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Universidade Federal do ParáHospital Universitário João Barros Barreto
I CURSO DE CAPACITAÇÃO EM SAÚDE DO IDOSO13 a 19 de outrubro de 2004
Prof. Edgar Nunes de Moraes, MD, PhDProfessor Adjunto do Departamento de Clínica Médica da UFMG
Coordenador do Centro de Referência do Idoso Prof. Caio Benjamin Dias/ HC-UFMGCoordenador do Programa de Residência Médica em Geriatria do HC-UFMG
Coordenador da Pós-Graduação em Geriatria do HC-UFMGCoordenador do Núcleo de Geriatria e Gerontologia da UFMG
•AVALIAÇÃO MULTIDIMENSIONAL DO IDOSO
•DISCUSSÃO DOS CASOS
•CONSTRUÇÃO DO DIAGNÓSTICO GERIÁTRICO-GERONTOLÓGICO
Gerontologia Básica
“SENILIDADE” NÃO É DIAGNÓSTICO
O Sistema de Saúde representa a principal ameaça para o idoso
INDIFERENÇA IATROGENIA
Transição demográfica:Idosos representam 9% da população brasileira e 30-
40% da demanda dos serviços de saúde.
O que é envelhecimento?
EFEITOS DA PASSAGEM DO TEMPO
Tipos de envelhecimento?
Envelhecimento do organismo: ENVELHECIMENTO BIOLÓGICO
Envelhecimento do psiquismo: ENVELHECIMENTO PSÍQUICO
Envelhecimento Fisiológico: VULNERABILIDADE
REDUÇÃO DA RESERVA HOMEOSTÁTICA
Idade
Infância eadolescência
Adultez Velhice
Limiar de Incapacidade
EnvelhecimentoPatológico
HEREDITARIEDADEFATORES AMBIENTAIS:
Hábitos de vida – Fatores de risco
ENVELHECIMENTO BIOLÓGICO
INTERDISCIPLINARIDADE
ATIVIDADES E PARTICIPAÇÃOCapacidade – Desempenho
FUNÇÕES E ESTRUTURAS DO CORPOMudanças anatômicas ou funcionais das estruturas corporais
AVD´s Básicas e Instrumentais
Integração e participação
familiar, comunitária e social ,
de forma contextualizada e
socialmente apropriada
Educação, trabalho e lazer
COGNIÇÃO/HUMOR
MOBILIDADE
COMUNICAÇÃO
Função mental (consciência,
memória, linguagem,...)
Função sensorial (visão, audição,
tato, dor...)
Produção de sons e fala
Circulação, respiração, tolerância
ao esforço.
Produção de sangue, circulação,
imunidade
Ingestão, digestão e eliminação.
Metabolização e excreção
Micção, reprodução, função
sexual
Movimentação, deslocamento
Função cutâna: defesa, calor, ...
Sistema nervoso (cérebro, medula, meninges,
SN autônomo,...)
Sistema sensorial: olho, ouvido e estruturas
relacionadas
Estruturas envolvidas na voz e na fala (boca,
língua, faringe, laringe,...)
Sistema cardiosvascular (coração, artérias,
veias, capilares), hematológico/imunológico
(vasos e nódulos linfáticos, timo, baço,
medula óssea,...) e respiratório (traquéia,
pulmão, caixa torácica, músculos
respiratórios,...)
Sistema digestivo, metabólico e endócrino
glândulas salivares, esôfago, estômago, intestino,
pâncreas, fígado e vias biliares, glândulas
endócrinas,...)
Sistema gênito-urinário e reprodutivo (sistema
urinário, pelve e sistema reprodutivo,...)
Estruturas envolvidas no movimento
(cabeça/pescoço, ombros, mmss, mmii,
tronco, pelve,...)
Sistema cutâneo: pele e anexos
CONDIÇÃO DE SAÚDE
Código Internacional de Classificação de Código Internacional de Classificação de Funcionalidade, Incapacidade e Saúde - CIFFuncionalidade, Incapacidade e Saúde - CIF
Fatores Ambientais Fatores Pessoais
Estruturas e Funções do Corpo
(Disfunção/Deficiência)
Atividades(Limitação)
Participação(Restrição)
AVALIAÇÃO MULTIDIMENSIONAL DO IDOSO
Identificação
Revisão dos Sistemas Fisiológicos Principais
ATIVIDADES DE VIDA DIÁRIA
Básicas (Auto-Cuidado)
Instrumentais
MOBILIDADE
Equilíbrio – Marcha – Postura - Quedas
COGNIÇÃO / HUMOR
Memória – Linguagem – Função Executiva – Praxia - Gnosia – Função Visuoespacial - Humor
COMUNICAÇÃO
Acuidade visual - Acuidade auditiva - Fala
Nutrição
Avaliação de Medicamentos
História Pessoal Atual e Pregressa
Avaliação Sócio Familiar
Indicadores de Violência
Avaliação Ambiental
DIAGNÓSTICO FUNCIONAL GLOBAL E ETIOLÓGICO
PLANO DE CUIDADOS
(Ações Preventivas/Promocionais, Curativas/Paliativas e Reabilitadoras)
DIAGNÓSTICO FUNCIONAL GLOBAL
COMPROMETIMENTO FUNCIONAL
NÃO SIM
AUTO-CUIDADO Semi-dependência Dependência incompleta Dependência completaATIVIDADES DE
VIDA DIÁRIA AVDS INSTRUMENTAIS Dependência parcial Dependência completa
POSTURA/ MARCHA/
EQUILÍBRIOMOBILIDADE
QUEDAS
COGNIÇÃO Transtorno Cognitivo Leve Incapacidade CognitivaCOGNIÇÃO /
HUMOR HUMOR
VISÃO
AUDIÇÃOCOMUNICAÇÃO
FALA / VOZ
SAÚDE BUCAL
CONTINÊNCIA URINÁRIA Transitória Permanente Urgência Esforço Transbordamento Mista Funcional
CONTINÊNCIA FECAL
ESTADO NUTRICIONAL Sobrepeso Obesidade Subnutrição
Outras Funções
Orgânicas:
SONO Insônia Hipersonia
LAZER
SUPORTE FAMILIAR
SUPORTE SOCIAL
Interação Social
SEGURANÇA AMBIENTAL
AVD´s básicase instrumentais
Continência esfincteriana
Saúde bucal
HUMOR MOBILIDADE
COGNIÇÃO
SonoNutrição
Sistema Nervoso Central
Sistema cardiovascular
Sistema gastrointestinal
Sistema gênito-urinário
Sistema respiratório Pele e anexos
Sistema endócrino metabólico
Sistema músculo-
esquelético
COMUNICAÇÃO
SUPORTE FAMILIAR
SUPORTE SOCIAL
LAZER
SEGURANÇA AMBIENTAL
INCAPACIDADE COGNITIVA
INSTABILIDADE POSTURAL
IMOBILIDADE
INCONTINÊNCIA
IATROGENIA
INDIFERENÇA
ISOLAMENTO SOCIAL
INSUFICIÊNCIA FAMILIAR
INSTITUCIONALIZAÇÃO
GRANDES SÍNDROMES GERIÁTRICAS
AVALIAÇÃO MULTIDIMENSIONAL DO IDOSO
Identificação
Revisão dos Sistemas Fisiológicos Principais
ATIVIDADES DE VIDA DIÁRIA
Básicas (Auto-Cuidado) Índice de Katz
Instrumentais Escala de Lawton-Brody
Timed Get up and Go
Teste de RombergMOBILIDADE
Suporte Unipodálico
Mini-Mental
Fluência Verbal
Lista de 10 palavras (CERAD)
Reconhecimento de Figuras (10 figuras)
Teste do Relógio
Escala de Pfeffer (cuidador)
COGNIÇÃO / HUMOR
Escala Geriátrica de Depressão - versão simplificada de 5 e 15 ítens
Critérios do DSM-IV
COMUNICAÇÃO
Acuidade visual Snellen
Acuidade auditiva Anamnese + Teste do sussurro
Fala Avaliação da voz
Nutrição Mini-Avaliação Nutricional + Antropometria
Avaliação de Medicamentos
História Pessoal Atual e Pregressa
Avaliação Sócio Familiar
Avaliação Ambiental
DIAGNÓSTICO FUNCIONAL GLOBAL E ETIOLÓGICO
PLANO DE CUIDADOS
(Ações Preventivas/Promocionais, Curativas/Paliativas e Reabilitadoras)
INFECÇÃO
Pneumonia
ITU
IAM
ICC
Hipotireoidismo
Hipertireoidismo
APRESENTAÇÃO
“ATÍPICA”
Depressão
Abdomen
agudo
VARIÁVEIS QUE AFETAM A APRESENTAÇÃO DAS DOENÇAS:
Co-morbidades: o raciocínio clínico tradicional de explicar todos os sinais e
sintomas por um única doença não se aplica ao idoso, sendo mais rara a
unidade diagnóstica;
Insuficiência de múltiplos órgãos: a desordem em um órgão pode se manifestar
por sintomas em outros órgãos;
Senescência: alterações fisiológicas do envelhecimento como a disfunção da
termoregulação, menor resposta leucocitária, disfunção diastólica , 4a bulha,
sopro sistólica dificultam o diagnóstico no idoso;
A polifarmácia está associada a maior risco de iatrogenia;
A apresentação de um problema social pode obscurecer uma enfermidade
subjacente ou complicar o seu manejo;
A subvalorização dos sintomas pelo médico, família e paciente atrasam o
diagnóstico de condições potencialmente reversíveis, parcial ou totalmente;
CAUSAS MÚLTIPLAS DO MESMO SINTOMA
No idoso, diversas doenças podem apresentar-se com a mesma sintomatologia,
como por exemplo, fadiga e anorexia. Outros sintomas são comuns a diversas
doenças como confusão mental, quedas, incontinência urinária e imobilidade;
Comumente a desordem em um órgão pode se manifestar por sintomas em outros,
de tal forma que o órgão usualmente associado com determinado sintoma é
menos provável de ser a fonte do problema principal no idoso quando
comparado ao jovem. Por exemplo, o declínio funcional, a confusão mental ou a
incontinência como, sintomas de pneumonia ou infecção urinária.
COGNIÇAO / HUMOR
MOTORA AVC
Parkinsonismo
COGNITIVA Demências
Delirium
INSUFICIÊNCIA
CEREBRAL
AFETIVA Depressão / Distimia
Disfunção de
bomba cardíaca
ICC
Disfunção
perfusional
Insuficiência coronariana
Insuficiência vascular
periférica
Estenose carotídea
Aneurisma abdominal
INSUFICIÊNCIA
CARDIOVASCULAR
Disfunção elétrica Bloqueio de condução
Fibrilação atrial e arritmias
ventriculares
MOBILIDADE COMUNICAÇÃO
Osso Fratura (osteoporose)
Articulação OsteoartroseINSUFICIÊNCIA
OSTEOMUSCULARMúsculo Polimialgia reumática (arterite temporal)
INSUFICIÊNCIA
RESPIRATÓRIA
DPOC
Pneumonia
INSUFICIÊNCIA
GÊNITO-URINÁRIA
Incontinência urinária
Insuficiência renal
Infecção urinária
INSUFICIÊNCIAENDÓCRINA
Diabetes mellitus
Hipotireoidismo
INSUFICIÊNCIA
VISUAL
Catarata
Glaucoma
Degeneração senil
INSUFICIÊNCIA
AUDITIVA
Surdez de condução (rolha de cerumen)
Perda neurosensorial
COGNIÇAO / HUMOR MOBILIDADE COMUNICAÇÃO
Peculiaridades Gerais no Idoso
Alteração da composição corporal:
gordura água, músculo e osso
Alteração da termorregulação
Maior prevalência de disfunção e nódulo tireoidiano
Alterações do metabolismo hidro-eletrolítico
potássio sódio
Imunossenescência: imunidade celular
Peculiaridades dos Órgãos dos Sentidos no Idoso
Hipoacusia de condução e neuro-sensorial
Otoscopia
Redução da acuidade visual
Estratégias de comuncicação
Peculiaridades da Pele e Anexos no Idoso
Marcas do envelhecimento
Xerodermia e hidratação da pele
Fotoenvelhecimento
Lesões pré-cancerosa e neoplásicas
Úlcera de pressão
Peculiaridades do Sistema Cardiovascular no Idoso:
Hipertensão arterial:
Hipertensão sistólica isolada;
Gradiente entre pressão sistólica e diastólica;
Pseudo-hipertensão do idoso;
Tratamento farmacológico priorizando as co-morbidades;
Hipotensão ortostática;
Disfunção de bomba cardíaca:
Disfunção diastólica (hipertrofia de VE com redução da complacência);
Presença habitual de B4;
Cuidado com digital;
Sintomatologia de ICC inespecífica;
Aterosclerose:
Risco de Framingham para doença arterial coronariana;
Sopros cardíacas degenerativos
Degeneração aortica e mitral;
Fibrilação atrial:
Risco de Framigham para acidentes vascular cerebral;
Anticoagulação Anti-plaquetário;
Cardioversão elétrica Controle da freqüência ventricular;
Dislipidemia:
Prevenção primária/secundária;
Peculiaridades do Sistema Gênito-Urinário no Idoso
Alterações miccionais:
Urgência ou incontinência urinária
Noctúria Quedas
Prostatismo
Infecção urinária Bacteriúria assintomática
Menopausa e andropausa
Reposição hormonal
Rastreamento de câncer
AVALIAÇÃO CLÍNICA E TRATAMENTO DA INCONTINÊNCIA URINÁRIAI.U. ESFORÇO I.U URGÊNCIA I.U. TRANSBOR-DAMENTO I.U FUNCIONAL
Mecanismo Flacidez e incompetência da
musculatura do assoalho
pélvico
Instabilidade do detrusor ou
hiperflexia:
Local: infecção urinária, cálculos,
tumores, divertículos, fecaloma e
HPB.
Central: AVC, demência, tumores,
parkinsonismo, hidrocefalia.
Obstrução anatômica das vias
urinárias (HPB,tumor); Bexiga
neurogência atônica ou flácida,
dissirnegia detrusor-esfincteriana
Perda urinária secundária à
incapacidade de dirigir-se ao
toilete
Fatores ambientais,
oateoartrite, imobilidade,
demência, depressão
Fator
Precipitante
Pressão abdominal: tosse,
espirro, gargalhada, peso, ...
Contrações vesicais não inibidas -
Volume da
perda urinária
Pequeno a moderado Moderado Grande
Freqüência Variável Ocorre a intervalos de horas
Praticamente constante
Praticamente constante
Praticamente constante -
Sintomas
associados
Ausentes Urgência miccional Bexigoma -
Tratamento Exercícios para fortalecimento
da musculatura do assoalho
pélvico*;
Estabelecer
treinamento de hábito***;
Estrogenioterapia;
Cirurgia
Tratar causas locais;
Treinamento ou retreinamento vesical
**;
Drogas anticolinérgicas: oxibutinina,
antidepressivos tricíclicos, ...
Tratar causa subjacente:
constipação, hiperplasia prostática,
cateterização intermitente
Maior acessibilidade ambiental
(órteses, próteses, iluminação,
barras de apoio), fraldas
facilmente removíveis, reduzir a
ingestão noturna de líquidos;
Estabelecer
treinamento de hábito***.
Peculiaridades do Sistema Digestivo no Idoso
Distúrbios da deglutição
Disfagia e engasgo
Pneumonia de aspiração
Alterações intestinais
Constipação
Diverticulose
Incontinência fecal
Toque retal
Fecaloma, tônus esfincteriano, pólipo ou câncer intestinal e avaliação da
próstata.
Colelitíase
Rastreamento de câncer
Pesquisa de sangue oculto nas fezes
Retossigmoidoscopia Conolonoscopia
Peculiaridades do Sistema Nervoso no Idoso
Tonturas/Vertigens Antivertiginosos
Tremores e parkinsonismo
Déficit focais e acidentes vascular cerebral
Distúrbios da marcha
Quedas
Cefaléia Arterite temporal
Peculiaridades do Sistema Músculo-Esquelético no
Idoso
Quedas
Osteoporose e fratura
Osteoartrite
Anti-inflamatórios
Alterações dos pés
Imobilidade
Peculiaridades da Cavidade Oral no Idoso
Boca seca ou xerostomia
Higiene bucal
Problemas de mastigação
Prótese dentária
Neoplasia
COGNIÇAO HUMOR
FUNÇÃOVISUOESPACIAL
PRAXIA
APRAXIADesordem na realização de algum gesto ou ato motorpreviamente aprendido, na ausência de anormalidades
sensoriais ou motoras.
MEMÓRIA
Registro - Armazenamento -
Recuperação
GNOSIA
PercepçãoANOSOGNOSIA
LINGUAGEM
AFASIA
FUNÇÃO EXECUTIVA
ESQUECIMENTO“Lapsos de memória”
Ausência de déficit cognitivoPercepção mais aguçadaBaixo potencial cognitivo
Transtorno Cognitivo Leve INCAPACIDADE COGNITIVA
Depressão
DeliriumDemência
Envelhecimento:???
LENTIFICAÇÃO DOS PROCESSOS COGNITIVOS
Redução da Atenção Comprometimento da Memória de Trabalho
Maior dificuldade no resgaste das informações aprendidasRedução da memória prospectiva
ÍNDICE DE KATZ (Auto-Cuidado)
KATZ, S. et al. Studies of illness in the aged. The index of ADL: a standardized measure of biological and psychosocialfunction. JAMA, v. 185, p.94-99, 1963 ATIVIDADES DE
VIDA DIÁRIA
ÍNDICE DE PFEFFER (AVD´s Instrumentais)
PFEFFER, R.I. et al. Measurement of functional activities in older adultsin the community. Journal of Gerontology, v. 37, p. 323-329, 1982.
BEHAVIOR
(COMPORTAMENTO)
NPI: INVENTARIO NEUROPSIQUIATRICO
CUMMINGS, J.L. et al. The neuropsychiatry inventory: Comprehensive assessment of psychopathology in dementia.Neurology, v.44,p. 2308-2314, 1994
MINI-MENTAL DE FOLSTEIN
FOLSTEIN ,.F., FOLSTEIN S.E., McHUGH P.R. “Mini-mental state”. A practical method for grading the cognitive state ofpatients for the clinician. J Psychiatr Res, v.12, p.189-198, 1975;BERTOLUCCI P.H.F. et al. O mini-exame do estado mental em um população geral. Impacto da escolaridade. ArqNeuropsiquiatr, v. 52, p.1-7, 1994.BRUCKI et al. Sugestão para o uso do Mini-Exame do Estado Mental no Brasil. Arq Neuropsiquiatr, v. 61, p. 777-781 , 2003.
RECONHECIMENTO DE FIGURAS
NITRINI R. et al. Testes neuropsicológicos de aplicação simples para o diagnóstico de demência. Arq Neuropsiquiatr, v. 52,p.457-465, 1994.
LISTA DE PALAVRAS DO CERAD
MORRIS J.C. et al. The Consortion to Establish a Registry for Alzheimer´s Disease (CERAD). Neurology, v.39, p.1159-1165,1989;BERTOLUCCI P.H.F. et al. Desempenho da população brasileira na bateria neuropsicológica do Consortion to Establish aRegistry for Alzheimer´s Disease (CERAD). Rev Psiq Clin, v.25, p.80-83, 1998
FLUENCIA VERBAL
BRUCKI S.M.D. et al. Dados normativos para o Teste de Fluência Verbal (categorias animais), em nosso meio. ArqNeuropsiquiatr, v. 55, p.156-161, 1997.
COGNIÇÃO
Memória, Linguagem, Função
ecutiva, Gnosia, Praxia, Habilidade
visuo-espacial
TESTE DO RELOGIO
SHULMAN K.I. Clock-drawing: is it the ideal cognitive screening test?Int J Geriat Psychiatr, v.15, p.548-561, 2000.
C.D.R. (Clinical Dementia Rating)
MORRIS, J.C. The Clinical Dementia Rating: Current version and scoring rules.Neurology, v. 43, p.2412-2414, 1993
Escala Isquêmica de HACHISNKI
HACHISNKI V.C, et al. Multi-infart dementia. Arch Neurol, v.32, p.632-637, 1975;LOEB C., MEYER J.S. Vascular dementia: still a debatable entity? J Neurol Sci, v.143, p.31-40, 1996
CRITÉRIOS DE DEPRESSÃO SEGUNDO DSM-IV
Mini-Mental de Folstein (1975), adaptado por Brucki et al (2003)
Pontuação
Orientação Temporal
Dê um ponto para cada ítem
Ano Mês
Dia do mês Dia da semana
Semestre/Hora aproximada
5
Orientação Espacial
Dê um ponto para cada ítem
Estado Cidade
Bairro ou nome de rua próxima Local geral: que local é este aqui (apontando ao redor num
sentido mais amplo: hospital, casa de repouso, própria casa) Andar ou local específico: em que local nós estamos
(consultório,dormitório, sala, apontando para o chão)
5
RegistroRepetir: GELO, LEÃO e PLANTA
3
Subtrair 100 – 7 = 93 – 7 = 86 – 7 = 79 – 7 = 72 – 7 = 655Atenção e Cálculo
Dê 1 ponto para cada acerto. Considere atarefa com melhor aproveitamento
Soletrar inversamente a palavraMUNDO=ODNUM
5
Memória de EvocaçãoQuais os três objetos perguntados anteriormente?
3
Nomear Dois ObjetosRelógio e caneta
2
Repetir“NEM AQUI, NEM ALI, NEM LÁ”
1
Comando de EstágiosDê 1 ponto para cada ação correta “Apanhe esta folha de papel com a mão direita, dobre-a ao meio e
coloque-a no chão”
3
Escrever uma Frase Completa“Escreva alguma frase que tenha começo, meio e fim”
1
Ler e ExecutarFECHE SEUS OLHOS
1
Copiar DiagramaCopiar dois pentágonos com interseção
1
PONTUAÇÃO FINAL(escore = 0 a 30 pontos) 30
Score Sensibilidade Especificidade Comentários
Folstein 8 anos de escolaridade 24 87% 82%
Bertolucci, 1994Analfabetos 13 82,4% 97,5%
1 a 8 anos incompletos 18 75,6% 96,6%
8 anos 26 80% 95,6%
Bertolucci et al, 1998(CERAD)Escolaridade média: 6,9 anos
2695% 69%
Almeida, 1998Analfabetos 20 80% 71%
Idosos escolarizados 24 78% 75%
Caramelli et al, 1999Analfabetos 18 93,5% 79,7%
Herrera et al, 2002(Catanduva)
Analfabeto 191-3 anos 234-7 anos 24 7 anos 28
Brucki et al, 2003Analfabetos 20
1 a 4 anos 255 a 9 anos 26,5
9 a 11 anos 28 11 anos 29
Não houve delimitação dos níveis de corte,pois estes podem serdiferentes dependendo da doença de base. Por exemplo,pacientes parkinsonianos apresentarão maior comprometimentona função executiva (7 seriado), no desenho e na repetição. Nadoença de Alzheimer, o comprometimento inicial pode ocorrersomente na evocação.Como o Mini-Mental foi descrito paradetectar declínio cognitivo, diferentes perfis existirão dependendoda doença.
Percepção Visual e NomeaçãoMostre a folha contendo as 10 figuras e pergunte: “que figuras são estas?”
Percepção visual correta: ...........................................................................( 9 )
Nomeação correta: .....................................................................................( 9 )
Memória Incidental:.....................................................................................( 5 )
Memória Imediata 1 e 2 :.............................................................................( 6 )
Recordação após 5 minutos.................................................................... ( 5 )
Reconhecimento de Figuras
Lista de Palavras para Fixação e Recordação
1a tentativa Ordem 2a tentativa Ordem 3a tentativa Ordem
MANTEIGA PRAIA CABANA
BRAÇO BRAÇO BILHETE
PRAIA CABANA POSTE
CARTA MANTEIGA RAINHA
RAINHA POSTE MOTOR
CABANA MOTOR CARTA
POSTE ERVA ERVA
BILHETE RAINHA BRAÇO
ERVA BILHETE MANTEIGA
MOTOR CARTA PRAIA
4 6 7/8
Corte Sensibilidade Especificidade
Memória da Lista de Palavras 14 83% 77%
Evocação da Lista de Palavras 3/4 75% 75%
Lista de Palavras do CERAD - 10
Ponto de corte Sensibilidade Especificidade
Nitrini et al, 1994
Escolaridade 4 anos
13 96,66% 93,33%
Bertolucci, 1998 (CERAD)
Escolaridade média: 6,9 anos
12 75% 75%
BRUCKI et al,
Analfabetos 9 75% 79%
Baixa (1 a 4 anos incompletos) 9 100% 84%
Média (4 a 8 anos incompletos) 9 87% 88%
8 anos 13 86% 67%
Fluência Verbal
0 Inabilidade absoluta de representar o relógio;
1 O desenho tem algo a ver com o relógio mas com desorganização
visuo-espacial grave;
2 Desorganização visuo-espacial moderada que leva a uma marcação
de hora incorreta, perseveração, confusão esquerda-direita,
números faltando, números repetidos, sem ponteiros, com ponteiro
em excesso;
3 Distribuição visuo-espacial correta com marcação errada da hora;
4 Pequenos erros espaciais com dígitos e hora corretos;
5 Relógio perfeito, sem erros
“Este círculo é um relógio. Desenhe todos números, marcando 11 horas e 10
minutos.”
Teste do Relógio
MEMÓRIA
CURTO PRAZO(Primária) (<30”)
LONGO PRAZORecente - Intermediária - Remota
Memóriade
TrabalhoImediata Semântica Episódica Implícita
LINGUAGEM GNOSIA PRAXIAFUNÇÃO
EXECUTIVAFUNÇÃOVISUO-
ESPACIAL
MINI-MENTAL
ORIENT. TEMPORAL XXX
ORIENT. ESPACIAL XXX XXX
ATENÇÃO/CÁLCULO XXX XXX
EVOCAÇÃO XXX
NOMEAR XXX XXX XXX
REPETIR XXX
COMANDO 3 ESTÁG XXX XXX XXX
LER E EXECUTAR XXX XXX
ESCREVER FRASE XXX XXX XXX XXX
DESENHARPENTÁGONO
XXX XXX XXX
REGISTRO XXX
MEMÓRIA
CURTO PRAZO(Primária) (<30”)
LONGO PRAZORecente - Intermediária - Remota
Memóriade
TrabalhoImediata Semântica Episódica Implícita
LINGUAGEM GNOSIA PRAXIAFUNÇÃO
EXECUTIVAFUNÇÃOVISUO-
ESPACIAL
MINI-MENTAL
ORIENTAÇÃO TEMPORAL XXXORIENTAÇÃO ESPACIAL XXX XXX
REGISTRO XXX
ATENÇÃO/CÁLCULO XXX XXXEVOCAÇÃO XXX
NOMEAR XXX XXX XXXREPETIR XXX
COMANDO 3 ESTÁGIOS XXX XXX XXXLER E EXECUTAR XXX XXX
ESCREVER FRASE XXX XXX XXX XXXDESENHAR PENTÁGONO XXX XXX XXX
TESTE DE FIGURAS XXX XXX XXX XXX
LISTA DE PALAVRAS DO CERAD – 10
XXX
FLUÊNCIA VERBAL XXX XXX XXX
RELÓGIO XXX XXX XXXXXX XXX
Avaliação das Atividades de Vida Diária, segundo Pfeffer
0. Normal 0. Nunca o fez, mas poderia fazê-lo1. Faz, com dificuldade 1. Nunca o fez e agora teria dificuldade2. Necessita de ajuda3. Não é capaz
0 1 2 3 0 1
Ele (Ela) é capaz de preparar uma comida?
Ele (Ela) manuseia seu próprio dinheiro?
Ele (Ela) é capaz de manusear seus próprios remédios?
Ele (Ela)é capaz de comprar roupas, comida, coisas para casa sozinho?
Ele (Ela) é capaz de esquentar a água para o café e apagar o fogo?
Ele (Ela) é capaz de manter-se em dia com as atualidades, com os acontecimentos
da comunidade ou da vizinhança?
Ele (Ela) é capaz de prestar atenção, entender e discutir um programa de rádio ou
televisão, um jornal ou uma revista?
Ele (Ela) é capaz de lembrar-se de compromissos, acontecimentos, familiares,
feriados?
Ele (Ela) é capaz de passear pela vizinhança e encontrar o caminho de volta para
casa?
Ele (Ela) é pode ser deixado (a) em casa sozinho (a) de forma segura?0. Normal 0. Nunca ficou, mas poderia ficar agora1. Sim, com precauções 1. Nunca ficou e agora teria dificuldade2. Sim, por curtos períodos3. Não poderia
PONTUAÇÃO ( 0 a 30)Ponto de corte > 5
Índice de Pfeffer
COMPROMETIMENTO FUNCIONAL
Função Nenhum0
Questionável0,5
Leve1
Moderado2
Grave3
MEMÓRIA
Não há perda de memóriaou esquecimento leve einconstante
Esquecimento leve masconsistente. Esquecimento“benigno”. Recordação parcialdos eventos.
Perda moderada damemória para eventosrecentes, interferindo comas atividades do cotidiano.
Perda grave da memória.Apenas materialaltamente conhecidocontinua preservado.Informações novas sãorapidamente perdidas.
Perda grave da memória. Apenasresquícios de memória estãopresentes.
ORIENTAÇÃO
Completamente orientado Completamente orientado,exceto pela presença dediscretas dificuldades nasrelações temporais
Dificuldade moderada nasrelações temporais.Orientado no espaço.Pode apresentardesorientação geográfica.
Dificuldade grave nasrelações temporais.Usualmente desorientadono espaço.
Orientado somente quanto à pessoa.
JULGAMENTO ERESOLUÇÃO DE
PROBLEMAS
Resolve problemas do dia-a-dia e lida bem comnegócios e finanças.Julgamento é bom emrelação ao seu perfomanceanterior
Comprometimento discreto nacapacidade de resolução deproblemas, similaridades ediferenças
Dificuldade moderada naresolução de problemas,similaridades e diferenças.Juízo social usualmentemantido
Comprometimento gravena resolução deproblemas, similaridadese diferenças. Julgamentosocial usualmentecomprometido.
Completamente incapaz de emitirjulgamento e resolver problemas.
AVDI’S OUASSUNTOS
COMUNITÁRIAS
Independente para osníveis usuais de trabalho,compras, negócios eassuntos financeiros,trabalho voluntário eparticipação em grupossociais.
Compromentimento leve, sehouver
Incapaz de funcionarindependentemente,embora ainda consigarealizar algumas.Apresenta-se normal nocontato casual ousuperficial
Completamente incapazde funcionaradequadamente fora dodomicílio, apesar de nãoaparentar.
Completamente incapaz de funcionaradequadamente fora do domicílio.Aparenta estar muito comprometidopara tais funções.
AVDI’SDOMICILIARES
(TAREFASDOMÉSTICAS)
Vida doméstica, hobbies einteresses intelectuaispreservados
Compromentimento leve, sehouver
Comprometimento levemas já estabelecido.Incapaz de realizar tarefas,hobbies ou atividades maisdifíceis.
Apenas tarefas simplesestão preservadas.Interesses bastanterestritos.
Completamente incapaz
AVD’S BÁSICASIndependente no auto-cuidado Necessita de ajuda
ocasionalRequer assistência paravestir-se, higiene pessoale cuidado pessoal
Requer assistência completa nocuidado pessoal. Presença deincontinência.
Clinical Dementia Rating - CDR
INVENTÁRIO NEUROPSIQUIÁTRICO (NPI – CUMMINGS et al., 1994
Intensidade: 1 = leve; 2 = moderado; 3 = grave;Freqüência: 1 = ocasionalmente, menos de uma vez por semana;
2 = pouco freqüentemente, cerca de uma vez por semana;3 = freqüentemente, várias vezes por semana, mas não todo dia;
4 = Muito freqüentemente, uma ou mais vezes por dia ou continuamenteSIM
Intensidade Freqüência
SINTOMATOLOGIANÃO 1 2 3 1 2 3 4
Delusão: idéias de cunho persecutório, de furto ou infidelidade.
Alucinações: visuais/ auditivas/ táteis/ olfativas
Agitação,inquietude, agressividade
Disforia: baixa de humor, tristeza
Ansiedade
Euforia
Apatia: comportamento passivo, falta de iniciativa,
Desinibição
Irritabilidade/Labilidade emocional
Atividade motora aberrante: perambulação,...
Inventário Neuropsiquiátrico - NPI
HUMOR
Escala Geriátrica de Depressão
Critérios do DSM - IV
PREVALÊNCIA:
Idosos vivendo na comunidade: 8-15%
Consultório/Ambulatório: 12-36%
Hospitais: 20-30%
Instituições de longa permanência: 30-40%
DESORDEM DE AJUSTAMENTO
Depressão reativa ou situacional;
DESORDENS DEPRESSIVAS (ÚNICAS OU RECORRENTES)
DEPRESSÃO MAIOR
Depressão Atípica
Depressão Psicótica
Variação diurna
Predomínio dos sintomas somáticos ou vegetativos
DISTIMIA (DEPRESSÃO MENOR): Distúrbio do humor crônico (> 2 anos). Usualmente os
sintomas são mais leves que na depressão maior e o
curso é relativamente persistente. Os pacientes são
pessimistas crônicos e tem baixa estima. A principal
diferença é, portanto, a gravidade da sintomatologia e
a duração. A ocorrência de um episódio de depressão
maior superposto à distimia é bastante freqüente
(depressão dupla), além de sintomas de ansiedade.
DESORDENS BIPOLARES:
O transtorno bipolar pode ser dividido em hipomaníaco, maníaco ou depressivo;
DESORDENS DO HUMOR SECUNDÁRIAS
(doença e drogas)
Pós-AVC, artrite reumatóide, esclerose múltipla, insuficiência cardíaca, alcoolismo, reserpina,
corticóide, contracepticos orais, anti-hipertensivos (metildopa, clonidina, propranolol), digital,
antiparkinsonianos, doenças endócrinas (hipotireoidismo, hipertireoidismo, hipopituitarismo,...),
tumores cerebrais, demências, ...
"A Depressão Maior é, atualmente, a principal causa de
INCAPACIDADE no mundo e vem se constituindo em verdadeira
"epidemia silenciosa" , cuja importância na morbi-mortalidade geral
se equivalerão aos observados nas doenças cardiovasculares, nas
próximas décadas. “
"A repercussão da depressão no BEM ESTAR GERAL e no
FUNCIONAMENTO GLOBAL do paciente é equivalente ou maior
àquele observado nas doenças crônicas debilitantes clássicas como
hipertensão arterial, diabetes mellitus, insuficiência cardíaca,
insuficiência coronariana, artrite, lombalgia crônica, DPOC e
doenças gastro-intestinais. "
Escala Geriátrica de Depressão (GDS-15 e GDS-5) ( Para cada questão, escolha a opção que mais se assemelha ao que você está sentindo nas últimas semanas)
Validação: Almeida O.P. Arq Neuropsiquiat,v.57,p.421-426, 1999.
Você está basicamente satisfeito com sua vida?..................................................... Sim NÃO
Você se aborrece com freqüência?......................................................................... SIM Não
Você se sente um inútil nas atuais circunstâncias?................................................ SIM Não
Você prefere ficar em casa a sair e fazer coisas novas?........................................ SIM Não
Você sente que sua situação não tem saída?.........................................................SIM Não
Você tem medo que algum mal vá lhe acontecer? .................................................. .SIM Não
Você acha que sua situação é sem esperanças?.......................................................SIM Não
Você acha maravilhoso estar vivo?........................................................................... Sim NÃO
Você sente que sua vida está vazia?......................................................................... SIM Não
Você sente que a maioria das pessoas está melhor que você?.................................SIM Não
Você se sente com mais problemas de memória do que a maioria?......................... SIM Não
Você deixou muitos de seus interesses e atividades? .............................................. SIM Não
Você se sente de bom humor a maior parte do tempo?............................................ Sim NÃO
Você se sente cheio de energia?............................................................................... Sim NÃO
Você se sente feliz a maior parte do tempo?............................................................. Sim NÃO
Ponto decorte
Sensibilidade Especificidade VPP VPN
Almeida-Almeida, 1999(GDS-15)
6 90,9% 64,5% 73,2% 86,9%
Hoyl et al, 1999 (GDS-5) 2 97% 85% 85% 97%VPP: valor preditivo positico VPN: valor preditivo negatico
Idade
Infância eadolescência
Adultez Velhice
Incapacidade Cognitiva
Transtorno Cognitivo Leve
Síndrome Demencial
ENVELHECIMENTO BIOLÓGICO
TRANSTORNO COGNITIVO LEVE
Os critérios (Mayo Clinic group: PETERSON RS et al, 1999 - Arch Neurol) diagnósticos
para o transtorno cognitivo leve (amnéstico) são:
Presença de esquecimento, confirmada pelos familiares;
Comprometimento anormal da memória;
Preservação das funções cognitivas globais: (CDR 0,5 e Mini-Mental 24);
Prejuízo mínimo ou ausente das atividades instrumentais de vida diária;
Ausência de critérios para incapacidade cognitiva (demência).
Prevalência variável: 3 a 20%
ALTO GRAU DE FLUTUAÇÃO DIAGNÓSTICA
Critérios diagnósticos variáveis
Instrumentos de avaliação diferentes
A probabilidade do DCL evoluir para
D.Alzheimer é cerca de 50%
Indicadores de conversão:•Atrofia hipocampal;
•Alta concentração liquórica de proteína tau;
•Hipocaptação no córtex temporoparietal e córtex cingulado posterior
FRISONI et al, maio-junho 2004, Alzheimer Dis Assoc Disord
ESQUECIMENTO“Lapsos de memória”
Ausência de déficit cognitivoPercepção mais aguçadaBaixo potencial cognitivo
Transtorno Cognitivo Leve INCAPACIDADE COGNITIVA
INCAPACIDADE COGNITIVADependência nas atividades de vida diária: instrumentais e/ou básicas
DEPRESSÃODELIRIUM DEMÊNCIA
DEMÊNCIA (DSM IV-TR)American Psychiatric Association
Desenvolvimento de múltiplos déficits cognitivos manifestados tanto por (1) quanto por (2):
(1) Comprometimento da memória (capacidade prejudicada de aprender
novas informações ou recordar informações anteriormente aprendidas);
(2) Uma (ou mais) das seguintes perturbações cognitivas:
(a) afasia (pertubação da linguagem);
(b) apraxia (capacidade prejudicada de executar atividades motoras,
apesar do funcionamento motor intacto);
(c) agnosia (incapacidade de reconhecer ou identificar objetos, apesar do
funcionamento sensorial intacto);
(d) pertubação do funcionamento executivo (i.é., planejamento,
organização, seqüenciamento, abstração);
Os déficits cognitivos nos critérios (1) e (2) causam comprometimento significativo do funcionamento social ou
ocupacional e representam um declínio significativo em relação a um nível anteriormente superior de funcionamento.
Os déficits não ocorrem exclusivamente durante o curso de um delirium.
A perturbação não é mais bem explicada pela presença de um outro transtorno do Eixo I (p. ex., Transtorno Depressivo
Maior, Esquizofrenia).
DEPRESSÃO (DSM IV-TR)American Psychiatric Association
A. No mínimo cinco dos seguintes sintomas estiveram presentes durante o mesmo período
de 2 semanas e representam uma alteração a partir do funcionamento anterior; pelo menos
um dos sintomas é (1) humor deprimido ou (2) perda do interesse ou prazer.
Nota: Não incluir sintomas nitidamente devidos a uma condição médica geral ou alucinações ou delírios incongruentes com o humor.
B. Os sintomas não satisfazem os critérios para um Episódio Misto;
C. Os sintomas causam sofrimento clinicamente significativo ou prejuízo no funcionamento social
ou ocupacional ou em outras áreas importantes da vida do indivíduo;
D. Os sintomas não se devem aos efeitos fisiológicos diretos de um substância (p.ex., droga de
abuso ou medicamento) ou de uma condição médica geral (p.ex., hipotireoidismo);
E. Os sintomas não são mais bem explicados por luto, ou seja, após a perda de um ente querido,
os sintomas persistem por mais de 2 meses ou são caracterizados por acentuado prejuízo
funcional, preocupação mórbida com desvalia, ideação suicica, sintomas psicóticos ou retardo
psicomotor.
Sintomas Maiores de Depressão, segundo o DSM-IV:
INTERESSE OU PRAZER ACENTUADAMENTE DIMINUÍDOS............................Sim Não
HUMOR DEPRIMIDO (SENTE-SE TRISTE OU VAZIO) ...................................... Sim Não
Perda ou ganho significativo de peso, ou diminuição ou aumento do apetite........ Sim Não
Insônia ou hipersonia ........................................................................................... Sim Não
Agitação ou retardo psicomotor.............................................................................Sim Não
Fadiga ou perda de energia...................................................................................Sim Não
Sentimento de inutilidade ou culpa excessiva ou inadequada.............................. Sim Não
Capacidade diminuída de pensar ou concentrar-se.............................................. Sim Não
Pensamento recorrentes de morte, ideação suicida recorrente............................Sim Não
Duração da sintomatologia:
A sintomatologia trouxe alteração do seu funcionamento anterior.........................Sim Não
DELIRIUM (DSM IV-TR)American Psychiatric Association
A. Perturbação da consciência (i.é., redução da clareza da consciência em relação ao ambiente), com
redução da capacidade de focalizar, manter ou direcionar a atenção.
B. Uma alteração na cognição (tal como déficit de memória, desorientação, pertubação da linguagem)
ou desenvolvimento de uma perturbação da percepção que não é mais bem explicada por uma
demência preexistente, estabelecida ou em evolução.
C. A perturbação desenvolve-se ao longo de um curto período de tempo (geralmente em horas ou
dias), com tendência a flutuações no decorrer do dia.
D. Existem evidências, a partir do histórico, do exame físico ou de achados laboratoriais, de que a
perturbação é causada por conseqüências fisiológicas diretas de uma condição médica geral.
DELIRIUM DEMÊNCIA DEPRESSÃO
INÍCIO Agudo, freqüentemente noturno Insidioso Variável, recente
EVOLUÇÃO Flutuante, com intervalos lúcidos
diurnos, piora à noite
Lentamente progressiva Leve variação diurna
DURAÇÃO Horas a semanas Meses a anos
CONSCIÊNCIA Reduzida Usualmente preservada Geralmente intacta
ATENÇÃO Hipoalerta ou hiperalerta,
Desatento (focalizar, sustentar e
desviar a atenção), flutuação
durante o dia
Usualmente normal Leve redução da atenção
ORIENTAÇÃO Usualmente alterado para tempo,
tendência a confundir pessoas e
locais
Freqüentemente alterado Normal
MEMÓRIA Alteração da memória imediata e
recente, com inatenção
Alteração da memória recente e
remota
Pode estar alterada
PERCEPÇÃO Ilusões e alucinações
(usualmente visuais) comuns
Presentes em fases moderadas a
avançadas
Ausentes, exceto na
depressão psicótica
LINGUAGEM
(FALA)
Incoerente, hesitante, lenta ou
rápida
Dificuldade em achar as palavras Normal
CICLO SONO-
VIGÍLIA
Sempre Freqüentemente sono
fragmentado
Insônia terminal
DOENÇA OU
DROGAS
Uma ou ambas presentes Freqüentemente ausente Ausentes (depressão
secundária
INCAPACIDADE COGNITIVADependência nas atividades de vida diária: instrumentais e/ou básicas
DEMÊNCIADELIRIUM DEPRESSÃO+ +
Pseudo-demênciaPseudo-depressão
Depressão na demência Alzheimer: 22,5 a 54,5%Depressão como fator de risco para DA
Abordagem Diagnóstica da Síndrome Demencial
Síndrome Demencial
Irreversível> 95%
Causas Estruturais:Hidrocefalia de pressão normal
Hematoma subduralNeoplasia
TCE
Causas Metabólicas:Drogas: álcool, psicotrópicos
Hipotireoidismo, Deficiência de vitamina B12,
Insuficiência renal e hepática, Hipercalcemia, ...
REVERSÍVEL< 5%
Abordagem Diagnóstica da Síndrome Demencial
Síndrome Demencial
IRREVERSÍVEL
Demência de Alzheimer
50 a 60%
DEMÊNCIA NÃO- ALZHEIMER
Reversível
Início súbito
Deterioração em degraus
Distúrbio de marcha precoce
Escala isquêmica de HACHInsKI
Flutuação proeminente
Alucinação Precoce
Parkinsonismo precoce
Hipersensibilidade a neurolépticos
Apatia profunda
Afasia precoce
Comportamento anti-social
Desinibição precoce
Hipersexualidade
Abordagem Diagnóstica da Síndrome Demencial
Síndrome Demencial
DEMÊNCIA NÃO ALZHEIMER
Demência VASCULAR
Demência por CORPOS DE LEWY
Demência FRONTO-TEMPORAL
Início súbito
Deterioração em degraus
Distúrbio de marcha precoce
Escala isquêmica de HACHINSKI
Flutuação proeminente
Alucinação Precoce
Parkinsonismo precoce
Hipersensibilidade a neurolépticos
Apatia profunda
Afasia precoce
Comportamento anti-social
Desinibição precoce
Hipersexualidade
Abordagem Diagnóstica da Síndrome Demencial
Síndrome Demencial
Irreversível
Demência de Alzheimer
50 a 60%Critérios de NINCDS-ADRDA
McKHAN et al, 1984
Demência Não- Alzheimer
Provável Possível Definitiva
Reversível
Abordagem Diagnóstica da Síndrome Demencial
DEMÊNCIA DE ALZHEIMER PROVÁVEL
Os critérios diagnósticos incluem:
Presença de demência estabelecida pelo exame clínico e confirmada por testes cognitivos, como o Mini-Mental;
Déficit de duas ou mais funções cognitivas;
Piora progressiva da memória e de outra função cognitiva;
Ausência de distúrbio do nível de consciência;
Início entre os 40 e 90 anos de idade, mas mais freqüentemente após os 65 anos;
Ausência de distúrbios sistêmicos e/ou outra doença do SNC que possam acarretar déficit cognitivo progressivo.
O diagnóstico é apoiado por:
Deterioração progressiva das funções cognitivas como linguagem (afasia), habilidades motoras (apraxias) e
percepção (agnosias);
Prejuízo nas atividades de vida diária (AVD´S), associado a alterações comportamentais;
História familiar de “demência”, particularmente se confirmada por exame anátomo-patológico;
Exames complementares normais (EEG,TCC,RM) ou com alterações inespecíficas
(ex.: EEG com lentificação, TCC com atrofia difusa);
Evidência documentada de progressão da atrofia cerebral;
Abordagem Diagnóstica da Síndrome Demencial
DEMÊNCIA DE ALZHEIMER PROVÁVEL
Outros achados clínicos consistentes com provável DA, após exclusão de outras causas de demência:
Platô no curso da doença;
Sintomas associados de depressão, insônia, incontinência, ilusões, surtos de descontrole (verbal, emocional ou físico),
mudanças no comportamento sexual e perda de peso;
Aparecimento de outros alterações neurológicas em fase avançada da doença (alterações motoras como aumento do
tônus muscular, alterações da marcha, entre outras);
Convulsões nas fases avançadas;
TC normal para a idade.
Abordagem Diagnóstica da Síndrome Demencial
DEMÊNCIA DE ALZHEIMER POSSÍVEL
Feito com base na síndrome demencial, na ausência de outras alterações neurológicas, psiquiátricas ou sistêmicas,
suficientes para produzir demência mesmo que em presença de variações de apresentação do início ou do curso
clínico;
Pode ser feito na presença de uma segunda alteração sistêmica ou cerebral suficiente para produzir demência, mas
não considerada causa de quadro demencial presente;
Pode ser usada em investigações, quando um único e gradual déficit cogntivo severo é documentado na ausência
de outras causas identificáveis.
Abordagem Diagnóstica da Síndrome Demencial
DEMÊNCIA DE ALZHEIMER DEFINITIVA
Preenchimento dos critérios de provável DA, associado a comprovação
histopatológica de tecido cerebral, por biópsia ou autópsia
Abordagem Terapêutica Específica
VASCULAR
Controle dos fatores de risco cardiovasculares
Anti-agregantes plaquetários ou anticoagulantes
Anticolinesterásicos
Memantina
CORPOS DE LEWY Anticolinesterásicos
Cuidado com neurolépticos
DEMÊNCIA
NÃO-
ALZHEIMER
FRONTO-TEMPORAL Tratamento sintomático
DEMÊNCIA
DE
ALZHEIMER
Anticolinesterásicos:
Rivastigmina, Donepezil, Galantamina
Memantina
Vitamina E
Prof. Edgar Nunes de Moraes, MD, PhDProfessor Adjunto do Departamento de Clínica Médica da UFMG
Coordenador do Centro de Referência do Idoso Prof. Caio Benjamin Dias/ HC-UFMGCoordenador do Programa de Residência Médica em Geriatria do HC-UFMG
Coordenador da Pós-Graduação em Geriatria do HC-UFMGCoordenador do Núcleo de Geriatria e Gerontologia da UFMG
•AVALIAÇÃO MULTIDIMENSIONAL DO IDOSO
•DISCUSSÃO DOS CASOS
•CONSTRUÇÃO DO DIAGNÓSTICO GERIÁTRICO-GERONTOLÓGICO
Novembro e Dezembro de 2004
Centro Interdisciplinar de Assistência e Pesquisa em Envelhecimento
I I CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM GERIATRIA
MOBILIDADEIndependência Funcional
MOBILIDADE
Fatores Extrínsecos ou
AmbientaisFatores Intrínsecos
ÁREAS DE LOCOMOÇÃO
ILUMINAÇÃO
QUARTO DE DORMIR
BANHEIRO
COZINHA
ESCADA
Áreas de locomoção desimpedidasRevestimentos: uniformes ou tapetes bem fixos
Suficiente para clarear toda a superfície de marchaSentinela: iluminando o quarto, o corredor e o banheiro
Guarda-roupa: cabides facilmente acessíveisCadeira permitindo se assentar para se vestirCama de boa altura (45 cm)
Lavabo: facilmente acessível e bem fixoÁrea do chuveiro: antiderrapanteBox: abertura fácil
Armários: baixos, sem necessidade de uso de escadaRevestimento antiderrapante
Corrimão adequadoEspelho do degrau fechadoUniformidade dos degraus: altura dos espelhos e profundidade dos degraus constantes
MOBILIDADE
Fatores Extrínsecos ou
AmbientaisFatores Intrínsecos
Fatores Gerais:
Hipotensão Ortostática
Pré-síncope / Síncope
Convulsão
Drogas
Doenças Agudas
Fatores EspecíficosINSUFICIÊNCIAS:
1. Insuficiência cerebral 2. Insuficiência cardiovascular3. Insuficiência osteo-muscular
4. Insuficiência respiratória5. Insuficiência gênito-urinária
5. Insuficiência visual6. Insuficiência auditiva
MOBILIDADE
Fatores Extrínsecos ou
AmbientaisFatores Intrínsecos
Fatores Específicos
POSTURA EQUILÍBRIO DESLOCAMENTOMudança de decúbito
TransferênciaMARCHA
MARCHAPrevalência: 15%
EQUILÍBRIO LOCOMOÇÃO
MARCHAPrevalência: 15%
EQUILÍBRIO LOCOMOÇÃO
Integridade e sintonia dos NÍVEIS SENSÓRIO-MOTORES:
INFERIOR1. Vias Aferentes:
VisãoLabirinto
Propriocepção
2. Vias Eferentes:Sistema músculo-esquelético
VasosNervos
MÉDIOSistemas envolvidos diretamente
na locomoção/ postura:
Vias piramidais (marcha hemiplégica)Vias medulares (marcha paraplégica)
Cerebelo (marcha ebriosa)Gânglios da base (marcha parkinsoniana)
etc...
SUPERIORLobo Frontal e conexões
Área pré-motora - Área motora suplementar -Tálamo - Glânglios da base - Substância
branca periventricular
Apraxia de IgniçãoApraxia de Equilíbrio
Apraxia MistaMarcha Cautelosa
“TIMED GET UP AND GO”Normal: <10 seg Limítrofe: entre 10 a 30 seg Incapacidade postural: 30 Seg
EQUILÍBRIO LOCOMOÇÃO
Levantamento
da cadeira
Equilíbrio
ao
levantar-se
Rotação
Manutenção da marchaTIPOS DE MARCHA
Início da marcha
(freezing ou
hesitação)
Cadência Base
alargada
Comprimento
e altura da
passada
Desvio
de
trajeto
Swing
dos
braços
Marcha Cautelosa - - + - - +/- + - +
Apraxia de Ignição +++ - +++ ++ ++ - +++ - +++
Apraxia de Equlíbrio +/- ++ + - - +++ - +++ -
Apraxia Mista ++ ++ ++ ++ ++ ++ ++ ++ ++
Hemiplegia Espástica + - ++ - + - - - -
Mielopatia Cervical +++ - ++ - - - ++ - -
Ataxia Cerebelar - ++ ++ - ++ +++ - +++ ++
Disfunção Sensorial
Múltipla
- + + - + + + + -
História de quedas no último ano.........................................................sim não
Número de quedas..................................................................... 1 2 a 4 5
Repercussão funcional............................................................................... sim não
Especificar:
Causas/circunstâncias:
Tropeção / escorregão Ausência de motivo aparente
Perda da consiciência Doença aguda
Tempo de permanência no chão:
Necessidade de ajuda para levantar-se................................................. sim não
QUEDAS
MarchaNo interior do domicílio. ..................................................................................( ) 1. Sozinho 2. Ajuda ocasional 3. Ajuda frequente 4. Muleta ou bengala 5.andador 6. Cadeira de rodas 7. Imobilidade completa (acamado)
No exterior do domicílio..................................................................................( ) 1. Sozinho 2. Ajuda ocasional 3. Ajuda frequente 4. Muleta ou bengala 5.andador 6. Cadeira de rodas 9. NA
Subir escada ( 5 degraus) ..............................................................................( )S. Sim N. Não 9. NA
“Timed Get Up and Go” :O paciente deve ser orientado a levantar-se de uma cadeira, sem apoio de braços, caminhar 3
metros, virar 180 grau quando andando eretornar, sentando na cadeira.
Duração: ( ) <10 segundos ( ) 10 a 30 segundos ( ) > 30 segundos
Teste de Romberg: Olhos abertos _____ Olhos fechados _____
Equilíbrio Unipodálico:
O que o senhor (a) gostaria de fazer e que não está fazendo?
MOBILIDADE
Normal Instabilidade Postural
Incapacidade PosturalQuedas de repetição
ou Imobilidade
CONTUSÃO MUSCULARLUXAÇÃO
HEMATOMA SUBDURALMEDO / INSEGURAÇA
FRATURA
Incidência: 30 a 50%/anoRecorrência: > 50%
Mortalidade por causas acidentais (6o lugar): QUEDAS (80%)
65 anos: 30%/ano aumentando para 50% após os 80 anos.
Recorrência ocorre em 50% dos casos (2x / semestre).
Mulheres > Homens até 75 anos.
Causa Acidental: 6a causa de mortalidade geral.
Quedas representam 80% das causas acidentais.
Principais fatores de risco:
Idade > 80 anos
Polifarmácia
História de distúrbio da marcha ou do estado mental
Medo de cair afeta aproximadamente 25 a 40% dos idosos, mesmo que
nunca tenham caído e representa importante fator de risco para declínio
funcional.
Mulheres com idade de 50 anos ou mais:
•Prevalência de osteoporose: 13 a 18%
•Prevalência de osteopenia: 50%
O risco total de fratura de fêmur em um mulher de 50 anos é de 40%
Uma em cada mulheres acima de 80 anos terão uma fratura de fêmur
Prognóstico da fratura de fêmur:
•Mortalidade em 1 ano: 30%
•Comprometimento da mobilidade: 30%
NUTRIÇÃOAntropometria
Peso (kg) __________
Estatura (m) _____________ Altura do joelho (cm): ___________
Índice de Massa Corporal ( P : E2) _________
TRIAGEM NUTRICIONAL SUBJETIVA. LIPSCHITZ, 1994SINAIS PONTUAÇÃO
Tem doença ou condição que faz mudar o tipo e/ou quantidade de alimento queconsome? 2Consome menos de duas refeições ao dia ? 3Consome ao menos 2 porções ao dia de frutas, hortaliças, e 1 porção de leite esubstitutos ao dia? 2Bebe 3 ou mais copos de cerveja, ou 1 dose aguardente ou outra bebida alcóolicadiariamente? 2Tem problema nos dentes ou na boca que dificultam sua alimentação? 2É freqüente faltar dinheiro para comprar alimentos que precisa? 4Come sozinho na maioria das refeições? 1Toma mais de três remédios diferentes por dia? 1Teve perda ou ganho de peso de 5 kg nos últimos 6 meses 2Não é fisicamente capaz para fazer compras, cozinhar e/ou se alimentar sozinho? 2
TOTAL
PONTUAÇÃO E A CONDIÇÃO NUTRICIONAL:0 a 2 pontos SEM RISCO NUTRICIONAL. Reavaliar em 6 meses3 a 5 pontos RISCO NUTRICIONAL MODERADO. Reavaliar em 3 meses6 ou mais pontos ALTO RISCO NUTRICIONAL. Encaminhar idoso para médico e ou nutricionista e ou assistente social
HISTÓRIA PESSOAL ATUAL E PREGRESSA
USO DE DROGAS
• Prescrições inapropriadas: 18 a 50%
• Internação hospitalar: 5 a 10%
• Automedicação: 60%
• AINE, Benzodiazepínicos, Antipsicóticos, Digoxina
Droga Dose Tempo de uso Indicação Médica
Sintoma recente: DROGAS ?
Confusão mentalTonturas (Hipotensão ortostática)QuedasIncontinência urináriaConstipação intestinalParkinsonismo
Estima-se que 18 a 50% das prescrições para o idosos sejam
inapropriadas. Cerca de 5 a 10% das internações hospitalares de idosos estão
relacionadas direta ou indiretamente, a reações adversas a drogas. A Auto-
medicação representa 60% de todas as medicações e 50% do custo total da
medicação. O consumo médio diário de drogas é cerca de 3 para o idoso que vive
na comunidade e 8 para o idoso institucionalizado. O risco de reação adversa para
o uso de 2 drogas concomitantes é de 1,5%, aumentando para 50-60% para o
uso crônico de 5 drogas concomitantes. AINE, benzodiazepínicos, antipsicóticos,
digoxina, warfarin são responsáveis pela maioria das reações adversas a drogas
evitáveis.
HÁBITOS Tabagismo
Etilismo Drogas ilícitas
SEXUALIDADE
SONO
IMUNIZAÇÃO
ÓRTESES/PRÓTESES
HOSPITALIZAÇÕES CLÍNICAS (DIAGNÓSTICO/ANO)
CIRURGIAS PRÉVIAS
DIAGNÓSTICOS ANTERIORES RELATADOS
HISTÓRIA FAMILIAR (Doenças com caráter heredo-familiar)
História Familiar positiva para:
Deve-se dar ênfase nas doenças que apresentam caráter heredo-familiar definido e que
podem modificar a conduta propedêutica e terapêutica.
Doença cardiovascular prematura.................................................( ) sim ( )não
(IAM ou morte súbita antes dos 55 anos no pai ou parentes de 1o grau do sexo masculino, ou
antes dos 65 anos na mãe ou parentes de 1o grau do sexo feminino)
Hipertensão arterial sistêmica.......................................................( ) sim ( )não
Diabetes mellitus tipo II................................................................ ( ) sim ( )não
Doença tireoidiana....................................................................... ( ) sim ( )não
Câncer de cólon .......................................................................... ( ) sim ( )não
Câncer de mama............ ................................... ( ) sim ( )não ( ) não se aplica
Câncer de próstata............................................. ( ) sim ( )não ( ) não se aplica
Osteoporose/Fratura de fragilidade.................................( ) sim ( ) não
Depressão...................................................................... ( ) sim ( ) não
Demência....................................................................... ( ) sim ( ) não
Outras: …………............... ( ) sim ( ) não Especificar
AVALIAÇÃO PSÍQUICA E SÓCIO-FAMILIAR
IDOSO DE COMUNIDADE
Constituição Familiar
Risco psico-social na esfera familiar
Indicadores de violência familiar
Área profissional
Área social / atividades / interesses
Auto-avaliação da saúde
IDOSO INSTITUCIONALIZADO
Tempo de institucionalização
Razão da institucionalização
Avaliação da ILPI
Significado da institucionalização
Legislação específica
INCAPACIDADE COGNITIVA
INSTABILIDADE POSTURAL
IMOBILIDADE
INCONTINÊNCIA
IATROGENIA
INDIFERENÇA
ISOLAMENTO SOCIAL
INSUFICIÊNCIA FAMILIAR
INSTITUCIONALIZAÇÃO
GRANDES SÍNDROMES GERIÁTRICAS
AVALIAÇÃO AMBIENTAL
ÁREAS DE LOCOMOÇÃO
ILUMINAÇÃO
QUARTO DE DORMIR
BANHEIRO
COZINHA
ESCADA
Áreas de locomoção desimpedidasRevestimentos: uniformes ou tapetes bem fixos
Suficiente para clarear toda a superfície de marchaSentinela: iluminando o quarto, o corredor e o banheiro
Guarda-roupa: cabides facilmente acessíveisCadeira permitindo se assentar para se vestirCama de boa altura (45 cm)
Lavabo: facilmente acessível e bem fixoÁrea do chuveiro: antiderrapanteBox: abertura fácil
Armários: baixos, sem necessidade de uso de escadaRevestimento antiderrapante
Corrimão adequadoEspelho do degrau fechadoUniformidade dos degraus: altura dos espelhos e profundidadedos degraus constantes
HOMEM MULHER
IDADE20-34 a - 9 - 735-39 a - 4 - 340-44 a 0 045-49 a 3 350-54 a 6 655-59 a 8 860-64 a 10 1065-69 a 11 1270-74 a 12 1475-79 a 13 16
COLESTEROL TOTAL 20-39a
40-49a
50-59a
60-69a
70-79a
20-39a
40-49a
50-59a
60-69a
70-79a
< 160 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0160-199 4 3 2 1 0 4 3 2 1 1200-239 7 5 3 1 0 8 6 4 2 1240-279 9 6 4 2 1 11 8 5 3 2 280 11 8 5 3 1 13 10 7 4 2
TABAGISMONão-fumante 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Fumante 8 5 3 1 1 9 7 4 2 1
HDL-COLESTEROL 60 - 1 -1
50-59 0 040-49 1 1< 40 2 2
PRESSÃO SISTÓLICA Se nãotratada
Se tratada Se não tratada Se tratada
< 120 0 0 0 0120-129 0 1 1 3130-139 1 2 2 4140-159 1 2 3 5 160 2 3 4 6
HOMENS MULHERESPONTUAÇÃO TOTAL Risco de DAC em 10 a PONTUAÇÃO TOTAL Risco de DAC em
10 a < 0 <1 < 9 < 1
0 1 9 1
1 1 10 1
2 1 11 1
3 1 12 1
4 1 13 2
5 2 14 2
6 2 15 3
7 3 16 4
8 4 17 5
9 5 18 6
10 6 19 8
11 8 20 11
12 10 21 14
13 12 22 17
14 16 23 22
15 20 24 27
16 25 25 30
17 30
RISCO EM 10 ANOS _______% RISCO EM 10 ANOS _______%
Cálculo do Risco de Framingham (DAC em 10 anos)
Indicação de Aspirina na Prevenção Primária
Risco de
Framingham
em 10 anos
Indicação de aspirina (prevenção primária)
7% Não indicado
8 a 14% Indicação duvidosa
A American Heart Association
recomenda o uso de aspirina quando o
risco de Framingham é 10% em 10
anos.
A U.S. Preventive Services Task Force
recomenda seu uso quando risco de
Framingham é 6% em 10 anos.
15% Indicação
consensual
20%
Indicação mais
segura nos idosos
O risco de hemorragia digestiva e
cerebral (angiopatia amilóide) é maior
(recomendação do autor).
CONDUTA NA DIVERSAS CATEGORIAS DE RISCO PARA DOENÇA ARTERIALCORONARIANA
LDL - Colesterol Iniciar dieta Iniciar droga
1. Alto Risco 100 mg/dlTendência: 70 mg/dl
100 mg/dl 100 mg/dl
2. Risco Moderado2.1 Risco de
Framingham de
10 a 20%
130 mg/dl 130 mg/dl 130 mg/dl
2.2 Risco de
Framingham
10 %
130 mg/dl 130 mg/dl 130 mg/dlOpcional: 160 mg/dl
3. Baixo Risco 130 mg/dl 160 mg/dl 190 mg/dl
CATEGORIAS DE RISCO PARA DOENÇA ARTERIAL CORONARIANA
1. ALTO RISCO
Doença arterial
coronariana
prévia
Infarto agudo do miocárdio, angina estável e instável, angioplastia ou
CRM ou isquemia miocárdica significativa
Equivalentes à
DAC
Formas não coronariana de doença aterosclerótica: insuficiência
vascular periférica, aneurisma de aorta abdominal, obstrução carotídea
(AIT, AVC ou obstrução 50%) diabetes e risco de Framigham 20%
2. RISCO MODERADO
AUSÊNCIA DE DOENÇA ARTERIAL CORONARIANA OU EQUIVALENTES
2 Fatores de Risco:
IDADE: Homens 45anos Mulheres 55 anos
HISTÓRIA FAMILIAR PARA DAC PREMATURA: IAM ou morte súbita antes dos 55 anos
no pai ou parentes de 1o grau do sexo masculino, ou antes dos 65 anos na mãe ou
parentes de 1o grau do sexo feminino)
TABAGISMO
HIPERTENSÃO ARTERIAL: PA 140/90 ou sob tratamento anti-hipertensivo
BAIXO HDL-COLESTEROL : HDL< 40 mg/dL
FATOR DE RISCO PROTETOR: HDL-Colesterol 60 mg/dL (sua presença subtrai um
fator de risco).
2.1 Risco de Framingham de 10 a 20%
2.2 Risco de Framingham 10 %
3. BAIXO RISCO0 a 1 Fator de Risco
DIAGNÓSTICO FUNCIONAL GLOBAL
COMPROMETIMENTO FUNCIONAL
NÃO SIM
AUTO-CUIDADO Semi-dependência Dependência incompleta Dependência completaATIVIDADES DE
VIDA DIÁRIA AVDS INSTRUMENTAIS Dependência parcial Dependência completa
POSTURA/ MARCHA/
EQUILÍBRIOMOBILIDADE
QUEDAS
COGNIÇÃO Transtorno Cognitivo Leve Incapacidade CognitivaCOGNIÇÃO /
HUMOR HUMOR
VISÃO
AUDIÇÃOCOMUNICAÇÃO
FALA / VOZ
SAÚDE BUCAL
CONTINÊNCIA URINÁRIA Transitória Permanente Urgência Esforço Transbordamento Mista Funcional
CONTINÊNCIA FECAL
ESTADO NUTRICIONAL Sobrepeso Obesidade Subnutrição
Outras Funções
Orgânicas:
SONO Insônia Hipersonia
LAZER
SUPORTE FAMILIAR
SUPORTE SOCIAL
Interação Social
SEGURANÇA AMBIENTAL
2. Diagnóstico Etiológico (Doenças)
3 a 5 doenças em média
“Saúde representa o mais completo bem-estar físico, psíquico e social e
não meramente ausência de doença”
PLANO DE CUIDADOS PROMOÇÃO/PREVENÇÃO
(Primária/Secundária)
AÇÃO CURATIVAPALIAÇÃO
REABILITAÇÃO MODALIDADES DEATENDIMENTO
Risco de FraminghamScore:
Dislipidemia
Aspirina
Terapia de reposiçãohormonal
Atividade física
Hábitos de vida
Higiene do sono
Imunização
Screening de câncer
Lazer
Medicamentosindicados e contra-indicadosOrientações Gerais
Paliação
FÍSICA/COGNITIVAFisioterapia
Terapia ocupacionalFonoaudiologia
Psicologia
AMBIENTALAdaptação
NUTRICIONALDieta
LíquidosSuplementos
SÓCIO-FAMILIARServiço social
Psicologia
Controle ambulatorial
Internação hospitalar
Internação domiciliar
Centro-dia (grupo deconvivência)
Hospital-dia
Instituição de longapermanência
Outros: