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UNIVERSIDADE FEDERAL DE OURO PRETO ESCOLA DE MINAS COLEGIADO DO CURSO DE ENGENHARIA DE CONTROLE E AUTOMAÇÃO - CECAU Rafael Silva Paolini Desenvolvimento de um sistema de controle e supervisão para uma indústria de fertilizantes MONOGRAFIA DE GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA DE CONTROLE E AUTOMAÇÃO Ouro Preto 2014

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE OURO PRETO

ESCOLA DE MINAS

COLEGIADO DO CURSO DE ENGENHARIA DE

CONTROLE E AUTOMAÇÃO - CECAU

Rafael Silva Paolini

Desenvolvimento de um sistema de controle e

supervisão para uma indústria de fertilizantes

MONOGRAFIA DE GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA DE

CONTROLE E AUTOMAÇÃO

Ouro Preto

2014

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Rafael Silva Paolini

Desenvolvimento de um sistema de controle e

supervisão para uma indústria de fertilizantes

Monografia apresentada ao Curso de

Engenharia de Controle e Automação

da Universidade Federal de Ouro

Preto como parte dos requisitos para

a obtenção de Grau em Engenheiro

de Controle e Automação

Orientadora: Professora Luciana Gomes Castanheira

OURO PRETO

ESCOLA DE MINAS – UFOP

2014

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Fonte de catalogação: [email protected]

P211d Paolini, Rafael Silva.

Desenvolvimento de um sistema de controle e supervisão para uma

indústria de fertilizantes [manuscrito] / Rafael Silva Paolini. – 2014.

56f. : il., color., tab.

Orientador: Prof. Luciana Gomes Castanheira.

. Monografia (Graduação) – Universidade Federal de Ouro

Preto. Escola de Minas. Colegiado do Curso de Engenharia de Controle

e Automação e Técnicas fundamentais.

Área de concentração: Engenharia de Controle e Automação.

1. Automação industrial. 2. Controle automático. 3. Fertilizantes.

4. Projetos. I. Universidade Federal de Ouro Preto. II. Título.

CDU: 681.5

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RESUMO

Atualmente os sistemas de controle e supervisão são amplamente aplicados em diversos

setores, como em indústrias, agricultura e aeronaves. Neste trabalho é abordado o

desenvolvimento de um sistema de controle e supervisão para uma planta de produção

de ácido sulfúrico de uma indústria de fertilizantes. O trabalho descreve o

desenvolvimento do sistema, detalhando o hardware e software utilizados no sistema de

controle e de supervisão. São apresentados os instrumentos, equipamentos e malhas de

controle utilizados no projeto. O desenvolvimento do trabalho é dividido em quatro

etapas. São elas: análise do sistema, configuração de hardware, desenvolvimento do

sistema supervisório e elaboração do software. No final do trabalho, os resultados

também são apresentados. O projeto envolve o conhecimento de várias áreas do curso

de Engenharia de Controle e Automação tais como instrumentação, eletrônica digital,

informática industrial e controle.

Palavras-chave: projeto, automação, controle de processo industrial, PCS 7 e

fertilizante.

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ABSTRACT

Currently the control and supervisory systems are widely applied in many industries

such as industries, agriculture and aircrafts. This paper discusses the development of a

control and supervisory system for a sulfuric acid production plant of fertilizer industry.

The paper describes the development of the system, detailing the hardware and software

used in the control and supervision system. The instruments, equipment and control

loops used in the project are also presented. The development of the work is divided

into four stages. They are: system analysis, hardware configuration, development of the

supervisory system and development of the software. In the end of the paper, the results

are also presented. The project involves the knowledge of many areas of the Control

and Automation Engineering course such as instrumentation, digital electronics,

industrial computing and control.

Keywords: design, automation, process control, PCS 7 and fertilizer.

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LISTA DE FIGURAS

Figura 1: Esquema de produção do SSP. ........................................................................ 12

Figura 2: SSP granulado. ................................................................................................ 13

Figura 3: Indústria de fertilizantes fosfatados. ............................................................... 14

Figura 4: Planta de beneficiamento. ............................................................................... 15

Figura 5: Planta de ácido sulfúrico. ................................................................................ 15

Figura 6: Planta de acidulação. ....................................................................................... 16

Figura 7: Planta de granulação. ...................................................................................... 17

Figura 8: Controle por realimentação. ............................................................................ 19

Figura 9: Sistema de controle em malha fechada com um controlador.......................... 20

Figura 10: SIMATIC S7-400. ......................................................................................... 22

Figura 11: Simbologia típica para um diagrama PI&D detalhado. ................................ 23

Figura 12: SIMATIC HMI TP 1200 Comfort. ............................................................... 25

Figura 13: Centro de comando de motores (CCM). ....................................................... 25

Figura 14: Arquitetura do sistema de automação. .......................................................... 29

Figura 15: Configuração do hardware. .......................................................................... 33

Figura 16: Elaboração do simbólico para saídas digitais. .............................................. 34

Figura 17: Formato de apresentação das telas. ............................................................... 36

Figura 18: Janela de motores. ......................................................................................... 38

Figura 19: Bloco de programação PID. .......................................................................... 39

Figura 20: Lógica dos equipamentos no CFC. ............................................................... 41

Figura 21: Interface de programação utilizando blocos CFC. ........................................ 42

Figura 22: Intertravamento típico. .................................................................................. 43

Figura 23: Fusão e filtração de enxofre. ......................................................................... 44

Figura 24: Tanque de enxofre filtrado. ........................................................................... 45

Figura 25: Estocagem de ácido sulfúrico. ...................................................................... 46

Figura 26: Economizadores. ........................................................................................... 47

Figura 27: Circuito de gás. ............................................................................................. 48

Figura 28: Desmineralização. ......................................................................................... 49

Figura 29: Sistema de desmineralização. ....................................................................... 50

Figura 30: Sistema de desmineralização. ....................................................................... 51

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LISTA DE TABELAS

Tabela 1: Instrumentos analógicos. ................................................................................ 30

Tabela 2: Instrumentos digitais....................................................................................... 31

Tabela 3: Malhas de controle.......................................................................................... 31

Tabela 4: Equipamentos. ................................................................................................ 31

Tabela 5: Endereçamento rede Profibus-DP. ................................................................. 34

Tabela 6: Padrão de cores dos motores. ......................................................................... 37

Tabela 7: Padrão de cores das válvulas. ......................................................................... 37

Tabela 8: Padrão de cores dos alarmes. .......................................................................... 38

Tabela 9: Entrada do bloco controle. .............................................................................. 40

Tabela 10: Saída do bloco controle. ............................................................................... 40

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ......................................................................................................... 10

1.1 OBJETIVO ........................................................................................................... 10

1.2 JUSTIFICATIVA ................................................................................................. 10

1.3 METODOLOGIA ................................................................................................. 11

1.4 ESTRUTURA DO TRABALHO ......................................................................... 11

2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA ................................................................................. 12

2.1 DEFINICAO DE FERTILIZANTE ..................................................................... 12

2.2 SUPERFOSTATO SIMPLES - SINGLE SUPER PHOSPHATE (SSP) .............. 12

2.3 MOTIVAÇÃO PARA A PRODUÇÃO DO SSP NO BRASIL ........................... 13

2.4 INDÚSTRIA DE FERTILIZANTES FOSFATADOS ........................................ 14

2.4.1 ETAPAS DO PROCESSO PRODUTIVO DA INDÚSTRIA DE

FERTILIZANTES FOSFATADOS ....................................................................... 14

2.5 CONTROLE DE PROCESSOS INDUSTRIAIS ................................................. 17

2.5.1 CONTROLE MANUAL ............................................................................... 18

2.5.2 CONTROLE POR REALIMENTAÇÃO (FEEDBACK) .............................. 18

2.5.3 CONTROLADORES PID ............................................................................. 19

2.6 SISTEMA DE CONTROLE UTILIZADO NO PROJETO ................................. 20

2.6.1 SISTEMAS HÍBRIDOS ................................................................................ 20

2.6.2 PROCESS CONTROL SYSTEM – SIMATIC PCS7...................................... 20

2.6.3 SOFTWARES UTILIZADOS NO SISTEMA DE CONTROLE ................... 21

2.6.4 HARDWARE UTILIZADO NO SISTEMA DE CONTROLE ...................... 21

2.7 SISTEMA DE SUPERVISÃO UTILIZADO NO PROJETO .............................. 22

2.7.1 DIAGRAMA P&ID ....................................................................................... 22

2.7.2 TELAS GRÁFICAS ...................................................................................... 23

2.7.3 SOFTWARES UTILIZADOS NO SISTEMA DE SUPERVISÃO ............... 23

2.7.4 HARDWARES UTILIZADOS NO SISTEMA DE SUPERVISÃO .............. 24

2.7.4.1 Monitores da sala de controle ................................................................. 24

2.7.4.2 Interface homem-máquina (IHM) .......................................................... 24

2.8 CENTRO DE COMANDO DE MOTORES (CCM) ........................................... 25

2.8.1 EQUIPAMENTOS DE ACIONAMENTO DO CAMPO PERTENCENTE

AOS CCM´s ........................................................................................................... 26

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2.8.1.1 Relé Inteligente SRW - 01 ...................................................................... 26

2.8.1.2 Inversor CFW – 11 ................................................................................. 26

2.8.1.3 Soft-Starter SSW-06 ............................................................................... 26

2.8.1.4 Relé de proteção SIPROTEC ................................................................. 27

2.8.1.5 Multimedidor SENTRON PAC-3200 .................................................... 27

3 DESENVOLVIMENTO ............................................................................................ 27

3.1 NÍVEIS DE AUTOMAÇÃO DO SISTEMA ....................................................... 27

3.2 ARQUITETURA GERAL DO SISTEMA........................................................... 28

3.3 PLANTA DE ÁCIDO SULFÚRICO ................................................................... 30

3.3.1 ANÁLISE DO SISTEMA ............................................................................. 30

3.3.2 CONFIGURAÇÃO DE HARDWARE ........................................................... 32

3.3.3 DESENVOLVIMENTO DO SISTEMA SUPERVISÓRIO ......................... 35

3.3.3.1 Telas ....................................................................................................... 35

3.3.3.2 Esquema de cores ................................................................................... 37

3.3.3.3 Faceplates ............................................................................................... 38

3.3.4 ELABORAÇÃO DO SOFTWARE ................................................................ 39

3.3.4.1 Lógica dos equipamentos ....................................................................... 40

4 RESULTADOS .......................................................................................................... 44

5 CONCLUSÃO ............................................................................................................ 52

REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS ....................................................................... 53

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1 INTRODUÇÃO

O trabalho foi desenvolvido na empresa Solution Engenharia de Automação Ltda

durante o período de estágio curricular. A Solution é uma empresa que está a mais de 14

anos no mercado de automação atuando principalmente no setor de mineração.

Atualmente, as indústrias precisam de confiabilidade, flexibilidade e economia dentro

de seu sistema produtivo. Por isso, a automação, incluindo sistemas de controle e

supervisão, precisa estar inserida em qualquer planta industrial (SALAZAR, 2006). Na

indústria de fertilizante não é diferente, sendo a automação um elemento fundamental

no sistema produtivo.

Este trabalho de monografia descreve o desenvolvimento de um sistema de controle e

supervisão para uma indústria de fertlizante utlizando uma plataforma híbrida da

Siemens. O desevolvimento deste trabalho envolveu conhecimentos de informática

industrial, sistema de controle, sistemas supervisórios, instrumentação insdustrial, redes

de comunicação e conhecimentos na área de mineração.

1.1 OBJETIVO

O trabalho tem como objetivo o desenvolvimento de um sistema de controle e

supervisão para uma indústria de fertilizantes, focando principamlente a planta de

produção de ácido sulfúrico.

1.2 JUSTIFICATIVA

A automação é substancial para processos industriais. Para o setor de fertilizantes não é

diferente pois, ao implantar um sistema de automação, obtemos: redução de custos na

produção, eficiência, segurança, etc. Dessa forma, a automação contribui para o

desenvolvimento do setor de fertilizantes no cenário nacional.

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1.3 METODOLOGIA

Para o desenvolvimento do trabalho, a seguinte metodologia foi adotada:

a) Elaboração da análise do sistema. Levantamento dos instrumentos analógicos e

digitais, equipamentos e malhas de controle. Planilhas foram desenvolvidas no excel.

b) Configuração do hardware do sistema.

c) Desenvolvimento do sistema supervisório.

d) Elaboração do software. Programação de intertravamentos e lógicas de controle.

Os seguintes materiais foram utilizados para o desenvolvimento do trabalho:

Para o hardware: Controlador Lógico Programável (CLP) – SIMATIC S7400 ,

Remotas e Interface Homem-Máquina (IHM) do fabricante Siemens.

Para o software: Process Control System – SIMATIC PCS7 Versão 8.0, SIMATIC

WinCC e WinCCConfort.

1.4 ESTRUTURA DO TRABALHO

No primeiro capítulo apresenta-se uma breve contextualização do trabalho além do

objetivo, da justificativa e da metodologia. No segundo capítulo apresenta-se uma

revisão bibliográfica sobre fertilizante, especificamente da produção de fertilizante do

tipo SSP (Single Super Phosphate), controle de processos e sistemas de supervisão. No

capítulo seguinte, o desenvolvimento do sistema de controle e supervisão é detalhado.

Logo depois, os resultados do projeto são apresentados e, por fim, no último capítulo, é

feita uma conclusão sobre o trabalho.

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2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

2.1 DEFINICAO DE FERTILIZANTE

De acordo com a LEI N º 6.894, DE 16 DE DEZEMBRO DE 1980, Art. 3º, considera-

se fertilizante, a substância mineral ou orgânica, natural ou sintética, fornecedora de um

ou mais nutrientes vegetais.

2.2 SUPERFOSTATO SIMPLES - SINGLE SUPER PHOSPHATE (SSP)

Existem vários tipos de fertilizantes. Neste trabalho, é apresentado o sistema de controle

e surpevisão para uma indústria que produz fertilizante do tipo fosfatado,

especificamente o Superfosfato Simples - Single Super Phosphate (SSP).

Na Figura 1 apresenta-se o esquema de produção do SSP.

Figura 1: Esquema de produção do SSP.

Fonte: MBAC FERTILIZER CORP., 2014.

As etapas do processo produtivo para produção do SSP mostrados na figura 1 são

detalhadas adiante.

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Na figura 2 apresenta-se o SSP granulado.

Figura 2: SSP granulado.

Fonte: MBAC FERTILIZER CORP., 2014.

2.3 MOTIVAÇÃO PARA A PRODUÇÃO DO SSP NO BRASIL

A fabricação do Superfostfato Simples (SSP) é fundamental para o sucesso contínuo do

Brasil como potência agrícola. O SSP é o fertiizante mais utilizado na região do cerrado

brasileiro. O fertilizante é simples de ser produzido, basicamente reagindo rocha

fosfática altamente concentrada com ácido sulfúrico. A presença de fosfato (P) e

enxofre (S) no SSP são importantes para locais onde ambos nutrientes são escassos. O

fertilizante é muito importante no tratamento de solos deficientes em enxofre assim

como no aumento de produtividade das plantações. No cerrado e em outras partes do

mundo onde culturas requerem mais enxofre e fosfato como oleaginosas, cana de açucar

e frutas, o SSP é um fertilizante essencial (MBAC FERTILIZER CORP., 2014).

O SSP é o fertilizante mais aplicado no Brasil com aproximadamente 5.8 milhões de

toneladas consumidas em 2013 (MBAC FERTILIZER CORP., 2014)

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2.4 INDÚSTRIA DE FERTILIZANTES FOSFATADOS

Uma indústria de fertilizante fosfatado basicamente possui a mineração e um complexo

industrial composto por uma planta de beneficimento, planta de produção de ácido

sulfúrico (H2SO4), planta de acidulação e uma planta de granulação (MBAC

FERTILIZR CORP., 2014). Na Figura 3, apresenta-se as partes que compoem uma

indústria de fertilizantes.

Figura 3: Indústria de fertilizantes fosfatados.

Fonte: MBAC FERTILIZR CORP., 2014.

2.4.1 ETAPAS DO PROCESSO PRODUTIVO DA INDÚSTRIA DE

FERTILIZANTES FOSFATADOS

O processo produtivo da indústria de fertilizantes fosfatados compreende as seguintes

etapas:

Beneficimento: conjunto de operações ou etapas do processo de produção, a partir do

beneficiamento de rocha fosfática e até a obtenção do concentrado fosfático seco –

transferências, cominuições, classificações e secagem (CONAMA, 2011).

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Na figura 4, apresenta-se uma planta de beneficiamento.

Figura 4: Planta de beneficiamento.

Fonte: MBAC FERTILIZER CORP., 2014.

Ácido sulfúrico: planta de produção de ácido sulfúrico a partir do enxofre.

Na figura 5, apresenta-se uma planta de ácido sulfúrico.

Figura 5: Planta de ácido sulfúrico.

Fonte: MBAC FERTILIZER CORP., 2014.

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Acidulação: reação entre o concentrado fosfático e um ácido, usualmente sulfúrico ou

fosfórico, que tem como objetivo solubilizar o fósforo contido no concentrado para

torná-lo assimilável pelas plantas (CONAMA, 2011).

Na figura 6, apresenta-se uma planta de acidulação.

Figura 6: Planta de acidulação.

Fonte: MBAC FERTILIZER CORP., 2014.

Granulação: processo de aglomeração de partículas onde, mediante a ação de rolamento

em tambores ou pratos rotativos, são produzidos fertilizantes em forma de grânulos que,

em sequência, são submetidos à secagem, classificação e resfriamento (CONAMA,

2011).

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Na figura 7, apresenta-se uma planta de granulação.

Figura 7: Planta de granulação.

Fonte: MBAC FERTILIZER CORP., 2014.

.

2.5 CONTROLE DE PROCESSOS INDUSTRIAIS

Segundo Dorf (2013), o controle de um processo industrial (manufatura, produção e

assim por diante) por meios automáticos em vez de manuais é frequentemente chamado

de automação. A automação é predominante na indústria química, de geração de

energia, de papel, automobilística, metalúrgica, entre outras. O conceito de automação é

fundamental para nossa sociedade industrial.

Para Bega et al (2006), controlar um processo industrial significa, basicamente, manter

os valores das variáveis do processo dentro de uma faixa aceitável para sua operação

conveniente; mais ainda, buscar dentro de cada faixa o valor ótimo para cada variável

denominado valor desejado ou set-point.

Segundo BEGA et al (2006), três termos são fundamentais, os quais estão ligados a

qualquer processo:

a) variável controlada: é a condição que se deseja manter em determinado nível, ou seja,

a variável envolvida no processo tal como nível, vazão, pressão, temperatura e etc;

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b) valor desejado (set point): é o valor de referência para cada variável, que se deseja

manter;

c) variável manipulada: é normalmente a vazão de um fluido cuja alteração influencia a

variável controlada.

2.5.1 CONTROLE MANUAL

O controle manual é aquele efetuado pelo operador humano (BEGA et al, 2006).

2.5.2 CONTROLE POR REALIMENTAÇÃO (FEEDBACK)

O controle por realimentação utiliza o desvio do valor da variável controlada em relação

ao valor desejado (erro) para efetuar a ação corretiva (BEGA et al, 2006).

Sensores são instalados para medir as variáveis controladas. Estes valores são

transmitidos ao hardware de controle, que efetua a comparação automática com os

valores desejados e calcula, com base no erro, os valores dos sinais que devem ser

enviados para ajustarem as variáveis manipuladas e, consequentemente, a ação dos

elementos finais de controle (normalmente válvulas de controle com atuadores

pneumáticos) (BEGA et al, 2006).

O controle por realimentação é o mais comum e o mais utilizado na prática.

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Na figura 8 apresenta-se um controle por realimentação (feedback).

Figura 8: Controle por realimentação.

Fonte: BEGA et al, 2006.

No bloco função de controle por realimentação, algum algoritmo de controle é

implementado. De acordo com Dorf (2013), existem vários algoritmos de controle

disponíveis, mas o mais usado é o Proporcional- Integral-Derivativo (PID).

2.5.3 CONTROLADORES PID

Segundo Dorf (2013), uma forma de controlador amplamente utilizado em controle de

processos industriais é o controlador Proporcional- Integral-Derivativo (PID). Este

controlador tem a seguinte função de transferência:

Gc(s) = Kp + Ki/s + Kd s (1)

A equação para sáida no domínio do tempo é:

u(t) = Kpe(t) + Ki∫e(t)dt + Kdde(t)/dt (2)

onde e(t) é o erro gerado pela comparação entre o valor desejado (set point) e o valor

medido pelo transmissor.

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O controlador PID contém um termo proporcional, um termo integral e um termo

derivativo representados por Kp, Ki e Kd, respectivamente (DORF, 2013). Na figura 9

apresenta-se um sistema de controle em malha fechada com um controlador.

Figura 9: Sistema de controle em malha fechada com um controlador.

Fonte: DORF, 2013.

2.6 SISTEMA DE CONTROLE UTILIZADO NO PROJETO

2.6.1 SISTEMAS HÍBRIDOS

De acodo com BEGA et al (2006), "sistemas híbridos" são tendências atuais de sistemas

que fazem indistintamente as funções de Controlador Lógico Programável (CLP) e de

Sistema Digital de Controle Distribuido (SDCD).

2.6.2 PROCESS CONTROL SYSTEM – SIMATIC PCS7

O sistema de controle implantado no projeto foi baseado na plataforma híbrida

SIMATIC PCS7 da Siemens.

O SIMATIC PCS7 é o sistema de controle de processo utilizado no conceito de

automação totalmente integrada (totally integrated automation) da Siemens. Ele pode

ser usado desde em laboratórios até em grandes plantas industriais. O PCS7 pode ser

aplicado em indústrias de processo de todos os tipos (SIEMENS, 2014b).

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2.6.3 SOFTWARES UTILIZADOS NO SISTEMA DE CONTROLE

Segue abaixo a descrição dos softwares que foram utilizados no projeto.

Simatic Manager – O SIMATIC Manager gerencia todos os dados que pertencem a um

projeto de automação. Ele fornece um ponto de entrada comum para todas as

ferramentas SIMATIC (SIEMENS, 2014c). Todos os aspectos do projeto são

gerenciados, arquivados e documentados no Simatic Manager. A partir do Simatic

Manager é possível executar todas as ferramentas para configuração do sistema.

Hardware Configuration – HW Config – A ferramenta configuração de hardware é

usada para configurar e parametrizar o hardware utilizado para o projeto de automação

(SIEMENS, 2014c).

Software Programação – Continuous Function Chart (CFC) – O CFC permite

requisitos técnico-lógico a serem transformados em programas de automação

executáveis com mínimo esforço. Para fazer isso, os blocos predefinidos devem

simplesmente ser ligados uns aos outros e, em seguida parametrizados. Experiência em

programação extensa não é necessária (SIEMENS, 2014d). É uma ferramenta gráfica

para soluções tecnológicas, através da qual as malhas de controle do processo, bem

como os intertravamentos, são configurados.

2.6.4 HARDWARE UTILIZADO NO SISTEMA DE CONTROLE

O Controlador Lógico Programável utilizado no projeto foi o SIMATIC S7-400.

O S7-400 é adequado especialmente para tarefas que exigem uso intensivo de dados na

indústria de processo. O controlador possui alta velocidade de processamento e tempos

de resposta determinísticos que garantem tempos curtos de ciclo da máquina em

máquinas de alta velocidade na indústria de manufatura. Ele é usado preferencialmente

para coordenar plantas industriais de grande porte. Isso é garantido pelo alto poder de

comunicação e interfaces que o sistema possui (SIEMENS, 2014a).

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Na figura 10 apresenta-se o SIMATIC S7 – 400.

Figura 10: SIMATIC S7-400.

Fonte: SIEMENS, 2014a.

2.7 SISTEMA DE SUPERVISÃO UTILIZADO NO PROJETO

Um sistema de supervisão é uma ferramenta de software que permite monitorar e

controlar partes ou todo um processo industrial. Através dele que é realizado os

comandos de acionamento dos equipamentos pelos operadores através da sala de

controle, leitura das variáveis físicas do processo e verificação de alarmes. Ele é

composto por um conjunto de telas que representam o processo (SMAR, 2011).

2.7.1 DIAGRAMA P&ID

Um diagrama P&ID (piping and instrumentation diagram/drawing) é definido como

um fluxograma ou um conjunto de símbolos padrão que mostra a interligação do

equipamento de processo e a instrumentação utilizada para controlar o processo. Na

indústria de processo, um conjunto padrão de símbolos é usado para preparar os

desenhos de processos. Os símbolos de instrumentos utilizados nestes desenhos são

geralmente baseados na International Society of Automation (ISA) Standard S5.1.

(IAMECHATRONICS, 2014).

Segue, na figura 11, um exemplo de um diagrama P&ID:

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23

Figura 11: Simbologia típica para um diagrama PI&D detalhado.

Fonte: BEGA et al, 2006.

2.7.2 TELAS GRÁFICAS

As telas gráficas usam uma combinação de linhas, símbolos, desenhos de equipamentos

e inscrições alfanuméricas para representar um processo de forma semelhante a um

diamagrama P&ID simplifiacdo, para passar ao operador informações acerca do

processo ou de parte deste. Os caracteres servem para reproduzir palavras, tags, valores

de variáveis de processo e outros parâmetros variados (BEGA et al, 2006).

As telas gráficas do sistema de supervisão foram desenvolvidas a partir dos diagramas

P&ID.

2.7.3 SOFTWARES UTILIZADOS NO SISTEMA DE SUPERVISÃO

SIMATIC WinCC: o software se estabeleceu como um padrão da indústria na área de

visualização do processo, não importa se você olhar para ele como um sistema SCADA

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(Supervisory Control and Data Acquisition) autônomo ou o componente de Interface

Homem-Máquina do SIMATIC PCS 7 (SIEMENS, 2014e). O SIMATIC WinCC foi

utilizado no projeto para o desenvolvimento dos sistemas supervisórios instalados nas

estações de operação e engenharia localizados na sala de controle.

SIMATIC WinCC Confort V11: o software oferece objetos prontos para serem

usados, faceplates reutilizáveis e ferramentas inteligentes. Além disso, permite a

implementação de projetos em várias línguas (SIEMENS, 2014f). O SIMATIC WinCC

Confort V11 foi utilizado no projeto para o desenvolvimento do sistema das IHM´s

SIMATIC HMI TP1200 Comfort .

2.7.4 HARDWARES UTILIZADOS NO SISTEMA DE SUPERVISÃO

2.7.4.1 Monitores da sala de controle

Microcomputadores com finalidade de criar interface homem-máquina através de telas

gráficas em monitores de vídeo. Todos os monitores da sala de controle possuem a

mesma freqüência. A resolução é de 1.280 x 1.024 pixels em um monitor de 19

polegadas.

2.7.4.2 Interface homem-máquina (IHM)

A IHM é um equipamento de fundamental importância na automação, pois é através

dela que o operador pode interagir com a máquina ou processo. Em poucas palavras,

uma IHM é um hardware industrial composto normalmente por uma tela de cristal

líquido e um conjunto de teclas para navegação ou inserção de dados que se utiliza de

um software proprietário para a sua programação (MECATRÔNICA ATUAL, 2002).

A IHM utilizada no projeto é a SIMATIC HMI TP1200 Comfort Modelo 6AV2124-

0MC01-0AX0 fabricado pela Siemens.

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Na figura 12 apresenta-se a SIMATIC HMI TP1200.

Figura 12: SIMATIC HMI TP 1200 Comfort.

Fonte: SIEMENS, 2014f.

2.8 CENTRO DE COMANDO DE MOTORES (CCM)

São sistemas que consistem de cubículos metálicos simplificados ou blindados, isolados

a ar, que comandam motores e equipamentos elétricos. Possuem aplicações em diversas

áreas como: subestação de concessionárias, proteção e seccionamento principais de

fábricas e instalações industriais, estações de bombeamento, sistemas ferroviários,

usinas térmicas e hidrelétricas de geração de energia (WEG, 2014a).

Na figura 13 apresenta-se um CCM.

Figura 13: Centro de comando de motores (CCM).

Fonte: WEG, 2014a.

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2.8.1 EQUIPAMENTOS DE ACIONAMENTO DO CAMPO PERTENCENTE AOS

CCM´s

A rede Profibus-DP (Decentralized Peripherals) é utilizada no projeto para realizar a

comunicação dos equipamentos de acionamento do campo pertencente aos CCMs de

cada área com os CLPs correspondentes. Os equipamentos que estão inseridos na rede

profibus DP fornecem um pacote de dados na rede para o CLP realizar a leitura e escrita

desses dispositivos.

Abaixo são apresentados os equipamentos utilizados no projeto.

2.8.1.1 Relé Inteligente SRW - 01

O relé SRW01 é um sistema de gerenciamento de motores elétricos de baixa tensão que

conta com tecnologia de ponta e capacidade de comunicação em rede. Por ser modular,

as funcionalidades do relé podem ser estendidas, tornando-o um produto versátil e

preparado para diversas aplicações.

O SRW01 possui um design modular que permite a expansão de funcionalidades do relé

(WEG, 2014b).

2.8.1.2 Inversor CFW – 11

O inversor de frequência CFW-11 é um produto de alta performance que permite o

controle de velocidade e torque de motores de indução trifásicos (WEG, 2012).

2.8.1.3 Soft-Starter SSW-06

Soft-Starter são chaves de partida estática, destinadas à aceleração, desaceleração e

proteção de motores de indução trifásicos. O controle da tensão aplicada ao motor,

mediante o ajuste do ângulo de disparo dos tiristores, permite obter partidas e paradas

suaves. Com o ajuste adequado das variáveis, o torque produzido é ajustado à

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necessidade da carga, garantindo, desta forma, que a corrente solicitada seja a mínima

necessária para a partida (WEG, 2014c).

2.8.1.4 Relé de proteção SIPROTEC

O relé SIPROTEC tem a função de proteção e medição das redes de médias tensões. Ele

protege contra sobrecorrentes, sobretensões, subtensões além de funções de controle

como religamento automático. Possui as funções de proteção, controle, medição e

funções de automação em um único dispositivo. Ele é o padrão da indústria para a

tecnologia de proteção digital em diversos campos de aplicação (SIEMENS, 2014g).

2.8.1.5 Multimedidor SENTRON PAC-3200

O SENTRON PAC3200 é um multímetro que permite visualizar todos os parâmetros de

rede relevantes para a distribuição de energia em baixa tensão. Tem capacidade para

efetuar medições em correntes mono, bi e trifásicas (SIEMENS, 2007).

3 DESENVOLVIMENTO

Neste capítulo é descrito o sistema de controle e supervisão desenvolvido no projeto,

com foco na planta de produção de ácido sulfúrico.

3.1 NÍVEIS DE AUTOMAÇÃO DO SISTEMA

O sistema de supervisão e controle para a planta de produção de Fertilizantes está

baseado em uma arquitetura de controle distribuído, com operação centralizada,

utilizando a ferramenta PCS 7 da Siemens para realizar configuração e gerenciamento

de todo o sistema. Ela é composta por três níveis:

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Nível 0: é composto por instrumentos de campo e válvulas de controle operando em

rede de comunicação Hart.

Níve 1: é composto por controladores lógicos programáveis (CLP´s), interligados em

rede de comunicação e seus cartões de redes (Hart, Profibus-DP) para aquisição de

dados.

Nível 2: é composto de estações de operação e supervisão baseadas em

microcomputadores com finalidade de criar interface homem-máquina através de telas

gráficas em monitores, permitindo assim uma operação totalmente remota e

centralizada.

3.2 ARQUITETURA GERAL DO SISTEMA

O sistema completo é composto pela configuração de automação de CLP´s para controle

da planta para as áreas do beneficiamento, captação de água recuperada, captação de

água bruta, britagem, planta química e planta de ácido sulfúrico. A interligação dos

sinais de campo é dada através de contatos físico (120 Vca para os sinais digitais e

4~20mA+HART para sinais analógicos) e redes de dispositivos Profibus-DP para relés,

inversores e soft-starters. Para a supervisão e a operação, existem quatro estações de

operação em configuração cliente–servidor redundante, dois servidores redundantes e

uma estação de engenharia, todas localizadas na sala de controle. Além destas, o sistema

possui três IHM´s nas seguintes áreas de processo: captação de água recuperada,

captação de água bruta e britagem (Solution Engenharia de Automação, 2012).

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Segue abaixo, na figura 14, a arquitetura completa do sistema de automação da planta

de uma indústria de fertilizantes.

Figura 14: Arquitetura do sistema de automação.

Fonte: Solution Engenharia de Automação, 2012.

A arquitetura considera a utilização de dois segmentos de rede Profibus-DP em cada

Central Prossesing Unit (CPU) do CLP, sendo uma para atender as unidades remotas e

outra para atender o centro de conmando de motores (CCM´s).

As IHM´s são interligadas ao sistema de controle através de rede de comunicação

padrão Ethernet.

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3.3 PLANTA DE ÁCIDO SULFÚRICO

Como dito anteriormente, o objetivo específico deste trabalho é o desenvolvimento do

sistema de controle e supervisão da planta de ácido sulfúrico para uma indústria de

fertilizantes. Para o desenvolvimento desse sistema, o trabalho foi divido em,

basicamente, quatro etapas. São elas: análise do sistema, configuração de hardware,

desenvolvimento do sistema supervisório e elaboração do software.

3.3.1 ANÁLISE DO SISTEMA

Nesta etapa do trabalho, foi feito um levantamento de todos os instrumentos analógicos

(transmissores, válvulas de controle, etc) e digitais (chaves de posição, válvulas, etc),

equipamentos (motores, bombas, correias, etc) e malhas de controle que estão presentes

no sistema.

Planilhas contendo todos os instrumentos, equipamentos e malhas de controle foram

criadas no excel com o objetivo de manter todas as informações documentadas e

organizadas durante o projeto.

Segue abaixo, nas tabelas 1 a 4, uma parte das planilhas contendo, respectivamente, os

instrumentos analógico, instrumentos digitais, malhas de controle e equipamentos.

Tabela 1: Instrumentos analógicos.

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Tabela 2: Instrumentos digitais.

Tabela 3: Malhas de controle.

Tabela 4: Equipamentos.

O símbolo para cada instrumento, equipamento e malha de controle são denominados

tags. Tag é um código, cuja finalidade é a de identificar equipamentos, instrumentos ou

malhas de controle, de modo que, ao olhar o tag, é possível saber qual é a planta e a

área que se encontram dentro do processo.

O tag utilizado para identificar o CLP, que representa a qual CPU do sistema o

instrumento, equipamento ou malha de controle está associado, contém a sigla da área.

Nesse caso, o tag sempre foi o 5010-CP-001, no qual os números “5010” representam a

planta de ácido sulfúrico.

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Para cada equipamento, instrumento e malha de controle foi feito uma descrição com o

objetivo de facilitar a localização dos mesmos dentro de cada área. Além disso, os

endereços físicos associados ao CLP também foram inclusos na análise do sistema. Esse

endereçamento na etapa de análie do sistema facilitará o desenvolvimento da

configuragção de hardware do sistema que será apresentado adiante.

Há uma observação para os equipamentos (Relés, Inversores, Soft-Starter) e remotas do

sistema. Esses tiveram em suas descrições a indicação do nó ou posição na rede

Profibus-DP em que se encontram, também com o objetivo de facilitar a configuração

do hardware do sistema.

3.3.2 CONFIGURAÇÃO DE HARDWARE

Nessa etapa do projeto, foi desenvolvida a configuração de hardware do sistema.

A configuração de hardware é uma lista do hardware necessário para atender a todas as

malhas e funções de controle e aquisição de dados necessários e sua instalação (BEGA

et al, 2006).

O software HW Config, dentro do SIMATIC Manager, possui uma biblioteca grande de

equipamentos (Relés, Inversores, Soft-Starter, Multimedidores), CPU´s, remotas,

cartões de Input/Output (I/O), entre outros, ou seja, tudo que é necessário para que o

hardware do sistema seja configurado.

A CPU utilizada no projeto foi a CPU 417- 4. Duas saídas de rede Profibus-DP foram

utilizadas no projeto, uma para remotas (ET 200M – IM153-2) e outra para os

equipamentos do CCM (Relés, Inversores, Soft-Starter e Multimedidores).

A forma de configuração é simples. Basta localizar o dispositivo na bibioteca e arrastar

para a área de configuração.

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Na figura 15 apresenta-se a interface de configuração de hardware do software HW

Config.

Figura 15: Configuração do hardware.

Fonte: SIEMENS, 2004.

Para cada remota, foram configurados sua fonte de alimentação, cartão de entrada

digital, saída digital, entrada analógica e saída analógica.

Para cada cartão, foram desenvolvidos os “simbólicos” para cada endereço físico. Dessa

forma, na hora de programar o sistema, fica mais fácil referenciar o instrumento,

equipamento ou malha de controle pelo símbolo do que pelo endereço físico.

A elaboração do “simbólico” fica simples, uma vez tendo feito a análise do sistema.

Na figura 16 a elaboração do simbólico para o cartão de saída digital DO8xDC24V/2A

é apresentado.

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Figura 16: Elaboração do simbólico para saídas digitais.

Fonte: SIEMENS, 2004.

Para os cartões de entrada digital, entrada analógica e saída analógica a elaboração do

“simbólico” segue o mesmo esquema.

Já os equipamentos foram endereçados na rede Profibu-DP de acordo com uma faixa

ajustada para cada grupo de equipamentos e esse grupo está de acordo com os

equipamentos da rede. A tabela 5 apresenta a faixa de memória do CLP para cada grupo

de equipamentos.

Tabela 5: Endereçamento rede Profibus-DP.

Fonte: Solution Engenharia de Automação, 2012.

A forma de configuração dos equipamentos segue a mesma lógica. Basta localizar o

equipamento na bibioteca e arrastar para a área de configuração.

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Cada equipamento tem um endereço único na rede Profibus-DP. Esse endereço é

definido pelo nó da rede. Para configurar os equipamentos na rede, é importante seguir

os nós e a faxa de memória do CLP definidos no projeto.

Para os equipamentos (relés, inversores e soft-starter) também foram criados os

simbólicos seguindo o mesmo esquema dos instrumentos mostrado na figura 16.

3.3.3 DESENVOLVIMENTO DO SISTEMA SUPERVISÓRIO

Nesta etapa do projeto, foi desenvolvido o sistema supervisório.

3.3.3.1 Telas

As telas foram desenvolvidas obedecendo a uma estrutura hierarquizada onde, a partir

da tela principal, abrem-se as demais telas secundárias. As telas de cada circuito

representam o fluxograma do processo, onde são indicados os valores das variáveis de

processo, controladores PID, status dos equipamentos, etc.

O formato padrão para as telas consistem em três partes:

- Barramento de Navegação Superior;

- Barramento de Navegação Inferior;

- Tela Sinótica.

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Na figura 17 apresenta-se o formato padrão de apresentação das telas.

Figura 17: Formato de apresentação das telas.

Fonte: Solution Engenharia de Automação

O desenvolvimento das telas sinóticas foram feitos a partir dos diagrams PI&D

fornecidos pelo projeto básico de engenharia. As telas foram desenvolvidas no software

WinCC da Siemens. Para a planta de ácido sulfúrico, foram desenvolvidas sete telas

sinóticas. São elas: fusão e filtração de enxofre, tanque de enxofre filtrado, estocagem

de ácido sulfúrco, economizadores, circuito de gás, desmineralização e sistema de

desmineralização. Cada tela representa uma área da planta de produção de ácido

sulfúrico.

Uma base de dados foi criada relacionando os tags do sistema de supervisão com os

seus respectivos tags do sistema de controle. Este processo foi realizado para poder

indicar ao operador, por exemplo, o real estado dos equipamentos, as indicações de

leituras de instrumentos vindas do campo, alarmes, etc. No sistema PCS 7 a base de

dados do sistema supervisório é idêntica a base de dados do CLP pois ela foi gerada de

forma automática.

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3.3.3.2 Esquema de cores

A seguinte lista de cores apresentada nas tabelas 6, 7 e 8 foi utilizada para representar o

estado dos equipamentos na configuração do sistema de supervisão:

Tabela 6: Padrão de cores dos motores.

Fonte: Solution Engenharia de Automação.

Tabela 7: Padrão de cores das válvulas.

Fonte: Solution Engenharia de Automação.

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Tabela 8: Padrão de cores dos alarmes.

Fonte: Solution Engenharia de Automação.

3.3.3.3 Faceplates

Faceplates são as janelas típicas de cada equipamento nas quais se encontram todas as

informações específicas desse equipamento para que seja possível realizar sua operação

e diagnóstico.

Os faceplates representam os seguintes equipamentos: janelas dos motores, janelas das

válvulas, janelas das variáveis analógicas e janelas dos controladores PID. Na figura 18

apresenta-se o faceplace para os motores.

Figura 18: Janela de motores.

Fonte: Solution Engenharia de Automação, 2012.

Para os demais equipamentos, os faceplates seguem o mesmo perfil, porém com

características específicas de cada equipamento.

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3.3.4 ELABORAÇÃO DO SOFTWARE

Nesta etapa do projeto, foi elaborado o software do sistema de controle.

Através dos Continuous Function Chart (CFC´s) , foram configuradas todas as lógicas

de programação dos equipamentos e grandezas analógicas presentes no campo.

Para o desenvolvimento desse projeto, foram utilizados os blocos PID, motor, válvula e

analógica da biblioteca Siemens.

A seguir, na figura 19, é apresentado o bloco de programação do PID e as tabelas 9 e 10

explicam as entradas e saídas do bloco.

Figura 19: Bloco de programação PID.

Fonte: Solution Engenharia de Automação, 2012.

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Tabela 9: Entrada do bloco controle.

Fonte: Solution Engenharia de Automação.

Tabela 10: Saída do bloco controle.

Fonte: Solution Engenharia de Automação.

Para os demais equipamentos (motor, válvula e grandeza analógica), o bloco de

programação CFC segue o mesmo esquema, porém com características específicas de

cada equipamento.

3.3.4.1 Lógica dos equipamentos

Na plataforma de programação do PCS7, cada equipamento (motor, válvula, correia,

etc) é representado por um CFC. Dentro do mesmo, foi desenvolvida toda sua lógica

típica, contemplando as seguintes informações:

- Acionamento típico;

- Intertravamentos (proteção, permissão e processo);

- Interface com dispositivo de acionamento (relé, inversor e outros);

- Variáveis Analógicas (corrente).

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- Interface com I/O (Input/Output) externos (liga e desliga local).

Essas informações estão divididas dentro de cada CFC da seguinte forma:

A plataforma possui seis quadros para divisão da programação dentro do CFC e cada

quadro é responsável por uma parte da programação, de modo a deixar mais fácil o

entendimento e a programação.

Na figura 20 apresenta-se a lógica dos equipamentos no CFC.

Figura 20: Lógica dos equipamentos no CFC.

Fonte: Solution Engenharia de Automação.

- Acionamento típico – contempla o bloco de acionamento do equipamento de acordo

com o endereço físico do mesmo.

Ex: Partida direta, Partida Reversa, Inversor e Soft Starter.

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- Intertravamentos – esse quadro é responsável por todos os intertravamentos atuantes

no equipamento.

- Interface com dispositivo de acionamento – nesse quadro tem-se a divisão de todas as

entradas e saídas pertencentes ao dispositivo eletrônico de acionamento do

equipamento.

- Variáveis analógicas – esse quadro deverá contemplar todas as informações analógicas

do equipamento.

- I/O externos – são entradas e saídas que estão relacionadas ao equipamento, mas a

informação é fornecida por I/O´s via remota de campo.

EX: Liga e Desliga local.

Na figura 21 apresenta-se a interface de programação utilizando blocos CFC.

Figura 21: Interface de programação utilizando blocos CFC.

Fonte: SIEMENS, 2014d

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A programação utilizando CFC não é complexa. Basta arrastar o bloco que é necessário

utilizar (equipamentos, portas analógicas, etc) da biblioteca para a área de programação.

É uma forma de programação gráfica na qual os blocos precisam ser ligados e

parametrizados.

A partir de diagramas lógicos, todos os intertravamentos do sistema foram

programados. Os diagrams lógicos foram fornecidos por uma empresa que realiza o

projeto básico de engenharia. Eles utilizam informaçãoes espefícas do processo e são

extremamente importantes para a segurança do mesmo. Na figura 22 abaixo, um

exemplo típico de intertravamento desenvolvido no projeto é apresentado.

Figura 22: Intertravamento típico.

Esse intertravamento ocorre na área de fusão e filtração do enxofre na planta de ácido

sulfúrico. Nesse caso, se o nível do tanque 5005-TK-002 for menor que um determinado

nível estabelecido pelo projeto, a bomba 5005-PP-002 é desligada pelo sistema.

A programação para os outros equipamentos (correias, motores, aquecedores, malhas de

controle, válvulas, etc) são implementados de forma semelhante à descrita acima.

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4 RESULTADOS

Após todo o sistema ter sido configurado, os equipamentos, instrumentos e as malhas

de controle devidamente programados, foram importados para suas respectivas telas do

sistema supervisório e posicionados corretamente. Como resultado, a planta de ácido

sulfúrico gerou áreas que são apresentadas nas figuras 23 a 30.

Fusão e Filtração de Enxofre:

Figura 23: Fusão e filtração de enxofre.

Nesta área, o enxofre é fundido e posteriormente passa por dois filtros para que as

impurezas sejam retiradas. Os equipamentos podem ser operados e seus estados

visualizados de forma remota. Além disso, os instrumentos permitem a visualização das

variáveis do processo em tempo real.

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Tanque de Enxofre Filtrado:

Figura 24: Tanque de enxofre filtrado.

Esta área representa o tanque de enxofre filtrado. Aqui também os equipamentos podem

ser operados e seus estados visualizados de forma remota. Além disso, os instrumentos

permitem a visualização das variáveis do processo em tempo real.

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Estocagem de Ácido Sulfúrico:

Figura 25: Estocagem de ácido sulfúrico.

Esta área representa o tanque de estocagem de ácido sulfúrico. Aqui, as quatro bombas

podem ser monitoradas e operadas da sala de controle. Além disso, o nível do tanque

pode ser monitorado.

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Economizadores:

Figura 26: Economizadores.

Esta área representa os economizadores e caldeira de recuperação de calor e

superaquecedor. Aqui, diversos transmissores monitoram as condições de temperatura

no desaerador 5025-DS-001 e nível no vaso 5010-VA-001 o que garante segurança para

o funcionamento do sistema.

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Circuito de Gás:

Figura 27: Circuito de gás.

Esta área representa o circuito de gás contendo a torre de secagem e o queimador de

enxofre. Aqui também os equipamentos podem ser operados e seus estados visualizados

de forma remota. Além disso, os instrumentos permitem a visualização das variáveis do

processo em tempo real.

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Desmineralização:

Figura 28: Desmineralização.

Esta área representa o sistema de demineralização da água. As sete bombas desta área

podem ser operadas da sala de conrole e o nível dos tanques monitorados através dos

transmissores de nível.

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Sistema de desmineralização:

Figura 29: Sistema de desmineralização.

Esta área também representa o sistema de demineralização da água. As diversas bombas

desta área podem ser operadas da sala de conrole e o nível do tantque 5025-TK-001 é

monitorado através do transmissores de nível.

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Sistema de desmineralização:

Figura 30: Sistema de desmineralização.

Esta área também representa o sistema de demineralização da água. As três bombas

desta área também podem ser operadas da sala de conrole.

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5 CONCLUSÃO

O desenvolvimento do sistema de controle e supervisão para uma indústria de grande

porte como a indústria de produção de fertilizantes apresentada no trabalho envolveu

bastante tempo pois foram muitos parâmetros para serem programados e configurados.

A plataforma híbrida de controle de processos PCS 7 da Siemens mostrou-se uma

ferramenta eficiente para o desenvolvimento do sistema, possibilitando um projeto

conciso do sistema de controle e supervisão da planta de produção de ácido sulfúrico.

Por ser uma plantaforma híbrida, foi possível trabalhar no desenvolvimento do sistema

de controle de forma paralela com o sistema de supervisão, o que otimizou o tempo de

desenvolvimento. A integração e comunicação desses dois sistemas ocorreu de forma

eficaz no PCS7.

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS

BEGA, E. A.; DELMÉE, G. J.; COHN, P. E.; BULGARELLI, R.; KOCH, R.; FINKEL,

V. S. Instrumentação Industrial. 2ª ed. Rio de Janeiro: Editora Interciência, 2006.

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