 34 mg Kg-1). Nas mudas, produzidas com CPV, os maiores teores

foram obtidos sob as lâminas de 6 e 8 mm dia-1, enquanto que para os demais foram sob a

lâmina de 6 mm dia-1 (Tabela 47).

Comparando-se esses resultados com os obtidos por Silva (2003), em

mudas de E. grandis com 120 DAS (variação de 47,8 mg Kg-1 a 76 mg Kg-1), verifica-se que,

quando a produção das mudas aconteceu com os substratos Mix, CPV e CATV, os teores

foram menores, enquanto que nas mudas produzidas com o substrato FB, sob as lâminas de 6 e

8 mm dia-1, se encontram na mesma faixa (nas demais lâminas são menores). Comparando-se

com os indicados por Malavolta et al. (1997), (variação de Zn nas folhas de 12 mg Kg-1 a 17

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mg Kg-1), verifica-se que nesse experimento, os teores obtidos são maiores e quando

comparados aos indicados por Silveira et al. (2001), os teores se encontram na mesma faixa

(variação de Zn nas folhas de 30 mg Kg-1 a 40 mg Kg-1).

Tabela 47. Teores de zinco na parte aérea das mudas, para os substratos, em função das

lâminas de irrigação. Zn

..........mg Kg-1...........

Substrato

Lâmina

(mm dia-1)

Mix FB CPV CATV

6 35 ab 40 ab 27 bc 28 bc

8 45 ab 50 a 34 a 38 a

10 33 ab 48 a 32 ab 37 ab

12 24 b 34 b 25 cd 24 c

14 19 b 30 b 21 d 24 c

D.M.S 17 14 6 10

D.M.S. – Diferença mínima estatística do Teste de Tukey (α = 5%).

- médias seguidas de letras iguais na vertical não diferem pelo Teste de Tukey, ao nível de 5% de significância.

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5 CONSIDERAÇÕES FINAIS

O adubo osmocote possivelmente permaneceu ativo nos substratos após o ciclo final

das mudas, o que foi constatado pela presença de grânulos cheios de líquido; o que,

possivelmente possa estar contribuindo para o arranque inicial do plantio;

Lâminas de irrigação de 6 e 8 mm dia-1, nas fases de crescimento e rustificação só

podem ser aplicadas, quando o objetivo é a seleção massal de plantas resistentes à seca,

já que a grande maioria morre em função da falta de água; porém isto precisaria ser

testado em campo por Melhoristas;

Sugere-se que sejam avaliados os custos de aquisição dos substratos FB e CPV e os

custos relativos à mão-de-obra para o preparo do Mix (70% de CPV e 30% de FB), na

escolha por um destes na produção de mudas de Eucalyptus grandis;

A lâmina de irrigação de 12 mm dia-1 representa, de modo geral, economia em

eletricidade e água e possivelmente de nutrientes, se comparada à lâmina de irrigação de

14 mm dia-1, além das questões ambientais associadas à lixiviação de adubos;

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93

Sugere-se para comprovação, em outros experimentos deste tipo, o acompanhamento da

sobrevivência das mudas no campo.

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6 CONCLUSÕES

Conforme a metodologia e os critérios de qualidade para mudas de

Eucalyptus grandis, adotadas neste trabalho, foi possível concluir que:

As lâminas de irrigação aplicadas de 12 e de 14 mm dia-1 foram as que mais

contribuíram para o desenvolvimento das mudas de Eucalyptus grandis;

Para as lâminas utilizadas, os melhores substratos foram fibra de coco (FB) e a mistura

(Mix) formada por 70% de substrato CPV e 30% de substrato FB;

Todas as características morfológicas avaliadas foram influenciadas pelos substratos e

pelas lâminas de irrigação aplicadas;

Foi possível obter mudas de ótima qualidade aos 108 DAS, no período de 19 de junho

a 05 de outubro, sob lâmina de 12 mm dia-1, com o uso dos substratos Mix e FB; no

entanto, considerando-se diâmetros de 2,5 mm e altura de 30 cm, este ciclo poderia ter

sido considerado menor para os substratos FB e Mix .

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WENDLING, I.; GATTO, A. Substratos, adubação e irrigação na produção de mudas.

Aprenda Fácil Editora. Viçosa, 2002. 166 p.

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ANEXOS

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ANEXO 1

DADOS METEROLÓGICOS – ESTAÇÃO METEREOLÓGICA DA

CAMARÁ – MUDAS FLORESTAIS

Dia Junho Julho Agosto Setembro OutubroMed Mín. Máx. Pluv. Mín. Máx. Pluv. Mín. Máx. Pluv. Mín. Máx. Pluv. Mín. Máx. Pluv.1 15,0 31,0 0 12,0 28,0 0 14,9 31,6 0 12,4 28,5 0 13,8 33,9 02 13,0 31,0 0 13,0 28,0 0 13,5 30,5 0 14,9 35,1 03 17,0 28,0 0 11,0 28,0 0 10,1 31,4 0 18,4 34,4 04 18,0 27,0 0 12,0 28,0 0 12,8 32,4 0 11,1 32,9 0 18,1 38,1 05 18,0 28,0 5 12,0 24,0 0 13,4 31,9 0 14,6 33,1 06 18,0 27,0 2 12,6 27,9 0 14,9 29,9 0 14,6 34,6 0 18,9 39,1 07 13,3 27,0 0 15,9 28,9 0 15,5 35,4 0 20,5 29,1 08 19,0 32,0 0 12,6 29,8 0 13,4 19,5 1 16,4 34,9 0 16,6 26,8 329 18,0 31,0 8 11,6 29,9 0 14,3 29,4 1 17,9 30,1 010 17,0 30,0 0 15,0 22,9 0 11,1 16,0 4 18,4 25,8 0 16,6 28,6 711 15,0 29,0 0 8,5 21,1 2 5,5 25,4 0 11,9 23,0 1 16,5 28,5 2012 17,0 28,0 0 9,9 21,1 0 8,9 21,5 0 12,3 18,4 113 17,0 28,0 0 10,9 23,5 0 5,9 30,8 0 10,0 27,0 0 12,4 25,9 014 12,4 25,1 0 12,6 31,1 0 11,5 24,9 0 12,1 29,4 015 15,0 32,0 0 11,4 28,4 0 13,3 32,1 4 12,5 29,9 0 10,9 29,4 016 16,0 32,0 0 12,1 29,6 0 12,6 32,4 0 15,1 33,8 1 10,4 31,9 017 16,0 32,0 0 12,1 29,5 0 6,9 24,9 0 14,6 18,4 5 12,1 32,6 018 15,0 32,0 0 11,6 30,9 0 7,6 24,6 0 12,0 29,9 0 15,8 34,4 019 15,0 31,0 0 14,8 31,4 0 8,9 28,9 0 14,5 32,0 0 19,0 35,9 020 15,0 28,0 0 13,1 32,0 0 13,1 32,9 0 16,9 34,4 0 19,0 37,9 021 16,0 29,0 0 11,6 31,3 0 12,5 34,5 0 17,6 36,6 0 19,0 37,3 022 13,0 24,0 0 12,4 31,4 0 13,4 33,5 0 18,3 35,9 0 18,4 30,1 123 13,0 32,0 0 14,5 34,5 0 17,6 37,9 0 18,4 25,4 024 13,0 31,0 0 19,4 37,8 0 16,3 30,6 025 14,0 32,0 0 12,4 32,4 0 14,6 35,6 0 17,5 38,3 0 17,5 35,5 026 14,0 32,0 0 14,0 29,0 0 11,4 18,8 3 17,4 37,9 0 027 15,0 31,0 0 13,4 30,4 0 8,9 26,0 0 16,6 33,4 8 18,9 34,4 2728 14,0 31,0 0 13,0 26,9 0 9,9 27,6 0 15,5 25,2 0 10,0 20,6 429 15,0 32,0 0 14,0 29,1 0 10,1 27,1 0 17,4 31,1 0 17,1 25,0 930 13,0 31,0 0 16,4 28,6 0 9,5 26,4 0 14,1 28,4 0 16,5 27,1 1731 11,6 27,1 0 16,6 30,5 0

Temp 15,5 30,1 12,5 28,0 11,6 28,7 14,8 31,2 16,0 30,9Pluv. 15 2 13 15 118

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ANEXO 2

ANÁLISE FÍSICA DO SUBSTRATO GOLDEN MIX - 55®

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ANEXO 4 - FOTOS DO EXPERIMENTO

Figura 1. Barra de irrigação.

Figura 2. Orifícios da barra de irrigação.

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ANEXO 5 - FOTOS DO EXPERIMENTO

Figura 5. Visão geral do experimento. Da direita para a esquerda, canteiros sob lâminas diárias em mm, de 6; 8; 10; 12 e 14.

Figura 22. Mudas aos 24 DAL, sob lâmina diária de 6 mm. Setas indicam ramos. Figura 4. Aspecto da área útil de cada planta (49 cm²).

Figura 21. Mudas aos 24 DAL, sob lâmina diária de 12 mm. Setas no canteiro (10 mm) indicam oscilação no crescimento devido a substrato. Figura 6. Teste de transpiração, aos 36 DAL.

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ANEXO 6 - FOTOS DO EXPERIMENTO

Figura 3. Operação de irrigação, acontecendo no canteiro de 14 mm diários.

Figura 13. Mudas aos 37 DAL, sob lâmina diária de

6 mm. Setas indicam ponto de murcha permanente.

Figura 12. Visão da mortalidade aos 24 DAL, sob a lâmina de

6 mm diários. Figura 15. Mudas aos 42 DAL. Setas indicam lâminas diárias em mm (vermelha=6; amarela=8; laranja= 10; verde= 12 e azul= 14).

Figura 14. Visão geral do experimento, aos 37 DAL. Da esquerda para a direita (lâminas diárias em mm de 14, 12, 10, 8 e 6).

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ANEXO 7 - DADOS ORIGINAIS

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2- Análise química de substrato antes e após produção das mudas - % em matéria seca

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3- Análise nutricional de raízes

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4- Análise nutricional da parte aérea

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5 – Dados morfológicos