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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA DE PRODUÇÃO E SISTEMAS Giovana Massarelli Ferreira O PROCESSAMENTO DO PEDIDO DE MATERIAIS DO CENTRO OBSTÉTRICO DO HOSPITAL UNIVERSITÁRIO DE FLORIANÓPOLIS: UMA ANÁLISE DOS FLUXOS DE INFORMAÇÕES. Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Departamento de Engenharia de Produção e Sistemas da Universidade Federal de Santa Catarina, como requisito parcial para obtenção do título em Engenharia Civil, habilitação Produção Civil. Orientadora: Prof. a Mônica Maria Mendes Luna, Dr. a Florianópolis 2018

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA

DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA DE PRODUÇÃO E

SISTEMAS

Giovana Massarelli Ferreira

O PROCESSAMENTO DO PEDIDO DE MATERIAIS DO

CENTRO OBSTÉTRICO DO HOSPITAL UNIVERSITÁRIO DE

FLORIANÓPOLIS: UMA ANÁLISE DOS FLUXOS DE

INFORMAÇÕES.

Trabalho de Conclusão de Curso

apresentado ao Departamento de

Engenharia de Produção e Sistemas da

Universidade Federal de Santa Catarina,

como requisito parcial para obtenção do

título em Engenharia Civil, habilitação

Produção Civil.

Orientadora: Prof.a Mônica Maria Mendes

Luna, Dr.a

Florianópolis

2018

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Giovana Massarelli Ferreira

O PROCESSAMENTO DO PEDIDO DE MATERIAIS DO

CENTRO OBSTÉTRICO DO HOSPITAL UNIVERSITÁRIO DE

FLORIANÓPOLIS: UMA ANÁLISE DOS FLUXOS DE

INFORMAÇÕES.

Este Trabalho de Conclusão de Curso foi julgado adequado e

aprovado, em sua forma final, pelo Curso de Graduação em Engenharia

de Produção Civil da Universidade Federal de Santa Catarina.

Florianópolis, 28 de junho de 2018.

____________________________________

Prof.ª Marina Bouzon, Dra.

Coordenadora dos Cursos de Graduação em Engenharia de Produção

Banca Examinadora:

____________________________

Prof.a Mônica Maria Mendes Luna, Dra.

Orientadora

Universidade Federal de Santa Catarina

____________________________

Prof.ª Marina Bouzon, Dra.

Universidade Federal de Santa Catarina

____________________________

Prof.ª Mirna de Borba Me.

Universidade Federal de Santa Catarina

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AGRADECIMENTOS

Agradeço aos meus pais, Renato e Cidinha, que sempre me

apoiaram e me deram o suporte necessário para que eu alcançasse esta

conquista. Ao meu irmão Matheus, por todo amor e cumplicidade que

compartilhamos desde que ele nasceu.

Ao meu namorado, Miguel, pelo apoio e companhia ao longo

destes meses. Por sempre estar ao meu lado, me acalmando e me

incentivando.

À minha orientadora, professora Mônica, por toda paciência,

dedicação e conhecimento transmitido desde o início do trabalho.

Aos funcionários do HU que me ajudaram, principalmente a Aline

e Liliane, pelo tempo e atenção disponibilizados nas entrevistas.

À A7, Atlética da Engenharia de Produção, pelo sentimento de

orgulho em ter participado, pelas conquistas realizadas e pelos amigos

que a entidade me deu.

As minhas amigas de Florianópolis e São Paulo que por anos

estiveram ao meu lado comemorando minhas realizações e me apoiando

nos momentos difíceis.

E por fim, agradeço a todos os professores e colegas de curso por

essa trajetória que me proporcionou tantos aprendizados, alegrias, bons

momentos e principalmente amor ao curso de engenharia.

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A complexidade que alguma coisa tem ou não

depende das questões que você formula e do

ponto de vista que adota.

(Ian Stewart)

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RESUMO

Os hospitais são estruturas organizacionais complexas, dada a natureza

dos serviços prestados e a grande variedade de insumos utilizados. Estes

insumos tem uma participação significativa nos custos hospitalares – de

15 a 30% - e, por isso, devem receber uma atenção especial. O fluxo de

informações, que orienta a gestão do fluxo de materiais nos hospitais, é

considerado elemento fundamental para um gerenciamento eficiente e

eficaz da logística. Este trabalho apresenta um estudo de caso no Hospital

Universitário Polydoro Ernani de São Thiago no qual foi realizado um

mapeamento do processamento de pedidos de materiais. Dados primários

e secundários, obtidos por meio de observações diretas e entrevistas e,

documentos da organização, foram usados neste estudo. As várias

atividades realizadas, desde a colocação dos pedidos até o recebimento,

armazenamento e uso dos materiais nos procedimentos médicos, são

descritas no estudo. O mapeamento dos processos relativos aos fluxos de

informações é, assim, realizado, de forma a permitir uma visualização

completa do processo e melhor compreensão das atividades envolvidas.

Os resultados destacam a importância da sistematização e estruturação

dos processos para a melhor gestão dos fluxos de informação associados

aos processos logísticos, assim como a definição dos colaboradores

responsáveis por sua condução e o uso de tecnologias de informação

adequadas. A visualização dos processos associados aos fluxos logísticos

é uma etapa importante quando se busca identificar possibilidades de

melhorias no desempenho logístico, como a redução do tempo do ciclo

dos pedidos, minimização de erros no processamento de pedidos ou

rupturas de estoque. O estudo mostra que a velocidade, abrangência e

qualidade dos fluxos de informações tem impacto significativo sobre o

custo e a qualidade das operações logísticas, em especial no caso da

logística hospitalar.

.

Palavras-chave: Hospitais. Processamento de Pedidos. Fluxo de

Informações. Logística.

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ABSTRACT

Hospitals are complex organizational structures, given the nature of the

services provided and the wide variety of inputs used. These inputs have

a significant share of hospital costs - from 15 to 30% - and therefore

should receive special attention. The flow of information, which guides

the management of the material flow in hospitals, is considered a

fundamental element for efficient and effective logistics management.

This paper presents a case study at Polydoro Ernani University Hospital

of São Thiago in which a mapping of the processing of material orders

was carried out. Primary and secondary data, obtained through direct

observations and interviews and organization documents, were used in

this study. The various activities, from order placement to receipt, storage

and use of materials in medical procedures, are described in the study.

The mapping of the processes related to the information flows is thus

carried out to allow a complete visualization of the process and a better

understanding of the activities involved. The results highlight the

importance of the systematization and structuring of the processes for the

better management of the information flows associated to the logistics

processes, as well as the definition of the employees responsible for their

conduction and the use of appropriate information technologies. The

visualization of the processes associated with logistical flows is an

important step when searching possibilities of improvements in logistic

performance, such as the reduction of order cycle time, minimization of

order processing errors or inventory ruptures. The study shows that the

speed, comprehensiveness and quality of information flows has a

significant impact on the cost and quality of the logistics operations,

especially in the case of hospital logistics.

Keywords: Hospitals. Order Processing. Flow of Information. Logistics.

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LISTA DE FIGURAS

Figura 1- Cadeia de Suprimentos de uma organização hospitalar genérica.

............................................................................................................... 27 Figura 2 - Elementos típicos do processamento de pedidos. ................. 31 Figura 3 - Fluxos internos e externos de informação. ........................... 35 Figura 4 - O processo de gerenciamento da informação. ...................... 36 Figura 5 - Arquitetura de sistemas de informações logísticas. .............. 38 Figura 6 - Hierarquia do processo. ........................................................ 40 Figura 7 - Objetos de fluxo básico da BPMN. ...................................... 43 Figura 8 - Elemento de raia da BPMN. ................................................. 43 Figura 9 - Códigos de barra no formato GS1-128. ................................ 46 Figura 10 - Etapas para elaboração do mapeamento do processo ......... 52 Figura 11 - Organograma da Diretoria de Administração atual. ........... 55 Figura 12 - Organograma da Gerência Administrativa proposta. ......... 56 Figura 13 - Compartimentos de materiais cirúrgicos. ........................... 60 Figura 14 - Compartimentos dos materiais de assistência ao paciente. . 61 Figura 15 - Carrinho para entrega dos materiais. .................................. 65 Figura 16 - Estoque dos materiais nas prateleiras. ................................ 67 Figura 17 - Depósito externo com estoque de materiais. ..................... 67 Figura 18 - Fluxo de tramitação dos pregões eletrônicos. ..................... 72 Figura 19 - Fluxo de compra direta. ...................................................... 75 Figura 20 – Simbologia BPMN. ............................................................ 77 Figura 21 - Subprocesso de Licitação. .................................................. 79 Figura 22 - Subprocesso de Fornecimento Externo. ............................. 81 Figura 23 - Subprocesso de Fornecimento Interno. ............................... 83

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LISTA DE QUADROS

Quadro 1- Comparação entre técnicas de entrada de dados. ................. 47 Quadro 2 - Enquadramento Metodológico da Pesquisa. ....................... 51 Quadro 3 - Grupo de Materiais utilizados pelo Centro de Obstetrícia. . 58 Quadro 4 - Unidades de Armazenamento de produtos. ......................... 62 Quadro 5 - Problemas identificados X Sugestões de melhoria. ............ 92

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LISTA DE ABREVIATURA E SIGLAS

AF Autorização de Fornecimento

AGH Sistema de aplicativos para gestão Hospitalar

AGHU Aplicativo de Gestão para Hospitais Universitários

ANVISA Agência Nacional de Vigilância Sanitária

ARP Ata de Registro de Preços

BPMN Business Process Model Notation

BPD Business Process Diagram

CO Centro Obstétrico

CPMA Comissão Permanente de Materiais e Assistência

CSCMP Council of Supply Chain Management Professionals

DCOM Departamento de Compras

DOU Diário Oficial da União

EAN European Article Numbering

EBSERH Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares

EDI Electronic Data Interchange

EPC Electronic Product Code

GS1 Brasil Associação Brasileira de Automação

HU Hospital Universitário

NUMAE Núcleo de Materiais de Assistência em Enfermagem

PDE Plano Diretor Estratégico

REHUF Programa Nacional Reestruturação dos Hospitais

Universitários Federais

RFID Radio Frequency Identification

SAM Sistema Administrativo Hospitalar

SCM Supply Chain Management SeTIC Superintendência de Governança Eletrônica e

Tecnologia da Informação e Comunicação SIASG Sistema Integrado de Administração de Serviços Gerais SPCM Serviço de Planejamento e Controle de Materiais

SRP Sistema de Registro de Preços SSCC Serial Shipping Container Code

SUS Sistema Único de Saúde TI Tecnologia de Informação

TQM Total Quality Management

TR Termo de Referência

UFSC Universidade Federal de Santa Catarina

UPC Universal Product Code

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SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO ............................................................................... 21

1.1CONTEXTUALIZAÇÃO ................................................................ 21

1.2 JUSTIFICATIVA DA ESCOLHA DO TEMA ............................... 22

1.3 OBJETIVOS ................................................................................... 23

1.3.1 Objetivo Geral .............................................................................. 23

1.3.2 Objetivos Específicos ................................................................... 23

1.4 ESTRUTURA DO TRABALHO .................................................... 24

2. REVISÃO TEÓRICA ..................................................................... 25

2.1 LOGÍSTICA HOSPITALAR .......................................................... 25

2.2 CADEIA DE SUPRIMENTOS HOSPITALAR ............................. 26

2.2.1 Solicitação, Planejamento e Compras .......................................... 27

2.2.2 Recebimento e Armazenagem ...................................................... 28

2.2.3 Administração e Distribuição ....................................................... 29

2.3 PROCESSAMENTO DE PEDIDOS .............................................. 30

2.3.1 Preparação do Pedido ................................................................... 31

2.3.2 Transmissão do Pedido ................................................................. 32

2.3.3 Recebimento do Pedido ................................................................ 32

2.3.4 Atendimento do Pedido ................................................................ 33

2.3.5 Relatório da Situação do Pedido .................................................. 34

2.4 FLUXO DE INFORMAÇÕES LOGÍSTICAS ............................... 34

2.4.1 Sistemas de Informações Logísticas ............................................. 37

2.4.2 Mapeamento de Processos ......................................................... 39

2.5 TECNOLOGIAS DE INFORMAÇÃO ........................................... 44

2.5.1 Padronização das Informações: GS1 na Saúde ....................... 44

2.5.2 Código de Barras Linear ........................................................... 45

2.5.3 Intercâmbio Eletrônico de Dados (EDI) e a Internet .............. 48

2.5.4 Aplicativo de Gestão para Hospitais gerenciados pela EBSERH

............................................................................................................... 49

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3. PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS ................................. 51

3.1 Descrição da Unidade de Análise ................................................... 53

3.1.1 Centro Obstétrico ....................................................................... 57

3.1.2 Unidade de Almoxarifado ......................................................... 62

3.1.3 Serviço de Planejamento e Controle de Materiais .................. 67

3.1.4 Unidade de Compras e Licitações ............................................. 70

3.2 Sistema Administrativo Hospitalar ................................................. 76

3.3 Aplicação do método de mapeamento BPMN ................................ 76

3.3.1 Fluxograma do Subprocesso de Licitação ................................ 79

3.3.2 Fluxograma do Subprocesso de Fornecimento Externo ......... 81

3.3.3 Fluxograma do Subprocesso de Fornecimento Interno .......... 83

4. DISCUSSÃO .................................................................................... 85

4.1 ANÁLISE GERAL DO PROCESSO ............................................. 85

4.2 ANÁLISE DO SUBPROCESSO DE LICITAÇÃO ....................... 86

4.3 ANÁLISE DO SUBPROCESSO DE FORNECIMENTO EXTERNO

.......................................................................................................... 86

4.4 ANÁLISE DO SUBPROCESSO DE FORNECIMENTO INTERNO

.......................................................................................................... 88

4.5 COMPILAÇÃO DOS PROBLEMAS ENCONTRADOS E DAS

SUGESTÕES DE MELHORIA ........................................................ 91

5. CONSIDERAÇÕES FINAIS ......................................................... 93

5.1 CONCLUSÕES .............................................................................. 93

5.2 LIMITAÇÕES ................................................................................ 94

5.3 RECOMENDAÇÕES PARA TRABALHOS FUTUROS ............. 94

REFERÊNCIAS .................................................................................. 95

ANEXO A – CATÁLOGO DE MATERIAIS DO CENTRO

OBSTÉTRICO .................................................................................... 101

ANEXO B – MODELO DE MEMORANDO PARA ALTERAÇÃO DA

COTA OU INCLUSÃO DE MATERIAL NO CATÁLOGO ............ 121

ANEXO C – CENTROS DE CUSTO DO HU/UFSC ........................ 122

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1. INTRODUÇÃO

1.1 CONTEXTUALIZAÇÃO

A informação afeta profundamente cada parte da cadeia de

suprimentos e, se bem utilizada, constitui, segundo Chopra e Meindl

(2011), fator chave para oferecer maior responsividade e, ao mesmo

tempo, melhorar a eficiência dos processos das organizações. No caso do

setor da saúde, a correta informação é imprescindível não só para que os

produtos estejam disponíveis no momento em que se fazem necessário,

mas também para se obter uma adequada gestão de materiais e

consequente controle e redução de custos.

A logística apresenta-se cada vez mais como elemento

fundamental ao gerenciamento eficiente e eficaz do suprimento de

materiais. Este gerenciamento é, em geral, entendido como a gestão dos

fluxos associados aos produtos, de informações e de recursos financeiros,

que vão desde o processo inicial de fornecimento até o consumidor final.

(MAYER, 2010). Neste contexto, a logística tem como objetivo

precípuo a minimização do custo da operação para

determinado nível de serviço, sendo um importante

processo na viabilização da consecução do fluxo de

suprimento de materiais no espaço e no tempo, pois

sabe-se que é por meio do processo logístico que os

materiais fluem pelos sistemas de produção e

serviços de uma organização (MAYER, 2010,

p.12).

É possível caracterizar uma unidade hospitalar como um complexo

sistema logístico, onde os recursos humanos, físicos e informacionais

precisam ser coordenados e integrados, o que, dada a atual complexidade

destes sistemas, só é possível se for realizado de maneira eficiente através

da incorporação de sistemas de informação e de apoio à decisão ao

processo gerencial (RAIMUNDO et al., 2014).

Paes (2009), ao tratar de organizações hospitalares, destaca que os

materiais são os fatores que mais elevam esses custos depois dos salários

e honorários médicos, reforçando a necessidade e importância de dados e

informações sobre os materiais.

Os fluxos de informações em organizações complexas, como os

hospitais, orientam os fluxos de materiais e garantem o suprimento. Em

outras palavras, os pedidos de reposição que são colocados pelos usuários

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tramitam pela organização e são atendidos, seja pelos estoques mantidos

em algum ponto dentro da organização, seja diretamente pelo fornecedor.

Deste modo, é importante conhecer este processo e as várias atividades

envolvidas no processamento de pedidos. Como destaca Bowersox e

Closs (2011), o gerenciamento de pedidos abrange o trabalho envolvido

no atendimento de necessidades específicas do cliente e o pedido do

cliente, interno ou externo, é a principal transação na logística.

Para contribuir com o processo logístico, algumas ferramentas de

planejamento e comunicação permitem a visualização do processo como

um todo e a identificação de possibilidades de melhorias – como a

redução do tempo do ciclo dos pedidos, a minimização de erros no

processamento de pedidos e as rupturas de estoque. Uma dessas

ferramentas é o mapeamento de processos que, de acordo com Correia et al. (2002), consiste em uma ferramenta de visualização completa e

consequente compreensão das atividades executadas num processo. Com

o mapeamento dos processos é possível representar todas as etapas

envolvidas no processo produtivo, proporcionando a identificação das

atividades que agregam valor, dos desperdícios e suas fontes geradoras e,

consequentemente, das oportunidades de melhoria.

Este trabalho analisa o fluxo de informações do processo de pedido

de materiais do Hospital Universitário de Florianópolis desde o

planejamento dos pedidos até a chegada dos produtos no seu ponto de

utilização. Para tanto, é utilizado o mapeamento de processos como

ferramenta que propicia a visualização completa do processo. Espera-se

que as análises e sugestões de melhorias, identificadas neste trabalho,

auxiliem na implantação de uma política de gestão de materiais mais

eficaz para o Hospital.

1.2 JUSTIFICATIVA DA ESCOLHA DO TEMA

O Hospital Universitário Polydoro Ernani de São Thiago é

referência no estado de Santa Catarina e atende centenas de pessoas por

dia. O hospital preza pela qualidade do atendimento e, consequentemente,

pela a saúde das pessoas. As atividades relacionadas ao processamento de

pedidos influenciam a qualidade do serviço prestado, tendo em vista a

necessidade da disponibilidade dos materiais no momento do

atendimento.

A importância do tema é também destacada no próprio Plano

Diretor Estratégico (PDE) do hospital, o qual propõe ações para aprimorar

o modelo de gestão no enfrentamento dos macroproblemas

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23

diagnosticados pela comunidade hospitalar. Após identificados e

analisados os principais problemas existentes no hospital, o PDE

priorizou quatro macroproblemas, entre eles o macroproblema 1, que

aborda a dificuldade de implementação de política de gestão de pessoas,

e o macroproblema 2, que trata da ineficiência na captação e no

gerenciamento de recursos necessários à missão do HU. A partir dos

macroproblemas foram utilizados indicadores para detectar suas reais

causas e, assim, selecionar aquelas com real possibilidade de intervenção.

As causas selecionadas foram denominadas nós críticos (NC). Dentre

estes NC, o NC 2, definido no macroproblema 1, consiste na falha de

organização dos processos de trabalho (divisão, fluxos), e o NC 5,

definido no macroproblema 2, consiste na insuficiência de mecanismos

de controle de insumos, materiais e medicamentos.

Além da importância de compreender estes fluxos de pedidos e

materiais para contribuir com a melhoria do nível de serviço, as análises

dos fluxos de informação podem auxiliar a gestão dos suprimentos

hospitalares, os quais respondem por uma significativa parcela dos custos

hospitalares – de 15 a 30% do custo total. Se forem somados os custos

dos processos de compra e de manutenção do inventário, este valor pode

representar até 40% do custo. Independentemente do montante exato, a

maioria dos autores concorda que os suprimentos são o segundo maior

grupo de custos nos hospitais (PAES, 2009).

Por fim, para Garcia et al. (2012), embora a irregularidade do

abastecimento e a ausência de materiais sejam problemas frequentes em

organizações de serviços públicos de saúde, a discussão sobre o processo

logístico, abastecimento e cadeia de suprimentos é ainda escassa na

literatura nacional.

1.3 OBJETIVOS

1.3.1 Objetivo Geral

Analisar o fluxo de informações e materiais do processo de pedido

dos materiais do centro obstétrico, desde o momento em que são feitas as

solicitações de compra até sua chegada ao ponto de consumo.

1.3.2 Objetivos Específicos

Para atingir o objetivo geral, o trabalho deve atingir os seguintes

objetivos específicos:

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24

• Identificar os departamentos e pessoas que participam do

processamento de pedidos de materiais e as respetivas atividades

desenvolvidas;

• Descrever quais ferramentas (aplicativos, softwares, padrões de

comunicação, etc.) auxiliam o fluxo de informação referente aos

pedidos dos materiais utilizados pelo centro obstétrico do HU;

• Identificar os equipamentos utilizados para auxiliar os funcionários na

execução de suas atividades inerentes ao processamento dos pedidos;

• Elaborar um fluxograma de todo o processo, especificando as

orientações que devem ser seguidas pelos envolvidos.

1.4 ESTRUTURA DO TRABALHO

O presente trabalho é organizado em cinco capítulos. O primeiro

deles introduz o tema abordado, expõe os objetivos do estudo e justifica

a pesquisa.

O capítulo dois é composto pela fundamentação teórica, que

auxilia em um melhor entendimento dos temas relacionados a este

trabalho. Nesse capítulo são tratados os seguintes temas: logística, cadeia

de suprimentos, processamento de pedidos, mapeamento de processos e

fluxos e tecnologias de informação hospitalares.

O capítulo três apresenta os procedimentos metodológicos, bem

como o detalhamento dos setores envolvidos no processamento de

pedidos de materiais e as atividades por eles realizadas. Também são

expostos os fluxogramas do processo elaborados com base nas

observações e entrevistas realizadas no hospital.

No capitulo quatro são discutidos os resultados obtidos, bem como,

as análises dos fluxogramas das atividades intrínsecas ao processamento

de pedidos de materiais e por fim, são sugeridas ações de melhorias.

Finalmente, no capítulo cinco encontram-se as conclusões e

considerações finais do trabalho.

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2. REVISÃO TEÓRICA

Neste capítulo são descritos conceitos relacionados ao tema de

trabalho de modo a situá-lo na área de pesquisa a qual faz parte.

A primeira seção aborda o conceito de logística e sua importância

no gerenciamento da cadeia de suprimentos dos hospitais. Em seguida são

apresentadas as atividades típicas da cadeia de suprimentos hospitalar,

com enfoque na atividade de processamento de pedidos. Após esse tópico

são abordados assuntos sobre o fluxo de informações logística e por fim

são apresentadas algumas das tecnologias de informação utilizadas hoje

no setor de suprimentos na área da saúde.

2.1 LOGÍSTICA HOSPITALAR

De acordo com Ballou (2006), a logística trata de todas as

atividades de movimentação e armazenagem, que facilitam o fluxo de

produtos desde o ponto de aquisição da matéria prima até o ponto de

consumo final, assim como dos fluxos de informação que colocam os

produtos em movimento, com o propósito de providenciar níveis de

serviço adequados aos clientes a um custo razoável. Essa perspectiva

qualifica a logística como uma cadeia de suprimentos: um fluxo de

processos integrados de uma cadeia produtiva, desde o ponto de origem

até o ponto de consumo, com vistas a fornecer produtos, serviços e

informações com valor agregado aos clientes e outros stakeholder

(NOVAES, 2007).

No que se refere às organizações de saúde, principalmente as

públicas, entende-se que a logística hospitalar é um dos maiores desafios

encontrados pelos gestores dos hospitais, principalmente no que diz

respeito ao atendimento das necessidades organizacionais de forma

rápida, correta e eficiente (RIBEIRO, 2005). De acordo com Drucker

(1999 apud RAIMUNDO et al., 2014, p. 64), o gerenciamento no setor

da saúde é mais complicado do que qualquer outra organização, pois, se

de um lado há que se preocupar com os custos, por outro há que se

priorizar a saúde das pessoas.

Em função das características operacionais de um hospital, as

variabilidades da demanda são frequentes e o tempo de atendimento

normalmente curto. A falta de determinado item em estoque pode

acarretar danos irreparáveis para a instituição e a aquisição de urgência,

custos não previstos (NETO, 2005). A disponibilidade dos materiais

hospitalares e medicamentos em estoque garante um nível de serviço

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adequado, o que é extremamente relevante para o setor da saúde, já que o

mesmo é responsável por inúmeras vidas. Em contrapartida, depois dos

recursos humanos (salários e honorários médicos), o maior responsável

pelos custos hospitalares são os suprimentos, representados por materiais

hospitalares, medicamentos e vários outros utilizados na prestação do

serviço médico (PAES, 2009).

Devido às peculiaridades dos hospitais públicos, como o

orçamento restrito, a extensa burocracia para aquisição de materiais e

medicamentos, a necessidade de realizar uma previsão de demanda a

longo prazo e, consequentemente, o alto custo de compra, enfatiza-se a

importância de um planejamento logístico para coordenar e integrar os

recursos humanos físicos e informacionais da organização, otimizando os

recursos financeiros sem deixar de oferecer serviços de qualidade aos

usuários (RAIMUNDO et al., 2014).

Machline e Barbieri (2009) afirmam que a administração da

logística hospitalar atende simultaneamente a requisitos financeiros e

operacionais exigindo uma abordagem estratégica e operacional que

possa abranger toda a cadeia de suprimentos levando a resultados globais.

2.2 CADEIA DE SUPRIMENTOS HOSPITALAR

A logística/cadeia de suprimentos é um conjunto de

atividades funcionais (transportes, controle de

estoques, etc.) que se repetem inúmeras vezes ao

longo do canal pelo qual matérias-primas vão

sendo convertidas em produtos acabados, aos quais

se agrega valor ao consumidor. (BALLOU, 2006,

p. 29).

A literatura mostra que o termo “cadeia de suprimentos” evoluiu

para “gestão de cadeia de suprimentos” (SCM – Supply Chain

Management), uma vez que as empresas necessitam ser competitivas, a

partir do efetivo gerenciamento de processos, insumos e resultados

(SIMON, 2005).

Para o Conselho de profissionais de gestão de cadeia de

suprimentos (Council of Supply Chain Management Professionals) -

CSCMP (sem ano, tradução nossa), o SCM engloba o planejamento e o

gerenciamento de todas as atividades que envolvem abastecimento e

aquisição, conversão e todas as atividades de gerenciamento de logística.

É importante a coordenação e colaboração entre todos os canais parceiros,

os quais podem ser fornecedores, intermediários, terceirizados ou

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clientes. Na essência, o SCM integra suprimentos e a gestão da demanda

através das companhias.

A Figura 1 mostra uma cadeia de suprimentos genérica de um

hospital e suas principais atividades.

Figura 1- Cadeia de Suprimentos de uma organização hospitalar genérica.

Fonte: Machline, C.; Barbieri, J. C. (2009).

Em relação a cadeia de suprimentos interna dos hospitais, entende-

se que antes da utilização pelos clientes finais – profissionais de saúde e

pacientes – os suprimentos passam por uma série de processos internos

que incluem processamento de pedidos (ou solicitação), planejamento,

compras, recebimento, armazenamento, administração e distribuição

(PAES, 2009).

Na sequência são comentadas as funções gerais dos processos

inerentes a cadeia interna hospitalar de suprimentos e, posteriormente, na

seção 2.3 é dado enfoque à atividade de processamento de pedidos.

2.2.1 Solicitação, Planejamento e Compras

O departamento solicitante é, em teoria, quem tem a necessidade

do item. Na prática, as solicitações de todos os departamentos da

organização são centralizadas no almoxarifado central e na farmácia

hospitalar, que são os grandes fornecedores internos pois por mais que os

setores sejam diferentes, há sempre uma gama de produtos comuns a eles

(PAES, 2009).

A função do planejamento dentro do sistema de abastecimento está

ligada às tarefas de seleção, especificação e incorporação de novos

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materiais e medicamentos (INFANTE; SANTOS, 2007). Já as atividades

de compras têm como objetivo selecionar, avaliar e desenvolver

fornecedores, negociar com eles e acompanhar os pedidos, isto é,

determinar como e de quem comprar (MACHLINE; BARBIERI, 2009).

No contexto hospitalar, segundo Paterno (1990 apud SOUZA et al., 2013), “compras” é a função mais importante da logística e pode ser

definida como um serviço que tem por finalidade prever os materiais

necessários ao hospital, planejar as quantidades corretas e satisfazê-las no

momento certo, na melhor qualidade e ao menor custo.

O volume de atividades e o respectivo grau de complexidade que

os órgãos de compras realizam vão depender do porte da empresa.

Gonçalves (2010) descreveu algumas características organizacionais

relacionadas às atividades de compras, são elas:

• Realização das licitações;

• Análise das cotações de preços e condições de fornecimento;

• Negociações para fechamento dos contratos;

• Cadastramento de fornecedores;

• Estudo do mercado fornecedor;

• Desenvolvimento de fornecedores;

• Desenvolvimento de materiais;

• Analise de valor;

• Manutenção dos registros das compras realizadas;

• Registro dos preços de aquisição dos diversos materiais; e

• Manutenção do catálogo de materiais.

No caso de órgãos públicos, as atividades de compras devem seguir

o que prescreve a Lei nº 8.666, de 21 de Junho de 1993, que estabelece

normas gerais sobre licitações e contratos administrativos pertinentes a

obras, serviços, inclusive de publicidade, compras, alienações e locações

no âmbito dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos

Municípios.

2.2.2 Recebimento e Armazenagem

Após a compra, os insumos hospitalares são

entregues por distribuidoras ou diretamente pelos

produtores. Ao darem entrada no hospital, são

conferidos por um setor ou departamento de

recebimento, que coordena especificamente as

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entradas dos insumos. Nesta fase do processo,

devem ser cadastrados, nos sistemas de

informações, dados como valor de compra,

quantidade, número da nota fiscal, lote e, quando

necessário, prazo de validade dos produtos. Assim,

do setor de recebimento, os insumos são

distribuídos aos seus respectivos departamentos

internos para armazenamento. Os medicamentos

são enviados para a farmácia ou para o

almoxarifado clínico; neste último caso, junto aos

materiais hospitalares (PAES, 2009, p.91).

São atividades básicas de armazenagem: recebimento, guarda,

preservação e segurança dos insumos. Essas atividades são necessárias

para saber onde localizar os materiais estocados, como estocá-los e como

entregá-los aos solicitantes (MACHLINE; BARBIER, 2009).

Independentemente da organização do

almoxarifado, alguns itens usados em hospitais

devem ter cuidados especiais de armazenamento.

Os produtos inflamáveis, por exemplo, devem ser

armazenados separadamente dos demais, de

preferência em áreas protegidas por paredes e

portas anti-fogo. Da mesma forma, os termolábeis

cuja manutenção exige ambiente de temperatura e

umidade controladas também necessitam de um

espaço específico, como câmaras frias (PAES,

2009, p. 87).

2.2.3 Administração e Distribuição

Quando os materiais e medicamentos chegam à farmácia ou ao

almoxarifado central, estes passam pelos processos de fracionamento

(unitarização), manipulação e distribuição. Em outras palavras, quando o

medicamento chega ao hospital, vem em embalagens maiores (para

líquidos) e em blisters coletivos para comprimidos. O processo de

fracionamento busca fazer uma separação prévia desses itens, já os

preparando para a dispensação. No caso dos comprimidos, um fator importante da reembalagem é a necessidade de colocar, no invólucro do

comprimido, as informações de lote de validade do produto, que

normalmente só vêm nas caixas. Para isso, no momento da embalagem,

um novo código de barras ou etiqueta é impresso para que contenha esses

dados (PAES, 2009).

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Lima et al. (2000) apresentam três principais sistemas de

distribuição de medicamentos: o coletivo, o individualizado, e por dose

unitária.

No sistema coletivo, as solicitações de medicamentos são feitas

pelas unidades de atendimento, a partir da transcrição da prescrição

médica ou da necessidade de algum procedimento, e dispensados a estes

setores em suas embalagens originais, na maioria das vezes, por períodos

longos (uma semana, quinze dias ou até mais). Já no sistema

individualizado, usado desde a década de 50, a solicitação de

medicamentos é feita por paciente e por períodos menores. Por fim, na

distribuição por dose unitária, a solicitação de medicamentos é feita a

partir da cópia da prescrição (ou por algum tipo de sistema

informatizado), por paciente e para 24 horas. A medicação é preparada

em dose e concentração já determinadas na prescrição médica e é

administrada ao paciente diretamente de sua embalagem “unitarizada”

(LIMA et al., 2000).

2.3 PROCESSAMENTO DE PEDIDOS

Uma maneira bastante prática de entender melhor o ciclo do pedido

e o sistema de processamento de pedidos é examinar os fluxos de

informações e materiais, ou seja, as atividades que ocorrem desde o

instante em que o cliente decide considerar a possibilidade de efetuar um

pedido, até o momento em que recebe este pedido (FLEURY, 2003).

Para Ballou (2006), o processamento de pedidos pode ser

representado por uma variedade de atividades incluídas no ciclo de pedido

do cliente. Especificamente, elas incluem a preparação, transmissão,

recebimento e expedição do pedido, e o relatório da situação do pedido

(Figura 2).

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Figura 2 - Elementos típicos do processamento de pedidos.

Fonte: Adaptada de Ballou (2006).

2.3.1 Preparação do Pedido

A preparação do pedido engloba as atividades relacionadas com a

coleta de informações necessárias sobre os produtos e serviços

pretendidos e a requisição formal dos produtos a serem adquiridos

(BALLOU, 2006, p.122). A identificação da necessidade pode ser

provocada pelos mais variados estímulos: a visita de um vendedor; a

consulta a um catálogo; a leitura de um anúncio em jornal ou revista; o

recebimento de uma mensagem via internet ou a identificação de que

chegou o momento de repor estoques (FLEURY, 2003).

Tais atividades vêm sendo altamente beneficiadas pela tecnologia

eletrônica e pelo desenvolvimento da internet. O escaneamento por

código de barras por exemplo, torna mais rápida a preparação dos pedidos

mediante a coleta eletrônica de informações sobre os artigos solicitados

(tamanho, quantidade, descrição) e sua apresentação a um computador

que efetuará o processamento adicional (BALLOU, 2006).

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Uma vez decidida a aquisição dos produtos ou serviços, tem início

a segunda etapa do ciclo, ou seja, a transmissão do pedido para o

fornecedor.

2.3.2 Transmissão do Pedido

A transmissão do pedido se resume a transferência dos documentos

do pedido do seu ponto de origem para aquele em que pode ser manuseado

(BALLOU, 2006, p.123).

Anteriormente ao desenvolvimento dos modernos sistemas de

comunicação, esta etapa se caracterizava pela lentidão e alta

suscetibilidade a erros. Isto porque os pedidos eram formalizados através

do preenchimento de formulário em papel, e o envio dos mesmos, através

dos vendedores, ou via postal (FLEURY, 2003). Com a transmissão dos

documentos podendo ser realizada através de sites na internet, EDI

(Electronic Data Interchange), telefones, máquinas de fax ou

comunicações por satélite, o processo se tornou muito mais ágil, confiável

e preciso (BALLOU, 2006).

Se no passado o tempo de preparação e transmissão era medido

em dias ou semanas, hoje, com o uso dos modernos sistemas de

comunicação, e em especial da Internet, o tempo pode ser medido em

minutos, trazendo enorme agilidade ao processo logístico (FLEURY,

2003). Essa transmissão quase instantânea de informações dos pedidos

tornou praticamente obsoletos os métodos manuais de transmissão

(BALLOU, 2006).

2.3.3 Recebimento do Pedido

Esta atividade consiste na entrada do pedido no sistema de

processamento do fornecedor. Em geral esta etapa exige a digitação dos

dados do pedido no sistema, a fim de que se possa dar início ao

processamento do mesmo. Nos casos em que o pedido é efetuado via

Internet, esta etapa tende a ser automatizada, dispensando o processo de

digitação (FLEURY, 2003).

Ao receber o pedido, o mesmo passa por uma conferência para

verificar a exatidão das informações contidas, como descrição,

quantidade e preços dos itens. Após a conferência das informações é feita

uma consulta para verificar a disponibilidade dos itens encomendados e

posteriormente o preparo da documentação de pedidos em carteira ou de

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cancelamento, quando necessária. Por último é feito o faturamento do

pedido (BALLOU, 2006). Os avanços tecnológicos representaram enormes

benefícios para a entrada dos pedidos. Código de

barras, leitores ópticos e computadores

aumentaram notavelmente a produtividade desta

função. Os códigos de barras e a leitura óptica

(escaneamento) são especialmente importantes

para uma entrada de informações precisa, rápida e

de baixo custo. [...]. Outra mudança concreta no

recebimento de pedidos é a crescente utilização dos

computadores. Eles substituem as conferências

manuais de estoques e créditos bem como as ações

manuais de transcrição, por processos

automatizados. Em função disso, a entrada de

pedidos leva hoje apenas uma fração do tempo que

consumia poucos anos atrás (BALLOU, 2006,

p.124).

2.3.4 Atendimento do Pedido

De acordo com Ballou (2006), o atendimento de pedidos inclui as

atividades físicas necessárias para adquirir os itens mediante retirada de

estoque, produção ou compra, embalar os itens para embarque, programar

o embarque de entregas e preparar a documentação para o embarque.

O estabelecimento de prioridade de atendimento dos pedidos

influencia diretamente na rapidez global do processamento dos pedidos.

Existem algumas regras que podem ser utilizadas dependendo dos

objetivos da organização (BALLOU, 2006). São elas:

• Primeiro a ser recebido, primeiro a ser processado

• O pedido de menor tempo de processamento

• Os pedidos menores e menos complexos

• Os pedidos com menor prazo de entrega prometido

• Os pedidos com menos tempo restante até a data prometida de

entrega

Em casos em que não há produtos imediatamente disponíveis para

o atendimento de um pedido completo, ocorre o parcelamento do

embarque. Em função disso, tempo adicional de processamento e

procedimentos serão necessários para completar o pedido. As entregas

parciais podem ser evitadas simplesmente pela retenção do pedido até a

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reposição dos estoques dos itens em falta. Porém essa manobra causa

atrasos nas entregas. Com isso, o problema de decisão reside na

compensação entre o acréscimo de custos de manuseio da informação e

de transporte e o benefício da manutenção do nível dos serviços

(BALLOU, 2006). A resposta para esse problema requer procedimentos

de processamento mais sofisticados e, por não ser o foco deste trabalho,

não será abordada.

2.3.5 Relatório da Situação do Pedido

A atividade final do processamento de pedidos garante a situação

ideal de serviço ao manter o cliente informado de quaisquer atrasos no

processamento ou entrega do pedido. Ballou (2006) divide esta atividade

em duas etapas: 1) acompanhar e localizar o pedido ao longo de todo o

seu ciclo; 2) comunicar ao cliente a localização exata do pedido no ciclo

e a previsão para a entrega.

Essa atividade é essencial pois permite que o cliente se programe

e tome providências, caso seja necessário, sobre atrasos, cancelamentos

ou quaisquer outros eventuais problemas que podem ocorrem até a

entrega final do pedido.

2.4 FLUXO DE INFORMAÇÕES LOGÍSTICAS

Dentre os fatores que tem impulsionado o desenvolvimento da

logística em todo o mundo, um dos mais importantes é o uso crescente e

inteligente da informação, que se tornou possível graças ao enorme

desenvolvimento das tecnologias de informação. A velocidade,

abrangência e qualidade dos fluxos de informações impactam diretamente

o custo e a qualidade das operações logísticas (FLEURY, 2003).

Para Fleury (2003), sistemas logísticos se compõe de fluxos de

informações e de materiais, onde os fluxos de informações acionam e

controlam os fluxos de materiais. Assim, a disponibilidade de informação

de boa qualidade em tempo hábil, é fator chave para as operações

logísticas. Em contrapartida, informações incorretas e atrasos no

processamento de pedidos podem prejudicar o desempenho da logística

(BOWERSOX; CLOSS, 2011). Além disso, de acordo com Chopra e Meindl (2011), existe um

perigo na suposição de que mais informações é sempre melhor, pois à

medida que mais informações são compartilhadas pela cadeia de

suprimentos, a complexidade e o custo da infraestrutura exigida e da

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análise de acompanhamento aumentam exponencialmente. O valor

marginal fornecido pela informação compartilhada, porém, diminui à

medida que mais e mais informações estão disponíveis. Por isso é

importante que a organização avalie a informação mínima exigida para

cumprir os objetivos almejados.

Vital et al. (2010) afirmam que a informação deverá ser gerenciada

através do estabelecimento de fluxos informacionais adequados à

organização. Para isso são citados abaixo três dos modelos de gestão da

informação baseados nos fluxos informacionais.

Smit e Barreto (2002) reconhecem três fluxos básicos de

informação: o primeiro denominado interno (captação, seleção,

armazenamento e recuperação da informação), o segundo sendo a

transformação da informação em conhecimento, e o último, a inscrição

de informação. A figura 3 contextualiza os fluxos internos e os fluxos

externos da informação.

Figura 3 - Fluxos internos e externos de informação.

Fonte: Smit e Barreto (2002).

Para Davenport (1998) há quatro passos que deverão ser seguidos

(figura 4) para o efetivo gerenciamento da informação.

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Figura 4 - O processo de gerenciamento da informação.

Fonte: Davenport (1998).

O primeiro passo, que consiste em determinar as exigências da

informação é, segundo Davenport (1998) problemático, pois demanda

que as pessoas da organização percebam o ambiente que cerca as

informações. O segundo passo, denominado obtenção de informações,

requer que se busquem de maneira ininterrupta as informações

necessárias. O terceiro passo do processo de gerenciamento da

informação se refere à maneira pelas quais as informações são buscadas

e divulgadas para os membros da organização. Davenport (1998, p. 189)

assegura que “a distribuição envolve a ligação de gerentes e funcionários

com as informações de que necessitam. Se os outros passos do processo

estiverem funcionando, então a distribuição será mais efetiva [...]”. E o

último passo apontado por Davenport, denominado uso da informação diz

respeito ao emprego da informação disponível aos usuários da

organização.

Para Lesca e Almeida (1994), os fluxos de informações em uma

empresa apresentam-se sob as seguintes formas:

• Fluxo de informações coletado externamente à empresa e utilizado

por ela, que se refere às informações coletadas de agentes externos

(fornecedores, clientes e concorrentes) que influenciam na

existência e funcionamento da empresa bem como suas ações e

decisões;

• Fluxo de informações produzido pela empresa e destinado ao

mercado, que se refere às informações que a empresa produz e

destina aos agentes externos de mercado (pedidos de compra,

fatura para os clientes, campanhas publicitárias, etc);

• Fluxo de informações produzido pela empresa e destinado a ela

própria, o qual é gerado e consumido internamente (informações

contábeis, relatórios de produção, comunicações internas formais e informais entre os elos da cadeia).

Este trabalho se propôs mapear o fluxo de informações externo à

empresa (destinado aos fornecedores), e interno, no que se refere ao

processamento de pedidos de materiais entre os setores da organização.

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2.4.1 Sistemas de Informações Logísticas

De acordo com Ballou (2006), a intensificação do acesso à

informação ao longo da organização a partir de sistemas de informação

empresariais e das plataformas cada vez mais aperfeiçoadas para

transmitir informação, tais como EDI e Internet, acabaram criando a

oportunidade para que as empresas compartilhem informações de maneira

conveniente e cada vez menos dispendiosa ao longo de toda a cadeia de

suprimentos.

Os sistemas de informações logísticas são a interligação das

atividades logísticas para criar um processo integrado através do fluxo de

informações. Esses sistemas devem incorporar seis princípios para

atender às necessidades de informação e apoiar adequadamente o

planejamento e as operações da empresa. São eles: disponibilidade,

precisão, atualizações em tempo hábil, sistema de informação logística

baseada em exceções, flexibilidade e formato adequado (BOWERSOX;

CLOSS, 2011).

Além disso, os sistemas de informações logísticas combinam

equipamento e software, para gerenciar, controlar e medir as atividades

logísticas. A figura 5 ilustra a arquitetura típica de sistemas de

informações logísticas. Essa arquitetura inclui tanto a base de

informações que mantém o data warehouse quanto os componentes de

execução. A base de informações inclui ordens de compra, posição de

estoque e status dos pedidos (BOWERSOX; CLOSS, 2011).

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Figura 5 - Arquitetura de sistemas de informações logísticas.

Fonte: Bowersox; Closs (2011, p.184).

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Os componentes de execução do sistema iniciam, monitoram e

definem as atividades necessárias para satisfazer aos pedidos dos clientes

e de ressuprimento. Tais atividades assumem duas formas: atividades de

planejamento e coordenação que visa produzir e designar estoque e

atividades operacionais, como receber, processar, expedir e faturar os

pedidos dos clientes (BOWERSOX; CLOSS, 2011). Os componentes de planejamento e coordenação

dos sistemas logísticos constituem a espinha dorsal

dos sistemas de informações. Esses componentes

definem as atividades centrais que orientam a

vinculação de recursos e o desempenho da

empresa, desde o suprimento até a entrega de

produtos (BOWERSOX; CLOSS, 2011, p.184).

2.4.2 Mapeamento de Processos

A estrutura organizacional das instituições permite a realização

dos fluxos de trabalho através de processos até que o produto, ou serviço,

esteja disponível ao cliente. Para mudar a estrutura de modo que o cliente

perceba no resultado final, deve-se entender o trabalho e o modo como

este flui através dos processos da organização (VILLELA, 2000).

Um processo, para Davenport (1998), seria uma ordenação

específica das atividades de trabalho no tempo e no espaço, com um

começo, um fim, inputs e outputs claramente identificados, enfim, uma

estrutura para ação. Além disso, os processos compõem a estrutura

organizacional através de uma hierarquia, onde cada nível possui papéis

e responsabilidades diferenciadas, porém diretamente interligadas. A

figura 6 ilustra a hierarquia do processo apresentada por Harrington (1993

apud VILLELA, 2000) e Davis; Weckler (1997 apud VILLELA, 2000).

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Figura 6 - Hierarquia do processo.

Fonte: Elaborada pela autora com base em Harrington (1997 apud VILLELA,

2000) e Davis; Weckler (1997 apud VILLELA, 2000).

Todo o processo, atividade, tarefa ou procedimento, segundo Cruz

(1998), possui ainda um tempo de ciclo, que é o tempo necessário para a

sua execução, sendo composto por tempos de início, meio e fim de uma

parte executável. Estes tempos podem variar em função de uma série de

fatores e comprometer a eficiência do processo, além da produtividade da

organização.

Desta maneira, para reduzir o tempo de ciclo, o custo e melhorar a

qualidade, são necessárias mudanças organizacionais significativas as

quais requerem um profundo conhecimento das atividades que

constituem os processos essenciais de uma organização e os processos

que os apoiam. Dentre as técnicas que podem ser utilizadas para melhor

alcançar este entendimento está o mapeamento de processos

(JOHANSSON et al., 1995 apud VILLELA, 2000).

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O mapeamento de processos é uma ferramenta gerencial analítica

e de comunicação que têm a intenção de ajudar a melhorar os processos

existentes ou de implantar uma nova estrutura voltada para processos. A

sua análise estruturada permite, ainda, a redução de custos no

desenvolvimento de produtos e serviços, a redução nas falhas de

integração entre sistemas e a melhora do desempenho da organização,

além de ser uma excelente ferramenta para possibilitar o melhor

entendimento dos processos atuais e eliminar ou simplificar aqueles que

necessitam de mudanças (HUNT, 1996 apud VILLELA, 2000).

O sistema de comunicação permite o rastreamento das informações

necessárias para o mapeamento dos processos. O fluxo de informações é

bastante relevante pois, através dele será possível detectar os percursos

desnecessários que impossibilitam ao sistema de comunicação de

funcionar de forma ágil e otimizada (NASCIMENTO, 1999). Mediante o

mapeamento do fluxo de informações existente nas empresas e tabulação

dos dados das planilhas de envio e recebimento de informações é possível

ter uma visão geral dos processos (NASCIMENTO, 1999).

Uma das técnicas mais comuns para mapear um processo é na

forma de fluxograma, que descreve graficamente um processo existente

ou um novo processo proposto, identificando cada evento da sequência

de atividades por meio de símbolos, linhas e palavras (HARRINGTON,

1997 apud PAES, 2009). Existem diferentes tipos de fluxograma, são

eles: horizontal, vertical, diagonal e pictorial. Este último facilita a

visualização das atividades e dos setores das divisões (NASCIMENTO,

2012). Com isso, uma das vantagens de se utilizar uma ferramenta gráfica

é a facilidade de visualização, tanto da sequência de atividades, como da

forma como as atividades se encaixam. Outra vantagem consiste em

disciplinar a forma de raciocínio da equipe. São evidenciadas, também,

diferenças entre a forma como se supõe que as atividades sejam feitas e

como elas realmente são feitas (ENOKI, 2006).

Independente da técnica adotada, o mapeamento de processo

segue, segundo Biazzo (2000), as seguintes etapas:

1. Definição das fronteiras e dos clientes do processo, dos

principais inputs e outputs e dos atores envolvidos no fluxo de trabalho;

2. Entrevistas com os responsáveis pelas várias atividades dentro do processo e estudo dos documentos disponíveis;

3. Criação do modelo com base na informação adquirida e revisão

passo a passo do modelo seguindo a lógica do ciclo de “author-reader”

(onde o “reader” pode ser tanto aqueles que participam do processo como

potenciais usuários do modelo).

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Ao analisar um processo, a equipe de projeto deve partir sempre da

perspectiva do cliente (interno ou externo), de forma a atender às suas

necessidades e preferências, ou seja, o processo começa e termina no

cliente, como sugerido na abordagem derivada da filosofia TQM (Total

Quality Management). Dentro dessa linha, cada etapa do processo deve

agregar valor para o cliente, caso contrário será considerado desperdício,

gasto, excesso ou perda (VILLELA, 2000).

De acordo com Correia et al., 2002, o mapeamento de processos

permite as organizações explicitar o conhecimento; entender como

funcionam seus processos; controlar ou monitorar atividades; tomar

decisões; analisar alguns aspectos; simular o comportamento de algumas

partes; reprojetar e racionalizar recursos (Correia et al., 2002).

Existem diversas formas para mapear os processos de uma

organização, Tessari (2008) destaca o Business Process Model Notation

(BPMN), o qual foi desenvolvido pelo Instituto de Gestão de Processos

de Negócio e foi lançado publicamente em maio de 2004. De acordo com

Tessari (2008), um processo de negócio, hoje, ultrapassa as barreiras

naturais das organizações e é compartilhado por muitos participantes, o

que pode tornar a coordenação bastante complexa. A simbologia da

BMPN permite criar modelos de processos de negócio para finalidades

de documentação e comunicação. O BPMN traz uma padronização

bastante importante para facilitar a representação de processos e o

mapeamento dos mesmos para processos informatizados. Além disso, é

uma notação que tem como propósito a geração de um diagrama de

processos de negócio chamado de Business Process Diagram (BPD). O

BPD é construído através de um conjunto básico de elementos gráficos

os quais permitem o desenvolvimento de diagramas que são,

normalmente, bastante familiares para a maioria dos analistas de negócio,

pois são bastante parecidos com fluxogramas.

A BPMN descreve um conjunto de três objetos de fluxo: eventos,

atividades e 51 gateways (Figura 7). Os eventos são representados por

círculos e demonstram acontecimentos no curso de um processo e afetam

o fluxo de um processo e eventualmente podem ter uma causa ou impacto.

As atividades são representadas por retângulos com cantos arredondados

e são usadas para demonstrar algum tipo de trabalho realizado na

empresa. Os gateways são representados por um losango e são usados para controlar a divergência e a convergência de um fluxo de controle,

determinando decisões tradicionais e também caminhos paralelos ou

junções de caminhos (WHITE, 2004 apud TESSARI, 2008).

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43

Figura 7 - Objetos de fluxo básico da BPMN.

Fonte: BPMN (2007 apud Tessari, 2008).

Assim como muitas outras notações, A BPMN utiliza, para

representação de processos, o conceito de raias de natação (swimlanes)

como um mecanismo para organizar atividades em diferentes categorias

visuais, de forma a ilustrar diferentes capacidades funcionais ou

responsabilidades. Estas categorias são suportadas pelo BPMN através de

dois tipos de construtos, pools e lanes (Figura 8) (TESSARI, 2008).

Figura 8 - Elemento de raia da BPMN.

Fonte: BPMN (2007 apud Tessari, 2008).

Com isso, além de padronizar e facilitar a visualização dos

processos, o BPMN também auxilia na transferência de conhecimento,

tanto para o treinamento de novos colaboradores como na questão de

perda de conhecimento, no caso de saída ou relocação de funcionários,

devido a possibilidade de poder representar o estado atual dos processos

com menor grau de ambiguidade (TESSARI, 2008).

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44

2.5 TECNOLOGIAS DE INFORMAÇÃO

Como foi visto, a informação é crucial para o desempenho de uma

cadeia de suprimentos pois ela é o alicerce sobre o qual os gerentes de

cadeia de suprimento estruturam suas decisões. Já a tecnologia de

informação (TI) consiste em ferramentas utilizadas para obter e ter acesso

às informações e para analisá-las, de maneira a poder tomar as melhores

decisões para cadeia de suprimentos (CHOPRA; MEINDL, 2011).

A tecnologia de informação consiste em hardware e software

utilizados por toda a cadeia de suprimento para agrupar e analisar as

informações (CHOPRA; MEINDL, 2011, p. 342). Nesse sentido, o uso

dos sistemas de TI pode exercer um impacto significativo no desempenho

das organizações.

Sobre a tecnologia da informação no âmbito das organizações

hospitalares, Paes (2009) afirma que além de auxiliar na gestão interna de

suprimentos hospitalares, a TI facilita a integração entre os diversos

sistemas médico-hospitalares, pois inclui todos os sistemas que

organizam os dados que percorrem os processos. Como o segmento de

saúde é baseado também em informações, a TI é fundamental para o bom

andamento das atividades da organização garantindo a qualidade de

processos.

A seguir são apresentadas algumas das principais tecnologias de

informação utilizadas por organizações hospitalares na área de

suprimentos.

2.5.1 Padronização das Informações: GS1 na Saúde

Um dos fatores mais importantes que definem a organização da

informação por meio da tecnologia é a padronização. Sem ela, a troca de

dados entre organizações e sistemas é inviável, já que um item não seria

reconhecido se fosse classificado de maneiras distintas (GS1 BRASIL,

2018). No entanto, a criação de padrões para a troca de dados na área da

saúde é mais complicada devido à complexidade e a grande quantidade

de informações. É por isso também que ela é indispensável para evitar

erros nos fluxos de informação entre os setores internos da organização e

entre organizações de uma cadeia (PAES, 2009).

A Associação Brasileira de Automação (GS1 Brasil) é a empresa

responsável pelo desenvolvimento e aplicação de padrões globais de

identificação, os quais possibilitam uma gestão eficiente de toda a cadeia

de suprimentos. (GS1 BRASIL, 2018). Em 2002, a Agência Nacional de

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Vigilância Sanitária (ANVISA) e a GS1 Brasil elaboraram o Guia de

Codificação para o Setor da Saúde, que contém padrões e práticas para o

controle e o rastreamento de produtos na área médico-hospitalar (GS1

BRASIL, 2018). Além do nome do item em si, identificado pelo UPC

(Universal Product Code - Código Universal do produto, que está

presente nos códigos de barras das embalagens), o rastreamento dos

produtos médico-hospitalares deve se preocupar com o lote de produção

e com a validade dos produtos.

Um conceito importante utilizado pela GS1 é o de unidades

logísticas, que são “unidades físicas estabelecidas para o transporte e

armazenamento que precisem ser rastreadas individualmente numa cadeia

de suprimentos”. Elas podem ser identificadas com o Código de Série de

Unidade de Despacho (SSCC - Serial Shipping Container Cod),

constituído de um código de barras GS1-128 (conhecido anteriormente

por EAN-128) (GS1 BRASIL, 2018).

Existem diversas tecnologias disponíveis para auxiliar no

rastreamento de produtos, sendo os mais comuns o código de barras, o

Radio Frequency Identification (RFID) e o Electronic Data Interchange

(EDI).

2.5.2 Código de Barras Linear

A coleta e a troca de informações são críticas para o gerenciamento

e o controle de informações logísticas. O código de barras é uma

tecnologia de identificação que facilita a coleta e a troca de informações

logísticas que auxiliam no controle dos custos de compras e estocagem de

diversas organizações (BALLOU, 2006).

De acordo com a GS1 BRASIL (2018), o uso do código de barras

permite que um mesmo produto seja identificado em qualquer língua, sob

qualquer padrão métrico, por meio apenas de seu código único, o UPC.

O uso do código de barras pelas indústrias de alimentos e pelos

varejistas levou à necessidade de uma padronização mundial, cujas

normas e boas práticas são atualmente baseadas no sistema EAN

(European Article Numbering). Dentro deste padrão, há vários tipos de

modelos, que variam, principalmente, na quantidade de informações que

podem ser colocadas. Um termo bastante usual é o GS1-128

(anteriormente conhecidos EAN-128) o qual se refere à quantidade e ao

tipo de informações possível nas etiquetas de identificação. O GS1-128

possui grande quantidade de dígitos e caracteres (48 por unidade) além de

uma estrutura de posicionamento dos símbolos que auxiliam no

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rastreamento de produtos (GS1 BRASIL, 2018). A figura 9 mostra um

exemplo de código de barras no formato GS1-128.

Figura 9 - Códigos de barra no formato GS1-128.

Fonte: GS1 Brasil (2018).

O controle de qualidade do código de barras é essencial uma vez

que as barras existentes nos códigos possuem uma série de informações e

sua impressão deverá ser de boa qualidade. A leitura dos códigos de barras

é realizada por equipamentos denominados scanner, pistolas laser e

canetas ópticas. Atualmente, a tecnologia de scanner permitiu a

fabricação de equipamentos altamente sensíveis que permitem a leitura

em situações altamente adversas em relação aos primeiros modelos de

equipamentos existentes (GONÇALVES, 2010).

No que diz respeito ao processamento de pedidos, o uso do

código de barras torna mais rápida a preparação dos pedidos mediante a

coleta eletrônica de informações sobre os produtos solicitados (tamanho,

quantidade, descrição) e sua apresentação a um computador que efetuará

o processamento adicional (BALLOU, 2006).

Ainda de acordo com Ballou (2006), os códigos de barras são

especialmente importantes para uma entrada de informações precisa,

rápida e de baixo custo. Em comparação com a entrada de dados digitados

no computador, o escaneamento por código de barras oferece um

significativo aperfeiçoamento. O quadro 1 compara a utilização do código

de barras com a entrada de dados por digitação.

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Quadro 1- Comparação entre técnicas de entrada de dados.

Métodos de entrada de dados

Características

Entrada por teclado

(digitação) Código de Barras

Velocidade 6 segundos 0,3 a 2 segundos

Taxa de erros de

substituição

1 a cada 300 caracteres

entrados

1 a cada 15 mil a 36 trilhões de caracteres

entrados

Custos de codificação Altos Baixos

Custos de leitura Baixos Baixos

Vantagens Humanas Baixo índice de erros

Custo Baixo

Alta velocidade

Podem ser lidos a distância

Desvantagens Humanas Exige treinamento dos usuários

Alto custo Custo do equipamento

Alto índice de erros Problemas com imagens danificadas

Baixa velocidade

Fonte: Adaptada de Ballou (2006).

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2.5.3 Intercâmbio Eletrônico de Dados (EDI) e a Internet

O EDI é um meio de intercâmbio de documentos e

informações entre empresas, de computador para

computador, em formatos padrão. Proporciona

capacidade e viabiliza a comunicação eletrônica de

informações entre duas organizações

(BOWERSOX; CLOSS, 2011, p.191).

O EDI permite que as empresas façam pedidos de compra

instantâneos, sem papel, com seus fornecedores. Além de ser eficiente, o

EDI diminui o tempo necessário para levar os produtos aos clientes

(CHOPRA; MEINDL, 2011, p.57). De acordo com Bowersox e Closs

(2011), o EDI aumenta a produtividade mediante a transação mais rápida

de informações e diminui a redundância de entrada de informações. Além

disso, o EDI tem grande impacto sobre o custo operacional logístico, pois

reduz a mão de obra, documentos impressos, custos de correio,

comunicação por telefone e custos burocráticos.

Apesar das transações via EDI serem muito mais rápidas e

precisas do que quando são feitas em papel, esta tecnologia já está

desatualizada por ter capacidades limitadas se comparada com a Internet.

A Internet transmite uma quantidade muito maior de informações,

oferecendo, portanto, maior visibilidade. Melhor visibilidade melhora as

decisões ao longo da cadeia de suprimentos (CHOPRA; MEINDL, 2011).

A comunicação pela Internet entre os estágios na

cadeia de suprimentos também é mais fácil, pois já

existe uma infraestrutura padrão (a World Wide

Web). Graças à Internet, o comércio eletrônico de

dados tornou-se um dos pontos mais fortes na

cadeia de suprimentos (CHOPRA; MEINDL,

2011, p.57).

Porém o EDI ainda é utilizado por muitas empresas por ser uma

comunicação mais antiga e segura do que a Internet. A Internet é um

fórum público de acesso generalizado de baixo custo e, embora cada vez

mais segura, a Internet ainda apresenta alguns problemas. A entrega de

mensagens não é garantida, e pode ser mais demorada do que com o EDI

em virtude dos protocolos de roteamento de mensagens que causam

engarrafamento. Porém o custo das comunicações é muito mais baixo do

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que via EDI, já que este exige equipamento e acesso a linhas de

transmissão exclusivas (BALLOU, 2006).

Tanto o EDI quanto a Internet oferecem ganhos de eficiência e

responsividade para as organizações. O ideal é que dependendo da

organização e das atividades por ela executadas, seja utilizado um ou

outro meio para otimizar da melhor forma as atividades dentro da cadeia

de suprimentos.

2.5.4 Aplicativo de Gestão para Hospitais gerenciados pela EBSERH

A utilização de ferramentas computacionais na área da saúde está

em crescente expansão, pois esse tipo de suporte pode proporcionar aos

profissionais alcançarem mais precisão e agilidade em seus trabalhos,

melhoria no atendimento, monitoramento do fluxo de informações e

materiais, além da redução de custos.

Hoje já existem diversos tipos de sistemas informatizados de

gestão. Na área pública hospitalar, destaca-se o aplicativo de gestão para

Hospitais Universitários (AGHU) cujo desenvolvimento iniciou em 2009,

como parte integrante do Programa Nacional de Reestruturação dos

Hospitais Universitários Federais (REHUF), do Ministério da Educação,

destinado à reestruturação e revitalização dos hospitais das universidades

federais. O objetivo do aplicativo é apoiar a padronização das práticas

assistenciais e administrativas dos Hospitais Universitários Federais e

permitir a criação de indicadores nacionais, o que facilitará a adoção de

projetos de melhorias comuns para esses hospitais (EBSERH, 2018).

Para desenvolver o AGHU, a EBSERH (Empresa Brasileira de

Serviços Hospitalares) utilizou como base o sistema utilizado pelo

Hospital de Clínicas de Porto Alegre, tendo em vista o sucesso de seu

modelo de gestão e a disponibilidade do AGH - Sistema de aplicativos

para gestão Hospitalar, desenvolvido pela instituição. De acordo com Cardoso (2014), os objetivos específicos da

implantação do aplicativo AGHU são:

• Informatizar os processos clínicos de atendimento ao paciente:

(prontuário do paciente, prescrição, exames, atendimento

ambulatorial e outros);

• Construir uma base de conhecimento com as melhores práticas de

gestão;

• Padronizar sistema e aplicativos de gestão;

• Oportunizar a modelagem de processos e a revisão de normas;

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• Criar um ambiente de desenvolvimento coletivo e colaborativo;

• Oferecer modelos que possam ser usados na solução de problemas;

• Gerenciar as informações com eficiência e efetividade;

• Prover um canal de comunicação entre os diversos profissionais

que atuam nos processos do hospital para suporte na tomada de

decisões; e

• Propor mudanças de processos, buscando a descentralização das

informações.

Cardoso (2014) também enumera alguns benefícios obtidos com a

implantação do aplicativo AGHU:

• Viabilização de processos de gestão hospitalares definidos de

acordo com as melhores práticas, com flexibilidade, para serem

adaptados à realidade de cada instituição (sempre atendendo às

normas do Sistema Único de Saúde - SUS);

• Rapidez e facilidade no registro e na consulta dos prontuários

eletrônicos dos pacientes;

• Racionalização de processos, garantindo um menor tempo entre

consultas e atendimentos realizados a um mesmo paciente;

• Aumento da segurança do paciente, através do acesso facilitado às

informações no prontuário online;

• Utilização de perfis de acesso, garantindo a integridade e o acesso

adequado às informações do sistema;

• Geração de indicadores padronizados entre todos os Hospitais

Universitários Federais do Ministérios da Educação;

• Sistema desenvolvido em software livre e flexível para a utilização

em diferentes plataformas tecnológicas.

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3. PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

Este trabalho, de natureza exploratória, caracteriza-se como uma

pesquisa aplicada, tendo como característica o uso de métodos

qualitativos. Numa primeira etapa, o procedimento utilizado foi o

levantamento bibliográfico, o qual permitiu a identificação de materiais

sobre o assunto. Dados de documentos internos do hospital, além

daqueles obtidos por meio de observações in loco e entrevistas

semiestruturadas com o pessoal responsável pelo setor de análise também

foram usados na realização do trabalho. Para ter acesso aos dados da

organização, foi necessária a apresentação de um projeto de pesquisa

enviado junto com uma declaração de responsabilidade do pesquisador

para Gerência de Ensino e Pesquisa do HU, o qual foi apreciado e

aprovado.

Em relação a lógica, a pesquisa caracteriza-se como indutiva, visto

que gera conhecimento acerca de um tema de pesquisa que será

desenvolvido e estudado a partir de fatos particulares.

O estudo de campo foi realizado no Hospital Universitário

Polydoro Ernani de São Thiago (HU/UFSC), localizado na cidade de

Florianópolis, escolhido pelo seu grau de relevância para a comunidade

local e pela facilidade de acesso tanto do local quanto das informações

relevantes a este estudo.

O Quadro 2 apresenta o resumo do enquadramento metodológico

descrito acima.

Quadro 2 - Enquadramento Metodológico da Pesquisa.

Enquadramento Metodológico

Objetivo da Pesquisa Prático - Estudo de Caso

Lógica da Pesquisa Indutiva

Processo da Pesquisa Qualitativa

Resultado da Pesquisa Aplicada

Procedimentos Técnicos Pesquisa Bibliográfica

Estudo de Caso Fonte: Elaborado pela autora.

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Para realizar o estudo de campo foram necessárias oito visitas ao

Hospital Universitário Polydoro Ernani de São Thiago ao longo dos

meses de abril e maio. Nestas visitas foram entrevistados sete

funcionários sendo eles, a coordenadora da divisão de suprimentos do

HU, o responsável pelo departamento de compras, uma funcionária do

serviço de planejamento e controle de materiais, dois funcionários do

almoxarifado central, um funcionário do departamento de licitações e a

responsável pelos suprimentos do centro obstétrico. As entrevistas

tiveram duração de aproximadamente uma hora e foram essenciais para a

descrição das atividades relacionadas ao processamento de pedidos do

hospital.

As etapas seguidas para elaboração dos fluxogramas e suas

posteriores análises estão indicadas na figura 10.

Figura 10 - Etapas para elaboração do mapeamento do processo.

Fonte: Elaborado pela autora.

A identificação dos departamentos envolvidos no processo de

pedidos de materiais foi a primeira ação a ser realizada com o auxilio da

Gerente de Ensino e Pesquisa do HU e da coordenadora da divisão de

suprimentos. Após conhecer os departamentos, foram sendo identificados

os funcionários e realizadas as entrevistas ao longo das visitas. Com as informações levantadas nas entrevistas, foi possível elaborar o

fluxograma do processo, e a medida que o fluxograma ia sendo construído

eram realizadas verificações sobre o detalhamento e sobre a sequência das

atividades. Após a realização dos fluxogramas foram feitas avaliações

sobre o processo como um todo e sobre as atividades específicas. Por fim,

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foram identificados alguns pontos críticos e sugeridas algumas

possibilidades de melhoria.

3.1 Descrição da Unidade de Análise

O HU/UFSC foi fundado em 1980 e atende exclusivamente

usuários do SUS. É um hospital de referência no estado, além de ser o

único Hospital Federal do Estado de Santa Catarina. O hospital conta com

um corpo clínico multidisciplinar qualificado tanto em nível ambulatorial

quanto hospitalar, atendimento emergencial nas áreas pediátrica,

ginecológica-obstétrica e adulto, um ambulatório de especialidades, uma

maternidade e serviços de média e alta complexidade (GELBCKE et

al.,2016).

Atualmente o HU/UFSC possui 308 leitos, dos quais 238 estão

ativos distribuídos em 36 km² de área construída, onde circulam cerca de

3.500 pessoas diariamente, sendo docentes, profissionais de saúde,

voluntários e colaboradores (GELBCKE et al.,2016).

Assistência, ensino, pesquisa e extensão são os quatro pilares

importantes e articulados, nos quais o HU/UFSC concentra todos os

elementos essenciais à promoção da saúde e ao desenvolvimento do

conhecimento: assistência à população, ensino qualificado e pesquisa

científica (GELBCKE et al.,2016).

Em março de 2016, a Universidade Federal de Santa Catarina

assinou contrato com a Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares

(EBSERH). A partir da assinatura deste contrato, o HU/UFSC passou a

ser administrado em uma ação conjunta entre a universidade e a

EBSERH. O principal objetivo da entrada da empresa é a recuperação da

infraestrutura física e tecnológica, assim como a recomposição do quadro

de profissionais (GELBCKE et al.,2016).

A EBSERH é uma empresa pública vinculada ao Ministério da

Educação criada em 2011 com a finalidade de modernizar a gestão da

estrutura administrativa, que passou a contar em seu organograma com a

superintendência e três gerências: de ensino e pesquisa, atenção à saúde

e administrativa, que compõe o colegiado executivo (EBSERH, 2013).

A partir do contrato com a EBSERH, novos modelos de

governança foram sugeridos para o hospital. Como exemplo, o organograma da gerência administrativa, representado pelas figuras 11 e

12, encontra-se em transição. As figuras 11 e 12 mostram os

organogramas atual e proposto pela EBSERH, respectivamente. Uma das

alterações proposta consiste na separação do serviço de compras da

coordenaria de suprimentos. Pela nova divisão, o serviço de compras fará

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parte da divisão administrativa financeira, juntamente com a unidade de

licitações do setor de administração. A alteração tem como objetivo

especializar as funções e não sobrecarregar uma única coordenadoria.

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Figura 11 - Organograma da Diretoria de Administração atual.

Fonte: Adaptado de HU/UFSC (2018).

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Figura 12 - Organograma da Gerência Administrativa proposta.

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3.1.1 Centro Obstétrico

Todos os dados e informações descritas nesta seção foram

coletados por meio de entrevistas e observações assistemáticas,

realizadas ao longo dos meses de março e abril de 2018 com os

funcionários envolvidos nas atividades de suprimentos do hospital.

O Centro Obstétrico (CO) está localizado no segundo andar do

prédio de visitas do HU/UFSC e conta com 44 funcionários, além dos

médicos obstetra. O setor possui uma sala de parto e 7 leitos, sendo: 1

leito de observação, 4 leitos de pré-parto e 2 leitos de parto PPP (pré-

parto/parto/pós-parto). O centro realiza em média 230 partos/mês e

outros 30 procedimentos variados.

Os materiais e medicamentos utilizados no dia a dia do centro são

armazenados em dois locais situados dentro no centro obstétrico, cada um

com aproximadamente 8 m2 de área, e também em alguns armários

dispostos pelo centro. Apesar do hospital contar com 7 unidades de

armazenamento central, as quais são citadas no quadro 4, esta pesquisa

estudou apenas o processamento de pedidos de materiais que ficam

armazenados no almoxarifado central do HU.

No catálogo de materiais do CO consta mais de 250 SKU (Stock

Keeping unit), unidades de manutenção de estoque ou itens, os quais são

separados em 6 grupos e 16 subgrupos mostrados no quadro 3. O catálogo

de materiais (anexo A) contém informações como o código de cada

produto, a descrição, a unidade de medida, a cota (quantidade máxima a

ser solicitada, previamente autorizada) e a frequência com que o material

pode ser solicitado.

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Quadro 3 - Grupo de Materiais utilizados pelo Centro de Obstetrícia.

Fonte: Elaborado pela autora.

A quantidade máxima de material que pode ser solicitada dentro

de um determinado período varia de acordo com o material e com o

centro de custo e é definido como cota. Este período está especificado na

frequência, podendo ser semanal, quinzenal, mensal, trimestral e etc.,

dependendo do material. Caso haja necessidade de alterar esta quantidade

– ou de cota de material, no jargão dos funcionários – é necessário que

seja encaminhado um memorando (anexo B), com a justificativa da

alteração ao NUMAE (Núcleo de Materiais de Assistência em

Enfermagem), antiga CPMA (Comissão Permanente de Materiais e

Assistência). Este memorando pode ser utilizado para aumentar ou

reduzir a cota ou para incluir ou excluir algum material do catálogo. No

entanto, para os materiais de consumo regular, a alteração da cota pode

ser aprovada pelo próprio serviço de planejamento e controle de

materiais.

O pedido de materiais, cuja quantidade solicitada não excede a

cota, é feito com uso do sistema administrativo hospitalar (SAM),

desenvolvido pelo próprio HU para seu uso exclusivo. O mesmo fornece

o catálogo em formato digital de produtos do setor e campos para

preenchimento das quantidades solicitadas. Os pedidos feitos ao

almoxarifado costumam ser entregues no mesmo dia ou no dia seguinte,

enquanto os pedidos feitos à farmácia precisam ser retirados mediante

apresentação de receita médica.

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Como não há um controle das entradas e das saídas dos materiais

no estoque do centro, a lista com o quantitativo dos materiais necessário

para cada semana é feita com base na experiência do responsável pelos

suprimentos do centro. Uma vez que o responsável percebe que

determinado material está com estoque baixo, ele anota em um papel não

padronizado as quantidades a serem pedidas para posteriormente realizar

o pedido pelo SAM. Assim, não há um estoque de segurança ou ponto de

pedido definidos, as quantidades de materiais e o momento em que serão

solicitados são determinados apenas pela experiência do funcionário

responsável.

Os pedidos dos materiais ao almoxarifado via sistema são feitos

semanalmente e podem ser realizados por qualquer funcionário do centro,

porém em dias específicos da semana. No caso do Centro Obstétrico, os

pedidos são feitos obrigatoriamente nas segundas e quintas feiras. Caso

haja a necessidade de pedir algum material além da quantidade

especificada na cota, além da frequência de pedido definida ou em dia da

semana diferente dos dias programados, é feita uma requisição manual

com justificativa da solicitação de emergência e entregue em mãos no

almoxarifado. Neste caso, a solicitação deve ser aprovada pela

coordenadora de suprimentos antes da entrega do produto ao centro. Os

pedidos aprovados autorizam a entrega imediata dos materiais

diretamente ao funcionário do centro que o solicitou no balcão do

almoxarifado.

O controle dos materiais que vêm do almoxarifado e chegam ao

centro obstétrico não é rigoroso. Não há uma contagem das quantidades

no momento da entrega devido à falta de tempo e/ou de funcionários para

conferência dos pedidos. Logo, caso falte algum produto, o responsável

pelo setor entra em contato com o almoxarifado para repassar o que faltou

ou foi entregue errado. A correção é feita apenas verbalmente sem a

necessidade de registros ou notas.

Ao serem entregues no centro obstétrico, os materiais são

guardados nos seus respectivos locais identificados por etiquetas

contendo o código, o nome e a especificação do produto. As figuras 10 e

11 mostram como são armazenados e identificados os materiais no centro

obstétrico.

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Figura 13 - Compartimentos de materiais cirúrgicos.

Fonte: a autora.

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Figura 14 - Compartimentos dos materiais de assistência ao paciente.

Fonte: a autora.

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62

Caso o material solicitado ao almoxarifado esteja em falta, o

funcionário responsável pelos suprimentos entra em contato com outros

centros usando um grupo no whatsapp na busca do material. É comum

uma transferência de produtos entre os centros do hospital, embora não

seja registrada esta movimentação no sistema. Porém de acordo com o

responsável pelos suprimentos do centro obstétrico, essas transferências

não ocorrem com muita frequência.

Além disso, existe uma comunicação interna entre o almoxarifado

e o centro em questão. No caso de algum imprevisto no fornecimento,

devido a problemas com fornecedores, o almoxarifado informa o caso aos

centros para que estes busquem reduzir o consumo, se possível, ou

substituir o referido produto até que a situação se regularize. Tais

imprevistos podem ocorrer devido a atrasos na entrega, irregularidade na

qualidade do produto, entre outros. No caso de material imprescindível

para determinado setor, há possibilidade de realizar uma compra direta,

ou seja, adquirir este material de algum fornecedor, sem que seja

necessário o processo de licitação e registro de preço, como descreve a

subseção 3.1.4.

3.1.2 Unidade de Almoxarifado

De acordo com a coordenadora do almoxarifado central, o HU

conta com seis unidades de armazenamento de produtos responsáveis por

planejar, armazenar, controlar e distribuir os estoques dos insumos para

todo o hospital. As seis unidades e os respectivos produtos pelos quais

cada uma é responsável estão detalhados no quadro abaixo.

Quadro 4 - Unidades de Armazenamento de produtos.

Fonte: Elaborado pela autora.

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As seis unidades fazem parte do setor de suprimentos cuja

finalidade principal é gerenciar, de forma estratégica e racional, os

insumos padronizados, garantindo o atendimento dos pacientes e o pleno

funcionamento do hospital.

Este trabalho trata apenas dos materiais gerenciados pelo

almoxarifado central, cujas atividades são detalhadas na seção seguinte.

3.1.2.1 Almoxarifado Central

O almoxarifado central está localizado no subsolo do prédio de

visitas do HU/UFSC, e conta com três funcionários em funções

relacionadas a documentação, dois na separação de itens e organização

dos materiais nas prateleiras e outro responsável por fazer a entrega dos

pedidos para todos os centros de custo do HU/UFSC (listado no anexo

C).

As principais atividades realizadas pelo almoxarifado central são:

• Planejamento, armazenamento, controle e distribuição dos insumos

listados no quadro 4;

• Acompanhamento e monitoramento do cumprimento das ordens de

fornecimento e entregas das atas de registro de preços dos insumos;

• Acompanhamento e controle da aquisição e uso racional dos

insumos no hospital, de acordo com as diretrizes estabelecidas pelo

mesmo;

• Elaboração dos indicadores de avaliação.

Como citado anteriormente, as cotas, ou quantidades máximas dos

materiais, de assistência em enfermagem são administradas pelo

NUMAE, que tem como função padronizar e definir a relação de

materiais e equipamentos médico-hospitalares para uso no hospital

segundo preceitos de qualidade, segurança e economia. A cota não é

definida com base no consumo, mas com base na quantidade solicitada

no ano anterior, salvo nos casos em que os centros tenham solicitado a

alteração da mesma. Caso seja necessária a inclusão de algum material

que ainda não esteja no catálogo, o centro solicita, através de um

memorando, a padronização do material ao NUMAE, ou diretamente à coordenadoria de Planejamento e Controle de Materiais. Após análise e

levantamento de preços realizado pela unidade de compras, o serviço

responsável decidirá pela inclusão e padronização do material, ou pela

não inclusão do material. Caso o material seja incluído e padronizado na

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lista de materiais, são feitas estimativas das cotas e da quantidade a ser

comprada. Em geral, esta tarefa cabe ao profissional que fez esta

solicitação. Para medicamentos em geral, a comissão responsável pela

padronização é a Comissão de Farmácia Terapêutica (CFT).

Os pedidos dos materiais são feitos, regra geral, pelos centros e nos

dias especificados via sistema. Pedidos de emergência, conforme

comentado anteriormente, são feitos por requisição manual e retirados

pessoalmente no almoxarifado. Esses pedidos de emergência são

atendidos no momento da sua chegada por um dos funcionários do

almoxarifado, mediante aprovação da coordenadora de suprimentos. O

funcionário então retira o material do estoque e entrega diretamente para

o responsável do centro. Após a entrega do material, a requisição é

entregue para um funcionário que trata do processamento das

informações no almoxarifado, o qual registra no sistema e arquiva o

documento.

Quanto aos pedidos recebidos via sistema, os mesmos são

impressos em duas vias no próprio almoxarifado e repassados aos

funcionários responsáveis pela separação dos pedidos. Os produtos

separados são colocados em carrinhos, semelhantes aos usados em

supermercados, para que outro funcionário realize a entrega (figura 15).

Após a entrega, uma das cópias do pedido fica no centro de destino e a

outra volta para o almoxarifado assinada pelo funcionário que o recebeu,

para registro no sistema. Como não há ponto de pedido definido nem a

quantidade máxima de material que o almoxarifado local acomoda, as

solicitações de materiais pelos centros são feitas em todos os dias de

pedido e as quantidades requisitadas são quase sempre as máximas

estipuladas pelas cotas, independente da necessidade de consumo do

centro. Devido a isso, os centros acabam ficando com excesso de material,

os quais precisam ser devolvidos por não ter espaço suficiente no

almoxarifado local. Sendo assim, as devoluções de produtos em excesso

nos centros ocorrem às sextas feiras. Esses materiais são entregues no

almoxarifado, é feita uma nota de devolução, o funcionário guarda nas

prateleiras e, em seguida, é dada a baixa no sistema das quantidades que

voltaram.

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Figura 15 - Carrinho para entrega dos materiais.

Fonte: a pela autora.

O procedimento padrão para compra dos materiais é feito através

de um processo licitatório, respeitando as exigências da Lei nº 8.666, de

1993, já citada anteriormente. O processo de licitação é realizado por

meio de um pregão eletrônico, seguindo o que dispõe a Lei nº 10.520, de

2002. O processo licitatório, bem como o procedimento para compra

direta, são detalhados nas seções seguintes.

Ao contrário do centro obstétrico, o almoxarifado tem um controle

da movimentação dos materiais realizado em sistema próprio e, além

disso, inventário periódico, ou seja, contagem física periódica, dos

subgrupos de materiais é feito para verificação dos níveis de estoques. O

almoxarifado central conta com estoque de segurança com quantidades

suficientes para abastecer a demanda de um mês do hospital, quantidades

estimadas com base na média mensal de consumo do respectivo material.

Esse controle é muito importante, pois as autorizações de fornecimento

(AF) são geradas pelo Serviço de Planejamento e Controle de Materiais

(SPCM) com base nos níveis de estoque registrados no sistema. O

almoxarifado fica, assim, responsável apenas por acompanhar os pedidos,

receber e distribuir os materiais.

Normalmente, o prazo de entrega dos materiais pelos fornecedores

ao almoxarifado é de 10 dias após o envio da AF pelo serviço de compras.

O almoxarifado tem como função acompanhar os pedidos enviados, e em

casos de atrasos, notificar os fornecedores via e-mail, tomando assim as

providências necessárias. O acompanhamento dos pedidos em aberto é

feito em um arquivo no drive, onde consta dados do fornecedor, data de

envio da AF, prazo para entrega (informados pelo serviço de compras),

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status do pedido, notificações, data de entrega prevista e observações em

geral (informados pelo almoxarifado). Após o recebimento do material, o

almoxarifado informa ao departamento de compras a entrada do material,

o qual, por sua vez, notifica o setor de finanças para que seja efetuado o

empenho. De acordo com os dados de 2017, 99,2% das AFs foram

entregues sendo, 44,4% entregues com atraso – ou seja, com mais de 10

dias após envio da AF. Neste período, em decorrência dos atrasos, o

almoxarifado enviou 933 notificações aos fornecedores por e-mail, sendo

267 notificações enviadas pela segunda vez a um mesmo fornecedor.

As notificações aos fornecedores são enviadas pelo almoxarifado

se o material não é recebido após decorridos 10 dias do envio das AFs aos

fornecedores. Caso o fornecedor não entregue o pedido neste período,

nem haja qualquer manifestação que justifique a demora, é enviada a

primeira notificação: um documento padrão enviado via e-mail. Se após

48 horas o fornecedor não se manifestar, uma segunda notificação é

enviada, também por e-mail. A segunda notificação deve ser respondida

pelo fornecedor num prazo de 24 horas. Caso o fornecedor não responda

as comunicações, o funcionário do almoxarifado busca contato por

telefone. Se estas tentativas de contato não tiverem sucesso, o

almoxarifado encaminha os comprovantes de todas as notificações ao

setor de compras que dará início a um processo contra a empresa.

Quando os materiais são recebidos no almoxarifado, estes ficam

estocados em suas caixas no depósito externo até serem encaminhados às

prateleiras – cujas posições estão identificadas por meio de etiquetas com

códigos de cada produto. A identificação dos produtos por código é fixada

nas prateleiras, mas não nas caixas dos produtos, o que dificulta a

localização do produto quando o mesmo está em falta na prateleira. A

maioria das caixas ainda fechadas ficam no depósito externo, ao lado do

almoxarifado, e são colocadas nas prateleiras à medida que é necessário

repor o estoque. As figuras 16 e 17 ilustram como são estocados os

materiais nas prateleiras e as embalagens ainda fechadas, no depósito

externo, antes de serem encaminhadas às prateleiras.

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Figura 16 - Estoque dos materiais nas prateleiras.

Fonte: a pela autora.

Figura 17 - Depósito externo com estoque de materiais.

Fonte: a pela autora.

3.1.3 Serviço de Planejamento e Controle de Materiais

A unidade de Planejamento e Controle de Materiais está

localizada ao lado do almoxarifado central, no subsolo do prédio de

visitas do HU. Nesta unidade atuam três funcionários sendo cada um

responsável pelo planejamento de determinados grupos de produtos.

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As funções do SPCM incluem: i) a elaboração do planejamento das

compras anuais dos materiais; ii) encaminhamento do plano para unidade

de composição de preços, para que sejam feitas as cotações; iii) controle

dos vencimentos dos pregões via planilha no drive, para dar início ao

processo da próxima licitação; iv) aprovação da alteração das cotas,

incluindo ou eliminando itens do catálogo de produtos; v) estimativa das

despesas financeiras mensais com materiais. Além disso, o SPCM é

responsável por gerenciar, planejando mensalmente, os estoques de

materiais, solicitando-os por meio de AFs ao setor de compras. O setor de

compras, por sua vez, encaminha as AFs às empresas, incluindo somente

itens homologados via processo licitatório. Dados fornecidos pela

coordenadora do setor de suprimentos mostram que, em 2017, foram

emitidas 2.238 AFs, sendo 19 não atendidas pelos fornecedores.

Para estimativa da quantidade de determinado produto, regular e

padronizado, a ser licitado, o Serviço de Planejamento e Controle de

Materiais utiliza o valor da demanda mensal média dos últimos 12 meses

e multiplica por 15. Essa margem de 3 meses contabilizados a mais, é na

verdade, o estoque de segurança, cujo objetivo é garantir o abastecimento

caso a demanda anual aumente. No caso de materiais mais específicos, a

estimativa da quantidade é realizada com base na revisão das

especificações e análise do consumo junto a área técnica. Porém, neste

caso, também se considera uma quantidade maior do que o consumo

previsto, pois após a assinatura da Ata de Registro de Preço (documento

que registra os preços para aquisição posterior dos produtos) não é

possível solicitar quantidades superiores as estipuladas inicialmente. A

Ata de registro de Preços, no entanto, não especifica uma quantidade

mínima a ser adquirida. Este documento serve apenas para garantir o

preço unitário do produto, a quantidade máxima que pode ser solicitada

ao longo do ano e o prazo de entrega. A medida que o setor de compras

envia as AFs aos fornecedores e estes entregam os produtos solicitados,

são elaborados os empenhos e as quantidades entregues são subtraídas do

total licitado – para definir a quantidade ainda disponível numa ata de

registro de preço.

Ainda sobre o planejamento anual dos pedidos de materiais, cabe

ressaltar que este se inicia seis meses antes do vencimento do processo

licitatório vigente, para que não corra o risco da Ata de Registro de Preço vencer sem que outra licitação tenha sido realizada. Este procedimento

evita, assim, riscos de falta de material ou a necessidade da aquisição via

compra direta. A validade das Atas de Registro de Preço é sempre de doze

meses.

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A montagem e autuação do pedido para a compra dos materiais

também é realizada pelo SPCM. Neste pedido, constam as especificações

dos produtos e as quantidades atualizadas que são requisitadas. O

processo é todo impresso e levado para o setor de compras que realiza a

cotação dos itens e o mapa de preços. O HU exige que sejam feitas no

mínimo três cotações por produto. Após as cotações, o processo volta para

o SPCM para que os valores sejam atualizados no Sistema de

Administração Hospitalar de forma a emitir o pedido de compras visando

a licitação. O SPCM então, emite o pedido de compra juntamente com o

termo de referência - TR, documento que estabelece os termos para a

aquisição e que contém as especificações (descrição, características

mínimas, garantia, prazo de entrega), quantidades a serem licitadas e

valor unitário dos produtos, e o encaminha para a diretoria administrativa

para aprovação. Após a aprovação do TR, o mesmo é enviado para o setor

de licitação para abertura do edital do pregão eletrônico.

O resultado dos processos licitatórios é informado ao SPCM para

que este atualize o sistema com as novas quantidades disponíveis de cada

material. O levantamento dos pedidos mensais é feito pelo SPCM através

de um relatório emitido pelo sistema com as quantidades dos materiais

em estoque. Os materiais que estão com as quantidades em estoque abaixo

do seu consumo médio mensal são pedidos conforme o setor financeiro

libera a verba. Com as quantidades definidas e a verba liberada, o SPCM

elabora as AFs e as envia para o setor de compras. Junto com a elaboração

das AFs, o SPCM também elabora os respectivos empenhos e os envia à

Diretoria Administrativa para aprovação. Após aprovado, o empenho é

digitado no Sistema Integrado de Administração de Serviços Gerais

(SIASG) e encaminhado para o setor de finanças. Com o empenho

digitado, o setor de compras verifica a situação legal da empresa para

então enviar a AF para o respectivo fornecedor. O pagamento é liberado

pelo financeiro após o pedido ser entregue.

Além disso, o serviço de planejamento e controle de materiais

também é responsável por padronizar novos materiais no catálogo à

pedido dos profissionais ou das áreas técnicas. Para isso, o requerente

deve entregar um documento com o detalhamento completo do item,

forma de fornecimento (unidade), regularidade do consumo, custo do

material, entre outras informações para o mesmo ser incluído no catálogo. De acordo com a auxiliar administrativa do centro obstétrico, esse

processo normalmente é bastante lento, podendo demorar meses para

aprovação da inclusão do item e até anos para o seu fornecimento. Após

aprovação da inclusão do material o SPCM elabora a codificação dos

materiais junto ao SAM, com base no sequencial do sistema. Além deste

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código, utiliza-se também o código do SIASG, o qual é definido com base

na consulta no site de Compras Governamentais do Ministério do

Planejamento, Orçamento e Gestão (comprasnet).

3.1.4 Unidade de Compras e Licitações

Após determinadas as quantidades necessárias de cada

material que deverão ser compradas para suprir a demanda anual de

todos os centros do HU, é necessário dar início ao processo de

compras. O serviço de composição de preços, ao receber a demanda

de compras, realiza o mapa de preços, enviando e-mails aos

fornecedores do ramo com pedido de cotação. Após a confecção do

mapa, este é enviado para análise técnica para aprovação. Com o

mapa de preços aprovado, o SPCM atualiza os valores no SAM e

emite o pedido de compras juntamente com o TR para entregar à

diretoria de administração e posterior encaminhamento para o

departamento de licitações, o qual inclui o processo no SAM para

gerar o número do edital. As normas e procedimentos resumidos

nesta sessão estão disponíveis no Manual de Compras do

Departamento de Compras (DCOM) da Universidade Federal de

Santa Catarina, cuja primeira versão online, revisada e atualizada,

foi disponibilizada em março de 2018.

As compras em geral são feitas através do procedimento

licitatório disciplinado pela Lei nº 8.666, de 1993, segundo a qual a

licitação tem como objetivos principais a obtenção da proposta mais

vantajosa para a administração pública, por meio da competitividade

entre os licitantes, e a garantia de condições igualitárias a todos que

queiram concorrer pela celebração do contrato com a administração

e que preencham os requisitos preestabelecidos, atendendo ao

princípio da isonomia. Além disso, a Lei nº 8.666, de 1993

contempla 5 das 6 modalidades de licitação existentes elencadas no

art. 22 da referida lei: concorrência, tomada de preços, convite,

concurso e leilão.

No entanto, a legislação posterior à Lei n° 8.666, de 1993

prevê, para a aquisição de bens e serviços comuns, qualquer que seja

o valor do objeto, a licitação na modalidade pregão (instituída

pela Lei nº 10.520, de 17 de julho de 2002), preferencialmente na

forma eletrônica (regulamentada pelo Decreto nº 5.450, de 31 de

maio de 2005). Na forma eletrônica, a disputa pelo fornecimento de

bens ou serviços comuns é realizada a distância em sessão pública,

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pelo portal de compras do Governo Federal, comprasnet, já citado

anteriormente. Não é amplamente detalhado neste trabalho o fluxo

do processo licitatório em si, visto que este possui uma série de

etapas burocráticas obrigatórias as quais não dependem da

instituição.

Durante ou após a realização do pregão, o hospital solicita

aos fornecedores participantes amostras dos materiais para que a

área técnica verifique se o material está realmente de acordo com as

especificações determinadas e dentro do padrão de qualidade

mínimo esperado. Para acelerar o processo e dar início a elaboração

da Ata de Registro de Preços, não são exigidas amostras das

empresas cujo histórico não há problemas e cujo os materiais já são

conhecidos pela equipe técnica do hospital.

O pregão eletrônico pode ocorrer para fornecimento imediato

(pronta-entrega) ou para registro de preços. A figura 18 mostra de

forma resumida o prosseguimento do processo licitatório de acordo

com a modalidade: Sistema de Registro de Preços (SRP) ou

Fornecimento imediato (pronta-entrega).

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Figura 18 - Fluxo de tramitação dos pregões eletrônicos.

Fonte: DCOM (2018).

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Legenda:

DCOM = Departamento de Compras

DPC = Departamento de Projetos, Contratos e Convênios

PROAD = Pró-Reitoria de Administração

DGO = Diretoria de Gestão Orçamentária

DPL = Departamento de Licitações

PF = Polícia Federal

TR = Termo de Referência

A principal diferença entre o pregão com fornecimento imediato

(pronta-entrega) e o pregão com SRP é que neste não existe a imediata

contratação do objeto com emissão da Nota de Empenho, mas apenas

o registro dos preços ofertados por meio da assinatura da respectiva Ata

de Registro de Preços. Dessa forma, com a adoção do SRP, a

administração não assume o compromisso de contratação, nem mesmo de

quantitativos mínimos, pois a existência de preços registrados não a

obriga a firmar o contrato. Além disso, após a contratação o licitante

compromete-se a manter, durante o prazo definido, a disponibilidade do

produto nos quantitativos máximos pretendidos.

Dentre as principais vantagens do SRP para a Administração

Pública, destacam-se:

• Redução de formação de estoque e ocupação de espaço útil;

• Possibilidade de aquisição de produtos frescos ou recém-fabricados;

• Não obrigatoriedade de aquisição;

• Redução do risco desperdício de material por deterioração ou avaria;

• Redução do número de processos licitatórios e economia de custos

de publicação de seus respectivos atos administrativos;

• Direcionamento dos recursos às necessidades imediatas;

• Redução do risco de fracionamento de despesa.

No entanto, de acordo com a Coordenadora do Suprimentos, 30%

das licitações pelo sistema de registro de preço fracassa. Ou seja, 30% dos

pregões abertos precisam ser refeitos. Isso pode ocorrer por nenhuma empresa se candidatar, ou pelos preços estarem muito acima do cotado ou

ainda, por nenhuma empresa ter o material nas especificações corretas.

Além disso, muitas entidades públicas atrasam seus pagamentos e

por esse motivo várias empresas não se interessam ou não têm condições

de participar de processos licitatórios. Isso faz com que a concorrência

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seja menor, e muitas vezes o hospital acaba por ter que comprar um

determinado produto acima do preço cotado ou de qualidade inferior ao

esperado.

Como já foi citado, outra medida possível para tomar em casos de

pregões que fracassaram cujo item é imprescindível ao hospital é pela

compra direta. Esta pode ser solicitada pelo serviço de planejamento e

controle de materiais ou diretamente pelos centros de custos. Caso seja

necessária a realização de uma compra direta, a demanda é enviada ao

serviço de compras para levantar as cotações dos valores do respectivo

material. São necessárias no mínimo 3 cotações de fornecedores

diferentes para a elaboração do mapa de preços. Este então é enviado à

área técnica para análise e escolha do fornecedor com base nos menores

preços e na qualidade mínima requisitada. Uma vez determinado o

fornecedor, o setor de compras verifica a situação fiscal da empresa

aprovada e envia o orçamento da despesa para aprovação da gerência

administrativa. Aprovado o orçamento, o setor de compras prepara o

empenho e o encaminha junto com as certidões para o setor de finanças.

Após esta etapa é enviado via e-mail a autorização de fornecimento à

empresa e após a mesma confirmar o recebimento, é enviada uma cópia

da AF ao almoxarifado responsável.

No entanto, com o intuito de evitar a compra direta, o departamento

de compras e de licitação podem tomar duas medidas. Uma delas é se o

resultado de algum item urgente for deserto em determinado pregão, há

possibilidade deste item “pegar carona” em outro pregão já em andamento

para economizar tempo. Outra possibilidade é a homologação parcial de

um pregão, isso é, os itens que já tiveram seus lances encerrados e

resultado satisfatório, são homologados antes do pregão como um todo

encerrar. Ambas as medidas resultam em um fornecimento mais rápido

dos produtos. No entanto, ainda assim, a realização da compra direta

acontece com frequência para sanar os casos mais críticos de falta de

produto. Para esses casos, a compra direta pode ser efetuada em apenas 3

dias, no entanto, esse tempo pode variar de acordo com a urgência da

reposição. O fluxo simplificado da compra direta está descrito na figura

19.

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Figura 19 - Fluxo de compra direta.

Fonte: EBSERH (2018).

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3.2 Sistema Administrativo Hospitalar

O Sistema Administrativo Hospitalar foi desenvolvido pela

Superintendência de Governança Eletrônica e Tecnologia da Informação

e Comunicação (SeTIC) da UFSC exclusivamente para o Hospital

Universitário. O sistema foi instalado no servidor do hospital e contém

diversos módulos que envolvem todos os departamentos do Hospital,

desde as divisões médicas, departamentos de administração, recursos

humanos até a parte de custos, finanças e patrimônio. No entanto,

conforme os funcionários entrevistados, o sistema não funciona de forma

integrada. Ou seja, os funcionários do departamento de suprimentos, por

exemplo, não têm acesso aos outros módulos do sistema. Além disso, não

há um treinamento de implantação para os funcionários usarem o sistema

de forma correta utilizando todas as funções que o mesmo oferece. Sendo

assim, de acordo com a responsável pelos suprimentos do CO, o sistema

ajuda a agilizar as atividades do dia a dia porém ele ainda tem diversas

restrições que poderiam ser melhoradas.

Para o setor de suprimentos do hospital, o sistema funciona

basicamente para a realização dos pedidos de materiais e medicamentos

pelos centros, para emissão de relatórios necessários às atividades dos

setores de compras, almoxarifado e planejamento e controle de materiais,

como por exemplo: a quantidade de material entregue a cada centro de

custo em um determinado período, as quantidades de produto em estoque

no almoxarifado ou nas outras unidades de armazenamento, o catálogo de

todos os materiais e medicamentos utilizados pelo hospital, entre outras

informações.

Como foi citado anteriormente, a EBSERH começou a implantar

outro software integrado via web nos hospitais da rede pública os quais

ela administra, o AGHU. Porém, de acordo com os funcionários

entrevistados, a implantação do AGHU no hospital não teve o êxito

esperado. Além disso, não foi realizado treinamento para os funcionários

e por enquanto só estão disponíveis poucos módulos.

3.3 Aplicação do método de mapeamento BPMN

Para uma gestão eficiente de qualquer processo é preciso primeiro

gerenciar a informação através do estabelecimento de fluxos

informacionais adequados à organização (VITAL et al., 2010). O

mapeamento do fluxo de processo proposto neste trabalho utilizou o

método BPMN para registrar o fluxo de informações ao longo das etapas

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processadoras de uma cadeia. Ao falar em fluxo de informações, entende-

se como informações necessárias a realização das atividades durante um

determinado processo (CORREIA et al., 2002). As atividades e

informações que fazem parte do processamento do pedido de materiais do

Hospital Universitário Professor Polydoro Ernani de São Thiago foram

registradas e representadas por três fluxogramas.

Como foi descrito nas seções acima, a aquisição dos materiais

inicia-se pela licitação, pela qual são estabelecidas as atas de registro de

preços. A partir disso, de acordo com as demandas mensais, são liberadas

as autorizações de fornecimento para as empresas fornecerem ao hospital

os materiais solicitados. Com os materiais em estoque, são realizados

semanalmente, os fornecimentos internos de materiais de acordo com as

solicitações dos centros de custos. Desta forma, para facilitar o

entendimento do processo, o mesmo foi dividido em três subprocessos:

licitação, fornecimento externo e fornecimento interno. A simbologia

utilizada nos fluxogramas está representada na figura 20.

Figura 20 – Simbologia BPMN.

Fonte: Elaborado pela autora.

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3.3.1 Fluxograma do Subprocesso de Licitação

Figura 21 - Subprocesso de Licitação.

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3.3.2 Fluxograma do Subprocesso de Fornecimento Externo

Figura 22 - Subprocesso de Fornecimento Externo.

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3.3.3 Fluxograma do Subprocesso de Fornecimento Interno Figura 23 - Subprocesso de Fornecimento Interno.

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4. DISCUSSÃO

Após a coleta de dados e elaboração dos fluxogramas, é possível

ter uma visão geral do processo. Deseja-se com isso analisar o processo e

detectar atividades que geram atrasos, gargalos e com mais custos

envolvidos.

4.1 ANÁLISE GERAL DO PROCESSO

A partir da coleta de dados e do mapeamento do processo, foi

possível confirmar que, apesar da importância dos serviços prestados pelo

setor público de saúde, os sistemas de informação utilizados na cadeia de

suprimentos ainda são muito simples, se comparados com as tecnologias

que estão disponíveis no mercado. Das possíveis razões para isso,

levantadas por Infante e Santos (2007), se deve principalmente à ausência

de estudos sobre o processo logístico, de abastecimento e da cadeia de

suprimentos neste setor. Outra razão levantada pelos autores se deve às

disfunções da execução orçamentária, uma vez que o sistema de saúde

público brasileiro sofre de uma ineficiência administrativa crônica.

Como pode ser visto nos fluxogramas, a transmissão interna de

informações ao longo do processamento de pedidos de materiais é

realizada na maioria das vezes de forma manual, o que de acordo com

Fleury (2003) torna a atividade de transmissão do pedido lenta e com alta

suscetibilidade a erros. O hospital possui um sistema administrativo

hospitalar que, apesar de ser utilizado, encontra-se defasado e não atende

a todas as necessidades dos funcionários, sendo estes muitas vezes

obrigados a recorrer a meios de comunicação não padronizados, como por

exemplo a criação de planilhas no google drive. A transmissão externa de

informações aos fornecedores é feita, principalmente, via e-mail, o que de

certa forma, não é ideal já que este meio pode gerar atrasos e prejuízos ao

hospital caso o e-mail esteja errado, desativado ou seja extraviado. Como

foi comentada na seção 2.5.3, a utilização da internet e de plataformas

online ou mesmo o EDI facilitaria o contato com os fornecedores,

contribuindo para reduzir os atrasos nas entregas dos materiais e a

quantidade de notificações enviadas.

Outro ponto importante a ser comentado é em relação a dificuldade

de integração entre os setores e departamentos do hospital. Apesar de não

estar nítida nos fluxogramas, a troca de informações entre os setores

clínicos e administrativos do hospital é bastante limitada. Um exemplo

disso é baixa comunicação entre os médicos que utilizam os materiais, e

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os funcionários do almoxarifado. Por exemplo, quando por meio de nova

licitação, troca o fornecedor, e consequentemente alguma característica

do material fornecido. Mesmo que ainda tenha em estoque o material

fornecido pelo antigo fornecedor, pode acontecer, pela falta de

conscientização e comunicação entre os funcionários, dos médicos só

aceitarem utilizar o novo material recebido, gerando assim um

desperdício de materiais que acabam vencendo no almoxarifado.

4.2 ANÁLISE DO SUBPROCESSO DE LICITAÇÃO

As atividades externas ao hospital seguem a legislação vigente

conforme comentado na seção 3.1.4 e utilizam os sistemas

disponibilizados pelo governo federal, entre eles o site comprasnet onde

são realizados os pregões eletrônicos e o Sistema Integrado de

Administração de Serviços Gerais, onde são registrados os empenhos. No

entanto, os documentos gerados pelas várias atividades que compõem o

processo licitatório ainda são encaminhados fisicamente, ou seja, com

todos os documentos impressos necessários para instruir os processos de

compras.

Como se pode notar no fluxograma da Figura 17, os funcionários

da coordenadoria de processos licitatórios utilizam parcialmente o

sistema administrativo hospitalar somente para registrar o resultado da

licitação – esta é a única função do sistema utilizada por este setor. Os

documentos gerados no word e anexados ao edital são todos impressos e

encaminhados à direção administrativa para assinatura. Com o rápido e

fácil acesso à internet seria possível o hospital adotar o sistema de

assinatura eletrônica, o qual eliminaria a necessidade de imprimir e

encaminhar manualmente os documentos. Essa medida além de diminuir

drasticamente a quantidade de papel impressa pelo hospital, também

diminuiria o tempo de transmissão dos documentos, uma vez que este não

dependeria mais da presença de um funcionário. Após ser implementada

internamente, a assinatura eletrônica também poderia ser utilizada pelos

fornecedores para assinarem as atas de registro de preços, eliminando

assim a necessidade de impressão e do envio físico destes documentos.

4.3 ANÁLISE DO SUBPROCESSO DE FORNECIMENTO EXTERNO

O processo de fornecimento externo envolve além dos setores

internos do hospital, as diversas empresas que fornecem os materiais.

Como foi descrito anteriormente, após a assinatura da ata de registro de

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preços, o departamento de compras emite as autorizações de fornecimento

e as envia por e-mail para as respectivas empresas. No entanto, como pode

ser visto no fluxograma, esta etapa nem sempre é simples. Grande parte

dos e-mails enviados não são respondidos e acabam gerando retrabalho

ao funcionário do almoxarifado, o qual precisa ficar monitorando as

centenas de AFs e enviando notificações para as empresas. Como já foi

comentado, este sistema de comunicação não é eficiente e pode ser

considerado como gargalo no processo, uma vez que a não visualização

do e-mail pela empresa resulta em atrasos nos fornecimentos, podendo

gerar maiores transtornos à organização, caso o material esteja em falta

no estoque do hospital.

Ainda a respeito do monitoramento das AFs, as informações para

o controle do prazo de entrega e das notificações enviadas não ficam

registradas no sistema administrativo hospitalar utilizado pelo HU. Isso

porque o sistema encontra-se desatualizado e não possui essa

funcionalidade. A solução encontrada pelos funcionários foi a criação de

uma planilha no google drive onde o pessoal do departamento de compras

anota o prazo de entrega das AFs enviadas e o pessoal do almoxarifado

monitora as entregas e os envios de notificações. Apesar de funcionar,

esse sistema não é nada seguro, pois qualquer pessoa que tenha acesso a

planilha pode alterar os dados. Além disso, as informações geradas pela

planilha, como a porcentagem das AFs que foram atendidas fora do prazo

ou a quantidade de notificações que foram enviadas a determinada

empresa, não são integradas no sistema e consequentemente, não ficam

disponíveis para os outros setores e nem no banco de dados do hospital.

A solução para isso foi comentada na seção 2.5.4, a qual apresenta o

aplicativo desenvolvido especialmente para hospitais universitários pela

empresa EBSERH, o qual já está sendo utilizado pelo Hospital

Universitário de Florianópolis, porém para funcionalidades aleatórias.

Uma vez constatada a importância de um sistema integrado para a

gestão eficiente do hospital, são necessários investimento e treinamento

dos funcionários para que este sistema comece a ser utilizado

integralmente, centralizando assim todos os processos do hospital em um

só sistema, e consequentemente, facilitando a troca de informações entre

os setores.

Outra questão bastante significativa é o controle dos gastos com os insumos, que de acordo com Paes (2009), é o segundo grupo que mais

impacta nos custos hospitalares, o que enfatiza ainda mais a necessidade

de uma gestão eficiente da cadeia de suprimentos. Um dos processos

críticos do hospital que possui uma alta influência sobre os custos é a

compra direta. Este tipo de compra só é realizada quando um produto

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imprescindível ao hospital está em falta, isto é, devido a algum erro

cometido por um os setores da coordenadoria de suprimentos ou então

por problemas com o fornecedor, o produto não foi reposto e está em falta

em todos os estoques do hospital. Essa situação pode gerar diversos

transtornos para o hospital. O primeiro deles é o financeiro, pois pela

compra direta o hospital acaba tendo que pagar um valor bem mais alto

que o cotado. Outro problema é no departamento de compras, o qual os

funcionários têm que dar preferência para esta operação, deixando de lado

suas atividades de rotina. Como pode ser constatado no fluxograma, para

o processo de pedido de materiais chegar nesta etapa é porque ocorreu

algum erro de gerenciamento ao longo da cadeia de suprimentos. Apesar

do hospital adotar algumas medidas circunstanciais para tentar evitar ao

máximo a compra direta, de acordo com o responsável pelo processo, a

mesma ocorre com bastante frequência. A solução para este problema é

mais complexa pois envolve vários setores e atividades ao longo da

cadeia.

4.4 ANÁLISE DO SUBPROCESSO DE FORNECIMENTO INTERNO

A cadeia interna de suprimentos envolve as atividades de

armazenamento dos materiais pelo almoxarifado central e de distribuição

dos mesmos aos centros que os utilizarão. A partir das análises dos

processos é possível afirmar que foi neste subprocesso que foram

encontrados a maior parte dos problemas.

No início do processo de pedido, o serviço de planejamento e

controle dos materiais faz um levantamento pelo sistema da demanda

anual de cada material utilizado pelo hospital com base nos meses

anteriores. No entanto, os dados da demanda dos centros registrados no

sistema administrativo são equivocados. Isso porque o sistema fornece a

informação da quantidade de material que foi enviada aos centros, e não

a consumida efetivamente. Erros na distribuição, transferências de

materiais entre os centros e materiais descartados por defeito não são

registrados no sistema e consequentemente não são contabilizados.

Devido a isso, a previsão da demanda é inexata, o que pode gerar

problemas futuros.

Um dos problemas é na hora da licitação. Caso a quantidade a ser

licitada esteja abaixo do consumo anual, outra licitação terá que ser

realizada em menos de um ano para suprir a demanda, a qual demanda

recursos e pessoal. Em caso da quantidade licitada ser muito maior que a

demanda anual, a imagem do hospital perante os fornecedores pode ficar

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prejudicada, uma vez que os mesmos têm que se estruturar para ter a

quantidade licitada disponível ao longo do ano. Além disso, informações

de demanda são muito importantes para a elaboração de indicadores de

avaliação, como por exemplo, de crescimento do hospital.

Para melhorar a previsão da demanda dos materiais, é necessário

que os centros de custos também consigam registrar no sistema a entrada

e saída dos materiais nos estoques locais. Assim, todas as transações de

materiais ficariam registradas, fornecendo dados não só para obter uma

previsão de demanda mais precisa, mas também para outras análises

internas relativas as transferências ou descarte de materiais. Outra

utilidade bastante significativa resultante da disponibilidade destes dados,

seria para obtenção de um estoque de segurança calculado nos centros, e

não apenas empírico e determinado pela experiência do funcionário. Com

o controle das quantidades em estoque e um estoque de segurança

definido, a solicitação de materiais pelos centros ficaria muito mais

simples e rápida.

Essa medida também afetaria na redução da quantidade de

requisições manuais. Como está representado no fluxograma, as

requisições manuais são feitas à mão e entregues pessoalmente no

almoxarifado. Para atender a requisição, o funcionário do almoxarifado

precisa parar o que ele estava fazendo para pedir a autorização da

coordenadora de suprimentos e separar o pedido. Enquanto isso o

funcionário do centro fica esperando no balcão do almoxarifado até

receber os materiais solicitados. Após entregues os materiais, um

funcionário do administrativo do almoxarifado dá baixa no sistema e

arquiva a requisição. É possível afirmar que as atividades relacionadas à

requisição manual atrapalham a rotina dos funcionários e

consequentemente aumentam o tempo de ciclo do pedido.

No que se refere a separação e reposição dos materiais no

almoxarifado central, verificou-se que estas atividades requerem bastante

tempo e memória do funcionário responsável. Isso porque os códigos dos

produtos são colocados apenas nas prateleiras e não nas caixas em que

estes chegam. A ausência do código dificulta a localização do item

quando este está em falta na prateleira, pois as caixas ficam fechadas e

amontoadas no depósito externo do almoxarifado e não possuem qualquer

identificação. Normalmente quem faz a reposição dos itens e a separação dos pedidos solicitados pelos centros é o funcionário que recebe os

materiais do fornecedor, porém caso outro funcionário tenha que repor

nas prateleiras ou separar um pedido, o mesmo levará muito mais tempo

para encontrar os itens.

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Uma sugestão acessível que otimizaria estas atividades é a

aquisição de um aplicador de etiquetas para etiquetar as caixas logo que

estas chegam ao almoxarifado. Com isso, facilitaria na organização do

estoque externo e interno do almoxarifado. Além disso, a má organização

das prateleiras e das pilhas de caixas, resultam na perda de materiais que

acabam se danificando por estarem armazenados indevidamente ou então

vencendo por terem sido esquecidos em algum canto ou na base das

pilhas.

Apesar do aplicador de etiquetas ajudar na separação dos pedidos,

esta atividade ainda teria que ser realizada sem o auxílio de nenhum

equipamento eletrônico para conferência do código e das quantidades dos

produtos solicitados. Erros na separação dos pedidos geram significativo

aumento no tempo de ciclo interno dos pedidos e até erros nas baixas

dadas no sistema, caso o centro que o solicitou não perceba o erro. Isso

ocorre, pois, às vezes o entregador erra na contagem de determinado

material, ou lê o código errado ou até entrega o pedido no centro errado.

Nestes casos, o ideal seria a adoção de um sistema de separação de pedido

eletrônico, como por exemplo o código de barras, cujas vantagens foram

expostas pela tabela 1. O uso do código de barras diminuiria

significativamente o tempo da atividade de separação do pedido e evitaria

erros de leitura e contagem diminuindo assim o retrabalho. Também

facilitaria na hora de realizar as contagens periódicas do estoque do

almoxarifado. Além disso, o código de barras auxiliaria na hora de fazer

a baixa no sistema dos materiais que chegam ao almoxarifado

economizando mais tempo e eliminando os erros de digitação.

Outro problema relacionado a entrega dos pedidos nos centros de

custo é na conferência dos materiais. Por falta de funcionários e de tempo

do almoxarifado, o entregador não aguarda a conferência do pedido pelo

funcionário do centro no momento da entrega. Isso pode gerar

contratempos, pois se algo tiver errado o almoxarifado terá que corrigir

independente do funcionário do centro ter conferido certo ou errado.

Além disso, a baixa no sistema das quantidades de materiais do

pedido é feita após a entrega dos materiais através do papel impresso e

assinado que o entregador levou até o centro e trouxe de volta. No entanto,

conforme relatado pelo pessoal do administrativo do almoxarifado, nem

sempre todas as folhas do pedido impresso retornam, não é raro alguma das folhas ser extraviada no trajeto. Caso passe despercebido, não é dada

baixa nos materiais contidos nas folhas perdidas, o que pode gerar graves

problemas, como a quebra de estoque do almoxarifado e distorções na

previsão da demanda. É por mais esse motivo que pode-se reforçar a

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importância das atividades realizadas via sistema, o qual evita problemas

de extravio e de leitura.

4.5 COMPILAÇÃO DOS PROBLEMAS ENCONTRADOS E DAS

SUGESTÕES DE MELHORIA

Como foi visto, com base nas análises, foi possível detectar alguns

pontos ao longo do processo de pedido de materiais do HU que são

responsáveis por gerar atrasos, erros e até desperdício de material. Tendo

estes pontos identificados, foram dadas algumas sugestões de melhoria.

Os principais problemas identificados e as sugestões de melhoria estão

descritos no quadro 5.

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Quadro 5 - Problemas identificados X Sugestões de melhoria.

Problemas Identificados Sugestões de Melhoria

1 Sistema de informação atual é deficiente

Aquisição de um sistema interno informatizado ou

atualização do sistema existente

2 Sistema informatizado utilizado está

defasado

3 Dificuldade de integração entre os setores e

departamentos do hospital

4 Gestão insatisfatória dos dados de demanda

dos produtos

5 Ausência de identificação nas caixas do

depósito do almoxarifado central

Aquisição de um aplicador de etiquetas e se possível de

um leitor de código de barras

6 Retrabalho dos funcionários Treinamento, capacitação e conscientização dos

funcionários 7

Baixa qualificação dos funcionários e

ausência de treinamento

8 Grande quantidade de material impresso Adoção do sistema de assinatura eletrônica

9 Movimentação excessiva dos funcionários

10 Desperdício de material no almoxarifado Redesenhar o layout do almoxarifado central

Fonte: a autora.

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5. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Este capítulo trata das conclusões obtidas a partir das análises dos

resultados frente aos objetivos de pesquisa que se tinha no início e de

sugestões de pesquisas para trabalhos futuros.

5.1 CONCLUSÕES

Este trabalho destaca a importância da adequada gestão dos fluxos

de informações no ambiente hospitalar, de forma a garantir a efetividade

e eficiência dos processos logísticos hospitalares. De acordo com a

literatura, o processamento de pedidos e estudos sobre este tema são de

extrema importância para a logística da organização, principalmente por

promover a racionalização dos recursos e proporcionar a melhoria da

qualidade do atendimento por meio da produtividade e gestão financeira.

Com relação aos objetivos do trabalho, pode-se dizer que estes

foram alcançados, uma vez que a coleta de dados no hospital foi conforme

o esperado e os funcionários deram a assessoria necessária para realização

da pesquisa. Após a coleta de dados, foram elaborados e validados os

fluxogramas para depois serem feitas as análises. Análises estas, que

visaram a melhoria da logística da cadeia de suprimentos interna e externa

do hospital. As sugestões dadas foram pensadas levando-se em

consideração aspectos financeiros e de fácil manuseio para os

funcionários.

Sabe-se, entretanto, que as ações de melhoria não dependem

somente de recursos financeiros, mas também da facilidade ou não de

inserir-se na cultura da organização. Por ser uma organização pública, a

maioria dos funcionários está lá há muitos anos e assim acostumados com

as antigas práticas. Por isso, é necessário que além de estudos técnicos e

orçamentários, sejam realizadas análises comportamentais e treinamentos

adequados aos funcionários, os quais sem a colaboração impedem

qualquer melhoria no processo.

Apesar de diversos pontos da cadeia precisarem ser repensados, o

processo de pedidos de materiais atual atende à demanda do hospital e

garante o atendimento de grande parte da população da cidade. No entanto, como foi visto, existem diversas ações que podem ser tomadas

para melhorar a gestão do processo, otimizando assim os recursos

humanos e financeiros do hospital.

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5.2 LIMITAÇÕES

O presente trabalho teve como objetivo analisar as atividades

intrínsecas ao processamento de pedido de materiais do Hospital

Universitário Polydoro Ernani de São Thiago, dessa forma, os resultados

obtidos são específicos para esta organização.

Em relação ao desenvolvimento do trabalho, devido a limitação

de tempo disponível, não foi possível levantar os leadtimes das atividades

por estes variarem muito, o que exigiria um acompanhamento bem mais

extenso das atividades. Por esta limitação, também não foi possível fazer

um levantamento dos custos associados as atividades do processo.

5.3 RECOMENDAÇÕES PARA TRABALHOS FUTUROS

Considera-se que devido à importância deste tema em

organizações de saúde e a sua escassez na literatura brasileira, existem

inúmeras oportunidades para trabalhos futuros. Sugere-se que seja

escolhido um dos subprocessos do processamento de pedidos de materiais

do hospital para aprofundar os estudos e detalhar as sugestões de

melhoria, expondo os aspectos relativos ao custo e a adesão na cultura da

organização. Poderia também ser feito um estudo em relação ao tempo

que leva cada atividade do processo, e consequentemente o tempo de

ciclo, isto é, o leadtime total do processo.

Além disso, seria interessante a automatização dos fluxos do

processo utilizando a ferramenta Bizagi para construir o modelo de dados,

os formulários e as expressões que controlam o fluxo do processo no

software para realizar simulações e testar e analisar as diversas ações de

melhoria antes de implementá-las.

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VILLELA, C.S.S. Mapeamento de processos como ferramenta de

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VITAL, L. P.; FLORIANI, V. M.; VARVAKIS, G. Gerenciamento do

fluxo de informação como suporte ao processo de tomada de decisão.

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ANEXO A – CATÁLOGO DE MATERIAIS DO CENTRO OBSTÉTRICO

CÓDIGO Cota UNID FREQ NOME DO MATERIAL NO SISTEMA

162127 4 BL ATENDIMENTO AO RECEM NASCIDO - CENTRO OBSTÉTRICO 162127

11533 1 BL ATESTADO MÉDICO. 11533

72273 2 BL Q AUTORIZAÇÃO RECONSULTA AMBULATÓRIOS 72273

11754 200 FL Q CARTÃO DE ALTA DE PACIENTE. 11754

161642 1 BL S CONTROLE DA PUÉRPERA 161642

162126 2 BL CONTROLE DE ENFERMAGEM TRIAGEM CENTRO OBSTÉTRICO 162126

147729 2 BL S CONTROLE DE SINAIS VITAIS DO RECÉM-NASCIDO. 147729

157700 2 BL M CONTROLE PSICOTRÓPICOS . 157700

9741 4 BL Q ESCALA DE SERVIÇO MOD. 0300/026

174745 25 ET M ETIQUETA PARA IDENTIFICAÇÃO DE TUBOS DE COLETA PARA AMOSTRA DE SANGUE. 174745

9806 2 BL S EVOLUÇÃO DO PACIENTE. 9806

9938 80 FL Q FICHA DE ANESTESIA 9938

162166 2 BL HISTÓRICO DE ENFERMAGEM DO RECÉM-NASCIDO 162166

Continua

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162168 1 BL HISTÓRICO DE ENFERMAGEM GESTANTE/PARTURIENTE 162168

10448 2 BL Q IDENTIFICAÇÃO DE CADÁVER 10448

10502 40 FL Q LAUDO MÉDICO PARA EMISSÃO DE A.I.H. 10502

10669 2 BL M MEMORANDO S/ PAUTA MOD. 1006-5 10669

151505 60 FL Q ORIENTAÇÕES P/ ACOMPANHANTES DE PACIENTES INTERNADOS. 151505

159245 1 BL S PARTOGRAMA PARTOGRAMA 159245

162163 20 FL PRESCRIÇÃO DE ENFERMAGEM P/ CURETAGEM UTERINA GRAVIDEZ ECTÓPICA 162163

160851 2 FL M PRESCRIÇÃO DE ENFERMAGEM P/ GESTÃO DE ALTO RISCO 160851

158762 20 BL Q PRESCRIÇÃO DE ENFERMAGEM P/ PUÉRPERA MATERNIDADE. 158762

167200 2 BL Prescrição de Enfermagem para Parturiente 167200

158743 40 BL Q PRESCRIÇÃO ENFERMAGEM P/O RN 158743

52396 4 BL Q PRESCRIÇÃO MÉDICA CARBONADA BLOCO C/50 CONJUNTOS. 52396

159414 2 BL M RECEITUÁRIO CONTROLE ESPECIAL (BRANCO) USO MÉDICO. 159414

10995 4 BL S RECEITUÁRIO MÉDICO 10995

Continua

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11118 2 BL S RELATÓRIO DE CIRURGIA . 11118

11134 1 BL Q RELATÓRIO DE INSULINA 11134

11150 2 BL Q REQUISIÇÃO DE EXAMES ULTRASSONOGRÁFICOS E RELATÓRIO. 11150

11185 2 BL S REQUISIÇÃO DE EXAMES. 11185

11223 2 BL Q REQUISIÇÃO DE MATERIAL 11223

11231 2 BL Q REQUISIÇÃO DE MEDICAMENTOS. 11231

158259 2 BL S REQUISIÇÃO EXAMES OBSTÉTRICO 158259

11282 2 BL Q REQUISIÇÃO NOTA REMESSA 11282

11363 4 BL S RÓTULO DE SORO 11363

11380 1 BL Q SERVIÇO ANATOMIA PATOLÓGICA 11380

10510 6 BL Q SOLICITAÇÃO DE PROCEDIMENTOS ESPECIAIS 10510

10898 1 BL Q SOLICITAÇÃO DE SERVIÇOS HEMOTERÁPICOS. 10898

11436 1 BL Q SOLICITAÇÃO SERVIÇO MOD. 1019-7 11436

11452 1 BL M SUMÁRIO DE ALTA RELATÓRIO. 11452

Continua

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Continua

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111910 20 PE AGULHA PARA RAQUIANESTESIA 26G x 3 1/2" PONTA TIPO QUINCKE, ESTÉRIL, DESCARTÁVEL 111910

91138 40 PE AGULHA PARA RAQUIANESTESIA 27G x 3 1/2". PONTA TIPO QUINCKE, ESTÉRIL, DESCARTÁVEL 91138

91146 4 PE AGULHA PARA RAQUIANESTESIA 29G x 3 1/2" PONTA TIPO QUINCKE, ESTÉRIL, DESCARTÁVEL

173237 5 PE S CATETER PARA ANESTESIA PERIDURAL 045 X 085 mm COMPATÍVEL COM AGULHA PERIDURAL G18, ESTÉRIL.(BR0340992) 173237

177000 30 UN M CÂNULA PARA ASPIRAÇÃO MANUAL INTRA-UTERINA, Nº 10, ESTÉRIL, PLÁSTICA, SEMI-RÍGIDA, BIOCOMPÁTIVEL, TRANSPARENTE 177000

177001 10 UN M CÂNULA PARA ASPIRAÇÃO MANUAL INTRA-UTERINA, Nº 12, ESTÉRIL, PLÁSTICA, SEMI-RÍGIDA, BIOCOMPÁTIVEL, TRANSPARENTE 177001

176994 10 UN M CÂNULA PARA ASPIRAÇÃO MANUAL INTRA-UTERINA, Nº 4, ESTÉRIL, PLÁSTICA, SEMI-RÍGIDA, BIOCOMPÁTIVEL, TRANSPARENTE 176994

176995 10 UN M CÂNULA PARA ASPIRAÇÃO MANUAL INTRA-UTERINA, Nº 5, ESTÉRIL, PLÁSTICA, SEMI-RÍGIDA, BIOCOMPÁTIVEL, TRANSPARENTE 176995

176996 20 UN M CÂNULA PARA ASPIRAÇÃO MANUAL INTRA-UTERINA, Nº 6, ESTÉRIL, PLÁSTICA, SEMI-RÍGIDA, BIOCOMPÁTIVEL, TRANSPARENTE 176996

176997 30 UN M CÂNULA PARA ASPIRAÇÃO MANUAL INTRA-UTERINA, Nº 7, ESTÉRIL, PLÁSTICA, SEMI-RÍGIDA, BIOCOMPÁTIVEL, TRANSPARENTE 176997

176999 30 UN M CÂNULA PARA ASPIRAÇÃO MANUAL INTRA-UTERINA, Nº 9, ESTÉRIL, PLÁSTICA, SEMI-RÍGIDA, BIOCOMPÁTIVEL, TRANSPARENTE 176999

174743 2 PE M ELETRODO MÉDICO DE TUNGTÊNIO - 150mm, E-170 Ponta tipo bola reta, diâmetro de 4,76, 174743

174740 1 PE M ELETRODO MEIA ALÇA DE TUNGSTÊNIO - LMA 1510 Diâmetro 0,2mm; Base 15mm; Altura 10mm; 174740

174739 1 PE M ELETRODO MEIA ALÇA DE TUNGSTÊNIO - LMA 3015 Diâmetro 0,2mm; base 30mm; altura 15mm; 174739

Continua

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174368 5 PE M EXTRATOR OBSTÉTRICO A vácuo. (CÓD. SIASG BR0396889) 174368

156951 24 EV FIO DE SUTURA CATGUT CROMADO 2-0 FIO DE SUTURA CIRÚRGICO FEITO DE MATERIA 156951

158885 8 EV FIO DE SUTURA CATGUT CROMADO Nº 0 FIO DE SUTURA CIRÚRGICO FEITO DE MATERIA 158885

156952 12 EV S FIO DE SUTURA CATGUT CROMADO 3-0 FIO DE SUTURA CIRÚRGICO FEITO DE MATERIA 156952

158889 10 EV S FIO DE SUTURA CATGUT SIMPLES 2.0 FIO DE SUTURA CIRÚRGICO FEITO DE MATERIA 158889

158890 10 EV FIO DE SUTURA CATGUT SIMPLES 3.0 FIO DE SUTURA CIRÚRGICO FEITO DE MATERIA 158890

156960 18 EV FIO DE SUTURA CATGUT SIMPLES Nº 0 FIO DE SUTURA CIRÚRGICO FEITO DE MATERIA 156960

160410 12 EV S FIO DE SUTURA DE POLIGLACTINA 1 TRANÇADO, COLORAÇÃO VIOLETA, ABSORVÍVEL. 160410

172963 12 EV S FIO DE SUTURA DE POLIGLACTINA COM DIÂMETRO 0, TRAÇADO, COLORAÇÃO VIOLETA, COMPRIMENTO 172963

158896 6 EV FIO DE SUTURA POLIAMIDA 2.0 FIO DE SUTURA DE NYLON, NÃO ABSORVÍVEL, 158896

156980 2 EV S FIO DE SUTURA POLIAMIDA 3.0 FIO DE SUTURA DE NYLON, NÃO ABSORVÍVEL, 156980

158897 8 EV FIO DE SUTURA POLIAMIDA 4.0 FIO DE SUTURA DE NYLON, NÃO ABSORVÍVEL, 158897

161948 5 EV M FIO POLIESTER Nº 5 C/ AGULHA 4,7CMM, 1/2circ., PONTA TRIANGULAR COMPRIMENTO DO FIO 4 x 75CM, IMPREGNADO 161948

159828 5 EV S FIO SEDA Nº 0 PACOTE COM 10 FIOS Nº 0 DE 70cm DE COMPRIMENTO FIO DE SUTURA DE SEDA, NÃO ABSORVÍVEL, T 159828

Continua

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25771 1 EV FITA CARDIACA CARDÍACA, ALGODÃO 80CM. FITA CARDÍACA DE ALGODÃO COM 80cm.(CÓD. 25771

157436 24 EV KIT CESÁRIA COMPOSTO DE 06 FIOS NUM ENVELOPE, SENDO: 01 FIO MONOFILAMENTO POLIAMIDA PR 157436

157434 24 EV KIT OBSTETRÍCIA CATGUT CROMADO 2-0 CONTENDO TRÊS AGULHAS DE 3CM, 4CM, 5CM, 157434

158915 10 EV KIT OBSTETRÍCIA-CATGUT CROMADO 0 CONTENDO TRÊS AGULHAS DE 3CM, 4CM, 5CM, 3 X 70 (COD. SIASG BR 0281198) 158915

162433 1 PE M MASCARA FACIAL PARA INALAÇÃO TAMANHO PEQUENO COM COXIM INFLÁVEL REGULÁVEL, EM SILICON 162433

50440 1 RL PAPEL TÉRMICO PARA REGISTRO UTILIZADO NO MONITOR DE PRESSÃO ARTERIAL 50440

176308 2 PE M SERINGA PARA PERDA DE RESISTÊNCIA. SERINGA DE 7 A 10 ml, BICO LUER LOCK OU SLIP, EM PLÁSTICO, IND 176308

159483 1 PE Q TUBO ENDOTRAQUEAL COM BALÃO, Nº 6,5 MATERIAL BIOCOMPATÍVEL(EM PVC OU SIMILAR 159483

17884 2 PE S TUBO ENDOTRAQUEAL COM BALÃO, Nº 7,0 MATERIAL BIOCOMPATÍVEL(EM PVC OU SIMILAR 17884

14060 3 PE S TUBO ENDOTRAQUEAL COM BALÃO, Nº 7,5 MATERIAL BIOCOMPATÍVEL(EM PVC OU SIMILAR 14060

13943 1 PE Q TUBO ENDOTRAQUEAL COM BALÃO, Nº 8,0 MATERIAL BIOCOMPATÍVEL(EM PVC OU SIMILAR 13943

13951 1 PE Q TUBO ENDOTRAQUEAL COM BALÃO, Nº 8,5 MATERIAL BIOCOMPATÍVEL(EM PVC OU SIMILAR 13951

17841 1 PE Q TUBO ENDOTRAQUEAL SEM BALÃO, Nº 6,5 MATERIAL BIOCOMPATÍVEL(EM PVC OU SIMILAR 17841

Continua

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169949 15 PE ABSORVENTE HIGIÊNICO NOTURNO, ÁREA DE ABSORÇÃO COM 22 A 29CM X 7 a 9CM 169949

138754 40 PE Q ABSORVENTE PÓS-PARTO ÁREA DE ABSORÇÃO DE 35cm (+/- 3cm) X 12c 138754

105805 1 FR M ACETONA 500ML PARA REMOÇÃO DE ESMALTE,ÁTÓXICA. FRASCO 105805

169894 1 CX Q AGULHA HIPODÉRMICA 10 a 13 x 0,3 a 0,45 mm, com dispositivo de segurança. Canhão tra 169894

169895 1 CX 4 M AGULHA HIPODÉRMICA 20MM x 0,55 a 0,6MM, com dispositivo de segurança. Canhão tra 169895

101370 2 CX S AGULHA HIPODÉRMICA 20MM x 0,55MM, sem dispositivo de segurança. Canhão tra 101370

169893 3 CX M AGULHA HIPODÉRMICA 25MM x 0,8MM, com dispositivo de segurança. Canhão tra 169893

169897 3 CX Q AGULHA HIPODÉRMICA 30MM x 0,7MM, com dispositivo de segurança. Canhão tra 169897

101435 3 CX S AGULHA HIPODÉRMICA 30MM x 1MM sem dispositivo de segurança. Canhão tra 101435

12700 1 PT M ALGODÃO HIDRÓFILO EM ROLO, PARA ANTISSEPSIA BRANCO, PURO, ISENTO DE RESÍDUOS E IMPUR 12700

12769 1 PE S ATADURA DE CREPOM 12CM x 1.8M, TECIDO 100% ALGODÃO, NÃO ESTÉRIL, COM NO MÍNIMO 13 FIOS, TRAMA REGULAR, 12769

12785 1 PE S ATADURA DE CREPOM 20CM x 1.8M, TECIDO EM ALGODÃO OU MISTO, NÃO ESTÉRIL, COM NO MÍNIMO 13 FIOS, TRAM 12785

12734 1 PE S ATADURA DE CREPOM 30CM x 1.8M, TECIDO EM ALGODÃO OU MISTO NÃO ESTÉRIL, COM NO MÍNIMO 13 FIOS, TRAM 12734

Continua

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116980 4 PE AVENTAL PLÁSTICO MANGA LONGA TAM. ADULTO, ESTÉRIL, TRANSPARENTE. Aberto nas costas, com amarrilho na cint 116980

163013 15 PE S AVENTAL PLÁSTICO MANGA LONGA, TAMANHO ADULTO, NÃO ESTÉRIL, TRANSPARENTE. Aberto nas costas, com amarrilho na cint 163013

167448 1 RL M BANDAGEM ELÁSTICA 7,5 cm (-+1cm) x 4,5 m (-+0,5m), COM ADESIVIDADE SECA POR SOBREPOSIÇÃO, E 167448

175168 1 PE M BOBINA DE PAPEL TÉRMICO, 50mm x 20m Compatibilidade: Desfibrilador Mindray, 175168

13056 10 PE BOLSA COLETORA DE URINA SISTEMA FECHADO, 2000 ml, estéril, uso único. Tubo extensor com no 13056

12955 1 PE Q BOLSA TÉRMICA COM GEL PARA APLICAÇÃO DE CALOR E FRIO, 200 A 300 ml, PARA USO EM MICROONDAS E C 12955

121010 20 PE S CAMPO PLÁSTICO 90 X 120 a 150cm, ESTÉRIL, COM DOBRA ASSÉPTICA USO ÚNICO, 100% TRANSPARENTE E INCOLOR , 121010

172595 5 PE Q CÂNULA NASAL PARA OXIGENOTERAPIA EM NEONATO BAIXO PESO DUAS CÂNULAS EM SILICONE OU SIMILAR, BIO 172595

160014 2 PE S CATETER NASAL TIPO ÓCULOS PARA OXIGENOTERAPIA tamanho adulto, uso único, translúcido o 160014

117560 2 PE Q CATETER PARA ARTÉRIA UMBILICAL 3,5FR X 40CM (+/- 5CM) UMA VIA, em poliuretano, transparente, incolor, r 117560

12203 1 PE CATETER PARA PUNÇÃO VENOSA PERIFÉRICA 14G x 51mm (+/- 3mm) COM DISPOSITIVO DE SEGURANÇA. Cânula externa em poliuretano flexível, 12203

12211 10 PE S CATETER PARA PUNÇÃO VENOSA PERIFÉRICA 16G x 51mm (+/- 3mm) COM DISPOSITIVO DE SEGURANÇA Cânula externa em poliuretano flexível, 12211

12220 50 PE CATETER PARA PUNÇÃO VENOSA PERIFÉRICA 18G x 32mm (+/- 3mm) COM DISPOSITIVO DE SEGURANÇA Cânula externa em poliuretano flexível, 12220

156993 1 PE CATETER PARA PUNÇÃO VENOSA PERIFÉRICA 18G X 43 A 52mm COM DISPOSITIVO DE SEGURANÇA Cânula externa em poliuretano flexível, 156993

Continua

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80217 4 PE CATETER PARA PUNÇÃO VENOSA PERIFÉRICA 20G X 32mm (+/- 3mm) COM DISPODSITIVO DE SEGURANÇA Cânula externa em poliuretano flexível, 80217

12246 2 PE CATETER PARA PUNÇÃO VENOSA PERIFÉRICA 22G x 28mm (+/- 3mm) COM DISPOSITIVO DE SEGURANÇA Cânula externa em poliuretano flexível, 12246

12424 10 PE S CATETER PARA PUNÇÃO VENOSA PERIFÉRICA 24G X 19MM (+/- 3MM) COM DISPOSITIVO DE SEGURANÇA Cânula externa em poliuretano flexível, 12424

159457 5 L 6 M Detergente enzimático para limpeza de materiais com presença de matéria orgânica, com no 159457

166903 40 PE S DISPOSITIVO PARA ESCOAMENTO DE SOLUÇÕES PARENTERAIS LUZ INTERNA COM 3 A 5MM DE DIÂMETRO, para uso em frascos/bolsas com sistema f 166903

14109 10 PE DISPOSITIVO PARA PUNÇÃO VENOSA PERIFÉRICA 19G x 1,8 a 2cm, COM SISTEMA DE SEGURANÇA. Cânula de aço reta, siliconizada, bisel 14109

14117 4 PE DISPOSITIVO PARA PUNÇÃO VENOSA PERIFÉRICA 21G x 1,7 a 2 CM, COM SISTEMA DE SEGURANÇA. Cânula de aço reta, siliconizada, bisel 14117

14125 6 PE DISPOSITIVO PARA PUNÇÃO VENOSA PERIFÉRICA 23G x 1,5 a 1,9CM, COM SISTEMA DE SEGURANÇA. Cânula de aço reta, siliconizada, bisel 14125

14133 6 PE DISPOSITIVO PARA PUNÇÃO VENOSA PERIFÉRICA 25G x 1,5 a 1,8CM, COM SISTEMA DE SEGURANÇA. Cânula de aço reta, siliconizada, bisel 14133

176933 5 PE M DISPOSITIVO PARA VEDAÇÃO DE SISTEMA DE INFUSÃO, ESTÉRIL E DESCARTÁVEL. MATERIAL EM PLÁST 176933

112534 120 PE S ELETRODO CARDÍACO ADULTO USO ÚNICO COM GEL CONDUTOR SÓLIDO, ÁREA DE ADESIVI 112534

157485 80 PE

EQUIPO PARA INFUSÃO PARENTERAL POR BOMBA DE INFUSÃO, EM PVC TRANSPARENTE E INCOLOR, ISENTO DE LÁTEX.. Ponta perfurante multiajustável e capa 157485

157484 1 PE M EQUIPO PARA INFUSÃO PARENTERAL POR BOMBA DE INFUSÃO, FOTOSSENSÍVEL, EM PVC TRANSLUCIDO, ISENTO DE LÁTEX Ponta perfurante multiajustável e capa 157484

13080 80 PE S EQUIPO PARA SOLUÇÕES PARENTERAIS MACROGOTAS, 150 A 200CM, TRANSPARENTE, INCOLOR em PVC ou similar, flexível.Ponta perfur 13080

Continua

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25852 96 PE ESCOVA P/ASSEPSIA PRÉ-OPERATÓRIA COM CLOREXIDINE 2% A 4%, USO ÚNICO, DUAS 25852

175327 1 PE 2 M ESCOVA PARA LIMPEZA DE INSTRUMENTOS CIRÚRGICOS com base plana retangular, sem cabo. Cer 175327

13153 2 RL S ESPARADRAPO IMPERMEÁVEL, 10 CM X 4,5 M. RESISTENTE, ATÓXICO, ISENTO IRRITANTES D 13153

13161 1 PT 2 M ESPÁTULA DE MADEIRA (TIPO ABAIXADOR DE LÍNGUA) 13cm A 15cm X 1,3 A 1,5cm. COM SUPERFÍCI 13161

12840 80 PE EXTENSOR PARA INFUSÃO PARENTERAL 2 VIAS, USO ADULTO, 17 a 25CM, em PVC ou similar transparente, incolor. 12840

159461 10 PE Q EXTENSOR PARA SOLUÇÃO PARENTERAL, 1 VIA, 120CM x 1MM DE LUZ INTERNA, USO PEDIÁTRICO. Em PVC ou similar flexível, transparente 159461

145319 4 PE Q FILTRO BACTERIANO E VIRAL ESTÉRIL, USO ADULTO Umidificador, condensador com membranas 145319

13919 3 PE S FITA ADESIVA CIRÚRGICA 2,5 CM X NO MÍNIMO 9 M MICROPOROSA BRANCA RESISTENTE, MALEÁVEL, ATÓXICA, SEM IRRIT 13919

13439 6 PE FITA ADESIVA CIRÚRGICA 5,0 CM X NO MÍNIMO 9 M MICROPOROSA BRANCA RESISTENTE, MALEÁVEL, ATÓXICA, SEM IRRIT 13439

116874 80 PE FRALDA INFANTIL DESCARTÁVEL ENTRE 3 E 6 KG TIPO CALCINHA, REVESTIMENTO EXTERNO IMPE 116874

135780 35 PE S FRALDA GERIÁTRICA DESCARTÁVEL TIPO CALCINHA,TAMANHO GG DESCARTÁVEL, COM NO MÍNIMO 150cm DE CINT 135780

175663 1 FR 6 M Frasco para aspiração cirúrgica capacidade 5000ml, polisulfona ou policarbonato rígido de a 175663

13269 1 PE M FRASCO PARA ASPIRAÇÃO DE SECREÇÃO 500 ml boca rosqueável com 31mm de diâmetro, vi 13269

14451 1 PT S GAZE 7,5 x 7,5CM, 11 A 13 FIOS POR CM² 100% algodão hidrófilo, 5 dobras, 8camad 14451

Continua

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13129 8 LT S GLUCONATO DE CLOREXIDINA 0,5 % - SOLUÇÃO ALCOÓLICA, COLORIDA apresentação em frasco plástico, seguro 176859

117382 100 PE Q GORRO CIRÚRGICO MASCULINO EM Ñ TECIDO MICROPERFURADO BRANCO, AZUL OU VERDE. Sistema de ajuste na parte posterior. T 117382

16640 1 CX Q HASTE FLEXÍVEL P/HIGIENE DAS ORELHAS, PONTAS DE ALGODÃO SEGURAS, SEM DESPRENDI 16640

159472 1 LT Q IODO-POVIDONA 10% - ALCOÓLICA 1.000,0 mL (no máximo), uso tópico, equi 159472

145530 4 FR S IODO-POVIDONA 10% - AQUOSA 100,0 mL, uso tópico, equivalente a 1% d 145530

12459 5 LT S IODO-POVIDONA 10% - AQUOSA 1000,0 mL (no máximo), uso tópico, equiv 12459

13218 1 LT S IODO-POVIDONA 10% - DEGERMANTE 1000,0 mL (no máximo), uso tópico, equiv 13218

25828 2 PE S LÂMINA BISTURI Nº 11, EM AÇO INOX OU AÇO CARBONO ESTÉRIL , BIOCOMPATÍVEL, USO ÚNICO, AFIA 25828

25801 100 PE Q LÂMINA BISTURI Nº 20, EM AÇO INOX OU AÇO CARBONO ESTÉRIL , BIOCOMPATÍVEL, USO ÚNICO, AFIA 25801

166748 10 PE LÂMINA PARA TRICOMOTIZADOR ELÉTRICO DESCARTÁVEL, USO ÚNICO PARA CORTE DE PÊLOS SECOS E ÚMIDOS, AFIA 166748

161625 200 PE Q LANCETA PARA COLETA DE SANGUE CAPILAR USO ADULTO 21G A 28G, com penetração de 1,5 mm a 2, 161625

165306 100 PR S LUVA CIRÚRGICA LÁTEX NATURAL, Nº 6.5 ESTÉRIL, ATÓXICO, USO ÚNICO, FORMATO ANA 165306

16500 100 PR S LUVA CIRÚRGICA LÁTEX NATURAL, Nº 7.0 ESTÉRIL, ATÓXICO,FORMATO ANATÔMICO, USO 16500

Continua

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16519 100 PR S LUVA CIRÚRGICA LÁTEX NATURAL, Nº 7.5 ESTÉRIL, ATÓXICO, USO ÚNICO, FORMATO ANA 16519

14370 40 PR S LUVA CIRÚRGICA LÁTEX NATURAL, Nº 8.0 ESTÉRIL, ATÓXICO, USO ÚNICO, FORMATO ANA 14370

14389 20 PR S LUVA CIRÚRGICA LÁTEX NATURAL, Nº 8.5 ESTÉRIL, ATÓXICO, USO ÚNICO, FORMATO ANA 14389

14630 300 PE S LUVA PLÁSTICA COM E.V.A. COM E.V.A., 5 (CINCO) DEDOS. Sistema de dobras que facilite a retirad 14630

175751 1 CX S LUVA PROCEDIMENTO NITRÍLICA ISENTA DE PÓ LUBRIFICANTE, TAM. M CORRESPONDE AO Nº 7.0 A 7.5 (NACIONAL), 175751

175752 1 CX S LUVA PROCEDIMENTO NITRÍLICA ISENTA DE PÓ LUBRIFICANTE, TAM. P CORRESPONDE AO Nº 6,5 A 7,0 (NACIONAL), 175752

176446 4 CX S LUVA PROCEDIMENTO TAM. PP, LÁTEX NATURAL, ISENTA DE PÓ LUBRIFICANTE, NÃO ESTÉRIL, FORMA AMBIDESTRA, TEXTURA U 176446

163764 2 CX LUVA PROCEDIMENTO, TAM. G , LÁTEX NATURAL ISENTA DE PÓ LUBRIFICANTE, NÃO ESTÉRIL, FORMA AMBIDESTRA, TEXTURA UNIFORME,ISENT 166746

166745 15 CX S

LUVA PROCEDIMENTO, TAM. M, LÁTEX NATURAL ISENTA DE PÓ LUBRIFICANTE, NÃO ESTÉRIL FORMA AMBIDESTRA, TEXTURA UNIFORME,ISENT 166745

166744 15 CX S

LUVA PROCEDIMENTO, TAM. P, LÁTEX NATURAL ISENTA DE PÓ LUBRIFICANTE, NÃO ESTÉRIL, FORMA ABIDESTRA, TEXTURA UNIFORME,ISENTA 166744

14966 1 PE Q MALHA TUBULAR ORTOPÉDICA 10cm x 25m 100% algodão, macio, com elasticidade se 14966

109800 1 PE S MALHA TUBULAR ORTOPÉDICA 25cm x 25m 100% algodão, macio, com elasticidade se 109800

170542 400 PE S MÁSCARA CIRÚRGICA COM ALÇAS ELÁSTICAS EM NÃO TECIDO, USO ÚNICO, EFICIÊNCIA DE FILTRAGEM BACTE 170542

Continua

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17671 200 PE S MÁSCARA CIRÚRGICA , EM NÃO TECIDO, USO ÚNICO, EFICIÊNCIA DE FILTRAGEM BACTE 17671

163014 6 PE S MÁSCARA NÃO-REINALAÇÃO (TAM. ADULTO), USO ÚNICO COM RESERVATÓRIO PARA OXIGENOTERAPIA( CO 163014

158783 5 PE M MÁSCARA TIPO RESPIRADOR (P/TB) PFF2, COM FILTRO PARA PARTÍCULAS BIOLÓGICAS NA 158783

166750 1 PE M MICRONEBULIZADOR PARA AR COMPRIMIDO USO ADULTO, em plástico. Máscara anatômica, translúc 166750

166749 1 PE M MICRONEBULIZADOR PARA OXIGÊNIO, USO ADULTO, em plástico. Máscara anatômica, translúc 166749

163765 20 PE S PELÍCULA ADESIVA PARA FIXAR CATETER 8,5 a 10cm x 10,5 a 13cm, estéril, uso único, biocompatível, trans 163765

141666 20 PE S PELÍCULA ADESIVA PARA FIXAR CATETER 9 A 10CM X 11 A 13CM Estéril, uso único, biocompatível, trans 141666

161677 15 PE S PLACA ELETROCIRÚRGICA AUTO ADESIVA C/ CABO TAMANHO ADULTO Cabo adaptável em bisturi VALLEY LAB. Al 161677

161678 1 PE S PROTETOR DE MAMILOS PARA AMAMENTAÇÃO, EM SILICONE, BICO COM ORIFÍCIOS QUE PERMITA SUCÇÃO SE 161678

159456 50 PE S PULSEIRA DE IDENTIFICAÇÃO DO BEBÊ, COR BRANCA PLÁSTICO MALEÁVEL, MACIO, PRESILHA. ÁREA 159456

158651 2 PE RECIPIENTE (G) PARA DESCARTE PÉRFURO CORTANTE E BIOLÓGICO CAPACIDADE ÚTIL MÍNIMA DE 17 LITROS E MÁ 158651

158343 2 PE S RECIPIENTE (P) PARA DESCARTE P/ MATERIAIS PÉRFURO CORTANTES E BIOLÓGICO CAPACIDADE ÚTIL MÍNIMA DE 5 LITROS E MÁX 158343

116904 10 PE S ROMPEDOR DE MEMBRANA AMNIÓTICA, ESTÉRIL, USO ÚNICO PLÁSTICO, RESISTENTE, SEGURO, PONTA COM 116904

13455 80 PE SERINGA DESCARTÁVEL 10ML, 10ML, BICO NÃO ROSQUEÁVEL CENTRALIZADO, sem agulha. Em polipropileno transparent 13455

Continua

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124400 5 PE Q SERINGA DESCARTÁVEL 10ML, SEM AGULHA, BICO ROSQUEÁVEL CENTRALIZADO. Em polipropileno transparente,e incolor. 124400

164212 80 PE S SERINGA DESCARTÁVEL 1ML, BICO NÃO ROSQUEÁVEL, SEM ESPAÇO PERDIDO, e sem agulha. Em polipropileno transpare 164212

13463 150 PE S SERINGA DESCARTÁVEL 20 A 25 ML, BICO NÃO ROSQUEÁVEL, SEM AGULHA. Em polipropileno transparente, e incolor 13463

13471 80 PE SERINGA DESCARTÁVEL 3 ML, BICO NÃO ROSQUEÁVEL CENTRALIZADO, SEM AGULHA Em polipropileno transparente, e incolor 13471

124389 5 PE Q SERINGA DESCARTÁVEL 3 ML, BICO ROSQUEÁVEL CENTRALIZADO, SEM AGULHA. Em polipropileno transparente, e incolor 124389

165579 5 PE M SERINGA DESCARTÁVEL 50 A 60 ml, BICO ROSQUEAVEL CENTRALIZADO, sem agulha. Em polipropileno transparent 165579

13480 100 PE SERINGA DESCARTÁVEL 5ML, BICO NÃO ROSQUEÁVEL CENTRALIZADO, SEM AGULHA, Em polipropileno transparente, e incolor 13480

161188 10 PE M SERINGA PARA INSULINA 0,5 ML (U-100), AGULHA FIXA DE 6 A 8MM X 0,30MM, com dispositivo de segurança e sem espaç 161188

170191 2 CJ S SISTEMA CPAP NASAL PARA RECÉM NASCIDO ATÉ 700 GR Para administração de pressão positiva c 170191

146960 2 CJ S SISTEMA CPAP NASAL PARA RECÉM NASCIDO DE 700 A 1000G/1250G Para administração de pressão positiva c 146960

173475 750 ML S SOLUÇÃO PRÉ-LIMPEZA PARA INSTRUMENTAIS CIRÚRGICOS Com matéria orgânica, na forma líquida,

13498 5 PE S SONDA ASPIRAÇÃO TRAQUEAL Nº 6 Estéril, plástica, siliconizada, biocomp 13498

117307 20 PE S SONDA ASPIRAÇÃO TRAQUEAL Nº 6 Estéril, plástica, siliconizada, biocomp 13498

Continua

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117285 20 PE S SONDA ASPIRAÇÃO TRAQUEAL Nº 10 Estéril, plástica, siliconizada, biocomp 117285

13528 5 PE S SONDA ASPIRAÇÃO TRAQUEAL Nº 12 Estéril, plástica, siliconizada, biocomp 13528

13536 5 PE S SONDA ASPIRAÇÃO TRAQUEAL Nº 14 Estéril, plástica, siliconizada, biocomp 13536

13544 5 PE S SONDA ASPIRAÇÃO TRAQUEAL Nº 16 Estéril, plástica, siliconizada, biocomp 13544

14362 1 PE S SONDA FOLEY LÁTEX SILICONIZADA, 2 VIAS, Nº 12 Estéril, uso único. Via do balão: com vá 14362

13099 12 PE SONDA FOLEY LÁTEX SILICONIZADA, 2 VIAS, Nº 14 Estéril, uso único. Via do balão: com vá 13099

172598 2 PE S SONDA NASOENTERAL, Nº 12 DE SILICONE OU POLIURETANO, COM SISTEMA Y, COMP. MÍNIMO 120cm, ESTÉR 172598

116939 10 PE S SONDA NASOGÁSTRICA CURTA Nº 8 SILICONIZADA, BIOCOMPATÍVEL, 43CM (+ OU - 3), ESTÉRIL, USO ÚNICO, TRA 116939

13714 1 PE SONDA NASOGÁSTRICA LONGA Nº 16 , SILICONIZADA (110 A 120CM), BIOCOMPATÍVEL ESTÉRIL, USO ÚNICO, TRANSPARENTE, INCOLO 13714

13722 1 PE SONDA NASOGÁSTRICA, LONGA Nº 18 SILICONIZADA ( 110 A 120CM ), BIOCOMPATÍVEL ESTÉRIL, USO ÚNICO, TRANSPARENTE, INCOLO 13722

13765 5 PE S SONDA OXIGÊNIO Nº 8 SILICONIZADA, BIOCOMPATÍVEL, ESTÉRIL, USO ÚNICO TRANSPARENTE, INCOLOR, ÁREA FENESTRADA N 13765

14176 1 PE SONDA URETRAL Nº 12 SILICONIZADA, BIOCOMPATÍVEL, ESTÉRIL, USO ÚNICO, TRANSPARENTE. FLEXIB 14176

14184 4 PE SONDA URETRAL Nº 14 SILICONIZADA, BIOCOMPATÍVEL, ESTÉRIL, USO ÚNICO, TRANSPARENTE, INCOLO 14184

Contina

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14192 4 PE SONDA URETRAL Nº 16 SILICONIZADA, BIOCOMPATÍVEL, ESTÉRIL, USO ÚNICO, TRANSPARENTE, INCOLO 14192

156887 50 FT S TIRA REATIVA PARA DOSAGEM DE GLICEMIA em sangue fresco capilar venoso, arteria 156887

17698 5 PE S TORNEIRINHA 3 VIAS, PARA INFUSÃO DE SOLUÇÕES PARENTERAIS, compatível com pressão exercida por bomb 17698

17680 500 PE S TOUCA DESCARTÁVEL MICROPERFURADA, COM ELÁSTICO EM TODA VOL 17680

164357 1 PE S TUBO ENDOTRAQUEAL ORAL/NASAL, Nº 2,0 M, C/ OLHO DE MURPHY, E MARCADOR DE CORDA VOCAL, SEM BALÃO, US 164357

117218 2 PE S TUBO ENDOTRAQUEAL ORAL/NASAL, Nº 2,5 , C/ OLHO DE MURPHY, E MARCADOR DE CORDA VOCAL, SEM BALÃO, US 117218

13978 2 PE Q TUBO ENDOTRAQUEAL ORAL/NASAL, Nº 3,0 , C/ OLHO DE MURPHY , E MARCADOR DE CORDA VOCAL, SEM BALÃO, US 13978

17825 4 PE Q TUBO ENDOTRAQUEAL ORAL/NASAL, Nº 3.5 , C/ OLHO DE MURPHY , E MARCADOR DE CORDA VOCAL, SEM BALÃO, US 17825

17833 1 PE Q TUBO ENDOTRAQUEAL ORAL/NASAL, Nº 4.0 , C/ OLHO DE MURPHY , E MARCADOR DE CORDA VOCAL, SEM BALÃO, US 17833

25739 2 MT M TUBO LÁTEX 200 USO HOSPITALAR termorresistente a uma autoclavação a va 25739

159848 20 PE Tubo para aspiração cirúrgica 3 a 4m (mínimo) em PVC cristal ou siliconizado, com cone 159848

Continua

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8192 2 PE M APONTADOR ESCOLAR PARA LÁPIS, PLÁSTICO OU METAL, RESISTENTE, QUE PROPI 8192

8249 2 PE M BORRACHA APAGADORA DE LÁPIS ( GRAFITE), 4,5 A 5,5 cm x 2,0 A 2,5 cm x 1,0 A 1,5 8249

8290 5 PE CANETA ESFEROGRÁFICA AZUL RESISTENTE, COM DESLIZE SUAVE, QUE PROPO 8290

8320 4 PE CANETA ESFEROGRÁFICA VERMELHA RESISTENTE, COM DESLIZE SUAVE, QUE PROPO 8320

9091 4 PE M CANETA FLUORESCENTE, MARCA TEXTO,PLÁSTICO, 4MM, NÃO RECARREGÁ 9091

8354 1 PE M CANETA PERMANENTE TINTA NA COR AZUL PONTA ARREDONDADA COM 2,0 mm (+- 0,1)DE 8354

8400 2 CX M CLIPE METÁLICO Nº 3/0, AÇO CARBONO TRATAMENTO SUPERFICIAL NIQUELADO. CAIXA 8400

8427 1 TB M COLA PLÁSTICA 90GR BRANCA, PASTOSA, TUBO. (COD. SIASG BR O2 8427

8923 10 CT COPO PLÁSTICO BRANCO, 180 A 200 ML DESCARTÁVEL, RESISTENTE, COM GRAMATURA Q 8923

8826 2 CT COPO PLÁSTICO BRANCO, 50 ml ( TIPO CAFEZINHO). DESCARTÁVEL, RESISTENTE, COM GRAMATURA Q 8826

175242 1 FR Q CORRETIVO FITA COM TAMPA PROTETORA, TIPO ROLLER, MEDINDO 4,2mm x 10m.CORREÇÃ 175242

9083 1 FR Q CORRETIVO LÍQUIDO DILUÍDO EM ÁGUA BRANCO, OPACO, SECAGEM RÁPIDA, FRASCO C/ 9083

175243 1 FR Q CORRETIVO TIPO CANETA, CARGA 8 MATERIAL PLÁSTICO, TIPO PONTA METAL, APL 175243

8605 1 PE S FITA ADESIVA PLÁSTICA 12 mm x 65 m, MONOFACE TRANSPARENTE (COD. SIASG BR 0279111) 8605

Continua

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8591 1 PE S FITA ADESIVA PLÁSTICA 12mm x 33 m, MONOFACE TRANSPARENTE,(COD. SIASG BR 0279073) 8591

8699 1 CX M GRAMPO P/ GRAMPEADOR N º 26/6 LATONADO, CAIXA COM 5000 un ( COD. SIASG 8699

175502 10 UNID S LACRE DE SEGURANÇA COM PLACA IDENTIFICADORA NUMERADA SEQUEN 175502

8702 1 PE S LÁPIS PRETO, MADEIRA NÚMERO 2, CILÍNDRICO. (COD. SIASG BR0284 8702

8729 2 PE M LIVRO DE ATAS CAPA DURA DE PAPELÃO NA COR PRETA, FOLHA 8729

17051 1 PE M LIVRO PROTOCOLO PAPEL OFF-SET, CAPA DURA, FOLHAS PAUTADA 17051

165587 2 UN S MARCADOR PARA QUADRO BRANCO (CANETA), COR AZUL, PONTA FIXA TIPO LÁPI 165587

76066 1 BB M PAPEL MANILHA BOBINA 60CM, GRAMATURA 24kg, PESO 11KLS. 76066

128821 1 RM PAPEL OFÍCIO, FORMATO A4 COR BRANCA, 210 X 297mm, GRAMATURA 75G/m 128821

8818 1 PE M PASTA ARQUIVAMENTO TAM. OFÍCIO , LOMBADA FINA TIPO A-Z. (COD. SIASG BR O0243724) 8818

9008 1 PE M PASTA CARTOLINA PLASTIFICADA C/ ABA ELÁSTICA (COD. SIASG BR 0283073 9008

8850 1 PE M PINCEL ATÔMICO CORES: PRETO, VERMELHO E AZUL. (COD. SIA 8850

8893 1 PE M RÉGUA CELULÓIDE 30 CM RÍGIDO, TRANSPARENTE,TIPO MILIMETRADA.(C 8893

8907 1 PE M RÉGUA CELULÓIDE 50CM RÍGIDO, TRANSPARENTE,TIPO MILIMETRADA.(C 8907

Continua

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7340 24 PE APARELHO DE BARBEAR DESCARTÁVEL, C/02 LÂMINAS EM AÇO INOXIDÁVEL FITA LUBRIFICANTE, LÂMINA AFIADA, PROPOR 7340

21636 1 PE BATERIA ALCALINA 9 VOLTS NÃO RECARREGÁVEL.(COD. SIASG 234354) 21636

174653 2 L Q DETERGENTE COM PH NEUTRO, CONCENTRADO, INODORO. NÃO AGRESSIVO À PELE. BIODEGRADÁVEL. PAR 174653

7560 2 PE S ESPONJA PARA LIMPEZA, DUPLA FACE. COMPOSTA DE FIBRA SINTÉTICA E ESPUMA DE 7560

7803 12 PE PASTILHA REPELENTE PARA INSETOS DE AÇÃO CONTÍNUA MÍNIMA DE 12 HORAS, ADA 7803

7773 2 PE Q PILHA ALCALINA TAMANHO GRANDE UTILIZAÇÃO SEGURA.NÃO RECARREGÁVEL.(COD. 7773

7781 4 PE Q PILHA ALCALINA TAMANHO MÉDIO UTILIZAÇÃO SEGURA.NÃO RECARREGÁVEL.(COD. 7781

7790 12 PE PILHA ALCALINA TAMANHO PEQUENO UTILIZAÇÃO SEGURA.NÃO RECARREGÁVEL.(COD. 7790

166727 10 PE S PILHA ALCALINA TIPO PALITO UTILIZAÇÃO SEGURA.NÃO RECARREGÁVEL.(COD. 166727

135194 132 PE SABONETE TIPO HOTEL PESO ENTRE 18G E 25G, ODOR SUAVE E AGRAD 135194

170493 200 PE S SACO PARA HAMPER PARA ACONDICIONAR E TRANSPORTAR ROUPAS HOSPITALARES POTENCIALMENTE INFECTADAS, 170493

160322 3 BB M SACO PLÁSTICO EM BOBINA PICOTADO COM APENAS UMA ABERTURA, TAMANH 160322

170231 10 PE M SACO PLÁSTICO TRANSPARENTE MICRO-PERFURADO COM CAPACIDADE PARA 2 KG TAMANHO DE 25 A 30 CM, LARGURA DE 18 A 2 170231

Fonte: HU/UFSC (2018).

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ANEXO B – MODELO DE MEMORANDO PARA ALTERAÇÃO

DA COTA OU INCLUSÃO DE MATERIAL NO CATÁLOGO

Fonte: HU/UFSC (2018).

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ANEXO C – CENTROS DE CUSTO DO HU/UFSC

Continua

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Fonte: HU/UFSC (2018).

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