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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE
CENTRO DE CIÊNCIAS HUMANAS, LETRAS E ARTES
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM FILOSOFIA
PESQUISA EM FILOSOFIA – (Turma 01)
Prof. Dr. Glenn Walter Erickson
Carga horária: 30h
Ementa:
Esta é a única disciplina obrigatória do curso. Destina-se à discussão e análise coletiva dos projetos de
pesquisa dos alunos ingressantes, de modo a propiciar a criação de um ambiente de debate e também de
diálogo e cooperação entre os alunos. Sob a supervisão do professor, os alunos apresentam, discutem e
criticam os projetos uns dos outros, o que contribui para a formação do pesquisador que precisa
aperfeiçoar-se no debate acadêmico, além de ser proveitoso para a melhoria de cada um dos projetos
individualmente.
Objetivos:
Contribuir para a formação do pesquisador que precisa aperfeiçoar-se no debate acadêmico. Melhorar os
projetos individuais.
Conteúdo:
Natureza da pesquisa acadêmica em filosofia. Aspectos de apresentação de pesquisa acadêmica em
filosofia. Analise coletiva dos projetos de dissertação e tese.
Competências e Habilidades:
Projeção, desenvolvimento e apresentação da pesquisa acadêmica em filosofia.
Metodologia:
Apresentação, discussão e crítica dos projetos. Leitura, seminários, debate, trabalhos escritos.
Avaliação:
Participação e exercícios.
Referências:
BARZUN, Jacques e Henry F. Graff. The Modern Researcher. 3.ed. New York, Harcourt Brace Jovanovich, 1957. BLANSHARD, Brand. On Philosophical Style. Bloomington, Indiana UP, 1967.
ECO, Umberto. Como se faz uma tese. São Paulo, Perspectiva, 1983.
LUEY, Beth. Handbook for academic authors. Cambridge, Cambridge UP, 1990.
SALOMON, Délcio Vieira. Como fazer uma monografia. São Paulo, Martins Fontes, 2001.
SEMINÁRIO DE METAFÍSICA II
Prof. Dr. Edrisi de Araújo Fernandes
Carga horária: 30h
Ementa:
Friedrich Nietzsche contempla e reavalia toda a história do pensamento ocidental, através do seu
“Zaratustra”, na obra “Assim Falava Zaratustra”, de 1883-85, opus Magnum e obra fulcral do pensamento
do autor, que qualificou de “quinto evangelho” o longo poema em prosa (com algumas passagens em
versos) consagrado ao seu Zaratustra (carta de 14 de fevereiro de 1883 ao editor Schmeitzer). A
relevância dessa obra na produção intelectual do saxão não pode ser diminuída - “Wagner em Bayreuth”
(1875) pode ser lido como se contivesse a “expressão mais grandiosa para o acontecimento Zaratustra”
(Ecce Homo, “O Nascimento da Tragédia”, 4); o autor de “Humano, Demasiado Humano” (1878-80) “é o
visionário do 'Zaratustra'” (Ecce Homo, “Por que sou tão inteligente”, 4); “Aurora” (1881) e “A Gaia
Ciência” (1882) são comentários escritos em antecipação ao “Zaratustra” (carta a Overbeck, 22 de
dezembro de 1884); “Além do Bem e do Mal” (1886) é um livro que “diz as mesmas coisas que o
Zaratustra - apenas de um modo diferente” (carta a Burckhardt, 22 de setembro de 1886), é uma espécie
de glossário “no qual as mais importantes inovações conceptuais e avaliatórias deste livro [o 'Zaratustra']
- um evento sem precedentes, sem exemplo e sem paralelo em toda a literatura - apresentam-se, uma e
outra vez, e recebem nomes” (“Grossoktavausgabe”, org. E. Förster-Nietzsche et al., ed. revista
[“harmonizada com a 'Kritische Gesamtausgabe', ed. Colli-Montinari”], VIII I 6 4); “O Anticristo”
(1888), segundo seu próprio prefácio, pertence aos “leitores que compreendem o Zaratustra”; “Ecce
Homo” (1888) é uma elucidação do “Zaratustra”, “o primeiro livro de todos os milênios, a Bíblia do
futuro, a manifestação suprema do gênero humano, no qual o destino da humanidade está contido” (carta
a Paul Deussen, 26 de janeiro de 1888)... O Zaratustra nietzschiano é um anti-idealista par excellence -
“(...) Faltava um contra-ideal - até [que aparecesse] Zaratustra” (Ecce Homo, “Genealogia da Moral”). A
história da tradição ocidental, tanto filosófica quanto religiosa, está respaldada pela crença em uma
divindade viva, presente, providente ou punitiva, com sua carga metafísica e seus desdobramentos a
figurar como o fardo do qual o profeta-arauto, anunciador do Übermensch e da “morte de Deus”, espera
se desvencilhar, corrigindo o Zaratustra iraniano: “Tu contradizes hoje o que ensinaste ontem - Mas isso
foi ontem, não hoje, disse Zaratustra” (Fragmento póstumo, inverno de 1888, 12 [128]).
Objetivos:
Proporcionar conhecimentos básicos sobre a filosofia “anti-metafísica” de Friedrich Nietzsche e fornecer
fundamentação crítica com vistas à compreensão da sua obra, tendo por base o estudo e discussão em sala
do “Assim Falava Zaratustra” em relação à“tradição metafísica” ocidental.
Bibliografia:
FONTES PRIMÁRIAS:
NIETZSCHE, F. Assim Falava Zaratustra (1885); trad. J. M. de Souza. Rio de Janeiro: Edições de Ouro,
s/d.
NIETZSCHE, F. Assim Falava Zaratustra (1885); trad. E. N. Fonseca. São Paulo: Hemus, 1977 [1977a].
NIETZSCHE, F. Assim Falou Zaratustra (1885); trad. M. da Silva. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira,
1977 [1977b].
NIETZSCHE, F. Werke in drei Bänden (v. I: Menschliches, Allzumenschliches und andere Schriften; v.
II: Also sprach Zarathustra und andere Schriften; v. III: Jenseits von Gut und Böse und andere
Schriften). Colônia: Könemann Verlagsgesellschaft, 1994.
FONTES SECUNDÁRIAS:
MACHADO, R. Zaratustra, tragédia nietzscheana. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor, 1997.
RICHARDS, W. R. The Bible and Christian Traditions: Keys to understanding the allegorical subplot of
Nietzsche’s Zarathustra. N. Iorque/Berna/Frankfurt/Paris: Peter Lang, 1990.
ROSEN, S. The Mask of Enlightenment: Nietzsche’s Zarathustra. Cambridge: University Press, 1995.
SEMINÁRIO DE METAFÍSICA IV
Título: Pensamento cosmológico do jovem Kant (1755-1763)
Prof. Dr. Leonel Ribeiro dos Santos
Carga horária: 30 horas
Objetivo e Metodologia:
O seminário consta da leitura e comentário analítico e interpretativo de secções selecionadas da obra
História Universal da Natureza e Teoria do Céu (Allgemeine Naturgeschichte und Theorie des Himmels,
1755) visando identificar e explicitar os tópicos maiores do pensamento cosmológico de Kant
desenvolvidos nessa obra e repropostos, em forma abreviada, numa secção da obra de 1763, O único
possível fundamento de prova para uma demonstração da existência de Deus (Der einzige mögliche
Beweisgrund zu einer Demonstration des Daseins Gottes). Para além da hermenêutica desses tópicos
visando apreender o respetivo significado filosófico, pretende-se reconhecer a sua persistência e o papel
que a reflexão do jovem filósofo em torno deles irá desempenhar na estrutura profunda do seu
pensamento de fases posteriores.
Principais tópicos
1. Importância e persistência da temática e reflexão cosmológica na filosofia de Kant, desde o
Allgemeine Naturgeschichte und Theorie des Himmels (1755) ao Opus postumum (1804).
Perspetiva sobre as sucessivas modulações do tema cosmológico na obra de Kant, mesmo no
contexto da filosofia “crítica” (a ideia de Mundo e o princípio cosmológico como “princípio
regulador” da razão). Poética do Cosmos e Poética da Razão: recorrência de analogias
cosmológicas na construção e exposição do pensamento kantiano e sua relevância heurístico-
especulativa. Uma «imaginação cosmológica»: a Cosmologia e o peculiar “modo de pensar” de
Kant.
2. O jovem Kant como “Naturforscher”: entre a “Philosophia naturalis” de Newton e a “História
Natural” (Naturgeschichte) de Buffon. A interpretação kantiana da história da cosmologia
moderna de Copérnico a Newton. Fontes heteróclitas do pensamento cosmológico de Kant. O
contributo de Kant para a Cosmologia moderna e o completamento da “revolução coperniciana”.
Kant e o estatuto epistémico da Cosmologia/Cosmogonia: papel da analogia e da conjetura na
heurística cosmológica kantiana.
3. Da Cosmologia à Cosmogonia. A arquitetura e o sistema do Cosmos segundo Kant: ampliação da
visão newtoniana do mundo e dos seus pressupostos aos supersistemas das galáxias.
Cosmogénese: a “criação contínua” do Cosmos a partir das inesgotáveis fornalhas do Caos, ou o
nunca terminado «trabalho da natureza» em ação. Pregnância do Caos na cosmogonia kantiana: a
Cosmopoética como uma Cosmotragédia.
4. Cosmologia/Cosmogonia e Teologia. Naturalismo e Religião: Natureza ou Deus? Mecanicismo e
Teleologia no pensamento cosmológico do jovem Kant.
5. Cosmologia, Antropologia e Estética: a antropologia e a moral kantiana segundo a obra de 1755.
Lugar e função do homem na «Grande Cadeia do Ser». A vivência kantiana do Cosmos como
experiência estética do sublime. O Caos, o Sublime e o Trágico: uma visão trágico-estética do
mundo.
Avaliação
Participação no trabalho das sessões do seminário e redação de ensaio (resenha, comentário) sobre algum
tema relacionado com a matéria proposta.
Bibliografia:
Edições:
Kant, Allgemeine Naturgeschichte und Theorie des Himmels oder Versuch von der Verfassung
und dem mechanischen Ursprunge des ganzen Weltgebäudes, nach Newtonischen Grundsätzen
abgehandelt (1755), Kants gesammelte Schriften, Akademie-Ausgabe Bd. I. Berlin, 1910. Nesse mesmo
volume se encontram os ensaios sobre o terramoto de Lisboa e outros ensaios sobre a história da Terra e a
retardação da rotação da Terra, a dissertação sobre o fogo, e as considerações sobre os ventos.
Kant, Der einzige mögliche Beweisgrund zu einer Demonstration des Daseins Gottes (1763),
Akademie-Ausgabe, Bd. II: 137-151 (Apresenta uma versão abreviada e com algumas nuances da
“Cosmogonia” exposta na obra de 1755).
Kant, Briefwechsel, Akademie-Ausgabe, Bd. XI:203-294;252-253 (cartas a J.E.Bode (2 set. 1790)
e a J.F.Gesinchen (19 abr. 1791).
Kant, Teoria do Céu, História natural e teórica do céu ou ensaio sobre a constituição e a origem
mecânica do universo segundo as leis de Newton, Lisboa : Ésquilo, 2004. A tradução é muito deficiente,
começando logo pelo título da obra. Não há indicação de qual a edição de base usada, mas presumo que
se trate da tradução francesa de Camile Wolf, incluída na sua obra Les Hypothèses cosmogoniques.
Examen des théories scientifiques sur l’origine des mondes (Paris, 1886, pp. 104-155), pois algumas
notas da autoria de Kant são atribuídas àquele tradutor.
Kant, Histoire générale de la nature et théorie du ciel, Paris: Vrin, 1984.
Kant, Universal Natural History and Theory of the Heavens.Translated with Introduction and
Notes by Stanley L. Jaki, Edinburgh: Scottisch Academic Press, 1981.
Kant’s Cosmogony as in his Essay on the Retardation of the Rotation of the Earth and his Natural
History and Theory of the Heavens, Glasgow, 1900 (reimpr.: Bristol: Thoemes Press, 1993).
Estudos:
Adickes, Erich – Kant als Naturforscher, 2 Bände, Berlin, 1924-25 (Bd. II: 206-315).
Blumenberg, Hans – Die Genesis der kopernikanischen Welt, Frankfurt a.M.: Suhrkamp, 1981, 3
Bände (Band 3: 666-713). Veja-se, em especial, o confronto entre a cosmogonia de Kant e a cosmologia
de Lambert.
Hastie, W. – Kant’s Cosmogony as in his Essay on the Retardation of the Rotation of the Earth
and his Natural History and Theory of Heavens, Glasgow, 1900, reimpr.: Bristol: Thoemes Press, 1993.
(Tradução completa do ensaio de 1754 e incompleta da obra de 1755 <omite a última secção>, precedida
de uma Introdução que a contextualiza e aprecia a respetiva relevância).
Heimsoeth, Heinz – Astronomisches und Theologisches in Kants Weltverständnis, Mainz-
Wiesbaden, 963.
_______ - «Zum Kosmotheologischen Ursprung der kantischen Freiheitsantinomie», Kant-
Studien, 57 (1966), 206-229.
Kerzberg, Pierre - «La création en mouvement. Essai sur le sens philosophique d’une interrogation
cosmologique fondamentale dans la Théorie du Ciel», in : I. Kant, Histoire générale de la nature et
théorie du ciel, Paris: Vrin, 1984, 205-259.
______ - «Kant et le principe cosmologique», Estudos Kantianos, Marília, v. 2, n.2, jul-dez. 2014,
139-154.
______ - «Le problème cosmologique dans la Théorie du Ciel » de Kant», Revue Philosophique
de Louvain, 1978, pp.39-76.
Lalla, Sebastian - «Kants Allgemeine Naturgeschichte und Theorie des Himmels (1755)», Kant-
Studien, 94, 2003, pp.426-453.
Ley, Hermann - «Kants Entwurf einer Naturgeschichte und Theorie des Himmels», in: Zum
Kantverständnis unserer Zeit, Berlin, 1975, pp.367-401.
Ley, Willi – Kant’s Cosmogony, New York, 1968.
Lovejoy, Arthur O. – The Great Chain of Being. A Study of the History of an Idea, Cambridge
Mas, 1961.
Marcucci, Silvestro - «Le « savant » Kant agé de 30 ans», in : Rohden, Valerio, et alii, (Hrsg.),
Recht und Frieden in der Philosophie Kants (X Intern-Kant-Kongress, São Paulo, 2005), Berlin : WdG,
2008, pp.199-212.
Marty, François – La naissance de la Metaphysique chez Kant, Paris, 1980; cap. I : «L’analogie de
la Nature dans l’Histoire générale de la Nature et Théorie du Ciel», pp. 25-32.
Palmquist, Stephen R. - «Kant’s Cosmogony Re-Evaluated». Studies in History and Philosophy of
Science, 18, 1987, pp. 255-269.
Pecere, Paolo - «Kant’s Newtonianism: a Reappraisal», Estudos Kantianos, Marília, v.2, n.2,
2014, pp.155-182.
Polonoff, Irving I. – Force, Cosmos, Monads, and other Themes of Kant’s early Thought, Bonn,
1973, pp. 92-137.
_______ - «Newtonianism in Kant’s Cosmogony», in Proceedings 10th
. International Congress of
History of Science (Ithaca), Paris, 1964, pp.747 ss.
Redmann, H. G. – Gott und Welt. Die Schöppfungstheorie der vorkritischen Periode Kants,
Göttingen, 1962.
Santos, Leonel Ribeiro dos - «Analogia e Conjetura no pensamento cosmológico do jovem Kant»,
in; Idem, Ideia de uma Heurística Transcendental. Ensaios de Meta-Epistemologia Kantiana, Lisboa: A
Esfera do Caos, 2012, pp.23-58.
______ - «A antropocosmologia do jovem Kant», in : L. Ribeiro dos Santos et alii (coord.), Was
ist der Mensch?/ Que é o Homem? – Antropologia, Estética e Teleologia em Kant, Lisboa: CFUL, 2010.
Retomado em L.Ribeiro dos Santos, Regresso a Kant. Ética, Estética, Filosofia Política, Lisboa INCM,
2012.
______ _ «Pensar a tragédia, pensar a atualidade. Os ensaios de Kant sobre o terremoto de
Lisboa», in Studia Kantiana, Revista da Sociedade Kant Brasileira, nº 20, abril de 2016, pp.21-50.
Seidengart, Jean - «Genèse et structure de la cosmologie kantienne précritique», in : I. Kant,
Histoire générale de la nature et théorie du ciel, Paris : Vrin, 1984., pp.7-59.
______ - «A evolução das ideias cosmológicas de Kant em seus últimos escritos», Educação e
Filosofia (Uberlândia), vol. 27, 2013, nº especial, pp.167-190.
______ - «Kant et la “Cosmogonie” du Beweisgrund de 1763: une nouvelle version de la Théorie
du Ciel ?», Épistémologiques, v. 1, n. 1-2, 2000, pp.177-197.
SEMINÁRIO DE METAFÍSICA E LÓGICA III
Prof. Dr. Glenn Walter Erickson
Carga horária: 30 horas
Ementa:
Temas e problemas relacionados especificamente ao entrecruzamento dos campos da Metafísica e da
Lógica e demais especialidades da Filosofia Teórica, estabelecidos conforme o interesse e pesquisa do
professor e dos discentes do Curso de Doutorado no momento da oferta de disciplinas.
Conteúdo:
Leitura completa e discussão de Investigações Filosóficas de Ludwig Wittgenstein.
Metodologia:
Leitura e discussão. Obs: a disciplina será lecionada em inglês.
Avaliação:
Participação e trabalhos escritos.
Referências:
Ludwig Wittgenstein. Philosophical Investigations. 3.ed. Macmillan. 1970.
LÓGICA II
Título: Teoria dos Modelos
Prof. Dr. Samir Bezerra Gorsky
Carga-horária: 60h
Ementa:
Teoria de Modelos e o estudo das linguagens formais e de suas interpretacões por meio de estruturas e
construções conjuntistas.
Objetivos:
Apresentar e discutir os principais conceitos e teoremas que constituem a teoria de modelos. O curso
versará principalmente sobre resultados em lógica proposicional e lógica de predicados de primeira ordem
(lógica clássica).
Conteúdo:
Motivações teóricas para o estudo da teoria de modelos.
Sistemas formais. Linguagem formal, semântica e teoria da prova para a lógica clássica.
Estudo de alguns teoremas e metateoremas (compacidade, completude, omissão de tipos,
Löwenheim-Skolem, etc.).
Metodologia:
Aulas expositivas. Apresentação de slides e debates sobre os conteúdos a serem estudados. Apresentação
e análise dos principais teoremas da teoria de modelos da lógica clássica. Seminários.
Avaliação:
Prova, trabalho escrito e seminários.
Referências:
[Hod93] W. Hodges. Model Theory. Encyclopedia of Mathematics and its Applications. Cambridge
University Press, 1993.
[Kei92] Chen Chung Chang & H. J. Keisler. Model theory, volume 73 of Estudies in Logic and
the fundations of matheamatics. North-Holland, Amsterdam, 1992.
[Kon15] Juha Kontinen. On natural deduction in dependence logic. In Logic Without Bor-
ders - Essays on Set Theory, Model Theory, Philosophical Logic and Philosophy of
Mathematics, pages 297{304. 2015.
[Men97] Elliott Mendelson. Introduction to Mathematical Logic. Chapman & Hall, London,
Weinheim, New York, Tokio, Melburn, Madras, 1997.
[Sho73] Joseph R. Shoen_eld. Mathematical Logic. Addison-Wesley, Massachusetts, 1973.
TÓPICOS DE LÓGICA I
Prof. Dr. Frode Bjordal
Carga horária: 15 horas
Tema:
Sobre a Significação dalguns Argumentos Ontológicos Contemporâneos
Conteúdo:
Analisamos alguns argumentos ontológicos na tradição a partir da nota Ontologischer Beweis de Kurt
Gödel em 1970 e consideramos uma variedade de desenvolvimentos na literatura. Usaremos para uma
parte da exposição uma lógica modal S5 de terçeira ordem e vincularemos neste contexto os resultados de
Bjørdal (2017); apontaremos na base disso o diagnóstico que os argumentos ontológicos podem ser
análisados em termos dalguns pontos fixos, pois podemos usar conceitos circulares através dum apelo às
noções impredicatívas. Há, no entanto, espaço para uma variedade de pontos de vista, e sugerimos
vantajosa a perspectiva apatiateística de Bjørdal (2017) que os melhores conceitos 'Deus' são abstratos na
tal forma que devemos ser indiferentes à existência de Deus. Todavia, argumentamos que a tese sagrado
de Bjørdal (2017), isso é a tese que todas as propriedades são divinas ou Deus existe, tenha importância
para a filosofia da vida. As técnicas de lógica usadas podem ser úteis também em muitas outras áreas da
filosofia.
Referências:
C. Anthony Anderson (1990): Some Emendations of Gödel’s Ontological Proof, in Faith and
Philosophy,7(3): 291–303.
Frode Bjørdal (1998): Understanding Gödel’s Ontological Argument, in Timothy Childers (ed.):
The LOGICA Yearbook 1998, pp. 214–217, FILOSOFIA, 1999. URL dum facsimile:
https://www.dropbox.com/s/xjs20gzpiuxb1qy/UGOA. pdf?dl=0.
Frode Bjørdal (2017): All Properties are Divine or God Exists - An Ontological Argument, with
Apathiatheistic and Confidentialistic Remarks; submitted.
André Fuhrmann (2005): Existenz und Notwendigkeit - Kurt Gödel’s Axiomatische Theologie, in
P.Schröder-Heister et.al. (eds.): Logik in der Philosophie, pp. 349–374, Synchron-Wissenschafts-
Verlag.
Kurt Gödel (1995): Ontological Proof (“Ontologischer Beweis”), in S. Feferman et. al. (eds.):
Kurt Gödel-Collected Works Vol. III - Unpublished Essays and Lectures, pp. 403-404, Oxford
University Press.
Petr Hájek (1996): Magari and Others on Gödel’s Ontological Proof, in Ursini et. al. (eds.): Logic
and Algebra, pp. 125–136, Marcel Dekker.
Petr Hájek (2002): Der Mathematiker und die Frage der Existenz Gottes, in B. Buldt et. al. (eds):
Wahrheit und Beweisbarkeit, Vol II, Kurt Gödel - Kompendium zum Werk, pp. 325-336, ÖBV &
HPT.
Roberto Magari (1988): Logica e Teofilia, in Notizie di Logica, VII (4), pp. 11-20.
Graham Oppy (1996): Gödelian Ontological Arguments, in Analysis, 56 (4): pp. 226–230.
Jordan Howard Sobel (2004): Logic and Theism: Arguments for and against Beliefs in God,
Cambridge University Press, 2004.
SEMINÁRIO DE FILOSOFIA POLÍTICA III
Prof. Dr. Joel Thiago Klein
Profª. Drª. Cristina Foroni Consani
Carga-horária: 30h
Título: Rawls e o Kantismo
Justificativas:
A publicação da obra Uma Teoria da Justiça (1971), pelo filósofo norte-americano John Rawls
reintroduziu, no âmbito da Filosofia Política, questões normativas que haviam permanecido
negligenciadas ao longo do século XIX e na primeira metade de século XX, haja vista que os teóricos
políticos estavam mais preocupados em entender a sociedade do que em colocar questões de legitimação
política ou de justiça social. As teses centrais de apresentadas em 1971 são revistas e parcialmente
reformuladas em obras posteriores, como no livro O Liberalismo Político. A teoria da justiça como
equidade de Rawls é considerada uma das mais importantes manifestações do kantismo na Filosofia
Política, especialmente porque busca recuperar a filosofia prática de Kant em sua completude: a ética, o
direito e a política.
Objetivos:
Compreender e refletir sobre a Teoria da Justiça como Equidade de John Rawls tanto a partir da tese
apresentada em 1971 na obra Uma Teoria da Justiça quanto identificar as reformulações a esta teoria
introduzidas na obra O Liberalismo Político. Identificar o kantismo nestas obras.
Competências e Habilidades:
Desenvolvimento da capacidade de análise textual e compreensão dos argumentos em torno da obra de
John Rawls em seus livros Uma Teoria da Justiça e O Liberalismo Político e a identificação da retomada
da Filosofia de Kant por Rawls.
Conteúdo:
A disciplina terá como textos base os livros Uma Teoria da Justiça e O Liberalismo Político de John
Rawls, assim como textos selecionados da filosofia prática kantiana.
Conteúdo Programático:
20/02/2017 – Introdução/A Teoria da Justiça – Parte I
06/03/2017 – A Teoria da Justiça – Parte I
13/03/2017– A Teoria da Justiça – Parte II
20/03/2017– A Teoria da Justiça – Parte II
27/03/2017– A Teoria da Justiça – Parte III
03/04/2017– A Teoria da Justiça – Parte III
10/04/2017 – O Liberalismo Político – Parte I
17/04/2017– O Liberalismo Político – Parte II
24/04/2017– O Liberalismo Político – Parte III
08/05/2017 – O Kantismo na obra de John Rawls/debate final
Metodologia:
Nas aulas será utilizada a metodologia expositiva e dialógica.
Avaliação:
Cada aluno será avaliado individualmente a partir da participação nas aulas e pela apresentação de um
artigo ao final da disciplina.
Referências :
Referência primária
RAWLS, John. A Teoria da Justiça. Trad. Jussara Simões. São Paulo: Martins Fontes, 2008.
________. O Liberalismo Político. Trad. Dinah de Abreu Azevedo. São Paulo: Ática, 2000.
Referências secundárias
AUDARD, Catharine. John Rawls. Trowbrigde, Cromwell Press, 2007.
DANIELS, Norman. Democratic Equality: Rawls’s Complex Egalitarianism. In: FREEMAN, S. (Org).
The Cambridge Companion to Rawls. Cambridge: Cambridge University Press, 2003.
FELIPE, Sônia T. (Org.). Justiça como eqüidade: fundamentação e interlocuções polêmicas (Kant, Rawls,
Habermas). Florianópolis: Insular, 1997.
FORST, Rainer. Contextos da Justiça. Trad. Denilson Luís Werle. São Paulo: Boitempo, 2010.
FREEMAN, S. (Org). The Cambridge Companion to Rawls. Cambridge: Cambridge University Press,
2003.
HÖFFE, Otfried. Kant’s Cosmopolitan Theory of Law and Peace. Trans. Alexandra Newton. Cambridge:
University Press, 2006.
KANT, Immanuel. Sobre a expressão corrente: isso pode ser correto na teoria, mas nada vale na prática.
In: A Paz Perpétua e Outros Opúsculos. Trad. Artur Morão. Lisboa: Edições 70, 2004.
KANT, Immanuel. Fundamentação da Metafísica dos Costumes. Trad. Paulo Quintela. In: Textos
selecionados Immanuel Kant. São Paulo: Abril Cultural, 1980.
KUKATHAS, Chandran; PETTIT Philip. Rawls. Uma teoria da justiça e os seus críticos. Lisboa:
Gradiva, 1990.
NOZICK. Robert. Anarquia, Estado e Utopia. São Paulo: WMF Martins Fontes, 2011.
NUSSBAUM, Martha (Org). Rawls's Political Liberalism. New York: Columbia University Press, 2014.
POGGE, Thomas. Realizing Rawls. Ithaca and London: Cornell University Press, 1989.
RAWLS, John. Justiça como Eqüidade: Uma Reformulação. Tradução de Claudia Berliner. São Paulo:
Martins Fontes
SANDEL, Michael. O liberalismo e os limites da justiça. Lisboa: Calouste Gulbenkian, 2005.
SANTOS, Leonel Ribeiro dos. Regresso a Kant: ética, estética e filosofia política. Lisboa: Imprensa
Nacional Casa da Moeda, 2012.
TALISSE, Robert B. On Rawls: a liberal Theory of Justice and Justification. New York: Wadsword,
2001.
TAYLOR, Charles. Argumentos Filosóficos. Trad. Adail Ubirajara Sobral. São Paulo: Loyola, 2000.
VITA, Álvaro De. A Justiça igualitária e seus críticos. São Paulo: Editora UNESP, 2000.
________. A Tarefa prática da filosofia política em John Rawls. In: Lua Nova – Revista de cultura e
política. São Paulo: CEDEC, 1992, n. 25, p. 5-24.
________. O liberalismo igualitário. Sociedade democrática e justiça internacional. São Paulo: Martins
Fontes, 2008.
WERLE, Denilson Luis. Justiça e Democracia. Ensaios sobre John Rawls e Jürgen Habermas. São Paulo:
Esfera Pública, 2008.
SEMINÁRIO DE ÉTICA E FILOSOFIA POLÍTICA III
Prof. Dr. Antonio Basilio Novaes Thomaz de Menezes
Carga-horária: 30h
Ementa:
Temas e problemas relacionados especificamente ao entrecruzamento dos campos da Ética e da Filosofia
Política e estabelecidos conforme o interesse e pesquisa do professor e dos discentes do PPGFIL no
momento da oferta de disciplinas.
Objetivos:
Investigar os diferentes modelos da primeira e da segunda geração da Teoria Crítica sob a ótica da
produção racional da sociedade em Habermas e Marcuse, e os respectivos desdobramentos nos campos da
Psicanálise e da Filosofia do Direito.
Conteúdo:
1. Marcuse e a Teoria Crítica da Sociedade.
2. Habermas e a Teoria da Ação Comunicativa.
3. Os desdobramentos teóricos das perspectivas de Marcuse e de Habermas em torno do problema da
racionalização social.
Competências e Habilidades:
Analise crítica de obras filosóficas e de elaboração de textos argumentativos com fundamentação
bibliográfica.
Metodologia:
Aula expositiva. Seminários. Leitura de textos.
Avaliação:
Três avaliações. Prova escrita. Seminário. Trabalho escrito.
Referências:
HABERMAS, Jürgen. Teoria do Agir Comunicativo I. Racionalidade da ação e racionalização
social. Trad. Paulo Astor Sothe, Flavio Beno Siebeneichler. São Paulo: Martins Fontes; 2012.
__________________. Teoria do Agir Comunicativo II. Sobre a crítica da razão funcionalista. Trad.
Flavio Beno Siebeneichler. São Paulo: Martins Fontes; 2012.
HABERMAS, Jürgen. Direito e Moral. Trad. Sandra Lippert. Lisboa: Instituto Piaget; 1999.
MARCUSE, Herbert. A Ideologia na Sociedade Industrial. O Homem Unidimensional. Trad. Giasone
Rebuá. Rio de Janeiro: Zahar; 1978.
__________________. Eros e Civilização. Uma Interpretação Filosófica do Pensamento de Freud.
Trad. Alvaro Cabral. Rio de Janeiro: Zahar; 1972.
MAC INTYRE, Alasdair. As Ideias de Marcuse. Trad. Jamir Martins. São Paulo: Cultrix; 1970.
SEMINÁRIO DE ÉTICA II
Prof. Dr. Leonel Ribeiro dos Santos
Carga horária: 30h
Título: Platonismo e Neoplatonismo no Renascimento
Objetivo e metodologia:
Pretende-se estudar, nos seus principais protagonistas e nos seus tópicos mais relevantes, aquilo que já foi
designado por «il ritorno di Platone», o “renascimento” da tradição platónica-neoplatónica, a mais
significativa linhagem de pensamento que foi redescoberta nas suas fontes e intensamente apropriada pelo
pensamento dos séculos XIV-XVI, acontecimento-processo cuja fecundidade filosófica perdurará pelos
séculos seguintes. A abordagem será feita em referência direta às fontes primárias (obras ou textos) dos
pensadores renascentistas, com destaque para Francesco Petrarca, Nicolau de Cusa, Giovanni Pico della
Mirandola, Marsílo Ficino, Leão Hebreu, Giordano Bruno. Nas obras, que vão abaixo referidas, o que se
procura é esclarecer o contributo dos respetivos autores para tópicos filosoficamente relevantes, que a
seguir se elencam.
Roteiro dos principais tópicos:
1. A antropologia e a ética: dignidade do homem, liberdade, imortalidade. O amor na sua dimensão
antropológica, cósmica e teológica. Homo igitur est quidam deus: Apoteose da liberdade e
criatividade humanas e impulso para a divinização do homem no humanismo filosófico
renascentista e sua inspiração platónica-neoplatónica (e também hermética e cristã). O lugar do
homem no cosmos e na “cadeia dos seres”: universal função mediadora do homem. Liberdade,
destino, predestinação e determinismo astral: o debate sobre a Magia e a Astrologia.
2. A desconstrução da metafísica aristotélica e das suas categorias. Nicolau de Cusa: a onto-teologia
negativa; a impossível proporcionalidade entre finito e infinito; do esse (Ser) ao posse
<Possest>(Poder-Ser); “douta ignorância” e “conjetura”; a symbolica inquisitio; a
complicatio/explicativo; perspetivismo e expressionismo. Giovanni Pico della Mirandola:
identidade e convertibilidade entre o Ser e o Uno. Marsilio Ficino: a hierarquia das
substâncias/hipóstases ou os 5 degraus da realidade (Deus, Anjo, Alma, Qualidade, Corpo).
Giordano Bruno: o Infinito, os “heróicos furores”, o Uno: neoplatonismo e pitagorismo
espiritualista, ou naturalismo e materialismo panvitalista?
3. A nova cosmologia e filosofia da natureza: ideia de «magia naturalis» nos neoplatónicos do
Renascimento (de Giovanni Pico della Mirandola e Ficino a Paracelso e a Bruno) e a ciência
“mágica” no “tempo dos magos” (Paolo Rossi). O impulso para o infinito e o processo de
geometrização e matematização do cosmos e da natureza: da “perspetiva” como “forma
simbólica” na representação pictórica do mundo pelos pintores e teóricos renascentistas da pintura
(Leon Battista Alberti / Leonardo da Vinci / Francisco de Holanda) à escrita geométrica da
natureza nos primeiros representantes da revolução científica moderna inspirada no pitagorismo e
platonismo (Copérnico, Kepler, Galileu). A metafórica solar e da luz em Marsílio Ficino: da
estético-teologia heliotrópica ficiniana ao heliocentrismo cosmológico de Copérnico.
4. A política como Utopia. «As teorias que Platão expõe na República e que os Utopianos põem em
prática.» Busca da cidade ideal, perfeita ou feliz: inspiração platónica das utopias políticas do
Renascimento, de Thomas More (De optimo reipublicae statu deque nova insula Utopia, 1516) a
Francesco Patrizi (La Città Felice, 1553) e a Tommaso Campanella (Città del Sole, 1602).
5. Fecundidade do Neoplatonismo nas artes e na literatura: inspiração platónico-neoplatónica da
Estética do Renascimento. O amor, a magia e a beleza. A invocação do “divino furor” em Ficino e
dos “eroici furori” em Bruno. O Renascimento: utopia, promessa e primícia de uma civilização
estética? (v. as interpretações de Burkhardt e de Nietzsche): Il Cortegiano, de B. Castiglione; a
Abadia de Telema, no livro I do Gargantua de Rabelais.
Avaliação:
Consta da redação de um ensaio (resenha ou comentário) sobre algum dos tópicos abordados do roteiro
proposto e da participação assídua e intervenção pertinente nas sessões do seminário.
Referências básicas:
Obras (ou partes de obras) para leitura e comentário:
Francesco Petrarca, De sui ipsius ac multorum ignorantia/ Mon ignorance et celle de tant
d’autres, ed. bilingue de Christophe Carraud, Grenoble: Millon, 2000. (textos selecionados em tradução
do docente).
Nicolau de Cusa, De docta ignorantia (trad. port de João Maria André, Lisboa: FCG); Idiota De
Mente; De principio. (São disponibilizadas pelo docente traduções próprias dos textos abordados)
Giovanni Pico della Mirandola, Oratio de Hominis dignitate (ed. bilingue, Lisboa: Edições 70);
De Ente et Uno (será disponibilizada pelo docente tradução própria das seções analisadas) .
Marsilio Ficino, De amore (trad, esp.: Madrid: Tecnos, 1984; trad. franc. e comentário de R.
Marcel, Commentaire sur le Banquet de Platón, Paris: Les Belles Lettres, 1978; ed. bilingue latim-
alemão: Über die Liebe oder Platons Gastmahl, Hamburg: Meiner, 1994); Theologia platonica de
immortalitate animorum (seleção de textos em tradução do docente); De vita (textos selecionados).
_____ De divino furore. In Platonis Ionem, vel de furore poetico Epitome, in: Marsilio Ficino –
Sobre el furor divino y otros textos, ed. bilingue latim-espanhol, Barcelona: Anthropos, 1993.
Leão Hebreu, Dialoghi d’Amore/Diálogos de Amor. Ed. do texto italiano original e trad.
portuguesa de Giacinto Manupella, Lisboa: INIC, 2 vols., 1983. Serão comentados passos do Diálogo
Terceiro, sobre a relação entre as Ideias e a Beleza, a Beleza e o Amor, a Beleza e o Bem, a Beleza e o
Ser; enfim, sobre o valor positivo do prazer e a teo-cosmologia erótico-estética.
Giordano Bruno, De la causa, principio e uno, ed. de A. Guzzo, Milano: Ugo Mursia Editore,
1985 (seções escolhidas dos diálogos II e III, em tradução do docente).
Antologias
Kraye, Jill (Ed.) – Cambridge Translations of Renaissance Philosophical Texts. Vol. I: Moral
Philosophy, Cambridge: Cambridge U.P., 1997. Organizada em 6 partes, sendo a 4ª dedicada à
Ética dos Platónicos (com especial destaque para Marsílio Ficino). A obra dá apoio à Cambridge
History of Renaisssance Philosophy, ed. por Charles B. Schmitt e Quentin Skinner.
Cassirer, Ernst / Kristeller, P.O. / Randall, J.H. (Eds.) - The Renaissance Philosophy of Man,
Chicago/London: The University of Chicago Press, 1974. Textos selecionados e traduzidos de:
Petrarca, Lorenzo Valla, Marsilio Ficino, Giovanni Pico della Mirandola, Pietro Pomponazzi, Juan Luis
Vives.
Grande Antologia Filosofica (dir. por M.F.Sciacca e coord. Por A.M. Moschetti e M.
Schiavone), Milano: Marzorati. Os volumes VI-XI são dedicados a Il Pensiero della Rinascenza e della
Riforma. Criteriosas seleções de textos traduzidos ao italiano e precedidos de muito úteis sínteses.
Obras sobre o Platonismo/Neoplatonismo renascentista
Allen, Michael J. B. – The Platonism of Marsilio Ficino. A Study of His Phaedrus Commentary.
Its Sources and Genesis, Berkeley / London. University of Californa Press, 1984.
______ - Plato’s Third Eye. Studies in Marsilio Ficino’s Metaphysics and its Sources, Aldershot /
Brookfield: Variorurm /Ashgate,1995. (Reúne 15 ensaios, originalmente publicados em revistas ou
volumes coletivos, todos eles interessantes).
______ - Synoptic Art: Marsilio Ficino on the History of Platonic Interpretation, Firenze: Leo S.
Olschki, 1998.
André, João Maria – Sentido, simbolismo e interpretação no discurso filosófico de Nicolau de
Cusa, Lisboa/Coimbra:FCG/JNICT, 1997.
_______ - «O homem como microcosmo. Da concepção dinâmica do homem em Nicolau de Cusa
à inflexão espiritualista da antropologia de Ficino», Philosophica 14 (1999), pp.7-30 (disponível on line).
Beierwaltes, Werner - «Neuplatonisches Denken als Substanz der Renaissance», Studia
Leibnitiana, Sonderheft 7 (Magia Naturalis und die Entstehung der modernen Naturwissenschaften),
Wiesbaden: Franz Steiner Verlag, 1978, pp. 1-18.
Bloch, Mathias / Mojsisch, Burkhard (eds.) – Potentiale des menschlichen Geistes: Freiheit und
Kreativität. Praktische Aspekte der Philosophie Marsilio Ficinos (1433-1499), Stuttgart: Steiner, 2003.
Chastel, André – Marsile Ficin et l’Art, Genève : Droz, 1975.
_____ - «Le Platonisme et les Arts à la Renaissance», Actes du Congrès de Tours et de Poitiers,
Association Guillaume Budé, Paris : Les Belles Lettres, 1954, pp. 384-418.
______ - Art et Humanisme à Florence au temps de Laurent le Magnifique (1959), Paris: PUF,
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Couliano, Ioan P. – Eros et magie à la Renaissance, Paris: Flammarion, 1984.
Eco, Umberto – Arte e bellezza nell’ estetica medievale, Milano: Bompiani: 1987. (O último
capítulo é dedicado à estética de Nicolau de Cusa e dos platónicos de Florença, dos quais apresenta uma
muito lúcida compreensão).
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[Symbolic Images], o ensaio: «Botticelli’s Mythologies: A Study in the Neo-Platonic Symbolism of his
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Klibansky, Raymond – The Continuity of the Platonic Tradition, London: The Warburg Institute,
1939 (reimpr: London, 1950). Tenham-se em conta as suas edições do Corpus Platonicum Medii Aevi: 4
vols. do Plato Latinus (I: Meno; II: Phaedo; III: Proclus in Parmenidem; IV: Timaeus a Calcidio
translatus); 3 vols. do Plato Arabus (I. Galeni Compendium Timaei; II:Alfarabius de Platonis
Philosophia; III: Alfarabius Compendium legum Platonis).
_____ Plato’s Parmenides in the Middle Ages and the Renaissance, London: The Warburg
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Klibansky, R., Panofsky, E., Saxl, F. – Saturn and Melancholy: Studies in the History of Natural
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Koenigsberger, Dorothy – Renaissance Man and Creative Thinking. A History of Concepts of
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Rossi, Paolo – Il tempo dei maghi: Rinascimento e modernità, Milano: R. Cortina, 2006.
(Especialmente visado é o pensamento de Giordano Bruno).
Santos, Leonel Ribeiro dos – Linguagem, Retórica e Filosofia no Renascimento, Lisboa: Colibri,
2004.
______ - O espírito da letra. Ensaios de hermenêutica da Modernidade, Lisboa: INCM, 2007.
Vários ensaios, em especial os 3 primeiros capítulos: 1. Petrarca e a Filosofia: entre a invenção da
Antiguidade e a génese da Modernidade (pp.11-42); 2. O humano, o inumano e o sobre-humano no
pensamento do Renascimento» (pp.43-92); 3. Dos Antigos aos Modernos. Consciência histórica e
consciência de época nos pensadores dos séculos XV a XVII (pp.93-128); 11. Nietzsche e o
Renascimento (pp.387-406),
______ - «Cuidado da alma e poética da solidão. Considerações sobre o Platonismo de Petrarca»,
in: Bauchwitz, Oscar F. / Fernandes, Edrisi / Bezerra, Cícero (coords.), Seminários do Seridó. Solidão e
Liberdade (Atas do II Encontro Nacional de Neoplatonismo, 5-7 de junho de 2012), Natal: EDUFRN,
2014, pp.227-258.
______ - «Petrarca, filósofo da condição humana», in: Philosophica 34 (2009), pp.415-437.
Disponível on line.
______ - «Kant, advogado de Platão contra os Neoplatónicos», in: Afonso, Filipa / Marques,
Ubirajara R. de Azevedo / Santos, Leonel Ribeiro dos (Eds.) - Filosofia & Atualidade: Problemas-
Métodos-Linguagens (Jornadas Filosóficas Internacionais de Lisboa 2015), Lisboa: eCFULeditions, 2015,
pp.139-166. (Aborda-se neste ensaio o processo de distinção entre os Neoplatónicos e Platão ocorrida nas
últimas décadas do século XVIII, mostrando o papel que teve Kant nesse processo).
Schmitt, Charles B. / Skinner, Quentin (Eds.) – The Cambridge History of Renaissance
Philosophy, Cambridge: Cambridge University Press, 1988.
Vasoli, Cesare – Quasi sit Deus: Studi su Marsilio Ficino, Lecce: Conte, 1999 (em especial os
ensaios: «Marsile Ficin et la dignité de l’homme» (pp.73-90), e «Marsilio Ficino e l’astrologia» (pp.281-
300).
Walker, D. P. – The Ancient Theology. Studies in Christian Platonism from the Fiftheenth
to the Eightheenth Century, London: Duckworth, 1972.
Yates, Frances A. – Giordano Bruno and the Hermetic Tradition, Chicago: 1964. Trad.,port.:
Giordano Bruno e a tradição hermética, São Paulo: Cultrix, 1987.
Zambelli, Paola - «Platone, Ficino e la Magia», in: Studia Humanitatis. Ernesto Grassi zum 70.
Geburtstag, München: W. Fink, 1973, pp. 121-142.
Zanier Giancarlo – La medecina astrologica e la sua teoria: Marsilio Ficino e i suoi
critici contemporanei, Roma, 1977.