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UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA CENTRO DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS DEPARTAMENTO DE FITOTECNIA E CIÊNCIAS AMBIENTAIS POTENCIAL FISIOLÓGICO DE SEMENTES DE FEIJÃO GUANDÚ EM DIFERENTES SUBSTRATOS E TEMPERATURAS Thales Pereira Medeiros AREIA - PB Setembro - 2013

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UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA

CENTRO DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS

DEPARTAMENTO DE FITOTECNIA E CIÊNCIAS AMBIENTAIS

POTENCIAL FISIOLÓGICO DE SEMENTES DE FEIJÃO GUANDÚ EM

DIFERENTES SUBSTRATOS E TEMPERATURAS

Thales Pereira Medeiros

AREIA - PB

Setembro - 2013

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Thales Pereira Medeiros

POTENCIAL FISIOLÓGICO DE SEMENTES DE FEIJÃO GUANDÚ EM

DIFERENTES SUBSTRATOS E TEMPERATURAS

Trabalho de Conclusão de Curso de

Graduação em Agronomia

apresentado a Universidade Federal

da Paraíba, Centro de Ciências

Agrárias, Campus II, Areia - PB, como

parte das exigências para obtenção

do título de Engenheiro Agrônomo.

Orientadora: Profa. Dra. Edna Ursulino Alves

AREIA - PB

Setembro - 2013

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III

Thales Pereira Medeiros

POTENCIAL FISIOLÓGICO DE SEMENTES DE FEIJÃO GUANDÚ EM

DIFERENTES SUBSTRATOS E TEMPERATURAS

Aprovado em:12 / 09/2013

BANCA EXAMINADORA

Profa. Dra. Edna Ursulino Alves

Orientadora/CCA-UFPB/DFCA

Dra. Katiane da Rosa Gomes da Silva

Examinadora/CCA-UFPB

Dra. Luciana Rodrigues de Araújo

Examinadora/CCA-UFPB

AREIA - PB

Setembro - 2013

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IV

AGRADEÇO

A DEUS, pois sem Ele não conseguiria forças para batalhar em busca

dos meus objetivos, superando todas as dificuldades.

DEDICO

Aos meus pais, Railton Alves de Medeiros e Ivoneide Pereira Rocha

de Medeiros, por sempre estarem ao meu lado passando confiança,

sabedoria, incentivando a nunca desistir e seguir em busca dos meus sonhos,

como também pelo amor e carinho sempre presentes. Ao meu avô Esperidião

Pedro de Medeiros (in memorian) e ao meu tio Ailson Pereira Rocha (in

memorian) pessoas muito importantes na minha vida.

OFEREÇO

Aos meus avós, Deocleciano Pereira Rocha, Maria de Lourdes

Pereira Rocha e Railde Alves Neiva, por sempre acreditarem no meu

sucesso, pelo apoio moral e por sempre terem sonhado comigo, com o dia em

que conquistaria essa vitória. Aos meus irmãos, Thayane Pereira Medeiros e

Thassio Pereira Medeiros, pelo apoio e confiança.

“O sucesso nasce do querer, da determinação e persistência em se

chegar a um objetivo. Mesmo não atingindo o alvo, quem busca e vence

obstáculos, no mínimo fará coisas admiráveis.”

José de Alencar

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V

AGRADECIMENTOS

A Universidade Federal da Paraíba, especificamente ao Centro de

Ciências Agrárias, por ter me proporcionado uma formação profissional.

A minha orientadora, Edna Ursulino Alves por ter aceitado me orientar

nesse trabalho de conclusão de curso, por estar sempre disponível a

esclarecer todas as dúvidas e ter acreditado na minha capacidade de

desenvolver um bom trabalho. Sou grato a essa grande profissional e pessoa,

que diretamente contribuiu para a minha formação profissional, passando um

pouco do seu conhecimento e experiência.

As amizades que foram construídas ao longo desses quatro anos,

Antonio Dantas, Tarcísio Botelho, Rinaldo Barbosa, Alberto Marreiro, Ricardo

Gadelha, Paulo Alexandre, Flaviano Leite, Severino do Ramo, pessoas que

sempre estiveram dispostas a contribuir de alguma maneira não só com o

trabalho de conclusão de curso ou disciplinas, mas também na vida pessoal;

aos colegas de turma por todo apoio e incentivo ao longo de todos esses anos.

A toda a minha família, tios, tias, primos e primas por todo o apoio moral

prestado durante essa etapa da minha vida.

Aos meus amigos, Lumma Gama, Antonio Mendes, Amanda Carla,

Micael Rosendo, Hiago Alan, Hugo Marcelo, Mirna Barreto, Eder Alecrim e os

demais, que mesmo a distância sempre estiveram disponíveis a ouvir meus

desabafos, de felicidades ou tristezas.

Aos professores Péricles Borges de Farias, Lenyneves Duarte Alvino de

Araujo, Walter Esfrain Pereira, Leossávio César de Souza, Roberto Wagner

Cavalcanti Raposo, Lílian Margarete Paes Guimarães, Riselane de Lucena

Alcântara Bruno, Ademar Pereira de Oliveira, Rejane Maria Nunes Mendonça,

Silvanda Silva Melo e demais docentes por toda dedicação, atenção e incentivo

que contribuiu grandemente não só para a profissionalização, como também na

formação do cidadão. A todos os funcionários do Centro de Ciências Agrárias

por todo o compromisso com o seu trabalho.

Obrigado!!

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VI

SUMÁRIO

Lista de Tabelas......................................................................................... VII

RESUMO.................................................................................................... VIII

ABSTRACT................................................................................................. IX

1. INTRODUÇÃO............................................................................ 1

2. REVISÃO DE LITERATURA....................................................... 3

2.1. Aspectos gerais da espécie........................................................ 3

2.2. Potencial fisiológico.................................................................... 5

2.3. Substrato.................................................................................... 5

2.4. Temperaturas.............................................................................. 6

2.5. Região de Irecê Bahia................................................................ 8

3. MATERIAL E MÉTODOS........................................................... 9

3.1 Local de condução da pesquisa, obtenção e beneficiamento

das sementes.............................................................................

9

3.2. Teste de germinação.................................................................. 9

3.3. Primeira contagem de germinação............................................. 10

3.4. Índice de velocidade de germinação (IVG)................................. 10

3.5. Comprimento e massa seca de parte aérea e raízes de

plântulas.....................................................................................

10

3.6. Delineamento experimental e análise estatística....................... 11

4. RESULTADOS E DISCUSSÃO.................................................. 12

5. CONCLUSÃO............................................................................. 18

6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS........................................... 19

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VII

LISTA DE TABELAS

Tabela 1. Germinação (%) de sementes de C. cajan submetidas a

diferentes substratos e temperaturas.....................................

11

Tabela 2. Primeira contagem de germinação (%) de sementes de C.

cajan submetidas a diferentes substratos e

temperaturas...........................................................................

12

Tabela 3. Índice de velocidade de germinação (%) de sementes de C.

cajan submetidas a diferentes substratos e

temperaturas...........................................................................

13

Tabela 4. Comprimento de raiz (cm) de plântulas de C. cajan oriundas

de sementes submetidas a diferentes substratos e

temperaturas...........................................................................

14

Tabela 5. Comprimento de parte aérea (cm) de plântulas de C. cajan

oriundas de sementes submetidas a diferentes substratos e

temperaturas...........................................................................

14

Tabela 6. Massa seca das raízes (g) de plântulas de C. cajan

oriundas de sementes submetidas a diferentes substratos e

temperaturas...........................................................................

15

Tabela 7. Massa seca de parte aérea (g) de plântulas de C. cajan

oriundas de sementes submetidas a diferentes substratos e

temperaturas...........................................................................

16

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VIII

MEDEIROS, Thales Pereira. Potencial fisiológico de sementes de feijão

guandú em diferentes substratos e temperaturas. 2013. 33f. Monografia

(Graduação em Agronomia). Centro de Ciências Agrárias - Universidade

Federal da Paraíba. Orientadora: Profa. Dra. Edna Ursulino Alves.

RESUMO

Cajanus cajan (L.) Millspaugh, popularmente conhecido como feijão guandú,

guandú ou simplesmente andu é uma planta rústica da família Fabaceae,

subfamília faboideae introduzida no Brasil provavelmente pela rota dos

escravos, nos navios negreiros procedentes dá África. No presente trabalho o

objetivo foi definir o tipo de substrato e a temperatura adequada para condução

de testes de germinação e dos testes de vigor (percentual de germinação,

primeira contagem e índice de velocidade de germinação) em sementes de C.

cajan. O trabalho foi realizado no Laboratório de Análise de Sementes do

Centro de Ciências Agrárias da Universidade Federal da Paraíba, em Areia -

PB, em delineamento inteiramente ao acaso com os tratamentos distribuídos

em esquema fatorial 5 x 4, com os fatores substratos (rolo de papel, sobre e

entre papel “germitest”, entre areia lavada e entre vermiculita) e temperaturas

(25, 30, 35 °C constantes e 20-30 °C alternada). Na avaliação do efeito dos

tratamentos realizou-se testes de germinação e vigor (primeira contagem e

índice de velocidade de germinação, bem como comprimento e massa seca de

parte aérea e raízes de plântulas). Os substratos areia na temperatura de 30 °C

e vermiculita a 35 °C são adequados para realização de testes de germinação

e vigor com sementes de C. cajan.

Palavras chave: Cajanus cajan, fabaceae, análise de sementes, forrageira.

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MEDEIROS, Thales Pereira. Physiological of seeds of guandu beans in

diferents substrates and temperatures. 2013. 33f. Monograph (Undergradute

Agronomy). Center for Agricultural Sciences – Federal University of Paraíba.

Advisor: Profa. Dra. Edna Ursulino Alves.

ABSTRACT

Cajanus cajan (L.) Millspaugh, popularly known as pigeon pea beans or pigeon

pea is a rustic plant of the family Fabaceae, subfamily faboideae, probably

introduced in Brazil by the slaves’ route on ships of slaves from Africa. In this

work the main goal was to define the type of substrate and the perfect

temperature for conducting germination and vigor in seeds of C. cajan. This

study was performed at the Laboratory of Seed Analysis Centre of Agricultural

Sciences in the Federal University of Paraiba, in the city of Areia, located in the

state of Paraiba, in a completely randomized with treatments arranged in a 5 x 4

factorial, with the factors substrates (paper roll on and between paper

"germitest" between washed sand and between vermiculite) and temperatures

(25, 30, constant 35 ° C and 20-30 ° C AC). In the evaluating of the treatment

effect was made germination and vigor tests (first count and index of

germination speed and length and dry mass of shoots and roots). The

substrates sand at 30° C and vermiculite 35 ° C are appropriate for testing of

seed germination and vigor C. cajan.

Keywords: Cajanus cajan, fabaceae, seed analysis, forage.

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1. INTRODUÇÃO

O feijão guandú [Cajanus cajan (L.) Millspaugh] pertence à família

Fabaceae, subfamília Faboideae, sendo conhecido popularmente no Nordeste

brasileiro por feijão guandú, guandú ou simplesmente andu. É uma planta

rústica, requerendo temperaturas elevadas, não tolera geada, é resistente à

seca e desenvolve-se bem em solos secos, soltos e profundos, provavelmente

essa espécie foi introduzida no Brasil pela rota dos escravos, nos navios

negreiros procedentes da África, tornando-se largamente distribuída e

seminaturalizada na região tropical (SEIFFERT e THIAGO, 1983).

Na composição química do feijão guandu há um elevado teor protéico,

que é semelhante ao de outras leguminosas e, com relação a aminoácidos se

assemelha ao feijão comum; além disso, também tem teores expressivos de

cálcio, ferro, magnésio e fósforo, de forma que seus grãos verdes são

consumidos como farofa junto com outros ingredientes na região Norte de

Minas e Bahia.

A temperatura e o substrato são dois fatores importantes que afetam o

comportamento germinativo das sementes, cujo substrato é o suporte onde se

condicionam as sementes para germinar, com a função de manter as

condições adequadas para germinação e desenvolvimento das plântulas

(PIÑA-RODRIGUES e VIEIRA, 1988; FIGLIOLIA et al., 1993). A temperatura

pode alterar a porcentagem e velocidade de germinação, já que interfere na

absorção de água pela semente e nas reações bioquímicas que regulam o

metabolismo. A determinação das temperaturas mínima, ótima e máxima para

a germinação das espécies é muito importante, pois a temperatura ótima

propicia a máxima porcentagem de germinação em menor espaço de tempo,

enquanto nas temperaturas máxima e mínima as sementes pouco germinam

(BEWLEY e BLACK, 1994; CARVALHO e NAKAGAWA, 2012). Cada espécie

possui uma temperatura adequada para germinação de suas sementes, pois

segundo Borges e Rena (1993), para a maioria das sementes de espécies

tropicais, a temperatura ótima situa-se entre 20 e 30 °C.

Para avaliação da qualidade de sementes, o teste de germinação é o

mais utilizado, pois tem como objetivo determinar o potencial máximo de

germinação de um lote de sementes, o qual pode ser usado para comparar a

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qualidade de diferentes lotes e também estimar o valor para semeadura em

campo (BRASIL, 2009).

Diante do exposto, o objetivo no presente trabalho foi adequar o tipo de

substrato e as temperaturas ideais para condução de testes de germinação e

vigor em sementes de C. cajan nas condições de ambientais da região de Irecê

Bahia.

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2. REVISÃO DE LITERATURA

2.1. Aspectos gerais da espécie

O feijão guandú [Cajanus cajan (L.) Millspaugh], da família Fabaceae,

subfamília Faboideae, tribo Phaseoleae e subtribo Cajaninae (SANTOS, 2000)

é uma planta arbustiva anual ou semiperene, com a altura variando entre dois e

três metros, cujo florescimento ocorre até 120 dias após a semeadura, com

bom desenvolvimento numa faixa de temperatura entre 20 e 40 °C durante seu

ciclo em regiões com precipitação entre 500 mm e 1.500 mm por ano

(BOGDAN, 1977).

A referida espécie tem elevada importância para diversos países dos

trópicos e subtrópicos, principalmente os asiáticos e africanos, cuja origem

ainda é motivo de controvérsia, divergindo entre o Continente Africano e a Índia

(NENÊ e SHEILA, 1990; VAN Der MAESEN, 1990), tendo maior probabilidade

de seu centro de origem e de diversidade genética ser na Índia (PROVAZI et

al., 2007). Introduzida no Brasil, provavelmente, pela rota dos escravos, nos

navios negreiros procedentes da África, tornou-se largamente distribuída e

seminaturalizada na região tropical (SEIFFERT e THIAGO, 1983).

É uma planta conhecida por diversos nomes comuns nos mais variados

lugares do globo, tais como guandul, paraguayo, sachacafé, falso café, arveja

(Argentina), feijão guandú, guandu (Brasil), quinchoncho (Venezuela), frijol de

árbol (México), cumandái (Paraguai), redgram, tur, arhar, dahl (Índia), pigeon

peã (Austrália), pois d’angole (países de língua francesa), Puerto Ricanbean,

pigeonpea (Havaí) (AZEVEDO et al., 2007).

A área cultivada com feijão guandu no mundo em 2005 ficou em torno

de quatro milhões de hectares, proporcionando uma produção de três milhões

de toneladas, sendo a Índia o maior produtor mundial, pois tem essa cultura

como base de sua alimentação, com 90% da produção mundial (FAOSTAT,

2006). Estima-se que esta leguminosa seja cultivada em 82 países, no entanto,

em apenas 18 seu cultivo é regular a cada ano, em uma área de

aproximadamente 4,2 milhões de hectares (REDDY et al., 2005), salientando-

se que é a sexta cultura mundial em produção em regiões de clima seco

(NENÊ e SHEILA, 1990).

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No Brasil é encontrada com frequência, especialmente nos quintais

domésticos de muitas cidades do interior, cuja popularidade está relacionada

com a palatabilidade de seus grãos verdes, podendo substituir ervilhas

enlatadas, mas seus grãos secos podem ser empregados da mesma forma que

o feijão comum para o consumo humano, além de serem avidamente

consumidos por aves domésticas (SEIFFERT e THIAGO, 1983). Dentre o

consumo de leguminosas para alimentação, o guandú atinge o sexto lugar em

quantidade, sendo consumido em várias partes do mundo, mas principalmente

na Ásia (AZEVEDO et al., 2007).

Dentre as leguminosas está entre as mais importantes culturas de

leguminosas porque é capaz de produzir colheitas elevadas de sementes ricas

em proteína (20 a 22%), mesmo em solos de baixa fertilidade, estando

adaptado a altas temperaturas e a condições de seca (MORTON et al., 1982),

o que a torna apta a ser cultivada em áreas tropicais e subtropicais.

Com utilização bastante diversificada, a cultura do feijão guandu pode

ser usada para os mais diversos fins como planta melhoradora de solos,

recuperação de áreas degradadas, como planta fitorremediadora, na

renovação de pastagens, alimentação de animais domésticos e da pecuária,

também largamente utilizada na alimentação humana (PAULO et al., 2006). Na

adubação verde, o feijão guandu constitui-se em uma das plantas de maior uso

porque possui um sistema radicular profundo e ramificado capaz de resistir ao

estresse hídrico e romper camadas adensadas de solos (SEIFFERT e

THIAGO, 1983; RODRIGUES FILHO et al., 1996; SANTOS et al., 1999;

ALCÂNTARA et al., 2000).

Essa leguminosa arbórea semiperene, cujo ciclo de semeadura e

florescimento se situa de 80 a 180 dias, dependendo da variedade é muito

utilizada na adubação verde, sendo seus ramos destinados a alimentação de

ruminantes e os grãos, para alimentação humana (CALEGARI, 1995; VIANA,

2001; RAYOL e ALVINO-RAYOL, 2012). O seu sistema radicular profundo e

ramificado torna-a capaz de resistir ao estresse hídrico, possibilitando romper

camadas adensadas do solo, denominada “pé-de-arado”, característica esta

que lhe garantiu a denominação de “arado biológico” (NÊNE e SHEILA, 1990).

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XIV

2.2. Potencial fisiológico

A avaliação da qualidade fisiológica de sementes para fins de

semeadura e comercialização tem sido rotineiramente baseada no teste de

germinação. Como as falhas no estande e baixo vigor das plântulas são

freqüentes, o conhecimento do vigor do lote poderá indicar com maior precisão

seu potencial de desempenho no campo. Estudos sobre vigor de sementes têm

utilizado vários testes disponíveis, com o objetivo de estabelecer

procedimentos padronizados. Portanto, tem sido enfatizada a preferência para

o desenvolvimento de testes de vigor capazes de fornecer resultados com

rapidez e precisão, sendo este fator de fundamental importância para a

evolução da indústria brasileira de sementes (NASCIMENTO et. Al., 2007).

Os testes de vigor podem e são utilizados para diversas finalidades,

incluindo tomadas de decisões para a compra e venda de lotes para a

semeadura, para o armazenamento, dentre outras. O potencial fisiológico das

sementes é avaliado, em laboratório pelo teste de geminação, que fornece

resultados referentes às plântulas normais produzidas por um lote de

sementes, de acordo com as recomendações das Regras para Análise de

Sementes - RAS (Brasil, 1992). O teste de primeira contagem pode ser

aplicado para se determinar o potencial fisiológico de sementes, Nakagawa

(1999), enfatiza que o teste de primeira contagem de germinação, muitas

vezes, expressa melhor as diferenças de velocidade de germinação entre lotes

do que os índices de velocidade de germinação. Trata-se, portanto, de um

teste interessante por identificar lotes com velocidade de emergência, além de

ser conduzido simultaneamente com o teste de germinação, não exigindo

equipamento especial.

Os efeitos na qualidade fisiológica das sementes geralmente são

traduzidos pelo decréscimo de germinação, no aumento de plântulas anormais

e por redução no vigor de plântulas (Smiderle & Cícero, 1998).

2.3. Substrato

Diversos fatores internos e externos à semente podem interferir na

germinação (MALAVASI, 1988; MARCOS FILHO, 2005, dentre os quais estão

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XV

o substrato e a temperatura, que podem ser manipulados com a finalidade de

otimizar a porcentagem, velocidade e uniformidade de germinação, resultando

na obtenção de plântulas mais vigorosas e na redução de gastos de produção

(NASSIF et al., 2004).

O substrato tem a função de suprir as sementes de umidade e

proporcionar condições adequadas à germinação e ao posterior

desenvolvimento das plântulas (FIGLIOLIA et al., 1993), devendo manter uma

proporção adequada entre a disponibilidade de água e a aeração e, assim,

evitar a formação de uma película aquosa sobre a semente, o qual impede a

penetração do oxigênio (POPINGIS, 1985) bem como contribui para a

proliferação de patógenos.

Na escolha do substrato deve ser levado em consideração o tamanho da

semente, sua exigência com relação à quantidade de água, sua sensibilidade à

luz, a facilidade que o mesmo oferece para a realização das contagens e para

a avaliação das plântulas, estando o papel toalha, papel filtro, papel mata-

borrão, solo e areia entre os substratos prescritos e recomendados nas Regras

de Análises de Sementes, dentre estes, os tipos de substratos mais usados

para testes de germinação em laboratório são papel toalha e areia (BRASIL,

2009).

2.4. Temperatura

Dentre as condições ambientais que afetam o processo germinativo, a

temperatura exerce uma influência significativa (MAYER e POLJAKOFF-

MAYBER, 1989), uma vez que seus efeitos podem ser avaliados a partir de

mudanças ocasionadas na porcentagem, velocidade e frequência relativa ao

longo do tempo (LABOURIAU, 1983).

A temperatura é um fator importante que afeta o comportamento

germinativo das sementes devido às respostas diferenciadas que podem

ocorrer, uma vez que não há uma temperatura ótima e uniforme de germinação

para as sementes de todas as espécies (VALADARES e PAULA, 2008), pois

afeta a porcentagem, velocidade e uniformidade de germinação e está

relacionada com os processos bioquímicos (CARVALHO e NAKAGAWA,

2012).

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XVI

Assim, a germinação das sementes de cada espécie ocorre em uma

determinada amplitude de temperatura, existindo uma temperatura ótima, na

qual o processo se realiza mais rápido e eficientemente (BEWLEY e BLACK

1994). Em geral, a temperatura é chamada ótima quando ocorre a máxima

germinação, no menor tempo. A faixa de 20 a 30 °C tem sido indicada como

adequada para a germinação de grande número de sementes de espécies

subtropicais e tropicais, uma vez que estas são temperaturas encontradas em

suas regiões de origem, na época propícia para a germinação natural

(BORGES e RENA, 1993; ANDRADE et al., 2000; MARCOS FILHO, 2005)

A resposta germinativa pode ser ainda mais favorável, para sementes de

determinadas espécies, dependendo da condição de exposição à temperatura

testada, se constante ou alternada, sendo que as temperaturas máximas

aumentam a velocidade de germinação, mas somente as sementes mais

vigorosas conseguem germinar, determinando assim uma redução na

porcentagem de germinação; temperaturas mínimas reduzem a velocidade de

germinação e alteram a uniformidade de emergência, talvez devido ao aumento

do tempo de exposição das sementes ao ataque de patógenos (CARVALHO e

NAKAGAWA, 2012).

A condução do teste de germinação de sementes de algumas Fabaceae

como Dalbergia nigra (Vell.) Fr. All. Ex Benth. foi nas temperaturas de 25 e 20-

30 °C nos substratos sobre vermiculita e papel toalha (ANDRADE et al., 2006).

O teste de germinação de sementes de Parapiptadenia rigida (Benth.) Brenan

deve ser realizado na temperatura de 25 °C, utilizando-se o substrato entre

vermiculita (MONDO et al., 2008). A temperatura de 30 °C e o substrato papel

germitest proporcionaram condições ideais de germinação para sementes de

Peltophorum dubium (Sprengel) Taubert (OLIVEIRA et al., 2008).

As condições ideais para o teste de germinação e vigor de sementes de

Dalbergia nigra: a temperatura constante de 25 °C e os substratos entre

vermiculita, sobre papel mata-borrão e papel toalha, organizado em rolos; a

temperatura alternada de 20-30 °C com semeadura nos substratos bioplant® e

o plantmax (GUEDES et al., 2011). A temperatura de 30, 35 e 20-30 °C e os

substratos vermiculita e areia são os mais adequados para condução de testes

de germinação e vigor com sementes de Amburana cearensis Allemão A.C.

Smith. (GUEDES et al., 2010).

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XVII

A temperatura de 25 °C associada aos substratos entre papel, entre-

areia e entre vermiculita foi adequada para a condução do teste de germinação

de sementes de Piptadenia moniliformis Benth., proporcionando, em geral,

maiores valores de porcentagem e velocidade de germinação e de

desenvolvimento de plântulas (AZERÊDO et al., 2011).

2.5. Região de Irecê Bahia

O município de Irecê fica na zona fisiográfica da Chapada Diamantina

Setentrional, abrangendo toda a área do polígono das secas. Pertence à bacia

do São Francisco, tem como coordenadas geográficas Latitude Sul; 11°18’ –

Latitude Oeste: 41°52’ – Altitude de 722 metros. O clima predominante é o

semi-arido, sua pluviosidade média é de 582 mm anuais, chove de novembro a

janeiro e a sua temperatura média anual é de 32 °C.

A referida cultura é encontrada facilmente nessa região, seja em plantio

comercial ou apenas como planta de fundo de quintal. Quando em plantio

comercial a cultura é responsável pela renda familiar de muitos produtores

durante os meses de abril, maio, junho e julho, período que inicia-se a sua

colheita. A utilização na alimentação humana é a principal comercialização dos

grãos de C. cajan.

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XVIII

3. MATERIAL E MÉTODOS

3.1. Local de condução da pesquisa, obtenção e beneficiamento das

sementes

O presente trabalho foi desenvolvido no Laboratório de Análise de

Sementes (LAS), do Departamento de Fitotecnia e Ciências Ambientais, do

Centro de Ciências Agrárias (CCA), da Universidade Federal da Paraíba

(UFPB), com sementes de C. cajan obtidas de frutos maduros (coloração

marrom clara), em um plantio localizado no Povoado do Umbuzeiro de Irecê -

Bahia, no mês de Maio de 2013. Após a colheita os frutos passaram por uma

secagem natural para posterior beneficiamento, mediante abertura manual das

vagens para obtenção das sementes, as quais foram transportadas até ao LAS

em garrafas de politereftalato de etileno, tipo PET.

Após o beneficiamento foi determinado o teor de água das sementes

pelo método da estufa a 105 ± 3 °C por 24 horas (BRASIL, 2009) e, em

seguida as mesmas foram homogeneizadas e submetidas a testes de

germinação e vigor.

3.2. Teste de germinação

O teste foi realizado em câmeras de germinação do tipo Biochemical

Oxigen Demand (B.O.B), contendo lâmpadas fluorescentes tipo luz do dia (4 x

20 W), ajustadas às temperaturas constante de 25, 30 e 35 °C e alternada de

20-30 °C, com fotoperíodo de 8/16 horas de luz e escuro, respectivamente. Os

substratos utilizados foram rolo de papel, sobre papel e entre papel “germitest”,

entre areia lavada, com granulometria em torno de 0,5-1,0 mm e entre

vermiculita, em caixas de acrílico transparentes (11 x 11 x 3,5 cm), com tampa,

em quatro repetições de 25 sementes tratadas com fungicida Captan® na

concentração de 240 g para 100 kg de sementes. O papel foi umedecido com

água destilada na quantidade equivalente a 2,5 vezes o peso de sua massa

seca e o substrato areia (500 g) e vermiculita (200 g) com 80 mL de água

destilada até atingir 60% da sua capacidade de retenção de água. As

contagens foram diárias, iniciando-se aos quatro e estendendo-se até aos oito

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XIX

dias após a sua instalação, considerando-se sementes germinadas pelo critério

de plântulas normais, ou seja, aquelas com as estruturas essenciais perfeitas;

os resultados foram expressos em porcentagem.

3.3. Primeira contagem de germinação

A avaliação do teste de primeira contagem foi realizada conjuntamente

com o teste de germinação, contabilizando-se a porcentagem de plântulas

normais aos quatro dias após a semeadura, conforme Martins et al. (1992).f

3.4. Índice de velocidade de germinação

Foi determinado mediante contagens diárias do número de sementes

germinadas, no mesmo horário, dos quatro até os oito dias após a instalação

do teste, cujo índice foi calculado de acordo com a fórmula de Maguire (1962).

3.5. Comprimento e massa seca de parte aérea e raízes de plântulas

No final do teste de germinação o comprimento da raiz das plântulas

normais foi medido a partir do colo até a extremidade da raiz principal,

enquanto o comprimento da parte aérea das plântulas normais foi mensurado a

partir da região do colo ao meristema apical, ambos com o auxílio de régua

graduada em centímetros. As plântulas anteriormente mensuradas foram

separadas em raízes e parte aérea e colocadas em embalagens de papel do

tipo Kraft e postas para secar em estufa regulada a 65 °C até atingir peso

constante (48 horas) e, decorrido esse período, pesadas em balança analítica

com precisão de 0,0001 g e os resultados expressos em g, conforme

Nakagawa (1999).

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XX

3.6. Delineamento experimental e análise estatística

O delineamento experimental utilizado foi inteiramente ao acaso, com os

tratamentos distribuídos em esquema fatorial 5 x 4, com os fatores substratos e

temperaturas; os dados obtidos foram submetidos à análise de variância e, as

médias comparadas pelo teste de Scott-Knott, a 5% de probabilidade, sendo

utilizado o programa SISVAR (FERREIRA, 2000).

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XXI

4. RESULTADOS E DISCUSSÃO

Pelos resultados do teste de germinação de sementes de C. cajan

(Tabela1) constatou-se que as maiores porcentagens foram verificadas quando

utilizou-se os substratos rolo de papel na temperatura de 35 °C, areia nas

temperaturas de 30 e 20-30 °C e vermiculita em todas as temperaturas

avaliadas, é importante ressaltar que o substrato vermiculita retém alto teor de

umidade podendo esse fato ter proporcionado maior germinação; no substrato

sobre papel foram observadas as menores porcentagens de germinação em

relação aos demais substratos nas temperaturas constante de 25, 30 e 35 ºC,

apenas na temperatura alternada que o mesmo obteve porcentagem razoável,

pelo fato de proporcionar um maior contato das sementes com o ambiente do

germinador, esse tratamento ficou susceptível ao ataque de patógenos que

proporcionou a redução da germinação (Tabela 1). Os resultados obtidos no

presente trabalho divergem, em parte, com Brasil (2009) que recomenda os

substratos rolo de papel, sobre papel e entre areia nas temperaturas de 20-30,

25 e 30 °C para avaliação da germinação de C. cajan, uma vez que constatou-

se o menor desempenho da germinação das sementes no substrato sobre

papel.

Tabela 1. Germinação (%) de sementes de C. cajan submetidas a diferentes

substratos e temperaturas. Areia - PB, 2013.

Substratos Temperaturas (°C)

25 30 35 20-30

Rolo de papel 87 bB 83 bB 95 aA 72 bC

Sobre papel 2 dC 21 cB 20 dB 52 cA

Entre papel 76 cA 20 cD 68 bB 40 dC

Entre areia 96 aC 99 aA 60 cB 97 aA

Entre vermiculita 96 aA 93 aA 98 aA 96 aA

CV (%) 4,58

Médias seguidas pela mesma letra, maiúscula na linha e minúscula na coluna, não diferem

entre si, a 5% de probabilidade pelo teste de Scott-Knott.

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XXII

Dessa forma percebe-se que a escolha do substrato é muito importante

para obtenção de melhores resultados em um teste de germinação, sobretudo,

devido a grande variação existente entre as sementes das espécies com

relação ao substrato mais adequado (ALVINO e RAYOL, 2007). O substrato

utilizado para a germinação deve, durante todo o período do teste, manter

umidade suficiente para garantir que o processo germinativo ocorra de forma

plena, pois a deficiência de água prejudica a sequência dos processos

bioquímicos, físicos e fisiológicos que determinam a retomada do crescimento

do embrião, mas a umidade não deve ser excessiva, pois pode limitar a

aeração e prejudicar a germinação (ISTA, 2004).

Os substratos entre areia e entre vermiculita, nas temperaturas de 30 e

35 °C, respectivamente proporcionaram os maiores valores de germinação de

sementes de C.cajan por ocasião da primeira contagem; no entanto o

desempenho inferior de germinação das sementes ocorreu na temperatura de

20-30 °C em todos os substratos analisados (Tabela 2). Segundo Laviola et al.,

(2006) a emergência de plântulas pode acontecer em qualquer material que

proporcione reserva de água suficiente para o processo germinativo, o que

neste caso ocorreu de forma rápida nas temperaturas mais elevadas,

entretanto, os resultados obtidos podem ser variados de acordo com cada

metodologia e ou substrato ou mistura utilizada.

Tabela 2. Primeira contagem de germinação (%) de sementes de C. cajan

submetidas a diferentes substratos e temperaturas. Areia - PB,

2013.

Substratos Temperaturas (°C)

25 30 35 20-30

Rolo de papel 5 bB 10 cA 2 cC 1 aC

Sobre papel 0 cA 0 dA 0 cA 1 aA

Entre papel 0 cB 0 dB 51 bA 0 aB

Entre areia 22 aB 77 aA 0 cC 1 aC

Entre vermiculita 24 aC 32 bB 91 aA 1 aD

CV (%) 17,05

Médias seguidas pela mesma letra, maiúscula na linha e minúscula na coluna, não diferem entre si, a 5% de probabilidade pelo teste de Scott-Knott.

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XXIII

À semelhança do que ocorreu na primeira contagem de germinação,

para o índice de velocidade de germinação (Tabela 3), os substratos areia e

vermiculita, nas temperaturas de 30 e 35 °C, respectivamente, também

proporcionaram os maiores valores, com desempenho inferior dos substratos

sobre e entre papel em todas as temperaturas (Tabela 3). Em estudo realizado

por Costa Filho et al. (2007) com sementes de quatro espécies forrageiras,

dentre elas o C. cajan, os autores constataram que não houve diferença

significativa entre os substratos (solo arenoso, terra preta e vermiculita).

Tabela 3. Índice de velocidade de germinação (%) de sementes de C. cajan

submetidas a diferentes substratos e temperaturas. Areia - PB,

2013.

Substratos Temperaturas (°C)

25 30 35 20-30

Rolo de papel 5,7 bA 5,0 cB 5,8 bA 3,4 bC

Sobre papel 0,1 dC 1,1 dB 1,5 eB 2,3 cA

Entre papel 3,9 cB 1,0 dD 4,8 cA 1,8 cC

Entre areia 6,4 aB 7,7 aA 2,3 dD 4,9 aC

Entre vermiculita 6,5 aB 6,5 bB 8,0 aA 4,7 aC

CV (%) 11,03

Médias seguidas pela mesma letra, maiúscula na linha e minúscula na coluna, não diferem

entre si, a 5% de probabilidade pelo teste de Scott-Knott.

A redução na porcentagem e velocidade de germinação é uma das

sequências da interação do potencial fisiológico das sementes com as

condições do ambiente (MARCOS FILHO, 2005) e, no presente trabalho

provavelmente está relacionada com os diferentes substratos e temperaturas

utilizadas. uma vez que a germinação.

O maior comprimento de raízes das plântulas de C. cajan foi observado

quando as sementes foram semeadas no substrato areia na temperatura de 25

°C (Tabela 4) este resultado está relacionado com a característica do sistema

radicular da espécie, cujo seu desenvolvimento foi favorecido pelo uso do

substrato entre areia. No entanto para o comprimento da parte aérea, os

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maiores resultados foram observados quando utilizou-se os substratos rolo de

papel a 25 °C, entre areia a 30 °C e entre vermiculita a 35 ºC (Tabela 5).

Tabela 4. Comprimento de raízes (cm) de plântulas de C. cajan,

oriundas de sementes submetidas a diferentes substratos e temperaturas.

Areia - PB, 2013.

Substratos Temperaturas (°C)

25 30 35 20-30

Rolo de papel 3,86 cA 3,89 cA 2,58 dB 2,05 cC

Sobre papel 0,09 eD 0,79 eC 1,05 eB 1,75 eA

Entre papel 0,86 dD 1,26 dC 3,37 cA 2,03 dB

Entre areia 8,20 aA 6,46 aC 3,67 bD 7,60 aB

Entre vermiculita 6,25 bB 4,28 bD 4,75 aC 6,50 bA

CV (%) 4,1

Médias seguidas pela mesma letra, maiúscula na linha e minúscula na coluna, não diferem

entre si, a 5% de probabilidade pelo teste de Scott-Knott.

Tabela 5. Comprimento da parte aérea (cm) de plântulas de C. cajan oriundas

de sementes submetidas a diferentes substratos e temperaturas.

Areia - PB, 2013.

Substratos Temperaturas (°C)

25 30 35 20-30

Rolo de papel 6,18 aA 3,10 cB 3,00 cB 1,80 cC

Sobre papel 0,55 dA 0,18 eA 0,43 eA 0,44 dA

Entre papel 2,90 cB 0,62 dC 3,34 bA 0,60 dC

Entre areia 5,60 bB 10,75 aA 2,53 dC 5,72 aB

Entre vermiculita 5,70 bC 6,10 bB 8,68 aA 4,49 bD

CV (%) 5,04

Médias seguidas pela mesma letra, maiúscula na linha e minúscula na coluna, não diferem

entre si, a 5% de probabilidade pelo teste de Scott-Knott.

Além do substrato, a temperatura é um dos fatores de grande influência

tanto na porcentagem de germinação quanto na determinação do vigor das

plântulas, influenciando a absorção de água pela semente e as reações

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bioquímicas que regulam todo o processo metabólico (BEWLEY e BLACK,

1994). Assim, o substrato pode afetar o desenvolvimento das plantas jovens,

de forma que sua escolha deve ser em função das exigências da semente em

relação ao seu tamanho e formato, pois as funções básicas do substrato são a

sustentação da planta e o fornecimento de nutrientes, água e oxigênio

(GONÇALVES, 1995).

O maior conteúdo de massa seca das raízes (Tabela 6) foi verificado

quando se utilizou o substrato areia a 25 °C, tal resultado já era previsto, visto

que esse tratamento apresentou um bom comprimento de raiz (Tabela 5).

Quanto à massa seca da parte aérea, os substratos areia e vermiculita, nas

temperaturas de 30 e 35 °C, respectivamente, proporcionaram maiores valores,

não diferindo estatisticamente entre si (Tabela 7).

Tabela 6. Massa seca (g) das raízes de plântulas de C. cajan, oriundas de

sementes submetidas a diferentes substratos e temperaturas. Areia

- PB, 2013.

Substratos Temperaturas (°C)

25 30 35 20-30

Rolo de papel 0,010 cA 0,009 cB 0,005 cC 0,004 cD

Sobre papel 0,001 eC 0,001 eB 0,002 dA 0,002 dA

Entre papel 0,006 dB 0,003 dC 0,007 bA 0,002 dD

Entre areia 0,035 aA 0,032 aB 0,006 bD 0,015 aC

Entre vermiculita 0,014 bB 0,016 bA 0,012 aC 0,007 bD

CV (%) 2,84

Médias seguidas pela mesma letra, maiúscula na linha e minúscula na coluna, não diferem

entre si, a 5% de probabilidade pelo teste de Scott-Knott.

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Tabela 7. Massa seca da parte aérea (g) de plântulas de C. cajan, oriundas de

sementes submetidas a diferentes substratos e temperaturas. Areia -

PB, 2013.

Substratos Temperaturas (°C)

25 30 35 20-30

Rolo de papel 0,008 cA 0,008 cA 0,007 bB 0,004 cC

Sobre papel 0,000 eB 0,001 dB 0,001 eA 0,001 dA

Entre papel 0,002 dB 0,001 dB 0,006 cA 0,001 dB

Entre areia 0,015 aB 0,031 aA 0,004 dD 0,010 aC

Entre vermiculita 0,011 bC 0,012 bB 0,016 aA 0,008 bD

CV (%) 7,85

Médias seguidas pela mesma letra, maiúscula na linha e minúscula na coluna, não diferem

entre si, a 5% de probabilidade pelo teste de Scott-Knott.

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XXVII

5. CONCLUSÃO

Os substratos areia a 30 °C e vermiculita a 35 °C são indicados para

condução de testes de germinação e vigor com sementes de C. cajan orindas

da região de Irecê Bahia.

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