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Universidade Federal Rural do SemiÁrido UFERSA 1 Prof. Ms. Zilvam Melo – Química Orgânica 1. Compostos Orgânicos Oxigenados Os compostos orgânicos oxigenados são moléculas orgânicas que apresentam em sua constituição o heteroátomo oxigênio, podendo estar presente na cadeia principal ou não. O conjunto de átomos que conferem características próprias aos compostos que o possui é chamado grupo funcional e é o centro da reatividade em uma molécula. Para os compostos orgânicos oxigenados o oxigênio um heteroátomo que participa do grupo funcional destes compostos. 1.1 Álcoois Álcoois são moléculas orgânicas em que um hidrogênio de um alcano foi substituído por um grupo funcional hidroxila (–OH). Alcoóis apresentam apenas carbonos saturados, ou seja, um carbono que faz apenas ligações simples. Grupo Funcional Fórmula Geral: R‐OH C OH 1.1.1 A nomenclatura de Alcoóis Nomenclatura Sistemática (IUPAC) Prefixo + infixo (geralmente an) + sufixo (ol) Exemplos: H 3 C H 2 C OH Etanol H C CH 3 H 3 C OH Propan2ol

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Universidade Federal Rural do Semi­Árido ­ UFERSA 

1 Prof. Ms. Zilvam Melo – Química Orgânica 

1. Compostos Orgânicos Oxigenados 

Os compostos orgânicos oxigenados são moléculas orgânicas que apresentam 

em  sua  constituição  o  heteroátomo  oxigênio,  podendo  estar  presente  na  cadeia 

principal ou não.  

O  conjunto  de  átomos  que  conferem  características  próprias  aos  compostos 

que  o  possui  é  chamado  grupo  funcional  e  é  o  centro  da  reatividade  em  uma 

molécula. Para os compostos orgânicos oxigenados o oxigênio um heteroátomo que 

participa do grupo funcional destes compostos. 

1.1 Álcoois  

Álcoois  são  moléculas  orgânicas  em  que  um  hidrogênio  de  um  alcano  foi 

substituído  por  um  grupo  funcional  hidroxila  (–OH).  Alcoóis  apresentam  apenas 

carbonos saturados, ou seja, um carbono que faz apenas ligações simples.  

Grupo Funcional 

 Fórmula Geral: 

R‐OH   C

OH

     

 

1.1.1 A nomenclatura de Alcoóis  

• Nomenclatura Sistemática (IUPAC)  Prefixo  + infixo (geralmente an) + sufixo (ol) 

 

Exemplos: 

H3CH2C OH  

Etanol    

HC CH3H3C

OH  

 Propan­2­ol 

   

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2 Prof. Ms. Zilvam Melo – Química Orgânica 

H2C OH

H2C

H2CH3C

 Butan­1­ol 

 H2C CH3

HC

H2CH3C

OH

 Pentan­3­ol 

   

• Nomenclatura Usual 

Considera como radical a cadeia carbônica ligada ao grupo –OH. 

 

Álcool  + nome do radical + sufixo (ico) 

 

Exemplos: 

 

H3CH2C OH  

 Álcool n­etilico 

    

 HC CH3H3C

OH  

  

Álcool s­propilico   

   

CH3CH3C

OH

CH3

  

Álcool t­butilico  

 

As letras n, s e t antes dos nomes dos radicais indicam que a hidroxila está localizada 

em um carbono normal (primário), secundário e terciário respectivamente. 

 

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3 Prof. Ms. Zilvam Melo – Química Orgânica 

1.1.2 Nomenclatura de Compostos Orgânicos Contendo Grupo 

Funcional 

As regras seguintes são utilizadas para nomear uma substância que apresentam 

grupo funcional: 

a) A  cadeia  principal  é  a  cadeia  contínua  mais  longa  que  contém  o  grupo 

funcional; 

 

b) A cadeia principal é numerada na direção que dê o menor número possível 

para o grupo funcional; 

 

CH3CHCH2CH3

OH

2‐butanolou

butan‐2‐ol

1 2 3 4CH3CH2CH2CHCH2OH

CH2CH3

2‐etil‐1‐pentanolou

2‐etilpenta‐1‐ol

12345

  

 c) Se há um grupo  funcional e um grupo substituinte o grupo  funcional deve 

receber o menor número possível; 

 

CH3CCH2CH2CH2OH

CH3

CH3

CH3CH2CH2CCH2CH2CHCH3

OH

CH2CH3

CH2CH3

5,5‐dietiloctan‐2‐ol4,4‐dimetilpentan‐1‐ol   

d) Se o mesmo número para o grupo funcional for obtido em ambas as direções, 

a cadeia será numerada na direção que dê o menor número possível para o 

substituinte.  Observe  que  não  é  necessário  designar  por  um  número  a 

posição  do  grupo  funcional  em  uma  substância  cíclica  porque  presume‐se 

que tal posição seja 1. 

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4 Prof. Ms. Zilvam Melo – Química Orgânica 

CH3CHCHCH2CH3

2‐metilpentan‐3‐ole não

4‐metilpentan‐3‐ol

OH

CH3OHCH3

3‐metilcicloexanole não

5‐metilcicloexanol  

 

e) Se houver mais que um substituinte, os substituintes são citados em ordem 

alfabética. Lembre‐se dos itens a e b para a numeração 

CH3

CH(CH3)2

HO

5‐etil‐3‐isopropril‐4‐metil‐2‐propilciclopentanol

CH2CH3

H3CH2CH2C

CH3CHCH2CHCH2CHCH3

OH

CH2CH3

CH3

3‐etil‐6‐metileptan‐2‐ol  

   

1.1.3 Classificação dos Álcoois 

Os álcoois podem ser classificados de duas formas. A primeira, conforme o 

número de grupos –OH presentes na cadeia carbônica. 

 

a) Quanto ao Número de Hidrolixas 

 

• Monoalcoól ou Monol: Apresenta apenas um grupo  –OH na cadeia 

carbônica. 

 

H3CH2C OH H3C

H2C C

H

H2C

H2C CH3

OH

Etanol Hexan‐3‐ol  

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5 Prof. Ms. Zilvam Melo – Química Orgânica 

• Dialcoól,  Diol  ou  Glicol:  Apresentam  dois  grupos    –OH  na  cadeia 

carbônica. 

 

H3CH2C C

H

H2C C

HCH3

OH OH

H2C CH2Etan‐1,2‐diol

Hexan‐2,4‐diol

OH OH

   

• Dialcoól ou Triol: Apresentam três grupos  –OH na cadeia carbônica. 

 

CH

CH2

OH OH

H2C

OH

Propan‐1,2,3‐triol   

• Polialcoól ou Poliol: Apresentam mais de três grupos  –OH na cadeia 

carbônica. 

 

 

b) Quanto ao Tipo de Carbono onde se localiza a Hidrolixa 

 

• Álcool Primário: Apresenta o grupo –OH ligado a um carbono primário. 

 

H2C

H2C

Propanol

HO CH3H3CH2C OH

Etanol 

 • Álcool  Secundário:  Apresenta  o  grupo  –OH  ligado  a  um  carbono 

secundário. 

 

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H3CH2C C

H

H2C

H2C CH3

OH

Hexan‐3‐ol

OH

H

Ciclopentanol     

• Álcool Terciário: Apresenta o grupo –OH ligado a um carbono terciário 

 

H3CH2C C

H2C

H2C CH3

OH

CH3

H3CH2C C CH3

OH

CH3

2-Metil-Butan-2-ol 3-Metil-Hexan-3-ol  

 

c) Quanto à localização das hidroxilas 

 

• Diol Vicinal: É quando a molécula apresenta duas hidroxilas, no entanto 

cada uma ocupa um carbono vizinho.  

 

C C

OHOH

H

H H

H

Etan‐1,2‐diol   

• Diol Geminal: É quando a molécula apresenta duas hidroxilas, contudo 

cada uma ocupa o mesmo carbono. 

C C

HOH

H

OH H

H

Etan‐1,1‐diol  

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1.2 Fenóis 

A  palavra  fenol  deriva  de  feno,  que  em  alemão  significa  benzeno,  e  ol, 

indicando  um  grupo  hidroxila,  ‐OH.  Assim,  o  fenol  é  uma  substância  na  qual  um 

grupo  OH  está  ligado  a  um  carbono  hibridizado  em  sp2  de  um  anel  benzênico.  O 

fenol  mais  simples  é  justamente  aquele  em  que  um  hidrogênio  do  benzeno  foi 

substituído por um grupo –OH.  

Grupo Funcional 

 

Fórmula Geral:  ArOH. 

 

 OH

 

 

1.2.1 Nomenclatura dos Fenóis 

Os  fenóis  podem  ser  nomeados  usando  o  anel  aromático  como  cadeia 

principal  e  os  grupos  ligados  a  ele  como  radicais.  O  grupo  hidroxila 

obrigatoriamente já assume a posição 1. Quanto a forma de designar a posição, pode 

ser tanto por numeração quanto pelos prefixos orto, meta e para.  

 

• Nomenclatura para anéis simples  

substituinte  +  hidroxi  +  nome da cadeia  mais complexa  

Exemplos:  

CH3HO

 

 3­metil­hidroxibenzeno 

ou m­metil­hidroxibenzeno 

 

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HO

OH

 

  

1,2­di­hidroxibenzeno ou 

o­di­hidroxibenzeno  

   

• Nomenclatura para anéis aromáticos condensados 

 

Exemplos 

OH

α

β

12

3

γ

 

1­hidroxinaftaleno ou 

α­hidroxinaftaleno ou 

α­naftol (vulgar)    

    

OH

 

2­hidroxinaftaleno ou 

β­hidroxinaftaleno ou 

β­naftol (vulgar)  

 

 

 

 

 

Localização do grupo –OH (via alfabeto grego, ou numeração) 

+  hidroxi  +  Nome da cadeia Mais complexa 

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1.3 Éter 

Denomina‐se  éter  todo  composto  orgânico  que  possui  o  oxigênio  como 

heteroátomo na cadeia principal, ficando assim, entre dois átomos de carbono.  

Grupo Funcional 

  Fórmula Geral:  ROR’  

O CC

H

H

H

H

H

H   

 

 

1.3.1 Nomenclatura dos Éteres 

 

• Nomenclatura Sistemática (IUPAC) 

O sistema IUPAC nomeia um éter como um alcano com um substituinte RO. Os 

substituintes  são nomeados ao  se  trocar o  final  “ila” no nome do  substituinte por 

“oxi”.    A  cadeia  principal  será  a  que  contiver  a  cadeia  mais  complexa  e  o  grupo 

substituinte será a cadeia mais simples. 

 

nome da cadeia mais simples 

+  oxi  +  Posição e tipo de substituinte alquila na cadeia principal 

+ nome da cadeia mais complexa 

(Prexifo)        (caso exista)    (Prefixo + Infixo + o)    

Exemplos: 

O CH3H3C  metoximetano 

 

OH2CH3C CH3  

 metoxietano 

   

OH2C

H2C

H2C CH3H3C

 etoxipropano 

 

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OH2C

H2CH3C CH3  

 etoxietano 

  

CH3CHCH2CH3

OCH3  

  

2­metoxibutano  

 CH3CHCH2CH2CH2OCH2CH3

CH3  

 1­etoxi­4­metilpentano 

  

 CH3CHOCH2CH2CH2CH2OCHCH3

CH3CH3

1,4­diisopropoxibutano 

   

• Nomenclatura Usual 

Considera tudo que estiver ligado ao grupo — O —  deve ser considerado um 

grupo substituinte. Os dois substituintes alquilas devem ser ordenados em ordem 

alfabética  e  precedidos  da  palavra  éter.  Os  éteres  menores  são  quase  sempre 

chamados pelos nomes comuns. O segundo substituinte deve ter a terminação “ico”. 

 

Éter  +  Nome do primeiro Substituinte (ordem alfabética) 

+  Nome do segundo Substituinte (ordem alfabética) 

+  ico

 

 

Exemplos 

OH2CH3C CH3  

Éter etilmetílico   

OH2C

H2C

H2C CH3H3C

 Éter etilpropílico 

 

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11 Prof. Ms. Zilvam Melo – Química Orgânica 

 

OH2C

H2CH3C CH3  

 Éter dietilico 

  

 

 

Exemplos para o éteres contendo o benzeno: 

OH3C

Metoxibenzeno ou 

Éter fenilmetílico  

 

CH3OH3CH2C

 

 1­Etoxi­4­metilbenzeno 

ou Etoxi­p­tolueno 

ou Éter etil­p­toluílico 

 

 

1.3.2 Éteres Cíclicos 

  Os  éteres  cíclicos  podem  ser  denominados  de  diversas  maneiras.  Uma 

maneira  simples é usar a nomenclatura de substituição,  na qual  relacionamos o 

éter  cíclico  ao  sistema  de  anel  do  hidrocarboneto  correspondente  e  usamos  o 

prefixo oxa­  para  indicar  que  um  átomo  de  oxigênio  está  substituindo  um  grupo 

CH2.  

  Em  um  outro  sistema,  um  éter  cíclico  de  três  membros  é  chamado  de 

oxirano ou epóxi e de quatro membros é chamado de oxetano. Além disso, éteres 

simples também podem ter nomes comuns. 

Grupo Funcional 

O

  

Exemplos: 

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O

 

 Oxaciclopropano 

ou Óxido de etileno 

 O

 

 Oxaciclobutano 

ou oxetano 

O  

 Oxaciclopentano 

ou Tetraidrofurano 

 O

O  

 1,4­Dioxaciclohexano 

ou 1,4­dioxano 

 

 

1.3.3 Propriedades Físicas dos Alcoóis e Éteres 

As propriedades físicas de alguns alcoóis e éteres são dadas na Tabela 1 e Tabela 2. 

Tabela 1: Propriedades Físicas dos Alcoóis. 

Composto  Nome  PF (oC)  PE (oC)  Densidade 

(g/mL) 

Solubilidade em água 

(g/100 mL H2O) 

CH3OH  Álcool metílico  ‐97  64,7  0,792  ∞ 

CH3CH2OH  Álcool etílico  ‐117  78,3  0,789  ∞ 

CH3CH2CH2OH  Álcool propílico  ‐126  97,2  0,804  ∞ 

CH3CH2CH2CH2OH  Álcool butílico  ‐90  117,7  0,810  8,3 

CH3(CH2)3CH2OH  Álcool pentílico  ‐78,5  138  0,817  0,6 

CH3(CH2)4CH2OH  Álcool hexílico  ‐52  156,5  0,819  0,2 

CH3(CH2)5CH2OH  Álcool heptílico  ‐34  176  0,822  0,05 

CH3(CH2)6CH2OH  Álcool octílico  ‐15  195  0,825  ‐ 

CH3(CH2)7CH2OH  Álcool nonílico  ‐5,5  212  0,827  ‐ 

CH3(CH2)10CH2OH  Álcool decílico  6  228  0,829  ‐ 

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13 Prof. Ms. Zilvam Melo – Química Orgânica 

  Os  éteres  possuem  pontos  de  ebulição  que  são  de  alguma  maneira 

comparáveis aos dos hidrocarbonetos de mesma massa molecular. Por exemplo, o 

ponto de ebulição do éter dietílico (MM = 74) é 34,6 oC, já o do pentano (MM = 72) é 

36 oC. Os alcoóis , por outro lado, possuem pontos de ebulição muito mais altos que 

éteres ou hidrocarbonetos comparáveis. O ponto de ebulição do álcool butílico (MM 

= 74) é 117,7 oC.  

O CH2CH3H3CH2C

Éter dietílicoPE = 34,6 oCMM =74

CH3CH2CH2CH2CH3

PentanoPE = 36 oCMM =72

CH3CH2CH2CH2CH2 OH

ButanolPE = 117,7 oCMM =74  

Esse  comportamento  se  dá  devido  as  moléculas,  de  forma  semelhante  às 

moléculas  da  água,  de  álcool  poderem  se  associar  entre  si  através de  ligações de 

hidrogênio, enquanto que os éteres e os hidrocarbonetos não.  

O

H3C

H

H O

CH3

H O

CH3

 

Figura 1: Ligação de hidrogênio entre moléculas de metanol. 

 

  Os  éteres,  contudo,  podem  formar  ligações  de  hidrogênio  com  compostos 

como a água. Os éteres, portanto, possuem solubilidades na água que são similares 

às  dos  alcoóis  de  mesma  massa  molecular  e  que  são  muito  diferentes  das 

solubilidades dos hidrocarbonetos. 

O

H3C

H3C

H O

H

CH3O

H3C

 

Figura 2: Ligações de hidrogênio entre moléculas de éter e água. 

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14 Prof. Ms. Zilvam Melo – Química Orgânica 

  O éter dietílico e 1‐butanol, por exemplo, possuem a mesma solubilidade na 

água,  aproximadamente  8  g  por  100 mL,  à  temperatura  ambiente.  O  pentano,  ao 

contrário, é praticamente insolúvel em água. 

  A  solubilidade  dos  alcoóis  em  água  diminui  gradualmente  à  medida  que 

cresce a porção de hidrocarboneto da molécula. Deste modo, alcoóis de cadeia longa 

são mais parecidos com alcanos, portanto, são menos solúveis em água. 

 

Tabela 2: Propriedades Físicas dos Éteres. 

Nome  Fórmula  PF (oC)  PE (oC) Densidade 

(g/mL) 

Éter dimetílico  CH3OCH3  ‐138  ‐24,9  0,661 

Éter etilmetílico  CH3OCH2CH3  ‐  10,8  0,697 

Éter dietílico  CH3CH2OCH2CH3  ‐116  34,6  0,714 

Éter dipropílico  (CH3CH2CH2)2O  ‐122  90,5  0,736 

Éter diisopropílico  (CH3)2CHOCH(CH3)2  ‐86  68  0,725 

Éter dibutílico  (CH3CH2CH2CH2)2O  ‐97,9  141  0,769 

1,2‐dimetoxientano  CH3OCH2CH2OCH3  ‐68  83  0,863 

Tetraidrofurano O  

‐108  65,4  0,888 

1,4‐dioxano 

O

O  11  101  1,033 

Anisol 

(metoxibenzeno) OCH3

 ‐37,3  158,3  0,994 

 

 

  

 

 

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1.4 Aldeídos 

1.4.1 Grupo Carbonila 

O grupo cabonila (uma ligação dupla ligada a um oxigênio) é provavelmente 

o  grupo  funcional  mais  importante  encontrado  nas  substâncias  orgânicas.  

Substâncias  que  contêm  o  grupo  carbonila  (chamados  carbonilados)  são 

abundantes na natureza. Muitas desempenham um importante papel nos processos 

biológicos.  Hormônios,  vitaminas,  aminoácidos  e  drogas  são  apenas  alguns 

exemplos de substâncias carboniladas que nos afetam diariamente. Um grupo acila 

consiste em um grupo carbonila ligado a um grupo alquila ou arila.  

 

C

O

RC

O

ArC

O

Grupo carbonila Grupo acila  

Aldeídos  apresentam  o  grupo  carbonila  que  está  ligado  a  pelo  menos  um 

átomo de hidrogênio. Usando a  letra R para designar um grupo alquila qualquer 

podemos representar um aldeído pela fórmula geral:  

Grupo Funcional 

Fórmula Geral:  RCOH,  ArCOH, –CHO 

 

CH

O

Aldeído  • A união do grupo carbonila + hidrogênio – forma o grupo aldoxila. 

 

1.4.2 Nomenclatura dos Aldeídos 

Para  nomear  aldeídos  acíclicos,  primeiramente  deve‐se  observar  que  o 

carbono da carbonila já possui 3 ligações preenchidas, faltando apenas uma ligação 

para  alcançar  sua  tretavalência.  Assim,  o  grupo  funcional  de  um  aldeído  sempre 

estará  uma  das  extremidades  da  cadeia.  Sendo  assim,  a  numeração  da  cadeia 

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principal  deve  sempre  começar  do  carbono  da  carbonila  de  um  aldeído.  Veja  a 

seguir:   

H3CH2C

H2C

H2C C

O

H12345

αβδ γNomenclatura oficialNomenclatura vulgar 

Na  nomenclatura  oficial  usa‐se  números  para  designar  as  posições  da  cadeia 

principal,  começando pela  carbonila.  Já na nomenclatura vulgar  usa‐se o  alfabeto grego 

para designar as posições da cadeia principal, começando a nomear no carbono adjacente 

(vizinho) à carbonila.  

Para  dar  o  nome  do  composto  é  de  forma  semelhante  às  observadas  nos  alcanos 

com a diferença do que usa‐se o sufixo “al”.  

 

Prefixo  + infixo + sufixo (al) 

 

Exemplos: 

C

O

HH

 

 metanal ou 

Formaldeído ou  

formol   

C

O

HH3C

 

 Etanal ou 

acetaldeído  

  

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C

O

H

H2C

HCH3C

CH3

 3­Metil­Butanal 

ou β­Metil­Butanal 

  

C

O

HCH3CH=CHCH2CH2

 4­Hexenal 

  

C

O

H

H2C

H2CC

H

O  Butandial 

 

 

 

Os aldeídos, cujo grugo –CHO está ligado a um sistema cíclico, são nomeados 

substitutivamente  adicionando‐se  o  sufixo  “carbaldeído”  em  vez  de  usar  a  forma 

sufixal “comum”. 

 

 

Exemplos: 

C

O

H

 Benzenocarbaldeído 

ou Benzaldeído 

CH

O

 

  

Cicloexanocarbaldeído  

  

C

O

H

OH

  o­hidroxi­benzenocarbaldeído 

 

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1.5 Cetonas 

Cetonas  são  compostos  carbonílicos  que  possuem  a  carbonila  ligada  a 

carbonos. 

Grupo Funcional 

  Fórmula Geral:  RCOR’,  RCOAr, ARCOAr.  

RC

R'

O

Cetona   

 

1.5.1 Nomenclatura de Cetonas  

 

• Nomenclatura sistemática (IUPAC) 

A numeração da cadeia principal em cetonas começa da extremidade mais próxima 

do grupo funcional. A nomeação do composto é dado de forma semelhante à dos alcanos 

com a diferença do que usa‐se o sufixo “ona”.  

Grupo substituinte (quando existir) 

+ Prefixo    +  infixo  +  sufixo (ona)  

 

Exemplos: 

CH3C CH3

O

 

 Propanona 

ou Acetona 

 

CH2C CH3

O

H3C

 Butanona 

  

CH3CCH2CH=CHCH3

O   

Hex­4­en­2­ona 

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CH3CHCH2CH2CCH2CH3

O    

6­ciclopropil­3­heptanona      

 

 

• Nomenclatura Usual das Cetonas 

 

Nomes  radico‐funcionais  para  as  cetonas  são  obtidos  nomeando‐se 

separadamente os dois grupos ligados ao grupo carbonila, adicionando‐se a palavra 

“cetona” como uma palavra separada. 

 

Nome do substituinte mais simples 

+  Nome do substituinte mais complexo 

+  Cetona 

 

 

Exemplos: 

CH3C CH3

O

 

 dimetilcetona    

CH2C CH3

O

H3C  

 metil­etilcetona   

O

 

    difenilcetona 

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CHC CH3

O

H3C

CH3  

  metilisopropilcetona  

   

1.5.2 Arranjo Espacial de Aldeídos e Cetonas 

Aldeídos e cetonas apresentam arranjo triangular planar ao redor do átomo 

de carbono carbonílico, que possui hibridização sp2. No formaldeído, por exemplo, 

os ângulos das ligações são: 

H

H

O

121o

121o

118o

 

 

1.5.3 Propriedades Físicas 

O  grupo  carbonila  é  um  grupo  polar;  portanto,  os  aldeídos  e  cetonas 

apresentam pontos de ebulição mais elevados do que os hidrocarbonetos de mesma 

massa  molecular.  No  entanto,  aldeídos  e  cetonas  não  podem  formar  ligações  de 

hidrogênio  fortes  entre  suas moléculas,  eles  apresentam  pontos  de  ebulição mais 

baixos  do  que  os  alcoóis  correspondentes.    Os  compostos  a  seguir,  que  possuem 

massas molares semelhantes, ilustram esta tendência 

CH3CH2CH2CH3 CH3CH2CH

O

CH3CCH3

O

CH3CH2CH2OH

ButanoPE = ‐0,5 oCMM = 58

PropanalPE = 49 oCMM = 58

PropanonaPE = 56,1 oCMM= 58

1‐propanolPE = 117,7 oCMM= 60

 

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O  átomo  de  oxigênio  do  grupo  carbonila  permite  que  as  moléculas  dos 

aldeídos  e  cetonas  formem  ligações  de  hidrogênio  fortes  com moléculas  de  água. 

Consequentemente,  os  aldeídos  e  cetonas  de  baixa  massa  molecular  apresentam 

solubilidades apreciáveis em água. A acetona (propanona) e o acetaldeído (etanal) 

são solúveis são solúveis em água em todas as proporções, veja na Tabela 3. 

 

Tabela 3: Propriedades Físicas dos Aldeídos e Cetonas. 

Fórmula  Nome  PF (oC)  PE (oC)  Solubilidade em água 

(g/100 mL H2O) 

HCHO  Metanal  ‐92  ‐21  Muito solúvel 

CH3CHO  Etanal  ‐125  21  ∞ 

CH3CH2CHO  Propanal  ‐81  49  Muito solúvel 

CH3(CH2)2CHO  Butanal  ‐99  76  Solúvel 

CH3(CH2)3CHO  Pentanal  ‐91,5  102  Pouco solúvel 

CH3(CH2)4CHO  Hexanal  ‐51  131  Pouco solúvel 

CH3COCH3  Propanona  ‐95  56,1  ∞ 

CH3COCH2CH3  Butanona  ‐86  79,6  Muito solúvel 

CH3COCH2CH2CH3  2‐pentanona  ‐78  102  Solúvel 

CH3CH2COCH2CH3  3‐pentanona  ‐39  102  Solúvel 

 

 

 

1.6 Ácidos Carboxílicos 

Os  ácidos  carboxílicos  fazem  parte  de  um  conjunto  de  grupos  funcionais 

classificados como compostos carboxílicos, ou seja, apresentam a carboxila em sua 

constituição. Denomina‐se  ácido  carboxílico  todo  composto  orgânico  que possui  o 

grupo carboxila ligado a um hidrogênio. 

 

 

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Grupo Funcional 

 Fórmula Geral: 

 RCOOH,  ArCOOH 

COOH  

CO2H  

 

  

H OH

O

 

  

   

  

 

1.6.1 Nomenclatura dos Ácidos Carboxílicos 

De  forma  semelhante  a  um  aldeído,  o  carbono  da  carboxila  já  possui  3 

ligações preenchidas,  falta apenas 1  ligação para completar 4  ligações. Assim, este 

grupo se encontrará sempre na(s) extremidade(s) da cadeia carbônica, não sendo, 

necessário numerá‐la para indicar sua posição. Quando tiver que dá a localização de 

um grupo substituinte, este pode ser feito usando números (IUPAC) ou por letras do 

alfabeto grego (usual). 

H3CH2C

H2C

H2C C

O

OH12345

αβδ γNomenclatura oficialNomenclatura vulgar  

 

 ácido  +  prefixo  +  infixo  +  sufixo (óico) 

 

 

Exemplos: 

H C

O

OH  

 ácido metanóico 

ou ácido o fórmico 

 

H3C C

O

OH  

 ácido etanóico 

ou  ácido acético 

 

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H2C C

O

OHHCH3C

CH3

 ácido 3­metilbutanóico 

ou ácido β­metilbutírico 

  

CH3CH2CHCO2H

C6H5

 ácido 2­fenilbutanóico 

ou ácido α­fenilbutírico 

 

CH3CH CHCH2CH2COH

O

 

ácido 4­hexenóico ou 

ácido hex­4­enóico  

COOH ácido 3­ciclohexenóico Ou 

ácido ciclohex­3­enóico  

COOH ácido benzóico ou 

ácido benzeno carboxílico 

 

HOOC COOH  

ácido etanodióico ou 

ácido oxálico  

 

HOOCCH2CH2COOH  

Ácido butanodióico ou 

ácido succínico COOH

COOH

 ácido benzeno­1,2­dioíco 

 ácido benzeno 1,2­dicarboxílico 

  

 

1.6.2 Propriedades Físicas dos Ácidos Carboxílicos 

Os ácidos carboxílicos são substâncias polares. Suas moléculas podem formar 

ligações de hidrogênio  fortes  (veja  figura abaixo)  como outras moléculas de  ácido 

carboxílico  ou  com  moléculas  de  água.  Como  resultado,  os  ácidos  carboxílicos 

possuem  geralmente  altos  pontos  de  ebulição,  e  os  ácidos  carboxílicos  de  baixa 

massa molecular apresentam solubilidade apreciável em água. Os primeiros quatro 

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ácidos carboxílicos da são solúveis em água em todas as proporções. À medida que o 

tamanho da cadeia aumenta, a solubilidade em água diminui, veja na Tabela 4. 

R

O

O

H

R

O

O

H

R

O

O

H O

H

H

Ligações de hidrogênioentre duas moléculas de ácido

Ligações de hidrogênioentre uma moléculas de ácido

e uma molécula de água  

Tabela 4: Propriedades Físicas dos Ácidos Carboxílicos. 

Fórmula  Nome IUPAC  Nome Comum PF 

(oC) 

PE 

(oC) 

Solubilidade em 

água (g/100 mL 

H2O) 

pKa 

HCO2H  Ácido metanóico  Ácido fórmico  8  100,5  ∞  3,75 

CH3CO2H  Ácido etanóico  Ácido acético  16,6  118  ∞  4,76 

CH3CH2CO2H  Ácido propanóico  Ácido propiônico ‐21  141  ∞  4,87 

CH3(CH2)2CO2H  Ácido butanóico  Ácido butírico  ‐6  164  ∞  4,81 

CH3(CH2)3CO2H  Ácido pentanóico  Ácido valérico  ‐34  187  4,97  4,82 

CH3(CH2)4CO2H  Ácido hexanóico  Ácido capróico  ‐3  205  1,08  4,84 

CH3(CH2)6CO2H  Ácido octanóico  Ácido caprílico  16  239  0,07  4,89 

CH3(CH2)8CO2H  Ácido decanóico  Ácido cáprico  31  269  0,015  4,84 

CH3(CH2)10CO2H  Ácido dodecanóico  Ácido láurico  44  179  0,006  5,3 

CH3(CH2)12CO2H  Ácido tetradecanóico  Ácido mistírico  59  200  0,002  ‐ 

CH3(CH2)14CO2H  Ácido hexadecanóico  Ácido palmítico  63  219  0,0007  6,46 

CH3(CH2)16CO2H  Ácido octadecanóico  Ácido esteárico  70  383  0,0003  ‐ 

 

 

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1.7 Anidridos de Ácido  

A  perda  de  uma  molécula  de  água  a  partir  de  duas  moléculas  de  ácido 

carboxílico resulta em anidrido de ácido. ‘Anidrido’ significa ‘sem água’. 

Se  as  duas moléculas  de  ácido  carboxílico  que  formam o  anidrido  de  ácido 

forem  iguais,  o  anidrido  é  chamado  anidrido  simétrico.  Se  as  duas moléculas  de 

ácido carboxílico forem diferentes, o anidrido é chamado anidrido misto. 

Grupo Funcional 

   Fórmula Geral:  RC2O3R, RC2O3Ar, ArC2O3R, ArC2O3Ar. 

 

R1 C

O

O

CR2

O

onde R1 e R2 podemser iguais ou diferentes

  

 

1.7.1 Nomenclatura dos Anidridos de Ácido 

Os  anidridos  simétricos  são  designados  pelo  nome  do  ácido  carboxílico 

correspondente,  substituindo‐se  a  palavra  “ácido”  por  “anidrido”.  Os  anidridos 

mistos  são  nomeados  ao  se  manter  os  nomes  dos  ácidos  carboxílicos 

correspondentes  em  ordem  alfabética,  substituindo‐se  a  palavra  “ácido”  por 

“anidrido”. 

 

  anidrido  +  nome do ácido  (Prefixo +  infixo  +  sufixo (óico)) 

 

Exemplos: 

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H3C C

O

O

CH3C

O  

 anidrido etanóico 

ou anidrido acético 

H3C C

O

O

CH

O  

   

anidrido etanóico­metanóico  

H2C C

O

O

C

O

H3C

 

   

anidrido benzenóico–propanóico  

 

 

1.8 Haletos de Acila ou Halogenetos de Ácido 

Os haletos de acila são substâncias que têm um átomo de halogênio no lugar 

do  grupo  –OH  de  um  ácido  carboxílico.  Os  haletos  de  acila  mais  comuns  são  os 

cloretos  e  os  brometos.  Os  fluretos  de  acila  são  muito  instáveis  devido  à  alta 

eletronegatividade do flúor. Os iodetos e os brometos de acila  são bastante difíceis 

de se obter. 

Grupo Funcional 

Fórmula Geral: 

 RCOX, ArCOX.  

Onde X é um 

halogênio. 

 

H X

O

  

Onde R é uma cadeia carbônica 

 

 

 

 

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1.8.1 Nomenclatura dos Haletos de Acila 

Os cloretos de acila são nomeados substituindo‐se a palavra “ácido” do ácido 

carboxílico correspondente, pelas palavras “cloreto de”, e a terminação “óico” por 

“ila”. Os brometos de acila são nomeados substituindo‐se a palavra “ácido” do ácido 

carboxílico correspondente, pelas palavras “brometo de”, e a terminação “óico” por 

“ila”.  

 

Cloreto  +  de  +   Prefixo +  infixo  +  sufixo (oíla) 

ou 

brometo  +  de  +   Prefixo +  infixo  +  sufixo (oíla) 

 

Exemplos: 

H3C C

O

Cl  

 Cloreto de etanoíla 

 

Br

O

 

  

Brometo de benzoíla  

H2C C

O

ClHCH3C

CH3

  

Cloreto de 3­metilbutanoíla  

 

 

1.9 Ésteres 

Um éster é todo composto orgânico derivado da substituição da hidroxila (‐

OH),  do  grupo  carboxila  de  um  ácido  orgânico  por  um  grupo  alcoxíla  (‐OR) 

proveniente  de  um  álcool.  Os  ésteres  podem  ser  obtidos  pela  reação  entre  ácidos 

carboxílicos e alcoóis. Como mostra a reação genérica abaixo:  

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R C

O

OH + R' OH R C

O

OR' + H2O 

 

Grupo Funcional 

Fórmula Geral:  

RCOOR, 

RCOOAr,  

ArCOOR, 

ArCOOAr. 

O

O

 

 

 

1.9.1 Nomenclatura Oficial do Ésteres (IUPAC) 

Ao nomear um éster retira‐se a palavra “ácido” do nome do ácido carboxílico 

correspondente.  A  seguir,  a  terminação  “ico”  do  nome  do  ácido  carboxílico 

correspondente  é  substituído  por  “oato”,  acrescenta‐se  a  preposição  “de”  e, 

finalmente, coloca‐se o nome do grupo (R) ligado ao oxigênio da carboxíla descrito 

como grupo substituinte. 

 

prefixo +  infixo  +  sufixo (oato)  +  de  +  nome do substituinte com terminação ila 

 

Exemplos: 

H

O

OCH3  

 metanoato de metila 

 

H2C

O

O

H2CH3C

H2C CH3

  

butanoato de etila  

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CH3OCCH2COCH3

O O

 

  

propandioato de dimetila   

O

OH2C CH3

 Benzoato de etila 

 

 

 

1.9.2 Propriedades Físicas de Substâncias Carboniladas 

Os  éteres  são  compostos  polares,  mas  não  tendo  um  hidrogênio  ligado  ao 

oxigênio, suas moléculas não podem formar ligações de hidrogênio fortes umas com 

as outras. Como resultado os ésteres possuem pontos de ebulição menores do que 

os  dos  ácidos  carboxílicos  de  semelhante  massa  molecular.  Assim,  os  pontos  de 

ebulição dos ésteres são comparáveis aos dos aldeídos e cetonas correspondentes. 

 

Tabela 5: Propriedades Físicas dos ésteres. 

Fórmula  Nome  PF (oC)  PE (oC) Solubilidade em água 

(g/100 mL H2O) 

HCO2CH3 Metanoato de metila 

(formato de metila) ‐99  31,5  Muito solúvel 

HCO2CH2CH3 Metanoato de etila 

(formato de etila) ‐79  54  Solúvel 

CH3CO2CH3 Etanoato de metila 

(acetato de metila) ‐99  57  24,4 

CH3CO2CH2CH3 Etanoato de etila 

(acetato de etila) ‐82  77  7,39 (25 oC) 

CH3CO2CH2CH2CH3 Etanoato de propila 

(acetato de propila) ‐93  102  1,89 

CH3CO2CH2(CH2)2CH3 Etanoato de butila 

(acetato de butila) ‐74  125  1,0 (22 oC) 

Page 30: Universidade Federal do - UFERSA · 5‐etil‐3‐isopropril‐4‐metil‐2‐propilciclopentanol CH2CH3 H3CH2CH2C ... grupo OH está ligado a um carbono hibridizado em sp2 de um

Universidade Federal Rural do Semi­Árido ­ UFERSA 

30 Prof. Ms. Zilvam Melo – Química Orgânica 

CH3CH2CO2CH2CH3  Propanoato de etila  ‐73  99  1,75 

CH3(CH2)2CO2CH2CH3  Butanoato de etila  ‐93  120  0,51 

CH3(CH2)3CO2CH2CH3  Pentanoato de etil  ‐91  145  0,22 

CH3(CH2)4CO2CH2CH3  Hexanoato de etila  ‐68  168  0,063 

C6H5CO2CH3  Benzoato de metila  ‐12  199  0,15 

C6H5CO2CH2CH3  Benzoato de etila  ‐35  213  0,08 

CH3CO2C6H5 Etanoato de fenila 

(acetato de fenila) ‐  196  Pouco solúvel 

 

 

2. Referências 

1. SOLOMONS, T. W.; GRAHAM; CRAIG FRYHLE. Química Orgânica. 8.  ed. Rio 

de Janeiro: LTC, 2005. 1 e 2 v. 

2. ALLINGER, N. L. Química Orgânica. 2. ed. Rio de Janeiro: Guanabara, 1978. 

3. BRUICE, P. Y. Química Orgânica. 4. ed. São Paulo: Pearson, 2006