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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE CENTRO DE CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS ADMINISTRATIVAS CURSO DE GRADUAÇÃO EM ADMINISTRAÇÃO PLANO DE NEGÓCIOS DA EMPRESA NORDESTE CERÂMICA ANDSON SAMARONY FERREIRA SANTOS NATAL 2014

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE

CENTRO DE CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS

DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS ADMINISTRATIVAS

CURSO DE GRADUAÇÃO EM ADMINISTRAÇÃO

PLANO DE NEGÓCIOS DA EMPRESA NORDESTE CERÂMICA

ANDSON SAMARONY FERREIRA SANTOS

NATAL

2014

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ANDSON SAMARONY FERREIRA SANTOS

PLANO DE NEGÓCIOS DA EMPRESA NORDESTE CERÂMICA

Trabalho de conclusão de curso apresentado à Coordenação do Curso de Graduação em Administração da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, como requisito parcial para obtenção do Título de Bacharel em Administração. Orientador: Marcelo Rique Caricio, D.Sc.

Natal

2014

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ANDSON SAMARONY FERREIRA SANTOS

PLANO DE NEGÓCIOS DA EMPRESA NORDESTE CERÂMICA

Monografia apresentada e aprovada em 06 de junho de 2014, pela banca

examinadora composta dos seguintes membros:

_________________________________________________________

Marcelo Rique Carício, D.Sc. – UFRN

Orientador

__________________________________________

Vanessa Desidério, UFRN.

Examinadora

_________________________________________

Luciana Guedes Santos, IFRN.

Examinadora- Externa

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Dedico a minha família pelo constante apoio

e por suas presenças indispensáveis em minha vida.

Sou o resultado da confiança e da força de cada um de vocês.

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AGRADECIMENTOS

Em primeiro lugar a DEUS, que com seu grande amor e sua infinita bondade

sempre esteve ao meu lado em todos os momentos.

Agradeço a minha família, pelos conselhos e por serem minha base e meu

alicerce, em especial a minha mãe Andreia Ferreira, ao meu pai Jasso Santos, e aos

meus avós Benevaldo Ferreira e Maria do Céu (in memoriam).

Aos amigos que conquistei durante o decorrer da minha vida.

A Universidade Federal do Rio Grande do Norte- UFRN, aos funcionários e

docentes. Agradeço a todos os que fazem parte desta instituição pelo trabalho e

ensinamentos depositados nesta jornada.

Agradeço a meu orientador, professor Marcelo Rique Caricio;

E a todos que direta ou indiretamente me ajudaram de alguma forma no decorrer

de minha vida.

Enfim, todo este trabalho é dedicado a vocês, pessoas que, de maneira direta ou

indireta, contribuíram significativamente para meu desenvolvimento enquanto aluno e,

principalmente, enquanto pessoa.

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“Precisamos dar um sentido humano às nossas construções.

E, quando o amor ao dinheiro, ao sucesso, nos estiver deixando cegos,

saibamos fazer pausas para olhar os lírios do campo e as aves do céu.”

Érico Veríssimo.

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RESUMO

SANTOS, Andson Samarony Ferreira. Plano de negócios da empresa Nordeste

Cerâmica. Natal, 2014. 63f. Monografia (Curso de graduação em Administração,

Departamento de Administração, Universidade Federal do Rio Grande do Norte, UFRN,

Natal, 2014).

O presente trabalho teve o objetivo de analisar a viabilidade econômica e técnica-

financeira de implantação da indústria de cerâmica vermelha Ferreira, Santos & Galdino

Indústria e Comércio LTDA- EPP, com nome fantasia Nordeste Cerâmica, na RN-093,

no Município de Sítio Novo/RN, através do auxílio de um software de plano de negócios

do SEBRAE. O RN possui 186 indústrias cerâmicas, que juntas produzem cerca de 560

milheiros de tijolos, não satisfazendo a necessidade do mercado potiguar, que é de

cerca de 1.000.000 de milheiros. Os sócios possuem experiência em gestão e

escolheram o local por motivos de facilidade, proximidade e preços atrativos de

matérias-primas. O foco de vendas da indústria será a Região metropolitana de Natal e

a mesorregião agreste potiguar. Estão sendo respeitados todos os aspectos legais e

ambientais do negócio, o que possibilitará atender a empresas e mercados mais

exigentes. O trabalho foi subdividido na apresentação do negócio, nos aspectos legais e

nas dimensões administrativa, mercadológica, operacional, ambiental e financeira. O

investimento total é de R$ 1.183.472,84, com faturamento anual estimado em R$

1.728.000,00, lucratividade de 23,74% e retorno de 02 anos e 10 meses. Trata-se,

portanto, de um projeto com viabilidade econômica atrativa.

Palavras-chave: plano de negócios, experiência, retorno, viabilidade.

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ......................................................................................................10

1.1 Apresentação .....................................................................................................10

1.2 Contextualização e problema .............................................................................11

1.3 Objetivos .............................................................................................................12

1.3.1 Geral ................................................................................................................12

1.3.2 Específicos ......................................................................................................12

1.4 Metodologia ........................................................................................................13

1.4.1 Tipo de pesquisa .............................................................................................13

1.4.2 Universo e amostra .........................................................................................13

1.4.3 Análise dos dados ...........................................................................................13

2 ASPECTOS LEGAIS ............................................................................................14

2.1 A legislação pertinente ao negócio .....................................................................14

2.2 A questão do seguro ..........................................................................................14

2.3 Contrato social ...................................................................................................14

2.4 Registro da empresa ..........................................................................................15

2.5 Marca, razão social e logotipo ............................................................................15

3 DIMENSÃO ADMINISTRATIVA ...........................................................................17

3.1 Estrutura organizacional .....................................................................................17

3.2 Capacitação da equipe .......................................................................................17

3.3 Formulação da missão, visão e estratégias funcionais ......................................18

4 DIMENSÃO MERCADOLÒGICA ..........................................................................20

4.1 Mercado consumidor ..........................................................................................20

4.2 Análise da concorrência .....................................................................................21

4.2.1 Pontos fortes e pontos fracos ..........................................................................22

4.3 Relação com os fornecedores ............................................................................23

5 DIMENSÃO OPERACIONAL ................................................................................24

5.1 Capacidade produtiva .........................................................................................24

5.2 Programa operacional do empreendimento .......................................................24

5.3 Necessidade de pessoal ....................................................................................25

5.4 Localização do empreendimento .......................................................................25

5.5 Programa de investimentos ...............................................................................26

6 DIMENSÃO AMBIENTAL ....................................................................................27

6.1 Estudo dos impactos ambientais ........................................................................27

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6.2 Combate ao desperdício ....................................................................................27

6.3 Ativo e passivo ambiental ..................................................................................27

6.4 Sistema de gestão ambiental .............................................................................28

7 DIMENSÃO FINANCEIRA ...................................................................................29

7.1 Investimento no negócio .....................................................................................29

7.2 Capital de giro ....................................................................................................29

7.2.1 Estimativa do estoque inicial ...........................................................................29

7.2.2 Caixa mínimo ..................................................................................................30

7.2.2.1 Contas a receber ..........................................................................................30

7.2.2.2 Fornecedores ...............................................................................................30

7.2.2.3 Necessidade média de estoque ...................................................................30

7.2.2.4 Necessidade líquida de capital de giro em dias ...........................................31

7.3 Investimento pré-operacionais ...........................................................................31

7.4 Investimento fixo ................................................................................................32

7.4.1 Imóveis ............................................................................................................32

7.4.2 Máquinas .........................................................................................................32

7.4.3 Equipamentos ..................................................................................................33

7.4.4 Móveis e utensílios ..........................................................................................33

7.4.5 Veículos ...........................................................................................................33

7.5 Investimento total ...............................................................................................34

7.6 Fonte de recursos ..............................................................................................34

7.7 Receitas operacionais ........................................................................................34

7.8 Projeção de custos e despesas ..........................................................................34

7.8.1 Estimativa do custo de materiais e/ou insumos ..............................................34

7.8.2 Custo com mão de obra ..................................................................................35

7.8.3 Custos operacionais e administrativos ............................................................36

7.8.4 Custos de comercialização ..............................................................................36

7.9 Demonstrativo de resultado e fluxos de caixa ....................................................36

7.10 Análise do ponto de equilíbrio ..........................................................................37

8. CONCLUSÃO ......................................................................................................38

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ........................................................................39

APÊNDICES .............................................................................................................42

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1. INTRODUÇÃO

A origem do presente estudo analisará a viabilidade econômica da implantação

da Ferreira, Santos & Galdino Indústria e Comércio LTDA - EPP, empresa com nome

fantasia Nordeste Cerâmica, que surgiu com a ideia e a visualização de uma

oportunidade de negócio no Município de Sítio Novo/RN, distante 104 km de Natal,

capital do RN.

Neste trabalho, iremos abordar o funcionamento, a tecnologia a ser

desenvolvida, os processos e os meios de distribuição da organização.

1.1 APRESENTAÇÃO

Para Chiavenato (2008), negócio é um esforço organizado por determinadas

pessoas para produzir bens e serviços, a fim de vendê-los em um determinado mercado

e alcançar recompensa financeira pelo seu esforço.

A Nordeste Cerâmica é formada por 04 sócios, de nível superior e com

experiências na área de administração e no setor cerâmico.

É uma empresa de pequeno porte, limitada e enquadra no Regime Simples

Nacional da Receita Federal.

A instalação da indústria na zona rural do Município de Sítio Novo/RN dar-se-á

por já haver propriedade própria no determinado local, ficando às margens da RN-093,

com proximidade com a matéria prima e trata-se de um ponto estratégico entre a região

metropolitana de Natal, que possui 1.385.186 habitantes e a região agreste do RN, que

tem 223.004 habitantes, estando localizada na microrregião chamada de Borborema

potiguar, com 129.566 habitantes.

A partir de conhecimentos na área de produção de cerâmica vermelha,

associada à carência de produtos no mercado e o fato de já possuirmos propriedade

rural para instalação da indústria foi idealizada a implantação deste empreendimento.

Segundo a ANICER, Associação Nacional da Indústria Cerâmica, o setor é

responsável nacionalmente por 293 mil empregos diretos e um faturamento anual de R$

18 bilhões.

No RN, há 186 indústrias cerâmicas em funcionamento e que são responsáveis

por cerca de seis mil empregos diretos.

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Desde quando começamos a analisar a possibilidade de instalar um

empreendimento no setor cerâmico, participamos de vários seminários e reuniões,

como no Idema, Ctgás-er, Assembleia Legislativa, SEBRAE, encontro dos Ceramistas

etc. Realizamos visitas em várias cerâmicas, como podemos citar: Cerâmica Vitória em

Santa Cruz, Cerâmica Estrutural em São Gonçalo do Amarante, Cerâmica União em

Lagoa de Velhos, Cerâmica Tangará, em Tangará etc.

Através de encontros com César Gonçalves, presidente da ANICER e Várgas

Soliz Pessoa, que é presidente do Sindicato das Indústrias Cerâmicas do RN-

SINDICER tivemos a oportunidade de conhecer mais detalhadamente várias

características do setor que serão abordadas no decorrer do presente estudo.

Uma das principais funções administrativas é o planejamento, através dele, é

possível minimizar os riscos, analisar o mercado, enxergar a viabilidade do negócio,

bem como decidir quais serão os melhores caminhos a serem trilhados pela instituição.

A metodologia utilizada nesse estudo de implantação deste empreendimento

trata-se de consultas e pesquisas bibliográficas e de campo em que serão analisados

os dados, mostradas as exigências legais do setor, a tecnologia necessária, às matérias

primas, o modo de funcionamento e as projeções de demonstrativos econômico-

financeiros.

1.2 CONTEXTUALIZAÇÃO E PROBLEMA

Com a globalização, o mundo tem exigido cada vez mais das pessoas, dos

governos e consequentemente das empresas. Estas necessitam continuamente de

investimentos em pesquisa e tecnologia a fim de descobrir novos métodos de

fabricação, venda e distribuição dos produtos, bem como se adequarem as demais

necessidades do mercado.

Dominar ferramentas administrativas com marketing, vendas, recursos humanos,

produção e controle de custos são necessariamente essenciais para a implantação e

sobrevivência das organizações.

Para isto, a elaboração de um plano de negócios, possibilitando a ampliação da

visão de tudo que cerca o empreendimento é imprescindível, uma vez que são feitas

projeções econômicas, patrimoniais, financeiras bem como as análises daquilo que são

necessários para que haja diferenciação com os concorrentes que já estão no mercado.

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A necessidade de inovação é algo que deve permear toda organização, a cultura

da empresa impacta diretamente no caráter inovador que ela irá possuir. Uma

comunicação aberta, o estímulo ao trabalho em equipe, a cooperação e o

comprometimento dos líderes são necessários para a inclusão no cenário inovador.

Para Scherer e Carlomagno (2009) a idealização é a primeira etapa do processo

de inovação, ela consiste na captação das ideias advindas tanto do interior quanto do

exterior da empresa. Como as ideias são a matéria-prima para a inovação, deve-se

estimular a constante alimentação de novos pensamentos.

Silva (2003) diz que o atendimento das exigências de mercado em termo de

qualidade, competitividade e produtividade é conseguido através do eficaz

gerenciamento técnico, comercial, operacional e econômico de seus recursos, porém,

de maneira muito mais intensa e estratégica, de aspectos comportamentais de seus

recursos humanos, os quais são os verdadeiros fatores diferenciais de empresas de

sucesso.

Desta maneira apresentamos o seguinte problema: Há viabilidade econômico-

financeira na implantação da empresa Nordeste Cerâmica?

1.3 OBJETIVOS

1.3.1 Geral

Analisar a viabilidade técnica, econômica e financeira para a implantação da

Ferreira, Santos & Galdino Indústria e Comércio LTDA- EPP.

1.3.2 Específicos

- Caracterizar o setor cerâmico no Estado do Rio Grande do Norte;

- Apresentar os aspectos jurídicos do setor;

- Definir os processos produtivos;

- Definir políticas de preço e condições de pagamento;

- Analisar a viabilidade econômico-financeira;

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1.4 METODOLOGIA

A metodologia empregada neste trabalho trata-se de um estudo de caso do setor

cerâmico do Estado do Rio Grande do Norte.

Estudo de caso é um instrumento metodológico de investigação que visa

aprofundar os conhecimentos, responder questionamentos e esclarecer decisões a

serem tomadas para que compreendamos melhor os fatores que cercam determinados

objetos de análises.

Gil (2008) diz que estudo de caso consiste no estudo profundo e exaustivo de um

ou poucos objetos, de maneira que permita seu amplo e detalhado conhecimento.

É de fundamental importância a busca pelo conhecimento. Informações, dados,

projeções e tendências podem nos antecipar diante de novos cenários que poderão

surgir.

1.4.1 Tipo de pesquisa

Trata-se de uma pesquisa descritiva e analítica, que tem por objetivo descrever o

setor cerâmico do Estado do RN, a relação das empresas com os clientes e analisar a

viabilidade do empreendimento.

1.4.2 Universo e amostra

Através do SEBRAE-RN, do Sindicato das Indústrias Cerâmicas do RN e do

CTGAS-ER, tivemos acesso a dados e informações relacionadas às 186 indústrias

cerâmicas do Estado, sendo este número o universo da pesquisa.

Além disso, visitamos de 10 indústrias, nas regiões Trairi, Potengi, Grande Natal

e Assú que nos forneceram elementos importantes para nosso projeto.

1.4.3 Análise dos dados

De posse dos dados que se teve acesso durante toda a pesquisa, construímos

um plano de negócios, com auxílio de um programa do SEBRAE, onde encontramos

aspectos do setor e do empreendimento, orientações, avaliações, projeções e

características do ambiente.

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2. ASPECTOS LEGAIS

2.1 A Legislação pertinente ao negócio

A instituição que é responsável pela regularização e fiscalização das Indústrias

Cerâmicas no RN é o Idema, Instituto de Desenvolvimento Sustentável e Meio

Ambiente do Rio Grande do Norte, que é uma autarquia fruto da união de atribuições

entre a Fundação Instituto de Desenvolvimento do RN (IDEC), criada pela Lei n.º 4.286,

de 06 de dezembro de 1973, (alterada pela Lei n.º 4.414, de 04 de novembro de 1974,

órgão ligado ao governo do Estado.

A fim de obter a liberação do órgão, o empreendedor ou responsável, com auxílio

de um engenheiro civil e ambiental, deverá seguir os passos orientados pelo instituto,

como: seguir as instruções técnicas para apresentação de cerâmica vermelha- Licença

simplificada (LS), no qual nos enquadramos; preencher as instruções técnicas para

apresentação de projetos de sistemas de controle de poluição do ar (cadastro técnico);

completar o cadastro de atividades da cerâmica, apêndice 01; e elaborar um projeto de

sistemas de tratamento de esgotos sanitários.

2.2 A questão do seguro

Não se faz necessário a implantação do seguro na indústria, uma vez que são

apresentados poucos riscos, sem histórico de incêndios ou outros fatores que tornem

necessário tal ferramenta, portanto, não há tal necessidade.

2.3 Contrato social

O contrato social (apêndice 02) é um acordo entre os membros da sociedade,

pelo qual reconhecem a autoridade, igualmente sobre todos, de um conjunto de regras

que devem ser obedecidas.

A Nordeste Cerâmica é uma empresa de sociedade limitada (LTDA), que é

quando duas ou mais pessoas se juntam para criar uma empresa, formando uma

sociedade empresária, através de um contrato social, onde constará seus atos

constitutivos, forma de operação, as normas da empresa e o capital social. Esse por

sua vez será dividido em cotas de capital, o que indica que a responsabilidade pelo

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pagamento das obrigações da empresa, é limitada à participação dos sócios. É

constituída uma entidade com personalidade jurídica diferente daquela dos indivíduos.

O contrato social contém os nomes dos sócios, Andson Samarony Ferreira

Santos, Adriane Maria Ferreira e Silva, José Nildo Galdino e Jasso Lourenço dos

Santos que detém, em partes iguais, os 100% de cotas da empresa. Foi optado o

regime de sociedade limitada por haver necessidade de parcerias na abertura da

empresa, pela descomplicada forma de constituição (facilidade, rapidez e custo), e por

sua fácil operacionalização.

Faz parte do referido documento: a denominação social, a sede e o prazo de

duração; o objetivo social; o capital social; as regras da administração e uso da

denominação social; as deliberações; a declaração dos administradores; a retirada do

pró-labore; o exercício financeiro, a causa mortis, o conselho fiscal e as dúvidas sociais,

elaborado e assinado em 09 de janeiro de 2013.

2.4 Registro da empresa

A empresa obteve registro na Receita Federal em 17 de janeiro de 2013, data

em que também ocorreu a declaração de enquadramento de Empresa de pequeno

porte na Junta Comercial do Estado do Rio Grande do Norte.

Ainda que não haja funcionamento do empreendimento, há necessidade de

informações contábeis junto à Receita Federal, o que está sendo realizado por nossa

assessoria contábil.

2.5 Marca, razão social e logotipo

A razão social da empresa é Ferreira, Santos & Galdino Indústria e Comércio

LTDA- EPP, como nome fantasia Nordeste Cerâmica.

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A logomarca é um elemento visual que identifica e diferencia empresas ou

instituições, formado por letras e imagens que simbolizam uma entidade.

Nossa marca chama a atenção para aspectos de preservação e respeito ao meio

ambiente, características que vão desde a imagem visual do negócio, até nossas

instalações, equipamentos, insumos e a forma como será procedido todo o processo

operacional.

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3. DIEMENSÃO ADMINISTRATIVA

3.1 Estrutura organizacional

Os níveis administrativos são responsáveis por planejar, organizar, dirigir e

controlar as ações e as operações.

Ao contrário das grandes corporações, que exigem muitas vezes uma grande

verticalização, tornando-as mais onerosas, pesadas e lentas, no nosso caso, por se

tratar de uma pequena empresa, teremos um maior dinamismo e flexibilização para

rápidas mudanças e manobras que tornam-se necessárias.

Segue organograma da empresa:

3.2 Capacitação técnica da equipe

A equipe será capacidade dentro da própria organização pelo Sócio gerente,

José Nildo Galdino.

Nildo é formado em Engenharia Química pela UFRN, é mestre e doutor em

processamento de materiais cerâmicos pelo PPGEQ/UFRN, instrutor de Educação

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profissional e tecnologia do CTGAS-ER/SENAI-RN. Em 2012 foi gestor do projeto de

inovação SENAI-SESI RN 272-2012, que tratava do desenvolvimento de forno de

processo de queima híbrida para o setor de Cerâmica Vermelha.

Com experiência no setor desde 1995, José Nildo executará todo o treinamento

necessário no processo de implantação e funcionamento do empreendimento.

O sócio administrador, Andson Samarony Ferreira Santos, será responsável por

dirigir o funcionamento da indústria. Andson Ferreira possui experiência na área de

gestão. Já ocupou cargos de secretário municipal nas pastas da Saúde e do Esporte e

Turismo.

A sócia Adriane Maria Ferreira e Silva será responsável pela parte financeira da

empresa. Adriane também já ocupou cargos de gestão. Foi coordenadora municipal de

educação e secretária municipal de obras públicas.

Jasso Lourenço dos Santos será o responsável pelo relacionamento com os

clientes, este, também tem experiência na área de gestão, tendo ocupado o cargo de

diretor do Hospital Regional de Macaíba.

3.3 Formulação da missão, visão e estratégias funcionais

A missão é tida como o detalhamento da razão ser da empresa, ou seja, o

porquê dela existir. A visão é voltada para a trajetória da organização. Já os valores

incidem nas convicções que fundamentam as escolhas por um estilo de conduta de

uma organização.

Nossa missão é fornecer produtos de qualidade para a Construção Civil com

Responsabilidade Socioambiental, prezando pelo bom relacionamento com clientes,

fornecedores e colaboradores e contribuindo para o desenvolvimento de nosso País.

Temos a Visão de sermos uma empresa reconhecida no mercado potiguar pela

excelência de nossos produtos em 05 anos.

A propaganda é a forma que a empresa se utiliza para se comunicar com o público,

apresentando os seus produtos, serviços e/ou ideias.

Serão feitas propagandas em jornais, rádios e principalmente em visitas aos clientes

em potenciais, que são os comércios de materiais de construção e construtoras.

O atendimento ao cliente é um dos aspectos de maior importância do negócio. O

consumidor representa o principal objetivo do negócio, e ele deve estar voltado sempre

para seu público.

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Para que o marketing seja eficiente é necessário que haja uma sintonia dentro da

empresa e que os produtos sejam exatamente iguais àqueles que estão sendo

propostos, sob pena de propaganda enganosa e o posterior descrédito perante a

população.

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4. DIMENSÃO MERCADOLÓGICA

4.1 Mercado consumidor

O público-alvo de nosso negócio é formado por pessoas jurídicas: Comércios de

Materiais de Construção e Construtoras que atuam na Mesorregião Agreste-Potiguar

que é formada por 43 Municípios (414.021 mil habitantes) e na Região Metropolitana de

Natal que reúne 10 Municípios (1.385.186 mi de habitantes).

Também serão realizadas vendas para pessoas físicas em nossa Indústria, todavia

não é este o nosso foco.

Os compradores necessitam de reposição de estoque permanente, uma vez que se

trata de um produto essencial na Construção Civil. Estes realizam suas compras nas

próprias Indústrias ou através de representantes que visitam seus pontos fixos. O valor

do milheiro de tijolos custa um preço médio de R$ 240,00 na Indústria e R$ 300,00 no

local requisitado pelo comprador que deverá ser pago à vista.

Um diferencial importante em nossos produtos será sem dúvida, a qualidade por ele

apresentada.

Iremos dispor de um Laboratório fixo na Indústria onde serão realizados testes e

análises das matérias-primas e dos produtos, bem como estudos e testes voltados para

a melhoria dos processos e inovação, através de inspeções continuadas do produto

após a saída para a venda.

O prazo de entrega é de até 05 dias e condições de pagamento de até 30 dias.

Nosso atendimento ao cliente será personalizado, iremos dispor de opções de

atendimento na fábrica, por telefone, por internet, e no ambiente do comprador.

Disponibilizaremos de um software onde manteremos todos os dados relacionados aos

nossos clientes e mediremos a fidelidade destes, com o objetivo de sempre atender as

suas necessidades e fidelizá-los.

A Revista do Setor Mineral do ano de 2012 traz um dado importante: cada habitante

é responsável pelo consumo de 0,5 milheiros de tijolos anualmente e conforme dados

do IBGE no Censo de 2012, o Rio Grande do Norte possui 3.168.027 mi de habitantes e

segundo ainda o Diagnóstico do Setor Cerâmico do RN realizado em pelo SEBRAE/RN

em 2013, a produção mensal de tijolos no Estado é de 46.851 milheiros, totalizando

562.212 milheiros produzidos anualmente, o que, por sua população, faz-se necessária

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um produção 1.584.013 milheiros/ano, um déficit hoje de 1.021.801 milheiros

anualmente.

O nosso foco inicial será a Mesorregião Agreste Potiguar e a Região Metropolitana

de Natal, podendo se estender posteriormente por outras regiões do Estado.

A empresa irá realizar suas vendas de acordo com a comodidade do consumidor

(representantes, telefone e internet).

4.2 Análise da concorrência

O Município de Sítio Novo/RN não dispõe de nenhuma Indústria do tipo

Cerâmica, no entanto, a empresa concorrerá com empresas de outras regiões. A

Nordeste Cerâmica terá seu foco voltado na satisfação do cliente, que será conseguido

através de produtos de excelente qualidade, atendimento especial para o nosso

consumidor e respeito pela natureza e pela vida.

Nosso forno será do tipo Hoffmann, diferente dos encontrados na Região e na

maior parte do Estado, o que possibilitará uma melhor queima, uma melhor qualidade e

uma maior eficiência energética.

O preço que será praticado é compatível com o praticado no mercado

atualmente. Iremos nos diferenciar na relação custo-benefício, além de nos

adequarmos a necessidade de nosso cliente: descontos à vista, serviço de entrega e/ou

promoções.

Há no Estado do RN, 186 indústrias cerâmicas que foram construídas e são

geridas em sua grande maioria pelo proprietário e seus familiares, baseados na

experiência e intuição.

Existe no RN o Sindicato das Indústrias Cerâmicas e das 186 indústrias, apenas

40 fazem parte.

A partir de análises realizadas pelos sócios de nossa organização, podemos

afirmar que nossa empresa terá condições de competir com as já existentes, crescer e

ultrapassar nos quesitos de qualidade, preço justo e bom relacionamento com o

ambiente interno e externo.

Analisamos 06 indústrias cerâmicas que são localizadas próximas ao nosso

futuro empreendimento:

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ANÁLISE DA CONCORRÊNCIA

Empresa Qualidade Preço Pagamento Localização Garantias

Cerâmica

Vitória

Média R$

240,00

À vista Santa

Cruz/RN

Nenhuma

Cerâmica

União

Média R$

240,0

À vista Lagoa de

Velhos/RN

Nenhuma

Cerâmica

Vitória

Média R$

240,0

A vista Lagoa de

Velhos/RN

Nenhuma

Cerâmica

São Paulo

Baixa R$

230,00

A vista São Paulo do

Potengi

Nenhuma

Cerâmica

Tangará

Baixa R$

230,00

À vista Tangará/RN Nenhuma

Cerâmica

Barcelona

Média R$

240,00

A Vista Barcelona/RN Nenhuma

4.2.1 Pontos fortes e pontos fracos

É de extrema importância, segundo Dornelas (2001), a análise dos ambientes

externo e interno, onde são medidos os riscos relacionados ao negócio, as

oportunidades de mercado não identificadas, os pontos fortes e fracos da empresa,

podendo a partir daí definir seus objetivos, metas e estratégias a serem implantadas.

Degen (1989) diz que os problemas que representam riscos ao negócio

necessitam serem bem entendidos pelo empreendedor antes do início das atividades.

Portanto, faz-se necessário possuir soluções para os prováveis riscos.

Analisar os pontos fortes e fracos de uma organização é uma ferramenta que faz

análises de cenários, servindo como base para a gestão e o planejamento.

Podemos apresentar como pontos fortes:

Conhecimento técnico do produto;

Equipe qualificada;

Disponibilidade de matérias prima na região;

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Localização às margens de uma rodovia (RN-093);

Crescente consumo de produtos cerâmicos;

Forno moderno que apresenta uma melhor queima de produtos

Déficit de produtos no Estado.

Podemos citar como pontos fracos:

Custo elevado do investimento;

Empresa nascente;

Produtos substitutos

4.3 Relação com os fornecedores

Robbins (2005) diz que os fornecedores devem ser tratados como parceiros das

empresas, pois um necessita do outro. Elas dependem de matéria prima, trabalho e

capital para operar e eles dependem de fazer esse fornecimento para as empresas.

A matéria prima e insumos utilizados no processo cerâmico são compostos de:

argila, lenha, água e energia elétrica.

A jazida de argila fica localizada a 10 km da indústria e o material será entregue

direto no local da produção, do mesmo modo a lenha, a água e a energia elétrica, que é

disponibilizada pela Cosern.

A argila será fornecida pelo Grupo União em caçambas com capacidade para 15

toneladas, ao preço de R$ 120,00, que será entregue a cada 30 dias. A água será

fornecida por um caminhão pipa com capacidade para 15.000L ao custo de R$ 40,00.

Ao preço de R$ 20,00/ m³ será fornecida a lenha proveniente de um plano de manejo. A

energia elétrica será fornecida normalmente pela Cosern.

A opção da empresa em relação aos fornecedores deve sempre ser encarada

como uma decisão estratégica, e neste como foi bem analisada, uma vez que há

matéria-prima em abundância e inexistência de compradores.

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5. DIMENSÃO OPERACIONAL

5.1 Capacidade produtiva

A capacidade instalada representa todo o potencial que a empresa possui para

produzir produtos/ serviços com as suas instalações, máquinas, equipamentos e quadro

de pessoal, representando desta forma a capacidade máxima que a empresa pode

atingir com a plena utilização de todos os seus recursos, tendo por base instalações e

os equipamentos.

Dificilmente a organização consegue manter-se no limite máximo de sua

capacidade, ou seja, 100%, pois exige total utilização de seu potencial, o que nem

sempre é possível.

A capacidade máxima de produção é de 748 milheiros/bloco por mês, no entanto,

trabalharemos com uma estimativa de produção de 80%, ou seja, 600 milheiros/mês.

5.2 Programa operacional do empreendimento

As empresas devem ser flexíveis para que possam reagir diante a velocidade

que as mudanças que estão ocorrendo no mercado, buscando sempre melhores

práticas em busca da eficiência.

A Nordeste Cerâmica funcionará de segunda à sexta-feira, das 07:00h às 17:00h

e aos sábados, das 07:00h às 11:00h.

A produção seguirá normas contínuas, onde os colaboradores serão treinados e

acompanhados por profissional qualificado na área de produtos cerâmicos e

durante/após a fabricação, gerando um maior valor para o cliente ao custo acessível e

dentro dos padrões considerados normais.

A fábrica contará com um laboratório, onde serão realizados análises e estudos

de acompanhamento dos processos e inovação.

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5.3 Necessidade de pessoal

Os funcionários que irão trabalhar na cerâmica residem próximo à fábrica, não

havendo a necessidade de grandes deslocamentos por parte destes.

As técnicas utilizadas no processo operacional são de fácil aprendizagem e

dispomos de equipe técnica que os capacite.

O quadro de funcionários se apresenta da seguinte maneira:

Nº Cargo/função Qualificações necessárias

1 Auxiliar de escritório Ensino Médio Completo,

Conhecimento de Informática.

2 Encarregado de máquinas Ensino Médio Completo,

Conhecimento de Mecânica

3 Controlador de processos Conhecimento de controle de

processos e de Elétrica.

4 Pegador- ASG Ensino Fundamental

5 Arrumador- ASG Ensino Fundamental

6 Enfornador Ensino Fundamental

7 Desenfornador Ensino Fundamental

8 Queimador Ensino Fundamental

9 Motoqueiro Ensino Fundamental

10 Vendedor externo Ensino Médio. Experiência com

vendas

11 Vigilante Ensino fundamental

5.4 Localização do empreendimento

O sucesso de um empreendimento depende, em grande parte, do local onde irá

instalar. A localização de uma empresa afeta tanto sua capacidade de competir quanto

outros aspectos, internos e externos (CORRÊA, 2004).

Para definir a localização do negócio, o empreendedor deve ficar atento aos

fatores que influenciaram na decisão de localização da empresa, por isso, os custos e

as consequências devem também ser consideradas no longo prazo (ROCHA, 2008).

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A Nordeste Cerâmica fica localizada na Zona Rural do Município de Sítio

Novo/RN num local de fácil acesso e às margens da RN-093.

O fato de não funcionar dentro de uma cidade, não é ponto fundamental para o

sucesso do negócio, sendo a proximidade com a matéria-prima e com os clientes e vias

de escoamento um ponto forte que nós apresentamos.

O imóvel é de propriedade familiar e possui autorização da Prefeitura Municipal,

por meio de Certidão de Uso e Ocupação do Solo (apêndice 03) para instalação do

empreendimento.

5.5 Programa de investimentos

A Nordeste Cerâmica utilizará técnicas e equipamentos modernos que

possibilitarão economia, praticidade e uma melhor qualidade final dos produtos.

As máquinas serão do tipo Natreb e o forno será do tipo Hoffman, que é um

complexo industrial para a queima de tijolos com operação de modo contínua,

composto de material refratário, com pouca perda de calor e alta produtividade.

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6. DIMENSÃO AMBIENTAL

6.1 Estudo dos impactos ambientais

Devido a grande preocupação que se tem atualmente com a degradação do

ambiente natural, deve-se dar uma atenção especial aos fatores que dizem respeito à

preservação do mesmo. Mesmo que, conforme constatação de estudo realizado nos

Estados Unidos, não se veja ainda na prática uma mudança nos hábitos de consumo

em favor da preservação. (KOTLER, 2000)

A empresa se enquadra em potencial médio de poluição, enquadrando-se no

Idema, na Licença Simplificada –LS , que é concedida para a localização, instalação,

implantação e operação de empreendimentos e atividades que, na oportunidade do

licenciamento, possam ser enquadrados na categoria de pequeno e médio potencial

poluidor e degradador e de micro ou pequeno porte.

6.2 Combate ao desperdício

Será criada dentro da indústria uma política de preservação e uso consciente de

água, energia, papéis etc.

Devido ao melhoramento que está sendo programado para a execução de todas

as fases de produção dos blocos cerâmicos, possuiremos box para preparação da

argila, o que aumentará a qualidade das peças e consequentemente diminuirá as

perdas.

Os entulhos provenientes de restos de argila serão recolocados no processo e

dos tijolos, servirá para aterro.

6.3 Ativo e passivo ambiental

Podemos entender por passivo ambiental como sendo o conjunto de todas as

obrigações que as empresas têm com a natureza e com a sociedade, destinado

exclusivamente a promover investimentos em benefícios ao meio ambiente, ou seja,

quando as empresas ou indústrias geram algum tipo de passivo ambiental, elas têm

que gerar também investimentos para compensar os impactos causados à natureza.

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Em se tratando de um empreendimento que é responsável por causar danos

ambientais, a Nordeste Cerâmica utilizará combustível (lenha) oriunda de um plano de

manejo ambiental, legalizado pelo Idema, que é a administração da floresta para a

obtenção de benefícios econômicos, sociais e ambientais, respeitando-se os

mecanismos de sustentação do ecossistema, objeto do manejo, e considerando-se,

cumulativa ou alternativamente, a utilização de múltiplas espécies madeireiras.

Além disso, implantaremos um programa de reflorestamento na comunidade.

6.4 Sistema de gestão ambiental

Segundo a Wikipédia, a gestão ambiental ou gestão de recursos ambientais é a

administração do exercício de atividades econômicas e sociais de forma a utilizar de

maneira racional os recursos naturais, incluindo fontes de energia, renováveis ou não.

Fazem parte também do arcabouço de conhecimentos associados à gestão ambiental

técnicas para a recuperação de áreas degradadas, técnicas de reflorestamento,

métodos para a exploração sustentável de recursos naturais, e o estudo de riscos e

impactos ambientais para a avaliação de novos empreendimentos ou ampliação de

atividades produtivas.

A prática da gestão ambiental introduz a variável ambiental no planejamento

empresarial, e quando bem aplicada, permite a redução de custos diretos - pela

diminuição do desperdício de matérias-primas e de recursos cada vez mais escassos e

mais dispendiosos, como água e energia - e de custos indiretos - representados por

sanções e indenizações relacionadas a danos ao meio ambiente ou à saúde de

funcionários e da população de comunidades que tenham proximidade geográfica com

as unidades de produção da empresa.

Estabelecemos uma parceira com a fazenda Pajeú, no Município de Barcelona/RN,

para compra de lenha proveniente de um plano de manejo autorizado pelo Idema. Já

em relação à argila, nossa parceria é com a empresa Mirtes G. de Souza, do Município

de Lagoa de Velhos/RN, autorizada pelo DNPM- Departamento Nacional de Produção

Mineral.

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7. DIMENSÃO FINANCEIRA

7.1 Investimento no negócio

Neste tópico abordaremos todo o investimento necessário para a implantação do

empreendimento que serão subdivididos em capital de giro, investimentos pré-

operacionais, investimento fixo e investimento total.

7.2 Capital de giro

Rosa (2007) diz que o capital de giro é o montante de recursos necessários para

o funcionamento normal da empresa, compreendendo a compra de mercadorias,

financiamento das vendas e pagamento das despesas.

O capital de giro representa a quantidade de dinheiro que a empresa utiliza para

movimentar seus negócios. Envolve estoques, dinheiro em caixa e em bancos,

financiamento a clientes por meio de contas a receber, salários e encargos, aluguel,

contas de luz, telefone, internet etc.

7.2.1 Estimativa de estoque inicial

Nº Descrição Qtde. V. Un. Total

01 Argila em tonelada 2000 R$ 8,00 R$ 16.000,00

02 Água em m³ 500 R$ 5,00 R$ 2.500,00

03 Combustível- Lenha em m³ 360 R$ 25,00 R$ 9.000,00

04 Combustível- Diesel - litros 450 R$ 2,70 R$ 1.215,00

05 Combustível- Gasolina - litros 100 R$ 3,00 R$ 300,00

Total de estoque inicial= R$ 29.015,00

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7.2.2 Caixa mínimo

7.2.2.1 Contas a receber

Prazo médio de vendas (%) Nº de dias Média ponderada

À vista 70,0 0 0,0

Prazo 1 10,0 7 0,70

Prazo 2 10,0 15 1,50

Prazo 3 10,0 30 3,00

Prazo médio total = 6 dias

7.2.2.2 Fornecedores

Prazo médio de compras (%) Nº de dias Média ponderada

A vista 20,0 0 0,0

Prazo 1 10,0 15 1,5

Prazo 2 70,0 30 21,0

Prazo médio total = 23 dias

Estes dados foram produzidos a partir do software Plano de Negócios do

SEBRAE.

7.2.2.3 Necessidade média de estoque

Há necessidade de estoque para funcionamento da cerâmica de 30 dias, com o

valor de R$ 29.015,00, conforme já descrito no item 7.2.1.

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7.2.2.4 Necessidade líquida de capital de giro em dias

Recursos da empresa fora do seu caixa Número em dias

1. Contas a receber- Prazo médio de vendas 6 dias

2. Estoque- Necessidade média de estoque 30 dias

Subtotal- Recursos fora do caixa 36 dias

Recursos de terceiros no caixa da empresa Número em dias

3. Fornecedores- Prazo médio de compras 23 dias

Subtotal- Recursos de terceiros no caixa 23 dias

Necessidade líquida de capital de giro em dias 13 dias

Desta maneira, temos o seguinte caixa mínimo:

1. Custo fixo mensal R$ 59.048,50

2. Custo variável mensal R$ 51.060,00

3. Custo total da empresa R$ 110.108,50

4. Custo total diário R$ 3.670,28

5. Necessidade líquida de capital de giro em dias 13 dias

Total de B- Caixa mínimo R$ 47.713,68

Desta forma, temos: R$ 47.713,68 do caixa mínimo + R$ 29.015,00 do estoque

inicial, dando o valor de R$ 79.728,68, sendo o capital de giro necessário para o

funcionamento da empresa.

7.3 Investimentos pré-operacionais

Descrição Valor

Despesas de Legalização R$ 12.000,00

Obras civis e/ou reformas R$ 70.000,00

Divulgação R$ 10.000,00

Cursos e treinamentos R$ 5.000,00

Outras despesas R$ 2.000,00

Total de investimentos pré-operacionais = R$ 99.000,00

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7.4 Investimento fixo

7.4.1 Imóveis

Nº Descrição Qtde. Valor un. Total

1 Forno Holffmann gaveta 1 R$ 300.000,00 R$ 300.000,00

2 Galpão de máquinas,

preparação e secagem.

1 R$ 159.444,00 R$ 159.444,00

3 Galpão para o forno 1 R$ 93.310,00 R$ 93.310,00

Total de imóveis = R$ 551.754,00

7.4.2 Máquinas

Nº Descrição Qtde. Valor un. Total

1 Maromba 1 R$ 87.450,00 R$ 87.450,00

2 Caixão alimentador 1 R$ 45.570,00 R$ 45.570,00

3 Misturador 1 R$ 37.310,00 R$ 37.310,00

4 Laminador 1 R$ 33.310,00 R$ 33.310,00

5 Cortador 1 R$ 18.000,00 R$ 18.000,00

6 Bomba de Vácuo 1 R$ 8.470,00 R$ 8.470,00

7 Desintegrador 1 R$ 36.600,00 R$ 36.600,00

8 Esteiras transportadoras 7 R$ 9.512,14 R$ 66.584,98

9 Redutor 7 R$ 1.880,00 R$ 13.160,00

Total de máquinas = R$ 346.454,98

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7.4.3 Equipamentos

Nº Descrição Qtde. Valor un. Total

1 Ferramentas para

soldagem

1 R$ 3.000,00 R$ 3.000,00

2 Ferramentas para retífica 1 R$ 3.000,00 R$ 3.000,00

3 Ferramentas para oficina 1 R$ 4.100,00 R$ 4.100,00

4 Ventiladores 4 R$ 1.000,00 R$ 4.000,00

5 Transformador Elétrico 1 R$ 10.000,00 R$ 14.850,00

6 Computador 2 R$ 1.200,00 R$ 2.400,00

7 Impressora 1 R$ 400,00 R$ 400,00

Total de equipamentos = R$ 29.650,00

7.4.4 Móveis e utensílios

Nº Descrição Qtde. Valor un. Total

1 Mobília do escritório 1 R$ 5.000,00 R$ 5.000,00

2 Refeitório 1 R$ 3.000,00 R$ 3.000,00

3 Ar condicionado 1 R$ 1.200,00 R$ 1.200,00

Total de móveis e utensílios = R$ 9.200,00

7.4.5 Veículos

Nº Descrição Qtde. Valor un. Total

1 Trator 1 R$ 60.000,00 R$ 60.000,00

2 Moto 2 R$ 4.000,00 R$ 8.000,00

Total de veículos= R$ 68.000,00

Valor total do investimento fixo= R$ 1.007.158,98

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7.5 Investimento total

Descrição dos investimentos Valor (R$) (%)

1. Investimentos fixos R$ 1. 007.158,98 85,10%

2. Capital de giro R$ 77.313,86 6,53%

3. Investimentos pré-operacionais R$ 99.000,00 8,37%

Total R$ 1.183.472,84 100%

7.6 Fonte de recursos

Os recursos serão divididos da seguinte maneira, 10% dos sócios (R$

118.347,28) e 90% de terceiros (R$ 1.065.125,56), proveniente de financiamento junto

à instituição financeira. Totalizando o volume de R$ 1.183.472,84.

7.7 Receitas operacionais

Nº Produtos Qtde. Preço un. Faturamento

1 Bloco de vedação 9cmX19cmX19cm 600 R$ 240,00 R$ 144.000,00

7.8 Projeções de custos e despesas

7.8.1 Estimativa do custo de materiais e/ou insumos

Nº Material Qtde. Custo Total (R$)

1 Argila em ton./milheiro 3 R$ 8,00 R$ 24,00

2 Água em m³/milheiro 150 R$ 0,03 R$ 4,50

3 Energia elétrica em KHW/

milheiro

8 R$ 2,50 R$ 20,00

4 Lenha/ milheiro 0,6 R$ 25,00 R$ 15,00

Total= R$ 63,50 por unidade de milheiro.

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7.8.2 Custo com mão de obra

Nº Função Qtde

.

Salário

Mensal

Subtotal (%)

Encargos

Encargo

s

Total

1 Arrumador 4 R$

724,00

R$

2.896,00

40,0 R$

1.158,40

R$

4.054,40

2 Aux. Escritório 1 R$

900,00

R$

900,00

40,0 R$

360,00

R$

1.260,00

3 Controlador

Processos

1 R$

800,00

R$

800,00

40,0 R$

320,00

R$

1.120,00

4 Desenfornador 3 R$

800,00

R$

2.400,00

40,0 R$

960,00

R$

3.360,00

5 Encarregado

Máquinas

2 R$

800,00

R$

1.600,00

40,0 R$

640,00

R$

2.240,00

6 Enfornador 3 R$

800,00

R$

2.400,00

40,0 R$

960,00

R$

3.360,00

7 Motoqueiro 2 R$

724,00

R$

1.448,00

40,0 R$

579,20

R$

2.027,20

8 Pegador 2 R$

724,00

R$

1.448,00

40,0 R$

579,20

R$

2.027,00

9 Queimador 4 R$

900,00

R$

3.6000

40,0 R$

1.440,00

R$

5.040,00

10 Vendedor

Externo

1 R$

724,00

R$

678,00

100,0 R$

724,00

R$

1.448,00

11 Vigilante 2 R$

724,00

R$

1.448,00

60,0 R$

868,80

R$

2.316,80

Total= R$ 28.253,60

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7.8.3 Custos operacionais e administrativos

Energia elétrica R$ 12.000,00

Telefone + internet R$ 250,00

Honorários do contador R$ 724,00

Pró-labore R$ 8.000,00

Manutenção dos equipamentos R$ 1.500,00

Salários + encargos R$ 28.253,60

Material de limpeza R$ 100,00

Material de escritório R$ 100,00

Taxas diversas R$ 500,00

Serviços de terceiros R$ 1000,00

Depreciação R$ 6.471,30

Outras taxas R$ 1.500,00

Total= R$ 60.398,90

7.8.4 Custos de comercialização

Descrição % Faturamento Custo

Imposto federal (SIMPLES) 4 R$ 144.000,00 R$ 5.760,00

Comissões (vendas) 2 R$ 144.000,00 R$ 2.880,00

Propaganda (vendas) 3 R$ 144.000,00 R$ 4.320,00

Total de impostos R$ 5.760,00

Total gasto com vendas R$ 7.200,00

Total= R$ 12.960,00

7.9 Demonstrativo de resultados e fluxo de caixa

Chiavenato (2009) define a Demonstração de Resultado de Exercício (DRE) como

um demonstrativo financeiro que serve para exprimir com clareza o resultado que a

empresa obteve no exercício social. A DRE mostra as consequências- o lucro ou o

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prejuízo- das operações da empresa realizadas em um determinado período, bem como

os fatores –despesas e receitas- que determinaram esse resultado positivo ou negativo.

A DRE também denominada demonstração dos lucros ou prejuízos acumulados.

Descrição (R$) (R$) Anual (%)

1. Receita total com vendas R$ 144.000,00 R$ 1.728.000,00 100%

2. Custos variáveis totais

2.1 (-) Custos com materiais diretos

e/ou CMV(*)

R$ 38.100,00 R$ 457.200,00 26,46%

2.2 (-) Impostos sobre vendas R$ 5.760,00 R$ 69.120,00 4,0%

2.3 (-) Gastos com vendas R$ 7.200,00 R$ 86.400,00 5,0%

Total de custos variáveis R$ 51.060,00 R$ 612.720,00 35,46%

3. Margem de contribuição R$ 92.940,00 R$ 1.115.280,00 64,54%

4. (-) Custos fixos totais R$ 60.398,90 R$ 724,786,80 41,94%

Resultado operacional: Lucro R$ 32.541,10 R$ 390.493,20 22,60%

7.10 Análise do ponto de equilíbrio

Um item muito importante é a determinação do ponto de equilíbrio, ou seja, em

que nível de faturamento que a empresa atingirá o lucro operacional igual a zero,

cobrindo desta maneira, os seus custos.

Dornelas (2001) apresenta a seguinte fórmula para cálculo do ponto de equilíbrio:

Ponto de equilíbrio = custo fixo

1 – (custo variável/receita total)

Temos uma estimativa de custo fixo no valor de R$ 60.398,90 e custos variáveis

no valor de R$ 51.060,00.

Desta maneira, temos um ponto de equilíbrio anual de R$ 1.122.975,00.

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8. Conclusão

O mercado das indústrias cerâmicas do Rio Grande do Norte vem passando por

importantes transformações. Com a ajuda da FIERN (Federação das Indústrias do RN),

do SEBRAE, do CTGAS-ER e de uma comissão de deputados da Assembleia

Legislativa do RN, os proprietários das cerâmicas têm encontrado apoio e orientações

para a modernização e legalização de seus empreendimentos.

Segundo o SEBRAE/RN, a produção anual de bloco cerâmicos em nosso Estado

é de 562.212 milheiros. Considerando que necessitaríamos de mais de 1,5 milhão de

milheiros para suprir a real necessidade, temos um déficit de cerca de um milhão de

milheiros, possuindo desta forma, mercado para a instalação de novas fábricas.

O nosso foco inicial será a Mesorregião Agreste Potiguar e a Região

Metropolitana de Natal, que compreendem cerca de 1,8 milhões de habitantes.

Os nossos fornecedores encontram-se às margens ou muito próximos de nossas

instalações e os insumos são adquiridos a preços acessíveis.

Apresentaremos produtos e serviços diferenciados, como exemplo disso,

podemos citar o alto investimento e a alta tecnologia que será implantada na construção

do forno hoffman; a inovação com a instalação de Box de preparação de massa e a

capacitação de todos os funcionários. Outra característica será quanto à legalização do

empreendimento, que só iniciará suas atividades com a autorização de todos os órgãos

de controle e fiscalização, o que possibilita atender aos clientes mais exigentes do

mercado.

Como aluno do curso de administração da UFRN, este trabalho possibilitou na

prática, conhecer todas as fases de pesquisa para a implantação de um projeto/negócio.

Com lucratividade de 23,74% e prazo de retorno de 02 anos e 10 meses, este

estudo conclui que há viabilidade econômica e técnica-financeira de implantação deste

empreendimento.

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Atlas, 2004. DEGEN, R. J. O empreendedor: fundamentos da iniciativa empresarial. São Paulo:

Mcgraw- Hill, 1989. DOLABELA, Fernando. O segredo de Luísa. Rio de Janeiro: Sextante, 2008. DORNELAS, J. C. A. Empreendedorismo: transformando ideias em negócios. Rio

de Janeiro: Campos, 2001. FIFER, Bob. Dobre seus lucros: como reduzir os custos, aumentar as vendas e

melhorar drasticamente os resultados de sua empresa em seis meses. Rio de Janeiro: Agir, 2012.

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2008. HILL, Napolleon. Quem vende enriquece. São Paulo: Findamento Educacional,

2012. HOJI, Masakazu. Administração financeira: uma abordagem prática: matemática

financeira aplicada, estratégias financeiras, análise, planejamento e controle financeiro. 2. ed. São Paulo: Atlas, 2000.

KOTLER, Philip. Administração de Marketing. 10. ed. São Paulo: Prentice-Hall,

2000. METODOLOGIA. In: Wikipédia: a enciclopédia livre. Disponível em:

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2007. ROSS, S. A. WESTERFIELD, R. W. JORDAN, B. D. Princípios de administração

financeira. 2. ed. São Paulo: Atlas, 2000. SCHERER, Felipe Ost; CARLOMAGNO, Maximiliano Selistre. Gestão da inovação

na prática: como aplicar conceitos e ferramentas para alavancar a inovação. 1. ed. São Paulo: Atlas, 2009.

SILVA, Mário Celso Marcondes e. Competência e resultados em planejamento

estratégico de recursos humanos: um fator diferencial da empresa moderna. 2. ed. Rio de Janeiro: Qualitymark, 2003.

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APÊNDICES

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APÊNDIDE 01- CADASTRO DE ATIVIDADES

CADASTRO DE ATIVIDADES - CERÂMICAS

1 - IDENTIFICAÇÃO

NOME DO EMPREENDEDOR

Ferreira Santos & Galdino Industria e Comércio Ltda – EPP - Nordeste Cerâmica

CNPJ / CPF INSCRIÇÃO ESTADUAL 17.458.945/0001-54 20.281.360-6

ENDEREÇO DO EMPREENDEDOR NÚMERO

Sítio Carrasco S/N

BAIRRO CEP MUNICÍPIO UF

Zona Rural 59.440-000 Sítio Novo RN

TELEFONE FAX E-MAIL 84 -

8737.9843/8736.3829 nordesteceramica@hotm

ail.com

NOME DO EMPREENDIMENTO

ENDEREÇO DO EMPREENDIMENTO NÚMERO

Sítio Carrasco S/N

BAIRRO CEP MUNICÍPIO UF

Zona Rural 59.440-000 Sítio Novo RN

TELEFONE RAMAL FAX E-MAIL 84 -

8737.9843/8736.3829 nordesteceramica@hotm

ail.com

2- DADOS ADMINISTRATIVOS

Quantidade de

Empregados:

Na Administração: 03

Na Produção: 22

No Campo: _______________________

Número de Trabalhadores do Município: 25

Imóveis:

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Área Total:

Área Construída para Administração:

Área do Terreno não Edificada:

Área Construída para a Produção:

3- CONDIÇÕES DE FUNCIONAMENTO

Número de Turnos de Trabalho em cada

24 horas: 2

Número de Dias de Funcionamento por

Semana: 6

Horas de Funcionamento por Dia: 8 Número de Semanas por Ano:

52

4- LOCALIZAÇÃO

Zona Rural Zona Urbana Próximo à Zona Urbana (menos de 1 km)

( X ) ( ) ( )

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44

5- SITUAÇÃO ATUAL DA EMPRESA JUNTO AO DNPM

5.1 – Fase Atual do Empreendimento:

A argila será adquirida de uma empresa já licenciada no DNPM e IDEMA, conforme declaração e autorização em anexo

5.2 – Título Concedido:

Alvará de Pesquisa ( ) Ano: ____________________

Portaria de Concessão

( ) Número: _________________

Licenciamento ( X ) Data:

Área Requerida: 15,10 ha

5.3 – Substância(s): Argila

5.4 – Titular ou Requerente:

Mirtes G de Souza

5.5 – Último Evento registrado:

LICENCIAMENTO AUTORIZADO E PUBLICADO

Processo Número: 848.353/2010

Publicado em:

5.6 – Data de Início da Operação:

6- INFORMAÇÕES DA LAVRA

6.1- Localização de Vias de Acesso da(s) Área(s) de Lavra (anexar planta):

Localidade/Distrito: Fazenda Umari

Município: Lagoa de Velhos

6.2- Método de Lavra:

( X ) A céu aberto Reserva: ______________ t

( ) Subterrânea Volume: 1.000 m3/mês

6.3- Trabalho Preliminar da Lavra:

( X ) Decapeamento ( ) Perfurações

6.4- Tipo de Extração: Bancada em flanco

________________________________________________________________________________________

6.5- Tipos e Quantidades de Equipamentos Utilizados no Desmonte:

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1 Escavadeira Hidráulica

________________________________________________________________________________________

No Carregamento: 1 Pá carregadeira

No Transporte: 1 – Caminhão caçamba

7- BENEFICIAMENTO

7.1- Equipamentos Utilizados:

Tipo Marca Capacidade

Funcional

Capacidade Média

Regime de

Trabalho

Fator de

Utilização

1 Maromba Bonfanti 100% 50% 8 0,5

2 Extrusoura Incargel 100% 50% 8 0,5

3 Caixão

alimentador

- 100% 50% 8 0,5

4 Correia

transportadora

- 100% 50% 8 0,5

5 Laminador Incargel 100% 50% 8 0,5

6 Caixa d’água - 100% 50% 8 0,5

Bomba de vácuo Natreb 100% 50% 8 0,5

7 Quebra torrão - 100% 50% 8 0,5

7.2- Transporte de Minérios:

Trajeto / Distância: 8 Km

Poluição com Poeira e Detritos: Sem poluição com poeira ou detritos

_____________________________________________________________________

____________________

Tipo e Quantidade de Transporte: Argila 12 m³ por carrada

_____________________________________________________________________

____________________

8- PRODUTOS FABRICADOS

Discriminação Quantidade Média

Unidade /

Tempo

Forma de Estocagem

Capacidade das Unidades

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(*) de Estocagem

Tijolo 100 Mil/fo

rnada

Galpões 200.000

(*) Unidade / Tempo – entende-se tonelada / ano, unidade / dia, etc.

Obs. Entende-s por: Forma de Estocagem – tanque aberto, fechado, caixas, galpões, etc.

Capacidade das Unidades de Estocagem – m3, litros, toneladas, quilos, m2, etc.

9- MATÉRIAS-PRIMAS UTILIZADAS

Discriminação (*)

Quantidade Média

Unidade /

Tempo

Quantidade por

Milheiro de Produto

Fabricado

Forma de Estocagem

Capacidade das Unidades

de Estocagem

Argila 130 m³/for

nada

100 Galpão 200 m³

Lenha 70 St/forn

ada

100 Pátio de

estocagem

500 st

Água 0,5 m³/mil 100 Caixa d’água 20.000 l

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(*) Inclusive produtos auxiliares e substâncias químicas utilizadas no processo de fabricação

10- BACIA HIDROGRÁFICA

Dados Gerais Físicos:

Nome da Bacia: Potengi

Sub- Bacia:

______________________________________________________________________________

Curso d’Água Mais Próximo: Riacho dos Cavalos

Regime do Curso d’Água: Intermitente

Presença de vegetação: Caatinga arbustiva arbórea

( ) Ausente ( X ) Pouco Preservada

( X ) Presente ( ) Bem Preservada

( ) Pequeno porte

( X ) Médio porte

( ) Grande porte

11- USOS DA ÁGUA

Discriminação Volume / dia

11.1- Água de Processo Industrial: __________________

__ m3/dia

11.2- Água Incorporada ao Produto: 18 m3/dia

11.3- Água de Uso Sanitário (*): 1 m3/dia

11.4- Água de Circuito Fechado de Resfriamento: __________________

__ m3/dia

11.5- Água de Circuito Aberto de Resfriamento: __________________

__ m3/dia

11.6- Água de Abastecimento de Caldeira: __________________

__ m3/dia

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11.7- Outros Usos (**): doméstico 1 m3/dia

________________________________________________

_______________

TOTAL = 20 m3/dia

(*) Indicar o número de pessoas servidas: 20

(**) Especificar: Doméstico

12- CONSUMO DE ÁGUA

Fonte de Suprimento Quantidade Unidade

12.1- Rede Pública 1 m³

12.2- Água Superficial (rios, lagos ou lagoas) (*)

12.3- Água Subterrânea (poço ou nascente)

12.4- Outras Fontes (**)

(*) Especificar o nome do rio, lago ou lagoa:

________________________________________________________

(**) Especificar:

___________________________________________________________________________

___

13- ÁGUAS RESIDUÁRIAS

13.1- Esgotos Sanitários:

Há tratamento dos esgotos sanitários? ( )

Sim

( X )

Não

Quantidade de Fossas / Sumidouros: 3

Onde é feita a

deposição final?

( ) Rede

Pública

( X )

Solo

( ) Corpo

d’água

Nome do Corpo d’Água:

____________________________________________________________________

Classe do Corpo d’Água:

____________________________________________________________________

Bacia Hidrográfica:

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________________________________________________________________________

14- RESÍDUOS SÓLIDOS

Descrição Quanti-dade (t/ano)

Armazena- mento

(1)

Meio de Coleta

(2)

Reutilização/ Reciclagem/

Recuperação/ Tratamento/

Disposição Final (3)

Resto de tijolos 100 S/22 b/

c

R99/T34/B30

(1) Indicar o código correspondente para Armazenamento:

S01

Tambor em piso impermeável, área coberta

S04

Tanque com bacia de contenção

S11

Tambor em piso impermeável, área descoberta

S14

Tanque sem bacia de contenção

S21

Tambor em solo, área coberta S05

Bombona em piso impermeável, área coberta

S31

Tambor em solo, área descoberta S15

Bombona em piso impermeável, área descoberta

S02

A granel em piso impermeável, área coberta

S25

Bombona em solo, área coberta

S12

A granel em piso impermeável, área descoberta

S35

Bombona em solo, área descoberta

S22

A granel em solo, área coberta S09

Lagoa com impermeabilização

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S32

A granel em solo, área descoberta S19

Lagoa sem impermeabilização

S03

Caçamba com cobertura S08

Outros Sistemas (especificar): _________

S13

Caçamba sem cobertura _________________________________

Cont.

Cont do item 14

(2) Indicar a letra correspondente:

(a)

Coleta por Órgão Municipal (c)

Coleta por Terceiros

(b)

Coleta por Transporte Próprio (d)

Outros, especificar: _________________

_________________________________

(3) Indicar o código correspondente:

Reutilização / Reciclagem / Recuperação Tratamento

R01

Utilização em forno industrial (exceto fornos de cimento)

T01

Incinerador

R02

Utilização em caldeira T02

Incinerador de câmara

R03

Coprocessamento em fornos de cimento T05

Queima a céu aberto

R04

Formulação de blend de resíduos T06

Detonação

R05

Utilização em formulação de micronutrientes

T07

Oxidação de cianetos

R06

Incorporação em solo agrícola T08

Encapsulamento/fixação química ou solidificação

R07

Fertirrigação T09

Oxidação química

R08

Ração animal T10

Precipitação

R09

Reprocessamento de solventes T11

Detoxificação

R Re-refino de óleo T12

Neutralização

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10

R11

Reprocessamento de óleo T13

Absorção

R12

Sucateiros intermediários T15

Tratamento biológico

R13

Reutilização/reciclagem/recuperação internas

T16

Compostagem

R99

Outras formas (especificar): Doa os tijolos imprestáveis

T17

Secagem

Para serem empregados na recuperação das estradas

T18

Landfarming

municipais T19

Plasm térmico

T34

Outros (especificar): não

Há tratamento

Disposição Final

B01

Infiltração no solo B05

Lixão Municipal

B02

Aterro Municipal B06

Lixão Particular

B03

Aterro Industrial Próprio

B20

Rede de Esgotos

B04

Aterro Industrial Terceiros

B30

Outras (especificar): Recuperação de estradas

____________________________________________

15- EMISSÕES ATMOSFÉRICAS

15.1- Chaminés:

Altura (m) (*)

Diâmetro Interno

(cm)

Vazão de Gases

(m3/min)

Temperatura de Saída

(º C)

Sistema de Limpeza

0

1

10 1,5 CO2 ± 100,00 não

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(*) Altura do piso ao ponto de lançamento

15.2- Tipos de Emissão:

( ) Material Particulado ( X ) Gases e Vapor ( ) Odores

Há equipamento de controle da poluição atmosférica? ( )

Sim

( X )

Não

Caso afirmativo, discriminar:

_______________________________________________________________

___________________________________________________________________

____________________

16- CARACTERÍSTICAS DO FORNO

Tipo (*) Quantidad

e

Combustív

el (*)

Quant./dia

(m3/dia)

Continuo (Hoffmann) 1 Lenha 70 st/fornada

Quantidade de m3 de combustível por milheiro de produto fabricado:

________________________________

(*) Entende-se por tipo: paulistinha, caeira, abóbada, hoffmann, túnel, etc.

Combustível: diesel, carvão, gás natural, GLP, bagaço de cana, lenha, etc.

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17- INFORMAÇÕES COMPLEMENTARES

Valor do Investimento Total (R$): 1.183.472,84

_________________________________________________________________________________________

Faturamento Bruto Anual (R$): 1.728.000,00

_________________________________________________________________________________________

Há planos para expansão ou ampliação do projeto? Quando? não

_________________________________________________________________________________________

18- DECLARAÇÃO DE RESPONSABILIDADE PELAS INFORMAÇÕES

Nome: Adailton José Epaminondas de Carvalho

Profissão: Engenheiro Florestal Cargo: Responsável pelo Licenciamento Ambiental

Fone: 84-2226.6301/8723.9596/9952.2687 Fax: __________________ E-mail: [email protected]

Horário de Permanência na Empresa: Não tem horário permanente, presta consultoria

Declaro, sob as penas da Lei, a veracidade das informações prestadas no presente Cadastro de Atividades.

Local Natal, Data 10 /03 /2014.

______________________________________________________

Assinatura

Carimbo da empresa:

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APÊNDIDE 02- CONTRATO SOCIAL

FERREIRA, SANTOS & GALDINO INDÚSTRIA E COMERCIO LTDA.

CONTRATO SOCIAL

Pelo presente instrumento particular e pela melhor forma de direito o Sr. ANDSON SAMARONY FERREIRA SANTOS, brasileiro, natural de Parnamirim/RN, solteiro, empresário, nascido em 24/03/1989, portador da cédula de identidade Nº 269.058 expedida pelo SSP/RN e CPF. 073.737.764-00, residente e domiciliado à Rua Carnaúba dos Dantas, 31, Lagoa Nova, Natal/ RN, CEP 59.063-230, a Srª. ADRIANE MARIA FERREIRA E SILVA, brasileira, natural de Natal/RN, casada, com regime de comunhão parcial de bens, empresária, nascida em 23/02/1977, portadora da cédula de identidade Nº 011.720.018 expedida pelo SSP/RN e CPF nº 007.827.114-21, residente e domiciliado à Rua São Judas Tadeu, 132, Rosa dos Ventos, Parnamirim/ RN, CEP 59.141-655, o Sr. JOSE NILDO GALDINO, brasileiro, natural de Sitio Novo/RN, casado, com regime de comunhão parcial de bens, empresário, nascido em 17/02/1974, portadora da cédula de identidade Nº 001.343.164 expedida pelo SSP/RN e CPF nº 875.554.924-15, residente e domiciliado à Rua São Judas Tadeu, 132, Rosa dos Ventos, Parnamirim/ RN, CEP 59.141-655, e o Sr. JASSO LOURENÇO DOS SANTOS, brasileiro, natural de São José de Campestre/RN, casado, com regime de comunhão parcial de bens, empresário, nascido em 10/08/1959, portador da cédula de identidade Nº 378.117 expedida pelo SSP/RN e CPF nº 261.752.824-34, residente e domiciliado à Rua Carnaúba dos Dantas, 31, Lagoa Nova, Natal/ RN, CEP 59.063-230, resolvem, de comum acordo na forma da lei constituírem uma empresa limitada, e a fazem mediante as seguintes cláusulas e condições:

1ª - DA DENOMINAÇÃO SOCIAL, SEDE E PRAZO DE DURAÇÃO.

A sociedade será reconhecida como personalidade jurídica com a

denominação social de FERREIRA , SANTOS & GALDINO INDUSTRIA E COMÉRCIO LTDA, com endereço e sede no Sitio Carrasco, SN, Zona Rural, Sitio Novo/RN, CEP. 59.440-000, e foro jurídico na comarca de Tangará, RN, sendo indeterminado seu prazo de duração.

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2ª - DO OBJETIVO SOCIAL.

O objetivo social da empresa será:

2342-7/02 – Fabricação de artefatos de cerâmica e barro cozido para uso na construção, exceto azulejos e pisos ;

2342-7/01 – Fabricação azulejos e pisos ; 4744-0/99 – Comércio varejista de material de construção; 4742-3/00 – Comercio varejista de material elétrico; 4744-0/02 – Comercio varejista de madeiras e artefatos; 4744-0/01 – Comercio varejista de ferragens e ferramentas; 4741-5/00 – Comercio varejista de tintas e materiais para pinturas; 4321-5/00 - Serviço de eletricista residencial; 4322-3/01 - Serviço hidráulico; 4330-4/04 – Serviço de pintura de casas, apartamentos e condomínios; 4330-4/05 – Colocação de Revestimentos de cerâmicas, azulejos,

mármores, granitos, pedras em paredes e pisos, tanto no interior quanto no exterior de edificações;

4313-4/00 – Obras de Terraplanagem; 4399-1/04 – Serviço de operação e fornecimento de equipamentos para

transporte e elevação de cargas e pessoas para uso em obras; 4923-0/02 – Serviço de transporte de passageiros – locação de automóveis

com motorista; 7711-0/00 – Locação de automóveis sem motoristas;

3ª - DO CAPITAL SOCIAL. O capital social no valor de R$ 100.000,00 (cem mil reais) dividido em 100.000(cem mil) quotas de R$ 1,00 (um real) cada uma, subscritas e integralizadas em moeda corrente deste país, neste ato, pelos quotistas, ficando distribuídas entre elas da seguinte forma:

ANDSON SAMARONY FERREIRA SANTOS 25.000 quotas R$ 25.000,00

ADRIANE MARIA FERREIRA E SILVA 25.000 quotas R$ 25.000,00

JOSE NILDO GALDINO 25.000 quotas R$ 25.000,00

JASSO LOURENÇO DOS SANTOS 25.000 quotas R$ 25.000,00

TOTAL GERAL DO CAPITAL SOCIAL 100.000 quotas R$ 100.000,00

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Parágrafo Primeiro: as quotas da sociedade são individuais e não poderão ser cedidas ou transferidas sem o expresso consentimento da sociedade, cabendo em igualdade de preço e condições o direito de preferência ao quotista que queira adquiri-las.

Parágrafo Segundo: nos termos do artigo 1.052 do Código Civil (Lei n.º 10.406/2002), a responsabilidade de cada quotista é restrita ao valor de suas quotas, mas todos respondem solidariamente pela integralização do capital social.

4ª - DA ADMINISTRAÇÃO E USO DA DENOMINAÇÃO SOCIAL.

A sociedade será administrada, isoladamente, pelo sócio ANDSON SAMARONY FERREIRA SANTOS que assinará os interesses exclusivos da sociedade, em juízo ou fora dele, na representação ativa e passiva da sociedade, judicial e extrajudicialmente, podendo praticar todos os atos compreendidos no objeto social, se no interesse da sociedade.

Parágrafo Único: fica vedado, entretanto ao administrador uso da

denominação social em atividades estranhas aos fins sociais seja em favor dele ou de qualquer dos quotistas ou ainda de terceiros, bem como onerar ou alienar bens móveis ou imóveis da sociedade, sem anuência dos demais e ainda celebrar qualquer ato/contrato cujo valor seja superior a 100 (cem) salários mínimos vigentes a época da celebração, sem autorização dos demais sócios integrantes desta sociedade, nos termos do art. 1060 C/C 2002.

5ª - DAS DELIBERAÇÕES.

Em suas deliberações, os administradores adotarão

preferencialmente a forma estabelecida no parágrafo 3º do artigo do Código

1.072 do Civil (Lei 10.406/2002).

6ª - DA DECLARAÇÃO DOS ADMINISTRADORES.

O administrador citado neste, declara não estar condenado em nenhum dos crimes previstos em lei que o impeça de exercer atividades empresariais.

7ª - DA RETIRADA DE PRÓ-LABORE.

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Os sócios retirarão a título de pró - labore, para as suas despesas particulares, conforme deliberação social, determinada quantia que será levada a débito da conta despesas administrativa da sociedade, observando o limite estabelecido pela legislação do imposto de renda.

8ª - DO EXERCÍCIO FINANCEIRO.

O exercício social coincide com o ano civil, procedendo-se levantamento do balanço geral no dia 31 de dezembro de cada ano, sendo os lucros ou prejuízos apurados distribuídos proporcionalmente a cada quotista de acordo com o seu capital.

9ª - DA CAUSA MORTIS.

No caso de falecimento de um dos quotistas, caberá ao quotista remanescente determinar o levantamento de um balanço especial na data do falecimento ocorrido. Os herdeiros do pré-morto deverão em 90 (noventa) dias da data do balanço especial, manifestar sua vontade de serem integrados ou não a mesma sociedade, caso de não integração na sociedade todos os haveres apurados até a data do balanço especial, serão liquidados em 10 (dez) prestações mensais iguais e sucessivas, vencendo-se a primeira após 120 (cento e vinte) dias da data do balanço especial.

10ª - DO CONSELHO FISCAL.

Fica estabelecido que a sociedade não terá conselho fiscal.

11ª - DAS DÚVIDAS SOCIAIS.

As dúvidas ou contestações que venham a surgir entre os quotistas, serão supridas ou resolvidas com base nos preceitos do Código Civil (Lei n.º 10.406/2002), e outras disposições legais que lhe forem aplicadas.

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E, por se acharem em perfeito acordo, em tudo quanto neste documento Particular foi lavrado, obrigam-se a cumprir o presente instrumento, assinando-o em 4 (quatro) vias de igual teor e forma.

Natal, RN, 09 de Janeiro de 2013

____________________________________________________

ANDSON SAMARONY FERREIRA SANTOS

CPF 073.737.764-00 Sócio – Administrador

____________________________________________________

ADRIANE MARIA FERREIRA E SILVA

CPF 007.827.114-21 Sócio

____________________________________________________

JOSE NILDO GALDINO

CPF 875.554.924-15 Sócio

____________________________________________________

JASSO LOURENÇO DOS SANTOS

CPF 261.752.824-34 Sócio

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APÊNDIDE 03- CERTIDÃO DE USO E OCUPAÇÃO DO SOLO

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APÊNDICE 04- CNPJ

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APÊNDICE 05- INSCRIÇÃO ESTADUAL

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APÊNDICE 06- DECLARAÇÃO DE AUTORIZAÇÃO (ARGILA)

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APÊNDICE 07- PROTOCOLO IDEMA