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UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO - UFES Departamento de Engenharia Ambiental – DEA Mestrado em Engenharia Ambiental Sistema de Informações Geográficas Vitória – 2005

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO - UFESDepartamento de Engenharia Ambiental – DEA

Mestrado em Engenharia Ambiental

Sistema de Informações Geográficas

Vitória – 2005

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Alunos: Ana Paula Freire Leonardo Bissoli Sessa Bruno Berger Coelho

Geoprocessamento aplicado ao zoneamento de áreas com necessidade de proteção: O caso do

Parque Estadual do Ibitipoca - MG

Prof° Dr. Alexandre Rosa dos Santos

Ricardo Tavares Zaidan

Jorge Xavier da Silva

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O PARQUE ESTADUAL DO IBITIPOCA

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Parque Estadual do Ibitipoca

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O Parque Estadual do Ibitipoca é uma área de preservação ambiental

Sua localização está a aproximadamente 100 km de Juiz de Fora, zona da Mata, em Minas Gerais.

Paisagens típicas de rochas quartzíticas grossas sacaroidais, recobertas por campos rupestres, inseridos no sistema geológico Mantiqueira, Planalto Itatiaia, Serra da Mantiqueira Meridional. O relevo é marcadamente de morros e colinas arredondadas, nas partes mais elevadas das cotas de altitude em relação ao seu entorno. O clima local é tropical de altitude com verões amenos, marcadamente chuvosos.

Bastante característico é a influência do relevo sobre o clima de Ibitipoca, atraindo turistas principalmente no inverno.

Por estar inserido no distrito Espeleológico da Serra do Ibitipoca, oferece como atrativo também cavernas

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O potencial turístico da área se reforça pela presença de um complexo vegetacional formado por um mosaico de comunidades de diferentes fisionomias, dentro da região de Mares e Morros Florestados.

Atributos característicos torna claro os potenciais para pesquisa acadêmica, visitação e a conservação dessa área.

O cerrado, típico da área de estudo, abriga 180 espécies de répteis, dos quais 20 endêmicos 1113 espécies de anfíbios, sendo 32 endêmicos.

Interesses antagônicos entre o uso e ocupação do solo e a preservação e conservação do ambiente indicam a necessidade de um Plano de Manejo que proporcione o manejo sustentável e não a degradação ambiental.

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O Zoneamento de Áreas com Necessidade de Proteção Ambiental buscou auxiliar tomadas de decisões político-administrativas, acadêmico-científicas e técnicas, através de uma Base de Dados Geocodificados.

A tecnologia do geoprocessamento permite realizar investigações oferecendo produtos digitais básicos aplicados para a análise de situações ambientais como fluxo turístico e suas conseqüências sobre a vegetação e o solo, minimizando os impactos ao meio ambiente.

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METODOLOGIA

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A tecnologia e a metodologia de geoprocessamento foi embasada através do SAGA/UFRJ - Sistema de Análise Geo-Ambiental, obtendo um modelo digital.

Base de Dados Geocodificados compatíveis para questões como extensão territorial e associações causais entre variáveis ambientais, entre associações a partir de ocorrências espaciais associadas às características ambientais do Parque do Ibitipoca.

Os procedimentos foram divididos em Levantamentos e Prospecções Ambientais.

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Planimetrias Assinaturas

Criação da Base da Base Geocodificados

LevantamentosAmbientais

2 3

1

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Base de Dados Geocodificados ou Inventário Ambiental

Gerada a partir da Base de dados definida por Zaidan et al (1997).

Sendo composta pelos seguintes mapas:

Dados Básicos 1976 – Compilação do IBGE

Cobertura Vegetal 1976 – Compilação do IBGE

Cobertura Vegetal 1998 – Compilação de RODELA

Altimetria 1976 – Compilação do IBGE

Unidades Litológicas– Compilação de NUMMER (1991)

Direções de Lineamentos Estruturais – Compilação de RAGAZZI (2000)

Solos – Cedida pela UFJF

Geomorfologia – Cedida pela UFRJ

Dados Básicos 2001 – Atualização IBGE 1976

Proximidades de Dados Básicos 2001 – Derivação de dados básicos

Microbacias – Interpretação de IBGE 1976

Declividades – Utilização de Ábaco

Intensidade de Lineamentos Estruturais – derivada de RAGAZZI (2000)

Proximidades de Lineamentos Estruturais – derivada de intensidades de lineamentos estruturais

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Planimetrias

Tem por finalidade a identificação da áreas de ocorrência.

Todos os planos de informação tiveram suas áreas planimetradas e apresentadas através de síntese com as definições de suas categorias, sua área de ocorrência, bem como sua caracterização natural e influência antrópica.

Assinaturas

A Assinatura corresponde a uma investigação por varredura.Trata-se de uma investigação empírica das características que mais irão influenciar no fato ou no fenômeno analisado (CAVALCANTE, 2001).

As áreas para execução das assinaturas ambientais foi realizada através de pesquisa e entrevista dos funcionários do parque.

Constatou-se que as áreas com potencial turístico e áreas com riscos ambientais são as áreas em análise.

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Assinaturas

As assinaturas foram selecionadas de acordo com a situação ambiental mais relevante na área de estudo e foram definidas em dois grupos:

A) Potencial Turístico:

Potencial para locais de mirantes – 2 assinaturas

Potencial para locais de banho – 2 assinaturas

Potencial para locais de grutas – 2 assinaturas

B) Riscos Ambientais:

Risco de movimento de massa – 2 assinaturas

Risco de erosão – 2 assinaturas

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Prospecções Ambientais

Também denominadas Avaliações Ambientais.

Classificação do espaço geográfico.

Conjugação de características ambientais que estão representadas na base de dados.

Previsão do que ocorrerá, onde e com que extensão.

Podem ser realizadas sobre áreas problemáticas e áreas de potencial.

Consideração sobre os recursos econômicos, hídricos, minerais ou florestais das

áreas em estudo.

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Caráter analíticoConhecimento científico sobre as

características ambientais

Caráter empírico Conhecimento das características ambientais através das assinaturas

Características do procedimento de prospecção:

• Atribuição de notas e pesos às categorias conforme o grau de significância.

n

kkkij NPA

1

Onde:

Aij = Valor da avaliação para uma célula da matriz

Pk = Peso da categoria

Nk = Nota da categoria

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Procedimento metodológico dividido em:

1. Avaliações ambientais diretas

Cartogramas digitais básicos

(base de dados geocodificados)

Cartogramas digitais classificatórios simples

Potenciais ambientais

• Potencial para locais de mirantes

• Potencial para locais de banho

• Potencial para locais de grutas

Riscos ambientais

• Riscos de interferência antrópica na

cobertura vegetal

• Riscos de movimentos de massa

• Riscos de erosão dos solos

Conjugação

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Procedimento metodológico dividido em:

2. Avaliações ambientais complexas

Potencial turístico

Potencial para locais de mirantes

Potencial para locais de banho

Potencial para locais de grutas

Riscos ambientais

Riscos de interferência antrópica na

cobertura vegetal

Riscos de movimentos de massa

Riscos de erosão dos solos

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Zoneamento de áreas com necessidade de proteção ambiental

Potencial turístico

Riscos ambientais

Zoneamento de Áreas com Necessidade de Proteção Ambiental:

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RESULTADOS

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0,01%

13,79%

21,15%

45,93%

7,60%

11,51%

0,01% 0,00%

0%

5%

10%

15%

20%

25%

30%

35%

40%

45%

50%

Áre

a

Nota 1 Nota 2 Nota 3 Nota 4 Nota 5 Nota 6 Nota 7 Nota 8

Nota 1 - Muito preservadas

Nota 2 - Preservadas

Nota 3 - Com baixíssima necessidade de proteção ambiental

Nota 4 - Com baixa necessidade de proteção ambiental

Nota 5 - Com média necessidade de proteção ambiental

Nota 6 - Com alta necessidade de proteção ambiental

Nota 7 - Com altíssima necessidade de proteção ambiental

Nota 8 - Totalmente vulneráveis

Necessidade de Proteção Ambiental no

Parque Estadual do Ibitipoca - MG

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Proximidades do Cruzeiro e área institucional onde se encontra a administração do parque e o camping

Nas proximidades de trilhas8

Áreas próximas ao Pico do Pião, à Lagoa Seca, Ponte de Pedra e Cachoeira dos Macacos

Nas proximidades de aceiros e trilhas7

Polígono formado pela Lagoa Seca, Cachoeirinha, Janela do Céu e Pico do Ibitipoca

Em todo o parque, nas proximidades de aceiros, trilhas, onde existem algumas grutas, mirantes, locais de banho, área institucional e parte da captação de água

6

Nas altitudes entre 1340 m e 1740 mEm todo o parque, nas proximidades de aceiros, trilhas, onde existem algumas grutas, mirantes, locais de banho, área institucional e parte da captação de água

5

Nas altitudes entre 1420 m e 1700 mEm todo o parque, nas proximidades de aceiros, trilhas, onde existem algumas grutas, mirantes, locais de banho, área institucional e parte da captação de água

4

Em todo o parque, com pouquíssimas áreas próximas de trilhas, onde existem algumas grutas

3

Porção central até o extremo sul, principalmente o vale do Rio Salto

Afastadas da infra-estrutura, onde existem algumas grutas e parte do sistema de captação de água

2

Extremo sul do parqueAfastadas da infra-estrutura do parque1

EXEMPLOS DE LOCAISDESCRIÇÃO DA ÁREANOTA

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Gruta dos Viajantes

Pico do Ibitipoca

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Trilhas que levam ao Pico do Ibitipoca, com evidências de erosão

Trilhas que levam ao

Pico do Ibitipoca

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Cachoeira

Janela do Céu

Prainha

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CONCLUSÃO

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Tecnologia de Geoprocessamento:

Ferramenta eficaz: precisão, confiabilidade e velocidade na geração

dos dados

Manipulação de grande volume de dados

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Proteção do parque:

Áreas com maior necessidade de proteção localizadas ao longo dos

locais mais visitados. Necessidade de normas para visitação

Parque preservado por suas próprias características naturais e protegido

por lei

Degradação do patrimônio natural causada pela excessiva atividade

turística

Áreas com necessidade de proteção ainda não se encontram em estado

crítico