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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE CENTRO DE CIÊNCIAS SOCIAIS E APLICADAS DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS
CURSO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS
JOSEMAR JOAQUIM DE ASSUNÇÃO JÚNIOR
FINANCIAMENTO DO SANEAMENTO BÁSICO: UMA ANÁLISE DOS CUSTOS DOS EMPRÉSTIMOS E DAS ENTIDADES FINANCIADORAS
Natal/RN
2014
JOSEMAR JOAQUIM DE ASSUNÇÃO JÚNIOR
FINANCIAMENTO DO SANEAMENTO BÁSICO: UMA ANÁLISE DOS CUSTOS DOS EMPRÉSTIMOS E DAS ENTIDADES FINANCIADORAS
Monografia apresentada à Banca examinadora da Universidade Federal do Rio Grande do Norte em cumprimento às exigências legais como requisito à obtenção do título de Bacharel em Ciências Contábeis. Orientador: Prof. Dr. Alexandro Barbosa
Natal/RN
2014
JOSEMAR JOAQUIM DE ASSUNÇÃO JÚNIOR
FINANCIAMENTO DO SANEAMENTO BÁSICO: UMA ANÁLISE DOS CUSTOS DOS EMPRÉSTIMOS E DAS ENTIDADES FINANCIADORAS
Monografia apresentada à Banca examinadora da Universidade Federal do Rio Grande do Norte em cumprimento às exigências legais como requisito à obtenção do título de Bacharel em Ciências Contábeis. Data da aprovação: ___/___/____
Nota: _____________________
BANCA EXAMINADORA
Prof. Dr. ALEXANDRO BARBOSA – Orientador
Prof. Dr. ANAILSON MARCIO GOMES – Membro da Banca
Prof. M. Sc. PEDRO LOPES DE ARAÚJO NETO – Membro da Banca
Natal/RN
2014
AGRADECIMENTOS
A Deus, por me dar motivação para estudar e concentração nas aulas e
avaliações.
Ao meu orientador, Alexandro Barbosa, por ter me guiado da maneira
adequada para que pudesse realizar o trabalho, por ter me dado conselhos de
vida preciosos e me ver não só como aluno, mais como um amigo e futuro
companheiro de profissão.
A memória da minha mãe, Sônia Nascimento, por ter me dado todo amor que
existe no mundo e colocar os estudos sempre como prioridades para os filhos.
Sem a minha mãe, essa conquista dificilmente seria realizada.
A minha esposa Manuela Assunção – amor da minha vida - pelo amor que me
dar a nove anos e por me apoiar em todas as conquistas. Por ter suportado a
distância física de dois anos morando em estados distantes (São Paulo e
Recife). A sua companhia é fundamental para que eu consiga viver em
equilíbrio, conquistar meus objetivos e ter felicidade intensa na vida.
Ao meu pai, Josemar Assunção, pelo carinho que sempre me deu e por ter me
apoiado nas conquistas. Com certeza, a felicidade que sinto de me graduar em
Ciências Contábeis é igual a que ele está sentido em ver seu filho graduado.
A minha irmã, Joseane Nascimento, pelo carinho que me deu e por me
incentivar diretamente nos estudos. Ora pelo amor (conselho de como estudar
é importante para a vida), ora pela dor (me obrigando a estudar matérias que
não gosto).
Ao meu irmão, Jardel Nascimento, pelo seu bom coração e por sempre me
proporcionar momentos de bastante felicidade e diversão quando estou ao seu
lado.
Aos meus amigos de infância, Luc, Chico, Dió, Eliel e Luiza; amigos da
Aeronáutica, Rezende, Hely, Watson, Douglas, Barbosa, Mello, Vitor, Ivan,
Flávio, Puel, Leandro melo...; amigos da faculdade, Philipe, Adriano, Bonifácio
e Bruno. Todos, sem dúvida, melhoraram meu jeito de ser e me
proporcionaram momentos de bastante alegria.
Dedico este trabalho a memória da minha mãe, a minha esposa e a minha
família, pois sempre me apoiaram.
RESUMO
Para financiar suas atividades as companhias de saneamento básico utilizam bastantes recursos onerosos, sendo esses compostos basicamente por empréstimos e financiamentos. Nesse sentido, a pesquisa teve como objetivo principal identificar as instituições que mais financiaram o setor de saneamento básico no Brasil e medir o custo dos empréstimos por elas exigidos. Para isso, foi feita uma análise das notas explicativas de 42 empresas do setor de saneamento básico no período de 2009 a 2012 a fim de identificar a quantidade de recursos emprestados ao setor, quais instituições os emprestaram e quanto foi o custo dos empréstimos. Os resultados do trabalho revelaram a CEF, Governo e BID como as instituições que mais emprestaram dinheiro as empresas de saneamento básico. Em média, respectivamente, 29,24%, 18,53% e 13,39% do financiamento vieram dessas instituições. Embora a CEF tenha sido a que mais emprestou dinheiro, ela não foi a que teve o menor custo de empréstimos do período. O BID, JICA e o Eurobônus (as instituições estrangeiras analisadas) foram as que apresentaram menores custos de empréstimos. Os valores foram, respectivamente, 0.83%, 3.80%, 4.76%, contra 8.94% da CEF. Outra constatação importante foi que a maior parte dos recursos oriundos do exterior destinou-se a uma única empresa. A SABESP (maior empresa do setor) absorveu, em média, 79% dos empréstimos estrangeiros.
Palavras-chave: Saneamento básico. Financiamento. Custo dos empréstimos.
ABSTRACT
To fund its activities water and wastewater utilities companies use many costly features, being these compounds mainly of loans and financing. In this sense, the research had as main objective to identify the institutions that most funded the basic sanitation sector in Brazil and measure the cost of borrowing required by them. For this, an analysis was made of the explanatory notes of 42 companies in the sector of basic sanitation in the period from 2009 to 2012 in order to identify the amount of borrowed resources to the sector, which the institutions lended and how much was the cost of borrowing. The results of the work have revealed the CEF, Government and IDB as institutions that lent more money to basic sanitation companies. On average, respectively, 29.24 percent, 18.53% 13.39% of financing and came of these institutions. Although the CEF has been lent the most money, she was not the one that had the lowest cost of loans in the period. The IDB, JICA and the Eurobond (foreign institutions analyzed) were those which presented lower borrowing costs. The values were, respectively, 0.83% 3.80%, 4.76%, against 8.94% of the CEF. Another important finding was that the majority of resources from abroad destined to a single company. SABESP (largest company in the sector) absorbed, on average, 79% of foreign loans. Keywords: Water and wastewater utility. Funding. Cost of borrowing.
LISTA DE QUADROS
Quadro 01 – Companhias de saneamento básico divididas em capital aberto ou capital fechado ............................................................................................ 23
Quadro 02 – Nome das instituições que emprestaram dinheiro as companhias de saneamento básico ..................................................................................... 24
Quadro 03 – Tipos de indexadores ................................................................ 30
Quadro 04 – Valores dos indexadores no período de 2009 a 2012 ............... 30 Quadro 05 – Juros incorridos e saldo devedor dos empréstimos e financiamentos das empresas de saneamento básico separadas por instituições financiadoras no perído de 2009 a 2012 ....................................... 40
Quadro 06 – Custo dos empréstimos das entidades de saneamento básico no período de 2009 a 2012 separado pelas instituições financiadoras ................. 41
Quadro 07 – Custo dos empréstimos das entidades de saneamento básico nos anos de 2011 e 2012 ........................................................................................ 42
Quadro 08 – Instituições que mais emprestaram recursos financeiros ao setor de saneamento básico. (valores absolutos) ................................................... 43
Quadro 09 – Instituições que mais emprestaram recursos financeiros ao setor de saneamento básico. (percentuais) .............................................................. 43
Quadro 10 – Instituições mais utilizadas pelo setor de saneamento básico. (valores absolutos) ........................................................................................... 44
Quadro 11 – Instituições mais utilizadas pelo setor de saneamento básico. (percentuais) .................................................................................................... 45
Quadro 12 – Empresas do setor de saneamento básico que mais foram financiadas. (valores absolutos) ....................................................................... 46
Quadro 13 – Empresas do setor de saneamento básico que mais foram financiadas. (percentuais) ................................................................................ 46
Quadro 14 – Valores dos empréstimos feitos pelo setor de saneamento básico separados em nacionais e estrangeiros. (valores absolutos) ............................. 47
Quadro 15 – Valores dos empréstimos realizados pelo setor de saneamento básico separados em Nacionais e Estrangeiros. (percentual).......................... 47
Quadro 16 – Empresas que mais utilizaram empréstimos e financiamento como origem dos recursos. .............................................................................. 48
LISTA DE TABELAS
Tabela 01 – Empréstimos concedidos ao setor de saneamento básico no período de 2009 a 2012 ................................................................................... 25
Tabela 02 – Juros incorridos pelas companhias de saneamento básico ........ 30
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS
AESBE Associação das Empresas de Saneamento Básico Estaduais AGESPISA Companhia de Águas e Esgotos do Piauí
BB Banco do Brasil BID Banco Interamericano do Desenvolvimento
BNDES Banco Nacional do Desenvolvimento CAEMA Companhia de Águas e Esgotos do Maranhão
CAER Companhia de Águas e Esgotos de Roraima CAERD Companhia de Águas e Esgotos de Rondônia
CAERN Companhia de Águas e Esgotos do Rio Grande do Norte CAESA Companhia de Águas e Esgotos do Amapá
CAESB Companhia de Saneamento Ambiental do Distrito Federal CAGECE Companhia de Águas e Esgotos do Estado Ceará
CAGEPA Companhia de Águas e Esgotos da Paraíba CASAL Companhia de Abastecimento D’Água e de Saneamento do Estado de Alagoas
CASAN Companhia Catarinense de Águas e Saneamento CCP Custo de Capital Próprio
CCT Custo de Capital de Terceiros CDI Certificado de Depósito Interfinanceiro
CEDAE Companhia Estadual de Águas e Esgotos do Rio de Janeiro CEF Caixa Econômica Federal
CESAN Companhia Espírito Santense de Saneamento Cesb Companhais Estaduais de Saneamento Básico CODEN Companhia de Desenvolvimento de Nova Odessa COMPESA Companhia Pernambucana de Saneamento
COPANOR Copasa Serviços de Saneamento Integrado do Norte e Nordeste de Minas Gerais
COPASA Companhia de Saneamento de Minas Gerais CORSAN Companhia Riograndense de Saneamento
COSAMA Companhia de Saneamento do Amazonas COSANPA Companhia de Saneamento do Pará CS Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo
CVM Comissão de Valores Mobiliários DAE JUNDIAÍ DAE S/A - Água e Esgoto
DEPASA Departamento Estadual de Pavimentação e Saneamento DESO Companhia de Saneamento de Sergipe
DP Desvio Padrão EMASA Empresa Municipal de Água e Saneamento Ambiental
EMBASA Empresa Baiana de Águas e Saneamento EURO Eurobônus
F Financiador FIDC Fundo de Investimento em Direitos Creditórios
GOVERNO União, Estados, Distrito Federal e Municípios Iene Unidade Monetária do Japão
IGP-M Índice Geral de Preços do Mercado IPCA Índice de Preços ao Consumidor Amplo
JICA Banco Japonês de Cooperação Internacional PIB Produto Interno Bruto
PLANASA Plano Nacional de Saneamento Básico PROLAGOS Prolagos S/A - Concessionária de Serviços Públicos e Águas de Esgotos
PROSPER Banco Prosper SABESP Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo
SANASA Sociedade de Abastecimento de Água e Saneamento SANEAGO Saneamento de Goiás
SANEATINS Companhia de Saneamento de Tocantins SANECAP Companhia de Saneamento da Capital SANED Companhia de Saneamento de Diadema SANEPAR Companhia de Saneamento do Paraná SANESUL Empresa de Saneamento do Mato Grosso do Sul
SNIS Sistema Nacional de Informações Sobre Saneamento TJF Taxa de juros fixa
TJLP Taxa de Juros de Longo Prazo TJT Taxa de juros total
TR Taxa Referencial UMBNDES Unidade Monetária do Banco Nacional de Desenvolvimento
UPR Unidade Padrão de Referência USD Dólar Americano
VJI Valor dos juros incorridos
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO .......................................................................................... 14
1.1 TEMA E PROBLEMA .......................................................................... 14
1.2 OBJETIVOS ........................................................................................ 15
1.2.1 Objetivo Geral ............................................................................... 15
1.2.2 Objetivos Específicos ................................................................... 15
1.3 JUSTIFICATIVA DO ESTUDO ............................................................ 15
1.4 DELIMITAÇÃO DO ESTUDO .............................................................. 16
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ................................................................ 16
2.1 DEFINIÇÃO E IMPORTÂNCIA DO SANEAMENTO BÁSICO ............. 16
2.2 HISTÓRIA DO SANEAMENTO BÁSICO NO BRASIL ........................ 18
2.3 MELHOR FORMA DAS EMPRESAS SEREM FINANCIADAS ........... 20
3 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS ................................................. 21
3.1 TIPOLOGIA DA PEQUISA .................................................................. 21
3.2 UNIVERSO E AMOSTRA ................................................................... 22
3.3 COLETA E TRATAMENTO DOS DADOS .......................................... 23
3.4 LIMITAÇÕES DO MÉTODO ............................................................... 39
4 RESULTADOS DA PESQUISA E ANÁLISES ......................................... 39
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS E RECOMENDAÇÕES ................................ 49
REFERÊNCIAS ................................................................................................ 50
14
1 INTRODUÇÃO
1.1 TEMA E PROBLEMA
O setor de saneamento básico, assim como qualquer outro setor, possui
entidades que necessitam ser custeadas para investir e manter os seus ativos.
Há três formas de financiamentos para as empresas: por meio de capital
próprio, capital de terceiros ou por retenção dos lucros gerados internamente -
autofinanciamento (GOMES,1999; FISCHER; FAVATO; RIBEIRO, 2007).
O autofinanciamento é a parte do lucro que não é distribuída aos acionistas.
Ou seja, a entidade utiliza parte do resultado positivo que foi gerado para
investir na própria empresa, diminuindo a necessidade de se endividar ou emitir
novas ações (FISCHER; FAVATO; RIBEIRO, 2007).
O custeamento por capital próprio é quando os proprietários investem
recursos na empresa e, em troca, esperam obter participação nos resultados.
Essa participação se dá, basicamente, sobre a forma de distribuição de
dividendos e juros sobre o capital próprio (PEROBELLI; FAMÁ, 2002).
O financiamento com capital de terceiros é quando a companhia capta
recursos de credores. Esse capital é dividido em: Passivo oneroso e passivo
funcional (não oneroso). O passivo oneroso é uma forma de captação de
recursos na qual os credores que investem na empresa exigem o pagamento
do principal da dívida acrescido de encargos financeiros. Já o passivo
funcional, os credores exigem apenas o pagamento do principal da dívida
(ASSAF NETO, 2010; MACHADO; MEDEIROS; JÚNIOR, 2010).
Não obstante essa definição de passivo oneroso, os estudiosos tendem a
citar como exemplo desse tipo de passivo somente os empréstimos e
financiamento e as debêntures (COSTA; NAKANE, 2004; CARNEIRO JÚNIOR;
MARQUES, 2005; SANTONI, 2010; ALBANEZ; VALLE, 2009; FISCHER;
FAVATO; RIBEIRO, 2007; OREIRO et al., 2007). Isso provavelmente acontece
porque grande parte do passivo oneroso tem origem dos empréstimos
concedidos pelas instituições financeiras (PIMENTEL; PERES; LIMA, 2011;
OREIRO et al., 2007).
15
Observa-se que o capital de terceiro é uma relevante fonte de
financiamento das atividades das empresas de saneamento básico. Dados do
Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento – SNIS (2011) apontam
que 32,1% dos recursos utilizados pelas entidades são onerosos e os
empréstimos internacionais - tipo de capital de terceiro - constituem uma das
principais fontes de financiamento do setor de saneamento básico.
O fato de o capital de terceiro ser uma das principais fontes de
financiamento do setor de saneamento básico e ser representado basicamente
por empréstimos e financiamentos, torna esse tipo de passivo oneroso de
estrema importância para a determinação do custo de capital de terceiros, e,
consequentemente, do custo de capital total das companhias. Naturalmente, as
companhias que conseguirem captar empréstimos a menores taxas de juros
tendem a ter um custo de capital de terceiros menores que as outras.
Nesse contexto, surge o seguinte problema: Quais as instituições que
mais emprestam recursos ao setor de saneamento básico no Brasil e
quais os custos dos empréstimos por elas concedidos?
1.2 OBJETIVOS
1.2.1 Objetivo Geral Esse trabalho tem como objetivo principal identificar as instituições que
mais financiam o setor de saneamento básico no Brasil e medir o custo dos
empréstimos por elas exigidos.
1.2.2 Objetivos Específicos
Levantar os dados das companhias do setor de saneamento básico no
Brasil;
Identificar a quantidade de recursos financeiros fornecidas ao setor e as
instituições que forneceram;
Identificar as taxas de juros aplicadas nos contratos de empréstimos.
1.3 JUSTIFICATIVA DO ESTUDO
16
Para as empresas privadas sobreviverem no mercado elas precisam
adquirir financiamentos a um custo menor do que os retornos gerados pelos
seus investimentos. Quanto maior for a diferença entre os retornos dos
investimentos e custos de financiamentos, mais as empresas terão fluxos de
caixas positivos e serão autossustentáveis. Se isso não acontecer, às
entidades privadas seguirão a caminho da falência (ASSAF NETO, 1997).
As companhias públicas, para diminuírem a dependência das
subvenções governamentais, também necessitam ter a diferença entre os
retornos dos investimentos e custos dos financiamentos positiva (ALMEIDA;
CRUZ, 2002).
Nesse sentido, o trabalho se mostra bastante relevante, haja vista que
identificará as instituições as quais concederam empréstimos a menores custos
para o setor de saneamento básico. Isso mostrará aos gestores das
companhias do setor um meio de reduzir os custos de financiamento das
entidades e garantir a sua continuidade.
1.4 DELIMITAÇÃO DO ESTUDO
A pesquisa mostra o valor dos empréstimos realizados e as taxas de
juros aplicadas em 42 empresas do setor de saneamento básico do Brasil nos
anos de 2009 a 2012. Entre as entidades selecionadas, estão incluídas todas
as sociedades anônimas de capital aberto que divulgam as demonstrações na
CVM e sociedades anônimas de capital fechado.
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
2.1 DEFINIÇÃO E IMPORTÂNCIA DO SANEAMENTO BÁSICO
Desde as primeiras civilizações os homens se preocuparam em se
instalarem nos locais que houvesse grande fonte de água. Cita-se como
exemplo os egípcios (próximo ao rio Nilo) e os povos da mesopotâmia (entre os
rios Tigre e Eufrates). Além da grande oferta de água, os seres humanos
cuidavam da qualidade dela. Segundo Guimarães, Carvalho e Silva (2007),
existem relatos de 2.000 a.C. dos povos da Índia explicando com deveria ser
17
feito o tratamento da água impura para se tornar possível de ser consumida.
Nesse contexto, surgiu o saneamento básico.
Saneamento básico são as medidas que a população toma para melhorar
o ambiente, de modo a promover saúde (BATISTA, 2012).
Não obstante a definição supracitada há definição legal do que vem a ser
saneamento básico. Nos termos da lei 11.445/07, artigo 3°, inciso I,
saneamento básico compreende o conjunto de serviços, infra-estruturas e
instalações operacionais de abastecimento de água potável; esgotamento
sanitário; limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos e a drenagem e manejo
das águas pluviais. O referido artigo está abaixo transcrito:
Art. 3° Para os efeitos desta lei considera-se: I – saneamento básico: conjunto de serviços, infra-estruturas e instalações operacionais de:
a) Abastecimento de água potável: constituído pelas atividades, infra-estruturas e instalações necessárias ao abastecimento ao público de água potável, desde a captação até as ligações prediais e respectivos instrumentos de medição;
b) Esgotamento sanitário: constituído pelas atividades, infra-estruturas e instalações operacionais de coleta, transporte, tratamento e disposição final adequados dos esgotos sanitários, desde as ligações prediais até o seu lançamento final no meio ambiente;
c) Limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos: conjunto de atividades, infra-estruturas e instalações operacionais de coleta, transporte, transbordo, tratamento e destino final do lixo doméstico e do lixo originário da varrição e limpeza de logradouros e vias públicas;
d) Drenagem e manejo das águas pluviais urbanas: conjunto de atividades, infra-estruturas e instalações operacionais de drenagem urbana de águas pluviais, de transporte, detenção ou retenção para o amortecimento de vazões cheias, tratamento e disposição final das águas pluviais drenadas nas áreas urbanas. (Grifos acrescentados)
O saneamento básico deveria ser um dos principais setores de qualquer
país. Pois, o seu perfeito funcionamento é de fundamental importância na
prevenção de várias doenças e, consequentemente, na redução da mortalidade
e promoção do bem estar social. Segundo Guimarães, Carvalho e Silva (2007),
no século passado os cientistas confirmaram uma relação entre a água usada
pela população e a transmissão de várias moléstias. Isso significa que o
investimento nesse setor, além de melhorar a saúde pública, diminui
significativamente a quantidade de recursos gastos em hospitais. Carmo e
Távora Júnior (2003) afirmam que, conforme os dados do Sistema Único de
Saúde no ano de 2000, para cada real aplicado no saneamento básico, os
18
municípios economizam cinco reais que seriam gastos para tratar as doenças
que a falta de saneamento provoca.
Apesar da importância que o Brasil deveria dar a esse setor, dados
comprovam que esse segmento ainda carece de bastante investimento. Em
dezembro de 2011 apenas 48,1% dos lixos produzidos eram coletados e 37,5%
dos esgotos gerados eram tratados (SNIS, 2011). Analisando-se a história do
saneamento básico no Brasil fica compreensível de entender porque o país se
encontra nesta situação.
2.2 HISTÓRIA DO SANEAMENTO BÁSICO NO BRASIL
Segundo Saker (2007), as primeiras instalações de relevância na área
de saneamento no Brasil apenas ocorrerem a partir do século passado, em
cidades que já estavam infestadas de várias doenças por causa da inexistência
de uma política de saneamento básico. Isso indica que, do ponto de vista
histórico, o desenvolvimento do setor ainda é bastante recente. Aliado a isso,
tem-se o fato da legislação não definir claramente quem é o ente federado
responsável por esse segmento (SABBIONI, 2007; PETERSEN; BRANCHER,
2000). Grigolim (2007) e Saker (2007) citam que historicamente os municípios
vinham prestando os serviços de saneamento básico. No entanto, com a
criação do Plano Nacional de Saneamento Básico (PLANASA) - primeiro
programa que o governo criou para investir em saneamento - houve uma
mudança na gestão dos serviços desse setor (GRIGOLIN, 2007).
O PLANASA, instituído pelo Decreto-lei n° 949 de 1969, foi um marco na
história do saneamento básico brasileiro (MOREIRA, 2006). O país viveu nessa
época o chamado “milagre econômico” no qual se recebia recursos
estrangeiros a taxas bastante reduzidas (OLIVEIRA; FERNANDEZ, 2004). Isso
possibilitou que a União através do Banco Nacional de Habitação retirasse
recursos do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço e transferisse para as
recém criadas Companhias estaduais de saneamento básico (Cesb)
(MOREIRA, 1996; SAKER, 2007). Dessa forma, a gerência do saneamento
básico foi transferida dos municípios para os Estados, na maior parte das
regiões. Os municípios que tinham condições financeiras e infra-estrutura de
continuarem prestando esses serviços assim o fizeram (SAKER, 2007). Por
19
outro lado, os mais debilitados financeiramente - a grande maioria -
transferiram a gestão do saneamento básico para os Estados (MOREIRA,
1996).
O programa alcançou resultados surpreendentes. Houve um aumento
bastante significativo de 64 milhões de habitantes que passaram a ter acesso à
água potável (MOREIRA, 1996). Além disso, 0,5% do PIB estava sendo
investido no saneamento básico, percentual este não verificado, até então, na
história do país (SOCORRO, 2006).
No entanto, na década de 1980, o PLANASA se enfraqueceu. Com o fim
do milagre econômico, a União não dispunha mais de tanto recurso financeiro
para transferir aos Estados (GRIGOLIN, 2007; OLIVEIRA; FERNANDEZ, 2004)
e as Cesb ainda necessitavam bastante desses aportes financeiros
(MOREIRA, 1998; ARRETCHE, 2004). Turolla (2002) afirma que em 1986 o
Banco Nacional de Habitação foi extinto. A sua função de financiar o setor de
saneamento básico foi repassada à Caixa Econômica Federal. Essa instituição
reduziu bastante a oferta de crédito ao setor. Socorro (2006) informa que nesse
período apenas 0,2% do Produto Interno Bruto (PIB) era investido em
saneamento básico. Na década de 1990, somente 0,1% do PIB. Foi assim que,
no ano de 1992, o PLANASA foi extinto (OLIVEIRA; FERNANDEZ, 2004).
Nesse contexto, a União percebeu que não tinha mais tantas condições
financeiras de investir no setor de saneamento (ARRETCHE, 2004). Era
essencial, portanto, a abertura do segmento para a entrada de companhias
privadas. A Emenda Constitucional n° 19 do ano de 1998 abriu caminho para a
concessão de serviços a iniciativa privada modificando o artigo n° 241 da
Constituição Federal do Brasil. Posteriormente esse dispositivo foi
regulamentado pela lei n° 11.107/05 que estabeleceu as normas de
contratações de consórcios públicos. Nesse momento, criou-se a possibilidade
dos serviços de saneamento básico serem prestados pela iniciativa privada
(SAKER, 2007).
No dia 5 de janeiro de 2007 foi publicada a lei n° 11.445 que estabeleceu
as diretrizes nacionais para o saneamento básico. Essa lei é considerada o
marco regulatório de saneamento básico no Brasil (PEREIRA et al., 2011).
Posteriormente, ela foi regulamentada pelo decreto n° 7217 no ano de 2010.
20
2.3 MELHOR FORMA DAS EMPRESAS SEREM FINANCIADAS
Há um debate na teoria a respeito da melhor forma de financiamento para
as entidades diminuírem o seu custo de capital. Existe de um lado a teoria
tradicional, que tem como precursor Durand (1952) e do outro lado a teoria de
Modigliani e Miller (1958) (PEROBELLI; FAMÁ, 2002; BRITO; CORRAR;
BATISTELLA, 2007).
A teoria tradicional defende que as instituições devem se financiar com
capital de terceiros para usufruir do benefício até certo ponto. Esse ponto é o
que se chama estrutura ótima de capital. Nele, a empresa consegue os
recursos com o menor custo possível (PEROBELLI; FAMÁ, 2002; BRITO;
CORRAR; BATISTELLA, 2007). Se a entidade, após a estrutura ótima de
capital, continuar a aumentar a sua participação de capital de terceiro, ele se
tornará bastante caro devido ao aumento do risco de falência. Esse é o risco da
instituição comprometer o seu fluxo de caixa futuro com amortização da dívida
e pagamento de encargos financeiros e lhe faltar recursos para investir na sua
atividade operacional (BRITO; CORRAR; BATISTELLA, 2007).
Por outro lado, a teoria de Modigliane e Miller propõe que não existe uma
estrutura ótima de capital e os custos de capital de terceiro e capital próprio são
iguais (MODIGLIANI; MILLER, 1958; SANT’ANNA, 2008). No entanto, eles não
consideraram nesse trabalho o benefício fiscal do uso do capital de terceiros e
o risco de falência das empresas (CHEN, 1977; SANT’ANNA, 2008). Em
trabalho posterior, no ano de 1963, Modigliane e Miller mostraram que se
considerar o benefício fiscal da dívida, a empresa deve preferir capital de
terceiros ao invés de capital próprio (CHEN, 1977; SANT’ANNA, 2008).
Para Assaf Neto (2010), Sant’Anna (2008), Kassai e Nova (2006), que
seguem a linha da teoria tradicional, o custo de capital próprio (CCP) costuma
ser maior que o de capital de terceiros (CCT). Assaf Neto (2010) explica que
isso se deve ao fato dos proprietários das empresas ficarem mais expostos aos
riscos do que os seus credores e quanto maior o risco que um investidor sofre,
maior tende a ser o retorno exigido por ele.
O risco maior que os proprietários das entidades estão expostos é devido
ao seguinte:
21
A empresa não tem prazo certo para pagar o seu investimento (ASSAF
NETO, 2010; FISCHER; FAVATO; RIBEIRO, 2007).
O pagamento do investimento está condicionado ao sucesso da
empresa. Ou seja, em caso de prejuízo, a empresa não tem a obrigação
de remunerar os seus proprietários (ASSAF NETO, 2010).
Não há economia fiscal. Em outras palavras, não há dedução da parcela
que a empresa paga de dividendos aos seus acionistas da base de
cálculo do Imposto de renda e contribuição social sobre o lucro líquido
(MINARDI et al., 2007).
Em caso de liquidação da empresa, os acionistas têm uma menor
prioridade de receber seus investimentos que os credores (MINARDI et
al., 2007).
O CCT costuma ser inferior ao CCP pelos seguintes motivos:
A empresa tem um prazo fixo para pagar a dívida (ASSAF NETO, 2010,
FISCHER; FAVATO; RIBEIRO, 2007).
O pagamento da dívida independe dos resultados apurados na empresa
(ASSAF NETO, 2010).
Há economia fiscal. Ou seja, a parcela que a empresa paga de despesa
financeira (que é a remuneração do capital de terceiro) pode ser
deduzida da base de cálculo do imposto de renda e contribuição social
sobre o lucro líquido (MINARDI et al., 2007).
Em caso de liquidação da empresa, os credores têm uma maior chance
de receber os recursos que os donos da entidade (MINARDI et al.,
2007).
3 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
3.1 TIPOLOGIA DA PEQUISA
Em relação à tipologia das pesquisas aplicadas na área da
contabilidade, Beuren et al. (2008) costuma dividi-las em três categorias:
Quanto ao objetivo, procedimentos e abordagem do problema.
22
Quanto ao objetivo, a pesquisa é classificada como descritiva. Segundo
Beuren et al. (2008, p.80) “A pesquisa descritiva descreve aspectos ou
comportamentos de determinada população”. O trabalho detalhará um aspecto
– custo dos empréstimos – das companhias de saneamento básico.
Em relação aos procedimentos, o estudo é considerado documental. Gil
(2006) afirma que a pesquisa documental tem característica utilizar o dado
bruto de algum documento, analisá-lo, e transformá-lo numa informação útil
para o mundo científico. Os documentos utilizados foram as notas explicativas
das companhias de saneamento básico do Brasil delimitadas no estudo.
Quanto à abordagem do problema, a pesquisa é classificada como
quantitativa descritiva. Tendo em vista que utiliza ferramentas estatísticas para
analisar os dados (BEUREN et al., 2008). Na análise de resultados foi usada a
média aritmética e o desvio padrão para descrever os achados.
3.2 UNIVERSO E AMOSTRA
Analisando a série histórica disponível no site do SNIS
(www.snis.gov.br), referente ao ano de 2010, havia 1.994 entidades
prestadoras do serviço de saneamento básico no Brasil. As entidades foram
divididas em regionais (estaduais) e locais (municipais). Existiam apenas 27
(Cesb), enquanto que as restantes eram prestadoras locais. Analisando o site
do SNIS (2014), o número de Cesb permanece o mesmo. Ainda que o número
de companhias estaduais seja bem inferior ao de prestadoras locais, elas
atendem a mais de 75% da população urbana, conforme informa a Associação
das empresas de saneamento básico estaduais (AESBE, 2009). Ademais,
Arretche (2004) afirma que, segundo a Associação Brasileira de Engenharia
Sanitária e Ambiental, as Cesb atendiam, em 1992, a 78% de toda a população
brasileira no fornecimento de água.
Devido à enorme relevância das Cesb, a amostra foi constituída por 93%
das companhias estaduais existentes (25 empresas) e apenas 17 empresas
locais. É interessante mencionar que somente duas companhias estaduais não
foram incluídas na amostra, são as entidades DEPASA e COPANOR. A
primeira porque é uma autarquia e a segunda uma subsidiária da COPASA –
que já está na amostra. Em relação às prestadoras locais, grande parte delas
não é obrigada a publicar as demonstrações contábeis no formato da lei
23
6.404/64, uma vez que a maioria não é Sociedade Anônima ou Companhia
Limitada de grande porte. Desse modo, não foi possível obter uma quantidade
significativa de prestadoras locais para a amostra.
Buscou-se, na pesquisa, coletar os dados das entidades que atendiam a
maior parte da população. Dessa forma, a amostra foi selecionada de maneira
intencional e o processo de amostragem é considerado não probabilístico.
Logo, os resultados do trabalho se restringem a amostra selecionada
(BEUREN et al., 2008).
3.3 COLETA E TRATAMENTO DOS DADOS
Foi feita a coleta das demonstrações contábeis de 42 empresas do setor
de saneamento básico nos anos de 2009 a 2012. A amostra foi composta por
todas as empresas de saneamento básico sociedade anônima de capital aberto
que divulgam as demonstrações contábeis na Comissão de Valores Mobiliários
(CVM) - ao todo nove empresas - e entidades sociedade anônima de capital
fechado, ao todo 33. Segue abaixo o Quadro 01 com as empresas analisadas,
divididas em capital fechado ou capital aberto:
Quadro 01 - Companhias de saneamento básico divididas em capital fechado ou capital aberto.
CAPITAL FECHADO CAPITAL ABERTO
AGESPISA CASAL CAGECE
Águas de Cachoeiro CASAN CAGEPA1
Águas de Joinvile CESAN CEDAE
Águas de Juturnaíba CODEN COPASA
Águas de Limeira COMPESA CORSAN
Águas de Niterói COSAMA SABESP
Águas do Paranaguá COSANPA SANASA
Águas do Amazonas DAÍ Jundiaí SANEAGO
Águas do Imperador DESO SANEPAR
Águas do Paraíba EMASA
Águas do Guariroba EMBASA CAEMA PROLAGOS CAER SANEATINS CAERD SANECAP CAERN SANED CAESA SANESUL CAESB
Fonte: dados da pesquisa
24
Observações:
A CAGEPA teve o seu registro na CVM cancelado no dia 24/06/2011.
Dessa forma, retirou-se a CAGEPA das companhias de capital aberto
que divulgaram as demonstrações contábeis na CVM nos anos de 2011
e 2012.
Não se obteve as demonstrações contábeis das empresas CAESA e
EMASA referentes ao ano de 2012.
Adquiriram-se as demonstrações contábeis das companhias de capital
aberto, diretamente no site da CVM, www.cvm.gov.br. Em relação às
companhias de capital fechado, buscaram-se as demonstrações nos sites das
companhias ou nos diários oficiais estaduais referentes aos estados da
federação de cada empresa. Devido à dificuldade de encontrar o dia em que as
demonstrações contábeis foram publicadas em alguns diários oficiais, efetuou-
se o contato via telefone e/ou email com os setores de contabilidade e finanças
de boa parte das empresas analisadas e solicitaram-se as demonstrações
contábeis.
De posse das demonstrações contábeis, separaram-se os empréstimos
e financiamentos das companhias de saneamento por instituições (pessoas
jurídicas) que forneceram recursos ao setor. Isso foi feito através de uma
análise pormenorizada das notas explicativas. Encontraram-se, ao todo, 27
tipos diferentes de instituições financiadoras do segmento de saneamento
básico.
A parte daí, selecionaram-se as instituições cujos empréstimos
representaram pelo menos 1% dos empréstimos totais que constavam no
balanço patrimonial das companhias de saneamento no dia 31/12/2012. As
instituições selecionadas estão representadas no Quadro 02 abaixo:
Quadro 02 – Nome das instituições que emprestaram dinheiro as companhias de saneamento
básico.
Instituição Nome Origem
BB Banco do Brasil Nacional
BID Banco Interamenicano do Desenvolvimento Estrangeira
BNDES Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social Nacional
25
CEF Caixa Econômica Federal Nacional
EURO Eurobônus Estrangeira
FIDC Fundo de Investimento em Direitos Creditórios Nacional
GOVERNO União, Estados, Distrito Federal e Munícipios Nacional
JICA Banco Japonês de Cooperação Internacional Estrangeira
PROSPER Banco Prosper Nacional Fonte: dados da pesquisa
As demais instituições não selecionadas foram: Banco ABC Brasil,
Banco do Nordeste do Brasil, Banco Industrial e Comercial - BIC, Banco
Internacional de Reconstrução e Desenvolvimento – BIRD, Banco Itaú, Banco
Paulista, Banco Pine, Banco Safra, Banco Santander, Banco Sofisa, Banco
Tricury, Citibank, Credit Suisse, HSBC, International Finance Corporation –
IFC, Kreditanstalt Für Wiederaufbau – KFW, Midland Bank PLC e Unibanco.
Abaixo segue a Tabela 01. Ela mostra o total de empréstimos
concedidos ao setor de saneamento básico pelas instituições selecionadas e
não selecionadas. Ressalta-se que todas as instituições não selecionadas
receberam a denominação “OUTROS”.
Tabela 01 – Empréstimos concedidos ao setor de saneamento básico no período de 2009 a 2012.
(reais)
Companhia de saneamento 2012
Valores dos empréstimos
Companhia de saneamento 2011
Valores dos empréstimos
AGESPISA CEF 12.855.000,00 AGESPISA CEF 18.276.000,00
AGESPISA OUTROS 23.429.000,00 AGESPISA OUTROS 23.429.000,00
Águas de Joinvile CEF 52.251.034,00 Águas de Cachoeiro BNDES 55.154.000,00
Águas de Jutunaíba BNDES 10.786.000,00 Águas de Cachoeiro OUTROS 260.000,00
Águas de Limeira BB 1.151.000,00 Águas de Imperador BNDES 7.022.000,00
Águas de Limeira CEF 21.817.000,00 Águas de Joinvile CEF 26.969.793,00
Águas de Niterói BNDES 20.715.000,00 Águas de Jutunaíba BNDES 11.555.000,00
Águas de Niterói OUTROS 20.603.000,00 Águas de Limeira BB 1.953.000,00
Águas do Amazonas BNDES 108.044.000,00 Águas de Limeira CEF 20.598.000,00
Águas do Amazonas OUTROS 26.278.000,00 Águas de Limeira OUTROS 3.000,00
Águas do Cachoeiro BNDES 71.049.000,00 Águas de Niterói BNDES 17.642.000,00
Águas do Cachoeiro OUTROS 170.000,00 Águas de Niterói OUTROS 519.000,00
Águas do Guariroba CEF 174.358.000,00 Águas do Amazonas BNDES 113.103.000,00
Águas do Guariroba OUTROS 32.045.000,00 Águas do Amazonas GOVERNO 241.000,00
Águas do Imperador BNDES 14.252.000,00 Águas do Amazonas OUTROS 10.024.000,00
Águas do Paraíba BNDES 17.236.000,00 Águas do Guariroba CEF 182.056.000,00
CAEMA CEF 11.555.000,00 Águas do Guariroba OUTROS 52.002.000,00
CAESB BB 102.201.330,00 Águas do Paraíba BNDES 14.522.000,00
CAESB BID 108.372.754,00 Águas do Paraíba OUTROS 3.000,00
26
CAESB BNDES 16.230.733,00 CAEMA CEF 14.586.000,00
CAESB CEF 246.388.134,00 CAERN OUTROS 8.285.177,00
CAESB FIDC 88.563.689,00 CAESB BB 63.262.595,00
CAESB GOVERNO 39.871.898,00 CAESB BID 106.805.489,00
CAGECE BID 179.080.000,00 CAESB BNDES 25.603.681,00
CAGECE BNDES 124.265.000,00 CAESB CEF 247.632.999,00
CAGECE CEF 132.765.000,00 CAESB FIDC 111.235.622,00
CAGECE GOVERNO 19.359.000,00 CAESB GOVERNO 40.937.682,00
CAGEPA BNDES 11.534.000,00 CAGECE BID 170.735.000,00
CAGEPA CEF 14.844.000,00 CAGECE BNDES 48.614.000,00
CAGEPA OUTROS 173.028.000,00 CAGECE CEF 128.626.000,00
CASAL BB 16.176.049,00 CAGECE GOVERNO 31.047.000,00
CASAL OUTROS 15.961.978,00 CAGEPA BNDES 13.934.000,00
CASAN CEF 42.598.000,00 CAGEPA CEF 20.493.000,00
CASAN JICA 4.802.000,00 CAGEPA OUTROS 148.275.000,00
CASAN OUTROS 41.251.000,00 CASAL BB 15.927.290,00
CASAN PROSPER 149.210.000,00 CASAL OUTROS 9.716.219,00
CEDAE CEF 155.522.000,00 CASAN CEF 52.525.000,00
CEDAE FIDC 1.015.833.000,00 CASAN OUTROS 45.836.000,00
CEDAE GOVERNO 124.173.000,00 CASAN PROSPER 160.261.000,00
CESAN BB 8.518.000,00 CEDAE CEF 174.168.000,00
CESAN BNDES 68.986.000,00 CEDAE FIDC 1.142.692.000,00
CESAN CEF 142.720.000,00 CEDAE GOVERNO 211.978.000,00
CESAN OUTROS 3.863.000,00 CESAN BB 8.387.000,00
COMPESA CEF 46.732.000,00 CESAN BNDES 49.541.000,00
COMPESA OUTROS 6.782.000,00 CESAN CEF 139.096.000,00
COPASA BNDES 592.231.000,00 CESAN OUTROS 3.309.000,00
COPASA CEF 676.488.000,00 COMPESA CEF 43.599.000,00
COPASA GOVERNO 106.929.000,00 COMPESA OUTROS 6.782.000,00
COPASA OUTROS 6.225.000,00 COPASA BNDES 588.047.000,00
CORSAN BB 56.815.000,00 COPASA CEF 728.720.000,00
CORSAN BID 60.775.000,00 COPASA GOVERNO 146.904.000,00
CORSAN CEF 96.080.000,00 COPASA OUTROS 155.924.000,00
CORSAN GOVERNO 40.955.000,00 CORSAN BB 91.935.000,00
CORSAN BNDES 140.891.000,00 CORSAN BID 62.741.000,00
COSAMA CEF 893.592,00 CORSAN CEF 68.361.000,00
COSANPA OUTROS 43.593.004,00 CORSAN GOVERNO 64.795.000,00
DAE Jundiaí CEF 11.965.000,00 CORSAN BNDES 109.622.000,00
DESO BB 19.555.556,00 COSAMA CEF 1.033.823,00
DESO OUTROS 33.270.299,00 COSANPA OUTROS 42.917.936,00
EMBASA BID 235.375.000,00 DAE Jundiaí CEF 13.495.000,00
EMBASA BNDES 192.244.000,00 DESO BB 25.651.183,00
EMBASA CEF 356.620.000,00 DESO OUTROS 25.364.497,00
PROLAGOS BNDES 58.935.000,00 EMBASA BID 241.613.000,00
SABESP BID 1.258.974.000,00 EMBASA BNDES 149.330.000,00
27
SABESP BNDES 461.765.000,00 EMBASA CEF 163.344.000,00
SABESP CEF 1.048.221.000,00 PROLAGOS OUTROS 40.373.000,00
SABESP EURO 993.731.000,00 SABESP BID 1.144.998.000,00
SABESP GOVERNO 480.937.000,00 SABESP BNDES 495.089.000,00
SABESP JICA 889.702.000,00 SABESP CEF 1.018.931.000,00
SABESP OUTROS 273.952.000,00 SABESP EURO 911.091.000,00
SANASA BB 7.332.000,00 SABESP GOVERNO 828.243.000,00
SANASA BNDES 2.605.000,00 SABESP JICA 958.733.000,00
SANASA CEF 79.803.000,00 SABESP OUTROS 73.195.000,00
SANASA OUTROS 167.169.000,00 SANASA BB 12.450.000,00
SANEAGO BB 6.264.000,00 SANASA BNDES 4.337.000,00
SANEAGO BID 79.344.000,00 SANASA CEF 52.240.000,00
SANEAGO BNDES 145.206.000,00 SANASA OUTROS 227.480.000,00
SANEAGO CEF 77.918.000,00 SANEAGO BID 77.739.000,00
SANEAGO FIDC 502.500.000,00 SANEAGO BNDES 127.858.000,00
SANEAGO OUTROS 81.012.000,00 SANEAGO CEF 91.054.000,00
SANEATINS OUTROS 98.833.000,00 SANEAGO FIDC 252.500.000,00
SANEPAR BNDES 177.011.000,00 SANEAGO OUTROS 52.203.000,00
SANEPAR CEF 669.469.000,00 SANEATINS OUTROS 50.254.000,00
SANEPAR GOVERNO 54.193.000,00 SANECAP OUTROS 2.806.696,00
SANESUL BB 1.475.000,00 SANEPAR BID 9.472.000,00
SANESUL CEF 69.060.000,00 SANEPAR BNDES 144.012.000,00
SANEPAR CEF 657.635.000,00
SANEPAR GOVERNO 93.635.000,00
SANEPAR GOVERNO 136.000,00
SANESUL BB 123.000,00
SANESUL CEF 70.256.000,00
Companhia de saneamento 2010
Valores dos empréstimos
Companhia de saneamento 2009
Valores dos empréstimos
AGESPISA CEF 23.132.000,00 AGESPISA CEF 27.719.000,00
AGESPISA OUTROS 23.429.000,00 AGESPISA OUTROS 23.429.000,00
Águas de Cachoeiro BNDES 23.985.000,00 Águas de Cachoeiro BNDES 5.409.000,00
Águas de Imperador BNDES 5.618.195,00 Águas de Imperador BNDES 5.387.362,00
Águas de Joinvile CEF 18.085.547,00 Águas de Joinvile CEF 3.137.335,00
Águas de Jutunaíba BNDES 10.794.441,00 Águas de Jutunaíba BNDES 10.845.170,00
Águas de Limeira BB 2.793.000,00 Águas de Limeira BB 3.222.000,00
Águas de Limeira BNDES 245.000,00 Águas de Limeira BNDES 639.000,00
Águas de Limeira CEF 15.296.000,00 Águas de Limeira CEF 11.022.000,00
Águas de Limeira OUTROS 115.000,00 Águas de Limeira OUTROS 458.000,00
Águas de Niterói BNDES 23.230.496,00 Águas de Niterói BNDES 28.381.315,00
Águas de Niterói OUTROS 784.352,00 Águas de Paranaguá BNDES 58.640.000,00
Águas do Amazonas BNDES 139.916.000,00 Águas do Amazonas BNDES 125.662.000,00
Águas do Guariroba CEF 187.603.000,00 Águas do Guariroba CEF 187.367.000,00
Águas do Guariroba OUTROS 74.389.000,00 Águas do Guariroba OUTROS 96.390.000,00
28
Águas do Paraiba BNDES 15.124.905,00 Águas do Paraiba BNDES 18.054.936,00
CAEMA CEF 17.090.000,00 Águas do Paraiba OUTROS 1.088,00
CAERN CEF 4.159.758,00 CAEMA CEF 19.722.000,00
CAESB BB 3.686.717,00 CAERN CEF 13.658.470,00
CAESB BID 100.137.986,00 CAESB BB 67.126.183,00
CAESB BNDES 32.849.856,00 CAESB BID 107.493.463,00
CAESB CEF 255.915.050,00 CAESB BNDES 38.035.827,00
CAESB FIDC 120.289.802,00 CAESB CEF 278.658.611,00
CAESB GOVERNO 22.079.977,00 CAESB GOVERNO 7.558.497,00
CAGECE BID 137.360.000,00 CAGECE BID 83.343.000,00
CAGECE CEF 122.650.000,00 CAGECE CEF 134.207.000,00
CAGECE GOVERNO 40.797.000,00 CAGECE GOVERNO 55.090.000,00
CAGEPA BNDES 23.309.000,00 CAGEPA BNDES 28.682.000,00
CAGEPA CEF 28.038.000,00 CAGEPA CEF 33.443.000,00
CAGEPA OUTROS 138.354.000,00 CAGEPA OUTROS 110.054.000,00
CASAL BB 15.457.180,00 CASAL BB 17.564.906,00
CASAL OUTROS 25.315.920,00 CASAN BNDES 70.794.000,00
CASAN CEF 63.937.000,00 CASAN CEF 75.055.000,00
CASAN OUTROS 4.562.000,00 CASAN OUTROS 6.022.000,00
CASAN PROSPER 204.139.000,00 CASAN PROSPER 71.605.000,00
CEDAE CEF 191.422.000,00 CEDAE CEF 207.833.000,00
CEDAE GOVERNO 1.918.744.000,00 CEDAE GOVERNO 1.651.772.000,00
CESAN BB 8.222.000,00 CESAN BB 9.318.000,00
CESAN BNDES 48.035.000,00 CESAN BNDES 30.425.000,00
CESAN CEF 118.179.000,00 CESAN CEF 87.357.000,00
CESAN OUTROS 2.265.000,00 CESAN OUTROS 2.300.000,00
COMPESA CEF 57.436.000,00 COMPESA CEF 34.721.000,00
COMPESA OUTROS 6.398.000,00 COMPESA OUTROS 7.854.000,00
COPASA BNDES 374.414.000,00 COPASA BNDES 229.015.000,00
COPASA CEF 753.135.000,00 COPASA CEF 752.517.000,00
COPASA GOVERNO 184.781.000,00 COPASA GOVERNO 227.842.000,00
CORSAN BB 126.594.000,00 CORSAN BB 158.619.000,00
CORSAN BID 61.575.000,00 CORSAN BID 71.171.000,00
CORSAN CEF 76.512.000,00 CORSAN CEF 44.433.000,00
CORSAN GOVERNO 86.415.000,00 CORSAN GOVERNO 98.162.000,00
CORSAN BNDES 72.810.000,00 CORSAN BNDES 35.945.000,00
COSAMA CEF 1.154.325,00 COSAMA CEF 1.270.822,00
COSANPA OUTROS 41.780.699,00 COSANPA OUTROS 47.984.433,00
DAE Jundiaí CEF 15.450.000,00 DAE Jundiaí CEF 14.852.000,00
DAE Jundiaí OUTROS 247.000,00 DAE Jundiaí OUTROS 389.000,00
DESO BB 1.133.334,00 EMBASA BID 273.143.000,00
DESO OUTROS 53.939.322,00 EMBASA BNDES 39.967.000,00
EMBASA BID 237.932.000,00 EMBASA CEF 39.967.000,00
EMBASA BNDES 75.256.000,00 PROLAGOS OUTROS 37.704.000,00
EMBASA CEF 75.256.000,00 SABESP BID 1.084.246.000,00
29
PROLAGOS OUTROS 32.023.000,00 SABESP BNDES 341.317.000,00
SABESP BID 988.137.000,00 SABESP CEF 758.863.000,00
SABESP BNDES 274.285.000,00 SABESP EURO 243.001.000,00
SABESP CEF 874.457.000,00 SABESP FIDC 69.445.000,00
SABESP EURO 808.719.000,00 SABESP GOVERNO 1.415.969.000,00
SABESP FIDC 13.888.000,00 SABESP JICA 400.932.000,00
SABESP GOVERNO 1.134.900.000,00 SABESP OUTROS 14.851.000,00
SABESP JICA 436.978.000,00 SANASA BB 20.731.000,00
SABESP OUTROS 6.666.000,00 SANASA BNDES 3.242.000,00
SANASA BB 16.833.000,00 SANASA CEF 63.588.000,00
SANASA BNDES 5.616.000,00 SANASA OUTROS 177.482.000,00
SANASA CEF 57.993.000,00 SANEAGO BID 53.719.000,00
SANASA OUTROS 185.845.000,00 SANEAGO BNDES 87.026.000,00
SANEAGO BID 59.693.000,00 SANEAGO CEF 123.650.000,00
SANEAGO BNDES 117.019.000,00 SANEAGO OUTROS 210.139.000,00
SANEAGO CEF 108.292.000,00 SANEATINS BB 924.893,00
SANEAGO OUTROS 201.917.000,00 SANEATINS OUTROS 21.245.453,00
SANEATINS BB 351.887,00 SANECAP BB 346.845,00
SANEATINS OUTROS 32.711.062,00 SANEPAR BID 33.258.000,00
SANECAP OUTROS 6.916.666,00 SANEPAR BNDES 45.203.000,00
SANEPAR BID 22.039.000,00 SANEPAR CEF 598.647.000,00
SANEPAR BNDES 129.884.000,00 SANEPAR GOVERNO 161.777.000,00
SANEPAR CEF 643.651.000,00 SANEPAR OUTROS 512.000,00
SANEPAR GOVERNO 129.083.000,00 SANESUL CEF 48.210.000,00
SANESUL BB 1.597.000,00
SANESUL CEF 55.509.000,00 Fonte: dados da pesquisa
Algumas observações precisam ser feitas em relação à Tabela 01:
As companhias CAER, CAERD, CAERN, CODEN, SANECAP e SANED
não apresentaram empréstimos e financiamentos no ano de 2012.
As companhias CAER, CAERD, CAESA, CODEN, EMASA, SANED não
apresentaram empréstimos e financiamentos nos anos de 2009 a 2011.
A empresa Águas do Paranaguá evidenciou empréstimos e
financiamentos no seu balanço, mas as instituições que forneceram
recursos não foram discriminadas nas notas explicativas. Sendo assim,
não foi possível incluir essa empresa na Tabela 01 nos anos em que
isso ocorreu (2010 a 2012). A mesma situação aconteceu com a
companhia DESO no ano de 2009.
Após isso, identificaram-se os juros que as instituições aplicaram nas
companhias de saneamento básico. Observou-se que boa parte dos
30
empréstimos continha uma taxa de juros fixa somada a algum indexador. Os
tipos de indexadores encontrados e os seus valores no período de 2009 a 2012
estão expostos nos Quadros 03 e 04.
Quadro 03 – Tipos de Indexadores utilizados.
Indexadores Nome
USD Dólar Americano
Iene Unidade Monetária do Japão
UPR Unidade Padrão de Referência
TR Taxa Referencial
IPCA Índice de Preços ao Consumidor Amplo
IGP-M Índice Geral de Preços do Mercado
TJLP Taxa de Juros de Longo Prazo
CDI Certificado de Depósito Interfinanceiro
UMBNDES Unidade Monetário do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social
Fonte: dados da pesquisa
Quadro 04 – Valores dos indexadores no período de 2009 a 2012.
INDEXADORES 2012 2011 2010 2009
USD 8.94% 12.58% -4.31% -25.49%
IENE -2.43% 18.59% 8.99% -27.10%
UPR 0.26% 0.66% 1.00% 0.71%
TR 0.29% 1.21% 0.69% 0.71%
IPCA 5.53% 6.50% 5.91% 4.31%
IGP-M 7.81% 5.10% 11.32% -1.71%
TJLP 5.75% 6.00% 6.00% 6.12%
CDI 8.37% 11.60% 9.71% 9.84%
UMBNDES 3.56% 3.59% 4.16% 4.29% Fonte: dados da pesquisa
Os valores expostos no Quadro 04 da variação do USD e Iene foram
retirados das notas explicativas da Sabesp. O da UPR nas notas explicativas
da Águas do Guariroba. Os indexadores IPCA, IGP-M, TR e TJLP foram
verificados no site www.portalbrasil.net. E, por fim, o valor do CDI consta no
site www.cetip.com.br.
Com base nos empréstimos feitos pelas companhias de saneamento e
taxas de juros aplicados, construiu-se a Tabela 02 exibida abaixo.
Tabela 02 – Juros incorridos pelas companhias de saneamento básico. (valores em reais)
CS F Empréstimo TJF Indexador Ano TJT VJI
AGESPISA CEF 8.715.000,00 5,00% UPR 2012 5,26% 458.409,00
31
AGESPISA CEF 2.133.000,00 6,50% UPR 2012 6,76% 144.190,80
AGESPISA CEF 2.007.000,00 8,00% UPR 2012 8,26% 165.778,20
Águas de Joinvile CEF 18.166.891,00 8,20% TR 2012 8,49% 1.542.369,05
Águas de Joinvile CEF 23.566.926,00 8,20% TR 2012 8,49% 2.000.832,02
Águas de Joinvile CEF 10.517.217,00 8,76% TR 2012 9,05% 951.808,14
Águas de Jutunaíba BNDES 1.595.000,00 4,50% FIXA 2012 4,50% 71.775,00
Águas de Jutunaíba BNDES 194.000,00 5,50% FIXA 2012 5,50% 10.670,00
Águas de Jutunaíba BNDES 143.000,00 10,00% FIXA 2012 10,00% 14.300,00
Águas de Jutunaíba BNDES 29.000,00 5,50% FIXA 2012 5,50% 1.595,00
Águas de Jutunaíba BNDES 1.444.000,00 6,50% TJLP 2012 12,25% 176.890,00
Águas de Jutunaíba BNDES 1.715.000,00 3,30% TJLP 2012 9,05% 155.207,50
Águas de Jutunaíba BNDES 1.619.000,00 6,00% TJLP 2012 11,75% 190.232,50
Águas de Jutunaíba BNDES 3.125.000,00 4,15% TJLP 2012 9,90% 309.375,00
Águas de Jutunaíba BNDES 922.000,00 3,15% USD 2012 12,09% 111.469,80
Águas de Limeira BB 1.151.000,00 11,39% TR 2012 11,68% 134.436,80
Águas de Limeira CEF 800.000,00 8,00% TR 2012 8,29% 66.320,00
Águas de Limeira CEF 4.755.000,00 6,50% TR 2012 6,79% 322.864,50
Águas de Limeira CEF 15.693.000,00 6,00% TR 2012 6,29% 987.089,70
Águas de Limeira CEF 569.000,00 6,00% TR 2012 6,29% 35.790,10
Águas de Niterói BNDES 478.000,00 5,00% FIXA 2012 5,00% 23.900,00
Águas de Niterói BNDES 1.572.000,00 4,50% FIXA 2012 4,50% 70.740,00
Águas de Niterói BNDES 56.000,00 5,75% FIXA 2012 5,75% 3.220,00
Águas de Niterói BNDES 770.000,00 8,70% FIXA 2012 8,70% 66.990,00
Águas de Niterói BNDES 13.457.000,00 1,92% TJLP 2012 7,67% 1.032.151,90
Águas de Niterói BNDES 4.368.000,00 4,72% TJLP 2012 10,47% 457.329,60
Águas de Niterói BNDES 14.000,00 7,00% TJLP 2012 12,75% 1.785,00
Águas do Amazonas BNDES 4.126.000,00 13,05% TJLP 2012 18,80% 775.688,00
Águas do Amazonas BNDES 103.918.000,00 7,71% TJLP 2012 13,46% 13.987.362,80
Águas do Cachoeiro BNDES 71.049.000,00 2,05% TJLP 2012 7,80% 5.541.822,00
Águas do Guariroba CEF 174.358.000,00 8,50% UPR 2012 8,76% 15.273.760,80
Águas do Imperador BNDES 102.000,00 4,50% FIXA 2012 4,50% 4.590,00
Águas do Imperador BNDES 2.209.000,00 5,50% FIXA 2012 5,50% 121.495,00
Águas do Imperador BNDES 72.000,00 8,70% FIXA 2012 8,70% 6.264,00
Águas do Imperador BNDES 496.000,00 10,00% FIXA 2012 10,00% 49.600,00
Águas do Imperador BNDES 146.000,00 2,50% FIXA 2012 2,50% 3.650,00
Águas do Imperador BNDES 3.613.000,00 2,00% TJLP 2012 7,75% 280.007,50
Águas do Imperador BNDES 4.670.00s0,00 3,80% TJLP 2012 9,55% 445.985,00
Águas do Imperador BNDES 1.637.000,00 5,00% TJLP 2012 10,75% 175.977,50
Águas do Imperador BNDES 1.307.000,00 2,80% USD 2012 11,74% 153.441,80
Águas do Paraíba BNDES 492.000,00 4,50% FIXA 2012 4,50% 22.140,00
Águas do Paraíba BNDES 90.000,00 5,50% FIXA 2012 5,50% 4.950,00
Águas do Paraíba BNDES 60.000,00 8,70% FIXA 2012 8,70% 5.220,00
Águas do Paraíba BNDES 73.000,00 5,50% FIXA 2012 5,50% 4.015,00
Águas do Paraíba BNDES 6.700.000,00 2,70% TJLP 2012 8,45% 566.150,00
Águas do Paraíba BNDES 716.000,00 3,50% TJLP 2012 9,25% 66.230,00
Águas do Paraíba BNDES 151.000,00 5,00% TJLP 2012 10,75% 16.232,50
Águas do Paraíba BNDES 7.103.000,00 3,80% TJLP 2012 9,55% 678.336,50
Águas do Paraíba BNDES 1.851.000,00 2,80% UMBNDES 2012 6,36% 117.723,60
CAEMA CEF 11.555.000,00 5,00% TR 2012 5,29% 611.259,50
CAESB BB 102.201.330,00 2,00% CDI 2012 10,37% 10.598.277,92
CAESB BID 108.372.754,00 2,05% USD 2012 10,99% 11.910.165,66
CAESB BNDES 16.230.733,00 3,25% TJLP 2012 9,00% 1.460.765,97
CAESB CEF 246.388.134,00 8,50% TR 2012 8,79% 21.657.516,98
CAESB FIDC 88.563.689,00 3,50% CDI 2012 11,87% 10.512.509,88
CAESB GOVERNO 39.871.898,00 12,00% CDI 2012 20,37% 8.121.905,62
CAGECE BID 179.080.000,00 5,00% USD 2012 13,94% 24.963.752,00
CAGECE BNDES 124.265.000,00 1,81% TJLP 2012 7,56% 9.394.434,00
CAGECE CEF 132.765.000,00 7,00% TR 2012 7,29% 9.678.568,50
CAGECE GOVERNO 11.398.000,00 4,40% TR 2012 4,69% 534.566,20
32
CAGECE GOVERNO 7.961.000,00 7,25% TR 2012 7,54% 600.259,40
CAGEPA BNDES 11.534.000,00 3,25% TJLP 2012 9,00% 1.038.060,00
CAGEPA CEF 14.844.000,00 6,50% TR 2012 6,79% 1.007.907,60
CASAN CEF 42.598.000,00 9,87% TR 2012 10,16% 4.327.956,80
CASAN JICA 4.802.000,00 1,20% FIXA 2012 1,20% 57.624,00
CASAN PROSPER 149.210.000,00 12,00% IPCA 2012 17,53% 26.156.513,00
CEDAE CEF 155.522.000,00 9,50% UPR 2012 9,76% 15.178.947,20
CEDAE FIDC 1.015.833.000,00 2,90% CDI 2012 11,27% 114.484.379,10
CEDAE GOVERNO 124.173.000,00 10,00% TR 2012 10,29% 12.777.401,70
COMPESA CEF 25.000.000,00 3,66% CDI 2012 12,03% 3.007.500,00
COMPESA CEF 21.732.000,00 6,50% TR 2012 6,79% 1.475.602,80
COPASA BNDES 592.231.000,00 7,08% TJLP 2012 7,08% 41.929.954,80
COPASA CEF 676.488.000,00 9,59% TR 2012 9,88% 66.837.014,40
COPASA GOVERNO 8.655.000,00 9,03% IGP-M 2012 16,84% 1.457.502,00
COPASA GOVERNO 42.112.000,00 5,38% TR 2012 5,67% 2.387.750,40
COPASA GOVERNO 56.162.000,00 4,58% USD 2012 13,52% 7.593.102,40
CORSAN BB 56.815.000,00 7,44% TR 2012 7,73% 4.391.799,50
CORSAN BID 60.775.000,00 4,16% USD 2012 13,10% 7.961.525,00
CORSAN CEF 96.080.000,00 6,00% UPR 2012 6,26% 6.014.608,00
CORSAN GOVERNO 752.000,00 11,00% TR 2012 11,29% 84.900,80
CORSAN GOVERNO 1.153.000,00 6,00% UPR 2012 6,26% 72.177,80
CORSAN GOVERNO 4.118.000,00 6,00% UPR 2012 6,26% 257.786,80
CORSAN BNDES 140.891.000,00 2,61% TJLP 2012 8,36% 11.778.487,60
CORSAN GOVERNO 12.654.000,00 8,00% UPR 2012 8,26% 1.045.220,40
CORSAN GOVERNO 22.278.000,00 6,00% UPR 2012 6,26% 1.394.602,80
COSAMA CEF 893.592,00 6,00% UPR 2012 6,26% 55.938,86
DAE Jundiaí CEF 10.817.000,00 6,00% FIXA 2012 6,00% 649.020,00
DAE Jundiaí CEF 1.148.000,00 8,00% FIXA 2012 8,00% 91.840,00
DESO BB 19.555.556,00 5,25% CDI 2012 13,62% 2.663.466,73
EMBASA BID 235.375.000,00 2,83% USD 2012 11,77% 27.703.637,50
EMBASA BNDES 192.244.000,00 2,71% TJLP 2012 8,46% 16.263.842,40
EMBASA CEF 98.385.000,00 2,40% CDI 2012 10,77% 10.596.064,50
EMBASA CEF 258.235.000,00 6,25% FIXA 2012 6,25% 16.139.687,50
PROLAGOS BNDES 58.935.000,00 3,92% TJLP 2012 9,67% 5.699.014,50
SABESP BID 848.461.000,00 2,00% USD 2012 10,94% 92.821.633,40
SABESP BID 410.513.000,00 2,75% USD 2012 11,69% 47.988.969,70
SABESP BNDES 4.154.000,00 3,00% TJLP 2012 8,75% 363.475,00
SABESP BNDES 114.164.000,00 2,50% TJLP 2012 8,25% 9.418.530,00
SABESP BNDES 88.691.000,00 2,15% TJLP 2012 7,90% 7.006.589,00
SABESP BNDES 6.500.000,00 1,72% TJLP 2012 7,47% 485.550,00
SABESP BNDES 13.000.000,00 1,72% TJLP 2012 7,47% 971.100,00
SABESP BNDES 235.256.000,00 1,92% TJLP 2012 7,67% 18.044.135,20
SABESP CEF 1.048.221.000,00 6,80% UPR 2012 7,06% 74.004.402,60
SABESP EURO 285.655.000,00 7,50% USD 2012 16,44% 46.961.682,00
SABESP EURO 708.076.000,00 6,25% USD 2012 15,19% 107.556.744,40
SABESP GOVERNO 480.937.000,00 8,50% UPR 2012 8,76% 42.130.081,20
SABESP JICA 464.706.000,00 4,30% IENE 2012 1,87% 8.690.002,20
SABESP JICA 417.472.000,00 4,30% IENE 2012 1,87% 7.806.726,40
SABESP JICA 7.524.000,00 1,20% IENE 2012 -1,23% (92.545,20)
SANASA BB 7.332.000,00 11,50% TR 2012 11,79% 864.442,80
SANASA BNDES 752.000,00 7,60% CDI 2012 15,97% 120.094,40
SANASA BNDES 1.853.000,00 5,90% TJLP 2012 11,65% 215.874,50
SANASA CEF 35.100.000,00 3,66% CDI 2012 12,03% 4.222.530,00
SANASA CEF 44.703.000,00 9,25% UPR 2012 9,51% 4.251.255,30
SANEAGO BB 4.768.000,00 10,43% CDI 2012 18,80% 896.384,00
SANEAGO BB 1.496.000,00 10,00% CDI 2012 18,37% 274.815,20
SANEAGO BID 79.344.000,00 2,32% USD 2012 11,26% 8.934.134,40
SANEAGO BNDES 129.575.000,00 3,28% TJLP 2012 9,03% 11.700.622,50
SANEAGO BNDES 15.631.000,00 3,17% TJLP 2012 8,92% 1.394.285,20
33
SANEAGO CEF 6.174.000,00 8,00% TR 2012 8,29% 511.824,60
SANEAGO CEF 9.967.000,00 6,00% TR 2012 6,29% 626.924,30
SANEAGO CEF 61.777.000,00 6,50% UPR 2012 6,76% 4.176.125,20
SANEAGO FIDC 85.850.000,00 3,50% CDI 2012 11,87% 10.190.395,00
SANEAGO FIDC 166.650.000,00 9,00% IPCA 2012 14,53% 24.214.245,00
SANEPAR BNDES 177.011.000,00 7,91% TJLP 2012 13,66% 24.179.702,60
SANEPAR CEF 669.469.000,00 10,46% TR 2012 10,75% 71.967.917,50
SANEPAR GOVERNO 54.115.000,00 8,18% TR 2012 8,47% 4.583.540,50
SANEPAR GOVERNO 78.000,00 6,48% TR 2012 6,77% 5.280,60
SANESUL BB 1.475.000,00 10,00% FIXA 2012 10,00% 147.500,00
SANESUL CEF 62.101.000,00 6,00% UPR 2012 6,26% 3.887.522,60
SANESUL CEF 4.744.000,00 6,50% UPR 2012 6,76% 320.694,40
SANESUL CEF 1.691.000,00 8,00% UPR 2012 8,26% 139.676,60
SANESUL CEF 524.000,00 5,00% UPR 2012 5,26% 27.562,40
AGESPISA CEF 11.475.000,00 5,00% UPR 2011 5,66% 649.485,00
AGESPISA CEF 3.431.000,00 6,50% UPR 2011 7,16% 245.659,60
AGESPISA CEF 3.370.000,00 8,00% UPR 2011 8,66% 291.842,00
Águas de Cachoeiro BNDES 55.154.000,00 2,05% TJLP 2011 8,05% 4.439.897,00
Águas de Imperador BNDES 142.000,00 4,50% FIXA 2011 4,50% 6.390,00
Águas de Imperador BNDES 2.092.000,00 5,50% FIXA 2011 5,50% 115.060,00
Águas de Imperador BNDES 4.788.000,00 2,00% TJLP 2011 8,00% 383.040,00
Águas de Joinvile CEF 18.368.569,00 8,20% TR 2011 9,41% 1.728.482,34
Águas de Joinvile CEF 8.601.224,00 8,20% TR 2011 9,41% 809.375,18
Águas de Jutunaíba BNDES 847.000,00 4,50% FIXA 2011 4,50% 38.115,00
Águas de Jutunaíba BNDES 267.000,00 5,50% FIXA 2011 5,50% 14.685,00
Águas de Jutunaíba BNDES 176.000,00 10,00% FIXA 2011 10,00% 17.600,00
Águas de Jutunaíba BNDES 2.529.000,00 6,50% TJLP 2011 12,50% 316.125,00
Águas de Jutunaíba BNDES 2.164.000,00 3,30% TJLP 2011 9,30% 201.252,00
Águas de Jutunaíba BNDES 2.227.000,00 6,00% TJLP 2011 12,00% 267.240,00
Águas de Jutunaíba BNDES 2.615.000,00 4,15% TJLP 2011 10,15% 265.422,50
Águas de Jutunaíba BNDES 730.000,00 3,15% USD 2011 15,73% 114.829,00
Águas de Limeira BB 1.953.000,00 11,39% TR 2011 12,60% 246.078,00
Águas de Limeira CEF 1.381.000,00 8,00% TR 2011 9,21% 127.190,10
Águas de Limeira CEF 6.991.000,00 6,50% TR 2011 7,71% 539.006,10
Águas de Limeira CEF 11.596.000,00 6,00% TR 2011 7,21% 836.071,60
Águas de Limeira CEF 630.000,00 6,00% TR 2011 7,21% 45.423,00
Águas de Niterói BNDES 662.000,00 5,00% FIXA 2011 5,00% 33.100,00
Águas de Niterói BNDES 1.484.000,00 4,50% FIXA 2011 4,50% 66.780,00
Águas de Niterói BNDES 306.000,00 5,75% FIXA 2011 5,75% 17.595,00
Águas de Niterói BNDES 13.457.000,00 1,92% TJLP 2011 7,92% 1.065.794,40
Águas de Niterói BNDES 828.000,00 4,72% TJLP 2011 10,72% 88.761,60
Águas de Niterói BNDES 828.000,00 4,72% TJLP 2011 10,72% 88.761,60
Águas de Niterói BNDES 77.000,00 7,00% TJLP 2011 13,00% 10.010,00
Águas do Amazonas BNDES 4.236.000,00 13,05% TJLP 2011 19,05% 806.958,00
Águas do Amazonas BNDES 108.867.000,00 7,71% TJLP 2011 13,71% 14.925.665,70
Águas do Amazonas GOVERNO 241.000,00 11,50% FIXA 2011 11,50% 27.715,00
Águas do Guariroba CEF 182.056.000,00 8,50% UPR 2011 9,16% 16.676.329,60
Águas do Paraíba BNDES 683.000,00 4,50% FIXA 2011 4,50% 30.735,00
Águas do Paraíba BNDES 120.000,00 5,50% FIXA 2011 5,50% 6.600,00
Águas do Paraíba BNDES 8.140.000,00 2,70% TJLP 2011 8,70% 708.180,00
Águas do Paraíba BNDES 2.437.000,00 3,50% TJLP 2011 9,50% 231.515,00
Águas do Paraíba BNDES 512.000,00 5,00% TJLP 2011 11,00% 56.320,00
Águas do Paraíba BNDES 2.100.000,00 3,80% TJLP 2011 9,80% 205.800,00
Águas do Paraíba BNDES 530.000,00 2,80% UMBNDES 2011 6,39% 33.867,00
CAEMA CEF 14.586.000,00 5,00% TR 2011 6,21% 905.790,60
CAESB BB 63.262.595,00 2,00% CDI 2011 13,60% 8.603.712,92
CAESB BID 106.805.489,00 2,05% USD 2011 14,63% 15.625.643,04
CAESB BNDES 25.603.681,00 3,25% TJLP 2011 9,25% 2.368.340,49
CAESB CEF 247.632.999,00 8,50% TR 2011 9,71% 24.045.164,20
34
CAESB FIDC 111.235.622,00 3,50% CDI 2011 15,10% 16.796.578,92
CAESB GOVERNO 39.155.719,00 12,00% CDI 2011 23,60% 9.240.749,68
CAGECE BID 170.735.000,00 5,00% USD 2011 17,58% 30.015.213,00
CAGECE BNDES 48.614.000,00 1,81% TJLP 2011 7,81% 3.796.753,40
CAGECE CEF 128.626.000,00 7,00% TR 2011 8,21% 10.560.194,60
CAGECE GOVERNO 21.366.000,00 4,40% TR 2011 5,61% 1.198.632,60
CAGECE GOVERNO 9.681.000,00 7,25% TR 2011 8,46% 819.012,60
CAGEPA BNDES 13.934.000,00 3,25% TJLP 2011 9,25% 1.288.895,00
CAGEPA CEF 20.493.000,00 6,50% TR 2011 7,71% 1.580.010,30
CASAN CEF 52.525.000,00 9,87% TR 2011 11,08% 5.819.770,00
CASAN PROSPER 160.261.000,00 12,00% IPCA 2011 18,50% 29.648.285,00
CEDAE CEF 174.168.000,00 9,50% UPR 2011 10,16% 17.695.468,80
CEDAE GOVERNO 211.978.000,00 10,00% TR 2011 11,21% 23.762.733,80
COMPESA CEF 15.646.000,00 3,69% CDI 2011 15,29% 2.392.273,40
COMPESA CEF 27.953.000,00 6,50% TR 2011 7,71% 2.155.176,30
COPASA BNDES 588.047.000,00 7,08% TJLP 2011 7,08% 41.633.727,60
COPASA CEF 728.720.000,00 9,59% TR 2011 10,80% 78.701.760,00
COPASA GOVERNO 12.473.000,00 9,03% IGP-M 2011 14,13% 1.762.434,90
COPASA GOVERNO 78.681.000,00 5,38% TR 2011 6,59% 5.185.077,90
COPASA GOVERNO 55.750.000,00 4,58% USD 2011 17,16% 9.566.700,00
CORSAN BB 91.935.000,00 7,44% TR 2011 8,65% 7.952.377,50
CORSAN BID 62.741.000,00 4,16% USD 2011 16,74% 10.502.843,40
CORSAN CEF 68.361.000,00 6,00% UPR 2011 6,66% 4.552.842,60
CORSAN GOVERNO 1.368.000,00 11,00% TR 2011 12,21% 167.032,80
CORSAN GOVERNO 1.185.000,00 6,00% UPR 2011 6,66% 78.921,00
CORSAN GOVERNO 3.389.000,00 6,00% UPR 2011 6,66% 225.707,40
CORSAN BNDES 109.622.000,00 2,61% TJLP 2011 8,61% 9.438.454,20
CORSAN GOVERNO 35.047.000,00 8,00% UPR 2011 8,66% 3.035.070,20
CORSAN GOVERNO 23.806.000,00 6,00% UPR 2011 6,66% 1.585.479,60
COSAMA CEF 1.033.823,00 6,00% UPR 2011 6,66% 68.852,61
DAE Jundiaí CEF 11.460.000,00 6,00% FIXA 2011 6,00% 687.600,00
DAE Jundiaí CEF 1.307.000,00 8,00% FIXA 2011 8,00% 104.560,00
DAE Jundiaí CEF 728.000,00 9,50% FIXA 2011 9,50% 69.160,00
DESO BB 1.000.000,00
125% CDI 2011 15,73% 157.250,00
DESO BB 24.651.183,00 5,25% CDI 2011 16,85% 4.153.724,34
EMBASA BID 241.613.000,00 2,83% USD 2011 15,41% 37.232.563,30
EMBASA BNDES 149.330.000,00 2,71% TJLP 2011 8,71% 13.006.643,00
EMBASA CEF 163.344.000,00 6,25% FIXA 2011 6,25% 10.209.000,00
SABESP BID 723.732.000,00 2,00% USD 2011 14,58% 105.520.125,60
SABESP BID 421.266.000,00 2,75% USD 2011 15,33% 64.580.077,80
SABESP BNDES 41.045.000,00 3,00% TJLP 2011 9,00% 3.694.050,00
SABESP BNDES 130.474.000,00 2,50% TJLP 2011 8,50% 11.090.290,00
SABESP BNDES 73.917.000,00 2,15% TJLP 2011 8,15% 6.024.235,50
SABESP BNDES 249.653.000,00 1,92% TJLP 2011 7,92% 19.772.517,60
SABESP CEF 1.018.931.000,00 6,80% UPR 2011 7,46% 76.012.252,60
SABESP EURO 262.067.000,00 7,50% USD 2011 20,08% 52.623.053,60
SABESP EURO 649.024.000,00 6,25% USD 2011 18,83% 122.211.219,20
SABESP GOVERNO 828.243.000,00 8,50% UPR 2011 9,16% 75.867.058,80
SABESP JICA 504.281.000,00 4,30% IENE 2011 22,89% 115.429.920,90
SABESP JICA 453.032.000,00 4,30% IENE 2011 22,89% 103.699.024,80
SABESP JICA 1.420.000,00 1,20% IENE 2011 19,79% 281.018,00
SANASA BB 12.450.000,00 11,50% TR 2011 12,71% 1.582.395,00
SANASA BNDES 1.429.000,00 7,60% CDI 2011 19,20% 274.368,00
SANASA BNDES 2.908.000,00 5,90% TJLP 2011 11,90% 346.052,00
SANASA CEF 52.240.000,00 9,25% UPR 2011 9,91% 5.176.984,00
SANEAGO BID 77.739.000,00 2,32% USD 2011 14,90% 11.583.111,00
SANEAGO BNDES 108.305.000,00 3,28% TJLP 2011 9,28% 10.050.704,00
SANEAGO BNDES 19.553.000,00 3,17% TJLP 2011 9,17% 1.793.010,10
SANEAGO CEF 5.348.000,00 8,00% TR 2011 9,21% 492.550,80
35
SANEAGO CEF 5.385.000,00 6,00% TR 2011 7,21% 388.258,50
SANEAGO CEF 80.321.000,00 6,50% UPR 2011 7,16% 5.750.983,60
SANEPAR BID 9.472.000,00 11,57% FIXA 2011 11,57% 1.095.910,40
SANEPAR BNDES 144.012.000,00 7,91% TJLP 2011 13,91% 20.032.069,20
SANEPAR CEF 657.635.000,00 10,46% TR 2011 11,67% 76.746.004,50
SANEPAR GOVERNO 93.635.000,00 8,18% TR 2011 9,39% 8.792.326,50
SANEPAR GOVERNO 136.000,00 6,48% TR 2011 7,69% 10.458,40
SANESUL BB 123.000,00 5,75% FIXA 2011 5,75% 7.072,50
SANESUL CEF 61.122.000,00 6,00% UPR 2011 6,66% 4.070.725,20
SANESUL CEF 5.616.000,00 6,50% UPR 2011 7,16% 402.105,60
SANESUL CEF 2.828.000,00 8,00% UPR 2011 8,66% 244.904,80
SANESUL CEF 690.000,00 5,00% UPR 2011 5,66% 39.054,00
AGESPISA CEF 13.955.000,00 5,00% UPR 2010 6,00% 837.300,00
AGESPISA CEF 4.600.000,00 6,50% UPR 2010 7,50% 345.000,00
AGESPISA CEF 4.577.000,00 8,00% UPR 2010 9,00% 411.930,00
Águas de Cachoeiro BNDES 355.000,00 10,25% FIXA 2010 10,25% 36.387,50
Águas de Cachoeiro BNDES 23.630.000,00 2,05% TJLP 2010 8,05% 1.902.215,00
Águas de Imperador BNDES 167.370,00 4,50% FIXA 2010 4,50% 7.531,65
Águas de Imperador BNDES 5.450.825,00 2,00% TJLP 2010 8,00% 436.066,00
Águas de Joinvile CEF 18.085.547,00 8,20% TR 2010 8,89% 1.607.805,13
Águas de Jutunaíba BNDES 6.224.152,00 6,50% TJLP 2010 12,50% 778.019,00
Águas de Jutunaíba BNDES 2.285.059,00 6,50% TJLP 2010 12,50% 285.632,38
Águas de Jutunaíba BNDES 2.285.230,00 5,00% TJLP 2010 11,00% 251.375,30
Águas de Limeira BB 2.793.000,00 11,39% TR 2010 12,08% 337.394,40
Águas de Limeira BNDES 245.000,00 6,40% TJLP 2010 12,40% 30.380,00
Águas de Limeira CEF 4.507.000,00 12,00% TR 2010 12,69% 571.938,30
Águas de Limeira CEF 10.789.000,00 10,50% TR 2010 11,19% 1.207.289,10
Águas de Niterói BNDES 1.354.197,00 4,50% FIXA 2010 4,50% 60.938,87
Águas de Niterói BNDES 1.498.365,00 4,50% FIXA 2010 4,50% 67.426,43
Águas de Niterói BNDES 697.967,00 4,50% FIXA 2010 4,50% 31.408,52
Águas de Niterói BNDES 16.366.265,00 3,30% TJLP 2010 9,30% 1.522.062,65
Águas de Niterói BNDES 1.656.843,00 4,72% TJLP 2010 10,72% 177.613,57
Águas de Niterói BNDES 1.656.859,00 4,72% TJLP 2010 10,72% 177.615,28
Águas do Amazonas BNDES 3.037.000,00 3,80% CDI 2010 13,51% 410.298,70
Águas do Amazonas BNDES 14.232.000,00 8,00% CDI+TJLP 2010 23,71% 3.374.407,20
Águas do Amazonas BNDES 5.674.000,00 4,80% TJLP 2010 10,80% 612.792,00
Águas do Amazonas BNDES 116.973.000,00 3,17% TJLP 2010 9,17% 10.726.424,10
Águas do Guariroba CEF 187.603.000,00 8,50% UPR 2010 9,50% 17.822.285,00
Águas do Paraiba BNDES 762.874,00 5,00% FIXA 2010 5,00% 38.143,70
Águas do Paraiba BNDES 14.362.031,00 4,25% TJLP 2010 10,25% 1.472.108,18
CAEMA CEF 17.090.000,00 5,00% TR 2010 5,69% 972.421,00
CAESB BB 3.686.717,00 2,00% CDI 2010 11,71% 431.714,56
CAESB BID 100.137.986,00 2,05% USD 2010 -2,26% (2.263.118,48)
CAESB BNDES 32.849.856,00 3,25% TJLP 2010 9,25% 3.038.611,68
CAESB CEF 255.915.050,00 8,50% TR 2010 9,19% 23.518.593,10
CAESB FIDC 120.289.802,00 3,50% CDI 2010 13,21% 15.890.282,84
CAESB GOVERNO 20.319.282,00 12,00% CDI 2010 21,71% 4.411.316,12
CAGECE BID 137.360.000,00 5,00% USD 2010 0,69% 947.784,00
CAGECE CEF 122.650.000,00 7,00% TR 2010 7,69% 9.431.785,00
CAGECE GOVERNO 30.563.000,00 4,40% TR 2010 5,09% 1.555.656,70
CAGECE GOVERNO 10.234.000,00 7,25% TR 2010 7,94% 812.579,60
CAGEPA BNDES 23.309.000,00 3,25% TJLP 2010 9,25% 2.156.082,50
CAGEPA CEF 28.038.000,00 6,50% TR 2010 7,19% 2.015.932,20
CASAN CEF 63.937.000,00 9,87% TR 2010 10,56% 6.751.747,20
CASAN PROSPER 204.139.000,00 12,00% IPCA 2010 17,91% 36.561.294,90
CEDAE CEF 191.422.000,00 10,50% UPR 2010 11,50% 22.013.530,00
CEDAE GOVERNO 275.155.000,00 10,00% TR 2010 10,69% 29.414.069,50
CEDAE GOVERNO 1.643.589.000,00 11,00% TR 2010 11,69% 192.135.554,10
CESAN BNDES 48.035.000,00 1,61% TJLP 2010 7,61% 3.655.463,50
36
CESAN CEF 118.179.000,00 6,00% FIXA 2010 6,00% 7.090.740,00
COMPESA CEF 24.034.000,00 0,30% CDI 2010 10,01% 2.405.803,40
COMPESA CEF 33.402.000,00 6,50% TR 2010 7,19% 2.401.603,80
COPASA BNDES 374.414.000,00 7,56% TJLP 2010 7,56% 28.305.698,40
COPASA CEF 753.135.000,00 10,02% TR 2010 10,71% 80.660.758,50
COPASA GOVERNO 16.901.000,00 8,99% IGP-M 2010 20,31% 3.432.593,10
COPASA GOVERNO 112.130.000,00 5,38% TR 2010 6,07% 6.806.291,00
COPASA GOVERNO 55.750.000,00 4,72% USD 2010 0,41% 228.575,00
CORSAN BB 126.594.000,00 7,44% TR 2010 8,13% 10.292.092,20
CORSAN BID 61.575.000,00 4,16% USD 2010 -0,15% (92.362,50)
CORSAN CEF 76.512.000,00 6,08% UPR 2010 7,08% 5.417.049,60
CORSAN GOVERNO 2.342.000,00 11,00% TR 2010 11,69% 273.779,80
CORSAN GOVERNO 26.221.000,00 6,00% UPR 2010 7,00% 1.835.470,00
CORSAN BNDES 72.810.000,00 2,61% TJLP 2010 8,61% 6.268.941,00
CORSAN GOVERNO 57.852.000,00 8,27% UPR 2010 9,27% 5.362.880,40
COSAMA CEF 1.154.325,00 6,00% UPR 2010 7,00% 80.802,75
DAE Jundiaí CEF 11.949.000,00 6,00% FIXA 2010 6,00% 716.940,00
DAE Jundiaí CEF 1.440.000,00 8,00% FIXA 2010 8,00% 115.200,00
DAE Jundiaí CEF 2.061.000,00 9,50% FIXA 2010 9,50% 195.795,00
DESO BB 1.000.000,00
125% CDI 2010 12,14% 121.375,00
DESO BB 133.334,00 4,00% CDI 2010 13,71% 18.280,09
EMBASA BID 237.932.000,00 3,60% USD 2010 -0,71% (1.689.317,20)
EMBASA BNDES 75.256.000,00 2,71% TJLP 2010 8,71% 6.554.797,60
EMBASA CEF 75.256.000,00 6,25% FIXA 2010 6,25% 4.703.500,00
SABESP BID 574.669.000,00 2,00% USD 2010 -2,31% (13.274.853,90)
SABESP BID 413.468.000,00 2,75% USD 2010 -1,56% (6.450.100,80)
SABESP BNDES 13.889.000,00 3,00% TJLP 2010 9,00% 1.250.010,00
SABESP BNDES 83.921.000,00 2,50% TJLP 2010 8,50% 7.133.285,00
SABESP BNDES 130.474.000,00 2,15% TJLP 2010 8,15% 10.633.631,00
SABESP BNDES 46.001.000,00 1,92% TJLP 2010 7,92% 3.643.279,20
SABESP CEF 874.457.000,00 6,80% UPR 2010 7,80% 68.207.646,00
SABESP EURO 232.612.000,00 7,50% USD 2010 3,19% 7.420.322,80
SABESP EURO 576.107.000,00 6,25% USD 2010 1,94% 11.176.475,80
SABESP FIDC 13.888.000,00 0,70% CDI 2010 10,41% 1.445.740,80
SABESP GOVERNO 1.134.900.000,00 8,50% UPR 2010 9,50% 107.815.500,00
SABESP JICA 436.978.000,00 4,30% IENE 2010 13,29% 58.074.376,20
SANASA BB 16.833.000,00 11,50% TR 2010 12,19% 2.051.942,70
SANASA BNDES 471.000,00 4,80% TJLP 2010 10,80% 50.868,00
SANASA BNDES 146.000,00 5,30% TJLP 2010 11,30% 16.498,00
SANASA BNDES 3.026.000,00 7,00% TJLP 2010 13,00% 393.380,00
SANASA BNDES 718.000,00 7,40% TJLP 2010 13,40% 96.212,00
SANASA BNDES 493.000,00 9,40% TJLP 2010 15,40% 75.922,00
SANASA BNDES 435.000,00 10,40% TJLP 2010 16,40% 71.340,00
SANASA BNDES 327.000,00 5,90% TJLP 2010 11,90% 38.913,00
SANASA CEF 57.993.000,00 9,25% UPR 2010 10,25% 5.944.282,50
SANEAGO BID 59.693.000,00 2,32% USD 2010 -1,99% (1.187.890,70)
SANEAGO BNDES 117.019.000,00 3,28% TJLP 2010 9,28% 10.859.363,20
SANEAGO CEF 6.150.000,00 8,00% TR 2010 8,69% 534.435,00
SANEAGO CEF 3.783.000,00 6,00% TR 2010 6,69% 253.082,70
SANEAGO CEF 98.359.000,00 6,50% UPR 2010 7,50% 7.376.925,00
SANEATINS BB 351.887,00 18,72% FIXA 2010 18,72% 65.873,25
SANEPAR BID 22.039.000,00 11,00% FIXA 2010 11,00% 2.424.290,00
SANEPAR BNDES 129.884.000,00 7,87% TJLP 2010 13,87% 18.014.910,80
SANEPAR CEF 643.651.000,00 8,50% TR 2010 9,19% 59.151.526,90
SANEPAR GOVERNO 128.895.000,00 7,50% TR 2010 8,19% 10.556.500,50
SANEPAR GOVERNO 188.000,00 6,00% TR 2010 6,69% 12.577,20
SANESUL BB 1.597.000,00 5,75% FIXA 2010 5,75% 91.827,50
SANESUL CEF 41.598.000,00 6,00% UPR 2010 7,00% 2.911.860,00
SANESUL CEF 5.810.000,00 6,50% UPR 2010 7,50% 435.750,00
37
SANESUL CEF 3.048.000,00 8,00% UPR 2010 9,00% 274.320,00
SANESUL CEF 839.000,00 5,00% UPR 2010 6,00% 50.340,00
AGESPISA CEF 16.334.000,00 5,00% UPR 2009 5,71% 932.671,40
AGESPISA CEF 5.696.000,00 6,50% UPR 2009 7,21% 410.681,60
AGESPISA CEF 5.689.000,00 8,00% UPR 2009 8,71% 495.511,90
Águas de Cachoeiro BNDES 196.000,00 10,25% FIXA 2009 10,25% 20.090,00
Águas de Imperador BNDES 5.387.362,00 2,00% TJLP 2009 8,12% 437.453,79
Águas de Joinvile CEF 3.137.335,00 8,20% TR 2009 8,91% 279.536,55
Águas de Jutunaíba BNDES 1.337.000,00 6,50% TJLP 2009 12,62% 168.729,40
Águas de Jutunaíba BNDES 6.065.600,00 6,50% TJLP 2009 12,62% 765.478,72
Águas de Jutunaíba BNDES 3.442.570,00 6,50% TJLP 2009 12,62% 434.452,33
Águas de Limeira BB 3.222.000,00 11,39% TR 2009 12,10% 389.862,00
Águas de Limeira BNDES 639.000,00 6,40% TJLP 2009 12,52% 80.002,80
Águas de Limeira CEF 2.371.000,00 12,00% TR 2009 12,71% 301.354,10
Águas de Limeira CEF 8.651.000,00 10,50% TR 2009 11,21% 969.777,10
Águas de Niterói BNDES 21.264.498,00 3,30% TJLP 2009 9,42% 2.003.115,71
Águas de Niterói BNDES 4.631.530,00 4,72% TJLP 2009 10,84% 502.057,85
Águas de Niterói BNDES 2.485.287,00 4,72% TJLP 2009 10,84% 269.405,11
Águas de Paranaguá BNDES 58.640.000,00 2,00% CDI 2009 11,84% 6.942.976,00
Águas do Amazonas BNDES 3.032.000,00 3,80% CDI 2009 13,64% 413.564,80
Águas do Amazonas BNDES 5.576.000,00 8,00% CDI+TJLP 2009 23,96% 1.336.009,60
Águas do Amazonas BNDES 7.200.000,00 4,80% TJLP 2009 10,92% 786.240,00
Águas do Amazonas BNDES 109.854.000,00 3,17% TJLP 2009 9,29% 10.205.436,60
Águas do Guariroba CEF 187.367.000,00 8,50% UPR 2009 9,21% 17.256.500,70
Águas do Paraiba BNDES 18.054.936,00 4,25% TJLP 2009 10,37% 1.872.296,86
CAEMA CEF 19.722.000,00 5,00% TR 2009 5,71% 1.126.126,20
CAESB BB 67.126.183,00 2,00% CDI 2009 11,84% 7.947.740,07
CAESB BID 107.493.463,00 2,05% USD 2009 -23,44% (25.196.467,73)
CAESB BNDES 38.035.827,00 3,25% TJLP 2009 9,37% 3.563.956,99
CAESB CEF 278.658.611,00 8,50% TR 2009 9,21% 25.664.458,07
CAESB GOVERNO 5.809.845,00 12,00% CDI 2009 21,84% 1.268.870,15
CAGECE BID 83.343.000,00 5,00% USD 2009 -20,49% (17.076.980,70)
CAGECE CEF 134.207.000,00 7,00% TR 2009 7,71% 10.347.359,70
CAGECE GOVERNO 39.381.000,00 4,40% TR 2009 5,11% 2.012.369,10
CAGECE GOVERNO 15.709.000,00 7,25% TR 2009 7,96% 1.250.436,40
CAGEPA BNDES 28.682.000,00 3,25% TJLP 2009 9,37% 2.687.503,40
CAGEPA CEF 33.443.000,00 6,50% TR 2009 7,21% 2.411.240,30
CASAN BNDES 70.794.000,00 3,54% TJLP 2009 9,66% 6.838.700,40
CASAN CEF 75.055.000,00 9,87% TR 2009 10,58% 7.940.819,00
CASAN PROSPER 71.605.000,00 12,00% IPCA 2009 16,31% 11.678.775,50
CEDAE CEF 207.833.000,00 10,50% UPR 2009 11,21% 23.298.079,30
CEDAE GOVERNO 355.351.000,00 10,00% TR 2009 10,71% 38.058.092,10
CEDAE GOVERNO 1.296.421.000,00 11,00% TR 2009 11,71% 151.810.899,10
CESAN BB 9.318.000,00 7,25% FIXA 2009 7,25% 675.555,00
CESAN BNDES 30.425.000,00 1,61% TJLP 2009 7,73% 2.351.852,50
CESAN CEF 60.779.000,00 6,00% FIXA 2009 6,00% 3.646.740,00
CESAN CEF 26.578.000,00 6,00% FIXA 2009 6,00% 1.594.680,00
COMPESA CEF 25.000.000,00 0,30% CDI 2009 10,14% 2.535.000,00
COMPESA CEF 9.721.000,00 6,50% TR 2009 7,21% 700.884,10
COPASA BNDES 229.015.000,00 7,56% TJLP 2009 7,68% 17.588.352,00
COPASA CEF 752.517.000,00 10,02% TR 2009 10,73% 80.745.074,10
COPASA GOVERNO 21.778.000,00 8,99% IGP-M 2009 7,28% 1.585.438,40
COPASA GOVERNO 143.773.000,00 5,38% TR 2009 6,09% 8.755.775,70
COPASA GOVERNO 62.291.000,00 4,72% USD 2009 -20,77% (12.937.840,70)
CORSAN BB 158.619.000,00 7,44% TR 2009 8,15% 12.927.448,50
CORSAN BID 71.171.000,00 4,16% USD 2009 -21,33% (15.180.774,30)
CORSAN CEF 44.433.000,00 6,08% UPR 2009 6,79% 3.017.000,70
CORSAN GOVERNO 4.357.000,00 11,00% TR 2009 11,71% 510.204,70
CORSAN GOVERNO 13.395.000,00 6,00% UPR 2009 6,71% 898.804,50
38
CORSAN BNDES 35.945.000,00 2,61% TJLP 2009 8,73% 3.137.998,50
CORSAN GOVERNO 80.410.000,00 8,27% UPR 2009 8,98% 7.220.818,00
COSAMA CEF 1.270.822,00 6,00% UPR 2009 6,71% 85.272,16
DAE Jundiaí CEF 10.140.000,00 6,00% FIXA 2009 6,00% 608.400,00
DAE Jundiaí CEF 1.454.000,00 8,00% FIXA 2009 8,00% 116.320,00
DAE Jundiaí CEF 3.258.000,00 9,50% FIXA 2009 9,50% 309.510,00
EMBASA BID 273.143.000,00 3,60% USD 2009 -21,89% (59.791.002,70)
EMBASA BNDES 39.967.000,00 2,71% TJLP 2009 8,83% 3.529.086,10
EMBASA CEF 39.967.000,00 6,25% FIXA 2009 6,25% 2.497.937,50
SABESP BID 652.335.000,00 2,00% USD 2009 -23,49% (153.233.491,50)
SABESP BID 431.911.000,00 2,75% USD 2009 -22,74% (98.216.561,40)
SABESP BNDES 69.445.000,00 3,00% TJLP 2009 9,12% 6.333.384,00
SABESP BNDES 126.797.000,00 2,50% TJLP 2009 8,62% 10.929.901,40
SABESP BNDES 130.473.000,00 2,15% TJLP 2009 8,27% 10.790.117,10
SABESP BNDES 14.602.000,00 1,92% TJLP 2009 8,04% 1.174.000,80
SABESP CEF 758.863.000,00 6,80% UPR 2009 7,51% 56.990.611,30
SABESP EURO 243.001.000,00 7,50% USD 2009 -17,99% (43.715.879,90)
SABESP FIDC 69.445.000,00 0,70% CDI 2009 10,54% 7.319.503,00
SABESP GOVERNO 1.415.969.000,00 8,50% UPR 2009 9,21% 130.410.744,90
SABESP JICA 400.932.000,00 4,30% IENE 2009 -22,80% (91.412.496,00)
SANASA BB 20.731.000,00 11,50% TR 2009 12,21% 2.531.255,10
SANASA BNDES 88.000,00 5,99% TJLP 2009 12,11% 10.656,80
SANASA BNDES 748.000,00 4,80% TJLP 2009 10,92% 81.681,60
SANASA BNDES 223.000,00 5,30% TJLP 2009 11,42% 25.466,60
SANASA BNDES 978.000,00 7,40% TJLP 2009 13,52% 132.225,60
SANASA BNDES 639.000,00 9,40% TJLP 2009 15,52% 99.172,80
SANASA BNDES 566.000,00 10,40% TJLP 2009 16,52% 93.503,20
SANASA CEF 63.588.000,00 9,25% UPR 2009 9,96% 6.333.364,80
SANEAGO BID 53.719.000,00 2,32% USD 2009 -23,17% (12.446.692,30)
SANEAGO BNDES 87.026.000,00 3,28% TJLP 2009 9,40% 8.180.444,00
SANEAGO CEF 5.072.000,00 8,00% TR 2009 8,71% 441.771,20
SANEAGO CEF 2.882.000,00 6,00% TR 2009 6,71% 193.382,20
SANEAGO CEF 115.696.000,00 6,50% UPR 2009 7,21% 8.341.681,60
SANEATINS BB 924.893,00 18,72% FIXA 2009 18,72% 173.139,97
SANECAP BB 346.845,00 6,00% TJLP 2009 12,12% 42.037,61
SANEPAR BID 33.258.000,00 11,00% FIXA 2009 11,00% 3.658.380,00
SANEPAR BNDES 45.203.000,00 7,87% TJLP 2009 13,99% 6.323.899,70
SANEPAR CEF 598.647.000,00 8,50% TR 2009 9,21% 55.135.388,70
SANEPAR GOVERNO 161.539.000,00 7,50% TR 2009 8,21% 13.262.351,90
SANEPAR GOVERNO 238.000,00 6,00% TR 2009 6,71% 15.969,80
SANESUL CEF 36.847.000,00 6,00% UPR 2009 6,71% 2.472.433,70
SANESUL CEF 5.589.000,00 6,50% UPR 2009 7,21% 402.966,90
SANESUL CEF 4.791.000,00 8,00% UPR 2009 8,71% 417.296,10
SANESUL CEF 983.000,00 5,00% UPR 2009 5,71% 56.129,30
Fonte: dados da pesquisa
CS – Companhia de saneamento básico
F – Financiador
TJF – Taxa de juros fixa
TJT – Taxa de juros total
VJI – Valores dos juros incorridos
É interessante tecer alguns comentários em relação à Tabela 02 acima:
Somente constam na Tabela 02 os valores dos empréstimos que tiverem
as suas respectivas taxas de juros identificadas.
39
Os valores totais dos empréstimos e financiamentos da Tabela 02
diferem da Tabela 01. Isso se deve ao fato dos empréstimos
classificados como “OUTROS” não terem sido avaliadas as suas taxas
de juros aplicadas.
Os valores dos juros incorridos foram calculados através da
multiplicação do valor dos empréstimos pelas taxas de juros totais.
3.4 LIMITAÇÕES DO MÉTODO
O método limita-se no aspecto temporal, visto que os dados foram
somente dos anos de 2009 a 2012. Se os dados utilizados abrangessem um
espaço maior de tempo, possivelmente os resultados dos custos de
empréstimos das empresas estrangeiras seriam bem diferentes. Pois, o custo
de empréstimo dessas instituições é fortemente dependente do preço da
moeda estrangeira em relação ao real. E, entre um ano e outro, a variação
cambial não necessariamente é semelhante. Isso será bastante comentado na
análise dos resultados.
Além disso, não foi calculado o custo dos empréstimos de todas as
instituições que financiaram o setor de saneamento. Apenas se mensuraram os
custos das instituições cujos empréstimos representavam pelo menos 1% dos
empréstimos e financiamentos das companhias de saneamento básico no dia
31/12/2012. Com isso, pode ter acontecido de uma instituição ter emprestado
dinheiro a um custo muito baixo e não ter sido identificada na pesquisa.
Outra limitação é que não se obteve as demonstrações contábeis das
empresas CAESA e EMASA referentes ao ano de 2012 antes do final da coleta
dos dados. Em relação à CAESA, foi feito o contato via email com a entidade
no dia 05/09/2013, e se constatou que as demonstrações contábeis referentes
ao ano de 2012 ainda estavam em fase de elaboração. A EMASA, por outro
lado, não se soube se as demonstrações contábeis referentes ao ano de 2012
foram elaboradas ou não até o dia 05/09/2013. Foi feito vários contatos
telefônicos com a empresa, mas o setor de contabilidade não informou se as
demonstrações foram elaboradas.
4 RESULTADOS DA PESQUISA E ANÁLISES
40
Com base na Tabela 02 elaboraram-se os Quadros 05, 06 e 07. O primeiro
descreve os juros incorridos pelas empresas de saneamento básico e os
saldos devedores dos empréstimos separados pelas instituições que mais
financiaram o setor no período de 2009 a 2012.
Quadro 05 – Juros incorridos e saldo devedor dos empréstimos e financiamentos das empresas de
saneamento básico separadas por instituições financiadoras no período de 2009 a 2012. (valores
em reais)
Empresa Juros 2012 Empréstimos
2012 Juros 2011 Empréstimos
2011
BB 19.971.122,95 194.793.886,00 22.702.610,26 195.374.778,00
BID 222.283.817,66 1.921.920.754,00 276.155.487,54 1.814.103.489,00
BNDES 187.189.030,17 2.164.999.733,00 169.166.208,89 1.925.444.681,00
CEF 343.415.080,44 3.998.202.760,00 350.820.311,54 3.794.599.615,00
EURO 154.518.426,40 993.731.000,00 174.834.272,80 911.091.000,00
FIDC 159.401.528,98 1.356.896.689,00 16.796.578,92 111.235.622,00
GOVERNO 83.046.078,62 866.417.898,00 141.325.111,18 1.416.134.719,00
JICA 16.461.807,40 894.504.000,00 219.409.963,70 958.733.000,00
PROSPER 26.156.513,00 149.210.000,00 29.648.285,00 160.261.000,00
Empresa Juros 2010 Empréstimos
2010 Juros 2009 Empréstimos
2009
BB 13.410.499,70 152.988.938,00 24.687.038,25 260.287.921,00
BID (21.585.569,58) 1.606.873.986,00 (377.483.590,63) 1.706.373.463,00
BNDES 124.656.052,89 1.372.391.893,00 110.109.213,08 1.197.457.610,00
CEF 336.435.917,17 3.755.978.922,00 318.075.960,28 3.546.239.768,00
EURO 18.596.798,60 808.719.000,00 (43.715.879,90) 243.001.000,00
FIDC 17.336.023,64 134.177.802,00 7.319.503,00 69.445.000,00
GOVERNO 364.653.343,02 3.515.039.282,00 344.122.934,05 3.616.421.845,00
JICA 58.074.376,20 436.978.000,00 (91.412.496,00) 400.932.000,00
PROSPER 36.561.294,90 204.139.000,00 11.678.775,50 71.605.000,00 Fonte: dados da pesquisa
Utilizando o Quadro 05, mensurou-se o custo médio dos empréstimos
das empresas de saneamento básico em todo o período (2009 a 2012) e para
cada ano separadamente, conforme exposto no Quadro 06. O custo foi
calculado através do quociente dos juros incorridos e o saldo devedor dos
empréstimos.
41
Quadro 06 – Custo dos empréstimos das entidades de saneamento básico no período de 2009 a
2012 separado pelas instituições financiadoras.
Empresa Média DP1 2012 2011 2010 2009
BID 0.83% 16.87% 11.57% 15.22% -1.34% -22.12%
JICA 3.80% 19.71% 1.84% 22.89% 13.29% -22.80%
EURO 4.76% 16.82% 15.55% 19.19% 2.30% -17.99%
BNDES 8.93% 0.26% 8.65% 8.79% 9.08% 9.20%
CEF 8.94% 0.27% 8.59% 9.25% 8.96% 8.97%
GOVERNO 9.86% 0.40% 9.58% 9.98% 10.37% 9.52%
BB 10.03% 1.22% 10.25% 11.62% 8.77% 9.48%
FIDC 12.58% 1.94% 11.75% 15.10% 12.92% 10.54%
PROSPER 17.56% 0.93% 17.53% 18.50% 17.91% 16.31%
Fonte: dados da pesquisa
1-DP- Desvio Padrão
A primeira coluna do Quadro 06 mostra as principais instituições
credoras do setor de saneamento básico em ordem decrescente do custo
médio dos empréstimos ao setor. As colunas seguintes apresentam a média
dos custos dos empréstimos, desvio padrão, e o custo de cada ano, de 2009 a
2012, respectivamente.
Observa-se pelo Quadro 06 que o BID foi a instituição que apresentou o
menor custo médio de empréstimo no período. Sendo seguida pelo JICA e
Eurobônus. O BNDES e a CEF ficaram na quarta e quinta posição
respectivamente. No entanto, esses bancos tiveram um custo de empréstimo
muito próximo, com diferença de apenas 0,01%. Já o BB, diferentemente,
apresentou um custo maior do que o BNDES e CEF. Por fim, o banco
PROSPER foi o que apresentou o maior custo de empréstimo do período.
Nota-se que as três instituições as quais demonstraram o menor custo
de empréstimo são justamente as empresas estrangeiras analisadas. Essas
companhias apresentam como características de seus empréstimos uma taxa
de juros fixa acrescentada à variação cambial da moeda estrangeira, o Iene e o
Dólar. Devido a isso, os custos dos empréstimos dessas empresas
dependeram bastante da variação cambial (SOARES; 1999). Como no período
tanto o Iene quanto o Dólar sofreram uma forte desvalorização em relação ao
real – respectivamente 8.06% e 12.56% - os custos dos empréstimos ficaram
reduzidos.
42
Uma verificação mais pormenorizada dos dados indica que o custo
médio dos empréstimos das empresas estrangeiras variou muito no período.
Isso é indicado pelo desvio padrão muito maior que a média nessas empresas.
Verificando apenas o ano de 2011, por exemplo, o JICA e o Eurobônus foram
os que apresentaram maiores custos de empréstimos, ainda que no período
completo de 2009 a 2012 terem apresentado o segundo e o terceiro menor
custos de empréstimos. Isso ocorreu porque o Iene aumentou em 18.59% e o
Dólar 12.58% no ano de 2011.
A variação dos custos dos empréstimos ocorreu de forma atenuada nas
instituições brasileiras. Examinando somente as empresas nacionais, percebe-
se que a CEF e BNDES sempre apresentaram os menores custos de
empréstimos, enquanto que o FIDC e banco PROSPER sempre exibiram os
maiores custos em todos os anos isoladamente. A exceção a isso foi apenas
no ano de 2010, ano em que o BB foi a instituição brasileira que obteve o
menor custo de empréstimos, ao invés da CEF e do BNDES.
Não obstante as constatações acima, averiguando-se os dados apenas
nos dois anos mais recentes (2011 e 2012) os resultados se mostraram
bastantes diferentes, conforme exposto no Quadro 07 abaixo.
Quadro 07 – Custo dos empréstimos das entidades de saneamento básico nos anos de 2011 e
2012 separados por instituições financiadoras.
Empresa Média DP 2012 2011
BNDES 8.72% 0.10% 8.65% 8.79%
CEF 8.92% 0.46% 8.59% 9.25%
GOVERNO 9.78% 0.28% 9.58% 9.98%
BB 10.94% 0.97% 10.25% 11.62%
JICA 12.36% 14.88% 1.84% 22.89%
BID 13.39% 2.59% 11.57% 15.22%
FIDC 13.42% 2.37% 11.75% 15.10%
EURO 17.37% 2.57% 15.55% 19.19%
PROSPER 18.02% 0.69% 17.53% 18.50% Fonte: dados da pesquisa
Examinando os dados, percebe-se que há uma mudança bastante
significativa no valor dos custos médio dos empréstimos aplicados pelas
empresas estrangeiras. Considerando o período de 2009 a 2012, as
instituições estrangeiras apresentaram menores custos de empréstimos de
43
todas as entidades analisadas. Já considerando apenas os anos de 2011 e
2012, nenhuma empresa estrangeira ficou nas quatro primeiras colocações.
Em relação às entidades nacionais, o custo médio dos empréstimos
somente dos anos de 2011 e 2012 se assemelharam ao período de 2009 a
2012.
A partir da Tabela 01, elaborou-se do Quadro 08 ao 15, que serão
expostos abaixo:
Quadro 08 - Instituições que mais emprestaram recursos financeiros ao setor de saneamento
básico. (valores em reais)
Instituição 2012 2011 2010 2009
CEF 4.140.922.760,00 3.933.695.615,00 3.764.352.680,00 3.559.898.238,00
GOVERNO 866.417.898,00 1.417.916.682,00 3.516.799.977,00 3.618.170.497,00
BID 1.921.920.754,00 1.814.103.489,00 1.606.873.986,00 1.706.373.463,00
BNDES 2.233.985.733,00 1.974.985.681,00 1.372.391.893,00 1.202.670.610,00
OUTROS 1.047.465.281,00 978.961.525,00 837.658.021,00 756.814.974,00
FIDC 1.606.896.689,00 1.506.427.622,00 134.177.802,00 69.445.000,00
EURO 993.731.000,00 911.091.000,00 808.719.000,00 243.001.000,00
JICA 894.504.000,00 958.733.000,00 436.978.000,00 400.932.000,00
BB 219.487.935,00 219.689.068,00 176.668.118,00 277.852.827,00
PROSPER 149.210.000,00 160.261.000,00 204.139.000,00 71.605.000,00
TOTAL 14.074.542.050,00 13.875.864.682,00 12.858.758.477,00 11.906.763.609,00
Fonte: dados da pesquisass
Quadro 09 - Instituições que mais emprestaram recursos financeiros ao setor de saneamento
básico (percentuais)
Empresa Média Desvio Padrão 2012 2011 2010 2009
CEF 29.24% 0.65% 29.42% 28.35% 29.27% 29.90%
GOVERNO 18.53% 12.12% 6.16% 10.22% 27.35% 30.39%
BID 13.39% 0.79% 13.66% 13.07% 12.50% 14.33%
BNDES 12.72% 2.79% 15.87% 14.23% 10.67% 10.10%
OUTROS 6.84% 0.50% 7.44% 7.06% 6.51% 6.36%
FIDC 5.98% 5.97% 11.42% 10.86% 1.04% 0.58%
EURO 5.49% 2.32% 7.06% 6.57% 6.29% 2.04%
JICA 5.01% 1.89% 6.36% 6.91% 3.40% 3.37%
BB 1.71% 0.42% 1.56% 1.58% 1.37% 2.33%
PROSPER 1.10% 0.40% 1.06% 1.15% 1.59% 0.60% Fonte: dados da pesquisa
Observa-se pelo Quadro 08 que a quantidade de recursos emprestados
ao setor de saneamento cresceu de 11.906.703.609,00 R$ em 2009, para
14.074.542.050,00 R$ em 2012. Isso representou um aumento de 18.21%. A
44
entidade que mais emprestou dinheiro as companhias de saneamento básico
foi a CEF. Aproximadamente 30% do financiamento foi proveniente desse
banco. O Governo foi o segundo ente a emprestar mais recursos financeiros ao
setor, seguido pelo BID e BNDES. A instituição analisada que emprestou
menos recursos foi o banco PROSPER.
Interessante mencionar que no período houve uma diminuição bastante
significativa na participação do Governo no financiamento do saneamento
básico. No ano de 2009 a participação era de 30.39%, já no ano de 2012 a
participação caiu para apenas 6.16%. Em relação à busca de recursos junto ao
FIDC aconteceu exatamente o oposto. Enquanto no ano de 2009 a procura por
esse tipo de empréstimo era de somente 0.58%, em 2012 essa procura
representou 11.42%.
Essas mudanças na estrutura de financiamento são difíceis de serem
explicadas, uma vez que - conforme exposto no Quadro 06 - a taxa de juros
cobrada pelo governo no período foi em média 9.86%, enquanto que a cobrada
pelo FIDC foi de 12.58%. Logicamente, as instituições deveriam buscar fontes
de financiamento que fossem menos custosas, mas não foi isso que aconteceu
em relação a essas duas pessoas jurídicas.
Outro fato interessante é que apesar do BID ter apresentado o menor
custo de empréstimo do período ele forneceu menos recursos que a CEF e o
Governo. Isso pode ser supostamente explicado por uma falta de acesso das
empresas aos recursos estrangeiros ou por uma decisão delas de não
enfrentar o risco de uma desvalorização do real em relação ao dólar. Abaixo
seguem os Quadros 10 e 11 demonstrando, respectivamente, as instituições
mais procuradas pelo setor de saneamento em frequência absoluta e em
percentual.
Quadro 10 – Instituições mais utilizadas pelo setor de saneamento básico (valores absolutos)
Empresas Média DP 2012 2011 2010 2009
CEF 23 1 22 22 23 23
BNDES 18 1 18 17 17 19
BB 9 1 9 8 9 8
GOVERNO 7 1 7 8 7 7
BID 7 1 6 7 7 7
FIDC 2 1 3 3 2 1
JICA 1 1 2 1 1 1
45
EURO 1 0 1 1 1 1
PROSPER 1 0 1 1 1 1
Analisadas1 35 1 33 35 35 35 Fonte: dados da pesquisa
1- Foram consideradas somente as companhias que realizaram empréstimos e
financiamento.
Quadro 11 – Instituições mais utilizadas pelo setor de saneamento básico (percentual)
Empresas Média Desvio Padrão
CEF 65% 2%
BNDES 51% 3%
BB 25% 2%
GOVERNO 21% 1%
BID 20% 1%
FIDC 7% 3%
JICA 4% 2%
EURO 3% 0%
PROSPER 3% 0% Fonte: dados da pesquisa
É oportuno mencionar a diferença dos Quadros 08 e 09 e dos Quadros
10 e 11. Estes registram a quantidade de vezes que as companhias de
saneamento básico utilizaram determinada instituição financeira para obter
empréstimos, sem mensurar o valor dos recursos emprestados. Aqueles
medem justamente o quanto foi emprestado com base no saldo da conta
empréstimo e financiamento no balanço patrimonial das entidades.
Verifica-se que as empresas mais utilizadas pelas companhias de
saneamento básico foram a CEF e o BNDES. De acordo com o Quadro 11, a
primeira empresa foi utilizada por 65% das companhias, enquanto que a
segunda, por 51% das entidades. O Governo foi o terceiro ente que mais
financiou o setor. O Eurobônus e o banco PROSPER foram os menos
utilizados. Apenas as empresas SABESP e CASAN, respectivamente,
utilizaram essas instituições, conforme explicito na Tabela 01.
Comparando-se o Quadro 09 com o Quadro 11 constata-se que, apesar
do BB ser responsável por apenas 1,71% dos empréstimos do setor de
saneamento básico em termos absolutos. 25% das companhias utilizaram
recursos desse banco. De forma oposta, os empréstimos junto ao Eurobônus
corresponderam a 5.49% dos empréstimos do setor, e tudo isso foi feito por
46
uma única empresa, a SABESP. Verificou-se também que, embora a CEF
tenha sido requisitada por uma quantidade de companhias semelhante ao
BNDES, respectivamente 65% e 51%, em termos de valores absolutos de
empréstimos, a CEF emprestou mais que o dobro de recursos do que o
BNDES, 29.24% contra 12.72%. Abaixo será exibido o Quadro 12 com os
valores absolutos dos empréstimos realizados, em ordem decrescente, pelas
10 empresas do setor que mais fizeram aporte de recursos. E, logo após, o
Quadro 13 com os valores em percentuais.
Quadro 12 – Empresas do setor de saneamento básico que mais foram financiadas. (valores em
reais)
Empresa 2012 2011 2010 2009
SABESP 5.407.282.000,00 5.430.280.000,00 4.538.030.000,00 4.328.624.000,00
COPASA 1.381.873.000,00 1.619.595.000,00 1.312.330.000,00 1.209.374.000,00
CEDAE 1.295.528.000,00 1.528.838.000,00 2.110.166.000,00 1.859.605.000,00
SANEPAR 900.673.000,00 904.890.000,00 924.657.000,00 839.397.000,00
SANEAGO 892.244.000,00 601.354.000,00 486.921.000,00 474.534.000,00
EMBASA 784.239.000,00 554.287.000,00 388.444.000,00 353.077.000,00
CAESB 601.628.538,00 595.478.068,00 534.959.388,00 498.872.581,00
CAGECE 455.469.000,00 379.022.000,00 300.807.000,00 272.640.000,00
CORSAN 395.516.000,00 397.454.000,00 423.906.000,00 408.330.000,00
SANASA 256.909.000,00 296.507.000,00 266.287.000,00 265.043.000,00 Fonte: dados da pesquisa
Quadro 13 – Empresas do setor de saneamento básico que mais foram financiadas. (percentuais)
Empresa Média DP 2012 2011 2010 2009
SABESP 37.3% 1.8% 38.4% 39.1% 35.3% 36.4%
CEDAE 13.1% 3.5% 9.2% 11.0% 16.4% 15.6%
COPASA 10.5% 0.8% 9.8% 11.7% 10.2% 10.2%
SANEPAR 6.8% 0.4% 6.4% 6.5% 7.2% 7.0%
SANEAGO 4.6% 1.2% 6.3% 4.3% 3.8% 4.0%
CAESB 4.2% 0.1% 4.3% 4.3% 4.2% 4.2%
EMBASA 3.9% 1.2% 5.6% 4.0% 3.0% 3.0%
CORSAN 3.1% 0.3% 2.8% 2.9% 3.3% 3.4%
CAGECE 2.6% 0.4% 3.2% 2.7% 2.3% 2.3%
SANASA 2.1% 0.2% 1.8% 2.1% 2.1% 2.2%
TOTAL 88.2% 0.4% 87.9% 88.7% 87.8% 88.3% Fonte: dados da pesquisa
Através dos Quadros 12 e 13 fica nítido que a SABESP é a empresa a
qual mais utilizou recursos de empréstimo do setor de saneamento básico.
47
Sozinha, foi financiada em média por 37.3% de todos os empréstimos feitos
pelo setor. Além disso, vale destacar que apenas três empresas (SABESP,
CEDAE e COPASA) absorveram juntas 60.8% em média de todos os
empréstimos feitos ao segmento. Observa-se que, apesar da CEDAE ser a
segunda empresa a qual mais realizou empréstimos no período, ela diminuiu
bastante o seu saldo devedor. Em 2009 era de 1.859.605.000,00 e no ano de
2012 foi de 1.295.528.000,00. Isso representou uma redução de 30.33% no
valor dos empréstimos e financiamento. Abaixo seguem os Quadros 14 e 15.
Eles dividem os empréstimos realizados pelas instituições nacionais,
estrangeiras e os empréstimos em moeda estrangeira realizado pela SABESP.
Quadro 14 – Valores dos empréstimos feitos pelo setor de saneamento separados em nacionais ou
estrangeiros (Valores em reais)
Ano Nacional Estrangeiro Total Estrangeiro Sabesp
2012 10.264.386.296,00 3.810.155.754,00 14.074.542.050,00 3.142.407.000,00
2011 10.191.937.193,00 3.683.927.489,00 13.875.864.682,00 3.014.822.000,00
2010 10.006.187.491,00 2.852.570.986,00 12.858.758.477,00 2.233.834.000,00
2009 9.556.457.146,00 2.350.306.463,00 11.906.763.609,00 1.728.179.000,00 Fonte: dados da pesquisa
Quadro 15 – Valores dos empréstimos realizados pelo setor de saneamento básico separados em
nacionais ou estangeiros (Percentuais)
Tipo de Empréstimo Média DP 2012 2011 2010 2009
Nacional 76% 4% 73% 73% 78% 80%
Estrangeiro 24% 4% 27% 27% 22% 20%
Total 100% 0% 100% 100% 100% 100%
Estrangeiro SABESP 79% 4% 82% 82% 78% 74% Fonte: dados da pesquisa
Conforme exposto no Quadro 15, as companhias de saneamento básico
buscaram mais as instituições nacionais que as estrangeiras. Em média, 76%
dos empréstimos foram concedidos pelas instituições nacionais. O restante,
24%, pelas instituições internacionais. Contudo, verificou-se um aumento na
procura de recursos estrangeiro bem maior que a dos nacionais. Analisando o
Quadro 14, constatou-se que os empréstimos nacionais eram no valor de
9.556.457.146,00 R$ (2009), e 10.264.386.296,00 R$ (2012). Isso representa
um crescimento de apenas 7% em quatro anos. Por outro lado, os empréstimos
em moeda estrangeira cresceram 62% nesse mesmo período, passando de
48
2.350.306.426,00 R$ (2009) para 3.810.155.754,00 R$ (2012). Esse enorme
crescimento está atrelado ao fato da SABESP ter aumentado do ano de 2009 a
2012 suas dívidas com as instituições Eurobônus e JICA em 1.244.302.000,00
R$.
Analisando-se novamente o Quadro 15, observou-se que a SABESP foi
a companhia a qual centralizou a maioria dos empréstimos estrangeiros. Em
média, 79% dos financiamentos foram concedidos a essa empresa. No ano de
2012, 82% os empréstimos estrangeiros eram da SABESP.
Por fim, apresenta-se abaixo o Quadro 16. Ele mostra as empresas que
mais utilizam os empréstimos e financiamentos como origem dos recursos.
Esse cálculo foi feito por meio do quociente entre a conta empréstimos e
financiamentos e o passivo total.
Quadro 16 - Empresas que mais utilizaram empréstimos e financiamentos como origem dos
recursos.
Empresa Média DP 2012 2011 2010 2009
Águas de Paranaguá 81.52% 16.21% 91.03% 90.40% 87.32% 57.33%
Águas de Guariroba 47.02% 7.18% 56.93% 47.61% 41.00% 42.55%
SANASA 27.28% 5.15% 33.38% 29.39% 24.69% 21.68%
Águas de Cachoeiro 25.96% 15.51% 6.59% 20.69% 35.52% 41.04%
CAESB 24.89% 4.86% 20.59% 20.80% 29.62% 28.54%
SABESP 23.15% 2.19% 25.90% 23.73% 22.19% 20.79%
Águas de Juturnaíba 22.16% 3.22% 21.98% 25.63% 23.11% 17.91%
Águas de Limeira 21.67% 3.02% 17.99% 20.60% 24.87% 23.22%
PROLAGOS 19.93% 11.43% 10.98% 9.20% 28.69% 30.87%
Águas do Amazonas 19.57% 0.99% 18.79% 20.82% 18.75% 19.94%
CAGEPA 18.42% 0.72% 18.12% 19.44% 17.79% 18.33%
SANEAGO 18.26% 3.83% 17.04% 15.19% 16.97% 23.86%
COPASA 17.61% 1.74% 17.45% 18.04% 19.57% 15.37%
CAGECE 16.52% 2.00% 15.08% 14.84% 17.02% 19.14%
SANESUL 16.50% 3.36% 20.24% 17.86% 15.54% 12.36%
SANEPAR 16.32% 1.24% 16.98% 17.42% 16.26% 14.60%
SANEATINS 16.06% 6.21% 9.24% 13.08% 18.46% 23.45%
Águas do Paraíba 15.57% 3.65% 20.86% 14.55% 14.39% 12.49%
CORSAN 15.37% 1.49% 17.04% 16.02% 14.83% 13.60%
Águas de Niterói 13.45% 3.64% 16.02% 11.86% 9.08% 16.84%
Águas do Imperador 13.12% 4.18% 11.27% 10.66% 11.17% 19.37%
CEDAE 13.04% 2.22% 13.88% 15.74% 11.76% 10.77%
CESAN 10.56% 1.65% 8.25% 10.55% 11.44% 12.00%
CASAN 10.09% 1.11% 9.76% 8.72% 11.30% 10.58%
CASAL 9.37% 2.49% 7.40% 7.79% 9.40% 12.87%
EMBASA 9.06% 3.23% 6.36% 6.72% 9.87% 13.30%
49
Águas do Joinvile 7.44% 5.48% 1.14% 6.03% 8.27% 14.35%
DAE Jundiaí 5.47% 0.80% 5.98% 6.21% 5.24% 4.45%
COSAMA 5.26% 0.60% 5.42% 5.91% 5.23% 4.46%
AGESPISA 4.75% 1.51% 6.39% 5.68% 3.38% 3.57%
DESO 4.43% 0.60% 3.68% 5.16% 4.48% 4.38%
COSANPA 3.66% 0.41% 4.27% 3.49% 3.49% 3.39%
SANECAP 2.43% 2.45%
0.26% 5.10% 1.95%
COMPESA 2.21% 0.83% 3.34% 2.35% 1.62% 1.54%
CAERN 2.03% 1.10%
3.23% 1.76% 1.09%
CAEMA 1.35% 0.33% 1.62% 1.38% 1.50% 0.88% Fonte: dados da pesquisa
Observa-se que das 42 empresas da amostra 36 utilizaram
empréstimos e financiamentos no período. Isso mostra que a busca por
empréstimos é comum nas empresas de saneamento básico analisadas.
Aproximadamente metade das companhias utilizou pelo menos 15% das suas
fontes de recursos por meio de empréstimos. 23% do financiamento da
SABESP por meio de empréstimos e financiamentos.
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS E RECOMENDAÇÕES
A pesquisa teve como objetivo identificar as instituições que mais
financiaram o setor de saneamento básico no Brasil e medir o custo dos
empréstimos por elas exigidos.
As instituições que mais financiaram o setor, em ordem decrescente,
foram a CEF, GOVERNO, BID e BNDES. Elas foram responsáveis,
respectivamente, por 29.24%, 18.53%, 13.39% e 12.72% de todos os
empréstimos realizados pelo setor.
As instituições que apresentaram menores custos de empréstimos, em
ordem decrescente, foram BID, JICA, Eurobônus, BNDES e CEF. O custo dos
empréstimos foram, respectivamente, 0.83%, 3.8%, 4.16%, 8.93%, 8.94%.
Observa-se que apesar da maioria dos empréstimos partirem da CEF e
do GOVERNO, essas não foram as instituições que aplicaram as menores
taxas de juros. As empresas estrangeiras cobraram uma taxa efetiva de juros
bem menor que as nacionais no período analisado.
Outra constatação importante foi que a busca pelos recursos
estrangeiros cresceu 62% no período, enquanto que, pelos recursos nacionais,
50
somente 7%. No ano de 2012, 27% dos empréstimos vieram do exterior ao
passo que 73% das instituições nacionais. No entanto, apesar de ter
aumentado o financiamento estrangeiro no período e dele ter apresentado o
menor custo de empréstimos, percebeu-se que os empréstimos do exterior se
concentram na em uma única empresa. A SABESP deteve em média 79% dos
empréstimos em moeda estrangeira feitos ao setor de saneamento básico.
Como recomendação para novas pesquisas sugere-se analisar os
custos dos empréstimos por um período maior de tempo, considerando não só
as entidades que mais emprestaram recursos ao setor, mas todas as entidades
que financiaram o segmento.
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