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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE PRÓ-REITORIA DE PÓS-GRADUAÇÃO E PESQUISA MESTRADO EM BIOTECNOLOGIA DIVERGÊNCIAS MORFOMÉTRICAS E COMPORTAMENTAIS EM Apis mellifera L. (HYMENOPTERA:APIDAE) ARLIK RAFAEL SANTIAGO DE SOUSA SÃO CRISTÓVÃO 2013

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE

PRÓ-REITORIA DE PÓS-GRADUAÇÃO E PESQUISA

MESTRADO EM BIOTECNOLOGIA

DIVERGÊNCIAS MORFOMÉTRICAS E COMPORTAMENTAIS

EM Apis mellifera L. (HYMENOPTERA:APIDAE)

ARLIK RAFAEL SANTIAGO DE SOUSA

SÃO CRISTÓVÃO 2013

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ARLIK RAFAEL SANTIAGO DE SOUSA

DIVERGÊNCIAS MORFOMÉTRICAS E COMPORTAMENTAIS

EM Apis mellifera L. (HYMENOPTERA: APIDAE)

Dissertação de Mestrado apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Biotecnologia da Universidade Federal de Sergipe, como requisito à obtenção do título de Mestre em Biotecnologia na área de concentração Biotecnologia em Recursos Naturais.

Orientador: Prof. Leandro Teixeira Barbosa

SÃO CRISTÓVÃO SERGIPE-BRASIL

2013

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FICHA CATALOGRÁFICA ELABORADA PELA BIBLIOTECA CENTRAL UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE

S725d

Sousa, Arlik Rafael Santiago de Divergências morfométricas e comportamentais em apis

mellifera l. (Hymenoptera:apidae) / Arlik Rafael Santiago de Sousa ; orientador Leandro Teixeira Barbosa. – São Cristóvão, 2013.

69f. : il.

Dissertação (Mestrado em Biotecnologia) - Universidade Federal de Sergipe, 2013.

1. Abelha - comportamento. 2. Abelha africanizada – Morfologia. 3. Polifenismo. I. Barbosa, Leandro Teixeira, orient. II. Título.

CDU 638.12

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ARLIK RAFAEL SANTIAGO DE SOUSA

DIVERGÊNCIAS MORFOMÉTRICAS E COMPORTAMENTAIS EM

Apis mellifera L. (HYMENOPTERA:APIDAE)

Dissertação de Mestrado apresentado ao Programa de Pós-Graduação em Biotecnologia da Universidade Federal de Sergipe como requisito à obtenção do título de Mestre em Biotecnologia na área de concentração Biotecnologia em Recursos Naturais.

APROVADO em 31 de julho de 2013

Prof.Dr. Leandro Bacci

Universidade Federal de Sergipe - UFS

Prof.Dr. Lorena Andrade Nunes

Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia - UESB

Prof.Dr. Leandro Teixeira Barbosa

Universidade Federal de Sergipe - UFS

(Orientador)

SÃO CRISTÓVÃO SERGIPE-BRASIL

2013

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―Tudo aquilo que sou, ou pretendo

ser, devo a um anjo: minha mãe.‖

Dedico à minha mãe, Vilma

Santiago de Sousa. (in memorian)

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AGRADECIMENTOS

Aos meus irmãos Bruno Vinícius Santiago de Sousa e Brena Carolina Santiago de

Sousa, que me apoiaram em todos os aspectos possíveis na realização deste trabalho, pois

sem o seu apoio o mesmo não teria sido concretizado.

Ao presidente da cooperativa de apicultores de Sergipe, Ananias Azevedo, e aos

apicultores João Fiscal, Zé Adílson, Íviton, Chefe, Neu, Tinda, Magno, Edélsio e Raimundo,

que nos cederam as caixas para estudo e dispuseram de seu tempo e atenção para a

realização do trabalho. Em especial ao Tél do Mel, da Associação de Melicultores do Alto

Sertão Sergipano (AMAS), de Canindé do São Francisco, pelo suporte técnico e material

empreendido no estudo.

Meus agradecimentos aos alunos do Mestrado de Biotecnologia e companheiros de

turma, Alyne Karen, Antônio Fávero, Clesivan Pereira, José Davi, Deysiane, Franciele

Glauber, Julianne, Leise Moreira e Ricardo Celestino.

A todos os colaboradores, o professor Carlos Alberto Ledo, a professora Dra. Ana

Paula e meu orientador Dr. Leandro Barbosa os quais contribuíram para o desenvolvimento

desse trabalho. Ao professor Jódnes e Washington, que abriram as portas do apíario do

Campus para a realização do trabalho. Gostaria de agradecer também ao Ronaldo

Fernandes, do projeto FRUTOS DA FLORESTA.

Ao apoio e colaboração da minha co-orientadora, a Dra. Kátia Peres Gramacho, pelo

engrandecimento do trabalho, e a seus alunos Edgar e Tábata, pela parcela de contribuição

na pesquisa e prospecção dos dados. Ao meu co-orientador Dr.Edílson Araújo, que tornou a

execução desse projeto viável, a professora Lorena Nunes pela atenção e apoio, a todos

vocês, muito obrigado por terem tornado esse projeto possível.

Aos meus amigos, Abel Felipe, Adeline Amorim, Amanda Cristina, Arleu Barbosa,

André Luiz, Danilo Esdras, Erílson Vieira, Jussara Cruz, Marta Jeidjane, Tatiana Maia, Zoila

Catalina Rabanál, pela compreensão e apoio à consecução do trabalho.

À Secretaria de Estado do Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos – SEMARH, por

nos ceder os dados meteorológicos do trabalho, especialmente à pessoa de Overland

Amaral Costa, do Centro de Meteorologia do Estado de Sergipe CEMESE, à equipe da

Superintendência de Recursos Hídricos-SRH, e ao Conselho Nacional de Desenvolvimento

Científico e Tecnológico - CNPQ -, pela concessão da bolsa de Mestrado. A todos, o meu

obrigado!

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SUMÁRIO

LISTA DE FIGURAS ............................................................................................................... i

LISTA DE TABELAS .............................................................................................................. ii

RESUMO ............................................................................................................................... iii

ABSTRACT .......................................................................................................................... iv

1.INTRODUÇÃO .................................................................................................................... 1

2.REFERENCIAL TEÓRICO .................................................................................................. 2

2.1.Aspectos gerais das abelhas Apis mellifera ..................................................................... 2

2.2.Comportamento Higiênico ................................................................................................ 4

2.3.Morfometria Geométrica .................................................................................................. 6

3.MATERIAL E MÉTODOS .................................................................................................... 9

3.1.Ecorregiões ...................................................................................................................... 9

3.2.Análises Morfométricas .................................................................................................. 10

3.3.Método de Perfuração de Crias ..................................................................................... 12

4.RESULTADOS ................................................................................................................. 14

5.DISCUSSÃO ..................................................................................................................... 23

6.CONCLUSÃO ................................................................................................................... 25

7.REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .................................................................................. 26

CAPÍTULO I

Bee’s Morphometrics and Behavior upon Seasonal Effects from Ecoregions

ABSTRACT ......................................................................................................................... 36

INTRODUCTION ................................................................................................................. 37

MATERIALS AND METHODS ............................................................................................. 39

Study area ........................................................................................................................... 39

Morphometrics ..................................................................................................................... 40

Hygienic behavior ................................................................................................................ 42

RESULTS ............................................................................................................................ 42

DISCUSSION ...................................................................................................................... 50

ACKNOWLEDGEMENTS .................................................................................................... 52

REFERENCES .................................................................................................................... 53

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i

LISTA DE FIGURAS

Figura 1. Representação ilustrativa dos locais onde os estudos foram realizados. .................. 9

Figura 2. Diagrama de sazonalidade, representando os índices de precipitação durante os

períodos seco e chuvoso nas ecorregiões estudadas. ................................................................ 10

Figura 3. A figura acima apresenta os 17 marcos anatômicos plotados nas intersecções das

asas da abelha africanizada Apis melífera L. ................................................................................ 11

Figura 4. Quadro teste de uma colônia de abelhas africanizadas que foi submetido ao teste

do comportamento higiênico pelo método de perfuração de crias. Área (A) representa o

tratamento e (B) o grupo controle. ................................................................................................... 13

Figura 5. Dispersão gráfica das colônias de Apis mellifera em relação ao eixo cartesiano

estabelecido pelas variáveis canônicas (VCA 1, VCA 2). Azul claro: Colônias de Canindé do

São Francisco; Vermelho: Brejo Grande; Verde escuro:Estância; Rosa: São Cristóvão;

Amarelo: Poço verde; Preto:Aquidabã; Verde Claro:Glória; Roxo:Frei Paulo; Azul escuro:

Japaratuba. .......................................................................................................................................... 16

Figura 6. Dispersão gráfica dos grupos de Apis mellifera em relação ao eixo cartesiano

estabelecido pelas variáveis canônicas (VCA 1, VCA 2), obtida a partir da morfometria das

asas. Azul: Zona da Mata, Vermelho: Agreste e Verde: Semiárido. .......................................... 17

Figura 7. Gráfico de dispersão dos apiários de Apis mellifera em relação a eixos cartesianos

estabelecidos pelos variáveis canônicas (VCA1, VCA2) demonstrando a distância entre os

mesmos por meio da distância generalizada de Mahalanobis. .................................................. 18

Figura 8. Relação linear entre o tamaho do centróide (mm) predito pela equação de

regressão e a altitude (m). Os pontos cinzas são os tamanhos dos centróides observados;

os pontos pretos são os tamanhos do centróide preditos pela equação linear; a reta

representa a relação linear entre os tamanhos do centróide e a altitude. ................................ 19

Figura 9. A figura acima demonstra uma colônia não higiênica (A) onde as crias mortas não

foram removidas após 24h e a imagem (B) uma colônia higiênica. ........................................... 20

Figura 10. Diagrama de caixas do comportamento higiênico (%) nas três ecorregiões:

Agreste, Sertão e Zona da Mata. ..................................................................................................... 21

Figura 11. Diagrama de caixas do comportamento higiênico (%) nas estações chuvosa e

seca. ..................................................................................................................................................... 22

Figura 12. Diagrama em cadeia ilustrativo dos efeitos das variáveis explicativas primária

(pluviosidade) e secundárias (altitude e temperatura) sobre a variável resposta

(comportamento higiênico). .............................................................................................................. 23

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LISTA DE TABELAS

Tabela 1. Origem, localização geográfica, elevação e número de amostras de colônias de

Apis mellifera no Estado de Sergipe. .............................................................................................. 10

Tabela 2. Variáveis canônicas, autovalores, porcentagem de variância e porcentagem da

variância acumulada obtidas com a análise das colônias. .......................................................... 15

Tabela 3.Variáveis canônicas, autovalores, porcentagem de variância e porcentagem da

variância acumulada obtidas com a análise das ecorregiões. .................................................... 16

Tabela 4.Variáveis canônicas, autovalores, porcentagem de variância e porcentagem da

variância acumulada obtidas com a análise das ecorregiões. .................................................... 17

Tabela 5.Teste de Mantel para a comparação das matrizes de forma, tamanho e altitude

utilizando medições de asas da Apis mellifera com 5000 permutações. .................................. 18

Tabela 6. Estimativa dos coeficientes da reta de regressão com respectivo desvio padrão,

valor t e p-valor. .................................................................................................................................. 19

Tabela 7. Média e Desvio Padrão dos comportamentos higiênicos associados a cada

ecorregião (Agreste, Sertão e Zona da Mata). .............................................................................. 20

Tabela 8. Teste post-hoc com valores da diferença observada e diferença crítica para cada

comparação entre ecorregiões......................................................................................................... 21

Tabela 9. Efeitos diretos (diagonal) e indiretos estimados entre a variável resposta

comportamento higiênico das abelhas e as variáveis explicativas temperatura, pluviosidade

e altitude. ............................................................................................................................................. 23

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RESUMO SANTIAGO, Arlik Rafael. DIVERGÊNCIAS MORFOMÉTRICAS E COMPORTAMENTAIS EM Apis mellifera L. (HYMENOPTERA: APIDAE) Sergipe: UFS 2013. (Dissertação - Mestrado em Biotecnologia) As abelhas do gênero Apis estão amplamente distribuídas pelas regiões tropicais do planeta, sendo fundamentais no papel de polinizadores. No Brasil, estas são um poliíbrido formado pelo cruzamento entre a subespécie africana Apis mellifera scutellata e as subespécies europeias. Devido a hábitos generalistas, a introgressão de alelos da subespécie africana tem levado a uma predominância nas características desta em relação às europeias. O presente trabalho teve como escopo a caracterização da divergência entre 71 colônias de A. mellifera africanizadas, situadas em três distintas ecorregiões (Zona da Mata, Agreste e Sertão) do Estado de Sergipe, nordeste do Brasil, por meio de análises morfológicas e comportamentais, com o objetivo de avaliar as relações entre os efeitos da sazonalidade e dos distintos padrões morfoclimáticos das ecorregiões na morfologia, comportamento e distribuição desses grupos de abelhas. Neste estudo foram utilizadas técnicas de morfometria geométrica, com observação dos marcos anatômicos da venação alar, com o auxílio do software Tps/DIG e avaliação do comportamento higiênico pelo método de perfuração de crias em dois períodos estacionais, o seco e o chuvoso. A correlação entre os índices de comportamento higiênico e as variáveis ambientais foi obtida por meio da correlação de Spearman e as relações de causalidade por meio da análise de trilha, com o auxílio do software R. As análises morfométricas foram realizadas por meio de técnicas de análise multivariada, com o auxílio dos softwares MORPHOJ e PAST. Assim, os resultados deste trabalho demonstraram que o intenso fluxo gênico evidenciado entre as colônias estudadas e as diferenças pronunciadas nos distintos apiários e ecorregiões, com influência da altitude na forma (r=0,06239; p= 0.05) e tamanho (0.001) contribuíram, portanto, para a separação desses grupos como resultado da plasticidade fenotípica e não de divergência genética entre as populações de abelhas africanizadas. Além disso, os resultados também demonstraram haver diferença significativa no comportamento higiênico dessas populações, entre os períodos seco e chuvoso (p= 0,022 α=0,05) e entre as ecorregiões (p=0,001; α=0,05), com influência da temperatura (ρ=0,065 p=0,471; α=0,05) e altitude (ρ=-0,294; p=0,001; α=0,05) sobre a pluviosidade (ρ=0,274 p=0,002; α=0,05) sendo esta o principal modulador do comportamento higiênico, reforçando a influência de fatores ambientais na manifestação dessa característica. Portanto, conclui-se pela influência de fatores estocásticos na morfologia, comportamento e distribuição das abelhas africanizadas, onde os polifenismos encontrados denotam a grande variabilidade genética dessas populações, fato esse que pode ser explorado em futuros programas de conservação, manejo e melhoramento. Palavras-chave: Abelhas africanizadas; análise multivariada; comportamento higiênico; morfometria geométrica; plasticidade fenotípica ; polifenismo. Comitê de Orientação: Leandro Teixeira Barbosa - UFS (Orientador)

Edílson Divino de Araújo - UFS (Co-orientador)

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ABSTRACT SANTIAGO, Arlik Rafael MORPHOMETRIC AND BEHAVIORAL DIVERGENCES IN Apis mellifera L. (HYMENOPTERA: APIDAE) Sergipe: UFS, 2013. (Dissertação - Mestrado em Biotecnologia) Bees of the genus Apis are widely distributed throughout the tropical regions of the planet, playing fundamental role as pollinators. In Brazil they are a polihibrid formed by the crossbreed of African subspecies Apis mellifera scutellata and European subspecies, where due generalist habits the introgression of alleles of the African subspecies has led to a predominance of the your characteristics in relation to European subspecies. The scope of this work was to characterize the divergence among 71 colonies of Africanized honey bees located in three distinct ecoregions (Forest zone, Ecotone and Semiarid) of the State of Sergipe Brazilian northeast, through morphological and behavioral analyses, in order to assess the relationship between the effects of seasonality and the different patterns morphoclimatic ecoregions in morphology, behavior and distribution of these groups of bees. In this work we used geometric morphometric techniques observing the anatomical landmarks of the wing venation with the aid of software Tps / DIG and evaluation of hygienic behavior by pin-killing method in two distinct seasonal periods, the dry and rainy. The correlation between the hygienic behavior indexes and environmental variables was obtained by Spearman correlation and the causal relations by path analysis, with the aid of software R. The morphometric analyzes were performed by means of multivariate analysis with the aid of software MORPHOJ and PAST. Thus, the results of this study demonstrated that the high gene flow evidenced between studied colonies and pronounced differences in apiaries and ecoregions with influence of altitude on shape (r=0,06239; p= 0.05) and size (0.001) contributed therefore for the separation of these groups as result of phenotypic plasticity rather than genetic divergence among populations of Africanized honey bees. Furthermore, the results also demonstrated significant difference in hygienic behavior of these populations between the dry and rainy season (p= 0,022; α=0,05) and between ecoregions (p=0,001; α=0,05) with the influence of temperature (ρ=0,065; p=0,471; α=0,05) and altitude (ρ=-0,294; p=0,001 α=0,05) upon pluviosity (ρ=0,274; p=0,002; α=0,05) that demonstrated be the main modulator of hygienic behavior, thus reinforcing the influence of environmental factors on the expression of this trait. Therefore, it is concluded by the influence of stochastic factors in the morphology, behavior and distribution of Africanized honey bees, where polyphenisms found denote the high genetic variability of these populations, a fact that can be exploited in future conservation, handling and breeding programs. Key-words: Africanized honey bee; hygienic behavior; morphometrics geometrics; multivariate analysis; phenotypic plasticity; polyphenism. Committee Members: Leandro Teixeira Barbosa - UFS (Adviser)

Edílson Divino de Araújo - UFS (Co-Adviser)

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1. INTRODUÇÃO

As abelhas são fundamentais para equilíbrio dos ecossistemas, pois no papel de

polinizadores contribuem com a reprodução e dispersão da maioria das espécies de

angiospermas, muitas delas de importância econômica, em um complexo processo

coevolutivo que ocorre ao longo dos últimos 100 milhões de anos (RENNER, 2010

CARDINAL, 2013). Os serviços de polinização, embora sejam difíceis de serem

quantificados, inúmeros estudos já demonstraram seu valor para a agroindústria e

ecossistemas relacionados (KLEIN et al., 2007; AIZEN et al., 2008; ALLSOPP et al., 2008,

GALLAI et al., 2009 LAUTENBACH et al., 2012). A perda desse capital natural, portanto,

poderia afetar negativamente a manutenção da diversidade das plantas silvestres,

estabilidade dos ecossistemas, produção agrícola, segurança alimentar e bem-estar

humanos (POTTS et al 2010; THOMANN, 2013).

As espécies de abelhas têm declinado ao redor do mundo como consequência das

alterações climáticas, proliferação de patógenos, uso extensivo de agrotóxicos e ainda o

efeito sinérgico desses (WILSON-RICH et al., 2009; EVANS & SPIVAK, 2010; GONZALO-

VARO, 2013; GRAYSTOCK, 2013; WAGONER, 2013). As abelhas da espécie Apis mellifera

são bem distribuídas nas regiões neotropicais e ocorrem no continente americano como

poliíbridos, formados pelo cruzamento das subespécies europeias e a subespécie africana

Apis mellifera scutellata. A grande plasticidade genética e capacidade de adaptação de tais

grupos de abelhas fez com que se alastrassem pelos mais variados padrões morfoclimáticos

das regiões tropicais, adquirindo características próprias, sendo chamada de abelha

africanizada (GONÇALVES, 1974).

As abelhas africanizadas possuem, como uma de suas principais características,

alta capacidade de resistência a doenças devido a habilidade inata de algumas de suas

colônias em detectar, desopercular e remover cria morta ou doente, impedindo a

proliferação de doenças na colônia. Essa característica foi denominada de comportamento

higiênico (ROTHENBUHLER, 1964ab; SPIVAK & GILLIAM, 1993; GRAMACHO, 1995;

PALÁCIO et al., 2000), sendo uma forma de imunidade social (CREMER, 2009 ; COTTER &

KILNER 2010; LOCKE et al., 2012) economicamente importante em colônias de abelhas,

devido a sua influência na resistência da colônia à infestação por parasitas e patógenos

(ROSENKRANZ et al., 2009; EVANS & SPIVAK, 2010) e sua relação com as demais

características de interesse (SPIVAK, 1998; DOWNEN & WINSTON, 2001; GARCIA et al.,

2013; PADILHA et al., 2013; GÜLER, 2013).

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O comportamento higiênico é um atributo que vem sendo amplamente explorado

(IBRAHIM et al., 2007; PEREZ-SATO et al., 2009; HARBO & HARRIS, 2009; RINDERER et

al., 2010; BUCHLER et al., 2010; PERNAL et al., 2012) como índice de seleção para

melhoramento genético de abelhas, embora esteja correlacionado à expressão de grupos de

genes (LAPIDGE et al., 2002; OXLEY et al., 2010), acredita-se que uma complexa

interações entre fatores ambientais (PANASIUK et al., 2009; GÜLER, 2013), sociais

(PANASIUK et al., 2010) e epigenéticos (HERB et al., 2012) seja determinante para sua

manifestação.

A distribuição das populações de Apis pela diversidade de climas e regiões do

continente americano e as pressões seletivas desses locais contribuíram para promover a

variabilidade morfofisiológica e comportamental desses grupos, com formação de ecotipos

característicos para um melhor ajustamento a esses domínios climáticos (ANDERE et al

2008; PARKER et al., 2010; MEIXNER et al., 2010). Neste contexto, a morfometria

geométrica tem se demonstrado uma ferramenta precisa e de baixo custo (FRANCOY, 2008

TOFILSKI, 2009) no estudo das divergências entre populações de abelhas, possibilitando

entender quais as causas e consequências dessas variações (LAWING & POLLY, 2010

KLINGENBERG, 2010).

Para tanto, o presente trabalho teve como objetivo caracterizar a divergência entre

colônias de Apis mellifera africanizadas e avaliar a relação existente entre fatores

ambientais, tais como temperatura, precipitação e sazonalidade de três distintas ecorregiões

na morfologia, comportamento e distribuição desses grupos de abelhas.

2. REFERENCIAL TEÓRICO

2.1. Aspectos gerais das abelhas Apis mellifera

As abelhas são organismos haplodiplóides com determinação sexual dependente de

um único locus gênico, o SDL sex determination locus, onde se localiza um único gene, o

denominado Csd complementary sex determiner. Assim, os indivíduos heterozigotos para

esse locus se desenvolvem como fêmeas, os homozigotos em machos estéreis e os

hemizigotos (partenogenéticos) como machos férteis (HASSELMAN, 2008; GEMPE, 2009).

No entanto, os recorrentes aumentos no número de homozigotos em colônias de Apis têm

reduzido o fitness dessas e, segundo alguns autores (HEDRICK et al., 2006; KLUSER,

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2007; HEIN et al., 2009), tal fato também pode ser apontado como uma das causas do

declínio das abelhas.

Além disso, as abelhas são insetos holometábolos, ou seja, com desenvolvimento

completo (ovo, larva, pupa e adulto) e eussociais, apresentando divisão de trabalho e

dinâmica social complexas. A sociedade das abelhas é dividida em três castas: a rainha, as

operárias e os zangões, com clara distinção morfofisiológica e de atribuições entre estas. A

rainha controla o comportamento social e reprodutivo da colônia por meio de feromônios, as

operárias realizam todas as atividades inerentes à nutrição das crias, construção e limpeza

dos favos, defesa e forrageio, cabendo ao zangão apenas a função reprodutiva (STRAUSS,

2008; LOCKE, 2012). Acredita-se que os hidrocarbonetos cuticulares sejam determinantes

para regulação da dinâmica social, atuando no reconhecimeto dos indivíduos, segregação

espacial e organização da rede de interações em uma colônia de abelhas (SCHOLL &

NAUG, 2011).

A adaptação das abelhas à vida social resultou no surgimento de um sistema de

imunidade social que atua como barreira contra parasitas e patógenos, visando garantir a

sobrevivência e longevidade da colônia. Dentre as estratégias evolutivas apresentadas

pelas abelhas do gênero Apis, estão o comportamento higiênico, auto e alogrooming e o

polietismo temporal; este último consiste na divisão de trabalho na colônia de acordo com a

faixa etária dos indivíduos, expondo a maiores riscos - fora da colônia - somente os

indivíduos mais velhos e com pouca expectativa de vida (TOFILSKI, 2009;

WOYCIECHOWSKI, 2012 ). Alguns autores (HÖLLDOBLER & WILSON, 2008; CREMER,

2009; HABER, 2013) sugerem que, dada a complexidade das interações e especialização

dos indivíduos que integram uma colônia, a mesma possui estrutura análoga a um

organismo multicelular ou superorganismo.

Assim, dentre os grupos de abelhas mais estudados estão as da espécie Apis

mellifera, que possuem ampla distribuição nas regiões Neotropicais e Paleárticas do planeta

(ENGEL, 2009), sendo consideradas como o maior sucesso de invasão de uma espécie

exótica já registrado na literatura (SCOTT-SCHNEIDER et al., 2004). As abelhas com ferrão

da espécie Apis mellifera europeias foram introduzidas no Brasil em 1839, oriundas da

Espanha e Portugal, no entanto, o clima tropical e a baixa resistência a doenças fez com

que a produção rapidamente declinasse. Deste modo, com o intuto de melhorar a

produtividade e resistência a doenças em 1957, foi introduzida a subespécie africana Apis

mellifera scutellata, e hibridizada com as europeias preexistentes. Contudo, o híbrido

enxameou e se espalhou por todo continente americano, com a predominância das

características da subespécie africana, o poliíbrido, foi denominado de abelha africanizada

(KERR, 1967).

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As abelhas africanizadas do Brasil possuem predominantemente características da

subespécie africana A.m.scutellata, apresentando como principais características: alta

capacidade de resistência a doenças, grande capacidade enxameatória, forte

comportamento defensivo, prolificidade e alta produtividade (GONÇALVES, 1974). Além

disso, no que se refere às abelhas africanizadas, deve-se ressaltar a importância da

melhoria da sanidade ambiental por meio de manejo, pois se sabe que elas são mais

sensíveis aos estímulos mecânicos, sonoros e químicos (odores) sendo, portanto,

fundamentais cuidados especiais no manejo de suas colmeias (GRAMACHO, 2004).

As abelhas africanizadas são mais produtivas que as abelhas nativas e contribuem

para produção de inúmeros produtos de importância econômica com aplicações diversas na

indústria alimentícia, farmacológica, terapêutica e cosmética. De tal modo, o alto valor

nutricional das substâncias contidas no mel (SHULTZ, 2009; ALVAREZ-SUAREZ et al.,

2010 MANYI-LOH et al., 2011), pólen e geléia real (VIUDA-MARTOS et al., 2008; KEMPF

et al., 2010), somada as propriedades farmacológicas e medicinais do própolis (SIMÕES et

al., 2008 CUNHA et al., 2011), cera (LEWIS et al., 2012) e da apitoxina (CHEN , 2010; ALI,

2012), e ainda a utilização de seus subprodutos como matéria prima na indústria cosmética

(KOSTICK et al., 2011), exemplificam a importância dessa atividade para a saúde e bem

estar humanos.

2.2. Comportamento Higiênico

As abelhas apresentam inúmeros parasitas e patógenos pertencentes aos mais

variados grupos taxonômicos, desde bactérias, protozoários, fungos, artrópodes e viroses.

Os cultivos e os ecossistemas relacionados se encontram ameaçados em grande parte pelo

avanço desses patógenos ao redor do mundo (DE LA RUA et al., 2009; GRAYSTOCK et al.,

2013). O ácaro ectoparasita, Varroa destructor (Anderson & Trueman), está no cerne dos

estudos epidemiológicos em abelhas e tem sido apontado como um dos principais

responsáveis pelo declínio das populações de abelhas em todo o mundo (WILSON-RICH et

al., 2009; EVANS & SPIVAK, 2010).

Os efeitos da infestação pelo ácaro Varroa destructor ocorrem tanto a nível individual

como coletivo e, em ambos, os casos com consequências desastrosas para a sobrevivência

e longevidade das populações de abelhas. Além disso, em muitos casos a infestação pelo

Varroa destructor está associada a vírus que utilizam o ácaro como vetor, potencializando

os efeitos danosos sobre o fitness da colônia. A nível individual o ácaro perfura os tecidos

das abelhas e suga a hemolinfa, resultando em interferências na ontogenia das mesmas,

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comprometendo o seu desenvolvimento. A nível de colônia, as abelhas se desenvolvem

com menor capacidade de aprendizagem e reduz o sentido de navegação, diminuindo as

chances de acasalamento dos zangões e as taxas de retorno das abelhas forrageadoras

(ROSENKRANZ et al., 2010; LOCKE et al., 2012).

Em insetos sociais várias estratégias, tanto individuais como coletivas, foram

desenvolvidas para prevenir a infestação de suas colônias, dentre elas a mais bem sucedida

parece ser a imunidade social. Em contraste com a imunidade individual, a imunidade social

consiste em mecanismos de defesa, comportamentais ou fisiológicos, a nível de colônia e

alcançados pela cooperação de todos os membros do grupo, coletivamente evitando,

controlando ou eliminando as infecções parasitárias (CREMER, 2009; COTTER & KILNER

2010; LOCKE et al., 2012). O comportamento higiênico apresentado pelas abelhas, portanto

dentre os mecanismos de imunidade social demonstrado em outros grupos, tem se

confirmado como umas das mais eficientes barreiras contra infestação por parasitas e

patógenos (ROSENKRANZ et al., 2009; EVANS & SPIVAK, 2010).

O comportamento higiênico foi inicialmente descrito por Rothenbuhler (1964ab) e

consiste em uma defesa natural dirigida principalmente contra as doenças de crias. Este

conceito foi ampliado por Spivak e Moreto (1993) para a doença da Cria Pútrida Americana

Paenibacillus larvae, Cria Pútrida Europeia Melissococus pluton, Cria Giz Ascosphaera apis

e contra parasitas como ácaro Varroa destructor. Segundo Spivak e Gilliam (1993) e

Gramacho (1995), o comportamento higiênico pode ser definido como a capacidade de

algumas abelhas detectar, desopercular os alvéolos com criação parasitada, morta e/ou

doente e efetuar a sua remoção. Inicialmente (ROTHENBUHLER, 1964ab) acreditava-se

que tal comportamento era controlado por dois pares de genes recessivos, o gene para

destapar que foi denominado de U (que é o que controla a abertura dos alvéolos das crias) e

o gene para remoção, que foi chamado de R (o qual controla a remoção das crias afetadas

ou mortas). Outros autores (MORITZ, 1988; GRAMACHO, 1999) sugeriram que tal

comportamento seria desencadeado por até 3 pares de genes, no entanto, alguns estudos

(LAPIDGE et al., 2002; OXLEY et al., 2010) mais recentes sugerem que até 6 loci estejam

envolvidos.

O comportamento higiênico é uma característica de interesse que tem sido

invariavelmente utilizada em programas de melhoramento em abelhas em todo o mundo

(IBRAHIM et al., 2007; PEREZ-SATO et al., 2009; HARBO & HARRIS, 2009; RINDERER et

al., 2010; BUCHLER et al., 2010; PERNAL et al., 2012). Segundo diversos autores (SPIVAK

& REUTERS, 1998; DOWNEN & WINSTON, 2001; GARCIA et al., 2013; PADILHA et al

2013; GÜLER, 2013), a resistência a doenças e defesa contra parasitas das colônias é a

característica de interesse mais usada, devido sua influência direta sobre as demais

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características de interesse, tais como produção de mel, pólen e própolis, pois ao se obter

colônias sadias, essas tendem a ser mais populosas e, consequentemente, mais produtivas.

O melhoramento genético, portanto, consiste em induzir o aumento da frequência de

genes de interesse dentro do pool gênico de uma população, visando obter linhagens que

reproduzam determinada característica acima da média da geração da qual foi feita a

seleção. Deste modo, a herdabilidade pode ser condiderada um parâmetro genético

fundamental em programas de melhoramento, pois estima o quanto da variância fenotípica

pode ser atribuída a variância genética, ou seja, a magnitude do componente genético

associado a determinada característica (RINDERER, 2008).

Para autores como Harbo & Harris (1999), valores de herdabilidade maiores que 0,25

já demonstram potencial para seleção. Entretanto, devido à grande variação nas estimativas

de herdabilidade encontradas (STANIMIROVIĆ et al., 2008 COSTA-MAIA et al., 2010;

PERNAL et al., 2011; PADILHA et al., 2013; WALIEWSKY et al., 2013) e à complexidade

das interações sociais afetas as características comportamentais, sugere-se que o

comportamento higiênico seja influenciado significativamente por fatores ambientais.

De acordo com Gramacho & Spivak (2003), uma colônia higiênica para fins de

seleção em programas de melhoramento é aquela em que as abelhas removem 80 a 100%

das crias mortas em 24 horas após o teste por perfuração. Este comportamento é avaliado

de acordo com a rapidez de que cada colônia remove uma amostra de criação morta e/ou

doente. Além disso, nos trabalhos de Panasiuk et al., (2010ab) ficou demonstrado que além

das etapas conhecidas de desoperculação e remoção das crias mortas ou doentes, as

abelhas higiênicas realizam uma prévia inspeção das células de cria por meio da introdução

de suas antenas no opérculo, etapa denominada de pontuação. Deste modo, também ficou

constatado que existe polietismo temporal na execução destas tarefas, ou seja, as etapas

deste comportamento são realizadas de acordo com a faixa etária dos indivíduos e, assim,

como já demonstrado em outros trabalhos (SWANSON et al., 2009; PALÁCIO et al., 2010),

o extravasamento do fluido corporal da pupa e a temperatura no interior das células

configuram-se em importantes estímulos para manifestação deste comportamento,

sugerindo que, em colônias higiênicas, as abelhas que realizam a inspeção das células tem

mais habilidades sensoriais de discriminação de odores e temperatura que as não

higiênicas.

2.3. Morfometria Geométrica

A morfometria, de um modo geral, pode ser definida como o estudo da forma e do

tamanho, e ainda de como estas duas variáveis se relacionam entre si (DUJARDIN, 2011).

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Assim, a morfometria se constitui em uma ferramenta precisa e de baixo custo (FRANCOY

2008; TOFILSKI, 2009), quando comparada aos métodos moleculares, para entender a

relação destas variáveis com diversas outras, como, por exemplo, a idade, o sexo, relações

de parentesco e os efeitos da variação geográfica entre os organismos. A morfometria é

uma ferramenta poderosa que identifica as diferenças nas formas dos organismos e ajuda a

explorar as causas dessas variações dentro e entre os indivíduos (LAWING & POLLY,

2010). O objetivo da morfometria, portanto, não é o estudo da forma propriamente dita, mas

sim de suas causas, efeitos e consequências (ROLFH, 1990; BOOKSTEIN, 1997).

Todavia, há uma desatenção para com a importância do tamanho, forma e

comportamento que os organismos apresentam em relação às restrições ecológicas e

pressões seletivas do ambiente. Assim, a temperatura, humidade, altitude, competição,

predação e o parasitismo, por exemplo, podem exercer influências sobre o metabolismo

destas características, resultando em fenótipos distintos daqueles previamente programados

pelo seu genótipo (HANDLEY et al., 2011; TUNEZ et al., 2013). Neste contexto, a grande

diversidade de ecotipos apresentada pelas abelhas Apis mellifera, são bons exemplos da

acomodação genética e da plasticidade fenotípica de suas populações em resposta às

pressões locais dos distintos domínios morfoclimáticos em que ocorrem (ANDERE et al.,

2008; GRUBER et al., 2013). Nos organismos que voam, por exemplo, padrões de voos

distintos podem necessitar de condições fisiológicas e bioquímicas diferentes, resultando em

alterações na morfologia dos indivíduos. Nas abelhas A. mellifera, estudos (HEPBURN et

al,. 2011; DILLON et al., 2013) demonstraram que a área da superfície da asa aumenta a

uma taxa maior do que a massa de todo o corpo com a elevação da altitude reduzindo o

gasto energético com o voo.

As asas desses insetos são amplamente utilizadas em análises morfométricas

bidimensionais, uma vez que são estruturas planas e possibilitam que grande parte das

informações de forma e tamanho sejam extraídas (NUNES et al., 2007). Além disso, em

abelhas do gênero Apis a herdabilidade, no sentido restrito (proporção da variância genética

aditiva sobre a variância total), para esse caráter é usualmente alta, próxima a 1, permitindo

a realização de inferências sobre os atributos genéticos dessas populações por meio de

carácteres fenotípicos (DINIZ-FILHO & BINI, 1994).

Assim, os primeiros trabalhos utilizando morfometria geométrica e padrões de

venação das asas para diferenciação de grupos de abelhas foram realizados com as

abelhas africanizadas e suas subespécies parentais. Nestes trabalhos, constatou-se uma

proximidade morfológica das abelhas africanizadas com a subespécie africana A. m.

scutellata, com pouca influência das subespécies europeias (FRANCOY, 2008). A principal

diferença da morfometria geométrica em relação aos métodos morfométricos tradicionais,

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baseados principalmente no estudo de ângulos e distâncias é a análise multivariada,

baseada em pontos de coordenadas cartesianas. Além disso, na morfometria geométrica, as

imagens são submetidas à Procustes superimposition, ou seja, são rotacionadas,

transladadas e proporcionalizadas (removendo os efeitos de posição, orientação e

tamanho), dissociando o tamanho da forma, permitindo uma maior acurácia das

mensurações (MITTEROECKER & GUNZ, 2009).

Além disso, diversos estudos (ZAMORA et al., 2008; FRANCOY et al., 2009 e 2011;

MIGUEL et al., 2010; MAY-ITZÁ et al., 2012) já demonstraram conformidade entre dados

morfométricos e genéticos, atestando a confiabilidade dos estudos morfométricos. Deste

modo, as análises morfométricas estão revelando que o desenvolvimento dos organismos

resulta de uma complexa interação entre fatores genéticos e ambientais que afetam a forma.

A evolução, portanto, resulta de alterações nessas interações, e assim a seleção natural

favorece as formas que realizam mais eficazmente algumas funções relacionadas com o

ajustamento dos indivíduos ao meio que vivem (KLINGENBERG, 2010).

A identificação e a procura por marcadores morfológicos e genéticos, que pudessem

distinguir o perfil das abelhas do gênero Apis, nortearam os primeiros estudos com essas

espécies de abelhas (FRANCOY et al., 2006 e 2008). No entanto, atualmente busca-se um

padrão fenotípico para as características de desempenho desejadas, assim tais marcadores

podem ser utilizados para maximizar a produtividade dessas abelhas por meio do

melhoramento genético da espécie (JEVTIĆ et al., 2011).

Além disso, os métodos que se baseiam em parâmetros morfométricos

correlacionam às distâncias medidas nas estruturas dos animais, sendo que as relações

entre essas medidas e os conceitos estatísticos associados são à base de toda a análise

multivariada. Portanto, foi a partir desta necessidade de levar em consideração,

simultaneamente, os diferentes níveis de variação e covariação entre as medidas, que

surgiram todos os métodos multivariados usados atualmente (CRUZ & REGAZZI, 1997;

MONTEIRO & REIS, 1999).

A estatística multivariada pode ser definida como um conjunto de técnicas

exploratórias de sintetização (ou simplificação) da estrutura de variabilidade dos dados,

consistindo em estudar diversas variáveis simultaneamente. Dentre as técnicas de análise

multivariada, está a de variáveis canônicas, que consiste em transformar um conjunto de

variáveis originais em um pequeno número de combinações lineares de dimensões

equivalentes. O objetivo é obter variáveis que retenham o máximo possível de informações

e expliquem a maior parte da variabilidade total, revelando o tipo de relação existente entre

as variáveis em estudo (MONTEIRO & REIS, 1999).

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Além disso, a técnica de análise de variáveis canônicas é a mais utilizada no intuito

de identificar e quantificar a associação entre dois ou mais conjuntos de variáveis

(JOHNSON & WICHERN, 1998). Ao determinar o número de variáveis canônicas que

acumulam um mínimo de 80% da variância total disponível, estimam-se os escores de cada

variável canônica, que podem ser plotados em gráficos bi ou tridimensionais, sendo as

variáveis canônicas usadas como eixos de referência, em que podem ser visualizadas as

distâncias gráficas que representam as similaridades e dissimilaridades entre o objeto de

estudo (PIASSI, 1995).

A análise de variáveis canônicas fornece uma descrição das diferenças entre os

grupos especificados a priori em um conjunto de dados multivariados. Através do uso dessa

técnica é possível verificar a relação da magnitude de diferenças entre os grupos e aquela

dentro de cada grupo. Assim, a análise de variáveis canônicas maximiza a variação de uma

matriz de variâncias e covariâncias e descreve os eixos de variação máxima possibilitando a

formação dos grupos (MONTEIRO & REIS, 1999).

3. MATERIAL E MÉTODOS

3.1. Ecorregiões

Os estudos foram realizados em três distintas regiões geomorfológicas do Estado de

Sergipe, nordeste do Brasil, apresentando homogeneidade das características

morfoclimáticas dentro, e heterogeneidade entre as regiões, caracterizando, assim, três

regiões ecologicamente bem definidas, denominadas ecorregiões (Tabela 1) e (Figura 1e 2).

Figura 1. Representação ilustrativa dos locais onde os estudos foram realizados.

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Tabela 1. Origem, localização geográfica, elevação e número de amostras de colônias de

Apis mellifera no Estado de Sergipe.

Localidade/ Apiário Latitude Longitude Elevação (m) Clima Nº /amostras

1- São Cristóvão 11°0′54″ 37°12′21″ 31m Tropical úmido 7 2 – Estância 11°16′4″ 37°26′16″ 10m Tropical úmido 8 3 – Japaratuba 10°35′34″ 36°56′24″ 109m Tropical úmido 8 4 - Brejo Grande 10°25′28″ 36°27′44″ 17m Tropical úmido 8 5 - Frei Paulo 10°32′56″ 37°32′2″ 272m Tropical seco 8 6 – Aquidabã 10°16′ 52″ 37°29′40″ 226m Tropical seco 8 7 - N. S. da Glória 10º13‘06″ 37º25‘13″ 234m Semi-árido 8 8 - Canindé do S.F 9°38´31″ 37°47´16″ 214m Semi-árido 8 9 - Poço Verde 10°42′28″ 38°10′58″ 273m Semi-árido 8

Figura 2. Diagrama de sazonalidade, representando os índices de precipitação durante os

períodos seco e chuvoso nas ecorregiões estudadas.

3.2. Análises Morfométricas

As asas anteriores direitas de 710 indivíduos foram montadas entre lâminas de

microscópio e fotografadas com uma câmera digital acoplada a um estereomicroscópio,

utilizando o software de captura de imagens Leica Application suite versão 2.0. Foram

plotados 17 marcos anatômicos homólogos (Figura 3) nas intersecções das nervuras das

asas, como descrito em Francoy et al., (2008). Utilizando o software tpsDig versão 2.04

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(ROHLF, 2005), as imagens foram alinhadas pelo quadrado de Procrustes e o tamanho do

centróide obtidos com o auxílio do software MorphoJ (KLINGENBERG, 2011).

Figura 3. A figura acima apresenta os 17 marcos anatômicos plotados nas intersecções das

asas da abelha africanizada Apis melífera L.

A análise de Variáveis Canônicas (AVC) foi utilizada, com o auxílio dos softwares

MORPHOJ (2011) e PAST (2001), para maximizar a variação entre as populações explicada

por cada variável canônica, em relação à variação entre as populações, e testar se as

médias destes grupos são significativamente diferentes, além de possibilitar a identificação

da similaridade entre os grupos em gráficos de dispersão bidimensionais facilitando assim a

sua interpretação geométrica.

A importância relativa das variáveis canônicas foi medida pela porcentagem de seus

autovalores (variâncias) em relação ao total dos autovalores, ou seja, é a porcentagem das

variâncias total que elas explicam (PIRES, 2002). Utilizando o programa NTSYSpc, também

aplicou-se o teste de Mantel, utilizando 5000 permutações para avaliar a correlação entre as

matrizes de altitude, Procrustes e tamanho. Posteriormente foi realizado o teste de

Validação Cruzada (Cross-Validation), para verificar a confiabilidade dos resultados. Além

disso, foi verificada a relação entre a variável independente tamanho do centróide das asas

das abelhas e a variável explicativa altitude, por meio da análise de regressão linear com o

auxílio do software R (2008), onde a equação linear aplicada foi:

y = a + bx,

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onde y é o tamanho do centróide (mm), x é a altitude (m), a é o intercepto e b é o coeficiente

de inclinação da reta, e onde a e b são parâmetros desconhecidos a serem estimados.

3.3. Método de Perfuração de Crias

O comportamento higiênico foi avaliado a partir da metodologia descrita por Newton

& Ostasiewki (1986), adaptado por Gramacho & Gonçalves (1994 e 2009), e consistiu em

promover perfurações com alfinete entomológico (1 mm) (método de perfuração de crias)

nas pupas com idade em torno de 14 dias. Assim, foram perfuradas (10x10) 100 crias

(Figura 4) e após 24h observou-se quantas dessas foram removidas da colônia. O cálculo

para obtenção da porcentagem das colônias higiênicas segue descrito abaixo:

C = CV24h CV0h

C0

100

Onde:

CV24h = Nº de células vazias 24 horas após a perfuração

CV0h = Nº de células vazias antes da perfuração

C0 = Nº de células operculadas antes da perfuração

Z = fator de correção obtido no grupo controle

=

A 100

Onde:

Z = % de células onde as crias operculadas foram removidas naturalmente no

controle

A = Número de células de cria operculadas no controle antes da introdução do

favo na colônia para o teste de limpeza;

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Y = Número de células na qual a cria foi removida naturalmente no controle,

sendo que: Y = C – B;

C = Número de células vazias do controle após o favo ter sido submetido ao teste

de limpeza na colônia analisada;

B = Número de células vazias da área B antes do favo ser submetido ao teste de

limpeza.

Figura 4. Quadro teste de uma colônia de abelhas africanizadas que foi submetido ao teste

do comportamento higiênico pelo método de perfuração de crias. Área (A) representa o

tratamento e (B) o grupo controle.

Sustentando o que foi descrito por Gonçalves (2006): que os números de

enxameações por abandono devido às condições climáticas e ambientais adversas

(temperatura, escassez de alimento e/ou água etc.) alcançam índices de abandono de até

50% no Nordeste. Durante o período de estudo que ocorreu de fevereiro à junho, 8 colônias

enxamearam e não puderam ser avaliadas por meio do teste da perfuração. Assim, a

metodologia foi aplicada em 63 colônias em dois períodos estacionais distintos, o seco e o

chuvoso, onde foi avaliada se a capacidade de remoção seria influenciada por fatores

ambientais tais como: altitude, temperatura, precipitação e sazonalidade.

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A correlação entre as variáveis ambientais e a variável básica comportamento

higiênico foi obtida por meio da correlação de Spearman, as variações dos índices de

remoção entre as ecorregiões e entre os períodos seco e chuvoso foram avaliadas pelo

teste de Krustal-Wallis seguido do post-hoc de Siegel e Castellan (1988) para avaliar se as

diferenças encontradas foram de fato significativas.

Além disso, a análise de trilha (WRIGHT, 1921) foi usada para estimar os efeitos

diretos e indiretos das variáveis explanatórias temperatura, pluviosidade e altitude sobre a

variável resposta comportamento higiênico das colônias, estudadas através das correlações

entre estas variáveis. A análise de trilha foi aplicada, conforme Cruz, Regazzi e Carneiro

(2004), para quantificar as relações de causa e efeito entre variáveis utilizando-se de

equações de regressão, em que essas variáveis são padronizadas. As análises estatísticas

das variáveis anteriormente citadas ,bem como as técnicas utilizadas foram realizadas com

o auxílio do software R (2008).

4. RESULTADOS

No estudo das populações de A. mellifera, comparando a forma das asas, foram

necessárias as 14 primeiras variáveis canônicas para explicarem 80 % da variação total

entre as colônias avaliadas (Tabela 2). Deste modo verificou-se que não foram formados

grupos, sugerindo a existência de um intenso fluxo gênico entre as colônias (Figura. 5).

Resultado esse, também constatado pela análise de validação cruzada, onde demonstrou a

similaridade existente entre os indivíduos da A. mellifera nas localidades estudadas, pois

apenas 33% dos indivíduos foram classificados corretamente.

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Tabela 2. Variáveis canônicas, autovalores, porcentagem de variância e porcentagem da

variância acumulada obtidas com a análise das colônias.

VCA λi σ2 % σ2 acumulada % 1. 2,998 23,966 23,966

2. 0,971 7,763 31,729

3. 0,824 6,592 38,322

4. 0,666 5,330 43,652

5. 0,629 5,033 48,684

6. 0,613 4,905 53,590

7. 0,542 4,340 57,930

8. 0,519 4,151 62,081

9. 0,466 3,731 65,812

10. 0,447 3,580 69,392

11. 0,432 3,456 72,848

12. 0,369 2,950 75,798

13. 0,339 2,711 78,509

14. 0,302 2,417 80,926

15. 0,295 2,365 83,291

16. 0,263 2,107 85,398

17. 0,238 1,904 87,301

18. 0,230 1,841 89,142

19. 0,193 1,546 90,689

20. 0,185 1,481 92,170

21. 0,159 1,276 93,446

22. 0,146 1,172 94,618

23. 0,133 1,066 95,685

24. 0,103 0,829 96,514

25. 0,102 0,817 97,331

26. 0,094 0,754 98,085

27. 0,076 0,615 98,701

28. 0,064 0,515 99,216

29. 0,052 0,417 99,633

30. 0,045 0,367 100,000

* VCA= Variável Canônica; λi = autovalores; σ2 = variância.

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Figura 5. Dispersão gráfica das colônias de Apis mellifera em relação ao eixo cartesiano

estabelecido pelas variáveis canônicas (CVA 1, CVA 2). Azul claro: Colônias de Canindé do

São Francisco; Vermelho: Brejo Grande; Verde escuro: Estância; Rosa: São Cristóvão;

Amarelo: Poço verde; Preto: Aquidabã; Verde Claro: Glória; Roxo: Frei Paulo; Azul escuro:

Japaratuba.

As análises iniciais, apesar de não haverem demonstrado diferenças significativas

entre os indivíduos quando se compara as colônias de A. mellifera como um todo, ao se

observar a sua distribuição por ecorregião, entretanto, verifica-se a formação de grupos,

sugerindo que a localização interfere na variação da forma das asas dessa espécie. Além

disso, quando essas mesmas colônias, ao serem comparadas por ecorregião, a segunda

variável canônica já explicava 100% da variação total dos indivíduos (Tabela 3). Nas

análises de divergência das populações de abelhas africanizadas a configuração da

distribuição dos grupos, foi representada em um espaço bidimensional para facilitar a

visualização das similaridades entre as colônias, definidas por dois vetores canônicos,

utilizando os escores das variáveis canônicas obtidas a partir das duas primeiras variáveis

canônicas (Figura. 6).

Tabela 3.Variáveis canônicas, autovalores, porcentagem de variância e porcentagem da

variância acumulada obtidas com a análise das ecorregiões.

VCA λi σ2 % σ2 acumulada %

1 0,320 57,729 57,729

2 0,234 42,271 100,000

* VCA= Variável Canônica; λi = autovalores; σ2 = variância.

-6.4 -4.8 -3.2 -1.6 0 1.6 3.2 4.8 6.4CVA 1

-8

-6.4

-4.8

-3.2

-1.6

0

1.6

3.2

4.8

CV

A 2

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Figura 6. Dispersão gráfica dos grupos de Apis mellifera em relação ao eixo cartesiano

estabelecido pelas variáveis canônicas (AVC 1, AVC 2), obtida a partir da morfometria das

asas. Azul: Zona da Mata, Vermelho: Agreste e Verde: Semiárido.

Entretanto, quando as colônias foram avaliadas por apiários somente as duas

primeiras variáveis canônicas foram necessárias para explicar 72,107% da variação total

dos indivíduos (Tabela 4). Essa variação também pode ser verificada no gráfico de

dispersão da variação por apiários (Figura. 7).

Tabela 4.Variáveis canônicas, autovalores, porcentagem de variância e porcentagem da

variância acumulada obtidas com a análise das ecorregiões.

VCA λi σ2 % σ2 acumulada %

1 1.30389 47.03 47.03

2 6.95253 25.07 72.107

3 5.51556 19.89 92.001

4 2.21745 7.99 100.000

* VCA= Variável Canônica; λi = autovalores; σ2 = variância.

-4.8 -3.6 -2.4 -1.2 0.0 1.2 2.4 3.6 4.8AVC 1

-6.0

-4.8

-3.6

-2.4

-1.2

0.0

1.2

2.4

3.6

4.8

AV

C 2

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Figura 7. Gráfico de dispersão dos apiários de Apis mellifera em relação a eixos cartesianos

estabelecidos pelos variáveis canônicas (AVC 1, AVC 2) demonstrando a distância entre os

mesmos por meio da distância generalizada de Mahalanobis.

Deste modo, foi aplicado o teste de Mantel (Tabela 5) para avaliar as correlações

entre as matrizes de distância de Procrustes (forma), tamanho e altitude. Portanto, verificou-

se a existência de correlação positiva entre as matrizes de forma e de altitude, com

significância alta e margens de erro inferior a 5%, indicando uma colinearidade entre estes

efeitos. Logo, pode-se verificar que a forma das asas são influenciadas pela altitude,

sugerindo que essa característica contribuiu para a divergência dos grupos de A. mellifera

entre os apiários e dentro das ecorregiões.

Tabela 5.Teste de Mantel para a comparação das matrizes de forma, tamanho e altitude

utilizando medições de asas da Apis mellifera com 5000 permutações.

ESTRUTURA MATRIZES COMPARADAS r R2 P

D2 de Procrustes vs Altitude 0,06239 0,00389 0.0098*

ASA D2 de Procrustes vs Tamanho -0.07949 0,00631 0.8384NS

* NS = não significativo / * significativo.

Além disso, as estimativas da análise de regressão demonstram que a altitude tem

poder explicativo sobre o tamanho do centróide das asas das abelhas. Como pode ser visto

na (Tabela 6) e na (Figura 8), a inclinação da reta é positiva (0.001), indicando que o

aumento da altitude tem relação linear e positiva com o aumento do tamanho do centróide.

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Tabela 6. Estimativa dos coeficientes da reta de regressão com respectivo desvio padrão,

valor t e p-valor.

Estimativa Desvio Padrão Valor t p-valor

Intercepto 6,571 0,028 237,241 < 2∙10-16

Altitude 0.001 0.0001 8,475 < 2∙10-16

Figura 8. Relação linear entre o tamaho do centróide (mm) predito pela equação de

regressão e a altitude (m). Os pontos cinzas são os tamanhos dos centróides observados;

os pontos pretos são os tamanhos do centróide preditos pela equação linear; a reta

representa a relação linear entre os tamanhos do centróide e a altitude.

Os resultados também revelaram que das 63 colônias que foram submetidas ao

tratamento, 28 apresentaram comportamento higiênico (Figura. 9) médio acima de 80%,

indicando potencial para seleção, como matrizes em programas de melhoramento genético.

O resultado do teste de Kruskal-Wallis verificou que o comportamento higiênico das abelhas

africanizadas varia sazonalmente (p=0,022; α=0,05) e entre as ecorregiões (p=0,001;

α=0,05): ona da mata, Agreste e Sertão (Figura.10).

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Figura 9. A figura acima demonstra uma colônia não higiênica (A) onde as crias mortas não

foram removidas após 24h e a imagem (B) uma colônia higiênica.

Tabela 7. Média e desvio-padrão dos comportamentos higiênicos associados a cada

ecorregião (Agreste, Sertão e Zona da Mata).

Ecorregiões Agreste Sertão Zona da Mata

Média 68,594 (b) 57,271 (c) 81,848 (a)

Desvio - Padrão 17,859 31,851 11,813

* (P =0, 05)

Uma vez encontrada diferença significativa entre as ecorregiões a, b e c, foi possível

a aplicação do teste post-hoc de Siegel e Castellan (1988) para se conhecer quais delas são

de fato diferentes. Desse modo, os resultados do teste (Tabela 8) evidenciaram que a

diferença observada excede a diferença crítica somente no Agreste e Sertão em relação a

Zona da Mata, assim, aceitamos, neste caso, que as populações são de fato diferentes.

Além disso, como pode ser visto na (Figura. 10), a Zona da Mata apresentou os maiores

índices de remoção pelo método de perfuração de crias.

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Tabela 8. Teste post-hoc com valores da diferença observada e diferença crítica para cada

comparação entre ecorregiões.

Ecorregiões Diferença observada Diferença crítica Diferença

Agreste – Sertão 4,943 19,951 Falsa

Agreste – Z. da Mata 22,406 20,124 Verdadeira

Sertão – Z. da Mata 27,348 18,038 Verdadeira

Figura 10. Diagrama de caixas do comportamento higiênico (%) nas três ecorregiões:

Agreste, Sertão e Zona da Mata.

Assim, como já demonstrado na (Figura. 2), os índices de precipitação variam entre

os períodos seco e chuvoso, influenciando nos percentuais de remoção de crias devido a

sazonalidade (Figura. 11). Além disso, os coeficientes de correlação de Spearman entre a

variável dependente comportamento higiênico e as variáveis explicativas ou independentes

temperatura (ρ=0,065; p=0,471; α=0,05), pluviosidade (ρ=0,274; p=0,002; α=0,05) e altitude

(ρ=-0,294 p=0,001; α=0,05), nos permitem identificar que associações significativas foram

encontradas entre o comportamento higiênico das abelhas, a pluviosidade e a altitude,

assim, o aumento da pluviosidade está em fase com o aumento do comportamento

higiênico, enquanto que o aumento da altitude está inversamente associado ao aumento do

comportamento higiênico. As relações de causalidade entre as variáveis ambientais e os

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seus efeitos sobre o comportamento higiênico das abelhas africanizadas está demonstrado

na análise de trilha (Tabela 9) e (Figura. 12).

Figura 11. Diagrama de caixas do comportamento higiênico (%) nas estações chuvosa e

seca.

Os resultados da análise de trilha (Tabela 9) demonstraram que o efeito direto mais

pronunciado é o da pluviosidade (0,311), seguido pelo efeito negativo da altitude (-0,172) e

temperatura (0,084). Este resultado indica que a pluviosidade é o principal modulador do

comportamento higiênico das abelhas, apresentando efeito positivo sobre este. Por outro

lado, a altitude se apresenta com um importante efeito inverso: o comportameno higiênico

tende a diminuir com o aumento da altitude.

Os efeitos indiretos são descritos como o coeficiente de uma variável via outra

variável. Assim, o efeito da temperatura via pluviosidade (linha 1, coluna 2) é de -0,093

(Tabela 9). Isso significa que a temperatura influencia a pluviosidade e que esta influencia o

comportamento higiênico de forma negativa. O principal efeito indireto é o da altitude via

pluviosidade, ou seja, a altitude tem efeito sobre a pluviosidade, que por sua vez tem efeito

sobre o comportamento higiênico das abelhas.

Desse modo, os resultados demonstram que o principal efeito modulador do

comportamento higiênico é a pluviosidade, seja de forma direta ou indireta (Fig.12).

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Tabela 9. Efeitos diretos (diagonal) e indiretos estimados entre a variável resposta

comportamento higiênico das abelhas e as variáveis explicativas temperatura, pluviosidade

e altitude.

Temperatura Pluviosidade Altitude

Temperatura 0,084 -0,093 0,069

Pluviosidade -0,025 0,311 0,074

Altitude -0,034 -0,138 -0,172

Figura 12. Diagrama em cadeia ilustrativo dos efeitos das variáveis explicativas primária

(pluviosidade) e secundárias (altitude e temperatura) sobre a variável resposta

(comportamento higiênico).

5. DISCUSSÃO

Os resultados apresentados neste trabalho demonstraram que os distintos padrões

morfoclimáticos das ecorregiões influenciaram na forma (r=0,06239; p= 0.05) e tamanho

(0.001) das asas das abelhas africanizadas, sugerindo que a altitude tenha desempenhado

importante papel na separação dessas populações. Trabalhos semelhantes (SOUZA et al.,

2009; KEKECOGLU et al., 2010; PARKER et al., 2010; NUNES et al., 2012)também

demonstraram como a distribuição das populações de abelhas ao longo de regiões

ecologicamente distintas influenciam na diferenciação desses grupos e que a grande

capacidade de dispersão e a alta plasticidade fenotípica (LE CONTE & NAVAJAS, 2008)

contribuem para a adaptação das abelhas às diferentes regiões geomorfológicas. Neste

sentido, trabalhos (DILLON et al., 2006; HEPBURN et al., 2011) já demonstraram como as

variações topográficas interferem no desenvolvimento dos organismos, contribuindo para a

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formação desses polifenismos. Segundo Klok et al., (2009), a altitude exerce influência no

tamanho e forma das estruturas dos organismos, pois nestas condições o ar se torna

rarefeito e a hipoxia compromete o desenvolvimento dos indivíduos devido ao baixo

suprimento energético. Além disso, em maiores altitudes a densidade do ar é menor e

fornece menos sustentação para o batimento das asas desses insetos alterando, assim, a

proporção entre o tamanho da asa e massa corporal desses organismos (HARRISON et al.,

2010). Assim, os resultados deste trabalho demonstraram, corroborando com os resultados

apresentados por Gruber et al., (2013), que o intenso fluxo gênico evidenciado entre as

colônias estudadas, a alta variabilidade de tamanhos das asas dos indivíduos e as

diferenças pronunciadas nos distintos apiários e ecorregiões, são resultado da plasticidade

fenotípica e não de divergência genética entre as populações de abelhas africanizadas. As

técnicas de análise multivariada, portanto, mais uma vez demonstraram a exemplo de outros

estudos (FRANCOY, 2008; TOFILSKI, 2009; GÜLER et al., 2010) que, quando associada a

dados morfométricos da venação alar, são eficientes na caracterização das divergências

entre populações de abelhas. Neste contexto, a caracterização dessas divergências, bem

como a compreensão das causas e consequências dessas variações na composição dos

distintos ecotipos de abelhas, como demonstrado por (ANDERE et al., 2008; STRANGE et

al., 2008; SHAIBI et al., 2009; RAHIMI & MIRMOYED, 2013), podem ser exploradas em

programas de manejo, conservação e melhoramento.

Além disso, ficou demonstrado que os efeitos da sazonalidade (p= 0,022; α=0,05) e

das ecorregiões (p=0,001; α=0,05), com influência direta da precipitação (0,311) e

temperatura (0,084), e indireta da altitude (-0,172), interferem no comportamento higiênico

das abelhas africanizadas, fato que pode ser explicado pela diversidade de regimes

climáticos dessas localidades, reforçando a influência dos fatores ambientais na

manifestação dessa característica. Trabalhos semelhantes apresentaram Panasiuk et al.,

(2009) e Güler et al., (2013), quando constataram que existem diferenças nas taxas de

remoção entre os períodos de alto e baixo fluxo de néctar na colônia nos meses

correspondentes a maiores e menores índices de precipitação.

Tal fato pode ser explicado por Invernizzi (2001), onde propõe que durante períodos

de chuva há mais alimento disponível, o que implica maior vigor por parte das abelhas,

servindo de estímulo para limpeza dos favos e armazenamento do alimento. Além disso,

(MESSAGE & GONÇALVES, 1984) sugerem que em períodos chuvosos há uma maior

quantidade de abelhas no interior da colônia, facilitando a detecção de crias mortas doentes

ou parasitadas. Os resultados deste trabalho contrastam com os resultados apresentados

por (STANIMIROVIĆ et al., 2008; PADIL A et al., 2013; WALIEWSKY et al., 2013), que

encontraram forte componente genético associado com a característica. Assim sendo, o

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presente trabalho corrobora com trabalhos (COSTA-MAIA et al., 2010 e PERNAL et al.,

2011) que sugerem que o componente ambiental esteja envolvido de maneira significativa

na manifestação dessa característica. Ficou demonstrado, ainda, corroborando com

(GRAMACHO & GONÇALVES, 2009 e PALÁCIO et al., 2010), que as colônias higiênicas

são mais eficientes na detecção e remoção de crias mortas pelo método de perfuração de

crias que as colônias não higiênicas.

Deste modo, na busca de um padrão fenotípico correspondente a uma carcaterística

de interesse, vários trabalhos (EDRISS et al., 2002; SOUZA et al., 2002; MOSTAJERAN et

al., 2006) já demonstraram correlação entre características fenotípicas e de desempenho

em abelhas. Neste sentido, Jevtić et al., (2011) encontrou correlação entre padrões

fenotípicos da asa de abelhas com o comportamento higiênico, sugerindo que os

organismos que possuíam maior largura da asa apresentavam maiores taxas de remoção

de crias mortas ou doentes. O presente trabalho, entretanto, não encontrou relação entre as

características fenotípicas avaliadas e o comportamento higiênico das abelhas

africanizadas.

6. CONCLUSÃO

Portanto,conclui-se pela existência de divergências nas populações de abelhas

africanizadas nos apiários e entre as ecorregiões do Estado de Sergipe, comprovando a

influência de fatores estocásticos na morfologia, comportamento e distribuição destes

grupos. Além disso, o intenso fluxo gênico observado entre as populações denotam a

grande variabilidade genética desses grupos, fato este que pode ser explorado em futuros

programas de manejo, conservação e melhoramento. O presente trabalho, entretanto, não

encontrou correlação entre o tamanho da asa e o comportamento higiênico, não se

configurando nesse caso, portanto, em um bom marcador morfológico para esta

característica de interesse.

Por fim, reforça-se a necessidade por mais estudos relacionados à interação entre

fatores genéticos e ambientais, visando entender os efeitos das variações geográficas sobre

o comportamento higiênico e morfologia das abelhas africanizadas.

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Sociobiology

An international journal on social insects

Bee’s Morphometrics and Behavior upon Seasonal Effects from Ecoregions

ARS SOUSA1, ED ARAÚJO

2, KP GRAMACHO

3, LA NUNES

4, LT BARBOSA

1

1Federal University of Sergipe (Universidade Federal de Sergipe - UFS), Campus José

Aloízio de Campos, Graduate Centre for Biotechnology and Environmental Resources

(Núcleo de Pós Graduação em Biotecnologia e Recursos Naturais)/São Cristóvão, SE, Brazil.

2Federal University of Sergipe (UFS), Campus José Aloízio de Campos, Biology Department,

Laboratory of Genetics and Conservation of Natural Resources (Laboratório de Genética e

Conservação de Recursos Naturais – GECON)/São Cristóvão, SE, Brazil.

3Tiradentes University (Universidade Tiradentes), Campus Farolândia, Laboratory of

Biological Studies and Natural Products (Laboratório de Estudos Biológicos e Produtos

Naturais-LBPN), Technology and Research Institute (Instituto de Tecnologia e Pesquisa-

ITP)/Aracaju, SE, Brazil.

4Federal University of Reconcavo da Bahia (Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia-

UESB) (Programa da Pós-Graduação em Genética, Biodiversidade e Conservação)/Jequié,

BA, Brazil.

Running head: Combined morphometrics and pin-killing method to assess bee’s data

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ABSTRACT

The present study characterized the divergences among 71 colonies of Africanized honey bees

located in 3 distinct ecoregions (Zona da Mata, Agreste and Sertão) of the State of Sergipe,

north-eastern Brazil, through morphological and behavioral analyses to assess the relationship

between the effects of seasonality and the morphoclimatic patterns from the ecoregions on the

morphology, behavior and distribution of these groups of bees. The high gene flow evidenced

by the studied colonies and the pronounced differences among distinct apiaries and

ecoregions, with influence of altitude on the shape (r=0.06239; p=0.05) and size (0.001),

contributed to the segregation of these groups via phenotypic plasticity rather than genetic

divergence among the studied populations of Africanized honey bees. Furthermore, the results

also demonstrated a significant difference in the hygienic behavior of these populations

between the dry and rainy seasons (p= 0.022; α=0.05) and between ecoregions (p=0.001;

α=0.05), with the influence of temperature (ρ=0.065; p=0.471; α=0.05) and altitude (ρ=-

0.294; p=0.001 α=0.05) on the rainfall (ρ=0.274; p=0.002; α=0.05) as the main modulator of

hygienic behavior, thereby reinforcing the hypothesis of the influence of environmental

factors on the expression of this trait. Therefore, we conclude that the influence of stochastic

factors on the morphology, behavior and distribution of Africanized honey bees as well as the

identified polyphenisms denoting the high genetic variability of these populations can be

exploited to direct the future conservation, handling and breeding programs for bees.

Keywords: Africanized honey bees, gene flow, hygienic behavior, geometric morphometrics,

phenotypic plasticity, polyphenism

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INTRODUCTION

Bees are essential to the balance of ecosystems and play a fundamental role as

pollinators and thus contribute to the reproduction and dispersal of the majority of angiosperm

species, with most being economically important, in a complex coevolutionary process that

has occurred over the past 100 million years (Renner & Schaefer, 2010; Cardinal & Danforth,

2013). Although quantifying the pollination services is difficult, several studies have

demonstrated their value for agribusiness and related ecosystems (Aizen et al., 2008; Allsopp

et al., 2008; Gallai et al., 2009; Lautenbach et al., 2012). The loss of this natural capital,

therefore, could adversely affect the maintenance of wild plant diversity, ecosystem stability,

agricultural production, food security and human welfare (Potts et al., 2010; Thomann et al.,

2013).

The increasing decline in bee species around the world, as a result of climate change

(Williams et al., 2010; González-Varo et al., 2013), the proliferation of parasites and

pathogens (Graystock et al., 2013; Wagoner et al., 2013), the indiscriminate use of pesticides

(Carrasco-Latelier et al., 2012; Cresswell et al., 2012; van der Sluijs et al., 2013) and the

synergistic effects of these factors, has attracted attention and resulted in even more studies

aimed at the characterization, technological exploitation and sustainable use of these species

of pollinators.

Apis mellifera species are widely distributed throughout the tropical regions and occur

on the American continent as polyhybrids produced by cross-breeding European subspecies

with the African subspecies A. m. scutellata. The great genetic plasticity and adaptability

shown by these honey bee groups has contributed to their spread throughout several

morphoclimatic patterns of the tropical regions. These groups have acquired their own

characteristics and are known as Africanized honey bees (Gonçalves, 1974).

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Africanized honey bees have, as one of their main features, high resilience to diseases

due to the innate ability of some of their colonies to detect, uncap and remove dead or

diseased brood, thereby preventing the spread of diseases in their nests. This feature is called

hygienic behavior (Rothenbuhler, 1964a,b; Spivak & Gilliam, 1993; Palacio et al., 2000),

which is a form of social immunity (Cremer & Sixt, 2009; Cotter & Kilner, 2010; Locke et

al., 2012) and is economically important due to its influence on the colony’s resistance to

parasites and pathogen infestations (Evans & Spivak, 2010; Rosenkranz et al., 2010) and its

relationship with other characteristics of interest (Spivak & Reuter, 1998; Downey &

Winston, 2001; Garcia et al., 2013; Güler & Toy, 2013; Padilha et al., 2013).

Hygienic behavior is an attribute that has been widely explored (Ibrahim et al., 2007;

Harbo & Harris, 2009; Perez-Sato et al., 2009; Buchler et al., 2010; Rinderer et al., 2010;

Pernal et al., 2012) as an index for honey bee breeding selection, although it is correlated with

the expression of groups of genes (Lapidge et al., 2002; Oxley et al., 2010). A complex

interaction among environmental (Panasiuk et al., 2009; Guler, 2013), social (Panasiuk et al.,

2010; Palacio et al., 2010) and even epigenetic factors (Herb et al., 2012) is believed to

determine its manifestation.

The distribution of populations of Apis throughout diverse climates and regions of the

American continent and the selective pressures of these sites have contributed to the

promotion of the morphophysiological and behavioral variability of these groups through the

development of typical ecotypes for a better fit to these climatic domains (Andere et al., 2008;

Parker et al., 2010; Meixner et al., 2010). In this context, geometric morphometrics has been

demonstrated to be an accurate and inexpensive tool (Francoy et al., 2006, 2008; Tofilski,

2009) in the study of the differences among populations of bees, allowing relationships to be

established between the causes and consequences of variations in the adjustment of

individuals to their natural habitat (Lawing & Polly, 2010; Klingenberg, 2011).

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Therefore, this study aimed to characterize the divergences among colonies of

Africanized honey bees and to assess the relationship between environmental factors such as

temperature, precipitation and seasonality of three distinct ecoregions and the morphology,

behavior and distribution of these groups of bees.

MATERIALS AND METHODS

Study area

The experiments were performed in three distinct geomorphological regions of the

state of Sergipe, northeastern Brazil. The morphoclimatic characteristics were homogenous

within the study sites and heterogeneous between them, which characterized the studied

regions as 3 ecologically well-defined areas called ecoregions (Table 1 and Figs. 1 and 2).

. Illustrative representation of the regions where the studies were conducted.

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Table 1. Origin, geographic location, elevation and number of samples of Apis mellifera

colonies from the state of Sergipe.

Locality Latitude Longitude Elevation Climate Number of

samples

1- São Cristóvão 11°0′54″ 37°12′21″ 31 m Tropical humid 7

2- Estância 11°16′4″ 37°26′16″ 10 m Tropical humid 8

3- Japaratuba 10°35′34″ 36°56′24″ 109 m Tropical humid 8

4- Brejo Grande 10°25′28″ 36°27′44″ 17 m Tropical humid 8

5- Frei Paulo 10°32′56″ 37°32′2″ 272 m Dry tropical 8

6- Aquidabã 10°16′ 52″ 37°29′40″ 226 m Dry tropical 8

7- N. S. da Glória 10º13’06″ 37º25’13″ 234 m Semiarid 8

8- Canindé do S.F 9°38´31´´ 37°47´16´´ 214 m Semiarid 8

9- Poço Verde 10°42′28″ 38°10′58″ 273 m Semiarid 8

Fig. 2. Seasonality diagram representing the rainfall indices during dry and rainy periods.

Morphometrics

The right forewing of 710 individuals was placed between microscope slides and

photographed with a digital camera attached to a stereomicroscope using the image capture

software Leica Application Suite version 2.0. A total of 17 homologous landmarks (Fig. 3)

were plotted at the wing-vein intersections, as described in Francoy et al. (2008), using

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software version 2.4 tpsDig (Rohlf, 2005). The images were then aligned, and centroid

coordinates were obtained with the aid of MorphoJ software (Klingenberg, 2011).

Fig.3. The picture represents the 17 anatomical landmarks plotted at the wing vein intersections of the

Africanized honey bee Apis mellifera L.

The analyses using the canonical variables technique were used to maximize the

variation among the studied populations as explained by each canonical variable with respect

to the variations among the studied populations and to test whether the groups’ means were

significantly different. The canonical analysis also enabled the identification of similarities

between groups in two-dimensional scatterplots, which facilitates the geometric interpretation

of the data. Thus, using the program NTSYSpc, the Mantel test using 5000 permutations was

applied to assess the correlations among the matrices’ altitude, shape and size. To verify the

reliability of the results, a cross-validation test was performed.

Furthermore, the relationship between the independent variable, honey bee wing

centroid size and the explanatory variable altitude was verified. The following linear equation

was used:

y = a + bx,

where y is the centroid size (mm), x is the altitude (m), a is the intercept, and b is the slope

coefficient; a and b are unknown parameters to be estimated.

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Hygienic behavior

The hygienic behavior was evaluated by the pin-killing method (Fig. 4) according to

the methodology described by Newton and Ostasiewki (1986) and modified by Gramacho and

Gonçalves (2009). The correlation between environmental variables and the basic variable

hygienic behavior was obtained by the Spearman correlation. Variations in the removal rates

among ecoregions and between dry and rainy periods were evaluated by the Krustal-Wallis

test. Thus, the path analysis (Wright, 1921) was used to estimate the direct and indirect effects

of the explanatory variables of temperature, rainfall and altitude on the variable hygienic

behavior of the colonies by evaluating the correlations among these variables. The statistical

analysis of the variables and the techniques used were performed with the aid of software R

(2008).

Fig.4. Comb of an Africanized honey bee colony that was subjected to the hygienic behavior test by

the pin-killing method. Area (A) represents the treatment group, and area (B) is the control group.

RESULTS

In the comparison of the wing shape, the first 14 canonical variables were necessary to

account for 80% of the total variation among the studied A. mellifera colonies (Table 2). It

was verified that no groups were formed, which suggests a high gene flow between colonies

(Fig. 5). This result is evidenced by the cross-validation analysis that showed the similarity

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between the individuals of A. mellifera from the studied regions, in which only 33%

specimens were correctly classified.

Table 2. Canonical variables, eigenvalues, variance percentage and percentage of cumulative

variance obtained from the colonies analysis.

VCA λi σ2 % σ2 cumulative % 1. 2,998 23,966 23,966

2. 0,971 7,763 31,729

3. 0,824 6,592 38,322

4. 0,666 5,330 43,652

5. 0,629 5,033 48,684

6. 0,613 4,905 53,590

7. 0,542 4,340 57,930

8. 0,519 4,151 62,081

9. 0,466 3,731 65,812

10. 0,447 3,580 69,392

11. 0,432 3,456 72,848

12. 0,369 2,950 75,798

13. 0,339 2,711 78,509

14. 0,302 2,417 80,926

15. 0,295 2,365 83,291

16. 0,263 2,107 85,398

17. 0,238 1,904 87,301

18. 0,230 1,841 89,142

19. 0,193 1,546 90,689

20. 0,185 1,481 92,170

21. 0,159 1,276 93,446

22. 0,146 1,172 94,618

23. 0,133 1,066 95,685

24. 0,103 0,829 96,514

25. 0,102 0,817 97,331

26. 0,094 0,754 98,085

27. 0,076 0,615 98,701

28. 0,064 0,515 99,216

29. 0,052 0,417 99,633

30. 0,045 0,367 100,000

* VCA: canonical variable; λi: eigenvalues; σ2: variance.

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Fig. 5. Scatterplot of the Apis mellifera colonies in relation to the Cartesian axis established by the

canonical variables (CVA 1, CVA 2). Light blue: Canindé do São Francisco colonies; Red: Brejo

Grande; Dark green: Estância; Pink: São Cristóvão; Yellow: Poço verde; Black: Aquidabã; Light

Green: Glória; Purple: Frei Paulo; Dark blue: Japaratuba.

In the initial analyses, when all the A. mellifera colonies were compared as a whole, no

significant difference was found between them. However, when the colonies were compared

by ecoregions, the formation of groups was observed, suggesting that location affects the

wing-shape variation of this honey bee species. Moreover, when these same colonies were

compared by ecoregions, the second canonical variable accounted for 100% of the total

specimens’ variation (Table 3). In the divergence analysis, the distribution of the groups was

represented in a two-dimensional plot to facilitate the visualization of the colony similarities,

which were defined by two canonical vectors using the canonical variable scores obtained

from the first two canonical variables (Fig. 6).

Table 3. Canonical variables, eigenvalues, variance percentage and percentage of cumulative

variance obtained from the ecoregions analysis.

VCA λi σ2 % σ2 cumulative %

1 0,32073702 57,729 57,729

2 0,23484939 42,271 100,000

* VCA: canonical variable; λi: eigenvalues; σ2: variance.

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Fig. 6. Scatterplot of the Apis mellifera colonies in relation to the Cartesian axis established by the

canonical variables (CVA 1, CVA 2) obtained from wing morphometrics. Blue: Zona da Mata; Red:

Agreste; Green: Sertão.

Thus, when the colonies were evaluated according to the apiaries, only the first two

canonical variables were necessary to account for 72.107% of the total individual variation

(Table 4). This variation can also be observed in the scatterplot in Fig. 7.

Table 4. Canonical variables, eigenvalues, variance percentage and percentage of cumulative

variance obtained from the ecoregions analysis.

VCA λi σ2 % σ2 cumulative %

1 1.303 47.03 47.03

2 6.952 25.07 72.107

3 5.515 19.89 92.001

4 2.217 7.99 100.000

* VCA: canonical variable; λi: eigenvalues; σ2: variance.

Fig. 7. Scatterplot of the Apis mellifera apiaries in relation to the Cartesian axis established by the

canonical variables (CVA 1, CVA 2) showing the distance between them according to the

Mahalanobis’ generalized distance.

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The results of Mantel test (Table 5) shown a positive correlation between shape and

altitude matrices, with high significance and less than 5% error, which indicates collinearity

between these effects. Therefore, it can be seen that the shape of the wings are influenced by

altitude, suggesting that altitude contributed to the divergence of the A. mellifera groups

between apiaries and within ecoregions.

Table 5. Mantel test for the comparison of shape and altitude matrices using measurements of

Apis mellifera wings with 5000 permutations. Structure Compared matrices R R

2 P

D

2 of Procrustes vs.

altitude 0.06239 0.00389 0.0098*

Wing D

2 of Procrustes vs,

size -0.07949 0.00631 0.8384

NS

NS: not significantly different; *: significantly different.

Furthermore, estimates of regression analysis showed that the altitude also influenced

the size of the wing centroid. As seen in Table 6 and Fig. 8, the line slope is positive (0.001),

which indicates that altitude has a linear and positive relationship with the centroid size.

Table 6. Estimated regression line coefficients with the respective standard deviation, t value

and p value. Estimates Standard deviation t value p value

Intercept 6.571 0.028 237.241 <2∙10-16

Altitude 0.001 0.0001 8.475 <2∙10-16

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Fig. 8. Linear relationship between the centroid size (mm) predicted by the regression analysis and

altitude (m). Grey dots are the observed centroid size; black dots are the centroid size predicted by the

linear equation. The straight line represents the linear relationship between the centroid sizes and the

altitude.

The results also showed that from the 63 colonies subjected to treatment, 28 had mean

proportions of hygienic behavior greater than 80% (Fig. 9). The Kruskal-Wallis results (Fig.

10) revealed that the hygienic behavior of the Africanized honey bees varied seasonally

(p=0.022; α=0.05) and among the different ecoregions (p=0.001; α=0.05): Zona da mata

(81.85±11.81%), Agreste (68.59±17.85%) and Sertão (57.27±31.85%).

Fig. 9. The figure above shows a non-hygienic colony (A) in which the dead brood were not removed

after 24 h, and image (B) shows a hygienic colony.

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Fig. 10. Box plot of the hygienic behavior (%) in the three studied ecoregions: Agreste, Sertão and

Zona da Mata.

As shown in Fig. 2, the precipitation rates fluctuated between the dry and rainy

seasons, influencing the percentage of brood removal due to seasonality (Fig. 11). In addition,

the Spearman’s correlation coefficients between the dependent variable, hygienic behavior

and the explanatory or independent variables temperature (ρ=0.065; p=0.471; α=0.05),

rainfall (ρ=0.274; p=0.002; α=0.05) and altitude (ρ=-0.294; p=0.001; α=0.05) allow us to

identify significant associations between the hygienic behavior of honey bees, the rainfall and

the altitude. Increased rainfall is directly related to the increase of hygienic behavior, while an

altitude increase is inversely associated with a hygienic behavior increase. The causal

relationships between environmental conditions and their effects on the hygienic behavior of

Africanized honey bees are shown in the path-analysis results (Table 7 and Fig. 12).

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Fig. 11. Box plot of the hygienic behavior (%) during the rainy and dry seasons.

Table 7. Direct (diagonal) and indirect effects estimated between the response variable, honey

bee hygienic behavior, and the explanatory variables temperature, rainfall and altitude. Temperature Rainfall Altitude

Temperature 0.084 -0.093 0.069

Rainfall -0.025 0.311 0.074

Altitude -0.034 -0.138 -0.172

The strongest direct effect was due to rainfall (0.311), followed by negative effects of

altitude (-0.172) and temperature (0.084). These results indicate that rainfall is the main

modulator of honey bees’ behavior, with a positive effect on the behavior. In contrast, altitude

has an important reverse effect: hygienic behavior tends to decrease with increasing altitude.

Indirect effects are described based on the coefficient of a variable via another

variable. Thus, the effect of temperature via precipitation (row 1, column 2) is -0.093(Table 7)

meaning that temperature influences rainfall, which in turn negatively influences the hygienic

behavior. The main indirect effect is the effect of altitude via rainfall: the altitude influences

the rainfall, which in turn has an effect on the hygienic behavior of honey bees.

Therefore, the results show that the main modulating effect of the hygienic behavior is

rainfall, either directly or indirectly (Fig. 12).

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Fig. 12. Chain diagram illustrating the effects of the primary (rainfall) and secondary (altitude and

temperature) explanatory variables on the response variable (hygienic behavior).

DISCUSSION

The results presented in this study show that the distinct morphoclimatic patterns of

the studied ecoregions influenced the shape (r=0.06239, p=0.05) and size (0.001) of A.

mellifera wings, suggesting that altitude played an important role in the separation of the

populations. Similar study regions (Nunes et al., 2007; Souza et al., 2009; Kekecoglu &

Soysal, 2010; Parker et al., 2010) have also demonstrated how the distribution of bee

populations over ecologically distinct influence the differentiation of these groups and that the

great dispersal ability and high phenotypic plasticity of these insects (Le Conte & Navajas,

2008) contribute to their adaptation to different geomorphological regions. In this regard,

other studies (Dillon et al., 2006; Hepburn & Radloff, 2011) showed how topographic

variations interfere in the development of organisms, contributing to the formation of these

polyphenisms. According to Klok and Harrison (2009), the altitude influences the size and

shape of organisms’ structures because in high altitude the air becomes rarefied, and hypoxia

compromises the development of individuals due to low energy supply. Furthermore, at

higher altitudes, the air density is lower, and the air provides less support for beating wings,

thus changing the ideal ratio between the wing size and weight of these insects (Harrison et

al., 2010). The results of this study demonstrated that the intense gene flow among the studied

colonies, the high variability of wing sizes and the pronounced differences in the different

apiaries and ecoregions are the result of phenotypic plasticity rather than genetic divergence

among populations of the studied populations of Africanized bees, confirming the results

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reported by Gruber et al. (2013). The multivariate analysis, when combined with wing-

venation morphometric data, could efficiently characterize the differences among honey bee

populations, as previously reported by Francoy et al. (2008), Tofilski (2009) and Güler et al.

(2010). In this context, the characterization of these divergences and the understanding of the

causes and consequences of their variations in the composition of the different bee ecotypes

can be exploited in conservation, handling and breeding programs, as previously described by

Andere et al. (2008), Strange et al. (2008), Shaibi et al. (2009) and Rahimi and Mirmoyed

(2013).

Furthermore, seasonality (p=0.022; α=0.05) and ecoregion (p=0.001, α=0.05) effects,

with the direct influence of rainfall (0.311) and the indirect influence of altitude (-0.172) and

temperature (0.084), interfered with the hygienic behavior of Africanized honey bees, which

can be explained by the diversity of climatic regimes in the study locations, reinforcing the

hypothesis of the influence of environmental conditions on the expression of the hygienic

behavior trait. Panasiuk et al. (2009) and Güler and Toy (2013) reported differences in

removal rates between periods of high and low nectar flow in the colony during months

corresponding to higher and lower levels of precipitation. This pattern can be explained by

Invernizzi (2001), who proposed that during rainy periods, there is more food available,

resulting in greater vitality of the honey bees and serving as a stimulus for comb cleaning and

food storage. In addition, a greater number of bees in the colony and clustering among them,

which are common patterns during rainy periods, could facilitate the detection of dead,

diseased or parasitized brood. These results contrast with the data of Stanimirović et al.

(2008), Padilha et al. (2013) and Wielewski et al. (2012), who found a strong genetic

component associated with this trait. Thus, the present study corroborates the results of Costa-

Maia et al. (2011) and Pernal et al. (2012), who suggested that environmental conditions are

significantly involved in the manifestation of hygienic behavior. Furthermore, the hygienic

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colonies were more efficient in the detection and removal of dead brood than the non-

hygienic colonies, corroborating the findings of Gramacho and Gonçalves (2009) and Palacio

et al. (2010).

Our findings support the hypothesis that there are divergences in the populations of

Africanized honey bees in the apiaries and among the ecoregions of the State of Sergipe,

proving the influence of stochastic factors on the morphology, behavior and distribution of

these groups. In addition, the high gene flow observed in the studied populations denotes their

high genetic variability, which demonstrates potential for future handling, conservation and

breeding programs. However, the present study did not find any correlation between wing size

and hygienic behavior, indicating that wing size should not be considered to be a good

morphological marker for the hygienic behavior trait.

Finally, we emphasize the need for more studies related to the interaction between

genetic and environmental factors to understand the effects of geographic variations on the

hygienic behavior and morphology of Africanized honey bees.

ACKNOWLEDGMENTS

The authors are grateful to AMAS (Associação de Melicultores do Alto Sertão

Sergipano) and the project (Frutos da Floresta) for technical support. We thank the

anonymous reviewers for the helpful comments on the manuscript. This study was supported

by the National Council for Scientific and Technological Development (CNPq).

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