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Universidade Federal de Mato Grosso Instituto de Saúde Coletiva Faculdade de Saúde Coletiva Avaliação da qualidade da Atenção Primária à Saúde na prevenção ao HIV/aids em Chapada dos Guimarães MT. Mariana Harumi Sakata Trabalho de Conclusão da disciplina Trabalho de Curso III, como um dos quesitos para conclusão do Curso de Graduação em Saúde Coletiva, apresentado ao Departamento de Saúde Coletiva do Instituto de Saúde Coletiva da Universidade Federal de Mato Grosso. Linha de Pesquisa: Políticas e Gestão em Saúde. Orientadora: Profª. Drª. Ruth T. Kehrig. Co-Orientador: Esp. Fabiano L. Silva. Cuiabá 2014

Universidade Federal de Mato Grosso Instituto de Saúde

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Universidade Federal de Mato Grosso

Instituto de Saúde Coletiva

Faculdade de Saúde Coletiva

Avaliação da qualidade da Atenção Primária à Saúde

na prevenção ao HIV/aids em Chapada dos

Guimarães – MT.

Mariana Harumi Sakata

Trabalho de Conclusão da disciplina

Trabalho de Curso III, como um dos

quesitos para conclusão do Curso de

Graduação em Saúde Coletiva,

apresentado ao Departamento de Saúde

Coletiva do Instituto de Saúde Coletiva

da Universidade Federal de Mato

Grosso.

Linha de Pesquisa: Políticas e Gestão em

Saúde.

Orientadora: Profª. Drª. Ruth T. Kehrig.

Co-Orientador: Esp. Fabiano L. Silva.

Cuiabá

2014

Avaliação da qualidade da Atenção Primária à Saúde

na prevenção ao HIV/aids em Chapada dos

Guimarães – MT.

Mariana Harumi Sakata

Trabalho de Conclusão da disciplina

Trabalho de Curso III, como um dos

quesitos para conclusão do Curso de

Graduação em Saúde Coletiva,

apresentado ao Departamento de Saúde

Coletiva do Instituto de Saúde Coletiva

da Universidade Federal de Mato

Grosso.

Linha de Pesquisa: Políticas e Gestão em

Saúde.

Orientadora: Profª. Drª. Ruth T. Kehrig.

Co-Orientador: Esp. Fabiano L. Silva.

Cuiabá

2014

Ficha Catalográfica

DEDICATÓRIA

Aos meus pais, Hélio e Lúcia por todo amor e dedicação a minha formação.

AGRADECIMENTOS

Agradeço primeiramente a Deus pela vida a mim concedida, por toda a força,

sabedoria e fé.

Aos meus pais, que sempre me apoiaram, incentivaram, e que nunca mediram

esforços para que eu pudesse cursar um ensino de qualidade. A minha irmã, pela

amizade e companheirismo. A minha vó, por estar ao meu lado quando preciso. E ao

namorado pelo amor e cuidado.

Agradeço aos amigos que torcem por mim, que me apoiam. Um obrigado

especial a Gabriela, Kênia e Elisângela pelo incentivo, ajuda e amizade durante esses

anos de graduação. Ao Luan, pela militância no movimento estudantil, a Marianne,

Tuanny e Luciana pelos momentos vividos principalmente na organização do III

ENESC. À Rosangela pela ajuda no TCC.

Aos colegas de sala que estiveram comigo durante os 4 anos, superamos

muitos obstáculos e dificuldades, além do meu agradecimento, desejo à todos vocês

muito sucesso como sanitaristas!

À professora e orientadora Ruth Kehrig por aceitar desenvolver essa pesquisa

e transmitir todo o seu conhecimento. Ao Fabiano pelo esforço em me ajudar e

atenção. À professora da disciplina Marina Atanaka, pela paciência e valiosa

contribuição.

À sempre coordenadora e professora Alba Medeiros, por lutar e acreditar no

Curso de Graduação em Saúde Coletiva.

À equipe do Núcleo de Desenvolvimento em Saúde (NDS), pelo aprendizado

e vivência como bolsista.

À toda equipe do Instituto de Saúde Coletiva, meu muito obrigado!

Sakata MH. Avaliação da qualidade da atenção primária à saúde na prevenção ao

HIV/aids em Chapada dos Guimarães [trabalho de conclusão de curso]. Cuiabá:

Instituto de Saúde Coletiva, Universidade Federal de Mato Grosso; 2014.

RESUMO

O estudo teve como objetivo avaliar a qualidade da atenção à saúde referente à

prevenção ao HIV/aids nas Unidades de Saúde da Família (USF), do município de

Chapada dos Guimarães – MT no ano de 2014. Participaram da pesquisa quatro

USF, sendo três urbanas e uma rural. Foram analisadas e caracterizadas, segundo

localização e formação do responsável da unidade; foi elaborada a pontuação obtida

nos itens do questionário para as USF, de acordo com as dimensões: infraestrutura

para realização das ações de prevenção e assistência; respostas às necessidades de

tratamento; ações de pré-natal e puerpério; ações de prevenção e; integração das

ações entre USF, serviço ambulatorial especializado (SAE) e maternidade. Dessa

forma foi possível avaliar a qualidade da atenção à saúde referente à prevenção ao

HIV/aids por dimensão e USF.

Palavras-chave: Avaliação de Serviços de Saúde, Prevenção, HIV/aids.

Sakata, MH. Evaluation of the quality of primary health care in the prevention of

HIV/AIDS in Chapada dos Guimarães [conclusion work discipline]. Cuiabá: Public

Health Institute, Federal University of Mato Grosso; In 2014.

ABSTRACT

The study aimed to evaluate the quality of health care related to the prevention of

HIV / AIDS in the Family Health Units (USF), the municipality of Chapada dos

Guimarães - MT in the year 2014 USF participants were four, three urban and one

rural. Were analyzed and characterized according to location and formation of the

responsible unit; was developed to score the questionnaire items for USF, according

to the dimensions: infrastructure for carrying out the prevention and care; responses

to the treatment needs; actions of prenatal and postpartum; prevention and;

integration of actions between USF, specialized outpatient services (SAE) and

motherhood. Thus it was possible to evaluate the quality of health care related to the

prevention of HIV / AIDS by size and USF.

Keywords: Evaluation of Health Services, Prevention, HIV/AIDS.

SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO .................................................................................................................. 12

2 HIV/AIDS NO BRASIL – ASPECTOS EPIDEMIOLÓGICOS E PREVENÇÃO ............ 14

3 ATENÇÃO PRIMÁRIA DE SAÚDE ................................................................................ 19

4 AVALIAÇÃO DA QUALIDADE DOS SERVIÇOS DE SAÚDE .................................... 23

5 OBJETIVOS ....................................................................................................................... 25

5.1 OBJETIVO GERAL ........................................................................................................ 25

5.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS ........................................................................................... 25

6 MÉTODO............................................................................................................................ 26

6.1 TIPO DE ESTUDO .......................................................................................................... 26

6.2 LOCAL DE ESTUDO ..................................................................................................... 26

6.3 SUJEITOS DE ESTUDO ................................................................................................. 27

6.4 INSTRUMENTO DE COLETA DOS DADOS .............................................................. 27

6.5 COLETA DE DADOS ..................................................................................................... 28

6.6 ANÁLISE DE DADOS.................................................................................................... 28

6.7 ASPECTOS ÉTICOS ....................................................................................................... 36

7 RESULTADOS E DISCUSSÃO ........................................................................................ 37

7.1 CARACTERIZAÇÃO DAS UBS.................................................................................... 37

7.2 AS UNIDADES DE SAÚDE DA FAMÍLIA E MARCADORES DE QUALIDADE ... 38

7.3 AS CINCO DIMENSÕES E MARCADORES DE QUALIDADE ................................ 42

7.4 QUALIDADE DA ATENÇÃO PRIMÁRIA AO HIV/AIDS MUNICÍPIO .................... 48

8 CONSIDERAÇÕES FINAIS .............................................................................................. 50

9 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ................................................................................ 52

ANEXOS ............................................................................................................................... 56

ANEXO 1 – QUESTIONÁRIO ............................................................................................. 56

ANEXO 2 – CARTA DE APRESENTAÇÃO DA PESQUISA ............................................ 73

ANEXO 3 – APRESENTAÇÃO ELETRÔNICA ................................................................. 74

ANEXO 4 – TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO ....................... 82

ANEXO 5 – MARCADORES DE VULNERABILIDADE .................................................. 83

ANEXO 6 – PARECER CONSUBSTANCIADO DO CEP ................................................. 95

8

LISTA DE FIGURAS

pg.

Figura 1 – Proporção de Unidades de Saúde da Família, segundo área de

cobertura por zona rural urbana, Chapada dos Guimarães, 2014........................ 37

Figura 2 – Nível de formação do gerente das Unidades de Saúde da Família de

Chapada dos Guimarães, 2014............................................................................... 38

9

LISTA DE QUADROS

pg.

Quadro 1 – Indicadores de qualidade para Infraestrutura para Realização das

Ações de Prevenção e Assistência em DST/HIV/aids........................................... 30

Quadro 2 – Indicadores de qualidade para Respostas às Necessidades de

Tratamento em DST/HIV/aids............................................................................... 31

Quadro 3 – Indicadores de qualidade para Ações de Pré-Natal e Purpério em

relação à Atenção às DST/HIV/aids...................................................................... 32

Quadro 4 – Indicadores de qualidade para Ações de Prevenção em Relação às

DST/HIV/aids......................................................................................................... 33

Quadro 5 – Indicadores de qualidade para Integração das Ações entre UBS,

CRT/SAE em HIV/DST/aids e Maternidade......................................................... 34

Quadro 6 – Marcadores de qualidade por dimensão............................................. 35

Quadro 7 – Escala de qualidade segundo pontuação e porcentagem................. 35

Quadro 8 – Pontuação e porcentagem das cinco dimensões avaliadas nas

Unidades Saúde da Família, Chapada dos Guimarães, 2014................................ 39

Quadro 9 – Pontuação e porcentagem esperada e obtida da dimensão

Infraestrutura para Realização das Ações de Prevenção e Assistência em

HIV/aids, avaliadas nas Unidades Saúde da Família, Chapada dos Guimarães,

2014........................................................................................................................ 42

Quadro 10 – Pontuação e porcentagem esperada e obtida da dimensão

Respostas às Necessidades de Tratamento em HIV/aids, avaliadas nas Unidades

Saúde da Família, Chapada dos Guimarães, 2014................................................. 43

Quadro 11 – Pontuação e porcentagem esperada e obtida da dimensão Ações

de Pré-Natal e Puerpério em relação à Atenção às HIV/aids, avaliadas nas

Unidades Saúde da Família, Chapada dos Guimarães, 2014................................ 44

Quadro 12 – Pontuação e porcentagem esperada e obtida da dimensão Ações

de Prevenção em relação à Atenção às HIV/aids, avaliadas nas Unidades Saúde

10

da Família, Chapada dos Guimarães, 2014............................................................ 45

Quadro 13 – Pontuação e porcentagem esperada e obtida da dimensão

Integração das Ações entre UBS, CRT/SAE em HIV/aids e Maternidade,

avaliadas nas Unidades Saúde da Família, Chapada dos Guimarães, 2014...... 46

11

LISTA DE ABREVIATURAS, SIGLAS E SÍMBOLOS

AIDS – Acquired Immunodeficiency Syndrome

ABS – Atenção Básica à Saúde

APS – Atenção Primária à Saúde

ARV – antirretroviral

DST – Doenças Sexualmente Transmitidas

ESF – Estratégia Saúde da Família

HSH – Homens que fazem sexo com homens

OMS – Organização Mundial da Saúde

PACS – Programa Agentes Comunitários de Saúde

PSF – Programa de Saúde da Família

PNAB – Política Nacional da Atenção Básica

PVHA – Pessoas vivendo com HIV/aids

SAE – Serviço de Assistência Especializada

SIDA – Síndrome de Imunodeficiência Adquirida

SUS – Sistema Único de Saúde

UBS – Unidades Básicas de Saúde

UDI – Usuários de drogas injetáveis

UNICEF – Fundo das Nações Unidas para a Infância

12

1 INTRODUÇÃO

O tema abordado na construção deste projeto refere-se à organização da

Atenção Primária à Saúde (APS) e tem como objeto de estudo a avaliação da

qualidade de unidades básicas de saúde (UBS) na prevenção ao HIV/aids.

A reforma sanitária brasileira ocorrida nas décadas de 1970 e 1980 culminou

na instituição do Sistema Único de Saúde (SUS) na Constituição Federal de 1988,

que tem como princípios doutrinários a universalização do acesso, integralidade da

atenção e equidade, e como princípios organizativos a descentralização,

regionalização e participação popular (BRASIL, 2006a; BRASIL, 2011). Com base

nestes princípios os serviços de atenção básica devem ser estruturados para

possibilitar o acolhimento, diagnóstico precoce, assistência e, quando necessário,

encaminhamento dos portadores de Doenças Sexualmente Transmitidas (DST), onde

se destaca o HIV/aids, às respectivas unidades de referência (BRASIL, 2006b).

No Brasil existe um debate sobre o melhor modelo de atenção para organizar

uma rede básica de saúde, que viabilize, na prática, as diretrizes do SUS

(CARVALHO e CAMPOS, 2000). Buscando a efetivação desses princípios e

diretrizes, entre as diversas propostas experimentadas, na década de 1990, foi

implantado o Programa Saúde da Família, atualmente denominado Estratégia Saúde

da Família (ESF) (VIANA e DAL POZ, 2005).

As unidades básicas de saúde, onde estão inseridas as equipes da ESF,

ofertam um conjunto de serviços e ações capazes de interferir positivamente sobre a

maioria das necessidades de saúde da população, constituindo assim uma base

importante da atenção organizada pelo SUS, sendo considerada a porta de entrada

dos indivíduos no sistema de saúde (BRASIL, 2010; SILVA et al., 2005).

A proposta da ESF prevê o desenvolvimento equilibrado de ações de

promoção da saúde, prevenção, cura e reabilitação de doenças e agravos, tanto em

nível individual quanto coletivo (BRASIL, 2006a), por meio do trabalho de uma

equipe multidisciplinar dedicada à saúde dos indivíduos, da família e da comunidade

(BRASIL, 2008).

13

Sendo a APS o primeiro contato preferencial da população com o sistema de

saúde, as ações de prevenção ao HIV/aids são imprescindíveis. A falta de qualidade

ou ausência desse serviço permite o agravamento das condições de saúde das pessoas

que vivem com HIV/aids e a real propagação da infecção, criando-se uma

vulnerabilidade de se adquirir o HIV (NICHIATA, 2010; VAL, 2012).

Nesta problemática, o estudo busca responder a seguinte questão norteadora:

Qual é a qualidade da APS na prevenção ao HIV/aids? Assume-se como pressuposto

a existência de fragilidades na qualidade dos serviços ofertados nas unidades básicas

de saúde na abordagem do HIV/aids, no município de Chapada dos Guimarães.

O presente estudo se justifica por sua finalidade de contribuir para o

diagnóstico das fragilidades dos serviços prestados pelas Unidade de Saúde da

Família às pessoas com necessidades relacionadas à prevenção ao HIV/aids.

Uma vez que o investimento das políticas públicas de saúde em medidas de

prevenção e no controle da transmissão do HIV vem abrindo novas possibilidades e

estratégias de cuidado, espera-se que essa avaliação possibilite reflexões sobre as

ações realizadas e a busca de maior qualidade na atenção à saúde. Assim, espera-se

que os resultados subsidiem ajustes para a transformação das práticas com a

ampliação qualitativa das ações de prevenção e controle no enfrentamento do

HIV/aids.

14

2 HIV/AIDS NO BRASIL – ASPECTOS EPIDEMIOLÓGICOS E

PREVENÇÃO

A AIDS (Acquired Immunodeficiency Syndrome) traduzida em português

para Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (SIDA – expressão utilizada nos

países latino-americanos) é uma doença caracterizada por atingir e causar disfunção

grave no sistema imunológico do indivíduo infectado pelo vírus HIV (Human

Immunodeficiency Virus) (BRASIL, 2004).

As formas de transmissão e contágio são: transfusão de sangue e

hemoderivados; contato com material perfuro-cortante contaminado, como o caso de

compartilhamento de seringas; relações sexuais sem proteção; e a transmissão

vertical, da mãe para o filho durante a gravidez e por meio do parto ou amamentação,

sem tratamento prévio (BRASIL, 2007).

Na década de 1970 a disseminação do HIV já vinha ocorrendo e após da sua

identificação na década de 1980, a epidemia rapidamente atinge diversas populações

(BRASIL, 2013a). No Brasil o primeiro caso de aids apareceu em 1980, em São

Paulo (BRASIL, 2007). Segundo MARQUES (2002), esse é o ano que passou a ser

considerado como marco inicial para todas as análises epidemiológicas da epidemia

do HIV no Brasil.

O estado de São Paulo criou a primeira estruturação do programa de controle

da aids no Brasil em 1984. Já em 1985 foi disponibilizado para diagnóstico o

primeiro teste de anti-HIV e a criação de um programa federal de controle da aids,

este mediante Portaria 236/1985 (BRASIL, 2013a).

Em 1987 inicia-se o uso do AZT, uma das principais drogas inicialmente

aprovadas para o tratamento da aids, com o processo de aquisição e distribuição

gratuita pelo SUS. O Programa Nacional de DST/HIV/aids regulamentou a utilização

da terapia antirretroviral (ARV) frente aos casos registrados no país (BRASIL,

2013a).

No ano de 2012, foram notificados 39.185 casos de aids no Brasil. Este valor

vem mantendo-se estável nos últimos cinco anos. A taxa de detecção nacional foi de

15

20,2 casos para cada 100.000 habitantes. A maior taxa de detecção foi observada na

Região Sul, 30,9/100.000 habitantes, seguida pela Região Norte (21,0), Região

Sudeste (20,1), Região Centro-Oeste (19,5), e Região Nordeste (14,8). (BRASIL,

2013b).

Segundo estimativas do Ministério da Saúde, realizadas pelo Departamento

de DST, Aids e Hepatites Virais aproximadamente 718 mil pessoas vivem com

HIV/Aids no Brasil. Na população jovem, a taxa de prevalência da infecção pelo

HIV apresenta tendência de aumento. Considerando as pesquisas realizadas em

Conscritos do Exército Brasileiro, de 17 a 21 anos de idade, a prevalência de

infecção pelo HIV passou de 0,09% em 2002 para 0,12% em 2007, sendo que o

aumento mais significativo ocorreu na população de homens que fazem sexo com

homens (HSH) jovens, cuja prevalência subiu de 0,56% em 2002 para 1,2% em 2007

(BRASIL, 2013b).

Com relação aos grupos populacionais com mais de 18 anos em situação de

maior vulnerabilidade, estudos realizados em 10 municípios brasileiros entre 2008 e

2009 estimaram taxas de prevalência de HIV de 5,9% entre UDI (usuários de drogas

injetáveis), de 10,5% entre HSH e de 4,9% entre mulheres profissionais do sexo.

(BRASIL, 2013). Verifica-se que a epidemia do HIV no Brasil está concentrada

nessas populações em situação de maior vulnerabilidade, que apresentam maiores

prevalências de infecção pelo HIV quando comparadas à população geral (BRASIL,

2013b).

A taxa de detecção de aids no Brasil, de 2003 a 2012, aumentou cerca de 2%.

No entanto, consideradas as regiões do país, houve diminuição nas Regiões Sudeste e

Sul e, aumento de 92,7% na Região Norte e 62,6% Nordeste. No Centro-Oeste esse

aumento tem sido mais lento (6,0%) (BRASIL, 2013b).

Em 2012, foram registrados 11.896 óbitos por aids no Brasil. Na Região

Centro-Oeste, o coeficiente de mortalidade foi de 4,7 por 100 mil habitante, menor

que o coeficiente do Brasil que corresponde a 5,5 (BRASIL, 2013b).

No período de 1985 a 2012, no estado de Mato Grosso foram notificados

8.625 casos de aids nos quais 58,8% no sexo masculino e 41,2% no sexo feminino.

De 2003 a 2012, verificou-se em Mato Grosso a redução de 6,3% na taxa de

16

detecção, apresentando-se como um dos seis estados com maior diminuição de casos

(BRASIL, 2013b).

Com a utilização dos ARV ou HAART (highly active antiretroviral therapy),

a história da aids se alterou, passou a ser considerada uma doença crônica e não mais

terminal. Com o advento e avanço das tecnologias e pesquisas, como também o

manejo e tratamento adequado, houve a diminuição do adoecimento e morte das

pessoas vivendo com HIV/aids (PVHA). (BUCHALLA, 2008; BRASIL, 2013b).

Além disso, o tratamento não só é eficaz para o controle da doença e melhoria da

qualidade de vida, mas também para a diminuição da carga viral e

consequentemente, da transmissão (GEOCZE, 2010; BRASIL 2013b).

Atualmente, os esforços para o controle da epidemia de HIV/aids, no

Brasil, estão concentrados no diagnóstico precoce da infecção e no

tratamento das PVHA, bem como a implementação de intervenções de

prevenção combinada. A estratégia de tratamento de PVHA como medida

de prevenção requer não somente o diagnóstico oportuno da infecção,

como também o investimento na melhoria do cuidado contínuo desses

indivíduos (MONTANER, 2013 apud. BRASIL 2013).

“A prevenção tem sido, desde o início da epidemia, uma questão crucial para

os programas de controle da aids”(AYRES, 2002, p. 12). Para este autor, no início

da descoberta do HIV/aids, não havendo informações necessárias sobre a doença e

sua distribuição, ações preventivas eram desconhecidas. Historicamente, houve uma

grande mudança devido ao acumulo de conhecimento científico. Destaca-se, em

particular, o elevado grau de conhecimento alcançado acerca do controle dos efeitos

danosos do HIV sobre o organismo humano.

O profissional da área da saúde deve desempenhar um papel de destaque. Este

pode proporcionar informação sobre o HIV/aids, as formas de infecção, transmissão,

proteção e cuidado, como também o aconselhamento a pacientes desenvolvendo

assim um modo muito importante para os esforços de prevenção (UNICEF, 1998).

As ações de prevenção têm origem na análise de tendências das epidemias e

na identificação das populações mais vulneráveis. As campanhas de prevenção

funcionam em vários níveis ao mesmo tempo (UNICEF, 1998).

A educação em saúde pode contribuir para comportamentos sexuais seguros

ou redução de danos no consumo de drogas e incitar à adoção de medidas protetoras,

por exemplo, através do fornecimento de preservativos de baixo custo. A prevenção,

17

detecção e tratamento de outras DST são importantes para a diminuição da

transmissão do HIV, assim como o tratamento com medicamentos, cuidados pré-

natais, alternativas à amamentação, aconselhamento e testes voluntários e

confidenciais, são diferentes formas de prevenção e proteção. Para o sucesso dos

esforços de prevenção, os programas devem se constituir a longo prazo e

principalmente ter um ambiente onde as pessoas com HIV/aids não sejam

discriminadas e onde o HIV não for estigmatizado (UNICEF, 1998).

Este sucesso está relacionado também à existência de “políticas de prevenção

em nível nacional, contemplando a população em geral e grupos de maior

vulnerabilidade para as DST/HIV/aids” (BRASIL, 1999 p. 19). Tais políticas

estimulam “a articulação com outras esferas dos poderes público, privado e da

sociedade civil, buscando promover maior integração das ações de promoção à saúde

e prevenção das DST/aids e o fortalecimento das ações de intervenção

comportamental, por meio de apoio a programas e projetos”(ibid).

Na execução das políticas nacionais de prevenção em HIV/aids, o Ministério

da Saúde (BRASIL, 1999, p. 19 e 20) preconizou como estratégia:

Campanhas de massa, por intermédio da mídia impressa e eletrônica, e

intervenções educativas trabalhando atitudes e valores relacionados à

autoestima, e a conscientização sobre o risco. Esses trabalhos de

intervenção consideram aspectos culturais, situações particulares do

cotidiano da população e características regionais, além de se articularem

internamente com as atividades-meio do componente de promoção à

saúde. O apoio a projetos de intervenção comportamental e elaboração de

materiais educativos e informativos, buscando atingir os diferentes grupos

sociais, estimulando-os a adotar práticas mais seguras que reduzam a

transmissão do HIV/aids. Apoio à iniciativas comunitárias na criação e

manutenção de ambientes favoráveis à redução da vulnerabilidade e do

risco de infecção pelo HIV. Desenvolvimento de parcerias com o setor

empresarial, estimulando ações integradas com os órgãos governamentais

conveniados, nas três esferas de governo: federal, estadual e municipal.

Estímulo à demanda e promoção ao acesso a dispositivos de prevenção,

como os preservativos e seringas descartáveis, são fatores contribuintes

para a diminuição da disseminação e propagação do vírus HIV pela

população. Capacitação de recursos humanos para formação de agentes

multiplicadores de informação sobre as DST e o HIV/aids (BRASIL,

1999, p. 19-20).

A implantação de atividades preventivas na rede básica do SUS é componente

prioritário das políticas nacionais para controle de DST/aids (BRASIL, 2005).

Mesmo não sendo contemplada na Política Nacional da Atenção Básica (PNAB),

consta nos documentos referenciais do Programa Nacional de DST e AIDS, como

18

“melhor alternativa para prevenção de infecções e (...) instrumento capaz de

antecipar problemas individuais e coletivos em relação à epidemia de HIV e AIDS e

a ocorrência de doenças sexualmente transmissíveis” (BRASIL, 2004b, p. 8).

FERRAZ e NEMES (2009), em seu estudo observaram que a prevenção tem

obtido avanços importantes, como a disponibilização de sorologias e distribuição de

preservativo masculino para a população em geral. Porém algumas atividades de

prevenção como aconselhamento e ações educativas dentre outras não estão

realizadas adequadamente.

19

3 ATENÇÃO PRIMÁRIA DE SAÚDE

O termo “Atenção Primária à Saúde” (APS) é expresso por um atendimento

“ambulatorial não especializado, através de unidades de saúde pelo desenvolvimento

de um conjunto diversificado de atividades clínicas de baixa densidade tecnológica”

(LAVRAS, 2011, p. 868).

Em 1978 a Organização Mundial da Saúde (OMS) e o Fundo das Nações

Unidas para a Infância (UNICEF) realizaram a I Conferência Internacional

sobre Cuidados Primários de Saúde em Alma-Ata, no Cazaquistão. Neste mesmo

evento um acordo foi proposto para os países membros, uma meta para atingir o

maior nível de saúde possível até o ano 2000, através da APS, conhecida como

“Saúde para Todos no Ano 2000” (MATTA e MOROSINI, 2009; OMS/UNICEF

1979 apud. RIBEIRO, 2007; ASSIS, 2007).

De acordo com a Declaração de Alma-Ata, a APS é definida como:

Cuidados primários de saúde são cuidados essenciais de saúde baseados

em métodos e tecnologias cientificamente sólidos e socialmente

aceitáveis práticas adotadas universalmente acessíveis a indivíduos e

famílias na comunidade, por meio de sua plena participação e a um custo

que a comunidade e o país pode manter em cada fase do seu

desenvolvimento, no espírito de autoconfiança e autodeterminação. É

parte integrante tanto do sistema de saúde do país, do qual é a função

central e o foco principal, e do desenvolvimento social e econômico

global da comunidade. É o primeiro nível de contato dos indivíduos, da

família e da comunidade com o sistema nacional de saúde trazendo os

cuidados de saúde o mais próximo possível de onde as pessoas vivem e

trabalham, e constitui o primeiro elemento de um processo de cuidados

contínuo de saúde (OMS, 1978).

Como definido na Declaração de Alma-Ata, a atenção primária representa a

porta preferencial de entrada no sistema de saúde, sendo essencialmente o primeiro

nível de prestação de serviços, integrando a rede de atenção à saúde para todas as

novas necessidades e problemas da população, oferecendo-lhes serviços de

prevenção, cura e reabilitação, compreendendo assim, a qualidade da saúde e o bem

estar (STARFIELD, 2002; 2004).

Para STARFIELD (2002, p. 19), “a atenção primária lida com os problemas

mais comuns e menos definidos, geralmente em unidades comunitárias como

consultórios, centros de saúde, escolas e lares. Os pacientes tem acesso direto a uma

20

fonte adequada de atenção que é continuada ao longo do tempo, para diversos

problemas que inclui a necessidade de serviços preventivos”.

Na década de 1970 pela influência da reforma sanitária brasileira, as

primeiras experiências com a medicina comunitária foram apoiadas pelas

universidades, assim iniciando a participação dos municípios no desenvolvimento da

APS (LAVRAS, 2011).

A APS incorpora os princípios da Reforma Sanitária, no Brasil sendo adotada

a expressão Atenção Básica à Saúde (ABS) para enfatizar a reorientação do modelo

assistencial (MATTA e MOROSINI, 2009; STARFIELD, 2004). Essa mudança no

modelo assistencial, especificamente do setor saúde, se insere no contexto da

redemocratização do Brasil no contexto da constituição do SUS (PAIM, 1999 apud.

RIBEIRO 2007).

A atenção básica tem o Programa de Saúde da Família (PSF), hoje Estratégia

de Saúde da Família (ESF) como estratégia prioritária para a sua organização de

acordo com os preceitos do SUS implantado na década de 1990 (BRASIL, 2006).

Neste contexto, a reforma sanitária brasileira possibilitou a construção de um

novo modelo voltado para ABS, definido como:

[..] conjunto de ações de saúde, no âmbito individual e coletivo, que

abrange a promoção e a proteção da saúde, a prevenção de agravos, o

diagnóstico, o tratamento, a reabilitação, a redução de danos e a

manutenção da saúde com o objetivo de desenvolver uma atenção integral

que impacte na situação de saúde e autonomia das pessoas e nos

determinantes e condicionantes de saúde das coletividades (BRASIL,

2012, p. 19).

A Política Nacional de Atenção Básica (PNAB) está regulamentada pela

Portaria n. 648, de 28 de março de 2006, que estabeleceu a revisão de diretrizes e

normas para a organização da Atenção Básica, para o Programa Saúde da Família e

para o Programa Agentes Comunitários de Saúde (PACS).

A Atenção Primária à Saúde considera o sujeito em sua singularidade,

complexidade, integralidade e inserção sociocultural e busca a promoção de sua

saúde, a prevenção e tratamento de doenças e a redução de danos ou de sofrimentos

que possam comprometer suas possibilidades de viver de modo saudável. A APS tem

como fundamentos, segundo a PNAB:

» possibilitar o acesso universal e contínuo a serviços de saúde de

qualidade e resolutivos, caracterizados como a porta de entrada

21

preferencial do sistema de saúde, com território adscrito a fim de permitir

o planejamento e a programação descentralizados, e em consonância com

o princípio da equidade;

» efetivar a integralidade em seus vários aspectos, a saber: integração de

ações programáticas e demanda espontânea; articulação das ações de

promoção à saúde, prevenção de agravos, tratamento e reabilitação;

trabalho de forma interdisciplinar e em equipe e a coordenação do

cuidado na rede de serviços;

» desenvolver relações de vínculo e responsabilização entre as equipes e a

população adscrita, garantindo a continuidade das ações de saúde e a

longitudinalidade do cuidado;

» valorizar os profissionais de saúde por meio do estímulo e

acompanhamento constante de sua formação e capacitação;

» realizar avaliação e acompanhamento sistemático dos resultados

alcançados, como parte do processo de planejamento e programação;

» estimular a participação popular e o controle social [...].

Segundo CASTANHEIRA e NEMES (2011), a definição utilizada pelo SUS

como ABS ou APS estão associadas a duas dimensões: uma relacionada a

organização interna do trabalho e outra refere-se a relação com o sistema.

A ABS opera em territórios onde pessoas que vivem com HIV/aids (PVHA)

são responsabilidade da unidade de saúde para serem assistidas, principalmente por

medidas de prevenção que são tipicamente ações primárias à saúde (LA MAISON,

2013). As respostas sociais organizadas para o enfrentamento do HIV/aids dão-se em

serviços de saúde (ibid).

Há uma grande diversidade de serviços de saúde em todos os níveis de

atenção no âmbito do SUS, que prestam atendimento a PVHA, são serviços

ambulatoriais com diferentes configurações institucionais: ambulatório geral ou de

especialidades, policlínica, SAE específico para DST/HIV/aids, ambulatório em

hospitais, UBS, posto de saúde, entre outros tipos de unidades (LA MAISON, 2013).

A partir da Declaração Política sobre HIV e Aids das Nações Unidas –

Intensificando nossos Esforços para Eliminar o HIV e a Aids, firmada em 2011 pelos

22 países membros da Organização das Nações Unidas (ONU), o UNAIDS (Joint

United Nations Program on HIV/AIDS) programa das Nações Unidas, articulou 10

metas específicas para 2015 (ONU BR, 2013).

Cinco dessas metas relacionam-se as ações articuladas na atenção primária:

reduzir em 50% a transmissão sexual, a transmissão de usuários de drogas injetáveis

e PVHA que morrem devido à tuberculose; eliminar novas infecções entre crianças e

reduzir a morte materna ocasionadas pela aids e por fim eliminar as desigualdades de

22

gênero, ampliando a capacidade de mulheres e meninas de protegerem a si mesmas

do HIV.

Através da rede básica de saúde, com a descentralização das ações de

enfrentamento dos problemas de saúde relacionados ao HIV/aids é possível a

realização do acolhimento, acompanhamento das PVHA, e a identificação de

usuários em situação de maior vulnerabilidade, sendo que a UBS é um espaço

privilegiado para promover mudanças de hábitos e costumes (GEORGETTI, 2007).

GEORGETTI (2007) afirma que:

A rede básica [...], para ser resolutiva deve estar capacitada no seu nível

de competência para realizar o diagnóstico de saúde local, identificando e

priorizando os problemas detectados, atuando e buscando resolve-los em

parceira com a comunidade e com os demais setores institucionais,

encaminhando adequadamente seus usuários quando necessário. Esse

mesmo princípio deve ser aplicado em ações básicas de promoção,

prevenção, assistência e vigilância às DST/aids. [...] as UBS têm

condições de identificar pessoas em risco, realizar testagem sorológica

para o HIV [...]. Mesmo na situação de o tratamento dos pacientes

infectados ocorrer em ambulatório especializado ou de referência, a

atenção básica [...], deve ter papel fundamental no desenvolvimento de

algumas ações desse tipo de acompanhamento.

Para CAPOZZOLO et al. (2007), o possível sucesso na implementação e

integração das ações de prevenção e assistência em DST/aids na atenção básica

dependerá do processo de continuidade, apoio e constante qualificação das equipes

de gestão e dos trabalhadores. Como ponto de partida a um atendimento eficaz e

eficiente é necessário o fortalecimento entre os programas de saúde existentes nos

estados e município com a rede de ABS (PROTOCOLO DE ATENÇÃO BÁSICA

ÀS DST/AIDS/MS apud GEORGETTI, 2007).

A qualidade da assistência é um importante determinante do sucesso de

programas dirigidos a doenças crônicas, como a aids. Além do impacto na

mortalidade e na qualidade de vida dos pacientes, a assistência bem conduzida pode

contribuir para o controle da epidemia (MELCHIOR, NEMES et al., 2006).

23

4 AVALIAÇÃO DA QUALIDADE DOS SERVIÇOS DE SAÚDE

A avaliação é fundamental para o planejamento e gestão do sistema de saúde.

Tem como pressuposto a avaliação da eficiência, eficácia e efetividade das

estruturas, processos e resultados relacionados ao risco, acesso e satisfação dos

cidadãos (PNASS, 2007).

Para NEMES (2001), o marco inicial da avaliação em saúde aconteceu na

década de 1950 a partir da expansão dos serviços de saúde, desenvolvimento

tecnológico, novas técnicas e responsabilidades governamentais. Houve então a

necessidade de maior “conhecimento das formas de organização da atenção acerca de

sua eficácia, efetividade, eficiência e idoneidade das intervenções de saúde” (ibid, p.

7).

Nas décadas seguintes foram delimitados vertentes para o campo da

avaliação, sendo: avaliação tecnológica, avaliação de programas e avaliação de

qualidade, este último refere-se principalmente a serviços assistenciais de saúde

(NEMES, 2001).

Houve, no Brasil um crescente reconhecimento das práticas de avaliação, mas

“é fato ainda a pequena incorporação de sistemáticas de avaliação nos serviços

públicos e privados brasileiros” (NOVAES, 1999 apud NEMES, 2001, p. 8).

Segundo NEMES (2001, p. 8), para que um processo avaliativo tenha sucesso

é preciso ter respostas para tais questões: “Por que avaliar? Para quê avaliar? O quê

avaliar? É possível avaliar? Como avaliar?”.

“A construção conceitual e metodológica para a avaliação se encontra de

forma muito diversificada” (NOVAES, 2000, p. 549). Os critérios selecionados a

partir da literatura são:

(1) objetivo da avaliação, (2) posição do avaliador, (3) enfoque

priorizado, (4) metodologia predominante, (5) forma de utilização da

informação produzida, (6) contexto da avaliação, (7) temporalidade da

avaliação e (8) tipo de juízo formulado (NOVAES, 200, p. 549).

Na atuação em todos os tipos de avaliação, há a ideia de qualidade implícita,

porém na avaliação por qualidade passa a ter função teórica e prática, ao se constituir

24

um ponto de partida para todo o processo (DONABEDIAN, 1988 apud. Novaes,

2000).

Para qualidade em saúde existem diferentes perspectivas e diversidades, o que

a torna difícil e complexa de se abordar (RIGHI, 2009). Segundo MEZOMO (2001

apud. RIGHI, 2009) A qualidade na saúde é complexa, pois não age em função de

um único serviço ou produto final.

DONABEDIAN (1980 apud RIGHI, 2009) desenvolveu um quadro

conceitual a partir de três dimensões: a estrutura, o processo e o resultado. A

estrutura envolve recursos físicos; humanos; materiais; equipamentos; e financeiros.

O processo, refere-se às atividades envolvendo os profissionais da saúde e usuários,

inclui o diagnóstico; tratamento; e ética. O resultado corresponde ao produto final da

assistência prestada.

Passado algum tempo, DONABEDIAN (1990 apud NOVAES, 2000, p. 555)

ampliou estes conceitos. Assim, apresenta que a “avaliação da qualidade deve ser

desenvolvida por meio dos sete pilares: eficácia, efetividade, eficiência, otimização,

aceitabilidade, legitimidade e equidade”. Percebe-se que instrumentos e

metodologias de avaliação são processos de preocupação de gestores, mas ainda

participam de forma distanciada do processo de tomada de decisão.

25

5 OBJETIVOS

5.1 OBJETIVO GERAL

Avaliar a qualidade da atenção à saúde referente à prevenção ao HIV/aids nas

Unidades de Saúde da Família do município de Chapada dos Guimarães, 2014.

5.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS

Caracterizar as Unidades de Saúde da Família, segundo localização e formação do

responsável da unidade;

Determinar as pontuações por itens avaliados das USF, segundo as dimensões de:

infraestrutura para realização das ações de prevenção e Assistência; respostas às

necessidades de tratamento; ações de pré-natal e puerpério; ações de prevenção e;

integração das ações entre UBS, SAE e Maternidade;

Avaliar a qualidade da atenção à saúde referente à prevenção ao HIV/aids por

dimensão e USF.

26

6 MÉTODO

6.1 TIPO DE ESTUDO

Trata-se de uma pesquisa avaliativa de abordagem qualitativa e quantitativa.

A pesquisa envolveu um levantamento bibliográfico, aplicação de questionário junto

a unidades selecionadas e análise dos dados obtidos.

Este estudo faz parte de um dos quesitos da conclusão de disciplina Trabalho

de Conclusão III (TCIII) do Curso de Graduação em Saúde Coletiva. É um estudo

piloto do projeto de pesquisa Vulnerabilidade Programática em HIV/aids para

uma Atenção de Qualidade nas Unidades Básicas de Saúde em Cuiabá – Mato

Grosso de Carolina La Maison (2013), co-orientado pela professora Ruth Terezinha

Kehrig, orientadora também do presente projeto.

6.2 LOCAL DE ESTUDO

A fundação oficial do núcleo que originou o atual município de Chapada dos

Guimarães deu-se no ano de 1951, entretanto o município só foi criado no dia 15 de

dezembro de 1953 pela Lei nº 701. A primeira denominação foi Sant’Ana de

Chapada, nome da missão dos jesuítas comandada pelo padre Estevão de Castro

(FERREIRA, 2004). Trata-se de um município considerado eco turístico,

destacando-se com vários atrativos em belezas naturais, sua economia é

predominantemente sustentada pela prestação de serviços (RAMOS, 2014).

O município está situado na região centro-sul do estado de Mato Grosso,

próximo da capital Cuiabá, a 60 km de distância, pertencendo à região de saúde da

27

Baixada Cuiabana. A população estimada de Chapada dos Guimarães é de 18.133

habitantes (IBGE, 2012).

As unidades de estudo localizam-se no município de Chapada dos Guimarães.

A Estratégia de Saúde da Família (ESF) cobre 100% da sua população e se dividem

em territórios sanitários, que correspondem às áreas de abrangências das USF, sendo

elas: USF Centro, na região urbana central; USF Santa Cruz e USF Olho D’água, nos

dois bairros urbano-periféricos mais populosos do município; USF Água Fria e USF

João Carro que atendem uma população rural mais próxima da sede do município e

USF Jangada Roncador e USF Praia Rica que atendem as áreas mais afastadas.

6.3 SUJEITOS DE ESTUDO

Os sujeitos do estudo serão os gerentes responsáveis pelas Unidades de Saúde

da Família, por terem uma visão ampla de todas as atividades desenvolvidas no

serviço e serem responsáveis pela gestão e planejamento das ações.

6.4 INSTRUMENTO DE COLETA DOS DADOS

Para a coleta dos dados foi utilizado na forma impressa um questionário

(Anexo 1), que também está disponível no FormSUS.

Segundo LA MAISON (2013), o instrumento é uma adequação do

questionário “Enfrentamento das DST/aids nas unidades básicas de saúde do

município de São Paulo”. Esse instrumento foi criado em 2011 por Nichiata (2010) e

Val (2012).

O instrumento possui 51 questões mistas (respostas abertas e fechadas)

distribuídas cinco blocos: 1) Identificação; 2) Caracterização geral da unidade básica

28

de saúde; 3) Infraestrutura, materiais e equipamentos para realização das ações de

prevenção e assistência em DST e HIV/aids; 4) Caracterização das ações de Pré-natal

e puerpério em relação à atenção em DST/HIV/aids; 5) Caracterização geral em

relação às DST e HIV/aids (Anexo 1).

6.5 COLETA DE DADOS

Antes de se iniciar a pesquisa, foi agendada uma reunião com o Secretário de

Saúde do Município, para esta ocasião foi elaborada uma carta de apresentação

(Anexo 2) e uma apresentação em slide (Anexo 3) para exposição do projeto.

Obtendo aceitação do gestor pelo fato dos resultados serem de importância para a

atenção à saúde de Chapada dos Guimarães, demos prosseguimento à execução da

pesquisa.

Em reunião com todos os gerentes das unidades, da mesma forma o projeto

foi apresentado e com a concordância de todos os presentes, o material foi entregue.

Neste material continha duas cópias do questionário impresso, carta de apresentação

e o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (Anexo 4).

Os sujeitos da pesquisa tiveram o período de 20 dias para responder o

questionário e devolvê-lo. Ao final do prazo apenas 4 unidades responderam os

questionários, sendo elas as USF: Centro, Olho D’água, Santa Cruz e Praia Rica.

Desta forma, total de sete (7) unidades, analisamos quatro unidades.

6.6 ANÁLISE DE DADOS

Para análises dos dados coletados, utilizou-se como modelo a estrutura e

dinâmica realizada no estudo de VAL (2012), no qual alteramos quando necessário

29

alguns os itens, como a inserção dos PSF, sua pontuação total e porcentagem. Assim

foi avaliada a organização do serviço de saúde e sua operacionalização quanto às

ações na atenção em HIV/aids pelas UBS.

Considerou-se cinco dimensões para análise, extraídas a partir do

questionário aplicado nas unidades. A fundamentação para a construção dos

indicadores de qualidade para cada dimensão abordada teve como base as diretrizes

elaboradas por sociedades de especialistas e agências governamentais que constituem

as recomendações para a prática (VAL, 2012). Cada USF participante recebeu uma

letra para sua identificação (USF A, USF B, USF C e USF D) na apresentação dos

resultados.

Sendo essas s dimensões avaliativas:

1) Infraestrutura para realização das ações de prevenção e assistência em

HIV/aids (composto por 16 itens): a frequência e a quantidade dos insumos de

contracepção e prevenção, de exames laboratoriais, dos materiais educativos, da

disposição das salas e consultórios para o atendimento da população com relação às

DST/HIV/aids (Quadro 1).

2) Respostas às necessidades de tratamento em HIV/aids (composto por 7

itens): o tratamento da candidíase, sífilis, tricomoníase, clamídia, da sífilis na

gestante e no(s) parceiro(s) e o atendimento baseado na abordagem sindrômica1

(Quadro 2).

3) Ações de pré-natal e puerpério em relação à atenção às HIV/aids

(composto por 11 itens): oferta de teste para detecção da sífilis, anti-HIV, hepatites B

e C, Papanicolaou, tempo para marcar a primeira consulta do pré-natal, a abordagem

consentida2, a comunicação do diagnóstico, a busca ativa do parceiro, notificação da

sífilis na gestante, se tem hospital de referência (Quadro 3).

4) Ações de prevenção em relação às HIV/aids (composto por 10 itens):

oferta de teste anti-HIV, capacitação dos profissionais na abordagem sindrômica, no

aconselhamento, busca ativa do usuário e seu parceiro, notificação da sífilis, se faz

aconselhamento e abordagem consentida para o exame de HIV (Quadro 4).

30

5) Integração das ações entre UBS, SAE em HIV/aids e maternidade

(composto por 8 itens): se há fluxo de notificação de sífilis congênita na

maternidade, se faz notificação do HIV da gestante, agendamento de consulta da

gestante ou usuário na referência, se existe fluxo de referência e contrarreferência

(Quadro 5).

As respostas para cada um dos itens avaliados nas dimensões apresentadas

acima foram classificadas como ATENDE ou NÃO ATENDE a uma condição. Os

critério, adotados foram validados por VAL (2012) que, de acordo com as

recomendações de especialistas e agências governamentais, atribuiu respostas das

UBS que atendem a esses critérios a cada item o valor 1. Quando a resposta ao item

foi negativa, ou seja, não atende a condição, o item recebeu o valor equivalente a 0

(Anexo 5). Constam a seguir os indicadores considerados para pontuação na

avaliação.

Quadro 1 – Indicadores de qualidade para Infraestrutura para Realização das Ações

de Prevenção e Assistência em HIV/aids.

Questão Especificação do item

Não atende

(0 zero)

Atende

(1 um)

4

Consultório permite privacidade

visual/auditiva para atendimento em

DST/HIV/aids

Não ou

parcialmente,

apenas

privacidade

visual ou

auditiva

Sim, tanto

visual

quanto

auditiva

5 Sala para realização de atividade

educativa Não Sim

6

Disponibilidade de materiais básicos

para atividade educativa

Só sala com

cadeira

móveis ou

fixas, ou só

aparelho de

DVD ou TV

ou só

retroprojetor

ou

computador,

outros.

Cartolina ou

similar,

pincéis,

barbantes,

cola,

tesoura,

modelo

pélvico e

pênis,

preservativo

masculino e

feminino,

cartazes

31

e/ou

folhetos

e/ou álbum

seriado

sobre

DST/HIV.

6.1.1 Distribuição regular de insumos de

contracepção e prevenção: Pílula

As vezes ou

nunca Sempre

6.1.4 Distribuição regular de insumos de

contracepção e prevenção: Injetável

As vezes ou

nunca Sempre

6.1.5 Distribuição regular de insumos de

contracepção e prevenção: DIU

As vezes ou

nunca Sempre

6.1.6

Distribuição regular de insumos de

contracepção e prevenção:

Preservativo masculino

As vezes ou

nunca Sempre

6.2.1 Quantidade de insumos de

contracepção e prevenção: Pílula Insuficiente Sempre

6.2.4 Quantidade de insumos de

contracepção e prevenção: Injetável Insuficiente Suficiente

6.2.5 Quantidade de insumos de

contracepção e prevenção: DIU Insuficiente Suficiente

6.2.6

Quantidade de insumos de

contracepção e prevenção:

Preservativo masculino

Insuficiente Suficiente

7.2.3 Quantidade de exames laboratoriais:

Sífilis Insuficiente Suficiente

7.2.4 Quantidade de exames laboratoriais:

Anti-HIV Insuficiente Suficiente

7.2.5 Quantidade de exames laboratoriais:

Sorologia Hepatite B Insuficiente Suficiente

8 Coleta diária de exames laboratoriais

em geral

1, 2, 3 ou 4

vezes por

semana

Diariamente

9 Exame para gravidez imediata em caso

de atraso menstrual Não Sim

TOTAL OBS.: Adaptado de VAL (2012).

Quadro 2 – Indicadores de qualidade para Respostas às Necessidades de Tratamento

em HIV/aids.

Questão Especificação do item

Não atende

(0 zero)

Atende

(1 um)

13 Faz tratamento com Penicilina Benzatina

quando diagnóstico de sífilis na gestante

Não ou sim,

em dia e

horário

Sim, em

qualquer

dia e

32

marcado horário

14

Indica tratamento com Penicilina

Benzatina, sem pedido ou resultado de

exame do parceiro da gestante com

diagnóstico de sífilis

Não Sim

28.1 Realiza tratamento da candidíase Não Sim

28.2 Realiza tratamento da sífilis Não Sim

28.4 Realiza tratamento da tricomoníase Não Sim

28.7 Realiza tratamento da clamídia Não Sim

30 Faz atendimento com base na abordagem

sindrômica Não Sim

TOTAL OBS.: Adaptado de VAL (2012).

Quadro 3 – Indicadores de qualidade para Ações de Pré-Natal e Purpério em relação

à Atenção às HIV/aids.

Questão Especificação do item

Não atende

(0 zero)

Atende

(1 um)

10 Agenda da primeira consulta de pré-natal

é até duas semanas Não Sim

11 A oferta do exame de Papanicolaou às

gestantes é um procedimento padrão Não Sim

12 Oferece teste de detecção de sífilis à

gestante no 1º e 3º trimestre da gestação Não Sim

17 Faz teste de detecção da Hepatite B no

pré-natal Não Sim

18 Faz teste de detecção da Hepatite C à

gestante Não Sim

19 Faz teste de detecção de HIV no pré-natal

Não, ou

sim, só com

o

aconselham

ento pré-

teste ou

pós-teste,

ou sem

aconselham

ento pré e

pós-teste

Sim, com

aconselh

amento

pré e

pós-teste.

20 Realiza abordagem consentida para

solicitação de teste para HIV à gestante

Não ou

desconheço

o que seja

abordagem

consentida

Sim

21 A comunicação do diagnóstico de HIV à Só médico Médico

33

gestante é realizada por equipe

multiprofissional

ou outro

profissio

nal de

saúde

23

Realiza busca ativa para comparecimento

do parceiro da gestante com diagnóstico

de HIV

Não Sim

15 Notifica o diagnóstico de sífilis da

gestante Não Sim

26 Tem hospital de referência para o parto

da gestante HIV positiva Não Sim

TOTAL OBS.: Adaptado de VAL (2012).

Quadro 4 – Indicadores de qualidade para Ações de Prevenção em Relação às

HIV/aids.

Questão Especificação do item

Não

atende

(0 zero)

Atende

(1 um)

29

Profissionais capacitados para realizar o

atendimento por abordagem sindrômica

das DST

Não

Sim,

médico e

enfermeiro

36 Profissionais capacitados para realizar o

aconselhamento na oferta do teste de HIV Não Sim

31 Realiza ação para comparecimento do(a)

parceiro(a) em caso de DST Não Sim

40

Realiza ação para comparecimento do(a)

parceiro(a) quando há caso específico de

HIV

Não Sim

32 Faz busca ativa de usuários portadores de

DST que não comparecem à unidade Não Sim

33

Equipe multiprofissional faz o

preenchimento da notificação de exame

positivo para detecção de sífilis

Não Sim

34 Realiza teste para HIV, na população em

geral, em qualquer dia da semana

Não ou a

coleta é

em dia

específic

o

Sim, em

qualquer

dia da

semana

37 Faz aconselhamento para o exame de

HIV Não

Sim, pré e

pós-teste

38

O tempo médio do retorno do resultado

do exame de HIV positivo à unidade é de

até 7 dias

Não Sim

34

39 Realiza abordagem consentida ao pedir

exame de HIV

Não ou

desconhe

ço o que

seja

abordage

m

consentid

a

Sim

TOTAL OBS.: Adaptado de VAL (2012).

Quadro 5 – Indicadores de qualidade para Integração das Ações entre UBS,

CRT/SAE em HIV/aids e Maternidade.

Questão Especificação do item

Não atende

(0 zero)

Atende

(1 um)

16 Existe fluxo de notificação de sífilis

congênita na maternidade Não Sim

22 Faz a notificação do diagnóstico de HIV

da gestante Não Sim

24

Fornece ficha de encaminhamento e

marca consulta na referência em

DST/aids (CRT e SAE) das gestantes

diagnosticadas com HIV

Não Sim

25

Existe retorno das informações à unidade,

após o encaminhamento das gestantes às

referências DST/AIDS (CRT e SAE)

Não Sim

27 Existe retorno para a unidade sobre o

parto da gestante HIV encaminhada Não Sim

43

Faz o agendamento na referência em

DST/aids, quando diagnostica resultado

positivo para HIV

Não Sim

44

Existe fluxo de referência/ contra

referência dos pacientes encaminhados à

especialidade em DST/AIDS

Não Sim

45

Faz o acompanhamento dos casos

encaminhados à referência em

DST/AIDS

Não Sim

TOTAL OBS.: Adaptado de VAL (2012).

Com a pontuação de cada dimensão, realizou-se uma somatória dos valores

atribuídos, construindo um quadro que classifica os pontos mínimos e máximos em

marcadores de qualidade Inaceitável, Regular ou Esperado (Quadro 6).

35

Com base neste quadro, construiu-se uma escala de qualidade com as

porcentagens respectivamente (Quadro 7):

- Inaceitável de 0 a 15 pontos (< 30%),

- Regular de 16 a 36 (30 a 70%), e

- Esperado de 37 a 52 (>70%).

Estes marcadores e a escala de qualidade buscam ilustrar de forma clara a

constatação das condições reais do objeto analisado. Expressa as necessidades de

transformações das ações no contexto da organização e operacionalização de

políticas em saúde.

Quadro 6 – Marcadores de qualidade por dimensão.

Marcador de qualidade Ruim Regular Bom Total

1. Infraestrutura para Realização das

Ações de Prevenção e Assistência em

HIV/aids (16 itens)

0 a 4 5 a 11 12 a 16 16

2. Respostas às Necessidades de

Tratamento em HIV/aids (7 itens) 0 a 2 3 a 4 5 a 7 7

3. Ações de Pré-Natal e Puerpério em

relação à Atenção às HIV/aids (11

itens)

0 a 3 4 a 7 8 a 11 11

4. Ações de Prevenção em Relação às

HIV/aids (10 itens) 0 a 2 3 a 7 8 a 10 10

5. Integração das Ações entre UBS,

CRT/SAE em HIV/aids e Maternidade

(8 itens)

0 a 2 3 a 5 6 a 8 8

Quadro 7 – Escala de qualidade segundo pontuação e porcentagem.

Inaceitável Regular Esperado

< 30 % 30 a 70 % > 70%

0 a 15 16 a 36 37 a 52

36

6.7 ASPECTOS ÉTICOS

Os resultados da execução desse presente projeto foram utilizados enquanto

estudo piloto da pesquisa “Dimensão Programática da Vulnerabilidade ao HIV/aids:

Análises das Ações Realizadas nas Unidades Básicas de Saúde de Cuiabá – Mato

Grosso” de LA MAISON (2013). Com isso foi obtido o parecer favorável para sua

realização pelo Comitê de Ética em Pesquisa através da Plataforma Brasil, parecer nº

544.082/2014 (Anexo 6).

37

7 RESULTADOS E DISCUSSÃO

7.1 CARACTERIZAÇÃO DAS UBS

Chapada dos Guimarães está dividida em territórios sanitários que

correspondem às áreas de abrangência das unidades de saúde da família (USF),

sendo estas urbanas e rurais (FÉLFILI, 2013). No total de 7 unidades cadastradas

como exclusivas de saúde da família e cadastradas no CNES, 3 são urbanas e 4 rurais

compreendendo respectivamente 43% e 57% (Figura 1). Observa-se em números

absolutos que há maior quantidade de unidades rurais, entretanto, para este estudo

não houve uma boa adesão por parte dessas unidades.

Figura 1 – Proporção de unidades de saúde da família divididas em territórios

sanitários, Chapada dos Guimarães, 2014.

Do total de 7 unidades, 4 participaram da pesquisa, isto é, responderam o

questionário devolvendo-o no prazo. Participaram 3 (100%) das USF localizados na

zona urbana e uma (25%) da rural.

38

Quanto à formação profissional do gerente das unidades, 1 (25%) possuem

nível técnico e 3 (75%) ensino superior, todas da categoria profissional de

enfermagem.

Figura 2 – Nível de formação do gerente das Unidades de Saúde da Família,

Chapada dos Guimarães, 2014.

7.2 AS UNIDADES DE SAÚDE DA FAMÍLIA E MARCADORES DE

QUALIDADE

A partir dos questionários respondidos sobre a qualidade da atenção básica

referente a prevenção ao HIV/aids, identifica-se que a maioria das UBS estudada

respondeu positivamente as questões do questionário.

Esperava-se que alguns indicadores apresentassem condições de atendimento

em todas as UBS, como por exemplo, a realização do teste rápido para gravidez e

HIV, já que estes estão disponibilizados pelo Ministério da Saúde. Porém, nesse

item, nenhuma unidade disponibilizava o exame, comprometendo a oferta desse

serviço (Quadro 8).

39

Na dimensão Infraestrutura para realização das ações de prevenção e

assistência em HIV e aids, apresenta-se os indicadores com as piores pontuações, no

qual 14 indicadores de 16, não alcançaram 70% da pontuação. O que nos chama

atenção é que apenas 25% das unidades afirma ser suficiente a quantidade de insumo

de contracepção tipo pílula, uma das mais utilizadas pela população.

Nas Respostas às Necessidades de Tratamento em HIV/aids, nenhuma das

unidades participantes faz o tratamento com Penicilina Benzatina quando há o

diagnóstico de Sífilis na gestante em qualquer dia e horário.

Na dimensão Ações de Pré-Natal e Purpério em relação à Atenção às

HIV/aids, apenas 50% da unidades agenda a primeira consulta pré-natal até 2

semanas de gestação. Destaca-se ainda que nenhuma unidade faça teste de detecção

de HIV no pré-natal com aconselhamento pré e pós teste, contrariamente ao que é

preconizado.

Nas Ações de Prevenção em relação às HIV/aids, 0% das UBS realizam teste

para HIV na população em geral em qualquer dia da semana. Para a realização do

teste, a coleta é agendada em dia específico. Em apenas 25% o retorno do resultado

positivo para HIV à unidade é de 7 dias.

Na dimensão Integração das ações entre UBS, SAE em HIV/aids e

maternidade, que supõe a comunicação entre atenção básica com as unidades de

referência, houve por parte das USF grande participação positiva. Somente o

indicador “existe fluxo de notificação de sífilis congênita na maternidade” obteve

100% de negatividade, isto é nenhuma das unidades faz a notificação.

Quadro 8 – Pontuação e porcentagem das cinco dimensões avaliadas nas Unidades

Saúde da Família, Chapada dos Guimarães, 2014.

Infraestrutura para Realização das Ações de Prevenção e Assistência em HIV/aids

(16 itens)

Nº da

Questão Indicador Pontos %

4 Consultório permite privacidade visual/auditiva para

atendimento em DST/HIV/aids 2 50%

5 Sala para realização de atividade educativa 2 50%

6 Disponibilidade de materiais básicos para atividade

educativa 2 50%

6.1.1 Distribuição regular de insumos de contracepção e 2 50%

40

prevenção: Pílula

6.1.4 Distribuição regular de insumos de contracepção e

prevenção: Injetável 1 25%

6.1.5 Distribuição regular de insumos de contracepção e

prevenção: DIU 0 0%

6.1.6 Distribuição regular de insumos de contracepção e

prevenção: Preservativo masculino 4 100%

6.2.1 Quantidade de insumos de contracepção e prevenção:

Pílula 1 25%

6.2.4 Quantidade de insumos de contracepção e prevenção:

Injetável 1 25%

6.2.5 Quantidade de insumos de contracepção e prevenção:

DIU 0 0%

6.2.6 Quantidade de insumos de contracepção e prevenção:

preservativo masculino 4 100%

7.2.3 Quantidade de exames laboratoriais: Sífilis 0 0%

7.2.4 Quantidade de exames laboratoriais: Anti-HIV 0 0%

7.2.5 Quantidade de exames laboratoriais: Sorologia Hepatite

B 0 0%

8 Coleta diária de exames laboratoriais em geral 0 0%

9 Exame para gravidez imediata em caso de atraso

menstrual 0 0%

Respostas às Necessidades de Tratamento em HIV/aids (7 itens)

Questão Indicador Pontos %

13 Faz tratamento com Penicilina Benzatina quando

diagnóstico de sífilis na gestante 0 0%

14

Indica tratamento com Penicilina Benzatina, sem pedido

ou resultado de exame do parceiro da gestante com

diagnóstico de sífilis 4 100%

28.1 Realiza tratamento da candidíase 4 100%

28.2 Realiza tratamento da sífilis 4 100%

28.4 Realiza tratamento da tricomoníase 4 100%

28.7 Realiza tratamento da clamídia 4 100%

30 Faz atendimento com base na abordagem sindrômica 4 100%

Ações de Pré-Natal e Puerpério em relação à Atenção às HIV/aids (11 itens)

Questão Indicador

Atende

(1 um)

Ponto

%

10 Agenda da primeira consulta de pré-natal é até duas

semanas 2 50%

11 A oferta do exame de Papanicolaou às gestantes é um

procedimento padrão 4 100%

12 Oferece teste de detecção de sífilis à gestante no 1º e 3º

trimestre da gestação 2 50%

17 Faz teste de detecção da Hepatite B no pré-natal 3 75%

18 Faz teste de detecção da Hepatite C à gestante 3 75%

19 Faz teste de detecção de HIV no pré-natal 0 0%

20 Realiza abordagem consentida para solicitação de teste 4 100%

41

para HIV à gestante

21 A comunicação do diagnóstico de HIV à gestante é

realizada por equipe multiprofissional 4 100%

23 Realiza busca ativa para comparecimento do parceiro da

gestante com diagnóstico de HIV 4 100%

15 Notifica o diagnóstico de sífilis da gestante 4 100%

26 Tem hospital de referência para o parto da gestante HIV

positiva 4 100%

Ações de Prevenção em Relação às HIV/aids (10 itens)

Questão Indicador Pontos %

29 Profissionais capacitados para realizar o atendimento

por abordagem sindrômica das DST 4 100%

36 Profissionais capacitados para realizar o

aconselhamento na oferta do teste de HIV 2 50%

31 Realiza ação para comparecimento do(a) parceiro(a) em

caso de DST 3 75%

40 Realiza ação para comparecimento do(a) parceiro(a)

quando há caso específico de HIV 4 100%

32 Faz busca ativa de usuários portadores de DST que não

comparecem à unidade 4 100%

33 Equipe multiprofissional faz o preenchimento da

notificação de exame positivo para detecção de sífilis 4 100%

34 Realiza teste para HIV, na população em geral, em

qualquer dia da semana 0 0%

37 Faz aconselhamento para o exame de HIV 3 75%

38 O tempo médio do retorno do resultado do exame de

HIV positivo à unidade é de até 7 dias 1 25%

39 Realiza abordagem consentida ao pedir exame de HIV 4 100%

Integração das Ações entre UBS, SAE em HIV/aids e Maternidade (8 itens)

Questão Indicador

Atende

(1 um)

Ponto

%

16 Existe fluxo de notificação de sífilis congênita na

maternidade 0 0%

22 Faz a notificação do diagnóstico de HIV da gestante 3 75%

24

Fornece ficha de encaminhamento e marca consulta na

referência em DST/aids (CRT e SAE) das gestantes

diagnosticadas com HIV 3 75%

25

Existe retorno das informações à unidade, após o

encaminhamento das gestantes às referências

DST/AIDS (CRT e SAE) 3 75%

27 Existe retorno para a unidade sobre o parto da gestante

HIV encaminhada 4 100%

43 Faz o agendamento na referência em DST/aids, quando

diagnostica resultado positivo para HIV 4 100%

44 Existe fluxo de referência/ contra referência dos

pacientes encaminhados à especialidade em DST/AIDS 3 75%

42

45 Faz o acompanhamento dos casos encaminhados à

referência em DST/AIDS 4 100%

7.3 AS CINCO DIMENSÕES E MARCADORES DE QUALIDADE

Para avaliar os marcadores de qualidade, realizou o agrupamento de

indicadores com o mesmo propósito, estruturamos um quadro para cada dimensão

estabelecendo o total de pontos obtidos e esperados a cada categoria. A análise foi

realizada segundo porcentagem por categoria avaliativa.

Quadro 9 – Pontuação e porcentagem esperada e obtida da dimensão Infraestrutura

para Realização das Ações de Prevenção e Assistência em HIV/aids, avaliadas nas

Unidades Saúde da Família, Chapada dos Guimarães, 2014.

Infraestrutura para Realização das Ações de Prevenção e Assistência em HIV/aids

Categorias avaliativas

Nº da

Questã

o

Nº de

Indicadores

Total de

Pontos

Obtidos

% Total de pontos

esperados %

Distribuição Regulas de

insumos de contracepção e

prevenção: Pílula,

Injetável, DIU,

Preservativo masculino

6.1.1

6.1.4

6.1.5

6.1.6

4 7 43,7 16 100

Quantidade de insumos de

contracepção e prevenção:

Pílula, Injetável, DIU,

Preservativo masculino

6.2.1

6.2.4

6.2.5

6.2.6

4 6 37,5 16 100

Sala e materiais para

atividade educativa

5

6 2 4 50,0 8 100

Consultório privativo 4 1 2 50,0 4 100

Quantidade de exames

laboratoriais: Sífilis, Anti-

HIV, Hepatite B

7.2.3

7.2.4

7.2.5

3 0 0 12 100

Coleta diária de exames

laboratoriais 8 1 0 0 4 100

Exame para gravidez

imediata 9 1 0 0 4 100

TOTAL 16 19 29,7 64 100

43

Na dimensão Infraestrutura para Realização das Ações de Prevenção e

Assistência em HIV/aids, contempla 16 indicadores que, foram multiplicadas por 4

unidades respondentes totalizando 64 pontos esperados nessa dimensão.

Do total de 64 pontos, obteve-se 19 pontos, isto é, 29,7% do total esperado.

De acordo com a Escala de Qualidade (Quadro 7), as unidades avaliadas foram

classificadas como INACEITÁVEL. Nenhum item obteve 100% como resultado

obtido. Os itens que comprometeram a pontuação dessa dimensão foram: Quantidade

de exames laboratoriais: Sífilis, Anti-HIV, Hepatite B; Coleta diária de exames

laboratoriais e; Exame para gravidez imediata (Quadro 9).

Quadro 10 – Pontuação e porcentagem esperada e obtida da dimensão Respostas às

Necessidades de Tratamento em HIV/aids, avaliadas nas Unidades de Saúde da

Família, Chapada dos Guimarães, 2014.

Respostas às Necessidades de Tratamento em HIV/aids

Categorias avaliativas Nº da

Questão

Nº de

Indicadores

Total de Pontos

Obtidos %

Total de pontos

esperados %

Realiza tratamento da

Candidíase, Sífilis,

Tricomoníase e

Clamídia

28.1/28.2

/28.4/28.

7

4 16 100 16 100

Indica tratamento com

Penicilina Benzatina,

sem pedido ou

resultado de exame do

parceiro da gestante

com diagnóstico de

sífilis

14 1 4 100 4 100

Faz atendimento com

base na abordagem

sindrômica

30 1 4 100 4 100

Faz tratamento com

Penicilina Benzatina

quando diagnóstico de

sífilis na gestante

13 1 0 0 4 100

TOTAL 7 24 85,7 28 100

Na dimensão Respostas às Necessidades de Tratamento em HIV/aids,

contempla sete (7) indicadores que, foram multiplicadas por 4 unidades respondentes

totalizando 28 pontos esperados nessa dimensão.

Do total de 28 pontos, obteve-se 24 pontos, isto é, 85,7% do total esperado.

De acordo com a Escala de Qualidade (Quadro 7), as unidades avaliadas foram

44

classificadas como ESPERADO, pois está acima de 70%. No total de quatro (4)

categorias avaliativas, apenas um (1) item não obteve pontuação que se refere a

categoria a: Faz “tratamento com Penicilina Benzatina quando diagnóstico de sífilis

na gestante”, sendo considerado a pontuação ideal de 4, segundo o marcador de

qualidade (Quadro 10).

As demais categorias alcançaram pontuações iguais a 100% de

aproveitamento, consideravelmente positiva para a avaliação dessa dimensão.

Quadro 11 – Pontuação e porcentagem esperada e obtida da dimensão Ações de Pré-

Natal e Puerpério em relação à Atenção às HIV/aids, avaliadas nas Unidades de

Saúde da Família, Chapada dos Guimarães, 2014.

Ações de Pré-Natal e Puerpério em relação à Atenção às DST/HIV/aids

Categorias avaliativas Nº da

Questão

Nº de

Indicadores

Total de Pontos

Obtidos %

Total de pontos

esperados %

Faz teste de detecção da

Hepatite B, Hepatite C e

HIV no pré-natal

17/18/19 3 6 50 12 100

A oferta do exame de

Papanicolaou às

gestantes é um

procedimento padrão

11 1 4 100 4 100

Realiza abordagem

consentida para

solicitação de teste para

HIV à gestante

20 1 4

100 4 100

A comunicação do

diagnóstico de HIV à

gestante é realizada por

equipe multiprofissional

21 1 4 100 4 100

Realiza busca ativa para

comparecimento do

parceiro da gestante com

diagnóstico de HIV

23 1 4 100 4 100

Notifica o diagnóstico de

sífilis da gestante 15 1 4 100 4 100

Tem hospital de

referência para o parto

da gestante HIV positiva

26 1 4 100 4 100

Agenda da primeira

consulta de pré-natal é

até duas semanas

10 1 2 50 4 100

Oferece teste de detecção

de sífilis à gestante no 1º 12 1 2 50 4 100

45

e 3º trimestre da

gestação

TOTAL 11 34 77,3 44 100

A dimensão Ações de pré-natal e puerpério em relação à atenção às

HIV/aids, contempla 11 indicadores divididos em nove (9) categorias avaliativas que,

foram multiplicadas por 4 unidades respondentes totalizando 44 pontos esperados

nessa dimensão.

Do total de 44 pontos, obteve-se 34 pontos, isto é, 77,3% do total esperado.

De acordo com a Escala de Qualidade (Quadro 7), as unidades avaliadas foram

classificadas como ESPERADO (Quadro 11).

Identifica-se que dentre as categorias avaliativas, há percentuais pontuais de

50% a 100%, apresentando das nove (9) categorias, seis (6) com pontuação máxima.

Essa dimensão alcançou boa avaliação ao final do estudo, mas abaixo da

dimensão anterior e próximo ao marcador REGULAR, isto devido a 3 dessas

categorias estarem na escala Regular .

Quadro 12 – Pontuação e porcentagem esperada e obtida da dimensão Ações de

Prevenção em relação à Atenção às HIV/aids, avaliadas nas Unidades de Saúde da

Família, Chapada dos Guimarães, 2014.

Ações de Prevenção em relação à Atenção às DST/HIV/aids

Categorias avaliativas Nº da

Questão

Nº de

Indicadores

Total de Pontos

Obtidos %

Total de pontos

esperados %

Realiza ação para

comparecimento do(a)

parceiro(a) em caso de

DST e de HIV

31/40 2 7 87,5 8 100

Profissionais capacitados

para realizar o

atendimento por

abordagem sindrômica

das DST e

aconselhamento na

oferta do teste de HIV

29/36 2 6 75,0 8 100

Faz busca ativa de

usuários portadores de

DST que não

comparecem à unidade

32 1 4 100 4 100

Equipe multiprofissional 33 1 4 100 4 100

46

faz o preenchimento da

notificação de exame

positivo para detecção de

sífilis

Realiza abordagem

consentida ao pedir

exame de HIV

39 1 4 100 4 100

Faz aconselhamento

para o exame de HIV 37 1 3 75,0 4 100

O tempo médio do

retorno do resultado do

exame de HIV positivo à

unidade é de até 7 dias

38 1 1 25,0 4 100

Realiza teste para HIV,

na população em geral,

em qualquer dia da

semana

34 1 0 0 4 100

TOTAL 10 29 72,5 40 100

A dimensão Ações de Prevenção em relação à Atenção às HIV/aids,

contempla 10 indicadores divididos em oito (8) categorias avaliativas que, foram

multiplicadas por 4 unidades respondentes totalizando 40 pontos esperados nessa

dimensão (Quadro 12).

Do total de 40 pontos, obteve-se 29 pontos, isto é, 72,5% do total esperado.

De acordo com a Escala de Qualidade (Quadro 7), as unidades avaliadas foram

classificadas como ESPERADO, o que equivale a uma avaliação positiva, porém na

porcentagem mínima do marcador de aproximadamente 70% (Quadro 12).

Observa-se nessa dimensão variações percentuais referentes as categorias

avaliativas foram de 0% a 100%, com grande parte superior a 70%, isto reflete no

total obtido considerado Bom.

A única categoria não pontuada refere-se a “Realização de teste para HIV, na

população geral, em qualquer dia da semana”. Isso se deve pela inexistência de um

laboratório municipal, a coleta é realizada em dias específicos com agendamento.

Quadro 13 – Pontuação e porcentagem esperada e obtida da dimensão Integração

das Ações entre UBS, CRT/SAE em HIV/aids e Maternidade, avaliadas nas Unidades

de Saúde da Família, Chapada dos Guimarães, 2014.

Integração das Ações entre UBS, CRT/SAE em DST/HIV/aids e Maternidade

47

Categorias

avaliativas

Nº da

Questão

Nº de

Indicadores

Total de Pontos

Obtidos %

Total de

pontos

esperados

%

Existe retorno das

informações à unidade,

após o

encaminhamento das

gestantes às referências

DST/AIDS (CRT e

SAE) e sobre o parto

da gestante HIV

encaminhada

25

27 2 7 87,5 8 100

Faz o agendamento na

referência em

DST/aids, quando

diagnostica resultado

positivo para HIV

43 1 4 100 4 100

.Faz o

acompanhamento dos

casos encaminhados à

referência em

DST/AIDS

45 1 4 100 4 100

Faz a notificação do

diagnóstico de HIV da

gestante

22 1 3 75,0 4 100

Fornece ficha de

encaminhamento e

marca consulta na

referência em DST/aids

(CRT e SAE) das

gestantes

diagnosticadas com

HIV

24 1 3 75,0 4 100

Existe fluxo de

referência/ contra

referência dos

pacientes

encaminhados à

especialidade em

DST/AIDS

44 1 3 75,0 4 100

Existe fluxo de

notificação de sífilis

congênita na

maternidade

16 1 0 0 4 100

TOTAL 8 24 75,0 32 100

A dimensão Integração das Ações entre UBS, CRT/SAE em HIV/aids e

Maternidade, contempla oito (8) indicadores divididos em sete (7) categorias

avaliativas que, foram multiplicadas por 4 unidades respondentes totalizando 32

pontos esperados nessa dimensão (Quadro 13).

48

Do total de 32 pontos, obteve-se 24 pontos, isto é, 75,0% do total esperado.

De acordo com a Escala de Qualidade (Quadro 7), as unidades avaliadas foram

classificadas como ESPERADO (Quadro 13).

Assim como a dimensão anterior, há variação entre os percentuais das

categorias avaliativas, cerca de 80% das respostas são iguais a 75% ou mais, apenas

a categoria “Existe fluxo de notificação de sífilis congênita na maternidade” não

alcançou pontuação.

7.4 QUALIDADE DA ATENÇÃO PRIMÁRIA AO HIV/AIDS

MUNICÍPIO

A qualidade da atenção primária referente a prevenção ao HIV/aids do

município de Chapada dos Guimarães, foi considerada REGULAR pelo marcador

utilizado (Quadro 7), considerando todas as dimensões analisadas, os resultados

foram de 53,84% e 59,61%.

Por unidade e dimensão, identifica-se que grande parte das unidades possuem

o marcador ESPERADO entre as dimensões. No entanto, os resultados da dimensão

Infraestrutura para Realização das Ações de Prevenção e Assistência em HIV/aids,

em que 75% das unidades obteve itens de categorias avaliativas com o marcador

INACEITÁVEL contribuindo negativamente, ao final, na diminuição da pontuação,

consequentemente percentual no nível de qualidade das USF.(Tabela 1).

49

Tabela 1 – Pontos e Porcentagem obtidos por cada Unidade de Saúde da Família nas 5 dimensões avaliadas.

DIMENSÃO PSF A PSF B PSF C PSF D MÉDIA PONTOS MÁXIMOS

Pontos % Pontos % Pontos % Pontos % Pontos % Nº itens %

Infraestrutura para

Realização das Ações

de Prevenção e

Assistência em

DST/HIV/aids

9 56,25% 2 12,50% 6 37,50% 2 12,50% 4,75 29,68% 16 100%

Respostas às

Necessidades de

Tratamento em

DST/HIV/aids

6 85,71% 6 85,71% 6 85,71% 6 85,71% 6,00 85,71% 07 100%

Ações de Pré-Natal e

Puerpério em relação

à Atenção às

DST/HIV/aids

9 81,81% 9 81,81% 7 63,63% 9 81,81% 8,50 77,27% 11 100%

Ações de Prevenção

em Relação às

DST/HIV/aids

6 60,00% 7 70,00% 9 90,00% 7 70,00% 7,25 72,50% 10 100%

Integração das Ações

entre UBS, CRT/SAE

em HIV/DST/aids e

Maternidade

4 50,00% 7 87,50% 6 87,50% 7 87,50% 6,00 75,00% 08 100%

TOTAL 31 59,61% 28 53,84% 31 59,61% 28 53,84% 32,50 62,50% 52 100%

50

8 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Com a realização deste estudo nas Unidades de Saúde da Família do

município de Chapada dos Guimarães – MT, compreendemos a estruturação das

ações de prevenção ao HIV/aids.

Com base nas análises a partir dos questionários aplicados em cada unidade,

observa-se o alcance dos objetivos inseridos no projeto, permitindo avaliar a

qualidade da atenção básica na prevenção ao HIV/aids.

Inicialmente identificamos as estratégias de prevenção nas USF com base nas

5 dimensões utilizadas, a partir da metodologia de análise de dados foi possível

distinguir sobre a escala de marcador o nível de qualidade, sendo Ruim, Regular ou

Bom.

As dimensões foram: Infraestrutura para Realização das Ações de Prevenção

e Assistência em HIV/aids; Respostas às Necessidades de Tratamento em HIV/aids;

Ações de Pré-Natal e Puerpério em relação à Atenção às HIV/aids; Ações de

Prevenção em Relação às HIV/aids e Integração das Ações entre UBS, CRT/SAE em

DST/aids e Maternidade, que apresentaram indicadores para cada avaliação.

Dessa forma, descrevemos os resultados de cada dimensão, apresentando os

indicadores avaliados, aparecem de forma negativa nos marcadores de qualidade e

que necessitam mudança e merecem atenção, pois deveriam estar de acordo com

recomendações e preconizados como estabelecidos em diversas normativas.

Avaliar a qualidade da Atenção Básica referente a prevenção, nos mostrou a

real importância das ações, que não partem apenas da distribuição de contraceptivos

como a camisinha masculina, mas de todo o processo, desde a quantidade desses

insumos, até mesmo na infraestrutura da unidade, formação e capacitação

profissional, comunicação entre as unidades básicas e a referência, realização de

exames, acompanhamento pré-natal e aconselhamento.

Todos os indicadores analisados neste estudo apresenta sua importância

individual, a prevenção não é apenas reduzir os riscos, mas oferecer informações e

qualidade no serviço prestado para qualquer pessoa.

51

Assim, realizamos a descrição dos resultados encontrados e comparamos com

a qualidade esperada, para entender e demonstrar quais os indicadores que

necessitam de ações para que possam ter qualidade.

52

9 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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225-264.

56

ANEXOS

ANEXO 1 – QUESTIONÁRIO Enfrentamento das DST/aids nas Unidades Básicas de Saúde

TCC aluna Mariana Harumi Sakata – Curso de Graduação em Saúde Coletiva –

ISC/UFMT

ENFRENTAMENTO DAS DST/AIDS NAS UNIDADES BÁSICAS DE SAÚDE – SMS

Chapada dos Guimarães

APRESENTAÇÃO E ORIENTAÇÕES PARA PRENCHIMENTO DO FORMULÁRIO

Antes de qualquer coisa, obrigada por responder a este formulário.

Sua participação na pesquisa é muito importante.

Informações:

1. Nenhum serviço será identificado nas análises e divulgação dos resultados. A indicação do nome da unidade ocorre apenas para validação de

sistema.

2. Após entrega do questionário preenchido, eventuais alterações ocorrerão somente mediante contato com a pesquisadora ou orientadora.

3. Todos os campos do formulário são de preenchimento obrigatório. Por favor, não deixe nenhuma questão em branco.

I. IDENTIFICAÇÃO

Data(s) do preenchimento do Questionário: ________/abril/2014.

Nome da Unidade:

Profissional (profissionais) que preencheu (preencheram) o Questionário:

57

II. CARACTERIZAÇÃO GERAL DA UNIDADE BÁSICA DE SAÚDE

1. A unidade no qual você é o gerente, é do tipo: - aceita mais de uma resposta

UBS exclusiva (“tradicional”) ESF exclusiva (unidade de PSF) UBS com ESF (“mista”) UBS rural UBS população indígena

2. Há alguma parceria com outras unidades assistenciais (hospital, centro de

referência). Quais?

- aceita mais de uma resposta

_________________________________________________ _________________________________________________ _________________________________________________

3. Formação profissional do gerente:

- aceita apenas uma resposta

Assistente social

Dentista

Enfermeiro

Médico

Psicólogo

Outra formação. Qual? Especifique:

__________________________________________________

III. INFRA-ESTRUTURA, MATERIAIS E EQUIPAMENTOS PARA REALIZAÇÃO DAS

AÇÕES DE PREVENÇÃO E ASSISTÊNCIA EM DST E HIV/AIDS

58

4. Os consultórios médicos permitem privacidade visual e auditiva para os

atendimentos em DST e HIV/aids?

- aceita apenas uma resposta

Sim, tanto visual como auditiva

Não

Parcialmente, apenas privacidade visual

Parcialmente, apenas privacidade auditiva

5. A unidade dispõe de sala para realização de atividade educativa?

Não

Sim

Caso sim, o que há:

- aceita mais de uma resposta

sala com cadeiras móveis

sala com cadeiras fixas

materiais como cartolina ou similar, pincéis, barbante, cola, tesoura

cartazes e ou álbum seriado sobre DST e HIV

folhetos sobre DST e HIV

modelo pélvico

modelo pênis

aparelho DVD ou vídeo cassete

tv

filmes de video ou CD sobre DST e HIV

59

retroprojetor

computador

preservativo masc

preservativo fem

outros materiais. Qual? Especifique:

_____________________________________

6.1 Assinale a FREQUÊNCIA em que estão disponíveis os insumos de contracepção

e de prevenção das DST/HIV:

- Considerar os últimos 3 meses como referência

- Assinalar uma alternativa para cada insumo

Frequência

SEMPRE

Frequência ÀS

VEZES

Frequência

NUNCA

Pílula

Minipílula

Contracepção

emergência

Injetável

DIU

Preservativo masculino

Preservativo feminino

Espermicida

Diafragma

60

Vacina hepatite B

Gel lubrificante

6.2 Assinale com X a QUANTIDADE em que estão disponíveis os insumos de

contracepção e de prevenção das DST/HIV:

- Considerar os últimos 3 meses como referência

- Assinalar uma alternativa para cada insumo

Quantidade SUFICIENTE Quantidade INSUFICIENTE

Pílula

Minipílula

Contracepção emergência

Injetável

DIU

Preservativo masculino

Preservativo feminino

Espermicida

Diafragma

Vacina hepatite B

Gel lubrificante

7.1 Assinale a FREQUÊNCIA com que estão disponíveis os exames em sua unidade:

61

- Considerar os últimos 3 meses como referência

- Assinalar uma alternativa para cada exame

Frequência

SEMPRE

Frequência AS

VEZES

Frequência

NUNCA

Hemograma

Sorologia

Toxoplasmose

VDRL

Anti-HIV

Sorologia hepatite B

Sorologia hepatite C

Papanicolaou

Teste de gravidez

7.2 Assinale a QUANTIDADE em que estão disponíveis os exames em sua unidade:

- Considerar os últimos 3 meses como referência

- Assinalar uma alternativa para cada exame

Quantidade SUFICIENTE Quantidade INSUFICIENTE

Hemograma

Sorologia Toxoplasmose

VDRL

Anti-HIV

62

Sorologia hepatite B

Sorologia hepatite C

Papanicolaou

Teste de gravidez

8. Com que frequência a Unidade faz a coleta dos exames laboratoriais em geral?

- aceita apenas uma resposta

Uma vez por semana Duas vezes por semana Três vezes por semana Quatro vezes por semana Todos os dias

9. Se a mulher chega à unidade com atraso menstrual, quando é realizado o

exame de gravidez na urina?

- aceita apenas uma resposta

Não é feito na unidade Feito na mesma hora na unidade É agendada para outro dia na unidade

IV. CARACTERIZAÇÃO DAS AÇÕES DE PRÉ-NATAL E PUERPÉRIO EM RELAÇÃO À

ATENÇÃO EM DST/HIV/AIDS

10.Qual é o tempo de espera da gestante para uma primeira consulta?

- aceita apenas uma resposta

De 1 a 2 semanas De 3 a 4 semanas Mais de 4 semanas

11. É oferecido o exame de Papanicolaou como procedimento padrão às

gestantes?

63

- aceita apenas uma resposta

Não Sim

12. É oferecido o teste de detecção de sífilis à gestante? Com qual frequ4ência?

- aceita mais de uma resposta

Sim, no 1º. Trimestre

Sim, no 2º. Trimestre

Sim, no 3º. Trimestre

Não. Por quê? _________________________

13. Quando há diagnóstico de sífilis, é feito tratamento com Penicilina Benzatina

na unidade?

- aceita apenas uma resposta

Não, é encaminhada a outro serviço Sim, em dia e horário marcados Sim, em qualquer dia e horários

14. O que a Unidade faz em relação ao parceiro da gestante com diagnóstico de

sífilis?

- aceita apenas uma resposta

Indica tratamento com Penicilina Benzatina, sem pedido ou resultado de exame

Indica tratamento com Penicilina Benzatina, após resultado positivo de exame

Encaminha a outro serviço

15. A unidade faz a notificação do diagnóstico de sífilis da gestante?

Sim

Não. Por quê?

_______________________________________________________________

16. Existe fluxo para notificação da sífilis congênita na Maternidade?

64

Não Sim

17. É oferecido o teste de detecção de Hepatite B à gestante?

Sim Não. Por quê?

_______________________________________________________________

18. É oferecido o teste de detecção de Hepatite C à gestante?

Sim Não. Por quê?

_______________________________________________________________

19. É oferecido o teste de detecção de HIV à gestante?

- aceita apenas uma resposta

Sim, com o aconselhamento pré teste

Sim, com o aconselhamento pós teste

Sim, com aconselhamento pré e pós teste

Sim, sem aconselhamento pré e pós teste

Não. Por quê?

______________________________________________________________

20. Ao pedir o exame de HIV é realizada a abordagem consentida?

(abordagem consentida é o contato, mediante autorização prévia com a

gestante que não retorna à unidade para receber o resultado)

- aceita apenas uma resposta

Sim

Desconheço abordagem consentida

Não. Por quê?

______________________________________________________________

65

21. Quando é feito o diagnóstico de HIV na unidade, quem faz a comunicação

à gestante?

- aceita mais de uma resposta.

Médico

Enfermeiro

Psicólogo

Outro – Quem: ___________________________________________

22. A unidade faz a notificação do diagnóstico de HIV da gestante?

Sim Não. Por quê?

_________________________________________________________________

23. Em relação ao parceiro da gestante com diagnóstico de HIV, a Unidade

realiza alguma ação para seu comparecimento?

Sim

Não. Por quê?

_________________________________________________________________

24. Como faz o encaminhamento à referência em DST/AIDS (CRT e SAE) das

gestantes diagnosticadas com HIV?

- aceita apenas uma resposta

Fornece ficha de encaminhamento e orienta a procura

Fornece ficha de encaminhamento e a Unidade marca consulta na

referência

Outros:

_________________________________________________________________

25. Após o encaminhamento DAS GESTANTES às referências DST/AIDS (CRT e

SAE), há retorno das informações à unidade?

66

Sim

Não. Por quê?

_________________________________________________________________

26. Qual é o hospital de referência para parto de gestante HIV?

27. Há retorno para a Unidade sobre o parto da gestante HIV encaminhada?

Sim

Não. Por quê?

_________________________________________________________________

V. CARACTERIZAÇÃO EM RELAÇÃO ÀS DST E HIV

28. Especifique se a unidade realiza tratamento das seguintes DST:

Sim Não trata, encaminha.

Candidíase

Sífilis

Condiloma

Tricomoníase

Hepatite B

Hepatite C

Clamídia

67

29. Os profissionais receberam capacitação para realizar o atendimento por

abordagem sindrômica das DST?

- aceita mais de uma resposta

Não Sim, médico Sim, enfermeiro

30. Na unidade é feito o atendimento dos casos de DST com base na abordagem

sindrômica (tratamento por sinais e sintomas, mesmo sem os resultados dos

exames laboratoriais)?

Sim Não

31. Quando há caso de DST, a Unidade realiza ação para comparecimento do(a)

parceiro(a)?

Sim Não

32. Há busca ativa de usuários portadores de DST que não comparecem à

Unidade:

- aceita mais de uma resposta

Não Sim, por telefone Sim, por telegrama Sim, por visita domiciliária Sim, Outros. Qual?

_______________________________________________

33. Quem faz o preenchimento da Notificação de exame positivo de VDRL

(detecção de sífilis)?

- aceita mais de uma resposta

Não faz a notificação Sim, Médico Sim, Enfermeiro Sim, Auxiliar de enfermagem

68

Sim, Outros. Qual: _______________________________________________

34. Sobre o teste de HIV, a Unidade:

- aceita apenas 1 resposta

Não faz a coleta, encaminha para referência Faz a coleta em qualquer dia da semana Faz a coleta em dia específico

35. Quando é feito o teste para HIV na unidade, assinale em quais destas

situações é oferecido?

- aceita mais de uma resposta

Gestante Adolescente, se menor de 12 anos somente acompanhado de adulto Adolescente maior de 12 anos desacompanhado de adulto Paciente com tuberculose Paciente com alguma DST Paciente com queixas ginecológicas Coleta de exame de Papanicolaou Grupos de Planejamento reprodutivo Coleta de urina para teste de gravidez Entrega de preservativos Grupos de idosos Pessoas que nunca fizeram o teste Outras. Qual? ________________________________________________

36. Há profissionais que receberam capacitação para realizar o aconselhamento

na oferta do teste de HIV? - aceita mais de uma resposta.

Não Sim, Médico Sim, Enfermeiro Sim, Assistente social Sim, Psicólogo Sim, Auxiliar de Enfermagem Sim, Outro: Qual?

____________________________________________________

37. Na unidade é feito o aconselhamento para o exame de HIV?

- aceita apenas uma resposta

Não Sim, pré-teste

69

Sim, pós-teste

38. Qual o tempo médio de demora do retorno do resultado do exame de HIV

positivo?

____________________________________________________________________

_________

39. Ao pedir o exame de HIV é realizada a abordagem consentida (contato,

mediante autorização prévia com os usuários que não retornam à Unidades para

receber o resultado)?

- aceita apenas uma resposta

Sim Desconheço Abordagem consentida Não

40. Quando há caso de HIV, a Unidade realiza alguma ação para comparecimento

do(a) parceiro(a)?

Sim

Não

41. Houve casos de HIV na sua Unidade nos últimos 12 meses?

Sim Não

42. A sua unidade realizada teste rápido para o HIV?

Sim Não

43. Tendo diagnosticado resultado positivo para HIV, a Unidade:

- aceita mais de uma resposta

Orienta a procura de unidade de referência em DST/AIDS Fornece ficha de encaminhamento e faz o agendamento na referência em

70

DST/AIDS Não faz encaminhamento

44. Após o encaminhamento à referência, há contra-referência?

Não Sim. Quais

situações:__________________________________________________________

45. A unidade faz o acompanhamento dos casos encaminhados à referência?

Não. Por quê? ________________________________________________________________

Sim. Em que situações? ________________________________________________________

46. No atendimento na Unidade ou na área de abrangência, quais são as

populações que a Unidade identifica em condições de maior vulnerabilidade às

DST e HIV?

- aceita mais de uma resposta

Lésbicas Gay Bissexual Travesti Usuário de Drogas Profissionais do Sexo Feminino Profissionais do Sexo Masculino Homens Idosos Pessoas Privadas de Liberdade Adolescentes Estrangeiros Outros. Qual?

________________________________________________________________

47. A Unidade realiza atividade de prevenção às DST e HIV?

- aceita mais de uma resposta.

Grupos específicos na unidade. População: ________________________________________

71

Redução de danos ao uso de drogas Palestras/oficinas em escolas Palestras/oficinas em empresas, igrejas e outros Outros. Qual?

_______________________________________________________________

48. Há ações de prevenção às DST e HIV realizadas em parceria com:

- aceita mais de uma resposta.

Unidade de saúde vizinha

CAPS

CRT, SAE

CTA

Hospital

CEM

ONG

Escola

Igreja

Associação de Bairro

Outro. Qual?

____________________________________________________________________

49. O que a Unidade realiza de positivo em relação à atenção em DST e HIV/aids?

___________________________________________________________________

___________________________________________________________________

___________________________________________________________________

___________________________________________________________________

___________________________________________________________________

___________________________________________________________________

______________________________________

50. De que forma a Unidade pode melhorar a atenção em DST e HIV/aids?

___________________________________________________________________

72

___________________________________________________________________

___________________________________________________________________

___________________________________________________________________

___________________________________________________________________

___________________________________________________________________

______________________________________

51. Outros comentários:

___________________________________________________________________

___________________________________________________________________

___________________________________________________________________

___________________________________________________________________

___________________________________________________________________

___________________________________________________________________

______________________________________

73

ANEXO 2 – CARTA DE APRESENTAÇÃO DA PESQUISA

CARTA DE APRESENTAÇÃO DA PESQUISA

Prezado(a): Responsável pela Unidade de Saúde

A pesquisa “Vulnerabilidade Programática em HIV-aids nas

Unidades Básicas de Saúde em Cuiabá – Mato Grosso”, será

desenvolvida por meio da aplicação de um questionário, respondido pelo

responsável da unidade.

Estas informações estão sendo fornecidas para subsidiar sua

participação voluntária neste estudo que visa: Analisar as condições de

atenção ao problema do HIV/aids nas unidades básicas da Secretaria

Municipal de Saúde em estudo.

O presente questionário é parte da pesquisa de mestrado e trabalho

de conclusão de curso das alunas citadas abaixo, com a supervisão da Prof.

Dra. Ruth Terezinha Kehrig do Instituto de Saúde Coletiva - UFMT.

Em qualquer etapa do estudo, você terá acesso aos pesquisadores

para esclarecimento de eventuais dúvidas.

Como consta no Termo de Compormisso Livre e Esclarecido em

anexo, as informações obtidas serão analisadas exclusivamente para os fins

de pesquisa, não sendo divulgada a identificação de nenhum participante.

Fica assegurado, também, o seu direito de ser mantido atualizado sobre os

resultados parciais da pesquisa, assim que chegarem ao conhecimento

dos pesquisadores. Os pesquisadores se comprometem em voltar a unidade

para apresentar a devolutiva da pesquisa.

Diante disso, gostaríamos de contar com sua colaboração e reforçar

a importância do preenchimento de todas as questões do questionário.

Questões em branco ficam invalidadas.

Cuiaba, _____ de _________de 2014

______________________________ __________________________________ Carolina La Maison Mariana Harumi Sakata Mestranda PPGE/USP Graduanda ISC/UFMT [email protected] [email protected] (11) 960744222 (65) 99720810

_________________________ Ruth Terezinha Kehrig Prof. Dra. ISC/UFMT [email protected] (65) 81280580

74

ANEXO 3 – APRESENTAÇÃO ELETRÔNICA

75

76

77

78

79

80

81

82

ANEXO 4 – TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E

ESCLARECIDO

Convidamos asra (sr) a participar da pesquisa “Dimensão programática da vulnerabilidade ao HIV/Aids: Análise das ações realizadas nas Unidades Primárias de Saúde de Cuiabá-Mato Grosso”, que tem como objetivo analisar a vulnerabilidade programática na atenção ao HIV/aids nas unidades de atenção primária da Secretaria Municipal de Saúde de Cuiabá, Mato Grosso, Brasil.

Sua participação é voluntária. Portanto a Sra. (Sr.) tem liberdade de se recusar a participar ou continuar participando em qualquer fase da pesquisa, sem qualquer prejuízo pessoal ou profissional. Sempre que quiser poderá pedir mais informações sobre a pesquisa através do telefone da pesquisadora do projeto e, se necessário através do telefone do Comitê de Ética em Pesquisa.

A participação nesta pesquisa não traz complicações legais. Os procedimentos adotados nesta pesquisa obedecem aos Critérios da Ética em Pesquisa com Seres Humanos conforme Resolução no. 196/96 do Conselho Nacional de Saúde. As informações aqui prestadas são confidenciais e os dados serão tratados de forma sigilosa e anônima. Os resultados da pesquisa serão divulgados nesta Instituição e periódicos científicos.

Ao participar desta pesquisa a Sra. (Sr.) não terá nenhum benefício direto. Entretanto, acreditamos que este estudo auxilie no enfrentamento da epidemia no município de Cuiabá, de forma que o conhecimento que será construído a partir desta pesquisa possa subsidiar a Secretaria da Saúde, tanto a área de Atenção Primária como o Programa de DST/Aids do Município, onde pesquisador se compromete a debater os resultados obtidos.

Você receberá uma cópia datada e assinada deste termo, e poderá ter acesso às informações, esclarecer dúvidas ou retirar-se da pesquisa, a qualquer momento, sem nenhum ônus a sua pessoa. A outra cópia ficará em posse da pesquisadora. Eu, ____________________________________, após ter sido suficientemente informado, aceito espontaneamente participar desta pesquisa. Local, ___________________________________ ____/____/____ ___________________________ ___________________________ Participante da pesquisa Pesquisadora responsável Telefone: (11) 960744222 TELEFONES Nome e telefone do Comitê de Ética em Pesquisa: Escola de Enfermagem da USP – Fone: (11) 3061-7548.

83

ANEXO 5 – MARCADORES DE VULNERABILIDADE Quadro – Marcadores de Vulnerabilidade Programática de Estrutura e Dinâmica de Organização do Serviço de Saúde e de Operacionalização das

Ações na Atenção Básica às DST/HIV/aids.

MARCADOR ITENS NÃO ATENDE

(VALOR 0) ATENDE

(VALOR 1) FUNDAMENTAÇÃO

Infr

aest

rutu

ra p

ara

Re

aliz

ação

das

Açõ

es

de

Pre

ven

ção

e A

ssis

tên

cia

em

DST

/HIV

/aid

s

(16

ite

ns)

A. Consultório permite privacidade visual/auditiva para atendimento em DST/HIV/aids (Questão 4)

Não ou parcialmente,

apenas privacidade visual ou auditiva.

Sim, tanto visual quanto auditiva.

Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Autoavaliação para a Melhoria do Acesso e da Qualidade da Atenção Básica (AMAQ) [internet]. Brasília; 2012. [citado 2012 mai. 05]. Disponível em: http://189.28.128.100/dab/docs/sistemas/Pmaq/amaq.pdf

B. Sala para realização de atividade educativa (Questão 5)

Não Sim

Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Manual de Estrutura Física das Unidades básicas de Saúde: Saúde da Família [internet]. Brasília: Ministério da Saúde; 2008. [citado 2012 mai. 10]. Disponível em: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/manual_estrutura_fisica_ubs.pdf

C. Disponibilidade de materiais básicos para atividade educativa (Questão 6)

Só sala com cadeiras móveis ou

fixas, ou só aparelho DVD, ou

TV ou só retroprojetor ou

computador, outros

Cartolina ou similar, pincéis, barbante, cola, tesoura, modelo pélvico

e pênis, preservativo masculino e feminino, cartazes e/ou folhetos

e/ou álbum seriado sobre DST/HIV

Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Autoavaliação para a Melhoria do Acesso e da Qualidade da Atenção Básica (AMAQ) [internet]. Brasília; 2012. [citado 2012 mai. 05]. Disponível em: http://189.28.128.100/dab/docs/sistemas/Pmaq/amaq.pdf

continua

84

continuação

MARCADOR ITENS NÃO ATENDE

(VALOR 0) ATENDE

(VALOR 1) FUNDAMENTAÇÃO

Infr

aest

rutu

ra p

ara

Re

aliz

ação

das

Açõ

es

de

Pre

ven

ção

e

Ass

istê

nci

a e

m D

ST/H

IV/a

ids

(16

ite

ns)

D. Distribuição regular de insumos de contracepção e prevenção: Pílula (Questão 6.1.1)

Às vezes ou nunca

Sempre

Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos. Departamento de Assistência Farmacêutica e Insumos Estratégicos. Relação Nacional de Medicamentos Essenciais: rename [internet]. Brasília: Ministério da Saúde; 2012. [citado 2012 abr. 24]. Disponível em: http://portal.saude.gov.br/portal/arquivos/pdf/anexos_rename_2012_pt_533_30_03_12.pdf São Paulo. Secretaria Municipal de Saúde. Portaria nº 295, de 19 de maio de 2004. Institui o Protocolo para fornecimento de contraceptivos reversíveis na Atenção Básica [internet]. São Paulo; 2004 [citado 2012 abr. 14]. Disponível em: ftp://ftp.saude.sp.gov.br/ftpsessp/bibliote/informe_eletronico/2004/IELS.maio.04/Iels92/M_PT-SMS-295_180504.pdf

E. Distribuição regular de insumos de contracepção e prevenção: Injetável (Questão 6.1.4)

Às vezes ou nunca

Sempre Idem

F. Distribuição regular de insumos de contracepção e prevenção: DIU (Questão 6.1.5)

Às vezes ou nunca

Sempre Idem

G. Distribuição regular de insumos de contracepção e prevenção: Preservativo Masculino (Questão 6.1.6)

Às vezes ou nunca

Sempre Idem

H. Quantidade de insumos de contracepção e prevenção: Pílula (Questão 6.2.1)

Insuficiente Suficiente Idem

continua

85

continuação

MARCADOR ITENS NÃO ATENDE

(VALOR 0) ATENDE

(VALOR 1) FUNDAMENTAÇÃO

Infr

aest

rutu

ra p

ara

Re

aliz

ação

das

Açõ

es

de

Pre

ven

ção

e

Ass

istê

nci

a e

m D

ST/H

IV/a

ids

(16

ite

ns)

I. Quantidade de insumos de contracepção e prevenção: Injetável (Questão 6.2.4)

Insuficiente Suficiente Idem

J. Quantidade de insumos de contracepção e prevenção: DIU (Questão 6.2.5)

Insuficiente Suficiente Idem

K. Quantidade de insumos de contracepção e prevenção: Preservativo masculino (Questão 6.2.6)

Insuficiente Suficiente Idem

L. Quantidade de exames laboratoriais: Sífilis (Questão 7.2.3)

Insuficiente Suficiente

São Paulo. Secretaria Municipal da Saúde. Assistência Laboratorial. Atenção Básica. 1º Caderno de Coleta de Exames Laboratoriais [internet]. São Paulo; 2006. [citado 2012 mai. 2012]. Disponível em: http://www.prefeitura.sp.gov.br/cidade/secretarias/saude/atencao_basica/assist_laboratorial/index.php?p=1930

M. Quantidade de exames laboratoriais: Anti-HIV (Questão7.2.4)

Insuficiente Suficiente Idem

N. Quantidade de exames laboratoriais: Sorologia Hepatite B (Questão 7.2.5)

Insuficiente Suficiente

Idem

O. Coleta diária de exames laboratoriais em geral (Questão 8)

1, 2, 3 ou 4 vezes por semana

Diariamente Idem

P. Exame para gravidez imediata em caso de atraso menstrual (Questão 9)

Não Sim

São Paulo. Secretaria Municipal de Saúde. Atenção Básica. Programa Saúde da Família. Atenção a Saúde da Mulher: protocolo de enfermagem [internet] 3ª ed.. São Paulo; 2004. [citado 2012 abr. 05]. Disponível em: http://www.prefeitura.sp.gov.br/cidade/secretarias/upload/saude/arquivos/enfermagem/Atencao_saude_mulher2.pdf

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A. Faz tratamento com Penicilina Benzatina quando diagnóstico de sífilis na gestante (Questão 13)

Não ou sim, em dia e horário

marcado

Sim, em qualquer dia

e horário

Brasil. Ministério da Saúde. Portaria nº 156, de 19 de Janeiro de 2006. Dispõe sobre o uso da penicilina na rede de Atenção Básica à Saúde (SUS) [internet]. Brasília; 2006 [citado 2012 abr. 24]. Disponível em: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2006/prt0156_19_01_2006.html São Paulo. Secretaria Municipal da Saúde. Portaria nº 1549, de 12 de novembro de 2011. Complementa componentes da comissão de normatização e avaliação das ações de controle transmissão vertical do HIV e da sífilis congênita. Diário Oficial Cidade de São Paulo [internet]. 2011 nov. 12 [citado 2012 abr. 20]. Disponível em: ftp://ftp.saude.sp.gov.br/ftpsessp/bibliote/informe_eletronico/2011/iels.nov.11/Iels214/M_PT-SMS-G-1549_2011.pdf

B. Indica tratamento com Penicilina Benzatina, sem pedido ou resultado de exame do parceiro da gestante com diagnóstico de sífilis (Questão 14)

Não Sim

- São Paulo. Coordenadoria de Controle de Doenças. Nota Técnica CCD - 001/2007. Abordagem dos parceiros sexuais de gestantes com sífilis. Diário Oficial do Estado de São Paulo [internet]. 2007 set. 29 [citado 2012 abr. 20]. Disponível em: ftp://ftp.saude.sp.gov.br/ftpsessp/bibliote/informe_eletronico/2007/iels.out.07/iels185/E_NT-CCD-1_2007.pdf - São Paulo. Secretaria Municipal da Saúde. Portaria nº 1549, de 12 de novembro de 2011. Complementa componentes da comissão de normatização e avaliação das ações de controle transmissão vertical do HIV e da sífilis congênita. Diário Oficial Cidade de São Paulo [internet]. 2011 nov. 12 [citado 2012 abr. 20]. Disponível em: ftp://ftp.saude.sp.gov.br/ftpsessp/bibliote/informe_eletronico/2011/iels.nov.11/Iels214/M_PT-SMS-G-1549_2011.pdf

C. Realiza tratamento da candidíase (Questão 28.1)

Não Sim

São Paulo. Secretaria Municipal de Saúde. Programa Municipal de DST/AIDS de São Paulo. Controle das Doenças Sexualmente Transmissíveis. Abordagem Sindrômica nas Unidades de Saúde do Município de São Paulo. 2ª ed. rev. e ampl. São Paulo; 2008 [internet]. [citado 2012 abr. 05]. Disponível em: http://disciplinas.stoa.usp.br/pluginfile.php/10525/mod_resource/content/1/01%20MAR.manh%C3%A3%20-%20Abordagem%20Sindr%C3%B4mica.pdf

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D. Realiza tratamento da sífilis (Questão 28.2)

Não Sim

São Paulo. Secretaria Municipal da Saúde. Portaria nº 1549, de 12 de novembro de 2011. Complementa componentes da comissão de normatização e avaliação das ações de controle transmissão vertical do HIV e da sífilis congênita. Diário Oficial Cidade de São Paulo [internet]. 2011 nov. 12 [citado 2012 abr. 20]. Disponível em: ftp://ftp.saude.sp.gov.br/ftpsessp/bibliote/informe_eletronico/2011/iels.nov.11/Iels214/M_PT-SMS-G-1549_2011.pdf

E. Realiza tratamento da tricomoníase (Questão 28.4)

Não Sim

São Paulo. Secretaria Municipal de Saúde. Programa Municipal de DST/AIDS de São Paulo. Controle das Doenças Sexualmente Transmissíveis. Abordagem Sindrômica nas Unidades de Saúde do Município de São Paulo. 2ª ed. rev. e ampl. São Paulo; 2008 [internet]. [citado 2012 abr. 05]. Disponível em: http://disciplinas.stoa.usp.br/pluginfile.php/10525/mod_resource/content/1/01%20MAR.manh%C3%A3%20-%20Abordagem%20Sindr%C3%B4mica.pdf

F. Realiza tratamento da clamídia (Questão 28.7)

Não Sim Idem.

G. Faz atendimento com base na abordagem sindrômica (Questão 30)

Não Sim Idem.

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A. Agenda da primeira consulta de pré-natal é até duas semanas (Questão 10)

Não Sim

São Paulo. Secretaria da Saúde. Coordenadoria de Planejamento em Saúde. Assessoria Técnica em Saúde da Mulher. Atenção à gestante e à puérpera no SUS – SP: manual técnico do pré-natal e puerpério [internet]. São Paulo; 2010. [citado 2012 abr. 22]. Disponível em: http://www.abenfosp.com.br/mt/manual_ses.pdf

B. A oferta do exame de Papanicolaou às gestantes é um procedimento padrão (Questão 11)

Não Sim

São Paulo. Secretaria Municipal de Saúde. Atenção Básica. Programa Saúde da Família. Atenção a Saúde da Mulher: protocolo de enfermagem [internet]. 3ª ed. São Paulo; 2004. [citado 2012 abr. 05]. Disponível em: http://www.prefeitura.sp.gov.br/cidade/secretarias/upload/saude/arquivos/enfermagem/Atencao_saude_mulher2.pdf

C. Oferece teste de detecção de sífilis à gestante no 1º e 3º trimestre da gestação (Questão 12)

Não Sim

São Paulo. Secretaria da Saúde. Lei nº 10.449, de 20 de dezembro de 1999. Institui a obrigatoriedade do oferecimento às gestantes do teste para detecção de anticorpos anti-HIV e da sífilis, em todo pré-natal realizado pelos serviços públicos e privados no Estado de São Paulo. Diário Oficial do Estado [internet]. 1999 dez. 21 [citado 2012 mai. 15]. Disponível em: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/periodicos/BOLETIM.pdf

D. Faz teste de detecção da Hepatite B no pré-natal (Questão 17)

Não Sim

Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. - HIV/AIDS, hepatites e outras DST [internet]. Brasília; 2006. (Cadernos de Atenção Básica, 18) (Série A. Normas e Manuais Técnicos). [citado 2012 abr. 05]. Disponível em: http://189.28.128.100/dab/docs/publicacoes/cadernos_ab/abcad18.pdf

E. Faz teste de detecção da Hepatite C à gestante (Questão 18)

Não Sim

São Paulo. Coordenação de Atenção Básica. Protocolo de Rotinas Básicas de Pré-Natal Normal (de Risco Habitual ou Baixo Risco) [internet]. São Paulo; 2011. [citado 2012 mai. 05]. Disponível em: http://www.prefeitura.sp.gov.br/cidade/secretarias/upload/saude/arquivos/mulher/Protocolos_PreNatalRotinaBasica_Jun2011.pdf

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F. Faz teste de detecção de HIV no pré-natal (Questão 19)

Não, ou sim, só com o

aconselhamento pré-teste ou

pós-teste, ou sem

aconselhamento pré e pós-teste

Sim, com aconselhamento pré e pós-teste.

- São Paulo. Secretaria da Saúde. Lei nº 10.449, de 20 de dezembro de 1999. Institui a obrigatoriedade do oferecimento às gestantes do teste para detecção de anticorpos anti-HIV e da sífilis, em todo pré-natal realizado pelos serviços públicos e privados no Estado de São Paulo. Diário Oficial do Estado [internet]. 1999 dez. 21 [citado 2012 mai. 15]. Disponível em: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/periodicos/BOLETIM.pdf - Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Programa Nacional de DST e Aids. Protocolo para a prevenção de transmissão vertical de HIV e sífilis: manual de bolso [internet]. Brasília: Ministério da Saúde; 2007. (Série B. Textos Básicos de Saúde). [citado 2012 abr. 20]. Disponível em: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/protocolo_prevencao_transmissao_verticalhivsifilis_manualbolso.pdf

G. Realiza abordagem consentida para solicitação de teste para HIV à gestante (Questão 20)

Não ou desconheço o que seja

abordagem consentida

Sim

Brasil. Ministério da Saúde. Instrução Normativa nº 1626, de 10 de julho de 2007. Dispõe sobre os procedimentos e condutas para a abordagem consentida a usuários que procuram os serviços de saúde com vistas a realizar testes de HIV e outras DST, bem como aos que não comparecem ao tratamento já em curso [internet]. Brasília; 2001 [citado 2012 abr. 15]. Disponível em: http://dtr2001.saude.gov.br/sas/PORTARIAS/Port2007/GM/GM-1626.htm

H. A comunicação do diagnóstico de HIV à gestante é realizada por equipe multiprofissional (Questão 21)

Só médico

Médico ou outro

profissional de saúde

- Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Programa Nacional de DST e Aids. Protocolo para a prevenção de transmissão vertical de HIV e sífilis: manual de bolso [internet]. Brasília: Ministério da Saúde; 2007. (Série B. Textos Básicos de Saúde). [citado 2012 abr. 20]. Disponível em: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/protocolo_prevencao_transmissao_verticalhivsifilis_manualbolso.pdf - São Paulo. Secretaria Municipal da Saúde. Portaria nº 1549, de 12 de novembro de 2011. Complementa componentes da comissão de normatização e avaliação das ações de controle transmissão vertical do HIV e da sífilis congênita. Diário Oficial Cidade de São Paulo [internet]. 2011 nov. 12 [citado 2012 abr. 20]. Disponível em: ftp://ftp.saude.sp.gov.br/ftpsessp/bibliote/informe_eletronico/2011/iels.nov.11/Iels214/M_PT-SMS-G-1549_2011.pdf

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I. Realiza busca ativa para comparecimento do parceiro da gestante com diagnóstico de HIV (Questão 23).

Não Sim

Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Programa Nacional de DST e Aids. Protocolo para a prevenção de transmissão vertical de HIV e sífilis: manual de bolso [internet]. Brasília: Ministério da Saúde; 2007. (Série B. Textos Básicos de Saúde). [citado 2012 abr. 20]. Disponível em: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/protocolo_prevencao_transmissao_verticalhivsifilis_manualbolso.pdf

J. Notifica o diagnóstico de sífilis da gestante (Questão 15)

Não Sim

São Paulo. Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo. Resolução SS-59 de 22 de julho de 2004. Atualiza a Lista das Doenças de Notificação Compulsória (DNC) no Estado de São Paulo e dá outras providências. Diário Oficial do Estado [internet]. 2004 jul. 23 [citado 2012 jul. 04]. Disponível em: http://www.ipef.br/legislacao/bdlegislacao/detalhes.asp?Id=20669 Brasil. Ministério da Saúde. Portaria nº 33, de 14 de Julho de 2005. Inclui doenças à relação de notificação compulsória, define agravos de notificação imediata e a relação dos resultados laboratoriais que devem ser notificados pelos Laboratórios de Referência Nacional ou Regional. Diário Oficial da União [internet]. 2005 jul. 15 [citado 2012 abr. 05]. Disponível em: http://portal.saude.gov.br/portal/arquivos/pdf/do1_111.pdf

K. Tem hospital de referência para o parto da gestante HIV positiva (Questão 26)

Não Sim

São Paulo. Secretaria Municipal da Saúde. Portaria nº 1549, de 12 de novembro de 2011. Complementa componentes da comissão de normatização e avaliação das ações de controle transmissão vertical do HIV e da sífilis congênita. Diário Oficial Cidade de São Paulo [internet]. 2011 nov. 12 [citado 2012 abr. 20]. Disponível em: ftp://ftp.saude.sp.gov.br/ftpsessp/bibliote/informe_eletronico/2011/iels.nov.11/Iels214/M_PT-SMS-G-1549_2011.pdf

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A. Profissionais capacitados para realizar o atendimento por abordagem sindrômica das DST (Questão 29)

Não Sim, médico e enfermeiro

São Paulo. Secretaria Municipal de Saúde. Programa Municipal de DST/AIDS de São Paulo. Controle das Doenças Sexualmente Transmissíveis. Abordagem Sindrômica nas Unidades de Saúde do Município de São Paulo. 2ª ed. rev. e ampl. São Paulo; 2008 [internet]. [citado 2012 abr. 05]. Disponível em: http://disciplinas.stoa.usp.br/pluginfile.php/10525/mod_resource/content/1/01%20MAR.manh%C3%A3%20-%20Abordagem%20Sindr%C3%B4mica.pdf

B. Profissionais capacitados para realizar o aconselhamento na oferta do teste de HIV (Questão 36)

Não Sim

Brasil. Ministério da Saúde. Programa Nacional de DST e Aids. Aconselhamento em DST e HIV/AIDS: diretrizes e procedimentos básicos [internet]. Brasília; 1998. [citado 2012 mai 15]. Disponível em: http://www.aids.gov.br/sites/default/files/074_01aconselhamento.pdf

C. Realiza ação para comparecimento do(a) parceiro(a) em caso de DST (Questão 31)

Não Sim

Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. HIV/AIDS, hepatites e outras DST [internet]. Brasília: Ministério da Saúde; 2006. [citado 2012 abr. 05]. Disponível em: http://189.28.128.100/dab/docs/publicacoes/cadernos_ab/abcad18.pdf

D. Realiza ação para comparecimento do(a) parceiro(a) quando há caso específico de HIV (Questão 40)

Não Sim Idem.

E. Faz busca ativa de usuários portadores de DST que não comparecem à unidade (Questão 32)

Não Sim Idem.

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MARCADOR ITENS NÃO ATENDE

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F. Equipe multiprofissional faz o preenchimento da notificação de exame positivo para detecção de sífilis (Questão 33)

Não Sim Idem.

G. Realiza teste para HIV, na população em geral, em qualquer dia da semana (Questão 34)

Não ou a coleta é em dia

específico

Sim, em qualquer dia da semana

Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Autoavaliação para a Melhoria do Acesso e da Qualidade da Atenção Básica (AMAQ) [internet]. Brasília; 2012. [citado 2012 mai. 05]. Disponível em: http://189.28.128.100/dab/docs/sistemas/Pmaq/amaq.pdf

H. Faz aconselhamento para o exame de HIV (Questão 37)

Não Sim, pré e pós-teste

Brasil. Ministério da Saúde. Coordenação Nacional de DST e Aids. Aconselhamento em DST, HIV e Aids: diretrizes e procedimentos básicos [internet]. Brasília: Ministério da Saúde; 1998. [citado 2012 abr. 05]. Disponível em: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/aconselhamento_dst_aids.pdf

I. O tempo médio do retorno do resultado do exame de HIV positivo à unidade é de até 7 dias (Questão 38)

Não Sim

São Paulo. Secretaria Municipal da Saúde. Portaria nº 1549, de 12 de novembro de 2011. Complementa componentes da comissão de normatização e avaliação das ações de controle transmissão vertical do HIV e da sífilis congênita. Diário Oficial Cidade de São Paulo [internet]. 2011 nov. 12 [citado 2012 abr. 20]. Disponível em: ftp://ftp.saude.sp.gov.br/ftpsessp/bibliote/informe_eletronico/2011/iels.nov.11/Iels214/M_PT-SMS-G-1549_2011.pdf

J. Realiza abordagem consentida ao pedir exame de HIV (Questão 39)

Não ou desconheço o

que seja abordagem consentida

Sim

Brasil. Ministério da Saúde. Instrução Normativa nº 1626, de 10 de julho de 2007. Dispõe sobre os procedimentos e condutas para a abordagem consentida a usuários que procuram os serviços de saúde com vistas a realizar testes de HIV e outras DST, bem como aos que não comparecem ao tratamento já em curso [internet]. Brasília; 2001 [citado 2012 abr. 15]. Disponível em: http://dtr2001.saude.gov.br/sas/PORTARIAS/Port2007/GM/GM-1626.htm

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continuação

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A. Existe fluxo de notificação de sífilis congênita na maternidade (Questão 16)

Não Sim

São Paulo. Secretaria Municipal da Saúde. Portaria nº 1549, de 12 de novembro de 2011. Complementa componentes da comissão de normatização e avaliação das ações de controle transmissão vertical do HIV e da sífilis congênita. Diário Oficial Cidade de São Paulo [internet]. 2011 nov. 12 [citado 2012 abr. 20]. Disponível em: ftp://ftp.saude.sp.gov.br/ftpsessp/bibliote/informe_eletronico/2011/iels.nov.11/Iels214/M_PT-SMS-G-1549_2011.pdf

B. Faz a notificação do diagnóstico de HIV da gestante (Questão 22)

Não Sim

Brasil. Ministério da Saúde. Portaria nº 0993, de 4 de setembro de 2.000. Torna compulsória a notificação de gestante HIV em todo o território nacional [internet]. Brasília; 2001 [citado 2012 mai. 15]. Disponível em: http://dtr2001.saude.gov.br/sas/PORTARIAS/PORT2000/GM/GM-993.htm

C. Fornece ficha de encaminhamento e marca consulta na referência em DST/aids (CRT e SAE) das gestantes diagnosticadas com HIV (Questão 24)

Não Sim

São Paulo. Secretaria Municipal da Saúde. Portaria nº 1549, de 12 de novembro de 2011. Complementa componentes da comissão de normatização e avaliação das ações de controle transmissão vertical do HIV e da sífilis congênita. Diário Oficial Cidade de São Paulo [internet]. 2011 nov. 12 [citado 2012 abr. 20]. Disponível em: ftp://ftp.saude.sp.gov.br/ftpsessp/bibliote/informe_eletronico/2011/iels.nov.11/Iels214/M_PT-SMS-G-1549_2011.pdf

D. Existe retorno das informações à unidade, após o encaminhamento das gestantes às referências DST/AIDS (CRT e SAE) (Questão 25)

Não Sim

Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. HIV/AIDS, hepatites e outras DST [internet]. Brasília: Ministério da Saúde; 2006. [citado 2012 abr. 05]. Disponível em: http://189.28.128.100/dab/docs/publicacoes/cadernos_ab/abcad18.pdf

E. Existe retorno para a unidade sobre o parto da gestante HIV encaminhada (Questão 27)

Não Sim

São Paulo. Secretaria Municipal da Saúde. Portaria nº 1549, de 12 de novembro de 2011. Complementa componentes da comissão de normatização e avaliação das ações de controle transmissão vertical do HIV e da sífilis congênita. Diário Oficial Cidade de São Paulo [internet]. 2011 nov. 12 [citado 2012 abr. 20]. Disponível em: ftp://ftp.saude.sp.gov.br/ftpsessp/bibliote/informe_eletronico/2011/iels.nov.11/Iels214/M_PT-SMS-G-1549_2011.pdf

continua

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continuação e conclusão

MARCADOR ITENS NÃO ATENDE

(VALOR 0) ATENDE

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F. Faz o agendamento na referência em DST/aids, quando diagnostica resultado positivo para HIV (Questão 43)

Não Sim

Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. HIV/AIDS, hepatites e outras DST [internet]. Brasília: Ministério da Saúde; 2006. [citado 2012 abr. 05]. Disponível em: http://189.28.128.100/dab/docs/publicacoes/cadernos_ab/abcad18.pdf

G. Existe fluxo de referência/contrarreferência dos pacientes encaminhados à especialidade em DST/AIDS (Questão 44)

Não Sim

Brasil. Ministério da Saúde. Portaria nº 648, de 28 de Março de 2006. Aprova a Política Nacional de Atenção Básica, estabelecendo a revisão de diretrizes e normas para a organização da Atenção Básica para o Programa Saúde da Família (PSF) e o Programa Agentes Comunitários de Saúde (PACS) [internet]. Brasília; 2006 [citado 2012 abr. 10]. Disponível em: http://www.brasilsus.com.br/legislacoes/gm/899-648.html

H. Faz o acompanhamento dos casos encaminhados à referência em DST/AIDS (Questão 45)

Não Sim

Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. HIV/AIDS, hepatites e outras DST [internet]. Brasília: Ministério da Saúde; 2006. [citado 2012 abr. 05]. Disponível em: http://189.28.128.100/dab/docs/publicacoes/cadernos_ab/abcad18.pdf

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ANEXO 6 – PARECER CONSUBSTANCIADO DO CEP

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