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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE - UFRN CENTRO DE CIÊNCIAS EXATAS E DA TERRA
DEPARTAMENTO DE ESTATÍSTICA CURSO DE ESTATÍSTICA
SEBASTIÃO AÉSIO MARINHO CÉZAR
PERFIL DOS ALUNOS DO CURSO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS DA FACULDADE DO SERIDÓ (FAS): uma análise descritiva e não-
paramétrica
NATAL 2016
SEBASTIÃO AÉSIO MARINHO CÉZAR
PERFIL DOS ALUNOS DO CURSO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS DA FACULDADE DO SERIDÓ (FAS): uma análise descritiva e não-
paramétrica Monografia apresentada ao Curso de Graduação em Estatística da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), como parte dos requisitos para obtenção do título de Bacharel em Estatística. Orientadora: Profª. Drª. Iloneide Carlos de Oliveira Ramos
NATAL 2016
SEBASTIÃO AÉSIO MARINHO CÉZAR
PERFIL DOS ALUNOS DO CURSO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS DA FACULDADE DO SERIDÓ (FAS): uma análise descritiva e não
paramétrica
Monografia apresentada ao Curso de Graduação em Estatística da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), como parte dos requisitos para obtenção do título de Bacharel em Estatística, sob orientação da Profª. Drª Iloneide Carlos de Oliveira Ramos.
Banca Examinadora:
Aprovado em 30 de novembro de 2016
______________________________________
Profª Drª Iloneide Carlos de Oliveira Ramos
Professora orientadora - UFRN
______________________________________
Profª Drª. Jeanete Alves Moreira
Professora examinadora - UFRN
_______________________________________
Profº Dr. Fernando Cesar de Miranda
Professor examinador - UFRN
AGRADECIMENTOS
Agradeço a todos aqueles que de uma forma ou de outra, auxiliaram na
elaboração desta obra. Aos professores do Curso de Estatística da UFRN,
especialmente à professora Iloneide Carlos de Oliveira Ramos, que além de me
orientar, contribuiu para que a ideia inicial tomasse a forma ideal deste trabalho e a
todos os colegas de graduação do referido curso, que tive a oportunidade de
compartilhar valiosa parceria nas horas de estudo, trabalhos e aprendizados.
À Coordenação do Curso de Ciências Contábeis da Faculdade do Seridó
(FAS) pelas valiosas informações disponibilizadas. Por fim, agradeço aos familiares,
amigos e a minha noiva Michelli Pessoa, pela paciência e compreensão nesses
últimos anos.
RESUMO
O estudo inicialmente apresenta uma análise descritiva do perfil socioeconômico dos
discentes do Curso de Ciências Contábeis da Faculdade do Seridó (FAS), onde é
evidenciada uma predominância do sexo feminino na referida graduação, com a
grande maioria desses alunos residindo no próprio município de origem da faculdade
e com alto percentual de idade entre a faixa etária dos 21 aos 24 anos. O índice de
aprovação dos alunos aptos a realizar o exame de admissão do Conselho Federal
de Contabilidade (CFC), no período de 2015.2 a 2016.1, é de 16%. Este estudo
também apresenta e discute questões relacionadas às dificuldades desses discentes
nas disciplinas cursadas no decorrer da graduação e no referido exame do CFC.
Além disso, é observado que parte considerável dos alunos traz, desde o ensino
médio, certas dificuldades em lidar com disciplinas ligadas à área da Matemática. A
análise inferencial foi realizada por meio do Teste Qui-Quadrado e do Teste de
Wilcoxon-Mann-Whitney e mostram significâncias estatísticas em algumas variáveis
objeto do estudo.
Palavras-chave: Faculdade do Seridó. Estatística Não-Paramétrica. Estatística Descritiva. Perfil Socioeconômico.
ABSTRACT
The study initially presents a descriptive analysis of the socioeconomic profile of the students of the Course of Accounting Sciences of the Faculty of Seridó (FAS), where it is evidenced a predominance of females in said graduation, with the great majority of these students residing in the municipality of origin College and with a high percentage of age between the ages of 21 and 24 years. The passing rate of the students eligible to take the Federal Accounting Council (CFC) admission exam in the period from 2015.2 to 2016.1 is 16%. This study also presents and discusses questions related to the difficulties of these students in the subjects studied during the graduation and in the said examination of the CFC. In addition, it is observed that a considerable part of the students has, since high school, certain difficulties in dealing with subjects related to Mathematics. Inferential analysis was performed using the Chi-Square test and the Wilcoxon-Mann-Whitney test and showed statistical significance in some of the study variables.
Keywords: Faculty of Seridó. Non-Parametric Statistics. Descriptive Statistics. Socioeconomic profile.
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO ......................................................................................................... 9
2 ASPECTOS GERAIS ............................................................................................. 10
2.1 OBJETIVO ........................................................................................................ 10
2.2 JUSTIFICATIVA ............................................................................................... 11
3 METODOLOGIA .................................................................................................... 11
3.1 ANÁLISE DESCRITIVA .................................................................................... 12
3.1.1 Variável Qualitativa .................................................................................. 14
3.1.2 Variável Quantitativa ................................................................................ 15
3.1.3 Variável Qualitativa e Variável Quantitativa ........................................... 15
3.2 ANÁLISE NÃO-PARAMÉTRICA ...................................................................... 15
3.2.1 Teste de Hipóteses ................................................................................... 16
3.2.2 Teste Qui-Quadrado ................................................................................. 17
3.2.3 Teste de Wilcoxon-Mann-Whitney .......................................................... 18
4 RESULTADOS ....................................................................................................... 19
4.1 Análise Descritiva ............................................................................................. 19
4.2 Análise Inferencial ............................................................................................ 45
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS ................................................................................... 51
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ......................................................................... 53
ANEXO ..................................................................................................................... 55
9
1 INTRODUÇÃO
Frequentando entre o período de 2013 e 2016, na qualidade de docente, e
especialmente, diante da importância de se ter informações relacionadas ao perfil
socioeconômico dos discentes que frequentam o Curso de Ciências Contábeis na
Faculdade do Seridó (FAS). Verifica-se inicialmente o interesse em conhecer o
quantitativo de alunos que residem fora da cidade, na qual a faculdade está
localizada e se apresentam alguma dificuldade em relação às disciplinas do curso,
entre outras variáveis.
Tais informações, quando conhecidas, facilitam não só a forma de como o
professor irá lecionar para determinada turma, já que possibilita conhecer
determinadas características dessa, como até mesmo ser um facilitador de tomada
de decisão da própria instituição de Ensino Superior, tendo em vista que possibilita à
elaboração de medidas que possam ser mais condizentes com a realidade dos
discentes e do curso.
Nesse sentido, e diante dos dados referentes ao perfil desses alunos, é
interessante, além da parte descritiva, a aplicação de alguma técnica Estatística,
como por exemplo, técnicas Não-Paramétricas, para possibilitar uma análise mais
aprofundada dos dados de forma que se possa obter um diagnóstico mais apurado e
adequado em relação à representação dessas informações.
Com relação ao curso de Ciências Contábeis no Brasil, a formação
acadêmica do Bacharel em Ciências Contábeis é obtida exclusivamente por meio da
graduação em Ciências Contábeis. Em média, o curso tem duração de quatro anos
e durante a graduação, o estudante de Ciências Contábeis cursa disciplinas das
áreas de Estatística, Matemática, Direito, Economia, Contabilidade, Informática,
entre outras. Essa formação multidisciplinar tem como objetivo capacitar o futuro
Bacharel em Contabilidade para desenvolver análises contábeis, econômicas,
fiscais, tributárias e financeiras, a fim de prever e minimizar possíveis danos ou
perdas financeiras das entidades.
Deste modo, e com intuito de habilitar os alunos cada vez mais para a
realidade do mercado profissional, as instituições de Ensino Superior no país tem se
deparado com uma grande parcela de responsabilidade. Essas instituições em
conjunto com os professores têm o papel de transmitir conhecimento e auxiliar na
10
formação profissional, abordando todo tipo de assunto necessário para agregar
valores aos futuros profissionais que o mercado irá absorver. Prontamente, a
sociedade contemporânea exige que eles busquem melhorar a cada dia, tanto
pessoalmente quanto profissionalmente, e que andem juntos com o
desenvolvimento do mercado profissional, seja ele nacional ou internacional.
Outro ponto parte da ideia de que muitas dessas mudanças têm impactado
significativamente na formação acadêmica dos futuros contabilistas, tanto no que
tange às formas de transferência de conhecimento, quanto aos próprios resultados
de um processo de construção teórico ao longo da vida acadêmica e profissional.
Sendo assim, e partindo da percepção de que os discentes valorizam a
prestação de um serviço educacional de qualidade, isso, faz com que as instituições
de Ensino Superior busquem um processo receptivo e, consequentemente,
adaptativo a essa exigência mercadológica. Por conseguinte, um facilitador para
identificar essas necessidades por parte das instituições de ensino em relação aos
alunos (clientes) é o questionário socioeconômico.
Essa ferramenta simples, porém quando bem elaborada, aplicada e
analisada, juntamente com técnicas estatísticas adequadas, traz informações
importantíssimas da real característica dos entrevistados e torna-se um facilitador de
mudanças de paradigmas e de tomadas de decisões no decorrer do processo
acadêmico.
2 ASPECTOS GERAIS
2.1 OBJETIVO
O presente estudo tem por objetivo identificar o perfil dos alunos matriculados
entre os anos de 20121 e 2016, no curso de Ciências Contábeis da instituição de
ensino Faculdade do Seridó (FAS). Identificar o nível de satisfação dos alunos com a
faculdade. Analisar a relação entre o Índice de Rendimento Acadêmico e a
pontualidade em chegar à aula. Estudar a relação entre o Índice de Rendimento
Acadêmico e possuir atividade laboral. Avaliar a relação entre a opção de leitura e o
gênero do aluno.
1 São discentes que estão atrasados em relação à conclusão do curso, ou seja, deveria ter concluído
em 2015.2.
11
2.2 JUSTIFICATIVA
Conhecer mais de perto o perfil dos alunos que frequentam a Faculdade do
Seridó (FAS) e com isso contribuir para o desenvolvimento de políticas que
melhorem o desempenho acadêmico desses alunos na instituição, como também,
possibilitar uma melhor performance desses discentes no Exame de Suficiência do
Conselho Federal de Contabilidade (CFC).
3 METODOLOGIA
Inicialmente foi aplicado o questionário socioeconômico, em 113 alunos
matriculados2 na referida faculdade, para posteriormente iniciar uma pesquisa do
tipo exploratória-descritiva, a fim de buscar maior familiaridade com o perfil desses
alunos, por meio de Análises Descritiva e dos Testes Estatísticos Qui-Quadrado e
Wilcoxon-Mann-Whithey. Com isso, possibilitar a verificação de relação (associação)
entre algumas variáveis objeto do estudo. Para a análise é utilizado o software
Estatístico R versão 3.0.1, Microsoft Excel 2007, além do auxílio da tabela dinâmica.
Figura 1: Faculdade do Seridó (FAS) Figura 2: Município de Currais Novos
Fonte: Site da Faculdade-do-Seridó. Fonte: Mapas - Guia Mais.
2 No total são 119 alunos matriculado na faculdade, no semestre 2016.1, quando da aplicação do
questionário socioeconômico. No entanto, não foi possível atingir os 100% (cem por cento) dos entrevistados, mesmo mantendo várias tentativas de solicitação de preenchimento do referido questionário aos 6 (seis) alunos pendentes de entrevista. Desses três são do sexo feminino e três do sexo masculino.
12
3.1 ANÁLISE DESCRITIVA
A análise descritiva foi realizada através da Estatística Descritiva na qual
aplicam-se várias técnicas para descrever e sumarizar um conjunto de dados. Esse
conjunto de dados, por exemplo, pode ser melhor analisado e/ou interpretado por
meio da construção de gráficos, uso de tabelas, medidas de tendência central e
medidas de variabilidade ou de dispersão.
Os dados quando apresentados em tabelas ficam melhor compreendidos, no
entanto, quando exibidos na forma gráfica causa melhor impacto visual. Já Vieira
(2009) explica que em algumas situações pode existir interesse em apresentar essa
informação de maneira condensada, ou seja, apresentar um resumo das
informações disponíveis. Assim, tais informações (valores) constituem as Medidas
de Tendência Central.
Das principais medidas de tendência central destaca-se aqui a Média
Aritmética simples e a Mediana. Onde a média aritmética simples é obtida por:
=
Já a mediana é o valor que ocupa a posição central de um conjunto de dados
ordenados. Logo, para determinar a mediana é necessário ordenar, colocar em rol3,
os dados. Destaca-se que se o número de dados for ímpar, a mediana é o valor que
ocupa a posição central dos dados ordenados, já quando o número de dados for par,
a mediana é a média aritmética dos dois valores que ocupam a posição central dos
dados ordenados, conforme a seguir:
i) Número de observações (n) for ímpar:
Emd =
3 Colocar os dados em ordem crescente ou decrescente.
13
ii) Número de observações (n) for par:
Emd =
No entanto, em várias situações é importante conhecer a variabilidade dos
dados. Para isso, é preciso calcular e interpretar medidas de dispersão. Assim, a
medida de variabilidade ou de dispersão pode ser calculada para um conjunto de
dados com maior ou menor diversificação dos valores em torno de uma medida de
tendência central (Azevedo, 2005).
Uma das ferramentas indicadas para medir a dispersão dos dados em torno
da média é a variância. A variância quando se trabalha com dados de toda a
população é definida como “a soma dos quadrados dos desvios em relação à média,
dividida pelo número de dados, isto é, por N”. Destaca-se que a variância
populacional é representada por (sigma2), logo:
=
,
em que,
Outra ferramenta importante e bastante usada nesse contexto para indicar o
grau de variação de um conjunto de elementos é o desvio-padrão, que tem por
definição, ser a raiz quadrada da variância. O desvio-padrão populacional é
representado pela letra . Assim:
=
Assim, tanto a variância como o desvio médio são medidas de dispersão
calculadas em relação à média das observações. Deste modo à média, a variância
14
ou o desvio-padrão serão boas medidas, se a distribuição dos dados for
aproximadamente normal4 (Morettin e Bussab, 2010).
Há também outra maneira de apresentar ou de visualizar um conjunto de
dados, e que dá uma ideia da posição, dispersão, assimetria, comprimento das
caudas e dos dados discrepantes. Esta ferramenta é chamada de Diagrama de
Caixa, mais conhecida na área estatística como Boxplot.
3.1.1 Variável Qualitativa
Uma variável é uma característica que pode variar entre os elementos de uma
amostra ou população. Nesse sentido, uma variável qualitativa ou categorizada é
aquela que tem uma escala de medida consistindo de um conjunto de categorias,
como por exemplo, gênero do indivíduo, estado civil e escolaridade. De acordo com
Morettin e Bussab (2010) é chamada de variável qualitativa, quando alguma variável
apresenta como possível realização uma qualidade (ou atributo) do indivíduo
pesquisado. A representação gráfica para esse tipo de variável pode ser através do
gráfico de barras ou de setores (pizza).
3.1.2 Variável Quantitativa
Uma variável quantitativa ou numérica é aquela que pode ser medida em uma
escala quantitativa (intervalar ou razão), ou seja, apresenta valores numéricos que
podem ser submetidos a operações aritméticas, como por exemplo, idade do
indivíduo, números de filhos, índice de rendimento acadêmico e renda. De acordo
com Morettin e Bussab (2010) esse tipo de variável apresenta como possível
realização números resultantes de uma contagem ou mensuração. Já a
apresentação gráfica desse tipo de variável pode ser representada através do
histograma, polígono de frequência e pelo gráfico de pontos.
4 A distribuição aproximadamente normal ou distribuição de Gauss é a mais importante distribuição
Estatística. Ela é definida por dois parâmetros, a média e o desvio-padrão e serve de aproximação para o cálculo de outras distribuições quando o número de observações fica grande.
15
3.1.3 Variável qualitativa e variável quantitativa
Em alguma situações pode existir o interesse do pesquisador em analisar o
comportamento conjunto de duas ou mais variáveis, como por exemplo, gênero do
indivíduo (Variável Qualitativa) e a renda anual (Variável Quantitativa). Todavia,
segundo Morettin e Bussab (2010, p. 69) nessa situação “analisa-se o que acontece
com a variável quantitativa quando os dados são categorizados de acordo com os
diversos atributos da variável qualitativa”. Isso quer dizer que o objetivo é encontrar
as possíveis associações entre as respectivas variáveis.
3.2 ANÁLISE NÃO-PARAMÉTRICA
Na inferência estatística o pesquisador está preocupado em extrair
conclusões sobre um grande grupo de objetos ou com eventos que estão ainda por
ocorrer, baseado na observação de poucos objetos ou de fatos que tenham ocorrido
no passado. Assim, de acordo com Siegel e Castellan (2006, p. 24) a “estatística
fornece ferramentas que formalizam e padronizam os procedimentos para obter tais
conclusões”. Nesse sentido, a partir da evidência coletada e/ou observada, pode-se
tirar conclusões tanto sobre grande parte da população quanto de partes menores, e
esse método está relacionado diretamente à área da Estatística paramétrica, já que
necessita fazer algumas suposições5 sobre a natureza da população da qual os
dados foram extraídos.
Por outro lado, tem-se a Estatística Não-Paramétrica que representa um
conjunto de ferramentas de uso mais apropriado em pesquisas onde não se
conhece bem a distribuição da população e seus parâmetros. Assim, o eventual
desconhecimento da população reforça o estudo e a importância da análise da
pesquisa através do teste não-paramétrico. Prontamente, esse teste é
extremamente interessante tanto na análise de dados qualitativos, quanto de dados
quantitativos, já que pode ser aplicado a uma ampla diversidade de situações, como
por exemplo, as de ordem de classificação e de escala.
5 Se os dados seguem distribuição de normalidade e a mesma variância.
16
3.2.1 Teste de Hipóteses
O Teste de Hipóteses é um processo de decisão estatística. Isto é, feita
determinada afirmação sobre uma população, usualmente sobre um parâmetro
dessa, deseja-se saber se os resultados experimentais contrariam ou não tal
afirmação. De acordo com Morettin e Bussab (2010, p. 330) o objetivo desse teste
estatístico “é fornecer uma metodologia que permita verificar se os dados trazem
evidências que apoiam ou não uma hipótese formulada”.
Assim, tem-se que a hipótese nula, denotada por H0, é a crença convencional
ou o ponto de vista prevalente. De regra, a hipótese nula é a afirmação de que não
acontece nada, não há efeito ou não há mudança na população. Havendo rejeição
do H0 então os dados são estatisticamente significantes. Logo, rejeitar a hipótese
nula, é uma atitude mais forte do que não rejeitá-la. Por outro lado, quando não se
rejeita a hipótese nula, significa que não há evidências suficientes para rejeitar a
teoria convencional.
Já a hipótese alternativa, denotada por H1, é a crença concorrente a H0.
Assim, a hipótese alternativa reflete, geralmente, o que o pesquisador desejaria que
fosse verdade, refletindo uma mudança na população. No entanto, ao realizar um
teste de hipóteses existe a possibilidade de cometer dois tipos de erros: O erro do
tipo I, que consiste em rejeitar a hipótese nula quando essa é verdadeira, e o erro do
tipo II, que consiste em não rejeitar a hipótese nula, quando essa é falsa.
A seguir a Figura 3 mostra, resumidamente, essas definições:
Figura 3: Erros do Tipo I e II
Fonte: Apostila de Estatística Não-Paramétrica (novembro, 2015)
E que o Erro do Tipo I: ( ) = P(rejeitar H0 quando na realidade ela é
verdadeira); e o Erro do Tipo II ( ) = P(não rejeitar H0 quando na realidade ela é
falsa). Sendo que também é chamado de nível de significância do teste e na
prática costuma-se arbitrar um valor para ele, que usualmente é fixado em 0,01 ou
17
0,05, ou seja, 1% ou 5%. Já permite informar a Função Poder do Teste e
usualmente é desejado que não seja superior a 0,20, ou seja, 20%.
3.2.2 Teste Qui-Quadrado
O teste Qui-Quadrado é um teste amplamente utilizado em análise de dados
provenientes de experimentos onde o interesse está em observar frequências em
diversas categorias ou em pelo menos duas. De acordo com Siegel e Castellan
(2006) esse teste pode também ser usado como uma prova de aderência e útil para
comprovar se a frequência observada difere significativamente da frequência
esperada.
A hipótese nula (H0) a ser testada é a de que não existe associação entre a
situação na pesquisa e as demais variáveis envolvidas na pesquisa. Prontamente, o
autor ainda explica que a estatística Qui-Quadrado pode ser testada por meio da
seguinte expressão:
Onde, K = número de categorias da variável; Oi = número de casos
observados em i; Ei = número de casos esperados em i.
Sendo o cálculo dos valores esperados para o caso de tabelas 2 x 2 obtido da
seguinte forma:
Figura 4: Valor esperado - Tabela de Contingência 2 x 2
Fonte: Apostila de Estatística Não-Paramétrica (novembro, 2015).
18
Onde,
Os valores esperados para cada célula é obtido por meio de:
a =
b =
c =
d =
Possibilitando assim, utilizar a fórmula a seguir:
Também é importante seguir alguns procedimentos para aplicação do referido
teste:
a) as observações devem ser independentes;
b) quando o número de categorias é igual a K = 2, as frequências esperadas devem
ser superiores a 5;
c) quando k > 2, não deve existir mais de 20% das frequências esperadas abaixo de
5 e nenhuma igual a zero;
d) possui (m – 1) (n – 1) graus de liberdade.
3.2.3 Teste de Wilcoxon-Mann-Whitney
A vantagem de utilizar o teste de Wilcoxon-Mann-Whitney é que ele pode ser
aplicado em uma variável ordinal6. O teste ainda leva em conta quão grande ou quão
pequena é a diferença entre uma dada observação e a mediana. Segundo Siegel e
Castellan (2006) esse é um dos testes não-paramétricos mais poderosos. Ele
também é bastante conhecido como teste da soma dos postos e serve para
comparar dois grupos independentes com resposta quantitativa ou pelo menos
medida em escala ordinal. Para realizar o referido teste, é importante obedecer ao
seguinte procedimento:
6 Na variável ordinal as categorias descrevem uma ordem natural, ou seja, tem uma ordenação
indicando intensidade de crescimento.
19
a) defina o nível de significância e considere as hipóteses;
b) considere o grupo I com tamanho n1 e o grupo II com tamanho n2;
c) junte os dois grupos em um só conjunto (ficará com n = n1+n2 dados), em seguida
ordene e atribua postos aos n dados;
d) calcule a estatística;
e) faça as conclusões por meio do p-valor.
De acordo com Ramos (2015) a estatística do teste pode ser calculada de
várias formas:
i) quando n1 10 e n2 10 pode-se calcular a estatística W (utilizada por Siegel e
Castellan e pelo SAS) que é dada pela soma os postos do grupo I:
W =
ii) quando a n1 10 e n2 10 pode-se calcular a estatística U (utilizada pelo R) que é
dada por:
U = –
iii) quando grandes amostras, n1>10 ou n2>10, utiliza-se a estatística Z que é dada
por:
Z =
4 RESULTADOS
Neste capítulo serão apresentados os resultados das análises dos dados dos
alunos de forma separada. No primeiro momento, serão expostas as análises da
parte descritiva para em seguida tratar da análise inferencial.
20
4.1 ANÁLISE DESCRITIVA
Em termos demográficos, a composição por sexo dos alunos é de extrema
importância para diagnosticar o perfil dos alunos no curso de Ciências Contábeis da
Faculdade do Seridó (FAS). De acordo com o Gráfico 1, que mostra essa
composição durante o período de 20127 a 2016, fica evidente uma predominância de
alunos do gênero feminino sobre masculino. As mulheres correspondem a 63% de
todos os alunos matriculados no período e que provavelmente a característica
multidisciplinar dessa graduação é responsável pela maior atração de mulheres.
Além disso, é particular da área de humanas uma maior procura por parte das
mulheres em relação à área de exatas, que historicamente é predominante o gênero
masculino8.
Fonte de dados básicos. FAS (julho, 2016).
Com relação ao estado civil dos alunos, percebe-se uma maior concentração
no grupo dos solteiros, como se pode observar no Gráfico 2 abaixo. No entanto, a
turma de 2012 é a única exceção, já que apresenta maior concentração no grupo
dos casados. No total, os solteiros representam 80% dos alunos matriculados.
7 Alunos que estão atrasados em relação à conclusão do curso, ou seja, deveriam ter concluído em
2015.2. 8 Revista Exame. As graduações preferidas pelos homens e pelas mulheres no Brasil.
2012
2013
2014
2015
2016
14%
43%
40%
39%
33%
86%
57%
60%
61%
67%
Gráfico 1: Distribuição dos alunos de Ciências Contábeis da FAS, matriculados entre 2012 e 2016, segundo o gênero.
Feminino Masculino
21
Fonte de dados básicos. FAS (julho, 2016).
Em relação aos municípios que os alunos residem, observa-se que eles estão
distribuídos entre 12 (doze) municípios da região do Seridó. Os dois mais
representativos são Currais Novos com 73 alunos e Lagoa Nova com 14. O Gráfico
3 mostra o percentual de alunos matriculados na faculdade por município do Rio
Grande do Norte, no período de 2012 a 2016. De certa forma, esse resultado era
esperado, visto que Currais Novos é a cidade onde a faculdade está localizada e é
uma cidade polo da região, já Lagoa Nova é a mais próxima da instituição de ensino
e também a terceira mais populosa entre as relacionadas9.
9 Informação extraída do site do IBGE. Disponível em: <www.cidades.ibge.gov.br>. Acesso em: 14 de
agosto de 2016.
2012 2013 2014 2015 2016
29%
75% 83%
78%
97%
43%
25%
13% 17%
3%
28%
4% 5%
Gráfico 2: Distribuição dos alunos de Ciências Contábeis da FAS, matriculados entre 2012 e 2016, segundo o estado civil.
Solteiro Casado Outro
22
Fonte de dados básicos. FAS (julho, 2016).
Em termos estatísticos e demográficos a distribuição etária é importante para
diagnosticar característica etária da população ou da amostra e pode ser dada em
termos das idades simples ou em intervalos. Nesse sentido, o Gráfico 4 adiante,
apresenta a distribuição etária dos alunos da FAS, em que se observa uma
concentração na faixa etária dos 21 a 24 anos, seguido da faixa etária dos 17 a 20
anos de idade.10
10
Destaca-se que em média, os alunos são relativamente mais jovens do que as alunas, tendo em
vista que eles apresentam idade média de 23,9 anos e elas de 24,9 anos e quando analisado por turma, a que apresenta maior e menor média de idade, é a turma de 2012 e 2016, com 28,7 anos e 21,6 anos, respectivamente.
1%
1%
1%
1%
2%
3%
3%
3%
3%
5%
12%
65%
São Vicente
Bodó
Tenente Laurentino Cruz
Santana do Seridó
Carnaúba dos Dantas
Parelhas
Florânia
Campo Redondo
Cerro Corá
Acari
Lagoa Nova
Currais Novos
Gráfico 3: Distribuição dos alunos de Ciências Contábeis da FAS, matriculados entre 2012 e 2016, segundo o município de residência.
23
Fonte de dados básicos. FAS (julho, 2016).
O Índice de Rendimento Acadêmico (IRA) é uma ferramenta importantíssima,
já que funciona como um reflexo do aproveitamento acadêmico do discente nas
disciplinas durante o curso. Assim, essa ferramenta mostra, de forma resumida, o
comprometimento do aluno em relação aos estudos e/ou notas.
Adiante, em relação às medidas de tendência central, média aritmética e
mediana, relacionada ao IRA dos discentes no curso, verifica-se que a média desse
rendimento, é de 7,8 pontos e a mediana 8,0 pontos, respectivamente. Já quando
comparado por gênero observa-se que as mulheres apresentam melhores
desempenho do que os homens, conforme se pode observar no Gráfico 5 adiante.11
11
Em relação ao estado civil, os alunos que se declararam casados apresentam em média melhor
IRA 8,1 dos que se declararam solteiros 7,7.
0
5
10
15
20
25
30
35
40
17|- 20 anos
21|- 24 anos
25|- 28 anos
29|- 32 anos
33|- 36 anos
37|- 40 anos
41 ≥ anos
Perc
en
tual
(%)
Gráfico 4: Distribuição dos alunos de Ciências Contábeis da FAS, matriculados entre 2012 e 2016, segundo a idade.
24
Fonte de dados básicos. FAS (julho, 2016).
Sobre o percentual de reprovação dos alunos durante o decorrer do curso
percebe-se que 31% dos discentes apresentam pelo menos uma disciplina
reprovada12. O Gráfico 6 abaixo reflete o percentual de reprovação em pelo menos
uma disciplina durante o curso.
Fonte de dados básicos. FAS (julho, 2016).
12
Quando comparado em relação ao gênero 32% das mulheres foram reprovadas em pelo menos
uma disciplina durante o curso. Já quando em relação ao estado civil 32% dos solteiros têm alguma reprovação durante a graduação.
0,0 |- 5,0 5,1 |- 7,0 7,1 |- 8,0 8,1 |- 9,0 9,1 |- 10,0
3% 3%
17%
12%
2% 3%
32%
27%
1%
Gráfico 5 - Distribuição dos alunos de Ciências Contábeis da FAS, matriculados entre 2012 e 2016, segundo o IRA.
Masculino Feminino
31%
69%
Gráfico 6: Percentual de alunos de Ciências Contábeis da FAS, matriculados entre 2012 e 2016, com pelo menos uma disciplina reprovada durante a graduação.
Sim
Não
25
Adiante o Gráfico 7 exibe o percentual das disciplinas com mais reprovações
durante o curso, no período de 2012 a 2016.1. Onde se percebe uma concentração
de reprovações nas disciplinas que exigem base ou raciocínio matemático, como por
exemplo, Matemática Financeira, Matemática Básica, Introdução a Ciências
Atuariais e Contabilidade Intermediária. Não obstante, a habilidade com a
matemática e com os números seja importante durante o curso e posteriormente na
profissão desses discentes, a Ciência Contábil caracteriza-se como uma Ciência
Social e não exata, mas com razoável influência dessa área, e que quando mal
estudada é um complicador para o andamento do curso, já que é uma das
disciplinas base dessa graduação.
Fonte de dados básicos. FAS (julho, 2016).
De acordo com o Gráfico 8 observa-se que o principal motivo que contribui
para as reprovações dos discentes nas disciplinas durante a graduação, é que eles
só conseguem estudar a matéria (disciplina) na véspera das avaliações, seguido da
dificuldade em entender a matéria por não ter base na disciplina. Isso persistindo, há
Administração Financeira
Introdução à Psicologia
Comunicação e Rel. Interpessoais
Contabilidade Gerencial
Legislação Trabalhista
Introdução à Economia
Contabilidade Básica
Contabilidade Intermediária
Introdução a Ciências Atuariais
Matemática Básica
Introdução à Administração
Matemática Financeira
1%
1%
1%
1%
2%
2%
2%
3%
4%
4%
4%
15%
Gráfico 7: Distribuição dos alunos de Ciências Contábeis da FAS, matriculados entre 2012 e 2016, segundo as disciplinas reprovadas durante o curso.
26
uma grande chance de continuarem obtendo notas ruins e consequentemente se
atrasando em relação à conclusão do curso.13
Fonte de dados básicos. FAS (julho, 2016).
No mundo contemporâneo a internet abre portas para todas as áreas do
conhecimento. Ela oferece condições para praticamente todas as pessoas, de
acordo com os interesses e objetivos de cada indivíduo. Logo, ela é um facilitador de
conhecimento que favorece a dispersão de notícias e de ideias. De tal modo, essa
ferramenta é importantíssima, para não dizer indispensável, para fins educacionais,
já que tanto as escolas como as universidades, buscam esse mecanismo e assim
demonstram sua linha de ensino e de funcionamento institucional, em expansão
mundial e num curto espaço de tempo.
Além disso, a internet funciona com uma imensa biblioteca mundial, já que
nela é possível encontrar e ter acesso a diversos livros, artigos, dicionários, vídeos,
etc., dos mais diversos conteúdos educacionais. E partindo desse princípio, é
importante que as instituições de ensino saibam como seus alunos utilizam essa
poderosa ferramenta, no seu dia-a-dia de estudo. A seguir, de acordo com o Gráfico
13
Verifica-se também que desses discentes 54% são do gênero feminino.
Dificuldade em entender a matéria por não ter base na
disciplina 29%
Não tinha tempo para estudar a
matéria extra sala de aula
14%
Só conseguia estudar a matéria
na véspera da prova 37%
Dificuldade em compreender a
metodologia utilizada pelo
professor 6%
Outro motivo 14%
Gráfico 8: Distribuição dos alunos de Ciências Contábeis da FAS, matriculados entre 2012 e 2016, segundo o motivo que contribuiu para as reprovações nas disciplinas.
27
9, observa-se que 88% dos discentes da FAS utiliza à internet em casa para seus
estudos, seguido de 9% utilizar apenas no ambiente de trabalho.14
Fonte de dados básicos. FAS (julho, 2016).
Escolher um bom material também é fundamental para o aprendizado eficaz,
seja ele um livro ou apostila. Nessa linha, outro ponto importante é conhecer qual o
meio mais comum que os discentes utilizam para estudar as disciplinas ofertadas
durante a graduação. Prontamente, verifica-se através do Gráfico 10 que 52% dos
alunos utilizam material da internet nos seus estudos, seguido de 40% do material
disponibilizado pelo professor, como por exemplo, apostila, resumo, etc. No entanto,
chama atenção para a baixa procura por livro da biblioteca 3% dos discentes
apenas.
14
E são as mulheres (67%) que mais acessam a internet em casa para estudarem.
1%
88%
9%
1% 1%
Gráfico 9: Distribuição dos alunos de Ciências Contábeis da FAS, matriculados entre 2012 e 2016, segundo o principal acesso à internet para os estudos.
Não tenho acesso Em casa No trabalho Na faculdade Outro local
28
Fonte de dados básicos. FAS (julho, 2016).
Fazer os exercícios indicados pelo professor no decorrer da graduação faz
parte do aprendizado e das obrigações acadêmicas do discente. Além disso, é um
facilitador para o próprio desempenho do aluno durante o curso, já que ele está
colocando em prática o que se aprende em sala e nos livros. De acordo com o
Gráfico 11, observa-se que 79% dos discentes frequentemente fazem os exercícios
indicados pelo professor. Isso é um bom sinal para o desenvolvimento acadêmico e
profissional desses alunos.
Fonte de dados básicos. FAS (julho, 2016).
3%
5%
40%
52%
Livros da Biblioteca
Livros próprios
Mat. Disp. pelo professor
Material da internet
Gráfico 10: Distribuição dos alunos de Ciências Contábeis da FAS, matriculados entre 2012 e 2016, segundo o material mais utilizado para estudar às disciplinas do curso.
2%
19%
79%
Gráfico 11: Distribuição dos alunos de Ciências Contábeis da FAS, matriculados entre 2012 e 2016, segundo fazer os exercícios indicados pelo professor.
Nunca Raramente Frequentemente
29
Já o estudo extra sala, também está relacionado com o aprendizado
acadêmico do discente. O aluno que tem esse hábito está reforçando seus
conhecimentos e de certa forma se preparando mais do que aquele que não se
utiliza dessa prática. No Gráfico 12, é possível verificar que 48% dos alunos
dedicam-se no máximo duas horas por semana aos estudos extra sala. Esse pouco
tempo de estudo chama atenção, tendo em vista que por semestre os discentes tem
entre cinco e seis disciplinas a serem estudadas, assim, em média, eles têm de 20 a
25 minutos de estudo extra sala por semana para cada disciplina, tempo esse, não
recomendável para quem deseja fazer uma graduação de qualidade.
Fonte de dados básicos. FAS (julho, 2016).
A pontualidade na vida do indivíduo deve ser regra para todos os
compromissos assumidos, desde a pré-escola até a vida profissional. Isso contribui
para a formação do cidadão, capaz de respeitar regras e normas de convivência de
forma adequada em sociedade. Logo, quando isso não existe ou é quebrado, pode
ser um complicador para a vida do indivíduo. Diante disso, o atraso na chegada das
aulas pode causar perdas pedagógicas, tanto para quem chega atrasado, para a
turma e para o professor, já que pode haver situações que seja necessário refazer o
planejamento da aula, a fim de suprir o atraso do aluno. A seguir, através do Gráfico
13, verifica-se que 33% dos discentes chegam frequentemente atrasados às aulas.
2%
7%
8%
35%
48%
Acima de seis horas
Nenhuma
Acima de quatro e no máximo seis horas
Acima de duas e no máximo quatro horas
No máximo duas horas
Gráfico 12: Distribuição dos alunos de Ciências Contábeis da FAS, matriculados entre 2012 e 2016, segundo o tempo de estudo extra sala por semana.
30
Número esse, possivelmente se justifica, tendo em vista que uma parcela
considerável dos alunos são de outros municípios e fazem uso de ônibus para
chegarem à faculdade.
Fonte de dados básicos. FAS (julho, 2016).
Faltar às aulas é outro complicador no desempenho acadêmico dos
discentes. Quando um aluno falta a uma aula, o maior prejudicado, sem dúvida, é
ele mesmo, já que necessitará correr atrás do tempo perdido para seguir o ritmo dos
demais. No entanto, por mais que faça, nem sempre todo o esforço pode ser
suficiente. Sem falar que os colegas de turma também sofrem com esse problema,
porque, de um jeito ou de outro, vão ter de ouvir novamente as explicações do
professor, ao invés de aprender coisas novas ou terem discussões mais
aprofundadas.
Na outra ponta, o professor também é prejudicado, já que precisa refazer seu
planejamento, a fim de suprir o desfalque de quem está ausente e assim, tentar
minimizar as diferenças de conhecimento entre a turma, provocada por essas faltas
no decorrer do curso.
No Gráfico 14, observa-se que 63% dos discentes raramente falta às aulas
durante o curso. No entanto, os que responderam que frequentemente faltam as
aulas, também são os que frequentemente chegam atrasados e todos do gênero
feminino.
33%
59%
8%
Gráfico 13: Distribuição dos alunos de Ciências Contábeis da FAS, matriculados entre 2012 e 2016, segundo chegar atrasado às aulas.
Nunca Raramente Frequentemente
31
Fonte de dados básicos. FAS (julho, 2016).
O hábito de leitura passa pela influência dos pais, professores e pelo uso que
se faz das bibliotecas, sejam elas: públicas, privadas, escolares e universitárias,
durante toda vida. Esse hábito proporciona uma expansão de conhecimento e é
fundamental para o sucesso acadêmico. Sem contar que um dos principais
propósitos das Universidades e das Faculdades é a formação de cidadãos com
pensamento crítico.
De acordo com Antônio Góis, em entrevista à revista O Globo, em 2016, “44%
da população brasileira não tem hábito de ler livros”. No entanto, esse percentual
permanece estável desde o final da última década. O autor ainda reforça a ideia que
o hábito de leitura é uma construção que vem da infância, e que o papel dos pais é
essencial para esse costume.
Entre os benefícios da leitura, os mais conhecidos são: o aumento no
vocabulário e facilidade de memorização. Adiante, verifica-se através do Gráfico 15,
que 57,5% dos discentes possuem hábito de leitura. Isso é um ponto positivo, porém
é interessante que se busque alternativas a incentivos de novos hábitos de leitura,
não só no campo acadêmico, como também, no cotidiano dos discentes.
35%
63%
2%
Gráfico 14: Distribuição dos alunos de Ciências Contábeis da FAS, matriculados entre 2012 e 2016, segundo faltar às aulas.
Nunca Raramente Frequentemente
32
Fonte de dados básicos. FAS (julho, 2016).
Adicionando a essa informação, observa-se por meio do Gráfico 16, que a
turma com menor hábito de leitura é de 2015, com apenas 33,3%.15
Fonte de dados básicos. FAS (julho, 2016).
15
No total quando verificado o hábito de leitura por gênero, percebe-se que 68% das mulheres
apresentam algum interesse pela leitura.
57,5%
42,5%
Gráfico 15: Distribuição dos alunos de Ciências Contábeis da FAS, matriculados entre 2012 e 2016, segundo o hábito de leitura.
Sim Não
85,7%
46,4%
70,0%
33,3%
63,3%
14,3%
53,6%
30,0%
66,7%
36,7%
2012 2013 2014 2015 2016
Gráfico 16: Distribuição dos alunos de Ciências Contábeis da FAS, matriculados entre 2012 e 2016, segundo o hábito de leitura por turma.
Sim Não
33
O estudo também verifica que os discentes têm preferência pela leitura de
livros técnicos e de autoajuda. No entanto, a preferência pelos livros técnicos é
predominante no hábito de leitura dos meninos e os de autoajuda a predominância
da leitura é das meninas. Além disso, a turma de 2014 é a que apresenta mais
alunos interessados em algum tipo de leitura, 21 no total.
Tabela 1: Distribuição dos alunos de Ciências Contábeis da FAS, matriculados entre 2012 e 2016, segundo o tipo de revista ou de livro que mais lê.
Situação 2012 2013 2014 2015 2016 TOTAL
Ficção 0 1 4 0 3 8
Técnicos[artigos] 1 6 4 1 3 15
Autoajuda 2 1 6 1 5 15
Humor 0 2 2 0 1 5
Novelas 0 0 0 1 0 1
Romance 2 1 3 2 6 14
Outro tipo 1 2 2 1 1 7
TOTAL 6 13 21 6 19 65
Fonte de dados básicos. FAS (julho, 2016).
Outro ponto importante relacionado ao desempenho dos discentes passa pela
leitura de livros acadêmicos. É praticamente impossível que o aprendizado ocorra de
maneira eficiente e não superficial se não tiver a utilização de livros, principalmente
de qualidade. Além disso, como os discentes podem aprender sobre os temas
relacionados à sua área, se não aprofundar-se em determinados assuntos. Logo, os
livros são facilitadores e norteadores de conhecimento, não só durante a fase
escolar, mas por toda a vida do indivíduo.
A seguir, por meio do Gráfico 17, percebe-se que 42,5% dos discentes não
leram nenhum livro acadêmico durante o primeiro semestre do ano de 2016. Número
esse, bastante relevante e que deve ser verificado pela instituição de ensino, o
motivo dessa não utilização, por parte dos alunos. Além disso, quando analisado por
34
turma, as de 2013 e 2014, são as que chamam mais atenção por apresentarem a
menor procura pelos livros acadêmicos.16
Fonte de dados básicos. FAS (julho, 2016).
Ter um ofício é primordial para a vida do indivíduo. O trabalho não só é
importante para satisfazer as necessidades financeiras e de consumo do ser
humano, mas para interagir e motivar o indivíduo com a sociedade. Adiante, por
meio do Gráfico 18, verifica-se que 54% dos discentes possuem alguma atividade
laboral, seja ela, formalmente17 ou informalmente. Observa-se também que 9% dos
alunos participam de estágio na área acadêmica.
16
Quando analisado por gênero, os homens são que menos leram livros acadêmicos durante o
primeiro semestre de 2016, apenas 30,8%. 17
São os que possuem carteira de trabalho assinada.
14%
54% 50%
39% 33%
43%
28%
37%
55%
43% 43%
11% 10% 6%
24%
0% 7% 3%
0% 0%
2012 2013 2014 2015 2016
Gráfico 17: Distribuição dos alunos de Ciências Contábeis da FAS, matriculados entre 2012 e 2016, segundo a quantidade de livros acadêmicos lidos no primeiro semestre de 2016.
Nenhum No máximo um Dois até quatro Cinco ou mais
35
Fonte de dados básicos. FAS (julho, 2016).
De acordo com o Gráfico 19, observa-se que 63% dos discentes possuem
alguma renda mensal e que 37% dos alunos não possuem renda mensal. Tal
característica dessa coorte, possivelmente é justificada por ser em média a mais
jovem (22,5 anos).18
Fonte de dados básicos. FAS (julho, 2016).
18
No entanto, à medida que as idades dos discentes vão aumentando, também ocorre o aumento da
renda mensal desses alunos.
Sim, eu faço estágio
Sim, eu trabalho informalmente (autônomo)
Não
Sim, eu trabalho formalmente
9%
12%
37%
42%
Gráfico 18: Distribuição dos alunos de Ciências Contábeis da FAS, matriculados entre 2012 e 2016, segundo possuir alguma atividade laboral.
Não tem renda (R$ 0,00)
Até R$ 880,00 Mais de R$ 880,00 até R$
2.640,00
Mais de R$ 2.640,00 até R$
4.400,00
Mais de R$ 4.400,00
37% 34%
25%
3% 1%
Gráfico 19: Distribuição dos alunos de Ciências Contábeis da FAS, matriculados entre 2012 e 2016, segundo a renda mensal.
36
A Tabela 2 ilustra a situação de moradia dos discentes da FAS. Nela observa-
se que, em média, 56% dos alunos residem em casa própria com os pais. Essa
observação provavelmente se justifica por serem alunos com média de idade de 22
anos, ou seja, bem jovens, solteiros e ainda não terem condições financeiras de se
manterem morando sozinho.19
Tabela 2: Distribuição dos alunos de Ciências Contábeis da FAS, matriculados entre 2012 e 2016, segundo a situação de moradia. Situação de Moradia 2012 2013 2014 2015 2016 TOTAL
Em casa própria 4 8 7 2 13 34
Em casa própria com os pais 2 18 18 12 13 63
Em casa alugada 1 2 2 3 3 11
Em casa alugada com os pais 0 0 2 0 1 3
De favor, em casa de parentes ou amigos 0 0 1 1 0 2
TOTAL 7 28 30 18 30 113
Fonte de dados básicos. FAS (julho, 2016).
Em relação ao meio de transporte mais utilizado pelos alunos para chegarem
à faculdade é o particular, seja ele, carro ou moto. Verifica-se através do Gráfico 20
que 54% dos discentes fazem uso desses veículos para terem acesso à faculdade,
seguido do ônibus 34%. No entanto, cabe ressaltar que 8% dos alunos da região
chegam à faculdade a pé ou através do serviço de moto táxi.
19
Os alunos que residem com os pais, seja em casa própria ou alugada, se destacaram menos nas
notas e apresentam, em média, menor IRA (7,6) quando comparado com os que não moram com os pais (8,1).
37
Fonte de dados básicos. FAS (julho, 2016).
A seguir, observa-se por meio do Gráfico 21, que os alunos da FAS são
oriundos predominantemente de escolas públicas 77%.20
Fonte de dados básicos. FAS (julho, 2016).
20
No entanto, quando originário dessas escolas, 31% desses discentes possuem pelo menos uma
reprovação durante o decorrer do curso.
54% 34%
4% 8%
Gráfico 20: Distribuição dos alunos de Ciências Contábeis da FAS, matriculados entre 2012 e 2016, segundo o meio de transporte utilizado para chegar na faculdade.
Particular[carro ou moto] Público[ônibus] Carona Outro meio
77%
19%
4%
Gráfico 21: Distribuição dos alunos de Ciências Contábeis da FAS, matriculados entre 2012 e 2013, segundo o tipo de escola onde cursou o ensino médio.
Pública Particular Pública e Particular
38
Mesmo prevalecendo à influência do meio social, o curso de Ciências
Contábeis, tem na sua essência, que os alunos gostem ou saibam de Matemática,
tendo em vista que o curso utiliza-se dessa ferramenta para atingir seus objetivos,
uma vez que o uso desta é essencial para algumas aplicações, como por exemplo,
calcular a taxa de retorno incidente sobre determinada aplicação financeira.
Por isso, a habilidade com a Matemática e com os números é importante para
o bom andamento no curso e posteriormente na profissão. Além do mais, é
importante que os discentes venham do ensino médio já com uma base Matemática
fortalecida, o qual será um facilitador para o andamento no curso.
A seguir, o Gráfico 22 mostra que entre as disciplinas básicas, Português e
Matemática, cursadas durante o ensino médio pelos alunos, a que possui maior
dificuldade de aprendizado é a Matemática (43%).21
Fonte de dados básicos. FAS (julho, 2016).
De acordo com os dados divulgados pela Gazeta do Povo (2012), no Brasil
50,8% dos chefes de família são analfabetos ou têm apenas o ensino fundamental.
Ainda, segundo a matéria, um aluno cuja família tem maior grau de instrução tende a
ter melhores notas durante a vida escolar, já que essa formação é uma combinação
21
Quando comparado esses alunos com os que apresentaram alguma reprovação durante o decorrer
da graduação, em disciplinas que sofrem influencia da Matemática, como por exemplo, Matemática Financeira, Introdução a Ciências Atuariais e Matemática Básica, o percentual de reprovação corresponde a 26,5% desses discentes.
Nas duas
Nenhuma delas
Português
Matemática
10%
18%
29%
43%
Gráfico 22: Distribuição dos alunos de Ciências Contábeis da FAS, matriculados entre 2012 e 2016, segundo a disciplina básica com maior dificuldade durante o ensino médio.
39
entre o que se aprende na escola, com o que os pais indicam e incentivam fora dela
(ler, escutar, assistir e discutir).
Além disso, de acordo com o Portal G1 da Globo.com (2007) as mulheres
com maior grau de instrução costumam acompanhar mais os estudos dos filhos, e
dessa forma, eles - os filhos -, têm mais facilidade de absorver os conteúdos quando
as mães, mais escolarizadas, os ajudam em casa. A pesquisa ainda informa que
filhos de mãe universitária têm notas quase 20% acima da média.
A seguir, o Gráfico 23 ilustra o grau de instrução dos pais dos discentes.
Nesse sentido, verifica-se que eles possuem menos escolaridade em relação às
mães, quando comparado com as variáveis (Analfabeto e Ensino Fundamental
Incompleto), já em relação às variáveis (Ensino Médio Incompleto e Ensino Médio
Completo) as mães tem mais escolaridades do que os pais, e isso também ocorre,
quando confrontado em relação às variáveis (Ensino Superior Completo e Pós-
graduação).
Fonte de dados básicos. FAS (julho, 2016).
Com intuito de garantir o nivelamento e/ou conhecimento das técnicas
contábeis para o exercício da profissão de contabilista no Brasil, o Conselho Federal
de Contabilidade (CFC) exige dos discentes do Curso de Ciências Contábeis que
queiram atuar na área, após a conclusão da graduação, que realizem o exame de
certificação de novos contabilistas. Diante disso, os interessados em filiar-se ao
Pós-graduação
Ensino Superior Completo
Desconheço
Ensino Superior Incompleto
Ensino Médio Incompleto
Analfabeto
Ensino Fundamental Incompleto
Ensino Fundamental Completo
Ensino Médio Completo
3%
4%
4%
7%
8%
12%
16%
17%
30%
6%
7%
3%
12%
4%
12%
17%
41%
Gráfico 23: Distribuição dos alunos de Ciências Contábeis da FAS, matriculados entre 2012 e 2016, segundo o grau de instrução dos pais.
MÃE PAI
40
referido conselho terão de fazer uma prova de admissão, que é realizada duas
vezes ao ano.
O Gráfico 24 exibe a porcentagem de aprovação e de reprovação nos exames
de admissão do Conselho Federal de Contabilidade – CFC, no período de 2015.2 e
2016.1, referentes aos 19 (dezenove) discentes entre as turmas de 2012 e 2013 que
optaram em fazer o referido exame.
No entanto, observa-se o baixo número de aprovados nesse exame 16%.
Alguns indícios podem explicar esse baixo percentual, como por exemplo: poucas
horas de estudo relacionadas ao conteúdo programático, dificuldade nas matérias
exigidas no exame e até mesmo o nível de formação acadêmica por parte do
candidato.
Fonte de dados básicos. FAS (julho, 2016).
Adiante, o Gráfico 25 mostra as disciplinas que os discentes tiveram maior
dificuldade no Exame do Conselho Federal de Contabilidade. Prontamente, o
resultado evidencia maior dificuldade nas disciplinas de Contabilidade Geral,
Auditoria, Contabilidade de Custos, Contabilidade Gerencial e Matemática
Financeira.22
22
Além disso, verifica-se que 56% dos discentes que foram reprovados no Exame do CFC, também
possuem pelo menos uma reprovação durante o decorrer da graduação.
16%
84%
Gráfico 24: Distribuição dos alunos de Ciências Contábeis da FAS, matriculados entre 2012 e 2013, segundo a aprovação no Exame do CFC.
Sim Não
41
Fonte de dados básicos. FAS (julho, 2016).
Outro ponto importante é conhecer o que os discentes esperam da formação
superior. De acordo com SEMESP (2016), entre 2000 e 2013, o Brasil aumentou
consideravelmente o número de alunos no ensino superior. Segundo essa
instituição, as matrículas nos cursos presenciais cresceram 230%,
aproximadamente.
No entanto, a proporção de jovens (18 a 24 anos) nessa etapa escolar ainda
é de apenas 17,2%. Destaca-se também que esses jovens acreditam que somente
com o diploma de ensino superior conseguirão bons empregos, bons salários,
estabilidade financeira e, consequentemente, ascensão social.
Assim, através do Gráfico 26, observa-se que 44% dos alunos da FAS
esperam uma formação profissional adequada à atuação profissional, seguida da
melhoria da condição de vida (40%).
8%
16%
8%
15% 23%
15%
15%
Gráfico 25: Distribuição dos alunos de Ciências Contábeis da FAS, matriculados entre 2012 e 2013, segundo as disciplinas com maior dificuldade no Exame do CFC.
Análise das Dem. Contábeis
Auditoria
Contabilidade Avançada
Contabilidade de Custos
Contabilidade Geral
Contabilidade Gerencial
Mat. Financeira
42
Fonte de dados básicos. FAS (julho, 2016).
A escolha da instituição acadêmica para fazer um curso superior é uma
decisão importante na vida de cada futuro discente, visto que é nela que o início de
uma possível carreira profissional dentro do curso escolhido se desenvolve. No
entanto, essa escolha pode parecer simples, quando na verdade não é. Já que
quando se pensa que tal escolha pode influenciar diretamente na vida profissional
do indivíduo, começa a se tornar complexa.
Assim, alguns fatores influenciam os futuros discentes na escolha da
faculdade, como por exemplo, a localização da instituição, a infraestrutura, a
existência do curso pretendido, o quadro docente, além de outros fatores. Adiante, o
Gráfico 27 exibe que 48% dos discentes optaram por estudarem na instituição por
terem interesse no curso oferecido pela faculdade, seguido da necessidade de terem
um curso superior (27%).
Formação profissional adequada à atuação
profissional
Melhoria na condição de vida
Ampliação de conhecimentos
44% 40%
16%
Gráfico 26: Distribuição dos alunos de Ciências Contábeis da FAS, matriculados entre 2012 e 2016, segundo o que eles esperam da formação superior.
43
Fonte de dados básicos. FAS (julho, 2016).
Conhecendo o interesse dos discentes na escolha da instituição é importante
verificar se eles estão satisfeitos com o curso e se suas expectativas também estão
sendo atendidas com o decorrer da graduação. Prontamente, verifica-se através do
Gráfico 28, que 96% dos discentes consideram que o curso de Ciências Contábeis
oferecido pela instituição atende ao seu interesse. No entanto, observa-se o alto
percentual de discentes que informaram que o interesse pelo curso atende apenas
em parte. Sendo assim, é importante que essa informação seja, posteriormente,
melhor analisada e compreendida, pela referida instituição de ensino, a fim de
reduzir e/ou reverter essa opinião.
5%
20%
27%
48%
Outro motivo
Não ter conseguido ingressar na universidade pública
Necessidade profissional de ter um curso superior
Interesse no curso ofertado
Gráfico 27: Distribuição dos alunos de Ciências Contábeis da FAS, matriculados entre 2012 e 2016, segundo o motivo de escolha da faculdade.
44
Fonte de dados básicos. FAS (julho, 2016).
Outro ponto, diz respeito à auto-avaliação, que é um fator essencial para a
garantia da qualidade das instituições de ensino em todo mundo. Por meio de um
processo rigoroso e contínuo de auto-avaliação que as instituições de ensino
superior poderão atender às demandas que lhe são impostas e exercer a função
antecipativa da qual depende a sua sobrevivência e seu crescimento no mercado
educacional. Através do Gráfico 29 percebe-se que 76% dos discentes atribuem
nota entre seis e oito a instituição de ensino.
Fonte de dados básicos. FAS (julho, 2016).
4%
66%
30%
Gráfico 28: Distribuição dos alunos de Ciências Contábeis da FAS, matriculados entre 2012 e 2016, segundo o interesse pelo curso.
Não atende
Atende em parte
Atende plenamente
1%
2%
2%
2%
2%
2%
4%
9%
18%
24%
34%
Um
Zero
Dois
Três
Nove
Dez
Quatro
Cinco
Seis
Oito
Sete
Gráfico 29: Distribuição dos alunos de Ciências Contábeis da FAS, matriculados entre 2012 e 2016, segundo a nota atribuída a instituição de ensino.
45
4.2 ANÁLISE INFERENCIAL
No primeiro momento, em relação à parte inferencial do presente trabalho, é
utilizado o Teste Qui-Quadrado ( ) para ser aplicado aos dados da tabela que
consta o cruzamento Opção de leitura e Gênero do indivíduo, cujo objetivo é verificar
se a opção de leitura é influenciada pelo sexo do indivíduo. Prontamente, a
distribuição observada dos alunos segundo opção de leitura e sexo é analisada a
seguir:
Tabela 3: Distribuição dos alunos de Ciências Contábeis da FAS, matriculados entre 2012 e 2016, segundo a opção de leitura e gênero.
Fonte de dados básicos. FAS (julho, 2016). Nota: os resultados entre parênteses referem-se aos percentuais na linha.
No entanto, como a tabela não deve ter mais de 20% das categorias com
frequência esperada inferior a 5 (cinco), convém o agrupamento de categorias para
aumentar essas frequências, conforme tabelas abaixo:
Tabela 4: Distribuição dos alunos de Ciências Contábeis da FAS, matriculados entre 2012 e 2016, segundo as frequências esperadas de leitura e gênero.
Fonte de dados básicos. FAS (julho, 2016). Nota: os resultados esperados referem-se ao (total de cada coluna multiplicado pelo total de cada linha e dividido pelo total geral) e os resultados entre parênteses referem-se aos percentuais na linha.
46
Tabela 5: Distribuição dos alunos de Ciências Contábeis da FAS, matriculados entre 2012 e 2016, segundo as frequências esperadas agrupadas de leitura e gênero.
Fonte de dados básicos. FAS (julho, 2016).
O passo seguinte é formular as hipóteses do estudo e calcular a estatística
com base no Teste Qui-Quadrado ( ), com (m - 1) x (n - 1) graus de liberdades23, a
fim de saber se há diferença significativa entre o valor observado e o valor esperado.
Onde, tem-se que:
H0: = Opção de leitura feminina é igual da masculina.
H1: Opção de leitura feminina é diferente da masculina.
Assim, a estatística Qui-Quadrado ( ) apresentada é igual a 18,48 com 3
(três) graus de liberdades e o valor-p24 (0,00035). Portanto, para um nível de
significância de ( = 5%), há evidências estatísticas para rejeitar a hipótese nula (H0)
de que a opção de leitura do sexo feminino é igual ao masculino, ou seja, o teste
apresenta-se como significativo.
Já no segundo momento da parte inferencial do presente estudo, é utilizado o
teste de Wilcoxon-Mann-Whitney, para buscar evidências se o índice de rendimento
acadêmico (IRA) sofre influência do gênero do indivíduo. Nesse sentido, é formulada
as seguintes hipóteses:
H0: Não há diferença entre o IRA mediano e o gênero do indivíduo.
H1: Há diferença entre o IRA mediano e o gênero do indivíduo.
23
Onde, m corresponde ao número de colunas e n ao número de linhas da tabela. 24
O valor-p é a probabilidade de significância de se obter uma estatística de teste igual ou mais
extrema que aquela observada em uma amostra, sob a hipótese nula. Em resumo, é o menor nível de significância com que se rejeitaria a hipótese nula.
47
Em seguida aplicado o Teste de W-M-W, onde tem-se que (W = 1692) e
valor-p (0,2327). Portanto, para um nível de significância de ( = 5%), não há
evidências estatísticas para rejeitar a hipótese nula (H0), de que não existe diferença
entre o IRA mediano e o gênero do indivíduo, ou seja, o teste apresenta-se como
não significativo.
Onde, através da Figura 4, observa-se a distribuição do IRA por gênero:
Figura 4: Distribuição dos alunos de Ciências Contábeis da FAS, matriculados
entre 2012 e 2016, segundo o IRA mediano e o gênero.
Fonte de dados básicos. FAS (julho, 2016).
O interesse agora é verificar por meio do Teste W-M-W a relação entre o IRA
dos alunos que leem livros não técnicos e livros técnicos.25 Assim, as seguintes
hipóteses são formuladas:
25
Nesse caso, optou-se por categorizar dos dados (0 = livros não técnicos e 1 = livros técnicos).
48
H0: Não há diferença entre o IRA mediano dos alunos que leem livros não
técnicos dos que leem livros técnicos.
H1: Há diferença entre o IRA mediano dos alunos que leem livros não técnicos
dos que leem livros técnicos.
Onde, o resultado obtido é de (W = 232,5) e valor-p (0,0267). Portanto, para
um nível de significância de ( = 5%), há evidências estatísticas para rejeitar a
hipótese nula (H0), de que não existe diferença entre o IRA mediano dos alunos que
leem livros não técnicos dos que leem livros técnicos, ou seja, o teste apresenta-se
como significativo. Através da Figura 5, observa-se a distribuição do IRA para leitura
de livros não técnicos e livros técnicos:
Figura 5: Distribuição dos alunos de Ciências Contábeis da FAS, matriculados
entre 2012 e 2016, segundo o IRA mediano e a leitura de livros.
Fonte de dados básicos. FAS (julho, 2016).
49
Outro interesse é verificar se o IRA dos discentes sofre influência do Grau de
Instrução (escolaridade) dos Pais26. Nesse sentido, é formulada as seguintes
hipóteses:
H0: O grau de instrução dos pais não interfere no IRA mediano dos discentes.
H1: O grau de instrução dos pais interfere no IRA mediano dos discentes.
Onde, o resultado obtido pelo Teste de W-M-W, é de (W = 831,5) e valor-p
(0,4157). Portanto, para um nível de significância de ( = 5%), não há evidências
estatísticas para rejeitar a hipótese nula (H0), de que o grau de instrução dos pais
não interfere no IRA mediano dos discentes, ou seja, o teste apresenta-se como não
significativo.
Abaixo, por meio da Figura 6, observa-se a distribuição do IRA mediano dos
discentes e o grau de instrução dos pais.
Figura 6: Distribuição dos alunos de Ciências Contábeis da FAS, matriculados
entre 2012 e 2016, segundo o IRA mediano dos discentes e o grau de instrução
dos pais.
Fonte de dados básicos. FAS (julho, 2016).
26
Nesse caso, optou-se pelo agrupamento das escolaridades tanto dos pais quanto das mães. Sendo
a categorização (0 = analfabeto, Ensino Fundamental e Ensino Médio. 1 = Ensino Superior e Pós-Graduação).
50
Além disso, o estudo também procura verificar se chegar atrasado à aula
influencia no IRA mediano do discente.27 Nesse sentido, é formulada as seguintes
hipóteses:
H0: Chegar atrasado à aula não influencia no IRA mediano do discente.
H1: Chegar atrasado à aula influencia no IRA mediano do discente.
Sendo assim, a estatística do Teste W-M-W é igual a (W=1581) e valor-p
(0,2848). Portanto, para um nível de significância de ( = 5%), não há evidências
estatísticas para rejeitar a hipótese nula (H0), de que chegar atrasado à aula não
influencia no IRA mediano do aluno, ou seja, o teste apresenta-se como não
significativo.
Onde, através da Figura 7, observa-se a distribuição do IRA mediano e
chegar atrasado à aula:
Figura 7: Distribuição dos alunos de Ciências Contábeis da FAS, matriculados
entre 2012 e 2016, segundo o IRA mediano e chegar atrasado à aula.
Fonte de dados básicos. FAS (julho, 2016).
27
Optou-se por categorizar os dados (0 = não chega atrasado e 1 = chega raramente e
frequentemente atrasado).
51
Outro interesse é evidenciar se o IRA está sendo influenciado em relação à
quantidade de horas por semana de estudo extra sala de aula. As hipóteses são
formuladas abaixo:
H0: Estudar poucas horas por semana extra sala de aula não interfere no IRA
mediano dos discentes.
H1: Estudar poucas horas por semana extra sala de aula interfere no IRA
mediano dos discentes.
Através do Teste de W-M-W, tem-se que (W = 1214) e o valor-p (0,0341).
Portanto, para um nível de significância de ( = 5%), há evidências estatísticas para
rejeitar a hipótese nula (H0). Logo, há evidências de que estudar poucas horas por
semana extra sala de aula interfere no IRA do discente, ou seja, o teste apresenta-
se como significativo.
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Dentre os alunos que ingressaram na Faculdade do Seridó (FAS) entre 2012
e 2016, e que permanecem cadastrados (ativos) até o período de 2016.1, percebe-
se que a maioria é do sexo feminino (63%) e solteiro, residente principalmente no
próprio município de Currais Novos, seguido do município de Lagoa Nova.
Em relação à faixa etária desses discentes, constata-se que eles estão entre
21 a 24 anos de idade e que moram em casa própria com os pais. No entanto, 54%
dos alunos possuem alguma atividade laboral, seja ela, formal ou informal. Além
disso, o estudo também comprova que esses discentes são oriundos,
predominantemente, de escolas públicas (77%) e que trazem desde o ensino médio,
dificuldade de lidar com a disciplina de Matemática.
Tal dificuldade é vista principalmente durante o decorrer da graduação, já que
31% dos discentes apresentam pelo menos uma reprovação nas disciplinas que
exigem base Matemática. Para completar, 37% dos alunos declaram que o principal
motivo das reprovações é motivada em consequência de só estudarem a matéria na
véspera da prova.
52
Comprova-se através da pesquisa que o meio mais utilizado para estudar as
disciplinas ofertadas durante a graduação é por meio de material da internet (52%),
seguido de material disponibilizado pelo professor (40%). Outro ponto importante
está relacionada há poucas horas de estudo extra sala, por semana, o qual 48% dos
discentes expõem que estudam apenas duas horas no máximo por semana para as
disciplinas matriculadas no semestre.
Verifica-se que 57% dos alunos possuem hábito de leitura e isso de acordo
com a literatura é um facilitador para a expansão do conhecimento acadêmico e
profissional do indivíduo. Além disso, percebe-se que esses discentes têm
preferência por livros técnicos e de autoajuda. No entanto, quando se trata de livros
acadêmicos 42% dos alunos não leram nenhum livro durante o primeiro semestre do
ano de 2016. Fato esse preocupante e que deve ser revertido rapidamente pela
instituição de ensino.
Já em relação aos índices de aprovação e de reprovação nos exames de
admissão do Conselho Federal de Contabilidade – CFC, no período de 2015.2 e
2016.1, referentes aos 19 (dezenove) discentes, entre as turmas de 2012 e 2013
que optaram em fazer o referido exame é constatado o baixo número de aprovados
(16%) no referido exame. Onde, percebem-se indícios que podem explicar esse
percentual, como por exemplo, poucas horas de estudo relacionadas ao conteúdo
programático, dificuldade nas matérias exigidas no exame e até mesmo o nível de
formação acadêmica por parte do candidato.
Através do teste inferencial, Teste Qui-Quadrado e Teste Wilcoxon-Mann-
Whitney, é verificado que as seguintes variáveis foram significativas ao nível de ( =
5%) de significância: Opção de leitura e Gênero, IRA e Tipo de livro lidos, IRA e
Horas de estudo extra sala por semana.
Por fim, verifica-se que em relação ao motivo de escolha em frequentar a FAS
por parte dos discentes é motivada pelo interesse no curso ofertado pela instituição
e que 76% dos alunos atribuem notas entre seis e oito a referida instituição de
ensino.
53
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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2005;
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Administração, Ciências Contábeis e Economia. São Paulo: Atlas, 2007;
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<www.google.com.br/maps/place/Faculdade+do+Serido>. Acesso em: 05 de agosto
de 2016;
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MELLO, S. C. B.; DUTRA, H. F. de O.; OLIVEIRA, P. A. S. Avaliando a qualidade
de serviço educacional numa instituição de ensino superior: o impacto da
qualidade percebida na apreciação do aluno de graduação. Revista O&S,
salvador, v. 8, n. 21, 2001. Disponível em: <
http://www.scielo.br/pdf/osoc/v8n21/08.pdf>. Acesso em: 26 de agosto de 2016;
MORETTIN, Pedro Alberto. BUSSAB, Wilton O. Estatística Básica. 6ª edição. São
Paulo: Saraiva, 2010;
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em:<http://g1.globo.com/Noticias/Brasil/0,,MUL17989-5598,00-
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R Development Core Team. R: Language and environment for statistic
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54
RAMOS, Iloneide Carlos de Oliveira. FREIRE, Flávio Henrique Miranda de Araújo.
Apostila de Estatística Não-Paramétrica: usando o R e o SAS. [Material didático:
Departamento de Estatística – UFRN]. Natal: 2015;
REVISTA EXAME. As dez graduações preferidas pelos homens e pelas
mulheres no Brasil. Disponível em:<http://exame.abril.com.br/brasil/album-de-
fotos/as-10-graduacoes-preferidas-pelos-homens-e-pelas-mulheres-no-brasil>.
Acesso em: 12 de julho de 2016;
REVISTA GAZETA DO POVO. Baixa instrução não impede ajuda de pais para
filhos. Disponível em: <http://www.gazetadopovo.com.br/educacao/baixa-instrucao-
nao-impede-ajuda-de-pais-para-filhos-1qquq6bvvayybih2iwltxbo0e>. Acesso em: 25
de setembro de 2016;
REVISTA O GLOBO. Pesquisa mostra que poucos alunos associam bibliotecas
a lugares prazerosos. Disponível em:<http://blogs.oglobo.globo.com/antonio-
gois/post/pesquisa-mostra-que-poucos-alunos-associam-bibliotecas-lugares-
prazerosos-habitos-de-leitura-dos-professores-tambem-sao-baixos.html>.Acesso
em: 05 de agosto de 2016;
SEMESP. O QUE ELES ESPERAM DO ENSINO SUPERIOR. Disponível em:
<http://www.semesp.org.br/site/o-que-eles-esperam-do-ensino-superior/>. Acesso
em: 27 de setembro de 2016;
SIEGEL, Sidney. N. John Castellan Jr. Estatística não-paramétrica para ciências
do comportamento. 2ª edição. Porto Alegre: Artmed, 2006;
SILVA, L. L. M.; LASSANCE, M. C. P.; SOARES, D. H. P. A orientação
profissional no contexto da educação e trabalho. Revista Brasileira de
Orientação Profissional, São Paulo, v. 5, n. 2, dez. 2004. Disponível em: <
http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_abstract&pid=S1679-
33902004000200005 >. Acesso em: 13 de setembro de 2016;
VIEIRA, Sônia. Elementos de Estatística. 4ª edição. São Paulo: Atlas, 2009.
56
II) Questionário Socioeconômico:
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE – UFRN DEPARTAMENTO DE ESTATÍSTICA
CURSO DE ESTATÍSTICA Discente: Aésio Marinho
QUESTIONÁRIO SOCIOECONÔMICO
01) Ano de ingresso na FAS: 1. ( ) 2012 2. ( ) 2013 3. ( ) 2014 4. ( ) 2015 5. ( ) 2016 02) Gênero: 1. ( ) Masculino 2. ( ) Feminino 3) Estado Civil: 1. ( ) Solteiro 2. ( ) Casado 3. ( ) Outro. Qual: ________________ 4) Quantos filhos você tem: 1. ( ) Nenhum 2. ( ) Um filho 3. ( ) Dois a três filhos 4. ( ) Mais de três filhos 5) Município em que reside: _______________________ 6) Idade (em anos) em 30 de junho de 2016: ____________ 7) Índice de Rendimento Acadêmico (IRA) em 30 de junho de 2016: 1. ( ) 0 a 5,0 pontos 2. ( ) 5,1 a 7,0 pontos 3. ( ) 7,1 a 8,0 pontos 4. ( ) 8,1 a 9,0 pontos 5. ( ) 9,1 a 10 pontos 8) Situação de matrícula em 30 de junho de 2016: 1. ( ) Matriculado 2. ( ) Trancado 3. ( ) Concluído 4. ( ) Cancelado 8.1) No caso de Trancado ou Cancelado: Qual foi o motivo do seu trancamento ou cancelamento no curso: 1. ( ) Dificuldades financeiras 2. ( ) Transferência de faculdade 3. ( ) Desinteresse nos estudos 4. ( ) Trabalho em excesso 5. ( ) Outro. Qual: _________________________
O presente questionário destina-se ao trabalho de conclusão de curso do discente em
epigrafe, de forma que os dados coletados serão analisados estatisticamente, sendo de muita
importância para se conhecer o perfil dos discentes do curso de Ciências Contábeis desta
instituição de ensino (FACULDADE DO SERIDÓ – FAS). Assim, é fundamental que as
respostas sejam preenchidas verdadeiramente.
57
9) Teve alguma reprovação durante o curso: 1. ( ) Sim 2. ( ) Não 9.1) No caso de reprovação: Em qual(is) disciplina(s) isso ocorreu: _______________________________________________ 9.2) Motivo que contribuiu para essa reprovação: 1. ( ) Dificuldade em entender a matéria por não ter base na disciplina 2. ( ) Não tinha tempo para estudar a matéria extra sala de aula 3. ( ) Só conseguia estudar a matéria na véspera da prova 4. ( ) Dificuldade em compreender a metodologia utilizada pelo professor 5. ( ) Outro motivo. Qual: ____________________________________ 10) Seu principal acesso à internet para estudos se dá: 1. ( ) Não tenho acesso 2. ( ) Em casa 3. ( ) No trabalho 4. ( ) Na faculdade 5. ( ) Em outro local. Qual: ______________________________________ 11) Meio mais utilizado para estudar às disciplinas ofertadas no curso (graduação): 1. ( ) Livros da biblioteca 2. ( ) Livros próprios 3. ( ) Material da internet 4. ( ) Material disponibilizado pelo professor 5. ( ) Outros materiais. Quais: ____________________________________ 12) Estuda além do assunto abordado pelo professor em sala de aula: 1. ( ) Nunca 2. ( ) Raramente 3. ( ) Frequentemente 13) Você faz todos os exercícios indicados pelo professor em sala de aula ou para casa: 1. ( ) Nunca 2. ( ) Raramente 3. ( ) Frequentemente 14) Quantas horas por semana você se dedica aos estudos fora da faculdade (extra sala): 1. ( ) Nenhuma 2. ( ) No máximo duas horas 3. ( ) Acima de duas e no máximo quatro horas 4. ( ) Acima de quatro e no máximo seis horas 5. ( ) Acima de seis horas 15) Costuma chegar atrasado às aulas: 1. ( ) Nunca 2. ( ) Raramente 3. ( ) Frequentemente 16) Costuma faltar às aulas: 1. ( ) Nunca 2. ( ) Raramente 3. ( ) Frequentemente 17) Costuma participar de eventos (congressos, encontros, feiras, etc.) ligado à área acadêmica: 1. ( ) Nunca 2. ( ) Raramente 3. ( ) Frequentemente
58
18) Possui hábito de leitura: 1. ( ) Sim 2. ( ) Não 18.1) Se sim, qual o tipo de revista ou de livro que você mais lê: 1. ( ) Ficção 2. ( ) Técnicos[artigos] 3. ( ) Auto-ajuda 4. ( ) Humor 5. ( ) Novelas 6. ( ) Romance 7. ( ) Outro tipo. Qual: _______________________________ 19) Quantos livros acadêmicos você leu neste semestre: 1. ( ) Nenhum 2. ( ) No máximo um 3. ( ) Dois até quatro 4. ( ) Cinco ou mais 20) Possui alguma atividade laboral (ocupação profissional): 1. ( ) Não 2. ( ) Sim, eu trabalho formalmente 3. ( ) Sim, eu trabalho informalmente (autônomo) 4. ( ) Sim, eu faço estágio 21) Qual a sua renda mensal: 1. ( ) Não tem renda 2. ( ) Até 1 salário mínimo 3. ( ) Mais de 1 até 3 salários mínimos 4. ( ) Mais de 3 até 5 salários mínimos 5. ( ) Mais de 5 salários mínimos 22) Situação de moradia: 1. ( ) Em casa própria 2. ( ) Em casa própria com os pais 3. ( ) Em casa alugada 4. ( ) Em casa alugada com os pais 5. ( ) De favor, em casa de parentes ou amigos 23) Número de pessoas da família que moram com você: 1. ( ) Não mora com familiares 2. ( ) Um 3. ( ) Dois 4. ( ) Três 5. ( ) Quatro ou mais 24) Meio de transporte utilizado para chegar na faculdade: 1. ( ) Particular [carro ou moto] 2. ( ) Público [ônibus] 3. ( ) Carona 4. ( ) Outro meio. Qual: _____________ 25) Tipo de escola onde cursou o ensino médio (2º grau): 1. ( ) Escola pública 2. ( ) Escola particular 3. ( ) Parte na escola pública e parte na escola particular 26) Tipo de curso que você concluiu o ensino médio (2º grau): 1. ( ) Regular 2. ( ) Magistério 3. ( ) Técnico-profissionalizante 4. ( ) Supletivo ou EJA 27) Das disciplinas consideradas básicas (Português e Matemática) qual você teve maior dificuldade durante o ensino médio (2º grau): 1. ( ) Português 2. ( ) Matemática 3. ( ) Nas duas 4. ( ) Nenhuma delas
59
28) Teve alguma reprovação durante o ensino médio (2º grau) nas disciplinas de Português ou Matemática: 1. ( ) Sim, em Português 2. ( ) Sim, em Matemática 3. ( ) Sim, nas duas 4. ( ) Não 29) Grau de instrução (estudo) do pai: 1. ( ) Analfabeto 2. ( ) Ensino fundamental incompleto 3. ( ) Ensino fundamental completo 4. ( ) Ensino médio incompleto 5. ( ) Ensino médio completo 6. ( ) Ensino superior incompleto 7. ( ) Ensino superior completo 8. ( ) Pós-graduação 9. ( ) Desconheço 30) Ocupação do pai: 1. ( ) cargo político, empresário, fazendeiro, outras ocupações semelhantes. 2. ( ) profissional liberal de nível superior[médico, advogado, engenheiro], diretor ou gerente de empresa, proprietário de empresa, outras ocupações semelhantes. 3. ( ) bancário, professor, auxiliar administrativo, militar, comerciante, outras ocupações semelhantes. 4. ( ) lavrador, agricultor, vendedor, pedreiro, empregado doméstico, cobrador de ônibus, outras ocupações semelhantes. 5. ( ) aposentado, pensionista, outras ocupações semelhantes. 6. ( ) ocupações do lar e assemelhadas. 7. ( ) desconheço. 31) Grau de instrução (estudo) da mãe: 1. ( ) Analfabeto 2. ( ) Ensino fundamental incompleto 3. ( ) Ensino fundamental completo 4. ( ) Ensino médio incompleto 5. ( ) Ensino médio completo 6. ( ) Ensino superior incompleto 7. ( ) Ensino superior completo 8. ( ) Pós-graduação 9. ( ) Desconheço 32) Ocupação da mãe: 1. ( ) cargo político, empresário, fazendeiro, outras ocupações semelhantes. 2. ( ) profissional liberal de nível superior[médico, advogado, engenheiro], diretor ou gerente de empresa, proprietário de empresa, outras ocupações semelhantes. 3. ( ) bancário, professor, auxiliar administrativo, militar, comerciante, outras ocupações semelhantes. 4. ( ) lavrador, agricultor, vendedor, empregado doméstico, cobrador de ônibus, outras ocupações semelhantes. 5. ( ) aposentado, pensionista, outras ocupações semelhantes. 6. ( ) ocupações do lar e assemelhadas. 7. ( ) desconheço 33) Fez algum Exame de Suficiência do Conselho Federal de Contabilidade: 1. ( ) Sim 2. ( ) Não 33.1) Se sim, foi aprovado?
60
1. ( ) Sim 2. ( ) Não 33.2) Caso não tenha sido aprovado, aponte somente, a principal matéria (disciplina) que você teve maior dificuldade nesse exame: ___________________________________ 34) O que você espera da formação superior: 1. ( ) Ampliação de conhecimentos 2. ( ) Melhoria na condição de vida 3. ( ) Formação profissional adequada à atuação profissional 4. ( ) Nada 35) Motivo de escolha da FAS: 1. ( ) Interesse no curso ofertado 2. ( ) Necessidade profissional de ter um curso superior 3. ( ) Não ter conseguido ingressar na universidade estadual ou federal 4. ( ) Outro motivo. Qual: ___________________________________ 36) O curso oferecido pela FAS atende ao seu interesse: 1. ( ) Não atende 2. ( ) Atende em parte 3. ( ) Atende plenamente 37) Grau de dificuldade do curso em relação às disciplinas estudadas: 1. ( ) Muito Baixa [intervalo entre 0 a 2] 2. ( ) Baixa [intervalo entre 3 a 4] 3. ( ) Média [intervalo entre 5 a 6] 4. ( ) Alta [intervalo entre 7 a 8] 5. ( ) Muito Alta [intervalo entre 9 a 10] 38) A imagem que você tem da FAS é: 1. ( ) Uma faculdade reconhecida e de qualidade 2. ( ) Uma faculdade seletiva, com bom nível de exigência acadêmica 3. ( ) Uma faculdade como as demais 4. ( ) Outra imagem. Qual: _________________________________ 39) Que nota você atribui a FAS: 1. ( ) Zero 2. ( ) Um 3. ( ) Dois 4. ( ) Três 5. ( ) Quatro 6. ( ) Cinco 7. ( ) Seis 8. ( ) Sete 9. ( ) Oito 10. ( ) Nove 11. ( ) Dez
61
III) Comandos utilizados no software R:
## Teste Qui-Quadrado
# Opção de leitura e gênero
d<-c(2, 6, 12, 3, 1, 14, 6, 6, 9, 3, 2, 0, 0, 1)
Montando a tabela com duas linhas
A<-matrix(d, nrow=2, byrow=T)
Completando as informações da tabela
dimnames(A)<-list(" Gênero" = c("Feminino", "Masculino"),
" Opção de Leitura" = c("Ficção","Técnico","Auto-Ajuda",
"Humor","Novelas","Romance","Outros"))
Mostrando a tabela
addmargins(A)
Realizando o teste estatístico Qui-Quadrado
(qq<-chisq.test(A))
Testando a Hipótese:
ifelse(0.00162<0.05,"Rejeitar H0","Não Rejeitar H0")
Opção de leitura e gênero (Dados Agrupados)
d<-c(2, 6, 18, 18, 6, 9, 4, 2)
Montando a tabela com duas linhas
A<-matrix(d, nrow=2, byrow=T)
Completando as informações da tabela
dimnames(A)<-list(" Gênero" = c("Feminino", "Masculino"),
62
" Opção de Leitura" = c("Ficção","Técnicos","AutoAjuda+Outros",
"Humor+Novelas+Romance"))
Mostrando a tabela
addmargins(A)
Realizando o teste estatístico Qui-Quadrado
(qq<-chisq.test(A))
Testando a Hipótese:
ifelse(0.0003493<0.05,"Rejeitar H0","Não Rejeitar H0")
================================================================
## Teste Wilcoxon-Mann-Whitney
# IRA e gênero do indivíduo
wilcox.test(Q6 ~ Q1, data=dad, alt="t")
boxplot(dad$Q6 ~ dad$Q1,names=c("Feminino","Masculino"),ylab="IRA",col="blue")
# IRA e tipo de livro que mais lê
wilcox.test(Q6_1 ~ Q20_1, data=dad, alt="t")
boxplot(dad$Q6_1 ~ dad$Q20_1,names=c("Não-
Técnicos","Técnicos"),ylab="IRA",col="blue")
# IRA e grau de instrução dos pais
wilcox.test(Q6_1 ~ Q31_1, data=dad, alt="t")
boxplot(dad$Q6_1 ~ dad$Q31_1,names=c("Até o Ensino Médio",
"Superior ao Ensino Médio"),ylab="IRA",col="blue")
# IRA e chegar atrasado à aula
wilcox.test(Q6_1 ~ Q16_1, data=dad, alt="t")
boxplot(dad$Q6_1 ~ dad$Q16_1,names=c("Não", "Sim"),ylab="IRA",col="blue")
# IRA e horas de estudo extra sala
wilcox.test(Q6_1 ~ Q15_1, data=dad, alt="t")
boxplot(dad$Q6_1 ~ dad$Q15_1,names=c("Até 2 horas por semana",
"Acima de 2 horas por semana"),ylab="IRA",col="blue")