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1 UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA JÚLIO DE MESQUITA FILHO INSTITUTO DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA AMBIENTAL GUSTAVO INNOCENCIO RODRIGUES LARISSA NICOLI RUZENE CABRAL MARIA CLARA DA SILVA PABLO FERREIRA STEPHANIE HELENA BORTZ EVASO SIMAS ENGENHOCAS 2017: CAMINHÃO DE LIXO SOROCABA SP 2017

UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA JÚLIO DE MESQUITA … · perfeito são: 1. Não há dissipação de energia devido a atritos internos (viscosidade) ... 2 palitos de picolé 6 braçadeiras

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UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA JÚLIO DE MESQUITA FILHO

INSTITUTO DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA

GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA AMBIENTAL

GUSTAVO INNOCENCIO RODRIGUES

LARISSA NICOLI RUZENE CABRAL

MARIA CLARA DA SILVA

PABLO FERREIRA

STEPHANIE HELENA BORTZ EVASO SIMAS

ENGENHOCAS 2017: CAMINHÃO DE LIXO

SOROCABA – SP

2017

2

GUSTAVO INNOCENCIO RODRIGUES

LARISSA NICOLI RUZENE CABRAL

MARIA CLARA DA SILVA

PABLO FERREIRA

STEPHANIE HELENA BORTZ EVASO SIMAS

ENGENHOCAS 2017: CAMINHÃO DE LIXO

Relatório apresentada a Universidade

Estadual Paulista “Júlio Mesquita Filho”

– Instituto de Ciência e Tecnologia de

Sorocaba, como requisito parcial da

Laboratório de Física II da graduação

em Engenharia Ambiental.

Prof. Drª: Maria Lucia Antunes Pereira

SOROCABA– SP

2017

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1. OBJETIVO

A engenhoca: Caminhão de Lixo, tem como objetivo incentivar a

compreensão dos conceitos da física através da elaboração do brinquedo,

adotando um novo meio de transmitir conhecimento de uma maneira mais prática

e mais divertida.

2. INTRODUÇÃO

Para a compreensão da engenhoca: caminhão de lixo é necessário

entender os princípios por trás do seu desenvolvimento, a partir dos conceitos

de fluído ideal, conceitos da hidrostática.

2.1. FLUIDOS

Substância que apresenta capacidade de fluir ou escoar e não possui

estrutura cristalina, podem ser líquidos e gases, são definidos como fluidos.

O comportamento de um fluido depende de vários fatores, que serão

listados a seguir:

Estacionário ou não estacionário: Relacionado com a velocidade e tempo.

Compressível e incompressível: Relacionado com a densidade.

Viscosidade

Temperatura

2.1.1. FLUIDO IDEAL

O fluido ideal seria um modelo criado para simplificar os cálculos, já que

o fluido pode se comportar de várias maneiras. As condições para um o fluido

perfeito são:

1. Não há dissipação de energia devido a atritos internos (viscosidade)

entre as partículas do fluido, nem devido a interações das partículas do fluido

com o ambiente; [1] a velocidade não varia com o tempo (estacionária), como na

imagem:

4

Figura 1: Velocidade do escoamento.

Fonte: http://www.ebah.com.br/content/ABAAAA46AAL/hidrodinamica

2. Não há troca de energia na forma de calor entre as partículas do fluido,

nem das partículas de fluido com o ambiente;

3. Densidade constante em todos os pontos do espaço em todos os

instantes de tempo (incompressível). [2]

2.2. HIDROSTÁTICA

A Hidrostática é a parte da Física que estuda os fluídos (tanto líquidos

como os gasosos) em repouso, ou seja, que não estejam em escoamento

(movimento).

Para entender hidrostática é de suma importância falar dos conceitos:

Densidade (massa específica):

A densidade ou massa específica informa se a substância do qual é feito

um determinado corpo é mais ou menos compacta. [3] A massa específica de um

corpo é a relação entre a massa do m e o volume do mesmo, é dada pela

equação 1.

Onde:

= massa específica do corpo

m = massa do corpo

v = volume do corpo

Uma unidade muito usual para a massa específica é o g/cm3 , mas no SI a

unidade é o kg/m3 . [4] A relação entre elas é a seguinte:

5

Assim, para transformar uma massa específica de g/cm3 para kg/m 3,

deve-se multiplicá-la por 1000. Na tabela 1 estão relacionadas as massas

específicas de algumas substâncias: [4]

Tabela 1. Massas específicas de algumas substâncias.

Para a água temos que a sua densidade é igual a 1g/cm³, ou seja, 1 cm³

de água tem massa de 1g. Apesar de esta unidade ser a mais usada, no SI

(Sistema Internacional de Unidades) a unidade de densidade é 1 Kg/m³.[4]

Pressão:

Na Física, a pressão é uma grandeza que quantificada através da razão entre

a força (F) e a área (A) da superfície em questão, onde a força é aplicada

(equação 2). [5]

𝐹

Onde:

p = pressão.

F = força aplicada ao corpo.

A = área do corpo.

𝑝 = 𝐴

(2)

A unidade de pressão no Sistema Internacional de Unidades (SI) é o Pa,

em homenagem a Blaise Pascal(1623-1662). A unidade de força é o newton (N)

e a unidade de área é o m2, ambas no SI. A razão entre força e área resulta em

N/m2. [5]

1 N/m2 = 1 pascal = 1Pa

6

A pressão aumenta e diminui de acordo com o ambiente, para um

mergulhador em um tanque de água, a pressão aumenta com a profundidade

abaixo da interface água-ar, já para um alpinista, a pressão diminui com a altitude

conforme se sobe para dentro da atmosfera. As pressões encontradas pelo

mergulhador e o alpinista são chamadas de pressão hidrostática. [6]

Em um sistema como o caso acima, utiliza-se a equação 3 para

determinar a pressão: [6]

𝑝 = 𝑝0 + 𝑔ℎ (3),

Onde:

P= pressão

P0 = pressão atmosférica (1 atm = 1,01x105 Pa)

= massa específica

g = gravidade

h = profundidade

Nesse sistema considera-se a pressão P0 como pressão atmosférica, logo

podemos dizer que em um sistema, essa é a pressão absoluta, já um sistema

fechado, sem contato com atmosfera, leva o nome de pressão manométrica,

definido pela equação 4. [6]

𝑝 = 𝑔ℎ (4)

Princípio de Pascal:

Quando se aperta uma extremidade de um tubo de pasta de dente para

fazer a pasta de dente sair na outra extremidade, está ocorrendo o Princípio de

Pascal (figura 2). Na qual um aumento brusco de pressão adequadamente

aplicada no corpo é transmitido até a saída, expelindo a pasta de dente.

Figura 2. Princípio de Pascal na pasta de dente.

Fonte:http://alexandremedeirosfisicaastronomia.blogspot.com.br/2011/11/area-e-pressao-hidrostatica-em-tubos-de.html

7

Na Figura 2 uma mudança na pressão aplicada a um fluído incompreensível

confinado é transmitida integralmente a todas as partes do fluído e às paredes do seu

recipiente

O princípio de Pascal foi enunciado pela primeira vez em 1652 por Blaise

Pascal (Figura 3), o nome da unidade de pressão foi dado em sua homenagem.

Figura 3. Blaise Pascal (Clermont-Ferrand, 19 de junho de 1623 - Paris, 19 de agosto de 1662).

Fonte: http://iradio.ucam.edu/programa/pm-t3-15-140402

Alavanca hidráulica:

A figura 4 mostra como o Princípio de Pascal serve de base para uma

alavanca hidráulica.

Figura 4. Esquematização do Princípio de Pascal em uma alavanca hidráulica.

Fonte: https://www.infoenem.com.br/fisica-no-enem-entenda-o-principio-de-pascal/

Uma força externa aplicada com intensidade F1 dirigida para baixo

aplicada ao pistão esquerdo (de entrada) cuja área é A1.Um líquido

incompressível no dispositivo produz então uma força para cima de intensidade

F2, sobre o pistão da direita (de saída) cuja área é A2.

A força F1 aplicada do lado esquerdo e a força F2, para baixo vinda da

carga na direita, produzem uma variação ∆𝑝 na pressão do liquido que é dada

pela equação 5:

8

∆𝑝 = 𝐹1

𝐴1

𝐹2 =

𝐴2 (5)

A engenhoca: Caminhão de lixo, parte destes conceitos.

9

3. MATERIAIS E MÉTODOS

Para a construção da engenhoca: Caminhão de lixo, divide-se em três

etapas: braço hidráulico, caminhão, e a finalização.

3.1. BRAÇO HIDRÁULICO

Na primeira parte da construção para a elaboração do Braço hidráulico,

foram necessários:

1 caixa de papelão

4 seringas de 20 ml

4 seringas de 10 ml (figura 5)

2 palitos de picolé

6 braçadeiras de Nylon (figura 6)

1 tampa de caneta

Palitos de dentes (GINA)

Água com corantes (figura 7)

Tesoura

Cola quente

Arame

Mangueira usada em aquário (figura 8)

Figura 5. Seringas de 10 ml.

Figura 7. Tubos de águas com

corantes.

Figura 6. Braçadeiras de nylon

Figura 8. Mangueira usada em aquário.

10

Para a construção do braço hidráulico, deu-se atenção primeiramente à

sua estrutura de sustentação. Com auxílio da tesoura, cortou-se 4 tiras

retangulares de papelão de comprimento de 28 cm e largura de 3 cm, 4 tiras

retangulares de papelão de comprimento de 20 cm e largura de 3 cm, 4 tiras de

trapézios com a base menor de 3 cm e a base maior de 6 cm e quadrados de

tamanhos variados (os mesmos servirão como esta estrutura).

Figura 9. 2 tiras das peças de papelão cortadas e suas dimensões.

Para dar maior durabilidade juntamos em duas tiras cada peça. No

quadrado de papelão foi feito um furo central de modo que passasse uma tampa

de caneta, esta é o que proporcionará rotação.

Figura 10. Tampa da caneta inserida no furo central do quadrado, que mais

tarde servirá para rotação.

Os trapézios foram colados com cola quente na base quadrada menor, a

de 6 cm. Internamente ao espaço gerado entre os trapézios posicionados, foram

colocados os retângulos de comprimento de 20 cm e verificados e a distância

era suficiente para o diâmetro de uma seringa. Com os palitos de dente, foram

feitos furos que atravessassem o trapézio na mesma direção dos furos dos

retângulos. A figura 11 ilustra as alturas dos furos que foram feitos nos

retângulos.

11

Figura 11. Furos dos retângulos

Tendo a parte da sustentação parcialmente pronta, deu-se início à

construção do “corpo” do braço hidráulico. A figura 11 ilustrou as localizações

dos furos realizados nos retângulos, observe que no retângulo de comprimento

de 20 cm foram feitos dois furos em cada extremidade, onde uma delas já havia

sido posicionada no trapézio anteriormente. Como passo seguinte, regulou-se a

extremidade furada e livre do retângulo de 20 cm na direção do furo central do

retângulo de comprimento de 28 cm. É importante ressaltar que cada furo

atravessa seu retângulo/trapézio correspondente e os mesmos são ligados

através dos palitos. Portanto, assim como nas máquinas, é necessário colocar

uma “porca” nos “parafusos”. Sendo assim, em cada extremidade dos palitos

atravessados, foram posicionados pequenos pedaços de papelão, de

aproximadamente 1 cm de comprimento e de largura e os mesmos serviram

como “porcas”, ajudando na fixação. Eles foram atidos com cola quente. Depois

de terminado estes procedimentos, introduziu-se a base do quadrado menor no

eixo da caneta que deve ser colada com cola quente na base maior, mas deve

ficar livre na base menor, para que possa rodar. A figura 12 ilustra o resultado

final desta etapa para a construção do braço.

Figura 11. Estrutura do braço na etapa final

12

Como avanço, tem-se início a construção da parte hidráulica do braço. É

importante se alertar que a instalação das seringas no braço é sempre o mesmo

método. Ele consiste em uma seringa que, em sua extremidade superior será

envolvida com uma braçadeira de nylon e está braçadeira de nylon será

envolvida por outra braçadeira, de maneira que forme um gancho entre elas e

um ponto fixo na seringa. No entanto, é importante deixar um espaço na segunda

braçadeira para passar o palito. A figura 13 ilustra como elas devem ficar.

Figura 13. Seringa envolvida com a braçadeira de nylon

Tendo em mente como se dá a instalação da seringa, pode-se prosseguir

com a construção do braço hidráulico.

Foram utilizadas ao todo, na parte do braço, três seringas. A seringa 1 é

a seringa que conecta o trapézio ao retângulo de comprimento de 20 cm. A

seringa 2 é a que conecta os dois retângulos, e por fim, a seringa 3 é a que da

mobilidade à garra. A figura 14 ilustra as seringas e suas respectivas

numerações.

Figura 14. Posições das seringas

O trapézio porta de um furo na sua parte inferior, em uma localização

central, um pouco acima de sua base. Nos furos das posições inferiores do

trapézio, foi posicionada a seringa 1, passando um palito pelo espaço deixado

na braçadeira de nylon e atravessando o outro lado do trapézio, fixando a

seringa. Adiante, ligou-se essa seringa ao meio do retângulo de 20 cm, furando

13

a base da seringa e passando um palito neste furo, por dentro do espaço entre

os retângulos. Posteriormente, fez-se a seringa de número 2. Ela é quem liga o

retângulo de 20 cm, ao retângulo de 28. A figura 14 dá uma boa localização de

onde foi feito este furo. Um pouco após o meio do retângulo de 20 cm introduziu-

se a seringa pelo método de instalação utilizando as braçadeiras. A parte inferior

da seringa é furada novamente e ligada à parte traseira do retângulo de

comprimento de 28 cm. É considerada parte traseira deste, a extremidade que

fica retilínea com o trapézio.

A seringa 3 é instalada a partir da instalação da braçadeira. O furo desta

se posiciona entre o furo central do retângulo de 28 cm e o da sua extremidade

realizada anteriormente. Depois de encaixado, a extremidade inferior da seringa

é furada novamente. Este furo não é fixado no papelão, pois ele porta a conexão

da garra.

Após este procedimento, posicionou-se a garra no braço. Primeiramente,

recortou-se um triângulo equilátero de papelão de base 10 cm. Este foi colado

no retângulo de 28 cm com sua base no sentido contrário ao trapézio. Ele foi

posicionado bem na extremidade do retângulo. No entanto, as pontas que

constituem a base do triângulo são cortadas para não atrapalhar a garra.

A garra é cortada em formato da letra “L”, com sua ponta superior

distorcida para dentro. A figura 15 mostra a composição da garra e de seus

respectivos furos.

Figura 15. Construção da garra

A garra possui dois nas extremidades que se posicionam ainda na base

triangular. O primeiro furo, contando “de fora para dentro”, porta os palitos que

promovem a fixação da garra na base triangular. Os segundos furos portam

arames. Estes arames, em sua outra extremidade, foram ligados à seringa. Esta

14

base triangular é colada ao retângulo de 28 cm. O resultado da construção do

braço hidráulico está ilustrado na Figura 16.

Figura 16. Braço hidráulico pré-finalizado

A próxima parte hidráulica é promover a rotação deste braço.

Primeiramente, obtém-se a base maior quadrada que teve seu centro perfurado

e fixado uma tampa de caneta. Assim como este quadrado maior, o menor

também deve seu centro perfurado. Deve-se encaixar o quadrado menor neste

eixo da caneta, mas não fixar com nenhum tipo de cola. Após esta etapa, a base

de quadrado maior é colada no caminhão. Tem-se, então, a utilização de uma

quarta seringa (seringa 4). A extremidade inferior da seringa é perfurada e

conectada a dois palitos de madeira, de picolé. Estes palitos serão fixados a um

pedaço de papelão. Como ilustra a figura 17, a seguir.

Figura 17. Quarta seringa, utilizada para controlar a rotação.

Foi analisado o sentido de rotação do braço e então, fixou-se a seringa 4

através do papelão colado entre os palitos de picolé. Colou-se na lateral do

trapézio o papelão entre esses palitos, e fixou-se, também com cola quente, a

seringa na base de quadrado maior, fazendo com que o braço tenha rotação ao

se aplicar os fluidos.

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3.2. CAMINHÃO

Na segunda parte da engenhoca, para construção do caminhão foram

necessários:

Madeira retangular de dimensões:

o 18 cm de largura

o 44 cm de comprimento

o 1,5 cm de espessura

Madeira retangular de dimensões:

o 12 cm de largura

o 15 cm de comprimento

o 1,5 cm de espessura

6 circunferências de madeira (Fig.18) de

o 7 cm de diâmetro

o 1,5 cm de espessura

3 pranchetas de MDF (Fig.19)

3 rolos de pintura (Fig.20)

3 seringas de 10 ml

2 Braçadeiras de nylon

Tubo De Látex (Fig.21)

Tesoura

Serra

Pregos

Martelo

Furadeira

Cola quente

Figura 18. Circunferências de madeira

Figura 29. Prancheta de MDF

Figura 20. Rolo de pintura Figura 21. Tubo de latéx.

Primeiramente utilizou-se a maior madeira retangular para que servisse

de base para o caminhão. Com as pranchetas, foram cortadas com o auxílio de

uma serra, as laterais de comprimento de 29,5 cm e largura de 11 cm, já a frente

e o fundo da caçamba foram cortados nas medidas 18 cm de comprimento e 11

16

cm de largura. As partes laterais foram pregadas na base com diversos pregos,

já a frente e o fundo, coladas com cola quente, dando formato a caçamba.

Figura 22. Caçamba finalizada

Para a construção da cabine também obteve suas partes retiradas da

prancheta, a sua base foi feita da menor madeira retangular, a mesma utilizada

na base da caçamba. As partes da cabine foram coladas entre si e na base

também com cola quente.

Figura 23. Construção da cabine do caminhão coladas com cola quente.

Figura 24. Caçamba e cabine finalizadas.

Para a colocação das rodas cortou-se com o auxílio da tesoura, os tubos

das seringas de 10 ml e colou as com cola quente na base da madeira retangular

maior e menor (dois tubos na madeira retangular maior e 1 tubo na madeira

retangular menor) como eixo cortou-se com a serra as hastes dos rolos de

pinturas na maior madeira cortou-se em 23 cm de comprimento de hastes dos

dois rolos e na menor madeira cortou-se 16 cm de comprimento do rolo. As rodas

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foram as circunferências, feito um furo nas circunferências de madeira com o uso

da furadeira no tamanho ideal da área das hastes dos rolos e como “porcas” para

que as roda não saíssem foi cortado pequenos pedaços do tubo de látex.

Figura 25. Parte do encaixe das rodas.

Para o encaixe da caçamba com a cabine, foram usadas abraçadeiras de

nylon. Com o auxílio de um prego, furaram-se dois locais próximos na cabine e

o mesmo foi feito na caçamba. Nesses furos, passaram-se as abraçadeiras e

entrelaçaram-se as duas, juntando as duas partes e obtendo a forma final do

caminhão.

Figura 26.Caminhão finalizado.

Logo após foi colado com cola quente, o braço hidráulico, dando

procedimento a etapa da finalização.

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4. RESULTADOS

A partir da construção da engenhoca: Caminhão de lixo, foi possível

determinar algumas informações:

Com o auxílio do paquímetro foi medido o diâmetro da seringa de 20 ml e com a

régua foi medido a altura da água nas quatro seringas. Os dados estão

representados na tabela 2.

Tabela 2. Diâmetro das seringas de 20 ml e a altura da água nas seringas de 20 ml.

SERINGA VERDE SERINGA LARANJA SERINGA ROSA SERINGA AZUL

(DSERINGA±0,002)CM (Altura±0,05)cm (Altura±0,05)cm (Altura±0,05)cm (Altura±0,05)cm

2,102 4,75 3,00 3,00 1,00

2,090 4,65 3,05 2,95 0,95

2,100 4,70 3,15 3,00 1,05

<2,097±0,006> <4,70±0,05> <3,07±0,07> <2,98±0,02> <1,00±0,05>

A partir dos valores obtidos, e através das equações é possível determinar

o volume da água de cada seringa a partir da fórmula da equação 6:

Com o volume obtido, e com a massa específica da água ( = 1𝑔/𝑐 ³)

representado na tabela 1, foi possível determinar a massa da água a partir da

equação 1.

Os volumes obtidos da água de cada seringa estão representados na

tabela a seguir:

Tabela 3. Volume e massa de água de cada seringa.

Volume Massa de água

Seringa Verde 16,23

16,23

Seringa Laranja 10,59 10,59

Seringa Rosa 10,30

10,30

Seringa Azul 3,45 3,45

19

Além do volume obtido, com as medidas foi possível determinar a área da

seringa de 20 ml e também a área da seringa de 10 ml.

Os dados dos diâmetros da seringa de 10 ml estão representados na

tabela 4 obtidos a partir do paquímetro de 15 cm.

Tabela 4. Diâmetros da seringa de 10 ml.

(DSeringa±0,002)CM

1,800

1,786

1,790

1,792±0,007

Para determinar área da água da seringa de 20mL utilizou-se a equação 7:

𝐴𝑇 = 2 𝜋 (𝑑/2) (ℎ + (𝑑/2)) (7)

Os resultados da área, estão representados na tabela 5.

Tabela 5. Área de cada seringa de 20 ml a partir dos dados da tabela 2.

Área da água

Seringa Verde 37,87

Seringa Laranja 27,13

Seringa Rosa 26,53

Seringa Azul 13,49

A partir das áreas calculadas foi possível determinar a pressão em função

da força aplicada de cada seringa de 20 ml a partir da equação 3. Os resultados

estão expressos a seguir:

Seringa verde: 𝑝 = 𝐹

37,87

Seringa laranja: 𝑝 = 𝐹

27,13

Seringa rosa: 𝑝 = 𝐹

26,53

Seringa azul: 𝑝 = 𝐹

13,49

20

A partir do diâmetro médio obtido da seringa de 10 ml e da seringa de 20

mL, foi possível determinar a área da base das seringas, dadas pela fórmula 8:

𝐴 Substituindo pelos valores encontrados:

Seringa de 10 ml:

𝐴

𝐴

Seringa de 20 ml:

𝐴

𝐴

Com as áreas da base de cada seringa é possível utilizar a equação 5,

em que a força de saída fica em função da força de entrada, (onde a seringa de

10 ml é a saída e a seringa de 20 ml é a entrada):

𝐹 𝐹

Para se ver a quantidade que o braço hidráulico do caminhão levanta, foi

feito um mini-saco de lixo composto por pequenos pedaços de papéis.

As dimensões da massa do mini-saco de lixo, estão representados na tabela 6.

Tabela 6. Massa do mini - saco de lixo.

(Massa Mini-SacodeLlixo±0,01)g

0,1108

0,1109

0,1109

0,11086±0,00005

21

Através da massa obtida com o auxílio da balança de precisão, para

determinar a força peso que a garra pode levantar, utilizamos a equação (10):

22

𝐹 𝑔

Onde

m=massa do corpo

g= gravidade.

Substituindo os valores na equação (10):

Fpeso= 0,11086x9,8 Fpeso= 1,086428 N

Logo, a força peso que a garra conseguiu levantar foi de 1,08 N.

5. DISCUSSÃO

Na construção da engenhoca: caminhão de lixo, teve-se um entendimento

melhor dos conceitos da física:

Ter o fluído ideal foi de extrema importância, na engenhoca, foi utilizada a água

por ela ser fácil de manipular o fluído e possuir uma viscosidade baixa, entretanto

logo após três dias percebeu-se que teria que calibrar as seringas pois, devido

ao calor, a água evaporou. Apesar disso, ainda foi a melhor opção para o

experimento.

No exemplo contido na introdução do princípio de Pascal da alavanca

percebemos que as seringas ligadas pela mangueira de aquário, gera o

mesmo sistema, ou seja, assim como a alavanca hidráulica, as seringas

desempenham o mesmo papel, onde uma força de entrada Fe aplicada para

baixo na seringa 1 de área Ae é igual a força de saída Fs aplicada para cima na

seringa 2 de área As.

Figura 33. Esquematização do Princípio de Pascal a partir das seringas:

Seringa 1 (a esquerda) e seringa 2 (a direita).

Fonte:http://www.feiradeciencias.com.br/sala02/02_028.asp

23

Teve-se grande dificuldade para calibrar as seringas, pois quando

inseríamos água, entrava uma quantidade de ar, e se apertasse bastante as

seringas de 20 ml. Ela acabava estourando e provocando grande perda de

líquido.

Nos resultados não foi possível calcular a pressão exata, pois não se

encontrou nenhum meio para determinar a força exercida para causar o

deslocamento, então foi realizado a pressão em função da força exercida, assim

como não foi possível calcular a força de saída, pois não teve meio para calcular

a força de entrada, então foi feito a força de saída em função da força de entrada.

No sistema da pressão das seringas da engenhoca, como não se tinha

contato com a atmosfera, o sistema era de uma pressão manométrica.

Outra observação feita, foi na força que a garra conseguiria levantar,

tivemos que colocar e tirar bastante pedaços de papéis para que ela conseguisse

levantar na altura ideal para pôr na caçamba, não foi possível calcular o peso

máximo, pois como o braço hidráulico era feito de papelão, colocar muito peso

poderia quebrar o mesmo.

Com o experimento, teve-se uma melhor compreensão e assimilação do

que foi discutido em sala de aula.

Segue abaixo o resultado final da engenhoca: Caminhão de Lixo.

24

Figura 34. Caminhão de lixo finalizado.

25

6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Vídeo de apoio para construção do Braço Hidráulico: Canal: Mix Me. “Como Fazer Braço Robótico Hidráulico com Seringa”. Disponível

em <https://www.youtube.com/watch?v=t10gPpDrTG8>

[1] “Fluido ideal”. Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFGS-RS).

Disponível em <http://www.if.ufrgs.br/cref/werlang/aula2.htm>

[2] “Mecânica dos Fluidos”. Fundação CFET Bahia. Disponível em

<http://www.ifba.edu.br/professores/diogenesgaghis/ETF_Escoamento%20e%2

0Transfer%C3%AAncia%20de%20Fluidos/ETF-

Equa%C3%A7%C3%A3o%20de%20Bernoulli_0.ppt. >

[3] SANTOS, Marco Aurélio da Silva. "Hidrostática"; Brasil Escola. Disponível em

<http://brasilescola.uol.com.br/fisica/hidrostatica.htm>.

[4] PRASS, Alberto Ricardo. “Massa específica e densidade”; AlgoSobre.

Disponível em <https://www.algosobre.com.br/fisica/massa-especifica-e-

densidade.html>

[5] SANTOS, Marco Aurélio da Silva. "Pressão"; Brasil Escola. Disponível em

<http://brasilescola.uol.com.br/fisica/pressao.htm>.

[6] HALLIDAY, David; RESNICK, Robert ;WALKER, Jearl. “Fundamentos de

Física. Volume 2”. 6ª Edição. Ed. LTC. Rio de Janeiro – RJ-2002.