68
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM NUTRIÇÃO HELOISA FERNANDA LOPES DA SILVA CONSUMO DIETÉTICO E STATUS DE ZINCO EM PACIENTES COM ESCLEROSE LATERAL AMIOTRÓFICA NATAL/RN 2016

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE … · 1 HELOISA FERNANDA LOPES DA SILVA CONSUMO DIETÉTICO E STATUS DE ZINCO EM PACIENTES COM ESCLEROSE LATERAL AMIOTRÓFICA NATAL/RN

  • Upload
    hahuong

  • View
    213

  • Download
    0

Embed Size (px)

Citation preview

0

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE

PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM NUTRIÇÃO

HELOISA FERNANDA LOPES DA SILVA

CONSUMO DIETÉTICO E STATUS DE ZINCO EM PACIENTES COM

ESCLEROSE LATERAL AMIOTRÓFICA

NATAL/RN

2016

1

HELOISA FERNANDA LOPES DA SILVA

CONSUMO DIETÉTICO E STATUS DE ZINCO EM PACIENTES COM ESCLEROSE

LATERAL AMIOTRÓFICA

NATAL/RN

2016

Dissertação de mestrado apresentada ao Programa de Pós-graduação em Nutrição, da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, como requisito parcial à obtenção do título de Mestre em Nutrição. Orientadora: Prof.ª Dr.ª Lúcia Leite Lais Coorientadora: Prof.ª Dr.ª Karine Cavalcanti

Maurício de Sena Evangelista

2

Universidade Federal do Rio Grande do Norte - UFRN

Sistema de Bibliotecas - SISBI

Catalogação de Publicação na Fonte. UFRN - Biblioteca Setorial do Centro Ciências da Saúde - CCS

Silva, Heloisa Fernanda Lopes da.

Consumo dietético e status de zinco em pacientes com esclerose lateral

amiotrófica / Heloisa Fernanda Lopes da Silva. - Natal, 2017.

69f.: il.

Orientadora: Lúcia Leite Lais.

Coorientadora: Karine Cavalcanti Maurício de Sena Evangelista.

Dissertação (Mestrado) - Programa de Pós-graduação em Nutrição. Centro

de Ciências da Saúde. Universidade Federal do Rio Grande do Norte.

1. Estado nutricional - Dissertação. 2. Zinco - Dissertação. 3. Esclerose

lateral amiotrófica - Dissertação. I. Lais, Lúcia Leite. II. Evangelista, Karine

Cavalcanti Maurício de Sena. III. Título.

RN/UF/BS-CCS CDU 612.39

3

HELOISA FERNANDA LOPES DA SILVA

CONSUMO DIETÉTICO E STATUS DE ZINCO EM PACIENTES COM ESCLEROSE

LATERAL AMIOTRÓFICA

Dissertação de mestrado apresentada ao Programa de Pós-graduação em Nutrição, da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, como requisito parcial à obtenção do título de Mestre em Nutrição.

Aprovada em ______ de ____________________ de _________.

Prof.ª Dr.ª Lucia de Fátima Campos Pedrosa

Coordenadora do Programa de Pós-graduação em Nutrição Universidade Federal do Rio Grande do Norte – UFRN

BANCA EXAMINADORA

Prof.ª Dr.ª Karine Cavalcanti Maurício de Sena Evangelista Universidade Federal do Rio Grande do Norte – UFRN

Coorientadora

Prof.a Dr.a Sancha Helena de Lima Vale Universidade Federal do Rio Grande do Norte – UFRN

Membro interno

Prof. Dr. Jovany Luis Alves de Medeiros Universidade Estadual da Paraíba – UEPB

Membro Externo

4

Aos meus pais Eudália e Cláudio, com todo meu amor e gratidão, por tudo que fizeram e

fazem por mim ao longo de minha vida, espero ser merecedora do esforço a mim dedicado.

5

AGRADECIMENTOS

A Deus minha imensa gratidão. Por me permitir mais essa realização, por me

dar força e sabedoria para enfrentar todas as dificuldades ao longo de minha vida.

Em todos os momentos Ele é o maior mestre qυе alguém pode conhecer.

Aos meus pais, Maria Eudália Lopes da Silva e Cláudio Pereira da Silva,

namorado, Victor Vinnícius Gomes de Souza, e irmã, Cláudia Eugênia Lopes da

Silva, pelo apoio, incentivo, compreensão e colaboração. Muito obrigada por

estarem sempre ao meu lado.

Ao Programa de Pós-graduação em Nutrição da UFRN, pela oportunidade

proporcionada.

À minha orientadora Prof.ª Dr.ª Lúcia Leite Lais por ter me recebido,

orientado, incentivado ao longo dessa fase, de forma única, competente e admirável.

Obrigada por todo o aprendizado que me foi proporcionado. És um exemplo de

profissional e pessoa, que levarei por toda minha vida.

À minha coorientadora Prof.ª Dr.ª Karine Cavalcanti Maurício de Sena

Evangelista por todo o suporte, no pouco tempo que lhe coube, por suas correções,

contribuições e incentivos.

Ao médico neurologista do ambulatório ELA/HUOL, Dr. Mário Emílio Teixeira

Dourado Júnior, pela colaboração com esse projeto.

Aos professores participantes da banca examinadora Prof.a

Dr.a

Sancha

Helena de Lima Vale e Prof. Dr. Jovany Luis Alves de Medeiros, pela solicitude e

contribuições neste momento tão importante e esperado.

A todos professores do mestrado que de alguma forma contribuíram para

minha formação.

Às nutricionistas mestrandas do Programa de Pós-graduação em Nutrição da

UFRN, Acsa Nara de Araújo Brito e Érika Paula Silva Freitas, por toda a

colaboração, companheirismo e amizade ao longo das etapas deste trabalho.

À nutricionista Aline Tuane Oliveira da Cunha por toda sua presteza no auxílio

do entendimento das análises da avaliação do consumo dietético.

Às graduandas do Curso de Nutrição da UFRN, bolsistas e alunas de

iniciação científica, e a todos os técnicos dos laboratórios envolvidos nas análises

realizadas para essa pesquisa, por toda a colaboração indispensável,

responsabilidade e atenção.

6

À Fundação de Apoio à Pesquisa do Estado do Rio Grande do Norte

(FAPERN), vinculado à Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível

Superior (CAPES), pelo incentivo financeiro concedido para realização deste

mestrado por meio do Programa de Bolsas de Formação Acadêmica.

Aos colegas de turma, familiares e amigos, pelo companheirismo e apoio.

A todos os participantes da pesquisa, pela atenção e cooperação.

Enfim, a todos que de forma direta ou indireta fizeram parte desta conquista, a

todos que me incentivaram e torceram por mim, o meu muito obrigado.

7

“As nuvens mudam sempre de posição, mas são sempre nuvens no céu. Assim devemos

ser todo dia, mutantes, porém leais com o que pensamos e sonhamos; lembre-se, tudo se

desmancha no ar, menos os pensamentos.” Paulo Beleki

8

RESUMO

Alterações no status de zinco no sistema nervoso têm sido implicadas em uma gama

de doenças neurodegenerativas, incluindo a esclerose lateral amiotrófica (ELA), cuja

deficiência ou o excesso de zinco pode influenciar sua patogênese e progressão.

Diante disso, objetivou-se avaliar o consumo dietético e o status de zinco em

pacientes com ELA, assistidos em um ambulatório especializado no Hospital

Universitário Onofre Lopes, Natal-RN, Brasil. Foi realizado um estudo do tipo caso-

controle não pareado composto por 57 indivíduos, sendo 20 pacientes com ELA

(grupo caso) e 37 indivíduos saudáveis (grupo controle). Foi realizada uma avaliação

clínica no grupo caso, em relação ao início e tempo dos sintomas, via de

alimentação e escore da escala de avaliação funcional. Para ambos os grupos

determinou-se o índice de massa corporal (IMC) e o consumo dietético de energia,

macronutrientes, fibra e zinco, por meio da análise de 2 recordatórios de 24h.

Ademais, para ambos os grupos foram verificadas as concentrações de zinco no

plasma e na urina por meio de espectrofotometria de absorção atômica. Observou-

se que a maioria dos participantes estavam eutróficos segundo IMC,

correspondendo a 73,7% dos casos e 62,2% dos controles. O consumo médio de

energia, proteína, carboidrato e gordura foi significativamente menor para o grupo

caso comparado ao grupo controle. Houve maior prevalência de inadequação da

ingestão de zinco no grupo caso (35%) em comparação ao grupo controle (27%). A

média de zinco no plasma foi significativamente menor no grupo caso em relação ao

grupo controle (77,13 ± 22,21 vs. 87,84 ± 17,44 µg/dL) (p=0,05). Não houve

diferença significativa para o zinco na urina entre casos e controles (p=0,155). No

grupo caso, as concentrações de zinco no plasma e na urina estavam abaixo dos

valores de referência em 50,0% e 52,6% dos pacientes, respectivamente. Grande

parte dos pacientes com ELA apresentou alteração no status de zinco corporal,

demonstrada pela baixa concentração de zinco no plasma e baixa ingestão

alimentar. A deficiência de zinco encontrada na metade dos pacientes com ELA

pode contribuir para um pior prognóstico e deve ser alvo de intervenções nutricionais

específicas que visem a correção dessa deficiência.

Palavras-chave: zinco; esclerose lateral amiotrófica; estado nutricional.

9

ABSTRACT

Disturbances of zinc homeostasis in nervous system, represented by its excess or

deficiency, are associated with numerous neurodegenerative diseases, including

amyotrophic lateral sclerosis (ALS), contributing to its pathogenesis and progression.

Thus, the purpose of this study was to evaluate the dietary intake and zinc status in

ALS patients attending a specialized ambulatory care at Onofre Lopes University

Hospital, Natal-RN, Brazil. This is a case-control study of 57 individuals, 20 patients

with ALS (case group) and 37 healthy subjects (control group). Case group patients

were clinically characterized in terms of symptom onset, symptom duration, feeding

pathway and score on the ALS functional rating scale. In both groups, body mass

index (BMI) was calculated, and dietary energy, macronutrients, fiber and zinc intake

were obtained from two 24-hour recalls. Moreover, in both groups, plasma and

urinary zinc concentrations were determined by atomic absorption

spectrophotometry. Most of the participants were eutrophic, according to BMI,

accounting for 73.7% of the cases and 62.2% of controls. Mean energy, protein,

carbohydrate and fat intake was significantly lower for the case group. There was

greater prevalence of inadequate zinc intake in the case group (35%) compared to

control group (27%). Mean plasma zinc was significantly lower in the case group than

in control group (77.13 ± 22.21 vs. 87.84 ± 17.44 µgZn/dL) (p=0.05). Urinary zinc did

not differ significantly between cases and controls (p=0.155). In the case group,

urinary plasma and zinc concentrations were below reference values in 50.0% and

52.6% of patients, respectively. A large portion of patients with ALS exhibited

changes in body zinc status, demonstrated by the low plasma zinc concentration and

low food intake. The zinc deficiency found in half of the ALS patients may contribute

to a worsened prognosis in patients with ALS and should be the target of nutritional

interventions that aim to correct this deficiency.

Key words: zinc; amyotrophic lateral sclerosis; nutritional status.

10

LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

ALS Amyotrophic Lateral Sclerosis

ALSFRS Amyotrophic Lateral Sclerosis Functional Rating Scale

BMAA β-Metilamino-L-alanina

CAPES Coordenação de Aperfeiçoamento do Pessoal de Nível Superior

EAR Estimated Average Requirement

ELA Esclerose Lateral Amiotrófica

EROs Espécies Reativas de Oxigênio

EUA Estados Unidos da América

FDA Food and Drug Administration

HUOL Hospital Universitário Onofre Lopes

IC Intervalo de Confiança

IMC Índice de Massa Corporal

LCR Líquido Cefalorraquidiano

MTs Metalotioneínas

OMS Organização Mundial da Saúde

R24h Recordatório de 24 horas

RDA Recommended Dietary Allowances

RN Rio Grande do Norte

RPM Rotações por Minuto

SISVAN Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional do Brasil

SOD1 Superóxido Dismutase de Tipo 1

SOD1 Gene da Superóxido Dismutase de Tipo 1

UFRN Universidade Federal do Rio Grande do Norte

UNICEF Fundo das Nações Unidas para a Infância

ZIP Zrt-Irt-like protein

ZnT Transportador de zinco

11

SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO................................................................................................ 12

2 CARACTERIZAÇÃO DO PROBLEMA.......................................................... 13

3 OBJETIVOS................................................................................................... 14

3.1 OBJETIVO GERAL....................................................................................... 14

3.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS......................................................................... 14

4 REVISÃO DA LITERATURA........................................................................... 15

4.1 ESCLEROSE LATERAL AMIOTRÓFICA...................................................... 15

4.2 ZINCO.......................................................................................................... 18

4.3 ZINCO E ESCLEROSE LATERAL AMIOTRÓFICA..................................... 21

5 METODOLOGIA............................................................................................. 25

5.1 DESENHO E POPULAÇÃO DO ESTUDO...................................................

5.2 CARACTERIZAÇÃO CLÍNICA E NUTRICIONAL.........................................

5.3 AVALIAÇÃO DO CONSUMO DIETÉTICO...................................................

5.4 AVALIAÇÃO DO ZINCO NO PLASMA E URINA..........................................

5.5 ANÁLISES ESTATÍSTICAS...........................................................................

25

26

27

29

30

6 ARTIGO CIENTÍFICO PRODUZIDO............................................................. 32

7 CONSIDERAÇÕES FINAIS............................................................................. 51

REFERÊNCIAS................................................................................................... 53

APÊNDICE.......................................................................................................... 60

ANEXOS.............................................................................................................. 64

12

1 INTRODUÇÃO

A Esclerose Lateral Amiotrófica (ELA) é uma doença neuromuscular

progressiva caracterizada pela perda de neurônios motores superiores e inferiores

no córtex cerebral, tronco cerebral e medula espinhal, levando a atrofia do músculo

esquelético, paralisia e morte.1

Apesar da etiologia da ELA ainda não ser totalmente esclarecida, alguns

fatores de risco estão possivelmente associados a sua ocorrência, como: exposição

anterior a metais pesados, agentes infecciosos, serviço militar, trauma, estresse

físico e atlético.2 A patogênese dessa doença envolve vários mecanismos

interligados, incluindo dano oxidativo, excitotoxicidade do glutamato, disfunção

mitocondrial, neuroinflamação, apoptose, agregação de proteínas e mutações

genéticas, resultando na rápida deterioração dos neurônios motores.3

A deficiência ou excesso de alguns metais, como o zinco, têm sido implicados

em várias doenças neurodegenerativas, incluindo a ELA.4 Além do zinco atuar como

antioxidante, antinflamatório e imunomodulador, ele é essencial para o

funcionamento do sistema nervoso, participando de processos como neurogênese,

sinaptogênese, crescimento neuronal e neurotransmissão.5,6 Dessa forma, um

adequado status de zinco pode ser considerado um fator protetor e deve ser

avaliado em pacientes com doenças neurodegenerativas que possuem perfil

oxidativo e inflamatório, como a ELA.

Embora existam vários métodos de avaliação do status de zinco em

humanos, ainda não há um biomarcador padrão ouro para esse fim. Entretanto, as

concentrações de zinco no plasma, urina e cabelo parecem ser os mais confiáveis,7

sendo o zinco no plasma recomendável para avaliação do status de zinco e sua

deficiência na população.8

Considerando a importância do zinco em doenças neurodegenerativas e a

escassez de estudos avaliando o status desse mineral em pacientes com ELA, faz-

se necessário mais estudos clínicos que visem elucidar o complexo papel do zinco

na ELA, seja na patogênese ou como alvo terapêutico. Diante disso, justifica-se a

realização desse estudo cujo objetivo foi avaliar o consumo dietético e o estado

corporal de zinco em pacientes com ELA atendidos no ambulatório do Hospital

Universitário Onofre Lopes em Natal-RN, Brasil.

13

2 CARACTERIZAÇÃO DO PROBLEMA

O zinco é o elemento traço mais abundante no cérebro, sendo essencial ao

sistema nervoso. Pelo fato dele ser co-liberado com o glutamato na fenda sináptica,

o zinco é capaz de modular a excitabilidade neuronal e influenciar a plasticidade

sináptica. Dessa forma, as concentrações fisiológicas de zinco precisam ser

rigidamente controladas para o adequado funcionamento e desenvolvimento do

sistema nervoso.9 Embora o zinco tenha efeito neuroprotetor e o corpo possua

mecanismos eficazes para a manutenção da sua homeostase,10 esse mineral pode

apresentar efeito tóxico tanto em níveis elevados quanto em níveis reduzidos.11

Alterações no status de zinco no sistema nervoso têm sido implicadas em

uma grande variedade de doenças neurodegenerativas, incluindo a ELA.12,13,14

Apesar dessa relação ainda ser pouco compreendida, sabe-se que o zinco está

associado com os principais processos patológicos da ELA, como estresse

oxidativo, excitotoxicidade do glutamato, neuroinflamação, agregação de proteínas,

disfunção mitocondrial e apoptose. As alterações nas concentrações de zinco,

caracterizadas por deficiência ou excesso, pode ser tanto causa como consequência

desses processos, podendo exacerbar qualquer um deles e agravar a degeneração

progressiva e irreversível dos neurônios motores.11

Como não existem mecanismos corporais que permitam armazenar zinco por

um longo período de tempo, é necessário que os pacientes com ELA tenham uma

dieta habitual com adequado teor desse mineral, independente da via de

alimentação (oral e/ou enteral). Entretanto, nem sempre uma ingestão alimentar

satisfatória é atingida por esses pacientes, devido a presença de fatores como

disfagia, inapetência, depressão e limitações socioeconômicas.

Tendo em vista que a deficiência alimentar e a alteração do status de zinco

podem influenciar o prognóstico do paciente com ELA, ressalta-se a importância de

averiguar esses aspectos nos mesmos. Uma vez detectados respectivos problemas,

pode-se traçar uma terapia nutricional mais direcionada, contribuindo para a melhora

do estado nutricional e do prognóstico desses pacientes.

14

3 OBJETIVOS

3.1 OBJETIVO GERAL

Avaliar o consumo dietético e o status de zinco em pacientes com ELA,

atendidos no Ambulatório de ELA do Hospital Universitário Onofre Lopes, Natal-RN,

Brasil.

3.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS

Caracterizar os pacientes com ELA quanto ao perfil clínico;

Verificar o índice de massa corporal (IMC) dos participantes;

Avaliar o consumo dietético dos participantes, em relação à energia,

macronutrientes, fibra e zinco;

Determinar as concentrações de zinco no plasma e urina dos participantes;

Comparar os parâmetros avaliados entre os casos e controles.

15

4 REVISÃO DA LITERATURA

4.1 ESCLEROSE LATERAL AMIOTRÓFICA

A ELA é uma doença neurodegenerativa fatal caracterizada pela morte

seletiva dos neurônios motores superiores e inferiores no sistema nervoso central,

causando paralisia muscular progressiva e irreversível. Descrita pela primeira vez

em 1869, pelo neurologista francês Jean-Martin Charcot, a ELA é a doença mais

comum do neurônio motor de início adulto e é também conhecida como doença de

Lou Gehrig, em homenagem ao famoso jogador de beisebol acometido pela doença

em 1930.15,16

O início da doença geralmente ocorre na faixa etária de 50 a 60 anos.16 Os

homens são ligeiramente mais afetados do que as mulheres, em uma proporção de

cerca de 1,6:1.1 Segundo dados epidemiológicos, a ELA tem incidência anual de 1,5

a 2,0 casos/100.000 pessoas e prevalência de cerca de 6 casos/100.000 pessoas.17

Uma maior prevalência de ELA (50 a 100 vezes mais elevada) existe no oeste

do Pacífico, especialmente na população dos Chamorros da Ilha Guam, como

resultado do consumo de flying Fox (Mariannus Pteropus), uma espécie de morcego.

Esse mamífero se alimenta de sementes de cicadáceas (Cycas Micronesica) e

acumula em seu organismo uma neurotoxina denominada β-N-metilamino-L-alanina

(BMAA), produzida simbioticamente por cianobactérias da planta. Essa neurotoxina

é capaz de cruzar a barreira hematoencefálica e lesionar o córtex motor.4

Cerca de 90-95% dos casos de ELA são ditos esporádicos, sem causa

conhecida. Os 5-10% restantes resultam de mutações genéticas hereditárias e são

conhecidos como casos de ELA familiar. Em torno de 20% dos casos de ELA

familiar estão associados a mutações no gene que codifica a enzima antioxidante

superóxido dismutase de tipo 1 (SOD1).16 Essa enzima protege as células contra

radicais livres e espécies reativas de oxigênio (EROs), altamente citotóxicos.18

Estima-se que mais de 180 mutações no gene SOD1 estão relacionadas a ELA,

sendo herdadas em sua maioria de forma autossômica.19

Existe um amplo consenso científico de que a ELA é causada por interações

gene-ambiente. Apesar de apenas 10% de casos possuir causa genética, fatores

ambientais e de estilo de vida, tais como: exposição a metais pesados, campos

eletromagnéticos, cianobactérias, ambientes agrícolas, pesticidas, tabagismo,

16

atividade física intensa e trauma parecem estar associados com o desenvolvimento

da ELA. Acredita-se que esses fatores possam interagir com a susceptibilidade

genética do indivíduo e desencadear a cascata de degeneração dos neurônios

motores.4

Embora as vias moleculares precisas que causam a morte de neurônios

motores na ELA permaneçam desconhecidas, vários processos patológicos estão

associados com o aparecimento e a progressão da doença. Dente eles, destacam-

se: estresse oxidativo, excitotoxicidade do glutamato, disfunção mitocondrial,

neuroinflamação, interrupção do transporte axonal, agregação de proteínas e

apoptose. O mais provável é que uma combinação desses diferentes eventos

danifiquem os neurônios motores e desenvolvam a ELA.20

Aproximadamente 2/3 dos pacientes desenvolvem início típico espinhal,

apresentando sintomas relacionados a fraqueza muscular focal nos membros

superiores e inferiores, com cãibras, fasciculações e dificuldade de destreza manual

e de marcha. Já os pacientes com manifestações clínicas de início bulbar

habitualmente demonstram disartria e disfagia. A paralisia é progressiva e leva à

morte por insuficiência respiratória dentro de 2-3 anos para os casos de início bulbar

e de 3-5 anos para os casos de início espinhal.21

A duração da doença varia consideravelmente de alguns meses para 10-15

anos, com uma sobrevida média de cerca de 36 meses.17 Os pacientes com início

bulbar e idade mais avançada têm menor sobrevida. A eventual insuficiência

respiratória e desnutrição com desidratação são as principais causas de morte.22

A desnutrição é frequente na ELA,22,23 ocorrendo em 15 a 55% dos casos e

aumentando com a progressão da doença.24 Disfagia, baixa ingestão alimentar e

hipermetabolismo são as principais causas da desnutrição na ELA,23 afetando

negativamente o prognóstico e a qualidade de vida dos pacientes.22 Estudos

demonstram que a desnutrição aumenta o risco de morte em 7,7 vezes,25 ou ainda, a

cada 5% de perda de peso o risco de morte aumenta em 30%.26

Não há biomarcador específico para o diagnóstico da ELA, sendo esse

baseado, principalmente, no exame clínico de sintomas e em testes

neurofisiológicos, como a eletromiografia. Os critérios do El Escorial observam sinais

de degeneração do neurônio motor superior e inferior sendo usada no diagnóstico

clínico,2 classificando a ELA como suspeita, possível, provável ou definida.27

17

A escala de avaliação funcional na ELA (ALSFRS – Amyotrophic Lateral

Sclerosis Functional Rating Scale) quantifica e avalia as funções motoras,

comunicativas e respiratórias dos pacientes com ELA, funcionando com um

indicativo do prognóstico.28 Esse instrumento avalia a funcionalidade (funções

motoras, bulbares e respiratórias) do paciente em 12 itens, cada item é classificado

em uma escala de 0-4 pontos, resultando num escore de 0 (pior função) a 48

(melhor função) pontos.29

Atualmente ainda não há tratamento eficaz para a ELA. O riluzol é a única

droga aprovada pelo Food and Drug Administration (FDA) com indicação para a

ELA, sendo geralmente bem tolerado. O medicamento atua bloqueando a liberação

pré-sináptica de glutamato, suprimindo assim sua excitotoxicidade. No entanto, o

uso da droga apenas promove modesto benefício, aumentando a sobrevida em

aproximadamente 2-3 meses, sem alteração na deterioração funcional.21,30 O custo

anual do tratamento com o riluzol nos EUA equivale a US$10,000/paciente e, no

Reino Unido equivale a £2865/paciente. Um custo alto para o efeito terapêutico

limitado da droga. A busca por um tratamento bem sucedido para a ELA é um

aspecto crítico da pesquisa nessa área e as intervenções nutricionais devem ser

cuidadosamente consideradas para garantir que esses pacientes não desenvolvam

desnutrição.3

Nesse contexto, o Ministério da Saúde, mediante portaria Nº 913 de 25 de

novembro de 2002, aprova o protocolo clínico e diretrizes terapêuticas para ELA.

Além disso, recomenda a criação de centros de referência para o diagnóstico e

tratamento da ELA, com atuação de uma equipe interdisciplinar e multiprofissional

composta, no mínimo, por neurologista, psiquiatra, fisioterapeuta, terapeuta

ocupacional, psicólogo, assistente social, fonoaudiólogo e nutricionista.31

Dessa forma, o objetivo terapêutico na ELA é apoiado no tratamento da

sintomatologia e em cuidados paliativos.22 Há evidências crescentes de que a

intervenção precoce pode melhorar e prolongar a vida.27 Pacientes com ELA estão

cada vez mais sendo acompanhados por equipes multidisciplinares, incluindo a

assistência nutricional, uma vez que a piora do estado nutricional está associada a

menor sobrevida.32 A terapia nutricional tem se mostrado um recurso terapêutico

primordial na assistência aos portadores de ELA.33

18

4.2 ZINCO

Como segundo elemento-traço mais abundante no corpo humano, o zinco é

indispensável à fisiologia normal.34 Esse mineral encontra-se distribuído por todos os

tecidos corpóreos e secreções, compreendendo uma quantidade média de 1,4 a

2,3g no organismo adulto. Cerca 85% do zinco corporal está presente nos músculos

e ossos, 11% na pele e no fígado, e o restante nos outros tecidos.35 Mais de 90% do

zinco encontra-se ligado firmemente a moléculas intracelulares e o restante é lábil.34

O zinco está envolvido em vários processos metabólicos, possuindo funções

estruturais, reguladoras e catalíticas. É componente essencial para a atividade de

mais de 300 metaloenzimas e cerca 2500 fatores de transcrição. Além disso,

participa da síntese e degradação de lipídios, proteínas e ácidos nucléicos e

desempenha função primordial na regulação da expressão gênica.8

Esse mineral pode gerar efeitos estimulatórios ou inibitórios sobre as células

do sistema imunológico, de forma que tanto o aumento como a diminuição de suas

concentrações teciduais resultam na função imune alterada.36 Tem importante ação

antioxidante, mediante atividade da enzima zinco-dependente SOD1 e das

metalotioneínas (MTs), protegendo as células contra os efeitos prejudiciais causados

pelos radicais livres.5 Possui também papel fundamental no crescimento e

desenvolvimento normal, mineralização óssea, cicatrização de feridas, acuidade do

paladar, síntese e ação dos hormônios peptídicos, produção de espermatozóides,

estabilidade das membranas e desenvolvimento e funcionamento do sistema

nervoso.35

De acordo com a Recommended Dietary Allowances (RDA), as

recomendações atuais para a ingestão dietética de zinco, suficientes para atender

as necessidades nutricionais de 97 a 98% dos indivíduos adultos saudáveis, são de

8mg/dia para mulheres e 11mg/dia para homens, com uma ingestão máxima

tolerável de 40 mg/dia.37

O zinco é absorvido no intestino delgado por mecanismos mediados por

carreadores. Em condições fisiológicas normais, esses carreadores são não

saturáveis. Quantidade considerável de zinco é excretada através das secreções

das vias biliares e intestinais, mas a maior parte é reabsorvida. Outras vias de

excreção de zinco incluem urina e perdas de superfície (pele descamada, cabelos e

19

suor). Ajustes sinérgicos na absorção e excreção intestinal de zinco são os

principais meios de manutenção de sua homeostase.38

A absorção dietética de zinco é largamente determinada pela sua solubilidade

no lúmen intestinal. Essa, por sua vez, é afetada por fatores que afetam sua

biodisponibilidade, tais como: forma química do zinco; presença de inibidores

dietéticos (ex. fitatos); e potencializadores da sua absorção (ex. proteínas de origem

animal).38 Alimentos com elevado teor de proteína também têm elevado teor de

zinco, enquanto alimentos contendo principalmente carboidratos possuem menor

teor de zinco. Assim, os alimentos de origem animal, como ostras, carne bovina,

fígado bovino, carne de aves, leite e ovos são as principais fontes de zinco na dieta

humana.36 Outras fontes secundárias são gérmen de trigo, castanhas, leguminosas,

grãos e cereais integrais.39

A absorção de zinco reage lentamente à sua ingestão dietética. Com a

ingestão de zinco insuficiente, ocorrem ajustes homeostáticos secundários para

conservar o nutriente, como aumento da absorção intestinal de zinco, diminuição na

excreção urinária de zinco, redução na taxa de rotatividade de zinco no plasma e,

possivelmente, liberação de zinco de tecidos selecionados, como por exemplo, o

tecido ósseo.38 O catabolismo do tecido muscular também pode ocorrer para

fornecer zinco a outros tecidos.40

A homeostase celular de zinco é mediada pelas MTs e por duas famílias de

proteínas: Solute Carrier Family (SLC30A) ou ZnT e Solute Carrier Family (SLC39A)

ou Zrt-Irt-like protein (ZIP). Essas proteínas são transportadores de zinco que atuam

coordenadamente e possuem expressão gênica tecido-específica. Os ZIPs são

responsáveis por elevar as concentrações citoplasmáticas de zinco, através do

transporte deste a partir do espaço extracelular ou do interior das organelas para o

citoplasma. Já os ZnTs são responsáveis pelo transporte inverso, diminuindo a

concentração citoplasmática de zinco.41,42,43

As MTs, por sua vez, são proteínas de baixo peso molecular (6-7 kDa) que

possuem a capacidade de complexar íons metálicos, podendo complexar até 20%

de zinco intracelular. Uma molécula de MT pode ligar até sete íons de zinco. Quando

a síntese de MT é aumentada, a ligação intracelular de zinco é promovida, levando

ao controle das concentrações de íons zinco livres que, por sua vez, regulam a

expressão gênica dessa enzima.44

20

Estima-se que 17% da população mundial têm ingestão de zinco inadequada8

e 20% apresenta deficiência de zinco.45 Essa situação pode ser causada pela

ingestão inadequada, aumento das exigências, má absorção, aumento das perdas

e/ou utilização prejudicada.40 A deficiência desse mineral pode ocasionar prejuízo na

função imunológica, resposta inflamatória crônica,46 disfunções cerebrais e

alterações neuropsicológicas.14 Ademais, a alteração da homeostase de zinco é um

fator de risco para a doenças neurodegenerativas.14

Avaliar o estado nutricional de uma população é fundamental no

desenvolvimento de programas de intervenção. Considerando que a ingestão

inadequada crônica do zinco é a causa mais provável de sua deficiência, inquéritos

quantitativos sobre o consumo alimentar são úteis para avaliar a ingestão de zinco e

o risco de sua deficiência nas populações. Assim, informações a respeito da

deficiência de zinco podem ser alcançadas quando essa avaliação dietética é

combinada com indicadores bioquímicos.38,47

Apesar da inexistência de um biomarcador padrão-ouro para avaliar o status

de zinco, sua concentração no plasma tem sido o indicador bioquímico mais

utilizado.8 A OMS/UNICEF e o International Zinc Nutrition Consultative Group

recomendam o zinco plasmático como um biomarcador para avaliar o estado de

zinco e o risco de sua deficiência na população.48

Embora haja limitações, a concentração de zinco no plasma é sensível à

alterações da ingestão de zinco dietético.49

Em adição, a excreção urinária de zinco

(24h) e a concentração de zinco no cabelo podem fornecer informações úteis sobre

o estado de zinco em indivíduos suplementados com zinco.7 Também, a avaliação

de zinco nos eritrócitos, quando associada a outros parâmetros, pode fornecer uma

ajuda na interpretação do estado nutricional de zinco. Entretanto, não deve ser

tomada como medida isolada.50

As concentrações de zinco no líquido cefalorraquidiano (LCR) têm sido

investigadas, especialmente em doenças neurodegenerativas. O LCR desempenha

importante papel no metabolismo e homeostase do sistema nervoso central por

estar diretamente ligado ao espaço extracelular do parênquima cerebral, facilitando

as trocas moleculares. Nesse sentido, um desequilíbrio de zinco cerebral pode ser

susceptivelmente refletido no LCR.51 Todavia, esse parâmetro é dificilmente aplicado

à prática clínica devido ao seu caráter invasivo e ao custo elevado.

21

Por fim, têm sido propostos parâmetros cinéticos,7,52 avaliação da expressão

de metalotioneína e dos transportadores de zinco para avaliação do status desse

mineral.49 Todos em busca de um parâmetro fidedigno para esse fim, o qual ainda

não foi encontrado.

4.3 ZINCO E ESCLEROSE LATERAL AMIOTRÓFICA

O zinco é o elemento traço mais abundante do sistema nervoso,9 sendo

indispensável para neurogênese, sinaptogênese, crescimento neuronal e

neurotransmissão.53 Apesar de ser fundamental para o desenvolvimento e

funcionamento do sistema nervoso, alterações nas concentrações fisiológicas de

zinco são prejudiciais à sobrevivência neuronal. Assim, o zinco pode atuar tanto

como neuromodulador essencial, quando em concentrações fisiológicas, como

neurotóxico, quando em concentrações reduzidas ou elevadas5,14

Embora o mecanismo exato do envolvimento do zinco na ELA seja pouco

compreendido, ele está associado com os principais processos patológicos dessa

doença,54 incluindo: estresse oxidativo, excitotoxicidade do glutamato,

neuroinflamação, disfunção mitocondrial, agregação de proteínas e apoptose, tendo

o potencial de vincular esses processos uns com os outros de forma bidirecional

(Figura 1). Alterações nas concentrações de zinco, para mais ou para menos, pode

exacerbar qualquer um desses processos. Por exemplo, a excitotoxicidade do

glutamato e a neuroinflamação, ambos resultantes do estresse oxidativo, podem

produzir mais EROs, agravando o estresse oxidativo inicial e agravando a

degeneração progressiva e irreversível dos neurônios motores.11

22

Figura 1. Associação entre o zinco e os principais processos patológicos envolvidos

na ELA. As setas bidirecionais indicam a alteração na concentração de zinco pode

ser tanto a causa de, como causada por, qualquer um desses processos. (Adaptada

de Smith e Lee11).

A relação do zinco nos processos patológicos da ELA está descrita

sucintamente a seguir:

Estresse Oxidativo. Em níveis normais, o zinco exerce ações antioxidantes.

No entanto, seu excesso inibe a produção de energia mitocondrial, resultando na

acumulação de EROs, e sua deficiência pode aumentar a oxidação de lípidos,

proteínas e DNA.11 Além disso, mutações no gene SOD1 podem alterar a

conformação da enzima SOD1 ou reduzir sua afinidade para o zinco e levar à

libertação deste da mesma, gerando a SOD1 mal-dobrada. Dessa forma, o zinco

ajuda a manter a estabilidade da enzima antioxidante SOD1 sendo essencial para

sua atividade.55 Ademais, uma vez liberado, o zinco têm efeitos tóxicos pró-

oxidantes.

Excitotoxicidade do Glutamato. O zinco está presente nas vesículas

sinápticas de neurônios glutamatérgicos, é co-liberado com o neurotransmissor

glutamato e tem papel vital como modulador das sinapses. O excesso de zinco tem

sido implicado nos processos que levam a danos celulares por meio de

excitotoxicidade ou de estresse oxidativo.56 Além disso, a grande liberação de

glutamato pelo neurônio pré-sináptico, na fenda sináptica, gera elevado influxo de

cálcio no neurônio pós-sináptico. O excesso de cálcio intracelular gera seu acúmulo

23

na mitocôndria, o que desencadeia aumento da produção de EROs e leva à morte

neuronal por apoptose. Essa estimulação neuronal exacerbada desencadeia a

exocitose de mais neurotransmissores, que por sua vez, amplificam o fenômeno de

excitotoxicidade.11

Disfunção Mitocondrial. Concentrações aumentadas de zinco podem induzir

modificação da permeabilidade mitocondrial e o excesso de zinco pode inibir várias

etapas da cadeia de transporte de elétrons.11 Ainda, a SOD1 zinco-deficiente e o

excesso de zinco livre podem gerar disfunção mitocondrial.57

Neuroinflamação. Desequilíbrio nas concentrações de zinco resulta numa

função imunológica alterada.37 O zinco pode estimular ou inibir a óxido nítrico sintase

neuronal, capaz de ativar a micróglia.11 A intensa ativação da micróglia pode destruir

os neurônios por neuroinflamação. Agregação de SOD1 mal-dobradas aumentam a

produção e liberação de EROs, assim como a cascata de citocinas inflamatórias da

micróglia, resultando em mais neurotoxicidade.58 A micróglia pode influenciar a

homeostase do zinco e, este, por sua vez, pode ser um gatilho para a ativação

sequencial da micróglia.56,59

Agregação de Proteínas. Muitas mutações na SOD1 desestabilizam e alteram

sua conformação, sobretudo tornando-a deficiente em zinco e, consequentemente,

instável. Assim, a apoproteína SOD1 mutante pode ser um "denominador comum"

para o aumento da propensão a agregação entre mais de 100 proteínas mutantes

ligadas a ELA.60

A SOD1 mal-dobrada forma agregados e ganha função tóxica. A

deficiência de zinco gera conformação desestabilizada dessa enzima. A ligação do

metal é um fator chave para inibir essa oligomerização.61

Apoptose. O zinco pode ativar ou inibir o fator de transcrição NF-kB, que está

envolvido na resposta celular a estímulos como o estresse, inibindo ou estimulando

a apoptose. As concentrações de zinco afetam também a atividade de outros fatores

apoptóticos, incluindo Bad/Bax e p53.11 Além disso, a perda de zinco na SOD1

mutante, por si só, já é suficiente para induzir a apoptose em neurônios motores.62

Embora as mutações no gene SOD1 estejam associadas a apenas cerca de

2-3% de todos os casos de ELA humana, a maioria das alterações

moleculares/celulares decorrentes dessas mutações também podem ser observadas

em tecido post mortem de pacientes de ELA esporádica.11

Isso sugere que os

mecanismos subjacentes à ELA esporádica podem ser semelhantes aqueles

encontrados na ELA familiar SOD1 mutante. Ademais, alterações na expressão das

24

MTs também têm sido relatadas em ratos SOD1 mutante e a deleção de MTs

nesses animais acelera a progressão da doença.11

Nesse contexto, a suplementação de zinco pode ser benéfica devido ao seu

papel fundamental na ação da SOD1 e por regular positivamente as MTs, facilitando

a defesa antioxidante.63 McAllum et al.64 observaram que a suplementação de zinco

em modelos de ratos SOD1 mutante resultou em uma melhora na função motora e

sobrevivência dos mesmos.

Alguns estudos têm tentado descrever as concentrações de zinco em

pacientes com ELA. Yasui, Ota e Garruto65 encontraram reduzidas concentrações de

zinco na massa cinzenta do córtex frontal do cérebro em portadores ELA. Já Roos et

al.66 verificaram reduzidas concentrações plasmáticas de zinco e elevadas

concentrações de zinco no líquido cefalorraquidiano (LCR) de pacientes com ELA.

Esses achados indicam possível mecanismo de acumulação de zinco no LCR,

apoiando a hipótese de que o excesso de metais com efeitos neurotóxicos estaria

envolvido na patogênese da ELA. Em outro estudo posterior, foi demonstrado que as

concentrações plasmáticas de zinco estão inversamente associados a ELA,

principalmente naqueles pacientes com pior função motora.67

25

5 METODOLOGIA

5.1 DESENHO E POPULAÇÃO DO ESTUDO

O presente estudo caracterizou-se como do tipo caso-controle não pareado

e foi aprovado pelo Comitê de Ética e Pesquisa do Hospital Universitário Onofre

Lopes (CEP/HUOL), sob o CAAE 40467214.0.0000.5292 (Anexo 1). Todos os

pacientes ou responsáveis assinaram o Termo de Consentimento Livre e

Esclarecido (Apêndice 1).

No grupo caso, foram incluídos pacientes de ambos os sexos,

diagnosticados com ELA, provável ou definida, e acompanhados no Ambulatório

ELA/HUOL no período de março/2015 a fevereiro/2016. Foram excluídos os

pacientes que ainda tinham diagnóstico de ELA suspeita ou possível, em uso de

suplementos de micronutrientes e com presença de doenças inflamatórias

intestinais, insuficiência renal, insuficiência hepática, diabetes, ou outra doença

neurológica associada, pelo potencial de interferência no perfil bioquímico do zinco.

A amostragem foi realizada por conveniência. Dentre os 36 pacientes que estavam

sendo assistidos pelo Ambulatório ELA/HUOL durante o do período da pesquisa, 23

atenderam aos critérios de seleção e foram convidados a participar do estudo. No

entanto, 3 deles recusaram o convite. Assim, um total de 20 pacientes participaram

do estudo, representando um percentual de 55,6% dos pacientes assistidos no

ambulatório no período da pesquisa.

No grupo controle foram incluídos indivíduos saudáveis, de ambos os sexos

e idade superior a 20 anos, selecionados no ambulatório de Nutrição do HUOL,

obedecendo ao fluxo normal no mesmo período de coleta de março/2015 a

fevereiro/2016. Foram considerados como critérios de exclusão os mesmos

definidos para o grupo de pacientes com ELA.

O estudo ocorreu em 3 etapas: 1ª Etapa: avaliação antropométrica; coleta

do 1º recordatório alimentar de 24 horas; realização da escala funcional29 (Anexo 2);

entrega do kit para a coleta de urina; e agendamento da próxima etapa. 2ª Etapa:

coleta de materiais biológicos (sangue e urina); e agendamento da próxima etapa; 3ª

Etapa: coleta do 2º recordatório de 24 horas. Essa última etapa foi realizada de 30 a

26

45 dias após a 1ª etapa. Essas etapas seguiram um fluxograma de planejamento

pré-estabelecido (Figura 2).

Figura 2. Fluxograma e parâmetros avaliados no estudo.

5.2 CARACTERIZAÇÃO CLÍNICA E NUTRICIONAL

Os pacientes do grupo caso foram clinicamente caracterizados quanto ao

início dos sintomas (bulbar ou espinhal), tempo de sintomas (em meses), via de

alimentação (oral e/ou enteral) e escore da ALSFRS.29

27

O peso da população em estudo foi mensurado utilizando balança

plataforma digital KN500/100 (Waagen, São Paulo, Brasil), com capacidade de

500Kg, sendo o indivíduo posicionado no centro da plataforma em posição ereta,

com a cabeça levantada, os olhos na linha do horizonte, os braços ao lado do corpo

e sem calçados, adereços ou objetos nos bolsos. No caso de pacientes cadeirantes,

o peso foi aferido juntamente com a cadeira de rodas, descontando, em seguida, o

peso da mesma.

A altura da população em estudo foi aferida com auxílio do estadiômetro

compacto de 2 metros HT-01 MD (Medjet, Santa Catarina, Brasil) fixado na parede.

O indivíduo foi posicionado sob o estadiômetro, sem calçados ou adereços na

cabeça, em posição ereta, com a cabeça levantada, os olhos na linha do horizonte,

os braços ao lado do corpo, as palmas das mãos voltadas para dentro e com os

calcanhares juntos, glúteos e costas pressionados contra a parede.

Caso não fosse possível realizar a aferição da altura do indivíduo, a altura foi

estimada por intermédio da equação de Chumlea.68 Para a aferição da altura do

joelho, foi utilizada fita antropométrica inelástica. A medida se deu do joelho ao

calcanhar estando o paciente com a perna em um ângulo de 90º.

Para ambos os grupos determinou-se o Índice de Massa Corporal (IMC),

definido como o resultado da razão do peso pela altura ao quadrado (peso/altura²).

Os indivíduos adultos e idosos tiveram seu IMC classificado de acordo com os

pontos de corte recomendados pelo Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional do

Brasil – SISVAN.69

5.3 AVALIAÇÃO DO CONSUMO DIETÉTICO

A avaliação do consumo dietético foi realizada mediante aplicação de 2

recordatórios alimentares de 24 horas (R24h) para cada paciente, obtidos com

intervalo de 30 a 45 dias entre a coleta dos mesmos. Os pacientes ou responsáveis

relataram todos os alimentos consumidos no dia anterior, independente da via

alimentar (oral e/ou enteral), informando tipo do alimento e quantidade consumida

em medidas caseiras. Posteriormente, realizou-se a conversão das medidas

caseiras dos alimentos e/ou preparações consumidas para quantidade consumida

em gramas (g) e/ou mililitros (mL) com base na literatura, fichas técnicas de

28

preparação e material de apoio existente,70,71 bem como no rótulo dos alimentos

industrializados.

Em sequência, o consumo dietético de energia, proteína, gordura,

carboidrato, fibra e zinco foram analisados com auxílio do software Virtual Nutri

Plus® 2.0 (São Paulo, Brasil). Os alimentos ou preparações que não foram

encontrados no banco de dados do software foram adicionados a partir de dados de

composição de tabelas de composição de alimentos brasileiras,72,73 internacionais74

e/ou rótulos nutricionais dos produtos industrializados.

A estimativa da distribuição alimentar habitual do grupo foi realizada pela

aplicação de testes estatísticos para se obter os valores dos nutrientes ajustados

pela variabilidade intra e interpessoal e energia. O ajuste foi feito a partir do cálculo

das variâncias intrapessoal e interpessoal obtidos por meio da análise de variância

(ANOVA One-Way), utilizando as médias quadráticas, conforme Slater, Marchiony e

Fisberg.75 Em seguida,os dados foram ajustados para a energia, utilizando o método

de resíduos descrito por Willet,76 sendo a energia incluída como variável

independente e a ingestão de nutrientes absoluta como variáveis dependentes, a fim

de controlar os fatores de confusão inerentes à ingestão total de energia.

Para a análise da adequação da dieta consumida, considerou-se as

recomendações nutricionais adotadas pelo Ambulatório ELA/HUOL24: energia, 35

kcal/kg/dia; proteína, 1,5 g/kg/dia; gordura, 30% do valor energético total;

carboidrato, suficiente para completar o valor energético total; e fibras, 20-30 g/dia.

Para a avaliação da ingestão de zinco, utilizou-se a Estimated Average Requirement

(EAR), que representa o valor da mediana da distribuição das necessidades de um

nutriente em um grupo de indivíduos saudáveis, do mesmo sexo e estágio de vida,

satisfazendo as necessidades de 50% da população. A recomendação de zinco

como EAR é de 9,4 mg/dia para homens e 6,8 mg/dia para mulheres.38

Os consumos de energia, macronutrientes e fibras foram analisados como

variáveis categóricas e estas comparadas às recomendações nutricionais, podendo

estar abaixo, ideal ou acima. Considerou-se consumo ideal, os indivíduos que

atingiram de 97 a 103% da recomendação de energia, proteína, gordura e

carboidrato.

A análise do zinco da dieta foi apresentada na forma de prevalência de

inadequação, obtida por meio do método da “EAR como ponto de corte”.77 Assim,

calculou-se a área da curva normal, correspondente à proporção de indivíduos com

29

inadequação do consumo de zinco, por meio da curva de distribuição normal

reduzida (Z), utilizando a média e o respectivo desvio-padrão (DP) da variável

ajustada,75 conforme a equação: Z = (EAR – média ajustada do grupo) / DP da

distribuição ajustada. O valor correspondente na tabela de distribuição Z foi

consultado para identificar a proporção de indivíduos com consumo abaixo da EAR,

e, portanto, a prevalência de inadequação desse nutriente.78

5.4 AVALIAÇÃO DO ZINCO NO PLASMA E URINA

Todos os recipientes plásticos e vidrarias utilizados para a coleta de sangue

e análises de zinco passaram por processo prévio de desmineralização por

submersão em ácido nítrico a 20%, por no mínimo 12 horas, e enxágue, por 10

vezes, em água ultra-pura (Milli-Q®), para minimizar a contaminação de minerais.79

As coletas e análises do zinco foram realizadas no Laboratório de Análises

Clínicas do HUOL; no Laboratório de Bioquímica da Nutrição, do Departamento de

Nutrição da UFRN; e no Laboratório do Núcleo de Ensino e Pesquisa em Petróleo e

Gás, do Departamento de Engenharia Química da UFRN.

Foi coletada amostra de 5-10 mL de sangue dos pacientes, em tubo com o

anticoagulante citrato de sódio a 30% (100l), após jejum noturno de 8-12 horas, por

profissional devidamente capacitado e conservadas sobre gelo até tratamento. A

amostra, inicialmente, foi centrifugada a 3.000 rpm por 15 minutos a 4ºC, utilizou-se

a centrifuga refrigerada Excelsa® 280R (Fanem, São Paulo, Brasil), e o plasma foi

separado e armazenado em freezer a -20ºC até as análises.

As determinações das concentrações de zinco no plasma e urina foram

realizadas por espectrofotometria de absorção atômica, utilizando-se o equipamento

Spectra AA240 (Varian, Victoria, Australia) considerando um comprimento de onda

de 213,9 nm, fenda de 1,0 nm, amperagem de 5,0 mÄ, fator de expansão 1.0 e fluxo

de amostra de 5 mL/minuto. As curvas de calibração foram preparadas com o

padrão Titrisol® (Merck, Darmstadio, Alemanha), com as seguintes concentrações:

0,00; 0,10; 0,20; 0,30; 0,50 e 1,00 µg/mL, e acondicionadas sob refrigeração. O

padrão foi diluído em água Milli-Q® e, apenas para a curva preparada para as

leituras de zinco no plasma, utilizou-se 10% de glicerol (a fim de corrigir a diferença

de matriz entre o padrão e a amostra). As análises foram realizadas em duplicata e

os resultados foram calculados a partir da média das leituras das concentrações

30

obtidas, estabelecendo-se um coeficiente de variação inferior a 10%. Para a

certificação das análises de zinco utilizou-se como referência o padrão SeronormTM

Trace Elements Serum L-1 (Sero AS, Billingstad, Noruega), (Referência 201405,

Lote 0903106), preparado de acordo com as recomendações do fabricante.

A determinação analítica de zinco no plasma foi realizada segundo o método

proposto por Rodrigues et al.80 Foram preparadas duas alíquotas de cada amostra

de plasma, por meio de diluição em água Milli-Q® na proporção de 1:4 e aspiradas

diretamente na chama do aparelho. Os resultados foram expressos em µg/dL. Os

valores considerados normais para o zinco no plasma foram aqueles entre 70-110

µg/dL.81

A coleta de urina 24h foi realizada pelos próprios pacientes em suas

residências depois de fornecidas as orientações detalhadas quanto aos

procedimentos de coleta, mantendo o recipiente contendo a urina coletada em

geladeira até sua entrega no ambulatório, no dia seguinte.

A determinação analítica de zinco na urina foi realizada segundo o método

proposto por Kiilerich et al.82 Foram preparadas duas alíquotas de cada amostra de

urina, por meio de diluição em água Milli-Q® na proporção na proporção de 1:1 e

aspiradas diretamente em chama. Os resultados foram expressos em µg/24h, a

partir da concentração média obtida multiplicada pelo volume total de urina 24 horas.

Considerou-se como valor de referência para excreção de zinco na urina a faixa de

300-600 µg/24h.81

5.5 ANÁLISES ESTATÍSTICAS

Os dados obtidos foram tratados por meio do software Stata 14.0. A

distribuição das variáveis contínuas foi avaliada visualmente pela construção de

histogramas. Os dados foram apresentados como média ± desvio padrão (DP),

média (intervalo de confiança [IC] de 95%) e mediana (intervalo interquartil), quando

apropriado. Contagens e proporções foram utilizadas para sumarizar variáveis

categóricas. O teste t de student para amostras independentes e o teste exato de

Fisher foram empregados para testar diferenças entre variáveis contínuas e

proporções, respectivamente. Essa diferença foi ajustada para covariáveis por meio

de modelos de regressão linear simples e modelos de regressão linear múltipla. A

fim de eliminar possíveis fatores de confusão quanto à análise dos parâmetros de

31

zinco no plasma e urina, sete modelos de regressão linear múltipla foram criados,

incluindo as covariáveis idade, sexo, IMC e ingestão de zinco na dieta. Um e dois

dados faltantes para zinco na urina e IMC, respectivamente, foram submetidos à

imputação múltipla. Para as variáveis que tiveram observações imputadas, o

coeficiente de Pearson foi computado por meio do coeficiente de regressão linear

simples. Nessas análises, as variáveis foram centralizadas em suas médias e

padronizadas pelo desvio-padrão amostral. Os percentis 25, 50 e 75 para as

variáveis com dados imputados foram construídos com base em modelos de

regressão quantílicas em uma variável preditora. O nível de significância adotado

para todas as análises foi de 5%.

32

6 ARTIGO CIENTÍFICO PRODUZIDO

O artigo intitulado “Dietary Intake and Zinc Status in Amyotrophic Lateral

Sclerosis Patients” foi submetido para publicação no periódico “Amyotrophic Lateral

Sclerosis and Frontotemporal Degeneration”, que possui fator de impacto 2,677

(2015) e Qualis B1 da CAPES para aérea de Nutrição.

33

Dietary Intake and Zinc Status in Amyotrophic Lateral Sclerosis Patients

Introduction

Amyotrophic lateral sclerosis (ALS) is a progressive neuromuscular disease

characterized by loss of upper and lower neurons in the cerebral cortex, brain stem

and spinal cord, leading to muscle atrophy, paralysis and death (1). Around 90-95%

of ALS cases are sporadic, with no known cause. The remaining 5-10% result from

hereditary genetic mutations and are known as familial ALS. Around 20% of familial

ALS cases are associated with mutations in the gene that codifies the superoxide

dismutase 1 (SOD1) antioxidant enzyme (2).

The pathogenesis of ALS is complex and not entirely known. It is believed that the

combination of different mechanisms may be involved in motor neuron injury,

including oxidative stress, glutamate excitotoxicity, mitochondrial dysfunction,

neuroinflammation, apoptosis, protein aggregation and genetic mutations (3,4). In

addition, zinc plays a key role in all these mechanisms associated with ALS

pathogenesis (3). Besides its antioxidant, anti-inflammatory and immunomodulator

properties, zinc is essential for central nervous system, since it is involved in

neurogenesis, synaptogenesis, neuronal growth and neurotransmission (5).

The majority of ALS patients do not achieve a satisfactory dietary intake, due to the

presence of factors such a dysphagia, inappetence, depression and socioeconomic

limitations. This chronic negative balance between nutrient intake and requirements

leads to a high prevalence of malnutrition and worse prognosis (6). Thus, considering

the importance of zinc in ALS and the scarcity of studies on this issue, the aim of the

present study was to evaluate the dietary intake and zinc status in patients with ALS

treated in a specialized outpatient facility at Onofre Lopes University Hospital (HUOL)

in Natal, Brazil.

Materials and Methods

Study Design and Selection Criteria

This is an unmatched case-control study that was approved by the Research Ethics

Committee of Onofre Lopes University Hospital (CAAE 40467214.0.0000.5292).

Informed consent was obtained from all individual participants included in the study.

34

The case group consisted of patients of both sexes, diagnosed with ALS and treated

at the ALS/HUOL outpatient facility, between March 2015 and February 2016.

Individuals without definitive diagnosis, those using micronutrient supplements, with

inflammatory intestinal diseases, kidney failure, liver failure, diabetes, or other

associated neurological diseases were excluded due to the possible interference in

the biochemical profile of zinc. The control group, selected at the HUOL nutrition

outpatient facility, was composed of healthy people of both sexes aged 20 years or

older, taking no medication or micronutrient supplements.

Clinical and Nutritional Data

Case group patients were clinically characterized in terms of symptom onset (bulbar

or spinal), symptom duration (in months), feeding pathway (oral and/or enteral) and

score on the ALS functional rating scale (ALSFRS) (7). This instrument assesses the

motor, bulbar and respiratory function of these patients, serving as a prognostic

indicator. Scores range from 0 (worst function) to 48 (best function) points. For both

groups, body mass index (BMI) was determined. The BMI of patients was classified

according to cutoff scores, recommended by the Food and Nutrition Surveillance

System of Brazil (SISVAN) (8).

Dietary Intake Assessment

Habitual dietary intake was investigated using two non-consecutive 24-hour recalls

for each patient, obtained 30 to 45 days apart (9). Dietary energy, protein, fat,

carbohydrate, fiber and zinc intake were measured applying Virtual Nutri Plus® 2.0

software. Food items or preparations that were not found in the software’s databank

were added based on data contained in Brazilian (10,11) and international (12) food

composition tables and/or the nutrition labels of industrialized products, including the

enteral formulas. Habitual food intake of the group was estimated using statistical

tests to obtain energy and nutrient values adjusted for intra and interpersonal

variability, according to Slater et al. (13). Next, nutrients were adjusted for energy,

applying the residual method described by Willet and Stampfer (14).

To determine the dietary intake adequacy of ALS patients, the following nutritional

recommendations were considered (15): energy, 35kcal/kg/day; protein, 1.5

g/kg/day; fat, 30% of total calories; carbohydrates, sufficient to complete the total

35

calories; and fibers, 20-30 g/day. The Estimated Average Requirement (EAR) was

used to assess zinc intake (9.4 mg/day for men and 6.8 mg/day for women) (16).

Analysis of dietary zinc was presented as prevalence of inadequacy, obtained by the

EAR method as cutoff point (17).

Assessment of Plasma and Urinary Zinc

After an overnight fast, 5-10 mL blood samples were collected from participants in a

tube with 30% sodium citrate anticoagulant (100L). The samples were centrifuged

at 3000 rpm for 15 minutes, at 4ºC, and the plasma separated and stored in a freezer

at -20ºC until analysis. The 24h urine samples were collected by the subjects in a

supplied container and kept refrigerated until delivery. These were homogenized and

a 25 mL sample was stored in a freezer at -20ºC until analysis. All procedures related

to manipulation of zinc samples were performed according to international standards

for prevention of zinc contamination of the environment (18).

Plasma and urinary zinc concentrations were determined by atomic absorption

spectrophotometry (Spectra AA200, Varian, Victoria, Australia), considering a

wavelength of 213.9 nm, slit 1.0 nm, amperage 5.0 mA, expansion factor 1.0 and

sample flow of 5 mL/min. The calibration curves were prepared with Titrisol® standard

solution (Merck, Germany), at the following concentrations: 0.00; 0.10; 0.20; 0.30;

0.50 and 1.00 µg/mL, and then refrigerated. The solution was diluted in Milli-Q® water

and 10% glycerol was used only for the plasma curve in order to correct the

difference in the matrix between the standard and the sample. Analyses were

conducted in duplicate and the results were calculated from the average of the

readings of the concentrations obtained, establishing a coefficient of variation of less

than 10%. SeronormTM Trace Elements Serum L-1 Standard (Sero AS, Billingstad,

Norway) was used as reference for zinc analysis.

The analytical determination of plasma zinc was carried out in line with the method

proposed by Rodrigues et al. (19). The results were expressed in µgZn/dL. A range

of 70-110 µg/dL was considered as reference value for plasma zinc (20). Analytical

determination of urinary zinc followed the method proposed by Kiilerich et al. (21).

Results were expressed in µg/24h, based on the average concentration obtained

multiplied by the total volume of 24-hour urine. A range of 300-600 µg/24h was

considered as reference value for zinc excretion in urine (20).

36

Statistical Analysis

The data obtained were analyzed using Stata 14.0 software. The distribution of

continuous variables was visually assessed by constructing histograms. The data

were presented as mean ± standard deviation (SD), mean (95% confidence interval

[CI]) and median (interquartile range), when appropriate. Countings and proportions

were used to summarize categorical variables. The student’s t-test for independent

samples and Fisher’s exact test were applied to test differences between continuous

variables and proportions, respectively. The difference was adjusted for covariables

using simple and multiple linear regression models. Seven multiple linear regression

models, including the covariables age, sex, BMI and dietary zinc intake, were created

to eliminate possible confounding factors in terms of the analysis of plasma and

urinary zinc parameters. One and two data items, missing for urinary zinc and BMI,

respectively, were submitted to multiple imputation. Pearson’s coefficient was

computed using a simple linear regression coefficient for variables whose

observations were inputted. In these analyses, the variables were centralized in their

means and standardized by the standard deviation of the sample. Percentiles 25, 50

and 75 for variables with imputed data were constructed based on quantile

regression models without a predictor variable. A significance level of 5% was

adopted for all analyses.

Results

The demographic, clinical, nutritional and biochemical information of participants are

shown in Table 1. The average age of participants was significantly lower in the

control group compared to the case group. There was a predominance of women in

both the case and control groups. Mean BMI was similar between the groups, with

73.7% of cases and 62.2% of controls classified as eutrophic.

The average dietary intake adjusted for energy and macronutrients was significantly

lower for the case group compared to controls. By contrast, the average zinc and

fiber intake did not differ significantly between the groups (Table 1). Although there

was no significant intergroup difference in zinc intake, a higher inadequate

prevalence was found incase group (35%) compared to control group (27%).

Individual analysis for the case group also showed that most patients with ALS

37

exhibited poor dietary intake of energy, protein, lipid, carbohydrate and fiber intake

(Figure1).

Mean plasma zinc was significantly lower in the case group compared to the control

group (Table 1). There was a tendency to lower urinary zinc in the case group;

however, no statistical difference was observed (Table 1). Individual analysis showed

that more cases obtained below reference plasma and urinary zinc values,

represented by 50.0% and 52.6% of cases vs. 13.5% and 37.8% of controls,

respectively.

The regression models with several adjustment levels for plasma and urinary zinc are

illustrated in figures 2 and 3, respectively. After adjusting for the main covariables,

the plasma zinc values differed marginally between cases and controls, except for

model 2, suggesting the influence of age on plasma zinc. Moreover, the models

explained only 4 to 9% of variability in zinc plasma (Figure 2). Graphic analysis of the

regression models for urinary zinc excretion shows no difference between cases and

controls, except for model 4, which was marginally significant, confirming the

influence of sex on urinary zinc excretion. The high variability of urinary zinc can be

observed in models 4 (25%), 6 (29%) and 7 (28%). Furthermore, age and BMI were

independent predictors of urinary zinc excretion (Figure 3).

Discussion

ALS generally affects individuals between the ages of 50 and 60 years (2). The

average age of cases studied was in this range; however, 35% were younger than 50

years. According to the scientific literature, men are slightly more affected than

women, with a male to female ratio about 1.6:1 (1). In the present study, albeit not

statistically significant, most cases were women, similar to the study by Nicoletti et al.

(22), which also found a higher prevalence of spinal ALS as initial manifestation.

In our study, most patients with ALS were eutrophic (mean BMI = 22.68 kg/m2)

(Table 1) despite low food intake, indicating possible overweight or obesity before

diagnosis (data not investigated). Moreover, the multidisciplinary care may have

contributed for a better nutritional status of our patients as shown by Rooney et al.

(23). The maintenance of a eutrophic BMI is of the utmost importance, since there is

an U-shaped association between BMI and mortality in ALS patients (24).

38

In the present study, 84.2% of the cases had energy intake below recommended

levels (Figure 1). Similarly, Genton et al. (6) found that energy intake were below

recommended levels in 70% of ALS patients. Patients with ALS progressively

develop muscle weakness, muscle atrophy and dysphagia, making them vulnerable

to insufficient energy intake (25,26). Negative energy balance in ALS contributes to

degeneration of motor neurons (27) and micronutrient deficiency (28). The low rate of

enteral feeding found in our study may have contributed to a poor dietary intake of

patients. Thereby, gastrostomy may be used to correct insufficient oral intake and

has been associated with maintaining weight and improving survival (26).

Although mean zinc intake did not differ between groups, greater prevalence of

inadequate zinc intake was observed for the case group, which also showed lower

energy and protein intake. This unsatisfactory dietary intake both in nutritional

quantity and quality contributes to weight loss, malnutrition, and poor prognosis (29).

It is estimated that malnutrition in patients with ALS increases the relative risk of

death 7.7 fold (30) and that for every 5% weight loss, the risk of death rises by 30%

(31).

Furthermore, low zinc intake may influence the pathogenic mechanisms in ALS (3).

Thus, for adequate body zinc status, it is recommended a healthy eating pattern with

a regular intake of foods with high bioavailable zinc (oysters, meat, liver, milk, eggs,

etc.). Enteral formulas are well balanced for micronutrient intake and most of them

achieve zinc requirements in 1500 kcal (32).

Fifty percent of the cases exhibited plasma zinc concentrations below reference

values, suggesting zinc deficiency. Despite fluctuations in zinc intake, its

concentration in plasma is strongly regulated. Thus, only prolonged low zinc intake or

chronic poor zinc absorption is capable of reducing plasma values, suggesting

deficiency (33). Moreover, due to the strong homeostatic control of zinc, the

deficiency detectable at a plasma level is considered severe, since normal serum

zinc values can be found in marginal zinc deficiency (34).

Models 4, 6 and 7 (Figure 3) explain a high proportion of zinc variability in urine. The

marginal significance demonstrated only in model 4 (p=0.049) confirms the influence

of sex on urinary zinc excretion, given that differences in body composition between

men and women show greater zinc excretion in men (35). This reinforces the

39

importance of zinc excretion correction by this covariable. The low levels of zinc

urinary found in most of the controls (52.6%) shows a possible attempt to retain more

zinc and compensate for the reduced zinc concentration in plasma (20).

Szewczyk (36) reports that zinc deficiency increases the risk of neurodegenerative

diseases and is prevalent in neurological patients. Corroborating, Roos et al. (37)

found low plasma zinc content in patients with ALS. Moreover, Peters et al. (38), in a

case-control study, observed an inverse association between serum zinc

concentration and ALS. This association was stronger in those with worse function,

suggesting that zinc may play a role in the etiology of ALS and that supplementation

with this mineral may benefit these patients.

Our results suggest that zinc deficiency is a condition inherent to ALS, independently

of covariables. The poor dietary intake and the zinc deficiency detected in patients

with ALS may contribute to a worse prognosis and should be the target of specific

nutritional intervention aimed at correcting the deficiency. There are limitations in the

present study. Because of the scarcity of the disease, the number of case group

patients was low. This may have compromised the statistical power of the analysis

and the representativeness for other populations.

Conclusion

Compared to the control group, patients with ALS showed low energy and

macronutrient intake, higher prevalence of inadequate zinc intake, lower plasma zinc

concentrations and a tendency for lower urinary zinc excretion.

Acknowledgements

This work was supported in part by the Foundation for Research Support of Rio

Grande do Norte (FAPERN), Brazil.

Conflict of Interest

The authors declare that they have no conflict of interest.

References

1. Mitchell JD, Borasio GD. Amyotrophic lateral sclerosis. Lancet 2009;369:2031-41.

40

2. Rothstein JD. Current hypotheses for the underlying biology of amyotrophic lateral

sclerosis. Ann Neurol 2009;65(Suppl. 1),S3-S9.

3. Smith AP, Lee NM. Role of zinc in ALS. Amyotroph Lateral Scler 2007;8(3):131-

43.

4. Lasiene J, Yamanaka K. Glial cells in amyotrophic lateral sclerosis. Neurol Res Int

2011:718987.

5. Tyszka-Czochara M, Grzywacz A, Gdula-Argasińska J, Librowski T, Wiliński B,

Opoka W. The role of zinc in the pathogenesis and treatment of central nervous

system (CNS) diseases. Implications of zinc homeostasis for proper CNS function.

Acta Pol Pharm 2014;71(3):369-77.

6. Genton L, Viatte V, Janssens JP, Héritier AC, Pichard C. Nutritional state, energy

intakes and energy expenditure of amyotrophic lateral sclerosis (ALS) patients. Clin

Nutr 2011;30(5):553-9.

7. Guedes K, Pereira C, Paiva K, Valério BCO. Cross-cultural adaptation and

validation of ALS Functional Rating Scale-Revised in Portuguese language. Arq

Neuro-Psiquiatr 2010;68(1):44-47.

8. Ministério da Saúde do Brasil, Coordenação Geral da Política de Alimentação e

Nutrição (2004) Vigilância alimentar e nutricional - SISVAN: orientações básicas para

a coleta, processamento, análise de dados e informação em serviços de saúde.

Ministério da Saúde, Brasília.

9. Thompson FE, Byers T. Dietary assessment resource manual. J Nutr

1994;124:2245S-2317S.

10. Núcleo de Estudos e Pesquisas em Alimentação (NEPA); Universidade Estadual

de Campinas (UNICAMP). Tabela Brasileira de composição de alimentos – TACO.

NEPA/UNICAMP, São Paulo, 2011.

11. Philippi ST. Tabela de Composição de Alimentos: suporte para decisão

nutricional. ANVISA, FINATEC/NUT, Brasília, 2001.

12. U.S. Department of Agriculture, Agricultural Research Service. USDA National

Nutrient Database for Standard Reference, Release 25, 2012.

41

13. Slater B, Marchiony Dl, Fisberg RM.Estimando a prevalência de ingestão

inadequada de nutrientes. Rev Saúde Publ 2004;38(4):599-605.

14. Willett WC, Stampfer MJ. Total energy intake: implications for epidemiological

analyses. Am J Epidemiol 1986;124:17-27.

15. Brito ANA, Vale SHL, Alves CX, Castro JL, Dourado Júnior MET, Leite LD.

Protocolo diferenciado para Terapia Nutricional na Esclerose Lateral Amiotrófica.

Rev Bras Ciênc Saúde 2014;18(1):79-86.

16. Food and Nutrition Board. Institute of Medicine. Dietary reference intakes for

vitamin A, vitamin K, arsenic, boron, chromium, copper, iodine, iron, manganese,

molybdenum, nickel, silicon, vanadium, and zinc. National Academy of Sciences,

Washington, 2001.

17. Beaton GH. Approaches to analysis of dietary data: relationship between planned

analyses and choice of methodology. Am J Clin Nutr 1994;59(supl):253-261.

18. King JC, Brown KH, Gibson RS, Krebs NF, Lowe NM, Siekmann JH, et al.

Biomarkers of Nutrition for Development (BOND) - Zinc Review. J Nutr

2016;146(4):858S-885S.

19. Rodriguez MP, Narizano, A, Demczylo V, Cid A. A simpler method for the

determination of zinc human plasma levels by flame atomic absorption

spectrophotometry. At Spectrosc 1989;10(2):68-70.

20. Gibson RS. Assessment of chromium, copper and zinc status. In: Gibson RS

Principles of nutritional assessment, 2nd edn. New York: Oxford University Press,

2005:683-748.

21. Kiilerich S, Christensen MS, Naestoft J, Christiansen C. Determination of zinc in

serum and urine by atomic absorption spectrophotometry; relationship between

serum levels of zinc and proteins in 104 normal subjects. Clin Chim Acta

1980;105:231-9.

22. Nicoletti A, Vasta R, Venti V, Mostile G, LoFermo S, Patti F, et al. The

epidemiology of amyotrophic lateral sclerosis in the Mount Etna region: a possible

pathogenic role of volcanogenic metals. Eur J Neurol 2016;23(5):964-72.

42

23. Rooney J, Byrne S, Heverin M, Tobin K, Dick A, Donaghy C, et al. A

multidisciplinary clinic approach improves survival in ALS: a comparative study of

ALS in Ireland and Northern Ireland. J Neurol Neurosurg Psychiatry 2015;86(5):496-

501.

24. Paganoni S, Deng J, Jaffa M, Cudkowicz ME, Wills AM. Body mass index, not

dyslipidemia, is an independent predictor of survival in amyotrophic lateral sclerosis.

Muscle Nerve 2011;44(1):20-4.

25. Ngo ST, Steyn FJ, McCombe PA. Body mass index and dietary intervention:

implications for prognosis of amyotrophic lateral sclerosis. J Neurol Sci 2014;340(1-

2):5-12.

26. Kasarskis EJ, Mendiondo MS, Matthews DE, Mitsumoto H, Tandan R, Simmons

Z, et al. ALS Nutrition/NIPPV Study Group. Estimating daily energy expenditure in

individuals with amyotrophic lateral sclerosis. Am J Clin Nutr 2014;99(4):792-803.

27. Mattson MP, Cutler RG, Camandola S. Energy intake and amyotrophic lateral

sclerosis. Neuromolecular Med 2007;9(1):17-20.

28. Leite LD, Castro JL, Dourado Jr. MET, Brandão-Neto J. Food intake as a

parameter of nutritional assessment in amyotrophic lateral sclerosis patients. Rev

Bras Nutr Clin 2012;27(2):87-92.

29. Dupuis L, Pradat PF,Ludolph AC, Loeffler JF. Energy metabolism in amyotrophic

lateral sclerosis. Lancet Neurol 2011;10(1):75-82.

30. Desport JC, Preux PM, Truong TC, Vallat JM, Sautereau D, Couratier P.

Nutritional status is a prognostic factor for survival in ALS patients. Neurology

1999;53(5):1059-63.

31. Marin B, Desport JC, Kajeu P, Jesus P, Nicolaud B, Nicol M, et al. Alteration of

nutritional status at diagnosis is a prognostic factor for survival of amyotrophic lateral

sclerosis patients. J Neurol Neurosurg Psychiatry 2011;82(6):628-34.

32. Iacone R, Scanzano C, Santarpia L, D'Isanto A, Contaldo F, Pasanisi F.

Micronutrient content in enteral nutrition formulas: comparison with the dietary

reference values for healthy populations. Nutr J 2016;15:30.

43

33. King JC. Zinc: an essential but elusive nutrient. Am J Clin Nutr 2011;94(2):679S-

684S.

34. Wood RJ. Assessment of marginal zinc status in humans. J Nutr 2000;130(5S

Suppl):1350S-4S.

35. Brown KH, Rivera JA, Bhutta Z, Gibson RS, King JC, Lönnerdal B, et al.

International Zinc Nutrition Consultative Group (IZiNCG) technical document #1.

Assessment of the risk of zinc deficiency in populations and options for its control.

Food and Nutrition Bulletin 2004;25(1 Suppl 2):S99-203.

36. Szewczyk B. Zinc homeostasis and neurodegenerative disorders. Front Aging

Neurosci 2013;5:33.

37. Roos PM, Vesterberg O, Syversen T, Flaten TP, Nordberg M. Metal

concentrations in cerebrospinal fluid and blood plasma from patients with

amyotrophic lateral sclerosis. Biol Trace Elem Res 2013;151(2):159-70.

38. Peters TL, Beard JD, Umbach DM, Allen K, Keller J, Mariosa D, et al. Blood

levels of trace metals and amyotrophic lateral sclerosis. Neurotoxicology

2016;54:119-26.

44

Tables and Figures

Table 1. Demographic, clinical, nutritional and biochemical characteristics of

participants.

Variable Cases (n=20) Controls (n=37) P

Age 54.86 ± 13.95 42.48 ± 11.21 0.008

Sex

Male

Female

9 (45)

11 (55)

13 (35)

24 (65)

0.571

BMI, kg/m2 22.68 ± 3.36 23.73 ± 2.77 0.217

Initial clinical manifestation

Spinal ALS

Bulbar ALS

16 (80)

4 (20)

-

-

-

-

Disease time in months 43 (23 - 68) - -

Functional scale score (ALSFRS)

> 24 points

≤ 24 points

23.5 ± 11.63

8 (40)

12 (60)

-

-

-

-

-

-

Feeding pathway

Oral

Enteral

Oral + Enteral

14 (70)

5 (25)

1 (5)

-

-

-

-

-

-

Energy, Kcal 1538.2 ± 417.53 1983.58 ± 521.63 0.002

Protein

g/day

Kcal/day

% of total calories

69.31 ± 14.88

277.21 ± 59.5

18.99 ± 5.02

83.71 ± 11.3

334.81 ± 45.2

18.19 ± 5.76

<0.001

<0.001

0.605

Carbohydrate

g/day

Kcal/day

% of total calories

211.42 ± 24.45

845.66 ± 97.79

58.86 ± 17.57

268.81 ± 35.83

1075.24 ± 143.31

58.27 ± 18.89

<0.001

<0.001

0.908

Fat

g/day

47.65 ± 5.72

65.3 ± 9.71

<0.001

45

Kcal/day

% of total de calories

428.9 ± 51.49

29.74 ± 7.86

587.68 ± 87.4

31.96 ± 10.4

<0.001

0.408

Fiber, g/day 16.35 (12 - 19) 13.5 (11.77 - 17.41) 0.648

Zinc intake, mg/day 9.27 ± 3.22 9.37 ± 2.41 0.897

Plasma zinc, µg/dL 77.13 ± 22.21 87.84 ± 17.44 0.050

Urinary zinc, µg/24h 258.1 (161 - 465.6) 375.4 (197.6 - 597.5) 0.155

Values expressed as mean ± standard deviation, median (interquartile range) or

counting (percentage). Nutritional recommendation [15]: Energy (35 kcal/kg/day);

Protein (1.5 g/kg/day); Fat (30% of total calories); Carbohydrates (sufficient to

complete total calories); and Fibers (20-30 g/day). DRI for zinc [16]: 9.4 mg/day

(male) and 6.8 mg/day (female). Reference values for plasma and urinary zinc [20],

respectively: 70-110 µg/dL and 300-600 µg/24h.

48

Figure 1. Percent of ALS patients with usual dietary intake below, within or above

recommended levels of energy, protein, fat, carbohydrate and fiber.

Energy (Cal)

Protein(g)

Fat(g)

Carb(g)

Fiber(g)

0

100A

LS

Pa

tien

ts (

%)

84.2%

15.8%

84.2% 94.7% 79.0% 85.0%

10.5%

5.3% 5.3%10.5%

5.0%

10.5%

10.0%

Above recommended levels

Below recommended levels

Within recommended levels

49

Figure 2. Difference in plasma zinc between cases and controls, considering

adjusted models. Regression models: 1) without adjustment; 2) adjusted for age; 3)

adjusted for BMI; 4) adjusted for sex; 5) adjusted for dietary zinc; 6) adjusted for age,

BMI and sex; 7) adjusted for age, BMI, sex and dietary zinc. R2: coefficient of

determination. Estimates of the difference between cases and controls are

represented by delta (∆), whose mean is in the center of the squares (■); the area of

each square is proportional to the variability explained by the model. The horizontal

lines are the 95% confidence intervals. When these intervals do not touch the vertical

axis (center at zero), the difference between cases and controls is statistically

significant (p0.05). If the confidence interval line is to the right of the central axis, the

plasma zinc concentration is higher for the case group (patients with ALS) in relation

to the control group (healthy individuals). By contrast, if it is to the left of the central

axis, the plasma zinc concentration is lower in the case group.

50

Figure 3. Difference in urinary zinc between cases and controls, considering the

adjusted models. Regression models: 1) without adjustment; 2) adjusted for age; 3)

adjusted for BMI; 4) adjusted for sex; 5) adjusted for dietary zinc; 6) adjusted for age,

BMI and sex; 7) adjusted for age, BMI, sex and dietary zinc. R2: coefficient of

determination. Estimates of the difference between cases and controls are

represented by delta (∆), whose mean is in the center of the squares (■); the area of

each square is proportional to the variability explained by the model. The horizontal

lines are the 95% confidence intervals. When these intervals do not touch the vertical

axis (center at zero), the difference between cases and controls is statistically

significant (p0.05). If the confidence interval line is to the right of the central axis, the

plasma zinc concentration is higher for the case group (patients with ALS) in relation

to the control group (healthy individuals). By contrast, if it is to the left of the central

axis, the plasma zinc concentration is lower in the case group.

51

7 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Evidenciou-se que metade dos pacientes com ELA estudados, assistidos no

ambulatório de ELA/HUOL, em Natal/RN, apresentou deficiência de zinco. E ainda, a

grande maioria dos indivíduos do grupo caso apresentou baixo consumo de energia,

proteína, gordura e carboidrato. Ademais, observou-se alta prevalência de

inadequação da ingestão de zinco no grupo caso. Esses achados apontam para um

consumo dietético desbalanceado e para uma alteração no status de zinco nos

pacientes com ELA. Desta forma, ressalta-se a importância do profissional

nutricionista no planejamento e acompanhamento nutricional dos mesmos, no

sentido de orientar uma nutrição adequada, possibilitando um melhor prognóstico.

Ressalta-se a importância da continuidade dessa pesquisa objetivando

estudar a expressão dos transportadores de zinco nos pacientes com ELA, pois

podem descortinar novas informações em relação ao metabolismo e status de zinco

nessa população. Além disso, é necessário estudos de intervenção com

suplementação de zinco em pacientes com deficiência desse mineral, objetivando

responder a seguinte pergunta:a correção do estado nutricional relativo ao zinco

melhora o prognóstico dos portadores de ELA?

Existiram algumas limitações no nosso estudo. Não foi possível realizar a

avaliação de mais biomarcadores devido à limitação de recursos. Os grupos caso e

controle não puderam ser pareados por idade e os controles foram em média 9,4

anos mais novos do que os casos. Em virtude da raridade da doença, o número de

pacientes do grupo caso foi menor. Isso pode ter contribuído para baixo poder

estatístico das análises e prejudicar a representatividade para outras populações.

Houve dificuldade em comparar e discutir nossos resultados com outros

estudos, devido a escassez de trabalhos avaliando o status de zinco em pacientes

com ELA. Todavia, as informações aqui contidas consistem em uma rica fonte de

dados descritivos e exploratórios nesse tema.

A partir da realização desse Mestrado em Nutrição, foram construídos, além

da presente dissertação, 2 artigos científicos:o artigo original aqui apresentado, e um

artigo de revisão intitulado “The role of zinc in cellular and molecular mechanisms

involved in ALS pathogenesis”, em fase de finalização.

Além disso, a mestranda realizou docência assistida na disciplina de

graduação “Dietoterapia II”, ofertada pelo Departamento de Nutrição da UFRN,

52

durante o primeiro semestre de 2015. Essa experiência foi de suma importância para

aquisição de conhecimentos técnico-científicos, vivências acadêmicas e articulação

entre graduação e pós-graduação.

Ressalta-se, ainda, a participação da mestranda no projeto de extensão

multidisciplinar, prestando assistência nutricional aos portadores de ELA atendidos

no Ambulatório da Neurologia do HUOL, desde janeiro de 2015. Essa vivência

prática permitiu melhor compreensão das perguntas norteadoras da pesquisa e

expertise profissional na atenção nutricional aos pacientes com ELA.Também, houve

participação da mestranda nos eventos locais V NutriELA e VI NutriELA, enquanto

palestrante, abordando os temas “Gastrostomia em pacientes com ELA” e

“Importância do zinco na ELA”, respectivamente.

Considerando a nossa trajetória de assistência e investigação científica junto

aos pacientes com ELA, nos sentimos, desde o início, motivados a realizar esse

estudo. Reconhecemos a relevância da temática e acreditamos que esse estudo,

além de ter contribuído para o crescimento intelectual da equipe envolvida,

contribuirá para a divulgação científica e beneficiará os pacientes com ELA, alvo

primordial do nosso trabalho.

53

REFERÊNCIAS

1. Mitchell JD, Borasio GD. Amyotrophic lateral sclerosis. Lancet. 2007;369:2031-41.

2. Mehta P, Antao V, Kaye W, Sanchez M, Williamson D, Bryan L, Muravov O,

Horton K; Division of Toxicology and Human Health Sciences, Agency for Toxic

Substances and Disease Registry, Atlanta, Georgia; Centers for Disease Control and

Prevention (CDC). Prevalence of amyotrophic lateral sclerosis - United States, 2010-

2011. MMWR Surveill Summ. 2014;63(suppl 7):1-14.

3. Patel BP, Hamadeh MJ. Nutritional and exercise-based interventions in the

treatment of amyotrophic lateral sclerosis. Clin Nutr. 2009;28(6):604-17.

4. Trojsi F, Monsurrò MR, Tedeschi G. Exposure to environmental toxicants and

pathogenesis of amyotrophic lateral sclerosis: state of the art and research

perspectives. Int J Mol Sci. 2013;14(8):15286-311.

5. Tyszka-Czochara M, Grzywacz A, Gdula-Argasińska J, Librowski T, Wiliński B,

Opoka W. The role of zinc in the pathogenesis and treatment of central nervous

system (CNS) diseases. Implications of zinc homeostasis for proper CNS function.

Acta Pol Pharm. 2014;71(3):369-77.

6. Levenson CW, Morris D. Zinc and neurogenesis: making new neurons from

development to adulthood. Adv Nutr. 2011;2(2):96-100.

7. Lowe, NM. Assessing zinc in humans. Curr Opin Clin Nutr Metab Care. 2016:19:

321-327.

8. King JC, Brown KH, Gibson RS, Krebs NF, Lowe NM, Siekmann JH, et al.

Biomarkers of Nutrition for Development (BOND) - Zinc Review. J Nutr.

2016;146(4):858S-885S.

9. Watt NT, Griffiths HH, Hooper NM. Neuronal zinc regulation and the prion protein.

Prion. 2013;7(3):203–8.

10. Plum LM, Rink L, Haase H. The Essential Toxin: Impact of Zinc on Human.

Health Int J Environ Res Public Health. 2010;7(4):1342-1365.

11. Smith AP, Lee NM. Role of zinc in ALS. Amyotroph Lateral Scler 2007;8(3):131-

43.

12. Grabrucker AM, Rowan M, Garner CC. Brain-Delivery of Zinc-Ions as Potential

Treatment for Neurological Diseases: Mini Review. Drug Deliv Lett. 2011;1(1):13-23.

54

13. Prakash A, Bharti K, Majee AB. Zinc: indications in brain disorders. Fundam Clin

Pharmacol. 2015;29(2):131-49.

14. Szewczyk B. Zinc homeostasis and neurodegenerative disorders. Frontiers in

Aging Neuroscience. 2013;5:33.

15. Rowland LP, Shneider NA. Amyotrophic Lateral Sclerosis. N Engl J Med.

2001;344(22):1688-1700.

16. Rothstein, J. D. Current hypotheses for the underlying biology of amyotrophic

lateral sclerosis. Ann. Neurol. 2009;65(Suppl. 1),S3–S9.

17. Soriani MH, Desnuelle C. Epidemiology of amyotrophic lateral sclerosis. Rev

Neurol (Paris). 2009;165(8-9):627-40.

18. Kaur SJ, McKeown SR, Rashid S. Mutant SOD1 mediated pathogenesis of

Amyotrophic Lateral Sclerosis. Gene. 2016;577(2):109-18.

19. Hayashi Y, Homma K, Ichijo H.SOD1 in neurotoxicity and its controversial roles in

SOD1 mutation-negative ALS. Adv Biol Regul. 2016;60:95-104.

20. Lasiene J, Yamanaka K. Glial cells in amyotrophic lateral sclerosis. Neurol Res

Int. 2011;2011:718987.

21. Wijesekera LC, Leigh PN. Amyotrophic lateral sclerosis. Orphanet J Rare Dis.

2009;4:3.

22. Greenwood DI. Nutrition management of amyotrophic lateral sclerosis. Nutr Clin

Pract. 2013;28(3):392-9.

23. Muscaritoli M, Kushta I, Molfino A, Inghilleri M, Sabatelli M, Rossi Fanelli F.

Nutritional and metabolic support in patients with amyotrophic lateral sclerosis.

Nutrition. 2012;28(10):959-66.

24. Brito ANA, Vale SHL, Alves CX, Castro JL, Dourado Júnior MET, Leite LD.

Protocolo diferenciado para Terapia Nutricional na Esclerose Lateral Amiotrófica. R

Bras Ci Saúde. 2014;18(1):79-86.

25. Desport JC, Preux PM, Truong TC, Vallat JM, Sautereau D, Couratier P.

Nutritional status is a prognostic factor for survival in ALS patients. Neurology. 1999;

53(5):1059-63.

26. Marin B, Desport JC, Kajeu P, Jesus P, Nicolaud B, Nicol M, et al. Alteration of

nutritional status at diagnosis is a prognostic factor for survival of amyotrophic lateral

sclerosis patients. J Neurol Neurosurg Psychiatry. 2011; 82(6):628-34.

27. Oliveira AS, Pereira RD. Amyotrophic lateral sclerosis (ALS): three letters that

change the people's life. For ever. Arq Neuropsiquiatr. 2009;67(3A):750-82.

55

28. Orsini M, Freitas MRG, Mello MP, Botelho JP, Cardoso FM, Nascimento OJM,

Freitas GR. Medidas de Avaliação na Esclerose Lateral Amiotrófica. Rev Neurocienc.

2008;16(2):144-151.

29. Guedes K, Pereira C, Paiva K, Valério BCO. Cross-cultural adaptation and

validation of ALS Functional Rating Scale-Revised in Portuguese language. Arq.

Neuro-Psiquiatr. 2010;68(1):44-47.

30. Jenkins TM, Hollinger H, McDermott CJ. The evidence for symptomatic

treatments in amyotrophic lateral sclerosis. Curr Opin Neurol. 2014;27(5):524-31.

31. Brasil. Portaria nº 913 de 25 de novembro de 2002. Estabelece protocolo clínico

e diretrizes terapêuticas para o tratamento da Esclerose Lateral Amiotrófica. Brasília,

2002. [Acesso em 29 set 2014] Disponível em:

<http://dtr2001.saude.gov.br/sas/PORTARIAS/PORT2002/PT-913.htm>.

32. Genton L, Viatte V, Janssens JP, Héritier AC, Pichard C. Nutritional state, energy

intakes and energy expenditure of amyotrophic lateral sclerosis (ALS) patients. Clin

Nutr. 2011;30(5):553-9.

33. Salvioni CCS, Stanich P, Almeida CS, Oliveira ASB. Nutritional care in motor

neurone disease / amyotrophic lateral sclerosis. Arq Neuro-Psiquiatr.

2014;72(2):157-63.

34. Inoue K, O'Bryant Z, Xiong. Zinc-Permeable Ion Channels: Effects on Intracellular

Zinc Dynamics and Potential Physiological/Pathophysiological Significance. Curr

Med Chem. 2015;22(10):1248–1257.

35. Chasapis CT, Loutsidou AC, Spiliopoulou CA, Stefanidou ME. Zinc and human

health: an update. Arch Toxicol. 2012;86:521–34.

36. Kaur K, Gupta R, Saraf SA, Saraf SK. Zinc: The Metal of Life. Comprehensive

Reviews in Food Science and Food Safety. 2014;13:358–376.

37. Food and Nutrition Board. Dietary reference intakes for vitamin A, vitamin K,

arsenic, boron, chromiun, copper, iodine, iron, manganese, molybdnum, nickel,

silicon, vanadium, and zinc. Washington: National Academy of Sciences; 2001.

38. Roohani N, Hurrell R, Kelishadi R, Schulin R. Zinc and its importance for human

health: An integrative review. J Res Med Sci. 2013;18(2):144–57.

39. Yuyama LKO, Yonekura L, Aguiar JPL, Rodrigues MLCF, Cozzolino SMF. Zinco.

In: Cozzolino SMF. Biodisponibilidade de nutrientes. Barueri,SP: Manole, 2005.

40. King JC. Zinc: an essential but elusive nutrient. Am J Clin Nutr.

2011;94(suppl):679S–84S.

56

41. Huang L, Tepaamorndech S. The SLC30 family of zinc transporters – a review of

current understanding of their biological and pathophysiological roles. Mol Aspects

Med. 2013;34(2-3):548-60.

42. Jeong J, Eide DJ. The SLC39 family of zinc transporters. Mol Aspects Med.

2013;34(2-3):612-9.

43. Kambe T, Hashimoto A, Fujimoto S. Current understanding of ZIP and ZnT zinc

transporters in human health and diseases. Cell Mol Life Sci. 2014;71(17):3281-95.

44. Kang M, Zhao L, Ren M, Deng M, Li C. Reduced metallothionein expression

induced by Zinc deficiency results in apoptosis in hepatic stellate cell line LX-2. Int J

Clin Exp Med. 2015;8(11):20603-9.

45. Tuerk MJ, Fazel N. Zinc deficiency. Curr Opin Gastroenterol. 2009;25(2):136-43.

46. Bonaventura P, Benedetti G, Albarède F, Miossec P. Zinc and its role in immunity

and inflammation. Autoimmun Rev. 2015;14(4):277-85.

47. Ghasemi A, Zahediasl S, Hosseini-Esfahani F, Azizi F. Reference Values for

Serum Zinc Concentration and Prevalence of Zinc Deficiency in Adult Iranian

Subjects. Biol Trace Elem Res. 2012;149:307-314.

48. Wessells KR, King JC, Brown KH. Development of a Plasma Zinc Concentration

Cutoff to Identify Individuals with Severe Zinc Deficiency Based on Results from

Adults Undergoing Experimental Severe Dietary Zinc Restriction and Individuals with

Acrodermatitis Enteropathica. J Nutr. 2014;144(8):1204-10.

49. Ryu MS, Langkamp-Henken B, Chang SM, Shankar MN, Cousins RJ. Genomic

analysis, cytokine expression, and microRNA profiling revealbiomarkers of human

dietary zinc depletion and homeostasis. Proc Natl Acad Sci USA 2011;108:20970-5.

50. Vitoux D, Arnaud J, Chappuis P. Are Copper, Zinc and Selenium in Erythrocytes

Valuable Biological Indexes of Nutrition and Pathology? J. Trace Elements Med. BioI.

1999;13:113-128.

51. MichalkeB, Nischwitz V. Review on metal speciation analysis in cerebrospinal

fluid-current methods and results: A review. Analytica Chimica Acta. 2010;682:23-36.

52. Leite LD, de Medeiros Rocha ED, das Graças Almeida M, Rezende AA, da Silva

CA, França MC, Marchini JS, Brandão-Neto J. Sensitivity of zinc kinetics and

nutritional assessment of children submitted to venous zinc tolerance test. J Am Coll

Nutr. 2009;28(4):405-12.

53. Maret W, Sandstead HH. Zinc requirements and the risks and benefits of zinc

supplementation. J Trace Elem Med Biol. 2006;20(1):3-18.

57

54. Bourassa MW, Brown HH, Borchelt DR, Vogt S, Miller LM. Metal-deficient

aggregates and diminished copper found in cells expressing SOD1 mutations that

cause ALS. Front Aging Neurosci. 2014;6:110.

55. Petri S, Calingasan NY, Alsaied OA, Wille E, Kiaei M, Friedman JE, Baranova O,

Chavez JC, Beal MF. The lipophilic metal chelators DP-109 and DP-460 are

neuroprotective in a transgenic mouse model of amyotrophic lateral sclerosis. J

Neurochem. 2007;102(3):991-1000.

56. Hancock SM, Finkelstein DI, Adlard PA.Glia and zinc in ageing and Alzheimer's

disease: a mechanism for cognitive decline? Front Aging Neurosci. 2014;6:137.

57. Bahadorani S, Mukai ST, Rabie J, Beckman JS, Phillips JP, Hilliker AJ.

Expression of zinc-deficient human superoxide dismutase in Drosophila neurons

produces a locomotor defect linked to mitochondrial dysfunction. Neurobiol Aging.

2013;34(10):2322-30.

58. Henkel JS, Beers DR, Zhao W, Appel SH. Microglia in ALS: the good, the bad,

and the resting. J Neuroimmune Pharmacol. 2009;4(4):389-98.

59. Higashi Y, Segawa S, Matsuo T, Nakamura S, Kikkawa Y, Nishida K, Nagasawa

K. Microglial zinc uptake via zinc transporters induces ATP release and the activation

of microglia. Glia. 2011;59(12):1933-45.

60. Furukawa Y, Anzai I, Akiyama S, Imai M, Cruz FJ, Saio T, Nagasawa K, Nomura

T, Ishimori K. Conformational Disorder of the Most Immature Cu,Zn-Superoxide

Dismutase Leading to Amyotrophic Lateral Sclerosis. J Biol Chem.

2016;291(8):4144-55.

61. Banci L, Bertini I, Boca M, Girotto S, Martinelli M, Valentine JS, Vieru M. SOD1

and amyotrophic lateral sclerosis: mutations and oligomerization. PLoS One.

2008;3(2):e1677.

62. Roberts BR, Tainer JA, Getzoff ED, Malencik DA, Anderson SR, Bomben VC,

Meyers KR, Karplus PA, Beckman JS. Structural characterization of zinc deficient

human superoxide dismutase and implications for ALS. J Mol Biol. 2007;373(4):877-

90.

63. Rosenfeld J, Ellis A. Nutrition and dietary supplements in motor neuron disease.

Phys Med Rehabil Clin N Am. 2008;19(3):573-89.

64. McAllum EJ, Roberts BR, Hickey JL, Dang TN, Grubman A, Donnelly PS, Liddell

JR, White AR, Crouch PJ. Zn(II) (atsm) is protective in amyotrophic lateral sclerosis

model mice via a copper delivery mechanism. Neurobiol Dis. 2015;81:20-4.

58

65. Yasui M, Ota K, Garruto RM. Concentrations of zinc and iron in the brains of

Guamanian patients with amyotrophic lateral sclerosis and parkinsonism-dementia.

Neurotoxicology. 1993;14(4):445-50.

66. Roos PM, Vesterberg O, Syversen T, Flaten TP, Nordberg M.

Metal concentrations in cerebrospinal fluid and blood plasma from patients with

amyotrophic lateral sclerosis. Biol Trace Elem Res. 2013;151(2):159-70.

67. Peters TL, Beard JD, Umbach DM, Allen K, Keller J, Mariosa D, Sandler DP,

Schmidt S, Fang F, Ye W, Kamel F. Blood Levels of Trace Metals and Amyotrophic

Lateral Sclerosis. Neurotoxicology. 2016;54:119-26.

68. Chumlea WC, Roche AF, Steinbaugh ML. Estimating stature from knee height for

persons 60 to 90 years of age. J Am Geriatric Soc. 1985;33:116-120.

69. Ministério da Saúde do Brasil, Coordenação Geral da Política de Alimentação e

Nutrição. Vigilância alimentar e nutricional - SISVAN: orientações básicas para a

coleta, processamento, análise de dados e informação em serviços de saúde.

Ministério da Saúde. Brasília: Ministério da Saúde; 2004. 120p.

70. Tomita lY; Cardoso MA. Relação de medidas caseiras, composição química e

receitas de alimentos nipo-brasileiros. 2 ed. São Paulo: Editora Metha Ltda, 2002.

71. Araújo MOD, Guerra TM. Alimentos “per capita”.3 ed. Natal, RN: EDUFRN –

Editora da UFRN, 2007. 324p.

72. Núcleo de Estudos e Pesquisas em Alimentação (NEPA); Universidade Estadual

de Campinas (UNICAMP). Tabela Brasileira de composição de alimentos – TACO. 4

ed revisada e ampliada. São Paulo; NEPA/UNICAMP; 2011. 161p.

73. Philippi ST. Tabela de Composição de Alimentos: suporte para decisão

nutricional. Brasília: ANVISA, FINATEC/NUT-UnB, 2001. 121p.

74. United States Department of Agriculture (USDA).Agricultural Research Service.

USDA National nutrient database for standard reference, Release 25. [food

composition table]. 2012.

75. Slater B, Marchiony Dl, Fisberg RM. Estimando a prevalência de ingestão

inadequada de nutrientes. Rev. Saúde Publ. 2004;38(4):599-605.

76. Willett WC, Stampfer MJ. Total energy intake: implications for epidemiological

analyses. Am J Epidemiol. 1986;124:17–27.

77. Beaton GH. Approaches to analysis of dietary data: relationship between planned

analyses and choice of methodology. Am. J. Clin. Nutr. 1994;59(supl):.253-261.

59

78. Institute of Medicine, Food and Nutrition Board. Standing Committee on the

Scientific Evaluation of Dietary Reference Intakes. Dietary reference intakes:

applications in dietary assessment. Washington: National Academy Press; 2000.

287p.

79. Instituto Adolfo Lutz. Normas analíticas do Instituto Adolfo Lutz. 3.ed. São Paulo,

1985. v.1. 533p.

80. Rodriguez MP, Narizano, A, Demczylo V, Cid A. A simpler method for the

determination of zinc human plasma levels by flame atomic absortion

spectrophotometry. At Spectrosc. 1989;10(2):68-70.

81. Gibson RS. Assessment of chromium, copper and zinc status. In: Gibson RS.

Principles of nutritional assessment, Nova Iorque: Oxford University Press, 2 ed.,

2005. p.683-748.

82. Kiilerich S, Christensen MS, Naestoft J, Christiansen C. Determination of zinc in

serum and urine by atomic absorption spectrophotometry; relationship between

serum levels of zinc and proteins in 104 normal subjects. Clin Chim Acta.

1980;105:231-9.

60

APÊNDICE

61

APÊNDICE 1 - Termo de Consentimento Livre e Esclarecido

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE DEPARTAMENTO DE NUTRIÇÃO

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

Esclarecimentos:

Este é um convite para você participar do estudo “AVALIAÇÃO DO ESTADO

NUTRICIONAL RELATIVO AO ZINCO EM PACIENTES COM ESCLEROSE

LATERAL AMIOTRÓFICA”, coordenado pela Profa. Dra. Lúcia Dantas Leite. Esse

estudo corresponde ao projeto de pós-graduação da mestranda Heloisa Fernanda

Lopes da Silva, a ser realizado em parceria com o Ambulatório Multidisciplinar para

Atendimento de Portadores de Doença do Neurônio Motor (DNM) / Esclerose Lateral

Amiotrófica (ELA), do Hospital Universitário Onofre Lopes (HUOL), localizado na

cidade de Natal, Rio Grande do Norte. Sua participação é voluntária, o que significa

que você poderá desistir a qualquer momento sem lhe trazer nenhum problema.

Esse estudo objetiva avaliar o estado nutricional corporal de zinco mediante

avaliação laboratorial do zinco. Para isso será necessário coleta de sangue e urina.

Além disso, será necessário tirar algumas medidas como peso, altura, largura do

braço, prega do braço, prega entre o dedo indicador e o polegar. Também será

avaliada a composição do corpo em relação as quantidades de gordura, músculo e

água, através de um exame chamado bioimpedância. Nesse exame você terá que

ficar deitado sobre um maca e dois eletrodos serão colocados na sua mão direita e

dois eletrodos no pé direito. Esse exame é rápido e não dói. Você também precisará

nos dar informações em relação a sua alimentação, preenchendo um registro dos

alimentos consumidos durante três dias. Sabe-se que o zinco é um nutriente muito

importante para a saúde, especialmente para pacientes com ELA, pois tem efeito

protetor. Este estudo contribuirá com novos conhecimentos que ajudarão no

tratamento nutricional da ELA. O estudo ocorrerá durante as consultas de rotina no

Ambulatório de ELA e todas as informações necessárias serão dadas, inclusive em

relação a preparação para a coleta do sangue e da urina. A coleta de sangue será

feita após período de 8 horas de jejum. Há pouca probabilidade de que o individuo

sofra algum dano de consequência imediata ou tardia. Os riscos envolvidos na

62

participação do estudo incluem tontura e hematoma (mancha escura causada pelo

rompimento de vasos sanguíneos) no braço devido à coleta de sangue. A tontura ou

o desconforto poderá ocorrer devido ao jejum requerido antes da coleta de sangue.

O hematoma no braço pode ocorrer se houver dificuldade na coleta de sangue. E

ainda poderá haver desconforto durante a coleta de suas medidas corporais ou você

poderá se sentir constrangido durante a coleta de dados pessoais e sobre

alimentação. A tontura e/ou desconforto serão minimizados pela oferta de lanche

logo após a coleta de sangue. O hematoma no braço poderá ser evitado pelo fato de

que a coleta de sangue será realizada em condições adequadas, com material

estéril e por um profissional experiente e habilitado, mas se ocorrer orientações

adequadas serão dadas pelo médico responsável. Além disso, a coleta de dados

será realizada em local reservado e por profissional treinado e serão respeitadas

todas as reações emocionais que possam intervir nos procedimentos, prevalecendo

sua vontade e bem-estar. Outros possíveis riscos estão relacionados a imprevistos,

que ocorrendo serão resolvidos da melhor forma possível pela equipe. Como um

benefício por participar do estudo, ao final da coleta de dados, você receberá o

resultado da sua avaliação nutricional e exames com devidos esclarecimentos e

orientações. Além disso, os resultados encontrados serão divulgados através da

dissertação de mestrado da mestranda bem como em artigo científico. Caso seja

detectada alguma anormalidade, a equipe multidisciplinar colaboradora do projeto

será informada e serão tomadas as decisões médicas necessárias. Todas as

informações obtidas serão sigilosas e guardadas no Ambulatório de ELA no HUOL,

até a divulgação dos resultados. Esta será feita de forma a não identificar os

participantes. Apenas os pesquisadores envolvidos terão acesso às informações

desse estudo. Após a divulgação dos resultados as informações impressas serão

desprezadas adequadamente, sem haver resquícios. Se você tiver algum gasto que

seja devido à sua participação na pesquisa, você será ressarcido, caso solicite. Se

você sofrer algum dano comprovadamente decorrente desta pesquisa, terá direito a

indenização. Você ficará com uma cópia deste Termo e toda dúvida que você tiver a

respeito desta pesquisa, poderá perguntar diretamente a Profa. Dra. Lúcia Dantas

Leite e a mestranda Heloisa Fernanda Lopes da Silva, no Campus Central, da

Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Departamento de Nutrição, no

endereço Av. Senador Salgado Filho 3000, Lagoa Nova, Natal- RN, ou pelos

telefones (84) 3342-2291/ (84) 8156-2525 (Lúcia)/ (84) 8758-2568 (Heloisa). Dúvidas

63

a respeito da ética deste estudo poderão ser questionadas no Comitê de Ética em

Pesquisa do Hospital Universitário Onofre Lopes da UFRN, no endereço Av. Nilo

Peçanha 620, Petrópolis, Natal- RN, 59.012-300 ou pelo telefone 3342-5003.

Consentimento Livre e Esclarecido:

Declaro que compreendi os objetivos deste estudo “AVALIAÇÃO DO ESTADO

NUTRICIONAL RELATIVO AO ZINCO EM PACIENTES COM ESCLEROSE

LATERAL AMIOTRÓFICA”, como ele será realizado, os riscos e benefícios

envolvidos e concordo com minha participação voluntária.

Natal, ___/___/___

Nome do participante:_______________________________________

Assinatura:________________________________________________

RG ou CPF: ______________________________________________

Pesquisador responsável: Profa. Dra. Lúcia Dantas Leite

Mestranda responsável: Heloisa Fernanda Lopes da Silva

Endereço: Campus Central, da Universidade Federal do Rio Grande do Norte,

Departamento de Nutrição, no endereço Av. Senador Salgado Filho 3000, Lagoa

Nova, Natal- RN, telefone (84) 3342-2291.

Comitê de Ética em Pesquisa do Hospital Universitário Onofre Lopes (CEP-HUOL),

Av. Nilo Peçanha 620, Petrópolis, Natal-RN, CEP 59012-300. Tel.: (84) 3342-5003.

E-mail: [email protected]

64

ANEXOS

65

ANEXO 1 - Parecer da comissão ética em pesquisa

66

67

68

ANEXO 2 - Escala Funcional para ELA

Escala de avaliação funcional para portadores de esclerose lateral amiotrófica (ALSFRS)29

1. Fala

Processo da fala normal 4 Distúrbio da fala detectável 3

Compreensível com repetição 2

Fala combinada com comunicação não- vocal 1 Perda da utilidade da fala 0

2. Salivação

Normal 4 Insignificante, mas notável o excesso de saliva na boca podendo ter babas noturnas

3

Excesso de saliva moderada, podendo ter mínimas babas 2

Excesso acentuado de saliva com alguma baba 1 Baba acentuada exigindo constante uso de babador ou lenço para boca 0

3. Deglutição

Normal 4

Problemas precoces para comer, engasgos ocasionais 3

Alteração na consistência da dieta 2 Necessidade de suplemento alimentar pastoso 1

Nada pela boca, exclusivamente parenteral ou enteral 0

4. Escrita

Normal 4

Lentificada ou descuidada, todas as palavras são legíveis 3

Nem todas as palavras são legíveis 2

Capaz de segurar a caneta, mas incapaz de escrever 1

Não é capaz de segurar a caneta 0

5. Manipulação de alimentos e utensílios (Indivíduos sem gastrostomia)

Normal 4

Um pouco lento e desajeitado, mas não necessita de ajuda 3

Pode cortar o alimento embora lento e desajeitado; necessita de alguma ajuda

2

Alimentos cortados por outra pessoa, mas alimenta-se sozinho lentamente 1

Precisa ser alimentado 0 OU

6. (Indivíduos com gastrostomia)

Normal 4

Desajeitado, mas capaz de desempenhar todas as manipulações 3 Alguma ajuda necessária com tampas e fechos 2

Oferece assistência mínima ao cuidador 1

Incapaz de executar qualquer aspecto da tarefa 0

69

7. Vestuário e higiene

Normal 4

Independente de auto-cuidado com diminuição do rendimento do esforço 3

Assistência intermitente ou substituição dos métodos 2

Necessita do cuidador para auto-cuidado 1 Dependência total 0

8. Virar na cama e ajustar a roupa de cama

Normal 4 Um pouco lento ou desajeitado, não necessita de ajuda 3

Pode virar sozinho ou ajustar o lençol com grande dificuldade 2

Tem iniciativa, não consegue virar ou ajustar o lençol sozinho 1 Incapaz 0

9. Andar

Normal 4 Deambulação precoce dificultada 3

Passeios com assistência 2 Movimento funcional não-deambulatório somente 1

Não apresenta movimentação voluntária das pernas 0

10. Subir escadas

Normal 4

Lentidão 3

Ligeiro desequilíbrio ou fadiga 2 Necessita de assistência 1

Não realiza 0 11. Dispneia

Nenhuma 4

Ocorre quando caminha 3

Ocorre quando come, toma banho e se veste 2

Ocorre no repouso, ou sentado ou deitado. 1

Dificuldade significante, considerando suporte mecânico 0

12. Ortopneia

Nenhuma 4

Alguma dificuldade de dormir, falta de ar, não se utiliza rotineiramente mais que 2 travesseiros

3

Necessita de travesseiros extras para dormir (mais que 2) 2

Pode dormir somente sentado 1

Não consegue dormir 0 13. Insuficiência respiratória

Nenhuma 4

Uso intermitente do BIPAP 3 Uso contínuo do BIPAP à noite 2

Uso contínuo do BIPAP durante o dia e a noite 1 Ventilação mecânica invasiva por incubação 0