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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO
INSTITUTO COPPEAD DE ADMINISTRAÇÃO
LUIZ EDUARDO CARDOSO DE ORNELLAS
INFRAESTRUTURA, PROCESSOS EMPRESARIAIS E
GOVERNAMENTAIS E DESEMPENHO ECONÔMICO NACIONAIS:
UMA INVESTIGAÇÃO EMPÍRICA
RIO DE JANEIRO
2011
2
Luiz Eduardo Cardoso de Ornellas
INFRAESTRUTURA, PROCESSOS EMPRESARIAIS E
GOVERNAMENTAIS E DESEMPENHO ECONÔMICO NACIONAIS:
UMA INVESTIGAÇÃO EMPÍRICA
Universidade Federal do Rio de Janeiro
Instituto COPPEAD de Administração
Mestrado em Administração
Orientador Prof. Alexandre Medeiros Rodrigues, Ph.D.
Rio de Janeiro
2011
3
INFRAESTRUTURA, PROCESSOS EMPRESARIAIS E
GOVERNAMENTAIS E DESEMPENHO ECONÔMICO NACIONAIS:
UMA INVESTIGAÇÃO EMPÍRICA
Luiz Eduardo Cardoso de Ornellas
Dissertação submetida ao corpo docente do Instituto de Pós-Graduação e Pesquisa
em Administração – COPPEAD, da Universidade Federal do Rio de Janeiro – UFRJ,
como parte dos requisitos necessários à obtenção do grau de Mestre.
Rio de Janeiro, 20 de setembro de 2011.
Aprovada por:
___________________________________________________ Orientador
Prof. Alexandre Medeiros Rodrigues, Ph.D. (COPPEAD/UFRJ)
___________________________________________________
Prof. Victor Almeida, D.Sc. (COPPEAD/UFRJ)
___________________________________________________
Prof. Eduardo Pereira Nunes, D.Sc. (IBGE)
Rio de Janeiro
2011
4
Fichamento
Ornellas, Luiz Eduardo Cardoso de. Infraestrutura, processos empresariais e governamentais e desempenho econômico nacionais: uma investigação empírica / Luiz Eduardo Cardoso de Ornellas.-- 2011. 110 f.:il Dissertação (Mestrado em Administração) - Universidade Federal do Rio de Janeiro, Instituto COPPEAD de Administração, Rio de Janeiro, 2011.
Orientador: Alexandre Medeiros Rodrigues
1. Infraestrutura. 2. Desempenho Econômico. 3. Administração - Teses. I. Rodrigues, Alexandre Medeiros (Orient.). II. Universidade Federal do Rio de Janeiro. Instituto de COPPEAD de Administração. III. Título.
5
“The only thing necessary for the
triumph of evil is for good men to
do nothing.” Edmund Burke
6
Agradecimentos
Acima de tudo agradeço a Deus pela maior de todas as dádivas concedidas, a
minha vida.
Aos meus pais, Luiz Otávio e Lúcia, meus primeiros educadores. Agradeço o amor
incondicional, o exemplo de vida e de valores, a dedicação incansável e a presença
constante em todas as etapas da minha formação, incentivando-me sempre na
conquista dos meus objetivos e no enfrentamento das adversidades.
Ao professor Alexandre Rodrigues, a quem muito admiro, por ter abraçado esse
projeto desde a nossa primeira conversa. Agradeço a valiosa orientação, a troca de
conhecimento e o tempo dedicado ao longo dessa jornada.
Ao professor Victor Almeida, agradeço tanto o fato de ter aceito o convite para
participar dessa banca examinadora, quanto as aulas ministradas no mais alto nível
do conhecimento específico e generalista, o que contribuiu para o meu crescimento,
ampliando a minha visão sobre a importância dos mais diversos temas ligados à
administração.
Ao professor Eduardo Nunes, agradeço primeiramente o fato de ter aceito o convite
para a participação dessa banca examinadora, apesar das suas inúmeras
atribuições. Agradeço ainda, a atenção dispensada em nossas conversas e as aulas
na graduação em Economia na PUC-Rio, em que me despertou a curiosidade pelos
fatores determinantes do desenvolvimento de um país, tema este relacionado a
presente dissertação.
A todos os professores do COPPEAD, pelos ensinamentos ao longo do mestrado e
por serem responsáveis pelo sucesso da instituição e de nossa formação. Assim
como a todos os funcionários do COPPEAD, em especial os integrantes da
Biblioteca e da Secretaria Acadêmica, pela ajuda e contribuição para um ambiente
propício ao estudo.
À turma 2009/10 e a todos os amigos criados no COPPEAD, pelo relacionamento,
pelo aprendizado e pela troca de experiências. É um prazer enorme fazer parte
desta comunidade.
7
Ao professor Márcio Gomes Pinto Garcia, meu primeiro mentor ainda na graduação
em Economia na PUC-Rio.
A todos os meus amigos e familiares, com um carinho especial e em memória a
minha tia-avó Rita, pela compreensão e apoio.
E por fim ao Brasil, país de que tenho muito orgulho e sou muito grato por
proporcionar aos brasileiros essa excelente instituição de ensino, o COPPEAD, e por
ter financiado parte deste estudo através do CNPq.
8
Resumo
ORNELLAS, Luiz Eduardo Cardoso de. Infraestrutura, Processos Empresariais e
Governamentais e Desempenho Econômico Nacionais: Uma Investigação
Empírica. Orientador: Alexandre Medeiros Rodrigues. Rio de Janeiro:
UFRJ/COPPEAD, 2011. Dissertação (Mestrado em Administração).
As economias nacionais enfrentam flutuações em seus níveis de atividade ao longo
do tempo. Desta forma, o governo deve estar atento aos pontos críticos da
economia e criar a base para que estes não se tornem possíveis impedimentos para
o desenvolvimento do país.
Neste sentido, torna-se fundamental a compreensão sobre o dinamismo do
desempenho econômico, ou seja, entender os seus princípios, suas bases, seu
funcionamento, além da forma de alcançá-lo e mantê-lo. Apesar de ser consenso
entre economistas de que a infraestrutura estimula a atividade econômica, tanto pelo
aumento da produtividade dos insumos, quanto através da sua contribuição direta
para a produção (EBERTS, 1990), é importante ter evidências empíricas sobre essa
posição, lacuna esta que este estudo se propõe a preencher.
Para tal, foi realizada uma revisão de literatura sobre o tema, a fim de embasar o
modelo a ser testado e validado por esta dissertação. O modelo utilizou como base o
banco de dados desenvolvido pelo International Institute for Management
Development (IMD) chamado IMD World Competitiveness Yearbook (WCY), para
assim inferir empiricamente uma relação de causalidade positiva entre infraestrutura,
processos e desempenho econômico a nível nacional.
Os modelos apresentados confirmam as hipóteses das relações de causalidade
positiva entre as dimensões de Infraestrutura e Eficiência Empresarial, assim como
das dimensões de Eficiência Empresarial e Desempenho Econômico. Entretanto, os
mesmos modelos apresentaram resultados inconclusivos para as relações entre as
dimensões de Infraestrutura e Eficiência Governamental, assim como entre
Eficiência Governamental e Desempenho Econômico, o que faz com que o papel
9
desempenhado pela dimensão da Eficiência Governamental deva ser melhor
explorado, sendo apontado como uma das sugestões para estudos futuros.
10
Abstract
ORNELLAS, Luiz Eduardo Cardoso de. Infraestrutura, Processos Empresariais e
Governamentais e Desempenho Econômico Nacionais: Uma Investigação
Empírica. Orientador: Alexandre Medeiros Rodrigues. Rio de Janeiro:
UFRJ/COPPEAD, 2011. Dissertação (Mestrado em Administração).
National economies face fluctuations in their activity levels over time. Thus, the
government must be aware of the critical variables of the economy and set up the
foundations for these variables do not become potential bottlenecks to the
development of the country.
Thereby, it is essential to understanding the dynamics of economic performance, i.e.
to understand its principles, its bases, its behavior, its operation, as well as how to
achieve it and to maintain it. Although consensus among economists that the
infrastructure stimulates economic activity, both by increasing the productivity of
inputs, and through its direct contribution to production (EBERTS, 1990), it is
important to have empirical evidence about this position, a gap that this study intends
to fill.
For such reason, we conducted a literature review about the subject in order to
bolster the model to be tested and validated by this thesis. The model is based on
the database developed by the International Institute for Management Development
(IMD) called IMD World Competitiveness Yearbook (WCY), in order to infer
empirically a positive causal relationship among infrastructure, processes and
economic performance at national level.
The models presented confirm the hypothesis of positive causal relationships
between the dimensions of Business Efficiency and Infrastructure, as well as the
dimensions of Business Efficiency and Economic Performance. However, these
models have yielded inconclusive results for the relationships between the
dimensions of Infrastructure and Government Efficiency, as well as between
Governmental Efficiency and Economic Performance, showing that the role played
11
by the dimension of Government Efficiency should be further investigated and is one
of the suggestions for future studies.
12
Lista de Siglas
AMOS – add-in do software SPSS chamado Analysis of Moment Structures
BRIC – Grupo de países emergentes formado por Brasil, Rússia, Índia e China
CE – Comunidade Européia
CFA – Confirmatory Factor Analysis, em português, Análise Fatorial Confirmatória
(AFC)
CFI – Comparative Fit Index
EFA – Exploratory Factor Analysis, em português, Análise Fatorial Exploratória
(AFE)
EPC – Eletronic Product Code
ERP – Enterprise Resource Planning
IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
IMD – International Institute for Management Development
NFI – Normed Fit Index
PIB – Produto Interno Bruto
PPC – Paridade do Poder de Compra
RFID – Radio-Frequency IDentification
RMSEA – Root Mean Square of Approximation
SCOR – Supply Chain Operations Reference
SEM – Structural Equation Modeling, em português, Modelagem de Equações
Estruturais (MEE)
13
SPSS – software chamado Statistical Package for the Social Sciences
TI – Tecnologia da Informação
VMI – Vendor Managed Inventory
WCY – World Competitiveness Yearbook
WDI - World Development Indicators
14
Índice de Figuras
Figura 1 – Modelo a ser validado, desenvolvido a partir da revisão de literatura ...... 20
Figura 2 – Modelo Estrutura, Processos e Desempenho - Fonte: Rodrigues e outros
(2004) ........................................................................................................................ 32
Figura 3 – Ligação entre o banco de dados e o modelo proposto a ser analisado ... 36
Figura 4 – Modelo de Equações Estruturais com demarcação dos Modelos de
Mensuração e Estrutural - Fonte: Byrne (2001) ........................................................ 40
Figura 5 – As hipóteses do modelo a serem testadas ............................................... 43
Figura 6 – Configuração do Modelo de Equações Estruturais no AMOS .................. 67
Figura 7 – O Modelo de Equações Estruturais e as hipóteses a serem testadas ..... 68
Figura 8 – Resultados obtidos com o Modelo de Equações Estruturais ................... 68
Figura 9 – Modelo alternativo de Equações Estruturais ............................................ 70
Figura 10 – Resultados obtidos com o Modelo Alternativo de Equações Estruturais 70
15
Índice de Gráficos
Gráfico 1 – Evolução do Produto Interno Bruto (PIB) - Variação em Volume - Fonte:
IBGE .......................................................................................................................... 18
Gráfico 2 – Evolução do Produto Interno Bruto (PIB) - Variação em Volume a partir
do Plano Real - Fonte: IBGE ..................................................................................... 19
16
Índice de Quadros
Quadro 1 – Fatores de Competitividade - Fonte: WCY 2010 (elaborado pelo autor) 35
Quadro 2 – Análise Fatorial Exploratória: Desempenho Econômico / Economia
Doméstica ................................................................................................................. 46
Quadro 3 – Análise Fatorial Exploratória: Desempenho Econômico / Comércio
Internacional .............................................................................................................. 47
Quadro 4 – Análise Fatorial Exploratória: Desempenho Econômico / Investimento
Internacional .............................................................................................................. 48
Quadro 5 – Análise Fatorial Exploratória: Desempenho Econômico / Emprego ....... 49
Quadro 6 – Análise Fatorial Exploratória: Desempenho Econômico / Preços ........... 50
Quadro 7 – Análise Fatorial Exploratória: Eficiência Governamental / Finanças
Públicas ..................................................................................................................... 51
Quadro 8 – Análise Fatorial Exploratória: Eficiência Governamental / Política Fiscal
.................................................................................................................................. 52
Quadro 9 – Análise Fatorial Exploratória: Eficiência Governamental / Quadro
Institucional ............................................................................................................... 54
Quadro 10 – Análise Fatorial Exploratória: Eficiência Governamental / Legislação
Empresarial ............................................................................................................... 55
Quadro 11 – Análise Fatorial Exploratória: Eficiência Governamental / Quadro Social
.................................................................................................................................. 56
Quadro 12 – Análise Fatorial Exploratória: Eficiência Empresarial / Produtividade... 57
Quadro 13 – Análise Fatorial Exploratória: Eficiência Empresarial / Mercado de
Trabalho .................................................................................................................... 58
Quadro 14 – Análise Fatorial Exploratória: Eficiência Empresarial / Finanças .......... 59
Quadro 15 – Análise Fatorial Exploratória: Eficiência Empresarial / Práticas
Gerenciais ................................................................................................................. 60
Quadro 16 – Análise Fatorial Exploratória: Eficiência Empresarial / Atitudes e Valores
.................................................................................................................................. 61
Quadro 17 – Análise Fatorial Exploratória: Infraestrutura / Infraestrutura Básica...... 62
Quadro 18 – Análise Fatorial Exploratória: Infraestrutura / Infraestrutura Tecnológica
.................................................................................................................................. 63
Quadro 19 – Análise Fatorial Exploratória: Infraestrutura / Infraestrutura Científica . 64
Quadro 20 – Análise Fatorial Exploratória: Infraestrutura / Saúde e Ambiente ......... 65
Quadro 21 – Análise Fatorial Exploratória: Infraestrutura / Educação ....................... 66
17
Sumário
1. INTRODUÇÃO ....................................................................................18
1.1. OBJETIVO DO ESTUDO .......................................................................20
1.2. RELEVÂNCIA DO ESTUDO ..................................................................21
1.3. ORGANIZAÇÃO DO ESTUDO ...............................................................22
2. REVISÃO DE LITERATURA..................................................................23
2.1. RELAÇÃO ESTRUTURA E PROCESSOS ................................................23
2.2. RELAÇÃO PROCESSOS E DESEMPENHO .............................................25
2.3. RELAÇÃO ESTRUTURA E DESEMPENHO .............................................27
2.4. O MODELO ........................................................................................31
3. MÉTODO ...........................................................................................33
3.1. O TIPO DE PESQUISA .........................................................................33
3.2. O BANCO DE DADOS ..........................................................................33
3.3. LIGAÇÃO ENTRE O MODELO E O BANCO DE DADOS ............................36
3.4. ANÁLISE FATORIAL ............................................................................37
3.5. MODELAGEM DE EQUAÇÕES ESTRUTURAIS .......................................38
3.6. HIPÓTESES DO MODELO A SEREM TESTADAS ....................................43
4. RESULTADOS OBTIDOS .....................................................................44
4.1. RESULTADOS DAS ANÁLISES FATORIAIS EXPLORATÓRIAS ..................44
4.2. RESULTADOS DA MODELAGEM DE EQUAÇÕES ESTRUTURAIS .............67
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS ...................................................................73
5.1. LIMITAÇÕES DO ESTUDO ...................................................................73
5.2. ESTUDOS FUTUROS ..........................................................................74
REFERÊNCIAS ........................................................................................76
APÊNDICE ..............................................................................................81
18
1. INTRODUÇÃO
As economias nacionais enfrentam flutuações em seus níveis de atividade ao longo
do tempo. Os chamados ciclos econômicos envolvem uma alternância de períodos
de expansão, de crescimento do produto, com períodos de estagnação e/ou até
mesmo períodos de contração do mesmo (MANKIW, 2003).
Economistas keynesianos defendem a posição de que os governos devem adotar
medidas anticíclicas, a fim de suavizar os picos e os vales dos ciclos econômicos.
Essa postura tem por objetivo minimizar as oscilações das economias e, assim,
reduzir as incertezas ocasionadas pela variação do produto ao longo do tempo, o
que por sua vez propicia uma maior estabilidade para os agentes econômicos
(ABEL; BERNANKE et al., 2008).
A seguir, podemos observar o gráfico 1 e o gráfico 2 a evolução do Produto Interno
Bruto (PIB) - Variação em Volume, sendo que a diferença entre os gráficos é apenas
o intervalo de dados utilizado. O gráfico 1 compreende os anos de 1948 a 2010,
enquanto o gráfico 2 destaca o período após a implantação do Plano Real, em 1994,
até 2010. Observam-se em ambos os gráficos, a economia brasileira marcada por
flutuações em seu nível de atividade.
Gráfico 1 – Evolução do Produto Interno Bruto (PIB) - Variação em Volume - Fonte: IBGE
-5.0%
-2.5%
0.0%
2.5%
5.0%
7.5%
10.0%
12.5%
15.0%
1948
1950
1952
1954
1956
1958
1960
1962
1964
1966
1968
1970
1972
1974
1976
1978
1980
1982
1984
1986
1988
1990
1992
1994
1996
1998
2000
2002
2004
2006
2008
2010
%
Ano
19
Gráfico 2 – Evolução do Produto Interno Bruto (PIB) - Variação em Volume a partir do Plano
Real - Fonte: IBGE
Dessa forma, assim como defendido pelos economistas keynesianos, em fases de
contração econômica, é papel de o governo buscar a adoção de políticas para
reativar e aumentar o dinamismo das atividades, tendo como objetivo a recuperação
do desempenho econômico. Já nos períodos de expansão, cabe ao governo
propiciar as bases para um crescimento sustentado, para que esta fase dure o
máximo possível. O governo deve verificar os pontos críticos da economia e
combatê-los para que esses não se tornem possíveis impedimentos para o
desenvolvimento do país. A preocupação com o crescimento contínuo e com os
aspectos frágeis da economia está intimamente ligada a setores como o de energia,
o de infraestrutura logística, o de educação, dentre outros. Entretanto, caso haja a
percepção de que as bases do sistema econômico estejam frágeis, o governo
buscará meios de arrefecer o crescimento através de políticas econômicas, para que
no momento em que a trajetória da atividade nacional mudar, o impacto causado
sobre os agentes econômicos não seja tão brusco e o vale do ciclo econômico não
seja profundo e duradouro (GIAMBIAGI e ALÉM, 2000).
-1.5%
0.0%
1.5%
3.0%
4.5%
6.0%
7.5%
9.0%
1994
1995
1996
1997
1998
1999
2000
2001
2002
2003
2004
2005
2006
2007
2008
2009
2010
%
Ano
20
Neste sentido, torna-se fundamental a compreensão sobre o dinamismo do
desempenho econômico, ou seja, entender os seus princípios, suas bases, seu
funcionamento, além da forma de alcançá-lo e mantê-lo. Apesar de ser consenso
entre economistas de que a infraestrutura estimula a atividade econômica, tanto pelo
aumento da produtividade dos insumos, quanto através da sua contribuição direta
para a produção (EBERTS, 1990), é importante ter evidências empíricas sobre essa
posição, lacuna esta que esta dissertação de caráter exploratório se propõe a
preencher.
1.1. OBJETIVO DO ESTUDO
O presente estudo tem por objetivo validar o modelo apresentado a seguir na figura
1, desenvolvido a partir da revisão de literatura, no âmbito da economia nacional
através da aplicação da Modelagem de Equações Estruturais (em inglês, Structural
Equation Modeling).
Figura 1 – Modelo a ser validado, desenvolvido a partir da revisão de literatura
Para deixar claro como o modelo será desenvolvido, é importante destacar a
definição conceitual de mediação. Para Abbad e Torres (2002, p. 21), p. 21), “o
conceito de mediação implica suposição de relacionamentos entre as variáveis
envolvidas. Uma variável mediadora é aquela que, ao estar presente na equação de
regressão, diminui a magnitude do relacionamento entre uma variável independente
e uma variável dependente”. Portanto, uma variável pode ser considerada
mediadora no momento em que influencia a relação entre a variável independente e
a variável dependente (MACKINNON; LOCKWOOD et al., 2002), de modo que sua
inserção na equação estrutural neutraliza, ou mesmo reduz, a força do impacto da
variável independente sobre a dependente.
Estrutura Processos Desempenho
21
Deste modo, este estudo exploratório buscará provar empiricamente uma relação de
causalidade positiva entre infraestrutura, processos (representado no banco de
dados pela eficiência empresarial e a eficiência governamental) e desempenho
econômico a nível nacional. Ou seja, estamos sugerindo que a relação entre
Infraestrutura e Desempenho Econômico Nacional é mediada por Processos
Empresariais e Governamentais. Em outras palavras, esta dissertação tentará
mostrar que a estrutura de um país afeta os processos de suas atividades
econômicas, que por sua vez impactam o desempenho de sua economia como um
todo.
Outra importante discussão ao se trabalhar com a Modelagem de Equações
Estruturais (MEE) é a respeito dos modelos multigrupos e a utilização de variáveis
moderadoras para tal. Baron e Kenny (1986) definem uma variável moderadora
como uma variável qualitativa ou quantitativa que afeta a direção e/ou a força da
relação entre a variável independente e a variável dependente. Assim, modelos
multigrupos em MEE possuem opções que classificam uma dada variável em dois
ou mais grupos e nesta situação, o pesquisador está interessado em identificar
como o modelo estrutural é ajustado nos diferentes grupos pré-estabelecidos e quais
diferenças existem nos coeficientes de regressão, dependendo do valor da
moderadora (SHARMA; DURAND et al., 1981). Com isso, a análise de grupos seria
interessante na presente dissertação para explorar fatores de moderação, como, por
exemplo, o grau de desenvolvimento dos países, classificando os países em
subdesenvolvidos e desenvolvidos.
1.2. RELEVÂNCIA DO ESTUDO
O tema em questão que relaciona infraestrutura, processos e desempenho a nível
nacional é muito relevante pelo fato de estar intimamente ligado ao desenvolvimento
econômico e social do país (JONES, 2000). Além disso, o assunto é bastante atual e
é presença constante na mídia. Isso pode ser comprovado pelos inúmeros artigos
veiculados diariamente nos jornais, revistas e sites. No apêndice ao final desta
22
dissertação, podemos ver alguns exemplos de artigos de jornais e revistas
ressaltando o tema.
Já a relevância em termos acadêmicos é em virtude de validar o modelo
apresentado anteriormente na figura 1 em um âmbito nacional, uma vez que
Rodrigues e outros (2004) testaram-no ao nível da firma.
1.3. ORGANIZAÇÃO DO ESTUDO
O presente estudo está organizado em cinco capítulos. O primeiro capítulo
apresenta uma contextualização do tema, assim como os objetivos do estudo e a
sua relevância.
O segundo capítulo apresenta a revisão de literatura acerca do tema, iniciando-se
com uma discussão sobre o ambiente econômico gerado por cada país e a sua
relação com a criação de valor no nível da firma. Logo após é apresentado o
referencial teórico e o modelo objeto do estudo.
O terceiro capítulo descreve o método do estudo, apresentando o tipo de pesquisa,
o banco de dados utilizado, a ligação entre o modelo proposto e o banco de dados,
as técnicas estatísticas utilizadas (a Análise Fatorial e a Modelagem de Equações
Estruturais), além das hipóteses a serem analisadas pelo modelo.
Posteriormente, o quarto capítulo destina-se a exibição e a análise dos resultados
obtidos. E, ao fim, o quinto e último capítulo encerra com as conclusões sobre o
estudo, sugestões para estudos futuros e aponta suas principais limitações.
23
2. REVISÃO DE LITERATURA
Esta revisão de literatura tem por objetivo reunir o referencial teórico para embasar o
modelo a ser testado e validado a nível nacional por esta dissertação. Deste modo,
este capítulo contará com seções que relacionarão a ligação entre estrutura e
processos, processos e desempenho, como também estrutura e desempenho. São
estudos sobre estas ligações tanto em nível da firma, quanto em nível nacional.
2.1. RELAÇÃO ESTRUTURA E PROCESSOS
Esta seção tem o intuito de evidenciar a ligação entre estrutura e processos através
do estudo sobre o tema em artigos acadêmicos. Veremos a seguir que a maior parte
dos estudos referente a esta relação está no âmbito da firma e não no âmbito
nacional.
Closs e Thompson (1992) destacam a importância da avaliação dos investimentos
em infraestrutura de uma empresa, uma vez que tais investimentos impactarão os
processos de compras, produção e logística da organização. Os autores propõem
uma visão integrada sobre os impactos da infraestrutura, diferente do observado até
então, em que decisões referentes a investimentos em infraestrutura tinham por
objetivo atingir necessidades específicas de uma determinada área da organização,
desconsiderando o impacto sobre as demais.
Alguns estudos relacionam, de forma mais específica, a infraestrutura de
informações e processos (PANT; SETHI et al., 2003; SHORE e VENKATACHALAM,
2003; HO; LAU et al., 2004). Segundo Pant e outros (2003), as empresas buscam
cada vez mais integrar as suas cadeias de suprimentos através de redes e/ou
internet, pois acreditam que tais cadeias alavancam sua eficiência e competitividade.
Entretanto, entusiasmadas pelas soluções de softwares, as empresas muitas vezes
esquecem a enorme exigência de recursos para a criação e a implementação de
cadeias de suprimentos integradas, como uma grande quantidade de tempo para
24
gerenciar, além da energia, grandes mudanças em toda a organização, muito
comprometimento com fornecedores / parceiros, e infraestrutura técnica sofisticada.
Já Shore e Venkatachalam (2003) avaliaram as capacidades de compartilhamento
de informações de parceiros em uma cadeia de suprimentos através de um modelo
de lógica difusa (fuzzy logic). Os autores destacam a importância em especial desta
dimensão, uma vez que a tecnologia da informação é necessária para integrar
horizontalmente operações geograficamente dispersas, ou seja, processos em
diversas localidades.
E, para Ho e outros (2004), a infraestrutura inteligente de informação apresenta-se
como uma forma de apoiar a racionalização do fluxo logístico integrado.
Ainda relacionando infraestrutura de informações e processos, Su e Yang (2010)
estudaram os impactos da implantação do sistema ERP (Enterprise Resource
Planning) sobre os processos envolvidos na gestão da cadeia de suprimentos. Os
resultados confirmam os benefícios operacionais, gerenciais e estratégicos do ERP
sobre as competências da gestão da cadeia de suprimentos, mas não que a
infraestrutura de TI e os benefícios organizacionais sejam preditores significativos
deles. Ou seja, não basta apenas prover a infraestrutura do sistema ERP, mas saber
como explorá-lo para usufruir os seus potenciais benefícios.
Em nível nacional, Kelly (1998) estudou a ligação entre infraestrutura de informações
e processos de avaliação. O autor destaca a importância de se ter uma boa
infraestrutura de informações para que se possa realizar um sólido processo de
avaliação dos programas e assim direcionar os esforços e as ações da forma mais
eficiente possível. Ele afirma que muitos governos se esforçam para implementar
programas de desenvolvimento sustentável e, que, embora haja muitas definições
de sustentabilidade, a maioria concorda que uma infraestrutura de informação mais
abrangente, incluindo medidas econômicas, sociais, ambientais e culturais é
necessária para dar suporte ao processo de tomada de decisão, ou seja, na
avaliação dos cursos de ação e dos programas a serem realizados.
25
2.2. RELAÇÃO PROCESSOS E DESEMPENHO
Premkumar (2000) fornece uma perspectiva integrada da gestão da cadeia de
suprimentos com a utilização de sistemas interorganizacionais que facilitam o fluxo
de informações e bens, destacando os potenciais benefícios sobre seus
desempenhos.
O surgimento da internet e a disponibilidade de novos softwares tem proporcionado
oportunidades para algumas empresas moverem-se em busca de um modelo de
negócios estendido, que cria valor ao longo da cadeia de suprimentos (EDWARDS;
PETERS et al., 2001).
Horvath (2001) destaca o fato dos mercados globais crescerem cada vez mais com
o aumento da eficiência e, por isso, a concorrência não mais ocorre apenas no nível
das empresas individuais, mas entre cadeias de valor como um todo. Segundo a
pesquisadora, a colaboração em processos geridos através de redes inteligentes de
e-business dará a vantagem competitiva que permite que todos os participantes
dessa cadeia de valor prevaleçam sobre seus concorrentes e cresçam a partir de um
desempenho superior.
Matthews (2006) ressalta a posição de que a gestão da cadeia de suprimentos
desempenha cada vez mais um papel importante e estratégico na entrega de
resultados. A gestão da qualidade total assegura que os processos são seguidos e
os consumidores fiquem satisfeitos. Para garantir a confiabilidade e a alta qualidade
exigida pelos consumidores, as empresas devem entender os processos e os
ambientes cultural e organizacional dos seus fornecedores. O alinhamento das
metas de desempenho organizacional entre o fornecedor e o consumidor dá suporte
à gestão eficaz de riscos. O modelo SCOR (Supply Chain Operations Reference) dá
às organizações a habilidade de construir a infraestrutura de suporte de informação
para gerir eficazmente os processos ao longo da cadeia de suprimentos e, assim,
atingir as metas almejadas.
Outros estudos destacam a relação entre os processos de uma empresa e seu
desempenho, segundo o relacionamento estabelecido entre compradores e
26
fornecedores de diferentes organizações (CLAASSEN; WEELE et al., 2008; LUO;
LIU et al., 2009). Claassen e outros (2008) estudaram sobre os impactos do Vendor
Managed Inventory (VMI) sobre o desempenho da firma. Os resultados obtidos
apontam que em empresas onde os gestores de compras investem no
relacionamento com seus fornecedores e possuem uma boa infraestrutura de TI, os
processos representados pelos sistemas de informação, compartilhamento de
informação, qualidade da informação e qualidade do relacionamento possuem maior
relevância sobre o desempenho da companhia que implanta o VMI.
Já o estudo de Luo e outros (2009) explora o fato de como investimentos específicos
no relacionamento fornecedor e comprador contribuem de forma indireta no
desempenho do canal. Os processos envolvidos nessas parcerias apresentam a
redução de oportunismos e de conflitos, além da intensificação do comprometimento
e do compartilhamento do conhecimento, que por sua vez traduzem-se na melhoria
de desempenho das empresas envolvidas.
Já quando as empresas de uma determinada cadeia de suprimentos configuram
processos que utilizam códigos eletrônicos de produto (Eletronic Product Code,
EPC) e identificação por radiofreqüência (Radio-Frequency IDentification, RFID), há
a geração de benefícios sobre o compartilhamento de dados e informações entre os
diversos elos da cadeia, impactando o desempenho das companhias envolvidas
(THIESSE e CONDEA, 2009).
Em nível nacional, um estudo de Pfohl (1993) pesquisou a influência da unificação
de padrões nos países membros da Comunidade Europeia (CE) sobre os processos
logísticos e o consequente desdobramento sobre o desenvolvimento econômico
dessas nações. O autor destaca as implicações logísticas oriundas da unificação da
CE, que por sua vez impactará significativamente as empresas dentro e fora da CE.
A harmonização dos padrões irá alterar as condições de compras, produção e
vendas, assim como a eliminação da inspeção dos consumidores acelerará o fluxo
de bens pela Europa. A melhoria dos processos logísticos poderá retratar-se em
melhores desempenhos das empresas que os utilizarem para entregarem um
27
serviço melhor, construindo uma vantagem competitiva frente aos concorrentes
internacionais.
Ainda relacionando processos e desempenho em nível nacional, melhorar a logística
e incentivar uma cadeia de suprimentos mais eficiente proporcionaria uma
oportunidade de crescimento extremamente atraente para as economias
emergentes. Enquanto tais iniciativas são relativamente baratas e não tem que
competir por capital com projetos de grande visibilidade, eles precisam de mais
atenção (DOBBERSTEIN; NEUMANN et al., 2005).
2.3. RELAÇÃO ESTRUTURA E DESEMPENHO
O referencial teórico acerca da relação entre estrutura e desempenho é mais vasto
do que as relações anteriores, principalmente na esfera nacional.
Em um ambiente cada vez mais competitivo, Christopher e Towill (2001) destacam
que a compreensão de como o mercado compete possibilita as empresas de uma
cadeia de suprimentos desenharem suas estruturas de forma a obterem o melhor
desempenho possível. Mais importante, eles ressaltam que estruturas como cadeias
de suprimentos ágeis e enxutas não são mutuamente excludentes e existem casos
que quando utilizadas de forma conjunta podem conferir oportunidades ainda não
exploradas por competidores.
Já Robertson (2003) relaciona estrutura educacional e desempenho. Segundo o
autor, enquanto falta às empresas de pequeno e médio portes o conhecimento e os
recursos para desenvolver programas de treinamento, o seu sucesso em se
atualizar tecnologicamente e o desempenho da organização podem depender
crucialmente do ensino subsidiado e da infraestrutura de treinamento fornecido pelos
governos locais.
No campo da infraestrutura de transportes, segundo o modelo proposto por
Stefansson e Lumsden (2009), os três principais componentes da gestão inteligente
28
de transportes (bens, veículos e infraestrutura inteligentes) abrangem fatores que
tem efeito sobre o desempenho da cadeia de suprimentos.
Passando para o nível nacional, Parker (1984) afirma que uma quantidade
substancial de evidências está disponível para apoiar a argumentação de que o
investimento em infraestrutura de telecomunicações pode impulsionar o
desenvolvimento econômico dos países em desenvolvimento. Tecnologia por si só
não pode trazer desenvolvimento. No entanto, quando adequadamente utilizada,
permite o aumento da eficiência organizacional e administrativa na condução das
atividades econômicas, além da identificação e exploração de novas oportunidades.
Para Eberts (1990), o consenso entre os economistas é que a infraestrutura pública
estimula a atividade econômica, tanto pelo aumento da produtividade dos insumos
privados, quanto através da sua contribuição direta para a produção. Além disso,
com o aumento da estrutura regional, a infraestrutura pública poderá atrair famílias e
empresas, que por sua vez contribuem para o crescimento local.
Já Fox e Smith (1990) relatam que a maior parte dos analistas concorda que a
infraestrutura serve como base para a atividade econômica. Entretanto, para Fox e
Smith (1990), diferentemente de Eberts (1990), há menos consenso sobre a
possibilidade de a infraestrutura poder ser utilizada como uma ferramenta para
estimular o desenvolvimento econômico em áreas individuais, ou seja, não
necessariamente a infraestrutura será o motor de crescimento por si. Seguindo essa
posição, eles analisam a relação entre infraestrutura e desempenho econômico em
três tipos de regiões (regiões intermediárias, congestionadas e atrasadas) para
demonstrar em quais delas os impactos do investimento em infraestrutura gerariam
maiores benefícios econômicos.
Assim como Parker (1984), Cronin e outros (1993) e Dholakia e Harlam (1994)
também relacionaram infraestrutura de telecomunicações com o desempenho
econômico. Cronin e outros (1993) desenvolveram um modelo que confirmou que o
investimento em infraestrutura de telecomunicações tem impacto sobre o
desenvolvimento econômico. Já, Dholakia e Harlam (1994) defenderam que o
investimento na infraestrutura de telecomunicações pode ser justificado pelo impacto
29
positivo sobre o desenvolvimento econômico. Usando dados estatísticos para os 50
estados dos Estados Unidos, uma análise econométrica feita por esses últimos
sugere que a influência das telecomunicações é muito forte quando ela é vista como
a única variável de desenvolvimento, bem como quando comparada com outras
variáveis, como educação, energia e infraestrutura física. A análise de regressão
múltipla fornece uma perspectiva comparativa a respeito de variáveis que não
estavam disponíveis em estudos passados. A análise também sugere que não é
uma simples questão de trade-offs entre o investimento em uma determinada
variável ou em outra. Em vez disso, o investimento tem de ser feito em várias
variáveis, inclusive educação, telecomunicações e infraestrutura física.
A infraestrutura física engloba a infraestrutura de transportes e estudos como
Justman (1995), Talley (1996), Cain (1997) e Man (1998) estudaram sobre a relação
entre infraestrutura de transportes e desenvolvimento econômico. Assim como
podemos verificar na revisão de literatura até então, Justman (1995) ressalta que
mesmo sabendo que o investimento em infraestrutura tem um impacto positivo sobre
o desempenho econômico, um ponto importante a se atentar é a relação entre
investimentos em infraestrutura indivisíveis, monopólio do prestador de serviços e a
relação com os usuários de tal investimento. Segundo o autor, quando o
crescimento sustentado depende da criação de uma infraestrutura indivisível para
atividades diretamente produtivas, tanto desvios discretos quanto marginais do
crescimento ótimo podem prejudicar a eficiência dinâmica do mercado. A
antecipação dos produtores ao pagamento de taxas de monopólio para os serviços
de infraestrutura reduzem seus incentivos de investir em atividades diretamente
produtivas e pode impedir que a economia atinja um nível mínimo de atividade que
justifique o investimento numa grande infraestrutura indivisível.
Talley (1996) e Cain (1997) em seus estudos confirmaram a relação entre
infraestrutura e desempenho. Talley (1996) apresenta um modelo que relaciona
investimentos em infraestrutura de transportes regionais e a produção econômica.
Já Cain (1997), a partir de uma perspectiva histórica, analisa a ligação entre o
desenvolvimento econômico dos Estados Unidos e o seu investimento em
30
infraestrutura, sendo esta de transportes e saneamento, e conclui que de fato há
uma ligação entre infraestrutura e crescimento econômico privado.
Ainda em estudos ligados a infraestrutura de transportes, Man (1998) examina a
evolução dos investimentos em transportes e analisa o efeito do investimento em
transportes no desenvolvimento econômico regional na China. Resultados de
análises cross-section indicam que as províncias que investiram mais em
infraestrutura de transportes tendem a ter um melhor desempenho.
Já Posner (1998) ressalta a importância da infraestrutura legal para o desempenho
econômico de um país. Ele afirma que a prosperidade econômica de uma nação
requer ao menos uma infraestrutura legal razoável centrada nos direitos de
propriedade e de contrato. Ressalta ainda que um ciclo virtuoso pode surgir a partir
de gastos iniciais modestos em uma reforma legal com o aumento da taxa de
crescimento econômico, e assim gerar recursos que possibilitarão uma reforma legal
mais ambiciosa a ser realizada no futuro.
Para Voordijk (1999), enquanto o governo tem que reduzir o seu papel dando mais
autonomia às empresas públicas, ele deve reforçar o seu papel na economia
nacional impulsionando o desenvolvimento através do aumento de investimentos em
educação e em infraestrutura de transporte e comunicação.
Outros dois estudos relacionam infraestrutura e desempenho utilizando a China
como referência. O estudo conduzido por Sylvie (2001) fornece evidência empírica
da ligação entre investimento em infraestrutura e crescimento econômico na China,
utilizando para tal dados de 24 províncias. Em 2003, um estudo de Goh e Ling
(2003) alertava que a entrada da República Popular da China na Organização
Mundial do Comércio proporcionaria um maior acesso a um mercado até então
pouco explorado. Esperava-se que tanto o comércio, quanto os investimentos
estrangeiros aumentassem rapidamente. Sob essa configuração, um enorme desafio
se colocava ao setor logístico, pois esse teria que atender a crescente demanda do
mercado e, caso isso não ocorresse, o desempenho das empresas e,
consequentemente, o do país seria afetado.
31
Um estudo de Rodrigues e outros (2005) estimou os gastos logísticos para a
economia global. Segundo os autores, informações sobre os gastos de logísticos
são relevantes tanto para gestores corporativos quanto para administradores
governamentais. Isso porque a identificação de ineficiências nos transportes é
essencial para o desenvolvimento e promoção de melhorias de infraestrutura, que
por sua vez melhora o desempenho da logística. Eles destacaram que enquanto a
eficiência logística tem aumentado nas regiões desenvolvidas, o mesmo não se
observa no equilíbrio do mundo. Esses resultados salientam a necessidade de
investimentos em infraestrutura logística e melhorias de eficiência nos países em
desenvolvimento.
Já Sarkar (2009) diz que o papel da infraestrutura na busca pelo crescimento
econômico e como meio de alavancar o bem-estar público é mais acentuado nas
economias em desenvolvimento como a Índia. Seu estudo ressalta que na época da
independência da Índia, o governo nacional foi unânime em aceitar que uma base
muito mais ampla da infraestrutura seria uma condição sine qua non para o
desenvolvimento econômico deste país. E, para confirmar tal posição, o artigo
analisa as disparidades interdistritais no desenvolvimento da infraestrutura na região
de West Bengal.
2.4. O MODELO
Ao longo da revisão de literatura, foram pesquisados estudos que comprovam a
relação entre estrutura, processos e desempenho. Entretanto, a maior parte deles
cobre apenas parte das relações, ou seja, não engloba as três esferas bases do
modelo. Além disso, não foi encontrado nenhum estudo que traduzisse essas
relações em um âmbito nacional através de algum modelo.
É válido destacar alguns estudos que relacionaram os três pontos centrais
(RODRIGUES; STANK et al., 2004; JEONG e HONG, 2007; FINK e NEUMANN,
2009). Segundo Jeong e Hong (2007), as práticas de orientação ao consumidor
podem ter um impacto positivo sobre o desenho da rede de infraestrutura, as
32
práticas e os resultados de desempenho na gestão da cadeia de suprimentos. Já
Fink e Neumann (2009) destacam que a infraestrutura da TI proporciona flexibilidade
que gera valor percebido para o negócio.
O estudo de Rodrigues e outros (2004) apresentou o modelo apresentado na figura
2, relacionando estratégia além de estrutura, processos e desempenho em nível da
firma.
Figura 2 – Modelo Estrutura, Processos e Desempenho - Fonte: Rodrigues e outros (2004)
O estudo de Rodrigues e outros (2004) apresentou o modelo em nível da firma, e
portanto a partir de uma visão microeconômica. Já a presente dissertação, como dito
anteriormente, testará o modelo em nível nacional e, portanto, segundo o ponto de
vista macroeconômico. Embora as dimensões sejam diferentes (microeconomia e
macroeconomia), as bases de tais dimensões são as mesmas, além de serem
bastante interligadas. Assim, a explicação que justifica o teste do modelo a nível
nacional a partir do estudo anterior em nível da firma decorre do campo que
relaciona a competitividade das nações e a competitividade das empresas, ponto
este que será apresentado no capítulo 3 a seguir.
Para concluir, como não se encontram dados que mensurem a estratégia de um
país, o modelo a ser testado nesta dissertação apresentado na figura 1 não
englobará estratégia, apenas estrutura, processos e desempenho.
33
3. MÉTODO
O presente capítulo tem por objetivo descrever o método utilizado neste estudo. A
primeira seção descreve o tipo de pesquisa feito. A segunda seção apresenta o
banco de dados, a sua fonte, suas características e suas limitações. A terceira seção
discute a ligação entre o banco de dados e o modelo proposto a ser analisado. A
quarta e a quinta seções apresentam as técnicas estatísticas utilizadas como
ferramentas desse estudo, a Análise Fatorial e a Modelagem de Equações
Estruturais, respectivamente. Por fim, a sexta seção descreve as hipóteses a serem
testadas pelo modelo proposto.
3.1. O TIPO DE PESQUISA
Para definir a tipologia desta dissertação, foi utilizada a taxonomia proposta por
Vergara (2005). A autora propõe dois critérios básicos nas quais as pesquisas
podem ser classificadas: quanto aos fins e quanto aos meios. Segundo a autora,
quanto aos fins, uma pesquisa pode ser: exploratória, descritiva, explicativa,
metodológica, aplicada e/ou intervencionista. Quanto aos meios de investigação,
pode ser: pesquisa de campo, pesquisa de laboratório, documental, bibliográfica,
experimental, ex post facto, participante, pesquisa-ação e/ou estudo de caso.
Desse modo, esta pesquisa pode ser classificada quanto aos fins como exploratória,
pois busca inferir relações de causalidade entre as dimensões de infraestrutura,
processos e desempenho através de um modelo estatístico ainda não testado, além
de poder ser considerada descritiva, uma vez que pretende verificar hipóteses que
estabelecem relações entre tais dimensões.
3.2. O BANCO DE DADOS
O modelo a ser analisado no presente estudo utilizará como base, dados
secundários obtidos a partir de um relatório anual chamado IMD World
34
Competitiveness Yearbook (WCY) desenvolvido pelo International Institute for
Management Development (IMD), uma escola de negócios localizada em Lausanne,
na Suíça.
O WCY analisa e classifica como as nações e as empresas gerenciam a totalidade
das suas competências para alcançar uma maior prosperidade. O WCY é um
relatório anual sobre a competitividade das nações, publicado sem interrupção
desde 1989. O relatório WCY 2010 utilizado nesta dissertação cobre 58 países
utilizando 327 variáveis para fornecer uma visão multifacetada da competitividade
das nações.
Por isso, é válido compreender a definição de competitividade, já que esta
estabelece uma ponte entre firma e economia nacional. Segundo o WCY, a
competitividade das nações é um campo do conhecimento econômico, que analisa
os fatos e as políticas que configuram a capacidade de uma nação criar e manter um
ambiente que sustente o aumento da criação de valor para suas empresas, bem
como o aumento da prosperidade para a sua população (WORLD
COMPETITIVENESS YEARBOOK, 2010).
Isso significa que a competitividade analisa e classifica a capacidade das nações em
criar e manter um ambiente que sustenta a competitividade das empresas. Alguns
países apoiam a competitividade mais do que outros, criando um ambiente em que a
estrutura, as instituições e as políticas são mais eficientes, que por sua vez facilita a
competitividade das empresas e incentiva a sustentabilidade a longo prazo (WORLD
COMPETITIVENESS YEARBOOK, 2010).
Segundo o IMD, com base na análise feita por líderes acadêmicos e pelas pesquisas
e experiências da própria instituição, o WCY divide o ambiente nacional em quatro
principais fatores de competitividade: Desempenho Econômico, Eficiência
Governamental, Eficiência Empresarial e Infraestrutura. Cada um desses quatro
fatores foi por sua vez dividido em cinco subfatores, cada um destacando diferentes
aspectos de competitividade. Ao todo, o WCY possui 20 subfatores. (Veja o quadro
1).
35
Alguns desses subfatores foram ainda divididos em categorias que definem as
questões de competitividade de forma mais explícita. Todas as variáveis foram
agrupadas nesses subfatores e categorias. No entanto, cada subfator não inclui
necessariamente o mesmo número de variáveis (por exemplo, existe a necessidade
de mais variáveis para avaliar a Educação do que para avaliar Preços).
Quadro 1 – Fatores de Competitividade - Fonte: WCY 2010 (elaborado pelo autor)
É possível visualizar de forma mais detalhada no Apêndice ao final dessa
dissertação, a estrutura do banco de dados com a lista dos 58 países, além das
variáveis com suas respectivas descrições (em inglês e com a sua tradução para o
português) e características, anos de início e fim da série, além da sua classificação
dentro do banco de dados.
Antes de passarmos à ligação entre o modelo a ser analisado e o banco de dados
na próxima seção, é importante ressaltar os pontos positivos e negativos ao se
trabalhar com dados secundários. Alguns dos pontos negativos seriam: a fonte dos
dados pode ser duvidosa e não muito confiável; existe a possibilidade de que não
haja disponível algumas informações desejadas; o banco de dados pode ser privado
e o acesso as suas informações pode ser restrito e caro. Já alguns dos aspectos
positivos seriam: o custo para a coleta das informações e dos dados é geralmente
inferior quando comparado à utilização de dados primários; o tempo despendido
para a coleta e organização do banco de dados tende a ser menor.
Tendo em vista tais considerações e o escopo do estudo, fez-se mais sentido a
opção pela utilização de dados secundários. Isso, porque foi possível absorver os
Desempenho Econômico Eficiência Governamental Eficiência Empresarial Infraestrutura
(76 variáveis) (71 variáveis) (67 variáveis) (113 variáveis)
Avaliação macroeconômica
da economia doméstica:
Dimensão no qual as
políticas do governo são
favoráveis para a
competitividade:
Dimensão no qual o
ambiente nacional
encoraja as empresas
buscarem um
desempenho de forma
inovadora, lucrativa e
responsável:
Dimensão no qual os
recursos básico,
tecnológico, científico e
humano encontram as
necessidades dos negócios:
- Economia Doméstica - Finanças Públicas - Produtividade - Infraestrutura Básica
- Comércio Internacional - Política Fiscal - Mercado de Trabalho - Infraestrutura Tecnológica
- Investimento Internacional - Quadro Institucional - Finanças - Infraestrutura Científica
- Emprego - Legislação Empresarial - Práticas Gerenciais - Saúde e Ambiente
- Preços - Quadro Social - Atitudes e Valores - Educação
36
aspectos positivos, sem incorrer nos aspectos negativos. O acesso ao banco de
dados do relatório anual WCY do IMD, a confiabilidade dos dados (visto que o IMD é
instituição renomada e confiável, além da utilização do banco de dados em outros
estudos), e a disponibilidade dos dados necessários (o WCY possui uma grande
gama de informações e dados) para a construção do modelo tornaram viável o
estudo a partir desta opção.
3.3. LIGAÇÃO ENTRE O MODELO E O BANCO DE DADOS
Após a apresentação do banco de dados, a sua fonte e suas características, faz-se
necessário demonstrar a ligação entre o banco de dados e o modelo proposto a ser
analisado.
Figura 3 – Ligação entre o banco de dados e o modelo proposto a ser analisado
Como podemos verificar na figura 3, o Desempenho será representado pelo
Desempenho Econômico, sendo este composto pela Economia Doméstica, pelo
Comércio Internacional, pelo Investimento Internacional, pelo Emprego e também
37
pelos Preços. Já os Processos serão formados pela Eficiência Governamental e pela
Eficiência Empresarial. A Eficiência Governamental é formada pelas Finanças
Públicas, pela Política Fiscal, pelo Quadro Institucional, pela Legislação Empresarial
e pelo Quadro Social, enquanto a Eficiência Empresarial é formada pela
Produtividade, pelo Mercado de Trabalho, pelas Finanças, pelas Práticas
Gerenciais, e pelas Atitudes e Valores. Por fim, a Estrutura será representada pela
variável Infraestrutura, que por sua vez é formada pela Infraestrutura Básica, pela
Infraestrutura Tecnológica, pela Infraestrutura Científica, pela Saúde e Ambiente, e
pela Educação.
É importante salientar o fato de que as variáveis que compõem a Infraestrutura, a
Eficiência Governamental, a Eficiência Empresarial e o Desempenho Econômico,
representam na verdade um conjunto de variáveis, sendo que todas estas podem
ser visualizadas no Apêndice, ao final desta dissertação.
3.4. ANÁLISE FATORIAL
Hair, Black et al. (1998) apresentam a Análise Fatorial como uma técnica
multivariada de interdependência cujo principal propósito é definir a estrutura
fundamental das variáveis de uma análise. É, portanto, uma técnica estatística em
que se examina todo o conjunto de relações interdependentes, com o objetivo de
reduzir e resumir os dados (MALHOTRA, 2006).
Existem 2 grandes grupos de Análise Fatorial: a Análise Fatorial Exploratória
(Exploratory Factor Analysis, ou EFA) e a Análise Fatorial Confirmatória
(Confirmatory Factor Analysis, ou CFA). A Análise Fatorial Exploratória auxilia o
pesquisador a descobrir qual o melhor grupo de variáveis manifestas para
representar um fator, também chamado de variável latente ou construto. Por permitir
esta descoberta de combinações no momento em que o pesquisador começa a
aprender sobre o fenômeno, é chamada de Análise Fatorial Exploratória (BYRNE,
2001). Na Análise Fatorial Exploratória, as variáveis são testadas todas contra todas
para a montagem dos fatores / dimensões, já na Análise Fatorial Confirmatória, o
38
pesquisador tem interesse em testar empiricamente um conhecimento a priori sobre
como as dimensões do fenômeno estudado se comportam (o que é feito com
técnicas mais avançadas como Equações Estruturais), ou seja, a Análise Fatorial
Confirmatória busca determinar se o número de fatores e as cargas das variáveis
sobre eles estão em conformidade com o que é esperado com base em teoria
prévia.
A análise de confiabilidade verifica o grau em que uma variável ou conjunto de
variáveis é consistente em medir aquilo que se propõe a medir. A confiabilidade das
escalas é avaliada pelo coeficiente alpha de Cronbach, que indica o grau de
consistência interna de um conjunto de itens. O valor desta medida varia entre 0 e 1,
sendo que valores próximos de 0 indicam que os itens de uma escala não possuem
consistência interna, enquanto valore próximos a 1 indicam alta consistência interna.
Segundo Hair, Black et al. (1998), o limite inferior aceitável para o alpha de
Cronbach é de 0,7. Para estudos exploratórios, este limite pode cair até 0,6.
3.5. MODELAGEM DE EQUAÇÕES ESTRUTURAIS
A Modelagem de Equações Estruturais ou MEE (do inglês Structural Equations
Modeling ou SEM) engloba uma família de modelos conhecidos como análise de
estrutura de covariância, análise de variáveis latentes, análise fatorial confirmatória
ou simplesmente análise LISREL (abreviação para LInear Structural RELations, em
português, Relações Estruturais Lineares, e também é a denominação de um dos
primeiros e mais conhecidos softwares de MEE). É uma técnica multivariada que
combina aspectos da análise fatorial e da regressão múltipla, examinando aspectos
de dependência (HAIR, BLACK et al., 1998).
É particularmente útil por permitir o uso de uma estrutura mais complexa que pode
incluir variáveis latentes (que não são medidas diretamente) e variáveis observáveis
(indicadores das variáveis latentes), além de possibilitar a análise simultânea de um
conjunto de inter-relacionamentos. Hair, Black et al. (1998) destacam que a técnica
39
também oferece benefícios quando uma variável dependente torna-se
“independente” em relacionamentos subsequentes.
Byrne (2001) explica que a MEE inclui dois importantes aspectos. O primeiro é que
os processos causais são representados por uma série de equações estruturais. O
segundo é que as relações estruturais podem ser modeladas graficamente,
oferecendo uma visualização bastante clara do modelo hipotetizado, que pode ser
testado estatisticamente em todo o sistema de variáveis, com a determinação do
quanto o modelo é consistente com os dados. Para Byrne (2001), a utilização desta
ferramenta em estudos não experimentais é uma vantagem em casos nos quais os
métodos para testar teorias ainda não estão desenvolvidos ou quando há problemas
éticos envolvidos no design experimental. Já Bentler (1990) recomenda cautela na
utilização da técnica, declarando que mesmo o seu uso adequado não autoriza a
inferência de relações causais entre as variáveis.
Hair, Black et al. (1998) avaliam que o maior benefício da Modelagem de Equações
Estruturais advém da utilização de modelos estruturais e modelos de mensuração
simultaneamente, com cada um dos modelos desempenhando um papel distinto na
análise. Os autores propõem um roteiro de sete passos para a utilização de MEE, de
forma a garantir que os modelos sejam corretamente especificados e os resultados
sejam válidos. Os sete passos prescritos por Hair, Black et al. (1998) e seguidos
neste estudo são os seguintes:
Passo 1: Desenvolvimento de um modelo teoricamente embasado. A MEE não
pode, por si mesma, estabelecer as relações causais entre variáveis ou resolver
ambiguidades causais. Sendo assim, o nível de aprofundamento teórico e o
julgamento consciencioso do pesquisador são de suma importância.
Passo 2: Construção de um diagrama de caminhos (path diagram) indicando
as relações causais. Uma das vantagens da MEE é a possibilidade de construção
de uma interface gráfica e, para Hair, Black et al. (1998), um diagrama de caminhos
é mais do que um artifício para se visualizar as equações que compõem o modelo,
permitindo ao pesquisador apresentar as relações causais entre as variáveis,
através de uma seta unidirecional, em traço reto, partindo da variável independente
40
(causa) em direção à variável dependente (efeito). Permite ainda a representação
das relações de associação (correlação ou covariância) por meio de setas curvas de
duas pontas entre as variáveis associadas. As variáveis observáveis e latentes
podem ser identificadas facilmente, sendo representadas por retângulos e formas
ovais, respectivamente.
Passo 3: Conversão do diagrama de caminhos no modelo estrutural e de
mensuração. De acordo com Byrne (2001), o modelo de mensuração especifica
que variáveis observáveis estarão medindo que variáveis latentes e o modelo
estrutural avalia as relações entre as variáveis latentes. A Error! Reference source
not found. mostra as diferenças entre os modelos de mensuração e estrutural da
MEE e como os modelos se relacionam. Kline (1998) recomenda a análise em duas
etapas, começando pelo teste do modelo de mensuração e seguindo com a
especificação do modelo estrutural.
Figura 4 – Modelo de Equações Estruturais com demarcação dos Modelos de Mensuração e
Estrutural - Fonte: Byrne (2001)
O Teste do modelo de mensuração deve ser feito pela Análise Fatorial Confirmatória
(AFC). Esse tipo de análise se diferencia da Análise Fatorial Exploratória (AFE)
porque o objetivo da AFE é identificar as inter-relações subjacentes a um conjunto
de indicadores, enquanto a AFC tem como o objetivo testar o poder de um dado
conjunto de indicadores para tomar medidas de relação causal entre variáveis
41
latentes. Além disto, na AFE os itens podem possuir carga em todos os fatores,
enquanto que na AFC os indicadores são constrangidos a se relacionar apenas a
um fator e a um construto.
Após o teste do modelo de mensuração, é feita a especificação do modelo
estrutural, isto é, as equações das relações causais são traduzidas num diagrama
de caminhos. O AMOS permite partir diretamente da elaboração gráfica do modelo
para o cálculo das análises estatísticas. No processo de especificação, o
pesquisador determina quais parâmetros são nulos (omitindo a seta que indica
relação causal), que efeitos são pré-fixados a uma constante (geralmente 1, para
fixação da unidade de medida da escala) e que parâmetros devem ser estimados
(indicados pela presença da seta indicando relação causal ou de associação).
Passo 4: Escolha do tipo de matriz de entrada de dados e estimação do
modelo. Segundo Hair, Black et al. (1998) há dois tipos de matrizes de entrada de
dados: correlação e covariância. Em termos práticos, a maioria dos programas de
MEE aceita a imputação de dados brutos que são automaticamente convertidos em
matrizes de variância-covariância e correlação. O pesquisador pode também utilizar
outro programa, como o SPSS, para calcular as matrizes de covariância e exportá-
las para o AMOS ou outro software de MEE. O método de estimação mais utilizado
é a Maximum Likelihood (ML; em português, máxima verossimilhança), default na
maioria dos programas de MEE. As estimativas da ML se baseiam na probabilidade
máxima de que as covariâncias sejam extraídas de uma população assumida como
sendo a mesma refletida nos coeficientes estimados (KLINE, 1998). Os
pressupostos da ML são a normalidade dos dados e a utilização de uma grande
amostra, com um ideal de mais de 200 observações (HAIR, BLACK et al., 1998).
Passo 5: Atingir identificação do modelo estrutural. Um modelo subidentificado é
aquele em que há mais parâmetros para serem estimados do que elementos na
matriz de covariância. Softwares como AMOS reportam se há problemas de
identificação.
Passo 6: Avaliação das medidas de ajustamento do modelo. Para Hair, Black et
al. (1998) a primeira análise sobre os dados processados deve ser a certificação de
42
que estes não apresentam nenhuma inconsistência estatística, como variâncias
negativas ao nível dos erros de mensuração dos construtos, coeficientes
padronizados acima ou muito próximos de 1,0 e erros padronizados muito altos. No
primeiro caso, o AMOS reporta o problema e avisa que a solução não é admissível.
Nos outros dois, o exame dos resultados possibilita a detecção da inconsistência.
Em seguida, o pesquisador deve escolher, entre uma série de índices reportados
pelo programa, aqueles que indicarão o ajuste do modelo, chamados índices de
ajustamento. Essas medidas não indicam a força das relações entre as variáveis,
sendo possível obter bons índices de ajustamento e as variáveis do modelo não
apresentarem nenhuma correlação. O AMOS, utilizado nesta dissertação, fornece
mais de 20 medidas de ajustamento. Kline (1998) sugere a utilização de pelo menos
quatro testes, sendo ideal, segundo Hair, Black et al. (1998) combinar medidas de
ajuste absoluto (que avaliam a capacidade do modelo em prever a matriz de
covariância observada), medidas de ajuste incremental (que comparam o modelo
proposto com o modelo nulo) e medidas de parcimônia (que penalizam os modelos
sobreajustados por possuírem um número exagerado de coeficientes).
Passo 7: Interpretação e modificação do modelo. Hair, Black et al. (1998) listam
as seguintes perguntas que o pesquisador deve fazer a si mesmo, caso sejam
satisfatórios os índices de ajustamento: as principais relações propaladas pela teoria
foram confirmadas dentro de níveis mínimos de significância? Os modelos
concorrentes contribuem para formulações alternativas da teoria? As relações
hipotéticas se encontram na direção prevista (negativa ou positiva)? Obtendo ou não
uma resposta positiva para cada uma dessas perguntas, o pesquisador pode ter
razões suficientes para acreditar que seu modelo possa ser incrementado e atingir
melhores resultados.
Além dos índices de ajustamento apresentados, o modelo pode ser avaliado pelos
Índices de Modificação (MI, do inglês Modification Indexes), fornecidos pelo AMOS.
De acordo com Byrne (2001), para cada parâmetro especificado, fixo, o software
fornece um MI, que representa a queda esperada no valor do qui-quadrado geral
caso o parâmetro seja livremente estimável. Assim, os MI servem para apontar
mudanças no modelo que podem melhorar sua especificação. Entretanto, a autora
43
recomenda que não se deva abusar destes índices, sendo que qualquer modificação
no modelo deve ter base estatística e teórica.
3.6. HIPÓTESES DO MODELO A SEREM TESTADAS
Antes de passarmos aos resultados obtidos a serem apresentados no próximo
capítulo, é importante deixar claro as hipóteses que o modelo de equações
estruturais a ser analisado se propõe a testar. Podemos ver na figura 5 a seguir, a
indicação das hipóteses que foram, por sua vez, baseadas na revisão de literatura
deste trabalho presente no capítulo 2.
Figura 5 – As hipóteses do modelo a serem testadas
Buscar-se-á provar empiricamente uma relação de causalidade positiva entre
infraestrutura, processos e desempenho econômico a nível nacional. Ou seja, esta
dissertação testará as seguintes hipóteses:
H1: A infraestrutura de um país afeta positivamente os processos de suas atividades
econômicas.
H2: Os processos das atividades econômicas de um país afetam positivamente o
desempenho de sua economia como um todo.
Infraestrutura ProcessosDesempenho
Econômico
H1 (+) H2 (+)
44
4. RESULTADOS OBTIDOS
O presente capítulo tem por objetivo exibir e analisar os resultados obtidos neste
estudo. A primeira seção apresenta os resultados das Análises Fatoriais
Confirmatórias, enquanto a segunda seção apresenta os resultados da Modelagem
de Equações Estruturais.
Antes de prosseguir, é válido ressaltar dois pontos:
Banco de dados: embora o conjunto original de dados do WCY 2010
apresentem séries de 1995 a 2010, o conjunto de dados de fato utilizados
compreendem os anos de 1996 a 2009, em virtude de muitos casos faltantes.
Além disso, variáveis que apresentaram muitos casos faltantes não foram
consideradas na análise.
Software: as análises fatoriais foram realizadas através do software SPSS e a
Modelagem de Equações Estruturais foi realizada através do add-in do
mesmo software chamado AMOS (Analysis of Moment Structures).
4.1. RESULTADOS DAS ANÁLISES FATORIAIS EXPLORATÓRIAS
A seguir, podemos visualizar os resultados obtidos com as Análises Fatoriais
Exploratórias, sendo este o primeiro passo para a construção do Modelo de
Equações Estruturais (MEE). Os Factor Scores obtidos para cada subfator a partir
das Análises Fatoriais Exploratórias serão utilizados como inputs para o MEE. Os
resultados são apresentados segundo a quebra dos fatores e seus subfatores de
competitividade proposto pelo IMD no WCY 2010.
Para cada fator / subfator, a figura correspondente trará as variáveis utilizadas na
Análise Fatorial Exploratória, com suas descrições e demais características, além de
quatro outros quadros obtidos a partir do software SPSS, utilizado para fazer as
análises. Os quadros são: a Variância Total Explicada, a Matriz de Componentes, as
Estatísticas de Confiabilidade e as Estatísticas Descritivas.
45
Buscam-se valores altos para a Variância Total Explicada (quanto mais próximo a
100%, melhor), para os componentes da Matriz de Componentes (quanto mais
próximo a 1, melhor), assim como para os resultados da Análise de Confiabilidade
(quanto mais próximo a 1, melhor). Entretanto, pode ser que em algumas situações
os valores não sejam tão altos, o que não invalida a análise uma vez que as
variáveis possuem respaldo conceitual pela revisão de literatura e pela classificação
da variável no banco de dados WCY 2010. Assim, o que se buscou foi um equilíbrio
entre a validade estatística e a validade conceitual, para que fosse atingido o
objetivo de contar ao mesmo tempo com variáveis estatisticamente robustas, sem
que houvesse a omissão de alguma variável conceitualmente relevante para o
modelo.
46
Quadro 2 – Análise Fatorial Exploratória: Desempenho Econômico / Economia Doméstica
Para o subfator Economia Doméstica, verificamos que a análise fatorial apresentou
resultados estatisticamente significantes. O construto é composto por 5 variáveis,
sendo que todas elas apresentaram cargas fatoriais acima de 0,95. As 5 variáveis
explicaram mais de 96% da variância total do construto e o resultado da análise de
confiabilidade (o alfa de Cronbach) foi bastante satisfatório ao valor de 0,991.
Estatística Descritiva
N Mínimo Máximo Média Desvio Padrão
Economia Doméstica 773 -0,43347 7,92506 0,00000 1,00000
N válidos (listwise )* 773
* eliminação do caso com dados faltantes
Estatística de Confiabilidade
Alfa de
Cronbach
Alfa de Cronbach
Baseado em Itens
Padronizados
N de
Itens
0,849 0,991 5
Matriz de Componentesa
Componente
1
Produto interno bruto (PIB) 0,996
Consumo das famílias (US$
Bilhões)0,980
Gastos do governo (US$ Bilhões) 0,988
Formação bruta de capital fixo (US$
Bilhões)0,991
Poupança interna bruta (US$
Bilhões)0,959
Método de Extração: Análise
de Componentes Principais
a. 1 componente extraído
Variância Total Explicada
Autovalores Iniciais Somas de Extração das Cargas Quadráticas
Componente Total % da Variância % Acumulado Total % da Variância % Acumulado
1 4,832 96,646 96,646 4,832 96,646 96,646
2 0,143 2,859 99,504
3 0,020 0,401 99,906
4 0,005 0,094 100,000
5 0,000 0,000 100,000
Método de Extração: Análise de Componentes Principais
Código
VariáveisDescrição das Variáveis
Início da
Série
Fim da
Série
Pesquisa
?
V001 Produto interno bruto (PIB) 1996 2009 Não
V004 Consumo das famílias (US$ Bilhões) 1996 2009 Não
V006 Gastos do governo (US$ Bilhões) 1996 2009 Não
V008 Formação bruta de capital fixo (US$ Bilhões) 1996 2009 Não
V010 Poupança interna bruta (US$ Bilhões) 1996 2009 Não
47
Quadro 3 – Análise Fatorial Exploratória: Desempenho Econômico / Comércio Internacional
Para o subfator Comércio Internacional, verificamos que todas as 3 variáveis
possuíram cargas fatoriais elevadas (acima de 0,95) e a variância total explicada foi
também alta (93,646%), resultados estes bastante satisfatórios. Entretanto, o
resultado da análise de confiabilidade (o alfa de Cronbach) ao nível de 0,461 não
pode ser considerado satisfatório.
Estatística Descritiva
N Mínimo Máximo Média Desvio Padrão
Comércio Internacional 785 -0,65268 7,66180 0,00000 1,00000
N válidos (listwise )* 785
* eliminação do caso com dados faltantes
Estatística de Confiabilidade
Alfa de
Cronbach
Alfa de Cronbach
Baseado em Itens
Padronizados
N de
Itens
0,415 0,461 3
Matriz de Componentesa
Componente
1
Exportação de bens (US$ Bilhões) 0,952
Exportações de serviços (US$
Bilhões)0,957
Importações de bens e serviços
(Percentual do PIB)0,994
Método de Extração: Análise
de Componentes Principais
a. 1 componente extraído
Variância Total Explicada
Autovalores Iniciais Somas de Extração das Cargas Quadráticas
Componente Total % da Variância % Acumulado Total % da Variância % Acumulado
1 2,809 93,646 93,646 2,809 93,646 93,646
2 0,172 5,735 99,381
3 0,019 0,619 100,000
Método de Extração: Análise de Componentes Principais
Código
VariáveisDescrição das Variáveis
Início da
Série
Fim da
Série
Pesquisa
?
V033 Exportação de bens (US$ Bilhões) 1996 2009 Não
V036 Exportações de serviços (US$ Bilhões) 1996 2009 Não
V041 Importações de bens e serviços (Percentual do PIB) 1996 2009 Não
48
Quadro 4 – Análise Fatorial Exploratória: Desempenho Econômico / Investimento Internacional
Para o subfator Investimento Internacional, verificamos que a análise fatorial
apresentou resultados estatisticamente significantes. O construto é composto por 4
variáveis, sendo que todas elas apresentaram cargas fatoriais acima de 0,9. As 4
variáveis explicaram 88,615% da variância total do construto e o resultado da
análise de confiabilidade (o alfa de Cronbach) foi bastante satisfatório ao nível 0,957.
Estatística Descritiva
N Mínimo Máximo Média Desvio Padrão
Investimento Internacional 707 -0,60298 8,92690 0,00000 1,00000
N válidos (listwise )* 707
* eliminação do caso com dados faltantes
Estatística de Confiabilidade
Alfa de
Cronbach
Alfa de Cronbach
Baseado em Itens
Padronizados
N de
Itens
0,759 0,957 4
Matriz de Componentesa
Componente
1
Fluxos de investimento direto para
o exterior (US$ Bilhões)0,937
Investimento direto em ativos para
o exterior (US$ Bilhões)0,961
Fluxos de investimento direto do
exterior para o país (US$ Bilhões)0,905
Investimento direto em ativos do
exterior para o país (US$ Bilhões)0,961
Método de Extração: Análise
de Componentes Principais
a. 1 componente extraído
Variância Total Explicada
Autovalores Iniciais Somas de Extração das Cargas Quadráticas
Componente Total % da Variância % Acumulado Total % da Variância % Acumulado
1 3,545 88,615 88,615 3,545 88,615 88,615
2 0,253 6,322 94,937
3 0,174 4,351 99,288
4 0,028 0,712 100,000
Método de Extração: Análise de Componentes Principais
Código
VariáveisDescrição das Variáveis (Tradução)
Início da
Série
Fim da
Série
Pesquisa
?
V048 Fluxos de investimento direto para o exterior (US$ Bilhões) 1996 2009 Não
V050 Investimento direto em ativos para o exterior (US$ Bilhões) 1995 2008 Não
V052 Fluxos de investimento direto do exterior para o país (US$ Bilhões) 1996 2009 Não
V054 Investimento direto em ativos do exterior para o país (US$ Bilhões) 1995 2008 Não
49
Quadro 5 – Análise Fatorial Exploratória: Desempenho Econômico / Emprego
Já com o subfator Emprego, verificamos também que a análise fatorial apresentou
resultados estatisticamente significantes. O construto é composto por 3 variáveis,
sendo que todas elas apresentaram cargas fatoriais acima de 0,94. As 3 variáveis
explicaram mais de 92% da variância total do construto e o resultado da análise de
confiabilidade (o alfa de Cronbach) foi bastante satisfatório ao nível 0,957.
Estatística Descritiva
N Mínimo Máximo Média Desvio Padrão
Emprego 503 -1,43556 5,25021 0,00000 1,00000
N válidos (listwise )* 503
* eliminação do caso com dados faltantes
Estatística de Confiabilidade
Alfa de
Cronbach
Alfa de Cronbach
Baseado em Itens
Padronizados
N de
Itens
0,857 0,957 3
Matriz de Componentesa
Componente
1
Taxa de desemprego 0,977
Desemprego de longo prazo 0,941
Desemprego dos jovens 0,960
Método de Extração: Análise
de Componentes Principais
a. 1 componente extraído
Variância Total Explicada
Autovalores Iniciais Somas de Extração das Cargas Quadráticas
Componente Total % da Variância % Acumulado Total % da Variância % Acumulado
1 2,764 92,121 92,121 2,764 92,121 92,121
2 0,175 5,833 97,955
3 0,061 2,045 100,000
Método de Extração: Análise de Componentes Principais
Código
VariáveisDescrição das Variáveis
Início da
Série
Fim da
Série
Pesquisa
?
V070 Taxa de desemprego 1996 2009 Não
V071 Desemprego de longo prazo 1997 2009 Não
V072 Desemprego dos jovens 1996 2009 Não
50
Quadro 6 – Análise Fatorial Exploratória: Desempenho Econômico / Preços
Para o subfator Preços, último do fator Desempenho Econômico, verificamos que os
resultados da análise fatorial não foram considerados tão satisfatórios como nos
casos da Economia Doméstica, do Investimento Internacional e do Emprego. O
construto é composto por 3 variáveis, sendo que a variável Índice de Custo de Vida
apresenta a menor carga fatorial (0,763), o que é aceitável, por se tratar de um
estudo exploratório. As 3 variáveis explicaram 65,738% da variância total do
construto e o resultado da análise de confiabilidade (o alfa de Cronbach) apresentou
valor de 0,738.
Estatística Descritiva
N Mínimo Máximo Média Desvio Padrão
Preços 232 -1,76646 3,61215 0,00000 1,00000
N válidos (listwise )* 232
* eliminação do caso com dados faltantes
Estatística de Confiabilidade
Alfa de
Cronbach
Alfa de Cronbach
Baseado em Itens
Padronizados
N de
Itens
0,444 0,738 3
Matriz de Componentesa
Componente
1
Índice de custo de vida 0,763
Aluguel de apartamento 0,822
Aluguel de escritório 0,845
Método de Extração: Análise
de Componentes Principais
a. 1 componente extraído
Variância Total Explicada
Autovalores Iniciais Somas de Extração das Cargas Quadráticas
Componente Total % da Variância % Acumulado Total % da Variância % Acumulado
1 1,972 65,738 65,738 1,972 65,738 65,738
2 0,597 19,907 85,644
3 0,431 14,356 100,000
Método de Extração: Análise de Componentes Principais
Código
VariáveisDescrição das Variáveis
Início da
Série
Fim da
Série
Pesquisa
?
V074 Índice de custo de vida 1996 2009 Não
V075 Aluguel de apartamento 1996 2009 Não
V076 Aluguel de escritório 1996 2009 Não
51
Quadro 7 – Análise Fatorial Exploratória: Eficiência Governamental / Finanças Públicas
Já os resultados da análise fatorial obtidos com o subfator Finanças Públicas,
primeiro subfator que compõem o fator Eficiência Governamental, não foram
estatisticamente satisfatórios. O construto é composto por 3 variáveis, sendo que
duas das variáveis apresentaram cargas fatoriais relativamente baixas, abaixo de
0,7. Além disso, as 3 variáveis explicaram apenas 54,562% da variância total do
construto e o resultado da análise de confiabilidade (o alfa de Cronbach), também
considerado baixo, foi de 0,572. Apesar dos resultados apresentados por esse
subfator não serem estatisticamente robustos, a análise não deve ser considerada
inválida. A presença das Finanças Públicas no Modelo de Equações Estruturais é
justificada pela busca do equilíbrio entre a validade estatística e a validade
conceitual, a fim de atingir o objetivo de contar ao mesmo tempo com variáveis
Estatística Descritiva
N Mínimo Máximo Média Desvio Padrão
Finanças Públicas 629 -1,36016 5,91132 0,00000 1,00000
N válidos (listwise )* 629
* eliminação do caso com dados faltantes
Estatística de Confiabilidade
Alfa de
Cronbach
Alfa de Cronbach
Baseado em Itens
Padronizados
N de
Itens
0,033 0,572 3
Matriz de Componentesa
Componente
1
Total da dívida geral do governo
(US$ Bilhões)0,695
Total da dívida geral do governo
(Percentual do PIB)0,870
Pagamento de juros 0,630
Método de Extração: Análise
de Componentes Principais
a. 1 componente extraído
Variância Total Explicada
Autovalores Iniciais Somas de Extração das Cargas Quadráticas
Componente Total % da Variância % Acumulado Total % da Variância % Acumulado
1 1,637 54,562 54,562 1,637 54,562 54,562
2 0,910 30,350 84,912
3 0,453 15,088 100,000
Método de Extração: Análise de Componentes Principais
Código
VariáveisDescrição das Variáveis
Início da
Série
Fim da
Série
Pesquisa
?
V079 Total da dívida geral do governo (US$ Bilhões) 1997 2009 Não
V080 Total da dívida geral do governo (Percentual do PIB) 1997 2009 Não
V084 Pagamento de juros 1996 2009 Não
52
estatisticamente robustas, sem que houvesse a omissão de alguma variável
conceitualmente relevante para o modelo.
Quadro 8 – Análise Fatorial Exploratória: Eficiência Governamental / Política Fiscal
Para o subfator Política Fiscal, verificamos que embora os resultados da análise
fatorial não sejam tão bons quanto os resultados para a Economia Doméstica, ainda
assim apresentou resultados satisfatórios. O construto é composto por 5 variáveis,
Estatística Descritiva
N Mínimo Máximo Média Desvio Padrão
Política Fiscal 520 -2,16884 2,12144 0,00000 1,00000
N válidos (listwise )* 520
* eliminação do caso com dados faltantes
Estatística de Confiabilidade
Alfa de
Cronbach
Alfa de Cronbach
Baseado em Itens
Padronizados
N de
Itens
0,817 0,857 5
Matriz de Componentesa
Componente
1
Receita total com a arrecadação de
impostos0,805
Arrecadação da contribuição da
seguridade social0,892
Taxa efetiva do imposto de renda
pessoal0,832
Taxa de contribuição da segurança
social pelo empregado0,703
Taxa de contribuição da segurança
social pelo empregador0,755
Método de Extração: Análise
de Componentes Principais
a. 1 componente extraído
Variância Total Explicada
Autovalores Iniciais Somas de Extração das Cargas Quadráticas
Componente Total % da Variância % Acumulado Total % da Variância % Acumulado
1 3,200 63,999 63,999 3,200 63,999 63,999
2 0,753 15,066 79,065
3 0,668 13,363 92,428
4 0,259 5,176 97,604
5 0,120 2,396 100,000
Método de Extração: Análise de Componentes Principais
Código
VariáveisDescrição das Variáveis
Início da
Série
Fim da
Série
Pesquisa
?
V089 Receita total com a arrecadação de impostos 1995 2008 Não
V094 Arrecadação da contribuição da seguridade social 1995 2008 Não
V095 Taxa efetiva do imposto de renda pessoal 1997 2009 Não
V098 Taxa de contribuição da segurança social pelo empregado 1997 2009 Não
V099 Taxa de contribuição da segurança social pelo empregador 1997 2009 Não
53
sendo que a variável Taxa de Contribuição da Segurança Social pelo Empregado
apresentou a menor carga fatorial (0,703), o que ainda assim pode ser considerado
aceitável. As 5 variáveis explicaram praticamente 64% da variância total do
construto e o resultado da análise de confiabilidade (o alfa de Cronbach) apresentou
valor de 0,857.
54
Quadro 9 – Análise Fatorial Exploratória: Eficiência Governamental / Quadro Institucional
Assim como no caso anterior, para o subfator Quadro Institucional, verificou-se que
embora os resultados da análise fatorial não sejam tão bons quanto os resultados
para a Economia Doméstica, ainda assim apresentou resultados satisfatórios. O
construto é composto por 7 variáveis, sendo que a variável Rating de Crédito do
Estatística Descritiva
N Mínimo Máximo Média Desvio Padrão
Quadro Institucional 705 -2,81262 2,40797 0,00000 1,00000
N válidos (listwise )* 705
* eliminação do caso com dados faltantes
Estatística de Confiabilidade
Alfa de
Cronbach
Alfa de Cronbach
Baseado em Itens
Padronizados
N de
Itens
0,493 0,918 7
Matriz de Componentesa
Componente
1
Custo de capital 0,816
Rating de crédito do país 0,734
Políticas do banco central 0,774
Adaptabilidade das políticas
governamentais0,756
Transparência 0,882
Burocracia 0,891
Suborno e corrupção 0,877
Método de Extração: Análise
de Componentes Principais
a. 1 componente extraído
Variância Total Explicada
Autovalores Iniciais Somas de Extração das Cargas Quadráticas
Componente Total % da Variância % Acumulado Total % da Variância % Acumulado
1 4,715 67,360 67,360 4,715 67,360 67,360
2 0,985 14,070 81,430
3 0,575 8,219 89,649
4 0,276 3,941 93,590
5 0,231 3,302 96,892
6 0,139 1,988 98,880
7 0,078 1,120 100,000
Método de Extração: Análise de Componentes Principais
Código
VariáveisDescrição das Variáveis
Início da
Série
Fim da
Série
Pesquisa
?
V103 Custo de capital 1995 2010 Sim
V105 Rating de crédito do país 1996 2009 Não
V106 Políticas do banco central 1995 2010 Sim
V110 Adaptabilidade das políticas governamentais 1995 2010 Sim
V112 Transparência 1995 2010 Sim
V113 Burocracia 1995 2010 Sim
V114 Suborno e corrupção 1995 2010 Sim
55
País apresentou a menor carga fatorial (0,734), o que ainda assim pode ser
considerado aceitável, por se tratar de um estudo exploratório. As 7 variáveis
explicaram praticamente 67,360% da variância total do construto e o resultado da
análise de confiabilidade (o alfa de Cronbach) foi bastante satisfatório ao valor de
0,918.
Quadro 10 – Análise Fatorial Exploratória: Eficiência Governamental / Legislação Empresarial
Para o subfator Legislação Empresarial, verificamos que a análise fatorial
apresentou resultados estatisticamente significantes. O construto é composto por 4
variáveis, sendo que todas elas apresentaram cargas fatoriais acima de 0,77. As 4
variáveis explicaram mais de 74% da variância total do construto e o resultado da
análise de confiabilidade (o alpha de Cronbach) foi satisfatório ao valor de 0,884.
Estatística Descritiva
N Mínimo Máximo Média Desvio Padrão
Legislação Empresarial 706 -3,25392 2,02499 0,00000 1,00000
N válidos (listwise )* 706
* eliminação do caso com dados faltantes
Estatística de Confiabilidade
Alfa de
Cronbach
Alfa de Cronbach
Baseado em Itens
Padronizados
N de
Itens
0,884 0,884 4
Matriz de Componentesa
Componente
1
Protecionismo 0,929
Contratos do setor público 0,899
Investidores estrangeiros 0,838
Legislação sobre a concorrência 0,779
Método de Extração: Análise
de Componentes Principais
a. 1 componente extraído
Variância Total Explicada
Autovalores Iniciais Somas de Extração das Cargas Quadráticas
Componente Total % da Variância % Acumulado Total % da Variância % Acumulado
1 2,978 74,461 74,461 2,978 74,461 74,461
2 0,528 13,190 87,652
3 0,313 7,836 95,488
4 0,180 4,512 100,000
Método de Extração: Análise de Componentes Principais
Código
VariáveisDescrição das Variáveis
Início da
Série
Fim da
Série
Pesquisa
?
V117 Protecionismo 1995 2010 Sim
V118 Contratos do setor público 1995 2010 Sim
V119 Investidores estrangeiros 1995 2010 Sim
V125 Legislação sobre a concorrência 1995 2010 Sim
56
Quadro 11 – Análise Fatorial Exploratória: Eficiência Governamental / Quadro Social
Para o subfator Quadro Social, verificamos que a análise fatorial apresentou
resultados estatisticamente significantes. O construto é composto por 4 variáveis,
sendo que todas elas apresentaram cargas fatoriais acima de 0,9. As 4 variáveis
explicaram 84,113% da variância total do construto e o resultado da análise de
confiabilidade (o alfa de Cronbach) foi bastante satisfatório ao nível 0,937.
Estatística Descritiva
N Mínimo Máximo Média Desvio Padrão
Quadro Social 567 -3,04595 1,59518 0,00000 1,00000
N válidos (listwise )* 567
* eliminação do caso com dados faltantes
Estatística de Confiabilidade
Alfa de
Cronbach
Alfa de Cronbach
Baseado em Itens
Padronizados
N de
Itens
0,930 0,937 4
Matriz de Componentesa
Componente
1
Justiça 0,931
Seguridade pessoal e propriedade
privada0,919
Risco de instabilidade política 0,913
Coesão social 0,905
Método de Extração: Análise
de Componentes Principais
a. 1 componente extraído
Variância Total Explicada
Autovalores Iniciais Somas de Extração das Cargas Quadráticas
Componente Total % da Variância % Acumulado Total % da Variância % Acumulado
1 3,395 84,113 84,113 3,365 84,113 84,113
2 0,317 7,922 92,035
3 0,193 4,813 96,848
4 0,126 3,152 100,000
Método de Extração: Análise de Componentes Principais
Código
VariáveisDescrição das Variáveis
Início da
Série
Fim da
Série
Pesquisa
?
V136 Justiça 1995 2010 Sim
V137 Seguridade pessoal e propriedade privada 1995 2010 Sim
V139 Risco de instabilidade política 1999 2010 Sim
V140 Coesão social 1999 2010 Sim
57
Quadro 12 – Análise Fatorial Exploratória: Eficiência Empresarial / Produtividade
Para o subfator Produtividade, verificamos que a análise fatorial apresentou
resultados estatisticamente significantes. O construto é composto por 5 variáveis,
sendo que apenas uma delas (Produtividade Agrícola (PPC)) apresentou carga
fatorial abaixo de 0,9, cujo valor foi 0,819, que por sua vez foi bastante aceitável. As
5 variáveis explicaram 86,666% da variância total do construto e o resultado da
análise de confiabilidade (o alfa de Cronbach) foi bastante satisfatório ao nível 0,960.
Estatística Descritiva
N Mínimo Máximo Média Desvio Padrão
Produtividade 567 -1,72551 3,18649 0,00000 1,00000
N válidos (listwise )* 567
* eliminação do caso com dados faltantes
Estatística de Confiabilidade
Alfa de
Cronbach
Alfa de Cronbach
Baseado em Itens
Padronizados
N de
Itens
0,872 0,960 5
Matriz de Componentesa
Componente
1
Produtividade total (PPC) 0,988
Produtividade do trabalho (PPC) 0,986
Produtividade agrícola (PPC) 0,819
Produtividade na indústria (PPC) 0,902
Produtividade nos serviços (PPC) 0,948
Método de Extração: Análise
de Componentes Principais
a. 1 componente extraído
Variância Total Explicada
Autovalores Iniciais Somas de Extração das Cargas Quadráticas
Componente Total % da Variância % Acumulado Total % da Variância % Acumulado
1 4,333 86,666 86,666 4,333 86,666 86,666
2 0,394 7,888 94,555
3 0,239 4,779 99,334
4 0,026 0,510 99,844
5 0,008 0,156 100,000
Método de Extração: Análise de Componentes Principais
Código
VariáveisDescrição das Variáveis
Início da
Série
Fim da
Série
Pesquisa
?
V148 Produtividade total (PPC) 1996 2009 Não
V151 Produtividade do trabalho (PPC) 1996 2009 Não
V153 Produtividade agrícola (PPC) 1996 2009 Não
V154 Produtividade na indústria (PPC) 1996 2009 Não
V155 Produtividade nos serviços (PPC) 1996 2009 Não
58
Quadro 13 – Análise Fatorial Exploratória: Eficiência Empresarial / Mercado de Trabalho
Para o subfator Mercado de Trabalho, verificamos que a análise fatorial apresentou
resultados estatisticamente significantes. O construto é composto por 5 variáveis,
sendo que apenas uma delas (Gestores Seniores Competentes) apresentou carga
fatorial abaixo de 0,8, cujo valor é 0,738, ainda assim sendo aceitável. As 5 variáveis
explicaram mais de 71% da variância total do construto e o resultado da análise de
confiabilidade (o alfa de Cronbach) foi bastante satisfatório ao nível 0,897.
Estatística Descritiva
N Mínimo Máximo Média Desvio Padrão
Mercado de Trabalho 705 2,51998 2,19420 0,00000 1,00000
N válidos (listwise )* 705
* eliminação do caso com dados faltantes
Estatística de Confiabilidade
Alfa de
Cronbach
Alfa de Cronbach
Baseado em Itens
Padronizados
N de
Itens
0,894 0,897 5
Matriz de Componentesa
Componente
1
Relações trabalhistas 0,858
Motivação do trabalhador 0,930
Treinamento dos empregados 0,860
Experiência internacional 0,819
Gestores seniors competentes 0,738
Método de Extração: Análise
de Componentes Principais
a. 1 componente extraído
Variância Total Explicada
Autovalores Iniciais Somas de Extração das Cargas Quadráticas
Componente Total % da Variância % Acumulado Total % da Variância % Acumulado
1 3,555 71,103 71,103 3,555 71,103 71,103
2 0,686 13,728 84,831
3 0,337 6,738 91,569
4 0,299 5,978 97,547
5 0,123 2,453 100,000
Método de Extração: Análise de Componentes Principais
Código
VariáveisDescrição das Variáveis
Início da
Série
Fim da
Série
Pesquisa
?
V171 Relações trabalhistas 1995 2010 Sim
V172 Motivação do trabalhador 1995 2010 Sim
V174 Treinamento dos empregados 1995 2010 Sim
V186 Experiência internacional 1995 2010 Sim
V187 Gestores seniors competentes 1995 2010 Sim
59
Quadro 14 – Análise Fatorial Exploratória: Eficiência Empresarial / Finanças
Para o subfator Finanças, verificamos que embora os resultados da análise fatorial
não tenham sido tão bons quanto os resultados para a Economia Doméstica, ainda
assim apresentou resultados satisfatórios. O construto é composto por 4 variáveis,
sendo que todas elas apresentaram cargas fatoriais superiores a 0,72. As 4
variáveis explicaram 64,249% da variância total do construto, o que não é
estatisticamente robusto, e o resultado da análise de confiabilidade (o alfa de
Cronbach) foi satisfatório ao nível 0,812.
Estatística Descritiva
N Mínimo Máximo Média Desvio Padrão
Finanças 643 -2,18481 3,99897 0,00000 1,00000
N válidos (listwise )* 643
* eliminação do caso com dados faltantes
Estatística de Confiabilidade
Alfa de
Cronbach
Alfa de Cronbach
Baseado em Itens
Padronizados
N de
Itens
0,004 0,812 4
Matriz de Componentesa
Componente
1
Capitalização do mercado de ações
(Percentual do PIB)0,758
Valor negociado em bolsa 0,728
Crédito 0,840
Venture capital 0,872
Método de Extração: Análise
de Componentes Principais
a. 1 componente extraído
Variância Total Explicada
Autovalores Iniciais Somas de Extração das Cargas Quadráticas
Componente Total % da Variância % Acumulado Total % da Variância % Acumulado
1 2,570 64,249 64,249 2,570 64,249 64,249
2 0,732 18,291 82,539
3 0,481 12,014 94,553
4 0,218 5,447 100,000
Método de Extração: Análise de Componentes Principais
Código
VariáveisDescrição das Variáveis
Início da
Série
Fim da
Série
Pesquisa
?
V198 Capitalização do mercado de ações (Percentual do PIB) 1995 2008 Não
V199 Valor negociado em bolsa 1995 2008 Não
V203 Crédito 1995 2010 Sim
V204 Venture capital 1995 2010 Sim
60
Quadro 15 – Análise Fatorial Exploratória: Eficiência Empresarial / Práticas Gerenciais
Para o subfator Práticas Gerenciais, verificamos que a análise fatorial apresentou
resultados estatisticamente significantes. O construto é composto por 4 variáveis,
sendo que todas elas apresentaram cargas fatoriais superiores a 0,79. As 4
variáveis explicaram 77,501% da variância total do construto e o resultado da
análise de confiabilidade (o alfa de Cronbach) foi bastante satisfatório ao nível 0,902.
Estatística Descritiva
N Mínimo Máximo Média Desvio Padrão
Práticas Gerenciais 706 -3,36625 2,14067 0,00000 1,00000
N válidos (listwise )* 706
* eliminação do caso com dados faltantes
Estatística de Confiabilidade
Alfa de
Cronbach
Alfa de Cronbach
Baseado em Itens
Padronizados
N de
Itens
0,900 0,902 4
Matriz de Componentesa
Componente
1
Credibilidade dos gestores 0,906
Conselhos de administração 0,891
Satisfação do cliente 0,799
Responsabilidade social 0,920
Método de Extração: Análise
de Componentes Principais
a. 1 componente extraído
Variância Total Explicada
Autovalores Iniciais Somas de Extração das Cargas Quadráticas
Componente Total % da Variância % Acumulado Total % da Variância % Acumulado
1 3,100 77,501 77,501 3,100 77,501 77,501
2 0,500 12,507 90,009
3 0,215 5,371 95,380
4 0,185 4,620 100,000
Método de Extração: Análise de Componentes Principais
Código
VariáveisDescrição das Variáveis
Início da
Série
Fim da
Série
Pesquisa
?
V208 Credibilidade dos gestores 1995 2010 Sim
V209 Conselhos de administração 1995 2010 Sim
V211 Satisfação do cliente 1995 2010 Sim
V213 Responsabilidade social 1995 2010 Sim
61
Quadro 16 – Análise Fatorial Exploratória: Eficiência Empresarial / Atitudes e Valores
Para o subfator Atitudes e Valores, verificamos que embora os resultados da análise
fatorial não tenham sido tão bons quanto os resultados para a Economia Doméstica,
ainda assim apresentou resultados satisfatórios. O construto é composto por 4
variáveis, sendo que todas elas apresentaram cargas fatoriais superiores a 0,73. As
4 variáveis explicaram mais de 65% da variância total do construto, o que não é
muito satisfatório, e o resultado da análise de confiabilidade (o alfa de Cronbach) foi
considerado satisfatório ao nível 0,822.
Estatística Descritiva
N Mínimo Máximo Média Desvio Padrão
Atitudes e Valores 660 -2,61329 2,44088 0,00000 1,00000
N válidos (listwise )* 660
* eliminação do caso com dados faltantes
Estatística de Confiabilidade
Alfa de
Cronbach
Alfa de Cronbach
Baseado em Itens
Padronizados
N de
Itens
0,780 0,822 4
Matriz de Componentesa
Componente
1
Imagem fora do país 0,735
Cultura nacional 0,795
Flexibilidade e adaptabilidade 0,816
Sistema de valores 0,880
Método de Extração: Análise
de Componentes Principais
a. 1 componente extraído
Variância Total Explicada
Autovalores Iniciais Somas de Extração das Cargas Quadráticas
Componente Total % da Variância % Acumulado Total % da Variância % Acumulado
1 2,615 65,364 65,364 2,615 65,364 65,364
2 0,811 20,265 85,628
3 0,376 9,389 95,017
4 0,199 4,983 100,000
Método de Extração: Análise de Componentes Principais
Código
VariáveisDescrição das Variáveis
Início da
Série
Fim da
Série
Pesquisa
?
V216 Imagem fora do país 1995 2010 Sim
V217 Cultura nacional 1995 2010 Sim
V218 Flexibilidade e adaptabilidade 1997 2010 Sim
V220 Sistema de valores 1995 2010 Sim
62
Quadro 17 – Análise Fatorial Exploratória: Infraestrutura / Infraestrutura Básica
Para o subfator Infraestrutura Básica, o primeiro referente ao fator Infraestrutura,
verificamos que a análise fatorial apresentou resultados estatisticamente
significantes. O construto é composto por 4 variáveis, sendo que todas elas
apresentaram cargas fatoriais acima de 0,88. As 5 variáveis explicaram mais de 87%
da variância total do construto e o resultado da análise de confiabilidade (o alfa de
Cronbach) foi bastante satisfatório ao valor de 0,951.
Estatística Descritiva
N Mínimo Máximo Média Desvio Padrão
Infraestrutura Básica 718 -2,19656 2,11131 0,00417 0,99943
N válidos (listwise )* 718
* eliminação do caso com dados faltantes
Estatística de Confiabilidade
Alfa de
Cronbach
Alfa de Cronbach
Baseado em Itens
Padronizados
N de
Itens
0,951 0,951 4
Matriz de Componentesa
Componente
1
Urbanização 0,887
Infraestrutura de distribuição 0,968
Transporte aquaviário 0,939
Manutenção e desenvolvimento 0,942
Método de Extração: Análise
de Componentes Principais
a. 1 componente extraído
Variância Total Explicada
Autovalores Iniciais Somas de Extração das Cargas Quadráticas
Componente Total % da Variância % Acumulado Total % da Variância % Acumulado
1 3,493 87,322 87,322 3,493 87,322 87,322
2 0,285 7,117 94,439
3 0,139 3,479 97,918
4 0,083 2,082 100,000
Método de Extração: Análise de Componentes Principais
Código
VariáveisDescrição das Variáveis
Início da
Série
Fim da
Série
Pesquisa
?
V227 Urbanização 1995 2010 Sim
V236 Infraestrutura de distribuição 1996 2010 Sim
V237 Transporte aquaviário 1997 2010 Sim
V238 Manutenção e desenvolvimento 1997 2010 Sim
63
Quadro 18 – Análise Fatorial Exploratória: Infraestrutura / Infraestrutura Tecnológica
Para o subfator Infraestrutura Tecnológica, verificamos também que a análise fatorial
apresentou resultados estatisticamente significantes. O construto é composto por 4
variáveis, sendo que apenas a variável Habilidades com Tecnologia da Informação
apresentou carga fatorial abaixo de 0,9, cujo valor foi 0,777, o que ainda assim é
aceitável. As 5 variáveis explicaram 77,399% da variância total do construto e o
resultado da análise de confiabilidade (o alfa de Cronbach) foi bastante satisfatório
ao valor de 0,904.
Estatística Descritiva
N Mínimo Máximo Média Desvio Padrão
Infraestrutura Tecnológica 518 -1,83315 2,40817 0,15412 1,00777
N válidos (listwise )* 518
* eliminação do caso com dados faltantes
Estatística de Confiabilidade
Alfa de
Cronbach
Alfa de Cronbach
Baseado em Itens
Padronizados
N de
Itens
0,641 0,904 4
Matriz de Componentesa
Componente
1
Computadores per capita 0,924
Usuários de internet 0,900
Habilidades com tecnologia da
informação0,777
Cooperação tecnológica 0,910
Método de Extração: Análise
de Componentes Principais
a. 1 componente extraído
Variância Total Explicada
Autovalores Iniciais Somas de Extração das Cargas Quadráticas
Componente Total % da Variância % Acumulado Total % da Variância % Acumulado
1 3,096 77,399 77,399 3,096 77,399 77,399
2 0,617 15,419 92,818
3 0,224 5,606 98,424
4 0,063 1,576 100,000
Método de Extração: Análise de Componentes Principais
Código
VariáveisDescrição das Variáveis
Início da
Série
Fim da
Série
Pesquisa
?
V255 Computadores per capita 1996 2009 Não
V256 Usuários de internet 2000 2009 Não
V260 Habilidades com tecnologia da informação 1999 2010 Sim
V262 Cooperação tecnológica 1995 2010 Sim
64
Quadro 19 – Análise Fatorial Exploratória: Infraestrutura / Infraestrutura Científica
Para o subfator Infraestrutura Científica, verificamos que a análise fatorial
apresentou resultados estatisticamente significantes. O construto é composto por 4
variáveis, sendo que todas elas apresentaram cargas fatoriais acima de 0,85. As 4
variáveis explicaram mais de 77% da variância total do construto e o resultado da
análise de confiabilidade (o alfa de Cronbach) foi bastante satisfatório ao valor de
0,903.
Estatística Descritiva
N Mínimo Máximo Média Desvio Padrão
Infraestrutura Científica 594 -1,61604 2,47609 0,04421 0,99722
N válidos (listwise )* 594
* eliminação do caso com dados faltantes
Estatística de Confiabilidade
Alfa de
Cronbach
Alfa de Cronbach
Baseado em Itens
Padronizados
N de
Itens
0,017 0,903 4
Matriz de Componentesa
Componente
1
Gasto total em P&D (Percentual do
PIB)0,901
Gasto total em P&D (per capita) 0,898
Direitos sobre a propriedade
intelectual0,852
Transferência de conhecimento 0,879
Método de Extração: Análise
de Componentes Principais
a. 1 componente extraído
Variância Total Explicada
Autovalores Iniciais Somas de Extração das Cargas Quadráticas
Componente Total % da Variância % Acumulado Total % da Variância % Acumulado
1 3,115 77,885 77,885 3,115 77,885 77,885
2 0,445 11,137 89,021
3 0,271 6,786 95,807
4 0,168 4,193 100,000
Método de Extração: Análise de Componentes Principais
Código
VariáveisDescrição das Variáveis
Início da
Série
Fim da
Série
Pesquisa
?
V270 Gasto total em P&D (Percentual do PIB) 1995 2008 Não
V271 Gasto total em P&D (per capita) 1995 2008 Não
V289 Direitos sobre a propriedade intelectual 1995 2010 Sim
V290 Transferência de conhecimento 1995 2010 Sim
65
Quadro 20 – Análise Fatorial Exploratória: Infraestrutura / Saúde e Ambiente
Para o subfator Saúde e Ambiente, verificamos que a análise fatorial apresentou em
geral resultados estatisticamente significantes. O construto é composto por 5
variáveis, sendo que todas elas apresentaram cargas fatoriais acima de 0,83, exceto
a variável Problemas com Saúde, que apresentou valor de 0,685, o que não é
estatisticamente satisfatório. As 5 variáveis explicaram mais de 71% da variância
total do construto e o resultado da análise de confiabilidade (o alfa de Cronbach) foi
bastante satisfatório ao valor de 0,899.
Estatística Descritiva
N Mínimo Máximo Média Desvio Padrão
Saúde e Ambiente 556 -2,75842 1,93511 0,00000 1,00000
N válidos (listwise )* 556
* eliminação do caso com dados faltantes
Estatística de Confiabilidade
Alfa de
Cronbach
Alfa de Cronbach
Baseado em Itens
Padronizados
N de
Itens
0,009 0,899 5
Matriz de Componentesa
Componente
1
Gasto total com saúde per capita 0,838
Expectativa de vida ao nascer 0,894
Índice de desenvolvimento
humano0,918
Problemas com saúde 0,685
Qualidade de vida 0,881
Método de Extração: Análise
de Componentes Principais
a. 1 componente extraído
Variância Total Explicada
Autovalores Iniciais Somas de Extração das Cargas Quadráticas
Componente Total % da Variância % Acumulado Total % da Variância % Acumulado
1 3,590 71,792 71,792 3,590 71,792 71,792
2 0,650 13,008 84,800
3 0,447 8,934 93,734
4 0,236 4,726 98,460
5 0,077 1,540 100,000
Método de Extração: Análise de Componentes Principais
Código
VariáveisDescrição das Variáveis
Início da
Série
Fim da
Série
Pesquisa
?
V293 Gasto total com saúde per capita 1996 2008 Não
V296 Expectativa de vida ao nascer 1995 2007 Não
V302 Índice de desenvolvimento humano 1995 2007 Não
V303 Problemas com saúde 1995 2010 Sim
V319 Qualidade de vida 1995 2010 Sim
66
Quadro 21 – Análise Fatorial Exploratória: Infraestrutura / Educação
Para o subfator Educação, último do fator Infraestrutura, verificamos que a análise
fatorial apresentou em geral resultados estatisticamente significantes. O construto é
composto por 4 variáveis, sendo que duas variáveis apresentaram cargas fatoriais
abaixo de 0,9, uma delas (Ciência em Escolas) apresentou carga fatorial 0,761 e a
outra variável (Gasto Público Total em Educação Per Capita) apresentou o valor
0,553, o que não é estatisticamente satisfatório. As 4 variáveis explicaram pouco
mais de 66% da variância total do construto e o resultado da análise de
confiabilidade (o alfa de Cronbach) foi satisfatório ao nível 0,816.
Estatística Descritiva
N Mínimo Máximo Média Desvio Padrão
Educação 468 -2,16210 2,39121 0,00000 1,00000
N válidos (listwise )* 468
* eliminação do caso com dados faltantes
Estatística de Confiabilidade
Alfa de
Cronbach
Alfa de Cronbach
Baseado em Itens
Padronizados
N de
Itens
0,003 0,816 4
Matriz de Componentesa
Componente
1
Gasto público total em educação
per capita0,553
Sistema educacional 0,974
Ciência em escolas 0,761
Educação universitária 0,911
Método de Extração: Análise
de Componentes Principais
a. 1 componente extraído
Variância Total Explicada
Autovalores Iniciais Somas de Extração das Cargas Quadráticas
Componente Total % da Variância % Acumulado Total % da Variância % Acumulado
1 2,664 66,604 66,604 2,664 66,604 66,604
2 0,937 23,430 90,034
3 0,324 8,095 98,130
4 0,075 1,870 100,000
Método de Extração: Análise de Componentes Principais
Código
VariáveisDescrição das Variáveis
Início da
Série
Fim da
Série
Pesquisa
?
V321 Gasto público total em educação per capita 1995 2008 Não
V331 Sistema educacional 1995 2010 Sim
V332 Ciência em escolas 1995 2010 Sim
V333 Educação universitária 1999 2010 Sim
67
4.2. RESULTADOS DA MODELAGEM DE EQUAÇÕES
ESTRUTURAIS
Nesta seção, serão expostos os resultados obtidos com a Modelagem de Equações
Estruturais e, assim, poderemos visualizar e analisar se tais resultados estão ou não
de acordo com as hipóteses anteriormente levantadas.
Antes de passarmos à exposição dos modelos, é importante esclarecer uma
importante questão a respeito da metodologia utilizada para se chegar aos
resultados. Os 20 fatores de primeira ordem são suportados pelas variáveis que os
compõem, sendo que o modelo conceitual foi testado utilizando os Fatores Escores
dos fatores obtidos através das Análises Fatoriais Exploratórias como Indicadores de
Mensuração.
A seguir, a figura 6 apresenta a configuração do Modelo de Equações Estruturais no
AMOS, enquanto a figura 7 apresenta o modelo e as hipóteses a serem testadas e a
figura 8 expõe os resultados obtidos.
Figura 6 – Configuração do Modelo de Equações Estruturais no AMOS
68
Figura 7 – O Modelo de Equações Estruturais e as hipóteses a serem testadas
Figura 8 – Resultados obtidos com o Modelo de Equações Estruturais
69
As medidas de ajuste reportadas, o Comparative Fit Index (CFI), o Normed Fit Index
(NFI) e a Root Mean Square of Approximation (RMSEA) apresentam os valores
0,746, 0,738 e 0,148, respectivamente. Embora fosse ideal que o CFI e o NFI
apresentassem valores superiores a 0,85 e a RMSEA apresentasse valor abaixo de
0,1, os resultados obtidos podem ainda assim serem considerados satisfatórios, uma
vez que se trata de um estudo exploratório.
Além disso, como podemos perceber, os pesos padronizados de regressão das
hipóteses H1a e H2a são positivos e estatisticamente significantes, conforme
esperado, enquanto os pesos padronizados de regressão das hipóteses H1b e H2b
não são estatisticamente significantes. Embora a dimensão da Eficiência
Governamental não tenha sido estatisticamente significante, seja na sua relação
com a Infraestrutura, seja na sua relação com o Desempenho Econômico, o
resultado obtido com o modelo não deve ser considerado inválido, uma vez que a
relação Estrutura, Processos e Desempenho a nível nacional foi comprovada, ainda
que apenas pelo caminho Infraestrutura, Eficiência Empresarial e Desempenho
Econômico.
Dessa maneira, foi testado um modelo alternativo para verificar se o padrão de
comportamento entre as quatro dimensões e os seus níveis de significância
estatística seriam mantidos. Os subfatores Comércio Internacional e Preços
presentes na dimensão do Desempenho Econômico, além do subfator Finanças
Públicas da dimensão Eficiência Governamental, foram excluídos, visto que os
resultados obtidos com as Análises Fatoriais Exploratórias não foram muito
satisfatórios e robustos. A figura 9 apresenta o modelo alternativo e a figura 10
expõe os seus resultados.
70
Figura 9 – Modelo alternativo de Equações Estruturais
Figura 10 – Resultados obtidos com o Modelo Alternativo de Equações Estruturais
71
Com a exclusão dos 3 subfatores anteriormente mencionados, os resultados obtidos
com o modelo alternativo apresentaram algumas diferenças importantes. Com
relação às medidas de ajuste reportadas, as alterações apresentadas foram
pequenas, em que o CFI passou de 0,746 para 0,747, o NFI passou de 0,738 para
0,740 e a RMSEA passou de 0,148 para 0,162. Com isso, essas pequenas
diferenças não impactam na interpretação dos resultados dessas medidas para o
modelo alternativo, ou seja, embora fosse ideal que o CFI e o NFI apresentassem
valores superiores a 0,85 e a RMSEA apresentasse valor abaixo de 0,1, os
resultados obtidos podem ainda assim serem considerados satisfatórios, uma vez
que se trata de um estudo exploratório.
Já os resultados esperados pelas hipóteses relacionados ao padrão de
comportamento entre as quatro dimensões e os seus níveis de significância
estatística foram consideravelmente diferentes. As relações de causalidade positiva
entre Infraestrutura e Eficiência Empresarial, assim como entre Eficiência
Empresarial e Desempenho Econômico, foram mantidas, além dos seus pesos
padronizados de regressão continuarem estatisticamente significantes (o p-valor do
peso padronizado de regressão da relação Infraestrutura e Eficiência Empresarial
manteve o mesmo nível, enquanto o p-valor do peso padronizado de regressão da
relação Eficiência Empresarial e Desempenho Econômico tornou-se mais robusto,
passando de um p-valor abaixo de 0,005 para um p-valor abaixo de 0,001) e sem
grandes alterações em termos de valores. Entretanto, o papel da dimensão da
Eficiência Governamental passou a ser estatisticamente significante, sendo que o
nível de significância da relação entre Infraestrutura e Eficiência Governamental é
bem maior (p-valor abaixo de 0,001) do que o da relação entre Eficiência
Governamental e Desempenho Econômico (p-valor abaixo de 0,1). Além disso, o
peso padronizado de regressão da relação entre Infraestrutura e Eficiência
Governamental apresentou valor positivo de 0,917, conforme o esperado, enquanto
o peso padronizado de regressão da relação entre Eficiência Governamental e
Desempenho Econômico apresentou valor negativo de 0,236, implicando em uma
causalidade negativa entre tais dimensões, ao contrário do que a hipótese sobre a
relação entre Processos e Desempenho supunha.
72
Desse modo, podemos concluir que ambos os modelos apresentados confirmam as
hipóteses das relações de causalidade positiva entre as dimensões de Infraestrutura
e Eficiência Empresarial, assim como das dimensões de Eficiência Empresarial e
Desempenho Econômico. Ao mesmo tempo, ambos os modelos apresentaram
resultados diferentes para as relações entre as dimensões de Infraestrutura e
Eficiência Governamental, assim como entre Eficiência Governamental e
Desempenho Econômico. Isso torna o resultado inconclusivo, fazendo-se necessário
um aprofundamento futuro em um estudo que busque compreender melhor o papel
da dimensão Eficiência Governamental e seus subfatores com relação ao
enquadramento no modelo, ou seja, as ligações entre tal dimensão e seus
subfatores com as demais dimensões (Infraestrutura, Eficiência Empresarial e
Desempenho Econômico).
73
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Este último capítulo contará com as considerações finais a respeito do estudo
apresentado nesta dissertação, além de uma seção sobre algumas de suas
limitações e outra seção em que são reunidas algumas sugestões para estudos
futuros.
Como dito no capítulo anterior, as hipóteses sobre as relações de causalidade
positiva entre infraestrutura, processos e desempenho econômico a nível nacional
foram comprovadas pelas dimensões de Infraestrutura, Eficiência Empresarial e
Desempenho Econômico através dos Modelos de Equações Estruturais
apresentados, enquanto os mesmos modelos chegaram a resultados inconclusivos
para o caminho Infraestrutura, Eficiência Governamental e Desempenho Econômico.
Em virtude dos resultados terem sido inconclusivos, o papel da dimensão da
Eficiência Governamental deve ser melhor explorado, o que aponta como sugestão
para estudos futuros, como descritos na segunda seção a seguir.
5.1. LIMITAÇÕES DO ESTUDO
O presente estudo apresenta algumas limitações como:
Dados utilizados: os modelos analisados nesta dissertação fizeram uso tanto
de dados objetivos (hard data), quanto de dados “subjetivos” (surveys”),
enquanto o ideal seria utilizar apenas um tipo de dados, sendo
preferencialmente, dados objetivos.
Tamanho da amostra: o banco de dados do IMD, o WCY 2010, utilizado
nesse estudo conta com dados referentes a 58 países diferentes entre os
anos de 1995 e 2010. Embora os 58 países da amostra contenham as
maiores e mais importantes economias do mundo, um número maior de
nações traria contribuições positivas, uma vez que os resultados poderiam ser
mais significativos e robustos. Além disso, como os dados são coletados
74
anualmente, à medida que os anos passarem, o banco de dados contará com
séries de informações mais longas, que por sua vez contribuirá positivamente
para futuras análises.
Modelagem de Equações Estruturais: Hair, Black et al. (1998) destacam duas
importantes limitações da modelagem de equações estruturais:
relacionamentos lineares, e dados com distribuição normal. Nem sempre as
relações reais ocorrem de forma linear e é possível que outras funções
matemáticas como exponencial ou logarítmica expliquem o fenômeno, ou
mesmo que nenhuma função matemática se preste a explicar a dinâmica dos
fatos.
5.2. ESTUDOS FUTUROS
A partir das análises conduzidas nessa dissertação, dos seus resultados e das suas
limitações, podemos destacar algumas sugestões e direcionamentos para estudos
futuros.
Existem algumas restrições na condução das análises estatísticas em virtude da
quantidade de dados disponíveis, mesmo contando com a vasta base de dados do
WCY 2010, englobando 58 países, mais de 300 variáveis em séries temporais que
compreendiam os anos entre 1995 e 2010. À medida que o WCY expandir sua base
com o aumento das suas séries ao passar dos anos e com a introdução de novas
variáveis e até mesmo outros subfatores, abrir-se-á um leque de oportunidades para
novos estudos, seja pela quantidade de casos disponíveis, seja pelas novas
variáveis e/ou subfatores contemplados. Uma alternativa para a limitação sobre a
disponibilidade de dados seria a inclusão de outras fontes de dados secundários
como, por exemplo, o World Development Indicators (WDI), base de dados do
Banco Mundial.
Uma sugestão para estudos futuros seria a análise de modelos por grupos de países
e a utilização de variáveis moderadoras para tal. Assim como em estudos com
consumidores, nos quais importantes conclusões são geradas através de análises
75
que conduzem experimentos ao repartir a amostra por gênero, por idade, por classe
social ou alguma outra característica, insights interessantes poderiam ser obtidos
com outras diferentes análises por grupos de países. Os resultados das análises
sobre as hipóteses das relações de causalidade entre as dimensões pesquisadas
poderiam ser diferentes entre, por exemplo, países emergentes, como o Brasil e a
China, e países desenvolvidos, como os Estados Unidos e a Alemanha. Sugestões
de grupos seriam a repartição da amostra por blocos econômicos, regiões
geográficas, características naturais ou políticas, entre outros. Entretanto, as
análises por grupos implicam num menor número de casos para cada grupo (uma
vez que a amostra de dados é repartida entre os grupos a serem analisados), que
por sua vez, dependendo do tamanho da base de dados, pode-se incorrer em
restrições na realização de certas análises estatísticas. Foi justamente esse o motivo
pelo qual a presente dissertação não conduziu tal tipo de análise.
Outra possibilidade para estudos futuros seria relacionada à configuração do Modelo
de Equações Estruturais. As análises seriam conduzidas de modo diferente desse
estudo, quando a MEE foi de primeira ordem, pois o modelo conceitual foi testado
utilizando os Fatores Escores dos fatores obtidos através das Análises Fatoriais
Exploratórias como Indicadores de Mensuração. A MEE poderia ser de segunda
ordem, fazendo com que a parte referente a Processos no modelo fosse composta
pelas dimensões de Eficiência Empresarial e Eficiência Governamental, sem que o
modelo testasse separadamente as relações dessas dimensões com Infraestrutura e
Desempenho Econômico, como feito nesta dissertação.
Por fim, os resultados referentes a dimensão Eficiência Governamental foram
inconclusivos, o que suscita a necessidade de um aprofundamento da compreensão
do papel desempenhado por essa dimensão no modelo.
76
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Development (IMD). Lausanne. 2010
81
APÊNDICE
a) REPORTAGENS
Reportagem Fonte Data
Crescimento econômico em taxa chinesa expõe as
falhas na infraestruturaCorreio Brasiliense 10/Jun/2010
Pesquisa aponta logística como o maior gargalo do
paísO Estado de São Paulo 21/Jul/2010
Baixa atratividade financeira desestimula projetos em
infraestruturaValor Econômico 21/Jul/2010
Ministro defende redução de custos logísticos para
aumentar investimentosValor Econômico 29/Jul/2010
Gargalo logístico eleva custo e pode travar a produção Valor Econômico 09/Ago/2010
Brasil tem pior infraestrutura entre os países do BRIC Webtranspo 15/Set/2010
Brasil precisa investir 5% do PIB em infraestrutura de
transporteAmcham Brasil 21/Set/2010
Gargalos na infraestrutura impõem desafio ao futuro
presidenteO Estado de São Paulo 29/Set/2010
Más condições elevam preço do frete Valor Econômico 28/Out/2010
Dilma terá de investir mais em infraestrutura para
diminuir o custo da produção no paísAgência Brasil 01/Nov/2010
A construção do futuro Isto É Dinheiro 03/Jan/2011
A infraestrutura precária O Estado de São Paulo 19/Mar/2011
Transporte de safra do Centro-Oeste até o porto custa
quatro vezes mais que na ArgentinaJornal do Brasil 21/Mar/2011
Secretário americano destaca gargalos de
infraestruturaValor Econômico 22/Mar/2011
País precisa investir R$ 804 bi em infraestrutura, diz
estudoValor Econômico 27/Mai/2011
82
b) LISTA DE PAÍSES
A seguir, visualizamos a lista com os 58 países integrantes da amostra do WCY
2010.
Lista dos 58 países do WCY 2010
c) LISTA DE VARIÁVEIS
A seguir, podemos visualizar a lista das variáveis com suas respectivas descrições,
anos de início e fim da série, além da sua classificação dentro do banco de dados.
- África do Sul - Cingapura - França - Jordânia - República Tcheca
- Alemanha - Colômbia - Grécia - Lituânia - Romênia
- Argentina - Coréia - Holanda - Luxemburgo - Rússia
- Austrália - Croácia - Hong Kong - Malásia - Suécia
- Áustria - Dinamarca - Hungria - México - Suiça
- Bélgica - Eslováquia - Índia - Noruega - Tailândia
- Brasil - Eslovênia - Indonésia - Nova Zelândia - Taiwan
- Bulgária - Espanha - Irlanda - Peru - Turquia
- Canadá - Estados Unidos - Islândia - Polônia - Ucrânia
- Cazaquistão - Estônia - Israel - Portugal - Venezuela
- Chile - Filipinas - Itália - Qatar
- China - Finlândia - Japão - Reino Unido
83
i. Desempenho Econômico (Economic Performance)
a. Economia Doméstica (Domestic Economy)
Código
Variáveis
Descrição das Variáveis
(Inglês)
Descrição das Variáveis
(Tradução)
Início da
Série
Fim da
Série
Pesquisa
?
V001 Gross domestic product (GDP) Produto interno bruto (PIB) 1996 2009 Não
V002 GDP (PPP) PIB (PPC) 1996 2009 Não
V003 World GDP contributionContirbuição para o PIB
mundial2008 2009 Não
V004Household consumption
expenditure (US$ Billions)
Consumo das famílias (US$
Bilhões)1996 2009 Não
V005Household consumption
expenditure (Percentage GDP)
Consumo das famílias
(Percentual do PIB)1996 2009 Não
V006Government consumption
expenditure (US$ Billions)
Gastos do governo (US$
Bilhões)1996 2009 Não
V007Government consumption
expenditure (Percentage GDP)
Gastos do governo (Percentual
do PIB)1996 2009 Não
V008Gross fixed capital formation
(US$ Billions)
Formação bruta de capital fixo
(US$ Bilhões)1996 2009 Não
V009Gross fixed capital formation
(Percentage GDP)
Formação bruta de capital fixo
(Percentual do PIB)1996 2009 Não
V010Gross domestic savings (US$
Billions)
Poupança interna bruta (US$
Bilhões)1996 2009 Não
V011Gross domestic savings
(Percentage GDP)
Poupança interna bruta
(Percentual do PIB)1996 2009 Não
V012 Economic Sectors Setores Econômicos
V013 Diversification of the economy Diversificação da economia 2007 2010 Sim
V014 Real GDP Growth Crescimento real do PIB 1996 2009 Não
V015 Real GDP Growth per capitaCrescimento real do PIB per
capita1996 2009 Não
V016Household consumption
expenditure - real growth
Consumo das famílias -
crescimento real1998 2009 Não
V017Government consumption
expenditure - real growth
Gastos do governo -
crescimento real1998 2009 Não
V018Gross fixed capital formation -
real growth
Formação bruta de capital fixo -
crescimento real1998 2009 Não
V019 Resilience of the economy Resiliência da economia 2002 2010 Sim
V020 GDP per capita PIB per capita 1996 2009 Não
V021 GDP (PPP) per capita PIB (PPC) per capita 1996 2009 Não
V022 Forecast Real GDP GrowthPrevisão do crescimento real
do PIB2010 2010 Não
V023 Forecast Inflation Previsão da inflação 2010 2010 Não
V024 Forecast Unemployment Previsão de desemprego 2010 2010 Não
V025Forecast Current account
balance
Previsão do saldo em
transações correntes2010 2010 Não
Não existente
84
b. Comércio Internacional (International Trade)
Código
VariáveisDescrição das Variáveis (Inglês)
Descrição das Variáveis
(Tradução)
Início da
Série
Fim da
Série
Pesquisa
?
V026Current account balance (US$
Billions)
Saldo em transações correntes
(US$ Bilhões)1996 2009 Não
V027Current account balance
(Percentage GDP)
Saldo em transações correntes
(Percentual do PIB)1996 2009 Não
V028 Balance of trade (US$ Billions) Balança comercial (US$ Bilhões) 1996 2009 Não
V029Balance of trade (Percentage
GDP)
Balança comercial (Percentual
do PIB)1996 2009 Não
V030Balance of commercial services
(US$ Billions)
Balança de serviços (US$
Bilhões)1996 2009 Não
V031Balance of commercial services
(Percentage GDP)
Balança de serviços (Percentual
do PIB)1996 2009 Não
V032 World exports contributionContribuição para as
exportações mundiais2009 2009 Não
V033 Exports of goods (US$ Billions)Exportação de bens (US$
Bilhões)1996 2009 Não
V034Exports of goods (Percentage
GDP)
Exportação de bens (Percentual
do PIB)1996 2009 Não
V035 Exports of goods - growthExportação de bens -
crescimento1996 2009 Não
V036Exports of commercial services
(US$ Billions)
Exportações de serviços (US$
Bilhões)1996 2009 Não
V037Exports of commercial services
(Percentage GDP)
Exportações de serviços
(Percentual do PIB)1996 2009 Não
V038Exports of commercial services -
growth
Exportações de serviços -
crescimento1996 2009 Não
V039Exports breakdown by
economic sector
Quebra das exportações por
setor econômico
V040Imports of goods & commercial
services (US$ Billions)
Importações de bens e serviços
(US$ Bilhões)1996 2009 Não
V041Imports of goods & commercial
services (Percentage GDP)
Importações de bens e serviços
(Percentual do PIB)1996 2009 Não
V042Imports of goods & commercial
services - growth
Importações de bens e serviços -
crescimento1996 2009 Não
V043Imports breakdown by
economic sector
Quebra das importações por
setor econômico
V044 Trade to GDP ratio Comércio em relação ao PIB 1996 2009 Não
V045 Terms of trade index Índice de termos de troca 1997 2009 Não
V046 Tourism receipts Receitas com turismo 1995 2008 Não
V047 Exchange rates Taxas de câmbio 1997 2010 Sim
Não existente
Não existente
85
c. Investimento Internacional (International Investment)
Código
VariáveisDescrição das Variáveis (Inglês) Descrição das Variáveis (Tradução)
Início da
Série
Fim da
Série
Pesquisa
?
V048Direct investment flows abroad
(US$ Billions)
Fluxos de investimento direto para o
exterior (US$ Bilhões)1996 2009 Não
V049Direct investment flows abroad
(Percentage GDP)
Fluxos de investimento direto para o
exterior (Percentual do PIB)1996 2009 Não
V050Direct investment stocks abroad
(US$ Billions)
Investimento direto em ativos para o
exterior (US$ Bilhões)1995 2008 Não
V051Direct investment stocks abroad
(Percentage GDP)
Investimento direto em ativos para o
exterior (Percentual do PIB)1995 2008 Não
V052Direct investment flows inward
(US$ Billions)
Fluxos de investimento direto do
exterior para o país (US$ Bilhões)1996 2009 Não
V053Direct investment flows inward
(Percentage GDP)
Fluxos de investimento direto do
exterior para o país (Percentual do PIB)1996 2009 Não
V054Direct investment stocks inward
(US$ Billions)
Investimento direto em ativos do
exterior para o país (US$ Bilhões)1995 2008 Não
V055Direct investment stocks inward
(Percentage GDP)
Investimento direto em ativos do
exterior para o país (Percentual do PIB)1995 2008 Não
V056Balance of direct investment
flows (US$ Billions)
Balanço dos fluxos de investimento
direto (US$ Bilhões)1996 2009 Não
V057Balance of direct investment
flows (Percentage GDP)
Balanço dos fluxos de investimento
direto (Percentual do PIB)1996 2009 Não
V058Net position in direct investment
stocks (US$ Billions)
Posição líquida em investimento direto
em ativos (US$ Bilhões)1995 2008 Não
V059Net position in direct investment
stocks (Percentage GDP)
Posição líquida em investimento direto
em ativos (Percentual do PIB)1995 2008 Não
V060 Relocation threats of production Ameaças de realocação da produção 1995 2010 Sim
V061Relocation threats of R&D
facilities
Ameaças de realocação das instalações
de P&D1997 2010 Sim
V062 Relocation threats of services Ameaças de realocação de serviços 2004 2010 Sim
V063 Portfolio investment assets Ativos de carteiras de investimento 1995 2008 Não
V064 Portfolio investment liabilities Passivos de carteiras de investimento 1995 2008 Não
86
d. Emprego (Employment)
e. Preços (Prices)
Código
Variáveis
Descrição das Variáveis
(Inglês)
Descrição das Variáveis
(Tradução)
Início da
Série
Fim da
Série
Pesquisa
?
V065 Employment (Millions) Emprego (Milhões) 1996 2009 Não
V066Employment (Percentage
Population)
Emprego (Percentual da
População)1996 2009 Não
V067 Employment - growth Emprego - crescimento 1996 2009 Não
V068 Employment by sector Emprego por setor
V069Employment in the public
sectorEmprego no setor público 1995 2008 Não
V070 Unemployment rate Taxa de desemprego 1996 2009 Não
V071 Long-term unemployment Desemprego de longo prazo 1997 2009 Não
V072 Youth unemployment Desemprego dos jovens 1996 2009 Não
Não existente
Código
Variáveis
Descrição das Variáveis
(Inglês)
Descrição das Variáveis
(Tradução)
Início da
Série
Fim da
Série
Pesquisa
?
V073 Consumer price inflationInflação de preços ao
consumidor1996 2009 Não
V074 Cost-of-living index Índice de custo de vida 1996 2009 Não
V075 Apartment rent Aluguel de apartamento 1996 2009 Não
V076 Office rent Aluguel de escritório 1996 2009 Não
87
ii. Eficiência Governamental (Government Efficiency)
a. Finanças Públicas (Public Finance)
Código
Variáveis
Descrição das Variáveis
(Inglês)
Descrição das Variáveis
(Tradução)
Início da
Série
Fim da
Série
Pesquisa
?
V077Government budget surplus
deficit (US$ Billion)
Superávit / déficit do governo
(US$ Bilhões)1996 2009 Não
V078Government budget surplus
deficit (Percentage GDP)
Superávit / déficit do governo
(Percentual do PIB)1996 2009 Não
V079Total general government
debt (US$ Billion)
Total da dívida geral do
governo (US$ Bilhões)1997 2009 Não
V080Total general government
debt (Percentage GDP)
Total da dívida geral do
governo (Percentual do PIB)1997 2009 Não
V081Total general government
debt - real growth
Total da dívida geral do
governo - crescimento real1998 2009 Não
V082Central government domestic
debt
Dívida interna do governo
central1996 2009 Não
V083Central government foreign
debt
Dívida externa do governo
central1996 2009 Não
V084 Interest payment Pagamento de juros 1996 2009 Não
V085Management of public
financesGestão das finanças públicas 1997 2010 Sim
V086 Tax evasion Sonegação de impostos 1997 2010 Sim
V087 Pension funding Financiamento de pensões 2008 2010 Sim
V088General government
expenditureGastos gerais do governo 1996 2009 Não
88
b. Política Fiscal (Fiscal Policy)
Código
Variáveis
Descrição das Variáveis
(Inglês)Descrição das Variáveis (Tradução)
Início da
Série
Fim da
Série
Pesquisa
?
V089 Collected total tax revenuesReceita total com a arrecadação de
impostos1995 2008 Não
V090 Collected personal income taxArrecadação do imposto de renda
pessoal1995 2008 Não
V091 Collected corporate taxesArrecadação de impostos
corporativos1995 2008 Não
V092Collected indirect tax
revenues
Receitas com a arrecadação de
impostos indiretos1995 2008 Não
V093Collected capital and property
taxes
Arrecadação de impostos sobre
propriedade e capital1995 2008 Não
V094Collected social security
contribution
Arrecadação da contribuição da
seguridade social1995 2008 Não
V095Effective personal income tax
rate
Taxa efetiva do imposto de renda
pessoal1997 2009 Não
V096 Corporate tax rate on profitTaxa do imposto corporativo sobre
o lucro1997 2010 Não
V097 Consumption tax rate Taxa do imposto sobre o consumo 1997 2009 Não
V098Employee’s social security
contribution rate
Taxa de contribuição da segurança
social pelo empregado1997 2009 Não
V099Employer’s social security
contribution rate
Taxa de contribuição da segurança
social pelo empregador1997 2009 Não
V100 Real personal taxes Impostos pessoais reais 1995 2010 Sim
V101 Real corporate taxes Impostos corporativos reais 1997 2010 Sim
89
c. Quadro Institucional (Institutional Framework)
Código
Variáveis
Descrição das Variáveis
(Inglês)
Descrição das Variáveis
(Tradução)
Início da
Série
Fim da
Série
Pesquisa
?
V102 Real short-term interest rateTaxa de juros real de curto
prazo1996 2009 Não
V103 Cost of capital Custo de capital 1995 2010 Sim
V104 Interest rate spread Spread da taxa de juros 1996 2009 Não
V105 Country credit rating Rating de crédito do país 1996 2009 Não
V106 Central bank policy Políticas do banco central 1995 2010 Sim
V107 Foreign currency reservesReservas em moedas
estrangeiras2008 2009 Não
V108 Exchange rate stabilityEstabilidade da taxa de
câmbio1997 2009 Não
V109Legal and regulatory
frameworkQuadro regulatório e legal 1997 2010 Sim
V110Adaptability of government
policy
Adaptabilidade das políticas
governamentais1995 2010 Sim
V111 Government decisions Decisões governamentais 1998 2010 Sim
V112 Transparency Transparência 1995 2010 Sim
V113 Bureaucracy Burocracia 1995 2010 Sim
V114 Bribing and corruption Suborno e corrupção 1995 2010 Sim
90
d. Legislação Empresarial (Business Legislation)
Código
Variáveis
Descrição das Variáveis
(Inglês)
Descrição das Variáveis
(Tradução)
Início da
Série
Fim da
Série
Pesquisa
?
V115 Tariff barriers Barreiras tarifárias 2007 2008 Não
V116 Customs' authorities Autoridades aduaneiras 1997 2010 Sim
V117 Protectionism Protecionismo 1995 2010 Sim
V118 Public sector contracts Contratos do setor público 1995 2010 Sim
V119 Foreign investors Investidores estrangeiros 1995 2010 Sim
V120 Capital markets Mercado de capitais 2004 2010 Sim
V121 Investment incentives Incentivos ao investimento 1997 2010 Sim
V122 Government subsidies Subsídios governamentais 1995 2008 Não
V123 Subsidies Subsídios 2003 2010 Sim
V124State ownership of
enterprises
Propriedade estatal de
empresas2007 2010 Sim
V125 Competition legislationLegislação sobre a
concorrência1995 2010 Sim
V126 Parallel economy Economia informal 1995 2010 Sim
V127 Ease of doing business Facilidade de fazer negócios 2003 2010 Sim
V128 Creation of firms Criação de empresas 2002 2010 Sim
V129 Start-up daysDias necessários para a criação
de uma empresa2003 2009 Não
V130 Start-up proceduresProcedimentos para empresas
nascentes2008 2009 Não
V131 Labor regulations Legislação trabalhista 1995 2010 Sim
V132 Unemployment legislation Legislação de desemprego 1999 2010 Sim
V133 Immigration laws Leis de imigração 1995 2010 Sim
V134 Redundancy costs Custos redundantes 2008 2009 Não
V135 Labor market flexibilityFlexibilidade do mercado de
trabalho2008 2009 Não
91
e. Estrutura Social (Societal Framework)
iii. Eficiência Empresarial (Business Efficiency)
a. Produtividade (Productivity)
Código
Variáveis
Descrição das Variáveis
(Inglês)
Descrição das Variáveis
(Tradução)
Início da
Série
Fim da
Série
Pesquisa
?
V136 Justice Justiça 1995 2010 Sim
V137Personal security and private
property
Seguridade pessoal e
propriedade privada1995 2010 Sim
V138 Ageing of societyGrau de envelhecimento da
sociedade2008 2010 Sim
V139 Risk of political instability Risco de instabilidade política 1999 2010 Sim
V140 Social cohesion Coesão social 1999 2010 Sim
V141 Gini index Índice de Gini 2007 2007 Não
V142Income distribution - lowest
10%
Distribuição de renda - 10%
mais baixo2007 2007 Não
V143Income distribution - highest
10%
Distribuição de renda - 10%
mais alto2007 2007 Não
V144 Equal opportunity Igualdade de oportunidades 1995 2010 Sim
V145 Females in parliament Mulheres no parlamento 1996 2009 Não
V146 Female positions Posições das mulheres 1996 2007 Não
V147 Gender income ratio Relação da renda por gênero 1999 2007 Não
Código
Variáveis
Descrição das Variáveis
(Inglês)
Descrição das Variáveis
(Tradução)
Início da
Série
Fim da
Série
Pesquisa
?
V148 Overall productivity (PPP) Produtividade total (PPC) 1996 2009 Não
V149 Overall productivity Produtividade total 1996 2009 Não
V150Overall productivity - real
growth
Produtividade total -
crescimento real1996 2009 Não
V151 Labor productivity (PPP) Produtividade do trabalho (PPC) 1996 2009 Não
V152Labor productivity (PPP)
growth
Crescimento da produtividade
do trabalho (PPC)1996 2009 Não
V153 Agricultural productivity (PPP) Produtividade agrícola (PPC) 1996 2009 Não
V154 Productivity in industry (PPP) Produtividade na indústria (PPC) 1996 2009 Não
V155 Productivity in services (PPP)Produtividade nos serviços
(PPC)1996 2009 Não
V156 Large corporations Grandes corporações 2005 2010 Sim
V157Small and medium-size
enterprises
Empresas de pequeno e médio
porte2005 2010 Sim
V158 Productivity of companies Produtividade das empresas 2007 2010 Sim
92
b. Mercado de Trabalho (Labor Market)
Código
VariáveisDescrição das Variáveis (Inglês) Descrição das Variáveis (Tradução)
Início da
Série
Fim da
Série
Pesquisa
?
V159 Compensation levels Níveis de compensação 1995 2008 Não
V160Unit labor costs in the manufacturing
sector
Custos unitários do trabalho no setor
manufatureiro1996 2009 Não
V161Remuneration in services professions
/ Bank credit officer
Remuneração dos profissionais em
serviços / Agente de crédito bancário1996 2009 Não
V162Remuneration in services professions
/ Department head
Remuneração dos profissionais em
serviços / Chefe de departamento1996 2009 Não
V163Remuneration in services professions
/ Primary school teacher
Remuneração dos profissionais em
serviços / Professor de escola primária1996 2009 Não
V164Remuneration in services professions
/ Personal assistant
Remuneração dos profissionais em
serviços / Assistente pessoal1996 2009 Não
V165Remuneration in services professions
/ Call center agent
Remuneração dos profissionais em
serviços / Agente de call center2006 2009 Não
V166 Remuneration of management / CEO Remuneração da gerência / CEO 1996 2009 Não
V167Remuneration of management /
Engineer
Remuneração da gerência /
Engenheiro1996 2009 Não
V168Remuneration of management /
Director manufacturing
Remuneração da gerência / Diretor de
produção1996 2009 Não
V169Remuneration of management /
Human resources director
Remuneração da gerência / Diretor de
recursos humanos1996 2009 Não
V170 Working hours Horas de trabalho 1996 2009 Não
V171 Labor relations Relações trabalhistas 1995 2010 Sim
V172 Worker motivation Motivação do trabalhador 1995 2010 Sim
V173 Industrial disputes Disputas industriais 1997 2008 Não
V174 Employee training Treinamento dos empregados 1995 2010 Sim
V175 Labor force (Millions) Força de trabalho (Milhões) 1996 2009 Não
V176Labor force (Percentage of
Population)
Força de trabalho (Percentual da
População)1996 2009 Não
V177 Labor force growth Crescimento da força de trabalho 1996 2009 Não
V178 Part-time employment Emprego em tempo parcial 1996 2008 Não
V179 Female labor force Força de trabalho feminina 1996 2009 Não
V180 Foreign labor force Força de trabalho estrangeira 1995 2008 Não
V181 Skilled labor Mão de obra qualificada 1995 2010 Sim
V182 Finance skills Habilidades em finanças 1999 2010 Sim
V183 Attracting and retaining talents Atração e retenção de talentos 2007 2010 Sim
V184 Brain drain Fuga de cérebros 1995 2010 Sim
V185 Foreign high-skilled peoplePessoas estrangeiras com alta
qualificação2002 2010 Sim
V186 International experience Experiência internacional 1995 2010 Sim
V187 Competent senior managers Gestores seniors competentes 1995 2010 Sim
93
c. Finanças (Finance)
Código
Variáveis
Descrição das Variáveis
(Inglês)
Descrição das Variáveis
(Tradução)
Início da
Série
Fim da
Série
Pesquisa
?
V188 Banking sector assets Ativos do setor bancário 1996 2009 Não
V189 Financial cards in circulationCartões financeiros em
circulação1998 2009 Não
V190 Financial card transactionsTransações com cartões
financeiros2001 2009 Não
V191 Investment risk Risco de investimento 2002 2009 Não
V192 Banking and financial servicesServiços bancários e
financeiros2002 2010 Sim
V193Financial institutions'
transparency
Transparência das instituições
financeiras1999 2010 Sim
V194Finance and banking
regulation
Regulação financeira e
bancária2002 2010 Sim
V195 Financial risk factor Fatores de risco financeiro 2007 2010 Sim
V196 Stock markets Mercado de ações 1997 2010 Sim
V197Stock market capitalization
(US$ Billions)
Capitalização do mercado de
ações (US$ Bilhões)1995 2008 Não
V198Stock market capitalization
(Percentage GDP)
Capitalização do mercado de
ações (Percentual do PIB)1995 2008 Não
V199 Value traded on stock markets Valor negociado em bolsa 1995 2008 Não
V200 Listed domestic companies Empresas domésticas listadas 1995 2008 Não
V201 Stock market index Índice do mercado de ações 1997 2009 Não
V202 Shareholders' rights Direitos dos acionistas 1997 2010 Sim
V203 Credit Crédito 1995 2010 Sim
V204 Venture capital Venture capital 1995 2010 Sim
V205 Corporate debt Dívida corporativa 2004 2010 Sim
94
d. Práticas Gerenciais (Management Practices)
e. Atitudes e Valores (Attitudes and Values)
Código
Variáveis
Descrição das Variáveis
(Inglês)
Descrição das Variáveis
(Tradução)
Início da
Série
Fim da
Série
Pesquisa
?
V206 Adaptability of companies Adaptabilidade das empresas 2001 2010 Sim
V207 Ethical practices Práticas éticas 2000 2010 Sim
V208 Credibility of managers Credibilidade dos gestores 1995 2010 Sim
V209 Corporate boards Conselhos de administração 1995 2010 Sim
V210Auditing and accounting
practices
Práticas de auditoria e
contabilidade2005 2010 Sim
V211 Customer satisfaction Satisfação do cliente 1995 2010 Sim
V212 Entrepreneurship Empreendedorismo 1995 2010 Sim
V213 Social responsibility Responsabilidade social 1995 2010 Sim
V214Health, safety &
environmental concerns
Preocupações em saúde,
segurança e meio ambiente2000 2010 Sim
Código
Variáveis
Descrição das Variáveis
(Inglês)
Descrição das Variáveis
(Tradução)
Início da
Série
Fim da
Série
Pesquisa
?
V215 Attitudes toward globalizationAtitudes em relação à
globalização2001 2010 Sim
V216 Image abroad Imagem fora do país 1995 2010 Sim
V217 National culture Cultura nacional 1995 2010 Sim
V218 Flexibility and adaptability Flexibilidade e adaptabilidade 1997 2010 Sim
V219Need for economic and social
reforms
Necessidade de reformas
econômicas e sociais2004 2010 Sim
V220 Value system Sistema de valores 1995 2010 Sim
V221 Corporate values Valores corporativos 2005 2010 Sim
95
iv. Infraestrutura (Infrastructure)
a. Infraestrutura Básica (Basic Infrastructure)
Código
Variáveis
Descrição das Variáveis
(Inglês)
Descrição das Variáveis
(Tradução)
Início da
Série
Fim da
Série
Pesquisa
?
V222 Land area Área em terra 1995 2008 Não
V223 Arable area Área arável 1995 2007 Não
V224 Water resources Fontes de água 1998 2008 Não
V225 Access to water Acesso à água 2008 2010 Sim
V226 Access to commodities Acesso a commodities 2008 2010 Sim
V227 Urbanization Urbanização 1995 2010 Sim
V228 Population - market sizePopulação - tamanho do
mercado1996 2009 Não
V229 Population under 15 years População abaixo dos 15 anos 1996 2009 Não
V230 Population over 65 years População acima dos 65 anos 1996 2009 Não
V231 Dependency ratio Taxa de dependência 1996 2009 Não
V232 Roads Rodovias 1995 2007 Não
V233 Railroads Ferrovias 1995 2008 Não
V234 Air transportation Transporte aéreo 1996 2009 Não
V235 Quality of air transportationQualidade do transporte
aéreo2002 2010 Sim
V236 Distribution infrastructure Infraestrutura de distribuição 1996 2010 Sim
V237 Water transportation Transporte aquaviário 1997 2010 Sim
V238Maintenance and
development
Manutenção e
desenvolvimento1997 2010 Sim
V239 Energy infrastructure Infraestrutura energética 2002 2010 Sim
V240 Future energy supply Oferta futura de energia 2007 2010 Sim
V241Total indigenous energy
production (Millions MTOE)
Produção total de energia no
país (MTOE Milhões)1995 2007 Não
V242Total indigenous energy
production (Percentage)
Produção total de energia no
país (Percentual)1995 2007 Não
V243Total final energy
consumption
Consumo final total de
energia1995 2007 Não
V244Total final energy
consumption per capita
Consumo final total de
energia per capita1995 2007 Não
V245Electricity costs for industrial
clients
Custos de eletricidade para
clientes industriais1996 2009 Não
V246 Gasoline prices Preço da gasolina 1999 2009 Não
96
b. Infraestrutura Tecnológica (Technological Infrastructure)
Código
Variáveis
Descrição das Variáveis
(Inglês)
Descrição das Variáveis
(Tradução)
Início da
Série
Fim da
Série
Pesquisa
?
V247Investment in
telecommunications
Investimento em
telecomunicações1995 2008 Não
V248 Fixed telephone lines Linhas de telefone fixo 1995 2008 Não
V249 Fixed telephone tariffs Tarifas de telefone fixo 2008 2009 Não
V250 Mobile telephone subscribers Usuários de telefone móvel 2002 2008 Não
V251 Mobile telephone costs Custos de telefone móvel 2008 2009 Não
V252 Communications technology Tecnologia da comunicação 2004 2010 Sim
V253 Connectivity Conectividade 2010 2010 Sim
V254 Computers in use Computadores em uso 1996 2009 Não
V255 Computers per capita Computadores per capita 1996 2009 Não
V256 Internet users Usuários de internet 2000 2009 Não
V257 Fixed Broadband TariffsTarifas de internet em banda
larga fixa2008 2009 Não
V258 Broadband subscribersUsuários de internet em
banda larga2002 2008 Não
V259 Internet Bandwidth SpeedVelocidade de banda da
internet2007 2008 Não
V260 Information technology skillsHabilidades com tecnologia da
informação1999 2010 Sim
V261 Qualified engineers Engenheiros qualificados 1995 2010 Sim
V262 Technological cooperation Cooperação tecnológica 1995 2010 Sim
V263Public and private sector
ventures
Empreendimentos dos setores
público e privado2007 2010 Sim
V264Development and application
of technology
Desenvolvimento e aplicação
da tecnologia1997 2010 Sim
V265Funding for technological
development
Financiamento para o
desenvolvimento tecnológico1995 2010 Sim
V266 Technological regulation Regulação tecnológica 2005 2010 Sim
V267High-tech exports (US$
Million)
Exportações de alta tecnologia
(US$ Milhões)1998 2008 Não
V268High-tech exports (Percentage
of Exports)
Exportações de alta tecnologia
(Percentual das Exportações)1998 2008 Não
97
c. Infraestrutura Científica (Scientific Infrastructure)
Código
Variáveis
Descrição das Variáveis
(Inglês)
Descrição das Variáveis
(Tradução)
Início da
Série
Fim da
Série
Pesquisa
?
V269Total expenditure on R&D
(US$ Million)
Gasto total em P&D (US$
Milhões)1995 2008 Não
V270Total expenditure on R&D
(Percentage GDP)
Gasto total em P&D
(Percentual do PIB)1995 2008 Não
V271Total expenditure on R&D (per
capita)
Gasto total em P&D (per
capita)1995 2008 Não
V272Business expenditure on R&D
(US$ Million)
Gasto empresarial em P&D
(US$ Milhões)1995 2008 Não
V273Business expenditure on R&D
(Percentage GDP)
Gasto empresarial em P&D
(Percentual do PIB)1995 2008 Não
V274Total R&D personnel
nationwide
P&D pessoal total em todo o
país1995 2008 Não
V275Total R&D personnel
nationwide per capita
P&D pessoal total em todo o
país per capita1995 2008 Não
V276Total R&D personnel in
business enterprise
P&D pessoal total em
negócios da empresa1995 2008 Não
V277Total R&D personnel in
business per capita
P&D pessoal total em
negócios per capita1995 2008 Não
V278 Science degrees Diplomas em ciência 1997 2006 Não
V279 Scientific articles Artigos científicos 1997 2007 Não
V280 Nobel prizes Prêmios Nobel 2006 2009 Não
V281 Nobel prizes per capita Prêmios Nobel per capita 2006 2009 Não
V282 Patent applications Pedidos de patente 2000 2008 Não
V283 Patents granted to residentsPatentes concedidas para
residentes1997 2008 Não
V284 Number of patents in force Número de patentes em vigor 1995 2008 Não
V285 Patent productivity Produtividade de patentes 1997 2008 Não
V286 Scientific research Pesquisa científica 2010 2010 Sim
V287 Researchers and scientists Pesquisadores e cientistas 2010 2010 Sim
V288 Scientific research legislationLegislação sobre pesquisa
científica2004 2010 Sim
V289 Intellectual property rightsDireitos sobre a propriedade
intelectual1995 2010 Sim
V290 Knowledge transferTransferência de
conhecimento1995 2010 Sim
V291 Innovative capacity Capacidade inovativa 2010 2010 Sim
98
d. Saúde e Ambiente (Health and Environment)
Código
Variáveis
Descrição das Variáveis
(Inglês)
Descrição das Variáveis
(Tradução)
Início da
Série
Fim da
Série
Pesquisa
?
V292 Total health expenditure Gasto total com saúde 1996 2008 Não
V293Total health expenditure per
capita
Gasto total com saúde per
capita1996 2008 Não
V294 Public expenditure on health Gasto público com saúde 1995 2008 Não
V295 Health infrastructure Infraestrutura de saúde 1999 2010 Sim
V296 Life expectancy at birth Expectativa de vida ao nascer 1995 2007 Não
V297 Healthy life expectancy Expectativa de vida saudável 2000 2009 Não
V298 Infant mortality Mortalidade infantil 2000 2007 Não
V299Medical assistance / Per
physician
Assistência médica / Por
médico1996 2009 Não
V300 Medical assistance / Per nurseAssistência médica / Por
emfermeiro1996 2009 Não
V301 Urban population População urbana 1996 2009 Não
V302 Human development indexÍndice de desenvolvimento
humano1995 2007 Não
V303 Health problems Problemas com saúde 1995 2010 Sim
V304 Energy intensity Intensidade energética 1995 2006 Não
V305Paper and cardboard recycling
rate
Taxa de reciclagem de papel e
papelão1996 2009 Não
V306 Waste water treatment plantsEstações de tratamento de
água1995 2007 Não
V307 Water consumption intensityIntensidade do consumo de
água2007 2007 Não
V308 CO2 emissions Emissões de CO2 1995 2007 Não
V309 CO2 emissions intensityIntensidade nas emissões de
CO21995 2007 Não
V310 Renewable energies Energias renováveis 2004 2007 Não
V311 Green technologies Tecnologias verdes 2010 2010 Sim
V312 Total biocapacity Biocapacidade total 2005 2005 Sim
V313 Ecological footprint Footprint ecológico 1996 2005 Não
V314Ecological balance reserve /
Deficit
Reserva de balanço ecológico
/ Déficit2005 2005 Não
V315 Sustainable development Desenvolvimento sustentável 2000 2010 Sim
V316 Pollution problems Problemas de poluição 2000 2010 Sim
V317 Environmental laws Leis ambientais 1995 2010 Sim
V318 Climate change Mudança climática 2010 2010 Sim
V319 Quality of life Qualidade de vida 1995 2010 Sim
99
e. Educação (Education)
d) ESTATÍSTICAS DESCRITIVAS
A seguir, podemos visualizar as estatísticas descritivas das variáveis utilizadas nos
modelos apresentados nessa dissertação. Os quadros a seguir foram reportados
pelo software SPSS para países, para as variáveis presentes no banco de dados
WCY 2010 e para os 20 subfatores gerados a partir das Análises Fatoriais
Exploratórias.
Código
Variáveis
Descrição das Variáveis
(Inglês)
Descrição das Variáveis
(Tradução)
Início da
Série
Fim da
Série
Pesquisa
?
V320Total public expenditure on
education
Gasto público total em
educação1995 2008 Não
V321Total public expenditure on
education per capita
Gasto público total em
educação per capita1995 2008 Não
V322Pupil-teacher ratio (primary
education)
Relação aluno-professor
(ensino primário)1995 2007 Não
V323Pupil-teacher ratio (secondary
education)
Relação aluno-professor
(ensino secundário)1995 2007 Não
V324 Secondary school enrollmentMatrículas no ensino
secundário1995 2007 Não
V325Higher education
achievementRealização do ensino superior 1996 2007 Não
V326 Student mobility inboundMobilidade interna de
estudantes2005 2007 Não
V327 Student mobility outboundMobilidade externa de
estudantes2005 2007 Não
V328Educational assessment /
Mathematics
Avaliação educacional /
Matemática1995 2006 Não
V329Educational assessment /
Sciences
Avaliação educacional /
Ciências1995 2006 Não
V330 English proficiency Proficiência em inglês 2007 2008 Não
V331 Educational system Sistema educacional 1995 2010 Sim
V332 Science in schools Ciência em escolas 1995 2010 Sim
V333 University education Educação universitária 1999 2010 Sim
V334 Management education Educação em gestão 2008 2010 Sim
V335 Illiteracy Analfabetismo 1995 2007 Sim
V336 Language skills Habilidades em línguas 2005 2010 Sim
100
i. Tabela de Frequências para os Países
País Frequência PercentualPercentual
Válido
Percentual
Acumulado
Válido África do Sul 14 1.7 1.7 1.7
Alemanha 14 1.7 1.7 3.4
Argentina 14 1.7 1.7 5.2
Austrália 14 1.7 1.7 6.9
Áustria 14 1.7 1.7 8.6
Bélgica 14 1.7 1.7 10.3
Brasil 14 1.7 1.7 12.1
Bulgária 14 1.7 1.7 13.8
Canadá 14 1.7 1.7 15.5
Cazaquistão 14 1.7 1.7 17.2
Chile 14 1.7 1.7 19.0
China 14 1.7 1.7 20.7
Cingapura 14 1.7 1.7 22.4
Colômbia 14 1.7 1.7 24.1
Coréia 14 1.7 1.7 25.9
Croácia 14 1.7 1.7 27.6
Dinamarca 14 1.7 1.7 29.3
Eslováquia 14 1.7 1.7 31.0
Eslovênia 14 1.7 1.7 32.8
Espanha 14 1.7 1.7 34.5
Estados Unidos 14 1.7 1.7 36.2
Estônia 14 1.7 1.7 37.9
Filipinas 14 1.7 1.7 39.7
Finlândia 14 1.7 1.7 41.4
França 14 1.7 1.7 43.1
Grécia 14 1.7 1.7 44.8
Holanda 14 1.7 1.7 46.6
Hong Kong 14 1.7 1.7 48.3
Hungria 14 1.7 1.7 50.0
Índia 14 1.7 1.7 51.7
. . . . . . . . . . . . . . .
101
País Frequência PercentualPercentual
Válido
Percentual
Acumulado
Válido Indonésia 14 1.7 1.7 53.4
Irlanda 14 1.7 1.7 55.2
Islândia 14 1.7 1.7 56.9
Israel 14 1.7 1.7 58.6
Itália 14 1.7 1.7 60.3
Japão 14 1.7 1.7 62.1
Jordânia 14 1.7 1.7 63.8
Lituânia 14 1.7 1.7 65.5
Luxemburgo 14 1.7 1.7 67.2
Malásia 14 1.7 1.7 69.0
México 14 1.7 1.7 70.7
Noruega 14 1.7 1.7 72.4
Nova Zelândia 14 1.7 1.7 74.1
Peru 14 1.7 1.7 75.9
Polônia 14 1.7 1.7 77.6
Portugal 14 1.7 1.7 79.3
Qatar 14 1.7 1.7 81.0
Reino Unido 14 1.7 1.7 82.8
República Tcheca 14 1.7 1.7 84.5
Romênia 14 1.7 1.7 86.2
Rússia 14 1.7 1.7 87.9
Suécia 14 1.7 1.7 89.7
Suiça 14 1.7 1.7 91.4
Tailândia 14 1.7 1.7 93.1
Taiwan 14 1.7 1.7 94.8
Turquia 14 1.7 1.7 96.6
Ucrânia 14 1.7 1.7 98.3
Venezuela 14 1.7 1.7 100.0
Total 812 100.0 100.0
102
ii. Estatísticas Descritivas das Variáveis
103
104
iii. Estatísticas Descritivas dos 20 subfatores