Upload
buinhan
View
216
Download
0
Embed Size (px)
Citation preview
UNIVERSIDADE FEDERAL DOS VALES DO JEQUITINHONHA E MUCURI – UFVJM FACULDADE DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E DA SAÚDE
DEPARTAMENTO DE EDUCAÇÃO FÍSICA
RELAÇÃO ENTRE O PERCENTUAL DE GORDURA E A CAPACIDADE AERÓBIA MÁXIMA EM MILITARES DO 3º BATALHÃO DA POLÍCIA MILITAR DE MINAS
GERAIS DA CIDADE DE DIAMANTINA
Gleycielly Aparecida Rabelo Goulart Paula Cristina Veloso Rocha
Diamantina 2011
UNIVERSIDADE FEDERAL DOS VALES DO JEQUITINHONHA E MUCURI – UFVJM FACULDADE DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E DA SAÚDE
RELAÇÃO ENTRE O PERCENTUAL DE GORDURA E A CAPACIDADE AERÓBIA MÁXIMA EM MILITARES DO 3º BATALHÃO DA POLÍCIA MILITAR DE MINAS
GERAIS DA CIDADE DE DIAMANTINA
Gleycielly Aparecida Rabelo Goulart Paula Cristina Veloso Rocha
Orientador: Prof. Dr. Marco Fabrício Dias Peixoto
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Departamento de Educação Física, como parte dos requisitos exigidos para conclusão do curso.
Diamantina 2011
RELAÇÃO ENTRE O PERCENTUAL DE GORDURA E A CAPACIDADE AERÓBIA MÁXIMA EM MILITARES DO 3º BATALHÃO DA POLÍCIA MILITAR DE MINAS
GERAIS DA CIDADE DE DIAMANTINA
Gleycielly Aparecida Rabelo Goulart Paula Cristina Veloso Rocha
Orientador: Prof. Dr. Marco Fabrício Dias Peixoto
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Departamento de Educação Física, como parte dos requisitos exigidos para conclusão do curso.
APROVADO em ....../ ....../ ......
_________________________________________ Prof. Dr. Fabiano Trigueiro Amorim - UFVJM
__________________________________________ Prof. Dra. Márcia Maria Oliveira Lima - UFVJM
___________________________________________ Prof. Dr. Marco Fabrício Dias Peixoto - UFVJM
Dedicamos este trabalho aos nossos
pais, que seguiram conosco,
acreditando no sucesso e
concretização desse Sonho.
AGRADECIMENTOS Agradecemos a Deus, que nos fortaleceu e nos iluminou para que esse trabalho se concretizasse. Ao Professor Dr. Marco Fabrício Dias Peixoto pela orientação, paciência e atenção prestada no desenvolvimento dessa pesquisa.
Aos voluntários do 3º Batalhão da Polícia Militar de Minas Gerais da cidade de Diamantina pela preciosa contribuição. A Celmo e Adelmo pelo apoio, compreensão e incentivo. Aos colegas que nos ajudaram na coleta de dados. Aos nossos familiares que com muito carinho e apoio nos deram força para superar os obstáculos e vencer mais essa etapa.
RESUMO
Objetivo: avaliar a relação entre o percentual de gordura corporal (%G) e a capacidade aeróbia máxima (VO2 máx.) em policiais militares. Materiais e Métodos: 32 policiais militares com média de idade de 40 ± 5 anos realizaram as estimativas do %G e do VO2 máx. pela Bioimpedância elétrica e por um teste de 1600 metros, respectivamente. Foram realizadas estatísticas descritivas, correlação de Pearson, regressão linear, Qui-quadrado e análise de variância ANOVA, sendo adotado um p <0,05 para as diferenças (pacote estatístico SPSS versão 17.0). Foi calculado o poder estatístico das análises e a adequação do tamanho amostral utilizando o software estatístico GPower. Resultados: O grupo apresentou em média um elevado %G (28,18 ± 5,73%) e excelente VO2 máx. (54,16 ± 7,35 ml.O2.kg-1.min-1). Houve uma correlação negativa moderada (r= -0,488) e significativa (p=0,049) entre os valores do %G e VO2 máx. A regressão linear indicou que o %G prediz significativamente o VO2 máx. (R=0,48, R2=0,24, p=0,005). Obteve-se um poder estatístico significativo de 85% para a análise de correlação e 98% para a análise de regressão linear. Entretanto, não foi encontrada associação significativa entre a classificação do %G e do VO2 máx. (p=0,942). Conclusão: Concluímos que, em militares do 3o batalhão da Polícia Militar de Minas Gerais, o %G se correlaciona negativamente e prediz em até 24% os valores do VO2 máx. Entretanto, o elevado %G desta amostra populacional não é impeditivo para se obter bons índices de classificação do VO2 máx. Palavras chaves: Percentual de gordura corporal, capacidade aeróbia, policiais militares.
ABSTRACT Aim: to evaluate the relationship between body fat percent (BF%) and maximal oxygen consuption (VO2 max) in police officers. Materials and methods: 32 police officers with a mean age of 40 ± 5 years performed estimates of the body fat percent (BF%) and the VO2 max by electrical Bioimpedance and by the test of 1 mile, respectively. Descriptive statistics, Pearson correlation, linear regression, chi-square and ANOVA were performed and setting a p <0.05 for differences (statistical package SPSS version 17.0). It was calculated the statistical power and the adequacy of sample size using the statistical software GPower. Results: The group had on average an elevated BF% (28.18 ± 5.73%) and excellent levels of VO2 max. (54.16 ± 7.35 ml.O2.kg-1.min-1). There was a significant (p = 0.049) moderate negative correlation (r = -0.488) between the values of BF% and VO2 max. The linear regression analysis indicates that the BF% significantly predicted the values of VO2 max (r = 0.48, R2 = 0.24, p = 0.005). It was obtained a statistical power of 85% for correlation analysis and 98% for linear regression analysis. However, no significant association was found between the classification of BF% and VO2 max. (p = 0.942). Conclusion: We concluded that, in the third battalion of officers of the Military Police of Minas Gerais, BF% correlates negatively and predicts 24% of VO2 max values. However, the high BF% in this sample population is not an impediment to obtaining good classification rates of VO2 max. Key words: Body fat percentage, aerobic capacity, police officers.
LISTA DE TABELAS E FIGURA
Tabela 1 - Normatização do %G – sexo masculino.............................................................. 12
Tabela 2 - Normatização do VO2 máx. – sexo masculino.................................................... 13
Tabela 3 - Caracterização da amostra com os valores de idade, %G e VO2 máx................. 14
Tabela 4 - Classificação do %G............................................................................................ 14
Tabela 5 - Classificação do VO2 máx................................................................................... 14
Tabela 6 - Média do % G em cada classificação do VO2 máx............................................. 16
Tabela 7 - Classificações do % G e VO2 máx. da população estudada................................ 16
Figura 1 - Diagrama de dispersão do %G e VO2 máx......................................................... 15
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO.................................................................................................................... 09
MATERIAIS E MÉTODOS............................................................................................... 11
Tipo do estudo...................................................................................................................... 11
Amostra................................................................................................................................. 11
Procedimentos...................................................................................................................... 11
Local...................................................................................................................................... 11
Avaliações............................................................................................................................. 11
Antropometria e composição corporal............................................................................... 12
Avaliação do VO2 máx......................................................................................................... 12
Análise Estatística................................................................................................................ 13
RESULTADOS..................................................................................................................... 14
DISCUSSÃO......................................................................................................................... 17
CONCLUSÃO...................................................................................................................... 20
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS............................................................................... 21
ANEXO - INSTRUÇÕES PARA ENVIO DE ARTIGO.................................................. 24
9
INTRODUÇÃO
A exigência física faz parte da rotina ocupacional da maioria dos militares
requerendo, portanto, níveis de capacidade aeróbia adequados para realização de
suas funções (Rocha, Freitas e Comerlato, 2008). A capacidade aeróbia máxima
(VO2 máx.), também denominada de consumo máximo de oxigênio, é aceita como a
medida normativa de aptidão cardiorrespiratória, sendo considerada o padrão-ouro
entre todos os índices (Astrand e Rodhal, 1987). Pode ser avaliada através de
métodos diretos e indiretos (Lima, Silva e Souza, 2005). O método direto baseia-se
na análise de gases (Cyrino e Colaboradores, 2002) que pode ser realizada através
da ergoespirometria computadorizada permitindo avaliar a capacidade
cardiorrespiratória de maneira mais precisa e não invasiva (Rondon e Colaboradores,
1998). Apesar de o método direto ter um resultado mais fidedigno, muitas
dificuldades são encontradas para a aplicabilidade do mesmo, como a necessidade
de um laboratório adequado, de pessoas especializadas, além de possuir um alto
custo (Cyrino e Colaboradores, 2002), com isso vários autores propuseram técnicas
indiretas por ser mais simples e possuir um baixo custo (Duarte e Duarte, 2001).
Entre as técnicas indiretas estão os testes de campo que utilizam equações
baseadas em tempo ou distância encontrada no teste (Lima, Silva e Souza, 2005).
Muitos fatores influenciam o VO2 máx. dos quais os mais importantes são
a hereditariedade, o estado de treinamento, sexo, idade e, de especial importância
para este trabalho, a composição corporal (Mcardle, Katch e Katch, 2008). Os
procedimentos de determinação da composição corporal são classificados em
métodos diretos, indiretos e duplamente indiretos. O método direto consiste na
dissecação de cadáveres, sendo realizado em laboratórios. No método indireto os
recursos mais utilizados são pesagem hidrostática, ressonância magnética,
10
tomografia computadorizada, ultrassom, entre outros. O método duplamente indireto
utiliza-se a interactância de raios infravermelhos, bioimpedância elétrica e
antropometria (Muniz e Bastos, 2010).
Mcardle, Katch e Katch (2008), afirmam que a composição corporal pode
explicar até 70% das diferenças nos valores do VO2 máx. Apesar disso, ainda não
há um consenso na literatura sobre a relação entre o acúmulo de gordura corporal e
o VO2 máx. Alguns trabalhos mostram uma correlação negativa (Conte e
Colaboradores, 2003) enquanto outros não encontraram essa correlação (Pacheco e
Colaboradores, 2009; Sui e Colaboradores, 2009).
Rocha, Freitas e Comerlato (2008), constataram que, apesar da alta
exigência física, os níveis de sobrepeso e obesidade na classe ocupacional de
policiais militares vêm crescendo de forma significativa. Em um único trabalho
encontrado na literatura que faz a associação entre o percentual de gordura (%G) e
o VO2 máx. em militares foi observada uma associação significativa entre estes dois
índices nesta população (Freitas, Prado e Silva, 2007). O estudo de Freitas, Prado e
Silva (2007) utilizou a técnica de dobras cutâneas para estimar o %G que, apesar de
sua validade, apresenta algumas desvantagens, como a dificuldade da medida da
dobra cutânea em indivíduos com sobrepeso e obesidade (Guedes e Rechenchosky,
2008). Além disso, diferente de Freitas, Prado e Silva, (2007), utilizamos um teste de
campo que os militares já estavam familiarizados para estimar o VO2 máx.
Nesse sentido, o objetivo deste trabalho foi avaliar a relação entre o %G e
o VO2 máx. em militares do 3º Batalhão da Polícia Militar de Minas Gerais da cidade
de Diamantina.
11
MATERIAIS E MÉTODOS
Tipo do estudo
O estudo foi descritivo com delineamento transversal (Thomas e Nelson,
2002).
Amostra
Foi realizada amostragem aleatória simples que pudesse comportar
representatividade do 3º Batalhão da Polícia Militar de Minas Gerais, participaram
deste estudo 32 militares recrutados segundo os critérios de inclusão: ser militar do
sexo masculino e estar apto para realização do teste aeróbio conforme anamnese
prévia pelo Par-Q e Risco coronariano (ACSM, 2003).
Este estudo foi conduzido respeitando a resolução 196 de 1996 do
Ministério da Saúde e sua execução foi condicionada a aprovação pelo Comitê de
Ética em Pesquisa da Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri
(protocolo 178/2010). Todos os voluntários assinaram o termo de consentimento
livre e esclarecido.
Procedimentos Local
As avaliações foram realizadas na sala de avaliação física e na pista do 3º
Batalhão da Polícia Militar do Estado de Minas Gerais e foi constituída de uma
anamnese, avaliação antropométrica e da composição corporal e teste de avaliação
do VO2 máx.
Avaliações
Antes das avaliações os indivíduos receberam as instruções prévias à
realização da bioimpedância e teste de VO2 máx. conforme as recomendações do
(ACSM, 2003). Em seguida responderam os questionários Par-Q e risco coronariano.
12
Antropometria e composição corporal
Os indivíduos realizaram as avaliações da massa corporal e estatura
utilizando-se a balança mecânica da marca Welmy com capacidade máxima de 150
kg e com precisão de 100 g e com estadiômetro (fixado à balança) com escala para
altura de 190 cm. A Bioimpedância elétrica foi realizada utilizando o aparelho
Biodynamics modelo 310.
Para a estimativa do %G foi utilizada a equação de predição da
composição corporal sugerida por Gray e Colaboradores, 1989: Massa Livre de
Gordura (MLG) = 0,00139 (estatura2) – 0,0801 (resistência) + 0,187 (massa corporal)
+ 39,83. De acordo com resultados da estimativa da gordura corporal os voluntários
foram classificados conforme os critérios de Heyward (Tabela 1).
Tabela 1- Normatização do %G – sexo masculino Classificação Porcentagem
Abaixo do normal Até 12% Normal 12 à 18%
Acima do normal 18 à 25% Tendência à obesidade >25%
Fonte: Heyward; Stolarczyk (1996).
Avaliação do VO2 máx.
Para avaliação do VO2 máx. foi utilizado o teste de 1600 metros
desenvolvido pelo Rockport Walking Institute, que consiste em procurar caminhar na
maior velocidade, em ritmo individual e constante, sendo registrada a frequência
cardíaca (FC) ao seu final e o tempo despendido para realizar o percurso. A FC foi
registrada utilizando um cardiofrequencímetro da marca Polar RS800. Para o cálculo
da estimativa foi utilizada a equação: VO2 máx.[ml(kg.min)-1] = 132,853 – [Peso (Kg)
x 0,169] – [Idade (anos) x 0,388] – [Tempo (min) x 3,265] – [FC esforço (final) x
0,157] + [Sexo x 6,315] Sexo:
Sexo: sexo do avaliado (zero para mulheres; um para homens) (Guedes e Guedes,
13
2006). De acordo com resultados da estimativa do VO2 máx. os voluntários foram
classificados conforme os critérios de American Heart Associaton (Tabela 2).
Tabela 2- Normatização do VO2 máx. – sexo masculino Idade Muito fraco Fraco Regular Boa Excelente 20-29 Até 25 25-33 34-42 43-52 >52 30-39 Até 23 23-30 31-38 39-48 >48 40-49 Até 20 20-26 27-35 36-44 >44 50-59 Até 18 18-24 25-33 34-42 >42 60-69 Até 16 16-22 23-30 31-40 >40
Fonte: American Heart Associaton (1972), apud Pitanga (2004).
Análise Estatística
A análise da distribuição dos dados foi realizada pelo teste de
normalidade de Shapiro-Wilks. Como os dados apresentaram distribuição normal,
foram utilizados testes paramétricos. Inicialmente, foram realizadas estatísticas
descritivas para caracterizar os resultados: freqüência, média ± desvio padrão. A
correlação entre o %G e o VO2 máx. foi realizada pelo teste da correlação de
Pearson. Em seguida, foi realizada uma regressão linear, para avaliar se os valores
do %G podem predizer os valores do VO2 máx. e análise do poder estatístico, com o
intuito de verificar se o tamanho amostral empregado foi suficiente para não ocorrer
erros do tipo falso negativo, utilizando o software estatístico GPower (Buchner e
Colaboradores, 1992). As diferenças entre as médias dos %G de acordo com a
classificação do VO2 máx. foi realizada pela análise de variância ANOVA (one-way)
seguida do teste de Bonferroni, para múltiplas comparações entre os grupos de
acordo com a classificação. A associação entre as classificações do %G e do VO2
máx. foi realizada pelo teste do Qui-quadrado. Para análise das diferenças foi
estabelecido um p<0,05 e as análises foram realizadas utilizando o pacote
estatístico SPSS versão 17.0
14
RESULTADOS
A caracterização da amostra com os valores médios de idade, %G e VO2
máx. é apresentada na (Tabela 3).
Tabela 3- Caracterização da amostra com os valores de idade, %G e VO2 máx. Variável Média Desvio Padrão Mínimo Máximo CV
Idade (anos) 40,28 5,29 32,00 49,00 0,13 % G 28,18 5,73 10,00 37,30 0,20
VO2 máx. (ml.O2.kg-1.min-1)
54,16 7,35 35,41 65,63 0,13
A classificação do %G, de acordo com os critérios de Heyward; Stolarczyk
(1996) e a classificação do VO2 máx., de acordo com os critérios da American Heart
Associaton (1972), apud Pitanga (2004) foram sintetizadas nas (Tabelas 4 e 5). Foi
observado que apesar do elevado %G, os militares apresentaram um excelente nível
de condicionamento aeróbio.
Tabela 4- Classificação do %G Indicador Nº de Sujeitos Percentual Abaixo do Normal 1 3,1% Normal 1 3,1% Acima do Normal 6 18,8% Tendência a obesidade 24 75,0% Tabela 5- Classificação do VO2 máx. Indicador Nº de Sujeitos Percentual Muito Fraco 0 0,0% Fraco 0 0,0% Regular 1 3,1% Boa 6 18,8% Excelente 25 78,1%
A dispersão do %G e do VO2 máx. está apresentada na (Figura 1) e,
podemos observar que houve uma correlação negativa moderada (r= -0,488) e
significativa (p=0,049) entre os valores do %G e do VO2 máx.
15
Figura 1- Diagrama de dispersão do %G e VO2 máx.
A análise de regressão linear indica que o %G prediz significativamente o
VO2 máx. (R=0,48, R2=0,24, p=0,005). Os resultados indicam que 24% da variação
nos valores do VO2 máx. é explicado pelo %G. Adotando o nível de significância
p<0,05 e hipótese bidirecional, obteve-se um poder estatístico de 85% para a análise
de correlação e 98% para a análise de regressão linear (Buchner e Colaboradores,
1992).
Além da análise da correlação e regressão linear entre o %G e o VO2
máx., foi avaliada a média do %G referente a cada classificação do VO2 máx.
(Tabela 6). Os resultados mostraram que, apesar de não haver diferença estatística
entre as médias, observa-se uma tendência à redução do %G com o aumento do
VO2 máx.
16
Tabela 6- Média do % G em cada classificação do VO2 máx. % G VO2 máx.
Média Desvio Padrão Regular 32,5 0 Boa 28,8 1,83 Excelente 27,9 5,96 ANOVA (p>0,05)
Foi realizado o teste qui-quadrado para comparar as classificações do
%G e do VO2 máx. da população estudada (Tabela 7). Não foi encontrada
associação significativa entre a classificação do %G e o VO2 máx. (p=0,942).
Tabela 7- Classificações do % G e VO2 máx. da população estudada Classificação do VO2 máx. Classificação do % G
Regular Boa Excelente
Abaixo do Normal 0% 0% 15,6% Normal 0% 3,1% 21,9% Acima do Normal 3,1% 3,1% 50% Tendência a Obesidade 0% 0% 3,1% Qui-Quadrado (P=0,942)
17
DISCUSSÃO
Os principais achados deste estudo mostram que mais de 90% da
amostra apresentam valores médios para o %G acima da normalidade. No entanto,
78,1% desta amostra apresentou excelente nível de condicionamento
cardiorrespiratório. Apesar disso, encontramos uma correlação negativa moderada
(r= -0,488) e significativa (p=0,049) entre o %G e o VO2 máx. A regressão linear,
confirmou que os valores do %G predizem significativamente em 24% os valores do
VO2 máx. Observou-se também uma tendência à redução do %G médio nas
classificações “excelente” comparado com as classificações “boa” e “regular” do VO2
máx. Entretanto, não foi encontrada associação significativa entre as classificações
do %G e do VO2 máx. nesta amostra populacional.
De uma forma geral, a literatura mostra que ainda não há um consenso
da relação entre o acúmulo de gordura corporal e a capacidade aeróbia máxima
(Conte e Colaboradores, 2003; Pacheco e Colaboradores, 2009; Sui e
Colaboradores, 2009). Simões e Colaboradores (1995), ressaltam que basta o
indivíduo ter sobrepeso para que, na maioria das vezes, seu nível de aptidão física
já se encontre em uma faixa abaixo do normal. Além disso, é importante ressaltar
que o acúmulo de gordura corporal está também intimamente associado ao
surgimento de doenças crônicas como as dislipidemias, hipertensão arterial,
diabetes, dentre outras (Silvério e Colaboradores, 2007).
Em populações específicas cujas atividades ocupacionais exigem boa
aptidão aeróbia foi mostrada uma correlação e associação significativas entre o %G
e o VO2 máx. Franchini e Colaboradores (2007), relataram haver uma correlação
negativa significativa entre o %G e o VO2 máx. em judocas (r= -0,83, p<0,05). Já
Freitas, Prado e Silva (2007), em um trabalho semelhante ao realizado nesta
18
pesquisa, observaram que em militares de Aracajú, foi encontrada associação
significativa entre o %G e o VO2 máx. (p≤0,05). Entretanto, o estudo de Freitas,
Prado e Silva (2007) mostrou que, apesar deste grupo de militares apresentar
excelentes índices de VO2 máx., o %G encontrava-se acima da faixa de normalidade.
Semelhante ao trabalho de Freitas, Prado e Silva (2007), o %G médio dos militares
do 3º Batalhão da Polícia Militar de Minas Gerais encontrava-se acima da
normalidade. Diferente dos resultados de Freitas, Prado e Silva (2007), não houve
associação significativa entre o %G e o VO2 máx. na referida população. Apesar
disso, a análise de regressão linear realizada na presente pesquisa mostrou que os
valores do %G podem predizer os resultados do teste do VO2 máx. Estes resultados
sugerem que apesar do %G elevado não ser impeditivo para se ter um
condicionamento físico adequado, o %G influencia e prediz significativamente o VO2
máx.
É importante observar que as diferenças entre os resultados deste estudo
com os resultados de Freitas, Prado e Silva (2007) em militares podem ser
explicados pelas diferentes metodologias aplicadas. Freitas, Prado e Silva (2007),
por exemplo, utilizaram a técnica de dobras cutâneas para avaliar o %G e o teste de
“vai-vem” para estimar o VO2 máx. Partindo-se da premissa de que a técnica das
dobras cutâneas pode não ser adequada para avaliar o %G em indivíduos com
sobrepeso e obesidade, e que a utilização de testes de desempenho aeróbio que
não são familiares ao indivíduo geralmente subestimam o VO2 máx., utilizou-se
nesta pesquisa a técnica de Bioimpedância e o teste de 1600 metros, o qual os
militares já estavam familiarizados. Não podemos descartar a possibilidade deste
teste ter superestimado os valores do VO2 máx. dos militares desta pesquisa, mas,
de qualquer forma parece paradoxal que estes militares tenham níveis de gordura
19
corporal tão elevado e ótimos níveis de condicionamento aeróbio. Uma possível
explicação para estes resultados é que a maioria destes militares realizam
atividades de rua e estas, de acordo com Rocha, Freitas e Comerlato (2008), exigem
dos policiais bons níveis de condicionamento físico.
Cabe ressaltar que a obesidade é uma doença complexa e multifatorial,
pois, além dos níveis de atividade física, outros fatores influenciam de forma direta
ou indireta o acúmulo de gordura corporal, tais como sono, alimentação e controle
dos níveis de estresse. Além disso, apesar da constatação de que os militares desta
pesquisa apresentam bons níveis de condicionamento aeróbio, não avaliamos
nenhum outro parâmetro relacionado à saúde dos mesmos, tal como colesterol,
glicemia ou pressão arterial e, o sobrepeso e a obesidade, estão associados com
uma piora em todos estes parâmetros supracitados (Silvério e Colaboradores, 2007).
Especificamente em militares, sugerimos que outros trabalhos avaliem a
relação entre o %G e o VO2 máx. utilizando outros testes. Outros aspectos que
devem ser observados em futuros estudos é a avaliação mais detalhada das
atividades ocupacionais dos militares, além da avaliação de outros parâmetros
relacionados à saúde tais como pressão arterial, glicemia e colesterol, pois, apesar
de constatarmos nesta pesquisa que o %G não foi impeditivo para se obter um bom
nível de VO2 máx., o acúmulo de gordura corporal está associado a diversos
problemas de saúde.
20
CONCLUSÃO
Com os resultados deste trabalho concluímos que, em um grupo de
militares do 3o batalhão da Polícia Militar de Minas Gerais, o %G se correlaciona
negativamente e prediz em até 24% os valores do VO2 máx. Entretanto, o %G
elevado desta amostra populacional não é impeditivo para se obter bons índices de
classificação do VO2 máx.
21
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
1. ACSM – American college of sports medicine. Diretrizes do ACSM para os testes de esforço e sua prescrição. 6 ed. Rio de Janeiro. Guanabara Koogan. 2003. p. 239.
2. Astrand, P.O.; Rodhal, K. Tratado de fisiologia do exercício. Rio de Janeiro. Guanabara. 1987.
3. Buchner, A.; Erdfelder, E.; Faul, F.; Land, A.G. GPower, version 3.1.2. 1992.
4. Conte, M.; Domingues, S.P. de T.; Godoi, V.J. de.; Más, E.F.; Vazatta, R.; Teixeira, L.F.M. Interação entre VO2 máx., índice de massa corporal e flexibilidade. Revista Mackenzie de Educação Física e Esporte. Vol. 2. Num. 2. 2003. p. 23-30. Disponível em: <
http://www3.mackenzie.br/editora/index.php/remef/article/viewFile/1328/1034>. Acesso em: 10 set. 2010.
5. Cyrino, E.S.; Okano, A.H.; Silva, K.E. de S.; Altimari, L.R.; Dórea, V.R.; Zucas, S.M.; Burini, R.C. Aptidão aeróbia e sua relação com os processos de crescimento e maturação. R. da Educação Física/UEM. Maringá. Vol. 13. Num. 1. 2002. p. 17-26. Disponível em: <
http://periodicos.uem.br/ojs/index.php/RevEducFis/article/viewArticle/3718>. Acesso em: 10 set. 2010.
6. Duarte, M. de F. da S.; Duarte, C.R. Validade do teste aeróbico de corrida de vai-e-vem de 20 metros. Rev. Bras. Ciên. e Mov. Brasília. Vol. 9. Num. 3. 2001. p. 7-14. Disponível em: <
http://portalrevistas.ucb.br/index.php/RBCM/article/viewFile/388/441> Acesso em: 10 set. 2010.
7. Franchini, E.; Nunes, A.V.; Moraes, J.M.; Vecchio, F.B.D. Physical Fitness and Anthropometrical Profile of the Brazilian Male Judo Team. J Physiol Anthropol Vol. 26. Num. 2. 2007. p. 59–67.
8. Freitas, A.V.de; Prado, R.L.; Silva, R.J.dos S. Associação entre o percentual de gordura e o VO2 máximo na estimativa de fatores de riscos relacionados à saúde em policiais militares do município de Aracaju-SE. Revista Brasileira de Prescrição e Fisiologia do Exercício. São Paulo. Vol. 1. Num. 1. 2007. p. 87-95. Disponível em: <
http://edulife.com.br/dados%5CArtigos%5CEducacao%20Fisica%5CFisiologia%20do%20Exercicio%5CPercentual%20de%20gordura%20e%20capacidade%20cardorespiratoria%20de%20militares.pdf> Acesso em: 10 set. 2010.
22
9. Gray, D.S.; Bray, G.A.; Gemayel, N.; Kaplan, K. Effect of obesity on bioelectrical impedance. American Journal of Clinical Nutrition. Num. 50. 1989. p. 255-260.
10. Guedes, D.P.; Guedes, J.E. Manual Prático para Avaliação em Educação Física. Manole. 2006.
11. Guedes, D.P.; Rechenchosky, L. Comparação da gordura corporal predita por métodos antropométricos: índice de massa corporal e espessuras de dobras cutâneas. Revista Brasileira de Cineantropometria e Desempenho Humano. Vol. 10. Num.1. 2008. p. 1-7. Disponível em: <
http://bases.bireme.br/cgibin/wxislind.exe/iah/online/?IsisScript=iah/iah.xis&src=google&base=LILACS&lang=p&nextAction=lnk&exprSearch=490607&indexSearch=ID> Acesso em: 10 set. 2010.
12. Heyward, V.H.; Stolarczyk, L.M. Applied body composition assessment. Human Kinetics Books. Champaign. Illinois. 1996.
13. Lima, A.M.J. de.; Silva, D.V.G.; Souza, A.O.S. de. Correlação entre as medidas direta e indireta do VO2 máx. em atletas de futsal. Rev. Bras. Med. Esporte, Vol. 11. Num. 3. 2005. p. 164-166. Disponível em: <
http://www.scielo.br/pdf/rbme/v11n3/a02v11n3.pdf>. Acesso em: 10 set. 2010.
14. Mcardle, W.D.; Katch, F. I; Katch, V. L. Fisiologia do exercício: energia, nutrição e desempenho humano. 6 ed. Rio de Janeiro. Guanabara Koogan. 2008.
15. Muniz, G.R.; Bastos, F.I. Prevalência de obesidade em militares da força aérea brasileira e suas implicações na medicina aeroespacial. R. Educ. Tecn. Apl. Aeron. Vol. 2. Num. 1. 2010. p. 25-36. Disponível em: <
http://www.revista.escoladeespecialistas.com/index.php/RETA/article/viewFile/23/44> Acesso em: 10 set. 2010.
16. Pacheco, T.R. de C.; Gomes, A.C.; Balvedi, M.C.W.; Busto, R.M.; Sanches, V.C. Capacidade cardiorrespiratória e índice de massa corpórea numa periodização do time de futsal feminino adulto da Universidade Norte do Paraná. Fit Perf J. Londrina. Vol. 8. Num. 6. 2009. p. 441-445. Disponível em: < http://dialnet.unirioja.es/servlet/articulo?codigo=3112292> Acesso em: 10 set. 2010.
17. Pitanga, F.J.G. Testes, medidas e avaliação em educação física. 3 ed. São Paulo. Phorte. 2004.
18. Rocha, C.R.G. de S.; Freitas, C. de La R.; Comerlato, M. Relação entre nível de atividade física e desempenho no teste de avaliação física de militares. Revista de Educação Física. Rio de Janeiro. Num. 142. 2008. p. 19-27.
23
Disponível em: <
http://www.revistadeeducacaofisica.com.br/artigos/2008.3/artigo3.pdf> Acesso em: 10 set. 2010.
19. Rondon, M.U.P.B.; Forjaz, C.L. de M.; Nunes, N.; Amaral, S.L. do.; Barretto, A.C.P.; Negrão, C.E. Comparação entre a prescrição de intensidade de treinamento físico baseada na avaliação ergométrica convencional e na ergoespirométrica. Arq. Brás. Cardiol., Vol. 70. Num. 3. 1998. p. 159-166. Disponível em: < http://www.scielo.br/pdf/abc/v70n3/3355.pdf> Acesso em: 10 set. 2010.
20. Silvério, R.; Santos, G.C. dos.; Souza, M. de.; Michels, G.; Pavan, A.L. Prevalência de obesidade em mulheres ingressantes em uma academia de Florianópolis. Revista Brasileira de Prescrição e Fisiologia do Exercício. São Paulo. Vol. 1. Num. 1. 2007. p. 61-64. Disponível em: <
http://edulife.com.br/dados%5CArtigos%5CEducacao%20Fisica%5CAtividade%20Fisica%20na%20Mulher%20e%20Gestante%5CPrevalencia%20de%20obesidade%20em%20mulheres%20ingressantes.pdf> Acesso em: 10 set. 2010.
21. Simões, E.J.; Byers, T.; Coates, R.J.; Serdula, M.K.; Mokdad, A.H.; Heath, G.W. The association between leisure-time physical activity and dietary fat in American adults. American adults. American Journal Public Health, Vol. 85. 1995. p. 240-244.
22. Thomas, J.; Nelson, J. Métodos de pesquisa em atividade física e saúde. 3 ed. São Paulo. Artmed Editora. 2002.
23. Sui, X; Lamonte, M.J.; Laditka, J.N.; Hardin, J.W.; Chase, N.; Hooker, S.P.; Blair, S.N. Cardiorespiratory Fitness and Adiposity as Mortality Predictors in Older Adults. JAMA. 2009. p. 2507–2516.
24
ANEXO - INSTRUÇÕES PARA ENVIO DE ARTIGO A RBPFEX adota as regras de preparação de manuscritos que seguem os padrões da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) que se baseiam no padrão Internacional - ISO (International Organization for Standardization), em função das características e especificidade da RBPFEX apresenta o seguinte padrão. DUPLA SUBMISSÃO - Os artigos submetidos a RBPFEX serão considerados para publicação somente com a condição de que não tenham sido publicados ou estejam em processo de avaliação para publicação em outro periódico, seja na sua versão integral ou em parte. A RBPFEX não considerará para publicação artigos cujos dados tenham sido disponibilizados na Internet para acesso público. Se houver no artigo submetido algum material em figuras ou tabelas já publicado em outro local, a submissão do artigo deverá ser acompanhada de cópia do material original e da permissão por escrito para reprodução do material. CONFLITO DE INTERESSE - Os autores deverão explicitar, através de formulário próprio (Divulgação de potencial conflito de interesses - a seguir), qualquer potencial conflito de interesse relacionado ao artigo submetido. Esta exigência visa informar os editores, revisores e leitores sobre relações profissionais e/ou financeiras (como patrocínios e participação societária) com agentes financeiros relacionados aos produtos farmacêuticos ou equipamentos envolvidos no trabalho, os quais podem teoricamente influenciar as interpretações e conclusões do mesmo. A existência ou não de conflito de interesse declarado estarão ao final de todos os artigos publicados. BIOÉTICA DE EXPERIMENTOS COM SERES HUMANOS - A realização de experimentos envolvendo seres humanos deve seguir a resolução específica do Conselho Nacional de Saúde (nº 196/96) disponível na internet (http://conselho.saude.gov.br/docs/Resolucoes/Reso196de96.doc), incluindo a assinatura de um termo de consentimento informado e a proteção da privacidade dos voluntários. BIOÉTICA DE EXPERIMENTOS COM ANIMAIS - A realização de experimentos envolvendo animais deve seguir resoluções específicas (Lei nº 6.638, de 08 de maio de 1979; e Decreto nº 24.645 de 10 de julho de 1934). ENSAIOS CLÍNICOS - Os artigos contendo resultados de ensaios clínicos deverão disponibilizar todas as informações necessárias à sua adequada avaliação, conforme previamente estabelecido. Os autores deverão referir-se ao “CONSORT” (www.consort-statement.org). REVISÃO PELOS PARES - Todos os artigos submetidos serão avaliados por ao menos dois revisores com experiência e competência profissional na respectiva área do trabalho e que emitirão parecer fundamentado, os quais serão utilizados pelos Editores para decidir sobre a aceitação do mesmo. Os critérios de avaliação dos artigos incluem: originalidade, contribuição para corpo de conhecimento da área, adequação metodológica, clareza e atualidade. Os artigos
25
aceitos para publicação poderão sofrer revisões editoriais para facilitar sua clareza e entendimento sem alterar seu conteúdo. CORREÇÃO DE PROVAS GRÁFICAS - Logo que prontas, as provas gráficas em formato eletrônico serão enviadas, por e-mail, para o autor responsável pelo artigo. Os autores deverão devolver, também por e-mail, a prova gráfica com as devidas correções em, no máximo, 48 horas após o seu recebimento. O envio e retorno das provas gráficas por correio eletrônico visa agilizar o processo de revisão e posterior publicação das mesmas. DIREITOS AUTORAIS - Todas as declarações publicadas nos artigos são de inteira responsabilidade dos autores. Entretanto, todo material publicado torna-se propriedade do IBPEFEX, que passa a reservar os direitos autorais. Portanto, nenhum material publicado na RBPFEX poderão ser reproduzidos sem a permissão por escrito do IBPEFEX. Todos os autores de artigos submetidos à RBPFEX deverão assinar um Termo de Transferência de Direitos Autorais (a seguir), que entrará em vigor a partir da data de aceite do trabalho. O autor responsável pelo artigo receberá, sem custos, a separata eletrônica da publicação (em formato PDF). ENDEREÇO PARA CORRESPONDÊNCIA Prof. Dr. Francisco Navarro Editor-Chefe da Revista Brasileira de Prescrição e Fisiologia do Exercício. Instituto Brasileiro de Pesquisa e Ensino em Fisiologia do Exercício. Rua Hungara 249, Apto 113, Vila Ipojuca, São Paulo, SP - CEP 05055-010 E-mail: [email protected] INSTRUÇÕES PARA ENVIO - Todos os artigos deverão ser enviados via e-mail para [email protected] Após envio eletrônico do artigo, os autores deverão enviar, por correio: • Termo de Divulgação de Potencial Conflito de Interesses (conforme modelo a seguir). • Termo de Transferência de Direitos Autorais (conforme modelo a seguir). O artigo submetido deve ser digitado em espaço duplo, papel tamanho A4 (21 x 29,7), com margem superior de 2,5 cm, inferior 2,5, esquerda 2,5, direita 2,5, sem numerar linhas ou parágrafos, e numerando as páginas no canto superior direito; as legendas das figuras e as tabelas devem vir no local do texto, no mesmo arquivo. Os manuscritos que não estiverem de acordo com as instruções a seguir em relação ao estilo e formato serão devolvidos sem revisão pelo Conselho Editorial. FORMATO DOS ARQUIVOS - Para o texto, usar editor de texto do tipo Microsoft Word para Windows ou equivalente, fonte Arial, tamanho 12 • As figuras deverão estar nos formatos jpg ou tif. ARTIGO ORIGINAL - Um artigo original deve conter no máximo 20 (vinte) páginas conforme formatação acima (incluindo referências, figuras e tabelas) e ser estruturado com os seguintes itens, cada um começando por uma página diferente: Página título: deve conter (1) o título do artigo, que deve ser objetivo, mas informativo; (2) nomes completos dos autores; instituição (ões) de origem, com
26
cidade, estado e país, se fora do Brasil; (3) nome do autor correspondente, com endereço completo e e-mail de todos os autores. Resumo: deve conter (1) o resumo em português, com não mais do que 250 palavras, estruturado de forma a conter: introdução e objetivo, materiais e métodos, discussão, resultados e conclusão; (2) três a cinco palavras-chave, que não constem no título do artigo. Usar obrigatoriamente termos do Medical Subject Headings, do Index Medicus (http://www.nlm.nih.gov/mesh/) (3) o resumo em inglês (abstract), representando a tradução do resumo para a língua inglesa (4) três a cinco palavras-chave em inglês (key words). Introdução: deve conter (1) justificativa objetiva para o estudo, com referências pertinentes ao assunto, sem realizar uma revisão extensa e o objetivo do artigo deve vir no último parágrafo. Materiais e Métodos: deve conter (1) descrição clara da amostra utilizada; (2) termo de consentimento para estudos experimentais envolvendo humanos; (3) identificação dos métodos, materiais (marca e modelo entre parênteses) e procedimentos utilizados de modo suficientemente detalhado, de forma a permitir a reprodução dos resultados pelos leitores; (4) descrição breve e referências de métodos publicados, mas não amplamente conhecidos; (5) descrição de métodos novos ou modificados; (6) quando pertinente, incluir a análise estatística utilizada, bem como os programas utilizados. No texto, números menores que 10 são escritos por extenso, enquanto que números de 10 em diante são expressos em algarismos arábicos. Resultados: deve conter (1) apresentação dos resultados em seqüência lógica, em forma de texto, tabelas e ilustrações; evitar repetição excessiva de dados em tabelas ou ilustrações e no texto; (2) enfatizar somente observações importantes. Discussão: deve conter (1) ênfase nos aspectos originais e importantes do estudo, evitando repetir em detalhes dados já apresentados na Introdução e nos Resultados; (2) relevância e limitações dos achados, confrontando com os dados da literatura, incluindo implicações para futuros estudos; (3) ligação das conclusões com os objetivos do estudo. Conclusão: deve ser obtida a partir dos resultados obtidos no estudo e deve responder os objetivos propostos. Agradecimentos: deve conter (1) contribuições que justificam agradecimentos, mas não autoria; (2) fontes de financiamento e apoio de uma forma geral. Citação: deve utilizar o sistema autor-data. Fazer a citação com o sobrenome do autor (es) seguido de data separado por vírgula e entre parênteses. Exemplo: (Bacurau, 2001). Até três autores, mencionar todos, usar a expressão Colaboradores, para quatro ou mais autores, usando o sobrenome do primeiro autor e a expressão. Exemplo: (Bacurau e Colaboradores, 2001). A citação só poderá ser a parafraseada.
27
Referências: as referências devem ser escritas em sequência alfabética. O estilo das referências deve seguir as normas da RBPFEX e os exemplos mais comuns são mostrados a seguir. Deve-se evitar utilização de “comunicações pessoais” ou “observações não publicadas” como referências. Exemplos: 1) Artigo padrão em periódico (deve-se listar todos os autores): Amorim, P.A. Distribuição da Gordura Corpórea como Fator de Risco no desenvolvimento de Doenças Arteriais Coronarianas: Uma Revisão de Literatura. Revista Brasileira de Atividade Física e Saúde. Londrina. Vol. 2 . Num. 4 . 1997. p. 59-75. 2) Autor institucional: Ministério da Saúde; Ministério da Educação. Institui diretrizes para Promoção da Alimentação Saudável nas Escolas de educação infantil, fundamental e nível médio das redes públicas e privadas, em âmbito nacional. Portaria interministerial, Num. 1010 de 8 de maio de 2006. Brasília. 2006. 3) Livro com autor (es) responsáveis por todo o conteúdo: Bacurau, R.F.; Navarro, F.; Uchida, M.C.; Rosa, L.F.B.P.C. Hipertrofia Hiperplasia: Fisiologia, Nutrição e Treinamento do Crescimento Muscular. São Paulo. Phorte. 2001. p. 210. 4) Livro com editor (es) como autor (es): Diener, H.C.; Wilkinson, M. editors. Druginduced headache. New York. Springer- Verlag. 1988. p. 120. 5) Capítulo de livro: Tatyama, M.S.; Navarro, A.C. A Eficiência do Sistema de Ataque Quatro em Linha no Futsal. IN Navarro, A.C.; Almeida, R. Futsal. São Paulo. Phorte. 2008. 6) Dissertação de Mestrado ou Tese de Doutorado: Navarro, A.C. Um Estudo de Caso sobre a Ciência no Brasil: Os Trabalhos em Fisiologia no Instituto de Ciências Biomédicas e no Instituto de Biociência da Universidade de São Paulo. Dissertação de Mestrado. PUC-SP. São Paulo. 2005. TABELAS - As tabelas devem ser numerados sequencialmente em algarismo arábico e ter títulos sucintos, assim como, pode conter números e/ou textos sucintos (para números usar até duas casas decimais após a virgula; e as abreviaturas devem estar de acordo com as utilizadas no corpo do texto; quando necessário usar legenda para identificação de símbolos padrões e universais). As tabelas devem ser criadas a partir do editor de texto Word ou equivalente, com no mínimo fonte de tamanho 10. FIGURAS - Serão aceitas fotos ou figuras em preto-e-branco. Figuras coloridas são incentivadas pelo Editor, pois a revista é eletrônica, processo que facilita a sua publicação. Os desenhos das figuras devem ser consistentes e tão simples quanto possíveis. Não utilizar tons de cinza. Todas as linhas devem ser sólidas. Para gráficos de barra, por exemplo, utilizar barras brancas, pretas, com linhas
28
diagonais nas duas direções, linhas em xadrez, linhas horizontais e verticais. A RBPFEX desestimula fortemente o envio de fotografias de equipamentos e animais. As figuras quando impressas devem ter bom contraste e largura legível. Utilizar fontes de no mínimo 10 pontos para letras, números e símbolos, com espaçamento e alinhamento adequados. Quando a figura representar uma radiografia ou fotografia sugerimos incluir a escala de tamanho quando pertinente. A resolução para a imagem deve ser de no máximo 300 dpi afim de uma impressão adequada. ARTIGOS DE REVISÃO - Os artigos de revisão são habitualmente encomendados pelo Editor a autores com experiência comprovada na área. A RBPFEX encorajam, entretanto, que se envie material não encomendado, desde que expresse a experiência publicada do(a) autor(a) e não reflita, apenas, uma revisão da literatura. Artigos de revisão deverão abordar temas específicos com o objetivo de atualizar os menos familiarizados com assuntos, tópicos ou questões específicas na área de Prescrição e Fisiologia do Exercício. O Conselho Editorial avaliará a qualidade do artigo, a relevância do tema escolhido e o comprovado destaque dos autores na área específica abordada. RELATO DE CASO A RBPFEX estimula autores a submeter artigos de relato de caso, descrevendo casos clínicos específicos que tragam informações relevantes e ilustrativas sobre diagnóstico ou tratamento de um caso particular que seja raro na Prescrição e da Fisiologia do Exercício. Os artigos devem ser objetivos e precisos, contendo os seguintes itens: 1) Um Resumo e um Abstract contendo as implicações clínicas; 2) Uma Introdução com comentários sobre o problema clínico que será abordado, utilizando o caso como exemplo. É importante documentar a concordância do paciente em utilizar os seus dados clínicos; 3) Um Relato objetivo contendo a história, a avaliação física e os achados de exames complementares, bem como o tratamento e o acompanhamento; 4) Uma Discussão explicando em detalhes as implicações clínicas do caso em questão, e confrontando com dados da literatura, incluindo casos semelhantes relatados na literatura; 5) Referências. LIVROS PARA REVISÃO - A RBPFEX estimula as editoras a submeterem livros para apreciação pelo Conselho Editorial. Deve ser enviada uma cópia do livro ao Editor-Chefe (vide o endereço acima), que será devolvida. O envio do livro garante a sua apreciação desde que seja feita uma permuta ou o pagamento do serviço. Os livros selecionados para apreciação serão encaminhados para revisores com experiência e competência profissional na respectiva área do livro, cujos pareceres deverão ser emitidos em até um mês.
AUTORIZAÇÃO
Autorizo a reprodução e/ou divulgação total ou parcial do presente trabalho, por
qualquer meio convencional ou eletrônico, desde que citada a fonte.
_________________________________________
Gleycielly Ap. Rabelo Goulart
_________________________________________
Paula Cristina Veloso Rocha
Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri
Campus I - Diamantina/MG
Rua da Glória, nº 187 - Centro - CEP 39100-000
Campus JK - Diamantina/MG
Rodovia MGT 367 - Km 583, nº 5000 - Alto da Jacuba
Telefone: (38) 3532-1200 e (38) 3532-6000