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UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE ESCOLA DE ENFERMAGEM AURORA DE AFONSO COSTA CURSO DE GRADUAÇÃO EM ENFERMAGEM E LICENCIATURA KARINA RODRIGUES FERNANDES OS CUIDADOS DE ENFERMAGEM ACERCA DOS ACESSOS VENOSOS PERIFÉRICOS NA UNIDADE PEDIÁTRICA NITERÓI 2014

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UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE

ESCOLA DE ENFERMAGEM AURORA DE AFONSO COSTA

CURSO DE GRADUACcedilAtildeO EM ENFERMAGEM E LICENCIATURA

KARINA RODRIGUES FERNANDES

OS CUIDADOS DE ENFERMAGEM ACERCA DOS ACESSOS VENOSOS

PERIFEacuteRICOS NA UNIDADE PEDIAacuteTRICA

NITEROacuteI

2014

KARINA RODRIGUES FERNANDES

OS CUIDADOS DE ENFERMAGEM ACERCA DOS ACESSOS VENOSOS

PERIFEacuteRICOS NA UNIDADE PEDIAacuteTRICA

Trabalho de conclusatildeo de curso apresentado agrave Coordenaccedilatildeo de Curso de Graduaccedilatildeo em Enfermagem e Licenciatura como requisito parcial para obtenccedilatildeo do tiacutetulo de Bacharel em Enfermagem e Licenciatura

Orientador

Profa Dr Rosane Cordeiro Burla de Aguiar

Co-orientador

Profa Dr Eny Doacuterea Paiva

Niteroacutei RJ

2014

F 363 Fernandes Karina Rodrigues

Os cuidados de enfermagem acerca dos acessos venosos perifeacutericos na unidade pediaacutetrica Karina Rodrigues Fernandes ndash Niteroacutei [sn] 2014

48 f

Trabalho de Conclusatildeo de Curso (Graduaccedilatildeo em Enfermagem) - Universidade Federal Fluminense 2014 Orientador Profordf Rosane Cordeiro Burla de Aguiar

1 Cuidados de enfermagem 2 Cateterismo perifeacuterico

3 Enfermagem pediaacutetrica I Tiacutetulo CDD 61073

KARINA RODRIGUES FERNANDES

OS CUIDADOS DE ENFERMAGEM ACERCA DOS ACESSOS VENOSOS

PERIFEacuteRICOS NA UNIDADE PEDIAacuteTRICA

Trabalho de conclusatildeo de curso apresentado agrave Coordenaccedilatildeo de Curso de Graduaccedilatildeo em Enfermagem e Licenciatura como requisito parcial para obtenccedilatildeo do tiacutetulo de Bacharel em Enfermagem e Licenciatura

BANCA EXAMINADORA

__________________________________________________________________________

Profa Dr Rosane Cordeiro Burla de Aguiar

Presidente (EEAAC ndash UFF)

__________________________________________________________________________

Profa Dr Eny Doacuterea Paiva

1ordf examinadora (EEAAC ndash UFF)

__________________________________________________________________________

Profa Dr Liliane Faria da Silva

2ordf examinadora (EEAAC ndash UFF)

Niteroacutei RJ

2014

Dedicatoacuteria

Dedico este trabalho ao meu pai que estaacute e estaraacute sempre em meu pensamento

Agradecimentos

Primeiramente a Deus por ter me sustentado e dado forccedilas para seguir em frente a cada momento em

que fraquejei e desejei desistir Por me permitir concluir essa etapa e por me mostrar ao longo desses

anos que eu sou mais forte do que eu pensava Obrigada Deus

A toda minha famiacutelia pela ajuda e incentivo durante cada ano de faculdade A minha matildee e a minha

irmatilde Karen os pilares da minha vida por estarem sempre comigo me apoiando e amando

incondicionalmente A Tia Doca por ser minha segunda matildee e estar sempre pronta para ajudar Amo

vocecircs

Ao Cristiano por estar sempre comigo me ajudando me levantando quando preciso e me amando

principalmente nos momentos de ldquodesesperordquo com os prazos Por acordar quando eu queria

conversar por servir de motorista nos momentos que precisava e por ser aleacutem de tudo meu amigo

Te amo

A minha querida orientadora Rosane por me proporcionar o encontro com a aacuterea da pediatria pela

paciecircncia com minhas dificuldades e ainda pela oportunidade de convivecircncia e aprendizado

contribuindo para o meu crescimento pessoal e profissional

A Hanna por ser meu apoio em todo o inicio da faculdade 24 horas por dia sendo mais que uma

amiga uma irmatilde E mesmo depois apesar de tanta correria ainda conseguir um tempo para almoccedilar

conversar e comer um ldquojapardquo Vocecirc eacute essencial na minha vida amo vocecirc

Aos anjinhos que ldquoUFFrdquo colocou em minha vida Laiacutes e Barbara por estarem sempre prontas para

me segurar me apoiar dar bronca e fofocar Por dividir segredos laacutegrimas opiniotildees aleacutem de

momentos inesqueciacuteveis como decolar do Aeroporto Santos Dumond Obrigada por tudo Amo vocecircs e

vou morrer de saudades dos nossos dias

A minha querida e amada turma 20092 que mesmo fragmentada em vaacuterios periacuteodos permaneceu

unida se tornando uma grande famiacutelia durante esses cinco anos e me proporcionou momentos que

vou lembrar para o resto da minha vida

Aos demais professores e funcionaacuterios da Escola de Enfermagem Aurora de Afonso Costa pela

oportunidade de compartilhar momentos gratificantes de aprendizagem

Meu eterno agradecimento

RESUMO

Os cuidados para a manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico eacute uma accedilatildeo essencial durante uma internaccedilatildeo na qual a permanecircncia do dispositivo eacute dificultada por diversos fatores principalmente quando se trata de um paciente pediaacutetrico Por conta de repetitivas perdas as repeticcedilotildees das punccedilotildees podem gerar trauma emocional dificultando ainda mais o periacuteodo de estada do paciente no hospital Desta forma o presente trabalho tem o objetivo descrever os fatores que interferem na manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico de acordo com a equipe de enfermagem e analisar os cuidados da equipe de enfermagem na manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico Possui como objeto de estudo os cuidados da equipe de enfermagem na manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico Trata-se de uma pesquisa descritiva exploratoacuteria de abordagem qualitativa onde nove (9) profissionais da equipe de enfermagem do setor de internaccedilatildeo pediaacutetrica de um Hospital Universitaacuterio do Rio de Janeiro foram entrevistados de acordo com um roteiro A coleta de dados deu-se por meio de entrevista semi-estruturada As falas foram submetidas agrave anaacutelise de conteuacutedo e das entrevistas emergiram trecircs (03) categorias ldquoCuidados preacute intra e poacutes-procedimento de punccedilatildeo do acesso venoso perifeacutericordquo ldquoCuidados em desuso para manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacutericordquo e ldquoO acompanhante e a manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacutericordquo O estudo retratou o processo de punccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico ressaltando a importacircncia de cuidados como a seleccedilatildeo do local a diluiccedilatildeo da medicaccedilatildeo a realizaccedilatildeo de uma boa fixaccedilatildeo a atenccedilatildeo com a velocidade de infusatildeo os cuidados com os sinais de infecccedilatildeo e salinizaccedilatildeo do acesso aleacutem de constatar tambeacutem os cuidados em desuso como o uso da heparina da tala de imobilizaccedilatildeo e duacutevidas em relaccedilatildeo ao tempo de permanecircncia Evidenciou o fato da equipe de enfermagem responsabilizar o acompanhante pelos cuidados com o cateter venoso perifeacuterico e tambeacutem o natildeo uso da literatura cientifica para solucionar duvidas e agregar conhecimento Com isso o estudo atingiu os objetivos propostos e tambeacutem contribuiu para o campo do ensino abrindo portas para a realizaccedilatildeo de novas pesquisas na aacuterea Palavras-chave cateterismo venoso perifeacuterico cuidados de enfermagem enfermagem pediaacutetrica

ABSTRACT Care for the maintenance of peripheral venous access is an essential action during a hospitalization in which the permanence of the device is hampered by several factors especially when it comes to a pediatric patient Because of repetitive losses the repetitions of punctures can cause emotional trauma further hindering the period of stay of the patient in the hospital Thus the present study aims to describe the factors affecting the maintenance of peripheral venous access in accordance with the nursing staff and analyze the care of the nursing staff in the maintenance of peripheral venous access Has as its object of study the care of the nursing staff in the maintenance of peripheral venous access This is an exploratory descriptive and qualitative study where nine (9) professional nursing staff of the pediatric inpatient ward of a university hospital in Rio de Janeiro were interviewed according to a script The data was collected by means of semi - structured interview The speeches were subjected to content analysis and interviews revealed three ( 03 ) categories Care pre intra and post - puncture procedure from peripheral venous access Care in disuse for maintenance of peripheral venous access and The companion and maintenance of peripheral venous access The study portrayed the process of puncture of peripheral venous access emphasizing the importance of care as site selection diluting the medication performing a good fixation attention to the rate of infusion the care of the signs of infection and salinity of access and also noted the care into disuse as the use of heparin the splint immobilization and questions about the length of stay Highlighted the fact that the nursing staff responsible for the care of the accompanying peripheral venous catheter and also not using the scientific literature to solve doubts and aggregate knowledge With that the study achieved its goals and also contributed to the field of education opening doors to new research in the area Key words peripheral venous catheterization nursing care pediatric nursing

SUMAacuteRIO

1 INTRODUCcedilAtildeO p 8

11 Questotildees norteadoras p 9

12 Objeto do estudo p9

13 Objetivos p9

14 Justificativa e relevacircncia p9

2 REVISAtildeO DE LITERATURA p 11

21 Hospitalizaccedilatildeo infantil e seus estressores p 11

22 Acesso venoso perifeacuterico em pediatria p 13

3 METODOLOGIA p 17

31 Tipo de pesquisa p17

32 Sujeitos da pesquisa p17

33 Cenaacuterio p18

34 Coleta de dados p18

35 Questotildees eacuteticas da pesquisa p19

36 Analise dos dados p20

4 RESULTADOS E DISCUSSAtildeO p22

41 Os cuidados de enfermagem preacute intra e poacutes-procedimento de punccedilatildeo do acesso

venoso perifeacuterico p 22

42 Os cuidados em desuso para manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico p 28

43 O acompanhante e a manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico p31

CONCLUSAtildeO p 35

REFEREcircNCIAS p37

APEcircNDICE I p 44

APEcircNDICE II p45

ANEXO p46

8

1 INTRODUCcedilAtildeO

A motivaccedilatildeo pelo assunto veio durante o ensino teoacuterico praacutetico da disciplina

Enfermagem na sauacutede da crianccedila e do adolescente II na enfermaria pediaacutetrica do Hospital

Universitaacuterio Antonio Pedro quando me incomodei com o excesso de punccedilatildeo perifeacuterica

realizado nas crianccedilas gerando impacto nas mesmas e na famiacutelia durante o procedimento

A hospitalizaccedilatildeo em si eacute uma situaccedilatildeo estressante jaacute que a crianccedila perde o controle em

relaccedilatildeo a sua liberdade aleacutem do conviacutevio com pessoas estranhas e da mudanccedila de ambiente e

rotina (HOCKENBERRY e WILSON 2011 p676) Com isso em uma situaccedilatildeo de diversas

perdas de acesso venoso as repeticcedilotildees do procedimento causam trauma emocional tornando

ainda mais doloroso o periacuteodo de estada do paciente no hospital

A punccedilatildeo venosa perifeacuterica eacute um procedimento essencial para manejo da crianccedila

durante a hospitalizaccedilatildeo visto que em grande parte as medicaccedilotildees satildeo administradas por essa

via onde o efeito eacute quase instantacircneo e permite infusatildeo de maior volume Poreacutem esse tipo de

procedimento eacute doloroso e estressante deixando a crianccedila sujeita a traumas por agentes

bioloacutegicos quiacutemicos fiacutesicos e emocionais sendo funccedilatildeo do enfermeiro prevenir diminuir ou

erradicar esses riscos (CORREIA RIBEIRO BORBA 2009 p559)

A permanecircncia do dispositivo eacute dificultada por diversos fatores como uma infecccedilatildeo a

fixaccedilatildeo inadequada o trauma durante a infusatildeo e a movimentaccedilatildeo da crianccedila A cobertura

utilizada eacute de suma importacircncia nessa situaccedilatildeo sendo ela muitas das vezes a causa da perda

de um acesso e entatildeo a necessidade de nova punccedilatildeo venosa Por conta disso esse tipo de

procedimento causa grande desconforto para a famiacutelia para a crianccedila e tambeacutem para o

profissional (CORREIA RIBEIRO BORBA 2009 p559)

Uma grande pesquisa conduzida sobre a temaacutetica concluiu que com ldquo592 crianccedilas e

1135 tentativas de punccedilatildeo realizadas por 143 enfermeiras 10 de taxa de insucesso no

9

procedimento poreacutem com cerca de 50 de insucesso na primeira tentativardquo Cada crianccedila foi

submetida a 21 tentativas (LARSEN1

11 Questotildees norteadoras

et al 2010 apud NEGRI et al 2012)

Quais os fatores que podem interferir na permanecircncia do acesso venoso em uma

crianccedila hospitalizada

Quais satildeo os cuidados da equipe de enfermagem para aumentar o tempo de

permanecircncia de um acesso venoso perifeacuterico em uma crianccedila hospitalizada

12 Objeto de estudo

Os cuidados da equipe de enfermagem na permanecircncia do acesso venoso perifeacuterico

13 Objetivos

Descrever e discutir os cuidados de enfermagem acerca da permanecircncia dos acessos

venosos perifeacutericos na pediatria

14 Justificativa e relevacircncia

Diante da problemaacutetica exposta eacute possiacutevel identificar a importacircncia da necessidade de

um maior periacuteodo de permanecircncia dos acessos venosos perifeacutericos Com isso aleacutem da

diminuiccedilatildeo de eventos que causam dor e irritaccedilatildeo na crianccedila e na famiacutelia promoveraacute tambeacutem

uma melhor estada dos mesmos durante o periacuteodo de hospitalizaccedilatildeo

Oliveira Bezerra e Pereira (2008 p96) chegaram a conclusatildeo que os enfermeiros

prestam assistecircncia agraves crianccedilas dentro dos paracircmetros poreacutem devem ter mais cuidados em

alguns pontos como ldquonecessidade de maior atenccedilatildeo na quantidade e velocidade da infusatildeo da

terapia mais controle do calibre do cateter identificaccedilatildeo do acesso complicaccedilotildees e troca de

fixaccedilatildeordquo

O presente estudo possui relevacircncia pois busca descrever os principais cuidados que a

equipe de enfermagem desenvolve na manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico na pediatria

demonstrando o que a equipe faz efetivamente para aumentar o tempo de permanecircncia desse

1 Larsen P Eldridge D Brinkley J Newton D Goff D Hartzog T Saad ND Perkin R Pediatric peripheral intravenous access does nursing experience and competence really make a difference J Infus Nurs 201033(4)226-35

10

dispositivo visto que a sua inserccedilatildeo jaacute eacute um evento estressante para crianccedila e sua famiacutelia

durante a hospitalizaccedilatildeo Eacute relevante tambeacutem natildeo soacute para os enfermeiros pediaacutetricos como

tambeacutem para todos os profissionais da aacuterea de sauacutede que procuram aprofundar seus

conhecimentos acerca dos cuidados na assistecircncia de enfermagem da cateterizaccedilatildeo venosa

perifeacuterica

11

2 REVISAtildeO DE LITERATURA

21 Hospitalizaccedilatildeo infantil e seus estressores

Durante a vida de uma crianccedila as principais situaccedilotildees de crise que normalmente elas

vivenciaratildeo estatildeo relacionadas agrave doenccedila ou a uma possiacutevel hospitalizaccedilatildeo Frente a estes

fatores elas se mostram vulneraacuteveis diante das mudanccedilas impostas relacionadas ao estado de

sauacutede e a sua rotina de vida (HOCKENBERRY e WILSON 2011 p676)

ldquoA hospitalizaccedilatildeo representa para a crianccedila uma situaccedilatildeo diferente de todas as jaacute

vivenciadas haja vista que sua rotina diaacuteria eacute modificada Ela encontra-se em um ambiente

impessoal repleto de tabus e significados diferente do seu contexto diaacuteriordquo (JANSEN

SANTOS e FAVERO 2010 p248)

Segundo Brito et al (2009 p 803) a crianccedila hospitalizada eacute ldquoafastada de seu ambiente

familiar de seus amigos da escola e de seus objetos pessoais perdendo assim grande parte de

suas referecircnciasrdquo com isso esse periacuteodo de hospitalizaccedilatildeo pode causar impacto sobre o estado

psicoloacutegico da mesma

Conforme Hockenberry e Wilson (2011 p676) as crianccedilas natildeo possuem habilidades

de enfrentamento suficientes para resolver determinados estressores Como principais

estressores pode-se citar ldquoa separaccedilatildeo a perda de controle lesatildeo corporal e dorrdquo

Um dos procedimentos mais dolorosos e estressantes para a crianccedila eacute a punccedilatildeo venosa

onde na maioria dos casos constitui a primeira escolha para a administraccedilatildeo de medicamentos

nutriccedilatildeo parenteral hemoderivados e coleta de exames sanguumliacuteneos(OLIVEIRA BEZERRA e

PEREIRA 2008 p91)

12

ldquoA crianccedila eacute um ser em crescimento e desenvolvimento com particularidades e

caracteriacutesticas proacutepriasrdquo (MATHEWS-SIMONTON2

Esse periacuteodo de internaccedilatildeo ldquopode deixar a crianccedila ansiosa insegura e com medo

principalmente quando natildeo eacute preparada para a hospitalizaccedilatildeo e o tratamento a que seraacute

submetidardquo Para Martins (2001) isso contribui para aumentar o medo e a ansiedade

expressos por meio do choro da raiva e ateacute mesmo por agressotildees

1990 apud COA e PETTENGILL

2006 p434) Isso significa que a crianccedila iraacute se comportar de acordo com a situaccedilatildeo imposta

pois isso dependeraacute natildeo soacute da idade de desenvolvimento como tambeacutem de suas experiecircncias

com determinadas situaccedilotildees

Diante de todo o processo de hospitalizaccedilatildeo a crianccedila pode apresentar diversas

manifestaccedilotildees comportamentais sendo consideradas mais comuns as ldquoregressotildees diminuiccedilatildeo

no ritmo do desenvolvimento desordens do sono e da alimentaccedilatildeo dependecircncia

agressividade apatia estados depressivos fobias e transtornos de comportamento em geralrdquo

(BAR-MOR3

Para a famiacutelia ldquoa hospitalizaccedilatildeo de um filho geralmente eacute encarada como uma

situaccedilatildeo de crise para a famiacutelia e para a crianccedilardquo O profissional de enfermagem deve se

organizar seu trabalho com estrateacutegias que minimizem o sofrimento no ambiente hospitalar e

na assistecircncia agrave crianccedila (THOMAZINE et al 2008 p146)

1997 apud BRITO et al 2009 p203) Com a atenccedilatildeo voltada para atender a

demanda e a necessidade fisioloacutegica da crianccedila os profissionais da equipe de enfermagem

geralmente ldquodedicam pouca ou nenhuma atenccedilatildeo agraves questotildees psicoloacutegicas e sociais da crianccedila

hospitalizada e de sua famiacuteliardquo(JANSEN SANTOS e FAVERO 2010 p248)

A qualidade do ambiente pode afetar diretamente no processo de recuperaccedilatildeo com

isso ldquoas intervenccedilotildees no contexto hospitalar devem visar agrave promoccedilatildeo de condiccedilotildees favoraacuteveis

agrave reabilitaccedilatildeo dos efeitos de experiecircncias adversas ao desenvolvimento das crianccedilasrdquo Isso

sugere que o ambiente aleacutem de incentivar a sauacutede deve ser planejado de maneira supra agraves

necessidades dos pacientes levando em conta os aspectos psicoloacutegicos pedagoacutegicos e

2 Mathews-Simonton S A famiacutelia e a cura o meacutetodo Simonton para famiacutelias que enfrentam uma doenccedila Satildeo Paulo Summus 1990 3 Bar-Mor G Preparation of children for surgery and invasive procedures milestones on the way to success J Pediatr Nurs1997Aug12(4) 252-255

13

socioloacutegicos da crianccedila e de sua famiacutelia (SOARES e ZAMBERLAN4

Para humanizar a assistecircncia agrave crianccedila hospitalizada e atender a suas reais

necessidades os pais foram inseridos na cliacutenica pediaacutetrica com direito a permanecircncia integral

nos casos de internaccedilatildeo Isso ocorreu no iniacutecio da deacutecada de 1990 no Brasil com a

legalizaccedilatildeo estabelecida pelo Estatuto da Crianccedila e do Adolescente (THOMAZINE et al

2008 p145) Com isso ldquomuitos hospitais natildeo consideram mais os pais como visitantes e

enfatizam sua presenccedila durante todo o periacuteodo da hospitalizaccedilatildeordquo fazendo uso de um sistema

de cuidado centrado na famiacutelia (HOCKENBERRY e WILSON 2011 p685)

1995 apud BRITO et

al 2009 p803)

Durante o processo de hospitalizaccedilatildeo as crianccedilas satildeo submetidas a diversas condutas e

procedimentos como por exemplo exames e administraccedilatildeo de medicamentos A punccedilatildeo

venosa eacute um dos principais procedimentos que causam dor e muitas vezes existe a

necessidade de vaacuterias punccedilotildees durante um mesmo dia Vale ressaltar que para a crianccedila esse

tipo de procedimento se iguala a uma agressatildeo jaacute que ldquona maioria das vezes eacute acompanhado

de dor ou medo o que se traduz no choro e na ansiedaderdquo (COLLET5

2002 apud GOMES et

al 2011 p290)

22 Acesso venoso perifeacuterico em pediatria

Para Correia et al (2009 p559) a fim evitar um trauma emocional durante a punccedilatildeo

as crianccedilas precisam ser orientadas sobre o tratamento seus objetivos e receber atenccedilatildeo

carinhosa neste momento

A fim de tornar o processo de cateterizaccedilatildeo venosa menos doloroso e estressante para

a crianccedila deve-se ter preferecircncia pelas veias que menos comprometam suas atividades

essenciais Neste intuito deve-se evitar por exemplo puncionar uma veia na matildeo que

dificulte o ato de se alimentar desenhar e ateacute mesmo brincar (OLIVEIRA BEZERRA e

PEREIRA 2008 p91)

4 Soares MRZ Zamberlan MAT A inclusatildeo do brincar na hospitalizaccedilatildeo infantil Est Psicol maioago18(2) 64-9 5 Collet N Oliveira BRG de Manual de Enfermagem em Pediatria Goiacircnia AB 2002

14

O acesso vascular eacute uma das principais modalidades de tratamento utilizadas na

assistecircncia agrave sauacutede Existe ampla aceitaccedilatildeo difusatildeo e praacutetica desse procedimento pelos

profissionais da aacuterea da assistecircncia agrave sauacutede (FERREIRA et al 2005)

Foi na deacutecada de 40 que o uso de cateter vascular foi introduzido nos hospitais

tornando-se essencial para as atividades assistenciais da modernidade (WORTHIGTON6

Para Peterlini e Chaud (2003) tal procedimento se define como um conjunto de

conhecimentos e teacutecnicas que visam agrave administraccedilatildeo de soluccedilotildees ou faacutermacos no sistema

circulatoacuterio abrangendo o preparo do paciente a escolha obtenccedilatildeo e manutenccedilatildeo do acesso

venoso os meacutetodos de preparo e administraccedilatildeo de drogas e soluccedilotildees e os cuidados referentes

agrave frequecircncia de troca do cateter curativos dispositivos de infusatildeo e soluccedilotildees

2005 apud MENDONCcedilA et al 2011 p330)

Primeiramente o acesso perifeacuterico era mantido com agulhas de accedilo inoxidaacutevel as

quais apesar de oferecerem menor risco de infecccedilatildeo satildeo riacutegidas e facilitavam perda do

acesso Em 1945 passou a ser utilizado o cateter venoso plaacutestico que permitia manutenccedilatildeo do

acesso por tempo prolongado (FERNANDES e RIBEIRO7

Quanto ao tempo de permanecircncia em pacientes pediaacutetricos o cateter deve ser mantido

ateacute o teacutermino da terapia intravenosa ou quando forem observados sinais cliacutenicos de

complicaccedilotildees diferentemente dos pacientes adultos onde o tempo de permanecircncia

preconizado eacute de 72 a 96 horas (CENTERS FOR DISEASE CONTROL AND

PREVENTION-CDC 2002)

2000 apud MARTINS et al 2008

p 485) Habitualmente o material de punccedilatildeo que vem sendo utilizado em crianccedilas satildeo os

cateteres flexiacuteveis tipo abocath com mandril metaacutelico (BATALHA et al 2010 p512)

Associaccedilatildeo Paulista de Estudos e Controle de Infecccedilatildeo Hospitalar (2005 apud

Moncaio e Figueiredo 2009) ressaltam que ldquoas principais complicaccedilotildees infecciosas para o

paciente satildeo flebite infecccedilatildeo do siacutetio de inserccedilatildeo do cateter extravasamento de soluccedilatildeo e

bacteremia relacionada ao cateterrdquo Certos fatores podem contribuir para o aparecimento de

tais complicaccedilotildees como o tipo do cateter que seraacute utilizado o preparo do local da punccedilatildeo

aleacutem de caracteriacutesticas intriacutensecas do paciente Vale acrescentar que ldquoos cateteres 6 Worthigton T Elliot TSJ Diagnosis of central venous catheter related infection in adult pacient J Infect 2005 51267-80 7 Fernandes AT Ribeiro Filho N Infecccedilatildeo do acesso vascular In Fernandes AT Fernandes M OV Ribeiro Filho N Infecccedilatildeo hospitalar e suas interfaces na aacuterea da sauacutede Satildeo Paulo (SP) Atheneu 2000 p 556-79

15

confeccionados em Teflon e poliuretano estatildeo associados a baixas frequecircncias de

complicaccedilotildees infecciosas quando comparados aos de polivinilcloreto e polietilenordquo

CENTERS FOR DISEASE CONTROL AND PREVENTION-CDC 2002)

ldquoNo acircmbito hospitalar a flebite eacute uma das complicaccedilotildees mais frequentes e

considerada uma das principais falhas da infusatildeordquo Eacute o processo inflamatoacuterio da camada

iacutentima das veias ocasionado por irritaccedilatildeo mecacircnica quiacutemica ou infecccedilotildees bacterianas

apresentando manifestaccedilotildees como dor edema hiperemia local e calor (GABRIEL8

Machado et al(2008) relata que ldquocerca de 1 a 10 destes pacientes desenvolvem

infecccedilotildees locais ou sistecircmicas relacionadas ao uso de cateteres causadas por alteraccedilatildeo ou

ruptura da integridade da pele que permite a passagem de microorganismos colonizadoresrdquo

2008

apud MAGEROTE et al 2011 p 487)

O curativo para fixaccedilatildeo do cateter eacute outro ponto importante para a manutenccedilatildeo do

mesmo visto que a ldquofixaccedilatildeo reduz o risco de complicaccedilotildees relacionadas agrave terapia intravenosa

tais como flebite infiltraccedilatildeo septicemia e deslocamento do cateterrdquo aleacutem de mantecirc-lo limpo

e seco permitindo a visualizaccedilatildeo contiacutenua do mesmo a fim de prevenir os agravos

(PHILLIPS9

No seacuteculo passado durante os primeiro 50 anos da praacutetica da terapia intravenosa

utilizava-se para fixaccedilatildeo gaze esteacuteril e fitas adesivas O iniacutecio do uso de filmes transparentes

esteacutereis se deu em 1970 como solicitaccedilatildeo dos enfermeiros quanto agrave necessidade da retirada do

curativo para realizar a inspeccedilatildeo do local de inserccedilatildeo funccedilatildeo atribuiacuteda aos mesmos a fim de

impedir uma infecccedilatildeo de corrente sanguiacutenea (MACHADO PEDREIRA E CHAUD 2008)

2001 apud SILVA E ZANETTI 2004 p233)

O uso de fitas adesivas natildeo-esteacutereis pode ser bastante observado em algumas

instituiccedilotildees de sauacutede contudo fita adesiva soacute natildeo estaacute contaminada enquanto permanece na

embalagem sugerindo tambeacutem a possibilidade da transmissatildeo de microorganismos

patogecircnicos com a aplicaccedilatildeo da mesma sobre o local de inserccedilatildeo do cateter

(VANDENBOSCH COOCH E TRESTON-AURAND10

8 Gabriel J Infusion therapy part one minimising the risks Nurs Stand 2008 Apr 22(31)51-6

1997 et al MACHADO

PEDREIRA E CHAUD2005 p292)

9 Phillips DL Manual de terapia endovenosa Trad Pedreira MLG Pereira SR Harada MJCS Peterline MAS 2ordf ed Porto Alegre (RS) Artmed 2001551P 10 VandenBosch TM Cooch J Treston-Aurand J Research utilization adhesive bandage dressing regimen for peripheral venous catheters Am J Infect Control 1997 25(6)513-9

16

Acerca da terapia intravenosa podem ocorrer incompatibilidades em relaccedilatildeo aos

faacutermacos administrados e os cateteres utilizados que na maioria das vezes natildeo satildeo percebidos

devido a impossibilidade de visualizaccedilatildeo Essas incompatibilidades satildeo denominadas por

Peterlini Chaud e Pedreira (2006) como adsorccedilatildeo e absorccedilatildeo onde ocorre ldquoperda do faacutermaco

para a superfiacutecie de frascos seringas filtros acessoacuterios e cateteres da terapia intravenosa por

meio de adsorccedilatildeo ou pela absorccedilatildeo do faacutermaco para a matriz do material de confecccedilatildeo desses

dispositivosrdquo Com isso o profissional de enfermagem tem como funccedilatildeo aleacutem do

conhecimento cientiacutefico acerca das drogas utilizadas programar accedilotildees que possibilitem

ldquoreconstituiccedilatildeo diluiccedilatildeo acondicionamento e cuidados na administraccedilatildeo de faacutermacosrdquo

evitando assim prejuiacutezos no tratamento

17

3 METODOLOGIA

31 Tipo de pesquisa

Trata-se de uma pesquisa descritiva exploratoacuteria de abordagem qualitativa com os

profissionais da equipe de enfermagem da unidade de internaccedilatildeo pediaacutetrica de um hospital

universitaacuterio do estado do Rio de Janeiro

Para Minayo Deslandes e Gomes (2007 p 21) a pesquisa qualitativa responde as

questotildees de forma particular de modo que trabalha com o universo dos significados dos

motivos das aspiraccedilotildees das crenccedilas dos valores e atitudes Sendo assim entende-se que as

accedilotildees do ser humano se distinguem a partir do seu pensamento do modo de agir de acordo

com a realidade vivida por cada um

Segundo Gil (1999 p44) ldquoas pesquisas descritivas tecircm como objetivo primordial a

descriccedilatildeo das caracteriacutesticas de determinada populaccedilatildeo ou fenocircmeno ou o estabelecimento de

relaccedilotildees variaacuteveisrdquo

Kauark Manhatildees e Medeiros (2010 p28) determinam a pesquisa exploratoacuteria como

agravequela que ldquoObjetiva a maior familiaridade com o problema tornando-o expliacutecito ou agrave

construccedilatildeo de hipoacutetesesrdquo Acrescenta ainda que a mesma pode conter levantamento

bibliograacutefico entrevistas com pessoas experientes no problema pesquisado entre outras

fontes

32 Sujeitos da pesquisa

A pesquisa contou com um nuacutemero total de nove (9) profissionais da equipe de

enfermagem da unidade de internaccedilatildeo pediaacutetrica de um Hospital Universitaacuterio do Rio de

Janeiro sendo estes dois (2) enfermeiros e sete (7) teacutecnicos de enfermagem De todos os

18

participantes apenas um trabalha no serviccedilo noturno sendo o restante do serviccedilo diurno Os

mesmos satildeo os responsaacuteveis pela instalaccedilatildeo e manipulaccedilatildeo dos os acessos venosos

perifeacutericos supondo assim que tenham maior domiacutenio sobre o assunto abordado

Os sujeitos foram identificados com codinomes referentes agraves princesas da Disney para

que suas identidades sejam preservadas

33 Cenaacuterio

A pesquisa ocorreu na unidade de internaccedilatildeo pediaacutetrica localizada no quinto andar do

Hospital Universitaacuterio do Rio de Janeiro vinculado a uma Universidade Federal

A unidade pediaacutetrica eacute divida em trecircs enfermarias de acordo com a idade das crianccedilas

hospitalizadas sendo denominadas estas Lactente preacute-escolar e escolar A enfermaria

Lactente eacute composta por 5 leitos hospitalizando crianccedilas de 29 dias a 2 anos jaacute na preacute-escolar

encontram-se 6 leitos e acolhe crianccedilas de 2 a 6 anos e na escolar 6 leitos abrigando crianccedilas

de 7 a 12 anos Toda crianccedila hospitalizada tem direito a um acompanhante como eacute

preconizado por direito pelo Artigo doze (12) do Estatuto da Crianccedila e do Adolescente

(Brasil 1990 p3)

A enfermaria conta com um posto de enfermagem localizado no centro da unidade

possibilitando maior visualizaccedilatildeo das enfermarias Possui tambeacutem uma sala de recreaccedilatildeo e

banheiro para os pacientes e acompanhantes Haacute uma sala utilizada pedagogia hospitalar

onde uma professora realiza atividades com as crianccedilas

Vale ressaltar que na unidade haacute uma sala para realizaccedilatildeo de procedimentos dolorosos

como a punccedilatildeo venosa perifeacuterica e sempre que possiacutevel o paciente eacute levado ateacute ela

34 Coleta de dados

A coleta de dados se deu a partir da teacutecnica de entrevista semi-estruturadas que

segundo Minayo Deslandes e Gomes (2007 p 64) satildeo ldquoperguntas fechadas e abertas em que

o entrevistado tem a possibilidade de discorrer sobre o tema em questatildeo sem se prender agrave

indagaccedilatildeo formuladardquo As mesmas foram gravadas em entrevista individual e tiveram como

foco as accedilotildees que os profissionais da equipe de enfermagem realizam acerca dos cuidados

para a permanecircncia do acesso venoso perifeacuterico aleacutem de investigar sobre o conhecimento que

cada um possui sobre o tema

19

Apoacutes contato preacutevio com a equipe de enfermagem foi acordado um dia e horaacuterio para

a realizaccedilatildeo das entrevistas que aconteceram na proacutepria unidade Todos os profissionais da

equipe de enfermagem foram convidados a participar voluntariamente da pesquisa As

entrevistas aconteceram apoacutes os profissionais assinarem o Termo de Consentimento Livre e

Esclarecido (TCLE)

Para Minayo Deslandes e Gomes (2007 p 64) a entrevista possui como principal

objetivo construir dados que sejam pertinentes para a pesquisa aleacutem de ser a estrateacutegia mais

utilizada no processo de trabalho de campo

A coleta foi interrompida no momento em que os dados se mostraram saturados ou

seja quando houve a cessaccedilatildeo do acreacutescimo de informaccedilotildees novas referentes ao tema

proposto

O fechamento amostral por saturaccedilatildeo teoacuterica eacute definido como a suspensatildeo de inclusatildeo

de novos participantes quando os dados obtidos passam a apresentar na avaliaccedilatildeo do

pesquisador certa redundacircncia ou repeticcedilatildeo natildeo sendo considerado relevante continuar a

coleta de dados (FONTANELLA RICAS e TURATO 2008)

35 Questotildees eacuteticas da pesquisa

De acordo com a Resoluccedilatildeo 46612 que visa assegurar os direitos e deveres que

dizem respeito agrave comunidade cientiacutefica aos sujeitos da pesquisa e ao Estado uma pesquisa

que envolve a participaccedilatildeo de seres humanos deve atender aos fundamentos eacuteticos e

cientiacuteficos pertinentes para a seguranccedila dos mesmos Neste contexto toda pesquisa

envolvendo seres humanos deveraacute ser submetida agrave apreciaccedilatildeo de um Comitecirc de Eacutetica em

Pesquisa (CEP) (BRASIL 2012)

Atendendo a esta condiccedilatildeo o projeto de pesquisa foi encaminhado ao CEP ndash do

Hospital Universitaacuterio o qual foi realizada a pesquisa foi analisado e aprovado na Reuniatildeo

com data de 06122013 CAAE 24693613700005243 Nuacutemero do parecer 486451 Com

isso a pesquisa foi desenvolvida mediante aprovaccedilatildeo do CEP atendendo aos preacute-requisitos

estipulados pela Resoluccedilatildeo nordm 46612

Esta pesquisa eacute pautada em princiacutepios eacuteticos que respeitam a dignidade humana e

justiccedila assegurando que natildeo haveraacute nenhum tipo de dano aos participantes

20

Em atendimento a resoluccedilatildeo 46612 do Conselho Nacional de SauacutedeMS apoacutes serem

esclarecidos pela pesquisadora quanto aos aspectos eacuteticos relacionados agrave pesquisa aleacutem das

formas de produccedilatildeo de dados e inserccedilatildeo no estudo os sujeitos da pesquisa assinaram duas

vias do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido ndash TCLE (apecircndice 1) autorizando sua

participaccedilatildeo voluntaacuteria na pesquisa Uma via foi entregue ao participante e outra ficou

arquivada com a pesquisadora

Nesse documento consta os objetivos da pesquisa procedimentos benefiacutecios

previstos garantia de recusa de participaccedilatildeo em qualquer momento de acesso aos resultados

da pesquisa e tambeacutem a garantia de acesso ao pesquisador quando os sujeitos julgarem

necessaacuterio sendo todas essas informaccedilotildees em linguagem acessiacutevel e simples O mesmo foi

apresentado e explicado ao profissional convidado a participar do estudo no primeiro contato

eou durante visita agendada para realizaccedilatildeo da entrevista

Vale ressaltar que esta pesquisa cujo financiamento eacute proacuteprio natildeo oferece nenhum

tipo de riscos para o sujeito da pesquisa e nem para o cuidado das crianccedilas internadas no setor

de pediatria e os benefiacutecios da participaccedilatildeo do mesmo satildeo de aumentar o conhecimento

cientiacutefico na aacuterea de Enfermagem Pediaacutetrica aleacutem de contribuir para a praacutetica profissional

36 Anaacutelise dos dados

O processo de anaacutelise dos dados foi baseada na teacutecnica da Anaacutelise Temaacutetica que para

Minayo Deslandes e Gomes (2007 p 86) o conceito central eacute o tema ldquoO tema eacute a unidade de

significaccedilatildeo que se liberta naturalmente de um texto analisado segundo criteacuterios relativos agrave

teoria que serve de guia da leiturardquo (BARDIN11

A anaacutelise realizada estava de acordo com a sugerida por Minayo (2010 p 315) e

contam com as seguintes etapas preacute-analise exploraccedilatildeo do material tratamento dos

resultados obtidos e interpretaccedilatildeo Atraveacutes dessas etapas tem-se o objetivo de descrever o

conteuacutedo do material coletado e interpretaacute-lo

1979 apud MINAYO DESLANDES

GOMES 2007 p 86)

A preacute analise consiste na escolha dos elementos a serem analisados e na retomada das

hipoacuteteses e dos objetivos iniciais da pesquisa Inicia-se com uma leitura flutuante onde o

11 BARDIN L Anaacutelise de Conteuacutedo Lisboa Ediccedilotildees 70 1979

21

pesquisador toma contato direto com o material adquirido deixando-se impregnar por seu

conteuacutedo Posteriormente haacute a constituiccedilatildeo do Corpus textual onde eacute feita uma seleccedilatildeo dos

documentos que iratildeo contemplar e fornecer informaccedilotildees sobre o tema sendo assim adequados

para dar resposta aos objetivos do trabalho (MINAYO 2010 p 315)

Essa fase preacute-analiacutetica eacute onde se determinam a unidades de registro unidade de

contexto e a partir delas satildeo determinados os temas que seratildeo analisados A unidade de

registro corresponde parte do conteuacutedo selecionado como base para analise e apoacutes a

delimitaccedilatildeo do contexto de compreensatildeo da unidade de registro eacute estabelecida a unidade de

contexto (MINAYO 2010 p 316)

De acordo com os objetivos da pesquisa foi possiacutevel perceber que nove (9)

entrevistas supriam para atender os mesmo encerrando assim a coleta Apoacutes a transcriccedilatildeo das

entrevistas foi realizada leitura das mesmas para natildeo soacute conhecimento do material mas

tambeacutem estabelecer as unidades de registro Em seguida foi realizado o colorimento das falas

assim as classificando de acordo com as unidades de registro estabelecidas

As unidades de registro que surgiram foram os fatores que interferem na manutenccedilatildeo

do acesso venoso perifeacuterico e o apontamento do acompanhante como responsaacutevel pela perda

do acesso venoso perifeacuterico Elas receberam as cores vermelha e laranja respectivamente a

fim de facilitar o agrupamento dos dados A partir disto surgiram as unidades de contexto que

compreendem as falas das entrevistas de modo a exemplificar o contexto das unidades de

registro

Partindo para segunda etapa da analise temaacutetica a exploraccedilatildeo do material que consiste

numa classificaccedilatildeo que visa alcanccedilar o nuacutecleo de compreensatildeo do texto Busca-se encontrar

categorias que satildeo expressotildees ou palavras significativas em funccedilatildeo das quais o conteuacutedo seraacute

organizado Essas categorias satildeo responsaacuteveis pela especificaccedilatildeo dos temas (MINAYO

2010 p 317)

Nesse caso foram definidos os seguintes temas cuidados preacute intra e poacutes procedimento

de punccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico cuidados em desuso para manutenccedilatildeo do acesso

venoso perifeacuterico o acompanhante e a manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico Essas trecircs (3)

categorias seratildeo apresentadas analisadas e discutidas no capitulo seguinte

22

4 RESULTADOS E DISCUSSAtildeO

Nesse capiacutetulo apresento as trecircs categorias temaacuteticas que surgiram da anaacutelise dos

dados e que contemplaram de forma satisfatoacuteria os objetivos da pesquisa A primeira

categoria denominada como ldquoOs cuidados de enfermagem preacute intra e poacutes-procedimento de

punccedilatildeo do acesso venoso perifeacutericordquo traz os passos e cuidados que os profissionais realizam

antes durante e apoacutes a punccedilatildeo buscando descrever e analisar os fatores envolvidos na pratica

do procedimento em questatildeo que emergiram das entrevistas aleacutem dos cuidados de

enfermagem para a manutenccedilatildeo do mesmo

A segunda categoria que seraacute apresentada eacute ldquoOs cuidados em desuso para manutenccedilatildeo

do acesso venoso perifeacutericordquo que mostra os cuidados que os profissionais citaram como natildeo

mais utilizados para auxiliar na manutenccedilatildeo da punccedilatildeo venosa perifeacuterica

E a uacuteltima categoria eacute denominada ldquoO acompanhante e a manutenccedilatildeo do acesso

venoso perifeacutericordquo e traz a responsabilizaccedilatildeo do acompanhante pelos profissionais do setor

em relaccedilatildeo aos cuidados com manutenccedilatildeo da punccedilatildeo Essa categoria busca tambeacutem ressaltar a

funccedilatildeo do acompanhante durante a hospitalizaccedilatildeo da crianccedila destacando que determinados

cuidados satildeo de total funccedilatildeo da equipe de enfermagem

41 Os cuidados de enfermagem preacute intra e poacutes-procedimento de punccedilatildeo do acesso

venoso perifeacuterico

Para interpretar as unidades de contextos tive como base autores que definiram os

cuidados de enfermagem preacute intra e poacutes punccedilatildeo venosa perifeacuterica Para esses autores a fase

de preacute-punccedilatildeo compreende as accedilotildees de anaacutelise e conhecimento da prescriccedilatildeo avaliaccedilatildeo e

23

preparo emocional do paciente preparo do material e medicaccedilatildeo seleccedilatildeo do siacutetio de inserccedilatildeo

e dilataccedilatildeo da veia selecionada As accedilotildees envolvidas na punccedilatildeo satildeo a execuccedilatildeo das

precauccedilotildees-padratildeo antissepsia da pele punccedilatildeo do vaso a fixaccedilatildeo e curativo do cateter

Finalmente na etapa de poacutes-punccedilatildeo adota-se a identificaccedilatildeo da punccedilatildeo o descarte apropriado

das partes dos materiais natildeo utilizados a orientaccedilatildeo do paciente acerca da terapecircutica o

controle da infusatildeo atraveacutes do gotejamento se necessaacuterio e o registro do procedimento

Phillips12

De acordo com as entrevistas a seleccedilatildeo do local de punccedilatildeo eacute indicada com um fator

que interfere diretamente no tempo de permanecircncia do acesso venoso perifeacuterico visto que

dependendo do local ocorre a perda mais rapidamente Aleacutem da localizaccedilatildeo citaram tambeacutem

o calibre da veia como interferecircncia na manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico Seguem

abaixo algumas falas

(2001 apud ARAUacuteJO 2007 p18)

ldquoPrimeira coisa eacute vocecirc procurar bem a veia colocar uma veia de um bom calibre Se puder dar preferecircncia a natildeo puncionar dobrasrdquo (Cinderela) ldquoDependendo de onde estiver puncionado se for na matildeozinha a crianccedila fica toda hora ta mexendo taacute manipulando alguma coisa e se for no pezinho tambeacutem nem todo tempo vai ficar acamada entatildeo acaba perdendo o acessordquo(Bela ) ldquoO mau posicionamento pode levar a perdardquo (Rapunzel)

A opiniatildeo dos profissionais acima vai de encontro com o que eacute encontrado na

literatura visto que eacute de suma importacircncia que o mesmo avalie o cliente e considere alguns

aspectos para uma escolha criteriosa e eficaz como a finalidade da punccedilatildeo o tipo de soluccedilatildeo

a ser infundida a condiccedilatildeo da rede venosa a duraccedilatildeo da terapia idade do cliente habilidade

cognitiva da crianccedila a preferecircncia do cliente o que nem sempre seraacute possiacutevel satisfazer e

tambeacutem a sua atividade (ARAUacuteJO 2007 p31)

Os cuidados com o acesso venoso perifeacuterico satildeo importantes antes mesmo da

realizaccedilatildeo do procedimento Levando em consideraccedilatildeo que um erro durante a fase de preacute-

procedimento como a escolha errada do local de punccedilatildeo por exemplo poderaacute levar a perda

do acesso e prejudicar assim o tratamento aleacutem do bem-estar da crianccedila que seraacute puncionada

novamente

12 PHILLIPS L D Manual de terapia intravenosa 2ed Porto Alegre Artmed 2001

24

O vaso sanguiacuteneo que o profissional selecionar como local para puncionar deve ser

suficiente para suportar o calibre e o comprimento do cateter aleacutem de atender a necessidade

terapecircutica para que natildeo haja a necessidade de uma nova punccedilatildeo

A punccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico eacute um procedimento doloroso e de grande

incomodo para a crianccedila com isso eacute de suma importacircncia realizar a seleccedilatildeo preacutevia do

material poreacutem natildeo foi citado Outro cuidado rotineiro e natildeo menos importante como a

lavagem das matildeos antes da colocaccedilatildeo do acesso tambeacutem natildeo foi mencionado durante as

entrevistas

O preparo emocional da crianccedila e do acompanhante quanto ao procedimento deve ser

considerada praacutetica rotineira para a equipe de enfermagem O profissional de enfermagem

deve lavar as matildeos objetivando a reduccedilatildeo significativa de risco de infecccedilatildeo e recomenda-se o

uso de aacutegua e sabatildeo para lavagem das matildeos antes da colocaccedilatildeo do cateter venoso perifeacuterico

(PHILLIPS13

O preparo preacutevio do material para instalaccedilatildeo do cateter venoso perifeacuterico eacute importante

para evitar interrupccedilotildees do procedimento e consequentemente um maior tempo de

manipulaccedilatildeo da crianccedila (SILVA

2001apud ARAUacuteJO 2007 Centers for Disease Control and Prevention ndash CDC

2002 apud ARAUacuteJO 2007)

14

Outro aspecto citado e classificado como preacute-procedimento eacute o cuidado com a

medicaccedilatildeo a ser administrada incluindo cuidados com a diluiccedilatildeo e composiccedilatildeo da mesma

Seguem algumas das falas

2004 apud ARAUacuteJO 2007 p30)

ldquoEstar sempre diluindo as medicaccedilotildees de acordo com a prescriccedilatildeo meacutedica pois as medicaccedilotildees satildeo muito fortes e podem causar enfraquecimento da veia Tem que diluir direitinho e passar lento na veiardquo (Cinderela) ldquoTer cuidado principalmente quando eacute crianccedila e a diluiccedilatildeo da medicaccedilatildeo tambeacutem agraves vezes natildeo eacute pra passar em perifeacuterico e na segunda dose jaacute perdeurdquo (Alice)

O acesso venoso perifeacuterico eacute a primeira alternativa para infusatildeo intravenosa por ser de

mais faacutecil acesso e rapidez no efeito da medicaccedilatildeo O profissional de enfermagem deve ter

domiacutenio natildeo soacute relacionado agrave infusatildeo das medicaccedilotildees mas tambeacutem com a composiccedilatildeo

13 PHILLIPS L D Manual de terapia intravenosa 2ed Porto Alegre Artmed 2001 14 SILVA G R G Terapia intravenosa em receacutem-nascidos ndash orientaccedilotildees para o cuidado de Enfermagem Rio de Janeiro Cultura Meacutedica 2004

25

farmacoloacutegica das mesmas os efeitos adversos e colaterais que a droga pode causar inclusive

em relaccedilatildeo a diluiccedilatildeo o que normalmente eacute estabelecido como padratildeo no setor de acordo com

cada faacutermaco

Com a intenccedilatildeo de promover a eficaacutecia terapecircutica dos medicamentos administrados

por via intravenosa eacute atribuiccedilatildeo do profissional de enfermagem implementar teacutecnicas como a

diluiccedilatildeo acondicionamento e cuidados na administraccedilatildeo de faacutermacos a fim de evitar

prejuiacutezos no tratamento resultantes da incompatibilidade medicamentosa (PETERLINI

CHAUD e PEDREIRA 2006)

Os fatores intra-procedimento satildeo considerados aqueles diretamente relacionados com

o procedimento Os dados colidos nas entrevistas ressaltaram apenas a fixaccedilatildeo com um fator

que interfere nessa fase Este foi o dado mais repetitivo nas entrevistas poreacutem sempre citado

de forma superficial Seguem as falas dos profissionais quando questionados sobre o que era

importante para manutenccedilatildeo do acesso

ldquoTem que fazer uma boa fixaccedilatildeo Porque quando a pessoa natildeo fixa bem prejudica porque aquilo vai soltando e quando vocecirc vecirc jaacute perdeu a veiardquo(Cinderela) ldquoEu acho que natildeo tem o que fazer para manter o acesso A crianccedila vai ficar uns dias X com aquele acesso pra fazer medicaccedilatildeo e eu acho que natildeo tem o que vocecirc profissional fazer para que natildeo percardquo (Aurora) ldquoA fixaccedilatildeo evita a movimentaccedilatildeo excessiva no local que estaacute o acessordquo (Ariel) ldquoTer cuidado com o curativo saber manusear E manter sempre o curativo limpo trocar se necessaacuteriordquo (Rapunzel) ldquoA fixaccedilatildeo eacute muito importante pra natildeo soltar o acesso e pra ele ficar mais tempordquo(Mulan)

Oliveira Bezerra e Pereira (2008 p 94) afirmam que de acordo com o revelado por

determinados estudos o tipo de curativo a fixaccedilatildeo do cateter e o tempo de permanecircncia estatildeo

diretamente relacionados com a ocorrecircncia de complicaccedilotildees infecciosas como flebites e

tambeacutem infiltraccedilatildeo extravasamento desconexatildeo e deslocamento do cateter

26

Para Pettit e Kraus15

Potter

(1995 apud MACHADO PEDREIRA E CHAUD2005 p292) a

gaze esteacuteril fixada com a fita adesiva hipoalergecircnica bem como a peliacutecula transparente esteacuteril

satildeo os materiais mais recomendados para curativo e fixaccedilatildeo de cateter venoso perifeacuterico

16

Jaacute as peliacuteculas transparentes mais conhecidas como filme permitem a respiraccedilatildeo

normal da pele com alta permeabilidade ao oxigecircnio e vapores e eacute impermeaacutevel a liacutequidos e

micro-organismos (SILVA E ZANETTI 2004 p233) Aleacutem disso permitem tambeacutem a

visualizaccedilatildeo contiacutenua do local de punccedilatildeo permitindo assim avaliaccedilatildeo do mesmo natildeo soacute

durante a infusatildeo de medicaccedilotildees mas tambeacutem todo o tempo

(1998 apud SILVA E ZANETTI 2004 p233) afirma que nas fixaccedilotildees em

que se utiliza a gaze esteacuteril preconiza-se a utilizaccedilatildeo de teacutecnica asseacuteptica Neste curativo a

gaze esteacuteril eacute colocada sobre o siacutetio de inserccedilatildeo e suas bordas satildeo fixadas com fita adesiva

A observaccedilatildeo da punccedilatildeo eacute muito importante pois se o local de inserccedilatildeo se mostrar

com sinais e sintomas de complicaccedilotildees a terapia deve ser suspensa (OLIVEIRA BEZERRA

e PEREIRA 2008 p95)

A visualizaccedilatildeo contiacutenua do acesso permite que a equipe de enfermagem possa realizar

uma observaccedilatildeo mais particularizada em relaccedilatildeo agraves condiccedilotildees do acesso venoso perifeacuterico

podendo observar se haacute deslocamento do cateter sinais de infiltraccedilatildeo e tambeacutem sinais de

infecccedilatildeo

Para Silva Barbato e Valente (2013 p 1200) cabe ao enfermeiro fazer a avaliaccedilatildeo

diaacuteria e cuidadosa do curativo observando a presenccedila de umidade sujidade integridade do

oacutestio de inserccedilatildeo a fixaccedilatildeo bem como a realizaccedilatildeo do curativo e das anotaccedilotildees legais

competentes agraves suas funccedilotildees

A fase poacutes-procedimento eacute caracterizada por uma seacuterie de cuidados que a equipe de

enfermagem deve realizar para que se obtenha maior tempo de permanecircncia do acesso venoso

perifeacuterico Durante as entrevistas os cuidados citados foram a salinizaccedilatildeo do acesso cuidados

para evitar a flebite e a velocidade de infusatildeo

15 Pettit DM Kraus V The use of gauze versus transparent dressings for peripheral intravenous catheter sites Nurs ClinNorth Am 1995 30(3)495-506 16 Potter P Perry AG Fundamentos de enfermagem processo conceito e praacutetica 3ordf ed Santos(SP) Guanabara Koogan19981397pp801-43

27

ldquoManter um acesso bem salinizado que vocecirc lave pelo menos de duas de trecircs em trecircs horas Se bem que isso aqui na pediatria natildeo eacute muito comum aqui a gente soacute lava cada vez que vai fazer medicaccedilatildeo mas se eu natildeo me engano a literatura preconiza isso vocecirc lavar pelo menos de quatro em quatro horas o acessordquo (Aurora)

ldquoPra manter o acesso venoso perifeacuterico eacute importante manter ele salinizado Assim que a gente recebe o plantatildeo eu vou ver se o acesso ta peacutervio com uma ldquoseringuinhardquo vai la da uma ldquolavadinhardquo e vecirc se o acesso ta peacutervio e manter o acesso salinizadordquo (Ariel)

ldquoSalinizar de 6 em 6 horas para manter ele peacuterviordquo (Alice)

ldquoTem que passar lento a medicaccedilatildeo e a limpeza da aacuterea vocecirc tem que limpar bem a aacuterea pra vocecirc natildeo formar uma flebiterdquo (Cinderela)

A salinizaccedilatildeo do acesso eacute um cuidado simples e de grande importacircncia Esse cuidado

deve ser realizado para manter o acesso peacutervio e limpo e deve ser realizado antes e apoacutes

qualquer infusatildeo

Para Moncaio e Figueiredo (2009)

a ldquosalinizaccedilatildeordquo consiste em administrar sob pressatildeo positiva soluccedilatildeo salina (Soro fisioloacutegico a 09) logo apoacutes o teacutermino da infusatildeo da medicaccedilatildeo Este procedimento visa prevenir a formaccedilatildeo de trombos e fibrina evitar o contato de drogas incompatiacuteveis (quando da infusatildeo de mais de um item medicamentoso no mesmo horaacuterio) garantir a infusatildeo de todo o medicamento que possa ter ficado no sistema aleacutem de evitar retorno sanguiacuteneo mantendo o cateter peacutervio para a proacutexima infusatildeo

Durante a coleta de dados esse cuidado surgiu em diversos momentos poreacutem foi

possiacutevel perceber que os profissionais realizam o mesmo de forma banalizada Natildeo sabem de

fato a real funccedilatildeo de manter o acesso salinizado A impressatildeo que passa eacute que eles

aprenderam que esse cuidado deveria ser feito e simplesmente fazem Haacute divergecircncias

tambeacutem entre a equipe em relaccedilatildeo ao momento que deve ser realizada a salinizaccedilatildeo e isso nos

mostra a desatualizaccedilatildeo dos profissionais do setor e a falta de uma educaccedilatildeo continuada no

hospital

Os cuidados para evitar a flebite e a velocidade de infusatildeo da medicaccedilatildeo apareceram

menos nas entrevistas e interferem diretamente com a manutenccedilatildeo do acesso venoso

perifeacuterico

28

A flebite eacute uma inflamaccedilatildeo na veia puncionada ocorrendo quando as ceacutelulas

endoteliais da parede da veia que o cateter estaacute inserido tornam-se inflamadas e irregulares

propiciando a aderecircncia de plaquetas e predispondo a veia a inflamaccedilatildeo Eacute comum que o local

se apresente dolorido hiperemiado quente e edemaciado e nesses casos eacute aconselhada a

retirada do cateter Uma boa fixaccedilatildeo do cateter perifeacuterico eacute recomendada por autores na

literatura visto que previnem deslocamento faacutecil e permitem uma boa visualizaccedilatildeo do local

evitando complicaccedilotildees como a flebite e infiltraccedilatildeo (MOLDES et al 2011 p 330)

Dentre as principais falhas de infusatildeo venosa estatildeo flebite infiltraccedilatildeo hematoma e

obstruccedilatildeo Acredita-se que para reduzir a incidecircncia destas nas unidades pediaacutetricas eacute preciso

a adoccedilatildeo de estrateacutegias tais como a abordagem junto agrave equipe em parceria com o setor de

educaccedilatildeo permanente e a adoccedilatildeo do uso da teacutecnica corretamente e de forma asseacuteptica para a

realizaccedilatildeo da punccedilatildeo venosa perifeacuterica em acordo com a comissatildeo de controle de infecccedilatildeo

hospitalar (SILVA BARBATO e VALENTE 2013 p 1200)

A incapacidade do paciente em relatar dor no siacutetio de administraccedilatildeo do faacutermaco quer

pela idade ou condiccedilatildeo cliacutenica e o local de inserccedilatildeo como tambeacutem a velocidade de infusatildeo do

medicamento (gt25mgmin) satildeo classificados como fatores de risco para a perda do acesso

venoso perifeacuterico (MARTINS SILVINO e DIAS 2010)

42 Os cuidados em desuso para manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico

Essa categoria discorre sobre os cuidados de enfermagem que com o passar do tempo

foram desconsiderados e natildeo satildeo mais utilizados Quando questionados em relaccedilatildeo a vivencia

profissional e cuidados que discordavam os entrevistados citaram o uso da tala para fixaccedilatildeo

uso de heparina e os cuidados em relaccedilatildeo ao tempo de permanecircncia do cateter Haacute muitas

controveacutersias em relaccedilatildeo aos cuidados citados acima

O tempo de permanecircncia interfere diretamente no aparecimento de complicaccedilotildees

como flebite e que acabam levando a perda do acesso venoso perifeacuterico mais rapidamente

aconselhando assim a troca do mesmo entre 76 a 96 horas Poreacutem eacute preconizada a retirada do

cateter apenas se finalizar o tratamento ou houver alguma interferecircncia

ldquoA gente observa tambeacutem o tempo dependendo do tempo tem que tirarrdquo (Alice)

29

ldquoHoje eu natildeo sei como que eacute essa questatildeo do tempo porque a gente trocava o acesso a cada quatro dias agora o pessoal jaacute diz que pode trocar em ateacute uma semana entatildeo natildeo sei como que ta isso e o que tem escrito em relaccedilatildeo a isso (Aurora)

Sabe-se que o tempo para troca do cateter de teflon ou poliuretano varia de 72 a 96

horas com o intuito de reduzir risco de infecccedilatildeo e flebite e para minimizar esses riscos nas

seguintes situaccedilotildees diante de sinais inflamatoacuterios no local de inserccedilatildeo e sempre que houver

mau funcionamento do cateter (SANTOS17

Entretanto o Center for Disease Control and Prevention - CDC (2002) diz que em

pacientes pediaacutetricos natildeo foi observada relaccedilatildeo quanto ao tempo de permanecircncia do cateter e

ocorrecircncia de complicaccedilotildees devendo ser mantido ateacute o teacutermino da terapia intravenosa ou

quando forem observados sinais cliacutenicos de complicaccedilotildees

2004 apud OLIVEIRA BEZERRA e PEREIRA

2008 p 93)

Eacute possiacutevel observar a diferenccedila do conhecimento pratico dos profissionais

entrevistados em relaccedilatildeo ao conhecimento encontrado na literatura E ainda contendo duacutevidas

natildeo haacute uma busca da parte dos mesmos para esclarececirc-las

O uso da heparina com a finalidade de manter o acesso peacutervio por um periacuteodo maior

de tempo mostra-se com mais certeza quanto ao desuso nos dados colidos

ldquoAntigamente a gente usava heparina entatildeo a gente ficava tranquila em relaccedilatildeo agrave obstruccedilatildeo mas agora natildeo a gente usa o soro fisioloacutegico e a gente deixa salinizadordquo (Aurora)

Rang e Dale 18(1998 apud DOPICO e OLIVEIRA 2006) afirmam que a heparina

inibe a formaccedilatildeo de coaacutegulos de fibrina in vitro e in vivo e que seu efeito anticoagulante eacute

praticamente imediato Com isso Phillips19

17 Santos W Lavagem das matildeos In R Luiz Santos W Manual baacutesico de prevenccedilatildeo e controle das infecccedilotildees hospitalares do HRU Fortaleza Hospital Regional Unimed 2004

(2001 apud DOPICO e OLIVEIRA 2006)

ressalta que a teacutecnica de manutenccedilatildeo intermitente de cateteres intravenosos com soluccedilatildeo

salina 09 classificada como salinizaccedilatildeo tem sido pesquisada haacute alguns anos apresentando

em relaccedilatildeo ao uso da heparina vantagens como o baixo custo ser um procedimento mais

18 Rang HP Dale M M Hemostasia e Trombose In Rang HP Dale M M Farmacologia Rio de Janeiro Guanabara Koogan 1998 p235-47 19 PHILLIPS L D Manual de terapia intravenosa 2ed Porto Alegre Artmed 2001

30

simples aleacutem de eliminar a possibilidade de incompatibilidade com as drogas e soluccedilotildees

administradas aleacutem da inexistecircncia de riscos ao paciente Entretanto sabe-se que a literatura

ainda natildeo fornece consenso acerca da soluccedilatildeo mais indicada para manutenccedilatildeo da

permeabilidade do cateter venoso perifeacuterico

Eacute importante ressaltar que muitas instituiccedilotildees do nosso paiacutes nem ao menos tecircm o

conhecimento da praacutetica da salinizaccedilatildeo com soluccedilatildeo salina 09 No que se refere agrave pesquisa

cientiacutefica as limitaccedilotildees desta praacutetica satildeo atribuiacutedas agrave ausecircncia de um maior nuacutemero de

estudos controlados para validar sua eficaacutecia (EPPERSON20

Apesar de natildeo ser encontradas publicaccedilotildees acerca do tema a utilizaccedilatildeo de heparina

mostra-se como uma pratica natildeo mais utilizada pelos profissionais de enfermagem Outro

tema onde haacute controveacutersias e tambeacutem poucas citaccedilotildees eacute o uso da tala para fixaccedilatildeo do acesso

venoso perifeacuterico Seguem abaixo a opiniatildeo de alguns dos profissionais entrevistados

1984 apud DOPICO e

OLIVEIRA 2006)

ldquoA uacutenica coisa que eu natildeo gosto de ver eacute quando se coloca tala para imobilizar dizendo que a tala vai ajudar a natildeo perder a veia Isso eu natildeo concordo acho que a tala prejudica a crianccedila fica incomodada faz dor no membrordquo (Cinderela)

ldquoAntigamente a gente usava muito tala e as vezes eu pego isso aqui ai eu falo gente tala natildeo se usa mais natildeo faz parte mais da fixaccedilatildeo vocecirc pode fixar de uma forma que a crianccedila natildeo perca A tala eu acho que ela traumatiza um pouco ainda mais se vocecirc pegar um acesso na dobra vocecirc vai fazer com que a crianccedila fique com o braccedilo esticado muito tempo eu acho que pode causar uma lesatildeo depois e a literatura jaacute fala que eacute desnecessaacuteria natildeo precisa maisrdquo (Aurora) ldquoAntigamente usavam tala mas hoje em dia quase natildeo se vecirc mais e eu acho que a tala atrapalha porque a crianccedila fica imobilizada no membro ai fica mais irritadardquo (Rapunzel) ldquoLaacute no meu outro trabalho alguns usam a tala Eu acho que a tala ajuda ateacute a perder mais raacutepido porque a crianccedila fica incomodada vai querer mexer naquilordquo (Mulan)

20 Epperson EL Efficacy of 09 sodium chloride injection with without heparin for maintenance indwelling intermittent injection sites Clin Pharm1984 3(5)26

31

Almeida e Sabateacutes21

Entretanto haacute estudo que comprovam que o uso da tala natildeo se mostra tatildeo eficiente e

apresenta-se como uma praacutetica controversa O estudo foi realizado em crianccedilas ateacute os 12 anos

utilizando imobilizaccedilatildeo com tala e em mais de metade dos casos (553) ocorreu infiltraccedilatildeo

o que indicia a ineficaacutecia desta praacutetica (MACHADO PEDREIRA e CHAUD 2008 apud

BATALHA et al 2010 p512)

(2008 apud BATALHA et al 2010 p512) afirmam que a teacutecnica

de fixaccedilatildeo dos CVP com uso de imobilizaccedilatildeo com tala para restriccedilatildeo ou limitaccedilatildeo dos

movimentos articulares proacuteximo do local da punccedilatildeo estaacute indicado nas matildeos punhos cotovelo

e maleacuteolo

Para Batalha et al (2010 p512) o uso desta praacutetica parece natildeo se coadunar com o

atual uso de cateteres flexiacuteveis tipo abocath em detrimento de agulhas metaacutelicas Talvez por

isso comecem a surgir novas teacutecnicas de fixaccedilatildeo dos CVP que natildeo exigem imobilizaccedilatildeo das

articulaccedilotildees com talas

Aleacutem de natildeo haver uma confirmaccedilatildeo dos benefiacutecios causados pelo uso da tala a

imobilizaccedilatildeo causa incocircmodo para a crianccedila que fica com o membro imoacutevel podendo causar

dor e tambeacutem irritaccedilatildeo O uso desse tipo de fixaccedilatildeo tambeacutem impede a visualizaccedilatildeo frequente

do acesso venoso afetando assim os cuidados de observaccedilatildeo da equipe de enfermagem

43 O acompanhante e a manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico

A presente categoria vai discutir um assunto importante que surgiu durante as

entrevistas de forma inesperada Alguns dos profissionais entrevistados citaram o descuido do

acompanhante como um fator causador da perda do acesso venoso perifeacuterico Seguem abaixo

algumas falas

ldquoA matildee sempre acompanha e tem matildee que natildeo tem cuidado natildeo vigia e a gente tem que ficar pedindo pra olhar tomar contardquo (Aurora)

ldquoEm relaccedilatildeo ao acompanhante porque a crianccedila natildeo vai avaliar entatildeo o acompanhante que estar ali tem que avaliar direitinho natildeo deixar a crianccedila mexer ou puxarrdquo (Bela)

ldquoNatildeo eacute toda matildee que esta vigiando que cuida pra que a crianccedila natildeo perca o acessordquo (Jasmine)

21 Almeida FA Sabateacutes AL Enfermagem pediaacutetrica a crianccedila o adolescente e a sua famiacutelia no hospital Satildeo Paulo(SP) Manole 2008

32

ldquoAcho que leva a perda quando o acompanhante natildeo coopera as vezes a gente faz a imobilizaccedilatildeo na crianccedila e as vezes eles ateacute retiram e a proacutepria crianccedila agitada ela mesmo arrancardquo (Branca de Neve)

ldquoAgraves vezes a proacutepria crianccedila que a matildee deixa muito solta ai solta o acessordquo (Mulan)

Apoacutes a implementaccedilatildeo da lei que garante um acompanhante ao paciente pediaacutetrico a

presenccedila do familiarresponsaacutevel durante a hospitalizaccedilatildeo mudou a rotina da equipe de

enfermagem trazendo duacutevidas quanto a real funccedilatildeo do acompanhante e fazendo com que a

mesma viesse a delegar certos cuidados para acompanhante

A Promulgaccedilatildeo da Lei 8069 do Estatuto da Crianccedila e do Adolescente (ECA) em

1990 no seu artigo 12deg garante agrave crianccedila ou ao adolescente o direito de ter um responsaacutevel

que o acompanhe durante a hospitalizaccedilatildeo (1990)

Desde a sua implantaccedilatildeo as unidades vecircm sofrendo um processo de reorganizaccedilatildeo de

suas praacuteticas A inserccedilatildeo da famiacutelia modifica a organizaccedilatildeo do processo de trabalho o que

requer dos profissionais uma compreensatildeo em relaccedilatildeo agrave dinacircmica das relaccedilotildees interpessoais

(COLLET e ROCHA 2004)

Pimenta e Collet (2009) ressaltam que natildeo haacute nenhuma regulamentaccedilatildeo sobre a

participaccedilatildeo da famiacutelia nos cuidados e no entanto a mesma desempenha atividades junto agrave

crianccedila durante a hospitalizaccedilatildeo que devem ser levadas em consideraccedilatildeo A falta de

reconhecimento desse fato fez com que a equipe de enfermagem e famiacutelia natildeo possuiacutessem

uma relaccedilatildeo aberta e vivessem uma relaccedilatildeo silenciosa e impliacutecita de poder na qual a famiacutelia

acaba assumindo as relaccedilotildees do cuidado agrave crianccedila de responsabilidade da enfermagem

A negociaccedilatildeo entre matildees e equipe de enfermagem em relaccedilatildeo aos cuidados agrave crianccedila

hospitalizada natildeo eacute uma tarefa faacutecil tendo em vista que natildeo se tem claro qual o seu novo

papel neste processo (COLLET e ROCHA 2004)

Eacute possiacutevel ver nas falas que a presenccedila do acompanhante causa para a equipe de

enfermagem a seguranccedila de ter algueacutem para ldquovigiarrdquo ldquotomar contardquo e natildeo deixar que a

crianccedila hospitalizada perca o acesso venoso quando na verdade eacute funccedilatildeo da equipe de

enfermagem cuidados referentes ao acesso venoso perifeacuterico

33

Jaacute o acompanhante eacute definido pelo Ministeacuterio da Sauacutede como uma pessoa significativa

para a crianccedila que representa sua rede social e que vai acompanhaacute-lo durante a permanecircncia

no ambiente hospitalar ressaltando assim sua importacircncia Esse fato se reforccedila visto que a

crianccedila encontra nos familiares a forccedila e seguranccedila necessaacuteria para encarar todo esse processo

doloroso e desconhecido (MURAKAMI e CAMPOS 2011 p255)

O acompanhante aleacutem de minimizar o sofrimento do paciente pediaacutetrico faz com que

o mesmo sinta-se mais a vontade Eacute importante ressaltar que o familiarresponsaacutevel natildeo soacute

pode como deve participar das atividades da crianccedila no hospital desde que estas natildeo sejam

competecircncias dos profissionais que os cercam Essas atividades satildeo caracterizadas como

semelhantes aos que eles realizam diariamente fora do ambiente hospitalar como o banho

Poreacutem no caso de um paciente com punccedilatildeo venosa perifeacuterica o profissional de enfermagem

deve auxiliar no cuidado para que essa natildeo se perca

Os cuidados dos familiaresacompanhantes satildeo os mesmos que os desenvolvidos no

domiciacutelio e os cuidados prestados pela equipe de enfermagem satildeo aqueles que demandam

conhecimento teacutecnico-cientiacutefico especializado (SOUZA e OLIVEIRA 2010 p558)

Mesmo alguns cuidados parecerem simples e rotineiros quando eacute prestado no

hospital assumem novas caracteriacutesticas com o uso de dispositivos tecnoloacutegicos os quais se

tornam complexos (PIMENTA E COLLET 2009)

O ato de cuidar envolve o respeito agrave maneira como vive cada indiviacuteduo de acordo

com suas crenccedilas valores costumes e cultura A famiacutelia como uma instituiccedilatildeo atende agraves

necessidades bioloacutegicas de seus membros sendo sua responsabilidade cuidar e criar os filhos

incluindo a obrigaccedilatildeo da alimentaccedilatildeo higiene vestuaacuterio e moradia (ELSEN22

Nas entrevistas podemos verificar falas em que o acompanhante eacute citado como

responsaacutevel por avaliar a punccedilatildeo venosa A equipe de enfermagem deve sempre partir do

pressuposto que o familiar acompanhante natildeo tem conhecimento cientiacutefico e certo tipo de

cuidado natildeo deve se delegado para o mesmo mostrando assim a importacircncia da orientaccedilatildeo do

acompanhante quanto aos procedimentos dispositivos utilizados e cuidados em que os

etal 1994

apud SOUZA e OLIVEIRA 2010 p 553)

22 Elsen I Patriacutecio ZM Assistecircncia agrave crianccedila hospitalizada tipos de abordagens e suas implicaccedilotildees para a enfermagem In A enfermagem em pediatria e puericultura Rio de Janeiro (RJ) Atheneu 2005

34

mesmos possam auxiliar Seguem abaixo as falas onde os profissionais ressaltaram a

importacircncia da orientaccedilatildeo do acompanhante

ldquoNem sempre a crianccedila vai entender o porque de estar com aquele acesso entatildeo tem que ter uma orientaccedilatildeo do acompanhanterdquo (Bela)

ldquoTem que haver orientaccedilatildeo do acompanhante para os cuidadosrdquo (Ariel)

ldquoAgraves vezes tem ate o exemplo de um pai que natildeo deixa trocar o acesso jaacute tinha mais de uma semana e ele natildeo queria que trocasse ai faz febre e natildeo sabe da onderdquo (Alice)

Para Souza e Oliveira (2010 p555) deve haver uma preocupaccedilatildeo em orientar

considerando que o outro natildeo tem nenhum tipo de conhecimento sobre o assunto Poreacutem

Queiroz e Jorge23

Apesar das dificuldades o profissional de enfermagem deve estabelecer um viacutenculo de

confianccedila com o acompanhante buscando sempre deixaacute-los ciente das situaccedilotildees e fazendo-os

participar dos cuidados plausiacuteveis sem causar nenhum dano agrave crianccedila e de maneira alguma

abandonar suas atribuiccedilotildees

(2004 apud SOUZA e OLIVEIRA 2010 p 556) ressaltam que apesar de os

profissionais terem intenccedilatildeo de orientar os cuidados para a sauacutede repassam conhecimentos

elaborados cientificamente dificultando a compreensatildeo do familiar aleacutem de a relaccedilatildeo se dar

de maneira vertical assimeacutetrica e coercitiva

23 Queiroz MVO Jorge MSB Accedilotildees educativas no cuidado infantil e intervenccedilotildees dos profissionais junto agraves famiacutelias Acta Scientiarum Maringaacute 2004 janjun 26(1) 27-34

35

CONCLUSAtildeO

Atraveacutes desse estudo foi possiacutevel descrever e analisar os cuidados que os profissionais

de enfermagem realizam acerca da permanecircncia do acesso venoso perifeacuterico Aleacutem disso a

realizaccedilatildeo da pesquisa permitiu identificar a desarticulaccedilatildeo do processo de enfermagem e a

praacutetica desconectada da produccedilatildeo cientiacutefica caracterizando a falta de uma educaccedilatildeo

continuada efetiva

A anaacutelise dos dados demonstra o processo de punccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico

ressaltando a importacircncia de cuidados como a seleccedilatildeo do local a diluiccedilatildeo da medicaccedilatildeo a

realizaccedilatildeo de uma boa fixaccedilatildeo a atenccedilatildeo com a velocidade de infusatildeo os cuidados com os

sinais de infecccedilatildeo e salinizaccedilatildeo do acesso natildeo deixando de salientar cuidados em desuso

como o uso da heparina da tala e duvidas em relaccedilatildeo ao tempo de permanecircncia Evidenciou

tambeacutem que a equipe de enfermagem delega alguns cuidados para os acompanhantes

Natildeo foi possiacutevel perceber o niacutevel de conhecimento cientiacutefico dos profissionais visto

que eles em nenhum momento por natildeo saberem ou por medo de se expor natildeo explicaram de

fato nenhum cuidado que disseram realizar Sempre citaram de forma superficial e direta

deixando claro tambeacutem que o pesquisador natildeo os indagou quanto a isso Poreacutem creio que

diante de cuidados tatildeo importantes e de frequente praacutetica os mesmos falariam facilmente

sobre os cuidados de enfermagem na permanecircncia do acesso venoso perifeacuterico

Apesar dos entrevistados citarem alguns fatores e cuidados realizados de forma

correta eacute visiacutevel que os mesmos realizam os cuidados com a punccedilatildeo e a permanencia do

acesso de forma automaacutetica sem unir a praacutetica com o fundamento do mesmo

Eacute importante destacar tambeacutem a importacircncia do preparo emocional da crianccedila como

tambeacutem os cuidados com a famiacutelia dos mesmos O trabalho de humanizaccedilatildeo realizado pela

36

enfermagem faz grande diferenccedila nessas situaccedilotildees visto que os pacientes e acompanhantes

tendo conhecimento do que seraacute realizado ficariam mais tranquilos

O estudo contribuiu para o campo do ensino nesta aacuterea dando destaque ao importante

papel que o profissional de enfermagem deve desempenhar no cuidado e na manutenccedilatildeo do

acesso venoso perifeacuterico Contudo vale ressaltar a importacircncia do incentivo ao profissional a

buscar na literatura natildeo soacute esclarecimento de suas duvidas mas tambeacutem novos

conhecimentos

Pode colaborar ainda para a realizaccedilatildeo de novas pesquisas na aacuterea procurando

eliminar duacutevidas e controveacutersias sobre o tema Buscando assim a realizaccedilatildeo de um cuidado de

enfermagem articulado e eficaz promovendo o bem-estar do paciente pediaacutetrico durante a

hospitalizaccedilatildeo

37

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THOMAZINE Angeacutelica Malman PASSOS Rocircmulo Silva BAY JUacuteNIOR Osvaldo Goacutees

COLLET Neusa OLIVEIRA Beatriz Rosana Gonccedilalves de Assistecircncia de enfermagem agrave

crianccedila hospitalizada um resgate histoacuterico Ciˆnc cuid sapoundde 7(supl1) 145-152 maio 2008

Disponiacutevel em lt httpwwwperiodicosuembrojsindexphpCiencCuidSaudearticleview65873899 Acesso

em 01 de julho de 2013

44

APEcircNDICE I

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO Tiacutetulo Do Projeto Os cuidados de enfermagem acerca dos acessos venosos perifeacutericos na unidade pediaacutetrica Pesquisador Responsaacutevel Rosane Cordeiro Burla de Aguiar Eny Dorea Paiva e Karina Rodrigues Fernandes Instituiccedilatildeo a que Pertence o Pesquisador Responsaacutevel Universidade Federal Fluminense Telefone para contato (21) 98355269 (21) 82392939 (21) 91786609 Nome do voluntaacuterio _________________________________________________________ Idade ________ anos RG ____________________________

AO Sr (a) estaacute sendo convidado (a) a participar do projeto de pesquisa OS CUIDADOS DE

ENFERMAGEM ACERCA DOS ACESSOS VENOSOS PERIFEacuteRICOS NA UNIDADE PEDIATRICA de

responsabilidade da pesquisadora Profordf Drordf Rosane Cordeiro Burla de Aguiar e Profordf Drordf Eny Dorea Paiva A

punccedilatildeo venosa perifeacuterica eacute um procedimento essencial durante a hospitalizaccedilatildeo da crianccedila visto que eacute atraveacutes

dela que eacute administrada grande parte das medicaccedilotildees Este estudo se justifica diante da importacircncia da

necessidade de um maior periacuteodo de permanecircncia dos acessos venosos perifeacutericos Com isso aleacutem da

diminuiccedilatildeo de eventos que causam dor e irritaccedilatildeo na crianccedila e na famiacutelia promoveraacute tambeacutem uma melhor estada

dos mesmos durante o periacuteodo de hospitalizaccedilatildeo Os objetivos da pesquisa satildeo 1) Descrever os fatores que

interferem na manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico de acordo com a equipe de enfermagem 2)Analisar os

cuidados da equipe de enfermagem na manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico A coleta de dados se daraacute

atraveacutes de entrevistas semi estruturadas que seratildeo gravadas As informaccedilotildees colhidas seratildeo tratadas de forma

anocircnima e confidencial ou seja em nenhum momento seratildeo divulgados o seu nome e somente os

pesquisadores teratildeo acesso agraves informaccedilotildees Os dados obtidos com a pesquisa poderatildeo ser publicados apenas com

fins cientiacuteficos Eles natildeo seratildeo utilizados para fins comerciais ou para outra finalidade qualquer Caso necessite

poderatildeo ser marcados encontros para respostas ou esclarecimentos de qualquer duacutevida acerca da pesquisa A sua

participaccedilatildeo eacute voluntaria e eacute importante lembrar que vocecirc poderaacute desistir de participar da pesquisa em qualquer

momento A entrevista seraacute marcada em um dia e horaacuterio que vocecirc achar melhor Seraacute realizada

individualmente em um ambiente que nos ofereccedila privacidade Esta pesquisa natildeo oferece riscos para vocecirc e os

benefiacutecios da sua participaccedilatildeo satildeo de aumentar o conhecimento cientiacutefico na aacuterea de Enfermagem Pediaacutetrica

aleacutem de contribuir para a praacutetica profissional Este documento seraacute elaborado em duas vias uma para vocecirc e a

outra seraacute arquivada pelo pesquisador

Eu_____________________________________________________________ RG no _____________________________ Declaro que apoacutes ter entendido o que me foi explicado consinto voluntariamente em participar do presente Protocolo de Pesquisa entendo ainda que posso retirar o meu consentimento a qualquer momento antes ou durante a realizaccedilatildeo do mesmo declaro ter sido informada(o) e concordo em participar como voluntaacuteria(o) da pesquisa acima descrita Rio de Janeiro_______de_______________de 20___ _____________________________ ________________________________

(Participante) Karina Rodrigues Fernandes (Responsaacutevel por obter o consentimento)

______________________________________ _______________________________________ (Testemunha) (Testemunha)

45

APEcircNDICE II

ROTEIRO PARA ENTREVISTA

1) O que vocecirc acha que pode levar a perda do acesso perifeacuterico

2) Para vocecirc o que eacute importante para manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico nas

crianccedilas

3) O que vocecirc acha que pode interferir na sua manutenccedilatildeo

4) Que medidas vocecirc adota no seu dia a dia para manter o acesso

5) Na sua vivencia profissional o que vocecirc discorda dos cuidados que geralmente satildeo

utilizados para manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico

46

ANEXO

47

48

  • KARINA RODRIGUES FERNANDES
    • COA Thatiana Fernanda PETTENGILL Myriam Aparecida Mandetta Autonomia da crianccedila hospitalizada frente aos procedimentos crenccedilas da enfermeira pediatra Acta paul enferm 19(4) 433-438 out-dez 2006 Disponiacutevel em lt wwwscielobrscielophpscr
    • JANSEN Michele Ferraz SANTOS Rosane Maria dos FAVERO Luciane Benefiacutecios da utilizaccedilatildeo do brinquedo durante o cuidado de enfermagem prestado agrave crianccedila hospitalizada Rev Gaucha Enferm 31(2) 247-253 jun 2010 Disponiacutevel em lt httpwwwscielo
    • MAGNABOSCO Gisele TONELLI Ana Lucia Nascimento Fonseca SOUZA Sarah Nancy Deggau Hegeto de Abordagens no cuidado de enfermagem agrave crianccedila hospitalizada submetida a procedimentos uma revisatildeo de literatura Cogitare enferm 13(1) 103-108 jan-mar
    • MARTINS Maria do Rosaacuterio RIBEIRO Circeacutea Amalia BORBA Regina Issuzu Hirooka de and SILVA Conceiccedilatildeo Vieira daProtocolo de preparo da crianccedila preacute-escolar para punccedilatildeo venosa com utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico Rev Latino-Am Enfermagem [on
    • OLIVEIRA Maria Ivoneide Veriacutessimo de BEZERRA Maria Gorette Andrade PEREIRA Vanessa Ramos Cateterizaccedilatildeo venosa assistecircncia de enfermagem-UTI pediaacutetrica Rev da Rede de Enfermagem do Nordeste AbrJun de 2008 Disponiacutevel em lt httpwwwrevistar
    • PETERLINI Maria Angeacutelica Sorgini CHAUD Massae Noda and PEDREIRA Mavilde da L GOacuterfatildeos de terapia medicamentosa a administraccedilatildeo de medicamentos por via intravenosa em crianccedilas hospitalizadasRev Latino-Am Enfermagem [online] 2003 vol11 n
    • PETERLINI Maria Angeacutelica Sorgini CHAUD Massae Noda PEDREIRA Mavilde L G Incompatibilidade entre faacutermacos e materiais de cateteres e acessoacuterios da terapia intravenosa Online braz j nurs (Online) 5(3)2006 Disponiacutevel em lt httpwwwobjnursi
    • PIMENTA Erika Acioli Gomes COLLET Neusa Dimensatildeo cuidadora da enfermagem e da famiacutelia na assistecircncia agrave crianccedila hospitalizada concepccedilotildees da enfermagem Rev esc enferm USP [online] 2009 vol43 n3 pp 622-629 Disponiacutevel em lt httpwwwscie
    • THOMAZINE Angeacutelica Malman PASSOS Rocircmulo Silva BAY JUacuteNIOR Osvaldo Goacutees COLLET Neusa OLIVEIRA Beatriz Rosana Gonccedilalves de Assistecircncia de enfermagem agrave crianccedila hospitalizada um resgate histoacuterico Ciˆnc cuid sapoundde 7(supl1) 145-152 maio 200
      • F 363 Fernandes Karina Rodrigues
      • Os cuidados de enfermagem acerca dos acessos venosos perifeacutericos na unidade pediaacutetrica Karina Rodrigues Fernandes ndash Niteroacutei [sn] 2014
        • CDD 61073
Page 2: UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE ESCOLA DE …app.uff.br/riuff/bitstream/1/3317/1/TCC Karina Rodrigues Fernandes.pdf · A punção venosa periférica é um procedimento essencial para

KARINA RODRIGUES FERNANDES

OS CUIDADOS DE ENFERMAGEM ACERCA DOS ACESSOS VENOSOS

PERIFEacuteRICOS NA UNIDADE PEDIAacuteTRICA

Trabalho de conclusatildeo de curso apresentado agrave Coordenaccedilatildeo de Curso de Graduaccedilatildeo em Enfermagem e Licenciatura como requisito parcial para obtenccedilatildeo do tiacutetulo de Bacharel em Enfermagem e Licenciatura

Orientador

Profa Dr Rosane Cordeiro Burla de Aguiar

Co-orientador

Profa Dr Eny Doacuterea Paiva

Niteroacutei RJ

2014

F 363 Fernandes Karina Rodrigues

Os cuidados de enfermagem acerca dos acessos venosos perifeacutericos na unidade pediaacutetrica Karina Rodrigues Fernandes ndash Niteroacutei [sn] 2014

48 f

Trabalho de Conclusatildeo de Curso (Graduaccedilatildeo em Enfermagem) - Universidade Federal Fluminense 2014 Orientador Profordf Rosane Cordeiro Burla de Aguiar

1 Cuidados de enfermagem 2 Cateterismo perifeacuterico

3 Enfermagem pediaacutetrica I Tiacutetulo CDD 61073

KARINA RODRIGUES FERNANDES

OS CUIDADOS DE ENFERMAGEM ACERCA DOS ACESSOS VENOSOS

PERIFEacuteRICOS NA UNIDADE PEDIAacuteTRICA

Trabalho de conclusatildeo de curso apresentado agrave Coordenaccedilatildeo de Curso de Graduaccedilatildeo em Enfermagem e Licenciatura como requisito parcial para obtenccedilatildeo do tiacutetulo de Bacharel em Enfermagem e Licenciatura

BANCA EXAMINADORA

__________________________________________________________________________

Profa Dr Rosane Cordeiro Burla de Aguiar

Presidente (EEAAC ndash UFF)

__________________________________________________________________________

Profa Dr Eny Doacuterea Paiva

1ordf examinadora (EEAAC ndash UFF)

__________________________________________________________________________

Profa Dr Liliane Faria da Silva

2ordf examinadora (EEAAC ndash UFF)

Niteroacutei RJ

2014

Dedicatoacuteria

Dedico este trabalho ao meu pai que estaacute e estaraacute sempre em meu pensamento

Agradecimentos

Primeiramente a Deus por ter me sustentado e dado forccedilas para seguir em frente a cada momento em

que fraquejei e desejei desistir Por me permitir concluir essa etapa e por me mostrar ao longo desses

anos que eu sou mais forte do que eu pensava Obrigada Deus

A toda minha famiacutelia pela ajuda e incentivo durante cada ano de faculdade A minha matildee e a minha

irmatilde Karen os pilares da minha vida por estarem sempre comigo me apoiando e amando

incondicionalmente A Tia Doca por ser minha segunda matildee e estar sempre pronta para ajudar Amo

vocecircs

Ao Cristiano por estar sempre comigo me ajudando me levantando quando preciso e me amando

principalmente nos momentos de ldquodesesperordquo com os prazos Por acordar quando eu queria

conversar por servir de motorista nos momentos que precisava e por ser aleacutem de tudo meu amigo

Te amo

A minha querida orientadora Rosane por me proporcionar o encontro com a aacuterea da pediatria pela

paciecircncia com minhas dificuldades e ainda pela oportunidade de convivecircncia e aprendizado

contribuindo para o meu crescimento pessoal e profissional

A Hanna por ser meu apoio em todo o inicio da faculdade 24 horas por dia sendo mais que uma

amiga uma irmatilde E mesmo depois apesar de tanta correria ainda conseguir um tempo para almoccedilar

conversar e comer um ldquojapardquo Vocecirc eacute essencial na minha vida amo vocecirc

Aos anjinhos que ldquoUFFrdquo colocou em minha vida Laiacutes e Barbara por estarem sempre prontas para

me segurar me apoiar dar bronca e fofocar Por dividir segredos laacutegrimas opiniotildees aleacutem de

momentos inesqueciacuteveis como decolar do Aeroporto Santos Dumond Obrigada por tudo Amo vocecircs e

vou morrer de saudades dos nossos dias

A minha querida e amada turma 20092 que mesmo fragmentada em vaacuterios periacuteodos permaneceu

unida se tornando uma grande famiacutelia durante esses cinco anos e me proporcionou momentos que

vou lembrar para o resto da minha vida

Aos demais professores e funcionaacuterios da Escola de Enfermagem Aurora de Afonso Costa pela

oportunidade de compartilhar momentos gratificantes de aprendizagem

Meu eterno agradecimento

RESUMO

Os cuidados para a manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico eacute uma accedilatildeo essencial durante uma internaccedilatildeo na qual a permanecircncia do dispositivo eacute dificultada por diversos fatores principalmente quando se trata de um paciente pediaacutetrico Por conta de repetitivas perdas as repeticcedilotildees das punccedilotildees podem gerar trauma emocional dificultando ainda mais o periacuteodo de estada do paciente no hospital Desta forma o presente trabalho tem o objetivo descrever os fatores que interferem na manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico de acordo com a equipe de enfermagem e analisar os cuidados da equipe de enfermagem na manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico Possui como objeto de estudo os cuidados da equipe de enfermagem na manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico Trata-se de uma pesquisa descritiva exploratoacuteria de abordagem qualitativa onde nove (9) profissionais da equipe de enfermagem do setor de internaccedilatildeo pediaacutetrica de um Hospital Universitaacuterio do Rio de Janeiro foram entrevistados de acordo com um roteiro A coleta de dados deu-se por meio de entrevista semi-estruturada As falas foram submetidas agrave anaacutelise de conteuacutedo e das entrevistas emergiram trecircs (03) categorias ldquoCuidados preacute intra e poacutes-procedimento de punccedilatildeo do acesso venoso perifeacutericordquo ldquoCuidados em desuso para manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacutericordquo e ldquoO acompanhante e a manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacutericordquo O estudo retratou o processo de punccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico ressaltando a importacircncia de cuidados como a seleccedilatildeo do local a diluiccedilatildeo da medicaccedilatildeo a realizaccedilatildeo de uma boa fixaccedilatildeo a atenccedilatildeo com a velocidade de infusatildeo os cuidados com os sinais de infecccedilatildeo e salinizaccedilatildeo do acesso aleacutem de constatar tambeacutem os cuidados em desuso como o uso da heparina da tala de imobilizaccedilatildeo e duacutevidas em relaccedilatildeo ao tempo de permanecircncia Evidenciou o fato da equipe de enfermagem responsabilizar o acompanhante pelos cuidados com o cateter venoso perifeacuterico e tambeacutem o natildeo uso da literatura cientifica para solucionar duvidas e agregar conhecimento Com isso o estudo atingiu os objetivos propostos e tambeacutem contribuiu para o campo do ensino abrindo portas para a realizaccedilatildeo de novas pesquisas na aacuterea Palavras-chave cateterismo venoso perifeacuterico cuidados de enfermagem enfermagem pediaacutetrica

ABSTRACT Care for the maintenance of peripheral venous access is an essential action during a hospitalization in which the permanence of the device is hampered by several factors especially when it comes to a pediatric patient Because of repetitive losses the repetitions of punctures can cause emotional trauma further hindering the period of stay of the patient in the hospital Thus the present study aims to describe the factors affecting the maintenance of peripheral venous access in accordance with the nursing staff and analyze the care of the nursing staff in the maintenance of peripheral venous access Has as its object of study the care of the nursing staff in the maintenance of peripheral venous access This is an exploratory descriptive and qualitative study where nine (9) professional nursing staff of the pediatric inpatient ward of a university hospital in Rio de Janeiro were interviewed according to a script The data was collected by means of semi - structured interview The speeches were subjected to content analysis and interviews revealed three ( 03 ) categories Care pre intra and post - puncture procedure from peripheral venous access Care in disuse for maintenance of peripheral venous access and The companion and maintenance of peripheral venous access The study portrayed the process of puncture of peripheral venous access emphasizing the importance of care as site selection diluting the medication performing a good fixation attention to the rate of infusion the care of the signs of infection and salinity of access and also noted the care into disuse as the use of heparin the splint immobilization and questions about the length of stay Highlighted the fact that the nursing staff responsible for the care of the accompanying peripheral venous catheter and also not using the scientific literature to solve doubts and aggregate knowledge With that the study achieved its goals and also contributed to the field of education opening doors to new research in the area Key words peripheral venous catheterization nursing care pediatric nursing

SUMAacuteRIO

1 INTRODUCcedilAtildeO p 8

11 Questotildees norteadoras p 9

12 Objeto do estudo p9

13 Objetivos p9

14 Justificativa e relevacircncia p9

2 REVISAtildeO DE LITERATURA p 11

21 Hospitalizaccedilatildeo infantil e seus estressores p 11

22 Acesso venoso perifeacuterico em pediatria p 13

3 METODOLOGIA p 17

31 Tipo de pesquisa p17

32 Sujeitos da pesquisa p17

33 Cenaacuterio p18

34 Coleta de dados p18

35 Questotildees eacuteticas da pesquisa p19

36 Analise dos dados p20

4 RESULTADOS E DISCUSSAtildeO p22

41 Os cuidados de enfermagem preacute intra e poacutes-procedimento de punccedilatildeo do acesso

venoso perifeacuterico p 22

42 Os cuidados em desuso para manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico p 28

43 O acompanhante e a manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico p31

CONCLUSAtildeO p 35

REFEREcircNCIAS p37

APEcircNDICE I p 44

APEcircNDICE II p45

ANEXO p46

8

1 INTRODUCcedilAtildeO

A motivaccedilatildeo pelo assunto veio durante o ensino teoacuterico praacutetico da disciplina

Enfermagem na sauacutede da crianccedila e do adolescente II na enfermaria pediaacutetrica do Hospital

Universitaacuterio Antonio Pedro quando me incomodei com o excesso de punccedilatildeo perifeacuterica

realizado nas crianccedilas gerando impacto nas mesmas e na famiacutelia durante o procedimento

A hospitalizaccedilatildeo em si eacute uma situaccedilatildeo estressante jaacute que a crianccedila perde o controle em

relaccedilatildeo a sua liberdade aleacutem do conviacutevio com pessoas estranhas e da mudanccedila de ambiente e

rotina (HOCKENBERRY e WILSON 2011 p676) Com isso em uma situaccedilatildeo de diversas

perdas de acesso venoso as repeticcedilotildees do procedimento causam trauma emocional tornando

ainda mais doloroso o periacuteodo de estada do paciente no hospital

A punccedilatildeo venosa perifeacuterica eacute um procedimento essencial para manejo da crianccedila

durante a hospitalizaccedilatildeo visto que em grande parte as medicaccedilotildees satildeo administradas por essa

via onde o efeito eacute quase instantacircneo e permite infusatildeo de maior volume Poreacutem esse tipo de

procedimento eacute doloroso e estressante deixando a crianccedila sujeita a traumas por agentes

bioloacutegicos quiacutemicos fiacutesicos e emocionais sendo funccedilatildeo do enfermeiro prevenir diminuir ou

erradicar esses riscos (CORREIA RIBEIRO BORBA 2009 p559)

A permanecircncia do dispositivo eacute dificultada por diversos fatores como uma infecccedilatildeo a

fixaccedilatildeo inadequada o trauma durante a infusatildeo e a movimentaccedilatildeo da crianccedila A cobertura

utilizada eacute de suma importacircncia nessa situaccedilatildeo sendo ela muitas das vezes a causa da perda

de um acesso e entatildeo a necessidade de nova punccedilatildeo venosa Por conta disso esse tipo de

procedimento causa grande desconforto para a famiacutelia para a crianccedila e tambeacutem para o

profissional (CORREIA RIBEIRO BORBA 2009 p559)

Uma grande pesquisa conduzida sobre a temaacutetica concluiu que com ldquo592 crianccedilas e

1135 tentativas de punccedilatildeo realizadas por 143 enfermeiras 10 de taxa de insucesso no

9

procedimento poreacutem com cerca de 50 de insucesso na primeira tentativardquo Cada crianccedila foi

submetida a 21 tentativas (LARSEN1

11 Questotildees norteadoras

et al 2010 apud NEGRI et al 2012)

Quais os fatores que podem interferir na permanecircncia do acesso venoso em uma

crianccedila hospitalizada

Quais satildeo os cuidados da equipe de enfermagem para aumentar o tempo de

permanecircncia de um acesso venoso perifeacuterico em uma crianccedila hospitalizada

12 Objeto de estudo

Os cuidados da equipe de enfermagem na permanecircncia do acesso venoso perifeacuterico

13 Objetivos

Descrever e discutir os cuidados de enfermagem acerca da permanecircncia dos acessos

venosos perifeacutericos na pediatria

14 Justificativa e relevacircncia

Diante da problemaacutetica exposta eacute possiacutevel identificar a importacircncia da necessidade de

um maior periacuteodo de permanecircncia dos acessos venosos perifeacutericos Com isso aleacutem da

diminuiccedilatildeo de eventos que causam dor e irritaccedilatildeo na crianccedila e na famiacutelia promoveraacute tambeacutem

uma melhor estada dos mesmos durante o periacuteodo de hospitalizaccedilatildeo

Oliveira Bezerra e Pereira (2008 p96) chegaram a conclusatildeo que os enfermeiros

prestam assistecircncia agraves crianccedilas dentro dos paracircmetros poreacutem devem ter mais cuidados em

alguns pontos como ldquonecessidade de maior atenccedilatildeo na quantidade e velocidade da infusatildeo da

terapia mais controle do calibre do cateter identificaccedilatildeo do acesso complicaccedilotildees e troca de

fixaccedilatildeordquo

O presente estudo possui relevacircncia pois busca descrever os principais cuidados que a

equipe de enfermagem desenvolve na manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico na pediatria

demonstrando o que a equipe faz efetivamente para aumentar o tempo de permanecircncia desse

1 Larsen P Eldridge D Brinkley J Newton D Goff D Hartzog T Saad ND Perkin R Pediatric peripheral intravenous access does nursing experience and competence really make a difference J Infus Nurs 201033(4)226-35

10

dispositivo visto que a sua inserccedilatildeo jaacute eacute um evento estressante para crianccedila e sua famiacutelia

durante a hospitalizaccedilatildeo Eacute relevante tambeacutem natildeo soacute para os enfermeiros pediaacutetricos como

tambeacutem para todos os profissionais da aacuterea de sauacutede que procuram aprofundar seus

conhecimentos acerca dos cuidados na assistecircncia de enfermagem da cateterizaccedilatildeo venosa

perifeacuterica

11

2 REVISAtildeO DE LITERATURA

21 Hospitalizaccedilatildeo infantil e seus estressores

Durante a vida de uma crianccedila as principais situaccedilotildees de crise que normalmente elas

vivenciaratildeo estatildeo relacionadas agrave doenccedila ou a uma possiacutevel hospitalizaccedilatildeo Frente a estes

fatores elas se mostram vulneraacuteveis diante das mudanccedilas impostas relacionadas ao estado de

sauacutede e a sua rotina de vida (HOCKENBERRY e WILSON 2011 p676)

ldquoA hospitalizaccedilatildeo representa para a crianccedila uma situaccedilatildeo diferente de todas as jaacute

vivenciadas haja vista que sua rotina diaacuteria eacute modificada Ela encontra-se em um ambiente

impessoal repleto de tabus e significados diferente do seu contexto diaacuteriordquo (JANSEN

SANTOS e FAVERO 2010 p248)

Segundo Brito et al (2009 p 803) a crianccedila hospitalizada eacute ldquoafastada de seu ambiente

familiar de seus amigos da escola e de seus objetos pessoais perdendo assim grande parte de

suas referecircnciasrdquo com isso esse periacuteodo de hospitalizaccedilatildeo pode causar impacto sobre o estado

psicoloacutegico da mesma

Conforme Hockenberry e Wilson (2011 p676) as crianccedilas natildeo possuem habilidades

de enfrentamento suficientes para resolver determinados estressores Como principais

estressores pode-se citar ldquoa separaccedilatildeo a perda de controle lesatildeo corporal e dorrdquo

Um dos procedimentos mais dolorosos e estressantes para a crianccedila eacute a punccedilatildeo venosa

onde na maioria dos casos constitui a primeira escolha para a administraccedilatildeo de medicamentos

nutriccedilatildeo parenteral hemoderivados e coleta de exames sanguumliacuteneos(OLIVEIRA BEZERRA e

PEREIRA 2008 p91)

12

ldquoA crianccedila eacute um ser em crescimento e desenvolvimento com particularidades e

caracteriacutesticas proacutepriasrdquo (MATHEWS-SIMONTON2

Esse periacuteodo de internaccedilatildeo ldquopode deixar a crianccedila ansiosa insegura e com medo

principalmente quando natildeo eacute preparada para a hospitalizaccedilatildeo e o tratamento a que seraacute

submetidardquo Para Martins (2001) isso contribui para aumentar o medo e a ansiedade

expressos por meio do choro da raiva e ateacute mesmo por agressotildees

1990 apud COA e PETTENGILL

2006 p434) Isso significa que a crianccedila iraacute se comportar de acordo com a situaccedilatildeo imposta

pois isso dependeraacute natildeo soacute da idade de desenvolvimento como tambeacutem de suas experiecircncias

com determinadas situaccedilotildees

Diante de todo o processo de hospitalizaccedilatildeo a crianccedila pode apresentar diversas

manifestaccedilotildees comportamentais sendo consideradas mais comuns as ldquoregressotildees diminuiccedilatildeo

no ritmo do desenvolvimento desordens do sono e da alimentaccedilatildeo dependecircncia

agressividade apatia estados depressivos fobias e transtornos de comportamento em geralrdquo

(BAR-MOR3

Para a famiacutelia ldquoa hospitalizaccedilatildeo de um filho geralmente eacute encarada como uma

situaccedilatildeo de crise para a famiacutelia e para a crianccedilardquo O profissional de enfermagem deve se

organizar seu trabalho com estrateacutegias que minimizem o sofrimento no ambiente hospitalar e

na assistecircncia agrave crianccedila (THOMAZINE et al 2008 p146)

1997 apud BRITO et al 2009 p203) Com a atenccedilatildeo voltada para atender a

demanda e a necessidade fisioloacutegica da crianccedila os profissionais da equipe de enfermagem

geralmente ldquodedicam pouca ou nenhuma atenccedilatildeo agraves questotildees psicoloacutegicas e sociais da crianccedila

hospitalizada e de sua famiacuteliardquo(JANSEN SANTOS e FAVERO 2010 p248)

A qualidade do ambiente pode afetar diretamente no processo de recuperaccedilatildeo com

isso ldquoas intervenccedilotildees no contexto hospitalar devem visar agrave promoccedilatildeo de condiccedilotildees favoraacuteveis

agrave reabilitaccedilatildeo dos efeitos de experiecircncias adversas ao desenvolvimento das crianccedilasrdquo Isso

sugere que o ambiente aleacutem de incentivar a sauacutede deve ser planejado de maneira supra agraves

necessidades dos pacientes levando em conta os aspectos psicoloacutegicos pedagoacutegicos e

2 Mathews-Simonton S A famiacutelia e a cura o meacutetodo Simonton para famiacutelias que enfrentam uma doenccedila Satildeo Paulo Summus 1990 3 Bar-Mor G Preparation of children for surgery and invasive procedures milestones on the way to success J Pediatr Nurs1997Aug12(4) 252-255

13

socioloacutegicos da crianccedila e de sua famiacutelia (SOARES e ZAMBERLAN4

Para humanizar a assistecircncia agrave crianccedila hospitalizada e atender a suas reais

necessidades os pais foram inseridos na cliacutenica pediaacutetrica com direito a permanecircncia integral

nos casos de internaccedilatildeo Isso ocorreu no iniacutecio da deacutecada de 1990 no Brasil com a

legalizaccedilatildeo estabelecida pelo Estatuto da Crianccedila e do Adolescente (THOMAZINE et al

2008 p145) Com isso ldquomuitos hospitais natildeo consideram mais os pais como visitantes e

enfatizam sua presenccedila durante todo o periacuteodo da hospitalizaccedilatildeordquo fazendo uso de um sistema

de cuidado centrado na famiacutelia (HOCKENBERRY e WILSON 2011 p685)

1995 apud BRITO et

al 2009 p803)

Durante o processo de hospitalizaccedilatildeo as crianccedilas satildeo submetidas a diversas condutas e

procedimentos como por exemplo exames e administraccedilatildeo de medicamentos A punccedilatildeo

venosa eacute um dos principais procedimentos que causam dor e muitas vezes existe a

necessidade de vaacuterias punccedilotildees durante um mesmo dia Vale ressaltar que para a crianccedila esse

tipo de procedimento se iguala a uma agressatildeo jaacute que ldquona maioria das vezes eacute acompanhado

de dor ou medo o que se traduz no choro e na ansiedaderdquo (COLLET5

2002 apud GOMES et

al 2011 p290)

22 Acesso venoso perifeacuterico em pediatria

Para Correia et al (2009 p559) a fim evitar um trauma emocional durante a punccedilatildeo

as crianccedilas precisam ser orientadas sobre o tratamento seus objetivos e receber atenccedilatildeo

carinhosa neste momento

A fim de tornar o processo de cateterizaccedilatildeo venosa menos doloroso e estressante para

a crianccedila deve-se ter preferecircncia pelas veias que menos comprometam suas atividades

essenciais Neste intuito deve-se evitar por exemplo puncionar uma veia na matildeo que

dificulte o ato de se alimentar desenhar e ateacute mesmo brincar (OLIVEIRA BEZERRA e

PEREIRA 2008 p91)

4 Soares MRZ Zamberlan MAT A inclusatildeo do brincar na hospitalizaccedilatildeo infantil Est Psicol maioago18(2) 64-9 5 Collet N Oliveira BRG de Manual de Enfermagem em Pediatria Goiacircnia AB 2002

14

O acesso vascular eacute uma das principais modalidades de tratamento utilizadas na

assistecircncia agrave sauacutede Existe ampla aceitaccedilatildeo difusatildeo e praacutetica desse procedimento pelos

profissionais da aacuterea da assistecircncia agrave sauacutede (FERREIRA et al 2005)

Foi na deacutecada de 40 que o uso de cateter vascular foi introduzido nos hospitais

tornando-se essencial para as atividades assistenciais da modernidade (WORTHIGTON6

Para Peterlini e Chaud (2003) tal procedimento se define como um conjunto de

conhecimentos e teacutecnicas que visam agrave administraccedilatildeo de soluccedilotildees ou faacutermacos no sistema

circulatoacuterio abrangendo o preparo do paciente a escolha obtenccedilatildeo e manutenccedilatildeo do acesso

venoso os meacutetodos de preparo e administraccedilatildeo de drogas e soluccedilotildees e os cuidados referentes

agrave frequecircncia de troca do cateter curativos dispositivos de infusatildeo e soluccedilotildees

2005 apud MENDONCcedilA et al 2011 p330)

Primeiramente o acesso perifeacuterico era mantido com agulhas de accedilo inoxidaacutevel as

quais apesar de oferecerem menor risco de infecccedilatildeo satildeo riacutegidas e facilitavam perda do

acesso Em 1945 passou a ser utilizado o cateter venoso plaacutestico que permitia manutenccedilatildeo do

acesso por tempo prolongado (FERNANDES e RIBEIRO7

Quanto ao tempo de permanecircncia em pacientes pediaacutetricos o cateter deve ser mantido

ateacute o teacutermino da terapia intravenosa ou quando forem observados sinais cliacutenicos de

complicaccedilotildees diferentemente dos pacientes adultos onde o tempo de permanecircncia

preconizado eacute de 72 a 96 horas (CENTERS FOR DISEASE CONTROL AND

PREVENTION-CDC 2002)

2000 apud MARTINS et al 2008

p 485) Habitualmente o material de punccedilatildeo que vem sendo utilizado em crianccedilas satildeo os

cateteres flexiacuteveis tipo abocath com mandril metaacutelico (BATALHA et al 2010 p512)

Associaccedilatildeo Paulista de Estudos e Controle de Infecccedilatildeo Hospitalar (2005 apud

Moncaio e Figueiredo 2009) ressaltam que ldquoas principais complicaccedilotildees infecciosas para o

paciente satildeo flebite infecccedilatildeo do siacutetio de inserccedilatildeo do cateter extravasamento de soluccedilatildeo e

bacteremia relacionada ao cateterrdquo Certos fatores podem contribuir para o aparecimento de

tais complicaccedilotildees como o tipo do cateter que seraacute utilizado o preparo do local da punccedilatildeo

aleacutem de caracteriacutesticas intriacutensecas do paciente Vale acrescentar que ldquoos cateteres 6 Worthigton T Elliot TSJ Diagnosis of central venous catheter related infection in adult pacient J Infect 2005 51267-80 7 Fernandes AT Ribeiro Filho N Infecccedilatildeo do acesso vascular In Fernandes AT Fernandes M OV Ribeiro Filho N Infecccedilatildeo hospitalar e suas interfaces na aacuterea da sauacutede Satildeo Paulo (SP) Atheneu 2000 p 556-79

15

confeccionados em Teflon e poliuretano estatildeo associados a baixas frequecircncias de

complicaccedilotildees infecciosas quando comparados aos de polivinilcloreto e polietilenordquo

CENTERS FOR DISEASE CONTROL AND PREVENTION-CDC 2002)

ldquoNo acircmbito hospitalar a flebite eacute uma das complicaccedilotildees mais frequentes e

considerada uma das principais falhas da infusatildeordquo Eacute o processo inflamatoacuterio da camada

iacutentima das veias ocasionado por irritaccedilatildeo mecacircnica quiacutemica ou infecccedilotildees bacterianas

apresentando manifestaccedilotildees como dor edema hiperemia local e calor (GABRIEL8

Machado et al(2008) relata que ldquocerca de 1 a 10 destes pacientes desenvolvem

infecccedilotildees locais ou sistecircmicas relacionadas ao uso de cateteres causadas por alteraccedilatildeo ou

ruptura da integridade da pele que permite a passagem de microorganismos colonizadoresrdquo

2008

apud MAGEROTE et al 2011 p 487)

O curativo para fixaccedilatildeo do cateter eacute outro ponto importante para a manutenccedilatildeo do

mesmo visto que a ldquofixaccedilatildeo reduz o risco de complicaccedilotildees relacionadas agrave terapia intravenosa

tais como flebite infiltraccedilatildeo septicemia e deslocamento do cateterrdquo aleacutem de mantecirc-lo limpo

e seco permitindo a visualizaccedilatildeo contiacutenua do mesmo a fim de prevenir os agravos

(PHILLIPS9

No seacuteculo passado durante os primeiro 50 anos da praacutetica da terapia intravenosa

utilizava-se para fixaccedilatildeo gaze esteacuteril e fitas adesivas O iniacutecio do uso de filmes transparentes

esteacutereis se deu em 1970 como solicitaccedilatildeo dos enfermeiros quanto agrave necessidade da retirada do

curativo para realizar a inspeccedilatildeo do local de inserccedilatildeo funccedilatildeo atribuiacuteda aos mesmos a fim de

impedir uma infecccedilatildeo de corrente sanguiacutenea (MACHADO PEDREIRA E CHAUD 2008)

2001 apud SILVA E ZANETTI 2004 p233)

O uso de fitas adesivas natildeo-esteacutereis pode ser bastante observado em algumas

instituiccedilotildees de sauacutede contudo fita adesiva soacute natildeo estaacute contaminada enquanto permanece na

embalagem sugerindo tambeacutem a possibilidade da transmissatildeo de microorganismos

patogecircnicos com a aplicaccedilatildeo da mesma sobre o local de inserccedilatildeo do cateter

(VANDENBOSCH COOCH E TRESTON-AURAND10

8 Gabriel J Infusion therapy part one minimising the risks Nurs Stand 2008 Apr 22(31)51-6

1997 et al MACHADO

PEDREIRA E CHAUD2005 p292)

9 Phillips DL Manual de terapia endovenosa Trad Pedreira MLG Pereira SR Harada MJCS Peterline MAS 2ordf ed Porto Alegre (RS) Artmed 2001551P 10 VandenBosch TM Cooch J Treston-Aurand J Research utilization adhesive bandage dressing regimen for peripheral venous catheters Am J Infect Control 1997 25(6)513-9

16

Acerca da terapia intravenosa podem ocorrer incompatibilidades em relaccedilatildeo aos

faacutermacos administrados e os cateteres utilizados que na maioria das vezes natildeo satildeo percebidos

devido a impossibilidade de visualizaccedilatildeo Essas incompatibilidades satildeo denominadas por

Peterlini Chaud e Pedreira (2006) como adsorccedilatildeo e absorccedilatildeo onde ocorre ldquoperda do faacutermaco

para a superfiacutecie de frascos seringas filtros acessoacuterios e cateteres da terapia intravenosa por

meio de adsorccedilatildeo ou pela absorccedilatildeo do faacutermaco para a matriz do material de confecccedilatildeo desses

dispositivosrdquo Com isso o profissional de enfermagem tem como funccedilatildeo aleacutem do

conhecimento cientiacutefico acerca das drogas utilizadas programar accedilotildees que possibilitem

ldquoreconstituiccedilatildeo diluiccedilatildeo acondicionamento e cuidados na administraccedilatildeo de faacutermacosrdquo

evitando assim prejuiacutezos no tratamento

17

3 METODOLOGIA

31 Tipo de pesquisa

Trata-se de uma pesquisa descritiva exploratoacuteria de abordagem qualitativa com os

profissionais da equipe de enfermagem da unidade de internaccedilatildeo pediaacutetrica de um hospital

universitaacuterio do estado do Rio de Janeiro

Para Minayo Deslandes e Gomes (2007 p 21) a pesquisa qualitativa responde as

questotildees de forma particular de modo que trabalha com o universo dos significados dos

motivos das aspiraccedilotildees das crenccedilas dos valores e atitudes Sendo assim entende-se que as

accedilotildees do ser humano se distinguem a partir do seu pensamento do modo de agir de acordo

com a realidade vivida por cada um

Segundo Gil (1999 p44) ldquoas pesquisas descritivas tecircm como objetivo primordial a

descriccedilatildeo das caracteriacutesticas de determinada populaccedilatildeo ou fenocircmeno ou o estabelecimento de

relaccedilotildees variaacuteveisrdquo

Kauark Manhatildees e Medeiros (2010 p28) determinam a pesquisa exploratoacuteria como

agravequela que ldquoObjetiva a maior familiaridade com o problema tornando-o expliacutecito ou agrave

construccedilatildeo de hipoacutetesesrdquo Acrescenta ainda que a mesma pode conter levantamento

bibliograacutefico entrevistas com pessoas experientes no problema pesquisado entre outras

fontes

32 Sujeitos da pesquisa

A pesquisa contou com um nuacutemero total de nove (9) profissionais da equipe de

enfermagem da unidade de internaccedilatildeo pediaacutetrica de um Hospital Universitaacuterio do Rio de

Janeiro sendo estes dois (2) enfermeiros e sete (7) teacutecnicos de enfermagem De todos os

18

participantes apenas um trabalha no serviccedilo noturno sendo o restante do serviccedilo diurno Os

mesmos satildeo os responsaacuteveis pela instalaccedilatildeo e manipulaccedilatildeo dos os acessos venosos

perifeacutericos supondo assim que tenham maior domiacutenio sobre o assunto abordado

Os sujeitos foram identificados com codinomes referentes agraves princesas da Disney para

que suas identidades sejam preservadas

33 Cenaacuterio

A pesquisa ocorreu na unidade de internaccedilatildeo pediaacutetrica localizada no quinto andar do

Hospital Universitaacuterio do Rio de Janeiro vinculado a uma Universidade Federal

A unidade pediaacutetrica eacute divida em trecircs enfermarias de acordo com a idade das crianccedilas

hospitalizadas sendo denominadas estas Lactente preacute-escolar e escolar A enfermaria

Lactente eacute composta por 5 leitos hospitalizando crianccedilas de 29 dias a 2 anos jaacute na preacute-escolar

encontram-se 6 leitos e acolhe crianccedilas de 2 a 6 anos e na escolar 6 leitos abrigando crianccedilas

de 7 a 12 anos Toda crianccedila hospitalizada tem direito a um acompanhante como eacute

preconizado por direito pelo Artigo doze (12) do Estatuto da Crianccedila e do Adolescente

(Brasil 1990 p3)

A enfermaria conta com um posto de enfermagem localizado no centro da unidade

possibilitando maior visualizaccedilatildeo das enfermarias Possui tambeacutem uma sala de recreaccedilatildeo e

banheiro para os pacientes e acompanhantes Haacute uma sala utilizada pedagogia hospitalar

onde uma professora realiza atividades com as crianccedilas

Vale ressaltar que na unidade haacute uma sala para realizaccedilatildeo de procedimentos dolorosos

como a punccedilatildeo venosa perifeacuterica e sempre que possiacutevel o paciente eacute levado ateacute ela

34 Coleta de dados

A coleta de dados se deu a partir da teacutecnica de entrevista semi-estruturadas que

segundo Minayo Deslandes e Gomes (2007 p 64) satildeo ldquoperguntas fechadas e abertas em que

o entrevistado tem a possibilidade de discorrer sobre o tema em questatildeo sem se prender agrave

indagaccedilatildeo formuladardquo As mesmas foram gravadas em entrevista individual e tiveram como

foco as accedilotildees que os profissionais da equipe de enfermagem realizam acerca dos cuidados

para a permanecircncia do acesso venoso perifeacuterico aleacutem de investigar sobre o conhecimento que

cada um possui sobre o tema

19

Apoacutes contato preacutevio com a equipe de enfermagem foi acordado um dia e horaacuterio para

a realizaccedilatildeo das entrevistas que aconteceram na proacutepria unidade Todos os profissionais da

equipe de enfermagem foram convidados a participar voluntariamente da pesquisa As

entrevistas aconteceram apoacutes os profissionais assinarem o Termo de Consentimento Livre e

Esclarecido (TCLE)

Para Minayo Deslandes e Gomes (2007 p 64) a entrevista possui como principal

objetivo construir dados que sejam pertinentes para a pesquisa aleacutem de ser a estrateacutegia mais

utilizada no processo de trabalho de campo

A coleta foi interrompida no momento em que os dados se mostraram saturados ou

seja quando houve a cessaccedilatildeo do acreacutescimo de informaccedilotildees novas referentes ao tema

proposto

O fechamento amostral por saturaccedilatildeo teoacuterica eacute definido como a suspensatildeo de inclusatildeo

de novos participantes quando os dados obtidos passam a apresentar na avaliaccedilatildeo do

pesquisador certa redundacircncia ou repeticcedilatildeo natildeo sendo considerado relevante continuar a

coleta de dados (FONTANELLA RICAS e TURATO 2008)

35 Questotildees eacuteticas da pesquisa

De acordo com a Resoluccedilatildeo 46612 que visa assegurar os direitos e deveres que

dizem respeito agrave comunidade cientiacutefica aos sujeitos da pesquisa e ao Estado uma pesquisa

que envolve a participaccedilatildeo de seres humanos deve atender aos fundamentos eacuteticos e

cientiacuteficos pertinentes para a seguranccedila dos mesmos Neste contexto toda pesquisa

envolvendo seres humanos deveraacute ser submetida agrave apreciaccedilatildeo de um Comitecirc de Eacutetica em

Pesquisa (CEP) (BRASIL 2012)

Atendendo a esta condiccedilatildeo o projeto de pesquisa foi encaminhado ao CEP ndash do

Hospital Universitaacuterio o qual foi realizada a pesquisa foi analisado e aprovado na Reuniatildeo

com data de 06122013 CAAE 24693613700005243 Nuacutemero do parecer 486451 Com

isso a pesquisa foi desenvolvida mediante aprovaccedilatildeo do CEP atendendo aos preacute-requisitos

estipulados pela Resoluccedilatildeo nordm 46612

Esta pesquisa eacute pautada em princiacutepios eacuteticos que respeitam a dignidade humana e

justiccedila assegurando que natildeo haveraacute nenhum tipo de dano aos participantes

20

Em atendimento a resoluccedilatildeo 46612 do Conselho Nacional de SauacutedeMS apoacutes serem

esclarecidos pela pesquisadora quanto aos aspectos eacuteticos relacionados agrave pesquisa aleacutem das

formas de produccedilatildeo de dados e inserccedilatildeo no estudo os sujeitos da pesquisa assinaram duas

vias do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido ndash TCLE (apecircndice 1) autorizando sua

participaccedilatildeo voluntaacuteria na pesquisa Uma via foi entregue ao participante e outra ficou

arquivada com a pesquisadora

Nesse documento consta os objetivos da pesquisa procedimentos benefiacutecios

previstos garantia de recusa de participaccedilatildeo em qualquer momento de acesso aos resultados

da pesquisa e tambeacutem a garantia de acesso ao pesquisador quando os sujeitos julgarem

necessaacuterio sendo todas essas informaccedilotildees em linguagem acessiacutevel e simples O mesmo foi

apresentado e explicado ao profissional convidado a participar do estudo no primeiro contato

eou durante visita agendada para realizaccedilatildeo da entrevista

Vale ressaltar que esta pesquisa cujo financiamento eacute proacuteprio natildeo oferece nenhum

tipo de riscos para o sujeito da pesquisa e nem para o cuidado das crianccedilas internadas no setor

de pediatria e os benefiacutecios da participaccedilatildeo do mesmo satildeo de aumentar o conhecimento

cientiacutefico na aacuterea de Enfermagem Pediaacutetrica aleacutem de contribuir para a praacutetica profissional

36 Anaacutelise dos dados

O processo de anaacutelise dos dados foi baseada na teacutecnica da Anaacutelise Temaacutetica que para

Minayo Deslandes e Gomes (2007 p 86) o conceito central eacute o tema ldquoO tema eacute a unidade de

significaccedilatildeo que se liberta naturalmente de um texto analisado segundo criteacuterios relativos agrave

teoria que serve de guia da leiturardquo (BARDIN11

A anaacutelise realizada estava de acordo com a sugerida por Minayo (2010 p 315) e

contam com as seguintes etapas preacute-analise exploraccedilatildeo do material tratamento dos

resultados obtidos e interpretaccedilatildeo Atraveacutes dessas etapas tem-se o objetivo de descrever o

conteuacutedo do material coletado e interpretaacute-lo

1979 apud MINAYO DESLANDES

GOMES 2007 p 86)

A preacute analise consiste na escolha dos elementos a serem analisados e na retomada das

hipoacuteteses e dos objetivos iniciais da pesquisa Inicia-se com uma leitura flutuante onde o

11 BARDIN L Anaacutelise de Conteuacutedo Lisboa Ediccedilotildees 70 1979

21

pesquisador toma contato direto com o material adquirido deixando-se impregnar por seu

conteuacutedo Posteriormente haacute a constituiccedilatildeo do Corpus textual onde eacute feita uma seleccedilatildeo dos

documentos que iratildeo contemplar e fornecer informaccedilotildees sobre o tema sendo assim adequados

para dar resposta aos objetivos do trabalho (MINAYO 2010 p 315)

Essa fase preacute-analiacutetica eacute onde se determinam a unidades de registro unidade de

contexto e a partir delas satildeo determinados os temas que seratildeo analisados A unidade de

registro corresponde parte do conteuacutedo selecionado como base para analise e apoacutes a

delimitaccedilatildeo do contexto de compreensatildeo da unidade de registro eacute estabelecida a unidade de

contexto (MINAYO 2010 p 316)

De acordo com os objetivos da pesquisa foi possiacutevel perceber que nove (9)

entrevistas supriam para atender os mesmo encerrando assim a coleta Apoacutes a transcriccedilatildeo das

entrevistas foi realizada leitura das mesmas para natildeo soacute conhecimento do material mas

tambeacutem estabelecer as unidades de registro Em seguida foi realizado o colorimento das falas

assim as classificando de acordo com as unidades de registro estabelecidas

As unidades de registro que surgiram foram os fatores que interferem na manutenccedilatildeo

do acesso venoso perifeacuterico e o apontamento do acompanhante como responsaacutevel pela perda

do acesso venoso perifeacuterico Elas receberam as cores vermelha e laranja respectivamente a

fim de facilitar o agrupamento dos dados A partir disto surgiram as unidades de contexto que

compreendem as falas das entrevistas de modo a exemplificar o contexto das unidades de

registro

Partindo para segunda etapa da analise temaacutetica a exploraccedilatildeo do material que consiste

numa classificaccedilatildeo que visa alcanccedilar o nuacutecleo de compreensatildeo do texto Busca-se encontrar

categorias que satildeo expressotildees ou palavras significativas em funccedilatildeo das quais o conteuacutedo seraacute

organizado Essas categorias satildeo responsaacuteveis pela especificaccedilatildeo dos temas (MINAYO

2010 p 317)

Nesse caso foram definidos os seguintes temas cuidados preacute intra e poacutes procedimento

de punccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico cuidados em desuso para manutenccedilatildeo do acesso

venoso perifeacuterico o acompanhante e a manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico Essas trecircs (3)

categorias seratildeo apresentadas analisadas e discutidas no capitulo seguinte

22

4 RESULTADOS E DISCUSSAtildeO

Nesse capiacutetulo apresento as trecircs categorias temaacuteticas que surgiram da anaacutelise dos

dados e que contemplaram de forma satisfatoacuteria os objetivos da pesquisa A primeira

categoria denominada como ldquoOs cuidados de enfermagem preacute intra e poacutes-procedimento de

punccedilatildeo do acesso venoso perifeacutericordquo traz os passos e cuidados que os profissionais realizam

antes durante e apoacutes a punccedilatildeo buscando descrever e analisar os fatores envolvidos na pratica

do procedimento em questatildeo que emergiram das entrevistas aleacutem dos cuidados de

enfermagem para a manutenccedilatildeo do mesmo

A segunda categoria que seraacute apresentada eacute ldquoOs cuidados em desuso para manutenccedilatildeo

do acesso venoso perifeacutericordquo que mostra os cuidados que os profissionais citaram como natildeo

mais utilizados para auxiliar na manutenccedilatildeo da punccedilatildeo venosa perifeacuterica

E a uacuteltima categoria eacute denominada ldquoO acompanhante e a manutenccedilatildeo do acesso

venoso perifeacutericordquo e traz a responsabilizaccedilatildeo do acompanhante pelos profissionais do setor

em relaccedilatildeo aos cuidados com manutenccedilatildeo da punccedilatildeo Essa categoria busca tambeacutem ressaltar a

funccedilatildeo do acompanhante durante a hospitalizaccedilatildeo da crianccedila destacando que determinados

cuidados satildeo de total funccedilatildeo da equipe de enfermagem

41 Os cuidados de enfermagem preacute intra e poacutes-procedimento de punccedilatildeo do acesso

venoso perifeacuterico

Para interpretar as unidades de contextos tive como base autores que definiram os

cuidados de enfermagem preacute intra e poacutes punccedilatildeo venosa perifeacuterica Para esses autores a fase

de preacute-punccedilatildeo compreende as accedilotildees de anaacutelise e conhecimento da prescriccedilatildeo avaliaccedilatildeo e

23

preparo emocional do paciente preparo do material e medicaccedilatildeo seleccedilatildeo do siacutetio de inserccedilatildeo

e dilataccedilatildeo da veia selecionada As accedilotildees envolvidas na punccedilatildeo satildeo a execuccedilatildeo das

precauccedilotildees-padratildeo antissepsia da pele punccedilatildeo do vaso a fixaccedilatildeo e curativo do cateter

Finalmente na etapa de poacutes-punccedilatildeo adota-se a identificaccedilatildeo da punccedilatildeo o descarte apropriado

das partes dos materiais natildeo utilizados a orientaccedilatildeo do paciente acerca da terapecircutica o

controle da infusatildeo atraveacutes do gotejamento se necessaacuterio e o registro do procedimento

Phillips12

De acordo com as entrevistas a seleccedilatildeo do local de punccedilatildeo eacute indicada com um fator

que interfere diretamente no tempo de permanecircncia do acesso venoso perifeacuterico visto que

dependendo do local ocorre a perda mais rapidamente Aleacutem da localizaccedilatildeo citaram tambeacutem

o calibre da veia como interferecircncia na manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico Seguem

abaixo algumas falas

(2001 apud ARAUacuteJO 2007 p18)

ldquoPrimeira coisa eacute vocecirc procurar bem a veia colocar uma veia de um bom calibre Se puder dar preferecircncia a natildeo puncionar dobrasrdquo (Cinderela) ldquoDependendo de onde estiver puncionado se for na matildeozinha a crianccedila fica toda hora ta mexendo taacute manipulando alguma coisa e se for no pezinho tambeacutem nem todo tempo vai ficar acamada entatildeo acaba perdendo o acessordquo(Bela ) ldquoO mau posicionamento pode levar a perdardquo (Rapunzel)

A opiniatildeo dos profissionais acima vai de encontro com o que eacute encontrado na

literatura visto que eacute de suma importacircncia que o mesmo avalie o cliente e considere alguns

aspectos para uma escolha criteriosa e eficaz como a finalidade da punccedilatildeo o tipo de soluccedilatildeo

a ser infundida a condiccedilatildeo da rede venosa a duraccedilatildeo da terapia idade do cliente habilidade

cognitiva da crianccedila a preferecircncia do cliente o que nem sempre seraacute possiacutevel satisfazer e

tambeacutem a sua atividade (ARAUacuteJO 2007 p31)

Os cuidados com o acesso venoso perifeacuterico satildeo importantes antes mesmo da

realizaccedilatildeo do procedimento Levando em consideraccedilatildeo que um erro durante a fase de preacute-

procedimento como a escolha errada do local de punccedilatildeo por exemplo poderaacute levar a perda

do acesso e prejudicar assim o tratamento aleacutem do bem-estar da crianccedila que seraacute puncionada

novamente

12 PHILLIPS L D Manual de terapia intravenosa 2ed Porto Alegre Artmed 2001

24

O vaso sanguiacuteneo que o profissional selecionar como local para puncionar deve ser

suficiente para suportar o calibre e o comprimento do cateter aleacutem de atender a necessidade

terapecircutica para que natildeo haja a necessidade de uma nova punccedilatildeo

A punccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico eacute um procedimento doloroso e de grande

incomodo para a crianccedila com isso eacute de suma importacircncia realizar a seleccedilatildeo preacutevia do

material poreacutem natildeo foi citado Outro cuidado rotineiro e natildeo menos importante como a

lavagem das matildeos antes da colocaccedilatildeo do acesso tambeacutem natildeo foi mencionado durante as

entrevistas

O preparo emocional da crianccedila e do acompanhante quanto ao procedimento deve ser

considerada praacutetica rotineira para a equipe de enfermagem O profissional de enfermagem

deve lavar as matildeos objetivando a reduccedilatildeo significativa de risco de infecccedilatildeo e recomenda-se o

uso de aacutegua e sabatildeo para lavagem das matildeos antes da colocaccedilatildeo do cateter venoso perifeacuterico

(PHILLIPS13

O preparo preacutevio do material para instalaccedilatildeo do cateter venoso perifeacuterico eacute importante

para evitar interrupccedilotildees do procedimento e consequentemente um maior tempo de

manipulaccedilatildeo da crianccedila (SILVA

2001apud ARAUacuteJO 2007 Centers for Disease Control and Prevention ndash CDC

2002 apud ARAUacuteJO 2007)

14

Outro aspecto citado e classificado como preacute-procedimento eacute o cuidado com a

medicaccedilatildeo a ser administrada incluindo cuidados com a diluiccedilatildeo e composiccedilatildeo da mesma

Seguem algumas das falas

2004 apud ARAUacuteJO 2007 p30)

ldquoEstar sempre diluindo as medicaccedilotildees de acordo com a prescriccedilatildeo meacutedica pois as medicaccedilotildees satildeo muito fortes e podem causar enfraquecimento da veia Tem que diluir direitinho e passar lento na veiardquo (Cinderela) ldquoTer cuidado principalmente quando eacute crianccedila e a diluiccedilatildeo da medicaccedilatildeo tambeacutem agraves vezes natildeo eacute pra passar em perifeacuterico e na segunda dose jaacute perdeurdquo (Alice)

O acesso venoso perifeacuterico eacute a primeira alternativa para infusatildeo intravenosa por ser de

mais faacutecil acesso e rapidez no efeito da medicaccedilatildeo O profissional de enfermagem deve ter

domiacutenio natildeo soacute relacionado agrave infusatildeo das medicaccedilotildees mas tambeacutem com a composiccedilatildeo

13 PHILLIPS L D Manual de terapia intravenosa 2ed Porto Alegre Artmed 2001 14 SILVA G R G Terapia intravenosa em receacutem-nascidos ndash orientaccedilotildees para o cuidado de Enfermagem Rio de Janeiro Cultura Meacutedica 2004

25

farmacoloacutegica das mesmas os efeitos adversos e colaterais que a droga pode causar inclusive

em relaccedilatildeo a diluiccedilatildeo o que normalmente eacute estabelecido como padratildeo no setor de acordo com

cada faacutermaco

Com a intenccedilatildeo de promover a eficaacutecia terapecircutica dos medicamentos administrados

por via intravenosa eacute atribuiccedilatildeo do profissional de enfermagem implementar teacutecnicas como a

diluiccedilatildeo acondicionamento e cuidados na administraccedilatildeo de faacutermacos a fim de evitar

prejuiacutezos no tratamento resultantes da incompatibilidade medicamentosa (PETERLINI

CHAUD e PEDREIRA 2006)

Os fatores intra-procedimento satildeo considerados aqueles diretamente relacionados com

o procedimento Os dados colidos nas entrevistas ressaltaram apenas a fixaccedilatildeo com um fator

que interfere nessa fase Este foi o dado mais repetitivo nas entrevistas poreacutem sempre citado

de forma superficial Seguem as falas dos profissionais quando questionados sobre o que era

importante para manutenccedilatildeo do acesso

ldquoTem que fazer uma boa fixaccedilatildeo Porque quando a pessoa natildeo fixa bem prejudica porque aquilo vai soltando e quando vocecirc vecirc jaacute perdeu a veiardquo(Cinderela) ldquoEu acho que natildeo tem o que fazer para manter o acesso A crianccedila vai ficar uns dias X com aquele acesso pra fazer medicaccedilatildeo e eu acho que natildeo tem o que vocecirc profissional fazer para que natildeo percardquo (Aurora) ldquoA fixaccedilatildeo evita a movimentaccedilatildeo excessiva no local que estaacute o acessordquo (Ariel) ldquoTer cuidado com o curativo saber manusear E manter sempre o curativo limpo trocar se necessaacuteriordquo (Rapunzel) ldquoA fixaccedilatildeo eacute muito importante pra natildeo soltar o acesso e pra ele ficar mais tempordquo(Mulan)

Oliveira Bezerra e Pereira (2008 p 94) afirmam que de acordo com o revelado por

determinados estudos o tipo de curativo a fixaccedilatildeo do cateter e o tempo de permanecircncia estatildeo

diretamente relacionados com a ocorrecircncia de complicaccedilotildees infecciosas como flebites e

tambeacutem infiltraccedilatildeo extravasamento desconexatildeo e deslocamento do cateter

26

Para Pettit e Kraus15

Potter

(1995 apud MACHADO PEDREIRA E CHAUD2005 p292) a

gaze esteacuteril fixada com a fita adesiva hipoalergecircnica bem como a peliacutecula transparente esteacuteril

satildeo os materiais mais recomendados para curativo e fixaccedilatildeo de cateter venoso perifeacuterico

16

Jaacute as peliacuteculas transparentes mais conhecidas como filme permitem a respiraccedilatildeo

normal da pele com alta permeabilidade ao oxigecircnio e vapores e eacute impermeaacutevel a liacutequidos e

micro-organismos (SILVA E ZANETTI 2004 p233) Aleacutem disso permitem tambeacutem a

visualizaccedilatildeo contiacutenua do local de punccedilatildeo permitindo assim avaliaccedilatildeo do mesmo natildeo soacute

durante a infusatildeo de medicaccedilotildees mas tambeacutem todo o tempo

(1998 apud SILVA E ZANETTI 2004 p233) afirma que nas fixaccedilotildees em

que se utiliza a gaze esteacuteril preconiza-se a utilizaccedilatildeo de teacutecnica asseacuteptica Neste curativo a

gaze esteacuteril eacute colocada sobre o siacutetio de inserccedilatildeo e suas bordas satildeo fixadas com fita adesiva

A observaccedilatildeo da punccedilatildeo eacute muito importante pois se o local de inserccedilatildeo se mostrar

com sinais e sintomas de complicaccedilotildees a terapia deve ser suspensa (OLIVEIRA BEZERRA

e PEREIRA 2008 p95)

A visualizaccedilatildeo contiacutenua do acesso permite que a equipe de enfermagem possa realizar

uma observaccedilatildeo mais particularizada em relaccedilatildeo agraves condiccedilotildees do acesso venoso perifeacuterico

podendo observar se haacute deslocamento do cateter sinais de infiltraccedilatildeo e tambeacutem sinais de

infecccedilatildeo

Para Silva Barbato e Valente (2013 p 1200) cabe ao enfermeiro fazer a avaliaccedilatildeo

diaacuteria e cuidadosa do curativo observando a presenccedila de umidade sujidade integridade do

oacutestio de inserccedilatildeo a fixaccedilatildeo bem como a realizaccedilatildeo do curativo e das anotaccedilotildees legais

competentes agraves suas funccedilotildees

A fase poacutes-procedimento eacute caracterizada por uma seacuterie de cuidados que a equipe de

enfermagem deve realizar para que se obtenha maior tempo de permanecircncia do acesso venoso

perifeacuterico Durante as entrevistas os cuidados citados foram a salinizaccedilatildeo do acesso cuidados

para evitar a flebite e a velocidade de infusatildeo

15 Pettit DM Kraus V The use of gauze versus transparent dressings for peripheral intravenous catheter sites Nurs ClinNorth Am 1995 30(3)495-506 16 Potter P Perry AG Fundamentos de enfermagem processo conceito e praacutetica 3ordf ed Santos(SP) Guanabara Koogan19981397pp801-43

27

ldquoManter um acesso bem salinizado que vocecirc lave pelo menos de duas de trecircs em trecircs horas Se bem que isso aqui na pediatria natildeo eacute muito comum aqui a gente soacute lava cada vez que vai fazer medicaccedilatildeo mas se eu natildeo me engano a literatura preconiza isso vocecirc lavar pelo menos de quatro em quatro horas o acessordquo (Aurora)

ldquoPra manter o acesso venoso perifeacuterico eacute importante manter ele salinizado Assim que a gente recebe o plantatildeo eu vou ver se o acesso ta peacutervio com uma ldquoseringuinhardquo vai la da uma ldquolavadinhardquo e vecirc se o acesso ta peacutervio e manter o acesso salinizadordquo (Ariel)

ldquoSalinizar de 6 em 6 horas para manter ele peacuterviordquo (Alice)

ldquoTem que passar lento a medicaccedilatildeo e a limpeza da aacuterea vocecirc tem que limpar bem a aacuterea pra vocecirc natildeo formar uma flebiterdquo (Cinderela)

A salinizaccedilatildeo do acesso eacute um cuidado simples e de grande importacircncia Esse cuidado

deve ser realizado para manter o acesso peacutervio e limpo e deve ser realizado antes e apoacutes

qualquer infusatildeo

Para Moncaio e Figueiredo (2009)

a ldquosalinizaccedilatildeordquo consiste em administrar sob pressatildeo positiva soluccedilatildeo salina (Soro fisioloacutegico a 09) logo apoacutes o teacutermino da infusatildeo da medicaccedilatildeo Este procedimento visa prevenir a formaccedilatildeo de trombos e fibrina evitar o contato de drogas incompatiacuteveis (quando da infusatildeo de mais de um item medicamentoso no mesmo horaacuterio) garantir a infusatildeo de todo o medicamento que possa ter ficado no sistema aleacutem de evitar retorno sanguiacuteneo mantendo o cateter peacutervio para a proacutexima infusatildeo

Durante a coleta de dados esse cuidado surgiu em diversos momentos poreacutem foi

possiacutevel perceber que os profissionais realizam o mesmo de forma banalizada Natildeo sabem de

fato a real funccedilatildeo de manter o acesso salinizado A impressatildeo que passa eacute que eles

aprenderam que esse cuidado deveria ser feito e simplesmente fazem Haacute divergecircncias

tambeacutem entre a equipe em relaccedilatildeo ao momento que deve ser realizada a salinizaccedilatildeo e isso nos

mostra a desatualizaccedilatildeo dos profissionais do setor e a falta de uma educaccedilatildeo continuada no

hospital

Os cuidados para evitar a flebite e a velocidade de infusatildeo da medicaccedilatildeo apareceram

menos nas entrevistas e interferem diretamente com a manutenccedilatildeo do acesso venoso

perifeacuterico

28

A flebite eacute uma inflamaccedilatildeo na veia puncionada ocorrendo quando as ceacutelulas

endoteliais da parede da veia que o cateter estaacute inserido tornam-se inflamadas e irregulares

propiciando a aderecircncia de plaquetas e predispondo a veia a inflamaccedilatildeo Eacute comum que o local

se apresente dolorido hiperemiado quente e edemaciado e nesses casos eacute aconselhada a

retirada do cateter Uma boa fixaccedilatildeo do cateter perifeacuterico eacute recomendada por autores na

literatura visto que previnem deslocamento faacutecil e permitem uma boa visualizaccedilatildeo do local

evitando complicaccedilotildees como a flebite e infiltraccedilatildeo (MOLDES et al 2011 p 330)

Dentre as principais falhas de infusatildeo venosa estatildeo flebite infiltraccedilatildeo hematoma e

obstruccedilatildeo Acredita-se que para reduzir a incidecircncia destas nas unidades pediaacutetricas eacute preciso

a adoccedilatildeo de estrateacutegias tais como a abordagem junto agrave equipe em parceria com o setor de

educaccedilatildeo permanente e a adoccedilatildeo do uso da teacutecnica corretamente e de forma asseacuteptica para a

realizaccedilatildeo da punccedilatildeo venosa perifeacuterica em acordo com a comissatildeo de controle de infecccedilatildeo

hospitalar (SILVA BARBATO e VALENTE 2013 p 1200)

A incapacidade do paciente em relatar dor no siacutetio de administraccedilatildeo do faacutermaco quer

pela idade ou condiccedilatildeo cliacutenica e o local de inserccedilatildeo como tambeacutem a velocidade de infusatildeo do

medicamento (gt25mgmin) satildeo classificados como fatores de risco para a perda do acesso

venoso perifeacuterico (MARTINS SILVINO e DIAS 2010)

42 Os cuidados em desuso para manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico

Essa categoria discorre sobre os cuidados de enfermagem que com o passar do tempo

foram desconsiderados e natildeo satildeo mais utilizados Quando questionados em relaccedilatildeo a vivencia

profissional e cuidados que discordavam os entrevistados citaram o uso da tala para fixaccedilatildeo

uso de heparina e os cuidados em relaccedilatildeo ao tempo de permanecircncia do cateter Haacute muitas

controveacutersias em relaccedilatildeo aos cuidados citados acima

O tempo de permanecircncia interfere diretamente no aparecimento de complicaccedilotildees

como flebite e que acabam levando a perda do acesso venoso perifeacuterico mais rapidamente

aconselhando assim a troca do mesmo entre 76 a 96 horas Poreacutem eacute preconizada a retirada do

cateter apenas se finalizar o tratamento ou houver alguma interferecircncia

ldquoA gente observa tambeacutem o tempo dependendo do tempo tem que tirarrdquo (Alice)

29

ldquoHoje eu natildeo sei como que eacute essa questatildeo do tempo porque a gente trocava o acesso a cada quatro dias agora o pessoal jaacute diz que pode trocar em ateacute uma semana entatildeo natildeo sei como que ta isso e o que tem escrito em relaccedilatildeo a isso (Aurora)

Sabe-se que o tempo para troca do cateter de teflon ou poliuretano varia de 72 a 96

horas com o intuito de reduzir risco de infecccedilatildeo e flebite e para minimizar esses riscos nas

seguintes situaccedilotildees diante de sinais inflamatoacuterios no local de inserccedilatildeo e sempre que houver

mau funcionamento do cateter (SANTOS17

Entretanto o Center for Disease Control and Prevention - CDC (2002) diz que em

pacientes pediaacutetricos natildeo foi observada relaccedilatildeo quanto ao tempo de permanecircncia do cateter e

ocorrecircncia de complicaccedilotildees devendo ser mantido ateacute o teacutermino da terapia intravenosa ou

quando forem observados sinais cliacutenicos de complicaccedilotildees

2004 apud OLIVEIRA BEZERRA e PEREIRA

2008 p 93)

Eacute possiacutevel observar a diferenccedila do conhecimento pratico dos profissionais

entrevistados em relaccedilatildeo ao conhecimento encontrado na literatura E ainda contendo duacutevidas

natildeo haacute uma busca da parte dos mesmos para esclarececirc-las

O uso da heparina com a finalidade de manter o acesso peacutervio por um periacuteodo maior

de tempo mostra-se com mais certeza quanto ao desuso nos dados colidos

ldquoAntigamente a gente usava heparina entatildeo a gente ficava tranquila em relaccedilatildeo agrave obstruccedilatildeo mas agora natildeo a gente usa o soro fisioloacutegico e a gente deixa salinizadordquo (Aurora)

Rang e Dale 18(1998 apud DOPICO e OLIVEIRA 2006) afirmam que a heparina

inibe a formaccedilatildeo de coaacutegulos de fibrina in vitro e in vivo e que seu efeito anticoagulante eacute

praticamente imediato Com isso Phillips19

17 Santos W Lavagem das matildeos In R Luiz Santos W Manual baacutesico de prevenccedilatildeo e controle das infecccedilotildees hospitalares do HRU Fortaleza Hospital Regional Unimed 2004

(2001 apud DOPICO e OLIVEIRA 2006)

ressalta que a teacutecnica de manutenccedilatildeo intermitente de cateteres intravenosos com soluccedilatildeo

salina 09 classificada como salinizaccedilatildeo tem sido pesquisada haacute alguns anos apresentando

em relaccedilatildeo ao uso da heparina vantagens como o baixo custo ser um procedimento mais

18 Rang HP Dale M M Hemostasia e Trombose In Rang HP Dale M M Farmacologia Rio de Janeiro Guanabara Koogan 1998 p235-47 19 PHILLIPS L D Manual de terapia intravenosa 2ed Porto Alegre Artmed 2001

30

simples aleacutem de eliminar a possibilidade de incompatibilidade com as drogas e soluccedilotildees

administradas aleacutem da inexistecircncia de riscos ao paciente Entretanto sabe-se que a literatura

ainda natildeo fornece consenso acerca da soluccedilatildeo mais indicada para manutenccedilatildeo da

permeabilidade do cateter venoso perifeacuterico

Eacute importante ressaltar que muitas instituiccedilotildees do nosso paiacutes nem ao menos tecircm o

conhecimento da praacutetica da salinizaccedilatildeo com soluccedilatildeo salina 09 No que se refere agrave pesquisa

cientiacutefica as limitaccedilotildees desta praacutetica satildeo atribuiacutedas agrave ausecircncia de um maior nuacutemero de

estudos controlados para validar sua eficaacutecia (EPPERSON20

Apesar de natildeo ser encontradas publicaccedilotildees acerca do tema a utilizaccedilatildeo de heparina

mostra-se como uma pratica natildeo mais utilizada pelos profissionais de enfermagem Outro

tema onde haacute controveacutersias e tambeacutem poucas citaccedilotildees eacute o uso da tala para fixaccedilatildeo do acesso

venoso perifeacuterico Seguem abaixo a opiniatildeo de alguns dos profissionais entrevistados

1984 apud DOPICO e

OLIVEIRA 2006)

ldquoA uacutenica coisa que eu natildeo gosto de ver eacute quando se coloca tala para imobilizar dizendo que a tala vai ajudar a natildeo perder a veia Isso eu natildeo concordo acho que a tala prejudica a crianccedila fica incomodada faz dor no membrordquo (Cinderela)

ldquoAntigamente a gente usava muito tala e as vezes eu pego isso aqui ai eu falo gente tala natildeo se usa mais natildeo faz parte mais da fixaccedilatildeo vocecirc pode fixar de uma forma que a crianccedila natildeo perca A tala eu acho que ela traumatiza um pouco ainda mais se vocecirc pegar um acesso na dobra vocecirc vai fazer com que a crianccedila fique com o braccedilo esticado muito tempo eu acho que pode causar uma lesatildeo depois e a literatura jaacute fala que eacute desnecessaacuteria natildeo precisa maisrdquo (Aurora) ldquoAntigamente usavam tala mas hoje em dia quase natildeo se vecirc mais e eu acho que a tala atrapalha porque a crianccedila fica imobilizada no membro ai fica mais irritadardquo (Rapunzel) ldquoLaacute no meu outro trabalho alguns usam a tala Eu acho que a tala ajuda ateacute a perder mais raacutepido porque a crianccedila fica incomodada vai querer mexer naquilordquo (Mulan)

20 Epperson EL Efficacy of 09 sodium chloride injection with without heparin for maintenance indwelling intermittent injection sites Clin Pharm1984 3(5)26

31

Almeida e Sabateacutes21

Entretanto haacute estudo que comprovam que o uso da tala natildeo se mostra tatildeo eficiente e

apresenta-se como uma praacutetica controversa O estudo foi realizado em crianccedilas ateacute os 12 anos

utilizando imobilizaccedilatildeo com tala e em mais de metade dos casos (553) ocorreu infiltraccedilatildeo

o que indicia a ineficaacutecia desta praacutetica (MACHADO PEDREIRA e CHAUD 2008 apud

BATALHA et al 2010 p512)

(2008 apud BATALHA et al 2010 p512) afirmam que a teacutecnica

de fixaccedilatildeo dos CVP com uso de imobilizaccedilatildeo com tala para restriccedilatildeo ou limitaccedilatildeo dos

movimentos articulares proacuteximo do local da punccedilatildeo estaacute indicado nas matildeos punhos cotovelo

e maleacuteolo

Para Batalha et al (2010 p512) o uso desta praacutetica parece natildeo se coadunar com o

atual uso de cateteres flexiacuteveis tipo abocath em detrimento de agulhas metaacutelicas Talvez por

isso comecem a surgir novas teacutecnicas de fixaccedilatildeo dos CVP que natildeo exigem imobilizaccedilatildeo das

articulaccedilotildees com talas

Aleacutem de natildeo haver uma confirmaccedilatildeo dos benefiacutecios causados pelo uso da tala a

imobilizaccedilatildeo causa incocircmodo para a crianccedila que fica com o membro imoacutevel podendo causar

dor e tambeacutem irritaccedilatildeo O uso desse tipo de fixaccedilatildeo tambeacutem impede a visualizaccedilatildeo frequente

do acesso venoso afetando assim os cuidados de observaccedilatildeo da equipe de enfermagem

43 O acompanhante e a manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico

A presente categoria vai discutir um assunto importante que surgiu durante as

entrevistas de forma inesperada Alguns dos profissionais entrevistados citaram o descuido do

acompanhante como um fator causador da perda do acesso venoso perifeacuterico Seguem abaixo

algumas falas

ldquoA matildee sempre acompanha e tem matildee que natildeo tem cuidado natildeo vigia e a gente tem que ficar pedindo pra olhar tomar contardquo (Aurora)

ldquoEm relaccedilatildeo ao acompanhante porque a crianccedila natildeo vai avaliar entatildeo o acompanhante que estar ali tem que avaliar direitinho natildeo deixar a crianccedila mexer ou puxarrdquo (Bela)

ldquoNatildeo eacute toda matildee que esta vigiando que cuida pra que a crianccedila natildeo perca o acessordquo (Jasmine)

21 Almeida FA Sabateacutes AL Enfermagem pediaacutetrica a crianccedila o adolescente e a sua famiacutelia no hospital Satildeo Paulo(SP) Manole 2008

32

ldquoAcho que leva a perda quando o acompanhante natildeo coopera as vezes a gente faz a imobilizaccedilatildeo na crianccedila e as vezes eles ateacute retiram e a proacutepria crianccedila agitada ela mesmo arrancardquo (Branca de Neve)

ldquoAgraves vezes a proacutepria crianccedila que a matildee deixa muito solta ai solta o acessordquo (Mulan)

Apoacutes a implementaccedilatildeo da lei que garante um acompanhante ao paciente pediaacutetrico a

presenccedila do familiarresponsaacutevel durante a hospitalizaccedilatildeo mudou a rotina da equipe de

enfermagem trazendo duacutevidas quanto a real funccedilatildeo do acompanhante e fazendo com que a

mesma viesse a delegar certos cuidados para acompanhante

A Promulgaccedilatildeo da Lei 8069 do Estatuto da Crianccedila e do Adolescente (ECA) em

1990 no seu artigo 12deg garante agrave crianccedila ou ao adolescente o direito de ter um responsaacutevel

que o acompanhe durante a hospitalizaccedilatildeo (1990)

Desde a sua implantaccedilatildeo as unidades vecircm sofrendo um processo de reorganizaccedilatildeo de

suas praacuteticas A inserccedilatildeo da famiacutelia modifica a organizaccedilatildeo do processo de trabalho o que

requer dos profissionais uma compreensatildeo em relaccedilatildeo agrave dinacircmica das relaccedilotildees interpessoais

(COLLET e ROCHA 2004)

Pimenta e Collet (2009) ressaltam que natildeo haacute nenhuma regulamentaccedilatildeo sobre a

participaccedilatildeo da famiacutelia nos cuidados e no entanto a mesma desempenha atividades junto agrave

crianccedila durante a hospitalizaccedilatildeo que devem ser levadas em consideraccedilatildeo A falta de

reconhecimento desse fato fez com que a equipe de enfermagem e famiacutelia natildeo possuiacutessem

uma relaccedilatildeo aberta e vivessem uma relaccedilatildeo silenciosa e impliacutecita de poder na qual a famiacutelia

acaba assumindo as relaccedilotildees do cuidado agrave crianccedila de responsabilidade da enfermagem

A negociaccedilatildeo entre matildees e equipe de enfermagem em relaccedilatildeo aos cuidados agrave crianccedila

hospitalizada natildeo eacute uma tarefa faacutecil tendo em vista que natildeo se tem claro qual o seu novo

papel neste processo (COLLET e ROCHA 2004)

Eacute possiacutevel ver nas falas que a presenccedila do acompanhante causa para a equipe de

enfermagem a seguranccedila de ter algueacutem para ldquovigiarrdquo ldquotomar contardquo e natildeo deixar que a

crianccedila hospitalizada perca o acesso venoso quando na verdade eacute funccedilatildeo da equipe de

enfermagem cuidados referentes ao acesso venoso perifeacuterico

33

Jaacute o acompanhante eacute definido pelo Ministeacuterio da Sauacutede como uma pessoa significativa

para a crianccedila que representa sua rede social e que vai acompanhaacute-lo durante a permanecircncia

no ambiente hospitalar ressaltando assim sua importacircncia Esse fato se reforccedila visto que a

crianccedila encontra nos familiares a forccedila e seguranccedila necessaacuteria para encarar todo esse processo

doloroso e desconhecido (MURAKAMI e CAMPOS 2011 p255)

O acompanhante aleacutem de minimizar o sofrimento do paciente pediaacutetrico faz com que

o mesmo sinta-se mais a vontade Eacute importante ressaltar que o familiarresponsaacutevel natildeo soacute

pode como deve participar das atividades da crianccedila no hospital desde que estas natildeo sejam

competecircncias dos profissionais que os cercam Essas atividades satildeo caracterizadas como

semelhantes aos que eles realizam diariamente fora do ambiente hospitalar como o banho

Poreacutem no caso de um paciente com punccedilatildeo venosa perifeacuterica o profissional de enfermagem

deve auxiliar no cuidado para que essa natildeo se perca

Os cuidados dos familiaresacompanhantes satildeo os mesmos que os desenvolvidos no

domiciacutelio e os cuidados prestados pela equipe de enfermagem satildeo aqueles que demandam

conhecimento teacutecnico-cientiacutefico especializado (SOUZA e OLIVEIRA 2010 p558)

Mesmo alguns cuidados parecerem simples e rotineiros quando eacute prestado no

hospital assumem novas caracteriacutesticas com o uso de dispositivos tecnoloacutegicos os quais se

tornam complexos (PIMENTA E COLLET 2009)

O ato de cuidar envolve o respeito agrave maneira como vive cada indiviacuteduo de acordo

com suas crenccedilas valores costumes e cultura A famiacutelia como uma instituiccedilatildeo atende agraves

necessidades bioloacutegicas de seus membros sendo sua responsabilidade cuidar e criar os filhos

incluindo a obrigaccedilatildeo da alimentaccedilatildeo higiene vestuaacuterio e moradia (ELSEN22

Nas entrevistas podemos verificar falas em que o acompanhante eacute citado como

responsaacutevel por avaliar a punccedilatildeo venosa A equipe de enfermagem deve sempre partir do

pressuposto que o familiar acompanhante natildeo tem conhecimento cientiacutefico e certo tipo de

cuidado natildeo deve se delegado para o mesmo mostrando assim a importacircncia da orientaccedilatildeo do

acompanhante quanto aos procedimentos dispositivos utilizados e cuidados em que os

etal 1994

apud SOUZA e OLIVEIRA 2010 p 553)

22 Elsen I Patriacutecio ZM Assistecircncia agrave crianccedila hospitalizada tipos de abordagens e suas implicaccedilotildees para a enfermagem In A enfermagem em pediatria e puericultura Rio de Janeiro (RJ) Atheneu 2005

34

mesmos possam auxiliar Seguem abaixo as falas onde os profissionais ressaltaram a

importacircncia da orientaccedilatildeo do acompanhante

ldquoNem sempre a crianccedila vai entender o porque de estar com aquele acesso entatildeo tem que ter uma orientaccedilatildeo do acompanhanterdquo (Bela)

ldquoTem que haver orientaccedilatildeo do acompanhante para os cuidadosrdquo (Ariel)

ldquoAgraves vezes tem ate o exemplo de um pai que natildeo deixa trocar o acesso jaacute tinha mais de uma semana e ele natildeo queria que trocasse ai faz febre e natildeo sabe da onderdquo (Alice)

Para Souza e Oliveira (2010 p555) deve haver uma preocupaccedilatildeo em orientar

considerando que o outro natildeo tem nenhum tipo de conhecimento sobre o assunto Poreacutem

Queiroz e Jorge23

Apesar das dificuldades o profissional de enfermagem deve estabelecer um viacutenculo de

confianccedila com o acompanhante buscando sempre deixaacute-los ciente das situaccedilotildees e fazendo-os

participar dos cuidados plausiacuteveis sem causar nenhum dano agrave crianccedila e de maneira alguma

abandonar suas atribuiccedilotildees

(2004 apud SOUZA e OLIVEIRA 2010 p 556) ressaltam que apesar de os

profissionais terem intenccedilatildeo de orientar os cuidados para a sauacutede repassam conhecimentos

elaborados cientificamente dificultando a compreensatildeo do familiar aleacutem de a relaccedilatildeo se dar

de maneira vertical assimeacutetrica e coercitiva

23 Queiroz MVO Jorge MSB Accedilotildees educativas no cuidado infantil e intervenccedilotildees dos profissionais junto agraves famiacutelias Acta Scientiarum Maringaacute 2004 janjun 26(1) 27-34

35

CONCLUSAtildeO

Atraveacutes desse estudo foi possiacutevel descrever e analisar os cuidados que os profissionais

de enfermagem realizam acerca da permanecircncia do acesso venoso perifeacuterico Aleacutem disso a

realizaccedilatildeo da pesquisa permitiu identificar a desarticulaccedilatildeo do processo de enfermagem e a

praacutetica desconectada da produccedilatildeo cientiacutefica caracterizando a falta de uma educaccedilatildeo

continuada efetiva

A anaacutelise dos dados demonstra o processo de punccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico

ressaltando a importacircncia de cuidados como a seleccedilatildeo do local a diluiccedilatildeo da medicaccedilatildeo a

realizaccedilatildeo de uma boa fixaccedilatildeo a atenccedilatildeo com a velocidade de infusatildeo os cuidados com os

sinais de infecccedilatildeo e salinizaccedilatildeo do acesso natildeo deixando de salientar cuidados em desuso

como o uso da heparina da tala e duvidas em relaccedilatildeo ao tempo de permanecircncia Evidenciou

tambeacutem que a equipe de enfermagem delega alguns cuidados para os acompanhantes

Natildeo foi possiacutevel perceber o niacutevel de conhecimento cientiacutefico dos profissionais visto

que eles em nenhum momento por natildeo saberem ou por medo de se expor natildeo explicaram de

fato nenhum cuidado que disseram realizar Sempre citaram de forma superficial e direta

deixando claro tambeacutem que o pesquisador natildeo os indagou quanto a isso Poreacutem creio que

diante de cuidados tatildeo importantes e de frequente praacutetica os mesmos falariam facilmente

sobre os cuidados de enfermagem na permanecircncia do acesso venoso perifeacuterico

Apesar dos entrevistados citarem alguns fatores e cuidados realizados de forma

correta eacute visiacutevel que os mesmos realizam os cuidados com a punccedilatildeo e a permanencia do

acesso de forma automaacutetica sem unir a praacutetica com o fundamento do mesmo

Eacute importante destacar tambeacutem a importacircncia do preparo emocional da crianccedila como

tambeacutem os cuidados com a famiacutelia dos mesmos O trabalho de humanizaccedilatildeo realizado pela

36

enfermagem faz grande diferenccedila nessas situaccedilotildees visto que os pacientes e acompanhantes

tendo conhecimento do que seraacute realizado ficariam mais tranquilos

O estudo contribuiu para o campo do ensino nesta aacuterea dando destaque ao importante

papel que o profissional de enfermagem deve desempenhar no cuidado e na manutenccedilatildeo do

acesso venoso perifeacuterico Contudo vale ressaltar a importacircncia do incentivo ao profissional a

buscar na literatura natildeo soacute esclarecimento de suas duvidas mas tambeacutem novos

conhecimentos

Pode colaborar ainda para a realizaccedilatildeo de novas pesquisas na aacuterea procurando

eliminar duacutevidas e controveacutersias sobre o tema Buscando assim a realizaccedilatildeo de um cuidado de

enfermagem articulado e eficaz promovendo o bem-estar do paciente pediaacutetrico durante a

hospitalizaccedilatildeo

37

REFEREcircNCIAS

ARAUacuteJO Ana Paula Monteiro Baptista de Andrade As praacuteticas de cuidado agrave crianccedila com

cateter venoso perifeacuterico e seus reflexos na interaccedilatildeo enfermeiro-familiar Dissertaccedilatildeo

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BATALHA Luis Manuel Cunha COSTA Luiacutesa Paula Santos ALMEIDA Dulce Maria

Gomes de LOURENCcedilO Patriacutecia Adriana Almeida GONCcedilALVES Ameacutelia Maria Ferreira

Maia TEIXEIRA Ana Cristina Guerra Fixaccedilatildeo de cateteres venosos perifeacutericos em crianccedilas

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DF Ministeacuterio da Sauacutede Conselho Nacional de Sauacutede Publicada no DOU nordm 12 ndash Seccedilatildeo 1

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44

APEcircNDICE I

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO Tiacutetulo Do Projeto Os cuidados de enfermagem acerca dos acessos venosos perifeacutericos na unidade pediaacutetrica Pesquisador Responsaacutevel Rosane Cordeiro Burla de Aguiar Eny Dorea Paiva e Karina Rodrigues Fernandes Instituiccedilatildeo a que Pertence o Pesquisador Responsaacutevel Universidade Federal Fluminense Telefone para contato (21) 98355269 (21) 82392939 (21) 91786609 Nome do voluntaacuterio _________________________________________________________ Idade ________ anos RG ____________________________

AO Sr (a) estaacute sendo convidado (a) a participar do projeto de pesquisa OS CUIDADOS DE

ENFERMAGEM ACERCA DOS ACESSOS VENOSOS PERIFEacuteRICOS NA UNIDADE PEDIATRICA de

responsabilidade da pesquisadora Profordf Drordf Rosane Cordeiro Burla de Aguiar e Profordf Drordf Eny Dorea Paiva A

punccedilatildeo venosa perifeacuterica eacute um procedimento essencial durante a hospitalizaccedilatildeo da crianccedila visto que eacute atraveacutes

dela que eacute administrada grande parte das medicaccedilotildees Este estudo se justifica diante da importacircncia da

necessidade de um maior periacuteodo de permanecircncia dos acessos venosos perifeacutericos Com isso aleacutem da

diminuiccedilatildeo de eventos que causam dor e irritaccedilatildeo na crianccedila e na famiacutelia promoveraacute tambeacutem uma melhor estada

dos mesmos durante o periacuteodo de hospitalizaccedilatildeo Os objetivos da pesquisa satildeo 1) Descrever os fatores que

interferem na manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico de acordo com a equipe de enfermagem 2)Analisar os

cuidados da equipe de enfermagem na manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico A coleta de dados se daraacute

atraveacutes de entrevistas semi estruturadas que seratildeo gravadas As informaccedilotildees colhidas seratildeo tratadas de forma

anocircnima e confidencial ou seja em nenhum momento seratildeo divulgados o seu nome e somente os

pesquisadores teratildeo acesso agraves informaccedilotildees Os dados obtidos com a pesquisa poderatildeo ser publicados apenas com

fins cientiacuteficos Eles natildeo seratildeo utilizados para fins comerciais ou para outra finalidade qualquer Caso necessite

poderatildeo ser marcados encontros para respostas ou esclarecimentos de qualquer duacutevida acerca da pesquisa A sua

participaccedilatildeo eacute voluntaria e eacute importante lembrar que vocecirc poderaacute desistir de participar da pesquisa em qualquer

momento A entrevista seraacute marcada em um dia e horaacuterio que vocecirc achar melhor Seraacute realizada

individualmente em um ambiente que nos ofereccedila privacidade Esta pesquisa natildeo oferece riscos para vocecirc e os

benefiacutecios da sua participaccedilatildeo satildeo de aumentar o conhecimento cientiacutefico na aacuterea de Enfermagem Pediaacutetrica

aleacutem de contribuir para a praacutetica profissional Este documento seraacute elaborado em duas vias uma para vocecirc e a

outra seraacute arquivada pelo pesquisador

Eu_____________________________________________________________ RG no _____________________________ Declaro que apoacutes ter entendido o que me foi explicado consinto voluntariamente em participar do presente Protocolo de Pesquisa entendo ainda que posso retirar o meu consentimento a qualquer momento antes ou durante a realizaccedilatildeo do mesmo declaro ter sido informada(o) e concordo em participar como voluntaacuteria(o) da pesquisa acima descrita Rio de Janeiro_______de_______________de 20___ _____________________________ ________________________________

(Participante) Karina Rodrigues Fernandes (Responsaacutevel por obter o consentimento)

______________________________________ _______________________________________ (Testemunha) (Testemunha)

45

APEcircNDICE II

ROTEIRO PARA ENTREVISTA

1) O que vocecirc acha que pode levar a perda do acesso perifeacuterico

2) Para vocecirc o que eacute importante para manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico nas

crianccedilas

3) O que vocecirc acha que pode interferir na sua manutenccedilatildeo

4) Que medidas vocecirc adota no seu dia a dia para manter o acesso

5) Na sua vivencia profissional o que vocecirc discorda dos cuidados que geralmente satildeo

utilizados para manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico

46

ANEXO

47

48

  • KARINA RODRIGUES FERNANDES
    • COA Thatiana Fernanda PETTENGILL Myriam Aparecida Mandetta Autonomia da crianccedila hospitalizada frente aos procedimentos crenccedilas da enfermeira pediatra Acta paul enferm 19(4) 433-438 out-dez 2006 Disponiacutevel em lt wwwscielobrscielophpscr
    • JANSEN Michele Ferraz SANTOS Rosane Maria dos FAVERO Luciane Benefiacutecios da utilizaccedilatildeo do brinquedo durante o cuidado de enfermagem prestado agrave crianccedila hospitalizada Rev Gaucha Enferm 31(2) 247-253 jun 2010 Disponiacutevel em lt httpwwwscielo
    • MAGNABOSCO Gisele TONELLI Ana Lucia Nascimento Fonseca SOUZA Sarah Nancy Deggau Hegeto de Abordagens no cuidado de enfermagem agrave crianccedila hospitalizada submetida a procedimentos uma revisatildeo de literatura Cogitare enferm 13(1) 103-108 jan-mar
    • MARTINS Maria do Rosaacuterio RIBEIRO Circeacutea Amalia BORBA Regina Issuzu Hirooka de and SILVA Conceiccedilatildeo Vieira daProtocolo de preparo da crianccedila preacute-escolar para punccedilatildeo venosa com utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico Rev Latino-Am Enfermagem [on
    • OLIVEIRA Maria Ivoneide Veriacutessimo de BEZERRA Maria Gorette Andrade PEREIRA Vanessa Ramos Cateterizaccedilatildeo venosa assistecircncia de enfermagem-UTI pediaacutetrica Rev da Rede de Enfermagem do Nordeste AbrJun de 2008 Disponiacutevel em lt httpwwwrevistar
    • PETERLINI Maria Angeacutelica Sorgini CHAUD Massae Noda and PEDREIRA Mavilde da L GOacuterfatildeos de terapia medicamentosa a administraccedilatildeo de medicamentos por via intravenosa em crianccedilas hospitalizadasRev Latino-Am Enfermagem [online] 2003 vol11 n
    • PETERLINI Maria Angeacutelica Sorgini CHAUD Massae Noda PEDREIRA Mavilde L G Incompatibilidade entre faacutermacos e materiais de cateteres e acessoacuterios da terapia intravenosa Online braz j nurs (Online) 5(3)2006 Disponiacutevel em lt httpwwwobjnursi
    • PIMENTA Erika Acioli Gomes COLLET Neusa Dimensatildeo cuidadora da enfermagem e da famiacutelia na assistecircncia agrave crianccedila hospitalizada concepccedilotildees da enfermagem Rev esc enferm USP [online] 2009 vol43 n3 pp 622-629 Disponiacutevel em lt httpwwwscie
    • THOMAZINE Angeacutelica Malman PASSOS Rocircmulo Silva BAY JUacuteNIOR Osvaldo Goacutees COLLET Neusa OLIVEIRA Beatriz Rosana Gonccedilalves de Assistecircncia de enfermagem agrave crianccedila hospitalizada um resgate histoacuterico Ciˆnc cuid sapoundde 7(supl1) 145-152 maio 200
      • F 363 Fernandes Karina Rodrigues
      • Os cuidados de enfermagem acerca dos acessos venosos perifeacutericos na unidade pediaacutetrica Karina Rodrigues Fernandes ndash Niteroacutei [sn] 2014
        • CDD 61073
Page 3: UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE ESCOLA DE …app.uff.br/riuff/bitstream/1/3317/1/TCC Karina Rodrigues Fernandes.pdf · A punção venosa periférica é um procedimento essencial para

F 363 Fernandes Karina Rodrigues

Os cuidados de enfermagem acerca dos acessos venosos perifeacutericos na unidade pediaacutetrica Karina Rodrigues Fernandes ndash Niteroacutei [sn] 2014

48 f

Trabalho de Conclusatildeo de Curso (Graduaccedilatildeo em Enfermagem) - Universidade Federal Fluminense 2014 Orientador Profordf Rosane Cordeiro Burla de Aguiar

1 Cuidados de enfermagem 2 Cateterismo perifeacuterico

3 Enfermagem pediaacutetrica I Tiacutetulo CDD 61073

KARINA RODRIGUES FERNANDES

OS CUIDADOS DE ENFERMAGEM ACERCA DOS ACESSOS VENOSOS

PERIFEacuteRICOS NA UNIDADE PEDIAacuteTRICA

Trabalho de conclusatildeo de curso apresentado agrave Coordenaccedilatildeo de Curso de Graduaccedilatildeo em Enfermagem e Licenciatura como requisito parcial para obtenccedilatildeo do tiacutetulo de Bacharel em Enfermagem e Licenciatura

BANCA EXAMINADORA

__________________________________________________________________________

Profa Dr Rosane Cordeiro Burla de Aguiar

Presidente (EEAAC ndash UFF)

__________________________________________________________________________

Profa Dr Eny Doacuterea Paiva

1ordf examinadora (EEAAC ndash UFF)

__________________________________________________________________________

Profa Dr Liliane Faria da Silva

2ordf examinadora (EEAAC ndash UFF)

Niteroacutei RJ

2014

Dedicatoacuteria

Dedico este trabalho ao meu pai que estaacute e estaraacute sempre em meu pensamento

Agradecimentos

Primeiramente a Deus por ter me sustentado e dado forccedilas para seguir em frente a cada momento em

que fraquejei e desejei desistir Por me permitir concluir essa etapa e por me mostrar ao longo desses

anos que eu sou mais forte do que eu pensava Obrigada Deus

A toda minha famiacutelia pela ajuda e incentivo durante cada ano de faculdade A minha matildee e a minha

irmatilde Karen os pilares da minha vida por estarem sempre comigo me apoiando e amando

incondicionalmente A Tia Doca por ser minha segunda matildee e estar sempre pronta para ajudar Amo

vocecircs

Ao Cristiano por estar sempre comigo me ajudando me levantando quando preciso e me amando

principalmente nos momentos de ldquodesesperordquo com os prazos Por acordar quando eu queria

conversar por servir de motorista nos momentos que precisava e por ser aleacutem de tudo meu amigo

Te amo

A minha querida orientadora Rosane por me proporcionar o encontro com a aacuterea da pediatria pela

paciecircncia com minhas dificuldades e ainda pela oportunidade de convivecircncia e aprendizado

contribuindo para o meu crescimento pessoal e profissional

A Hanna por ser meu apoio em todo o inicio da faculdade 24 horas por dia sendo mais que uma

amiga uma irmatilde E mesmo depois apesar de tanta correria ainda conseguir um tempo para almoccedilar

conversar e comer um ldquojapardquo Vocecirc eacute essencial na minha vida amo vocecirc

Aos anjinhos que ldquoUFFrdquo colocou em minha vida Laiacutes e Barbara por estarem sempre prontas para

me segurar me apoiar dar bronca e fofocar Por dividir segredos laacutegrimas opiniotildees aleacutem de

momentos inesqueciacuteveis como decolar do Aeroporto Santos Dumond Obrigada por tudo Amo vocecircs e

vou morrer de saudades dos nossos dias

A minha querida e amada turma 20092 que mesmo fragmentada em vaacuterios periacuteodos permaneceu

unida se tornando uma grande famiacutelia durante esses cinco anos e me proporcionou momentos que

vou lembrar para o resto da minha vida

Aos demais professores e funcionaacuterios da Escola de Enfermagem Aurora de Afonso Costa pela

oportunidade de compartilhar momentos gratificantes de aprendizagem

Meu eterno agradecimento

RESUMO

Os cuidados para a manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico eacute uma accedilatildeo essencial durante uma internaccedilatildeo na qual a permanecircncia do dispositivo eacute dificultada por diversos fatores principalmente quando se trata de um paciente pediaacutetrico Por conta de repetitivas perdas as repeticcedilotildees das punccedilotildees podem gerar trauma emocional dificultando ainda mais o periacuteodo de estada do paciente no hospital Desta forma o presente trabalho tem o objetivo descrever os fatores que interferem na manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico de acordo com a equipe de enfermagem e analisar os cuidados da equipe de enfermagem na manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico Possui como objeto de estudo os cuidados da equipe de enfermagem na manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico Trata-se de uma pesquisa descritiva exploratoacuteria de abordagem qualitativa onde nove (9) profissionais da equipe de enfermagem do setor de internaccedilatildeo pediaacutetrica de um Hospital Universitaacuterio do Rio de Janeiro foram entrevistados de acordo com um roteiro A coleta de dados deu-se por meio de entrevista semi-estruturada As falas foram submetidas agrave anaacutelise de conteuacutedo e das entrevistas emergiram trecircs (03) categorias ldquoCuidados preacute intra e poacutes-procedimento de punccedilatildeo do acesso venoso perifeacutericordquo ldquoCuidados em desuso para manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacutericordquo e ldquoO acompanhante e a manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacutericordquo O estudo retratou o processo de punccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico ressaltando a importacircncia de cuidados como a seleccedilatildeo do local a diluiccedilatildeo da medicaccedilatildeo a realizaccedilatildeo de uma boa fixaccedilatildeo a atenccedilatildeo com a velocidade de infusatildeo os cuidados com os sinais de infecccedilatildeo e salinizaccedilatildeo do acesso aleacutem de constatar tambeacutem os cuidados em desuso como o uso da heparina da tala de imobilizaccedilatildeo e duacutevidas em relaccedilatildeo ao tempo de permanecircncia Evidenciou o fato da equipe de enfermagem responsabilizar o acompanhante pelos cuidados com o cateter venoso perifeacuterico e tambeacutem o natildeo uso da literatura cientifica para solucionar duvidas e agregar conhecimento Com isso o estudo atingiu os objetivos propostos e tambeacutem contribuiu para o campo do ensino abrindo portas para a realizaccedilatildeo de novas pesquisas na aacuterea Palavras-chave cateterismo venoso perifeacuterico cuidados de enfermagem enfermagem pediaacutetrica

ABSTRACT Care for the maintenance of peripheral venous access is an essential action during a hospitalization in which the permanence of the device is hampered by several factors especially when it comes to a pediatric patient Because of repetitive losses the repetitions of punctures can cause emotional trauma further hindering the period of stay of the patient in the hospital Thus the present study aims to describe the factors affecting the maintenance of peripheral venous access in accordance with the nursing staff and analyze the care of the nursing staff in the maintenance of peripheral venous access Has as its object of study the care of the nursing staff in the maintenance of peripheral venous access This is an exploratory descriptive and qualitative study where nine (9) professional nursing staff of the pediatric inpatient ward of a university hospital in Rio de Janeiro were interviewed according to a script The data was collected by means of semi - structured interview The speeches were subjected to content analysis and interviews revealed three ( 03 ) categories Care pre intra and post - puncture procedure from peripheral venous access Care in disuse for maintenance of peripheral venous access and The companion and maintenance of peripheral venous access The study portrayed the process of puncture of peripheral venous access emphasizing the importance of care as site selection diluting the medication performing a good fixation attention to the rate of infusion the care of the signs of infection and salinity of access and also noted the care into disuse as the use of heparin the splint immobilization and questions about the length of stay Highlighted the fact that the nursing staff responsible for the care of the accompanying peripheral venous catheter and also not using the scientific literature to solve doubts and aggregate knowledge With that the study achieved its goals and also contributed to the field of education opening doors to new research in the area Key words peripheral venous catheterization nursing care pediatric nursing

SUMAacuteRIO

1 INTRODUCcedilAtildeO p 8

11 Questotildees norteadoras p 9

12 Objeto do estudo p9

13 Objetivos p9

14 Justificativa e relevacircncia p9

2 REVISAtildeO DE LITERATURA p 11

21 Hospitalizaccedilatildeo infantil e seus estressores p 11

22 Acesso venoso perifeacuterico em pediatria p 13

3 METODOLOGIA p 17

31 Tipo de pesquisa p17

32 Sujeitos da pesquisa p17

33 Cenaacuterio p18

34 Coleta de dados p18

35 Questotildees eacuteticas da pesquisa p19

36 Analise dos dados p20

4 RESULTADOS E DISCUSSAtildeO p22

41 Os cuidados de enfermagem preacute intra e poacutes-procedimento de punccedilatildeo do acesso

venoso perifeacuterico p 22

42 Os cuidados em desuso para manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico p 28

43 O acompanhante e a manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico p31

CONCLUSAtildeO p 35

REFEREcircNCIAS p37

APEcircNDICE I p 44

APEcircNDICE II p45

ANEXO p46

8

1 INTRODUCcedilAtildeO

A motivaccedilatildeo pelo assunto veio durante o ensino teoacuterico praacutetico da disciplina

Enfermagem na sauacutede da crianccedila e do adolescente II na enfermaria pediaacutetrica do Hospital

Universitaacuterio Antonio Pedro quando me incomodei com o excesso de punccedilatildeo perifeacuterica

realizado nas crianccedilas gerando impacto nas mesmas e na famiacutelia durante o procedimento

A hospitalizaccedilatildeo em si eacute uma situaccedilatildeo estressante jaacute que a crianccedila perde o controle em

relaccedilatildeo a sua liberdade aleacutem do conviacutevio com pessoas estranhas e da mudanccedila de ambiente e

rotina (HOCKENBERRY e WILSON 2011 p676) Com isso em uma situaccedilatildeo de diversas

perdas de acesso venoso as repeticcedilotildees do procedimento causam trauma emocional tornando

ainda mais doloroso o periacuteodo de estada do paciente no hospital

A punccedilatildeo venosa perifeacuterica eacute um procedimento essencial para manejo da crianccedila

durante a hospitalizaccedilatildeo visto que em grande parte as medicaccedilotildees satildeo administradas por essa

via onde o efeito eacute quase instantacircneo e permite infusatildeo de maior volume Poreacutem esse tipo de

procedimento eacute doloroso e estressante deixando a crianccedila sujeita a traumas por agentes

bioloacutegicos quiacutemicos fiacutesicos e emocionais sendo funccedilatildeo do enfermeiro prevenir diminuir ou

erradicar esses riscos (CORREIA RIBEIRO BORBA 2009 p559)

A permanecircncia do dispositivo eacute dificultada por diversos fatores como uma infecccedilatildeo a

fixaccedilatildeo inadequada o trauma durante a infusatildeo e a movimentaccedilatildeo da crianccedila A cobertura

utilizada eacute de suma importacircncia nessa situaccedilatildeo sendo ela muitas das vezes a causa da perda

de um acesso e entatildeo a necessidade de nova punccedilatildeo venosa Por conta disso esse tipo de

procedimento causa grande desconforto para a famiacutelia para a crianccedila e tambeacutem para o

profissional (CORREIA RIBEIRO BORBA 2009 p559)

Uma grande pesquisa conduzida sobre a temaacutetica concluiu que com ldquo592 crianccedilas e

1135 tentativas de punccedilatildeo realizadas por 143 enfermeiras 10 de taxa de insucesso no

9

procedimento poreacutem com cerca de 50 de insucesso na primeira tentativardquo Cada crianccedila foi

submetida a 21 tentativas (LARSEN1

11 Questotildees norteadoras

et al 2010 apud NEGRI et al 2012)

Quais os fatores que podem interferir na permanecircncia do acesso venoso em uma

crianccedila hospitalizada

Quais satildeo os cuidados da equipe de enfermagem para aumentar o tempo de

permanecircncia de um acesso venoso perifeacuterico em uma crianccedila hospitalizada

12 Objeto de estudo

Os cuidados da equipe de enfermagem na permanecircncia do acesso venoso perifeacuterico

13 Objetivos

Descrever e discutir os cuidados de enfermagem acerca da permanecircncia dos acessos

venosos perifeacutericos na pediatria

14 Justificativa e relevacircncia

Diante da problemaacutetica exposta eacute possiacutevel identificar a importacircncia da necessidade de

um maior periacuteodo de permanecircncia dos acessos venosos perifeacutericos Com isso aleacutem da

diminuiccedilatildeo de eventos que causam dor e irritaccedilatildeo na crianccedila e na famiacutelia promoveraacute tambeacutem

uma melhor estada dos mesmos durante o periacuteodo de hospitalizaccedilatildeo

Oliveira Bezerra e Pereira (2008 p96) chegaram a conclusatildeo que os enfermeiros

prestam assistecircncia agraves crianccedilas dentro dos paracircmetros poreacutem devem ter mais cuidados em

alguns pontos como ldquonecessidade de maior atenccedilatildeo na quantidade e velocidade da infusatildeo da

terapia mais controle do calibre do cateter identificaccedilatildeo do acesso complicaccedilotildees e troca de

fixaccedilatildeordquo

O presente estudo possui relevacircncia pois busca descrever os principais cuidados que a

equipe de enfermagem desenvolve na manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico na pediatria

demonstrando o que a equipe faz efetivamente para aumentar o tempo de permanecircncia desse

1 Larsen P Eldridge D Brinkley J Newton D Goff D Hartzog T Saad ND Perkin R Pediatric peripheral intravenous access does nursing experience and competence really make a difference J Infus Nurs 201033(4)226-35

10

dispositivo visto que a sua inserccedilatildeo jaacute eacute um evento estressante para crianccedila e sua famiacutelia

durante a hospitalizaccedilatildeo Eacute relevante tambeacutem natildeo soacute para os enfermeiros pediaacutetricos como

tambeacutem para todos os profissionais da aacuterea de sauacutede que procuram aprofundar seus

conhecimentos acerca dos cuidados na assistecircncia de enfermagem da cateterizaccedilatildeo venosa

perifeacuterica

11

2 REVISAtildeO DE LITERATURA

21 Hospitalizaccedilatildeo infantil e seus estressores

Durante a vida de uma crianccedila as principais situaccedilotildees de crise que normalmente elas

vivenciaratildeo estatildeo relacionadas agrave doenccedila ou a uma possiacutevel hospitalizaccedilatildeo Frente a estes

fatores elas se mostram vulneraacuteveis diante das mudanccedilas impostas relacionadas ao estado de

sauacutede e a sua rotina de vida (HOCKENBERRY e WILSON 2011 p676)

ldquoA hospitalizaccedilatildeo representa para a crianccedila uma situaccedilatildeo diferente de todas as jaacute

vivenciadas haja vista que sua rotina diaacuteria eacute modificada Ela encontra-se em um ambiente

impessoal repleto de tabus e significados diferente do seu contexto diaacuteriordquo (JANSEN

SANTOS e FAVERO 2010 p248)

Segundo Brito et al (2009 p 803) a crianccedila hospitalizada eacute ldquoafastada de seu ambiente

familiar de seus amigos da escola e de seus objetos pessoais perdendo assim grande parte de

suas referecircnciasrdquo com isso esse periacuteodo de hospitalizaccedilatildeo pode causar impacto sobre o estado

psicoloacutegico da mesma

Conforme Hockenberry e Wilson (2011 p676) as crianccedilas natildeo possuem habilidades

de enfrentamento suficientes para resolver determinados estressores Como principais

estressores pode-se citar ldquoa separaccedilatildeo a perda de controle lesatildeo corporal e dorrdquo

Um dos procedimentos mais dolorosos e estressantes para a crianccedila eacute a punccedilatildeo venosa

onde na maioria dos casos constitui a primeira escolha para a administraccedilatildeo de medicamentos

nutriccedilatildeo parenteral hemoderivados e coleta de exames sanguumliacuteneos(OLIVEIRA BEZERRA e

PEREIRA 2008 p91)

12

ldquoA crianccedila eacute um ser em crescimento e desenvolvimento com particularidades e

caracteriacutesticas proacutepriasrdquo (MATHEWS-SIMONTON2

Esse periacuteodo de internaccedilatildeo ldquopode deixar a crianccedila ansiosa insegura e com medo

principalmente quando natildeo eacute preparada para a hospitalizaccedilatildeo e o tratamento a que seraacute

submetidardquo Para Martins (2001) isso contribui para aumentar o medo e a ansiedade

expressos por meio do choro da raiva e ateacute mesmo por agressotildees

1990 apud COA e PETTENGILL

2006 p434) Isso significa que a crianccedila iraacute se comportar de acordo com a situaccedilatildeo imposta

pois isso dependeraacute natildeo soacute da idade de desenvolvimento como tambeacutem de suas experiecircncias

com determinadas situaccedilotildees

Diante de todo o processo de hospitalizaccedilatildeo a crianccedila pode apresentar diversas

manifestaccedilotildees comportamentais sendo consideradas mais comuns as ldquoregressotildees diminuiccedilatildeo

no ritmo do desenvolvimento desordens do sono e da alimentaccedilatildeo dependecircncia

agressividade apatia estados depressivos fobias e transtornos de comportamento em geralrdquo

(BAR-MOR3

Para a famiacutelia ldquoa hospitalizaccedilatildeo de um filho geralmente eacute encarada como uma

situaccedilatildeo de crise para a famiacutelia e para a crianccedilardquo O profissional de enfermagem deve se

organizar seu trabalho com estrateacutegias que minimizem o sofrimento no ambiente hospitalar e

na assistecircncia agrave crianccedila (THOMAZINE et al 2008 p146)

1997 apud BRITO et al 2009 p203) Com a atenccedilatildeo voltada para atender a

demanda e a necessidade fisioloacutegica da crianccedila os profissionais da equipe de enfermagem

geralmente ldquodedicam pouca ou nenhuma atenccedilatildeo agraves questotildees psicoloacutegicas e sociais da crianccedila

hospitalizada e de sua famiacuteliardquo(JANSEN SANTOS e FAVERO 2010 p248)

A qualidade do ambiente pode afetar diretamente no processo de recuperaccedilatildeo com

isso ldquoas intervenccedilotildees no contexto hospitalar devem visar agrave promoccedilatildeo de condiccedilotildees favoraacuteveis

agrave reabilitaccedilatildeo dos efeitos de experiecircncias adversas ao desenvolvimento das crianccedilasrdquo Isso

sugere que o ambiente aleacutem de incentivar a sauacutede deve ser planejado de maneira supra agraves

necessidades dos pacientes levando em conta os aspectos psicoloacutegicos pedagoacutegicos e

2 Mathews-Simonton S A famiacutelia e a cura o meacutetodo Simonton para famiacutelias que enfrentam uma doenccedila Satildeo Paulo Summus 1990 3 Bar-Mor G Preparation of children for surgery and invasive procedures milestones on the way to success J Pediatr Nurs1997Aug12(4) 252-255

13

socioloacutegicos da crianccedila e de sua famiacutelia (SOARES e ZAMBERLAN4

Para humanizar a assistecircncia agrave crianccedila hospitalizada e atender a suas reais

necessidades os pais foram inseridos na cliacutenica pediaacutetrica com direito a permanecircncia integral

nos casos de internaccedilatildeo Isso ocorreu no iniacutecio da deacutecada de 1990 no Brasil com a

legalizaccedilatildeo estabelecida pelo Estatuto da Crianccedila e do Adolescente (THOMAZINE et al

2008 p145) Com isso ldquomuitos hospitais natildeo consideram mais os pais como visitantes e

enfatizam sua presenccedila durante todo o periacuteodo da hospitalizaccedilatildeordquo fazendo uso de um sistema

de cuidado centrado na famiacutelia (HOCKENBERRY e WILSON 2011 p685)

1995 apud BRITO et

al 2009 p803)

Durante o processo de hospitalizaccedilatildeo as crianccedilas satildeo submetidas a diversas condutas e

procedimentos como por exemplo exames e administraccedilatildeo de medicamentos A punccedilatildeo

venosa eacute um dos principais procedimentos que causam dor e muitas vezes existe a

necessidade de vaacuterias punccedilotildees durante um mesmo dia Vale ressaltar que para a crianccedila esse

tipo de procedimento se iguala a uma agressatildeo jaacute que ldquona maioria das vezes eacute acompanhado

de dor ou medo o que se traduz no choro e na ansiedaderdquo (COLLET5

2002 apud GOMES et

al 2011 p290)

22 Acesso venoso perifeacuterico em pediatria

Para Correia et al (2009 p559) a fim evitar um trauma emocional durante a punccedilatildeo

as crianccedilas precisam ser orientadas sobre o tratamento seus objetivos e receber atenccedilatildeo

carinhosa neste momento

A fim de tornar o processo de cateterizaccedilatildeo venosa menos doloroso e estressante para

a crianccedila deve-se ter preferecircncia pelas veias que menos comprometam suas atividades

essenciais Neste intuito deve-se evitar por exemplo puncionar uma veia na matildeo que

dificulte o ato de se alimentar desenhar e ateacute mesmo brincar (OLIVEIRA BEZERRA e

PEREIRA 2008 p91)

4 Soares MRZ Zamberlan MAT A inclusatildeo do brincar na hospitalizaccedilatildeo infantil Est Psicol maioago18(2) 64-9 5 Collet N Oliveira BRG de Manual de Enfermagem em Pediatria Goiacircnia AB 2002

14

O acesso vascular eacute uma das principais modalidades de tratamento utilizadas na

assistecircncia agrave sauacutede Existe ampla aceitaccedilatildeo difusatildeo e praacutetica desse procedimento pelos

profissionais da aacuterea da assistecircncia agrave sauacutede (FERREIRA et al 2005)

Foi na deacutecada de 40 que o uso de cateter vascular foi introduzido nos hospitais

tornando-se essencial para as atividades assistenciais da modernidade (WORTHIGTON6

Para Peterlini e Chaud (2003) tal procedimento se define como um conjunto de

conhecimentos e teacutecnicas que visam agrave administraccedilatildeo de soluccedilotildees ou faacutermacos no sistema

circulatoacuterio abrangendo o preparo do paciente a escolha obtenccedilatildeo e manutenccedilatildeo do acesso

venoso os meacutetodos de preparo e administraccedilatildeo de drogas e soluccedilotildees e os cuidados referentes

agrave frequecircncia de troca do cateter curativos dispositivos de infusatildeo e soluccedilotildees

2005 apud MENDONCcedilA et al 2011 p330)

Primeiramente o acesso perifeacuterico era mantido com agulhas de accedilo inoxidaacutevel as

quais apesar de oferecerem menor risco de infecccedilatildeo satildeo riacutegidas e facilitavam perda do

acesso Em 1945 passou a ser utilizado o cateter venoso plaacutestico que permitia manutenccedilatildeo do

acesso por tempo prolongado (FERNANDES e RIBEIRO7

Quanto ao tempo de permanecircncia em pacientes pediaacutetricos o cateter deve ser mantido

ateacute o teacutermino da terapia intravenosa ou quando forem observados sinais cliacutenicos de

complicaccedilotildees diferentemente dos pacientes adultos onde o tempo de permanecircncia

preconizado eacute de 72 a 96 horas (CENTERS FOR DISEASE CONTROL AND

PREVENTION-CDC 2002)

2000 apud MARTINS et al 2008

p 485) Habitualmente o material de punccedilatildeo que vem sendo utilizado em crianccedilas satildeo os

cateteres flexiacuteveis tipo abocath com mandril metaacutelico (BATALHA et al 2010 p512)

Associaccedilatildeo Paulista de Estudos e Controle de Infecccedilatildeo Hospitalar (2005 apud

Moncaio e Figueiredo 2009) ressaltam que ldquoas principais complicaccedilotildees infecciosas para o

paciente satildeo flebite infecccedilatildeo do siacutetio de inserccedilatildeo do cateter extravasamento de soluccedilatildeo e

bacteremia relacionada ao cateterrdquo Certos fatores podem contribuir para o aparecimento de

tais complicaccedilotildees como o tipo do cateter que seraacute utilizado o preparo do local da punccedilatildeo

aleacutem de caracteriacutesticas intriacutensecas do paciente Vale acrescentar que ldquoos cateteres 6 Worthigton T Elliot TSJ Diagnosis of central venous catheter related infection in adult pacient J Infect 2005 51267-80 7 Fernandes AT Ribeiro Filho N Infecccedilatildeo do acesso vascular In Fernandes AT Fernandes M OV Ribeiro Filho N Infecccedilatildeo hospitalar e suas interfaces na aacuterea da sauacutede Satildeo Paulo (SP) Atheneu 2000 p 556-79

15

confeccionados em Teflon e poliuretano estatildeo associados a baixas frequecircncias de

complicaccedilotildees infecciosas quando comparados aos de polivinilcloreto e polietilenordquo

CENTERS FOR DISEASE CONTROL AND PREVENTION-CDC 2002)

ldquoNo acircmbito hospitalar a flebite eacute uma das complicaccedilotildees mais frequentes e

considerada uma das principais falhas da infusatildeordquo Eacute o processo inflamatoacuterio da camada

iacutentima das veias ocasionado por irritaccedilatildeo mecacircnica quiacutemica ou infecccedilotildees bacterianas

apresentando manifestaccedilotildees como dor edema hiperemia local e calor (GABRIEL8

Machado et al(2008) relata que ldquocerca de 1 a 10 destes pacientes desenvolvem

infecccedilotildees locais ou sistecircmicas relacionadas ao uso de cateteres causadas por alteraccedilatildeo ou

ruptura da integridade da pele que permite a passagem de microorganismos colonizadoresrdquo

2008

apud MAGEROTE et al 2011 p 487)

O curativo para fixaccedilatildeo do cateter eacute outro ponto importante para a manutenccedilatildeo do

mesmo visto que a ldquofixaccedilatildeo reduz o risco de complicaccedilotildees relacionadas agrave terapia intravenosa

tais como flebite infiltraccedilatildeo septicemia e deslocamento do cateterrdquo aleacutem de mantecirc-lo limpo

e seco permitindo a visualizaccedilatildeo contiacutenua do mesmo a fim de prevenir os agravos

(PHILLIPS9

No seacuteculo passado durante os primeiro 50 anos da praacutetica da terapia intravenosa

utilizava-se para fixaccedilatildeo gaze esteacuteril e fitas adesivas O iniacutecio do uso de filmes transparentes

esteacutereis se deu em 1970 como solicitaccedilatildeo dos enfermeiros quanto agrave necessidade da retirada do

curativo para realizar a inspeccedilatildeo do local de inserccedilatildeo funccedilatildeo atribuiacuteda aos mesmos a fim de

impedir uma infecccedilatildeo de corrente sanguiacutenea (MACHADO PEDREIRA E CHAUD 2008)

2001 apud SILVA E ZANETTI 2004 p233)

O uso de fitas adesivas natildeo-esteacutereis pode ser bastante observado em algumas

instituiccedilotildees de sauacutede contudo fita adesiva soacute natildeo estaacute contaminada enquanto permanece na

embalagem sugerindo tambeacutem a possibilidade da transmissatildeo de microorganismos

patogecircnicos com a aplicaccedilatildeo da mesma sobre o local de inserccedilatildeo do cateter

(VANDENBOSCH COOCH E TRESTON-AURAND10

8 Gabriel J Infusion therapy part one minimising the risks Nurs Stand 2008 Apr 22(31)51-6

1997 et al MACHADO

PEDREIRA E CHAUD2005 p292)

9 Phillips DL Manual de terapia endovenosa Trad Pedreira MLG Pereira SR Harada MJCS Peterline MAS 2ordf ed Porto Alegre (RS) Artmed 2001551P 10 VandenBosch TM Cooch J Treston-Aurand J Research utilization adhesive bandage dressing regimen for peripheral venous catheters Am J Infect Control 1997 25(6)513-9

16

Acerca da terapia intravenosa podem ocorrer incompatibilidades em relaccedilatildeo aos

faacutermacos administrados e os cateteres utilizados que na maioria das vezes natildeo satildeo percebidos

devido a impossibilidade de visualizaccedilatildeo Essas incompatibilidades satildeo denominadas por

Peterlini Chaud e Pedreira (2006) como adsorccedilatildeo e absorccedilatildeo onde ocorre ldquoperda do faacutermaco

para a superfiacutecie de frascos seringas filtros acessoacuterios e cateteres da terapia intravenosa por

meio de adsorccedilatildeo ou pela absorccedilatildeo do faacutermaco para a matriz do material de confecccedilatildeo desses

dispositivosrdquo Com isso o profissional de enfermagem tem como funccedilatildeo aleacutem do

conhecimento cientiacutefico acerca das drogas utilizadas programar accedilotildees que possibilitem

ldquoreconstituiccedilatildeo diluiccedilatildeo acondicionamento e cuidados na administraccedilatildeo de faacutermacosrdquo

evitando assim prejuiacutezos no tratamento

17

3 METODOLOGIA

31 Tipo de pesquisa

Trata-se de uma pesquisa descritiva exploratoacuteria de abordagem qualitativa com os

profissionais da equipe de enfermagem da unidade de internaccedilatildeo pediaacutetrica de um hospital

universitaacuterio do estado do Rio de Janeiro

Para Minayo Deslandes e Gomes (2007 p 21) a pesquisa qualitativa responde as

questotildees de forma particular de modo que trabalha com o universo dos significados dos

motivos das aspiraccedilotildees das crenccedilas dos valores e atitudes Sendo assim entende-se que as

accedilotildees do ser humano se distinguem a partir do seu pensamento do modo de agir de acordo

com a realidade vivida por cada um

Segundo Gil (1999 p44) ldquoas pesquisas descritivas tecircm como objetivo primordial a

descriccedilatildeo das caracteriacutesticas de determinada populaccedilatildeo ou fenocircmeno ou o estabelecimento de

relaccedilotildees variaacuteveisrdquo

Kauark Manhatildees e Medeiros (2010 p28) determinam a pesquisa exploratoacuteria como

agravequela que ldquoObjetiva a maior familiaridade com o problema tornando-o expliacutecito ou agrave

construccedilatildeo de hipoacutetesesrdquo Acrescenta ainda que a mesma pode conter levantamento

bibliograacutefico entrevistas com pessoas experientes no problema pesquisado entre outras

fontes

32 Sujeitos da pesquisa

A pesquisa contou com um nuacutemero total de nove (9) profissionais da equipe de

enfermagem da unidade de internaccedilatildeo pediaacutetrica de um Hospital Universitaacuterio do Rio de

Janeiro sendo estes dois (2) enfermeiros e sete (7) teacutecnicos de enfermagem De todos os

18

participantes apenas um trabalha no serviccedilo noturno sendo o restante do serviccedilo diurno Os

mesmos satildeo os responsaacuteveis pela instalaccedilatildeo e manipulaccedilatildeo dos os acessos venosos

perifeacutericos supondo assim que tenham maior domiacutenio sobre o assunto abordado

Os sujeitos foram identificados com codinomes referentes agraves princesas da Disney para

que suas identidades sejam preservadas

33 Cenaacuterio

A pesquisa ocorreu na unidade de internaccedilatildeo pediaacutetrica localizada no quinto andar do

Hospital Universitaacuterio do Rio de Janeiro vinculado a uma Universidade Federal

A unidade pediaacutetrica eacute divida em trecircs enfermarias de acordo com a idade das crianccedilas

hospitalizadas sendo denominadas estas Lactente preacute-escolar e escolar A enfermaria

Lactente eacute composta por 5 leitos hospitalizando crianccedilas de 29 dias a 2 anos jaacute na preacute-escolar

encontram-se 6 leitos e acolhe crianccedilas de 2 a 6 anos e na escolar 6 leitos abrigando crianccedilas

de 7 a 12 anos Toda crianccedila hospitalizada tem direito a um acompanhante como eacute

preconizado por direito pelo Artigo doze (12) do Estatuto da Crianccedila e do Adolescente

(Brasil 1990 p3)

A enfermaria conta com um posto de enfermagem localizado no centro da unidade

possibilitando maior visualizaccedilatildeo das enfermarias Possui tambeacutem uma sala de recreaccedilatildeo e

banheiro para os pacientes e acompanhantes Haacute uma sala utilizada pedagogia hospitalar

onde uma professora realiza atividades com as crianccedilas

Vale ressaltar que na unidade haacute uma sala para realizaccedilatildeo de procedimentos dolorosos

como a punccedilatildeo venosa perifeacuterica e sempre que possiacutevel o paciente eacute levado ateacute ela

34 Coleta de dados

A coleta de dados se deu a partir da teacutecnica de entrevista semi-estruturadas que

segundo Minayo Deslandes e Gomes (2007 p 64) satildeo ldquoperguntas fechadas e abertas em que

o entrevistado tem a possibilidade de discorrer sobre o tema em questatildeo sem se prender agrave

indagaccedilatildeo formuladardquo As mesmas foram gravadas em entrevista individual e tiveram como

foco as accedilotildees que os profissionais da equipe de enfermagem realizam acerca dos cuidados

para a permanecircncia do acesso venoso perifeacuterico aleacutem de investigar sobre o conhecimento que

cada um possui sobre o tema

19

Apoacutes contato preacutevio com a equipe de enfermagem foi acordado um dia e horaacuterio para

a realizaccedilatildeo das entrevistas que aconteceram na proacutepria unidade Todos os profissionais da

equipe de enfermagem foram convidados a participar voluntariamente da pesquisa As

entrevistas aconteceram apoacutes os profissionais assinarem o Termo de Consentimento Livre e

Esclarecido (TCLE)

Para Minayo Deslandes e Gomes (2007 p 64) a entrevista possui como principal

objetivo construir dados que sejam pertinentes para a pesquisa aleacutem de ser a estrateacutegia mais

utilizada no processo de trabalho de campo

A coleta foi interrompida no momento em que os dados se mostraram saturados ou

seja quando houve a cessaccedilatildeo do acreacutescimo de informaccedilotildees novas referentes ao tema

proposto

O fechamento amostral por saturaccedilatildeo teoacuterica eacute definido como a suspensatildeo de inclusatildeo

de novos participantes quando os dados obtidos passam a apresentar na avaliaccedilatildeo do

pesquisador certa redundacircncia ou repeticcedilatildeo natildeo sendo considerado relevante continuar a

coleta de dados (FONTANELLA RICAS e TURATO 2008)

35 Questotildees eacuteticas da pesquisa

De acordo com a Resoluccedilatildeo 46612 que visa assegurar os direitos e deveres que

dizem respeito agrave comunidade cientiacutefica aos sujeitos da pesquisa e ao Estado uma pesquisa

que envolve a participaccedilatildeo de seres humanos deve atender aos fundamentos eacuteticos e

cientiacuteficos pertinentes para a seguranccedila dos mesmos Neste contexto toda pesquisa

envolvendo seres humanos deveraacute ser submetida agrave apreciaccedilatildeo de um Comitecirc de Eacutetica em

Pesquisa (CEP) (BRASIL 2012)

Atendendo a esta condiccedilatildeo o projeto de pesquisa foi encaminhado ao CEP ndash do

Hospital Universitaacuterio o qual foi realizada a pesquisa foi analisado e aprovado na Reuniatildeo

com data de 06122013 CAAE 24693613700005243 Nuacutemero do parecer 486451 Com

isso a pesquisa foi desenvolvida mediante aprovaccedilatildeo do CEP atendendo aos preacute-requisitos

estipulados pela Resoluccedilatildeo nordm 46612

Esta pesquisa eacute pautada em princiacutepios eacuteticos que respeitam a dignidade humana e

justiccedila assegurando que natildeo haveraacute nenhum tipo de dano aos participantes

20

Em atendimento a resoluccedilatildeo 46612 do Conselho Nacional de SauacutedeMS apoacutes serem

esclarecidos pela pesquisadora quanto aos aspectos eacuteticos relacionados agrave pesquisa aleacutem das

formas de produccedilatildeo de dados e inserccedilatildeo no estudo os sujeitos da pesquisa assinaram duas

vias do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido ndash TCLE (apecircndice 1) autorizando sua

participaccedilatildeo voluntaacuteria na pesquisa Uma via foi entregue ao participante e outra ficou

arquivada com a pesquisadora

Nesse documento consta os objetivos da pesquisa procedimentos benefiacutecios

previstos garantia de recusa de participaccedilatildeo em qualquer momento de acesso aos resultados

da pesquisa e tambeacutem a garantia de acesso ao pesquisador quando os sujeitos julgarem

necessaacuterio sendo todas essas informaccedilotildees em linguagem acessiacutevel e simples O mesmo foi

apresentado e explicado ao profissional convidado a participar do estudo no primeiro contato

eou durante visita agendada para realizaccedilatildeo da entrevista

Vale ressaltar que esta pesquisa cujo financiamento eacute proacuteprio natildeo oferece nenhum

tipo de riscos para o sujeito da pesquisa e nem para o cuidado das crianccedilas internadas no setor

de pediatria e os benefiacutecios da participaccedilatildeo do mesmo satildeo de aumentar o conhecimento

cientiacutefico na aacuterea de Enfermagem Pediaacutetrica aleacutem de contribuir para a praacutetica profissional

36 Anaacutelise dos dados

O processo de anaacutelise dos dados foi baseada na teacutecnica da Anaacutelise Temaacutetica que para

Minayo Deslandes e Gomes (2007 p 86) o conceito central eacute o tema ldquoO tema eacute a unidade de

significaccedilatildeo que se liberta naturalmente de um texto analisado segundo criteacuterios relativos agrave

teoria que serve de guia da leiturardquo (BARDIN11

A anaacutelise realizada estava de acordo com a sugerida por Minayo (2010 p 315) e

contam com as seguintes etapas preacute-analise exploraccedilatildeo do material tratamento dos

resultados obtidos e interpretaccedilatildeo Atraveacutes dessas etapas tem-se o objetivo de descrever o

conteuacutedo do material coletado e interpretaacute-lo

1979 apud MINAYO DESLANDES

GOMES 2007 p 86)

A preacute analise consiste na escolha dos elementos a serem analisados e na retomada das

hipoacuteteses e dos objetivos iniciais da pesquisa Inicia-se com uma leitura flutuante onde o

11 BARDIN L Anaacutelise de Conteuacutedo Lisboa Ediccedilotildees 70 1979

21

pesquisador toma contato direto com o material adquirido deixando-se impregnar por seu

conteuacutedo Posteriormente haacute a constituiccedilatildeo do Corpus textual onde eacute feita uma seleccedilatildeo dos

documentos que iratildeo contemplar e fornecer informaccedilotildees sobre o tema sendo assim adequados

para dar resposta aos objetivos do trabalho (MINAYO 2010 p 315)

Essa fase preacute-analiacutetica eacute onde se determinam a unidades de registro unidade de

contexto e a partir delas satildeo determinados os temas que seratildeo analisados A unidade de

registro corresponde parte do conteuacutedo selecionado como base para analise e apoacutes a

delimitaccedilatildeo do contexto de compreensatildeo da unidade de registro eacute estabelecida a unidade de

contexto (MINAYO 2010 p 316)

De acordo com os objetivos da pesquisa foi possiacutevel perceber que nove (9)

entrevistas supriam para atender os mesmo encerrando assim a coleta Apoacutes a transcriccedilatildeo das

entrevistas foi realizada leitura das mesmas para natildeo soacute conhecimento do material mas

tambeacutem estabelecer as unidades de registro Em seguida foi realizado o colorimento das falas

assim as classificando de acordo com as unidades de registro estabelecidas

As unidades de registro que surgiram foram os fatores que interferem na manutenccedilatildeo

do acesso venoso perifeacuterico e o apontamento do acompanhante como responsaacutevel pela perda

do acesso venoso perifeacuterico Elas receberam as cores vermelha e laranja respectivamente a

fim de facilitar o agrupamento dos dados A partir disto surgiram as unidades de contexto que

compreendem as falas das entrevistas de modo a exemplificar o contexto das unidades de

registro

Partindo para segunda etapa da analise temaacutetica a exploraccedilatildeo do material que consiste

numa classificaccedilatildeo que visa alcanccedilar o nuacutecleo de compreensatildeo do texto Busca-se encontrar

categorias que satildeo expressotildees ou palavras significativas em funccedilatildeo das quais o conteuacutedo seraacute

organizado Essas categorias satildeo responsaacuteveis pela especificaccedilatildeo dos temas (MINAYO

2010 p 317)

Nesse caso foram definidos os seguintes temas cuidados preacute intra e poacutes procedimento

de punccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico cuidados em desuso para manutenccedilatildeo do acesso

venoso perifeacuterico o acompanhante e a manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico Essas trecircs (3)

categorias seratildeo apresentadas analisadas e discutidas no capitulo seguinte

22

4 RESULTADOS E DISCUSSAtildeO

Nesse capiacutetulo apresento as trecircs categorias temaacuteticas que surgiram da anaacutelise dos

dados e que contemplaram de forma satisfatoacuteria os objetivos da pesquisa A primeira

categoria denominada como ldquoOs cuidados de enfermagem preacute intra e poacutes-procedimento de

punccedilatildeo do acesso venoso perifeacutericordquo traz os passos e cuidados que os profissionais realizam

antes durante e apoacutes a punccedilatildeo buscando descrever e analisar os fatores envolvidos na pratica

do procedimento em questatildeo que emergiram das entrevistas aleacutem dos cuidados de

enfermagem para a manutenccedilatildeo do mesmo

A segunda categoria que seraacute apresentada eacute ldquoOs cuidados em desuso para manutenccedilatildeo

do acesso venoso perifeacutericordquo que mostra os cuidados que os profissionais citaram como natildeo

mais utilizados para auxiliar na manutenccedilatildeo da punccedilatildeo venosa perifeacuterica

E a uacuteltima categoria eacute denominada ldquoO acompanhante e a manutenccedilatildeo do acesso

venoso perifeacutericordquo e traz a responsabilizaccedilatildeo do acompanhante pelos profissionais do setor

em relaccedilatildeo aos cuidados com manutenccedilatildeo da punccedilatildeo Essa categoria busca tambeacutem ressaltar a

funccedilatildeo do acompanhante durante a hospitalizaccedilatildeo da crianccedila destacando que determinados

cuidados satildeo de total funccedilatildeo da equipe de enfermagem

41 Os cuidados de enfermagem preacute intra e poacutes-procedimento de punccedilatildeo do acesso

venoso perifeacuterico

Para interpretar as unidades de contextos tive como base autores que definiram os

cuidados de enfermagem preacute intra e poacutes punccedilatildeo venosa perifeacuterica Para esses autores a fase

de preacute-punccedilatildeo compreende as accedilotildees de anaacutelise e conhecimento da prescriccedilatildeo avaliaccedilatildeo e

23

preparo emocional do paciente preparo do material e medicaccedilatildeo seleccedilatildeo do siacutetio de inserccedilatildeo

e dilataccedilatildeo da veia selecionada As accedilotildees envolvidas na punccedilatildeo satildeo a execuccedilatildeo das

precauccedilotildees-padratildeo antissepsia da pele punccedilatildeo do vaso a fixaccedilatildeo e curativo do cateter

Finalmente na etapa de poacutes-punccedilatildeo adota-se a identificaccedilatildeo da punccedilatildeo o descarte apropriado

das partes dos materiais natildeo utilizados a orientaccedilatildeo do paciente acerca da terapecircutica o

controle da infusatildeo atraveacutes do gotejamento se necessaacuterio e o registro do procedimento

Phillips12

De acordo com as entrevistas a seleccedilatildeo do local de punccedilatildeo eacute indicada com um fator

que interfere diretamente no tempo de permanecircncia do acesso venoso perifeacuterico visto que

dependendo do local ocorre a perda mais rapidamente Aleacutem da localizaccedilatildeo citaram tambeacutem

o calibre da veia como interferecircncia na manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico Seguem

abaixo algumas falas

(2001 apud ARAUacuteJO 2007 p18)

ldquoPrimeira coisa eacute vocecirc procurar bem a veia colocar uma veia de um bom calibre Se puder dar preferecircncia a natildeo puncionar dobrasrdquo (Cinderela) ldquoDependendo de onde estiver puncionado se for na matildeozinha a crianccedila fica toda hora ta mexendo taacute manipulando alguma coisa e se for no pezinho tambeacutem nem todo tempo vai ficar acamada entatildeo acaba perdendo o acessordquo(Bela ) ldquoO mau posicionamento pode levar a perdardquo (Rapunzel)

A opiniatildeo dos profissionais acima vai de encontro com o que eacute encontrado na

literatura visto que eacute de suma importacircncia que o mesmo avalie o cliente e considere alguns

aspectos para uma escolha criteriosa e eficaz como a finalidade da punccedilatildeo o tipo de soluccedilatildeo

a ser infundida a condiccedilatildeo da rede venosa a duraccedilatildeo da terapia idade do cliente habilidade

cognitiva da crianccedila a preferecircncia do cliente o que nem sempre seraacute possiacutevel satisfazer e

tambeacutem a sua atividade (ARAUacuteJO 2007 p31)

Os cuidados com o acesso venoso perifeacuterico satildeo importantes antes mesmo da

realizaccedilatildeo do procedimento Levando em consideraccedilatildeo que um erro durante a fase de preacute-

procedimento como a escolha errada do local de punccedilatildeo por exemplo poderaacute levar a perda

do acesso e prejudicar assim o tratamento aleacutem do bem-estar da crianccedila que seraacute puncionada

novamente

12 PHILLIPS L D Manual de terapia intravenosa 2ed Porto Alegre Artmed 2001

24

O vaso sanguiacuteneo que o profissional selecionar como local para puncionar deve ser

suficiente para suportar o calibre e o comprimento do cateter aleacutem de atender a necessidade

terapecircutica para que natildeo haja a necessidade de uma nova punccedilatildeo

A punccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico eacute um procedimento doloroso e de grande

incomodo para a crianccedila com isso eacute de suma importacircncia realizar a seleccedilatildeo preacutevia do

material poreacutem natildeo foi citado Outro cuidado rotineiro e natildeo menos importante como a

lavagem das matildeos antes da colocaccedilatildeo do acesso tambeacutem natildeo foi mencionado durante as

entrevistas

O preparo emocional da crianccedila e do acompanhante quanto ao procedimento deve ser

considerada praacutetica rotineira para a equipe de enfermagem O profissional de enfermagem

deve lavar as matildeos objetivando a reduccedilatildeo significativa de risco de infecccedilatildeo e recomenda-se o

uso de aacutegua e sabatildeo para lavagem das matildeos antes da colocaccedilatildeo do cateter venoso perifeacuterico

(PHILLIPS13

O preparo preacutevio do material para instalaccedilatildeo do cateter venoso perifeacuterico eacute importante

para evitar interrupccedilotildees do procedimento e consequentemente um maior tempo de

manipulaccedilatildeo da crianccedila (SILVA

2001apud ARAUacuteJO 2007 Centers for Disease Control and Prevention ndash CDC

2002 apud ARAUacuteJO 2007)

14

Outro aspecto citado e classificado como preacute-procedimento eacute o cuidado com a

medicaccedilatildeo a ser administrada incluindo cuidados com a diluiccedilatildeo e composiccedilatildeo da mesma

Seguem algumas das falas

2004 apud ARAUacuteJO 2007 p30)

ldquoEstar sempre diluindo as medicaccedilotildees de acordo com a prescriccedilatildeo meacutedica pois as medicaccedilotildees satildeo muito fortes e podem causar enfraquecimento da veia Tem que diluir direitinho e passar lento na veiardquo (Cinderela) ldquoTer cuidado principalmente quando eacute crianccedila e a diluiccedilatildeo da medicaccedilatildeo tambeacutem agraves vezes natildeo eacute pra passar em perifeacuterico e na segunda dose jaacute perdeurdquo (Alice)

O acesso venoso perifeacuterico eacute a primeira alternativa para infusatildeo intravenosa por ser de

mais faacutecil acesso e rapidez no efeito da medicaccedilatildeo O profissional de enfermagem deve ter

domiacutenio natildeo soacute relacionado agrave infusatildeo das medicaccedilotildees mas tambeacutem com a composiccedilatildeo

13 PHILLIPS L D Manual de terapia intravenosa 2ed Porto Alegre Artmed 2001 14 SILVA G R G Terapia intravenosa em receacutem-nascidos ndash orientaccedilotildees para o cuidado de Enfermagem Rio de Janeiro Cultura Meacutedica 2004

25

farmacoloacutegica das mesmas os efeitos adversos e colaterais que a droga pode causar inclusive

em relaccedilatildeo a diluiccedilatildeo o que normalmente eacute estabelecido como padratildeo no setor de acordo com

cada faacutermaco

Com a intenccedilatildeo de promover a eficaacutecia terapecircutica dos medicamentos administrados

por via intravenosa eacute atribuiccedilatildeo do profissional de enfermagem implementar teacutecnicas como a

diluiccedilatildeo acondicionamento e cuidados na administraccedilatildeo de faacutermacos a fim de evitar

prejuiacutezos no tratamento resultantes da incompatibilidade medicamentosa (PETERLINI

CHAUD e PEDREIRA 2006)

Os fatores intra-procedimento satildeo considerados aqueles diretamente relacionados com

o procedimento Os dados colidos nas entrevistas ressaltaram apenas a fixaccedilatildeo com um fator

que interfere nessa fase Este foi o dado mais repetitivo nas entrevistas poreacutem sempre citado

de forma superficial Seguem as falas dos profissionais quando questionados sobre o que era

importante para manutenccedilatildeo do acesso

ldquoTem que fazer uma boa fixaccedilatildeo Porque quando a pessoa natildeo fixa bem prejudica porque aquilo vai soltando e quando vocecirc vecirc jaacute perdeu a veiardquo(Cinderela) ldquoEu acho que natildeo tem o que fazer para manter o acesso A crianccedila vai ficar uns dias X com aquele acesso pra fazer medicaccedilatildeo e eu acho que natildeo tem o que vocecirc profissional fazer para que natildeo percardquo (Aurora) ldquoA fixaccedilatildeo evita a movimentaccedilatildeo excessiva no local que estaacute o acessordquo (Ariel) ldquoTer cuidado com o curativo saber manusear E manter sempre o curativo limpo trocar se necessaacuteriordquo (Rapunzel) ldquoA fixaccedilatildeo eacute muito importante pra natildeo soltar o acesso e pra ele ficar mais tempordquo(Mulan)

Oliveira Bezerra e Pereira (2008 p 94) afirmam que de acordo com o revelado por

determinados estudos o tipo de curativo a fixaccedilatildeo do cateter e o tempo de permanecircncia estatildeo

diretamente relacionados com a ocorrecircncia de complicaccedilotildees infecciosas como flebites e

tambeacutem infiltraccedilatildeo extravasamento desconexatildeo e deslocamento do cateter

26

Para Pettit e Kraus15

Potter

(1995 apud MACHADO PEDREIRA E CHAUD2005 p292) a

gaze esteacuteril fixada com a fita adesiva hipoalergecircnica bem como a peliacutecula transparente esteacuteril

satildeo os materiais mais recomendados para curativo e fixaccedilatildeo de cateter venoso perifeacuterico

16

Jaacute as peliacuteculas transparentes mais conhecidas como filme permitem a respiraccedilatildeo

normal da pele com alta permeabilidade ao oxigecircnio e vapores e eacute impermeaacutevel a liacutequidos e

micro-organismos (SILVA E ZANETTI 2004 p233) Aleacutem disso permitem tambeacutem a

visualizaccedilatildeo contiacutenua do local de punccedilatildeo permitindo assim avaliaccedilatildeo do mesmo natildeo soacute

durante a infusatildeo de medicaccedilotildees mas tambeacutem todo o tempo

(1998 apud SILVA E ZANETTI 2004 p233) afirma que nas fixaccedilotildees em

que se utiliza a gaze esteacuteril preconiza-se a utilizaccedilatildeo de teacutecnica asseacuteptica Neste curativo a

gaze esteacuteril eacute colocada sobre o siacutetio de inserccedilatildeo e suas bordas satildeo fixadas com fita adesiva

A observaccedilatildeo da punccedilatildeo eacute muito importante pois se o local de inserccedilatildeo se mostrar

com sinais e sintomas de complicaccedilotildees a terapia deve ser suspensa (OLIVEIRA BEZERRA

e PEREIRA 2008 p95)

A visualizaccedilatildeo contiacutenua do acesso permite que a equipe de enfermagem possa realizar

uma observaccedilatildeo mais particularizada em relaccedilatildeo agraves condiccedilotildees do acesso venoso perifeacuterico

podendo observar se haacute deslocamento do cateter sinais de infiltraccedilatildeo e tambeacutem sinais de

infecccedilatildeo

Para Silva Barbato e Valente (2013 p 1200) cabe ao enfermeiro fazer a avaliaccedilatildeo

diaacuteria e cuidadosa do curativo observando a presenccedila de umidade sujidade integridade do

oacutestio de inserccedilatildeo a fixaccedilatildeo bem como a realizaccedilatildeo do curativo e das anotaccedilotildees legais

competentes agraves suas funccedilotildees

A fase poacutes-procedimento eacute caracterizada por uma seacuterie de cuidados que a equipe de

enfermagem deve realizar para que se obtenha maior tempo de permanecircncia do acesso venoso

perifeacuterico Durante as entrevistas os cuidados citados foram a salinizaccedilatildeo do acesso cuidados

para evitar a flebite e a velocidade de infusatildeo

15 Pettit DM Kraus V The use of gauze versus transparent dressings for peripheral intravenous catheter sites Nurs ClinNorth Am 1995 30(3)495-506 16 Potter P Perry AG Fundamentos de enfermagem processo conceito e praacutetica 3ordf ed Santos(SP) Guanabara Koogan19981397pp801-43

27

ldquoManter um acesso bem salinizado que vocecirc lave pelo menos de duas de trecircs em trecircs horas Se bem que isso aqui na pediatria natildeo eacute muito comum aqui a gente soacute lava cada vez que vai fazer medicaccedilatildeo mas se eu natildeo me engano a literatura preconiza isso vocecirc lavar pelo menos de quatro em quatro horas o acessordquo (Aurora)

ldquoPra manter o acesso venoso perifeacuterico eacute importante manter ele salinizado Assim que a gente recebe o plantatildeo eu vou ver se o acesso ta peacutervio com uma ldquoseringuinhardquo vai la da uma ldquolavadinhardquo e vecirc se o acesso ta peacutervio e manter o acesso salinizadordquo (Ariel)

ldquoSalinizar de 6 em 6 horas para manter ele peacuterviordquo (Alice)

ldquoTem que passar lento a medicaccedilatildeo e a limpeza da aacuterea vocecirc tem que limpar bem a aacuterea pra vocecirc natildeo formar uma flebiterdquo (Cinderela)

A salinizaccedilatildeo do acesso eacute um cuidado simples e de grande importacircncia Esse cuidado

deve ser realizado para manter o acesso peacutervio e limpo e deve ser realizado antes e apoacutes

qualquer infusatildeo

Para Moncaio e Figueiredo (2009)

a ldquosalinizaccedilatildeordquo consiste em administrar sob pressatildeo positiva soluccedilatildeo salina (Soro fisioloacutegico a 09) logo apoacutes o teacutermino da infusatildeo da medicaccedilatildeo Este procedimento visa prevenir a formaccedilatildeo de trombos e fibrina evitar o contato de drogas incompatiacuteveis (quando da infusatildeo de mais de um item medicamentoso no mesmo horaacuterio) garantir a infusatildeo de todo o medicamento que possa ter ficado no sistema aleacutem de evitar retorno sanguiacuteneo mantendo o cateter peacutervio para a proacutexima infusatildeo

Durante a coleta de dados esse cuidado surgiu em diversos momentos poreacutem foi

possiacutevel perceber que os profissionais realizam o mesmo de forma banalizada Natildeo sabem de

fato a real funccedilatildeo de manter o acesso salinizado A impressatildeo que passa eacute que eles

aprenderam que esse cuidado deveria ser feito e simplesmente fazem Haacute divergecircncias

tambeacutem entre a equipe em relaccedilatildeo ao momento que deve ser realizada a salinizaccedilatildeo e isso nos

mostra a desatualizaccedilatildeo dos profissionais do setor e a falta de uma educaccedilatildeo continuada no

hospital

Os cuidados para evitar a flebite e a velocidade de infusatildeo da medicaccedilatildeo apareceram

menos nas entrevistas e interferem diretamente com a manutenccedilatildeo do acesso venoso

perifeacuterico

28

A flebite eacute uma inflamaccedilatildeo na veia puncionada ocorrendo quando as ceacutelulas

endoteliais da parede da veia que o cateter estaacute inserido tornam-se inflamadas e irregulares

propiciando a aderecircncia de plaquetas e predispondo a veia a inflamaccedilatildeo Eacute comum que o local

se apresente dolorido hiperemiado quente e edemaciado e nesses casos eacute aconselhada a

retirada do cateter Uma boa fixaccedilatildeo do cateter perifeacuterico eacute recomendada por autores na

literatura visto que previnem deslocamento faacutecil e permitem uma boa visualizaccedilatildeo do local

evitando complicaccedilotildees como a flebite e infiltraccedilatildeo (MOLDES et al 2011 p 330)

Dentre as principais falhas de infusatildeo venosa estatildeo flebite infiltraccedilatildeo hematoma e

obstruccedilatildeo Acredita-se que para reduzir a incidecircncia destas nas unidades pediaacutetricas eacute preciso

a adoccedilatildeo de estrateacutegias tais como a abordagem junto agrave equipe em parceria com o setor de

educaccedilatildeo permanente e a adoccedilatildeo do uso da teacutecnica corretamente e de forma asseacuteptica para a

realizaccedilatildeo da punccedilatildeo venosa perifeacuterica em acordo com a comissatildeo de controle de infecccedilatildeo

hospitalar (SILVA BARBATO e VALENTE 2013 p 1200)

A incapacidade do paciente em relatar dor no siacutetio de administraccedilatildeo do faacutermaco quer

pela idade ou condiccedilatildeo cliacutenica e o local de inserccedilatildeo como tambeacutem a velocidade de infusatildeo do

medicamento (gt25mgmin) satildeo classificados como fatores de risco para a perda do acesso

venoso perifeacuterico (MARTINS SILVINO e DIAS 2010)

42 Os cuidados em desuso para manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico

Essa categoria discorre sobre os cuidados de enfermagem que com o passar do tempo

foram desconsiderados e natildeo satildeo mais utilizados Quando questionados em relaccedilatildeo a vivencia

profissional e cuidados que discordavam os entrevistados citaram o uso da tala para fixaccedilatildeo

uso de heparina e os cuidados em relaccedilatildeo ao tempo de permanecircncia do cateter Haacute muitas

controveacutersias em relaccedilatildeo aos cuidados citados acima

O tempo de permanecircncia interfere diretamente no aparecimento de complicaccedilotildees

como flebite e que acabam levando a perda do acesso venoso perifeacuterico mais rapidamente

aconselhando assim a troca do mesmo entre 76 a 96 horas Poreacutem eacute preconizada a retirada do

cateter apenas se finalizar o tratamento ou houver alguma interferecircncia

ldquoA gente observa tambeacutem o tempo dependendo do tempo tem que tirarrdquo (Alice)

29

ldquoHoje eu natildeo sei como que eacute essa questatildeo do tempo porque a gente trocava o acesso a cada quatro dias agora o pessoal jaacute diz que pode trocar em ateacute uma semana entatildeo natildeo sei como que ta isso e o que tem escrito em relaccedilatildeo a isso (Aurora)

Sabe-se que o tempo para troca do cateter de teflon ou poliuretano varia de 72 a 96

horas com o intuito de reduzir risco de infecccedilatildeo e flebite e para minimizar esses riscos nas

seguintes situaccedilotildees diante de sinais inflamatoacuterios no local de inserccedilatildeo e sempre que houver

mau funcionamento do cateter (SANTOS17

Entretanto o Center for Disease Control and Prevention - CDC (2002) diz que em

pacientes pediaacutetricos natildeo foi observada relaccedilatildeo quanto ao tempo de permanecircncia do cateter e

ocorrecircncia de complicaccedilotildees devendo ser mantido ateacute o teacutermino da terapia intravenosa ou

quando forem observados sinais cliacutenicos de complicaccedilotildees

2004 apud OLIVEIRA BEZERRA e PEREIRA

2008 p 93)

Eacute possiacutevel observar a diferenccedila do conhecimento pratico dos profissionais

entrevistados em relaccedilatildeo ao conhecimento encontrado na literatura E ainda contendo duacutevidas

natildeo haacute uma busca da parte dos mesmos para esclarececirc-las

O uso da heparina com a finalidade de manter o acesso peacutervio por um periacuteodo maior

de tempo mostra-se com mais certeza quanto ao desuso nos dados colidos

ldquoAntigamente a gente usava heparina entatildeo a gente ficava tranquila em relaccedilatildeo agrave obstruccedilatildeo mas agora natildeo a gente usa o soro fisioloacutegico e a gente deixa salinizadordquo (Aurora)

Rang e Dale 18(1998 apud DOPICO e OLIVEIRA 2006) afirmam que a heparina

inibe a formaccedilatildeo de coaacutegulos de fibrina in vitro e in vivo e que seu efeito anticoagulante eacute

praticamente imediato Com isso Phillips19

17 Santos W Lavagem das matildeos In R Luiz Santos W Manual baacutesico de prevenccedilatildeo e controle das infecccedilotildees hospitalares do HRU Fortaleza Hospital Regional Unimed 2004

(2001 apud DOPICO e OLIVEIRA 2006)

ressalta que a teacutecnica de manutenccedilatildeo intermitente de cateteres intravenosos com soluccedilatildeo

salina 09 classificada como salinizaccedilatildeo tem sido pesquisada haacute alguns anos apresentando

em relaccedilatildeo ao uso da heparina vantagens como o baixo custo ser um procedimento mais

18 Rang HP Dale M M Hemostasia e Trombose In Rang HP Dale M M Farmacologia Rio de Janeiro Guanabara Koogan 1998 p235-47 19 PHILLIPS L D Manual de terapia intravenosa 2ed Porto Alegre Artmed 2001

30

simples aleacutem de eliminar a possibilidade de incompatibilidade com as drogas e soluccedilotildees

administradas aleacutem da inexistecircncia de riscos ao paciente Entretanto sabe-se que a literatura

ainda natildeo fornece consenso acerca da soluccedilatildeo mais indicada para manutenccedilatildeo da

permeabilidade do cateter venoso perifeacuterico

Eacute importante ressaltar que muitas instituiccedilotildees do nosso paiacutes nem ao menos tecircm o

conhecimento da praacutetica da salinizaccedilatildeo com soluccedilatildeo salina 09 No que se refere agrave pesquisa

cientiacutefica as limitaccedilotildees desta praacutetica satildeo atribuiacutedas agrave ausecircncia de um maior nuacutemero de

estudos controlados para validar sua eficaacutecia (EPPERSON20

Apesar de natildeo ser encontradas publicaccedilotildees acerca do tema a utilizaccedilatildeo de heparina

mostra-se como uma pratica natildeo mais utilizada pelos profissionais de enfermagem Outro

tema onde haacute controveacutersias e tambeacutem poucas citaccedilotildees eacute o uso da tala para fixaccedilatildeo do acesso

venoso perifeacuterico Seguem abaixo a opiniatildeo de alguns dos profissionais entrevistados

1984 apud DOPICO e

OLIVEIRA 2006)

ldquoA uacutenica coisa que eu natildeo gosto de ver eacute quando se coloca tala para imobilizar dizendo que a tala vai ajudar a natildeo perder a veia Isso eu natildeo concordo acho que a tala prejudica a crianccedila fica incomodada faz dor no membrordquo (Cinderela)

ldquoAntigamente a gente usava muito tala e as vezes eu pego isso aqui ai eu falo gente tala natildeo se usa mais natildeo faz parte mais da fixaccedilatildeo vocecirc pode fixar de uma forma que a crianccedila natildeo perca A tala eu acho que ela traumatiza um pouco ainda mais se vocecirc pegar um acesso na dobra vocecirc vai fazer com que a crianccedila fique com o braccedilo esticado muito tempo eu acho que pode causar uma lesatildeo depois e a literatura jaacute fala que eacute desnecessaacuteria natildeo precisa maisrdquo (Aurora) ldquoAntigamente usavam tala mas hoje em dia quase natildeo se vecirc mais e eu acho que a tala atrapalha porque a crianccedila fica imobilizada no membro ai fica mais irritadardquo (Rapunzel) ldquoLaacute no meu outro trabalho alguns usam a tala Eu acho que a tala ajuda ateacute a perder mais raacutepido porque a crianccedila fica incomodada vai querer mexer naquilordquo (Mulan)

20 Epperson EL Efficacy of 09 sodium chloride injection with without heparin for maintenance indwelling intermittent injection sites Clin Pharm1984 3(5)26

31

Almeida e Sabateacutes21

Entretanto haacute estudo que comprovam que o uso da tala natildeo se mostra tatildeo eficiente e

apresenta-se como uma praacutetica controversa O estudo foi realizado em crianccedilas ateacute os 12 anos

utilizando imobilizaccedilatildeo com tala e em mais de metade dos casos (553) ocorreu infiltraccedilatildeo

o que indicia a ineficaacutecia desta praacutetica (MACHADO PEDREIRA e CHAUD 2008 apud

BATALHA et al 2010 p512)

(2008 apud BATALHA et al 2010 p512) afirmam que a teacutecnica

de fixaccedilatildeo dos CVP com uso de imobilizaccedilatildeo com tala para restriccedilatildeo ou limitaccedilatildeo dos

movimentos articulares proacuteximo do local da punccedilatildeo estaacute indicado nas matildeos punhos cotovelo

e maleacuteolo

Para Batalha et al (2010 p512) o uso desta praacutetica parece natildeo se coadunar com o

atual uso de cateteres flexiacuteveis tipo abocath em detrimento de agulhas metaacutelicas Talvez por

isso comecem a surgir novas teacutecnicas de fixaccedilatildeo dos CVP que natildeo exigem imobilizaccedilatildeo das

articulaccedilotildees com talas

Aleacutem de natildeo haver uma confirmaccedilatildeo dos benefiacutecios causados pelo uso da tala a

imobilizaccedilatildeo causa incocircmodo para a crianccedila que fica com o membro imoacutevel podendo causar

dor e tambeacutem irritaccedilatildeo O uso desse tipo de fixaccedilatildeo tambeacutem impede a visualizaccedilatildeo frequente

do acesso venoso afetando assim os cuidados de observaccedilatildeo da equipe de enfermagem

43 O acompanhante e a manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico

A presente categoria vai discutir um assunto importante que surgiu durante as

entrevistas de forma inesperada Alguns dos profissionais entrevistados citaram o descuido do

acompanhante como um fator causador da perda do acesso venoso perifeacuterico Seguem abaixo

algumas falas

ldquoA matildee sempre acompanha e tem matildee que natildeo tem cuidado natildeo vigia e a gente tem que ficar pedindo pra olhar tomar contardquo (Aurora)

ldquoEm relaccedilatildeo ao acompanhante porque a crianccedila natildeo vai avaliar entatildeo o acompanhante que estar ali tem que avaliar direitinho natildeo deixar a crianccedila mexer ou puxarrdquo (Bela)

ldquoNatildeo eacute toda matildee que esta vigiando que cuida pra que a crianccedila natildeo perca o acessordquo (Jasmine)

21 Almeida FA Sabateacutes AL Enfermagem pediaacutetrica a crianccedila o adolescente e a sua famiacutelia no hospital Satildeo Paulo(SP) Manole 2008

32

ldquoAcho que leva a perda quando o acompanhante natildeo coopera as vezes a gente faz a imobilizaccedilatildeo na crianccedila e as vezes eles ateacute retiram e a proacutepria crianccedila agitada ela mesmo arrancardquo (Branca de Neve)

ldquoAgraves vezes a proacutepria crianccedila que a matildee deixa muito solta ai solta o acessordquo (Mulan)

Apoacutes a implementaccedilatildeo da lei que garante um acompanhante ao paciente pediaacutetrico a

presenccedila do familiarresponsaacutevel durante a hospitalizaccedilatildeo mudou a rotina da equipe de

enfermagem trazendo duacutevidas quanto a real funccedilatildeo do acompanhante e fazendo com que a

mesma viesse a delegar certos cuidados para acompanhante

A Promulgaccedilatildeo da Lei 8069 do Estatuto da Crianccedila e do Adolescente (ECA) em

1990 no seu artigo 12deg garante agrave crianccedila ou ao adolescente o direito de ter um responsaacutevel

que o acompanhe durante a hospitalizaccedilatildeo (1990)

Desde a sua implantaccedilatildeo as unidades vecircm sofrendo um processo de reorganizaccedilatildeo de

suas praacuteticas A inserccedilatildeo da famiacutelia modifica a organizaccedilatildeo do processo de trabalho o que

requer dos profissionais uma compreensatildeo em relaccedilatildeo agrave dinacircmica das relaccedilotildees interpessoais

(COLLET e ROCHA 2004)

Pimenta e Collet (2009) ressaltam que natildeo haacute nenhuma regulamentaccedilatildeo sobre a

participaccedilatildeo da famiacutelia nos cuidados e no entanto a mesma desempenha atividades junto agrave

crianccedila durante a hospitalizaccedilatildeo que devem ser levadas em consideraccedilatildeo A falta de

reconhecimento desse fato fez com que a equipe de enfermagem e famiacutelia natildeo possuiacutessem

uma relaccedilatildeo aberta e vivessem uma relaccedilatildeo silenciosa e impliacutecita de poder na qual a famiacutelia

acaba assumindo as relaccedilotildees do cuidado agrave crianccedila de responsabilidade da enfermagem

A negociaccedilatildeo entre matildees e equipe de enfermagem em relaccedilatildeo aos cuidados agrave crianccedila

hospitalizada natildeo eacute uma tarefa faacutecil tendo em vista que natildeo se tem claro qual o seu novo

papel neste processo (COLLET e ROCHA 2004)

Eacute possiacutevel ver nas falas que a presenccedila do acompanhante causa para a equipe de

enfermagem a seguranccedila de ter algueacutem para ldquovigiarrdquo ldquotomar contardquo e natildeo deixar que a

crianccedila hospitalizada perca o acesso venoso quando na verdade eacute funccedilatildeo da equipe de

enfermagem cuidados referentes ao acesso venoso perifeacuterico

33

Jaacute o acompanhante eacute definido pelo Ministeacuterio da Sauacutede como uma pessoa significativa

para a crianccedila que representa sua rede social e que vai acompanhaacute-lo durante a permanecircncia

no ambiente hospitalar ressaltando assim sua importacircncia Esse fato se reforccedila visto que a

crianccedila encontra nos familiares a forccedila e seguranccedila necessaacuteria para encarar todo esse processo

doloroso e desconhecido (MURAKAMI e CAMPOS 2011 p255)

O acompanhante aleacutem de minimizar o sofrimento do paciente pediaacutetrico faz com que

o mesmo sinta-se mais a vontade Eacute importante ressaltar que o familiarresponsaacutevel natildeo soacute

pode como deve participar das atividades da crianccedila no hospital desde que estas natildeo sejam

competecircncias dos profissionais que os cercam Essas atividades satildeo caracterizadas como

semelhantes aos que eles realizam diariamente fora do ambiente hospitalar como o banho

Poreacutem no caso de um paciente com punccedilatildeo venosa perifeacuterica o profissional de enfermagem

deve auxiliar no cuidado para que essa natildeo se perca

Os cuidados dos familiaresacompanhantes satildeo os mesmos que os desenvolvidos no

domiciacutelio e os cuidados prestados pela equipe de enfermagem satildeo aqueles que demandam

conhecimento teacutecnico-cientiacutefico especializado (SOUZA e OLIVEIRA 2010 p558)

Mesmo alguns cuidados parecerem simples e rotineiros quando eacute prestado no

hospital assumem novas caracteriacutesticas com o uso de dispositivos tecnoloacutegicos os quais se

tornam complexos (PIMENTA E COLLET 2009)

O ato de cuidar envolve o respeito agrave maneira como vive cada indiviacuteduo de acordo

com suas crenccedilas valores costumes e cultura A famiacutelia como uma instituiccedilatildeo atende agraves

necessidades bioloacutegicas de seus membros sendo sua responsabilidade cuidar e criar os filhos

incluindo a obrigaccedilatildeo da alimentaccedilatildeo higiene vestuaacuterio e moradia (ELSEN22

Nas entrevistas podemos verificar falas em que o acompanhante eacute citado como

responsaacutevel por avaliar a punccedilatildeo venosa A equipe de enfermagem deve sempre partir do

pressuposto que o familiar acompanhante natildeo tem conhecimento cientiacutefico e certo tipo de

cuidado natildeo deve se delegado para o mesmo mostrando assim a importacircncia da orientaccedilatildeo do

acompanhante quanto aos procedimentos dispositivos utilizados e cuidados em que os

etal 1994

apud SOUZA e OLIVEIRA 2010 p 553)

22 Elsen I Patriacutecio ZM Assistecircncia agrave crianccedila hospitalizada tipos de abordagens e suas implicaccedilotildees para a enfermagem In A enfermagem em pediatria e puericultura Rio de Janeiro (RJ) Atheneu 2005

34

mesmos possam auxiliar Seguem abaixo as falas onde os profissionais ressaltaram a

importacircncia da orientaccedilatildeo do acompanhante

ldquoNem sempre a crianccedila vai entender o porque de estar com aquele acesso entatildeo tem que ter uma orientaccedilatildeo do acompanhanterdquo (Bela)

ldquoTem que haver orientaccedilatildeo do acompanhante para os cuidadosrdquo (Ariel)

ldquoAgraves vezes tem ate o exemplo de um pai que natildeo deixa trocar o acesso jaacute tinha mais de uma semana e ele natildeo queria que trocasse ai faz febre e natildeo sabe da onderdquo (Alice)

Para Souza e Oliveira (2010 p555) deve haver uma preocupaccedilatildeo em orientar

considerando que o outro natildeo tem nenhum tipo de conhecimento sobre o assunto Poreacutem

Queiroz e Jorge23

Apesar das dificuldades o profissional de enfermagem deve estabelecer um viacutenculo de

confianccedila com o acompanhante buscando sempre deixaacute-los ciente das situaccedilotildees e fazendo-os

participar dos cuidados plausiacuteveis sem causar nenhum dano agrave crianccedila e de maneira alguma

abandonar suas atribuiccedilotildees

(2004 apud SOUZA e OLIVEIRA 2010 p 556) ressaltam que apesar de os

profissionais terem intenccedilatildeo de orientar os cuidados para a sauacutede repassam conhecimentos

elaborados cientificamente dificultando a compreensatildeo do familiar aleacutem de a relaccedilatildeo se dar

de maneira vertical assimeacutetrica e coercitiva

23 Queiroz MVO Jorge MSB Accedilotildees educativas no cuidado infantil e intervenccedilotildees dos profissionais junto agraves famiacutelias Acta Scientiarum Maringaacute 2004 janjun 26(1) 27-34

35

CONCLUSAtildeO

Atraveacutes desse estudo foi possiacutevel descrever e analisar os cuidados que os profissionais

de enfermagem realizam acerca da permanecircncia do acesso venoso perifeacuterico Aleacutem disso a

realizaccedilatildeo da pesquisa permitiu identificar a desarticulaccedilatildeo do processo de enfermagem e a

praacutetica desconectada da produccedilatildeo cientiacutefica caracterizando a falta de uma educaccedilatildeo

continuada efetiva

A anaacutelise dos dados demonstra o processo de punccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico

ressaltando a importacircncia de cuidados como a seleccedilatildeo do local a diluiccedilatildeo da medicaccedilatildeo a

realizaccedilatildeo de uma boa fixaccedilatildeo a atenccedilatildeo com a velocidade de infusatildeo os cuidados com os

sinais de infecccedilatildeo e salinizaccedilatildeo do acesso natildeo deixando de salientar cuidados em desuso

como o uso da heparina da tala e duvidas em relaccedilatildeo ao tempo de permanecircncia Evidenciou

tambeacutem que a equipe de enfermagem delega alguns cuidados para os acompanhantes

Natildeo foi possiacutevel perceber o niacutevel de conhecimento cientiacutefico dos profissionais visto

que eles em nenhum momento por natildeo saberem ou por medo de se expor natildeo explicaram de

fato nenhum cuidado que disseram realizar Sempre citaram de forma superficial e direta

deixando claro tambeacutem que o pesquisador natildeo os indagou quanto a isso Poreacutem creio que

diante de cuidados tatildeo importantes e de frequente praacutetica os mesmos falariam facilmente

sobre os cuidados de enfermagem na permanecircncia do acesso venoso perifeacuterico

Apesar dos entrevistados citarem alguns fatores e cuidados realizados de forma

correta eacute visiacutevel que os mesmos realizam os cuidados com a punccedilatildeo e a permanencia do

acesso de forma automaacutetica sem unir a praacutetica com o fundamento do mesmo

Eacute importante destacar tambeacutem a importacircncia do preparo emocional da crianccedila como

tambeacutem os cuidados com a famiacutelia dos mesmos O trabalho de humanizaccedilatildeo realizado pela

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enfermagem faz grande diferenccedila nessas situaccedilotildees visto que os pacientes e acompanhantes

tendo conhecimento do que seraacute realizado ficariam mais tranquilos

O estudo contribuiu para o campo do ensino nesta aacuterea dando destaque ao importante

papel que o profissional de enfermagem deve desempenhar no cuidado e na manutenccedilatildeo do

acesso venoso perifeacuterico Contudo vale ressaltar a importacircncia do incentivo ao profissional a

buscar na literatura natildeo soacute esclarecimento de suas duvidas mas tambeacutem novos

conhecimentos

Pode colaborar ainda para a realizaccedilatildeo de novas pesquisas na aacuterea procurando

eliminar duacutevidas e controveacutersias sobre o tema Buscando assim a realizaccedilatildeo de um cuidado de

enfermagem articulado e eficaz promovendo o bem-estar do paciente pediaacutetrico durante a

hospitalizaccedilatildeo

37

REFEREcircNCIAS

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APEcircNDICE I

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO Tiacutetulo Do Projeto Os cuidados de enfermagem acerca dos acessos venosos perifeacutericos na unidade pediaacutetrica Pesquisador Responsaacutevel Rosane Cordeiro Burla de Aguiar Eny Dorea Paiva e Karina Rodrigues Fernandes Instituiccedilatildeo a que Pertence o Pesquisador Responsaacutevel Universidade Federal Fluminense Telefone para contato (21) 98355269 (21) 82392939 (21) 91786609 Nome do voluntaacuterio _________________________________________________________ Idade ________ anos RG ____________________________

AO Sr (a) estaacute sendo convidado (a) a participar do projeto de pesquisa OS CUIDADOS DE

ENFERMAGEM ACERCA DOS ACESSOS VENOSOS PERIFEacuteRICOS NA UNIDADE PEDIATRICA de

responsabilidade da pesquisadora Profordf Drordf Rosane Cordeiro Burla de Aguiar e Profordf Drordf Eny Dorea Paiva A

punccedilatildeo venosa perifeacuterica eacute um procedimento essencial durante a hospitalizaccedilatildeo da crianccedila visto que eacute atraveacutes

dela que eacute administrada grande parte das medicaccedilotildees Este estudo se justifica diante da importacircncia da

necessidade de um maior periacuteodo de permanecircncia dos acessos venosos perifeacutericos Com isso aleacutem da

diminuiccedilatildeo de eventos que causam dor e irritaccedilatildeo na crianccedila e na famiacutelia promoveraacute tambeacutem uma melhor estada

dos mesmos durante o periacuteodo de hospitalizaccedilatildeo Os objetivos da pesquisa satildeo 1) Descrever os fatores que

interferem na manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico de acordo com a equipe de enfermagem 2)Analisar os

cuidados da equipe de enfermagem na manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico A coleta de dados se daraacute

atraveacutes de entrevistas semi estruturadas que seratildeo gravadas As informaccedilotildees colhidas seratildeo tratadas de forma

anocircnima e confidencial ou seja em nenhum momento seratildeo divulgados o seu nome e somente os

pesquisadores teratildeo acesso agraves informaccedilotildees Os dados obtidos com a pesquisa poderatildeo ser publicados apenas com

fins cientiacuteficos Eles natildeo seratildeo utilizados para fins comerciais ou para outra finalidade qualquer Caso necessite

poderatildeo ser marcados encontros para respostas ou esclarecimentos de qualquer duacutevida acerca da pesquisa A sua

participaccedilatildeo eacute voluntaria e eacute importante lembrar que vocecirc poderaacute desistir de participar da pesquisa em qualquer

momento A entrevista seraacute marcada em um dia e horaacuterio que vocecirc achar melhor Seraacute realizada

individualmente em um ambiente que nos ofereccedila privacidade Esta pesquisa natildeo oferece riscos para vocecirc e os

benefiacutecios da sua participaccedilatildeo satildeo de aumentar o conhecimento cientiacutefico na aacuterea de Enfermagem Pediaacutetrica

aleacutem de contribuir para a praacutetica profissional Este documento seraacute elaborado em duas vias uma para vocecirc e a

outra seraacute arquivada pelo pesquisador

Eu_____________________________________________________________ RG no _____________________________ Declaro que apoacutes ter entendido o que me foi explicado consinto voluntariamente em participar do presente Protocolo de Pesquisa entendo ainda que posso retirar o meu consentimento a qualquer momento antes ou durante a realizaccedilatildeo do mesmo declaro ter sido informada(o) e concordo em participar como voluntaacuteria(o) da pesquisa acima descrita Rio de Janeiro_______de_______________de 20___ _____________________________ ________________________________

(Participante) Karina Rodrigues Fernandes (Responsaacutevel por obter o consentimento)

______________________________________ _______________________________________ (Testemunha) (Testemunha)

45

APEcircNDICE II

ROTEIRO PARA ENTREVISTA

1) O que vocecirc acha que pode levar a perda do acesso perifeacuterico

2) Para vocecirc o que eacute importante para manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico nas

crianccedilas

3) O que vocecirc acha que pode interferir na sua manutenccedilatildeo

4) Que medidas vocecirc adota no seu dia a dia para manter o acesso

5) Na sua vivencia profissional o que vocecirc discorda dos cuidados que geralmente satildeo

utilizados para manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico

46

ANEXO

47

48

  • KARINA RODRIGUES FERNANDES
    • COA Thatiana Fernanda PETTENGILL Myriam Aparecida Mandetta Autonomia da crianccedila hospitalizada frente aos procedimentos crenccedilas da enfermeira pediatra Acta paul enferm 19(4) 433-438 out-dez 2006 Disponiacutevel em lt wwwscielobrscielophpscr
    • JANSEN Michele Ferraz SANTOS Rosane Maria dos FAVERO Luciane Benefiacutecios da utilizaccedilatildeo do brinquedo durante o cuidado de enfermagem prestado agrave crianccedila hospitalizada Rev Gaucha Enferm 31(2) 247-253 jun 2010 Disponiacutevel em lt httpwwwscielo
    • MAGNABOSCO Gisele TONELLI Ana Lucia Nascimento Fonseca SOUZA Sarah Nancy Deggau Hegeto de Abordagens no cuidado de enfermagem agrave crianccedila hospitalizada submetida a procedimentos uma revisatildeo de literatura Cogitare enferm 13(1) 103-108 jan-mar
    • MARTINS Maria do Rosaacuterio RIBEIRO Circeacutea Amalia BORBA Regina Issuzu Hirooka de and SILVA Conceiccedilatildeo Vieira daProtocolo de preparo da crianccedila preacute-escolar para punccedilatildeo venosa com utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico Rev Latino-Am Enfermagem [on
    • OLIVEIRA Maria Ivoneide Veriacutessimo de BEZERRA Maria Gorette Andrade PEREIRA Vanessa Ramos Cateterizaccedilatildeo venosa assistecircncia de enfermagem-UTI pediaacutetrica Rev da Rede de Enfermagem do Nordeste AbrJun de 2008 Disponiacutevel em lt httpwwwrevistar
    • PETERLINI Maria Angeacutelica Sorgini CHAUD Massae Noda and PEDREIRA Mavilde da L GOacuterfatildeos de terapia medicamentosa a administraccedilatildeo de medicamentos por via intravenosa em crianccedilas hospitalizadasRev Latino-Am Enfermagem [online] 2003 vol11 n
    • PETERLINI Maria Angeacutelica Sorgini CHAUD Massae Noda PEDREIRA Mavilde L G Incompatibilidade entre faacutermacos e materiais de cateteres e acessoacuterios da terapia intravenosa Online braz j nurs (Online) 5(3)2006 Disponiacutevel em lt httpwwwobjnursi
    • PIMENTA Erika Acioli Gomes COLLET Neusa Dimensatildeo cuidadora da enfermagem e da famiacutelia na assistecircncia agrave crianccedila hospitalizada concepccedilotildees da enfermagem Rev esc enferm USP [online] 2009 vol43 n3 pp 622-629 Disponiacutevel em lt httpwwwscie
    • THOMAZINE Angeacutelica Malman PASSOS Rocircmulo Silva BAY JUacuteNIOR Osvaldo Goacutees COLLET Neusa OLIVEIRA Beatriz Rosana Gonccedilalves de Assistecircncia de enfermagem agrave crianccedila hospitalizada um resgate histoacuterico Ciˆnc cuid sapoundde 7(supl1) 145-152 maio 200
      • F 363 Fernandes Karina Rodrigues
      • Os cuidados de enfermagem acerca dos acessos venosos perifeacutericos na unidade pediaacutetrica Karina Rodrigues Fernandes ndash Niteroacutei [sn] 2014
        • CDD 61073
Page 4: UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE ESCOLA DE …app.uff.br/riuff/bitstream/1/3317/1/TCC Karina Rodrigues Fernandes.pdf · A punção venosa periférica é um procedimento essencial para

KARINA RODRIGUES FERNANDES

OS CUIDADOS DE ENFERMAGEM ACERCA DOS ACESSOS VENOSOS

PERIFEacuteRICOS NA UNIDADE PEDIAacuteTRICA

Trabalho de conclusatildeo de curso apresentado agrave Coordenaccedilatildeo de Curso de Graduaccedilatildeo em Enfermagem e Licenciatura como requisito parcial para obtenccedilatildeo do tiacutetulo de Bacharel em Enfermagem e Licenciatura

BANCA EXAMINADORA

__________________________________________________________________________

Profa Dr Rosane Cordeiro Burla de Aguiar

Presidente (EEAAC ndash UFF)

__________________________________________________________________________

Profa Dr Eny Doacuterea Paiva

1ordf examinadora (EEAAC ndash UFF)

__________________________________________________________________________

Profa Dr Liliane Faria da Silva

2ordf examinadora (EEAAC ndash UFF)

Niteroacutei RJ

2014

Dedicatoacuteria

Dedico este trabalho ao meu pai que estaacute e estaraacute sempre em meu pensamento

Agradecimentos

Primeiramente a Deus por ter me sustentado e dado forccedilas para seguir em frente a cada momento em

que fraquejei e desejei desistir Por me permitir concluir essa etapa e por me mostrar ao longo desses

anos que eu sou mais forte do que eu pensava Obrigada Deus

A toda minha famiacutelia pela ajuda e incentivo durante cada ano de faculdade A minha matildee e a minha

irmatilde Karen os pilares da minha vida por estarem sempre comigo me apoiando e amando

incondicionalmente A Tia Doca por ser minha segunda matildee e estar sempre pronta para ajudar Amo

vocecircs

Ao Cristiano por estar sempre comigo me ajudando me levantando quando preciso e me amando

principalmente nos momentos de ldquodesesperordquo com os prazos Por acordar quando eu queria

conversar por servir de motorista nos momentos que precisava e por ser aleacutem de tudo meu amigo

Te amo

A minha querida orientadora Rosane por me proporcionar o encontro com a aacuterea da pediatria pela

paciecircncia com minhas dificuldades e ainda pela oportunidade de convivecircncia e aprendizado

contribuindo para o meu crescimento pessoal e profissional

A Hanna por ser meu apoio em todo o inicio da faculdade 24 horas por dia sendo mais que uma

amiga uma irmatilde E mesmo depois apesar de tanta correria ainda conseguir um tempo para almoccedilar

conversar e comer um ldquojapardquo Vocecirc eacute essencial na minha vida amo vocecirc

Aos anjinhos que ldquoUFFrdquo colocou em minha vida Laiacutes e Barbara por estarem sempre prontas para

me segurar me apoiar dar bronca e fofocar Por dividir segredos laacutegrimas opiniotildees aleacutem de

momentos inesqueciacuteveis como decolar do Aeroporto Santos Dumond Obrigada por tudo Amo vocecircs e

vou morrer de saudades dos nossos dias

A minha querida e amada turma 20092 que mesmo fragmentada em vaacuterios periacuteodos permaneceu

unida se tornando uma grande famiacutelia durante esses cinco anos e me proporcionou momentos que

vou lembrar para o resto da minha vida

Aos demais professores e funcionaacuterios da Escola de Enfermagem Aurora de Afonso Costa pela

oportunidade de compartilhar momentos gratificantes de aprendizagem

Meu eterno agradecimento

RESUMO

Os cuidados para a manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico eacute uma accedilatildeo essencial durante uma internaccedilatildeo na qual a permanecircncia do dispositivo eacute dificultada por diversos fatores principalmente quando se trata de um paciente pediaacutetrico Por conta de repetitivas perdas as repeticcedilotildees das punccedilotildees podem gerar trauma emocional dificultando ainda mais o periacuteodo de estada do paciente no hospital Desta forma o presente trabalho tem o objetivo descrever os fatores que interferem na manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico de acordo com a equipe de enfermagem e analisar os cuidados da equipe de enfermagem na manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico Possui como objeto de estudo os cuidados da equipe de enfermagem na manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico Trata-se de uma pesquisa descritiva exploratoacuteria de abordagem qualitativa onde nove (9) profissionais da equipe de enfermagem do setor de internaccedilatildeo pediaacutetrica de um Hospital Universitaacuterio do Rio de Janeiro foram entrevistados de acordo com um roteiro A coleta de dados deu-se por meio de entrevista semi-estruturada As falas foram submetidas agrave anaacutelise de conteuacutedo e das entrevistas emergiram trecircs (03) categorias ldquoCuidados preacute intra e poacutes-procedimento de punccedilatildeo do acesso venoso perifeacutericordquo ldquoCuidados em desuso para manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacutericordquo e ldquoO acompanhante e a manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacutericordquo O estudo retratou o processo de punccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico ressaltando a importacircncia de cuidados como a seleccedilatildeo do local a diluiccedilatildeo da medicaccedilatildeo a realizaccedilatildeo de uma boa fixaccedilatildeo a atenccedilatildeo com a velocidade de infusatildeo os cuidados com os sinais de infecccedilatildeo e salinizaccedilatildeo do acesso aleacutem de constatar tambeacutem os cuidados em desuso como o uso da heparina da tala de imobilizaccedilatildeo e duacutevidas em relaccedilatildeo ao tempo de permanecircncia Evidenciou o fato da equipe de enfermagem responsabilizar o acompanhante pelos cuidados com o cateter venoso perifeacuterico e tambeacutem o natildeo uso da literatura cientifica para solucionar duvidas e agregar conhecimento Com isso o estudo atingiu os objetivos propostos e tambeacutem contribuiu para o campo do ensino abrindo portas para a realizaccedilatildeo de novas pesquisas na aacuterea Palavras-chave cateterismo venoso perifeacuterico cuidados de enfermagem enfermagem pediaacutetrica

ABSTRACT Care for the maintenance of peripheral venous access is an essential action during a hospitalization in which the permanence of the device is hampered by several factors especially when it comes to a pediatric patient Because of repetitive losses the repetitions of punctures can cause emotional trauma further hindering the period of stay of the patient in the hospital Thus the present study aims to describe the factors affecting the maintenance of peripheral venous access in accordance with the nursing staff and analyze the care of the nursing staff in the maintenance of peripheral venous access Has as its object of study the care of the nursing staff in the maintenance of peripheral venous access This is an exploratory descriptive and qualitative study where nine (9) professional nursing staff of the pediatric inpatient ward of a university hospital in Rio de Janeiro were interviewed according to a script The data was collected by means of semi - structured interview The speeches were subjected to content analysis and interviews revealed three ( 03 ) categories Care pre intra and post - puncture procedure from peripheral venous access Care in disuse for maintenance of peripheral venous access and The companion and maintenance of peripheral venous access The study portrayed the process of puncture of peripheral venous access emphasizing the importance of care as site selection diluting the medication performing a good fixation attention to the rate of infusion the care of the signs of infection and salinity of access and also noted the care into disuse as the use of heparin the splint immobilization and questions about the length of stay Highlighted the fact that the nursing staff responsible for the care of the accompanying peripheral venous catheter and also not using the scientific literature to solve doubts and aggregate knowledge With that the study achieved its goals and also contributed to the field of education opening doors to new research in the area Key words peripheral venous catheterization nursing care pediatric nursing

SUMAacuteRIO

1 INTRODUCcedilAtildeO p 8

11 Questotildees norteadoras p 9

12 Objeto do estudo p9

13 Objetivos p9

14 Justificativa e relevacircncia p9

2 REVISAtildeO DE LITERATURA p 11

21 Hospitalizaccedilatildeo infantil e seus estressores p 11

22 Acesso venoso perifeacuterico em pediatria p 13

3 METODOLOGIA p 17

31 Tipo de pesquisa p17

32 Sujeitos da pesquisa p17

33 Cenaacuterio p18

34 Coleta de dados p18

35 Questotildees eacuteticas da pesquisa p19

36 Analise dos dados p20

4 RESULTADOS E DISCUSSAtildeO p22

41 Os cuidados de enfermagem preacute intra e poacutes-procedimento de punccedilatildeo do acesso

venoso perifeacuterico p 22

42 Os cuidados em desuso para manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico p 28

43 O acompanhante e a manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico p31

CONCLUSAtildeO p 35

REFEREcircNCIAS p37

APEcircNDICE I p 44

APEcircNDICE II p45

ANEXO p46

8

1 INTRODUCcedilAtildeO

A motivaccedilatildeo pelo assunto veio durante o ensino teoacuterico praacutetico da disciplina

Enfermagem na sauacutede da crianccedila e do adolescente II na enfermaria pediaacutetrica do Hospital

Universitaacuterio Antonio Pedro quando me incomodei com o excesso de punccedilatildeo perifeacuterica

realizado nas crianccedilas gerando impacto nas mesmas e na famiacutelia durante o procedimento

A hospitalizaccedilatildeo em si eacute uma situaccedilatildeo estressante jaacute que a crianccedila perde o controle em

relaccedilatildeo a sua liberdade aleacutem do conviacutevio com pessoas estranhas e da mudanccedila de ambiente e

rotina (HOCKENBERRY e WILSON 2011 p676) Com isso em uma situaccedilatildeo de diversas

perdas de acesso venoso as repeticcedilotildees do procedimento causam trauma emocional tornando

ainda mais doloroso o periacuteodo de estada do paciente no hospital

A punccedilatildeo venosa perifeacuterica eacute um procedimento essencial para manejo da crianccedila

durante a hospitalizaccedilatildeo visto que em grande parte as medicaccedilotildees satildeo administradas por essa

via onde o efeito eacute quase instantacircneo e permite infusatildeo de maior volume Poreacutem esse tipo de

procedimento eacute doloroso e estressante deixando a crianccedila sujeita a traumas por agentes

bioloacutegicos quiacutemicos fiacutesicos e emocionais sendo funccedilatildeo do enfermeiro prevenir diminuir ou

erradicar esses riscos (CORREIA RIBEIRO BORBA 2009 p559)

A permanecircncia do dispositivo eacute dificultada por diversos fatores como uma infecccedilatildeo a

fixaccedilatildeo inadequada o trauma durante a infusatildeo e a movimentaccedilatildeo da crianccedila A cobertura

utilizada eacute de suma importacircncia nessa situaccedilatildeo sendo ela muitas das vezes a causa da perda

de um acesso e entatildeo a necessidade de nova punccedilatildeo venosa Por conta disso esse tipo de

procedimento causa grande desconforto para a famiacutelia para a crianccedila e tambeacutem para o

profissional (CORREIA RIBEIRO BORBA 2009 p559)

Uma grande pesquisa conduzida sobre a temaacutetica concluiu que com ldquo592 crianccedilas e

1135 tentativas de punccedilatildeo realizadas por 143 enfermeiras 10 de taxa de insucesso no

9

procedimento poreacutem com cerca de 50 de insucesso na primeira tentativardquo Cada crianccedila foi

submetida a 21 tentativas (LARSEN1

11 Questotildees norteadoras

et al 2010 apud NEGRI et al 2012)

Quais os fatores que podem interferir na permanecircncia do acesso venoso em uma

crianccedila hospitalizada

Quais satildeo os cuidados da equipe de enfermagem para aumentar o tempo de

permanecircncia de um acesso venoso perifeacuterico em uma crianccedila hospitalizada

12 Objeto de estudo

Os cuidados da equipe de enfermagem na permanecircncia do acesso venoso perifeacuterico

13 Objetivos

Descrever e discutir os cuidados de enfermagem acerca da permanecircncia dos acessos

venosos perifeacutericos na pediatria

14 Justificativa e relevacircncia

Diante da problemaacutetica exposta eacute possiacutevel identificar a importacircncia da necessidade de

um maior periacuteodo de permanecircncia dos acessos venosos perifeacutericos Com isso aleacutem da

diminuiccedilatildeo de eventos que causam dor e irritaccedilatildeo na crianccedila e na famiacutelia promoveraacute tambeacutem

uma melhor estada dos mesmos durante o periacuteodo de hospitalizaccedilatildeo

Oliveira Bezerra e Pereira (2008 p96) chegaram a conclusatildeo que os enfermeiros

prestam assistecircncia agraves crianccedilas dentro dos paracircmetros poreacutem devem ter mais cuidados em

alguns pontos como ldquonecessidade de maior atenccedilatildeo na quantidade e velocidade da infusatildeo da

terapia mais controle do calibre do cateter identificaccedilatildeo do acesso complicaccedilotildees e troca de

fixaccedilatildeordquo

O presente estudo possui relevacircncia pois busca descrever os principais cuidados que a

equipe de enfermagem desenvolve na manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico na pediatria

demonstrando o que a equipe faz efetivamente para aumentar o tempo de permanecircncia desse

1 Larsen P Eldridge D Brinkley J Newton D Goff D Hartzog T Saad ND Perkin R Pediatric peripheral intravenous access does nursing experience and competence really make a difference J Infus Nurs 201033(4)226-35

10

dispositivo visto que a sua inserccedilatildeo jaacute eacute um evento estressante para crianccedila e sua famiacutelia

durante a hospitalizaccedilatildeo Eacute relevante tambeacutem natildeo soacute para os enfermeiros pediaacutetricos como

tambeacutem para todos os profissionais da aacuterea de sauacutede que procuram aprofundar seus

conhecimentos acerca dos cuidados na assistecircncia de enfermagem da cateterizaccedilatildeo venosa

perifeacuterica

11

2 REVISAtildeO DE LITERATURA

21 Hospitalizaccedilatildeo infantil e seus estressores

Durante a vida de uma crianccedila as principais situaccedilotildees de crise que normalmente elas

vivenciaratildeo estatildeo relacionadas agrave doenccedila ou a uma possiacutevel hospitalizaccedilatildeo Frente a estes

fatores elas se mostram vulneraacuteveis diante das mudanccedilas impostas relacionadas ao estado de

sauacutede e a sua rotina de vida (HOCKENBERRY e WILSON 2011 p676)

ldquoA hospitalizaccedilatildeo representa para a crianccedila uma situaccedilatildeo diferente de todas as jaacute

vivenciadas haja vista que sua rotina diaacuteria eacute modificada Ela encontra-se em um ambiente

impessoal repleto de tabus e significados diferente do seu contexto diaacuteriordquo (JANSEN

SANTOS e FAVERO 2010 p248)

Segundo Brito et al (2009 p 803) a crianccedila hospitalizada eacute ldquoafastada de seu ambiente

familiar de seus amigos da escola e de seus objetos pessoais perdendo assim grande parte de

suas referecircnciasrdquo com isso esse periacuteodo de hospitalizaccedilatildeo pode causar impacto sobre o estado

psicoloacutegico da mesma

Conforme Hockenberry e Wilson (2011 p676) as crianccedilas natildeo possuem habilidades

de enfrentamento suficientes para resolver determinados estressores Como principais

estressores pode-se citar ldquoa separaccedilatildeo a perda de controle lesatildeo corporal e dorrdquo

Um dos procedimentos mais dolorosos e estressantes para a crianccedila eacute a punccedilatildeo venosa

onde na maioria dos casos constitui a primeira escolha para a administraccedilatildeo de medicamentos

nutriccedilatildeo parenteral hemoderivados e coleta de exames sanguumliacuteneos(OLIVEIRA BEZERRA e

PEREIRA 2008 p91)

12

ldquoA crianccedila eacute um ser em crescimento e desenvolvimento com particularidades e

caracteriacutesticas proacutepriasrdquo (MATHEWS-SIMONTON2

Esse periacuteodo de internaccedilatildeo ldquopode deixar a crianccedila ansiosa insegura e com medo

principalmente quando natildeo eacute preparada para a hospitalizaccedilatildeo e o tratamento a que seraacute

submetidardquo Para Martins (2001) isso contribui para aumentar o medo e a ansiedade

expressos por meio do choro da raiva e ateacute mesmo por agressotildees

1990 apud COA e PETTENGILL

2006 p434) Isso significa que a crianccedila iraacute se comportar de acordo com a situaccedilatildeo imposta

pois isso dependeraacute natildeo soacute da idade de desenvolvimento como tambeacutem de suas experiecircncias

com determinadas situaccedilotildees

Diante de todo o processo de hospitalizaccedilatildeo a crianccedila pode apresentar diversas

manifestaccedilotildees comportamentais sendo consideradas mais comuns as ldquoregressotildees diminuiccedilatildeo

no ritmo do desenvolvimento desordens do sono e da alimentaccedilatildeo dependecircncia

agressividade apatia estados depressivos fobias e transtornos de comportamento em geralrdquo

(BAR-MOR3

Para a famiacutelia ldquoa hospitalizaccedilatildeo de um filho geralmente eacute encarada como uma

situaccedilatildeo de crise para a famiacutelia e para a crianccedilardquo O profissional de enfermagem deve se

organizar seu trabalho com estrateacutegias que minimizem o sofrimento no ambiente hospitalar e

na assistecircncia agrave crianccedila (THOMAZINE et al 2008 p146)

1997 apud BRITO et al 2009 p203) Com a atenccedilatildeo voltada para atender a

demanda e a necessidade fisioloacutegica da crianccedila os profissionais da equipe de enfermagem

geralmente ldquodedicam pouca ou nenhuma atenccedilatildeo agraves questotildees psicoloacutegicas e sociais da crianccedila

hospitalizada e de sua famiacuteliardquo(JANSEN SANTOS e FAVERO 2010 p248)

A qualidade do ambiente pode afetar diretamente no processo de recuperaccedilatildeo com

isso ldquoas intervenccedilotildees no contexto hospitalar devem visar agrave promoccedilatildeo de condiccedilotildees favoraacuteveis

agrave reabilitaccedilatildeo dos efeitos de experiecircncias adversas ao desenvolvimento das crianccedilasrdquo Isso

sugere que o ambiente aleacutem de incentivar a sauacutede deve ser planejado de maneira supra agraves

necessidades dos pacientes levando em conta os aspectos psicoloacutegicos pedagoacutegicos e

2 Mathews-Simonton S A famiacutelia e a cura o meacutetodo Simonton para famiacutelias que enfrentam uma doenccedila Satildeo Paulo Summus 1990 3 Bar-Mor G Preparation of children for surgery and invasive procedures milestones on the way to success J Pediatr Nurs1997Aug12(4) 252-255

13

socioloacutegicos da crianccedila e de sua famiacutelia (SOARES e ZAMBERLAN4

Para humanizar a assistecircncia agrave crianccedila hospitalizada e atender a suas reais

necessidades os pais foram inseridos na cliacutenica pediaacutetrica com direito a permanecircncia integral

nos casos de internaccedilatildeo Isso ocorreu no iniacutecio da deacutecada de 1990 no Brasil com a

legalizaccedilatildeo estabelecida pelo Estatuto da Crianccedila e do Adolescente (THOMAZINE et al

2008 p145) Com isso ldquomuitos hospitais natildeo consideram mais os pais como visitantes e

enfatizam sua presenccedila durante todo o periacuteodo da hospitalizaccedilatildeordquo fazendo uso de um sistema

de cuidado centrado na famiacutelia (HOCKENBERRY e WILSON 2011 p685)

1995 apud BRITO et

al 2009 p803)

Durante o processo de hospitalizaccedilatildeo as crianccedilas satildeo submetidas a diversas condutas e

procedimentos como por exemplo exames e administraccedilatildeo de medicamentos A punccedilatildeo

venosa eacute um dos principais procedimentos que causam dor e muitas vezes existe a

necessidade de vaacuterias punccedilotildees durante um mesmo dia Vale ressaltar que para a crianccedila esse

tipo de procedimento se iguala a uma agressatildeo jaacute que ldquona maioria das vezes eacute acompanhado

de dor ou medo o que se traduz no choro e na ansiedaderdquo (COLLET5

2002 apud GOMES et

al 2011 p290)

22 Acesso venoso perifeacuterico em pediatria

Para Correia et al (2009 p559) a fim evitar um trauma emocional durante a punccedilatildeo

as crianccedilas precisam ser orientadas sobre o tratamento seus objetivos e receber atenccedilatildeo

carinhosa neste momento

A fim de tornar o processo de cateterizaccedilatildeo venosa menos doloroso e estressante para

a crianccedila deve-se ter preferecircncia pelas veias que menos comprometam suas atividades

essenciais Neste intuito deve-se evitar por exemplo puncionar uma veia na matildeo que

dificulte o ato de se alimentar desenhar e ateacute mesmo brincar (OLIVEIRA BEZERRA e

PEREIRA 2008 p91)

4 Soares MRZ Zamberlan MAT A inclusatildeo do brincar na hospitalizaccedilatildeo infantil Est Psicol maioago18(2) 64-9 5 Collet N Oliveira BRG de Manual de Enfermagem em Pediatria Goiacircnia AB 2002

14

O acesso vascular eacute uma das principais modalidades de tratamento utilizadas na

assistecircncia agrave sauacutede Existe ampla aceitaccedilatildeo difusatildeo e praacutetica desse procedimento pelos

profissionais da aacuterea da assistecircncia agrave sauacutede (FERREIRA et al 2005)

Foi na deacutecada de 40 que o uso de cateter vascular foi introduzido nos hospitais

tornando-se essencial para as atividades assistenciais da modernidade (WORTHIGTON6

Para Peterlini e Chaud (2003) tal procedimento se define como um conjunto de

conhecimentos e teacutecnicas que visam agrave administraccedilatildeo de soluccedilotildees ou faacutermacos no sistema

circulatoacuterio abrangendo o preparo do paciente a escolha obtenccedilatildeo e manutenccedilatildeo do acesso

venoso os meacutetodos de preparo e administraccedilatildeo de drogas e soluccedilotildees e os cuidados referentes

agrave frequecircncia de troca do cateter curativos dispositivos de infusatildeo e soluccedilotildees

2005 apud MENDONCcedilA et al 2011 p330)

Primeiramente o acesso perifeacuterico era mantido com agulhas de accedilo inoxidaacutevel as

quais apesar de oferecerem menor risco de infecccedilatildeo satildeo riacutegidas e facilitavam perda do

acesso Em 1945 passou a ser utilizado o cateter venoso plaacutestico que permitia manutenccedilatildeo do

acesso por tempo prolongado (FERNANDES e RIBEIRO7

Quanto ao tempo de permanecircncia em pacientes pediaacutetricos o cateter deve ser mantido

ateacute o teacutermino da terapia intravenosa ou quando forem observados sinais cliacutenicos de

complicaccedilotildees diferentemente dos pacientes adultos onde o tempo de permanecircncia

preconizado eacute de 72 a 96 horas (CENTERS FOR DISEASE CONTROL AND

PREVENTION-CDC 2002)

2000 apud MARTINS et al 2008

p 485) Habitualmente o material de punccedilatildeo que vem sendo utilizado em crianccedilas satildeo os

cateteres flexiacuteveis tipo abocath com mandril metaacutelico (BATALHA et al 2010 p512)

Associaccedilatildeo Paulista de Estudos e Controle de Infecccedilatildeo Hospitalar (2005 apud

Moncaio e Figueiredo 2009) ressaltam que ldquoas principais complicaccedilotildees infecciosas para o

paciente satildeo flebite infecccedilatildeo do siacutetio de inserccedilatildeo do cateter extravasamento de soluccedilatildeo e

bacteremia relacionada ao cateterrdquo Certos fatores podem contribuir para o aparecimento de

tais complicaccedilotildees como o tipo do cateter que seraacute utilizado o preparo do local da punccedilatildeo

aleacutem de caracteriacutesticas intriacutensecas do paciente Vale acrescentar que ldquoos cateteres 6 Worthigton T Elliot TSJ Diagnosis of central venous catheter related infection in adult pacient J Infect 2005 51267-80 7 Fernandes AT Ribeiro Filho N Infecccedilatildeo do acesso vascular In Fernandes AT Fernandes M OV Ribeiro Filho N Infecccedilatildeo hospitalar e suas interfaces na aacuterea da sauacutede Satildeo Paulo (SP) Atheneu 2000 p 556-79

15

confeccionados em Teflon e poliuretano estatildeo associados a baixas frequecircncias de

complicaccedilotildees infecciosas quando comparados aos de polivinilcloreto e polietilenordquo

CENTERS FOR DISEASE CONTROL AND PREVENTION-CDC 2002)

ldquoNo acircmbito hospitalar a flebite eacute uma das complicaccedilotildees mais frequentes e

considerada uma das principais falhas da infusatildeordquo Eacute o processo inflamatoacuterio da camada

iacutentima das veias ocasionado por irritaccedilatildeo mecacircnica quiacutemica ou infecccedilotildees bacterianas

apresentando manifestaccedilotildees como dor edema hiperemia local e calor (GABRIEL8

Machado et al(2008) relata que ldquocerca de 1 a 10 destes pacientes desenvolvem

infecccedilotildees locais ou sistecircmicas relacionadas ao uso de cateteres causadas por alteraccedilatildeo ou

ruptura da integridade da pele que permite a passagem de microorganismos colonizadoresrdquo

2008

apud MAGEROTE et al 2011 p 487)

O curativo para fixaccedilatildeo do cateter eacute outro ponto importante para a manutenccedilatildeo do

mesmo visto que a ldquofixaccedilatildeo reduz o risco de complicaccedilotildees relacionadas agrave terapia intravenosa

tais como flebite infiltraccedilatildeo septicemia e deslocamento do cateterrdquo aleacutem de mantecirc-lo limpo

e seco permitindo a visualizaccedilatildeo contiacutenua do mesmo a fim de prevenir os agravos

(PHILLIPS9

No seacuteculo passado durante os primeiro 50 anos da praacutetica da terapia intravenosa

utilizava-se para fixaccedilatildeo gaze esteacuteril e fitas adesivas O iniacutecio do uso de filmes transparentes

esteacutereis se deu em 1970 como solicitaccedilatildeo dos enfermeiros quanto agrave necessidade da retirada do

curativo para realizar a inspeccedilatildeo do local de inserccedilatildeo funccedilatildeo atribuiacuteda aos mesmos a fim de

impedir uma infecccedilatildeo de corrente sanguiacutenea (MACHADO PEDREIRA E CHAUD 2008)

2001 apud SILVA E ZANETTI 2004 p233)

O uso de fitas adesivas natildeo-esteacutereis pode ser bastante observado em algumas

instituiccedilotildees de sauacutede contudo fita adesiva soacute natildeo estaacute contaminada enquanto permanece na

embalagem sugerindo tambeacutem a possibilidade da transmissatildeo de microorganismos

patogecircnicos com a aplicaccedilatildeo da mesma sobre o local de inserccedilatildeo do cateter

(VANDENBOSCH COOCH E TRESTON-AURAND10

8 Gabriel J Infusion therapy part one minimising the risks Nurs Stand 2008 Apr 22(31)51-6

1997 et al MACHADO

PEDREIRA E CHAUD2005 p292)

9 Phillips DL Manual de terapia endovenosa Trad Pedreira MLG Pereira SR Harada MJCS Peterline MAS 2ordf ed Porto Alegre (RS) Artmed 2001551P 10 VandenBosch TM Cooch J Treston-Aurand J Research utilization adhesive bandage dressing regimen for peripheral venous catheters Am J Infect Control 1997 25(6)513-9

16

Acerca da terapia intravenosa podem ocorrer incompatibilidades em relaccedilatildeo aos

faacutermacos administrados e os cateteres utilizados que na maioria das vezes natildeo satildeo percebidos

devido a impossibilidade de visualizaccedilatildeo Essas incompatibilidades satildeo denominadas por

Peterlini Chaud e Pedreira (2006) como adsorccedilatildeo e absorccedilatildeo onde ocorre ldquoperda do faacutermaco

para a superfiacutecie de frascos seringas filtros acessoacuterios e cateteres da terapia intravenosa por

meio de adsorccedilatildeo ou pela absorccedilatildeo do faacutermaco para a matriz do material de confecccedilatildeo desses

dispositivosrdquo Com isso o profissional de enfermagem tem como funccedilatildeo aleacutem do

conhecimento cientiacutefico acerca das drogas utilizadas programar accedilotildees que possibilitem

ldquoreconstituiccedilatildeo diluiccedilatildeo acondicionamento e cuidados na administraccedilatildeo de faacutermacosrdquo

evitando assim prejuiacutezos no tratamento

17

3 METODOLOGIA

31 Tipo de pesquisa

Trata-se de uma pesquisa descritiva exploratoacuteria de abordagem qualitativa com os

profissionais da equipe de enfermagem da unidade de internaccedilatildeo pediaacutetrica de um hospital

universitaacuterio do estado do Rio de Janeiro

Para Minayo Deslandes e Gomes (2007 p 21) a pesquisa qualitativa responde as

questotildees de forma particular de modo que trabalha com o universo dos significados dos

motivos das aspiraccedilotildees das crenccedilas dos valores e atitudes Sendo assim entende-se que as

accedilotildees do ser humano se distinguem a partir do seu pensamento do modo de agir de acordo

com a realidade vivida por cada um

Segundo Gil (1999 p44) ldquoas pesquisas descritivas tecircm como objetivo primordial a

descriccedilatildeo das caracteriacutesticas de determinada populaccedilatildeo ou fenocircmeno ou o estabelecimento de

relaccedilotildees variaacuteveisrdquo

Kauark Manhatildees e Medeiros (2010 p28) determinam a pesquisa exploratoacuteria como

agravequela que ldquoObjetiva a maior familiaridade com o problema tornando-o expliacutecito ou agrave

construccedilatildeo de hipoacutetesesrdquo Acrescenta ainda que a mesma pode conter levantamento

bibliograacutefico entrevistas com pessoas experientes no problema pesquisado entre outras

fontes

32 Sujeitos da pesquisa

A pesquisa contou com um nuacutemero total de nove (9) profissionais da equipe de

enfermagem da unidade de internaccedilatildeo pediaacutetrica de um Hospital Universitaacuterio do Rio de

Janeiro sendo estes dois (2) enfermeiros e sete (7) teacutecnicos de enfermagem De todos os

18

participantes apenas um trabalha no serviccedilo noturno sendo o restante do serviccedilo diurno Os

mesmos satildeo os responsaacuteveis pela instalaccedilatildeo e manipulaccedilatildeo dos os acessos venosos

perifeacutericos supondo assim que tenham maior domiacutenio sobre o assunto abordado

Os sujeitos foram identificados com codinomes referentes agraves princesas da Disney para

que suas identidades sejam preservadas

33 Cenaacuterio

A pesquisa ocorreu na unidade de internaccedilatildeo pediaacutetrica localizada no quinto andar do

Hospital Universitaacuterio do Rio de Janeiro vinculado a uma Universidade Federal

A unidade pediaacutetrica eacute divida em trecircs enfermarias de acordo com a idade das crianccedilas

hospitalizadas sendo denominadas estas Lactente preacute-escolar e escolar A enfermaria

Lactente eacute composta por 5 leitos hospitalizando crianccedilas de 29 dias a 2 anos jaacute na preacute-escolar

encontram-se 6 leitos e acolhe crianccedilas de 2 a 6 anos e na escolar 6 leitos abrigando crianccedilas

de 7 a 12 anos Toda crianccedila hospitalizada tem direito a um acompanhante como eacute

preconizado por direito pelo Artigo doze (12) do Estatuto da Crianccedila e do Adolescente

(Brasil 1990 p3)

A enfermaria conta com um posto de enfermagem localizado no centro da unidade

possibilitando maior visualizaccedilatildeo das enfermarias Possui tambeacutem uma sala de recreaccedilatildeo e

banheiro para os pacientes e acompanhantes Haacute uma sala utilizada pedagogia hospitalar

onde uma professora realiza atividades com as crianccedilas

Vale ressaltar que na unidade haacute uma sala para realizaccedilatildeo de procedimentos dolorosos

como a punccedilatildeo venosa perifeacuterica e sempre que possiacutevel o paciente eacute levado ateacute ela

34 Coleta de dados

A coleta de dados se deu a partir da teacutecnica de entrevista semi-estruturadas que

segundo Minayo Deslandes e Gomes (2007 p 64) satildeo ldquoperguntas fechadas e abertas em que

o entrevistado tem a possibilidade de discorrer sobre o tema em questatildeo sem se prender agrave

indagaccedilatildeo formuladardquo As mesmas foram gravadas em entrevista individual e tiveram como

foco as accedilotildees que os profissionais da equipe de enfermagem realizam acerca dos cuidados

para a permanecircncia do acesso venoso perifeacuterico aleacutem de investigar sobre o conhecimento que

cada um possui sobre o tema

19

Apoacutes contato preacutevio com a equipe de enfermagem foi acordado um dia e horaacuterio para

a realizaccedilatildeo das entrevistas que aconteceram na proacutepria unidade Todos os profissionais da

equipe de enfermagem foram convidados a participar voluntariamente da pesquisa As

entrevistas aconteceram apoacutes os profissionais assinarem o Termo de Consentimento Livre e

Esclarecido (TCLE)

Para Minayo Deslandes e Gomes (2007 p 64) a entrevista possui como principal

objetivo construir dados que sejam pertinentes para a pesquisa aleacutem de ser a estrateacutegia mais

utilizada no processo de trabalho de campo

A coleta foi interrompida no momento em que os dados se mostraram saturados ou

seja quando houve a cessaccedilatildeo do acreacutescimo de informaccedilotildees novas referentes ao tema

proposto

O fechamento amostral por saturaccedilatildeo teoacuterica eacute definido como a suspensatildeo de inclusatildeo

de novos participantes quando os dados obtidos passam a apresentar na avaliaccedilatildeo do

pesquisador certa redundacircncia ou repeticcedilatildeo natildeo sendo considerado relevante continuar a

coleta de dados (FONTANELLA RICAS e TURATO 2008)

35 Questotildees eacuteticas da pesquisa

De acordo com a Resoluccedilatildeo 46612 que visa assegurar os direitos e deveres que

dizem respeito agrave comunidade cientiacutefica aos sujeitos da pesquisa e ao Estado uma pesquisa

que envolve a participaccedilatildeo de seres humanos deve atender aos fundamentos eacuteticos e

cientiacuteficos pertinentes para a seguranccedila dos mesmos Neste contexto toda pesquisa

envolvendo seres humanos deveraacute ser submetida agrave apreciaccedilatildeo de um Comitecirc de Eacutetica em

Pesquisa (CEP) (BRASIL 2012)

Atendendo a esta condiccedilatildeo o projeto de pesquisa foi encaminhado ao CEP ndash do

Hospital Universitaacuterio o qual foi realizada a pesquisa foi analisado e aprovado na Reuniatildeo

com data de 06122013 CAAE 24693613700005243 Nuacutemero do parecer 486451 Com

isso a pesquisa foi desenvolvida mediante aprovaccedilatildeo do CEP atendendo aos preacute-requisitos

estipulados pela Resoluccedilatildeo nordm 46612

Esta pesquisa eacute pautada em princiacutepios eacuteticos que respeitam a dignidade humana e

justiccedila assegurando que natildeo haveraacute nenhum tipo de dano aos participantes

20

Em atendimento a resoluccedilatildeo 46612 do Conselho Nacional de SauacutedeMS apoacutes serem

esclarecidos pela pesquisadora quanto aos aspectos eacuteticos relacionados agrave pesquisa aleacutem das

formas de produccedilatildeo de dados e inserccedilatildeo no estudo os sujeitos da pesquisa assinaram duas

vias do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido ndash TCLE (apecircndice 1) autorizando sua

participaccedilatildeo voluntaacuteria na pesquisa Uma via foi entregue ao participante e outra ficou

arquivada com a pesquisadora

Nesse documento consta os objetivos da pesquisa procedimentos benefiacutecios

previstos garantia de recusa de participaccedilatildeo em qualquer momento de acesso aos resultados

da pesquisa e tambeacutem a garantia de acesso ao pesquisador quando os sujeitos julgarem

necessaacuterio sendo todas essas informaccedilotildees em linguagem acessiacutevel e simples O mesmo foi

apresentado e explicado ao profissional convidado a participar do estudo no primeiro contato

eou durante visita agendada para realizaccedilatildeo da entrevista

Vale ressaltar que esta pesquisa cujo financiamento eacute proacuteprio natildeo oferece nenhum

tipo de riscos para o sujeito da pesquisa e nem para o cuidado das crianccedilas internadas no setor

de pediatria e os benefiacutecios da participaccedilatildeo do mesmo satildeo de aumentar o conhecimento

cientiacutefico na aacuterea de Enfermagem Pediaacutetrica aleacutem de contribuir para a praacutetica profissional

36 Anaacutelise dos dados

O processo de anaacutelise dos dados foi baseada na teacutecnica da Anaacutelise Temaacutetica que para

Minayo Deslandes e Gomes (2007 p 86) o conceito central eacute o tema ldquoO tema eacute a unidade de

significaccedilatildeo que se liberta naturalmente de um texto analisado segundo criteacuterios relativos agrave

teoria que serve de guia da leiturardquo (BARDIN11

A anaacutelise realizada estava de acordo com a sugerida por Minayo (2010 p 315) e

contam com as seguintes etapas preacute-analise exploraccedilatildeo do material tratamento dos

resultados obtidos e interpretaccedilatildeo Atraveacutes dessas etapas tem-se o objetivo de descrever o

conteuacutedo do material coletado e interpretaacute-lo

1979 apud MINAYO DESLANDES

GOMES 2007 p 86)

A preacute analise consiste na escolha dos elementos a serem analisados e na retomada das

hipoacuteteses e dos objetivos iniciais da pesquisa Inicia-se com uma leitura flutuante onde o

11 BARDIN L Anaacutelise de Conteuacutedo Lisboa Ediccedilotildees 70 1979

21

pesquisador toma contato direto com o material adquirido deixando-se impregnar por seu

conteuacutedo Posteriormente haacute a constituiccedilatildeo do Corpus textual onde eacute feita uma seleccedilatildeo dos

documentos que iratildeo contemplar e fornecer informaccedilotildees sobre o tema sendo assim adequados

para dar resposta aos objetivos do trabalho (MINAYO 2010 p 315)

Essa fase preacute-analiacutetica eacute onde se determinam a unidades de registro unidade de

contexto e a partir delas satildeo determinados os temas que seratildeo analisados A unidade de

registro corresponde parte do conteuacutedo selecionado como base para analise e apoacutes a

delimitaccedilatildeo do contexto de compreensatildeo da unidade de registro eacute estabelecida a unidade de

contexto (MINAYO 2010 p 316)

De acordo com os objetivos da pesquisa foi possiacutevel perceber que nove (9)

entrevistas supriam para atender os mesmo encerrando assim a coleta Apoacutes a transcriccedilatildeo das

entrevistas foi realizada leitura das mesmas para natildeo soacute conhecimento do material mas

tambeacutem estabelecer as unidades de registro Em seguida foi realizado o colorimento das falas

assim as classificando de acordo com as unidades de registro estabelecidas

As unidades de registro que surgiram foram os fatores que interferem na manutenccedilatildeo

do acesso venoso perifeacuterico e o apontamento do acompanhante como responsaacutevel pela perda

do acesso venoso perifeacuterico Elas receberam as cores vermelha e laranja respectivamente a

fim de facilitar o agrupamento dos dados A partir disto surgiram as unidades de contexto que

compreendem as falas das entrevistas de modo a exemplificar o contexto das unidades de

registro

Partindo para segunda etapa da analise temaacutetica a exploraccedilatildeo do material que consiste

numa classificaccedilatildeo que visa alcanccedilar o nuacutecleo de compreensatildeo do texto Busca-se encontrar

categorias que satildeo expressotildees ou palavras significativas em funccedilatildeo das quais o conteuacutedo seraacute

organizado Essas categorias satildeo responsaacuteveis pela especificaccedilatildeo dos temas (MINAYO

2010 p 317)

Nesse caso foram definidos os seguintes temas cuidados preacute intra e poacutes procedimento

de punccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico cuidados em desuso para manutenccedilatildeo do acesso

venoso perifeacuterico o acompanhante e a manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico Essas trecircs (3)

categorias seratildeo apresentadas analisadas e discutidas no capitulo seguinte

22

4 RESULTADOS E DISCUSSAtildeO

Nesse capiacutetulo apresento as trecircs categorias temaacuteticas que surgiram da anaacutelise dos

dados e que contemplaram de forma satisfatoacuteria os objetivos da pesquisa A primeira

categoria denominada como ldquoOs cuidados de enfermagem preacute intra e poacutes-procedimento de

punccedilatildeo do acesso venoso perifeacutericordquo traz os passos e cuidados que os profissionais realizam

antes durante e apoacutes a punccedilatildeo buscando descrever e analisar os fatores envolvidos na pratica

do procedimento em questatildeo que emergiram das entrevistas aleacutem dos cuidados de

enfermagem para a manutenccedilatildeo do mesmo

A segunda categoria que seraacute apresentada eacute ldquoOs cuidados em desuso para manutenccedilatildeo

do acesso venoso perifeacutericordquo que mostra os cuidados que os profissionais citaram como natildeo

mais utilizados para auxiliar na manutenccedilatildeo da punccedilatildeo venosa perifeacuterica

E a uacuteltima categoria eacute denominada ldquoO acompanhante e a manutenccedilatildeo do acesso

venoso perifeacutericordquo e traz a responsabilizaccedilatildeo do acompanhante pelos profissionais do setor

em relaccedilatildeo aos cuidados com manutenccedilatildeo da punccedilatildeo Essa categoria busca tambeacutem ressaltar a

funccedilatildeo do acompanhante durante a hospitalizaccedilatildeo da crianccedila destacando que determinados

cuidados satildeo de total funccedilatildeo da equipe de enfermagem

41 Os cuidados de enfermagem preacute intra e poacutes-procedimento de punccedilatildeo do acesso

venoso perifeacuterico

Para interpretar as unidades de contextos tive como base autores que definiram os

cuidados de enfermagem preacute intra e poacutes punccedilatildeo venosa perifeacuterica Para esses autores a fase

de preacute-punccedilatildeo compreende as accedilotildees de anaacutelise e conhecimento da prescriccedilatildeo avaliaccedilatildeo e

23

preparo emocional do paciente preparo do material e medicaccedilatildeo seleccedilatildeo do siacutetio de inserccedilatildeo

e dilataccedilatildeo da veia selecionada As accedilotildees envolvidas na punccedilatildeo satildeo a execuccedilatildeo das

precauccedilotildees-padratildeo antissepsia da pele punccedilatildeo do vaso a fixaccedilatildeo e curativo do cateter

Finalmente na etapa de poacutes-punccedilatildeo adota-se a identificaccedilatildeo da punccedilatildeo o descarte apropriado

das partes dos materiais natildeo utilizados a orientaccedilatildeo do paciente acerca da terapecircutica o

controle da infusatildeo atraveacutes do gotejamento se necessaacuterio e o registro do procedimento

Phillips12

De acordo com as entrevistas a seleccedilatildeo do local de punccedilatildeo eacute indicada com um fator

que interfere diretamente no tempo de permanecircncia do acesso venoso perifeacuterico visto que

dependendo do local ocorre a perda mais rapidamente Aleacutem da localizaccedilatildeo citaram tambeacutem

o calibre da veia como interferecircncia na manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico Seguem

abaixo algumas falas

(2001 apud ARAUacuteJO 2007 p18)

ldquoPrimeira coisa eacute vocecirc procurar bem a veia colocar uma veia de um bom calibre Se puder dar preferecircncia a natildeo puncionar dobrasrdquo (Cinderela) ldquoDependendo de onde estiver puncionado se for na matildeozinha a crianccedila fica toda hora ta mexendo taacute manipulando alguma coisa e se for no pezinho tambeacutem nem todo tempo vai ficar acamada entatildeo acaba perdendo o acessordquo(Bela ) ldquoO mau posicionamento pode levar a perdardquo (Rapunzel)

A opiniatildeo dos profissionais acima vai de encontro com o que eacute encontrado na

literatura visto que eacute de suma importacircncia que o mesmo avalie o cliente e considere alguns

aspectos para uma escolha criteriosa e eficaz como a finalidade da punccedilatildeo o tipo de soluccedilatildeo

a ser infundida a condiccedilatildeo da rede venosa a duraccedilatildeo da terapia idade do cliente habilidade

cognitiva da crianccedila a preferecircncia do cliente o que nem sempre seraacute possiacutevel satisfazer e

tambeacutem a sua atividade (ARAUacuteJO 2007 p31)

Os cuidados com o acesso venoso perifeacuterico satildeo importantes antes mesmo da

realizaccedilatildeo do procedimento Levando em consideraccedilatildeo que um erro durante a fase de preacute-

procedimento como a escolha errada do local de punccedilatildeo por exemplo poderaacute levar a perda

do acesso e prejudicar assim o tratamento aleacutem do bem-estar da crianccedila que seraacute puncionada

novamente

12 PHILLIPS L D Manual de terapia intravenosa 2ed Porto Alegre Artmed 2001

24

O vaso sanguiacuteneo que o profissional selecionar como local para puncionar deve ser

suficiente para suportar o calibre e o comprimento do cateter aleacutem de atender a necessidade

terapecircutica para que natildeo haja a necessidade de uma nova punccedilatildeo

A punccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico eacute um procedimento doloroso e de grande

incomodo para a crianccedila com isso eacute de suma importacircncia realizar a seleccedilatildeo preacutevia do

material poreacutem natildeo foi citado Outro cuidado rotineiro e natildeo menos importante como a

lavagem das matildeos antes da colocaccedilatildeo do acesso tambeacutem natildeo foi mencionado durante as

entrevistas

O preparo emocional da crianccedila e do acompanhante quanto ao procedimento deve ser

considerada praacutetica rotineira para a equipe de enfermagem O profissional de enfermagem

deve lavar as matildeos objetivando a reduccedilatildeo significativa de risco de infecccedilatildeo e recomenda-se o

uso de aacutegua e sabatildeo para lavagem das matildeos antes da colocaccedilatildeo do cateter venoso perifeacuterico

(PHILLIPS13

O preparo preacutevio do material para instalaccedilatildeo do cateter venoso perifeacuterico eacute importante

para evitar interrupccedilotildees do procedimento e consequentemente um maior tempo de

manipulaccedilatildeo da crianccedila (SILVA

2001apud ARAUacuteJO 2007 Centers for Disease Control and Prevention ndash CDC

2002 apud ARAUacuteJO 2007)

14

Outro aspecto citado e classificado como preacute-procedimento eacute o cuidado com a

medicaccedilatildeo a ser administrada incluindo cuidados com a diluiccedilatildeo e composiccedilatildeo da mesma

Seguem algumas das falas

2004 apud ARAUacuteJO 2007 p30)

ldquoEstar sempre diluindo as medicaccedilotildees de acordo com a prescriccedilatildeo meacutedica pois as medicaccedilotildees satildeo muito fortes e podem causar enfraquecimento da veia Tem que diluir direitinho e passar lento na veiardquo (Cinderela) ldquoTer cuidado principalmente quando eacute crianccedila e a diluiccedilatildeo da medicaccedilatildeo tambeacutem agraves vezes natildeo eacute pra passar em perifeacuterico e na segunda dose jaacute perdeurdquo (Alice)

O acesso venoso perifeacuterico eacute a primeira alternativa para infusatildeo intravenosa por ser de

mais faacutecil acesso e rapidez no efeito da medicaccedilatildeo O profissional de enfermagem deve ter

domiacutenio natildeo soacute relacionado agrave infusatildeo das medicaccedilotildees mas tambeacutem com a composiccedilatildeo

13 PHILLIPS L D Manual de terapia intravenosa 2ed Porto Alegre Artmed 2001 14 SILVA G R G Terapia intravenosa em receacutem-nascidos ndash orientaccedilotildees para o cuidado de Enfermagem Rio de Janeiro Cultura Meacutedica 2004

25

farmacoloacutegica das mesmas os efeitos adversos e colaterais que a droga pode causar inclusive

em relaccedilatildeo a diluiccedilatildeo o que normalmente eacute estabelecido como padratildeo no setor de acordo com

cada faacutermaco

Com a intenccedilatildeo de promover a eficaacutecia terapecircutica dos medicamentos administrados

por via intravenosa eacute atribuiccedilatildeo do profissional de enfermagem implementar teacutecnicas como a

diluiccedilatildeo acondicionamento e cuidados na administraccedilatildeo de faacutermacos a fim de evitar

prejuiacutezos no tratamento resultantes da incompatibilidade medicamentosa (PETERLINI

CHAUD e PEDREIRA 2006)

Os fatores intra-procedimento satildeo considerados aqueles diretamente relacionados com

o procedimento Os dados colidos nas entrevistas ressaltaram apenas a fixaccedilatildeo com um fator

que interfere nessa fase Este foi o dado mais repetitivo nas entrevistas poreacutem sempre citado

de forma superficial Seguem as falas dos profissionais quando questionados sobre o que era

importante para manutenccedilatildeo do acesso

ldquoTem que fazer uma boa fixaccedilatildeo Porque quando a pessoa natildeo fixa bem prejudica porque aquilo vai soltando e quando vocecirc vecirc jaacute perdeu a veiardquo(Cinderela) ldquoEu acho que natildeo tem o que fazer para manter o acesso A crianccedila vai ficar uns dias X com aquele acesso pra fazer medicaccedilatildeo e eu acho que natildeo tem o que vocecirc profissional fazer para que natildeo percardquo (Aurora) ldquoA fixaccedilatildeo evita a movimentaccedilatildeo excessiva no local que estaacute o acessordquo (Ariel) ldquoTer cuidado com o curativo saber manusear E manter sempre o curativo limpo trocar se necessaacuteriordquo (Rapunzel) ldquoA fixaccedilatildeo eacute muito importante pra natildeo soltar o acesso e pra ele ficar mais tempordquo(Mulan)

Oliveira Bezerra e Pereira (2008 p 94) afirmam que de acordo com o revelado por

determinados estudos o tipo de curativo a fixaccedilatildeo do cateter e o tempo de permanecircncia estatildeo

diretamente relacionados com a ocorrecircncia de complicaccedilotildees infecciosas como flebites e

tambeacutem infiltraccedilatildeo extravasamento desconexatildeo e deslocamento do cateter

26

Para Pettit e Kraus15

Potter

(1995 apud MACHADO PEDREIRA E CHAUD2005 p292) a

gaze esteacuteril fixada com a fita adesiva hipoalergecircnica bem como a peliacutecula transparente esteacuteril

satildeo os materiais mais recomendados para curativo e fixaccedilatildeo de cateter venoso perifeacuterico

16

Jaacute as peliacuteculas transparentes mais conhecidas como filme permitem a respiraccedilatildeo

normal da pele com alta permeabilidade ao oxigecircnio e vapores e eacute impermeaacutevel a liacutequidos e

micro-organismos (SILVA E ZANETTI 2004 p233) Aleacutem disso permitem tambeacutem a

visualizaccedilatildeo contiacutenua do local de punccedilatildeo permitindo assim avaliaccedilatildeo do mesmo natildeo soacute

durante a infusatildeo de medicaccedilotildees mas tambeacutem todo o tempo

(1998 apud SILVA E ZANETTI 2004 p233) afirma que nas fixaccedilotildees em

que se utiliza a gaze esteacuteril preconiza-se a utilizaccedilatildeo de teacutecnica asseacuteptica Neste curativo a

gaze esteacuteril eacute colocada sobre o siacutetio de inserccedilatildeo e suas bordas satildeo fixadas com fita adesiva

A observaccedilatildeo da punccedilatildeo eacute muito importante pois se o local de inserccedilatildeo se mostrar

com sinais e sintomas de complicaccedilotildees a terapia deve ser suspensa (OLIVEIRA BEZERRA

e PEREIRA 2008 p95)

A visualizaccedilatildeo contiacutenua do acesso permite que a equipe de enfermagem possa realizar

uma observaccedilatildeo mais particularizada em relaccedilatildeo agraves condiccedilotildees do acesso venoso perifeacuterico

podendo observar se haacute deslocamento do cateter sinais de infiltraccedilatildeo e tambeacutem sinais de

infecccedilatildeo

Para Silva Barbato e Valente (2013 p 1200) cabe ao enfermeiro fazer a avaliaccedilatildeo

diaacuteria e cuidadosa do curativo observando a presenccedila de umidade sujidade integridade do

oacutestio de inserccedilatildeo a fixaccedilatildeo bem como a realizaccedilatildeo do curativo e das anotaccedilotildees legais

competentes agraves suas funccedilotildees

A fase poacutes-procedimento eacute caracterizada por uma seacuterie de cuidados que a equipe de

enfermagem deve realizar para que se obtenha maior tempo de permanecircncia do acesso venoso

perifeacuterico Durante as entrevistas os cuidados citados foram a salinizaccedilatildeo do acesso cuidados

para evitar a flebite e a velocidade de infusatildeo

15 Pettit DM Kraus V The use of gauze versus transparent dressings for peripheral intravenous catheter sites Nurs ClinNorth Am 1995 30(3)495-506 16 Potter P Perry AG Fundamentos de enfermagem processo conceito e praacutetica 3ordf ed Santos(SP) Guanabara Koogan19981397pp801-43

27

ldquoManter um acesso bem salinizado que vocecirc lave pelo menos de duas de trecircs em trecircs horas Se bem que isso aqui na pediatria natildeo eacute muito comum aqui a gente soacute lava cada vez que vai fazer medicaccedilatildeo mas se eu natildeo me engano a literatura preconiza isso vocecirc lavar pelo menos de quatro em quatro horas o acessordquo (Aurora)

ldquoPra manter o acesso venoso perifeacuterico eacute importante manter ele salinizado Assim que a gente recebe o plantatildeo eu vou ver se o acesso ta peacutervio com uma ldquoseringuinhardquo vai la da uma ldquolavadinhardquo e vecirc se o acesso ta peacutervio e manter o acesso salinizadordquo (Ariel)

ldquoSalinizar de 6 em 6 horas para manter ele peacuterviordquo (Alice)

ldquoTem que passar lento a medicaccedilatildeo e a limpeza da aacuterea vocecirc tem que limpar bem a aacuterea pra vocecirc natildeo formar uma flebiterdquo (Cinderela)

A salinizaccedilatildeo do acesso eacute um cuidado simples e de grande importacircncia Esse cuidado

deve ser realizado para manter o acesso peacutervio e limpo e deve ser realizado antes e apoacutes

qualquer infusatildeo

Para Moncaio e Figueiredo (2009)

a ldquosalinizaccedilatildeordquo consiste em administrar sob pressatildeo positiva soluccedilatildeo salina (Soro fisioloacutegico a 09) logo apoacutes o teacutermino da infusatildeo da medicaccedilatildeo Este procedimento visa prevenir a formaccedilatildeo de trombos e fibrina evitar o contato de drogas incompatiacuteveis (quando da infusatildeo de mais de um item medicamentoso no mesmo horaacuterio) garantir a infusatildeo de todo o medicamento que possa ter ficado no sistema aleacutem de evitar retorno sanguiacuteneo mantendo o cateter peacutervio para a proacutexima infusatildeo

Durante a coleta de dados esse cuidado surgiu em diversos momentos poreacutem foi

possiacutevel perceber que os profissionais realizam o mesmo de forma banalizada Natildeo sabem de

fato a real funccedilatildeo de manter o acesso salinizado A impressatildeo que passa eacute que eles

aprenderam que esse cuidado deveria ser feito e simplesmente fazem Haacute divergecircncias

tambeacutem entre a equipe em relaccedilatildeo ao momento que deve ser realizada a salinizaccedilatildeo e isso nos

mostra a desatualizaccedilatildeo dos profissionais do setor e a falta de uma educaccedilatildeo continuada no

hospital

Os cuidados para evitar a flebite e a velocidade de infusatildeo da medicaccedilatildeo apareceram

menos nas entrevistas e interferem diretamente com a manutenccedilatildeo do acesso venoso

perifeacuterico

28

A flebite eacute uma inflamaccedilatildeo na veia puncionada ocorrendo quando as ceacutelulas

endoteliais da parede da veia que o cateter estaacute inserido tornam-se inflamadas e irregulares

propiciando a aderecircncia de plaquetas e predispondo a veia a inflamaccedilatildeo Eacute comum que o local

se apresente dolorido hiperemiado quente e edemaciado e nesses casos eacute aconselhada a

retirada do cateter Uma boa fixaccedilatildeo do cateter perifeacuterico eacute recomendada por autores na

literatura visto que previnem deslocamento faacutecil e permitem uma boa visualizaccedilatildeo do local

evitando complicaccedilotildees como a flebite e infiltraccedilatildeo (MOLDES et al 2011 p 330)

Dentre as principais falhas de infusatildeo venosa estatildeo flebite infiltraccedilatildeo hematoma e

obstruccedilatildeo Acredita-se que para reduzir a incidecircncia destas nas unidades pediaacutetricas eacute preciso

a adoccedilatildeo de estrateacutegias tais como a abordagem junto agrave equipe em parceria com o setor de

educaccedilatildeo permanente e a adoccedilatildeo do uso da teacutecnica corretamente e de forma asseacuteptica para a

realizaccedilatildeo da punccedilatildeo venosa perifeacuterica em acordo com a comissatildeo de controle de infecccedilatildeo

hospitalar (SILVA BARBATO e VALENTE 2013 p 1200)

A incapacidade do paciente em relatar dor no siacutetio de administraccedilatildeo do faacutermaco quer

pela idade ou condiccedilatildeo cliacutenica e o local de inserccedilatildeo como tambeacutem a velocidade de infusatildeo do

medicamento (gt25mgmin) satildeo classificados como fatores de risco para a perda do acesso

venoso perifeacuterico (MARTINS SILVINO e DIAS 2010)

42 Os cuidados em desuso para manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico

Essa categoria discorre sobre os cuidados de enfermagem que com o passar do tempo

foram desconsiderados e natildeo satildeo mais utilizados Quando questionados em relaccedilatildeo a vivencia

profissional e cuidados que discordavam os entrevistados citaram o uso da tala para fixaccedilatildeo

uso de heparina e os cuidados em relaccedilatildeo ao tempo de permanecircncia do cateter Haacute muitas

controveacutersias em relaccedilatildeo aos cuidados citados acima

O tempo de permanecircncia interfere diretamente no aparecimento de complicaccedilotildees

como flebite e que acabam levando a perda do acesso venoso perifeacuterico mais rapidamente

aconselhando assim a troca do mesmo entre 76 a 96 horas Poreacutem eacute preconizada a retirada do

cateter apenas se finalizar o tratamento ou houver alguma interferecircncia

ldquoA gente observa tambeacutem o tempo dependendo do tempo tem que tirarrdquo (Alice)

29

ldquoHoje eu natildeo sei como que eacute essa questatildeo do tempo porque a gente trocava o acesso a cada quatro dias agora o pessoal jaacute diz que pode trocar em ateacute uma semana entatildeo natildeo sei como que ta isso e o que tem escrito em relaccedilatildeo a isso (Aurora)

Sabe-se que o tempo para troca do cateter de teflon ou poliuretano varia de 72 a 96

horas com o intuito de reduzir risco de infecccedilatildeo e flebite e para minimizar esses riscos nas

seguintes situaccedilotildees diante de sinais inflamatoacuterios no local de inserccedilatildeo e sempre que houver

mau funcionamento do cateter (SANTOS17

Entretanto o Center for Disease Control and Prevention - CDC (2002) diz que em

pacientes pediaacutetricos natildeo foi observada relaccedilatildeo quanto ao tempo de permanecircncia do cateter e

ocorrecircncia de complicaccedilotildees devendo ser mantido ateacute o teacutermino da terapia intravenosa ou

quando forem observados sinais cliacutenicos de complicaccedilotildees

2004 apud OLIVEIRA BEZERRA e PEREIRA

2008 p 93)

Eacute possiacutevel observar a diferenccedila do conhecimento pratico dos profissionais

entrevistados em relaccedilatildeo ao conhecimento encontrado na literatura E ainda contendo duacutevidas

natildeo haacute uma busca da parte dos mesmos para esclarececirc-las

O uso da heparina com a finalidade de manter o acesso peacutervio por um periacuteodo maior

de tempo mostra-se com mais certeza quanto ao desuso nos dados colidos

ldquoAntigamente a gente usava heparina entatildeo a gente ficava tranquila em relaccedilatildeo agrave obstruccedilatildeo mas agora natildeo a gente usa o soro fisioloacutegico e a gente deixa salinizadordquo (Aurora)

Rang e Dale 18(1998 apud DOPICO e OLIVEIRA 2006) afirmam que a heparina

inibe a formaccedilatildeo de coaacutegulos de fibrina in vitro e in vivo e que seu efeito anticoagulante eacute

praticamente imediato Com isso Phillips19

17 Santos W Lavagem das matildeos In R Luiz Santos W Manual baacutesico de prevenccedilatildeo e controle das infecccedilotildees hospitalares do HRU Fortaleza Hospital Regional Unimed 2004

(2001 apud DOPICO e OLIVEIRA 2006)

ressalta que a teacutecnica de manutenccedilatildeo intermitente de cateteres intravenosos com soluccedilatildeo

salina 09 classificada como salinizaccedilatildeo tem sido pesquisada haacute alguns anos apresentando

em relaccedilatildeo ao uso da heparina vantagens como o baixo custo ser um procedimento mais

18 Rang HP Dale M M Hemostasia e Trombose In Rang HP Dale M M Farmacologia Rio de Janeiro Guanabara Koogan 1998 p235-47 19 PHILLIPS L D Manual de terapia intravenosa 2ed Porto Alegre Artmed 2001

30

simples aleacutem de eliminar a possibilidade de incompatibilidade com as drogas e soluccedilotildees

administradas aleacutem da inexistecircncia de riscos ao paciente Entretanto sabe-se que a literatura

ainda natildeo fornece consenso acerca da soluccedilatildeo mais indicada para manutenccedilatildeo da

permeabilidade do cateter venoso perifeacuterico

Eacute importante ressaltar que muitas instituiccedilotildees do nosso paiacutes nem ao menos tecircm o

conhecimento da praacutetica da salinizaccedilatildeo com soluccedilatildeo salina 09 No que se refere agrave pesquisa

cientiacutefica as limitaccedilotildees desta praacutetica satildeo atribuiacutedas agrave ausecircncia de um maior nuacutemero de

estudos controlados para validar sua eficaacutecia (EPPERSON20

Apesar de natildeo ser encontradas publicaccedilotildees acerca do tema a utilizaccedilatildeo de heparina

mostra-se como uma pratica natildeo mais utilizada pelos profissionais de enfermagem Outro

tema onde haacute controveacutersias e tambeacutem poucas citaccedilotildees eacute o uso da tala para fixaccedilatildeo do acesso

venoso perifeacuterico Seguem abaixo a opiniatildeo de alguns dos profissionais entrevistados

1984 apud DOPICO e

OLIVEIRA 2006)

ldquoA uacutenica coisa que eu natildeo gosto de ver eacute quando se coloca tala para imobilizar dizendo que a tala vai ajudar a natildeo perder a veia Isso eu natildeo concordo acho que a tala prejudica a crianccedila fica incomodada faz dor no membrordquo (Cinderela)

ldquoAntigamente a gente usava muito tala e as vezes eu pego isso aqui ai eu falo gente tala natildeo se usa mais natildeo faz parte mais da fixaccedilatildeo vocecirc pode fixar de uma forma que a crianccedila natildeo perca A tala eu acho que ela traumatiza um pouco ainda mais se vocecirc pegar um acesso na dobra vocecirc vai fazer com que a crianccedila fique com o braccedilo esticado muito tempo eu acho que pode causar uma lesatildeo depois e a literatura jaacute fala que eacute desnecessaacuteria natildeo precisa maisrdquo (Aurora) ldquoAntigamente usavam tala mas hoje em dia quase natildeo se vecirc mais e eu acho que a tala atrapalha porque a crianccedila fica imobilizada no membro ai fica mais irritadardquo (Rapunzel) ldquoLaacute no meu outro trabalho alguns usam a tala Eu acho que a tala ajuda ateacute a perder mais raacutepido porque a crianccedila fica incomodada vai querer mexer naquilordquo (Mulan)

20 Epperson EL Efficacy of 09 sodium chloride injection with without heparin for maintenance indwelling intermittent injection sites Clin Pharm1984 3(5)26

31

Almeida e Sabateacutes21

Entretanto haacute estudo que comprovam que o uso da tala natildeo se mostra tatildeo eficiente e

apresenta-se como uma praacutetica controversa O estudo foi realizado em crianccedilas ateacute os 12 anos

utilizando imobilizaccedilatildeo com tala e em mais de metade dos casos (553) ocorreu infiltraccedilatildeo

o que indicia a ineficaacutecia desta praacutetica (MACHADO PEDREIRA e CHAUD 2008 apud

BATALHA et al 2010 p512)

(2008 apud BATALHA et al 2010 p512) afirmam que a teacutecnica

de fixaccedilatildeo dos CVP com uso de imobilizaccedilatildeo com tala para restriccedilatildeo ou limitaccedilatildeo dos

movimentos articulares proacuteximo do local da punccedilatildeo estaacute indicado nas matildeos punhos cotovelo

e maleacuteolo

Para Batalha et al (2010 p512) o uso desta praacutetica parece natildeo se coadunar com o

atual uso de cateteres flexiacuteveis tipo abocath em detrimento de agulhas metaacutelicas Talvez por

isso comecem a surgir novas teacutecnicas de fixaccedilatildeo dos CVP que natildeo exigem imobilizaccedilatildeo das

articulaccedilotildees com talas

Aleacutem de natildeo haver uma confirmaccedilatildeo dos benefiacutecios causados pelo uso da tala a

imobilizaccedilatildeo causa incocircmodo para a crianccedila que fica com o membro imoacutevel podendo causar

dor e tambeacutem irritaccedilatildeo O uso desse tipo de fixaccedilatildeo tambeacutem impede a visualizaccedilatildeo frequente

do acesso venoso afetando assim os cuidados de observaccedilatildeo da equipe de enfermagem

43 O acompanhante e a manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico

A presente categoria vai discutir um assunto importante que surgiu durante as

entrevistas de forma inesperada Alguns dos profissionais entrevistados citaram o descuido do

acompanhante como um fator causador da perda do acesso venoso perifeacuterico Seguem abaixo

algumas falas

ldquoA matildee sempre acompanha e tem matildee que natildeo tem cuidado natildeo vigia e a gente tem que ficar pedindo pra olhar tomar contardquo (Aurora)

ldquoEm relaccedilatildeo ao acompanhante porque a crianccedila natildeo vai avaliar entatildeo o acompanhante que estar ali tem que avaliar direitinho natildeo deixar a crianccedila mexer ou puxarrdquo (Bela)

ldquoNatildeo eacute toda matildee que esta vigiando que cuida pra que a crianccedila natildeo perca o acessordquo (Jasmine)

21 Almeida FA Sabateacutes AL Enfermagem pediaacutetrica a crianccedila o adolescente e a sua famiacutelia no hospital Satildeo Paulo(SP) Manole 2008

32

ldquoAcho que leva a perda quando o acompanhante natildeo coopera as vezes a gente faz a imobilizaccedilatildeo na crianccedila e as vezes eles ateacute retiram e a proacutepria crianccedila agitada ela mesmo arrancardquo (Branca de Neve)

ldquoAgraves vezes a proacutepria crianccedila que a matildee deixa muito solta ai solta o acessordquo (Mulan)

Apoacutes a implementaccedilatildeo da lei que garante um acompanhante ao paciente pediaacutetrico a

presenccedila do familiarresponsaacutevel durante a hospitalizaccedilatildeo mudou a rotina da equipe de

enfermagem trazendo duacutevidas quanto a real funccedilatildeo do acompanhante e fazendo com que a

mesma viesse a delegar certos cuidados para acompanhante

A Promulgaccedilatildeo da Lei 8069 do Estatuto da Crianccedila e do Adolescente (ECA) em

1990 no seu artigo 12deg garante agrave crianccedila ou ao adolescente o direito de ter um responsaacutevel

que o acompanhe durante a hospitalizaccedilatildeo (1990)

Desde a sua implantaccedilatildeo as unidades vecircm sofrendo um processo de reorganizaccedilatildeo de

suas praacuteticas A inserccedilatildeo da famiacutelia modifica a organizaccedilatildeo do processo de trabalho o que

requer dos profissionais uma compreensatildeo em relaccedilatildeo agrave dinacircmica das relaccedilotildees interpessoais

(COLLET e ROCHA 2004)

Pimenta e Collet (2009) ressaltam que natildeo haacute nenhuma regulamentaccedilatildeo sobre a

participaccedilatildeo da famiacutelia nos cuidados e no entanto a mesma desempenha atividades junto agrave

crianccedila durante a hospitalizaccedilatildeo que devem ser levadas em consideraccedilatildeo A falta de

reconhecimento desse fato fez com que a equipe de enfermagem e famiacutelia natildeo possuiacutessem

uma relaccedilatildeo aberta e vivessem uma relaccedilatildeo silenciosa e impliacutecita de poder na qual a famiacutelia

acaba assumindo as relaccedilotildees do cuidado agrave crianccedila de responsabilidade da enfermagem

A negociaccedilatildeo entre matildees e equipe de enfermagem em relaccedilatildeo aos cuidados agrave crianccedila

hospitalizada natildeo eacute uma tarefa faacutecil tendo em vista que natildeo se tem claro qual o seu novo

papel neste processo (COLLET e ROCHA 2004)

Eacute possiacutevel ver nas falas que a presenccedila do acompanhante causa para a equipe de

enfermagem a seguranccedila de ter algueacutem para ldquovigiarrdquo ldquotomar contardquo e natildeo deixar que a

crianccedila hospitalizada perca o acesso venoso quando na verdade eacute funccedilatildeo da equipe de

enfermagem cuidados referentes ao acesso venoso perifeacuterico

33

Jaacute o acompanhante eacute definido pelo Ministeacuterio da Sauacutede como uma pessoa significativa

para a crianccedila que representa sua rede social e que vai acompanhaacute-lo durante a permanecircncia

no ambiente hospitalar ressaltando assim sua importacircncia Esse fato se reforccedila visto que a

crianccedila encontra nos familiares a forccedila e seguranccedila necessaacuteria para encarar todo esse processo

doloroso e desconhecido (MURAKAMI e CAMPOS 2011 p255)

O acompanhante aleacutem de minimizar o sofrimento do paciente pediaacutetrico faz com que

o mesmo sinta-se mais a vontade Eacute importante ressaltar que o familiarresponsaacutevel natildeo soacute

pode como deve participar das atividades da crianccedila no hospital desde que estas natildeo sejam

competecircncias dos profissionais que os cercam Essas atividades satildeo caracterizadas como

semelhantes aos que eles realizam diariamente fora do ambiente hospitalar como o banho

Poreacutem no caso de um paciente com punccedilatildeo venosa perifeacuterica o profissional de enfermagem

deve auxiliar no cuidado para que essa natildeo se perca

Os cuidados dos familiaresacompanhantes satildeo os mesmos que os desenvolvidos no

domiciacutelio e os cuidados prestados pela equipe de enfermagem satildeo aqueles que demandam

conhecimento teacutecnico-cientiacutefico especializado (SOUZA e OLIVEIRA 2010 p558)

Mesmo alguns cuidados parecerem simples e rotineiros quando eacute prestado no

hospital assumem novas caracteriacutesticas com o uso de dispositivos tecnoloacutegicos os quais se

tornam complexos (PIMENTA E COLLET 2009)

O ato de cuidar envolve o respeito agrave maneira como vive cada indiviacuteduo de acordo

com suas crenccedilas valores costumes e cultura A famiacutelia como uma instituiccedilatildeo atende agraves

necessidades bioloacutegicas de seus membros sendo sua responsabilidade cuidar e criar os filhos

incluindo a obrigaccedilatildeo da alimentaccedilatildeo higiene vestuaacuterio e moradia (ELSEN22

Nas entrevistas podemos verificar falas em que o acompanhante eacute citado como

responsaacutevel por avaliar a punccedilatildeo venosa A equipe de enfermagem deve sempre partir do

pressuposto que o familiar acompanhante natildeo tem conhecimento cientiacutefico e certo tipo de

cuidado natildeo deve se delegado para o mesmo mostrando assim a importacircncia da orientaccedilatildeo do

acompanhante quanto aos procedimentos dispositivos utilizados e cuidados em que os

etal 1994

apud SOUZA e OLIVEIRA 2010 p 553)

22 Elsen I Patriacutecio ZM Assistecircncia agrave crianccedila hospitalizada tipos de abordagens e suas implicaccedilotildees para a enfermagem In A enfermagem em pediatria e puericultura Rio de Janeiro (RJ) Atheneu 2005

34

mesmos possam auxiliar Seguem abaixo as falas onde os profissionais ressaltaram a

importacircncia da orientaccedilatildeo do acompanhante

ldquoNem sempre a crianccedila vai entender o porque de estar com aquele acesso entatildeo tem que ter uma orientaccedilatildeo do acompanhanterdquo (Bela)

ldquoTem que haver orientaccedilatildeo do acompanhante para os cuidadosrdquo (Ariel)

ldquoAgraves vezes tem ate o exemplo de um pai que natildeo deixa trocar o acesso jaacute tinha mais de uma semana e ele natildeo queria que trocasse ai faz febre e natildeo sabe da onderdquo (Alice)

Para Souza e Oliveira (2010 p555) deve haver uma preocupaccedilatildeo em orientar

considerando que o outro natildeo tem nenhum tipo de conhecimento sobre o assunto Poreacutem

Queiroz e Jorge23

Apesar das dificuldades o profissional de enfermagem deve estabelecer um viacutenculo de

confianccedila com o acompanhante buscando sempre deixaacute-los ciente das situaccedilotildees e fazendo-os

participar dos cuidados plausiacuteveis sem causar nenhum dano agrave crianccedila e de maneira alguma

abandonar suas atribuiccedilotildees

(2004 apud SOUZA e OLIVEIRA 2010 p 556) ressaltam que apesar de os

profissionais terem intenccedilatildeo de orientar os cuidados para a sauacutede repassam conhecimentos

elaborados cientificamente dificultando a compreensatildeo do familiar aleacutem de a relaccedilatildeo se dar

de maneira vertical assimeacutetrica e coercitiva

23 Queiroz MVO Jorge MSB Accedilotildees educativas no cuidado infantil e intervenccedilotildees dos profissionais junto agraves famiacutelias Acta Scientiarum Maringaacute 2004 janjun 26(1) 27-34

35

CONCLUSAtildeO

Atraveacutes desse estudo foi possiacutevel descrever e analisar os cuidados que os profissionais

de enfermagem realizam acerca da permanecircncia do acesso venoso perifeacuterico Aleacutem disso a

realizaccedilatildeo da pesquisa permitiu identificar a desarticulaccedilatildeo do processo de enfermagem e a

praacutetica desconectada da produccedilatildeo cientiacutefica caracterizando a falta de uma educaccedilatildeo

continuada efetiva

A anaacutelise dos dados demonstra o processo de punccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico

ressaltando a importacircncia de cuidados como a seleccedilatildeo do local a diluiccedilatildeo da medicaccedilatildeo a

realizaccedilatildeo de uma boa fixaccedilatildeo a atenccedilatildeo com a velocidade de infusatildeo os cuidados com os

sinais de infecccedilatildeo e salinizaccedilatildeo do acesso natildeo deixando de salientar cuidados em desuso

como o uso da heparina da tala e duvidas em relaccedilatildeo ao tempo de permanecircncia Evidenciou

tambeacutem que a equipe de enfermagem delega alguns cuidados para os acompanhantes

Natildeo foi possiacutevel perceber o niacutevel de conhecimento cientiacutefico dos profissionais visto

que eles em nenhum momento por natildeo saberem ou por medo de se expor natildeo explicaram de

fato nenhum cuidado que disseram realizar Sempre citaram de forma superficial e direta

deixando claro tambeacutem que o pesquisador natildeo os indagou quanto a isso Poreacutem creio que

diante de cuidados tatildeo importantes e de frequente praacutetica os mesmos falariam facilmente

sobre os cuidados de enfermagem na permanecircncia do acesso venoso perifeacuterico

Apesar dos entrevistados citarem alguns fatores e cuidados realizados de forma

correta eacute visiacutevel que os mesmos realizam os cuidados com a punccedilatildeo e a permanencia do

acesso de forma automaacutetica sem unir a praacutetica com o fundamento do mesmo

Eacute importante destacar tambeacutem a importacircncia do preparo emocional da crianccedila como

tambeacutem os cuidados com a famiacutelia dos mesmos O trabalho de humanizaccedilatildeo realizado pela

36

enfermagem faz grande diferenccedila nessas situaccedilotildees visto que os pacientes e acompanhantes

tendo conhecimento do que seraacute realizado ficariam mais tranquilos

O estudo contribuiu para o campo do ensino nesta aacuterea dando destaque ao importante

papel que o profissional de enfermagem deve desempenhar no cuidado e na manutenccedilatildeo do

acesso venoso perifeacuterico Contudo vale ressaltar a importacircncia do incentivo ao profissional a

buscar na literatura natildeo soacute esclarecimento de suas duvidas mas tambeacutem novos

conhecimentos

Pode colaborar ainda para a realizaccedilatildeo de novas pesquisas na aacuterea procurando

eliminar duacutevidas e controveacutersias sobre o tema Buscando assim a realizaccedilatildeo de um cuidado de

enfermagem articulado e eficaz promovendo o bem-estar do paciente pediaacutetrico durante a

hospitalizaccedilatildeo

37

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Bastoni CORREIA Marisa Dibbern Lopes SECOLI Silvia Regina SECOLI Associaccedilatildeo

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MENDONCcedilA Katiane Martins NEVES Heliny Carneiro Cunha BARBOSA Divina

Fernandes Silva SOUZA Adeniacutecia Custoacutedia Silva e TIPPLE Anaclara Ferreira Veiga

PRADO Marineacutesia Aparecida do Atuaccedilatildeo da enfermagem na prevenccedilatildeo e controle de

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THOMAZINE Angeacutelica Malman PASSOS Rocircmulo Silva BAY JUacuteNIOR Osvaldo Goacutees

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crianccedila hospitalizada um resgate histoacuterico Ciˆnc cuid sapoundde 7(supl1) 145-152 maio 2008

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44

APEcircNDICE I

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO Tiacutetulo Do Projeto Os cuidados de enfermagem acerca dos acessos venosos perifeacutericos na unidade pediaacutetrica Pesquisador Responsaacutevel Rosane Cordeiro Burla de Aguiar Eny Dorea Paiva e Karina Rodrigues Fernandes Instituiccedilatildeo a que Pertence o Pesquisador Responsaacutevel Universidade Federal Fluminense Telefone para contato (21) 98355269 (21) 82392939 (21) 91786609 Nome do voluntaacuterio _________________________________________________________ Idade ________ anos RG ____________________________

AO Sr (a) estaacute sendo convidado (a) a participar do projeto de pesquisa OS CUIDADOS DE

ENFERMAGEM ACERCA DOS ACESSOS VENOSOS PERIFEacuteRICOS NA UNIDADE PEDIATRICA de

responsabilidade da pesquisadora Profordf Drordf Rosane Cordeiro Burla de Aguiar e Profordf Drordf Eny Dorea Paiva A

punccedilatildeo venosa perifeacuterica eacute um procedimento essencial durante a hospitalizaccedilatildeo da crianccedila visto que eacute atraveacutes

dela que eacute administrada grande parte das medicaccedilotildees Este estudo se justifica diante da importacircncia da

necessidade de um maior periacuteodo de permanecircncia dos acessos venosos perifeacutericos Com isso aleacutem da

diminuiccedilatildeo de eventos que causam dor e irritaccedilatildeo na crianccedila e na famiacutelia promoveraacute tambeacutem uma melhor estada

dos mesmos durante o periacuteodo de hospitalizaccedilatildeo Os objetivos da pesquisa satildeo 1) Descrever os fatores que

interferem na manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico de acordo com a equipe de enfermagem 2)Analisar os

cuidados da equipe de enfermagem na manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico A coleta de dados se daraacute

atraveacutes de entrevistas semi estruturadas que seratildeo gravadas As informaccedilotildees colhidas seratildeo tratadas de forma

anocircnima e confidencial ou seja em nenhum momento seratildeo divulgados o seu nome e somente os

pesquisadores teratildeo acesso agraves informaccedilotildees Os dados obtidos com a pesquisa poderatildeo ser publicados apenas com

fins cientiacuteficos Eles natildeo seratildeo utilizados para fins comerciais ou para outra finalidade qualquer Caso necessite

poderatildeo ser marcados encontros para respostas ou esclarecimentos de qualquer duacutevida acerca da pesquisa A sua

participaccedilatildeo eacute voluntaria e eacute importante lembrar que vocecirc poderaacute desistir de participar da pesquisa em qualquer

momento A entrevista seraacute marcada em um dia e horaacuterio que vocecirc achar melhor Seraacute realizada

individualmente em um ambiente que nos ofereccedila privacidade Esta pesquisa natildeo oferece riscos para vocecirc e os

benefiacutecios da sua participaccedilatildeo satildeo de aumentar o conhecimento cientiacutefico na aacuterea de Enfermagem Pediaacutetrica

aleacutem de contribuir para a praacutetica profissional Este documento seraacute elaborado em duas vias uma para vocecirc e a

outra seraacute arquivada pelo pesquisador

Eu_____________________________________________________________ RG no _____________________________ Declaro que apoacutes ter entendido o que me foi explicado consinto voluntariamente em participar do presente Protocolo de Pesquisa entendo ainda que posso retirar o meu consentimento a qualquer momento antes ou durante a realizaccedilatildeo do mesmo declaro ter sido informada(o) e concordo em participar como voluntaacuteria(o) da pesquisa acima descrita Rio de Janeiro_______de_______________de 20___ _____________________________ ________________________________

(Participante) Karina Rodrigues Fernandes (Responsaacutevel por obter o consentimento)

______________________________________ _______________________________________ (Testemunha) (Testemunha)

45

APEcircNDICE II

ROTEIRO PARA ENTREVISTA

1) O que vocecirc acha que pode levar a perda do acesso perifeacuterico

2) Para vocecirc o que eacute importante para manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico nas

crianccedilas

3) O que vocecirc acha que pode interferir na sua manutenccedilatildeo

4) Que medidas vocecirc adota no seu dia a dia para manter o acesso

5) Na sua vivencia profissional o que vocecirc discorda dos cuidados que geralmente satildeo

utilizados para manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico

46

ANEXO

47

48

  • KARINA RODRIGUES FERNANDES
    • COA Thatiana Fernanda PETTENGILL Myriam Aparecida Mandetta Autonomia da crianccedila hospitalizada frente aos procedimentos crenccedilas da enfermeira pediatra Acta paul enferm 19(4) 433-438 out-dez 2006 Disponiacutevel em lt wwwscielobrscielophpscr
    • JANSEN Michele Ferraz SANTOS Rosane Maria dos FAVERO Luciane Benefiacutecios da utilizaccedilatildeo do brinquedo durante o cuidado de enfermagem prestado agrave crianccedila hospitalizada Rev Gaucha Enferm 31(2) 247-253 jun 2010 Disponiacutevel em lt httpwwwscielo
    • MAGNABOSCO Gisele TONELLI Ana Lucia Nascimento Fonseca SOUZA Sarah Nancy Deggau Hegeto de Abordagens no cuidado de enfermagem agrave crianccedila hospitalizada submetida a procedimentos uma revisatildeo de literatura Cogitare enferm 13(1) 103-108 jan-mar
    • MARTINS Maria do Rosaacuterio RIBEIRO Circeacutea Amalia BORBA Regina Issuzu Hirooka de and SILVA Conceiccedilatildeo Vieira daProtocolo de preparo da crianccedila preacute-escolar para punccedilatildeo venosa com utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico Rev Latino-Am Enfermagem [on
    • OLIVEIRA Maria Ivoneide Veriacutessimo de BEZERRA Maria Gorette Andrade PEREIRA Vanessa Ramos Cateterizaccedilatildeo venosa assistecircncia de enfermagem-UTI pediaacutetrica Rev da Rede de Enfermagem do Nordeste AbrJun de 2008 Disponiacutevel em lt httpwwwrevistar
    • PETERLINI Maria Angeacutelica Sorgini CHAUD Massae Noda and PEDREIRA Mavilde da L GOacuterfatildeos de terapia medicamentosa a administraccedilatildeo de medicamentos por via intravenosa em crianccedilas hospitalizadasRev Latino-Am Enfermagem [online] 2003 vol11 n
    • PETERLINI Maria Angeacutelica Sorgini CHAUD Massae Noda PEDREIRA Mavilde L G Incompatibilidade entre faacutermacos e materiais de cateteres e acessoacuterios da terapia intravenosa Online braz j nurs (Online) 5(3)2006 Disponiacutevel em lt httpwwwobjnursi
    • PIMENTA Erika Acioli Gomes COLLET Neusa Dimensatildeo cuidadora da enfermagem e da famiacutelia na assistecircncia agrave crianccedila hospitalizada concepccedilotildees da enfermagem Rev esc enferm USP [online] 2009 vol43 n3 pp 622-629 Disponiacutevel em lt httpwwwscie
    • THOMAZINE Angeacutelica Malman PASSOS Rocircmulo Silva BAY JUacuteNIOR Osvaldo Goacutees COLLET Neusa OLIVEIRA Beatriz Rosana Gonccedilalves de Assistecircncia de enfermagem agrave crianccedila hospitalizada um resgate histoacuterico Ciˆnc cuid sapoundde 7(supl1) 145-152 maio 200
      • F 363 Fernandes Karina Rodrigues
      • Os cuidados de enfermagem acerca dos acessos venosos perifeacutericos na unidade pediaacutetrica Karina Rodrigues Fernandes ndash Niteroacutei [sn] 2014
        • CDD 61073
Page 5: UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE ESCOLA DE …app.uff.br/riuff/bitstream/1/3317/1/TCC Karina Rodrigues Fernandes.pdf · A punção venosa periférica é um procedimento essencial para

Dedicatoacuteria

Dedico este trabalho ao meu pai que estaacute e estaraacute sempre em meu pensamento

Agradecimentos

Primeiramente a Deus por ter me sustentado e dado forccedilas para seguir em frente a cada momento em

que fraquejei e desejei desistir Por me permitir concluir essa etapa e por me mostrar ao longo desses

anos que eu sou mais forte do que eu pensava Obrigada Deus

A toda minha famiacutelia pela ajuda e incentivo durante cada ano de faculdade A minha matildee e a minha

irmatilde Karen os pilares da minha vida por estarem sempre comigo me apoiando e amando

incondicionalmente A Tia Doca por ser minha segunda matildee e estar sempre pronta para ajudar Amo

vocecircs

Ao Cristiano por estar sempre comigo me ajudando me levantando quando preciso e me amando

principalmente nos momentos de ldquodesesperordquo com os prazos Por acordar quando eu queria

conversar por servir de motorista nos momentos que precisava e por ser aleacutem de tudo meu amigo

Te amo

A minha querida orientadora Rosane por me proporcionar o encontro com a aacuterea da pediatria pela

paciecircncia com minhas dificuldades e ainda pela oportunidade de convivecircncia e aprendizado

contribuindo para o meu crescimento pessoal e profissional

A Hanna por ser meu apoio em todo o inicio da faculdade 24 horas por dia sendo mais que uma

amiga uma irmatilde E mesmo depois apesar de tanta correria ainda conseguir um tempo para almoccedilar

conversar e comer um ldquojapardquo Vocecirc eacute essencial na minha vida amo vocecirc

Aos anjinhos que ldquoUFFrdquo colocou em minha vida Laiacutes e Barbara por estarem sempre prontas para

me segurar me apoiar dar bronca e fofocar Por dividir segredos laacutegrimas opiniotildees aleacutem de

momentos inesqueciacuteveis como decolar do Aeroporto Santos Dumond Obrigada por tudo Amo vocecircs e

vou morrer de saudades dos nossos dias

A minha querida e amada turma 20092 que mesmo fragmentada em vaacuterios periacuteodos permaneceu

unida se tornando uma grande famiacutelia durante esses cinco anos e me proporcionou momentos que

vou lembrar para o resto da minha vida

Aos demais professores e funcionaacuterios da Escola de Enfermagem Aurora de Afonso Costa pela

oportunidade de compartilhar momentos gratificantes de aprendizagem

Meu eterno agradecimento

RESUMO

Os cuidados para a manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico eacute uma accedilatildeo essencial durante uma internaccedilatildeo na qual a permanecircncia do dispositivo eacute dificultada por diversos fatores principalmente quando se trata de um paciente pediaacutetrico Por conta de repetitivas perdas as repeticcedilotildees das punccedilotildees podem gerar trauma emocional dificultando ainda mais o periacuteodo de estada do paciente no hospital Desta forma o presente trabalho tem o objetivo descrever os fatores que interferem na manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico de acordo com a equipe de enfermagem e analisar os cuidados da equipe de enfermagem na manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico Possui como objeto de estudo os cuidados da equipe de enfermagem na manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico Trata-se de uma pesquisa descritiva exploratoacuteria de abordagem qualitativa onde nove (9) profissionais da equipe de enfermagem do setor de internaccedilatildeo pediaacutetrica de um Hospital Universitaacuterio do Rio de Janeiro foram entrevistados de acordo com um roteiro A coleta de dados deu-se por meio de entrevista semi-estruturada As falas foram submetidas agrave anaacutelise de conteuacutedo e das entrevistas emergiram trecircs (03) categorias ldquoCuidados preacute intra e poacutes-procedimento de punccedilatildeo do acesso venoso perifeacutericordquo ldquoCuidados em desuso para manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacutericordquo e ldquoO acompanhante e a manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacutericordquo O estudo retratou o processo de punccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico ressaltando a importacircncia de cuidados como a seleccedilatildeo do local a diluiccedilatildeo da medicaccedilatildeo a realizaccedilatildeo de uma boa fixaccedilatildeo a atenccedilatildeo com a velocidade de infusatildeo os cuidados com os sinais de infecccedilatildeo e salinizaccedilatildeo do acesso aleacutem de constatar tambeacutem os cuidados em desuso como o uso da heparina da tala de imobilizaccedilatildeo e duacutevidas em relaccedilatildeo ao tempo de permanecircncia Evidenciou o fato da equipe de enfermagem responsabilizar o acompanhante pelos cuidados com o cateter venoso perifeacuterico e tambeacutem o natildeo uso da literatura cientifica para solucionar duvidas e agregar conhecimento Com isso o estudo atingiu os objetivos propostos e tambeacutem contribuiu para o campo do ensino abrindo portas para a realizaccedilatildeo de novas pesquisas na aacuterea Palavras-chave cateterismo venoso perifeacuterico cuidados de enfermagem enfermagem pediaacutetrica

ABSTRACT Care for the maintenance of peripheral venous access is an essential action during a hospitalization in which the permanence of the device is hampered by several factors especially when it comes to a pediatric patient Because of repetitive losses the repetitions of punctures can cause emotional trauma further hindering the period of stay of the patient in the hospital Thus the present study aims to describe the factors affecting the maintenance of peripheral venous access in accordance with the nursing staff and analyze the care of the nursing staff in the maintenance of peripheral venous access Has as its object of study the care of the nursing staff in the maintenance of peripheral venous access This is an exploratory descriptive and qualitative study where nine (9) professional nursing staff of the pediatric inpatient ward of a university hospital in Rio de Janeiro were interviewed according to a script The data was collected by means of semi - structured interview The speeches were subjected to content analysis and interviews revealed three ( 03 ) categories Care pre intra and post - puncture procedure from peripheral venous access Care in disuse for maintenance of peripheral venous access and The companion and maintenance of peripheral venous access The study portrayed the process of puncture of peripheral venous access emphasizing the importance of care as site selection diluting the medication performing a good fixation attention to the rate of infusion the care of the signs of infection and salinity of access and also noted the care into disuse as the use of heparin the splint immobilization and questions about the length of stay Highlighted the fact that the nursing staff responsible for the care of the accompanying peripheral venous catheter and also not using the scientific literature to solve doubts and aggregate knowledge With that the study achieved its goals and also contributed to the field of education opening doors to new research in the area Key words peripheral venous catheterization nursing care pediatric nursing

SUMAacuteRIO

1 INTRODUCcedilAtildeO p 8

11 Questotildees norteadoras p 9

12 Objeto do estudo p9

13 Objetivos p9

14 Justificativa e relevacircncia p9

2 REVISAtildeO DE LITERATURA p 11

21 Hospitalizaccedilatildeo infantil e seus estressores p 11

22 Acesso venoso perifeacuterico em pediatria p 13

3 METODOLOGIA p 17

31 Tipo de pesquisa p17

32 Sujeitos da pesquisa p17

33 Cenaacuterio p18

34 Coleta de dados p18

35 Questotildees eacuteticas da pesquisa p19

36 Analise dos dados p20

4 RESULTADOS E DISCUSSAtildeO p22

41 Os cuidados de enfermagem preacute intra e poacutes-procedimento de punccedilatildeo do acesso

venoso perifeacuterico p 22

42 Os cuidados em desuso para manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico p 28

43 O acompanhante e a manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico p31

CONCLUSAtildeO p 35

REFEREcircNCIAS p37

APEcircNDICE I p 44

APEcircNDICE II p45

ANEXO p46

8

1 INTRODUCcedilAtildeO

A motivaccedilatildeo pelo assunto veio durante o ensino teoacuterico praacutetico da disciplina

Enfermagem na sauacutede da crianccedila e do adolescente II na enfermaria pediaacutetrica do Hospital

Universitaacuterio Antonio Pedro quando me incomodei com o excesso de punccedilatildeo perifeacuterica

realizado nas crianccedilas gerando impacto nas mesmas e na famiacutelia durante o procedimento

A hospitalizaccedilatildeo em si eacute uma situaccedilatildeo estressante jaacute que a crianccedila perde o controle em

relaccedilatildeo a sua liberdade aleacutem do conviacutevio com pessoas estranhas e da mudanccedila de ambiente e

rotina (HOCKENBERRY e WILSON 2011 p676) Com isso em uma situaccedilatildeo de diversas

perdas de acesso venoso as repeticcedilotildees do procedimento causam trauma emocional tornando

ainda mais doloroso o periacuteodo de estada do paciente no hospital

A punccedilatildeo venosa perifeacuterica eacute um procedimento essencial para manejo da crianccedila

durante a hospitalizaccedilatildeo visto que em grande parte as medicaccedilotildees satildeo administradas por essa

via onde o efeito eacute quase instantacircneo e permite infusatildeo de maior volume Poreacutem esse tipo de

procedimento eacute doloroso e estressante deixando a crianccedila sujeita a traumas por agentes

bioloacutegicos quiacutemicos fiacutesicos e emocionais sendo funccedilatildeo do enfermeiro prevenir diminuir ou

erradicar esses riscos (CORREIA RIBEIRO BORBA 2009 p559)

A permanecircncia do dispositivo eacute dificultada por diversos fatores como uma infecccedilatildeo a

fixaccedilatildeo inadequada o trauma durante a infusatildeo e a movimentaccedilatildeo da crianccedila A cobertura

utilizada eacute de suma importacircncia nessa situaccedilatildeo sendo ela muitas das vezes a causa da perda

de um acesso e entatildeo a necessidade de nova punccedilatildeo venosa Por conta disso esse tipo de

procedimento causa grande desconforto para a famiacutelia para a crianccedila e tambeacutem para o

profissional (CORREIA RIBEIRO BORBA 2009 p559)

Uma grande pesquisa conduzida sobre a temaacutetica concluiu que com ldquo592 crianccedilas e

1135 tentativas de punccedilatildeo realizadas por 143 enfermeiras 10 de taxa de insucesso no

9

procedimento poreacutem com cerca de 50 de insucesso na primeira tentativardquo Cada crianccedila foi

submetida a 21 tentativas (LARSEN1

11 Questotildees norteadoras

et al 2010 apud NEGRI et al 2012)

Quais os fatores que podem interferir na permanecircncia do acesso venoso em uma

crianccedila hospitalizada

Quais satildeo os cuidados da equipe de enfermagem para aumentar o tempo de

permanecircncia de um acesso venoso perifeacuterico em uma crianccedila hospitalizada

12 Objeto de estudo

Os cuidados da equipe de enfermagem na permanecircncia do acesso venoso perifeacuterico

13 Objetivos

Descrever e discutir os cuidados de enfermagem acerca da permanecircncia dos acessos

venosos perifeacutericos na pediatria

14 Justificativa e relevacircncia

Diante da problemaacutetica exposta eacute possiacutevel identificar a importacircncia da necessidade de

um maior periacuteodo de permanecircncia dos acessos venosos perifeacutericos Com isso aleacutem da

diminuiccedilatildeo de eventos que causam dor e irritaccedilatildeo na crianccedila e na famiacutelia promoveraacute tambeacutem

uma melhor estada dos mesmos durante o periacuteodo de hospitalizaccedilatildeo

Oliveira Bezerra e Pereira (2008 p96) chegaram a conclusatildeo que os enfermeiros

prestam assistecircncia agraves crianccedilas dentro dos paracircmetros poreacutem devem ter mais cuidados em

alguns pontos como ldquonecessidade de maior atenccedilatildeo na quantidade e velocidade da infusatildeo da

terapia mais controle do calibre do cateter identificaccedilatildeo do acesso complicaccedilotildees e troca de

fixaccedilatildeordquo

O presente estudo possui relevacircncia pois busca descrever os principais cuidados que a

equipe de enfermagem desenvolve na manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico na pediatria

demonstrando o que a equipe faz efetivamente para aumentar o tempo de permanecircncia desse

1 Larsen P Eldridge D Brinkley J Newton D Goff D Hartzog T Saad ND Perkin R Pediatric peripheral intravenous access does nursing experience and competence really make a difference J Infus Nurs 201033(4)226-35

10

dispositivo visto que a sua inserccedilatildeo jaacute eacute um evento estressante para crianccedila e sua famiacutelia

durante a hospitalizaccedilatildeo Eacute relevante tambeacutem natildeo soacute para os enfermeiros pediaacutetricos como

tambeacutem para todos os profissionais da aacuterea de sauacutede que procuram aprofundar seus

conhecimentos acerca dos cuidados na assistecircncia de enfermagem da cateterizaccedilatildeo venosa

perifeacuterica

11

2 REVISAtildeO DE LITERATURA

21 Hospitalizaccedilatildeo infantil e seus estressores

Durante a vida de uma crianccedila as principais situaccedilotildees de crise que normalmente elas

vivenciaratildeo estatildeo relacionadas agrave doenccedila ou a uma possiacutevel hospitalizaccedilatildeo Frente a estes

fatores elas se mostram vulneraacuteveis diante das mudanccedilas impostas relacionadas ao estado de

sauacutede e a sua rotina de vida (HOCKENBERRY e WILSON 2011 p676)

ldquoA hospitalizaccedilatildeo representa para a crianccedila uma situaccedilatildeo diferente de todas as jaacute

vivenciadas haja vista que sua rotina diaacuteria eacute modificada Ela encontra-se em um ambiente

impessoal repleto de tabus e significados diferente do seu contexto diaacuteriordquo (JANSEN

SANTOS e FAVERO 2010 p248)

Segundo Brito et al (2009 p 803) a crianccedila hospitalizada eacute ldquoafastada de seu ambiente

familiar de seus amigos da escola e de seus objetos pessoais perdendo assim grande parte de

suas referecircnciasrdquo com isso esse periacuteodo de hospitalizaccedilatildeo pode causar impacto sobre o estado

psicoloacutegico da mesma

Conforme Hockenberry e Wilson (2011 p676) as crianccedilas natildeo possuem habilidades

de enfrentamento suficientes para resolver determinados estressores Como principais

estressores pode-se citar ldquoa separaccedilatildeo a perda de controle lesatildeo corporal e dorrdquo

Um dos procedimentos mais dolorosos e estressantes para a crianccedila eacute a punccedilatildeo venosa

onde na maioria dos casos constitui a primeira escolha para a administraccedilatildeo de medicamentos

nutriccedilatildeo parenteral hemoderivados e coleta de exames sanguumliacuteneos(OLIVEIRA BEZERRA e

PEREIRA 2008 p91)

12

ldquoA crianccedila eacute um ser em crescimento e desenvolvimento com particularidades e

caracteriacutesticas proacutepriasrdquo (MATHEWS-SIMONTON2

Esse periacuteodo de internaccedilatildeo ldquopode deixar a crianccedila ansiosa insegura e com medo

principalmente quando natildeo eacute preparada para a hospitalizaccedilatildeo e o tratamento a que seraacute

submetidardquo Para Martins (2001) isso contribui para aumentar o medo e a ansiedade

expressos por meio do choro da raiva e ateacute mesmo por agressotildees

1990 apud COA e PETTENGILL

2006 p434) Isso significa que a crianccedila iraacute se comportar de acordo com a situaccedilatildeo imposta

pois isso dependeraacute natildeo soacute da idade de desenvolvimento como tambeacutem de suas experiecircncias

com determinadas situaccedilotildees

Diante de todo o processo de hospitalizaccedilatildeo a crianccedila pode apresentar diversas

manifestaccedilotildees comportamentais sendo consideradas mais comuns as ldquoregressotildees diminuiccedilatildeo

no ritmo do desenvolvimento desordens do sono e da alimentaccedilatildeo dependecircncia

agressividade apatia estados depressivos fobias e transtornos de comportamento em geralrdquo

(BAR-MOR3

Para a famiacutelia ldquoa hospitalizaccedilatildeo de um filho geralmente eacute encarada como uma

situaccedilatildeo de crise para a famiacutelia e para a crianccedilardquo O profissional de enfermagem deve se

organizar seu trabalho com estrateacutegias que minimizem o sofrimento no ambiente hospitalar e

na assistecircncia agrave crianccedila (THOMAZINE et al 2008 p146)

1997 apud BRITO et al 2009 p203) Com a atenccedilatildeo voltada para atender a

demanda e a necessidade fisioloacutegica da crianccedila os profissionais da equipe de enfermagem

geralmente ldquodedicam pouca ou nenhuma atenccedilatildeo agraves questotildees psicoloacutegicas e sociais da crianccedila

hospitalizada e de sua famiacuteliardquo(JANSEN SANTOS e FAVERO 2010 p248)

A qualidade do ambiente pode afetar diretamente no processo de recuperaccedilatildeo com

isso ldquoas intervenccedilotildees no contexto hospitalar devem visar agrave promoccedilatildeo de condiccedilotildees favoraacuteveis

agrave reabilitaccedilatildeo dos efeitos de experiecircncias adversas ao desenvolvimento das crianccedilasrdquo Isso

sugere que o ambiente aleacutem de incentivar a sauacutede deve ser planejado de maneira supra agraves

necessidades dos pacientes levando em conta os aspectos psicoloacutegicos pedagoacutegicos e

2 Mathews-Simonton S A famiacutelia e a cura o meacutetodo Simonton para famiacutelias que enfrentam uma doenccedila Satildeo Paulo Summus 1990 3 Bar-Mor G Preparation of children for surgery and invasive procedures milestones on the way to success J Pediatr Nurs1997Aug12(4) 252-255

13

socioloacutegicos da crianccedila e de sua famiacutelia (SOARES e ZAMBERLAN4

Para humanizar a assistecircncia agrave crianccedila hospitalizada e atender a suas reais

necessidades os pais foram inseridos na cliacutenica pediaacutetrica com direito a permanecircncia integral

nos casos de internaccedilatildeo Isso ocorreu no iniacutecio da deacutecada de 1990 no Brasil com a

legalizaccedilatildeo estabelecida pelo Estatuto da Crianccedila e do Adolescente (THOMAZINE et al

2008 p145) Com isso ldquomuitos hospitais natildeo consideram mais os pais como visitantes e

enfatizam sua presenccedila durante todo o periacuteodo da hospitalizaccedilatildeordquo fazendo uso de um sistema

de cuidado centrado na famiacutelia (HOCKENBERRY e WILSON 2011 p685)

1995 apud BRITO et

al 2009 p803)

Durante o processo de hospitalizaccedilatildeo as crianccedilas satildeo submetidas a diversas condutas e

procedimentos como por exemplo exames e administraccedilatildeo de medicamentos A punccedilatildeo

venosa eacute um dos principais procedimentos que causam dor e muitas vezes existe a

necessidade de vaacuterias punccedilotildees durante um mesmo dia Vale ressaltar que para a crianccedila esse

tipo de procedimento se iguala a uma agressatildeo jaacute que ldquona maioria das vezes eacute acompanhado

de dor ou medo o que se traduz no choro e na ansiedaderdquo (COLLET5

2002 apud GOMES et

al 2011 p290)

22 Acesso venoso perifeacuterico em pediatria

Para Correia et al (2009 p559) a fim evitar um trauma emocional durante a punccedilatildeo

as crianccedilas precisam ser orientadas sobre o tratamento seus objetivos e receber atenccedilatildeo

carinhosa neste momento

A fim de tornar o processo de cateterizaccedilatildeo venosa menos doloroso e estressante para

a crianccedila deve-se ter preferecircncia pelas veias que menos comprometam suas atividades

essenciais Neste intuito deve-se evitar por exemplo puncionar uma veia na matildeo que

dificulte o ato de se alimentar desenhar e ateacute mesmo brincar (OLIVEIRA BEZERRA e

PEREIRA 2008 p91)

4 Soares MRZ Zamberlan MAT A inclusatildeo do brincar na hospitalizaccedilatildeo infantil Est Psicol maioago18(2) 64-9 5 Collet N Oliveira BRG de Manual de Enfermagem em Pediatria Goiacircnia AB 2002

14

O acesso vascular eacute uma das principais modalidades de tratamento utilizadas na

assistecircncia agrave sauacutede Existe ampla aceitaccedilatildeo difusatildeo e praacutetica desse procedimento pelos

profissionais da aacuterea da assistecircncia agrave sauacutede (FERREIRA et al 2005)

Foi na deacutecada de 40 que o uso de cateter vascular foi introduzido nos hospitais

tornando-se essencial para as atividades assistenciais da modernidade (WORTHIGTON6

Para Peterlini e Chaud (2003) tal procedimento se define como um conjunto de

conhecimentos e teacutecnicas que visam agrave administraccedilatildeo de soluccedilotildees ou faacutermacos no sistema

circulatoacuterio abrangendo o preparo do paciente a escolha obtenccedilatildeo e manutenccedilatildeo do acesso

venoso os meacutetodos de preparo e administraccedilatildeo de drogas e soluccedilotildees e os cuidados referentes

agrave frequecircncia de troca do cateter curativos dispositivos de infusatildeo e soluccedilotildees

2005 apud MENDONCcedilA et al 2011 p330)

Primeiramente o acesso perifeacuterico era mantido com agulhas de accedilo inoxidaacutevel as

quais apesar de oferecerem menor risco de infecccedilatildeo satildeo riacutegidas e facilitavam perda do

acesso Em 1945 passou a ser utilizado o cateter venoso plaacutestico que permitia manutenccedilatildeo do

acesso por tempo prolongado (FERNANDES e RIBEIRO7

Quanto ao tempo de permanecircncia em pacientes pediaacutetricos o cateter deve ser mantido

ateacute o teacutermino da terapia intravenosa ou quando forem observados sinais cliacutenicos de

complicaccedilotildees diferentemente dos pacientes adultos onde o tempo de permanecircncia

preconizado eacute de 72 a 96 horas (CENTERS FOR DISEASE CONTROL AND

PREVENTION-CDC 2002)

2000 apud MARTINS et al 2008

p 485) Habitualmente o material de punccedilatildeo que vem sendo utilizado em crianccedilas satildeo os

cateteres flexiacuteveis tipo abocath com mandril metaacutelico (BATALHA et al 2010 p512)

Associaccedilatildeo Paulista de Estudos e Controle de Infecccedilatildeo Hospitalar (2005 apud

Moncaio e Figueiredo 2009) ressaltam que ldquoas principais complicaccedilotildees infecciosas para o

paciente satildeo flebite infecccedilatildeo do siacutetio de inserccedilatildeo do cateter extravasamento de soluccedilatildeo e

bacteremia relacionada ao cateterrdquo Certos fatores podem contribuir para o aparecimento de

tais complicaccedilotildees como o tipo do cateter que seraacute utilizado o preparo do local da punccedilatildeo

aleacutem de caracteriacutesticas intriacutensecas do paciente Vale acrescentar que ldquoos cateteres 6 Worthigton T Elliot TSJ Diagnosis of central venous catheter related infection in adult pacient J Infect 2005 51267-80 7 Fernandes AT Ribeiro Filho N Infecccedilatildeo do acesso vascular In Fernandes AT Fernandes M OV Ribeiro Filho N Infecccedilatildeo hospitalar e suas interfaces na aacuterea da sauacutede Satildeo Paulo (SP) Atheneu 2000 p 556-79

15

confeccionados em Teflon e poliuretano estatildeo associados a baixas frequecircncias de

complicaccedilotildees infecciosas quando comparados aos de polivinilcloreto e polietilenordquo

CENTERS FOR DISEASE CONTROL AND PREVENTION-CDC 2002)

ldquoNo acircmbito hospitalar a flebite eacute uma das complicaccedilotildees mais frequentes e

considerada uma das principais falhas da infusatildeordquo Eacute o processo inflamatoacuterio da camada

iacutentima das veias ocasionado por irritaccedilatildeo mecacircnica quiacutemica ou infecccedilotildees bacterianas

apresentando manifestaccedilotildees como dor edema hiperemia local e calor (GABRIEL8

Machado et al(2008) relata que ldquocerca de 1 a 10 destes pacientes desenvolvem

infecccedilotildees locais ou sistecircmicas relacionadas ao uso de cateteres causadas por alteraccedilatildeo ou

ruptura da integridade da pele que permite a passagem de microorganismos colonizadoresrdquo

2008

apud MAGEROTE et al 2011 p 487)

O curativo para fixaccedilatildeo do cateter eacute outro ponto importante para a manutenccedilatildeo do

mesmo visto que a ldquofixaccedilatildeo reduz o risco de complicaccedilotildees relacionadas agrave terapia intravenosa

tais como flebite infiltraccedilatildeo septicemia e deslocamento do cateterrdquo aleacutem de mantecirc-lo limpo

e seco permitindo a visualizaccedilatildeo contiacutenua do mesmo a fim de prevenir os agravos

(PHILLIPS9

No seacuteculo passado durante os primeiro 50 anos da praacutetica da terapia intravenosa

utilizava-se para fixaccedilatildeo gaze esteacuteril e fitas adesivas O iniacutecio do uso de filmes transparentes

esteacutereis se deu em 1970 como solicitaccedilatildeo dos enfermeiros quanto agrave necessidade da retirada do

curativo para realizar a inspeccedilatildeo do local de inserccedilatildeo funccedilatildeo atribuiacuteda aos mesmos a fim de

impedir uma infecccedilatildeo de corrente sanguiacutenea (MACHADO PEDREIRA E CHAUD 2008)

2001 apud SILVA E ZANETTI 2004 p233)

O uso de fitas adesivas natildeo-esteacutereis pode ser bastante observado em algumas

instituiccedilotildees de sauacutede contudo fita adesiva soacute natildeo estaacute contaminada enquanto permanece na

embalagem sugerindo tambeacutem a possibilidade da transmissatildeo de microorganismos

patogecircnicos com a aplicaccedilatildeo da mesma sobre o local de inserccedilatildeo do cateter

(VANDENBOSCH COOCH E TRESTON-AURAND10

8 Gabriel J Infusion therapy part one minimising the risks Nurs Stand 2008 Apr 22(31)51-6

1997 et al MACHADO

PEDREIRA E CHAUD2005 p292)

9 Phillips DL Manual de terapia endovenosa Trad Pedreira MLG Pereira SR Harada MJCS Peterline MAS 2ordf ed Porto Alegre (RS) Artmed 2001551P 10 VandenBosch TM Cooch J Treston-Aurand J Research utilization adhesive bandage dressing regimen for peripheral venous catheters Am J Infect Control 1997 25(6)513-9

16

Acerca da terapia intravenosa podem ocorrer incompatibilidades em relaccedilatildeo aos

faacutermacos administrados e os cateteres utilizados que na maioria das vezes natildeo satildeo percebidos

devido a impossibilidade de visualizaccedilatildeo Essas incompatibilidades satildeo denominadas por

Peterlini Chaud e Pedreira (2006) como adsorccedilatildeo e absorccedilatildeo onde ocorre ldquoperda do faacutermaco

para a superfiacutecie de frascos seringas filtros acessoacuterios e cateteres da terapia intravenosa por

meio de adsorccedilatildeo ou pela absorccedilatildeo do faacutermaco para a matriz do material de confecccedilatildeo desses

dispositivosrdquo Com isso o profissional de enfermagem tem como funccedilatildeo aleacutem do

conhecimento cientiacutefico acerca das drogas utilizadas programar accedilotildees que possibilitem

ldquoreconstituiccedilatildeo diluiccedilatildeo acondicionamento e cuidados na administraccedilatildeo de faacutermacosrdquo

evitando assim prejuiacutezos no tratamento

17

3 METODOLOGIA

31 Tipo de pesquisa

Trata-se de uma pesquisa descritiva exploratoacuteria de abordagem qualitativa com os

profissionais da equipe de enfermagem da unidade de internaccedilatildeo pediaacutetrica de um hospital

universitaacuterio do estado do Rio de Janeiro

Para Minayo Deslandes e Gomes (2007 p 21) a pesquisa qualitativa responde as

questotildees de forma particular de modo que trabalha com o universo dos significados dos

motivos das aspiraccedilotildees das crenccedilas dos valores e atitudes Sendo assim entende-se que as

accedilotildees do ser humano se distinguem a partir do seu pensamento do modo de agir de acordo

com a realidade vivida por cada um

Segundo Gil (1999 p44) ldquoas pesquisas descritivas tecircm como objetivo primordial a

descriccedilatildeo das caracteriacutesticas de determinada populaccedilatildeo ou fenocircmeno ou o estabelecimento de

relaccedilotildees variaacuteveisrdquo

Kauark Manhatildees e Medeiros (2010 p28) determinam a pesquisa exploratoacuteria como

agravequela que ldquoObjetiva a maior familiaridade com o problema tornando-o expliacutecito ou agrave

construccedilatildeo de hipoacutetesesrdquo Acrescenta ainda que a mesma pode conter levantamento

bibliograacutefico entrevistas com pessoas experientes no problema pesquisado entre outras

fontes

32 Sujeitos da pesquisa

A pesquisa contou com um nuacutemero total de nove (9) profissionais da equipe de

enfermagem da unidade de internaccedilatildeo pediaacutetrica de um Hospital Universitaacuterio do Rio de

Janeiro sendo estes dois (2) enfermeiros e sete (7) teacutecnicos de enfermagem De todos os

18

participantes apenas um trabalha no serviccedilo noturno sendo o restante do serviccedilo diurno Os

mesmos satildeo os responsaacuteveis pela instalaccedilatildeo e manipulaccedilatildeo dos os acessos venosos

perifeacutericos supondo assim que tenham maior domiacutenio sobre o assunto abordado

Os sujeitos foram identificados com codinomes referentes agraves princesas da Disney para

que suas identidades sejam preservadas

33 Cenaacuterio

A pesquisa ocorreu na unidade de internaccedilatildeo pediaacutetrica localizada no quinto andar do

Hospital Universitaacuterio do Rio de Janeiro vinculado a uma Universidade Federal

A unidade pediaacutetrica eacute divida em trecircs enfermarias de acordo com a idade das crianccedilas

hospitalizadas sendo denominadas estas Lactente preacute-escolar e escolar A enfermaria

Lactente eacute composta por 5 leitos hospitalizando crianccedilas de 29 dias a 2 anos jaacute na preacute-escolar

encontram-se 6 leitos e acolhe crianccedilas de 2 a 6 anos e na escolar 6 leitos abrigando crianccedilas

de 7 a 12 anos Toda crianccedila hospitalizada tem direito a um acompanhante como eacute

preconizado por direito pelo Artigo doze (12) do Estatuto da Crianccedila e do Adolescente

(Brasil 1990 p3)

A enfermaria conta com um posto de enfermagem localizado no centro da unidade

possibilitando maior visualizaccedilatildeo das enfermarias Possui tambeacutem uma sala de recreaccedilatildeo e

banheiro para os pacientes e acompanhantes Haacute uma sala utilizada pedagogia hospitalar

onde uma professora realiza atividades com as crianccedilas

Vale ressaltar que na unidade haacute uma sala para realizaccedilatildeo de procedimentos dolorosos

como a punccedilatildeo venosa perifeacuterica e sempre que possiacutevel o paciente eacute levado ateacute ela

34 Coleta de dados

A coleta de dados se deu a partir da teacutecnica de entrevista semi-estruturadas que

segundo Minayo Deslandes e Gomes (2007 p 64) satildeo ldquoperguntas fechadas e abertas em que

o entrevistado tem a possibilidade de discorrer sobre o tema em questatildeo sem se prender agrave

indagaccedilatildeo formuladardquo As mesmas foram gravadas em entrevista individual e tiveram como

foco as accedilotildees que os profissionais da equipe de enfermagem realizam acerca dos cuidados

para a permanecircncia do acesso venoso perifeacuterico aleacutem de investigar sobre o conhecimento que

cada um possui sobre o tema

19

Apoacutes contato preacutevio com a equipe de enfermagem foi acordado um dia e horaacuterio para

a realizaccedilatildeo das entrevistas que aconteceram na proacutepria unidade Todos os profissionais da

equipe de enfermagem foram convidados a participar voluntariamente da pesquisa As

entrevistas aconteceram apoacutes os profissionais assinarem o Termo de Consentimento Livre e

Esclarecido (TCLE)

Para Minayo Deslandes e Gomes (2007 p 64) a entrevista possui como principal

objetivo construir dados que sejam pertinentes para a pesquisa aleacutem de ser a estrateacutegia mais

utilizada no processo de trabalho de campo

A coleta foi interrompida no momento em que os dados se mostraram saturados ou

seja quando houve a cessaccedilatildeo do acreacutescimo de informaccedilotildees novas referentes ao tema

proposto

O fechamento amostral por saturaccedilatildeo teoacuterica eacute definido como a suspensatildeo de inclusatildeo

de novos participantes quando os dados obtidos passam a apresentar na avaliaccedilatildeo do

pesquisador certa redundacircncia ou repeticcedilatildeo natildeo sendo considerado relevante continuar a

coleta de dados (FONTANELLA RICAS e TURATO 2008)

35 Questotildees eacuteticas da pesquisa

De acordo com a Resoluccedilatildeo 46612 que visa assegurar os direitos e deveres que

dizem respeito agrave comunidade cientiacutefica aos sujeitos da pesquisa e ao Estado uma pesquisa

que envolve a participaccedilatildeo de seres humanos deve atender aos fundamentos eacuteticos e

cientiacuteficos pertinentes para a seguranccedila dos mesmos Neste contexto toda pesquisa

envolvendo seres humanos deveraacute ser submetida agrave apreciaccedilatildeo de um Comitecirc de Eacutetica em

Pesquisa (CEP) (BRASIL 2012)

Atendendo a esta condiccedilatildeo o projeto de pesquisa foi encaminhado ao CEP ndash do

Hospital Universitaacuterio o qual foi realizada a pesquisa foi analisado e aprovado na Reuniatildeo

com data de 06122013 CAAE 24693613700005243 Nuacutemero do parecer 486451 Com

isso a pesquisa foi desenvolvida mediante aprovaccedilatildeo do CEP atendendo aos preacute-requisitos

estipulados pela Resoluccedilatildeo nordm 46612

Esta pesquisa eacute pautada em princiacutepios eacuteticos que respeitam a dignidade humana e

justiccedila assegurando que natildeo haveraacute nenhum tipo de dano aos participantes

20

Em atendimento a resoluccedilatildeo 46612 do Conselho Nacional de SauacutedeMS apoacutes serem

esclarecidos pela pesquisadora quanto aos aspectos eacuteticos relacionados agrave pesquisa aleacutem das

formas de produccedilatildeo de dados e inserccedilatildeo no estudo os sujeitos da pesquisa assinaram duas

vias do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido ndash TCLE (apecircndice 1) autorizando sua

participaccedilatildeo voluntaacuteria na pesquisa Uma via foi entregue ao participante e outra ficou

arquivada com a pesquisadora

Nesse documento consta os objetivos da pesquisa procedimentos benefiacutecios

previstos garantia de recusa de participaccedilatildeo em qualquer momento de acesso aos resultados

da pesquisa e tambeacutem a garantia de acesso ao pesquisador quando os sujeitos julgarem

necessaacuterio sendo todas essas informaccedilotildees em linguagem acessiacutevel e simples O mesmo foi

apresentado e explicado ao profissional convidado a participar do estudo no primeiro contato

eou durante visita agendada para realizaccedilatildeo da entrevista

Vale ressaltar que esta pesquisa cujo financiamento eacute proacuteprio natildeo oferece nenhum

tipo de riscos para o sujeito da pesquisa e nem para o cuidado das crianccedilas internadas no setor

de pediatria e os benefiacutecios da participaccedilatildeo do mesmo satildeo de aumentar o conhecimento

cientiacutefico na aacuterea de Enfermagem Pediaacutetrica aleacutem de contribuir para a praacutetica profissional

36 Anaacutelise dos dados

O processo de anaacutelise dos dados foi baseada na teacutecnica da Anaacutelise Temaacutetica que para

Minayo Deslandes e Gomes (2007 p 86) o conceito central eacute o tema ldquoO tema eacute a unidade de

significaccedilatildeo que se liberta naturalmente de um texto analisado segundo criteacuterios relativos agrave

teoria que serve de guia da leiturardquo (BARDIN11

A anaacutelise realizada estava de acordo com a sugerida por Minayo (2010 p 315) e

contam com as seguintes etapas preacute-analise exploraccedilatildeo do material tratamento dos

resultados obtidos e interpretaccedilatildeo Atraveacutes dessas etapas tem-se o objetivo de descrever o

conteuacutedo do material coletado e interpretaacute-lo

1979 apud MINAYO DESLANDES

GOMES 2007 p 86)

A preacute analise consiste na escolha dos elementos a serem analisados e na retomada das

hipoacuteteses e dos objetivos iniciais da pesquisa Inicia-se com uma leitura flutuante onde o

11 BARDIN L Anaacutelise de Conteuacutedo Lisboa Ediccedilotildees 70 1979

21

pesquisador toma contato direto com o material adquirido deixando-se impregnar por seu

conteuacutedo Posteriormente haacute a constituiccedilatildeo do Corpus textual onde eacute feita uma seleccedilatildeo dos

documentos que iratildeo contemplar e fornecer informaccedilotildees sobre o tema sendo assim adequados

para dar resposta aos objetivos do trabalho (MINAYO 2010 p 315)

Essa fase preacute-analiacutetica eacute onde se determinam a unidades de registro unidade de

contexto e a partir delas satildeo determinados os temas que seratildeo analisados A unidade de

registro corresponde parte do conteuacutedo selecionado como base para analise e apoacutes a

delimitaccedilatildeo do contexto de compreensatildeo da unidade de registro eacute estabelecida a unidade de

contexto (MINAYO 2010 p 316)

De acordo com os objetivos da pesquisa foi possiacutevel perceber que nove (9)

entrevistas supriam para atender os mesmo encerrando assim a coleta Apoacutes a transcriccedilatildeo das

entrevistas foi realizada leitura das mesmas para natildeo soacute conhecimento do material mas

tambeacutem estabelecer as unidades de registro Em seguida foi realizado o colorimento das falas

assim as classificando de acordo com as unidades de registro estabelecidas

As unidades de registro que surgiram foram os fatores que interferem na manutenccedilatildeo

do acesso venoso perifeacuterico e o apontamento do acompanhante como responsaacutevel pela perda

do acesso venoso perifeacuterico Elas receberam as cores vermelha e laranja respectivamente a

fim de facilitar o agrupamento dos dados A partir disto surgiram as unidades de contexto que

compreendem as falas das entrevistas de modo a exemplificar o contexto das unidades de

registro

Partindo para segunda etapa da analise temaacutetica a exploraccedilatildeo do material que consiste

numa classificaccedilatildeo que visa alcanccedilar o nuacutecleo de compreensatildeo do texto Busca-se encontrar

categorias que satildeo expressotildees ou palavras significativas em funccedilatildeo das quais o conteuacutedo seraacute

organizado Essas categorias satildeo responsaacuteveis pela especificaccedilatildeo dos temas (MINAYO

2010 p 317)

Nesse caso foram definidos os seguintes temas cuidados preacute intra e poacutes procedimento

de punccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico cuidados em desuso para manutenccedilatildeo do acesso

venoso perifeacuterico o acompanhante e a manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico Essas trecircs (3)

categorias seratildeo apresentadas analisadas e discutidas no capitulo seguinte

22

4 RESULTADOS E DISCUSSAtildeO

Nesse capiacutetulo apresento as trecircs categorias temaacuteticas que surgiram da anaacutelise dos

dados e que contemplaram de forma satisfatoacuteria os objetivos da pesquisa A primeira

categoria denominada como ldquoOs cuidados de enfermagem preacute intra e poacutes-procedimento de

punccedilatildeo do acesso venoso perifeacutericordquo traz os passos e cuidados que os profissionais realizam

antes durante e apoacutes a punccedilatildeo buscando descrever e analisar os fatores envolvidos na pratica

do procedimento em questatildeo que emergiram das entrevistas aleacutem dos cuidados de

enfermagem para a manutenccedilatildeo do mesmo

A segunda categoria que seraacute apresentada eacute ldquoOs cuidados em desuso para manutenccedilatildeo

do acesso venoso perifeacutericordquo que mostra os cuidados que os profissionais citaram como natildeo

mais utilizados para auxiliar na manutenccedilatildeo da punccedilatildeo venosa perifeacuterica

E a uacuteltima categoria eacute denominada ldquoO acompanhante e a manutenccedilatildeo do acesso

venoso perifeacutericordquo e traz a responsabilizaccedilatildeo do acompanhante pelos profissionais do setor

em relaccedilatildeo aos cuidados com manutenccedilatildeo da punccedilatildeo Essa categoria busca tambeacutem ressaltar a

funccedilatildeo do acompanhante durante a hospitalizaccedilatildeo da crianccedila destacando que determinados

cuidados satildeo de total funccedilatildeo da equipe de enfermagem

41 Os cuidados de enfermagem preacute intra e poacutes-procedimento de punccedilatildeo do acesso

venoso perifeacuterico

Para interpretar as unidades de contextos tive como base autores que definiram os

cuidados de enfermagem preacute intra e poacutes punccedilatildeo venosa perifeacuterica Para esses autores a fase

de preacute-punccedilatildeo compreende as accedilotildees de anaacutelise e conhecimento da prescriccedilatildeo avaliaccedilatildeo e

23

preparo emocional do paciente preparo do material e medicaccedilatildeo seleccedilatildeo do siacutetio de inserccedilatildeo

e dilataccedilatildeo da veia selecionada As accedilotildees envolvidas na punccedilatildeo satildeo a execuccedilatildeo das

precauccedilotildees-padratildeo antissepsia da pele punccedilatildeo do vaso a fixaccedilatildeo e curativo do cateter

Finalmente na etapa de poacutes-punccedilatildeo adota-se a identificaccedilatildeo da punccedilatildeo o descarte apropriado

das partes dos materiais natildeo utilizados a orientaccedilatildeo do paciente acerca da terapecircutica o

controle da infusatildeo atraveacutes do gotejamento se necessaacuterio e o registro do procedimento

Phillips12

De acordo com as entrevistas a seleccedilatildeo do local de punccedilatildeo eacute indicada com um fator

que interfere diretamente no tempo de permanecircncia do acesso venoso perifeacuterico visto que

dependendo do local ocorre a perda mais rapidamente Aleacutem da localizaccedilatildeo citaram tambeacutem

o calibre da veia como interferecircncia na manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico Seguem

abaixo algumas falas

(2001 apud ARAUacuteJO 2007 p18)

ldquoPrimeira coisa eacute vocecirc procurar bem a veia colocar uma veia de um bom calibre Se puder dar preferecircncia a natildeo puncionar dobrasrdquo (Cinderela) ldquoDependendo de onde estiver puncionado se for na matildeozinha a crianccedila fica toda hora ta mexendo taacute manipulando alguma coisa e se for no pezinho tambeacutem nem todo tempo vai ficar acamada entatildeo acaba perdendo o acessordquo(Bela ) ldquoO mau posicionamento pode levar a perdardquo (Rapunzel)

A opiniatildeo dos profissionais acima vai de encontro com o que eacute encontrado na

literatura visto que eacute de suma importacircncia que o mesmo avalie o cliente e considere alguns

aspectos para uma escolha criteriosa e eficaz como a finalidade da punccedilatildeo o tipo de soluccedilatildeo

a ser infundida a condiccedilatildeo da rede venosa a duraccedilatildeo da terapia idade do cliente habilidade

cognitiva da crianccedila a preferecircncia do cliente o que nem sempre seraacute possiacutevel satisfazer e

tambeacutem a sua atividade (ARAUacuteJO 2007 p31)

Os cuidados com o acesso venoso perifeacuterico satildeo importantes antes mesmo da

realizaccedilatildeo do procedimento Levando em consideraccedilatildeo que um erro durante a fase de preacute-

procedimento como a escolha errada do local de punccedilatildeo por exemplo poderaacute levar a perda

do acesso e prejudicar assim o tratamento aleacutem do bem-estar da crianccedila que seraacute puncionada

novamente

12 PHILLIPS L D Manual de terapia intravenosa 2ed Porto Alegre Artmed 2001

24

O vaso sanguiacuteneo que o profissional selecionar como local para puncionar deve ser

suficiente para suportar o calibre e o comprimento do cateter aleacutem de atender a necessidade

terapecircutica para que natildeo haja a necessidade de uma nova punccedilatildeo

A punccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico eacute um procedimento doloroso e de grande

incomodo para a crianccedila com isso eacute de suma importacircncia realizar a seleccedilatildeo preacutevia do

material poreacutem natildeo foi citado Outro cuidado rotineiro e natildeo menos importante como a

lavagem das matildeos antes da colocaccedilatildeo do acesso tambeacutem natildeo foi mencionado durante as

entrevistas

O preparo emocional da crianccedila e do acompanhante quanto ao procedimento deve ser

considerada praacutetica rotineira para a equipe de enfermagem O profissional de enfermagem

deve lavar as matildeos objetivando a reduccedilatildeo significativa de risco de infecccedilatildeo e recomenda-se o

uso de aacutegua e sabatildeo para lavagem das matildeos antes da colocaccedilatildeo do cateter venoso perifeacuterico

(PHILLIPS13

O preparo preacutevio do material para instalaccedilatildeo do cateter venoso perifeacuterico eacute importante

para evitar interrupccedilotildees do procedimento e consequentemente um maior tempo de

manipulaccedilatildeo da crianccedila (SILVA

2001apud ARAUacuteJO 2007 Centers for Disease Control and Prevention ndash CDC

2002 apud ARAUacuteJO 2007)

14

Outro aspecto citado e classificado como preacute-procedimento eacute o cuidado com a

medicaccedilatildeo a ser administrada incluindo cuidados com a diluiccedilatildeo e composiccedilatildeo da mesma

Seguem algumas das falas

2004 apud ARAUacuteJO 2007 p30)

ldquoEstar sempre diluindo as medicaccedilotildees de acordo com a prescriccedilatildeo meacutedica pois as medicaccedilotildees satildeo muito fortes e podem causar enfraquecimento da veia Tem que diluir direitinho e passar lento na veiardquo (Cinderela) ldquoTer cuidado principalmente quando eacute crianccedila e a diluiccedilatildeo da medicaccedilatildeo tambeacutem agraves vezes natildeo eacute pra passar em perifeacuterico e na segunda dose jaacute perdeurdquo (Alice)

O acesso venoso perifeacuterico eacute a primeira alternativa para infusatildeo intravenosa por ser de

mais faacutecil acesso e rapidez no efeito da medicaccedilatildeo O profissional de enfermagem deve ter

domiacutenio natildeo soacute relacionado agrave infusatildeo das medicaccedilotildees mas tambeacutem com a composiccedilatildeo

13 PHILLIPS L D Manual de terapia intravenosa 2ed Porto Alegre Artmed 2001 14 SILVA G R G Terapia intravenosa em receacutem-nascidos ndash orientaccedilotildees para o cuidado de Enfermagem Rio de Janeiro Cultura Meacutedica 2004

25

farmacoloacutegica das mesmas os efeitos adversos e colaterais que a droga pode causar inclusive

em relaccedilatildeo a diluiccedilatildeo o que normalmente eacute estabelecido como padratildeo no setor de acordo com

cada faacutermaco

Com a intenccedilatildeo de promover a eficaacutecia terapecircutica dos medicamentos administrados

por via intravenosa eacute atribuiccedilatildeo do profissional de enfermagem implementar teacutecnicas como a

diluiccedilatildeo acondicionamento e cuidados na administraccedilatildeo de faacutermacos a fim de evitar

prejuiacutezos no tratamento resultantes da incompatibilidade medicamentosa (PETERLINI

CHAUD e PEDREIRA 2006)

Os fatores intra-procedimento satildeo considerados aqueles diretamente relacionados com

o procedimento Os dados colidos nas entrevistas ressaltaram apenas a fixaccedilatildeo com um fator

que interfere nessa fase Este foi o dado mais repetitivo nas entrevistas poreacutem sempre citado

de forma superficial Seguem as falas dos profissionais quando questionados sobre o que era

importante para manutenccedilatildeo do acesso

ldquoTem que fazer uma boa fixaccedilatildeo Porque quando a pessoa natildeo fixa bem prejudica porque aquilo vai soltando e quando vocecirc vecirc jaacute perdeu a veiardquo(Cinderela) ldquoEu acho que natildeo tem o que fazer para manter o acesso A crianccedila vai ficar uns dias X com aquele acesso pra fazer medicaccedilatildeo e eu acho que natildeo tem o que vocecirc profissional fazer para que natildeo percardquo (Aurora) ldquoA fixaccedilatildeo evita a movimentaccedilatildeo excessiva no local que estaacute o acessordquo (Ariel) ldquoTer cuidado com o curativo saber manusear E manter sempre o curativo limpo trocar se necessaacuteriordquo (Rapunzel) ldquoA fixaccedilatildeo eacute muito importante pra natildeo soltar o acesso e pra ele ficar mais tempordquo(Mulan)

Oliveira Bezerra e Pereira (2008 p 94) afirmam que de acordo com o revelado por

determinados estudos o tipo de curativo a fixaccedilatildeo do cateter e o tempo de permanecircncia estatildeo

diretamente relacionados com a ocorrecircncia de complicaccedilotildees infecciosas como flebites e

tambeacutem infiltraccedilatildeo extravasamento desconexatildeo e deslocamento do cateter

26

Para Pettit e Kraus15

Potter

(1995 apud MACHADO PEDREIRA E CHAUD2005 p292) a

gaze esteacuteril fixada com a fita adesiva hipoalergecircnica bem como a peliacutecula transparente esteacuteril

satildeo os materiais mais recomendados para curativo e fixaccedilatildeo de cateter venoso perifeacuterico

16

Jaacute as peliacuteculas transparentes mais conhecidas como filme permitem a respiraccedilatildeo

normal da pele com alta permeabilidade ao oxigecircnio e vapores e eacute impermeaacutevel a liacutequidos e

micro-organismos (SILVA E ZANETTI 2004 p233) Aleacutem disso permitem tambeacutem a

visualizaccedilatildeo contiacutenua do local de punccedilatildeo permitindo assim avaliaccedilatildeo do mesmo natildeo soacute

durante a infusatildeo de medicaccedilotildees mas tambeacutem todo o tempo

(1998 apud SILVA E ZANETTI 2004 p233) afirma que nas fixaccedilotildees em

que se utiliza a gaze esteacuteril preconiza-se a utilizaccedilatildeo de teacutecnica asseacuteptica Neste curativo a

gaze esteacuteril eacute colocada sobre o siacutetio de inserccedilatildeo e suas bordas satildeo fixadas com fita adesiva

A observaccedilatildeo da punccedilatildeo eacute muito importante pois se o local de inserccedilatildeo se mostrar

com sinais e sintomas de complicaccedilotildees a terapia deve ser suspensa (OLIVEIRA BEZERRA

e PEREIRA 2008 p95)

A visualizaccedilatildeo contiacutenua do acesso permite que a equipe de enfermagem possa realizar

uma observaccedilatildeo mais particularizada em relaccedilatildeo agraves condiccedilotildees do acesso venoso perifeacuterico

podendo observar se haacute deslocamento do cateter sinais de infiltraccedilatildeo e tambeacutem sinais de

infecccedilatildeo

Para Silva Barbato e Valente (2013 p 1200) cabe ao enfermeiro fazer a avaliaccedilatildeo

diaacuteria e cuidadosa do curativo observando a presenccedila de umidade sujidade integridade do

oacutestio de inserccedilatildeo a fixaccedilatildeo bem como a realizaccedilatildeo do curativo e das anotaccedilotildees legais

competentes agraves suas funccedilotildees

A fase poacutes-procedimento eacute caracterizada por uma seacuterie de cuidados que a equipe de

enfermagem deve realizar para que se obtenha maior tempo de permanecircncia do acesso venoso

perifeacuterico Durante as entrevistas os cuidados citados foram a salinizaccedilatildeo do acesso cuidados

para evitar a flebite e a velocidade de infusatildeo

15 Pettit DM Kraus V The use of gauze versus transparent dressings for peripheral intravenous catheter sites Nurs ClinNorth Am 1995 30(3)495-506 16 Potter P Perry AG Fundamentos de enfermagem processo conceito e praacutetica 3ordf ed Santos(SP) Guanabara Koogan19981397pp801-43

27

ldquoManter um acesso bem salinizado que vocecirc lave pelo menos de duas de trecircs em trecircs horas Se bem que isso aqui na pediatria natildeo eacute muito comum aqui a gente soacute lava cada vez que vai fazer medicaccedilatildeo mas se eu natildeo me engano a literatura preconiza isso vocecirc lavar pelo menos de quatro em quatro horas o acessordquo (Aurora)

ldquoPra manter o acesso venoso perifeacuterico eacute importante manter ele salinizado Assim que a gente recebe o plantatildeo eu vou ver se o acesso ta peacutervio com uma ldquoseringuinhardquo vai la da uma ldquolavadinhardquo e vecirc se o acesso ta peacutervio e manter o acesso salinizadordquo (Ariel)

ldquoSalinizar de 6 em 6 horas para manter ele peacuterviordquo (Alice)

ldquoTem que passar lento a medicaccedilatildeo e a limpeza da aacuterea vocecirc tem que limpar bem a aacuterea pra vocecirc natildeo formar uma flebiterdquo (Cinderela)

A salinizaccedilatildeo do acesso eacute um cuidado simples e de grande importacircncia Esse cuidado

deve ser realizado para manter o acesso peacutervio e limpo e deve ser realizado antes e apoacutes

qualquer infusatildeo

Para Moncaio e Figueiredo (2009)

a ldquosalinizaccedilatildeordquo consiste em administrar sob pressatildeo positiva soluccedilatildeo salina (Soro fisioloacutegico a 09) logo apoacutes o teacutermino da infusatildeo da medicaccedilatildeo Este procedimento visa prevenir a formaccedilatildeo de trombos e fibrina evitar o contato de drogas incompatiacuteveis (quando da infusatildeo de mais de um item medicamentoso no mesmo horaacuterio) garantir a infusatildeo de todo o medicamento que possa ter ficado no sistema aleacutem de evitar retorno sanguiacuteneo mantendo o cateter peacutervio para a proacutexima infusatildeo

Durante a coleta de dados esse cuidado surgiu em diversos momentos poreacutem foi

possiacutevel perceber que os profissionais realizam o mesmo de forma banalizada Natildeo sabem de

fato a real funccedilatildeo de manter o acesso salinizado A impressatildeo que passa eacute que eles

aprenderam que esse cuidado deveria ser feito e simplesmente fazem Haacute divergecircncias

tambeacutem entre a equipe em relaccedilatildeo ao momento que deve ser realizada a salinizaccedilatildeo e isso nos

mostra a desatualizaccedilatildeo dos profissionais do setor e a falta de uma educaccedilatildeo continuada no

hospital

Os cuidados para evitar a flebite e a velocidade de infusatildeo da medicaccedilatildeo apareceram

menos nas entrevistas e interferem diretamente com a manutenccedilatildeo do acesso venoso

perifeacuterico

28

A flebite eacute uma inflamaccedilatildeo na veia puncionada ocorrendo quando as ceacutelulas

endoteliais da parede da veia que o cateter estaacute inserido tornam-se inflamadas e irregulares

propiciando a aderecircncia de plaquetas e predispondo a veia a inflamaccedilatildeo Eacute comum que o local

se apresente dolorido hiperemiado quente e edemaciado e nesses casos eacute aconselhada a

retirada do cateter Uma boa fixaccedilatildeo do cateter perifeacuterico eacute recomendada por autores na

literatura visto que previnem deslocamento faacutecil e permitem uma boa visualizaccedilatildeo do local

evitando complicaccedilotildees como a flebite e infiltraccedilatildeo (MOLDES et al 2011 p 330)

Dentre as principais falhas de infusatildeo venosa estatildeo flebite infiltraccedilatildeo hematoma e

obstruccedilatildeo Acredita-se que para reduzir a incidecircncia destas nas unidades pediaacutetricas eacute preciso

a adoccedilatildeo de estrateacutegias tais como a abordagem junto agrave equipe em parceria com o setor de

educaccedilatildeo permanente e a adoccedilatildeo do uso da teacutecnica corretamente e de forma asseacuteptica para a

realizaccedilatildeo da punccedilatildeo venosa perifeacuterica em acordo com a comissatildeo de controle de infecccedilatildeo

hospitalar (SILVA BARBATO e VALENTE 2013 p 1200)

A incapacidade do paciente em relatar dor no siacutetio de administraccedilatildeo do faacutermaco quer

pela idade ou condiccedilatildeo cliacutenica e o local de inserccedilatildeo como tambeacutem a velocidade de infusatildeo do

medicamento (gt25mgmin) satildeo classificados como fatores de risco para a perda do acesso

venoso perifeacuterico (MARTINS SILVINO e DIAS 2010)

42 Os cuidados em desuso para manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico

Essa categoria discorre sobre os cuidados de enfermagem que com o passar do tempo

foram desconsiderados e natildeo satildeo mais utilizados Quando questionados em relaccedilatildeo a vivencia

profissional e cuidados que discordavam os entrevistados citaram o uso da tala para fixaccedilatildeo

uso de heparina e os cuidados em relaccedilatildeo ao tempo de permanecircncia do cateter Haacute muitas

controveacutersias em relaccedilatildeo aos cuidados citados acima

O tempo de permanecircncia interfere diretamente no aparecimento de complicaccedilotildees

como flebite e que acabam levando a perda do acesso venoso perifeacuterico mais rapidamente

aconselhando assim a troca do mesmo entre 76 a 96 horas Poreacutem eacute preconizada a retirada do

cateter apenas se finalizar o tratamento ou houver alguma interferecircncia

ldquoA gente observa tambeacutem o tempo dependendo do tempo tem que tirarrdquo (Alice)

29

ldquoHoje eu natildeo sei como que eacute essa questatildeo do tempo porque a gente trocava o acesso a cada quatro dias agora o pessoal jaacute diz que pode trocar em ateacute uma semana entatildeo natildeo sei como que ta isso e o que tem escrito em relaccedilatildeo a isso (Aurora)

Sabe-se que o tempo para troca do cateter de teflon ou poliuretano varia de 72 a 96

horas com o intuito de reduzir risco de infecccedilatildeo e flebite e para minimizar esses riscos nas

seguintes situaccedilotildees diante de sinais inflamatoacuterios no local de inserccedilatildeo e sempre que houver

mau funcionamento do cateter (SANTOS17

Entretanto o Center for Disease Control and Prevention - CDC (2002) diz que em

pacientes pediaacutetricos natildeo foi observada relaccedilatildeo quanto ao tempo de permanecircncia do cateter e

ocorrecircncia de complicaccedilotildees devendo ser mantido ateacute o teacutermino da terapia intravenosa ou

quando forem observados sinais cliacutenicos de complicaccedilotildees

2004 apud OLIVEIRA BEZERRA e PEREIRA

2008 p 93)

Eacute possiacutevel observar a diferenccedila do conhecimento pratico dos profissionais

entrevistados em relaccedilatildeo ao conhecimento encontrado na literatura E ainda contendo duacutevidas

natildeo haacute uma busca da parte dos mesmos para esclarececirc-las

O uso da heparina com a finalidade de manter o acesso peacutervio por um periacuteodo maior

de tempo mostra-se com mais certeza quanto ao desuso nos dados colidos

ldquoAntigamente a gente usava heparina entatildeo a gente ficava tranquila em relaccedilatildeo agrave obstruccedilatildeo mas agora natildeo a gente usa o soro fisioloacutegico e a gente deixa salinizadordquo (Aurora)

Rang e Dale 18(1998 apud DOPICO e OLIVEIRA 2006) afirmam que a heparina

inibe a formaccedilatildeo de coaacutegulos de fibrina in vitro e in vivo e que seu efeito anticoagulante eacute

praticamente imediato Com isso Phillips19

17 Santos W Lavagem das matildeos In R Luiz Santos W Manual baacutesico de prevenccedilatildeo e controle das infecccedilotildees hospitalares do HRU Fortaleza Hospital Regional Unimed 2004

(2001 apud DOPICO e OLIVEIRA 2006)

ressalta que a teacutecnica de manutenccedilatildeo intermitente de cateteres intravenosos com soluccedilatildeo

salina 09 classificada como salinizaccedilatildeo tem sido pesquisada haacute alguns anos apresentando

em relaccedilatildeo ao uso da heparina vantagens como o baixo custo ser um procedimento mais

18 Rang HP Dale M M Hemostasia e Trombose In Rang HP Dale M M Farmacologia Rio de Janeiro Guanabara Koogan 1998 p235-47 19 PHILLIPS L D Manual de terapia intravenosa 2ed Porto Alegre Artmed 2001

30

simples aleacutem de eliminar a possibilidade de incompatibilidade com as drogas e soluccedilotildees

administradas aleacutem da inexistecircncia de riscos ao paciente Entretanto sabe-se que a literatura

ainda natildeo fornece consenso acerca da soluccedilatildeo mais indicada para manutenccedilatildeo da

permeabilidade do cateter venoso perifeacuterico

Eacute importante ressaltar que muitas instituiccedilotildees do nosso paiacutes nem ao menos tecircm o

conhecimento da praacutetica da salinizaccedilatildeo com soluccedilatildeo salina 09 No que se refere agrave pesquisa

cientiacutefica as limitaccedilotildees desta praacutetica satildeo atribuiacutedas agrave ausecircncia de um maior nuacutemero de

estudos controlados para validar sua eficaacutecia (EPPERSON20

Apesar de natildeo ser encontradas publicaccedilotildees acerca do tema a utilizaccedilatildeo de heparina

mostra-se como uma pratica natildeo mais utilizada pelos profissionais de enfermagem Outro

tema onde haacute controveacutersias e tambeacutem poucas citaccedilotildees eacute o uso da tala para fixaccedilatildeo do acesso

venoso perifeacuterico Seguem abaixo a opiniatildeo de alguns dos profissionais entrevistados

1984 apud DOPICO e

OLIVEIRA 2006)

ldquoA uacutenica coisa que eu natildeo gosto de ver eacute quando se coloca tala para imobilizar dizendo que a tala vai ajudar a natildeo perder a veia Isso eu natildeo concordo acho que a tala prejudica a crianccedila fica incomodada faz dor no membrordquo (Cinderela)

ldquoAntigamente a gente usava muito tala e as vezes eu pego isso aqui ai eu falo gente tala natildeo se usa mais natildeo faz parte mais da fixaccedilatildeo vocecirc pode fixar de uma forma que a crianccedila natildeo perca A tala eu acho que ela traumatiza um pouco ainda mais se vocecirc pegar um acesso na dobra vocecirc vai fazer com que a crianccedila fique com o braccedilo esticado muito tempo eu acho que pode causar uma lesatildeo depois e a literatura jaacute fala que eacute desnecessaacuteria natildeo precisa maisrdquo (Aurora) ldquoAntigamente usavam tala mas hoje em dia quase natildeo se vecirc mais e eu acho que a tala atrapalha porque a crianccedila fica imobilizada no membro ai fica mais irritadardquo (Rapunzel) ldquoLaacute no meu outro trabalho alguns usam a tala Eu acho que a tala ajuda ateacute a perder mais raacutepido porque a crianccedila fica incomodada vai querer mexer naquilordquo (Mulan)

20 Epperson EL Efficacy of 09 sodium chloride injection with without heparin for maintenance indwelling intermittent injection sites Clin Pharm1984 3(5)26

31

Almeida e Sabateacutes21

Entretanto haacute estudo que comprovam que o uso da tala natildeo se mostra tatildeo eficiente e

apresenta-se como uma praacutetica controversa O estudo foi realizado em crianccedilas ateacute os 12 anos

utilizando imobilizaccedilatildeo com tala e em mais de metade dos casos (553) ocorreu infiltraccedilatildeo

o que indicia a ineficaacutecia desta praacutetica (MACHADO PEDREIRA e CHAUD 2008 apud

BATALHA et al 2010 p512)

(2008 apud BATALHA et al 2010 p512) afirmam que a teacutecnica

de fixaccedilatildeo dos CVP com uso de imobilizaccedilatildeo com tala para restriccedilatildeo ou limitaccedilatildeo dos

movimentos articulares proacuteximo do local da punccedilatildeo estaacute indicado nas matildeos punhos cotovelo

e maleacuteolo

Para Batalha et al (2010 p512) o uso desta praacutetica parece natildeo se coadunar com o

atual uso de cateteres flexiacuteveis tipo abocath em detrimento de agulhas metaacutelicas Talvez por

isso comecem a surgir novas teacutecnicas de fixaccedilatildeo dos CVP que natildeo exigem imobilizaccedilatildeo das

articulaccedilotildees com talas

Aleacutem de natildeo haver uma confirmaccedilatildeo dos benefiacutecios causados pelo uso da tala a

imobilizaccedilatildeo causa incocircmodo para a crianccedila que fica com o membro imoacutevel podendo causar

dor e tambeacutem irritaccedilatildeo O uso desse tipo de fixaccedilatildeo tambeacutem impede a visualizaccedilatildeo frequente

do acesso venoso afetando assim os cuidados de observaccedilatildeo da equipe de enfermagem

43 O acompanhante e a manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico

A presente categoria vai discutir um assunto importante que surgiu durante as

entrevistas de forma inesperada Alguns dos profissionais entrevistados citaram o descuido do

acompanhante como um fator causador da perda do acesso venoso perifeacuterico Seguem abaixo

algumas falas

ldquoA matildee sempre acompanha e tem matildee que natildeo tem cuidado natildeo vigia e a gente tem que ficar pedindo pra olhar tomar contardquo (Aurora)

ldquoEm relaccedilatildeo ao acompanhante porque a crianccedila natildeo vai avaliar entatildeo o acompanhante que estar ali tem que avaliar direitinho natildeo deixar a crianccedila mexer ou puxarrdquo (Bela)

ldquoNatildeo eacute toda matildee que esta vigiando que cuida pra que a crianccedila natildeo perca o acessordquo (Jasmine)

21 Almeida FA Sabateacutes AL Enfermagem pediaacutetrica a crianccedila o adolescente e a sua famiacutelia no hospital Satildeo Paulo(SP) Manole 2008

32

ldquoAcho que leva a perda quando o acompanhante natildeo coopera as vezes a gente faz a imobilizaccedilatildeo na crianccedila e as vezes eles ateacute retiram e a proacutepria crianccedila agitada ela mesmo arrancardquo (Branca de Neve)

ldquoAgraves vezes a proacutepria crianccedila que a matildee deixa muito solta ai solta o acessordquo (Mulan)

Apoacutes a implementaccedilatildeo da lei que garante um acompanhante ao paciente pediaacutetrico a

presenccedila do familiarresponsaacutevel durante a hospitalizaccedilatildeo mudou a rotina da equipe de

enfermagem trazendo duacutevidas quanto a real funccedilatildeo do acompanhante e fazendo com que a

mesma viesse a delegar certos cuidados para acompanhante

A Promulgaccedilatildeo da Lei 8069 do Estatuto da Crianccedila e do Adolescente (ECA) em

1990 no seu artigo 12deg garante agrave crianccedila ou ao adolescente o direito de ter um responsaacutevel

que o acompanhe durante a hospitalizaccedilatildeo (1990)

Desde a sua implantaccedilatildeo as unidades vecircm sofrendo um processo de reorganizaccedilatildeo de

suas praacuteticas A inserccedilatildeo da famiacutelia modifica a organizaccedilatildeo do processo de trabalho o que

requer dos profissionais uma compreensatildeo em relaccedilatildeo agrave dinacircmica das relaccedilotildees interpessoais

(COLLET e ROCHA 2004)

Pimenta e Collet (2009) ressaltam que natildeo haacute nenhuma regulamentaccedilatildeo sobre a

participaccedilatildeo da famiacutelia nos cuidados e no entanto a mesma desempenha atividades junto agrave

crianccedila durante a hospitalizaccedilatildeo que devem ser levadas em consideraccedilatildeo A falta de

reconhecimento desse fato fez com que a equipe de enfermagem e famiacutelia natildeo possuiacutessem

uma relaccedilatildeo aberta e vivessem uma relaccedilatildeo silenciosa e impliacutecita de poder na qual a famiacutelia

acaba assumindo as relaccedilotildees do cuidado agrave crianccedila de responsabilidade da enfermagem

A negociaccedilatildeo entre matildees e equipe de enfermagem em relaccedilatildeo aos cuidados agrave crianccedila

hospitalizada natildeo eacute uma tarefa faacutecil tendo em vista que natildeo se tem claro qual o seu novo

papel neste processo (COLLET e ROCHA 2004)

Eacute possiacutevel ver nas falas que a presenccedila do acompanhante causa para a equipe de

enfermagem a seguranccedila de ter algueacutem para ldquovigiarrdquo ldquotomar contardquo e natildeo deixar que a

crianccedila hospitalizada perca o acesso venoso quando na verdade eacute funccedilatildeo da equipe de

enfermagem cuidados referentes ao acesso venoso perifeacuterico

33

Jaacute o acompanhante eacute definido pelo Ministeacuterio da Sauacutede como uma pessoa significativa

para a crianccedila que representa sua rede social e que vai acompanhaacute-lo durante a permanecircncia

no ambiente hospitalar ressaltando assim sua importacircncia Esse fato se reforccedila visto que a

crianccedila encontra nos familiares a forccedila e seguranccedila necessaacuteria para encarar todo esse processo

doloroso e desconhecido (MURAKAMI e CAMPOS 2011 p255)

O acompanhante aleacutem de minimizar o sofrimento do paciente pediaacutetrico faz com que

o mesmo sinta-se mais a vontade Eacute importante ressaltar que o familiarresponsaacutevel natildeo soacute

pode como deve participar das atividades da crianccedila no hospital desde que estas natildeo sejam

competecircncias dos profissionais que os cercam Essas atividades satildeo caracterizadas como

semelhantes aos que eles realizam diariamente fora do ambiente hospitalar como o banho

Poreacutem no caso de um paciente com punccedilatildeo venosa perifeacuterica o profissional de enfermagem

deve auxiliar no cuidado para que essa natildeo se perca

Os cuidados dos familiaresacompanhantes satildeo os mesmos que os desenvolvidos no

domiciacutelio e os cuidados prestados pela equipe de enfermagem satildeo aqueles que demandam

conhecimento teacutecnico-cientiacutefico especializado (SOUZA e OLIVEIRA 2010 p558)

Mesmo alguns cuidados parecerem simples e rotineiros quando eacute prestado no

hospital assumem novas caracteriacutesticas com o uso de dispositivos tecnoloacutegicos os quais se

tornam complexos (PIMENTA E COLLET 2009)

O ato de cuidar envolve o respeito agrave maneira como vive cada indiviacuteduo de acordo

com suas crenccedilas valores costumes e cultura A famiacutelia como uma instituiccedilatildeo atende agraves

necessidades bioloacutegicas de seus membros sendo sua responsabilidade cuidar e criar os filhos

incluindo a obrigaccedilatildeo da alimentaccedilatildeo higiene vestuaacuterio e moradia (ELSEN22

Nas entrevistas podemos verificar falas em que o acompanhante eacute citado como

responsaacutevel por avaliar a punccedilatildeo venosa A equipe de enfermagem deve sempre partir do

pressuposto que o familiar acompanhante natildeo tem conhecimento cientiacutefico e certo tipo de

cuidado natildeo deve se delegado para o mesmo mostrando assim a importacircncia da orientaccedilatildeo do

acompanhante quanto aos procedimentos dispositivos utilizados e cuidados em que os

etal 1994

apud SOUZA e OLIVEIRA 2010 p 553)

22 Elsen I Patriacutecio ZM Assistecircncia agrave crianccedila hospitalizada tipos de abordagens e suas implicaccedilotildees para a enfermagem In A enfermagem em pediatria e puericultura Rio de Janeiro (RJ) Atheneu 2005

34

mesmos possam auxiliar Seguem abaixo as falas onde os profissionais ressaltaram a

importacircncia da orientaccedilatildeo do acompanhante

ldquoNem sempre a crianccedila vai entender o porque de estar com aquele acesso entatildeo tem que ter uma orientaccedilatildeo do acompanhanterdquo (Bela)

ldquoTem que haver orientaccedilatildeo do acompanhante para os cuidadosrdquo (Ariel)

ldquoAgraves vezes tem ate o exemplo de um pai que natildeo deixa trocar o acesso jaacute tinha mais de uma semana e ele natildeo queria que trocasse ai faz febre e natildeo sabe da onderdquo (Alice)

Para Souza e Oliveira (2010 p555) deve haver uma preocupaccedilatildeo em orientar

considerando que o outro natildeo tem nenhum tipo de conhecimento sobre o assunto Poreacutem

Queiroz e Jorge23

Apesar das dificuldades o profissional de enfermagem deve estabelecer um viacutenculo de

confianccedila com o acompanhante buscando sempre deixaacute-los ciente das situaccedilotildees e fazendo-os

participar dos cuidados plausiacuteveis sem causar nenhum dano agrave crianccedila e de maneira alguma

abandonar suas atribuiccedilotildees

(2004 apud SOUZA e OLIVEIRA 2010 p 556) ressaltam que apesar de os

profissionais terem intenccedilatildeo de orientar os cuidados para a sauacutede repassam conhecimentos

elaborados cientificamente dificultando a compreensatildeo do familiar aleacutem de a relaccedilatildeo se dar

de maneira vertical assimeacutetrica e coercitiva

23 Queiroz MVO Jorge MSB Accedilotildees educativas no cuidado infantil e intervenccedilotildees dos profissionais junto agraves famiacutelias Acta Scientiarum Maringaacute 2004 janjun 26(1) 27-34

35

CONCLUSAtildeO

Atraveacutes desse estudo foi possiacutevel descrever e analisar os cuidados que os profissionais

de enfermagem realizam acerca da permanecircncia do acesso venoso perifeacuterico Aleacutem disso a

realizaccedilatildeo da pesquisa permitiu identificar a desarticulaccedilatildeo do processo de enfermagem e a

praacutetica desconectada da produccedilatildeo cientiacutefica caracterizando a falta de uma educaccedilatildeo

continuada efetiva

A anaacutelise dos dados demonstra o processo de punccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico

ressaltando a importacircncia de cuidados como a seleccedilatildeo do local a diluiccedilatildeo da medicaccedilatildeo a

realizaccedilatildeo de uma boa fixaccedilatildeo a atenccedilatildeo com a velocidade de infusatildeo os cuidados com os

sinais de infecccedilatildeo e salinizaccedilatildeo do acesso natildeo deixando de salientar cuidados em desuso

como o uso da heparina da tala e duvidas em relaccedilatildeo ao tempo de permanecircncia Evidenciou

tambeacutem que a equipe de enfermagem delega alguns cuidados para os acompanhantes

Natildeo foi possiacutevel perceber o niacutevel de conhecimento cientiacutefico dos profissionais visto

que eles em nenhum momento por natildeo saberem ou por medo de se expor natildeo explicaram de

fato nenhum cuidado que disseram realizar Sempre citaram de forma superficial e direta

deixando claro tambeacutem que o pesquisador natildeo os indagou quanto a isso Poreacutem creio que

diante de cuidados tatildeo importantes e de frequente praacutetica os mesmos falariam facilmente

sobre os cuidados de enfermagem na permanecircncia do acesso venoso perifeacuterico

Apesar dos entrevistados citarem alguns fatores e cuidados realizados de forma

correta eacute visiacutevel que os mesmos realizam os cuidados com a punccedilatildeo e a permanencia do

acesso de forma automaacutetica sem unir a praacutetica com o fundamento do mesmo

Eacute importante destacar tambeacutem a importacircncia do preparo emocional da crianccedila como

tambeacutem os cuidados com a famiacutelia dos mesmos O trabalho de humanizaccedilatildeo realizado pela

36

enfermagem faz grande diferenccedila nessas situaccedilotildees visto que os pacientes e acompanhantes

tendo conhecimento do que seraacute realizado ficariam mais tranquilos

O estudo contribuiu para o campo do ensino nesta aacuterea dando destaque ao importante

papel que o profissional de enfermagem deve desempenhar no cuidado e na manutenccedilatildeo do

acesso venoso perifeacuterico Contudo vale ressaltar a importacircncia do incentivo ao profissional a

buscar na literatura natildeo soacute esclarecimento de suas duvidas mas tambeacutem novos

conhecimentos

Pode colaborar ainda para a realizaccedilatildeo de novas pesquisas na aacuterea procurando

eliminar duacutevidas e controveacutersias sobre o tema Buscando assim a realizaccedilatildeo de um cuidado de

enfermagem articulado e eficaz promovendo o bem-estar do paciente pediaacutetrico durante a

hospitalizaccedilatildeo

37

REFEREcircNCIAS

ARAUacuteJO Ana Paula Monteiro Baptista de Andrade As praacuteticas de cuidado agrave crianccedila com

cateter venoso perifeacuterico e seus reflexos na interaccedilatildeo enfermeiro-familiar Dissertaccedilatildeo

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Silva e BARRETO Regiane Aparecida dos Santos Soares SIQUEIRA Karina Machado

BARBOSA Jackeline Maciel Adesatildeo agraves medidas de prevenccedilatildeo e controle de infecccedilatildeo de

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THOMAZINE Angeacutelica Malman PASSOS Rocircmulo Silva BAY JUacuteNIOR Osvaldo Goacutees

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44

APEcircNDICE I

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO Tiacutetulo Do Projeto Os cuidados de enfermagem acerca dos acessos venosos perifeacutericos na unidade pediaacutetrica Pesquisador Responsaacutevel Rosane Cordeiro Burla de Aguiar Eny Dorea Paiva e Karina Rodrigues Fernandes Instituiccedilatildeo a que Pertence o Pesquisador Responsaacutevel Universidade Federal Fluminense Telefone para contato (21) 98355269 (21) 82392939 (21) 91786609 Nome do voluntaacuterio _________________________________________________________ Idade ________ anos RG ____________________________

AO Sr (a) estaacute sendo convidado (a) a participar do projeto de pesquisa OS CUIDADOS DE

ENFERMAGEM ACERCA DOS ACESSOS VENOSOS PERIFEacuteRICOS NA UNIDADE PEDIATRICA de

responsabilidade da pesquisadora Profordf Drordf Rosane Cordeiro Burla de Aguiar e Profordf Drordf Eny Dorea Paiva A

punccedilatildeo venosa perifeacuterica eacute um procedimento essencial durante a hospitalizaccedilatildeo da crianccedila visto que eacute atraveacutes

dela que eacute administrada grande parte das medicaccedilotildees Este estudo se justifica diante da importacircncia da

necessidade de um maior periacuteodo de permanecircncia dos acessos venosos perifeacutericos Com isso aleacutem da

diminuiccedilatildeo de eventos que causam dor e irritaccedilatildeo na crianccedila e na famiacutelia promoveraacute tambeacutem uma melhor estada

dos mesmos durante o periacuteodo de hospitalizaccedilatildeo Os objetivos da pesquisa satildeo 1) Descrever os fatores que

interferem na manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico de acordo com a equipe de enfermagem 2)Analisar os

cuidados da equipe de enfermagem na manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico A coleta de dados se daraacute

atraveacutes de entrevistas semi estruturadas que seratildeo gravadas As informaccedilotildees colhidas seratildeo tratadas de forma

anocircnima e confidencial ou seja em nenhum momento seratildeo divulgados o seu nome e somente os

pesquisadores teratildeo acesso agraves informaccedilotildees Os dados obtidos com a pesquisa poderatildeo ser publicados apenas com

fins cientiacuteficos Eles natildeo seratildeo utilizados para fins comerciais ou para outra finalidade qualquer Caso necessite

poderatildeo ser marcados encontros para respostas ou esclarecimentos de qualquer duacutevida acerca da pesquisa A sua

participaccedilatildeo eacute voluntaria e eacute importante lembrar que vocecirc poderaacute desistir de participar da pesquisa em qualquer

momento A entrevista seraacute marcada em um dia e horaacuterio que vocecirc achar melhor Seraacute realizada

individualmente em um ambiente que nos ofereccedila privacidade Esta pesquisa natildeo oferece riscos para vocecirc e os

benefiacutecios da sua participaccedilatildeo satildeo de aumentar o conhecimento cientiacutefico na aacuterea de Enfermagem Pediaacutetrica

aleacutem de contribuir para a praacutetica profissional Este documento seraacute elaborado em duas vias uma para vocecirc e a

outra seraacute arquivada pelo pesquisador

Eu_____________________________________________________________ RG no _____________________________ Declaro que apoacutes ter entendido o que me foi explicado consinto voluntariamente em participar do presente Protocolo de Pesquisa entendo ainda que posso retirar o meu consentimento a qualquer momento antes ou durante a realizaccedilatildeo do mesmo declaro ter sido informada(o) e concordo em participar como voluntaacuteria(o) da pesquisa acima descrita Rio de Janeiro_______de_______________de 20___ _____________________________ ________________________________

(Participante) Karina Rodrigues Fernandes (Responsaacutevel por obter o consentimento)

______________________________________ _______________________________________ (Testemunha) (Testemunha)

45

APEcircNDICE II

ROTEIRO PARA ENTREVISTA

1) O que vocecirc acha que pode levar a perda do acesso perifeacuterico

2) Para vocecirc o que eacute importante para manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico nas

crianccedilas

3) O que vocecirc acha que pode interferir na sua manutenccedilatildeo

4) Que medidas vocecirc adota no seu dia a dia para manter o acesso

5) Na sua vivencia profissional o que vocecirc discorda dos cuidados que geralmente satildeo

utilizados para manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico

46

ANEXO

47

48

  • KARINA RODRIGUES FERNANDES
    • COA Thatiana Fernanda PETTENGILL Myriam Aparecida Mandetta Autonomia da crianccedila hospitalizada frente aos procedimentos crenccedilas da enfermeira pediatra Acta paul enferm 19(4) 433-438 out-dez 2006 Disponiacutevel em lt wwwscielobrscielophpscr
    • JANSEN Michele Ferraz SANTOS Rosane Maria dos FAVERO Luciane Benefiacutecios da utilizaccedilatildeo do brinquedo durante o cuidado de enfermagem prestado agrave crianccedila hospitalizada Rev Gaucha Enferm 31(2) 247-253 jun 2010 Disponiacutevel em lt httpwwwscielo
    • MAGNABOSCO Gisele TONELLI Ana Lucia Nascimento Fonseca SOUZA Sarah Nancy Deggau Hegeto de Abordagens no cuidado de enfermagem agrave crianccedila hospitalizada submetida a procedimentos uma revisatildeo de literatura Cogitare enferm 13(1) 103-108 jan-mar
    • MARTINS Maria do Rosaacuterio RIBEIRO Circeacutea Amalia BORBA Regina Issuzu Hirooka de and SILVA Conceiccedilatildeo Vieira daProtocolo de preparo da crianccedila preacute-escolar para punccedilatildeo venosa com utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico Rev Latino-Am Enfermagem [on
    • OLIVEIRA Maria Ivoneide Veriacutessimo de BEZERRA Maria Gorette Andrade PEREIRA Vanessa Ramos Cateterizaccedilatildeo venosa assistecircncia de enfermagem-UTI pediaacutetrica Rev da Rede de Enfermagem do Nordeste AbrJun de 2008 Disponiacutevel em lt httpwwwrevistar
    • PETERLINI Maria Angeacutelica Sorgini CHAUD Massae Noda and PEDREIRA Mavilde da L GOacuterfatildeos de terapia medicamentosa a administraccedilatildeo de medicamentos por via intravenosa em crianccedilas hospitalizadasRev Latino-Am Enfermagem [online] 2003 vol11 n
    • PETERLINI Maria Angeacutelica Sorgini CHAUD Massae Noda PEDREIRA Mavilde L G Incompatibilidade entre faacutermacos e materiais de cateteres e acessoacuterios da terapia intravenosa Online braz j nurs (Online) 5(3)2006 Disponiacutevel em lt httpwwwobjnursi
    • PIMENTA Erika Acioli Gomes COLLET Neusa Dimensatildeo cuidadora da enfermagem e da famiacutelia na assistecircncia agrave crianccedila hospitalizada concepccedilotildees da enfermagem Rev esc enferm USP [online] 2009 vol43 n3 pp 622-629 Disponiacutevel em lt httpwwwscie
    • THOMAZINE Angeacutelica Malman PASSOS Rocircmulo Silva BAY JUacuteNIOR Osvaldo Goacutees COLLET Neusa OLIVEIRA Beatriz Rosana Gonccedilalves de Assistecircncia de enfermagem agrave crianccedila hospitalizada um resgate histoacuterico Ciˆnc cuid sapoundde 7(supl1) 145-152 maio 200
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        • CDD 61073
Page 6: UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE ESCOLA DE …app.uff.br/riuff/bitstream/1/3317/1/TCC Karina Rodrigues Fernandes.pdf · A punção venosa periférica é um procedimento essencial para

Agradecimentos

Primeiramente a Deus por ter me sustentado e dado forccedilas para seguir em frente a cada momento em

que fraquejei e desejei desistir Por me permitir concluir essa etapa e por me mostrar ao longo desses

anos que eu sou mais forte do que eu pensava Obrigada Deus

A toda minha famiacutelia pela ajuda e incentivo durante cada ano de faculdade A minha matildee e a minha

irmatilde Karen os pilares da minha vida por estarem sempre comigo me apoiando e amando

incondicionalmente A Tia Doca por ser minha segunda matildee e estar sempre pronta para ajudar Amo

vocecircs

Ao Cristiano por estar sempre comigo me ajudando me levantando quando preciso e me amando

principalmente nos momentos de ldquodesesperordquo com os prazos Por acordar quando eu queria

conversar por servir de motorista nos momentos que precisava e por ser aleacutem de tudo meu amigo

Te amo

A minha querida orientadora Rosane por me proporcionar o encontro com a aacuterea da pediatria pela

paciecircncia com minhas dificuldades e ainda pela oportunidade de convivecircncia e aprendizado

contribuindo para o meu crescimento pessoal e profissional

A Hanna por ser meu apoio em todo o inicio da faculdade 24 horas por dia sendo mais que uma

amiga uma irmatilde E mesmo depois apesar de tanta correria ainda conseguir um tempo para almoccedilar

conversar e comer um ldquojapardquo Vocecirc eacute essencial na minha vida amo vocecirc

Aos anjinhos que ldquoUFFrdquo colocou em minha vida Laiacutes e Barbara por estarem sempre prontas para

me segurar me apoiar dar bronca e fofocar Por dividir segredos laacutegrimas opiniotildees aleacutem de

momentos inesqueciacuteveis como decolar do Aeroporto Santos Dumond Obrigada por tudo Amo vocecircs e

vou morrer de saudades dos nossos dias

A minha querida e amada turma 20092 que mesmo fragmentada em vaacuterios periacuteodos permaneceu

unida se tornando uma grande famiacutelia durante esses cinco anos e me proporcionou momentos que

vou lembrar para o resto da minha vida

Aos demais professores e funcionaacuterios da Escola de Enfermagem Aurora de Afonso Costa pela

oportunidade de compartilhar momentos gratificantes de aprendizagem

Meu eterno agradecimento

RESUMO

Os cuidados para a manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico eacute uma accedilatildeo essencial durante uma internaccedilatildeo na qual a permanecircncia do dispositivo eacute dificultada por diversos fatores principalmente quando se trata de um paciente pediaacutetrico Por conta de repetitivas perdas as repeticcedilotildees das punccedilotildees podem gerar trauma emocional dificultando ainda mais o periacuteodo de estada do paciente no hospital Desta forma o presente trabalho tem o objetivo descrever os fatores que interferem na manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico de acordo com a equipe de enfermagem e analisar os cuidados da equipe de enfermagem na manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico Possui como objeto de estudo os cuidados da equipe de enfermagem na manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico Trata-se de uma pesquisa descritiva exploratoacuteria de abordagem qualitativa onde nove (9) profissionais da equipe de enfermagem do setor de internaccedilatildeo pediaacutetrica de um Hospital Universitaacuterio do Rio de Janeiro foram entrevistados de acordo com um roteiro A coleta de dados deu-se por meio de entrevista semi-estruturada As falas foram submetidas agrave anaacutelise de conteuacutedo e das entrevistas emergiram trecircs (03) categorias ldquoCuidados preacute intra e poacutes-procedimento de punccedilatildeo do acesso venoso perifeacutericordquo ldquoCuidados em desuso para manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacutericordquo e ldquoO acompanhante e a manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacutericordquo O estudo retratou o processo de punccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico ressaltando a importacircncia de cuidados como a seleccedilatildeo do local a diluiccedilatildeo da medicaccedilatildeo a realizaccedilatildeo de uma boa fixaccedilatildeo a atenccedilatildeo com a velocidade de infusatildeo os cuidados com os sinais de infecccedilatildeo e salinizaccedilatildeo do acesso aleacutem de constatar tambeacutem os cuidados em desuso como o uso da heparina da tala de imobilizaccedilatildeo e duacutevidas em relaccedilatildeo ao tempo de permanecircncia Evidenciou o fato da equipe de enfermagem responsabilizar o acompanhante pelos cuidados com o cateter venoso perifeacuterico e tambeacutem o natildeo uso da literatura cientifica para solucionar duvidas e agregar conhecimento Com isso o estudo atingiu os objetivos propostos e tambeacutem contribuiu para o campo do ensino abrindo portas para a realizaccedilatildeo de novas pesquisas na aacuterea Palavras-chave cateterismo venoso perifeacuterico cuidados de enfermagem enfermagem pediaacutetrica

ABSTRACT Care for the maintenance of peripheral venous access is an essential action during a hospitalization in which the permanence of the device is hampered by several factors especially when it comes to a pediatric patient Because of repetitive losses the repetitions of punctures can cause emotional trauma further hindering the period of stay of the patient in the hospital Thus the present study aims to describe the factors affecting the maintenance of peripheral venous access in accordance with the nursing staff and analyze the care of the nursing staff in the maintenance of peripheral venous access Has as its object of study the care of the nursing staff in the maintenance of peripheral venous access This is an exploratory descriptive and qualitative study where nine (9) professional nursing staff of the pediatric inpatient ward of a university hospital in Rio de Janeiro were interviewed according to a script The data was collected by means of semi - structured interview The speeches were subjected to content analysis and interviews revealed three ( 03 ) categories Care pre intra and post - puncture procedure from peripheral venous access Care in disuse for maintenance of peripheral venous access and The companion and maintenance of peripheral venous access The study portrayed the process of puncture of peripheral venous access emphasizing the importance of care as site selection diluting the medication performing a good fixation attention to the rate of infusion the care of the signs of infection and salinity of access and also noted the care into disuse as the use of heparin the splint immobilization and questions about the length of stay Highlighted the fact that the nursing staff responsible for the care of the accompanying peripheral venous catheter and also not using the scientific literature to solve doubts and aggregate knowledge With that the study achieved its goals and also contributed to the field of education opening doors to new research in the area Key words peripheral venous catheterization nursing care pediatric nursing

SUMAacuteRIO

1 INTRODUCcedilAtildeO p 8

11 Questotildees norteadoras p 9

12 Objeto do estudo p9

13 Objetivos p9

14 Justificativa e relevacircncia p9

2 REVISAtildeO DE LITERATURA p 11

21 Hospitalizaccedilatildeo infantil e seus estressores p 11

22 Acesso venoso perifeacuterico em pediatria p 13

3 METODOLOGIA p 17

31 Tipo de pesquisa p17

32 Sujeitos da pesquisa p17

33 Cenaacuterio p18

34 Coleta de dados p18

35 Questotildees eacuteticas da pesquisa p19

36 Analise dos dados p20

4 RESULTADOS E DISCUSSAtildeO p22

41 Os cuidados de enfermagem preacute intra e poacutes-procedimento de punccedilatildeo do acesso

venoso perifeacuterico p 22

42 Os cuidados em desuso para manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico p 28

43 O acompanhante e a manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico p31

CONCLUSAtildeO p 35

REFEREcircNCIAS p37

APEcircNDICE I p 44

APEcircNDICE II p45

ANEXO p46

8

1 INTRODUCcedilAtildeO

A motivaccedilatildeo pelo assunto veio durante o ensino teoacuterico praacutetico da disciplina

Enfermagem na sauacutede da crianccedila e do adolescente II na enfermaria pediaacutetrica do Hospital

Universitaacuterio Antonio Pedro quando me incomodei com o excesso de punccedilatildeo perifeacuterica

realizado nas crianccedilas gerando impacto nas mesmas e na famiacutelia durante o procedimento

A hospitalizaccedilatildeo em si eacute uma situaccedilatildeo estressante jaacute que a crianccedila perde o controle em

relaccedilatildeo a sua liberdade aleacutem do conviacutevio com pessoas estranhas e da mudanccedila de ambiente e

rotina (HOCKENBERRY e WILSON 2011 p676) Com isso em uma situaccedilatildeo de diversas

perdas de acesso venoso as repeticcedilotildees do procedimento causam trauma emocional tornando

ainda mais doloroso o periacuteodo de estada do paciente no hospital

A punccedilatildeo venosa perifeacuterica eacute um procedimento essencial para manejo da crianccedila

durante a hospitalizaccedilatildeo visto que em grande parte as medicaccedilotildees satildeo administradas por essa

via onde o efeito eacute quase instantacircneo e permite infusatildeo de maior volume Poreacutem esse tipo de

procedimento eacute doloroso e estressante deixando a crianccedila sujeita a traumas por agentes

bioloacutegicos quiacutemicos fiacutesicos e emocionais sendo funccedilatildeo do enfermeiro prevenir diminuir ou

erradicar esses riscos (CORREIA RIBEIRO BORBA 2009 p559)

A permanecircncia do dispositivo eacute dificultada por diversos fatores como uma infecccedilatildeo a

fixaccedilatildeo inadequada o trauma durante a infusatildeo e a movimentaccedilatildeo da crianccedila A cobertura

utilizada eacute de suma importacircncia nessa situaccedilatildeo sendo ela muitas das vezes a causa da perda

de um acesso e entatildeo a necessidade de nova punccedilatildeo venosa Por conta disso esse tipo de

procedimento causa grande desconforto para a famiacutelia para a crianccedila e tambeacutem para o

profissional (CORREIA RIBEIRO BORBA 2009 p559)

Uma grande pesquisa conduzida sobre a temaacutetica concluiu que com ldquo592 crianccedilas e

1135 tentativas de punccedilatildeo realizadas por 143 enfermeiras 10 de taxa de insucesso no

9

procedimento poreacutem com cerca de 50 de insucesso na primeira tentativardquo Cada crianccedila foi

submetida a 21 tentativas (LARSEN1

11 Questotildees norteadoras

et al 2010 apud NEGRI et al 2012)

Quais os fatores que podem interferir na permanecircncia do acesso venoso em uma

crianccedila hospitalizada

Quais satildeo os cuidados da equipe de enfermagem para aumentar o tempo de

permanecircncia de um acesso venoso perifeacuterico em uma crianccedila hospitalizada

12 Objeto de estudo

Os cuidados da equipe de enfermagem na permanecircncia do acesso venoso perifeacuterico

13 Objetivos

Descrever e discutir os cuidados de enfermagem acerca da permanecircncia dos acessos

venosos perifeacutericos na pediatria

14 Justificativa e relevacircncia

Diante da problemaacutetica exposta eacute possiacutevel identificar a importacircncia da necessidade de

um maior periacuteodo de permanecircncia dos acessos venosos perifeacutericos Com isso aleacutem da

diminuiccedilatildeo de eventos que causam dor e irritaccedilatildeo na crianccedila e na famiacutelia promoveraacute tambeacutem

uma melhor estada dos mesmos durante o periacuteodo de hospitalizaccedilatildeo

Oliveira Bezerra e Pereira (2008 p96) chegaram a conclusatildeo que os enfermeiros

prestam assistecircncia agraves crianccedilas dentro dos paracircmetros poreacutem devem ter mais cuidados em

alguns pontos como ldquonecessidade de maior atenccedilatildeo na quantidade e velocidade da infusatildeo da

terapia mais controle do calibre do cateter identificaccedilatildeo do acesso complicaccedilotildees e troca de

fixaccedilatildeordquo

O presente estudo possui relevacircncia pois busca descrever os principais cuidados que a

equipe de enfermagem desenvolve na manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico na pediatria

demonstrando o que a equipe faz efetivamente para aumentar o tempo de permanecircncia desse

1 Larsen P Eldridge D Brinkley J Newton D Goff D Hartzog T Saad ND Perkin R Pediatric peripheral intravenous access does nursing experience and competence really make a difference J Infus Nurs 201033(4)226-35

10

dispositivo visto que a sua inserccedilatildeo jaacute eacute um evento estressante para crianccedila e sua famiacutelia

durante a hospitalizaccedilatildeo Eacute relevante tambeacutem natildeo soacute para os enfermeiros pediaacutetricos como

tambeacutem para todos os profissionais da aacuterea de sauacutede que procuram aprofundar seus

conhecimentos acerca dos cuidados na assistecircncia de enfermagem da cateterizaccedilatildeo venosa

perifeacuterica

11

2 REVISAtildeO DE LITERATURA

21 Hospitalizaccedilatildeo infantil e seus estressores

Durante a vida de uma crianccedila as principais situaccedilotildees de crise que normalmente elas

vivenciaratildeo estatildeo relacionadas agrave doenccedila ou a uma possiacutevel hospitalizaccedilatildeo Frente a estes

fatores elas se mostram vulneraacuteveis diante das mudanccedilas impostas relacionadas ao estado de

sauacutede e a sua rotina de vida (HOCKENBERRY e WILSON 2011 p676)

ldquoA hospitalizaccedilatildeo representa para a crianccedila uma situaccedilatildeo diferente de todas as jaacute

vivenciadas haja vista que sua rotina diaacuteria eacute modificada Ela encontra-se em um ambiente

impessoal repleto de tabus e significados diferente do seu contexto diaacuteriordquo (JANSEN

SANTOS e FAVERO 2010 p248)

Segundo Brito et al (2009 p 803) a crianccedila hospitalizada eacute ldquoafastada de seu ambiente

familiar de seus amigos da escola e de seus objetos pessoais perdendo assim grande parte de

suas referecircnciasrdquo com isso esse periacuteodo de hospitalizaccedilatildeo pode causar impacto sobre o estado

psicoloacutegico da mesma

Conforme Hockenberry e Wilson (2011 p676) as crianccedilas natildeo possuem habilidades

de enfrentamento suficientes para resolver determinados estressores Como principais

estressores pode-se citar ldquoa separaccedilatildeo a perda de controle lesatildeo corporal e dorrdquo

Um dos procedimentos mais dolorosos e estressantes para a crianccedila eacute a punccedilatildeo venosa

onde na maioria dos casos constitui a primeira escolha para a administraccedilatildeo de medicamentos

nutriccedilatildeo parenteral hemoderivados e coleta de exames sanguumliacuteneos(OLIVEIRA BEZERRA e

PEREIRA 2008 p91)

12

ldquoA crianccedila eacute um ser em crescimento e desenvolvimento com particularidades e

caracteriacutesticas proacutepriasrdquo (MATHEWS-SIMONTON2

Esse periacuteodo de internaccedilatildeo ldquopode deixar a crianccedila ansiosa insegura e com medo

principalmente quando natildeo eacute preparada para a hospitalizaccedilatildeo e o tratamento a que seraacute

submetidardquo Para Martins (2001) isso contribui para aumentar o medo e a ansiedade

expressos por meio do choro da raiva e ateacute mesmo por agressotildees

1990 apud COA e PETTENGILL

2006 p434) Isso significa que a crianccedila iraacute se comportar de acordo com a situaccedilatildeo imposta

pois isso dependeraacute natildeo soacute da idade de desenvolvimento como tambeacutem de suas experiecircncias

com determinadas situaccedilotildees

Diante de todo o processo de hospitalizaccedilatildeo a crianccedila pode apresentar diversas

manifestaccedilotildees comportamentais sendo consideradas mais comuns as ldquoregressotildees diminuiccedilatildeo

no ritmo do desenvolvimento desordens do sono e da alimentaccedilatildeo dependecircncia

agressividade apatia estados depressivos fobias e transtornos de comportamento em geralrdquo

(BAR-MOR3

Para a famiacutelia ldquoa hospitalizaccedilatildeo de um filho geralmente eacute encarada como uma

situaccedilatildeo de crise para a famiacutelia e para a crianccedilardquo O profissional de enfermagem deve se

organizar seu trabalho com estrateacutegias que minimizem o sofrimento no ambiente hospitalar e

na assistecircncia agrave crianccedila (THOMAZINE et al 2008 p146)

1997 apud BRITO et al 2009 p203) Com a atenccedilatildeo voltada para atender a

demanda e a necessidade fisioloacutegica da crianccedila os profissionais da equipe de enfermagem

geralmente ldquodedicam pouca ou nenhuma atenccedilatildeo agraves questotildees psicoloacutegicas e sociais da crianccedila

hospitalizada e de sua famiacuteliardquo(JANSEN SANTOS e FAVERO 2010 p248)

A qualidade do ambiente pode afetar diretamente no processo de recuperaccedilatildeo com

isso ldquoas intervenccedilotildees no contexto hospitalar devem visar agrave promoccedilatildeo de condiccedilotildees favoraacuteveis

agrave reabilitaccedilatildeo dos efeitos de experiecircncias adversas ao desenvolvimento das crianccedilasrdquo Isso

sugere que o ambiente aleacutem de incentivar a sauacutede deve ser planejado de maneira supra agraves

necessidades dos pacientes levando em conta os aspectos psicoloacutegicos pedagoacutegicos e

2 Mathews-Simonton S A famiacutelia e a cura o meacutetodo Simonton para famiacutelias que enfrentam uma doenccedila Satildeo Paulo Summus 1990 3 Bar-Mor G Preparation of children for surgery and invasive procedures milestones on the way to success J Pediatr Nurs1997Aug12(4) 252-255

13

socioloacutegicos da crianccedila e de sua famiacutelia (SOARES e ZAMBERLAN4

Para humanizar a assistecircncia agrave crianccedila hospitalizada e atender a suas reais

necessidades os pais foram inseridos na cliacutenica pediaacutetrica com direito a permanecircncia integral

nos casos de internaccedilatildeo Isso ocorreu no iniacutecio da deacutecada de 1990 no Brasil com a

legalizaccedilatildeo estabelecida pelo Estatuto da Crianccedila e do Adolescente (THOMAZINE et al

2008 p145) Com isso ldquomuitos hospitais natildeo consideram mais os pais como visitantes e

enfatizam sua presenccedila durante todo o periacuteodo da hospitalizaccedilatildeordquo fazendo uso de um sistema

de cuidado centrado na famiacutelia (HOCKENBERRY e WILSON 2011 p685)

1995 apud BRITO et

al 2009 p803)

Durante o processo de hospitalizaccedilatildeo as crianccedilas satildeo submetidas a diversas condutas e

procedimentos como por exemplo exames e administraccedilatildeo de medicamentos A punccedilatildeo

venosa eacute um dos principais procedimentos que causam dor e muitas vezes existe a

necessidade de vaacuterias punccedilotildees durante um mesmo dia Vale ressaltar que para a crianccedila esse

tipo de procedimento se iguala a uma agressatildeo jaacute que ldquona maioria das vezes eacute acompanhado

de dor ou medo o que se traduz no choro e na ansiedaderdquo (COLLET5

2002 apud GOMES et

al 2011 p290)

22 Acesso venoso perifeacuterico em pediatria

Para Correia et al (2009 p559) a fim evitar um trauma emocional durante a punccedilatildeo

as crianccedilas precisam ser orientadas sobre o tratamento seus objetivos e receber atenccedilatildeo

carinhosa neste momento

A fim de tornar o processo de cateterizaccedilatildeo venosa menos doloroso e estressante para

a crianccedila deve-se ter preferecircncia pelas veias que menos comprometam suas atividades

essenciais Neste intuito deve-se evitar por exemplo puncionar uma veia na matildeo que

dificulte o ato de se alimentar desenhar e ateacute mesmo brincar (OLIVEIRA BEZERRA e

PEREIRA 2008 p91)

4 Soares MRZ Zamberlan MAT A inclusatildeo do brincar na hospitalizaccedilatildeo infantil Est Psicol maioago18(2) 64-9 5 Collet N Oliveira BRG de Manual de Enfermagem em Pediatria Goiacircnia AB 2002

14

O acesso vascular eacute uma das principais modalidades de tratamento utilizadas na

assistecircncia agrave sauacutede Existe ampla aceitaccedilatildeo difusatildeo e praacutetica desse procedimento pelos

profissionais da aacuterea da assistecircncia agrave sauacutede (FERREIRA et al 2005)

Foi na deacutecada de 40 que o uso de cateter vascular foi introduzido nos hospitais

tornando-se essencial para as atividades assistenciais da modernidade (WORTHIGTON6

Para Peterlini e Chaud (2003) tal procedimento se define como um conjunto de

conhecimentos e teacutecnicas que visam agrave administraccedilatildeo de soluccedilotildees ou faacutermacos no sistema

circulatoacuterio abrangendo o preparo do paciente a escolha obtenccedilatildeo e manutenccedilatildeo do acesso

venoso os meacutetodos de preparo e administraccedilatildeo de drogas e soluccedilotildees e os cuidados referentes

agrave frequecircncia de troca do cateter curativos dispositivos de infusatildeo e soluccedilotildees

2005 apud MENDONCcedilA et al 2011 p330)

Primeiramente o acesso perifeacuterico era mantido com agulhas de accedilo inoxidaacutevel as

quais apesar de oferecerem menor risco de infecccedilatildeo satildeo riacutegidas e facilitavam perda do

acesso Em 1945 passou a ser utilizado o cateter venoso plaacutestico que permitia manutenccedilatildeo do

acesso por tempo prolongado (FERNANDES e RIBEIRO7

Quanto ao tempo de permanecircncia em pacientes pediaacutetricos o cateter deve ser mantido

ateacute o teacutermino da terapia intravenosa ou quando forem observados sinais cliacutenicos de

complicaccedilotildees diferentemente dos pacientes adultos onde o tempo de permanecircncia

preconizado eacute de 72 a 96 horas (CENTERS FOR DISEASE CONTROL AND

PREVENTION-CDC 2002)

2000 apud MARTINS et al 2008

p 485) Habitualmente o material de punccedilatildeo que vem sendo utilizado em crianccedilas satildeo os

cateteres flexiacuteveis tipo abocath com mandril metaacutelico (BATALHA et al 2010 p512)

Associaccedilatildeo Paulista de Estudos e Controle de Infecccedilatildeo Hospitalar (2005 apud

Moncaio e Figueiredo 2009) ressaltam que ldquoas principais complicaccedilotildees infecciosas para o

paciente satildeo flebite infecccedilatildeo do siacutetio de inserccedilatildeo do cateter extravasamento de soluccedilatildeo e

bacteremia relacionada ao cateterrdquo Certos fatores podem contribuir para o aparecimento de

tais complicaccedilotildees como o tipo do cateter que seraacute utilizado o preparo do local da punccedilatildeo

aleacutem de caracteriacutesticas intriacutensecas do paciente Vale acrescentar que ldquoos cateteres 6 Worthigton T Elliot TSJ Diagnosis of central venous catheter related infection in adult pacient J Infect 2005 51267-80 7 Fernandes AT Ribeiro Filho N Infecccedilatildeo do acesso vascular In Fernandes AT Fernandes M OV Ribeiro Filho N Infecccedilatildeo hospitalar e suas interfaces na aacuterea da sauacutede Satildeo Paulo (SP) Atheneu 2000 p 556-79

15

confeccionados em Teflon e poliuretano estatildeo associados a baixas frequecircncias de

complicaccedilotildees infecciosas quando comparados aos de polivinilcloreto e polietilenordquo

CENTERS FOR DISEASE CONTROL AND PREVENTION-CDC 2002)

ldquoNo acircmbito hospitalar a flebite eacute uma das complicaccedilotildees mais frequentes e

considerada uma das principais falhas da infusatildeordquo Eacute o processo inflamatoacuterio da camada

iacutentima das veias ocasionado por irritaccedilatildeo mecacircnica quiacutemica ou infecccedilotildees bacterianas

apresentando manifestaccedilotildees como dor edema hiperemia local e calor (GABRIEL8

Machado et al(2008) relata que ldquocerca de 1 a 10 destes pacientes desenvolvem

infecccedilotildees locais ou sistecircmicas relacionadas ao uso de cateteres causadas por alteraccedilatildeo ou

ruptura da integridade da pele que permite a passagem de microorganismos colonizadoresrdquo

2008

apud MAGEROTE et al 2011 p 487)

O curativo para fixaccedilatildeo do cateter eacute outro ponto importante para a manutenccedilatildeo do

mesmo visto que a ldquofixaccedilatildeo reduz o risco de complicaccedilotildees relacionadas agrave terapia intravenosa

tais como flebite infiltraccedilatildeo septicemia e deslocamento do cateterrdquo aleacutem de mantecirc-lo limpo

e seco permitindo a visualizaccedilatildeo contiacutenua do mesmo a fim de prevenir os agravos

(PHILLIPS9

No seacuteculo passado durante os primeiro 50 anos da praacutetica da terapia intravenosa

utilizava-se para fixaccedilatildeo gaze esteacuteril e fitas adesivas O iniacutecio do uso de filmes transparentes

esteacutereis se deu em 1970 como solicitaccedilatildeo dos enfermeiros quanto agrave necessidade da retirada do

curativo para realizar a inspeccedilatildeo do local de inserccedilatildeo funccedilatildeo atribuiacuteda aos mesmos a fim de

impedir uma infecccedilatildeo de corrente sanguiacutenea (MACHADO PEDREIRA E CHAUD 2008)

2001 apud SILVA E ZANETTI 2004 p233)

O uso de fitas adesivas natildeo-esteacutereis pode ser bastante observado em algumas

instituiccedilotildees de sauacutede contudo fita adesiva soacute natildeo estaacute contaminada enquanto permanece na

embalagem sugerindo tambeacutem a possibilidade da transmissatildeo de microorganismos

patogecircnicos com a aplicaccedilatildeo da mesma sobre o local de inserccedilatildeo do cateter

(VANDENBOSCH COOCH E TRESTON-AURAND10

8 Gabriel J Infusion therapy part one minimising the risks Nurs Stand 2008 Apr 22(31)51-6

1997 et al MACHADO

PEDREIRA E CHAUD2005 p292)

9 Phillips DL Manual de terapia endovenosa Trad Pedreira MLG Pereira SR Harada MJCS Peterline MAS 2ordf ed Porto Alegre (RS) Artmed 2001551P 10 VandenBosch TM Cooch J Treston-Aurand J Research utilization adhesive bandage dressing regimen for peripheral venous catheters Am J Infect Control 1997 25(6)513-9

16

Acerca da terapia intravenosa podem ocorrer incompatibilidades em relaccedilatildeo aos

faacutermacos administrados e os cateteres utilizados que na maioria das vezes natildeo satildeo percebidos

devido a impossibilidade de visualizaccedilatildeo Essas incompatibilidades satildeo denominadas por

Peterlini Chaud e Pedreira (2006) como adsorccedilatildeo e absorccedilatildeo onde ocorre ldquoperda do faacutermaco

para a superfiacutecie de frascos seringas filtros acessoacuterios e cateteres da terapia intravenosa por

meio de adsorccedilatildeo ou pela absorccedilatildeo do faacutermaco para a matriz do material de confecccedilatildeo desses

dispositivosrdquo Com isso o profissional de enfermagem tem como funccedilatildeo aleacutem do

conhecimento cientiacutefico acerca das drogas utilizadas programar accedilotildees que possibilitem

ldquoreconstituiccedilatildeo diluiccedilatildeo acondicionamento e cuidados na administraccedilatildeo de faacutermacosrdquo

evitando assim prejuiacutezos no tratamento

17

3 METODOLOGIA

31 Tipo de pesquisa

Trata-se de uma pesquisa descritiva exploratoacuteria de abordagem qualitativa com os

profissionais da equipe de enfermagem da unidade de internaccedilatildeo pediaacutetrica de um hospital

universitaacuterio do estado do Rio de Janeiro

Para Minayo Deslandes e Gomes (2007 p 21) a pesquisa qualitativa responde as

questotildees de forma particular de modo que trabalha com o universo dos significados dos

motivos das aspiraccedilotildees das crenccedilas dos valores e atitudes Sendo assim entende-se que as

accedilotildees do ser humano se distinguem a partir do seu pensamento do modo de agir de acordo

com a realidade vivida por cada um

Segundo Gil (1999 p44) ldquoas pesquisas descritivas tecircm como objetivo primordial a

descriccedilatildeo das caracteriacutesticas de determinada populaccedilatildeo ou fenocircmeno ou o estabelecimento de

relaccedilotildees variaacuteveisrdquo

Kauark Manhatildees e Medeiros (2010 p28) determinam a pesquisa exploratoacuteria como

agravequela que ldquoObjetiva a maior familiaridade com o problema tornando-o expliacutecito ou agrave

construccedilatildeo de hipoacutetesesrdquo Acrescenta ainda que a mesma pode conter levantamento

bibliograacutefico entrevistas com pessoas experientes no problema pesquisado entre outras

fontes

32 Sujeitos da pesquisa

A pesquisa contou com um nuacutemero total de nove (9) profissionais da equipe de

enfermagem da unidade de internaccedilatildeo pediaacutetrica de um Hospital Universitaacuterio do Rio de

Janeiro sendo estes dois (2) enfermeiros e sete (7) teacutecnicos de enfermagem De todos os

18

participantes apenas um trabalha no serviccedilo noturno sendo o restante do serviccedilo diurno Os

mesmos satildeo os responsaacuteveis pela instalaccedilatildeo e manipulaccedilatildeo dos os acessos venosos

perifeacutericos supondo assim que tenham maior domiacutenio sobre o assunto abordado

Os sujeitos foram identificados com codinomes referentes agraves princesas da Disney para

que suas identidades sejam preservadas

33 Cenaacuterio

A pesquisa ocorreu na unidade de internaccedilatildeo pediaacutetrica localizada no quinto andar do

Hospital Universitaacuterio do Rio de Janeiro vinculado a uma Universidade Federal

A unidade pediaacutetrica eacute divida em trecircs enfermarias de acordo com a idade das crianccedilas

hospitalizadas sendo denominadas estas Lactente preacute-escolar e escolar A enfermaria

Lactente eacute composta por 5 leitos hospitalizando crianccedilas de 29 dias a 2 anos jaacute na preacute-escolar

encontram-se 6 leitos e acolhe crianccedilas de 2 a 6 anos e na escolar 6 leitos abrigando crianccedilas

de 7 a 12 anos Toda crianccedila hospitalizada tem direito a um acompanhante como eacute

preconizado por direito pelo Artigo doze (12) do Estatuto da Crianccedila e do Adolescente

(Brasil 1990 p3)

A enfermaria conta com um posto de enfermagem localizado no centro da unidade

possibilitando maior visualizaccedilatildeo das enfermarias Possui tambeacutem uma sala de recreaccedilatildeo e

banheiro para os pacientes e acompanhantes Haacute uma sala utilizada pedagogia hospitalar

onde uma professora realiza atividades com as crianccedilas

Vale ressaltar que na unidade haacute uma sala para realizaccedilatildeo de procedimentos dolorosos

como a punccedilatildeo venosa perifeacuterica e sempre que possiacutevel o paciente eacute levado ateacute ela

34 Coleta de dados

A coleta de dados se deu a partir da teacutecnica de entrevista semi-estruturadas que

segundo Minayo Deslandes e Gomes (2007 p 64) satildeo ldquoperguntas fechadas e abertas em que

o entrevistado tem a possibilidade de discorrer sobre o tema em questatildeo sem se prender agrave

indagaccedilatildeo formuladardquo As mesmas foram gravadas em entrevista individual e tiveram como

foco as accedilotildees que os profissionais da equipe de enfermagem realizam acerca dos cuidados

para a permanecircncia do acesso venoso perifeacuterico aleacutem de investigar sobre o conhecimento que

cada um possui sobre o tema

19

Apoacutes contato preacutevio com a equipe de enfermagem foi acordado um dia e horaacuterio para

a realizaccedilatildeo das entrevistas que aconteceram na proacutepria unidade Todos os profissionais da

equipe de enfermagem foram convidados a participar voluntariamente da pesquisa As

entrevistas aconteceram apoacutes os profissionais assinarem o Termo de Consentimento Livre e

Esclarecido (TCLE)

Para Minayo Deslandes e Gomes (2007 p 64) a entrevista possui como principal

objetivo construir dados que sejam pertinentes para a pesquisa aleacutem de ser a estrateacutegia mais

utilizada no processo de trabalho de campo

A coleta foi interrompida no momento em que os dados se mostraram saturados ou

seja quando houve a cessaccedilatildeo do acreacutescimo de informaccedilotildees novas referentes ao tema

proposto

O fechamento amostral por saturaccedilatildeo teoacuterica eacute definido como a suspensatildeo de inclusatildeo

de novos participantes quando os dados obtidos passam a apresentar na avaliaccedilatildeo do

pesquisador certa redundacircncia ou repeticcedilatildeo natildeo sendo considerado relevante continuar a

coleta de dados (FONTANELLA RICAS e TURATO 2008)

35 Questotildees eacuteticas da pesquisa

De acordo com a Resoluccedilatildeo 46612 que visa assegurar os direitos e deveres que

dizem respeito agrave comunidade cientiacutefica aos sujeitos da pesquisa e ao Estado uma pesquisa

que envolve a participaccedilatildeo de seres humanos deve atender aos fundamentos eacuteticos e

cientiacuteficos pertinentes para a seguranccedila dos mesmos Neste contexto toda pesquisa

envolvendo seres humanos deveraacute ser submetida agrave apreciaccedilatildeo de um Comitecirc de Eacutetica em

Pesquisa (CEP) (BRASIL 2012)

Atendendo a esta condiccedilatildeo o projeto de pesquisa foi encaminhado ao CEP ndash do

Hospital Universitaacuterio o qual foi realizada a pesquisa foi analisado e aprovado na Reuniatildeo

com data de 06122013 CAAE 24693613700005243 Nuacutemero do parecer 486451 Com

isso a pesquisa foi desenvolvida mediante aprovaccedilatildeo do CEP atendendo aos preacute-requisitos

estipulados pela Resoluccedilatildeo nordm 46612

Esta pesquisa eacute pautada em princiacutepios eacuteticos que respeitam a dignidade humana e

justiccedila assegurando que natildeo haveraacute nenhum tipo de dano aos participantes

20

Em atendimento a resoluccedilatildeo 46612 do Conselho Nacional de SauacutedeMS apoacutes serem

esclarecidos pela pesquisadora quanto aos aspectos eacuteticos relacionados agrave pesquisa aleacutem das

formas de produccedilatildeo de dados e inserccedilatildeo no estudo os sujeitos da pesquisa assinaram duas

vias do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido ndash TCLE (apecircndice 1) autorizando sua

participaccedilatildeo voluntaacuteria na pesquisa Uma via foi entregue ao participante e outra ficou

arquivada com a pesquisadora

Nesse documento consta os objetivos da pesquisa procedimentos benefiacutecios

previstos garantia de recusa de participaccedilatildeo em qualquer momento de acesso aos resultados

da pesquisa e tambeacutem a garantia de acesso ao pesquisador quando os sujeitos julgarem

necessaacuterio sendo todas essas informaccedilotildees em linguagem acessiacutevel e simples O mesmo foi

apresentado e explicado ao profissional convidado a participar do estudo no primeiro contato

eou durante visita agendada para realizaccedilatildeo da entrevista

Vale ressaltar que esta pesquisa cujo financiamento eacute proacuteprio natildeo oferece nenhum

tipo de riscos para o sujeito da pesquisa e nem para o cuidado das crianccedilas internadas no setor

de pediatria e os benefiacutecios da participaccedilatildeo do mesmo satildeo de aumentar o conhecimento

cientiacutefico na aacuterea de Enfermagem Pediaacutetrica aleacutem de contribuir para a praacutetica profissional

36 Anaacutelise dos dados

O processo de anaacutelise dos dados foi baseada na teacutecnica da Anaacutelise Temaacutetica que para

Minayo Deslandes e Gomes (2007 p 86) o conceito central eacute o tema ldquoO tema eacute a unidade de

significaccedilatildeo que se liberta naturalmente de um texto analisado segundo criteacuterios relativos agrave

teoria que serve de guia da leiturardquo (BARDIN11

A anaacutelise realizada estava de acordo com a sugerida por Minayo (2010 p 315) e

contam com as seguintes etapas preacute-analise exploraccedilatildeo do material tratamento dos

resultados obtidos e interpretaccedilatildeo Atraveacutes dessas etapas tem-se o objetivo de descrever o

conteuacutedo do material coletado e interpretaacute-lo

1979 apud MINAYO DESLANDES

GOMES 2007 p 86)

A preacute analise consiste na escolha dos elementos a serem analisados e na retomada das

hipoacuteteses e dos objetivos iniciais da pesquisa Inicia-se com uma leitura flutuante onde o

11 BARDIN L Anaacutelise de Conteuacutedo Lisboa Ediccedilotildees 70 1979

21

pesquisador toma contato direto com o material adquirido deixando-se impregnar por seu

conteuacutedo Posteriormente haacute a constituiccedilatildeo do Corpus textual onde eacute feita uma seleccedilatildeo dos

documentos que iratildeo contemplar e fornecer informaccedilotildees sobre o tema sendo assim adequados

para dar resposta aos objetivos do trabalho (MINAYO 2010 p 315)

Essa fase preacute-analiacutetica eacute onde se determinam a unidades de registro unidade de

contexto e a partir delas satildeo determinados os temas que seratildeo analisados A unidade de

registro corresponde parte do conteuacutedo selecionado como base para analise e apoacutes a

delimitaccedilatildeo do contexto de compreensatildeo da unidade de registro eacute estabelecida a unidade de

contexto (MINAYO 2010 p 316)

De acordo com os objetivos da pesquisa foi possiacutevel perceber que nove (9)

entrevistas supriam para atender os mesmo encerrando assim a coleta Apoacutes a transcriccedilatildeo das

entrevistas foi realizada leitura das mesmas para natildeo soacute conhecimento do material mas

tambeacutem estabelecer as unidades de registro Em seguida foi realizado o colorimento das falas

assim as classificando de acordo com as unidades de registro estabelecidas

As unidades de registro que surgiram foram os fatores que interferem na manutenccedilatildeo

do acesso venoso perifeacuterico e o apontamento do acompanhante como responsaacutevel pela perda

do acesso venoso perifeacuterico Elas receberam as cores vermelha e laranja respectivamente a

fim de facilitar o agrupamento dos dados A partir disto surgiram as unidades de contexto que

compreendem as falas das entrevistas de modo a exemplificar o contexto das unidades de

registro

Partindo para segunda etapa da analise temaacutetica a exploraccedilatildeo do material que consiste

numa classificaccedilatildeo que visa alcanccedilar o nuacutecleo de compreensatildeo do texto Busca-se encontrar

categorias que satildeo expressotildees ou palavras significativas em funccedilatildeo das quais o conteuacutedo seraacute

organizado Essas categorias satildeo responsaacuteveis pela especificaccedilatildeo dos temas (MINAYO

2010 p 317)

Nesse caso foram definidos os seguintes temas cuidados preacute intra e poacutes procedimento

de punccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico cuidados em desuso para manutenccedilatildeo do acesso

venoso perifeacuterico o acompanhante e a manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico Essas trecircs (3)

categorias seratildeo apresentadas analisadas e discutidas no capitulo seguinte

22

4 RESULTADOS E DISCUSSAtildeO

Nesse capiacutetulo apresento as trecircs categorias temaacuteticas que surgiram da anaacutelise dos

dados e que contemplaram de forma satisfatoacuteria os objetivos da pesquisa A primeira

categoria denominada como ldquoOs cuidados de enfermagem preacute intra e poacutes-procedimento de

punccedilatildeo do acesso venoso perifeacutericordquo traz os passos e cuidados que os profissionais realizam

antes durante e apoacutes a punccedilatildeo buscando descrever e analisar os fatores envolvidos na pratica

do procedimento em questatildeo que emergiram das entrevistas aleacutem dos cuidados de

enfermagem para a manutenccedilatildeo do mesmo

A segunda categoria que seraacute apresentada eacute ldquoOs cuidados em desuso para manutenccedilatildeo

do acesso venoso perifeacutericordquo que mostra os cuidados que os profissionais citaram como natildeo

mais utilizados para auxiliar na manutenccedilatildeo da punccedilatildeo venosa perifeacuterica

E a uacuteltima categoria eacute denominada ldquoO acompanhante e a manutenccedilatildeo do acesso

venoso perifeacutericordquo e traz a responsabilizaccedilatildeo do acompanhante pelos profissionais do setor

em relaccedilatildeo aos cuidados com manutenccedilatildeo da punccedilatildeo Essa categoria busca tambeacutem ressaltar a

funccedilatildeo do acompanhante durante a hospitalizaccedilatildeo da crianccedila destacando que determinados

cuidados satildeo de total funccedilatildeo da equipe de enfermagem

41 Os cuidados de enfermagem preacute intra e poacutes-procedimento de punccedilatildeo do acesso

venoso perifeacuterico

Para interpretar as unidades de contextos tive como base autores que definiram os

cuidados de enfermagem preacute intra e poacutes punccedilatildeo venosa perifeacuterica Para esses autores a fase

de preacute-punccedilatildeo compreende as accedilotildees de anaacutelise e conhecimento da prescriccedilatildeo avaliaccedilatildeo e

23

preparo emocional do paciente preparo do material e medicaccedilatildeo seleccedilatildeo do siacutetio de inserccedilatildeo

e dilataccedilatildeo da veia selecionada As accedilotildees envolvidas na punccedilatildeo satildeo a execuccedilatildeo das

precauccedilotildees-padratildeo antissepsia da pele punccedilatildeo do vaso a fixaccedilatildeo e curativo do cateter

Finalmente na etapa de poacutes-punccedilatildeo adota-se a identificaccedilatildeo da punccedilatildeo o descarte apropriado

das partes dos materiais natildeo utilizados a orientaccedilatildeo do paciente acerca da terapecircutica o

controle da infusatildeo atraveacutes do gotejamento se necessaacuterio e o registro do procedimento

Phillips12

De acordo com as entrevistas a seleccedilatildeo do local de punccedilatildeo eacute indicada com um fator

que interfere diretamente no tempo de permanecircncia do acesso venoso perifeacuterico visto que

dependendo do local ocorre a perda mais rapidamente Aleacutem da localizaccedilatildeo citaram tambeacutem

o calibre da veia como interferecircncia na manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico Seguem

abaixo algumas falas

(2001 apud ARAUacuteJO 2007 p18)

ldquoPrimeira coisa eacute vocecirc procurar bem a veia colocar uma veia de um bom calibre Se puder dar preferecircncia a natildeo puncionar dobrasrdquo (Cinderela) ldquoDependendo de onde estiver puncionado se for na matildeozinha a crianccedila fica toda hora ta mexendo taacute manipulando alguma coisa e se for no pezinho tambeacutem nem todo tempo vai ficar acamada entatildeo acaba perdendo o acessordquo(Bela ) ldquoO mau posicionamento pode levar a perdardquo (Rapunzel)

A opiniatildeo dos profissionais acima vai de encontro com o que eacute encontrado na

literatura visto que eacute de suma importacircncia que o mesmo avalie o cliente e considere alguns

aspectos para uma escolha criteriosa e eficaz como a finalidade da punccedilatildeo o tipo de soluccedilatildeo

a ser infundida a condiccedilatildeo da rede venosa a duraccedilatildeo da terapia idade do cliente habilidade

cognitiva da crianccedila a preferecircncia do cliente o que nem sempre seraacute possiacutevel satisfazer e

tambeacutem a sua atividade (ARAUacuteJO 2007 p31)

Os cuidados com o acesso venoso perifeacuterico satildeo importantes antes mesmo da

realizaccedilatildeo do procedimento Levando em consideraccedilatildeo que um erro durante a fase de preacute-

procedimento como a escolha errada do local de punccedilatildeo por exemplo poderaacute levar a perda

do acesso e prejudicar assim o tratamento aleacutem do bem-estar da crianccedila que seraacute puncionada

novamente

12 PHILLIPS L D Manual de terapia intravenosa 2ed Porto Alegre Artmed 2001

24

O vaso sanguiacuteneo que o profissional selecionar como local para puncionar deve ser

suficiente para suportar o calibre e o comprimento do cateter aleacutem de atender a necessidade

terapecircutica para que natildeo haja a necessidade de uma nova punccedilatildeo

A punccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico eacute um procedimento doloroso e de grande

incomodo para a crianccedila com isso eacute de suma importacircncia realizar a seleccedilatildeo preacutevia do

material poreacutem natildeo foi citado Outro cuidado rotineiro e natildeo menos importante como a

lavagem das matildeos antes da colocaccedilatildeo do acesso tambeacutem natildeo foi mencionado durante as

entrevistas

O preparo emocional da crianccedila e do acompanhante quanto ao procedimento deve ser

considerada praacutetica rotineira para a equipe de enfermagem O profissional de enfermagem

deve lavar as matildeos objetivando a reduccedilatildeo significativa de risco de infecccedilatildeo e recomenda-se o

uso de aacutegua e sabatildeo para lavagem das matildeos antes da colocaccedilatildeo do cateter venoso perifeacuterico

(PHILLIPS13

O preparo preacutevio do material para instalaccedilatildeo do cateter venoso perifeacuterico eacute importante

para evitar interrupccedilotildees do procedimento e consequentemente um maior tempo de

manipulaccedilatildeo da crianccedila (SILVA

2001apud ARAUacuteJO 2007 Centers for Disease Control and Prevention ndash CDC

2002 apud ARAUacuteJO 2007)

14

Outro aspecto citado e classificado como preacute-procedimento eacute o cuidado com a

medicaccedilatildeo a ser administrada incluindo cuidados com a diluiccedilatildeo e composiccedilatildeo da mesma

Seguem algumas das falas

2004 apud ARAUacuteJO 2007 p30)

ldquoEstar sempre diluindo as medicaccedilotildees de acordo com a prescriccedilatildeo meacutedica pois as medicaccedilotildees satildeo muito fortes e podem causar enfraquecimento da veia Tem que diluir direitinho e passar lento na veiardquo (Cinderela) ldquoTer cuidado principalmente quando eacute crianccedila e a diluiccedilatildeo da medicaccedilatildeo tambeacutem agraves vezes natildeo eacute pra passar em perifeacuterico e na segunda dose jaacute perdeurdquo (Alice)

O acesso venoso perifeacuterico eacute a primeira alternativa para infusatildeo intravenosa por ser de

mais faacutecil acesso e rapidez no efeito da medicaccedilatildeo O profissional de enfermagem deve ter

domiacutenio natildeo soacute relacionado agrave infusatildeo das medicaccedilotildees mas tambeacutem com a composiccedilatildeo

13 PHILLIPS L D Manual de terapia intravenosa 2ed Porto Alegre Artmed 2001 14 SILVA G R G Terapia intravenosa em receacutem-nascidos ndash orientaccedilotildees para o cuidado de Enfermagem Rio de Janeiro Cultura Meacutedica 2004

25

farmacoloacutegica das mesmas os efeitos adversos e colaterais que a droga pode causar inclusive

em relaccedilatildeo a diluiccedilatildeo o que normalmente eacute estabelecido como padratildeo no setor de acordo com

cada faacutermaco

Com a intenccedilatildeo de promover a eficaacutecia terapecircutica dos medicamentos administrados

por via intravenosa eacute atribuiccedilatildeo do profissional de enfermagem implementar teacutecnicas como a

diluiccedilatildeo acondicionamento e cuidados na administraccedilatildeo de faacutermacos a fim de evitar

prejuiacutezos no tratamento resultantes da incompatibilidade medicamentosa (PETERLINI

CHAUD e PEDREIRA 2006)

Os fatores intra-procedimento satildeo considerados aqueles diretamente relacionados com

o procedimento Os dados colidos nas entrevistas ressaltaram apenas a fixaccedilatildeo com um fator

que interfere nessa fase Este foi o dado mais repetitivo nas entrevistas poreacutem sempre citado

de forma superficial Seguem as falas dos profissionais quando questionados sobre o que era

importante para manutenccedilatildeo do acesso

ldquoTem que fazer uma boa fixaccedilatildeo Porque quando a pessoa natildeo fixa bem prejudica porque aquilo vai soltando e quando vocecirc vecirc jaacute perdeu a veiardquo(Cinderela) ldquoEu acho que natildeo tem o que fazer para manter o acesso A crianccedila vai ficar uns dias X com aquele acesso pra fazer medicaccedilatildeo e eu acho que natildeo tem o que vocecirc profissional fazer para que natildeo percardquo (Aurora) ldquoA fixaccedilatildeo evita a movimentaccedilatildeo excessiva no local que estaacute o acessordquo (Ariel) ldquoTer cuidado com o curativo saber manusear E manter sempre o curativo limpo trocar se necessaacuteriordquo (Rapunzel) ldquoA fixaccedilatildeo eacute muito importante pra natildeo soltar o acesso e pra ele ficar mais tempordquo(Mulan)

Oliveira Bezerra e Pereira (2008 p 94) afirmam que de acordo com o revelado por

determinados estudos o tipo de curativo a fixaccedilatildeo do cateter e o tempo de permanecircncia estatildeo

diretamente relacionados com a ocorrecircncia de complicaccedilotildees infecciosas como flebites e

tambeacutem infiltraccedilatildeo extravasamento desconexatildeo e deslocamento do cateter

26

Para Pettit e Kraus15

Potter

(1995 apud MACHADO PEDREIRA E CHAUD2005 p292) a

gaze esteacuteril fixada com a fita adesiva hipoalergecircnica bem como a peliacutecula transparente esteacuteril

satildeo os materiais mais recomendados para curativo e fixaccedilatildeo de cateter venoso perifeacuterico

16

Jaacute as peliacuteculas transparentes mais conhecidas como filme permitem a respiraccedilatildeo

normal da pele com alta permeabilidade ao oxigecircnio e vapores e eacute impermeaacutevel a liacutequidos e

micro-organismos (SILVA E ZANETTI 2004 p233) Aleacutem disso permitem tambeacutem a

visualizaccedilatildeo contiacutenua do local de punccedilatildeo permitindo assim avaliaccedilatildeo do mesmo natildeo soacute

durante a infusatildeo de medicaccedilotildees mas tambeacutem todo o tempo

(1998 apud SILVA E ZANETTI 2004 p233) afirma que nas fixaccedilotildees em

que se utiliza a gaze esteacuteril preconiza-se a utilizaccedilatildeo de teacutecnica asseacuteptica Neste curativo a

gaze esteacuteril eacute colocada sobre o siacutetio de inserccedilatildeo e suas bordas satildeo fixadas com fita adesiva

A observaccedilatildeo da punccedilatildeo eacute muito importante pois se o local de inserccedilatildeo se mostrar

com sinais e sintomas de complicaccedilotildees a terapia deve ser suspensa (OLIVEIRA BEZERRA

e PEREIRA 2008 p95)

A visualizaccedilatildeo contiacutenua do acesso permite que a equipe de enfermagem possa realizar

uma observaccedilatildeo mais particularizada em relaccedilatildeo agraves condiccedilotildees do acesso venoso perifeacuterico

podendo observar se haacute deslocamento do cateter sinais de infiltraccedilatildeo e tambeacutem sinais de

infecccedilatildeo

Para Silva Barbato e Valente (2013 p 1200) cabe ao enfermeiro fazer a avaliaccedilatildeo

diaacuteria e cuidadosa do curativo observando a presenccedila de umidade sujidade integridade do

oacutestio de inserccedilatildeo a fixaccedilatildeo bem como a realizaccedilatildeo do curativo e das anotaccedilotildees legais

competentes agraves suas funccedilotildees

A fase poacutes-procedimento eacute caracterizada por uma seacuterie de cuidados que a equipe de

enfermagem deve realizar para que se obtenha maior tempo de permanecircncia do acesso venoso

perifeacuterico Durante as entrevistas os cuidados citados foram a salinizaccedilatildeo do acesso cuidados

para evitar a flebite e a velocidade de infusatildeo

15 Pettit DM Kraus V The use of gauze versus transparent dressings for peripheral intravenous catheter sites Nurs ClinNorth Am 1995 30(3)495-506 16 Potter P Perry AG Fundamentos de enfermagem processo conceito e praacutetica 3ordf ed Santos(SP) Guanabara Koogan19981397pp801-43

27

ldquoManter um acesso bem salinizado que vocecirc lave pelo menos de duas de trecircs em trecircs horas Se bem que isso aqui na pediatria natildeo eacute muito comum aqui a gente soacute lava cada vez que vai fazer medicaccedilatildeo mas se eu natildeo me engano a literatura preconiza isso vocecirc lavar pelo menos de quatro em quatro horas o acessordquo (Aurora)

ldquoPra manter o acesso venoso perifeacuterico eacute importante manter ele salinizado Assim que a gente recebe o plantatildeo eu vou ver se o acesso ta peacutervio com uma ldquoseringuinhardquo vai la da uma ldquolavadinhardquo e vecirc se o acesso ta peacutervio e manter o acesso salinizadordquo (Ariel)

ldquoSalinizar de 6 em 6 horas para manter ele peacuterviordquo (Alice)

ldquoTem que passar lento a medicaccedilatildeo e a limpeza da aacuterea vocecirc tem que limpar bem a aacuterea pra vocecirc natildeo formar uma flebiterdquo (Cinderela)

A salinizaccedilatildeo do acesso eacute um cuidado simples e de grande importacircncia Esse cuidado

deve ser realizado para manter o acesso peacutervio e limpo e deve ser realizado antes e apoacutes

qualquer infusatildeo

Para Moncaio e Figueiredo (2009)

a ldquosalinizaccedilatildeordquo consiste em administrar sob pressatildeo positiva soluccedilatildeo salina (Soro fisioloacutegico a 09) logo apoacutes o teacutermino da infusatildeo da medicaccedilatildeo Este procedimento visa prevenir a formaccedilatildeo de trombos e fibrina evitar o contato de drogas incompatiacuteveis (quando da infusatildeo de mais de um item medicamentoso no mesmo horaacuterio) garantir a infusatildeo de todo o medicamento que possa ter ficado no sistema aleacutem de evitar retorno sanguiacuteneo mantendo o cateter peacutervio para a proacutexima infusatildeo

Durante a coleta de dados esse cuidado surgiu em diversos momentos poreacutem foi

possiacutevel perceber que os profissionais realizam o mesmo de forma banalizada Natildeo sabem de

fato a real funccedilatildeo de manter o acesso salinizado A impressatildeo que passa eacute que eles

aprenderam que esse cuidado deveria ser feito e simplesmente fazem Haacute divergecircncias

tambeacutem entre a equipe em relaccedilatildeo ao momento que deve ser realizada a salinizaccedilatildeo e isso nos

mostra a desatualizaccedilatildeo dos profissionais do setor e a falta de uma educaccedilatildeo continuada no

hospital

Os cuidados para evitar a flebite e a velocidade de infusatildeo da medicaccedilatildeo apareceram

menos nas entrevistas e interferem diretamente com a manutenccedilatildeo do acesso venoso

perifeacuterico

28

A flebite eacute uma inflamaccedilatildeo na veia puncionada ocorrendo quando as ceacutelulas

endoteliais da parede da veia que o cateter estaacute inserido tornam-se inflamadas e irregulares

propiciando a aderecircncia de plaquetas e predispondo a veia a inflamaccedilatildeo Eacute comum que o local

se apresente dolorido hiperemiado quente e edemaciado e nesses casos eacute aconselhada a

retirada do cateter Uma boa fixaccedilatildeo do cateter perifeacuterico eacute recomendada por autores na

literatura visto que previnem deslocamento faacutecil e permitem uma boa visualizaccedilatildeo do local

evitando complicaccedilotildees como a flebite e infiltraccedilatildeo (MOLDES et al 2011 p 330)

Dentre as principais falhas de infusatildeo venosa estatildeo flebite infiltraccedilatildeo hematoma e

obstruccedilatildeo Acredita-se que para reduzir a incidecircncia destas nas unidades pediaacutetricas eacute preciso

a adoccedilatildeo de estrateacutegias tais como a abordagem junto agrave equipe em parceria com o setor de

educaccedilatildeo permanente e a adoccedilatildeo do uso da teacutecnica corretamente e de forma asseacuteptica para a

realizaccedilatildeo da punccedilatildeo venosa perifeacuterica em acordo com a comissatildeo de controle de infecccedilatildeo

hospitalar (SILVA BARBATO e VALENTE 2013 p 1200)

A incapacidade do paciente em relatar dor no siacutetio de administraccedilatildeo do faacutermaco quer

pela idade ou condiccedilatildeo cliacutenica e o local de inserccedilatildeo como tambeacutem a velocidade de infusatildeo do

medicamento (gt25mgmin) satildeo classificados como fatores de risco para a perda do acesso

venoso perifeacuterico (MARTINS SILVINO e DIAS 2010)

42 Os cuidados em desuso para manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico

Essa categoria discorre sobre os cuidados de enfermagem que com o passar do tempo

foram desconsiderados e natildeo satildeo mais utilizados Quando questionados em relaccedilatildeo a vivencia

profissional e cuidados que discordavam os entrevistados citaram o uso da tala para fixaccedilatildeo

uso de heparina e os cuidados em relaccedilatildeo ao tempo de permanecircncia do cateter Haacute muitas

controveacutersias em relaccedilatildeo aos cuidados citados acima

O tempo de permanecircncia interfere diretamente no aparecimento de complicaccedilotildees

como flebite e que acabam levando a perda do acesso venoso perifeacuterico mais rapidamente

aconselhando assim a troca do mesmo entre 76 a 96 horas Poreacutem eacute preconizada a retirada do

cateter apenas se finalizar o tratamento ou houver alguma interferecircncia

ldquoA gente observa tambeacutem o tempo dependendo do tempo tem que tirarrdquo (Alice)

29

ldquoHoje eu natildeo sei como que eacute essa questatildeo do tempo porque a gente trocava o acesso a cada quatro dias agora o pessoal jaacute diz que pode trocar em ateacute uma semana entatildeo natildeo sei como que ta isso e o que tem escrito em relaccedilatildeo a isso (Aurora)

Sabe-se que o tempo para troca do cateter de teflon ou poliuretano varia de 72 a 96

horas com o intuito de reduzir risco de infecccedilatildeo e flebite e para minimizar esses riscos nas

seguintes situaccedilotildees diante de sinais inflamatoacuterios no local de inserccedilatildeo e sempre que houver

mau funcionamento do cateter (SANTOS17

Entretanto o Center for Disease Control and Prevention - CDC (2002) diz que em

pacientes pediaacutetricos natildeo foi observada relaccedilatildeo quanto ao tempo de permanecircncia do cateter e

ocorrecircncia de complicaccedilotildees devendo ser mantido ateacute o teacutermino da terapia intravenosa ou

quando forem observados sinais cliacutenicos de complicaccedilotildees

2004 apud OLIVEIRA BEZERRA e PEREIRA

2008 p 93)

Eacute possiacutevel observar a diferenccedila do conhecimento pratico dos profissionais

entrevistados em relaccedilatildeo ao conhecimento encontrado na literatura E ainda contendo duacutevidas

natildeo haacute uma busca da parte dos mesmos para esclarececirc-las

O uso da heparina com a finalidade de manter o acesso peacutervio por um periacuteodo maior

de tempo mostra-se com mais certeza quanto ao desuso nos dados colidos

ldquoAntigamente a gente usava heparina entatildeo a gente ficava tranquila em relaccedilatildeo agrave obstruccedilatildeo mas agora natildeo a gente usa o soro fisioloacutegico e a gente deixa salinizadordquo (Aurora)

Rang e Dale 18(1998 apud DOPICO e OLIVEIRA 2006) afirmam que a heparina

inibe a formaccedilatildeo de coaacutegulos de fibrina in vitro e in vivo e que seu efeito anticoagulante eacute

praticamente imediato Com isso Phillips19

17 Santos W Lavagem das matildeos In R Luiz Santos W Manual baacutesico de prevenccedilatildeo e controle das infecccedilotildees hospitalares do HRU Fortaleza Hospital Regional Unimed 2004

(2001 apud DOPICO e OLIVEIRA 2006)

ressalta que a teacutecnica de manutenccedilatildeo intermitente de cateteres intravenosos com soluccedilatildeo

salina 09 classificada como salinizaccedilatildeo tem sido pesquisada haacute alguns anos apresentando

em relaccedilatildeo ao uso da heparina vantagens como o baixo custo ser um procedimento mais

18 Rang HP Dale M M Hemostasia e Trombose In Rang HP Dale M M Farmacologia Rio de Janeiro Guanabara Koogan 1998 p235-47 19 PHILLIPS L D Manual de terapia intravenosa 2ed Porto Alegre Artmed 2001

30

simples aleacutem de eliminar a possibilidade de incompatibilidade com as drogas e soluccedilotildees

administradas aleacutem da inexistecircncia de riscos ao paciente Entretanto sabe-se que a literatura

ainda natildeo fornece consenso acerca da soluccedilatildeo mais indicada para manutenccedilatildeo da

permeabilidade do cateter venoso perifeacuterico

Eacute importante ressaltar que muitas instituiccedilotildees do nosso paiacutes nem ao menos tecircm o

conhecimento da praacutetica da salinizaccedilatildeo com soluccedilatildeo salina 09 No que se refere agrave pesquisa

cientiacutefica as limitaccedilotildees desta praacutetica satildeo atribuiacutedas agrave ausecircncia de um maior nuacutemero de

estudos controlados para validar sua eficaacutecia (EPPERSON20

Apesar de natildeo ser encontradas publicaccedilotildees acerca do tema a utilizaccedilatildeo de heparina

mostra-se como uma pratica natildeo mais utilizada pelos profissionais de enfermagem Outro

tema onde haacute controveacutersias e tambeacutem poucas citaccedilotildees eacute o uso da tala para fixaccedilatildeo do acesso

venoso perifeacuterico Seguem abaixo a opiniatildeo de alguns dos profissionais entrevistados

1984 apud DOPICO e

OLIVEIRA 2006)

ldquoA uacutenica coisa que eu natildeo gosto de ver eacute quando se coloca tala para imobilizar dizendo que a tala vai ajudar a natildeo perder a veia Isso eu natildeo concordo acho que a tala prejudica a crianccedila fica incomodada faz dor no membrordquo (Cinderela)

ldquoAntigamente a gente usava muito tala e as vezes eu pego isso aqui ai eu falo gente tala natildeo se usa mais natildeo faz parte mais da fixaccedilatildeo vocecirc pode fixar de uma forma que a crianccedila natildeo perca A tala eu acho que ela traumatiza um pouco ainda mais se vocecirc pegar um acesso na dobra vocecirc vai fazer com que a crianccedila fique com o braccedilo esticado muito tempo eu acho que pode causar uma lesatildeo depois e a literatura jaacute fala que eacute desnecessaacuteria natildeo precisa maisrdquo (Aurora) ldquoAntigamente usavam tala mas hoje em dia quase natildeo se vecirc mais e eu acho que a tala atrapalha porque a crianccedila fica imobilizada no membro ai fica mais irritadardquo (Rapunzel) ldquoLaacute no meu outro trabalho alguns usam a tala Eu acho que a tala ajuda ateacute a perder mais raacutepido porque a crianccedila fica incomodada vai querer mexer naquilordquo (Mulan)

20 Epperson EL Efficacy of 09 sodium chloride injection with without heparin for maintenance indwelling intermittent injection sites Clin Pharm1984 3(5)26

31

Almeida e Sabateacutes21

Entretanto haacute estudo que comprovam que o uso da tala natildeo se mostra tatildeo eficiente e

apresenta-se como uma praacutetica controversa O estudo foi realizado em crianccedilas ateacute os 12 anos

utilizando imobilizaccedilatildeo com tala e em mais de metade dos casos (553) ocorreu infiltraccedilatildeo

o que indicia a ineficaacutecia desta praacutetica (MACHADO PEDREIRA e CHAUD 2008 apud

BATALHA et al 2010 p512)

(2008 apud BATALHA et al 2010 p512) afirmam que a teacutecnica

de fixaccedilatildeo dos CVP com uso de imobilizaccedilatildeo com tala para restriccedilatildeo ou limitaccedilatildeo dos

movimentos articulares proacuteximo do local da punccedilatildeo estaacute indicado nas matildeos punhos cotovelo

e maleacuteolo

Para Batalha et al (2010 p512) o uso desta praacutetica parece natildeo se coadunar com o

atual uso de cateteres flexiacuteveis tipo abocath em detrimento de agulhas metaacutelicas Talvez por

isso comecem a surgir novas teacutecnicas de fixaccedilatildeo dos CVP que natildeo exigem imobilizaccedilatildeo das

articulaccedilotildees com talas

Aleacutem de natildeo haver uma confirmaccedilatildeo dos benefiacutecios causados pelo uso da tala a

imobilizaccedilatildeo causa incocircmodo para a crianccedila que fica com o membro imoacutevel podendo causar

dor e tambeacutem irritaccedilatildeo O uso desse tipo de fixaccedilatildeo tambeacutem impede a visualizaccedilatildeo frequente

do acesso venoso afetando assim os cuidados de observaccedilatildeo da equipe de enfermagem

43 O acompanhante e a manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico

A presente categoria vai discutir um assunto importante que surgiu durante as

entrevistas de forma inesperada Alguns dos profissionais entrevistados citaram o descuido do

acompanhante como um fator causador da perda do acesso venoso perifeacuterico Seguem abaixo

algumas falas

ldquoA matildee sempre acompanha e tem matildee que natildeo tem cuidado natildeo vigia e a gente tem que ficar pedindo pra olhar tomar contardquo (Aurora)

ldquoEm relaccedilatildeo ao acompanhante porque a crianccedila natildeo vai avaliar entatildeo o acompanhante que estar ali tem que avaliar direitinho natildeo deixar a crianccedila mexer ou puxarrdquo (Bela)

ldquoNatildeo eacute toda matildee que esta vigiando que cuida pra que a crianccedila natildeo perca o acessordquo (Jasmine)

21 Almeida FA Sabateacutes AL Enfermagem pediaacutetrica a crianccedila o adolescente e a sua famiacutelia no hospital Satildeo Paulo(SP) Manole 2008

32

ldquoAcho que leva a perda quando o acompanhante natildeo coopera as vezes a gente faz a imobilizaccedilatildeo na crianccedila e as vezes eles ateacute retiram e a proacutepria crianccedila agitada ela mesmo arrancardquo (Branca de Neve)

ldquoAgraves vezes a proacutepria crianccedila que a matildee deixa muito solta ai solta o acessordquo (Mulan)

Apoacutes a implementaccedilatildeo da lei que garante um acompanhante ao paciente pediaacutetrico a

presenccedila do familiarresponsaacutevel durante a hospitalizaccedilatildeo mudou a rotina da equipe de

enfermagem trazendo duacutevidas quanto a real funccedilatildeo do acompanhante e fazendo com que a

mesma viesse a delegar certos cuidados para acompanhante

A Promulgaccedilatildeo da Lei 8069 do Estatuto da Crianccedila e do Adolescente (ECA) em

1990 no seu artigo 12deg garante agrave crianccedila ou ao adolescente o direito de ter um responsaacutevel

que o acompanhe durante a hospitalizaccedilatildeo (1990)

Desde a sua implantaccedilatildeo as unidades vecircm sofrendo um processo de reorganizaccedilatildeo de

suas praacuteticas A inserccedilatildeo da famiacutelia modifica a organizaccedilatildeo do processo de trabalho o que

requer dos profissionais uma compreensatildeo em relaccedilatildeo agrave dinacircmica das relaccedilotildees interpessoais

(COLLET e ROCHA 2004)

Pimenta e Collet (2009) ressaltam que natildeo haacute nenhuma regulamentaccedilatildeo sobre a

participaccedilatildeo da famiacutelia nos cuidados e no entanto a mesma desempenha atividades junto agrave

crianccedila durante a hospitalizaccedilatildeo que devem ser levadas em consideraccedilatildeo A falta de

reconhecimento desse fato fez com que a equipe de enfermagem e famiacutelia natildeo possuiacutessem

uma relaccedilatildeo aberta e vivessem uma relaccedilatildeo silenciosa e impliacutecita de poder na qual a famiacutelia

acaba assumindo as relaccedilotildees do cuidado agrave crianccedila de responsabilidade da enfermagem

A negociaccedilatildeo entre matildees e equipe de enfermagem em relaccedilatildeo aos cuidados agrave crianccedila

hospitalizada natildeo eacute uma tarefa faacutecil tendo em vista que natildeo se tem claro qual o seu novo

papel neste processo (COLLET e ROCHA 2004)

Eacute possiacutevel ver nas falas que a presenccedila do acompanhante causa para a equipe de

enfermagem a seguranccedila de ter algueacutem para ldquovigiarrdquo ldquotomar contardquo e natildeo deixar que a

crianccedila hospitalizada perca o acesso venoso quando na verdade eacute funccedilatildeo da equipe de

enfermagem cuidados referentes ao acesso venoso perifeacuterico

33

Jaacute o acompanhante eacute definido pelo Ministeacuterio da Sauacutede como uma pessoa significativa

para a crianccedila que representa sua rede social e que vai acompanhaacute-lo durante a permanecircncia

no ambiente hospitalar ressaltando assim sua importacircncia Esse fato se reforccedila visto que a

crianccedila encontra nos familiares a forccedila e seguranccedila necessaacuteria para encarar todo esse processo

doloroso e desconhecido (MURAKAMI e CAMPOS 2011 p255)

O acompanhante aleacutem de minimizar o sofrimento do paciente pediaacutetrico faz com que

o mesmo sinta-se mais a vontade Eacute importante ressaltar que o familiarresponsaacutevel natildeo soacute

pode como deve participar das atividades da crianccedila no hospital desde que estas natildeo sejam

competecircncias dos profissionais que os cercam Essas atividades satildeo caracterizadas como

semelhantes aos que eles realizam diariamente fora do ambiente hospitalar como o banho

Poreacutem no caso de um paciente com punccedilatildeo venosa perifeacuterica o profissional de enfermagem

deve auxiliar no cuidado para que essa natildeo se perca

Os cuidados dos familiaresacompanhantes satildeo os mesmos que os desenvolvidos no

domiciacutelio e os cuidados prestados pela equipe de enfermagem satildeo aqueles que demandam

conhecimento teacutecnico-cientiacutefico especializado (SOUZA e OLIVEIRA 2010 p558)

Mesmo alguns cuidados parecerem simples e rotineiros quando eacute prestado no

hospital assumem novas caracteriacutesticas com o uso de dispositivos tecnoloacutegicos os quais se

tornam complexos (PIMENTA E COLLET 2009)

O ato de cuidar envolve o respeito agrave maneira como vive cada indiviacuteduo de acordo

com suas crenccedilas valores costumes e cultura A famiacutelia como uma instituiccedilatildeo atende agraves

necessidades bioloacutegicas de seus membros sendo sua responsabilidade cuidar e criar os filhos

incluindo a obrigaccedilatildeo da alimentaccedilatildeo higiene vestuaacuterio e moradia (ELSEN22

Nas entrevistas podemos verificar falas em que o acompanhante eacute citado como

responsaacutevel por avaliar a punccedilatildeo venosa A equipe de enfermagem deve sempre partir do

pressuposto que o familiar acompanhante natildeo tem conhecimento cientiacutefico e certo tipo de

cuidado natildeo deve se delegado para o mesmo mostrando assim a importacircncia da orientaccedilatildeo do

acompanhante quanto aos procedimentos dispositivos utilizados e cuidados em que os

etal 1994

apud SOUZA e OLIVEIRA 2010 p 553)

22 Elsen I Patriacutecio ZM Assistecircncia agrave crianccedila hospitalizada tipos de abordagens e suas implicaccedilotildees para a enfermagem In A enfermagem em pediatria e puericultura Rio de Janeiro (RJ) Atheneu 2005

34

mesmos possam auxiliar Seguem abaixo as falas onde os profissionais ressaltaram a

importacircncia da orientaccedilatildeo do acompanhante

ldquoNem sempre a crianccedila vai entender o porque de estar com aquele acesso entatildeo tem que ter uma orientaccedilatildeo do acompanhanterdquo (Bela)

ldquoTem que haver orientaccedilatildeo do acompanhante para os cuidadosrdquo (Ariel)

ldquoAgraves vezes tem ate o exemplo de um pai que natildeo deixa trocar o acesso jaacute tinha mais de uma semana e ele natildeo queria que trocasse ai faz febre e natildeo sabe da onderdquo (Alice)

Para Souza e Oliveira (2010 p555) deve haver uma preocupaccedilatildeo em orientar

considerando que o outro natildeo tem nenhum tipo de conhecimento sobre o assunto Poreacutem

Queiroz e Jorge23

Apesar das dificuldades o profissional de enfermagem deve estabelecer um viacutenculo de

confianccedila com o acompanhante buscando sempre deixaacute-los ciente das situaccedilotildees e fazendo-os

participar dos cuidados plausiacuteveis sem causar nenhum dano agrave crianccedila e de maneira alguma

abandonar suas atribuiccedilotildees

(2004 apud SOUZA e OLIVEIRA 2010 p 556) ressaltam que apesar de os

profissionais terem intenccedilatildeo de orientar os cuidados para a sauacutede repassam conhecimentos

elaborados cientificamente dificultando a compreensatildeo do familiar aleacutem de a relaccedilatildeo se dar

de maneira vertical assimeacutetrica e coercitiva

23 Queiroz MVO Jorge MSB Accedilotildees educativas no cuidado infantil e intervenccedilotildees dos profissionais junto agraves famiacutelias Acta Scientiarum Maringaacute 2004 janjun 26(1) 27-34

35

CONCLUSAtildeO

Atraveacutes desse estudo foi possiacutevel descrever e analisar os cuidados que os profissionais

de enfermagem realizam acerca da permanecircncia do acesso venoso perifeacuterico Aleacutem disso a

realizaccedilatildeo da pesquisa permitiu identificar a desarticulaccedilatildeo do processo de enfermagem e a

praacutetica desconectada da produccedilatildeo cientiacutefica caracterizando a falta de uma educaccedilatildeo

continuada efetiva

A anaacutelise dos dados demonstra o processo de punccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico

ressaltando a importacircncia de cuidados como a seleccedilatildeo do local a diluiccedilatildeo da medicaccedilatildeo a

realizaccedilatildeo de uma boa fixaccedilatildeo a atenccedilatildeo com a velocidade de infusatildeo os cuidados com os

sinais de infecccedilatildeo e salinizaccedilatildeo do acesso natildeo deixando de salientar cuidados em desuso

como o uso da heparina da tala e duvidas em relaccedilatildeo ao tempo de permanecircncia Evidenciou

tambeacutem que a equipe de enfermagem delega alguns cuidados para os acompanhantes

Natildeo foi possiacutevel perceber o niacutevel de conhecimento cientiacutefico dos profissionais visto

que eles em nenhum momento por natildeo saberem ou por medo de se expor natildeo explicaram de

fato nenhum cuidado que disseram realizar Sempre citaram de forma superficial e direta

deixando claro tambeacutem que o pesquisador natildeo os indagou quanto a isso Poreacutem creio que

diante de cuidados tatildeo importantes e de frequente praacutetica os mesmos falariam facilmente

sobre os cuidados de enfermagem na permanecircncia do acesso venoso perifeacuterico

Apesar dos entrevistados citarem alguns fatores e cuidados realizados de forma

correta eacute visiacutevel que os mesmos realizam os cuidados com a punccedilatildeo e a permanencia do

acesso de forma automaacutetica sem unir a praacutetica com o fundamento do mesmo

Eacute importante destacar tambeacutem a importacircncia do preparo emocional da crianccedila como

tambeacutem os cuidados com a famiacutelia dos mesmos O trabalho de humanizaccedilatildeo realizado pela

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enfermagem faz grande diferenccedila nessas situaccedilotildees visto que os pacientes e acompanhantes

tendo conhecimento do que seraacute realizado ficariam mais tranquilos

O estudo contribuiu para o campo do ensino nesta aacuterea dando destaque ao importante

papel que o profissional de enfermagem deve desempenhar no cuidado e na manutenccedilatildeo do

acesso venoso perifeacuterico Contudo vale ressaltar a importacircncia do incentivo ao profissional a

buscar na literatura natildeo soacute esclarecimento de suas duvidas mas tambeacutem novos

conhecimentos

Pode colaborar ainda para a realizaccedilatildeo de novas pesquisas na aacuterea procurando

eliminar duacutevidas e controveacutersias sobre o tema Buscando assim a realizaccedilatildeo de um cuidado de

enfermagem articulado e eficaz promovendo o bem-estar do paciente pediaacutetrico durante a

hospitalizaccedilatildeo

37

REFEREcircNCIAS

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APEcircNDICE I

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO Tiacutetulo Do Projeto Os cuidados de enfermagem acerca dos acessos venosos perifeacutericos na unidade pediaacutetrica Pesquisador Responsaacutevel Rosane Cordeiro Burla de Aguiar Eny Dorea Paiva e Karina Rodrigues Fernandes Instituiccedilatildeo a que Pertence o Pesquisador Responsaacutevel Universidade Federal Fluminense Telefone para contato (21) 98355269 (21) 82392939 (21) 91786609 Nome do voluntaacuterio _________________________________________________________ Idade ________ anos RG ____________________________

AO Sr (a) estaacute sendo convidado (a) a participar do projeto de pesquisa OS CUIDADOS DE

ENFERMAGEM ACERCA DOS ACESSOS VENOSOS PERIFEacuteRICOS NA UNIDADE PEDIATRICA de

responsabilidade da pesquisadora Profordf Drordf Rosane Cordeiro Burla de Aguiar e Profordf Drordf Eny Dorea Paiva A

punccedilatildeo venosa perifeacuterica eacute um procedimento essencial durante a hospitalizaccedilatildeo da crianccedila visto que eacute atraveacutes

dela que eacute administrada grande parte das medicaccedilotildees Este estudo se justifica diante da importacircncia da

necessidade de um maior periacuteodo de permanecircncia dos acessos venosos perifeacutericos Com isso aleacutem da

diminuiccedilatildeo de eventos que causam dor e irritaccedilatildeo na crianccedila e na famiacutelia promoveraacute tambeacutem uma melhor estada

dos mesmos durante o periacuteodo de hospitalizaccedilatildeo Os objetivos da pesquisa satildeo 1) Descrever os fatores que

interferem na manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico de acordo com a equipe de enfermagem 2)Analisar os

cuidados da equipe de enfermagem na manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico A coleta de dados se daraacute

atraveacutes de entrevistas semi estruturadas que seratildeo gravadas As informaccedilotildees colhidas seratildeo tratadas de forma

anocircnima e confidencial ou seja em nenhum momento seratildeo divulgados o seu nome e somente os

pesquisadores teratildeo acesso agraves informaccedilotildees Os dados obtidos com a pesquisa poderatildeo ser publicados apenas com

fins cientiacuteficos Eles natildeo seratildeo utilizados para fins comerciais ou para outra finalidade qualquer Caso necessite

poderatildeo ser marcados encontros para respostas ou esclarecimentos de qualquer duacutevida acerca da pesquisa A sua

participaccedilatildeo eacute voluntaria e eacute importante lembrar que vocecirc poderaacute desistir de participar da pesquisa em qualquer

momento A entrevista seraacute marcada em um dia e horaacuterio que vocecirc achar melhor Seraacute realizada

individualmente em um ambiente que nos ofereccedila privacidade Esta pesquisa natildeo oferece riscos para vocecirc e os

benefiacutecios da sua participaccedilatildeo satildeo de aumentar o conhecimento cientiacutefico na aacuterea de Enfermagem Pediaacutetrica

aleacutem de contribuir para a praacutetica profissional Este documento seraacute elaborado em duas vias uma para vocecirc e a

outra seraacute arquivada pelo pesquisador

Eu_____________________________________________________________ RG no _____________________________ Declaro que apoacutes ter entendido o que me foi explicado consinto voluntariamente em participar do presente Protocolo de Pesquisa entendo ainda que posso retirar o meu consentimento a qualquer momento antes ou durante a realizaccedilatildeo do mesmo declaro ter sido informada(o) e concordo em participar como voluntaacuteria(o) da pesquisa acima descrita Rio de Janeiro_______de_______________de 20___ _____________________________ ________________________________

(Participante) Karina Rodrigues Fernandes (Responsaacutevel por obter o consentimento)

______________________________________ _______________________________________ (Testemunha) (Testemunha)

45

APEcircNDICE II

ROTEIRO PARA ENTREVISTA

1) O que vocecirc acha que pode levar a perda do acesso perifeacuterico

2) Para vocecirc o que eacute importante para manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico nas

crianccedilas

3) O que vocecirc acha que pode interferir na sua manutenccedilatildeo

4) Que medidas vocecirc adota no seu dia a dia para manter o acesso

5) Na sua vivencia profissional o que vocecirc discorda dos cuidados que geralmente satildeo

utilizados para manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico

46

ANEXO

47

48

  • KARINA RODRIGUES FERNANDES
    • COA Thatiana Fernanda PETTENGILL Myriam Aparecida Mandetta Autonomia da crianccedila hospitalizada frente aos procedimentos crenccedilas da enfermeira pediatra Acta paul enferm 19(4) 433-438 out-dez 2006 Disponiacutevel em lt wwwscielobrscielophpscr
    • JANSEN Michele Ferraz SANTOS Rosane Maria dos FAVERO Luciane Benefiacutecios da utilizaccedilatildeo do brinquedo durante o cuidado de enfermagem prestado agrave crianccedila hospitalizada Rev Gaucha Enferm 31(2) 247-253 jun 2010 Disponiacutevel em lt httpwwwscielo
    • MAGNABOSCO Gisele TONELLI Ana Lucia Nascimento Fonseca SOUZA Sarah Nancy Deggau Hegeto de Abordagens no cuidado de enfermagem agrave crianccedila hospitalizada submetida a procedimentos uma revisatildeo de literatura Cogitare enferm 13(1) 103-108 jan-mar
    • MARTINS Maria do Rosaacuterio RIBEIRO Circeacutea Amalia BORBA Regina Issuzu Hirooka de and SILVA Conceiccedilatildeo Vieira daProtocolo de preparo da crianccedila preacute-escolar para punccedilatildeo venosa com utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico Rev Latino-Am Enfermagem [on
    • OLIVEIRA Maria Ivoneide Veriacutessimo de BEZERRA Maria Gorette Andrade PEREIRA Vanessa Ramos Cateterizaccedilatildeo venosa assistecircncia de enfermagem-UTI pediaacutetrica Rev da Rede de Enfermagem do Nordeste AbrJun de 2008 Disponiacutevel em lt httpwwwrevistar
    • PETERLINI Maria Angeacutelica Sorgini CHAUD Massae Noda and PEDREIRA Mavilde da L GOacuterfatildeos de terapia medicamentosa a administraccedilatildeo de medicamentos por via intravenosa em crianccedilas hospitalizadasRev Latino-Am Enfermagem [online] 2003 vol11 n
    • PETERLINI Maria Angeacutelica Sorgini CHAUD Massae Noda PEDREIRA Mavilde L G Incompatibilidade entre faacutermacos e materiais de cateteres e acessoacuterios da terapia intravenosa Online braz j nurs (Online) 5(3)2006 Disponiacutevel em lt httpwwwobjnursi
    • PIMENTA Erika Acioli Gomes COLLET Neusa Dimensatildeo cuidadora da enfermagem e da famiacutelia na assistecircncia agrave crianccedila hospitalizada concepccedilotildees da enfermagem Rev esc enferm USP [online] 2009 vol43 n3 pp 622-629 Disponiacutevel em lt httpwwwscie
    • THOMAZINE Angeacutelica Malman PASSOS Rocircmulo Silva BAY JUacuteNIOR Osvaldo Goacutees COLLET Neusa OLIVEIRA Beatriz Rosana Gonccedilalves de Assistecircncia de enfermagem agrave crianccedila hospitalizada um resgate histoacuterico Ciˆnc cuid sapoundde 7(supl1) 145-152 maio 200
      • F 363 Fernandes Karina Rodrigues
      • Os cuidados de enfermagem acerca dos acessos venosos perifeacutericos na unidade pediaacutetrica Karina Rodrigues Fernandes ndash Niteroacutei [sn] 2014
        • CDD 61073
Page 7: UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE ESCOLA DE …app.uff.br/riuff/bitstream/1/3317/1/TCC Karina Rodrigues Fernandes.pdf · A punção venosa periférica é um procedimento essencial para

RESUMO

Os cuidados para a manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico eacute uma accedilatildeo essencial durante uma internaccedilatildeo na qual a permanecircncia do dispositivo eacute dificultada por diversos fatores principalmente quando se trata de um paciente pediaacutetrico Por conta de repetitivas perdas as repeticcedilotildees das punccedilotildees podem gerar trauma emocional dificultando ainda mais o periacuteodo de estada do paciente no hospital Desta forma o presente trabalho tem o objetivo descrever os fatores que interferem na manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico de acordo com a equipe de enfermagem e analisar os cuidados da equipe de enfermagem na manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico Possui como objeto de estudo os cuidados da equipe de enfermagem na manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico Trata-se de uma pesquisa descritiva exploratoacuteria de abordagem qualitativa onde nove (9) profissionais da equipe de enfermagem do setor de internaccedilatildeo pediaacutetrica de um Hospital Universitaacuterio do Rio de Janeiro foram entrevistados de acordo com um roteiro A coleta de dados deu-se por meio de entrevista semi-estruturada As falas foram submetidas agrave anaacutelise de conteuacutedo e das entrevistas emergiram trecircs (03) categorias ldquoCuidados preacute intra e poacutes-procedimento de punccedilatildeo do acesso venoso perifeacutericordquo ldquoCuidados em desuso para manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacutericordquo e ldquoO acompanhante e a manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacutericordquo O estudo retratou o processo de punccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico ressaltando a importacircncia de cuidados como a seleccedilatildeo do local a diluiccedilatildeo da medicaccedilatildeo a realizaccedilatildeo de uma boa fixaccedilatildeo a atenccedilatildeo com a velocidade de infusatildeo os cuidados com os sinais de infecccedilatildeo e salinizaccedilatildeo do acesso aleacutem de constatar tambeacutem os cuidados em desuso como o uso da heparina da tala de imobilizaccedilatildeo e duacutevidas em relaccedilatildeo ao tempo de permanecircncia Evidenciou o fato da equipe de enfermagem responsabilizar o acompanhante pelos cuidados com o cateter venoso perifeacuterico e tambeacutem o natildeo uso da literatura cientifica para solucionar duvidas e agregar conhecimento Com isso o estudo atingiu os objetivos propostos e tambeacutem contribuiu para o campo do ensino abrindo portas para a realizaccedilatildeo de novas pesquisas na aacuterea Palavras-chave cateterismo venoso perifeacuterico cuidados de enfermagem enfermagem pediaacutetrica

ABSTRACT Care for the maintenance of peripheral venous access is an essential action during a hospitalization in which the permanence of the device is hampered by several factors especially when it comes to a pediatric patient Because of repetitive losses the repetitions of punctures can cause emotional trauma further hindering the period of stay of the patient in the hospital Thus the present study aims to describe the factors affecting the maintenance of peripheral venous access in accordance with the nursing staff and analyze the care of the nursing staff in the maintenance of peripheral venous access Has as its object of study the care of the nursing staff in the maintenance of peripheral venous access This is an exploratory descriptive and qualitative study where nine (9) professional nursing staff of the pediatric inpatient ward of a university hospital in Rio de Janeiro were interviewed according to a script The data was collected by means of semi - structured interview The speeches were subjected to content analysis and interviews revealed three ( 03 ) categories Care pre intra and post - puncture procedure from peripheral venous access Care in disuse for maintenance of peripheral venous access and The companion and maintenance of peripheral venous access The study portrayed the process of puncture of peripheral venous access emphasizing the importance of care as site selection diluting the medication performing a good fixation attention to the rate of infusion the care of the signs of infection and salinity of access and also noted the care into disuse as the use of heparin the splint immobilization and questions about the length of stay Highlighted the fact that the nursing staff responsible for the care of the accompanying peripheral venous catheter and also not using the scientific literature to solve doubts and aggregate knowledge With that the study achieved its goals and also contributed to the field of education opening doors to new research in the area Key words peripheral venous catheterization nursing care pediatric nursing

SUMAacuteRIO

1 INTRODUCcedilAtildeO p 8

11 Questotildees norteadoras p 9

12 Objeto do estudo p9

13 Objetivos p9

14 Justificativa e relevacircncia p9

2 REVISAtildeO DE LITERATURA p 11

21 Hospitalizaccedilatildeo infantil e seus estressores p 11

22 Acesso venoso perifeacuterico em pediatria p 13

3 METODOLOGIA p 17

31 Tipo de pesquisa p17

32 Sujeitos da pesquisa p17

33 Cenaacuterio p18

34 Coleta de dados p18

35 Questotildees eacuteticas da pesquisa p19

36 Analise dos dados p20

4 RESULTADOS E DISCUSSAtildeO p22

41 Os cuidados de enfermagem preacute intra e poacutes-procedimento de punccedilatildeo do acesso

venoso perifeacuterico p 22

42 Os cuidados em desuso para manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico p 28

43 O acompanhante e a manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico p31

CONCLUSAtildeO p 35

REFEREcircNCIAS p37

APEcircNDICE I p 44

APEcircNDICE II p45

ANEXO p46

8

1 INTRODUCcedilAtildeO

A motivaccedilatildeo pelo assunto veio durante o ensino teoacuterico praacutetico da disciplina

Enfermagem na sauacutede da crianccedila e do adolescente II na enfermaria pediaacutetrica do Hospital

Universitaacuterio Antonio Pedro quando me incomodei com o excesso de punccedilatildeo perifeacuterica

realizado nas crianccedilas gerando impacto nas mesmas e na famiacutelia durante o procedimento

A hospitalizaccedilatildeo em si eacute uma situaccedilatildeo estressante jaacute que a crianccedila perde o controle em

relaccedilatildeo a sua liberdade aleacutem do conviacutevio com pessoas estranhas e da mudanccedila de ambiente e

rotina (HOCKENBERRY e WILSON 2011 p676) Com isso em uma situaccedilatildeo de diversas

perdas de acesso venoso as repeticcedilotildees do procedimento causam trauma emocional tornando

ainda mais doloroso o periacuteodo de estada do paciente no hospital

A punccedilatildeo venosa perifeacuterica eacute um procedimento essencial para manejo da crianccedila

durante a hospitalizaccedilatildeo visto que em grande parte as medicaccedilotildees satildeo administradas por essa

via onde o efeito eacute quase instantacircneo e permite infusatildeo de maior volume Poreacutem esse tipo de

procedimento eacute doloroso e estressante deixando a crianccedila sujeita a traumas por agentes

bioloacutegicos quiacutemicos fiacutesicos e emocionais sendo funccedilatildeo do enfermeiro prevenir diminuir ou

erradicar esses riscos (CORREIA RIBEIRO BORBA 2009 p559)

A permanecircncia do dispositivo eacute dificultada por diversos fatores como uma infecccedilatildeo a

fixaccedilatildeo inadequada o trauma durante a infusatildeo e a movimentaccedilatildeo da crianccedila A cobertura

utilizada eacute de suma importacircncia nessa situaccedilatildeo sendo ela muitas das vezes a causa da perda

de um acesso e entatildeo a necessidade de nova punccedilatildeo venosa Por conta disso esse tipo de

procedimento causa grande desconforto para a famiacutelia para a crianccedila e tambeacutem para o

profissional (CORREIA RIBEIRO BORBA 2009 p559)

Uma grande pesquisa conduzida sobre a temaacutetica concluiu que com ldquo592 crianccedilas e

1135 tentativas de punccedilatildeo realizadas por 143 enfermeiras 10 de taxa de insucesso no

9

procedimento poreacutem com cerca de 50 de insucesso na primeira tentativardquo Cada crianccedila foi

submetida a 21 tentativas (LARSEN1

11 Questotildees norteadoras

et al 2010 apud NEGRI et al 2012)

Quais os fatores que podem interferir na permanecircncia do acesso venoso em uma

crianccedila hospitalizada

Quais satildeo os cuidados da equipe de enfermagem para aumentar o tempo de

permanecircncia de um acesso venoso perifeacuterico em uma crianccedila hospitalizada

12 Objeto de estudo

Os cuidados da equipe de enfermagem na permanecircncia do acesso venoso perifeacuterico

13 Objetivos

Descrever e discutir os cuidados de enfermagem acerca da permanecircncia dos acessos

venosos perifeacutericos na pediatria

14 Justificativa e relevacircncia

Diante da problemaacutetica exposta eacute possiacutevel identificar a importacircncia da necessidade de

um maior periacuteodo de permanecircncia dos acessos venosos perifeacutericos Com isso aleacutem da

diminuiccedilatildeo de eventos que causam dor e irritaccedilatildeo na crianccedila e na famiacutelia promoveraacute tambeacutem

uma melhor estada dos mesmos durante o periacuteodo de hospitalizaccedilatildeo

Oliveira Bezerra e Pereira (2008 p96) chegaram a conclusatildeo que os enfermeiros

prestam assistecircncia agraves crianccedilas dentro dos paracircmetros poreacutem devem ter mais cuidados em

alguns pontos como ldquonecessidade de maior atenccedilatildeo na quantidade e velocidade da infusatildeo da

terapia mais controle do calibre do cateter identificaccedilatildeo do acesso complicaccedilotildees e troca de

fixaccedilatildeordquo

O presente estudo possui relevacircncia pois busca descrever os principais cuidados que a

equipe de enfermagem desenvolve na manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico na pediatria

demonstrando o que a equipe faz efetivamente para aumentar o tempo de permanecircncia desse

1 Larsen P Eldridge D Brinkley J Newton D Goff D Hartzog T Saad ND Perkin R Pediatric peripheral intravenous access does nursing experience and competence really make a difference J Infus Nurs 201033(4)226-35

10

dispositivo visto que a sua inserccedilatildeo jaacute eacute um evento estressante para crianccedila e sua famiacutelia

durante a hospitalizaccedilatildeo Eacute relevante tambeacutem natildeo soacute para os enfermeiros pediaacutetricos como

tambeacutem para todos os profissionais da aacuterea de sauacutede que procuram aprofundar seus

conhecimentos acerca dos cuidados na assistecircncia de enfermagem da cateterizaccedilatildeo venosa

perifeacuterica

11

2 REVISAtildeO DE LITERATURA

21 Hospitalizaccedilatildeo infantil e seus estressores

Durante a vida de uma crianccedila as principais situaccedilotildees de crise que normalmente elas

vivenciaratildeo estatildeo relacionadas agrave doenccedila ou a uma possiacutevel hospitalizaccedilatildeo Frente a estes

fatores elas se mostram vulneraacuteveis diante das mudanccedilas impostas relacionadas ao estado de

sauacutede e a sua rotina de vida (HOCKENBERRY e WILSON 2011 p676)

ldquoA hospitalizaccedilatildeo representa para a crianccedila uma situaccedilatildeo diferente de todas as jaacute

vivenciadas haja vista que sua rotina diaacuteria eacute modificada Ela encontra-se em um ambiente

impessoal repleto de tabus e significados diferente do seu contexto diaacuteriordquo (JANSEN

SANTOS e FAVERO 2010 p248)

Segundo Brito et al (2009 p 803) a crianccedila hospitalizada eacute ldquoafastada de seu ambiente

familiar de seus amigos da escola e de seus objetos pessoais perdendo assim grande parte de

suas referecircnciasrdquo com isso esse periacuteodo de hospitalizaccedilatildeo pode causar impacto sobre o estado

psicoloacutegico da mesma

Conforme Hockenberry e Wilson (2011 p676) as crianccedilas natildeo possuem habilidades

de enfrentamento suficientes para resolver determinados estressores Como principais

estressores pode-se citar ldquoa separaccedilatildeo a perda de controle lesatildeo corporal e dorrdquo

Um dos procedimentos mais dolorosos e estressantes para a crianccedila eacute a punccedilatildeo venosa

onde na maioria dos casos constitui a primeira escolha para a administraccedilatildeo de medicamentos

nutriccedilatildeo parenteral hemoderivados e coleta de exames sanguumliacuteneos(OLIVEIRA BEZERRA e

PEREIRA 2008 p91)

12

ldquoA crianccedila eacute um ser em crescimento e desenvolvimento com particularidades e

caracteriacutesticas proacutepriasrdquo (MATHEWS-SIMONTON2

Esse periacuteodo de internaccedilatildeo ldquopode deixar a crianccedila ansiosa insegura e com medo

principalmente quando natildeo eacute preparada para a hospitalizaccedilatildeo e o tratamento a que seraacute

submetidardquo Para Martins (2001) isso contribui para aumentar o medo e a ansiedade

expressos por meio do choro da raiva e ateacute mesmo por agressotildees

1990 apud COA e PETTENGILL

2006 p434) Isso significa que a crianccedila iraacute se comportar de acordo com a situaccedilatildeo imposta

pois isso dependeraacute natildeo soacute da idade de desenvolvimento como tambeacutem de suas experiecircncias

com determinadas situaccedilotildees

Diante de todo o processo de hospitalizaccedilatildeo a crianccedila pode apresentar diversas

manifestaccedilotildees comportamentais sendo consideradas mais comuns as ldquoregressotildees diminuiccedilatildeo

no ritmo do desenvolvimento desordens do sono e da alimentaccedilatildeo dependecircncia

agressividade apatia estados depressivos fobias e transtornos de comportamento em geralrdquo

(BAR-MOR3

Para a famiacutelia ldquoa hospitalizaccedilatildeo de um filho geralmente eacute encarada como uma

situaccedilatildeo de crise para a famiacutelia e para a crianccedilardquo O profissional de enfermagem deve se

organizar seu trabalho com estrateacutegias que minimizem o sofrimento no ambiente hospitalar e

na assistecircncia agrave crianccedila (THOMAZINE et al 2008 p146)

1997 apud BRITO et al 2009 p203) Com a atenccedilatildeo voltada para atender a

demanda e a necessidade fisioloacutegica da crianccedila os profissionais da equipe de enfermagem

geralmente ldquodedicam pouca ou nenhuma atenccedilatildeo agraves questotildees psicoloacutegicas e sociais da crianccedila

hospitalizada e de sua famiacuteliardquo(JANSEN SANTOS e FAVERO 2010 p248)

A qualidade do ambiente pode afetar diretamente no processo de recuperaccedilatildeo com

isso ldquoas intervenccedilotildees no contexto hospitalar devem visar agrave promoccedilatildeo de condiccedilotildees favoraacuteveis

agrave reabilitaccedilatildeo dos efeitos de experiecircncias adversas ao desenvolvimento das crianccedilasrdquo Isso

sugere que o ambiente aleacutem de incentivar a sauacutede deve ser planejado de maneira supra agraves

necessidades dos pacientes levando em conta os aspectos psicoloacutegicos pedagoacutegicos e

2 Mathews-Simonton S A famiacutelia e a cura o meacutetodo Simonton para famiacutelias que enfrentam uma doenccedila Satildeo Paulo Summus 1990 3 Bar-Mor G Preparation of children for surgery and invasive procedures milestones on the way to success J Pediatr Nurs1997Aug12(4) 252-255

13

socioloacutegicos da crianccedila e de sua famiacutelia (SOARES e ZAMBERLAN4

Para humanizar a assistecircncia agrave crianccedila hospitalizada e atender a suas reais

necessidades os pais foram inseridos na cliacutenica pediaacutetrica com direito a permanecircncia integral

nos casos de internaccedilatildeo Isso ocorreu no iniacutecio da deacutecada de 1990 no Brasil com a

legalizaccedilatildeo estabelecida pelo Estatuto da Crianccedila e do Adolescente (THOMAZINE et al

2008 p145) Com isso ldquomuitos hospitais natildeo consideram mais os pais como visitantes e

enfatizam sua presenccedila durante todo o periacuteodo da hospitalizaccedilatildeordquo fazendo uso de um sistema

de cuidado centrado na famiacutelia (HOCKENBERRY e WILSON 2011 p685)

1995 apud BRITO et

al 2009 p803)

Durante o processo de hospitalizaccedilatildeo as crianccedilas satildeo submetidas a diversas condutas e

procedimentos como por exemplo exames e administraccedilatildeo de medicamentos A punccedilatildeo

venosa eacute um dos principais procedimentos que causam dor e muitas vezes existe a

necessidade de vaacuterias punccedilotildees durante um mesmo dia Vale ressaltar que para a crianccedila esse

tipo de procedimento se iguala a uma agressatildeo jaacute que ldquona maioria das vezes eacute acompanhado

de dor ou medo o que se traduz no choro e na ansiedaderdquo (COLLET5

2002 apud GOMES et

al 2011 p290)

22 Acesso venoso perifeacuterico em pediatria

Para Correia et al (2009 p559) a fim evitar um trauma emocional durante a punccedilatildeo

as crianccedilas precisam ser orientadas sobre o tratamento seus objetivos e receber atenccedilatildeo

carinhosa neste momento

A fim de tornar o processo de cateterizaccedilatildeo venosa menos doloroso e estressante para

a crianccedila deve-se ter preferecircncia pelas veias que menos comprometam suas atividades

essenciais Neste intuito deve-se evitar por exemplo puncionar uma veia na matildeo que

dificulte o ato de se alimentar desenhar e ateacute mesmo brincar (OLIVEIRA BEZERRA e

PEREIRA 2008 p91)

4 Soares MRZ Zamberlan MAT A inclusatildeo do brincar na hospitalizaccedilatildeo infantil Est Psicol maioago18(2) 64-9 5 Collet N Oliveira BRG de Manual de Enfermagem em Pediatria Goiacircnia AB 2002

14

O acesso vascular eacute uma das principais modalidades de tratamento utilizadas na

assistecircncia agrave sauacutede Existe ampla aceitaccedilatildeo difusatildeo e praacutetica desse procedimento pelos

profissionais da aacuterea da assistecircncia agrave sauacutede (FERREIRA et al 2005)

Foi na deacutecada de 40 que o uso de cateter vascular foi introduzido nos hospitais

tornando-se essencial para as atividades assistenciais da modernidade (WORTHIGTON6

Para Peterlini e Chaud (2003) tal procedimento se define como um conjunto de

conhecimentos e teacutecnicas que visam agrave administraccedilatildeo de soluccedilotildees ou faacutermacos no sistema

circulatoacuterio abrangendo o preparo do paciente a escolha obtenccedilatildeo e manutenccedilatildeo do acesso

venoso os meacutetodos de preparo e administraccedilatildeo de drogas e soluccedilotildees e os cuidados referentes

agrave frequecircncia de troca do cateter curativos dispositivos de infusatildeo e soluccedilotildees

2005 apud MENDONCcedilA et al 2011 p330)

Primeiramente o acesso perifeacuterico era mantido com agulhas de accedilo inoxidaacutevel as

quais apesar de oferecerem menor risco de infecccedilatildeo satildeo riacutegidas e facilitavam perda do

acesso Em 1945 passou a ser utilizado o cateter venoso plaacutestico que permitia manutenccedilatildeo do

acesso por tempo prolongado (FERNANDES e RIBEIRO7

Quanto ao tempo de permanecircncia em pacientes pediaacutetricos o cateter deve ser mantido

ateacute o teacutermino da terapia intravenosa ou quando forem observados sinais cliacutenicos de

complicaccedilotildees diferentemente dos pacientes adultos onde o tempo de permanecircncia

preconizado eacute de 72 a 96 horas (CENTERS FOR DISEASE CONTROL AND

PREVENTION-CDC 2002)

2000 apud MARTINS et al 2008

p 485) Habitualmente o material de punccedilatildeo que vem sendo utilizado em crianccedilas satildeo os

cateteres flexiacuteveis tipo abocath com mandril metaacutelico (BATALHA et al 2010 p512)

Associaccedilatildeo Paulista de Estudos e Controle de Infecccedilatildeo Hospitalar (2005 apud

Moncaio e Figueiredo 2009) ressaltam que ldquoas principais complicaccedilotildees infecciosas para o

paciente satildeo flebite infecccedilatildeo do siacutetio de inserccedilatildeo do cateter extravasamento de soluccedilatildeo e

bacteremia relacionada ao cateterrdquo Certos fatores podem contribuir para o aparecimento de

tais complicaccedilotildees como o tipo do cateter que seraacute utilizado o preparo do local da punccedilatildeo

aleacutem de caracteriacutesticas intriacutensecas do paciente Vale acrescentar que ldquoos cateteres 6 Worthigton T Elliot TSJ Diagnosis of central venous catheter related infection in adult pacient J Infect 2005 51267-80 7 Fernandes AT Ribeiro Filho N Infecccedilatildeo do acesso vascular In Fernandes AT Fernandes M OV Ribeiro Filho N Infecccedilatildeo hospitalar e suas interfaces na aacuterea da sauacutede Satildeo Paulo (SP) Atheneu 2000 p 556-79

15

confeccionados em Teflon e poliuretano estatildeo associados a baixas frequecircncias de

complicaccedilotildees infecciosas quando comparados aos de polivinilcloreto e polietilenordquo

CENTERS FOR DISEASE CONTROL AND PREVENTION-CDC 2002)

ldquoNo acircmbito hospitalar a flebite eacute uma das complicaccedilotildees mais frequentes e

considerada uma das principais falhas da infusatildeordquo Eacute o processo inflamatoacuterio da camada

iacutentima das veias ocasionado por irritaccedilatildeo mecacircnica quiacutemica ou infecccedilotildees bacterianas

apresentando manifestaccedilotildees como dor edema hiperemia local e calor (GABRIEL8

Machado et al(2008) relata que ldquocerca de 1 a 10 destes pacientes desenvolvem

infecccedilotildees locais ou sistecircmicas relacionadas ao uso de cateteres causadas por alteraccedilatildeo ou

ruptura da integridade da pele que permite a passagem de microorganismos colonizadoresrdquo

2008

apud MAGEROTE et al 2011 p 487)

O curativo para fixaccedilatildeo do cateter eacute outro ponto importante para a manutenccedilatildeo do

mesmo visto que a ldquofixaccedilatildeo reduz o risco de complicaccedilotildees relacionadas agrave terapia intravenosa

tais como flebite infiltraccedilatildeo septicemia e deslocamento do cateterrdquo aleacutem de mantecirc-lo limpo

e seco permitindo a visualizaccedilatildeo contiacutenua do mesmo a fim de prevenir os agravos

(PHILLIPS9

No seacuteculo passado durante os primeiro 50 anos da praacutetica da terapia intravenosa

utilizava-se para fixaccedilatildeo gaze esteacuteril e fitas adesivas O iniacutecio do uso de filmes transparentes

esteacutereis se deu em 1970 como solicitaccedilatildeo dos enfermeiros quanto agrave necessidade da retirada do

curativo para realizar a inspeccedilatildeo do local de inserccedilatildeo funccedilatildeo atribuiacuteda aos mesmos a fim de

impedir uma infecccedilatildeo de corrente sanguiacutenea (MACHADO PEDREIRA E CHAUD 2008)

2001 apud SILVA E ZANETTI 2004 p233)

O uso de fitas adesivas natildeo-esteacutereis pode ser bastante observado em algumas

instituiccedilotildees de sauacutede contudo fita adesiva soacute natildeo estaacute contaminada enquanto permanece na

embalagem sugerindo tambeacutem a possibilidade da transmissatildeo de microorganismos

patogecircnicos com a aplicaccedilatildeo da mesma sobre o local de inserccedilatildeo do cateter

(VANDENBOSCH COOCH E TRESTON-AURAND10

8 Gabriel J Infusion therapy part one minimising the risks Nurs Stand 2008 Apr 22(31)51-6

1997 et al MACHADO

PEDREIRA E CHAUD2005 p292)

9 Phillips DL Manual de terapia endovenosa Trad Pedreira MLG Pereira SR Harada MJCS Peterline MAS 2ordf ed Porto Alegre (RS) Artmed 2001551P 10 VandenBosch TM Cooch J Treston-Aurand J Research utilization adhesive bandage dressing regimen for peripheral venous catheters Am J Infect Control 1997 25(6)513-9

16

Acerca da terapia intravenosa podem ocorrer incompatibilidades em relaccedilatildeo aos

faacutermacos administrados e os cateteres utilizados que na maioria das vezes natildeo satildeo percebidos

devido a impossibilidade de visualizaccedilatildeo Essas incompatibilidades satildeo denominadas por

Peterlini Chaud e Pedreira (2006) como adsorccedilatildeo e absorccedilatildeo onde ocorre ldquoperda do faacutermaco

para a superfiacutecie de frascos seringas filtros acessoacuterios e cateteres da terapia intravenosa por

meio de adsorccedilatildeo ou pela absorccedilatildeo do faacutermaco para a matriz do material de confecccedilatildeo desses

dispositivosrdquo Com isso o profissional de enfermagem tem como funccedilatildeo aleacutem do

conhecimento cientiacutefico acerca das drogas utilizadas programar accedilotildees que possibilitem

ldquoreconstituiccedilatildeo diluiccedilatildeo acondicionamento e cuidados na administraccedilatildeo de faacutermacosrdquo

evitando assim prejuiacutezos no tratamento

17

3 METODOLOGIA

31 Tipo de pesquisa

Trata-se de uma pesquisa descritiva exploratoacuteria de abordagem qualitativa com os

profissionais da equipe de enfermagem da unidade de internaccedilatildeo pediaacutetrica de um hospital

universitaacuterio do estado do Rio de Janeiro

Para Minayo Deslandes e Gomes (2007 p 21) a pesquisa qualitativa responde as

questotildees de forma particular de modo que trabalha com o universo dos significados dos

motivos das aspiraccedilotildees das crenccedilas dos valores e atitudes Sendo assim entende-se que as

accedilotildees do ser humano se distinguem a partir do seu pensamento do modo de agir de acordo

com a realidade vivida por cada um

Segundo Gil (1999 p44) ldquoas pesquisas descritivas tecircm como objetivo primordial a

descriccedilatildeo das caracteriacutesticas de determinada populaccedilatildeo ou fenocircmeno ou o estabelecimento de

relaccedilotildees variaacuteveisrdquo

Kauark Manhatildees e Medeiros (2010 p28) determinam a pesquisa exploratoacuteria como

agravequela que ldquoObjetiva a maior familiaridade com o problema tornando-o expliacutecito ou agrave

construccedilatildeo de hipoacutetesesrdquo Acrescenta ainda que a mesma pode conter levantamento

bibliograacutefico entrevistas com pessoas experientes no problema pesquisado entre outras

fontes

32 Sujeitos da pesquisa

A pesquisa contou com um nuacutemero total de nove (9) profissionais da equipe de

enfermagem da unidade de internaccedilatildeo pediaacutetrica de um Hospital Universitaacuterio do Rio de

Janeiro sendo estes dois (2) enfermeiros e sete (7) teacutecnicos de enfermagem De todos os

18

participantes apenas um trabalha no serviccedilo noturno sendo o restante do serviccedilo diurno Os

mesmos satildeo os responsaacuteveis pela instalaccedilatildeo e manipulaccedilatildeo dos os acessos venosos

perifeacutericos supondo assim que tenham maior domiacutenio sobre o assunto abordado

Os sujeitos foram identificados com codinomes referentes agraves princesas da Disney para

que suas identidades sejam preservadas

33 Cenaacuterio

A pesquisa ocorreu na unidade de internaccedilatildeo pediaacutetrica localizada no quinto andar do

Hospital Universitaacuterio do Rio de Janeiro vinculado a uma Universidade Federal

A unidade pediaacutetrica eacute divida em trecircs enfermarias de acordo com a idade das crianccedilas

hospitalizadas sendo denominadas estas Lactente preacute-escolar e escolar A enfermaria

Lactente eacute composta por 5 leitos hospitalizando crianccedilas de 29 dias a 2 anos jaacute na preacute-escolar

encontram-se 6 leitos e acolhe crianccedilas de 2 a 6 anos e na escolar 6 leitos abrigando crianccedilas

de 7 a 12 anos Toda crianccedila hospitalizada tem direito a um acompanhante como eacute

preconizado por direito pelo Artigo doze (12) do Estatuto da Crianccedila e do Adolescente

(Brasil 1990 p3)

A enfermaria conta com um posto de enfermagem localizado no centro da unidade

possibilitando maior visualizaccedilatildeo das enfermarias Possui tambeacutem uma sala de recreaccedilatildeo e

banheiro para os pacientes e acompanhantes Haacute uma sala utilizada pedagogia hospitalar

onde uma professora realiza atividades com as crianccedilas

Vale ressaltar que na unidade haacute uma sala para realizaccedilatildeo de procedimentos dolorosos

como a punccedilatildeo venosa perifeacuterica e sempre que possiacutevel o paciente eacute levado ateacute ela

34 Coleta de dados

A coleta de dados se deu a partir da teacutecnica de entrevista semi-estruturadas que

segundo Minayo Deslandes e Gomes (2007 p 64) satildeo ldquoperguntas fechadas e abertas em que

o entrevistado tem a possibilidade de discorrer sobre o tema em questatildeo sem se prender agrave

indagaccedilatildeo formuladardquo As mesmas foram gravadas em entrevista individual e tiveram como

foco as accedilotildees que os profissionais da equipe de enfermagem realizam acerca dos cuidados

para a permanecircncia do acesso venoso perifeacuterico aleacutem de investigar sobre o conhecimento que

cada um possui sobre o tema

19

Apoacutes contato preacutevio com a equipe de enfermagem foi acordado um dia e horaacuterio para

a realizaccedilatildeo das entrevistas que aconteceram na proacutepria unidade Todos os profissionais da

equipe de enfermagem foram convidados a participar voluntariamente da pesquisa As

entrevistas aconteceram apoacutes os profissionais assinarem o Termo de Consentimento Livre e

Esclarecido (TCLE)

Para Minayo Deslandes e Gomes (2007 p 64) a entrevista possui como principal

objetivo construir dados que sejam pertinentes para a pesquisa aleacutem de ser a estrateacutegia mais

utilizada no processo de trabalho de campo

A coleta foi interrompida no momento em que os dados se mostraram saturados ou

seja quando houve a cessaccedilatildeo do acreacutescimo de informaccedilotildees novas referentes ao tema

proposto

O fechamento amostral por saturaccedilatildeo teoacuterica eacute definido como a suspensatildeo de inclusatildeo

de novos participantes quando os dados obtidos passam a apresentar na avaliaccedilatildeo do

pesquisador certa redundacircncia ou repeticcedilatildeo natildeo sendo considerado relevante continuar a

coleta de dados (FONTANELLA RICAS e TURATO 2008)

35 Questotildees eacuteticas da pesquisa

De acordo com a Resoluccedilatildeo 46612 que visa assegurar os direitos e deveres que

dizem respeito agrave comunidade cientiacutefica aos sujeitos da pesquisa e ao Estado uma pesquisa

que envolve a participaccedilatildeo de seres humanos deve atender aos fundamentos eacuteticos e

cientiacuteficos pertinentes para a seguranccedila dos mesmos Neste contexto toda pesquisa

envolvendo seres humanos deveraacute ser submetida agrave apreciaccedilatildeo de um Comitecirc de Eacutetica em

Pesquisa (CEP) (BRASIL 2012)

Atendendo a esta condiccedilatildeo o projeto de pesquisa foi encaminhado ao CEP ndash do

Hospital Universitaacuterio o qual foi realizada a pesquisa foi analisado e aprovado na Reuniatildeo

com data de 06122013 CAAE 24693613700005243 Nuacutemero do parecer 486451 Com

isso a pesquisa foi desenvolvida mediante aprovaccedilatildeo do CEP atendendo aos preacute-requisitos

estipulados pela Resoluccedilatildeo nordm 46612

Esta pesquisa eacute pautada em princiacutepios eacuteticos que respeitam a dignidade humana e

justiccedila assegurando que natildeo haveraacute nenhum tipo de dano aos participantes

20

Em atendimento a resoluccedilatildeo 46612 do Conselho Nacional de SauacutedeMS apoacutes serem

esclarecidos pela pesquisadora quanto aos aspectos eacuteticos relacionados agrave pesquisa aleacutem das

formas de produccedilatildeo de dados e inserccedilatildeo no estudo os sujeitos da pesquisa assinaram duas

vias do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido ndash TCLE (apecircndice 1) autorizando sua

participaccedilatildeo voluntaacuteria na pesquisa Uma via foi entregue ao participante e outra ficou

arquivada com a pesquisadora

Nesse documento consta os objetivos da pesquisa procedimentos benefiacutecios

previstos garantia de recusa de participaccedilatildeo em qualquer momento de acesso aos resultados

da pesquisa e tambeacutem a garantia de acesso ao pesquisador quando os sujeitos julgarem

necessaacuterio sendo todas essas informaccedilotildees em linguagem acessiacutevel e simples O mesmo foi

apresentado e explicado ao profissional convidado a participar do estudo no primeiro contato

eou durante visita agendada para realizaccedilatildeo da entrevista

Vale ressaltar que esta pesquisa cujo financiamento eacute proacuteprio natildeo oferece nenhum

tipo de riscos para o sujeito da pesquisa e nem para o cuidado das crianccedilas internadas no setor

de pediatria e os benefiacutecios da participaccedilatildeo do mesmo satildeo de aumentar o conhecimento

cientiacutefico na aacuterea de Enfermagem Pediaacutetrica aleacutem de contribuir para a praacutetica profissional

36 Anaacutelise dos dados

O processo de anaacutelise dos dados foi baseada na teacutecnica da Anaacutelise Temaacutetica que para

Minayo Deslandes e Gomes (2007 p 86) o conceito central eacute o tema ldquoO tema eacute a unidade de

significaccedilatildeo que se liberta naturalmente de um texto analisado segundo criteacuterios relativos agrave

teoria que serve de guia da leiturardquo (BARDIN11

A anaacutelise realizada estava de acordo com a sugerida por Minayo (2010 p 315) e

contam com as seguintes etapas preacute-analise exploraccedilatildeo do material tratamento dos

resultados obtidos e interpretaccedilatildeo Atraveacutes dessas etapas tem-se o objetivo de descrever o

conteuacutedo do material coletado e interpretaacute-lo

1979 apud MINAYO DESLANDES

GOMES 2007 p 86)

A preacute analise consiste na escolha dos elementos a serem analisados e na retomada das

hipoacuteteses e dos objetivos iniciais da pesquisa Inicia-se com uma leitura flutuante onde o

11 BARDIN L Anaacutelise de Conteuacutedo Lisboa Ediccedilotildees 70 1979

21

pesquisador toma contato direto com o material adquirido deixando-se impregnar por seu

conteuacutedo Posteriormente haacute a constituiccedilatildeo do Corpus textual onde eacute feita uma seleccedilatildeo dos

documentos que iratildeo contemplar e fornecer informaccedilotildees sobre o tema sendo assim adequados

para dar resposta aos objetivos do trabalho (MINAYO 2010 p 315)

Essa fase preacute-analiacutetica eacute onde se determinam a unidades de registro unidade de

contexto e a partir delas satildeo determinados os temas que seratildeo analisados A unidade de

registro corresponde parte do conteuacutedo selecionado como base para analise e apoacutes a

delimitaccedilatildeo do contexto de compreensatildeo da unidade de registro eacute estabelecida a unidade de

contexto (MINAYO 2010 p 316)

De acordo com os objetivos da pesquisa foi possiacutevel perceber que nove (9)

entrevistas supriam para atender os mesmo encerrando assim a coleta Apoacutes a transcriccedilatildeo das

entrevistas foi realizada leitura das mesmas para natildeo soacute conhecimento do material mas

tambeacutem estabelecer as unidades de registro Em seguida foi realizado o colorimento das falas

assim as classificando de acordo com as unidades de registro estabelecidas

As unidades de registro que surgiram foram os fatores que interferem na manutenccedilatildeo

do acesso venoso perifeacuterico e o apontamento do acompanhante como responsaacutevel pela perda

do acesso venoso perifeacuterico Elas receberam as cores vermelha e laranja respectivamente a

fim de facilitar o agrupamento dos dados A partir disto surgiram as unidades de contexto que

compreendem as falas das entrevistas de modo a exemplificar o contexto das unidades de

registro

Partindo para segunda etapa da analise temaacutetica a exploraccedilatildeo do material que consiste

numa classificaccedilatildeo que visa alcanccedilar o nuacutecleo de compreensatildeo do texto Busca-se encontrar

categorias que satildeo expressotildees ou palavras significativas em funccedilatildeo das quais o conteuacutedo seraacute

organizado Essas categorias satildeo responsaacuteveis pela especificaccedilatildeo dos temas (MINAYO

2010 p 317)

Nesse caso foram definidos os seguintes temas cuidados preacute intra e poacutes procedimento

de punccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico cuidados em desuso para manutenccedilatildeo do acesso

venoso perifeacuterico o acompanhante e a manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico Essas trecircs (3)

categorias seratildeo apresentadas analisadas e discutidas no capitulo seguinte

22

4 RESULTADOS E DISCUSSAtildeO

Nesse capiacutetulo apresento as trecircs categorias temaacuteticas que surgiram da anaacutelise dos

dados e que contemplaram de forma satisfatoacuteria os objetivos da pesquisa A primeira

categoria denominada como ldquoOs cuidados de enfermagem preacute intra e poacutes-procedimento de

punccedilatildeo do acesso venoso perifeacutericordquo traz os passos e cuidados que os profissionais realizam

antes durante e apoacutes a punccedilatildeo buscando descrever e analisar os fatores envolvidos na pratica

do procedimento em questatildeo que emergiram das entrevistas aleacutem dos cuidados de

enfermagem para a manutenccedilatildeo do mesmo

A segunda categoria que seraacute apresentada eacute ldquoOs cuidados em desuso para manutenccedilatildeo

do acesso venoso perifeacutericordquo que mostra os cuidados que os profissionais citaram como natildeo

mais utilizados para auxiliar na manutenccedilatildeo da punccedilatildeo venosa perifeacuterica

E a uacuteltima categoria eacute denominada ldquoO acompanhante e a manutenccedilatildeo do acesso

venoso perifeacutericordquo e traz a responsabilizaccedilatildeo do acompanhante pelos profissionais do setor

em relaccedilatildeo aos cuidados com manutenccedilatildeo da punccedilatildeo Essa categoria busca tambeacutem ressaltar a

funccedilatildeo do acompanhante durante a hospitalizaccedilatildeo da crianccedila destacando que determinados

cuidados satildeo de total funccedilatildeo da equipe de enfermagem

41 Os cuidados de enfermagem preacute intra e poacutes-procedimento de punccedilatildeo do acesso

venoso perifeacuterico

Para interpretar as unidades de contextos tive como base autores que definiram os

cuidados de enfermagem preacute intra e poacutes punccedilatildeo venosa perifeacuterica Para esses autores a fase

de preacute-punccedilatildeo compreende as accedilotildees de anaacutelise e conhecimento da prescriccedilatildeo avaliaccedilatildeo e

23

preparo emocional do paciente preparo do material e medicaccedilatildeo seleccedilatildeo do siacutetio de inserccedilatildeo

e dilataccedilatildeo da veia selecionada As accedilotildees envolvidas na punccedilatildeo satildeo a execuccedilatildeo das

precauccedilotildees-padratildeo antissepsia da pele punccedilatildeo do vaso a fixaccedilatildeo e curativo do cateter

Finalmente na etapa de poacutes-punccedilatildeo adota-se a identificaccedilatildeo da punccedilatildeo o descarte apropriado

das partes dos materiais natildeo utilizados a orientaccedilatildeo do paciente acerca da terapecircutica o

controle da infusatildeo atraveacutes do gotejamento se necessaacuterio e o registro do procedimento

Phillips12

De acordo com as entrevistas a seleccedilatildeo do local de punccedilatildeo eacute indicada com um fator

que interfere diretamente no tempo de permanecircncia do acesso venoso perifeacuterico visto que

dependendo do local ocorre a perda mais rapidamente Aleacutem da localizaccedilatildeo citaram tambeacutem

o calibre da veia como interferecircncia na manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico Seguem

abaixo algumas falas

(2001 apud ARAUacuteJO 2007 p18)

ldquoPrimeira coisa eacute vocecirc procurar bem a veia colocar uma veia de um bom calibre Se puder dar preferecircncia a natildeo puncionar dobrasrdquo (Cinderela) ldquoDependendo de onde estiver puncionado se for na matildeozinha a crianccedila fica toda hora ta mexendo taacute manipulando alguma coisa e se for no pezinho tambeacutem nem todo tempo vai ficar acamada entatildeo acaba perdendo o acessordquo(Bela ) ldquoO mau posicionamento pode levar a perdardquo (Rapunzel)

A opiniatildeo dos profissionais acima vai de encontro com o que eacute encontrado na

literatura visto que eacute de suma importacircncia que o mesmo avalie o cliente e considere alguns

aspectos para uma escolha criteriosa e eficaz como a finalidade da punccedilatildeo o tipo de soluccedilatildeo

a ser infundida a condiccedilatildeo da rede venosa a duraccedilatildeo da terapia idade do cliente habilidade

cognitiva da crianccedila a preferecircncia do cliente o que nem sempre seraacute possiacutevel satisfazer e

tambeacutem a sua atividade (ARAUacuteJO 2007 p31)

Os cuidados com o acesso venoso perifeacuterico satildeo importantes antes mesmo da

realizaccedilatildeo do procedimento Levando em consideraccedilatildeo que um erro durante a fase de preacute-

procedimento como a escolha errada do local de punccedilatildeo por exemplo poderaacute levar a perda

do acesso e prejudicar assim o tratamento aleacutem do bem-estar da crianccedila que seraacute puncionada

novamente

12 PHILLIPS L D Manual de terapia intravenosa 2ed Porto Alegre Artmed 2001

24

O vaso sanguiacuteneo que o profissional selecionar como local para puncionar deve ser

suficiente para suportar o calibre e o comprimento do cateter aleacutem de atender a necessidade

terapecircutica para que natildeo haja a necessidade de uma nova punccedilatildeo

A punccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico eacute um procedimento doloroso e de grande

incomodo para a crianccedila com isso eacute de suma importacircncia realizar a seleccedilatildeo preacutevia do

material poreacutem natildeo foi citado Outro cuidado rotineiro e natildeo menos importante como a

lavagem das matildeos antes da colocaccedilatildeo do acesso tambeacutem natildeo foi mencionado durante as

entrevistas

O preparo emocional da crianccedila e do acompanhante quanto ao procedimento deve ser

considerada praacutetica rotineira para a equipe de enfermagem O profissional de enfermagem

deve lavar as matildeos objetivando a reduccedilatildeo significativa de risco de infecccedilatildeo e recomenda-se o

uso de aacutegua e sabatildeo para lavagem das matildeos antes da colocaccedilatildeo do cateter venoso perifeacuterico

(PHILLIPS13

O preparo preacutevio do material para instalaccedilatildeo do cateter venoso perifeacuterico eacute importante

para evitar interrupccedilotildees do procedimento e consequentemente um maior tempo de

manipulaccedilatildeo da crianccedila (SILVA

2001apud ARAUacuteJO 2007 Centers for Disease Control and Prevention ndash CDC

2002 apud ARAUacuteJO 2007)

14

Outro aspecto citado e classificado como preacute-procedimento eacute o cuidado com a

medicaccedilatildeo a ser administrada incluindo cuidados com a diluiccedilatildeo e composiccedilatildeo da mesma

Seguem algumas das falas

2004 apud ARAUacuteJO 2007 p30)

ldquoEstar sempre diluindo as medicaccedilotildees de acordo com a prescriccedilatildeo meacutedica pois as medicaccedilotildees satildeo muito fortes e podem causar enfraquecimento da veia Tem que diluir direitinho e passar lento na veiardquo (Cinderela) ldquoTer cuidado principalmente quando eacute crianccedila e a diluiccedilatildeo da medicaccedilatildeo tambeacutem agraves vezes natildeo eacute pra passar em perifeacuterico e na segunda dose jaacute perdeurdquo (Alice)

O acesso venoso perifeacuterico eacute a primeira alternativa para infusatildeo intravenosa por ser de

mais faacutecil acesso e rapidez no efeito da medicaccedilatildeo O profissional de enfermagem deve ter

domiacutenio natildeo soacute relacionado agrave infusatildeo das medicaccedilotildees mas tambeacutem com a composiccedilatildeo

13 PHILLIPS L D Manual de terapia intravenosa 2ed Porto Alegre Artmed 2001 14 SILVA G R G Terapia intravenosa em receacutem-nascidos ndash orientaccedilotildees para o cuidado de Enfermagem Rio de Janeiro Cultura Meacutedica 2004

25

farmacoloacutegica das mesmas os efeitos adversos e colaterais que a droga pode causar inclusive

em relaccedilatildeo a diluiccedilatildeo o que normalmente eacute estabelecido como padratildeo no setor de acordo com

cada faacutermaco

Com a intenccedilatildeo de promover a eficaacutecia terapecircutica dos medicamentos administrados

por via intravenosa eacute atribuiccedilatildeo do profissional de enfermagem implementar teacutecnicas como a

diluiccedilatildeo acondicionamento e cuidados na administraccedilatildeo de faacutermacos a fim de evitar

prejuiacutezos no tratamento resultantes da incompatibilidade medicamentosa (PETERLINI

CHAUD e PEDREIRA 2006)

Os fatores intra-procedimento satildeo considerados aqueles diretamente relacionados com

o procedimento Os dados colidos nas entrevistas ressaltaram apenas a fixaccedilatildeo com um fator

que interfere nessa fase Este foi o dado mais repetitivo nas entrevistas poreacutem sempre citado

de forma superficial Seguem as falas dos profissionais quando questionados sobre o que era

importante para manutenccedilatildeo do acesso

ldquoTem que fazer uma boa fixaccedilatildeo Porque quando a pessoa natildeo fixa bem prejudica porque aquilo vai soltando e quando vocecirc vecirc jaacute perdeu a veiardquo(Cinderela) ldquoEu acho que natildeo tem o que fazer para manter o acesso A crianccedila vai ficar uns dias X com aquele acesso pra fazer medicaccedilatildeo e eu acho que natildeo tem o que vocecirc profissional fazer para que natildeo percardquo (Aurora) ldquoA fixaccedilatildeo evita a movimentaccedilatildeo excessiva no local que estaacute o acessordquo (Ariel) ldquoTer cuidado com o curativo saber manusear E manter sempre o curativo limpo trocar se necessaacuteriordquo (Rapunzel) ldquoA fixaccedilatildeo eacute muito importante pra natildeo soltar o acesso e pra ele ficar mais tempordquo(Mulan)

Oliveira Bezerra e Pereira (2008 p 94) afirmam que de acordo com o revelado por

determinados estudos o tipo de curativo a fixaccedilatildeo do cateter e o tempo de permanecircncia estatildeo

diretamente relacionados com a ocorrecircncia de complicaccedilotildees infecciosas como flebites e

tambeacutem infiltraccedilatildeo extravasamento desconexatildeo e deslocamento do cateter

26

Para Pettit e Kraus15

Potter

(1995 apud MACHADO PEDREIRA E CHAUD2005 p292) a

gaze esteacuteril fixada com a fita adesiva hipoalergecircnica bem como a peliacutecula transparente esteacuteril

satildeo os materiais mais recomendados para curativo e fixaccedilatildeo de cateter venoso perifeacuterico

16

Jaacute as peliacuteculas transparentes mais conhecidas como filme permitem a respiraccedilatildeo

normal da pele com alta permeabilidade ao oxigecircnio e vapores e eacute impermeaacutevel a liacutequidos e

micro-organismos (SILVA E ZANETTI 2004 p233) Aleacutem disso permitem tambeacutem a

visualizaccedilatildeo contiacutenua do local de punccedilatildeo permitindo assim avaliaccedilatildeo do mesmo natildeo soacute

durante a infusatildeo de medicaccedilotildees mas tambeacutem todo o tempo

(1998 apud SILVA E ZANETTI 2004 p233) afirma que nas fixaccedilotildees em

que se utiliza a gaze esteacuteril preconiza-se a utilizaccedilatildeo de teacutecnica asseacuteptica Neste curativo a

gaze esteacuteril eacute colocada sobre o siacutetio de inserccedilatildeo e suas bordas satildeo fixadas com fita adesiva

A observaccedilatildeo da punccedilatildeo eacute muito importante pois se o local de inserccedilatildeo se mostrar

com sinais e sintomas de complicaccedilotildees a terapia deve ser suspensa (OLIVEIRA BEZERRA

e PEREIRA 2008 p95)

A visualizaccedilatildeo contiacutenua do acesso permite que a equipe de enfermagem possa realizar

uma observaccedilatildeo mais particularizada em relaccedilatildeo agraves condiccedilotildees do acesso venoso perifeacuterico

podendo observar se haacute deslocamento do cateter sinais de infiltraccedilatildeo e tambeacutem sinais de

infecccedilatildeo

Para Silva Barbato e Valente (2013 p 1200) cabe ao enfermeiro fazer a avaliaccedilatildeo

diaacuteria e cuidadosa do curativo observando a presenccedila de umidade sujidade integridade do

oacutestio de inserccedilatildeo a fixaccedilatildeo bem como a realizaccedilatildeo do curativo e das anotaccedilotildees legais

competentes agraves suas funccedilotildees

A fase poacutes-procedimento eacute caracterizada por uma seacuterie de cuidados que a equipe de

enfermagem deve realizar para que se obtenha maior tempo de permanecircncia do acesso venoso

perifeacuterico Durante as entrevistas os cuidados citados foram a salinizaccedilatildeo do acesso cuidados

para evitar a flebite e a velocidade de infusatildeo

15 Pettit DM Kraus V The use of gauze versus transparent dressings for peripheral intravenous catheter sites Nurs ClinNorth Am 1995 30(3)495-506 16 Potter P Perry AG Fundamentos de enfermagem processo conceito e praacutetica 3ordf ed Santos(SP) Guanabara Koogan19981397pp801-43

27

ldquoManter um acesso bem salinizado que vocecirc lave pelo menos de duas de trecircs em trecircs horas Se bem que isso aqui na pediatria natildeo eacute muito comum aqui a gente soacute lava cada vez que vai fazer medicaccedilatildeo mas se eu natildeo me engano a literatura preconiza isso vocecirc lavar pelo menos de quatro em quatro horas o acessordquo (Aurora)

ldquoPra manter o acesso venoso perifeacuterico eacute importante manter ele salinizado Assim que a gente recebe o plantatildeo eu vou ver se o acesso ta peacutervio com uma ldquoseringuinhardquo vai la da uma ldquolavadinhardquo e vecirc se o acesso ta peacutervio e manter o acesso salinizadordquo (Ariel)

ldquoSalinizar de 6 em 6 horas para manter ele peacuterviordquo (Alice)

ldquoTem que passar lento a medicaccedilatildeo e a limpeza da aacuterea vocecirc tem que limpar bem a aacuterea pra vocecirc natildeo formar uma flebiterdquo (Cinderela)

A salinizaccedilatildeo do acesso eacute um cuidado simples e de grande importacircncia Esse cuidado

deve ser realizado para manter o acesso peacutervio e limpo e deve ser realizado antes e apoacutes

qualquer infusatildeo

Para Moncaio e Figueiredo (2009)

a ldquosalinizaccedilatildeordquo consiste em administrar sob pressatildeo positiva soluccedilatildeo salina (Soro fisioloacutegico a 09) logo apoacutes o teacutermino da infusatildeo da medicaccedilatildeo Este procedimento visa prevenir a formaccedilatildeo de trombos e fibrina evitar o contato de drogas incompatiacuteveis (quando da infusatildeo de mais de um item medicamentoso no mesmo horaacuterio) garantir a infusatildeo de todo o medicamento que possa ter ficado no sistema aleacutem de evitar retorno sanguiacuteneo mantendo o cateter peacutervio para a proacutexima infusatildeo

Durante a coleta de dados esse cuidado surgiu em diversos momentos poreacutem foi

possiacutevel perceber que os profissionais realizam o mesmo de forma banalizada Natildeo sabem de

fato a real funccedilatildeo de manter o acesso salinizado A impressatildeo que passa eacute que eles

aprenderam que esse cuidado deveria ser feito e simplesmente fazem Haacute divergecircncias

tambeacutem entre a equipe em relaccedilatildeo ao momento que deve ser realizada a salinizaccedilatildeo e isso nos

mostra a desatualizaccedilatildeo dos profissionais do setor e a falta de uma educaccedilatildeo continuada no

hospital

Os cuidados para evitar a flebite e a velocidade de infusatildeo da medicaccedilatildeo apareceram

menos nas entrevistas e interferem diretamente com a manutenccedilatildeo do acesso venoso

perifeacuterico

28

A flebite eacute uma inflamaccedilatildeo na veia puncionada ocorrendo quando as ceacutelulas

endoteliais da parede da veia que o cateter estaacute inserido tornam-se inflamadas e irregulares

propiciando a aderecircncia de plaquetas e predispondo a veia a inflamaccedilatildeo Eacute comum que o local

se apresente dolorido hiperemiado quente e edemaciado e nesses casos eacute aconselhada a

retirada do cateter Uma boa fixaccedilatildeo do cateter perifeacuterico eacute recomendada por autores na

literatura visto que previnem deslocamento faacutecil e permitem uma boa visualizaccedilatildeo do local

evitando complicaccedilotildees como a flebite e infiltraccedilatildeo (MOLDES et al 2011 p 330)

Dentre as principais falhas de infusatildeo venosa estatildeo flebite infiltraccedilatildeo hematoma e

obstruccedilatildeo Acredita-se que para reduzir a incidecircncia destas nas unidades pediaacutetricas eacute preciso

a adoccedilatildeo de estrateacutegias tais como a abordagem junto agrave equipe em parceria com o setor de

educaccedilatildeo permanente e a adoccedilatildeo do uso da teacutecnica corretamente e de forma asseacuteptica para a

realizaccedilatildeo da punccedilatildeo venosa perifeacuterica em acordo com a comissatildeo de controle de infecccedilatildeo

hospitalar (SILVA BARBATO e VALENTE 2013 p 1200)

A incapacidade do paciente em relatar dor no siacutetio de administraccedilatildeo do faacutermaco quer

pela idade ou condiccedilatildeo cliacutenica e o local de inserccedilatildeo como tambeacutem a velocidade de infusatildeo do

medicamento (gt25mgmin) satildeo classificados como fatores de risco para a perda do acesso

venoso perifeacuterico (MARTINS SILVINO e DIAS 2010)

42 Os cuidados em desuso para manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico

Essa categoria discorre sobre os cuidados de enfermagem que com o passar do tempo

foram desconsiderados e natildeo satildeo mais utilizados Quando questionados em relaccedilatildeo a vivencia

profissional e cuidados que discordavam os entrevistados citaram o uso da tala para fixaccedilatildeo

uso de heparina e os cuidados em relaccedilatildeo ao tempo de permanecircncia do cateter Haacute muitas

controveacutersias em relaccedilatildeo aos cuidados citados acima

O tempo de permanecircncia interfere diretamente no aparecimento de complicaccedilotildees

como flebite e que acabam levando a perda do acesso venoso perifeacuterico mais rapidamente

aconselhando assim a troca do mesmo entre 76 a 96 horas Poreacutem eacute preconizada a retirada do

cateter apenas se finalizar o tratamento ou houver alguma interferecircncia

ldquoA gente observa tambeacutem o tempo dependendo do tempo tem que tirarrdquo (Alice)

29

ldquoHoje eu natildeo sei como que eacute essa questatildeo do tempo porque a gente trocava o acesso a cada quatro dias agora o pessoal jaacute diz que pode trocar em ateacute uma semana entatildeo natildeo sei como que ta isso e o que tem escrito em relaccedilatildeo a isso (Aurora)

Sabe-se que o tempo para troca do cateter de teflon ou poliuretano varia de 72 a 96

horas com o intuito de reduzir risco de infecccedilatildeo e flebite e para minimizar esses riscos nas

seguintes situaccedilotildees diante de sinais inflamatoacuterios no local de inserccedilatildeo e sempre que houver

mau funcionamento do cateter (SANTOS17

Entretanto o Center for Disease Control and Prevention - CDC (2002) diz que em

pacientes pediaacutetricos natildeo foi observada relaccedilatildeo quanto ao tempo de permanecircncia do cateter e

ocorrecircncia de complicaccedilotildees devendo ser mantido ateacute o teacutermino da terapia intravenosa ou

quando forem observados sinais cliacutenicos de complicaccedilotildees

2004 apud OLIVEIRA BEZERRA e PEREIRA

2008 p 93)

Eacute possiacutevel observar a diferenccedila do conhecimento pratico dos profissionais

entrevistados em relaccedilatildeo ao conhecimento encontrado na literatura E ainda contendo duacutevidas

natildeo haacute uma busca da parte dos mesmos para esclarececirc-las

O uso da heparina com a finalidade de manter o acesso peacutervio por um periacuteodo maior

de tempo mostra-se com mais certeza quanto ao desuso nos dados colidos

ldquoAntigamente a gente usava heparina entatildeo a gente ficava tranquila em relaccedilatildeo agrave obstruccedilatildeo mas agora natildeo a gente usa o soro fisioloacutegico e a gente deixa salinizadordquo (Aurora)

Rang e Dale 18(1998 apud DOPICO e OLIVEIRA 2006) afirmam que a heparina

inibe a formaccedilatildeo de coaacutegulos de fibrina in vitro e in vivo e que seu efeito anticoagulante eacute

praticamente imediato Com isso Phillips19

17 Santos W Lavagem das matildeos In R Luiz Santos W Manual baacutesico de prevenccedilatildeo e controle das infecccedilotildees hospitalares do HRU Fortaleza Hospital Regional Unimed 2004

(2001 apud DOPICO e OLIVEIRA 2006)

ressalta que a teacutecnica de manutenccedilatildeo intermitente de cateteres intravenosos com soluccedilatildeo

salina 09 classificada como salinizaccedilatildeo tem sido pesquisada haacute alguns anos apresentando

em relaccedilatildeo ao uso da heparina vantagens como o baixo custo ser um procedimento mais

18 Rang HP Dale M M Hemostasia e Trombose In Rang HP Dale M M Farmacologia Rio de Janeiro Guanabara Koogan 1998 p235-47 19 PHILLIPS L D Manual de terapia intravenosa 2ed Porto Alegre Artmed 2001

30

simples aleacutem de eliminar a possibilidade de incompatibilidade com as drogas e soluccedilotildees

administradas aleacutem da inexistecircncia de riscos ao paciente Entretanto sabe-se que a literatura

ainda natildeo fornece consenso acerca da soluccedilatildeo mais indicada para manutenccedilatildeo da

permeabilidade do cateter venoso perifeacuterico

Eacute importante ressaltar que muitas instituiccedilotildees do nosso paiacutes nem ao menos tecircm o

conhecimento da praacutetica da salinizaccedilatildeo com soluccedilatildeo salina 09 No que se refere agrave pesquisa

cientiacutefica as limitaccedilotildees desta praacutetica satildeo atribuiacutedas agrave ausecircncia de um maior nuacutemero de

estudos controlados para validar sua eficaacutecia (EPPERSON20

Apesar de natildeo ser encontradas publicaccedilotildees acerca do tema a utilizaccedilatildeo de heparina

mostra-se como uma pratica natildeo mais utilizada pelos profissionais de enfermagem Outro

tema onde haacute controveacutersias e tambeacutem poucas citaccedilotildees eacute o uso da tala para fixaccedilatildeo do acesso

venoso perifeacuterico Seguem abaixo a opiniatildeo de alguns dos profissionais entrevistados

1984 apud DOPICO e

OLIVEIRA 2006)

ldquoA uacutenica coisa que eu natildeo gosto de ver eacute quando se coloca tala para imobilizar dizendo que a tala vai ajudar a natildeo perder a veia Isso eu natildeo concordo acho que a tala prejudica a crianccedila fica incomodada faz dor no membrordquo (Cinderela)

ldquoAntigamente a gente usava muito tala e as vezes eu pego isso aqui ai eu falo gente tala natildeo se usa mais natildeo faz parte mais da fixaccedilatildeo vocecirc pode fixar de uma forma que a crianccedila natildeo perca A tala eu acho que ela traumatiza um pouco ainda mais se vocecirc pegar um acesso na dobra vocecirc vai fazer com que a crianccedila fique com o braccedilo esticado muito tempo eu acho que pode causar uma lesatildeo depois e a literatura jaacute fala que eacute desnecessaacuteria natildeo precisa maisrdquo (Aurora) ldquoAntigamente usavam tala mas hoje em dia quase natildeo se vecirc mais e eu acho que a tala atrapalha porque a crianccedila fica imobilizada no membro ai fica mais irritadardquo (Rapunzel) ldquoLaacute no meu outro trabalho alguns usam a tala Eu acho que a tala ajuda ateacute a perder mais raacutepido porque a crianccedila fica incomodada vai querer mexer naquilordquo (Mulan)

20 Epperson EL Efficacy of 09 sodium chloride injection with without heparin for maintenance indwelling intermittent injection sites Clin Pharm1984 3(5)26

31

Almeida e Sabateacutes21

Entretanto haacute estudo que comprovam que o uso da tala natildeo se mostra tatildeo eficiente e

apresenta-se como uma praacutetica controversa O estudo foi realizado em crianccedilas ateacute os 12 anos

utilizando imobilizaccedilatildeo com tala e em mais de metade dos casos (553) ocorreu infiltraccedilatildeo

o que indicia a ineficaacutecia desta praacutetica (MACHADO PEDREIRA e CHAUD 2008 apud

BATALHA et al 2010 p512)

(2008 apud BATALHA et al 2010 p512) afirmam que a teacutecnica

de fixaccedilatildeo dos CVP com uso de imobilizaccedilatildeo com tala para restriccedilatildeo ou limitaccedilatildeo dos

movimentos articulares proacuteximo do local da punccedilatildeo estaacute indicado nas matildeos punhos cotovelo

e maleacuteolo

Para Batalha et al (2010 p512) o uso desta praacutetica parece natildeo se coadunar com o

atual uso de cateteres flexiacuteveis tipo abocath em detrimento de agulhas metaacutelicas Talvez por

isso comecem a surgir novas teacutecnicas de fixaccedilatildeo dos CVP que natildeo exigem imobilizaccedilatildeo das

articulaccedilotildees com talas

Aleacutem de natildeo haver uma confirmaccedilatildeo dos benefiacutecios causados pelo uso da tala a

imobilizaccedilatildeo causa incocircmodo para a crianccedila que fica com o membro imoacutevel podendo causar

dor e tambeacutem irritaccedilatildeo O uso desse tipo de fixaccedilatildeo tambeacutem impede a visualizaccedilatildeo frequente

do acesso venoso afetando assim os cuidados de observaccedilatildeo da equipe de enfermagem

43 O acompanhante e a manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico

A presente categoria vai discutir um assunto importante que surgiu durante as

entrevistas de forma inesperada Alguns dos profissionais entrevistados citaram o descuido do

acompanhante como um fator causador da perda do acesso venoso perifeacuterico Seguem abaixo

algumas falas

ldquoA matildee sempre acompanha e tem matildee que natildeo tem cuidado natildeo vigia e a gente tem que ficar pedindo pra olhar tomar contardquo (Aurora)

ldquoEm relaccedilatildeo ao acompanhante porque a crianccedila natildeo vai avaliar entatildeo o acompanhante que estar ali tem que avaliar direitinho natildeo deixar a crianccedila mexer ou puxarrdquo (Bela)

ldquoNatildeo eacute toda matildee que esta vigiando que cuida pra que a crianccedila natildeo perca o acessordquo (Jasmine)

21 Almeida FA Sabateacutes AL Enfermagem pediaacutetrica a crianccedila o adolescente e a sua famiacutelia no hospital Satildeo Paulo(SP) Manole 2008

32

ldquoAcho que leva a perda quando o acompanhante natildeo coopera as vezes a gente faz a imobilizaccedilatildeo na crianccedila e as vezes eles ateacute retiram e a proacutepria crianccedila agitada ela mesmo arrancardquo (Branca de Neve)

ldquoAgraves vezes a proacutepria crianccedila que a matildee deixa muito solta ai solta o acessordquo (Mulan)

Apoacutes a implementaccedilatildeo da lei que garante um acompanhante ao paciente pediaacutetrico a

presenccedila do familiarresponsaacutevel durante a hospitalizaccedilatildeo mudou a rotina da equipe de

enfermagem trazendo duacutevidas quanto a real funccedilatildeo do acompanhante e fazendo com que a

mesma viesse a delegar certos cuidados para acompanhante

A Promulgaccedilatildeo da Lei 8069 do Estatuto da Crianccedila e do Adolescente (ECA) em

1990 no seu artigo 12deg garante agrave crianccedila ou ao adolescente o direito de ter um responsaacutevel

que o acompanhe durante a hospitalizaccedilatildeo (1990)

Desde a sua implantaccedilatildeo as unidades vecircm sofrendo um processo de reorganizaccedilatildeo de

suas praacuteticas A inserccedilatildeo da famiacutelia modifica a organizaccedilatildeo do processo de trabalho o que

requer dos profissionais uma compreensatildeo em relaccedilatildeo agrave dinacircmica das relaccedilotildees interpessoais

(COLLET e ROCHA 2004)

Pimenta e Collet (2009) ressaltam que natildeo haacute nenhuma regulamentaccedilatildeo sobre a

participaccedilatildeo da famiacutelia nos cuidados e no entanto a mesma desempenha atividades junto agrave

crianccedila durante a hospitalizaccedilatildeo que devem ser levadas em consideraccedilatildeo A falta de

reconhecimento desse fato fez com que a equipe de enfermagem e famiacutelia natildeo possuiacutessem

uma relaccedilatildeo aberta e vivessem uma relaccedilatildeo silenciosa e impliacutecita de poder na qual a famiacutelia

acaba assumindo as relaccedilotildees do cuidado agrave crianccedila de responsabilidade da enfermagem

A negociaccedilatildeo entre matildees e equipe de enfermagem em relaccedilatildeo aos cuidados agrave crianccedila

hospitalizada natildeo eacute uma tarefa faacutecil tendo em vista que natildeo se tem claro qual o seu novo

papel neste processo (COLLET e ROCHA 2004)

Eacute possiacutevel ver nas falas que a presenccedila do acompanhante causa para a equipe de

enfermagem a seguranccedila de ter algueacutem para ldquovigiarrdquo ldquotomar contardquo e natildeo deixar que a

crianccedila hospitalizada perca o acesso venoso quando na verdade eacute funccedilatildeo da equipe de

enfermagem cuidados referentes ao acesso venoso perifeacuterico

33

Jaacute o acompanhante eacute definido pelo Ministeacuterio da Sauacutede como uma pessoa significativa

para a crianccedila que representa sua rede social e que vai acompanhaacute-lo durante a permanecircncia

no ambiente hospitalar ressaltando assim sua importacircncia Esse fato se reforccedila visto que a

crianccedila encontra nos familiares a forccedila e seguranccedila necessaacuteria para encarar todo esse processo

doloroso e desconhecido (MURAKAMI e CAMPOS 2011 p255)

O acompanhante aleacutem de minimizar o sofrimento do paciente pediaacutetrico faz com que

o mesmo sinta-se mais a vontade Eacute importante ressaltar que o familiarresponsaacutevel natildeo soacute

pode como deve participar das atividades da crianccedila no hospital desde que estas natildeo sejam

competecircncias dos profissionais que os cercam Essas atividades satildeo caracterizadas como

semelhantes aos que eles realizam diariamente fora do ambiente hospitalar como o banho

Poreacutem no caso de um paciente com punccedilatildeo venosa perifeacuterica o profissional de enfermagem

deve auxiliar no cuidado para que essa natildeo se perca

Os cuidados dos familiaresacompanhantes satildeo os mesmos que os desenvolvidos no

domiciacutelio e os cuidados prestados pela equipe de enfermagem satildeo aqueles que demandam

conhecimento teacutecnico-cientiacutefico especializado (SOUZA e OLIVEIRA 2010 p558)

Mesmo alguns cuidados parecerem simples e rotineiros quando eacute prestado no

hospital assumem novas caracteriacutesticas com o uso de dispositivos tecnoloacutegicos os quais se

tornam complexos (PIMENTA E COLLET 2009)

O ato de cuidar envolve o respeito agrave maneira como vive cada indiviacuteduo de acordo

com suas crenccedilas valores costumes e cultura A famiacutelia como uma instituiccedilatildeo atende agraves

necessidades bioloacutegicas de seus membros sendo sua responsabilidade cuidar e criar os filhos

incluindo a obrigaccedilatildeo da alimentaccedilatildeo higiene vestuaacuterio e moradia (ELSEN22

Nas entrevistas podemos verificar falas em que o acompanhante eacute citado como

responsaacutevel por avaliar a punccedilatildeo venosa A equipe de enfermagem deve sempre partir do

pressuposto que o familiar acompanhante natildeo tem conhecimento cientiacutefico e certo tipo de

cuidado natildeo deve se delegado para o mesmo mostrando assim a importacircncia da orientaccedilatildeo do

acompanhante quanto aos procedimentos dispositivos utilizados e cuidados em que os

etal 1994

apud SOUZA e OLIVEIRA 2010 p 553)

22 Elsen I Patriacutecio ZM Assistecircncia agrave crianccedila hospitalizada tipos de abordagens e suas implicaccedilotildees para a enfermagem In A enfermagem em pediatria e puericultura Rio de Janeiro (RJ) Atheneu 2005

34

mesmos possam auxiliar Seguem abaixo as falas onde os profissionais ressaltaram a

importacircncia da orientaccedilatildeo do acompanhante

ldquoNem sempre a crianccedila vai entender o porque de estar com aquele acesso entatildeo tem que ter uma orientaccedilatildeo do acompanhanterdquo (Bela)

ldquoTem que haver orientaccedilatildeo do acompanhante para os cuidadosrdquo (Ariel)

ldquoAgraves vezes tem ate o exemplo de um pai que natildeo deixa trocar o acesso jaacute tinha mais de uma semana e ele natildeo queria que trocasse ai faz febre e natildeo sabe da onderdquo (Alice)

Para Souza e Oliveira (2010 p555) deve haver uma preocupaccedilatildeo em orientar

considerando que o outro natildeo tem nenhum tipo de conhecimento sobre o assunto Poreacutem

Queiroz e Jorge23

Apesar das dificuldades o profissional de enfermagem deve estabelecer um viacutenculo de

confianccedila com o acompanhante buscando sempre deixaacute-los ciente das situaccedilotildees e fazendo-os

participar dos cuidados plausiacuteveis sem causar nenhum dano agrave crianccedila e de maneira alguma

abandonar suas atribuiccedilotildees

(2004 apud SOUZA e OLIVEIRA 2010 p 556) ressaltam que apesar de os

profissionais terem intenccedilatildeo de orientar os cuidados para a sauacutede repassam conhecimentos

elaborados cientificamente dificultando a compreensatildeo do familiar aleacutem de a relaccedilatildeo se dar

de maneira vertical assimeacutetrica e coercitiva

23 Queiroz MVO Jorge MSB Accedilotildees educativas no cuidado infantil e intervenccedilotildees dos profissionais junto agraves famiacutelias Acta Scientiarum Maringaacute 2004 janjun 26(1) 27-34

35

CONCLUSAtildeO

Atraveacutes desse estudo foi possiacutevel descrever e analisar os cuidados que os profissionais

de enfermagem realizam acerca da permanecircncia do acesso venoso perifeacuterico Aleacutem disso a

realizaccedilatildeo da pesquisa permitiu identificar a desarticulaccedilatildeo do processo de enfermagem e a

praacutetica desconectada da produccedilatildeo cientiacutefica caracterizando a falta de uma educaccedilatildeo

continuada efetiva

A anaacutelise dos dados demonstra o processo de punccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico

ressaltando a importacircncia de cuidados como a seleccedilatildeo do local a diluiccedilatildeo da medicaccedilatildeo a

realizaccedilatildeo de uma boa fixaccedilatildeo a atenccedilatildeo com a velocidade de infusatildeo os cuidados com os

sinais de infecccedilatildeo e salinizaccedilatildeo do acesso natildeo deixando de salientar cuidados em desuso

como o uso da heparina da tala e duvidas em relaccedilatildeo ao tempo de permanecircncia Evidenciou

tambeacutem que a equipe de enfermagem delega alguns cuidados para os acompanhantes

Natildeo foi possiacutevel perceber o niacutevel de conhecimento cientiacutefico dos profissionais visto

que eles em nenhum momento por natildeo saberem ou por medo de se expor natildeo explicaram de

fato nenhum cuidado que disseram realizar Sempre citaram de forma superficial e direta

deixando claro tambeacutem que o pesquisador natildeo os indagou quanto a isso Poreacutem creio que

diante de cuidados tatildeo importantes e de frequente praacutetica os mesmos falariam facilmente

sobre os cuidados de enfermagem na permanecircncia do acesso venoso perifeacuterico

Apesar dos entrevistados citarem alguns fatores e cuidados realizados de forma

correta eacute visiacutevel que os mesmos realizam os cuidados com a punccedilatildeo e a permanencia do

acesso de forma automaacutetica sem unir a praacutetica com o fundamento do mesmo

Eacute importante destacar tambeacutem a importacircncia do preparo emocional da crianccedila como

tambeacutem os cuidados com a famiacutelia dos mesmos O trabalho de humanizaccedilatildeo realizado pela

36

enfermagem faz grande diferenccedila nessas situaccedilotildees visto que os pacientes e acompanhantes

tendo conhecimento do que seraacute realizado ficariam mais tranquilos

O estudo contribuiu para o campo do ensino nesta aacuterea dando destaque ao importante

papel que o profissional de enfermagem deve desempenhar no cuidado e na manutenccedilatildeo do

acesso venoso perifeacuterico Contudo vale ressaltar a importacircncia do incentivo ao profissional a

buscar na literatura natildeo soacute esclarecimento de suas duvidas mas tambeacutem novos

conhecimentos

Pode colaborar ainda para a realizaccedilatildeo de novas pesquisas na aacuterea procurando

eliminar duacutevidas e controveacutersias sobre o tema Buscando assim a realizaccedilatildeo de um cuidado de

enfermagem articulado e eficaz promovendo o bem-estar do paciente pediaacutetrico durante a

hospitalizaccedilatildeo

37

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THOMAZINE Angeacutelica Malman PASSOS Rocircmulo Silva BAY JUacuteNIOR Osvaldo Goacutees

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44

APEcircNDICE I

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO Tiacutetulo Do Projeto Os cuidados de enfermagem acerca dos acessos venosos perifeacutericos na unidade pediaacutetrica Pesquisador Responsaacutevel Rosane Cordeiro Burla de Aguiar Eny Dorea Paiva e Karina Rodrigues Fernandes Instituiccedilatildeo a que Pertence o Pesquisador Responsaacutevel Universidade Federal Fluminense Telefone para contato (21) 98355269 (21) 82392939 (21) 91786609 Nome do voluntaacuterio _________________________________________________________ Idade ________ anos RG ____________________________

AO Sr (a) estaacute sendo convidado (a) a participar do projeto de pesquisa OS CUIDADOS DE

ENFERMAGEM ACERCA DOS ACESSOS VENOSOS PERIFEacuteRICOS NA UNIDADE PEDIATRICA de

responsabilidade da pesquisadora Profordf Drordf Rosane Cordeiro Burla de Aguiar e Profordf Drordf Eny Dorea Paiva A

punccedilatildeo venosa perifeacuterica eacute um procedimento essencial durante a hospitalizaccedilatildeo da crianccedila visto que eacute atraveacutes

dela que eacute administrada grande parte das medicaccedilotildees Este estudo se justifica diante da importacircncia da

necessidade de um maior periacuteodo de permanecircncia dos acessos venosos perifeacutericos Com isso aleacutem da

diminuiccedilatildeo de eventos que causam dor e irritaccedilatildeo na crianccedila e na famiacutelia promoveraacute tambeacutem uma melhor estada

dos mesmos durante o periacuteodo de hospitalizaccedilatildeo Os objetivos da pesquisa satildeo 1) Descrever os fatores que

interferem na manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico de acordo com a equipe de enfermagem 2)Analisar os

cuidados da equipe de enfermagem na manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico A coleta de dados se daraacute

atraveacutes de entrevistas semi estruturadas que seratildeo gravadas As informaccedilotildees colhidas seratildeo tratadas de forma

anocircnima e confidencial ou seja em nenhum momento seratildeo divulgados o seu nome e somente os

pesquisadores teratildeo acesso agraves informaccedilotildees Os dados obtidos com a pesquisa poderatildeo ser publicados apenas com

fins cientiacuteficos Eles natildeo seratildeo utilizados para fins comerciais ou para outra finalidade qualquer Caso necessite

poderatildeo ser marcados encontros para respostas ou esclarecimentos de qualquer duacutevida acerca da pesquisa A sua

participaccedilatildeo eacute voluntaria e eacute importante lembrar que vocecirc poderaacute desistir de participar da pesquisa em qualquer

momento A entrevista seraacute marcada em um dia e horaacuterio que vocecirc achar melhor Seraacute realizada

individualmente em um ambiente que nos ofereccedila privacidade Esta pesquisa natildeo oferece riscos para vocecirc e os

benefiacutecios da sua participaccedilatildeo satildeo de aumentar o conhecimento cientiacutefico na aacuterea de Enfermagem Pediaacutetrica

aleacutem de contribuir para a praacutetica profissional Este documento seraacute elaborado em duas vias uma para vocecirc e a

outra seraacute arquivada pelo pesquisador

Eu_____________________________________________________________ RG no _____________________________ Declaro que apoacutes ter entendido o que me foi explicado consinto voluntariamente em participar do presente Protocolo de Pesquisa entendo ainda que posso retirar o meu consentimento a qualquer momento antes ou durante a realizaccedilatildeo do mesmo declaro ter sido informada(o) e concordo em participar como voluntaacuteria(o) da pesquisa acima descrita Rio de Janeiro_______de_______________de 20___ _____________________________ ________________________________

(Participante) Karina Rodrigues Fernandes (Responsaacutevel por obter o consentimento)

______________________________________ _______________________________________ (Testemunha) (Testemunha)

45

APEcircNDICE II

ROTEIRO PARA ENTREVISTA

1) O que vocecirc acha que pode levar a perda do acesso perifeacuterico

2) Para vocecirc o que eacute importante para manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico nas

crianccedilas

3) O que vocecirc acha que pode interferir na sua manutenccedilatildeo

4) Que medidas vocecirc adota no seu dia a dia para manter o acesso

5) Na sua vivencia profissional o que vocecirc discorda dos cuidados que geralmente satildeo

utilizados para manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico

46

ANEXO

47

48

  • KARINA RODRIGUES FERNANDES
    • COA Thatiana Fernanda PETTENGILL Myriam Aparecida Mandetta Autonomia da crianccedila hospitalizada frente aos procedimentos crenccedilas da enfermeira pediatra Acta paul enferm 19(4) 433-438 out-dez 2006 Disponiacutevel em lt wwwscielobrscielophpscr
    • JANSEN Michele Ferraz SANTOS Rosane Maria dos FAVERO Luciane Benefiacutecios da utilizaccedilatildeo do brinquedo durante o cuidado de enfermagem prestado agrave crianccedila hospitalizada Rev Gaucha Enferm 31(2) 247-253 jun 2010 Disponiacutevel em lt httpwwwscielo
    • MAGNABOSCO Gisele TONELLI Ana Lucia Nascimento Fonseca SOUZA Sarah Nancy Deggau Hegeto de Abordagens no cuidado de enfermagem agrave crianccedila hospitalizada submetida a procedimentos uma revisatildeo de literatura Cogitare enferm 13(1) 103-108 jan-mar
    • MARTINS Maria do Rosaacuterio RIBEIRO Circeacutea Amalia BORBA Regina Issuzu Hirooka de and SILVA Conceiccedilatildeo Vieira daProtocolo de preparo da crianccedila preacute-escolar para punccedilatildeo venosa com utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico Rev Latino-Am Enfermagem [on
    • OLIVEIRA Maria Ivoneide Veriacutessimo de BEZERRA Maria Gorette Andrade PEREIRA Vanessa Ramos Cateterizaccedilatildeo venosa assistecircncia de enfermagem-UTI pediaacutetrica Rev da Rede de Enfermagem do Nordeste AbrJun de 2008 Disponiacutevel em lt httpwwwrevistar
    • PETERLINI Maria Angeacutelica Sorgini CHAUD Massae Noda and PEDREIRA Mavilde da L GOacuterfatildeos de terapia medicamentosa a administraccedilatildeo de medicamentos por via intravenosa em crianccedilas hospitalizadasRev Latino-Am Enfermagem [online] 2003 vol11 n
    • PETERLINI Maria Angeacutelica Sorgini CHAUD Massae Noda PEDREIRA Mavilde L G Incompatibilidade entre faacutermacos e materiais de cateteres e acessoacuterios da terapia intravenosa Online braz j nurs (Online) 5(3)2006 Disponiacutevel em lt httpwwwobjnursi
    • PIMENTA Erika Acioli Gomes COLLET Neusa Dimensatildeo cuidadora da enfermagem e da famiacutelia na assistecircncia agrave crianccedila hospitalizada concepccedilotildees da enfermagem Rev esc enferm USP [online] 2009 vol43 n3 pp 622-629 Disponiacutevel em lt httpwwwscie
    • THOMAZINE Angeacutelica Malman PASSOS Rocircmulo Silva BAY JUacuteNIOR Osvaldo Goacutees COLLET Neusa OLIVEIRA Beatriz Rosana Gonccedilalves de Assistecircncia de enfermagem agrave crianccedila hospitalizada um resgate histoacuterico Ciˆnc cuid sapoundde 7(supl1) 145-152 maio 200
      • F 363 Fernandes Karina Rodrigues
      • Os cuidados de enfermagem acerca dos acessos venosos perifeacutericos na unidade pediaacutetrica Karina Rodrigues Fernandes ndash Niteroacutei [sn] 2014
        • CDD 61073
Page 8: UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE ESCOLA DE …app.uff.br/riuff/bitstream/1/3317/1/TCC Karina Rodrigues Fernandes.pdf · A punção venosa periférica é um procedimento essencial para

ABSTRACT Care for the maintenance of peripheral venous access is an essential action during a hospitalization in which the permanence of the device is hampered by several factors especially when it comes to a pediatric patient Because of repetitive losses the repetitions of punctures can cause emotional trauma further hindering the period of stay of the patient in the hospital Thus the present study aims to describe the factors affecting the maintenance of peripheral venous access in accordance with the nursing staff and analyze the care of the nursing staff in the maintenance of peripheral venous access Has as its object of study the care of the nursing staff in the maintenance of peripheral venous access This is an exploratory descriptive and qualitative study where nine (9) professional nursing staff of the pediatric inpatient ward of a university hospital in Rio de Janeiro were interviewed according to a script The data was collected by means of semi - structured interview The speeches were subjected to content analysis and interviews revealed three ( 03 ) categories Care pre intra and post - puncture procedure from peripheral venous access Care in disuse for maintenance of peripheral venous access and The companion and maintenance of peripheral venous access The study portrayed the process of puncture of peripheral venous access emphasizing the importance of care as site selection diluting the medication performing a good fixation attention to the rate of infusion the care of the signs of infection and salinity of access and also noted the care into disuse as the use of heparin the splint immobilization and questions about the length of stay Highlighted the fact that the nursing staff responsible for the care of the accompanying peripheral venous catheter and also not using the scientific literature to solve doubts and aggregate knowledge With that the study achieved its goals and also contributed to the field of education opening doors to new research in the area Key words peripheral venous catheterization nursing care pediatric nursing

SUMAacuteRIO

1 INTRODUCcedilAtildeO p 8

11 Questotildees norteadoras p 9

12 Objeto do estudo p9

13 Objetivos p9

14 Justificativa e relevacircncia p9

2 REVISAtildeO DE LITERATURA p 11

21 Hospitalizaccedilatildeo infantil e seus estressores p 11

22 Acesso venoso perifeacuterico em pediatria p 13

3 METODOLOGIA p 17

31 Tipo de pesquisa p17

32 Sujeitos da pesquisa p17

33 Cenaacuterio p18

34 Coleta de dados p18

35 Questotildees eacuteticas da pesquisa p19

36 Analise dos dados p20

4 RESULTADOS E DISCUSSAtildeO p22

41 Os cuidados de enfermagem preacute intra e poacutes-procedimento de punccedilatildeo do acesso

venoso perifeacuterico p 22

42 Os cuidados em desuso para manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico p 28

43 O acompanhante e a manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico p31

CONCLUSAtildeO p 35

REFEREcircNCIAS p37

APEcircNDICE I p 44

APEcircNDICE II p45

ANEXO p46

8

1 INTRODUCcedilAtildeO

A motivaccedilatildeo pelo assunto veio durante o ensino teoacuterico praacutetico da disciplina

Enfermagem na sauacutede da crianccedila e do adolescente II na enfermaria pediaacutetrica do Hospital

Universitaacuterio Antonio Pedro quando me incomodei com o excesso de punccedilatildeo perifeacuterica

realizado nas crianccedilas gerando impacto nas mesmas e na famiacutelia durante o procedimento

A hospitalizaccedilatildeo em si eacute uma situaccedilatildeo estressante jaacute que a crianccedila perde o controle em

relaccedilatildeo a sua liberdade aleacutem do conviacutevio com pessoas estranhas e da mudanccedila de ambiente e

rotina (HOCKENBERRY e WILSON 2011 p676) Com isso em uma situaccedilatildeo de diversas

perdas de acesso venoso as repeticcedilotildees do procedimento causam trauma emocional tornando

ainda mais doloroso o periacuteodo de estada do paciente no hospital

A punccedilatildeo venosa perifeacuterica eacute um procedimento essencial para manejo da crianccedila

durante a hospitalizaccedilatildeo visto que em grande parte as medicaccedilotildees satildeo administradas por essa

via onde o efeito eacute quase instantacircneo e permite infusatildeo de maior volume Poreacutem esse tipo de

procedimento eacute doloroso e estressante deixando a crianccedila sujeita a traumas por agentes

bioloacutegicos quiacutemicos fiacutesicos e emocionais sendo funccedilatildeo do enfermeiro prevenir diminuir ou

erradicar esses riscos (CORREIA RIBEIRO BORBA 2009 p559)

A permanecircncia do dispositivo eacute dificultada por diversos fatores como uma infecccedilatildeo a

fixaccedilatildeo inadequada o trauma durante a infusatildeo e a movimentaccedilatildeo da crianccedila A cobertura

utilizada eacute de suma importacircncia nessa situaccedilatildeo sendo ela muitas das vezes a causa da perda

de um acesso e entatildeo a necessidade de nova punccedilatildeo venosa Por conta disso esse tipo de

procedimento causa grande desconforto para a famiacutelia para a crianccedila e tambeacutem para o

profissional (CORREIA RIBEIRO BORBA 2009 p559)

Uma grande pesquisa conduzida sobre a temaacutetica concluiu que com ldquo592 crianccedilas e

1135 tentativas de punccedilatildeo realizadas por 143 enfermeiras 10 de taxa de insucesso no

9

procedimento poreacutem com cerca de 50 de insucesso na primeira tentativardquo Cada crianccedila foi

submetida a 21 tentativas (LARSEN1

11 Questotildees norteadoras

et al 2010 apud NEGRI et al 2012)

Quais os fatores que podem interferir na permanecircncia do acesso venoso em uma

crianccedila hospitalizada

Quais satildeo os cuidados da equipe de enfermagem para aumentar o tempo de

permanecircncia de um acesso venoso perifeacuterico em uma crianccedila hospitalizada

12 Objeto de estudo

Os cuidados da equipe de enfermagem na permanecircncia do acesso venoso perifeacuterico

13 Objetivos

Descrever e discutir os cuidados de enfermagem acerca da permanecircncia dos acessos

venosos perifeacutericos na pediatria

14 Justificativa e relevacircncia

Diante da problemaacutetica exposta eacute possiacutevel identificar a importacircncia da necessidade de

um maior periacuteodo de permanecircncia dos acessos venosos perifeacutericos Com isso aleacutem da

diminuiccedilatildeo de eventos que causam dor e irritaccedilatildeo na crianccedila e na famiacutelia promoveraacute tambeacutem

uma melhor estada dos mesmos durante o periacuteodo de hospitalizaccedilatildeo

Oliveira Bezerra e Pereira (2008 p96) chegaram a conclusatildeo que os enfermeiros

prestam assistecircncia agraves crianccedilas dentro dos paracircmetros poreacutem devem ter mais cuidados em

alguns pontos como ldquonecessidade de maior atenccedilatildeo na quantidade e velocidade da infusatildeo da

terapia mais controle do calibre do cateter identificaccedilatildeo do acesso complicaccedilotildees e troca de

fixaccedilatildeordquo

O presente estudo possui relevacircncia pois busca descrever os principais cuidados que a

equipe de enfermagem desenvolve na manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico na pediatria

demonstrando o que a equipe faz efetivamente para aumentar o tempo de permanecircncia desse

1 Larsen P Eldridge D Brinkley J Newton D Goff D Hartzog T Saad ND Perkin R Pediatric peripheral intravenous access does nursing experience and competence really make a difference J Infus Nurs 201033(4)226-35

10

dispositivo visto que a sua inserccedilatildeo jaacute eacute um evento estressante para crianccedila e sua famiacutelia

durante a hospitalizaccedilatildeo Eacute relevante tambeacutem natildeo soacute para os enfermeiros pediaacutetricos como

tambeacutem para todos os profissionais da aacuterea de sauacutede que procuram aprofundar seus

conhecimentos acerca dos cuidados na assistecircncia de enfermagem da cateterizaccedilatildeo venosa

perifeacuterica

11

2 REVISAtildeO DE LITERATURA

21 Hospitalizaccedilatildeo infantil e seus estressores

Durante a vida de uma crianccedila as principais situaccedilotildees de crise que normalmente elas

vivenciaratildeo estatildeo relacionadas agrave doenccedila ou a uma possiacutevel hospitalizaccedilatildeo Frente a estes

fatores elas se mostram vulneraacuteveis diante das mudanccedilas impostas relacionadas ao estado de

sauacutede e a sua rotina de vida (HOCKENBERRY e WILSON 2011 p676)

ldquoA hospitalizaccedilatildeo representa para a crianccedila uma situaccedilatildeo diferente de todas as jaacute

vivenciadas haja vista que sua rotina diaacuteria eacute modificada Ela encontra-se em um ambiente

impessoal repleto de tabus e significados diferente do seu contexto diaacuteriordquo (JANSEN

SANTOS e FAVERO 2010 p248)

Segundo Brito et al (2009 p 803) a crianccedila hospitalizada eacute ldquoafastada de seu ambiente

familiar de seus amigos da escola e de seus objetos pessoais perdendo assim grande parte de

suas referecircnciasrdquo com isso esse periacuteodo de hospitalizaccedilatildeo pode causar impacto sobre o estado

psicoloacutegico da mesma

Conforme Hockenberry e Wilson (2011 p676) as crianccedilas natildeo possuem habilidades

de enfrentamento suficientes para resolver determinados estressores Como principais

estressores pode-se citar ldquoa separaccedilatildeo a perda de controle lesatildeo corporal e dorrdquo

Um dos procedimentos mais dolorosos e estressantes para a crianccedila eacute a punccedilatildeo venosa

onde na maioria dos casos constitui a primeira escolha para a administraccedilatildeo de medicamentos

nutriccedilatildeo parenteral hemoderivados e coleta de exames sanguumliacuteneos(OLIVEIRA BEZERRA e

PEREIRA 2008 p91)

12

ldquoA crianccedila eacute um ser em crescimento e desenvolvimento com particularidades e

caracteriacutesticas proacutepriasrdquo (MATHEWS-SIMONTON2

Esse periacuteodo de internaccedilatildeo ldquopode deixar a crianccedila ansiosa insegura e com medo

principalmente quando natildeo eacute preparada para a hospitalizaccedilatildeo e o tratamento a que seraacute

submetidardquo Para Martins (2001) isso contribui para aumentar o medo e a ansiedade

expressos por meio do choro da raiva e ateacute mesmo por agressotildees

1990 apud COA e PETTENGILL

2006 p434) Isso significa que a crianccedila iraacute se comportar de acordo com a situaccedilatildeo imposta

pois isso dependeraacute natildeo soacute da idade de desenvolvimento como tambeacutem de suas experiecircncias

com determinadas situaccedilotildees

Diante de todo o processo de hospitalizaccedilatildeo a crianccedila pode apresentar diversas

manifestaccedilotildees comportamentais sendo consideradas mais comuns as ldquoregressotildees diminuiccedilatildeo

no ritmo do desenvolvimento desordens do sono e da alimentaccedilatildeo dependecircncia

agressividade apatia estados depressivos fobias e transtornos de comportamento em geralrdquo

(BAR-MOR3

Para a famiacutelia ldquoa hospitalizaccedilatildeo de um filho geralmente eacute encarada como uma

situaccedilatildeo de crise para a famiacutelia e para a crianccedilardquo O profissional de enfermagem deve se

organizar seu trabalho com estrateacutegias que minimizem o sofrimento no ambiente hospitalar e

na assistecircncia agrave crianccedila (THOMAZINE et al 2008 p146)

1997 apud BRITO et al 2009 p203) Com a atenccedilatildeo voltada para atender a

demanda e a necessidade fisioloacutegica da crianccedila os profissionais da equipe de enfermagem

geralmente ldquodedicam pouca ou nenhuma atenccedilatildeo agraves questotildees psicoloacutegicas e sociais da crianccedila

hospitalizada e de sua famiacuteliardquo(JANSEN SANTOS e FAVERO 2010 p248)

A qualidade do ambiente pode afetar diretamente no processo de recuperaccedilatildeo com

isso ldquoas intervenccedilotildees no contexto hospitalar devem visar agrave promoccedilatildeo de condiccedilotildees favoraacuteveis

agrave reabilitaccedilatildeo dos efeitos de experiecircncias adversas ao desenvolvimento das crianccedilasrdquo Isso

sugere que o ambiente aleacutem de incentivar a sauacutede deve ser planejado de maneira supra agraves

necessidades dos pacientes levando em conta os aspectos psicoloacutegicos pedagoacutegicos e

2 Mathews-Simonton S A famiacutelia e a cura o meacutetodo Simonton para famiacutelias que enfrentam uma doenccedila Satildeo Paulo Summus 1990 3 Bar-Mor G Preparation of children for surgery and invasive procedures milestones on the way to success J Pediatr Nurs1997Aug12(4) 252-255

13

socioloacutegicos da crianccedila e de sua famiacutelia (SOARES e ZAMBERLAN4

Para humanizar a assistecircncia agrave crianccedila hospitalizada e atender a suas reais

necessidades os pais foram inseridos na cliacutenica pediaacutetrica com direito a permanecircncia integral

nos casos de internaccedilatildeo Isso ocorreu no iniacutecio da deacutecada de 1990 no Brasil com a

legalizaccedilatildeo estabelecida pelo Estatuto da Crianccedila e do Adolescente (THOMAZINE et al

2008 p145) Com isso ldquomuitos hospitais natildeo consideram mais os pais como visitantes e

enfatizam sua presenccedila durante todo o periacuteodo da hospitalizaccedilatildeordquo fazendo uso de um sistema

de cuidado centrado na famiacutelia (HOCKENBERRY e WILSON 2011 p685)

1995 apud BRITO et

al 2009 p803)

Durante o processo de hospitalizaccedilatildeo as crianccedilas satildeo submetidas a diversas condutas e

procedimentos como por exemplo exames e administraccedilatildeo de medicamentos A punccedilatildeo

venosa eacute um dos principais procedimentos que causam dor e muitas vezes existe a

necessidade de vaacuterias punccedilotildees durante um mesmo dia Vale ressaltar que para a crianccedila esse

tipo de procedimento se iguala a uma agressatildeo jaacute que ldquona maioria das vezes eacute acompanhado

de dor ou medo o que se traduz no choro e na ansiedaderdquo (COLLET5

2002 apud GOMES et

al 2011 p290)

22 Acesso venoso perifeacuterico em pediatria

Para Correia et al (2009 p559) a fim evitar um trauma emocional durante a punccedilatildeo

as crianccedilas precisam ser orientadas sobre o tratamento seus objetivos e receber atenccedilatildeo

carinhosa neste momento

A fim de tornar o processo de cateterizaccedilatildeo venosa menos doloroso e estressante para

a crianccedila deve-se ter preferecircncia pelas veias que menos comprometam suas atividades

essenciais Neste intuito deve-se evitar por exemplo puncionar uma veia na matildeo que

dificulte o ato de se alimentar desenhar e ateacute mesmo brincar (OLIVEIRA BEZERRA e

PEREIRA 2008 p91)

4 Soares MRZ Zamberlan MAT A inclusatildeo do brincar na hospitalizaccedilatildeo infantil Est Psicol maioago18(2) 64-9 5 Collet N Oliveira BRG de Manual de Enfermagem em Pediatria Goiacircnia AB 2002

14

O acesso vascular eacute uma das principais modalidades de tratamento utilizadas na

assistecircncia agrave sauacutede Existe ampla aceitaccedilatildeo difusatildeo e praacutetica desse procedimento pelos

profissionais da aacuterea da assistecircncia agrave sauacutede (FERREIRA et al 2005)

Foi na deacutecada de 40 que o uso de cateter vascular foi introduzido nos hospitais

tornando-se essencial para as atividades assistenciais da modernidade (WORTHIGTON6

Para Peterlini e Chaud (2003) tal procedimento se define como um conjunto de

conhecimentos e teacutecnicas que visam agrave administraccedilatildeo de soluccedilotildees ou faacutermacos no sistema

circulatoacuterio abrangendo o preparo do paciente a escolha obtenccedilatildeo e manutenccedilatildeo do acesso

venoso os meacutetodos de preparo e administraccedilatildeo de drogas e soluccedilotildees e os cuidados referentes

agrave frequecircncia de troca do cateter curativos dispositivos de infusatildeo e soluccedilotildees

2005 apud MENDONCcedilA et al 2011 p330)

Primeiramente o acesso perifeacuterico era mantido com agulhas de accedilo inoxidaacutevel as

quais apesar de oferecerem menor risco de infecccedilatildeo satildeo riacutegidas e facilitavam perda do

acesso Em 1945 passou a ser utilizado o cateter venoso plaacutestico que permitia manutenccedilatildeo do

acesso por tempo prolongado (FERNANDES e RIBEIRO7

Quanto ao tempo de permanecircncia em pacientes pediaacutetricos o cateter deve ser mantido

ateacute o teacutermino da terapia intravenosa ou quando forem observados sinais cliacutenicos de

complicaccedilotildees diferentemente dos pacientes adultos onde o tempo de permanecircncia

preconizado eacute de 72 a 96 horas (CENTERS FOR DISEASE CONTROL AND

PREVENTION-CDC 2002)

2000 apud MARTINS et al 2008

p 485) Habitualmente o material de punccedilatildeo que vem sendo utilizado em crianccedilas satildeo os

cateteres flexiacuteveis tipo abocath com mandril metaacutelico (BATALHA et al 2010 p512)

Associaccedilatildeo Paulista de Estudos e Controle de Infecccedilatildeo Hospitalar (2005 apud

Moncaio e Figueiredo 2009) ressaltam que ldquoas principais complicaccedilotildees infecciosas para o

paciente satildeo flebite infecccedilatildeo do siacutetio de inserccedilatildeo do cateter extravasamento de soluccedilatildeo e

bacteremia relacionada ao cateterrdquo Certos fatores podem contribuir para o aparecimento de

tais complicaccedilotildees como o tipo do cateter que seraacute utilizado o preparo do local da punccedilatildeo

aleacutem de caracteriacutesticas intriacutensecas do paciente Vale acrescentar que ldquoos cateteres 6 Worthigton T Elliot TSJ Diagnosis of central venous catheter related infection in adult pacient J Infect 2005 51267-80 7 Fernandes AT Ribeiro Filho N Infecccedilatildeo do acesso vascular In Fernandes AT Fernandes M OV Ribeiro Filho N Infecccedilatildeo hospitalar e suas interfaces na aacuterea da sauacutede Satildeo Paulo (SP) Atheneu 2000 p 556-79

15

confeccionados em Teflon e poliuretano estatildeo associados a baixas frequecircncias de

complicaccedilotildees infecciosas quando comparados aos de polivinilcloreto e polietilenordquo

CENTERS FOR DISEASE CONTROL AND PREVENTION-CDC 2002)

ldquoNo acircmbito hospitalar a flebite eacute uma das complicaccedilotildees mais frequentes e

considerada uma das principais falhas da infusatildeordquo Eacute o processo inflamatoacuterio da camada

iacutentima das veias ocasionado por irritaccedilatildeo mecacircnica quiacutemica ou infecccedilotildees bacterianas

apresentando manifestaccedilotildees como dor edema hiperemia local e calor (GABRIEL8

Machado et al(2008) relata que ldquocerca de 1 a 10 destes pacientes desenvolvem

infecccedilotildees locais ou sistecircmicas relacionadas ao uso de cateteres causadas por alteraccedilatildeo ou

ruptura da integridade da pele que permite a passagem de microorganismos colonizadoresrdquo

2008

apud MAGEROTE et al 2011 p 487)

O curativo para fixaccedilatildeo do cateter eacute outro ponto importante para a manutenccedilatildeo do

mesmo visto que a ldquofixaccedilatildeo reduz o risco de complicaccedilotildees relacionadas agrave terapia intravenosa

tais como flebite infiltraccedilatildeo septicemia e deslocamento do cateterrdquo aleacutem de mantecirc-lo limpo

e seco permitindo a visualizaccedilatildeo contiacutenua do mesmo a fim de prevenir os agravos

(PHILLIPS9

No seacuteculo passado durante os primeiro 50 anos da praacutetica da terapia intravenosa

utilizava-se para fixaccedilatildeo gaze esteacuteril e fitas adesivas O iniacutecio do uso de filmes transparentes

esteacutereis se deu em 1970 como solicitaccedilatildeo dos enfermeiros quanto agrave necessidade da retirada do

curativo para realizar a inspeccedilatildeo do local de inserccedilatildeo funccedilatildeo atribuiacuteda aos mesmos a fim de

impedir uma infecccedilatildeo de corrente sanguiacutenea (MACHADO PEDREIRA E CHAUD 2008)

2001 apud SILVA E ZANETTI 2004 p233)

O uso de fitas adesivas natildeo-esteacutereis pode ser bastante observado em algumas

instituiccedilotildees de sauacutede contudo fita adesiva soacute natildeo estaacute contaminada enquanto permanece na

embalagem sugerindo tambeacutem a possibilidade da transmissatildeo de microorganismos

patogecircnicos com a aplicaccedilatildeo da mesma sobre o local de inserccedilatildeo do cateter

(VANDENBOSCH COOCH E TRESTON-AURAND10

8 Gabriel J Infusion therapy part one minimising the risks Nurs Stand 2008 Apr 22(31)51-6

1997 et al MACHADO

PEDREIRA E CHAUD2005 p292)

9 Phillips DL Manual de terapia endovenosa Trad Pedreira MLG Pereira SR Harada MJCS Peterline MAS 2ordf ed Porto Alegre (RS) Artmed 2001551P 10 VandenBosch TM Cooch J Treston-Aurand J Research utilization adhesive bandage dressing regimen for peripheral venous catheters Am J Infect Control 1997 25(6)513-9

16

Acerca da terapia intravenosa podem ocorrer incompatibilidades em relaccedilatildeo aos

faacutermacos administrados e os cateteres utilizados que na maioria das vezes natildeo satildeo percebidos

devido a impossibilidade de visualizaccedilatildeo Essas incompatibilidades satildeo denominadas por

Peterlini Chaud e Pedreira (2006) como adsorccedilatildeo e absorccedilatildeo onde ocorre ldquoperda do faacutermaco

para a superfiacutecie de frascos seringas filtros acessoacuterios e cateteres da terapia intravenosa por

meio de adsorccedilatildeo ou pela absorccedilatildeo do faacutermaco para a matriz do material de confecccedilatildeo desses

dispositivosrdquo Com isso o profissional de enfermagem tem como funccedilatildeo aleacutem do

conhecimento cientiacutefico acerca das drogas utilizadas programar accedilotildees que possibilitem

ldquoreconstituiccedilatildeo diluiccedilatildeo acondicionamento e cuidados na administraccedilatildeo de faacutermacosrdquo

evitando assim prejuiacutezos no tratamento

17

3 METODOLOGIA

31 Tipo de pesquisa

Trata-se de uma pesquisa descritiva exploratoacuteria de abordagem qualitativa com os

profissionais da equipe de enfermagem da unidade de internaccedilatildeo pediaacutetrica de um hospital

universitaacuterio do estado do Rio de Janeiro

Para Minayo Deslandes e Gomes (2007 p 21) a pesquisa qualitativa responde as

questotildees de forma particular de modo que trabalha com o universo dos significados dos

motivos das aspiraccedilotildees das crenccedilas dos valores e atitudes Sendo assim entende-se que as

accedilotildees do ser humano se distinguem a partir do seu pensamento do modo de agir de acordo

com a realidade vivida por cada um

Segundo Gil (1999 p44) ldquoas pesquisas descritivas tecircm como objetivo primordial a

descriccedilatildeo das caracteriacutesticas de determinada populaccedilatildeo ou fenocircmeno ou o estabelecimento de

relaccedilotildees variaacuteveisrdquo

Kauark Manhatildees e Medeiros (2010 p28) determinam a pesquisa exploratoacuteria como

agravequela que ldquoObjetiva a maior familiaridade com o problema tornando-o expliacutecito ou agrave

construccedilatildeo de hipoacutetesesrdquo Acrescenta ainda que a mesma pode conter levantamento

bibliograacutefico entrevistas com pessoas experientes no problema pesquisado entre outras

fontes

32 Sujeitos da pesquisa

A pesquisa contou com um nuacutemero total de nove (9) profissionais da equipe de

enfermagem da unidade de internaccedilatildeo pediaacutetrica de um Hospital Universitaacuterio do Rio de

Janeiro sendo estes dois (2) enfermeiros e sete (7) teacutecnicos de enfermagem De todos os

18

participantes apenas um trabalha no serviccedilo noturno sendo o restante do serviccedilo diurno Os

mesmos satildeo os responsaacuteveis pela instalaccedilatildeo e manipulaccedilatildeo dos os acessos venosos

perifeacutericos supondo assim que tenham maior domiacutenio sobre o assunto abordado

Os sujeitos foram identificados com codinomes referentes agraves princesas da Disney para

que suas identidades sejam preservadas

33 Cenaacuterio

A pesquisa ocorreu na unidade de internaccedilatildeo pediaacutetrica localizada no quinto andar do

Hospital Universitaacuterio do Rio de Janeiro vinculado a uma Universidade Federal

A unidade pediaacutetrica eacute divida em trecircs enfermarias de acordo com a idade das crianccedilas

hospitalizadas sendo denominadas estas Lactente preacute-escolar e escolar A enfermaria

Lactente eacute composta por 5 leitos hospitalizando crianccedilas de 29 dias a 2 anos jaacute na preacute-escolar

encontram-se 6 leitos e acolhe crianccedilas de 2 a 6 anos e na escolar 6 leitos abrigando crianccedilas

de 7 a 12 anos Toda crianccedila hospitalizada tem direito a um acompanhante como eacute

preconizado por direito pelo Artigo doze (12) do Estatuto da Crianccedila e do Adolescente

(Brasil 1990 p3)

A enfermaria conta com um posto de enfermagem localizado no centro da unidade

possibilitando maior visualizaccedilatildeo das enfermarias Possui tambeacutem uma sala de recreaccedilatildeo e

banheiro para os pacientes e acompanhantes Haacute uma sala utilizada pedagogia hospitalar

onde uma professora realiza atividades com as crianccedilas

Vale ressaltar que na unidade haacute uma sala para realizaccedilatildeo de procedimentos dolorosos

como a punccedilatildeo venosa perifeacuterica e sempre que possiacutevel o paciente eacute levado ateacute ela

34 Coleta de dados

A coleta de dados se deu a partir da teacutecnica de entrevista semi-estruturadas que

segundo Minayo Deslandes e Gomes (2007 p 64) satildeo ldquoperguntas fechadas e abertas em que

o entrevistado tem a possibilidade de discorrer sobre o tema em questatildeo sem se prender agrave

indagaccedilatildeo formuladardquo As mesmas foram gravadas em entrevista individual e tiveram como

foco as accedilotildees que os profissionais da equipe de enfermagem realizam acerca dos cuidados

para a permanecircncia do acesso venoso perifeacuterico aleacutem de investigar sobre o conhecimento que

cada um possui sobre o tema

19

Apoacutes contato preacutevio com a equipe de enfermagem foi acordado um dia e horaacuterio para

a realizaccedilatildeo das entrevistas que aconteceram na proacutepria unidade Todos os profissionais da

equipe de enfermagem foram convidados a participar voluntariamente da pesquisa As

entrevistas aconteceram apoacutes os profissionais assinarem o Termo de Consentimento Livre e

Esclarecido (TCLE)

Para Minayo Deslandes e Gomes (2007 p 64) a entrevista possui como principal

objetivo construir dados que sejam pertinentes para a pesquisa aleacutem de ser a estrateacutegia mais

utilizada no processo de trabalho de campo

A coleta foi interrompida no momento em que os dados se mostraram saturados ou

seja quando houve a cessaccedilatildeo do acreacutescimo de informaccedilotildees novas referentes ao tema

proposto

O fechamento amostral por saturaccedilatildeo teoacuterica eacute definido como a suspensatildeo de inclusatildeo

de novos participantes quando os dados obtidos passam a apresentar na avaliaccedilatildeo do

pesquisador certa redundacircncia ou repeticcedilatildeo natildeo sendo considerado relevante continuar a

coleta de dados (FONTANELLA RICAS e TURATO 2008)

35 Questotildees eacuteticas da pesquisa

De acordo com a Resoluccedilatildeo 46612 que visa assegurar os direitos e deveres que

dizem respeito agrave comunidade cientiacutefica aos sujeitos da pesquisa e ao Estado uma pesquisa

que envolve a participaccedilatildeo de seres humanos deve atender aos fundamentos eacuteticos e

cientiacuteficos pertinentes para a seguranccedila dos mesmos Neste contexto toda pesquisa

envolvendo seres humanos deveraacute ser submetida agrave apreciaccedilatildeo de um Comitecirc de Eacutetica em

Pesquisa (CEP) (BRASIL 2012)

Atendendo a esta condiccedilatildeo o projeto de pesquisa foi encaminhado ao CEP ndash do

Hospital Universitaacuterio o qual foi realizada a pesquisa foi analisado e aprovado na Reuniatildeo

com data de 06122013 CAAE 24693613700005243 Nuacutemero do parecer 486451 Com

isso a pesquisa foi desenvolvida mediante aprovaccedilatildeo do CEP atendendo aos preacute-requisitos

estipulados pela Resoluccedilatildeo nordm 46612

Esta pesquisa eacute pautada em princiacutepios eacuteticos que respeitam a dignidade humana e

justiccedila assegurando que natildeo haveraacute nenhum tipo de dano aos participantes

20

Em atendimento a resoluccedilatildeo 46612 do Conselho Nacional de SauacutedeMS apoacutes serem

esclarecidos pela pesquisadora quanto aos aspectos eacuteticos relacionados agrave pesquisa aleacutem das

formas de produccedilatildeo de dados e inserccedilatildeo no estudo os sujeitos da pesquisa assinaram duas

vias do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido ndash TCLE (apecircndice 1) autorizando sua

participaccedilatildeo voluntaacuteria na pesquisa Uma via foi entregue ao participante e outra ficou

arquivada com a pesquisadora

Nesse documento consta os objetivos da pesquisa procedimentos benefiacutecios

previstos garantia de recusa de participaccedilatildeo em qualquer momento de acesso aos resultados

da pesquisa e tambeacutem a garantia de acesso ao pesquisador quando os sujeitos julgarem

necessaacuterio sendo todas essas informaccedilotildees em linguagem acessiacutevel e simples O mesmo foi

apresentado e explicado ao profissional convidado a participar do estudo no primeiro contato

eou durante visita agendada para realizaccedilatildeo da entrevista

Vale ressaltar que esta pesquisa cujo financiamento eacute proacuteprio natildeo oferece nenhum

tipo de riscos para o sujeito da pesquisa e nem para o cuidado das crianccedilas internadas no setor

de pediatria e os benefiacutecios da participaccedilatildeo do mesmo satildeo de aumentar o conhecimento

cientiacutefico na aacuterea de Enfermagem Pediaacutetrica aleacutem de contribuir para a praacutetica profissional

36 Anaacutelise dos dados

O processo de anaacutelise dos dados foi baseada na teacutecnica da Anaacutelise Temaacutetica que para

Minayo Deslandes e Gomes (2007 p 86) o conceito central eacute o tema ldquoO tema eacute a unidade de

significaccedilatildeo que se liberta naturalmente de um texto analisado segundo criteacuterios relativos agrave

teoria que serve de guia da leiturardquo (BARDIN11

A anaacutelise realizada estava de acordo com a sugerida por Minayo (2010 p 315) e

contam com as seguintes etapas preacute-analise exploraccedilatildeo do material tratamento dos

resultados obtidos e interpretaccedilatildeo Atraveacutes dessas etapas tem-se o objetivo de descrever o

conteuacutedo do material coletado e interpretaacute-lo

1979 apud MINAYO DESLANDES

GOMES 2007 p 86)

A preacute analise consiste na escolha dos elementos a serem analisados e na retomada das

hipoacuteteses e dos objetivos iniciais da pesquisa Inicia-se com uma leitura flutuante onde o

11 BARDIN L Anaacutelise de Conteuacutedo Lisboa Ediccedilotildees 70 1979

21

pesquisador toma contato direto com o material adquirido deixando-se impregnar por seu

conteuacutedo Posteriormente haacute a constituiccedilatildeo do Corpus textual onde eacute feita uma seleccedilatildeo dos

documentos que iratildeo contemplar e fornecer informaccedilotildees sobre o tema sendo assim adequados

para dar resposta aos objetivos do trabalho (MINAYO 2010 p 315)

Essa fase preacute-analiacutetica eacute onde se determinam a unidades de registro unidade de

contexto e a partir delas satildeo determinados os temas que seratildeo analisados A unidade de

registro corresponde parte do conteuacutedo selecionado como base para analise e apoacutes a

delimitaccedilatildeo do contexto de compreensatildeo da unidade de registro eacute estabelecida a unidade de

contexto (MINAYO 2010 p 316)

De acordo com os objetivos da pesquisa foi possiacutevel perceber que nove (9)

entrevistas supriam para atender os mesmo encerrando assim a coleta Apoacutes a transcriccedilatildeo das

entrevistas foi realizada leitura das mesmas para natildeo soacute conhecimento do material mas

tambeacutem estabelecer as unidades de registro Em seguida foi realizado o colorimento das falas

assim as classificando de acordo com as unidades de registro estabelecidas

As unidades de registro que surgiram foram os fatores que interferem na manutenccedilatildeo

do acesso venoso perifeacuterico e o apontamento do acompanhante como responsaacutevel pela perda

do acesso venoso perifeacuterico Elas receberam as cores vermelha e laranja respectivamente a

fim de facilitar o agrupamento dos dados A partir disto surgiram as unidades de contexto que

compreendem as falas das entrevistas de modo a exemplificar o contexto das unidades de

registro

Partindo para segunda etapa da analise temaacutetica a exploraccedilatildeo do material que consiste

numa classificaccedilatildeo que visa alcanccedilar o nuacutecleo de compreensatildeo do texto Busca-se encontrar

categorias que satildeo expressotildees ou palavras significativas em funccedilatildeo das quais o conteuacutedo seraacute

organizado Essas categorias satildeo responsaacuteveis pela especificaccedilatildeo dos temas (MINAYO

2010 p 317)

Nesse caso foram definidos os seguintes temas cuidados preacute intra e poacutes procedimento

de punccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico cuidados em desuso para manutenccedilatildeo do acesso

venoso perifeacuterico o acompanhante e a manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico Essas trecircs (3)

categorias seratildeo apresentadas analisadas e discutidas no capitulo seguinte

22

4 RESULTADOS E DISCUSSAtildeO

Nesse capiacutetulo apresento as trecircs categorias temaacuteticas que surgiram da anaacutelise dos

dados e que contemplaram de forma satisfatoacuteria os objetivos da pesquisa A primeira

categoria denominada como ldquoOs cuidados de enfermagem preacute intra e poacutes-procedimento de

punccedilatildeo do acesso venoso perifeacutericordquo traz os passos e cuidados que os profissionais realizam

antes durante e apoacutes a punccedilatildeo buscando descrever e analisar os fatores envolvidos na pratica

do procedimento em questatildeo que emergiram das entrevistas aleacutem dos cuidados de

enfermagem para a manutenccedilatildeo do mesmo

A segunda categoria que seraacute apresentada eacute ldquoOs cuidados em desuso para manutenccedilatildeo

do acesso venoso perifeacutericordquo que mostra os cuidados que os profissionais citaram como natildeo

mais utilizados para auxiliar na manutenccedilatildeo da punccedilatildeo venosa perifeacuterica

E a uacuteltima categoria eacute denominada ldquoO acompanhante e a manutenccedilatildeo do acesso

venoso perifeacutericordquo e traz a responsabilizaccedilatildeo do acompanhante pelos profissionais do setor

em relaccedilatildeo aos cuidados com manutenccedilatildeo da punccedilatildeo Essa categoria busca tambeacutem ressaltar a

funccedilatildeo do acompanhante durante a hospitalizaccedilatildeo da crianccedila destacando que determinados

cuidados satildeo de total funccedilatildeo da equipe de enfermagem

41 Os cuidados de enfermagem preacute intra e poacutes-procedimento de punccedilatildeo do acesso

venoso perifeacuterico

Para interpretar as unidades de contextos tive como base autores que definiram os

cuidados de enfermagem preacute intra e poacutes punccedilatildeo venosa perifeacuterica Para esses autores a fase

de preacute-punccedilatildeo compreende as accedilotildees de anaacutelise e conhecimento da prescriccedilatildeo avaliaccedilatildeo e

23

preparo emocional do paciente preparo do material e medicaccedilatildeo seleccedilatildeo do siacutetio de inserccedilatildeo

e dilataccedilatildeo da veia selecionada As accedilotildees envolvidas na punccedilatildeo satildeo a execuccedilatildeo das

precauccedilotildees-padratildeo antissepsia da pele punccedilatildeo do vaso a fixaccedilatildeo e curativo do cateter

Finalmente na etapa de poacutes-punccedilatildeo adota-se a identificaccedilatildeo da punccedilatildeo o descarte apropriado

das partes dos materiais natildeo utilizados a orientaccedilatildeo do paciente acerca da terapecircutica o

controle da infusatildeo atraveacutes do gotejamento se necessaacuterio e o registro do procedimento

Phillips12

De acordo com as entrevistas a seleccedilatildeo do local de punccedilatildeo eacute indicada com um fator

que interfere diretamente no tempo de permanecircncia do acesso venoso perifeacuterico visto que

dependendo do local ocorre a perda mais rapidamente Aleacutem da localizaccedilatildeo citaram tambeacutem

o calibre da veia como interferecircncia na manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico Seguem

abaixo algumas falas

(2001 apud ARAUacuteJO 2007 p18)

ldquoPrimeira coisa eacute vocecirc procurar bem a veia colocar uma veia de um bom calibre Se puder dar preferecircncia a natildeo puncionar dobrasrdquo (Cinderela) ldquoDependendo de onde estiver puncionado se for na matildeozinha a crianccedila fica toda hora ta mexendo taacute manipulando alguma coisa e se for no pezinho tambeacutem nem todo tempo vai ficar acamada entatildeo acaba perdendo o acessordquo(Bela ) ldquoO mau posicionamento pode levar a perdardquo (Rapunzel)

A opiniatildeo dos profissionais acima vai de encontro com o que eacute encontrado na

literatura visto que eacute de suma importacircncia que o mesmo avalie o cliente e considere alguns

aspectos para uma escolha criteriosa e eficaz como a finalidade da punccedilatildeo o tipo de soluccedilatildeo

a ser infundida a condiccedilatildeo da rede venosa a duraccedilatildeo da terapia idade do cliente habilidade

cognitiva da crianccedila a preferecircncia do cliente o que nem sempre seraacute possiacutevel satisfazer e

tambeacutem a sua atividade (ARAUacuteJO 2007 p31)

Os cuidados com o acesso venoso perifeacuterico satildeo importantes antes mesmo da

realizaccedilatildeo do procedimento Levando em consideraccedilatildeo que um erro durante a fase de preacute-

procedimento como a escolha errada do local de punccedilatildeo por exemplo poderaacute levar a perda

do acesso e prejudicar assim o tratamento aleacutem do bem-estar da crianccedila que seraacute puncionada

novamente

12 PHILLIPS L D Manual de terapia intravenosa 2ed Porto Alegre Artmed 2001

24

O vaso sanguiacuteneo que o profissional selecionar como local para puncionar deve ser

suficiente para suportar o calibre e o comprimento do cateter aleacutem de atender a necessidade

terapecircutica para que natildeo haja a necessidade de uma nova punccedilatildeo

A punccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico eacute um procedimento doloroso e de grande

incomodo para a crianccedila com isso eacute de suma importacircncia realizar a seleccedilatildeo preacutevia do

material poreacutem natildeo foi citado Outro cuidado rotineiro e natildeo menos importante como a

lavagem das matildeos antes da colocaccedilatildeo do acesso tambeacutem natildeo foi mencionado durante as

entrevistas

O preparo emocional da crianccedila e do acompanhante quanto ao procedimento deve ser

considerada praacutetica rotineira para a equipe de enfermagem O profissional de enfermagem

deve lavar as matildeos objetivando a reduccedilatildeo significativa de risco de infecccedilatildeo e recomenda-se o

uso de aacutegua e sabatildeo para lavagem das matildeos antes da colocaccedilatildeo do cateter venoso perifeacuterico

(PHILLIPS13

O preparo preacutevio do material para instalaccedilatildeo do cateter venoso perifeacuterico eacute importante

para evitar interrupccedilotildees do procedimento e consequentemente um maior tempo de

manipulaccedilatildeo da crianccedila (SILVA

2001apud ARAUacuteJO 2007 Centers for Disease Control and Prevention ndash CDC

2002 apud ARAUacuteJO 2007)

14

Outro aspecto citado e classificado como preacute-procedimento eacute o cuidado com a

medicaccedilatildeo a ser administrada incluindo cuidados com a diluiccedilatildeo e composiccedilatildeo da mesma

Seguem algumas das falas

2004 apud ARAUacuteJO 2007 p30)

ldquoEstar sempre diluindo as medicaccedilotildees de acordo com a prescriccedilatildeo meacutedica pois as medicaccedilotildees satildeo muito fortes e podem causar enfraquecimento da veia Tem que diluir direitinho e passar lento na veiardquo (Cinderela) ldquoTer cuidado principalmente quando eacute crianccedila e a diluiccedilatildeo da medicaccedilatildeo tambeacutem agraves vezes natildeo eacute pra passar em perifeacuterico e na segunda dose jaacute perdeurdquo (Alice)

O acesso venoso perifeacuterico eacute a primeira alternativa para infusatildeo intravenosa por ser de

mais faacutecil acesso e rapidez no efeito da medicaccedilatildeo O profissional de enfermagem deve ter

domiacutenio natildeo soacute relacionado agrave infusatildeo das medicaccedilotildees mas tambeacutem com a composiccedilatildeo

13 PHILLIPS L D Manual de terapia intravenosa 2ed Porto Alegre Artmed 2001 14 SILVA G R G Terapia intravenosa em receacutem-nascidos ndash orientaccedilotildees para o cuidado de Enfermagem Rio de Janeiro Cultura Meacutedica 2004

25

farmacoloacutegica das mesmas os efeitos adversos e colaterais que a droga pode causar inclusive

em relaccedilatildeo a diluiccedilatildeo o que normalmente eacute estabelecido como padratildeo no setor de acordo com

cada faacutermaco

Com a intenccedilatildeo de promover a eficaacutecia terapecircutica dos medicamentos administrados

por via intravenosa eacute atribuiccedilatildeo do profissional de enfermagem implementar teacutecnicas como a

diluiccedilatildeo acondicionamento e cuidados na administraccedilatildeo de faacutermacos a fim de evitar

prejuiacutezos no tratamento resultantes da incompatibilidade medicamentosa (PETERLINI

CHAUD e PEDREIRA 2006)

Os fatores intra-procedimento satildeo considerados aqueles diretamente relacionados com

o procedimento Os dados colidos nas entrevistas ressaltaram apenas a fixaccedilatildeo com um fator

que interfere nessa fase Este foi o dado mais repetitivo nas entrevistas poreacutem sempre citado

de forma superficial Seguem as falas dos profissionais quando questionados sobre o que era

importante para manutenccedilatildeo do acesso

ldquoTem que fazer uma boa fixaccedilatildeo Porque quando a pessoa natildeo fixa bem prejudica porque aquilo vai soltando e quando vocecirc vecirc jaacute perdeu a veiardquo(Cinderela) ldquoEu acho que natildeo tem o que fazer para manter o acesso A crianccedila vai ficar uns dias X com aquele acesso pra fazer medicaccedilatildeo e eu acho que natildeo tem o que vocecirc profissional fazer para que natildeo percardquo (Aurora) ldquoA fixaccedilatildeo evita a movimentaccedilatildeo excessiva no local que estaacute o acessordquo (Ariel) ldquoTer cuidado com o curativo saber manusear E manter sempre o curativo limpo trocar se necessaacuteriordquo (Rapunzel) ldquoA fixaccedilatildeo eacute muito importante pra natildeo soltar o acesso e pra ele ficar mais tempordquo(Mulan)

Oliveira Bezerra e Pereira (2008 p 94) afirmam que de acordo com o revelado por

determinados estudos o tipo de curativo a fixaccedilatildeo do cateter e o tempo de permanecircncia estatildeo

diretamente relacionados com a ocorrecircncia de complicaccedilotildees infecciosas como flebites e

tambeacutem infiltraccedilatildeo extravasamento desconexatildeo e deslocamento do cateter

26

Para Pettit e Kraus15

Potter

(1995 apud MACHADO PEDREIRA E CHAUD2005 p292) a

gaze esteacuteril fixada com a fita adesiva hipoalergecircnica bem como a peliacutecula transparente esteacuteril

satildeo os materiais mais recomendados para curativo e fixaccedilatildeo de cateter venoso perifeacuterico

16

Jaacute as peliacuteculas transparentes mais conhecidas como filme permitem a respiraccedilatildeo

normal da pele com alta permeabilidade ao oxigecircnio e vapores e eacute impermeaacutevel a liacutequidos e

micro-organismos (SILVA E ZANETTI 2004 p233) Aleacutem disso permitem tambeacutem a

visualizaccedilatildeo contiacutenua do local de punccedilatildeo permitindo assim avaliaccedilatildeo do mesmo natildeo soacute

durante a infusatildeo de medicaccedilotildees mas tambeacutem todo o tempo

(1998 apud SILVA E ZANETTI 2004 p233) afirma que nas fixaccedilotildees em

que se utiliza a gaze esteacuteril preconiza-se a utilizaccedilatildeo de teacutecnica asseacuteptica Neste curativo a

gaze esteacuteril eacute colocada sobre o siacutetio de inserccedilatildeo e suas bordas satildeo fixadas com fita adesiva

A observaccedilatildeo da punccedilatildeo eacute muito importante pois se o local de inserccedilatildeo se mostrar

com sinais e sintomas de complicaccedilotildees a terapia deve ser suspensa (OLIVEIRA BEZERRA

e PEREIRA 2008 p95)

A visualizaccedilatildeo contiacutenua do acesso permite que a equipe de enfermagem possa realizar

uma observaccedilatildeo mais particularizada em relaccedilatildeo agraves condiccedilotildees do acesso venoso perifeacuterico

podendo observar se haacute deslocamento do cateter sinais de infiltraccedilatildeo e tambeacutem sinais de

infecccedilatildeo

Para Silva Barbato e Valente (2013 p 1200) cabe ao enfermeiro fazer a avaliaccedilatildeo

diaacuteria e cuidadosa do curativo observando a presenccedila de umidade sujidade integridade do

oacutestio de inserccedilatildeo a fixaccedilatildeo bem como a realizaccedilatildeo do curativo e das anotaccedilotildees legais

competentes agraves suas funccedilotildees

A fase poacutes-procedimento eacute caracterizada por uma seacuterie de cuidados que a equipe de

enfermagem deve realizar para que se obtenha maior tempo de permanecircncia do acesso venoso

perifeacuterico Durante as entrevistas os cuidados citados foram a salinizaccedilatildeo do acesso cuidados

para evitar a flebite e a velocidade de infusatildeo

15 Pettit DM Kraus V The use of gauze versus transparent dressings for peripheral intravenous catheter sites Nurs ClinNorth Am 1995 30(3)495-506 16 Potter P Perry AG Fundamentos de enfermagem processo conceito e praacutetica 3ordf ed Santos(SP) Guanabara Koogan19981397pp801-43

27

ldquoManter um acesso bem salinizado que vocecirc lave pelo menos de duas de trecircs em trecircs horas Se bem que isso aqui na pediatria natildeo eacute muito comum aqui a gente soacute lava cada vez que vai fazer medicaccedilatildeo mas se eu natildeo me engano a literatura preconiza isso vocecirc lavar pelo menos de quatro em quatro horas o acessordquo (Aurora)

ldquoPra manter o acesso venoso perifeacuterico eacute importante manter ele salinizado Assim que a gente recebe o plantatildeo eu vou ver se o acesso ta peacutervio com uma ldquoseringuinhardquo vai la da uma ldquolavadinhardquo e vecirc se o acesso ta peacutervio e manter o acesso salinizadordquo (Ariel)

ldquoSalinizar de 6 em 6 horas para manter ele peacuterviordquo (Alice)

ldquoTem que passar lento a medicaccedilatildeo e a limpeza da aacuterea vocecirc tem que limpar bem a aacuterea pra vocecirc natildeo formar uma flebiterdquo (Cinderela)

A salinizaccedilatildeo do acesso eacute um cuidado simples e de grande importacircncia Esse cuidado

deve ser realizado para manter o acesso peacutervio e limpo e deve ser realizado antes e apoacutes

qualquer infusatildeo

Para Moncaio e Figueiredo (2009)

a ldquosalinizaccedilatildeordquo consiste em administrar sob pressatildeo positiva soluccedilatildeo salina (Soro fisioloacutegico a 09) logo apoacutes o teacutermino da infusatildeo da medicaccedilatildeo Este procedimento visa prevenir a formaccedilatildeo de trombos e fibrina evitar o contato de drogas incompatiacuteveis (quando da infusatildeo de mais de um item medicamentoso no mesmo horaacuterio) garantir a infusatildeo de todo o medicamento que possa ter ficado no sistema aleacutem de evitar retorno sanguiacuteneo mantendo o cateter peacutervio para a proacutexima infusatildeo

Durante a coleta de dados esse cuidado surgiu em diversos momentos poreacutem foi

possiacutevel perceber que os profissionais realizam o mesmo de forma banalizada Natildeo sabem de

fato a real funccedilatildeo de manter o acesso salinizado A impressatildeo que passa eacute que eles

aprenderam que esse cuidado deveria ser feito e simplesmente fazem Haacute divergecircncias

tambeacutem entre a equipe em relaccedilatildeo ao momento que deve ser realizada a salinizaccedilatildeo e isso nos

mostra a desatualizaccedilatildeo dos profissionais do setor e a falta de uma educaccedilatildeo continuada no

hospital

Os cuidados para evitar a flebite e a velocidade de infusatildeo da medicaccedilatildeo apareceram

menos nas entrevistas e interferem diretamente com a manutenccedilatildeo do acesso venoso

perifeacuterico

28

A flebite eacute uma inflamaccedilatildeo na veia puncionada ocorrendo quando as ceacutelulas

endoteliais da parede da veia que o cateter estaacute inserido tornam-se inflamadas e irregulares

propiciando a aderecircncia de plaquetas e predispondo a veia a inflamaccedilatildeo Eacute comum que o local

se apresente dolorido hiperemiado quente e edemaciado e nesses casos eacute aconselhada a

retirada do cateter Uma boa fixaccedilatildeo do cateter perifeacuterico eacute recomendada por autores na

literatura visto que previnem deslocamento faacutecil e permitem uma boa visualizaccedilatildeo do local

evitando complicaccedilotildees como a flebite e infiltraccedilatildeo (MOLDES et al 2011 p 330)

Dentre as principais falhas de infusatildeo venosa estatildeo flebite infiltraccedilatildeo hematoma e

obstruccedilatildeo Acredita-se que para reduzir a incidecircncia destas nas unidades pediaacutetricas eacute preciso

a adoccedilatildeo de estrateacutegias tais como a abordagem junto agrave equipe em parceria com o setor de

educaccedilatildeo permanente e a adoccedilatildeo do uso da teacutecnica corretamente e de forma asseacuteptica para a

realizaccedilatildeo da punccedilatildeo venosa perifeacuterica em acordo com a comissatildeo de controle de infecccedilatildeo

hospitalar (SILVA BARBATO e VALENTE 2013 p 1200)

A incapacidade do paciente em relatar dor no siacutetio de administraccedilatildeo do faacutermaco quer

pela idade ou condiccedilatildeo cliacutenica e o local de inserccedilatildeo como tambeacutem a velocidade de infusatildeo do

medicamento (gt25mgmin) satildeo classificados como fatores de risco para a perda do acesso

venoso perifeacuterico (MARTINS SILVINO e DIAS 2010)

42 Os cuidados em desuso para manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico

Essa categoria discorre sobre os cuidados de enfermagem que com o passar do tempo

foram desconsiderados e natildeo satildeo mais utilizados Quando questionados em relaccedilatildeo a vivencia

profissional e cuidados que discordavam os entrevistados citaram o uso da tala para fixaccedilatildeo

uso de heparina e os cuidados em relaccedilatildeo ao tempo de permanecircncia do cateter Haacute muitas

controveacutersias em relaccedilatildeo aos cuidados citados acima

O tempo de permanecircncia interfere diretamente no aparecimento de complicaccedilotildees

como flebite e que acabam levando a perda do acesso venoso perifeacuterico mais rapidamente

aconselhando assim a troca do mesmo entre 76 a 96 horas Poreacutem eacute preconizada a retirada do

cateter apenas se finalizar o tratamento ou houver alguma interferecircncia

ldquoA gente observa tambeacutem o tempo dependendo do tempo tem que tirarrdquo (Alice)

29

ldquoHoje eu natildeo sei como que eacute essa questatildeo do tempo porque a gente trocava o acesso a cada quatro dias agora o pessoal jaacute diz que pode trocar em ateacute uma semana entatildeo natildeo sei como que ta isso e o que tem escrito em relaccedilatildeo a isso (Aurora)

Sabe-se que o tempo para troca do cateter de teflon ou poliuretano varia de 72 a 96

horas com o intuito de reduzir risco de infecccedilatildeo e flebite e para minimizar esses riscos nas

seguintes situaccedilotildees diante de sinais inflamatoacuterios no local de inserccedilatildeo e sempre que houver

mau funcionamento do cateter (SANTOS17

Entretanto o Center for Disease Control and Prevention - CDC (2002) diz que em

pacientes pediaacutetricos natildeo foi observada relaccedilatildeo quanto ao tempo de permanecircncia do cateter e

ocorrecircncia de complicaccedilotildees devendo ser mantido ateacute o teacutermino da terapia intravenosa ou

quando forem observados sinais cliacutenicos de complicaccedilotildees

2004 apud OLIVEIRA BEZERRA e PEREIRA

2008 p 93)

Eacute possiacutevel observar a diferenccedila do conhecimento pratico dos profissionais

entrevistados em relaccedilatildeo ao conhecimento encontrado na literatura E ainda contendo duacutevidas

natildeo haacute uma busca da parte dos mesmos para esclarececirc-las

O uso da heparina com a finalidade de manter o acesso peacutervio por um periacuteodo maior

de tempo mostra-se com mais certeza quanto ao desuso nos dados colidos

ldquoAntigamente a gente usava heparina entatildeo a gente ficava tranquila em relaccedilatildeo agrave obstruccedilatildeo mas agora natildeo a gente usa o soro fisioloacutegico e a gente deixa salinizadordquo (Aurora)

Rang e Dale 18(1998 apud DOPICO e OLIVEIRA 2006) afirmam que a heparina

inibe a formaccedilatildeo de coaacutegulos de fibrina in vitro e in vivo e que seu efeito anticoagulante eacute

praticamente imediato Com isso Phillips19

17 Santos W Lavagem das matildeos In R Luiz Santos W Manual baacutesico de prevenccedilatildeo e controle das infecccedilotildees hospitalares do HRU Fortaleza Hospital Regional Unimed 2004

(2001 apud DOPICO e OLIVEIRA 2006)

ressalta que a teacutecnica de manutenccedilatildeo intermitente de cateteres intravenosos com soluccedilatildeo

salina 09 classificada como salinizaccedilatildeo tem sido pesquisada haacute alguns anos apresentando

em relaccedilatildeo ao uso da heparina vantagens como o baixo custo ser um procedimento mais

18 Rang HP Dale M M Hemostasia e Trombose In Rang HP Dale M M Farmacologia Rio de Janeiro Guanabara Koogan 1998 p235-47 19 PHILLIPS L D Manual de terapia intravenosa 2ed Porto Alegre Artmed 2001

30

simples aleacutem de eliminar a possibilidade de incompatibilidade com as drogas e soluccedilotildees

administradas aleacutem da inexistecircncia de riscos ao paciente Entretanto sabe-se que a literatura

ainda natildeo fornece consenso acerca da soluccedilatildeo mais indicada para manutenccedilatildeo da

permeabilidade do cateter venoso perifeacuterico

Eacute importante ressaltar que muitas instituiccedilotildees do nosso paiacutes nem ao menos tecircm o

conhecimento da praacutetica da salinizaccedilatildeo com soluccedilatildeo salina 09 No que se refere agrave pesquisa

cientiacutefica as limitaccedilotildees desta praacutetica satildeo atribuiacutedas agrave ausecircncia de um maior nuacutemero de

estudos controlados para validar sua eficaacutecia (EPPERSON20

Apesar de natildeo ser encontradas publicaccedilotildees acerca do tema a utilizaccedilatildeo de heparina

mostra-se como uma pratica natildeo mais utilizada pelos profissionais de enfermagem Outro

tema onde haacute controveacutersias e tambeacutem poucas citaccedilotildees eacute o uso da tala para fixaccedilatildeo do acesso

venoso perifeacuterico Seguem abaixo a opiniatildeo de alguns dos profissionais entrevistados

1984 apud DOPICO e

OLIVEIRA 2006)

ldquoA uacutenica coisa que eu natildeo gosto de ver eacute quando se coloca tala para imobilizar dizendo que a tala vai ajudar a natildeo perder a veia Isso eu natildeo concordo acho que a tala prejudica a crianccedila fica incomodada faz dor no membrordquo (Cinderela)

ldquoAntigamente a gente usava muito tala e as vezes eu pego isso aqui ai eu falo gente tala natildeo se usa mais natildeo faz parte mais da fixaccedilatildeo vocecirc pode fixar de uma forma que a crianccedila natildeo perca A tala eu acho que ela traumatiza um pouco ainda mais se vocecirc pegar um acesso na dobra vocecirc vai fazer com que a crianccedila fique com o braccedilo esticado muito tempo eu acho que pode causar uma lesatildeo depois e a literatura jaacute fala que eacute desnecessaacuteria natildeo precisa maisrdquo (Aurora) ldquoAntigamente usavam tala mas hoje em dia quase natildeo se vecirc mais e eu acho que a tala atrapalha porque a crianccedila fica imobilizada no membro ai fica mais irritadardquo (Rapunzel) ldquoLaacute no meu outro trabalho alguns usam a tala Eu acho que a tala ajuda ateacute a perder mais raacutepido porque a crianccedila fica incomodada vai querer mexer naquilordquo (Mulan)

20 Epperson EL Efficacy of 09 sodium chloride injection with without heparin for maintenance indwelling intermittent injection sites Clin Pharm1984 3(5)26

31

Almeida e Sabateacutes21

Entretanto haacute estudo que comprovam que o uso da tala natildeo se mostra tatildeo eficiente e

apresenta-se como uma praacutetica controversa O estudo foi realizado em crianccedilas ateacute os 12 anos

utilizando imobilizaccedilatildeo com tala e em mais de metade dos casos (553) ocorreu infiltraccedilatildeo

o que indicia a ineficaacutecia desta praacutetica (MACHADO PEDREIRA e CHAUD 2008 apud

BATALHA et al 2010 p512)

(2008 apud BATALHA et al 2010 p512) afirmam que a teacutecnica

de fixaccedilatildeo dos CVP com uso de imobilizaccedilatildeo com tala para restriccedilatildeo ou limitaccedilatildeo dos

movimentos articulares proacuteximo do local da punccedilatildeo estaacute indicado nas matildeos punhos cotovelo

e maleacuteolo

Para Batalha et al (2010 p512) o uso desta praacutetica parece natildeo se coadunar com o

atual uso de cateteres flexiacuteveis tipo abocath em detrimento de agulhas metaacutelicas Talvez por

isso comecem a surgir novas teacutecnicas de fixaccedilatildeo dos CVP que natildeo exigem imobilizaccedilatildeo das

articulaccedilotildees com talas

Aleacutem de natildeo haver uma confirmaccedilatildeo dos benefiacutecios causados pelo uso da tala a

imobilizaccedilatildeo causa incocircmodo para a crianccedila que fica com o membro imoacutevel podendo causar

dor e tambeacutem irritaccedilatildeo O uso desse tipo de fixaccedilatildeo tambeacutem impede a visualizaccedilatildeo frequente

do acesso venoso afetando assim os cuidados de observaccedilatildeo da equipe de enfermagem

43 O acompanhante e a manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico

A presente categoria vai discutir um assunto importante que surgiu durante as

entrevistas de forma inesperada Alguns dos profissionais entrevistados citaram o descuido do

acompanhante como um fator causador da perda do acesso venoso perifeacuterico Seguem abaixo

algumas falas

ldquoA matildee sempre acompanha e tem matildee que natildeo tem cuidado natildeo vigia e a gente tem que ficar pedindo pra olhar tomar contardquo (Aurora)

ldquoEm relaccedilatildeo ao acompanhante porque a crianccedila natildeo vai avaliar entatildeo o acompanhante que estar ali tem que avaliar direitinho natildeo deixar a crianccedila mexer ou puxarrdquo (Bela)

ldquoNatildeo eacute toda matildee que esta vigiando que cuida pra que a crianccedila natildeo perca o acessordquo (Jasmine)

21 Almeida FA Sabateacutes AL Enfermagem pediaacutetrica a crianccedila o adolescente e a sua famiacutelia no hospital Satildeo Paulo(SP) Manole 2008

32

ldquoAcho que leva a perda quando o acompanhante natildeo coopera as vezes a gente faz a imobilizaccedilatildeo na crianccedila e as vezes eles ateacute retiram e a proacutepria crianccedila agitada ela mesmo arrancardquo (Branca de Neve)

ldquoAgraves vezes a proacutepria crianccedila que a matildee deixa muito solta ai solta o acessordquo (Mulan)

Apoacutes a implementaccedilatildeo da lei que garante um acompanhante ao paciente pediaacutetrico a

presenccedila do familiarresponsaacutevel durante a hospitalizaccedilatildeo mudou a rotina da equipe de

enfermagem trazendo duacutevidas quanto a real funccedilatildeo do acompanhante e fazendo com que a

mesma viesse a delegar certos cuidados para acompanhante

A Promulgaccedilatildeo da Lei 8069 do Estatuto da Crianccedila e do Adolescente (ECA) em

1990 no seu artigo 12deg garante agrave crianccedila ou ao adolescente o direito de ter um responsaacutevel

que o acompanhe durante a hospitalizaccedilatildeo (1990)

Desde a sua implantaccedilatildeo as unidades vecircm sofrendo um processo de reorganizaccedilatildeo de

suas praacuteticas A inserccedilatildeo da famiacutelia modifica a organizaccedilatildeo do processo de trabalho o que

requer dos profissionais uma compreensatildeo em relaccedilatildeo agrave dinacircmica das relaccedilotildees interpessoais

(COLLET e ROCHA 2004)

Pimenta e Collet (2009) ressaltam que natildeo haacute nenhuma regulamentaccedilatildeo sobre a

participaccedilatildeo da famiacutelia nos cuidados e no entanto a mesma desempenha atividades junto agrave

crianccedila durante a hospitalizaccedilatildeo que devem ser levadas em consideraccedilatildeo A falta de

reconhecimento desse fato fez com que a equipe de enfermagem e famiacutelia natildeo possuiacutessem

uma relaccedilatildeo aberta e vivessem uma relaccedilatildeo silenciosa e impliacutecita de poder na qual a famiacutelia

acaba assumindo as relaccedilotildees do cuidado agrave crianccedila de responsabilidade da enfermagem

A negociaccedilatildeo entre matildees e equipe de enfermagem em relaccedilatildeo aos cuidados agrave crianccedila

hospitalizada natildeo eacute uma tarefa faacutecil tendo em vista que natildeo se tem claro qual o seu novo

papel neste processo (COLLET e ROCHA 2004)

Eacute possiacutevel ver nas falas que a presenccedila do acompanhante causa para a equipe de

enfermagem a seguranccedila de ter algueacutem para ldquovigiarrdquo ldquotomar contardquo e natildeo deixar que a

crianccedila hospitalizada perca o acesso venoso quando na verdade eacute funccedilatildeo da equipe de

enfermagem cuidados referentes ao acesso venoso perifeacuterico

33

Jaacute o acompanhante eacute definido pelo Ministeacuterio da Sauacutede como uma pessoa significativa

para a crianccedila que representa sua rede social e que vai acompanhaacute-lo durante a permanecircncia

no ambiente hospitalar ressaltando assim sua importacircncia Esse fato se reforccedila visto que a

crianccedila encontra nos familiares a forccedila e seguranccedila necessaacuteria para encarar todo esse processo

doloroso e desconhecido (MURAKAMI e CAMPOS 2011 p255)

O acompanhante aleacutem de minimizar o sofrimento do paciente pediaacutetrico faz com que

o mesmo sinta-se mais a vontade Eacute importante ressaltar que o familiarresponsaacutevel natildeo soacute

pode como deve participar das atividades da crianccedila no hospital desde que estas natildeo sejam

competecircncias dos profissionais que os cercam Essas atividades satildeo caracterizadas como

semelhantes aos que eles realizam diariamente fora do ambiente hospitalar como o banho

Poreacutem no caso de um paciente com punccedilatildeo venosa perifeacuterica o profissional de enfermagem

deve auxiliar no cuidado para que essa natildeo se perca

Os cuidados dos familiaresacompanhantes satildeo os mesmos que os desenvolvidos no

domiciacutelio e os cuidados prestados pela equipe de enfermagem satildeo aqueles que demandam

conhecimento teacutecnico-cientiacutefico especializado (SOUZA e OLIVEIRA 2010 p558)

Mesmo alguns cuidados parecerem simples e rotineiros quando eacute prestado no

hospital assumem novas caracteriacutesticas com o uso de dispositivos tecnoloacutegicos os quais se

tornam complexos (PIMENTA E COLLET 2009)

O ato de cuidar envolve o respeito agrave maneira como vive cada indiviacuteduo de acordo

com suas crenccedilas valores costumes e cultura A famiacutelia como uma instituiccedilatildeo atende agraves

necessidades bioloacutegicas de seus membros sendo sua responsabilidade cuidar e criar os filhos

incluindo a obrigaccedilatildeo da alimentaccedilatildeo higiene vestuaacuterio e moradia (ELSEN22

Nas entrevistas podemos verificar falas em que o acompanhante eacute citado como

responsaacutevel por avaliar a punccedilatildeo venosa A equipe de enfermagem deve sempre partir do

pressuposto que o familiar acompanhante natildeo tem conhecimento cientiacutefico e certo tipo de

cuidado natildeo deve se delegado para o mesmo mostrando assim a importacircncia da orientaccedilatildeo do

acompanhante quanto aos procedimentos dispositivos utilizados e cuidados em que os

etal 1994

apud SOUZA e OLIVEIRA 2010 p 553)

22 Elsen I Patriacutecio ZM Assistecircncia agrave crianccedila hospitalizada tipos de abordagens e suas implicaccedilotildees para a enfermagem In A enfermagem em pediatria e puericultura Rio de Janeiro (RJ) Atheneu 2005

34

mesmos possam auxiliar Seguem abaixo as falas onde os profissionais ressaltaram a

importacircncia da orientaccedilatildeo do acompanhante

ldquoNem sempre a crianccedila vai entender o porque de estar com aquele acesso entatildeo tem que ter uma orientaccedilatildeo do acompanhanterdquo (Bela)

ldquoTem que haver orientaccedilatildeo do acompanhante para os cuidadosrdquo (Ariel)

ldquoAgraves vezes tem ate o exemplo de um pai que natildeo deixa trocar o acesso jaacute tinha mais de uma semana e ele natildeo queria que trocasse ai faz febre e natildeo sabe da onderdquo (Alice)

Para Souza e Oliveira (2010 p555) deve haver uma preocupaccedilatildeo em orientar

considerando que o outro natildeo tem nenhum tipo de conhecimento sobre o assunto Poreacutem

Queiroz e Jorge23

Apesar das dificuldades o profissional de enfermagem deve estabelecer um viacutenculo de

confianccedila com o acompanhante buscando sempre deixaacute-los ciente das situaccedilotildees e fazendo-os

participar dos cuidados plausiacuteveis sem causar nenhum dano agrave crianccedila e de maneira alguma

abandonar suas atribuiccedilotildees

(2004 apud SOUZA e OLIVEIRA 2010 p 556) ressaltam que apesar de os

profissionais terem intenccedilatildeo de orientar os cuidados para a sauacutede repassam conhecimentos

elaborados cientificamente dificultando a compreensatildeo do familiar aleacutem de a relaccedilatildeo se dar

de maneira vertical assimeacutetrica e coercitiva

23 Queiroz MVO Jorge MSB Accedilotildees educativas no cuidado infantil e intervenccedilotildees dos profissionais junto agraves famiacutelias Acta Scientiarum Maringaacute 2004 janjun 26(1) 27-34

35

CONCLUSAtildeO

Atraveacutes desse estudo foi possiacutevel descrever e analisar os cuidados que os profissionais

de enfermagem realizam acerca da permanecircncia do acesso venoso perifeacuterico Aleacutem disso a

realizaccedilatildeo da pesquisa permitiu identificar a desarticulaccedilatildeo do processo de enfermagem e a

praacutetica desconectada da produccedilatildeo cientiacutefica caracterizando a falta de uma educaccedilatildeo

continuada efetiva

A anaacutelise dos dados demonstra o processo de punccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico

ressaltando a importacircncia de cuidados como a seleccedilatildeo do local a diluiccedilatildeo da medicaccedilatildeo a

realizaccedilatildeo de uma boa fixaccedilatildeo a atenccedilatildeo com a velocidade de infusatildeo os cuidados com os

sinais de infecccedilatildeo e salinizaccedilatildeo do acesso natildeo deixando de salientar cuidados em desuso

como o uso da heparina da tala e duvidas em relaccedilatildeo ao tempo de permanecircncia Evidenciou

tambeacutem que a equipe de enfermagem delega alguns cuidados para os acompanhantes

Natildeo foi possiacutevel perceber o niacutevel de conhecimento cientiacutefico dos profissionais visto

que eles em nenhum momento por natildeo saberem ou por medo de se expor natildeo explicaram de

fato nenhum cuidado que disseram realizar Sempre citaram de forma superficial e direta

deixando claro tambeacutem que o pesquisador natildeo os indagou quanto a isso Poreacutem creio que

diante de cuidados tatildeo importantes e de frequente praacutetica os mesmos falariam facilmente

sobre os cuidados de enfermagem na permanecircncia do acesso venoso perifeacuterico

Apesar dos entrevistados citarem alguns fatores e cuidados realizados de forma

correta eacute visiacutevel que os mesmos realizam os cuidados com a punccedilatildeo e a permanencia do

acesso de forma automaacutetica sem unir a praacutetica com o fundamento do mesmo

Eacute importante destacar tambeacutem a importacircncia do preparo emocional da crianccedila como

tambeacutem os cuidados com a famiacutelia dos mesmos O trabalho de humanizaccedilatildeo realizado pela

36

enfermagem faz grande diferenccedila nessas situaccedilotildees visto que os pacientes e acompanhantes

tendo conhecimento do que seraacute realizado ficariam mais tranquilos

O estudo contribuiu para o campo do ensino nesta aacuterea dando destaque ao importante

papel que o profissional de enfermagem deve desempenhar no cuidado e na manutenccedilatildeo do

acesso venoso perifeacuterico Contudo vale ressaltar a importacircncia do incentivo ao profissional a

buscar na literatura natildeo soacute esclarecimento de suas duvidas mas tambeacutem novos

conhecimentos

Pode colaborar ainda para a realizaccedilatildeo de novas pesquisas na aacuterea procurando

eliminar duacutevidas e controveacutersias sobre o tema Buscando assim a realizaccedilatildeo de um cuidado de

enfermagem articulado e eficaz promovendo o bem-estar do paciente pediaacutetrico durante a

hospitalizaccedilatildeo

37

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THOMAZINE Angeacutelica Malman PASSOS Rocircmulo Silva BAY JUacuteNIOR Osvaldo Goacutees

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44

APEcircNDICE I

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO Tiacutetulo Do Projeto Os cuidados de enfermagem acerca dos acessos venosos perifeacutericos na unidade pediaacutetrica Pesquisador Responsaacutevel Rosane Cordeiro Burla de Aguiar Eny Dorea Paiva e Karina Rodrigues Fernandes Instituiccedilatildeo a que Pertence o Pesquisador Responsaacutevel Universidade Federal Fluminense Telefone para contato (21) 98355269 (21) 82392939 (21) 91786609 Nome do voluntaacuterio _________________________________________________________ Idade ________ anos RG ____________________________

AO Sr (a) estaacute sendo convidado (a) a participar do projeto de pesquisa OS CUIDADOS DE

ENFERMAGEM ACERCA DOS ACESSOS VENOSOS PERIFEacuteRICOS NA UNIDADE PEDIATRICA de

responsabilidade da pesquisadora Profordf Drordf Rosane Cordeiro Burla de Aguiar e Profordf Drordf Eny Dorea Paiva A

punccedilatildeo venosa perifeacuterica eacute um procedimento essencial durante a hospitalizaccedilatildeo da crianccedila visto que eacute atraveacutes

dela que eacute administrada grande parte das medicaccedilotildees Este estudo se justifica diante da importacircncia da

necessidade de um maior periacuteodo de permanecircncia dos acessos venosos perifeacutericos Com isso aleacutem da

diminuiccedilatildeo de eventos que causam dor e irritaccedilatildeo na crianccedila e na famiacutelia promoveraacute tambeacutem uma melhor estada

dos mesmos durante o periacuteodo de hospitalizaccedilatildeo Os objetivos da pesquisa satildeo 1) Descrever os fatores que

interferem na manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico de acordo com a equipe de enfermagem 2)Analisar os

cuidados da equipe de enfermagem na manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico A coleta de dados se daraacute

atraveacutes de entrevistas semi estruturadas que seratildeo gravadas As informaccedilotildees colhidas seratildeo tratadas de forma

anocircnima e confidencial ou seja em nenhum momento seratildeo divulgados o seu nome e somente os

pesquisadores teratildeo acesso agraves informaccedilotildees Os dados obtidos com a pesquisa poderatildeo ser publicados apenas com

fins cientiacuteficos Eles natildeo seratildeo utilizados para fins comerciais ou para outra finalidade qualquer Caso necessite

poderatildeo ser marcados encontros para respostas ou esclarecimentos de qualquer duacutevida acerca da pesquisa A sua

participaccedilatildeo eacute voluntaria e eacute importante lembrar que vocecirc poderaacute desistir de participar da pesquisa em qualquer

momento A entrevista seraacute marcada em um dia e horaacuterio que vocecirc achar melhor Seraacute realizada

individualmente em um ambiente que nos ofereccedila privacidade Esta pesquisa natildeo oferece riscos para vocecirc e os

benefiacutecios da sua participaccedilatildeo satildeo de aumentar o conhecimento cientiacutefico na aacuterea de Enfermagem Pediaacutetrica

aleacutem de contribuir para a praacutetica profissional Este documento seraacute elaborado em duas vias uma para vocecirc e a

outra seraacute arquivada pelo pesquisador

Eu_____________________________________________________________ RG no _____________________________ Declaro que apoacutes ter entendido o que me foi explicado consinto voluntariamente em participar do presente Protocolo de Pesquisa entendo ainda que posso retirar o meu consentimento a qualquer momento antes ou durante a realizaccedilatildeo do mesmo declaro ter sido informada(o) e concordo em participar como voluntaacuteria(o) da pesquisa acima descrita Rio de Janeiro_______de_______________de 20___ _____________________________ ________________________________

(Participante) Karina Rodrigues Fernandes (Responsaacutevel por obter o consentimento)

______________________________________ _______________________________________ (Testemunha) (Testemunha)

45

APEcircNDICE II

ROTEIRO PARA ENTREVISTA

1) O que vocecirc acha que pode levar a perda do acesso perifeacuterico

2) Para vocecirc o que eacute importante para manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico nas

crianccedilas

3) O que vocecirc acha que pode interferir na sua manutenccedilatildeo

4) Que medidas vocecirc adota no seu dia a dia para manter o acesso

5) Na sua vivencia profissional o que vocecirc discorda dos cuidados que geralmente satildeo

utilizados para manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico

46

ANEXO

47

48

  • KARINA RODRIGUES FERNANDES
    • COA Thatiana Fernanda PETTENGILL Myriam Aparecida Mandetta Autonomia da crianccedila hospitalizada frente aos procedimentos crenccedilas da enfermeira pediatra Acta paul enferm 19(4) 433-438 out-dez 2006 Disponiacutevel em lt wwwscielobrscielophpscr
    • JANSEN Michele Ferraz SANTOS Rosane Maria dos FAVERO Luciane Benefiacutecios da utilizaccedilatildeo do brinquedo durante o cuidado de enfermagem prestado agrave crianccedila hospitalizada Rev Gaucha Enferm 31(2) 247-253 jun 2010 Disponiacutevel em lt httpwwwscielo
    • MAGNABOSCO Gisele TONELLI Ana Lucia Nascimento Fonseca SOUZA Sarah Nancy Deggau Hegeto de Abordagens no cuidado de enfermagem agrave crianccedila hospitalizada submetida a procedimentos uma revisatildeo de literatura Cogitare enferm 13(1) 103-108 jan-mar
    • MARTINS Maria do Rosaacuterio RIBEIRO Circeacutea Amalia BORBA Regina Issuzu Hirooka de and SILVA Conceiccedilatildeo Vieira daProtocolo de preparo da crianccedila preacute-escolar para punccedilatildeo venosa com utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico Rev Latino-Am Enfermagem [on
    • OLIVEIRA Maria Ivoneide Veriacutessimo de BEZERRA Maria Gorette Andrade PEREIRA Vanessa Ramos Cateterizaccedilatildeo venosa assistecircncia de enfermagem-UTI pediaacutetrica Rev da Rede de Enfermagem do Nordeste AbrJun de 2008 Disponiacutevel em lt httpwwwrevistar
    • PETERLINI Maria Angeacutelica Sorgini CHAUD Massae Noda and PEDREIRA Mavilde da L GOacuterfatildeos de terapia medicamentosa a administraccedilatildeo de medicamentos por via intravenosa em crianccedilas hospitalizadasRev Latino-Am Enfermagem [online] 2003 vol11 n
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    • PIMENTA Erika Acioli Gomes COLLET Neusa Dimensatildeo cuidadora da enfermagem e da famiacutelia na assistecircncia agrave crianccedila hospitalizada concepccedilotildees da enfermagem Rev esc enferm USP [online] 2009 vol43 n3 pp 622-629 Disponiacutevel em lt httpwwwscie
    • THOMAZINE Angeacutelica Malman PASSOS Rocircmulo Silva BAY JUacuteNIOR Osvaldo Goacutees COLLET Neusa OLIVEIRA Beatriz Rosana Gonccedilalves de Assistecircncia de enfermagem agrave crianccedila hospitalizada um resgate histoacuterico Ciˆnc cuid sapoundde 7(supl1) 145-152 maio 200
      • F 363 Fernandes Karina Rodrigues
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        • CDD 61073
Page 9: UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE ESCOLA DE …app.uff.br/riuff/bitstream/1/3317/1/TCC Karina Rodrigues Fernandes.pdf · A punção venosa periférica é um procedimento essencial para

SUMAacuteRIO

1 INTRODUCcedilAtildeO p 8

11 Questotildees norteadoras p 9

12 Objeto do estudo p9

13 Objetivos p9

14 Justificativa e relevacircncia p9

2 REVISAtildeO DE LITERATURA p 11

21 Hospitalizaccedilatildeo infantil e seus estressores p 11

22 Acesso venoso perifeacuterico em pediatria p 13

3 METODOLOGIA p 17

31 Tipo de pesquisa p17

32 Sujeitos da pesquisa p17

33 Cenaacuterio p18

34 Coleta de dados p18

35 Questotildees eacuteticas da pesquisa p19

36 Analise dos dados p20

4 RESULTADOS E DISCUSSAtildeO p22

41 Os cuidados de enfermagem preacute intra e poacutes-procedimento de punccedilatildeo do acesso

venoso perifeacuterico p 22

42 Os cuidados em desuso para manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico p 28

43 O acompanhante e a manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico p31

CONCLUSAtildeO p 35

REFEREcircNCIAS p37

APEcircNDICE I p 44

APEcircNDICE II p45

ANEXO p46

8

1 INTRODUCcedilAtildeO

A motivaccedilatildeo pelo assunto veio durante o ensino teoacuterico praacutetico da disciplina

Enfermagem na sauacutede da crianccedila e do adolescente II na enfermaria pediaacutetrica do Hospital

Universitaacuterio Antonio Pedro quando me incomodei com o excesso de punccedilatildeo perifeacuterica

realizado nas crianccedilas gerando impacto nas mesmas e na famiacutelia durante o procedimento

A hospitalizaccedilatildeo em si eacute uma situaccedilatildeo estressante jaacute que a crianccedila perde o controle em

relaccedilatildeo a sua liberdade aleacutem do conviacutevio com pessoas estranhas e da mudanccedila de ambiente e

rotina (HOCKENBERRY e WILSON 2011 p676) Com isso em uma situaccedilatildeo de diversas

perdas de acesso venoso as repeticcedilotildees do procedimento causam trauma emocional tornando

ainda mais doloroso o periacuteodo de estada do paciente no hospital

A punccedilatildeo venosa perifeacuterica eacute um procedimento essencial para manejo da crianccedila

durante a hospitalizaccedilatildeo visto que em grande parte as medicaccedilotildees satildeo administradas por essa

via onde o efeito eacute quase instantacircneo e permite infusatildeo de maior volume Poreacutem esse tipo de

procedimento eacute doloroso e estressante deixando a crianccedila sujeita a traumas por agentes

bioloacutegicos quiacutemicos fiacutesicos e emocionais sendo funccedilatildeo do enfermeiro prevenir diminuir ou

erradicar esses riscos (CORREIA RIBEIRO BORBA 2009 p559)

A permanecircncia do dispositivo eacute dificultada por diversos fatores como uma infecccedilatildeo a

fixaccedilatildeo inadequada o trauma durante a infusatildeo e a movimentaccedilatildeo da crianccedila A cobertura

utilizada eacute de suma importacircncia nessa situaccedilatildeo sendo ela muitas das vezes a causa da perda

de um acesso e entatildeo a necessidade de nova punccedilatildeo venosa Por conta disso esse tipo de

procedimento causa grande desconforto para a famiacutelia para a crianccedila e tambeacutem para o

profissional (CORREIA RIBEIRO BORBA 2009 p559)

Uma grande pesquisa conduzida sobre a temaacutetica concluiu que com ldquo592 crianccedilas e

1135 tentativas de punccedilatildeo realizadas por 143 enfermeiras 10 de taxa de insucesso no

9

procedimento poreacutem com cerca de 50 de insucesso na primeira tentativardquo Cada crianccedila foi

submetida a 21 tentativas (LARSEN1

11 Questotildees norteadoras

et al 2010 apud NEGRI et al 2012)

Quais os fatores que podem interferir na permanecircncia do acesso venoso em uma

crianccedila hospitalizada

Quais satildeo os cuidados da equipe de enfermagem para aumentar o tempo de

permanecircncia de um acesso venoso perifeacuterico em uma crianccedila hospitalizada

12 Objeto de estudo

Os cuidados da equipe de enfermagem na permanecircncia do acesso venoso perifeacuterico

13 Objetivos

Descrever e discutir os cuidados de enfermagem acerca da permanecircncia dos acessos

venosos perifeacutericos na pediatria

14 Justificativa e relevacircncia

Diante da problemaacutetica exposta eacute possiacutevel identificar a importacircncia da necessidade de

um maior periacuteodo de permanecircncia dos acessos venosos perifeacutericos Com isso aleacutem da

diminuiccedilatildeo de eventos que causam dor e irritaccedilatildeo na crianccedila e na famiacutelia promoveraacute tambeacutem

uma melhor estada dos mesmos durante o periacuteodo de hospitalizaccedilatildeo

Oliveira Bezerra e Pereira (2008 p96) chegaram a conclusatildeo que os enfermeiros

prestam assistecircncia agraves crianccedilas dentro dos paracircmetros poreacutem devem ter mais cuidados em

alguns pontos como ldquonecessidade de maior atenccedilatildeo na quantidade e velocidade da infusatildeo da

terapia mais controle do calibre do cateter identificaccedilatildeo do acesso complicaccedilotildees e troca de

fixaccedilatildeordquo

O presente estudo possui relevacircncia pois busca descrever os principais cuidados que a

equipe de enfermagem desenvolve na manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico na pediatria

demonstrando o que a equipe faz efetivamente para aumentar o tempo de permanecircncia desse

1 Larsen P Eldridge D Brinkley J Newton D Goff D Hartzog T Saad ND Perkin R Pediatric peripheral intravenous access does nursing experience and competence really make a difference J Infus Nurs 201033(4)226-35

10

dispositivo visto que a sua inserccedilatildeo jaacute eacute um evento estressante para crianccedila e sua famiacutelia

durante a hospitalizaccedilatildeo Eacute relevante tambeacutem natildeo soacute para os enfermeiros pediaacutetricos como

tambeacutem para todos os profissionais da aacuterea de sauacutede que procuram aprofundar seus

conhecimentos acerca dos cuidados na assistecircncia de enfermagem da cateterizaccedilatildeo venosa

perifeacuterica

11

2 REVISAtildeO DE LITERATURA

21 Hospitalizaccedilatildeo infantil e seus estressores

Durante a vida de uma crianccedila as principais situaccedilotildees de crise que normalmente elas

vivenciaratildeo estatildeo relacionadas agrave doenccedila ou a uma possiacutevel hospitalizaccedilatildeo Frente a estes

fatores elas se mostram vulneraacuteveis diante das mudanccedilas impostas relacionadas ao estado de

sauacutede e a sua rotina de vida (HOCKENBERRY e WILSON 2011 p676)

ldquoA hospitalizaccedilatildeo representa para a crianccedila uma situaccedilatildeo diferente de todas as jaacute

vivenciadas haja vista que sua rotina diaacuteria eacute modificada Ela encontra-se em um ambiente

impessoal repleto de tabus e significados diferente do seu contexto diaacuteriordquo (JANSEN

SANTOS e FAVERO 2010 p248)

Segundo Brito et al (2009 p 803) a crianccedila hospitalizada eacute ldquoafastada de seu ambiente

familiar de seus amigos da escola e de seus objetos pessoais perdendo assim grande parte de

suas referecircnciasrdquo com isso esse periacuteodo de hospitalizaccedilatildeo pode causar impacto sobre o estado

psicoloacutegico da mesma

Conforme Hockenberry e Wilson (2011 p676) as crianccedilas natildeo possuem habilidades

de enfrentamento suficientes para resolver determinados estressores Como principais

estressores pode-se citar ldquoa separaccedilatildeo a perda de controle lesatildeo corporal e dorrdquo

Um dos procedimentos mais dolorosos e estressantes para a crianccedila eacute a punccedilatildeo venosa

onde na maioria dos casos constitui a primeira escolha para a administraccedilatildeo de medicamentos

nutriccedilatildeo parenteral hemoderivados e coleta de exames sanguumliacuteneos(OLIVEIRA BEZERRA e

PEREIRA 2008 p91)

12

ldquoA crianccedila eacute um ser em crescimento e desenvolvimento com particularidades e

caracteriacutesticas proacutepriasrdquo (MATHEWS-SIMONTON2

Esse periacuteodo de internaccedilatildeo ldquopode deixar a crianccedila ansiosa insegura e com medo

principalmente quando natildeo eacute preparada para a hospitalizaccedilatildeo e o tratamento a que seraacute

submetidardquo Para Martins (2001) isso contribui para aumentar o medo e a ansiedade

expressos por meio do choro da raiva e ateacute mesmo por agressotildees

1990 apud COA e PETTENGILL

2006 p434) Isso significa que a crianccedila iraacute se comportar de acordo com a situaccedilatildeo imposta

pois isso dependeraacute natildeo soacute da idade de desenvolvimento como tambeacutem de suas experiecircncias

com determinadas situaccedilotildees

Diante de todo o processo de hospitalizaccedilatildeo a crianccedila pode apresentar diversas

manifestaccedilotildees comportamentais sendo consideradas mais comuns as ldquoregressotildees diminuiccedilatildeo

no ritmo do desenvolvimento desordens do sono e da alimentaccedilatildeo dependecircncia

agressividade apatia estados depressivos fobias e transtornos de comportamento em geralrdquo

(BAR-MOR3

Para a famiacutelia ldquoa hospitalizaccedilatildeo de um filho geralmente eacute encarada como uma

situaccedilatildeo de crise para a famiacutelia e para a crianccedilardquo O profissional de enfermagem deve se

organizar seu trabalho com estrateacutegias que minimizem o sofrimento no ambiente hospitalar e

na assistecircncia agrave crianccedila (THOMAZINE et al 2008 p146)

1997 apud BRITO et al 2009 p203) Com a atenccedilatildeo voltada para atender a

demanda e a necessidade fisioloacutegica da crianccedila os profissionais da equipe de enfermagem

geralmente ldquodedicam pouca ou nenhuma atenccedilatildeo agraves questotildees psicoloacutegicas e sociais da crianccedila

hospitalizada e de sua famiacuteliardquo(JANSEN SANTOS e FAVERO 2010 p248)

A qualidade do ambiente pode afetar diretamente no processo de recuperaccedilatildeo com

isso ldquoas intervenccedilotildees no contexto hospitalar devem visar agrave promoccedilatildeo de condiccedilotildees favoraacuteveis

agrave reabilitaccedilatildeo dos efeitos de experiecircncias adversas ao desenvolvimento das crianccedilasrdquo Isso

sugere que o ambiente aleacutem de incentivar a sauacutede deve ser planejado de maneira supra agraves

necessidades dos pacientes levando em conta os aspectos psicoloacutegicos pedagoacutegicos e

2 Mathews-Simonton S A famiacutelia e a cura o meacutetodo Simonton para famiacutelias que enfrentam uma doenccedila Satildeo Paulo Summus 1990 3 Bar-Mor G Preparation of children for surgery and invasive procedures milestones on the way to success J Pediatr Nurs1997Aug12(4) 252-255

13

socioloacutegicos da crianccedila e de sua famiacutelia (SOARES e ZAMBERLAN4

Para humanizar a assistecircncia agrave crianccedila hospitalizada e atender a suas reais

necessidades os pais foram inseridos na cliacutenica pediaacutetrica com direito a permanecircncia integral

nos casos de internaccedilatildeo Isso ocorreu no iniacutecio da deacutecada de 1990 no Brasil com a

legalizaccedilatildeo estabelecida pelo Estatuto da Crianccedila e do Adolescente (THOMAZINE et al

2008 p145) Com isso ldquomuitos hospitais natildeo consideram mais os pais como visitantes e

enfatizam sua presenccedila durante todo o periacuteodo da hospitalizaccedilatildeordquo fazendo uso de um sistema

de cuidado centrado na famiacutelia (HOCKENBERRY e WILSON 2011 p685)

1995 apud BRITO et

al 2009 p803)

Durante o processo de hospitalizaccedilatildeo as crianccedilas satildeo submetidas a diversas condutas e

procedimentos como por exemplo exames e administraccedilatildeo de medicamentos A punccedilatildeo

venosa eacute um dos principais procedimentos que causam dor e muitas vezes existe a

necessidade de vaacuterias punccedilotildees durante um mesmo dia Vale ressaltar que para a crianccedila esse

tipo de procedimento se iguala a uma agressatildeo jaacute que ldquona maioria das vezes eacute acompanhado

de dor ou medo o que se traduz no choro e na ansiedaderdquo (COLLET5

2002 apud GOMES et

al 2011 p290)

22 Acesso venoso perifeacuterico em pediatria

Para Correia et al (2009 p559) a fim evitar um trauma emocional durante a punccedilatildeo

as crianccedilas precisam ser orientadas sobre o tratamento seus objetivos e receber atenccedilatildeo

carinhosa neste momento

A fim de tornar o processo de cateterizaccedilatildeo venosa menos doloroso e estressante para

a crianccedila deve-se ter preferecircncia pelas veias que menos comprometam suas atividades

essenciais Neste intuito deve-se evitar por exemplo puncionar uma veia na matildeo que

dificulte o ato de se alimentar desenhar e ateacute mesmo brincar (OLIVEIRA BEZERRA e

PEREIRA 2008 p91)

4 Soares MRZ Zamberlan MAT A inclusatildeo do brincar na hospitalizaccedilatildeo infantil Est Psicol maioago18(2) 64-9 5 Collet N Oliveira BRG de Manual de Enfermagem em Pediatria Goiacircnia AB 2002

14

O acesso vascular eacute uma das principais modalidades de tratamento utilizadas na

assistecircncia agrave sauacutede Existe ampla aceitaccedilatildeo difusatildeo e praacutetica desse procedimento pelos

profissionais da aacuterea da assistecircncia agrave sauacutede (FERREIRA et al 2005)

Foi na deacutecada de 40 que o uso de cateter vascular foi introduzido nos hospitais

tornando-se essencial para as atividades assistenciais da modernidade (WORTHIGTON6

Para Peterlini e Chaud (2003) tal procedimento se define como um conjunto de

conhecimentos e teacutecnicas que visam agrave administraccedilatildeo de soluccedilotildees ou faacutermacos no sistema

circulatoacuterio abrangendo o preparo do paciente a escolha obtenccedilatildeo e manutenccedilatildeo do acesso

venoso os meacutetodos de preparo e administraccedilatildeo de drogas e soluccedilotildees e os cuidados referentes

agrave frequecircncia de troca do cateter curativos dispositivos de infusatildeo e soluccedilotildees

2005 apud MENDONCcedilA et al 2011 p330)

Primeiramente o acesso perifeacuterico era mantido com agulhas de accedilo inoxidaacutevel as

quais apesar de oferecerem menor risco de infecccedilatildeo satildeo riacutegidas e facilitavam perda do

acesso Em 1945 passou a ser utilizado o cateter venoso plaacutestico que permitia manutenccedilatildeo do

acesso por tempo prolongado (FERNANDES e RIBEIRO7

Quanto ao tempo de permanecircncia em pacientes pediaacutetricos o cateter deve ser mantido

ateacute o teacutermino da terapia intravenosa ou quando forem observados sinais cliacutenicos de

complicaccedilotildees diferentemente dos pacientes adultos onde o tempo de permanecircncia

preconizado eacute de 72 a 96 horas (CENTERS FOR DISEASE CONTROL AND

PREVENTION-CDC 2002)

2000 apud MARTINS et al 2008

p 485) Habitualmente o material de punccedilatildeo que vem sendo utilizado em crianccedilas satildeo os

cateteres flexiacuteveis tipo abocath com mandril metaacutelico (BATALHA et al 2010 p512)

Associaccedilatildeo Paulista de Estudos e Controle de Infecccedilatildeo Hospitalar (2005 apud

Moncaio e Figueiredo 2009) ressaltam que ldquoas principais complicaccedilotildees infecciosas para o

paciente satildeo flebite infecccedilatildeo do siacutetio de inserccedilatildeo do cateter extravasamento de soluccedilatildeo e

bacteremia relacionada ao cateterrdquo Certos fatores podem contribuir para o aparecimento de

tais complicaccedilotildees como o tipo do cateter que seraacute utilizado o preparo do local da punccedilatildeo

aleacutem de caracteriacutesticas intriacutensecas do paciente Vale acrescentar que ldquoos cateteres 6 Worthigton T Elliot TSJ Diagnosis of central venous catheter related infection in adult pacient J Infect 2005 51267-80 7 Fernandes AT Ribeiro Filho N Infecccedilatildeo do acesso vascular In Fernandes AT Fernandes M OV Ribeiro Filho N Infecccedilatildeo hospitalar e suas interfaces na aacuterea da sauacutede Satildeo Paulo (SP) Atheneu 2000 p 556-79

15

confeccionados em Teflon e poliuretano estatildeo associados a baixas frequecircncias de

complicaccedilotildees infecciosas quando comparados aos de polivinilcloreto e polietilenordquo

CENTERS FOR DISEASE CONTROL AND PREVENTION-CDC 2002)

ldquoNo acircmbito hospitalar a flebite eacute uma das complicaccedilotildees mais frequentes e

considerada uma das principais falhas da infusatildeordquo Eacute o processo inflamatoacuterio da camada

iacutentima das veias ocasionado por irritaccedilatildeo mecacircnica quiacutemica ou infecccedilotildees bacterianas

apresentando manifestaccedilotildees como dor edema hiperemia local e calor (GABRIEL8

Machado et al(2008) relata que ldquocerca de 1 a 10 destes pacientes desenvolvem

infecccedilotildees locais ou sistecircmicas relacionadas ao uso de cateteres causadas por alteraccedilatildeo ou

ruptura da integridade da pele que permite a passagem de microorganismos colonizadoresrdquo

2008

apud MAGEROTE et al 2011 p 487)

O curativo para fixaccedilatildeo do cateter eacute outro ponto importante para a manutenccedilatildeo do

mesmo visto que a ldquofixaccedilatildeo reduz o risco de complicaccedilotildees relacionadas agrave terapia intravenosa

tais como flebite infiltraccedilatildeo septicemia e deslocamento do cateterrdquo aleacutem de mantecirc-lo limpo

e seco permitindo a visualizaccedilatildeo contiacutenua do mesmo a fim de prevenir os agravos

(PHILLIPS9

No seacuteculo passado durante os primeiro 50 anos da praacutetica da terapia intravenosa

utilizava-se para fixaccedilatildeo gaze esteacuteril e fitas adesivas O iniacutecio do uso de filmes transparentes

esteacutereis se deu em 1970 como solicitaccedilatildeo dos enfermeiros quanto agrave necessidade da retirada do

curativo para realizar a inspeccedilatildeo do local de inserccedilatildeo funccedilatildeo atribuiacuteda aos mesmos a fim de

impedir uma infecccedilatildeo de corrente sanguiacutenea (MACHADO PEDREIRA E CHAUD 2008)

2001 apud SILVA E ZANETTI 2004 p233)

O uso de fitas adesivas natildeo-esteacutereis pode ser bastante observado em algumas

instituiccedilotildees de sauacutede contudo fita adesiva soacute natildeo estaacute contaminada enquanto permanece na

embalagem sugerindo tambeacutem a possibilidade da transmissatildeo de microorganismos

patogecircnicos com a aplicaccedilatildeo da mesma sobre o local de inserccedilatildeo do cateter

(VANDENBOSCH COOCH E TRESTON-AURAND10

8 Gabriel J Infusion therapy part one minimising the risks Nurs Stand 2008 Apr 22(31)51-6

1997 et al MACHADO

PEDREIRA E CHAUD2005 p292)

9 Phillips DL Manual de terapia endovenosa Trad Pedreira MLG Pereira SR Harada MJCS Peterline MAS 2ordf ed Porto Alegre (RS) Artmed 2001551P 10 VandenBosch TM Cooch J Treston-Aurand J Research utilization adhesive bandage dressing regimen for peripheral venous catheters Am J Infect Control 1997 25(6)513-9

16

Acerca da terapia intravenosa podem ocorrer incompatibilidades em relaccedilatildeo aos

faacutermacos administrados e os cateteres utilizados que na maioria das vezes natildeo satildeo percebidos

devido a impossibilidade de visualizaccedilatildeo Essas incompatibilidades satildeo denominadas por

Peterlini Chaud e Pedreira (2006) como adsorccedilatildeo e absorccedilatildeo onde ocorre ldquoperda do faacutermaco

para a superfiacutecie de frascos seringas filtros acessoacuterios e cateteres da terapia intravenosa por

meio de adsorccedilatildeo ou pela absorccedilatildeo do faacutermaco para a matriz do material de confecccedilatildeo desses

dispositivosrdquo Com isso o profissional de enfermagem tem como funccedilatildeo aleacutem do

conhecimento cientiacutefico acerca das drogas utilizadas programar accedilotildees que possibilitem

ldquoreconstituiccedilatildeo diluiccedilatildeo acondicionamento e cuidados na administraccedilatildeo de faacutermacosrdquo

evitando assim prejuiacutezos no tratamento

17

3 METODOLOGIA

31 Tipo de pesquisa

Trata-se de uma pesquisa descritiva exploratoacuteria de abordagem qualitativa com os

profissionais da equipe de enfermagem da unidade de internaccedilatildeo pediaacutetrica de um hospital

universitaacuterio do estado do Rio de Janeiro

Para Minayo Deslandes e Gomes (2007 p 21) a pesquisa qualitativa responde as

questotildees de forma particular de modo que trabalha com o universo dos significados dos

motivos das aspiraccedilotildees das crenccedilas dos valores e atitudes Sendo assim entende-se que as

accedilotildees do ser humano se distinguem a partir do seu pensamento do modo de agir de acordo

com a realidade vivida por cada um

Segundo Gil (1999 p44) ldquoas pesquisas descritivas tecircm como objetivo primordial a

descriccedilatildeo das caracteriacutesticas de determinada populaccedilatildeo ou fenocircmeno ou o estabelecimento de

relaccedilotildees variaacuteveisrdquo

Kauark Manhatildees e Medeiros (2010 p28) determinam a pesquisa exploratoacuteria como

agravequela que ldquoObjetiva a maior familiaridade com o problema tornando-o expliacutecito ou agrave

construccedilatildeo de hipoacutetesesrdquo Acrescenta ainda que a mesma pode conter levantamento

bibliograacutefico entrevistas com pessoas experientes no problema pesquisado entre outras

fontes

32 Sujeitos da pesquisa

A pesquisa contou com um nuacutemero total de nove (9) profissionais da equipe de

enfermagem da unidade de internaccedilatildeo pediaacutetrica de um Hospital Universitaacuterio do Rio de

Janeiro sendo estes dois (2) enfermeiros e sete (7) teacutecnicos de enfermagem De todos os

18

participantes apenas um trabalha no serviccedilo noturno sendo o restante do serviccedilo diurno Os

mesmos satildeo os responsaacuteveis pela instalaccedilatildeo e manipulaccedilatildeo dos os acessos venosos

perifeacutericos supondo assim que tenham maior domiacutenio sobre o assunto abordado

Os sujeitos foram identificados com codinomes referentes agraves princesas da Disney para

que suas identidades sejam preservadas

33 Cenaacuterio

A pesquisa ocorreu na unidade de internaccedilatildeo pediaacutetrica localizada no quinto andar do

Hospital Universitaacuterio do Rio de Janeiro vinculado a uma Universidade Federal

A unidade pediaacutetrica eacute divida em trecircs enfermarias de acordo com a idade das crianccedilas

hospitalizadas sendo denominadas estas Lactente preacute-escolar e escolar A enfermaria

Lactente eacute composta por 5 leitos hospitalizando crianccedilas de 29 dias a 2 anos jaacute na preacute-escolar

encontram-se 6 leitos e acolhe crianccedilas de 2 a 6 anos e na escolar 6 leitos abrigando crianccedilas

de 7 a 12 anos Toda crianccedila hospitalizada tem direito a um acompanhante como eacute

preconizado por direito pelo Artigo doze (12) do Estatuto da Crianccedila e do Adolescente

(Brasil 1990 p3)

A enfermaria conta com um posto de enfermagem localizado no centro da unidade

possibilitando maior visualizaccedilatildeo das enfermarias Possui tambeacutem uma sala de recreaccedilatildeo e

banheiro para os pacientes e acompanhantes Haacute uma sala utilizada pedagogia hospitalar

onde uma professora realiza atividades com as crianccedilas

Vale ressaltar que na unidade haacute uma sala para realizaccedilatildeo de procedimentos dolorosos

como a punccedilatildeo venosa perifeacuterica e sempre que possiacutevel o paciente eacute levado ateacute ela

34 Coleta de dados

A coleta de dados se deu a partir da teacutecnica de entrevista semi-estruturadas que

segundo Minayo Deslandes e Gomes (2007 p 64) satildeo ldquoperguntas fechadas e abertas em que

o entrevistado tem a possibilidade de discorrer sobre o tema em questatildeo sem se prender agrave

indagaccedilatildeo formuladardquo As mesmas foram gravadas em entrevista individual e tiveram como

foco as accedilotildees que os profissionais da equipe de enfermagem realizam acerca dos cuidados

para a permanecircncia do acesso venoso perifeacuterico aleacutem de investigar sobre o conhecimento que

cada um possui sobre o tema

19

Apoacutes contato preacutevio com a equipe de enfermagem foi acordado um dia e horaacuterio para

a realizaccedilatildeo das entrevistas que aconteceram na proacutepria unidade Todos os profissionais da

equipe de enfermagem foram convidados a participar voluntariamente da pesquisa As

entrevistas aconteceram apoacutes os profissionais assinarem o Termo de Consentimento Livre e

Esclarecido (TCLE)

Para Minayo Deslandes e Gomes (2007 p 64) a entrevista possui como principal

objetivo construir dados que sejam pertinentes para a pesquisa aleacutem de ser a estrateacutegia mais

utilizada no processo de trabalho de campo

A coleta foi interrompida no momento em que os dados se mostraram saturados ou

seja quando houve a cessaccedilatildeo do acreacutescimo de informaccedilotildees novas referentes ao tema

proposto

O fechamento amostral por saturaccedilatildeo teoacuterica eacute definido como a suspensatildeo de inclusatildeo

de novos participantes quando os dados obtidos passam a apresentar na avaliaccedilatildeo do

pesquisador certa redundacircncia ou repeticcedilatildeo natildeo sendo considerado relevante continuar a

coleta de dados (FONTANELLA RICAS e TURATO 2008)

35 Questotildees eacuteticas da pesquisa

De acordo com a Resoluccedilatildeo 46612 que visa assegurar os direitos e deveres que

dizem respeito agrave comunidade cientiacutefica aos sujeitos da pesquisa e ao Estado uma pesquisa

que envolve a participaccedilatildeo de seres humanos deve atender aos fundamentos eacuteticos e

cientiacuteficos pertinentes para a seguranccedila dos mesmos Neste contexto toda pesquisa

envolvendo seres humanos deveraacute ser submetida agrave apreciaccedilatildeo de um Comitecirc de Eacutetica em

Pesquisa (CEP) (BRASIL 2012)

Atendendo a esta condiccedilatildeo o projeto de pesquisa foi encaminhado ao CEP ndash do

Hospital Universitaacuterio o qual foi realizada a pesquisa foi analisado e aprovado na Reuniatildeo

com data de 06122013 CAAE 24693613700005243 Nuacutemero do parecer 486451 Com

isso a pesquisa foi desenvolvida mediante aprovaccedilatildeo do CEP atendendo aos preacute-requisitos

estipulados pela Resoluccedilatildeo nordm 46612

Esta pesquisa eacute pautada em princiacutepios eacuteticos que respeitam a dignidade humana e

justiccedila assegurando que natildeo haveraacute nenhum tipo de dano aos participantes

20

Em atendimento a resoluccedilatildeo 46612 do Conselho Nacional de SauacutedeMS apoacutes serem

esclarecidos pela pesquisadora quanto aos aspectos eacuteticos relacionados agrave pesquisa aleacutem das

formas de produccedilatildeo de dados e inserccedilatildeo no estudo os sujeitos da pesquisa assinaram duas

vias do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido ndash TCLE (apecircndice 1) autorizando sua

participaccedilatildeo voluntaacuteria na pesquisa Uma via foi entregue ao participante e outra ficou

arquivada com a pesquisadora

Nesse documento consta os objetivos da pesquisa procedimentos benefiacutecios

previstos garantia de recusa de participaccedilatildeo em qualquer momento de acesso aos resultados

da pesquisa e tambeacutem a garantia de acesso ao pesquisador quando os sujeitos julgarem

necessaacuterio sendo todas essas informaccedilotildees em linguagem acessiacutevel e simples O mesmo foi

apresentado e explicado ao profissional convidado a participar do estudo no primeiro contato

eou durante visita agendada para realizaccedilatildeo da entrevista

Vale ressaltar que esta pesquisa cujo financiamento eacute proacuteprio natildeo oferece nenhum

tipo de riscos para o sujeito da pesquisa e nem para o cuidado das crianccedilas internadas no setor

de pediatria e os benefiacutecios da participaccedilatildeo do mesmo satildeo de aumentar o conhecimento

cientiacutefico na aacuterea de Enfermagem Pediaacutetrica aleacutem de contribuir para a praacutetica profissional

36 Anaacutelise dos dados

O processo de anaacutelise dos dados foi baseada na teacutecnica da Anaacutelise Temaacutetica que para

Minayo Deslandes e Gomes (2007 p 86) o conceito central eacute o tema ldquoO tema eacute a unidade de

significaccedilatildeo que se liberta naturalmente de um texto analisado segundo criteacuterios relativos agrave

teoria que serve de guia da leiturardquo (BARDIN11

A anaacutelise realizada estava de acordo com a sugerida por Minayo (2010 p 315) e

contam com as seguintes etapas preacute-analise exploraccedilatildeo do material tratamento dos

resultados obtidos e interpretaccedilatildeo Atraveacutes dessas etapas tem-se o objetivo de descrever o

conteuacutedo do material coletado e interpretaacute-lo

1979 apud MINAYO DESLANDES

GOMES 2007 p 86)

A preacute analise consiste na escolha dos elementos a serem analisados e na retomada das

hipoacuteteses e dos objetivos iniciais da pesquisa Inicia-se com uma leitura flutuante onde o

11 BARDIN L Anaacutelise de Conteuacutedo Lisboa Ediccedilotildees 70 1979

21

pesquisador toma contato direto com o material adquirido deixando-se impregnar por seu

conteuacutedo Posteriormente haacute a constituiccedilatildeo do Corpus textual onde eacute feita uma seleccedilatildeo dos

documentos que iratildeo contemplar e fornecer informaccedilotildees sobre o tema sendo assim adequados

para dar resposta aos objetivos do trabalho (MINAYO 2010 p 315)

Essa fase preacute-analiacutetica eacute onde se determinam a unidades de registro unidade de

contexto e a partir delas satildeo determinados os temas que seratildeo analisados A unidade de

registro corresponde parte do conteuacutedo selecionado como base para analise e apoacutes a

delimitaccedilatildeo do contexto de compreensatildeo da unidade de registro eacute estabelecida a unidade de

contexto (MINAYO 2010 p 316)

De acordo com os objetivos da pesquisa foi possiacutevel perceber que nove (9)

entrevistas supriam para atender os mesmo encerrando assim a coleta Apoacutes a transcriccedilatildeo das

entrevistas foi realizada leitura das mesmas para natildeo soacute conhecimento do material mas

tambeacutem estabelecer as unidades de registro Em seguida foi realizado o colorimento das falas

assim as classificando de acordo com as unidades de registro estabelecidas

As unidades de registro que surgiram foram os fatores que interferem na manutenccedilatildeo

do acesso venoso perifeacuterico e o apontamento do acompanhante como responsaacutevel pela perda

do acesso venoso perifeacuterico Elas receberam as cores vermelha e laranja respectivamente a

fim de facilitar o agrupamento dos dados A partir disto surgiram as unidades de contexto que

compreendem as falas das entrevistas de modo a exemplificar o contexto das unidades de

registro

Partindo para segunda etapa da analise temaacutetica a exploraccedilatildeo do material que consiste

numa classificaccedilatildeo que visa alcanccedilar o nuacutecleo de compreensatildeo do texto Busca-se encontrar

categorias que satildeo expressotildees ou palavras significativas em funccedilatildeo das quais o conteuacutedo seraacute

organizado Essas categorias satildeo responsaacuteveis pela especificaccedilatildeo dos temas (MINAYO

2010 p 317)

Nesse caso foram definidos os seguintes temas cuidados preacute intra e poacutes procedimento

de punccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico cuidados em desuso para manutenccedilatildeo do acesso

venoso perifeacuterico o acompanhante e a manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico Essas trecircs (3)

categorias seratildeo apresentadas analisadas e discutidas no capitulo seguinte

22

4 RESULTADOS E DISCUSSAtildeO

Nesse capiacutetulo apresento as trecircs categorias temaacuteticas que surgiram da anaacutelise dos

dados e que contemplaram de forma satisfatoacuteria os objetivos da pesquisa A primeira

categoria denominada como ldquoOs cuidados de enfermagem preacute intra e poacutes-procedimento de

punccedilatildeo do acesso venoso perifeacutericordquo traz os passos e cuidados que os profissionais realizam

antes durante e apoacutes a punccedilatildeo buscando descrever e analisar os fatores envolvidos na pratica

do procedimento em questatildeo que emergiram das entrevistas aleacutem dos cuidados de

enfermagem para a manutenccedilatildeo do mesmo

A segunda categoria que seraacute apresentada eacute ldquoOs cuidados em desuso para manutenccedilatildeo

do acesso venoso perifeacutericordquo que mostra os cuidados que os profissionais citaram como natildeo

mais utilizados para auxiliar na manutenccedilatildeo da punccedilatildeo venosa perifeacuterica

E a uacuteltima categoria eacute denominada ldquoO acompanhante e a manutenccedilatildeo do acesso

venoso perifeacutericordquo e traz a responsabilizaccedilatildeo do acompanhante pelos profissionais do setor

em relaccedilatildeo aos cuidados com manutenccedilatildeo da punccedilatildeo Essa categoria busca tambeacutem ressaltar a

funccedilatildeo do acompanhante durante a hospitalizaccedilatildeo da crianccedila destacando que determinados

cuidados satildeo de total funccedilatildeo da equipe de enfermagem

41 Os cuidados de enfermagem preacute intra e poacutes-procedimento de punccedilatildeo do acesso

venoso perifeacuterico

Para interpretar as unidades de contextos tive como base autores que definiram os

cuidados de enfermagem preacute intra e poacutes punccedilatildeo venosa perifeacuterica Para esses autores a fase

de preacute-punccedilatildeo compreende as accedilotildees de anaacutelise e conhecimento da prescriccedilatildeo avaliaccedilatildeo e

23

preparo emocional do paciente preparo do material e medicaccedilatildeo seleccedilatildeo do siacutetio de inserccedilatildeo

e dilataccedilatildeo da veia selecionada As accedilotildees envolvidas na punccedilatildeo satildeo a execuccedilatildeo das

precauccedilotildees-padratildeo antissepsia da pele punccedilatildeo do vaso a fixaccedilatildeo e curativo do cateter

Finalmente na etapa de poacutes-punccedilatildeo adota-se a identificaccedilatildeo da punccedilatildeo o descarte apropriado

das partes dos materiais natildeo utilizados a orientaccedilatildeo do paciente acerca da terapecircutica o

controle da infusatildeo atraveacutes do gotejamento se necessaacuterio e o registro do procedimento

Phillips12

De acordo com as entrevistas a seleccedilatildeo do local de punccedilatildeo eacute indicada com um fator

que interfere diretamente no tempo de permanecircncia do acesso venoso perifeacuterico visto que

dependendo do local ocorre a perda mais rapidamente Aleacutem da localizaccedilatildeo citaram tambeacutem

o calibre da veia como interferecircncia na manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico Seguem

abaixo algumas falas

(2001 apud ARAUacuteJO 2007 p18)

ldquoPrimeira coisa eacute vocecirc procurar bem a veia colocar uma veia de um bom calibre Se puder dar preferecircncia a natildeo puncionar dobrasrdquo (Cinderela) ldquoDependendo de onde estiver puncionado se for na matildeozinha a crianccedila fica toda hora ta mexendo taacute manipulando alguma coisa e se for no pezinho tambeacutem nem todo tempo vai ficar acamada entatildeo acaba perdendo o acessordquo(Bela ) ldquoO mau posicionamento pode levar a perdardquo (Rapunzel)

A opiniatildeo dos profissionais acima vai de encontro com o que eacute encontrado na

literatura visto que eacute de suma importacircncia que o mesmo avalie o cliente e considere alguns

aspectos para uma escolha criteriosa e eficaz como a finalidade da punccedilatildeo o tipo de soluccedilatildeo

a ser infundida a condiccedilatildeo da rede venosa a duraccedilatildeo da terapia idade do cliente habilidade

cognitiva da crianccedila a preferecircncia do cliente o que nem sempre seraacute possiacutevel satisfazer e

tambeacutem a sua atividade (ARAUacuteJO 2007 p31)

Os cuidados com o acesso venoso perifeacuterico satildeo importantes antes mesmo da

realizaccedilatildeo do procedimento Levando em consideraccedilatildeo que um erro durante a fase de preacute-

procedimento como a escolha errada do local de punccedilatildeo por exemplo poderaacute levar a perda

do acesso e prejudicar assim o tratamento aleacutem do bem-estar da crianccedila que seraacute puncionada

novamente

12 PHILLIPS L D Manual de terapia intravenosa 2ed Porto Alegre Artmed 2001

24

O vaso sanguiacuteneo que o profissional selecionar como local para puncionar deve ser

suficiente para suportar o calibre e o comprimento do cateter aleacutem de atender a necessidade

terapecircutica para que natildeo haja a necessidade de uma nova punccedilatildeo

A punccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico eacute um procedimento doloroso e de grande

incomodo para a crianccedila com isso eacute de suma importacircncia realizar a seleccedilatildeo preacutevia do

material poreacutem natildeo foi citado Outro cuidado rotineiro e natildeo menos importante como a

lavagem das matildeos antes da colocaccedilatildeo do acesso tambeacutem natildeo foi mencionado durante as

entrevistas

O preparo emocional da crianccedila e do acompanhante quanto ao procedimento deve ser

considerada praacutetica rotineira para a equipe de enfermagem O profissional de enfermagem

deve lavar as matildeos objetivando a reduccedilatildeo significativa de risco de infecccedilatildeo e recomenda-se o

uso de aacutegua e sabatildeo para lavagem das matildeos antes da colocaccedilatildeo do cateter venoso perifeacuterico

(PHILLIPS13

O preparo preacutevio do material para instalaccedilatildeo do cateter venoso perifeacuterico eacute importante

para evitar interrupccedilotildees do procedimento e consequentemente um maior tempo de

manipulaccedilatildeo da crianccedila (SILVA

2001apud ARAUacuteJO 2007 Centers for Disease Control and Prevention ndash CDC

2002 apud ARAUacuteJO 2007)

14

Outro aspecto citado e classificado como preacute-procedimento eacute o cuidado com a

medicaccedilatildeo a ser administrada incluindo cuidados com a diluiccedilatildeo e composiccedilatildeo da mesma

Seguem algumas das falas

2004 apud ARAUacuteJO 2007 p30)

ldquoEstar sempre diluindo as medicaccedilotildees de acordo com a prescriccedilatildeo meacutedica pois as medicaccedilotildees satildeo muito fortes e podem causar enfraquecimento da veia Tem que diluir direitinho e passar lento na veiardquo (Cinderela) ldquoTer cuidado principalmente quando eacute crianccedila e a diluiccedilatildeo da medicaccedilatildeo tambeacutem agraves vezes natildeo eacute pra passar em perifeacuterico e na segunda dose jaacute perdeurdquo (Alice)

O acesso venoso perifeacuterico eacute a primeira alternativa para infusatildeo intravenosa por ser de

mais faacutecil acesso e rapidez no efeito da medicaccedilatildeo O profissional de enfermagem deve ter

domiacutenio natildeo soacute relacionado agrave infusatildeo das medicaccedilotildees mas tambeacutem com a composiccedilatildeo

13 PHILLIPS L D Manual de terapia intravenosa 2ed Porto Alegre Artmed 2001 14 SILVA G R G Terapia intravenosa em receacutem-nascidos ndash orientaccedilotildees para o cuidado de Enfermagem Rio de Janeiro Cultura Meacutedica 2004

25

farmacoloacutegica das mesmas os efeitos adversos e colaterais que a droga pode causar inclusive

em relaccedilatildeo a diluiccedilatildeo o que normalmente eacute estabelecido como padratildeo no setor de acordo com

cada faacutermaco

Com a intenccedilatildeo de promover a eficaacutecia terapecircutica dos medicamentos administrados

por via intravenosa eacute atribuiccedilatildeo do profissional de enfermagem implementar teacutecnicas como a

diluiccedilatildeo acondicionamento e cuidados na administraccedilatildeo de faacutermacos a fim de evitar

prejuiacutezos no tratamento resultantes da incompatibilidade medicamentosa (PETERLINI

CHAUD e PEDREIRA 2006)

Os fatores intra-procedimento satildeo considerados aqueles diretamente relacionados com

o procedimento Os dados colidos nas entrevistas ressaltaram apenas a fixaccedilatildeo com um fator

que interfere nessa fase Este foi o dado mais repetitivo nas entrevistas poreacutem sempre citado

de forma superficial Seguem as falas dos profissionais quando questionados sobre o que era

importante para manutenccedilatildeo do acesso

ldquoTem que fazer uma boa fixaccedilatildeo Porque quando a pessoa natildeo fixa bem prejudica porque aquilo vai soltando e quando vocecirc vecirc jaacute perdeu a veiardquo(Cinderela) ldquoEu acho que natildeo tem o que fazer para manter o acesso A crianccedila vai ficar uns dias X com aquele acesso pra fazer medicaccedilatildeo e eu acho que natildeo tem o que vocecirc profissional fazer para que natildeo percardquo (Aurora) ldquoA fixaccedilatildeo evita a movimentaccedilatildeo excessiva no local que estaacute o acessordquo (Ariel) ldquoTer cuidado com o curativo saber manusear E manter sempre o curativo limpo trocar se necessaacuteriordquo (Rapunzel) ldquoA fixaccedilatildeo eacute muito importante pra natildeo soltar o acesso e pra ele ficar mais tempordquo(Mulan)

Oliveira Bezerra e Pereira (2008 p 94) afirmam que de acordo com o revelado por

determinados estudos o tipo de curativo a fixaccedilatildeo do cateter e o tempo de permanecircncia estatildeo

diretamente relacionados com a ocorrecircncia de complicaccedilotildees infecciosas como flebites e

tambeacutem infiltraccedilatildeo extravasamento desconexatildeo e deslocamento do cateter

26

Para Pettit e Kraus15

Potter

(1995 apud MACHADO PEDREIRA E CHAUD2005 p292) a

gaze esteacuteril fixada com a fita adesiva hipoalergecircnica bem como a peliacutecula transparente esteacuteril

satildeo os materiais mais recomendados para curativo e fixaccedilatildeo de cateter venoso perifeacuterico

16

Jaacute as peliacuteculas transparentes mais conhecidas como filme permitem a respiraccedilatildeo

normal da pele com alta permeabilidade ao oxigecircnio e vapores e eacute impermeaacutevel a liacutequidos e

micro-organismos (SILVA E ZANETTI 2004 p233) Aleacutem disso permitem tambeacutem a

visualizaccedilatildeo contiacutenua do local de punccedilatildeo permitindo assim avaliaccedilatildeo do mesmo natildeo soacute

durante a infusatildeo de medicaccedilotildees mas tambeacutem todo o tempo

(1998 apud SILVA E ZANETTI 2004 p233) afirma que nas fixaccedilotildees em

que se utiliza a gaze esteacuteril preconiza-se a utilizaccedilatildeo de teacutecnica asseacuteptica Neste curativo a

gaze esteacuteril eacute colocada sobre o siacutetio de inserccedilatildeo e suas bordas satildeo fixadas com fita adesiva

A observaccedilatildeo da punccedilatildeo eacute muito importante pois se o local de inserccedilatildeo se mostrar

com sinais e sintomas de complicaccedilotildees a terapia deve ser suspensa (OLIVEIRA BEZERRA

e PEREIRA 2008 p95)

A visualizaccedilatildeo contiacutenua do acesso permite que a equipe de enfermagem possa realizar

uma observaccedilatildeo mais particularizada em relaccedilatildeo agraves condiccedilotildees do acesso venoso perifeacuterico

podendo observar se haacute deslocamento do cateter sinais de infiltraccedilatildeo e tambeacutem sinais de

infecccedilatildeo

Para Silva Barbato e Valente (2013 p 1200) cabe ao enfermeiro fazer a avaliaccedilatildeo

diaacuteria e cuidadosa do curativo observando a presenccedila de umidade sujidade integridade do

oacutestio de inserccedilatildeo a fixaccedilatildeo bem como a realizaccedilatildeo do curativo e das anotaccedilotildees legais

competentes agraves suas funccedilotildees

A fase poacutes-procedimento eacute caracterizada por uma seacuterie de cuidados que a equipe de

enfermagem deve realizar para que se obtenha maior tempo de permanecircncia do acesso venoso

perifeacuterico Durante as entrevistas os cuidados citados foram a salinizaccedilatildeo do acesso cuidados

para evitar a flebite e a velocidade de infusatildeo

15 Pettit DM Kraus V The use of gauze versus transparent dressings for peripheral intravenous catheter sites Nurs ClinNorth Am 1995 30(3)495-506 16 Potter P Perry AG Fundamentos de enfermagem processo conceito e praacutetica 3ordf ed Santos(SP) Guanabara Koogan19981397pp801-43

27

ldquoManter um acesso bem salinizado que vocecirc lave pelo menos de duas de trecircs em trecircs horas Se bem que isso aqui na pediatria natildeo eacute muito comum aqui a gente soacute lava cada vez que vai fazer medicaccedilatildeo mas se eu natildeo me engano a literatura preconiza isso vocecirc lavar pelo menos de quatro em quatro horas o acessordquo (Aurora)

ldquoPra manter o acesso venoso perifeacuterico eacute importante manter ele salinizado Assim que a gente recebe o plantatildeo eu vou ver se o acesso ta peacutervio com uma ldquoseringuinhardquo vai la da uma ldquolavadinhardquo e vecirc se o acesso ta peacutervio e manter o acesso salinizadordquo (Ariel)

ldquoSalinizar de 6 em 6 horas para manter ele peacuterviordquo (Alice)

ldquoTem que passar lento a medicaccedilatildeo e a limpeza da aacuterea vocecirc tem que limpar bem a aacuterea pra vocecirc natildeo formar uma flebiterdquo (Cinderela)

A salinizaccedilatildeo do acesso eacute um cuidado simples e de grande importacircncia Esse cuidado

deve ser realizado para manter o acesso peacutervio e limpo e deve ser realizado antes e apoacutes

qualquer infusatildeo

Para Moncaio e Figueiredo (2009)

a ldquosalinizaccedilatildeordquo consiste em administrar sob pressatildeo positiva soluccedilatildeo salina (Soro fisioloacutegico a 09) logo apoacutes o teacutermino da infusatildeo da medicaccedilatildeo Este procedimento visa prevenir a formaccedilatildeo de trombos e fibrina evitar o contato de drogas incompatiacuteveis (quando da infusatildeo de mais de um item medicamentoso no mesmo horaacuterio) garantir a infusatildeo de todo o medicamento que possa ter ficado no sistema aleacutem de evitar retorno sanguiacuteneo mantendo o cateter peacutervio para a proacutexima infusatildeo

Durante a coleta de dados esse cuidado surgiu em diversos momentos poreacutem foi

possiacutevel perceber que os profissionais realizam o mesmo de forma banalizada Natildeo sabem de

fato a real funccedilatildeo de manter o acesso salinizado A impressatildeo que passa eacute que eles

aprenderam que esse cuidado deveria ser feito e simplesmente fazem Haacute divergecircncias

tambeacutem entre a equipe em relaccedilatildeo ao momento que deve ser realizada a salinizaccedilatildeo e isso nos

mostra a desatualizaccedilatildeo dos profissionais do setor e a falta de uma educaccedilatildeo continuada no

hospital

Os cuidados para evitar a flebite e a velocidade de infusatildeo da medicaccedilatildeo apareceram

menos nas entrevistas e interferem diretamente com a manutenccedilatildeo do acesso venoso

perifeacuterico

28

A flebite eacute uma inflamaccedilatildeo na veia puncionada ocorrendo quando as ceacutelulas

endoteliais da parede da veia que o cateter estaacute inserido tornam-se inflamadas e irregulares

propiciando a aderecircncia de plaquetas e predispondo a veia a inflamaccedilatildeo Eacute comum que o local

se apresente dolorido hiperemiado quente e edemaciado e nesses casos eacute aconselhada a

retirada do cateter Uma boa fixaccedilatildeo do cateter perifeacuterico eacute recomendada por autores na

literatura visto que previnem deslocamento faacutecil e permitem uma boa visualizaccedilatildeo do local

evitando complicaccedilotildees como a flebite e infiltraccedilatildeo (MOLDES et al 2011 p 330)

Dentre as principais falhas de infusatildeo venosa estatildeo flebite infiltraccedilatildeo hematoma e

obstruccedilatildeo Acredita-se que para reduzir a incidecircncia destas nas unidades pediaacutetricas eacute preciso

a adoccedilatildeo de estrateacutegias tais como a abordagem junto agrave equipe em parceria com o setor de

educaccedilatildeo permanente e a adoccedilatildeo do uso da teacutecnica corretamente e de forma asseacuteptica para a

realizaccedilatildeo da punccedilatildeo venosa perifeacuterica em acordo com a comissatildeo de controle de infecccedilatildeo

hospitalar (SILVA BARBATO e VALENTE 2013 p 1200)

A incapacidade do paciente em relatar dor no siacutetio de administraccedilatildeo do faacutermaco quer

pela idade ou condiccedilatildeo cliacutenica e o local de inserccedilatildeo como tambeacutem a velocidade de infusatildeo do

medicamento (gt25mgmin) satildeo classificados como fatores de risco para a perda do acesso

venoso perifeacuterico (MARTINS SILVINO e DIAS 2010)

42 Os cuidados em desuso para manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico

Essa categoria discorre sobre os cuidados de enfermagem que com o passar do tempo

foram desconsiderados e natildeo satildeo mais utilizados Quando questionados em relaccedilatildeo a vivencia

profissional e cuidados que discordavam os entrevistados citaram o uso da tala para fixaccedilatildeo

uso de heparina e os cuidados em relaccedilatildeo ao tempo de permanecircncia do cateter Haacute muitas

controveacutersias em relaccedilatildeo aos cuidados citados acima

O tempo de permanecircncia interfere diretamente no aparecimento de complicaccedilotildees

como flebite e que acabam levando a perda do acesso venoso perifeacuterico mais rapidamente

aconselhando assim a troca do mesmo entre 76 a 96 horas Poreacutem eacute preconizada a retirada do

cateter apenas se finalizar o tratamento ou houver alguma interferecircncia

ldquoA gente observa tambeacutem o tempo dependendo do tempo tem que tirarrdquo (Alice)

29

ldquoHoje eu natildeo sei como que eacute essa questatildeo do tempo porque a gente trocava o acesso a cada quatro dias agora o pessoal jaacute diz que pode trocar em ateacute uma semana entatildeo natildeo sei como que ta isso e o que tem escrito em relaccedilatildeo a isso (Aurora)

Sabe-se que o tempo para troca do cateter de teflon ou poliuretano varia de 72 a 96

horas com o intuito de reduzir risco de infecccedilatildeo e flebite e para minimizar esses riscos nas

seguintes situaccedilotildees diante de sinais inflamatoacuterios no local de inserccedilatildeo e sempre que houver

mau funcionamento do cateter (SANTOS17

Entretanto o Center for Disease Control and Prevention - CDC (2002) diz que em

pacientes pediaacutetricos natildeo foi observada relaccedilatildeo quanto ao tempo de permanecircncia do cateter e

ocorrecircncia de complicaccedilotildees devendo ser mantido ateacute o teacutermino da terapia intravenosa ou

quando forem observados sinais cliacutenicos de complicaccedilotildees

2004 apud OLIVEIRA BEZERRA e PEREIRA

2008 p 93)

Eacute possiacutevel observar a diferenccedila do conhecimento pratico dos profissionais

entrevistados em relaccedilatildeo ao conhecimento encontrado na literatura E ainda contendo duacutevidas

natildeo haacute uma busca da parte dos mesmos para esclarececirc-las

O uso da heparina com a finalidade de manter o acesso peacutervio por um periacuteodo maior

de tempo mostra-se com mais certeza quanto ao desuso nos dados colidos

ldquoAntigamente a gente usava heparina entatildeo a gente ficava tranquila em relaccedilatildeo agrave obstruccedilatildeo mas agora natildeo a gente usa o soro fisioloacutegico e a gente deixa salinizadordquo (Aurora)

Rang e Dale 18(1998 apud DOPICO e OLIVEIRA 2006) afirmam que a heparina

inibe a formaccedilatildeo de coaacutegulos de fibrina in vitro e in vivo e que seu efeito anticoagulante eacute

praticamente imediato Com isso Phillips19

17 Santos W Lavagem das matildeos In R Luiz Santos W Manual baacutesico de prevenccedilatildeo e controle das infecccedilotildees hospitalares do HRU Fortaleza Hospital Regional Unimed 2004

(2001 apud DOPICO e OLIVEIRA 2006)

ressalta que a teacutecnica de manutenccedilatildeo intermitente de cateteres intravenosos com soluccedilatildeo

salina 09 classificada como salinizaccedilatildeo tem sido pesquisada haacute alguns anos apresentando

em relaccedilatildeo ao uso da heparina vantagens como o baixo custo ser um procedimento mais

18 Rang HP Dale M M Hemostasia e Trombose In Rang HP Dale M M Farmacologia Rio de Janeiro Guanabara Koogan 1998 p235-47 19 PHILLIPS L D Manual de terapia intravenosa 2ed Porto Alegre Artmed 2001

30

simples aleacutem de eliminar a possibilidade de incompatibilidade com as drogas e soluccedilotildees

administradas aleacutem da inexistecircncia de riscos ao paciente Entretanto sabe-se que a literatura

ainda natildeo fornece consenso acerca da soluccedilatildeo mais indicada para manutenccedilatildeo da

permeabilidade do cateter venoso perifeacuterico

Eacute importante ressaltar que muitas instituiccedilotildees do nosso paiacutes nem ao menos tecircm o

conhecimento da praacutetica da salinizaccedilatildeo com soluccedilatildeo salina 09 No que se refere agrave pesquisa

cientiacutefica as limitaccedilotildees desta praacutetica satildeo atribuiacutedas agrave ausecircncia de um maior nuacutemero de

estudos controlados para validar sua eficaacutecia (EPPERSON20

Apesar de natildeo ser encontradas publicaccedilotildees acerca do tema a utilizaccedilatildeo de heparina

mostra-se como uma pratica natildeo mais utilizada pelos profissionais de enfermagem Outro

tema onde haacute controveacutersias e tambeacutem poucas citaccedilotildees eacute o uso da tala para fixaccedilatildeo do acesso

venoso perifeacuterico Seguem abaixo a opiniatildeo de alguns dos profissionais entrevistados

1984 apud DOPICO e

OLIVEIRA 2006)

ldquoA uacutenica coisa que eu natildeo gosto de ver eacute quando se coloca tala para imobilizar dizendo que a tala vai ajudar a natildeo perder a veia Isso eu natildeo concordo acho que a tala prejudica a crianccedila fica incomodada faz dor no membrordquo (Cinderela)

ldquoAntigamente a gente usava muito tala e as vezes eu pego isso aqui ai eu falo gente tala natildeo se usa mais natildeo faz parte mais da fixaccedilatildeo vocecirc pode fixar de uma forma que a crianccedila natildeo perca A tala eu acho que ela traumatiza um pouco ainda mais se vocecirc pegar um acesso na dobra vocecirc vai fazer com que a crianccedila fique com o braccedilo esticado muito tempo eu acho que pode causar uma lesatildeo depois e a literatura jaacute fala que eacute desnecessaacuteria natildeo precisa maisrdquo (Aurora) ldquoAntigamente usavam tala mas hoje em dia quase natildeo se vecirc mais e eu acho que a tala atrapalha porque a crianccedila fica imobilizada no membro ai fica mais irritadardquo (Rapunzel) ldquoLaacute no meu outro trabalho alguns usam a tala Eu acho que a tala ajuda ateacute a perder mais raacutepido porque a crianccedila fica incomodada vai querer mexer naquilordquo (Mulan)

20 Epperson EL Efficacy of 09 sodium chloride injection with without heparin for maintenance indwelling intermittent injection sites Clin Pharm1984 3(5)26

31

Almeida e Sabateacutes21

Entretanto haacute estudo que comprovam que o uso da tala natildeo se mostra tatildeo eficiente e

apresenta-se como uma praacutetica controversa O estudo foi realizado em crianccedilas ateacute os 12 anos

utilizando imobilizaccedilatildeo com tala e em mais de metade dos casos (553) ocorreu infiltraccedilatildeo

o que indicia a ineficaacutecia desta praacutetica (MACHADO PEDREIRA e CHAUD 2008 apud

BATALHA et al 2010 p512)

(2008 apud BATALHA et al 2010 p512) afirmam que a teacutecnica

de fixaccedilatildeo dos CVP com uso de imobilizaccedilatildeo com tala para restriccedilatildeo ou limitaccedilatildeo dos

movimentos articulares proacuteximo do local da punccedilatildeo estaacute indicado nas matildeos punhos cotovelo

e maleacuteolo

Para Batalha et al (2010 p512) o uso desta praacutetica parece natildeo se coadunar com o

atual uso de cateteres flexiacuteveis tipo abocath em detrimento de agulhas metaacutelicas Talvez por

isso comecem a surgir novas teacutecnicas de fixaccedilatildeo dos CVP que natildeo exigem imobilizaccedilatildeo das

articulaccedilotildees com talas

Aleacutem de natildeo haver uma confirmaccedilatildeo dos benefiacutecios causados pelo uso da tala a

imobilizaccedilatildeo causa incocircmodo para a crianccedila que fica com o membro imoacutevel podendo causar

dor e tambeacutem irritaccedilatildeo O uso desse tipo de fixaccedilatildeo tambeacutem impede a visualizaccedilatildeo frequente

do acesso venoso afetando assim os cuidados de observaccedilatildeo da equipe de enfermagem

43 O acompanhante e a manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico

A presente categoria vai discutir um assunto importante que surgiu durante as

entrevistas de forma inesperada Alguns dos profissionais entrevistados citaram o descuido do

acompanhante como um fator causador da perda do acesso venoso perifeacuterico Seguem abaixo

algumas falas

ldquoA matildee sempre acompanha e tem matildee que natildeo tem cuidado natildeo vigia e a gente tem que ficar pedindo pra olhar tomar contardquo (Aurora)

ldquoEm relaccedilatildeo ao acompanhante porque a crianccedila natildeo vai avaliar entatildeo o acompanhante que estar ali tem que avaliar direitinho natildeo deixar a crianccedila mexer ou puxarrdquo (Bela)

ldquoNatildeo eacute toda matildee que esta vigiando que cuida pra que a crianccedila natildeo perca o acessordquo (Jasmine)

21 Almeida FA Sabateacutes AL Enfermagem pediaacutetrica a crianccedila o adolescente e a sua famiacutelia no hospital Satildeo Paulo(SP) Manole 2008

32

ldquoAcho que leva a perda quando o acompanhante natildeo coopera as vezes a gente faz a imobilizaccedilatildeo na crianccedila e as vezes eles ateacute retiram e a proacutepria crianccedila agitada ela mesmo arrancardquo (Branca de Neve)

ldquoAgraves vezes a proacutepria crianccedila que a matildee deixa muito solta ai solta o acessordquo (Mulan)

Apoacutes a implementaccedilatildeo da lei que garante um acompanhante ao paciente pediaacutetrico a

presenccedila do familiarresponsaacutevel durante a hospitalizaccedilatildeo mudou a rotina da equipe de

enfermagem trazendo duacutevidas quanto a real funccedilatildeo do acompanhante e fazendo com que a

mesma viesse a delegar certos cuidados para acompanhante

A Promulgaccedilatildeo da Lei 8069 do Estatuto da Crianccedila e do Adolescente (ECA) em

1990 no seu artigo 12deg garante agrave crianccedila ou ao adolescente o direito de ter um responsaacutevel

que o acompanhe durante a hospitalizaccedilatildeo (1990)

Desde a sua implantaccedilatildeo as unidades vecircm sofrendo um processo de reorganizaccedilatildeo de

suas praacuteticas A inserccedilatildeo da famiacutelia modifica a organizaccedilatildeo do processo de trabalho o que

requer dos profissionais uma compreensatildeo em relaccedilatildeo agrave dinacircmica das relaccedilotildees interpessoais

(COLLET e ROCHA 2004)

Pimenta e Collet (2009) ressaltam que natildeo haacute nenhuma regulamentaccedilatildeo sobre a

participaccedilatildeo da famiacutelia nos cuidados e no entanto a mesma desempenha atividades junto agrave

crianccedila durante a hospitalizaccedilatildeo que devem ser levadas em consideraccedilatildeo A falta de

reconhecimento desse fato fez com que a equipe de enfermagem e famiacutelia natildeo possuiacutessem

uma relaccedilatildeo aberta e vivessem uma relaccedilatildeo silenciosa e impliacutecita de poder na qual a famiacutelia

acaba assumindo as relaccedilotildees do cuidado agrave crianccedila de responsabilidade da enfermagem

A negociaccedilatildeo entre matildees e equipe de enfermagem em relaccedilatildeo aos cuidados agrave crianccedila

hospitalizada natildeo eacute uma tarefa faacutecil tendo em vista que natildeo se tem claro qual o seu novo

papel neste processo (COLLET e ROCHA 2004)

Eacute possiacutevel ver nas falas que a presenccedila do acompanhante causa para a equipe de

enfermagem a seguranccedila de ter algueacutem para ldquovigiarrdquo ldquotomar contardquo e natildeo deixar que a

crianccedila hospitalizada perca o acesso venoso quando na verdade eacute funccedilatildeo da equipe de

enfermagem cuidados referentes ao acesso venoso perifeacuterico

33

Jaacute o acompanhante eacute definido pelo Ministeacuterio da Sauacutede como uma pessoa significativa

para a crianccedila que representa sua rede social e que vai acompanhaacute-lo durante a permanecircncia

no ambiente hospitalar ressaltando assim sua importacircncia Esse fato se reforccedila visto que a

crianccedila encontra nos familiares a forccedila e seguranccedila necessaacuteria para encarar todo esse processo

doloroso e desconhecido (MURAKAMI e CAMPOS 2011 p255)

O acompanhante aleacutem de minimizar o sofrimento do paciente pediaacutetrico faz com que

o mesmo sinta-se mais a vontade Eacute importante ressaltar que o familiarresponsaacutevel natildeo soacute

pode como deve participar das atividades da crianccedila no hospital desde que estas natildeo sejam

competecircncias dos profissionais que os cercam Essas atividades satildeo caracterizadas como

semelhantes aos que eles realizam diariamente fora do ambiente hospitalar como o banho

Poreacutem no caso de um paciente com punccedilatildeo venosa perifeacuterica o profissional de enfermagem

deve auxiliar no cuidado para que essa natildeo se perca

Os cuidados dos familiaresacompanhantes satildeo os mesmos que os desenvolvidos no

domiciacutelio e os cuidados prestados pela equipe de enfermagem satildeo aqueles que demandam

conhecimento teacutecnico-cientiacutefico especializado (SOUZA e OLIVEIRA 2010 p558)

Mesmo alguns cuidados parecerem simples e rotineiros quando eacute prestado no

hospital assumem novas caracteriacutesticas com o uso de dispositivos tecnoloacutegicos os quais se

tornam complexos (PIMENTA E COLLET 2009)

O ato de cuidar envolve o respeito agrave maneira como vive cada indiviacuteduo de acordo

com suas crenccedilas valores costumes e cultura A famiacutelia como uma instituiccedilatildeo atende agraves

necessidades bioloacutegicas de seus membros sendo sua responsabilidade cuidar e criar os filhos

incluindo a obrigaccedilatildeo da alimentaccedilatildeo higiene vestuaacuterio e moradia (ELSEN22

Nas entrevistas podemos verificar falas em que o acompanhante eacute citado como

responsaacutevel por avaliar a punccedilatildeo venosa A equipe de enfermagem deve sempre partir do

pressuposto que o familiar acompanhante natildeo tem conhecimento cientiacutefico e certo tipo de

cuidado natildeo deve se delegado para o mesmo mostrando assim a importacircncia da orientaccedilatildeo do

acompanhante quanto aos procedimentos dispositivos utilizados e cuidados em que os

etal 1994

apud SOUZA e OLIVEIRA 2010 p 553)

22 Elsen I Patriacutecio ZM Assistecircncia agrave crianccedila hospitalizada tipos de abordagens e suas implicaccedilotildees para a enfermagem In A enfermagem em pediatria e puericultura Rio de Janeiro (RJ) Atheneu 2005

34

mesmos possam auxiliar Seguem abaixo as falas onde os profissionais ressaltaram a

importacircncia da orientaccedilatildeo do acompanhante

ldquoNem sempre a crianccedila vai entender o porque de estar com aquele acesso entatildeo tem que ter uma orientaccedilatildeo do acompanhanterdquo (Bela)

ldquoTem que haver orientaccedilatildeo do acompanhante para os cuidadosrdquo (Ariel)

ldquoAgraves vezes tem ate o exemplo de um pai que natildeo deixa trocar o acesso jaacute tinha mais de uma semana e ele natildeo queria que trocasse ai faz febre e natildeo sabe da onderdquo (Alice)

Para Souza e Oliveira (2010 p555) deve haver uma preocupaccedilatildeo em orientar

considerando que o outro natildeo tem nenhum tipo de conhecimento sobre o assunto Poreacutem

Queiroz e Jorge23

Apesar das dificuldades o profissional de enfermagem deve estabelecer um viacutenculo de

confianccedila com o acompanhante buscando sempre deixaacute-los ciente das situaccedilotildees e fazendo-os

participar dos cuidados plausiacuteveis sem causar nenhum dano agrave crianccedila e de maneira alguma

abandonar suas atribuiccedilotildees

(2004 apud SOUZA e OLIVEIRA 2010 p 556) ressaltam que apesar de os

profissionais terem intenccedilatildeo de orientar os cuidados para a sauacutede repassam conhecimentos

elaborados cientificamente dificultando a compreensatildeo do familiar aleacutem de a relaccedilatildeo se dar

de maneira vertical assimeacutetrica e coercitiva

23 Queiroz MVO Jorge MSB Accedilotildees educativas no cuidado infantil e intervenccedilotildees dos profissionais junto agraves famiacutelias Acta Scientiarum Maringaacute 2004 janjun 26(1) 27-34

35

CONCLUSAtildeO

Atraveacutes desse estudo foi possiacutevel descrever e analisar os cuidados que os profissionais

de enfermagem realizam acerca da permanecircncia do acesso venoso perifeacuterico Aleacutem disso a

realizaccedilatildeo da pesquisa permitiu identificar a desarticulaccedilatildeo do processo de enfermagem e a

praacutetica desconectada da produccedilatildeo cientiacutefica caracterizando a falta de uma educaccedilatildeo

continuada efetiva

A anaacutelise dos dados demonstra o processo de punccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico

ressaltando a importacircncia de cuidados como a seleccedilatildeo do local a diluiccedilatildeo da medicaccedilatildeo a

realizaccedilatildeo de uma boa fixaccedilatildeo a atenccedilatildeo com a velocidade de infusatildeo os cuidados com os

sinais de infecccedilatildeo e salinizaccedilatildeo do acesso natildeo deixando de salientar cuidados em desuso

como o uso da heparina da tala e duvidas em relaccedilatildeo ao tempo de permanecircncia Evidenciou

tambeacutem que a equipe de enfermagem delega alguns cuidados para os acompanhantes

Natildeo foi possiacutevel perceber o niacutevel de conhecimento cientiacutefico dos profissionais visto

que eles em nenhum momento por natildeo saberem ou por medo de se expor natildeo explicaram de

fato nenhum cuidado que disseram realizar Sempre citaram de forma superficial e direta

deixando claro tambeacutem que o pesquisador natildeo os indagou quanto a isso Poreacutem creio que

diante de cuidados tatildeo importantes e de frequente praacutetica os mesmos falariam facilmente

sobre os cuidados de enfermagem na permanecircncia do acesso venoso perifeacuterico

Apesar dos entrevistados citarem alguns fatores e cuidados realizados de forma

correta eacute visiacutevel que os mesmos realizam os cuidados com a punccedilatildeo e a permanencia do

acesso de forma automaacutetica sem unir a praacutetica com o fundamento do mesmo

Eacute importante destacar tambeacutem a importacircncia do preparo emocional da crianccedila como

tambeacutem os cuidados com a famiacutelia dos mesmos O trabalho de humanizaccedilatildeo realizado pela

36

enfermagem faz grande diferenccedila nessas situaccedilotildees visto que os pacientes e acompanhantes

tendo conhecimento do que seraacute realizado ficariam mais tranquilos

O estudo contribuiu para o campo do ensino nesta aacuterea dando destaque ao importante

papel que o profissional de enfermagem deve desempenhar no cuidado e na manutenccedilatildeo do

acesso venoso perifeacuterico Contudo vale ressaltar a importacircncia do incentivo ao profissional a

buscar na literatura natildeo soacute esclarecimento de suas duvidas mas tambeacutem novos

conhecimentos

Pode colaborar ainda para a realizaccedilatildeo de novas pesquisas na aacuterea procurando

eliminar duacutevidas e controveacutersias sobre o tema Buscando assim a realizaccedilatildeo de um cuidado de

enfermagem articulado e eficaz promovendo o bem-estar do paciente pediaacutetrico durante a

hospitalizaccedilatildeo

37

REFEREcircNCIAS

ARAUacuteJO Ana Paula Monteiro Baptista de Andrade As praacuteticas de cuidado agrave crianccedila com

cateter venoso perifeacuterico e seus reflexos na interaccedilatildeo enfermeiro-familiar Dissertaccedilatildeo

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BATALHA Luis Manuel Cunha COSTA Luiacutesa Paula Santos ALMEIDA Dulce Maria

Gomes de LOURENCcedilO Patriacutecia Adriana Almeida GONCcedilALVES Ameacutelia Maria Ferreira

Maia TEIXEIRA Ana Cristina Guerra Fixaccedilatildeo de cateteres venosos perifeacutericos em crianccedilas

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DF Ministeacuterio da Sauacutede Conselho Nacional de Sauacutede Publicada no DOU nordm 12 ndash Seccedilatildeo 1

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44

APEcircNDICE I

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO Tiacutetulo Do Projeto Os cuidados de enfermagem acerca dos acessos venosos perifeacutericos na unidade pediaacutetrica Pesquisador Responsaacutevel Rosane Cordeiro Burla de Aguiar Eny Dorea Paiva e Karina Rodrigues Fernandes Instituiccedilatildeo a que Pertence o Pesquisador Responsaacutevel Universidade Federal Fluminense Telefone para contato (21) 98355269 (21) 82392939 (21) 91786609 Nome do voluntaacuterio _________________________________________________________ Idade ________ anos RG ____________________________

AO Sr (a) estaacute sendo convidado (a) a participar do projeto de pesquisa OS CUIDADOS DE

ENFERMAGEM ACERCA DOS ACESSOS VENOSOS PERIFEacuteRICOS NA UNIDADE PEDIATRICA de

responsabilidade da pesquisadora Profordf Drordf Rosane Cordeiro Burla de Aguiar e Profordf Drordf Eny Dorea Paiva A

punccedilatildeo venosa perifeacuterica eacute um procedimento essencial durante a hospitalizaccedilatildeo da crianccedila visto que eacute atraveacutes

dela que eacute administrada grande parte das medicaccedilotildees Este estudo se justifica diante da importacircncia da

necessidade de um maior periacuteodo de permanecircncia dos acessos venosos perifeacutericos Com isso aleacutem da

diminuiccedilatildeo de eventos que causam dor e irritaccedilatildeo na crianccedila e na famiacutelia promoveraacute tambeacutem uma melhor estada

dos mesmos durante o periacuteodo de hospitalizaccedilatildeo Os objetivos da pesquisa satildeo 1) Descrever os fatores que

interferem na manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico de acordo com a equipe de enfermagem 2)Analisar os

cuidados da equipe de enfermagem na manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico A coleta de dados se daraacute

atraveacutes de entrevistas semi estruturadas que seratildeo gravadas As informaccedilotildees colhidas seratildeo tratadas de forma

anocircnima e confidencial ou seja em nenhum momento seratildeo divulgados o seu nome e somente os

pesquisadores teratildeo acesso agraves informaccedilotildees Os dados obtidos com a pesquisa poderatildeo ser publicados apenas com

fins cientiacuteficos Eles natildeo seratildeo utilizados para fins comerciais ou para outra finalidade qualquer Caso necessite

poderatildeo ser marcados encontros para respostas ou esclarecimentos de qualquer duacutevida acerca da pesquisa A sua

participaccedilatildeo eacute voluntaria e eacute importante lembrar que vocecirc poderaacute desistir de participar da pesquisa em qualquer

momento A entrevista seraacute marcada em um dia e horaacuterio que vocecirc achar melhor Seraacute realizada

individualmente em um ambiente que nos ofereccedila privacidade Esta pesquisa natildeo oferece riscos para vocecirc e os

benefiacutecios da sua participaccedilatildeo satildeo de aumentar o conhecimento cientiacutefico na aacuterea de Enfermagem Pediaacutetrica

aleacutem de contribuir para a praacutetica profissional Este documento seraacute elaborado em duas vias uma para vocecirc e a

outra seraacute arquivada pelo pesquisador

Eu_____________________________________________________________ RG no _____________________________ Declaro que apoacutes ter entendido o que me foi explicado consinto voluntariamente em participar do presente Protocolo de Pesquisa entendo ainda que posso retirar o meu consentimento a qualquer momento antes ou durante a realizaccedilatildeo do mesmo declaro ter sido informada(o) e concordo em participar como voluntaacuteria(o) da pesquisa acima descrita Rio de Janeiro_______de_______________de 20___ _____________________________ ________________________________

(Participante) Karina Rodrigues Fernandes (Responsaacutevel por obter o consentimento)

______________________________________ _______________________________________ (Testemunha) (Testemunha)

45

APEcircNDICE II

ROTEIRO PARA ENTREVISTA

1) O que vocecirc acha que pode levar a perda do acesso perifeacuterico

2) Para vocecirc o que eacute importante para manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico nas

crianccedilas

3) O que vocecirc acha que pode interferir na sua manutenccedilatildeo

4) Que medidas vocecirc adota no seu dia a dia para manter o acesso

5) Na sua vivencia profissional o que vocecirc discorda dos cuidados que geralmente satildeo

utilizados para manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico

46

ANEXO

47

48

  • KARINA RODRIGUES FERNANDES
    • COA Thatiana Fernanda PETTENGILL Myriam Aparecida Mandetta Autonomia da crianccedila hospitalizada frente aos procedimentos crenccedilas da enfermeira pediatra Acta paul enferm 19(4) 433-438 out-dez 2006 Disponiacutevel em lt wwwscielobrscielophpscr
    • JANSEN Michele Ferraz SANTOS Rosane Maria dos FAVERO Luciane Benefiacutecios da utilizaccedilatildeo do brinquedo durante o cuidado de enfermagem prestado agrave crianccedila hospitalizada Rev Gaucha Enferm 31(2) 247-253 jun 2010 Disponiacutevel em lt httpwwwscielo
    • MAGNABOSCO Gisele TONELLI Ana Lucia Nascimento Fonseca SOUZA Sarah Nancy Deggau Hegeto de Abordagens no cuidado de enfermagem agrave crianccedila hospitalizada submetida a procedimentos uma revisatildeo de literatura Cogitare enferm 13(1) 103-108 jan-mar
    • MARTINS Maria do Rosaacuterio RIBEIRO Circeacutea Amalia BORBA Regina Issuzu Hirooka de and SILVA Conceiccedilatildeo Vieira daProtocolo de preparo da crianccedila preacute-escolar para punccedilatildeo venosa com utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico Rev Latino-Am Enfermagem [on
    • OLIVEIRA Maria Ivoneide Veriacutessimo de BEZERRA Maria Gorette Andrade PEREIRA Vanessa Ramos Cateterizaccedilatildeo venosa assistecircncia de enfermagem-UTI pediaacutetrica Rev da Rede de Enfermagem do Nordeste AbrJun de 2008 Disponiacutevel em lt httpwwwrevistar
    • PETERLINI Maria Angeacutelica Sorgini CHAUD Massae Noda and PEDREIRA Mavilde da L GOacuterfatildeos de terapia medicamentosa a administraccedilatildeo de medicamentos por via intravenosa em crianccedilas hospitalizadasRev Latino-Am Enfermagem [online] 2003 vol11 n
    • PETERLINI Maria Angeacutelica Sorgini CHAUD Massae Noda PEDREIRA Mavilde L G Incompatibilidade entre faacutermacos e materiais de cateteres e acessoacuterios da terapia intravenosa Online braz j nurs (Online) 5(3)2006 Disponiacutevel em lt httpwwwobjnursi
    • PIMENTA Erika Acioli Gomes COLLET Neusa Dimensatildeo cuidadora da enfermagem e da famiacutelia na assistecircncia agrave crianccedila hospitalizada concepccedilotildees da enfermagem Rev esc enferm USP [online] 2009 vol43 n3 pp 622-629 Disponiacutevel em lt httpwwwscie
    • THOMAZINE Angeacutelica Malman PASSOS Rocircmulo Silva BAY JUacuteNIOR Osvaldo Goacutees COLLET Neusa OLIVEIRA Beatriz Rosana Gonccedilalves de Assistecircncia de enfermagem agrave crianccedila hospitalizada um resgate histoacuterico Ciˆnc cuid sapoundde 7(supl1) 145-152 maio 200
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        • CDD 61073
Page 10: UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE ESCOLA DE …app.uff.br/riuff/bitstream/1/3317/1/TCC Karina Rodrigues Fernandes.pdf · A punção venosa periférica é um procedimento essencial para

8

1 INTRODUCcedilAtildeO

A motivaccedilatildeo pelo assunto veio durante o ensino teoacuterico praacutetico da disciplina

Enfermagem na sauacutede da crianccedila e do adolescente II na enfermaria pediaacutetrica do Hospital

Universitaacuterio Antonio Pedro quando me incomodei com o excesso de punccedilatildeo perifeacuterica

realizado nas crianccedilas gerando impacto nas mesmas e na famiacutelia durante o procedimento

A hospitalizaccedilatildeo em si eacute uma situaccedilatildeo estressante jaacute que a crianccedila perde o controle em

relaccedilatildeo a sua liberdade aleacutem do conviacutevio com pessoas estranhas e da mudanccedila de ambiente e

rotina (HOCKENBERRY e WILSON 2011 p676) Com isso em uma situaccedilatildeo de diversas

perdas de acesso venoso as repeticcedilotildees do procedimento causam trauma emocional tornando

ainda mais doloroso o periacuteodo de estada do paciente no hospital

A punccedilatildeo venosa perifeacuterica eacute um procedimento essencial para manejo da crianccedila

durante a hospitalizaccedilatildeo visto que em grande parte as medicaccedilotildees satildeo administradas por essa

via onde o efeito eacute quase instantacircneo e permite infusatildeo de maior volume Poreacutem esse tipo de

procedimento eacute doloroso e estressante deixando a crianccedila sujeita a traumas por agentes

bioloacutegicos quiacutemicos fiacutesicos e emocionais sendo funccedilatildeo do enfermeiro prevenir diminuir ou

erradicar esses riscos (CORREIA RIBEIRO BORBA 2009 p559)

A permanecircncia do dispositivo eacute dificultada por diversos fatores como uma infecccedilatildeo a

fixaccedilatildeo inadequada o trauma durante a infusatildeo e a movimentaccedilatildeo da crianccedila A cobertura

utilizada eacute de suma importacircncia nessa situaccedilatildeo sendo ela muitas das vezes a causa da perda

de um acesso e entatildeo a necessidade de nova punccedilatildeo venosa Por conta disso esse tipo de

procedimento causa grande desconforto para a famiacutelia para a crianccedila e tambeacutem para o

profissional (CORREIA RIBEIRO BORBA 2009 p559)

Uma grande pesquisa conduzida sobre a temaacutetica concluiu que com ldquo592 crianccedilas e

1135 tentativas de punccedilatildeo realizadas por 143 enfermeiras 10 de taxa de insucesso no

9

procedimento poreacutem com cerca de 50 de insucesso na primeira tentativardquo Cada crianccedila foi

submetida a 21 tentativas (LARSEN1

11 Questotildees norteadoras

et al 2010 apud NEGRI et al 2012)

Quais os fatores que podem interferir na permanecircncia do acesso venoso em uma

crianccedila hospitalizada

Quais satildeo os cuidados da equipe de enfermagem para aumentar o tempo de

permanecircncia de um acesso venoso perifeacuterico em uma crianccedila hospitalizada

12 Objeto de estudo

Os cuidados da equipe de enfermagem na permanecircncia do acesso venoso perifeacuterico

13 Objetivos

Descrever e discutir os cuidados de enfermagem acerca da permanecircncia dos acessos

venosos perifeacutericos na pediatria

14 Justificativa e relevacircncia

Diante da problemaacutetica exposta eacute possiacutevel identificar a importacircncia da necessidade de

um maior periacuteodo de permanecircncia dos acessos venosos perifeacutericos Com isso aleacutem da

diminuiccedilatildeo de eventos que causam dor e irritaccedilatildeo na crianccedila e na famiacutelia promoveraacute tambeacutem

uma melhor estada dos mesmos durante o periacuteodo de hospitalizaccedilatildeo

Oliveira Bezerra e Pereira (2008 p96) chegaram a conclusatildeo que os enfermeiros

prestam assistecircncia agraves crianccedilas dentro dos paracircmetros poreacutem devem ter mais cuidados em

alguns pontos como ldquonecessidade de maior atenccedilatildeo na quantidade e velocidade da infusatildeo da

terapia mais controle do calibre do cateter identificaccedilatildeo do acesso complicaccedilotildees e troca de

fixaccedilatildeordquo

O presente estudo possui relevacircncia pois busca descrever os principais cuidados que a

equipe de enfermagem desenvolve na manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico na pediatria

demonstrando o que a equipe faz efetivamente para aumentar o tempo de permanecircncia desse

1 Larsen P Eldridge D Brinkley J Newton D Goff D Hartzog T Saad ND Perkin R Pediatric peripheral intravenous access does nursing experience and competence really make a difference J Infus Nurs 201033(4)226-35

10

dispositivo visto que a sua inserccedilatildeo jaacute eacute um evento estressante para crianccedila e sua famiacutelia

durante a hospitalizaccedilatildeo Eacute relevante tambeacutem natildeo soacute para os enfermeiros pediaacutetricos como

tambeacutem para todos os profissionais da aacuterea de sauacutede que procuram aprofundar seus

conhecimentos acerca dos cuidados na assistecircncia de enfermagem da cateterizaccedilatildeo venosa

perifeacuterica

11

2 REVISAtildeO DE LITERATURA

21 Hospitalizaccedilatildeo infantil e seus estressores

Durante a vida de uma crianccedila as principais situaccedilotildees de crise que normalmente elas

vivenciaratildeo estatildeo relacionadas agrave doenccedila ou a uma possiacutevel hospitalizaccedilatildeo Frente a estes

fatores elas se mostram vulneraacuteveis diante das mudanccedilas impostas relacionadas ao estado de

sauacutede e a sua rotina de vida (HOCKENBERRY e WILSON 2011 p676)

ldquoA hospitalizaccedilatildeo representa para a crianccedila uma situaccedilatildeo diferente de todas as jaacute

vivenciadas haja vista que sua rotina diaacuteria eacute modificada Ela encontra-se em um ambiente

impessoal repleto de tabus e significados diferente do seu contexto diaacuteriordquo (JANSEN

SANTOS e FAVERO 2010 p248)

Segundo Brito et al (2009 p 803) a crianccedila hospitalizada eacute ldquoafastada de seu ambiente

familiar de seus amigos da escola e de seus objetos pessoais perdendo assim grande parte de

suas referecircnciasrdquo com isso esse periacuteodo de hospitalizaccedilatildeo pode causar impacto sobre o estado

psicoloacutegico da mesma

Conforme Hockenberry e Wilson (2011 p676) as crianccedilas natildeo possuem habilidades

de enfrentamento suficientes para resolver determinados estressores Como principais

estressores pode-se citar ldquoa separaccedilatildeo a perda de controle lesatildeo corporal e dorrdquo

Um dos procedimentos mais dolorosos e estressantes para a crianccedila eacute a punccedilatildeo venosa

onde na maioria dos casos constitui a primeira escolha para a administraccedilatildeo de medicamentos

nutriccedilatildeo parenteral hemoderivados e coleta de exames sanguumliacuteneos(OLIVEIRA BEZERRA e

PEREIRA 2008 p91)

12

ldquoA crianccedila eacute um ser em crescimento e desenvolvimento com particularidades e

caracteriacutesticas proacutepriasrdquo (MATHEWS-SIMONTON2

Esse periacuteodo de internaccedilatildeo ldquopode deixar a crianccedila ansiosa insegura e com medo

principalmente quando natildeo eacute preparada para a hospitalizaccedilatildeo e o tratamento a que seraacute

submetidardquo Para Martins (2001) isso contribui para aumentar o medo e a ansiedade

expressos por meio do choro da raiva e ateacute mesmo por agressotildees

1990 apud COA e PETTENGILL

2006 p434) Isso significa que a crianccedila iraacute se comportar de acordo com a situaccedilatildeo imposta

pois isso dependeraacute natildeo soacute da idade de desenvolvimento como tambeacutem de suas experiecircncias

com determinadas situaccedilotildees

Diante de todo o processo de hospitalizaccedilatildeo a crianccedila pode apresentar diversas

manifestaccedilotildees comportamentais sendo consideradas mais comuns as ldquoregressotildees diminuiccedilatildeo

no ritmo do desenvolvimento desordens do sono e da alimentaccedilatildeo dependecircncia

agressividade apatia estados depressivos fobias e transtornos de comportamento em geralrdquo

(BAR-MOR3

Para a famiacutelia ldquoa hospitalizaccedilatildeo de um filho geralmente eacute encarada como uma

situaccedilatildeo de crise para a famiacutelia e para a crianccedilardquo O profissional de enfermagem deve se

organizar seu trabalho com estrateacutegias que minimizem o sofrimento no ambiente hospitalar e

na assistecircncia agrave crianccedila (THOMAZINE et al 2008 p146)

1997 apud BRITO et al 2009 p203) Com a atenccedilatildeo voltada para atender a

demanda e a necessidade fisioloacutegica da crianccedila os profissionais da equipe de enfermagem

geralmente ldquodedicam pouca ou nenhuma atenccedilatildeo agraves questotildees psicoloacutegicas e sociais da crianccedila

hospitalizada e de sua famiacuteliardquo(JANSEN SANTOS e FAVERO 2010 p248)

A qualidade do ambiente pode afetar diretamente no processo de recuperaccedilatildeo com

isso ldquoas intervenccedilotildees no contexto hospitalar devem visar agrave promoccedilatildeo de condiccedilotildees favoraacuteveis

agrave reabilitaccedilatildeo dos efeitos de experiecircncias adversas ao desenvolvimento das crianccedilasrdquo Isso

sugere que o ambiente aleacutem de incentivar a sauacutede deve ser planejado de maneira supra agraves

necessidades dos pacientes levando em conta os aspectos psicoloacutegicos pedagoacutegicos e

2 Mathews-Simonton S A famiacutelia e a cura o meacutetodo Simonton para famiacutelias que enfrentam uma doenccedila Satildeo Paulo Summus 1990 3 Bar-Mor G Preparation of children for surgery and invasive procedures milestones on the way to success J Pediatr Nurs1997Aug12(4) 252-255

13

socioloacutegicos da crianccedila e de sua famiacutelia (SOARES e ZAMBERLAN4

Para humanizar a assistecircncia agrave crianccedila hospitalizada e atender a suas reais

necessidades os pais foram inseridos na cliacutenica pediaacutetrica com direito a permanecircncia integral

nos casos de internaccedilatildeo Isso ocorreu no iniacutecio da deacutecada de 1990 no Brasil com a

legalizaccedilatildeo estabelecida pelo Estatuto da Crianccedila e do Adolescente (THOMAZINE et al

2008 p145) Com isso ldquomuitos hospitais natildeo consideram mais os pais como visitantes e

enfatizam sua presenccedila durante todo o periacuteodo da hospitalizaccedilatildeordquo fazendo uso de um sistema

de cuidado centrado na famiacutelia (HOCKENBERRY e WILSON 2011 p685)

1995 apud BRITO et

al 2009 p803)

Durante o processo de hospitalizaccedilatildeo as crianccedilas satildeo submetidas a diversas condutas e

procedimentos como por exemplo exames e administraccedilatildeo de medicamentos A punccedilatildeo

venosa eacute um dos principais procedimentos que causam dor e muitas vezes existe a

necessidade de vaacuterias punccedilotildees durante um mesmo dia Vale ressaltar que para a crianccedila esse

tipo de procedimento se iguala a uma agressatildeo jaacute que ldquona maioria das vezes eacute acompanhado

de dor ou medo o que se traduz no choro e na ansiedaderdquo (COLLET5

2002 apud GOMES et

al 2011 p290)

22 Acesso venoso perifeacuterico em pediatria

Para Correia et al (2009 p559) a fim evitar um trauma emocional durante a punccedilatildeo

as crianccedilas precisam ser orientadas sobre o tratamento seus objetivos e receber atenccedilatildeo

carinhosa neste momento

A fim de tornar o processo de cateterizaccedilatildeo venosa menos doloroso e estressante para

a crianccedila deve-se ter preferecircncia pelas veias que menos comprometam suas atividades

essenciais Neste intuito deve-se evitar por exemplo puncionar uma veia na matildeo que

dificulte o ato de se alimentar desenhar e ateacute mesmo brincar (OLIVEIRA BEZERRA e

PEREIRA 2008 p91)

4 Soares MRZ Zamberlan MAT A inclusatildeo do brincar na hospitalizaccedilatildeo infantil Est Psicol maioago18(2) 64-9 5 Collet N Oliveira BRG de Manual de Enfermagem em Pediatria Goiacircnia AB 2002

14

O acesso vascular eacute uma das principais modalidades de tratamento utilizadas na

assistecircncia agrave sauacutede Existe ampla aceitaccedilatildeo difusatildeo e praacutetica desse procedimento pelos

profissionais da aacuterea da assistecircncia agrave sauacutede (FERREIRA et al 2005)

Foi na deacutecada de 40 que o uso de cateter vascular foi introduzido nos hospitais

tornando-se essencial para as atividades assistenciais da modernidade (WORTHIGTON6

Para Peterlini e Chaud (2003) tal procedimento se define como um conjunto de

conhecimentos e teacutecnicas que visam agrave administraccedilatildeo de soluccedilotildees ou faacutermacos no sistema

circulatoacuterio abrangendo o preparo do paciente a escolha obtenccedilatildeo e manutenccedilatildeo do acesso

venoso os meacutetodos de preparo e administraccedilatildeo de drogas e soluccedilotildees e os cuidados referentes

agrave frequecircncia de troca do cateter curativos dispositivos de infusatildeo e soluccedilotildees

2005 apud MENDONCcedilA et al 2011 p330)

Primeiramente o acesso perifeacuterico era mantido com agulhas de accedilo inoxidaacutevel as

quais apesar de oferecerem menor risco de infecccedilatildeo satildeo riacutegidas e facilitavam perda do

acesso Em 1945 passou a ser utilizado o cateter venoso plaacutestico que permitia manutenccedilatildeo do

acesso por tempo prolongado (FERNANDES e RIBEIRO7

Quanto ao tempo de permanecircncia em pacientes pediaacutetricos o cateter deve ser mantido

ateacute o teacutermino da terapia intravenosa ou quando forem observados sinais cliacutenicos de

complicaccedilotildees diferentemente dos pacientes adultos onde o tempo de permanecircncia

preconizado eacute de 72 a 96 horas (CENTERS FOR DISEASE CONTROL AND

PREVENTION-CDC 2002)

2000 apud MARTINS et al 2008

p 485) Habitualmente o material de punccedilatildeo que vem sendo utilizado em crianccedilas satildeo os

cateteres flexiacuteveis tipo abocath com mandril metaacutelico (BATALHA et al 2010 p512)

Associaccedilatildeo Paulista de Estudos e Controle de Infecccedilatildeo Hospitalar (2005 apud

Moncaio e Figueiredo 2009) ressaltam que ldquoas principais complicaccedilotildees infecciosas para o

paciente satildeo flebite infecccedilatildeo do siacutetio de inserccedilatildeo do cateter extravasamento de soluccedilatildeo e

bacteremia relacionada ao cateterrdquo Certos fatores podem contribuir para o aparecimento de

tais complicaccedilotildees como o tipo do cateter que seraacute utilizado o preparo do local da punccedilatildeo

aleacutem de caracteriacutesticas intriacutensecas do paciente Vale acrescentar que ldquoos cateteres 6 Worthigton T Elliot TSJ Diagnosis of central venous catheter related infection in adult pacient J Infect 2005 51267-80 7 Fernandes AT Ribeiro Filho N Infecccedilatildeo do acesso vascular In Fernandes AT Fernandes M OV Ribeiro Filho N Infecccedilatildeo hospitalar e suas interfaces na aacuterea da sauacutede Satildeo Paulo (SP) Atheneu 2000 p 556-79

15

confeccionados em Teflon e poliuretano estatildeo associados a baixas frequecircncias de

complicaccedilotildees infecciosas quando comparados aos de polivinilcloreto e polietilenordquo

CENTERS FOR DISEASE CONTROL AND PREVENTION-CDC 2002)

ldquoNo acircmbito hospitalar a flebite eacute uma das complicaccedilotildees mais frequentes e

considerada uma das principais falhas da infusatildeordquo Eacute o processo inflamatoacuterio da camada

iacutentima das veias ocasionado por irritaccedilatildeo mecacircnica quiacutemica ou infecccedilotildees bacterianas

apresentando manifestaccedilotildees como dor edema hiperemia local e calor (GABRIEL8

Machado et al(2008) relata que ldquocerca de 1 a 10 destes pacientes desenvolvem

infecccedilotildees locais ou sistecircmicas relacionadas ao uso de cateteres causadas por alteraccedilatildeo ou

ruptura da integridade da pele que permite a passagem de microorganismos colonizadoresrdquo

2008

apud MAGEROTE et al 2011 p 487)

O curativo para fixaccedilatildeo do cateter eacute outro ponto importante para a manutenccedilatildeo do

mesmo visto que a ldquofixaccedilatildeo reduz o risco de complicaccedilotildees relacionadas agrave terapia intravenosa

tais como flebite infiltraccedilatildeo septicemia e deslocamento do cateterrdquo aleacutem de mantecirc-lo limpo

e seco permitindo a visualizaccedilatildeo contiacutenua do mesmo a fim de prevenir os agravos

(PHILLIPS9

No seacuteculo passado durante os primeiro 50 anos da praacutetica da terapia intravenosa

utilizava-se para fixaccedilatildeo gaze esteacuteril e fitas adesivas O iniacutecio do uso de filmes transparentes

esteacutereis se deu em 1970 como solicitaccedilatildeo dos enfermeiros quanto agrave necessidade da retirada do

curativo para realizar a inspeccedilatildeo do local de inserccedilatildeo funccedilatildeo atribuiacuteda aos mesmos a fim de

impedir uma infecccedilatildeo de corrente sanguiacutenea (MACHADO PEDREIRA E CHAUD 2008)

2001 apud SILVA E ZANETTI 2004 p233)

O uso de fitas adesivas natildeo-esteacutereis pode ser bastante observado em algumas

instituiccedilotildees de sauacutede contudo fita adesiva soacute natildeo estaacute contaminada enquanto permanece na

embalagem sugerindo tambeacutem a possibilidade da transmissatildeo de microorganismos

patogecircnicos com a aplicaccedilatildeo da mesma sobre o local de inserccedilatildeo do cateter

(VANDENBOSCH COOCH E TRESTON-AURAND10

8 Gabriel J Infusion therapy part one minimising the risks Nurs Stand 2008 Apr 22(31)51-6

1997 et al MACHADO

PEDREIRA E CHAUD2005 p292)

9 Phillips DL Manual de terapia endovenosa Trad Pedreira MLG Pereira SR Harada MJCS Peterline MAS 2ordf ed Porto Alegre (RS) Artmed 2001551P 10 VandenBosch TM Cooch J Treston-Aurand J Research utilization adhesive bandage dressing regimen for peripheral venous catheters Am J Infect Control 1997 25(6)513-9

16

Acerca da terapia intravenosa podem ocorrer incompatibilidades em relaccedilatildeo aos

faacutermacos administrados e os cateteres utilizados que na maioria das vezes natildeo satildeo percebidos

devido a impossibilidade de visualizaccedilatildeo Essas incompatibilidades satildeo denominadas por

Peterlini Chaud e Pedreira (2006) como adsorccedilatildeo e absorccedilatildeo onde ocorre ldquoperda do faacutermaco

para a superfiacutecie de frascos seringas filtros acessoacuterios e cateteres da terapia intravenosa por

meio de adsorccedilatildeo ou pela absorccedilatildeo do faacutermaco para a matriz do material de confecccedilatildeo desses

dispositivosrdquo Com isso o profissional de enfermagem tem como funccedilatildeo aleacutem do

conhecimento cientiacutefico acerca das drogas utilizadas programar accedilotildees que possibilitem

ldquoreconstituiccedilatildeo diluiccedilatildeo acondicionamento e cuidados na administraccedilatildeo de faacutermacosrdquo

evitando assim prejuiacutezos no tratamento

17

3 METODOLOGIA

31 Tipo de pesquisa

Trata-se de uma pesquisa descritiva exploratoacuteria de abordagem qualitativa com os

profissionais da equipe de enfermagem da unidade de internaccedilatildeo pediaacutetrica de um hospital

universitaacuterio do estado do Rio de Janeiro

Para Minayo Deslandes e Gomes (2007 p 21) a pesquisa qualitativa responde as

questotildees de forma particular de modo que trabalha com o universo dos significados dos

motivos das aspiraccedilotildees das crenccedilas dos valores e atitudes Sendo assim entende-se que as

accedilotildees do ser humano se distinguem a partir do seu pensamento do modo de agir de acordo

com a realidade vivida por cada um

Segundo Gil (1999 p44) ldquoas pesquisas descritivas tecircm como objetivo primordial a

descriccedilatildeo das caracteriacutesticas de determinada populaccedilatildeo ou fenocircmeno ou o estabelecimento de

relaccedilotildees variaacuteveisrdquo

Kauark Manhatildees e Medeiros (2010 p28) determinam a pesquisa exploratoacuteria como

agravequela que ldquoObjetiva a maior familiaridade com o problema tornando-o expliacutecito ou agrave

construccedilatildeo de hipoacutetesesrdquo Acrescenta ainda que a mesma pode conter levantamento

bibliograacutefico entrevistas com pessoas experientes no problema pesquisado entre outras

fontes

32 Sujeitos da pesquisa

A pesquisa contou com um nuacutemero total de nove (9) profissionais da equipe de

enfermagem da unidade de internaccedilatildeo pediaacutetrica de um Hospital Universitaacuterio do Rio de

Janeiro sendo estes dois (2) enfermeiros e sete (7) teacutecnicos de enfermagem De todos os

18

participantes apenas um trabalha no serviccedilo noturno sendo o restante do serviccedilo diurno Os

mesmos satildeo os responsaacuteveis pela instalaccedilatildeo e manipulaccedilatildeo dos os acessos venosos

perifeacutericos supondo assim que tenham maior domiacutenio sobre o assunto abordado

Os sujeitos foram identificados com codinomes referentes agraves princesas da Disney para

que suas identidades sejam preservadas

33 Cenaacuterio

A pesquisa ocorreu na unidade de internaccedilatildeo pediaacutetrica localizada no quinto andar do

Hospital Universitaacuterio do Rio de Janeiro vinculado a uma Universidade Federal

A unidade pediaacutetrica eacute divida em trecircs enfermarias de acordo com a idade das crianccedilas

hospitalizadas sendo denominadas estas Lactente preacute-escolar e escolar A enfermaria

Lactente eacute composta por 5 leitos hospitalizando crianccedilas de 29 dias a 2 anos jaacute na preacute-escolar

encontram-se 6 leitos e acolhe crianccedilas de 2 a 6 anos e na escolar 6 leitos abrigando crianccedilas

de 7 a 12 anos Toda crianccedila hospitalizada tem direito a um acompanhante como eacute

preconizado por direito pelo Artigo doze (12) do Estatuto da Crianccedila e do Adolescente

(Brasil 1990 p3)

A enfermaria conta com um posto de enfermagem localizado no centro da unidade

possibilitando maior visualizaccedilatildeo das enfermarias Possui tambeacutem uma sala de recreaccedilatildeo e

banheiro para os pacientes e acompanhantes Haacute uma sala utilizada pedagogia hospitalar

onde uma professora realiza atividades com as crianccedilas

Vale ressaltar que na unidade haacute uma sala para realizaccedilatildeo de procedimentos dolorosos

como a punccedilatildeo venosa perifeacuterica e sempre que possiacutevel o paciente eacute levado ateacute ela

34 Coleta de dados

A coleta de dados se deu a partir da teacutecnica de entrevista semi-estruturadas que

segundo Minayo Deslandes e Gomes (2007 p 64) satildeo ldquoperguntas fechadas e abertas em que

o entrevistado tem a possibilidade de discorrer sobre o tema em questatildeo sem se prender agrave

indagaccedilatildeo formuladardquo As mesmas foram gravadas em entrevista individual e tiveram como

foco as accedilotildees que os profissionais da equipe de enfermagem realizam acerca dos cuidados

para a permanecircncia do acesso venoso perifeacuterico aleacutem de investigar sobre o conhecimento que

cada um possui sobre o tema

19

Apoacutes contato preacutevio com a equipe de enfermagem foi acordado um dia e horaacuterio para

a realizaccedilatildeo das entrevistas que aconteceram na proacutepria unidade Todos os profissionais da

equipe de enfermagem foram convidados a participar voluntariamente da pesquisa As

entrevistas aconteceram apoacutes os profissionais assinarem o Termo de Consentimento Livre e

Esclarecido (TCLE)

Para Minayo Deslandes e Gomes (2007 p 64) a entrevista possui como principal

objetivo construir dados que sejam pertinentes para a pesquisa aleacutem de ser a estrateacutegia mais

utilizada no processo de trabalho de campo

A coleta foi interrompida no momento em que os dados se mostraram saturados ou

seja quando houve a cessaccedilatildeo do acreacutescimo de informaccedilotildees novas referentes ao tema

proposto

O fechamento amostral por saturaccedilatildeo teoacuterica eacute definido como a suspensatildeo de inclusatildeo

de novos participantes quando os dados obtidos passam a apresentar na avaliaccedilatildeo do

pesquisador certa redundacircncia ou repeticcedilatildeo natildeo sendo considerado relevante continuar a

coleta de dados (FONTANELLA RICAS e TURATO 2008)

35 Questotildees eacuteticas da pesquisa

De acordo com a Resoluccedilatildeo 46612 que visa assegurar os direitos e deveres que

dizem respeito agrave comunidade cientiacutefica aos sujeitos da pesquisa e ao Estado uma pesquisa

que envolve a participaccedilatildeo de seres humanos deve atender aos fundamentos eacuteticos e

cientiacuteficos pertinentes para a seguranccedila dos mesmos Neste contexto toda pesquisa

envolvendo seres humanos deveraacute ser submetida agrave apreciaccedilatildeo de um Comitecirc de Eacutetica em

Pesquisa (CEP) (BRASIL 2012)

Atendendo a esta condiccedilatildeo o projeto de pesquisa foi encaminhado ao CEP ndash do

Hospital Universitaacuterio o qual foi realizada a pesquisa foi analisado e aprovado na Reuniatildeo

com data de 06122013 CAAE 24693613700005243 Nuacutemero do parecer 486451 Com

isso a pesquisa foi desenvolvida mediante aprovaccedilatildeo do CEP atendendo aos preacute-requisitos

estipulados pela Resoluccedilatildeo nordm 46612

Esta pesquisa eacute pautada em princiacutepios eacuteticos que respeitam a dignidade humana e

justiccedila assegurando que natildeo haveraacute nenhum tipo de dano aos participantes

20

Em atendimento a resoluccedilatildeo 46612 do Conselho Nacional de SauacutedeMS apoacutes serem

esclarecidos pela pesquisadora quanto aos aspectos eacuteticos relacionados agrave pesquisa aleacutem das

formas de produccedilatildeo de dados e inserccedilatildeo no estudo os sujeitos da pesquisa assinaram duas

vias do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido ndash TCLE (apecircndice 1) autorizando sua

participaccedilatildeo voluntaacuteria na pesquisa Uma via foi entregue ao participante e outra ficou

arquivada com a pesquisadora

Nesse documento consta os objetivos da pesquisa procedimentos benefiacutecios

previstos garantia de recusa de participaccedilatildeo em qualquer momento de acesso aos resultados

da pesquisa e tambeacutem a garantia de acesso ao pesquisador quando os sujeitos julgarem

necessaacuterio sendo todas essas informaccedilotildees em linguagem acessiacutevel e simples O mesmo foi

apresentado e explicado ao profissional convidado a participar do estudo no primeiro contato

eou durante visita agendada para realizaccedilatildeo da entrevista

Vale ressaltar que esta pesquisa cujo financiamento eacute proacuteprio natildeo oferece nenhum

tipo de riscos para o sujeito da pesquisa e nem para o cuidado das crianccedilas internadas no setor

de pediatria e os benefiacutecios da participaccedilatildeo do mesmo satildeo de aumentar o conhecimento

cientiacutefico na aacuterea de Enfermagem Pediaacutetrica aleacutem de contribuir para a praacutetica profissional

36 Anaacutelise dos dados

O processo de anaacutelise dos dados foi baseada na teacutecnica da Anaacutelise Temaacutetica que para

Minayo Deslandes e Gomes (2007 p 86) o conceito central eacute o tema ldquoO tema eacute a unidade de

significaccedilatildeo que se liberta naturalmente de um texto analisado segundo criteacuterios relativos agrave

teoria que serve de guia da leiturardquo (BARDIN11

A anaacutelise realizada estava de acordo com a sugerida por Minayo (2010 p 315) e

contam com as seguintes etapas preacute-analise exploraccedilatildeo do material tratamento dos

resultados obtidos e interpretaccedilatildeo Atraveacutes dessas etapas tem-se o objetivo de descrever o

conteuacutedo do material coletado e interpretaacute-lo

1979 apud MINAYO DESLANDES

GOMES 2007 p 86)

A preacute analise consiste na escolha dos elementos a serem analisados e na retomada das

hipoacuteteses e dos objetivos iniciais da pesquisa Inicia-se com uma leitura flutuante onde o

11 BARDIN L Anaacutelise de Conteuacutedo Lisboa Ediccedilotildees 70 1979

21

pesquisador toma contato direto com o material adquirido deixando-se impregnar por seu

conteuacutedo Posteriormente haacute a constituiccedilatildeo do Corpus textual onde eacute feita uma seleccedilatildeo dos

documentos que iratildeo contemplar e fornecer informaccedilotildees sobre o tema sendo assim adequados

para dar resposta aos objetivos do trabalho (MINAYO 2010 p 315)

Essa fase preacute-analiacutetica eacute onde se determinam a unidades de registro unidade de

contexto e a partir delas satildeo determinados os temas que seratildeo analisados A unidade de

registro corresponde parte do conteuacutedo selecionado como base para analise e apoacutes a

delimitaccedilatildeo do contexto de compreensatildeo da unidade de registro eacute estabelecida a unidade de

contexto (MINAYO 2010 p 316)

De acordo com os objetivos da pesquisa foi possiacutevel perceber que nove (9)

entrevistas supriam para atender os mesmo encerrando assim a coleta Apoacutes a transcriccedilatildeo das

entrevistas foi realizada leitura das mesmas para natildeo soacute conhecimento do material mas

tambeacutem estabelecer as unidades de registro Em seguida foi realizado o colorimento das falas

assim as classificando de acordo com as unidades de registro estabelecidas

As unidades de registro que surgiram foram os fatores que interferem na manutenccedilatildeo

do acesso venoso perifeacuterico e o apontamento do acompanhante como responsaacutevel pela perda

do acesso venoso perifeacuterico Elas receberam as cores vermelha e laranja respectivamente a

fim de facilitar o agrupamento dos dados A partir disto surgiram as unidades de contexto que

compreendem as falas das entrevistas de modo a exemplificar o contexto das unidades de

registro

Partindo para segunda etapa da analise temaacutetica a exploraccedilatildeo do material que consiste

numa classificaccedilatildeo que visa alcanccedilar o nuacutecleo de compreensatildeo do texto Busca-se encontrar

categorias que satildeo expressotildees ou palavras significativas em funccedilatildeo das quais o conteuacutedo seraacute

organizado Essas categorias satildeo responsaacuteveis pela especificaccedilatildeo dos temas (MINAYO

2010 p 317)

Nesse caso foram definidos os seguintes temas cuidados preacute intra e poacutes procedimento

de punccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico cuidados em desuso para manutenccedilatildeo do acesso

venoso perifeacuterico o acompanhante e a manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico Essas trecircs (3)

categorias seratildeo apresentadas analisadas e discutidas no capitulo seguinte

22

4 RESULTADOS E DISCUSSAtildeO

Nesse capiacutetulo apresento as trecircs categorias temaacuteticas que surgiram da anaacutelise dos

dados e que contemplaram de forma satisfatoacuteria os objetivos da pesquisa A primeira

categoria denominada como ldquoOs cuidados de enfermagem preacute intra e poacutes-procedimento de

punccedilatildeo do acesso venoso perifeacutericordquo traz os passos e cuidados que os profissionais realizam

antes durante e apoacutes a punccedilatildeo buscando descrever e analisar os fatores envolvidos na pratica

do procedimento em questatildeo que emergiram das entrevistas aleacutem dos cuidados de

enfermagem para a manutenccedilatildeo do mesmo

A segunda categoria que seraacute apresentada eacute ldquoOs cuidados em desuso para manutenccedilatildeo

do acesso venoso perifeacutericordquo que mostra os cuidados que os profissionais citaram como natildeo

mais utilizados para auxiliar na manutenccedilatildeo da punccedilatildeo venosa perifeacuterica

E a uacuteltima categoria eacute denominada ldquoO acompanhante e a manutenccedilatildeo do acesso

venoso perifeacutericordquo e traz a responsabilizaccedilatildeo do acompanhante pelos profissionais do setor

em relaccedilatildeo aos cuidados com manutenccedilatildeo da punccedilatildeo Essa categoria busca tambeacutem ressaltar a

funccedilatildeo do acompanhante durante a hospitalizaccedilatildeo da crianccedila destacando que determinados

cuidados satildeo de total funccedilatildeo da equipe de enfermagem

41 Os cuidados de enfermagem preacute intra e poacutes-procedimento de punccedilatildeo do acesso

venoso perifeacuterico

Para interpretar as unidades de contextos tive como base autores que definiram os

cuidados de enfermagem preacute intra e poacutes punccedilatildeo venosa perifeacuterica Para esses autores a fase

de preacute-punccedilatildeo compreende as accedilotildees de anaacutelise e conhecimento da prescriccedilatildeo avaliaccedilatildeo e

23

preparo emocional do paciente preparo do material e medicaccedilatildeo seleccedilatildeo do siacutetio de inserccedilatildeo

e dilataccedilatildeo da veia selecionada As accedilotildees envolvidas na punccedilatildeo satildeo a execuccedilatildeo das

precauccedilotildees-padratildeo antissepsia da pele punccedilatildeo do vaso a fixaccedilatildeo e curativo do cateter

Finalmente na etapa de poacutes-punccedilatildeo adota-se a identificaccedilatildeo da punccedilatildeo o descarte apropriado

das partes dos materiais natildeo utilizados a orientaccedilatildeo do paciente acerca da terapecircutica o

controle da infusatildeo atraveacutes do gotejamento se necessaacuterio e o registro do procedimento

Phillips12

De acordo com as entrevistas a seleccedilatildeo do local de punccedilatildeo eacute indicada com um fator

que interfere diretamente no tempo de permanecircncia do acesso venoso perifeacuterico visto que

dependendo do local ocorre a perda mais rapidamente Aleacutem da localizaccedilatildeo citaram tambeacutem

o calibre da veia como interferecircncia na manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico Seguem

abaixo algumas falas

(2001 apud ARAUacuteJO 2007 p18)

ldquoPrimeira coisa eacute vocecirc procurar bem a veia colocar uma veia de um bom calibre Se puder dar preferecircncia a natildeo puncionar dobrasrdquo (Cinderela) ldquoDependendo de onde estiver puncionado se for na matildeozinha a crianccedila fica toda hora ta mexendo taacute manipulando alguma coisa e se for no pezinho tambeacutem nem todo tempo vai ficar acamada entatildeo acaba perdendo o acessordquo(Bela ) ldquoO mau posicionamento pode levar a perdardquo (Rapunzel)

A opiniatildeo dos profissionais acima vai de encontro com o que eacute encontrado na

literatura visto que eacute de suma importacircncia que o mesmo avalie o cliente e considere alguns

aspectos para uma escolha criteriosa e eficaz como a finalidade da punccedilatildeo o tipo de soluccedilatildeo

a ser infundida a condiccedilatildeo da rede venosa a duraccedilatildeo da terapia idade do cliente habilidade

cognitiva da crianccedila a preferecircncia do cliente o que nem sempre seraacute possiacutevel satisfazer e

tambeacutem a sua atividade (ARAUacuteJO 2007 p31)

Os cuidados com o acesso venoso perifeacuterico satildeo importantes antes mesmo da

realizaccedilatildeo do procedimento Levando em consideraccedilatildeo que um erro durante a fase de preacute-

procedimento como a escolha errada do local de punccedilatildeo por exemplo poderaacute levar a perda

do acesso e prejudicar assim o tratamento aleacutem do bem-estar da crianccedila que seraacute puncionada

novamente

12 PHILLIPS L D Manual de terapia intravenosa 2ed Porto Alegre Artmed 2001

24

O vaso sanguiacuteneo que o profissional selecionar como local para puncionar deve ser

suficiente para suportar o calibre e o comprimento do cateter aleacutem de atender a necessidade

terapecircutica para que natildeo haja a necessidade de uma nova punccedilatildeo

A punccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico eacute um procedimento doloroso e de grande

incomodo para a crianccedila com isso eacute de suma importacircncia realizar a seleccedilatildeo preacutevia do

material poreacutem natildeo foi citado Outro cuidado rotineiro e natildeo menos importante como a

lavagem das matildeos antes da colocaccedilatildeo do acesso tambeacutem natildeo foi mencionado durante as

entrevistas

O preparo emocional da crianccedila e do acompanhante quanto ao procedimento deve ser

considerada praacutetica rotineira para a equipe de enfermagem O profissional de enfermagem

deve lavar as matildeos objetivando a reduccedilatildeo significativa de risco de infecccedilatildeo e recomenda-se o

uso de aacutegua e sabatildeo para lavagem das matildeos antes da colocaccedilatildeo do cateter venoso perifeacuterico

(PHILLIPS13

O preparo preacutevio do material para instalaccedilatildeo do cateter venoso perifeacuterico eacute importante

para evitar interrupccedilotildees do procedimento e consequentemente um maior tempo de

manipulaccedilatildeo da crianccedila (SILVA

2001apud ARAUacuteJO 2007 Centers for Disease Control and Prevention ndash CDC

2002 apud ARAUacuteJO 2007)

14

Outro aspecto citado e classificado como preacute-procedimento eacute o cuidado com a

medicaccedilatildeo a ser administrada incluindo cuidados com a diluiccedilatildeo e composiccedilatildeo da mesma

Seguem algumas das falas

2004 apud ARAUacuteJO 2007 p30)

ldquoEstar sempre diluindo as medicaccedilotildees de acordo com a prescriccedilatildeo meacutedica pois as medicaccedilotildees satildeo muito fortes e podem causar enfraquecimento da veia Tem que diluir direitinho e passar lento na veiardquo (Cinderela) ldquoTer cuidado principalmente quando eacute crianccedila e a diluiccedilatildeo da medicaccedilatildeo tambeacutem agraves vezes natildeo eacute pra passar em perifeacuterico e na segunda dose jaacute perdeurdquo (Alice)

O acesso venoso perifeacuterico eacute a primeira alternativa para infusatildeo intravenosa por ser de

mais faacutecil acesso e rapidez no efeito da medicaccedilatildeo O profissional de enfermagem deve ter

domiacutenio natildeo soacute relacionado agrave infusatildeo das medicaccedilotildees mas tambeacutem com a composiccedilatildeo

13 PHILLIPS L D Manual de terapia intravenosa 2ed Porto Alegre Artmed 2001 14 SILVA G R G Terapia intravenosa em receacutem-nascidos ndash orientaccedilotildees para o cuidado de Enfermagem Rio de Janeiro Cultura Meacutedica 2004

25

farmacoloacutegica das mesmas os efeitos adversos e colaterais que a droga pode causar inclusive

em relaccedilatildeo a diluiccedilatildeo o que normalmente eacute estabelecido como padratildeo no setor de acordo com

cada faacutermaco

Com a intenccedilatildeo de promover a eficaacutecia terapecircutica dos medicamentos administrados

por via intravenosa eacute atribuiccedilatildeo do profissional de enfermagem implementar teacutecnicas como a

diluiccedilatildeo acondicionamento e cuidados na administraccedilatildeo de faacutermacos a fim de evitar

prejuiacutezos no tratamento resultantes da incompatibilidade medicamentosa (PETERLINI

CHAUD e PEDREIRA 2006)

Os fatores intra-procedimento satildeo considerados aqueles diretamente relacionados com

o procedimento Os dados colidos nas entrevistas ressaltaram apenas a fixaccedilatildeo com um fator

que interfere nessa fase Este foi o dado mais repetitivo nas entrevistas poreacutem sempre citado

de forma superficial Seguem as falas dos profissionais quando questionados sobre o que era

importante para manutenccedilatildeo do acesso

ldquoTem que fazer uma boa fixaccedilatildeo Porque quando a pessoa natildeo fixa bem prejudica porque aquilo vai soltando e quando vocecirc vecirc jaacute perdeu a veiardquo(Cinderela) ldquoEu acho que natildeo tem o que fazer para manter o acesso A crianccedila vai ficar uns dias X com aquele acesso pra fazer medicaccedilatildeo e eu acho que natildeo tem o que vocecirc profissional fazer para que natildeo percardquo (Aurora) ldquoA fixaccedilatildeo evita a movimentaccedilatildeo excessiva no local que estaacute o acessordquo (Ariel) ldquoTer cuidado com o curativo saber manusear E manter sempre o curativo limpo trocar se necessaacuteriordquo (Rapunzel) ldquoA fixaccedilatildeo eacute muito importante pra natildeo soltar o acesso e pra ele ficar mais tempordquo(Mulan)

Oliveira Bezerra e Pereira (2008 p 94) afirmam que de acordo com o revelado por

determinados estudos o tipo de curativo a fixaccedilatildeo do cateter e o tempo de permanecircncia estatildeo

diretamente relacionados com a ocorrecircncia de complicaccedilotildees infecciosas como flebites e

tambeacutem infiltraccedilatildeo extravasamento desconexatildeo e deslocamento do cateter

26

Para Pettit e Kraus15

Potter

(1995 apud MACHADO PEDREIRA E CHAUD2005 p292) a

gaze esteacuteril fixada com a fita adesiva hipoalergecircnica bem como a peliacutecula transparente esteacuteril

satildeo os materiais mais recomendados para curativo e fixaccedilatildeo de cateter venoso perifeacuterico

16

Jaacute as peliacuteculas transparentes mais conhecidas como filme permitem a respiraccedilatildeo

normal da pele com alta permeabilidade ao oxigecircnio e vapores e eacute impermeaacutevel a liacutequidos e

micro-organismos (SILVA E ZANETTI 2004 p233) Aleacutem disso permitem tambeacutem a

visualizaccedilatildeo contiacutenua do local de punccedilatildeo permitindo assim avaliaccedilatildeo do mesmo natildeo soacute

durante a infusatildeo de medicaccedilotildees mas tambeacutem todo o tempo

(1998 apud SILVA E ZANETTI 2004 p233) afirma que nas fixaccedilotildees em

que se utiliza a gaze esteacuteril preconiza-se a utilizaccedilatildeo de teacutecnica asseacuteptica Neste curativo a

gaze esteacuteril eacute colocada sobre o siacutetio de inserccedilatildeo e suas bordas satildeo fixadas com fita adesiva

A observaccedilatildeo da punccedilatildeo eacute muito importante pois se o local de inserccedilatildeo se mostrar

com sinais e sintomas de complicaccedilotildees a terapia deve ser suspensa (OLIVEIRA BEZERRA

e PEREIRA 2008 p95)

A visualizaccedilatildeo contiacutenua do acesso permite que a equipe de enfermagem possa realizar

uma observaccedilatildeo mais particularizada em relaccedilatildeo agraves condiccedilotildees do acesso venoso perifeacuterico

podendo observar se haacute deslocamento do cateter sinais de infiltraccedilatildeo e tambeacutem sinais de

infecccedilatildeo

Para Silva Barbato e Valente (2013 p 1200) cabe ao enfermeiro fazer a avaliaccedilatildeo

diaacuteria e cuidadosa do curativo observando a presenccedila de umidade sujidade integridade do

oacutestio de inserccedilatildeo a fixaccedilatildeo bem como a realizaccedilatildeo do curativo e das anotaccedilotildees legais

competentes agraves suas funccedilotildees

A fase poacutes-procedimento eacute caracterizada por uma seacuterie de cuidados que a equipe de

enfermagem deve realizar para que se obtenha maior tempo de permanecircncia do acesso venoso

perifeacuterico Durante as entrevistas os cuidados citados foram a salinizaccedilatildeo do acesso cuidados

para evitar a flebite e a velocidade de infusatildeo

15 Pettit DM Kraus V The use of gauze versus transparent dressings for peripheral intravenous catheter sites Nurs ClinNorth Am 1995 30(3)495-506 16 Potter P Perry AG Fundamentos de enfermagem processo conceito e praacutetica 3ordf ed Santos(SP) Guanabara Koogan19981397pp801-43

27

ldquoManter um acesso bem salinizado que vocecirc lave pelo menos de duas de trecircs em trecircs horas Se bem que isso aqui na pediatria natildeo eacute muito comum aqui a gente soacute lava cada vez que vai fazer medicaccedilatildeo mas se eu natildeo me engano a literatura preconiza isso vocecirc lavar pelo menos de quatro em quatro horas o acessordquo (Aurora)

ldquoPra manter o acesso venoso perifeacuterico eacute importante manter ele salinizado Assim que a gente recebe o plantatildeo eu vou ver se o acesso ta peacutervio com uma ldquoseringuinhardquo vai la da uma ldquolavadinhardquo e vecirc se o acesso ta peacutervio e manter o acesso salinizadordquo (Ariel)

ldquoSalinizar de 6 em 6 horas para manter ele peacuterviordquo (Alice)

ldquoTem que passar lento a medicaccedilatildeo e a limpeza da aacuterea vocecirc tem que limpar bem a aacuterea pra vocecirc natildeo formar uma flebiterdquo (Cinderela)

A salinizaccedilatildeo do acesso eacute um cuidado simples e de grande importacircncia Esse cuidado

deve ser realizado para manter o acesso peacutervio e limpo e deve ser realizado antes e apoacutes

qualquer infusatildeo

Para Moncaio e Figueiredo (2009)

a ldquosalinizaccedilatildeordquo consiste em administrar sob pressatildeo positiva soluccedilatildeo salina (Soro fisioloacutegico a 09) logo apoacutes o teacutermino da infusatildeo da medicaccedilatildeo Este procedimento visa prevenir a formaccedilatildeo de trombos e fibrina evitar o contato de drogas incompatiacuteveis (quando da infusatildeo de mais de um item medicamentoso no mesmo horaacuterio) garantir a infusatildeo de todo o medicamento que possa ter ficado no sistema aleacutem de evitar retorno sanguiacuteneo mantendo o cateter peacutervio para a proacutexima infusatildeo

Durante a coleta de dados esse cuidado surgiu em diversos momentos poreacutem foi

possiacutevel perceber que os profissionais realizam o mesmo de forma banalizada Natildeo sabem de

fato a real funccedilatildeo de manter o acesso salinizado A impressatildeo que passa eacute que eles

aprenderam que esse cuidado deveria ser feito e simplesmente fazem Haacute divergecircncias

tambeacutem entre a equipe em relaccedilatildeo ao momento que deve ser realizada a salinizaccedilatildeo e isso nos

mostra a desatualizaccedilatildeo dos profissionais do setor e a falta de uma educaccedilatildeo continuada no

hospital

Os cuidados para evitar a flebite e a velocidade de infusatildeo da medicaccedilatildeo apareceram

menos nas entrevistas e interferem diretamente com a manutenccedilatildeo do acesso venoso

perifeacuterico

28

A flebite eacute uma inflamaccedilatildeo na veia puncionada ocorrendo quando as ceacutelulas

endoteliais da parede da veia que o cateter estaacute inserido tornam-se inflamadas e irregulares

propiciando a aderecircncia de plaquetas e predispondo a veia a inflamaccedilatildeo Eacute comum que o local

se apresente dolorido hiperemiado quente e edemaciado e nesses casos eacute aconselhada a

retirada do cateter Uma boa fixaccedilatildeo do cateter perifeacuterico eacute recomendada por autores na

literatura visto que previnem deslocamento faacutecil e permitem uma boa visualizaccedilatildeo do local

evitando complicaccedilotildees como a flebite e infiltraccedilatildeo (MOLDES et al 2011 p 330)

Dentre as principais falhas de infusatildeo venosa estatildeo flebite infiltraccedilatildeo hematoma e

obstruccedilatildeo Acredita-se que para reduzir a incidecircncia destas nas unidades pediaacutetricas eacute preciso

a adoccedilatildeo de estrateacutegias tais como a abordagem junto agrave equipe em parceria com o setor de

educaccedilatildeo permanente e a adoccedilatildeo do uso da teacutecnica corretamente e de forma asseacuteptica para a

realizaccedilatildeo da punccedilatildeo venosa perifeacuterica em acordo com a comissatildeo de controle de infecccedilatildeo

hospitalar (SILVA BARBATO e VALENTE 2013 p 1200)

A incapacidade do paciente em relatar dor no siacutetio de administraccedilatildeo do faacutermaco quer

pela idade ou condiccedilatildeo cliacutenica e o local de inserccedilatildeo como tambeacutem a velocidade de infusatildeo do

medicamento (gt25mgmin) satildeo classificados como fatores de risco para a perda do acesso

venoso perifeacuterico (MARTINS SILVINO e DIAS 2010)

42 Os cuidados em desuso para manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico

Essa categoria discorre sobre os cuidados de enfermagem que com o passar do tempo

foram desconsiderados e natildeo satildeo mais utilizados Quando questionados em relaccedilatildeo a vivencia

profissional e cuidados que discordavam os entrevistados citaram o uso da tala para fixaccedilatildeo

uso de heparina e os cuidados em relaccedilatildeo ao tempo de permanecircncia do cateter Haacute muitas

controveacutersias em relaccedilatildeo aos cuidados citados acima

O tempo de permanecircncia interfere diretamente no aparecimento de complicaccedilotildees

como flebite e que acabam levando a perda do acesso venoso perifeacuterico mais rapidamente

aconselhando assim a troca do mesmo entre 76 a 96 horas Poreacutem eacute preconizada a retirada do

cateter apenas se finalizar o tratamento ou houver alguma interferecircncia

ldquoA gente observa tambeacutem o tempo dependendo do tempo tem que tirarrdquo (Alice)

29

ldquoHoje eu natildeo sei como que eacute essa questatildeo do tempo porque a gente trocava o acesso a cada quatro dias agora o pessoal jaacute diz que pode trocar em ateacute uma semana entatildeo natildeo sei como que ta isso e o que tem escrito em relaccedilatildeo a isso (Aurora)

Sabe-se que o tempo para troca do cateter de teflon ou poliuretano varia de 72 a 96

horas com o intuito de reduzir risco de infecccedilatildeo e flebite e para minimizar esses riscos nas

seguintes situaccedilotildees diante de sinais inflamatoacuterios no local de inserccedilatildeo e sempre que houver

mau funcionamento do cateter (SANTOS17

Entretanto o Center for Disease Control and Prevention - CDC (2002) diz que em

pacientes pediaacutetricos natildeo foi observada relaccedilatildeo quanto ao tempo de permanecircncia do cateter e

ocorrecircncia de complicaccedilotildees devendo ser mantido ateacute o teacutermino da terapia intravenosa ou

quando forem observados sinais cliacutenicos de complicaccedilotildees

2004 apud OLIVEIRA BEZERRA e PEREIRA

2008 p 93)

Eacute possiacutevel observar a diferenccedila do conhecimento pratico dos profissionais

entrevistados em relaccedilatildeo ao conhecimento encontrado na literatura E ainda contendo duacutevidas

natildeo haacute uma busca da parte dos mesmos para esclarececirc-las

O uso da heparina com a finalidade de manter o acesso peacutervio por um periacuteodo maior

de tempo mostra-se com mais certeza quanto ao desuso nos dados colidos

ldquoAntigamente a gente usava heparina entatildeo a gente ficava tranquila em relaccedilatildeo agrave obstruccedilatildeo mas agora natildeo a gente usa o soro fisioloacutegico e a gente deixa salinizadordquo (Aurora)

Rang e Dale 18(1998 apud DOPICO e OLIVEIRA 2006) afirmam que a heparina

inibe a formaccedilatildeo de coaacutegulos de fibrina in vitro e in vivo e que seu efeito anticoagulante eacute

praticamente imediato Com isso Phillips19

17 Santos W Lavagem das matildeos In R Luiz Santos W Manual baacutesico de prevenccedilatildeo e controle das infecccedilotildees hospitalares do HRU Fortaleza Hospital Regional Unimed 2004

(2001 apud DOPICO e OLIVEIRA 2006)

ressalta que a teacutecnica de manutenccedilatildeo intermitente de cateteres intravenosos com soluccedilatildeo

salina 09 classificada como salinizaccedilatildeo tem sido pesquisada haacute alguns anos apresentando

em relaccedilatildeo ao uso da heparina vantagens como o baixo custo ser um procedimento mais

18 Rang HP Dale M M Hemostasia e Trombose In Rang HP Dale M M Farmacologia Rio de Janeiro Guanabara Koogan 1998 p235-47 19 PHILLIPS L D Manual de terapia intravenosa 2ed Porto Alegre Artmed 2001

30

simples aleacutem de eliminar a possibilidade de incompatibilidade com as drogas e soluccedilotildees

administradas aleacutem da inexistecircncia de riscos ao paciente Entretanto sabe-se que a literatura

ainda natildeo fornece consenso acerca da soluccedilatildeo mais indicada para manutenccedilatildeo da

permeabilidade do cateter venoso perifeacuterico

Eacute importante ressaltar que muitas instituiccedilotildees do nosso paiacutes nem ao menos tecircm o

conhecimento da praacutetica da salinizaccedilatildeo com soluccedilatildeo salina 09 No que se refere agrave pesquisa

cientiacutefica as limitaccedilotildees desta praacutetica satildeo atribuiacutedas agrave ausecircncia de um maior nuacutemero de

estudos controlados para validar sua eficaacutecia (EPPERSON20

Apesar de natildeo ser encontradas publicaccedilotildees acerca do tema a utilizaccedilatildeo de heparina

mostra-se como uma pratica natildeo mais utilizada pelos profissionais de enfermagem Outro

tema onde haacute controveacutersias e tambeacutem poucas citaccedilotildees eacute o uso da tala para fixaccedilatildeo do acesso

venoso perifeacuterico Seguem abaixo a opiniatildeo de alguns dos profissionais entrevistados

1984 apud DOPICO e

OLIVEIRA 2006)

ldquoA uacutenica coisa que eu natildeo gosto de ver eacute quando se coloca tala para imobilizar dizendo que a tala vai ajudar a natildeo perder a veia Isso eu natildeo concordo acho que a tala prejudica a crianccedila fica incomodada faz dor no membrordquo (Cinderela)

ldquoAntigamente a gente usava muito tala e as vezes eu pego isso aqui ai eu falo gente tala natildeo se usa mais natildeo faz parte mais da fixaccedilatildeo vocecirc pode fixar de uma forma que a crianccedila natildeo perca A tala eu acho que ela traumatiza um pouco ainda mais se vocecirc pegar um acesso na dobra vocecirc vai fazer com que a crianccedila fique com o braccedilo esticado muito tempo eu acho que pode causar uma lesatildeo depois e a literatura jaacute fala que eacute desnecessaacuteria natildeo precisa maisrdquo (Aurora) ldquoAntigamente usavam tala mas hoje em dia quase natildeo se vecirc mais e eu acho que a tala atrapalha porque a crianccedila fica imobilizada no membro ai fica mais irritadardquo (Rapunzel) ldquoLaacute no meu outro trabalho alguns usam a tala Eu acho que a tala ajuda ateacute a perder mais raacutepido porque a crianccedila fica incomodada vai querer mexer naquilordquo (Mulan)

20 Epperson EL Efficacy of 09 sodium chloride injection with without heparin for maintenance indwelling intermittent injection sites Clin Pharm1984 3(5)26

31

Almeida e Sabateacutes21

Entretanto haacute estudo que comprovam que o uso da tala natildeo se mostra tatildeo eficiente e

apresenta-se como uma praacutetica controversa O estudo foi realizado em crianccedilas ateacute os 12 anos

utilizando imobilizaccedilatildeo com tala e em mais de metade dos casos (553) ocorreu infiltraccedilatildeo

o que indicia a ineficaacutecia desta praacutetica (MACHADO PEDREIRA e CHAUD 2008 apud

BATALHA et al 2010 p512)

(2008 apud BATALHA et al 2010 p512) afirmam que a teacutecnica

de fixaccedilatildeo dos CVP com uso de imobilizaccedilatildeo com tala para restriccedilatildeo ou limitaccedilatildeo dos

movimentos articulares proacuteximo do local da punccedilatildeo estaacute indicado nas matildeos punhos cotovelo

e maleacuteolo

Para Batalha et al (2010 p512) o uso desta praacutetica parece natildeo se coadunar com o

atual uso de cateteres flexiacuteveis tipo abocath em detrimento de agulhas metaacutelicas Talvez por

isso comecem a surgir novas teacutecnicas de fixaccedilatildeo dos CVP que natildeo exigem imobilizaccedilatildeo das

articulaccedilotildees com talas

Aleacutem de natildeo haver uma confirmaccedilatildeo dos benefiacutecios causados pelo uso da tala a

imobilizaccedilatildeo causa incocircmodo para a crianccedila que fica com o membro imoacutevel podendo causar

dor e tambeacutem irritaccedilatildeo O uso desse tipo de fixaccedilatildeo tambeacutem impede a visualizaccedilatildeo frequente

do acesso venoso afetando assim os cuidados de observaccedilatildeo da equipe de enfermagem

43 O acompanhante e a manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico

A presente categoria vai discutir um assunto importante que surgiu durante as

entrevistas de forma inesperada Alguns dos profissionais entrevistados citaram o descuido do

acompanhante como um fator causador da perda do acesso venoso perifeacuterico Seguem abaixo

algumas falas

ldquoA matildee sempre acompanha e tem matildee que natildeo tem cuidado natildeo vigia e a gente tem que ficar pedindo pra olhar tomar contardquo (Aurora)

ldquoEm relaccedilatildeo ao acompanhante porque a crianccedila natildeo vai avaliar entatildeo o acompanhante que estar ali tem que avaliar direitinho natildeo deixar a crianccedila mexer ou puxarrdquo (Bela)

ldquoNatildeo eacute toda matildee que esta vigiando que cuida pra que a crianccedila natildeo perca o acessordquo (Jasmine)

21 Almeida FA Sabateacutes AL Enfermagem pediaacutetrica a crianccedila o adolescente e a sua famiacutelia no hospital Satildeo Paulo(SP) Manole 2008

32

ldquoAcho que leva a perda quando o acompanhante natildeo coopera as vezes a gente faz a imobilizaccedilatildeo na crianccedila e as vezes eles ateacute retiram e a proacutepria crianccedila agitada ela mesmo arrancardquo (Branca de Neve)

ldquoAgraves vezes a proacutepria crianccedila que a matildee deixa muito solta ai solta o acessordquo (Mulan)

Apoacutes a implementaccedilatildeo da lei que garante um acompanhante ao paciente pediaacutetrico a

presenccedila do familiarresponsaacutevel durante a hospitalizaccedilatildeo mudou a rotina da equipe de

enfermagem trazendo duacutevidas quanto a real funccedilatildeo do acompanhante e fazendo com que a

mesma viesse a delegar certos cuidados para acompanhante

A Promulgaccedilatildeo da Lei 8069 do Estatuto da Crianccedila e do Adolescente (ECA) em

1990 no seu artigo 12deg garante agrave crianccedila ou ao adolescente o direito de ter um responsaacutevel

que o acompanhe durante a hospitalizaccedilatildeo (1990)

Desde a sua implantaccedilatildeo as unidades vecircm sofrendo um processo de reorganizaccedilatildeo de

suas praacuteticas A inserccedilatildeo da famiacutelia modifica a organizaccedilatildeo do processo de trabalho o que

requer dos profissionais uma compreensatildeo em relaccedilatildeo agrave dinacircmica das relaccedilotildees interpessoais

(COLLET e ROCHA 2004)

Pimenta e Collet (2009) ressaltam que natildeo haacute nenhuma regulamentaccedilatildeo sobre a

participaccedilatildeo da famiacutelia nos cuidados e no entanto a mesma desempenha atividades junto agrave

crianccedila durante a hospitalizaccedilatildeo que devem ser levadas em consideraccedilatildeo A falta de

reconhecimento desse fato fez com que a equipe de enfermagem e famiacutelia natildeo possuiacutessem

uma relaccedilatildeo aberta e vivessem uma relaccedilatildeo silenciosa e impliacutecita de poder na qual a famiacutelia

acaba assumindo as relaccedilotildees do cuidado agrave crianccedila de responsabilidade da enfermagem

A negociaccedilatildeo entre matildees e equipe de enfermagem em relaccedilatildeo aos cuidados agrave crianccedila

hospitalizada natildeo eacute uma tarefa faacutecil tendo em vista que natildeo se tem claro qual o seu novo

papel neste processo (COLLET e ROCHA 2004)

Eacute possiacutevel ver nas falas que a presenccedila do acompanhante causa para a equipe de

enfermagem a seguranccedila de ter algueacutem para ldquovigiarrdquo ldquotomar contardquo e natildeo deixar que a

crianccedila hospitalizada perca o acesso venoso quando na verdade eacute funccedilatildeo da equipe de

enfermagem cuidados referentes ao acesso venoso perifeacuterico

33

Jaacute o acompanhante eacute definido pelo Ministeacuterio da Sauacutede como uma pessoa significativa

para a crianccedila que representa sua rede social e que vai acompanhaacute-lo durante a permanecircncia

no ambiente hospitalar ressaltando assim sua importacircncia Esse fato se reforccedila visto que a

crianccedila encontra nos familiares a forccedila e seguranccedila necessaacuteria para encarar todo esse processo

doloroso e desconhecido (MURAKAMI e CAMPOS 2011 p255)

O acompanhante aleacutem de minimizar o sofrimento do paciente pediaacutetrico faz com que

o mesmo sinta-se mais a vontade Eacute importante ressaltar que o familiarresponsaacutevel natildeo soacute

pode como deve participar das atividades da crianccedila no hospital desde que estas natildeo sejam

competecircncias dos profissionais que os cercam Essas atividades satildeo caracterizadas como

semelhantes aos que eles realizam diariamente fora do ambiente hospitalar como o banho

Poreacutem no caso de um paciente com punccedilatildeo venosa perifeacuterica o profissional de enfermagem

deve auxiliar no cuidado para que essa natildeo se perca

Os cuidados dos familiaresacompanhantes satildeo os mesmos que os desenvolvidos no

domiciacutelio e os cuidados prestados pela equipe de enfermagem satildeo aqueles que demandam

conhecimento teacutecnico-cientiacutefico especializado (SOUZA e OLIVEIRA 2010 p558)

Mesmo alguns cuidados parecerem simples e rotineiros quando eacute prestado no

hospital assumem novas caracteriacutesticas com o uso de dispositivos tecnoloacutegicos os quais se

tornam complexos (PIMENTA E COLLET 2009)

O ato de cuidar envolve o respeito agrave maneira como vive cada indiviacuteduo de acordo

com suas crenccedilas valores costumes e cultura A famiacutelia como uma instituiccedilatildeo atende agraves

necessidades bioloacutegicas de seus membros sendo sua responsabilidade cuidar e criar os filhos

incluindo a obrigaccedilatildeo da alimentaccedilatildeo higiene vestuaacuterio e moradia (ELSEN22

Nas entrevistas podemos verificar falas em que o acompanhante eacute citado como

responsaacutevel por avaliar a punccedilatildeo venosa A equipe de enfermagem deve sempre partir do

pressuposto que o familiar acompanhante natildeo tem conhecimento cientiacutefico e certo tipo de

cuidado natildeo deve se delegado para o mesmo mostrando assim a importacircncia da orientaccedilatildeo do

acompanhante quanto aos procedimentos dispositivos utilizados e cuidados em que os

etal 1994

apud SOUZA e OLIVEIRA 2010 p 553)

22 Elsen I Patriacutecio ZM Assistecircncia agrave crianccedila hospitalizada tipos de abordagens e suas implicaccedilotildees para a enfermagem In A enfermagem em pediatria e puericultura Rio de Janeiro (RJ) Atheneu 2005

34

mesmos possam auxiliar Seguem abaixo as falas onde os profissionais ressaltaram a

importacircncia da orientaccedilatildeo do acompanhante

ldquoNem sempre a crianccedila vai entender o porque de estar com aquele acesso entatildeo tem que ter uma orientaccedilatildeo do acompanhanterdquo (Bela)

ldquoTem que haver orientaccedilatildeo do acompanhante para os cuidadosrdquo (Ariel)

ldquoAgraves vezes tem ate o exemplo de um pai que natildeo deixa trocar o acesso jaacute tinha mais de uma semana e ele natildeo queria que trocasse ai faz febre e natildeo sabe da onderdquo (Alice)

Para Souza e Oliveira (2010 p555) deve haver uma preocupaccedilatildeo em orientar

considerando que o outro natildeo tem nenhum tipo de conhecimento sobre o assunto Poreacutem

Queiroz e Jorge23

Apesar das dificuldades o profissional de enfermagem deve estabelecer um viacutenculo de

confianccedila com o acompanhante buscando sempre deixaacute-los ciente das situaccedilotildees e fazendo-os

participar dos cuidados plausiacuteveis sem causar nenhum dano agrave crianccedila e de maneira alguma

abandonar suas atribuiccedilotildees

(2004 apud SOUZA e OLIVEIRA 2010 p 556) ressaltam que apesar de os

profissionais terem intenccedilatildeo de orientar os cuidados para a sauacutede repassam conhecimentos

elaborados cientificamente dificultando a compreensatildeo do familiar aleacutem de a relaccedilatildeo se dar

de maneira vertical assimeacutetrica e coercitiva

23 Queiroz MVO Jorge MSB Accedilotildees educativas no cuidado infantil e intervenccedilotildees dos profissionais junto agraves famiacutelias Acta Scientiarum Maringaacute 2004 janjun 26(1) 27-34

35

CONCLUSAtildeO

Atraveacutes desse estudo foi possiacutevel descrever e analisar os cuidados que os profissionais

de enfermagem realizam acerca da permanecircncia do acesso venoso perifeacuterico Aleacutem disso a

realizaccedilatildeo da pesquisa permitiu identificar a desarticulaccedilatildeo do processo de enfermagem e a

praacutetica desconectada da produccedilatildeo cientiacutefica caracterizando a falta de uma educaccedilatildeo

continuada efetiva

A anaacutelise dos dados demonstra o processo de punccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico

ressaltando a importacircncia de cuidados como a seleccedilatildeo do local a diluiccedilatildeo da medicaccedilatildeo a

realizaccedilatildeo de uma boa fixaccedilatildeo a atenccedilatildeo com a velocidade de infusatildeo os cuidados com os

sinais de infecccedilatildeo e salinizaccedilatildeo do acesso natildeo deixando de salientar cuidados em desuso

como o uso da heparina da tala e duvidas em relaccedilatildeo ao tempo de permanecircncia Evidenciou

tambeacutem que a equipe de enfermagem delega alguns cuidados para os acompanhantes

Natildeo foi possiacutevel perceber o niacutevel de conhecimento cientiacutefico dos profissionais visto

que eles em nenhum momento por natildeo saberem ou por medo de se expor natildeo explicaram de

fato nenhum cuidado que disseram realizar Sempre citaram de forma superficial e direta

deixando claro tambeacutem que o pesquisador natildeo os indagou quanto a isso Poreacutem creio que

diante de cuidados tatildeo importantes e de frequente praacutetica os mesmos falariam facilmente

sobre os cuidados de enfermagem na permanecircncia do acesso venoso perifeacuterico

Apesar dos entrevistados citarem alguns fatores e cuidados realizados de forma

correta eacute visiacutevel que os mesmos realizam os cuidados com a punccedilatildeo e a permanencia do

acesso de forma automaacutetica sem unir a praacutetica com o fundamento do mesmo

Eacute importante destacar tambeacutem a importacircncia do preparo emocional da crianccedila como

tambeacutem os cuidados com a famiacutelia dos mesmos O trabalho de humanizaccedilatildeo realizado pela

36

enfermagem faz grande diferenccedila nessas situaccedilotildees visto que os pacientes e acompanhantes

tendo conhecimento do que seraacute realizado ficariam mais tranquilos

O estudo contribuiu para o campo do ensino nesta aacuterea dando destaque ao importante

papel que o profissional de enfermagem deve desempenhar no cuidado e na manutenccedilatildeo do

acesso venoso perifeacuterico Contudo vale ressaltar a importacircncia do incentivo ao profissional a

buscar na literatura natildeo soacute esclarecimento de suas duvidas mas tambeacutem novos

conhecimentos

Pode colaborar ainda para a realizaccedilatildeo de novas pesquisas na aacuterea procurando

eliminar duacutevidas e controveacutersias sobre o tema Buscando assim a realizaccedilatildeo de um cuidado de

enfermagem articulado e eficaz promovendo o bem-estar do paciente pediaacutetrico durante a

hospitalizaccedilatildeo

37

REFEREcircNCIAS

ARAUacuteJO Ana Paula Monteiro Baptista de Andrade As praacuteticas de cuidado agrave crianccedila com

cateter venoso perifeacuterico e seus reflexos na interaccedilatildeo enfermeiro-familiar Dissertaccedilatildeo

(Mestrado em Enfermagem) Universidade do Estado do Rio de Janeiro Faculdade de

Enfermagem2007 66 f Disponiacutevel emlt

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44

APEcircNDICE I

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO Tiacutetulo Do Projeto Os cuidados de enfermagem acerca dos acessos venosos perifeacutericos na unidade pediaacutetrica Pesquisador Responsaacutevel Rosane Cordeiro Burla de Aguiar Eny Dorea Paiva e Karina Rodrigues Fernandes Instituiccedilatildeo a que Pertence o Pesquisador Responsaacutevel Universidade Federal Fluminense Telefone para contato (21) 98355269 (21) 82392939 (21) 91786609 Nome do voluntaacuterio _________________________________________________________ Idade ________ anos RG ____________________________

AO Sr (a) estaacute sendo convidado (a) a participar do projeto de pesquisa OS CUIDADOS DE

ENFERMAGEM ACERCA DOS ACESSOS VENOSOS PERIFEacuteRICOS NA UNIDADE PEDIATRICA de

responsabilidade da pesquisadora Profordf Drordf Rosane Cordeiro Burla de Aguiar e Profordf Drordf Eny Dorea Paiva A

punccedilatildeo venosa perifeacuterica eacute um procedimento essencial durante a hospitalizaccedilatildeo da crianccedila visto que eacute atraveacutes

dela que eacute administrada grande parte das medicaccedilotildees Este estudo se justifica diante da importacircncia da

necessidade de um maior periacuteodo de permanecircncia dos acessos venosos perifeacutericos Com isso aleacutem da

diminuiccedilatildeo de eventos que causam dor e irritaccedilatildeo na crianccedila e na famiacutelia promoveraacute tambeacutem uma melhor estada

dos mesmos durante o periacuteodo de hospitalizaccedilatildeo Os objetivos da pesquisa satildeo 1) Descrever os fatores que

interferem na manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico de acordo com a equipe de enfermagem 2)Analisar os

cuidados da equipe de enfermagem na manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico A coleta de dados se daraacute

atraveacutes de entrevistas semi estruturadas que seratildeo gravadas As informaccedilotildees colhidas seratildeo tratadas de forma

anocircnima e confidencial ou seja em nenhum momento seratildeo divulgados o seu nome e somente os

pesquisadores teratildeo acesso agraves informaccedilotildees Os dados obtidos com a pesquisa poderatildeo ser publicados apenas com

fins cientiacuteficos Eles natildeo seratildeo utilizados para fins comerciais ou para outra finalidade qualquer Caso necessite

poderatildeo ser marcados encontros para respostas ou esclarecimentos de qualquer duacutevida acerca da pesquisa A sua

participaccedilatildeo eacute voluntaria e eacute importante lembrar que vocecirc poderaacute desistir de participar da pesquisa em qualquer

momento A entrevista seraacute marcada em um dia e horaacuterio que vocecirc achar melhor Seraacute realizada

individualmente em um ambiente que nos ofereccedila privacidade Esta pesquisa natildeo oferece riscos para vocecirc e os

benefiacutecios da sua participaccedilatildeo satildeo de aumentar o conhecimento cientiacutefico na aacuterea de Enfermagem Pediaacutetrica

aleacutem de contribuir para a praacutetica profissional Este documento seraacute elaborado em duas vias uma para vocecirc e a

outra seraacute arquivada pelo pesquisador

Eu_____________________________________________________________ RG no _____________________________ Declaro que apoacutes ter entendido o que me foi explicado consinto voluntariamente em participar do presente Protocolo de Pesquisa entendo ainda que posso retirar o meu consentimento a qualquer momento antes ou durante a realizaccedilatildeo do mesmo declaro ter sido informada(o) e concordo em participar como voluntaacuteria(o) da pesquisa acima descrita Rio de Janeiro_______de_______________de 20___ _____________________________ ________________________________

(Participante) Karina Rodrigues Fernandes (Responsaacutevel por obter o consentimento)

______________________________________ _______________________________________ (Testemunha) (Testemunha)

45

APEcircNDICE II

ROTEIRO PARA ENTREVISTA

1) O que vocecirc acha que pode levar a perda do acesso perifeacuterico

2) Para vocecirc o que eacute importante para manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico nas

crianccedilas

3) O que vocecirc acha que pode interferir na sua manutenccedilatildeo

4) Que medidas vocecirc adota no seu dia a dia para manter o acesso

5) Na sua vivencia profissional o que vocecirc discorda dos cuidados que geralmente satildeo

utilizados para manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico

46

ANEXO

47

48

  • KARINA RODRIGUES FERNANDES
    • COA Thatiana Fernanda PETTENGILL Myriam Aparecida Mandetta Autonomia da crianccedila hospitalizada frente aos procedimentos crenccedilas da enfermeira pediatra Acta paul enferm 19(4) 433-438 out-dez 2006 Disponiacutevel em lt wwwscielobrscielophpscr
    • JANSEN Michele Ferraz SANTOS Rosane Maria dos FAVERO Luciane Benefiacutecios da utilizaccedilatildeo do brinquedo durante o cuidado de enfermagem prestado agrave crianccedila hospitalizada Rev Gaucha Enferm 31(2) 247-253 jun 2010 Disponiacutevel em lt httpwwwscielo
    • MAGNABOSCO Gisele TONELLI Ana Lucia Nascimento Fonseca SOUZA Sarah Nancy Deggau Hegeto de Abordagens no cuidado de enfermagem agrave crianccedila hospitalizada submetida a procedimentos uma revisatildeo de literatura Cogitare enferm 13(1) 103-108 jan-mar
    • MARTINS Maria do Rosaacuterio RIBEIRO Circeacutea Amalia BORBA Regina Issuzu Hirooka de and SILVA Conceiccedilatildeo Vieira daProtocolo de preparo da crianccedila preacute-escolar para punccedilatildeo venosa com utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico Rev Latino-Am Enfermagem [on
    • OLIVEIRA Maria Ivoneide Veriacutessimo de BEZERRA Maria Gorette Andrade PEREIRA Vanessa Ramos Cateterizaccedilatildeo venosa assistecircncia de enfermagem-UTI pediaacutetrica Rev da Rede de Enfermagem do Nordeste AbrJun de 2008 Disponiacutevel em lt httpwwwrevistar
    • PETERLINI Maria Angeacutelica Sorgini CHAUD Massae Noda and PEDREIRA Mavilde da L GOacuterfatildeos de terapia medicamentosa a administraccedilatildeo de medicamentos por via intravenosa em crianccedilas hospitalizadasRev Latino-Am Enfermagem [online] 2003 vol11 n
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    • PIMENTA Erika Acioli Gomes COLLET Neusa Dimensatildeo cuidadora da enfermagem e da famiacutelia na assistecircncia agrave crianccedila hospitalizada concepccedilotildees da enfermagem Rev esc enferm USP [online] 2009 vol43 n3 pp 622-629 Disponiacutevel em lt httpwwwscie
    • THOMAZINE Angeacutelica Malman PASSOS Rocircmulo Silva BAY JUacuteNIOR Osvaldo Goacutees COLLET Neusa OLIVEIRA Beatriz Rosana Gonccedilalves de Assistecircncia de enfermagem agrave crianccedila hospitalizada um resgate histoacuterico Ciˆnc cuid sapoundde 7(supl1) 145-152 maio 200
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        • CDD 61073
Page 11: UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE ESCOLA DE …app.uff.br/riuff/bitstream/1/3317/1/TCC Karina Rodrigues Fernandes.pdf · A punção venosa periférica é um procedimento essencial para

9

procedimento poreacutem com cerca de 50 de insucesso na primeira tentativardquo Cada crianccedila foi

submetida a 21 tentativas (LARSEN1

11 Questotildees norteadoras

et al 2010 apud NEGRI et al 2012)

Quais os fatores que podem interferir na permanecircncia do acesso venoso em uma

crianccedila hospitalizada

Quais satildeo os cuidados da equipe de enfermagem para aumentar o tempo de

permanecircncia de um acesso venoso perifeacuterico em uma crianccedila hospitalizada

12 Objeto de estudo

Os cuidados da equipe de enfermagem na permanecircncia do acesso venoso perifeacuterico

13 Objetivos

Descrever e discutir os cuidados de enfermagem acerca da permanecircncia dos acessos

venosos perifeacutericos na pediatria

14 Justificativa e relevacircncia

Diante da problemaacutetica exposta eacute possiacutevel identificar a importacircncia da necessidade de

um maior periacuteodo de permanecircncia dos acessos venosos perifeacutericos Com isso aleacutem da

diminuiccedilatildeo de eventos que causam dor e irritaccedilatildeo na crianccedila e na famiacutelia promoveraacute tambeacutem

uma melhor estada dos mesmos durante o periacuteodo de hospitalizaccedilatildeo

Oliveira Bezerra e Pereira (2008 p96) chegaram a conclusatildeo que os enfermeiros

prestam assistecircncia agraves crianccedilas dentro dos paracircmetros poreacutem devem ter mais cuidados em

alguns pontos como ldquonecessidade de maior atenccedilatildeo na quantidade e velocidade da infusatildeo da

terapia mais controle do calibre do cateter identificaccedilatildeo do acesso complicaccedilotildees e troca de

fixaccedilatildeordquo

O presente estudo possui relevacircncia pois busca descrever os principais cuidados que a

equipe de enfermagem desenvolve na manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico na pediatria

demonstrando o que a equipe faz efetivamente para aumentar o tempo de permanecircncia desse

1 Larsen P Eldridge D Brinkley J Newton D Goff D Hartzog T Saad ND Perkin R Pediatric peripheral intravenous access does nursing experience and competence really make a difference J Infus Nurs 201033(4)226-35

10

dispositivo visto que a sua inserccedilatildeo jaacute eacute um evento estressante para crianccedila e sua famiacutelia

durante a hospitalizaccedilatildeo Eacute relevante tambeacutem natildeo soacute para os enfermeiros pediaacutetricos como

tambeacutem para todos os profissionais da aacuterea de sauacutede que procuram aprofundar seus

conhecimentos acerca dos cuidados na assistecircncia de enfermagem da cateterizaccedilatildeo venosa

perifeacuterica

11

2 REVISAtildeO DE LITERATURA

21 Hospitalizaccedilatildeo infantil e seus estressores

Durante a vida de uma crianccedila as principais situaccedilotildees de crise que normalmente elas

vivenciaratildeo estatildeo relacionadas agrave doenccedila ou a uma possiacutevel hospitalizaccedilatildeo Frente a estes

fatores elas se mostram vulneraacuteveis diante das mudanccedilas impostas relacionadas ao estado de

sauacutede e a sua rotina de vida (HOCKENBERRY e WILSON 2011 p676)

ldquoA hospitalizaccedilatildeo representa para a crianccedila uma situaccedilatildeo diferente de todas as jaacute

vivenciadas haja vista que sua rotina diaacuteria eacute modificada Ela encontra-se em um ambiente

impessoal repleto de tabus e significados diferente do seu contexto diaacuteriordquo (JANSEN

SANTOS e FAVERO 2010 p248)

Segundo Brito et al (2009 p 803) a crianccedila hospitalizada eacute ldquoafastada de seu ambiente

familiar de seus amigos da escola e de seus objetos pessoais perdendo assim grande parte de

suas referecircnciasrdquo com isso esse periacuteodo de hospitalizaccedilatildeo pode causar impacto sobre o estado

psicoloacutegico da mesma

Conforme Hockenberry e Wilson (2011 p676) as crianccedilas natildeo possuem habilidades

de enfrentamento suficientes para resolver determinados estressores Como principais

estressores pode-se citar ldquoa separaccedilatildeo a perda de controle lesatildeo corporal e dorrdquo

Um dos procedimentos mais dolorosos e estressantes para a crianccedila eacute a punccedilatildeo venosa

onde na maioria dos casos constitui a primeira escolha para a administraccedilatildeo de medicamentos

nutriccedilatildeo parenteral hemoderivados e coleta de exames sanguumliacuteneos(OLIVEIRA BEZERRA e

PEREIRA 2008 p91)

12

ldquoA crianccedila eacute um ser em crescimento e desenvolvimento com particularidades e

caracteriacutesticas proacutepriasrdquo (MATHEWS-SIMONTON2

Esse periacuteodo de internaccedilatildeo ldquopode deixar a crianccedila ansiosa insegura e com medo

principalmente quando natildeo eacute preparada para a hospitalizaccedilatildeo e o tratamento a que seraacute

submetidardquo Para Martins (2001) isso contribui para aumentar o medo e a ansiedade

expressos por meio do choro da raiva e ateacute mesmo por agressotildees

1990 apud COA e PETTENGILL

2006 p434) Isso significa que a crianccedila iraacute se comportar de acordo com a situaccedilatildeo imposta

pois isso dependeraacute natildeo soacute da idade de desenvolvimento como tambeacutem de suas experiecircncias

com determinadas situaccedilotildees

Diante de todo o processo de hospitalizaccedilatildeo a crianccedila pode apresentar diversas

manifestaccedilotildees comportamentais sendo consideradas mais comuns as ldquoregressotildees diminuiccedilatildeo

no ritmo do desenvolvimento desordens do sono e da alimentaccedilatildeo dependecircncia

agressividade apatia estados depressivos fobias e transtornos de comportamento em geralrdquo

(BAR-MOR3

Para a famiacutelia ldquoa hospitalizaccedilatildeo de um filho geralmente eacute encarada como uma

situaccedilatildeo de crise para a famiacutelia e para a crianccedilardquo O profissional de enfermagem deve se

organizar seu trabalho com estrateacutegias que minimizem o sofrimento no ambiente hospitalar e

na assistecircncia agrave crianccedila (THOMAZINE et al 2008 p146)

1997 apud BRITO et al 2009 p203) Com a atenccedilatildeo voltada para atender a

demanda e a necessidade fisioloacutegica da crianccedila os profissionais da equipe de enfermagem

geralmente ldquodedicam pouca ou nenhuma atenccedilatildeo agraves questotildees psicoloacutegicas e sociais da crianccedila

hospitalizada e de sua famiacuteliardquo(JANSEN SANTOS e FAVERO 2010 p248)

A qualidade do ambiente pode afetar diretamente no processo de recuperaccedilatildeo com

isso ldquoas intervenccedilotildees no contexto hospitalar devem visar agrave promoccedilatildeo de condiccedilotildees favoraacuteveis

agrave reabilitaccedilatildeo dos efeitos de experiecircncias adversas ao desenvolvimento das crianccedilasrdquo Isso

sugere que o ambiente aleacutem de incentivar a sauacutede deve ser planejado de maneira supra agraves

necessidades dos pacientes levando em conta os aspectos psicoloacutegicos pedagoacutegicos e

2 Mathews-Simonton S A famiacutelia e a cura o meacutetodo Simonton para famiacutelias que enfrentam uma doenccedila Satildeo Paulo Summus 1990 3 Bar-Mor G Preparation of children for surgery and invasive procedures milestones on the way to success J Pediatr Nurs1997Aug12(4) 252-255

13

socioloacutegicos da crianccedila e de sua famiacutelia (SOARES e ZAMBERLAN4

Para humanizar a assistecircncia agrave crianccedila hospitalizada e atender a suas reais

necessidades os pais foram inseridos na cliacutenica pediaacutetrica com direito a permanecircncia integral

nos casos de internaccedilatildeo Isso ocorreu no iniacutecio da deacutecada de 1990 no Brasil com a

legalizaccedilatildeo estabelecida pelo Estatuto da Crianccedila e do Adolescente (THOMAZINE et al

2008 p145) Com isso ldquomuitos hospitais natildeo consideram mais os pais como visitantes e

enfatizam sua presenccedila durante todo o periacuteodo da hospitalizaccedilatildeordquo fazendo uso de um sistema

de cuidado centrado na famiacutelia (HOCKENBERRY e WILSON 2011 p685)

1995 apud BRITO et

al 2009 p803)

Durante o processo de hospitalizaccedilatildeo as crianccedilas satildeo submetidas a diversas condutas e

procedimentos como por exemplo exames e administraccedilatildeo de medicamentos A punccedilatildeo

venosa eacute um dos principais procedimentos que causam dor e muitas vezes existe a

necessidade de vaacuterias punccedilotildees durante um mesmo dia Vale ressaltar que para a crianccedila esse

tipo de procedimento se iguala a uma agressatildeo jaacute que ldquona maioria das vezes eacute acompanhado

de dor ou medo o que se traduz no choro e na ansiedaderdquo (COLLET5

2002 apud GOMES et

al 2011 p290)

22 Acesso venoso perifeacuterico em pediatria

Para Correia et al (2009 p559) a fim evitar um trauma emocional durante a punccedilatildeo

as crianccedilas precisam ser orientadas sobre o tratamento seus objetivos e receber atenccedilatildeo

carinhosa neste momento

A fim de tornar o processo de cateterizaccedilatildeo venosa menos doloroso e estressante para

a crianccedila deve-se ter preferecircncia pelas veias que menos comprometam suas atividades

essenciais Neste intuito deve-se evitar por exemplo puncionar uma veia na matildeo que

dificulte o ato de se alimentar desenhar e ateacute mesmo brincar (OLIVEIRA BEZERRA e

PEREIRA 2008 p91)

4 Soares MRZ Zamberlan MAT A inclusatildeo do brincar na hospitalizaccedilatildeo infantil Est Psicol maioago18(2) 64-9 5 Collet N Oliveira BRG de Manual de Enfermagem em Pediatria Goiacircnia AB 2002

14

O acesso vascular eacute uma das principais modalidades de tratamento utilizadas na

assistecircncia agrave sauacutede Existe ampla aceitaccedilatildeo difusatildeo e praacutetica desse procedimento pelos

profissionais da aacuterea da assistecircncia agrave sauacutede (FERREIRA et al 2005)

Foi na deacutecada de 40 que o uso de cateter vascular foi introduzido nos hospitais

tornando-se essencial para as atividades assistenciais da modernidade (WORTHIGTON6

Para Peterlini e Chaud (2003) tal procedimento se define como um conjunto de

conhecimentos e teacutecnicas que visam agrave administraccedilatildeo de soluccedilotildees ou faacutermacos no sistema

circulatoacuterio abrangendo o preparo do paciente a escolha obtenccedilatildeo e manutenccedilatildeo do acesso

venoso os meacutetodos de preparo e administraccedilatildeo de drogas e soluccedilotildees e os cuidados referentes

agrave frequecircncia de troca do cateter curativos dispositivos de infusatildeo e soluccedilotildees

2005 apud MENDONCcedilA et al 2011 p330)

Primeiramente o acesso perifeacuterico era mantido com agulhas de accedilo inoxidaacutevel as

quais apesar de oferecerem menor risco de infecccedilatildeo satildeo riacutegidas e facilitavam perda do

acesso Em 1945 passou a ser utilizado o cateter venoso plaacutestico que permitia manutenccedilatildeo do

acesso por tempo prolongado (FERNANDES e RIBEIRO7

Quanto ao tempo de permanecircncia em pacientes pediaacutetricos o cateter deve ser mantido

ateacute o teacutermino da terapia intravenosa ou quando forem observados sinais cliacutenicos de

complicaccedilotildees diferentemente dos pacientes adultos onde o tempo de permanecircncia

preconizado eacute de 72 a 96 horas (CENTERS FOR DISEASE CONTROL AND

PREVENTION-CDC 2002)

2000 apud MARTINS et al 2008

p 485) Habitualmente o material de punccedilatildeo que vem sendo utilizado em crianccedilas satildeo os

cateteres flexiacuteveis tipo abocath com mandril metaacutelico (BATALHA et al 2010 p512)

Associaccedilatildeo Paulista de Estudos e Controle de Infecccedilatildeo Hospitalar (2005 apud

Moncaio e Figueiredo 2009) ressaltam que ldquoas principais complicaccedilotildees infecciosas para o

paciente satildeo flebite infecccedilatildeo do siacutetio de inserccedilatildeo do cateter extravasamento de soluccedilatildeo e

bacteremia relacionada ao cateterrdquo Certos fatores podem contribuir para o aparecimento de

tais complicaccedilotildees como o tipo do cateter que seraacute utilizado o preparo do local da punccedilatildeo

aleacutem de caracteriacutesticas intriacutensecas do paciente Vale acrescentar que ldquoos cateteres 6 Worthigton T Elliot TSJ Diagnosis of central venous catheter related infection in adult pacient J Infect 2005 51267-80 7 Fernandes AT Ribeiro Filho N Infecccedilatildeo do acesso vascular In Fernandes AT Fernandes M OV Ribeiro Filho N Infecccedilatildeo hospitalar e suas interfaces na aacuterea da sauacutede Satildeo Paulo (SP) Atheneu 2000 p 556-79

15

confeccionados em Teflon e poliuretano estatildeo associados a baixas frequecircncias de

complicaccedilotildees infecciosas quando comparados aos de polivinilcloreto e polietilenordquo

CENTERS FOR DISEASE CONTROL AND PREVENTION-CDC 2002)

ldquoNo acircmbito hospitalar a flebite eacute uma das complicaccedilotildees mais frequentes e

considerada uma das principais falhas da infusatildeordquo Eacute o processo inflamatoacuterio da camada

iacutentima das veias ocasionado por irritaccedilatildeo mecacircnica quiacutemica ou infecccedilotildees bacterianas

apresentando manifestaccedilotildees como dor edema hiperemia local e calor (GABRIEL8

Machado et al(2008) relata que ldquocerca de 1 a 10 destes pacientes desenvolvem

infecccedilotildees locais ou sistecircmicas relacionadas ao uso de cateteres causadas por alteraccedilatildeo ou

ruptura da integridade da pele que permite a passagem de microorganismos colonizadoresrdquo

2008

apud MAGEROTE et al 2011 p 487)

O curativo para fixaccedilatildeo do cateter eacute outro ponto importante para a manutenccedilatildeo do

mesmo visto que a ldquofixaccedilatildeo reduz o risco de complicaccedilotildees relacionadas agrave terapia intravenosa

tais como flebite infiltraccedilatildeo septicemia e deslocamento do cateterrdquo aleacutem de mantecirc-lo limpo

e seco permitindo a visualizaccedilatildeo contiacutenua do mesmo a fim de prevenir os agravos

(PHILLIPS9

No seacuteculo passado durante os primeiro 50 anos da praacutetica da terapia intravenosa

utilizava-se para fixaccedilatildeo gaze esteacuteril e fitas adesivas O iniacutecio do uso de filmes transparentes

esteacutereis se deu em 1970 como solicitaccedilatildeo dos enfermeiros quanto agrave necessidade da retirada do

curativo para realizar a inspeccedilatildeo do local de inserccedilatildeo funccedilatildeo atribuiacuteda aos mesmos a fim de

impedir uma infecccedilatildeo de corrente sanguiacutenea (MACHADO PEDREIRA E CHAUD 2008)

2001 apud SILVA E ZANETTI 2004 p233)

O uso de fitas adesivas natildeo-esteacutereis pode ser bastante observado em algumas

instituiccedilotildees de sauacutede contudo fita adesiva soacute natildeo estaacute contaminada enquanto permanece na

embalagem sugerindo tambeacutem a possibilidade da transmissatildeo de microorganismos

patogecircnicos com a aplicaccedilatildeo da mesma sobre o local de inserccedilatildeo do cateter

(VANDENBOSCH COOCH E TRESTON-AURAND10

8 Gabriel J Infusion therapy part one minimising the risks Nurs Stand 2008 Apr 22(31)51-6

1997 et al MACHADO

PEDREIRA E CHAUD2005 p292)

9 Phillips DL Manual de terapia endovenosa Trad Pedreira MLG Pereira SR Harada MJCS Peterline MAS 2ordf ed Porto Alegre (RS) Artmed 2001551P 10 VandenBosch TM Cooch J Treston-Aurand J Research utilization adhesive bandage dressing regimen for peripheral venous catheters Am J Infect Control 1997 25(6)513-9

16

Acerca da terapia intravenosa podem ocorrer incompatibilidades em relaccedilatildeo aos

faacutermacos administrados e os cateteres utilizados que na maioria das vezes natildeo satildeo percebidos

devido a impossibilidade de visualizaccedilatildeo Essas incompatibilidades satildeo denominadas por

Peterlini Chaud e Pedreira (2006) como adsorccedilatildeo e absorccedilatildeo onde ocorre ldquoperda do faacutermaco

para a superfiacutecie de frascos seringas filtros acessoacuterios e cateteres da terapia intravenosa por

meio de adsorccedilatildeo ou pela absorccedilatildeo do faacutermaco para a matriz do material de confecccedilatildeo desses

dispositivosrdquo Com isso o profissional de enfermagem tem como funccedilatildeo aleacutem do

conhecimento cientiacutefico acerca das drogas utilizadas programar accedilotildees que possibilitem

ldquoreconstituiccedilatildeo diluiccedilatildeo acondicionamento e cuidados na administraccedilatildeo de faacutermacosrdquo

evitando assim prejuiacutezos no tratamento

17

3 METODOLOGIA

31 Tipo de pesquisa

Trata-se de uma pesquisa descritiva exploratoacuteria de abordagem qualitativa com os

profissionais da equipe de enfermagem da unidade de internaccedilatildeo pediaacutetrica de um hospital

universitaacuterio do estado do Rio de Janeiro

Para Minayo Deslandes e Gomes (2007 p 21) a pesquisa qualitativa responde as

questotildees de forma particular de modo que trabalha com o universo dos significados dos

motivos das aspiraccedilotildees das crenccedilas dos valores e atitudes Sendo assim entende-se que as

accedilotildees do ser humano se distinguem a partir do seu pensamento do modo de agir de acordo

com a realidade vivida por cada um

Segundo Gil (1999 p44) ldquoas pesquisas descritivas tecircm como objetivo primordial a

descriccedilatildeo das caracteriacutesticas de determinada populaccedilatildeo ou fenocircmeno ou o estabelecimento de

relaccedilotildees variaacuteveisrdquo

Kauark Manhatildees e Medeiros (2010 p28) determinam a pesquisa exploratoacuteria como

agravequela que ldquoObjetiva a maior familiaridade com o problema tornando-o expliacutecito ou agrave

construccedilatildeo de hipoacutetesesrdquo Acrescenta ainda que a mesma pode conter levantamento

bibliograacutefico entrevistas com pessoas experientes no problema pesquisado entre outras

fontes

32 Sujeitos da pesquisa

A pesquisa contou com um nuacutemero total de nove (9) profissionais da equipe de

enfermagem da unidade de internaccedilatildeo pediaacutetrica de um Hospital Universitaacuterio do Rio de

Janeiro sendo estes dois (2) enfermeiros e sete (7) teacutecnicos de enfermagem De todos os

18

participantes apenas um trabalha no serviccedilo noturno sendo o restante do serviccedilo diurno Os

mesmos satildeo os responsaacuteveis pela instalaccedilatildeo e manipulaccedilatildeo dos os acessos venosos

perifeacutericos supondo assim que tenham maior domiacutenio sobre o assunto abordado

Os sujeitos foram identificados com codinomes referentes agraves princesas da Disney para

que suas identidades sejam preservadas

33 Cenaacuterio

A pesquisa ocorreu na unidade de internaccedilatildeo pediaacutetrica localizada no quinto andar do

Hospital Universitaacuterio do Rio de Janeiro vinculado a uma Universidade Federal

A unidade pediaacutetrica eacute divida em trecircs enfermarias de acordo com a idade das crianccedilas

hospitalizadas sendo denominadas estas Lactente preacute-escolar e escolar A enfermaria

Lactente eacute composta por 5 leitos hospitalizando crianccedilas de 29 dias a 2 anos jaacute na preacute-escolar

encontram-se 6 leitos e acolhe crianccedilas de 2 a 6 anos e na escolar 6 leitos abrigando crianccedilas

de 7 a 12 anos Toda crianccedila hospitalizada tem direito a um acompanhante como eacute

preconizado por direito pelo Artigo doze (12) do Estatuto da Crianccedila e do Adolescente

(Brasil 1990 p3)

A enfermaria conta com um posto de enfermagem localizado no centro da unidade

possibilitando maior visualizaccedilatildeo das enfermarias Possui tambeacutem uma sala de recreaccedilatildeo e

banheiro para os pacientes e acompanhantes Haacute uma sala utilizada pedagogia hospitalar

onde uma professora realiza atividades com as crianccedilas

Vale ressaltar que na unidade haacute uma sala para realizaccedilatildeo de procedimentos dolorosos

como a punccedilatildeo venosa perifeacuterica e sempre que possiacutevel o paciente eacute levado ateacute ela

34 Coleta de dados

A coleta de dados se deu a partir da teacutecnica de entrevista semi-estruturadas que

segundo Minayo Deslandes e Gomes (2007 p 64) satildeo ldquoperguntas fechadas e abertas em que

o entrevistado tem a possibilidade de discorrer sobre o tema em questatildeo sem se prender agrave

indagaccedilatildeo formuladardquo As mesmas foram gravadas em entrevista individual e tiveram como

foco as accedilotildees que os profissionais da equipe de enfermagem realizam acerca dos cuidados

para a permanecircncia do acesso venoso perifeacuterico aleacutem de investigar sobre o conhecimento que

cada um possui sobre o tema

19

Apoacutes contato preacutevio com a equipe de enfermagem foi acordado um dia e horaacuterio para

a realizaccedilatildeo das entrevistas que aconteceram na proacutepria unidade Todos os profissionais da

equipe de enfermagem foram convidados a participar voluntariamente da pesquisa As

entrevistas aconteceram apoacutes os profissionais assinarem o Termo de Consentimento Livre e

Esclarecido (TCLE)

Para Minayo Deslandes e Gomes (2007 p 64) a entrevista possui como principal

objetivo construir dados que sejam pertinentes para a pesquisa aleacutem de ser a estrateacutegia mais

utilizada no processo de trabalho de campo

A coleta foi interrompida no momento em que os dados se mostraram saturados ou

seja quando houve a cessaccedilatildeo do acreacutescimo de informaccedilotildees novas referentes ao tema

proposto

O fechamento amostral por saturaccedilatildeo teoacuterica eacute definido como a suspensatildeo de inclusatildeo

de novos participantes quando os dados obtidos passam a apresentar na avaliaccedilatildeo do

pesquisador certa redundacircncia ou repeticcedilatildeo natildeo sendo considerado relevante continuar a

coleta de dados (FONTANELLA RICAS e TURATO 2008)

35 Questotildees eacuteticas da pesquisa

De acordo com a Resoluccedilatildeo 46612 que visa assegurar os direitos e deveres que

dizem respeito agrave comunidade cientiacutefica aos sujeitos da pesquisa e ao Estado uma pesquisa

que envolve a participaccedilatildeo de seres humanos deve atender aos fundamentos eacuteticos e

cientiacuteficos pertinentes para a seguranccedila dos mesmos Neste contexto toda pesquisa

envolvendo seres humanos deveraacute ser submetida agrave apreciaccedilatildeo de um Comitecirc de Eacutetica em

Pesquisa (CEP) (BRASIL 2012)

Atendendo a esta condiccedilatildeo o projeto de pesquisa foi encaminhado ao CEP ndash do

Hospital Universitaacuterio o qual foi realizada a pesquisa foi analisado e aprovado na Reuniatildeo

com data de 06122013 CAAE 24693613700005243 Nuacutemero do parecer 486451 Com

isso a pesquisa foi desenvolvida mediante aprovaccedilatildeo do CEP atendendo aos preacute-requisitos

estipulados pela Resoluccedilatildeo nordm 46612

Esta pesquisa eacute pautada em princiacutepios eacuteticos que respeitam a dignidade humana e

justiccedila assegurando que natildeo haveraacute nenhum tipo de dano aos participantes

20

Em atendimento a resoluccedilatildeo 46612 do Conselho Nacional de SauacutedeMS apoacutes serem

esclarecidos pela pesquisadora quanto aos aspectos eacuteticos relacionados agrave pesquisa aleacutem das

formas de produccedilatildeo de dados e inserccedilatildeo no estudo os sujeitos da pesquisa assinaram duas

vias do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido ndash TCLE (apecircndice 1) autorizando sua

participaccedilatildeo voluntaacuteria na pesquisa Uma via foi entregue ao participante e outra ficou

arquivada com a pesquisadora

Nesse documento consta os objetivos da pesquisa procedimentos benefiacutecios

previstos garantia de recusa de participaccedilatildeo em qualquer momento de acesso aos resultados

da pesquisa e tambeacutem a garantia de acesso ao pesquisador quando os sujeitos julgarem

necessaacuterio sendo todas essas informaccedilotildees em linguagem acessiacutevel e simples O mesmo foi

apresentado e explicado ao profissional convidado a participar do estudo no primeiro contato

eou durante visita agendada para realizaccedilatildeo da entrevista

Vale ressaltar que esta pesquisa cujo financiamento eacute proacuteprio natildeo oferece nenhum

tipo de riscos para o sujeito da pesquisa e nem para o cuidado das crianccedilas internadas no setor

de pediatria e os benefiacutecios da participaccedilatildeo do mesmo satildeo de aumentar o conhecimento

cientiacutefico na aacuterea de Enfermagem Pediaacutetrica aleacutem de contribuir para a praacutetica profissional

36 Anaacutelise dos dados

O processo de anaacutelise dos dados foi baseada na teacutecnica da Anaacutelise Temaacutetica que para

Minayo Deslandes e Gomes (2007 p 86) o conceito central eacute o tema ldquoO tema eacute a unidade de

significaccedilatildeo que se liberta naturalmente de um texto analisado segundo criteacuterios relativos agrave

teoria que serve de guia da leiturardquo (BARDIN11

A anaacutelise realizada estava de acordo com a sugerida por Minayo (2010 p 315) e

contam com as seguintes etapas preacute-analise exploraccedilatildeo do material tratamento dos

resultados obtidos e interpretaccedilatildeo Atraveacutes dessas etapas tem-se o objetivo de descrever o

conteuacutedo do material coletado e interpretaacute-lo

1979 apud MINAYO DESLANDES

GOMES 2007 p 86)

A preacute analise consiste na escolha dos elementos a serem analisados e na retomada das

hipoacuteteses e dos objetivos iniciais da pesquisa Inicia-se com uma leitura flutuante onde o

11 BARDIN L Anaacutelise de Conteuacutedo Lisboa Ediccedilotildees 70 1979

21

pesquisador toma contato direto com o material adquirido deixando-se impregnar por seu

conteuacutedo Posteriormente haacute a constituiccedilatildeo do Corpus textual onde eacute feita uma seleccedilatildeo dos

documentos que iratildeo contemplar e fornecer informaccedilotildees sobre o tema sendo assim adequados

para dar resposta aos objetivos do trabalho (MINAYO 2010 p 315)

Essa fase preacute-analiacutetica eacute onde se determinam a unidades de registro unidade de

contexto e a partir delas satildeo determinados os temas que seratildeo analisados A unidade de

registro corresponde parte do conteuacutedo selecionado como base para analise e apoacutes a

delimitaccedilatildeo do contexto de compreensatildeo da unidade de registro eacute estabelecida a unidade de

contexto (MINAYO 2010 p 316)

De acordo com os objetivos da pesquisa foi possiacutevel perceber que nove (9)

entrevistas supriam para atender os mesmo encerrando assim a coleta Apoacutes a transcriccedilatildeo das

entrevistas foi realizada leitura das mesmas para natildeo soacute conhecimento do material mas

tambeacutem estabelecer as unidades de registro Em seguida foi realizado o colorimento das falas

assim as classificando de acordo com as unidades de registro estabelecidas

As unidades de registro que surgiram foram os fatores que interferem na manutenccedilatildeo

do acesso venoso perifeacuterico e o apontamento do acompanhante como responsaacutevel pela perda

do acesso venoso perifeacuterico Elas receberam as cores vermelha e laranja respectivamente a

fim de facilitar o agrupamento dos dados A partir disto surgiram as unidades de contexto que

compreendem as falas das entrevistas de modo a exemplificar o contexto das unidades de

registro

Partindo para segunda etapa da analise temaacutetica a exploraccedilatildeo do material que consiste

numa classificaccedilatildeo que visa alcanccedilar o nuacutecleo de compreensatildeo do texto Busca-se encontrar

categorias que satildeo expressotildees ou palavras significativas em funccedilatildeo das quais o conteuacutedo seraacute

organizado Essas categorias satildeo responsaacuteveis pela especificaccedilatildeo dos temas (MINAYO

2010 p 317)

Nesse caso foram definidos os seguintes temas cuidados preacute intra e poacutes procedimento

de punccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico cuidados em desuso para manutenccedilatildeo do acesso

venoso perifeacuterico o acompanhante e a manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico Essas trecircs (3)

categorias seratildeo apresentadas analisadas e discutidas no capitulo seguinte

22

4 RESULTADOS E DISCUSSAtildeO

Nesse capiacutetulo apresento as trecircs categorias temaacuteticas que surgiram da anaacutelise dos

dados e que contemplaram de forma satisfatoacuteria os objetivos da pesquisa A primeira

categoria denominada como ldquoOs cuidados de enfermagem preacute intra e poacutes-procedimento de

punccedilatildeo do acesso venoso perifeacutericordquo traz os passos e cuidados que os profissionais realizam

antes durante e apoacutes a punccedilatildeo buscando descrever e analisar os fatores envolvidos na pratica

do procedimento em questatildeo que emergiram das entrevistas aleacutem dos cuidados de

enfermagem para a manutenccedilatildeo do mesmo

A segunda categoria que seraacute apresentada eacute ldquoOs cuidados em desuso para manutenccedilatildeo

do acesso venoso perifeacutericordquo que mostra os cuidados que os profissionais citaram como natildeo

mais utilizados para auxiliar na manutenccedilatildeo da punccedilatildeo venosa perifeacuterica

E a uacuteltima categoria eacute denominada ldquoO acompanhante e a manutenccedilatildeo do acesso

venoso perifeacutericordquo e traz a responsabilizaccedilatildeo do acompanhante pelos profissionais do setor

em relaccedilatildeo aos cuidados com manutenccedilatildeo da punccedilatildeo Essa categoria busca tambeacutem ressaltar a

funccedilatildeo do acompanhante durante a hospitalizaccedilatildeo da crianccedila destacando que determinados

cuidados satildeo de total funccedilatildeo da equipe de enfermagem

41 Os cuidados de enfermagem preacute intra e poacutes-procedimento de punccedilatildeo do acesso

venoso perifeacuterico

Para interpretar as unidades de contextos tive como base autores que definiram os

cuidados de enfermagem preacute intra e poacutes punccedilatildeo venosa perifeacuterica Para esses autores a fase

de preacute-punccedilatildeo compreende as accedilotildees de anaacutelise e conhecimento da prescriccedilatildeo avaliaccedilatildeo e

23

preparo emocional do paciente preparo do material e medicaccedilatildeo seleccedilatildeo do siacutetio de inserccedilatildeo

e dilataccedilatildeo da veia selecionada As accedilotildees envolvidas na punccedilatildeo satildeo a execuccedilatildeo das

precauccedilotildees-padratildeo antissepsia da pele punccedilatildeo do vaso a fixaccedilatildeo e curativo do cateter

Finalmente na etapa de poacutes-punccedilatildeo adota-se a identificaccedilatildeo da punccedilatildeo o descarte apropriado

das partes dos materiais natildeo utilizados a orientaccedilatildeo do paciente acerca da terapecircutica o

controle da infusatildeo atraveacutes do gotejamento se necessaacuterio e o registro do procedimento

Phillips12

De acordo com as entrevistas a seleccedilatildeo do local de punccedilatildeo eacute indicada com um fator

que interfere diretamente no tempo de permanecircncia do acesso venoso perifeacuterico visto que

dependendo do local ocorre a perda mais rapidamente Aleacutem da localizaccedilatildeo citaram tambeacutem

o calibre da veia como interferecircncia na manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico Seguem

abaixo algumas falas

(2001 apud ARAUacuteJO 2007 p18)

ldquoPrimeira coisa eacute vocecirc procurar bem a veia colocar uma veia de um bom calibre Se puder dar preferecircncia a natildeo puncionar dobrasrdquo (Cinderela) ldquoDependendo de onde estiver puncionado se for na matildeozinha a crianccedila fica toda hora ta mexendo taacute manipulando alguma coisa e se for no pezinho tambeacutem nem todo tempo vai ficar acamada entatildeo acaba perdendo o acessordquo(Bela ) ldquoO mau posicionamento pode levar a perdardquo (Rapunzel)

A opiniatildeo dos profissionais acima vai de encontro com o que eacute encontrado na

literatura visto que eacute de suma importacircncia que o mesmo avalie o cliente e considere alguns

aspectos para uma escolha criteriosa e eficaz como a finalidade da punccedilatildeo o tipo de soluccedilatildeo

a ser infundida a condiccedilatildeo da rede venosa a duraccedilatildeo da terapia idade do cliente habilidade

cognitiva da crianccedila a preferecircncia do cliente o que nem sempre seraacute possiacutevel satisfazer e

tambeacutem a sua atividade (ARAUacuteJO 2007 p31)

Os cuidados com o acesso venoso perifeacuterico satildeo importantes antes mesmo da

realizaccedilatildeo do procedimento Levando em consideraccedilatildeo que um erro durante a fase de preacute-

procedimento como a escolha errada do local de punccedilatildeo por exemplo poderaacute levar a perda

do acesso e prejudicar assim o tratamento aleacutem do bem-estar da crianccedila que seraacute puncionada

novamente

12 PHILLIPS L D Manual de terapia intravenosa 2ed Porto Alegre Artmed 2001

24

O vaso sanguiacuteneo que o profissional selecionar como local para puncionar deve ser

suficiente para suportar o calibre e o comprimento do cateter aleacutem de atender a necessidade

terapecircutica para que natildeo haja a necessidade de uma nova punccedilatildeo

A punccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico eacute um procedimento doloroso e de grande

incomodo para a crianccedila com isso eacute de suma importacircncia realizar a seleccedilatildeo preacutevia do

material poreacutem natildeo foi citado Outro cuidado rotineiro e natildeo menos importante como a

lavagem das matildeos antes da colocaccedilatildeo do acesso tambeacutem natildeo foi mencionado durante as

entrevistas

O preparo emocional da crianccedila e do acompanhante quanto ao procedimento deve ser

considerada praacutetica rotineira para a equipe de enfermagem O profissional de enfermagem

deve lavar as matildeos objetivando a reduccedilatildeo significativa de risco de infecccedilatildeo e recomenda-se o

uso de aacutegua e sabatildeo para lavagem das matildeos antes da colocaccedilatildeo do cateter venoso perifeacuterico

(PHILLIPS13

O preparo preacutevio do material para instalaccedilatildeo do cateter venoso perifeacuterico eacute importante

para evitar interrupccedilotildees do procedimento e consequentemente um maior tempo de

manipulaccedilatildeo da crianccedila (SILVA

2001apud ARAUacuteJO 2007 Centers for Disease Control and Prevention ndash CDC

2002 apud ARAUacuteJO 2007)

14

Outro aspecto citado e classificado como preacute-procedimento eacute o cuidado com a

medicaccedilatildeo a ser administrada incluindo cuidados com a diluiccedilatildeo e composiccedilatildeo da mesma

Seguem algumas das falas

2004 apud ARAUacuteJO 2007 p30)

ldquoEstar sempre diluindo as medicaccedilotildees de acordo com a prescriccedilatildeo meacutedica pois as medicaccedilotildees satildeo muito fortes e podem causar enfraquecimento da veia Tem que diluir direitinho e passar lento na veiardquo (Cinderela) ldquoTer cuidado principalmente quando eacute crianccedila e a diluiccedilatildeo da medicaccedilatildeo tambeacutem agraves vezes natildeo eacute pra passar em perifeacuterico e na segunda dose jaacute perdeurdquo (Alice)

O acesso venoso perifeacuterico eacute a primeira alternativa para infusatildeo intravenosa por ser de

mais faacutecil acesso e rapidez no efeito da medicaccedilatildeo O profissional de enfermagem deve ter

domiacutenio natildeo soacute relacionado agrave infusatildeo das medicaccedilotildees mas tambeacutem com a composiccedilatildeo

13 PHILLIPS L D Manual de terapia intravenosa 2ed Porto Alegre Artmed 2001 14 SILVA G R G Terapia intravenosa em receacutem-nascidos ndash orientaccedilotildees para o cuidado de Enfermagem Rio de Janeiro Cultura Meacutedica 2004

25

farmacoloacutegica das mesmas os efeitos adversos e colaterais que a droga pode causar inclusive

em relaccedilatildeo a diluiccedilatildeo o que normalmente eacute estabelecido como padratildeo no setor de acordo com

cada faacutermaco

Com a intenccedilatildeo de promover a eficaacutecia terapecircutica dos medicamentos administrados

por via intravenosa eacute atribuiccedilatildeo do profissional de enfermagem implementar teacutecnicas como a

diluiccedilatildeo acondicionamento e cuidados na administraccedilatildeo de faacutermacos a fim de evitar

prejuiacutezos no tratamento resultantes da incompatibilidade medicamentosa (PETERLINI

CHAUD e PEDREIRA 2006)

Os fatores intra-procedimento satildeo considerados aqueles diretamente relacionados com

o procedimento Os dados colidos nas entrevistas ressaltaram apenas a fixaccedilatildeo com um fator

que interfere nessa fase Este foi o dado mais repetitivo nas entrevistas poreacutem sempre citado

de forma superficial Seguem as falas dos profissionais quando questionados sobre o que era

importante para manutenccedilatildeo do acesso

ldquoTem que fazer uma boa fixaccedilatildeo Porque quando a pessoa natildeo fixa bem prejudica porque aquilo vai soltando e quando vocecirc vecirc jaacute perdeu a veiardquo(Cinderela) ldquoEu acho que natildeo tem o que fazer para manter o acesso A crianccedila vai ficar uns dias X com aquele acesso pra fazer medicaccedilatildeo e eu acho que natildeo tem o que vocecirc profissional fazer para que natildeo percardquo (Aurora) ldquoA fixaccedilatildeo evita a movimentaccedilatildeo excessiva no local que estaacute o acessordquo (Ariel) ldquoTer cuidado com o curativo saber manusear E manter sempre o curativo limpo trocar se necessaacuteriordquo (Rapunzel) ldquoA fixaccedilatildeo eacute muito importante pra natildeo soltar o acesso e pra ele ficar mais tempordquo(Mulan)

Oliveira Bezerra e Pereira (2008 p 94) afirmam que de acordo com o revelado por

determinados estudos o tipo de curativo a fixaccedilatildeo do cateter e o tempo de permanecircncia estatildeo

diretamente relacionados com a ocorrecircncia de complicaccedilotildees infecciosas como flebites e

tambeacutem infiltraccedilatildeo extravasamento desconexatildeo e deslocamento do cateter

26

Para Pettit e Kraus15

Potter

(1995 apud MACHADO PEDREIRA E CHAUD2005 p292) a

gaze esteacuteril fixada com a fita adesiva hipoalergecircnica bem como a peliacutecula transparente esteacuteril

satildeo os materiais mais recomendados para curativo e fixaccedilatildeo de cateter venoso perifeacuterico

16

Jaacute as peliacuteculas transparentes mais conhecidas como filme permitem a respiraccedilatildeo

normal da pele com alta permeabilidade ao oxigecircnio e vapores e eacute impermeaacutevel a liacutequidos e

micro-organismos (SILVA E ZANETTI 2004 p233) Aleacutem disso permitem tambeacutem a

visualizaccedilatildeo contiacutenua do local de punccedilatildeo permitindo assim avaliaccedilatildeo do mesmo natildeo soacute

durante a infusatildeo de medicaccedilotildees mas tambeacutem todo o tempo

(1998 apud SILVA E ZANETTI 2004 p233) afirma que nas fixaccedilotildees em

que se utiliza a gaze esteacuteril preconiza-se a utilizaccedilatildeo de teacutecnica asseacuteptica Neste curativo a

gaze esteacuteril eacute colocada sobre o siacutetio de inserccedilatildeo e suas bordas satildeo fixadas com fita adesiva

A observaccedilatildeo da punccedilatildeo eacute muito importante pois se o local de inserccedilatildeo se mostrar

com sinais e sintomas de complicaccedilotildees a terapia deve ser suspensa (OLIVEIRA BEZERRA

e PEREIRA 2008 p95)

A visualizaccedilatildeo contiacutenua do acesso permite que a equipe de enfermagem possa realizar

uma observaccedilatildeo mais particularizada em relaccedilatildeo agraves condiccedilotildees do acesso venoso perifeacuterico

podendo observar se haacute deslocamento do cateter sinais de infiltraccedilatildeo e tambeacutem sinais de

infecccedilatildeo

Para Silva Barbato e Valente (2013 p 1200) cabe ao enfermeiro fazer a avaliaccedilatildeo

diaacuteria e cuidadosa do curativo observando a presenccedila de umidade sujidade integridade do

oacutestio de inserccedilatildeo a fixaccedilatildeo bem como a realizaccedilatildeo do curativo e das anotaccedilotildees legais

competentes agraves suas funccedilotildees

A fase poacutes-procedimento eacute caracterizada por uma seacuterie de cuidados que a equipe de

enfermagem deve realizar para que se obtenha maior tempo de permanecircncia do acesso venoso

perifeacuterico Durante as entrevistas os cuidados citados foram a salinizaccedilatildeo do acesso cuidados

para evitar a flebite e a velocidade de infusatildeo

15 Pettit DM Kraus V The use of gauze versus transparent dressings for peripheral intravenous catheter sites Nurs ClinNorth Am 1995 30(3)495-506 16 Potter P Perry AG Fundamentos de enfermagem processo conceito e praacutetica 3ordf ed Santos(SP) Guanabara Koogan19981397pp801-43

27

ldquoManter um acesso bem salinizado que vocecirc lave pelo menos de duas de trecircs em trecircs horas Se bem que isso aqui na pediatria natildeo eacute muito comum aqui a gente soacute lava cada vez que vai fazer medicaccedilatildeo mas se eu natildeo me engano a literatura preconiza isso vocecirc lavar pelo menos de quatro em quatro horas o acessordquo (Aurora)

ldquoPra manter o acesso venoso perifeacuterico eacute importante manter ele salinizado Assim que a gente recebe o plantatildeo eu vou ver se o acesso ta peacutervio com uma ldquoseringuinhardquo vai la da uma ldquolavadinhardquo e vecirc se o acesso ta peacutervio e manter o acesso salinizadordquo (Ariel)

ldquoSalinizar de 6 em 6 horas para manter ele peacuterviordquo (Alice)

ldquoTem que passar lento a medicaccedilatildeo e a limpeza da aacuterea vocecirc tem que limpar bem a aacuterea pra vocecirc natildeo formar uma flebiterdquo (Cinderela)

A salinizaccedilatildeo do acesso eacute um cuidado simples e de grande importacircncia Esse cuidado

deve ser realizado para manter o acesso peacutervio e limpo e deve ser realizado antes e apoacutes

qualquer infusatildeo

Para Moncaio e Figueiredo (2009)

a ldquosalinizaccedilatildeordquo consiste em administrar sob pressatildeo positiva soluccedilatildeo salina (Soro fisioloacutegico a 09) logo apoacutes o teacutermino da infusatildeo da medicaccedilatildeo Este procedimento visa prevenir a formaccedilatildeo de trombos e fibrina evitar o contato de drogas incompatiacuteveis (quando da infusatildeo de mais de um item medicamentoso no mesmo horaacuterio) garantir a infusatildeo de todo o medicamento que possa ter ficado no sistema aleacutem de evitar retorno sanguiacuteneo mantendo o cateter peacutervio para a proacutexima infusatildeo

Durante a coleta de dados esse cuidado surgiu em diversos momentos poreacutem foi

possiacutevel perceber que os profissionais realizam o mesmo de forma banalizada Natildeo sabem de

fato a real funccedilatildeo de manter o acesso salinizado A impressatildeo que passa eacute que eles

aprenderam que esse cuidado deveria ser feito e simplesmente fazem Haacute divergecircncias

tambeacutem entre a equipe em relaccedilatildeo ao momento que deve ser realizada a salinizaccedilatildeo e isso nos

mostra a desatualizaccedilatildeo dos profissionais do setor e a falta de uma educaccedilatildeo continuada no

hospital

Os cuidados para evitar a flebite e a velocidade de infusatildeo da medicaccedilatildeo apareceram

menos nas entrevistas e interferem diretamente com a manutenccedilatildeo do acesso venoso

perifeacuterico

28

A flebite eacute uma inflamaccedilatildeo na veia puncionada ocorrendo quando as ceacutelulas

endoteliais da parede da veia que o cateter estaacute inserido tornam-se inflamadas e irregulares

propiciando a aderecircncia de plaquetas e predispondo a veia a inflamaccedilatildeo Eacute comum que o local

se apresente dolorido hiperemiado quente e edemaciado e nesses casos eacute aconselhada a

retirada do cateter Uma boa fixaccedilatildeo do cateter perifeacuterico eacute recomendada por autores na

literatura visto que previnem deslocamento faacutecil e permitem uma boa visualizaccedilatildeo do local

evitando complicaccedilotildees como a flebite e infiltraccedilatildeo (MOLDES et al 2011 p 330)

Dentre as principais falhas de infusatildeo venosa estatildeo flebite infiltraccedilatildeo hematoma e

obstruccedilatildeo Acredita-se que para reduzir a incidecircncia destas nas unidades pediaacutetricas eacute preciso

a adoccedilatildeo de estrateacutegias tais como a abordagem junto agrave equipe em parceria com o setor de

educaccedilatildeo permanente e a adoccedilatildeo do uso da teacutecnica corretamente e de forma asseacuteptica para a

realizaccedilatildeo da punccedilatildeo venosa perifeacuterica em acordo com a comissatildeo de controle de infecccedilatildeo

hospitalar (SILVA BARBATO e VALENTE 2013 p 1200)

A incapacidade do paciente em relatar dor no siacutetio de administraccedilatildeo do faacutermaco quer

pela idade ou condiccedilatildeo cliacutenica e o local de inserccedilatildeo como tambeacutem a velocidade de infusatildeo do

medicamento (gt25mgmin) satildeo classificados como fatores de risco para a perda do acesso

venoso perifeacuterico (MARTINS SILVINO e DIAS 2010)

42 Os cuidados em desuso para manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico

Essa categoria discorre sobre os cuidados de enfermagem que com o passar do tempo

foram desconsiderados e natildeo satildeo mais utilizados Quando questionados em relaccedilatildeo a vivencia

profissional e cuidados que discordavam os entrevistados citaram o uso da tala para fixaccedilatildeo

uso de heparina e os cuidados em relaccedilatildeo ao tempo de permanecircncia do cateter Haacute muitas

controveacutersias em relaccedilatildeo aos cuidados citados acima

O tempo de permanecircncia interfere diretamente no aparecimento de complicaccedilotildees

como flebite e que acabam levando a perda do acesso venoso perifeacuterico mais rapidamente

aconselhando assim a troca do mesmo entre 76 a 96 horas Poreacutem eacute preconizada a retirada do

cateter apenas se finalizar o tratamento ou houver alguma interferecircncia

ldquoA gente observa tambeacutem o tempo dependendo do tempo tem que tirarrdquo (Alice)

29

ldquoHoje eu natildeo sei como que eacute essa questatildeo do tempo porque a gente trocava o acesso a cada quatro dias agora o pessoal jaacute diz que pode trocar em ateacute uma semana entatildeo natildeo sei como que ta isso e o que tem escrito em relaccedilatildeo a isso (Aurora)

Sabe-se que o tempo para troca do cateter de teflon ou poliuretano varia de 72 a 96

horas com o intuito de reduzir risco de infecccedilatildeo e flebite e para minimizar esses riscos nas

seguintes situaccedilotildees diante de sinais inflamatoacuterios no local de inserccedilatildeo e sempre que houver

mau funcionamento do cateter (SANTOS17

Entretanto o Center for Disease Control and Prevention - CDC (2002) diz que em

pacientes pediaacutetricos natildeo foi observada relaccedilatildeo quanto ao tempo de permanecircncia do cateter e

ocorrecircncia de complicaccedilotildees devendo ser mantido ateacute o teacutermino da terapia intravenosa ou

quando forem observados sinais cliacutenicos de complicaccedilotildees

2004 apud OLIVEIRA BEZERRA e PEREIRA

2008 p 93)

Eacute possiacutevel observar a diferenccedila do conhecimento pratico dos profissionais

entrevistados em relaccedilatildeo ao conhecimento encontrado na literatura E ainda contendo duacutevidas

natildeo haacute uma busca da parte dos mesmos para esclarececirc-las

O uso da heparina com a finalidade de manter o acesso peacutervio por um periacuteodo maior

de tempo mostra-se com mais certeza quanto ao desuso nos dados colidos

ldquoAntigamente a gente usava heparina entatildeo a gente ficava tranquila em relaccedilatildeo agrave obstruccedilatildeo mas agora natildeo a gente usa o soro fisioloacutegico e a gente deixa salinizadordquo (Aurora)

Rang e Dale 18(1998 apud DOPICO e OLIVEIRA 2006) afirmam que a heparina

inibe a formaccedilatildeo de coaacutegulos de fibrina in vitro e in vivo e que seu efeito anticoagulante eacute

praticamente imediato Com isso Phillips19

17 Santos W Lavagem das matildeos In R Luiz Santos W Manual baacutesico de prevenccedilatildeo e controle das infecccedilotildees hospitalares do HRU Fortaleza Hospital Regional Unimed 2004

(2001 apud DOPICO e OLIVEIRA 2006)

ressalta que a teacutecnica de manutenccedilatildeo intermitente de cateteres intravenosos com soluccedilatildeo

salina 09 classificada como salinizaccedilatildeo tem sido pesquisada haacute alguns anos apresentando

em relaccedilatildeo ao uso da heparina vantagens como o baixo custo ser um procedimento mais

18 Rang HP Dale M M Hemostasia e Trombose In Rang HP Dale M M Farmacologia Rio de Janeiro Guanabara Koogan 1998 p235-47 19 PHILLIPS L D Manual de terapia intravenosa 2ed Porto Alegre Artmed 2001

30

simples aleacutem de eliminar a possibilidade de incompatibilidade com as drogas e soluccedilotildees

administradas aleacutem da inexistecircncia de riscos ao paciente Entretanto sabe-se que a literatura

ainda natildeo fornece consenso acerca da soluccedilatildeo mais indicada para manutenccedilatildeo da

permeabilidade do cateter venoso perifeacuterico

Eacute importante ressaltar que muitas instituiccedilotildees do nosso paiacutes nem ao menos tecircm o

conhecimento da praacutetica da salinizaccedilatildeo com soluccedilatildeo salina 09 No que se refere agrave pesquisa

cientiacutefica as limitaccedilotildees desta praacutetica satildeo atribuiacutedas agrave ausecircncia de um maior nuacutemero de

estudos controlados para validar sua eficaacutecia (EPPERSON20

Apesar de natildeo ser encontradas publicaccedilotildees acerca do tema a utilizaccedilatildeo de heparina

mostra-se como uma pratica natildeo mais utilizada pelos profissionais de enfermagem Outro

tema onde haacute controveacutersias e tambeacutem poucas citaccedilotildees eacute o uso da tala para fixaccedilatildeo do acesso

venoso perifeacuterico Seguem abaixo a opiniatildeo de alguns dos profissionais entrevistados

1984 apud DOPICO e

OLIVEIRA 2006)

ldquoA uacutenica coisa que eu natildeo gosto de ver eacute quando se coloca tala para imobilizar dizendo que a tala vai ajudar a natildeo perder a veia Isso eu natildeo concordo acho que a tala prejudica a crianccedila fica incomodada faz dor no membrordquo (Cinderela)

ldquoAntigamente a gente usava muito tala e as vezes eu pego isso aqui ai eu falo gente tala natildeo se usa mais natildeo faz parte mais da fixaccedilatildeo vocecirc pode fixar de uma forma que a crianccedila natildeo perca A tala eu acho que ela traumatiza um pouco ainda mais se vocecirc pegar um acesso na dobra vocecirc vai fazer com que a crianccedila fique com o braccedilo esticado muito tempo eu acho que pode causar uma lesatildeo depois e a literatura jaacute fala que eacute desnecessaacuteria natildeo precisa maisrdquo (Aurora) ldquoAntigamente usavam tala mas hoje em dia quase natildeo se vecirc mais e eu acho que a tala atrapalha porque a crianccedila fica imobilizada no membro ai fica mais irritadardquo (Rapunzel) ldquoLaacute no meu outro trabalho alguns usam a tala Eu acho que a tala ajuda ateacute a perder mais raacutepido porque a crianccedila fica incomodada vai querer mexer naquilordquo (Mulan)

20 Epperson EL Efficacy of 09 sodium chloride injection with without heparin for maintenance indwelling intermittent injection sites Clin Pharm1984 3(5)26

31

Almeida e Sabateacutes21

Entretanto haacute estudo que comprovam que o uso da tala natildeo se mostra tatildeo eficiente e

apresenta-se como uma praacutetica controversa O estudo foi realizado em crianccedilas ateacute os 12 anos

utilizando imobilizaccedilatildeo com tala e em mais de metade dos casos (553) ocorreu infiltraccedilatildeo

o que indicia a ineficaacutecia desta praacutetica (MACHADO PEDREIRA e CHAUD 2008 apud

BATALHA et al 2010 p512)

(2008 apud BATALHA et al 2010 p512) afirmam que a teacutecnica

de fixaccedilatildeo dos CVP com uso de imobilizaccedilatildeo com tala para restriccedilatildeo ou limitaccedilatildeo dos

movimentos articulares proacuteximo do local da punccedilatildeo estaacute indicado nas matildeos punhos cotovelo

e maleacuteolo

Para Batalha et al (2010 p512) o uso desta praacutetica parece natildeo se coadunar com o

atual uso de cateteres flexiacuteveis tipo abocath em detrimento de agulhas metaacutelicas Talvez por

isso comecem a surgir novas teacutecnicas de fixaccedilatildeo dos CVP que natildeo exigem imobilizaccedilatildeo das

articulaccedilotildees com talas

Aleacutem de natildeo haver uma confirmaccedilatildeo dos benefiacutecios causados pelo uso da tala a

imobilizaccedilatildeo causa incocircmodo para a crianccedila que fica com o membro imoacutevel podendo causar

dor e tambeacutem irritaccedilatildeo O uso desse tipo de fixaccedilatildeo tambeacutem impede a visualizaccedilatildeo frequente

do acesso venoso afetando assim os cuidados de observaccedilatildeo da equipe de enfermagem

43 O acompanhante e a manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico

A presente categoria vai discutir um assunto importante que surgiu durante as

entrevistas de forma inesperada Alguns dos profissionais entrevistados citaram o descuido do

acompanhante como um fator causador da perda do acesso venoso perifeacuterico Seguem abaixo

algumas falas

ldquoA matildee sempre acompanha e tem matildee que natildeo tem cuidado natildeo vigia e a gente tem que ficar pedindo pra olhar tomar contardquo (Aurora)

ldquoEm relaccedilatildeo ao acompanhante porque a crianccedila natildeo vai avaliar entatildeo o acompanhante que estar ali tem que avaliar direitinho natildeo deixar a crianccedila mexer ou puxarrdquo (Bela)

ldquoNatildeo eacute toda matildee que esta vigiando que cuida pra que a crianccedila natildeo perca o acessordquo (Jasmine)

21 Almeida FA Sabateacutes AL Enfermagem pediaacutetrica a crianccedila o adolescente e a sua famiacutelia no hospital Satildeo Paulo(SP) Manole 2008

32

ldquoAcho que leva a perda quando o acompanhante natildeo coopera as vezes a gente faz a imobilizaccedilatildeo na crianccedila e as vezes eles ateacute retiram e a proacutepria crianccedila agitada ela mesmo arrancardquo (Branca de Neve)

ldquoAgraves vezes a proacutepria crianccedila que a matildee deixa muito solta ai solta o acessordquo (Mulan)

Apoacutes a implementaccedilatildeo da lei que garante um acompanhante ao paciente pediaacutetrico a

presenccedila do familiarresponsaacutevel durante a hospitalizaccedilatildeo mudou a rotina da equipe de

enfermagem trazendo duacutevidas quanto a real funccedilatildeo do acompanhante e fazendo com que a

mesma viesse a delegar certos cuidados para acompanhante

A Promulgaccedilatildeo da Lei 8069 do Estatuto da Crianccedila e do Adolescente (ECA) em

1990 no seu artigo 12deg garante agrave crianccedila ou ao adolescente o direito de ter um responsaacutevel

que o acompanhe durante a hospitalizaccedilatildeo (1990)

Desde a sua implantaccedilatildeo as unidades vecircm sofrendo um processo de reorganizaccedilatildeo de

suas praacuteticas A inserccedilatildeo da famiacutelia modifica a organizaccedilatildeo do processo de trabalho o que

requer dos profissionais uma compreensatildeo em relaccedilatildeo agrave dinacircmica das relaccedilotildees interpessoais

(COLLET e ROCHA 2004)

Pimenta e Collet (2009) ressaltam que natildeo haacute nenhuma regulamentaccedilatildeo sobre a

participaccedilatildeo da famiacutelia nos cuidados e no entanto a mesma desempenha atividades junto agrave

crianccedila durante a hospitalizaccedilatildeo que devem ser levadas em consideraccedilatildeo A falta de

reconhecimento desse fato fez com que a equipe de enfermagem e famiacutelia natildeo possuiacutessem

uma relaccedilatildeo aberta e vivessem uma relaccedilatildeo silenciosa e impliacutecita de poder na qual a famiacutelia

acaba assumindo as relaccedilotildees do cuidado agrave crianccedila de responsabilidade da enfermagem

A negociaccedilatildeo entre matildees e equipe de enfermagem em relaccedilatildeo aos cuidados agrave crianccedila

hospitalizada natildeo eacute uma tarefa faacutecil tendo em vista que natildeo se tem claro qual o seu novo

papel neste processo (COLLET e ROCHA 2004)

Eacute possiacutevel ver nas falas que a presenccedila do acompanhante causa para a equipe de

enfermagem a seguranccedila de ter algueacutem para ldquovigiarrdquo ldquotomar contardquo e natildeo deixar que a

crianccedila hospitalizada perca o acesso venoso quando na verdade eacute funccedilatildeo da equipe de

enfermagem cuidados referentes ao acesso venoso perifeacuterico

33

Jaacute o acompanhante eacute definido pelo Ministeacuterio da Sauacutede como uma pessoa significativa

para a crianccedila que representa sua rede social e que vai acompanhaacute-lo durante a permanecircncia

no ambiente hospitalar ressaltando assim sua importacircncia Esse fato se reforccedila visto que a

crianccedila encontra nos familiares a forccedila e seguranccedila necessaacuteria para encarar todo esse processo

doloroso e desconhecido (MURAKAMI e CAMPOS 2011 p255)

O acompanhante aleacutem de minimizar o sofrimento do paciente pediaacutetrico faz com que

o mesmo sinta-se mais a vontade Eacute importante ressaltar que o familiarresponsaacutevel natildeo soacute

pode como deve participar das atividades da crianccedila no hospital desde que estas natildeo sejam

competecircncias dos profissionais que os cercam Essas atividades satildeo caracterizadas como

semelhantes aos que eles realizam diariamente fora do ambiente hospitalar como o banho

Poreacutem no caso de um paciente com punccedilatildeo venosa perifeacuterica o profissional de enfermagem

deve auxiliar no cuidado para que essa natildeo se perca

Os cuidados dos familiaresacompanhantes satildeo os mesmos que os desenvolvidos no

domiciacutelio e os cuidados prestados pela equipe de enfermagem satildeo aqueles que demandam

conhecimento teacutecnico-cientiacutefico especializado (SOUZA e OLIVEIRA 2010 p558)

Mesmo alguns cuidados parecerem simples e rotineiros quando eacute prestado no

hospital assumem novas caracteriacutesticas com o uso de dispositivos tecnoloacutegicos os quais se

tornam complexos (PIMENTA E COLLET 2009)

O ato de cuidar envolve o respeito agrave maneira como vive cada indiviacuteduo de acordo

com suas crenccedilas valores costumes e cultura A famiacutelia como uma instituiccedilatildeo atende agraves

necessidades bioloacutegicas de seus membros sendo sua responsabilidade cuidar e criar os filhos

incluindo a obrigaccedilatildeo da alimentaccedilatildeo higiene vestuaacuterio e moradia (ELSEN22

Nas entrevistas podemos verificar falas em que o acompanhante eacute citado como

responsaacutevel por avaliar a punccedilatildeo venosa A equipe de enfermagem deve sempre partir do

pressuposto que o familiar acompanhante natildeo tem conhecimento cientiacutefico e certo tipo de

cuidado natildeo deve se delegado para o mesmo mostrando assim a importacircncia da orientaccedilatildeo do

acompanhante quanto aos procedimentos dispositivos utilizados e cuidados em que os

etal 1994

apud SOUZA e OLIVEIRA 2010 p 553)

22 Elsen I Patriacutecio ZM Assistecircncia agrave crianccedila hospitalizada tipos de abordagens e suas implicaccedilotildees para a enfermagem In A enfermagem em pediatria e puericultura Rio de Janeiro (RJ) Atheneu 2005

34

mesmos possam auxiliar Seguem abaixo as falas onde os profissionais ressaltaram a

importacircncia da orientaccedilatildeo do acompanhante

ldquoNem sempre a crianccedila vai entender o porque de estar com aquele acesso entatildeo tem que ter uma orientaccedilatildeo do acompanhanterdquo (Bela)

ldquoTem que haver orientaccedilatildeo do acompanhante para os cuidadosrdquo (Ariel)

ldquoAgraves vezes tem ate o exemplo de um pai que natildeo deixa trocar o acesso jaacute tinha mais de uma semana e ele natildeo queria que trocasse ai faz febre e natildeo sabe da onderdquo (Alice)

Para Souza e Oliveira (2010 p555) deve haver uma preocupaccedilatildeo em orientar

considerando que o outro natildeo tem nenhum tipo de conhecimento sobre o assunto Poreacutem

Queiroz e Jorge23

Apesar das dificuldades o profissional de enfermagem deve estabelecer um viacutenculo de

confianccedila com o acompanhante buscando sempre deixaacute-los ciente das situaccedilotildees e fazendo-os

participar dos cuidados plausiacuteveis sem causar nenhum dano agrave crianccedila e de maneira alguma

abandonar suas atribuiccedilotildees

(2004 apud SOUZA e OLIVEIRA 2010 p 556) ressaltam que apesar de os

profissionais terem intenccedilatildeo de orientar os cuidados para a sauacutede repassam conhecimentos

elaborados cientificamente dificultando a compreensatildeo do familiar aleacutem de a relaccedilatildeo se dar

de maneira vertical assimeacutetrica e coercitiva

23 Queiroz MVO Jorge MSB Accedilotildees educativas no cuidado infantil e intervenccedilotildees dos profissionais junto agraves famiacutelias Acta Scientiarum Maringaacute 2004 janjun 26(1) 27-34

35

CONCLUSAtildeO

Atraveacutes desse estudo foi possiacutevel descrever e analisar os cuidados que os profissionais

de enfermagem realizam acerca da permanecircncia do acesso venoso perifeacuterico Aleacutem disso a

realizaccedilatildeo da pesquisa permitiu identificar a desarticulaccedilatildeo do processo de enfermagem e a

praacutetica desconectada da produccedilatildeo cientiacutefica caracterizando a falta de uma educaccedilatildeo

continuada efetiva

A anaacutelise dos dados demonstra o processo de punccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico

ressaltando a importacircncia de cuidados como a seleccedilatildeo do local a diluiccedilatildeo da medicaccedilatildeo a

realizaccedilatildeo de uma boa fixaccedilatildeo a atenccedilatildeo com a velocidade de infusatildeo os cuidados com os

sinais de infecccedilatildeo e salinizaccedilatildeo do acesso natildeo deixando de salientar cuidados em desuso

como o uso da heparina da tala e duvidas em relaccedilatildeo ao tempo de permanecircncia Evidenciou

tambeacutem que a equipe de enfermagem delega alguns cuidados para os acompanhantes

Natildeo foi possiacutevel perceber o niacutevel de conhecimento cientiacutefico dos profissionais visto

que eles em nenhum momento por natildeo saberem ou por medo de se expor natildeo explicaram de

fato nenhum cuidado que disseram realizar Sempre citaram de forma superficial e direta

deixando claro tambeacutem que o pesquisador natildeo os indagou quanto a isso Poreacutem creio que

diante de cuidados tatildeo importantes e de frequente praacutetica os mesmos falariam facilmente

sobre os cuidados de enfermagem na permanecircncia do acesso venoso perifeacuterico

Apesar dos entrevistados citarem alguns fatores e cuidados realizados de forma

correta eacute visiacutevel que os mesmos realizam os cuidados com a punccedilatildeo e a permanencia do

acesso de forma automaacutetica sem unir a praacutetica com o fundamento do mesmo

Eacute importante destacar tambeacutem a importacircncia do preparo emocional da crianccedila como

tambeacutem os cuidados com a famiacutelia dos mesmos O trabalho de humanizaccedilatildeo realizado pela

36

enfermagem faz grande diferenccedila nessas situaccedilotildees visto que os pacientes e acompanhantes

tendo conhecimento do que seraacute realizado ficariam mais tranquilos

O estudo contribuiu para o campo do ensino nesta aacuterea dando destaque ao importante

papel que o profissional de enfermagem deve desempenhar no cuidado e na manutenccedilatildeo do

acesso venoso perifeacuterico Contudo vale ressaltar a importacircncia do incentivo ao profissional a

buscar na literatura natildeo soacute esclarecimento de suas duvidas mas tambeacutem novos

conhecimentos

Pode colaborar ainda para a realizaccedilatildeo de novas pesquisas na aacuterea procurando

eliminar duacutevidas e controveacutersias sobre o tema Buscando assim a realizaccedilatildeo de um cuidado de

enfermagem articulado e eficaz promovendo o bem-estar do paciente pediaacutetrico durante a

hospitalizaccedilatildeo

37

REFEREcircNCIAS

ARAUacuteJO Ana Paula Monteiro Baptista de Andrade As praacuteticas de cuidado agrave crianccedila com

cateter venoso perifeacuterico e seus reflexos na interaccedilatildeo enfermeiro-familiar Dissertaccedilatildeo

(Mestrado em Enfermagem) Universidade do Estado do Rio de Janeiro Faculdade de

Enfermagem2007 66 f Disponiacutevel emlt

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44

APEcircNDICE I

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO Tiacutetulo Do Projeto Os cuidados de enfermagem acerca dos acessos venosos perifeacutericos na unidade pediaacutetrica Pesquisador Responsaacutevel Rosane Cordeiro Burla de Aguiar Eny Dorea Paiva e Karina Rodrigues Fernandes Instituiccedilatildeo a que Pertence o Pesquisador Responsaacutevel Universidade Federal Fluminense Telefone para contato (21) 98355269 (21) 82392939 (21) 91786609 Nome do voluntaacuterio _________________________________________________________ Idade ________ anos RG ____________________________

AO Sr (a) estaacute sendo convidado (a) a participar do projeto de pesquisa OS CUIDADOS DE

ENFERMAGEM ACERCA DOS ACESSOS VENOSOS PERIFEacuteRICOS NA UNIDADE PEDIATRICA de

responsabilidade da pesquisadora Profordf Drordf Rosane Cordeiro Burla de Aguiar e Profordf Drordf Eny Dorea Paiva A

punccedilatildeo venosa perifeacuterica eacute um procedimento essencial durante a hospitalizaccedilatildeo da crianccedila visto que eacute atraveacutes

dela que eacute administrada grande parte das medicaccedilotildees Este estudo se justifica diante da importacircncia da

necessidade de um maior periacuteodo de permanecircncia dos acessos venosos perifeacutericos Com isso aleacutem da

diminuiccedilatildeo de eventos que causam dor e irritaccedilatildeo na crianccedila e na famiacutelia promoveraacute tambeacutem uma melhor estada

dos mesmos durante o periacuteodo de hospitalizaccedilatildeo Os objetivos da pesquisa satildeo 1) Descrever os fatores que

interferem na manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico de acordo com a equipe de enfermagem 2)Analisar os

cuidados da equipe de enfermagem na manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico A coleta de dados se daraacute

atraveacutes de entrevistas semi estruturadas que seratildeo gravadas As informaccedilotildees colhidas seratildeo tratadas de forma

anocircnima e confidencial ou seja em nenhum momento seratildeo divulgados o seu nome e somente os

pesquisadores teratildeo acesso agraves informaccedilotildees Os dados obtidos com a pesquisa poderatildeo ser publicados apenas com

fins cientiacuteficos Eles natildeo seratildeo utilizados para fins comerciais ou para outra finalidade qualquer Caso necessite

poderatildeo ser marcados encontros para respostas ou esclarecimentos de qualquer duacutevida acerca da pesquisa A sua

participaccedilatildeo eacute voluntaria e eacute importante lembrar que vocecirc poderaacute desistir de participar da pesquisa em qualquer

momento A entrevista seraacute marcada em um dia e horaacuterio que vocecirc achar melhor Seraacute realizada

individualmente em um ambiente que nos ofereccedila privacidade Esta pesquisa natildeo oferece riscos para vocecirc e os

benefiacutecios da sua participaccedilatildeo satildeo de aumentar o conhecimento cientiacutefico na aacuterea de Enfermagem Pediaacutetrica

aleacutem de contribuir para a praacutetica profissional Este documento seraacute elaborado em duas vias uma para vocecirc e a

outra seraacute arquivada pelo pesquisador

Eu_____________________________________________________________ RG no _____________________________ Declaro que apoacutes ter entendido o que me foi explicado consinto voluntariamente em participar do presente Protocolo de Pesquisa entendo ainda que posso retirar o meu consentimento a qualquer momento antes ou durante a realizaccedilatildeo do mesmo declaro ter sido informada(o) e concordo em participar como voluntaacuteria(o) da pesquisa acima descrita Rio de Janeiro_______de_______________de 20___ _____________________________ ________________________________

(Participante) Karina Rodrigues Fernandes (Responsaacutevel por obter o consentimento)

______________________________________ _______________________________________ (Testemunha) (Testemunha)

45

APEcircNDICE II

ROTEIRO PARA ENTREVISTA

1) O que vocecirc acha que pode levar a perda do acesso perifeacuterico

2) Para vocecirc o que eacute importante para manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico nas

crianccedilas

3) O que vocecirc acha que pode interferir na sua manutenccedilatildeo

4) Que medidas vocecirc adota no seu dia a dia para manter o acesso

5) Na sua vivencia profissional o que vocecirc discorda dos cuidados que geralmente satildeo

utilizados para manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico

46

ANEXO

47

48

  • KARINA RODRIGUES FERNANDES
    • COA Thatiana Fernanda PETTENGILL Myriam Aparecida Mandetta Autonomia da crianccedila hospitalizada frente aos procedimentos crenccedilas da enfermeira pediatra Acta paul enferm 19(4) 433-438 out-dez 2006 Disponiacutevel em lt wwwscielobrscielophpscr
    • JANSEN Michele Ferraz SANTOS Rosane Maria dos FAVERO Luciane Benefiacutecios da utilizaccedilatildeo do brinquedo durante o cuidado de enfermagem prestado agrave crianccedila hospitalizada Rev Gaucha Enferm 31(2) 247-253 jun 2010 Disponiacutevel em lt httpwwwscielo
    • MAGNABOSCO Gisele TONELLI Ana Lucia Nascimento Fonseca SOUZA Sarah Nancy Deggau Hegeto de Abordagens no cuidado de enfermagem agrave crianccedila hospitalizada submetida a procedimentos uma revisatildeo de literatura Cogitare enferm 13(1) 103-108 jan-mar
    • MARTINS Maria do Rosaacuterio RIBEIRO Circeacutea Amalia BORBA Regina Issuzu Hirooka de and SILVA Conceiccedilatildeo Vieira daProtocolo de preparo da crianccedila preacute-escolar para punccedilatildeo venosa com utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico Rev Latino-Am Enfermagem [on
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    • PETERLINI Maria Angeacutelica Sorgini CHAUD Massae Noda and PEDREIRA Mavilde da L GOacuterfatildeos de terapia medicamentosa a administraccedilatildeo de medicamentos por via intravenosa em crianccedilas hospitalizadasRev Latino-Am Enfermagem [online] 2003 vol11 n
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    • PIMENTA Erika Acioli Gomes COLLET Neusa Dimensatildeo cuidadora da enfermagem e da famiacutelia na assistecircncia agrave crianccedila hospitalizada concepccedilotildees da enfermagem Rev esc enferm USP [online] 2009 vol43 n3 pp 622-629 Disponiacutevel em lt httpwwwscie
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        • CDD 61073
Page 12: UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE ESCOLA DE …app.uff.br/riuff/bitstream/1/3317/1/TCC Karina Rodrigues Fernandes.pdf · A punção venosa periférica é um procedimento essencial para

10

dispositivo visto que a sua inserccedilatildeo jaacute eacute um evento estressante para crianccedila e sua famiacutelia

durante a hospitalizaccedilatildeo Eacute relevante tambeacutem natildeo soacute para os enfermeiros pediaacutetricos como

tambeacutem para todos os profissionais da aacuterea de sauacutede que procuram aprofundar seus

conhecimentos acerca dos cuidados na assistecircncia de enfermagem da cateterizaccedilatildeo venosa

perifeacuterica

11

2 REVISAtildeO DE LITERATURA

21 Hospitalizaccedilatildeo infantil e seus estressores

Durante a vida de uma crianccedila as principais situaccedilotildees de crise que normalmente elas

vivenciaratildeo estatildeo relacionadas agrave doenccedila ou a uma possiacutevel hospitalizaccedilatildeo Frente a estes

fatores elas se mostram vulneraacuteveis diante das mudanccedilas impostas relacionadas ao estado de

sauacutede e a sua rotina de vida (HOCKENBERRY e WILSON 2011 p676)

ldquoA hospitalizaccedilatildeo representa para a crianccedila uma situaccedilatildeo diferente de todas as jaacute

vivenciadas haja vista que sua rotina diaacuteria eacute modificada Ela encontra-se em um ambiente

impessoal repleto de tabus e significados diferente do seu contexto diaacuteriordquo (JANSEN

SANTOS e FAVERO 2010 p248)

Segundo Brito et al (2009 p 803) a crianccedila hospitalizada eacute ldquoafastada de seu ambiente

familiar de seus amigos da escola e de seus objetos pessoais perdendo assim grande parte de

suas referecircnciasrdquo com isso esse periacuteodo de hospitalizaccedilatildeo pode causar impacto sobre o estado

psicoloacutegico da mesma

Conforme Hockenberry e Wilson (2011 p676) as crianccedilas natildeo possuem habilidades

de enfrentamento suficientes para resolver determinados estressores Como principais

estressores pode-se citar ldquoa separaccedilatildeo a perda de controle lesatildeo corporal e dorrdquo

Um dos procedimentos mais dolorosos e estressantes para a crianccedila eacute a punccedilatildeo venosa

onde na maioria dos casos constitui a primeira escolha para a administraccedilatildeo de medicamentos

nutriccedilatildeo parenteral hemoderivados e coleta de exames sanguumliacuteneos(OLIVEIRA BEZERRA e

PEREIRA 2008 p91)

12

ldquoA crianccedila eacute um ser em crescimento e desenvolvimento com particularidades e

caracteriacutesticas proacutepriasrdquo (MATHEWS-SIMONTON2

Esse periacuteodo de internaccedilatildeo ldquopode deixar a crianccedila ansiosa insegura e com medo

principalmente quando natildeo eacute preparada para a hospitalizaccedilatildeo e o tratamento a que seraacute

submetidardquo Para Martins (2001) isso contribui para aumentar o medo e a ansiedade

expressos por meio do choro da raiva e ateacute mesmo por agressotildees

1990 apud COA e PETTENGILL

2006 p434) Isso significa que a crianccedila iraacute se comportar de acordo com a situaccedilatildeo imposta

pois isso dependeraacute natildeo soacute da idade de desenvolvimento como tambeacutem de suas experiecircncias

com determinadas situaccedilotildees

Diante de todo o processo de hospitalizaccedilatildeo a crianccedila pode apresentar diversas

manifestaccedilotildees comportamentais sendo consideradas mais comuns as ldquoregressotildees diminuiccedilatildeo

no ritmo do desenvolvimento desordens do sono e da alimentaccedilatildeo dependecircncia

agressividade apatia estados depressivos fobias e transtornos de comportamento em geralrdquo

(BAR-MOR3

Para a famiacutelia ldquoa hospitalizaccedilatildeo de um filho geralmente eacute encarada como uma

situaccedilatildeo de crise para a famiacutelia e para a crianccedilardquo O profissional de enfermagem deve se

organizar seu trabalho com estrateacutegias que minimizem o sofrimento no ambiente hospitalar e

na assistecircncia agrave crianccedila (THOMAZINE et al 2008 p146)

1997 apud BRITO et al 2009 p203) Com a atenccedilatildeo voltada para atender a

demanda e a necessidade fisioloacutegica da crianccedila os profissionais da equipe de enfermagem

geralmente ldquodedicam pouca ou nenhuma atenccedilatildeo agraves questotildees psicoloacutegicas e sociais da crianccedila

hospitalizada e de sua famiacuteliardquo(JANSEN SANTOS e FAVERO 2010 p248)

A qualidade do ambiente pode afetar diretamente no processo de recuperaccedilatildeo com

isso ldquoas intervenccedilotildees no contexto hospitalar devem visar agrave promoccedilatildeo de condiccedilotildees favoraacuteveis

agrave reabilitaccedilatildeo dos efeitos de experiecircncias adversas ao desenvolvimento das crianccedilasrdquo Isso

sugere que o ambiente aleacutem de incentivar a sauacutede deve ser planejado de maneira supra agraves

necessidades dos pacientes levando em conta os aspectos psicoloacutegicos pedagoacutegicos e

2 Mathews-Simonton S A famiacutelia e a cura o meacutetodo Simonton para famiacutelias que enfrentam uma doenccedila Satildeo Paulo Summus 1990 3 Bar-Mor G Preparation of children for surgery and invasive procedures milestones on the way to success J Pediatr Nurs1997Aug12(4) 252-255

13

socioloacutegicos da crianccedila e de sua famiacutelia (SOARES e ZAMBERLAN4

Para humanizar a assistecircncia agrave crianccedila hospitalizada e atender a suas reais

necessidades os pais foram inseridos na cliacutenica pediaacutetrica com direito a permanecircncia integral

nos casos de internaccedilatildeo Isso ocorreu no iniacutecio da deacutecada de 1990 no Brasil com a

legalizaccedilatildeo estabelecida pelo Estatuto da Crianccedila e do Adolescente (THOMAZINE et al

2008 p145) Com isso ldquomuitos hospitais natildeo consideram mais os pais como visitantes e

enfatizam sua presenccedila durante todo o periacuteodo da hospitalizaccedilatildeordquo fazendo uso de um sistema

de cuidado centrado na famiacutelia (HOCKENBERRY e WILSON 2011 p685)

1995 apud BRITO et

al 2009 p803)

Durante o processo de hospitalizaccedilatildeo as crianccedilas satildeo submetidas a diversas condutas e

procedimentos como por exemplo exames e administraccedilatildeo de medicamentos A punccedilatildeo

venosa eacute um dos principais procedimentos que causam dor e muitas vezes existe a

necessidade de vaacuterias punccedilotildees durante um mesmo dia Vale ressaltar que para a crianccedila esse

tipo de procedimento se iguala a uma agressatildeo jaacute que ldquona maioria das vezes eacute acompanhado

de dor ou medo o que se traduz no choro e na ansiedaderdquo (COLLET5

2002 apud GOMES et

al 2011 p290)

22 Acesso venoso perifeacuterico em pediatria

Para Correia et al (2009 p559) a fim evitar um trauma emocional durante a punccedilatildeo

as crianccedilas precisam ser orientadas sobre o tratamento seus objetivos e receber atenccedilatildeo

carinhosa neste momento

A fim de tornar o processo de cateterizaccedilatildeo venosa menos doloroso e estressante para

a crianccedila deve-se ter preferecircncia pelas veias que menos comprometam suas atividades

essenciais Neste intuito deve-se evitar por exemplo puncionar uma veia na matildeo que

dificulte o ato de se alimentar desenhar e ateacute mesmo brincar (OLIVEIRA BEZERRA e

PEREIRA 2008 p91)

4 Soares MRZ Zamberlan MAT A inclusatildeo do brincar na hospitalizaccedilatildeo infantil Est Psicol maioago18(2) 64-9 5 Collet N Oliveira BRG de Manual de Enfermagem em Pediatria Goiacircnia AB 2002

14

O acesso vascular eacute uma das principais modalidades de tratamento utilizadas na

assistecircncia agrave sauacutede Existe ampla aceitaccedilatildeo difusatildeo e praacutetica desse procedimento pelos

profissionais da aacuterea da assistecircncia agrave sauacutede (FERREIRA et al 2005)

Foi na deacutecada de 40 que o uso de cateter vascular foi introduzido nos hospitais

tornando-se essencial para as atividades assistenciais da modernidade (WORTHIGTON6

Para Peterlini e Chaud (2003) tal procedimento se define como um conjunto de

conhecimentos e teacutecnicas que visam agrave administraccedilatildeo de soluccedilotildees ou faacutermacos no sistema

circulatoacuterio abrangendo o preparo do paciente a escolha obtenccedilatildeo e manutenccedilatildeo do acesso

venoso os meacutetodos de preparo e administraccedilatildeo de drogas e soluccedilotildees e os cuidados referentes

agrave frequecircncia de troca do cateter curativos dispositivos de infusatildeo e soluccedilotildees

2005 apud MENDONCcedilA et al 2011 p330)

Primeiramente o acesso perifeacuterico era mantido com agulhas de accedilo inoxidaacutevel as

quais apesar de oferecerem menor risco de infecccedilatildeo satildeo riacutegidas e facilitavam perda do

acesso Em 1945 passou a ser utilizado o cateter venoso plaacutestico que permitia manutenccedilatildeo do

acesso por tempo prolongado (FERNANDES e RIBEIRO7

Quanto ao tempo de permanecircncia em pacientes pediaacutetricos o cateter deve ser mantido

ateacute o teacutermino da terapia intravenosa ou quando forem observados sinais cliacutenicos de

complicaccedilotildees diferentemente dos pacientes adultos onde o tempo de permanecircncia

preconizado eacute de 72 a 96 horas (CENTERS FOR DISEASE CONTROL AND

PREVENTION-CDC 2002)

2000 apud MARTINS et al 2008

p 485) Habitualmente o material de punccedilatildeo que vem sendo utilizado em crianccedilas satildeo os

cateteres flexiacuteveis tipo abocath com mandril metaacutelico (BATALHA et al 2010 p512)

Associaccedilatildeo Paulista de Estudos e Controle de Infecccedilatildeo Hospitalar (2005 apud

Moncaio e Figueiredo 2009) ressaltam que ldquoas principais complicaccedilotildees infecciosas para o

paciente satildeo flebite infecccedilatildeo do siacutetio de inserccedilatildeo do cateter extravasamento de soluccedilatildeo e

bacteremia relacionada ao cateterrdquo Certos fatores podem contribuir para o aparecimento de

tais complicaccedilotildees como o tipo do cateter que seraacute utilizado o preparo do local da punccedilatildeo

aleacutem de caracteriacutesticas intriacutensecas do paciente Vale acrescentar que ldquoos cateteres 6 Worthigton T Elliot TSJ Diagnosis of central venous catheter related infection in adult pacient J Infect 2005 51267-80 7 Fernandes AT Ribeiro Filho N Infecccedilatildeo do acesso vascular In Fernandes AT Fernandes M OV Ribeiro Filho N Infecccedilatildeo hospitalar e suas interfaces na aacuterea da sauacutede Satildeo Paulo (SP) Atheneu 2000 p 556-79

15

confeccionados em Teflon e poliuretano estatildeo associados a baixas frequecircncias de

complicaccedilotildees infecciosas quando comparados aos de polivinilcloreto e polietilenordquo

CENTERS FOR DISEASE CONTROL AND PREVENTION-CDC 2002)

ldquoNo acircmbito hospitalar a flebite eacute uma das complicaccedilotildees mais frequentes e

considerada uma das principais falhas da infusatildeordquo Eacute o processo inflamatoacuterio da camada

iacutentima das veias ocasionado por irritaccedilatildeo mecacircnica quiacutemica ou infecccedilotildees bacterianas

apresentando manifestaccedilotildees como dor edema hiperemia local e calor (GABRIEL8

Machado et al(2008) relata que ldquocerca de 1 a 10 destes pacientes desenvolvem

infecccedilotildees locais ou sistecircmicas relacionadas ao uso de cateteres causadas por alteraccedilatildeo ou

ruptura da integridade da pele que permite a passagem de microorganismos colonizadoresrdquo

2008

apud MAGEROTE et al 2011 p 487)

O curativo para fixaccedilatildeo do cateter eacute outro ponto importante para a manutenccedilatildeo do

mesmo visto que a ldquofixaccedilatildeo reduz o risco de complicaccedilotildees relacionadas agrave terapia intravenosa

tais como flebite infiltraccedilatildeo septicemia e deslocamento do cateterrdquo aleacutem de mantecirc-lo limpo

e seco permitindo a visualizaccedilatildeo contiacutenua do mesmo a fim de prevenir os agravos

(PHILLIPS9

No seacuteculo passado durante os primeiro 50 anos da praacutetica da terapia intravenosa

utilizava-se para fixaccedilatildeo gaze esteacuteril e fitas adesivas O iniacutecio do uso de filmes transparentes

esteacutereis se deu em 1970 como solicitaccedilatildeo dos enfermeiros quanto agrave necessidade da retirada do

curativo para realizar a inspeccedilatildeo do local de inserccedilatildeo funccedilatildeo atribuiacuteda aos mesmos a fim de

impedir uma infecccedilatildeo de corrente sanguiacutenea (MACHADO PEDREIRA E CHAUD 2008)

2001 apud SILVA E ZANETTI 2004 p233)

O uso de fitas adesivas natildeo-esteacutereis pode ser bastante observado em algumas

instituiccedilotildees de sauacutede contudo fita adesiva soacute natildeo estaacute contaminada enquanto permanece na

embalagem sugerindo tambeacutem a possibilidade da transmissatildeo de microorganismos

patogecircnicos com a aplicaccedilatildeo da mesma sobre o local de inserccedilatildeo do cateter

(VANDENBOSCH COOCH E TRESTON-AURAND10

8 Gabriel J Infusion therapy part one minimising the risks Nurs Stand 2008 Apr 22(31)51-6

1997 et al MACHADO

PEDREIRA E CHAUD2005 p292)

9 Phillips DL Manual de terapia endovenosa Trad Pedreira MLG Pereira SR Harada MJCS Peterline MAS 2ordf ed Porto Alegre (RS) Artmed 2001551P 10 VandenBosch TM Cooch J Treston-Aurand J Research utilization adhesive bandage dressing regimen for peripheral venous catheters Am J Infect Control 1997 25(6)513-9

16

Acerca da terapia intravenosa podem ocorrer incompatibilidades em relaccedilatildeo aos

faacutermacos administrados e os cateteres utilizados que na maioria das vezes natildeo satildeo percebidos

devido a impossibilidade de visualizaccedilatildeo Essas incompatibilidades satildeo denominadas por

Peterlini Chaud e Pedreira (2006) como adsorccedilatildeo e absorccedilatildeo onde ocorre ldquoperda do faacutermaco

para a superfiacutecie de frascos seringas filtros acessoacuterios e cateteres da terapia intravenosa por

meio de adsorccedilatildeo ou pela absorccedilatildeo do faacutermaco para a matriz do material de confecccedilatildeo desses

dispositivosrdquo Com isso o profissional de enfermagem tem como funccedilatildeo aleacutem do

conhecimento cientiacutefico acerca das drogas utilizadas programar accedilotildees que possibilitem

ldquoreconstituiccedilatildeo diluiccedilatildeo acondicionamento e cuidados na administraccedilatildeo de faacutermacosrdquo

evitando assim prejuiacutezos no tratamento

17

3 METODOLOGIA

31 Tipo de pesquisa

Trata-se de uma pesquisa descritiva exploratoacuteria de abordagem qualitativa com os

profissionais da equipe de enfermagem da unidade de internaccedilatildeo pediaacutetrica de um hospital

universitaacuterio do estado do Rio de Janeiro

Para Minayo Deslandes e Gomes (2007 p 21) a pesquisa qualitativa responde as

questotildees de forma particular de modo que trabalha com o universo dos significados dos

motivos das aspiraccedilotildees das crenccedilas dos valores e atitudes Sendo assim entende-se que as

accedilotildees do ser humano se distinguem a partir do seu pensamento do modo de agir de acordo

com a realidade vivida por cada um

Segundo Gil (1999 p44) ldquoas pesquisas descritivas tecircm como objetivo primordial a

descriccedilatildeo das caracteriacutesticas de determinada populaccedilatildeo ou fenocircmeno ou o estabelecimento de

relaccedilotildees variaacuteveisrdquo

Kauark Manhatildees e Medeiros (2010 p28) determinam a pesquisa exploratoacuteria como

agravequela que ldquoObjetiva a maior familiaridade com o problema tornando-o expliacutecito ou agrave

construccedilatildeo de hipoacutetesesrdquo Acrescenta ainda que a mesma pode conter levantamento

bibliograacutefico entrevistas com pessoas experientes no problema pesquisado entre outras

fontes

32 Sujeitos da pesquisa

A pesquisa contou com um nuacutemero total de nove (9) profissionais da equipe de

enfermagem da unidade de internaccedilatildeo pediaacutetrica de um Hospital Universitaacuterio do Rio de

Janeiro sendo estes dois (2) enfermeiros e sete (7) teacutecnicos de enfermagem De todos os

18

participantes apenas um trabalha no serviccedilo noturno sendo o restante do serviccedilo diurno Os

mesmos satildeo os responsaacuteveis pela instalaccedilatildeo e manipulaccedilatildeo dos os acessos venosos

perifeacutericos supondo assim que tenham maior domiacutenio sobre o assunto abordado

Os sujeitos foram identificados com codinomes referentes agraves princesas da Disney para

que suas identidades sejam preservadas

33 Cenaacuterio

A pesquisa ocorreu na unidade de internaccedilatildeo pediaacutetrica localizada no quinto andar do

Hospital Universitaacuterio do Rio de Janeiro vinculado a uma Universidade Federal

A unidade pediaacutetrica eacute divida em trecircs enfermarias de acordo com a idade das crianccedilas

hospitalizadas sendo denominadas estas Lactente preacute-escolar e escolar A enfermaria

Lactente eacute composta por 5 leitos hospitalizando crianccedilas de 29 dias a 2 anos jaacute na preacute-escolar

encontram-se 6 leitos e acolhe crianccedilas de 2 a 6 anos e na escolar 6 leitos abrigando crianccedilas

de 7 a 12 anos Toda crianccedila hospitalizada tem direito a um acompanhante como eacute

preconizado por direito pelo Artigo doze (12) do Estatuto da Crianccedila e do Adolescente

(Brasil 1990 p3)

A enfermaria conta com um posto de enfermagem localizado no centro da unidade

possibilitando maior visualizaccedilatildeo das enfermarias Possui tambeacutem uma sala de recreaccedilatildeo e

banheiro para os pacientes e acompanhantes Haacute uma sala utilizada pedagogia hospitalar

onde uma professora realiza atividades com as crianccedilas

Vale ressaltar que na unidade haacute uma sala para realizaccedilatildeo de procedimentos dolorosos

como a punccedilatildeo venosa perifeacuterica e sempre que possiacutevel o paciente eacute levado ateacute ela

34 Coleta de dados

A coleta de dados se deu a partir da teacutecnica de entrevista semi-estruturadas que

segundo Minayo Deslandes e Gomes (2007 p 64) satildeo ldquoperguntas fechadas e abertas em que

o entrevistado tem a possibilidade de discorrer sobre o tema em questatildeo sem se prender agrave

indagaccedilatildeo formuladardquo As mesmas foram gravadas em entrevista individual e tiveram como

foco as accedilotildees que os profissionais da equipe de enfermagem realizam acerca dos cuidados

para a permanecircncia do acesso venoso perifeacuterico aleacutem de investigar sobre o conhecimento que

cada um possui sobre o tema

19

Apoacutes contato preacutevio com a equipe de enfermagem foi acordado um dia e horaacuterio para

a realizaccedilatildeo das entrevistas que aconteceram na proacutepria unidade Todos os profissionais da

equipe de enfermagem foram convidados a participar voluntariamente da pesquisa As

entrevistas aconteceram apoacutes os profissionais assinarem o Termo de Consentimento Livre e

Esclarecido (TCLE)

Para Minayo Deslandes e Gomes (2007 p 64) a entrevista possui como principal

objetivo construir dados que sejam pertinentes para a pesquisa aleacutem de ser a estrateacutegia mais

utilizada no processo de trabalho de campo

A coleta foi interrompida no momento em que os dados se mostraram saturados ou

seja quando houve a cessaccedilatildeo do acreacutescimo de informaccedilotildees novas referentes ao tema

proposto

O fechamento amostral por saturaccedilatildeo teoacuterica eacute definido como a suspensatildeo de inclusatildeo

de novos participantes quando os dados obtidos passam a apresentar na avaliaccedilatildeo do

pesquisador certa redundacircncia ou repeticcedilatildeo natildeo sendo considerado relevante continuar a

coleta de dados (FONTANELLA RICAS e TURATO 2008)

35 Questotildees eacuteticas da pesquisa

De acordo com a Resoluccedilatildeo 46612 que visa assegurar os direitos e deveres que

dizem respeito agrave comunidade cientiacutefica aos sujeitos da pesquisa e ao Estado uma pesquisa

que envolve a participaccedilatildeo de seres humanos deve atender aos fundamentos eacuteticos e

cientiacuteficos pertinentes para a seguranccedila dos mesmos Neste contexto toda pesquisa

envolvendo seres humanos deveraacute ser submetida agrave apreciaccedilatildeo de um Comitecirc de Eacutetica em

Pesquisa (CEP) (BRASIL 2012)

Atendendo a esta condiccedilatildeo o projeto de pesquisa foi encaminhado ao CEP ndash do

Hospital Universitaacuterio o qual foi realizada a pesquisa foi analisado e aprovado na Reuniatildeo

com data de 06122013 CAAE 24693613700005243 Nuacutemero do parecer 486451 Com

isso a pesquisa foi desenvolvida mediante aprovaccedilatildeo do CEP atendendo aos preacute-requisitos

estipulados pela Resoluccedilatildeo nordm 46612

Esta pesquisa eacute pautada em princiacutepios eacuteticos que respeitam a dignidade humana e

justiccedila assegurando que natildeo haveraacute nenhum tipo de dano aos participantes

20

Em atendimento a resoluccedilatildeo 46612 do Conselho Nacional de SauacutedeMS apoacutes serem

esclarecidos pela pesquisadora quanto aos aspectos eacuteticos relacionados agrave pesquisa aleacutem das

formas de produccedilatildeo de dados e inserccedilatildeo no estudo os sujeitos da pesquisa assinaram duas

vias do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido ndash TCLE (apecircndice 1) autorizando sua

participaccedilatildeo voluntaacuteria na pesquisa Uma via foi entregue ao participante e outra ficou

arquivada com a pesquisadora

Nesse documento consta os objetivos da pesquisa procedimentos benefiacutecios

previstos garantia de recusa de participaccedilatildeo em qualquer momento de acesso aos resultados

da pesquisa e tambeacutem a garantia de acesso ao pesquisador quando os sujeitos julgarem

necessaacuterio sendo todas essas informaccedilotildees em linguagem acessiacutevel e simples O mesmo foi

apresentado e explicado ao profissional convidado a participar do estudo no primeiro contato

eou durante visita agendada para realizaccedilatildeo da entrevista

Vale ressaltar que esta pesquisa cujo financiamento eacute proacuteprio natildeo oferece nenhum

tipo de riscos para o sujeito da pesquisa e nem para o cuidado das crianccedilas internadas no setor

de pediatria e os benefiacutecios da participaccedilatildeo do mesmo satildeo de aumentar o conhecimento

cientiacutefico na aacuterea de Enfermagem Pediaacutetrica aleacutem de contribuir para a praacutetica profissional

36 Anaacutelise dos dados

O processo de anaacutelise dos dados foi baseada na teacutecnica da Anaacutelise Temaacutetica que para

Minayo Deslandes e Gomes (2007 p 86) o conceito central eacute o tema ldquoO tema eacute a unidade de

significaccedilatildeo que se liberta naturalmente de um texto analisado segundo criteacuterios relativos agrave

teoria que serve de guia da leiturardquo (BARDIN11

A anaacutelise realizada estava de acordo com a sugerida por Minayo (2010 p 315) e

contam com as seguintes etapas preacute-analise exploraccedilatildeo do material tratamento dos

resultados obtidos e interpretaccedilatildeo Atraveacutes dessas etapas tem-se o objetivo de descrever o

conteuacutedo do material coletado e interpretaacute-lo

1979 apud MINAYO DESLANDES

GOMES 2007 p 86)

A preacute analise consiste na escolha dos elementos a serem analisados e na retomada das

hipoacuteteses e dos objetivos iniciais da pesquisa Inicia-se com uma leitura flutuante onde o

11 BARDIN L Anaacutelise de Conteuacutedo Lisboa Ediccedilotildees 70 1979

21

pesquisador toma contato direto com o material adquirido deixando-se impregnar por seu

conteuacutedo Posteriormente haacute a constituiccedilatildeo do Corpus textual onde eacute feita uma seleccedilatildeo dos

documentos que iratildeo contemplar e fornecer informaccedilotildees sobre o tema sendo assim adequados

para dar resposta aos objetivos do trabalho (MINAYO 2010 p 315)

Essa fase preacute-analiacutetica eacute onde se determinam a unidades de registro unidade de

contexto e a partir delas satildeo determinados os temas que seratildeo analisados A unidade de

registro corresponde parte do conteuacutedo selecionado como base para analise e apoacutes a

delimitaccedilatildeo do contexto de compreensatildeo da unidade de registro eacute estabelecida a unidade de

contexto (MINAYO 2010 p 316)

De acordo com os objetivos da pesquisa foi possiacutevel perceber que nove (9)

entrevistas supriam para atender os mesmo encerrando assim a coleta Apoacutes a transcriccedilatildeo das

entrevistas foi realizada leitura das mesmas para natildeo soacute conhecimento do material mas

tambeacutem estabelecer as unidades de registro Em seguida foi realizado o colorimento das falas

assim as classificando de acordo com as unidades de registro estabelecidas

As unidades de registro que surgiram foram os fatores que interferem na manutenccedilatildeo

do acesso venoso perifeacuterico e o apontamento do acompanhante como responsaacutevel pela perda

do acesso venoso perifeacuterico Elas receberam as cores vermelha e laranja respectivamente a

fim de facilitar o agrupamento dos dados A partir disto surgiram as unidades de contexto que

compreendem as falas das entrevistas de modo a exemplificar o contexto das unidades de

registro

Partindo para segunda etapa da analise temaacutetica a exploraccedilatildeo do material que consiste

numa classificaccedilatildeo que visa alcanccedilar o nuacutecleo de compreensatildeo do texto Busca-se encontrar

categorias que satildeo expressotildees ou palavras significativas em funccedilatildeo das quais o conteuacutedo seraacute

organizado Essas categorias satildeo responsaacuteveis pela especificaccedilatildeo dos temas (MINAYO

2010 p 317)

Nesse caso foram definidos os seguintes temas cuidados preacute intra e poacutes procedimento

de punccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico cuidados em desuso para manutenccedilatildeo do acesso

venoso perifeacuterico o acompanhante e a manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico Essas trecircs (3)

categorias seratildeo apresentadas analisadas e discutidas no capitulo seguinte

22

4 RESULTADOS E DISCUSSAtildeO

Nesse capiacutetulo apresento as trecircs categorias temaacuteticas que surgiram da anaacutelise dos

dados e que contemplaram de forma satisfatoacuteria os objetivos da pesquisa A primeira

categoria denominada como ldquoOs cuidados de enfermagem preacute intra e poacutes-procedimento de

punccedilatildeo do acesso venoso perifeacutericordquo traz os passos e cuidados que os profissionais realizam

antes durante e apoacutes a punccedilatildeo buscando descrever e analisar os fatores envolvidos na pratica

do procedimento em questatildeo que emergiram das entrevistas aleacutem dos cuidados de

enfermagem para a manutenccedilatildeo do mesmo

A segunda categoria que seraacute apresentada eacute ldquoOs cuidados em desuso para manutenccedilatildeo

do acesso venoso perifeacutericordquo que mostra os cuidados que os profissionais citaram como natildeo

mais utilizados para auxiliar na manutenccedilatildeo da punccedilatildeo venosa perifeacuterica

E a uacuteltima categoria eacute denominada ldquoO acompanhante e a manutenccedilatildeo do acesso

venoso perifeacutericordquo e traz a responsabilizaccedilatildeo do acompanhante pelos profissionais do setor

em relaccedilatildeo aos cuidados com manutenccedilatildeo da punccedilatildeo Essa categoria busca tambeacutem ressaltar a

funccedilatildeo do acompanhante durante a hospitalizaccedilatildeo da crianccedila destacando que determinados

cuidados satildeo de total funccedilatildeo da equipe de enfermagem

41 Os cuidados de enfermagem preacute intra e poacutes-procedimento de punccedilatildeo do acesso

venoso perifeacuterico

Para interpretar as unidades de contextos tive como base autores que definiram os

cuidados de enfermagem preacute intra e poacutes punccedilatildeo venosa perifeacuterica Para esses autores a fase

de preacute-punccedilatildeo compreende as accedilotildees de anaacutelise e conhecimento da prescriccedilatildeo avaliaccedilatildeo e

23

preparo emocional do paciente preparo do material e medicaccedilatildeo seleccedilatildeo do siacutetio de inserccedilatildeo

e dilataccedilatildeo da veia selecionada As accedilotildees envolvidas na punccedilatildeo satildeo a execuccedilatildeo das

precauccedilotildees-padratildeo antissepsia da pele punccedilatildeo do vaso a fixaccedilatildeo e curativo do cateter

Finalmente na etapa de poacutes-punccedilatildeo adota-se a identificaccedilatildeo da punccedilatildeo o descarte apropriado

das partes dos materiais natildeo utilizados a orientaccedilatildeo do paciente acerca da terapecircutica o

controle da infusatildeo atraveacutes do gotejamento se necessaacuterio e o registro do procedimento

Phillips12

De acordo com as entrevistas a seleccedilatildeo do local de punccedilatildeo eacute indicada com um fator

que interfere diretamente no tempo de permanecircncia do acesso venoso perifeacuterico visto que

dependendo do local ocorre a perda mais rapidamente Aleacutem da localizaccedilatildeo citaram tambeacutem

o calibre da veia como interferecircncia na manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico Seguem

abaixo algumas falas

(2001 apud ARAUacuteJO 2007 p18)

ldquoPrimeira coisa eacute vocecirc procurar bem a veia colocar uma veia de um bom calibre Se puder dar preferecircncia a natildeo puncionar dobrasrdquo (Cinderela) ldquoDependendo de onde estiver puncionado se for na matildeozinha a crianccedila fica toda hora ta mexendo taacute manipulando alguma coisa e se for no pezinho tambeacutem nem todo tempo vai ficar acamada entatildeo acaba perdendo o acessordquo(Bela ) ldquoO mau posicionamento pode levar a perdardquo (Rapunzel)

A opiniatildeo dos profissionais acima vai de encontro com o que eacute encontrado na

literatura visto que eacute de suma importacircncia que o mesmo avalie o cliente e considere alguns

aspectos para uma escolha criteriosa e eficaz como a finalidade da punccedilatildeo o tipo de soluccedilatildeo

a ser infundida a condiccedilatildeo da rede venosa a duraccedilatildeo da terapia idade do cliente habilidade

cognitiva da crianccedila a preferecircncia do cliente o que nem sempre seraacute possiacutevel satisfazer e

tambeacutem a sua atividade (ARAUacuteJO 2007 p31)

Os cuidados com o acesso venoso perifeacuterico satildeo importantes antes mesmo da

realizaccedilatildeo do procedimento Levando em consideraccedilatildeo que um erro durante a fase de preacute-

procedimento como a escolha errada do local de punccedilatildeo por exemplo poderaacute levar a perda

do acesso e prejudicar assim o tratamento aleacutem do bem-estar da crianccedila que seraacute puncionada

novamente

12 PHILLIPS L D Manual de terapia intravenosa 2ed Porto Alegre Artmed 2001

24

O vaso sanguiacuteneo que o profissional selecionar como local para puncionar deve ser

suficiente para suportar o calibre e o comprimento do cateter aleacutem de atender a necessidade

terapecircutica para que natildeo haja a necessidade de uma nova punccedilatildeo

A punccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico eacute um procedimento doloroso e de grande

incomodo para a crianccedila com isso eacute de suma importacircncia realizar a seleccedilatildeo preacutevia do

material poreacutem natildeo foi citado Outro cuidado rotineiro e natildeo menos importante como a

lavagem das matildeos antes da colocaccedilatildeo do acesso tambeacutem natildeo foi mencionado durante as

entrevistas

O preparo emocional da crianccedila e do acompanhante quanto ao procedimento deve ser

considerada praacutetica rotineira para a equipe de enfermagem O profissional de enfermagem

deve lavar as matildeos objetivando a reduccedilatildeo significativa de risco de infecccedilatildeo e recomenda-se o

uso de aacutegua e sabatildeo para lavagem das matildeos antes da colocaccedilatildeo do cateter venoso perifeacuterico

(PHILLIPS13

O preparo preacutevio do material para instalaccedilatildeo do cateter venoso perifeacuterico eacute importante

para evitar interrupccedilotildees do procedimento e consequentemente um maior tempo de

manipulaccedilatildeo da crianccedila (SILVA

2001apud ARAUacuteJO 2007 Centers for Disease Control and Prevention ndash CDC

2002 apud ARAUacuteJO 2007)

14

Outro aspecto citado e classificado como preacute-procedimento eacute o cuidado com a

medicaccedilatildeo a ser administrada incluindo cuidados com a diluiccedilatildeo e composiccedilatildeo da mesma

Seguem algumas das falas

2004 apud ARAUacuteJO 2007 p30)

ldquoEstar sempre diluindo as medicaccedilotildees de acordo com a prescriccedilatildeo meacutedica pois as medicaccedilotildees satildeo muito fortes e podem causar enfraquecimento da veia Tem que diluir direitinho e passar lento na veiardquo (Cinderela) ldquoTer cuidado principalmente quando eacute crianccedila e a diluiccedilatildeo da medicaccedilatildeo tambeacutem agraves vezes natildeo eacute pra passar em perifeacuterico e na segunda dose jaacute perdeurdquo (Alice)

O acesso venoso perifeacuterico eacute a primeira alternativa para infusatildeo intravenosa por ser de

mais faacutecil acesso e rapidez no efeito da medicaccedilatildeo O profissional de enfermagem deve ter

domiacutenio natildeo soacute relacionado agrave infusatildeo das medicaccedilotildees mas tambeacutem com a composiccedilatildeo

13 PHILLIPS L D Manual de terapia intravenosa 2ed Porto Alegre Artmed 2001 14 SILVA G R G Terapia intravenosa em receacutem-nascidos ndash orientaccedilotildees para o cuidado de Enfermagem Rio de Janeiro Cultura Meacutedica 2004

25

farmacoloacutegica das mesmas os efeitos adversos e colaterais que a droga pode causar inclusive

em relaccedilatildeo a diluiccedilatildeo o que normalmente eacute estabelecido como padratildeo no setor de acordo com

cada faacutermaco

Com a intenccedilatildeo de promover a eficaacutecia terapecircutica dos medicamentos administrados

por via intravenosa eacute atribuiccedilatildeo do profissional de enfermagem implementar teacutecnicas como a

diluiccedilatildeo acondicionamento e cuidados na administraccedilatildeo de faacutermacos a fim de evitar

prejuiacutezos no tratamento resultantes da incompatibilidade medicamentosa (PETERLINI

CHAUD e PEDREIRA 2006)

Os fatores intra-procedimento satildeo considerados aqueles diretamente relacionados com

o procedimento Os dados colidos nas entrevistas ressaltaram apenas a fixaccedilatildeo com um fator

que interfere nessa fase Este foi o dado mais repetitivo nas entrevistas poreacutem sempre citado

de forma superficial Seguem as falas dos profissionais quando questionados sobre o que era

importante para manutenccedilatildeo do acesso

ldquoTem que fazer uma boa fixaccedilatildeo Porque quando a pessoa natildeo fixa bem prejudica porque aquilo vai soltando e quando vocecirc vecirc jaacute perdeu a veiardquo(Cinderela) ldquoEu acho que natildeo tem o que fazer para manter o acesso A crianccedila vai ficar uns dias X com aquele acesso pra fazer medicaccedilatildeo e eu acho que natildeo tem o que vocecirc profissional fazer para que natildeo percardquo (Aurora) ldquoA fixaccedilatildeo evita a movimentaccedilatildeo excessiva no local que estaacute o acessordquo (Ariel) ldquoTer cuidado com o curativo saber manusear E manter sempre o curativo limpo trocar se necessaacuteriordquo (Rapunzel) ldquoA fixaccedilatildeo eacute muito importante pra natildeo soltar o acesso e pra ele ficar mais tempordquo(Mulan)

Oliveira Bezerra e Pereira (2008 p 94) afirmam que de acordo com o revelado por

determinados estudos o tipo de curativo a fixaccedilatildeo do cateter e o tempo de permanecircncia estatildeo

diretamente relacionados com a ocorrecircncia de complicaccedilotildees infecciosas como flebites e

tambeacutem infiltraccedilatildeo extravasamento desconexatildeo e deslocamento do cateter

26

Para Pettit e Kraus15

Potter

(1995 apud MACHADO PEDREIRA E CHAUD2005 p292) a

gaze esteacuteril fixada com a fita adesiva hipoalergecircnica bem como a peliacutecula transparente esteacuteril

satildeo os materiais mais recomendados para curativo e fixaccedilatildeo de cateter venoso perifeacuterico

16

Jaacute as peliacuteculas transparentes mais conhecidas como filme permitem a respiraccedilatildeo

normal da pele com alta permeabilidade ao oxigecircnio e vapores e eacute impermeaacutevel a liacutequidos e

micro-organismos (SILVA E ZANETTI 2004 p233) Aleacutem disso permitem tambeacutem a

visualizaccedilatildeo contiacutenua do local de punccedilatildeo permitindo assim avaliaccedilatildeo do mesmo natildeo soacute

durante a infusatildeo de medicaccedilotildees mas tambeacutem todo o tempo

(1998 apud SILVA E ZANETTI 2004 p233) afirma que nas fixaccedilotildees em

que se utiliza a gaze esteacuteril preconiza-se a utilizaccedilatildeo de teacutecnica asseacuteptica Neste curativo a

gaze esteacuteril eacute colocada sobre o siacutetio de inserccedilatildeo e suas bordas satildeo fixadas com fita adesiva

A observaccedilatildeo da punccedilatildeo eacute muito importante pois se o local de inserccedilatildeo se mostrar

com sinais e sintomas de complicaccedilotildees a terapia deve ser suspensa (OLIVEIRA BEZERRA

e PEREIRA 2008 p95)

A visualizaccedilatildeo contiacutenua do acesso permite que a equipe de enfermagem possa realizar

uma observaccedilatildeo mais particularizada em relaccedilatildeo agraves condiccedilotildees do acesso venoso perifeacuterico

podendo observar se haacute deslocamento do cateter sinais de infiltraccedilatildeo e tambeacutem sinais de

infecccedilatildeo

Para Silva Barbato e Valente (2013 p 1200) cabe ao enfermeiro fazer a avaliaccedilatildeo

diaacuteria e cuidadosa do curativo observando a presenccedila de umidade sujidade integridade do

oacutestio de inserccedilatildeo a fixaccedilatildeo bem como a realizaccedilatildeo do curativo e das anotaccedilotildees legais

competentes agraves suas funccedilotildees

A fase poacutes-procedimento eacute caracterizada por uma seacuterie de cuidados que a equipe de

enfermagem deve realizar para que se obtenha maior tempo de permanecircncia do acesso venoso

perifeacuterico Durante as entrevistas os cuidados citados foram a salinizaccedilatildeo do acesso cuidados

para evitar a flebite e a velocidade de infusatildeo

15 Pettit DM Kraus V The use of gauze versus transparent dressings for peripheral intravenous catheter sites Nurs ClinNorth Am 1995 30(3)495-506 16 Potter P Perry AG Fundamentos de enfermagem processo conceito e praacutetica 3ordf ed Santos(SP) Guanabara Koogan19981397pp801-43

27

ldquoManter um acesso bem salinizado que vocecirc lave pelo menos de duas de trecircs em trecircs horas Se bem que isso aqui na pediatria natildeo eacute muito comum aqui a gente soacute lava cada vez que vai fazer medicaccedilatildeo mas se eu natildeo me engano a literatura preconiza isso vocecirc lavar pelo menos de quatro em quatro horas o acessordquo (Aurora)

ldquoPra manter o acesso venoso perifeacuterico eacute importante manter ele salinizado Assim que a gente recebe o plantatildeo eu vou ver se o acesso ta peacutervio com uma ldquoseringuinhardquo vai la da uma ldquolavadinhardquo e vecirc se o acesso ta peacutervio e manter o acesso salinizadordquo (Ariel)

ldquoSalinizar de 6 em 6 horas para manter ele peacuterviordquo (Alice)

ldquoTem que passar lento a medicaccedilatildeo e a limpeza da aacuterea vocecirc tem que limpar bem a aacuterea pra vocecirc natildeo formar uma flebiterdquo (Cinderela)

A salinizaccedilatildeo do acesso eacute um cuidado simples e de grande importacircncia Esse cuidado

deve ser realizado para manter o acesso peacutervio e limpo e deve ser realizado antes e apoacutes

qualquer infusatildeo

Para Moncaio e Figueiredo (2009)

a ldquosalinizaccedilatildeordquo consiste em administrar sob pressatildeo positiva soluccedilatildeo salina (Soro fisioloacutegico a 09) logo apoacutes o teacutermino da infusatildeo da medicaccedilatildeo Este procedimento visa prevenir a formaccedilatildeo de trombos e fibrina evitar o contato de drogas incompatiacuteveis (quando da infusatildeo de mais de um item medicamentoso no mesmo horaacuterio) garantir a infusatildeo de todo o medicamento que possa ter ficado no sistema aleacutem de evitar retorno sanguiacuteneo mantendo o cateter peacutervio para a proacutexima infusatildeo

Durante a coleta de dados esse cuidado surgiu em diversos momentos poreacutem foi

possiacutevel perceber que os profissionais realizam o mesmo de forma banalizada Natildeo sabem de

fato a real funccedilatildeo de manter o acesso salinizado A impressatildeo que passa eacute que eles

aprenderam que esse cuidado deveria ser feito e simplesmente fazem Haacute divergecircncias

tambeacutem entre a equipe em relaccedilatildeo ao momento que deve ser realizada a salinizaccedilatildeo e isso nos

mostra a desatualizaccedilatildeo dos profissionais do setor e a falta de uma educaccedilatildeo continuada no

hospital

Os cuidados para evitar a flebite e a velocidade de infusatildeo da medicaccedilatildeo apareceram

menos nas entrevistas e interferem diretamente com a manutenccedilatildeo do acesso venoso

perifeacuterico

28

A flebite eacute uma inflamaccedilatildeo na veia puncionada ocorrendo quando as ceacutelulas

endoteliais da parede da veia que o cateter estaacute inserido tornam-se inflamadas e irregulares

propiciando a aderecircncia de plaquetas e predispondo a veia a inflamaccedilatildeo Eacute comum que o local

se apresente dolorido hiperemiado quente e edemaciado e nesses casos eacute aconselhada a

retirada do cateter Uma boa fixaccedilatildeo do cateter perifeacuterico eacute recomendada por autores na

literatura visto que previnem deslocamento faacutecil e permitem uma boa visualizaccedilatildeo do local

evitando complicaccedilotildees como a flebite e infiltraccedilatildeo (MOLDES et al 2011 p 330)

Dentre as principais falhas de infusatildeo venosa estatildeo flebite infiltraccedilatildeo hematoma e

obstruccedilatildeo Acredita-se que para reduzir a incidecircncia destas nas unidades pediaacutetricas eacute preciso

a adoccedilatildeo de estrateacutegias tais como a abordagem junto agrave equipe em parceria com o setor de

educaccedilatildeo permanente e a adoccedilatildeo do uso da teacutecnica corretamente e de forma asseacuteptica para a

realizaccedilatildeo da punccedilatildeo venosa perifeacuterica em acordo com a comissatildeo de controle de infecccedilatildeo

hospitalar (SILVA BARBATO e VALENTE 2013 p 1200)

A incapacidade do paciente em relatar dor no siacutetio de administraccedilatildeo do faacutermaco quer

pela idade ou condiccedilatildeo cliacutenica e o local de inserccedilatildeo como tambeacutem a velocidade de infusatildeo do

medicamento (gt25mgmin) satildeo classificados como fatores de risco para a perda do acesso

venoso perifeacuterico (MARTINS SILVINO e DIAS 2010)

42 Os cuidados em desuso para manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico

Essa categoria discorre sobre os cuidados de enfermagem que com o passar do tempo

foram desconsiderados e natildeo satildeo mais utilizados Quando questionados em relaccedilatildeo a vivencia

profissional e cuidados que discordavam os entrevistados citaram o uso da tala para fixaccedilatildeo

uso de heparina e os cuidados em relaccedilatildeo ao tempo de permanecircncia do cateter Haacute muitas

controveacutersias em relaccedilatildeo aos cuidados citados acima

O tempo de permanecircncia interfere diretamente no aparecimento de complicaccedilotildees

como flebite e que acabam levando a perda do acesso venoso perifeacuterico mais rapidamente

aconselhando assim a troca do mesmo entre 76 a 96 horas Poreacutem eacute preconizada a retirada do

cateter apenas se finalizar o tratamento ou houver alguma interferecircncia

ldquoA gente observa tambeacutem o tempo dependendo do tempo tem que tirarrdquo (Alice)

29

ldquoHoje eu natildeo sei como que eacute essa questatildeo do tempo porque a gente trocava o acesso a cada quatro dias agora o pessoal jaacute diz que pode trocar em ateacute uma semana entatildeo natildeo sei como que ta isso e o que tem escrito em relaccedilatildeo a isso (Aurora)

Sabe-se que o tempo para troca do cateter de teflon ou poliuretano varia de 72 a 96

horas com o intuito de reduzir risco de infecccedilatildeo e flebite e para minimizar esses riscos nas

seguintes situaccedilotildees diante de sinais inflamatoacuterios no local de inserccedilatildeo e sempre que houver

mau funcionamento do cateter (SANTOS17

Entretanto o Center for Disease Control and Prevention - CDC (2002) diz que em

pacientes pediaacutetricos natildeo foi observada relaccedilatildeo quanto ao tempo de permanecircncia do cateter e

ocorrecircncia de complicaccedilotildees devendo ser mantido ateacute o teacutermino da terapia intravenosa ou

quando forem observados sinais cliacutenicos de complicaccedilotildees

2004 apud OLIVEIRA BEZERRA e PEREIRA

2008 p 93)

Eacute possiacutevel observar a diferenccedila do conhecimento pratico dos profissionais

entrevistados em relaccedilatildeo ao conhecimento encontrado na literatura E ainda contendo duacutevidas

natildeo haacute uma busca da parte dos mesmos para esclarececirc-las

O uso da heparina com a finalidade de manter o acesso peacutervio por um periacuteodo maior

de tempo mostra-se com mais certeza quanto ao desuso nos dados colidos

ldquoAntigamente a gente usava heparina entatildeo a gente ficava tranquila em relaccedilatildeo agrave obstruccedilatildeo mas agora natildeo a gente usa o soro fisioloacutegico e a gente deixa salinizadordquo (Aurora)

Rang e Dale 18(1998 apud DOPICO e OLIVEIRA 2006) afirmam que a heparina

inibe a formaccedilatildeo de coaacutegulos de fibrina in vitro e in vivo e que seu efeito anticoagulante eacute

praticamente imediato Com isso Phillips19

17 Santos W Lavagem das matildeos In R Luiz Santos W Manual baacutesico de prevenccedilatildeo e controle das infecccedilotildees hospitalares do HRU Fortaleza Hospital Regional Unimed 2004

(2001 apud DOPICO e OLIVEIRA 2006)

ressalta que a teacutecnica de manutenccedilatildeo intermitente de cateteres intravenosos com soluccedilatildeo

salina 09 classificada como salinizaccedilatildeo tem sido pesquisada haacute alguns anos apresentando

em relaccedilatildeo ao uso da heparina vantagens como o baixo custo ser um procedimento mais

18 Rang HP Dale M M Hemostasia e Trombose In Rang HP Dale M M Farmacologia Rio de Janeiro Guanabara Koogan 1998 p235-47 19 PHILLIPS L D Manual de terapia intravenosa 2ed Porto Alegre Artmed 2001

30

simples aleacutem de eliminar a possibilidade de incompatibilidade com as drogas e soluccedilotildees

administradas aleacutem da inexistecircncia de riscos ao paciente Entretanto sabe-se que a literatura

ainda natildeo fornece consenso acerca da soluccedilatildeo mais indicada para manutenccedilatildeo da

permeabilidade do cateter venoso perifeacuterico

Eacute importante ressaltar que muitas instituiccedilotildees do nosso paiacutes nem ao menos tecircm o

conhecimento da praacutetica da salinizaccedilatildeo com soluccedilatildeo salina 09 No que se refere agrave pesquisa

cientiacutefica as limitaccedilotildees desta praacutetica satildeo atribuiacutedas agrave ausecircncia de um maior nuacutemero de

estudos controlados para validar sua eficaacutecia (EPPERSON20

Apesar de natildeo ser encontradas publicaccedilotildees acerca do tema a utilizaccedilatildeo de heparina

mostra-se como uma pratica natildeo mais utilizada pelos profissionais de enfermagem Outro

tema onde haacute controveacutersias e tambeacutem poucas citaccedilotildees eacute o uso da tala para fixaccedilatildeo do acesso

venoso perifeacuterico Seguem abaixo a opiniatildeo de alguns dos profissionais entrevistados

1984 apud DOPICO e

OLIVEIRA 2006)

ldquoA uacutenica coisa que eu natildeo gosto de ver eacute quando se coloca tala para imobilizar dizendo que a tala vai ajudar a natildeo perder a veia Isso eu natildeo concordo acho que a tala prejudica a crianccedila fica incomodada faz dor no membrordquo (Cinderela)

ldquoAntigamente a gente usava muito tala e as vezes eu pego isso aqui ai eu falo gente tala natildeo se usa mais natildeo faz parte mais da fixaccedilatildeo vocecirc pode fixar de uma forma que a crianccedila natildeo perca A tala eu acho que ela traumatiza um pouco ainda mais se vocecirc pegar um acesso na dobra vocecirc vai fazer com que a crianccedila fique com o braccedilo esticado muito tempo eu acho que pode causar uma lesatildeo depois e a literatura jaacute fala que eacute desnecessaacuteria natildeo precisa maisrdquo (Aurora) ldquoAntigamente usavam tala mas hoje em dia quase natildeo se vecirc mais e eu acho que a tala atrapalha porque a crianccedila fica imobilizada no membro ai fica mais irritadardquo (Rapunzel) ldquoLaacute no meu outro trabalho alguns usam a tala Eu acho que a tala ajuda ateacute a perder mais raacutepido porque a crianccedila fica incomodada vai querer mexer naquilordquo (Mulan)

20 Epperson EL Efficacy of 09 sodium chloride injection with without heparin for maintenance indwelling intermittent injection sites Clin Pharm1984 3(5)26

31

Almeida e Sabateacutes21

Entretanto haacute estudo que comprovam que o uso da tala natildeo se mostra tatildeo eficiente e

apresenta-se como uma praacutetica controversa O estudo foi realizado em crianccedilas ateacute os 12 anos

utilizando imobilizaccedilatildeo com tala e em mais de metade dos casos (553) ocorreu infiltraccedilatildeo

o que indicia a ineficaacutecia desta praacutetica (MACHADO PEDREIRA e CHAUD 2008 apud

BATALHA et al 2010 p512)

(2008 apud BATALHA et al 2010 p512) afirmam que a teacutecnica

de fixaccedilatildeo dos CVP com uso de imobilizaccedilatildeo com tala para restriccedilatildeo ou limitaccedilatildeo dos

movimentos articulares proacuteximo do local da punccedilatildeo estaacute indicado nas matildeos punhos cotovelo

e maleacuteolo

Para Batalha et al (2010 p512) o uso desta praacutetica parece natildeo se coadunar com o

atual uso de cateteres flexiacuteveis tipo abocath em detrimento de agulhas metaacutelicas Talvez por

isso comecem a surgir novas teacutecnicas de fixaccedilatildeo dos CVP que natildeo exigem imobilizaccedilatildeo das

articulaccedilotildees com talas

Aleacutem de natildeo haver uma confirmaccedilatildeo dos benefiacutecios causados pelo uso da tala a

imobilizaccedilatildeo causa incocircmodo para a crianccedila que fica com o membro imoacutevel podendo causar

dor e tambeacutem irritaccedilatildeo O uso desse tipo de fixaccedilatildeo tambeacutem impede a visualizaccedilatildeo frequente

do acesso venoso afetando assim os cuidados de observaccedilatildeo da equipe de enfermagem

43 O acompanhante e a manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico

A presente categoria vai discutir um assunto importante que surgiu durante as

entrevistas de forma inesperada Alguns dos profissionais entrevistados citaram o descuido do

acompanhante como um fator causador da perda do acesso venoso perifeacuterico Seguem abaixo

algumas falas

ldquoA matildee sempre acompanha e tem matildee que natildeo tem cuidado natildeo vigia e a gente tem que ficar pedindo pra olhar tomar contardquo (Aurora)

ldquoEm relaccedilatildeo ao acompanhante porque a crianccedila natildeo vai avaliar entatildeo o acompanhante que estar ali tem que avaliar direitinho natildeo deixar a crianccedila mexer ou puxarrdquo (Bela)

ldquoNatildeo eacute toda matildee que esta vigiando que cuida pra que a crianccedila natildeo perca o acessordquo (Jasmine)

21 Almeida FA Sabateacutes AL Enfermagem pediaacutetrica a crianccedila o adolescente e a sua famiacutelia no hospital Satildeo Paulo(SP) Manole 2008

32

ldquoAcho que leva a perda quando o acompanhante natildeo coopera as vezes a gente faz a imobilizaccedilatildeo na crianccedila e as vezes eles ateacute retiram e a proacutepria crianccedila agitada ela mesmo arrancardquo (Branca de Neve)

ldquoAgraves vezes a proacutepria crianccedila que a matildee deixa muito solta ai solta o acessordquo (Mulan)

Apoacutes a implementaccedilatildeo da lei que garante um acompanhante ao paciente pediaacutetrico a

presenccedila do familiarresponsaacutevel durante a hospitalizaccedilatildeo mudou a rotina da equipe de

enfermagem trazendo duacutevidas quanto a real funccedilatildeo do acompanhante e fazendo com que a

mesma viesse a delegar certos cuidados para acompanhante

A Promulgaccedilatildeo da Lei 8069 do Estatuto da Crianccedila e do Adolescente (ECA) em

1990 no seu artigo 12deg garante agrave crianccedila ou ao adolescente o direito de ter um responsaacutevel

que o acompanhe durante a hospitalizaccedilatildeo (1990)

Desde a sua implantaccedilatildeo as unidades vecircm sofrendo um processo de reorganizaccedilatildeo de

suas praacuteticas A inserccedilatildeo da famiacutelia modifica a organizaccedilatildeo do processo de trabalho o que

requer dos profissionais uma compreensatildeo em relaccedilatildeo agrave dinacircmica das relaccedilotildees interpessoais

(COLLET e ROCHA 2004)

Pimenta e Collet (2009) ressaltam que natildeo haacute nenhuma regulamentaccedilatildeo sobre a

participaccedilatildeo da famiacutelia nos cuidados e no entanto a mesma desempenha atividades junto agrave

crianccedila durante a hospitalizaccedilatildeo que devem ser levadas em consideraccedilatildeo A falta de

reconhecimento desse fato fez com que a equipe de enfermagem e famiacutelia natildeo possuiacutessem

uma relaccedilatildeo aberta e vivessem uma relaccedilatildeo silenciosa e impliacutecita de poder na qual a famiacutelia

acaba assumindo as relaccedilotildees do cuidado agrave crianccedila de responsabilidade da enfermagem

A negociaccedilatildeo entre matildees e equipe de enfermagem em relaccedilatildeo aos cuidados agrave crianccedila

hospitalizada natildeo eacute uma tarefa faacutecil tendo em vista que natildeo se tem claro qual o seu novo

papel neste processo (COLLET e ROCHA 2004)

Eacute possiacutevel ver nas falas que a presenccedila do acompanhante causa para a equipe de

enfermagem a seguranccedila de ter algueacutem para ldquovigiarrdquo ldquotomar contardquo e natildeo deixar que a

crianccedila hospitalizada perca o acesso venoso quando na verdade eacute funccedilatildeo da equipe de

enfermagem cuidados referentes ao acesso venoso perifeacuterico

33

Jaacute o acompanhante eacute definido pelo Ministeacuterio da Sauacutede como uma pessoa significativa

para a crianccedila que representa sua rede social e que vai acompanhaacute-lo durante a permanecircncia

no ambiente hospitalar ressaltando assim sua importacircncia Esse fato se reforccedila visto que a

crianccedila encontra nos familiares a forccedila e seguranccedila necessaacuteria para encarar todo esse processo

doloroso e desconhecido (MURAKAMI e CAMPOS 2011 p255)

O acompanhante aleacutem de minimizar o sofrimento do paciente pediaacutetrico faz com que

o mesmo sinta-se mais a vontade Eacute importante ressaltar que o familiarresponsaacutevel natildeo soacute

pode como deve participar das atividades da crianccedila no hospital desde que estas natildeo sejam

competecircncias dos profissionais que os cercam Essas atividades satildeo caracterizadas como

semelhantes aos que eles realizam diariamente fora do ambiente hospitalar como o banho

Poreacutem no caso de um paciente com punccedilatildeo venosa perifeacuterica o profissional de enfermagem

deve auxiliar no cuidado para que essa natildeo se perca

Os cuidados dos familiaresacompanhantes satildeo os mesmos que os desenvolvidos no

domiciacutelio e os cuidados prestados pela equipe de enfermagem satildeo aqueles que demandam

conhecimento teacutecnico-cientiacutefico especializado (SOUZA e OLIVEIRA 2010 p558)

Mesmo alguns cuidados parecerem simples e rotineiros quando eacute prestado no

hospital assumem novas caracteriacutesticas com o uso de dispositivos tecnoloacutegicos os quais se

tornam complexos (PIMENTA E COLLET 2009)

O ato de cuidar envolve o respeito agrave maneira como vive cada indiviacuteduo de acordo

com suas crenccedilas valores costumes e cultura A famiacutelia como uma instituiccedilatildeo atende agraves

necessidades bioloacutegicas de seus membros sendo sua responsabilidade cuidar e criar os filhos

incluindo a obrigaccedilatildeo da alimentaccedilatildeo higiene vestuaacuterio e moradia (ELSEN22

Nas entrevistas podemos verificar falas em que o acompanhante eacute citado como

responsaacutevel por avaliar a punccedilatildeo venosa A equipe de enfermagem deve sempre partir do

pressuposto que o familiar acompanhante natildeo tem conhecimento cientiacutefico e certo tipo de

cuidado natildeo deve se delegado para o mesmo mostrando assim a importacircncia da orientaccedilatildeo do

acompanhante quanto aos procedimentos dispositivos utilizados e cuidados em que os

etal 1994

apud SOUZA e OLIVEIRA 2010 p 553)

22 Elsen I Patriacutecio ZM Assistecircncia agrave crianccedila hospitalizada tipos de abordagens e suas implicaccedilotildees para a enfermagem In A enfermagem em pediatria e puericultura Rio de Janeiro (RJ) Atheneu 2005

34

mesmos possam auxiliar Seguem abaixo as falas onde os profissionais ressaltaram a

importacircncia da orientaccedilatildeo do acompanhante

ldquoNem sempre a crianccedila vai entender o porque de estar com aquele acesso entatildeo tem que ter uma orientaccedilatildeo do acompanhanterdquo (Bela)

ldquoTem que haver orientaccedilatildeo do acompanhante para os cuidadosrdquo (Ariel)

ldquoAgraves vezes tem ate o exemplo de um pai que natildeo deixa trocar o acesso jaacute tinha mais de uma semana e ele natildeo queria que trocasse ai faz febre e natildeo sabe da onderdquo (Alice)

Para Souza e Oliveira (2010 p555) deve haver uma preocupaccedilatildeo em orientar

considerando que o outro natildeo tem nenhum tipo de conhecimento sobre o assunto Poreacutem

Queiroz e Jorge23

Apesar das dificuldades o profissional de enfermagem deve estabelecer um viacutenculo de

confianccedila com o acompanhante buscando sempre deixaacute-los ciente das situaccedilotildees e fazendo-os

participar dos cuidados plausiacuteveis sem causar nenhum dano agrave crianccedila e de maneira alguma

abandonar suas atribuiccedilotildees

(2004 apud SOUZA e OLIVEIRA 2010 p 556) ressaltam que apesar de os

profissionais terem intenccedilatildeo de orientar os cuidados para a sauacutede repassam conhecimentos

elaborados cientificamente dificultando a compreensatildeo do familiar aleacutem de a relaccedilatildeo se dar

de maneira vertical assimeacutetrica e coercitiva

23 Queiroz MVO Jorge MSB Accedilotildees educativas no cuidado infantil e intervenccedilotildees dos profissionais junto agraves famiacutelias Acta Scientiarum Maringaacute 2004 janjun 26(1) 27-34

35

CONCLUSAtildeO

Atraveacutes desse estudo foi possiacutevel descrever e analisar os cuidados que os profissionais

de enfermagem realizam acerca da permanecircncia do acesso venoso perifeacuterico Aleacutem disso a

realizaccedilatildeo da pesquisa permitiu identificar a desarticulaccedilatildeo do processo de enfermagem e a

praacutetica desconectada da produccedilatildeo cientiacutefica caracterizando a falta de uma educaccedilatildeo

continuada efetiva

A anaacutelise dos dados demonstra o processo de punccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico

ressaltando a importacircncia de cuidados como a seleccedilatildeo do local a diluiccedilatildeo da medicaccedilatildeo a

realizaccedilatildeo de uma boa fixaccedilatildeo a atenccedilatildeo com a velocidade de infusatildeo os cuidados com os

sinais de infecccedilatildeo e salinizaccedilatildeo do acesso natildeo deixando de salientar cuidados em desuso

como o uso da heparina da tala e duvidas em relaccedilatildeo ao tempo de permanecircncia Evidenciou

tambeacutem que a equipe de enfermagem delega alguns cuidados para os acompanhantes

Natildeo foi possiacutevel perceber o niacutevel de conhecimento cientiacutefico dos profissionais visto

que eles em nenhum momento por natildeo saberem ou por medo de se expor natildeo explicaram de

fato nenhum cuidado que disseram realizar Sempre citaram de forma superficial e direta

deixando claro tambeacutem que o pesquisador natildeo os indagou quanto a isso Poreacutem creio que

diante de cuidados tatildeo importantes e de frequente praacutetica os mesmos falariam facilmente

sobre os cuidados de enfermagem na permanecircncia do acesso venoso perifeacuterico

Apesar dos entrevistados citarem alguns fatores e cuidados realizados de forma

correta eacute visiacutevel que os mesmos realizam os cuidados com a punccedilatildeo e a permanencia do

acesso de forma automaacutetica sem unir a praacutetica com o fundamento do mesmo

Eacute importante destacar tambeacutem a importacircncia do preparo emocional da crianccedila como

tambeacutem os cuidados com a famiacutelia dos mesmos O trabalho de humanizaccedilatildeo realizado pela

36

enfermagem faz grande diferenccedila nessas situaccedilotildees visto que os pacientes e acompanhantes

tendo conhecimento do que seraacute realizado ficariam mais tranquilos

O estudo contribuiu para o campo do ensino nesta aacuterea dando destaque ao importante

papel que o profissional de enfermagem deve desempenhar no cuidado e na manutenccedilatildeo do

acesso venoso perifeacuterico Contudo vale ressaltar a importacircncia do incentivo ao profissional a

buscar na literatura natildeo soacute esclarecimento de suas duvidas mas tambeacutem novos

conhecimentos

Pode colaborar ainda para a realizaccedilatildeo de novas pesquisas na aacuterea procurando

eliminar duacutevidas e controveacutersias sobre o tema Buscando assim a realizaccedilatildeo de um cuidado de

enfermagem articulado e eficaz promovendo o bem-estar do paciente pediaacutetrico durante a

hospitalizaccedilatildeo

37

REFEREcircNCIAS

ARAUacuteJO Ana Paula Monteiro Baptista de Andrade As praacuteticas de cuidado agrave crianccedila com

cateter venoso perifeacuterico e seus reflexos na interaccedilatildeo enfermeiro-familiar Dissertaccedilatildeo

(Mestrado em Enfermagem) Universidade do Estado do Rio de Janeiro Faculdade de

Enfermagem2007 66 f Disponiacutevel emlt

httpwwwbdtduerjbrtde_buscaarquivophpcodArquivo=621 Acesso em 16 de maio de

2014

BATALHA Luis Manuel Cunha COSTA Luiacutesa Paula Santos ALMEIDA Dulce Maria

Gomes de LOURENCcedilO Patriacutecia Adriana Almeida GONCcedilALVES Ameacutelia Maria Ferreira

Maia TEIXEIRA Ana Cristina Guerra Fixaccedilatildeo de cateteres venosos perifeacutericos em crianccedilas

estudo comparativo Esc Anna Nery Rev Enferm 14(3) 511-518 jul-set 2010 Disponiacutevel

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DF Ministeacuterio da Sauacutede Conselho Nacional de Sauacutede Publicada no DOU nordm 12 ndash Seccedilatildeo 1

Paacutegina 59 ndash jun2013 Disponiacutevel em lt

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44

APEcircNDICE I

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO Tiacutetulo Do Projeto Os cuidados de enfermagem acerca dos acessos venosos perifeacutericos na unidade pediaacutetrica Pesquisador Responsaacutevel Rosane Cordeiro Burla de Aguiar Eny Dorea Paiva e Karina Rodrigues Fernandes Instituiccedilatildeo a que Pertence o Pesquisador Responsaacutevel Universidade Federal Fluminense Telefone para contato (21) 98355269 (21) 82392939 (21) 91786609 Nome do voluntaacuterio _________________________________________________________ Idade ________ anos RG ____________________________

AO Sr (a) estaacute sendo convidado (a) a participar do projeto de pesquisa OS CUIDADOS DE

ENFERMAGEM ACERCA DOS ACESSOS VENOSOS PERIFEacuteRICOS NA UNIDADE PEDIATRICA de

responsabilidade da pesquisadora Profordf Drordf Rosane Cordeiro Burla de Aguiar e Profordf Drordf Eny Dorea Paiva A

punccedilatildeo venosa perifeacuterica eacute um procedimento essencial durante a hospitalizaccedilatildeo da crianccedila visto que eacute atraveacutes

dela que eacute administrada grande parte das medicaccedilotildees Este estudo se justifica diante da importacircncia da

necessidade de um maior periacuteodo de permanecircncia dos acessos venosos perifeacutericos Com isso aleacutem da

diminuiccedilatildeo de eventos que causam dor e irritaccedilatildeo na crianccedila e na famiacutelia promoveraacute tambeacutem uma melhor estada

dos mesmos durante o periacuteodo de hospitalizaccedilatildeo Os objetivos da pesquisa satildeo 1) Descrever os fatores que

interferem na manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico de acordo com a equipe de enfermagem 2)Analisar os

cuidados da equipe de enfermagem na manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico A coleta de dados se daraacute

atraveacutes de entrevistas semi estruturadas que seratildeo gravadas As informaccedilotildees colhidas seratildeo tratadas de forma

anocircnima e confidencial ou seja em nenhum momento seratildeo divulgados o seu nome e somente os

pesquisadores teratildeo acesso agraves informaccedilotildees Os dados obtidos com a pesquisa poderatildeo ser publicados apenas com

fins cientiacuteficos Eles natildeo seratildeo utilizados para fins comerciais ou para outra finalidade qualquer Caso necessite

poderatildeo ser marcados encontros para respostas ou esclarecimentos de qualquer duacutevida acerca da pesquisa A sua

participaccedilatildeo eacute voluntaria e eacute importante lembrar que vocecirc poderaacute desistir de participar da pesquisa em qualquer

momento A entrevista seraacute marcada em um dia e horaacuterio que vocecirc achar melhor Seraacute realizada

individualmente em um ambiente que nos ofereccedila privacidade Esta pesquisa natildeo oferece riscos para vocecirc e os

benefiacutecios da sua participaccedilatildeo satildeo de aumentar o conhecimento cientiacutefico na aacuterea de Enfermagem Pediaacutetrica

aleacutem de contribuir para a praacutetica profissional Este documento seraacute elaborado em duas vias uma para vocecirc e a

outra seraacute arquivada pelo pesquisador

Eu_____________________________________________________________ RG no _____________________________ Declaro que apoacutes ter entendido o que me foi explicado consinto voluntariamente em participar do presente Protocolo de Pesquisa entendo ainda que posso retirar o meu consentimento a qualquer momento antes ou durante a realizaccedilatildeo do mesmo declaro ter sido informada(o) e concordo em participar como voluntaacuteria(o) da pesquisa acima descrita Rio de Janeiro_______de_______________de 20___ _____________________________ ________________________________

(Participante) Karina Rodrigues Fernandes (Responsaacutevel por obter o consentimento)

______________________________________ _______________________________________ (Testemunha) (Testemunha)

45

APEcircNDICE II

ROTEIRO PARA ENTREVISTA

1) O que vocecirc acha que pode levar a perda do acesso perifeacuterico

2) Para vocecirc o que eacute importante para manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico nas

crianccedilas

3) O que vocecirc acha que pode interferir na sua manutenccedilatildeo

4) Que medidas vocecirc adota no seu dia a dia para manter o acesso

5) Na sua vivencia profissional o que vocecirc discorda dos cuidados que geralmente satildeo

utilizados para manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico

46

ANEXO

47

48

  • KARINA RODRIGUES FERNANDES
    • COA Thatiana Fernanda PETTENGILL Myriam Aparecida Mandetta Autonomia da crianccedila hospitalizada frente aos procedimentos crenccedilas da enfermeira pediatra Acta paul enferm 19(4) 433-438 out-dez 2006 Disponiacutevel em lt wwwscielobrscielophpscr
    • JANSEN Michele Ferraz SANTOS Rosane Maria dos FAVERO Luciane Benefiacutecios da utilizaccedilatildeo do brinquedo durante o cuidado de enfermagem prestado agrave crianccedila hospitalizada Rev Gaucha Enferm 31(2) 247-253 jun 2010 Disponiacutevel em lt httpwwwscielo
    • MAGNABOSCO Gisele TONELLI Ana Lucia Nascimento Fonseca SOUZA Sarah Nancy Deggau Hegeto de Abordagens no cuidado de enfermagem agrave crianccedila hospitalizada submetida a procedimentos uma revisatildeo de literatura Cogitare enferm 13(1) 103-108 jan-mar
    • MARTINS Maria do Rosaacuterio RIBEIRO Circeacutea Amalia BORBA Regina Issuzu Hirooka de and SILVA Conceiccedilatildeo Vieira daProtocolo de preparo da crianccedila preacute-escolar para punccedilatildeo venosa com utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico Rev Latino-Am Enfermagem [on
    • OLIVEIRA Maria Ivoneide Veriacutessimo de BEZERRA Maria Gorette Andrade PEREIRA Vanessa Ramos Cateterizaccedilatildeo venosa assistecircncia de enfermagem-UTI pediaacutetrica Rev da Rede de Enfermagem do Nordeste AbrJun de 2008 Disponiacutevel em lt httpwwwrevistar
    • PETERLINI Maria Angeacutelica Sorgini CHAUD Massae Noda and PEDREIRA Mavilde da L GOacuterfatildeos de terapia medicamentosa a administraccedilatildeo de medicamentos por via intravenosa em crianccedilas hospitalizadasRev Latino-Am Enfermagem [online] 2003 vol11 n
    • PETERLINI Maria Angeacutelica Sorgini CHAUD Massae Noda PEDREIRA Mavilde L G Incompatibilidade entre faacutermacos e materiais de cateteres e acessoacuterios da terapia intravenosa Online braz j nurs (Online) 5(3)2006 Disponiacutevel em lt httpwwwobjnursi
    • PIMENTA Erika Acioli Gomes COLLET Neusa Dimensatildeo cuidadora da enfermagem e da famiacutelia na assistecircncia agrave crianccedila hospitalizada concepccedilotildees da enfermagem Rev esc enferm USP [online] 2009 vol43 n3 pp 622-629 Disponiacutevel em lt httpwwwscie
    • THOMAZINE Angeacutelica Malman PASSOS Rocircmulo Silva BAY JUacuteNIOR Osvaldo Goacutees COLLET Neusa OLIVEIRA Beatriz Rosana Gonccedilalves de Assistecircncia de enfermagem agrave crianccedila hospitalizada um resgate histoacuterico Ciˆnc cuid sapoundde 7(supl1) 145-152 maio 200
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        • CDD 61073
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11

2 REVISAtildeO DE LITERATURA

21 Hospitalizaccedilatildeo infantil e seus estressores

Durante a vida de uma crianccedila as principais situaccedilotildees de crise que normalmente elas

vivenciaratildeo estatildeo relacionadas agrave doenccedila ou a uma possiacutevel hospitalizaccedilatildeo Frente a estes

fatores elas se mostram vulneraacuteveis diante das mudanccedilas impostas relacionadas ao estado de

sauacutede e a sua rotina de vida (HOCKENBERRY e WILSON 2011 p676)

ldquoA hospitalizaccedilatildeo representa para a crianccedila uma situaccedilatildeo diferente de todas as jaacute

vivenciadas haja vista que sua rotina diaacuteria eacute modificada Ela encontra-se em um ambiente

impessoal repleto de tabus e significados diferente do seu contexto diaacuteriordquo (JANSEN

SANTOS e FAVERO 2010 p248)

Segundo Brito et al (2009 p 803) a crianccedila hospitalizada eacute ldquoafastada de seu ambiente

familiar de seus amigos da escola e de seus objetos pessoais perdendo assim grande parte de

suas referecircnciasrdquo com isso esse periacuteodo de hospitalizaccedilatildeo pode causar impacto sobre o estado

psicoloacutegico da mesma

Conforme Hockenberry e Wilson (2011 p676) as crianccedilas natildeo possuem habilidades

de enfrentamento suficientes para resolver determinados estressores Como principais

estressores pode-se citar ldquoa separaccedilatildeo a perda de controle lesatildeo corporal e dorrdquo

Um dos procedimentos mais dolorosos e estressantes para a crianccedila eacute a punccedilatildeo venosa

onde na maioria dos casos constitui a primeira escolha para a administraccedilatildeo de medicamentos

nutriccedilatildeo parenteral hemoderivados e coleta de exames sanguumliacuteneos(OLIVEIRA BEZERRA e

PEREIRA 2008 p91)

12

ldquoA crianccedila eacute um ser em crescimento e desenvolvimento com particularidades e

caracteriacutesticas proacutepriasrdquo (MATHEWS-SIMONTON2

Esse periacuteodo de internaccedilatildeo ldquopode deixar a crianccedila ansiosa insegura e com medo

principalmente quando natildeo eacute preparada para a hospitalizaccedilatildeo e o tratamento a que seraacute

submetidardquo Para Martins (2001) isso contribui para aumentar o medo e a ansiedade

expressos por meio do choro da raiva e ateacute mesmo por agressotildees

1990 apud COA e PETTENGILL

2006 p434) Isso significa que a crianccedila iraacute se comportar de acordo com a situaccedilatildeo imposta

pois isso dependeraacute natildeo soacute da idade de desenvolvimento como tambeacutem de suas experiecircncias

com determinadas situaccedilotildees

Diante de todo o processo de hospitalizaccedilatildeo a crianccedila pode apresentar diversas

manifestaccedilotildees comportamentais sendo consideradas mais comuns as ldquoregressotildees diminuiccedilatildeo

no ritmo do desenvolvimento desordens do sono e da alimentaccedilatildeo dependecircncia

agressividade apatia estados depressivos fobias e transtornos de comportamento em geralrdquo

(BAR-MOR3

Para a famiacutelia ldquoa hospitalizaccedilatildeo de um filho geralmente eacute encarada como uma

situaccedilatildeo de crise para a famiacutelia e para a crianccedilardquo O profissional de enfermagem deve se

organizar seu trabalho com estrateacutegias que minimizem o sofrimento no ambiente hospitalar e

na assistecircncia agrave crianccedila (THOMAZINE et al 2008 p146)

1997 apud BRITO et al 2009 p203) Com a atenccedilatildeo voltada para atender a

demanda e a necessidade fisioloacutegica da crianccedila os profissionais da equipe de enfermagem

geralmente ldquodedicam pouca ou nenhuma atenccedilatildeo agraves questotildees psicoloacutegicas e sociais da crianccedila

hospitalizada e de sua famiacuteliardquo(JANSEN SANTOS e FAVERO 2010 p248)

A qualidade do ambiente pode afetar diretamente no processo de recuperaccedilatildeo com

isso ldquoas intervenccedilotildees no contexto hospitalar devem visar agrave promoccedilatildeo de condiccedilotildees favoraacuteveis

agrave reabilitaccedilatildeo dos efeitos de experiecircncias adversas ao desenvolvimento das crianccedilasrdquo Isso

sugere que o ambiente aleacutem de incentivar a sauacutede deve ser planejado de maneira supra agraves

necessidades dos pacientes levando em conta os aspectos psicoloacutegicos pedagoacutegicos e

2 Mathews-Simonton S A famiacutelia e a cura o meacutetodo Simonton para famiacutelias que enfrentam uma doenccedila Satildeo Paulo Summus 1990 3 Bar-Mor G Preparation of children for surgery and invasive procedures milestones on the way to success J Pediatr Nurs1997Aug12(4) 252-255

13

socioloacutegicos da crianccedila e de sua famiacutelia (SOARES e ZAMBERLAN4

Para humanizar a assistecircncia agrave crianccedila hospitalizada e atender a suas reais

necessidades os pais foram inseridos na cliacutenica pediaacutetrica com direito a permanecircncia integral

nos casos de internaccedilatildeo Isso ocorreu no iniacutecio da deacutecada de 1990 no Brasil com a

legalizaccedilatildeo estabelecida pelo Estatuto da Crianccedila e do Adolescente (THOMAZINE et al

2008 p145) Com isso ldquomuitos hospitais natildeo consideram mais os pais como visitantes e

enfatizam sua presenccedila durante todo o periacuteodo da hospitalizaccedilatildeordquo fazendo uso de um sistema

de cuidado centrado na famiacutelia (HOCKENBERRY e WILSON 2011 p685)

1995 apud BRITO et

al 2009 p803)

Durante o processo de hospitalizaccedilatildeo as crianccedilas satildeo submetidas a diversas condutas e

procedimentos como por exemplo exames e administraccedilatildeo de medicamentos A punccedilatildeo

venosa eacute um dos principais procedimentos que causam dor e muitas vezes existe a

necessidade de vaacuterias punccedilotildees durante um mesmo dia Vale ressaltar que para a crianccedila esse

tipo de procedimento se iguala a uma agressatildeo jaacute que ldquona maioria das vezes eacute acompanhado

de dor ou medo o que se traduz no choro e na ansiedaderdquo (COLLET5

2002 apud GOMES et

al 2011 p290)

22 Acesso venoso perifeacuterico em pediatria

Para Correia et al (2009 p559) a fim evitar um trauma emocional durante a punccedilatildeo

as crianccedilas precisam ser orientadas sobre o tratamento seus objetivos e receber atenccedilatildeo

carinhosa neste momento

A fim de tornar o processo de cateterizaccedilatildeo venosa menos doloroso e estressante para

a crianccedila deve-se ter preferecircncia pelas veias que menos comprometam suas atividades

essenciais Neste intuito deve-se evitar por exemplo puncionar uma veia na matildeo que

dificulte o ato de se alimentar desenhar e ateacute mesmo brincar (OLIVEIRA BEZERRA e

PEREIRA 2008 p91)

4 Soares MRZ Zamberlan MAT A inclusatildeo do brincar na hospitalizaccedilatildeo infantil Est Psicol maioago18(2) 64-9 5 Collet N Oliveira BRG de Manual de Enfermagem em Pediatria Goiacircnia AB 2002

14

O acesso vascular eacute uma das principais modalidades de tratamento utilizadas na

assistecircncia agrave sauacutede Existe ampla aceitaccedilatildeo difusatildeo e praacutetica desse procedimento pelos

profissionais da aacuterea da assistecircncia agrave sauacutede (FERREIRA et al 2005)

Foi na deacutecada de 40 que o uso de cateter vascular foi introduzido nos hospitais

tornando-se essencial para as atividades assistenciais da modernidade (WORTHIGTON6

Para Peterlini e Chaud (2003) tal procedimento se define como um conjunto de

conhecimentos e teacutecnicas que visam agrave administraccedilatildeo de soluccedilotildees ou faacutermacos no sistema

circulatoacuterio abrangendo o preparo do paciente a escolha obtenccedilatildeo e manutenccedilatildeo do acesso

venoso os meacutetodos de preparo e administraccedilatildeo de drogas e soluccedilotildees e os cuidados referentes

agrave frequecircncia de troca do cateter curativos dispositivos de infusatildeo e soluccedilotildees

2005 apud MENDONCcedilA et al 2011 p330)

Primeiramente o acesso perifeacuterico era mantido com agulhas de accedilo inoxidaacutevel as

quais apesar de oferecerem menor risco de infecccedilatildeo satildeo riacutegidas e facilitavam perda do

acesso Em 1945 passou a ser utilizado o cateter venoso plaacutestico que permitia manutenccedilatildeo do

acesso por tempo prolongado (FERNANDES e RIBEIRO7

Quanto ao tempo de permanecircncia em pacientes pediaacutetricos o cateter deve ser mantido

ateacute o teacutermino da terapia intravenosa ou quando forem observados sinais cliacutenicos de

complicaccedilotildees diferentemente dos pacientes adultos onde o tempo de permanecircncia

preconizado eacute de 72 a 96 horas (CENTERS FOR DISEASE CONTROL AND

PREVENTION-CDC 2002)

2000 apud MARTINS et al 2008

p 485) Habitualmente o material de punccedilatildeo que vem sendo utilizado em crianccedilas satildeo os

cateteres flexiacuteveis tipo abocath com mandril metaacutelico (BATALHA et al 2010 p512)

Associaccedilatildeo Paulista de Estudos e Controle de Infecccedilatildeo Hospitalar (2005 apud

Moncaio e Figueiredo 2009) ressaltam que ldquoas principais complicaccedilotildees infecciosas para o

paciente satildeo flebite infecccedilatildeo do siacutetio de inserccedilatildeo do cateter extravasamento de soluccedilatildeo e

bacteremia relacionada ao cateterrdquo Certos fatores podem contribuir para o aparecimento de

tais complicaccedilotildees como o tipo do cateter que seraacute utilizado o preparo do local da punccedilatildeo

aleacutem de caracteriacutesticas intriacutensecas do paciente Vale acrescentar que ldquoos cateteres 6 Worthigton T Elliot TSJ Diagnosis of central venous catheter related infection in adult pacient J Infect 2005 51267-80 7 Fernandes AT Ribeiro Filho N Infecccedilatildeo do acesso vascular In Fernandes AT Fernandes M OV Ribeiro Filho N Infecccedilatildeo hospitalar e suas interfaces na aacuterea da sauacutede Satildeo Paulo (SP) Atheneu 2000 p 556-79

15

confeccionados em Teflon e poliuretano estatildeo associados a baixas frequecircncias de

complicaccedilotildees infecciosas quando comparados aos de polivinilcloreto e polietilenordquo

CENTERS FOR DISEASE CONTROL AND PREVENTION-CDC 2002)

ldquoNo acircmbito hospitalar a flebite eacute uma das complicaccedilotildees mais frequentes e

considerada uma das principais falhas da infusatildeordquo Eacute o processo inflamatoacuterio da camada

iacutentima das veias ocasionado por irritaccedilatildeo mecacircnica quiacutemica ou infecccedilotildees bacterianas

apresentando manifestaccedilotildees como dor edema hiperemia local e calor (GABRIEL8

Machado et al(2008) relata que ldquocerca de 1 a 10 destes pacientes desenvolvem

infecccedilotildees locais ou sistecircmicas relacionadas ao uso de cateteres causadas por alteraccedilatildeo ou

ruptura da integridade da pele que permite a passagem de microorganismos colonizadoresrdquo

2008

apud MAGEROTE et al 2011 p 487)

O curativo para fixaccedilatildeo do cateter eacute outro ponto importante para a manutenccedilatildeo do

mesmo visto que a ldquofixaccedilatildeo reduz o risco de complicaccedilotildees relacionadas agrave terapia intravenosa

tais como flebite infiltraccedilatildeo septicemia e deslocamento do cateterrdquo aleacutem de mantecirc-lo limpo

e seco permitindo a visualizaccedilatildeo contiacutenua do mesmo a fim de prevenir os agravos

(PHILLIPS9

No seacuteculo passado durante os primeiro 50 anos da praacutetica da terapia intravenosa

utilizava-se para fixaccedilatildeo gaze esteacuteril e fitas adesivas O iniacutecio do uso de filmes transparentes

esteacutereis se deu em 1970 como solicitaccedilatildeo dos enfermeiros quanto agrave necessidade da retirada do

curativo para realizar a inspeccedilatildeo do local de inserccedilatildeo funccedilatildeo atribuiacuteda aos mesmos a fim de

impedir uma infecccedilatildeo de corrente sanguiacutenea (MACHADO PEDREIRA E CHAUD 2008)

2001 apud SILVA E ZANETTI 2004 p233)

O uso de fitas adesivas natildeo-esteacutereis pode ser bastante observado em algumas

instituiccedilotildees de sauacutede contudo fita adesiva soacute natildeo estaacute contaminada enquanto permanece na

embalagem sugerindo tambeacutem a possibilidade da transmissatildeo de microorganismos

patogecircnicos com a aplicaccedilatildeo da mesma sobre o local de inserccedilatildeo do cateter

(VANDENBOSCH COOCH E TRESTON-AURAND10

8 Gabriel J Infusion therapy part one minimising the risks Nurs Stand 2008 Apr 22(31)51-6

1997 et al MACHADO

PEDREIRA E CHAUD2005 p292)

9 Phillips DL Manual de terapia endovenosa Trad Pedreira MLG Pereira SR Harada MJCS Peterline MAS 2ordf ed Porto Alegre (RS) Artmed 2001551P 10 VandenBosch TM Cooch J Treston-Aurand J Research utilization adhesive bandage dressing regimen for peripheral venous catheters Am J Infect Control 1997 25(6)513-9

16

Acerca da terapia intravenosa podem ocorrer incompatibilidades em relaccedilatildeo aos

faacutermacos administrados e os cateteres utilizados que na maioria das vezes natildeo satildeo percebidos

devido a impossibilidade de visualizaccedilatildeo Essas incompatibilidades satildeo denominadas por

Peterlini Chaud e Pedreira (2006) como adsorccedilatildeo e absorccedilatildeo onde ocorre ldquoperda do faacutermaco

para a superfiacutecie de frascos seringas filtros acessoacuterios e cateteres da terapia intravenosa por

meio de adsorccedilatildeo ou pela absorccedilatildeo do faacutermaco para a matriz do material de confecccedilatildeo desses

dispositivosrdquo Com isso o profissional de enfermagem tem como funccedilatildeo aleacutem do

conhecimento cientiacutefico acerca das drogas utilizadas programar accedilotildees que possibilitem

ldquoreconstituiccedilatildeo diluiccedilatildeo acondicionamento e cuidados na administraccedilatildeo de faacutermacosrdquo

evitando assim prejuiacutezos no tratamento

17

3 METODOLOGIA

31 Tipo de pesquisa

Trata-se de uma pesquisa descritiva exploratoacuteria de abordagem qualitativa com os

profissionais da equipe de enfermagem da unidade de internaccedilatildeo pediaacutetrica de um hospital

universitaacuterio do estado do Rio de Janeiro

Para Minayo Deslandes e Gomes (2007 p 21) a pesquisa qualitativa responde as

questotildees de forma particular de modo que trabalha com o universo dos significados dos

motivos das aspiraccedilotildees das crenccedilas dos valores e atitudes Sendo assim entende-se que as

accedilotildees do ser humano se distinguem a partir do seu pensamento do modo de agir de acordo

com a realidade vivida por cada um

Segundo Gil (1999 p44) ldquoas pesquisas descritivas tecircm como objetivo primordial a

descriccedilatildeo das caracteriacutesticas de determinada populaccedilatildeo ou fenocircmeno ou o estabelecimento de

relaccedilotildees variaacuteveisrdquo

Kauark Manhatildees e Medeiros (2010 p28) determinam a pesquisa exploratoacuteria como

agravequela que ldquoObjetiva a maior familiaridade com o problema tornando-o expliacutecito ou agrave

construccedilatildeo de hipoacutetesesrdquo Acrescenta ainda que a mesma pode conter levantamento

bibliograacutefico entrevistas com pessoas experientes no problema pesquisado entre outras

fontes

32 Sujeitos da pesquisa

A pesquisa contou com um nuacutemero total de nove (9) profissionais da equipe de

enfermagem da unidade de internaccedilatildeo pediaacutetrica de um Hospital Universitaacuterio do Rio de

Janeiro sendo estes dois (2) enfermeiros e sete (7) teacutecnicos de enfermagem De todos os

18

participantes apenas um trabalha no serviccedilo noturno sendo o restante do serviccedilo diurno Os

mesmos satildeo os responsaacuteveis pela instalaccedilatildeo e manipulaccedilatildeo dos os acessos venosos

perifeacutericos supondo assim que tenham maior domiacutenio sobre o assunto abordado

Os sujeitos foram identificados com codinomes referentes agraves princesas da Disney para

que suas identidades sejam preservadas

33 Cenaacuterio

A pesquisa ocorreu na unidade de internaccedilatildeo pediaacutetrica localizada no quinto andar do

Hospital Universitaacuterio do Rio de Janeiro vinculado a uma Universidade Federal

A unidade pediaacutetrica eacute divida em trecircs enfermarias de acordo com a idade das crianccedilas

hospitalizadas sendo denominadas estas Lactente preacute-escolar e escolar A enfermaria

Lactente eacute composta por 5 leitos hospitalizando crianccedilas de 29 dias a 2 anos jaacute na preacute-escolar

encontram-se 6 leitos e acolhe crianccedilas de 2 a 6 anos e na escolar 6 leitos abrigando crianccedilas

de 7 a 12 anos Toda crianccedila hospitalizada tem direito a um acompanhante como eacute

preconizado por direito pelo Artigo doze (12) do Estatuto da Crianccedila e do Adolescente

(Brasil 1990 p3)

A enfermaria conta com um posto de enfermagem localizado no centro da unidade

possibilitando maior visualizaccedilatildeo das enfermarias Possui tambeacutem uma sala de recreaccedilatildeo e

banheiro para os pacientes e acompanhantes Haacute uma sala utilizada pedagogia hospitalar

onde uma professora realiza atividades com as crianccedilas

Vale ressaltar que na unidade haacute uma sala para realizaccedilatildeo de procedimentos dolorosos

como a punccedilatildeo venosa perifeacuterica e sempre que possiacutevel o paciente eacute levado ateacute ela

34 Coleta de dados

A coleta de dados se deu a partir da teacutecnica de entrevista semi-estruturadas que

segundo Minayo Deslandes e Gomes (2007 p 64) satildeo ldquoperguntas fechadas e abertas em que

o entrevistado tem a possibilidade de discorrer sobre o tema em questatildeo sem se prender agrave

indagaccedilatildeo formuladardquo As mesmas foram gravadas em entrevista individual e tiveram como

foco as accedilotildees que os profissionais da equipe de enfermagem realizam acerca dos cuidados

para a permanecircncia do acesso venoso perifeacuterico aleacutem de investigar sobre o conhecimento que

cada um possui sobre o tema

19

Apoacutes contato preacutevio com a equipe de enfermagem foi acordado um dia e horaacuterio para

a realizaccedilatildeo das entrevistas que aconteceram na proacutepria unidade Todos os profissionais da

equipe de enfermagem foram convidados a participar voluntariamente da pesquisa As

entrevistas aconteceram apoacutes os profissionais assinarem o Termo de Consentimento Livre e

Esclarecido (TCLE)

Para Minayo Deslandes e Gomes (2007 p 64) a entrevista possui como principal

objetivo construir dados que sejam pertinentes para a pesquisa aleacutem de ser a estrateacutegia mais

utilizada no processo de trabalho de campo

A coleta foi interrompida no momento em que os dados se mostraram saturados ou

seja quando houve a cessaccedilatildeo do acreacutescimo de informaccedilotildees novas referentes ao tema

proposto

O fechamento amostral por saturaccedilatildeo teoacuterica eacute definido como a suspensatildeo de inclusatildeo

de novos participantes quando os dados obtidos passam a apresentar na avaliaccedilatildeo do

pesquisador certa redundacircncia ou repeticcedilatildeo natildeo sendo considerado relevante continuar a

coleta de dados (FONTANELLA RICAS e TURATO 2008)

35 Questotildees eacuteticas da pesquisa

De acordo com a Resoluccedilatildeo 46612 que visa assegurar os direitos e deveres que

dizem respeito agrave comunidade cientiacutefica aos sujeitos da pesquisa e ao Estado uma pesquisa

que envolve a participaccedilatildeo de seres humanos deve atender aos fundamentos eacuteticos e

cientiacuteficos pertinentes para a seguranccedila dos mesmos Neste contexto toda pesquisa

envolvendo seres humanos deveraacute ser submetida agrave apreciaccedilatildeo de um Comitecirc de Eacutetica em

Pesquisa (CEP) (BRASIL 2012)

Atendendo a esta condiccedilatildeo o projeto de pesquisa foi encaminhado ao CEP ndash do

Hospital Universitaacuterio o qual foi realizada a pesquisa foi analisado e aprovado na Reuniatildeo

com data de 06122013 CAAE 24693613700005243 Nuacutemero do parecer 486451 Com

isso a pesquisa foi desenvolvida mediante aprovaccedilatildeo do CEP atendendo aos preacute-requisitos

estipulados pela Resoluccedilatildeo nordm 46612

Esta pesquisa eacute pautada em princiacutepios eacuteticos que respeitam a dignidade humana e

justiccedila assegurando que natildeo haveraacute nenhum tipo de dano aos participantes

20

Em atendimento a resoluccedilatildeo 46612 do Conselho Nacional de SauacutedeMS apoacutes serem

esclarecidos pela pesquisadora quanto aos aspectos eacuteticos relacionados agrave pesquisa aleacutem das

formas de produccedilatildeo de dados e inserccedilatildeo no estudo os sujeitos da pesquisa assinaram duas

vias do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido ndash TCLE (apecircndice 1) autorizando sua

participaccedilatildeo voluntaacuteria na pesquisa Uma via foi entregue ao participante e outra ficou

arquivada com a pesquisadora

Nesse documento consta os objetivos da pesquisa procedimentos benefiacutecios

previstos garantia de recusa de participaccedilatildeo em qualquer momento de acesso aos resultados

da pesquisa e tambeacutem a garantia de acesso ao pesquisador quando os sujeitos julgarem

necessaacuterio sendo todas essas informaccedilotildees em linguagem acessiacutevel e simples O mesmo foi

apresentado e explicado ao profissional convidado a participar do estudo no primeiro contato

eou durante visita agendada para realizaccedilatildeo da entrevista

Vale ressaltar que esta pesquisa cujo financiamento eacute proacuteprio natildeo oferece nenhum

tipo de riscos para o sujeito da pesquisa e nem para o cuidado das crianccedilas internadas no setor

de pediatria e os benefiacutecios da participaccedilatildeo do mesmo satildeo de aumentar o conhecimento

cientiacutefico na aacuterea de Enfermagem Pediaacutetrica aleacutem de contribuir para a praacutetica profissional

36 Anaacutelise dos dados

O processo de anaacutelise dos dados foi baseada na teacutecnica da Anaacutelise Temaacutetica que para

Minayo Deslandes e Gomes (2007 p 86) o conceito central eacute o tema ldquoO tema eacute a unidade de

significaccedilatildeo que se liberta naturalmente de um texto analisado segundo criteacuterios relativos agrave

teoria que serve de guia da leiturardquo (BARDIN11

A anaacutelise realizada estava de acordo com a sugerida por Minayo (2010 p 315) e

contam com as seguintes etapas preacute-analise exploraccedilatildeo do material tratamento dos

resultados obtidos e interpretaccedilatildeo Atraveacutes dessas etapas tem-se o objetivo de descrever o

conteuacutedo do material coletado e interpretaacute-lo

1979 apud MINAYO DESLANDES

GOMES 2007 p 86)

A preacute analise consiste na escolha dos elementos a serem analisados e na retomada das

hipoacuteteses e dos objetivos iniciais da pesquisa Inicia-se com uma leitura flutuante onde o

11 BARDIN L Anaacutelise de Conteuacutedo Lisboa Ediccedilotildees 70 1979

21

pesquisador toma contato direto com o material adquirido deixando-se impregnar por seu

conteuacutedo Posteriormente haacute a constituiccedilatildeo do Corpus textual onde eacute feita uma seleccedilatildeo dos

documentos que iratildeo contemplar e fornecer informaccedilotildees sobre o tema sendo assim adequados

para dar resposta aos objetivos do trabalho (MINAYO 2010 p 315)

Essa fase preacute-analiacutetica eacute onde se determinam a unidades de registro unidade de

contexto e a partir delas satildeo determinados os temas que seratildeo analisados A unidade de

registro corresponde parte do conteuacutedo selecionado como base para analise e apoacutes a

delimitaccedilatildeo do contexto de compreensatildeo da unidade de registro eacute estabelecida a unidade de

contexto (MINAYO 2010 p 316)

De acordo com os objetivos da pesquisa foi possiacutevel perceber que nove (9)

entrevistas supriam para atender os mesmo encerrando assim a coleta Apoacutes a transcriccedilatildeo das

entrevistas foi realizada leitura das mesmas para natildeo soacute conhecimento do material mas

tambeacutem estabelecer as unidades de registro Em seguida foi realizado o colorimento das falas

assim as classificando de acordo com as unidades de registro estabelecidas

As unidades de registro que surgiram foram os fatores que interferem na manutenccedilatildeo

do acesso venoso perifeacuterico e o apontamento do acompanhante como responsaacutevel pela perda

do acesso venoso perifeacuterico Elas receberam as cores vermelha e laranja respectivamente a

fim de facilitar o agrupamento dos dados A partir disto surgiram as unidades de contexto que

compreendem as falas das entrevistas de modo a exemplificar o contexto das unidades de

registro

Partindo para segunda etapa da analise temaacutetica a exploraccedilatildeo do material que consiste

numa classificaccedilatildeo que visa alcanccedilar o nuacutecleo de compreensatildeo do texto Busca-se encontrar

categorias que satildeo expressotildees ou palavras significativas em funccedilatildeo das quais o conteuacutedo seraacute

organizado Essas categorias satildeo responsaacuteveis pela especificaccedilatildeo dos temas (MINAYO

2010 p 317)

Nesse caso foram definidos os seguintes temas cuidados preacute intra e poacutes procedimento

de punccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico cuidados em desuso para manutenccedilatildeo do acesso

venoso perifeacuterico o acompanhante e a manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico Essas trecircs (3)

categorias seratildeo apresentadas analisadas e discutidas no capitulo seguinte

22

4 RESULTADOS E DISCUSSAtildeO

Nesse capiacutetulo apresento as trecircs categorias temaacuteticas que surgiram da anaacutelise dos

dados e que contemplaram de forma satisfatoacuteria os objetivos da pesquisa A primeira

categoria denominada como ldquoOs cuidados de enfermagem preacute intra e poacutes-procedimento de

punccedilatildeo do acesso venoso perifeacutericordquo traz os passos e cuidados que os profissionais realizam

antes durante e apoacutes a punccedilatildeo buscando descrever e analisar os fatores envolvidos na pratica

do procedimento em questatildeo que emergiram das entrevistas aleacutem dos cuidados de

enfermagem para a manutenccedilatildeo do mesmo

A segunda categoria que seraacute apresentada eacute ldquoOs cuidados em desuso para manutenccedilatildeo

do acesso venoso perifeacutericordquo que mostra os cuidados que os profissionais citaram como natildeo

mais utilizados para auxiliar na manutenccedilatildeo da punccedilatildeo venosa perifeacuterica

E a uacuteltima categoria eacute denominada ldquoO acompanhante e a manutenccedilatildeo do acesso

venoso perifeacutericordquo e traz a responsabilizaccedilatildeo do acompanhante pelos profissionais do setor

em relaccedilatildeo aos cuidados com manutenccedilatildeo da punccedilatildeo Essa categoria busca tambeacutem ressaltar a

funccedilatildeo do acompanhante durante a hospitalizaccedilatildeo da crianccedila destacando que determinados

cuidados satildeo de total funccedilatildeo da equipe de enfermagem

41 Os cuidados de enfermagem preacute intra e poacutes-procedimento de punccedilatildeo do acesso

venoso perifeacuterico

Para interpretar as unidades de contextos tive como base autores que definiram os

cuidados de enfermagem preacute intra e poacutes punccedilatildeo venosa perifeacuterica Para esses autores a fase

de preacute-punccedilatildeo compreende as accedilotildees de anaacutelise e conhecimento da prescriccedilatildeo avaliaccedilatildeo e

23

preparo emocional do paciente preparo do material e medicaccedilatildeo seleccedilatildeo do siacutetio de inserccedilatildeo

e dilataccedilatildeo da veia selecionada As accedilotildees envolvidas na punccedilatildeo satildeo a execuccedilatildeo das

precauccedilotildees-padratildeo antissepsia da pele punccedilatildeo do vaso a fixaccedilatildeo e curativo do cateter

Finalmente na etapa de poacutes-punccedilatildeo adota-se a identificaccedilatildeo da punccedilatildeo o descarte apropriado

das partes dos materiais natildeo utilizados a orientaccedilatildeo do paciente acerca da terapecircutica o

controle da infusatildeo atraveacutes do gotejamento se necessaacuterio e o registro do procedimento

Phillips12

De acordo com as entrevistas a seleccedilatildeo do local de punccedilatildeo eacute indicada com um fator

que interfere diretamente no tempo de permanecircncia do acesso venoso perifeacuterico visto que

dependendo do local ocorre a perda mais rapidamente Aleacutem da localizaccedilatildeo citaram tambeacutem

o calibre da veia como interferecircncia na manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico Seguem

abaixo algumas falas

(2001 apud ARAUacuteJO 2007 p18)

ldquoPrimeira coisa eacute vocecirc procurar bem a veia colocar uma veia de um bom calibre Se puder dar preferecircncia a natildeo puncionar dobrasrdquo (Cinderela) ldquoDependendo de onde estiver puncionado se for na matildeozinha a crianccedila fica toda hora ta mexendo taacute manipulando alguma coisa e se for no pezinho tambeacutem nem todo tempo vai ficar acamada entatildeo acaba perdendo o acessordquo(Bela ) ldquoO mau posicionamento pode levar a perdardquo (Rapunzel)

A opiniatildeo dos profissionais acima vai de encontro com o que eacute encontrado na

literatura visto que eacute de suma importacircncia que o mesmo avalie o cliente e considere alguns

aspectos para uma escolha criteriosa e eficaz como a finalidade da punccedilatildeo o tipo de soluccedilatildeo

a ser infundida a condiccedilatildeo da rede venosa a duraccedilatildeo da terapia idade do cliente habilidade

cognitiva da crianccedila a preferecircncia do cliente o que nem sempre seraacute possiacutevel satisfazer e

tambeacutem a sua atividade (ARAUacuteJO 2007 p31)

Os cuidados com o acesso venoso perifeacuterico satildeo importantes antes mesmo da

realizaccedilatildeo do procedimento Levando em consideraccedilatildeo que um erro durante a fase de preacute-

procedimento como a escolha errada do local de punccedilatildeo por exemplo poderaacute levar a perda

do acesso e prejudicar assim o tratamento aleacutem do bem-estar da crianccedila que seraacute puncionada

novamente

12 PHILLIPS L D Manual de terapia intravenosa 2ed Porto Alegre Artmed 2001

24

O vaso sanguiacuteneo que o profissional selecionar como local para puncionar deve ser

suficiente para suportar o calibre e o comprimento do cateter aleacutem de atender a necessidade

terapecircutica para que natildeo haja a necessidade de uma nova punccedilatildeo

A punccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico eacute um procedimento doloroso e de grande

incomodo para a crianccedila com isso eacute de suma importacircncia realizar a seleccedilatildeo preacutevia do

material poreacutem natildeo foi citado Outro cuidado rotineiro e natildeo menos importante como a

lavagem das matildeos antes da colocaccedilatildeo do acesso tambeacutem natildeo foi mencionado durante as

entrevistas

O preparo emocional da crianccedila e do acompanhante quanto ao procedimento deve ser

considerada praacutetica rotineira para a equipe de enfermagem O profissional de enfermagem

deve lavar as matildeos objetivando a reduccedilatildeo significativa de risco de infecccedilatildeo e recomenda-se o

uso de aacutegua e sabatildeo para lavagem das matildeos antes da colocaccedilatildeo do cateter venoso perifeacuterico

(PHILLIPS13

O preparo preacutevio do material para instalaccedilatildeo do cateter venoso perifeacuterico eacute importante

para evitar interrupccedilotildees do procedimento e consequentemente um maior tempo de

manipulaccedilatildeo da crianccedila (SILVA

2001apud ARAUacuteJO 2007 Centers for Disease Control and Prevention ndash CDC

2002 apud ARAUacuteJO 2007)

14

Outro aspecto citado e classificado como preacute-procedimento eacute o cuidado com a

medicaccedilatildeo a ser administrada incluindo cuidados com a diluiccedilatildeo e composiccedilatildeo da mesma

Seguem algumas das falas

2004 apud ARAUacuteJO 2007 p30)

ldquoEstar sempre diluindo as medicaccedilotildees de acordo com a prescriccedilatildeo meacutedica pois as medicaccedilotildees satildeo muito fortes e podem causar enfraquecimento da veia Tem que diluir direitinho e passar lento na veiardquo (Cinderela) ldquoTer cuidado principalmente quando eacute crianccedila e a diluiccedilatildeo da medicaccedilatildeo tambeacutem agraves vezes natildeo eacute pra passar em perifeacuterico e na segunda dose jaacute perdeurdquo (Alice)

O acesso venoso perifeacuterico eacute a primeira alternativa para infusatildeo intravenosa por ser de

mais faacutecil acesso e rapidez no efeito da medicaccedilatildeo O profissional de enfermagem deve ter

domiacutenio natildeo soacute relacionado agrave infusatildeo das medicaccedilotildees mas tambeacutem com a composiccedilatildeo

13 PHILLIPS L D Manual de terapia intravenosa 2ed Porto Alegre Artmed 2001 14 SILVA G R G Terapia intravenosa em receacutem-nascidos ndash orientaccedilotildees para o cuidado de Enfermagem Rio de Janeiro Cultura Meacutedica 2004

25

farmacoloacutegica das mesmas os efeitos adversos e colaterais que a droga pode causar inclusive

em relaccedilatildeo a diluiccedilatildeo o que normalmente eacute estabelecido como padratildeo no setor de acordo com

cada faacutermaco

Com a intenccedilatildeo de promover a eficaacutecia terapecircutica dos medicamentos administrados

por via intravenosa eacute atribuiccedilatildeo do profissional de enfermagem implementar teacutecnicas como a

diluiccedilatildeo acondicionamento e cuidados na administraccedilatildeo de faacutermacos a fim de evitar

prejuiacutezos no tratamento resultantes da incompatibilidade medicamentosa (PETERLINI

CHAUD e PEDREIRA 2006)

Os fatores intra-procedimento satildeo considerados aqueles diretamente relacionados com

o procedimento Os dados colidos nas entrevistas ressaltaram apenas a fixaccedilatildeo com um fator

que interfere nessa fase Este foi o dado mais repetitivo nas entrevistas poreacutem sempre citado

de forma superficial Seguem as falas dos profissionais quando questionados sobre o que era

importante para manutenccedilatildeo do acesso

ldquoTem que fazer uma boa fixaccedilatildeo Porque quando a pessoa natildeo fixa bem prejudica porque aquilo vai soltando e quando vocecirc vecirc jaacute perdeu a veiardquo(Cinderela) ldquoEu acho que natildeo tem o que fazer para manter o acesso A crianccedila vai ficar uns dias X com aquele acesso pra fazer medicaccedilatildeo e eu acho que natildeo tem o que vocecirc profissional fazer para que natildeo percardquo (Aurora) ldquoA fixaccedilatildeo evita a movimentaccedilatildeo excessiva no local que estaacute o acessordquo (Ariel) ldquoTer cuidado com o curativo saber manusear E manter sempre o curativo limpo trocar se necessaacuteriordquo (Rapunzel) ldquoA fixaccedilatildeo eacute muito importante pra natildeo soltar o acesso e pra ele ficar mais tempordquo(Mulan)

Oliveira Bezerra e Pereira (2008 p 94) afirmam que de acordo com o revelado por

determinados estudos o tipo de curativo a fixaccedilatildeo do cateter e o tempo de permanecircncia estatildeo

diretamente relacionados com a ocorrecircncia de complicaccedilotildees infecciosas como flebites e

tambeacutem infiltraccedilatildeo extravasamento desconexatildeo e deslocamento do cateter

26

Para Pettit e Kraus15

Potter

(1995 apud MACHADO PEDREIRA E CHAUD2005 p292) a

gaze esteacuteril fixada com a fita adesiva hipoalergecircnica bem como a peliacutecula transparente esteacuteril

satildeo os materiais mais recomendados para curativo e fixaccedilatildeo de cateter venoso perifeacuterico

16

Jaacute as peliacuteculas transparentes mais conhecidas como filme permitem a respiraccedilatildeo

normal da pele com alta permeabilidade ao oxigecircnio e vapores e eacute impermeaacutevel a liacutequidos e

micro-organismos (SILVA E ZANETTI 2004 p233) Aleacutem disso permitem tambeacutem a

visualizaccedilatildeo contiacutenua do local de punccedilatildeo permitindo assim avaliaccedilatildeo do mesmo natildeo soacute

durante a infusatildeo de medicaccedilotildees mas tambeacutem todo o tempo

(1998 apud SILVA E ZANETTI 2004 p233) afirma que nas fixaccedilotildees em

que se utiliza a gaze esteacuteril preconiza-se a utilizaccedilatildeo de teacutecnica asseacuteptica Neste curativo a

gaze esteacuteril eacute colocada sobre o siacutetio de inserccedilatildeo e suas bordas satildeo fixadas com fita adesiva

A observaccedilatildeo da punccedilatildeo eacute muito importante pois se o local de inserccedilatildeo se mostrar

com sinais e sintomas de complicaccedilotildees a terapia deve ser suspensa (OLIVEIRA BEZERRA

e PEREIRA 2008 p95)

A visualizaccedilatildeo contiacutenua do acesso permite que a equipe de enfermagem possa realizar

uma observaccedilatildeo mais particularizada em relaccedilatildeo agraves condiccedilotildees do acesso venoso perifeacuterico

podendo observar se haacute deslocamento do cateter sinais de infiltraccedilatildeo e tambeacutem sinais de

infecccedilatildeo

Para Silva Barbato e Valente (2013 p 1200) cabe ao enfermeiro fazer a avaliaccedilatildeo

diaacuteria e cuidadosa do curativo observando a presenccedila de umidade sujidade integridade do

oacutestio de inserccedilatildeo a fixaccedilatildeo bem como a realizaccedilatildeo do curativo e das anotaccedilotildees legais

competentes agraves suas funccedilotildees

A fase poacutes-procedimento eacute caracterizada por uma seacuterie de cuidados que a equipe de

enfermagem deve realizar para que se obtenha maior tempo de permanecircncia do acesso venoso

perifeacuterico Durante as entrevistas os cuidados citados foram a salinizaccedilatildeo do acesso cuidados

para evitar a flebite e a velocidade de infusatildeo

15 Pettit DM Kraus V The use of gauze versus transparent dressings for peripheral intravenous catheter sites Nurs ClinNorth Am 1995 30(3)495-506 16 Potter P Perry AG Fundamentos de enfermagem processo conceito e praacutetica 3ordf ed Santos(SP) Guanabara Koogan19981397pp801-43

27

ldquoManter um acesso bem salinizado que vocecirc lave pelo menos de duas de trecircs em trecircs horas Se bem que isso aqui na pediatria natildeo eacute muito comum aqui a gente soacute lava cada vez que vai fazer medicaccedilatildeo mas se eu natildeo me engano a literatura preconiza isso vocecirc lavar pelo menos de quatro em quatro horas o acessordquo (Aurora)

ldquoPra manter o acesso venoso perifeacuterico eacute importante manter ele salinizado Assim que a gente recebe o plantatildeo eu vou ver se o acesso ta peacutervio com uma ldquoseringuinhardquo vai la da uma ldquolavadinhardquo e vecirc se o acesso ta peacutervio e manter o acesso salinizadordquo (Ariel)

ldquoSalinizar de 6 em 6 horas para manter ele peacuterviordquo (Alice)

ldquoTem que passar lento a medicaccedilatildeo e a limpeza da aacuterea vocecirc tem que limpar bem a aacuterea pra vocecirc natildeo formar uma flebiterdquo (Cinderela)

A salinizaccedilatildeo do acesso eacute um cuidado simples e de grande importacircncia Esse cuidado

deve ser realizado para manter o acesso peacutervio e limpo e deve ser realizado antes e apoacutes

qualquer infusatildeo

Para Moncaio e Figueiredo (2009)

a ldquosalinizaccedilatildeordquo consiste em administrar sob pressatildeo positiva soluccedilatildeo salina (Soro fisioloacutegico a 09) logo apoacutes o teacutermino da infusatildeo da medicaccedilatildeo Este procedimento visa prevenir a formaccedilatildeo de trombos e fibrina evitar o contato de drogas incompatiacuteveis (quando da infusatildeo de mais de um item medicamentoso no mesmo horaacuterio) garantir a infusatildeo de todo o medicamento que possa ter ficado no sistema aleacutem de evitar retorno sanguiacuteneo mantendo o cateter peacutervio para a proacutexima infusatildeo

Durante a coleta de dados esse cuidado surgiu em diversos momentos poreacutem foi

possiacutevel perceber que os profissionais realizam o mesmo de forma banalizada Natildeo sabem de

fato a real funccedilatildeo de manter o acesso salinizado A impressatildeo que passa eacute que eles

aprenderam que esse cuidado deveria ser feito e simplesmente fazem Haacute divergecircncias

tambeacutem entre a equipe em relaccedilatildeo ao momento que deve ser realizada a salinizaccedilatildeo e isso nos

mostra a desatualizaccedilatildeo dos profissionais do setor e a falta de uma educaccedilatildeo continuada no

hospital

Os cuidados para evitar a flebite e a velocidade de infusatildeo da medicaccedilatildeo apareceram

menos nas entrevistas e interferem diretamente com a manutenccedilatildeo do acesso venoso

perifeacuterico

28

A flebite eacute uma inflamaccedilatildeo na veia puncionada ocorrendo quando as ceacutelulas

endoteliais da parede da veia que o cateter estaacute inserido tornam-se inflamadas e irregulares

propiciando a aderecircncia de plaquetas e predispondo a veia a inflamaccedilatildeo Eacute comum que o local

se apresente dolorido hiperemiado quente e edemaciado e nesses casos eacute aconselhada a

retirada do cateter Uma boa fixaccedilatildeo do cateter perifeacuterico eacute recomendada por autores na

literatura visto que previnem deslocamento faacutecil e permitem uma boa visualizaccedilatildeo do local

evitando complicaccedilotildees como a flebite e infiltraccedilatildeo (MOLDES et al 2011 p 330)

Dentre as principais falhas de infusatildeo venosa estatildeo flebite infiltraccedilatildeo hematoma e

obstruccedilatildeo Acredita-se que para reduzir a incidecircncia destas nas unidades pediaacutetricas eacute preciso

a adoccedilatildeo de estrateacutegias tais como a abordagem junto agrave equipe em parceria com o setor de

educaccedilatildeo permanente e a adoccedilatildeo do uso da teacutecnica corretamente e de forma asseacuteptica para a

realizaccedilatildeo da punccedilatildeo venosa perifeacuterica em acordo com a comissatildeo de controle de infecccedilatildeo

hospitalar (SILVA BARBATO e VALENTE 2013 p 1200)

A incapacidade do paciente em relatar dor no siacutetio de administraccedilatildeo do faacutermaco quer

pela idade ou condiccedilatildeo cliacutenica e o local de inserccedilatildeo como tambeacutem a velocidade de infusatildeo do

medicamento (gt25mgmin) satildeo classificados como fatores de risco para a perda do acesso

venoso perifeacuterico (MARTINS SILVINO e DIAS 2010)

42 Os cuidados em desuso para manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico

Essa categoria discorre sobre os cuidados de enfermagem que com o passar do tempo

foram desconsiderados e natildeo satildeo mais utilizados Quando questionados em relaccedilatildeo a vivencia

profissional e cuidados que discordavam os entrevistados citaram o uso da tala para fixaccedilatildeo

uso de heparina e os cuidados em relaccedilatildeo ao tempo de permanecircncia do cateter Haacute muitas

controveacutersias em relaccedilatildeo aos cuidados citados acima

O tempo de permanecircncia interfere diretamente no aparecimento de complicaccedilotildees

como flebite e que acabam levando a perda do acesso venoso perifeacuterico mais rapidamente

aconselhando assim a troca do mesmo entre 76 a 96 horas Poreacutem eacute preconizada a retirada do

cateter apenas se finalizar o tratamento ou houver alguma interferecircncia

ldquoA gente observa tambeacutem o tempo dependendo do tempo tem que tirarrdquo (Alice)

29

ldquoHoje eu natildeo sei como que eacute essa questatildeo do tempo porque a gente trocava o acesso a cada quatro dias agora o pessoal jaacute diz que pode trocar em ateacute uma semana entatildeo natildeo sei como que ta isso e o que tem escrito em relaccedilatildeo a isso (Aurora)

Sabe-se que o tempo para troca do cateter de teflon ou poliuretano varia de 72 a 96

horas com o intuito de reduzir risco de infecccedilatildeo e flebite e para minimizar esses riscos nas

seguintes situaccedilotildees diante de sinais inflamatoacuterios no local de inserccedilatildeo e sempre que houver

mau funcionamento do cateter (SANTOS17

Entretanto o Center for Disease Control and Prevention - CDC (2002) diz que em

pacientes pediaacutetricos natildeo foi observada relaccedilatildeo quanto ao tempo de permanecircncia do cateter e

ocorrecircncia de complicaccedilotildees devendo ser mantido ateacute o teacutermino da terapia intravenosa ou

quando forem observados sinais cliacutenicos de complicaccedilotildees

2004 apud OLIVEIRA BEZERRA e PEREIRA

2008 p 93)

Eacute possiacutevel observar a diferenccedila do conhecimento pratico dos profissionais

entrevistados em relaccedilatildeo ao conhecimento encontrado na literatura E ainda contendo duacutevidas

natildeo haacute uma busca da parte dos mesmos para esclarececirc-las

O uso da heparina com a finalidade de manter o acesso peacutervio por um periacuteodo maior

de tempo mostra-se com mais certeza quanto ao desuso nos dados colidos

ldquoAntigamente a gente usava heparina entatildeo a gente ficava tranquila em relaccedilatildeo agrave obstruccedilatildeo mas agora natildeo a gente usa o soro fisioloacutegico e a gente deixa salinizadordquo (Aurora)

Rang e Dale 18(1998 apud DOPICO e OLIVEIRA 2006) afirmam que a heparina

inibe a formaccedilatildeo de coaacutegulos de fibrina in vitro e in vivo e que seu efeito anticoagulante eacute

praticamente imediato Com isso Phillips19

17 Santos W Lavagem das matildeos In R Luiz Santos W Manual baacutesico de prevenccedilatildeo e controle das infecccedilotildees hospitalares do HRU Fortaleza Hospital Regional Unimed 2004

(2001 apud DOPICO e OLIVEIRA 2006)

ressalta que a teacutecnica de manutenccedilatildeo intermitente de cateteres intravenosos com soluccedilatildeo

salina 09 classificada como salinizaccedilatildeo tem sido pesquisada haacute alguns anos apresentando

em relaccedilatildeo ao uso da heparina vantagens como o baixo custo ser um procedimento mais

18 Rang HP Dale M M Hemostasia e Trombose In Rang HP Dale M M Farmacologia Rio de Janeiro Guanabara Koogan 1998 p235-47 19 PHILLIPS L D Manual de terapia intravenosa 2ed Porto Alegre Artmed 2001

30

simples aleacutem de eliminar a possibilidade de incompatibilidade com as drogas e soluccedilotildees

administradas aleacutem da inexistecircncia de riscos ao paciente Entretanto sabe-se que a literatura

ainda natildeo fornece consenso acerca da soluccedilatildeo mais indicada para manutenccedilatildeo da

permeabilidade do cateter venoso perifeacuterico

Eacute importante ressaltar que muitas instituiccedilotildees do nosso paiacutes nem ao menos tecircm o

conhecimento da praacutetica da salinizaccedilatildeo com soluccedilatildeo salina 09 No que se refere agrave pesquisa

cientiacutefica as limitaccedilotildees desta praacutetica satildeo atribuiacutedas agrave ausecircncia de um maior nuacutemero de

estudos controlados para validar sua eficaacutecia (EPPERSON20

Apesar de natildeo ser encontradas publicaccedilotildees acerca do tema a utilizaccedilatildeo de heparina

mostra-se como uma pratica natildeo mais utilizada pelos profissionais de enfermagem Outro

tema onde haacute controveacutersias e tambeacutem poucas citaccedilotildees eacute o uso da tala para fixaccedilatildeo do acesso

venoso perifeacuterico Seguem abaixo a opiniatildeo de alguns dos profissionais entrevistados

1984 apud DOPICO e

OLIVEIRA 2006)

ldquoA uacutenica coisa que eu natildeo gosto de ver eacute quando se coloca tala para imobilizar dizendo que a tala vai ajudar a natildeo perder a veia Isso eu natildeo concordo acho que a tala prejudica a crianccedila fica incomodada faz dor no membrordquo (Cinderela)

ldquoAntigamente a gente usava muito tala e as vezes eu pego isso aqui ai eu falo gente tala natildeo se usa mais natildeo faz parte mais da fixaccedilatildeo vocecirc pode fixar de uma forma que a crianccedila natildeo perca A tala eu acho que ela traumatiza um pouco ainda mais se vocecirc pegar um acesso na dobra vocecirc vai fazer com que a crianccedila fique com o braccedilo esticado muito tempo eu acho que pode causar uma lesatildeo depois e a literatura jaacute fala que eacute desnecessaacuteria natildeo precisa maisrdquo (Aurora) ldquoAntigamente usavam tala mas hoje em dia quase natildeo se vecirc mais e eu acho que a tala atrapalha porque a crianccedila fica imobilizada no membro ai fica mais irritadardquo (Rapunzel) ldquoLaacute no meu outro trabalho alguns usam a tala Eu acho que a tala ajuda ateacute a perder mais raacutepido porque a crianccedila fica incomodada vai querer mexer naquilordquo (Mulan)

20 Epperson EL Efficacy of 09 sodium chloride injection with without heparin for maintenance indwelling intermittent injection sites Clin Pharm1984 3(5)26

31

Almeida e Sabateacutes21

Entretanto haacute estudo que comprovam que o uso da tala natildeo se mostra tatildeo eficiente e

apresenta-se como uma praacutetica controversa O estudo foi realizado em crianccedilas ateacute os 12 anos

utilizando imobilizaccedilatildeo com tala e em mais de metade dos casos (553) ocorreu infiltraccedilatildeo

o que indicia a ineficaacutecia desta praacutetica (MACHADO PEDREIRA e CHAUD 2008 apud

BATALHA et al 2010 p512)

(2008 apud BATALHA et al 2010 p512) afirmam que a teacutecnica

de fixaccedilatildeo dos CVP com uso de imobilizaccedilatildeo com tala para restriccedilatildeo ou limitaccedilatildeo dos

movimentos articulares proacuteximo do local da punccedilatildeo estaacute indicado nas matildeos punhos cotovelo

e maleacuteolo

Para Batalha et al (2010 p512) o uso desta praacutetica parece natildeo se coadunar com o

atual uso de cateteres flexiacuteveis tipo abocath em detrimento de agulhas metaacutelicas Talvez por

isso comecem a surgir novas teacutecnicas de fixaccedilatildeo dos CVP que natildeo exigem imobilizaccedilatildeo das

articulaccedilotildees com talas

Aleacutem de natildeo haver uma confirmaccedilatildeo dos benefiacutecios causados pelo uso da tala a

imobilizaccedilatildeo causa incocircmodo para a crianccedila que fica com o membro imoacutevel podendo causar

dor e tambeacutem irritaccedilatildeo O uso desse tipo de fixaccedilatildeo tambeacutem impede a visualizaccedilatildeo frequente

do acesso venoso afetando assim os cuidados de observaccedilatildeo da equipe de enfermagem

43 O acompanhante e a manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico

A presente categoria vai discutir um assunto importante que surgiu durante as

entrevistas de forma inesperada Alguns dos profissionais entrevistados citaram o descuido do

acompanhante como um fator causador da perda do acesso venoso perifeacuterico Seguem abaixo

algumas falas

ldquoA matildee sempre acompanha e tem matildee que natildeo tem cuidado natildeo vigia e a gente tem que ficar pedindo pra olhar tomar contardquo (Aurora)

ldquoEm relaccedilatildeo ao acompanhante porque a crianccedila natildeo vai avaliar entatildeo o acompanhante que estar ali tem que avaliar direitinho natildeo deixar a crianccedila mexer ou puxarrdquo (Bela)

ldquoNatildeo eacute toda matildee que esta vigiando que cuida pra que a crianccedila natildeo perca o acessordquo (Jasmine)

21 Almeida FA Sabateacutes AL Enfermagem pediaacutetrica a crianccedila o adolescente e a sua famiacutelia no hospital Satildeo Paulo(SP) Manole 2008

32

ldquoAcho que leva a perda quando o acompanhante natildeo coopera as vezes a gente faz a imobilizaccedilatildeo na crianccedila e as vezes eles ateacute retiram e a proacutepria crianccedila agitada ela mesmo arrancardquo (Branca de Neve)

ldquoAgraves vezes a proacutepria crianccedila que a matildee deixa muito solta ai solta o acessordquo (Mulan)

Apoacutes a implementaccedilatildeo da lei que garante um acompanhante ao paciente pediaacutetrico a

presenccedila do familiarresponsaacutevel durante a hospitalizaccedilatildeo mudou a rotina da equipe de

enfermagem trazendo duacutevidas quanto a real funccedilatildeo do acompanhante e fazendo com que a

mesma viesse a delegar certos cuidados para acompanhante

A Promulgaccedilatildeo da Lei 8069 do Estatuto da Crianccedila e do Adolescente (ECA) em

1990 no seu artigo 12deg garante agrave crianccedila ou ao adolescente o direito de ter um responsaacutevel

que o acompanhe durante a hospitalizaccedilatildeo (1990)

Desde a sua implantaccedilatildeo as unidades vecircm sofrendo um processo de reorganizaccedilatildeo de

suas praacuteticas A inserccedilatildeo da famiacutelia modifica a organizaccedilatildeo do processo de trabalho o que

requer dos profissionais uma compreensatildeo em relaccedilatildeo agrave dinacircmica das relaccedilotildees interpessoais

(COLLET e ROCHA 2004)

Pimenta e Collet (2009) ressaltam que natildeo haacute nenhuma regulamentaccedilatildeo sobre a

participaccedilatildeo da famiacutelia nos cuidados e no entanto a mesma desempenha atividades junto agrave

crianccedila durante a hospitalizaccedilatildeo que devem ser levadas em consideraccedilatildeo A falta de

reconhecimento desse fato fez com que a equipe de enfermagem e famiacutelia natildeo possuiacutessem

uma relaccedilatildeo aberta e vivessem uma relaccedilatildeo silenciosa e impliacutecita de poder na qual a famiacutelia

acaba assumindo as relaccedilotildees do cuidado agrave crianccedila de responsabilidade da enfermagem

A negociaccedilatildeo entre matildees e equipe de enfermagem em relaccedilatildeo aos cuidados agrave crianccedila

hospitalizada natildeo eacute uma tarefa faacutecil tendo em vista que natildeo se tem claro qual o seu novo

papel neste processo (COLLET e ROCHA 2004)

Eacute possiacutevel ver nas falas que a presenccedila do acompanhante causa para a equipe de

enfermagem a seguranccedila de ter algueacutem para ldquovigiarrdquo ldquotomar contardquo e natildeo deixar que a

crianccedila hospitalizada perca o acesso venoso quando na verdade eacute funccedilatildeo da equipe de

enfermagem cuidados referentes ao acesso venoso perifeacuterico

33

Jaacute o acompanhante eacute definido pelo Ministeacuterio da Sauacutede como uma pessoa significativa

para a crianccedila que representa sua rede social e que vai acompanhaacute-lo durante a permanecircncia

no ambiente hospitalar ressaltando assim sua importacircncia Esse fato se reforccedila visto que a

crianccedila encontra nos familiares a forccedila e seguranccedila necessaacuteria para encarar todo esse processo

doloroso e desconhecido (MURAKAMI e CAMPOS 2011 p255)

O acompanhante aleacutem de minimizar o sofrimento do paciente pediaacutetrico faz com que

o mesmo sinta-se mais a vontade Eacute importante ressaltar que o familiarresponsaacutevel natildeo soacute

pode como deve participar das atividades da crianccedila no hospital desde que estas natildeo sejam

competecircncias dos profissionais que os cercam Essas atividades satildeo caracterizadas como

semelhantes aos que eles realizam diariamente fora do ambiente hospitalar como o banho

Poreacutem no caso de um paciente com punccedilatildeo venosa perifeacuterica o profissional de enfermagem

deve auxiliar no cuidado para que essa natildeo se perca

Os cuidados dos familiaresacompanhantes satildeo os mesmos que os desenvolvidos no

domiciacutelio e os cuidados prestados pela equipe de enfermagem satildeo aqueles que demandam

conhecimento teacutecnico-cientiacutefico especializado (SOUZA e OLIVEIRA 2010 p558)

Mesmo alguns cuidados parecerem simples e rotineiros quando eacute prestado no

hospital assumem novas caracteriacutesticas com o uso de dispositivos tecnoloacutegicos os quais se

tornam complexos (PIMENTA E COLLET 2009)

O ato de cuidar envolve o respeito agrave maneira como vive cada indiviacuteduo de acordo

com suas crenccedilas valores costumes e cultura A famiacutelia como uma instituiccedilatildeo atende agraves

necessidades bioloacutegicas de seus membros sendo sua responsabilidade cuidar e criar os filhos

incluindo a obrigaccedilatildeo da alimentaccedilatildeo higiene vestuaacuterio e moradia (ELSEN22

Nas entrevistas podemos verificar falas em que o acompanhante eacute citado como

responsaacutevel por avaliar a punccedilatildeo venosa A equipe de enfermagem deve sempre partir do

pressuposto que o familiar acompanhante natildeo tem conhecimento cientiacutefico e certo tipo de

cuidado natildeo deve se delegado para o mesmo mostrando assim a importacircncia da orientaccedilatildeo do

acompanhante quanto aos procedimentos dispositivos utilizados e cuidados em que os

etal 1994

apud SOUZA e OLIVEIRA 2010 p 553)

22 Elsen I Patriacutecio ZM Assistecircncia agrave crianccedila hospitalizada tipos de abordagens e suas implicaccedilotildees para a enfermagem In A enfermagem em pediatria e puericultura Rio de Janeiro (RJ) Atheneu 2005

34

mesmos possam auxiliar Seguem abaixo as falas onde os profissionais ressaltaram a

importacircncia da orientaccedilatildeo do acompanhante

ldquoNem sempre a crianccedila vai entender o porque de estar com aquele acesso entatildeo tem que ter uma orientaccedilatildeo do acompanhanterdquo (Bela)

ldquoTem que haver orientaccedilatildeo do acompanhante para os cuidadosrdquo (Ariel)

ldquoAgraves vezes tem ate o exemplo de um pai que natildeo deixa trocar o acesso jaacute tinha mais de uma semana e ele natildeo queria que trocasse ai faz febre e natildeo sabe da onderdquo (Alice)

Para Souza e Oliveira (2010 p555) deve haver uma preocupaccedilatildeo em orientar

considerando que o outro natildeo tem nenhum tipo de conhecimento sobre o assunto Poreacutem

Queiroz e Jorge23

Apesar das dificuldades o profissional de enfermagem deve estabelecer um viacutenculo de

confianccedila com o acompanhante buscando sempre deixaacute-los ciente das situaccedilotildees e fazendo-os

participar dos cuidados plausiacuteveis sem causar nenhum dano agrave crianccedila e de maneira alguma

abandonar suas atribuiccedilotildees

(2004 apud SOUZA e OLIVEIRA 2010 p 556) ressaltam que apesar de os

profissionais terem intenccedilatildeo de orientar os cuidados para a sauacutede repassam conhecimentos

elaborados cientificamente dificultando a compreensatildeo do familiar aleacutem de a relaccedilatildeo se dar

de maneira vertical assimeacutetrica e coercitiva

23 Queiroz MVO Jorge MSB Accedilotildees educativas no cuidado infantil e intervenccedilotildees dos profissionais junto agraves famiacutelias Acta Scientiarum Maringaacute 2004 janjun 26(1) 27-34

35

CONCLUSAtildeO

Atraveacutes desse estudo foi possiacutevel descrever e analisar os cuidados que os profissionais

de enfermagem realizam acerca da permanecircncia do acesso venoso perifeacuterico Aleacutem disso a

realizaccedilatildeo da pesquisa permitiu identificar a desarticulaccedilatildeo do processo de enfermagem e a

praacutetica desconectada da produccedilatildeo cientiacutefica caracterizando a falta de uma educaccedilatildeo

continuada efetiva

A anaacutelise dos dados demonstra o processo de punccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico

ressaltando a importacircncia de cuidados como a seleccedilatildeo do local a diluiccedilatildeo da medicaccedilatildeo a

realizaccedilatildeo de uma boa fixaccedilatildeo a atenccedilatildeo com a velocidade de infusatildeo os cuidados com os

sinais de infecccedilatildeo e salinizaccedilatildeo do acesso natildeo deixando de salientar cuidados em desuso

como o uso da heparina da tala e duvidas em relaccedilatildeo ao tempo de permanecircncia Evidenciou

tambeacutem que a equipe de enfermagem delega alguns cuidados para os acompanhantes

Natildeo foi possiacutevel perceber o niacutevel de conhecimento cientiacutefico dos profissionais visto

que eles em nenhum momento por natildeo saberem ou por medo de se expor natildeo explicaram de

fato nenhum cuidado que disseram realizar Sempre citaram de forma superficial e direta

deixando claro tambeacutem que o pesquisador natildeo os indagou quanto a isso Poreacutem creio que

diante de cuidados tatildeo importantes e de frequente praacutetica os mesmos falariam facilmente

sobre os cuidados de enfermagem na permanecircncia do acesso venoso perifeacuterico

Apesar dos entrevistados citarem alguns fatores e cuidados realizados de forma

correta eacute visiacutevel que os mesmos realizam os cuidados com a punccedilatildeo e a permanencia do

acesso de forma automaacutetica sem unir a praacutetica com o fundamento do mesmo

Eacute importante destacar tambeacutem a importacircncia do preparo emocional da crianccedila como

tambeacutem os cuidados com a famiacutelia dos mesmos O trabalho de humanizaccedilatildeo realizado pela

36

enfermagem faz grande diferenccedila nessas situaccedilotildees visto que os pacientes e acompanhantes

tendo conhecimento do que seraacute realizado ficariam mais tranquilos

O estudo contribuiu para o campo do ensino nesta aacuterea dando destaque ao importante

papel que o profissional de enfermagem deve desempenhar no cuidado e na manutenccedilatildeo do

acesso venoso perifeacuterico Contudo vale ressaltar a importacircncia do incentivo ao profissional a

buscar na literatura natildeo soacute esclarecimento de suas duvidas mas tambeacutem novos

conhecimentos

Pode colaborar ainda para a realizaccedilatildeo de novas pesquisas na aacuterea procurando

eliminar duacutevidas e controveacutersias sobre o tema Buscando assim a realizaccedilatildeo de um cuidado de

enfermagem articulado e eficaz promovendo o bem-estar do paciente pediaacutetrico durante a

hospitalizaccedilatildeo

37

REFEREcircNCIAS

ARAUacuteJO Ana Paula Monteiro Baptista de Andrade As praacuteticas de cuidado agrave crianccedila com

cateter venoso perifeacuterico e seus reflexos na interaccedilatildeo enfermeiro-familiar Dissertaccedilatildeo

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44

APEcircNDICE I

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO Tiacutetulo Do Projeto Os cuidados de enfermagem acerca dos acessos venosos perifeacutericos na unidade pediaacutetrica Pesquisador Responsaacutevel Rosane Cordeiro Burla de Aguiar Eny Dorea Paiva e Karina Rodrigues Fernandes Instituiccedilatildeo a que Pertence o Pesquisador Responsaacutevel Universidade Federal Fluminense Telefone para contato (21) 98355269 (21) 82392939 (21) 91786609 Nome do voluntaacuterio _________________________________________________________ Idade ________ anos RG ____________________________

AO Sr (a) estaacute sendo convidado (a) a participar do projeto de pesquisa OS CUIDADOS DE

ENFERMAGEM ACERCA DOS ACESSOS VENOSOS PERIFEacuteRICOS NA UNIDADE PEDIATRICA de

responsabilidade da pesquisadora Profordf Drordf Rosane Cordeiro Burla de Aguiar e Profordf Drordf Eny Dorea Paiva A

punccedilatildeo venosa perifeacuterica eacute um procedimento essencial durante a hospitalizaccedilatildeo da crianccedila visto que eacute atraveacutes

dela que eacute administrada grande parte das medicaccedilotildees Este estudo se justifica diante da importacircncia da

necessidade de um maior periacuteodo de permanecircncia dos acessos venosos perifeacutericos Com isso aleacutem da

diminuiccedilatildeo de eventos que causam dor e irritaccedilatildeo na crianccedila e na famiacutelia promoveraacute tambeacutem uma melhor estada

dos mesmos durante o periacuteodo de hospitalizaccedilatildeo Os objetivos da pesquisa satildeo 1) Descrever os fatores que

interferem na manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico de acordo com a equipe de enfermagem 2)Analisar os

cuidados da equipe de enfermagem na manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico A coleta de dados se daraacute

atraveacutes de entrevistas semi estruturadas que seratildeo gravadas As informaccedilotildees colhidas seratildeo tratadas de forma

anocircnima e confidencial ou seja em nenhum momento seratildeo divulgados o seu nome e somente os

pesquisadores teratildeo acesso agraves informaccedilotildees Os dados obtidos com a pesquisa poderatildeo ser publicados apenas com

fins cientiacuteficos Eles natildeo seratildeo utilizados para fins comerciais ou para outra finalidade qualquer Caso necessite

poderatildeo ser marcados encontros para respostas ou esclarecimentos de qualquer duacutevida acerca da pesquisa A sua

participaccedilatildeo eacute voluntaria e eacute importante lembrar que vocecirc poderaacute desistir de participar da pesquisa em qualquer

momento A entrevista seraacute marcada em um dia e horaacuterio que vocecirc achar melhor Seraacute realizada

individualmente em um ambiente que nos ofereccedila privacidade Esta pesquisa natildeo oferece riscos para vocecirc e os

benefiacutecios da sua participaccedilatildeo satildeo de aumentar o conhecimento cientiacutefico na aacuterea de Enfermagem Pediaacutetrica

aleacutem de contribuir para a praacutetica profissional Este documento seraacute elaborado em duas vias uma para vocecirc e a

outra seraacute arquivada pelo pesquisador

Eu_____________________________________________________________ RG no _____________________________ Declaro que apoacutes ter entendido o que me foi explicado consinto voluntariamente em participar do presente Protocolo de Pesquisa entendo ainda que posso retirar o meu consentimento a qualquer momento antes ou durante a realizaccedilatildeo do mesmo declaro ter sido informada(o) e concordo em participar como voluntaacuteria(o) da pesquisa acima descrita Rio de Janeiro_______de_______________de 20___ _____________________________ ________________________________

(Participante) Karina Rodrigues Fernandes (Responsaacutevel por obter o consentimento)

______________________________________ _______________________________________ (Testemunha) (Testemunha)

45

APEcircNDICE II

ROTEIRO PARA ENTREVISTA

1) O que vocecirc acha que pode levar a perda do acesso perifeacuterico

2) Para vocecirc o que eacute importante para manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico nas

crianccedilas

3) O que vocecirc acha que pode interferir na sua manutenccedilatildeo

4) Que medidas vocecirc adota no seu dia a dia para manter o acesso

5) Na sua vivencia profissional o que vocecirc discorda dos cuidados que geralmente satildeo

utilizados para manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico

46

ANEXO

47

48

  • KARINA RODRIGUES FERNANDES
    • COA Thatiana Fernanda PETTENGILL Myriam Aparecida Mandetta Autonomia da crianccedila hospitalizada frente aos procedimentos crenccedilas da enfermeira pediatra Acta paul enferm 19(4) 433-438 out-dez 2006 Disponiacutevel em lt wwwscielobrscielophpscr
    • JANSEN Michele Ferraz SANTOS Rosane Maria dos FAVERO Luciane Benefiacutecios da utilizaccedilatildeo do brinquedo durante o cuidado de enfermagem prestado agrave crianccedila hospitalizada Rev Gaucha Enferm 31(2) 247-253 jun 2010 Disponiacutevel em lt httpwwwscielo
    • MAGNABOSCO Gisele TONELLI Ana Lucia Nascimento Fonseca SOUZA Sarah Nancy Deggau Hegeto de Abordagens no cuidado de enfermagem agrave crianccedila hospitalizada submetida a procedimentos uma revisatildeo de literatura Cogitare enferm 13(1) 103-108 jan-mar
    • MARTINS Maria do Rosaacuterio RIBEIRO Circeacutea Amalia BORBA Regina Issuzu Hirooka de and SILVA Conceiccedilatildeo Vieira daProtocolo de preparo da crianccedila preacute-escolar para punccedilatildeo venosa com utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico Rev Latino-Am Enfermagem [on
    • OLIVEIRA Maria Ivoneide Veriacutessimo de BEZERRA Maria Gorette Andrade PEREIRA Vanessa Ramos Cateterizaccedilatildeo venosa assistecircncia de enfermagem-UTI pediaacutetrica Rev da Rede de Enfermagem do Nordeste AbrJun de 2008 Disponiacutevel em lt httpwwwrevistar
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    • PIMENTA Erika Acioli Gomes COLLET Neusa Dimensatildeo cuidadora da enfermagem e da famiacutelia na assistecircncia agrave crianccedila hospitalizada concepccedilotildees da enfermagem Rev esc enferm USP [online] 2009 vol43 n3 pp 622-629 Disponiacutevel em lt httpwwwscie
    • THOMAZINE Angeacutelica Malman PASSOS Rocircmulo Silva BAY JUacuteNIOR Osvaldo Goacutees COLLET Neusa OLIVEIRA Beatriz Rosana Gonccedilalves de Assistecircncia de enfermagem agrave crianccedila hospitalizada um resgate histoacuterico Ciˆnc cuid sapoundde 7(supl1) 145-152 maio 200
      • F 363 Fernandes Karina Rodrigues
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        • CDD 61073
Page 14: UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE ESCOLA DE …app.uff.br/riuff/bitstream/1/3317/1/TCC Karina Rodrigues Fernandes.pdf · A punção venosa periférica é um procedimento essencial para

12

ldquoA crianccedila eacute um ser em crescimento e desenvolvimento com particularidades e

caracteriacutesticas proacutepriasrdquo (MATHEWS-SIMONTON2

Esse periacuteodo de internaccedilatildeo ldquopode deixar a crianccedila ansiosa insegura e com medo

principalmente quando natildeo eacute preparada para a hospitalizaccedilatildeo e o tratamento a que seraacute

submetidardquo Para Martins (2001) isso contribui para aumentar o medo e a ansiedade

expressos por meio do choro da raiva e ateacute mesmo por agressotildees

1990 apud COA e PETTENGILL

2006 p434) Isso significa que a crianccedila iraacute se comportar de acordo com a situaccedilatildeo imposta

pois isso dependeraacute natildeo soacute da idade de desenvolvimento como tambeacutem de suas experiecircncias

com determinadas situaccedilotildees

Diante de todo o processo de hospitalizaccedilatildeo a crianccedila pode apresentar diversas

manifestaccedilotildees comportamentais sendo consideradas mais comuns as ldquoregressotildees diminuiccedilatildeo

no ritmo do desenvolvimento desordens do sono e da alimentaccedilatildeo dependecircncia

agressividade apatia estados depressivos fobias e transtornos de comportamento em geralrdquo

(BAR-MOR3

Para a famiacutelia ldquoa hospitalizaccedilatildeo de um filho geralmente eacute encarada como uma

situaccedilatildeo de crise para a famiacutelia e para a crianccedilardquo O profissional de enfermagem deve se

organizar seu trabalho com estrateacutegias que minimizem o sofrimento no ambiente hospitalar e

na assistecircncia agrave crianccedila (THOMAZINE et al 2008 p146)

1997 apud BRITO et al 2009 p203) Com a atenccedilatildeo voltada para atender a

demanda e a necessidade fisioloacutegica da crianccedila os profissionais da equipe de enfermagem

geralmente ldquodedicam pouca ou nenhuma atenccedilatildeo agraves questotildees psicoloacutegicas e sociais da crianccedila

hospitalizada e de sua famiacuteliardquo(JANSEN SANTOS e FAVERO 2010 p248)

A qualidade do ambiente pode afetar diretamente no processo de recuperaccedilatildeo com

isso ldquoas intervenccedilotildees no contexto hospitalar devem visar agrave promoccedilatildeo de condiccedilotildees favoraacuteveis

agrave reabilitaccedilatildeo dos efeitos de experiecircncias adversas ao desenvolvimento das crianccedilasrdquo Isso

sugere que o ambiente aleacutem de incentivar a sauacutede deve ser planejado de maneira supra agraves

necessidades dos pacientes levando em conta os aspectos psicoloacutegicos pedagoacutegicos e

2 Mathews-Simonton S A famiacutelia e a cura o meacutetodo Simonton para famiacutelias que enfrentam uma doenccedila Satildeo Paulo Summus 1990 3 Bar-Mor G Preparation of children for surgery and invasive procedures milestones on the way to success J Pediatr Nurs1997Aug12(4) 252-255

13

socioloacutegicos da crianccedila e de sua famiacutelia (SOARES e ZAMBERLAN4

Para humanizar a assistecircncia agrave crianccedila hospitalizada e atender a suas reais

necessidades os pais foram inseridos na cliacutenica pediaacutetrica com direito a permanecircncia integral

nos casos de internaccedilatildeo Isso ocorreu no iniacutecio da deacutecada de 1990 no Brasil com a

legalizaccedilatildeo estabelecida pelo Estatuto da Crianccedila e do Adolescente (THOMAZINE et al

2008 p145) Com isso ldquomuitos hospitais natildeo consideram mais os pais como visitantes e

enfatizam sua presenccedila durante todo o periacuteodo da hospitalizaccedilatildeordquo fazendo uso de um sistema

de cuidado centrado na famiacutelia (HOCKENBERRY e WILSON 2011 p685)

1995 apud BRITO et

al 2009 p803)

Durante o processo de hospitalizaccedilatildeo as crianccedilas satildeo submetidas a diversas condutas e

procedimentos como por exemplo exames e administraccedilatildeo de medicamentos A punccedilatildeo

venosa eacute um dos principais procedimentos que causam dor e muitas vezes existe a

necessidade de vaacuterias punccedilotildees durante um mesmo dia Vale ressaltar que para a crianccedila esse

tipo de procedimento se iguala a uma agressatildeo jaacute que ldquona maioria das vezes eacute acompanhado

de dor ou medo o que se traduz no choro e na ansiedaderdquo (COLLET5

2002 apud GOMES et

al 2011 p290)

22 Acesso venoso perifeacuterico em pediatria

Para Correia et al (2009 p559) a fim evitar um trauma emocional durante a punccedilatildeo

as crianccedilas precisam ser orientadas sobre o tratamento seus objetivos e receber atenccedilatildeo

carinhosa neste momento

A fim de tornar o processo de cateterizaccedilatildeo venosa menos doloroso e estressante para

a crianccedila deve-se ter preferecircncia pelas veias que menos comprometam suas atividades

essenciais Neste intuito deve-se evitar por exemplo puncionar uma veia na matildeo que

dificulte o ato de se alimentar desenhar e ateacute mesmo brincar (OLIVEIRA BEZERRA e

PEREIRA 2008 p91)

4 Soares MRZ Zamberlan MAT A inclusatildeo do brincar na hospitalizaccedilatildeo infantil Est Psicol maioago18(2) 64-9 5 Collet N Oliveira BRG de Manual de Enfermagem em Pediatria Goiacircnia AB 2002

14

O acesso vascular eacute uma das principais modalidades de tratamento utilizadas na

assistecircncia agrave sauacutede Existe ampla aceitaccedilatildeo difusatildeo e praacutetica desse procedimento pelos

profissionais da aacuterea da assistecircncia agrave sauacutede (FERREIRA et al 2005)

Foi na deacutecada de 40 que o uso de cateter vascular foi introduzido nos hospitais

tornando-se essencial para as atividades assistenciais da modernidade (WORTHIGTON6

Para Peterlini e Chaud (2003) tal procedimento se define como um conjunto de

conhecimentos e teacutecnicas que visam agrave administraccedilatildeo de soluccedilotildees ou faacutermacos no sistema

circulatoacuterio abrangendo o preparo do paciente a escolha obtenccedilatildeo e manutenccedilatildeo do acesso

venoso os meacutetodos de preparo e administraccedilatildeo de drogas e soluccedilotildees e os cuidados referentes

agrave frequecircncia de troca do cateter curativos dispositivos de infusatildeo e soluccedilotildees

2005 apud MENDONCcedilA et al 2011 p330)

Primeiramente o acesso perifeacuterico era mantido com agulhas de accedilo inoxidaacutevel as

quais apesar de oferecerem menor risco de infecccedilatildeo satildeo riacutegidas e facilitavam perda do

acesso Em 1945 passou a ser utilizado o cateter venoso plaacutestico que permitia manutenccedilatildeo do

acesso por tempo prolongado (FERNANDES e RIBEIRO7

Quanto ao tempo de permanecircncia em pacientes pediaacutetricos o cateter deve ser mantido

ateacute o teacutermino da terapia intravenosa ou quando forem observados sinais cliacutenicos de

complicaccedilotildees diferentemente dos pacientes adultos onde o tempo de permanecircncia

preconizado eacute de 72 a 96 horas (CENTERS FOR DISEASE CONTROL AND

PREVENTION-CDC 2002)

2000 apud MARTINS et al 2008

p 485) Habitualmente o material de punccedilatildeo que vem sendo utilizado em crianccedilas satildeo os

cateteres flexiacuteveis tipo abocath com mandril metaacutelico (BATALHA et al 2010 p512)

Associaccedilatildeo Paulista de Estudos e Controle de Infecccedilatildeo Hospitalar (2005 apud

Moncaio e Figueiredo 2009) ressaltam que ldquoas principais complicaccedilotildees infecciosas para o

paciente satildeo flebite infecccedilatildeo do siacutetio de inserccedilatildeo do cateter extravasamento de soluccedilatildeo e

bacteremia relacionada ao cateterrdquo Certos fatores podem contribuir para o aparecimento de

tais complicaccedilotildees como o tipo do cateter que seraacute utilizado o preparo do local da punccedilatildeo

aleacutem de caracteriacutesticas intriacutensecas do paciente Vale acrescentar que ldquoos cateteres 6 Worthigton T Elliot TSJ Diagnosis of central venous catheter related infection in adult pacient J Infect 2005 51267-80 7 Fernandes AT Ribeiro Filho N Infecccedilatildeo do acesso vascular In Fernandes AT Fernandes M OV Ribeiro Filho N Infecccedilatildeo hospitalar e suas interfaces na aacuterea da sauacutede Satildeo Paulo (SP) Atheneu 2000 p 556-79

15

confeccionados em Teflon e poliuretano estatildeo associados a baixas frequecircncias de

complicaccedilotildees infecciosas quando comparados aos de polivinilcloreto e polietilenordquo

CENTERS FOR DISEASE CONTROL AND PREVENTION-CDC 2002)

ldquoNo acircmbito hospitalar a flebite eacute uma das complicaccedilotildees mais frequentes e

considerada uma das principais falhas da infusatildeordquo Eacute o processo inflamatoacuterio da camada

iacutentima das veias ocasionado por irritaccedilatildeo mecacircnica quiacutemica ou infecccedilotildees bacterianas

apresentando manifestaccedilotildees como dor edema hiperemia local e calor (GABRIEL8

Machado et al(2008) relata que ldquocerca de 1 a 10 destes pacientes desenvolvem

infecccedilotildees locais ou sistecircmicas relacionadas ao uso de cateteres causadas por alteraccedilatildeo ou

ruptura da integridade da pele que permite a passagem de microorganismos colonizadoresrdquo

2008

apud MAGEROTE et al 2011 p 487)

O curativo para fixaccedilatildeo do cateter eacute outro ponto importante para a manutenccedilatildeo do

mesmo visto que a ldquofixaccedilatildeo reduz o risco de complicaccedilotildees relacionadas agrave terapia intravenosa

tais como flebite infiltraccedilatildeo septicemia e deslocamento do cateterrdquo aleacutem de mantecirc-lo limpo

e seco permitindo a visualizaccedilatildeo contiacutenua do mesmo a fim de prevenir os agravos

(PHILLIPS9

No seacuteculo passado durante os primeiro 50 anos da praacutetica da terapia intravenosa

utilizava-se para fixaccedilatildeo gaze esteacuteril e fitas adesivas O iniacutecio do uso de filmes transparentes

esteacutereis se deu em 1970 como solicitaccedilatildeo dos enfermeiros quanto agrave necessidade da retirada do

curativo para realizar a inspeccedilatildeo do local de inserccedilatildeo funccedilatildeo atribuiacuteda aos mesmos a fim de

impedir uma infecccedilatildeo de corrente sanguiacutenea (MACHADO PEDREIRA E CHAUD 2008)

2001 apud SILVA E ZANETTI 2004 p233)

O uso de fitas adesivas natildeo-esteacutereis pode ser bastante observado em algumas

instituiccedilotildees de sauacutede contudo fita adesiva soacute natildeo estaacute contaminada enquanto permanece na

embalagem sugerindo tambeacutem a possibilidade da transmissatildeo de microorganismos

patogecircnicos com a aplicaccedilatildeo da mesma sobre o local de inserccedilatildeo do cateter

(VANDENBOSCH COOCH E TRESTON-AURAND10

8 Gabriel J Infusion therapy part one minimising the risks Nurs Stand 2008 Apr 22(31)51-6

1997 et al MACHADO

PEDREIRA E CHAUD2005 p292)

9 Phillips DL Manual de terapia endovenosa Trad Pedreira MLG Pereira SR Harada MJCS Peterline MAS 2ordf ed Porto Alegre (RS) Artmed 2001551P 10 VandenBosch TM Cooch J Treston-Aurand J Research utilization adhesive bandage dressing regimen for peripheral venous catheters Am J Infect Control 1997 25(6)513-9

16

Acerca da terapia intravenosa podem ocorrer incompatibilidades em relaccedilatildeo aos

faacutermacos administrados e os cateteres utilizados que na maioria das vezes natildeo satildeo percebidos

devido a impossibilidade de visualizaccedilatildeo Essas incompatibilidades satildeo denominadas por

Peterlini Chaud e Pedreira (2006) como adsorccedilatildeo e absorccedilatildeo onde ocorre ldquoperda do faacutermaco

para a superfiacutecie de frascos seringas filtros acessoacuterios e cateteres da terapia intravenosa por

meio de adsorccedilatildeo ou pela absorccedilatildeo do faacutermaco para a matriz do material de confecccedilatildeo desses

dispositivosrdquo Com isso o profissional de enfermagem tem como funccedilatildeo aleacutem do

conhecimento cientiacutefico acerca das drogas utilizadas programar accedilotildees que possibilitem

ldquoreconstituiccedilatildeo diluiccedilatildeo acondicionamento e cuidados na administraccedilatildeo de faacutermacosrdquo

evitando assim prejuiacutezos no tratamento

17

3 METODOLOGIA

31 Tipo de pesquisa

Trata-se de uma pesquisa descritiva exploratoacuteria de abordagem qualitativa com os

profissionais da equipe de enfermagem da unidade de internaccedilatildeo pediaacutetrica de um hospital

universitaacuterio do estado do Rio de Janeiro

Para Minayo Deslandes e Gomes (2007 p 21) a pesquisa qualitativa responde as

questotildees de forma particular de modo que trabalha com o universo dos significados dos

motivos das aspiraccedilotildees das crenccedilas dos valores e atitudes Sendo assim entende-se que as

accedilotildees do ser humano se distinguem a partir do seu pensamento do modo de agir de acordo

com a realidade vivida por cada um

Segundo Gil (1999 p44) ldquoas pesquisas descritivas tecircm como objetivo primordial a

descriccedilatildeo das caracteriacutesticas de determinada populaccedilatildeo ou fenocircmeno ou o estabelecimento de

relaccedilotildees variaacuteveisrdquo

Kauark Manhatildees e Medeiros (2010 p28) determinam a pesquisa exploratoacuteria como

agravequela que ldquoObjetiva a maior familiaridade com o problema tornando-o expliacutecito ou agrave

construccedilatildeo de hipoacutetesesrdquo Acrescenta ainda que a mesma pode conter levantamento

bibliograacutefico entrevistas com pessoas experientes no problema pesquisado entre outras

fontes

32 Sujeitos da pesquisa

A pesquisa contou com um nuacutemero total de nove (9) profissionais da equipe de

enfermagem da unidade de internaccedilatildeo pediaacutetrica de um Hospital Universitaacuterio do Rio de

Janeiro sendo estes dois (2) enfermeiros e sete (7) teacutecnicos de enfermagem De todos os

18

participantes apenas um trabalha no serviccedilo noturno sendo o restante do serviccedilo diurno Os

mesmos satildeo os responsaacuteveis pela instalaccedilatildeo e manipulaccedilatildeo dos os acessos venosos

perifeacutericos supondo assim que tenham maior domiacutenio sobre o assunto abordado

Os sujeitos foram identificados com codinomes referentes agraves princesas da Disney para

que suas identidades sejam preservadas

33 Cenaacuterio

A pesquisa ocorreu na unidade de internaccedilatildeo pediaacutetrica localizada no quinto andar do

Hospital Universitaacuterio do Rio de Janeiro vinculado a uma Universidade Federal

A unidade pediaacutetrica eacute divida em trecircs enfermarias de acordo com a idade das crianccedilas

hospitalizadas sendo denominadas estas Lactente preacute-escolar e escolar A enfermaria

Lactente eacute composta por 5 leitos hospitalizando crianccedilas de 29 dias a 2 anos jaacute na preacute-escolar

encontram-se 6 leitos e acolhe crianccedilas de 2 a 6 anos e na escolar 6 leitos abrigando crianccedilas

de 7 a 12 anos Toda crianccedila hospitalizada tem direito a um acompanhante como eacute

preconizado por direito pelo Artigo doze (12) do Estatuto da Crianccedila e do Adolescente

(Brasil 1990 p3)

A enfermaria conta com um posto de enfermagem localizado no centro da unidade

possibilitando maior visualizaccedilatildeo das enfermarias Possui tambeacutem uma sala de recreaccedilatildeo e

banheiro para os pacientes e acompanhantes Haacute uma sala utilizada pedagogia hospitalar

onde uma professora realiza atividades com as crianccedilas

Vale ressaltar que na unidade haacute uma sala para realizaccedilatildeo de procedimentos dolorosos

como a punccedilatildeo venosa perifeacuterica e sempre que possiacutevel o paciente eacute levado ateacute ela

34 Coleta de dados

A coleta de dados se deu a partir da teacutecnica de entrevista semi-estruturadas que

segundo Minayo Deslandes e Gomes (2007 p 64) satildeo ldquoperguntas fechadas e abertas em que

o entrevistado tem a possibilidade de discorrer sobre o tema em questatildeo sem se prender agrave

indagaccedilatildeo formuladardquo As mesmas foram gravadas em entrevista individual e tiveram como

foco as accedilotildees que os profissionais da equipe de enfermagem realizam acerca dos cuidados

para a permanecircncia do acesso venoso perifeacuterico aleacutem de investigar sobre o conhecimento que

cada um possui sobre o tema

19

Apoacutes contato preacutevio com a equipe de enfermagem foi acordado um dia e horaacuterio para

a realizaccedilatildeo das entrevistas que aconteceram na proacutepria unidade Todos os profissionais da

equipe de enfermagem foram convidados a participar voluntariamente da pesquisa As

entrevistas aconteceram apoacutes os profissionais assinarem o Termo de Consentimento Livre e

Esclarecido (TCLE)

Para Minayo Deslandes e Gomes (2007 p 64) a entrevista possui como principal

objetivo construir dados que sejam pertinentes para a pesquisa aleacutem de ser a estrateacutegia mais

utilizada no processo de trabalho de campo

A coleta foi interrompida no momento em que os dados se mostraram saturados ou

seja quando houve a cessaccedilatildeo do acreacutescimo de informaccedilotildees novas referentes ao tema

proposto

O fechamento amostral por saturaccedilatildeo teoacuterica eacute definido como a suspensatildeo de inclusatildeo

de novos participantes quando os dados obtidos passam a apresentar na avaliaccedilatildeo do

pesquisador certa redundacircncia ou repeticcedilatildeo natildeo sendo considerado relevante continuar a

coleta de dados (FONTANELLA RICAS e TURATO 2008)

35 Questotildees eacuteticas da pesquisa

De acordo com a Resoluccedilatildeo 46612 que visa assegurar os direitos e deveres que

dizem respeito agrave comunidade cientiacutefica aos sujeitos da pesquisa e ao Estado uma pesquisa

que envolve a participaccedilatildeo de seres humanos deve atender aos fundamentos eacuteticos e

cientiacuteficos pertinentes para a seguranccedila dos mesmos Neste contexto toda pesquisa

envolvendo seres humanos deveraacute ser submetida agrave apreciaccedilatildeo de um Comitecirc de Eacutetica em

Pesquisa (CEP) (BRASIL 2012)

Atendendo a esta condiccedilatildeo o projeto de pesquisa foi encaminhado ao CEP ndash do

Hospital Universitaacuterio o qual foi realizada a pesquisa foi analisado e aprovado na Reuniatildeo

com data de 06122013 CAAE 24693613700005243 Nuacutemero do parecer 486451 Com

isso a pesquisa foi desenvolvida mediante aprovaccedilatildeo do CEP atendendo aos preacute-requisitos

estipulados pela Resoluccedilatildeo nordm 46612

Esta pesquisa eacute pautada em princiacutepios eacuteticos que respeitam a dignidade humana e

justiccedila assegurando que natildeo haveraacute nenhum tipo de dano aos participantes

20

Em atendimento a resoluccedilatildeo 46612 do Conselho Nacional de SauacutedeMS apoacutes serem

esclarecidos pela pesquisadora quanto aos aspectos eacuteticos relacionados agrave pesquisa aleacutem das

formas de produccedilatildeo de dados e inserccedilatildeo no estudo os sujeitos da pesquisa assinaram duas

vias do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido ndash TCLE (apecircndice 1) autorizando sua

participaccedilatildeo voluntaacuteria na pesquisa Uma via foi entregue ao participante e outra ficou

arquivada com a pesquisadora

Nesse documento consta os objetivos da pesquisa procedimentos benefiacutecios

previstos garantia de recusa de participaccedilatildeo em qualquer momento de acesso aos resultados

da pesquisa e tambeacutem a garantia de acesso ao pesquisador quando os sujeitos julgarem

necessaacuterio sendo todas essas informaccedilotildees em linguagem acessiacutevel e simples O mesmo foi

apresentado e explicado ao profissional convidado a participar do estudo no primeiro contato

eou durante visita agendada para realizaccedilatildeo da entrevista

Vale ressaltar que esta pesquisa cujo financiamento eacute proacuteprio natildeo oferece nenhum

tipo de riscos para o sujeito da pesquisa e nem para o cuidado das crianccedilas internadas no setor

de pediatria e os benefiacutecios da participaccedilatildeo do mesmo satildeo de aumentar o conhecimento

cientiacutefico na aacuterea de Enfermagem Pediaacutetrica aleacutem de contribuir para a praacutetica profissional

36 Anaacutelise dos dados

O processo de anaacutelise dos dados foi baseada na teacutecnica da Anaacutelise Temaacutetica que para

Minayo Deslandes e Gomes (2007 p 86) o conceito central eacute o tema ldquoO tema eacute a unidade de

significaccedilatildeo que se liberta naturalmente de um texto analisado segundo criteacuterios relativos agrave

teoria que serve de guia da leiturardquo (BARDIN11

A anaacutelise realizada estava de acordo com a sugerida por Minayo (2010 p 315) e

contam com as seguintes etapas preacute-analise exploraccedilatildeo do material tratamento dos

resultados obtidos e interpretaccedilatildeo Atraveacutes dessas etapas tem-se o objetivo de descrever o

conteuacutedo do material coletado e interpretaacute-lo

1979 apud MINAYO DESLANDES

GOMES 2007 p 86)

A preacute analise consiste na escolha dos elementos a serem analisados e na retomada das

hipoacuteteses e dos objetivos iniciais da pesquisa Inicia-se com uma leitura flutuante onde o

11 BARDIN L Anaacutelise de Conteuacutedo Lisboa Ediccedilotildees 70 1979

21

pesquisador toma contato direto com o material adquirido deixando-se impregnar por seu

conteuacutedo Posteriormente haacute a constituiccedilatildeo do Corpus textual onde eacute feita uma seleccedilatildeo dos

documentos que iratildeo contemplar e fornecer informaccedilotildees sobre o tema sendo assim adequados

para dar resposta aos objetivos do trabalho (MINAYO 2010 p 315)

Essa fase preacute-analiacutetica eacute onde se determinam a unidades de registro unidade de

contexto e a partir delas satildeo determinados os temas que seratildeo analisados A unidade de

registro corresponde parte do conteuacutedo selecionado como base para analise e apoacutes a

delimitaccedilatildeo do contexto de compreensatildeo da unidade de registro eacute estabelecida a unidade de

contexto (MINAYO 2010 p 316)

De acordo com os objetivos da pesquisa foi possiacutevel perceber que nove (9)

entrevistas supriam para atender os mesmo encerrando assim a coleta Apoacutes a transcriccedilatildeo das

entrevistas foi realizada leitura das mesmas para natildeo soacute conhecimento do material mas

tambeacutem estabelecer as unidades de registro Em seguida foi realizado o colorimento das falas

assim as classificando de acordo com as unidades de registro estabelecidas

As unidades de registro que surgiram foram os fatores que interferem na manutenccedilatildeo

do acesso venoso perifeacuterico e o apontamento do acompanhante como responsaacutevel pela perda

do acesso venoso perifeacuterico Elas receberam as cores vermelha e laranja respectivamente a

fim de facilitar o agrupamento dos dados A partir disto surgiram as unidades de contexto que

compreendem as falas das entrevistas de modo a exemplificar o contexto das unidades de

registro

Partindo para segunda etapa da analise temaacutetica a exploraccedilatildeo do material que consiste

numa classificaccedilatildeo que visa alcanccedilar o nuacutecleo de compreensatildeo do texto Busca-se encontrar

categorias que satildeo expressotildees ou palavras significativas em funccedilatildeo das quais o conteuacutedo seraacute

organizado Essas categorias satildeo responsaacuteveis pela especificaccedilatildeo dos temas (MINAYO

2010 p 317)

Nesse caso foram definidos os seguintes temas cuidados preacute intra e poacutes procedimento

de punccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico cuidados em desuso para manutenccedilatildeo do acesso

venoso perifeacuterico o acompanhante e a manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico Essas trecircs (3)

categorias seratildeo apresentadas analisadas e discutidas no capitulo seguinte

22

4 RESULTADOS E DISCUSSAtildeO

Nesse capiacutetulo apresento as trecircs categorias temaacuteticas que surgiram da anaacutelise dos

dados e que contemplaram de forma satisfatoacuteria os objetivos da pesquisa A primeira

categoria denominada como ldquoOs cuidados de enfermagem preacute intra e poacutes-procedimento de

punccedilatildeo do acesso venoso perifeacutericordquo traz os passos e cuidados que os profissionais realizam

antes durante e apoacutes a punccedilatildeo buscando descrever e analisar os fatores envolvidos na pratica

do procedimento em questatildeo que emergiram das entrevistas aleacutem dos cuidados de

enfermagem para a manutenccedilatildeo do mesmo

A segunda categoria que seraacute apresentada eacute ldquoOs cuidados em desuso para manutenccedilatildeo

do acesso venoso perifeacutericordquo que mostra os cuidados que os profissionais citaram como natildeo

mais utilizados para auxiliar na manutenccedilatildeo da punccedilatildeo venosa perifeacuterica

E a uacuteltima categoria eacute denominada ldquoO acompanhante e a manutenccedilatildeo do acesso

venoso perifeacutericordquo e traz a responsabilizaccedilatildeo do acompanhante pelos profissionais do setor

em relaccedilatildeo aos cuidados com manutenccedilatildeo da punccedilatildeo Essa categoria busca tambeacutem ressaltar a

funccedilatildeo do acompanhante durante a hospitalizaccedilatildeo da crianccedila destacando que determinados

cuidados satildeo de total funccedilatildeo da equipe de enfermagem

41 Os cuidados de enfermagem preacute intra e poacutes-procedimento de punccedilatildeo do acesso

venoso perifeacuterico

Para interpretar as unidades de contextos tive como base autores que definiram os

cuidados de enfermagem preacute intra e poacutes punccedilatildeo venosa perifeacuterica Para esses autores a fase

de preacute-punccedilatildeo compreende as accedilotildees de anaacutelise e conhecimento da prescriccedilatildeo avaliaccedilatildeo e

23

preparo emocional do paciente preparo do material e medicaccedilatildeo seleccedilatildeo do siacutetio de inserccedilatildeo

e dilataccedilatildeo da veia selecionada As accedilotildees envolvidas na punccedilatildeo satildeo a execuccedilatildeo das

precauccedilotildees-padratildeo antissepsia da pele punccedilatildeo do vaso a fixaccedilatildeo e curativo do cateter

Finalmente na etapa de poacutes-punccedilatildeo adota-se a identificaccedilatildeo da punccedilatildeo o descarte apropriado

das partes dos materiais natildeo utilizados a orientaccedilatildeo do paciente acerca da terapecircutica o

controle da infusatildeo atraveacutes do gotejamento se necessaacuterio e o registro do procedimento

Phillips12

De acordo com as entrevistas a seleccedilatildeo do local de punccedilatildeo eacute indicada com um fator

que interfere diretamente no tempo de permanecircncia do acesso venoso perifeacuterico visto que

dependendo do local ocorre a perda mais rapidamente Aleacutem da localizaccedilatildeo citaram tambeacutem

o calibre da veia como interferecircncia na manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico Seguem

abaixo algumas falas

(2001 apud ARAUacuteJO 2007 p18)

ldquoPrimeira coisa eacute vocecirc procurar bem a veia colocar uma veia de um bom calibre Se puder dar preferecircncia a natildeo puncionar dobrasrdquo (Cinderela) ldquoDependendo de onde estiver puncionado se for na matildeozinha a crianccedila fica toda hora ta mexendo taacute manipulando alguma coisa e se for no pezinho tambeacutem nem todo tempo vai ficar acamada entatildeo acaba perdendo o acessordquo(Bela ) ldquoO mau posicionamento pode levar a perdardquo (Rapunzel)

A opiniatildeo dos profissionais acima vai de encontro com o que eacute encontrado na

literatura visto que eacute de suma importacircncia que o mesmo avalie o cliente e considere alguns

aspectos para uma escolha criteriosa e eficaz como a finalidade da punccedilatildeo o tipo de soluccedilatildeo

a ser infundida a condiccedilatildeo da rede venosa a duraccedilatildeo da terapia idade do cliente habilidade

cognitiva da crianccedila a preferecircncia do cliente o que nem sempre seraacute possiacutevel satisfazer e

tambeacutem a sua atividade (ARAUacuteJO 2007 p31)

Os cuidados com o acesso venoso perifeacuterico satildeo importantes antes mesmo da

realizaccedilatildeo do procedimento Levando em consideraccedilatildeo que um erro durante a fase de preacute-

procedimento como a escolha errada do local de punccedilatildeo por exemplo poderaacute levar a perda

do acesso e prejudicar assim o tratamento aleacutem do bem-estar da crianccedila que seraacute puncionada

novamente

12 PHILLIPS L D Manual de terapia intravenosa 2ed Porto Alegre Artmed 2001

24

O vaso sanguiacuteneo que o profissional selecionar como local para puncionar deve ser

suficiente para suportar o calibre e o comprimento do cateter aleacutem de atender a necessidade

terapecircutica para que natildeo haja a necessidade de uma nova punccedilatildeo

A punccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico eacute um procedimento doloroso e de grande

incomodo para a crianccedila com isso eacute de suma importacircncia realizar a seleccedilatildeo preacutevia do

material poreacutem natildeo foi citado Outro cuidado rotineiro e natildeo menos importante como a

lavagem das matildeos antes da colocaccedilatildeo do acesso tambeacutem natildeo foi mencionado durante as

entrevistas

O preparo emocional da crianccedila e do acompanhante quanto ao procedimento deve ser

considerada praacutetica rotineira para a equipe de enfermagem O profissional de enfermagem

deve lavar as matildeos objetivando a reduccedilatildeo significativa de risco de infecccedilatildeo e recomenda-se o

uso de aacutegua e sabatildeo para lavagem das matildeos antes da colocaccedilatildeo do cateter venoso perifeacuterico

(PHILLIPS13

O preparo preacutevio do material para instalaccedilatildeo do cateter venoso perifeacuterico eacute importante

para evitar interrupccedilotildees do procedimento e consequentemente um maior tempo de

manipulaccedilatildeo da crianccedila (SILVA

2001apud ARAUacuteJO 2007 Centers for Disease Control and Prevention ndash CDC

2002 apud ARAUacuteJO 2007)

14

Outro aspecto citado e classificado como preacute-procedimento eacute o cuidado com a

medicaccedilatildeo a ser administrada incluindo cuidados com a diluiccedilatildeo e composiccedilatildeo da mesma

Seguem algumas das falas

2004 apud ARAUacuteJO 2007 p30)

ldquoEstar sempre diluindo as medicaccedilotildees de acordo com a prescriccedilatildeo meacutedica pois as medicaccedilotildees satildeo muito fortes e podem causar enfraquecimento da veia Tem que diluir direitinho e passar lento na veiardquo (Cinderela) ldquoTer cuidado principalmente quando eacute crianccedila e a diluiccedilatildeo da medicaccedilatildeo tambeacutem agraves vezes natildeo eacute pra passar em perifeacuterico e na segunda dose jaacute perdeurdquo (Alice)

O acesso venoso perifeacuterico eacute a primeira alternativa para infusatildeo intravenosa por ser de

mais faacutecil acesso e rapidez no efeito da medicaccedilatildeo O profissional de enfermagem deve ter

domiacutenio natildeo soacute relacionado agrave infusatildeo das medicaccedilotildees mas tambeacutem com a composiccedilatildeo

13 PHILLIPS L D Manual de terapia intravenosa 2ed Porto Alegre Artmed 2001 14 SILVA G R G Terapia intravenosa em receacutem-nascidos ndash orientaccedilotildees para o cuidado de Enfermagem Rio de Janeiro Cultura Meacutedica 2004

25

farmacoloacutegica das mesmas os efeitos adversos e colaterais que a droga pode causar inclusive

em relaccedilatildeo a diluiccedilatildeo o que normalmente eacute estabelecido como padratildeo no setor de acordo com

cada faacutermaco

Com a intenccedilatildeo de promover a eficaacutecia terapecircutica dos medicamentos administrados

por via intravenosa eacute atribuiccedilatildeo do profissional de enfermagem implementar teacutecnicas como a

diluiccedilatildeo acondicionamento e cuidados na administraccedilatildeo de faacutermacos a fim de evitar

prejuiacutezos no tratamento resultantes da incompatibilidade medicamentosa (PETERLINI

CHAUD e PEDREIRA 2006)

Os fatores intra-procedimento satildeo considerados aqueles diretamente relacionados com

o procedimento Os dados colidos nas entrevistas ressaltaram apenas a fixaccedilatildeo com um fator

que interfere nessa fase Este foi o dado mais repetitivo nas entrevistas poreacutem sempre citado

de forma superficial Seguem as falas dos profissionais quando questionados sobre o que era

importante para manutenccedilatildeo do acesso

ldquoTem que fazer uma boa fixaccedilatildeo Porque quando a pessoa natildeo fixa bem prejudica porque aquilo vai soltando e quando vocecirc vecirc jaacute perdeu a veiardquo(Cinderela) ldquoEu acho que natildeo tem o que fazer para manter o acesso A crianccedila vai ficar uns dias X com aquele acesso pra fazer medicaccedilatildeo e eu acho que natildeo tem o que vocecirc profissional fazer para que natildeo percardquo (Aurora) ldquoA fixaccedilatildeo evita a movimentaccedilatildeo excessiva no local que estaacute o acessordquo (Ariel) ldquoTer cuidado com o curativo saber manusear E manter sempre o curativo limpo trocar se necessaacuteriordquo (Rapunzel) ldquoA fixaccedilatildeo eacute muito importante pra natildeo soltar o acesso e pra ele ficar mais tempordquo(Mulan)

Oliveira Bezerra e Pereira (2008 p 94) afirmam que de acordo com o revelado por

determinados estudos o tipo de curativo a fixaccedilatildeo do cateter e o tempo de permanecircncia estatildeo

diretamente relacionados com a ocorrecircncia de complicaccedilotildees infecciosas como flebites e

tambeacutem infiltraccedilatildeo extravasamento desconexatildeo e deslocamento do cateter

26

Para Pettit e Kraus15

Potter

(1995 apud MACHADO PEDREIRA E CHAUD2005 p292) a

gaze esteacuteril fixada com a fita adesiva hipoalergecircnica bem como a peliacutecula transparente esteacuteril

satildeo os materiais mais recomendados para curativo e fixaccedilatildeo de cateter venoso perifeacuterico

16

Jaacute as peliacuteculas transparentes mais conhecidas como filme permitem a respiraccedilatildeo

normal da pele com alta permeabilidade ao oxigecircnio e vapores e eacute impermeaacutevel a liacutequidos e

micro-organismos (SILVA E ZANETTI 2004 p233) Aleacutem disso permitem tambeacutem a

visualizaccedilatildeo contiacutenua do local de punccedilatildeo permitindo assim avaliaccedilatildeo do mesmo natildeo soacute

durante a infusatildeo de medicaccedilotildees mas tambeacutem todo o tempo

(1998 apud SILVA E ZANETTI 2004 p233) afirma que nas fixaccedilotildees em

que se utiliza a gaze esteacuteril preconiza-se a utilizaccedilatildeo de teacutecnica asseacuteptica Neste curativo a

gaze esteacuteril eacute colocada sobre o siacutetio de inserccedilatildeo e suas bordas satildeo fixadas com fita adesiva

A observaccedilatildeo da punccedilatildeo eacute muito importante pois se o local de inserccedilatildeo se mostrar

com sinais e sintomas de complicaccedilotildees a terapia deve ser suspensa (OLIVEIRA BEZERRA

e PEREIRA 2008 p95)

A visualizaccedilatildeo contiacutenua do acesso permite que a equipe de enfermagem possa realizar

uma observaccedilatildeo mais particularizada em relaccedilatildeo agraves condiccedilotildees do acesso venoso perifeacuterico

podendo observar se haacute deslocamento do cateter sinais de infiltraccedilatildeo e tambeacutem sinais de

infecccedilatildeo

Para Silva Barbato e Valente (2013 p 1200) cabe ao enfermeiro fazer a avaliaccedilatildeo

diaacuteria e cuidadosa do curativo observando a presenccedila de umidade sujidade integridade do

oacutestio de inserccedilatildeo a fixaccedilatildeo bem como a realizaccedilatildeo do curativo e das anotaccedilotildees legais

competentes agraves suas funccedilotildees

A fase poacutes-procedimento eacute caracterizada por uma seacuterie de cuidados que a equipe de

enfermagem deve realizar para que se obtenha maior tempo de permanecircncia do acesso venoso

perifeacuterico Durante as entrevistas os cuidados citados foram a salinizaccedilatildeo do acesso cuidados

para evitar a flebite e a velocidade de infusatildeo

15 Pettit DM Kraus V The use of gauze versus transparent dressings for peripheral intravenous catheter sites Nurs ClinNorth Am 1995 30(3)495-506 16 Potter P Perry AG Fundamentos de enfermagem processo conceito e praacutetica 3ordf ed Santos(SP) Guanabara Koogan19981397pp801-43

27

ldquoManter um acesso bem salinizado que vocecirc lave pelo menos de duas de trecircs em trecircs horas Se bem que isso aqui na pediatria natildeo eacute muito comum aqui a gente soacute lava cada vez que vai fazer medicaccedilatildeo mas se eu natildeo me engano a literatura preconiza isso vocecirc lavar pelo menos de quatro em quatro horas o acessordquo (Aurora)

ldquoPra manter o acesso venoso perifeacuterico eacute importante manter ele salinizado Assim que a gente recebe o plantatildeo eu vou ver se o acesso ta peacutervio com uma ldquoseringuinhardquo vai la da uma ldquolavadinhardquo e vecirc se o acesso ta peacutervio e manter o acesso salinizadordquo (Ariel)

ldquoSalinizar de 6 em 6 horas para manter ele peacuterviordquo (Alice)

ldquoTem que passar lento a medicaccedilatildeo e a limpeza da aacuterea vocecirc tem que limpar bem a aacuterea pra vocecirc natildeo formar uma flebiterdquo (Cinderela)

A salinizaccedilatildeo do acesso eacute um cuidado simples e de grande importacircncia Esse cuidado

deve ser realizado para manter o acesso peacutervio e limpo e deve ser realizado antes e apoacutes

qualquer infusatildeo

Para Moncaio e Figueiredo (2009)

a ldquosalinizaccedilatildeordquo consiste em administrar sob pressatildeo positiva soluccedilatildeo salina (Soro fisioloacutegico a 09) logo apoacutes o teacutermino da infusatildeo da medicaccedilatildeo Este procedimento visa prevenir a formaccedilatildeo de trombos e fibrina evitar o contato de drogas incompatiacuteveis (quando da infusatildeo de mais de um item medicamentoso no mesmo horaacuterio) garantir a infusatildeo de todo o medicamento que possa ter ficado no sistema aleacutem de evitar retorno sanguiacuteneo mantendo o cateter peacutervio para a proacutexima infusatildeo

Durante a coleta de dados esse cuidado surgiu em diversos momentos poreacutem foi

possiacutevel perceber que os profissionais realizam o mesmo de forma banalizada Natildeo sabem de

fato a real funccedilatildeo de manter o acesso salinizado A impressatildeo que passa eacute que eles

aprenderam que esse cuidado deveria ser feito e simplesmente fazem Haacute divergecircncias

tambeacutem entre a equipe em relaccedilatildeo ao momento que deve ser realizada a salinizaccedilatildeo e isso nos

mostra a desatualizaccedilatildeo dos profissionais do setor e a falta de uma educaccedilatildeo continuada no

hospital

Os cuidados para evitar a flebite e a velocidade de infusatildeo da medicaccedilatildeo apareceram

menos nas entrevistas e interferem diretamente com a manutenccedilatildeo do acesso venoso

perifeacuterico

28

A flebite eacute uma inflamaccedilatildeo na veia puncionada ocorrendo quando as ceacutelulas

endoteliais da parede da veia que o cateter estaacute inserido tornam-se inflamadas e irregulares

propiciando a aderecircncia de plaquetas e predispondo a veia a inflamaccedilatildeo Eacute comum que o local

se apresente dolorido hiperemiado quente e edemaciado e nesses casos eacute aconselhada a

retirada do cateter Uma boa fixaccedilatildeo do cateter perifeacuterico eacute recomendada por autores na

literatura visto que previnem deslocamento faacutecil e permitem uma boa visualizaccedilatildeo do local

evitando complicaccedilotildees como a flebite e infiltraccedilatildeo (MOLDES et al 2011 p 330)

Dentre as principais falhas de infusatildeo venosa estatildeo flebite infiltraccedilatildeo hematoma e

obstruccedilatildeo Acredita-se que para reduzir a incidecircncia destas nas unidades pediaacutetricas eacute preciso

a adoccedilatildeo de estrateacutegias tais como a abordagem junto agrave equipe em parceria com o setor de

educaccedilatildeo permanente e a adoccedilatildeo do uso da teacutecnica corretamente e de forma asseacuteptica para a

realizaccedilatildeo da punccedilatildeo venosa perifeacuterica em acordo com a comissatildeo de controle de infecccedilatildeo

hospitalar (SILVA BARBATO e VALENTE 2013 p 1200)

A incapacidade do paciente em relatar dor no siacutetio de administraccedilatildeo do faacutermaco quer

pela idade ou condiccedilatildeo cliacutenica e o local de inserccedilatildeo como tambeacutem a velocidade de infusatildeo do

medicamento (gt25mgmin) satildeo classificados como fatores de risco para a perda do acesso

venoso perifeacuterico (MARTINS SILVINO e DIAS 2010)

42 Os cuidados em desuso para manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico

Essa categoria discorre sobre os cuidados de enfermagem que com o passar do tempo

foram desconsiderados e natildeo satildeo mais utilizados Quando questionados em relaccedilatildeo a vivencia

profissional e cuidados que discordavam os entrevistados citaram o uso da tala para fixaccedilatildeo

uso de heparina e os cuidados em relaccedilatildeo ao tempo de permanecircncia do cateter Haacute muitas

controveacutersias em relaccedilatildeo aos cuidados citados acima

O tempo de permanecircncia interfere diretamente no aparecimento de complicaccedilotildees

como flebite e que acabam levando a perda do acesso venoso perifeacuterico mais rapidamente

aconselhando assim a troca do mesmo entre 76 a 96 horas Poreacutem eacute preconizada a retirada do

cateter apenas se finalizar o tratamento ou houver alguma interferecircncia

ldquoA gente observa tambeacutem o tempo dependendo do tempo tem que tirarrdquo (Alice)

29

ldquoHoje eu natildeo sei como que eacute essa questatildeo do tempo porque a gente trocava o acesso a cada quatro dias agora o pessoal jaacute diz que pode trocar em ateacute uma semana entatildeo natildeo sei como que ta isso e o que tem escrito em relaccedilatildeo a isso (Aurora)

Sabe-se que o tempo para troca do cateter de teflon ou poliuretano varia de 72 a 96

horas com o intuito de reduzir risco de infecccedilatildeo e flebite e para minimizar esses riscos nas

seguintes situaccedilotildees diante de sinais inflamatoacuterios no local de inserccedilatildeo e sempre que houver

mau funcionamento do cateter (SANTOS17

Entretanto o Center for Disease Control and Prevention - CDC (2002) diz que em

pacientes pediaacutetricos natildeo foi observada relaccedilatildeo quanto ao tempo de permanecircncia do cateter e

ocorrecircncia de complicaccedilotildees devendo ser mantido ateacute o teacutermino da terapia intravenosa ou

quando forem observados sinais cliacutenicos de complicaccedilotildees

2004 apud OLIVEIRA BEZERRA e PEREIRA

2008 p 93)

Eacute possiacutevel observar a diferenccedila do conhecimento pratico dos profissionais

entrevistados em relaccedilatildeo ao conhecimento encontrado na literatura E ainda contendo duacutevidas

natildeo haacute uma busca da parte dos mesmos para esclarececirc-las

O uso da heparina com a finalidade de manter o acesso peacutervio por um periacuteodo maior

de tempo mostra-se com mais certeza quanto ao desuso nos dados colidos

ldquoAntigamente a gente usava heparina entatildeo a gente ficava tranquila em relaccedilatildeo agrave obstruccedilatildeo mas agora natildeo a gente usa o soro fisioloacutegico e a gente deixa salinizadordquo (Aurora)

Rang e Dale 18(1998 apud DOPICO e OLIVEIRA 2006) afirmam que a heparina

inibe a formaccedilatildeo de coaacutegulos de fibrina in vitro e in vivo e que seu efeito anticoagulante eacute

praticamente imediato Com isso Phillips19

17 Santos W Lavagem das matildeos In R Luiz Santos W Manual baacutesico de prevenccedilatildeo e controle das infecccedilotildees hospitalares do HRU Fortaleza Hospital Regional Unimed 2004

(2001 apud DOPICO e OLIVEIRA 2006)

ressalta que a teacutecnica de manutenccedilatildeo intermitente de cateteres intravenosos com soluccedilatildeo

salina 09 classificada como salinizaccedilatildeo tem sido pesquisada haacute alguns anos apresentando

em relaccedilatildeo ao uso da heparina vantagens como o baixo custo ser um procedimento mais

18 Rang HP Dale M M Hemostasia e Trombose In Rang HP Dale M M Farmacologia Rio de Janeiro Guanabara Koogan 1998 p235-47 19 PHILLIPS L D Manual de terapia intravenosa 2ed Porto Alegre Artmed 2001

30

simples aleacutem de eliminar a possibilidade de incompatibilidade com as drogas e soluccedilotildees

administradas aleacutem da inexistecircncia de riscos ao paciente Entretanto sabe-se que a literatura

ainda natildeo fornece consenso acerca da soluccedilatildeo mais indicada para manutenccedilatildeo da

permeabilidade do cateter venoso perifeacuterico

Eacute importante ressaltar que muitas instituiccedilotildees do nosso paiacutes nem ao menos tecircm o

conhecimento da praacutetica da salinizaccedilatildeo com soluccedilatildeo salina 09 No que se refere agrave pesquisa

cientiacutefica as limitaccedilotildees desta praacutetica satildeo atribuiacutedas agrave ausecircncia de um maior nuacutemero de

estudos controlados para validar sua eficaacutecia (EPPERSON20

Apesar de natildeo ser encontradas publicaccedilotildees acerca do tema a utilizaccedilatildeo de heparina

mostra-se como uma pratica natildeo mais utilizada pelos profissionais de enfermagem Outro

tema onde haacute controveacutersias e tambeacutem poucas citaccedilotildees eacute o uso da tala para fixaccedilatildeo do acesso

venoso perifeacuterico Seguem abaixo a opiniatildeo de alguns dos profissionais entrevistados

1984 apud DOPICO e

OLIVEIRA 2006)

ldquoA uacutenica coisa que eu natildeo gosto de ver eacute quando se coloca tala para imobilizar dizendo que a tala vai ajudar a natildeo perder a veia Isso eu natildeo concordo acho que a tala prejudica a crianccedila fica incomodada faz dor no membrordquo (Cinderela)

ldquoAntigamente a gente usava muito tala e as vezes eu pego isso aqui ai eu falo gente tala natildeo se usa mais natildeo faz parte mais da fixaccedilatildeo vocecirc pode fixar de uma forma que a crianccedila natildeo perca A tala eu acho que ela traumatiza um pouco ainda mais se vocecirc pegar um acesso na dobra vocecirc vai fazer com que a crianccedila fique com o braccedilo esticado muito tempo eu acho que pode causar uma lesatildeo depois e a literatura jaacute fala que eacute desnecessaacuteria natildeo precisa maisrdquo (Aurora) ldquoAntigamente usavam tala mas hoje em dia quase natildeo se vecirc mais e eu acho que a tala atrapalha porque a crianccedila fica imobilizada no membro ai fica mais irritadardquo (Rapunzel) ldquoLaacute no meu outro trabalho alguns usam a tala Eu acho que a tala ajuda ateacute a perder mais raacutepido porque a crianccedila fica incomodada vai querer mexer naquilordquo (Mulan)

20 Epperson EL Efficacy of 09 sodium chloride injection with without heparin for maintenance indwelling intermittent injection sites Clin Pharm1984 3(5)26

31

Almeida e Sabateacutes21

Entretanto haacute estudo que comprovam que o uso da tala natildeo se mostra tatildeo eficiente e

apresenta-se como uma praacutetica controversa O estudo foi realizado em crianccedilas ateacute os 12 anos

utilizando imobilizaccedilatildeo com tala e em mais de metade dos casos (553) ocorreu infiltraccedilatildeo

o que indicia a ineficaacutecia desta praacutetica (MACHADO PEDREIRA e CHAUD 2008 apud

BATALHA et al 2010 p512)

(2008 apud BATALHA et al 2010 p512) afirmam que a teacutecnica

de fixaccedilatildeo dos CVP com uso de imobilizaccedilatildeo com tala para restriccedilatildeo ou limitaccedilatildeo dos

movimentos articulares proacuteximo do local da punccedilatildeo estaacute indicado nas matildeos punhos cotovelo

e maleacuteolo

Para Batalha et al (2010 p512) o uso desta praacutetica parece natildeo se coadunar com o

atual uso de cateteres flexiacuteveis tipo abocath em detrimento de agulhas metaacutelicas Talvez por

isso comecem a surgir novas teacutecnicas de fixaccedilatildeo dos CVP que natildeo exigem imobilizaccedilatildeo das

articulaccedilotildees com talas

Aleacutem de natildeo haver uma confirmaccedilatildeo dos benefiacutecios causados pelo uso da tala a

imobilizaccedilatildeo causa incocircmodo para a crianccedila que fica com o membro imoacutevel podendo causar

dor e tambeacutem irritaccedilatildeo O uso desse tipo de fixaccedilatildeo tambeacutem impede a visualizaccedilatildeo frequente

do acesso venoso afetando assim os cuidados de observaccedilatildeo da equipe de enfermagem

43 O acompanhante e a manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico

A presente categoria vai discutir um assunto importante que surgiu durante as

entrevistas de forma inesperada Alguns dos profissionais entrevistados citaram o descuido do

acompanhante como um fator causador da perda do acesso venoso perifeacuterico Seguem abaixo

algumas falas

ldquoA matildee sempre acompanha e tem matildee que natildeo tem cuidado natildeo vigia e a gente tem que ficar pedindo pra olhar tomar contardquo (Aurora)

ldquoEm relaccedilatildeo ao acompanhante porque a crianccedila natildeo vai avaliar entatildeo o acompanhante que estar ali tem que avaliar direitinho natildeo deixar a crianccedila mexer ou puxarrdquo (Bela)

ldquoNatildeo eacute toda matildee que esta vigiando que cuida pra que a crianccedila natildeo perca o acessordquo (Jasmine)

21 Almeida FA Sabateacutes AL Enfermagem pediaacutetrica a crianccedila o adolescente e a sua famiacutelia no hospital Satildeo Paulo(SP) Manole 2008

32

ldquoAcho que leva a perda quando o acompanhante natildeo coopera as vezes a gente faz a imobilizaccedilatildeo na crianccedila e as vezes eles ateacute retiram e a proacutepria crianccedila agitada ela mesmo arrancardquo (Branca de Neve)

ldquoAgraves vezes a proacutepria crianccedila que a matildee deixa muito solta ai solta o acessordquo (Mulan)

Apoacutes a implementaccedilatildeo da lei que garante um acompanhante ao paciente pediaacutetrico a

presenccedila do familiarresponsaacutevel durante a hospitalizaccedilatildeo mudou a rotina da equipe de

enfermagem trazendo duacutevidas quanto a real funccedilatildeo do acompanhante e fazendo com que a

mesma viesse a delegar certos cuidados para acompanhante

A Promulgaccedilatildeo da Lei 8069 do Estatuto da Crianccedila e do Adolescente (ECA) em

1990 no seu artigo 12deg garante agrave crianccedila ou ao adolescente o direito de ter um responsaacutevel

que o acompanhe durante a hospitalizaccedilatildeo (1990)

Desde a sua implantaccedilatildeo as unidades vecircm sofrendo um processo de reorganizaccedilatildeo de

suas praacuteticas A inserccedilatildeo da famiacutelia modifica a organizaccedilatildeo do processo de trabalho o que

requer dos profissionais uma compreensatildeo em relaccedilatildeo agrave dinacircmica das relaccedilotildees interpessoais

(COLLET e ROCHA 2004)

Pimenta e Collet (2009) ressaltam que natildeo haacute nenhuma regulamentaccedilatildeo sobre a

participaccedilatildeo da famiacutelia nos cuidados e no entanto a mesma desempenha atividades junto agrave

crianccedila durante a hospitalizaccedilatildeo que devem ser levadas em consideraccedilatildeo A falta de

reconhecimento desse fato fez com que a equipe de enfermagem e famiacutelia natildeo possuiacutessem

uma relaccedilatildeo aberta e vivessem uma relaccedilatildeo silenciosa e impliacutecita de poder na qual a famiacutelia

acaba assumindo as relaccedilotildees do cuidado agrave crianccedila de responsabilidade da enfermagem

A negociaccedilatildeo entre matildees e equipe de enfermagem em relaccedilatildeo aos cuidados agrave crianccedila

hospitalizada natildeo eacute uma tarefa faacutecil tendo em vista que natildeo se tem claro qual o seu novo

papel neste processo (COLLET e ROCHA 2004)

Eacute possiacutevel ver nas falas que a presenccedila do acompanhante causa para a equipe de

enfermagem a seguranccedila de ter algueacutem para ldquovigiarrdquo ldquotomar contardquo e natildeo deixar que a

crianccedila hospitalizada perca o acesso venoso quando na verdade eacute funccedilatildeo da equipe de

enfermagem cuidados referentes ao acesso venoso perifeacuterico

33

Jaacute o acompanhante eacute definido pelo Ministeacuterio da Sauacutede como uma pessoa significativa

para a crianccedila que representa sua rede social e que vai acompanhaacute-lo durante a permanecircncia

no ambiente hospitalar ressaltando assim sua importacircncia Esse fato se reforccedila visto que a

crianccedila encontra nos familiares a forccedila e seguranccedila necessaacuteria para encarar todo esse processo

doloroso e desconhecido (MURAKAMI e CAMPOS 2011 p255)

O acompanhante aleacutem de minimizar o sofrimento do paciente pediaacutetrico faz com que

o mesmo sinta-se mais a vontade Eacute importante ressaltar que o familiarresponsaacutevel natildeo soacute

pode como deve participar das atividades da crianccedila no hospital desde que estas natildeo sejam

competecircncias dos profissionais que os cercam Essas atividades satildeo caracterizadas como

semelhantes aos que eles realizam diariamente fora do ambiente hospitalar como o banho

Poreacutem no caso de um paciente com punccedilatildeo venosa perifeacuterica o profissional de enfermagem

deve auxiliar no cuidado para que essa natildeo se perca

Os cuidados dos familiaresacompanhantes satildeo os mesmos que os desenvolvidos no

domiciacutelio e os cuidados prestados pela equipe de enfermagem satildeo aqueles que demandam

conhecimento teacutecnico-cientiacutefico especializado (SOUZA e OLIVEIRA 2010 p558)

Mesmo alguns cuidados parecerem simples e rotineiros quando eacute prestado no

hospital assumem novas caracteriacutesticas com o uso de dispositivos tecnoloacutegicos os quais se

tornam complexos (PIMENTA E COLLET 2009)

O ato de cuidar envolve o respeito agrave maneira como vive cada indiviacuteduo de acordo

com suas crenccedilas valores costumes e cultura A famiacutelia como uma instituiccedilatildeo atende agraves

necessidades bioloacutegicas de seus membros sendo sua responsabilidade cuidar e criar os filhos

incluindo a obrigaccedilatildeo da alimentaccedilatildeo higiene vestuaacuterio e moradia (ELSEN22

Nas entrevistas podemos verificar falas em que o acompanhante eacute citado como

responsaacutevel por avaliar a punccedilatildeo venosa A equipe de enfermagem deve sempre partir do

pressuposto que o familiar acompanhante natildeo tem conhecimento cientiacutefico e certo tipo de

cuidado natildeo deve se delegado para o mesmo mostrando assim a importacircncia da orientaccedilatildeo do

acompanhante quanto aos procedimentos dispositivos utilizados e cuidados em que os

etal 1994

apud SOUZA e OLIVEIRA 2010 p 553)

22 Elsen I Patriacutecio ZM Assistecircncia agrave crianccedila hospitalizada tipos de abordagens e suas implicaccedilotildees para a enfermagem In A enfermagem em pediatria e puericultura Rio de Janeiro (RJ) Atheneu 2005

34

mesmos possam auxiliar Seguem abaixo as falas onde os profissionais ressaltaram a

importacircncia da orientaccedilatildeo do acompanhante

ldquoNem sempre a crianccedila vai entender o porque de estar com aquele acesso entatildeo tem que ter uma orientaccedilatildeo do acompanhanterdquo (Bela)

ldquoTem que haver orientaccedilatildeo do acompanhante para os cuidadosrdquo (Ariel)

ldquoAgraves vezes tem ate o exemplo de um pai que natildeo deixa trocar o acesso jaacute tinha mais de uma semana e ele natildeo queria que trocasse ai faz febre e natildeo sabe da onderdquo (Alice)

Para Souza e Oliveira (2010 p555) deve haver uma preocupaccedilatildeo em orientar

considerando que o outro natildeo tem nenhum tipo de conhecimento sobre o assunto Poreacutem

Queiroz e Jorge23

Apesar das dificuldades o profissional de enfermagem deve estabelecer um viacutenculo de

confianccedila com o acompanhante buscando sempre deixaacute-los ciente das situaccedilotildees e fazendo-os

participar dos cuidados plausiacuteveis sem causar nenhum dano agrave crianccedila e de maneira alguma

abandonar suas atribuiccedilotildees

(2004 apud SOUZA e OLIVEIRA 2010 p 556) ressaltam que apesar de os

profissionais terem intenccedilatildeo de orientar os cuidados para a sauacutede repassam conhecimentos

elaborados cientificamente dificultando a compreensatildeo do familiar aleacutem de a relaccedilatildeo se dar

de maneira vertical assimeacutetrica e coercitiva

23 Queiroz MVO Jorge MSB Accedilotildees educativas no cuidado infantil e intervenccedilotildees dos profissionais junto agraves famiacutelias Acta Scientiarum Maringaacute 2004 janjun 26(1) 27-34

35

CONCLUSAtildeO

Atraveacutes desse estudo foi possiacutevel descrever e analisar os cuidados que os profissionais

de enfermagem realizam acerca da permanecircncia do acesso venoso perifeacuterico Aleacutem disso a

realizaccedilatildeo da pesquisa permitiu identificar a desarticulaccedilatildeo do processo de enfermagem e a

praacutetica desconectada da produccedilatildeo cientiacutefica caracterizando a falta de uma educaccedilatildeo

continuada efetiva

A anaacutelise dos dados demonstra o processo de punccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico

ressaltando a importacircncia de cuidados como a seleccedilatildeo do local a diluiccedilatildeo da medicaccedilatildeo a

realizaccedilatildeo de uma boa fixaccedilatildeo a atenccedilatildeo com a velocidade de infusatildeo os cuidados com os

sinais de infecccedilatildeo e salinizaccedilatildeo do acesso natildeo deixando de salientar cuidados em desuso

como o uso da heparina da tala e duvidas em relaccedilatildeo ao tempo de permanecircncia Evidenciou

tambeacutem que a equipe de enfermagem delega alguns cuidados para os acompanhantes

Natildeo foi possiacutevel perceber o niacutevel de conhecimento cientiacutefico dos profissionais visto

que eles em nenhum momento por natildeo saberem ou por medo de se expor natildeo explicaram de

fato nenhum cuidado que disseram realizar Sempre citaram de forma superficial e direta

deixando claro tambeacutem que o pesquisador natildeo os indagou quanto a isso Poreacutem creio que

diante de cuidados tatildeo importantes e de frequente praacutetica os mesmos falariam facilmente

sobre os cuidados de enfermagem na permanecircncia do acesso venoso perifeacuterico

Apesar dos entrevistados citarem alguns fatores e cuidados realizados de forma

correta eacute visiacutevel que os mesmos realizam os cuidados com a punccedilatildeo e a permanencia do

acesso de forma automaacutetica sem unir a praacutetica com o fundamento do mesmo

Eacute importante destacar tambeacutem a importacircncia do preparo emocional da crianccedila como

tambeacutem os cuidados com a famiacutelia dos mesmos O trabalho de humanizaccedilatildeo realizado pela

36

enfermagem faz grande diferenccedila nessas situaccedilotildees visto que os pacientes e acompanhantes

tendo conhecimento do que seraacute realizado ficariam mais tranquilos

O estudo contribuiu para o campo do ensino nesta aacuterea dando destaque ao importante

papel que o profissional de enfermagem deve desempenhar no cuidado e na manutenccedilatildeo do

acesso venoso perifeacuterico Contudo vale ressaltar a importacircncia do incentivo ao profissional a

buscar na literatura natildeo soacute esclarecimento de suas duvidas mas tambeacutem novos

conhecimentos

Pode colaborar ainda para a realizaccedilatildeo de novas pesquisas na aacuterea procurando

eliminar duacutevidas e controveacutersias sobre o tema Buscando assim a realizaccedilatildeo de um cuidado de

enfermagem articulado e eficaz promovendo o bem-estar do paciente pediaacutetrico durante a

hospitalizaccedilatildeo

37

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44

APEcircNDICE I

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO Tiacutetulo Do Projeto Os cuidados de enfermagem acerca dos acessos venosos perifeacutericos na unidade pediaacutetrica Pesquisador Responsaacutevel Rosane Cordeiro Burla de Aguiar Eny Dorea Paiva e Karina Rodrigues Fernandes Instituiccedilatildeo a que Pertence o Pesquisador Responsaacutevel Universidade Federal Fluminense Telefone para contato (21) 98355269 (21) 82392939 (21) 91786609 Nome do voluntaacuterio _________________________________________________________ Idade ________ anos RG ____________________________

AO Sr (a) estaacute sendo convidado (a) a participar do projeto de pesquisa OS CUIDADOS DE

ENFERMAGEM ACERCA DOS ACESSOS VENOSOS PERIFEacuteRICOS NA UNIDADE PEDIATRICA de

responsabilidade da pesquisadora Profordf Drordf Rosane Cordeiro Burla de Aguiar e Profordf Drordf Eny Dorea Paiva A

punccedilatildeo venosa perifeacuterica eacute um procedimento essencial durante a hospitalizaccedilatildeo da crianccedila visto que eacute atraveacutes

dela que eacute administrada grande parte das medicaccedilotildees Este estudo se justifica diante da importacircncia da

necessidade de um maior periacuteodo de permanecircncia dos acessos venosos perifeacutericos Com isso aleacutem da

diminuiccedilatildeo de eventos que causam dor e irritaccedilatildeo na crianccedila e na famiacutelia promoveraacute tambeacutem uma melhor estada

dos mesmos durante o periacuteodo de hospitalizaccedilatildeo Os objetivos da pesquisa satildeo 1) Descrever os fatores que

interferem na manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico de acordo com a equipe de enfermagem 2)Analisar os

cuidados da equipe de enfermagem na manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico A coleta de dados se daraacute

atraveacutes de entrevistas semi estruturadas que seratildeo gravadas As informaccedilotildees colhidas seratildeo tratadas de forma

anocircnima e confidencial ou seja em nenhum momento seratildeo divulgados o seu nome e somente os

pesquisadores teratildeo acesso agraves informaccedilotildees Os dados obtidos com a pesquisa poderatildeo ser publicados apenas com

fins cientiacuteficos Eles natildeo seratildeo utilizados para fins comerciais ou para outra finalidade qualquer Caso necessite

poderatildeo ser marcados encontros para respostas ou esclarecimentos de qualquer duacutevida acerca da pesquisa A sua

participaccedilatildeo eacute voluntaria e eacute importante lembrar que vocecirc poderaacute desistir de participar da pesquisa em qualquer

momento A entrevista seraacute marcada em um dia e horaacuterio que vocecirc achar melhor Seraacute realizada

individualmente em um ambiente que nos ofereccedila privacidade Esta pesquisa natildeo oferece riscos para vocecirc e os

benefiacutecios da sua participaccedilatildeo satildeo de aumentar o conhecimento cientiacutefico na aacuterea de Enfermagem Pediaacutetrica

aleacutem de contribuir para a praacutetica profissional Este documento seraacute elaborado em duas vias uma para vocecirc e a

outra seraacute arquivada pelo pesquisador

Eu_____________________________________________________________ RG no _____________________________ Declaro que apoacutes ter entendido o que me foi explicado consinto voluntariamente em participar do presente Protocolo de Pesquisa entendo ainda que posso retirar o meu consentimento a qualquer momento antes ou durante a realizaccedilatildeo do mesmo declaro ter sido informada(o) e concordo em participar como voluntaacuteria(o) da pesquisa acima descrita Rio de Janeiro_______de_______________de 20___ _____________________________ ________________________________

(Participante) Karina Rodrigues Fernandes (Responsaacutevel por obter o consentimento)

______________________________________ _______________________________________ (Testemunha) (Testemunha)

45

APEcircNDICE II

ROTEIRO PARA ENTREVISTA

1) O que vocecirc acha que pode levar a perda do acesso perifeacuterico

2) Para vocecirc o que eacute importante para manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico nas

crianccedilas

3) O que vocecirc acha que pode interferir na sua manutenccedilatildeo

4) Que medidas vocecirc adota no seu dia a dia para manter o acesso

5) Na sua vivencia profissional o que vocecirc discorda dos cuidados que geralmente satildeo

utilizados para manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico

46

ANEXO

47

48

  • KARINA RODRIGUES FERNANDES
    • COA Thatiana Fernanda PETTENGILL Myriam Aparecida Mandetta Autonomia da crianccedila hospitalizada frente aos procedimentos crenccedilas da enfermeira pediatra Acta paul enferm 19(4) 433-438 out-dez 2006 Disponiacutevel em lt wwwscielobrscielophpscr
    • JANSEN Michele Ferraz SANTOS Rosane Maria dos FAVERO Luciane Benefiacutecios da utilizaccedilatildeo do brinquedo durante o cuidado de enfermagem prestado agrave crianccedila hospitalizada Rev Gaucha Enferm 31(2) 247-253 jun 2010 Disponiacutevel em lt httpwwwscielo
    • MAGNABOSCO Gisele TONELLI Ana Lucia Nascimento Fonseca SOUZA Sarah Nancy Deggau Hegeto de Abordagens no cuidado de enfermagem agrave crianccedila hospitalizada submetida a procedimentos uma revisatildeo de literatura Cogitare enferm 13(1) 103-108 jan-mar
    • MARTINS Maria do Rosaacuterio RIBEIRO Circeacutea Amalia BORBA Regina Issuzu Hirooka de and SILVA Conceiccedilatildeo Vieira daProtocolo de preparo da crianccedila preacute-escolar para punccedilatildeo venosa com utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico Rev Latino-Am Enfermagem [on
    • OLIVEIRA Maria Ivoneide Veriacutessimo de BEZERRA Maria Gorette Andrade PEREIRA Vanessa Ramos Cateterizaccedilatildeo venosa assistecircncia de enfermagem-UTI pediaacutetrica Rev da Rede de Enfermagem do Nordeste AbrJun de 2008 Disponiacutevel em lt httpwwwrevistar
    • PETERLINI Maria Angeacutelica Sorgini CHAUD Massae Noda and PEDREIRA Mavilde da L GOacuterfatildeos de terapia medicamentosa a administraccedilatildeo de medicamentos por via intravenosa em crianccedilas hospitalizadasRev Latino-Am Enfermagem [online] 2003 vol11 n
    • PETERLINI Maria Angeacutelica Sorgini CHAUD Massae Noda PEDREIRA Mavilde L G Incompatibilidade entre faacutermacos e materiais de cateteres e acessoacuterios da terapia intravenosa Online braz j nurs (Online) 5(3)2006 Disponiacutevel em lt httpwwwobjnursi
    • PIMENTA Erika Acioli Gomes COLLET Neusa Dimensatildeo cuidadora da enfermagem e da famiacutelia na assistecircncia agrave crianccedila hospitalizada concepccedilotildees da enfermagem Rev esc enferm USP [online] 2009 vol43 n3 pp 622-629 Disponiacutevel em lt httpwwwscie
    • THOMAZINE Angeacutelica Malman PASSOS Rocircmulo Silva BAY JUacuteNIOR Osvaldo Goacutees COLLET Neusa OLIVEIRA Beatriz Rosana Gonccedilalves de Assistecircncia de enfermagem agrave crianccedila hospitalizada um resgate histoacuterico Ciˆnc cuid sapoundde 7(supl1) 145-152 maio 200
      • F 363 Fernandes Karina Rodrigues
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        • CDD 61073
Page 15: UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE ESCOLA DE …app.uff.br/riuff/bitstream/1/3317/1/TCC Karina Rodrigues Fernandes.pdf · A punção venosa periférica é um procedimento essencial para

13

socioloacutegicos da crianccedila e de sua famiacutelia (SOARES e ZAMBERLAN4

Para humanizar a assistecircncia agrave crianccedila hospitalizada e atender a suas reais

necessidades os pais foram inseridos na cliacutenica pediaacutetrica com direito a permanecircncia integral

nos casos de internaccedilatildeo Isso ocorreu no iniacutecio da deacutecada de 1990 no Brasil com a

legalizaccedilatildeo estabelecida pelo Estatuto da Crianccedila e do Adolescente (THOMAZINE et al

2008 p145) Com isso ldquomuitos hospitais natildeo consideram mais os pais como visitantes e

enfatizam sua presenccedila durante todo o periacuteodo da hospitalizaccedilatildeordquo fazendo uso de um sistema

de cuidado centrado na famiacutelia (HOCKENBERRY e WILSON 2011 p685)

1995 apud BRITO et

al 2009 p803)

Durante o processo de hospitalizaccedilatildeo as crianccedilas satildeo submetidas a diversas condutas e

procedimentos como por exemplo exames e administraccedilatildeo de medicamentos A punccedilatildeo

venosa eacute um dos principais procedimentos que causam dor e muitas vezes existe a

necessidade de vaacuterias punccedilotildees durante um mesmo dia Vale ressaltar que para a crianccedila esse

tipo de procedimento se iguala a uma agressatildeo jaacute que ldquona maioria das vezes eacute acompanhado

de dor ou medo o que se traduz no choro e na ansiedaderdquo (COLLET5

2002 apud GOMES et

al 2011 p290)

22 Acesso venoso perifeacuterico em pediatria

Para Correia et al (2009 p559) a fim evitar um trauma emocional durante a punccedilatildeo

as crianccedilas precisam ser orientadas sobre o tratamento seus objetivos e receber atenccedilatildeo

carinhosa neste momento

A fim de tornar o processo de cateterizaccedilatildeo venosa menos doloroso e estressante para

a crianccedila deve-se ter preferecircncia pelas veias que menos comprometam suas atividades

essenciais Neste intuito deve-se evitar por exemplo puncionar uma veia na matildeo que

dificulte o ato de se alimentar desenhar e ateacute mesmo brincar (OLIVEIRA BEZERRA e

PEREIRA 2008 p91)

4 Soares MRZ Zamberlan MAT A inclusatildeo do brincar na hospitalizaccedilatildeo infantil Est Psicol maioago18(2) 64-9 5 Collet N Oliveira BRG de Manual de Enfermagem em Pediatria Goiacircnia AB 2002

14

O acesso vascular eacute uma das principais modalidades de tratamento utilizadas na

assistecircncia agrave sauacutede Existe ampla aceitaccedilatildeo difusatildeo e praacutetica desse procedimento pelos

profissionais da aacuterea da assistecircncia agrave sauacutede (FERREIRA et al 2005)

Foi na deacutecada de 40 que o uso de cateter vascular foi introduzido nos hospitais

tornando-se essencial para as atividades assistenciais da modernidade (WORTHIGTON6

Para Peterlini e Chaud (2003) tal procedimento se define como um conjunto de

conhecimentos e teacutecnicas que visam agrave administraccedilatildeo de soluccedilotildees ou faacutermacos no sistema

circulatoacuterio abrangendo o preparo do paciente a escolha obtenccedilatildeo e manutenccedilatildeo do acesso

venoso os meacutetodos de preparo e administraccedilatildeo de drogas e soluccedilotildees e os cuidados referentes

agrave frequecircncia de troca do cateter curativos dispositivos de infusatildeo e soluccedilotildees

2005 apud MENDONCcedilA et al 2011 p330)

Primeiramente o acesso perifeacuterico era mantido com agulhas de accedilo inoxidaacutevel as

quais apesar de oferecerem menor risco de infecccedilatildeo satildeo riacutegidas e facilitavam perda do

acesso Em 1945 passou a ser utilizado o cateter venoso plaacutestico que permitia manutenccedilatildeo do

acesso por tempo prolongado (FERNANDES e RIBEIRO7

Quanto ao tempo de permanecircncia em pacientes pediaacutetricos o cateter deve ser mantido

ateacute o teacutermino da terapia intravenosa ou quando forem observados sinais cliacutenicos de

complicaccedilotildees diferentemente dos pacientes adultos onde o tempo de permanecircncia

preconizado eacute de 72 a 96 horas (CENTERS FOR DISEASE CONTROL AND

PREVENTION-CDC 2002)

2000 apud MARTINS et al 2008

p 485) Habitualmente o material de punccedilatildeo que vem sendo utilizado em crianccedilas satildeo os

cateteres flexiacuteveis tipo abocath com mandril metaacutelico (BATALHA et al 2010 p512)

Associaccedilatildeo Paulista de Estudos e Controle de Infecccedilatildeo Hospitalar (2005 apud

Moncaio e Figueiredo 2009) ressaltam que ldquoas principais complicaccedilotildees infecciosas para o

paciente satildeo flebite infecccedilatildeo do siacutetio de inserccedilatildeo do cateter extravasamento de soluccedilatildeo e

bacteremia relacionada ao cateterrdquo Certos fatores podem contribuir para o aparecimento de

tais complicaccedilotildees como o tipo do cateter que seraacute utilizado o preparo do local da punccedilatildeo

aleacutem de caracteriacutesticas intriacutensecas do paciente Vale acrescentar que ldquoos cateteres 6 Worthigton T Elliot TSJ Diagnosis of central venous catheter related infection in adult pacient J Infect 2005 51267-80 7 Fernandes AT Ribeiro Filho N Infecccedilatildeo do acesso vascular In Fernandes AT Fernandes M OV Ribeiro Filho N Infecccedilatildeo hospitalar e suas interfaces na aacuterea da sauacutede Satildeo Paulo (SP) Atheneu 2000 p 556-79

15

confeccionados em Teflon e poliuretano estatildeo associados a baixas frequecircncias de

complicaccedilotildees infecciosas quando comparados aos de polivinilcloreto e polietilenordquo

CENTERS FOR DISEASE CONTROL AND PREVENTION-CDC 2002)

ldquoNo acircmbito hospitalar a flebite eacute uma das complicaccedilotildees mais frequentes e

considerada uma das principais falhas da infusatildeordquo Eacute o processo inflamatoacuterio da camada

iacutentima das veias ocasionado por irritaccedilatildeo mecacircnica quiacutemica ou infecccedilotildees bacterianas

apresentando manifestaccedilotildees como dor edema hiperemia local e calor (GABRIEL8

Machado et al(2008) relata que ldquocerca de 1 a 10 destes pacientes desenvolvem

infecccedilotildees locais ou sistecircmicas relacionadas ao uso de cateteres causadas por alteraccedilatildeo ou

ruptura da integridade da pele que permite a passagem de microorganismos colonizadoresrdquo

2008

apud MAGEROTE et al 2011 p 487)

O curativo para fixaccedilatildeo do cateter eacute outro ponto importante para a manutenccedilatildeo do

mesmo visto que a ldquofixaccedilatildeo reduz o risco de complicaccedilotildees relacionadas agrave terapia intravenosa

tais como flebite infiltraccedilatildeo septicemia e deslocamento do cateterrdquo aleacutem de mantecirc-lo limpo

e seco permitindo a visualizaccedilatildeo contiacutenua do mesmo a fim de prevenir os agravos

(PHILLIPS9

No seacuteculo passado durante os primeiro 50 anos da praacutetica da terapia intravenosa

utilizava-se para fixaccedilatildeo gaze esteacuteril e fitas adesivas O iniacutecio do uso de filmes transparentes

esteacutereis se deu em 1970 como solicitaccedilatildeo dos enfermeiros quanto agrave necessidade da retirada do

curativo para realizar a inspeccedilatildeo do local de inserccedilatildeo funccedilatildeo atribuiacuteda aos mesmos a fim de

impedir uma infecccedilatildeo de corrente sanguiacutenea (MACHADO PEDREIRA E CHAUD 2008)

2001 apud SILVA E ZANETTI 2004 p233)

O uso de fitas adesivas natildeo-esteacutereis pode ser bastante observado em algumas

instituiccedilotildees de sauacutede contudo fita adesiva soacute natildeo estaacute contaminada enquanto permanece na

embalagem sugerindo tambeacutem a possibilidade da transmissatildeo de microorganismos

patogecircnicos com a aplicaccedilatildeo da mesma sobre o local de inserccedilatildeo do cateter

(VANDENBOSCH COOCH E TRESTON-AURAND10

8 Gabriel J Infusion therapy part one minimising the risks Nurs Stand 2008 Apr 22(31)51-6

1997 et al MACHADO

PEDREIRA E CHAUD2005 p292)

9 Phillips DL Manual de terapia endovenosa Trad Pedreira MLG Pereira SR Harada MJCS Peterline MAS 2ordf ed Porto Alegre (RS) Artmed 2001551P 10 VandenBosch TM Cooch J Treston-Aurand J Research utilization adhesive bandage dressing regimen for peripheral venous catheters Am J Infect Control 1997 25(6)513-9

16

Acerca da terapia intravenosa podem ocorrer incompatibilidades em relaccedilatildeo aos

faacutermacos administrados e os cateteres utilizados que na maioria das vezes natildeo satildeo percebidos

devido a impossibilidade de visualizaccedilatildeo Essas incompatibilidades satildeo denominadas por

Peterlini Chaud e Pedreira (2006) como adsorccedilatildeo e absorccedilatildeo onde ocorre ldquoperda do faacutermaco

para a superfiacutecie de frascos seringas filtros acessoacuterios e cateteres da terapia intravenosa por

meio de adsorccedilatildeo ou pela absorccedilatildeo do faacutermaco para a matriz do material de confecccedilatildeo desses

dispositivosrdquo Com isso o profissional de enfermagem tem como funccedilatildeo aleacutem do

conhecimento cientiacutefico acerca das drogas utilizadas programar accedilotildees que possibilitem

ldquoreconstituiccedilatildeo diluiccedilatildeo acondicionamento e cuidados na administraccedilatildeo de faacutermacosrdquo

evitando assim prejuiacutezos no tratamento

17

3 METODOLOGIA

31 Tipo de pesquisa

Trata-se de uma pesquisa descritiva exploratoacuteria de abordagem qualitativa com os

profissionais da equipe de enfermagem da unidade de internaccedilatildeo pediaacutetrica de um hospital

universitaacuterio do estado do Rio de Janeiro

Para Minayo Deslandes e Gomes (2007 p 21) a pesquisa qualitativa responde as

questotildees de forma particular de modo que trabalha com o universo dos significados dos

motivos das aspiraccedilotildees das crenccedilas dos valores e atitudes Sendo assim entende-se que as

accedilotildees do ser humano se distinguem a partir do seu pensamento do modo de agir de acordo

com a realidade vivida por cada um

Segundo Gil (1999 p44) ldquoas pesquisas descritivas tecircm como objetivo primordial a

descriccedilatildeo das caracteriacutesticas de determinada populaccedilatildeo ou fenocircmeno ou o estabelecimento de

relaccedilotildees variaacuteveisrdquo

Kauark Manhatildees e Medeiros (2010 p28) determinam a pesquisa exploratoacuteria como

agravequela que ldquoObjetiva a maior familiaridade com o problema tornando-o expliacutecito ou agrave

construccedilatildeo de hipoacutetesesrdquo Acrescenta ainda que a mesma pode conter levantamento

bibliograacutefico entrevistas com pessoas experientes no problema pesquisado entre outras

fontes

32 Sujeitos da pesquisa

A pesquisa contou com um nuacutemero total de nove (9) profissionais da equipe de

enfermagem da unidade de internaccedilatildeo pediaacutetrica de um Hospital Universitaacuterio do Rio de

Janeiro sendo estes dois (2) enfermeiros e sete (7) teacutecnicos de enfermagem De todos os

18

participantes apenas um trabalha no serviccedilo noturno sendo o restante do serviccedilo diurno Os

mesmos satildeo os responsaacuteveis pela instalaccedilatildeo e manipulaccedilatildeo dos os acessos venosos

perifeacutericos supondo assim que tenham maior domiacutenio sobre o assunto abordado

Os sujeitos foram identificados com codinomes referentes agraves princesas da Disney para

que suas identidades sejam preservadas

33 Cenaacuterio

A pesquisa ocorreu na unidade de internaccedilatildeo pediaacutetrica localizada no quinto andar do

Hospital Universitaacuterio do Rio de Janeiro vinculado a uma Universidade Federal

A unidade pediaacutetrica eacute divida em trecircs enfermarias de acordo com a idade das crianccedilas

hospitalizadas sendo denominadas estas Lactente preacute-escolar e escolar A enfermaria

Lactente eacute composta por 5 leitos hospitalizando crianccedilas de 29 dias a 2 anos jaacute na preacute-escolar

encontram-se 6 leitos e acolhe crianccedilas de 2 a 6 anos e na escolar 6 leitos abrigando crianccedilas

de 7 a 12 anos Toda crianccedila hospitalizada tem direito a um acompanhante como eacute

preconizado por direito pelo Artigo doze (12) do Estatuto da Crianccedila e do Adolescente

(Brasil 1990 p3)

A enfermaria conta com um posto de enfermagem localizado no centro da unidade

possibilitando maior visualizaccedilatildeo das enfermarias Possui tambeacutem uma sala de recreaccedilatildeo e

banheiro para os pacientes e acompanhantes Haacute uma sala utilizada pedagogia hospitalar

onde uma professora realiza atividades com as crianccedilas

Vale ressaltar que na unidade haacute uma sala para realizaccedilatildeo de procedimentos dolorosos

como a punccedilatildeo venosa perifeacuterica e sempre que possiacutevel o paciente eacute levado ateacute ela

34 Coleta de dados

A coleta de dados se deu a partir da teacutecnica de entrevista semi-estruturadas que

segundo Minayo Deslandes e Gomes (2007 p 64) satildeo ldquoperguntas fechadas e abertas em que

o entrevistado tem a possibilidade de discorrer sobre o tema em questatildeo sem se prender agrave

indagaccedilatildeo formuladardquo As mesmas foram gravadas em entrevista individual e tiveram como

foco as accedilotildees que os profissionais da equipe de enfermagem realizam acerca dos cuidados

para a permanecircncia do acesso venoso perifeacuterico aleacutem de investigar sobre o conhecimento que

cada um possui sobre o tema

19

Apoacutes contato preacutevio com a equipe de enfermagem foi acordado um dia e horaacuterio para

a realizaccedilatildeo das entrevistas que aconteceram na proacutepria unidade Todos os profissionais da

equipe de enfermagem foram convidados a participar voluntariamente da pesquisa As

entrevistas aconteceram apoacutes os profissionais assinarem o Termo de Consentimento Livre e

Esclarecido (TCLE)

Para Minayo Deslandes e Gomes (2007 p 64) a entrevista possui como principal

objetivo construir dados que sejam pertinentes para a pesquisa aleacutem de ser a estrateacutegia mais

utilizada no processo de trabalho de campo

A coleta foi interrompida no momento em que os dados se mostraram saturados ou

seja quando houve a cessaccedilatildeo do acreacutescimo de informaccedilotildees novas referentes ao tema

proposto

O fechamento amostral por saturaccedilatildeo teoacuterica eacute definido como a suspensatildeo de inclusatildeo

de novos participantes quando os dados obtidos passam a apresentar na avaliaccedilatildeo do

pesquisador certa redundacircncia ou repeticcedilatildeo natildeo sendo considerado relevante continuar a

coleta de dados (FONTANELLA RICAS e TURATO 2008)

35 Questotildees eacuteticas da pesquisa

De acordo com a Resoluccedilatildeo 46612 que visa assegurar os direitos e deveres que

dizem respeito agrave comunidade cientiacutefica aos sujeitos da pesquisa e ao Estado uma pesquisa

que envolve a participaccedilatildeo de seres humanos deve atender aos fundamentos eacuteticos e

cientiacuteficos pertinentes para a seguranccedila dos mesmos Neste contexto toda pesquisa

envolvendo seres humanos deveraacute ser submetida agrave apreciaccedilatildeo de um Comitecirc de Eacutetica em

Pesquisa (CEP) (BRASIL 2012)

Atendendo a esta condiccedilatildeo o projeto de pesquisa foi encaminhado ao CEP ndash do

Hospital Universitaacuterio o qual foi realizada a pesquisa foi analisado e aprovado na Reuniatildeo

com data de 06122013 CAAE 24693613700005243 Nuacutemero do parecer 486451 Com

isso a pesquisa foi desenvolvida mediante aprovaccedilatildeo do CEP atendendo aos preacute-requisitos

estipulados pela Resoluccedilatildeo nordm 46612

Esta pesquisa eacute pautada em princiacutepios eacuteticos que respeitam a dignidade humana e

justiccedila assegurando que natildeo haveraacute nenhum tipo de dano aos participantes

20

Em atendimento a resoluccedilatildeo 46612 do Conselho Nacional de SauacutedeMS apoacutes serem

esclarecidos pela pesquisadora quanto aos aspectos eacuteticos relacionados agrave pesquisa aleacutem das

formas de produccedilatildeo de dados e inserccedilatildeo no estudo os sujeitos da pesquisa assinaram duas

vias do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido ndash TCLE (apecircndice 1) autorizando sua

participaccedilatildeo voluntaacuteria na pesquisa Uma via foi entregue ao participante e outra ficou

arquivada com a pesquisadora

Nesse documento consta os objetivos da pesquisa procedimentos benefiacutecios

previstos garantia de recusa de participaccedilatildeo em qualquer momento de acesso aos resultados

da pesquisa e tambeacutem a garantia de acesso ao pesquisador quando os sujeitos julgarem

necessaacuterio sendo todas essas informaccedilotildees em linguagem acessiacutevel e simples O mesmo foi

apresentado e explicado ao profissional convidado a participar do estudo no primeiro contato

eou durante visita agendada para realizaccedilatildeo da entrevista

Vale ressaltar que esta pesquisa cujo financiamento eacute proacuteprio natildeo oferece nenhum

tipo de riscos para o sujeito da pesquisa e nem para o cuidado das crianccedilas internadas no setor

de pediatria e os benefiacutecios da participaccedilatildeo do mesmo satildeo de aumentar o conhecimento

cientiacutefico na aacuterea de Enfermagem Pediaacutetrica aleacutem de contribuir para a praacutetica profissional

36 Anaacutelise dos dados

O processo de anaacutelise dos dados foi baseada na teacutecnica da Anaacutelise Temaacutetica que para

Minayo Deslandes e Gomes (2007 p 86) o conceito central eacute o tema ldquoO tema eacute a unidade de

significaccedilatildeo que se liberta naturalmente de um texto analisado segundo criteacuterios relativos agrave

teoria que serve de guia da leiturardquo (BARDIN11

A anaacutelise realizada estava de acordo com a sugerida por Minayo (2010 p 315) e

contam com as seguintes etapas preacute-analise exploraccedilatildeo do material tratamento dos

resultados obtidos e interpretaccedilatildeo Atraveacutes dessas etapas tem-se o objetivo de descrever o

conteuacutedo do material coletado e interpretaacute-lo

1979 apud MINAYO DESLANDES

GOMES 2007 p 86)

A preacute analise consiste na escolha dos elementos a serem analisados e na retomada das

hipoacuteteses e dos objetivos iniciais da pesquisa Inicia-se com uma leitura flutuante onde o

11 BARDIN L Anaacutelise de Conteuacutedo Lisboa Ediccedilotildees 70 1979

21

pesquisador toma contato direto com o material adquirido deixando-se impregnar por seu

conteuacutedo Posteriormente haacute a constituiccedilatildeo do Corpus textual onde eacute feita uma seleccedilatildeo dos

documentos que iratildeo contemplar e fornecer informaccedilotildees sobre o tema sendo assim adequados

para dar resposta aos objetivos do trabalho (MINAYO 2010 p 315)

Essa fase preacute-analiacutetica eacute onde se determinam a unidades de registro unidade de

contexto e a partir delas satildeo determinados os temas que seratildeo analisados A unidade de

registro corresponde parte do conteuacutedo selecionado como base para analise e apoacutes a

delimitaccedilatildeo do contexto de compreensatildeo da unidade de registro eacute estabelecida a unidade de

contexto (MINAYO 2010 p 316)

De acordo com os objetivos da pesquisa foi possiacutevel perceber que nove (9)

entrevistas supriam para atender os mesmo encerrando assim a coleta Apoacutes a transcriccedilatildeo das

entrevistas foi realizada leitura das mesmas para natildeo soacute conhecimento do material mas

tambeacutem estabelecer as unidades de registro Em seguida foi realizado o colorimento das falas

assim as classificando de acordo com as unidades de registro estabelecidas

As unidades de registro que surgiram foram os fatores que interferem na manutenccedilatildeo

do acesso venoso perifeacuterico e o apontamento do acompanhante como responsaacutevel pela perda

do acesso venoso perifeacuterico Elas receberam as cores vermelha e laranja respectivamente a

fim de facilitar o agrupamento dos dados A partir disto surgiram as unidades de contexto que

compreendem as falas das entrevistas de modo a exemplificar o contexto das unidades de

registro

Partindo para segunda etapa da analise temaacutetica a exploraccedilatildeo do material que consiste

numa classificaccedilatildeo que visa alcanccedilar o nuacutecleo de compreensatildeo do texto Busca-se encontrar

categorias que satildeo expressotildees ou palavras significativas em funccedilatildeo das quais o conteuacutedo seraacute

organizado Essas categorias satildeo responsaacuteveis pela especificaccedilatildeo dos temas (MINAYO

2010 p 317)

Nesse caso foram definidos os seguintes temas cuidados preacute intra e poacutes procedimento

de punccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico cuidados em desuso para manutenccedilatildeo do acesso

venoso perifeacuterico o acompanhante e a manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico Essas trecircs (3)

categorias seratildeo apresentadas analisadas e discutidas no capitulo seguinte

22

4 RESULTADOS E DISCUSSAtildeO

Nesse capiacutetulo apresento as trecircs categorias temaacuteticas que surgiram da anaacutelise dos

dados e que contemplaram de forma satisfatoacuteria os objetivos da pesquisa A primeira

categoria denominada como ldquoOs cuidados de enfermagem preacute intra e poacutes-procedimento de

punccedilatildeo do acesso venoso perifeacutericordquo traz os passos e cuidados que os profissionais realizam

antes durante e apoacutes a punccedilatildeo buscando descrever e analisar os fatores envolvidos na pratica

do procedimento em questatildeo que emergiram das entrevistas aleacutem dos cuidados de

enfermagem para a manutenccedilatildeo do mesmo

A segunda categoria que seraacute apresentada eacute ldquoOs cuidados em desuso para manutenccedilatildeo

do acesso venoso perifeacutericordquo que mostra os cuidados que os profissionais citaram como natildeo

mais utilizados para auxiliar na manutenccedilatildeo da punccedilatildeo venosa perifeacuterica

E a uacuteltima categoria eacute denominada ldquoO acompanhante e a manutenccedilatildeo do acesso

venoso perifeacutericordquo e traz a responsabilizaccedilatildeo do acompanhante pelos profissionais do setor

em relaccedilatildeo aos cuidados com manutenccedilatildeo da punccedilatildeo Essa categoria busca tambeacutem ressaltar a

funccedilatildeo do acompanhante durante a hospitalizaccedilatildeo da crianccedila destacando que determinados

cuidados satildeo de total funccedilatildeo da equipe de enfermagem

41 Os cuidados de enfermagem preacute intra e poacutes-procedimento de punccedilatildeo do acesso

venoso perifeacuterico

Para interpretar as unidades de contextos tive como base autores que definiram os

cuidados de enfermagem preacute intra e poacutes punccedilatildeo venosa perifeacuterica Para esses autores a fase

de preacute-punccedilatildeo compreende as accedilotildees de anaacutelise e conhecimento da prescriccedilatildeo avaliaccedilatildeo e

23

preparo emocional do paciente preparo do material e medicaccedilatildeo seleccedilatildeo do siacutetio de inserccedilatildeo

e dilataccedilatildeo da veia selecionada As accedilotildees envolvidas na punccedilatildeo satildeo a execuccedilatildeo das

precauccedilotildees-padratildeo antissepsia da pele punccedilatildeo do vaso a fixaccedilatildeo e curativo do cateter

Finalmente na etapa de poacutes-punccedilatildeo adota-se a identificaccedilatildeo da punccedilatildeo o descarte apropriado

das partes dos materiais natildeo utilizados a orientaccedilatildeo do paciente acerca da terapecircutica o

controle da infusatildeo atraveacutes do gotejamento se necessaacuterio e o registro do procedimento

Phillips12

De acordo com as entrevistas a seleccedilatildeo do local de punccedilatildeo eacute indicada com um fator

que interfere diretamente no tempo de permanecircncia do acesso venoso perifeacuterico visto que

dependendo do local ocorre a perda mais rapidamente Aleacutem da localizaccedilatildeo citaram tambeacutem

o calibre da veia como interferecircncia na manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico Seguem

abaixo algumas falas

(2001 apud ARAUacuteJO 2007 p18)

ldquoPrimeira coisa eacute vocecirc procurar bem a veia colocar uma veia de um bom calibre Se puder dar preferecircncia a natildeo puncionar dobrasrdquo (Cinderela) ldquoDependendo de onde estiver puncionado se for na matildeozinha a crianccedila fica toda hora ta mexendo taacute manipulando alguma coisa e se for no pezinho tambeacutem nem todo tempo vai ficar acamada entatildeo acaba perdendo o acessordquo(Bela ) ldquoO mau posicionamento pode levar a perdardquo (Rapunzel)

A opiniatildeo dos profissionais acima vai de encontro com o que eacute encontrado na

literatura visto que eacute de suma importacircncia que o mesmo avalie o cliente e considere alguns

aspectos para uma escolha criteriosa e eficaz como a finalidade da punccedilatildeo o tipo de soluccedilatildeo

a ser infundida a condiccedilatildeo da rede venosa a duraccedilatildeo da terapia idade do cliente habilidade

cognitiva da crianccedila a preferecircncia do cliente o que nem sempre seraacute possiacutevel satisfazer e

tambeacutem a sua atividade (ARAUacuteJO 2007 p31)

Os cuidados com o acesso venoso perifeacuterico satildeo importantes antes mesmo da

realizaccedilatildeo do procedimento Levando em consideraccedilatildeo que um erro durante a fase de preacute-

procedimento como a escolha errada do local de punccedilatildeo por exemplo poderaacute levar a perda

do acesso e prejudicar assim o tratamento aleacutem do bem-estar da crianccedila que seraacute puncionada

novamente

12 PHILLIPS L D Manual de terapia intravenosa 2ed Porto Alegre Artmed 2001

24

O vaso sanguiacuteneo que o profissional selecionar como local para puncionar deve ser

suficiente para suportar o calibre e o comprimento do cateter aleacutem de atender a necessidade

terapecircutica para que natildeo haja a necessidade de uma nova punccedilatildeo

A punccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico eacute um procedimento doloroso e de grande

incomodo para a crianccedila com isso eacute de suma importacircncia realizar a seleccedilatildeo preacutevia do

material poreacutem natildeo foi citado Outro cuidado rotineiro e natildeo menos importante como a

lavagem das matildeos antes da colocaccedilatildeo do acesso tambeacutem natildeo foi mencionado durante as

entrevistas

O preparo emocional da crianccedila e do acompanhante quanto ao procedimento deve ser

considerada praacutetica rotineira para a equipe de enfermagem O profissional de enfermagem

deve lavar as matildeos objetivando a reduccedilatildeo significativa de risco de infecccedilatildeo e recomenda-se o

uso de aacutegua e sabatildeo para lavagem das matildeos antes da colocaccedilatildeo do cateter venoso perifeacuterico

(PHILLIPS13

O preparo preacutevio do material para instalaccedilatildeo do cateter venoso perifeacuterico eacute importante

para evitar interrupccedilotildees do procedimento e consequentemente um maior tempo de

manipulaccedilatildeo da crianccedila (SILVA

2001apud ARAUacuteJO 2007 Centers for Disease Control and Prevention ndash CDC

2002 apud ARAUacuteJO 2007)

14

Outro aspecto citado e classificado como preacute-procedimento eacute o cuidado com a

medicaccedilatildeo a ser administrada incluindo cuidados com a diluiccedilatildeo e composiccedilatildeo da mesma

Seguem algumas das falas

2004 apud ARAUacuteJO 2007 p30)

ldquoEstar sempre diluindo as medicaccedilotildees de acordo com a prescriccedilatildeo meacutedica pois as medicaccedilotildees satildeo muito fortes e podem causar enfraquecimento da veia Tem que diluir direitinho e passar lento na veiardquo (Cinderela) ldquoTer cuidado principalmente quando eacute crianccedila e a diluiccedilatildeo da medicaccedilatildeo tambeacutem agraves vezes natildeo eacute pra passar em perifeacuterico e na segunda dose jaacute perdeurdquo (Alice)

O acesso venoso perifeacuterico eacute a primeira alternativa para infusatildeo intravenosa por ser de

mais faacutecil acesso e rapidez no efeito da medicaccedilatildeo O profissional de enfermagem deve ter

domiacutenio natildeo soacute relacionado agrave infusatildeo das medicaccedilotildees mas tambeacutem com a composiccedilatildeo

13 PHILLIPS L D Manual de terapia intravenosa 2ed Porto Alegre Artmed 2001 14 SILVA G R G Terapia intravenosa em receacutem-nascidos ndash orientaccedilotildees para o cuidado de Enfermagem Rio de Janeiro Cultura Meacutedica 2004

25

farmacoloacutegica das mesmas os efeitos adversos e colaterais que a droga pode causar inclusive

em relaccedilatildeo a diluiccedilatildeo o que normalmente eacute estabelecido como padratildeo no setor de acordo com

cada faacutermaco

Com a intenccedilatildeo de promover a eficaacutecia terapecircutica dos medicamentos administrados

por via intravenosa eacute atribuiccedilatildeo do profissional de enfermagem implementar teacutecnicas como a

diluiccedilatildeo acondicionamento e cuidados na administraccedilatildeo de faacutermacos a fim de evitar

prejuiacutezos no tratamento resultantes da incompatibilidade medicamentosa (PETERLINI

CHAUD e PEDREIRA 2006)

Os fatores intra-procedimento satildeo considerados aqueles diretamente relacionados com

o procedimento Os dados colidos nas entrevistas ressaltaram apenas a fixaccedilatildeo com um fator

que interfere nessa fase Este foi o dado mais repetitivo nas entrevistas poreacutem sempre citado

de forma superficial Seguem as falas dos profissionais quando questionados sobre o que era

importante para manutenccedilatildeo do acesso

ldquoTem que fazer uma boa fixaccedilatildeo Porque quando a pessoa natildeo fixa bem prejudica porque aquilo vai soltando e quando vocecirc vecirc jaacute perdeu a veiardquo(Cinderela) ldquoEu acho que natildeo tem o que fazer para manter o acesso A crianccedila vai ficar uns dias X com aquele acesso pra fazer medicaccedilatildeo e eu acho que natildeo tem o que vocecirc profissional fazer para que natildeo percardquo (Aurora) ldquoA fixaccedilatildeo evita a movimentaccedilatildeo excessiva no local que estaacute o acessordquo (Ariel) ldquoTer cuidado com o curativo saber manusear E manter sempre o curativo limpo trocar se necessaacuteriordquo (Rapunzel) ldquoA fixaccedilatildeo eacute muito importante pra natildeo soltar o acesso e pra ele ficar mais tempordquo(Mulan)

Oliveira Bezerra e Pereira (2008 p 94) afirmam que de acordo com o revelado por

determinados estudos o tipo de curativo a fixaccedilatildeo do cateter e o tempo de permanecircncia estatildeo

diretamente relacionados com a ocorrecircncia de complicaccedilotildees infecciosas como flebites e

tambeacutem infiltraccedilatildeo extravasamento desconexatildeo e deslocamento do cateter

26

Para Pettit e Kraus15

Potter

(1995 apud MACHADO PEDREIRA E CHAUD2005 p292) a

gaze esteacuteril fixada com a fita adesiva hipoalergecircnica bem como a peliacutecula transparente esteacuteril

satildeo os materiais mais recomendados para curativo e fixaccedilatildeo de cateter venoso perifeacuterico

16

Jaacute as peliacuteculas transparentes mais conhecidas como filme permitem a respiraccedilatildeo

normal da pele com alta permeabilidade ao oxigecircnio e vapores e eacute impermeaacutevel a liacutequidos e

micro-organismos (SILVA E ZANETTI 2004 p233) Aleacutem disso permitem tambeacutem a

visualizaccedilatildeo contiacutenua do local de punccedilatildeo permitindo assim avaliaccedilatildeo do mesmo natildeo soacute

durante a infusatildeo de medicaccedilotildees mas tambeacutem todo o tempo

(1998 apud SILVA E ZANETTI 2004 p233) afirma que nas fixaccedilotildees em

que se utiliza a gaze esteacuteril preconiza-se a utilizaccedilatildeo de teacutecnica asseacuteptica Neste curativo a

gaze esteacuteril eacute colocada sobre o siacutetio de inserccedilatildeo e suas bordas satildeo fixadas com fita adesiva

A observaccedilatildeo da punccedilatildeo eacute muito importante pois se o local de inserccedilatildeo se mostrar

com sinais e sintomas de complicaccedilotildees a terapia deve ser suspensa (OLIVEIRA BEZERRA

e PEREIRA 2008 p95)

A visualizaccedilatildeo contiacutenua do acesso permite que a equipe de enfermagem possa realizar

uma observaccedilatildeo mais particularizada em relaccedilatildeo agraves condiccedilotildees do acesso venoso perifeacuterico

podendo observar se haacute deslocamento do cateter sinais de infiltraccedilatildeo e tambeacutem sinais de

infecccedilatildeo

Para Silva Barbato e Valente (2013 p 1200) cabe ao enfermeiro fazer a avaliaccedilatildeo

diaacuteria e cuidadosa do curativo observando a presenccedila de umidade sujidade integridade do

oacutestio de inserccedilatildeo a fixaccedilatildeo bem como a realizaccedilatildeo do curativo e das anotaccedilotildees legais

competentes agraves suas funccedilotildees

A fase poacutes-procedimento eacute caracterizada por uma seacuterie de cuidados que a equipe de

enfermagem deve realizar para que se obtenha maior tempo de permanecircncia do acesso venoso

perifeacuterico Durante as entrevistas os cuidados citados foram a salinizaccedilatildeo do acesso cuidados

para evitar a flebite e a velocidade de infusatildeo

15 Pettit DM Kraus V The use of gauze versus transparent dressings for peripheral intravenous catheter sites Nurs ClinNorth Am 1995 30(3)495-506 16 Potter P Perry AG Fundamentos de enfermagem processo conceito e praacutetica 3ordf ed Santos(SP) Guanabara Koogan19981397pp801-43

27

ldquoManter um acesso bem salinizado que vocecirc lave pelo menos de duas de trecircs em trecircs horas Se bem que isso aqui na pediatria natildeo eacute muito comum aqui a gente soacute lava cada vez que vai fazer medicaccedilatildeo mas se eu natildeo me engano a literatura preconiza isso vocecirc lavar pelo menos de quatro em quatro horas o acessordquo (Aurora)

ldquoPra manter o acesso venoso perifeacuterico eacute importante manter ele salinizado Assim que a gente recebe o plantatildeo eu vou ver se o acesso ta peacutervio com uma ldquoseringuinhardquo vai la da uma ldquolavadinhardquo e vecirc se o acesso ta peacutervio e manter o acesso salinizadordquo (Ariel)

ldquoSalinizar de 6 em 6 horas para manter ele peacuterviordquo (Alice)

ldquoTem que passar lento a medicaccedilatildeo e a limpeza da aacuterea vocecirc tem que limpar bem a aacuterea pra vocecirc natildeo formar uma flebiterdquo (Cinderela)

A salinizaccedilatildeo do acesso eacute um cuidado simples e de grande importacircncia Esse cuidado

deve ser realizado para manter o acesso peacutervio e limpo e deve ser realizado antes e apoacutes

qualquer infusatildeo

Para Moncaio e Figueiredo (2009)

a ldquosalinizaccedilatildeordquo consiste em administrar sob pressatildeo positiva soluccedilatildeo salina (Soro fisioloacutegico a 09) logo apoacutes o teacutermino da infusatildeo da medicaccedilatildeo Este procedimento visa prevenir a formaccedilatildeo de trombos e fibrina evitar o contato de drogas incompatiacuteveis (quando da infusatildeo de mais de um item medicamentoso no mesmo horaacuterio) garantir a infusatildeo de todo o medicamento que possa ter ficado no sistema aleacutem de evitar retorno sanguiacuteneo mantendo o cateter peacutervio para a proacutexima infusatildeo

Durante a coleta de dados esse cuidado surgiu em diversos momentos poreacutem foi

possiacutevel perceber que os profissionais realizam o mesmo de forma banalizada Natildeo sabem de

fato a real funccedilatildeo de manter o acesso salinizado A impressatildeo que passa eacute que eles

aprenderam que esse cuidado deveria ser feito e simplesmente fazem Haacute divergecircncias

tambeacutem entre a equipe em relaccedilatildeo ao momento que deve ser realizada a salinizaccedilatildeo e isso nos

mostra a desatualizaccedilatildeo dos profissionais do setor e a falta de uma educaccedilatildeo continuada no

hospital

Os cuidados para evitar a flebite e a velocidade de infusatildeo da medicaccedilatildeo apareceram

menos nas entrevistas e interferem diretamente com a manutenccedilatildeo do acesso venoso

perifeacuterico

28

A flebite eacute uma inflamaccedilatildeo na veia puncionada ocorrendo quando as ceacutelulas

endoteliais da parede da veia que o cateter estaacute inserido tornam-se inflamadas e irregulares

propiciando a aderecircncia de plaquetas e predispondo a veia a inflamaccedilatildeo Eacute comum que o local

se apresente dolorido hiperemiado quente e edemaciado e nesses casos eacute aconselhada a

retirada do cateter Uma boa fixaccedilatildeo do cateter perifeacuterico eacute recomendada por autores na

literatura visto que previnem deslocamento faacutecil e permitem uma boa visualizaccedilatildeo do local

evitando complicaccedilotildees como a flebite e infiltraccedilatildeo (MOLDES et al 2011 p 330)

Dentre as principais falhas de infusatildeo venosa estatildeo flebite infiltraccedilatildeo hematoma e

obstruccedilatildeo Acredita-se que para reduzir a incidecircncia destas nas unidades pediaacutetricas eacute preciso

a adoccedilatildeo de estrateacutegias tais como a abordagem junto agrave equipe em parceria com o setor de

educaccedilatildeo permanente e a adoccedilatildeo do uso da teacutecnica corretamente e de forma asseacuteptica para a

realizaccedilatildeo da punccedilatildeo venosa perifeacuterica em acordo com a comissatildeo de controle de infecccedilatildeo

hospitalar (SILVA BARBATO e VALENTE 2013 p 1200)

A incapacidade do paciente em relatar dor no siacutetio de administraccedilatildeo do faacutermaco quer

pela idade ou condiccedilatildeo cliacutenica e o local de inserccedilatildeo como tambeacutem a velocidade de infusatildeo do

medicamento (gt25mgmin) satildeo classificados como fatores de risco para a perda do acesso

venoso perifeacuterico (MARTINS SILVINO e DIAS 2010)

42 Os cuidados em desuso para manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico

Essa categoria discorre sobre os cuidados de enfermagem que com o passar do tempo

foram desconsiderados e natildeo satildeo mais utilizados Quando questionados em relaccedilatildeo a vivencia

profissional e cuidados que discordavam os entrevistados citaram o uso da tala para fixaccedilatildeo

uso de heparina e os cuidados em relaccedilatildeo ao tempo de permanecircncia do cateter Haacute muitas

controveacutersias em relaccedilatildeo aos cuidados citados acima

O tempo de permanecircncia interfere diretamente no aparecimento de complicaccedilotildees

como flebite e que acabam levando a perda do acesso venoso perifeacuterico mais rapidamente

aconselhando assim a troca do mesmo entre 76 a 96 horas Poreacutem eacute preconizada a retirada do

cateter apenas se finalizar o tratamento ou houver alguma interferecircncia

ldquoA gente observa tambeacutem o tempo dependendo do tempo tem que tirarrdquo (Alice)

29

ldquoHoje eu natildeo sei como que eacute essa questatildeo do tempo porque a gente trocava o acesso a cada quatro dias agora o pessoal jaacute diz que pode trocar em ateacute uma semana entatildeo natildeo sei como que ta isso e o que tem escrito em relaccedilatildeo a isso (Aurora)

Sabe-se que o tempo para troca do cateter de teflon ou poliuretano varia de 72 a 96

horas com o intuito de reduzir risco de infecccedilatildeo e flebite e para minimizar esses riscos nas

seguintes situaccedilotildees diante de sinais inflamatoacuterios no local de inserccedilatildeo e sempre que houver

mau funcionamento do cateter (SANTOS17

Entretanto o Center for Disease Control and Prevention - CDC (2002) diz que em

pacientes pediaacutetricos natildeo foi observada relaccedilatildeo quanto ao tempo de permanecircncia do cateter e

ocorrecircncia de complicaccedilotildees devendo ser mantido ateacute o teacutermino da terapia intravenosa ou

quando forem observados sinais cliacutenicos de complicaccedilotildees

2004 apud OLIVEIRA BEZERRA e PEREIRA

2008 p 93)

Eacute possiacutevel observar a diferenccedila do conhecimento pratico dos profissionais

entrevistados em relaccedilatildeo ao conhecimento encontrado na literatura E ainda contendo duacutevidas

natildeo haacute uma busca da parte dos mesmos para esclarececirc-las

O uso da heparina com a finalidade de manter o acesso peacutervio por um periacuteodo maior

de tempo mostra-se com mais certeza quanto ao desuso nos dados colidos

ldquoAntigamente a gente usava heparina entatildeo a gente ficava tranquila em relaccedilatildeo agrave obstruccedilatildeo mas agora natildeo a gente usa o soro fisioloacutegico e a gente deixa salinizadordquo (Aurora)

Rang e Dale 18(1998 apud DOPICO e OLIVEIRA 2006) afirmam que a heparina

inibe a formaccedilatildeo de coaacutegulos de fibrina in vitro e in vivo e que seu efeito anticoagulante eacute

praticamente imediato Com isso Phillips19

17 Santos W Lavagem das matildeos In R Luiz Santos W Manual baacutesico de prevenccedilatildeo e controle das infecccedilotildees hospitalares do HRU Fortaleza Hospital Regional Unimed 2004

(2001 apud DOPICO e OLIVEIRA 2006)

ressalta que a teacutecnica de manutenccedilatildeo intermitente de cateteres intravenosos com soluccedilatildeo

salina 09 classificada como salinizaccedilatildeo tem sido pesquisada haacute alguns anos apresentando

em relaccedilatildeo ao uso da heparina vantagens como o baixo custo ser um procedimento mais

18 Rang HP Dale M M Hemostasia e Trombose In Rang HP Dale M M Farmacologia Rio de Janeiro Guanabara Koogan 1998 p235-47 19 PHILLIPS L D Manual de terapia intravenosa 2ed Porto Alegre Artmed 2001

30

simples aleacutem de eliminar a possibilidade de incompatibilidade com as drogas e soluccedilotildees

administradas aleacutem da inexistecircncia de riscos ao paciente Entretanto sabe-se que a literatura

ainda natildeo fornece consenso acerca da soluccedilatildeo mais indicada para manutenccedilatildeo da

permeabilidade do cateter venoso perifeacuterico

Eacute importante ressaltar que muitas instituiccedilotildees do nosso paiacutes nem ao menos tecircm o

conhecimento da praacutetica da salinizaccedilatildeo com soluccedilatildeo salina 09 No que se refere agrave pesquisa

cientiacutefica as limitaccedilotildees desta praacutetica satildeo atribuiacutedas agrave ausecircncia de um maior nuacutemero de

estudos controlados para validar sua eficaacutecia (EPPERSON20

Apesar de natildeo ser encontradas publicaccedilotildees acerca do tema a utilizaccedilatildeo de heparina

mostra-se como uma pratica natildeo mais utilizada pelos profissionais de enfermagem Outro

tema onde haacute controveacutersias e tambeacutem poucas citaccedilotildees eacute o uso da tala para fixaccedilatildeo do acesso

venoso perifeacuterico Seguem abaixo a opiniatildeo de alguns dos profissionais entrevistados

1984 apud DOPICO e

OLIVEIRA 2006)

ldquoA uacutenica coisa que eu natildeo gosto de ver eacute quando se coloca tala para imobilizar dizendo que a tala vai ajudar a natildeo perder a veia Isso eu natildeo concordo acho que a tala prejudica a crianccedila fica incomodada faz dor no membrordquo (Cinderela)

ldquoAntigamente a gente usava muito tala e as vezes eu pego isso aqui ai eu falo gente tala natildeo se usa mais natildeo faz parte mais da fixaccedilatildeo vocecirc pode fixar de uma forma que a crianccedila natildeo perca A tala eu acho que ela traumatiza um pouco ainda mais se vocecirc pegar um acesso na dobra vocecirc vai fazer com que a crianccedila fique com o braccedilo esticado muito tempo eu acho que pode causar uma lesatildeo depois e a literatura jaacute fala que eacute desnecessaacuteria natildeo precisa maisrdquo (Aurora) ldquoAntigamente usavam tala mas hoje em dia quase natildeo se vecirc mais e eu acho que a tala atrapalha porque a crianccedila fica imobilizada no membro ai fica mais irritadardquo (Rapunzel) ldquoLaacute no meu outro trabalho alguns usam a tala Eu acho que a tala ajuda ateacute a perder mais raacutepido porque a crianccedila fica incomodada vai querer mexer naquilordquo (Mulan)

20 Epperson EL Efficacy of 09 sodium chloride injection with without heparin for maintenance indwelling intermittent injection sites Clin Pharm1984 3(5)26

31

Almeida e Sabateacutes21

Entretanto haacute estudo que comprovam que o uso da tala natildeo se mostra tatildeo eficiente e

apresenta-se como uma praacutetica controversa O estudo foi realizado em crianccedilas ateacute os 12 anos

utilizando imobilizaccedilatildeo com tala e em mais de metade dos casos (553) ocorreu infiltraccedilatildeo

o que indicia a ineficaacutecia desta praacutetica (MACHADO PEDREIRA e CHAUD 2008 apud

BATALHA et al 2010 p512)

(2008 apud BATALHA et al 2010 p512) afirmam que a teacutecnica

de fixaccedilatildeo dos CVP com uso de imobilizaccedilatildeo com tala para restriccedilatildeo ou limitaccedilatildeo dos

movimentos articulares proacuteximo do local da punccedilatildeo estaacute indicado nas matildeos punhos cotovelo

e maleacuteolo

Para Batalha et al (2010 p512) o uso desta praacutetica parece natildeo se coadunar com o

atual uso de cateteres flexiacuteveis tipo abocath em detrimento de agulhas metaacutelicas Talvez por

isso comecem a surgir novas teacutecnicas de fixaccedilatildeo dos CVP que natildeo exigem imobilizaccedilatildeo das

articulaccedilotildees com talas

Aleacutem de natildeo haver uma confirmaccedilatildeo dos benefiacutecios causados pelo uso da tala a

imobilizaccedilatildeo causa incocircmodo para a crianccedila que fica com o membro imoacutevel podendo causar

dor e tambeacutem irritaccedilatildeo O uso desse tipo de fixaccedilatildeo tambeacutem impede a visualizaccedilatildeo frequente

do acesso venoso afetando assim os cuidados de observaccedilatildeo da equipe de enfermagem

43 O acompanhante e a manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico

A presente categoria vai discutir um assunto importante que surgiu durante as

entrevistas de forma inesperada Alguns dos profissionais entrevistados citaram o descuido do

acompanhante como um fator causador da perda do acesso venoso perifeacuterico Seguem abaixo

algumas falas

ldquoA matildee sempre acompanha e tem matildee que natildeo tem cuidado natildeo vigia e a gente tem que ficar pedindo pra olhar tomar contardquo (Aurora)

ldquoEm relaccedilatildeo ao acompanhante porque a crianccedila natildeo vai avaliar entatildeo o acompanhante que estar ali tem que avaliar direitinho natildeo deixar a crianccedila mexer ou puxarrdquo (Bela)

ldquoNatildeo eacute toda matildee que esta vigiando que cuida pra que a crianccedila natildeo perca o acessordquo (Jasmine)

21 Almeida FA Sabateacutes AL Enfermagem pediaacutetrica a crianccedila o adolescente e a sua famiacutelia no hospital Satildeo Paulo(SP) Manole 2008

32

ldquoAcho que leva a perda quando o acompanhante natildeo coopera as vezes a gente faz a imobilizaccedilatildeo na crianccedila e as vezes eles ateacute retiram e a proacutepria crianccedila agitada ela mesmo arrancardquo (Branca de Neve)

ldquoAgraves vezes a proacutepria crianccedila que a matildee deixa muito solta ai solta o acessordquo (Mulan)

Apoacutes a implementaccedilatildeo da lei que garante um acompanhante ao paciente pediaacutetrico a

presenccedila do familiarresponsaacutevel durante a hospitalizaccedilatildeo mudou a rotina da equipe de

enfermagem trazendo duacutevidas quanto a real funccedilatildeo do acompanhante e fazendo com que a

mesma viesse a delegar certos cuidados para acompanhante

A Promulgaccedilatildeo da Lei 8069 do Estatuto da Crianccedila e do Adolescente (ECA) em

1990 no seu artigo 12deg garante agrave crianccedila ou ao adolescente o direito de ter um responsaacutevel

que o acompanhe durante a hospitalizaccedilatildeo (1990)

Desde a sua implantaccedilatildeo as unidades vecircm sofrendo um processo de reorganizaccedilatildeo de

suas praacuteticas A inserccedilatildeo da famiacutelia modifica a organizaccedilatildeo do processo de trabalho o que

requer dos profissionais uma compreensatildeo em relaccedilatildeo agrave dinacircmica das relaccedilotildees interpessoais

(COLLET e ROCHA 2004)

Pimenta e Collet (2009) ressaltam que natildeo haacute nenhuma regulamentaccedilatildeo sobre a

participaccedilatildeo da famiacutelia nos cuidados e no entanto a mesma desempenha atividades junto agrave

crianccedila durante a hospitalizaccedilatildeo que devem ser levadas em consideraccedilatildeo A falta de

reconhecimento desse fato fez com que a equipe de enfermagem e famiacutelia natildeo possuiacutessem

uma relaccedilatildeo aberta e vivessem uma relaccedilatildeo silenciosa e impliacutecita de poder na qual a famiacutelia

acaba assumindo as relaccedilotildees do cuidado agrave crianccedila de responsabilidade da enfermagem

A negociaccedilatildeo entre matildees e equipe de enfermagem em relaccedilatildeo aos cuidados agrave crianccedila

hospitalizada natildeo eacute uma tarefa faacutecil tendo em vista que natildeo se tem claro qual o seu novo

papel neste processo (COLLET e ROCHA 2004)

Eacute possiacutevel ver nas falas que a presenccedila do acompanhante causa para a equipe de

enfermagem a seguranccedila de ter algueacutem para ldquovigiarrdquo ldquotomar contardquo e natildeo deixar que a

crianccedila hospitalizada perca o acesso venoso quando na verdade eacute funccedilatildeo da equipe de

enfermagem cuidados referentes ao acesso venoso perifeacuterico

33

Jaacute o acompanhante eacute definido pelo Ministeacuterio da Sauacutede como uma pessoa significativa

para a crianccedila que representa sua rede social e que vai acompanhaacute-lo durante a permanecircncia

no ambiente hospitalar ressaltando assim sua importacircncia Esse fato se reforccedila visto que a

crianccedila encontra nos familiares a forccedila e seguranccedila necessaacuteria para encarar todo esse processo

doloroso e desconhecido (MURAKAMI e CAMPOS 2011 p255)

O acompanhante aleacutem de minimizar o sofrimento do paciente pediaacutetrico faz com que

o mesmo sinta-se mais a vontade Eacute importante ressaltar que o familiarresponsaacutevel natildeo soacute

pode como deve participar das atividades da crianccedila no hospital desde que estas natildeo sejam

competecircncias dos profissionais que os cercam Essas atividades satildeo caracterizadas como

semelhantes aos que eles realizam diariamente fora do ambiente hospitalar como o banho

Poreacutem no caso de um paciente com punccedilatildeo venosa perifeacuterica o profissional de enfermagem

deve auxiliar no cuidado para que essa natildeo se perca

Os cuidados dos familiaresacompanhantes satildeo os mesmos que os desenvolvidos no

domiciacutelio e os cuidados prestados pela equipe de enfermagem satildeo aqueles que demandam

conhecimento teacutecnico-cientiacutefico especializado (SOUZA e OLIVEIRA 2010 p558)

Mesmo alguns cuidados parecerem simples e rotineiros quando eacute prestado no

hospital assumem novas caracteriacutesticas com o uso de dispositivos tecnoloacutegicos os quais se

tornam complexos (PIMENTA E COLLET 2009)

O ato de cuidar envolve o respeito agrave maneira como vive cada indiviacuteduo de acordo

com suas crenccedilas valores costumes e cultura A famiacutelia como uma instituiccedilatildeo atende agraves

necessidades bioloacutegicas de seus membros sendo sua responsabilidade cuidar e criar os filhos

incluindo a obrigaccedilatildeo da alimentaccedilatildeo higiene vestuaacuterio e moradia (ELSEN22

Nas entrevistas podemos verificar falas em que o acompanhante eacute citado como

responsaacutevel por avaliar a punccedilatildeo venosa A equipe de enfermagem deve sempre partir do

pressuposto que o familiar acompanhante natildeo tem conhecimento cientiacutefico e certo tipo de

cuidado natildeo deve se delegado para o mesmo mostrando assim a importacircncia da orientaccedilatildeo do

acompanhante quanto aos procedimentos dispositivos utilizados e cuidados em que os

etal 1994

apud SOUZA e OLIVEIRA 2010 p 553)

22 Elsen I Patriacutecio ZM Assistecircncia agrave crianccedila hospitalizada tipos de abordagens e suas implicaccedilotildees para a enfermagem In A enfermagem em pediatria e puericultura Rio de Janeiro (RJ) Atheneu 2005

34

mesmos possam auxiliar Seguem abaixo as falas onde os profissionais ressaltaram a

importacircncia da orientaccedilatildeo do acompanhante

ldquoNem sempre a crianccedila vai entender o porque de estar com aquele acesso entatildeo tem que ter uma orientaccedilatildeo do acompanhanterdquo (Bela)

ldquoTem que haver orientaccedilatildeo do acompanhante para os cuidadosrdquo (Ariel)

ldquoAgraves vezes tem ate o exemplo de um pai que natildeo deixa trocar o acesso jaacute tinha mais de uma semana e ele natildeo queria que trocasse ai faz febre e natildeo sabe da onderdquo (Alice)

Para Souza e Oliveira (2010 p555) deve haver uma preocupaccedilatildeo em orientar

considerando que o outro natildeo tem nenhum tipo de conhecimento sobre o assunto Poreacutem

Queiroz e Jorge23

Apesar das dificuldades o profissional de enfermagem deve estabelecer um viacutenculo de

confianccedila com o acompanhante buscando sempre deixaacute-los ciente das situaccedilotildees e fazendo-os

participar dos cuidados plausiacuteveis sem causar nenhum dano agrave crianccedila e de maneira alguma

abandonar suas atribuiccedilotildees

(2004 apud SOUZA e OLIVEIRA 2010 p 556) ressaltam que apesar de os

profissionais terem intenccedilatildeo de orientar os cuidados para a sauacutede repassam conhecimentos

elaborados cientificamente dificultando a compreensatildeo do familiar aleacutem de a relaccedilatildeo se dar

de maneira vertical assimeacutetrica e coercitiva

23 Queiroz MVO Jorge MSB Accedilotildees educativas no cuidado infantil e intervenccedilotildees dos profissionais junto agraves famiacutelias Acta Scientiarum Maringaacute 2004 janjun 26(1) 27-34

35

CONCLUSAtildeO

Atraveacutes desse estudo foi possiacutevel descrever e analisar os cuidados que os profissionais

de enfermagem realizam acerca da permanecircncia do acesso venoso perifeacuterico Aleacutem disso a

realizaccedilatildeo da pesquisa permitiu identificar a desarticulaccedilatildeo do processo de enfermagem e a

praacutetica desconectada da produccedilatildeo cientiacutefica caracterizando a falta de uma educaccedilatildeo

continuada efetiva

A anaacutelise dos dados demonstra o processo de punccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico

ressaltando a importacircncia de cuidados como a seleccedilatildeo do local a diluiccedilatildeo da medicaccedilatildeo a

realizaccedilatildeo de uma boa fixaccedilatildeo a atenccedilatildeo com a velocidade de infusatildeo os cuidados com os

sinais de infecccedilatildeo e salinizaccedilatildeo do acesso natildeo deixando de salientar cuidados em desuso

como o uso da heparina da tala e duvidas em relaccedilatildeo ao tempo de permanecircncia Evidenciou

tambeacutem que a equipe de enfermagem delega alguns cuidados para os acompanhantes

Natildeo foi possiacutevel perceber o niacutevel de conhecimento cientiacutefico dos profissionais visto

que eles em nenhum momento por natildeo saberem ou por medo de se expor natildeo explicaram de

fato nenhum cuidado que disseram realizar Sempre citaram de forma superficial e direta

deixando claro tambeacutem que o pesquisador natildeo os indagou quanto a isso Poreacutem creio que

diante de cuidados tatildeo importantes e de frequente praacutetica os mesmos falariam facilmente

sobre os cuidados de enfermagem na permanecircncia do acesso venoso perifeacuterico

Apesar dos entrevistados citarem alguns fatores e cuidados realizados de forma

correta eacute visiacutevel que os mesmos realizam os cuidados com a punccedilatildeo e a permanencia do

acesso de forma automaacutetica sem unir a praacutetica com o fundamento do mesmo

Eacute importante destacar tambeacutem a importacircncia do preparo emocional da crianccedila como

tambeacutem os cuidados com a famiacutelia dos mesmos O trabalho de humanizaccedilatildeo realizado pela

36

enfermagem faz grande diferenccedila nessas situaccedilotildees visto que os pacientes e acompanhantes

tendo conhecimento do que seraacute realizado ficariam mais tranquilos

O estudo contribuiu para o campo do ensino nesta aacuterea dando destaque ao importante

papel que o profissional de enfermagem deve desempenhar no cuidado e na manutenccedilatildeo do

acesso venoso perifeacuterico Contudo vale ressaltar a importacircncia do incentivo ao profissional a

buscar na literatura natildeo soacute esclarecimento de suas duvidas mas tambeacutem novos

conhecimentos

Pode colaborar ainda para a realizaccedilatildeo de novas pesquisas na aacuterea procurando

eliminar duacutevidas e controveacutersias sobre o tema Buscando assim a realizaccedilatildeo de um cuidado de

enfermagem articulado e eficaz promovendo o bem-estar do paciente pediaacutetrico durante a

hospitalizaccedilatildeo

37

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43

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THOMAZINE Angeacutelica Malman PASSOS Rocircmulo Silva BAY JUacuteNIOR Osvaldo Goacutees

COLLET Neusa OLIVEIRA Beatriz Rosana Gonccedilalves de Assistecircncia de enfermagem agrave

crianccedila hospitalizada um resgate histoacuterico Ciˆnc cuid sapoundde 7(supl1) 145-152 maio 2008

Disponiacutevel em lt httpwwwperiodicosuembrojsindexphpCiencCuidSaudearticleview65873899 Acesso

em 01 de julho de 2013

44

APEcircNDICE I

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO Tiacutetulo Do Projeto Os cuidados de enfermagem acerca dos acessos venosos perifeacutericos na unidade pediaacutetrica Pesquisador Responsaacutevel Rosane Cordeiro Burla de Aguiar Eny Dorea Paiva e Karina Rodrigues Fernandes Instituiccedilatildeo a que Pertence o Pesquisador Responsaacutevel Universidade Federal Fluminense Telefone para contato (21) 98355269 (21) 82392939 (21) 91786609 Nome do voluntaacuterio _________________________________________________________ Idade ________ anos RG ____________________________

AO Sr (a) estaacute sendo convidado (a) a participar do projeto de pesquisa OS CUIDADOS DE

ENFERMAGEM ACERCA DOS ACESSOS VENOSOS PERIFEacuteRICOS NA UNIDADE PEDIATRICA de

responsabilidade da pesquisadora Profordf Drordf Rosane Cordeiro Burla de Aguiar e Profordf Drordf Eny Dorea Paiva A

punccedilatildeo venosa perifeacuterica eacute um procedimento essencial durante a hospitalizaccedilatildeo da crianccedila visto que eacute atraveacutes

dela que eacute administrada grande parte das medicaccedilotildees Este estudo se justifica diante da importacircncia da

necessidade de um maior periacuteodo de permanecircncia dos acessos venosos perifeacutericos Com isso aleacutem da

diminuiccedilatildeo de eventos que causam dor e irritaccedilatildeo na crianccedila e na famiacutelia promoveraacute tambeacutem uma melhor estada

dos mesmos durante o periacuteodo de hospitalizaccedilatildeo Os objetivos da pesquisa satildeo 1) Descrever os fatores que

interferem na manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico de acordo com a equipe de enfermagem 2)Analisar os

cuidados da equipe de enfermagem na manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico A coleta de dados se daraacute

atraveacutes de entrevistas semi estruturadas que seratildeo gravadas As informaccedilotildees colhidas seratildeo tratadas de forma

anocircnima e confidencial ou seja em nenhum momento seratildeo divulgados o seu nome e somente os

pesquisadores teratildeo acesso agraves informaccedilotildees Os dados obtidos com a pesquisa poderatildeo ser publicados apenas com

fins cientiacuteficos Eles natildeo seratildeo utilizados para fins comerciais ou para outra finalidade qualquer Caso necessite

poderatildeo ser marcados encontros para respostas ou esclarecimentos de qualquer duacutevida acerca da pesquisa A sua

participaccedilatildeo eacute voluntaria e eacute importante lembrar que vocecirc poderaacute desistir de participar da pesquisa em qualquer

momento A entrevista seraacute marcada em um dia e horaacuterio que vocecirc achar melhor Seraacute realizada

individualmente em um ambiente que nos ofereccedila privacidade Esta pesquisa natildeo oferece riscos para vocecirc e os

benefiacutecios da sua participaccedilatildeo satildeo de aumentar o conhecimento cientiacutefico na aacuterea de Enfermagem Pediaacutetrica

aleacutem de contribuir para a praacutetica profissional Este documento seraacute elaborado em duas vias uma para vocecirc e a

outra seraacute arquivada pelo pesquisador

Eu_____________________________________________________________ RG no _____________________________ Declaro que apoacutes ter entendido o que me foi explicado consinto voluntariamente em participar do presente Protocolo de Pesquisa entendo ainda que posso retirar o meu consentimento a qualquer momento antes ou durante a realizaccedilatildeo do mesmo declaro ter sido informada(o) e concordo em participar como voluntaacuteria(o) da pesquisa acima descrita Rio de Janeiro_______de_______________de 20___ _____________________________ ________________________________

(Participante) Karina Rodrigues Fernandes (Responsaacutevel por obter o consentimento)

______________________________________ _______________________________________ (Testemunha) (Testemunha)

45

APEcircNDICE II

ROTEIRO PARA ENTREVISTA

1) O que vocecirc acha que pode levar a perda do acesso perifeacuterico

2) Para vocecirc o que eacute importante para manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico nas

crianccedilas

3) O que vocecirc acha que pode interferir na sua manutenccedilatildeo

4) Que medidas vocecirc adota no seu dia a dia para manter o acesso

5) Na sua vivencia profissional o que vocecirc discorda dos cuidados que geralmente satildeo

utilizados para manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico

46

ANEXO

47

48

  • KARINA RODRIGUES FERNANDES
    • COA Thatiana Fernanda PETTENGILL Myriam Aparecida Mandetta Autonomia da crianccedila hospitalizada frente aos procedimentos crenccedilas da enfermeira pediatra Acta paul enferm 19(4) 433-438 out-dez 2006 Disponiacutevel em lt wwwscielobrscielophpscr
    • JANSEN Michele Ferraz SANTOS Rosane Maria dos FAVERO Luciane Benefiacutecios da utilizaccedilatildeo do brinquedo durante o cuidado de enfermagem prestado agrave crianccedila hospitalizada Rev Gaucha Enferm 31(2) 247-253 jun 2010 Disponiacutevel em lt httpwwwscielo
    • MAGNABOSCO Gisele TONELLI Ana Lucia Nascimento Fonseca SOUZA Sarah Nancy Deggau Hegeto de Abordagens no cuidado de enfermagem agrave crianccedila hospitalizada submetida a procedimentos uma revisatildeo de literatura Cogitare enferm 13(1) 103-108 jan-mar
    • MARTINS Maria do Rosaacuterio RIBEIRO Circeacutea Amalia BORBA Regina Issuzu Hirooka de and SILVA Conceiccedilatildeo Vieira daProtocolo de preparo da crianccedila preacute-escolar para punccedilatildeo venosa com utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico Rev Latino-Am Enfermagem [on
    • OLIVEIRA Maria Ivoneide Veriacutessimo de BEZERRA Maria Gorette Andrade PEREIRA Vanessa Ramos Cateterizaccedilatildeo venosa assistecircncia de enfermagem-UTI pediaacutetrica Rev da Rede de Enfermagem do Nordeste AbrJun de 2008 Disponiacutevel em lt httpwwwrevistar
    • PETERLINI Maria Angeacutelica Sorgini CHAUD Massae Noda and PEDREIRA Mavilde da L GOacuterfatildeos de terapia medicamentosa a administraccedilatildeo de medicamentos por via intravenosa em crianccedilas hospitalizadasRev Latino-Am Enfermagem [online] 2003 vol11 n
    • PETERLINI Maria Angeacutelica Sorgini CHAUD Massae Noda PEDREIRA Mavilde L G Incompatibilidade entre faacutermacos e materiais de cateteres e acessoacuterios da terapia intravenosa Online braz j nurs (Online) 5(3)2006 Disponiacutevel em lt httpwwwobjnursi
    • PIMENTA Erika Acioli Gomes COLLET Neusa Dimensatildeo cuidadora da enfermagem e da famiacutelia na assistecircncia agrave crianccedila hospitalizada concepccedilotildees da enfermagem Rev esc enferm USP [online] 2009 vol43 n3 pp 622-629 Disponiacutevel em lt httpwwwscie
    • THOMAZINE Angeacutelica Malman PASSOS Rocircmulo Silva BAY JUacuteNIOR Osvaldo Goacutees COLLET Neusa OLIVEIRA Beatriz Rosana Gonccedilalves de Assistecircncia de enfermagem agrave crianccedila hospitalizada um resgate histoacuterico Ciˆnc cuid sapoundde 7(supl1) 145-152 maio 200
      • F 363 Fernandes Karina Rodrigues
      • Os cuidados de enfermagem acerca dos acessos venosos perifeacutericos na unidade pediaacutetrica Karina Rodrigues Fernandes ndash Niteroacutei [sn] 2014
        • CDD 61073
Page 16: UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE ESCOLA DE …app.uff.br/riuff/bitstream/1/3317/1/TCC Karina Rodrigues Fernandes.pdf · A punção venosa periférica é um procedimento essencial para

14

O acesso vascular eacute uma das principais modalidades de tratamento utilizadas na

assistecircncia agrave sauacutede Existe ampla aceitaccedilatildeo difusatildeo e praacutetica desse procedimento pelos

profissionais da aacuterea da assistecircncia agrave sauacutede (FERREIRA et al 2005)

Foi na deacutecada de 40 que o uso de cateter vascular foi introduzido nos hospitais

tornando-se essencial para as atividades assistenciais da modernidade (WORTHIGTON6

Para Peterlini e Chaud (2003) tal procedimento se define como um conjunto de

conhecimentos e teacutecnicas que visam agrave administraccedilatildeo de soluccedilotildees ou faacutermacos no sistema

circulatoacuterio abrangendo o preparo do paciente a escolha obtenccedilatildeo e manutenccedilatildeo do acesso

venoso os meacutetodos de preparo e administraccedilatildeo de drogas e soluccedilotildees e os cuidados referentes

agrave frequecircncia de troca do cateter curativos dispositivos de infusatildeo e soluccedilotildees

2005 apud MENDONCcedilA et al 2011 p330)

Primeiramente o acesso perifeacuterico era mantido com agulhas de accedilo inoxidaacutevel as

quais apesar de oferecerem menor risco de infecccedilatildeo satildeo riacutegidas e facilitavam perda do

acesso Em 1945 passou a ser utilizado o cateter venoso plaacutestico que permitia manutenccedilatildeo do

acesso por tempo prolongado (FERNANDES e RIBEIRO7

Quanto ao tempo de permanecircncia em pacientes pediaacutetricos o cateter deve ser mantido

ateacute o teacutermino da terapia intravenosa ou quando forem observados sinais cliacutenicos de

complicaccedilotildees diferentemente dos pacientes adultos onde o tempo de permanecircncia

preconizado eacute de 72 a 96 horas (CENTERS FOR DISEASE CONTROL AND

PREVENTION-CDC 2002)

2000 apud MARTINS et al 2008

p 485) Habitualmente o material de punccedilatildeo que vem sendo utilizado em crianccedilas satildeo os

cateteres flexiacuteveis tipo abocath com mandril metaacutelico (BATALHA et al 2010 p512)

Associaccedilatildeo Paulista de Estudos e Controle de Infecccedilatildeo Hospitalar (2005 apud

Moncaio e Figueiredo 2009) ressaltam que ldquoas principais complicaccedilotildees infecciosas para o

paciente satildeo flebite infecccedilatildeo do siacutetio de inserccedilatildeo do cateter extravasamento de soluccedilatildeo e

bacteremia relacionada ao cateterrdquo Certos fatores podem contribuir para o aparecimento de

tais complicaccedilotildees como o tipo do cateter que seraacute utilizado o preparo do local da punccedilatildeo

aleacutem de caracteriacutesticas intriacutensecas do paciente Vale acrescentar que ldquoos cateteres 6 Worthigton T Elliot TSJ Diagnosis of central venous catheter related infection in adult pacient J Infect 2005 51267-80 7 Fernandes AT Ribeiro Filho N Infecccedilatildeo do acesso vascular In Fernandes AT Fernandes M OV Ribeiro Filho N Infecccedilatildeo hospitalar e suas interfaces na aacuterea da sauacutede Satildeo Paulo (SP) Atheneu 2000 p 556-79

15

confeccionados em Teflon e poliuretano estatildeo associados a baixas frequecircncias de

complicaccedilotildees infecciosas quando comparados aos de polivinilcloreto e polietilenordquo

CENTERS FOR DISEASE CONTROL AND PREVENTION-CDC 2002)

ldquoNo acircmbito hospitalar a flebite eacute uma das complicaccedilotildees mais frequentes e

considerada uma das principais falhas da infusatildeordquo Eacute o processo inflamatoacuterio da camada

iacutentima das veias ocasionado por irritaccedilatildeo mecacircnica quiacutemica ou infecccedilotildees bacterianas

apresentando manifestaccedilotildees como dor edema hiperemia local e calor (GABRIEL8

Machado et al(2008) relata que ldquocerca de 1 a 10 destes pacientes desenvolvem

infecccedilotildees locais ou sistecircmicas relacionadas ao uso de cateteres causadas por alteraccedilatildeo ou

ruptura da integridade da pele que permite a passagem de microorganismos colonizadoresrdquo

2008

apud MAGEROTE et al 2011 p 487)

O curativo para fixaccedilatildeo do cateter eacute outro ponto importante para a manutenccedilatildeo do

mesmo visto que a ldquofixaccedilatildeo reduz o risco de complicaccedilotildees relacionadas agrave terapia intravenosa

tais como flebite infiltraccedilatildeo septicemia e deslocamento do cateterrdquo aleacutem de mantecirc-lo limpo

e seco permitindo a visualizaccedilatildeo contiacutenua do mesmo a fim de prevenir os agravos

(PHILLIPS9

No seacuteculo passado durante os primeiro 50 anos da praacutetica da terapia intravenosa

utilizava-se para fixaccedilatildeo gaze esteacuteril e fitas adesivas O iniacutecio do uso de filmes transparentes

esteacutereis se deu em 1970 como solicitaccedilatildeo dos enfermeiros quanto agrave necessidade da retirada do

curativo para realizar a inspeccedilatildeo do local de inserccedilatildeo funccedilatildeo atribuiacuteda aos mesmos a fim de

impedir uma infecccedilatildeo de corrente sanguiacutenea (MACHADO PEDREIRA E CHAUD 2008)

2001 apud SILVA E ZANETTI 2004 p233)

O uso de fitas adesivas natildeo-esteacutereis pode ser bastante observado em algumas

instituiccedilotildees de sauacutede contudo fita adesiva soacute natildeo estaacute contaminada enquanto permanece na

embalagem sugerindo tambeacutem a possibilidade da transmissatildeo de microorganismos

patogecircnicos com a aplicaccedilatildeo da mesma sobre o local de inserccedilatildeo do cateter

(VANDENBOSCH COOCH E TRESTON-AURAND10

8 Gabriel J Infusion therapy part one minimising the risks Nurs Stand 2008 Apr 22(31)51-6

1997 et al MACHADO

PEDREIRA E CHAUD2005 p292)

9 Phillips DL Manual de terapia endovenosa Trad Pedreira MLG Pereira SR Harada MJCS Peterline MAS 2ordf ed Porto Alegre (RS) Artmed 2001551P 10 VandenBosch TM Cooch J Treston-Aurand J Research utilization adhesive bandage dressing regimen for peripheral venous catheters Am J Infect Control 1997 25(6)513-9

16

Acerca da terapia intravenosa podem ocorrer incompatibilidades em relaccedilatildeo aos

faacutermacos administrados e os cateteres utilizados que na maioria das vezes natildeo satildeo percebidos

devido a impossibilidade de visualizaccedilatildeo Essas incompatibilidades satildeo denominadas por

Peterlini Chaud e Pedreira (2006) como adsorccedilatildeo e absorccedilatildeo onde ocorre ldquoperda do faacutermaco

para a superfiacutecie de frascos seringas filtros acessoacuterios e cateteres da terapia intravenosa por

meio de adsorccedilatildeo ou pela absorccedilatildeo do faacutermaco para a matriz do material de confecccedilatildeo desses

dispositivosrdquo Com isso o profissional de enfermagem tem como funccedilatildeo aleacutem do

conhecimento cientiacutefico acerca das drogas utilizadas programar accedilotildees que possibilitem

ldquoreconstituiccedilatildeo diluiccedilatildeo acondicionamento e cuidados na administraccedilatildeo de faacutermacosrdquo

evitando assim prejuiacutezos no tratamento

17

3 METODOLOGIA

31 Tipo de pesquisa

Trata-se de uma pesquisa descritiva exploratoacuteria de abordagem qualitativa com os

profissionais da equipe de enfermagem da unidade de internaccedilatildeo pediaacutetrica de um hospital

universitaacuterio do estado do Rio de Janeiro

Para Minayo Deslandes e Gomes (2007 p 21) a pesquisa qualitativa responde as

questotildees de forma particular de modo que trabalha com o universo dos significados dos

motivos das aspiraccedilotildees das crenccedilas dos valores e atitudes Sendo assim entende-se que as

accedilotildees do ser humano se distinguem a partir do seu pensamento do modo de agir de acordo

com a realidade vivida por cada um

Segundo Gil (1999 p44) ldquoas pesquisas descritivas tecircm como objetivo primordial a

descriccedilatildeo das caracteriacutesticas de determinada populaccedilatildeo ou fenocircmeno ou o estabelecimento de

relaccedilotildees variaacuteveisrdquo

Kauark Manhatildees e Medeiros (2010 p28) determinam a pesquisa exploratoacuteria como

agravequela que ldquoObjetiva a maior familiaridade com o problema tornando-o expliacutecito ou agrave

construccedilatildeo de hipoacutetesesrdquo Acrescenta ainda que a mesma pode conter levantamento

bibliograacutefico entrevistas com pessoas experientes no problema pesquisado entre outras

fontes

32 Sujeitos da pesquisa

A pesquisa contou com um nuacutemero total de nove (9) profissionais da equipe de

enfermagem da unidade de internaccedilatildeo pediaacutetrica de um Hospital Universitaacuterio do Rio de

Janeiro sendo estes dois (2) enfermeiros e sete (7) teacutecnicos de enfermagem De todos os

18

participantes apenas um trabalha no serviccedilo noturno sendo o restante do serviccedilo diurno Os

mesmos satildeo os responsaacuteveis pela instalaccedilatildeo e manipulaccedilatildeo dos os acessos venosos

perifeacutericos supondo assim que tenham maior domiacutenio sobre o assunto abordado

Os sujeitos foram identificados com codinomes referentes agraves princesas da Disney para

que suas identidades sejam preservadas

33 Cenaacuterio

A pesquisa ocorreu na unidade de internaccedilatildeo pediaacutetrica localizada no quinto andar do

Hospital Universitaacuterio do Rio de Janeiro vinculado a uma Universidade Federal

A unidade pediaacutetrica eacute divida em trecircs enfermarias de acordo com a idade das crianccedilas

hospitalizadas sendo denominadas estas Lactente preacute-escolar e escolar A enfermaria

Lactente eacute composta por 5 leitos hospitalizando crianccedilas de 29 dias a 2 anos jaacute na preacute-escolar

encontram-se 6 leitos e acolhe crianccedilas de 2 a 6 anos e na escolar 6 leitos abrigando crianccedilas

de 7 a 12 anos Toda crianccedila hospitalizada tem direito a um acompanhante como eacute

preconizado por direito pelo Artigo doze (12) do Estatuto da Crianccedila e do Adolescente

(Brasil 1990 p3)

A enfermaria conta com um posto de enfermagem localizado no centro da unidade

possibilitando maior visualizaccedilatildeo das enfermarias Possui tambeacutem uma sala de recreaccedilatildeo e

banheiro para os pacientes e acompanhantes Haacute uma sala utilizada pedagogia hospitalar

onde uma professora realiza atividades com as crianccedilas

Vale ressaltar que na unidade haacute uma sala para realizaccedilatildeo de procedimentos dolorosos

como a punccedilatildeo venosa perifeacuterica e sempre que possiacutevel o paciente eacute levado ateacute ela

34 Coleta de dados

A coleta de dados se deu a partir da teacutecnica de entrevista semi-estruturadas que

segundo Minayo Deslandes e Gomes (2007 p 64) satildeo ldquoperguntas fechadas e abertas em que

o entrevistado tem a possibilidade de discorrer sobre o tema em questatildeo sem se prender agrave

indagaccedilatildeo formuladardquo As mesmas foram gravadas em entrevista individual e tiveram como

foco as accedilotildees que os profissionais da equipe de enfermagem realizam acerca dos cuidados

para a permanecircncia do acesso venoso perifeacuterico aleacutem de investigar sobre o conhecimento que

cada um possui sobre o tema

19

Apoacutes contato preacutevio com a equipe de enfermagem foi acordado um dia e horaacuterio para

a realizaccedilatildeo das entrevistas que aconteceram na proacutepria unidade Todos os profissionais da

equipe de enfermagem foram convidados a participar voluntariamente da pesquisa As

entrevistas aconteceram apoacutes os profissionais assinarem o Termo de Consentimento Livre e

Esclarecido (TCLE)

Para Minayo Deslandes e Gomes (2007 p 64) a entrevista possui como principal

objetivo construir dados que sejam pertinentes para a pesquisa aleacutem de ser a estrateacutegia mais

utilizada no processo de trabalho de campo

A coleta foi interrompida no momento em que os dados se mostraram saturados ou

seja quando houve a cessaccedilatildeo do acreacutescimo de informaccedilotildees novas referentes ao tema

proposto

O fechamento amostral por saturaccedilatildeo teoacuterica eacute definido como a suspensatildeo de inclusatildeo

de novos participantes quando os dados obtidos passam a apresentar na avaliaccedilatildeo do

pesquisador certa redundacircncia ou repeticcedilatildeo natildeo sendo considerado relevante continuar a

coleta de dados (FONTANELLA RICAS e TURATO 2008)

35 Questotildees eacuteticas da pesquisa

De acordo com a Resoluccedilatildeo 46612 que visa assegurar os direitos e deveres que

dizem respeito agrave comunidade cientiacutefica aos sujeitos da pesquisa e ao Estado uma pesquisa

que envolve a participaccedilatildeo de seres humanos deve atender aos fundamentos eacuteticos e

cientiacuteficos pertinentes para a seguranccedila dos mesmos Neste contexto toda pesquisa

envolvendo seres humanos deveraacute ser submetida agrave apreciaccedilatildeo de um Comitecirc de Eacutetica em

Pesquisa (CEP) (BRASIL 2012)

Atendendo a esta condiccedilatildeo o projeto de pesquisa foi encaminhado ao CEP ndash do

Hospital Universitaacuterio o qual foi realizada a pesquisa foi analisado e aprovado na Reuniatildeo

com data de 06122013 CAAE 24693613700005243 Nuacutemero do parecer 486451 Com

isso a pesquisa foi desenvolvida mediante aprovaccedilatildeo do CEP atendendo aos preacute-requisitos

estipulados pela Resoluccedilatildeo nordm 46612

Esta pesquisa eacute pautada em princiacutepios eacuteticos que respeitam a dignidade humana e

justiccedila assegurando que natildeo haveraacute nenhum tipo de dano aos participantes

20

Em atendimento a resoluccedilatildeo 46612 do Conselho Nacional de SauacutedeMS apoacutes serem

esclarecidos pela pesquisadora quanto aos aspectos eacuteticos relacionados agrave pesquisa aleacutem das

formas de produccedilatildeo de dados e inserccedilatildeo no estudo os sujeitos da pesquisa assinaram duas

vias do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido ndash TCLE (apecircndice 1) autorizando sua

participaccedilatildeo voluntaacuteria na pesquisa Uma via foi entregue ao participante e outra ficou

arquivada com a pesquisadora

Nesse documento consta os objetivos da pesquisa procedimentos benefiacutecios

previstos garantia de recusa de participaccedilatildeo em qualquer momento de acesso aos resultados

da pesquisa e tambeacutem a garantia de acesso ao pesquisador quando os sujeitos julgarem

necessaacuterio sendo todas essas informaccedilotildees em linguagem acessiacutevel e simples O mesmo foi

apresentado e explicado ao profissional convidado a participar do estudo no primeiro contato

eou durante visita agendada para realizaccedilatildeo da entrevista

Vale ressaltar que esta pesquisa cujo financiamento eacute proacuteprio natildeo oferece nenhum

tipo de riscos para o sujeito da pesquisa e nem para o cuidado das crianccedilas internadas no setor

de pediatria e os benefiacutecios da participaccedilatildeo do mesmo satildeo de aumentar o conhecimento

cientiacutefico na aacuterea de Enfermagem Pediaacutetrica aleacutem de contribuir para a praacutetica profissional

36 Anaacutelise dos dados

O processo de anaacutelise dos dados foi baseada na teacutecnica da Anaacutelise Temaacutetica que para

Minayo Deslandes e Gomes (2007 p 86) o conceito central eacute o tema ldquoO tema eacute a unidade de

significaccedilatildeo que se liberta naturalmente de um texto analisado segundo criteacuterios relativos agrave

teoria que serve de guia da leiturardquo (BARDIN11

A anaacutelise realizada estava de acordo com a sugerida por Minayo (2010 p 315) e

contam com as seguintes etapas preacute-analise exploraccedilatildeo do material tratamento dos

resultados obtidos e interpretaccedilatildeo Atraveacutes dessas etapas tem-se o objetivo de descrever o

conteuacutedo do material coletado e interpretaacute-lo

1979 apud MINAYO DESLANDES

GOMES 2007 p 86)

A preacute analise consiste na escolha dos elementos a serem analisados e na retomada das

hipoacuteteses e dos objetivos iniciais da pesquisa Inicia-se com uma leitura flutuante onde o

11 BARDIN L Anaacutelise de Conteuacutedo Lisboa Ediccedilotildees 70 1979

21

pesquisador toma contato direto com o material adquirido deixando-se impregnar por seu

conteuacutedo Posteriormente haacute a constituiccedilatildeo do Corpus textual onde eacute feita uma seleccedilatildeo dos

documentos que iratildeo contemplar e fornecer informaccedilotildees sobre o tema sendo assim adequados

para dar resposta aos objetivos do trabalho (MINAYO 2010 p 315)

Essa fase preacute-analiacutetica eacute onde se determinam a unidades de registro unidade de

contexto e a partir delas satildeo determinados os temas que seratildeo analisados A unidade de

registro corresponde parte do conteuacutedo selecionado como base para analise e apoacutes a

delimitaccedilatildeo do contexto de compreensatildeo da unidade de registro eacute estabelecida a unidade de

contexto (MINAYO 2010 p 316)

De acordo com os objetivos da pesquisa foi possiacutevel perceber que nove (9)

entrevistas supriam para atender os mesmo encerrando assim a coleta Apoacutes a transcriccedilatildeo das

entrevistas foi realizada leitura das mesmas para natildeo soacute conhecimento do material mas

tambeacutem estabelecer as unidades de registro Em seguida foi realizado o colorimento das falas

assim as classificando de acordo com as unidades de registro estabelecidas

As unidades de registro que surgiram foram os fatores que interferem na manutenccedilatildeo

do acesso venoso perifeacuterico e o apontamento do acompanhante como responsaacutevel pela perda

do acesso venoso perifeacuterico Elas receberam as cores vermelha e laranja respectivamente a

fim de facilitar o agrupamento dos dados A partir disto surgiram as unidades de contexto que

compreendem as falas das entrevistas de modo a exemplificar o contexto das unidades de

registro

Partindo para segunda etapa da analise temaacutetica a exploraccedilatildeo do material que consiste

numa classificaccedilatildeo que visa alcanccedilar o nuacutecleo de compreensatildeo do texto Busca-se encontrar

categorias que satildeo expressotildees ou palavras significativas em funccedilatildeo das quais o conteuacutedo seraacute

organizado Essas categorias satildeo responsaacuteveis pela especificaccedilatildeo dos temas (MINAYO

2010 p 317)

Nesse caso foram definidos os seguintes temas cuidados preacute intra e poacutes procedimento

de punccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico cuidados em desuso para manutenccedilatildeo do acesso

venoso perifeacuterico o acompanhante e a manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico Essas trecircs (3)

categorias seratildeo apresentadas analisadas e discutidas no capitulo seguinte

22

4 RESULTADOS E DISCUSSAtildeO

Nesse capiacutetulo apresento as trecircs categorias temaacuteticas que surgiram da anaacutelise dos

dados e que contemplaram de forma satisfatoacuteria os objetivos da pesquisa A primeira

categoria denominada como ldquoOs cuidados de enfermagem preacute intra e poacutes-procedimento de

punccedilatildeo do acesso venoso perifeacutericordquo traz os passos e cuidados que os profissionais realizam

antes durante e apoacutes a punccedilatildeo buscando descrever e analisar os fatores envolvidos na pratica

do procedimento em questatildeo que emergiram das entrevistas aleacutem dos cuidados de

enfermagem para a manutenccedilatildeo do mesmo

A segunda categoria que seraacute apresentada eacute ldquoOs cuidados em desuso para manutenccedilatildeo

do acesso venoso perifeacutericordquo que mostra os cuidados que os profissionais citaram como natildeo

mais utilizados para auxiliar na manutenccedilatildeo da punccedilatildeo venosa perifeacuterica

E a uacuteltima categoria eacute denominada ldquoO acompanhante e a manutenccedilatildeo do acesso

venoso perifeacutericordquo e traz a responsabilizaccedilatildeo do acompanhante pelos profissionais do setor

em relaccedilatildeo aos cuidados com manutenccedilatildeo da punccedilatildeo Essa categoria busca tambeacutem ressaltar a

funccedilatildeo do acompanhante durante a hospitalizaccedilatildeo da crianccedila destacando que determinados

cuidados satildeo de total funccedilatildeo da equipe de enfermagem

41 Os cuidados de enfermagem preacute intra e poacutes-procedimento de punccedilatildeo do acesso

venoso perifeacuterico

Para interpretar as unidades de contextos tive como base autores que definiram os

cuidados de enfermagem preacute intra e poacutes punccedilatildeo venosa perifeacuterica Para esses autores a fase

de preacute-punccedilatildeo compreende as accedilotildees de anaacutelise e conhecimento da prescriccedilatildeo avaliaccedilatildeo e

23

preparo emocional do paciente preparo do material e medicaccedilatildeo seleccedilatildeo do siacutetio de inserccedilatildeo

e dilataccedilatildeo da veia selecionada As accedilotildees envolvidas na punccedilatildeo satildeo a execuccedilatildeo das

precauccedilotildees-padratildeo antissepsia da pele punccedilatildeo do vaso a fixaccedilatildeo e curativo do cateter

Finalmente na etapa de poacutes-punccedilatildeo adota-se a identificaccedilatildeo da punccedilatildeo o descarte apropriado

das partes dos materiais natildeo utilizados a orientaccedilatildeo do paciente acerca da terapecircutica o

controle da infusatildeo atraveacutes do gotejamento se necessaacuterio e o registro do procedimento

Phillips12

De acordo com as entrevistas a seleccedilatildeo do local de punccedilatildeo eacute indicada com um fator

que interfere diretamente no tempo de permanecircncia do acesso venoso perifeacuterico visto que

dependendo do local ocorre a perda mais rapidamente Aleacutem da localizaccedilatildeo citaram tambeacutem

o calibre da veia como interferecircncia na manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico Seguem

abaixo algumas falas

(2001 apud ARAUacuteJO 2007 p18)

ldquoPrimeira coisa eacute vocecirc procurar bem a veia colocar uma veia de um bom calibre Se puder dar preferecircncia a natildeo puncionar dobrasrdquo (Cinderela) ldquoDependendo de onde estiver puncionado se for na matildeozinha a crianccedila fica toda hora ta mexendo taacute manipulando alguma coisa e se for no pezinho tambeacutem nem todo tempo vai ficar acamada entatildeo acaba perdendo o acessordquo(Bela ) ldquoO mau posicionamento pode levar a perdardquo (Rapunzel)

A opiniatildeo dos profissionais acima vai de encontro com o que eacute encontrado na

literatura visto que eacute de suma importacircncia que o mesmo avalie o cliente e considere alguns

aspectos para uma escolha criteriosa e eficaz como a finalidade da punccedilatildeo o tipo de soluccedilatildeo

a ser infundida a condiccedilatildeo da rede venosa a duraccedilatildeo da terapia idade do cliente habilidade

cognitiva da crianccedila a preferecircncia do cliente o que nem sempre seraacute possiacutevel satisfazer e

tambeacutem a sua atividade (ARAUacuteJO 2007 p31)

Os cuidados com o acesso venoso perifeacuterico satildeo importantes antes mesmo da

realizaccedilatildeo do procedimento Levando em consideraccedilatildeo que um erro durante a fase de preacute-

procedimento como a escolha errada do local de punccedilatildeo por exemplo poderaacute levar a perda

do acesso e prejudicar assim o tratamento aleacutem do bem-estar da crianccedila que seraacute puncionada

novamente

12 PHILLIPS L D Manual de terapia intravenosa 2ed Porto Alegre Artmed 2001

24

O vaso sanguiacuteneo que o profissional selecionar como local para puncionar deve ser

suficiente para suportar o calibre e o comprimento do cateter aleacutem de atender a necessidade

terapecircutica para que natildeo haja a necessidade de uma nova punccedilatildeo

A punccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico eacute um procedimento doloroso e de grande

incomodo para a crianccedila com isso eacute de suma importacircncia realizar a seleccedilatildeo preacutevia do

material poreacutem natildeo foi citado Outro cuidado rotineiro e natildeo menos importante como a

lavagem das matildeos antes da colocaccedilatildeo do acesso tambeacutem natildeo foi mencionado durante as

entrevistas

O preparo emocional da crianccedila e do acompanhante quanto ao procedimento deve ser

considerada praacutetica rotineira para a equipe de enfermagem O profissional de enfermagem

deve lavar as matildeos objetivando a reduccedilatildeo significativa de risco de infecccedilatildeo e recomenda-se o

uso de aacutegua e sabatildeo para lavagem das matildeos antes da colocaccedilatildeo do cateter venoso perifeacuterico

(PHILLIPS13

O preparo preacutevio do material para instalaccedilatildeo do cateter venoso perifeacuterico eacute importante

para evitar interrupccedilotildees do procedimento e consequentemente um maior tempo de

manipulaccedilatildeo da crianccedila (SILVA

2001apud ARAUacuteJO 2007 Centers for Disease Control and Prevention ndash CDC

2002 apud ARAUacuteJO 2007)

14

Outro aspecto citado e classificado como preacute-procedimento eacute o cuidado com a

medicaccedilatildeo a ser administrada incluindo cuidados com a diluiccedilatildeo e composiccedilatildeo da mesma

Seguem algumas das falas

2004 apud ARAUacuteJO 2007 p30)

ldquoEstar sempre diluindo as medicaccedilotildees de acordo com a prescriccedilatildeo meacutedica pois as medicaccedilotildees satildeo muito fortes e podem causar enfraquecimento da veia Tem que diluir direitinho e passar lento na veiardquo (Cinderela) ldquoTer cuidado principalmente quando eacute crianccedila e a diluiccedilatildeo da medicaccedilatildeo tambeacutem agraves vezes natildeo eacute pra passar em perifeacuterico e na segunda dose jaacute perdeurdquo (Alice)

O acesso venoso perifeacuterico eacute a primeira alternativa para infusatildeo intravenosa por ser de

mais faacutecil acesso e rapidez no efeito da medicaccedilatildeo O profissional de enfermagem deve ter

domiacutenio natildeo soacute relacionado agrave infusatildeo das medicaccedilotildees mas tambeacutem com a composiccedilatildeo

13 PHILLIPS L D Manual de terapia intravenosa 2ed Porto Alegre Artmed 2001 14 SILVA G R G Terapia intravenosa em receacutem-nascidos ndash orientaccedilotildees para o cuidado de Enfermagem Rio de Janeiro Cultura Meacutedica 2004

25

farmacoloacutegica das mesmas os efeitos adversos e colaterais que a droga pode causar inclusive

em relaccedilatildeo a diluiccedilatildeo o que normalmente eacute estabelecido como padratildeo no setor de acordo com

cada faacutermaco

Com a intenccedilatildeo de promover a eficaacutecia terapecircutica dos medicamentos administrados

por via intravenosa eacute atribuiccedilatildeo do profissional de enfermagem implementar teacutecnicas como a

diluiccedilatildeo acondicionamento e cuidados na administraccedilatildeo de faacutermacos a fim de evitar

prejuiacutezos no tratamento resultantes da incompatibilidade medicamentosa (PETERLINI

CHAUD e PEDREIRA 2006)

Os fatores intra-procedimento satildeo considerados aqueles diretamente relacionados com

o procedimento Os dados colidos nas entrevistas ressaltaram apenas a fixaccedilatildeo com um fator

que interfere nessa fase Este foi o dado mais repetitivo nas entrevistas poreacutem sempre citado

de forma superficial Seguem as falas dos profissionais quando questionados sobre o que era

importante para manutenccedilatildeo do acesso

ldquoTem que fazer uma boa fixaccedilatildeo Porque quando a pessoa natildeo fixa bem prejudica porque aquilo vai soltando e quando vocecirc vecirc jaacute perdeu a veiardquo(Cinderela) ldquoEu acho que natildeo tem o que fazer para manter o acesso A crianccedila vai ficar uns dias X com aquele acesso pra fazer medicaccedilatildeo e eu acho que natildeo tem o que vocecirc profissional fazer para que natildeo percardquo (Aurora) ldquoA fixaccedilatildeo evita a movimentaccedilatildeo excessiva no local que estaacute o acessordquo (Ariel) ldquoTer cuidado com o curativo saber manusear E manter sempre o curativo limpo trocar se necessaacuteriordquo (Rapunzel) ldquoA fixaccedilatildeo eacute muito importante pra natildeo soltar o acesso e pra ele ficar mais tempordquo(Mulan)

Oliveira Bezerra e Pereira (2008 p 94) afirmam que de acordo com o revelado por

determinados estudos o tipo de curativo a fixaccedilatildeo do cateter e o tempo de permanecircncia estatildeo

diretamente relacionados com a ocorrecircncia de complicaccedilotildees infecciosas como flebites e

tambeacutem infiltraccedilatildeo extravasamento desconexatildeo e deslocamento do cateter

26

Para Pettit e Kraus15

Potter

(1995 apud MACHADO PEDREIRA E CHAUD2005 p292) a

gaze esteacuteril fixada com a fita adesiva hipoalergecircnica bem como a peliacutecula transparente esteacuteril

satildeo os materiais mais recomendados para curativo e fixaccedilatildeo de cateter venoso perifeacuterico

16

Jaacute as peliacuteculas transparentes mais conhecidas como filme permitem a respiraccedilatildeo

normal da pele com alta permeabilidade ao oxigecircnio e vapores e eacute impermeaacutevel a liacutequidos e

micro-organismos (SILVA E ZANETTI 2004 p233) Aleacutem disso permitem tambeacutem a

visualizaccedilatildeo contiacutenua do local de punccedilatildeo permitindo assim avaliaccedilatildeo do mesmo natildeo soacute

durante a infusatildeo de medicaccedilotildees mas tambeacutem todo o tempo

(1998 apud SILVA E ZANETTI 2004 p233) afirma que nas fixaccedilotildees em

que se utiliza a gaze esteacuteril preconiza-se a utilizaccedilatildeo de teacutecnica asseacuteptica Neste curativo a

gaze esteacuteril eacute colocada sobre o siacutetio de inserccedilatildeo e suas bordas satildeo fixadas com fita adesiva

A observaccedilatildeo da punccedilatildeo eacute muito importante pois se o local de inserccedilatildeo se mostrar

com sinais e sintomas de complicaccedilotildees a terapia deve ser suspensa (OLIVEIRA BEZERRA

e PEREIRA 2008 p95)

A visualizaccedilatildeo contiacutenua do acesso permite que a equipe de enfermagem possa realizar

uma observaccedilatildeo mais particularizada em relaccedilatildeo agraves condiccedilotildees do acesso venoso perifeacuterico

podendo observar se haacute deslocamento do cateter sinais de infiltraccedilatildeo e tambeacutem sinais de

infecccedilatildeo

Para Silva Barbato e Valente (2013 p 1200) cabe ao enfermeiro fazer a avaliaccedilatildeo

diaacuteria e cuidadosa do curativo observando a presenccedila de umidade sujidade integridade do

oacutestio de inserccedilatildeo a fixaccedilatildeo bem como a realizaccedilatildeo do curativo e das anotaccedilotildees legais

competentes agraves suas funccedilotildees

A fase poacutes-procedimento eacute caracterizada por uma seacuterie de cuidados que a equipe de

enfermagem deve realizar para que se obtenha maior tempo de permanecircncia do acesso venoso

perifeacuterico Durante as entrevistas os cuidados citados foram a salinizaccedilatildeo do acesso cuidados

para evitar a flebite e a velocidade de infusatildeo

15 Pettit DM Kraus V The use of gauze versus transparent dressings for peripheral intravenous catheter sites Nurs ClinNorth Am 1995 30(3)495-506 16 Potter P Perry AG Fundamentos de enfermagem processo conceito e praacutetica 3ordf ed Santos(SP) Guanabara Koogan19981397pp801-43

27

ldquoManter um acesso bem salinizado que vocecirc lave pelo menos de duas de trecircs em trecircs horas Se bem que isso aqui na pediatria natildeo eacute muito comum aqui a gente soacute lava cada vez que vai fazer medicaccedilatildeo mas se eu natildeo me engano a literatura preconiza isso vocecirc lavar pelo menos de quatro em quatro horas o acessordquo (Aurora)

ldquoPra manter o acesso venoso perifeacuterico eacute importante manter ele salinizado Assim que a gente recebe o plantatildeo eu vou ver se o acesso ta peacutervio com uma ldquoseringuinhardquo vai la da uma ldquolavadinhardquo e vecirc se o acesso ta peacutervio e manter o acesso salinizadordquo (Ariel)

ldquoSalinizar de 6 em 6 horas para manter ele peacuterviordquo (Alice)

ldquoTem que passar lento a medicaccedilatildeo e a limpeza da aacuterea vocecirc tem que limpar bem a aacuterea pra vocecirc natildeo formar uma flebiterdquo (Cinderela)

A salinizaccedilatildeo do acesso eacute um cuidado simples e de grande importacircncia Esse cuidado

deve ser realizado para manter o acesso peacutervio e limpo e deve ser realizado antes e apoacutes

qualquer infusatildeo

Para Moncaio e Figueiredo (2009)

a ldquosalinizaccedilatildeordquo consiste em administrar sob pressatildeo positiva soluccedilatildeo salina (Soro fisioloacutegico a 09) logo apoacutes o teacutermino da infusatildeo da medicaccedilatildeo Este procedimento visa prevenir a formaccedilatildeo de trombos e fibrina evitar o contato de drogas incompatiacuteveis (quando da infusatildeo de mais de um item medicamentoso no mesmo horaacuterio) garantir a infusatildeo de todo o medicamento que possa ter ficado no sistema aleacutem de evitar retorno sanguiacuteneo mantendo o cateter peacutervio para a proacutexima infusatildeo

Durante a coleta de dados esse cuidado surgiu em diversos momentos poreacutem foi

possiacutevel perceber que os profissionais realizam o mesmo de forma banalizada Natildeo sabem de

fato a real funccedilatildeo de manter o acesso salinizado A impressatildeo que passa eacute que eles

aprenderam que esse cuidado deveria ser feito e simplesmente fazem Haacute divergecircncias

tambeacutem entre a equipe em relaccedilatildeo ao momento que deve ser realizada a salinizaccedilatildeo e isso nos

mostra a desatualizaccedilatildeo dos profissionais do setor e a falta de uma educaccedilatildeo continuada no

hospital

Os cuidados para evitar a flebite e a velocidade de infusatildeo da medicaccedilatildeo apareceram

menos nas entrevistas e interferem diretamente com a manutenccedilatildeo do acesso venoso

perifeacuterico

28

A flebite eacute uma inflamaccedilatildeo na veia puncionada ocorrendo quando as ceacutelulas

endoteliais da parede da veia que o cateter estaacute inserido tornam-se inflamadas e irregulares

propiciando a aderecircncia de plaquetas e predispondo a veia a inflamaccedilatildeo Eacute comum que o local

se apresente dolorido hiperemiado quente e edemaciado e nesses casos eacute aconselhada a

retirada do cateter Uma boa fixaccedilatildeo do cateter perifeacuterico eacute recomendada por autores na

literatura visto que previnem deslocamento faacutecil e permitem uma boa visualizaccedilatildeo do local

evitando complicaccedilotildees como a flebite e infiltraccedilatildeo (MOLDES et al 2011 p 330)

Dentre as principais falhas de infusatildeo venosa estatildeo flebite infiltraccedilatildeo hematoma e

obstruccedilatildeo Acredita-se que para reduzir a incidecircncia destas nas unidades pediaacutetricas eacute preciso

a adoccedilatildeo de estrateacutegias tais como a abordagem junto agrave equipe em parceria com o setor de

educaccedilatildeo permanente e a adoccedilatildeo do uso da teacutecnica corretamente e de forma asseacuteptica para a

realizaccedilatildeo da punccedilatildeo venosa perifeacuterica em acordo com a comissatildeo de controle de infecccedilatildeo

hospitalar (SILVA BARBATO e VALENTE 2013 p 1200)

A incapacidade do paciente em relatar dor no siacutetio de administraccedilatildeo do faacutermaco quer

pela idade ou condiccedilatildeo cliacutenica e o local de inserccedilatildeo como tambeacutem a velocidade de infusatildeo do

medicamento (gt25mgmin) satildeo classificados como fatores de risco para a perda do acesso

venoso perifeacuterico (MARTINS SILVINO e DIAS 2010)

42 Os cuidados em desuso para manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico

Essa categoria discorre sobre os cuidados de enfermagem que com o passar do tempo

foram desconsiderados e natildeo satildeo mais utilizados Quando questionados em relaccedilatildeo a vivencia

profissional e cuidados que discordavam os entrevistados citaram o uso da tala para fixaccedilatildeo

uso de heparina e os cuidados em relaccedilatildeo ao tempo de permanecircncia do cateter Haacute muitas

controveacutersias em relaccedilatildeo aos cuidados citados acima

O tempo de permanecircncia interfere diretamente no aparecimento de complicaccedilotildees

como flebite e que acabam levando a perda do acesso venoso perifeacuterico mais rapidamente

aconselhando assim a troca do mesmo entre 76 a 96 horas Poreacutem eacute preconizada a retirada do

cateter apenas se finalizar o tratamento ou houver alguma interferecircncia

ldquoA gente observa tambeacutem o tempo dependendo do tempo tem que tirarrdquo (Alice)

29

ldquoHoje eu natildeo sei como que eacute essa questatildeo do tempo porque a gente trocava o acesso a cada quatro dias agora o pessoal jaacute diz que pode trocar em ateacute uma semana entatildeo natildeo sei como que ta isso e o que tem escrito em relaccedilatildeo a isso (Aurora)

Sabe-se que o tempo para troca do cateter de teflon ou poliuretano varia de 72 a 96

horas com o intuito de reduzir risco de infecccedilatildeo e flebite e para minimizar esses riscos nas

seguintes situaccedilotildees diante de sinais inflamatoacuterios no local de inserccedilatildeo e sempre que houver

mau funcionamento do cateter (SANTOS17

Entretanto o Center for Disease Control and Prevention - CDC (2002) diz que em

pacientes pediaacutetricos natildeo foi observada relaccedilatildeo quanto ao tempo de permanecircncia do cateter e

ocorrecircncia de complicaccedilotildees devendo ser mantido ateacute o teacutermino da terapia intravenosa ou

quando forem observados sinais cliacutenicos de complicaccedilotildees

2004 apud OLIVEIRA BEZERRA e PEREIRA

2008 p 93)

Eacute possiacutevel observar a diferenccedila do conhecimento pratico dos profissionais

entrevistados em relaccedilatildeo ao conhecimento encontrado na literatura E ainda contendo duacutevidas

natildeo haacute uma busca da parte dos mesmos para esclarececirc-las

O uso da heparina com a finalidade de manter o acesso peacutervio por um periacuteodo maior

de tempo mostra-se com mais certeza quanto ao desuso nos dados colidos

ldquoAntigamente a gente usava heparina entatildeo a gente ficava tranquila em relaccedilatildeo agrave obstruccedilatildeo mas agora natildeo a gente usa o soro fisioloacutegico e a gente deixa salinizadordquo (Aurora)

Rang e Dale 18(1998 apud DOPICO e OLIVEIRA 2006) afirmam que a heparina

inibe a formaccedilatildeo de coaacutegulos de fibrina in vitro e in vivo e que seu efeito anticoagulante eacute

praticamente imediato Com isso Phillips19

17 Santos W Lavagem das matildeos In R Luiz Santos W Manual baacutesico de prevenccedilatildeo e controle das infecccedilotildees hospitalares do HRU Fortaleza Hospital Regional Unimed 2004

(2001 apud DOPICO e OLIVEIRA 2006)

ressalta que a teacutecnica de manutenccedilatildeo intermitente de cateteres intravenosos com soluccedilatildeo

salina 09 classificada como salinizaccedilatildeo tem sido pesquisada haacute alguns anos apresentando

em relaccedilatildeo ao uso da heparina vantagens como o baixo custo ser um procedimento mais

18 Rang HP Dale M M Hemostasia e Trombose In Rang HP Dale M M Farmacologia Rio de Janeiro Guanabara Koogan 1998 p235-47 19 PHILLIPS L D Manual de terapia intravenosa 2ed Porto Alegre Artmed 2001

30

simples aleacutem de eliminar a possibilidade de incompatibilidade com as drogas e soluccedilotildees

administradas aleacutem da inexistecircncia de riscos ao paciente Entretanto sabe-se que a literatura

ainda natildeo fornece consenso acerca da soluccedilatildeo mais indicada para manutenccedilatildeo da

permeabilidade do cateter venoso perifeacuterico

Eacute importante ressaltar que muitas instituiccedilotildees do nosso paiacutes nem ao menos tecircm o

conhecimento da praacutetica da salinizaccedilatildeo com soluccedilatildeo salina 09 No que se refere agrave pesquisa

cientiacutefica as limitaccedilotildees desta praacutetica satildeo atribuiacutedas agrave ausecircncia de um maior nuacutemero de

estudos controlados para validar sua eficaacutecia (EPPERSON20

Apesar de natildeo ser encontradas publicaccedilotildees acerca do tema a utilizaccedilatildeo de heparina

mostra-se como uma pratica natildeo mais utilizada pelos profissionais de enfermagem Outro

tema onde haacute controveacutersias e tambeacutem poucas citaccedilotildees eacute o uso da tala para fixaccedilatildeo do acesso

venoso perifeacuterico Seguem abaixo a opiniatildeo de alguns dos profissionais entrevistados

1984 apud DOPICO e

OLIVEIRA 2006)

ldquoA uacutenica coisa que eu natildeo gosto de ver eacute quando se coloca tala para imobilizar dizendo que a tala vai ajudar a natildeo perder a veia Isso eu natildeo concordo acho que a tala prejudica a crianccedila fica incomodada faz dor no membrordquo (Cinderela)

ldquoAntigamente a gente usava muito tala e as vezes eu pego isso aqui ai eu falo gente tala natildeo se usa mais natildeo faz parte mais da fixaccedilatildeo vocecirc pode fixar de uma forma que a crianccedila natildeo perca A tala eu acho que ela traumatiza um pouco ainda mais se vocecirc pegar um acesso na dobra vocecirc vai fazer com que a crianccedila fique com o braccedilo esticado muito tempo eu acho que pode causar uma lesatildeo depois e a literatura jaacute fala que eacute desnecessaacuteria natildeo precisa maisrdquo (Aurora) ldquoAntigamente usavam tala mas hoje em dia quase natildeo se vecirc mais e eu acho que a tala atrapalha porque a crianccedila fica imobilizada no membro ai fica mais irritadardquo (Rapunzel) ldquoLaacute no meu outro trabalho alguns usam a tala Eu acho que a tala ajuda ateacute a perder mais raacutepido porque a crianccedila fica incomodada vai querer mexer naquilordquo (Mulan)

20 Epperson EL Efficacy of 09 sodium chloride injection with without heparin for maintenance indwelling intermittent injection sites Clin Pharm1984 3(5)26

31

Almeida e Sabateacutes21

Entretanto haacute estudo que comprovam que o uso da tala natildeo se mostra tatildeo eficiente e

apresenta-se como uma praacutetica controversa O estudo foi realizado em crianccedilas ateacute os 12 anos

utilizando imobilizaccedilatildeo com tala e em mais de metade dos casos (553) ocorreu infiltraccedilatildeo

o que indicia a ineficaacutecia desta praacutetica (MACHADO PEDREIRA e CHAUD 2008 apud

BATALHA et al 2010 p512)

(2008 apud BATALHA et al 2010 p512) afirmam que a teacutecnica

de fixaccedilatildeo dos CVP com uso de imobilizaccedilatildeo com tala para restriccedilatildeo ou limitaccedilatildeo dos

movimentos articulares proacuteximo do local da punccedilatildeo estaacute indicado nas matildeos punhos cotovelo

e maleacuteolo

Para Batalha et al (2010 p512) o uso desta praacutetica parece natildeo se coadunar com o

atual uso de cateteres flexiacuteveis tipo abocath em detrimento de agulhas metaacutelicas Talvez por

isso comecem a surgir novas teacutecnicas de fixaccedilatildeo dos CVP que natildeo exigem imobilizaccedilatildeo das

articulaccedilotildees com talas

Aleacutem de natildeo haver uma confirmaccedilatildeo dos benefiacutecios causados pelo uso da tala a

imobilizaccedilatildeo causa incocircmodo para a crianccedila que fica com o membro imoacutevel podendo causar

dor e tambeacutem irritaccedilatildeo O uso desse tipo de fixaccedilatildeo tambeacutem impede a visualizaccedilatildeo frequente

do acesso venoso afetando assim os cuidados de observaccedilatildeo da equipe de enfermagem

43 O acompanhante e a manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico

A presente categoria vai discutir um assunto importante que surgiu durante as

entrevistas de forma inesperada Alguns dos profissionais entrevistados citaram o descuido do

acompanhante como um fator causador da perda do acesso venoso perifeacuterico Seguem abaixo

algumas falas

ldquoA matildee sempre acompanha e tem matildee que natildeo tem cuidado natildeo vigia e a gente tem que ficar pedindo pra olhar tomar contardquo (Aurora)

ldquoEm relaccedilatildeo ao acompanhante porque a crianccedila natildeo vai avaliar entatildeo o acompanhante que estar ali tem que avaliar direitinho natildeo deixar a crianccedila mexer ou puxarrdquo (Bela)

ldquoNatildeo eacute toda matildee que esta vigiando que cuida pra que a crianccedila natildeo perca o acessordquo (Jasmine)

21 Almeida FA Sabateacutes AL Enfermagem pediaacutetrica a crianccedila o adolescente e a sua famiacutelia no hospital Satildeo Paulo(SP) Manole 2008

32

ldquoAcho que leva a perda quando o acompanhante natildeo coopera as vezes a gente faz a imobilizaccedilatildeo na crianccedila e as vezes eles ateacute retiram e a proacutepria crianccedila agitada ela mesmo arrancardquo (Branca de Neve)

ldquoAgraves vezes a proacutepria crianccedila que a matildee deixa muito solta ai solta o acessordquo (Mulan)

Apoacutes a implementaccedilatildeo da lei que garante um acompanhante ao paciente pediaacutetrico a

presenccedila do familiarresponsaacutevel durante a hospitalizaccedilatildeo mudou a rotina da equipe de

enfermagem trazendo duacutevidas quanto a real funccedilatildeo do acompanhante e fazendo com que a

mesma viesse a delegar certos cuidados para acompanhante

A Promulgaccedilatildeo da Lei 8069 do Estatuto da Crianccedila e do Adolescente (ECA) em

1990 no seu artigo 12deg garante agrave crianccedila ou ao adolescente o direito de ter um responsaacutevel

que o acompanhe durante a hospitalizaccedilatildeo (1990)

Desde a sua implantaccedilatildeo as unidades vecircm sofrendo um processo de reorganizaccedilatildeo de

suas praacuteticas A inserccedilatildeo da famiacutelia modifica a organizaccedilatildeo do processo de trabalho o que

requer dos profissionais uma compreensatildeo em relaccedilatildeo agrave dinacircmica das relaccedilotildees interpessoais

(COLLET e ROCHA 2004)

Pimenta e Collet (2009) ressaltam que natildeo haacute nenhuma regulamentaccedilatildeo sobre a

participaccedilatildeo da famiacutelia nos cuidados e no entanto a mesma desempenha atividades junto agrave

crianccedila durante a hospitalizaccedilatildeo que devem ser levadas em consideraccedilatildeo A falta de

reconhecimento desse fato fez com que a equipe de enfermagem e famiacutelia natildeo possuiacutessem

uma relaccedilatildeo aberta e vivessem uma relaccedilatildeo silenciosa e impliacutecita de poder na qual a famiacutelia

acaba assumindo as relaccedilotildees do cuidado agrave crianccedila de responsabilidade da enfermagem

A negociaccedilatildeo entre matildees e equipe de enfermagem em relaccedilatildeo aos cuidados agrave crianccedila

hospitalizada natildeo eacute uma tarefa faacutecil tendo em vista que natildeo se tem claro qual o seu novo

papel neste processo (COLLET e ROCHA 2004)

Eacute possiacutevel ver nas falas que a presenccedila do acompanhante causa para a equipe de

enfermagem a seguranccedila de ter algueacutem para ldquovigiarrdquo ldquotomar contardquo e natildeo deixar que a

crianccedila hospitalizada perca o acesso venoso quando na verdade eacute funccedilatildeo da equipe de

enfermagem cuidados referentes ao acesso venoso perifeacuterico

33

Jaacute o acompanhante eacute definido pelo Ministeacuterio da Sauacutede como uma pessoa significativa

para a crianccedila que representa sua rede social e que vai acompanhaacute-lo durante a permanecircncia

no ambiente hospitalar ressaltando assim sua importacircncia Esse fato se reforccedila visto que a

crianccedila encontra nos familiares a forccedila e seguranccedila necessaacuteria para encarar todo esse processo

doloroso e desconhecido (MURAKAMI e CAMPOS 2011 p255)

O acompanhante aleacutem de minimizar o sofrimento do paciente pediaacutetrico faz com que

o mesmo sinta-se mais a vontade Eacute importante ressaltar que o familiarresponsaacutevel natildeo soacute

pode como deve participar das atividades da crianccedila no hospital desde que estas natildeo sejam

competecircncias dos profissionais que os cercam Essas atividades satildeo caracterizadas como

semelhantes aos que eles realizam diariamente fora do ambiente hospitalar como o banho

Poreacutem no caso de um paciente com punccedilatildeo venosa perifeacuterica o profissional de enfermagem

deve auxiliar no cuidado para que essa natildeo se perca

Os cuidados dos familiaresacompanhantes satildeo os mesmos que os desenvolvidos no

domiciacutelio e os cuidados prestados pela equipe de enfermagem satildeo aqueles que demandam

conhecimento teacutecnico-cientiacutefico especializado (SOUZA e OLIVEIRA 2010 p558)

Mesmo alguns cuidados parecerem simples e rotineiros quando eacute prestado no

hospital assumem novas caracteriacutesticas com o uso de dispositivos tecnoloacutegicos os quais se

tornam complexos (PIMENTA E COLLET 2009)

O ato de cuidar envolve o respeito agrave maneira como vive cada indiviacuteduo de acordo

com suas crenccedilas valores costumes e cultura A famiacutelia como uma instituiccedilatildeo atende agraves

necessidades bioloacutegicas de seus membros sendo sua responsabilidade cuidar e criar os filhos

incluindo a obrigaccedilatildeo da alimentaccedilatildeo higiene vestuaacuterio e moradia (ELSEN22

Nas entrevistas podemos verificar falas em que o acompanhante eacute citado como

responsaacutevel por avaliar a punccedilatildeo venosa A equipe de enfermagem deve sempre partir do

pressuposto que o familiar acompanhante natildeo tem conhecimento cientiacutefico e certo tipo de

cuidado natildeo deve se delegado para o mesmo mostrando assim a importacircncia da orientaccedilatildeo do

acompanhante quanto aos procedimentos dispositivos utilizados e cuidados em que os

etal 1994

apud SOUZA e OLIVEIRA 2010 p 553)

22 Elsen I Patriacutecio ZM Assistecircncia agrave crianccedila hospitalizada tipos de abordagens e suas implicaccedilotildees para a enfermagem In A enfermagem em pediatria e puericultura Rio de Janeiro (RJ) Atheneu 2005

34

mesmos possam auxiliar Seguem abaixo as falas onde os profissionais ressaltaram a

importacircncia da orientaccedilatildeo do acompanhante

ldquoNem sempre a crianccedila vai entender o porque de estar com aquele acesso entatildeo tem que ter uma orientaccedilatildeo do acompanhanterdquo (Bela)

ldquoTem que haver orientaccedilatildeo do acompanhante para os cuidadosrdquo (Ariel)

ldquoAgraves vezes tem ate o exemplo de um pai que natildeo deixa trocar o acesso jaacute tinha mais de uma semana e ele natildeo queria que trocasse ai faz febre e natildeo sabe da onderdquo (Alice)

Para Souza e Oliveira (2010 p555) deve haver uma preocupaccedilatildeo em orientar

considerando que o outro natildeo tem nenhum tipo de conhecimento sobre o assunto Poreacutem

Queiroz e Jorge23

Apesar das dificuldades o profissional de enfermagem deve estabelecer um viacutenculo de

confianccedila com o acompanhante buscando sempre deixaacute-los ciente das situaccedilotildees e fazendo-os

participar dos cuidados plausiacuteveis sem causar nenhum dano agrave crianccedila e de maneira alguma

abandonar suas atribuiccedilotildees

(2004 apud SOUZA e OLIVEIRA 2010 p 556) ressaltam que apesar de os

profissionais terem intenccedilatildeo de orientar os cuidados para a sauacutede repassam conhecimentos

elaborados cientificamente dificultando a compreensatildeo do familiar aleacutem de a relaccedilatildeo se dar

de maneira vertical assimeacutetrica e coercitiva

23 Queiroz MVO Jorge MSB Accedilotildees educativas no cuidado infantil e intervenccedilotildees dos profissionais junto agraves famiacutelias Acta Scientiarum Maringaacute 2004 janjun 26(1) 27-34

35

CONCLUSAtildeO

Atraveacutes desse estudo foi possiacutevel descrever e analisar os cuidados que os profissionais

de enfermagem realizam acerca da permanecircncia do acesso venoso perifeacuterico Aleacutem disso a

realizaccedilatildeo da pesquisa permitiu identificar a desarticulaccedilatildeo do processo de enfermagem e a

praacutetica desconectada da produccedilatildeo cientiacutefica caracterizando a falta de uma educaccedilatildeo

continuada efetiva

A anaacutelise dos dados demonstra o processo de punccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico

ressaltando a importacircncia de cuidados como a seleccedilatildeo do local a diluiccedilatildeo da medicaccedilatildeo a

realizaccedilatildeo de uma boa fixaccedilatildeo a atenccedilatildeo com a velocidade de infusatildeo os cuidados com os

sinais de infecccedilatildeo e salinizaccedilatildeo do acesso natildeo deixando de salientar cuidados em desuso

como o uso da heparina da tala e duvidas em relaccedilatildeo ao tempo de permanecircncia Evidenciou

tambeacutem que a equipe de enfermagem delega alguns cuidados para os acompanhantes

Natildeo foi possiacutevel perceber o niacutevel de conhecimento cientiacutefico dos profissionais visto

que eles em nenhum momento por natildeo saberem ou por medo de se expor natildeo explicaram de

fato nenhum cuidado que disseram realizar Sempre citaram de forma superficial e direta

deixando claro tambeacutem que o pesquisador natildeo os indagou quanto a isso Poreacutem creio que

diante de cuidados tatildeo importantes e de frequente praacutetica os mesmos falariam facilmente

sobre os cuidados de enfermagem na permanecircncia do acesso venoso perifeacuterico

Apesar dos entrevistados citarem alguns fatores e cuidados realizados de forma

correta eacute visiacutevel que os mesmos realizam os cuidados com a punccedilatildeo e a permanencia do

acesso de forma automaacutetica sem unir a praacutetica com o fundamento do mesmo

Eacute importante destacar tambeacutem a importacircncia do preparo emocional da crianccedila como

tambeacutem os cuidados com a famiacutelia dos mesmos O trabalho de humanizaccedilatildeo realizado pela

36

enfermagem faz grande diferenccedila nessas situaccedilotildees visto que os pacientes e acompanhantes

tendo conhecimento do que seraacute realizado ficariam mais tranquilos

O estudo contribuiu para o campo do ensino nesta aacuterea dando destaque ao importante

papel que o profissional de enfermagem deve desempenhar no cuidado e na manutenccedilatildeo do

acesso venoso perifeacuterico Contudo vale ressaltar a importacircncia do incentivo ao profissional a

buscar na literatura natildeo soacute esclarecimento de suas duvidas mas tambeacutem novos

conhecimentos

Pode colaborar ainda para a realizaccedilatildeo de novas pesquisas na aacuterea procurando

eliminar duacutevidas e controveacutersias sobre o tema Buscando assim a realizaccedilatildeo de um cuidado de

enfermagem articulado e eficaz promovendo o bem-estar do paciente pediaacutetrico durante a

hospitalizaccedilatildeo

37

REFEREcircNCIAS

ARAUacuteJO Ana Paula Monteiro Baptista de Andrade As praacuteticas de cuidado agrave crianccedila com

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44

APEcircNDICE I

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO Tiacutetulo Do Projeto Os cuidados de enfermagem acerca dos acessos venosos perifeacutericos na unidade pediaacutetrica Pesquisador Responsaacutevel Rosane Cordeiro Burla de Aguiar Eny Dorea Paiva e Karina Rodrigues Fernandes Instituiccedilatildeo a que Pertence o Pesquisador Responsaacutevel Universidade Federal Fluminense Telefone para contato (21) 98355269 (21) 82392939 (21) 91786609 Nome do voluntaacuterio _________________________________________________________ Idade ________ anos RG ____________________________

AO Sr (a) estaacute sendo convidado (a) a participar do projeto de pesquisa OS CUIDADOS DE

ENFERMAGEM ACERCA DOS ACESSOS VENOSOS PERIFEacuteRICOS NA UNIDADE PEDIATRICA de

responsabilidade da pesquisadora Profordf Drordf Rosane Cordeiro Burla de Aguiar e Profordf Drordf Eny Dorea Paiva A

punccedilatildeo venosa perifeacuterica eacute um procedimento essencial durante a hospitalizaccedilatildeo da crianccedila visto que eacute atraveacutes

dela que eacute administrada grande parte das medicaccedilotildees Este estudo se justifica diante da importacircncia da

necessidade de um maior periacuteodo de permanecircncia dos acessos venosos perifeacutericos Com isso aleacutem da

diminuiccedilatildeo de eventos que causam dor e irritaccedilatildeo na crianccedila e na famiacutelia promoveraacute tambeacutem uma melhor estada

dos mesmos durante o periacuteodo de hospitalizaccedilatildeo Os objetivos da pesquisa satildeo 1) Descrever os fatores que

interferem na manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico de acordo com a equipe de enfermagem 2)Analisar os

cuidados da equipe de enfermagem na manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico A coleta de dados se daraacute

atraveacutes de entrevistas semi estruturadas que seratildeo gravadas As informaccedilotildees colhidas seratildeo tratadas de forma

anocircnima e confidencial ou seja em nenhum momento seratildeo divulgados o seu nome e somente os

pesquisadores teratildeo acesso agraves informaccedilotildees Os dados obtidos com a pesquisa poderatildeo ser publicados apenas com

fins cientiacuteficos Eles natildeo seratildeo utilizados para fins comerciais ou para outra finalidade qualquer Caso necessite

poderatildeo ser marcados encontros para respostas ou esclarecimentos de qualquer duacutevida acerca da pesquisa A sua

participaccedilatildeo eacute voluntaria e eacute importante lembrar que vocecirc poderaacute desistir de participar da pesquisa em qualquer

momento A entrevista seraacute marcada em um dia e horaacuterio que vocecirc achar melhor Seraacute realizada

individualmente em um ambiente que nos ofereccedila privacidade Esta pesquisa natildeo oferece riscos para vocecirc e os

benefiacutecios da sua participaccedilatildeo satildeo de aumentar o conhecimento cientiacutefico na aacuterea de Enfermagem Pediaacutetrica

aleacutem de contribuir para a praacutetica profissional Este documento seraacute elaborado em duas vias uma para vocecirc e a

outra seraacute arquivada pelo pesquisador

Eu_____________________________________________________________ RG no _____________________________ Declaro que apoacutes ter entendido o que me foi explicado consinto voluntariamente em participar do presente Protocolo de Pesquisa entendo ainda que posso retirar o meu consentimento a qualquer momento antes ou durante a realizaccedilatildeo do mesmo declaro ter sido informada(o) e concordo em participar como voluntaacuteria(o) da pesquisa acima descrita Rio de Janeiro_______de_______________de 20___ _____________________________ ________________________________

(Participante) Karina Rodrigues Fernandes (Responsaacutevel por obter o consentimento)

______________________________________ _______________________________________ (Testemunha) (Testemunha)

45

APEcircNDICE II

ROTEIRO PARA ENTREVISTA

1) O que vocecirc acha que pode levar a perda do acesso perifeacuterico

2) Para vocecirc o que eacute importante para manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico nas

crianccedilas

3) O que vocecirc acha que pode interferir na sua manutenccedilatildeo

4) Que medidas vocecirc adota no seu dia a dia para manter o acesso

5) Na sua vivencia profissional o que vocecirc discorda dos cuidados que geralmente satildeo

utilizados para manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico

46

ANEXO

47

48

  • KARINA RODRIGUES FERNANDES
    • COA Thatiana Fernanda PETTENGILL Myriam Aparecida Mandetta Autonomia da crianccedila hospitalizada frente aos procedimentos crenccedilas da enfermeira pediatra Acta paul enferm 19(4) 433-438 out-dez 2006 Disponiacutevel em lt wwwscielobrscielophpscr
    • JANSEN Michele Ferraz SANTOS Rosane Maria dos FAVERO Luciane Benefiacutecios da utilizaccedilatildeo do brinquedo durante o cuidado de enfermagem prestado agrave crianccedila hospitalizada Rev Gaucha Enferm 31(2) 247-253 jun 2010 Disponiacutevel em lt httpwwwscielo
    • MAGNABOSCO Gisele TONELLI Ana Lucia Nascimento Fonseca SOUZA Sarah Nancy Deggau Hegeto de Abordagens no cuidado de enfermagem agrave crianccedila hospitalizada submetida a procedimentos uma revisatildeo de literatura Cogitare enferm 13(1) 103-108 jan-mar
    • MARTINS Maria do Rosaacuterio RIBEIRO Circeacutea Amalia BORBA Regina Issuzu Hirooka de and SILVA Conceiccedilatildeo Vieira daProtocolo de preparo da crianccedila preacute-escolar para punccedilatildeo venosa com utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico Rev Latino-Am Enfermagem [on
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Page 17: UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE ESCOLA DE …app.uff.br/riuff/bitstream/1/3317/1/TCC Karina Rodrigues Fernandes.pdf · A punção venosa periférica é um procedimento essencial para

15

confeccionados em Teflon e poliuretano estatildeo associados a baixas frequecircncias de

complicaccedilotildees infecciosas quando comparados aos de polivinilcloreto e polietilenordquo

CENTERS FOR DISEASE CONTROL AND PREVENTION-CDC 2002)

ldquoNo acircmbito hospitalar a flebite eacute uma das complicaccedilotildees mais frequentes e

considerada uma das principais falhas da infusatildeordquo Eacute o processo inflamatoacuterio da camada

iacutentima das veias ocasionado por irritaccedilatildeo mecacircnica quiacutemica ou infecccedilotildees bacterianas

apresentando manifestaccedilotildees como dor edema hiperemia local e calor (GABRIEL8

Machado et al(2008) relata que ldquocerca de 1 a 10 destes pacientes desenvolvem

infecccedilotildees locais ou sistecircmicas relacionadas ao uso de cateteres causadas por alteraccedilatildeo ou

ruptura da integridade da pele que permite a passagem de microorganismos colonizadoresrdquo

2008

apud MAGEROTE et al 2011 p 487)

O curativo para fixaccedilatildeo do cateter eacute outro ponto importante para a manutenccedilatildeo do

mesmo visto que a ldquofixaccedilatildeo reduz o risco de complicaccedilotildees relacionadas agrave terapia intravenosa

tais como flebite infiltraccedilatildeo septicemia e deslocamento do cateterrdquo aleacutem de mantecirc-lo limpo

e seco permitindo a visualizaccedilatildeo contiacutenua do mesmo a fim de prevenir os agravos

(PHILLIPS9

No seacuteculo passado durante os primeiro 50 anos da praacutetica da terapia intravenosa

utilizava-se para fixaccedilatildeo gaze esteacuteril e fitas adesivas O iniacutecio do uso de filmes transparentes

esteacutereis se deu em 1970 como solicitaccedilatildeo dos enfermeiros quanto agrave necessidade da retirada do

curativo para realizar a inspeccedilatildeo do local de inserccedilatildeo funccedilatildeo atribuiacuteda aos mesmos a fim de

impedir uma infecccedilatildeo de corrente sanguiacutenea (MACHADO PEDREIRA E CHAUD 2008)

2001 apud SILVA E ZANETTI 2004 p233)

O uso de fitas adesivas natildeo-esteacutereis pode ser bastante observado em algumas

instituiccedilotildees de sauacutede contudo fita adesiva soacute natildeo estaacute contaminada enquanto permanece na

embalagem sugerindo tambeacutem a possibilidade da transmissatildeo de microorganismos

patogecircnicos com a aplicaccedilatildeo da mesma sobre o local de inserccedilatildeo do cateter

(VANDENBOSCH COOCH E TRESTON-AURAND10

8 Gabriel J Infusion therapy part one minimising the risks Nurs Stand 2008 Apr 22(31)51-6

1997 et al MACHADO

PEDREIRA E CHAUD2005 p292)

9 Phillips DL Manual de terapia endovenosa Trad Pedreira MLG Pereira SR Harada MJCS Peterline MAS 2ordf ed Porto Alegre (RS) Artmed 2001551P 10 VandenBosch TM Cooch J Treston-Aurand J Research utilization adhesive bandage dressing regimen for peripheral venous catheters Am J Infect Control 1997 25(6)513-9

16

Acerca da terapia intravenosa podem ocorrer incompatibilidades em relaccedilatildeo aos

faacutermacos administrados e os cateteres utilizados que na maioria das vezes natildeo satildeo percebidos

devido a impossibilidade de visualizaccedilatildeo Essas incompatibilidades satildeo denominadas por

Peterlini Chaud e Pedreira (2006) como adsorccedilatildeo e absorccedilatildeo onde ocorre ldquoperda do faacutermaco

para a superfiacutecie de frascos seringas filtros acessoacuterios e cateteres da terapia intravenosa por

meio de adsorccedilatildeo ou pela absorccedilatildeo do faacutermaco para a matriz do material de confecccedilatildeo desses

dispositivosrdquo Com isso o profissional de enfermagem tem como funccedilatildeo aleacutem do

conhecimento cientiacutefico acerca das drogas utilizadas programar accedilotildees que possibilitem

ldquoreconstituiccedilatildeo diluiccedilatildeo acondicionamento e cuidados na administraccedilatildeo de faacutermacosrdquo

evitando assim prejuiacutezos no tratamento

17

3 METODOLOGIA

31 Tipo de pesquisa

Trata-se de uma pesquisa descritiva exploratoacuteria de abordagem qualitativa com os

profissionais da equipe de enfermagem da unidade de internaccedilatildeo pediaacutetrica de um hospital

universitaacuterio do estado do Rio de Janeiro

Para Minayo Deslandes e Gomes (2007 p 21) a pesquisa qualitativa responde as

questotildees de forma particular de modo que trabalha com o universo dos significados dos

motivos das aspiraccedilotildees das crenccedilas dos valores e atitudes Sendo assim entende-se que as

accedilotildees do ser humano se distinguem a partir do seu pensamento do modo de agir de acordo

com a realidade vivida por cada um

Segundo Gil (1999 p44) ldquoas pesquisas descritivas tecircm como objetivo primordial a

descriccedilatildeo das caracteriacutesticas de determinada populaccedilatildeo ou fenocircmeno ou o estabelecimento de

relaccedilotildees variaacuteveisrdquo

Kauark Manhatildees e Medeiros (2010 p28) determinam a pesquisa exploratoacuteria como

agravequela que ldquoObjetiva a maior familiaridade com o problema tornando-o expliacutecito ou agrave

construccedilatildeo de hipoacutetesesrdquo Acrescenta ainda que a mesma pode conter levantamento

bibliograacutefico entrevistas com pessoas experientes no problema pesquisado entre outras

fontes

32 Sujeitos da pesquisa

A pesquisa contou com um nuacutemero total de nove (9) profissionais da equipe de

enfermagem da unidade de internaccedilatildeo pediaacutetrica de um Hospital Universitaacuterio do Rio de

Janeiro sendo estes dois (2) enfermeiros e sete (7) teacutecnicos de enfermagem De todos os

18

participantes apenas um trabalha no serviccedilo noturno sendo o restante do serviccedilo diurno Os

mesmos satildeo os responsaacuteveis pela instalaccedilatildeo e manipulaccedilatildeo dos os acessos venosos

perifeacutericos supondo assim que tenham maior domiacutenio sobre o assunto abordado

Os sujeitos foram identificados com codinomes referentes agraves princesas da Disney para

que suas identidades sejam preservadas

33 Cenaacuterio

A pesquisa ocorreu na unidade de internaccedilatildeo pediaacutetrica localizada no quinto andar do

Hospital Universitaacuterio do Rio de Janeiro vinculado a uma Universidade Federal

A unidade pediaacutetrica eacute divida em trecircs enfermarias de acordo com a idade das crianccedilas

hospitalizadas sendo denominadas estas Lactente preacute-escolar e escolar A enfermaria

Lactente eacute composta por 5 leitos hospitalizando crianccedilas de 29 dias a 2 anos jaacute na preacute-escolar

encontram-se 6 leitos e acolhe crianccedilas de 2 a 6 anos e na escolar 6 leitos abrigando crianccedilas

de 7 a 12 anos Toda crianccedila hospitalizada tem direito a um acompanhante como eacute

preconizado por direito pelo Artigo doze (12) do Estatuto da Crianccedila e do Adolescente

(Brasil 1990 p3)

A enfermaria conta com um posto de enfermagem localizado no centro da unidade

possibilitando maior visualizaccedilatildeo das enfermarias Possui tambeacutem uma sala de recreaccedilatildeo e

banheiro para os pacientes e acompanhantes Haacute uma sala utilizada pedagogia hospitalar

onde uma professora realiza atividades com as crianccedilas

Vale ressaltar que na unidade haacute uma sala para realizaccedilatildeo de procedimentos dolorosos

como a punccedilatildeo venosa perifeacuterica e sempre que possiacutevel o paciente eacute levado ateacute ela

34 Coleta de dados

A coleta de dados se deu a partir da teacutecnica de entrevista semi-estruturadas que

segundo Minayo Deslandes e Gomes (2007 p 64) satildeo ldquoperguntas fechadas e abertas em que

o entrevistado tem a possibilidade de discorrer sobre o tema em questatildeo sem se prender agrave

indagaccedilatildeo formuladardquo As mesmas foram gravadas em entrevista individual e tiveram como

foco as accedilotildees que os profissionais da equipe de enfermagem realizam acerca dos cuidados

para a permanecircncia do acesso venoso perifeacuterico aleacutem de investigar sobre o conhecimento que

cada um possui sobre o tema

19

Apoacutes contato preacutevio com a equipe de enfermagem foi acordado um dia e horaacuterio para

a realizaccedilatildeo das entrevistas que aconteceram na proacutepria unidade Todos os profissionais da

equipe de enfermagem foram convidados a participar voluntariamente da pesquisa As

entrevistas aconteceram apoacutes os profissionais assinarem o Termo de Consentimento Livre e

Esclarecido (TCLE)

Para Minayo Deslandes e Gomes (2007 p 64) a entrevista possui como principal

objetivo construir dados que sejam pertinentes para a pesquisa aleacutem de ser a estrateacutegia mais

utilizada no processo de trabalho de campo

A coleta foi interrompida no momento em que os dados se mostraram saturados ou

seja quando houve a cessaccedilatildeo do acreacutescimo de informaccedilotildees novas referentes ao tema

proposto

O fechamento amostral por saturaccedilatildeo teoacuterica eacute definido como a suspensatildeo de inclusatildeo

de novos participantes quando os dados obtidos passam a apresentar na avaliaccedilatildeo do

pesquisador certa redundacircncia ou repeticcedilatildeo natildeo sendo considerado relevante continuar a

coleta de dados (FONTANELLA RICAS e TURATO 2008)

35 Questotildees eacuteticas da pesquisa

De acordo com a Resoluccedilatildeo 46612 que visa assegurar os direitos e deveres que

dizem respeito agrave comunidade cientiacutefica aos sujeitos da pesquisa e ao Estado uma pesquisa

que envolve a participaccedilatildeo de seres humanos deve atender aos fundamentos eacuteticos e

cientiacuteficos pertinentes para a seguranccedila dos mesmos Neste contexto toda pesquisa

envolvendo seres humanos deveraacute ser submetida agrave apreciaccedilatildeo de um Comitecirc de Eacutetica em

Pesquisa (CEP) (BRASIL 2012)

Atendendo a esta condiccedilatildeo o projeto de pesquisa foi encaminhado ao CEP ndash do

Hospital Universitaacuterio o qual foi realizada a pesquisa foi analisado e aprovado na Reuniatildeo

com data de 06122013 CAAE 24693613700005243 Nuacutemero do parecer 486451 Com

isso a pesquisa foi desenvolvida mediante aprovaccedilatildeo do CEP atendendo aos preacute-requisitos

estipulados pela Resoluccedilatildeo nordm 46612

Esta pesquisa eacute pautada em princiacutepios eacuteticos que respeitam a dignidade humana e

justiccedila assegurando que natildeo haveraacute nenhum tipo de dano aos participantes

20

Em atendimento a resoluccedilatildeo 46612 do Conselho Nacional de SauacutedeMS apoacutes serem

esclarecidos pela pesquisadora quanto aos aspectos eacuteticos relacionados agrave pesquisa aleacutem das

formas de produccedilatildeo de dados e inserccedilatildeo no estudo os sujeitos da pesquisa assinaram duas

vias do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido ndash TCLE (apecircndice 1) autorizando sua

participaccedilatildeo voluntaacuteria na pesquisa Uma via foi entregue ao participante e outra ficou

arquivada com a pesquisadora

Nesse documento consta os objetivos da pesquisa procedimentos benefiacutecios

previstos garantia de recusa de participaccedilatildeo em qualquer momento de acesso aos resultados

da pesquisa e tambeacutem a garantia de acesso ao pesquisador quando os sujeitos julgarem

necessaacuterio sendo todas essas informaccedilotildees em linguagem acessiacutevel e simples O mesmo foi

apresentado e explicado ao profissional convidado a participar do estudo no primeiro contato

eou durante visita agendada para realizaccedilatildeo da entrevista

Vale ressaltar que esta pesquisa cujo financiamento eacute proacuteprio natildeo oferece nenhum

tipo de riscos para o sujeito da pesquisa e nem para o cuidado das crianccedilas internadas no setor

de pediatria e os benefiacutecios da participaccedilatildeo do mesmo satildeo de aumentar o conhecimento

cientiacutefico na aacuterea de Enfermagem Pediaacutetrica aleacutem de contribuir para a praacutetica profissional

36 Anaacutelise dos dados

O processo de anaacutelise dos dados foi baseada na teacutecnica da Anaacutelise Temaacutetica que para

Minayo Deslandes e Gomes (2007 p 86) o conceito central eacute o tema ldquoO tema eacute a unidade de

significaccedilatildeo que se liberta naturalmente de um texto analisado segundo criteacuterios relativos agrave

teoria que serve de guia da leiturardquo (BARDIN11

A anaacutelise realizada estava de acordo com a sugerida por Minayo (2010 p 315) e

contam com as seguintes etapas preacute-analise exploraccedilatildeo do material tratamento dos

resultados obtidos e interpretaccedilatildeo Atraveacutes dessas etapas tem-se o objetivo de descrever o

conteuacutedo do material coletado e interpretaacute-lo

1979 apud MINAYO DESLANDES

GOMES 2007 p 86)

A preacute analise consiste na escolha dos elementos a serem analisados e na retomada das

hipoacuteteses e dos objetivos iniciais da pesquisa Inicia-se com uma leitura flutuante onde o

11 BARDIN L Anaacutelise de Conteuacutedo Lisboa Ediccedilotildees 70 1979

21

pesquisador toma contato direto com o material adquirido deixando-se impregnar por seu

conteuacutedo Posteriormente haacute a constituiccedilatildeo do Corpus textual onde eacute feita uma seleccedilatildeo dos

documentos que iratildeo contemplar e fornecer informaccedilotildees sobre o tema sendo assim adequados

para dar resposta aos objetivos do trabalho (MINAYO 2010 p 315)

Essa fase preacute-analiacutetica eacute onde se determinam a unidades de registro unidade de

contexto e a partir delas satildeo determinados os temas que seratildeo analisados A unidade de

registro corresponde parte do conteuacutedo selecionado como base para analise e apoacutes a

delimitaccedilatildeo do contexto de compreensatildeo da unidade de registro eacute estabelecida a unidade de

contexto (MINAYO 2010 p 316)

De acordo com os objetivos da pesquisa foi possiacutevel perceber que nove (9)

entrevistas supriam para atender os mesmo encerrando assim a coleta Apoacutes a transcriccedilatildeo das

entrevistas foi realizada leitura das mesmas para natildeo soacute conhecimento do material mas

tambeacutem estabelecer as unidades de registro Em seguida foi realizado o colorimento das falas

assim as classificando de acordo com as unidades de registro estabelecidas

As unidades de registro que surgiram foram os fatores que interferem na manutenccedilatildeo

do acesso venoso perifeacuterico e o apontamento do acompanhante como responsaacutevel pela perda

do acesso venoso perifeacuterico Elas receberam as cores vermelha e laranja respectivamente a

fim de facilitar o agrupamento dos dados A partir disto surgiram as unidades de contexto que

compreendem as falas das entrevistas de modo a exemplificar o contexto das unidades de

registro

Partindo para segunda etapa da analise temaacutetica a exploraccedilatildeo do material que consiste

numa classificaccedilatildeo que visa alcanccedilar o nuacutecleo de compreensatildeo do texto Busca-se encontrar

categorias que satildeo expressotildees ou palavras significativas em funccedilatildeo das quais o conteuacutedo seraacute

organizado Essas categorias satildeo responsaacuteveis pela especificaccedilatildeo dos temas (MINAYO

2010 p 317)

Nesse caso foram definidos os seguintes temas cuidados preacute intra e poacutes procedimento

de punccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico cuidados em desuso para manutenccedilatildeo do acesso

venoso perifeacuterico o acompanhante e a manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico Essas trecircs (3)

categorias seratildeo apresentadas analisadas e discutidas no capitulo seguinte

22

4 RESULTADOS E DISCUSSAtildeO

Nesse capiacutetulo apresento as trecircs categorias temaacuteticas que surgiram da anaacutelise dos

dados e que contemplaram de forma satisfatoacuteria os objetivos da pesquisa A primeira

categoria denominada como ldquoOs cuidados de enfermagem preacute intra e poacutes-procedimento de

punccedilatildeo do acesso venoso perifeacutericordquo traz os passos e cuidados que os profissionais realizam

antes durante e apoacutes a punccedilatildeo buscando descrever e analisar os fatores envolvidos na pratica

do procedimento em questatildeo que emergiram das entrevistas aleacutem dos cuidados de

enfermagem para a manutenccedilatildeo do mesmo

A segunda categoria que seraacute apresentada eacute ldquoOs cuidados em desuso para manutenccedilatildeo

do acesso venoso perifeacutericordquo que mostra os cuidados que os profissionais citaram como natildeo

mais utilizados para auxiliar na manutenccedilatildeo da punccedilatildeo venosa perifeacuterica

E a uacuteltima categoria eacute denominada ldquoO acompanhante e a manutenccedilatildeo do acesso

venoso perifeacutericordquo e traz a responsabilizaccedilatildeo do acompanhante pelos profissionais do setor

em relaccedilatildeo aos cuidados com manutenccedilatildeo da punccedilatildeo Essa categoria busca tambeacutem ressaltar a

funccedilatildeo do acompanhante durante a hospitalizaccedilatildeo da crianccedila destacando que determinados

cuidados satildeo de total funccedilatildeo da equipe de enfermagem

41 Os cuidados de enfermagem preacute intra e poacutes-procedimento de punccedilatildeo do acesso

venoso perifeacuterico

Para interpretar as unidades de contextos tive como base autores que definiram os

cuidados de enfermagem preacute intra e poacutes punccedilatildeo venosa perifeacuterica Para esses autores a fase

de preacute-punccedilatildeo compreende as accedilotildees de anaacutelise e conhecimento da prescriccedilatildeo avaliaccedilatildeo e

23

preparo emocional do paciente preparo do material e medicaccedilatildeo seleccedilatildeo do siacutetio de inserccedilatildeo

e dilataccedilatildeo da veia selecionada As accedilotildees envolvidas na punccedilatildeo satildeo a execuccedilatildeo das

precauccedilotildees-padratildeo antissepsia da pele punccedilatildeo do vaso a fixaccedilatildeo e curativo do cateter

Finalmente na etapa de poacutes-punccedilatildeo adota-se a identificaccedilatildeo da punccedilatildeo o descarte apropriado

das partes dos materiais natildeo utilizados a orientaccedilatildeo do paciente acerca da terapecircutica o

controle da infusatildeo atraveacutes do gotejamento se necessaacuterio e o registro do procedimento

Phillips12

De acordo com as entrevistas a seleccedilatildeo do local de punccedilatildeo eacute indicada com um fator

que interfere diretamente no tempo de permanecircncia do acesso venoso perifeacuterico visto que

dependendo do local ocorre a perda mais rapidamente Aleacutem da localizaccedilatildeo citaram tambeacutem

o calibre da veia como interferecircncia na manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico Seguem

abaixo algumas falas

(2001 apud ARAUacuteJO 2007 p18)

ldquoPrimeira coisa eacute vocecirc procurar bem a veia colocar uma veia de um bom calibre Se puder dar preferecircncia a natildeo puncionar dobrasrdquo (Cinderela) ldquoDependendo de onde estiver puncionado se for na matildeozinha a crianccedila fica toda hora ta mexendo taacute manipulando alguma coisa e se for no pezinho tambeacutem nem todo tempo vai ficar acamada entatildeo acaba perdendo o acessordquo(Bela ) ldquoO mau posicionamento pode levar a perdardquo (Rapunzel)

A opiniatildeo dos profissionais acima vai de encontro com o que eacute encontrado na

literatura visto que eacute de suma importacircncia que o mesmo avalie o cliente e considere alguns

aspectos para uma escolha criteriosa e eficaz como a finalidade da punccedilatildeo o tipo de soluccedilatildeo

a ser infundida a condiccedilatildeo da rede venosa a duraccedilatildeo da terapia idade do cliente habilidade

cognitiva da crianccedila a preferecircncia do cliente o que nem sempre seraacute possiacutevel satisfazer e

tambeacutem a sua atividade (ARAUacuteJO 2007 p31)

Os cuidados com o acesso venoso perifeacuterico satildeo importantes antes mesmo da

realizaccedilatildeo do procedimento Levando em consideraccedilatildeo que um erro durante a fase de preacute-

procedimento como a escolha errada do local de punccedilatildeo por exemplo poderaacute levar a perda

do acesso e prejudicar assim o tratamento aleacutem do bem-estar da crianccedila que seraacute puncionada

novamente

12 PHILLIPS L D Manual de terapia intravenosa 2ed Porto Alegre Artmed 2001

24

O vaso sanguiacuteneo que o profissional selecionar como local para puncionar deve ser

suficiente para suportar o calibre e o comprimento do cateter aleacutem de atender a necessidade

terapecircutica para que natildeo haja a necessidade de uma nova punccedilatildeo

A punccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico eacute um procedimento doloroso e de grande

incomodo para a crianccedila com isso eacute de suma importacircncia realizar a seleccedilatildeo preacutevia do

material poreacutem natildeo foi citado Outro cuidado rotineiro e natildeo menos importante como a

lavagem das matildeos antes da colocaccedilatildeo do acesso tambeacutem natildeo foi mencionado durante as

entrevistas

O preparo emocional da crianccedila e do acompanhante quanto ao procedimento deve ser

considerada praacutetica rotineira para a equipe de enfermagem O profissional de enfermagem

deve lavar as matildeos objetivando a reduccedilatildeo significativa de risco de infecccedilatildeo e recomenda-se o

uso de aacutegua e sabatildeo para lavagem das matildeos antes da colocaccedilatildeo do cateter venoso perifeacuterico

(PHILLIPS13

O preparo preacutevio do material para instalaccedilatildeo do cateter venoso perifeacuterico eacute importante

para evitar interrupccedilotildees do procedimento e consequentemente um maior tempo de

manipulaccedilatildeo da crianccedila (SILVA

2001apud ARAUacuteJO 2007 Centers for Disease Control and Prevention ndash CDC

2002 apud ARAUacuteJO 2007)

14

Outro aspecto citado e classificado como preacute-procedimento eacute o cuidado com a

medicaccedilatildeo a ser administrada incluindo cuidados com a diluiccedilatildeo e composiccedilatildeo da mesma

Seguem algumas das falas

2004 apud ARAUacuteJO 2007 p30)

ldquoEstar sempre diluindo as medicaccedilotildees de acordo com a prescriccedilatildeo meacutedica pois as medicaccedilotildees satildeo muito fortes e podem causar enfraquecimento da veia Tem que diluir direitinho e passar lento na veiardquo (Cinderela) ldquoTer cuidado principalmente quando eacute crianccedila e a diluiccedilatildeo da medicaccedilatildeo tambeacutem agraves vezes natildeo eacute pra passar em perifeacuterico e na segunda dose jaacute perdeurdquo (Alice)

O acesso venoso perifeacuterico eacute a primeira alternativa para infusatildeo intravenosa por ser de

mais faacutecil acesso e rapidez no efeito da medicaccedilatildeo O profissional de enfermagem deve ter

domiacutenio natildeo soacute relacionado agrave infusatildeo das medicaccedilotildees mas tambeacutem com a composiccedilatildeo

13 PHILLIPS L D Manual de terapia intravenosa 2ed Porto Alegre Artmed 2001 14 SILVA G R G Terapia intravenosa em receacutem-nascidos ndash orientaccedilotildees para o cuidado de Enfermagem Rio de Janeiro Cultura Meacutedica 2004

25

farmacoloacutegica das mesmas os efeitos adversos e colaterais que a droga pode causar inclusive

em relaccedilatildeo a diluiccedilatildeo o que normalmente eacute estabelecido como padratildeo no setor de acordo com

cada faacutermaco

Com a intenccedilatildeo de promover a eficaacutecia terapecircutica dos medicamentos administrados

por via intravenosa eacute atribuiccedilatildeo do profissional de enfermagem implementar teacutecnicas como a

diluiccedilatildeo acondicionamento e cuidados na administraccedilatildeo de faacutermacos a fim de evitar

prejuiacutezos no tratamento resultantes da incompatibilidade medicamentosa (PETERLINI

CHAUD e PEDREIRA 2006)

Os fatores intra-procedimento satildeo considerados aqueles diretamente relacionados com

o procedimento Os dados colidos nas entrevistas ressaltaram apenas a fixaccedilatildeo com um fator

que interfere nessa fase Este foi o dado mais repetitivo nas entrevistas poreacutem sempre citado

de forma superficial Seguem as falas dos profissionais quando questionados sobre o que era

importante para manutenccedilatildeo do acesso

ldquoTem que fazer uma boa fixaccedilatildeo Porque quando a pessoa natildeo fixa bem prejudica porque aquilo vai soltando e quando vocecirc vecirc jaacute perdeu a veiardquo(Cinderela) ldquoEu acho que natildeo tem o que fazer para manter o acesso A crianccedila vai ficar uns dias X com aquele acesso pra fazer medicaccedilatildeo e eu acho que natildeo tem o que vocecirc profissional fazer para que natildeo percardquo (Aurora) ldquoA fixaccedilatildeo evita a movimentaccedilatildeo excessiva no local que estaacute o acessordquo (Ariel) ldquoTer cuidado com o curativo saber manusear E manter sempre o curativo limpo trocar se necessaacuteriordquo (Rapunzel) ldquoA fixaccedilatildeo eacute muito importante pra natildeo soltar o acesso e pra ele ficar mais tempordquo(Mulan)

Oliveira Bezerra e Pereira (2008 p 94) afirmam que de acordo com o revelado por

determinados estudos o tipo de curativo a fixaccedilatildeo do cateter e o tempo de permanecircncia estatildeo

diretamente relacionados com a ocorrecircncia de complicaccedilotildees infecciosas como flebites e

tambeacutem infiltraccedilatildeo extravasamento desconexatildeo e deslocamento do cateter

26

Para Pettit e Kraus15

Potter

(1995 apud MACHADO PEDREIRA E CHAUD2005 p292) a

gaze esteacuteril fixada com a fita adesiva hipoalergecircnica bem como a peliacutecula transparente esteacuteril

satildeo os materiais mais recomendados para curativo e fixaccedilatildeo de cateter venoso perifeacuterico

16

Jaacute as peliacuteculas transparentes mais conhecidas como filme permitem a respiraccedilatildeo

normal da pele com alta permeabilidade ao oxigecircnio e vapores e eacute impermeaacutevel a liacutequidos e

micro-organismos (SILVA E ZANETTI 2004 p233) Aleacutem disso permitem tambeacutem a

visualizaccedilatildeo contiacutenua do local de punccedilatildeo permitindo assim avaliaccedilatildeo do mesmo natildeo soacute

durante a infusatildeo de medicaccedilotildees mas tambeacutem todo o tempo

(1998 apud SILVA E ZANETTI 2004 p233) afirma que nas fixaccedilotildees em

que se utiliza a gaze esteacuteril preconiza-se a utilizaccedilatildeo de teacutecnica asseacuteptica Neste curativo a

gaze esteacuteril eacute colocada sobre o siacutetio de inserccedilatildeo e suas bordas satildeo fixadas com fita adesiva

A observaccedilatildeo da punccedilatildeo eacute muito importante pois se o local de inserccedilatildeo se mostrar

com sinais e sintomas de complicaccedilotildees a terapia deve ser suspensa (OLIVEIRA BEZERRA

e PEREIRA 2008 p95)

A visualizaccedilatildeo contiacutenua do acesso permite que a equipe de enfermagem possa realizar

uma observaccedilatildeo mais particularizada em relaccedilatildeo agraves condiccedilotildees do acesso venoso perifeacuterico

podendo observar se haacute deslocamento do cateter sinais de infiltraccedilatildeo e tambeacutem sinais de

infecccedilatildeo

Para Silva Barbato e Valente (2013 p 1200) cabe ao enfermeiro fazer a avaliaccedilatildeo

diaacuteria e cuidadosa do curativo observando a presenccedila de umidade sujidade integridade do

oacutestio de inserccedilatildeo a fixaccedilatildeo bem como a realizaccedilatildeo do curativo e das anotaccedilotildees legais

competentes agraves suas funccedilotildees

A fase poacutes-procedimento eacute caracterizada por uma seacuterie de cuidados que a equipe de

enfermagem deve realizar para que se obtenha maior tempo de permanecircncia do acesso venoso

perifeacuterico Durante as entrevistas os cuidados citados foram a salinizaccedilatildeo do acesso cuidados

para evitar a flebite e a velocidade de infusatildeo

15 Pettit DM Kraus V The use of gauze versus transparent dressings for peripheral intravenous catheter sites Nurs ClinNorth Am 1995 30(3)495-506 16 Potter P Perry AG Fundamentos de enfermagem processo conceito e praacutetica 3ordf ed Santos(SP) Guanabara Koogan19981397pp801-43

27

ldquoManter um acesso bem salinizado que vocecirc lave pelo menos de duas de trecircs em trecircs horas Se bem que isso aqui na pediatria natildeo eacute muito comum aqui a gente soacute lava cada vez que vai fazer medicaccedilatildeo mas se eu natildeo me engano a literatura preconiza isso vocecirc lavar pelo menos de quatro em quatro horas o acessordquo (Aurora)

ldquoPra manter o acesso venoso perifeacuterico eacute importante manter ele salinizado Assim que a gente recebe o plantatildeo eu vou ver se o acesso ta peacutervio com uma ldquoseringuinhardquo vai la da uma ldquolavadinhardquo e vecirc se o acesso ta peacutervio e manter o acesso salinizadordquo (Ariel)

ldquoSalinizar de 6 em 6 horas para manter ele peacuterviordquo (Alice)

ldquoTem que passar lento a medicaccedilatildeo e a limpeza da aacuterea vocecirc tem que limpar bem a aacuterea pra vocecirc natildeo formar uma flebiterdquo (Cinderela)

A salinizaccedilatildeo do acesso eacute um cuidado simples e de grande importacircncia Esse cuidado

deve ser realizado para manter o acesso peacutervio e limpo e deve ser realizado antes e apoacutes

qualquer infusatildeo

Para Moncaio e Figueiredo (2009)

a ldquosalinizaccedilatildeordquo consiste em administrar sob pressatildeo positiva soluccedilatildeo salina (Soro fisioloacutegico a 09) logo apoacutes o teacutermino da infusatildeo da medicaccedilatildeo Este procedimento visa prevenir a formaccedilatildeo de trombos e fibrina evitar o contato de drogas incompatiacuteveis (quando da infusatildeo de mais de um item medicamentoso no mesmo horaacuterio) garantir a infusatildeo de todo o medicamento que possa ter ficado no sistema aleacutem de evitar retorno sanguiacuteneo mantendo o cateter peacutervio para a proacutexima infusatildeo

Durante a coleta de dados esse cuidado surgiu em diversos momentos poreacutem foi

possiacutevel perceber que os profissionais realizam o mesmo de forma banalizada Natildeo sabem de

fato a real funccedilatildeo de manter o acesso salinizado A impressatildeo que passa eacute que eles

aprenderam que esse cuidado deveria ser feito e simplesmente fazem Haacute divergecircncias

tambeacutem entre a equipe em relaccedilatildeo ao momento que deve ser realizada a salinizaccedilatildeo e isso nos

mostra a desatualizaccedilatildeo dos profissionais do setor e a falta de uma educaccedilatildeo continuada no

hospital

Os cuidados para evitar a flebite e a velocidade de infusatildeo da medicaccedilatildeo apareceram

menos nas entrevistas e interferem diretamente com a manutenccedilatildeo do acesso venoso

perifeacuterico

28

A flebite eacute uma inflamaccedilatildeo na veia puncionada ocorrendo quando as ceacutelulas

endoteliais da parede da veia que o cateter estaacute inserido tornam-se inflamadas e irregulares

propiciando a aderecircncia de plaquetas e predispondo a veia a inflamaccedilatildeo Eacute comum que o local

se apresente dolorido hiperemiado quente e edemaciado e nesses casos eacute aconselhada a

retirada do cateter Uma boa fixaccedilatildeo do cateter perifeacuterico eacute recomendada por autores na

literatura visto que previnem deslocamento faacutecil e permitem uma boa visualizaccedilatildeo do local

evitando complicaccedilotildees como a flebite e infiltraccedilatildeo (MOLDES et al 2011 p 330)

Dentre as principais falhas de infusatildeo venosa estatildeo flebite infiltraccedilatildeo hematoma e

obstruccedilatildeo Acredita-se que para reduzir a incidecircncia destas nas unidades pediaacutetricas eacute preciso

a adoccedilatildeo de estrateacutegias tais como a abordagem junto agrave equipe em parceria com o setor de

educaccedilatildeo permanente e a adoccedilatildeo do uso da teacutecnica corretamente e de forma asseacuteptica para a

realizaccedilatildeo da punccedilatildeo venosa perifeacuterica em acordo com a comissatildeo de controle de infecccedilatildeo

hospitalar (SILVA BARBATO e VALENTE 2013 p 1200)

A incapacidade do paciente em relatar dor no siacutetio de administraccedilatildeo do faacutermaco quer

pela idade ou condiccedilatildeo cliacutenica e o local de inserccedilatildeo como tambeacutem a velocidade de infusatildeo do

medicamento (gt25mgmin) satildeo classificados como fatores de risco para a perda do acesso

venoso perifeacuterico (MARTINS SILVINO e DIAS 2010)

42 Os cuidados em desuso para manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico

Essa categoria discorre sobre os cuidados de enfermagem que com o passar do tempo

foram desconsiderados e natildeo satildeo mais utilizados Quando questionados em relaccedilatildeo a vivencia

profissional e cuidados que discordavam os entrevistados citaram o uso da tala para fixaccedilatildeo

uso de heparina e os cuidados em relaccedilatildeo ao tempo de permanecircncia do cateter Haacute muitas

controveacutersias em relaccedilatildeo aos cuidados citados acima

O tempo de permanecircncia interfere diretamente no aparecimento de complicaccedilotildees

como flebite e que acabam levando a perda do acesso venoso perifeacuterico mais rapidamente

aconselhando assim a troca do mesmo entre 76 a 96 horas Poreacutem eacute preconizada a retirada do

cateter apenas se finalizar o tratamento ou houver alguma interferecircncia

ldquoA gente observa tambeacutem o tempo dependendo do tempo tem que tirarrdquo (Alice)

29

ldquoHoje eu natildeo sei como que eacute essa questatildeo do tempo porque a gente trocava o acesso a cada quatro dias agora o pessoal jaacute diz que pode trocar em ateacute uma semana entatildeo natildeo sei como que ta isso e o que tem escrito em relaccedilatildeo a isso (Aurora)

Sabe-se que o tempo para troca do cateter de teflon ou poliuretano varia de 72 a 96

horas com o intuito de reduzir risco de infecccedilatildeo e flebite e para minimizar esses riscos nas

seguintes situaccedilotildees diante de sinais inflamatoacuterios no local de inserccedilatildeo e sempre que houver

mau funcionamento do cateter (SANTOS17

Entretanto o Center for Disease Control and Prevention - CDC (2002) diz que em

pacientes pediaacutetricos natildeo foi observada relaccedilatildeo quanto ao tempo de permanecircncia do cateter e

ocorrecircncia de complicaccedilotildees devendo ser mantido ateacute o teacutermino da terapia intravenosa ou

quando forem observados sinais cliacutenicos de complicaccedilotildees

2004 apud OLIVEIRA BEZERRA e PEREIRA

2008 p 93)

Eacute possiacutevel observar a diferenccedila do conhecimento pratico dos profissionais

entrevistados em relaccedilatildeo ao conhecimento encontrado na literatura E ainda contendo duacutevidas

natildeo haacute uma busca da parte dos mesmos para esclarececirc-las

O uso da heparina com a finalidade de manter o acesso peacutervio por um periacuteodo maior

de tempo mostra-se com mais certeza quanto ao desuso nos dados colidos

ldquoAntigamente a gente usava heparina entatildeo a gente ficava tranquila em relaccedilatildeo agrave obstruccedilatildeo mas agora natildeo a gente usa o soro fisioloacutegico e a gente deixa salinizadordquo (Aurora)

Rang e Dale 18(1998 apud DOPICO e OLIVEIRA 2006) afirmam que a heparina

inibe a formaccedilatildeo de coaacutegulos de fibrina in vitro e in vivo e que seu efeito anticoagulante eacute

praticamente imediato Com isso Phillips19

17 Santos W Lavagem das matildeos In R Luiz Santos W Manual baacutesico de prevenccedilatildeo e controle das infecccedilotildees hospitalares do HRU Fortaleza Hospital Regional Unimed 2004

(2001 apud DOPICO e OLIVEIRA 2006)

ressalta que a teacutecnica de manutenccedilatildeo intermitente de cateteres intravenosos com soluccedilatildeo

salina 09 classificada como salinizaccedilatildeo tem sido pesquisada haacute alguns anos apresentando

em relaccedilatildeo ao uso da heparina vantagens como o baixo custo ser um procedimento mais

18 Rang HP Dale M M Hemostasia e Trombose In Rang HP Dale M M Farmacologia Rio de Janeiro Guanabara Koogan 1998 p235-47 19 PHILLIPS L D Manual de terapia intravenosa 2ed Porto Alegre Artmed 2001

30

simples aleacutem de eliminar a possibilidade de incompatibilidade com as drogas e soluccedilotildees

administradas aleacutem da inexistecircncia de riscos ao paciente Entretanto sabe-se que a literatura

ainda natildeo fornece consenso acerca da soluccedilatildeo mais indicada para manutenccedilatildeo da

permeabilidade do cateter venoso perifeacuterico

Eacute importante ressaltar que muitas instituiccedilotildees do nosso paiacutes nem ao menos tecircm o

conhecimento da praacutetica da salinizaccedilatildeo com soluccedilatildeo salina 09 No que se refere agrave pesquisa

cientiacutefica as limitaccedilotildees desta praacutetica satildeo atribuiacutedas agrave ausecircncia de um maior nuacutemero de

estudos controlados para validar sua eficaacutecia (EPPERSON20

Apesar de natildeo ser encontradas publicaccedilotildees acerca do tema a utilizaccedilatildeo de heparina

mostra-se como uma pratica natildeo mais utilizada pelos profissionais de enfermagem Outro

tema onde haacute controveacutersias e tambeacutem poucas citaccedilotildees eacute o uso da tala para fixaccedilatildeo do acesso

venoso perifeacuterico Seguem abaixo a opiniatildeo de alguns dos profissionais entrevistados

1984 apud DOPICO e

OLIVEIRA 2006)

ldquoA uacutenica coisa que eu natildeo gosto de ver eacute quando se coloca tala para imobilizar dizendo que a tala vai ajudar a natildeo perder a veia Isso eu natildeo concordo acho que a tala prejudica a crianccedila fica incomodada faz dor no membrordquo (Cinderela)

ldquoAntigamente a gente usava muito tala e as vezes eu pego isso aqui ai eu falo gente tala natildeo se usa mais natildeo faz parte mais da fixaccedilatildeo vocecirc pode fixar de uma forma que a crianccedila natildeo perca A tala eu acho que ela traumatiza um pouco ainda mais se vocecirc pegar um acesso na dobra vocecirc vai fazer com que a crianccedila fique com o braccedilo esticado muito tempo eu acho que pode causar uma lesatildeo depois e a literatura jaacute fala que eacute desnecessaacuteria natildeo precisa maisrdquo (Aurora) ldquoAntigamente usavam tala mas hoje em dia quase natildeo se vecirc mais e eu acho que a tala atrapalha porque a crianccedila fica imobilizada no membro ai fica mais irritadardquo (Rapunzel) ldquoLaacute no meu outro trabalho alguns usam a tala Eu acho que a tala ajuda ateacute a perder mais raacutepido porque a crianccedila fica incomodada vai querer mexer naquilordquo (Mulan)

20 Epperson EL Efficacy of 09 sodium chloride injection with without heparin for maintenance indwelling intermittent injection sites Clin Pharm1984 3(5)26

31

Almeida e Sabateacutes21

Entretanto haacute estudo que comprovam que o uso da tala natildeo se mostra tatildeo eficiente e

apresenta-se como uma praacutetica controversa O estudo foi realizado em crianccedilas ateacute os 12 anos

utilizando imobilizaccedilatildeo com tala e em mais de metade dos casos (553) ocorreu infiltraccedilatildeo

o que indicia a ineficaacutecia desta praacutetica (MACHADO PEDREIRA e CHAUD 2008 apud

BATALHA et al 2010 p512)

(2008 apud BATALHA et al 2010 p512) afirmam que a teacutecnica

de fixaccedilatildeo dos CVP com uso de imobilizaccedilatildeo com tala para restriccedilatildeo ou limitaccedilatildeo dos

movimentos articulares proacuteximo do local da punccedilatildeo estaacute indicado nas matildeos punhos cotovelo

e maleacuteolo

Para Batalha et al (2010 p512) o uso desta praacutetica parece natildeo se coadunar com o

atual uso de cateteres flexiacuteveis tipo abocath em detrimento de agulhas metaacutelicas Talvez por

isso comecem a surgir novas teacutecnicas de fixaccedilatildeo dos CVP que natildeo exigem imobilizaccedilatildeo das

articulaccedilotildees com talas

Aleacutem de natildeo haver uma confirmaccedilatildeo dos benefiacutecios causados pelo uso da tala a

imobilizaccedilatildeo causa incocircmodo para a crianccedila que fica com o membro imoacutevel podendo causar

dor e tambeacutem irritaccedilatildeo O uso desse tipo de fixaccedilatildeo tambeacutem impede a visualizaccedilatildeo frequente

do acesso venoso afetando assim os cuidados de observaccedilatildeo da equipe de enfermagem

43 O acompanhante e a manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico

A presente categoria vai discutir um assunto importante que surgiu durante as

entrevistas de forma inesperada Alguns dos profissionais entrevistados citaram o descuido do

acompanhante como um fator causador da perda do acesso venoso perifeacuterico Seguem abaixo

algumas falas

ldquoA matildee sempre acompanha e tem matildee que natildeo tem cuidado natildeo vigia e a gente tem que ficar pedindo pra olhar tomar contardquo (Aurora)

ldquoEm relaccedilatildeo ao acompanhante porque a crianccedila natildeo vai avaliar entatildeo o acompanhante que estar ali tem que avaliar direitinho natildeo deixar a crianccedila mexer ou puxarrdquo (Bela)

ldquoNatildeo eacute toda matildee que esta vigiando que cuida pra que a crianccedila natildeo perca o acessordquo (Jasmine)

21 Almeida FA Sabateacutes AL Enfermagem pediaacutetrica a crianccedila o adolescente e a sua famiacutelia no hospital Satildeo Paulo(SP) Manole 2008

32

ldquoAcho que leva a perda quando o acompanhante natildeo coopera as vezes a gente faz a imobilizaccedilatildeo na crianccedila e as vezes eles ateacute retiram e a proacutepria crianccedila agitada ela mesmo arrancardquo (Branca de Neve)

ldquoAgraves vezes a proacutepria crianccedila que a matildee deixa muito solta ai solta o acessordquo (Mulan)

Apoacutes a implementaccedilatildeo da lei que garante um acompanhante ao paciente pediaacutetrico a

presenccedila do familiarresponsaacutevel durante a hospitalizaccedilatildeo mudou a rotina da equipe de

enfermagem trazendo duacutevidas quanto a real funccedilatildeo do acompanhante e fazendo com que a

mesma viesse a delegar certos cuidados para acompanhante

A Promulgaccedilatildeo da Lei 8069 do Estatuto da Crianccedila e do Adolescente (ECA) em

1990 no seu artigo 12deg garante agrave crianccedila ou ao adolescente o direito de ter um responsaacutevel

que o acompanhe durante a hospitalizaccedilatildeo (1990)

Desde a sua implantaccedilatildeo as unidades vecircm sofrendo um processo de reorganizaccedilatildeo de

suas praacuteticas A inserccedilatildeo da famiacutelia modifica a organizaccedilatildeo do processo de trabalho o que

requer dos profissionais uma compreensatildeo em relaccedilatildeo agrave dinacircmica das relaccedilotildees interpessoais

(COLLET e ROCHA 2004)

Pimenta e Collet (2009) ressaltam que natildeo haacute nenhuma regulamentaccedilatildeo sobre a

participaccedilatildeo da famiacutelia nos cuidados e no entanto a mesma desempenha atividades junto agrave

crianccedila durante a hospitalizaccedilatildeo que devem ser levadas em consideraccedilatildeo A falta de

reconhecimento desse fato fez com que a equipe de enfermagem e famiacutelia natildeo possuiacutessem

uma relaccedilatildeo aberta e vivessem uma relaccedilatildeo silenciosa e impliacutecita de poder na qual a famiacutelia

acaba assumindo as relaccedilotildees do cuidado agrave crianccedila de responsabilidade da enfermagem

A negociaccedilatildeo entre matildees e equipe de enfermagem em relaccedilatildeo aos cuidados agrave crianccedila

hospitalizada natildeo eacute uma tarefa faacutecil tendo em vista que natildeo se tem claro qual o seu novo

papel neste processo (COLLET e ROCHA 2004)

Eacute possiacutevel ver nas falas que a presenccedila do acompanhante causa para a equipe de

enfermagem a seguranccedila de ter algueacutem para ldquovigiarrdquo ldquotomar contardquo e natildeo deixar que a

crianccedila hospitalizada perca o acesso venoso quando na verdade eacute funccedilatildeo da equipe de

enfermagem cuidados referentes ao acesso venoso perifeacuterico

33

Jaacute o acompanhante eacute definido pelo Ministeacuterio da Sauacutede como uma pessoa significativa

para a crianccedila que representa sua rede social e que vai acompanhaacute-lo durante a permanecircncia

no ambiente hospitalar ressaltando assim sua importacircncia Esse fato se reforccedila visto que a

crianccedila encontra nos familiares a forccedila e seguranccedila necessaacuteria para encarar todo esse processo

doloroso e desconhecido (MURAKAMI e CAMPOS 2011 p255)

O acompanhante aleacutem de minimizar o sofrimento do paciente pediaacutetrico faz com que

o mesmo sinta-se mais a vontade Eacute importante ressaltar que o familiarresponsaacutevel natildeo soacute

pode como deve participar das atividades da crianccedila no hospital desde que estas natildeo sejam

competecircncias dos profissionais que os cercam Essas atividades satildeo caracterizadas como

semelhantes aos que eles realizam diariamente fora do ambiente hospitalar como o banho

Poreacutem no caso de um paciente com punccedilatildeo venosa perifeacuterica o profissional de enfermagem

deve auxiliar no cuidado para que essa natildeo se perca

Os cuidados dos familiaresacompanhantes satildeo os mesmos que os desenvolvidos no

domiciacutelio e os cuidados prestados pela equipe de enfermagem satildeo aqueles que demandam

conhecimento teacutecnico-cientiacutefico especializado (SOUZA e OLIVEIRA 2010 p558)

Mesmo alguns cuidados parecerem simples e rotineiros quando eacute prestado no

hospital assumem novas caracteriacutesticas com o uso de dispositivos tecnoloacutegicos os quais se

tornam complexos (PIMENTA E COLLET 2009)

O ato de cuidar envolve o respeito agrave maneira como vive cada indiviacuteduo de acordo

com suas crenccedilas valores costumes e cultura A famiacutelia como uma instituiccedilatildeo atende agraves

necessidades bioloacutegicas de seus membros sendo sua responsabilidade cuidar e criar os filhos

incluindo a obrigaccedilatildeo da alimentaccedilatildeo higiene vestuaacuterio e moradia (ELSEN22

Nas entrevistas podemos verificar falas em que o acompanhante eacute citado como

responsaacutevel por avaliar a punccedilatildeo venosa A equipe de enfermagem deve sempre partir do

pressuposto que o familiar acompanhante natildeo tem conhecimento cientiacutefico e certo tipo de

cuidado natildeo deve se delegado para o mesmo mostrando assim a importacircncia da orientaccedilatildeo do

acompanhante quanto aos procedimentos dispositivos utilizados e cuidados em que os

etal 1994

apud SOUZA e OLIVEIRA 2010 p 553)

22 Elsen I Patriacutecio ZM Assistecircncia agrave crianccedila hospitalizada tipos de abordagens e suas implicaccedilotildees para a enfermagem In A enfermagem em pediatria e puericultura Rio de Janeiro (RJ) Atheneu 2005

34

mesmos possam auxiliar Seguem abaixo as falas onde os profissionais ressaltaram a

importacircncia da orientaccedilatildeo do acompanhante

ldquoNem sempre a crianccedila vai entender o porque de estar com aquele acesso entatildeo tem que ter uma orientaccedilatildeo do acompanhanterdquo (Bela)

ldquoTem que haver orientaccedilatildeo do acompanhante para os cuidadosrdquo (Ariel)

ldquoAgraves vezes tem ate o exemplo de um pai que natildeo deixa trocar o acesso jaacute tinha mais de uma semana e ele natildeo queria que trocasse ai faz febre e natildeo sabe da onderdquo (Alice)

Para Souza e Oliveira (2010 p555) deve haver uma preocupaccedilatildeo em orientar

considerando que o outro natildeo tem nenhum tipo de conhecimento sobre o assunto Poreacutem

Queiroz e Jorge23

Apesar das dificuldades o profissional de enfermagem deve estabelecer um viacutenculo de

confianccedila com o acompanhante buscando sempre deixaacute-los ciente das situaccedilotildees e fazendo-os

participar dos cuidados plausiacuteveis sem causar nenhum dano agrave crianccedila e de maneira alguma

abandonar suas atribuiccedilotildees

(2004 apud SOUZA e OLIVEIRA 2010 p 556) ressaltam que apesar de os

profissionais terem intenccedilatildeo de orientar os cuidados para a sauacutede repassam conhecimentos

elaborados cientificamente dificultando a compreensatildeo do familiar aleacutem de a relaccedilatildeo se dar

de maneira vertical assimeacutetrica e coercitiva

23 Queiroz MVO Jorge MSB Accedilotildees educativas no cuidado infantil e intervenccedilotildees dos profissionais junto agraves famiacutelias Acta Scientiarum Maringaacute 2004 janjun 26(1) 27-34

35

CONCLUSAtildeO

Atraveacutes desse estudo foi possiacutevel descrever e analisar os cuidados que os profissionais

de enfermagem realizam acerca da permanecircncia do acesso venoso perifeacuterico Aleacutem disso a

realizaccedilatildeo da pesquisa permitiu identificar a desarticulaccedilatildeo do processo de enfermagem e a

praacutetica desconectada da produccedilatildeo cientiacutefica caracterizando a falta de uma educaccedilatildeo

continuada efetiva

A anaacutelise dos dados demonstra o processo de punccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico

ressaltando a importacircncia de cuidados como a seleccedilatildeo do local a diluiccedilatildeo da medicaccedilatildeo a

realizaccedilatildeo de uma boa fixaccedilatildeo a atenccedilatildeo com a velocidade de infusatildeo os cuidados com os

sinais de infecccedilatildeo e salinizaccedilatildeo do acesso natildeo deixando de salientar cuidados em desuso

como o uso da heparina da tala e duvidas em relaccedilatildeo ao tempo de permanecircncia Evidenciou

tambeacutem que a equipe de enfermagem delega alguns cuidados para os acompanhantes

Natildeo foi possiacutevel perceber o niacutevel de conhecimento cientiacutefico dos profissionais visto

que eles em nenhum momento por natildeo saberem ou por medo de se expor natildeo explicaram de

fato nenhum cuidado que disseram realizar Sempre citaram de forma superficial e direta

deixando claro tambeacutem que o pesquisador natildeo os indagou quanto a isso Poreacutem creio que

diante de cuidados tatildeo importantes e de frequente praacutetica os mesmos falariam facilmente

sobre os cuidados de enfermagem na permanecircncia do acesso venoso perifeacuterico

Apesar dos entrevistados citarem alguns fatores e cuidados realizados de forma

correta eacute visiacutevel que os mesmos realizam os cuidados com a punccedilatildeo e a permanencia do

acesso de forma automaacutetica sem unir a praacutetica com o fundamento do mesmo

Eacute importante destacar tambeacutem a importacircncia do preparo emocional da crianccedila como

tambeacutem os cuidados com a famiacutelia dos mesmos O trabalho de humanizaccedilatildeo realizado pela

36

enfermagem faz grande diferenccedila nessas situaccedilotildees visto que os pacientes e acompanhantes

tendo conhecimento do que seraacute realizado ficariam mais tranquilos

O estudo contribuiu para o campo do ensino nesta aacuterea dando destaque ao importante

papel que o profissional de enfermagem deve desempenhar no cuidado e na manutenccedilatildeo do

acesso venoso perifeacuterico Contudo vale ressaltar a importacircncia do incentivo ao profissional a

buscar na literatura natildeo soacute esclarecimento de suas duvidas mas tambeacutem novos

conhecimentos

Pode colaborar ainda para a realizaccedilatildeo de novas pesquisas na aacuterea procurando

eliminar duacutevidas e controveacutersias sobre o tema Buscando assim a realizaccedilatildeo de um cuidado de

enfermagem articulado e eficaz promovendo o bem-estar do paciente pediaacutetrico durante a

hospitalizaccedilatildeo

37

REFEREcircNCIAS

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44

APEcircNDICE I

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO Tiacutetulo Do Projeto Os cuidados de enfermagem acerca dos acessos venosos perifeacutericos na unidade pediaacutetrica Pesquisador Responsaacutevel Rosane Cordeiro Burla de Aguiar Eny Dorea Paiva e Karina Rodrigues Fernandes Instituiccedilatildeo a que Pertence o Pesquisador Responsaacutevel Universidade Federal Fluminense Telefone para contato (21) 98355269 (21) 82392939 (21) 91786609 Nome do voluntaacuterio _________________________________________________________ Idade ________ anos RG ____________________________

AO Sr (a) estaacute sendo convidado (a) a participar do projeto de pesquisa OS CUIDADOS DE

ENFERMAGEM ACERCA DOS ACESSOS VENOSOS PERIFEacuteRICOS NA UNIDADE PEDIATRICA de

responsabilidade da pesquisadora Profordf Drordf Rosane Cordeiro Burla de Aguiar e Profordf Drordf Eny Dorea Paiva A

punccedilatildeo venosa perifeacuterica eacute um procedimento essencial durante a hospitalizaccedilatildeo da crianccedila visto que eacute atraveacutes

dela que eacute administrada grande parte das medicaccedilotildees Este estudo se justifica diante da importacircncia da

necessidade de um maior periacuteodo de permanecircncia dos acessos venosos perifeacutericos Com isso aleacutem da

diminuiccedilatildeo de eventos que causam dor e irritaccedilatildeo na crianccedila e na famiacutelia promoveraacute tambeacutem uma melhor estada

dos mesmos durante o periacuteodo de hospitalizaccedilatildeo Os objetivos da pesquisa satildeo 1) Descrever os fatores que

interferem na manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico de acordo com a equipe de enfermagem 2)Analisar os

cuidados da equipe de enfermagem na manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico A coleta de dados se daraacute

atraveacutes de entrevistas semi estruturadas que seratildeo gravadas As informaccedilotildees colhidas seratildeo tratadas de forma

anocircnima e confidencial ou seja em nenhum momento seratildeo divulgados o seu nome e somente os

pesquisadores teratildeo acesso agraves informaccedilotildees Os dados obtidos com a pesquisa poderatildeo ser publicados apenas com

fins cientiacuteficos Eles natildeo seratildeo utilizados para fins comerciais ou para outra finalidade qualquer Caso necessite

poderatildeo ser marcados encontros para respostas ou esclarecimentos de qualquer duacutevida acerca da pesquisa A sua

participaccedilatildeo eacute voluntaria e eacute importante lembrar que vocecirc poderaacute desistir de participar da pesquisa em qualquer

momento A entrevista seraacute marcada em um dia e horaacuterio que vocecirc achar melhor Seraacute realizada

individualmente em um ambiente que nos ofereccedila privacidade Esta pesquisa natildeo oferece riscos para vocecirc e os

benefiacutecios da sua participaccedilatildeo satildeo de aumentar o conhecimento cientiacutefico na aacuterea de Enfermagem Pediaacutetrica

aleacutem de contribuir para a praacutetica profissional Este documento seraacute elaborado em duas vias uma para vocecirc e a

outra seraacute arquivada pelo pesquisador

Eu_____________________________________________________________ RG no _____________________________ Declaro que apoacutes ter entendido o que me foi explicado consinto voluntariamente em participar do presente Protocolo de Pesquisa entendo ainda que posso retirar o meu consentimento a qualquer momento antes ou durante a realizaccedilatildeo do mesmo declaro ter sido informada(o) e concordo em participar como voluntaacuteria(o) da pesquisa acima descrita Rio de Janeiro_______de_______________de 20___ _____________________________ ________________________________

(Participante) Karina Rodrigues Fernandes (Responsaacutevel por obter o consentimento)

______________________________________ _______________________________________ (Testemunha) (Testemunha)

45

APEcircNDICE II

ROTEIRO PARA ENTREVISTA

1) O que vocecirc acha que pode levar a perda do acesso perifeacuterico

2) Para vocecirc o que eacute importante para manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico nas

crianccedilas

3) O que vocecirc acha que pode interferir na sua manutenccedilatildeo

4) Que medidas vocecirc adota no seu dia a dia para manter o acesso

5) Na sua vivencia profissional o que vocecirc discorda dos cuidados que geralmente satildeo

utilizados para manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico

46

ANEXO

47

48

  • KARINA RODRIGUES FERNANDES
    • COA Thatiana Fernanda PETTENGILL Myriam Aparecida Mandetta Autonomia da crianccedila hospitalizada frente aos procedimentos crenccedilas da enfermeira pediatra Acta paul enferm 19(4) 433-438 out-dez 2006 Disponiacutevel em lt wwwscielobrscielophpscr
    • JANSEN Michele Ferraz SANTOS Rosane Maria dos FAVERO Luciane Benefiacutecios da utilizaccedilatildeo do brinquedo durante o cuidado de enfermagem prestado agrave crianccedila hospitalizada Rev Gaucha Enferm 31(2) 247-253 jun 2010 Disponiacutevel em lt httpwwwscielo
    • MAGNABOSCO Gisele TONELLI Ana Lucia Nascimento Fonseca SOUZA Sarah Nancy Deggau Hegeto de Abordagens no cuidado de enfermagem agrave crianccedila hospitalizada submetida a procedimentos uma revisatildeo de literatura Cogitare enferm 13(1) 103-108 jan-mar
    • MARTINS Maria do Rosaacuterio RIBEIRO Circeacutea Amalia BORBA Regina Issuzu Hirooka de and SILVA Conceiccedilatildeo Vieira daProtocolo de preparo da crianccedila preacute-escolar para punccedilatildeo venosa com utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico Rev Latino-Am Enfermagem [on
    • OLIVEIRA Maria Ivoneide Veriacutessimo de BEZERRA Maria Gorette Andrade PEREIRA Vanessa Ramos Cateterizaccedilatildeo venosa assistecircncia de enfermagem-UTI pediaacutetrica Rev da Rede de Enfermagem do Nordeste AbrJun de 2008 Disponiacutevel em lt httpwwwrevistar
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    • PIMENTA Erika Acioli Gomes COLLET Neusa Dimensatildeo cuidadora da enfermagem e da famiacutelia na assistecircncia agrave crianccedila hospitalizada concepccedilotildees da enfermagem Rev esc enferm USP [online] 2009 vol43 n3 pp 622-629 Disponiacutevel em lt httpwwwscie
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Page 18: UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE ESCOLA DE …app.uff.br/riuff/bitstream/1/3317/1/TCC Karina Rodrigues Fernandes.pdf · A punção venosa periférica é um procedimento essencial para

16

Acerca da terapia intravenosa podem ocorrer incompatibilidades em relaccedilatildeo aos

faacutermacos administrados e os cateteres utilizados que na maioria das vezes natildeo satildeo percebidos

devido a impossibilidade de visualizaccedilatildeo Essas incompatibilidades satildeo denominadas por

Peterlini Chaud e Pedreira (2006) como adsorccedilatildeo e absorccedilatildeo onde ocorre ldquoperda do faacutermaco

para a superfiacutecie de frascos seringas filtros acessoacuterios e cateteres da terapia intravenosa por

meio de adsorccedilatildeo ou pela absorccedilatildeo do faacutermaco para a matriz do material de confecccedilatildeo desses

dispositivosrdquo Com isso o profissional de enfermagem tem como funccedilatildeo aleacutem do

conhecimento cientiacutefico acerca das drogas utilizadas programar accedilotildees que possibilitem

ldquoreconstituiccedilatildeo diluiccedilatildeo acondicionamento e cuidados na administraccedilatildeo de faacutermacosrdquo

evitando assim prejuiacutezos no tratamento

17

3 METODOLOGIA

31 Tipo de pesquisa

Trata-se de uma pesquisa descritiva exploratoacuteria de abordagem qualitativa com os

profissionais da equipe de enfermagem da unidade de internaccedilatildeo pediaacutetrica de um hospital

universitaacuterio do estado do Rio de Janeiro

Para Minayo Deslandes e Gomes (2007 p 21) a pesquisa qualitativa responde as

questotildees de forma particular de modo que trabalha com o universo dos significados dos

motivos das aspiraccedilotildees das crenccedilas dos valores e atitudes Sendo assim entende-se que as

accedilotildees do ser humano se distinguem a partir do seu pensamento do modo de agir de acordo

com a realidade vivida por cada um

Segundo Gil (1999 p44) ldquoas pesquisas descritivas tecircm como objetivo primordial a

descriccedilatildeo das caracteriacutesticas de determinada populaccedilatildeo ou fenocircmeno ou o estabelecimento de

relaccedilotildees variaacuteveisrdquo

Kauark Manhatildees e Medeiros (2010 p28) determinam a pesquisa exploratoacuteria como

agravequela que ldquoObjetiva a maior familiaridade com o problema tornando-o expliacutecito ou agrave

construccedilatildeo de hipoacutetesesrdquo Acrescenta ainda que a mesma pode conter levantamento

bibliograacutefico entrevistas com pessoas experientes no problema pesquisado entre outras

fontes

32 Sujeitos da pesquisa

A pesquisa contou com um nuacutemero total de nove (9) profissionais da equipe de

enfermagem da unidade de internaccedilatildeo pediaacutetrica de um Hospital Universitaacuterio do Rio de

Janeiro sendo estes dois (2) enfermeiros e sete (7) teacutecnicos de enfermagem De todos os

18

participantes apenas um trabalha no serviccedilo noturno sendo o restante do serviccedilo diurno Os

mesmos satildeo os responsaacuteveis pela instalaccedilatildeo e manipulaccedilatildeo dos os acessos venosos

perifeacutericos supondo assim que tenham maior domiacutenio sobre o assunto abordado

Os sujeitos foram identificados com codinomes referentes agraves princesas da Disney para

que suas identidades sejam preservadas

33 Cenaacuterio

A pesquisa ocorreu na unidade de internaccedilatildeo pediaacutetrica localizada no quinto andar do

Hospital Universitaacuterio do Rio de Janeiro vinculado a uma Universidade Federal

A unidade pediaacutetrica eacute divida em trecircs enfermarias de acordo com a idade das crianccedilas

hospitalizadas sendo denominadas estas Lactente preacute-escolar e escolar A enfermaria

Lactente eacute composta por 5 leitos hospitalizando crianccedilas de 29 dias a 2 anos jaacute na preacute-escolar

encontram-se 6 leitos e acolhe crianccedilas de 2 a 6 anos e na escolar 6 leitos abrigando crianccedilas

de 7 a 12 anos Toda crianccedila hospitalizada tem direito a um acompanhante como eacute

preconizado por direito pelo Artigo doze (12) do Estatuto da Crianccedila e do Adolescente

(Brasil 1990 p3)

A enfermaria conta com um posto de enfermagem localizado no centro da unidade

possibilitando maior visualizaccedilatildeo das enfermarias Possui tambeacutem uma sala de recreaccedilatildeo e

banheiro para os pacientes e acompanhantes Haacute uma sala utilizada pedagogia hospitalar

onde uma professora realiza atividades com as crianccedilas

Vale ressaltar que na unidade haacute uma sala para realizaccedilatildeo de procedimentos dolorosos

como a punccedilatildeo venosa perifeacuterica e sempre que possiacutevel o paciente eacute levado ateacute ela

34 Coleta de dados

A coleta de dados se deu a partir da teacutecnica de entrevista semi-estruturadas que

segundo Minayo Deslandes e Gomes (2007 p 64) satildeo ldquoperguntas fechadas e abertas em que

o entrevistado tem a possibilidade de discorrer sobre o tema em questatildeo sem se prender agrave

indagaccedilatildeo formuladardquo As mesmas foram gravadas em entrevista individual e tiveram como

foco as accedilotildees que os profissionais da equipe de enfermagem realizam acerca dos cuidados

para a permanecircncia do acesso venoso perifeacuterico aleacutem de investigar sobre o conhecimento que

cada um possui sobre o tema

19

Apoacutes contato preacutevio com a equipe de enfermagem foi acordado um dia e horaacuterio para

a realizaccedilatildeo das entrevistas que aconteceram na proacutepria unidade Todos os profissionais da

equipe de enfermagem foram convidados a participar voluntariamente da pesquisa As

entrevistas aconteceram apoacutes os profissionais assinarem o Termo de Consentimento Livre e

Esclarecido (TCLE)

Para Minayo Deslandes e Gomes (2007 p 64) a entrevista possui como principal

objetivo construir dados que sejam pertinentes para a pesquisa aleacutem de ser a estrateacutegia mais

utilizada no processo de trabalho de campo

A coleta foi interrompida no momento em que os dados se mostraram saturados ou

seja quando houve a cessaccedilatildeo do acreacutescimo de informaccedilotildees novas referentes ao tema

proposto

O fechamento amostral por saturaccedilatildeo teoacuterica eacute definido como a suspensatildeo de inclusatildeo

de novos participantes quando os dados obtidos passam a apresentar na avaliaccedilatildeo do

pesquisador certa redundacircncia ou repeticcedilatildeo natildeo sendo considerado relevante continuar a

coleta de dados (FONTANELLA RICAS e TURATO 2008)

35 Questotildees eacuteticas da pesquisa

De acordo com a Resoluccedilatildeo 46612 que visa assegurar os direitos e deveres que

dizem respeito agrave comunidade cientiacutefica aos sujeitos da pesquisa e ao Estado uma pesquisa

que envolve a participaccedilatildeo de seres humanos deve atender aos fundamentos eacuteticos e

cientiacuteficos pertinentes para a seguranccedila dos mesmos Neste contexto toda pesquisa

envolvendo seres humanos deveraacute ser submetida agrave apreciaccedilatildeo de um Comitecirc de Eacutetica em

Pesquisa (CEP) (BRASIL 2012)

Atendendo a esta condiccedilatildeo o projeto de pesquisa foi encaminhado ao CEP ndash do

Hospital Universitaacuterio o qual foi realizada a pesquisa foi analisado e aprovado na Reuniatildeo

com data de 06122013 CAAE 24693613700005243 Nuacutemero do parecer 486451 Com

isso a pesquisa foi desenvolvida mediante aprovaccedilatildeo do CEP atendendo aos preacute-requisitos

estipulados pela Resoluccedilatildeo nordm 46612

Esta pesquisa eacute pautada em princiacutepios eacuteticos que respeitam a dignidade humana e

justiccedila assegurando que natildeo haveraacute nenhum tipo de dano aos participantes

20

Em atendimento a resoluccedilatildeo 46612 do Conselho Nacional de SauacutedeMS apoacutes serem

esclarecidos pela pesquisadora quanto aos aspectos eacuteticos relacionados agrave pesquisa aleacutem das

formas de produccedilatildeo de dados e inserccedilatildeo no estudo os sujeitos da pesquisa assinaram duas

vias do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido ndash TCLE (apecircndice 1) autorizando sua

participaccedilatildeo voluntaacuteria na pesquisa Uma via foi entregue ao participante e outra ficou

arquivada com a pesquisadora

Nesse documento consta os objetivos da pesquisa procedimentos benefiacutecios

previstos garantia de recusa de participaccedilatildeo em qualquer momento de acesso aos resultados

da pesquisa e tambeacutem a garantia de acesso ao pesquisador quando os sujeitos julgarem

necessaacuterio sendo todas essas informaccedilotildees em linguagem acessiacutevel e simples O mesmo foi

apresentado e explicado ao profissional convidado a participar do estudo no primeiro contato

eou durante visita agendada para realizaccedilatildeo da entrevista

Vale ressaltar que esta pesquisa cujo financiamento eacute proacuteprio natildeo oferece nenhum

tipo de riscos para o sujeito da pesquisa e nem para o cuidado das crianccedilas internadas no setor

de pediatria e os benefiacutecios da participaccedilatildeo do mesmo satildeo de aumentar o conhecimento

cientiacutefico na aacuterea de Enfermagem Pediaacutetrica aleacutem de contribuir para a praacutetica profissional

36 Anaacutelise dos dados

O processo de anaacutelise dos dados foi baseada na teacutecnica da Anaacutelise Temaacutetica que para

Minayo Deslandes e Gomes (2007 p 86) o conceito central eacute o tema ldquoO tema eacute a unidade de

significaccedilatildeo que se liberta naturalmente de um texto analisado segundo criteacuterios relativos agrave

teoria que serve de guia da leiturardquo (BARDIN11

A anaacutelise realizada estava de acordo com a sugerida por Minayo (2010 p 315) e

contam com as seguintes etapas preacute-analise exploraccedilatildeo do material tratamento dos

resultados obtidos e interpretaccedilatildeo Atraveacutes dessas etapas tem-se o objetivo de descrever o

conteuacutedo do material coletado e interpretaacute-lo

1979 apud MINAYO DESLANDES

GOMES 2007 p 86)

A preacute analise consiste na escolha dos elementos a serem analisados e na retomada das

hipoacuteteses e dos objetivos iniciais da pesquisa Inicia-se com uma leitura flutuante onde o

11 BARDIN L Anaacutelise de Conteuacutedo Lisboa Ediccedilotildees 70 1979

21

pesquisador toma contato direto com o material adquirido deixando-se impregnar por seu

conteuacutedo Posteriormente haacute a constituiccedilatildeo do Corpus textual onde eacute feita uma seleccedilatildeo dos

documentos que iratildeo contemplar e fornecer informaccedilotildees sobre o tema sendo assim adequados

para dar resposta aos objetivos do trabalho (MINAYO 2010 p 315)

Essa fase preacute-analiacutetica eacute onde se determinam a unidades de registro unidade de

contexto e a partir delas satildeo determinados os temas que seratildeo analisados A unidade de

registro corresponde parte do conteuacutedo selecionado como base para analise e apoacutes a

delimitaccedilatildeo do contexto de compreensatildeo da unidade de registro eacute estabelecida a unidade de

contexto (MINAYO 2010 p 316)

De acordo com os objetivos da pesquisa foi possiacutevel perceber que nove (9)

entrevistas supriam para atender os mesmo encerrando assim a coleta Apoacutes a transcriccedilatildeo das

entrevistas foi realizada leitura das mesmas para natildeo soacute conhecimento do material mas

tambeacutem estabelecer as unidades de registro Em seguida foi realizado o colorimento das falas

assim as classificando de acordo com as unidades de registro estabelecidas

As unidades de registro que surgiram foram os fatores que interferem na manutenccedilatildeo

do acesso venoso perifeacuterico e o apontamento do acompanhante como responsaacutevel pela perda

do acesso venoso perifeacuterico Elas receberam as cores vermelha e laranja respectivamente a

fim de facilitar o agrupamento dos dados A partir disto surgiram as unidades de contexto que

compreendem as falas das entrevistas de modo a exemplificar o contexto das unidades de

registro

Partindo para segunda etapa da analise temaacutetica a exploraccedilatildeo do material que consiste

numa classificaccedilatildeo que visa alcanccedilar o nuacutecleo de compreensatildeo do texto Busca-se encontrar

categorias que satildeo expressotildees ou palavras significativas em funccedilatildeo das quais o conteuacutedo seraacute

organizado Essas categorias satildeo responsaacuteveis pela especificaccedilatildeo dos temas (MINAYO

2010 p 317)

Nesse caso foram definidos os seguintes temas cuidados preacute intra e poacutes procedimento

de punccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico cuidados em desuso para manutenccedilatildeo do acesso

venoso perifeacuterico o acompanhante e a manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico Essas trecircs (3)

categorias seratildeo apresentadas analisadas e discutidas no capitulo seguinte

22

4 RESULTADOS E DISCUSSAtildeO

Nesse capiacutetulo apresento as trecircs categorias temaacuteticas que surgiram da anaacutelise dos

dados e que contemplaram de forma satisfatoacuteria os objetivos da pesquisa A primeira

categoria denominada como ldquoOs cuidados de enfermagem preacute intra e poacutes-procedimento de

punccedilatildeo do acesso venoso perifeacutericordquo traz os passos e cuidados que os profissionais realizam

antes durante e apoacutes a punccedilatildeo buscando descrever e analisar os fatores envolvidos na pratica

do procedimento em questatildeo que emergiram das entrevistas aleacutem dos cuidados de

enfermagem para a manutenccedilatildeo do mesmo

A segunda categoria que seraacute apresentada eacute ldquoOs cuidados em desuso para manutenccedilatildeo

do acesso venoso perifeacutericordquo que mostra os cuidados que os profissionais citaram como natildeo

mais utilizados para auxiliar na manutenccedilatildeo da punccedilatildeo venosa perifeacuterica

E a uacuteltima categoria eacute denominada ldquoO acompanhante e a manutenccedilatildeo do acesso

venoso perifeacutericordquo e traz a responsabilizaccedilatildeo do acompanhante pelos profissionais do setor

em relaccedilatildeo aos cuidados com manutenccedilatildeo da punccedilatildeo Essa categoria busca tambeacutem ressaltar a

funccedilatildeo do acompanhante durante a hospitalizaccedilatildeo da crianccedila destacando que determinados

cuidados satildeo de total funccedilatildeo da equipe de enfermagem

41 Os cuidados de enfermagem preacute intra e poacutes-procedimento de punccedilatildeo do acesso

venoso perifeacuterico

Para interpretar as unidades de contextos tive como base autores que definiram os

cuidados de enfermagem preacute intra e poacutes punccedilatildeo venosa perifeacuterica Para esses autores a fase

de preacute-punccedilatildeo compreende as accedilotildees de anaacutelise e conhecimento da prescriccedilatildeo avaliaccedilatildeo e

23

preparo emocional do paciente preparo do material e medicaccedilatildeo seleccedilatildeo do siacutetio de inserccedilatildeo

e dilataccedilatildeo da veia selecionada As accedilotildees envolvidas na punccedilatildeo satildeo a execuccedilatildeo das

precauccedilotildees-padratildeo antissepsia da pele punccedilatildeo do vaso a fixaccedilatildeo e curativo do cateter

Finalmente na etapa de poacutes-punccedilatildeo adota-se a identificaccedilatildeo da punccedilatildeo o descarte apropriado

das partes dos materiais natildeo utilizados a orientaccedilatildeo do paciente acerca da terapecircutica o

controle da infusatildeo atraveacutes do gotejamento se necessaacuterio e o registro do procedimento

Phillips12

De acordo com as entrevistas a seleccedilatildeo do local de punccedilatildeo eacute indicada com um fator

que interfere diretamente no tempo de permanecircncia do acesso venoso perifeacuterico visto que

dependendo do local ocorre a perda mais rapidamente Aleacutem da localizaccedilatildeo citaram tambeacutem

o calibre da veia como interferecircncia na manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico Seguem

abaixo algumas falas

(2001 apud ARAUacuteJO 2007 p18)

ldquoPrimeira coisa eacute vocecirc procurar bem a veia colocar uma veia de um bom calibre Se puder dar preferecircncia a natildeo puncionar dobrasrdquo (Cinderela) ldquoDependendo de onde estiver puncionado se for na matildeozinha a crianccedila fica toda hora ta mexendo taacute manipulando alguma coisa e se for no pezinho tambeacutem nem todo tempo vai ficar acamada entatildeo acaba perdendo o acessordquo(Bela ) ldquoO mau posicionamento pode levar a perdardquo (Rapunzel)

A opiniatildeo dos profissionais acima vai de encontro com o que eacute encontrado na

literatura visto que eacute de suma importacircncia que o mesmo avalie o cliente e considere alguns

aspectos para uma escolha criteriosa e eficaz como a finalidade da punccedilatildeo o tipo de soluccedilatildeo

a ser infundida a condiccedilatildeo da rede venosa a duraccedilatildeo da terapia idade do cliente habilidade

cognitiva da crianccedila a preferecircncia do cliente o que nem sempre seraacute possiacutevel satisfazer e

tambeacutem a sua atividade (ARAUacuteJO 2007 p31)

Os cuidados com o acesso venoso perifeacuterico satildeo importantes antes mesmo da

realizaccedilatildeo do procedimento Levando em consideraccedilatildeo que um erro durante a fase de preacute-

procedimento como a escolha errada do local de punccedilatildeo por exemplo poderaacute levar a perda

do acesso e prejudicar assim o tratamento aleacutem do bem-estar da crianccedila que seraacute puncionada

novamente

12 PHILLIPS L D Manual de terapia intravenosa 2ed Porto Alegre Artmed 2001

24

O vaso sanguiacuteneo que o profissional selecionar como local para puncionar deve ser

suficiente para suportar o calibre e o comprimento do cateter aleacutem de atender a necessidade

terapecircutica para que natildeo haja a necessidade de uma nova punccedilatildeo

A punccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico eacute um procedimento doloroso e de grande

incomodo para a crianccedila com isso eacute de suma importacircncia realizar a seleccedilatildeo preacutevia do

material poreacutem natildeo foi citado Outro cuidado rotineiro e natildeo menos importante como a

lavagem das matildeos antes da colocaccedilatildeo do acesso tambeacutem natildeo foi mencionado durante as

entrevistas

O preparo emocional da crianccedila e do acompanhante quanto ao procedimento deve ser

considerada praacutetica rotineira para a equipe de enfermagem O profissional de enfermagem

deve lavar as matildeos objetivando a reduccedilatildeo significativa de risco de infecccedilatildeo e recomenda-se o

uso de aacutegua e sabatildeo para lavagem das matildeos antes da colocaccedilatildeo do cateter venoso perifeacuterico

(PHILLIPS13

O preparo preacutevio do material para instalaccedilatildeo do cateter venoso perifeacuterico eacute importante

para evitar interrupccedilotildees do procedimento e consequentemente um maior tempo de

manipulaccedilatildeo da crianccedila (SILVA

2001apud ARAUacuteJO 2007 Centers for Disease Control and Prevention ndash CDC

2002 apud ARAUacuteJO 2007)

14

Outro aspecto citado e classificado como preacute-procedimento eacute o cuidado com a

medicaccedilatildeo a ser administrada incluindo cuidados com a diluiccedilatildeo e composiccedilatildeo da mesma

Seguem algumas das falas

2004 apud ARAUacuteJO 2007 p30)

ldquoEstar sempre diluindo as medicaccedilotildees de acordo com a prescriccedilatildeo meacutedica pois as medicaccedilotildees satildeo muito fortes e podem causar enfraquecimento da veia Tem que diluir direitinho e passar lento na veiardquo (Cinderela) ldquoTer cuidado principalmente quando eacute crianccedila e a diluiccedilatildeo da medicaccedilatildeo tambeacutem agraves vezes natildeo eacute pra passar em perifeacuterico e na segunda dose jaacute perdeurdquo (Alice)

O acesso venoso perifeacuterico eacute a primeira alternativa para infusatildeo intravenosa por ser de

mais faacutecil acesso e rapidez no efeito da medicaccedilatildeo O profissional de enfermagem deve ter

domiacutenio natildeo soacute relacionado agrave infusatildeo das medicaccedilotildees mas tambeacutem com a composiccedilatildeo

13 PHILLIPS L D Manual de terapia intravenosa 2ed Porto Alegre Artmed 2001 14 SILVA G R G Terapia intravenosa em receacutem-nascidos ndash orientaccedilotildees para o cuidado de Enfermagem Rio de Janeiro Cultura Meacutedica 2004

25

farmacoloacutegica das mesmas os efeitos adversos e colaterais que a droga pode causar inclusive

em relaccedilatildeo a diluiccedilatildeo o que normalmente eacute estabelecido como padratildeo no setor de acordo com

cada faacutermaco

Com a intenccedilatildeo de promover a eficaacutecia terapecircutica dos medicamentos administrados

por via intravenosa eacute atribuiccedilatildeo do profissional de enfermagem implementar teacutecnicas como a

diluiccedilatildeo acondicionamento e cuidados na administraccedilatildeo de faacutermacos a fim de evitar

prejuiacutezos no tratamento resultantes da incompatibilidade medicamentosa (PETERLINI

CHAUD e PEDREIRA 2006)

Os fatores intra-procedimento satildeo considerados aqueles diretamente relacionados com

o procedimento Os dados colidos nas entrevistas ressaltaram apenas a fixaccedilatildeo com um fator

que interfere nessa fase Este foi o dado mais repetitivo nas entrevistas poreacutem sempre citado

de forma superficial Seguem as falas dos profissionais quando questionados sobre o que era

importante para manutenccedilatildeo do acesso

ldquoTem que fazer uma boa fixaccedilatildeo Porque quando a pessoa natildeo fixa bem prejudica porque aquilo vai soltando e quando vocecirc vecirc jaacute perdeu a veiardquo(Cinderela) ldquoEu acho que natildeo tem o que fazer para manter o acesso A crianccedila vai ficar uns dias X com aquele acesso pra fazer medicaccedilatildeo e eu acho que natildeo tem o que vocecirc profissional fazer para que natildeo percardquo (Aurora) ldquoA fixaccedilatildeo evita a movimentaccedilatildeo excessiva no local que estaacute o acessordquo (Ariel) ldquoTer cuidado com o curativo saber manusear E manter sempre o curativo limpo trocar se necessaacuteriordquo (Rapunzel) ldquoA fixaccedilatildeo eacute muito importante pra natildeo soltar o acesso e pra ele ficar mais tempordquo(Mulan)

Oliveira Bezerra e Pereira (2008 p 94) afirmam que de acordo com o revelado por

determinados estudos o tipo de curativo a fixaccedilatildeo do cateter e o tempo de permanecircncia estatildeo

diretamente relacionados com a ocorrecircncia de complicaccedilotildees infecciosas como flebites e

tambeacutem infiltraccedilatildeo extravasamento desconexatildeo e deslocamento do cateter

26

Para Pettit e Kraus15

Potter

(1995 apud MACHADO PEDREIRA E CHAUD2005 p292) a

gaze esteacuteril fixada com a fita adesiva hipoalergecircnica bem como a peliacutecula transparente esteacuteril

satildeo os materiais mais recomendados para curativo e fixaccedilatildeo de cateter venoso perifeacuterico

16

Jaacute as peliacuteculas transparentes mais conhecidas como filme permitem a respiraccedilatildeo

normal da pele com alta permeabilidade ao oxigecircnio e vapores e eacute impermeaacutevel a liacutequidos e

micro-organismos (SILVA E ZANETTI 2004 p233) Aleacutem disso permitem tambeacutem a

visualizaccedilatildeo contiacutenua do local de punccedilatildeo permitindo assim avaliaccedilatildeo do mesmo natildeo soacute

durante a infusatildeo de medicaccedilotildees mas tambeacutem todo o tempo

(1998 apud SILVA E ZANETTI 2004 p233) afirma que nas fixaccedilotildees em

que se utiliza a gaze esteacuteril preconiza-se a utilizaccedilatildeo de teacutecnica asseacuteptica Neste curativo a

gaze esteacuteril eacute colocada sobre o siacutetio de inserccedilatildeo e suas bordas satildeo fixadas com fita adesiva

A observaccedilatildeo da punccedilatildeo eacute muito importante pois se o local de inserccedilatildeo se mostrar

com sinais e sintomas de complicaccedilotildees a terapia deve ser suspensa (OLIVEIRA BEZERRA

e PEREIRA 2008 p95)

A visualizaccedilatildeo contiacutenua do acesso permite que a equipe de enfermagem possa realizar

uma observaccedilatildeo mais particularizada em relaccedilatildeo agraves condiccedilotildees do acesso venoso perifeacuterico

podendo observar se haacute deslocamento do cateter sinais de infiltraccedilatildeo e tambeacutem sinais de

infecccedilatildeo

Para Silva Barbato e Valente (2013 p 1200) cabe ao enfermeiro fazer a avaliaccedilatildeo

diaacuteria e cuidadosa do curativo observando a presenccedila de umidade sujidade integridade do

oacutestio de inserccedilatildeo a fixaccedilatildeo bem como a realizaccedilatildeo do curativo e das anotaccedilotildees legais

competentes agraves suas funccedilotildees

A fase poacutes-procedimento eacute caracterizada por uma seacuterie de cuidados que a equipe de

enfermagem deve realizar para que se obtenha maior tempo de permanecircncia do acesso venoso

perifeacuterico Durante as entrevistas os cuidados citados foram a salinizaccedilatildeo do acesso cuidados

para evitar a flebite e a velocidade de infusatildeo

15 Pettit DM Kraus V The use of gauze versus transparent dressings for peripheral intravenous catheter sites Nurs ClinNorth Am 1995 30(3)495-506 16 Potter P Perry AG Fundamentos de enfermagem processo conceito e praacutetica 3ordf ed Santos(SP) Guanabara Koogan19981397pp801-43

27

ldquoManter um acesso bem salinizado que vocecirc lave pelo menos de duas de trecircs em trecircs horas Se bem que isso aqui na pediatria natildeo eacute muito comum aqui a gente soacute lava cada vez que vai fazer medicaccedilatildeo mas se eu natildeo me engano a literatura preconiza isso vocecirc lavar pelo menos de quatro em quatro horas o acessordquo (Aurora)

ldquoPra manter o acesso venoso perifeacuterico eacute importante manter ele salinizado Assim que a gente recebe o plantatildeo eu vou ver se o acesso ta peacutervio com uma ldquoseringuinhardquo vai la da uma ldquolavadinhardquo e vecirc se o acesso ta peacutervio e manter o acesso salinizadordquo (Ariel)

ldquoSalinizar de 6 em 6 horas para manter ele peacuterviordquo (Alice)

ldquoTem que passar lento a medicaccedilatildeo e a limpeza da aacuterea vocecirc tem que limpar bem a aacuterea pra vocecirc natildeo formar uma flebiterdquo (Cinderela)

A salinizaccedilatildeo do acesso eacute um cuidado simples e de grande importacircncia Esse cuidado

deve ser realizado para manter o acesso peacutervio e limpo e deve ser realizado antes e apoacutes

qualquer infusatildeo

Para Moncaio e Figueiredo (2009)

a ldquosalinizaccedilatildeordquo consiste em administrar sob pressatildeo positiva soluccedilatildeo salina (Soro fisioloacutegico a 09) logo apoacutes o teacutermino da infusatildeo da medicaccedilatildeo Este procedimento visa prevenir a formaccedilatildeo de trombos e fibrina evitar o contato de drogas incompatiacuteveis (quando da infusatildeo de mais de um item medicamentoso no mesmo horaacuterio) garantir a infusatildeo de todo o medicamento que possa ter ficado no sistema aleacutem de evitar retorno sanguiacuteneo mantendo o cateter peacutervio para a proacutexima infusatildeo

Durante a coleta de dados esse cuidado surgiu em diversos momentos poreacutem foi

possiacutevel perceber que os profissionais realizam o mesmo de forma banalizada Natildeo sabem de

fato a real funccedilatildeo de manter o acesso salinizado A impressatildeo que passa eacute que eles

aprenderam que esse cuidado deveria ser feito e simplesmente fazem Haacute divergecircncias

tambeacutem entre a equipe em relaccedilatildeo ao momento que deve ser realizada a salinizaccedilatildeo e isso nos

mostra a desatualizaccedilatildeo dos profissionais do setor e a falta de uma educaccedilatildeo continuada no

hospital

Os cuidados para evitar a flebite e a velocidade de infusatildeo da medicaccedilatildeo apareceram

menos nas entrevistas e interferem diretamente com a manutenccedilatildeo do acesso venoso

perifeacuterico

28

A flebite eacute uma inflamaccedilatildeo na veia puncionada ocorrendo quando as ceacutelulas

endoteliais da parede da veia que o cateter estaacute inserido tornam-se inflamadas e irregulares

propiciando a aderecircncia de plaquetas e predispondo a veia a inflamaccedilatildeo Eacute comum que o local

se apresente dolorido hiperemiado quente e edemaciado e nesses casos eacute aconselhada a

retirada do cateter Uma boa fixaccedilatildeo do cateter perifeacuterico eacute recomendada por autores na

literatura visto que previnem deslocamento faacutecil e permitem uma boa visualizaccedilatildeo do local

evitando complicaccedilotildees como a flebite e infiltraccedilatildeo (MOLDES et al 2011 p 330)

Dentre as principais falhas de infusatildeo venosa estatildeo flebite infiltraccedilatildeo hematoma e

obstruccedilatildeo Acredita-se que para reduzir a incidecircncia destas nas unidades pediaacutetricas eacute preciso

a adoccedilatildeo de estrateacutegias tais como a abordagem junto agrave equipe em parceria com o setor de

educaccedilatildeo permanente e a adoccedilatildeo do uso da teacutecnica corretamente e de forma asseacuteptica para a

realizaccedilatildeo da punccedilatildeo venosa perifeacuterica em acordo com a comissatildeo de controle de infecccedilatildeo

hospitalar (SILVA BARBATO e VALENTE 2013 p 1200)

A incapacidade do paciente em relatar dor no siacutetio de administraccedilatildeo do faacutermaco quer

pela idade ou condiccedilatildeo cliacutenica e o local de inserccedilatildeo como tambeacutem a velocidade de infusatildeo do

medicamento (gt25mgmin) satildeo classificados como fatores de risco para a perda do acesso

venoso perifeacuterico (MARTINS SILVINO e DIAS 2010)

42 Os cuidados em desuso para manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico

Essa categoria discorre sobre os cuidados de enfermagem que com o passar do tempo

foram desconsiderados e natildeo satildeo mais utilizados Quando questionados em relaccedilatildeo a vivencia

profissional e cuidados que discordavam os entrevistados citaram o uso da tala para fixaccedilatildeo

uso de heparina e os cuidados em relaccedilatildeo ao tempo de permanecircncia do cateter Haacute muitas

controveacutersias em relaccedilatildeo aos cuidados citados acima

O tempo de permanecircncia interfere diretamente no aparecimento de complicaccedilotildees

como flebite e que acabam levando a perda do acesso venoso perifeacuterico mais rapidamente

aconselhando assim a troca do mesmo entre 76 a 96 horas Poreacutem eacute preconizada a retirada do

cateter apenas se finalizar o tratamento ou houver alguma interferecircncia

ldquoA gente observa tambeacutem o tempo dependendo do tempo tem que tirarrdquo (Alice)

29

ldquoHoje eu natildeo sei como que eacute essa questatildeo do tempo porque a gente trocava o acesso a cada quatro dias agora o pessoal jaacute diz que pode trocar em ateacute uma semana entatildeo natildeo sei como que ta isso e o que tem escrito em relaccedilatildeo a isso (Aurora)

Sabe-se que o tempo para troca do cateter de teflon ou poliuretano varia de 72 a 96

horas com o intuito de reduzir risco de infecccedilatildeo e flebite e para minimizar esses riscos nas

seguintes situaccedilotildees diante de sinais inflamatoacuterios no local de inserccedilatildeo e sempre que houver

mau funcionamento do cateter (SANTOS17

Entretanto o Center for Disease Control and Prevention - CDC (2002) diz que em

pacientes pediaacutetricos natildeo foi observada relaccedilatildeo quanto ao tempo de permanecircncia do cateter e

ocorrecircncia de complicaccedilotildees devendo ser mantido ateacute o teacutermino da terapia intravenosa ou

quando forem observados sinais cliacutenicos de complicaccedilotildees

2004 apud OLIVEIRA BEZERRA e PEREIRA

2008 p 93)

Eacute possiacutevel observar a diferenccedila do conhecimento pratico dos profissionais

entrevistados em relaccedilatildeo ao conhecimento encontrado na literatura E ainda contendo duacutevidas

natildeo haacute uma busca da parte dos mesmos para esclarececirc-las

O uso da heparina com a finalidade de manter o acesso peacutervio por um periacuteodo maior

de tempo mostra-se com mais certeza quanto ao desuso nos dados colidos

ldquoAntigamente a gente usava heparina entatildeo a gente ficava tranquila em relaccedilatildeo agrave obstruccedilatildeo mas agora natildeo a gente usa o soro fisioloacutegico e a gente deixa salinizadordquo (Aurora)

Rang e Dale 18(1998 apud DOPICO e OLIVEIRA 2006) afirmam que a heparina

inibe a formaccedilatildeo de coaacutegulos de fibrina in vitro e in vivo e que seu efeito anticoagulante eacute

praticamente imediato Com isso Phillips19

17 Santos W Lavagem das matildeos In R Luiz Santos W Manual baacutesico de prevenccedilatildeo e controle das infecccedilotildees hospitalares do HRU Fortaleza Hospital Regional Unimed 2004

(2001 apud DOPICO e OLIVEIRA 2006)

ressalta que a teacutecnica de manutenccedilatildeo intermitente de cateteres intravenosos com soluccedilatildeo

salina 09 classificada como salinizaccedilatildeo tem sido pesquisada haacute alguns anos apresentando

em relaccedilatildeo ao uso da heparina vantagens como o baixo custo ser um procedimento mais

18 Rang HP Dale M M Hemostasia e Trombose In Rang HP Dale M M Farmacologia Rio de Janeiro Guanabara Koogan 1998 p235-47 19 PHILLIPS L D Manual de terapia intravenosa 2ed Porto Alegre Artmed 2001

30

simples aleacutem de eliminar a possibilidade de incompatibilidade com as drogas e soluccedilotildees

administradas aleacutem da inexistecircncia de riscos ao paciente Entretanto sabe-se que a literatura

ainda natildeo fornece consenso acerca da soluccedilatildeo mais indicada para manutenccedilatildeo da

permeabilidade do cateter venoso perifeacuterico

Eacute importante ressaltar que muitas instituiccedilotildees do nosso paiacutes nem ao menos tecircm o

conhecimento da praacutetica da salinizaccedilatildeo com soluccedilatildeo salina 09 No que se refere agrave pesquisa

cientiacutefica as limitaccedilotildees desta praacutetica satildeo atribuiacutedas agrave ausecircncia de um maior nuacutemero de

estudos controlados para validar sua eficaacutecia (EPPERSON20

Apesar de natildeo ser encontradas publicaccedilotildees acerca do tema a utilizaccedilatildeo de heparina

mostra-se como uma pratica natildeo mais utilizada pelos profissionais de enfermagem Outro

tema onde haacute controveacutersias e tambeacutem poucas citaccedilotildees eacute o uso da tala para fixaccedilatildeo do acesso

venoso perifeacuterico Seguem abaixo a opiniatildeo de alguns dos profissionais entrevistados

1984 apud DOPICO e

OLIVEIRA 2006)

ldquoA uacutenica coisa que eu natildeo gosto de ver eacute quando se coloca tala para imobilizar dizendo que a tala vai ajudar a natildeo perder a veia Isso eu natildeo concordo acho que a tala prejudica a crianccedila fica incomodada faz dor no membrordquo (Cinderela)

ldquoAntigamente a gente usava muito tala e as vezes eu pego isso aqui ai eu falo gente tala natildeo se usa mais natildeo faz parte mais da fixaccedilatildeo vocecirc pode fixar de uma forma que a crianccedila natildeo perca A tala eu acho que ela traumatiza um pouco ainda mais se vocecirc pegar um acesso na dobra vocecirc vai fazer com que a crianccedila fique com o braccedilo esticado muito tempo eu acho que pode causar uma lesatildeo depois e a literatura jaacute fala que eacute desnecessaacuteria natildeo precisa maisrdquo (Aurora) ldquoAntigamente usavam tala mas hoje em dia quase natildeo se vecirc mais e eu acho que a tala atrapalha porque a crianccedila fica imobilizada no membro ai fica mais irritadardquo (Rapunzel) ldquoLaacute no meu outro trabalho alguns usam a tala Eu acho que a tala ajuda ateacute a perder mais raacutepido porque a crianccedila fica incomodada vai querer mexer naquilordquo (Mulan)

20 Epperson EL Efficacy of 09 sodium chloride injection with without heparin for maintenance indwelling intermittent injection sites Clin Pharm1984 3(5)26

31

Almeida e Sabateacutes21

Entretanto haacute estudo que comprovam que o uso da tala natildeo se mostra tatildeo eficiente e

apresenta-se como uma praacutetica controversa O estudo foi realizado em crianccedilas ateacute os 12 anos

utilizando imobilizaccedilatildeo com tala e em mais de metade dos casos (553) ocorreu infiltraccedilatildeo

o que indicia a ineficaacutecia desta praacutetica (MACHADO PEDREIRA e CHAUD 2008 apud

BATALHA et al 2010 p512)

(2008 apud BATALHA et al 2010 p512) afirmam que a teacutecnica

de fixaccedilatildeo dos CVP com uso de imobilizaccedilatildeo com tala para restriccedilatildeo ou limitaccedilatildeo dos

movimentos articulares proacuteximo do local da punccedilatildeo estaacute indicado nas matildeos punhos cotovelo

e maleacuteolo

Para Batalha et al (2010 p512) o uso desta praacutetica parece natildeo se coadunar com o

atual uso de cateteres flexiacuteveis tipo abocath em detrimento de agulhas metaacutelicas Talvez por

isso comecem a surgir novas teacutecnicas de fixaccedilatildeo dos CVP que natildeo exigem imobilizaccedilatildeo das

articulaccedilotildees com talas

Aleacutem de natildeo haver uma confirmaccedilatildeo dos benefiacutecios causados pelo uso da tala a

imobilizaccedilatildeo causa incocircmodo para a crianccedila que fica com o membro imoacutevel podendo causar

dor e tambeacutem irritaccedilatildeo O uso desse tipo de fixaccedilatildeo tambeacutem impede a visualizaccedilatildeo frequente

do acesso venoso afetando assim os cuidados de observaccedilatildeo da equipe de enfermagem

43 O acompanhante e a manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico

A presente categoria vai discutir um assunto importante que surgiu durante as

entrevistas de forma inesperada Alguns dos profissionais entrevistados citaram o descuido do

acompanhante como um fator causador da perda do acesso venoso perifeacuterico Seguem abaixo

algumas falas

ldquoA matildee sempre acompanha e tem matildee que natildeo tem cuidado natildeo vigia e a gente tem que ficar pedindo pra olhar tomar contardquo (Aurora)

ldquoEm relaccedilatildeo ao acompanhante porque a crianccedila natildeo vai avaliar entatildeo o acompanhante que estar ali tem que avaliar direitinho natildeo deixar a crianccedila mexer ou puxarrdquo (Bela)

ldquoNatildeo eacute toda matildee que esta vigiando que cuida pra que a crianccedila natildeo perca o acessordquo (Jasmine)

21 Almeida FA Sabateacutes AL Enfermagem pediaacutetrica a crianccedila o adolescente e a sua famiacutelia no hospital Satildeo Paulo(SP) Manole 2008

32

ldquoAcho que leva a perda quando o acompanhante natildeo coopera as vezes a gente faz a imobilizaccedilatildeo na crianccedila e as vezes eles ateacute retiram e a proacutepria crianccedila agitada ela mesmo arrancardquo (Branca de Neve)

ldquoAgraves vezes a proacutepria crianccedila que a matildee deixa muito solta ai solta o acessordquo (Mulan)

Apoacutes a implementaccedilatildeo da lei que garante um acompanhante ao paciente pediaacutetrico a

presenccedila do familiarresponsaacutevel durante a hospitalizaccedilatildeo mudou a rotina da equipe de

enfermagem trazendo duacutevidas quanto a real funccedilatildeo do acompanhante e fazendo com que a

mesma viesse a delegar certos cuidados para acompanhante

A Promulgaccedilatildeo da Lei 8069 do Estatuto da Crianccedila e do Adolescente (ECA) em

1990 no seu artigo 12deg garante agrave crianccedila ou ao adolescente o direito de ter um responsaacutevel

que o acompanhe durante a hospitalizaccedilatildeo (1990)

Desde a sua implantaccedilatildeo as unidades vecircm sofrendo um processo de reorganizaccedilatildeo de

suas praacuteticas A inserccedilatildeo da famiacutelia modifica a organizaccedilatildeo do processo de trabalho o que

requer dos profissionais uma compreensatildeo em relaccedilatildeo agrave dinacircmica das relaccedilotildees interpessoais

(COLLET e ROCHA 2004)

Pimenta e Collet (2009) ressaltam que natildeo haacute nenhuma regulamentaccedilatildeo sobre a

participaccedilatildeo da famiacutelia nos cuidados e no entanto a mesma desempenha atividades junto agrave

crianccedila durante a hospitalizaccedilatildeo que devem ser levadas em consideraccedilatildeo A falta de

reconhecimento desse fato fez com que a equipe de enfermagem e famiacutelia natildeo possuiacutessem

uma relaccedilatildeo aberta e vivessem uma relaccedilatildeo silenciosa e impliacutecita de poder na qual a famiacutelia

acaba assumindo as relaccedilotildees do cuidado agrave crianccedila de responsabilidade da enfermagem

A negociaccedilatildeo entre matildees e equipe de enfermagem em relaccedilatildeo aos cuidados agrave crianccedila

hospitalizada natildeo eacute uma tarefa faacutecil tendo em vista que natildeo se tem claro qual o seu novo

papel neste processo (COLLET e ROCHA 2004)

Eacute possiacutevel ver nas falas que a presenccedila do acompanhante causa para a equipe de

enfermagem a seguranccedila de ter algueacutem para ldquovigiarrdquo ldquotomar contardquo e natildeo deixar que a

crianccedila hospitalizada perca o acesso venoso quando na verdade eacute funccedilatildeo da equipe de

enfermagem cuidados referentes ao acesso venoso perifeacuterico

33

Jaacute o acompanhante eacute definido pelo Ministeacuterio da Sauacutede como uma pessoa significativa

para a crianccedila que representa sua rede social e que vai acompanhaacute-lo durante a permanecircncia

no ambiente hospitalar ressaltando assim sua importacircncia Esse fato se reforccedila visto que a

crianccedila encontra nos familiares a forccedila e seguranccedila necessaacuteria para encarar todo esse processo

doloroso e desconhecido (MURAKAMI e CAMPOS 2011 p255)

O acompanhante aleacutem de minimizar o sofrimento do paciente pediaacutetrico faz com que

o mesmo sinta-se mais a vontade Eacute importante ressaltar que o familiarresponsaacutevel natildeo soacute

pode como deve participar das atividades da crianccedila no hospital desde que estas natildeo sejam

competecircncias dos profissionais que os cercam Essas atividades satildeo caracterizadas como

semelhantes aos que eles realizam diariamente fora do ambiente hospitalar como o banho

Poreacutem no caso de um paciente com punccedilatildeo venosa perifeacuterica o profissional de enfermagem

deve auxiliar no cuidado para que essa natildeo se perca

Os cuidados dos familiaresacompanhantes satildeo os mesmos que os desenvolvidos no

domiciacutelio e os cuidados prestados pela equipe de enfermagem satildeo aqueles que demandam

conhecimento teacutecnico-cientiacutefico especializado (SOUZA e OLIVEIRA 2010 p558)

Mesmo alguns cuidados parecerem simples e rotineiros quando eacute prestado no

hospital assumem novas caracteriacutesticas com o uso de dispositivos tecnoloacutegicos os quais se

tornam complexos (PIMENTA E COLLET 2009)

O ato de cuidar envolve o respeito agrave maneira como vive cada indiviacuteduo de acordo

com suas crenccedilas valores costumes e cultura A famiacutelia como uma instituiccedilatildeo atende agraves

necessidades bioloacutegicas de seus membros sendo sua responsabilidade cuidar e criar os filhos

incluindo a obrigaccedilatildeo da alimentaccedilatildeo higiene vestuaacuterio e moradia (ELSEN22

Nas entrevistas podemos verificar falas em que o acompanhante eacute citado como

responsaacutevel por avaliar a punccedilatildeo venosa A equipe de enfermagem deve sempre partir do

pressuposto que o familiar acompanhante natildeo tem conhecimento cientiacutefico e certo tipo de

cuidado natildeo deve se delegado para o mesmo mostrando assim a importacircncia da orientaccedilatildeo do

acompanhante quanto aos procedimentos dispositivos utilizados e cuidados em que os

etal 1994

apud SOUZA e OLIVEIRA 2010 p 553)

22 Elsen I Patriacutecio ZM Assistecircncia agrave crianccedila hospitalizada tipos de abordagens e suas implicaccedilotildees para a enfermagem In A enfermagem em pediatria e puericultura Rio de Janeiro (RJ) Atheneu 2005

34

mesmos possam auxiliar Seguem abaixo as falas onde os profissionais ressaltaram a

importacircncia da orientaccedilatildeo do acompanhante

ldquoNem sempre a crianccedila vai entender o porque de estar com aquele acesso entatildeo tem que ter uma orientaccedilatildeo do acompanhanterdquo (Bela)

ldquoTem que haver orientaccedilatildeo do acompanhante para os cuidadosrdquo (Ariel)

ldquoAgraves vezes tem ate o exemplo de um pai que natildeo deixa trocar o acesso jaacute tinha mais de uma semana e ele natildeo queria que trocasse ai faz febre e natildeo sabe da onderdquo (Alice)

Para Souza e Oliveira (2010 p555) deve haver uma preocupaccedilatildeo em orientar

considerando que o outro natildeo tem nenhum tipo de conhecimento sobre o assunto Poreacutem

Queiroz e Jorge23

Apesar das dificuldades o profissional de enfermagem deve estabelecer um viacutenculo de

confianccedila com o acompanhante buscando sempre deixaacute-los ciente das situaccedilotildees e fazendo-os

participar dos cuidados plausiacuteveis sem causar nenhum dano agrave crianccedila e de maneira alguma

abandonar suas atribuiccedilotildees

(2004 apud SOUZA e OLIVEIRA 2010 p 556) ressaltam que apesar de os

profissionais terem intenccedilatildeo de orientar os cuidados para a sauacutede repassam conhecimentos

elaborados cientificamente dificultando a compreensatildeo do familiar aleacutem de a relaccedilatildeo se dar

de maneira vertical assimeacutetrica e coercitiva

23 Queiroz MVO Jorge MSB Accedilotildees educativas no cuidado infantil e intervenccedilotildees dos profissionais junto agraves famiacutelias Acta Scientiarum Maringaacute 2004 janjun 26(1) 27-34

35

CONCLUSAtildeO

Atraveacutes desse estudo foi possiacutevel descrever e analisar os cuidados que os profissionais

de enfermagem realizam acerca da permanecircncia do acesso venoso perifeacuterico Aleacutem disso a

realizaccedilatildeo da pesquisa permitiu identificar a desarticulaccedilatildeo do processo de enfermagem e a

praacutetica desconectada da produccedilatildeo cientiacutefica caracterizando a falta de uma educaccedilatildeo

continuada efetiva

A anaacutelise dos dados demonstra o processo de punccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico

ressaltando a importacircncia de cuidados como a seleccedilatildeo do local a diluiccedilatildeo da medicaccedilatildeo a

realizaccedilatildeo de uma boa fixaccedilatildeo a atenccedilatildeo com a velocidade de infusatildeo os cuidados com os

sinais de infecccedilatildeo e salinizaccedilatildeo do acesso natildeo deixando de salientar cuidados em desuso

como o uso da heparina da tala e duvidas em relaccedilatildeo ao tempo de permanecircncia Evidenciou

tambeacutem que a equipe de enfermagem delega alguns cuidados para os acompanhantes

Natildeo foi possiacutevel perceber o niacutevel de conhecimento cientiacutefico dos profissionais visto

que eles em nenhum momento por natildeo saberem ou por medo de se expor natildeo explicaram de

fato nenhum cuidado que disseram realizar Sempre citaram de forma superficial e direta

deixando claro tambeacutem que o pesquisador natildeo os indagou quanto a isso Poreacutem creio que

diante de cuidados tatildeo importantes e de frequente praacutetica os mesmos falariam facilmente

sobre os cuidados de enfermagem na permanecircncia do acesso venoso perifeacuterico

Apesar dos entrevistados citarem alguns fatores e cuidados realizados de forma

correta eacute visiacutevel que os mesmos realizam os cuidados com a punccedilatildeo e a permanencia do

acesso de forma automaacutetica sem unir a praacutetica com o fundamento do mesmo

Eacute importante destacar tambeacutem a importacircncia do preparo emocional da crianccedila como

tambeacutem os cuidados com a famiacutelia dos mesmos O trabalho de humanizaccedilatildeo realizado pela

36

enfermagem faz grande diferenccedila nessas situaccedilotildees visto que os pacientes e acompanhantes

tendo conhecimento do que seraacute realizado ficariam mais tranquilos

O estudo contribuiu para o campo do ensino nesta aacuterea dando destaque ao importante

papel que o profissional de enfermagem deve desempenhar no cuidado e na manutenccedilatildeo do

acesso venoso perifeacuterico Contudo vale ressaltar a importacircncia do incentivo ao profissional a

buscar na literatura natildeo soacute esclarecimento de suas duvidas mas tambeacutem novos

conhecimentos

Pode colaborar ainda para a realizaccedilatildeo de novas pesquisas na aacuterea procurando

eliminar duacutevidas e controveacutersias sobre o tema Buscando assim a realizaccedilatildeo de um cuidado de

enfermagem articulado e eficaz promovendo o bem-estar do paciente pediaacutetrico durante a

hospitalizaccedilatildeo

37

REFEREcircNCIAS

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44

APEcircNDICE I

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO Tiacutetulo Do Projeto Os cuidados de enfermagem acerca dos acessos venosos perifeacutericos na unidade pediaacutetrica Pesquisador Responsaacutevel Rosane Cordeiro Burla de Aguiar Eny Dorea Paiva e Karina Rodrigues Fernandes Instituiccedilatildeo a que Pertence o Pesquisador Responsaacutevel Universidade Federal Fluminense Telefone para contato (21) 98355269 (21) 82392939 (21) 91786609 Nome do voluntaacuterio _________________________________________________________ Idade ________ anos RG ____________________________

AO Sr (a) estaacute sendo convidado (a) a participar do projeto de pesquisa OS CUIDADOS DE

ENFERMAGEM ACERCA DOS ACESSOS VENOSOS PERIFEacuteRICOS NA UNIDADE PEDIATRICA de

responsabilidade da pesquisadora Profordf Drordf Rosane Cordeiro Burla de Aguiar e Profordf Drordf Eny Dorea Paiva A

punccedilatildeo venosa perifeacuterica eacute um procedimento essencial durante a hospitalizaccedilatildeo da crianccedila visto que eacute atraveacutes

dela que eacute administrada grande parte das medicaccedilotildees Este estudo se justifica diante da importacircncia da

necessidade de um maior periacuteodo de permanecircncia dos acessos venosos perifeacutericos Com isso aleacutem da

diminuiccedilatildeo de eventos que causam dor e irritaccedilatildeo na crianccedila e na famiacutelia promoveraacute tambeacutem uma melhor estada

dos mesmos durante o periacuteodo de hospitalizaccedilatildeo Os objetivos da pesquisa satildeo 1) Descrever os fatores que

interferem na manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico de acordo com a equipe de enfermagem 2)Analisar os

cuidados da equipe de enfermagem na manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico A coleta de dados se daraacute

atraveacutes de entrevistas semi estruturadas que seratildeo gravadas As informaccedilotildees colhidas seratildeo tratadas de forma

anocircnima e confidencial ou seja em nenhum momento seratildeo divulgados o seu nome e somente os

pesquisadores teratildeo acesso agraves informaccedilotildees Os dados obtidos com a pesquisa poderatildeo ser publicados apenas com

fins cientiacuteficos Eles natildeo seratildeo utilizados para fins comerciais ou para outra finalidade qualquer Caso necessite

poderatildeo ser marcados encontros para respostas ou esclarecimentos de qualquer duacutevida acerca da pesquisa A sua

participaccedilatildeo eacute voluntaria e eacute importante lembrar que vocecirc poderaacute desistir de participar da pesquisa em qualquer

momento A entrevista seraacute marcada em um dia e horaacuterio que vocecirc achar melhor Seraacute realizada

individualmente em um ambiente que nos ofereccedila privacidade Esta pesquisa natildeo oferece riscos para vocecirc e os

benefiacutecios da sua participaccedilatildeo satildeo de aumentar o conhecimento cientiacutefico na aacuterea de Enfermagem Pediaacutetrica

aleacutem de contribuir para a praacutetica profissional Este documento seraacute elaborado em duas vias uma para vocecirc e a

outra seraacute arquivada pelo pesquisador

Eu_____________________________________________________________ RG no _____________________________ Declaro que apoacutes ter entendido o que me foi explicado consinto voluntariamente em participar do presente Protocolo de Pesquisa entendo ainda que posso retirar o meu consentimento a qualquer momento antes ou durante a realizaccedilatildeo do mesmo declaro ter sido informada(o) e concordo em participar como voluntaacuteria(o) da pesquisa acima descrita Rio de Janeiro_______de_______________de 20___ _____________________________ ________________________________

(Participante) Karina Rodrigues Fernandes (Responsaacutevel por obter o consentimento)

______________________________________ _______________________________________ (Testemunha) (Testemunha)

45

APEcircNDICE II

ROTEIRO PARA ENTREVISTA

1) O que vocecirc acha que pode levar a perda do acesso perifeacuterico

2) Para vocecirc o que eacute importante para manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico nas

crianccedilas

3) O que vocecirc acha que pode interferir na sua manutenccedilatildeo

4) Que medidas vocecirc adota no seu dia a dia para manter o acesso

5) Na sua vivencia profissional o que vocecirc discorda dos cuidados que geralmente satildeo

utilizados para manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico

46

ANEXO

47

48

  • KARINA RODRIGUES FERNANDES
    • COA Thatiana Fernanda PETTENGILL Myriam Aparecida Mandetta Autonomia da crianccedila hospitalizada frente aos procedimentos crenccedilas da enfermeira pediatra Acta paul enferm 19(4) 433-438 out-dez 2006 Disponiacutevel em lt wwwscielobrscielophpscr
    • JANSEN Michele Ferraz SANTOS Rosane Maria dos FAVERO Luciane Benefiacutecios da utilizaccedilatildeo do brinquedo durante o cuidado de enfermagem prestado agrave crianccedila hospitalizada Rev Gaucha Enferm 31(2) 247-253 jun 2010 Disponiacutevel em lt httpwwwscielo
    • MAGNABOSCO Gisele TONELLI Ana Lucia Nascimento Fonseca SOUZA Sarah Nancy Deggau Hegeto de Abordagens no cuidado de enfermagem agrave crianccedila hospitalizada submetida a procedimentos uma revisatildeo de literatura Cogitare enferm 13(1) 103-108 jan-mar
    • MARTINS Maria do Rosaacuterio RIBEIRO Circeacutea Amalia BORBA Regina Issuzu Hirooka de and SILVA Conceiccedilatildeo Vieira daProtocolo de preparo da crianccedila preacute-escolar para punccedilatildeo venosa com utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico Rev Latino-Am Enfermagem [on
    • OLIVEIRA Maria Ivoneide Veriacutessimo de BEZERRA Maria Gorette Andrade PEREIRA Vanessa Ramos Cateterizaccedilatildeo venosa assistecircncia de enfermagem-UTI pediaacutetrica Rev da Rede de Enfermagem do Nordeste AbrJun de 2008 Disponiacutevel em lt httpwwwrevistar
    • PETERLINI Maria Angeacutelica Sorgini CHAUD Massae Noda and PEDREIRA Mavilde da L GOacuterfatildeos de terapia medicamentosa a administraccedilatildeo de medicamentos por via intravenosa em crianccedilas hospitalizadasRev Latino-Am Enfermagem [online] 2003 vol11 n
    • PETERLINI Maria Angeacutelica Sorgini CHAUD Massae Noda PEDREIRA Mavilde L G Incompatibilidade entre faacutermacos e materiais de cateteres e acessoacuterios da terapia intravenosa Online braz j nurs (Online) 5(3)2006 Disponiacutevel em lt httpwwwobjnursi
    • PIMENTA Erika Acioli Gomes COLLET Neusa Dimensatildeo cuidadora da enfermagem e da famiacutelia na assistecircncia agrave crianccedila hospitalizada concepccedilotildees da enfermagem Rev esc enferm USP [online] 2009 vol43 n3 pp 622-629 Disponiacutevel em lt httpwwwscie
    • THOMAZINE Angeacutelica Malman PASSOS Rocircmulo Silva BAY JUacuteNIOR Osvaldo Goacutees COLLET Neusa OLIVEIRA Beatriz Rosana Gonccedilalves de Assistecircncia de enfermagem agrave crianccedila hospitalizada um resgate histoacuterico Ciˆnc cuid sapoundde 7(supl1) 145-152 maio 200
      • F 363 Fernandes Karina Rodrigues
      • Os cuidados de enfermagem acerca dos acessos venosos perifeacutericos na unidade pediaacutetrica Karina Rodrigues Fernandes ndash Niteroacutei [sn] 2014
        • CDD 61073
Page 19: UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE ESCOLA DE …app.uff.br/riuff/bitstream/1/3317/1/TCC Karina Rodrigues Fernandes.pdf · A punção venosa periférica é um procedimento essencial para

17

3 METODOLOGIA

31 Tipo de pesquisa

Trata-se de uma pesquisa descritiva exploratoacuteria de abordagem qualitativa com os

profissionais da equipe de enfermagem da unidade de internaccedilatildeo pediaacutetrica de um hospital

universitaacuterio do estado do Rio de Janeiro

Para Minayo Deslandes e Gomes (2007 p 21) a pesquisa qualitativa responde as

questotildees de forma particular de modo que trabalha com o universo dos significados dos

motivos das aspiraccedilotildees das crenccedilas dos valores e atitudes Sendo assim entende-se que as

accedilotildees do ser humano se distinguem a partir do seu pensamento do modo de agir de acordo

com a realidade vivida por cada um

Segundo Gil (1999 p44) ldquoas pesquisas descritivas tecircm como objetivo primordial a

descriccedilatildeo das caracteriacutesticas de determinada populaccedilatildeo ou fenocircmeno ou o estabelecimento de

relaccedilotildees variaacuteveisrdquo

Kauark Manhatildees e Medeiros (2010 p28) determinam a pesquisa exploratoacuteria como

agravequela que ldquoObjetiva a maior familiaridade com o problema tornando-o expliacutecito ou agrave

construccedilatildeo de hipoacutetesesrdquo Acrescenta ainda que a mesma pode conter levantamento

bibliograacutefico entrevistas com pessoas experientes no problema pesquisado entre outras

fontes

32 Sujeitos da pesquisa

A pesquisa contou com um nuacutemero total de nove (9) profissionais da equipe de

enfermagem da unidade de internaccedilatildeo pediaacutetrica de um Hospital Universitaacuterio do Rio de

Janeiro sendo estes dois (2) enfermeiros e sete (7) teacutecnicos de enfermagem De todos os

18

participantes apenas um trabalha no serviccedilo noturno sendo o restante do serviccedilo diurno Os

mesmos satildeo os responsaacuteveis pela instalaccedilatildeo e manipulaccedilatildeo dos os acessos venosos

perifeacutericos supondo assim que tenham maior domiacutenio sobre o assunto abordado

Os sujeitos foram identificados com codinomes referentes agraves princesas da Disney para

que suas identidades sejam preservadas

33 Cenaacuterio

A pesquisa ocorreu na unidade de internaccedilatildeo pediaacutetrica localizada no quinto andar do

Hospital Universitaacuterio do Rio de Janeiro vinculado a uma Universidade Federal

A unidade pediaacutetrica eacute divida em trecircs enfermarias de acordo com a idade das crianccedilas

hospitalizadas sendo denominadas estas Lactente preacute-escolar e escolar A enfermaria

Lactente eacute composta por 5 leitos hospitalizando crianccedilas de 29 dias a 2 anos jaacute na preacute-escolar

encontram-se 6 leitos e acolhe crianccedilas de 2 a 6 anos e na escolar 6 leitos abrigando crianccedilas

de 7 a 12 anos Toda crianccedila hospitalizada tem direito a um acompanhante como eacute

preconizado por direito pelo Artigo doze (12) do Estatuto da Crianccedila e do Adolescente

(Brasil 1990 p3)

A enfermaria conta com um posto de enfermagem localizado no centro da unidade

possibilitando maior visualizaccedilatildeo das enfermarias Possui tambeacutem uma sala de recreaccedilatildeo e

banheiro para os pacientes e acompanhantes Haacute uma sala utilizada pedagogia hospitalar

onde uma professora realiza atividades com as crianccedilas

Vale ressaltar que na unidade haacute uma sala para realizaccedilatildeo de procedimentos dolorosos

como a punccedilatildeo venosa perifeacuterica e sempre que possiacutevel o paciente eacute levado ateacute ela

34 Coleta de dados

A coleta de dados se deu a partir da teacutecnica de entrevista semi-estruturadas que

segundo Minayo Deslandes e Gomes (2007 p 64) satildeo ldquoperguntas fechadas e abertas em que

o entrevistado tem a possibilidade de discorrer sobre o tema em questatildeo sem se prender agrave

indagaccedilatildeo formuladardquo As mesmas foram gravadas em entrevista individual e tiveram como

foco as accedilotildees que os profissionais da equipe de enfermagem realizam acerca dos cuidados

para a permanecircncia do acesso venoso perifeacuterico aleacutem de investigar sobre o conhecimento que

cada um possui sobre o tema

19

Apoacutes contato preacutevio com a equipe de enfermagem foi acordado um dia e horaacuterio para

a realizaccedilatildeo das entrevistas que aconteceram na proacutepria unidade Todos os profissionais da

equipe de enfermagem foram convidados a participar voluntariamente da pesquisa As

entrevistas aconteceram apoacutes os profissionais assinarem o Termo de Consentimento Livre e

Esclarecido (TCLE)

Para Minayo Deslandes e Gomes (2007 p 64) a entrevista possui como principal

objetivo construir dados que sejam pertinentes para a pesquisa aleacutem de ser a estrateacutegia mais

utilizada no processo de trabalho de campo

A coleta foi interrompida no momento em que os dados se mostraram saturados ou

seja quando houve a cessaccedilatildeo do acreacutescimo de informaccedilotildees novas referentes ao tema

proposto

O fechamento amostral por saturaccedilatildeo teoacuterica eacute definido como a suspensatildeo de inclusatildeo

de novos participantes quando os dados obtidos passam a apresentar na avaliaccedilatildeo do

pesquisador certa redundacircncia ou repeticcedilatildeo natildeo sendo considerado relevante continuar a

coleta de dados (FONTANELLA RICAS e TURATO 2008)

35 Questotildees eacuteticas da pesquisa

De acordo com a Resoluccedilatildeo 46612 que visa assegurar os direitos e deveres que

dizem respeito agrave comunidade cientiacutefica aos sujeitos da pesquisa e ao Estado uma pesquisa

que envolve a participaccedilatildeo de seres humanos deve atender aos fundamentos eacuteticos e

cientiacuteficos pertinentes para a seguranccedila dos mesmos Neste contexto toda pesquisa

envolvendo seres humanos deveraacute ser submetida agrave apreciaccedilatildeo de um Comitecirc de Eacutetica em

Pesquisa (CEP) (BRASIL 2012)

Atendendo a esta condiccedilatildeo o projeto de pesquisa foi encaminhado ao CEP ndash do

Hospital Universitaacuterio o qual foi realizada a pesquisa foi analisado e aprovado na Reuniatildeo

com data de 06122013 CAAE 24693613700005243 Nuacutemero do parecer 486451 Com

isso a pesquisa foi desenvolvida mediante aprovaccedilatildeo do CEP atendendo aos preacute-requisitos

estipulados pela Resoluccedilatildeo nordm 46612

Esta pesquisa eacute pautada em princiacutepios eacuteticos que respeitam a dignidade humana e

justiccedila assegurando que natildeo haveraacute nenhum tipo de dano aos participantes

20

Em atendimento a resoluccedilatildeo 46612 do Conselho Nacional de SauacutedeMS apoacutes serem

esclarecidos pela pesquisadora quanto aos aspectos eacuteticos relacionados agrave pesquisa aleacutem das

formas de produccedilatildeo de dados e inserccedilatildeo no estudo os sujeitos da pesquisa assinaram duas

vias do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido ndash TCLE (apecircndice 1) autorizando sua

participaccedilatildeo voluntaacuteria na pesquisa Uma via foi entregue ao participante e outra ficou

arquivada com a pesquisadora

Nesse documento consta os objetivos da pesquisa procedimentos benefiacutecios

previstos garantia de recusa de participaccedilatildeo em qualquer momento de acesso aos resultados

da pesquisa e tambeacutem a garantia de acesso ao pesquisador quando os sujeitos julgarem

necessaacuterio sendo todas essas informaccedilotildees em linguagem acessiacutevel e simples O mesmo foi

apresentado e explicado ao profissional convidado a participar do estudo no primeiro contato

eou durante visita agendada para realizaccedilatildeo da entrevista

Vale ressaltar que esta pesquisa cujo financiamento eacute proacuteprio natildeo oferece nenhum

tipo de riscos para o sujeito da pesquisa e nem para o cuidado das crianccedilas internadas no setor

de pediatria e os benefiacutecios da participaccedilatildeo do mesmo satildeo de aumentar o conhecimento

cientiacutefico na aacuterea de Enfermagem Pediaacutetrica aleacutem de contribuir para a praacutetica profissional

36 Anaacutelise dos dados

O processo de anaacutelise dos dados foi baseada na teacutecnica da Anaacutelise Temaacutetica que para

Minayo Deslandes e Gomes (2007 p 86) o conceito central eacute o tema ldquoO tema eacute a unidade de

significaccedilatildeo que se liberta naturalmente de um texto analisado segundo criteacuterios relativos agrave

teoria que serve de guia da leiturardquo (BARDIN11

A anaacutelise realizada estava de acordo com a sugerida por Minayo (2010 p 315) e

contam com as seguintes etapas preacute-analise exploraccedilatildeo do material tratamento dos

resultados obtidos e interpretaccedilatildeo Atraveacutes dessas etapas tem-se o objetivo de descrever o

conteuacutedo do material coletado e interpretaacute-lo

1979 apud MINAYO DESLANDES

GOMES 2007 p 86)

A preacute analise consiste na escolha dos elementos a serem analisados e na retomada das

hipoacuteteses e dos objetivos iniciais da pesquisa Inicia-se com uma leitura flutuante onde o

11 BARDIN L Anaacutelise de Conteuacutedo Lisboa Ediccedilotildees 70 1979

21

pesquisador toma contato direto com o material adquirido deixando-se impregnar por seu

conteuacutedo Posteriormente haacute a constituiccedilatildeo do Corpus textual onde eacute feita uma seleccedilatildeo dos

documentos que iratildeo contemplar e fornecer informaccedilotildees sobre o tema sendo assim adequados

para dar resposta aos objetivos do trabalho (MINAYO 2010 p 315)

Essa fase preacute-analiacutetica eacute onde se determinam a unidades de registro unidade de

contexto e a partir delas satildeo determinados os temas que seratildeo analisados A unidade de

registro corresponde parte do conteuacutedo selecionado como base para analise e apoacutes a

delimitaccedilatildeo do contexto de compreensatildeo da unidade de registro eacute estabelecida a unidade de

contexto (MINAYO 2010 p 316)

De acordo com os objetivos da pesquisa foi possiacutevel perceber que nove (9)

entrevistas supriam para atender os mesmo encerrando assim a coleta Apoacutes a transcriccedilatildeo das

entrevistas foi realizada leitura das mesmas para natildeo soacute conhecimento do material mas

tambeacutem estabelecer as unidades de registro Em seguida foi realizado o colorimento das falas

assim as classificando de acordo com as unidades de registro estabelecidas

As unidades de registro que surgiram foram os fatores que interferem na manutenccedilatildeo

do acesso venoso perifeacuterico e o apontamento do acompanhante como responsaacutevel pela perda

do acesso venoso perifeacuterico Elas receberam as cores vermelha e laranja respectivamente a

fim de facilitar o agrupamento dos dados A partir disto surgiram as unidades de contexto que

compreendem as falas das entrevistas de modo a exemplificar o contexto das unidades de

registro

Partindo para segunda etapa da analise temaacutetica a exploraccedilatildeo do material que consiste

numa classificaccedilatildeo que visa alcanccedilar o nuacutecleo de compreensatildeo do texto Busca-se encontrar

categorias que satildeo expressotildees ou palavras significativas em funccedilatildeo das quais o conteuacutedo seraacute

organizado Essas categorias satildeo responsaacuteveis pela especificaccedilatildeo dos temas (MINAYO

2010 p 317)

Nesse caso foram definidos os seguintes temas cuidados preacute intra e poacutes procedimento

de punccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico cuidados em desuso para manutenccedilatildeo do acesso

venoso perifeacuterico o acompanhante e a manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico Essas trecircs (3)

categorias seratildeo apresentadas analisadas e discutidas no capitulo seguinte

22

4 RESULTADOS E DISCUSSAtildeO

Nesse capiacutetulo apresento as trecircs categorias temaacuteticas que surgiram da anaacutelise dos

dados e que contemplaram de forma satisfatoacuteria os objetivos da pesquisa A primeira

categoria denominada como ldquoOs cuidados de enfermagem preacute intra e poacutes-procedimento de

punccedilatildeo do acesso venoso perifeacutericordquo traz os passos e cuidados que os profissionais realizam

antes durante e apoacutes a punccedilatildeo buscando descrever e analisar os fatores envolvidos na pratica

do procedimento em questatildeo que emergiram das entrevistas aleacutem dos cuidados de

enfermagem para a manutenccedilatildeo do mesmo

A segunda categoria que seraacute apresentada eacute ldquoOs cuidados em desuso para manutenccedilatildeo

do acesso venoso perifeacutericordquo que mostra os cuidados que os profissionais citaram como natildeo

mais utilizados para auxiliar na manutenccedilatildeo da punccedilatildeo venosa perifeacuterica

E a uacuteltima categoria eacute denominada ldquoO acompanhante e a manutenccedilatildeo do acesso

venoso perifeacutericordquo e traz a responsabilizaccedilatildeo do acompanhante pelos profissionais do setor

em relaccedilatildeo aos cuidados com manutenccedilatildeo da punccedilatildeo Essa categoria busca tambeacutem ressaltar a

funccedilatildeo do acompanhante durante a hospitalizaccedilatildeo da crianccedila destacando que determinados

cuidados satildeo de total funccedilatildeo da equipe de enfermagem

41 Os cuidados de enfermagem preacute intra e poacutes-procedimento de punccedilatildeo do acesso

venoso perifeacuterico

Para interpretar as unidades de contextos tive como base autores que definiram os

cuidados de enfermagem preacute intra e poacutes punccedilatildeo venosa perifeacuterica Para esses autores a fase

de preacute-punccedilatildeo compreende as accedilotildees de anaacutelise e conhecimento da prescriccedilatildeo avaliaccedilatildeo e

23

preparo emocional do paciente preparo do material e medicaccedilatildeo seleccedilatildeo do siacutetio de inserccedilatildeo

e dilataccedilatildeo da veia selecionada As accedilotildees envolvidas na punccedilatildeo satildeo a execuccedilatildeo das

precauccedilotildees-padratildeo antissepsia da pele punccedilatildeo do vaso a fixaccedilatildeo e curativo do cateter

Finalmente na etapa de poacutes-punccedilatildeo adota-se a identificaccedilatildeo da punccedilatildeo o descarte apropriado

das partes dos materiais natildeo utilizados a orientaccedilatildeo do paciente acerca da terapecircutica o

controle da infusatildeo atraveacutes do gotejamento se necessaacuterio e o registro do procedimento

Phillips12

De acordo com as entrevistas a seleccedilatildeo do local de punccedilatildeo eacute indicada com um fator

que interfere diretamente no tempo de permanecircncia do acesso venoso perifeacuterico visto que

dependendo do local ocorre a perda mais rapidamente Aleacutem da localizaccedilatildeo citaram tambeacutem

o calibre da veia como interferecircncia na manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico Seguem

abaixo algumas falas

(2001 apud ARAUacuteJO 2007 p18)

ldquoPrimeira coisa eacute vocecirc procurar bem a veia colocar uma veia de um bom calibre Se puder dar preferecircncia a natildeo puncionar dobrasrdquo (Cinderela) ldquoDependendo de onde estiver puncionado se for na matildeozinha a crianccedila fica toda hora ta mexendo taacute manipulando alguma coisa e se for no pezinho tambeacutem nem todo tempo vai ficar acamada entatildeo acaba perdendo o acessordquo(Bela ) ldquoO mau posicionamento pode levar a perdardquo (Rapunzel)

A opiniatildeo dos profissionais acima vai de encontro com o que eacute encontrado na

literatura visto que eacute de suma importacircncia que o mesmo avalie o cliente e considere alguns

aspectos para uma escolha criteriosa e eficaz como a finalidade da punccedilatildeo o tipo de soluccedilatildeo

a ser infundida a condiccedilatildeo da rede venosa a duraccedilatildeo da terapia idade do cliente habilidade

cognitiva da crianccedila a preferecircncia do cliente o que nem sempre seraacute possiacutevel satisfazer e

tambeacutem a sua atividade (ARAUacuteJO 2007 p31)

Os cuidados com o acesso venoso perifeacuterico satildeo importantes antes mesmo da

realizaccedilatildeo do procedimento Levando em consideraccedilatildeo que um erro durante a fase de preacute-

procedimento como a escolha errada do local de punccedilatildeo por exemplo poderaacute levar a perda

do acesso e prejudicar assim o tratamento aleacutem do bem-estar da crianccedila que seraacute puncionada

novamente

12 PHILLIPS L D Manual de terapia intravenosa 2ed Porto Alegre Artmed 2001

24

O vaso sanguiacuteneo que o profissional selecionar como local para puncionar deve ser

suficiente para suportar o calibre e o comprimento do cateter aleacutem de atender a necessidade

terapecircutica para que natildeo haja a necessidade de uma nova punccedilatildeo

A punccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico eacute um procedimento doloroso e de grande

incomodo para a crianccedila com isso eacute de suma importacircncia realizar a seleccedilatildeo preacutevia do

material poreacutem natildeo foi citado Outro cuidado rotineiro e natildeo menos importante como a

lavagem das matildeos antes da colocaccedilatildeo do acesso tambeacutem natildeo foi mencionado durante as

entrevistas

O preparo emocional da crianccedila e do acompanhante quanto ao procedimento deve ser

considerada praacutetica rotineira para a equipe de enfermagem O profissional de enfermagem

deve lavar as matildeos objetivando a reduccedilatildeo significativa de risco de infecccedilatildeo e recomenda-se o

uso de aacutegua e sabatildeo para lavagem das matildeos antes da colocaccedilatildeo do cateter venoso perifeacuterico

(PHILLIPS13

O preparo preacutevio do material para instalaccedilatildeo do cateter venoso perifeacuterico eacute importante

para evitar interrupccedilotildees do procedimento e consequentemente um maior tempo de

manipulaccedilatildeo da crianccedila (SILVA

2001apud ARAUacuteJO 2007 Centers for Disease Control and Prevention ndash CDC

2002 apud ARAUacuteJO 2007)

14

Outro aspecto citado e classificado como preacute-procedimento eacute o cuidado com a

medicaccedilatildeo a ser administrada incluindo cuidados com a diluiccedilatildeo e composiccedilatildeo da mesma

Seguem algumas das falas

2004 apud ARAUacuteJO 2007 p30)

ldquoEstar sempre diluindo as medicaccedilotildees de acordo com a prescriccedilatildeo meacutedica pois as medicaccedilotildees satildeo muito fortes e podem causar enfraquecimento da veia Tem que diluir direitinho e passar lento na veiardquo (Cinderela) ldquoTer cuidado principalmente quando eacute crianccedila e a diluiccedilatildeo da medicaccedilatildeo tambeacutem agraves vezes natildeo eacute pra passar em perifeacuterico e na segunda dose jaacute perdeurdquo (Alice)

O acesso venoso perifeacuterico eacute a primeira alternativa para infusatildeo intravenosa por ser de

mais faacutecil acesso e rapidez no efeito da medicaccedilatildeo O profissional de enfermagem deve ter

domiacutenio natildeo soacute relacionado agrave infusatildeo das medicaccedilotildees mas tambeacutem com a composiccedilatildeo

13 PHILLIPS L D Manual de terapia intravenosa 2ed Porto Alegre Artmed 2001 14 SILVA G R G Terapia intravenosa em receacutem-nascidos ndash orientaccedilotildees para o cuidado de Enfermagem Rio de Janeiro Cultura Meacutedica 2004

25

farmacoloacutegica das mesmas os efeitos adversos e colaterais que a droga pode causar inclusive

em relaccedilatildeo a diluiccedilatildeo o que normalmente eacute estabelecido como padratildeo no setor de acordo com

cada faacutermaco

Com a intenccedilatildeo de promover a eficaacutecia terapecircutica dos medicamentos administrados

por via intravenosa eacute atribuiccedilatildeo do profissional de enfermagem implementar teacutecnicas como a

diluiccedilatildeo acondicionamento e cuidados na administraccedilatildeo de faacutermacos a fim de evitar

prejuiacutezos no tratamento resultantes da incompatibilidade medicamentosa (PETERLINI

CHAUD e PEDREIRA 2006)

Os fatores intra-procedimento satildeo considerados aqueles diretamente relacionados com

o procedimento Os dados colidos nas entrevistas ressaltaram apenas a fixaccedilatildeo com um fator

que interfere nessa fase Este foi o dado mais repetitivo nas entrevistas poreacutem sempre citado

de forma superficial Seguem as falas dos profissionais quando questionados sobre o que era

importante para manutenccedilatildeo do acesso

ldquoTem que fazer uma boa fixaccedilatildeo Porque quando a pessoa natildeo fixa bem prejudica porque aquilo vai soltando e quando vocecirc vecirc jaacute perdeu a veiardquo(Cinderela) ldquoEu acho que natildeo tem o que fazer para manter o acesso A crianccedila vai ficar uns dias X com aquele acesso pra fazer medicaccedilatildeo e eu acho que natildeo tem o que vocecirc profissional fazer para que natildeo percardquo (Aurora) ldquoA fixaccedilatildeo evita a movimentaccedilatildeo excessiva no local que estaacute o acessordquo (Ariel) ldquoTer cuidado com o curativo saber manusear E manter sempre o curativo limpo trocar se necessaacuteriordquo (Rapunzel) ldquoA fixaccedilatildeo eacute muito importante pra natildeo soltar o acesso e pra ele ficar mais tempordquo(Mulan)

Oliveira Bezerra e Pereira (2008 p 94) afirmam que de acordo com o revelado por

determinados estudos o tipo de curativo a fixaccedilatildeo do cateter e o tempo de permanecircncia estatildeo

diretamente relacionados com a ocorrecircncia de complicaccedilotildees infecciosas como flebites e

tambeacutem infiltraccedilatildeo extravasamento desconexatildeo e deslocamento do cateter

26

Para Pettit e Kraus15

Potter

(1995 apud MACHADO PEDREIRA E CHAUD2005 p292) a

gaze esteacuteril fixada com a fita adesiva hipoalergecircnica bem como a peliacutecula transparente esteacuteril

satildeo os materiais mais recomendados para curativo e fixaccedilatildeo de cateter venoso perifeacuterico

16

Jaacute as peliacuteculas transparentes mais conhecidas como filme permitem a respiraccedilatildeo

normal da pele com alta permeabilidade ao oxigecircnio e vapores e eacute impermeaacutevel a liacutequidos e

micro-organismos (SILVA E ZANETTI 2004 p233) Aleacutem disso permitem tambeacutem a

visualizaccedilatildeo contiacutenua do local de punccedilatildeo permitindo assim avaliaccedilatildeo do mesmo natildeo soacute

durante a infusatildeo de medicaccedilotildees mas tambeacutem todo o tempo

(1998 apud SILVA E ZANETTI 2004 p233) afirma que nas fixaccedilotildees em

que se utiliza a gaze esteacuteril preconiza-se a utilizaccedilatildeo de teacutecnica asseacuteptica Neste curativo a

gaze esteacuteril eacute colocada sobre o siacutetio de inserccedilatildeo e suas bordas satildeo fixadas com fita adesiva

A observaccedilatildeo da punccedilatildeo eacute muito importante pois se o local de inserccedilatildeo se mostrar

com sinais e sintomas de complicaccedilotildees a terapia deve ser suspensa (OLIVEIRA BEZERRA

e PEREIRA 2008 p95)

A visualizaccedilatildeo contiacutenua do acesso permite que a equipe de enfermagem possa realizar

uma observaccedilatildeo mais particularizada em relaccedilatildeo agraves condiccedilotildees do acesso venoso perifeacuterico

podendo observar se haacute deslocamento do cateter sinais de infiltraccedilatildeo e tambeacutem sinais de

infecccedilatildeo

Para Silva Barbato e Valente (2013 p 1200) cabe ao enfermeiro fazer a avaliaccedilatildeo

diaacuteria e cuidadosa do curativo observando a presenccedila de umidade sujidade integridade do

oacutestio de inserccedilatildeo a fixaccedilatildeo bem como a realizaccedilatildeo do curativo e das anotaccedilotildees legais

competentes agraves suas funccedilotildees

A fase poacutes-procedimento eacute caracterizada por uma seacuterie de cuidados que a equipe de

enfermagem deve realizar para que se obtenha maior tempo de permanecircncia do acesso venoso

perifeacuterico Durante as entrevistas os cuidados citados foram a salinizaccedilatildeo do acesso cuidados

para evitar a flebite e a velocidade de infusatildeo

15 Pettit DM Kraus V The use of gauze versus transparent dressings for peripheral intravenous catheter sites Nurs ClinNorth Am 1995 30(3)495-506 16 Potter P Perry AG Fundamentos de enfermagem processo conceito e praacutetica 3ordf ed Santos(SP) Guanabara Koogan19981397pp801-43

27

ldquoManter um acesso bem salinizado que vocecirc lave pelo menos de duas de trecircs em trecircs horas Se bem que isso aqui na pediatria natildeo eacute muito comum aqui a gente soacute lava cada vez que vai fazer medicaccedilatildeo mas se eu natildeo me engano a literatura preconiza isso vocecirc lavar pelo menos de quatro em quatro horas o acessordquo (Aurora)

ldquoPra manter o acesso venoso perifeacuterico eacute importante manter ele salinizado Assim que a gente recebe o plantatildeo eu vou ver se o acesso ta peacutervio com uma ldquoseringuinhardquo vai la da uma ldquolavadinhardquo e vecirc se o acesso ta peacutervio e manter o acesso salinizadordquo (Ariel)

ldquoSalinizar de 6 em 6 horas para manter ele peacuterviordquo (Alice)

ldquoTem que passar lento a medicaccedilatildeo e a limpeza da aacuterea vocecirc tem que limpar bem a aacuterea pra vocecirc natildeo formar uma flebiterdquo (Cinderela)

A salinizaccedilatildeo do acesso eacute um cuidado simples e de grande importacircncia Esse cuidado

deve ser realizado para manter o acesso peacutervio e limpo e deve ser realizado antes e apoacutes

qualquer infusatildeo

Para Moncaio e Figueiredo (2009)

a ldquosalinizaccedilatildeordquo consiste em administrar sob pressatildeo positiva soluccedilatildeo salina (Soro fisioloacutegico a 09) logo apoacutes o teacutermino da infusatildeo da medicaccedilatildeo Este procedimento visa prevenir a formaccedilatildeo de trombos e fibrina evitar o contato de drogas incompatiacuteveis (quando da infusatildeo de mais de um item medicamentoso no mesmo horaacuterio) garantir a infusatildeo de todo o medicamento que possa ter ficado no sistema aleacutem de evitar retorno sanguiacuteneo mantendo o cateter peacutervio para a proacutexima infusatildeo

Durante a coleta de dados esse cuidado surgiu em diversos momentos poreacutem foi

possiacutevel perceber que os profissionais realizam o mesmo de forma banalizada Natildeo sabem de

fato a real funccedilatildeo de manter o acesso salinizado A impressatildeo que passa eacute que eles

aprenderam que esse cuidado deveria ser feito e simplesmente fazem Haacute divergecircncias

tambeacutem entre a equipe em relaccedilatildeo ao momento que deve ser realizada a salinizaccedilatildeo e isso nos

mostra a desatualizaccedilatildeo dos profissionais do setor e a falta de uma educaccedilatildeo continuada no

hospital

Os cuidados para evitar a flebite e a velocidade de infusatildeo da medicaccedilatildeo apareceram

menos nas entrevistas e interferem diretamente com a manutenccedilatildeo do acesso venoso

perifeacuterico

28

A flebite eacute uma inflamaccedilatildeo na veia puncionada ocorrendo quando as ceacutelulas

endoteliais da parede da veia que o cateter estaacute inserido tornam-se inflamadas e irregulares

propiciando a aderecircncia de plaquetas e predispondo a veia a inflamaccedilatildeo Eacute comum que o local

se apresente dolorido hiperemiado quente e edemaciado e nesses casos eacute aconselhada a

retirada do cateter Uma boa fixaccedilatildeo do cateter perifeacuterico eacute recomendada por autores na

literatura visto que previnem deslocamento faacutecil e permitem uma boa visualizaccedilatildeo do local

evitando complicaccedilotildees como a flebite e infiltraccedilatildeo (MOLDES et al 2011 p 330)

Dentre as principais falhas de infusatildeo venosa estatildeo flebite infiltraccedilatildeo hematoma e

obstruccedilatildeo Acredita-se que para reduzir a incidecircncia destas nas unidades pediaacutetricas eacute preciso

a adoccedilatildeo de estrateacutegias tais como a abordagem junto agrave equipe em parceria com o setor de

educaccedilatildeo permanente e a adoccedilatildeo do uso da teacutecnica corretamente e de forma asseacuteptica para a

realizaccedilatildeo da punccedilatildeo venosa perifeacuterica em acordo com a comissatildeo de controle de infecccedilatildeo

hospitalar (SILVA BARBATO e VALENTE 2013 p 1200)

A incapacidade do paciente em relatar dor no siacutetio de administraccedilatildeo do faacutermaco quer

pela idade ou condiccedilatildeo cliacutenica e o local de inserccedilatildeo como tambeacutem a velocidade de infusatildeo do

medicamento (gt25mgmin) satildeo classificados como fatores de risco para a perda do acesso

venoso perifeacuterico (MARTINS SILVINO e DIAS 2010)

42 Os cuidados em desuso para manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico

Essa categoria discorre sobre os cuidados de enfermagem que com o passar do tempo

foram desconsiderados e natildeo satildeo mais utilizados Quando questionados em relaccedilatildeo a vivencia

profissional e cuidados que discordavam os entrevistados citaram o uso da tala para fixaccedilatildeo

uso de heparina e os cuidados em relaccedilatildeo ao tempo de permanecircncia do cateter Haacute muitas

controveacutersias em relaccedilatildeo aos cuidados citados acima

O tempo de permanecircncia interfere diretamente no aparecimento de complicaccedilotildees

como flebite e que acabam levando a perda do acesso venoso perifeacuterico mais rapidamente

aconselhando assim a troca do mesmo entre 76 a 96 horas Poreacutem eacute preconizada a retirada do

cateter apenas se finalizar o tratamento ou houver alguma interferecircncia

ldquoA gente observa tambeacutem o tempo dependendo do tempo tem que tirarrdquo (Alice)

29

ldquoHoje eu natildeo sei como que eacute essa questatildeo do tempo porque a gente trocava o acesso a cada quatro dias agora o pessoal jaacute diz que pode trocar em ateacute uma semana entatildeo natildeo sei como que ta isso e o que tem escrito em relaccedilatildeo a isso (Aurora)

Sabe-se que o tempo para troca do cateter de teflon ou poliuretano varia de 72 a 96

horas com o intuito de reduzir risco de infecccedilatildeo e flebite e para minimizar esses riscos nas

seguintes situaccedilotildees diante de sinais inflamatoacuterios no local de inserccedilatildeo e sempre que houver

mau funcionamento do cateter (SANTOS17

Entretanto o Center for Disease Control and Prevention - CDC (2002) diz que em

pacientes pediaacutetricos natildeo foi observada relaccedilatildeo quanto ao tempo de permanecircncia do cateter e

ocorrecircncia de complicaccedilotildees devendo ser mantido ateacute o teacutermino da terapia intravenosa ou

quando forem observados sinais cliacutenicos de complicaccedilotildees

2004 apud OLIVEIRA BEZERRA e PEREIRA

2008 p 93)

Eacute possiacutevel observar a diferenccedila do conhecimento pratico dos profissionais

entrevistados em relaccedilatildeo ao conhecimento encontrado na literatura E ainda contendo duacutevidas

natildeo haacute uma busca da parte dos mesmos para esclarececirc-las

O uso da heparina com a finalidade de manter o acesso peacutervio por um periacuteodo maior

de tempo mostra-se com mais certeza quanto ao desuso nos dados colidos

ldquoAntigamente a gente usava heparina entatildeo a gente ficava tranquila em relaccedilatildeo agrave obstruccedilatildeo mas agora natildeo a gente usa o soro fisioloacutegico e a gente deixa salinizadordquo (Aurora)

Rang e Dale 18(1998 apud DOPICO e OLIVEIRA 2006) afirmam que a heparina

inibe a formaccedilatildeo de coaacutegulos de fibrina in vitro e in vivo e que seu efeito anticoagulante eacute

praticamente imediato Com isso Phillips19

17 Santos W Lavagem das matildeos In R Luiz Santos W Manual baacutesico de prevenccedilatildeo e controle das infecccedilotildees hospitalares do HRU Fortaleza Hospital Regional Unimed 2004

(2001 apud DOPICO e OLIVEIRA 2006)

ressalta que a teacutecnica de manutenccedilatildeo intermitente de cateteres intravenosos com soluccedilatildeo

salina 09 classificada como salinizaccedilatildeo tem sido pesquisada haacute alguns anos apresentando

em relaccedilatildeo ao uso da heparina vantagens como o baixo custo ser um procedimento mais

18 Rang HP Dale M M Hemostasia e Trombose In Rang HP Dale M M Farmacologia Rio de Janeiro Guanabara Koogan 1998 p235-47 19 PHILLIPS L D Manual de terapia intravenosa 2ed Porto Alegre Artmed 2001

30

simples aleacutem de eliminar a possibilidade de incompatibilidade com as drogas e soluccedilotildees

administradas aleacutem da inexistecircncia de riscos ao paciente Entretanto sabe-se que a literatura

ainda natildeo fornece consenso acerca da soluccedilatildeo mais indicada para manutenccedilatildeo da

permeabilidade do cateter venoso perifeacuterico

Eacute importante ressaltar que muitas instituiccedilotildees do nosso paiacutes nem ao menos tecircm o

conhecimento da praacutetica da salinizaccedilatildeo com soluccedilatildeo salina 09 No que se refere agrave pesquisa

cientiacutefica as limitaccedilotildees desta praacutetica satildeo atribuiacutedas agrave ausecircncia de um maior nuacutemero de

estudos controlados para validar sua eficaacutecia (EPPERSON20

Apesar de natildeo ser encontradas publicaccedilotildees acerca do tema a utilizaccedilatildeo de heparina

mostra-se como uma pratica natildeo mais utilizada pelos profissionais de enfermagem Outro

tema onde haacute controveacutersias e tambeacutem poucas citaccedilotildees eacute o uso da tala para fixaccedilatildeo do acesso

venoso perifeacuterico Seguem abaixo a opiniatildeo de alguns dos profissionais entrevistados

1984 apud DOPICO e

OLIVEIRA 2006)

ldquoA uacutenica coisa que eu natildeo gosto de ver eacute quando se coloca tala para imobilizar dizendo que a tala vai ajudar a natildeo perder a veia Isso eu natildeo concordo acho que a tala prejudica a crianccedila fica incomodada faz dor no membrordquo (Cinderela)

ldquoAntigamente a gente usava muito tala e as vezes eu pego isso aqui ai eu falo gente tala natildeo se usa mais natildeo faz parte mais da fixaccedilatildeo vocecirc pode fixar de uma forma que a crianccedila natildeo perca A tala eu acho que ela traumatiza um pouco ainda mais se vocecirc pegar um acesso na dobra vocecirc vai fazer com que a crianccedila fique com o braccedilo esticado muito tempo eu acho que pode causar uma lesatildeo depois e a literatura jaacute fala que eacute desnecessaacuteria natildeo precisa maisrdquo (Aurora) ldquoAntigamente usavam tala mas hoje em dia quase natildeo se vecirc mais e eu acho que a tala atrapalha porque a crianccedila fica imobilizada no membro ai fica mais irritadardquo (Rapunzel) ldquoLaacute no meu outro trabalho alguns usam a tala Eu acho que a tala ajuda ateacute a perder mais raacutepido porque a crianccedila fica incomodada vai querer mexer naquilordquo (Mulan)

20 Epperson EL Efficacy of 09 sodium chloride injection with without heparin for maintenance indwelling intermittent injection sites Clin Pharm1984 3(5)26

31

Almeida e Sabateacutes21

Entretanto haacute estudo que comprovam que o uso da tala natildeo se mostra tatildeo eficiente e

apresenta-se como uma praacutetica controversa O estudo foi realizado em crianccedilas ateacute os 12 anos

utilizando imobilizaccedilatildeo com tala e em mais de metade dos casos (553) ocorreu infiltraccedilatildeo

o que indicia a ineficaacutecia desta praacutetica (MACHADO PEDREIRA e CHAUD 2008 apud

BATALHA et al 2010 p512)

(2008 apud BATALHA et al 2010 p512) afirmam que a teacutecnica

de fixaccedilatildeo dos CVP com uso de imobilizaccedilatildeo com tala para restriccedilatildeo ou limitaccedilatildeo dos

movimentos articulares proacuteximo do local da punccedilatildeo estaacute indicado nas matildeos punhos cotovelo

e maleacuteolo

Para Batalha et al (2010 p512) o uso desta praacutetica parece natildeo se coadunar com o

atual uso de cateteres flexiacuteveis tipo abocath em detrimento de agulhas metaacutelicas Talvez por

isso comecem a surgir novas teacutecnicas de fixaccedilatildeo dos CVP que natildeo exigem imobilizaccedilatildeo das

articulaccedilotildees com talas

Aleacutem de natildeo haver uma confirmaccedilatildeo dos benefiacutecios causados pelo uso da tala a

imobilizaccedilatildeo causa incocircmodo para a crianccedila que fica com o membro imoacutevel podendo causar

dor e tambeacutem irritaccedilatildeo O uso desse tipo de fixaccedilatildeo tambeacutem impede a visualizaccedilatildeo frequente

do acesso venoso afetando assim os cuidados de observaccedilatildeo da equipe de enfermagem

43 O acompanhante e a manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico

A presente categoria vai discutir um assunto importante que surgiu durante as

entrevistas de forma inesperada Alguns dos profissionais entrevistados citaram o descuido do

acompanhante como um fator causador da perda do acesso venoso perifeacuterico Seguem abaixo

algumas falas

ldquoA matildee sempre acompanha e tem matildee que natildeo tem cuidado natildeo vigia e a gente tem que ficar pedindo pra olhar tomar contardquo (Aurora)

ldquoEm relaccedilatildeo ao acompanhante porque a crianccedila natildeo vai avaliar entatildeo o acompanhante que estar ali tem que avaliar direitinho natildeo deixar a crianccedila mexer ou puxarrdquo (Bela)

ldquoNatildeo eacute toda matildee que esta vigiando que cuida pra que a crianccedila natildeo perca o acessordquo (Jasmine)

21 Almeida FA Sabateacutes AL Enfermagem pediaacutetrica a crianccedila o adolescente e a sua famiacutelia no hospital Satildeo Paulo(SP) Manole 2008

32

ldquoAcho que leva a perda quando o acompanhante natildeo coopera as vezes a gente faz a imobilizaccedilatildeo na crianccedila e as vezes eles ateacute retiram e a proacutepria crianccedila agitada ela mesmo arrancardquo (Branca de Neve)

ldquoAgraves vezes a proacutepria crianccedila que a matildee deixa muito solta ai solta o acessordquo (Mulan)

Apoacutes a implementaccedilatildeo da lei que garante um acompanhante ao paciente pediaacutetrico a

presenccedila do familiarresponsaacutevel durante a hospitalizaccedilatildeo mudou a rotina da equipe de

enfermagem trazendo duacutevidas quanto a real funccedilatildeo do acompanhante e fazendo com que a

mesma viesse a delegar certos cuidados para acompanhante

A Promulgaccedilatildeo da Lei 8069 do Estatuto da Crianccedila e do Adolescente (ECA) em

1990 no seu artigo 12deg garante agrave crianccedila ou ao adolescente o direito de ter um responsaacutevel

que o acompanhe durante a hospitalizaccedilatildeo (1990)

Desde a sua implantaccedilatildeo as unidades vecircm sofrendo um processo de reorganizaccedilatildeo de

suas praacuteticas A inserccedilatildeo da famiacutelia modifica a organizaccedilatildeo do processo de trabalho o que

requer dos profissionais uma compreensatildeo em relaccedilatildeo agrave dinacircmica das relaccedilotildees interpessoais

(COLLET e ROCHA 2004)

Pimenta e Collet (2009) ressaltam que natildeo haacute nenhuma regulamentaccedilatildeo sobre a

participaccedilatildeo da famiacutelia nos cuidados e no entanto a mesma desempenha atividades junto agrave

crianccedila durante a hospitalizaccedilatildeo que devem ser levadas em consideraccedilatildeo A falta de

reconhecimento desse fato fez com que a equipe de enfermagem e famiacutelia natildeo possuiacutessem

uma relaccedilatildeo aberta e vivessem uma relaccedilatildeo silenciosa e impliacutecita de poder na qual a famiacutelia

acaba assumindo as relaccedilotildees do cuidado agrave crianccedila de responsabilidade da enfermagem

A negociaccedilatildeo entre matildees e equipe de enfermagem em relaccedilatildeo aos cuidados agrave crianccedila

hospitalizada natildeo eacute uma tarefa faacutecil tendo em vista que natildeo se tem claro qual o seu novo

papel neste processo (COLLET e ROCHA 2004)

Eacute possiacutevel ver nas falas que a presenccedila do acompanhante causa para a equipe de

enfermagem a seguranccedila de ter algueacutem para ldquovigiarrdquo ldquotomar contardquo e natildeo deixar que a

crianccedila hospitalizada perca o acesso venoso quando na verdade eacute funccedilatildeo da equipe de

enfermagem cuidados referentes ao acesso venoso perifeacuterico

33

Jaacute o acompanhante eacute definido pelo Ministeacuterio da Sauacutede como uma pessoa significativa

para a crianccedila que representa sua rede social e que vai acompanhaacute-lo durante a permanecircncia

no ambiente hospitalar ressaltando assim sua importacircncia Esse fato se reforccedila visto que a

crianccedila encontra nos familiares a forccedila e seguranccedila necessaacuteria para encarar todo esse processo

doloroso e desconhecido (MURAKAMI e CAMPOS 2011 p255)

O acompanhante aleacutem de minimizar o sofrimento do paciente pediaacutetrico faz com que

o mesmo sinta-se mais a vontade Eacute importante ressaltar que o familiarresponsaacutevel natildeo soacute

pode como deve participar das atividades da crianccedila no hospital desde que estas natildeo sejam

competecircncias dos profissionais que os cercam Essas atividades satildeo caracterizadas como

semelhantes aos que eles realizam diariamente fora do ambiente hospitalar como o banho

Poreacutem no caso de um paciente com punccedilatildeo venosa perifeacuterica o profissional de enfermagem

deve auxiliar no cuidado para que essa natildeo se perca

Os cuidados dos familiaresacompanhantes satildeo os mesmos que os desenvolvidos no

domiciacutelio e os cuidados prestados pela equipe de enfermagem satildeo aqueles que demandam

conhecimento teacutecnico-cientiacutefico especializado (SOUZA e OLIVEIRA 2010 p558)

Mesmo alguns cuidados parecerem simples e rotineiros quando eacute prestado no

hospital assumem novas caracteriacutesticas com o uso de dispositivos tecnoloacutegicos os quais se

tornam complexos (PIMENTA E COLLET 2009)

O ato de cuidar envolve o respeito agrave maneira como vive cada indiviacuteduo de acordo

com suas crenccedilas valores costumes e cultura A famiacutelia como uma instituiccedilatildeo atende agraves

necessidades bioloacutegicas de seus membros sendo sua responsabilidade cuidar e criar os filhos

incluindo a obrigaccedilatildeo da alimentaccedilatildeo higiene vestuaacuterio e moradia (ELSEN22

Nas entrevistas podemos verificar falas em que o acompanhante eacute citado como

responsaacutevel por avaliar a punccedilatildeo venosa A equipe de enfermagem deve sempre partir do

pressuposto que o familiar acompanhante natildeo tem conhecimento cientiacutefico e certo tipo de

cuidado natildeo deve se delegado para o mesmo mostrando assim a importacircncia da orientaccedilatildeo do

acompanhante quanto aos procedimentos dispositivos utilizados e cuidados em que os

etal 1994

apud SOUZA e OLIVEIRA 2010 p 553)

22 Elsen I Patriacutecio ZM Assistecircncia agrave crianccedila hospitalizada tipos de abordagens e suas implicaccedilotildees para a enfermagem In A enfermagem em pediatria e puericultura Rio de Janeiro (RJ) Atheneu 2005

34

mesmos possam auxiliar Seguem abaixo as falas onde os profissionais ressaltaram a

importacircncia da orientaccedilatildeo do acompanhante

ldquoNem sempre a crianccedila vai entender o porque de estar com aquele acesso entatildeo tem que ter uma orientaccedilatildeo do acompanhanterdquo (Bela)

ldquoTem que haver orientaccedilatildeo do acompanhante para os cuidadosrdquo (Ariel)

ldquoAgraves vezes tem ate o exemplo de um pai que natildeo deixa trocar o acesso jaacute tinha mais de uma semana e ele natildeo queria que trocasse ai faz febre e natildeo sabe da onderdquo (Alice)

Para Souza e Oliveira (2010 p555) deve haver uma preocupaccedilatildeo em orientar

considerando que o outro natildeo tem nenhum tipo de conhecimento sobre o assunto Poreacutem

Queiroz e Jorge23

Apesar das dificuldades o profissional de enfermagem deve estabelecer um viacutenculo de

confianccedila com o acompanhante buscando sempre deixaacute-los ciente das situaccedilotildees e fazendo-os

participar dos cuidados plausiacuteveis sem causar nenhum dano agrave crianccedila e de maneira alguma

abandonar suas atribuiccedilotildees

(2004 apud SOUZA e OLIVEIRA 2010 p 556) ressaltam que apesar de os

profissionais terem intenccedilatildeo de orientar os cuidados para a sauacutede repassam conhecimentos

elaborados cientificamente dificultando a compreensatildeo do familiar aleacutem de a relaccedilatildeo se dar

de maneira vertical assimeacutetrica e coercitiva

23 Queiroz MVO Jorge MSB Accedilotildees educativas no cuidado infantil e intervenccedilotildees dos profissionais junto agraves famiacutelias Acta Scientiarum Maringaacute 2004 janjun 26(1) 27-34

35

CONCLUSAtildeO

Atraveacutes desse estudo foi possiacutevel descrever e analisar os cuidados que os profissionais

de enfermagem realizam acerca da permanecircncia do acesso venoso perifeacuterico Aleacutem disso a

realizaccedilatildeo da pesquisa permitiu identificar a desarticulaccedilatildeo do processo de enfermagem e a

praacutetica desconectada da produccedilatildeo cientiacutefica caracterizando a falta de uma educaccedilatildeo

continuada efetiva

A anaacutelise dos dados demonstra o processo de punccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico

ressaltando a importacircncia de cuidados como a seleccedilatildeo do local a diluiccedilatildeo da medicaccedilatildeo a

realizaccedilatildeo de uma boa fixaccedilatildeo a atenccedilatildeo com a velocidade de infusatildeo os cuidados com os

sinais de infecccedilatildeo e salinizaccedilatildeo do acesso natildeo deixando de salientar cuidados em desuso

como o uso da heparina da tala e duvidas em relaccedilatildeo ao tempo de permanecircncia Evidenciou

tambeacutem que a equipe de enfermagem delega alguns cuidados para os acompanhantes

Natildeo foi possiacutevel perceber o niacutevel de conhecimento cientiacutefico dos profissionais visto

que eles em nenhum momento por natildeo saberem ou por medo de se expor natildeo explicaram de

fato nenhum cuidado que disseram realizar Sempre citaram de forma superficial e direta

deixando claro tambeacutem que o pesquisador natildeo os indagou quanto a isso Poreacutem creio que

diante de cuidados tatildeo importantes e de frequente praacutetica os mesmos falariam facilmente

sobre os cuidados de enfermagem na permanecircncia do acesso venoso perifeacuterico

Apesar dos entrevistados citarem alguns fatores e cuidados realizados de forma

correta eacute visiacutevel que os mesmos realizam os cuidados com a punccedilatildeo e a permanencia do

acesso de forma automaacutetica sem unir a praacutetica com o fundamento do mesmo

Eacute importante destacar tambeacutem a importacircncia do preparo emocional da crianccedila como

tambeacutem os cuidados com a famiacutelia dos mesmos O trabalho de humanizaccedilatildeo realizado pela

36

enfermagem faz grande diferenccedila nessas situaccedilotildees visto que os pacientes e acompanhantes

tendo conhecimento do que seraacute realizado ficariam mais tranquilos

O estudo contribuiu para o campo do ensino nesta aacuterea dando destaque ao importante

papel que o profissional de enfermagem deve desempenhar no cuidado e na manutenccedilatildeo do

acesso venoso perifeacuterico Contudo vale ressaltar a importacircncia do incentivo ao profissional a

buscar na literatura natildeo soacute esclarecimento de suas duvidas mas tambeacutem novos

conhecimentos

Pode colaborar ainda para a realizaccedilatildeo de novas pesquisas na aacuterea procurando

eliminar duacutevidas e controveacutersias sobre o tema Buscando assim a realizaccedilatildeo de um cuidado de

enfermagem articulado e eficaz promovendo o bem-estar do paciente pediaacutetrico durante a

hospitalizaccedilatildeo

37

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THOMAZINE Angeacutelica Malman PASSOS Rocircmulo Silva BAY JUacuteNIOR Osvaldo Goacutees

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44

APEcircNDICE I

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO Tiacutetulo Do Projeto Os cuidados de enfermagem acerca dos acessos venosos perifeacutericos na unidade pediaacutetrica Pesquisador Responsaacutevel Rosane Cordeiro Burla de Aguiar Eny Dorea Paiva e Karina Rodrigues Fernandes Instituiccedilatildeo a que Pertence o Pesquisador Responsaacutevel Universidade Federal Fluminense Telefone para contato (21) 98355269 (21) 82392939 (21) 91786609 Nome do voluntaacuterio _________________________________________________________ Idade ________ anos RG ____________________________

AO Sr (a) estaacute sendo convidado (a) a participar do projeto de pesquisa OS CUIDADOS DE

ENFERMAGEM ACERCA DOS ACESSOS VENOSOS PERIFEacuteRICOS NA UNIDADE PEDIATRICA de

responsabilidade da pesquisadora Profordf Drordf Rosane Cordeiro Burla de Aguiar e Profordf Drordf Eny Dorea Paiva A

punccedilatildeo venosa perifeacuterica eacute um procedimento essencial durante a hospitalizaccedilatildeo da crianccedila visto que eacute atraveacutes

dela que eacute administrada grande parte das medicaccedilotildees Este estudo se justifica diante da importacircncia da

necessidade de um maior periacuteodo de permanecircncia dos acessos venosos perifeacutericos Com isso aleacutem da

diminuiccedilatildeo de eventos que causam dor e irritaccedilatildeo na crianccedila e na famiacutelia promoveraacute tambeacutem uma melhor estada

dos mesmos durante o periacuteodo de hospitalizaccedilatildeo Os objetivos da pesquisa satildeo 1) Descrever os fatores que

interferem na manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico de acordo com a equipe de enfermagem 2)Analisar os

cuidados da equipe de enfermagem na manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico A coleta de dados se daraacute

atraveacutes de entrevistas semi estruturadas que seratildeo gravadas As informaccedilotildees colhidas seratildeo tratadas de forma

anocircnima e confidencial ou seja em nenhum momento seratildeo divulgados o seu nome e somente os

pesquisadores teratildeo acesso agraves informaccedilotildees Os dados obtidos com a pesquisa poderatildeo ser publicados apenas com

fins cientiacuteficos Eles natildeo seratildeo utilizados para fins comerciais ou para outra finalidade qualquer Caso necessite

poderatildeo ser marcados encontros para respostas ou esclarecimentos de qualquer duacutevida acerca da pesquisa A sua

participaccedilatildeo eacute voluntaria e eacute importante lembrar que vocecirc poderaacute desistir de participar da pesquisa em qualquer

momento A entrevista seraacute marcada em um dia e horaacuterio que vocecirc achar melhor Seraacute realizada

individualmente em um ambiente que nos ofereccedila privacidade Esta pesquisa natildeo oferece riscos para vocecirc e os

benefiacutecios da sua participaccedilatildeo satildeo de aumentar o conhecimento cientiacutefico na aacuterea de Enfermagem Pediaacutetrica

aleacutem de contribuir para a praacutetica profissional Este documento seraacute elaborado em duas vias uma para vocecirc e a

outra seraacute arquivada pelo pesquisador

Eu_____________________________________________________________ RG no _____________________________ Declaro que apoacutes ter entendido o que me foi explicado consinto voluntariamente em participar do presente Protocolo de Pesquisa entendo ainda que posso retirar o meu consentimento a qualquer momento antes ou durante a realizaccedilatildeo do mesmo declaro ter sido informada(o) e concordo em participar como voluntaacuteria(o) da pesquisa acima descrita Rio de Janeiro_______de_______________de 20___ _____________________________ ________________________________

(Participante) Karina Rodrigues Fernandes (Responsaacutevel por obter o consentimento)

______________________________________ _______________________________________ (Testemunha) (Testemunha)

45

APEcircNDICE II

ROTEIRO PARA ENTREVISTA

1) O que vocecirc acha que pode levar a perda do acesso perifeacuterico

2) Para vocecirc o que eacute importante para manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico nas

crianccedilas

3) O que vocecirc acha que pode interferir na sua manutenccedilatildeo

4) Que medidas vocecirc adota no seu dia a dia para manter o acesso

5) Na sua vivencia profissional o que vocecirc discorda dos cuidados que geralmente satildeo

utilizados para manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico

46

ANEXO

47

48

  • KARINA RODRIGUES FERNANDES
    • COA Thatiana Fernanda PETTENGILL Myriam Aparecida Mandetta Autonomia da crianccedila hospitalizada frente aos procedimentos crenccedilas da enfermeira pediatra Acta paul enferm 19(4) 433-438 out-dez 2006 Disponiacutevel em lt wwwscielobrscielophpscr
    • JANSEN Michele Ferraz SANTOS Rosane Maria dos FAVERO Luciane Benefiacutecios da utilizaccedilatildeo do brinquedo durante o cuidado de enfermagem prestado agrave crianccedila hospitalizada Rev Gaucha Enferm 31(2) 247-253 jun 2010 Disponiacutevel em lt httpwwwscielo
    • MAGNABOSCO Gisele TONELLI Ana Lucia Nascimento Fonseca SOUZA Sarah Nancy Deggau Hegeto de Abordagens no cuidado de enfermagem agrave crianccedila hospitalizada submetida a procedimentos uma revisatildeo de literatura Cogitare enferm 13(1) 103-108 jan-mar
    • MARTINS Maria do Rosaacuterio RIBEIRO Circeacutea Amalia BORBA Regina Issuzu Hirooka de and SILVA Conceiccedilatildeo Vieira daProtocolo de preparo da crianccedila preacute-escolar para punccedilatildeo venosa com utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico Rev Latino-Am Enfermagem [on
    • OLIVEIRA Maria Ivoneide Veriacutessimo de BEZERRA Maria Gorette Andrade PEREIRA Vanessa Ramos Cateterizaccedilatildeo venosa assistecircncia de enfermagem-UTI pediaacutetrica Rev da Rede de Enfermagem do Nordeste AbrJun de 2008 Disponiacutevel em lt httpwwwrevistar
    • PETERLINI Maria Angeacutelica Sorgini CHAUD Massae Noda and PEDREIRA Mavilde da L GOacuterfatildeos de terapia medicamentosa a administraccedilatildeo de medicamentos por via intravenosa em crianccedilas hospitalizadasRev Latino-Am Enfermagem [online] 2003 vol11 n
    • PETERLINI Maria Angeacutelica Sorgini CHAUD Massae Noda PEDREIRA Mavilde L G Incompatibilidade entre faacutermacos e materiais de cateteres e acessoacuterios da terapia intravenosa Online braz j nurs (Online) 5(3)2006 Disponiacutevel em lt httpwwwobjnursi
    • PIMENTA Erika Acioli Gomes COLLET Neusa Dimensatildeo cuidadora da enfermagem e da famiacutelia na assistecircncia agrave crianccedila hospitalizada concepccedilotildees da enfermagem Rev esc enferm USP [online] 2009 vol43 n3 pp 622-629 Disponiacutevel em lt httpwwwscie
    • THOMAZINE Angeacutelica Malman PASSOS Rocircmulo Silva BAY JUacuteNIOR Osvaldo Goacutees COLLET Neusa OLIVEIRA Beatriz Rosana Gonccedilalves de Assistecircncia de enfermagem agrave crianccedila hospitalizada um resgate histoacuterico Ciˆnc cuid sapoundde 7(supl1) 145-152 maio 200
      • F 363 Fernandes Karina Rodrigues
      • Os cuidados de enfermagem acerca dos acessos venosos perifeacutericos na unidade pediaacutetrica Karina Rodrigues Fernandes ndash Niteroacutei [sn] 2014
        • CDD 61073
Page 20: UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE ESCOLA DE …app.uff.br/riuff/bitstream/1/3317/1/TCC Karina Rodrigues Fernandes.pdf · A punção venosa periférica é um procedimento essencial para

18

participantes apenas um trabalha no serviccedilo noturno sendo o restante do serviccedilo diurno Os

mesmos satildeo os responsaacuteveis pela instalaccedilatildeo e manipulaccedilatildeo dos os acessos venosos

perifeacutericos supondo assim que tenham maior domiacutenio sobre o assunto abordado

Os sujeitos foram identificados com codinomes referentes agraves princesas da Disney para

que suas identidades sejam preservadas

33 Cenaacuterio

A pesquisa ocorreu na unidade de internaccedilatildeo pediaacutetrica localizada no quinto andar do

Hospital Universitaacuterio do Rio de Janeiro vinculado a uma Universidade Federal

A unidade pediaacutetrica eacute divida em trecircs enfermarias de acordo com a idade das crianccedilas

hospitalizadas sendo denominadas estas Lactente preacute-escolar e escolar A enfermaria

Lactente eacute composta por 5 leitos hospitalizando crianccedilas de 29 dias a 2 anos jaacute na preacute-escolar

encontram-se 6 leitos e acolhe crianccedilas de 2 a 6 anos e na escolar 6 leitos abrigando crianccedilas

de 7 a 12 anos Toda crianccedila hospitalizada tem direito a um acompanhante como eacute

preconizado por direito pelo Artigo doze (12) do Estatuto da Crianccedila e do Adolescente

(Brasil 1990 p3)

A enfermaria conta com um posto de enfermagem localizado no centro da unidade

possibilitando maior visualizaccedilatildeo das enfermarias Possui tambeacutem uma sala de recreaccedilatildeo e

banheiro para os pacientes e acompanhantes Haacute uma sala utilizada pedagogia hospitalar

onde uma professora realiza atividades com as crianccedilas

Vale ressaltar que na unidade haacute uma sala para realizaccedilatildeo de procedimentos dolorosos

como a punccedilatildeo venosa perifeacuterica e sempre que possiacutevel o paciente eacute levado ateacute ela

34 Coleta de dados

A coleta de dados se deu a partir da teacutecnica de entrevista semi-estruturadas que

segundo Minayo Deslandes e Gomes (2007 p 64) satildeo ldquoperguntas fechadas e abertas em que

o entrevistado tem a possibilidade de discorrer sobre o tema em questatildeo sem se prender agrave

indagaccedilatildeo formuladardquo As mesmas foram gravadas em entrevista individual e tiveram como

foco as accedilotildees que os profissionais da equipe de enfermagem realizam acerca dos cuidados

para a permanecircncia do acesso venoso perifeacuterico aleacutem de investigar sobre o conhecimento que

cada um possui sobre o tema

19

Apoacutes contato preacutevio com a equipe de enfermagem foi acordado um dia e horaacuterio para

a realizaccedilatildeo das entrevistas que aconteceram na proacutepria unidade Todos os profissionais da

equipe de enfermagem foram convidados a participar voluntariamente da pesquisa As

entrevistas aconteceram apoacutes os profissionais assinarem o Termo de Consentimento Livre e

Esclarecido (TCLE)

Para Minayo Deslandes e Gomes (2007 p 64) a entrevista possui como principal

objetivo construir dados que sejam pertinentes para a pesquisa aleacutem de ser a estrateacutegia mais

utilizada no processo de trabalho de campo

A coleta foi interrompida no momento em que os dados se mostraram saturados ou

seja quando houve a cessaccedilatildeo do acreacutescimo de informaccedilotildees novas referentes ao tema

proposto

O fechamento amostral por saturaccedilatildeo teoacuterica eacute definido como a suspensatildeo de inclusatildeo

de novos participantes quando os dados obtidos passam a apresentar na avaliaccedilatildeo do

pesquisador certa redundacircncia ou repeticcedilatildeo natildeo sendo considerado relevante continuar a

coleta de dados (FONTANELLA RICAS e TURATO 2008)

35 Questotildees eacuteticas da pesquisa

De acordo com a Resoluccedilatildeo 46612 que visa assegurar os direitos e deveres que

dizem respeito agrave comunidade cientiacutefica aos sujeitos da pesquisa e ao Estado uma pesquisa

que envolve a participaccedilatildeo de seres humanos deve atender aos fundamentos eacuteticos e

cientiacuteficos pertinentes para a seguranccedila dos mesmos Neste contexto toda pesquisa

envolvendo seres humanos deveraacute ser submetida agrave apreciaccedilatildeo de um Comitecirc de Eacutetica em

Pesquisa (CEP) (BRASIL 2012)

Atendendo a esta condiccedilatildeo o projeto de pesquisa foi encaminhado ao CEP ndash do

Hospital Universitaacuterio o qual foi realizada a pesquisa foi analisado e aprovado na Reuniatildeo

com data de 06122013 CAAE 24693613700005243 Nuacutemero do parecer 486451 Com

isso a pesquisa foi desenvolvida mediante aprovaccedilatildeo do CEP atendendo aos preacute-requisitos

estipulados pela Resoluccedilatildeo nordm 46612

Esta pesquisa eacute pautada em princiacutepios eacuteticos que respeitam a dignidade humana e

justiccedila assegurando que natildeo haveraacute nenhum tipo de dano aos participantes

20

Em atendimento a resoluccedilatildeo 46612 do Conselho Nacional de SauacutedeMS apoacutes serem

esclarecidos pela pesquisadora quanto aos aspectos eacuteticos relacionados agrave pesquisa aleacutem das

formas de produccedilatildeo de dados e inserccedilatildeo no estudo os sujeitos da pesquisa assinaram duas

vias do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido ndash TCLE (apecircndice 1) autorizando sua

participaccedilatildeo voluntaacuteria na pesquisa Uma via foi entregue ao participante e outra ficou

arquivada com a pesquisadora

Nesse documento consta os objetivos da pesquisa procedimentos benefiacutecios

previstos garantia de recusa de participaccedilatildeo em qualquer momento de acesso aos resultados

da pesquisa e tambeacutem a garantia de acesso ao pesquisador quando os sujeitos julgarem

necessaacuterio sendo todas essas informaccedilotildees em linguagem acessiacutevel e simples O mesmo foi

apresentado e explicado ao profissional convidado a participar do estudo no primeiro contato

eou durante visita agendada para realizaccedilatildeo da entrevista

Vale ressaltar que esta pesquisa cujo financiamento eacute proacuteprio natildeo oferece nenhum

tipo de riscos para o sujeito da pesquisa e nem para o cuidado das crianccedilas internadas no setor

de pediatria e os benefiacutecios da participaccedilatildeo do mesmo satildeo de aumentar o conhecimento

cientiacutefico na aacuterea de Enfermagem Pediaacutetrica aleacutem de contribuir para a praacutetica profissional

36 Anaacutelise dos dados

O processo de anaacutelise dos dados foi baseada na teacutecnica da Anaacutelise Temaacutetica que para

Minayo Deslandes e Gomes (2007 p 86) o conceito central eacute o tema ldquoO tema eacute a unidade de

significaccedilatildeo que se liberta naturalmente de um texto analisado segundo criteacuterios relativos agrave

teoria que serve de guia da leiturardquo (BARDIN11

A anaacutelise realizada estava de acordo com a sugerida por Minayo (2010 p 315) e

contam com as seguintes etapas preacute-analise exploraccedilatildeo do material tratamento dos

resultados obtidos e interpretaccedilatildeo Atraveacutes dessas etapas tem-se o objetivo de descrever o

conteuacutedo do material coletado e interpretaacute-lo

1979 apud MINAYO DESLANDES

GOMES 2007 p 86)

A preacute analise consiste na escolha dos elementos a serem analisados e na retomada das

hipoacuteteses e dos objetivos iniciais da pesquisa Inicia-se com uma leitura flutuante onde o

11 BARDIN L Anaacutelise de Conteuacutedo Lisboa Ediccedilotildees 70 1979

21

pesquisador toma contato direto com o material adquirido deixando-se impregnar por seu

conteuacutedo Posteriormente haacute a constituiccedilatildeo do Corpus textual onde eacute feita uma seleccedilatildeo dos

documentos que iratildeo contemplar e fornecer informaccedilotildees sobre o tema sendo assim adequados

para dar resposta aos objetivos do trabalho (MINAYO 2010 p 315)

Essa fase preacute-analiacutetica eacute onde se determinam a unidades de registro unidade de

contexto e a partir delas satildeo determinados os temas que seratildeo analisados A unidade de

registro corresponde parte do conteuacutedo selecionado como base para analise e apoacutes a

delimitaccedilatildeo do contexto de compreensatildeo da unidade de registro eacute estabelecida a unidade de

contexto (MINAYO 2010 p 316)

De acordo com os objetivos da pesquisa foi possiacutevel perceber que nove (9)

entrevistas supriam para atender os mesmo encerrando assim a coleta Apoacutes a transcriccedilatildeo das

entrevistas foi realizada leitura das mesmas para natildeo soacute conhecimento do material mas

tambeacutem estabelecer as unidades de registro Em seguida foi realizado o colorimento das falas

assim as classificando de acordo com as unidades de registro estabelecidas

As unidades de registro que surgiram foram os fatores que interferem na manutenccedilatildeo

do acesso venoso perifeacuterico e o apontamento do acompanhante como responsaacutevel pela perda

do acesso venoso perifeacuterico Elas receberam as cores vermelha e laranja respectivamente a

fim de facilitar o agrupamento dos dados A partir disto surgiram as unidades de contexto que

compreendem as falas das entrevistas de modo a exemplificar o contexto das unidades de

registro

Partindo para segunda etapa da analise temaacutetica a exploraccedilatildeo do material que consiste

numa classificaccedilatildeo que visa alcanccedilar o nuacutecleo de compreensatildeo do texto Busca-se encontrar

categorias que satildeo expressotildees ou palavras significativas em funccedilatildeo das quais o conteuacutedo seraacute

organizado Essas categorias satildeo responsaacuteveis pela especificaccedilatildeo dos temas (MINAYO

2010 p 317)

Nesse caso foram definidos os seguintes temas cuidados preacute intra e poacutes procedimento

de punccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico cuidados em desuso para manutenccedilatildeo do acesso

venoso perifeacuterico o acompanhante e a manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico Essas trecircs (3)

categorias seratildeo apresentadas analisadas e discutidas no capitulo seguinte

22

4 RESULTADOS E DISCUSSAtildeO

Nesse capiacutetulo apresento as trecircs categorias temaacuteticas que surgiram da anaacutelise dos

dados e que contemplaram de forma satisfatoacuteria os objetivos da pesquisa A primeira

categoria denominada como ldquoOs cuidados de enfermagem preacute intra e poacutes-procedimento de

punccedilatildeo do acesso venoso perifeacutericordquo traz os passos e cuidados que os profissionais realizam

antes durante e apoacutes a punccedilatildeo buscando descrever e analisar os fatores envolvidos na pratica

do procedimento em questatildeo que emergiram das entrevistas aleacutem dos cuidados de

enfermagem para a manutenccedilatildeo do mesmo

A segunda categoria que seraacute apresentada eacute ldquoOs cuidados em desuso para manutenccedilatildeo

do acesso venoso perifeacutericordquo que mostra os cuidados que os profissionais citaram como natildeo

mais utilizados para auxiliar na manutenccedilatildeo da punccedilatildeo venosa perifeacuterica

E a uacuteltima categoria eacute denominada ldquoO acompanhante e a manutenccedilatildeo do acesso

venoso perifeacutericordquo e traz a responsabilizaccedilatildeo do acompanhante pelos profissionais do setor

em relaccedilatildeo aos cuidados com manutenccedilatildeo da punccedilatildeo Essa categoria busca tambeacutem ressaltar a

funccedilatildeo do acompanhante durante a hospitalizaccedilatildeo da crianccedila destacando que determinados

cuidados satildeo de total funccedilatildeo da equipe de enfermagem

41 Os cuidados de enfermagem preacute intra e poacutes-procedimento de punccedilatildeo do acesso

venoso perifeacuterico

Para interpretar as unidades de contextos tive como base autores que definiram os

cuidados de enfermagem preacute intra e poacutes punccedilatildeo venosa perifeacuterica Para esses autores a fase

de preacute-punccedilatildeo compreende as accedilotildees de anaacutelise e conhecimento da prescriccedilatildeo avaliaccedilatildeo e

23

preparo emocional do paciente preparo do material e medicaccedilatildeo seleccedilatildeo do siacutetio de inserccedilatildeo

e dilataccedilatildeo da veia selecionada As accedilotildees envolvidas na punccedilatildeo satildeo a execuccedilatildeo das

precauccedilotildees-padratildeo antissepsia da pele punccedilatildeo do vaso a fixaccedilatildeo e curativo do cateter

Finalmente na etapa de poacutes-punccedilatildeo adota-se a identificaccedilatildeo da punccedilatildeo o descarte apropriado

das partes dos materiais natildeo utilizados a orientaccedilatildeo do paciente acerca da terapecircutica o

controle da infusatildeo atraveacutes do gotejamento se necessaacuterio e o registro do procedimento

Phillips12

De acordo com as entrevistas a seleccedilatildeo do local de punccedilatildeo eacute indicada com um fator

que interfere diretamente no tempo de permanecircncia do acesso venoso perifeacuterico visto que

dependendo do local ocorre a perda mais rapidamente Aleacutem da localizaccedilatildeo citaram tambeacutem

o calibre da veia como interferecircncia na manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico Seguem

abaixo algumas falas

(2001 apud ARAUacuteJO 2007 p18)

ldquoPrimeira coisa eacute vocecirc procurar bem a veia colocar uma veia de um bom calibre Se puder dar preferecircncia a natildeo puncionar dobrasrdquo (Cinderela) ldquoDependendo de onde estiver puncionado se for na matildeozinha a crianccedila fica toda hora ta mexendo taacute manipulando alguma coisa e se for no pezinho tambeacutem nem todo tempo vai ficar acamada entatildeo acaba perdendo o acessordquo(Bela ) ldquoO mau posicionamento pode levar a perdardquo (Rapunzel)

A opiniatildeo dos profissionais acima vai de encontro com o que eacute encontrado na

literatura visto que eacute de suma importacircncia que o mesmo avalie o cliente e considere alguns

aspectos para uma escolha criteriosa e eficaz como a finalidade da punccedilatildeo o tipo de soluccedilatildeo

a ser infundida a condiccedilatildeo da rede venosa a duraccedilatildeo da terapia idade do cliente habilidade

cognitiva da crianccedila a preferecircncia do cliente o que nem sempre seraacute possiacutevel satisfazer e

tambeacutem a sua atividade (ARAUacuteJO 2007 p31)

Os cuidados com o acesso venoso perifeacuterico satildeo importantes antes mesmo da

realizaccedilatildeo do procedimento Levando em consideraccedilatildeo que um erro durante a fase de preacute-

procedimento como a escolha errada do local de punccedilatildeo por exemplo poderaacute levar a perda

do acesso e prejudicar assim o tratamento aleacutem do bem-estar da crianccedila que seraacute puncionada

novamente

12 PHILLIPS L D Manual de terapia intravenosa 2ed Porto Alegre Artmed 2001

24

O vaso sanguiacuteneo que o profissional selecionar como local para puncionar deve ser

suficiente para suportar o calibre e o comprimento do cateter aleacutem de atender a necessidade

terapecircutica para que natildeo haja a necessidade de uma nova punccedilatildeo

A punccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico eacute um procedimento doloroso e de grande

incomodo para a crianccedila com isso eacute de suma importacircncia realizar a seleccedilatildeo preacutevia do

material poreacutem natildeo foi citado Outro cuidado rotineiro e natildeo menos importante como a

lavagem das matildeos antes da colocaccedilatildeo do acesso tambeacutem natildeo foi mencionado durante as

entrevistas

O preparo emocional da crianccedila e do acompanhante quanto ao procedimento deve ser

considerada praacutetica rotineira para a equipe de enfermagem O profissional de enfermagem

deve lavar as matildeos objetivando a reduccedilatildeo significativa de risco de infecccedilatildeo e recomenda-se o

uso de aacutegua e sabatildeo para lavagem das matildeos antes da colocaccedilatildeo do cateter venoso perifeacuterico

(PHILLIPS13

O preparo preacutevio do material para instalaccedilatildeo do cateter venoso perifeacuterico eacute importante

para evitar interrupccedilotildees do procedimento e consequentemente um maior tempo de

manipulaccedilatildeo da crianccedila (SILVA

2001apud ARAUacuteJO 2007 Centers for Disease Control and Prevention ndash CDC

2002 apud ARAUacuteJO 2007)

14

Outro aspecto citado e classificado como preacute-procedimento eacute o cuidado com a

medicaccedilatildeo a ser administrada incluindo cuidados com a diluiccedilatildeo e composiccedilatildeo da mesma

Seguem algumas das falas

2004 apud ARAUacuteJO 2007 p30)

ldquoEstar sempre diluindo as medicaccedilotildees de acordo com a prescriccedilatildeo meacutedica pois as medicaccedilotildees satildeo muito fortes e podem causar enfraquecimento da veia Tem que diluir direitinho e passar lento na veiardquo (Cinderela) ldquoTer cuidado principalmente quando eacute crianccedila e a diluiccedilatildeo da medicaccedilatildeo tambeacutem agraves vezes natildeo eacute pra passar em perifeacuterico e na segunda dose jaacute perdeurdquo (Alice)

O acesso venoso perifeacuterico eacute a primeira alternativa para infusatildeo intravenosa por ser de

mais faacutecil acesso e rapidez no efeito da medicaccedilatildeo O profissional de enfermagem deve ter

domiacutenio natildeo soacute relacionado agrave infusatildeo das medicaccedilotildees mas tambeacutem com a composiccedilatildeo

13 PHILLIPS L D Manual de terapia intravenosa 2ed Porto Alegre Artmed 2001 14 SILVA G R G Terapia intravenosa em receacutem-nascidos ndash orientaccedilotildees para o cuidado de Enfermagem Rio de Janeiro Cultura Meacutedica 2004

25

farmacoloacutegica das mesmas os efeitos adversos e colaterais que a droga pode causar inclusive

em relaccedilatildeo a diluiccedilatildeo o que normalmente eacute estabelecido como padratildeo no setor de acordo com

cada faacutermaco

Com a intenccedilatildeo de promover a eficaacutecia terapecircutica dos medicamentos administrados

por via intravenosa eacute atribuiccedilatildeo do profissional de enfermagem implementar teacutecnicas como a

diluiccedilatildeo acondicionamento e cuidados na administraccedilatildeo de faacutermacos a fim de evitar

prejuiacutezos no tratamento resultantes da incompatibilidade medicamentosa (PETERLINI

CHAUD e PEDREIRA 2006)

Os fatores intra-procedimento satildeo considerados aqueles diretamente relacionados com

o procedimento Os dados colidos nas entrevistas ressaltaram apenas a fixaccedilatildeo com um fator

que interfere nessa fase Este foi o dado mais repetitivo nas entrevistas poreacutem sempre citado

de forma superficial Seguem as falas dos profissionais quando questionados sobre o que era

importante para manutenccedilatildeo do acesso

ldquoTem que fazer uma boa fixaccedilatildeo Porque quando a pessoa natildeo fixa bem prejudica porque aquilo vai soltando e quando vocecirc vecirc jaacute perdeu a veiardquo(Cinderela) ldquoEu acho que natildeo tem o que fazer para manter o acesso A crianccedila vai ficar uns dias X com aquele acesso pra fazer medicaccedilatildeo e eu acho que natildeo tem o que vocecirc profissional fazer para que natildeo percardquo (Aurora) ldquoA fixaccedilatildeo evita a movimentaccedilatildeo excessiva no local que estaacute o acessordquo (Ariel) ldquoTer cuidado com o curativo saber manusear E manter sempre o curativo limpo trocar se necessaacuteriordquo (Rapunzel) ldquoA fixaccedilatildeo eacute muito importante pra natildeo soltar o acesso e pra ele ficar mais tempordquo(Mulan)

Oliveira Bezerra e Pereira (2008 p 94) afirmam que de acordo com o revelado por

determinados estudos o tipo de curativo a fixaccedilatildeo do cateter e o tempo de permanecircncia estatildeo

diretamente relacionados com a ocorrecircncia de complicaccedilotildees infecciosas como flebites e

tambeacutem infiltraccedilatildeo extravasamento desconexatildeo e deslocamento do cateter

26

Para Pettit e Kraus15

Potter

(1995 apud MACHADO PEDREIRA E CHAUD2005 p292) a

gaze esteacuteril fixada com a fita adesiva hipoalergecircnica bem como a peliacutecula transparente esteacuteril

satildeo os materiais mais recomendados para curativo e fixaccedilatildeo de cateter venoso perifeacuterico

16

Jaacute as peliacuteculas transparentes mais conhecidas como filme permitem a respiraccedilatildeo

normal da pele com alta permeabilidade ao oxigecircnio e vapores e eacute impermeaacutevel a liacutequidos e

micro-organismos (SILVA E ZANETTI 2004 p233) Aleacutem disso permitem tambeacutem a

visualizaccedilatildeo contiacutenua do local de punccedilatildeo permitindo assim avaliaccedilatildeo do mesmo natildeo soacute

durante a infusatildeo de medicaccedilotildees mas tambeacutem todo o tempo

(1998 apud SILVA E ZANETTI 2004 p233) afirma que nas fixaccedilotildees em

que se utiliza a gaze esteacuteril preconiza-se a utilizaccedilatildeo de teacutecnica asseacuteptica Neste curativo a

gaze esteacuteril eacute colocada sobre o siacutetio de inserccedilatildeo e suas bordas satildeo fixadas com fita adesiva

A observaccedilatildeo da punccedilatildeo eacute muito importante pois se o local de inserccedilatildeo se mostrar

com sinais e sintomas de complicaccedilotildees a terapia deve ser suspensa (OLIVEIRA BEZERRA

e PEREIRA 2008 p95)

A visualizaccedilatildeo contiacutenua do acesso permite que a equipe de enfermagem possa realizar

uma observaccedilatildeo mais particularizada em relaccedilatildeo agraves condiccedilotildees do acesso venoso perifeacuterico

podendo observar se haacute deslocamento do cateter sinais de infiltraccedilatildeo e tambeacutem sinais de

infecccedilatildeo

Para Silva Barbato e Valente (2013 p 1200) cabe ao enfermeiro fazer a avaliaccedilatildeo

diaacuteria e cuidadosa do curativo observando a presenccedila de umidade sujidade integridade do

oacutestio de inserccedilatildeo a fixaccedilatildeo bem como a realizaccedilatildeo do curativo e das anotaccedilotildees legais

competentes agraves suas funccedilotildees

A fase poacutes-procedimento eacute caracterizada por uma seacuterie de cuidados que a equipe de

enfermagem deve realizar para que se obtenha maior tempo de permanecircncia do acesso venoso

perifeacuterico Durante as entrevistas os cuidados citados foram a salinizaccedilatildeo do acesso cuidados

para evitar a flebite e a velocidade de infusatildeo

15 Pettit DM Kraus V The use of gauze versus transparent dressings for peripheral intravenous catheter sites Nurs ClinNorth Am 1995 30(3)495-506 16 Potter P Perry AG Fundamentos de enfermagem processo conceito e praacutetica 3ordf ed Santos(SP) Guanabara Koogan19981397pp801-43

27

ldquoManter um acesso bem salinizado que vocecirc lave pelo menos de duas de trecircs em trecircs horas Se bem que isso aqui na pediatria natildeo eacute muito comum aqui a gente soacute lava cada vez que vai fazer medicaccedilatildeo mas se eu natildeo me engano a literatura preconiza isso vocecirc lavar pelo menos de quatro em quatro horas o acessordquo (Aurora)

ldquoPra manter o acesso venoso perifeacuterico eacute importante manter ele salinizado Assim que a gente recebe o plantatildeo eu vou ver se o acesso ta peacutervio com uma ldquoseringuinhardquo vai la da uma ldquolavadinhardquo e vecirc se o acesso ta peacutervio e manter o acesso salinizadordquo (Ariel)

ldquoSalinizar de 6 em 6 horas para manter ele peacuterviordquo (Alice)

ldquoTem que passar lento a medicaccedilatildeo e a limpeza da aacuterea vocecirc tem que limpar bem a aacuterea pra vocecirc natildeo formar uma flebiterdquo (Cinderela)

A salinizaccedilatildeo do acesso eacute um cuidado simples e de grande importacircncia Esse cuidado

deve ser realizado para manter o acesso peacutervio e limpo e deve ser realizado antes e apoacutes

qualquer infusatildeo

Para Moncaio e Figueiredo (2009)

a ldquosalinizaccedilatildeordquo consiste em administrar sob pressatildeo positiva soluccedilatildeo salina (Soro fisioloacutegico a 09) logo apoacutes o teacutermino da infusatildeo da medicaccedilatildeo Este procedimento visa prevenir a formaccedilatildeo de trombos e fibrina evitar o contato de drogas incompatiacuteveis (quando da infusatildeo de mais de um item medicamentoso no mesmo horaacuterio) garantir a infusatildeo de todo o medicamento que possa ter ficado no sistema aleacutem de evitar retorno sanguiacuteneo mantendo o cateter peacutervio para a proacutexima infusatildeo

Durante a coleta de dados esse cuidado surgiu em diversos momentos poreacutem foi

possiacutevel perceber que os profissionais realizam o mesmo de forma banalizada Natildeo sabem de

fato a real funccedilatildeo de manter o acesso salinizado A impressatildeo que passa eacute que eles

aprenderam que esse cuidado deveria ser feito e simplesmente fazem Haacute divergecircncias

tambeacutem entre a equipe em relaccedilatildeo ao momento que deve ser realizada a salinizaccedilatildeo e isso nos

mostra a desatualizaccedilatildeo dos profissionais do setor e a falta de uma educaccedilatildeo continuada no

hospital

Os cuidados para evitar a flebite e a velocidade de infusatildeo da medicaccedilatildeo apareceram

menos nas entrevistas e interferem diretamente com a manutenccedilatildeo do acesso venoso

perifeacuterico

28

A flebite eacute uma inflamaccedilatildeo na veia puncionada ocorrendo quando as ceacutelulas

endoteliais da parede da veia que o cateter estaacute inserido tornam-se inflamadas e irregulares

propiciando a aderecircncia de plaquetas e predispondo a veia a inflamaccedilatildeo Eacute comum que o local

se apresente dolorido hiperemiado quente e edemaciado e nesses casos eacute aconselhada a

retirada do cateter Uma boa fixaccedilatildeo do cateter perifeacuterico eacute recomendada por autores na

literatura visto que previnem deslocamento faacutecil e permitem uma boa visualizaccedilatildeo do local

evitando complicaccedilotildees como a flebite e infiltraccedilatildeo (MOLDES et al 2011 p 330)

Dentre as principais falhas de infusatildeo venosa estatildeo flebite infiltraccedilatildeo hematoma e

obstruccedilatildeo Acredita-se que para reduzir a incidecircncia destas nas unidades pediaacutetricas eacute preciso

a adoccedilatildeo de estrateacutegias tais como a abordagem junto agrave equipe em parceria com o setor de

educaccedilatildeo permanente e a adoccedilatildeo do uso da teacutecnica corretamente e de forma asseacuteptica para a

realizaccedilatildeo da punccedilatildeo venosa perifeacuterica em acordo com a comissatildeo de controle de infecccedilatildeo

hospitalar (SILVA BARBATO e VALENTE 2013 p 1200)

A incapacidade do paciente em relatar dor no siacutetio de administraccedilatildeo do faacutermaco quer

pela idade ou condiccedilatildeo cliacutenica e o local de inserccedilatildeo como tambeacutem a velocidade de infusatildeo do

medicamento (gt25mgmin) satildeo classificados como fatores de risco para a perda do acesso

venoso perifeacuterico (MARTINS SILVINO e DIAS 2010)

42 Os cuidados em desuso para manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico

Essa categoria discorre sobre os cuidados de enfermagem que com o passar do tempo

foram desconsiderados e natildeo satildeo mais utilizados Quando questionados em relaccedilatildeo a vivencia

profissional e cuidados que discordavam os entrevistados citaram o uso da tala para fixaccedilatildeo

uso de heparina e os cuidados em relaccedilatildeo ao tempo de permanecircncia do cateter Haacute muitas

controveacutersias em relaccedilatildeo aos cuidados citados acima

O tempo de permanecircncia interfere diretamente no aparecimento de complicaccedilotildees

como flebite e que acabam levando a perda do acesso venoso perifeacuterico mais rapidamente

aconselhando assim a troca do mesmo entre 76 a 96 horas Poreacutem eacute preconizada a retirada do

cateter apenas se finalizar o tratamento ou houver alguma interferecircncia

ldquoA gente observa tambeacutem o tempo dependendo do tempo tem que tirarrdquo (Alice)

29

ldquoHoje eu natildeo sei como que eacute essa questatildeo do tempo porque a gente trocava o acesso a cada quatro dias agora o pessoal jaacute diz que pode trocar em ateacute uma semana entatildeo natildeo sei como que ta isso e o que tem escrito em relaccedilatildeo a isso (Aurora)

Sabe-se que o tempo para troca do cateter de teflon ou poliuretano varia de 72 a 96

horas com o intuito de reduzir risco de infecccedilatildeo e flebite e para minimizar esses riscos nas

seguintes situaccedilotildees diante de sinais inflamatoacuterios no local de inserccedilatildeo e sempre que houver

mau funcionamento do cateter (SANTOS17

Entretanto o Center for Disease Control and Prevention - CDC (2002) diz que em

pacientes pediaacutetricos natildeo foi observada relaccedilatildeo quanto ao tempo de permanecircncia do cateter e

ocorrecircncia de complicaccedilotildees devendo ser mantido ateacute o teacutermino da terapia intravenosa ou

quando forem observados sinais cliacutenicos de complicaccedilotildees

2004 apud OLIVEIRA BEZERRA e PEREIRA

2008 p 93)

Eacute possiacutevel observar a diferenccedila do conhecimento pratico dos profissionais

entrevistados em relaccedilatildeo ao conhecimento encontrado na literatura E ainda contendo duacutevidas

natildeo haacute uma busca da parte dos mesmos para esclarececirc-las

O uso da heparina com a finalidade de manter o acesso peacutervio por um periacuteodo maior

de tempo mostra-se com mais certeza quanto ao desuso nos dados colidos

ldquoAntigamente a gente usava heparina entatildeo a gente ficava tranquila em relaccedilatildeo agrave obstruccedilatildeo mas agora natildeo a gente usa o soro fisioloacutegico e a gente deixa salinizadordquo (Aurora)

Rang e Dale 18(1998 apud DOPICO e OLIVEIRA 2006) afirmam que a heparina

inibe a formaccedilatildeo de coaacutegulos de fibrina in vitro e in vivo e que seu efeito anticoagulante eacute

praticamente imediato Com isso Phillips19

17 Santos W Lavagem das matildeos In R Luiz Santos W Manual baacutesico de prevenccedilatildeo e controle das infecccedilotildees hospitalares do HRU Fortaleza Hospital Regional Unimed 2004

(2001 apud DOPICO e OLIVEIRA 2006)

ressalta que a teacutecnica de manutenccedilatildeo intermitente de cateteres intravenosos com soluccedilatildeo

salina 09 classificada como salinizaccedilatildeo tem sido pesquisada haacute alguns anos apresentando

em relaccedilatildeo ao uso da heparina vantagens como o baixo custo ser um procedimento mais

18 Rang HP Dale M M Hemostasia e Trombose In Rang HP Dale M M Farmacologia Rio de Janeiro Guanabara Koogan 1998 p235-47 19 PHILLIPS L D Manual de terapia intravenosa 2ed Porto Alegre Artmed 2001

30

simples aleacutem de eliminar a possibilidade de incompatibilidade com as drogas e soluccedilotildees

administradas aleacutem da inexistecircncia de riscos ao paciente Entretanto sabe-se que a literatura

ainda natildeo fornece consenso acerca da soluccedilatildeo mais indicada para manutenccedilatildeo da

permeabilidade do cateter venoso perifeacuterico

Eacute importante ressaltar que muitas instituiccedilotildees do nosso paiacutes nem ao menos tecircm o

conhecimento da praacutetica da salinizaccedilatildeo com soluccedilatildeo salina 09 No que se refere agrave pesquisa

cientiacutefica as limitaccedilotildees desta praacutetica satildeo atribuiacutedas agrave ausecircncia de um maior nuacutemero de

estudos controlados para validar sua eficaacutecia (EPPERSON20

Apesar de natildeo ser encontradas publicaccedilotildees acerca do tema a utilizaccedilatildeo de heparina

mostra-se como uma pratica natildeo mais utilizada pelos profissionais de enfermagem Outro

tema onde haacute controveacutersias e tambeacutem poucas citaccedilotildees eacute o uso da tala para fixaccedilatildeo do acesso

venoso perifeacuterico Seguem abaixo a opiniatildeo de alguns dos profissionais entrevistados

1984 apud DOPICO e

OLIVEIRA 2006)

ldquoA uacutenica coisa que eu natildeo gosto de ver eacute quando se coloca tala para imobilizar dizendo que a tala vai ajudar a natildeo perder a veia Isso eu natildeo concordo acho que a tala prejudica a crianccedila fica incomodada faz dor no membrordquo (Cinderela)

ldquoAntigamente a gente usava muito tala e as vezes eu pego isso aqui ai eu falo gente tala natildeo se usa mais natildeo faz parte mais da fixaccedilatildeo vocecirc pode fixar de uma forma que a crianccedila natildeo perca A tala eu acho que ela traumatiza um pouco ainda mais se vocecirc pegar um acesso na dobra vocecirc vai fazer com que a crianccedila fique com o braccedilo esticado muito tempo eu acho que pode causar uma lesatildeo depois e a literatura jaacute fala que eacute desnecessaacuteria natildeo precisa maisrdquo (Aurora) ldquoAntigamente usavam tala mas hoje em dia quase natildeo se vecirc mais e eu acho que a tala atrapalha porque a crianccedila fica imobilizada no membro ai fica mais irritadardquo (Rapunzel) ldquoLaacute no meu outro trabalho alguns usam a tala Eu acho que a tala ajuda ateacute a perder mais raacutepido porque a crianccedila fica incomodada vai querer mexer naquilordquo (Mulan)

20 Epperson EL Efficacy of 09 sodium chloride injection with without heparin for maintenance indwelling intermittent injection sites Clin Pharm1984 3(5)26

31

Almeida e Sabateacutes21

Entretanto haacute estudo que comprovam que o uso da tala natildeo se mostra tatildeo eficiente e

apresenta-se como uma praacutetica controversa O estudo foi realizado em crianccedilas ateacute os 12 anos

utilizando imobilizaccedilatildeo com tala e em mais de metade dos casos (553) ocorreu infiltraccedilatildeo

o que indicia a ineficaacutecia desta praacutetica (MACHADO PEDREIRA e CHAUD 2008 apud

BATALHA et al 2010 p512)

(2008 apud BATALHA et al 2010 p512) afirmam que a teacutecnica

de fixaccedilatildeo dos CVP com uso de imobilizaccedilatildeo com tala para restriccedilatildeo ou limitaccedilatildeo dos

movimentos articulares proacuteximo do local da punccedilatildeo estaacute indicado nas matildeos punhos cotovelo

e maleacuteolo

Para Batalha et al (2010 p512) o uso desta praacutetica parece natildeo se coadunar com o

atual uso de cateteres flexiacuteveis tipo abocath em detrimento de agulhas metaacutelicas Talvez por

isso comecem a surgir novas teacutecnicas de fixaccedilatildeo dos CVP que natildeo exigem imobilizaccedilatildeo das

articulaccedilotildees com talas

Aleacutem de natildeo haver uma confirmaccedilatildeo dos benefiacutecios causados pelo uso da tala a

imobilizaccedilatildeo causa incocircmodo para a crianccedila que fica com o membro imoacutevel podendo causar

dor e tambeacutem irritaccedilatildeo O uso desse tipo de fixaccedilatildeo tambeacutem impede a visualizaccedilatildeo frequente

do acesso venoso afetando assim os cuidados de observaccedilatildeo da equipe de enfermagem

43 O acompanhante e a manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico

A presente categoria vai discutir um assunto importante que surgiu durante as

entrevistas de forma inesperada Alguns dos profissionais entrevistados citaram o descuido do

acompanhante como um fator causador da perda do acesso venoso perifeacuterico Seguem abaixo

algumas falas

ldquoA matildee sempre acompanha e tem matildee que natildeo tem cuidado natildeo vigia e a gente tem que ficar pedindo pra olhar tomar contardquo (Aurora)

ldquoEm relaccedilatildeo ao acompanhante porque a crianccedila natildeo vai avaliar entatildeo o acompanhante que estar ali tem que avaliar direitinho natildeo deixar a crianccedila mexer ou puxarrdquo (Bela)

ldquoNatildeo eacute toda matildee que esta vigiando que cuida pra que a crianccedila natildeo perca o acessordquo (Jasmine)

21 Almeida FA Sabateacutes AL Enfermagem pediaacutetrica a crianccedila o adolescente e a sua famiacutelia no hospital Satildeo Paulo(SP) Manole 2008

32

ldquoAcho que leva a perda quando o acompanhante natildeo coopera as vezes a gente faz a imobilizaccedilatildeo na crianccedila e as vezes eles ateacute retiram e a proacutepria crianccedila agitada ela mesmo arrancardquo (Branca de Neve)

ldquoAgraves vezes a proacutepria crianccedila que a matildee deixa muito solta ai solta o acessordquo (Mulan)

Apoacutes a implementaccedilatildeo da lei que garante um acompanhante ao paciente pediaacutetrico a

presenccedila do familiarresponsaacutevel durante a hospitalizaccedilatildeo mudou a rotina da equipe de

enfermagem trazendo duacutevidas quanto a real funccedilatildeo do acompanhante e fazendo com que a

mesma viesse a delegar certos cuidados para acompanhante

A Promulgaccedilatildeo da Lei 8069 do Estatuto da Crianccedila e do Adolescente (ECA) em

1990 no seu artigo 12deg garante agrave crianccedila ou ao adolescente o direito de ter um responsaacutevel

que o acompanhe durante a hospitalizaccedilatildeo (1990)

Desde a sua implantaccedilatildeo as unidades vecircm sofrendo um processo de reorganizaccedilatildeo de

suas praacuteticas A inserccedilatildeo da famiacutelia modifica a organizaccedilatildeo do processo de trabalho o que

requer dos profissionais uma compreensatildeo em relaccedilatildeo agrave dinacircmica das relaccedilotildees interpessoais

(COLLET e ROCHA 2004)

Pimenta e Collet (2009) ressaltam que natildeo haacute nenhuma regulamentaccedilatildeo sobre a

participaccedilatildeo da famiacutelia nos cuidados e no entanto a mesma desempenha atividades junto agrave

crianccedila durante a hospitalizaccedilatildeo que devem ser levadas em consideraccedilatildeo A falta de

reconhecimento desse fato fez com que a equipe de enfermagem e famiacutelia natildeo possuiacutessem

uma relaccedilatildeo aberta e vivessem uma relaccedilatildeo silenciosa e impliacutecita de poder na qual a famiacutelia

acaba assumindo as relaccedilotildees do cuidado agrave crianccedila de responsabilidade da enfermagem

A negociaccedilatildeo entre matildees e equipe de enfermagem em relaccedilatildeo aos cuidados agrave crianccedila

hospitalizada natildeo eacute uma tarefa faacutecil tendo em vista que natildeo se tem claro qual o seu novo

papel neste processo (COLLET e ROCHA 2004)

Eacute possiacutevel ver nas falas que a presenccedila do acompanhante causa para a equipe de

enfermagem a seguranccedila de ter algueacutem para ldquovigiarrdquo ldquotomar contardquo e natildeo deixar que a

crianccedila hospitalizada perca o acesso venoso quando na verdade eacute funccedilatildeo da equipe de

enfermagem cuidados referentes ao acesso venoso perifeacuterico

33

Jaacute o acompanhante eacute definido pelo Ministeacuterio da Sauacutede como uma pessoa significativa

para a crianccedila que representa sua rede social e que vai acompanhaacute-lo durante a permanecircncia

no ambiente hospitalar ressaltando assim sua importacircncia Esse fato se reforccedila visto que a

crianccedila encontra nos familiares a forccedila e seguranccedila necessaacuteria para encarar todo esse processo

doloroso e desconhecido (MURAKAMI e CAMPOS 2011 p255)

O acompanhante aleacutem de minimizar o sofrimento do paciente pediaacutetrico faz com que

o mesmo sinta-se mais a vontade Eacute importante ressaltar que o familiarresponsaacutevel natildeo soacute

pode como deve participar das atividades da crianccedila no hospital desde que estas natildeo sejam

competecircncias dos profissionais que os cercam Essas atividades satildeo caracterizadas como

semelhantes aos que eles realizam diariamente fora do ambiente hospitalar como o banho

Poreacutem no caso de um paciente com punccedilatildeo venosa perifeacuterica o profissional de enfermagem

deve auxiliar no cuidado para que essa natildeo se perca

Os cuidados dos familiaresacompanhantes satildeo os mesmos que os desenvolvidos no

domiciacutelio e os cuidados prestados pela equipe de enfermagem satildeo aqueles que demandam

conhecimento teacutecnico-cientiacutefico especializado (SOUZA e OLIVEIRA 2010 p558)

Mesmo alguns cuidados parecerem simples e rotineiros quando eacute prestado no

hospital assumem novas caracteriacutesticas com o uso de dispositivos tecnoloacutegicos os quais se

tornam complexos (PIMENTA E COLLET 2009)

O ato de cuidar envolve o respeito agrave maneira como vive cada indiviacuteduo de acordo

com suas crenccedilas valores costumes e cultura A famiacutelia como uma instituiccedilatildeo atende agraves

necessidades bioloacutegicas de seus membros sendo sua responsabilidade cuidar e criar os filhos

incluindo a obrigaccedilatildeo da alimentaccedilatildeo higiene vestuaacuterio e moradia (ELSEN22

Nas entrevistas podemos verificar falas em que o acompanhante eacute citado como

responsaacutevel por avaliar a punccedilatildeo venosa A equipe de enfermagem deve sempre partir do

pressuposto que o familiar acompanhante natildeo tem conhecimento cientiacutefico e certo tipo de

cuidado natildeo deve se delegado para o mesmo mostrando assim a importacircncia da orientaccedilatildeo do

acompanhante quanto aos procedimentos dispositivos utilizados e cuidados em que os

etal 1994

apud SOUZA e OLIVEIRA 2010 p 553)

22 Elsen I Patriacutecio ZM Assistecircncia agrave crianccedila hospitalizada tipos de abordagens e suas implicaccedilotildees para a enfermagem In A enfermagem em pediatria e puericultura Rio de Janeiro (RJ) Atheneu 2005

34

mesmos possam auxiliar Seguem abaixo as falas onde os profissionais ressaltaram a

importacircncia da orientaccedilatildeo do acompanhante

ldquoNem sempre a crianccedila vai entender o porque de estar com aquele acesso entatildeo tem que ter uma orientaccedilatildeo do acompanhanterdquo (Bela)

ldquoTem que haver orientaccedilatildeo do acompanhante para os cuidadosrdquo (Ariel)

ldquoAgraves vezes tem ate o exemplo de um pai que natildeo deixa trocar o acesso jaacute tinha mais de uma semana e ele natildeo queria que trocasse ai faz febre e natildeo sabe da onderdquo (Alice)

Para Souza e Oliveira (2010 p555) deve haver uma preocupaccedilatildeo em orientar

considerando que o outro natildeo tem nenhum tipo de conhecimento sobre o assunto Poreacutem

Queiroz e Jorge23

Apesar das dificuldades o profissional de enfermagem deve estabelecer um viacutenculo de

confianccedila com o acompanhante buscando sempre deixaacute-los ciente das situaccedilotildees e fazendo-os

participar dos cuidados plausiacuteveis sem causar nenhum dano agrave crianccedila e de maneira alguma

abandonar suas atribuiccedilotildees

(2004 apud SOUZA e OLIVEIRA 2010 p 556) ressaltam que apesar de os

profissionais terem intenccedilatildeo de orientar os cuidados para a sauacutede repassam conhecimentos

elaborados cientificamente dificultando a compreensatildeo do familiar aleacutem de a relaccedilatildeo se dar

de maneira vertical assimeacutetrica e coercitiva

23 Queiroz MVO Jorge MSB Accedilotildees educativas no cuidado infantil e intervenccedilotildees dos profissionais junto agraves famiacutelias Acta Scientiarum Maringaacute 2004 janjun 26(1) 27-34

35

CONCLUSAtildeO

Atraveacutes desse estudo foi possiacutevel descrever e analisar os cuidados que os profissionais

de enfermagem realizam acerca da permanecircncia do acesso venoso perifeacuterico Aleacutem disso a

realizaccedilatildeo da pesquisa permitiu identificar a desarticulaccedilatildeo do processo de enfermagem e a

praacutetica desconectada da produccedilatildeo cientiacutefica caracterizando a falta de uma educaccedilatildeo

continuada efetiva

A anaacutelise dos dados demonstra o processo de punccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico

ressaltando a importacircncia de cuidados como a seleccedilatildeo do local a diluiccedilatildeo da medicaccedilatildeo a

realizaccedilatildeo de uma boa fixaccedilatildeo a atenccedilatildeo com a velocidade de infusatildeo os cuidados com os

sinais de infecccedilatildeo e salinizaccedilatildeo do acesso natildeo deixando de salientar cuidados em desuso

como o uso da heparina da tala e duvidas em relaccedilatildeo ao tempo de permanecircncia Evidenciou

tambeacutem que a equipe de enfermagem delega alguns cuidados para os acompanhantes

Natildeo foi possiacutevel perceber o niacutevel de conhecimento cientiacutefico dos profissionais visto

que eles em nenhum momento por natildeo saberem ou por medo de se expor natildeo explicaram de

fato nenhum cuidado que disseram realizar Sempre citaram de forma superficial e direta

deixando claro tambeacutem que o pesquisador natildeo os indagou quanto a isso Poreacutem creio que

diante de cuidados tatildeo importantes e de frequente praacutetica os mesmos falariam facilmente

sobre os cuidados de enfermagem na permanecircncia do acesso venoso perifeacuterico

Apesar dos entrevistados citarem alguns fatores e cuidados realizados de forma

correta eacute visiacutevel que os mesmos realizam os cuidados com a punccedilatildeo e a permanencia do

acesso de forma automaacutetica sem unir a praacutetica com o fundamento do mesmo

Eacute importante destacar tambeacutem a importacircncia do preparo emocional da crianccedila como

tambeacutem os cuidados com a famiacutelia dos mesmos O trabalho de humanizaccedilatildeo realizado pela

36

enfermagem faz grande diferenccedila nessas situaccedilotildees visto que os pacientes e acompanhantes

tendo conhecimento do que seraacute realizado ficariam mais tranquilos

O estudo contribuiu para o campo do ensino nesta aacuterea dando destaque ao importante

papel que o profissional de enfermagem deve desempenhar no cuidado e na manutenccedilatildeo do

acesso venoso perifeacuterico Contudo vale ressaltar a importacircncia do incentivo ao profissional a

buscar na literatura natildeo soacute esclarecimento de suas duvidas mas tambeacutem novos

conhecimentos

Pode colaborar ainda para a realizaccedilatildeo de novas pesquisas na aacuterea procurando

eliminar duacutevidas e controveacutersias sobre o tema Buscando assim a realizaccedilatildeo de um cuidado de

enfermagem articulado e eficaz promovendo o bem-estar do paciente pediaacutetrico durante a

hospitalizaccedilatildeo

37

REFEREcircNCIAS

ARAUacuteJO Ana Paula Monteiro Baptista de Andrade As praacuteticas de cuidado agrave crianccedila com

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THOMAZINE Angeacutelica Malman PASSOS Rocircmulo Silva BAY JUacuteNIOR Osvaldo Goacutees

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44

APEcircNDICE I

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO Tiacutetulo Do Projeto Os cuidados de enfermagem acerca dos acessos venosos perifeacutericos na unidade pediaacutetrica Pesquisador Responsaacutevel Rosane Cordeiro Burla de Aguiar Eny Dorea Paiva e Karina Rodrigues Fernandes Instituiccedilatildeo a que Pertence o Pesquisador Responsaacutevel Universidade Federal Fluminense Telefone para contato (21) 98355269 (21) 82392939 (21) 91786609 Nome do voluntaacuterio _________________________________________________________ Idade ________ anos RG ____________________________

AO Sr (a) estaacute sendo convidado (a) a participar do projeto de pesquisa OS CUIDADOS DE

ENFERMAGEM ACERCA DOS ACESSOS VENOSOS PERIFEacuteRICOS NA UNIDADE PEDIATRICA de

responsabilidade da pesquisadora Profordf Drordf Rosane Cordeiro Burla de Aguiar e Profordf Drordf Eny Dorea Paiva A

punccedilatildeo venosa perifeacuterica eacute um procedimento essencial durante a hospitalizaccedilatildeo da crianccedila visto que eacute atraveacutes

dela que eacute administrada grande parte das medicaccedilotildees Este estudo se justifica diante da importacircncia da

necessidade de um maior periacuteodo de permanecircncia dos acessos venosos perifeacutericos Com isso aleacutem da

diminuiccedilatildeo de eventos que causam dor e irritaccedilatildeo na crianccedila e na famiacutelia promoveraacute tambeacutem uma melhor estada

dos mesmos durante o periacuteodo de hospitalizaccedilatildeo Os objetivos da pesquisa satildeo 1) Descrever os fatores que

interferem na manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico de acordo com a equipe de enfermagem 2)Analisar os

cuidados da equipe de enfermagem na manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico A coleta de dados se daraacute

atraveacutes de entrevistas semi estruturadas que seratildeo gravadas As informaccedilotildees colhidas seratildeo tratadas de forma

anocircnima e confidencial ou seja em nenhum momento seratildeo divulgados o seu nome e somente os

pesquisadores teratildeo acesso agraves informaccedilotildees Os dados obtidos com a pesquisa poderatildeo ser publicados apenas com

fins cientiacuteficos Eles natildeo seratildeo utilizados para fins comerciais ou para outra finalidade qualquer Caso necessite

poderatildeo ser marcados encontros para respostas ou esclarecimentos de qualquer duacutevida acerca da pesquisa A sua

participaccedilatildeo eacute voluntaria e eacute importante lembrar que vocecirc poderaacute desistir de participar da pesquisa em qualquer

momento A entrevista seraacute marcada em um dia e horaacuterio que vocecirc achar melhor Seraacute realizada

individualmente em um ambiente que nos ofereccedila privacidade Esta pesquisa natildeo oferece riscos para vocecirc e os

benefiacutecios da sua participaccedilatildeo satildeo de aumentar o conhecimento cientiacutefico na aacuterea de Enfermagem Pediaacutetrica

aleacutem de contribuir para a praacutetica profissional Este documento seraacute elaborado em duas vias uma para vocecirc e a

outra seraacute arquivada pelo pesquisador

Eu_____________________________________________________________ RG no _____________________________ Declaro que apoacutes ter entendido o que me foi explicado consinto voluntariamente em participar do presente Protocolo de Pesquisa entendo ainda que posso retirar o meu consentimento a qualquer momento antes ou durante a realizaccedilatildeo do mesmo declaro ter sido informada(o) e concordo em participar como voluntaacuteria(o) da pesquisa acima descrita Rio de Janeiro_______de_______________de 20___ _____________________________ ________________________________

(Participante) Karina Rodrigues Fernandes (Responsaacutevel por obter o consentimento)

______________________________________ _______________________________________ (Testemunha) (Testemunha)

45

APEcircNDICE II

ROTEIRO PARA ENTREVISTA

1) O que vocecirc acha que pode levar a perda do acesso perifeacuterico

2) Para vocecirc o que eacute importante para manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico nas

crianccedilas

3) O que vocecirc acha que pode interferir na sua manutenccedilatildeo

4) Que medidas vocecirc adota no seu dia a dia para manter o acesso

5) Na sua vivencia profissional o que vocecirc discorda dos cuidados que geralmente satildeo

utilizados para manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico

46

ANEXO

47

48

  • KARINA RODRIGUES FERNANDES
    • COA Thatiana Fernanda PETTENGILL Myriam Aparecida Mandetta Autonomia da crianccedila hospitalizada frente aos procedimentos crenccedilas da enfermeira pediatra Acta paul enferm 19(4) 433-438 out-dez 2006 Disponiacutevel em lt wwwscielobrscielophpscr
    • JANSEN Michele Ferraz SANTOS Rosane Maria dos FAVERO Luciane Benefiacutecios da utilizaccedilatildeo do brinquedo durante o cuidado de enfermagem prestado agrave crianccedila hospitalizada Rev Gaucha Enferm 31(2) 247-253 jun 2010 Disponiacutevel em lt httpwwwscielo
    • MAGNABOSCO Gisele TONELLI Ana Lucia Nascimento Fonseca SOUZA Sarah Nancy Deggau Hegeto de Abordagens no cuidado de enfermagem agrave crianccedila hospitalizada submetida a procedimentos uma revisatildeo de literatura Cogitare enferm 13(1) 103-108 jan-mar
    • MARTINS Maria do Rosaacuterio RIBEIRO Circeacutea Amalia BORBA Regina Issuzu Hirooka de and SILVA Conceiccedilatildeo Vieira daProtocolo de preparo da crianccedila preacute-escolar para punccedilatildeo venosa com utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico Rev Latino-Am Enfermagem [on
    • OLIVEIRA Maria Ivoneide Veriacutessimo de BEZERRA Maria Gorette Andrade PEREIRA Vanessa Ramos Cateterizaccedilatildeo venosa assistecircncia de enfermagem-UTI pediaacutetrica Rev da Rede de Enfermagem do Nordeste AbrJun de 2008 Disponiacutevel em lt httpwwwrevistar
    • PETERLINI Maria Angeacutelica Sorgini CHAUD Massae Noda and PEDREIRA Mavilde da L GOacuterfatildeos de terapia medicamentosa a administraccedilatildeo de medicamentos por via intravenosa em crianccedilas hospitalizadasRev Latino-Am Enfermagem [online] 2003 vol11 n
    • PETERLINI Maria Angeacutelica Sorgini CHAUD Massae Noda PEDREIRA Mavilde L G Incompatibilidade entre faacutermacos e materiais de cateteres e acessoacuterios da terapia intravenosa Online braz j nurs (Online) 5(3)2006 Disponiacutevel em lt httpwwwobjnursi
    • PIMENTA Erika Acioli Gomes COLLET Neusa Dimensatildeo cuidadora da enfermagem e da famiacutelia na assistecircncia agrave crianccedila hospitalizada concepccedilotildees da enfermagem Rev esc enferm USP [online] 2009 vol43 n3 pp 622-629 Disponiacutevel em lt httpwwwscie
    • THOMAZINE Angeacutelica Malman PASSOS Rocircmulo Silva BAY JUacuteNIOR Osvaldo Goacutees COLLET Neusa OLIVEIRA Beatriz Rosana Gonccedilalves de Assistecircncia de enfermagem agrave crianccedila hospitalizada um resgate histoacuterico Ciˆnc cuid sapoundde 7(supl1) 145-152 maio 200
      • F 363 Fernandes Karina Rodrigues
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        • CDD 61073
Page 21: UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE ESCOLA DE …app.uff.br/riuff/bitstream/1/3317/1/TCC Karina Rodrigues Fernandes.pdf · A punção venosa periférica é um procedimento essencial para

19

Apoacutes contato preacutevio com a equipe de enfermagem foi acordado um dia e horaacuterio para

a realizaccedilatildeo das entrevistas que aconteceram na proacutepria unidade Todos os profissionais da

equipe de enfermagem foram convidados a participar voluntariamente da pesquisa As

entrevistas aconteceram apoacutes os profissionais assinarem o Termo de Consentimento Livre e

Esclarecido (TCLE)

Para Minayo Deslandes e Gomes (2007 p 64) a entrevista possui como principal

objetivo construir dados que sejam pertinentes para a pesquisa aleacutem de ser a estrateacutegia mais

utilizada no processo de trabalho de campo

A coleta foi interrompida no momento em que os dados se mostraram saturados ou

seja quando houve a cessaccedilatildeo do acreacutescimo de informaccedilotildees novas referentes ao tema

proposto

O fechamento amostral por saturaccedilatildeo teoacuterica eacute definido como a suspensatildeo de inclusatildeo

de novos participantes quando os dados obtidos passam a apresentar na avaliaccedilatildeo do

pesquisador certa redundacircncia ou repeticcedilatildeo natildeo sendo considerado relevante continuar a

coleta de dados (FONTANELLA RICAS e TURATO 2008)

35 Questotildees eacuteticas da pesquisa

De acordo com a Resoluccedilatildeo 46612 que visa assegurar os direitos e deveres que

dizem respeito agrave comunidade cientiacutefica aos sujeitos da pesquisa e ao Estado uma pesquisa

que envolve a participaccedilatildeo de seres humanos deve atender aos fundamentos eacuteticos e

cientiacuteficos pertinentes para a seguranccedila dos mesmos Neste contexto toda pesquisa

envolvendo seres humanos deveraacute ser submetida agrave apreciaccedilatildeo de um Comitecirc de Eacutetica em

Pesquisa (CEP) (BRASIL 2012)

Atendendo a esta condiccedilatildeo o projeto de pesquisa foi encaminhado ao CEP ndash do

Hospital Universitaacuterio o qual foi realizada a pesquisa foi analisado e aprovado na Reuniatildeo

com data de 06122013 CAAE 24693613700005243 Nuacutemero do parecer 486451 Com

isso a pesquisa foi desenvolvida mediante aprovaccedilatildeo do CEP atendendo aos preacute-requisitos

estipulados pela Resoluccedilatildeo nordm 46612

Esta pesquisa eacute pautada em princiacutepios eacuteticos que respeitam a dignidade humana e

justiccedila assegurando que natildeo haveraacute nenhum tipo de dano aos participantes

20

Em atendimento a resoluccedilatildeo 46612 do Conselho Nacional de SauacutedeMS apoacutes serem

esclarecidos pela pesquisadora quanto aos aspectos eacuteticos relacionados agrave pesquisa aleacutem das

formas de produccedilatildeo de dados e inserccedilatildeo no estudo os sujeitos da pesquisa assinaram duas

vias do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido ndash TCLE (apecircndice 1) autorizando sua

participaccedilatildeo voluntaacuteria na pesquisa Uma via foi entregue ao participante e outra ficou

arquivada com a pesquisadora

Nesse documento consta os objetivos da pesquisa procedimentos benefiacutecios

previstos garantia de recusa de participaccedilatildeo em qualquer momento de acesso aos resultados

da pesquisa e tambeacutem a garantia de acesso ao pesquisador quando os sujeitos julgarem

necessaacuterio sendo todas essas informaccedilotildees em linguagem acessiacutevel e simples O mesmo foi

apresentado e explicado ao profissional convidado a participar do estudo no primeiro contato

eou durante visita agendada para realizaccedilatildeo da entrevista

Vale ressaltar que esta pesquisa cujo financiamento eacute proacuteprio natildeo oferece nenhum

tipo de riscos para o sujeito da pesquisa e nem para o cuidado das crianccedilas internadas no setor

de pediatria e os benefiacutecios da participaccedilatildeo do mesmo satildeo de aumentar o conhecimento

cientiacutefico na aacuterea de Enfermagem Pediaacutetrica aleacutem de contribuir para a praacutetica profissional

36 Anaacutelise dos dados

O processo de anaacutelise dos dados foi baseada na teacutecnica da Anaacutelise Temaacutetica que para

Minayo Deslandes e Gomes (2007 p 86) o conceito central eacute o tema ldquoO tema eacute a unidade de

significaccedilatildeo que se liberta naturalmente de um texto analisado segundo criteacuterios relativos agrave

teoria que serve de guia da leiturardquo (BARDIN11

A anaacutelise realizada estava de acordo com a sugerida por Minayo (2010 p 315) e

contam com as seguintes etapas preacute-analise exploraccedilatildeo do material tratamento dos

resultados obtidos e interpretaccedilatildeo Atraveacutes dessas etapas tem-se o objetivo de descrever o

conteuacutedo do material coletado e interpretaacute-lo

1979 apud MINAYO DESLANDES

GOMES 2007 p 86)

A preacute analise consiste na escolha dos elementos a serem analisados e na retomada das

hipoacuteteses e dos objetivos iniciais da pesquisa Inicia-se com uma leitura flutuante onde o

11 BARDIN L Anaacutelise de Conteuacutedo Lisboa Ediccedilotildees 70 1979

21

pesquisador toma contato direto com o material adquirido deixando-se impregnar por seu

conteuacutedo Posteriormente haacute a constituiccedilatildeo do Corpus textual onde eacute feita uma seleccedilatildeo dos

documentos que iratildeo contemplar e fornecer informaccedilotildees sobre o tema sendo assim adequados

para dar resposta aos objetivos do trabalho (MINAYO 2010 p 315)

Essa fase preacute-analiacutetica eacute onde se determinam a unidades de registro unidade de

contexto e a partir delas satildeo determinados os temas que seratildeo analisados A unidade de

registro corresponde parte do conteuacutedo selecionado como base para analise e apoacutes a

delimitaccedilatildeo do contexto de compreensatildeo da unidade de registro eacute estabelecida a unidade de

contexto (MINAYO 2010 p 316)

De acordo com os objetivos da pesquisa foi possiacutevel perceber que nove (9)

entrevistas supriam para atender os mesmo encerrando assim a coleta Apoacutes a transcriccedilatildeo das

entrevistas foi realizada leitura das mesmas para natildeo soacute conhecimento do material mas

tambeacutem estabelecer as unidades de registro Em seguida foi realizado o colorimento das falas

assim as classificando de acordo com as unidades de registro estabelecidas

As unidades de registro que surgiram foram os fatores que interferem na manutenccedilatildeo

do acesso venoso perifeacuterico e o apontamento do acompanhante como responsaacutevel pela perda

do acesso venoso perifeacuterico Elas receberam as cores vermelha e laranja respectivamente a

fim de facilitar o agrupamento dos dados A partir disto surgiram as unidades de contexto que

compreendem as falas das entrevistas de modo a exemplificar o contexto das unidades de

registro

Partindo para segunda etapa da analise temaacutetica a exploraccedilatildeo do material que consiste

numa classificaccedilatildeo que visa alcanccedilar o nuacutecleo de compreensatildeo do texto Busca-se encontrar

categorias que satildeo expressotildees ou palavras significativas em funccedilatildeo das quais o conteuacutedo seraacute

organizado Essas categorias satildeo responsaacuteveis pela especificaccedilatildeo dos temas (MINAYO

2010 p 317)

Nesse caso foram definidos os seguintes temas cuidados preacute intra e poacutes procedimento

de punccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico cuidados em desuso para manutenccedilatildeo do acesso

venoso perifeacuterico o acompanhante e a manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico Essas trecircs (3)

categorias seratildeo apresentadas analisadas e discutidas no capitulo seguinte

22

4 RESULTADOS E DISCUSSAtildeO

Nesse capiacutetulo apresento as trecircs categorias temaacuteticas que surgiram da anaacutelise dos

dados e que contemplaram de forma satisfatoacuteria os objetivos da pesquisa A primeira

categoria denominada como ldquoOs cuidados de enfermagem preacute intra e poacutes-procedimento de

punccedilatildeo do acesso venoso perifeacutericordquo traz os passos e cuidados que os profissionais realizam

antes durante e apoacutes a punccedilatildeo buscando descrever e analisar os fatores envolvidos na pratica

do procedimento em questatildeo que emergiram das entrevistas aleacutem dos cuidados de

enfermagem para a manutenccedilatildeo do mesmo

A segunda categoria que seraacute apresentada eacute ldquoOs cuidados em desuso para manutenccedilatildeo

do acesso venoso perifeacutericordquo que mostra os cuidados que os profissionais citaram como natildeo

mais utilizados para auxiliar na manutenccedilatildeo da punccedilatildeo venosa perifeacuterica

E a uacuteltima categoria eacute denominada ldquoO acompanhante e a manutenccedilatildeo do acesso

venoso perifeacutericordquo e traz a responsabilizaccedilatildeo do acompanhante pelos profissionais do setor

em relaccedilatildeo aos cuidados com manutenccedilatildeo da punccedilatildeo Essa categoria busca tambeacutem ressaltar a

funccedilatildeo do acompanhante durante a hospitalizaccedilatildeo da crianccedila destacando que determinados

cuidados satildeo de total funccedilatildeo da equipe de enfermagem

41 Os cuidados de enfermagem preacute intra e poacutes-procedimento de punccedilatildeo do acesso

venoso perifeacuterico

Para interpretar as unidades de contextos tive como base autores que definiram os

cuidados de enfermagem preacute intra e poacutes punccedilatildeo venosa perifeacuterica Para esses autores a fase

de preacute-punccedilatildeo compreende as accedilotildees de anaacutelise e conhecimento da prescriccedilatildeo avaliaccedilatildeo e

23

preparo emocional do paciente preparo do material e medicaccedilatildeo seleccedilatildeo do siacutetio de inserccedilatildeo

e dilataccedilatildeo da veia selecionada As accedilotildees envolvidas na punccedilatildeo satildeo a execuccedilatildeo das

precauccedilotildees-padratildeo antissepsia da pele punccedilatildeo do vaso a fixaccedilatildeo e curativo do cateter

Finalmente na etapa de poacutes-punccedilatildeo adota-se a identificaccedilatildeo da punccedilatildeo o descarte apropriado

das partes dos materiais natildeo utilizados a orientaccedilatildeo do paciente acerca da terapecircutica o

controle da infusatildeo atraveacutes do gotejamento se necessaacuterio e o registro do procedimento

Phillips12

De acordo com as entrevistas a seleccedilatildeo do local de punccedilatildeo eacute indicada com um fator

que interfere diretamente no tempo de permanecircncia do acesso venoso perifeacuterico visto que

dependendo do local ocorre a perda mais rapidamente Aleacutem da localizaccedilatildeo citaram tambeacutem

o calibre da veia como interferecircncia na manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico Seguem

abaixo algumas falas

(2001 apud ARAUacuteJO 2007 p18)

ldquoPrimeira coisa eacute vocecirc procurar bem a veia colocar uma veia de um bom calibre Se puder dar preferecircncia a natildeo puncionar dobrasrdquo (Cinderela) ldquoDependendo de onde estiver puncionado se for na matildeozinha a crianccedila fica toda hora ta mexendo taacute manipulando alguma coisa e se for no pezinho tambeacutem nem todo tempo vai ficar acamada entatildeo acaba perdendo o acessordquo(Bela ) ldquoO mau posicionamento pode levar a perdardquo (Rapunzel)

A opiniatildeo dos profissionais acima vai de encontro com o que eacute encontrado na

literatura visto que eacute de suma importacircncia que o mesmo avalie o cliente e considere alguns

aspectos para uma escolha criteriosa e eficaz como a finalidade da punccedilatildeo o tipo de soluccedilatildeo

a ser infundida a condiccedilatildeo da rede venosa a duraccedilatildeo da terapia idade do cliente habilidade

cognitiva da crianccedila a preferecircncia do cliente o que nem sempre seraacute possiacutevel satisfazer e

tambeacutem a sua atividade (ARAUacuteJO 2007 p31)

Os cuidados com o acesso venoso perifeacuterico satildeo importantes antes mesmo da

realizaccedilatildeo do procedimento Levando em consideraccedilatildeo que um erro durante a fase de preacute-

procedimento como a escolha errada do local de punccedilatildeo por exemplo poderaacute levar a perda

do acesso e prejudicar assim o tratamento aleacutem do bem-estar da crianccedila que seraacute puncionada

novamente

12 PHILLIPS L D Manual de terapia intravenosa 2ed Porto Alegre Artmed 2001

24

O vaso sanguiacuteneo que o profissional selecionar como local para puncionar deve ser

suficiente para suportar o calibre e o comprimento do cateter aleacutem de atender a necessidade

terapecircutica para que natildeo haja a necessidade de uma nova punccedilatildeo

A punccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico eacute um procedimento doloroso e de grande

incomodo para a crianccedila com isso eacute de suma importacircncia realizar a seleccedilatildeo preacutevia do

material poreacutem natildeo foi citado Outro cuidado rotineiro e natildeo menos importante como a

lavagem das matildeos antes da colocaccedilatildeo do acesso tambeacutem natildeo foi mencionado durante as

entrevistas

O preparo emocional da crianccedila e do acompanhante quanto ao procedimento deve ser

considerada praacutetica rotineira para a equipe de enfermagem O profissional de enfermagem

deve lavar as matildeos objetivando a reduccedilatildeo significativa de risco de infecccedilatildeo e recomenda-se o

uso de aacutegua e sabatildeo para lavagem das matildeos antes da colocaccedilatildeo do cateter venoso perifeacuterico

(PHILLIPS13

O preparo preacutevio do material para instalaccedilatildeo do cateter venoso perifeacuterico eacute importante

para evitar interrupccedilotildees do procedimento e consequentemente um maior tempo de

manipulaccedilatildeo da crianccedila (SILVA

2001apud ARAUacuteJO 2007 Centers for Disease Control and Prevention ndash CDC

2002 apud ARAUacuteJO 2007)

14

Outro aspecto citado e classificado como preacute-procedimento eacute o cuidado com a

medicaccedilatildeo a ser administrada incluindo cuidados com a diluiccedilatildeo e composiccedilatildeo da mesma

Seguem algumas das falas

2004 apud ARAUacuteJO 2007 p30)

ldquoEstar sempre diluindo as medicaccedilotildees de acordo com a prescriccedilatildeo meacutedica pois as medicaccedilotildees satildeo muito fortes e podem causar enfraquecimento da veia Tem que diluir direitinho e passar lento na veiardquo (Cinderela) ldquoTer cuidado principalmente quando eacute crianccedila e a diluiccedilatildeo da medicaccedilatildeo tambeacutem agraves vezes natildeo eacute pra passar em perifeacuterico e na segunda dose jaacute perdeurdquo (Alice)

O acesso venoso perifeacuterico eacute a primeira alternativa para infusatildeo intravenosa por ser de

mais faacutecil acesso e rapidez no efeito da medicaccedilatildeo O profissional de enfermagem deve ter

domiacutenio natildeo soacute relacionado agrave infusatildeo das medicaccedilotildees mas tambeacutem com a composiccedilatildeo

13 PHILLIPS L D Manual de terapia intravenosa 2ed Porto Alegre Artmed 2001 14 SILVA G R G Terapia intravenosa em receacutem-nascidos ndash orientaccedilotildees para o cuidado de Enfermagem Rio de Janeiro Cultura Meacutedica 2004

25

farmacoloacutegica das mesmas os efeitos adversos e colaterais que a droga pode causar inclusive

em relaccedilatildeo a diluiccedilatildeo o que normalmente eacute estabelecido como padratildeo no setor de acordo com

cada faacutermaco

Com a intenccedilatildeo de promover a eficaacutecia terapecircutica dos medicamentos administrados

por via intravenosa eacute atribuiccedilatildeo do profissional de enfermagem implementar teacutecnicas como a

diluiccedilatildeo acondicionamento e cuidados na administraccedilatildeo de faacutermacos a fim de evitar

prejuiacutezos no tratamento resultantes da incompatibilidade medicamentosa (PETERLINI

CHAUD e PEDREIRA 2006)

Os fatores intra-procedimento satildeo considerados aqueles diretamente relacionados com

o procedimento Os dados colidos nas entrevistas ressaltaram apenas a fixaccedilatildeo com um fator

que interfere nessa fase Este foi o dado mais repetitivo nas entrevistas poreacutem sempre citado

de forma superficial Seguem as falas dos profissionais quando questionados sobre o que era

importante para manutenccedilatildeo do acesso

ldquoTem que fazer uma boa fixaccedilatildeo Porque quando a pessoa natildeo fixa bem prejudica porque aquilo vai soltando e quando vocecirc vecirc jaacute perdeu a veiardquo(Cinderela) ldquoEu acho que natildeo tem o que fazer para manter o acesso A crianccedila vai ficar uns dias X com aquele acesso pra fazer medicaccedilatildeo e eu acho que natildeo tem o que vocecirc profissional fazer para que natildeo percardquo (Aurora) ldquoA fixaccedilatildeo evita a movimentaccedilatildeo excessiva no local que estaacute o acessordquo (Ariel) ldquoTer cuidado com o curativo saber manusear E manter sempre o curativo limpo trocar se necessaacuteriordquo (Rapunzel) ldquoA fixaccedilatildeo eacute muito importante pra natildeo soltar o acesso e pra ele ficar mais tempordquo(Mulan)

Oliveira Bezerra e Pereira (2008 p 94) afirmam que de acordo com o revelado por

determinados estudos o tipo de curativo a fixaccedilatildeo do cateter e o tempo de permanecircncia estatildeo

diretamente relacionados com a ocorrecircncia de complicaccedilotildees infecciosas como flebites e

tambeacutem infiltraccedilatildeo extravasamento desconexatildeo e deslocamento do cateter

26

Para Pettit e Kraus15

Potter

(1995 apud MACHADO PEDREIRA E CHAUD2005 p292) a

gaze esteacuteril fixada com a fita adesiva hipoalergecircnica bem como a peliacutecula transparente esteacuteril

satildeo os materiais mais recomendados para curativo e fixaccedilatildeo de cateter venoso perifeacuterico

16

Jaacute as peliacuteculas transparentes mais conhecidas como filme permitem a respiraccedilatildeo

normal da pele com alta permeabilidade ao oxigecircnio e vapores e eacute impermeaacutevel a liacutequidos e

micro-organismos (SILVA E ZANETTI 2004 p233) Aleacutem disso permitem tambeacutem a

visualizaccedilatildeo contiacutenua do local de punccedilatildeo permitindo assim avaliaccedilatildeo do mesmo natildeo soacute

durante a infusatildeo de medicaccedilotildees mas tambeacutem todo o tempo

(1998 apud SILVA E ZANETTI 2004 p233) afirma que nas fixaccedilotildees em

que se utiliza a gaze esteacuteril preconiza-se a utilizaccedilatildeo de teacutecnica asseacuteptica Neste curativo a

gaze esteacuteril eacute colocada sobre o siacutetio de inserccedilatildeo e suas bordas satildeo fixadas com fita adesiva

A observaccedilatildeo da punccedilatildeo eacute muito importante pois se o local de inserccedilatildeo se mostrar

com sinais e sintomas de complicaccedilotildees a terapia deve ser suspensa (OLIVEIRA BEZERRA

e PEREIRA 2008 p95)

A visualizaccedilatildeo contiacutenua do acesso permite que a equipe de enfermagem possa realizar

uma observaccedilatildeo mais particularizada em relaccedilatildeo agraves condiccedilotildees do acesso venoso perifeacuterico

podendo observar se haacute deslocamento do cateter sinais de infiltraccedilatildeo e tambeacutem sinais de

infecccedilatildeo

Para Silva Barbato e Valente (2013 p 1200) cabe ao enfermeiro fazer a avaliaccedilatildeo

diaacuteria e cuidadosa do curativo observando a presenccedila de umidade sujidade integridade do

oacutestio de inserccedilatildeo a fixaccedilatildeo bem como a realizaccedilatildeo do curativo e das anotaccedilotildees legais

competentes agraves suas funccedilotildees

A fase poacutes-procedimento eacute caracterizada por uma seacuterie de cuidados que a equipe de

enfermagem deve realizar para que se obtenha maior tempo de permanecircncia do acesso venoso

perifeacuterico Durante as entrevistas os cuidados citados foram a salinizaccedilatildeo do acesso cuidados

para evitar a flebite e a velocidade de infusatildeo

15 Pettit DM Kraus V The use of gauze versus transparent dressings for peripheral intravenous catheter sites Nurs ClinNorth Am 1995 30(3)495-506 16 Potter P Perry AG Fundamentos de enfermagem processo conceito e praacutetica 3ordf ed Santos(SP) Guanabara Koogan19981397pp801-43

27

ldquoManter um acesso bem salinizado que vocecirc lave pelo menos de duas de trecircs em trecircs horas Se bem que isso aqui na pediatria natildeo eacute muito comum aqui a gente soacute lava cada vez que vai fazer medicaccedilatildeo mas se eu natildeo me engano a literatura preconiza isso vocecirc lavar pelo menos de quatro em quatro horas o acessordquo (Aurora)

ldquoPra manter o acesso venoso perifeacuterico eacute importante manter ele salinizado Assim que a gente recebe o plantatildeo eu vou ver se o acesso ta peacutervio com uma ldquoseringuinhardquo vai la da uma ldquolavadinhardquo e vecirc se o acesso ta peacutervio e manter o acesso salinizadordquo (Ariel)

ldquoSalinizar de 6 em 6 horas para manter ele peacuterviordquo (Alice)

ldquoTem que passar lento a medicaccedilatildeo e a limpeza da aacuterea vocecirc tem que limpar bem a aacuterea pra vocecirc natildeo formar uma flebiterdquo (Cinderela)

A salinizaccedilatildeo do acesso eacute um cuidado simples e de grande importacircncia Esse cuidado

deve ser realizado para manter o acesso peacutervio e limpo e deve ser realizado antes e apoacutes

qualquer infusatildeo

Para Moncaio e Figueiredo (2009)

a ldquosalinizaccedilatildeordquo consiste em administrar sob pressatildeo positiva soluccedilatildeo salina (Soro fisioloacutegico a 09) logo apoacutes o teacutermino da infusatildeo da medicaccedilatildeo Este procedimento visa prevenir a formaccedilatildeo de trombos e fibrina evitar o contato de drogas incompatiacuteveis (quando da infusatildeo de mais de um item medicamentoso no mesmo horaacuterio) garantir a infusatildeo de todo o medicamento que possa ter ficado no sistema aleacutem de evitar retorno sanguiacuteneo mantendo o cateter peacutervio para a proacutexima infusatildeo

Durante a coleta de dados esse cuidado surgiu em diversos momentos poreacutem foi

possiacutevel perceber que os profissionais realizam o mesmo de forma banalizada Natildeo sabem de

fato a real funccedilatildeo de manter o acesso salinizado A impressatildeo que passa eacute que eles

aprenderam que esse cuidado deveria ser feito e simplesmente fazem Haacute divergecircncias

tambeacutem entre a equipe em relaccedilatildeo ao momento que deve ser realizada a salinizaccedilatildeo e isso nos

mostra a desatualizaccedilatildeo dos profissionais do setor e a falta de uma educaccedilatildeo continuada no

hospital

Os cuidados para evitar a flebite e a velocidade de infusatildeo da medicaccedilatildeo apareceram

menos nas entrevistas e interferem diretamente com a manutenccedilatildeo do acesso venoso

perifeacuterico

28

A flebite eacute uma inflamaccedilatildeo na veia puncionada ocorrendo quando as ceacutelulas

endoteliais da parede da veia que o cateter estaacute inserido tornam-se inflamadas e irregulares

propiciando a aderecircncia de plaquetas e predispondo a veia a inflamaccedilatildeo Eacute comum que o local

se apresente dolorido hiperemiado quente e edemaciado e nesses casos eacute aconselhada a

retirada do cateter Uma boa fixaccedilatildeo do cateter perifeacuterico eacute recomendada por autores na

literatura visto que previnem deslocamento faacutecil e permitem uma boa visualizaccedilatildeo do local

evitando complicaccedilotildees como a flebite e infiltraccedilatildeo (MOLDES et al 2011 p 330)

Dentre as principais falhas de infusatildeo venosa estatildeo flebite infiltraccedilatildeo hematoma e

obstruccedilatildeo Acredita-se que para reduzir a incidecircncia destas nas unidades pediaacutetricas eacute preciso

a adoccedilatildeo de estrateacutegias tais como a abordagem junto agrave equipe em parceria com o setor de

educaccedilatildeo permanente e a adoccedilatildeo do uso da teacutecnica corretamente e de forma asseacuteptica para a

realizaccedilatildeo da punccedilatildeo venosa perifeacuterica em acordo com a comissatildeo de controle de infecccedilatildeo

hospitalar (SILVA BARBATO e VALENTE 2013 p 1200)

A incapacidade do paciente em relatar dor no siacutetio de administraccedilatildeo do faacutermaco quer

pela idade ou condiccedilatildeo cliacutenica e o local de inserccedilatildeo como tambeacutem a velocidade de infusatildeo do

medicamento (gt25mgmin) satildeo classificados como fatores de risco para a perda do acesso

venoso perifeacuterico (MARTINS SILVINO e DIAS 2010)

42 Os cuidados em desuso para manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico

Essa categoria discorre sobre os cuidados de enfermagem que com o passar do tempo

foram desconsiderados e natildeo satildeo mais utilizados Quando questionados em relaccedilatildeo a vivencia

profissional e cuidados que discordavam os entrevistados citaram o uso da tala para fixaccedilatildeo

uso de heparina e os cuidados em relaccedilatildeo ao tempo de permanecircncia do cateter Haacute muitas

controveacutersias em relaccedilatildeo aos cuidados citados acima

O tempo de permanecircncia interfere diretamente no aparecimento de complicaccedilotildees

como flebite e que acabam levando a perda do acesso venoso perifeacuterico mais rapidamente

aconselhando assim a troca do mesmo entre 76 a 96 horas Poreacutem eacute preconizada a retirada do

cateter apenas se finalizar o tratamento ou houver alguma interferecircncia

ldquoA gente observa tambeacutem o tempo dependendo do tempo tem que tirarrdquo (Alice)

29

ldquoHoje eu natildeo sei como que eacute essa questatildeo do tempo porque a gente trocava o acesso a cada quatro dias agora o pessoal jaacute diz que pode trocar em ateacute uma semana entatildeo natildeo sei como que ta isso e o que tem escrito em relaccedilatildeo a isso (Aurora)

Sabe-se que o tempo para troca do cateter de teflon ou poliuretano varia de 72 a 96

horas com o intuito de reduzir risco de infecccedilatildeo e flebite e para minimizar esses riscos nas

seguintes situaccedilotildees diante de sinais inflamatoacuterios no local de inserccedilatildeo e sempre que houver

mau funcionamento do cateter (SANTOS17

Entretanto o Center for Disease Control and Prevention - CDC (2002) diz que em

pacientes pediaacutetricos natildeo foi observada relaccedilatildeo quanto ao tempo de permanecircncia do cateter e

ocorrecircncia de complicaccedilotildees devendo ser mantido ateacute o teacutermino da terapia intravenosa ou

quando forem observados sinais cliacutenicos de complicaccedilotildees

2004 apud OLIVEIRA BEZERRA e PEREIRA

2008 p 93)

Eacute possiacutevel observar a diferenccedila do conhecimento pratico dos profissionais

entrevistados em relaccedilatildeo ao conhecimento encontrado na literatura E ainda contendo duacutevidas

natildeo haacute uma busca da parte dos mesmos para esclarececirc-las

O uso da heparina com a finalidade de manter o acesso peacutervio por um periacuteodo maior

de tempo mostra-se com mais certeza quanto ao desuso nos dados colidos

ldquoAntigamente a gente usava heparina entatildeo a gente ficava tranquila em relaccedilatildeo agrave obstruccedilatildeo mas agora natildeo a gente usa o soro fisioloacutegico e a gente deixa salinizadordquo (Aurora)

Rang e Dale 18(1998 apud DOPICO e OLIVEIRA 2006) afirmam que a heparina

inibe a formaccedilatildeo de coaacutegulos de fibrina in vitro e in vivo e que seu efeito anticoagulante eacute

praticamente imediato Com isso Phillips19

17 Santos W Lavagem das matildeos In R Luiz Santos W Manual baacutesico de prevenccedilatildeo e controle das infecccedilotildees hospitalares do HRU Fortaleza Hospital Regional Unimed 2004

(2001 apud DOPICO e OLIVEIRA 2006)

ressalta que a teacutecnica de manutenccedilatildeo intermitente de cateteres intravenosos com soluccedilatildeo

salina 09 classificada como salinizaccedilatildeo tem sido pesquisada haacute alguns anos apresentando

em relaccedilatildeo ao uso da heparina vantagens como o baixo custo ser um procedimento mais

18 Rang HP Dale M M Hemostasia e Trombose In Rang HP Dale M M Farmacologia Rio de Janeiro Guanabara Koogan 1998 p235-47 19 PHILLIPS L D Manual de terapia intravenosa 2ed Porto Alegre Artmed 2001

30

simples aleacutem de eliminar a possibilidade de incompatibilidade com as drogas e soluccedilotildees

administradas aleacutem da inexistecircncia de riscos ao paciente Entretanto sabe-se que a literatura

ainda natildeo fornece consenso acerca da soluccedilatildeo mais indicada para manutenccedilatildeo da

permeabilidade do cateter venoso perifeacuterico

Eacute importante ressaltar que muitas instituiccedilotildees do nosso paiacutes nem ao menos tecircm o

conhecimento da praacutetica da salinizaccedilatildeo com soluccedilatildeo salina 09 No que se refere agrave pesquisa

cientiacutefica as limitaccedilotildees desta praacutetica satildeo atribuiacutedas agrave ausecircncia de um maior nuacutemero de

estudos controlados para validar sua eficaacutecia (EPPERSON20

Apesar de natildeo ser encontradas publicaccedilotildees acerca do tema a utilizaccedilatildeo de heparina

mostra-se como uma pratica natildeo mais utilizada pelos profissionais de enfermagem Outro

tema onde haacute controveacutersias e tambeacutem poucas citaccedilotildees eacute o uso da tala para fixaccedilatildeo do acesso

venoso perifeacuterico Seguem abaixo a opiniatildeo de alguns dos profissionais entrevistados

1984 apud DOPICO e

OLIVEIRA 2006)

ldquoA uacutenica coisa que eu natildeo gosto de ver eacute quando se coloca tala para imobilizar dizendo que a tala vai ajudar a natildeo perder a veia Isso eu natildeo concordo acho que a tala prejudica a crianccedila fica incomodada faz dor no membrordquo (Cinderela)

ldquoAntigamente a gente usava muito tala e as vezes eu pego isso aqui ai eu falo gente tala natildeo se usa mais natildeo faz parte mais da fixaccedilatildeo vocecirc pode fixar de uma forma que a crianccedila natildeo perca A tala eu acho que ela traumatiza um pouco ainda mais se vocecirc pegar um acesso na dobra vocecirc vai fazer com que a crianccedila fique com o braccedilo esticado muito tempo eu acho que pode causar uma lesatildeo depois e a literatura jaacute fala que eacute desnecessaacuteria natildeo precisa maisrdquo (Aurora) ldquoAntigamente usavam tala mas hoje em dia quase natildeo se vecirc mais e eu acho que a tala atrapalha porque a crianccedila fica imobilizada no membro ai fica mais irritadardquo (Rapunzel) ldquoLaacute no meu outro trabalho alguns usam a tala Eu acho que a tala ajuda ateacute a perder mais raacutepido porque a crianccedila fica incomodada vai querer mexer naquilordquo (Mulan)

20 Epperson EL Efficacy of 09 sodium chloride injection with without heparin for maintenance indwelling intermittent injection sites Clin Pharm1984 3(5)26

31

Almeida e Sabateacutes21

Entretanto haacute estudo que comprovam que o uso da tala natildeo se mostra tatildeo eficiente e

apresenta-se como uma praacutetica controversa O estudo foi realizado em crianccedilas ateacute os 12 anos

utilizando imobilizaccedilatildeo com tala e em mais de metade dos casos (553) ocorreu infiltraccedilatildeo

o que indicia a ineficaacutecia desta praacutetica (MACHADO PEDREIRA e CHAUD 2008 apud

BATALHA et al 2010 p512)

(2008 apud BATALHA et al 2010 p512) afirmam que a teacutecnica

de fixaccedilatildeo dos CVP com uso de imobilizaccedilatildeo com tala para restriccedilatildeo ou limitaccedilatildeo dos

movimentos articulares proacuteximo do local da punccedilatildeo estaacute indicado nas matildeos punhos cotovelo

e maleacuteolo

Para Batalha et al (2010 p512) o uso desta praacutetica parece natildeo se coadunar com o

atual uso de cateteres flexiacuteveis tipo abocath em detrimento de agulhas metaacutelicas Talvez por

isso comecem a surgir novas teacutecnicas de fixaccedilatildeo dos CVP que natildeo exigem imobilizaccedilatildeo das

articulaccedilotildees com talas

Aleacutem de natildeo haver uma confirmaccedilatildeo dos benefiacutecios causados pelo uso da tala a

imobilizaccedilatildeo causa incocircmodo para a crianccedila que fica com o membro imoacutevel podendo causar

dor e tambeacutem irritaccedilatildeo O uso desse tipo de fixaccedilatildeo tambeacutem impede a visualizaccedilatildeo frequente

do acesso venoso afetando assim os cuidados de observaccedilatildeo da equipe de enfermagem

43 O acompanhante e a manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico

A presente categoria vai discutir um assunto importante que surgiu durante as

entrevistas de forma inesperada Alguns dos profissionais entrevistados citaram o descuido do

acompanhante como um fator causador da perda do acesso venoso perifeacuterico Seguem abaixo

algumas falas

ldquoA matildee sempre acompanha e tem matildee que natildeo tem cuidado natildeo vigia e a gente tem que ficar pedindo pra olhar tomar contardquo (Aurora)

ldquoEm relaccedilatildeo ao acompanhante porque a crianccedila natildeo vai avaliar entatildeo o acompanhante que estar ali tem que avaliar direitinho natildeo deixar a crianccedila mexer ou puxarrdquo (Bela)

ldquoNatildeo eacute toda matildee que esta vigiando que cuida pra que a crianccedila natildeo perca o acessordquo (Jasmine)

21 Almeida FA Sabateacutes AL Enfermagem pediaacutetrica a crianccedila o adolescente e a sua famiacutelia no hospital Satildeo Paulo(SP) Manole 2008

32

ldquoAcho que leva a perda quando o acompanhante natildeo coopera as vezes a gente faz a imobilizaccedilatildeo na crianccedila e as vezes eles ateacute retiram e a proacutepria crianccedila agitada ela mesmo arrancardquo (Branca de Neve)

ldquoAgraves vezes a proacutepria crianccedila que a matildee deixa muito solta ai solta o acessordquo (Mulan)

Apoacutes a implementaccedilatildeo da lei que garante um acompanhante ao paciente pediaacutetrico a

presenccedila do familiarresponsaacutevel durante a hospitalizaccedilatildeo mudou a rotina da equipe de

enfermagem trazendo duacutevidas quanto a real funccedilatildeo do acompanhante e fazendo com que a

mesma viesse a delegar certos cuidados para acompanhante

A Promulgaccedilatildeo da Lei 8069 do Estatuto da Crianccedila e do Adolescente (ECA) em

1990 no seu artigo 12deg garante agrave crianccedila ou ao adolescente o direito de ter um responsaacutevel

que o acompanhe durante a hospitalizaccedilatildeo (1990)

Desde a sua implantaccedilatildeo as unidades vecircm sofrendo um processo de reorganizaccedilatildeo de

suas praacuteticas A inserccedilatildeo da famiacutelia modifica a organizaccedilatildeo do processo de trabalho o que

requer dos profissionais uma compreensatildeo em relaccedilatildeo agrave dinacircmica das relaccedilotildees interpessoais

(COLLET e ROCHA 2004)

Pimenta e Collet (2009) ressaltam que natildeo haacute nenhuma regulamentaccedilatildeo sobre a

participaccedilatildeo da famiacutelia nos cuidados e no entanto a mesma desempenha atividades junto agrave

crianccedila durante a hospitalizaccedilatildeo que devem ser levadas em consideraccedilatildeo A falta de

reconhecimento desse fato fez com que a equipe de enfermagem e famiacutelia natildeo possuiacutessem

uma relaccedilatildeo aberta e vivessem uma relaccedilatildeo silenciosa e impliacutecita de poder na qual a famiacutelia

acaba assumindo as relaccedilotildees do cuidado agrave crianccedila de responsabilidade da enfermagem

A negociaccedilatildeo entre matildees e equipe de enfermagem em relaccedilatildeo aos cuidados agrave crianccedila

hospitalizada natildeo eacute uma tarefa faacutecil tendo em vista que natildeo se tem claro qual o seu novo

papel neste processo (COLLET e ROCHA 2004)

Eacute possiacutevel ver nas falas que a presenccedila do acompanhante causa para a equipe de

enfermagem a seguranccedila de ter algueacutem para ldquovigiarrdquo ldquotomar contardquo e natildeo deixar que a

crianccedila hospitalizada perca o acesso venoso quando na verdade eacute funccedilatildeo da equipe de

enfermagem cuidados referentes ao acesso venoso perifeacuterico

33

Jaacute o acompanhante eacute definido pelo Ministeacuterio da Sauacutede como uma pessoa significativa

para a crianccedila que representa sua rede social e que vai acompanhaacute-lo durante a permanecircncia

no ambiente hospitalar ressaltando assim sua importacircncia Esse fato se reforccedila visto que a

crianccedila encontra nos familiares a forccedila e seguranccedila necessaacuteria para encarar todo esse processo

doloroso e desconhecido (MURAKAMI e CAMPOS 2011 p255)

O acompanhante aleacutem de minimizar o sofrimento do paciente pediaacutetrico faz com que

o mesmo sinta-se mais a vontade Eacute importante ressaltar que o familiarresponsaacutevel natildeo soacute

pode como deve participar das atividades da crianccedila no hospital desde que estas natildeo sejam

competecircncias dos profissionais que os cercam Essas atividades satildeo caracterizadas como

semelhantes aos que eles realizam diariamente fora do ambiente hospitalar como o banho

Poreacutem no caso de um paciente com punccedilatildeo venosa perifeacuterica o profissional de enfermagem

deve auxiliar no cuidado para que essa natildeo se perca

Os cuidados dos familiaresacompanhantes satildeo os mesmos que os desenvolvidos no

domiciacutelio e os cuidados prestados pela equipe de enfermagem satildeo aqueles que demandam

conhecimento teacutecnico-cientiacutefico especializado (SOUZA e OLIVEIRA 2010 p558)

Mesmo alguns cuidados parecerem simples e rotineiros quando eacute prestado no

hospital assumem novas caracteriacutesticas com o uso de dispositivos tecnoloacutegicos os quais se

tornam complexos (PIMENTA E COLLET 2009)

O ato de cuidar envolve o respeito agrave maneira como vive cada indiviacuteduo de acordo

com suas crenccedilas valores costumes e cultura A famiacutelia como uma instituiccedilatildeo atende agraves

necessidades bioloacutegicas de seus membros sendo sua responsabilidade cuidar e criar os filhos

incluindo a obrigaccedilatildeo da alimentaccedilatildeo higiene vestuaacuterio e moradia (ELSEN22

Nas entrevistas podemos verificar falas em que o acompanhante eacute citado como

responsaacutevel por avaliar a punccedilatildeo venosa A equipe de enfermagem deve sempre partir do

pressuposto que o familiar acompanhante natildeo tem conhecimento cientiacutefico e certo tipo de

cuidado natildeo deve se delegado para o mesmo mostrando assim a importacircncia da orientaccedilatildeo do

acompanhante quanto aos procedimentos dispositivos utilizados e cuidados em que os

etal 1994

apud SOUZA e OLIVEIRA 2010 p 553)

22 Elsen I Patriacutecio ZM Assistecircncia agrave crianccedila hospitalizada tipos de abordagens e suas implicaccedilotildees para a enfermagem In A enfermagem em pediatria e puericultura Rio de Janeiro (RJ) Atheneu 2005

34

mesmos possam auxiliar Seguem abaixo as falas onde os profissionais ressaltaram a

importacircncia da orientaccedilatildeo do acompanhante

ldquoNem sempre a crianccedila vai entender o porque de estar com aquele acesso entatildeo tem que ter uma orientaccedilatildeo do acompanhanterdquo (Bela)

ldquoTem que haver orientaccedilatildeo do acompanhante para os cuidadosrdquo (Ariel)

ldquoAgraves vezes tem ate o exemplo de um pai que natildeo deixa trocar o acesso jaacute tinha mais de uma semana e ele natildeo queria que trocasse ai faz febre e natildeo sabe da onderdquo (Alice)

Para Souza e Oliveira (2010 p555) deve haver uma preocupaccedilatildeo em orientar

considerando que o outro natildeo tem nenhum tipo de conhecimento sobre o assunto Poreacutem

Queiroz e Jorge23

Apesar das dificuldades o profissional de enfermagem deve estabelecer um viacutenculo de

confianccedila com o acompanhante buscando sempre deixaacute-los ciente das situaccedilotildees e fazendo-os

participar dos cuidados plausiacuteveis sem causar nenhum dano agrave crianccedila e de maneira alguma

abandonar suas atribuiccedilotildees

(2004 apud SOUZA e OLIVEIRA 2010 p 556) ressaltam que apesar de os

profissionais terem intenccedilatildeo de orientar os cuidados para a sauacutede repassam conhecimentos

elaborados cientificamente dificultando a compreensatildeo do familiar aleacutem de a relaccedilatildeo se dar

de maneira vertical assimeacutetrica e coercitiva

23 Queiroz MVO Jorge MSB Accedilotildees educativas no cuidado infantil e intervenccedilotildees dos profissionais junto agraves famiacutelias Acta Scientiarum Maringaacute 2004 janjun 26(1) 27-34

35

CONCLUSAtildeO

Atraveacutes desse estudo foi possiacutevel descrever e analisar os cuidados que os profissionais

de enfermagem realizam acerca da permanecircncia do acesso venoso perifeacuterico Aleacutem disso a

realizaccedilatildeo da pesquisa permitiu identificar a desarticulaccedilatildeo do processo de enfermagem e a

praacutetica desconectada da produccedilatildeo cientiacutefica caracterizando a falta de uma educaccedilatildeo

continuada efetiva

A anaacutelise dos dados demonstra o processo de punccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico

ressaltando a importacircncia de cuidados como a seleccedilatildeo do local a diluiccedilatildeo da medicaccedilatildeo a

realizaccedilatildeo de uma boa fixaccedilatildeo a atenccedilatildeo com a velocidade de infusatildeo os cuidados com os

sinais de infecccedilatildeo e salinizaccedilatildeo do acesso natildeo deixando de salientar cuidados em desuso

como o uso da heparina da tala e duvidas em relaccedilatildeo ao tempo de permanecircncia Evidenciou

tambeacutem que a equipe de enfermagem delega alguns cuidados para os acompanhantes

Natildeo foi possiacutevel perceber o niacutevel de conhecimento cientiacutefico dos profissionais visto

que eles em nenhum momento por natildeo saberem ou por medo de se expor natildeo explicaram de

fato nenhum cuidado que disseram realizar Sempre citaram de forma superficial e direta

deixando claro tambeacutem que o pesquisador natildeo os indagou quanto a isso Poreacutem creio que

diante de cuidados tatildeo importantes e de frequente praacutetica os mesmos falariam facilmente

sobre os cuidados de enfermagem na permanecircncia do acesso venoso perifeacuterico

Apesar dos entrevistados citarem alguns fatores e cuidados realizados de forma

correta eacute visiacutevel que os mesmos realizam os cuidados com a punccedilatildeo e a permanencia do

acesso de forma automaacutetica sem unir a praacutetica com o fundamento do mesmo

Eacute importante destacar tambeacutem a importacircncia do preparo emocional da crianccedila como

tambeacutem os cuidados com a famiacutelia dos mesmos O trabalho de humanizaccedilatildeo realizado pela

36

enfermagem faz grande diferenccedila nessas situaccedilotildees visto que os pacientes e acompanhantes

tendo conhecimento do que seraacute realizado ficariam mais tranquilos

O estudo contribuiu para o campo do ensino nesta aacuterea dando destaque ao importante

papel que o profissional de enfermagem deve desempenhar no cuidado e na manutenccedilatildeo do

acesso venoso perifeacuterico Contudo vale ressaltar a importacircncia do incentivo ao profissional a

buscar na literatura natildeo soacute esclarecimento de suas duvidas mas tambeacutem novos

conhecimentos

Pode colaborar ainda para a realizaccedilatildeo de novas pesquisas na aacuterea procurando

eliminar duacutevidas e controveacutersias sobre o tema Buscando assim a realizaccedilatildeo de um cuidado de

enfermagem articulado e eficaz promovendo o bem-estar do paciente pediaacutetrico durante a

hospitalizaccedilatildeo

37

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THOMAZINE Angeacutelica Malman PASSOS Rocircmulo Silva BAY JUacuteNIOR Osvaldo Goacutees

COLLET Neusa OLIVEIRA Beatriz Rosana Gonccedilalves de Assistecircncia de enfermagem agrave

crianccedila hospitalizada um resgate histoacuterico Ciˆnc cuid sapoundde 7(supl1) 145-152 maio 2008

Disponiacutevel em lt httpwwwperiodicosuembrojsindexphpCiencCuidSaudearticleview65873899 Acesso

em 01 de julho de 2013

44

APEcircNDICE I

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO Tiacutetulo Do Projeto Os cuidados de enfermagem acerca dos acessos venosos perifeacutericos na unidade pediaacutetrica Pesquisador Responsaacutevel Rosane Cordeiro Burla de Aguiar Eny Dorea Paiva e Karina Rodrigues Fernandes Instituiccedilatildeo a que Pertence o Pesquisador Responsaacutevel Universidade Federal Fluminense Telefone para contato (21) 98355269 (21) 82392939 (21) 91786609 Nome do voluntaacuterio _________________________________________________________ Idade ________ anos RG ____________________________

AO Sr (a) estaacute sendo convidado (a) a participar do projeto de pesquisa OS CUIDADOS DE

ENFERMAGEM ACERCA DOS ACESSOS VENOSOS PERIFEacuteRICOS NA UNIDADE PEDIATRICA de

responsabilidade da pesquisadora Profordf Drordf Rosane Cordeiro Burla de Aguiar e Profordf Drordf Eny Dorea Paiva A

punccedilatildeo venosa perifeacuterica eacute um procedimento essencial durante a hospitalizaccedilatildeo da crianccedila visto que eacute atraveacutes

dela que eacute administrada grande parte das medicaccedilotildees Este estudo se justifica diante da importacircncia da

necessidade de um maior periacuteodo de permanecircncia dos acessos venosos perifeacutericos Com isso aleacutem da

diminuiccedilatildeo de eventos que causam dor e irritaccedilatildeo na crianccedila e na famiacutelia promoveraacute tambeacutem uma melhor estada

dos mesmos durante o periacuteodo de hospitalizaccedilatildeo Os objetivos da pesquisa satildeo 1) Descrever os fatores que

interferem na manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico de acordo com a equipe de enfermagem 2)Analisar os

cuidados da equipe de enfermagem na manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico A coleta de dados se daraacute

atraveacutes de entrevistas semi estruturadas que seratildeo gravadas As informaccedilotildees colhidas seratildeo tratadas de forma

anocircnima e confidencial ou seja em nenhum momento seratildeo divulgados o seu nome e somente os

pesquisadores teratildeo acesso agraves informaccedilotildees Os dados obtidos com a pesquisa poderatildeo ser publicados apenas com

fins cientiacuteficos Eles natildeo seratildeo utilizados para fins comerciais ou para outra finalidade qualquer Caso necessite

poderatildeo ser marcados encontros para respostas ou esclarecimentos de qualquer duacutevida acerca da pesquisa A sua

participaccedilatildeo eacute voluntaria e eacute importante lembrar que vocecirc poderaacute desistir de participar da pesquisa em qualquer

momento A entrevista seraacute marcada em um dia e horaacuterio que vocecirc achar melhor Seraacute realizada

individualmente em um ambiente que nos ofereccedila privacidade Esta pesquisa natildeo oferece riscos para vocecirc e os

benefiacutecios da sua participaccedilatildeo satildeo de aumentar o conhecimento cientiacutefico na aacuterea de Enfermagem Pediaacutetrica

aleacutem de contribuir para a praacutetica profissional Este documento seraacute elaborado em duas vias uma para vocecirc e a

outra seraacute arquivada pelo pesquisador

Eu_____________________________________________________________ RG no _____________________________ Declaro que apoacutes ter entendido o que me foi explicado consinto voluntariamente em participar do presente Protocolo de Pesquisa entendo ainda que posso retirar o meu consentimento a qualquer momento antes ou durante a realizaccedilatildeo do mesmo declaro ter sido informada(o) e concordo em participar como voluntaacuteria(o) da pesquisa acima descrita Rio de Janeiro_______de_______________de 20___ _____________________________ ________________________________

(Participante) Karina Rodrigues Fernandes (Responsaacutevel por obter o consentimento)

______________________________________ _______________________________________ (Testemunha) (Testemunha)

45

APEcircNDICE II

ROTEIRO PARA ENTREVISTA

1) O que vocecirc acha que pode levar a perda do acesso perifeacuterico

2) Para vocecirc o que eacute importante para manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico nas

crianccedilas

3) O que vocecirc acha que pode interferir na sua manutenccedilatildeo

4) Que medidas vocecirc adota no seu dia a dia para manter o acesso

5) Na sua vivencia profissional o que vocecirc discorda dos cuidados que geralmente satildeo

utilizados para manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico

46

ANEXO

47

48

  • KARINA RODRIGUES FERNANDES
    • COA Thatiana Fernanda PETTENGILL Myriam Aparecida Mandetta Autonomia da crianccedila hospitalizada frente aos procedimentos crenccedilas da enfermeira pediatra Acta paul enferm 19(4) 433-438 out-dez 2006 Disponiacutevel em lt wwwscielobrscielophpscr
    • JANSEN Michele Ferraz SANTOS Rosane Maria dos FAVERO Luciane Benefiacutecios da utilizaccedilatildeo do brinquedo durante o cuidado de enfermagem prestado agrave crianccedila hospitalizada Rev Gaucha Enferm 31(2) 247-253 jun 2010 Disponiacutevel em lt httpwwwscielo
    • MAGNABOSCO Gisele TONELLI Ana Lucia Nascimento Fonseca SOUZA Sarah Nancy Deggau Hegeto de Abordagens no cuidado de enfermagem agrave crianccedila hospitalizada submetida a procedimentos uma revisatildeo de literatura Cogitare enferm 13(1) 103-108 jan-mar
    • MARTINS Maria do Rosaacuterio RIBEIRO Circeacutea Amalia BORBA Regina Issuzu Hirooka de and SILVA Conceiccedilatildeo Vieira daProtocolo de preparo da crianccedila preacute-escolar para punccedilatildeo venosa com utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico Rev Latino-Am Enfermagem [on
    • OLIVEIRA Maria Ivoneide Veriacutessimo de BEZERRA Maria Gorette Andrade PEREIRA Vanessa Ramos Cateterizaccedilatildeo venosa assistecircncia de enfermagem-UTI pediaacutetrica Rev da Rede de Enfermagem do Nordeste AbrJun de 2008 Disponiacutevel em lt httpwwwrevistar
    • PETERLINI Maria Angeacutelica Sorgini CHAUD Massae Noda and PEDREIRA Mavilde da L GOacuterfatildeos de terapia medicamentosa a administraccedilatildeo de medicamentos por via intravenosa em crianccedilas hospitalizadasRev Latino-Am Enfermagem [online] 2003 vol11 n
    • PETERLINI Maria Angeacutelica Sorgini CHAUD Massae Noda PEDREIRA Mavilde L G Incompatibilidade entre faacutermacos e materiais de cateteres e acessoacuterios da terapia intravenosa Online braz j nurs (Online) 5(3)2006 Disponiacutevel em lt httpwwwobjnursi
    • PIMENTA Erika Acioli Gomes COLLET Neusa Dimensatildeo cuidadora da enfermagem e da famiacutelia na assistecircncia agrave crianccedila hospitalizada concepccedilotildees da enfermagem Rev esc enferm USP [online] 2009 vol43 n3 pp 622-629 Disponiacutevel em lt httpwwwscie
    • THOMAZINE Angeacutelica Malman PASSOS Rocircmulo Silva BAY JUacuteNIOR Osvaldo Goacutees COLLET Neusa OLIVEIRA Beatriz Rosana Gonccedilalves de Assistecircncia de enfermagem agrave crianccedila hospitalizada um resgate histoacuterico Ciˆnc cuid sapoundde 7(supl1) 145-152 maio 200
      • F 363 Fernandes Karina Rodrigues
      • Os cuidados de enfermagem acerca dos acessos venosos perifeacutericos na unidade pediaacutetrica Karina Rodrigues Fernandes ndash Niteroacutei [sn] 2014
        • CDD 61073
Page 22: UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE ESCOLA DE …app.uff.br/riuff/bitstream/1/3317/1/TCC Karina Rodrigues Fernandes.pdf · A punção venosa periférica é um procedimento essencial para

20

Em atendimento a resoluccedilatildeo 46612 do Conselho Nacional de SauacutedeMS apoacutes serem

esclarecidos pela pesquisadora quanto aos aspectos eacuteticos relacionados agrave pesquisa aleacutem das

formas de produccedilatildeo de dados e inserccedilatildeo no estudo os sujeitos da pesquisa assinaram duas

vias do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido ndash TCLE (apecircndice 1) autorizando sua

participaccedilatildeo voluntaacuteria na pesquisa Uma via foi entregue ao participante e outra ficou

arquivada com a pesquisadora

Nesse documento consta os objetivos da pesquisa procedimentos benefiacutecios

previstos garantia de recusa de participaccedilatildeo em qualquer momento de acesso aos resultados

da pesquisa e tambeacutem a garantia de acesso ao pesquisador quando os sujeitos julgarem

necessaacuterio sendo todas essas informaccedilotildees em linguagem acessiacutevel e simples O mesmo foi

apresentado e explicado ao profissional convidado a participar do estudo no primeiro contato

eou durante visita agendada para realizaccedilatildeo da entrevista

Vale ressaltar que esta pesquisa cujo financiamento eacute proacuteprio natildeo oferece nenhum

tipo de riscos para o sujeito da pesquisa e nem para o cuidado das crianccedilas internadas no setor

de pediatria e os benefiacutecios da participaccedilatildeo do mesmo satildeo de aumentar o conhecimento

cientiacutefico na aacuterea de Enfermagem Pediaacutetrica aleacutem de contribuir para a praacutetica profissional

36 Anaacutelise dos dados

O processo de anaacutelise dos dados foi baseada na teacutecnica da Anaacutelise Temaacutetica que para

Minayo Deslandes e Gomes (2007 p 86) o conceito central eacute o tema ldquoO tema eacute a unidade de

significaccedilatildeo que se liberta naturalmente de um texto analisado segundo criteacuterios relativos agrave

teoria que serve de guia da leiturardquo (BARDIN11

A anaacutelise realizada estava de acordo com a sugerida por Minayo (2010 p 315) e

contam com as seguintes etapas preacute-analise exploraccedilatildeo do material tratamento dos

resultados obtidos e interpretaccedilatildeo Atraveacutes dessas etapas tem-se o objetivo de descrever o

conteuacutedo do material coletado e interpretaacute-lo

1979 apud MINAYO DESLANDES

GOMES 2007 p 86)

A preacute analise consiste na escolha dos elementos a serem analisados e na retomada das

hipoacuteteses e dos objetivos iniciais da pesquisa Inicia-se com uma leitura flutuante onde o

11 BARDIN L Anaacutelise de Conteuacutedo Lisboa Ediccedilotildees 70 1979

21

pesquisador toma contato direto com o material adquirido deixando-se impregnar por seu

conteuacutedo Posteriormente haacute a constituiccedilatildeo do Corpus textual onde eacute feita uma seleccedilatildeo dos

documentos que iratildeo contemplar e fornecer informaccedilotildees sobre o tema sendo assim adequados

para dar resposta aos objetivos do trabalho (MINAYO 2010 p 315)

Essa fase preacute-analiacutetica eacute onde se determinam a unidades de registro unidade de

contexto e a partir delas satildeo determinados os temas que seratildeo analisados A unidade de

registro corresponde parte do conteuacutedo selecionado como base para analise e apoacutes a

delimitaccedilatildeo do contexto de compreensatildeo da unidade de registro eacute estabelecida a unidade de

contexto (MINAYO 2010 p 316)

De acordo com os objetivos da pesquisa foi possiacutevel perceber que nove (9)

entrevistas supriam para atender os mesmo encerrando assim a coleta Apoacutes a transcriccedilatildeo das

entrevistas foi realizada leitura das mesmas para natildeo soacute conhecimento do material mas

tambeacutem estabelecer as unidades de registro Em seguida foi realizado o colorimento das falas

assim as classificando de acordo com as unidades de registro estabelecidas

As unidades de registro que surgiram foram os fatores que interferem na manutenccedilatildeo

do acesso venoso perifeacuterico e o apontamento do acompanhante como responsaacutevel pela perda

do acesso venoso perifeacuterico Elas receberam as cores vermelha e laranja respectivamente a

fim de facilitar o agrupamento dos dados A partir disto surgiram as unidades de contexto que

compreendem as falas das entrevistas de modo a exemplificar o contexto das unidades de

registro

Partindo para segunda etapa da analise temaacutetica a exploraccedilatildeo do material que consiste

numa classificaccedilatildeo que visa alcanccedilar o nuacutecleo de compreensatildeo do texto Busca-se encontrar

categorias que satildeo expressotildees ou palavras significativas em funccedilatildeo das quais o conteuacutedo seraacute

organizado Essas categorias satildeo responsaacuteveis pela especificaccedilatildeo dos temas (MINAYO

2010 p 317)

Nesse caso foram definidos os seguintes temas cuidados preacute intra e poacutes procedimento

de punccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico cuidados em desuso para manutenccedilatildeo do acesso

venoso perifeacuterico o acompanhante e a manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico Essas trecircs (3)

categorias seratildeo apresentadas analisadas e discutidas no capitulo seguinte

22

4 RESULTADOS E DISCUSSAtildeO

Nesse capiacutetulo apresento as trecircs categorias temaacuteticas que surgiram da anaacutelise dos

dados e que contemplaram de forma satisfatoacuteria os objetivos da pesquisa A primeira

categoria denominada como ldquoOs cuidados de enfermagem preacute intra e poacutes-procedimento de

punccedilatildeo do acesso venoso perifeacutericordquo traz os passos e cuidados que os profissionais realizam

antes durante e apoacutes a punccedilatildeo buscando descrever e analisar os fatores envolvidos na pratica

do procedimento em questatildeo que emergiram das entrevistas aleacutem dos cuidados de

enfermagem para a manutenccedilatildeo do mesmo

A segunda categoria que seraacute apresentada eacute ldquoOs cuidados em desuso para manutenccedilatildeo

do acesso venoso perifeacutericordquo que mostra os cuidados que os profissionais citaram como natildeo

mais utilizados para auxiliar na manutenccedilatildeo da punccedilatildeo venosa perifeacuterica

E a uacuteltima categoria eacute denominada ldquoO acompanhante e a manutenccedilatildeo do acesso

venoso perifeacutericordquo e traz a responsabilizaccedilatildeo do acompanhante pelos profissionais do setor

em relaccedilatildeo aos cuidados com manutenccedilatildeo da punccedilatildeo Essa categoria busca tambeacutem ressaltar a

funccedilatildeo do acompanhante durante a hospitalizaccedilatildeo da crianccedila destacando que determinados

cuidados satildeo de total funccedilatildeo da equipe de enfermagem

41 Os cuidados de enfermagem preacute intra e poacutes-procedimento de punccedilatildeo do acesso

venoso perifeacuterico

Para interpretar as unidades de contextos tive como base autores que definiram os

cuidados de enfermagem preacute intra e poacutes punccedilatildeo venosa perifeacuterica Para esses autores a fase

de preacute-punccedilatildeo compreende as accedilotildees de anaacutelise e conhecimento da prescriccedilatildeo avaliaccedilatildeo e

23

preparo emocional do paciente preparo do material e medicaccedilatildeo seleccedilatildeo do siacutetio de inserccedilatildeo

e dilataccedilatildeo da veia selecionada As accedilotildees envolvidas na punccedilatildeo satildeo a execuccedilatildeo das

precauccedilotildees-padratildeo antissepsia da pele punccedilatildeo do vaso a fixaccedilatildeo e curativo do cateter

Finalmente na etapa de poacutes-punccedilatildeo adota-se a identificaccedilatildeo da punccedilatildeo o descarte apropriado

das partes dos materiais natildeo utilizados a orientaccedilatildeo do paciente acerca da terapecircutica o

controle da infusatildeo atraveacutes do gotejamento se necessaacuterio e o registro do procedimento

Phillips12

De acordo com as entrevistas a seleccedilatildeo do local de punccedilatildeo eacute indicada com um fator

que interfere diretamente no tempo de permanecircncia do acesso venoso perifeacuterico visto que

dependendo do local ocorre a perda mais rapidamente Aleacutem da localizaccedilatildeo citaram tambeacutem

o calibre da veia como interferecircncia na manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico Seguem

abaixo algumas falas

(2001 apud ARAUacuteJO 2007 p18)

ldquoPrimeira coisa eacute vocecirc procurar bem a veia colocar uma veia de um bom calibre Se puder dar preferecircncia a natildeo puncionar dobrasrdquo (Cinderela) ldquoDependendo de onde estiver puncionado se for na matildeozinha a crianccedila fica toda hora ta mexendo taacute manipulando alguma coisa e se for no pezinho tambeacutem nem todo tempo vai ficar acamada entatildeo acaba perdendo o acessordquo(Bela ) ldquoO mau posicionamento pode levar a perdardquo (Rapunzel)

A opiniatildeo dos profissionais acima vai de encontro com o que eacute encontrado na

literatura visto que eacute de suma importacircncia que o mesmo avalie o cliente e considere alguns

aspectos para uma escolha criteriosa e eficaz como a finalidade da punccedilatildeo o tipo de soluccedilatildeo

a ser infundida a condiccedilatildeo da rede venosa a duraccedilatildeo da terapia idade do cliente habilidade

cognitiva da crianccedila a preferecircncia do cliente o que nem sempre seraacute possiacutevel satisfazer e

tambeacutem a sua atividade (ARAUacuteJO 2007 p31)

Os cuidados com o acesso venoso perifeacuterico satildeo importantes antes mesmo da

realizaccedilatildeo do procedimento Levando em consideraccedilatildeo que um erro durante a fase de preacute-

procedimento como a escolha errada do local de punccedilatildeo por exemplo poderaacute levar a perda

do acesso e prejudicar assim o tratamento aleacutem do bem-estar da crianccedila que seraacute puncionada

novamente

12 PHILLIPS L D Manual de terapia intravenosa 2ed Porto Alegre Artmed 2001

24

O vaso sanguiacuteneo que o profissional selecionar como local para puncionar deve ser

suficiente para suportar o calibre e o comprimento do cateter aleacutem de atender a necessidade

terapecircutica para que natildeo haja a necessidade de uma nova punccedilatildeo

A punccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico eacute um procedimento doloroso e de grande

incomodo para a crianccedila com isso eacute de suma importacircncia realizar a seleccedilatildeo preacutevia do

material poreacutem natildeo foi citado Outro cuidado rotineiro e natildeo menos importante como a

lavagem das matildeos antes da colocaccedilatildeo do acesso tambeacutem natildeo foi mencionado durante as

entrevistas

O preparo emocional da crianccedila e do acompanhante quanto ao procedimento deve ser

considerada praacutetica rotineira para a equipe de enfermagem O profissional de enfermagem

deve lavar as matildeos objetivando a reduccedilatildeo significativa de risco de infecccedilatildeo e recomenda-se o

uso de aacutegua e sabatildeo para lavagem das matildeos antes da colocaccedilatildeo do cateter venoso perifeacuterico

(PHILLIPS13

O preparo preacutevio do material para instalaccedilatildeo do cateter venoso perifeacuterico eacute importante

para evitar interrupccedilotildees do procedimento e consequentemente um maior tempo de

manipulaccedilatildeo da crianccedila (SILVA

2001apud ARAUacuteJO 2007 Centers for Disease Control and Prevention ndash CDC

2002 apud ARAUacuteJO 2007)

14

Outro aspecto citado e classificado como preacute-procedimento eacute o cuidado com a

medicaccedilatildeo a ser administrada incluindo cuidados com a diluiccedilatildeo e composiccedilatildeo da mesma

Seguem algumas das falas

2004 apud ARAUacuteJO 2007 p30)

ldquoEstar sempre diluindo as medicaccedilotildees de acordo com a prescriccedilatildeo meacutedica pois as medicaccedilotildees satildeo muito fortes e podem causar enfraquecimento da veia Tem que diluir direitinho e passar lento na veiardquo (Cinderela) ldquoTer cuidado principalmente quando eacute crianccedila e a diluiccedilatildeo da medicaccedilatildeo tambeacutem agraves vezes natildeo eacute pra passar em perifeacuterico e na segunda dose jaacute perdeurdquo (Alice)

O acesso venoso perifeacuterico eacute a primeira alternativa para infusatildeo intravenosa por ser de

mais faacutecil acesso e rapidez no efeito da medicaccedilatildeo O profissional de enfermagem deve ter

domiacutenio natildeo soacute relacionado agrave infusatildeo das medicaccedilotildees mas tambeacutem com a composiccedilatildeo

13 PHILLIPS L D Manual de terapia intravenosa 2ed Porto Alegre Artmed 2001 14 SILVA G R G Terapia intravenosa em receacutem-nascidos ndash orientaccedilotildees para o cuidado de Enfermagem Rio de Janeiro Cultura Meacutedica 2004

25

farmacoloacutegica das mesmas os efeitos adversos e colaterais que a droga pode causar inclusive

em relaccedilatildeo a diluiccedilatildeo o que normalmente eacute estabelecido como padratildeo no setor de acordo com

cada faacutermaco

Com a intenccedilatildeo de promover a eficaacutecia terapecircutica dos medicamentos administrados

por via intravenosa eacute atribuiccedilatildeo do profissional de enfermagem implementar teacutecnicas como a

diluiccedilatildeo acondicionamento e cuidados na administraccedilatildeo de faacutermacos a fim de evitar

prejuiacutezos no tratamento resultantes da incompatibilidade medicamentosa (PETERLINI

CHAUD e PEDREIRA 2006)

Os fatores intra-procedimento satildeo considerados aqueles diretamente relacionados com

o procedimento Os dados colidos nas entrevistas ressaltaram apenas a fixaccedilatildeo com um fator

que interfere nessa fase Este foi o dado mais repetitivo nas entrevistas poreacutem sempre citado

de forma superficial Seguem as falas dos profissionais quando questionados sobre o que era

importante para manutenccedilatildeo do acesso

ldquoTem que fazer uma boa fixaccedilatildeo Porque quando a pessoa natildeo fixa bem prejudica porque aquilo vai soltando e quando vocecirc vecirc jaacute perdeu a veiardquo(Cinderela) ldquoEu acho que natildeo tem o que fazer para manter o acesso A crianccedila vai ficar uns dias X com aquele acesso pra fazer medicaccedilatildeo e eu acho que natildeo tem o que vocecirc profissional fazer para que natildeo percardquo (Aurora) ldquoA fixaccedilatildeo evita a movimentaccedilatildeo excessiva no local que estaacute o acessordquo (Ariel) ldquoTer cuidado com o curativo saber manusear E manter sempre o curativo limpo trocar se necessaacuteriordquo (Rapunzel) ldquoA fixaccedilatildeo eacute muito importante pra natildeo soltar o acesso e pra ele ficar mais tempordquo(Mulan)

Oliveira Bezerra e Pereira (2008 p 94) afirmam que de acordo com o revelado por

determinados estudos o tipo de curativo a fixaccedilatildeo do cateter e o tempo de permanecircncia estatildeo

diretamente relacionados com a ocorrecircncia de complicaccedilotildees infecciosas como flebites e

tambeacutem infiltraccedilatildeo extravasamento desconexatildeo e deslocamento do cateter

26

Para Pettit e Kraus15

Potter

(1995 apud MACHADO PEDREIRA E CHAUD2005 p292) a

gaze esteacuteril fixada com a fita adesiva hipoalergecircnica bem como a peliacutecula transparente esteacuteril

satildeo os materiais mais recomendados para curativo e fixaccedilatildeo de cateter venoso perifeacuterico

16

Jaacute as peliacuteculas transparentes mais conhecidas como filme permitem a respiraccedilatildeo

normal da pele com alta permeabilidade ao oxigecircnio e vapores e eacute impermeaacutevel a liacutequidos e

micro-organismos (SILVA E ZANETTI 2004 p233) Aleacutem disso permitem tambeacutem a

visualizaccedilatildeo contiacutenua do local de punccedilatildeo permitindo assim avaliaccedilatildeo do mesmo natildeo soacute

durante a infusatildeo de medicaccedilotildees mas tambeacutem todo o tempo

(1998 apud SILVA E ZANETTI 2004 p233) afirma que nas fixaccedilotildees em

que se utiliza a gaze esteacuteril preconiza-se a utilizaccedilatildeo de teacutecnica asseacuteptica Neste curativo a

gaze esteacuteril eacute colocada sobre o siacutetio de inserccedilatildeo e suas bordas satildeo fixadas com fita adesiva

A observaccedilatildeo da punccedilatildeo eacute muito importante pois se o local de inserccedilatildeo se mostrar

com sinais e sintomas de complicaccedilotildees a terapia deve ser suspensa (OLIVEIRA BEZERRA

e PEREIRA 2008 p95)

A visualizaccedilatildeo contiacutenua do acesso permite que a equipe de enfermagem possa realizar

uma observaccedilatildeo mais particularizada em relaccedilatildeo agraves condiccedilotildees do acesso venoso perifeacuterico

podendo observar se haacute deslocamento do cateter sinais de infiltraccedilatildeo e tambeacutem sinais de

infecccedilatildeo

Para Silva Barbato e Valente (2013 p 1200) cabe ao enfermeiro fazer a avaliaccedilatildeo

diaacuteria e cuidadosa do curativo observando a presenccedila de umidade sujidade integridade do

oacutestio de inserccedilatildeo a fixaccedilatildeo bem como a realizaccedilatildeo do curativo e das anotaccedilotildees legais

competentes agraves suas funccedilotildees

A fase poacutes-procedimento eacute caracterizada por uma seacuterie de cuidados que a equipe de

enfermagem deve realizar para que se obtenha maior tempo de permanecircncia do acesso venoso

perifeacuterico Durante as entrevistas os cuidados citados foram a salinizaccedilatildeo do acesso cuidados

para evitar a flebite e a velocidade de infusatildeo

15 Pettit DM Kraus V The use of gauze versus transparent dressings for peripheral intravenous catheter sites Nurs ClinNorth Am 1995 30(3)495-506 16 Potter P Perry AG Fundamentos de enfermagem processo conceito e praacutetica 3ordf ed Santos(SP) Guanabara Koogan19981397pp801-43

27

ldquoManter um acesso bem salinizado que vocecirc lave pelo menos de duas de trecircs em trecircs horas Se bem que isso aqui na pediatria natildeo eacute muito comum aqui a gente soacute lava cada vez que vai fazer medicaccedilatildeo mas se eu natildeo me engano a literatura preconiza isso vocecirc lavar pelo menos de quatro em quatro horas o acessordquo (Aurora)

ldquoPra manter o acesso venoso perifeacuterico eacute importante manter ele salinizado Assim que a gente recebe o plantatildeo eu vou ver se o acesso ta peacutervio com uma ldquoseringuinhardquo vai la da uma ldquolavadinhardquo e vecirc se o acesso ta peacutervio e manter o acesso salinizadordquo (Ariel)

ldquoSalinizar de 6 em 6 horas para manter ele peacuterviordquo (Alice)

ldquoTem que passar lento a medicaccedilatildeo e a limpeza da aacuterea vocecirc tem que limpar bem a aacuterea pra vocecirc natildeo formar uma flebiterdquo (Cinderela)

A salinizaccedilatildeo do acesso eacute um cuidado simples e de grande importacircncia Esse cuidado

deve ser realizado para manter o acesso peacutervio e limpo e deve ser realizado antes e apoacutes

qualquer infusatildeo

Para Moncaio e Figueiredo (2009)

a ldquosalinizaccedilatildeordquo consiste em administrar sob pressatildeo positiva soluccedilatildeo salina (Soro fisioloacutegico a 09) logo apoacutes o teacutermino da infusatildeo da medicaccedilatildeo Este procedimento visa prevenir a formaccedilatildeo de trombos e fibrina evitar o contato de drogas incompatiacuteveis (quando da infusatildeo de mais de um item medicamentoso no mesmo horaacuterio) garantir a infusatildeo de todo o medicamento que possa ter ficado no sistema aleacutem de evitar retorno sanguiacuteneo mantendo o cateter peacutervio para a proacutexima infusatildeo

Durante a coleta de dados esse cuidado surgiu em diversos momentos poreacutem foi

possiacutevel perceber que os profissionais realizam o mesmo de forma banalizada Natildeo sabem de

fato a real funccedilatildeo de manter o acesso salinizado A impressatildeo que passa eacute que eles

aprenderam que esse cuidado deveria ser feito e simplesmente fazem Haacute divergecircncias

tambeacutem entre a equipe em relaccedilatildeo ao momento que deve ser realizada a salinizaccedilatildeo e isso nos

mostra a desatualizaccedilatildeo dos profissionais do setor e a falta de uma educaccedilatildeo continuada no

hospital

Os cuidados para evitar a flebite e a velocidade de infusatildeo da medicaccedilatildeo apareceram

menos nas entrevistas e interferem diretamente com a manutenccedilatildeo do acesso venoso

perifeacuterico

28

A flebite eacute uma inflamaccedilatildeo na veia puncionada ocorrendo quando as ceacutelulas

endoteliais da parede da veia que o cateter estaacute inserido tornam-se inflamadas e irregulares

propiciando a aderecircncia de plaquetas e predispondo a veia a inflamaccedilatildeo Eacute comum que o local

se apresente dolorido hiperemiado quente e edemaciado e nesses casos eacute aconselhada a

retirada do cateter Uma boa fixaccedilatildeo do cateter perifeacuterico eacute recomendada por autores na

literatura visto que previnem deslocamento faacutecil e permitem uma boa visualizaccedilatildeo do local

evitando complicaccedilotildees como a flebite e infiltraccedilatildeo (MOLDES et al 2011 p 330)

Dentre as principais falhas de infusatildeo venosa estatildeo flebite infiltraccedilatildeo hematoma e

obstruccedilatildeo Acredita-se que para reduzir a incidecircncia destas nas unidades pediaacutetricas eacute preciso

a adoccedilatildeo de estrateacutegias tais como a abordagem junto agrave equipe em parceria com o setor de

educaccedilatildeo permanente e a adoccedilatildeo do uso da teacutecnica corretamente e de forma asseacuteptica para a

realizaccedilatildeo da punccedilatildeo venosa perifeacuterica em acordo com a comissatildeo de controle de infecccedilatildeo

hospitalar (SILVA BARBATO e VALENTE 2013 p 1200)

A incapacidade do paciente em relatar dor no siacutetio de administraccedilatildeo do faacutermaco quer

pela idade ou condiccedilatildeo cliacutenica e o local de inserccedilatildeo como tambeacutem a velocidade de infusatildeo do

medicamento (gt25mgmin) satildeo classificados como fatores de risco para a perda do acesso

venoso perifeacuterico (MARTINS SILVINO e DIAS 2010)

42 Os cuidados em desuso para manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico

Essa categoria discorre sobre os cuidados de enfermagem que com o passar do tempo

foram desconsiderados e natildeo satildeo mais utilizados Quando questionados em relaccedilatildeo a vivencia

profissional e cuidados que discordavam os entrevistados citaram o uso da tala para fixaccedilatildeo

uso de heparina e os cuidados em relaccedilatildeo ao tempo de permanecircncia do cateter Haacute muitas

controveacutersias em relaccedilatildeo aos cuidados citados acima

O tempo de permanecircncia interfere diretamente no aparecimento de complicaccedilotildees

como flebite e que acabam levando a perda do acesso venoso perifeacuterico mais rapidamente

aconselhando assim a troca do mesmo entre 76 a 96 horas Poreacutem eacute preconizada a retirada do

cateter apenas se finalizar o tratamento ou houver alguma interferecircncia

ldquoA gente observa tambeacutem o tempo dependendo do tempo tem que tirarrdquo (Alice)

29

ldquoHoje eu natildeo sei como que eacute essa questatildeo do tempo porque a gente trocava o acesso a cada quatro dias agora o pessoal jaacute diz que pode trocar em ateacute uma semana entatildeo natildeo sei como que ta isso e o que tem escrito em relaccedilatildeo a isso (Aurora)

Sabe-se que o tempo para troca do cateter de teflon ou poliuretano varia de 72 a 96

horas com o intuito de reduzir risco de infecccedilatildeo e flebite e para minimizar esses riscos nas

seguintes situaccedilotildees diante de sinais inflamatoacuterios no local de inserccedilatildeo e sempre que houver

mau funcionamento do cateter (SANTOS17

Entretanto o Center for Disease Control and Prevention - CDC (2002) diz que em

pacientes pediaacutetricos natildeo foi observada relaccedilatildeo quanto ao tempo de permanecircncia do cateter e

ocorrecircncia de complicaccedilotildees devendo ser mantido ateacute o teacutermino da terapia intravenosa ou

quando forem observados sinais cliacutenicos de complicaccedilotildees

2004 apud OLIVEIRA BEZERRA e PEREIRA

2008 p 93)

Eacute possiacutevel observar a diferenccedila do conhecimento pratico dos profissionais

entrevistados em relaccedilatildeo ao conhecimento encontrado na literatura E ainda contendo duacutevidas

natildeo haacute uma busca da parte dos mesmos para esclarececirc-las

O uso da heparina com a finalidade de manter o acesso peacutervio por um periacuteodo maior

de tempo mostra-se com mais certeza quanto ao desuso nos dados colidos

ldquoAntigamente a gente usava heparina entatildeo a gente ficava tranquila em relaccedilatildeo agrave obstruccedilatildeo mas agora natildeo a gente usa o soro fisioloacutegico e a gente deixa salinizadordquo (Aurora)

Rang e Dale 18(1998 apud DOPICO e OLIVEIRA 2006) afirmam que a heparina

inibe a formaccedilatildeo de coaacutegulos de fibrina in vitro e in vivo e que seu efeito anticoagulante eacute

praticamente imediato Com isso Phillips19

17 Santos W Lavagem das matildeos In R Luiz Santos W Manual baacutesico de prevenccedilatildeo e controle das infecccedilotildees hospitalares do HRU Fortaleza Hospital Regional Unimed 2004

(2001 apud DOPICO e OLIVEIRA 2006)

ressalta que a teacutecnica de manutenccedilatildeo intermitente de cateteres intravenosos com soluccedilatildeo

salina 09 classificada como salinizaccedilatildeo tem sido pesquisada haacute alguns anos apresentando

em relaccedilatildeo ao uso da heparina vantagens como o baixo custo ser um procedimento mais

18 Rang HP Dale M M Hemostasia e Trombose In Rang HP Dale M M Farmacologia Rio de Janeiro Guanabara Koogan 1998 p235-47 19 PHILLIPS L D Manual de terapia intravenosa 2ed Porto Alegre Artmed 2001

30

simples aleacutem de eliminar a possibilidade de incompatibilidade com as drogas e soluccedilotildees

administradas aleacutem da inexistecircncia de riscos ao paciente Entretanto sabe-se que a literatura

ainda natildeo fornece consenso acerca da soluccedilatildeo mais indicada para manutenccedilatildeo da

permeabilidade do cateter venoso perifeacuterico

Eacute importante ressaltar que muitas instituiccedilotildees do nosso paiacutes nem ao menos tecircm o

conhecimento da praacutetica da salinizaccedilatildeo com soluccedilatildeo salina 09 No que se refere agrave pesquisa

cientiacutefica as limitaccedilotildees desta praacutetica satildeo atribuiacutedas agrave ausecircncia de um maior nuacutemero de

estudos controlados para validar sua eficaacutecia (EPPERSON20

Apesar de natildeo ser encontradas publicaccedilotildees acerca do tema a utilizaccedilatildeo de heparina

mostra-se como uma pratica natildeo mais utilizada pelos profissionais de enfermagem Outro

tema onde haacute controveacutersias e tambeacutem poucas citaccedilotildees eacute o uso da tala para fixaccedilatildeo do acesso

venoso perifeacuterico Seguem abaixo a opiniatildeo de alguns dos profissionais entrevistados

1984 apud DOPICO e

OLIVEIRA 2006)

ldquoA uacutenica coisa que eu natildeo gosto de ver eacute quando se coloca tala para imobilizar dizendo que a tala vai ajudar a natildeo perder a veia Isso eu natildeo concordo acho que a tala prejudica a crianccedila fica incomodada faz dor no membrordquo (Cinderela)

ldquoAntigamente a gente usava muito tala e as vezes eu pego isso aqui ai eu falo gente tala natildeo se usa mais natildeo faz parte mais da fixaccedilatildeo vocecirc pode fixar de uma forma que a crianccedila natildeo perca A tala eu acho que ela traumatiza um pouco ainda mais se vocecirc pegar um acesso na dobra vocecirc vai fazer com que a crianccedila fique com o braccedilo esticado muito tempo eu acho que pode causar uma lesatildeo depois e a literatura jaacute fala que eacute desnecessaacuteria natildeo precisa maisrdquo (Aurora) ldquoAntigamente usavam tala mas hoje em dia quase natildeo se vecirc mais e eu acho que a tala atrapalha porque a crianccedila fica imobilizada no membro ai fica mais irritadardquo (Rapunzel) ldquoLaacute no meu outro trabalho alguns usam a tala Eu acho que a tala ajuda ateacute a perder mais raacutepido porque a crianccedila fica incomodada vai querer mexer naquilordquo (Mulan)

20 Epperson EL Efficacy of 09 sodium chloride injection with without heparin for maintenance indwelling intermittent injection sites Clin Pharm1984 3(5)26

31

Almeida e Sabateacutes21

Entretanto haacute estudo que comprovam que o uso da tala natildeo se mostra tatildeo eficiente e

apresenta-se como uma praacutetica controversa O estudo foi realizado em crianccedilas ateacute os 12 anos

utilizando imobilizaccedilatildeo com tala e em mais de metade dos casos (553) ocorreu infiltraccedilatildeo

o que indicia a ineficaacutecia desta praacutetica (MACHADO PEDREIRA e CHAUD 2008 apud

BATALHA et al 2010 p512)

(2008 apud BATALHA et al 2010 p512) afirmam que a teacutecnica

de fixaccedilatildeo dos CVP com uso de imobilizaccedilatildeo com tala para restriccedilatildeo ou limitaccedilatildeo dos

movimentos articulares proacuteximo do local da punccedilatildeo estaacute indicado nas matildeos punhos cotovelo

e maleacuteolo

Para Batalha et al (2010 p512) o uso desta praacutetica parece natildeo se coadunar com o

atual uso de cateteres flexiacuteveis tipo abocath em detrimento de agulhas metaacutelicas Talvez por

isso comecem a surgir novas teacutecnicas de fixaccedilatildeo dos CVP que natildeo exigem imobilizaccedilatildeo das

articulaccedilotildees com talas

Aleacutem de natildeo haver uma confirmaccedilatildeo dos benefiacutecios causados pelo uso da tala a

imobilizaccedilatildeo causa incocircmodo para a crianccedila que fica com o membro imoacutevel podendo causar

dor e tambeacutem irritaccedilatildeo O uso desse tipo de fixaccedilatildeo tambeacutem impede a visualizaccedilatildeo frequente

do acesso venoso afetando assim os cuidados de observaccedilatildeo da equipe de enfermagem

43 O acompanhante e a manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico

A presente categoria vai discutir um assunto importante que surgiu durante as

entrevistas de forma inesperada Alguns dos profissionais entrevistados citaram o descuido do

acompanhante como um fator causador da perda do acesso venoso perifeacuterico Seguem abaixo

algumas falas

ldquoA matildee sempre acompanha e tem matildee que natildeo tem cuidado natildeo vigia e a gente tem que ficar pedindo pra olhar tomar contardquo (Aurora)

ldquoEm relaccedilatildeo ao acompanhante porque a crianccedila natildeo vai avaliar entatildeo o acompanhante que estar ali tem que avaliar direitinho natildeo deixar a crianccedila mexer ou puxarrdquo (Bela)

ldquoNatildeo eacute toda matildee que esta vigiando que cuida pra que a crianccedila natildeo perca o acessordquo (Jasmine)

21 Almeida FA Sabateacutes AL Enfermagem pediaacutetrica a crianccedila o adolescente e a sua famiacutelia no hospital Satildeo Paulo(SP) Manole 2008

32

ldquoAcho que leva a perda quando o acompanhante natildeo coopera as vezes a gente faz a imobilizaccedilatildeo na crianccedila e as vezes eles ateacute retiram e a proacutepria crianccedila agitada ela mesmo arrancardquo (Branca de Neve)

ldquoAgraves vezes a proacutepria crianccedila que a matildee deixa muito solta ai solta o acessordquo (Mulan)

Apoacutes a implementaccedilatildeo da lei que garante um acompanhante ao paciente pediaacutetrico a

presenccedila do familiarresponsaacutevel durante a hospitalizaccedilatildeo mudou a rotina da equipe de

enfermagem trazendo duacutevidas quanto a real funccedilatildeo do acompanhante e fazendo com que a

mesma viesse a delegar certos cuidados para acompanhante

A Promulgaccedilatildeo da Lei 8069 do Estatuto da Crianccedila e do Adolescente (ECA) em

1990 no seu artigo 12deg garante agrave crianccedila ou ao adolescente o direito de ter um responsaacutevel

que o acompanhe durante a hospitalizaccedilatildeo (1990)

Desde a sua implantaccedilatildeo as unidades vecircm sofrendo um processo de reorganizaccedilatildeo de

suas praacuteticas A inserccedilatildeo da famiacutelia modifica a organizaccedilatildeo do processo de trabalho o que

requer dos profissionais uma compreensatildeo em relaccedilatildeo agrave dinacircmica das relaccedilotildees interpessoais

(COLLET e ROCHA 2004)

Pimenta e Collet (2009) ressaltam que natildeo haacute nenhuma regulamentaccedilatildeo sobre a

participaccedilatildeo da famiacutelia nos cuidados e no entanto a mesma desempenha atividades junto agrave

crianccedila durante a hospitalizaccedilatildeo que devem ser levadas em consideraccedilatildeo A falta de

reconhecimento desse fato fez com que a equipe de enfermagem e famiacutelia natildeo possuiacutessem

uma relaccedilatildeo aberta e vivessem uma relaccedilatildeo silenciosa e impliacutecita de poder na qual a famiacutelia

acaba assumindo as relaccedilotildees do cuidado agrave crianccedila de responsabilidade da enfermagem

A negociaccedilatildeo entre matildees e equipe de enfermagem em relaccedilatildeo aos cuidados agrave crianccedila

hospitalizada natildeo eacute uma tarefa faacutecil tendo em vista que natildeo se tem claro qual o seu novo

papel neste processo (COLLET e ROCHA 2004)

Eacute possiacutevel ver nas falas que a presenccedila do acompanhante causa para a equipe de

enfermagem a seguranccedila de ter algueacutem para ldquovigiarrdquo ldquotomar contardquo e natildeo deixar que a

crianccedila hospitalizada perca o acesso venoso quando na verdade eacute funccedilatildeo da equipe de

enfermagem cuidados referentes ao acesso venoso perifeacuterico

33

Jaacute o acompanhante eacute definido pelo Ministeacuterio da Sauacutede como uma pessoa significativa

para a crianccedila que representa sua rede social e que vai acompanhaacute-lo durante a permanecircncia

no ambiente hospitalar ressaltando assim sua importacircncia Esse fato se reforccedila visto que a

crianccedila encontra nos familiares a forccedila e seguranccedila necessaacuteria para encarar todo esse processo

doloroso e desconhecido (MURAKAMI e CAMPOS 2011 p255)

O acompanhante aleacutem de minimizar o sofrimento do paciente pediaacutetrico faz com que

o mesmo sinta-se mais a vontade Eacute importante ressaltar que o familiarresponsaacutevel natildeo soacute

pode como deve participar das atividades da crianccedila no hospital desde que estas natildeo sejam

competecircncias dos profissionais que os cercam Essas atividades satildeo caracterizadas como

semelhantes aos que eles realizam diariamente fora do ambiente hospitalar como o banho

Poreacutem no caso de um paciente com punccedilatildeo venosa perifeacuterica o profissional de enfermagem

deve auxiliar no cuidado para que essa natildeo se perca

Os cuidados dos familiaresacompanhantes satildeo os mesmos que os desenvolvidos no

domiciacutelio e os cuidados prestados pela equipe de enfermagem satildeo aqueles que demandam

conhecimento teacutecnico-cientiacutefico especializado (SOUZA e OLIVEIRA 2010 p558)

Mesmo alguns cuidados parecerem simples e rotineiros quando eacute prestado no

hospital assumem novas caracteriacutesticas com o uso de dispositivos tecnoloacutegicos os quais se

tornam complexos (PIMENTA E COLLET 2009)

O ato de cuidar envolve o respeito agrave maneira como vive cada indiviacuteduo de acordo

com suas crenccedilas valores costumes e cultura A famiacutelia como uma instituiccedilatildeo atende agraves

necessidades bioloacutegicas de seus membros sendo sua responsabilidade cuidar e criar os filhos

incluindo a obrigaccedilatildeo da alimentaccedilatildeo higiene vestuaacuterio e moradia (ELSEN22

Nas entrevistas podemos verificar falas em que o acompanhante eacute citado como

responsaacutevel por avaliar a punccedilatildeo venosa A equipe de enfermagem deve sempre partir do

pressuposto que o familiar acompanhante natildeo tem conhecimento cientiacutefico e certo tipo de

cuidado natildeo deve se delegado para o mesmo mostrando assim a importacircncia da orientaccedilatildeo do

acompanhante quanto aos procedimentos dispositivos utilizados e cuidados em que os

etal 1994

apud SOUZA e OLIVEIRA 2010 p 553)

22 Elsen I Patriacutecio ZM Assistecircncia agrave crianccedila hospitalizada tipos de abordagens e suas implicaccedilotildees para a enfermagem In A enfermagem em pediatria e puericultura Rio de Janeiro (RJ) Atheneu 2005

34

mesmos possam auxiliar Seguem abaixo as falas onde os profissionais ressaltaram a

importacircncia da orientaccedilatildeo do acompanhante

ldquoNem sempre a crianccedila vai entender o porque de estar com aquele acesso entatildeo tem que ter uma orientaccedilatildeo do acompanhanterdquo (Bela)

ldquoTem que haver orientaccedilatildeo do acompanhante para os cuidadosrdquo (Ariel)

ldquoAgraves vezes tem ate o exemplo de um pai que natildeo deixa trocar o acesso jaacute tinha mais de uma semana e ele natildeo queria que trocasse ai faz febre e natildeo sabe da onderdquo (Alice)

Para Souza e Oliveira (2010 p555) deve haver uma preocupaccedilatildeo em orientar

considerando que o outro natildeo tem nenhum tipo de conhecimento sobre o assunto Poreacutem

Queiroz e Jorge23

Apesar das dificuldades o profissional de enfermagem deve estabelecer um viacutenculo de

confianccedila com o acompanhante buscando sempre deixaacute-los ciente das situaccedilotildees e fazendo-os

participar dos cuidados plausiacuteveis sem causar nenhum dano agrave crianccedila e de maneira alguma

abandonar suas atribuiccedilotildees

(2004 apud SOUZA e OLIVEIRA 2010 p 556) ressaltam que apesar de os

profissionais terem intenccedilatildeo de orientar os cuidados para a sauacutede repassam conhecimentos

elaborados cientificamente dificultando a compreensatildeo do familiar aleacutem de a relaccedilatildeo se dar

de maneira vertical assimeacutetrica e coercitiva

23 Queiroz MVO Jorge MSB Accedilotildees educativas no cuidado infantil e intervenccedilotildees dos profissionais junto agraves famiacutelias Acta Scientiarum Maringaacute 2004 janjun 26(1) 27-34

35

CONCLUSAtildeO

Atraveacutes desse estudo foi possiacutevel descrever e analisar os cuidados que os profissionais

de enfermagem realizam acerca da permanecircncia do acesso venoso perifeacuterico Aleacutem disso a

realizaccedilatildeo da pesquisa permitiu identificar a desarticulaccedilatildeo do processo de enfermagem e a

praacutetica desconectada da produccedilatildeo cientiacutefica caracterizando a falta de uma educaccedilatildeo

continuada efetiva

A anaacutelise dos dados demonstra o processo de punccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico

ressaltando a importacircncia de cuidados como a seleccedilatildeo do local a diluiccedilatildeo da medicaccedilatildeo a

realizaccedilatildeo de uma boa fixaccedilatildeo a atenccedilatildeo com a velocidade de infusatildeo os cuidados com os

sinais de infecccedilatildeo e salinizaccedilatildeo do acesso natildeo deixando de salientar cuidados em desuso

como o uso da heparina da tala e duvidas em relaccedilatildeo ao tempo de permanecircncia Evidenciou

tambeacutem que a equipe de enfermagem delega alguns cuidados para os acompanhantes

Natildeo foi possiacutevel perceber o niacutevel de conhecimento cientiacutefico dos profissionais visto

que eles em nenhum momento por natildeo saberem ou por medo de se expor natildeo explicaram de

fato nenhum cuidado que disseram realizar Sempre citaram de forma superficial e direta

deixando claro tambeacutem que o pesquisador natildeo os indagou quanto a isso Poreacutem creio que

diante de cuidados tatildeo importantes e de frequente praacutetica os mesmos falariam facilmente

sobre os cuidados de enfermagem na permanecircncia do acesso venoso perifeacuterico

Apesar dos entrevistados citarem alguns fatores e cuidados realizados de forma

correta eacute visiacutevel que os mesmos realizam os cuidados com a punccedilatildeo e a permanencia do

acesso de forma automaacutetica sem unir a praacutetica com o fundamento do mesmo

Eacute importante destacar tambeacutem a importacircncia do preparo emocional da crianccedila como

tambeacutem os cuidados com a famiacutelia dos mesmos O trabalho de humanizaccedilatildeo realizado pela

36

enfermagem faz grande diferenccedila nessas situaccedilotildees visto que os pacientes e acompanhantes

tendo conhecimento do que seraacute realizado ficariam mais tranquilos

O estudo contribuiu para o campo do ensino nesta aacuterea dando destaque ao importante

papel que o profissional de enfermagem deve desempenhar no cuidado e na manutenccedilatildeo do

acesso venoso perifeacuterico Contudo vale ressaltar a importacircncia do incentivo ao profissional a

buscar na literatura natildeo soacute esclarecimento de suas duvidas mas tambeacutem novos

conhecimentos

Pode colaborar ainda para a realizaccedilatildeo de novas pesquisas na aacuterea procurando

eliminar duacutevidas e controveacutersias sobre o tema Buscando assim a realizaccedilatildeo de um cuidado de

enfermagem articulado e eficaz promovendo o bem-estar do paciente pediaacutetrico durante a

hospitalizaccedilatildeo

37

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44

APEcircNDICE I

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO Tiacutetulo Do Projeto Os cuidados de enfermagem acerca dos acessos venosos perifeacutericos na unidade pediaacutetrica Pesquisador Responsaacutevel Rosane Cordeiro Burla de Aguiar Eny Dorea Paiva e Karina Rodrigues Fernandes Instituiccedilatildeo a que Pertence o Pesquisador Responsaacutevel Universidade Federal Fluminense Telefone para contato (21) 98355269 (21) 82392939 (21) 91786609 Nome do voluntaacuterio _________________________________________________________ Idade ________ anos RG ____________________________

AO Sr (a) estaacute sendo convidado (a) a participar do projeto de pesquisa OS CUIDADOS DE

ENFERMAGEM ACERCA DOS ACESSOS VENOSOS PERIFEacuteRICOS NA UNIDADE PEDIATRICA de

responsabilidade da pesquisadora Profordf Drordf Rosane Cordeiro Burla de Aguiar e Profordf Drordf Eny Dorea Paiva A

punccedilatildeo venosa perifeacuterica eacute um procedimento essencial durante a hospitalizaccedilatildeo da crianccedila visto que eacute atraveacutes

dela que eacute administrada grande parte das medicaccedilotildees Este estudo se justifica diante da importacircncia da

necessidade de um maior periacuteodo de permanecircncia dos acessos venosos perifeacutericos Com isso aleacutem da

diminuiccedilatildeo de eventos que causam dor e irritaccedilatildeo na crianccedila e na famiacutelia promoveraacute tambeacutem uma melhor estada

dos mesmos durante o periacuteodo de hospitalizaccedilatildeo Os objetivos da pesquisa satildeo 1) Descrever os fatores que

interferem na manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico de acordo com a equipe de enfermagem 2)Analisar os

cuidados da equipe de enfermagem na manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico A coleta de dados se daraacute

atraveacutes de entrevistas semi estruturadas que seratildeo gravadas As informaccedilotildees colhidas seratildeo tratadas de forma

anocircnima e confidencial ou seja em nenhum momento seratildeo divulgados o seu nome e somente os

pesquisadores teratildeo acesso agraves informaccedilotildees Os dados obtidos com a pesquisa poderatildeo ser publicados apenas com

fins cientiacuteficos Eles natildeo seratildeo utilizados para fins comerciais ou para outra finalidade qualquer Caso necessite

poderatildeo ser marcados encontros para respostas ou esclarecimentos de qualquer duacutevida acerca da pesquisa A sua

participaccedilatildeo eacute voluntaria e eacute importante lembrar que vocecirc poderaacute desistir de participar da pesquisa em qualquer

momento A entrevista seraacute marcada em um dia e horaacuterio que vocecirc achar melhor Seraacute realizada

individualmente em um ambiente que nos ofereccedila privacidade Esta pesquisa natildeo oferece riscos para vocecirc e os

benefiacutecios da sua participaccedilatildeo satildeo de aumentar o conhecimento cientiacutefico na aacuterea de Enfermagem Pediaacutetrica

aleacutem de contribuir para a praacutetica profissional Este documento seraacute elaborado em duas vias uma para vocecirc e a

outra seraacute arquivada pelo pesquisador

Eu_____________________________________________________________ RG no _____________________________ Declaro que apoacutes ter entendido o que me foi explicado consinto voluntariamente em participar do presente Protocolo de Pesquisa entendo ainda que posso retirar o meu consentimento a qualquer momento antes ou durante a realizaccedilatildeo do mesmo declaro ter sido informada(o) e concordo em participar como voluntaacuteria(o) da pesquisa acima descrita Rio de Janeiro_______de_______________de 20___ _____________________________ ________________________________

(Participante) Karina Rodrigues Fernandes (Responsaacutevel por obter o consentimento)

______________________________________ _______________________________________ (Testemunha) (Testemunha)

45

APEcircNDICE II

ROTEIRO PARA ENTREVISTA

1) O que vocecirc acha que pode levar a perda do acesso perifeacuterico

2) Para vocecirc o que eacute importante para manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico nas

crianccedilas

3) O que vocecirc acha que pode interferir na sua manutenccedilatildeo

4) Que medidas vocecirc adota no seu dia a dia para manter o acesso

5) Na sua vivencia profissional o que vocecirc discorda dos cuidados que geralmente satildeo

utilizados para manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico

46

ANEXO

47

48

  • KARINA RODRIGUES FERNANDES
    • COA Thatiana Fernanda PETTENGILL Myriam Aparecida Mandetta Autonomia da crianccedila hospitalizada frente aos procedimentos crenccedilas da enfermeira pediatra Acta paul enferm 19(4) 433-438 out-dez 2006 Disponiacutevel em lt wwwscielobrscielophpscr
    • JANSEN Michele Ferraz SANTOS Rosane Maria dos FAVERO Luciane Benefiacutecios da utilizaccedilatildeo do brinquedo durante o cuidado de enfermagem prestado agrave crianccedila hospitalizada Rev Gaucha Enferm 31(2) 247-253 jun 2010 Disponiacutevel em lt httpwwwscielo
    • MAGNABOSCO Gisele TONELLI Ana Lucia Nascimento Fonseca SOUZA Sarah Nancy Deggau Hegeto de Abordagens no cuidado de enfermagem agrave crianccedila hospitalizada submetida a procedimentos uma revisatildeo de literatura Cogitare enferm 13(1) 103-108 jan-mar
    • MARTINS Maria do Rosaacuterio RIBEIRO Circeacutea Amalia BORBA Regina Issuzu Hirooka de and SILVA Conceiccedilatildeo Vieira daProtocolo de preparo da crianccedila preacute-escolar para punccedilatildeo venosa com utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico Rev Latino-Am Enfermagem [on
    • OLIVEIRA Maria Ivoneide Veriacutessimo de BEZERRA Maria Gorette Andrade PEREIRA Vanessa Ramos Cateterizaccedilatildeo venosa assistecircncia de enfermagem-UTI pediaacutetrica Rev da Rede de Enfermagem do Nordeste AbrJun de 2008 Disponiacutevel em lt httpwwwrevistar
    • PETERLINI Maria Angeacutelica Sorgini CHAUD Massae Noda and PEDREIRA Mavilde da L GOacuterfatildeos de terapia medicamentosa a administraccedilatildeo de medicamentos por via intravenosa em crianccedilas hospitalizadasRev Latino-Am Enfermagem [online] 2003 vol11 n
    • PETERLINI Maria Angeacutelica Sorgini CHAUD Massae Noda PEDREIRA Mavilde L G Incompatibilidade entre faacutermacos e materiais de cateteres e acessoacuterios da terapia intravenosa Online braz j nurs (Online) 5(3)2006 Disponiacutevel em lt httpwwwobjnursi
    • PIMENTA Erika Acioli Gomes COLLET Neusa Dimensatildeo cuidadora da enfermagem e da famiacutelia na assistecircncia agrave crianccedila hospitalizada concepccedilotildees da enfermagem Rev esc enferm USP [online] 2009 vol43 n3 pp 622-629 Disponiacutevel em lt httpwwwscie
    • THOMAZINE Angeacutelica Malman PASSOS Rocircmulo Silva BAY JUacuteNIOR Osvaldo Goacutees COLLET Neusa OLIVEIRA Beatriz Rosana Gonccedilalves de Assistecircncia de enfermagem agrave crianccedila hospitalizada um resgate histoacuterico Ciˆnc cuid sapoundde 7(supl1) 145-152 maio 200
      • F 363 Fernandes Karina Rodrigues
      • Os cuidados de enfermagem acerca dos acessos venosos perifeacutericos na unidade pediaacutetrica Karina Rodrigues Fernandes ndash Niteroacutei [sn] 2014
        • CDD 61073
Page 23: UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE ESCOLA DE …app.uff.br/riuff/bitstream/1/3317/1/TCC Karina Rodrigues Fernandes.pdf · A punção venosa periférica é um procedimento essencial para

21

pesquisador toma contato direto com o material adquirido deixando-se impregnar por seu

conteuacutedo Posteriormente haacute a constituiccedilatildeo do Corpus textual onde eacute feita uma seleccedilatildeo dos

documentos que iratildeo contemplar e fornecer informaccedilotildees sobre o tema sendo assim adequados

para dar resposta aos objetivos do trabalho (MINAYO 2010 p 315)

Essa fase preacute-analiacutetica eacute onde se determinam a unidades de registro unidade de

contexto e a partir delas satildeo determinados os temas que seratildeo analisados A unidade de

registro corresponde parte do conteuacutedo selecionado como base para analise e apoacutes a

delimitaccedilatildeo do contexto de compreensatildeo da unidade de registro eacute estabelecida a unidade de

contexto (MINAYO 2010 p 316)

De acordo com os objetivos da pesquisa foi possiacutevel perceber que nove (9)

entrevistas supriam para atender os mesmo encerrando assim a coleta Apoacutes a transcriccedilatildeo das

entrevistas foi realizada leitura das mesmas para natildeo soacute conhecimento do material mas

tambeacutem estabelecer as unidades de registro Em seguida foi realizado o colorimento das falas

assim as classificando de acordo com as unidades de registro estabelecidas

As unidades de registro que surgiram foram os fatores que interferem na manutenccedilatildeo

do acesso venoso perifeacuterico e o apontamento do acompanhante como responsaacutevel pela perda

do acesso venoso perifeacuterico Elas receberam as cores vermelha e laranja respectivamente a

fim de facilitar o agrupamento dos dados A partir disto surgiram as unidades de contexto que

compreendem as falas das entrevistas de modo a exemplificar o contexto das unidades de

registro

Partindo para segunda etapa da analise temaacutetica a exploraccedilatildeo do material que consiste

numa classificaccedilatildeo que visa alcanccedilar o nuacutecleo de compreensatildeo do texto Busca-se encontrar

categorias que satildeo expressotildees ou palavras significativas em funccedilatildeo das quais o conteuacutedo seraacute

organizado Essas categorias satildeo responsaacuteveis pela especificaccedilatildeo dos temas (MINAYO

2010 p 317)

Nesse caso foram definidos os seguintes temas cuidados preacute intra e poacutes procedimento

de punccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico cuidados em desuso para manutenccedilatildeo do acesso

venoso perifeacuterico o acompanhante e a manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico Essas trecircs (3)

categorias seratildeo apresentadas analisadas e discutidas no capitulo seguinte

22

4 RESULTADOS E DISCUSSAtildeO

Nesse capiacutetulo apresento as trecircs categorias temaacuteticas que surgiram da anaacutelise dos

dados e que contemplaram de forma satisfatoacuteria os objetivos da pesquisa A primeira

categoria denominada como ldquoOs cuidados de enfermagem preacute intra e poacutes-procedimento de

punccedilatildeo do acesso venoso perifeacutericordquo traz os passos e cuidados que os profissionais realizam

antes durante e apoacutes a punccedilatildeo buscando descrever e analisar os fatores envolvidos na pratica

do procedimento em questatildeo que emergiram das entrevistas aleacutem dos cuidados de

enfermagem para a manutenccedilatildeo do mesmo

A segunda categoria que seraacute apresentada eacute ldquoOs cuidados em desuso para manutenccedilatildeo

do acesso venoso perifeacutericordquo que mostra os cuidados que os profissionais citaram como natildeo

mais utilizados para auxiliar na manutenccedilatildeo da punccedilatildeo venosa perifeacuterica

E a uacuteltima categoria eacute denominada ldquoO acompanhante e a manutenccedilatildeo do acesso

venoso perifeacutericordquo e traz a responsabilizaccedilatildeo do acompanhante pelos profissionais do setor

em relaccedilatildeo aos cuidados com manutenccedilatildeo da punccedilatildeo Essa categoria busca tambeacutem ressaltar a

funccedilatildeo do acompanhante durante a hospitalizaccedilatildeo da crianccedila destacando que determinados

cuidados satildeo de total funccedilatildeo da equipe de enfermagem

41 Os cuidados de enfermagem preacute intra e poacutes-procedimento de punccedilatildeo do acesso

venoso perifeacuterico

Para interpretar as unidades de contextos tive como base autores que definiram os

cuidados de enfermagem preacute intra e poacutes punccedilatildeo venosa perifeacuterica Para esses autores a fase

de preacute-punccedilatildeo compreende as accedilotildees de anaacutelise e conhecimento da prescriccedilatildeo avaliaccedilatildeo e

23

preparo emocional do paciente preparo do material e medicaccedilatildeo seleccedilatildeo do siacutetio de inserccedilatildeo

e dilataccedilatildeo da veia selecionada As accedilotildees envolvidas na punccedilatildeo satildeo a execuccedilatildeo das

precauccedilotildees-padratildeo antissepsia da pele punccedilatildeo do vaso a fixaccedilatildeo e curativo do cateter

Finalmente na etapa de poacutes-punccedilatildeo adota-se a identificaccedilatildeo da punccedilatildeo o descarte apropriado

das partes dos materiais natildeo utilizados a orientaccedilatildeo do paciente acerca da terapecircutica o

controle da infusatildeo atraveacutes do gotejamento se necessaacuterio e o registro do procedimento

Phillips12

De acordo com as entrevistas a seleccedilatildeo do local de punccedilatildeo eacute indicada com um fator

que interfere diretamente no tempo de permanecircncia do acesso venoso perifeacuterico visto que

dependendo do local ocorre a perda mais rapidamente Aleacutem da localizaccedilatildeo citaram tambeacutem

o calibre da veia como interferecircncia na manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico Seguem

abaixo algumas falas

(2001 apud ARAUacuteJO 2007 p18)

ldquoPrimeira coisa eacute vocecirc procurar bem a veia colocar uma veia de um bom calibre Se puder dar preferecircncia a natildeo puncionar dobrasrdquo (Cinderela) ldquoDependendo de onde estiver puncionado se for na matildeozinha a crianccedila fica toda hora ta mexendo taacute manipulando alguma coisa e se for no pezinho tambeacutem nem todo tempo vai ficar acamada entatildeo acaba perdendo o acessordquo(Bela ) ldquoO mau posicionamento pode levar a perdardquo (Rapunzel)

A opiniatildeo dos profissionais acima vai de encontro com o que eacute encontrado na

literatura visto que eacute de suma importacircncia que o mesmo avalie o cliente e considere alguns

aspectos para uma escolha criteriosa e eficaz como a finalidade da punccedilatildeo o tipo de soluccedilatildeo

a ser infundida a condiccedilatildeo da rede venosa a duraccedilatildeo da terapia idade do cliente habilidade

cognitiva da crianccedila a preferecircncia do cliente o que nem sempre seraacute possiacutevel satisfazer e

tambeacutem a sua atividade (ARAUacuteJO 2007 p31)

Os cuidados com o acesso venoso perifeacuterico satildeo importantes antes mesmo da

realizaccedilatildeo do procedimento Levando em consideraccedilatildeo que um erro durante a fase de preacute-

procedimento como a escolha errada do local de punccedilatildeo por exemplo poderaacute levar a perda

do acesso e prejudicar assim o tratamento aleacutem do bem-estar da crianccedila que seraacute puncionada

novamente

12 PHILLIPS L D Manual de terapia intravenosa 2ed Porto Alegre Artmed 2001

24

O vaso sanguiacuteneo que o profissional selecionar como local para puncionar deve ser

suficiente para suportar o calibre e o comprimento do cateter aleacutem de atender a necessidade

terapecircutica para que natildeo haja a necessidade de uma nova punccedilatildeo

A punccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico eacute um procedimento doloroso e de grande

incomodo para a crianccedila com isso eacute de suma importacircncia realizar a seleccedilatildeo preacutevia do

material poreacutem natildeo foi citado Outro cuidado rotineiro e natildeo menos importante como a

lavagem das matildeos antes da colocaccedilatildeo do acesso tambeacutem natildeo foi mencionado durante as

entrevistas

O preparo emocional da crianccedila e do acompanhante quanto ao procedimento deve ser

considerada praacutetica rotineira para a equipe de enfermagem O profissional de enfermagem

deve lavar as matildeos objetivando a reduccedilatildeo significativa de risco de infecccedilatildeo e recomenda-se o

uso de aacutegua e sabatildeo para lavagem das matildeos antes da colocaccedilatildeo do cateter venoso perifeacuterico

(PHILLIPS13

O preparo preacutevio do material para instalaccedilatildeo do cateter venoso perifeacuterico eacute importante

para evitar interrupccedilotildees do procedimento e consequentemente um maior tempo de

manipulaccedilatildeo da crianccedila (SILVA

2001apud ARAUacuteJO 2007 Centers for Disease Control and Prevention ndash CDC

2002 apud ARAUacuteJO 2007)

14

Outro aspecto citado e classificado como preacute-procedimento eacute o cuidado com a

medicaccedilatildeo a ser administrada incluindo cuidados com a diluiccedilatildeo e composiccedilatildeo da mesma

Seguem algumas das falas

2004 apud ARAUacuteJO 2007 p30)

ldquoEstar sempre diluindo as medicaccedilotildees de acordo com a prescriccedilatildeo meacutedica pois as medicaccedilotildees satildeo muito fortes e podem causar enfraquecimento da veia Tem que diluir direitinho e passar lento na veiardquo (Cinderela) ldquoTer cuidado principalmente quando eacute crianccedila e a diluiccedilatildeo da medicaccedilatildeo tambeacutem agraves vezes natildeo eacute pra passar em perifeacuterico e na segunda dose jaacute perdeurdquo (Alice)

O acesso venoso perifeacuterico eacute a primeira alternativa para infusatildeo intravenosa por ser de

mais faacutecil acesso e rapidez no efeito da medicaccedilatildeo O profissional de enfermagem deve ter

domiacutenio natildeo soacute relacionado agrave infusatildeo das medicaccedilotildees mas tambeacutem com a composiccedilatildeo

13 PHILLIPS L D Manual de terapia intravenosa 2ed Porto Alegre Artmed 2001 14 SILVA G R G Terapia intravenosa em receacutem-nascidos ndash orientaccedilotildees para o cuidado de Enfermagem Rio de Janeiro Cultura Meacutedica 2004

25

farmacoloacutegica das mesmas os efeitos adversos e colaterais que a droga pode causar inclusive

em relaccedilatildeo a diluiccedilatildeo o que normalmente eacute estabelecido como padratildeo no setor de acordo com

cada faacutermaco

Com a intenccedilatildeo de promover a eficaacutecia terapecircutica dos medicamentos administrados

por via intravenosa eacute atribuiccedilatildeo do profissional de enfermagem implementar teacutecnicas como a

diluiccedilatildeo acondicionamento e cuidados na administraccedilatildeo de faacutermacos a fim de evitar

prejuiacutezos no tratamento resultantes da incompatibilidade medicamentosa (PETERLINI

CHAUD e PEDREIRA 2006)

Os fatores intra-procedimento satildeo considerados aqueles diretamente relacionados com

o procedimento Os dados colidos nas entrevistas ressaltaram apenas a fixaccedilatildeo com um fator

que interfere nessa fase Este foi o dado mais repetitivo nas entrevistas poreacutem sempre citado

de forma superficial Seguem as falas dos profissionais quando questionados sobre o que era

importante para manutenccedilatildeo do acesso

ldquoTem que fazer uma boa fixaccedilatildeo Porque quando a pessoa natildeo fixa bem prejudica porque aquilo vai soltando e quando vocecirc vecirc jaacute perdeu a veiardquo(Cinderela) ldquoEu acho que natildeo tem o que fazer para manter o acesso A crianccedila vai ficar uns dias X com aquele acesso pra fazer medicaccedilatildeo e eu acho que natildeo tem o que vocecirc profissional fazer para que natildeo percardquo (Aurora) ldquoA fixaccedilatildeo evita a movimentaccedilatildeo excessiva no local que estaacute o acessordquo (Ariel) ldquoTer cuidado com o curativo saber manusear E manter sempre o curativo limpo trocar se necessaacuteriordquo (Rapunzel) ldquoA fixaccedilatildeo eacute muito importante pra natildeo soltar o acesso e pra ele ficar mais tempordquo(Mulan)

Oliveira Bezerra e Pereira (2008 p 94) afirmam que de acordo com o revelado por

determinados estudos o tipo de curativo a fixaccedilatildeo do cateter e o tempo de permanecircncia estatildeo

diretamente relacionados com a ocorrecircncia de complicaccedilotildees infecciosas como flebites e

tambeacutem infiltraccedilatildeo extravasamento desconexatildeo e deslocamento do cateter

26

Para Pettit e Kraus15

Potter

(1995 apud MACHADO PEDREIRA E CHAUD2005 p292) a

gaze esteacuteril fixada com a fita adesiva hipoalergecircnica bem como a peliacutecula transparente esteacuteril

satildeo os materiais mais recomendados para curativo e fixaccedilatildeo de cateter venoso perifeacuterico

16

Jaacute as peliacuteculas transparentes mais conhecidas como filme permitem a respiraccedilatildeo

normal da pele com alta permeabilidade ao oxigecircnio e vapores e eacute impermeaacutevel a liacutequidos e

micro-organismos (SILVA E ZANETTI 2004 p233) Aleacutem disso permitem tambeacutem a

visualizaccedilatildeo contiacutenua do local de punccedilatildeo permitindo assim avaliaccedilatildeo do mesmo natildeo soacute

durante a infusatildeo de medicaccedilotildees mas tambeacutem todo o tempo

(1998 apud SILVA E ZANETTI 2004 p233) afirma que nas fixaccedilotildees em

que se utiliza a gaze esteacuteril preconiza-se a utilizaccedilatildeo de teacutecnica asseacuteptica Neste curativo a

gaze esteacuteril eacute colocada sobre o siacutetio de inserccedilatildeo e suas bordas satildeo fixadas com fita adesiva

A observaccedilatildeo da punccedilatildeo eacute muito importante pois se o local de inserccedilatildeo se mostrar

com sinais e sintomas de complicaccedilotildees a terapia deve ser suspensa (OLIVEIRA BEZERRA

e PEREIRA 2008 p95)

A visualizaccedilatildeo contiacutenua do acesso permite que a equipe de enfermagem possa realizar

uma observaccedilatildeo mais particularizada em relaccedilatildeo agraves condiccedilotildees do acesso venoso perifeacuterico

podendo observar se haacute deslocamento do cateter sinais de infiltraccedilatildeo e tambeacutem sinais de

infecccedilatildeo

Para Silva Barbato e Valente (2013 p 1200) cabe ao enfermeiro fazer a avaliaccedilatildeo

diaacuteria e cuidadosa do curativo observando a presenccedila de umidade sujidade integridade do

oacutestio de inserccedilatildeo a fixaccedilatildeo bem como a realizaccedilatildeo do curativo e das anotaccedilotildees legais

competentes agraves suas funccedilotildees

A fase poacutes-procedimento eacute caracterizada por uma seacuterie de cuidados que a equipe de

enfermagem deve realizar para que se obtenha maior tempo de permanecircncia do acesso venoso

perifeacuterico Durante as entrevistas os cuidados citados foram a salinizaccedilatildeo do acesso cuidados

para evitar a flebite e a velocidade de infusatildeo

15 Pettit DM Kraus V The use of gauze versus transparent dressings for peripheral intravenous catheter sites Nurs ClinNorth Am 1995 30(3)495-506 16 Potter P Perry AG Fundamentos de enfermagem processo conceito e praacutetica 3ordf ed Santos(SP) Guanabara Koogan19981397pp801-43

27

ldquoManter um acesso bem salinizado que vocecirc lave pelo menos de duas de trecircs em trecircs horas Se bem que isso aqui na pediatria natildeo eacute muito comum aqui a gente soacute lava cada vez que vai fazer medicaccedilatildeo mas se eu natildeo me engano a literatura preconiza isso vocecirc lavar pelo menos de quatro em quatro horas o acessordquo (Aurora)

ldquoPra manter o acesso venoso perifeacuterico eacute importante manter ele salinizado Assim que a gente recebe o plantatildeo eu vou ver se o acesso ta peacutervio com uma ldquoseringuinhardquo vai la da uma ldquolavadinhardquo e vecirc se o acesso ta peacutervio e manter o acesso salinizadordquo (Ariel)

ldquoSalinizar de 6 em 6 horas para manter ele peacuterviordquo (Alice)

ldquoTem que passar lento a medicaccedilatildeo e a limpeza da aacuterea vocecirc tem que limpar bem a aacuterea pra vocecirc natildeo formar uma flebiterdquo (Cinderela)

A salinizaccedilatildeo do acesso eacute um cuidado simples e de grande importacircncia Esse cuidado

deve ser realizado para manter o acesso peacutervio e limpo e deve ser realizado antes e apoacutes

qualquer infusatildeo

Para Moncaio e Figueiredo (2009)

a ldquosalinizaccedilatildeordquo consiste em administrar sob pressatildeo positiva soluccedilatildeo salina (Soro fisioloacutegico a 09) logo apoacutes o teacutermino da infusatildeo da medicaccedilatildeo Este procedimento visa prevenir a formaccedilatildeo de trombos e fibrina evitar o contato de drogas incompatiacuteveis (quando da infusatildeo de mais de um item medicamentoso no mesmo horaacuterio) garantir a infusatildeo de todo o medicamento que possa ter ficado no sistema aleacutem de evitar retorno sanguiacuteneo mantendo o cateter peacutervio para a proacutexima infusatildeo

Durante a coleta de dados esse cuidado surgiu em diversos momentos poreacutem foi

possiacutevel perceber que os profissionais realizam o mesmo de forma banalizada Natildeo sabem de

fato a real funccedilatildeo de manter o acesso salinizado A impressatildeo que passa eacute que eles

aprenderam que esse cuidado deveria ser feito e simplesmente fazem Haacute divergecircncias

tambeacutem entre a equipe em relaccedilatildeo ao momento que deve ser realizada a salinizaccedilatildeo e isso nos

mostra a desatualizaccedilatildeo dos profissionais do setor e a falta de uma educaccedilatildeo continuada no

hospital

Os cuidados para evitar a flebite e a velocidade de infusatildeo da medicaccedilatildeo apareceram

menos nas entrevistas e interferem diretamente com a manutenccedilatildeo do acesso venoso

perifeacuterico

28

A flebite eacute uma inflamaccedilatildeo na veia puncionada ocorrendo quando as ceacutelulas

endoteliais da parede da veia que o cateter estaacute inserido tornam-se inflamadas e irregulares

propiciando a aderecircncia de plaquetas e predispondo a veia a inflamaccedilatildeo Eacute comum que o local

se apresente dolorido hiperemiado quente e edemaciado e nesses casos eacute aconselhada a

retirada do cateter Uma boa fixaccedilatildeo do cateter perifeacuterico eacute recomendada por autores na

literatura visto que previnem deslocamento faacutecil e permitem uma boa visualizaccedilatildeo do local

evitando complicaccedilotildees como a flebite e infiltraccedilatildeo (MOLDES et al 2011 p 330)

Dentre as principais falhas de infusatildeo venosa estatildeo flebite infiltraccedilatildeo hematoma e

obstruccedilatildeo Acredita-se que para reduzir a incidecircncia destas nas unidades pediaacutetricas eacute preciso

a adoccedilatildeo de estrateacutegias tais como a abordagem junto agrave equipe em parceria com o setor de

educaccedilatildeo permanente e a adoccedilatildeo do uso da teacutecnica corretamente e de forma asseacuteptica para a

realizaccedilatildeo da punccedilatildeo venosa perifeacuterica em acordo com a comissatildeo de controle de infecccedilatildeo

hospitalar (SILVA BARBATO e VALENTE 2013 p 1200)

A incapacidade do paciente em relatar dor no siacutetio de administraccedilatildeo do faacutermaco quer

pela idade ou condiccedilatildeo cliacutenica e o local de inserccedilatildeo como tambeacutem a velocidade de infusatildeo do

medicamento (gt25mgmin) satildeo classificados como fatores de risco para a perda do acesso

venoso perifeacuterico (MARTINS SILVINO e DIAS 2010)

42 Os cuidados em desuso para manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico

Essa categoria discorre sobre os cuidados de enfermagem que com o passar do tempo

foram desconsiderados e natildeo satildeo mais utilizados Quando questionados em relaccedilatildeo a vivencia

profissional e cuidados que discordavam os entrevistados citaram o uso da tala para fixaccedilatildeo

uso de heparina e os cuidados em relaccedilatildeo ao tempo de permanecircncia do cateter Haacute muitas

controveacutersias em relaccedilatildeo aos cuidados citados acima

O tempo de permanecircncia interfere diretamente no aparecimento de complicaccedilotildees

como flebite e que acabam levando a perda do acesso venoso perifeacuterico mais rapidamente

aconselhando assim a troca do mesmo entre 76 a 96 horas Poreacutem eacute preconizada a retirada do

cateter apenas se finalizar o tratamento ou houver alguma interferecircncia

ldquoA gente observa tambeacutem o tempo dependendo do tempo tem que tirarrdquo (Alice)

29

ldquoHoje eu natildeo sei como que eacute essa questatildeo do tempo porque a gente trocava o acesso a cada quatro dias agora o pessoal jaacute diz que pode trocar em ateacute uma semana entatildeo natildeo sei como que ta isso e o que tem escrito em relaccedilatildeo a isso (Aurora)

Sabe-se que o tempo para troca do cateter de teflon ou poliuretano varia de 72 a 96

horas com o intuito de reduzir risco de infecccedilatildeo e flebite e para minimizar esses riscos nas

seguintes situaccedilotildees diante de sinais inflamatoacuterios no local de inserccedilatildeo e sempre que houver

mau funcionamento do cateter (SANTOS17

Entretanto o Center for Disease Control and Prevention - CDC (2002) diz que em

pacientes pediaacutetricos natildeo foi observada relaccedilatildeo quanto ao tempo de permanecircncia do cateter e

ocorrecircncia de complicaccedilotildees devendo ser mantido ateacute o teacutermino da terapia intravenosa ou

quando forem observados sinais cliacutenicos de complicaccedilotildees

2004 apud OLIVEIRA BEZERRA e PEREIRA

2008 p 93)

Eacute possiacutevel observar a diferenccedila do conhecimento pratico dos profissionais

entrevistados em relaccedilatildeo ao conhecimento encontrado na literatura E ainda contendo duacutevidas

natildeo haacute uma busca da parte dos mesmos para esclarececirc-las

O uso da heparina com a finalidade de manter o acesso peacutervio por um periacuteodo maior

de tempo mostra-se com mais certeza quanto ao desuso nos dados colidos

ldquoAntigamente a gente usava heparina entatildeo a gente ficava tranquila em relaccedilatildeo agrave obstruccedilatildeo mas agora natildeo a gente usa o soro fisioloacutegico e a gente deixa salinizadordquo (Aurora)

Rang e Dale 18(1998 apud DOPICO e OLIVEIRA 2006) afirmam que a heparina

inibe a formaccedilatildeo de coaacutegulos de fibrina in vitro e in vivo e que seu efeito anticoagulante eacute

praticamente imediato Com isso Phillips19

17 Santos W Lavagem das matildeos In R Luiz Santos W Manual baacutesico de prevenccedilatildeo e controle das infecccedilotildees hospitalares do HRU Fortaleza Hospital Regional Unimed 2004

(2001 apud DOPICO e OLIVEIRA 2006)

ressalta que a teacutecnica de manutenccedilatildeo intermitente de cateteres intravenosos com soluccedilatildeo

salina 09 classificada como salinizaccedilatildeo tem sido pesquisada haacute alguns anos apresentando

em relaccedilatildeo ao uso da heparina vantagens como o baixo custo ser um procedimento mais

18 Rang HP Dale M M Hemostasia e Trombose In Rang HP Dale M M Farmacologia Rio de Janeiro Guanabara Koogan 1998 p235-47 19 PHILLIPS L D Manual de terapia intravenosa 2ed Porto Alegre Artmed 2001

30

simples aleacutem de eliminar a possibilidade de incompatibilidade com as drogas e soluccedilotildees

administradas aleacutem da inexistecircncia de riscos ao paciente Entretanto sabe-se que a literatura

ainda natildeo fornece consenso acerca da soluccedilatildeo mais indicada para manutenccedilatildeo da

permeabilidade do cateter venoso perifeacuterico

Eacute importante ressaltar que muitas instituiccedilotildees do nosso paiacutes nem ao menos tecircm o

conhecimento da praacutetica da salinizaccedilatildeo com soluccedilatildeo salina 09 No que se refere agrave pesquisa

cientiacutefica as limitaccedilotildees desta praacutetica satildeo atribuiacutedas agrave ausecircncia de um maior nuacutemero de

estudos controlados para validar sua eficaacutecia (EPPERSON20

Apesar de natildeo ser encontradas publicaccedilotildees acerca do tema a utilizaccedilatildeo de heparina

mostra-se como uma pratica natildeo mais utilizada pelos profissionais de enfermagem Outro

tema onde haacute controveacutersias e tambeacutem poucas citaccedilotildees eacute o uso da tala para fixaccedilatildeo do acesso

venoso perifeacuterico Seguem abaixo a opiniatildeo de alguns dos profissionais entrevistados

1984 apud DOPICO e

OLIVEIRA 2006)

ldquoA uacutenica coisa que eu natildeo gosto de ver eacute quando se coloca tala para imobilizar dizendo que a tala vai ajudar a natildeo perder a veia Isso eu natildeo concordo acho que a tala prejudica a crianccedila fica incomodada faz dor no membrordquo (Cinderela)

ldquoAntigamente a gente usava muito tala e as vezes eu pego isso aqui ai eu falo gente tala natildeo se usa mais natildeo faz parte mais da fixaccedilatildeo vocecirc pode fixar de uma forma que a crianccedila natildeo perca A tala eu acho que ela traumatiza um pouco ainda mais se vocecirc pegar um acesso na dobra vocecirc vai fazer com que a crianccedila fique com o braccedilo esticado muito tempo eu acho que pode causar uma lesatildeo depois e a literatura jaacute fala que eacute desnecessaacuteria natildeo precisa maisrdquo (Aurora) ldquoAntigamente usavam tala mas hoje em dia quase natildeo se vecirc mais e eu acho que a tala atrapalha porque a crianccedila fica imobilizada no membro ai fica mais irritadardquo (Rapunzel) ldquoLaacute no meu outro trabalho alguns usam a tala Eu acho que a tala ajuda ateacute a perder mais raacutepido porque a crianccedila fica incomodada vai querer mexer naquilordquo (Mulan)

20 Epperson EL Efficacy of 09 sodium chloride injection with without heparin for maintenance indwelling intermittent injection sites Clin Pharm1984 3(5)26

31

Almeida e Sabateacutes21

Entretanto haacute estudo que comprovam que o uso da tala natildeo se mostra tatildeo eficiente e

apresenta-se como uma praacutetica controversa O estudo foi realizado em crianccedilas ateacute os 12 anos

utilizando imobilizaccedilatildeo com tala e em mais de metade dos casos (553) ocorreu infiltraccedilatildeo

o que indicia a ineficaacutecia desta praacutetica (MACHADO PEDREIRA e CHAUD 2008 apud

BATALHA et al 2010 p512)

(2008 apud BATALHA et al 2010 p512) afirmam que a teacutecnica

de fixaccedilatildeo dos CVP com uso de imobilizaccedilatildeo com tala para restriccedilatildeo ou limitaccedilatildeo dos

movimentos articulares proacuteximo do local da punccedilatildeo estaacute indicado nas matildeos punhos cotovelo

e maleacuteolo

Para Batalha et al (2010 p512) o uso desta praacutetica parece natildeo se coadunar com o

atual uso de cateteres flexiacuteveis tipo abocath em detrimento de agulhas metaacutelicas Talvez por

isso comecem a surgir novas teacutecnicas de fixaccedilatildeo dos CVP que natildeo exigem imobilizaccedilatildeo das

articulaccedilotildees com talas

Aleacutem de natildeo haver uma confirmaccedilatildeo dos benefiacutecios causados pelo uso da tala a

imobilizaccedilatildeo causa incocircmodo para a crianccedila que fica com o membro imoacutevel podendo causar

dor e tambeacutem irritaccedilatildeo O uso desse tipo de fixaccedilatildeo tambeacutem impede a visualizaccedilatildeo frequente

do acesso venoso afetando assim os cuidados de observaccedilatildeo da equipe de enfermagem

43 O acompanhante e a manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico

A presente categoria vai discutir um assunto importante que surgiu durante as

entrevistas de forma inesperada Alguns dos profissionais entrevistados citaram o descuido do

acompanhante como um fator causador da perda do acesso venoso perifeacuterico Seguem abaixo

algumas falas

ldquoA matildee sempre acompanha e tem matildee que natildeo tem cuidado natildeo vigia e a gente tem que ficar pedindo pra olhar tomar contardquo (Aurora)

ldquoEm relaccedilatildeo ao acompanhante porque a crianccedila natildeo vai avaliar entatildeo o acompanhante que estar ali tem que avaliar direitinho natildeo deixar a crianccedila mexer ou puxarrdquo (Bela)

ldquoNatildeo eacute toda matildee que esta vigiando que cuida pra que a crianccedila natildeo perca o acessordquo (Jasmine)

21 Almeida FA Sabateacutes AL Enfermagem pediaacutetrica a crianccedila o adolescente e a sua famiacutelia no hospital Satildeo Paulo(SP) Manole 2008

32

ldquoAcho que leva a perda quando o acompanhante natildeo coopera as vezes a gente faz a imobilizaccedilatildeo na crianccedila e as vezes eles ateacute retiram e a proacutepria crianccedila agitada ela mesmo arrancardquo (Branca de Neve)

ldquoAgraves vezes a proacutepria crianccedila que a matildee deixa muito solta ai solta o acessordquo (Mulan)

Apoacutes a implementaccedilatildeo da lei que garante um acompanhante ao paciente pediaacutetrico a

presenccedila do familiarresponsaacutevel durante a hospitalizaccedilatildeo mudou a rotina da equipe de

enfermagem trazendo duacutevidas quanto a real funccedilatildeo do acompanhante e fazendo com que a

mesma viesse a delegar certos cuidados para acompanhante

A Promulgaccedilatildeo da Lei 8069 do Estatuto da Crianccedila e do Adolescente (ECA) em

1990 no seu artigo 12deg garante agrave crianccedila ou ao adolescente o direito de ter um responsaacutevel

que o acompanhe durante a hospitalizaccedilatildeo (1990)

Desde a sua implantaccedilatildeo as unidades vecircm sofrendo um processo de reorganizaccedilatildeo de

suas praacuteticas A inserccedilatildeo da famiacutelia modifica a organizaccedilatildeo do processo de trabalho o que

requer dos profissionais uma compreensatildeo em relaccedilatildeo agrave dinacircmica das relaccedilotildees interpessoais

(COLLET e ROCHA 2004)

Pimenta e Collet (2009) ressaltam que natildeo haacute nenhuma regulamentaccedilatildeo sobre a

participaccedilatildeo da famiacutelia nos cuidados e no entanto a mesma desempenha atividades junto agrave

crianccedila durante a hospitalizaccedilatildeo que devem ser levadas em consideraccedilatildeo A falta de

reconhecimento desse fato fez com que a equipe de enfermagem e famiacutelia natildeo possuiacutessem

uma relaccedilatildeo aberta e vivessem uma relaccedilatildeo silenciosa e impliacutecita de poder na qual a famiacutelia

acaba assumindo as relaccedilotildees do cuidado agrave crianccedila de responsabilidade da enfermagem

A negociaccedilatildeo entre matildees e equipe de enfermagem em relaccedilatildeo aos cuidados agrave crianccedila

hospitalizada natildeo eacute uma tarefa faacutecil tendo em vista que natildeo se tem claro qual o seu novo

papel neste processo (COLLET e ROCHA 2004)

Eacute possiacutevel ver nas falas que a presenccedila do acompanhante causa para a equipe de

enfermagem a seguranccedila de ter algueacutem para ldquovigiarrdquo ldquotomar contardquo e natildeo deixar que a

crianccedila hospitalizada perca o acesso venoso quando na verdade eacute funccedilatildeo da equipe de

enfermagem cuidados referentes ao acesso venoso perifeacuterico

33

Jaacute o acompanhante eacute definido pelo Ministeacuterio da Sauacutede como uma pessoa significativa

para a crianccedila que representa sua rede social e que vai acompanhaacute-lo durante a permanecircncia

no ambiente hospitalar ressaltando assim sua importacircncia Esse fato se reforccedila visto que a

crianccedila encontra nos familiares a forccedila e seguranccedila necessaacuteria para encarar todo esse processo

doloroso e desconhecido (MURAKAMI e CAMPOS 2011 p255)

O acompanhante aleacutem de minimizar o sofrimento do paciente pediaacutetrico faz com que

o mesmo sinta-se mais a vontade Eacute importante ressaltar que o familiarresponsaacutevel natildeo soacute

pode como deve participar das atividades da crianccedila no hospital desde que estas natildeo sejam

competecircncias dos profissionais que os cercam Essas atividades satildeo caracterizadas como

semelhantes aos que eles realizam diariamente fora do ambiente hospitalar como o banho

Poreacutem no caso de um paciente com punccedilatildeo venosa perifeacuterica o profissional de enfermagem

deve auxiliar no cuidado para que essa natildeo se perca

Os cuidados dos familiaresacompanhantes satildeo os mesmos que os desenvolvidos no

domiciacutelio e os cuidados prestados pela equipe de enfermagem satildeo aqueles que demandam

conhecimento teacutecnico-cientiacutefico especializado (SOUZA e OLIVEIRA 2010 p558)

Mesmo alguns cuidados parecerem simples e rotineiros quando eacute prestado no

hospital assumem novas caracteriacutesticas com o uso de dispositivos tecnoloacutegicos os quais se

tornam complexos (PIMENTA E COLLET 2009)

O ato de cuidar envolve o respeito agrave maneira como vive cada indiviacuteduo de acordo

com suas crenccedilas valores costumes e cultura A famiacutelia como uma instituiccedilatildeo atende agraves

necessidades bioloacutegicas de seus membros sendo sua responsabilidade cuidar e criar os filhos

incluindo a obrigaccedilatildeo da alimentaccedilatildeo higiene vestuaacuterio e moradia (ELSEN22

Nas entrevistas podemos verificar falas em que o acompanhante eacute citado como

responsaacutevel por avaliar a punccedilatildeo venosa A equipe de enfermagem deve sempre partir do

pressuposto que o familiar acompanhante natildeo tem conhecimento cientiacutefico e certo tipo de

cuidado natildeo deve se delegado para o mesmo mostrando assim a importacircncia da orientaccedilatildeo do

acompanhante quanto aos procedimentos dispositivos utilizados e cuidados em que os

etal 1994

apud SOUZA e OLIVEIRA 2010 p 553)

22 Elsen I Patriacutecio ZM Assistecircncia agrave crianccedila hospitalizada tipos de abordagens e suas implicaccedilotildees para a enfermagem In A enfermagem em pediatria e puericultura Rio de Janeiro (RJ) Atheneu 2005

34

mesmos possam auxiliar Seguem abaixo as falas onde os profissionais ressaltaram a

importacircncia da orientaccedilatildeo do acompanhante

ldquoNem sempre a crianccedila vai entender o porque de estar com aquele acesso entatildeo tem que ter uma orientaccedilatildeo do acompanhanterdquo (Bela)

ldquoTem que haver orientaccedilatildeo do acompanhante para os cuidadosrdquo (Ariel)

ldquoAgraves vezes tem ate o exemplo de um pai que natildeo deixa trocar o acesso jaacute tinha mais de uma semana e ele natildeo queria que trocasse ai faz febre e natildeo sabe da onderdquo (Alice)

Para Souza e Oliveira (2010 p555) deve haver uma preocupaccedilatildeo em orientar

considerando que o outro natildeo tem nenhum tipo de conhecimento sobre o assunto Poreacutem

Queiroz e Jorge23

Apesar das dificuldades o profissional de enfermagem deve estabelecer um viacutenculo de

confianccedila com o acompanhante buscando sempre deixaacute-los ciente das situaccedilotildees e fazendo-os

participar dos cuidados plausiacuteveis sem causar nenhum dano agrave crianccedila e de maneira alguma

abandonar suas atribuiccedilotildees

(2004 apud SOUZA e OLIVEIRA 2010 p 556) ressaltam que apesar de os

profissionais terem intenccedilatildeo de orientar os cuidados para a sauacutede repassam conhecimentos

elaborados cientificamente dificultando a compreensatildeo do familiar aleacutem de a relaccedilatildeo se dar

de maneira vertical assimeacutetrica e coercitiva

23 Queiroz MVO Jorge MSB Accedilotildees educativas no cuidado infantil e intervenccedilotildees dos profissionais junto agraves famiacutelias Acta Scientiarum Maringaacute 2004 janjun 26(1) 27-34

35

CONCLUSAtildeO

Atraveacutes desse estudo foi possiacutevel descrever e analisar os cuidados que os profissionais

de enfermagem realizam acerca da permanecircncia do acesso venoso perifeacuterico Aleacutem disso a

realizaccedilatildeo da pesquisa permitiu identificar a desarticulaccedilatildeo do processo de enfermagem e a

praacutetica desconectada da produccedilatildeo cientiacutefica caracterizando a falta de uma educaccedilatildeo

continuada efetiva

A anaacutelise dos dados demonstra o processo de punccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico

ressaltando a importacircncia de cuidados como a seleccedilatildeo do local a diluiccedilatildeo da medicaccedilatildeo a

realizaccedilatildeo de uma boa fixaccedilatildeo a atenccedilatildeo com a velocidade de infusatildeo os cuidados com os

sinais de infecccedilatildeo e salinizaccedilatildeo do acesso natildeo deixando de salientar cuidados em desuso

como o uso da heparina da tala e duvidas em relaccedilatildeo ao tempo de permanecircncia Evidenciou

tambeacutem que a equipe de enfermagem delega alguns cuidados para os acompanhantes

Natildeo foi possiacutevel perceber o niacutevel de conhecimento cientiacutefico dos profissionais visto

que eles em nenhum momento por natildeo saberem ou por medo de se expor natildeo explicaram de

fato nenhum cuidado que disseram realizar Sempre citaram de forma superficial e direta

deixando claro tambeacutem que o pesquisador natildeo os indagou quanto a isso Poreacutem creio que

diante de cuidados tatildeo importantes e de frequente praacutetica os mesmos falariam facilmente

sobre os cuidados de enfermagem na permanecircncia do acesso venoso perifeacuterico

Apesar dos entrevistados citarem alguns fatores e cuidados realizados de forma

correta eacute visiacutevel que os mesmos realizam os cuidados com a punccedilatildeo e a permanencia do

acesso de forma automaacutetica sem unir a praacutetica com o fundamento do mesmo

Eacute importante destacar tambeacutem a importacircncia do preparo emocional da crianccedila como

tambeacutem os cuidados com a famiacutelia dos mesmos O trabalho de humanizaccedilatildeo realizado pela

36

enfermagem faz grande diferenccedila nessas situaccedilotildees visto que os pacientes e acompanhantes

tendo conhecimento do que seraacute realizado ficariam mais tranquilos

O estudo contribuiu para o campo do ensino nesta aacuterea dando destaque ao importante

papel que o profissional de enfermagem deve desempenhar no cuidado e na manutenccedilatildeo do

acesso venoso perifeacuterico Contudo vale ressaltar a importacircncia do incentivo ao profissional a

buscar na literatura natildeo soacute esclarecimento de suas duvidas mas tambeacutem novos

conhecimentos

Pode colaborar ainda para a realizaccedilatildeo de novas pesquisas na aacuterea procurando

eliminar duacutevidas e controveacutersias sobre o tema Buscando assim a realizaccedilatildeo de um cuidado de

enfermagem articulado e eficaz promovendo o bem-estar do paciente pediaacutetrico durante a

hospitalizaccedilatildeo

37

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44

APEcircNDICE I

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO Tiacutetulo Do Projeto Os cuidados de enfermagem acerca dos acessos venosos perifeacutericos na unidade pediaacutetrica Pesquisador Responsaacutevel Rosane Cordeiro Burla de Aguiar Eny Dorea Paiva e Karina Rodrigues Fernandes Instituiccedilatildeo a que Pertence o Pesquisador Responsaacutevel Universidade Federal Fluminense Telefone para contato (21) 98355269 (21) 82392939 (21) 91786609 Nome do voluntaacuterio _________________________________________________________ Idade ________ anos RG ____________________________

AO Sr (a) estaacute sendo convidado (a) a participar do projeto de pesquisa OS CUIDADOS DE

ENFERMAGEM ACERCA DOS ACESSOS VENOSOS PERIFEacuteRICOS NA UNIDADE PEDIATRICA de

responsabilidade da pesquisadora Profordf Drordf Rosane Cordeiro Burla de Aguiar e Profordf Drordf Eny Dorea Paiva A

punccedilatildeo venosa perifeacuterica eacute um procedimento essencial durante a hospitalizaccedilatildeo da crianccedila visto que eacute atraveacutes

dela que eacute administrada grande parte das medicaccedilotildees Este estudo se justifica diante da importacircncia da

necessidade de um maior periacuteodo de permanecircncia dos acessos venosos perifeacutericos Com isso aleacutem da

diminuiccedilatildeo de eventos que causam dor e irritaccedilatildeo na crianccedila e na famiacutelia promoveraacute tambeacutem uma melhor estada

dos mesmos durante o periacuteodo de hospitalizaccedilatildeo Os objetivos da pesquisa satildeo 1) Descrever os fatores que

interferem na manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico de acordo com a equipe de enfermagem 2)Analisar os

cuidados da equipe de enfermagem na manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico A coleta de dados se daraacute

atraveacutes de entrevistas semi estruturadas que seratildeo gravadas As informaccedilotildees colhidas seratildeo tratadas de forma

anocircnima e confidencial ou seja em nenhum momento seratildeo divulgados o seu nome e somente os

pesquisadores teratildeo acesso agraves informaccedilotildees Os dados obtidos com a pesquisa poderatildeo ser publicados apenas com

fins cientiacuteficos Eles natildeo seratildeo utilizados para fins comerciais ou para outra finalidade qualquer Caso necessite

poderatildeo ser marcados encontros para respostas ou esclarecimentos de qualquer duacutevida acerca da pesquisa A sua

participaccedilatildeo eacute voluntaria e eacute importante lembrar que vocecirc poderaacute desistir de participar da pesquisa em qualquer

momento A entrevista seraacute marcada em um dia e horaacuterio que vocecirc achar melhor Seraacute realizada

individualmente em um ambiente que nos ofereccedila privacidade Esta pesquisa natildeo oferece riscos para vocecirc e os

benefiacutecios da sua participaccedilatildeo satildeo de aumentar o conhecimento cientiacutefico na aacuterea de Enfermagem Pediaacutetrica

aleacutem de contribuir para a praacutetica profissional Este documento seraacute elaborado em duas vias uma para vocecirc e a

outra seraacute arquivada pelo pesquisador

Eu_____________________________________________________________ RG no _____________________________ Declaro que apoacutes ter entendido o que me foi explicado consinto voluntariamente em participar do presente Protocolo de Pesquisa entendo ainda que posso retirar o meu consentimento a qualquer momento antes ou durante a realizaccedilatildeo do mesmo declaro ter sido informada(o) e concordo em participar como voluntaacuteria(o) da pesquisa acima descrita Rio de Janeiro_______de_______________de 20___ _____________________________ ________________________________

(Participante) Karina Rodrigues Fernandes (Responsaacutevel por obter o consentimento)

______________________________________ _______________________________________ (Testemunha) (Testemunha)

45

APEcircNDICE II

ROTEIRO PARA ENTREVISTA

1) O que vocecirc acha que pode levar a perda do acesso perifeacuterico

2) Para vocecirc o que eacute importante para manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico nas

crianccedilas

3) O que vocecirc acha que pode interferir na sua manutenccedilatildeo

4) Que medidas vocecirc adota no seu dia a dia para manter o acesso

5) Na sua vivencia profissional o que vocecirc discorda dos cuidados que geralmente satildeo

utilizados para manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico

46

ANEXO

47

48

  • KARINA RODRIGUES FERNANDES
    • COA Thatiana Fernanda PETTENGILL Myriam Aparecida Mandetta Autonomia da crianccedila hospitalizada frente aos procedimentos crenccedilas da enfermeira pediatra Acta paul enferm 19(4) 433-438 out-dez 2006 Disponiacutevel em lt wwwscielobrscielophpscr
    • JANSEN Michele Ferraz SANTOS Rosane Maria dos FAVERO Luciane Benefiacutecios da utilizaccedilatildeo do brinquedo durante o cuidado de enfermagem prestado agrave crianccedila hospitalizada Rev Gaucha Enferm 31(2) 247-253 jun 2010 Disponiacutevel em lt httpwwwscielo
    • MAGNABOSCO Gisele TONELLI Ana Lucia Nascimento Fonseca SOUZA Sarah Nancy Deggau Hegeto de Abordagens no cuidado de enfermagem agrave crianccedila hospitalizada submetida a procedimentos uma revisatildeo de literatura Cogitare enferm 13(1) 103-108 jan-mar
    • MARTINS Maria do Rosaacuterio RIBEIRO Circeacutea Amalia BORBA Regina Issuzu Hirooka de and SILVA Conceiccedilatildeo Vieira daProtocolo de preparo da crianccedila preacute-escolar para punccedilatildeo venosa com utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico Rev Latino-Am Enfermagem [on
    • OLIVEIRA Maria Ivoneide Veriacutessimo de BEZERRA Maria Gorette Andrade PEREIRA Vanessa Ramos Cateterizaccedilatildeo venosa assistecircncia de enfermagem-UTI pediaacutetrica Rev da Rede de Enfermagem do Nordeste AbrJun de 2008 Disponiacutevel em lt httpwwwrevistar
    • PETERLINI Maria Angeacutelica Sorgini CHAUD Massae Noda and PEDREIRA Mavilde da L GOacuterfatildeos de terapia medicamentosa a administraccedilatildeo de medicamentos por via intravenosa em crianccedilas hospitalizadasRev Latino-Am Enfermagem [online] 2003 vol11 n
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    • PIMENTA Erika Acioli Gomes COLLET Neusa Dimensatildeo cuidadora da enfermagem e da famiacutelia na assistecircncia agrave crianccedila hospitalizada concepccedilotildees da enfermagem Rev esc enferm USP [online] 2009 vol43 n3 pp 622-629 Disponiacutevel em lt httpwwwscie
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        • CDD 61073
Page 24: UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE ESCOLA DE …app.uff.br/riuff/bitstream/1/3317/1/TCC Karina Rodrigues Fernandes.pdf · A punção venosa periférica é um procedimento essencial para

22

4 RESULTADOS E DISCUSSAtildeO

Nesse capiacutetulo apresento as trecircs categorias temaacuteticas que surgiram da anaacutelise dos

dados e que contemplaram de forma satisfatoacuteria os objetivos da pesquisa A primeira

categoria denominada como ldquoOs cuidados de enfermagem preacute intra e poacutes-procedimento de

punccedilatildeo do acesso venoso perifeacutericordquo traz os passos e cuidados que os profissionais realizam

antes durante e apoacutes a punccedilatildeo buscando descrever e analisar os fatores envolvidos na pratica

do procedimento em questatildeo que emergiram das entrevistas aleacutem dos cuidados de

enfermagem para a manutenccedilatildeo do mesmo

A segunda categoria que seraacute apresentada eacute ldquoOs cuidados em desuso para manutenccedilatildeo

do acesso venoso perifeacutericordquo que mostra os cuidados que os profissionais citaram como natildeo

mais utilizados para auxiliar na manutenccedilatildeo da punccedilatildeo venosa perifeacuterica

E a uacuteltima categoria eacute denominada ldquoO acompanhante e a manutenccedilatildeo do acesso

venoso perifeacutericordquo e traz a responsabilizaccedilatildeo do acompanhante pelos profissionais do setor

em relaccedilatildeo aos cuidados com manutenccedilatildeo da punccedilatildeo Essa categoria busca tambeacutem ressaltar a

funccedilatildeo do acompanhante durante a hospitalizaccedilatildeo da crianccedila destacando que determinados

cuidados satildeo de total funccedilatildeo da equipe de enfermagem

41 Os cuidados de enfermagem preacute intra e poacutes-procedimento de punccedilatildeo do acesso

venoso perifeacuterico

Para interpretar as unidades de contextos tive como base autores que definiram os

cuidados de enfermagem preacute intra e poacutes punccedilatildeo venosa perifeacuterica Para esses autores a fase

de preacute-punccedilatildeo compreende as accedilotildees de anaacutelise e conhecimento da prescriccedilatildeo avaliaccedilatildeo e

23

preparo emocional do paciente preparo do material e medicaccedilatildeo seleccedilatildeo do siacutetio de inserccedilatildeo

e dilataccedilatildeo da veia selecionada As accedilotildees envolvidas na punccedilatildeo satildeo a execuccedilatildeo das

precauccedilotildees-padratildeo antissepsia da pele punccedilatildeo do vaso a fixaccedilatildeo e curativo do cateter

Finalmente na etapa de poacutes-punccedilatildeo adota-se a identificaccedilatildeo da punccedilatildeo o descarte apropriado

das partes dos materiais natildeo utilizados a orientaccedilatildeo do paciente acerca da terapecircutica o

controle da infusatildeo atraveacutes do gotejamento se necessaacuterio e o registro do procedimento

Phillips12

De acordo com as entrevistas a seleccedilatildeo do local de punccedilatildeo eacute indicada com um fator

que interfere diretamente no tempo de permanecircncia do acesso venoso perifeacuterico visto que

dependendo do local ocorre a perda mais rapidamente Aleacutem da localizaccedilatildeo citaram tambeacutem

o calibre da veia como interferecircncia na manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico Seguem

abaixo algumas falas

(2001 apud ARAUacuteJO 2007 p18)

ldquoPrimeira coisa eacute vocecirc procurar bem a veia colocar uma veia de um bom calibre Se puder dar preferecircncia a natildeo puncionar dobrasrdquo (Cinderela) ldquoDependendo de onde estiver puncionado se for na matildeozinha a crianccedila fica toda hora ta mexendo taacute manipulando alguma coisa e se for no pezinho tambeacutem nem todo tempo vai ficar acamada entatildeo acaba perdendo o acessordquo(Bela ) ldquoO mau posicionamento pode levar a perdardquo (Rapunzel)

A opiniatildeo dos profissionais acima vai de encontro com o que eacute encontrado na

literatura visto que eacute de suma importacircncia que o mesmo avalie o cliente e considere alguns

aspectos para uma escolha criteriosa e eficaz como a finalidade da punccedilatildeo o tipo de soluccedilatildeo

a ser infundida a condiccedilatildeo da rede venosa a duraccedilatildeo da terapia idade do cliente habilidade

cognitiva da crianccedila a preferecircncia do cliente o que nem sempre seraacute possiacutevel satisfazer e

tambeacutem a sua atividade (ARAUacuteJO 2007 p31)

Os cuidados com o acesso venoso perifeacuterico satildeo importantes antes mesmo da

realizaccedilatildeo do procedimento Levando em consideraccedilatildeo que um erro durante a fase de preacute-

procedimento como a escolha errada do local de punccedilatildeo por exemplo poderaacute levar a perda

do acesso e prejudicar assim o tratamento aleacutem do bem-estar da crianccedila que seraacute puncionada

novamente

12 PHILLIPS L D Manual de terapia intravenosa 2ed Porto Alegre Artmed 2001

24

O vaso sanguiacuteneo que o profissional selecionar como local para puncionar deve ser

suficiente para suportar o calibre e o comprimento do cateter aleacutem de atender a necessidade

terapecircutica para que natildeo haja a necessidade de uma nova punccedilatildeo

A punccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico eacute um procedimento doloroso e de grande

incomodo para a crianccedila com isso eacute de suma importacircncia realizar a seleccedilatildeo preacutevia do

material poreacutem natildeo foi citado Outro cuidado rotineiro e natildeo menos importante como a

lavagem das matildeos antes da colocaccedilatildeo do acesso tambeacutem natildeo foi mencionado durante as

entrevistas

O preparo emocional da crianccedila e do acompanhante quanto ao procedimento deve ser

considerada praacutetica rotineira para a equipe de enfermagem O profissional de enfermagem

deve lavar as matildeos objetivando a reduccedilatildeo significativa de risco de infecccedilatildeo e recomenda-se o

uso de aacutegua e sabatildeo para lavagem das matildeos antes da colocaccedilatildeo do cateter venoso perifeacuterico

(PHILLIPS13

O preparo preacutevio do material para instalaccedilatildeo do cateter venoso perifeacuterico eacute importante

para evitar interrupccedilotildees do procedimento e consequentemente um maior tempo de

manipulaccedilatildeo da crianccedila (SILVA

2001apud ARAUacuteJO 2007 Centers for Disease Control and Prevention ndash CDC

2002 apud ARAUacuteJO 2007)

14

Outro aspecto citado e classificado como preacute-procedimento eacute o cuidado com a

medicaccedilatildeo a ser administrada incluindo cuidados com a diluiccedilatildeo e composiccedilatildeo da mesma

Seguem algumas das falas

2004 apud ARAUacuteJO 2007 p30)

ldquoEstar sempre diluindo as medicaccedilotildees de acordo com a prescriccedilatildeo meacutedica pois as medicaccedilotildees satildeo muito fortes e podem causar enfraquecimento da veia Tem que diluir direitinho e passar lento na veiardquo (Cinderela) ldquoTer cuidado principalmente quando eacute crianccedila e a diluiccedilatildeo da medicaccedilatildeo tambeacutem agraves vezes natildeo eacute pra passar em perifeacuterico e na segunda dose jaacute perdeurdquo (Alice)

O acesso venoso perifeacuterico eacute a primeira alternativa para infusatildeo intravenosa por ser de

mais faacutecil acesso e rapidez no efeito da medicaccedilatildeo O profissional de enfermagem deve ter

domiacutenio natildeo soacute relacionado agrave infusatildeo das medicaccedilotildees mas tambeacutem com a composiccedilatildeo

13 PHILLIPS L D Manual de terapia intravenosa 2ed Porto Alegre Artmed 2001 14 SILVA G R G Terapia intravenosa em receacutem-nascidos ndash orientaccedilotildees para o cuidado de Enfermagem Rio de Janeiro Cultura Meacutedica 2004

25

farmacoloacutegica das mesmas os efeitos adversos e colaterais que a droga pode causar inclusive

em relaccedilatildeo a diluiccedilatildeo o que normalmente eacute estabelecido como padratildeo no setor de acordo com

cada faacutermaco

Com a intenccedilatildeo de promover a eficaacutecia terapecircutica dos medicamentos administrados

por via intravenosa eacute atribuiccedilatildeo do profissional de enfermagem implementar teacutecnicas como a

diluiccedilatildeo acondicionamento e cuidados na administraccedilatildeo de faacutermacos a fim de evitar

prejuiacutezos no tratamento resultantes da incompatibilidade medicamentosa (PETERLINI

CHAUD e PEDREIRA 2006)

Os fatores intra-procedimento satildeo considerados aqueles diretamente relacionados com

o procedimento Os dados colidos nas entrevistas ressaltaram apenas a fixaccedilatildeo com um fator

que interfere nessa fase Este foi o dado mais repetitivo nas entrevistas poreacutem sempre citado

de forma superficial Seguem as falas dos profissionais quando questionados sobre o que era

importante para manutenccedilatildeo do acesso

ldquoTem que fazer uma boa fixaccedilatildeo Porque quando a pessoa natildeo fixa bem prejudica porque aquilo vai soltando e quando vocecirc vecirc jaacute perdeu a veiardquo(Cinderela) ldquoEu acho que natildeo tem o que fazer para manter o acesso A crianccedila vai ficar uns dias X com aquele acesso pra fazer medicaccedilatildeo e eu acho que natildeo tem o que vocecirc profissional fazer para que natildeo percardquo (Aurora) ldquoA fixaccedilatildeo evita a movimentaccedilatildeo excessiva no local que estaacute o acessordquo (Ariel) ldquoTer cuidado com o curativo saber manusear E manter sempre o curativo limpo trocar se necessaacuteriordquo (Rapunzel) ldquoA fixaccedilatildeo eacute muito importante pra natildeo soltar o acesso e pra ele ficar mais tempordquo(Mulan)

Oliveira Bezerra e Pereira (2008 p 94) afirmam que de acordo com o revelado por

determinados estudos o tipo de curativo a fixaccedilatildeo do cateter e o tempo de permanecircncia estatildeo

diretamente relacionados com a ocorrecircncia de complicaccedilotildees infecciosas como flebites e

tambeacutem infiltraccedilatildeo extravasamento desconexatildeo e deslocamento do cateter

26

Para Pettit e Kraus15

Potter

(1995 apud MACHADO PEDREIRA E CHAUD2005 p292) a

gaze esteacuteril fixada com a fita adesiva hipoalergecircnica bem como a peliacutecula transparente esteacuteril

satildeo os materiais mais recomendados para curativo e fixaccedilatildeo de cateter venoso perifeacuterico

16

Jaacute as peliacuteculas transparentes mais conhecidas como filme permitem a respiraccedilatildeo

normal da pele com alta permeabilidade ao oxigecircnio e vapores e eacute impermeaacutevel a liacutequidos e

micro-organismos (SILVA E ZANETTI 2004 p233) Aleacutem disso permitem tambeacutem a

visualizaccedilatildeo contiacutenua do local de punccedilatildeo permitindo assim avaliaccedilatildeo do mesmo natildeo soacute

durante a infusatildeo de medicaccedilotildees mas tambeacutem todo o tempo

(1998 apud SILVA E ZANETTI 2004 p233) afirma que nas fixaccedilotildees em

que se utiliza a gaze esteacuteril preconiza-se a utilizaccedilatildeo de teacutecnica asseacuteptica Neste curativo a

gaze esteacuteril eacute colocada sobre o siacutetio de inserccedilatildeo e suas bordas satildeo fixadas com fita adesiva

A observaccedilatildeo da punccedilatildeo eacute muito importante pois se o local de inserccedilatildeo se mostrar

com sinais e sintomas de complicaccedilotildees a terapia deve ser suspensa (OLIVEIRA BEZERRA

e PEREIRA 2008 p95)

A visualizaccedilatildeo contiacutenua do acesso permite que a equipe de enfermagem possa realizar

uma observaccedilatildeo mais particularizada em relaccedilatildeo agraves condiccedilotildees do acesso venoso perifeacuterico

podendo observar se haacute deslocamento do cateter sinais de infiltraccedilatildeo e tambeacutem sinais de

infecccedilatildeo

Para Silva Barbato e Valente (2013 p 1200) cabe ao enfermeiro fazer a avaliaccedilatildeo

diaacuteria e cuidadosa do curativo observando a presenccedila de umidade sujidade integridade do

oacutestio de inserccedilatildeo a fixaccedilatildeo bem como a realizaccedilatildeo do curativo e das anotaccedilotildees legais

competentes agraves suas funccedilotildees

A fase poacutes-procedimento eacute caracterizada por uma seacuterie de cuidados que a equipe de

enfermagem deve realizar para que se obtenha maior tempo de permanecircncia do acesso venoso

perifeacuterico Durante as entrevistas os cuidados citados foram a salinizaccedilatildeo do acesso cuidados

para evitar a flebite e a velocidade de infusatildeo

15 Pettit DM Kraus V The use of gauze versus transparent dressings for peripheral intravenous catheter sites Nurs ClinNorth Am 1995 30(3)495-506 16 Potter P Perry AG Fundamentos de enfermagem processo conceito e praacutetica 3ordf ed Santos(SP) Guanabara Koogan19981397pp801-43

27

ldquoManter um acesso bem salinizado que vocecirc lave pelo menos de duas de trecircs em trecircs horas Se bem que isso aqui na pediatria natildeo eacute muito comum aqui a gente soacute lava cada vez que vai fazer medicaccedilatildeo mas se eu natildeo me engano a literatura preconiza isso vocecirc lavar pelo menos de quatro em quatro horas o acessordquo (Aurora)

ldquoPra manter o acesso venoso perifeacuterico eacute importante manter ele salinizado Assim que a gente recebe o plantatildeo eu vou ver se o acesso ta peacutervio com uma ldquoseringuinhardquo vai la da uma ldquolavadinhardquo e vecirc se o acesso ta peacutervio e manter o acesso salinizadordquo (Ariel)

ldquoSalinizar de 6 em 6 horas para manter ele peacuterviordquo (Alice)

ldquoTem que passar lento a medicaccedilatildeo e a limpeza da aacuterea vocecirc tem que limpar bem a aacuterea pra vocecirc natildeo formar uma flebiterdquo (Cinderela)

A salinizaccedilatildeo do acesso eacute um cuidado simples e de grande importacircncia Esse cuidado

deve ser realizado para manter o acesso peacutervio e limpo e deve ser realizado antes e apoacutes

qualquer infusatildeo

Para Moncaio e Figueiredo (2009)

a ldquosalinizaccedilatildeordquo consiste em administrar sob pressatildeo positiva soluccedilatildeo salina (Soro fisioloacutegico a 09) logo apoacutes o teacutermino da infusatildeo da medicaccedilatildeo Este procedimento visa prevenir a formaccedilatildeo de trombos e fibrina evitar o contato de drogas incompatiacuteveis (quando da infusatildeo de mais de um item medicamentoso no mesmo horaacuterio) garantir a infusatildeo de todo o medicamento que possa ter ficado no sistema aleacutem de evitar retorno sanguiacuteneo mantendo o cateter peacutervio para a proacutexima infusatildeo

Durante a coleta de dados esse cuidado surgiu em diversos momentos poreacutem foi

possiacutevel perceber que os profissionais realizam o mesmo de forma banalizada Natildeo sabem de

fato a real funccedilatildeo de manter o acesso salinizado A impressatildeo que passa eacute que eles

aprenderam que esse cuidado deveria ser feito e simplesmente fazem Haacute divergecircncias

tambeacutem entre a equipe em relaccedilatildeo ao momento que deve ser realizada a salinizaccedilatildeo e isso nos

mostra a desatualizaccedilatildeo dos profissionais do setor e a falta de uma educaccedilatildeo continuada no

hospital

Os cuidados para evitar a flebite e a velocidade de infusatildeo da medicaccedilatildeo apareceram

menos nas entrevistas e interferem diretamente com a manutenccedilatildeo do acesso venoso

perifeacuterico

28

A flebite eacute uma inflamaccedilatildeo na veia puncionada ocorrendo quando as ceacutelulas

endoteliais da parede da veia que o cateter estaacute inserido tornam-se inflamadas e irregulares

propiciando a aderecircncia de plaquetas e predispondo a veia a inflamaccedilatildeo Eacute comum que o local

se apresente dolorido hiperemiado quente e edemaciado e nesses casos eacute aconselhada a

retirada do cateter Uma boa fixaccedilatildeo do cateter perifeacuterico eacute recomendada por autores na

literatura visto que previnem deslocamento faacutecil e permitem uma boa visualizaccedilatildeo do local

evitando complicaccedilotildees como a flebite e infiltraccedilatildeo (MOLDES et al 2011 p 330)

Dentre as principais falhas de infusatildeo venosa estatildeo flebite infiltraccedilatildeo hematoma e

obstruccedilatildeo Acredita-se que para reduzir a incidecircncia destas nas unidades pediaacutetricas eacute preciso

a adoccedilatildeo de estrateacutegias tais como a abordagem junto agrave equipe em parceria com o setor de

educaccedilatildeo permanente e a adoccedilatildeo do uso da teacutecnica corretamente e de forma asseacuteptica para a

realizaccedilatildeo da punccedilatildeo venosa perifeacuterica em acordo com a comissatildeo de controle de infecccedilatildeo

hospitalar (SILVA BARBATO e VALENTE 2013 p 1200)

A incapacidade do paciente em relatar dor no siacutetio de administraccedilatildeo do faacutermaco quer

pela idade ou condiccedilatildeo cliacutenica e o local de inserccedilatildeo como tambeacutem a velocidade de infusatildeo do

medicamento (gt25mgmin) satildeo classificados como fatores de risco para a perda do acesso

venoso perifeacuterico (MARTINS SILVINO e DIAS 2010)

42 Os cuidados em desuso para manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico

Essa categoria discorre sobre os cuidados de enfermagem que com o passar do tempo

foram desconsiderados e natildeo satildeo mais utilizados Quando questionados em relaccedilatildeo a vivencia

profissional e cuidados que discordavam os entrevistados citaram o uso da tala para fixaccedilatildeo

uso de heparina e os cuidados em relaccedilatildeo ao tempo de permanecircncia do cateter Haacute muitas

controveacutersias em relaccedilatildeo aos cuidados citados acima

O tempo de permanecircncia interfere diretamente no aparecimento de complicaccedilotildees

como flebite e que acabam levando a perda do acesso venoso perifeacuterico mais rapidamente

aconselhando assim a troca do mesmo entre 76 a 96 horas Poreacutem eacute preconizada a retirada do

cateter apenas se finalizar o tratamento ou houver alguma interferecircncia

ldquoA gente observa tambeacutem o tempo dependendo do tempo tem que tirarrdquo (Alice)

29

ldquoHoje eu natildeo sei como que eacute essa questatildeo do tempo porque a gente trocava o acesso a cada quatro dias agora o pessoal jaacute diz que pode trocar em ateacute uma semana entatildeo natildeo sei como que ta isso e o que tem escrito em relaccedilatildeo a isso (Aurora)

Sabe-se que o tempo para troca do cateter de teflon ou poliuretano varia de 72 a 96

horas com o intuito de reduzir risco de infecccedilatildeo e flebite e para minimizar esses riscos nas

seguintes situaccedilotildees diante de sinais inflamatoacuterios no local de inserccedilatildeo e sempre que houver

mau funcionamento do cateter (SANTOS17

Entretanto o Center for Disease Control and Prevention - CDC (2002) diz que em

pacientes pediaacutetricos natildeo foi observada relaccedilatildeo quanto ao tempo de permanecircncia do cateter e

ocorrecircncia de complicaccedilotildees devendo ser mantido ateacute o teacutermino da terapia intravenosa ou

quando forem observados sinais cliacutenicos de complicaccedilotildees

2004 apud OLIVEIRA BEZERRA e PEREIRA

2008 p 93)

Eacute possiacutevel observar a diferenccedila do conhecimento pratico dos profissionais

entrevistados em relaccedilatildeo ao conhecimento encontrado na literatura E ainda contendo duacutevidas

natildeo haacute uma busca da parte dos mesmos para esclarececirc-las

O uso da heparina com a finalidade de manter o acesso peacutervio por um periacuteodo maior

de tempo mostra-se com mais certeza quanto ao desuso nos dados colidos

ldquoAntigamente a gente usava heparina entatildeo a gente ficava tranquila em relaccedilatildeo agrave obstruccedilatildeo mas agora natildeo a gente usa o soro fisioloacutegico e a gente deixa salinizadordquo (Aurora)

Rang e Dale 18(1998 apud DOPICO e OLIVEIRA 2006) afirmam que a heparina

inibe a formaccedilatildeo de coaacutegulos de fibrina in vitro e in vivo e que seu efeito anticoagulante eacute

praticamente imediato Com isso Phillips19

17 Santos W Lavagem das matildeos In R Luiz Santos W Manual baacutesico de prevenccedilatildeo e controle das infecccedilotildees hospitalares do HRU Fortaleza Hospital Regional Unimed 2004

(2001 apud DOPICO e OLIVEIRA 2006)

ressalta que a teacutecnica de manutenccedilatildeo intermitente de cateteres intravenosos com soluccedilatildeo

salina 09 classificada como salinizaccedilatildeo tem sido pesquisada haacute alguns anos apresentando

em relaccedilatildeo ao uso da heparina vantagens como o baixo custo ser um procedimento mais

18 Rang HP Dale M M Hemostasia e Trombose In Rang HP Dale M M Farmacologia Rio de Janeiro Guanabara Koogan 1998 p235-47 19 PHILLIPS L D Manual de terapia intravenosa 2ed Porto Alegre Artmed 2001

30

simples aleacutem de eliminar a possibilidade de incompatibilidade com as drogas e soluccedilotildees

administradas aleacutem da inexistecircncia de riscos ao paciente Entretanto sabe-se que a literatura

ainda natildeo fornece consenso acerca da soluccedilatildeo mais indicada para manutenccedilatildeo da

permeabilidade do cateter venoso perifeacuterico

Eacute importante ressaltar que muitas instituiccedilotildees do nosso paiacutes nem ao menos tecircm o

conhecimento da praacutetica da salinizaccedilatildeo com soluccedilatildeo salina 09 No que se refere agrave pesquisa

cientiacutefica as limitaccedilotildees desta praacutetica satildeo atribuiacutedas agrave ausecircncia de um maior nuacutemero de

estudos controlados para validar sua eficaacutecia (EPPERSON20

Apesar de natildeo ser encontradas publicaccedilotildees acerca do tema a utilizaccedilatildeo de heparina

mostra-se como uma pratica natildeo mais utilizada pelos profissionais de enfermagem Outro

tema onde haacute controveacutersias e tambeacutem poucas citaccedilotildees eacute o uso da tala para fixaccedilatildeo do acesso

venoso perifeacuterico Seguem abaixo a opiniatildeo de alguns dos profissionais entrevistados

1984 apud DOPICO e

OLIVEIRA 2006)

ldquoA uacutenica coisa que eu natildeo gosto de ver eacute quando se coloca tala para imobilizar dizendo que a tala vai ajudar a natildeo perder a veia Isso eu natildeo concordo acho que a tala prejudica a crianccedila fica incomodada faz dor no membrordquo (Cinderela)

ldquoAntigamente a gente usava muito tala e as vezes eu pego isso aqui ai eu falo gente tala natildeo se usa mais natildeo faz parte mais da fixaccedilatildeo vocecirc pode fixar de uma forma que a crianccedila natildeo perca A tala eu acho que ela traumatiza um pouco ainda mais se vocecirc pegar um acesso na dobra vocecirc vai fazer com que a crianccedila fique com o braccedilo esticado muito tempo eu acho que pode causar uma lesatildeo depois e a literatura jaacute fala que eacute desnecessaacuteria natildeo precisa maisrdquo (Aurora) ldquoAntigamente usavam tala mas hoje em dia quase natildeo se vecirc mais e eu acho que a tala atrapalha porque a crianccedila fica imobilizada no membro ai fica mais irritadardquo (Rapunzel) ldquoLaacute no meu outro trabalho alguns usam a tala Eu acho que a tala ajuda ateacute a perder mais raacutepido porque a crianccedila fica incomodada vai querer mexer naquilordquo (Mulan)

20 Epperson EL Efficacy of 09 sodium chloride injection with without heparin for maintenance indwelling intermittent injection sites Clin Pharm1984 3(5)26

31

Almeida e Sabateacutes21

Entretanto haacute estudo que comprovam que o uso da tala natildeo se mostra tatildeo eficiente e

apresenta-se como uma praacutetica controversa O estudo foi realizado em crianccedilas ateacute os 12 anos

utilizando imobilizaccedilatildeo com tala e em mais de metade dos casos (553) ocorreu infiltraccedilatildeo

o que indicia a ineficaacutecia desta praacutetica (MACHADO PEDREIRA e CHAUD 2008 apud

BATALHA et al 2010 p512)

(2008 apud BATALHA et al 2010 p512) afirmam que a teacutecnica

de fixaccedilatildeo dos CVP com uso de imobilizaccedilatildeo com tala para restriccedilatildeo ou limitaccedilatildeo dos

movimentos articulares proacuteximo do local da punccedilatildeo estaacute indicado nas matildeos punhos cotovelo

e maleacuteolo

Para Batalha et al (2010 p512) o uso desta praacutetica parece natildeo se coadunar com o

atual uso de cateteres flexiacuteveis tipo abocath em detrimento de agulhas metaacutelicas Talvez por

isso comecem a surgir novas teacutecnicas de fixaccedilatildeo dos CVP que natildeo exigem imobilizaccedilatildeo das

articulaccedilotildees com talas

Aleacutem de natildeo haver uma confirmaccedilatildeo dos benefiacutecios causados pelo uso da tala a

imobilizaccedilatildeo causa incocircmodo para a crianccedila que fica com o membro imoacutevel podendo causar

dor e tambeacutem irritaccedilatildeo O uso desse tipo de fixaccedilatildeo tambeacutem impede a visualizaccedilatildeo frequente

do acesso venoso afetando assim os cuidados de observaccedilatildeo da equipe de enfermagem

43 O acompanhante e a manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico

A presente categoria vai discutir um assunto importante que surgiu durante as

entrevistas de forma inesperada Alguns dos profissionais entrevistados citaram o descuido do

acompanhante como um fator causador da perda do acesso venoso perifeacuterico Seguem abaixo

algumas falas

ldquoA matildee sempre acompanha e tem matildee que natildeo tem cuidado natildeo vigia e a gente tem que ficar pedindo pra olhar tomar contardquo (Aurora)

ldquoEm relaccedilatildeo ao acompanhante porque a crianccedila natildeo vai avaliar entatildeo o acompanhante que estar ali tem que avaliar direitinho natildeo deixar a crianccedila mexer ou puxarrdquo (Bela)

ldquoNatildeo eacute toda matildee que esta vigiando que cuida pra que a crianccedila natildeo perca o acessordquo (Jasmine)

21 Almeida FA Sabateacutes AL Enfermagem pediaacutetrica a crianccedila o adolescente e a sua famiacutelia no hospital Satildeo Paulo(SP) Manole 2008

32

ldquoAcho que leva a perda quando o acompanhante natildeo coopera as vezes a gente faz a imobilizaccedilatildeo na crianccedila e as vezes eles ateacute retiram e a proacutepria crianccedila agitada ela mesmo arrancardquo (Branca de Neve)

ldquoAgraves vezes a proacutepria crianccedila que a matildee deixa muito solta ai solta o acessordquo (Mulan)

Apoacutes a implementaccedilatildeo da lei que garante um acompanhante ao paciente pediaacutetrico a

presenccedila do familiarresponsaacutevel durante a hospitalizaccedilatildeo mudou a rotina da equipe de

enfermagem trazendo duacutevidas quanto a real funccedilatildeo do acompanhante e fazendo com que a

mesma viesse a delegar certos cuidados para acompanhante

A Promulgaccedilatildeo da Lei 8069 do Estatuto da Crianccedila e do Adolescente (ECA) em

1990 no seu artigo 12deg garante agrave crianccedila ou ao adolescente o direito de ter um responsaacutevel

que o acompanhe durante a hospitalizaccedilatildeo (1990)

Desde a sua implantaccedilatildeo as unidades vecircm sofrendo um processo de reorganizaccedilatildeo de

suas praacuteticas A inserccedilatildeo da famiacutelia modifica a organizaccedilatildeo do processo de trabalho o que

requer dos profissionais uma compreensatildeo em relaccedilatildeo agrave dinacircmica das relaccedilotildees interpessoais

(COLLET e ROCHA 2004)

Pimenta e Collet (2009) ressaltam que natildeo haacute nenhuma regulamentaccedilatildeo sobre a

participaccedilatildeo da famiacutelia nos cuidados e no entanto a mesma desempenha atividades junto agrave

crianccedila durante a hospitalizaccedilatildeo que devem ser levadas em consideraccedilatildeo A falta de

reconhecimento desse fato fez com que a equipe de enfermagem e famiacutelia natildeo possuiacutessem

uma relaccedilatildeo aberta e vivessem uma relaccedilatildeo silenciosa e impliacutecita de poder na qual a famiacutelia

acaba assumindo as relaccedilotildees do cuidado agrave crianccedila de responsabilidade da enfermagem

A negociaccedilatildeo entre matildees e equipe de enfermagem em relaccedilatildeo aos cuidados agrave crianccedila

hospitalizada natildeo eacute uma tarefa faacutecil tendo em vista que natildeo se tem claro qual o seu novo

papel neste processo (COLLET e ROCHA 2004)

Eacute possiacutevel ver nas falas que a presenccedila do acompanhante causa para a equipe de

enfermagem a seguranccedila de ter algueacutem para ldquovigiarrdquo ldquotomar contardquo e natildeo deixar que a

crianccedila hospitalizada perca o acesso venoso quando na verdade eacute funccedilatildeo da equipe de

enfermagem cuidados referentes ao acesso venoso perifeacuterico

33

Jaacute o acompanhante eacute definido pelo Ministeacuterio da Sauacutede como uma pessoa significativa

para a crianccedila que representa sua rede social e que vai acompanhaacute-lo durante a permanecircncia

no ambiente hospitalar ressaltando assim sua importacircncia Esse fato se reforccedila visto que a

crianccedila encontra nos familiares a forccedila e seguranccedila necessaacuteria para encarar todo esse processo

doloroso e desconhecido (MURAKAMI e CAMPOS 2011 p255)

O acompanhante aleacutem de minimizar o sofrimento do paciente pediaacutetrico faz com que

o mesmo sinta-se mais a vontade Eacute importante ressaltar que o familiarresponsaacutevel natildeo soacute

pode como deve participar das atividades da crianccedila no hospital desde que estas natildeo sejam

competecircncias dos profissionais que os cercam Essas atividades satildeo caracterizadas como

semelhantes aos que eles realizam diariamente fora do ambiente hospitalar como o banho

Poreacutem no caso de um paciente com punccedilatildeo venosa perifeacuterica o profissional de enfermagem

deve auxiliar no cuidado para que essa natildeo se perca

Os cuidados dos familiaresacompanhantes satildeo os mesmos que os desenvolvidos no

domiciacutelio e os cuidados prestados pela equipe de enfermagem satildeo aqueles que demandam

conhecimento teacutecnico-cientiacutefico especializado (SOUZA e OLIVEIRA 2010 p558)

Mesmo alguns cuidados parecerem simples e rotineiros quando eacute prestado no

hospital assumem novas caracteriacutesticas com o uso de dispositivos tecnoloacutegicos os quais se

tornam complexos (PIMENTA E COLLET 2009)

O ato de cuidar envolve o respeito agrave maneira como vive cada indiviacuteduo de acordo

com suas crenccedilas valores costumes e cultura A famiacutelia como uma instituiccedilatildeo atende agraves

necessidades bioloacutegicas de seus membros sendo sua responsabilidade cuidar e criar os filhos

incluindo a obrigaccedilatildeo da alimentaccedilatildeo higiene vestuaacuterio e moradia (ELSEN22

Nas entrevistas podemos verificar falas em que o acompanhante eacute citado como

responsaacutevel por avaliar a punccedilatildeo venosa A equipe de enfermagem deve sempre partir do

pressuposto que o familiar acompanhante natildeo tem conhecimento cientiacutefico e certo tipo de

cuidado natildeo deve se delegado para o mesmo mostrando assim a importacircncia da orientaccedilatildeo do

acompanhante quanto aos procedimentos dispositivos utilizados e cuidados em que os

etal 1994

apud SOUZA e OLIVEIRA 2010 p 553)

22 Elsen I Patriacutecio ZM Assistecircncia agrave crianccedila hospitalizada tipos de abordagens e suas implicaccedilotildees para a enfermagem In A enfermagem em pediatria e puericultura Rio de Janeiro (RJ) Atheneu 2005

34

mesmos possam auxiliar Seguem abaixo as falas onde os profissionais ressaltaram a

importacircncia da orientaccedilatildeo do acompanhante

ldquoNem sempre a crianccedila vai entender o porque de estar com aquele acesso entatildeo tem que ter uma orientaccedilatildeo do acompanhanterdquo (Bela)

ldquoTem que haver orientaccedilatildeo do acompanhante para os cuidadosrdquo (Ariel)

ldquoAgraves vezes tem ate o exemplo de um pai que natildeo deixa trocar o acesso jaacute tinha mais de uma semana e ele natildeo queria que trocasse ai faz febre e natildeo sabe da onderdquo (Alice)

Para Souza e Oliveira (2010 p555) deve haver uma preocupaccedilatildeo em orientar

considerando que o outro natildeo tem nenhum tipo de conhecimento sobre o assunto Poreacutem

Queiroz e Jorge23

Apesar das dificuldades o profissional de enfermagem deve estabelecer um viacutenculo de

confianccedila com o acompanhante buscando sempre deixaacute-los ciente das situaccedilotildees e fazendo-os

participar dos cuidados plausiacuteveis sem causar nenhum dano agrave crianccedila e de maneira alguma

abandonar suas atribuiccedilotildees

(2004 apud SOUZA e OLIVEIRA 2010 p 556) ressaltam que apesar de os

profissionais terem intenccedilatildeo de orientar os cuidados para a sauacutede repassam conhecimentos

elaborados cientificamente dificultando a compreensatildeo do familiar aleacutem de a relaccedilatildeo se dar

de maneira vertical assimeacutetrica e coercitiva

23 Queiroz MVO Jorge MSB Accedilotildees educativas no cuidado infantil e intervenccedilotildees dos profissionais junto agraves famiacutelias Acta Scientiarum Maringaacute 2004 janjun 26(1) 27-34

35

CONCLUSAtildeO

Atraveacutes desse estudo foi possiacutevel descrever e analisar os cuidados que os profissionais

de enfermagem realizam acerca da permanecircncia do acesso venoso perifeacuterico Aleacutem disso a

realizaccedilatildeo da pesquisa permitiu identificar a desarticulaccedilatildeo do processo de enfermagem e a

praacutetica desconectada da produccedilatildeo cientiacutefica caracterizando a falta de uma educaccedilatildeo

continuada efetiva

A anaacutelise dos dados demonstra o processo de punccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico

ressaltando a importacircncia de cuidados como a seleccedilatildeo do local a diluiccedilatildeo da medicaccedilatildeo a

realizaccedilatildeo de uma boa fixaccedilatildeo a atenccedilatildeo com a velocidade de infusatildeo os cuidados com os

sinais de infecccedilatildeo e salinizaccedilatildeo do acesso natildeo deixando de salientar cuidados em desuso

como o uso da heparina da tala e duvidas em relaccedilatildeo ao tempo de permanecircncia Evidenciou

tambeacutem que a equipe de enfermagem delega alguns cuidados para os acompanhantes

Natildeo foi possiacutevel perceber o niacutevel de conhecimento cientiacutefico dos profissionais visto

que eles em nenhum momento por natildeo saberem ou por medo de se expor natildeo explicaram de

fato nenhum cuidado que disseram realizar Sempre citaram de forma superficial e direta

deixando claro tambeacutem que o pesquisador natildeo os indagou quanto a isso Poreacutem creio que

diante de cuidados tatildeo importantes e de frequente praacutetica os mesmos falariam facilmente

sobre os cuidados de enfermagem na permanecircncia do acesso venoso perifeacuterico

Apesar dos entrevistados citarem alguns fatores e cuidados realizados de forma

correta eacute visiacutevel que os mesmos realizam os cuidados com a punccedilatildeo e a permanencia do

acesso de forma automaacutetica sem unir a praacutetica com o fundamento do mesmo

Eacute importante destacar tambeacutem a importacircncia do preparo emocional da crianccedila como

tambeacutem os cuidados com a famiacutelia dos mesmos O trabalho de humanizaccedilatildeo realizado pela

36

enfermagem faz grande diferenccedila nessas situaccedilotildees visto que os pacientes e acompanhantes

tendo conhecimento do que seraacute realizado ficariam mais tranquilos

O estudo contribuiu para o campo do ensino nesta aacuterea dando destaque ao importante

papel que o profissional de enfermagem deve desempenhar no cuidado e na manutenccedilatildeo do

acesso venoso perifeacuterico Contudo vale ressaltar a importacircncia do incentivo ao profissional a

buscar na literatura natildeo soacute esclarecimento de suas duvidas mas tambeacutem novos

conhecimentos

Pode colaborar ainda para a realizaccedilatildeo de novas pesquisas na aacuterea procurando

eliminar duacutevidas e controveacutersias sobre o tema Buscando assim a realizaccedilatildeo de um cuidado de

enfermagem articulado e eficaz promovendo o bem-estar do paciente pediaacutetrico durante a

hospitalizaccedilatildeo

37

REFEREcircNCIAS

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44

APEcircNDICE I

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO Tiacutetulo Do Projeto Os cuidados de enfermagem acerca dos acessos venosos perifeacutericos na unidade pediaacutetrica Pesquisador Responsaacutevel Rosane Cordeiro Burla de Aguiar Eny Dorea Paiva e Karina Rodrigues Fernandes Instituiccedilatildeo a que Pertence o Pesquisador Responsaacutevel Universidade Federal Fluminense Telefone para contato (21) 98355269 (21) 82392939 (21) 91786609 Nome do voluntaacuterio _________________________________________________________ Idade ________ anos RG ____________________________

AO Sr (a) estaacute sendo convidado (a) a participar do projeto de pesquisa OS CUIDADOS DE

ENFERMAGEM ACERCA DOS ACESSOS VENOSOS PERIFEacuteRICOS NA UNIDADE PEDIATRICA de

responsabilidade da pesquisadora Profordf Drordf Rosane Cordeiro Burla de Aguiar e Profordf Drordf Eny Dorea Paiva A

punccedilatildeo venosa perifeacuterica eacute um procedimento essencial durante a hospitalizaccedilatildeo da crianccedila visto que eacute atraveacutes

dela que eacute administrada grande parte das medicaccedilotildees Este estudo se justifica diante da importacircncia da

necessidade de um maior periacuteodo de permanecircncia dos acessos venosos perifeacutericos Com isso aleacutem da

diminuiccedilatildeo de eventos que causam dor e irritaccedilatildeo na crianccedila e na famiacutelia promoveraacute tambeacutem uma melhor estada

dos mesmos durante o periacuteodo de hospitalizaccedilatildeo Os objetivos da pesquisa satildeo 1) Descrever os fatores que

interferem na manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico de acordo com a equipe de enfermagem 2)Analisar os

cuidados da equipe de enfermagem na manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico A coleta de dados se daraacute

atraveacutes de entrevistas semi estruturadas que seratildeo gravadas As informaccedilotildees colhidas seratildeo tratadas de forma

anocircnima e confidencial ou seja em nenhum momento seratildeo divulgados o seu nome e somente os

pesquisadores teratildeo acesso agraves informaccedilotildees Os dados obtidos com a pesquisa poderatildeo ser publicados apenas com

fins cientiacuteficos Eles natildeo seratildeo utilizados para fins comerciais ou para outra finalidade qualquer Caso necessite

poderatildeo ser marcados encontros para respostas ou esclarecimentos de qualquer duacutevida acerca da pesquisa A sua

participaccedilatildeo eacute voluntaria e eacute importante lembrar que vocecirc poderaacute desistir de participar da pesquisa em qualquer

momento A entrevista seraacute marcada em um dia e horaacuterio que vocecirc achar melhor Seraacute realizada

individualmente em um ambiente que nos ofereccedila privacidade Esta pesquisa natildeo oferece riscos para vocecirc e os

benefiacutecios da sua participaccedilatildeo satildeo de aumentar o conhecimento cientiacutefico na aacuterea de Enfermagem Pediaacutetrica

aleacutem de contribuir para a praacutetica profissional Este documento seraacute elaborado em duas vias uma para vocecirc e a

outra seraacute arquivada pelo pesquisador

Eu_____________________________________________________________ RG no _____________________________ Declaro que apoacutes ter entendido o que me foi explicado consinto voluntariamente em participar do presente Protocolo de Pesquisa entendo ainda que posso retirar o meu consentimento a qualquer momento antes ou durante a realizaccedilatildeo do mesmo declaro ter sido informada(o) e concordo em participar como voluntaacuteria(o) da pesquisa acima descrita Rio de Janeiro_______de_______________de 20___ _____________________________ ________________________________

(Participante) Karina Rodrigues Fernandes (Responsaacutevel por obter o consentimento)

______________________________________ _______________________________________ (Testemunha) (Testemunha)

45

APEcircNDICE II

ROTEIRO PARA ENTREVISTA

1) O que vocecirc acha que pode levar a perda do acesso perifeacuterico

2) Para vocecirc o que eacute importante para manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico nas

crianccedilas

3) O que vocecirc acha que pode interferir na sua manutenccedilatildeo

4) Que medidas vocecirc adota no seu dia a dia para manter o acesso

5) Na sua vivencia profissional o que vocecirc discorda dos cuidados que geralmente satildeo

utilizados para manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico

46

ANEXO

47

48

  • KARINA RODRIGUES FERNANDES
    • COA Thatiana Fernanda PETTENGILL Myriam Aparecida Mandetta Autonomia da crianccedila hospitalizada frente aos procedimentos crenccedilas da enfermeira pediatra Acta paul enferm 19(4) 433-438 out-dez 2006 Disponiacutevel em lt wwwscielobrscielophpscr
    • JANSEN Michele Ferraz SANTOS Rosane Maria dos FAVERO Luciane Benefiacutecios da utilizaccedilatildeo do brinquedo durante o cuidado de enfermagem prestado agrave crianccedila hospitalizada Rev Gaucha Enferm 31(2) 247-253 jun 2010 Disponiacutevel em lt httpwwwscielo
    • MAGNABOSCO Gisele TONELLI Ana Lucia Nascimento Fonseca SOUZA Sarah Nancy Deggau Hegeto de Abordagens no cuidado de enfermagem agrave crianccedila hospitalizada submetida a procedimentos uma revisatildeo de literatura Cogitare enferm 13(1) 103-108 jan-mar
    • MARTINS Maria do Rosaacuterio RIBEIRO Circeacutea Amalia BORBA Regina Issuzu Hirooka de and SILVA Conceiccedilatildeo Vieira daProtocolo de preparo da crianccedila preacute-escolar para punccedilatildeo venosa com utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico Rev Latino-Am Enfermagem [on
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        • CDD 61073
Page 25: UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE ESCOLA DE …app.uff.br/riuff/bitstream/1/3317/1/TCC Karina Rodrigues Fernandes.pdf · A punção venosa periférica é um procedimento essencial para

23

preparo emocional do paciente preparo do material e medicaccedilatildeo seleccedilatildeo do siacutetio de inserccedilatildeo

e dilataccedilatildeo da veia selecionada As accedilotildees envolvidas na punccedilatildeo satildeo a execuccedilatildeo das

precauccedilotildees-padratildeo antissepsia da pele punccedilatildeo do vaso a fixaccedilatildeo e curativo do cateter

Finalmente na etapa de poacutes-punccedilatildeo adota-se a identificaccedilatildeo da punccedilatildeo o descarte apropriado

das partes dos materiais natildeo utilizados a orientaccedilatildeo do paciente acerca da terapecircutica o

controle da infusatildeo atraveacutes do gotejamento se necessaacuterio e o registro do procedimento

Phillips12

De acordo com as entrevistas a seleccedilatildeo do local de punccedilatildeo eacute indicada com um fator

que interfere diretamente no tempo de permanecircncia do acesso venoso perifeacuterico visto que

dependendo do local ocorre a perda mais rapidamente Aleacutem da localizaccedilatildeo citaram tambeacutem

o calibre da veia como interferecircncia na manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico Seguem

abaixo algumas falas

(2001 apud ARAUacuteJO 2007 p18)

ldquoPrimeira coisa eacute vocecirc procurar bem a veia colocar uma veia de um bom calibre Se puder dar preferecircncia a natildeo puncionar dobrasrdquo (Cinderela) ldquoDependendo de onde estiver puncionado se for na matildeozinha a crianccedila fica toda hora ta mexendo taacute manipulando alguma coisa e se for no pezinho tambeacutem nem todo tempo vai ficar acamada entatildeo acaba perdendo o acessordquo(Bela ) ldquoO mau posicionamento pode levar a perdardquo (Rapunzel)

A opiniatildeo dos profissionais acima vai de encontro com o que eacute encontrado na

literatura visto que eacute de suma importacircncia que o mesmo avalie o cliente e considere alguns

aspectos para uma escolha criteriosa e eficaz como a finalidade da punccedilatildeo o tipo de soluccedilatildeo

a ser infundida a condiccedilatildeo da rede venosa a duraccedilatildeo da terapia idade do cliente habilidade

cognitiva da crianccedila a preferecircncia do cliente o que nem sempre seraacute possiacutevel satisfazer e

tambeacutem a sua atividade (ARAUacuteJO 2007 p31)

Os cuidados com o acesso venoso perifeacuterico satildeo importantes antes mesmo da

realizaccedilatildeo do procedimento Levando em consideraccedilatildeo que um erro durante a fase de preacute-

procedimento como a escolha errada do local de punccedilatildeo por exemplo poderaacute levar a perda

do acesso e prejudicar assim o tratamento aleacutem do bem-estar da crianccedila que seraacute puncionada

novamente

12 PHILLIPS L D Manual de terapia intravenosa 2ed Porto Alegre Artmed 2001

24

O vaso sanguiacuteneo que o profissional selecionar como local para puncionar deve ser

suficiente para suportar o calibre e o comprimento do cateter aleacutem de atender a necessidade

terapecircutica para que natildeo haja a necessidade de uma nova punccedilatildeo

A punccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico eacute um procedimento doloroso e de grande

incomodo para a crianccedila com isso eacute de suma importacircncia realizar a seleccedilatildeo preacutevia do

material poreacutem natildeo foi citado Outro cuidado rotineiro e natildeo menos importante como a

lavagem das matildeos antes da colocaccedilatildeo do acesso tambeacutem natildeo foi mencionado durante as

entrevistas

O preparo emocional da crianccedila e do acompanhante quanto ao procedimento deve ser

considerada praacutetica rotineira para a equipe de enfermagem O profissional de enfermagem

deve lavar as matildeos objetivando a reduccedilatildeo significativa de risco de infecccedilatildeo e recomenda-se o

uso de aacutegua e sabatildeo para lavagem das matildeos antes da colocaccedilatildeo do cateter venoso perifeacuterico

(PHILLIPS13

O preparo preacutevio do material para instalaccedilatildeo do cateter venoso perifeacuterico eacute importante

para evitar interrupccedilotildees do procedimento e consequentemente um maior tempo de

manipulaccedilatildeo da crianccedila (SILVA

2001apud ARAUacuteJO 2007 Centers for Disease Control and Prevention ndash CDC

2002 apud ARAUacuteJO 2007)

14

Outro aspecto citado e classificado como preacute-procedimento eacute o cuidado com a

medicaccedilatildeo a ser administrada incluindo cuidados com a diluiccedilatildeo e composiccedilatildeo da mesma

Seguem algumas das falas

2004 apud ARAUacuteJO 2007 p30)

ldquoEstar sempre diluindo as medicaccedilotildees de acordo com a prescriccedilatildeo meacutedica pois as medicaccedilotildees satildeo muito fortes e podem causar enfraquecimento da veia Tem que diluir direitinho e passar lento na veiardquo (Cinderela) ldquoTer cuidado principalmente quando eacute crianccedila e a diluiccedilatildeo da medicaccedilatildeo tambeacutem agraves vezes natildeo eacute pra passar em perifeacuterico e na segunda dose jaacute perdeurdquo (Alice)

O acesso venoso perifeacuterico eacute a primeira alternativa para infusatildeo intravenosa por ser de

mais faacutecil acesso e rapidez no efeito da medicaccedilatildeo O profissional de enfermagem deve ter

domiacutenio natildeo soacute relacionado agrave infusatildeo das medicaccedilotildees mas tambeacutem com a composiccedilatildeo

13 PHILLIPS L D Manual de terapia intravenosa 2ed Porto Alegre Artmed 2001 14 SILVA G R G Terapia intravenosa em receacutem-nascidos ndash orientaccedilotildees para o cuidado de Enfermagem Rio de Janeiro Cultura Meacutedica 2004

25

farmacoloacutegica das mesmas os efeitos adversos e colaterais que a droga pode causar inclusive

em relaccedilatildeo a diluiccedilatildeo o que normalmente eacute estabelecido como padratildeo no setor de acordo com

cada faacutermaco

Com a intenccedilatildeo de promover a eficaacutecia terapecircutica dos medicamentos administrados

por via intravenosa eacute atribuiccedilatildeo do profissional de enfermagem implementar teacutecnicas como a

diluiccedilatildeo acondicionamento e cuidados na administraccedilatildeo de faacutermacos a fim de evitar

prejuiacutezos no tratamento resultantes da incompatibilidade medicamentosa (PETERLINI

CHAUD e PEDREIRA 2006)

Os fatores intra-procedimento satildeo considerados aqueles diretamente relacionados com

o procedimento Os dados colidos nas entrevistas ressaltaram apenas a fixaccedilatildeo com um fator

que interfere nessa fase Este foi o dado mais repetitivo nas entrevistas poreacutem sempre citado

de forma superficial Seguem as falas dos profissionais quando questionados sobre o que era

importante para manutenccedilatildeo do acesso

ldquoTem que fazer uma boa fixaccedilatildeo Porque quando a pessoa natildeo fixa bem prejudica porque aquilo vai soltando e quando vocecirc vecirc jaacute perdeu a veiardquo(Cinderela) ldquoEu acho que natildeo tem o que fazer para manter o acesso A crianccedila vai ficar uns dias X com aquele acesso pra fazer medicaccedilatildeo e eu acho que natildeo tem o que vocecirc profissional fazer para que natildeo percardquo (Aurora) ldquoA fixaccedilatildeo evita a movimentaccedilatildeo excessiva no local que estaacute o acessordquo (Ariel) ldquoTer cuidado com o curativo saber manusear E manter sempre o curativo limpo trocar se necessaacuteriordquo (Rapunzel) ldquoA fixaccedilatildeo eacute muito importante pra natildeo soltar o acesso e pra ele ficar mais tempordquo(Mulan)

Oliveira Bezerra e Pereira (2008 p 94) afirmam que de acordo com o revelado por

determinados estudos o tipo de curativo a fixaccedilatildeo do cateter e o tempo de permanecircncia estatildeo

diretamente relacionados com a ocorrecircncia de complicaccedilotildees infecciosas como flebites e

tambeacutem infiltraccedilatildeo extravasamento desconexatildeo e deslocamento do cateter

26

Para Pettit e Kraus15

Potter

(1995 apud MACHADO PEDREIRA E CHAUD2005 p292) a

gaze esteacuteril fixada com a fita adesiva hipoalergecircnica bem como a peliacutecula transparente esteacuteril

satildeo os materiais mais recomendados para curativo e fixaccedilatildeo de cateter venoso perifeacuterico

16

Jaacute as peliacuteculas transparentes mais conhecidas como filme permitem a respiraccedilatildeo

normal da pele com alta permeabilidade ao oxigecircnio e vapores e eacute impermeaacutevel a liacutequidos e

micro-organismos (SILVA E ZANETTI 2004 p233) Aleacutem disso permitem tambeacutem a

visualizaccedilatildeo contiacutenua do local de punccedilatildeo permitindo assim avaliaccedilatildeo do mesmo natildeo soacute

durante a infusatildeo de medicaccedilotildees mas tambeacutem todo o tempo

(1998 apud SILVA E ZANETTI 2004 p233) afirma que nas fixaccedilotildees em

que se utiliza a gaze esteacuteril preconiza-se a utilizaccedilatildeo de teacutecnica asseacuteptica Neste curativo a

gaze esteacuteril eacute colocada sobre o siacutetio de inserccedilatildeo e suas bordas satildeo fixadas com fita adesiva

A observaccedilatildeo da punccedilatildeo eacute muito importante pois se o local de inserccedilatildeo se mostrar

com sinais e sintomas de complicaccedilotildees a terapia deve ser suspensa (OLIVEIRA BEZERRA

e PEREIRA 2008 p95)

A visualizaccedilatildeo contiacutenua do acesso permite que a equipe de enfermagem possa realizar

uma observaccedilatildeo mais particularizada em relaccedilatildeo agraves condiccedilotildees do acesso venoso perifeacuterico

podendo observar se haacute deslocamento do cateter sinais de infiltraccedilatildeo e tambeacutem sinais de

infecccedilatildeo

Para Silva Barbato e Valente (2013 p 1200) cabe ao enfermeiro fazer a avaliaccedilatildeo

diaacuteria e cuidadosa do curativo observando a presenccedila de umidade sujidade integridade do

oacutestio de inserccedilatildeo a fixaccedilatildeo bem como a realizaccedilatildeo do curativo e das anotaccedilotildees legais

competentes agraves suas funccedilotildees

A fase poacutes-procedimento eacute caracterizada por uma seacuterie de cuidados que a equipe de

enfermagem deve realizar para que se obtenha maior tempo de permanecircncia do acesso venoso

perifeacuterico Durante as entrevistas os cuidados citados foram a salinizaccedilatildeo do acesso cuidados

para evitar a flebite e a velocidade de infusatildeo

15 Pettit DM Kraus V The use of gauze versus transparent dressings for peripheral intravenous catheter sites Nurs ClinNorth Am 1995 30(3)495-506 16 Potter P Perry AG Fundamentos de enfermagem processo conceito e praacutetica 3ordf ed Santos(SP) Guanabara Koogan19981397pp801-43

27

ldquoManter um acesso bem salinizado que vocecirc lave pelo menos de duas de trecircs em trecircs horas Se bem que isso aqui na pediatria natildeo eacute muito comum aqui a gente soacute lava cada vez que vai fazer medicaccedilatildeo mas se eu natildeo me engano a literatura preconiza isso vocecirc lavar pelo menos de quatro em quatro horas o acessordquo (Aurora)

ldquoPra manter o acesso venoso perifeacuterico eacute importante manter ele salinizado Assim que a gente recebe o plantatildeo eu vou ver se o acesso ta peacutervio com uma ldquoseringuinhardquo vai la da uma ldquolavadinhardquo e vecirc se o acesso ta peacutervio e manter o acesso salinizadordquo (Ariel)

ldquoSalinizar de 6 em 6 horas para manter ele peacuterviordquo (Alice)

ldquoTem que passar lento a medicaccedilatildeo e a limpeza da aacuterea vocecirc tem que limpar bem a aacuterea pra vocecirc natildeo formar uma flebiterdquo (Cinderela)

A salinizaccedilatildeo do acesso eacute um cuidado simples e de grande importacircncia Esse cuidado

deve ser realizado para manter o acesso peacutervio e limpo e deve ser realizado antes e apoacutes

qualquer infusatildeo

Para Moncaio e Figueiredo (2009)

a ldquosalinizaccedilatildeordquo consiste em administrar sob pressatildeo positiva soluccedilatildeo salina (Soro fisioloacutegico a 09) logo apoacutes o teacutermino da infusatildeo da medicaccedilatildeo Este procedimento visa prevenir a formaccedilatildeo de trombos e fibrina evitar o contato de drogas incompatiacuteveis (quando da infusatildeo de mais de um item medicamentoso no mesmo horaacuterio) garantir a infusatildeo de todo o medicamento que possa ter ficado no sistema aleacutem de evitar retorno sanguiacuteneo mantendo o cateter peacutervio para a proacutexima infusatildeo

Durante a coleta de dados esse cuidado surgiu em diversos momentos poreacutem foi

possiacutevel perceber que os profissionais realizam o mesmo de forma banalizada Natildeo sabem de

fato a real funccedilatildeo de manter o acesso salinizado A impressatildeo que passa eacute que eles

aprenderam que esse cuidado deveria ser feito e simplesmente fazem Haacute divergecircncias

tambeacutem entre a equipe em relaccedilatildeo ao momento que deve ser realizada a salinizaccedilatildeo e isso nos

mostra a desatualizaccedilatildeo dos profissionais do setor e a falta de uma educaccedilatildeo continuada no

hospital

Os cuidados para evitar a flebite e a velocidade de infusatildeo da medicaccedilatildeo apareceram

menos nas entrevistas e interferem diretamente com a manutenccedilatildeo do acesso venoso

perifeacuterico

28

A flebite eacute uma inflamaccedilatildeo na veia puncionada ocorrendo quando as ceacutelulas

endoteliais da parede da veia que o cateter estaacute inserido tornam-se inflamadas e irregulares

propiciando a aderecircncia de plaquetas e predispondo a veia a inflamaccedilatildeo Eacute comum que o local

se apresente dolorido hiperemiado quente e edemaciado e nesses casos eacute aconselhada a

retirada do cateter Uma boa fixaccedilatildeo do cateter perifeacuterico eacute recomendada por autores na

literatura visto que previnem deslocamento faacutecil e permitem uma boa visualizaccedilatildeo do local

evitando complicaccedilotildees como a flebite e infiltraccedilatildeo (MOLDES et al 2011 p 330)

Dentre as principais falhas de infusatildeo venosa estatildeo flebite infiltraccedilatildeo hematoma e

obstruccedilatildeo Acredita-se que para reduzir a incidecircncia destas nas unidades pediaacutetricas eacute preciso

a adoccedilatildeo de estrateacutegias tais como a abordagem junto agrave equipe em parceria com o setor de

educaccedilatildeo permanente e a adoccedilatildeo do uso da teacutecnica corretamente e de forma asseacuteptica para a

realizaccedilatildeo da punccedilatildeo venosa perifeacuterica em acordo com a comissatildeo de controle de infecccedilatildeo

hospitalar (SILVA BARBATO e VALENTE 2013 p 1200)

A incapacidade do paciente em relatar dor no siacutetio de administraccedilatildeo do faacutermaco quer

pela idade ou condiccedilatildeo cliacutenica e o local de inserccedilatildeo como tambeacutem a velocidade de infusatildeo do

medicamento (gt25mgmin) satildeo classificados como fatores de risco para a perda do acesso

venoso perifeacuterico (MARTINS SILVINO e DIAS 2010)

42 Os cuidados em desuso para manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico

Essa categoria discorre sobre os cuidados de enfermagem que com o passar do tempo

foram desconsiderados e natildeo satildeo mais utilizados Quando questionados em relaccedilatildeo a vivencia

profissional e cuidados que discordavam os entrevistados citaram o uso da tala para fixaccedilatildeo

uso de heparina e os cuidados em relaccedilatildeo ao tempo de permanecircncia do cateter Haacute muitas

controveacutersias em relaccedilatildeo aos cuidados citados acima

O tempo de permanecircncia interfere diretamente no aparecimento de complicaccedilotildees

como flebite e que acabam levando a perda do acesso venoso perifeacuterico mais rapidamente

aconselhando assim a troca do mesmo entre 76 a 96 horas Poreacutem eacute preconizada a retirada do

cateter apenas se finalizar o tratamento ou houver alguma interferecircncia

ldquoA gente observa tambeacutem o tempo dependendo do tempo tem que tirarrdquo (Alice)

29

ldquoHoje eu natildeo sei como que eacute essa questatildeo do tempo porque a gente trocava o acesso a cada quatro dias agora o pessoal jaacute diz que pode trocar em ateacute uma semana entatildeo natildeo sei como que ta isso e o que tem escrito em relaccedilatildeo a isso (Aurora)

Sabe-se que o tempo para troca do cateter de teflon ou poliuretano varia de 72 a 96

horas com o intuito de reduzir risco de infecccedilatildeo e flebite e para minimizar esses riscos nas

seguintes situaccedilotildees diante de sinais inflamatoacuterios no local de inserccedilatildeo e sempre que houver

mau funcionamento do cateter (SANTOS17

Entretanto o Center for Disease Control and Prevention - CDC (2002) diz que em

pacientes pediaacutetricos natildeo foi observada relaccedilatildeo quanto ao tempo de permanecircncia do cateter e

ocorrecircncia de complicaccedilotildees devendo ser mantido ateacute o teacutermino da terapia intravenosa ou

quando forem observados sinais cliacutenicos de complicaccedilotildees

2004 apud OLIVEIRA BEZERRA e PEREIRA

2008 p 93)

Eacute possiacutevel observar a diferenccedila do conhecimento pratico dos profissionais

entrevistados em relaccedilatildeo ao conhecimento encontrado na literatura E ainda contendo duacutevidas

natildeo haacute uma busca da parte dos mesmos para esclarececirc-las

O uso da heparina com a finalidade de manter o acesso peacutervio por um periacuteodo maior

de tempo mostra-se com mais certeza quanto ao desuso nos dados colidos

ldquoAntigamente a gente usava heparina entatildeo a gente ficava tranquila em relaccedilatildeo agrave obstruccedilatildeo mas agora natildeo a gente usa o soro fisioloacutegico e a gente deixa salinizadordquo (Aurora)

Rang e Dale 18(1998 apud DOPICO e OLIVEIRA 2006) afirmam que a heparina

inibe a formaccedilatildeo de coaacutegulos de fibrina in vitro e in vivo e que seu efeito anticoagulante eacute

praticamente imediato Com isso Phillips19

17 Santos W Lavagem das matildeos In R Luiz Santos W Manual baacutesico de prevenccedilatildeo e controle das infecccedilotildees hospitalares do HRU Fortaleza Hospital Regional Unimed 2004

(2001 apud DOPICO e OLIVEIRA 2006)

ressalta que a teacutecnica de manutenccedilatildeo intermitente de cateteres intravenosos com soluccedilatildeo

salina 09 classificada como salinizaccedilatildeo tem sido pesquisada haacute alguns anos apresentando

em relaccedilatildeo ao uso da heparina vantagens como o baixo custo ser um procedimento mais

18 Rang HP Dale M M Hemostasia e Trombose In Rang HP Dale M M Farmacologia Rio de Janeiro Guanabara Koogan 1998 p235-47 19 PHILLIPS L D Manual de terapia intravenosa 2ed Porto Alegre Artmed 2001

30

simples aleacutem de eliminar a possibilidade de incompatibilidade com as drogas e soluccedilotildees

administradas aleacutem da inexistecircncia de riscos ao paciente Entretanto sabe-se que a literatura

ainda natildeo fornece consenso acerca da soluccedilatildeo mais indicada para manutenccedilatildeo da

permeabilidade do cateter venoso perifeacuterico

Eacute importante ressaltar que muitas instituiccedilotildees do nosso paiacutes nem ao menos tecircm o

conhecimento da praacutetica da salinizaccedilatildeo com soluccedilatildeo salina 09 No que se refere agrave pesquisa

cientiacutefica as limitaccedilotildees desta praacutetica satildeo atribuiacutedas agrave ausecircncia de um maior nuacutemero de

estudos controlados para validar sua eficaacutecia (EPPERSON20

Apesar de natildeo ser encontradas publicaccedilotildees acerca do tema a utilizaccedilatildeo de heparina

mostra-se como uma pratica natildeo mais utilizada pelos profissionais de enfermagem Outro

tema onde haacute controveacutersias e tambeacutem poucas citaccedilotildees eacute o uso da tala para fixaccedilatildeo do acesso

venoso perifeacuterico Seguem abaixo a opiniatildeo de alguns dos profissionais entrevistados

1984 apud DOPICO e

OLIVEIRA 2006)

ldquoA uacutenica coisa que eu natildeo gosto de ver eacute quando se coloca tala para imobilizar dizendo que a tala vai ajudar a natildeo perder a veia Isso eu natildeo concordo acho que a tala prejudica a crianccedila fica incomodada faz dor no membrordquo (Cinderela)

ldquoAntigamente a gente usava muito tala e as vezes eu pego isso aqui ai eu falo gente tala natildeo se usa mais natildeo faz parte mais da fixaccedilatildeo vocecirc pode fixar de uma forma que a crianccedila natildeo perca A tala eu acho que ela traumatiza um pouco ainda mais se vocecirc pegar um acesso na dobra vocecirc vai fazer com que a crianccedila fique com o braccedilo esticado muito tempo eu acho que pode causar uma lesatildeo depois e a literatura jaacute fala que eacute desnecessaacuteria natildeo precisa maisrdquo (Aurora) ldquoAntigamente usavam tala mas hoje em dia quase natildeo se vecirc mais e eu acho que a tala atrapalha porque a crianccedila fica imobilizada no membro ai fica mais irritadardquo (Rapunzel) ldquoLaacute no meu outro trabalho alguns usam a tala Eu acho que a tala ajuda ateacute a perder mais raacutepido porque a crianccedila fica incomodada vai querer mexer naquilordquo (Mulan)

20 Epperson EL Efficacy of 09 sodium chloride injection with without heparin for maintenance indwelling intermittent injection sites Clin Pharm1984 3(5)26

31

Almeida e Sabateacutes21

Entretanto haacute estudo que comprovam que o uso da tala natildeo se mostra tatildeo eficiente e

apresenta-se como uma praacutetica controversa O estudo foi realizado em crianccedilas ateacute os 12 anos

utilizando imobilizaccedilatildeo com tala e em mais de metade dos casos (553) ocorreu infiltraccedilatildeo

o que indicia a ineficaacutecia desta praacutetica (MACHADO PEDREIRA e CHAUD 2008 apud

BATALHA et al 2010 p512)

(2008 apud BATALHA et al 2010 p512) afirmam que a teacutecnica

de fixaccedilatildeo dos CVP com uso de imobilizaccedilatildeo com tala para restriccedilatildeo ou limitaccedilatildeo dos

movimentos articulares proacuteximo do local da punccedilatildeo estaacute indicado nas matildeos punhos cotovelo

e maleacuteolo

Para Batalha et al (2010 p512) o uso desta praacutetica parece natildeo se coadunar com o

atual uso de cateteres flexiacuteveis tipo abocath em detrimento de agulhas metaacutelicas Talvez por

isso comecem a surgir novas teacutecnicas de fixaccedilatildeo dos CVP que natildeo exigem imobilizaccedilatildeo das

articulaccedilotildees com talas

Aleacutem de natildeo haver uma confirmaccedilatildeo dos benefiacutecios causados pelo uso da tala a

imobilizaccedilatildeo causa incocircmodo para a crianccedila que fica com o membro imoacutevel podendo causar

dor e tambeacutem irritaccedilatildeo O uso desse tipo de fixaccedilatildeo tambeacutem impede a visualizaccedilatildeo frequente

do acesso venoso afetando assim os cuidados de observaccedilatildeo da equipe de enfermagem

43 O acompanhante e a manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico

A presente categoria vai discutir um assunto importante que surgiu durante as

entrevistas de forma inesperada Alguns dos profissionais entrevistados citaram o descuido do

acompanhante como um fator causador da perda do acesso venoso perifeacuterico Seguem abaixo

algumas falas

ldquoA matildee sempre acompanha e tem matildee que natildeo tem cuidado natildeo vigia e a gente tem que ficar pedindo pra olhar tomar contardquo (Aurora)

ldquoEm relaccedilatildeo ao acompanhante porque a crianccedila natildeo vai avaliar entatildeo o acompanhante que estar ali tem que avaliar direitinho natildeo deixar a crianccedila mexer ou puxarrdquo (Bela)

ldquoNatildeo eacute toda matildee que esta vigiando que cuida pra que a crianccedila natildeo perca o acessordquo (Jasmine)

21 Almeida FA Sabateacutes AL Enfermagem pediaacutetrica a crianccedila o adolescente e a sua famiacutelia no hospital Satildeo Paulo(SP) Manole 2008

32

ldquoAcho que leva a perda quando o acompanhante natildeo coopera as vezes a gente faz a imobilizaccedilatildeo na crianccedila e as vezes eles ateacute retiram e a proacutepria crianccedila agitada ela mesmo arrancardquo (Branca de Neve)

ldquoAgraves vezes a proacutepria crianccedila que a matildee deixa muito solta ai solta o acessordquo (Mulan)

Apoacutes a implementaccedilatildeo da lei que garante um acompanhante ao paciente pediaacutetrico a

presenccedila do familiarresponsaacutevel durante a hospitalizaccedilatildeo mudou a rotina da equipe de

enfermagem trazendo duacutevidas quanto a real funccedilatildeo do acompanhante e fazendo com que a

mesma viesse a delegar certos cuidados para acompanhante

A Promulgaccedilatildeo da Lei 8069 do Estatuto da Crianccedila e do Adolescente (ECA) em

1990 no seu artigo 12deg garante agrave crianccedila ou ao adolescente o direito de ter um responsaacutevel

que o acompanhe durante a hospitalizaccedilatildeo (1990)

Desde a sua implantaccedilatildeo as unidades vecircm sofrendo um processo de reorganizaccedilatildeo de

suas praacuteticas A inserccedilatildeo da famiacutelia modifica a organizaccedilatildeo do processo de trabalho o que

requer dos profissionais uma compreensatildeo em relaccedilatildeo agrave dinacircmica das relaccedilotildees interpessoais

(COLLET e ROCHA 2004)

Pimenta e Collet (2009) ressaltam que natildeo haacute nenhuma regulamentaccedilatildeo sobre a

participaccedilatildeo da famiacutelia nos cuidados e no entanto a mesma desempenha atividades junto agrave

crianccedila durante a hospitalizaccedilatildeo que devem ser levadas em consideraccedilatildeo A falta de

reconhecimento desse fato fez com que a equipe de enfermagem e famiacutelia natildeo possuiacutessem

uma relaccedilatildeo aberta e vivessem uma relaccedilatildeo silenciosa e impliacutecita de poder na qual a famiacutelia

acaba assumindo as relaccedilotildees do cuidado agrave crianccedila de responsabilidade da enfermagem

A negociaccedilatildeo entre matildees e equipe de enfermagem em relaccedilatildeo aos cuidados agrave crianccedila

hospitalizada natildeo eacute uma tarefa faacutecil tendo em vista que natildeo se tem claro qual o seu novo

papel neste processo (COLLET e ROCHA 2004)

Eacute possiacutevel ver nas falas que a presenccedila do acompanhante causa para a equipe de

enfermagem a seguranccedila de ter algueacutem para ldquovigiarrdquo ldquotomar contardquo e natildeo deixar que a

crianccedila hospitalizada perca o acesso venoso quando na verdade eacute funccedilatildeo da equipe de

enfermagem cuidados referentes ao acesso venoso perifeacuterico

33

Jaacute o acompanhante eacute definido pelo Ministeacuterio da Sauacutede como uma pessoa significativa

para a crianccedila que representa sua rede social e que vai acompanhaacute-lo durante a permanecircncia

no ambiente hospitalar ressaltando assim sua importacircncia Esse fato se reforccedila visto que a

crianccedila encontra nos familiares a forccedila e seguranccedila necessaacuteria para encarar todo esse processo

doloroso e desconhecido (MURAKAMI e CAMPOS 2011 p255)

O acompanhante aleacutem de minimizar o sofrimento do paciente pediaacutetrico faz com que

o mesmo sinta-se mais a vontade Eacute importante ressaltar que o familiarresponsaacutevel natildeo soacute

pode como deve participar das atividades da crianccedila no hospital desde que estas natildeo sejam

competecircncias dos profissionais que os cercam Essas atividades satildeo caracterizadas como

semelhantes aos que eles realizam diariamente fora do ambiente hospitalar como o banho

Poreacutem no caso de um paciente com punccedilatildeo venosa perifeacuterica o profissional de enfermagem

deve auxiliar no cuidado para que essa natildeo se perca

Os cuidados dos familiaresacompanhantes satildeo os mesmos que os desenvolvidos no

domiciacutelio e os cuidados prestados pela equipe de enfermagem satildeo aqueles que demandam

conhecimento teacutecnico-cientiacutefico especializado (SOUZA e OLIVEIRA 2010 p558)

Mesmo alguns cuidados parecerem simples e rotineiros quando eacute prestado no

hospital assumem novas caracteriacutesticas com o uso de dispositivos tecnoloacutegicos os quais se

tornam complexos (PIMENTA E COLLET 2009)

O ato de cuidar envolve o respeito agrave maneira como vive cada indiviacuteduo de acordo

com suas crenccedilas valores costumes e cultura A famiacutelia como uma instituiccedilatildeo atende agraves

necessidades bioloacutegicas de seus membros sendo sua responsabilidade cuidar e criar os filhos

incluindo a obrigaccedilatildeo da alimentaccedilatildeo higiene vestuaacuterio e moradia (ELSEN22

Nas entrevistas podemos verificar falas em que o acompanhante eacute citado como

responsaacutevel por avaliar a punccedilatildeo venosa A equipe de enfermagem deve sempre partir do

pressuposto que o familiar acompanhante natildeo tem conhecimento cientiacutefico e certo tipo de

cuidado natildeo deve se delegado para o mesmo mostrando assim a importacircncia da orientaccedilatildeo do

acompanhante quanto aos procedimentos dispositivos utilizados e cuidados em que os

etal 1994

apud SOUZA e OLIVEIRA 2010 p 553)

22 Elsen I Patriacutecio ZM Assistecircncia agrave crianccedila hospitalizada tipos de abordagens e suas implicaccedilotildees para a enfermagem In A enfermagem em pediatria e puericultura Rio de Janeiro (RJ) Atheneu 2005

34

mesmos possam auxiliar Seguem abaixo as falas onde os profissionais ressaltaram a

importacircncia da orientaccedilatildeo do acompanhante

ldquoNem sempre a crianccedila vai entender o porque de estar com aquele acesso entatildeo tem que ter uma orientaccedilatildeo do acompanhanterdquo (Bela)

ldquoTem que haver orientaccedilatildeo do acompanhante para os cuidadosrdquo (Ariel)

ldquoAgraves vezes tem ate o exemplo de um pai que natildeo deixa trocar o acesso jaacute tinha mais de uma semana e ele natildeo queria que trocasse ai faz febre e natildeo sabe da onderdquo (Alice)

Para Souza e Oliveira (2010 p555) deve haver uma preocupaccedilatildeo em orientar

considerando que o outro natildeo tem nenhum tipo de conhecimento sobre o assunto Poreacutem

Queiroz e Jorge23

Apesar das dificuldades o profissional de enfermagem deve estabelecer um viacutenculo de

confianccedila com o acompanhante buscando sempre deixaacute-los ciente das situaccedilotildees e fazendo-os

participar dos cuidados plausiacuteveis sem causar nenhum dano agrave crianccedila e de maneira alguma

abandonar suas atribuiccedilotildees

(2004 apud SOUZA e OLIVEIRA 2010 p 556) ressaltam que apesar de os

profissionais terem intenccedilatildeo de orientar os cuidados para a sauacutede repassam conhecimentos

elaborados cientificamente dificultando a compreensatildeo do familiar aleacutem de a relaccedilatildeo se dar

de maneira vertical assimeacutetrica e coercitiva

23 Queiroz MVO Jorge MSB Accedilotildees educativas no cuidado infantil e intervenccedilotildees dos profissionais junto agraves famiacutelias Acta Scientiarum Maringaacute 2004 janjun 26(1) 27-34

35

CONCLUSAtildeO

Atraveacutes desse estudo foi possiacutevel descrever e analisar os cuidados que os profissionais

de enfermagem realizam acerca da permanecircncia do acesso venoso perifeacuterico Aleacutem disso a

realizaccedilatildeo da pesquisa permitiu identificar a desarticulaccedilatildeo do processo de enfermagem e a

praacutetica desconectada da produccedilatildeo cientiacutefica caracterizando a falta de uma educaccedilatildeo

continuada efetiva

A anaacutelise dos dados demonstra o processo de punccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico

ressaltando a importacircncia de cuidados como a seleccedilatildeo do local a diluiccedilatildeo da medicaccedilatildeo a

realizaccedilatildeo de uma boa fixaccedilatildeo a atenccedilatildeo com a velocidade de infusatildeo os cuidados com os

sinais de infecccedilatildeo e salinizaccedilatildeo do acesso natildeo deixando de salientar cuidados em desuso

como o uso da heparina da tala e duvidas em relaccedilatildeo ao tempo de permanecircncia Evidenciou

tambeacutem que a equipe de enfermagem delega alguns cuidados para os acompanhantes

Natildeo foi possiacutevel perceber o niacutevel de conhecimento cientiacutefico dos profissionais visto

que eles em nenhum momento por natildeo saberem ou por medo de se expor natildeo explicaram de

fato nenhum cuidado que disseram realizar Sempre citaram de forma superficial e direta

deixando claro tambeacutem que o pesquisador natildeo os indagou quanto a isso Poreacutem creio que

diante de cuidados tatildeo importantes e de frequente praacutetica os mesmos falariam facilmente

sobre os cuidados de enfermagem na permanecircncia do acesso venoso perifeacuterico

Apesar dos entrevistados citarem alguns fatores e cuidados realizados de forma

correta eacute visiacutevel que os mesmos realizam os cuidados com a punccedilatildeo e a permanencia do

acesso de forma automaacutetica sem unir a praacutetica com o fundamento do mesmo

Eacute importante destacar tambeacutem a importacircncia do preparo emocional da crianccedila como

tambeacutem os cuidados com a famiacutelia dos mesmos O trabalho de humanizaccedilatildeo realizado pela

36

enfermagem faz grande diferenccedila nessas situaccedilotildees visto que os pacientes e acompanhantes

tendo conhecimento do que seraacute realizado ficariam mais tranquilos

O estudo contribuiu para o campo do ensino nesta aacuterea dando destaque ao importante

papel que o profissional de enfermagem deve desempenhar no cuidado e na manutenccedilatildeo do

acesso venoso perifeacuterico Contudo vale ressaltar a importacircncia do incentivo ao profissional a

buscar na literatura natildeo soacute esclarecimento de suas duvidas mas tambeacutem novos

conhecimentos

Pode colaborar ainda para a realizaccedilatildeo de novas pesquisas na aacuterea procurando

eliminar duacutevidas e controveacutersias sobre o tema Buscando assim a realizaccedilatildeo de um cuidado de

enfermagem articulado e eficaz promovendo o bem-estar do paciente pediaacutetrico durante a

hospitalizaccedilatildeo

37

REFEREcircNCIAS

ARAUacuteJO Ana Paula Monteiro Baptista de Andrade As praacuteticas de cuidado agrave crianccedila com

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44

APEcircNDICE I

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO Tiacutetulo Do Projeto Os cuidados de enfermagem acerca dos acessos venosos perifeacutericos na unidade pediaacutetrica Pesquisador Responsaacutevel Rosane Cordeiro Burla de Aguiar Eny Dorea Paiva e Karina Rodrigues Fernandes Instituiccedilatildeo a que Pertence o Pesquisador Responsaacutevel Universidade Federal Fluminense Telefone para contato (21) 98355269 (21) 82392939 (21) 91786609 Nome do voluntaacuterio _________________________________________________________ Idade ________ anos RG ____________________________

AO Sr (a) estaacute sendo convidado (a) a participar do projeto de pesquisa OS CUIDADOS DE

ENFERMAGEM ACERCA DOS ACESSOS VENOSOS PERIFEacuteRICOS NA UNIDADE PEDIATRICA de

responsabilidade da pesquisadora Profordf Drordf Rosane Cordeiro Burla de Aguiar e Profordf Drordf Eny Dorea Paiva A

punccedilatildeo venosa perifeacuterica eacute um procedimento essencial durante a hospitalizaccedilatildeo da crianccedila visto que eacute atraveacutes

dela que eacute administrada grande parte das medicaccedilotildees Este estudo se justifica diante da importacircncia da

necessidade de um maior periacuteodo de permanecircncia dos acessos venosos perifeacutericos Com isso aleacutem da

diminuiccedilatildeo de eventos que causam dor e irritaccedilatildeo na crianccedila e na famiacutelia promoveraacute tambeacutem uma melhor estada

dos mesmos durante o periacuteodo de hospitalizaccedilatildeo Os objetivos da pesquisa satildeo 1) Descrever os fatores que

interferem na manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico de acordo com a equipe de enfermagem 2)Analisar os

cuidados da equipe de enfermagem na manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico A coleta de dados se daraacute

atraveacutes de entrevistas semi estruturadas que seratildeo gravadas As informaccedilotildees colhidas seratildeo tratadas de forma

anocircnima e confidencial ou seja em nenhum momento seratildeo divulgados o seu nome e somente os

pesquisadores teratildeo acesso agraves informaccedilotildees Os dados obtidos com a pesquisa poderatildeo ser publicados apenas com

fins cientiacuteficos Eles natildeo seratildeo utilizados para fins comerciais ou para outra finalidade qualquer Caso necessite

poderatildeo ser marcados encontros para respostas ou esclarecimentos de qualquer duacutevida acerca da pesquisa A sua

participaccedilatildeo eacute voluntaria e eacute importante lembrar que vocecirc poderaacute desistir de participar da pesquisa em qualquer

momento A entrevista seraacute marcada em um dia e horaacuterio que vocecirc achar melhor Seraacute realizada

individualmente em um ambiente que nos ofereccedila privacidade Esta pesquisa natildeo oferece riscos para vocecirc e os

benefiacutecios da sua participaccedilatildeo satildeo de aumentar o conhecimento cientiacutefico na aacuterea de Enfermagem Pediaacutetrica

aleacutem de contribuir para a praacutetica profissional Este documento seraacute elaborado em duas vias uma para vocecirc e a

outra seraacute arquivada pelo pesquisador

Eu_____________________________________________________________ RG no _____________________________ Declaro que apoacutes ter entendido o que me foi explicado consinto voluntariamente em participar do presente Protocolo de Pesquisa entendo ainda que posso retirar o meu consentimento a qualquer momento antes ou durante a realizaccedilatildeo do mesmo declaro ter sido informada(o) e concordo em participar como voluntaacuteria(o) da pesquisa acima descrita Rio de Janeiro_______de_______________de 20___ _____________________________ ________________________________

(Participante) Karina Rodrigues Fernandes (Responsaacutevel por obter o consentimento)

______________________________________ _______________________________________ (Testemunha) (Testemunha)

45

APEcircNDICE II

ROTEIRO PARA ENTREVISTA

1) O que vocecirc acha que pode levar a perda do acesso perifeacuterico

2) Para vocecirc o que eacute importante para manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico nas

crianccedilas

3) O que vocecirc acha que pode interferir na sua manutenccedilatildeo

4) Que medidas vocecirc adota no seu dia a dia para manter o acesso

5) Na sua vivencia profissional o que vocecirc discorda dos cuidados que geralmente satildeo

utilizados para manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico

46

ANEXO

47

48

  • KARINA RODRIGUES FERNANDES
    • COA Thatiana Fernanda PETTENGILL Myriam Aparecida Mandetta Autonomia da crianccedila hospitalizada frente aos procedimentos crenccedilas da enfermeira pediatra Acta paul enferm 19(4) 433-438 out-dez 2006 Disponiacutevel em lt wwwscielobrscielophpscr
    • JANSEN Michele Ferraz SANTOS Rosane Maria dos FAVERO Luciane Benefiacutecios da utilizaccedilatildeo do brinquedo durante o cuidado de enfermagem prestado agrave crianccedila hospitalizada Rev Gaucha Enferm 31(2) 247-253 jun 2010 Disponiacutevel em lt httpwwwscielo
    • MAGNABOSCO Gisele TONELLI Ana Lucia Nascimento Fonseca SOUZA Sarah Nancy Deggau Hegeto de Abordagens no cuidado de enfermagem agrave crianccedila hospitalizada submetida a procedimentos uma revisatildeo de literatura Cogitare enferm 13(1) 103-108 jan-mar
    • MARTINS Maria do Rosaacuterio RIBEIRO Circeacutea Amalia BORBA Regina Issuzu Hirooka de and SILVA Conceiccedilatildeo Vieira daProtocolo de preparo da crianccedila preacute-escolar para punccedilatildeo venosa com utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico Rev Latino-Am Enfermagem [on
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    • PIMENTA Erika Acioli Gomes COLLET Neusa Dimensatildeo cuidadora da enfermagem e da famiacutelia na assistecircncia agrave crianccedila hospitalizada concepccedilotildees da enfermagem Rev esc enferm USP [online] 2009 vol43 n3 pp 622-629 Disponiacutevel em lt httpwwwscie
    • THOMAZINE Angeacutelica Malman PASSOS Rocircmulo Silva BAY JUacuteNIOR Osvaldo Goacutees COLLET Neusa OLIVEIRA Beatriz Rosana Gonccedilalves de Assistecircncia de enfermagem agrave crianccedila hospitalizada um resgate histoacuterico Ciˆnc cuid sapoundde 7(supl1) 145-152 maio 200
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        • CDD 61073
Page 26: UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE ESCOLA DE …app.uff.br/riuff/bitstream/1/3317/1/TCC Karina Rodrigues Fernandes.pdf · A punção venosa periférica é um procedimento essencial para

24

O vaso sanguiacuteneo que o profissional selecionar como local para puncionar deve ser

suficiente para suportar o calibre e o comprimento do cateter aleacutem de atender a necessidade

terapecircutica para que natildeo haja a necessidade de uma nova punccedilatildeo

A punccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico eacute um procedimento doloroso e de grande

incomodo para a crianccedila com isso eacute de suma importacircncia realizar a seleccedilatildeo preacutevia do

material poreacutem natildeo foi citado Outro cuidado rotineiro e natildeo menos importante como a

lavagem das matildeos antes da colocaccedilatildeo do acesso tambeacutem natildeo foi mencionado durante as

entrevistas

O preparo emocional da crianccedila e do acompanhante quanto ao procedimento deve ser

considerada praacutetica rotineira para a equipe de enfermagem O profissional de enfermagem

deve lavar as matildeos objetivando a reduccedilatildeo significativa de risco de infecccedilatildeo e recomenda-se o

uso de aacutegua e sabatildeo para lavagem das matildeos antes da colocaccedilatildeo do cateter venoso perifeacuterico

(PHILLIPS13

O preparo preacutevio do material para instalaccedilatildeo do cateter venoso perifeacuterico eacute importante

para evitar interrupccedilotildees do procedimento e consequentemente um maior tempo de

manipulaccedilatildeo da crianccedila (SILVA

2001apud ARAUacuteJO 2007 Centers for Disease Control and Prevention ndash CDC

2002 apud ARAUacuteJO 2007)

14

Outro aspecto citado e classificado como preacute-procedimento eacute o cuidado com a

medicaccedilatildeo a ser administrada incluindo cuidados com a diluiccedilatildeo e composiccedilatildeo da mesma

Seguem algumas das falas

2004 apud ARAUacuteJO 2007 p30)

ldquoEstar sempre diluindo as medicaccedilotildees de acordo com a prescriccedilatildeo meacutedica pois as medicaccedilotildees satildeo muito fortes e podem causar enfraquecimento da veia Tem que diluir direitinho e passar lento na veiardquo (Cinderela) ldquoTer cuidado principalmente quando eacute crianccedila e a diluiccedilatildeo da medicaccedilatildeo tambeacutem agraves vezes natildeo eacute pra passar em perifeacuterico e na segunda dose jaacute perdeurdquo (Alice)

O acesso venoso perifeacuterico eacute a primeira alternativa para infusatildeo intravenosa por ser de

mais faacutecil acesso e rapidez no efeito da medicaccedilatildeo O profissional de enfermagem deve ter

domiacutenio natildeo soacute relacionado agrave infusatildeo das medicaccedilotildees mas tambeacutem com a composiccedilatildeo

13 PHILLIPS L D Manual de terapia intravenosa 2ed Porto Alegre Artmed 2001 14 SILVA G R G Terapia intravenosa em receacutem-nascidos ndash orientaccedilotildees para o cuidado de Enfermagem Rio de Janeiro Cultura Meacutedica 2004

25

farmacoloacutegica das mesmas os efeitos adversos e colaterais que a droga pode causar inclusive

em relaccedilatildeo a diluiccedilatildeo o que normalmente eacute estabelecido como padratildeo no setor de acordo com

cada faacutermaco

Com a intenccedilatildeo de promover a eficaacutecia terapecircutica dos medicamentos administrados

por via intravenosa eacute atribuiccedilatildeo do profissional de enfermagem implementar teacutecnicas como a

diluiccedilatildeo acondicionamento e cuidados na administraccedilatildeo de faacutermacos a fim de evitar

prejuiacutezos no tratamento resultantes da incompatibilidade medicamentosa (PETERLINI

CHAUD e PEDREIRA 2006)

Os fatores intra-procedimento satildeo considerados aqueles diretamente relacionados com

o procedimento Os dados colidos nas entrevistas ressaltaram apenas a fixaccedilatildeo com um fator

que interfere nessa fase Este foi o dado mais repetitivo nas entrevistas poreacutem sempre citado

de forma superficial Seguem as falas dos profissionais quando questionados sobre o que era

importante para manutenccedilatildeo do acesso

ldquoTem que fazer uma boa fixaccedilatildeo Porque quando a pessoa natildeo fixa bem prejudica porque aquilo vai soltando e quando vocecirc vecirc jaacute perdeu a veiardquo(Cinderela) ldquoEu acho que natildeo tem o que fazer para manter o acesso A crianccedila vai ficar uns dias X com aquele acesso pra fazer medicaccedilatildeo e eu acho que natildeo tem o que vocecirc profissional fazer para que natildeo percardquo (Aurora) ldquoA fixaccedilatildeo evita a movimentaccedilatildeo excessiva no local que estaacute o acessordquo (Ariel) ldquoTer cuidado com o curativo saber manusear E manter sempre o curativo limpo trocar se necessaacuteriordquo (Rapunzel) ldquoA fixaccedilatildeo eacute muito importante pra natildeo soltar o acesso e pra ele ficar mais tempordquo(Mulan)

Oliveira Bezerra e Pereira (2008 p 94) afirmam que de acordo com o revelado por

determinados estudos o tipo de curativo a fixaccedilatildeo do cateter e o tempo de permanecircncia estatildeo

diretamente relacionados com a ocorrecircncia de complicaccedilotildees infecciosas como flebites e

tambeacutem infiltraccedilatildeo extravasamento desconexatildeo e deslocamento do cateter

26

Para Pettit e Kraus15

Potter

(1995 apud MACHADO PEDREIRA E CHAUD2005 p292) a

gaze esteacuteril fixada com a fita adesiva hipoalergecircnica bem como a peliacutecula transparente esteacuteril

satildeo os materiais mais recomendados para curativo e fixaccedilatildeo de cateter venoso perifeacuterico

16

Jaacute as peliacuteculas transparentes mais conhecidas como filme permitem a respiraccedilatildeo

normal da pele com alta permeabilidade ao oxigecircnio e vapores e eacute impermeaacutevel a liacutequidos e

micro-organismos (SILVA E ZANETTI 2004 p233) Aleacutem disso permitem tambeacutem a

visualizaccedilatildeo contiacutenua do local de punccedilatildeo permitindo assim avaliaccedilatildeo do mesmo natildeo soacute

durante a infusatildeo de medicaccedilotildees mas tambeacutem todo o tempo

(1998 apud SILVA E ZANETTI 2004 p233) afirma que nas fixaccedilotildees em

que se utiliza a gaze esteacuteril preconiza-se a utilizaccedilatildeo de teacutecnica asseacuteptica Neste curativo a

gaze esteacuteril eacute colocada sobre o siacutetio de inserccedilatildeo e suas bordas satildeo fixadas com fita adesiva

A observaccedilatildeo da punccedilatildeo eacute muito importante pois se o local de inserccedilatildeo se mostrar

com sinais e sintomas de complicaccedilotildees a terapia deve ser suspensa (OLIVEIRA BEZERRA

e PEREIRA 2008 p95)

A visualizaccedilatildeo contiacutenua do acesso permite que a equipe de enfermagem possa realizar

uma observaccedilatildeo mais particularizada em relaccedilatildeo agraves condiccedilotildees do acesso venoso perifeacuterico

podendo observar se haacute deslocamento do cateter sinais de infiltraccedilatildeo e tambeacutem sinais de

infecccedilatildeo

Para Silva Barbato e Valente (2013 p 1200) cabe ao enfermeiro fazer a avaliaccedilatildeo

diaacuteria e cuidadosa do curativo observando a presenccedila de umidade sujidade integridade do

oacutestio de inserccedilatildeo a fixaccedilatildeo bem como a realizaccedilatildeo do curativo e das anotaccedilotildees legais

competentes agraves suas funccedilotildees

A fase poacutes-procedimento eacute caracterizada por uma seacuterie de cuidados que a equipe de

enfermagem deve realizar para que se obtenha maior tempo de permanecircncia do acesso venoso

perifeacuterico Durante as entrevistas os cuidados citados foram a salinizaccedilatildeo do acesso cuidados

para evitar a flebite e a velocidade de infusatildeo

15 Pettit DM Kraus V The use of gauze versus transparent dressings for peripheral intravenous catheter sites Nurs ClinNorth Am 1995 30(3)495-506 16 Potter P Perry AG Fundamentos de enfermagem processo conceito e praacutetica 3ordf ed Santos(SP) Guanabara Koogan19981397pp801-43

27

ldquoManter um acesso bem salinizado que vocecirc lave pelo menos de duas de trecircs em trecircs horas Se bem que isso aqui na pediatria natildeo eacute muito comum aqui a gente soacute lava cada vez que vai fazer medicaccedilatildeo mas se eu natildeo me engano a literatura preconiza isso vocecirc lavar pelo menos de quatro em quatro horas o acessordquo (Aurora)

ldquoPra manter o acesso venoso perifeacuterico eacute importante manter ele salinizado Assim que a gente recebe o plantatildeo eu vou ver se o acesso ta peacutervio com uma ldquoseringuinhardquo vai la da uma ldquolavadinhardquo e vecirc se o acesso ta peacutervio e manter o acesso salinizadordquo (Ariel)

ldquoSalinizar de 6 em 6 horas para manter ele peacuterviordquo (Alice)

ldquoTem que passar lento a medicaccedilatildeo e a limpeza da aacuterea vocecirc tem que limpar bem a aacuterea pra vocecirc natildeo formar uma flebiterdquo (Cinderela)

A salinizaccedilatildeo do acesso eacute um cuidado simples e de grande importacircncia Esse cuidado

deve ser realizado para manter o acesso peacutervio e limpo e deve ser realizado antes e apoacutes

qualquer infusatildeo

Para Moncaio e Figueiredo (2009)

a ldquosalinizaccedilatildeordquo consiste em administrar sob pressatildeo positiva soluccedilatildeo salina (Soro fisioloacutegico a 09) logo apoacutes o teacutermino da infusatildeo da medicaccedilatildeo Este procedimento visa prevenir a formaccedilatildeo de trombos e fibrina evitar o contato de drogas incompatiacuteveis (quando da infusatildeo de mais de um item medicamentoso no mesmo horaacuterio) garantir a infusatildeo de todo o medicamento que possa ter ficado no sistema aleacutem de evitar retorno sanguiacuteneo mantendo o cateter peacutervio para a proacutexima infusatildeo

Durante a coleta de dados esse cuidado surgiu em diversos momentos poreacutem foi

possiacutevel perceber que os profissionais realizam o mesmo de forma banalizada Natildeo sabem de

fato a real funccedilatildeo de manter o acesso salinizado A impressatildeo que passa eacute que eles

aprenderam que esse cuidado deveria ser feito e simplesmente fazem Haacute divergecircncias

tambeacutem entre a equipe em relaccedilatildeo ao momento que deve ser realizada a salinizaccedilatildeo e isso nos

mostra a desatualizaccedilatildeo dos profissionais do setor e a falta de uma educaccedilatildeo continuada no

hospital

Os cuidados para evitar a flebite e a velocidade de infusatildeo da medicaccedilatildeo apareceram

menos nas entrevistas e interferem diretamente com a manutenccedilatildeo do acesso venoso

perifeacuterico

28

A flebite eacute uma inflamaccedilatildeo na veia puncionada ocorrendo quando as ceacutelulas

endoteliais da parede da veia que o cateter estaacute inserido tornam-se inflamadas e irregulares

propiciando a aderecircncia de plaquetas e predispondo a veia a inflamaccedilatildeo Eacute comum que o local

se apresente dolorido hiperemiado quente e edemaciado e nesses casos eacute aconselhada a

retirada do cateter Uma boa fixaccedilatildeo do cateter perifeacuterico eacute recomendada por autores na

literatura visto que previnem deslocamento faacutecil e permitem uma boa visualizaccedilatildeo do local

evitando complicaccedilotildees como a flebite e infiltraccedilatildeo (MOLDES et al 2011 p 330)

Dentre as principais falhas de infusatildeo venosa estatildeo flebite infiltraccedilatildeo hematoma e

obstruccedilatildeo Acredita-se que para reduzir a incidecircncia destas nas unidades pediaacutetricas eacute preciso

a adoccedilatildeo de estrateacutegias tais como a abordagem junto agrave equipe em parceria com o setor de

educaccedilatildeo permanente e a adoccedilatildeo do uso da teacutecnica corretamente e de forma asseacuteptica para a

realizaccedilatildeo da punccedilatildeo venosa perifeacuterica em acordo com a comissatildeo de controle de infecccedilatildeo

hospitalar (SILVA BARBATO e VALENTE 2013 p 1200)

A incapacidade do paciente em relatar dor no siacutetio de administraccedilatildeo do faacutermaco quer

pela idade ou condiccedilatildeo cliacutenica e o local de inserccedilatildeo como tambeacutem a velocidade de infusatildeo do

medicamento (gt25mgmin) satildeo classificados como fatores de risco para a perda do acesso

venoso perifeacuterico (MARTINS SILVINO e DIAS 2010)

42 Os cuidados em desuso para manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico

Essa categoria discorre sobre os cuidados de enfermagem que com o passar do tempo

foram desconsiderados e natildeo satildeo mais utilizados Quando questionados em relaccedilatildeo a vivencia

profissional e cuidados que discordavam os entrevistados citaram o uso da tala para fixaccedilatildeo

uso de heparina e os cuidados em relaccedilatildeo ao tempo de permanecircncia do cateter Haacute muitas

controveacutersias em relaccedilatildeo aos cuidados citados acima

O tempo de permanecircncia interfere diretamente no aparecimento de complicaccedilotildees

como flebite e que acabam levando a perda do acesso venoso perifeacuterico mais rapidamente

aconselhando assim a troca do mesmo entre 76 a 96 horas Poreacutem eacute preconizada a retirada do

cateter apenas se finalizar o tratamento ou houver alguma interferecircncia

ldquoA gente observa tambeacutem o tempo dependendo do tempo tem que tirarrdquo (Alice)

29

ldquoHoje eu natildeo sei como que eacute essa questatildeo do tempo porque a gente trocava o acesso a cada quatro dias agora o pessoal jaacute diz que pode trocar em ateacute uma semana entatildeo natildeo sei como que ta isso e o que tem escrito em relaccedilatildeo a isso (Aurora)

Sabe-se que o tempo para troca do cateter de teflon ou poliuretano varia de 72 a 96

horas com o intuito de reduzir risco de infecccedilatildeo e flebite e para minimizar esses riscos nas

seguintes situaccedilotildees diante de sinais inflamatoacuterios no local de inserccedilatildeo e sempre que houver

mau funcionamento do cateter (SANTOS17

Entretanto o Center for Disease Control and Prevention - CDC (2002) diz que em

pacientes pediaacutetricos natildeo foi observada relaccedilatildeo quanto ao tempo de permanecircncia do cateter e

ocorrecircncia de complicaccedilotildees devendo ser mantido ateacute o teacutermino da terapia intravenosa ou

quando forem observados sinais cliacutenicos de complicaccedilotildees

2004 apud OLIVEIRA BEZERRA e PEREIRA

2008 p 93)

Eacute possiacutevel observar a diferenccedila do conhecimento pratico dos profissionais

entrevistados em relaccedilatildeo ao conhecimento encontrado na literatura E ainda contendo duacutevidas

natildeo haacute uma busca da parte dos mesmos para esclarececirc-las

O uso da heparina com a finalidade de manter o acesso peacutervio por um periacuteodo maior

de tempo mostra-se com mais certeza quanto ao desuso nos dados colidos

ldquoAntigamente a gente usava heparina entatildeo a gente ficava tranquila em relaccedilatildeo agrave obstruccedilatildeo mas agora natildeo a gente usa o soro fisioloacutegico e a gente deixa salinizadordquo (Aurora)

Rang e Dale 18(1998 apud DOPICO e OLIVEIRA 2006) afirmam que a heparina

inibe a formaccedilatildeo de coaacutegulos de fibrina in vitro e in vivo e que seu efeito anticoagulante eacute

praticamente imediato Com isso Phillips19

17 Santos W Lavagem das matildeos In R Luiz Santos W Manual baacutesico de prevenccedilatildeo e controle das infecccedilotildees hospitalares do HRU Fortaleza Hospital Regional Unimed 2004

(2001 apud DOPICO e OLIVEIRA 2006)

ressalta que a teacutecnica de manutenccedilatildeo intermitente de cateteres intravenosos com soluccedilatildeo

salina 09 classificada como salinizaccedilatildeo tem sido pesquisada haacute alguns anos apresentando

em relaccedilatildeo ao uso da heparina vantagens como o baixo custo ser um procedimento mais

18 Rang HP Dale M M Hemostasia e Trombose In Rang HP Dale M M Farmacologia Rio de Janeiro Guanabara Koogan 1998 p235-47 19 PHILLIPS L D Manual de terapia intravenosa 2ed Porto Alegre Artmed 2001

30

simples aleacutem de eliminar a possibilidade de incompatibilidade com as drogas e soluccedilotildees

administradas aleacutem da inexistecircncia de riscos ao paciente Entretanto sabe-se que a literatura

ainda natildeo fornece consenso acerca da soluccedilatildeo mais indicada para manutenccedilatildeo da

permeabilidade do cateter venoso perifeacuterico

Eacute importante ressaltar que muitas instituiccedilotildees do nosso paiacutes nem ao menos tecircm o

conhecimento da praacutetica da salinizaccedilatildeo com soluccedilatildeo salina 09 No que se refere agrave pesquisa

cientiacutefica as limitaccedilotildees desta praacutetica satildeo atribuiacutedas agrave ausecircncia de um maior nuacutemero de

estudos controlados para validar sua eficaacutecia (EPPERSON20

Apesar de natildeo ser encontradas publicaccedilotildees acerca do tema a utilizaccedilatildeo de heparina

mostra-se como uma pratica natildeo mais utilizada pelos profissionais de enfermagem Outro

tema onde haacute controveacutersias e tambeacutem poucas citaccedilotildees eacute o uso da tala para fixaccedilatildeo do acesso

venoso perifeacuterico Seguem abaixo a opiniatildeo de alguns dos profissionais entrevistados

1984 apud DOPICO e

OLIVEIRA 2006)

ldquoA uacutenica coisa que eu natildeo gosto de ver eacute quando se coloca tala para imobilizar dizendo que a tala vai ajudar a natildeo perder a veia Isso eu natildeo concordo acho que a tala prejudica a crianccedila fica incomodada faz dor no membrordquo (Cinderela)

ldquoAntigamente a gente usava muito tala e as vezes eu pego isso aqui ai eu falo gente tala natildeo se usa mais natildeo faz parte mais da fixaccedilatildeo vocecirc pode fixar de uma forma que a crianccedila natildeo perca A tala eu acho que ela traumatiza um pouco ainda mais se vocecirc pegar um acesso na dobra vocecirc vai fazer com que a crianccedila fique com o braccedilo esticado muito tempo eu acho que pode causar uma lesatildeo depois e a literatura jaacute fala que eacute desnecessaacuteria natildeo precisa maisrdquo (Aurora) ldquoAntigamente usavam tala mas hoje em dia quase natildeo se vecirc mais e eu acho que a tala atrapalha porque a crianccedila fica imobilizada no membro ai fica mais irritadardquo (Rapunzel) ldquoLaacute no meu outro trabalho alguns usam a tala Eu acho que a tala ajuda ateacute a perder mais raacutepido porque a crianccedila fica incomodada vai querer mexer naquilordquo (Mulan)

20 Epperson EL Efficacy of 09 sodium chloride injection with without heparin for maintenance indwelling intermittent injection sites Clin Pharm1984 3(5)26

31

Almeida e Sabateacutes21

Entretanto haacute estudo que comprovam que o uso da tala natildeo se mostra tatildeo eficiente e

apresenta-se como uma praacutetica controversa O estudo foi realizado em crianccedilas ateacute os 12 anos

utilizando imobilizaccedilatildeo com tala e em mais de metade dos casos (553) ocorreu infiltraccedilatildeo

o que indicia a ineficaacutecia desta praacutetica (MACHADO PEDREIRA e CHAUD 2008 apud

BATALHA et al 2010 p512)

(2008 apud BATALHA et al 2010 p512) afirmam que a teacutecnica

de fixaccedilatildeo dos CVP com uso de imobilizaccedilatildeo com tala para restriccedilatildeo ou limitaccedilatildeo dos

movimentos articulares proacuteximo do local da punccedilatildeo estaacute indicado nas matildeos punhos cotovelo

e maleacuteolo

Para Batalha et al (2010 p512) o uso desta praacutetica parece natildeo se coadunar com o

atual uso de cateteres flexiacuteveis tipo abocath em detrimento de agulhas metaacutelicas Talvez por

isso comecem a surgir novas teacutecnicas de fixaccedilatildeo dos CVP que natildeo exigem imobilizaccedilatildeo das

articulaccedilotildees com talas

Aleacutem de natildeo haver uma confirmaccedilatildeo dos benefiacutecios causados pelo uso da tala a

imobilizaccedilatildeo causa incocircmodo para a crianccedila que fica com o membro imoacutevel podendo causar

dor e tambeacutem irritaccedilatildeo O uso desse tipo de fixaccedilatildeo tambeacutem impede a visualizaccedilatildeo frequente

do acesso venoso afetando assim os cuidados de observaccedilatildeo da equipe de enfermagem

43 O acompanhante e a manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico

A presente categoria vai discutir um assunto importante que surgiu durante as

entrevistas de forma inesperada Alguns dos profissionais entrevistados citaram o descuido do

acompanhante como um fator causador da perda do acesso venoso perifeacuterico Seguem abaixo

algumas falas

ldquoA matildee sempre acompanha e tem matildee que natildeo tem cuidado natildeo vigia e a gente tem que ficar pedindo pra olhar tomar contardquo (Aurora)

ldquoEm relaccedilatildeo ao acompanhante porque a crianccedila natildeo vai avaliar entatildeo o acompanhante que estar ali tem que avaliar direitinho natildeo deixar a crianccedila mexer ou puxarrdquo (Bela)

ldquoNatildeo eacute toda matildee que esta vigiando que cuida pra que a crianccedila natildeo perca o acessordquo (Jasmine)

21 Almeida FA Sabateacutes AL Enfermagem pediaacutetrica a crianccedila o adolescente e a sua famiacutelia no hospital Satildeo Paulo(SP) Manole 2008

32

ldquoAcho que leva a perda quando o acompanhante natildeo coopera as vezes a gente faz a imobilizaccedilatildeo na crianccedila e as vezes eles ateacute retiram e a proacutepria crianccedila agitada ela mesmo arrancardquo (Branca de Neve)

ldquoAgraves vezes a proacutepria crianccedila que a matildee deixa muito solta ai solta o acessordquo (Mulan)

Apoacutes a implementaccedilatildeo da lei que garante um acompanhante ao paciente pediaacutetrico a

presenccedila do familiarresponsaacutevel durante a hospitalizaccedilatildeo mudou a rotina da equipe de

enfermagem trazendo duacutevidas quanto a real funccedilatildeo do acompanhante e fazendo com que a

mesma viesse a delegar certos cuidados para acompanhante

A Promulgaccedilatildeo da Lei 8069 do Estatuto da Crianccedila e do Adolescente (ECA) em

1990 no seu artigo 12deg garante agrave crianccedila ou ao adolescente o direito de ter um responsaacutevel

que o acompanhe durante a hospitalizaccedilatildeo (1990)

Desde a sua implantaccedilatildeo as unidades vecircm sofrendo um processo de reorganizaccedilatildeo de

suas praacuteticas A inserccedilatildeo da famiacutelia modifica a organizaccedilatildeo do processo de trabalho o que

requer dos profissionais uma compreensatildeo em relaccedilatildeo agrave dinacircmica das relaccedilotildees interpessoais

(COLLET e ROCHA 2004)

Pimenta e Collet (2009) ressaltam que natildeo haacute nenhuma regulamentaccedilatildeo sobre a

participaccedilatildeo da famiacutelia nos cuidados e no entanto a mesma desempenha atividades junto agrave

crianccedila durante a hospitalizaccedilatildeo que devem ser levadas em consideraccedilatildeo A falta de

reconhecimento desse fato fez com que a equipe de enfermagem e famiacutelia natildeo possuiacutessem

uma relaccedilatildeo aberta e vivessem uma relaccedilatildeo silenciosa e impliacutecita de poder na qual a famiacutelia

acaba assumindo as relaccedilotildees do cuidado agrave crianccedila de responsabilidade da enfermagem

A negociaccedilatildeo entre matildees e equipe de enfermagem em relaccedilatildeo aos cuidados agrave crianccedila

hospitalizada natildeo eacute uma tarefa faacutecil tendo em vista que natildeo se tem claro qual o seu novo

papel neste processo (COLLET e ROCHA 2004)

Eacute possiacutevel ver nas falas que a presenccedila do acompanhante causa para a equipe de

enfermagem a seguranccedila de ter algueacutem para ldquovigiarrdquo ldquotomar contardquo e natildeo deixar que a

crianccedila hospitalizada perca o acesso venoso quando na verdade eacute funccedilatildeo da equipe de

enfermagem cuidados referentes ao acesso venoso perifeacuterico

33

Jaacute o acompanhante eacute definido pelo Ministeacuterio da Sauacutede como uma pessoa significativa

para a crianccedila que representa sua rede social e que vai acompanhaacute-lo durante a permanecircncia

no ambiente hospitalar ressaltando assim sua importacircncia Esse fato se reforccedila visto que a

crianccedila encontra nos familiares a forccedila e seguranccedila necessaacuteria para encarar todo esse processo

doloroso e desconhecido (MURAKAMI e CAMPOS 2011 p255)

O acompanhante aleacutem de minimizar o sofrimento do paciente pediaacutetrico faz com que

o mesmo sinta-se mais a vontade Eacute importante ressaltar que o familiarresponsaacutevel natildeo soacute

pode como deve participar das atividades da crianccedila no hospital desde que estas natildeo sejam

competecircncias dos profissionais que os cercam Essas atividades satildeo caracterizadas como

semelhantes aos que eles realizam diariamente fora do ambiente hospitalar como o banho

Poreacutem no caso de um paciente com punccedilatildeo venosa perifeacuterica o profissional de enfermagem

deve auxiliar no cuidado para que essa natildeo se perca

Os cuidados dos familiaresacompanhantes satildeo os mesmos que os desenvolvidos no

domiciacutelio e os cuidados prestados pela equipe de enfermagem satildeo aqueles que demandam

conhecimento teacutecnico-cientiacutefico especializado (SOUZA e OLIVEIRA 2010 p558)

Mesmo alguns cuidados parecerem simples e rotineiros quando eacute prestado no

hospital assumem novas caracteriacutesticas com o uso de dispositivos tecnoloacutegicos os quais se

tornam complexos (PIMENTA E COLLET 2009)

O ato de cuidar envolve o respeito agrave maneira como vive cada indiviacuteduo de acordo

com suas crenccedilas valores costumes e cultura A famiacutelia como uma instituiccedilatildeo atende agraves

necessidades bioloacutegicas de seus membros sendo sua responsabilidade cuidar e criar os filhos

incluindo a obrigaccedilatildeo da alimentaccedilatildeo higiene vestuaacuterio e moradia (ELSEN22

Nas entrevistas podemos verificar falas em que o acompanhante eacute citado como

responsaacutevel por avaliar a punccedilatildeo venosa A equipe de enfermagem deve sempre partir do

pressuposto que o familiar acompanhante natildeo tem conhecimento cientiacutefico e certo tipo de

cuidado natildeo deve se delegado para o mesmo mostrando assim a importacircncia da orientaccedilatildeo do

acompanhante quanto aos procedimentos dispositivos utilizados e cuidados em que os

etal 1994

apud SOUZA e OLIVEIRA 2010 p 553)

22 Elsen I Patriacutecio ZM Assistecircncia agrave crianccedila hospitalizada tipos de abordagens e suas implicaccedilotildees para a enfermagem In A enfermagem em pediatria e puericultura Rio de Janeiro (RJ) Atheneu 2005

34

mesmos possam auxiliar Seguem abaixo as falas onde os profissionais ressaltaram a

importacircncia da orientaccedilatildeo do acompanhante

ldquoNem sempre a crianccedila vai entender o porque de estar com aquele acesso entatildeo tem que ter uma orientaccedilatildeo do acompanhanterdquo (Bela)

ldquoTem que haver orientaccedilatildeo do acompanhante para os cuidadosrdquo (Ariel)

ldquoAgraves vezes tem ate o exemplo de um pai que natildeo deixa trocar o acesso jaacute tinha mais de uma semana e ele natildeo queria que trocasse ai faz febre e natildeo sabe da onderdquo (Alice)

Para Souza e Oliveira (2010 p555) deve haver uma preocupaccedilatildeo em orientar

considerando que o outro natildeo tem nenhum tipo de conhecimento sobre o assunto Poreacutem

Queiroz e Jorge23

Apesar das dificuldades o profissional de enfermagem deve estabelecer um viacutenculo de

confianccedila com o acompanhante buscando sempre deixaacute-los ciente das situaccedilotildees e fazendo-os

participar dos cuidados plausiacuteveis sem causar nenhum dano agrave crianccedila e de maneira alguma

abandonar suas atribuiccedilotildees

(2004 apud SOUZA e OLIVEIRA 2010 p 556) ressaltam que apesar de os

profissionais terem intenccedilatildeo de orientar os cuidados para a sauacutede repassam conhecimentos

elaborados cientificamente dificultando a compreensatildeo do familiar aleacutem de a relaccedilatildeo se dar

de maneira vertical assimeacutetrica e coercitiva

23 Queiroz MVO Jorge MSB Accedilotildees educativas no cuidado infantil e intervenccedilotildees dos profissionais junto agraves famiacutelias Acta Scientiarum Maringaacute 2004 janjun 26(1) 27-34

35

CONCLUSAtildeO

Atraveacutes desse estudo foi possiacutevel descrever e analisar os cuidados que os profissionais

de enfermagem realizam acerca da permanecircncia do acesso venoso perifeacuterico Aleacutem disso a

realizaccedilatildeo da pesquisa permitiu identificar a desarticulaccedilatildeo do processo de enfermagem e a

praacutetica desconectada da produccedilatildeo cientiacutefica caracterizando a falta de uma educaccedilatildeo

continuada efetiva

A anaacutelise dos dados demonstra o processo de punccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico

ressaltando a importacircncia de cuidados como a seleccedilatildeo do local a diluiccedilatildeo da medicaccedilatildeo a

realizaccedilatildeo de uma boa fixaccedilatildeo a atenccedilatildeo com a velocidade de infusatildeo os cuidados com os

sinais de infecccedilatildeo e salinizaccedilatildeo do acesso natildeo deixando de salientar cuidados em desuso

como o uso da heparina da tala e duvidas em relaccedilatildeo ao tempo de permanecircncia Evidenciou

tambeacutem que a equipe de enfermagem delega alguns cuidados para os acompanhantes

Natildeo foi possiacutevel perceber o niacutevel de conhecimento cientiacutefico dos profissionais visto

que eles em nenhum momento por natildeo saberem ou por medo de se expor natildeo explicaram de

fato nenhum cuidado que disseram realizar Sempre citaram de forma superficial e direta

deixando claro tambeacutem que o pesquisador natildeo os indagou quanto a isso Poreacutem creio que

diante de cuidados tatildeo importantes e de frequente praacutetica os mesmos falariam facilmente

sobre os cuidados de enfermagem na permanecircncia do acesso venoso perifeacuterico

Apesar dos entrevistados citarem alguns fatores e cuidados realizados de forma

correta eacute visiacutevel que os mesmos realizam os cuidados com a punccedilatildeo e a permanencia do

acesso de forma automaacutetica sem unir a praacutetica com o fundamento do mesmo

Eacute importante destacar tambeacutem a importacircncia do preparo emocional da crianccedila como

tambeacutem os cuidados com a famiacutelia dos mesmos O trabalho de humanizaccedilatildeo realizado pela

36

enfermagem faz grande diferenccedila nessas situaccedilotildees visto que os pacientes e acompanhantes

tendo conhecimento do que seraacute realizado ficariam mais tranquilos

O estudo contribuiu para o campo do ensino nesta aacuterea dando destaque ao importante

papel que o profissional de enfermagem deve desempenhar no cuidado e na manutenccedilatildeo do

acesso venoso perifeacuterico Contudo vale ressaltar a importacircncia do incentivo ao profissional a

buscar na literatura natildeo soacute esclarecimento de suas duvidas mas tambeacutem novos

conhecimentos

Pode colaborar ainda para a realizaccedilatildeo de novas pesquisas na aacuterea procurando

eliminar duacutevidas e controveacutersias sobre o tema Buscando assim a realizaccedilatildeo de um cuidado de

enfermagem articulado e eficaz promovendo o bem-estar do paciente pediaacutetrico durante a

hospitalizaccedilatildeo

37

REFEREcircNCIAS

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THOMAZINE Angeacutelica Malman PASSOS Rocircmulo Silva BAY JUacuteNIOR Osvaldo Goacutees

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44

APEcircNDICE I

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO Tiacutetulo Do Projeto Os cuidados de enfermagem acerca dos acessos venosos perifeacutericos na unidade pediaacutetrica Pesquisador Responsaacutevel Rosane Cordeiro Burla de Aguiar Eny Dorea Paiva e Karina Rodrigues Fernandes Instituiccedilatildeo a que Pertence o Pesquisador Responsaacutevel Universidade Federal Fluminense Telefone para contato (21) 98355269 (21) 82392939 (21) 91786609 Nome do voluntaacuterio _________________________________________________________ Idade ________ anos RG ____________________________

AO Sr (a) estaacute sendo convidado (a) a participar do projeto de pesquisa OS CUIDADOS DE

ENFERMAGEM ACERCA DOS ACESSOS VENOSOS PERIFEacuteRICOS NA UNIDADE PEDIATRICA de

responsabilidade da pesquisadora Profordf Drordf Rosane Cordeiro Burla de Aguiar e Profordf Drordf Eny Dorea Paiva A

punccedilatildeo venosa perifeacuterica eacute um procedimento essencial durante a hospitalizaccedilatildeo da crianccedila visto que eacute atraveacutes

dela que eacute administrada grande parte das medicaccedilotildees Este estudo se justifica diante da importacircncia da

necessidade de um maior periacuteodo de permanecircncia dos acessos venosos perifeacutericos Com isso aleacutem da

diminuiccedilatildeo de eventos que causam dor e irritaccedilatildeo na crianccedila e na famiacutelia promoveraacute tambeacutem uma melhor estada

dos mesmos durante o periacuteodo de hospitalizaccedilatildeo Os objetivos da pesquisa satildeo 1) Descrever os fatores que

interferem na manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico de acordo com a equipe de enfermagem 2)Analisar os

cuidados da equipe de enfermagem na manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico A coleta de dados se daraacute

atraveacutes de entrevistas semi estruturadas que seratildeo gravadas As informaccedilotildees colhidas seratildeo tratadas de forma

anocircnima e confidencial ou seja em nenhum momento seratildeo divulgados o seu nome e somente os

pesquisadores teratildeo acesso agraves informaccedilotildees Os dados obtidos com a pesquisa poderatildeo ser publicados apenas com

fins cientiacuteficos Eles natildeo seratildeo utilizados para fins comerciais ou para outra finalidade qualquer Caso necessite

poderatildeo ser marcados encontros para respostas ou esclarecimentos de qualquer duacutevida acerca da pesquisa A sua

participaccedilatildeo eacute voluntaria e eacute importante lembrar que vocecirc poderaacute desistir de participar da pesquisa em qualquer

momento A entrevista seraacute marcada em um dia e horaacuterio que vocecirc achar melhor Seraacute realizada

individualmente em um ambiente que nos ofereccedila privacidade Esta pesquisa natildeo oferece riscos para vocecirc e os

benefiacutecios da sua participaccedilatildeo satildeo de aumentar o conhecimento cientiacutefico na aacuterea de Enfermagem Pediaacutetrica

aleacutem de contribuir para a praacutetica profissional Este documento seraacute elaborado em duas vias uma para vocecirc e a

outra seraacute arquivada pelo pesquisador

Eu_____________________________________________________________ RG no _____________________________ Declaro que apoacutes ter entendido o que me foi explicado consinto voluntariamente em participar do presente Protocolo de Pesquisa entendo ainda que posso retirar o meu consentimento a qualquer momento antes ou durante a realizaccedilatildeo do mesmo declaro ter sido informada(o) e concordo em participar como voluntaacuteria(o) da pesquisa acima descrita Rio de Janeiro_______de_______________de 20___ _____________________________ ________________________________

(Participante) Karina Rodrigues Fernandes (Responsaacutevel por obter o consentimento)

______________________________________ _______________________________________ (Testemunha) (Testemunha)

45

APEcircNDICE II

ROTEIRO PARA ENTREVISTA

1) O que vocecirc acha que pode levar a perda do acesso perifeacuterico

2) Para vocecirc o que eacute importante para manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico nas

crianccedilas

3) O que vocecirc acha que pode interferir na sua manutenccedilatildeo

4) Que medidas vocecirc adota no seu dia a dia para manter o acesso

5) Na sua vivencia profissional o que vocecirc discorda dos cuidados que geralmente satildeo

utilizados para manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico

46

ANEXO

47

48

  • KARINA RODRIGUES FERNANDES
    • COA Thatiana Fernanda PETTENGILL Myriam Aparecida Mandetta Autonomia da crianccedila hospitalizada frente aos procedimentos crenccedilas da enfermeira pediatra Acta paul enferm 19(4) 433-438 out-dez 2006 Disponiacutevel em lt wwwscielobrscielophpscr
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    • MAGNABOSCO Gisele TONELLI Ana Lucia Nascimento Fonseca SOUZA Sarah Nancy Deggau Hegeto de Abordagens no cuidado de enfermagem agrave crianccedila hospitalizada submetida a procedimentos uma revisatildeo de literatura Cogitare enferm 13(1) 103-108 jan-mar
    • MARTINS Maria do Rosaacuterio RIBEIRO Circeacutea Amalia BORBA Regina Issuzu Hirooka de and SILVA Conceiccedilatildeo Vieira daProtocolo de preparo da crianccedila preacute-escolar para punccedilatildeo venosa com utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico Rev Latino-Am Enfermagem [on
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Page 27: UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE ESCOLA DE …app.uff.br/riuff/bitstream/1/3317/1/TCC Karina Rodrigues Fernandes.pdf · A punção venosa periférica é um procedimento essencial para

25

farmacoloacutegica das mesmas os efeitos adversos e colaterais que a droga pode causar inclusive

em relaccedilatildeo a diluiccedilatildeo o que normalmente eacute estabelecido como padratildeo no setor de acordo com

cada faacutermaco

Com a intenccedilatildeo de promover a eficaacutecia terapecircutica dos medicamentos administrados

por via intravenosa eacute atribuiccedilatildeo do profissional de enfermagem implementar teacutecnicas como a

diluiccedilatildeo acondicionamento e cuidados na administraccedilatildeo de faacutermacos a fim de evitar

prejuiacutezos no tratamento resultantes da incompatibilidade medicamentosa (PETERLINI

CHAUD e PEDREIRA 2006)

Os fatores intra-procedimento satildeo considerados aqueles diretamente relacionados com

o procedimento Os dados colidos nas entrevistas ressaltaram apenas a fixaccedilatildeo com um fator

que interfere nessa fase Este foi o dado mais repetitivo nas entrevistas poreacutem sempre citado

de forma superficial Seguem as falas dos profissionais quando questionados sobre o que era

importante para manutenccedilatildeo do acesso

ldquoTem que fazer uma boa fixaccedilatildeo Porque quando a pessoa natildeo fixa bem prejudica porque aquilo vai soltando e quando vocecirc vecirc jaacute perdeu a veiardquo(Cinderela) ldquoEu acho que natildeo tem o que fazer para manter o acesso A crianccedila vai ficar uns dias X com aquele acesso pra fazer medicaccedilatildeo e eu acho que natildeo tem o que vocecirc profissional fazer para que natildeo percardquo (Aurora) ldquoA fixaccedilatildeo evita a movimentaccedilatildeo excessiva no local que estaacute o acessordquo (Ariel) ldquoTer cuidado com o curativo saber manusear E manter sempre o curativo limpo trocar se necessaacuteriordquo (Rapunzel) ldquoA fixaccedilatildeo eacute muito importante pra natildeo soltar o acesso e pra ele ficar mais tempordquo(Mulan)

Oliveira Bezerra e Pereira (2008 p 94) afirmam que de acordo com o revelado por

determinados estudos o tipo de curativo a fixaccedilatildeo do cateter e o tempo de permanecircncia estatildeo

diretamente relacionados com a ocorrecircncia de complicaccedilotildees infecciosas como flebites e

tambeacutem infiltraccedilatildeo extravasamento desconexatildeo e deslocamento do cateter

26

Para Pettit e Kraus15

Potter

(1995 apud MACHADO PEDREIRA E CHAUD2005 p292) a

gaze esteacuteril fixada com a fita adesiva hipoalergecircnica bem como a peliacutecula transparente esteacuteril

satildeo os materiais mais recomendados para curativo e fixaccedilatildeo de cateter venoso perifeacuterico

16

Jaacute as peliacuteculas transparentes mais conhecidas como filme permitem a respiraccedilatildeo

normal da pele com alta permeabilidade ao oxigecircnio e vapores e eacute impermeaacutevel a liacutequidos e

micro-organismos (SILVA E ZANETTI 2004 p233) Aleacutem disso permitem tambeacutem a

visualizaccedilatildeo contiacutenua do local de punccedilatildeo permitindo assim avaliaccedilatildeo do mesmo natildeo soacute

durante a infusatildeo de medicaccedilotildees mas tambeacutem todo o tempo

(1998 apud SILVA E ZANETTI 2004 p233) afirma que nas fixaccedilotildees em

que se utiliza a gaze esteacuteril preconiza-se a utilizaccedilatildeo de teacutecnica asseacuteptica Neste curativo a

gaze esteacuteril eacute colocada sobre o siacutetio de inserccedilatildeo e suas bordas satildeo fixadas com fita adesiva

A observaccedilatildeo da punccedilatildeo eacute muito importante pois se o local de inserccedilatildeo se mostrar

com sinais e sintomas de complicaccedilotildees a terapia deve ser suspensa (OLIVEIRA BEZERRA

e PEREIRA 2008 p95)

A visualizaccedilatildeo contiacutenua do acesso permite que a equipe de enfermagem possa realizar

uma observaccedilatildeo mais particularizada em relaccedilatildeo agraves condiccedilotildees do acesso venoso perifeacuterico

podendo observar se haacute deslocamento do cateter sinais de infiltraccedilatildeo e tambeacutem sinais de

infecccedilatildeo

Para Silva Barbato e Valente (2013 p 1200) cabe ao enfermeiro fazer a avaliaccedilatildeo

diaacuteria e cuidadosa do curativo observando a presenccedila de umidade sujidade integridade do

oacutestio de inserccedilatildeo a fixaccedilatildeo bem como a realizaccedilatildeo do curativo e das anotaccedilotildees legais

competentes agraves suas funccedilotildees

A fase poacutes-procedimento eacute caracterizada por uma seacuterie de cuidados que a equipe de

enfermagem deve realizar para que se obtenha maior tempo de permanecircncia do acesso venoso

perifeacuterico Durante as entrevistas os cuidados citados foram a salinizaccedilatildeo do acesso cuidados

para evitar a flebite e a velocidade de infusatildeo

15 Pettit DM Kraus V The use of gauze versus transparent dressings for peripheral intravenous catheter sites Nurs ClinNorth Am 1995 30(3)495-506 16 Potter P Perry AG Fundamentos de enfermagem processo conceito e praacutetica 3ordf ed Santos(SP) Guanabara Koogan19981397pp801-43

27

ldquoManter um acesso bem salinizado que vocecirc lave pelo menos de duas de trecircs em trecircs horas Se bem que isso aqui na pediatria natildeo eacute muito comum aqui a gente soacute lava cada vez que vai fazer medicaccedilatildeo mas se eu natildeo me engano a literatura preconiza isso vocecirc lavar pelo menos de quatro em quatro horas o acessordquo (Aurora)

ldquoPra manter o acesso venoso perifeacuterico eacute importante manter ele salinizado Assim que a gente recebe o plantatildeo eu vou ver se o acesso ta peacutervio com uma ldquoseringuinhardquo vai la da uma ldquolavadinhardquo e vecirc se o acesso ta peacutervio e manter o acesso salinizadordquo (Ariel)

ldquoSalinizar de 6 em 6 horas para manter ele peacuterviordquo (Alice)

ldquoTem que passar lento a medicaccedilatildeo e a limpeza da aacuterea vocecirc tem que limpar bem a aacuterea pra vocecirc natildeo formar uma flebiterdquo (Cinderela)

A salinizaccedilatildeo do acesso eacute um cuidado simples e de grande importacircncia Esse cuidado

deve ser realizado para manter o acesso peacutervio e limpo e deve ser realizado antes e apoacutes

qualquer infusatildeo

Para Moncaio e Figueiredo (2009)

a ldquosalinizaccedilatildeordquo consiste em administrar sob pressatildeo positiva soluccedilatildeo salina (Soro fisioloacutegico a 09) logo apoacutes o teacutermino da infusatildeo da medicaccedilatildeo Este procedimento visa prevenir a formaccedilatildeo de trombos e fibrina evitar o contato de drogas incompatiacuteveis (quando da infusatildeo de mais de um item medicamentoso no mesmo horaacuterio) garantir a infusatildeo de todo o medicamento que possa ter ficado no sistema aleacutem de evitar retorno sanguiacuteneo mantendo o cateter peacutervio para a proacutexima infusatildeo

Durante a coleta de dados esse cuidado surgiu em diversos momentos poreacutem foi

possiacutevel perceber que os profissionais realizam o mesmo de forma banalizada Natildeo sabem de

fato a real funccedilatildeo de manter o acesso salinizado A impressatildeo que passa eacute que eles

aprenderam que esse cuidado deveria ser feito e simplesmente fazem Haacute divergecircncias

tambeacutem entre a equipe em relaccedilatildeo ao momento que deve ser realizada a salinizaccedilatildeo e isso nos

mostra a desatualizaccedilatildeo dos profissionais do setor e a falta de uma educaccedilatildeo continuada no

hospital

Os cuidados para evitar a flebite e a velocidade de infusatildeo da medicaccedilatildeo apareceram

menos nas entrevistas e interferem diretamente com a manutenccedilatildeo do acesso venoso

perifeacuterico

28

A flebite eacute uma inflamaccedilatildeo na veia puncionada ocorrendo quando as ceacutelulas

endoteliais da parede da veia que o cateter estaacute inserido tornam-se inflamadas e irregulares

propiciando a aderecircncia de plaquetas e predispondo a veia a inflamaccedilatildeo Eacute comum que o local

se apresente dolorido hiperemiado quente e edemaciado e nesses casos eacute aconselhada a

retirada do cateter Uma boa fixaccedilatildeo do cateter perifeacuterico eacute recomendada por autores na

literatura visto que previnem deslocamento faacutecil e permitem uma boa visualizaccedilatildeo do local

evitando complicaccedilotildees como a flebite e infiltraccedilatildeo (MOLDES et al 2011 p 330)

Dentre as principais falhas de infusatildeo venosa estatildeo flebite infiltraccedilatildeo hematoma e

obstruccedilatildeo Acredita-se que para reduzir a incidecircncia destas nas unidades pediaacutetricas eacute preciso

a adoccedilatildeo de estrateacutegias tais como a abordagem junto agrave equipe em parceria com o setor de

educaccedilatildeo permanente e a adoccedilatildeo do uso da teacutecnica corretamente e de forma asseacuteptica para a

realizaccedilatildeo da punccedilatildeo venosa perifeacuterica em acordo com a comissatildeo de controle de infecccedilatildeo

hospitalar (SILVA BARBATO e VALENTE 2013 p 1200)

A incapacidade do paciente em relatar dor no siacutetio de administraccedilatildeo do faacutermaco quer

pela idade ou condiccedilatildeo cliacutenica e o local de inserccedilatildeo como tambeacutem a velocidade de infusatildeo do

medicamento (gt25mgmin) satildeo classificados como fatores de risco para a perda do acesso

venoso perifeacuterico (MARTINS SILVINO e DIAS 2010)

42 Os cuidados em desuso para manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico

Essa categoria discorre sobre os cuidados de enfermagem que com o passar do tempo

foram desconsiderados e natildeo satildeo mais utilizados Quando questionados em relaccedilatildeo a vivencia

profissional e cuidados que discordavam os entrevistados citaram o uso da tala para fixaccedilatildeo

uso de heparina e os cuidados em relaccedilatildeo ao tempo de permanecircncia do cateter Haacute muitas

controveacutersias em relaccedilatildeo aos cuidados citados acima

O tempo de permanecircncia interfere diretamente no aparecimento de complicaccedilotildees

como flebite e que acabam levando a perda do acesso venoso perifeacuterico mais rapidamente

aconselhando assim a troca do mesmo entre 76 a 96 horas Poreacutem eacute preconizada a retirada do

cateter apenas se finalizar o tratamento ou houver alguma interferecircncia

ldquoA gente observa tambeacutem o tempo dependendo do tempo tem que tirarrdquo (Alice)

29

ldquoHoje eu natildeo sei como que eacute essa questatildeo do tempo porque a gente trocava o acesso a cada quatro dias agora o pessoal jaacute diz que pode trocar em ateacute uma semana entatildeo natildeo sei como que ta isso e o que tem escrito em relaccedilatildeo a isso (Aurora)

Sabe-se que o tempo para troca do cateter de teflon ou poliuretano varia de 72 a 96

horas com o intuito de reduzir risco de infecccedilatildeo e flebite e para minimizar esses riscos nas

seguintes situaccedilotildees diante de sinais inflamatoacuterios no local de inserccedilatildeo e sempre que houver

mau funcionamento do cateter (SANTOS17

Entretanto o Center for Disease Control and Prevention - CDC (2002) diz que em

pacientes pediaacutetricos natildeo foi observada relaccedilatildeo quanto ao tempo de permanecircncia do cateter e

ocorrecircncia de complicaccedilotildees devendo ser mantido ateacute o teacutermino da terapia intravenosa ou

quando forem observados sinais cliacutenicos de complicaccedilotildees

2004 apud OLIVEIRA BEZERRA e PEREIRA

2008 p 93)

Eacute possiacutevel observar a diferenccedila do conhecimento pratico dos profissionais

entrevistados em relaccedilatildeo ao conhecimento encontrado na literatura E ainda contendo duacutevidas

natildeo haacute uma busca da parte dos mesmos para esclarececirc-las

O uso da heparina com a finalidade de manter o acesso peacutervio por um periacuteodo maior

de tempo mostra-se com mais certeza quanto ao desuso nos dados colidos

ldquoAntigamente a gente usava heparina entatildeo a gente ficava tranquila em relaccedilatildeo agrave obstruccedilatildeo mas agora natildeo a gente usa o soro fisioloacutegico e a gente deixa salinizadordquo (Aurora)

Rang e Dale 18(1998 apud DOPICO e OLIVEIRA 2006) afirmam que a heparina

inibe a formaccedilatildeo de coaacutegulos de fibrina in vitro e in vivo e que seu efeito anticoagulante eacute

praticamente imediato Com isso Phillips19

17 Santos W Lavagem das matildeos In R Luiz Santos W Manual baacutesico de prevenccedilatildeo e controle das infecccedilotildees hospitalares do HRU Fortaleza Hospital Regional Unimed 2004

(2001 apud DOPICO e OLIVEIRA 2006)

ressalta que a teacutecnica de manutenccedilatildeo intermitente de cateteres intravenosos com soluccedilatildeo

salina 09 classificada como salinizaccedilatildeo tem sido pesquisada haacute alguns anos apresentando

em relaccedilatildeo ao uso da heparina vantagens como o baixo custo ser um procedimento mais

18 Rang HP Dale M M Hemostasia e Trombose In Rang HP Dale M M Farmacologia Rio de Janeiro Guanabara Koogan 1998 p235-47 19 PHILLIPS L D Manual de terapia intravenosa 2ed Porto Alegre Artmed 2001

30

simples aleacutem de eliminar a possibilidade de incompatibilidade com as drogas e soluccedilotildees

administradas aleacutem da inexistecircncia de riscos ao paciente Entretanto sabe-se que a literatura

ainda natildeo fornece consenso acerca da soluccedilatildeo mais indicada para manutenccedilatildeo da

permeabilidade do cateter venoso perifeacuterico

Eacute importante ressaltar que muitas instituiccedilotildees do nosso paiacutes nem ao menos tecircm o

conhecimento da praacutetica da salinizaccedilatildeo com soluccedilatildeo salina 09 No que se refere agrave pesquisa

cientiacutefica as limitaccedilotildees desta praacutetica satildeo atribuiacutedas agrave ausecircncia de um maior nuacutemero de

estudos controlados para validar sua eficaacutecia (EPPERSON20

Apesar de natildeo ser encontradas publicaccedilotildees acerca do tema a utilizaccedilatildeo de heparina

mostra-se como uma pratica natildeo mais utilizada pelos profissionais de enfermagem Outro

tema onde haacute controveacutersias e tambeacutem poucas citaccedilotildees eacute o uso da tala para fixaccedilatildeo do acesso

venoso perifeacuterico Seguem abaixo a opiniatildeo de alguns dos profissionais entrevistados

1984 apud DOPICO e

OLIVEIRA 2006)

ldquoA uacutenica coisa que eu natildeo gosto de ver eacute quando se coloca tala para imobilizar dizendo que a tala vai ajudar a natildeo perder a veia Isso eu natildeo concordo acho que a tala prejudica a crianccedila fica incomodada faz dor no membrordquo (Cinderela)

ldquoAntigamente a gente usava muito tala e as vezes eu pego isso aqui ai eu falo gente tala natildeo se usa mais natildeo faz parte mais da fixaccedilatildeo vocecirc pode fixar de uma forma que a crianccedila natildeo perca A tala eu acho que ela traumatiza um pouco ainda mais se vocecirc pegar um acesso na dobra vocecirc vai fazer com que a crianccedila fique com o braccedilo esticado muito tempo eu acho que pode causar uma lesatildeo depois e a literatura jaacute fala que eacute desnecessaacuteria natildeo precisa maisrdquo (Aurora) ldquoAntigamente usavam tala mas hoje em dia quase natildeo se vecirc mais e eu acho que a tala atrapalha porque a crianccedila fica imobilizada no membro ai fica mais irritadardquo (Rapunzel) ldquoLaacute no meu outro trabalho alguns usam a tala Eu acho que a tala ajuda ateacute a perder mais raacutepido porque a crianccedila fica incomodada vai querer mexer naquilordquo (Mulan)

20 Epperson EL Efficacy of 09 sodium chloride injection with without heparin for maintenance indwelling intermittent injection sites Clin Pharm1984 3(5)26

31

Almeida e Sabateacutes21

Entretanto haacute estudo que comprovam que o uso da tala natildeo se mostra tatildeo eficiente e

apresenta-se como uma praacutetica controversa O estudo foi realizado em crianccedilas ateacute os 12 anos

utilizando imobilizaccedilatildeo com tala e em mais de metade dos casos (553) ocorreu infiltraccedilatildeo

o que indicia a ineficaacutecia desta praacutetica (MACHADO PEDREIRA e CHAUD 2008 apud

BATALHA et al 2010 p512)

(2008 apud BATALHA et al 2010 p512) afirmam que a teacutecnica

de fixaccedilatildeo dos CVP com uso de imobilizaccedilatildeo com tala para restriccedilatildeo ou limitaccedilatildeo dos

movimentos articulares proacuteximo do local da punccedilatildeo estaacute indicado nas matildeos punhos cotovelo

e maleacuteolo

Para Batalha et al (2010 p512) o uso desta praacutetica parece natildeo se coadunar com o

atual uso de cateteres flexiacuteveis tipo abocath em detrimento de agulhas metaacutelicas Talvez por

isso comecem a surgir novas teacutecnicas de fixaccedilatildeo dos CVP que natildeo exigem imobilizaccedilatildeo das

articulaccedilotildees com talas

Aleacutem de natildeo haver uma confirmaccedilatildeo dos benefiacutecios causados pelo uso da tala a

imobilizaccedilatildeo causa incocircmodo para a crianccedila que fica com o membro imoacutevel podendo causar

dor e tambeacutem irritaccedilatildeo O uso desse tipo de fixaccedilatildeo tambeacutem impede a visualizaccedilatildeo frequente

do acesso venoso afetando assim os cuidados de observaccedilatildeo da equipe de enfermagem

43 O acompanhante e a manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico

A presente categoria vai discutir um assunto importante que surgiu durante as

entrevistas de forma inesperada Alguns dos profissionais entrevistados citaram o descuido do

acompanhante como um fator causador da perda do acesso venoso perifeacuterico Seguem abaixo

algumas falas

ldquoA matildee sempre acompanha e tem matildee que natildeo tem cuidado natildeo vigia e a gente tem que ficar pedindo pra olhar tomar contardquo (Aurora)

ldquoEm relaccedilatildeo ao acompanhante porque a crianccedila natildeo vai avaliar entatildeo o acompanhante que estar ali tem que avaliar direitinho natildeo deixar a crianccedila mexer ou puxarrdquo (Bela)

ldquoNatildeo eacute toda matildee que esta vigiando que cuida pra que a crianccedila natildeo perca o acessordquo (Jasmine)

21 Almeida FA Sabateacutes AL Enfermagem pediaacutetrica a crianccedila o adolescente e a sua famiacutelia no hospital Satildeo Paulo(SP) Manole 2008

32

ldquoAcho que leva a perda quando o acompanhante natildeo coopera as vezes a gente faz a imobilizaccedilatildeo na crianccedila e as vezes eles ateacute retiram e a proacutepria crianccedila agitada ela mesmo arrancardquo (Branca de Neve)

ldquoAgraves vezes a proacutepria crianccedila que a matildee deixa muito solta ai solta o acessordquo (Mulan)

Apoacutes a implementaccedilatildeo da lei que garante um acompanhante ao paciente pediaacutetrico a

presenccedila do familiarresponsaacutevel durante a hospitalizaccedilatildeo mudou a rotina da equipe de

enfermagem trazendo duacutevidas quanto a real funccedilatildeo do acompanhante e fazendo com que a

mesma viesse a delegar certos cuidados para acompanhante

A Promulgaccedilatildeo da Lei 8069 do Estatuto da Crianccedila e do Adolescente (ECA) em

1990 no seu artigo 12deg garante agrave crianccedila ou ao adolescente o direito de ter um responsaacutevel

que o acompanhe durante a hospitalizaccedilatildeo (1990)

Desde a sua implantaccedilatildeo as unidades vecircm sofrendo um processo de reorganizaccedilatildeo de

suas praacuteticas A inserccedilatildeo da famiacutelia modifica a organizaccedilatildeo do processo de trabalho o que

requer dos profissionais uma compreensatildeo em relaccedilatildeo agrave dinacircmica das relaccedilotildees interpessoais

(COLLET e ROCHA 2004)

Pimenta e Collet (2009) ressaltam que natildeo haacute nenhuma regulamentaccedilatildeo sobre a

participaccedilatildeo da famiacutelia nos cuidados e no entanto a mesma desempenha atividades junto agrave

crianccedila durante a hospitalizaccedilatildeo que devem ser levadas em consideraccedilatildeo A falta de

reconhecimento desse fato fez com que a equipe de enfermagem e famiacutelia natildeo possuiacutessem

uma relaccedilatildeo aberta e vivessem uma relaccedilatildeo silenciosa e impliacutecita de poder na qual a famiacutelia

acaba assumindo as relaccedilotildees do cuidado agrave crianccedila de responsabilidade da enfermagem

A negociaccedilatildeo entre matildees e equipe de enfermagem em relaccedilatildeo aos cuidados agrave crianccedila

hospitalizada natildeo eacute uma tarefa faacutecil tendo em vista que natildeo se tem claro qual o seu novo

papel neste processo (COLLET e ROCHA 2004)

Eacute possiacutevel ver nas falas que a presenccedila do acompanhante causa para a equipe de

enfermagem a seguranccedila de ter algueacutem para ldquovigiarrdquo ldquotomar contardquo e natildeo deixar que a

crianccedila hospitalizada perca o acesso venoso quando na verdade eacute funccedilatildeo da equipe de

enfermagem cuidados referentes ao acesso venoso perifeacuterico

33

Jaacute o acompanhante eacute definido pelo Ministeacuterio da Sauacutede como uma pessoa significativa

para a crianccedila que representa sua rede social e que vai acompanhaacute-lo durante a permanecircncia

no ambiente hospitalar ressaltando assim sua importacircncia Esse fato se reforccedila visto que a

crianccedila encontra nos familiares a forccedila e seguranccedila necessaacuteria para encarar todo esse processo

doloroso e desconhecido (MURAKAMI e CAMPOS 2011 p255)

O acompanhante aleacutem de minimizar o sofrimento do paciente pediaacutetrico faz com que

o mesmo sinta-se mais a vontade Eacute importante ressaltar que o familiarresponsaacutevel natildeo soacute

pode como deve participar das atividades da crianccedila no hospital desde que estas natildeo sejam

competecircncias dos profissionais que os cercam Essas atividades satildeo caracterizadas como

semelhantes aos que eles realizam diariamente fora do ambiente hospitalar como o banho

Poreacutem no caso de um paciente com punccedilatildeo venosa perifeacuterica o profissional de enfermagem

deve auxiliar no cuidado para que essa natildeo se perca

Os cuidados dos familiaresacompanhantes satildeo os mesmos que os desenvolvidos no

domiciacutelio e os cuidados prestados pela equipe de enfermagem satildeo aqueles que demandam

conhecimento teacutecnico-cientiacutefico especializado (SOUZA e OLIVEIRA 2010 p558)

Mesmo alguns cuidados parecerem simples e rotineiros quando eacute prestado no

hospital assumem novas caracteriacutesticas com o uso de dispositivos tecnoloacutegicos os quais se

tornam complexos (PIMENTA E COLLET 2009)

O ato de cuidar envolve o respeito agrave maneira como vive cada indiviacuteduo de acordo

com suas crenccedilas valores costumes e cultura A famiacutelia como uma instituiccedilatildeo atende agraves

necessidades bioloacutegicas de seus membros sendo sua responsabilidade cuidar e criar os filhos

incluindo a obrigaccedilatildeo da alimentaccedilatildeo higiene vestuaacuterio e moradia (ELSEN22

Nas entrevistas podemos verificar falas em que o acompanhante eacute citado como

responsaacutevel por avaliar a punccedilatildeo venosa A equipe de enfermagem deve sempre partir do

pressuposto que o familiar acompanhante natildeo tem conhecimento cientiacutefico e certo tipo de

cuidado natildeo deve se delegado para o mesmo mostrando assim a importacircncia da orientaccedilatildeo do

acompanhante quanto aos procedimentos dispositivos utilizados e cuidados em que os

etal 1994

apud SOUZA e OLIVEIRA 2010 p 553)

22 Elsen I Patriacutecio ZM Assistecircncia agrave crianccedila hospitalizada tipos de abordagens e suas implicaccedilotildees para a enfermagem In A enfermagem em pediatria e puericultura Rio de Janeiro (RJ) Atheneu 2005

34

mesmos possam auxiliar Seguem abaixo as falas onde os profissionais ressaltaram a

importacircncia da orientaccedilatildeo do acompanhante

ldquoNem sempre a crianccedila vai entender o porque de estar com aquele acesso entatildeo tem que ter uma orientaccedilatildeo do acompanhanterdquo (Bela)

ldquoTem que haver orientaccedilatildeo do acompanhante para os cuidadosrdquo (Ariel)

ldquoAgraves vezes tem ate o exemplo de um pai que natildeo deixa trocar o acesso jaacute tinha mais de uma semana e ele natildeo queria que trocasse ai faz febre e natildeo sabe da onderdquo (Alice)

Para Souza e Oliveira (2010 p555) deve haver uma preocupaccedilatildeo em orientar

considerando que o outro natildeo tem nenhum tipo de conhecimento sobre o assunto Poreacutem

Queiroz e Jorge23

Apesar das dificuldades o profissional de enfermagem deve estabelecer um viacutenculo de

confianccedila com o acompanhante buscando sempre deixaacute-los ciente das situaccedilotildees e fazendo-os

participar dos cuidados plausiacuteveis sem causar nenhum dano agrave crianccedila e de maneira alguma

abandonar suas atribuiccedilotildees

(2004 apud SOUZA e OLIVEIRA 2010 p 556) ressaltam que apesar de os

profissionais terem intenccedilatildeo de orientar os cuidados para a sauacutede repassam conhecimentos

elaborados cientificamente dificultando a compreensatildeo do familiar aleacutem de a relaccedilatildeo se dar

de maneira vertical assimeacutetrica e coercitiva

23 Queiroz MVO Jorge MSB Accedilotildees educativas no cuidado infantil e intervenccedilotildees dos profissionais junto agraves famiacutelias Acta Scientiarum Maringaacute 2004 janjun 26(1) 27-34

35

CONCLUSAtildeO

Atraveacutes desse estudo foi possiacutevel descrever e analisar os cuidados que os profissionais

de enfermagem realizam acerca da permanecircncia do acesso venoso perifeacuterico Aleacutem disso a

realizaccedilatildeo da pesquisa permitiu identificar a desarticulaccedilatildeo do processo de enfermagem e a

praacutetica desconectada da produccedilatildeo cientiacutefica caracterizando a falta de uma educaccedilatildeo

continuada efetiva

A anaacutelise dos dados demonstra o processo de punccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico

ressaltando a importacircncia de cuidados como a seleccedilatildeo do local a diluiccedilatildeo da medicaccedilatildeo a

realizaccedilatildeo de uma boa fixaccedilatildeo a atenccedilatildeo com a velocidade de infusatildeo os cuidados com os

sinais de infecccedilatildeo e salinizaccedilatildeo do acesso natildeo deixando de salientar cuidados em desuso

como o uso da heparina da tala e duvidas em relaccedilatildeo ao tempo de permanecircncia Evidenciou

tambeacutem que a equipe de enfermagem delega alguns cuidados para os acompanhantes

Natildeo foi possiacutevel perceber o niacutevel de conhecimento cientiacutefico dos profissionais visto

que eles em nenhum momento por natildeo saberem ou por medo de se expor natildeo explicaram de

fato nenhum cuidado que disseram realizar Sempre citaram de forma superficial e direta

deixando claro tambeacutem que o pesquisador natildeo os indagou quanto a isso Poreacutem creio que

diante de cuidados tatildeo importantes e de frequente praacutetica os mesmos falariam facilmente

sobre os cuidados de enfermagem na permanecircncia do acesso venoso perifeacuterico

Apesar dos entrevistados citarem alguns fatores e cuidados realizados de forma

correta eacute visiacutevel que os mesmos realizam os cuidados com a punccedilatildeo e a permanencia do

acesso de forma automaacutetica sem unir a praacutetica com o fundamento do mesmo

Eacute importante destacar tambeacutem a importacircncia do preparo emocional da crianccedila como

tambeacutem os cuidados com a famiacutelia dos mesmos O trabalho de humanizaccedilatildeo realizado pela

36

enfermagem faz grande diferenccedila nessas situaccedilotildees visto que os pacientes e acompanhantes

tendo conhecimento do que seraacute realizado ficariam mais tranquilos

O estudo contribuiu para o campo do ensino nesta aacuterea dando destaque ao importante

papel que o profissional de enfermagem deve desempenhar no cuidado e na manutenccedilatildeo do

acesso venoso perifeacuterico Contudo vale ressaltar a importacircncia do incentivo ao profissional a

buscar na literatura natildeo soacute esclarecimento de suas duvidas mas tambeacutem novos

conhecimentos

Pode colaborar ainda para a realizaccedilatildeo de novas pesquisas na aacuterea procurando

eliminar duacutevidas e controveacutersias sobre o tema Buscando assim a realizaccedilatildeo de um cuidado de

enfermagem articulado e eficaz promovendo o bem-estar do paciente pediaacutetrico durante a

hospitalizaccedilatildeo

37

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THOMAZINE Angeacutelica Malman PASSOS Rocircmulo Silva BAY JUacuteNIOR Osvaldo Goacutees

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44

APEcircNDICE I

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO Tiacutetulo Do Projeto Os cuidados de enfermagem acerca dos acessos venosos perifeacutericos na unidade pediaacutetrica Pesquisador Responsaacutevel Rosane Cordeiro Burla de Aguiar Eny Dorea Paiva e Karina Rodrigues Fernandes Instituiccedilatildeo a que Pertence o Pesquisador Responsaacutevel Universidade Federal Fluminense Telefone para contato (21) 98355269 (21) 82392939 (21) 91786609 Nome do voluntaacuterio _________________________________________________________ Idade ________ anos RG ____________________________

AO Sr (a) estaacute sendo convidado (a) a participar do projeto de pesquisa OS CUIDADOS DE

ENFERMAGEM ACERCA DOS ACESSOS VENOSOS PERIFEacuteRICOS NA UNIDADE PEDIATRICA de

responsabilidade da pesquisadora Profordf Drordf Rosane Cordeiro Burla de Aguiar e Profordf Drordf Eny Dorea Paiva A

punccedilatildeo venosa perifeacuterica eacute um procedimento essencial durante a hospitalizaccedilatildeo da crianccedila visto que eacute atraveacutes

dela que eacute administrada grande parte das medicaccedilotildees Este estudo se justifica diante da importacircncia da

necessidade de um maior periacuteodo de permanecircncia dos acessos venosos perifeacutericos Com isso aleacutem da

diminuiccedilatildeo de eventos que causam dor e irritaccedilatildeo na crianccedila e na famiacutelia promoveraacute tambeacutem uma melhor estada

dos mesmos durante o periacuteodo de hospitalizaccedilatildeo Os objetivos da pesquisa satildeo 1) Descrever os fatores que

interferem na manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico de acordo com a equipe de enfermagem 2)Analisar os

cuidados da equipe de enfermagem na manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico A coleta de dados se daraacute

atraveacutes de entrevistas semi estruturadas que seratildeo gravadas As informaccedilotildees colhidas seratildeo tratadas de forma

anocircnima e confidencial ou seja em nenhum momento seratildeo divulgados o seu nome e somente os

pesquisadores teratildeo acesso agraves informaccedilotildees Os dados obtidos com a pesquisa poderatildeo ser publicados apenas com

fins cientiacuteficos Eles natildeo seratildeo utilizados para fins comerciais ou para outra finalidade qualquer Caso necessite

poderatildeo ser marcados encontros para respostas ou esclarecimentos de qualquer duacutevida acerca da pesquisa A sua

participaccedilatildeo eacute voluntaria e eacute importante lembrar que vocecirc poderaacute desistir de participar da pesquisa em qualquer

momento A entrevista seraacute marcada em um dia e horaacuterio que vocecirc achar melhor Seraacute realizada

individualmente em um ambiente que nos ofereccedila privacidade Esta pesquisa natildeo oferece riscos para vocecirc e os

benefiacutecios da sua participaccedilatildeo satildeo de aumentar o conhecimento cientiacutefico na aacuterea de Enfermagem Pediaacutetrica

aleacutem de contribuir para a praacutetica profissional Este documento seraacute elaborado em duas vias uma para vocecirc e a

outra seraacute arquivada pelo pesquisador

Eu_____________________________________________________________ RG no _____________________________ Declaro que apoacutes ter entendido o que me foi explicado consinto voluntariamente em participar do presente Protocolo de Pesquisa entendo ainda que posso retirar o meu consentimento a qualquer momento antes ou durante a realizaccedilatildeo do mesmo declaro ter sido informada(o) e concordo em participar como voluntaacuteria(o) da pesquisa acima descrita Rio de Janeiro_______de_______________de 20___ _____________________________ ________________________________

(Participante) Karina Rodrigues Fernandes (Responsaacutevel por obter o consentimento)

______________________________________ _______________________________________ (Testemunha) (Testemunha)

45

APEcircNDICE II

ROTEIRO PARA ENTREVISTA

1) O que vocecirc acha que pode levar a perda do acesso perifeacuterico

2) Para vocecirc o que eacute importante para manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico nas

crianccedilas

3) O que vocecirc acha que pode interferir na sua manutenccedilatildeo

4) Que medidas vocecirc adota no seu dia a dia para manter o acesso

5) Na sua vivencia profissional o que vocecirc discorda dos cuidados que geralmente satildeo

utilizados para manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico

46

ANEXO

47

48

  • KARINA RODRIGUES FERNANDES
    • COA Thatiana Fernanda PETTENGILL Myriam Aparecida Mandetta Autonomia da crianccedila hospitalizada frente aos procedimentos crenccedilas da enfermeira pediatra Acta paul enferm 19(4) 433-438 out-dez 2006 Disponiacutevel em lt wwwscielobrscielophpscr
    • JANSEN Michele Ferraz SANTOS Rosane Maria dos FAVERO Luciane Benefiacutecios da utilizaccedilatildeo do brinquedo durante o cuidado de enfermagem prestado agrave crianccedila hospitalizada Rev Gaucha Enferm 31(2) 247-253 jun 2010 Disponiacutevel em lt httpwwwscielo
    • MAGNABOSCO Gisele TONELLI Ana Lucia Nascimento Fonseca SOUZA Sarah Nancy Deggau Hegeto de Abordagens no cuidado de enfermagem agrave crianccedila hospitalizada submetida a procedimentos uma revisatildeo de literatura Cogitare enferm 13(1) 103-108 jan-mar
    • MARTINS Maria do Rosaacuterio RIBEIRO Circeacutea Amalia BORBA Regina Issuzu Hirooka de and SILVA Conceiccedilatildeo Vieira daProtocolo de preparo da crianccedila preacute-escolar para punccedilatildeo venosa com utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico Rev Latino-Am Enfermagem [on
    • OLIVEIRA Maria Ivoneide Veriacutessimo de BEZERRA Maria Gorette Andrade PEREIRA Vanessa Ramos Cateterizaccedilatildeo venosa assistecircncia de enfermagem-UTI pediaacutetrica Rev da Rede de Enfermagem do Nordeste AbrJun de 2008 Disponiacutevel em lt httpwwwrevistar
    • PETERLINI Maria Angeacutelica Sorgini CHAUD Massae Noda and PEDREIRA Mavilde da L GOacuterfatildeos de terapia medicamentosa a administraccedilatildeo de medicamentos por via intravenosa em crianccedilas hospitalizadasRev Latino-Am Enfermagem [online] 2003 vol11 n
    • PETERLINI Maria Angeacutelica Sorgini CHAUD Massae Noda PEDREIRA Mavilde L G Incompatibilidade entre faacutermacos e materiais de cateteres e acessoacuterios da terapia intravenosa Online braz j nurs (Online) 5(3)2006 Disponiacutevel em lt httpwwwobjnursi
    • PIMENTA Erika Acioli Gomes COLLET Neusa Dimensatildeo cuidadora da enfermagem e da famiacutelia na assistecircncia agrave crianccedila hospitalizada concepccedilotildees da enfermagem Rev esc enferm USP [online] 2009 vol43 n3 pp 622-629 Disponiacutevel em lt httpwwwscie
    • THOMAZINE Angeacutelica Malman PASSOS Rocircmulo Silva BAY JUacuteNIOR Osvaldo Goacutees COLLET Neusa OLIVEIRA Beatriz Rosana Gonccedilalves de Assistecircncia de enfermagem agrave crianccedila hospitalizada um resgate histoacuterico Ciˆnc cuid sapoundde 7(supl1) 145-152 maio 200
      • F 363 Fernandes Karina Rodrigues
      • Os cuidados de enfermagem acerca dos acessos venosos perifeacutericos na unidade pediaacutetrica Karina Rodrigues Fernandes ndash Niteroacutei [sn] 2014
        • CDD 61073
Page 28: UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE ESCOLA DE …app.uff.br/riuff/bitstream/1/3317/1/TCC Karina Rodrigues Fernandes.pdf · A punção venosa periférica é um procedimento essencial para

26

Para Pettit e Kraus15

Potter

(1995 apud MACHADO PEDREIRA E CHAUD2005 p292) a

gaze esteacuteril fixada com a fita adesiva hipoalergecircnica bem como a peliacutecula transparente esteacuteril

satildeo os materiais mais recomendados para curativo e fixaccedilatildeo de cateter venoso perifeacuterico

16

Jaacute as peliacuteculas transparentes mais conhecidas como filme permitem a respiraccedilatildeo

normal da pele com alta permeabilidade ao oxigecircnio e vapores e eacute impermeaacutevel a liacutequidos e

micro-organismos (SILVA E ZANETTI 2004 p233) Aleacutem disso permitem tambeacutem a

visualizaccedilatildeo contiacutenua do local de punccedilatildeo permitindo assim avaliaccedilatildeo do mesmo natildeo soacute

durante a infusatildeo de medicaccedilotildees mas tambeacutem todo o tempo

(1998 apud SILVA E ZANETTI 2004 p233) afirma que nas fixaccedilotildees em

que se utiliza a gaze esteacuteril preconiza-se a utilizaccedilatildeo de teacutecnica asseacuteptica Neste curativo a

gaze esteacuteril eacute colocada sobre o siacutetio de inserccedilatildeo e suas bordas satildeo fixadas com fita adesiva

A observaccedilatildeo da punccedilatildeo eacute muito importante pois se o local de inserccedilatildeo se mostrar

com sinais e sintomas de complicaccedilotildees a terapia deve ser suspensa (OLIVEIRA BEZERRA

e PEREIRA 2008 p95)

A visualizaccedilatildeo contiacutenua do acesso permite que a equipe de enfermagem possa realizar

uma observaccedilatildeo mais particularizada em relaccedilatildeo agraves condiccedilotildees do acesso venoso perifeacuterico

podendo observar se haacute deslocamento do cateter sinais de infiltraccedilatildeo e tambeacutem sinais de

infecccedilatildeo

Para Silva Barbato e Valente (2013 p 1200) cabe ao enfermeiro fazer a avaliaccedilatildeo

diaacuteria e cuidadosa do curativo observando a presenccedila de umidade sujidade integridade do

oacutestio de inserccedilatildeo a fixaccedilatildeo bem como a realizaccedilatildeo do curativo e das anotaccedilotildees legais

competentes agraves suas funccedilotildees

A fase poacutes-procedimento eacute caracterizada por uma seacuterie de cuidados que a equipe de

enfermagem deve realizar para que se obtenha maior tempo de permanecircncia do acesso venoso

perifeacuterico Durante as entrevistas os cuidados citados foram a salinizaccedilatildeo do acesso cuidados

para evitar a flebite e a velocidade de infusatildeo

15 Pettit DM Kraus V The use of gauze versus transparent dressings for peripheral intravenous catheter sites Nurs ClinNorth Am 1995 30(3)495-506 16 Potter P Perry AG Fundamentos de enfermagem processo conceito e praacutetica 3ordf ed Santos(SP) Guanabara Koogan19981397pp801-43

27

ldquoManter um acesso bem salinizado que vocecirc lave pelo menos de duas de trecircs em trecircs horas Se bem que isso aqui na pediatria natildeo eacute muito comum aqui a gente soacute lava cada vez que vai fazer medicaccedilatildeo mas se eu natildeo me engano a literatura preconiza isso vocecirc lavar pelo menos de quatro em quatro horas o acessordquo (Aurora)

ldquoPra manter o acesso venoso perifeacuterico eacute importante manter ele salinizado Assim que a gente recebe o plantatildeo eu vou ver se o acesso ta peacutervio com uma ldquoseringuinhardquo vai la da uma ldquolavadinhardquo e vecirc se o acesso ta peacutervio e manter o acesso salinizadordquo (Ariel)

ldquoSalinizar de 6 em 6 horas para manter ele peacuterviordquo (Alice)

ldquoTem que passar lento a medicaccedilatildeo e a limpeza da aacuterea vocecirc tem que limpar bem a aacuterea pra vocecirc natildeo formar uma flebiterdquo (Cinderela)

A salinizaccedilatildeo do acesso eacute um cuidado simples e de grande importacircncia Esse cuidado

deve ser realizado para manter o acesso peacutervio e limpo e deve ser realizado antes e apoacutes

qualquer infusatildeo

Para Moncaio e Figueiredo (2009)

a ldquosalinizaccedilatildeordquo consiste em administrar sob pressatildeo positiva soluccedilatildeo salina (Soro fisioloacutegico a 09) logo apoacutes o teacutermino da infusatildeo da medicaccedilatildeo Este procedimento visa prevenir a formaccedilatildeo de trombos e fibrina evitar o contato de drogas incompatiacuteveis (quando da infusatildeo de mais de um item medicamentoso no mesmo horaacuterio) garantir a infusatildeo de todo o medicamento que possa ter ficado no sistema aleacutem de evitar retorno sanguiacuteneo mantendo o cateter peacutervio para a proacutexima infusatildeo

Durante a coleta de dados esse cuidado surgiu em diversos momentos poreacutem foi

possiacutevel perceber que os profissionais realizam o mesmo de forma banalizada Natildeo sabem de

fato a real funccedilatildeo de manter o acesso salinizado A impressatildeo que passa eacute que eles

aprenderam que esse cuidado deveria ser feito e simplesmente fazem Haacute divergecircncias

tambeacutem entre a equipe em relaccedilatildeo ao momento que deve ser realizada a salinizaccedilatildeo e isso nos

mostra a desatualizaccedilatildeo dos profissionais do setor e a falta de uma educaccedilatildeo continuada no

hospital

Os cuidados para evitar a flebite e a velocidade de infusatildeo da medicaccedilatildeo apareceram

menos nas entrevistas e interferem diretamente com a manutenccedilatildeo do acesso venoso

perifeacuterico

28

A flebite eacute uma inflamaccedilatildeo na veia puncionada ocorrendo quando as ceacutelulas

endoteliais da parede da veia que o cateter estaacute inserido tornam-se inflamadas e irregulares

propiciando a aderecircncia de plaquetas e predispondo a veia a inflamaccedilatildeo Eacute comum que o local

se apresente dolorido hiperemiado quente e edemaciado e nesses casos eacute aconselhada a

retirada do cateter Uma boa fixaccedilatildeo do cateter perifeacuterico eacute recomendada por autores na

literatura visto que previnem deslocamento faacutecil e permitem uma boa visualizaccedilatildeo do local

evitando complicaccedilotildees como a flebite e infiltraccedilatildeo (MOLDES et al 2011 p 330)

Dentre as principais falhas de infusatildeo venosa estatildeo flebite infiltraccedilatildeo hematoma e

obstruccedilatildeo Acredita-se que para reduzir a incidecircncia destas nas unidades pediaacutetricas eacute preciso

a adoccedilatildeo de estrateacutegias tais como a abordagem junto agrave equipe em parceria com o setor de

educaccedilatildeo permanente e a adoccedilatildeo do uso da teacutecnica corretamente e de forma asseacuteptica para a

realizaccedilatildeo da punccedilatildeo venosa perifeacuterica em acordo com a comissatildeo de controle de infecccedilatildeo

hospitalar (SILVA BARBATO e VALENTE 2013 p 1200)

A incapacidade do paciente em relatar dor no siacutetio de administraccedilatildeo do faacutermaco quer

pela idade ou condiccedilatildeo cliacutenica e o local de inserccedilatildeo como tambeacutem a velocidade de infusatildeo do

medicamento (gt25mgmin) satildeo classificados como fatores de risco para a perda do acesso

venoso perifeacuterico (MARTINS SILVINO e DIAS 2010)

42 Os cuidados em desuso para manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico

Essa categoria discorre sobre os cuidados de enfermagem que com o passar do tempo

foram desconsiderados e natildeo satildeo mais utilizados Quando questionados em relaccedilatildeo a vivencia

profissional e cuidados que discordavam os entrevistados citaram o uso da tala para fixaccedilatildeo

uso de heparina e os cuidados em relaccedilatildeo ao tempo de permanecircncia do cateter Haacute muitas

controveacutersias em relaccedilatildeo aos cuidados citados acima

O tempo de permanecircncia interfere diretamente no aparecimento de complicaccedilotildees

como flebite e que acabam levando a perda do acesso venoso perifeacuterico mais rapidamente

aconselhando assim a troca do mesmo entre 76 a 96 horas Poreacutem eacute preconizada a retirada do

cateter apenas se finalizar o tratamento ou houver alguma interferecircncia

ldquoA gente observa tambeacutem o tempo dependendo do tempo tem que tirarrdquo (Alice)

29

ldquoHoje eu natildeo sei como que eacute essa questatildeo do tempo porque a gente trocava o acesso a cada quatro dias agora o pessoal jaacute diz que pode trocar em ateacute uma semana entatildeo natildeo sei como que ta isso e o que tem escrito em relaccedilatildeo a isso (Aurora)

Sabe-se que o tempo para troca do cateter de teflon ou poliuretano varia de 72 a 96

horas com o intuito de reduzir risco de infecccedilatildeo e flebite e para minimizar esses riscos nas

seguintes situaccedilotildees diante de sinais inflamatoacuterios no local de inserccedilatildeo e sempre que houver

mau funcionamento do cateter (SANTOS17

Entretanto o Center for Disease Control and Prevention - CDC (2002) diz que em

pacientes pediaacutetricos natildeo foi observada relaccedilatildeo quanto ao tempo de permanecircncia do cateter e

ocorrecircncia de complicaccedilotildees devendo ser mantido ateacute o teacutermino da terapia intravenosa ou

quando forem observados sinais cliacutenicos de complicaccedilotildees

2004 apud OLIVEIRA BEZERRA e PEREIRA

2008 p 93)

Eacute possiacutevel observar a diferenccedila do conhecimento pratico dos profissionais

entrevistados em relaccedilatildeo ao conhecimento encontrado na literatura E ainda contendo duacutevidas

natildeo haacute uma busca da parte dos mesmos para esclarececirc-las

O uso da heparina com a finalidade de manter o acesso peacutervio por um periacuteodo maior

de tempo mostra-se com mais certeza quanto ao desuso nos dados colidos

ldquoAntigamente a gente usava heparina entatildeo a gente ficava tranquila em relaccedilatildeo agrave obstruccedilatildeo mas agora natildeo a gente usa o soro fisioloacutegico e a gente deixa salinizadordquo (Aurora)

Rang e Dale 18(1998 apud DOPICO e OLIVEIRA 2006) afirmam que a heparina

inibe a formaccedilatildeo de coaacutegulos de fibrina in vitro e in vivo e que seu efeito anticoagulante eacute

praticamente imediato Com isso Phillips19

17 Santos W Lavagem das matildeos In R Luiz Santos W Manual baacutesico de prevenccedilatildeo e controle das infecccedilotildees hospitalares do HRU Fortaleza Hospital Regional Unimed 2004

(2001 apud DOPICO e OLIVEIRA 2006)

ressalta que a teacutecnica de manutenccedilatildeo intermitente de cateteres intravenosos com soluccedilatildeo

salina 09 classificada como salinizaccedilatildeo tem sido pesquisada haacute alguns anos apresentando

em relaccedilatildeo ao uso da heparina vantagens como o baixo custo ser um procedimento mais

18 Rang HP Dale M M Hemostasia e Trombose In Rang HP Dale M M Farmacologia Rio de Janeiro Guanabara Koogan 1998 p235-47 19 PHILLIPS L D Manual de terapia intravenosa 2ed Porto Alegre Artmed 2001

30

simples aleacutem de eliminar a possibilidade de incompatibilidade com as drogas e soluccedilotildees

administradas aleacutem da inexistecircncia de riscos ao paciente Entretanto sabe-se que a literatura

ainda natildeo fornece consenso acerca da soluccedilatildeo mais indicada para manutenccedilatildeo da

permeabilidade do cateter venoso perifeacuterico

Eacute importante ressaltar que muitas instituiccedilotildees do nosso paiacutes nem ao menos tecircm o

conhecimento da praacutetica da salinizaccedilatildeo com soluccedilatildeo salina 09 No que se refere agrave pesquisa

cientiacutefica as limitaccedilotildees desta praacutetica satildeo atribuiacutedas agrave ausecircncia de um maior nuacutemero de

estudos controlados para validar sua eficaacutecia (EPPERSON20

Apesar de natildeo ser encontradas publicaccedilotildees acerca do tema a utilizaccedilatildeo de heparina

mostra-se como uma pratica natildeo mais utilizada pelos profissionais de enfermagem Outro

tema onde haacute controveacutersias e tambeacutem poucas citaccedilotildees eacute o uso da tala para fixaccedilatildeo do acesso

venoso perifeacuterico Seguem abaixo a opiniatildeo de alguns dos profissionais entrevistados

1984 apud DOPICO e

OLIVEIRA 2006)

ldquoA uacutenica coisa que eu natildeo gosto de ver eacute quando se coloca tala para imobilizar dizendo que a tala vai ajudar a natildeo perder a veia Isso eu natildeo concordo acho que a tala prejudica a crianccedila fica incomodada faz dor no membrordquo (Cinderela)

ldquoAntigamente a gente usava muito tala e as vezes eu pego isso aqui ai eu falo gente tala natildeo se usa mais natildeo faz parte mais da fixaccedilatildeo vocecirc pode fixar de uma forma que a crianccedila natildeo perca A tala eu acho que ela traumatiza um pouco ainda mais se vocecirc pegar um acesso na dobra vocecirc vai fazer com que a crianccedila fique com o braccedilo esticado muito tempo eu acho que pode causar uma lesatildeo depois e a literatura jaacute fala que eacute desnecessaacuteria natildeo precisa maisrdquo (Aurora) ldquoAntigamente usavam tala mas hoje em dia quase natildeo se vecirc mais e eu acho que a tala atrapalha porque a crianccedila fica imobilizada no membro ai fica mais irritadardquo (Rapunzel) ldquoLaacute no meu outro trabalho alguns usam a tala Eu acho que a tala ajuda ateacute a perder mais raacutepido porque a crianccedila fica incomodada vai querer mexer naquilordquo (Mulan)

20 Epperson EL Efficacy of 09 sodium chloride injection with without heparin for maintenance indwelling intermittent injection sites Clin Pharm1984 3(5)26

31

Almeida e Sabateacutes21

Entretanto haacute estudo que comprovam que o uso da tala natildeo se mostra tatildeo eficiente e

apresenta-se como uma praacutetica controversa O estudo foi realizado em crianccedilas ateacute os 12 anos

utilizando imobilizaccedilatildeo com tala e em mais de metade dos casos (553) ocorreu infiltraccedilatildeo

o que indicia a ineficaacutecia desta praacutetica (MACHADO PEDREIRA e CHAUD 2008 apud

BATALHA et al 2010 p512)

(2008 apud BATALHA et al 2010 p512) afirmam que a teacutecnica

de fixaccedilatildeo dos CVP com uso de imobilizaccedilatildeo com tala para restriccedilatildeo ou limitaccedilatildeo dos

movimentos articulares proacuteximo do local da punccedilatildeo estaacute indicado nas matildeos punhos cotovelo

e maleacuteolo

Para Batalha et al (2010 p512) o uso desta praacutetica parece natildeo se coadunar com o

atual uso de cateteres flexiacuteveis tipo abocath em detrimento de agulhas metaacutelicas Talvez por

isso comecem a surgir novas teacutecnicas de fixaccedilatildeo dos CVP que natildeo exigem imobilizaccedilatildeo das

articulaccedilotildees com talas

Aleacutem de natildeo haver uma confirmaccedilatildeo dos benefiacutecios causados pelo uso da tala a

imobilizaccedilatildeo causa incocircmodo para a crianccedila que fica com o membro imoacutevel podendo causar

dor e tambeacutem irritaccedilatildeo O uso desse tipo de fixaccedilatildeo tambeacutem impede a visualizaccedilatildeo frequente

do acesso venoso afetando assim os cuidados de observaccedilatildeo da equipe de enfermagem

43 O acompanhante e a manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico

A presente categoria vai discutir um assunto importante que surgiu durante as

entrevistas de forma inesperada Alguns dos profissionais entrevistados citaram o descuido do

acompanhante como um fator causador da perda do acesso venoso perifeacuterico Seguem abaixo

algumas falas

ldquoA matildee sempre acompanha e tem matildee que natildeo tem cuidado natildeo vigia e a gente tem que ficar pedindo pra olhar tomar contardquo (Aurora)

ldquoEm relaccedilatildeo ao acompanhante porque a crianccedila natildeo vai avaliar entatildeo o acompanhante que estar ali tem que avaliar direitinho natildeo deixar a crianccedila mexer ou puxarrdquo (Bela)

ldquoNatildeo eacute toda matildee que esta vigiando que cuida pra que a crianccedila natildeo perca o acessordquo (Jasmine)

21 Almeida FA Sabateacutes AL Enfermagem pediaacutetrica a crianccedila o adolescente e a sua famiacutelia no hospital Satildeo Paulo(SP) Manole 2008

32

ldquoAcho que leva a perda quando o acompanhante natildeo coopera as vezes a gente faz a imobilizaccedilatildeo na crianccedila e as vezes eles ateacute retiram e a proacutepria crianccedila agitada ela mesmo arrancardquo (Branca de Neve)

ldquoAgraves vezes a proacutepria crianccedila que a matildee deixa muito solta ai solta o acessordquo (Mulan)

Apoacutes a implementaccedilatildeo da lei que garante um acompanhante ao paciente pediaacutetrico a

presenccedila do familiarresponsaacutevel durante a hospitalizaccedilatildeo mudou a rotina da equipe de

enfermagem trazendo duacutevidas quanto a real funccedilatildeo do acompanhante e fazendo com que a

mesma viesse a delegar certos cuidados para acompanhante

A Promulgaccedilatildeo da Lei 8069 do Estatuto da Crianccedila e do Adolescente (ECA) em

1990 no seu artigo 12deg garante agrave crianccedila ou ao adolescente o direito de ter um responsaacutevel

que o acompanhe durante a hospitalizaccedilatildeo (1990)

Desde a sua implantaccedilatildeo as unidades vecircm sofrendo um processo de reorganizaccedilatildeo de

suas praacuteticas A inserccedilatildeo da famiacutelia modifica a organizaccedilatildeo do processo de trabalho o que

requer dos profissionais uma compreensatildeo em relaccedilatildeo agrave dinacircmica das relaccedilotildees interpessoais

(COLLET e ROCHA 2004)

Pimenta e Collet (2009) ressaltam que natildeo haacute nenhuma regulamentaccedilatildeo sobre a

participaccedilatildeo da famiacutelia nos cuidados e no entanto a mesma desempenha atividades junto agrave

crianccedila durante a hospitalizaccedilatildeo que devem ser levadas em consideraccedilatildeo A falta de

reconhecimento desse fato fez com que a equipe de enfermagem e famiacutelia natildeo possuiacutessem

uma relaccedilatildeo aberta e vivessem uma relaccedilatildeo silenciosa e impliacutecita de poder na qual a famiacutelia

acaba assumindo as relaccedilotildees do cuidado agrave crianccedila de responsabilidade da enfermagem

A negociaccedilatildeo entre matildees e equipe de enfermagem em relaccedilatildeo aos cuidados agrave crianccedila

hospitalizada natildeo eacute uma tarefa faacutecil tendo em vista que natildeo se tem claro qual o seu novo

papel neste processo (COLLET e ROCHA 2004)

Eacute possiacutevel ver nas falas que a presenccedila do acompanhante causa para a equipe de

enfermagem a seguranccedila de ter algueacutem para ldquovigiarrdquo ldquotomar contardquo e natildeo deixar que a

crianccedila hospitalizada perca o acesso venoso quando na verdade eacute funccedilatildeo da equipe de

enfermagem cuidados referentes ao acesso venoso perifeacuterico

33

Jaacute o acompanhante eacute definido pelo Ministeacuterio da Sauacutede como uma pessoa significativa

para a crianccedila que representa sua rede social e que vai acompanhaacute-lo durante a permanecircncia

no ambiente hospitalar ressaltando assim sua importacircncia Esse fato se reforccedila visto que a

crianccedila encontra nos familiares a forccedila e seguranccedila necessaacuteria para encarar todo esse processo

doloroso e desconhecido (MURAKAMI e CAMPOS 2011 p255)

O acompanhante aleacutem de minimizar o sofrimento do paciente pediaacutetrico faz com que

o mesmo sinta-se mais a vontade Eacute importante ressaltar que o familiarresponsaacutevel natildeo soacute

pode como deve participar das atividades da crianccedila no hospital desde que estas natildeo sejam

competecircncias dos profissionais que os cercam Essas atividades satildeo caracterizadas como

semelhantes aos que eles realizam diariamente fora do ambiente hospitalar como o banho

Poreacutem no caso de um paciente com punccedilatildeo venosa perifeacuterica o profissional de enfermagem

deve auxiliar no cuidado para que essa natildeo se perca

Os cuidados dos familiaresacompanhantes satildeo os mesmos que os desenvolvidos no

domiciacutelio e os cuidados prestados pela equipe de enfermagem satildeo aqueles que demandam

conhecimento teacutecnico-cientiacutefico especializado (SOUZA e OLIVEIRA 2010 p558)

Mesmo alguns cuidados parecerem simples e rotineiros quando eacute prestado no

hospital assumem novas caracteriacutesticas com o uso de dispositivos tecnoloacutegicos os quais se

tornam complexos (PIMENTA E COLLET 2009)

O ato de cuidar envolve o respeito agrave maneira como vive cada indiviacuteduo de acordo

com suas crenccedilas valores costumes e cultura A famiacutelia como uma instituiccedilatildeo atende agraves

necessidades bioloacutegicas de seus membros sendo sua responsabilidade cuidar e criar os filhos

incluindo a obrigaccedilatildeo da alimentaccedilatildeo higiene vestuaacuterio e moradia (ELSEN22

Nas entrevistas podemos verificar falas em que o acompanhante eacute citado como

responsaacutevel por avaliar a punccedilatildeo venosa A equipe de enfermagem deve sempre partir do

pressuposto que o familiar acompanhante natildeo tem conhecimento cientiacutefico e certo tipo de

cuidado natildeo deve se delegado para o mesmo mostrando assim a importacircncia da orientaccedilatildeo do

acompanhante quanto aos procedimentos dispositivos utilizados e cuidados em que os

etal 1994

apud SOUZA e OLIVEIRA 2010 p 553)

22 Elsen I Patriacutecio ZM Assistecircncia agrave crianccedila hospitalizada tipos de abordagens e suas implicaccedilotildees para a enfermagem In A enfermagem em pediatria e puericultura Rio de Janeiro (RJ) Atheneu 2005

34

mesmos possam auxiliar Seguem abaixo as falas onde os profissionais ressaltaram a

importacircncia da orientaccedilatildeo do acompanhante

ldquoNem sempre a crianccedila vai entender o porque de estar com aquele acesso entatildeo tem que ter uma orientaccedilatildeo do acompanhanterdquo (Bela)

ldquoTem que haver orientaccedilatildeo do acompanhante para os cuidadosrdquo (Ariel)

ldquoAgraves vezes tem ate o exemplo de um pai que natildeo deixa trocar o acesso jaacute tinha mais de uma semana e ele natildeo queria que trocasse ai faz febre e natildeo sabe da onderdquo (Alice)

Para Souza e Oliveira (2010 p555) deve haver uma preocupaccedilatildeo em orientar

considerando que o outro natildeo tem nenhum tipo de conhecimento sobre o assunto Poreacutem

Queiroz e Jorge23

Apesar das dificuldades o profissional de enfermagem deve estabelecer um viacutenculo de

confianccedila com o acompanhante buscando sempre deixaacute-los ciente das situaccedilotildees e fazendo-os

participar dos cuidados plausiacuteveis sem causar nenhum dano agrave crianccedila e de maneira alguma

abandonar suas atribuiccedilotildees

(2004 apud SOUZA e OLIVEIRA 2010 p 556) ressaltam que apesar de os

profissionais terem intenccedilatildeo de orientar os cuidados para a sauacutede repassam conhecimentos

elaborados cientificamente dificultando a compreensatildeo do familiar aleacutem de a relaccedilatildeo se dar

de maneira vertical assimeacutetrica e coercitiva

23 Queiroz MVO Jorge MSB Accedilotildees educativas no cuidado infantil e intervenccedilotildees dos profissionais junto agraves famiacutelias Acta Scientiarum Maringaacute 2004 janjun 26(1) 27-34

35

CONCLUSAtildeO

Atraveacutes desse estudo foi possiacutevel descrever e analisar os cuidados que os profissionais

de enfermagem realizam acerca da permanecircncia do acesso venoso perifeacuterico Aleacutem disso a

realizaccedilatildeo da pesquisa permitiu identificar a desarticulaccedilatildeo do processo de enfermagem e a

praacutetica desconectada da produccedilatildeo cientiacutefica caracterizando a falta de uma educaccedilatildeo

continuada efetiva

A anaacutelise dos dados demonstra o processo de punccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico

ressaltando a importacircncia de cuidados como a seleccedilatildeo do local a diluiccedilatildeo da medicaccedilatildeo a

realizaccedilatildeo de uma boa fixaccedilatildeo a atenccedilatildeo com a velocidade de infusatildeo os cuidados com os

sinais de infecccedilatildeo e salinizaccedilatildeo do acesso natildeo deixando de salientar cuidados em desuso

como o uso da heparina da tala e duvidas em relaccedilatildeo ao tempo de permanecircncia Evidenciou

tambeacutem que a equipe de enfermagem delega alguns cuidados para os acompanhantes

Natildeo foi possiacutevel perceber o niacutevel de conhecimento cientiacutefico dos profissionais visto

que eles em nenhum momento por natildeo saberem ou por medo de se expor natildeo explicaram de

fato nenhum cuidado que disseram realizar Sempre citaram de forma superficial e direta

deixando claro tambeacutem que o pesquisador natildeo os indagou quanto a isso Poreacutem creio que

diante de cuidados tatildeo importantes e de frequente praacutetica os mesmos falariam facilmente

sobre os cuidados de enfermagem na permanecircncia do acesso venoso perifeacuterico

Apesar dos entrevistados citarem alguns fatores e cuidados realizados de forma

correta eacute visiacutevel que os mesmos realizam os cuidados com a punccedilatildeo e a permanencia do

acesso de forma automaacutetica sem unir a praacutetica com o fundamento do mesmo

Eacute importante destacar tambeacutem a importacircncia do preparo emocional da crianccedila como

tambeacutem os cuidados com a famiacutelia dos mesmos O trabalho de humanizaccedilatildeo realizado pela

36

enfermagem faz grande diferenccedila nessas situaccedilotildees visto que os pacientes e acompanhantes

tendo conhecimento do que seraacute realizado ficariam mais tranquilos

O estudo contribuiu para o campo do ensino nesta aacuterea dando destaque ao importante

papel que o profissional de enfermagem deve desempenhar no cuidado e na manutenccedilatildeo do

acesso venoso perifeacuterico Contudo vale ressaltar a importacircncia do incentivo ao profissional a

buscar na literatura natildeo soacute esclarecimento de suas duvidas mas tambeacutem novos

conhecimentos

Pode colaborar ainda para a realizaccedilatildeo de novas pesquisas na aacuterea procurando

eliminar duacutevidas e controveacutersias sobre o tema Buscando assim a realizaccedilatildeo de um cuidado de

enfermagem articulado e eficaz promovendo o bem-estar do paciente pediaacutetrico durante a

hospitalizaccedilatildeo

37

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APEcircNDICE I

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO Tiacutetulo Do Projeto Os cuidados de enfermagem acerca dos acessos venosos perifeacutericos na unidade pediaacutetrica Pesquisador Responsaacutevel Rosane Cordeiro Burla de Aguiar Eny Dorea Paiva e Karina Rodrigues Fernandes Instituiccedilatildeo a que Pertence o Pesquisador Responsaacutevel Universidade Federal Fluminense Telefone para contato (21) 98355269 (21) 82392939 (21) 91786609 Nome do voluntaacuterio _________________________________________________________ Idade ________ anos RG ____________________________

AO Sr (a) estaacute sendo convidado (a) a participar do projeto de pesquisa OS CUIDADOS DE

ENFERMAGEM ACERCA DOS ACESSOS VENOSOS PERIFEacuteRICOS NA UNIDADE PEDIATRICA de

responsabilidade da pesquisadora Profordf Drordf Rosane Cordeiro Burla de Aguiar e Profordf Drordf Eny Dorea Paiva A

punccedilatildeo venosa perifeacuterica eacute um procedimento essencial durante a hospitalizaccedilatildeo da crianccedila visto que eacute atraveacutes

dela que eacute administrada grande parte das medicaccedilotildees Este estudo se justifica diante da importacircncia da

necessidade de um maior periacuteodo de permanecircncia dos acessos venosos perifeacutericos Com isso aleacutem da

diminuiccedilatildeo de eventos que causam dor e irritaccedilatildeo na crianccedila e na famiacutelia promoveraacute tambeacutem uma melhor estada

dos mesmos durante o periacuteodo de hospitalizaccedilatildeo Os objetivos da pesquisa satildeo 1) Descrever os fatores que

interferem na manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico de acordo com a equipe de enfermagem 2)Analisar os

cuidados da equipe de enfermagem na manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico A coleta de dados se daraacute

atraveacutes de entrevistas semi estruturadas que seratildeo gravadas As informaccedilotildees colhidas seratildeo tratadas de forma

anocircnima e confidencial ou seja em nenhum momento seratildeo divulgados o seu nome e somente os

pesquisadores teratildeo acesso agraves informaccedilotildees Os dados obtidos com a pesquisa poderatildeo ser publicados apenas com

fins cientiacuteficos Eles natildeo seratildeo utilizados para fins comerciais ou para outra finalidade qualquer Caso necessite

poderatildeo ser marcados encontros para respostas ou esclarecimentos de qualquer duacutevida acerca da pesquisa A sua

participaccedilatildeo eacute voluntaria e eacute importante lembrar que vocecirc poderaacute desistir de participar da pesquisa em qualquer

momento A entrevista seraacute marcada em um dia e horaacuterio que vocecirc achar melhor Seraacute realizada

individualmente em um ambiente que nos ofereccedila privacidade Esta pesquisa natildeo oferece riscos para vocecirc e os

benefiacutecios da sua participaccedilatildeo satildeo de aumentar o conhecimento cientiacutefico na aacuterea de Enfermagem Pediaacutetrica

aleacutem de contribuir para a praacutetica profissional Este documento seraacute elaborado em duas vias uma para vocecirc e a

outra seraacute arquivada pelo pesquisador

Eu_____________________________________________________________ RG no _____________________________ Declaro que apoacutes ter entendido o que me foi explicado consinto voluntariamente em participar do presente Protocolo de Pesquisa entendo ainda que posso retirar o meu consentimento a qualquer momento antes ou durante a realizaccedilatildeo do mesmo declaro ter sido informada(o) e concordo em participar como voluntaacuteria(o) da pesquisa acima descrita Rio de Janeiro_______de_______________de 20___ _____________________________ ________________________________

(Participante) Karina Rodrigues Fernandes (Responsaacutevel por obter o consentimento)

______________________________________ _______________________________________ (Testemunha) (Testemunha)

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APEcircNDICE II

ROTEIRO PARA ENTREVISTA

1) O que vocecirc acha que pode levar a perda do acesso perifeacuterico

2) Para vocecirc o que eacute importante para manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico nas

crianccedilas

3) O que vocecirc acha que pode interferir na sua manutenccedilatildeo

4) Que medidas vocecirc adota no seu dia a dia para manter o acesso

5) Na sua vivencia profissional o que vocecirc discorda dos cuidados que geralmente satildeo

utilizados para manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico

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ANEXO

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48

  • KARINA RODRIGUES FERNANDES
    • COA Thatiana Fernanda PETTENGILL Myriam Aparecida Mandetta Autonomia da crianccedila hospitalizada frente aos procedimentos crenccedilas da enfermeira pediatra Acta paul enferm 19(4) 433-438 out-dez 2006 Disponiacutevel em lt wwwscielobrscielophpscr
    • JANSEN Michele Ferraz SANTOS Rosane Maria dos FAVERO Luciane Benefiacutecios da utilizaccedilatildeo do brinquedo durante o cuidado de enfermagem prestado agrave crianccedila hospitalizada Rev Gaucha Enferm 31(2) 247-253 jun 2010 Disponiacutevel em lt httpwwwscielo
    • MAGNABOSCO Gisele TONELLI Ana Lucia Nascimento Fonseca SOUZA Sarah Nancy Deggau Hegeto de Abordagens no cuidado de enfermagem agrave crianccedila hospitalizada submetida a procedimentos uma revisatildeo de literatura Cogitare enferm 13(1) 103-108 jan-mar
    • MARTINS Maria do Rosaacuterio RIBEIRO Circeacutea Amalia BORBA Regina Issuzu Hirooka de and SILVA Conceiccedilatildeo Vieira daProtocolo de preparo da crianccedila preacute-escolar para punccedilatildeo venosa com utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico Rev Latino-Am Enfermagem [on
    • OLIVEIRA Maria Ivoneide Veriacutessimo de BEZERRA Maria Gorette Andrade PEREIRA Vanessa Ramos Cateterizaccedilatildeo venosa assistecircncia de enfermagem-UTI pediaacutetrica Rev da Rede de Enfermagem do Nordeste AbrJun de 2008 Disponiacutevel em lt httpwwwrevistar
    • PETERLINI Maria Angeacutelica Sorgini CHAUD Massae Noda and PEDREIRA Mavilde da L GOacuterfatildeos de terapia medicamentosa a administraccedilatildeo de medicamentos por via intravenosa em crianccedilas hospitalizadasRev Latino-Am Enfermagem [online] 2003 vol11 n
    • PETERLINI Maria Angeacutelica Sorgini CHAUD Massae Noda PEDREIRA Mavilde L G Incompatibilidade entre faacutermacos e materiais de cateteres e acessoacuterios da terapia intravenosa Online braz j nurs (Online) 5(3)2006 Disponiacutevel em lt httpwwwobjnursi
    • PIMENTA Erika Acioli Gomes COLLET Neusa Dimensatildeo cuidadora da enfermagem e da famiacutelia na assistecircncia agrave crianccedila hospitalizada concepccedilotildees da enfermagem Rev esc enferm USP [online] 2009 vol43 n3 pp 622-629 Disponiacutevel em lt httpwwwscie
    • THOMAZINE Angeacutelica Malman PASSOS Rocircmulo Silva BAY JUacuteNIOR Osvaldo Goacutees COLLET Neusa OLIVEIRA Beatriz Rosana Gonccedilalves de Assistecircncia de enfermagem agrave crianccedila hospitalizada um resgate histoacuterico Ciˆnc cuid sapoundde 7(supl1) 145-152 maio 200
      • F 363 Fernandes Karina Rodrigues
      • Os cuidados de enfermagem acerca dos acessos venosos perifeacutericos na unidade pediaacutetrica Karina Rodrigues Fernandes ndash Niteroacutei [sn] 2014
        • CDD 61073
Page 29: UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE ESCOLA DE …app.uff.br/riuff/bitstream/1/3317/1/TCC Karina Rodrigues Fernandes.pdf · A punção venosa periférica é um procedimento essencial para

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ldquoManter um acesso bem salinizado que vocecirc lave pelo menos de duas de trecircs em trecircs horas Se bem que isso aqui na pediatria natildeo eacute muito comum aqui a gente soacute lava cada vez que vai fazer medicaccedilatildeo mas se eu natildeo me engano a literatura preconiza isso vocecirc lavar pelo menos de quatro em quatro horas o acessordquo (Aurora)

ldquoPra manter o acesso venoso perifeacuterico eacute importante manter ele salinizado Assim que a gente recebe o plantatildeo eu vou ver se o acesso ta peacutervio com uma ldquoseringuinhardquo vai la da uma ldquolavadinhardquo e vecirc se o acesso ta peacutervio e manter o acesso salinizadordquo (Ariel)

ldquoSalinizar de 6 em 6 horas para manter ele peacuterviordquo (Alice)

ldquoTem que passar lento a medicaccedilatildeo e a limpeza da aacuterea vocecirc tem que limpar bem a aacuterea pra vocecirc natildeo formar uma flebiterdquo (Cinderela)

A salinizaccedilatildeo do acesso eacute um cuidado simples e de grande importacircncia Esse cuidado

deve ser realizado para manter o acesso peacutervio e limpo e deve ser realizado antes e apoacutes

qualquer infusatildeo

Para Moncaio e Figueiredo (2009)

a ldquosalinizaccedilatildeordquo consiste em administrar sob pressatildeo positiva soluccedilatildeo salina (Soro fisioloacutegico a 09) logo apoacutes o teacutermino da infusatildeo da medicaccedilatildeo Este procedimento visa prevenir a formaccedilatildeo de trombos e fibrina evitar o contato de drogas incompatiacuteveis (quando da infusatildeo de mais de um item medicamentoso no mesmo horaacuterio) garantir a infusatildeo de todo o medicamento que possa ter ficado no sistema aleacutem de evitar retorno sanguiacuteneo mantendo o cateter peacutervio para a proacutexima infusatildeo

Durante a coleta de dados esse cuidado surgiu em diversos momentos poreacutem foi

possiacutevel perceber que os profissionais realizam o mesmo de forma banalizada Natildeo sabem de

fato a real funccedilatildeo de manter o acesso salinizado A impressatildeo que passa eacute que eles

aprenderam que esse cuidado deveria ser feito e simplesmente fazem Haacute divergecircncias

tambeacutem entre a equipe em relaccedilatildeo ao momento que deve ser realizada a salinizaccedilatildeo e isso nos

mostra a desatualizaccedilatildeo dos profissionais do setor e a falta de uma educaccedilatildeo continuada no

hospital

Os cuidados para evitar a flebite e a velocidade de infusatildeo da medicaccedilatildeo apareceram

menos nas entrevistas e interferem diretamente com a manutenccedilatildeo do acesso venoso

perifeacuterico

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A flebite eacute uma inflamaccedilatildeo na veia puncionada ocorrendo quando as ceacutelulas

endoteliais da parede da veia que o cateter estaacute inserido tornam-se inflamadas e irregulares

propiciando a aderecircncia de plaquetas e predispondo a veia a inflamaccedilatildeo Eacute comum que o local

se apresente dolorido hiperemiado quente e edemaciado e nesses casos eacute aconselhada a

retirada do cateter Uma boa fixaccedilatildeo do cateter perifeacuterico eacute recomendada por autores na

literatura visto que previnem deslocamento faacutecil e permitem uma boa visualizaccedilatildeo do local

evitando complicaccedilotildees como a flebite e infiltraccedilatildeo (MOLDES et al 2011 p 330)

Dentre as principais falhas de infusatildeo venosa estatildeo flebite infiltraccedilatildeo hematoma e

obstruccedilatildeo Acredita-se que para reduzir a incidecircncia destas nas unidades pediaacutetricas eacute preciso

a adoccedilatildeo de estrateacutegias tais como a abordagem junto agrave equipe em parceria com o setor de

educaccedilatildeo permanente e a adoccedilatildeo do uso da teacutecnica corretamente e de forma asseacuteptica para a

realizaccedilatildeo da punccedilatildeo venosa perifeacuterica em acordo com a comissatildeo de controle de infecccedilatildeo

hospitalar (SILVA BARBATO e VALENTE 2013 p 1200)

A incapacidade do paciente em relatar dor no siacutetio de administraccedilatildeo do faacutermaco quer

pela idade ou condiccedilatildeo cliacutenica e o local de inserccedilatildeo como tambeacutem a velocidade de infusatildeo do

medicamento (gt25mgmin) satildeo classificados como fatores de risco para a perda do acesso

venoso perifeacuterico (MARTINS SILVINO e DIAS 2010)

42 Os cuidados em desuso para manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico

Essa categoria discorre sobre os cuidados de enfermagem que com o passar do tempo

foram desconsiderados e natildeo satildeo mais utilizados Quando questionados em relaccedilatildeo a vivencia

profissional e cuidados que discordavam os entrevistados citaram o uso da tala para fixaccedilatildeo

uso de heparina e os cuidados em relaccedilatildeo ao tempo de permanecircncia do cateter Haacute muitas

controveacutersias em relaccedilatildeo aos cuidados citados acima

O tempo de permanecircncia interfere diretamente no aparecimento de complicaccedilotildees

como flebite e que acabam levando a perda do acesso venoso perifeacuterico mais rapidamente

aconselhando assim a troca do mesmo entre 76 a 96 horas Poreacutem eacute preconizada a retirada do

cateter apenas se finalizar o tratamento ou houver alguma interferecircncia

ldquoA gente observa tambeacutem o tempo dependendo do tempo tem que tirarrdquo (Alice)

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ldquoHoje eu natildeo sei como que eacute essa questatildeo do tempo porque a gente trocava o acesso a cada quatro dias agora o pessoal jaacute diz que pode trocar em ateacute uma semana entatildeo natildeo sei como que ta isso e o que tem escrito em relaccedilatildeo a isso (Aurora)

Sabe-se que o tempo para troca do cateter de teflon ou poliuretano varia de 72 a 96

horas com o intuito de reduzir risco de infecccedilatildeo e flebite e para minimizar esses riscos nas

seguintes situaccedilotildees diante de sinais inflamatoacuterios no local de inserccedilatildeo e sempre que houver

mau funcionamento do cateter (SANTOS17

Entretanto o Center for Disease Control and Prevention - CDC (2002) diz que em

pacientes pediaacutetricos natildeo foi observada relaccedilatildeo quanto ao tempo de permanecircncia do cateter e

ocorrecircncia de complicaccedilotildees devendo ser mantido ateacute o teacutermino da terapia intravenosa ou

quando forem observados sinais cliacutenicos de complicaccedilotildees

2004 apud OLIVEIRA BEZERRA e PEREIRA

2008 p 93)

Eacute possiacutevel observar a diferenccedila do conhecimento pratico dos profissionais

entrevistados em relaccedilatildeo ao conhecimento encontrado na literatura E ainda contendo duacutevidas

natildeo haacute uma busca da parte dos mesmos para esclarececirc-las

O uso da heparina com a finalidade de manter o acesso peacutervio por um periacuteodo maior

de tempo mostra-se com mais certeza quanto ao desuso nos dados colidos

ldquoAntigamente a gente usava heparina entatildeo a gente ficava tranquila em relaccedilatildeo agrave obstruccedilatildeo mas agora natildeo a gente usa o soro fisioloacutegico e a gente deixa salinizadordquo (Aurora)

Rang e Dale 18(1998 apud DOPICO e OLIVEIRA 2006) afirmam que a heparina

inibe a formaccedilatildeo de coaacutegulos de fibrina in vitro e in vivo e que seu efeito anticoagulante eacute

praticamente imediato Com isso Phillips19

17 Santos W Lavagem das matildeos In R Luiz Santos W Manual baacutesico de prevenccedilatildeo e controle das infecccedilotildees hospitalares do HRU Fortaleza Hospital Regional Unimed 2004

(2001 apud DOPICO e OLIVEIRA 2006)

ressalta que a teacutecnica de manutenccedilatildeo intermitente de cateteres intravenosos com soluccedilatildeo

salina 09 classificada como salinizaccedilatildeo tem sido pesquisada haacute alguns anos apresentando

em relaccedilatildeo ao uso da heparina vantagens como o baixo custo ser um procedimento mais

18 Rang HP Dale M M Hemostasia e Trombose In Rang HP Dale M M Farmacologia Rio de Janeiro Guanabara Koogan 1998 p235-47 19 PHILLIPS L D Manual de terapia intravenosa 2ed Porto Alegre Artmed 2001

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simples aleacutem de eliminar a possibilidade de incompatibilidade com as drogas e soluccedilotildees

administradas aleacutem da inexistecircncia de riscos ao paciente Entretanto sabe-se que a literatura

ainda natildeo fornece consenso acerca da soluccedilatildeo mais indicada para manutenccedilatildeo da

permeabilidade do cateter venoso perifeacuterico

Eacute importante ressaltar que muitas instituiccedilotildees do nosso paiacutes nem ao menos tecircm o

conhecimento da praacutetica da salinizaccedilatildeo com soluccedilatildeo salina 09 No que se refere agrave pesquisa

cientiacutefica as limitaccedilotildees desta praacutetica satildeo atribuiacutedas agrave ausecircncia de um maior nuacutemero de

estudos controlados para validar sua eficaacutecia (EPPERSON20

Apesar de natildeo ser encontradas publicaccedilotildees acerca do tema a utilizaccedilatildeo de heparina

mostra-se como uma pratica natildeo mais utilizada pelos profissionais de enfermagem Outro

tema onde haacute controveacutersias e tambeacutem poucas citaccedilotildees eacute o uso da tala para fixaccedilatildeo do acesso

venoso perifeacuterico Seguem abaixo a opiniatildeo de alguns dos profissionais entrevistados

1984 apud DOPICO e

OLIVEIRA 2006)

ldquoA uacutenica coisa que eu natildeo gosto de ver eacute quando se coloca tala para imobilizar dizendo que a tala vai ajudar a natildeo perder a veia Isso eu natildeo concordo acho que a tala prejudica a crianccedila fica incomodada faz dor no membrordquo (Cinderela)

ldquoAntigamente a gente usava muito tala e as vezes eu pego isso aqui ai eu falo gente tala natildeo se usa mais natildeo faz parte mais da fixaccedilatildeo vocecirc pode fixar de uma forma que a crianccedila natildeo perca A tala eu acho que ela traumatiza um pouco ainda mais se vocecirc pegar um acesso na dobra vocecirc vai fazer com que a crianccedila fique com o braccedilo esticado muito tempo eu acho que pode causar uma lesatildeo depois e a literatura jaacute fala que eacute desnecessaacuteria natildeo precisa maisrdquo (Aurora) ldquoAntigamente usavam tala mas hoje em dia quase natildeo se vecirc mais e eu acho que a tala atrapalha porque a crianccedila fica imobilizada no membro ai fica mais irritadardquo (Rapunzel) ldquoLaacute no meu outro trabalho alguns usam a tala Eu acho que a tala ajuda ateacute a perder mais raacutepido porque a crianccedila fica incomodada vai querer mexer naquilordquo (Mulan)

20 Epperson EL Efficacy of 09 sodium chloride injection with without heparin for maintenance indwelling intermittent injection sites Clin Pharm1984 3(5)26

31

Almeida e Sabateacutes21

Entretanto haacute estudo que comprovam que o uso da tala natildeo se mostra tatildeo eficiente e

apresenta-se como uma praacutetica controversa O estudo foi realizado em crianccedilas ateacute os 12 anos

utilizando imobilizaccedilatildeo com tala e em mais de metade dos casos (553) ocorreu infiltraccedilatildeo

o que indicia a ineficaacutecia desta praacutetica (MACHADO PEDREIRA e CHAUD 2008 apud

BATALHA et al 2010 p512)

(2008 apud BATALHA et al 2010 p512) afirmam que a teacutecnica

de fixaccedilatildeo dos CVP com uso de imobilizaccedilatildeo com tala para restriccedilatildeo ou limitaccedilatildeo dos

movimentos articulares proacuteximo do local da punccedilatildeo estaacute indicado nas matildeos punhos cotovelo

e maleacuteolo

Para Batalha et al (2010 p512) o uso desta praacutetica parece natildeo se coadunar com o

atual uso de cateteres flexiacuteveis tipo abocath em detrimento de agulhas metaacutelicas Talvez por

isso comecem a surgir novas teacutecnicas de fixaccedilatildeo dos CVP que natildeo exigem imobilizaccedilatildeo das

articulaccedilotildees com talas

Aleacutem de natildeo haver uma confirmaccedilatildeo dos benefiacutecios causados pelo uso da tala a

imobilizaccedilatildeo causa incocircmodo para a crianccedila que fica com o membro imoacutevel podendo causar

dor e tambeacutem irritaccedilatildeo O uso desse tipo de fixaccedilatildeo tambeacutem impede a visualizaccedilatildeo frequente

do acesso venoso afetando assim os cuidados de observaccedilatildeo da equipe de enfermagem

43 O acompanhante e a manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico

A presente categoria vai discutir um assunto importante que surgiu durante as

entrevistas de forma inesperada Alguns dos profissionais entrevistados citaram o descuido do

acompanhante como um fator causador da perda do acesso venoso perifeacuterico Seguem abaixo

algumas falas

ldquoA matildee sempre acompanha e tem matildee que natildeo tem cuidado natildeo vigia e a gente tem que ficar pedindo pra olhar tomar contardquo (Aurora)

ldquoEm relaccedilatildeo ao acompanhante porque a crianccedila natildeo vai avaliar entatildeo o acompanhante que estar ali tem que avaliar direitinho natildeo deixar a crianccedila mexer ou puxarrdquo (Bela)

ldquoNatildeo eacute toda matildee que esta vigiando que cuida pra que a crianccedila natildeo perca o acessordquo (Jasmine)

21 Almeida FA Sabateacutes AL Enfermagem pediaacutetrica a crianccedila o adolescente e a sua famiacutelia no hospital Satildeo Paulo(SP) Manole 2008

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ldquoAcho que leva a perda quando o acompanhante natildeo coopera as vezes a gente faz a imobilizaccedilatildeo na crianccedila e as vezes eles ateacute retiram e a proacutepria crianccedila agitada ela mesmo arrancardquo (Branca de Neve)

ldquoAgraves vezes a proacutepria crianccedila que a matildee deixa muito solta ai solta o acessordquo (Mulan)

Apoacutes a implementaccedilatildeo da lei que garante um acompanhante ao paciente pediaacutetrico a

presenccedila do familiarresponsaacutevel durante a hospitalizaccedilatildeo mudou a rotina da equipe de

enfermagem trazendo duacutevidas quanto a real funccedilatildeo do acompanhante e fazendo com que a

mesma viesse a delegar certos cuidados para acompanhante

A Promulgaccedilatildeo da Lei 8069 do Estatuto da Crianccedila e do Adolescente (ECA) em

1990 no seu artigo 12deg garante agrave crianccedila ou ao adolescente o direito de ter um responsaacutevel

que o acompanhe durante a hospitalizaccedilatildeo (1990)

Desde a sua implantaccedilatildeo as unidades vecircm sofrendo um processo de reorganizaccedilatildeo de

suas praacuteticas A inserccedilatildeo da famiacutelia modifica a organizaccedilatildeo do processo de trabalho o que

requer dos profissionais uma compreensatildeo em relaccedilatildeo agrave dinacircmica das relaccedilotildees interpessoais

(COLLET e ROCHA 2004)

Pimenta e Collet (2009) ressaltam que natildeo haacute nenhuma regulamentaccedilatildeo sobre a

participaccedilatildeo da famiacutelia nos cuidados e no entanto a mesma desempenha atividades junto agrave

crianccedila durante a hospitalizaccedilatildeo que devem ser levadas em consideraccedilatildeo A falta de

reconhecimento desse fato fez com que a equipe de enfermagem e famiacutelia natildeo possuiacutessem

uma relaccedilatildeo aberta e vivessem uma relaccedilatildeo silenciosa e impliacutecita de poder na qual a famiacutelia

acaba assumindo as relaccedilotildees do cuidado agrave crianccedila de responsabilidade da enfermagem

A negociaccedilatildeo entre matildees e equipe de enfermagem em relaccedilatildeo aos cuidados agrave crianccedila

hospitalizada natildeo eacute uma tarefa faacutecil tendo em vista que natildeo se tem claro qual o seu novo

papel neste processo (COLLET e ROCHA 2004)

Eacute possiacutevel ver nas falas que a presenccedila do acompanhante causa para a equipe de

enfermagem a seguranccedila de ter algueacutem para ldquovigiarrdquo ldquotomar contardquo e natildeo deixar que a

crianccedila hospitalizada perca o acesso venoso quando na verdade eacute funccedilatildeo da equipe de

enfermagem cuidados referentes ao acesso venoso perifeacuterico

33

Jaacute o acompanhante eacute definido pelo Ministeacuterio da Sauacutede como uma pessoa significativa

para a crianccedila que representa sua rede social e que vai acompanhaacute-lo durante a permanecircncia

no ambiente hospitalar ressaltando assim sua importacircncia Esse fato se reforccedila visto que a

crianccedila encontra nos familiares a forccedila e seguranccedila necessaacuteria para encarar todo esse processo

doloroso e desconhecido (MURAKAMI e CAMPOS 2011 p255)

O acompanhante aleacutem de minimizar o sofrimento do paciente pediaacutetrico faz com que

o mesmo sinta-se mais a vontade Eacute importante ressaltar que o familiarresponsaacutevel natildeo soacute

pode como deve participar das atividades da crianccedila no hospital desde que estas natildeo sejam

competecircncias dos profissionais que os cercam Essas atividades satildeo caracterizadas como

semelhantes aos que eles realizam diariamente fora do ambiente hospitalar como o banho

Poreacutem no caso de um paciente com punccedilatildeo venosa perifeacuterica o profissional de enfermagem

deve auxiliar no cuidado para que essa natildeo se perca

Os cuidados dos familiaresacompanhantes satildeo os mesmos que os desenvolvidos no

domiciacutelio e os cuidados prestados pela equipe de enfermagem satildeo aqueles que demandam

conhecimento teacutecnico-cientiacutefico especializado (SOUZA e OLIVEIRA 2010 p558)

Mesmo alguns cuidados parecerem simples e rotineiros quando eacute prestado no

hospital assumem novas caracteriacutesticas com o uso de dispositivos tecnoloacutegicos os quais se

tornam complexos (PIMENTA E COLLET 2009)

O ato de cuidar envolve o respeito agrave maneira como vive cada indiviacuteduo de acordo

com suas crenccedilas valores costumes e cultura A famiacutelia como uma instituiccedilatildeo atende agraves

necessidades bioloacutegicas de seus membros sendo sua responsabilidade cuidar e criar os filhos

incluindo a obrigaccedilatildeo da alimentaccedilatildeo higiene vestuaacuterio e moradia (ELSEN22

Nas entrevistas podemos verificar falas em que o acompanhante eacute citado como

responsaacutevel por avaliar a punccedilatildeo venosa A equipe de enfermagem deve sempre partir do

pressuposto que o familiar acompanhante natildeo tem conhecimento cientiacutefico e certo tipo de

cuidado natildeo deve se delegado para o mesmo mostrando assim a importacircncia da orientaccedilatildeo do

acompanhante quanto aos procedimentos dispositivos utilizados e cuidados em que os

etal 1994

apud SOUZA e OLIVEIRA 2010 p 553)

22 Elsen I Patriacutecio ZM Assistecircncia agrave crianccedila hospitalizada tipos de abordagens e suas implicaccedilotildees para a enfermagem In A enfermagem em pediatria e puericultura Rio de Janeiro (RJ) Atheneu 2005

34

mesmos possam auxiliar Seguem abaixo as falas onde os profissionais ressaltaram a

importacircncia da orientaccedilatildeo do acompanhante

ldquoNem sempre a crianccedila vai entender o porque de estar com aquele acesso entatildeo tem que ter uma orientaccedilatildeo do acompanhanterdquo (Bela)

ldquoTem que haver orientaccedilatildeo do acompanhante para os cuidadosrdquo (Ariel)

ldquoAgraves vezes tem ate o exemplo de um pai que natildeo deixa trocar o acesso jaacute tinha mais de uma semana e ele natildeo queria que trocasse ai faz febre e natildeo sabe da onderdquo (Alice)

Para Souza e Oliveira (2010 p555) deve haver uma preocupaccedilatildeo em orientar

considerando que o outro natildeo tem nenhum tipo de conhecimento sobre o assunto Poreacutem

Queiroz e Jorge23

Apesar das dificuldades o profissional de enfermagem deve estabelecer um viacutenculo de

confianccedila com o acompanhante buscando sempre deixaacute-los ciente das situaccedilotildees e fazendo-os

participar dos cuidados plausiacuteveis sem causar nenhum dano agrave crianccedila e de maneira alguma

abandonar suas atribuiccedilotildees

(2004 apud SOUZA e OLIVEIRA 2010 p 556) ressaltam que apesar de os

profissionais terem intenccedilatildeo de orientar os cuidados para a sauacutede repassam conhecimentos

elaborados cientificamente dificultando a compreensatildeo do familiar aleacutem de a relaccedilatildeo se dar

de maneira vertical assimeacutetrica e coercitiva

23 Queiroz MVO Jorge MSB Accedilotildees educativas no cuidado infantil e intervenccedilotildees dos profissionais junto agraves famiacutelias Acta Scientiarum Maringaacute 2004 janjun 26(1) 27-34

35

CONCLUSAtildeO

Atraveacutes desse estudo foi possiacutevel descrever e analisar os cuidados que os profissionais

de enfermagem realizam acerca da permanecircncia do acesso venoso perifeacuterico Aleacutem disso a

realizaccedilatildeo da pesquisa permitiu identificar a desarticulaccedilatildeo do processo de enfermagem e a

praacutetica desconectada da produccedilatildeo cientiacutefica caracterizando a falta de uma educaccedilatildeo

continuada efetiva

A anaacutelise dos dados demonstra o processo de punccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico

ressaltando a importacircncia de cuidados como a seleccedilatildeo do local a diluiccedilatildeo da medicaccedilatildeo a

realizaccedilatildeo de uma boa fixaccedilatildeo a atenccedilatildeo com a velocidade de infusatildeo os cuidados com os

sinais de infecccedilatildeo e salinizaccedilatildeo do acesso natildeo deixando de salientar cuidados em desuso

como o uso da heparina da tala e duvidas em relaccedilatildeo ao tempo de permanecircncia Evidenciou

tambeacutem que a equipe de enfermagem delega alguns cuidados para os acompanhantes

Natildeo foi possiacutevel perceber o niacutevel de conhecimento cientiacutefico dos profissionais visto

que eles em nenhum momento por natildeo saberem ou por medo de se expor natildeo explicaram de

fato nenhum cuidado que disseram realizar Sempre citaram de forma superficial e direta

deixando claro tambeacutem que o pesquisador natildeo os indagou quanto a isso Poreacutem creio que

diante de cuidados tatildeo importantes e de frequente praacutetica os mesmos falariam facilmente

sobre os cuidados de enfermagem na permanecircncia do acesso venoso perifeacuterico

Apesar dos entrevistados citarem alguns fatores e cuidados realizados de forma

correta eacute visiacutevel que os mesmos realizam os cuidados com a punccedilatildeo e a permanencia do

acesso de forma automaacutetica sem unir a praacutetica com o fundamento do mesmo

Eacute importante destacar tambeacutem a importacircncia do preparo emocional da crianccedila como

tambeacutem os cuidados com a famiacutelia dos mesmos O trabalho de humanizaccedilatildeo realizado pela

36

enfermagem faz grande diferenccedila nessas situaccedilotildees visto que os pacientes e acompanhantes

tendo conhecimento do que seraacute realizado ficariam mais tranquilos

O estudo contribuiu para o campo do ensino nesta aacuterea dando destaque ao importante

papel que o profissional de enfermagem deve desempenhar no cuidado e na manutenccedilatildeo do

acesso venoso perifeacuterico Contudo vale ressaltar a importacircncia do incentivo ao profissional a

buscar na literatura natildeo soacute esclarecimento de suas duvidas mas tambeacutem novos

conhecimentos

Pode colaborar ainda para a realizaccedilatildeo de novas pesquisas na aacuterea procurando

eliminar duacutevidas e controveacutersias sobre o tema Buscando assim a realizaccedilatildeo de um cuidado de

enfermagem articulado e eficaz promovendo o bem-estar do paciente pediaacutetrico durante a

hospitalizaccedilatildeo

37

REFEREcircNCIAS

ARAUacuteJO Ana Paula Monteiro Baptista de Andrade As praacuteticas de cuidado agrave crianccedila com

cateter venoso perifeacuterico e seus reflexos na interaccedilatildeo enfermeiro-familiar Dissertaccedilatildeo

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THOMAZINE Angeacutelica Malman PASSOS Rocircmulo Silva BAY JUacuteNIOR Osvaldo Goacutees

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44

APEcircNDICE I

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO Tiacutetulo Do Projeto Os cuidados de enfermagem acerca dos acessos venosos perifeacutericos na unidade pediaacutetrica Pesquisador Responsaacutevel Rosane Cordeiro Burla de Aguiar Eny Dorea Paiva e Karina Rodrigues Fernandes Instituiccedilatildeo a que Pertence o Pesquisador Responsaacutevel Universidade Federal Fluminense Telefone para contato (21) 98355269 (21) 82392939 (21) 91786609 Nome do voluntaacuterio _________________________________________________________ Idade ________ anos RG ____________________________

AO Sr (a) estaacute sendo convidado (a) a participar do projeto de pesquisa OS CUIDADOS DE

ENFERMAGEM ACERCA DOS ACESSOS VENOSOS PERIFEacuteRICOS NA UNIDADE PEDIATRICA de

responsabilidade da pesquisadora Profordf Drordf Rosane Cordeiro Burla de Aguiar e Profordf Drordf Eny Dorea Paiva A

punccedilatildeo venosa perifeacuterica eacute um procedimento essencial durante a hospitalizaccedilatildeo da crianccedila visto que eacute atraveacutes

dela que eacute administrada grande parte das medicaccedilotildees Este estudo se justifica diante da importacircncia da

necessidade de um maior periacuteodo de permanecircncia dos acessos venosos perifeacutericos Com isso aleacutem da

diminuiccedilatildeo de eventos que causam dor e irritaccedilatildeo na crianccedila e na famiacutelia promoveraacute tambeacutem uma melhor estada

dos mesmos durante o periacuteodo de hospitalizaccedilatildeo Os objetivos da pesquisa satildeo 1) Descrever os fatores que

interferem na manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico de acordo com a equipe de enfermagem 2)Analisar os

cuidados da equipe de enfermagem na manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico A coleta de dados se daraacute

atraveacutes de entrevistas semi estruturadas que seratildeo gravadas As informaccedilotildees colhidas seratildeo tratadas de forma

anocircnima e confidencial ou seja em nenhum momento seratildeo divulgados o seu nome e somente os

pesquisadores teratildeo acesso agraves informaccedilotildees Os dados obtidos com a pesquisa poderatildeo ser publicados apenas com

fins cientiacuteficos Eles natildeo seratildeo utilizados para fins comerciais ou para outra finalidade qualquer Caso necessite

poderatildeo ser marcados encontros para respostas ou esclarecimentos de qualquer duacutevida acerca da pesquisa A sua

participaccedilatildeo eacute voluntaria e eacute importante lembrar que vocecirc poderaacute desistir de participar da pesquisa em qualquer

momento A entrevista seraacute marcada em um dia e horaacuterio que vocecirc achar melhor Seraacute realizada

individualmente em um ambiente que nos ofereccedila privacidade Esta pesquisa natildeo oferece riscos para vocecirc e os

benefiacutecios da sua participaccedilatildeo satildeo de aumentar o conhecimento cientiacutefico na aacuterea de Enfermagem Pediaacutetrica

aleacutem de contribuir para a praacutetica profissional Este documento seraacute elaborado em duas vias uma para vocecirc e a

outra seraacute arquivada pelo pesquisador

Eu_____________________________________________________________ RG no _____________________________ Declaro que apoacutes ter entendido o que me foi explicado consinto voluntariamente em participar do presente Protocolo de Pesquisa entendo ainda que posso retirar o meu consentimento a qualquer momento antes ou durante a realizaccedilatildeo do mesmo declaro ter sido informada(o) e concordo em participar como voluntaacuteria(o) da pesquisa acima descrita Rio de Janeiro_______de_______________de 20___ _____________________________ ________________________________

(Participante) Karina Rodrigues Fernandes (Responsaacutevel por obter o consentimento)

______________________________________ _______________________________________ (Testemunha) (Testemunha)

45

APEcircNDICE II

ROTEIRO PARA ENTREVISTA

1) O que vocecirc acha que pode levar a perda do acesso perifeacuterico

2) Para vocecirc o que eacute importante para manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico nas

crianccedilas

3) O que vocecirc acha que pode interferir na sua manutenccedilatildeo

4) Que medidas vocecirc adota no seu dia a dia para manter o acesso

5) Na sua vivencia profissional o que vocecirc discorda dos cuidados que geralmente satildeo

utilizados para manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico

46

ANEXO

47

48

  • KARINA RODRIGUES FERNANDES
    • COA Thatiana Fernanda PETTENGILL Myriam Aparecida Mandetta Autonomia da crianccedila hospitalizada frente aos procedimentos crenccedilas da enfermeira pediatra Acta paul enferm 19(4) 433-438 out-dez 2006 Disponiacutevel em lt wwwscielobrscielophpscr
    • JANSEN Michele Ferraz SANTOS Rosane Maria dos FAVERO Luciane Benefiacutecios da utilizaccedilatildeo do brinquedo durante o cuidado de enfermagem prestado agrave crianccedila hospitalizada Rev Gaucha Enferm 31(2) 247-253 jun 2010 Disponiacutevel em lt httpwwwscielo
    • MAGNABOSCO Gisele TONELLI Ana Lucia Nascimento Fonseca SOUZA Sarah Nancy Deggau Hegeto de Abordagens no cuidado de enfermagem agrave crianccedila hospitalizada submetida a procedimentos uma revisatildeo de literatura Cogitare enferm 13(1) 103-108 jan-mar
    • MARTINS Maria do Rosaacuterio RIBEIRO Circeacutea Amalia BORBA Regina Issuzu Hirooka de and SILVA Conceiccedilatildeo Vieira daProtocolo de preparo da crianccedila preacute-escolar para punccedilatildeo venosa com utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico Rev Latino-Am Enfermagem [on
    • OLIVEIRA Maria Ivoneide Veriacutessimo de BEZERRA Maria Gorette Andrade PEREIRA Vanessa Ramos Cateterizaccedilatildeo venosa assistecircncia de enfermagem-UTI pediaacutetrica Rev da Rede de Enfermagem do Nordeste AbrJun de 2008 Disponiacutevel em lt httpwwwrevistar
    • PETERLINI Maria Angeacutelica Sorgini CHAUD Massae Noda and PEDREIRA Mavilde da L GOacuterfatildeos de terapia medicamentosa a administraccedilatildeo de medicamentos por via intravenosa em crianccedilas hospitalizadasRev Latino-Am Enfermagem [online] 2003 vol11 n
    • PETERLINI Maria Angeacutelica Sorgini CHAUD Massae Noda PEDREIRA Mavilde L G Incompatibilidade entre faacutermacos e materiais de cateteres e acessoacuterios da terapia intravenosa Online braz j nurs (Online) 5(3)2006 Disponiacutevel em lt httpwwwobjnursi
    • PIMENTA Erika Acioli Gomes COLLET Neusa Dimensatildeo cuidadora da enfermagem e da famiacutelia na assistecircncia agrave crianccedila hospitalizada concepccedilotildees da enfermagem Rev esc enferm USP [online] 2009 vol43 n3 pp 622-629 Disponiacutevel em lt httpwwwscie
    • THOMAZINE Angeacutelica Malman PASSOS Rocircmulo Silva BAY JUacuteNIOR Osvaldo Goacutees COLLET Neusa OLIVEIRA Beatriz Rosana Gonccedilalves de Assistecircncia de enfermagem agrave crianccedila hospitalizada um resgate histoacuterico Ciˆnc cuid sapoundde 7(supl1) 145-152 maio 200
      • F 363 Fernandes Karina Rodrigues
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        • CDD 61073
Page 30: UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE ESCOLA DE …app.uff.br/riuff/bitstream/1/3317/1/TCC Karina Rodrigues Fernandes.pdf · A punção venosa periférica é um procedimento essencial para

28

A flebite eacute uma inflamaccedilatildeo na veia puncionada ocorrendo quando as ceacutelulas

endoteliais da parede da veia que o cateter estaacute inserido tornam-se inflamadas e irregulares

propiciando a aderecircncia de plaquetas e predispondo a veia a inflamaccedilatildeo Eacute comum que o local

se apresente dolorido hiperemiado quente e edemaciado e nesses casos eacute aconselhada a

retirada do cateter Uma boa fixaccedilatildeo do cateter perifeacuterico eacute recomendada por autores na

literatura visto que previnem deslocamento faacutecil e permitem uma boa visualizaccedilatildeo do local

evitando complicaccedilotildees como a flebite e infiltraccedilatildeo (MOLDES et al 2011 p 330)

Dentre as principais falhas de infusatildeo venosa estatildeo flebite infiltraccedilatildeo hematoma e

obstruccedilatildeo Acredita-se que para reduzir a incidecircncia destas nas unidades pediaacutetricas eacute preciso

a adoccedilatildeo de estrateacutegias tais como a abordagem junto agrave equipe em parceria com o setor de

educaccedilatildeo permanente e a adoccedilatildeo do uso da teacutecnica corretamente e de forma asseacuteptica para a

realizaccedilatildeo da punccedilatildeo venosa perifeacuterica em acordo com a comissatildeo de controle de infecccedilatildeo

hospitalar (SILVA BARBATO e VALENTE 2013 p 1200)

A incapacidade do paciente em relatar dor no siacutetio de administraccedilatildeo do faacutermaco quer

pela idade ou condiccedilatildeo cliacutenica e o local de inserccedilatildeo como tambeacutem a velocidade de infusatildeo do

medicamento (gt25mgmin) satildeo classificados como fatores de risco para a perda do acesso

venoso perifeacuterico (MARTINS SILVINO e DIAS 2010)

42 Os cuidados em desuso para manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico

Essa categoria discorre sobre os cuidados de enfermagem que com o passar do tempo

foram desconsiderados e natildeo satildeo mais utilizados Quando questionados em relaccedilatildeo a vivencia

profissional e cuidados que discordavam os entrevistados citaram o uso da tala para fixaccedilatildeo

uso de heparina e os cuidados em relaccedilatildeo ao tempo de permanecircncia do cateter Haacute muitas

controveacutersias em relaccedilatildeo aos cuidados citados acima

O tempo de permanecircncia interfere diretamente no aparecimento de complicaccedilotildees

como flebite e que acabam levando a perda do acesso venoso perifeacuterico mais rapidamente

aconselhando assim a troca do mesmo entre 76 a 96 horas Poreacutem eacute preconizada a retirada do

cateter apenas se finalizar o tratamento ou houver alguma interferecircncia

ldquoA gente observa tambeacutem o tempo dependendo do tempo tem que tirarrdquo (Alice)

29

ldquoHoje eu natildeo sei como que eacute essa questatildeo do tempo porque a gente trocava o acesso a cada quatro dias agora o pessoal jaacute diz que pode trocar em ateacute uma semana entatildeo natildeo sei como que ta isso e o que tem escrito em relaccedilatildeo a isso (Aurora)

Sabe-se que o tempo para troca do cateter de teflon ou poliuretano varia de 72 a 96

horas com o intuito de reduzir risco de infecccedilatildeo e flebite e para minimizar esses riscos nas

seguintes situaccedilotildees diante de sinais inflamatoacuterios no local de inserccedilatildeo e sempre que houver

mau funcionamento do cateter (SANTOS17

Entretanto o Center for Disease Control and Prevention - CDC (2002) diz que em

pacientes pediaacutetricos natildeo foi observada relaccedilatildeo quanto ao tempo de permanecircncia do cateter e

ocorrecircncia de complicaccedilotildees devendo ser mantido ateacute o teacutermino da terapia intravenosa ou

quando forem observados sinais cliacutenicos de complicaccedilotildees

2004 apud OLIVEIRA BEZERRA e PEREIRA

2008 p 93)

Eacute possiacutevel observar a diferenccedila do conhecimento pratico dos profissionais

entrevistados em relaccedilatildeo ao conhecimento encontrado na literatura E ainda contendo duacutevidas

natildeo haacute uma busca da parte dos mesmos para esclarececirc-las

O uso da heparina com a finalidade de manter o acesso peacutervio por um periacuteodo maior

de tempo mostra-se com mais certeza quanto ao desuso nos dados colidos

ldquoAntigamente a gente usava heparina entatildeo a gente ficava tranquila em relaccedilatildeo agrave obstruccedilatildeo mas agora natildeo a gente usa o soro fisioloacutegico e a gente deixa salinizadordquo (Aurora)

Rang e Dale 18(1998 apud DOPICO e OLIVEIRA 2006) afirmam que a heparina

inibe a formaccedilatildeo de coaacutegulos de fibrina in vitro e in vivo e que seu efeito anticoagulante eacute

praticamente imediato Com isso Phillips19

17 Santos W Lavagem das matildeos In R Luiz Santos W Manual baacutesico de prevenccedilatildeo e controle das infecccedilotildees hospitalares do HRU Fortaleza Hospital Regional Unimed 2004

(2001 apud DOPICO e OLIVEIRA 2006)

ressalta que a teacutecnica de manutenccedilatildeo intermitente de cateteres intravenosos com soluccedilatildeo

salina 09 classificada como salinizaccedilatildeo tem sido pesquisada haacute alguns anos apresentando

em relaccedilatildeo ao uso da heparina vantagens como o baixo custo ser um procedimento mais

18 Rang HP Dale M M Hemostasia e Trombose In Rang HP Dale M M Farmacologia Rio de Janeiro Guanabara Koogan 1998 p235-47 19 PHILLIPS L D Manual de terapia intravenosa 2ed Porto Alegre Artmed 2001

30

simples aleacutem de eliminar a possibilidade de incompatibilidade com as drogas e soluccedilotildees

administradas aleacutem da inexistecircncia de riscos ao paciente Entretanto sabe-se que a literatura

ainda natildeo fornece consenso acerca da soluccedilatildeo mais indicada para manutenccedilatildeo da

permeabilidade do cateter venoso perifeacuterico

Eacute importante ressaltar que muitas instituiccedilotildees do nosso paiacutes nem ao menos tecircm o

conhecimento da praacutetica da salinizaccedilatildeo com soluccedilatildeo salina 09 No que se refere agrave pesquisa

cientiacutefica as limitaccedilotildees desta praacutetica satildeo atribuiacutedas agrave ausecircncia de um maior nuacutemero de

estudos controlados para validar sua eficaacutecia (EPPERSON20

Apesar de natildeo ser encontradas publicaccedilotildees acerca do tema a utilizaccedilatildeo de heparina

mostra-se como uma pratica natildeo mais utilizada pelos profissionais de enfermagem Outro

tema onde haacute controveacutersias e tambeacutem poucas citaccedilotildees eacute o uso da tala para fixaccedilatildeo do acesso

venoso perifeacuterico Seguem abaixo a opiniatildeo de alguns dos profissionais entrevistados

1984 apud DOPICO e

OLIVEIRA 2006)

ldquoA uacutenica coisa que eu natildeo gosto de ver eacute quando se coloca tala para imobilizar dizendo que a tala vai ajudar a natildeo perder a veia Isso eu natildeo concordo acho que a tala prejudica a crianccedila fica incomodada faz dor no membrordquo (Cinderela)

ldquoAntigamente a gente usava muito tala e as vezes eu pego isso aqui ai eu falo gente tala natildeo se usa mais natildeo faz parte mais da fixaccedilatildeo vocecirc pode fixar de uma forma que a crianccedila natildeo perca A tala eu acho que ela traumatiza um pouco ainda mais se vocecirc pegar um acesso na dobra vocecirc vai fazer com que a crianccedila fique com o braccedilo esticado muito tempo eu acho que pode causar uma lesatildeo depois e a literatura jaacute fala que eacute desnecessaacuteria natildeo precisa maisrdquo (Aurora) ldquoAntigamente usavam tala mas hoje em dia quase natildeo se vecirc mais e eu acho que a tala atrapalha porque a crianccedila fica imobilizada no membro ai fica mais irritadardquo (Rapunzel) ldquoLaacute no meu outro trabalho alguns usam a tala Eu acho que a tala ajuda ateacute a perder mais raacutepido porque a crianccedila fica incomodada vai querer mexer naquilordquo (Mulan)

20 Epperson EL Efficacy of 09 sodium chloride injection with without heparin for maintenance indwelling intermittent injection sites Clin Pharm1984 3(5)26

31

Almeida e Sabateacutes21

Entretanto haacute estudo que comprovam que o uso da tala natildeo se mostra tatildeo eficiente e

apresenta-se como uma praacutetica controversa O estudo foi realizado em crianccedilas ateacute os 12 anos

utilizando imobilizaccedilatildeo com tala e em mais de metade dos casos (553) ocorreu infiltraccedilatildeo

o que indicia a ineficaacutecia desta praacutetica (MACHADO PEDREIRA e CHAUD 2008 apud

BATALHA et al 2010 p512)

(2008 apud BATALHA et al 2010 p512) afirmam que a teacutecnica

de fixaccedilatildeo dos CVP com uso de imobilizaccedilatildeo com tala para restriccedilatildeo ou limitaccedilatildeo dos

movimentos articulares proacuteximo do local da punccedilatildeo estaacute indicado nas matildeos punhos cotovelo

e maleacuteolo

Para Batalha et al (2010 p512) o uso desta praacutetica parece natildeo se coadunar com o

atual uso de cateteres flexiacuteveis tipo abocath em detrimento de agulhas metaacutelicas Talvez por

isso comecem a surgir novas teacutecnicas de fixaccedilatildeo dos CVP que natildeo exigem imobilizaccedilatildeo das

articulaccedilotildees com talas

Aleacutem de natildeo haver uma confirmaccedilatildeo dos benefiacutecios causados pelo uso da tala a

imobilizaccedilatildeo causa incocircmodo para a crianccedila que fica com o membro imoacutevel podendo causar

dor e tambeacutem irritaccedilatildeo O uso desse tipo de fixaccedilatildeo tambeacutem impede a visualizaccedilatildeo frequente

do acesso venoso afetando assim os cuidados de observaccedilatildeo da equipe de enfermagem

43 O acompanhante e a manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico

A presente categoria vai discutir um assunto importante que surgiu durante as

entrevistas de forma inesperada Alguns dos profissionais entrevistados citaram o descuido do

acompanhante como um fator causador da perda do acesso venoso perifeacuterico Seguem abaixo

algumas falas

ldquoA matildee sempre acompanha e tem matildee que natildeo tem cuidado natildeo vigia e a gente tem que ficar pedindo pra olhar tomar contardquo (Aurora)

ldquoEm relaccedilatildeo ao acompanhante porque a crianccedila natildeo vai avaliar entatildeo o acompanhante que estar ali tem que avaliar direitinho natildeo deixar a crianccedila mexer ou puxarrdquo (Bela)

ldquoNatildeo eacute toda matildee que esta vigiando que cuida pra que a crianccedila natildeo perca o acessordquo (Jasmine)

21 Almeida FA Sabateacutes AL Enfermagem pediaacutetrica a crianccedila o adolescente e a sua famiacutelia no hospital Satildeo Paulo(SP) Manole 2008

32

ldquoAcho que leva a perda quando o acompanhante natildeo coopera as vezes a gente faz a imobilizaccedilatildeo na crianccedila e as vezes eles ateacute retiram e a proacutepria crianccedila agitada ela mesmo arrancardquo (Branca de Neve)

ldquoAgraves vezes a proacutepria crianccedila que a matildee deixa muito solta ai solta o acessordquo (Mulan)

Apoacutes a implementaccedilatildeo da lei que garante um acompanhante ao paciente pediaacutetrico a

presenccedila do familiarresponsaacutevel durante a hospitalizaccedilatildeo mudou a rotina da equipe de

enfermagem trazendo duacutevidas quanto a real funccedilatildeo do acompanhante e fazendo com que a

mesma viesse a delegar certos cuidados para acompanhante

A Promulgaccedilatildeo da Lei 8069 do Estatuto da Crianccedila e do Adolescente (ECA) em

1990 no seu artigo 12deg garante agrave crianccedila ou ao adolescente o direito de ter um responsaacutevel

que o acompanhe durante a hospitalizaccedilatildeo (1990)

Desde a sua implantaccedilatildeo as unidades vecircm sofrendo um processo de reorganizaccedilatildeo de

suas praacuteticas A inserccedilatildeo da famiacutelia modifica a organizaccedilatildeo do processo de trabalho o que

requer dos profissionais uma compreensatildeo em relaccedilatildeo agrave dinacircmica das relaccedilotildees interpessoais

(COLLET e ROCHA 2004)

Pimenta e Collet (2009) ressaltam que natildeo haacute nenhuma regulamentaccedilatildeo sobre a

participaccedilatildeo da famiacutelia nos cuidados e no entanto a mesma desempenha atividades junto agrave

crianccedila durante a hospitalizaccedilatildeo que devem ser levadas em consideraccedilatildeo A falta de

reconhecimento desse fato fez com que a equipe de enfermagem e famiacutelia natildeo possuiacutessem

uma relaccedilatildeo aberta e vivessem uma relaccedilatildeo silenciosa e impliacutecita de poder na qual a famiacutelia

acaba assumindo as relaccedilotildees do cuidado agrave crianccedila de responsabilidade da enfermagem

A negociaccedilatildeo entre matildees e equipe de enfermagem em relaccedilatildeo aos cuidados agrave crianccedila

hospitalizada natildeo eacute uma tarefa faacutecil tendo em vista que natildeo se tem claro qual o seu novo

papel neste processo (COLLET e ROCHA 2004)

Eacute possiacutevel ver nas falas que a presenccedila do acompanhante causa para a equipe de

enfermagem a seguranccedila de ter algueacutem para ldquovigiarrdquo ldquotomar contardquo e natildeo deixar que a

crianccedila hospitalizada perca o acesso venoso quando na verdade eacute funccedilatildeo da equipe de

enfermagem cuidados referentes ao acesso venoso perifeacuterico

33

Jaacute o acompanhante eacute definido pelo Ministeacuterio da Sauacutede como uma pessoa significativa

para a crianccedila que representa sua rede social e que vai acompanhaacute-lo durante a permanecircncia

no ambiente hospitalar ressaltando assim sua importacircncia Esse fato se reforccedila visto que a

crianccedila encontra nos familiares a forccedila e seguranccedila necessaacuteria para encarar todo esse processo

doloroso e desconhecido (MURAKAMI e CAMPOS 2011 p255)

O acompanhante aleacutem de minimizar o sofrimento do paciente pediaacutetrico faz com que

o mesmo sinta-se mais a vontade Eacute importante ressaltar que o familiarresponsaacutevel natildeo soacute

pode como deve participar das atividades da crianccedila no hospital desde que estas natildeo sejam

competecircncias dos profissionais que os cercam Essas atividades satildeo caracterizadas como

semelhantes aos que eles realizam diariamente fora do ambiente hospitalar como o banho

Poreacutem no caso de um paciente com punccedilatildeo venosa perifeacuterica o profissional de enfermagem

deve auxiliar no cuidado para que essa natildeo se perca

Os cuidados dos familiaresacompanhantes satildeo os mesmos que os desenvolvidos no

domiciacutelio e os cuidados prestados pela equipe de enfermagem satildeo aqueles que demandam

conhecimento teacutecnico-cientiacutefico especializado (SOUZA e OLIVEIRA 2010 p558)

Mesmo alguns cuidados parecerem simples e rotineiros quando eacute prestado no

hospital assumem novas caracteriacutesticas com o uso de dispositivos tecnoloacutegicos os quais se

tornam complexos (PIMENTA E COLLET 2009)

O ato de cuidar envolve o respeito agrave maneira como vive cada indiviacuteduo de acordo

com suas crenccedilas valores costumes e cultura A famiacutelia como uma instituiccedilatildeo atende agraves

necessidades bioloacutegicas de seus membros sendo sua responsabilidade cuidar e criar os filhos

incluindo a obrigaccedilatildeo da alimentaccedilatildeo higiene vestuaacuterio e moradia (ELSEN22

Nas entrevistas podemos verificar falas em que o acompanhante eacute citado como

responsaacutevel por avaliar a punccedilatildeo venosa A equipe de enfermagem deve sempre partir do

pressuposto que o familiar acompanhante natildeo tem conhecimento cientiacutefico e certo tipo de

cuidado natildeo deve se delegado para o mesmo mostrando assim a importacircncia da orientaccedilatildeo do

acompanhante quanto aos procedimentos dispositivos utilizados e cuidados em que os

etal 1994

apud SOUZA e OLIVEIRA 2010 p 553)

22 Elsen I Patriacutecio ZM Assistecircncia agrave crianccedila hospitalizada tipos de abordagens e suas implicaccedilotildees para a enfermagem In A enfermagem em pediatria e puericultura Rio de Janeiro (RJ) Atheneu 2005

34

mesmos possam auxiliar Seguem abaixo as falas onde os profissionais ressaltaram a

importacircncia da orientaccedilatildeo do acompanhante

ldquoNem sempre a crianccedila vai entender o porque de estar com aquele acesso entatildeo tem que ter uma orientaccedilatildeo do acompanhanterdquo (Bela)

ldquoTem que haver orientaccedilatildeo do acompanhante para os cuidadosrdquo (Ariel)

ldquoAgraves vezes tem ate o exemplo de um pai que natildeo deixa trocar o acesso jaacute tinha mais de uma semana e ele natildeo queria que trocasse ai faz febre e natildeo sabe da onderdquo (Alice)

Para Souza e Oliveira (2010 p555) deve haver uma preocupaccedilatildeo em orientar

considerando que o outro natildeo tem nenhum tipo de conhecimento sobre o assunto Poreacutem

Queiroz e Jorge23

Apesar das dificuldades o profissional de enfermagem deve estabelecer um viacutenculo de

confianccedila com o acompanhante buscando sempre deixaacute-los ciente das situaccedilotildees e fazendo-os

participar dos cuidados plausiacuteveis sem causar nenhum dano agrave crianccedila e de maneira alguma

abandonar suas atribuiccedilotildees

(2004 apud SOUZA e OLIVEIRA 2010 p 556) ressaltam que apesar de os

profissionais terem intenccedilatildeo de orientar os cuidados para a sauacutede repassam conhecimentos

elaborados cientificamente dificultando a compreensatildeo do familiar aleacutem de a relaccedilatildeo se dar

de maneira vertical assimeacutetrica e coercitiva

23 Queiroz MVO Jorge MSB Accedilotildees educativas no cuidado infantil e intervenccedilotildees dos profissionais junto agraves famiacutelias Acta Scientiarum Maringaacute 2004 janjun 26(1) 27-34

35

CONCLUSAtildeO

Atraveacutes desse estudo foi possiacutevel descrever e analisar os cuidados que os profissionais

de enfermagem realizam acerca da permanecircncia do acesso venoso perifeacuterico Aleacutem disso a

realizaccedilatildeo da pesquisa permitiu identificar a desarticulaccedilatildeo do processo de enfermagem e a

praacutetica desconectada da produccedilatildeo cientiacutefica caracterizando a falta de uma educaccedilatildeo

continuada efetiva

A anaacutelise dos dados demonstra o processo de punccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico

ressaltando a importacircncia de cuidados como a seleccedilatildeo do local a diluiccedilatildeo da medicaccedilatildeo a

realizaccedilatildeo de uma boa fixaccedilatildeo a atenccedilatildeo com a velocidade de infusatildeo os cuidados com os

sinais de infecccedilatildeo e salinizaccedilatildeo do acesso natildeo deixando de salientar cuidados em desuso

como o uso da heparina da tala e duvidas em relaccedilatildeo ao tempo de permanecircncia Evidenciou

tambeacutem que a equipe de enfermagem delega alguns cuidados para os acompanhantes

Natildeo foi possiacutevel perceber o niacutevel de conhecimento cientiacutefico dos profissionais visto

que eles em nenhum momento por natildeo saberem ou por medo de se expor natildeo explicaram de

fato nenhum cuidado que disseram realizar Sempre citaram de forma superficial e direta

deixando claro tambeacutem que o pesquisador natildeo os indagou quanto a isso Poreacutem creio que

diante de cuidados tatildeo importantes e de frequente praacutetica os mesmos falariam facilmente

sobre os cuidados de enfermagem na permanecircncia do acesso venoso perifeacuterico

Apesar dos entrevistados citarem alguns fatores e cuidados realizados de forma

correta eacute visiacutevel que os mesmos realizam os cuidados com a punccedilatildeo e a permanencia do

acesso de forma automaacutetica sem unir a praacutetica com o fundamento do mesmo

Eacute importante destacar tambeacutem a importacircncia do preparo emocional da crianccedila como

tambeacutem os cuidados com a famiacutelia dos mesmos O trabalho de humanizaccedilatildeo realizado pela

36

enfermagem faz grande diferenccedila nessas situaccedilotildees visto que os pacientes e acompanhantes

tendo conhecimento do que seraacute realizado ficariam mais tranquilos

O estudo contribuiu para o campo do ensino nesta aacuterea dando destaque ao importante

papel que o profissional de enfermagem deve desempenhar no cuidado e na manutenccedilatildeo do

acesso venoso perifeacuterico Contudo vale ressaltar a importacircncia do incentivo ao profissional a

buscar na literatura natildeo soacute esclarecimento de suas duvidas mas tambeacutem novos

conhecimentos

Pode colaborar ainda para a realizaccedilatildeo de novas pesquisas na aacuterea procurando

eliminar duacutevidas e controveacutersias sobre o tema Buscando assim a realizaccedilatildeo de um cuidado de

enfermagem articulado e eficaz promovendo o bem-estar do paciente pediaacutetrico durante a

hospitalizaccedilatildeo

37

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44

APEcircNDICE I

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO Tiacutetulo Do Projeto Os cuidados de enfermagem acerca dos acessos venosos perifeacutericos na unidade pediaacutetrica Pesquisador Responsaacutevel Rosane Cordeiro Burla de Aguiar Eny Dorea Paiva e Karina Rodrigues Fernandes Instituiccedilatildeo a que Pertence o Pesquisador Responsaacutevel Universidade Federal Fluminense Telefone para contato (21) 98355269 (21) 82392939 (21) 91786609 Nome do voluntaacuterio _________________________________________________________ Idade ________ anos RG ____________________________

AO Sr (a) estaacute sendo convidado (a) a participar do projeto de pesquisa OS CUIDADOS DE

ENFERMAGEM ACERCA DOS ACESSOS VENOSOS PERIFEacuteRICOS NA UNIDADE PEDIATRICA de

responsabilidade da pesquisadora Profordf Drordf Rosane Cordeiro Burla de Aguiar e Profordf Drordf Eny Dorea Paiva A

punccedilatildeo venosa perifeacuterica eacute um procedimento essencial durante a hospitalizaccedilatildeo da crianccedila visto que eacute atraveacutes

dela que eacute administrada grande parte das medicaccedilotildees Este estudo se justifica diante da importacircncia da

necessidade de um maior periacuteodo de permanecircncia dos acessos venosos perifeacutericos Com isso aleacutem da

diminuiccedilatildeo de eventos que causam dor e irritaccedilatildeo na crianccedila e na famiacutelia promoveraacute tambeacutem uma melhor estada

dos mesmos durante o periacuteodo de hospitalizaccedilatildeo Os objetivos da pesquisa satildeo 1) Descrever os fatores que

interferem na manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico de acordo com a equipe de enfermagem 2)Analisar os

cuidados da equipe de enfermagem na manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico A coleta de dados se daraacute

atraveacutes de entrevistas semi estruturadas que seratildeo gravadas As informaccedilotildees colhidas seratildeo tratadas de forma

anocircnima e confidencial ou seja em nenhum momento seratildeo divulgados o seu nome e somente os

pesquisadores teratildeo acesso agraves informaccedilotildees Os dados obtidos com a pesquisa poderatildeo ser publicados apenas com

fins cientiacuteficos Eles natildeo seratildeo utilizados para fins comerciais ou para outra finalidade qualquer Caso necessite

poderatildeo ser marcados encontros para respostas ou esclarecimentos de qualquer duacutevida acerca da pesquisa A sua

participaccedilatildeo eacute voluntaria e eacute importante lembrar que vocecirc poderaacute desistir de participar da pesquisa em qualquer

momento A entrevista seraacute marcada em um dia e horaacuterio que vocecirc achar melhor Seraacute realizada

individualmente em um ambiente que nos ofereccedila privacidade Esta pesquisa natildeo oferece riscos para vocecirc e os

benefiacutecios da sua participaccedilatildeo satildeo de aumentar o conhecimento cientiacutefico na aacuterea de Enfermagem Pediaacutetrica

aleacutem de contribuir para a praacutetica profissional Este documento seraacute elaborado em duas vias uma para vocecirc e a

outra seraacute arquivada pelo pesquisador

Eu_____________________________________________________________ RG no _____________________________ Declaro que apoacutes ter entendido o que me foi explicado consinto voluntariamente em participar do presente Protocolo de Pesquisa entendo ainda que posso retirar o meu consentimento a qualquer momento antes ou durante a realizaccedilatildeo do mesmo declaro ter sido informada(o) e concordo em participar como voluntaacuteria(o) da pesquisa acima descrita Rio de Janeiro_______de_______________de 20___ _____________________________ ________________________________

(Participante) Karina Rodrigues Fernandes (Responsaacutevel por obter o consentimento)

______________________________________ _______________________________________ (Testemunha) (Testemunha)

45

APEcircNDICE II

ROTEIRO PARA ENTREVISTA

1) O que vocecirc acha que pode levar a perda do acesso perifeacuterico

2) Para vocecirc o que eacute importante para manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico nas

crianccedilas

3) O que vocecirc acha que pode interferir na sua manutenccedilatildeo

4) Que medidas vocecirc adota no seu dia a dia para manter o acesso

5) Na sua vivencia profissional o que vocecirc discorda dos cuidados que geralmente satildeo

utilizados para manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico

46

ANEXO

47

48

  • KARINA RODRIGUES FERNANDES
    • COA Thatiana Fernanda PETTENGILL Myriam Aparecida Mandetta Autonomia da crianccedila hospitalizada frente aos procedimentos crenccedilas da enfermeira pediatra Acta paul enferm 19(4) 433-438 out-dez 2006 Disponiacutevel em lt wwwscielobrscielophpscr
    • JANSEN Michele Ferraz SANTOS Rosane Maria dos FAVERO Luciane Benefiacutecios da utilizaccedilatildeo do brinquedo durante o cuidado de enfermagem prestado agrave crianccedila hospitalizada Rev Gaucha Enferm 31(2) 247-253 jun 2010 Disponiacutevel em lt httpwwwscielo
    • MAGNABOSCO Gisele TONELLI Ana Lucia Nascimento Fonseca SOUZA Sarah Nancy Deggau Hegeto de Abordagens no cuidado de enfermagem agrave crianccedila hospitalizada submetida a procedimentos uma revisatildeo de literatura Cogitare enferm 13(1) 103-108 jan-mar
    • MARTINS Maria do Rosaacuterio RIBEIRO Circeacutea Amalia BORBA Regina Issuzu Hirooka de and SILVA Conceiccedilatildeo Vieira daProtocolo de preparo da crianccedila preacute-escolar para punccedilatildeo venosa com utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico Rev Latino-Am Enfermagem [on
    • OLIVEIRA Maria Ivoneide Veriacutessimo de BEZERRA Maria Gorette Andrade PEREIRA Vanessa Ramos Cateterizaccedilatildeo venosa assistecircncia de enfermagem-UTI pediaacutetrica Rev da Rede de Enfermagem do Nordeste AbrJun de 2008 Disponiacutevel em lt httpwwwrevistar
    • PETERLINI Maria Angeacutelica Sorgini CHAUD Massae Noda and PEDREIRA Mavilde da L GOacuterfatildeos de terapia medicamentosa a administraccedilatildeo de medicamentos por via intravenosa em crianccedilas hospitalizadasRev Latino-Am Enfermagem [online] 2003 vol11 n
    • PETERLINI Maria Angeacutelica Sorgini CHAUD Massae Noda PEDREIRA Mavilde L G Incompatibilidade entre faacutermacos e materiais de cateteres e acessoacuterios da terapia intravenosa Online braz j nurs (Online) 5(3)2006 Disponiacutevel em lt httpwwwobjnursi
    • PIMENTA Erika Acioli Gomes COLLET Neusa Dimensatildeo cuidadora da enfermagem e da famiacutelia na assistecircncia agrave crianccedila hospitalizada concepccedilotildees da enfermagem Rev esc enferm USP [online] 2009 vol43 n3 pp 622-629 Disponiacutevel em lt httpwwwscie
    • THOMAZINE Angeacutelica Malman PASSOS Rocircmulo Silva BAY JUacuteNIOR Osvaldo Goacutees COLLET Neusa OLIVEIRA Beatriz Rosana Gonccedilalves de Assistecircncia de enfermagem agrave crianccedila hospitalizada um resgate histoacuterico Ciˆnc cuid sapoundde 7(supl1) 145-152 maio 200
      • F 363 Fernandes Karina Rodrigues
      • Os cuidados de enfermagem acerca dos acessos venosos perifeacutericos na unidade pediaacutetrica Karina Rodrigues Fernandes ndash Niteroacutei [sn] 2014
        • CDD 61073
Page 31: UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE ESCOLA DE …app.uff.br/riuff/bitstream/1/3317/1/TCC Karina Rodrigues Fernandes.pdf · A punção venosa periférica é um procedimento essencial para

29

ldquoHoje eu natildeo sei como que eacute essa questatildeo do tempo porque a gente trocava o acesso a cada quatro dias agora o pessoal jaacute diz que pode trocar em ateacute uma semana entatildeo natildeo sei como que ta isso e o que tem escrito em relaccedilatildeo a isso (Aurora)

Sabe-se que o tempo para troca do cateter de teflon ou poliuretano varia de 72 a 96

horas com o intuito de reduzir risco de infecccedilatildeo e flebite e para minimizar esses riscos nas

seguintes situaccedilotildees diante de sinais inflamatoacuterios no local de inserccedilatildeo e sempre que houver

mau funcionamento do cateter (SANTOS17

Entretanto o Center for Disease Control and Prevention - CDC (2002) diz que em

pacientes pediaacutetricos natildeo foi observada relaccedilatildeo quanto ao tempo de permanecircncia do cateter e

ocorrecircncia de complicaccedilotildees devendo ser mantido ateacute o teacutermino da terapia intravenosa ou

quando forem observados sinais cliacutenicos de complicaccedilotildees

2004 apud OLIVEIRA BEZERRA e PEREIRA

2008 p 93)

Eacute possiacutevel observar a diferenccedila do conhecimento pratico dos profissionais

entrevistados em relaccedilatildeo ao conhecimento encontrado na literatura E ainda contendo duacutevidas

natildeo haacute uma busca da parte dos mesmos para esclarececirc-las

O uso da heparina com a finalidade de manter o acesso peacutervio por um periacuteodo maior

de tempo mostra-se com mais certeza quanto ao desuso nos dados colidos

ldquoAntigamente a gente usava heparina entatildeo a gente ficava tranquila em relaccedilatildeo agrave obstruccedilatildeo mas agora natildeo a gente usa o soro fisioloacutegico e a gente deixa salinizadordquo (Aurora)

Rang e Dale 18(1998 apud DOPICO e OLIVEIRA 2006) afirmam que a heparina

inibe a formaccedilatildeo de coaacutegulos de fibrina in vitro e in vivo e que seu efeito anticoagulante eacute

praticamente imediato Com isso Phillips19

17 Santos W Lavagem das matildeos In R Luiz Santos W Manual baacutesico de prevenccedilatildeo e controle das infecccedilotildees hospitalares do HRU Fortaleza Hospital Regional Unimed 2004

(2001 apud DOPICO e OLIVEIRA 2006)

ressalta que a teacutecnica de manutenccedilatildeo intermitente de cateteres intravenosos com soluccedilatildeo

salina 09 classificada como salinizaccedilatildeo tem sido pesquisada haacute alguns anos apresentando

em relaccedilatildeo ao uso da heparina vantagens como o baixo custo ser um procedimento mais

18 Rang HP Dale M M Hemostasia e Trombose In Rang HP Dale M M Farmacologia Rio de Janeiro Guanabara Koogan 1998 p235-47 19 PHILLIPS L D Manual de terapia intravenosa 2ed Porto Alegre Artmed 2001

30

simples aleacutem de eliminar a possibilidade de incompatibilidade com as drogas e soluccedilotildees

administradas aleacutem da inexistecircncia de riscos ao paciente Entretanto sabe-se que a literatura

ainda natildeo fornece consenso acerca da soluccedilatildeo mais indicada para manutenccedilatildeo da

permeabilidade do cateter venoso perifeacuterico

Eacute importante ressaltar que muitas instituiccedilotildees do nosso paiacutes nem ao menos tecircm o

conhecimento da praacutetica da salinizaccedilatildeo com soluccedilatildeo salina 09 No que se refere agrave pesquisa

cientiacutefica as limitaccedilotildees desta praacutetica satildeo atribuiacutedas agrave ausecircncia de um maior nuacutemero de

estudos controlados para validar sua eficaacutecia (EPPERSON20

Apesar de natildeo ser encontradas publicaccedilotildees acerca do tema a utilizaccedilatildeo de heparina

mostra-se como uma pratica natildeo mais utilizada pelos profissionais de enfermagem Outro

tema onde haacute controveacutersias e tambeacutem poucas citaccedilotildees eacute o uso da tala para fixaccedilatildeo do acesso

venoso perifeacuterico Seguem abaixo a opiniatildeo de alguns dos profissionais entrevistados

1984 apud DOPICO e

OLIVEIRA 2006)

ldquoA uacutenica coisa que eu natildeo gosto de ver eacute quando se coloca tala para imobilizar dizendo que a tala vai ajudar a natildeo perder a veia Isso eu natildeo concordo acho que a tala prejudica a crianccedila fica incomodada faz dor no membrordquo (Cinderela)

ldquoAntigamente a gente usava muito tala e as vezes eu pego isso aqui ai eu falo gente tala natildeo se usa mais natildeo faz parte mais da fixaccedilatildeo vocecirc pode fixar de uma forma que a crianccedila natildeo perca A tala eu acho que ela traumatiza um pouco ainda mais se vocecirc pegar um acesso na dobra vocecirc vai fazer com que a crianccedila fique com o braccedilo esticado muito tempo eu acho que pode causar uma lesatildeo depois e a literatura jaacute fala que eacute desnecessaacuteria natildeo precisa maisrdquo (Aurora) ldquoAntigamente usavam tala mas hoje em dia quase natildeo se vecirc mais e eu acho que a tala atrapalha porque a crianccedila fica imobilizada no membro ai fica mais irritadardquo (Rapunzel) ldquoLaacute no meu outro trabalho alguns usam a tala Eu acho que a tala ajuda ateacute a perder mais raacutepido porque a crianccedila fica incomodada vai querer mexer naquilordquo (Mulan)

20 Epperson EL Efficacy of 09 sodium chloride injection with without heparin for maintenance indwelling intermittent injection sites Clin Pharm1984 3(5)26

31

Almeida e Sabateacutes21

Entretanto haacute estudo que comprovam que o uso da tala natildeo se mostra tatildeo eficiente e

apresenta-se como uma praacutetica controversa O estudo foi realizado em crianccedilas ateacute os 12 anos

utilizando imobilizaccedilatildeo com tala e em mais de metade dos casos (553) ocorreu infiltraccedilatildeo

o que indicia a ineficaacutecia desta praacutetica (MACHADO PEDREIRA e CHAUD 2008 apud

BATALHA et al 2010 p512)

(2008 apud BATALHA et al 2010 p512) afirmam que a teacutecnica

de fixaccedilatildeo dos CVP com uso de imobilizaccedilatildeo com tala para restriccedilatildeo ou limitaccedilatildeo dos

movimentos articulares proacuteximo do local da punccedilatildeo estaacute indicado nas matildeos punhos cotovelo

e maleacuteolo

Para Batalha et al (2010 p512) o uso desta praacutetica parece natildeo se coadunar com o

atual uso de cateteres flexiacuteveis tipo abocath em detrimento de agulhas metaacutelicas Talvez por

isso comecem a surgir novas teacutecnicas de fixaccedilatildeo dos CVP que natildeo exigem imobilizaccedilatildeo das

articulaccedilotildees com talas

Aleacutem de natildeo haver uma confirmaccedilatildeo dos benefiacutecios causados pelo uso da tala a

imobilizaccedilatildeo causa incocircmodo para a crianccedila que fica com o membro imoacutevel podendo causar

dor e tambeacutem irritaccedilatildeo O uso desse tipo de fixaccedilatildeo tambeacutem impede a visualizaccedilatildeo frequente

do acesso venoso afetando assim os cuidados de observaccedilatildeo da equipe de enfermagem

43 O acompanhante e a manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico

A presente categoria vai discutir um assunto importante que surgiu durante as

entrevistas de forma inesperada Alguns dos profissionais entrevistados citaram o descuido do

acompanhante como um fator causador da perda do acesso venoso perifeacuterico Seguem abaixo

algumas falas

ldquoA matildee sempre acompanha e tem matildee que natildeo tem cuidado natildeo vigia e a gente tem que ficar pedindo pra olhar tomar contardquo (Aurora)

ldquoEm relaccedilatildeo ao acompanhante porque a crianccedila natildeo vai avaliar entatildeo o acompanhante que estar ali tem que avaliar direitinho natildeo deixar a crianccedila mexer ou puxarrdquo (Bela)

ldquoNatildeo eacute toda matildee que esta vigiando que cuida pra que a crianccedila natildeo perca o acessordquo (Jasmine)

21 Almeida FA Sabateacutes AL Enfermagem pediaacutetrica a crianccedila o adolescente e a sua famiacutelia no hospital Satildeo Paulo(SP) Manole 2008

32

ldquoAcho que leva a perda quando o acompanhante natildeo coopera as vezes a gente faz a imobilizaccedilatildeo na crianccedila e as vezes eles ateacute retiram e a proacutepria crianccedila agitada ela mesmo arrancardquo (Branca de Neve)

ldquoAgraves vezes a proacutepria crianccedila que a matildee deixa muito solta ai solta o acessordquo (Mulan)

Apoacutes a implementaccedilatildeo da lei que garante um acompanhante ao paciente pediaacutetrico a

presenccedila do familiarresponsaacutevel durante a hospitalizaccedilatildeo mudou a rotina da equipe de

enfermagem trazendo duacutevidas quanto a real funccedilatildeo do acompanhante e fazendo com que a

mesma viesse a delegar certos cuidados para acompanhante

A Promulgaccedilatildeo da Lei 8069 do Estatuto da Crianccedila e do Adolescente (ECA) em

1990 no seu artigo 12deg garante agrave crianccedila ou ao adolescente o direito de ter um responsaacutevel

que o acompanhe durante a hospitalizaccedilatildeo (1990)

Desde a sua implantaccedilatildeo as unidades vecircm sofrendo um processo de reorganizaccedilatildeo de

suas praacuteticas A inserccedilatildeo da famiacutelia modifica a organizaccedilatildeo do processo de trabalho o que

requer dos profissionais uma compreensatildeo em relaccedilatildeo agrave dinacircmica das relaccedilotildees interpessoais

(COLLET e ROCHA 2004)

Pimenta e Collet (2009) ressaltam que natildeo haacute nenhuma regulamentaccedilatildeo sobre a

participaccedilatildeo da famiacutelia nos cuidados e no entanto a mesma desempenha atividades junto agrave

crianccedila durante a hospitalizaccedilatildeo que devem ser levadas em consideraccedilatildeo A falta de

reconhecimento desse fato fez com que a equipe de enfermagem e famiacutelia natildeo possuiacutessem

uma relaccedilatildeo aberta e vivessem uma relaccedilatildeo silenciosa e impliacutecita de poder na qual a famiacutelia

acaba assumindo as relaccedilotildees do cuidado agrave crianccedila de responsabilidade da enfermagem

A negociaccedilatildeo entre matildees e equipe de enfermagem em relaccedilatildeo aos cuidados agrave crianccedila

hospitalizada natildeo eacute uma tarefa faacutecil tendo em vista que natildeo se tem claro qual o seu novo

papel neste processo (COLLET e ROCHA 2004)

Eacute possiacutevel ver nas falas que a presenccedila do acompanhante causa para a equipe de

enfermagem a seguranccedila de ter algueacutem para ldquovigiarrdquo ldquotomar contardquo e natildeo deixar que a

crianccedila hospitalizada perca o acesso venoso quando na verdade eacute funccedilatildeo da equipe de

enfermagem cuidados referentes ao acesso venoso perifeacuterico

33

Jaacute o acompanhante eacute definido pelo Ministeacuterio da Sauacutede como uma pessoa significativa

para a crianccedila que representa sua rede social e que vai acompanhaacute-lo durante a permanecircncia

no ambiente hospitalar ressaltando assim sua importacircncia Esse fato se reforccedila visto que a

crianccedila encontra nos familiares a forccedila e seguranccedila necessaacuteria para encarar todo esse processo

doloroso e desconhecido (MURAKAMI e CAMPOS 2011 p255)

O acompanhante aleacutem de minimizar o sofrimento do paciente pediaacutetrico faz com que

o mesmo sinta-se mais a vontade Eacute importante ressaltar que o familiarresponsaacutevel natildeo soacute

pode como deve participar das atividades da crianccedila no hospital desde que estas natildeo sejam

competecircncias dos profissionais que os cercam Essas atividades satildeo caracterizadas como

semelhantes aos que eles realizam diariamente fora do ambiente hospitalar como o banho

Poreacutem no caso de um paciente com punccedilatildeo venosa perifeacuterica o profissional de enfermagem

deve auxiliar no cuidado para que essa natildeo se perca

Os cuidados dos familiaresacompanhantes satildeo os mesmos que os desenvolvidos no

domiciacutelio e os cuidados prestados pela equipe de enfermagem satildeo aqueles que demandam

conhecimento teacutecnico-cientiacutefico especializado (SOUZA e OLIVEIRA 2010 p558)

Mesmo alguns cuidados parecerem simples e rotineiros quando eacute prestado no

hospital assumem novas caracteriacutesticas com o uso de dispositivos tecnoloacutegicos os quais se

tornam complexos (PIMENTA E COLLET 2009)

O ato de cuidar envolve o respeito agrave maneira como vive cada indiviacuteduo de acordo

com suas crenccedilas valores costumes e cultura A famiacutelia como uma instituiccedilatildeo atende agraves

necessidades bioloacutegicas de seus membros sendo sua responsabilidade cuidar e criar os filhos

incluindo a obrigaccedilatildeo da alimentaccedilatildeo higiene vestuaacuterio e moradia (ELSEN22

Nas entrevistas podemos verificar falas em que o acompanhante eacute citado como

responsaacutevel por avaliar a punccedilatildeo venosa A equipe de enfermagem deve sempre partir do

pressuposto que o familiar acompanhante natildeo tem conhecimento cientiacutefico e certo tipo de

cuidado natildeo deve se delegado para o mesmo mostrando assim a importacircncia da orientaccedilatildeo do

acompanhante quanto aos procedimentos dispositivos utilizados e cuidados em que os

etal 1994

apud SOUZA e OLIVEIRA 2010 p 553)

22 Elsen I Patriacutecio ZM Assistecircncia agrave crianccedila hospitalizada tipos de abordagens e suas implicaccedilotildees para a enfermagem In A enfermagem em pediatria e puericultura Rio de Janeiro (RJ) Atheneu 2005

34

mesmos possam auxiliar Seguem abaixo as falas onde os profissionais ressaltaram a

importacircncia da orientaccedilatildeo do acompanhante

ldquoNem sempre a crianccedila vai entender o porque de estar com aquele acesso entatildeo tem que ter uma orientaccedilatildeo do acompanhanterdquo (Bela)

ldquoTem que haver orientaccedilatildeo do acompanhante para os cuidadosrdquo (Ariel)

ldquoAgraves vezes tem ate o exemplo de um pai que natildeo deixa trocar o acesso jaacute tinha mais de uma semana e ele natildeo queria que trocasse ai faz febre e natildeo sabe da onderdquo (Alice)

Para Souza e Oliveira (2010 p555) deve haver uma preocupaccedilatildeo em orientar

considerando que o outro natildeo tem nenhum tipo de conhecimento sobre o assunto Poreacutem

Queiroz e Jorge23

Apesar das dificuldades o profissional de enfermagem deve estabelecer um viacutenculo de

confianccedila com o acompanhante buscando sempre deixaacute-los ciente das situaccedilotildees e fazendo-os

participar dos cuidados plausiacuteveis sem causar nenhum dano agrave crianccedila e de maneira alguma

abandonar suas atribuiccedilotildees

(2004 apud SOUZA e OLIVEIRA 2010 p 556) ressaltam que apesar de os

profissionais terem intenccedilatildeo de orientar os cuidados para a sauacutede repassam conhecimentos

elaborados cientificamente dificultando a compreensatildeo do familiar aleacutem de a relaccedilatildeo se dar

de maneira vertical assimeacutetrica e coercitiva

23 Queiroz MVO Jorge MSB Accedilotildees educativas no cuidado infantil e intervenccedilotildees dos profissionais junto agraves famiacutelias Acta Scientiarum Maringaacute 2004 janjun 26(1) 27-34

35

CONCLUSAtildeO

Atraveacutes desse estudo foi possiacutevel descrever e analisar os cuidados que os profissionais

de enfermagem realizam acerca da permanecircncia do acesso venoso perifeacuterico Aleacutem disso a

realizaccedilatildeo da pesquisa permitiu identificar a desarticulaccedilatildeo do processo de enfermagem e a

praacutetica desconectada da produccedilatildeo cientiacutefica caracterizando a falta de uma educaccedilatildeo

continuada efetiva

A anaacutelise dos dados demonstra o processo de punccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico

ressaltando a importacircncia de cuidados como a seleccedilatildeo do local a diluiccedilatildeo da medicaccedilatildeo a

realizaccedilatildeo de uma boa fixaccedilatildeo a atenccedilatildeo com a velocidade de infusatildeo os cuidados com os

sinais de infecccedilatildeo e salinizaccedilatildeo do acesso natildeo deixando de salientar cuidados em desuso

como o uso da heparina da tala e duvidas em relaccedilatildeo ao tempo de permanecircncia Evidenciou

tambeacutem que a equipe de enfermagem delega alguns cuidados para os acompanhantes

Natildeo foi possiacutevel perceber o niacutevel de conhecimento cientiacutefico dos profissionais visto

que eles em nenhum momento por natildeo saberem ou por medo de se expor natildeo explicaram de

fato nenhum cuidado que disseram realizar Sempre citaram de forma superficial e direta

deixando claro tambeacutem que o pesquisador natildeo os indagou quanto a isso Poreacutem creio que

diante de cuidados tatildeo importantes e de frequente praacutetica os mesmos falariam facilmente

sobre os cuidados de enfermagem na permanecircncia do acesso venoso perifeacuterico

Apesar dos entrevistados citarem alguns fatores e cuidados realizados de forma

correta eacute visiacutevel que os mesmos realizam os cuidados com a punccedilatildeo e a permanencia do

acesso de forma automaacutetica sem unir a praacutetica com o fundamento do mesmo

Eacute importante destacar tambeacutem a importacircncia do preparo emocional da crianccedila como

tambeacutem os cuidados com a famiacutelia dos mesmos O trabalho de humanizaccedilatildeo realizado pela

36

enfermagem faz grande diferenccedila nessas situaccedilotildees visto que os pacientes e acompanhantes

tendo conhecimento do que seraacute realizado ficariam mais tranquilos

O estudo contribuiu para o campo do ensino nesta aacuterea dando destaque ao importante

papel que o profissional de enfermagem deve desempenhar no cuidado e na manutenccedilatildeo do

acesso venoso perifeacuterico Contudo vale ressaltar a importacircncia do incentivo ao profissional a

buscar na literatura natildeo soacute esclarecimento de suas duvidas mas tambeacutem novos

conhecimentos

Pode colaborar ainda para a realizaccedilatildeo de novas pesquisas na aacuterea procurando

eliminar duacutevidas e controveacutersias sobre o tema Buscando assim a realizaccedilatildeo de um cuidado de

enfermagem articulado e eficaz promovendo o bem-estar do paciente pediaacutetrico durante a

hospitalizaccedilatildeo

37

REFEREcircNCIAS

ARAUacuteJO Ana Paula Monteiro Baptista de Andrade As praacuteticas de cuidado agrave crianccedila com

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44

APEcircNDICE I

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO Tiacutetulo Do Projeto Os cuidados de enfermagem acerca dos acessos venosos perifeacutericos na unidade pediaacutetrica Pesquisador Responsaacutevel Rosane Cordeiro Burla de Aguiar Eny Dorea Paiva e Karina Rodrigues Fernandes Instituiccedilatildeo a que Pertence o Pesquisador Responsaacutevel Universidade Federal Fluminense Telefone para contato (21) 98355269 (21) 82392939 (21) 91786609 Nome do voluntaacuterio _________________________________________________________ Idade ________ anos RG ____________________________

AO Sr (a) estaacute sendo convidado (a) a participar do projeto de pesquisa OS CUIDADOS DE

ENFERMAGEM ACERCA DOS ACESSOS VENOSOS PERIFEacuteRICOS NA UNIDADE PEDIATRICA de

responsabilidade da pesquisadora Profordf Drordf Rosane Cordeiro Burla de Aguiar e Profordf Drordf Eny Dorea Paiva A

punccedilatildeo venosa perifeacuterica eacute um procedimento essencial durante a hospitalizaccedilatildeo da crianccedila visto que eacute atraveacutes

dela que eacute administrada grande parte das medicaccedilotildees Este estudo se justifica diante da importacircncia da

necessidade de um maior periacuteodo de permanecircncia dos acessos venosos perifeacutericos Com isso aleacutem da

diminuiccedilatildeo de eventos que causam dor e irritaccedilatildeo na crianccedila e na famiacutelia promoveraacute tambeacutem uma melhor estada

dos mesmos durante o periacuteodo de hospitalizaccedilatildeo Os objetivos da pesquisa satildeo 1) Descrever os fatores que

interferem na manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico de acordo com a equipe de enfermagem 2)Analisar os

cuidados da equipe de enfermagem na manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico A coleta de dados se daraacute

atraveacutes de entrevistas semi estruturadas que seratildeo gravadas As informaccedilotildees colhidas seratildeo tratadas de forma

anocircnima e confidencial ou seja em nenhum momento seratildeo divulgados o seu nome e somente os

pesquisadores teratildeo acesso agraves informaccedilotildees Os dados obtidos com a pesquisa poderatildeo ser publicados apenas com

fins cientiacuteficos Eles natildeo seratildeo utilizados para fins comerciais ou para outra finalidade qualquer Caso necessite

poderatildeo ser marcados encontros para respostas ou esclarecimentos de qualquer duacutevida acerca da pesquisa A sua

participaccedilatildeo eacute voluntaria e eacute importante lembrar que vocecirc poderaacute desistir de participar da pesquisa em qualquer

momento A entrevista seraacute marcada em um dia e horaacuterio que vocecirc achar melhor Seraacute realizada

individualmente em um ambiente que nos ofereccedila privacidade Esta pesquisa natildeo oferece riscos para vocecirc e os

benefiacutecios da sua participaccedilatildeo satildeo de aumentar o conhecimento cientiacutefico na aacuterea de Enfermagem Pediaacutetrica

aleacutem de contribuir para a praacutetica profissional Este documento seraacute elaborado em duas vias uma para vocecirc e a

outra seraacute arquivada pelo pesquisador

Eu_____________________________________________________________ RG no _____________________________ Declaro que apoacutes ter entendido o que me foi explicado consinto voluntariamente em participar do presente Protocolo de Pesquisa entendo ainda que posso retirar o meu consentimento a qualquer momento antes ou durante a realizaccedilatildeo do mesmo declaro ter sido informada(o) e concordo em participar como voluntaacuteria(o) da pesquisa acima descrita Rio de Janeiro_______de_______________de 20___ _____________________________ ________________________________

(Participante) Karina Rodrigues Fernandes (Responsaacutevel por obter o consentimento)

______________________________________ _______________________________________ (Testemunha) (Testemunha)

45

APEcircNDICE II

ROTEIRO PARA ENTREVISTA

1) O que vocecirc acha que pode levar a perda do acesso perifeacuterico

2) Para vocecirc o que eacute importante para manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico nas

crianccedilas

3) O que vocecirc acha que pode interferir na sua manutenccedilatildeo

4) Que medidas vocecirc adota no seu dia a dia para manter o acesso

5) Na sua vivencia profissional o que vocecirc discorda dos cuidados que geralmente satildeo

utilizados para manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico

46

ANEXO

47

48

  • KARINA RODRIGUES FERNANDES
    • COA Thatiana Fernanda PETTENGILL Myriam Aparecida Mandetta Autonomia da crianccedila hospitalizada frente aos procedimentos crenccedilas da enfermeira pediatra Acta paul enferm 19(4) 433-438 out-dez 2006 Disponiacutevel em lt wwwscielobrscielophpscr
    • JANSEN Michele Ferraz SANTOS Rosane Maria dos FAVERO Luciane Benefiacutecios da utilizaccedilatildeo do brinquedo durante o cuidado de enfermagem prestado agrave crianccedila hospitalizada Rev Gaucha Enferm 31(2) 247-253 jun 2010 Disponiacutevel em lt httpwwwscielo
    • MAGNABOSCO Gisele TONELLI Ana Lucia Nascimento Fonseca SOUZA Sarah Nancy Deggau Hegeto de Abordagens no cuidado de enfermagem agrave crianccedila hospitalizada submetida a procedimentos uma revisatildeo de literatura Cogitare enferm 13(1) 103-108 jan-mar
    • MARTINS Maria do Rosaacuterio RIBEIRO Circeacutea Amalia BORBA Regina Issuzu Hirooka de and SILVA Conceiccedilatildeo Vieira daProtocolo de preparo da crianccedila preacute-escolar para punccedilatildeo venosa com utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico Rev Latino-Am Enfermagem [on
    • OLIVEIRA Maria Ivoneide Veriacutessimo de BEZERRA Maria Gorette Andrade PEREIRA Vanessa Ramos Cateterizaccedilatildeo venosa assistecircncia de enfermagem-UTI pediaacutetrica Rev da Rede de Enfermagem do Nordeste AbrJun de 2008 Disponiacutevel em lt httpwwwrevistar
    • PETERLINI Maria Angeacutelica Sorgini CHAUD Massae Noda and PEDREIRA Mavilde da L GOacuterfatildeos de terapia medicamentosa a administraccedilatildeo de medicamentos por via intravenosa em crianccedilas hospitalizadasRev Latino-Am Enfermagem [online] 2003 vol11 n
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    • PIMENTA Erika Acioli Gomes COLLET Neusa Dimensatildeo cuidadora da enfermagem e da famiacutelia na assistecircncia agrave crianccedila hospitalizada concepccedilotildees da enfermagem Rev esc enferm USP [online] 2009 vol43 n3 pp 622-629 Disponiacutevel em lt httpwwwscie
    • THOMAZINE Angeacutelica Malman PASSOS Rocircmulo Silva BAY JUacuteNIOR Osvaldo Goacutees COLLET Neusa OLIVEIRA Beatriz Rosana Gonccedilalves de Assistecircncia de enfermagem agrave crianccedila hospitalizada um resgate histoacuterico Ciˆnc cuid sapoundde 7(supl1) 145-152 maio 200
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        • CDD 61073
Page 32: UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE ESCOLA DE …app.uff.br/riuff/bitstream/1/3317/1/TCC Karina Rodrigues Fernandes.pdf · A punção venosa periférica é um procedimento essencial para

30

simples aleacutem de eliminar a possibilidade de incompatibilidade com as drogas e soluccedilotildees

administradas aleacutem da inexistecircncia de riscos ao paciente Entretanto sabe-se que a literatura

ainda natildeo fornece consenso acerca da soluccedilatildeo mais indicada para manutenccedilatildeo da

permeabilidade do cateter venoso perifeacuterico

Eacute importante ressaltar que muitas instituiccedilotildees do nosso paiacutes nem ao menos tecircm o

conhecimento da praacutetica da salinizaccedilatildeo com soluccedilatildeo salina 09 No que se refere agrave pesquisa

cientiacutefica as limitaccedilotildees desta praacutetica satildeo atribuiacutedas agrave ausecircncia de um maior nuacutemero de

estudos controlados para validar sua eficaacutecia (EPPERSON20

Apesar de natildeo ser encontradas publicaccedilotildees acerca do tema a utilizaccedilatildeo de heparina

mostra-se como uma pratica natildeo mais utilizada pelos profissionais de enfermagem Outro

tema onde haacute controveacutersias e tambeacutem poucas citaccedilotildees eacute o uso da tala para fixaccedilatildeo do acesso

venoso perifeacuterico Seguem abaixo a opiniatildeo de alguns dos profissionais entrevistados

1984 apud DOPICO e

OLIVEIRA 2006)

ldquoA uacutenica coisa que eu natildeo gosto de ver eacute quando se coloca tala para imobilizar dizendo que a tala vai ajudar a natildeo perder a veia Isso eu natildeo concordo acho que a tala prejudica a crianccedila fica incomodada faz dor no membrordquo (Cinderela)

ldquoAntigamente a gente usava muito tala e as vezes eu pego isso aqui ai eu falo gente tala natildeo se usa mais natildeo faz parte mais da fixaccedilatildeo vocecirc pode fixar de uma forma que a crianccedila natildeo perca A tala eu acho que ela traumatiza um pouco ainda mais se vocecirc pegar um acesso na dobra vocecirc vai fazer com que a crianccedila fique com o braccedilo esticado muito tempo eu acho que pode causar uma lesatildeo depois e a literatura jaacute fala que eacute desnecessaacuteria natildeo precisa maisrdquo (Aurora) ldquoAntigamente usavam tala mas hoje em dia quase natildeo se vecirc mais e eu acho que a tala atrapalha porque a crianccedila fica imobilizada no membro ai fica mais irritadardquo (Rapunzel) ldquoLaacute no meu outro trabalho alguns usam a tala Eu acho que a tala ajuda ateacute a perder mais raacutepido porque a crianccedila fica incomodada vai querer mexer naquilordquo (Mulan)

20 Epperson EL Efficacy of 09 sodium chloride injection with without heparin for maintenance indwelling intermittent injection sites Clin Pharm1984 3(5)26

31

Almeida e Sabateacutes21

Entretanto haacute estudo que comprovam que o uso da tala natildeo se mostra tatildeo eficiente e

apresenta-se como uma praacutetica controversa O estudo foi realizado em crianccedilas ateacute os 12 anos

utilizando imobilizaccedilatildeo com tala e em mais de metade dos casos (553) ocorreu infiltraccedilatildeo

o que indicia a ineficaacutecia desta praacutetica (MACHADO PEDREIRA e CHAUD 2008 apud

BATALHA et al 2010 p512)

(2008 apud BATALHA et al 2010 p512) afirmam que a teacutecnica

de fixaccedilatildeo dos CVP com uso de imobilizaccedilatildeo com tala para restriccedilatildeo ou limitaccedilatildeo dos

movimentos articulares proacuteximo do local da punccedilatildeo estaacute indicado nas matildeos punhos cotovelo

e maleacuteolo

Para Batalha et al (2010 p512) o uso desta praacutetica parece natildeo se coadunar com o

atual uso de cateteres flexiacuteveis tipo abocath em detrimento de agulhas metaacutelicas Talvez por

isso comecem a surgir novas teacutecnicas de fixaccedilatildeo dos CVP que natildeo exigem imobilizaccedilatildeo das

articulaccedilotildees com talas

Aleacutem de natildeo haver uma confirmaccedilatildeo dos benefiacutecios causados pelo uso da tala a

imobilizaccedilatildeo causa incocircmodo para a crianccedila que fica com o membro imoacutevel podendo causar

dor e tambeacutem irritaccedilatildeo O uso desse tipo de fixaccedilatildeo tambeacutem impede a visualizaccedilatildeo frequente

do acesso venoso afetando assim os cuidados de observaccedilatildeo da equipe de enfermagem

43 O acompanhante e a manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico

A presente categoria vai discutir um assunto importante que surgiu durante as

entrevistas de forma inesperada Alguns dos profissionais entrevistados citaram o descuido do

acompanhante como um fator causador da perda do acesso venoso perifeacuterico Seguem abaixo

algumas falas

ldquoA matildee sempre acompanha e tem matildee que natildeo tem cuidado natildeo vigia e a gente tem que ficar pedindo pra olhar tomar contardquo (Aurora)

ldquoEm relaccedilatildeo ao acompanhante porque a crianccedila natildeo vai avaliar entatildeo o acompanhante que estar ali tem que avaliar direitinho natildeo deixar a crianccedila mexer ou puxarrdquo (Bela)

ldquoNatildeo eacute toda matildee que esta vigiando que cuida pra que a crianccedila natildeo perca o acessordquo (Jasmine)

21 Almeida FA Sabateacutes AL Enfermagem pediaacutetrica a crianccedila o adolescente e a sua famiacutelia no hospital Satildeo Paulo(SP) Manole 2008

32

ldquoAcho que leva a perda quando o acompanhante natildeo coopera as vezes a gente faz a imobilizaccedilatildeo na crianccedila e as vezes eles ateacute retiram e a proacutepria crianccedila agitada ela mesmo arrancardquo (Branca de Neve)

ldquoAgraves vezes a proacutepria crianccedila que a matildee deixa muito solta ai solta o acessordquo (Mulan)

Apoacutes a implementaccedilatildeo da lei que garante um acompanhante ao paciente pediaacutetrico a

presenccedila do familiarresponsaacutevel durante a hospitalizaccedilatildeo mudou a rotina da equipe de

enfermagem trazendo duacutevidas quanto a real funccedilatildeo do acompanhante e fazendo com que a

mesma viesse a delegar certos cuidados para acompanhante

A Promulgaccedilatildeo da Lei 8069 do Estatuto da Crianccedila e do Adolescente (ECA) em

1990 no seu artigo 12deg garante agrave crianccedila ou ao adolescente o direito de ter um responsaacutevel

que o acompanhe durante a hospitalizaccedilatildeo (1990)

Desde a sua implantaccedilatildeo as unidades vecircm sofrendo um processo de reorganizaccedilatildeo de

suas praacuteticas A inserccedilatildeo da famiacutelia modifica a organizaccedilatildeo do processo de trabalho o que

requer dos profissionais uma compreensatildeo em relaccedilatildeo agrave dinacircmica das relaccedilotildees interpessoais

(COLLET e ROCHA 2004)

Pimenta e Collet (2009) ressaltam que natildeo haacute nenhuma regulamentaccedilatildeo sobre a

participaccedilatildeo da famiacutelia nos cuidados e no entanto a mesma desempenha atividades junto agrave

crianccedila durante a hospitalizaccedilatildeo que devem ser levadas em consideraccedilatildeo A falta de

reconhecimento desse fato fez com que a equipe de enfermagem e famiacutelia natildeo possuiacutessem

uma relaccedilatildeo aberta e vivessem uma relaccedilatildeo silenciosa e impliacutecita de poder na qual a famiacutelia

acaba assumindo as relaccedilotildees do cuidado agrave crianccedila de responsabilidade da enfermagem

A negociaccedilatildeo entre matildees e equipe de enfermagem em relaccedilatildeo aos cuidados agrave crianccedila

hospitalizada natildeo eacute uma tarefa faacutecil tendo em vista que natildeo se tem claro qual o seu novo

papel neste processo (COLLET e ROCHA 2004)

Eacute possiacutevel ver nas falas que a presenccedila do acompanhante causa para a equipe de

enfermagem a seguranccedila de ter algueacutem para ldquovigiarrdquo ldquotomar contardquo e natildeo deixar que a

crianccedila hospitalizada perca o acesso venoso quando na verdade eacute funccedilatildeo da equipe de

enfermagem cuidados referentes ao acesso venoso perifeacuterico

33

Jaacute o acompanhante eacute definido pelo Ministeacuterio da Sauacutede como uma pessoa significativa

para a crianccedila que representa sua rede social e que vai acompanhaacute-lo durante a permanecircncia

no ambiente hospitalar ressaltando assim sua importacircncia Esse fato se reforccedila visto que a

crianccedila encontra nos familiares a forccedila e seguranccedila necessaacuteria para encarar todo esse processo

doloroso e desconhecido (MURAKAMI e CAMPOS 2011 p255)

O acompanhante aleacutem de minimizar o sofrimento do paciente pediaacutetrico faz com que

o mesmo sinta-se mais a vontade Eacute importante ressaltar que o familiarresponsaacutevel natildeo soacute

pode como deve participar das atividades da crianccedila no hospital desde que estas natildeo sejam

competecircncias dos profissionais que os cercam Essas atividades satildeo caracterizadas como

semelhantes aos que eles realizam diariamente fora do ambiente hospitalar como o banho

Poreacutem no caso de um paciente com punccedilatildeo venosa perifeacuterica o profissional de enfermagem

deve auxiliar no cuidado para que essa natildeo se perca

Os cuidados dos familiaresacompanhantes satildeo os mesmos que os desenvolvidos no

domiciacutelio e os cuidados prestados pela equipe de enfermagem satildeo aqueles que demandam

conhecimento teacutecnico-cientiacutefico especializado (SOUZA e OLIVEIRA 2010 p558)

Mesmo alguns cuidados parecerem simples e rotineiros quando eacute prestado no

hospital assumem novas caracteriacutesticas com o uso de dispositivos tecnoloacutegicos os quais se

tornam complexos (PIMENTA E COLLET 2009)

O ato de cuidar envolve o respeito agrave maneira como vive cada indiviacuteduo de acordo

com suas crenccedilas valores costumes e cultura A famiacutelia como uma instituiccedilatildeo atende agraves

necessidades bioloacutegicas de seus membros sendo sua responsabilidade cuidar e criar os filhos

incluindo a obrigaccedilatildeo da alimentaccedilatildeo higiene vestuaacuterio e moradia (ELSEN22

Nas entrevistas podemos verificar falas em que o acompanhante eacute citado como

responsaacutevel por avaliar a punccedilatildeo venosa A equipe de enfermagem deve sempre partir do

pressuposto que o familiar acompanhante natildeo tem conhecimento cientiacutefico e certo tipo de

cuidado natildeo deve se delegado para o mesmo mostrando assim a importacircncia da orientaccedilatildeo do

acompanhante quanto aos procedimentos dispositivos utilizados e cuidados em que os

etal 1994

apud SOUZA e OLIVEIRA 2010 p 553)

22 Elsen I Patriacutecio ZM Assistecircncia agrave crianccedila hospitalizada tipos de abordagens e suas implicaccedilotildees para a enfermagem In A enfermagem em pediatria e puericultura Rio de Janeiro (RJ) Atheneu 2005

34

mesmos possam auxiliar Seguem abaixo as falas onde os profissionais ressaltaram a

importacircncia da orientaccedilatildeo do acompanhante

ldquoNem sempre a crianccedila vai entender o porque de estar com aquele acesso entatildeo tem que ter uma orientaccedilatildeo do acompanhanterdquo (Bela)

ldquoTem que haver orientaccedilatildeo do acompanhante para os cuidadosrdquo (Ariel)

ldquoAgraves vezes tem ate o exemplo de um pai que natildeo deixa trocar o acesso jaacute tinha mais de uma semana e ele natildeo queria que trocasse ai faz febre e natildeo sabe da onderdquo (Alice)

Para Souza e Oliveira (2010 p555) deve haver uma preocupaccedilatildeo em orientar

considerando que o outro natildeo tem nenhum tipo de conhecimento sobre o assunto Poreacutem

Queiroz e Jorge23

Apesar das dificuldades o profissional de enfermagem deve estabelecer um viacutenculo de

confianccedila com o acompanhante buscando sempre deixaacute-los ciente das situaccedilotildees e fazendo-os

participar dos cuidados plausiacuteveis sem causar nenhum dano agrave crianccedila e de maneira alguma

abandonar suas atribuiccedilotildees

(2004 apud SOUZA e OLIVEIRA 2010 p 556) ressaltam que apesar de os

profissionais terem intenccedilatildeo de orientar os cuidados para a sauacutede repassam conhecimentos

elaborados cientificamente dificultando a compreensatildeo do familiar aleacutem de a relaccedilatildeo se dar

de maneira vertical assimeacutetrica e coercitiva

23 Queiroz MVO Jorge MSB Accedilotildees educativas no cuidado infantil e intervenccedilotildees dos profissionais junto agraves famiacutelias Acta Scientiarum Maringaacute 2004 janjun 26(1) 27-34

35

CONCLUSAtildeO

Atraveacutes desse estudo foi possiacutevel descrever e analisar os cuidados que os profissionais

de enfermagem realizam acerca da permanecircncia do acesso venoso perifeacuterico Aleacutem disso a

realizaccedilatildeo da pesquisa permitiu identificar a desarticulaccedilatildeo do processo de enfermagem e a

praacutetica desconectada da produccedilatildeo cientiacutefica caracterizando a falta de uma educaccedilatildeo

continuada efetiva

A anaacutelise dos dados demonstra o processo de punccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico

ressaltando a importacircncia de cuidados como a seleccedilatildeo do local a diluiccedilatildeo da medicaccedilatildeo a

realizaccedilatildeo de uma boa fixaccedilatildeo a atenccedilatildeo com a velocidade de infusatildeo os cuidados com os

sinais de infecccedilatildeo e salinizaccedilatildeo do acesso natildeo deixando de salientar cuidados em desuso

como o uso da heparina da tala e duvidas em relaccedilatildeo ao tempo de permanecircncia Evidenciou

tambeacutem que a equipe de enfermagem delega alguns cuidados para os acompanhantes

Natildeo foi possiacutevel perceber o niacutevel de conhecimento cientiacutefico dos profissionais visto

que eles em nenhum momento por natildeo saberem ou por medo de se expor natildeo explicaram de

fato nenhum cuidado que disseram realizar Sempre citaram de forma superficial e direta

deixando claro tambeacutem que o pesquisador natildeo os indagou quanto a isso Poreacutem creio que

diante de cuidados tatildeo importantes e de frequente praacutetica os mesmos falariam facilmente

sobre os cuidados de enfermagem na permanecircncia do acesso venoso perifeacuterico

Apesar dos entrevistados citarem alguns fatores e cuidados realizados de forma

correta eacute visiacutevel que os mesmos realizam os cuidados com a punccedilatildeo e a permanencia do

acesso de forma automaacutetica sem unir a praacutetica com o fundamento do mesmo

Eacute importante destacar tambeacutem a importacircncia do preparo emocional da crianccedila como

tambeacutem os cuidados com a famiacutelia dos mesmos O trabalho de humanizaccedilatildeo realizado pela

36

enfermagem faz grande diferenccedila nessas situaccedilotildees visto que os pacientes e acompanhantes

tendo conhecimento do que seraacute realizado ficariam mais tranquilos

O estudo contribuiu para o campo do ensino nesta aacuterea dando destaque ao importante

papel que o profissional de enfermagem deve desempenhar no cuidado e na manutenccedilatildeo do

acesso venoso perifeacuterico Contudo vale ressaltar a importacircncia do incentivo ao profissional a

buscar na literatura natildeo soacute esclarecimento de suas duvidas mas tambeacutem novos

conhecimentos

Pode colaborar ainda para a realizaccedilatildeo de novas pesquisas na aacuterea procurando

eliminar duacutevidas e controveacutersias sobre o tema Buscando assim a realizaccedilatildeo de um cuidado de

enfermagem articulado e eficaz promovendo o bem-estar do paciente pediaacutetrico durante a

hospitalizaccedilatildeo

37

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43

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THOMAZINE Angeacutelica Malman PASSOS Rocircmulo Silva BAY JUacuteNIOR Osvaldo Goacutees

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Disponiacutevel em lt httpwwwperiodicosuembrojsindexphpCiencCuidSaudearticleview65873899 Acesso

em 01 de julho de 2013

44

APEcircNDICE I

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO Tiacutetulo Do Projeto Os cuidados de enfermagem acerca dos acessos venosos perifeacutericos na unidade pediaacutetrica Pesquisador Responsaacutevel Rosane Cordeiro Burla de Aguiar Eny Dorea Paiva e Karina Rodrigues Fernandes Instituiccedilatildeo a que Pertence o Pesquisador Responsaacutevel Universidade Federal Fluminense Telefone para contato (21) 98355269 (21) 82392939 (21) 91786609 Nome do voluntaacuterio _________________________________________________________ Idade ________ anos RG ____________________________

AO Sr (a) estaacute sendo convidado (a) a participar do projeto de pesquisa OS CUIDADOS DE

ENFERMAGEM ACERCA DOS ACESSOS VENOSOS PERIFEacuteRICOS NA UNIDADE PEDIATRICA de

responsabilidade da pesquisadora Profordf Drordf Rosane Cordeiro Burla de Aguiar e Profordf Drordf Eny Dorea Paiva A

punccedilatildeo venosa perifeacuterica eacute um procedimento essencial durante a hospitalizaccedilatildeo da crianccedila visto que eacute atraveacutes

dela que eacute administrada grande parte das medicaccedilotildees Este estudo se justifica diante da importacircncia da

necessidade de um maior periacuteodo de permanecircncia dos acessos venosos perifeacutericos Com isso aleacutem da

diminuiccedilatildeo de eventos que causam dor e irritaccedilatildeo na crianccedila e na famiacutelia promoveraacute tambeacutem uma melhor estada

dos mesmos durante o periacuteodo de hospitalizaccedilatildeo Os objetivos da pesquisa satildeo 1) Descrever os fatores que

interferem na manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico de acordo com a equipe de enfermagem 2)Analisar os

cuidados da equipe de enfermagem na manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico A coleta de dados se daraacute

atraveacutes de entrevistas semi estruturadas que seratildeo gravadas As informaccedilotildees colhidas seratildeo tratadas de forma

anocircnima e confidencial ou seja em nenhum momento seratildeo divulgados o seu nome e somente os

pesquisadores teratildeo acesso agraves informaccedilotildees Os dados obtidos com a pesquisa poderatildeo ser publicados apenas com

fins cientiacuteficos Eles natildeo seratildeo utilizados para fins comerciais ou para outra finalidade qualquer Caso necessite

poderatildeo ser marcados encontros para respostas ou esclarecimentos de qualquer duacutevida acerca da pesquisa A sua

participaccedilatildeo eacute voluntaria e eacute importante lembrar que vocecirc poderaacute desistir de participar da pesquisa em qualquer

momento A entrevista seraacute marcada em um dia e horaacuterio que vocecirc achar melhor Seraacute realizada

individualmente em um ambiente que nos ofereccedila privacidade Esta pesquisa natildeo oferece riscos para vocecirc e os

benefiacutecios da sua participaccedilatildeo satildeo de aumentar o conhecimento cientiacutefico na aacuterea de Enfermagem Pediaacutetrica

aleacutem de contribuir para a praacutetica profissional Este documento seraacute elaborado em duas vias uma para vocecirc e a

outra seraacute arquivada pelo pesquisador

Eu_____________________________________________________________ RG no _____________________________ Declaro que apoacutes ter entendido o que me foi explicado consinto voluntariamente em participar do presente Protocolo de Pesquisa entendo ainda que posso retirar o meu consentimento a qualquer momento antes ou durante a realizaccedilatildeo do mesmo declaro ter sido informada(o) e concordo em participar como voluntaacuteria(o) da pesquisa acima descrita Rio de Janeiro_______de_______________de 20___ _____________________________ ________________________________

(Participante) Karina Rodrigues Fernandes (Responsaacutevel por obter o consentimento)

______________________________________ _______________________________________ (Testemunha) (Testemunha)

45

APEcircNDICE II

ROTEIRO PARA ENTREVISTA

1) O que vocecirc acha que pode levar a perda do acesso perifeacuterico

2) Para vocecirc o que eacute importante para manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico nas

crianccedilas

3) O que vocecirc acha que pode interferir na sua manutenccedilatildeo

4) Que medidas vocecirc adota no seu dia a dia para manter o acesso

5) Na sua vivencia profissional o que vocecirc discorda dos cuidados que geralmente satildeo

utilizados para manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico

46

ANEXO

47

48

  • KARINA RODRIGUES FERNANDES
    • COA Thatiana Fernanda PETTENGILL Myriam Aparecida Mandetta Autonomia da crianccedila hospitalizada frente aos procedimentos crenccedilas da enfermeira pediatra Acta paul enferm 19(4) 433-438 out-dez 2006 Disponiacutevel em lt wwwscielobrscielophpscr
    • JANSEN Michele Ferraz SANTOS Rosane Maria dos FAVERO Luciane Benefiacutecios da utilizaccedilatildeo do brinquedo durante o cuidado de enfermagem prestado agrave crianccedila hospitalizada Rev Gaucha Enferm 31(2) 247-253 jun 2010 Disponiacutevel em lt httpwwwscielo
    • MAGNABOSCO Gisele TONELLI Ana Lucia Nascimento Fonseca SOUZA Sarah Nancy Deggau Hegeto de Abordagens no cuidado de enfermagem agrave crianccedila hospitalizada submetida a procedimentos uma revisatildeo de literatura Cogitare enferm 13(1) 103-108 jan-mar
    • MARTINS Maria do Rosaacuterio RIBEIRO Circeacutea Amalia BORBA Regina Issuzu Hirooka de and SILVA Conceiccedilatildeo Vieira daProtocolo de preparo da crianccedila preacute-escolar para punccedilatildeo venosa com utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico Rev Latino-Am Enfermagem [on
    • OLIVEIRA Maria Ivoneide Veriacutessimo de BEZERRA Maria Gorette Andrade PEREIRA Vanessa Ramos Cateterizaccedilatildeo venosa assistecircncia de enfermagem-UTI pediaacutetrica Rev da Rede de Enfermagem do Nordeste AbrJun de 2008 Disponiacutevel em lt httpwwwrevistar
    • PETERLINI Maria Angeacutelica Sorgini CHAUD Massae Noda and PEDREIRA Mavilde da L GOacuterfatildeos de terapia medicamentosa a administraccedilatildeo de medicamentos por via intravenosa em crianccedilas hospitalizadasRev Latino-Am Enfermagem [online] 2003 vol11 n
    • PETERLINI Maria Angeacutelica Sorgini CHAUD Massae Noda PEDREIRA Mavilde L G Incompatibilidade entre faacutermacos e materiais de cateteres e acessoacuterios da terapia intravenosa Online braz j nurs (Online) 5(3)2006 Disponiacutevel em lt httpwwwobjnursi
    • PIMENTA Erika Acioli Gomes COLLET Neusa Dimensatildeo cuidadora da enfermagem e da famiacutelia na assistecircncia agrave crianccedila hospitalizada concepccedilotildees da enfermagem Rev esc enferm USP [online] 2009 vol43 n3 pp 622-629 Disponiacutevel em lt httpwwwscie
    • THOMAZINE Angeacutelica Malman PASSOS Rocircmulo Silva BAY JUacuteNIOR Osvaldo Goacutees COLLET Neusa OLIVEIRA Beatriz Rosana Gonccedilalves de Assistecircncia de enfermagem agrave crianccedila hospitalizada um resgate histoacuterico Ciˆnc cuid sapoundde 7(supl1) 145-152 maio 200
      • F 363 Fernandes Karina Rodrigues
      • Os cuidados de enfermagem acerca dos acessos venosos perifeacutericos na unidade pediaacutetrica Karina Rodrigues Fernandes ndash Niteroacutei [sn] 2014
        • CDD 61073
Page 33: UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE ESCOLA DE …app.uff.br/riuff/bitstream/1/3317/1/TCC Karina Rodrigues Fernandes.pdf · A punção venosa periférica é um procedimento essencial para

31

Almeida e Sabateacutes21

Entretanto haacute estudo que comprovam que o uso da tala natildeo se mostra tatildeo eficiente e

apresenta-se como uma praacutetica controversa O estudo foi realizado em crianccedilas ateacute os 12 anos

utilizando imobilizaccedilatildeo com tala e em mais de metade dos casos (553) ocorreu infiltraccedilatildeo

o que indicia a ineficaacutecia desta praacutetica (MACHADO PEDREIRA e CHAUD 2008 apud

BATALHA et al 2010 p512)

(2008 apud BATALHA et al 2010 p512) afirmam que a teacutecnica

de fixaccedilatildeo dos CVP com uso de imobilizaccedilatildeo com tala para restriccedilatildeo ou limitaccedilatildeo dos

movimentos articulares proacuteximo do local da punccedilatildeo estaacute indicado nas matildeos punhos cotovelo

e maleacuteolo

Para Batalha et al (2010 p512) o uso desta praacutetica parece natildeo se coadunar com o

atual uso de cateteres flexiacuteveis tipo abocath em detrimento de agulhas metaacutelicas Talvez por

isso comecem a surgir novas teacutecnicas de fixaccedilatildeo dos CVP que natildeo exigem imobilizaccedilatildeo das

articulaccedilotildees com talas

Aleacutem de natildeo haver uma confirmaccedilatildeo dos benefiacutecios causados pelo uso da tala a

imobilizaccedilatildeo causa incocircmodo para a crianccedila que fica com o membro imoacutevel podendo causar

dor e tambeacutem irritaccedilatildeo O uso desse tipo de fixaccedilatildeo tambeacutem impede a visualizaccedilatildeo frequente

do acesso venoso afetando assim os cuidados de observaccedilatildeo da equipe de enfermagem

43 O acompanhante e a manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico

A presente categoria vai discutir um assunto importante que surgiu durante as

entrevistas de forma inesperada Alguns dos profissionais entrevistados citaram o descuido do

acompanhante como um fator causador da perda do acesso venoso perifeacuterico Seguem abaixo

algumas falas

ldquoA matildee sempre acompanha e tem matildee que natildeo tem cuidado natildeo vigia e a gente tem que ficar pedindo pra olhar tomar contardquo (Aurora)

ldquoEm relaccedilatildeo ao acompanhante porque a crianccedila natildeo vai avaliar entatildeo o acompanhante que estar ali tem que avaliar direitinho natildeo deixar a crianccedila mexer ou puxarrdquo (Bela)

ldquoNatildeo eacute toda matildee que esta vigiando que cuida pra que a crianccedila natildeo perca o acessordquo (Jasmine)

21 Almeida FA Sabateacutes AL Enfermagem pediaacutetrica a crianccedila o adolescente e a sua famiacutelia no hospital Satildeo Paulo(SP) Manole 2008

32

ldquoAcho que leva a perda quando o acompanhante natildeo coopera as vezes a gente faz a imobilizaccedilatildeo na crianccedila e as vezes eles ateacute retiram e a proacutepria crianccedila agitada ela mesmo arrancardquo (Branca de Neve)

ldquoAgraves vezes a proacutepria crianccedila que a matildee deixa muito solta ai solta o acessordquo (Mulan)

Apoacutes a implementaccedilatildeo da lei que garante um acompanhante ao paciente pediaacutetrico a

presenccedila do familiarresponsaacutevel durante a hospitalizaccedilatildeo mudou a rotina da equipe de

enfermagem trazendo duacutevidas quanto a real funccedilatildeo do acompanhante e fazendo com que a

mesma viesse a delegar certos cuidados para acompanhante

A Promulgaccedilatildeo da Lei 8069 do Estatuto da Crianccedila e do Adolescente (ECA) em

1990 no seu artigo 12deg garante agrave crianccedila ou ao adolescente o direito de ter um responsaacutevel

que o acompanhe durante a hospitalizaccedilatildeo (1990)

Desde a sua implantaccedilatildeo as unidades vecircm sofrendo um processo de reorganizaccedilatildeo de

suas praacuteticas A inserccedilatildeo da famiacutelia modifica a organizaccedilatildeo do processo de trabalho o que

requer dos profissionais uma compreensatildeo em relaccedilatildeo agrave dinacircmica das relaccedilotildees interpessoais

(COLLET e ROCHA 2004)

Pimenta e Collet (2009) ressaltam que natildeo haacute nenhuma regulamentaccedilatildeo sobre a

participaccedilatildeo da famiacutelia nos cuidados e no entanto a mesma desempenha atividades junto agrave

crianccedila durante a hospitalizaccedilatildeo que devem ser levadas em consideraccedilatildeo A falta de

reconhecimento desse fato fez com que a equipe de enfermagem e famiacutelia natildeo possuiacutessem

uma relaccedilatildeo aberta e vivessem uma relaccedilatildeo silenciosa e impliacutecita de poder na qual a famiacutelia

acaba assumindo as relaccedilotildees do cuidado agrave crianccedila de responsabilidade da enfermagem

A negociaccedilatildeo entre matildees e equipe de enfermagem em relaccedilatildeo aos cuidados agrave crianccedila

hospitalizada natildeo eacute uma tarefa faacutecil tendo em vista que natildeo se tem claro qual o seu novo

papel neste processo (COLLET e ROCHA 2004)

Eacute possiacutevel ver nas falas que a presenccedila do acompanhante causa para a equipe de

enfermagem a seguranccedila de ter algueacutem para ldquovigiarrdquo ldquotomar contardquo e natildeo deixar que a

crianccedila hospitalizada perca o acesso venoso quando na verdade eacute funccedilatildeo da equipe de

enfermagem cuidados referentes ao acesso venoso perifeacuterico

33

Jaacute o acompanhante eacute definido pelo Ministeacuterio da Sauacutede como uma pessoa significativa

para a crianccedila que representa sua rede social e que vai acompanhaacute-lo durante a permanecircncia

no ambiente hospitalar ressaltando assim sua importacircncia Esse fato se reforccedila visto que a

crianccedila encontra nos familiares a forccedila e seguranccedila necessaacuteria para encarar todo esse processo

doloroso e desconhecido (MURAKAMI e CAMPOS 2011 p255)

O acompanhante aleacutem de minimizar o sofrimento do paciente pediaacutetrico faz com que

o mesmo sinta-se mais a vontade Eacute importante ressaltar que o familiarresponsaacutevel natildeo soacute

pode como deve participar das atividades da crianccedila no hospital desde que estas natildeo sejam

competecircncias dos profissionais que os cercam Essas atividades satildeo caracterizadas como

semelhantes aos que eles realizam diariamente fora do ambiente hospitalar como o banho

Poreacutem no caso de um paciente com punccedilatildeo venosa perifeacuterica o profissional de enfermagem

deve auxiliar no cuidado para que essa natildeo se perca

Os cuidados dos familiaresacompanhantes satildeo os mesmos que os desenvolvidos no

domiciacutelio e os cuidados prestados pela equipe de enfermagem satildeo aqueles que demandam

conhecimento teacutecnico-cientiacutefico especializado (SOUZA e OLIVEIRA 2010 p558)

Mesmo alguns cuidados parecerem simples e rotineiros quando eacute prestado no

hospital assumem novas caracteriacutesticas com o uso de dispositivos tecnoloacutegicos os quais se

tornam complexos (PIMENTA E COLLET 2009)

O ato de cuidar envolve o respeito agrave maneira como vive cada indiviacuteduo de acordo

com suas crenccedilas valores costumes e cultura A famiacutelia como uma instituiccedilatildeo atende agraves

necessidades bioloacutegicas de seus membros sendo sua responsabilidade cuidar e criar os filhos

incluindo a obrigaccedilatildeo da alimentaccedilatildeo higiene vestuaacuterio e moradia (ELSEN22

Nas entrevistas podemos verificar falas em que o acompanhante eacute citado como

responsaacutevel por avaliar a punccedilatildeo venosa A equipe de enfermagem deve sempre partir do

pressuposto que o familiar acompanhante natildeo tem conhecimento cientiacutefico e certo tipo de

cuidado natildeo deve se delegado para o mesmo mostrando assim a importacircncia da orientaccedilatildeo do

acompanhante quanto aos procedimentos dispositivos utilizados e cuidados em que os

etal 1994

apud SOUZA e OLIVEIRA 2010 p 553)

22 Elsen I Patriacutecio ZM Assistecircncia agrave crianccedila hospitalizada tipos de abordagens e suas implicaccedilotildees para a enfermagem In A enfermagem em pediatria e puericultura Rio de Janeiro (RJ) Atheneu 2005

34

mesmos possam auxiliar Seguem abaixo as falas onde os profissionais ressaltaram a

importacircncia da orientaccedilatildeo do acompanhante

ldquoNem sempre a crianccedila vai entender o porque de estar com aquele acesso entatildeo tem que ter uma orientaccedilatildeo do acompanhanterdquo (Bela)

ldquoTem que haver orientaccedilatildeo do acompanhante para os cuidadosrdquo (Ariel)

ldquoAgraves vezes tem ate o exemplo de um pai que natildeo deixa trocar o acesso jaacute tinha mais de uma semana e ele natildeo queria que trocasse ai faz febre e natildeo sabe da onderdquo (Alice)

Para Souza e Oliveira (2010 p555) deve haver uma preocupaccedilatildeo em orientar

considerando que o outro natildeo tem nenhum tipo de conhecimento sobre o assunto Poreacutem

Queiroz e Jorge23

Apesar das dificuldades o profissional de enfermagem deve estabelecer um viacutenculo de

confianccedila com o acompanhante buscando sempre deixaacute-los ciente das situaccedilotildees e fazendo-os

participar dos cuidados plausiacuteveis sem causar nenhum dano agrave crianccedila e de maneira alguma

abandonar suas atribuiccedilotildees

(2004 apud SOUZA e OLIVEIRA 2010 p 556) ressaltam que apesar de os

profissionais terem intenccedilatildeo de orientar os cuidados para a sauacutede repassam conhecimentos

elaborados cientificamente dificultando a compreensatildeo do familiar aleacutem de a relaccedilatildeo se dar

de maneira vertical assimeacutetrica e coercitiva

23 Queiroz MVO Jorge MSB Accedilotildees educativas no cuidado infantil e intervenccedilotildees dos profissionais junto agraves famiacutelias Acta Scientiarum Maringaacute 2004 janjun 26(1) 27-34

35

CONCLUSAtildeO

Atraveacutes desse estudo foi possiacutevel descrever e analisar os cuidados que os profissionais

de enfermagem realizam acerca da permanecircncia do acesso venoso perifeacuterico Aleacutem disso a

realizaccedilatildeo da pesquisa permitiu identificar a desarticulaccedilatildeo do processo de enfermagem e a

praacutetica desconectada da produccedilatildeo cientiacutefica caracterizando a falta de uma educaccedilatildeo

continuada efetiva

A anaacutelise dos dados demonstra o processo de punccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico

ressaltando a importacircncia de cuidados como a seleccedilatildeo do local a diluiccedilatildeo da medicaccedilatildeo a

realizaccedilatildeo de uma boa fixaccedilatildeo a atenccedilatildeo com a velocidade de infusatildeo os cuidados com os

sinais de infecccedilatildeo e salinizaccedilatildeo do acesso natildeo deixando de salientar cuidados em desuso

como o uso da heparina da tala e duvidas em relaccedilatildeo ao tempo de permanecircncia Evidenciou

tambeacutem que a equipe de enfermagem delega alguns cuidados para os acompanhantes

Natildeo foi possiacutevel perceber o niacutevel de conhecimento cientiacutefico dos profissionais visto

que eles em nenhum momento por natildeo saberem ou por medo de se expor natildeo explicaram de

fato nenhum cuidado que disseram realizar Sempre citaram de forma superficial e direta

deixando claro tambeacutem que o pesquisador natildeo os indagou quanto a isso Poreacutem creio que

diante de cuidados tatildeo importantes e de frequente praacutetica os mesmos falariam facilmente

sobre os cuidados de enfermagem na permanecircncia do acesso venoso perifeacuterico

Apesar dos entrevistados citarem alguns fatores e cuidados realizados de forma

correta eacute visiacutevel que os mesmos realizam os cuidados com a punccedilatildeo e a permanencia do

acesso de forma automaacutetica sem unir a praacutetica com o fundamento do mesmo

Eacute importante destacar tambeacutem a importacircncia do preparo emocional da crianccedila como

tambeacutem os cuidados com a famiacutelia dos mesmos O trabalho de humanizaccedilatildeo realizado pela

36

enfermagem faz grande diferenccedila nessas situaccedilotildees visto que os pacientes e acompanhantes

tendo conhecimento do que seraacute realizado ficariam mais tranquilos

O estudo contribuiu para o campo do ensino nesta aacuterea dando destaque ao importante

papel que o profissional de enfermagem deve desempenhar no cuidado e na manutenccedilatildeo do

acesso venoso perifeacuterico Contudo vale ressaltar a importacircncia do incentivo ao profissional a

buscar na literatura natildeo soacute esclarecimento de suas duvidas mas tambeacutem novos

conhecimentos

Pode colaborar ainda para a realizaccedilatildeo de novas pesquisas na aacuterea procurando

eliminar duacutevidas e controveacutersias sobre o tema Buscando assim a realizaccedilatildeo de um cuidado de

enfermagem articulado e eficaz promovendo o bem-estar do paciente pediaacutetrico durante a

hospitalizaccedilatildeo

37

REFEREcircNCIAS

ARAUacuteJO Ana Paula Monteiro Baptista de Andrade As praacuteticas de cuidado agrave crianccedila com

cateter venoso perifeacuterico e seus reflexos na interaccedilatildeo enfermeiro-familiar Dissertaccedilatildeo

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BATALHA Luis Manuel Cunha COSTA Luiacutesa Paula Santos ALMEIDA Dulce Maria

Gomes de LOURENCcedilO Patriacutecia Adriana Almeida GONCcedilALVES Ameacutelia Maria Ferreira

Maia TEIXEIRA Ana Cristina Guerra Fixaccedilatildeo de cateteres venosos perifeacutericos em crianccedilas

estudo comparativo Esc Anna Nery Rev Enferm 14(3) 511-518 jul-set 2010 Disponiacutevel

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Adolescente e daacute outras providecircncias Diaacuterio Oficial da Uniatildeo Brasiacutelia DF Associaccedilatildeo do

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44

APEcircNDICE I

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO Tiacutetulo Do Projeto Os cuidados de enfermagem acerca dos acessos venosos perifeacutericos na unidade pediaacutetrica Pesquisador Responsaacutevel Rosane Cordeiro Burla de Aguiar Eny Dorea Paiva e Karina Rodrigues Fernandes Instituiccedilatildeo a que Pertence o Pesquisador Responsaacutevel Universidade Federal Fluminense Telefone para contato (21) 98355269 (21) 82392939 (21) 91786609 Nome do voluntaacuterio _________________________________________________________ Idade ________ anos RG ____________________________

AO Sr (a) estaacute sendo convidado (a) a participar do projeto de pesquisa OS CUIDADOS DE

ENFERMAGEM ACERCA DOS ACESSOS VENOSOS PERIFEacuteRICOS NA UNIDADE PEDIATRICA de

responsabilidade da pesquisadora Profordf Drordf Rosane Cordeiro Burla de Aguiar e Profordf Drordf Eny Dorea Paiva A

punccedilatildeo venosa perifeacuterica eacute um procedimento essencial durante a hospitalizaccedilatildeo da crianccedila visto que eacute atraveacutes

dela que eacute administrada grande parte das medicaccedilotildees Este estudo se justifica diante da importacircncia da

necessidade de um maior periacuteodo de permanecircncia dos acessos venosos perifeacutericos Com isso aleacutem da

diminuiccedilatildeo de eventos que causam dor e irritaccedilatildeo na crianccedila e na famiacutelia promoveraacute tambeacutem uma melhor estada

dos mesmos durante o periacuteodo de hospitalizaccedilatildeo Os objetivos da pesquisa satildeo 1) Descrever os fatores que

interferem na manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico de acordo com a equipe de enfermagem 2)Analisar os

cuidados da equipe de enfermagem na manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico A coleta de dados se daraacute

atraveacutes de entrevistas semi estruturadas que seratildeo gravadas As informaccedilotildees colhidas seratildeo tratadas de forma

anocircnima e confidencial ou seja em nenhum momento seratildeo divulgados o seu nome e somente os

pesquisadores teratildeo acesso agraves informaccedilotildees Os dados obtidos com a pesquisa poderatildeo ser publicados apenas com

fins cientiacuteficos Eles natildeo seratildeo utilizados para fins comerciais ou para outra finalidade qualquer Caso necessite

poderatildeo ser marcados encontros para respostas ou esclarecimentos de qualquer duacutevida acerca da pesquisa A sua

participaccedilatildeo eacute voluntaria e eacute importante lembrar que vocecirc poderaacute desistir de participar da pesquisa em qualquer

momento A entrevista seraacute marcada em um dia e horaacuterio que vocecirc achar melhor Seraacute realizada

individualmente em um ambiente que nos ofereccedila privacidade Esta pesquisa natildeo oferece riscos para vocecirc e os

benefiacutecios da sua participaccedilatildeo satildeo de aumentar o conhecimento cientiacutefico na aacuterea de Enfermagem Pediaacutetrica

aleacutem de contribuir para a praacutetica profissional Este documento seraacute elaborado em duas vias uma para vocecirc e a

outra seraacute arquivada pelo pesquisador

Eu_____________________________________________________________ RG no _____________________________ Declaro que apoacutes ter entendido o que me foi explicado consinto voluntariamente em participar do presente Protocolo de Pesquisa entendo ainda que posso retirar o meu consentimento a qualquer momento antes ou durante a realizaccedilatildeo do mesmo declaro ter sido informada(o) e concordo em participar como voluntaacuteria(o) da pesquisa acima descrita Rio de Janeiro_______de_______________de 20___ _____________________________ ________________________________

(Participante) Karina Rodrigues Fernandes (Responsaacutevel por obter o consentimento)

______________________________________ _______________________________________ (Testemunha) (Testemunha)

45

APEcircNDICE II

ROTEIRO PARA ENTREVISTA

1) O que vocecirc acha que pode levar a perda do acesso perifeacuterico

2) Para vocecirc o que eacute importante para manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico nas

crianccedilas

3) O que vocecirc acha que pode interferir na sua manutenccedilatildeo

4) Que medidas vocecirc adota no seu dia a dia para manter o acesso

5) Na sua vivencia profissional o que vocecirc discorda dos cuidados que geralmente satildeo

utilizados para manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico

46

ANEXO

47

48

  • KARINA RODRIGUES FERNANDES
    • COA Thatiana Fernanda PETTENGILL Myriam Aparecida Mandetta Autonomia da crianccedila hospitalizada frente aos procedimentos crenccedilas da enfermeira pediatra Acta paul enferm 19(4) 433-438 out-dez 2006 Disponiacutevel em lt wwwscielobrscielophpscr
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    • MAGNABOSCO Gisele TONELLI Ana Lucia Nascimento Fonseca SOUZA Sarah Nancy Deggau Hegeto de Abordagens no cuidado de enfermagem agrave crianccedila hospitalizada submetida a procedimentos uma revisatildeo de literatura Cogitare enferm 13(1) 103-108 jan-mar
    • MARTINS Maria do Rosaacuterio RIBEIRO Circeacutea Amalia BORBA Regina Issuzu Hirooka de and SILVA Conceiccedilatildeo Vieira daProtocolo de preparo da crianccedila preacute-escolar para punccedilatildeo venosa com utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico Rev Latino-Am Enfermagem [on
    • OLIVEIRA Maria Ivoneide Veriacutessimo de BEZERRA Maria Gorette Andrade PEREIRA Vanessa Ramos Cateterizaccedilatildeo venosa assistecircncia de enfermagem-UTI pediaacutetrica Rev da Rede de Enfermagem do Nordeste AbrJun de 2008 Disponiacutevel em lt httpwwwrevistar
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    • PIMENTA Erika Acioli Gomes COLLET Neusa Dimensatildeo cuidadora da enfermagem e da famiacutelia na assistecircncia agrave crianccedila hospitalizada concepccedilotildees da enfermagem Rev esc enferm USP [online] 2009 vol43 n3 pp 622-629 Disponiacutevel em lt httpwwwscie
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Page 34: UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE ESCOLA DE …app.uff.br/riuff/bitstream/1/3317/1/TCC Karina Rodrigues Fernandes.pdf · A punção venosa periférica é um procedimento essencial para

32

ldquoAcho que leva a perda quando o acompanhante natildeo coopera as vezes a gente faz a imobilizaccedilatildeo na crianccedila e as vezes eles ateacute retiram e a proacutepria crianccedila agitada ela mesmo arrancardquo (Branca de Neve)

ldquoAgraves vezes a proacutepria crianccedila que a matildee deixa muito solta ai solta o acessordquo (Mulan)

Apoacutes a implementaccedilatildeo da lei que garante um acompanhante ao paciente pediaacutetrico a

presenccedila do familiarresponsaacutevel durante a hospitalizaccedilatildeo mudou a rotina da equipe de

enfermagem trazendo duacutevidas quanto a real funccedilatildeo do acompanhante e fazendo com que a

mesma viesse a delegar certos cuidados para acompanhante

A Promulgaccedilatildeo da Lei 8069 do Estatuto da Crianccedila e do Adolescente (ECA) em

1990 no seu artigo 12deg garante agrave crianccedila ou ao adolescente o direito de ter um responsaacutevel

que o acompanhe durante a hospitalizaccedilatildeo (1990)

Desde a sua implantaccedilatildeo as unidades vecircm sofrendo um processo de reorganizaccedilatildeo de

suas praacuteticas A inserccedilatildeo da famiacutelia modifica a organizaccedilatildeo do processo de trabalho o que

requer dos profissionais uma compreensatildeo em relaccedilatildeo agrave dinacircmica das relaccedilotildees interpessoais

(COLLET e ROCHA 2004)

Pimenta e Collet (2009) ressaltam que natildeo haacute nenhuma regulamentaccedilatildeo sobre a

participaccedilatildeo da famiacutelia nos cuidados e no entanto a mesma desempenha atividades junto agrave

crianccedila durante a hospitalizaccedilatildeo que devem ser levadas em consideraccedilatildeo A falta de

reconhecimento desse fato fez com que a equipe de enfermagem e famiacutelia natildeo possuiacutessem

uma relaccedilatildeo aberta e vivessem uma relaccedilatildeo silenciosa e impliacutecita de poder na qual a famiacutelia

acaba assumindo as relaccedilotildees do cuidado agrave crianccedila de responsabilidade da enfermagem

A negociaccedilatildeo entre matildees e equipe de enfermagem em relaccedilatildeo aos cuidados agrave crianccedila

hospitalizada natildeo eacute uma tarefa faacutecil tendo em vista que natildeo se tem claro qual o seu novo

papel neste processo (COLLET e ROCHA 2004)

Eacute possiacutevel ver nas falas que a presenccedila do acompanhante causa para a equipe de

enfermagem a seguranccedila de ter algueacutem para ldquovigiarrdquo ldquotomar contardquo e natildeo deixar que a

crianccedila hospitalizada perca o acesso venoso quando na verdade eacute funccedilatildeo da equipe de

enfermagem cuidados referentes ao acesso venoso perifeacuterico

33

Jaacute o acompanhante eacute definido pelo Ministeacuterio da Sauacutede como uma pessoa significativa

para a crianccedila que representa sua rede social e que vai acompanhaacute-lo durante a permanecircncia

no ambiente hospitalar ressaltando assim sua importacircncia Esse fato se reforccedila visto que a

crianccedila encontra nos familiares a forccedila e seguranccedila necessaacuteria para encarar todo esse processo

doloroso e desconhecido (MURAKAMI e CAMPOS 2011 p255)

O acompanhante aleacutem de minimizar o sofrimento do paciente pediaacutetrico faz com que

o mesmo sinta-se mais a vontade Eacute importante ressaltar que o familiarresponsaacutevel natildeo soacute

pode como deve participar das atividades da crianccedila no hospital desde que estas natildeo sejam

competecircncias dos profissionais que os cercam Essas atividades satildeo caracterizadas como

semelhantes aos que eles realizam diariamente fora do ambiente hospitalar como o banho

Poreacutem no caso de um paciente com punccedilatildeo venosa perifeacuterica o profissional de enfermagem

deve auxiliar no cuidado para que essa natildeo se perca

Os cuidados dos familiaresacompanhantes satildeo os mesmos que os desenvolvidos no

domiciacutelio e os cuidados prestados pela equipe de enfermagem satildeo aqueles que demandam

conhecimento teacutecnico-cientiacutefico especializado (SOUZA e OLIVEIRA 2010 p558)

Mesmo alguns cuidados parecerem simples e rotineiros quando eacute prestado no

hospital assumem novas caracteriacutesticas com o uso de dispositivos tecnoloacutegicos os quais se

tornam complexos (PIMENTA E COLLET 2009)

O ato de cuidar envolve o respeito agrave maneira como vive cada indiviacuteduo de acordo

com suas crenccedilas valores costumes e cultura A famiacutelia como uma instituiccedilatildeo atende agraves

necessidades bioloacutegicas de seus membros sendo sua responsabilidade cuidar e criar os filhos

incluindo a obrigaccedilatildeo da alimentaccedilatildeo higiene vestuaacuterio e moradia (ELSEN22

Nas entrevistas podemos verificar falas em que o acompanhante eacute citado como

responsaacutevel por avaliar a punccedilatildeo venosa A equipe de enfermagem deve sempre partir do

pressuposto que o familiar acompanhante natildeo tem conhecimento cientiacutefico e certo tipo de

cuidado natildeo deve se delegado para o mesmo mostrando assim a importacircncia da orientaccedilatildeo do

acompanhante quanto aos procedimentos dispositivos utilizados e cuidados em que os

etal 1994

apud SOUZA e OLIVEIRA 2010 p 553)

22 Elsen I Patriacutecio ZM Assistecircncia agrave crianccedila hospitalizada tipos de abordagens e suas implicaccedilotildees para a enfermagem In A enfermagem em pediatria e puericultura Rio de Janeiro (RJ) Atheneu 2005

34

mesmos possam auxiliar Seguem abaixo as falas onde os profissionais ressaltaram a

importacircncia da orientaccedilatildeo do acompanhante

ldquoNem sempre a crianccedila vai entender o porque de estar com aquele acesso entatildeo tem que ter uma orientaccedilatildeo do acompanhanterdquo (Bela)

ldquoTem que haver orientaccedilatildeo do acompanhante para os cuidadosrdquo (Ariel)

ldquoAgraves vezes tem ate o exemplo de um pai que natildeo deixa trocar o acesso jaacute tinha mais de uma semana e ele natildeo queria que trocasse ai faz febre e natildeo sabe da onderdquo (Alice)

Para Souza e Oliveira (2010 p555) deve haver uma preocupaccedilatildeo em orientar

considerando que o outro natildeo tem nenhum tipo de conhecimento sobre o assunto Poreacutem

Queiroz e Jorge23

Apesar das dificuldades o profissional de enfermagem deve estabelecer um viacutenculo de

confianccedila com o acompanhante buscando sempre deixaacute-los ciente das situaccedilotildees e fazendo-os

participar dos cuidados plausiacuteveis sem causar nenhum dano agrave crianccedila e de maneira alguma

abandonar suas atribuiccedilotildees

(2004 apud SOUZA e OLIVEIRA 2010 p 556) ressaltam que apesar de os

profissionais terem intenccedilatildeo de orientar os cuidados para a sauacutede repassam conhecimentos

elaborados cientificamente dificultando a compreensatildeo do familiar aleacutem de a relaccedilatildeo se dar

de maneira vertical assimeacutetrica e coercitiva

23 Queiroz MVO Jorge MSB Accedilotildees educativas no cuidado infantil e intervenccedilotildees dos profissionais junto agraves famiacutelias Acta Scientiarum Maringaacute 2004 janjun 26(1) 27-34

35

CONCLUSAtildeO

Atraveacutes desse estudo foi possiacutevel descrever e analisar os cuidados que os profissionais

de enfermagem realizam acerca da permanecircncia do acesso venoso perifeacuterico Aleacutem disso a

realizaccedilatildeo da pesquisa permitiu identificar a desarticulaccedilatildeo do processo de enfermagem e a

praacutetica desconectada da produccedilatildeo cientiacutefica caracterizando a falta de uma educaccedilatildeo

continuada efetiva

A anaacutelise dos dados demonstra o processo de punccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico

ressaltando a importacircncia de cuidados como a seleccedilatildeo do local a diluiccedilatildeo da medicaccedilatildeo a

realizaccedilatildeo de uma boa fixaccedilatildeo a atenccedilatildeo com a velocidade de infusatildeo os cuidados com os

sinais de infecccedilatildeo e salinizaccedilatildeo do acesso natildeo deixando de salientar cuidados em desuso

como o uso da heparina da tala e duvidas em relaccedilatildeo ao tempo de permanecircncia Evidenciou

tambeacutem que a equipe de enfermagem delega alguns cuidados para os acompanhantes

Natildeo foi possiacutevel perceber o niacutevel de conhecimento cientiacutefico dos profissionais visto

que eles em nenhum momento por natildeo saberem ou por medo de se expor natildeo explicaram de

fato nenhum cuidado que disseram realizar Sempre citaram de forma superficial e direta

deixando claro tambeacutem que o pesquisador natildeo os indagou quanto a isso Poreacutem creio que

diante de cuidados tatildeo importantes e de frequente praacutetica os mesmos falariam facilmente

sobre os cuidados de enfermagem na permanecircncia do acesso venoso perifeacuterico

Apesar dos entrevistados citarem alguns fatores e cuidados realizados de forma

correta eacute visiacutevel que os mesmos realizam os cuidados com a punccedilatildeo e a permanencia do

acesso de forma automaacutetica sem unir a praacutetica com o fundamento do mesmo

Eacute importante destacar tambeacutem a importacircncia do preparo emocional da crianccedila como

tambeacutem os cuidados com a famiacutelia dos mesmos O trabalho de humanizaccedilatildeo realizado pela

36

enfermagem faz grande diferenccedila nessas situaccedilotildees visto que os pacientes e acompanhantes

tendo conhecimento do que seraacute realizado ficariam mais tranquilos

O estudo contribuiu para o campo do ensino nesta aacuterea dando destaque ao importante

papel que o profissional de enfermagem deve desempenhar no cuidado e na manutenccedilatildeo do

acesso venoso perifeacuterico Contudo vale ressaltar a importacircncia do incentivo ao profissional a

buscar na literatura natildeo soacute esclarecimento de suas duvidas mas tambeacutem novos

conhecimentos

Pode colaborar ainda para a realizaccedilatildeo de novas pesquisas na aacuterea procurando

eliminar duacutevidas e controveacutersias sobre o tema Buscando assim a realizaccedilatildeo de um cuidado de

enfermagem articulado e eficaz promovendo o bem-estar do paciente pediaacutetrico durante a

hospitalizaccedilatildeo

37

REFEREcircNCIAS

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44

APEcircNDICE I

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO Tiacutetulo Do Projeto Os cuidados de enfermagem acerca dos acessos venosos perifeacutericos na unidade pediaacutetrica Pesquisador Responsaacutevel Rosane Cordeiro Burla de Aguiar Eny Dorea Paiva e Karina Rodrigues Fernandes Instituiccedilatildeo a que Pertence o Pesquisador Responsaacutevel Universidade Federal Fluminense Telefone para contato (21) 98355269 (21) 82392939 (21) 91786609 Nome do voluntaacuterio _________________________________________________________ Idade ________ anos RG ____________________________

AO Sr (a) estaacute sendo convidado (a) a participar do projeto de pesquisa OS CUIDADOS DE

ENFERMAGEM ACERCA DOS ACESSOS VENOSOS PERIFEacuteRICOS NA UNIDADE PEDIATRICA de

responsabilidade da pesquisadora Profordf Drordf Rosane Cordeiro Burla de Aguiar e Profordf Drordf Eny Dorea Paiva A

punccedilatildeo venosa perifeacuterica eacute um procedimento essencial durante a hospitalizaccedilatildeo da crianccedila visto que eacute atraveacutes

dela que eacute administrada grande parte das medicaccedilotildees Este estudo se justifica diante da importacircncia da

necessidade de um maior periacuteodo de permanecircncia dos acessos venosos perifeacutericos Com isso aleacutem da

diminuiccedilatildeo de eventos que causam dor e irritaccedilatildeo na crianccedila e na famiacutelia promoveraacute tambeacutem uma melhor estada

dos mesmos durante o periacuteodo de hospitalizaccedilatildeo Os objetivos da pesquisa satildeo 1) Descrever os fatores que

interferem na manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico de acordo com a equipe de enfermagem 2)Analisar os

cuidados da equipe de enfermagem na manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico A coleta de dados se daraacute

atraveacutes de entrevistas semi estruturadas que seratildeo gravadas As informaccedilotildees colhidas seratildeo tratadas de forma

anocircnima e confidencial ou seja em nenhum momento seratildeo divulgados o seu nome e somente os

pesquisadores teratildeo acesso agraves informaccedilotildees Os dados obtidos com a pesquisa poderatildeo ser publicados apenas com

fins cientiacuteficos Eles natildeo seratildeo utilizados para fins comerciais ou para outra finalidade qualquer Caso necessite

poderatildeo ser marcados encontros para respostas ou esclarecimentos de qualquer duacutevida acerca da pesquisa A sua

participaccedilatildeo eacute voluntaria e eacute importante lembrar que vocecirc poderaacute desistir de participar da pesquisa em qualquer

momento A entrevista seraacute marcada em um dia e horaacuterio que vocecirc achar melhor Seraacute realizada

individualmente em um ambiente que nos ofereccedila privacidade Esta pesquisa natildeo oferece riscos para vocecirc e os

benefiacutecios da sua participaccedilatildeo satildeo de aumentar o conhecimento cientiacutefico na aacuterea de Enfermagem Pediaacutetrica

aleacutem de contribuir para a praacutetica profissional Este documento seraacute elaborado em duas vias uma para vocecirc e a

outra seraacute arquivada pelo pesquisador

Eu_____________________________________________________________ RG no _____________________________ Declaro que apoacutes ter entendido o que me foi explicado consinto voluntariamente em participar do presente Protocolo de Pesquisa entendo ainda que posso retirar o meu consentimento a qualquer momento antes ou durante a realizaccedilatildeo do mesmo declaro ter sido informada(o) e concordo em participar como voluntaacuteria(o) da pesquisa acima descrita Rio de Janeiro_______de_______________de 20___ _____________________________ ________________________________

(Participante) Karina Rodrigues Fernandes (Responsaacutevel por obter o consentimento)

______________________________________ _______________________________________ (Testemunha) (Testemunha)

45

APEcircNDICE II

ROTEIRO PARA ENTREVISTA

1) O que vocecirc acha que pode levar a perda do acesso perifeacuterico

2) Para vocecirc o que eacute importante para manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico nas

crianccedilas

3) O que vocecirc acha que pode interferir na sua manutenccedilatildeo

4) Que medidas vocecirc adota no seu dia a dia para manter o acesso

5) Na sua vivencia profissional o que vocecirc discorda dos cuidados que geralmente satildeo

utilizados para manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico

46

ANEXO

47

48

  • KARINA RODRIGUES FERNANDES
    • COA Thatiana Fernanda PETTENGILL Myriam Aparecida Mandetta Autonomia da crianccedila hospitalizada frente aos procedimentos crenccedilas da enfermeira pediatra Acta paul enferm 19(4) 433-438 out-dez 2006 Disponiacutevel em lt wwwscielobrscielophpscr
    • JANSEN Michele Ferraz SANTOS Rosane Maria dos FAVERO Luciane Benefiacutecios da utilizaccedilatildeo do brinquedo durante o cuidado de enfermagem prestado agrave crianccedila hospitalizada Rev Gaucha Enferm 31(2) 247-253 jun 2010 Disponiacutevel em lt httpwwwscielo
    • MAGNABOSCO Gisele TONELLI Ana Lucia Nascimento Fonseca SOUZA Sarah Nancy Deggau Hegeto de Abordagens no cuidado de enfermagem agrave crianccedila hospitalizada submetida a procedimentos uma revisatildeo de literatura Cogitare enferm 13(1) 103-108 jan-mar
    • MARTINS Maria do Rosaacuterio RIBEIRO Circeacutea Amalia BORBA Regina Issuzu Hirooka de and SILVA Conceiccedilatildeo Vieira daProtocolo de preparo da crianccedila preacute-escolar para punccedilatildeo venosa com utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico Rev Latino-Am Enfermagem [on
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    • PETERLINI Maria Angeacutelica Sorgini CHAUD Massae Noda and PEDREIRA Mavilde da L GOacuterfatildeos de terapia medicamentosa a administraccedilatildeo de medicamentos por via intravenosa em crianccedilas hospitalizadasRev Latino-Am Enfermagem [online] 2003 vol11 n
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    • PIMENTA Erika Acioli Gomes COLLET Neusa Dimensatildeo cuidadora da enfermagem e da famiacutelia na assistecircncia agrave crianccedila hospitalizada concepccedilotildees da enfermagem Rev esc enferm USP [online] 2009 vol43 n3 pp 622-629 Disponiacutevel em lt httpwwwscie
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Page 35: UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE ESCOLA DE …app.uff.br/riuff/bitstream/1/3317/1/TCC Karina Rodrigues Fernandes.pdf · A punção venosa periférica é um procedimento essencial para

33

Jaacute o acompanhante eacute definido pelo Ministeacuterio da Sauacutede como uma pessoa significativa

para a crianccedila que representa sua rede social e que vai acompanhaacute-lo durante a permanecircncia

no ambiente hospitalar ressaltando assim sua importacircncia Esse fato se reforccedila visto que a

crianccedila encontra nos familiares a forccedila e seguranccedila necessaacuteria para encarar todo esse processo

doloroso e desconhecido (MURAKAMI e CAMPOS 2011 p255)

O acompanhante aleacutem de minimizar o sofrimento do paciente pediaacutetrico faz com que

o mesmo sinta-se mais a vontade Eacute importante ressaltar que o familiarresponsaacutevel natildeo soacute

pode como deve participar das atividades da crianccedila no hospital desde que estas natildeo sejam

competecircncias dos profissionais que os cercam Essas atividades satildeo caracterizadas como

semelhantes aos que eles realizam diariamente fora do ambiente hospitalar como o banho

Poreacutem no caso de um paciente com punccedilatildeo venosa perifeacuterica o profissional de enfermagem

deve auxiliar no cuidado para que essa natildeo se perca

Os cuidados dos familiaresacompanhantes satildeo os mesmos que os desenvolvidos no

domiciacutelio e os cuidados prestados pela equipe de enfermagem satildeo aqueles que demandam

conhecimento teacutecnico-cientiacutefico especializado (SOUZA e OLIVEIRA 2010 p558)

Mesmo alguns cuidados parecerem simples e rotineiros quando eacute prestado no

hospital assumem novas caracteriacutesticas com o uso de dispositivos tecnoloacutegicos os quais se

tornam complexos (PIMENTA E COLLET 2009)

O ato de cuidar envolve o respeito agrave maneira como vive cada indiviacuteduo de acordo

com suas crenccedilas valores costumes e cultura A famiacutelia como uma instituiccedilatildeo atende agraves

necessidades bioloacutegicas de seus membros sendo sua responsabilidade cuidar e criar os filhos

incluindo a obrigaccedilatildeo da alimentaccedilatildeo higiene vestuaacuterio e moradia (ELSEN22

Nas entrevistas podemos verificar falas em que o acompanhante eacute citado como

responsaacutevel por avaliar a punccedilatildeo venosa A equipe de enfermagem deve sempre partir do

pressuposto que o familiar acompanhante natildeo tem conhecimento cientiacutefico e certo tipo de

cuidado natildeo deve se delegado para o mesmo mostrando assim a importacircncia da orientaccedilatildeo do

acompanhante quanto aos procedimentos dispositivos utilizados e cuidados em que os

etal 1994

apud SOUZA e OLIVEIRA 2010 p 553)

22 Elsen I Patriacutecio ZM Assistecircncia agrave crianccedila hospitalizada tipos de abordagens e suas implicaccedilotildees para a enfermagem In A enfermagem em pediatria e puericultura Rio de Janeiro (RJ) Atheneu 2005

34

mesmos possam auxiliar Seguem abaixo as falas onde os profissionais ressaltaram a

importacircncia da orientaccedilatildeo do acompanhante

ldquoNem sempre a crianccedila vai entender o porque de estar com aquele acesso entatildeo tem que ter uma orientaccedilatildeo do acompanhanterdquo (Bela)

ldquoTem que haver orientaccedilatildeo do acompanhante para os cuidadosrdquo (Ariel)

ldquoAgraves vezes tem ate o exemplo de um pai que natildeo deixa trocar o acesso jaacute tinha mais de uma semana e ele natildeo queria que trocasse ai faz febre e natildeo sabe da onderdquo (Alice)

Para Souza e Oliveira (2010 p555) deve haver uma preocupaccedilatildeo em orientar

considerando que o outro natildeo tem nenhum tipo de conhecimento sobre o assunto Poreacutem

Queiroz e Jorge23

Apesar das dificuldades o profissional de enfermagem deve estabelecer um viacutenculo de

confianccedila com o acompanhante buscando sempre deixaacute-los ciente das situaccedilotildees e fazendo-os

participar dos cuidados plausiacuteveis sem causar nenhum dano agrave crianccedila e de maneira alguma

abandonar suas atribuiccedilotildees

(2004 apud SOUZA e OLIVEIRA 2010 p 556) ressaltam que apesar de os

profissionais terem intenccedilatildeo de orientar os cuidados para a sauacutede repassam conhecimentos

elaborados cientificamente dificultando a compreensatildeo do familiar aleacutem de a relaccedilatildeo se dar

de maneira vertical assimeacutetrica e coercitiva

23 Queiroz MVO Jorge MSB Accedilotildees educativas no cuidado infantil e intervenccedilotildees dos profissionais junto agraves famiacutelias Acta Scientiarum Maringaacute 2004 janjun 26(1) 27-34

35

CONCLUSAtildeO

Atraveacutes desse estudo foi possiacutevel descrever e analisar os cuidados que os profissionais

de enfermagem realizam acerca da permanecircncia do acesso venoso perifeacuterico Aleacutem disso a

realizaccedilatildeo da pesquisa permitiu identificar a desarticulaccedilatildeo do processo de enfermagem e a

praacutetica desconectada da produccedilatildeo cientiacutefica caracterizando a falta de uma educaccedilatildeo

continuada efetiva

A anaacutelise dos dados demonstra o processo de punccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico

ressaltando a importacircncia de cuidados como a seleccedilatildeo do local a diluiccedilatildeo da medicaccedilatildeo a

realizaccedilatildeo de uma boa fixaccedilatildeo a atenccedilatildeo com a velocidade de infusatildeo os cuidados com os

sinais de infecccedilatildeo e salinizaccedilatildeo do acesso natildeo deixando de salientar cuidados em desuso

como o uso da heparina da tala e duvidas em relaccedilatildeo ao tempo de permanecircncia Evidenciou

tambeacutem que a equipe de enfermagem delega alguns cuidados para os acompanhantes

Natildeo foi possiacutevel perceber o niacutevel de conhecimento cientiacutefico dos profissionais visto

que eles em nenhum momento por natildeo saberem ou por medo de se expor natildeo explicaram de

fato nenhum cuidado que disseram realizar Sempre citaram de forma superficial e direta

deixando claro tambeacutem que o pesquisador natildeo os indagou quanto a isso Poreacutem creio que

diante de cuidados tatildeo importantes e de frequente praacutetica os mesmos falariam facilmente

sobre os cuidados de enfermagem na permanecircncia do acesso venoso perifeacuterico

Apesar dos entrevistados citarem alguns fatores e cuidados realizados de forma

correta eacute visiacutevel que os mesmos realizam os cuidados com a punccedilatildeo e a permanencia do

acesso de forma automaacutetica sem unir a praacutetica com o fundamento do mesmo

Eacute importante destacar tambeacutem a importacircncia do preparo emocional da crianccedila como

tambeacutem os cuidados com a famiacutelia dos mesmos O trabalho de humanizaccedilatildeo realizado pela

36

enfermagem faz grande diferenccedila nessas situaccedilotildees visto que os pacientes e acompanhantes

tendo conhecimento do que seraacute realizado ficariam mais tranquilos

O estudo contribuiu para o campo do ensino nesta aacuterea dando destaque ao importante

papel que o profissional de enfermagem deve desempenhar no cuidado e na manutenccedilatildeo do

acesso venoso perifeacuterico Contudo vale ressaltar a importacircncia do incentivo ao profissional a

buscar na literatura natildeo soacute esclarecimento de suas duvidas mas tambeacutem novos

conhecimentos

Pode colaborar ainda para a realizaccedilatildeo de novas pesquisas na aacuterea procurando

eliminar duacutevidas e controveacutersias sobre o tema Buscando assim a realizaccedilatildeo de um cuidado de

enfermagem articulado e eficaz promovendo o bem-estar do paciente pediaacutetrico durante a

hospitalizaccedilatildeo

37

REFEREcircNCIAS

ARAUacuteJO Ana Paula Monteiro Baptista de Andrade As praacuteticas de cuidado agrave crianccedila com

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THOMAZINE Angeacutelica Malman PASSOS Rocircmulo Silva BAY JUacuteNIOR Osvaldo Goacutees

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44

APEcircNDICE I

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO Tiacutetulo Do Projeto Os cuidados de enfermagem acerca dos acessos venosos perifeacutericos na unidade pediaacutetrica Pesquisador Responsaacutevel Rosane Cordeiro Burla de Aguiar Eny Dorea Paiva e Karina Rodrigues Fernandes Instituiccedilatildeo a que Pertence o Pesquisador Responsaacutevel Universidade Federal Fluminense Telefone para contato (21) 98355269 (21) 82392939 (21) 91786609 Nome do voluntaacuterio _________________________________________________________ Idade ________ anos RG ____________________________

AO Sr (a) estaacute sendo convidado (a) a participar do projeto de pesquisa OS CUIDADOS DE

ENFERMAGEM ACERCA DOS ACESSOS VENOSOS PERIFEacuteRICOS NA UNIDADE PEDIATRICA de

responsabilidade da pesquisadora Profordf Drordf Rosane Cordeiro Burla de Aguiar e Profordf Drordf Eny Dorea Paiva A

punccedilatildeo venosa perifeacuterica eacute um procedimento essencial durante a hospitalizaccedilatildeo da crianccedila visto que eacute atraveacutes

dela que eacute administrada grande parte das medicaccedilotildees Este estudo se justifica diante da importacircncia da

necessidade de um maior periacuteodo de permanecircncia dos acessos venosos perifeacutericos Com isso aleacutem da

diminuiccedilatildeo de eventos que causam dor e irritaccedilatildeo na crianccedila e na famiacutelia promoveraacute tambeacutem uma melhor estada

dos mesmos durante o periacuteodo de hospitalizaccedilatildeo Os objetivos da pesquisa satildeo 1) Descrever os fatores que

interferem na manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico de acordo com a equipe de enfermagem 2)Analisar os

cuidados da equipe de enfermagem na manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico A coleta de dados se daraacute

atraveacutes de entrevistas semi estruturadas que seratildeo gravadas As informaccedilotildees colhidas seratildeo tratadas de forma

anocircnima e confidencial ou seja em nenhum momento seratildeo divulgados o seu nome e somente os

pesquisadores teratildeo acesso agraves informaccedilotildees Os dados obtidos com a pesquisa poderatildeo ser publicados apenas com

fins cientiacuteficos Eles natildeo seratildeo utilizados para fins comerciais ou para outra finalidade qualquer Caso necessite

poderatildeo ser marcados encontros para respostas ou esclarecimentos de qualquer duacutevida acerca da pesquisa A sua

participaccedilatildeo eacute voluntaria e eacute importante lembrar que vocecirc poderaacute desistir de participar da pesquisa em qualquer

momento A entrevista seraacute marcada em um dia e horaacuterio que vocecirc achar melhor Seraacute realizada

individualmente em um ambiente que nos ofereccedila privacidade Esta pesquisa natildeo oferece riscos para vocecirc e os

benefiacutecios da sua participaccedilatildeo satildeo de aumentar o conhecimento cientiacutefico na aacuterea de Enfermagem Pediaacutetrica

aleacutem de contribuir para a praacutetica profissional Este documento seraacute elaborado em duas vias uma para vocecirc e a

outra seraacute arquivada pelo pesquisador

Eu_____________________________________________________________ RG no _____________________________ Declaro que apoacutes ter entendido o que me foi explicado consinto voluntariamente em participar do presente Protocolo de Pesquisa entendo ainda que posso retirar o meu consentimento a qualquer momento antes ou durante a realizaccedilatildeo do mesmo declaro ter sido informada(o) e concordo em participar como voluntaacuteria(o) da pesquisa acima descrita Rio de Janeiro_______de_______________de 20___ _____________________________ ________________________________

(Participante) Karina Rodrigues Fernandes (Responsaacutevel por obter o consentimento)

______________________________________ _______________________________________ (Testemunha) (Testemunha)

45

APEcircNDICE II

ROTEIRO PARA ENTREVISTA

1) O que vocecirc acha que pode levar a perda do acesso perifeacuterico

2) Para vocecirc o que eacute importante para manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico nas

crianccedilas

3) O que vocecirc acha que pode interferir na sua manutenccedilatildeo

4) Que medidas vocecirc adota no seu dia a dia para manter o acesso

5) Na sua vivencia profissional o que vocecirc discorda dos cuidados que geralmente satildeo

utilizados para manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico

46

ANEXO

47

48

  • KARINA RODRIGUES FERNANDES
    • COA Thatiana Fernanda PETTENGILL Myriam Aparecida Mandetta Autonomia da crianccedila hospitalizada frente aos procedimentos crenccedilas da enfermeira pediatra Acta paul enferm 19(4) 433-438 out-dez 2006 Disponiacutevel em lt wwwscielobrscielophpscr
    • JANSEN Michele Ferraz SANTOS Rosane Maria dos FAVERO Luciane Benefiacutecios da utilizaccedilatildeo do brinquedo durante o cuidado de enfermagem prestado agrave crianccedila hospitalizada Rev Gaucha Enferm 31(2) 247-253 jun 2010 Disponiacutevel em lt httpwwwscielo
    • MAGNABOSCO Gisele TONELLI Ana Lucia Nascimento Fonseca SOUZA Sarah Nancy Deggau Hegeto de Abordagens no cuidado de enfermagem agrave crianccedila hospitalizada submetida a procedimentos uma revisatildeo de literatura Cogitare enferm 13(1) 103-108 jan-mar
    • MARTINS Maria do Rosaacuterio RIBEIRO Circeacutea Amalia BORBA Regina Issuzu Hirooka de and SILVA Conceiccedilatildeo Vieira daProtocolo de preparo da crianccedila preacute-escolar para punccedilatildeo venosa com utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico Rev Latino-Am Enfermagem [on
    • OLIVEIRA Maria Ivoneide Veriacutessimo de BEZERRA Maria Gorette Andrade PEREIRA Vanessa Ramos Cateterizaccedilatildeo venosa assistecircncia de enfermagem-UTI pediaacutetrica Rev da Rede de Enfermagem do Nordeste AbrJun de 2008 Disponiacutevel em lt httpwwwrevistar
    • PETERLINI Maria Angeacutelica Sorgini CHAUD Massae Noda and PEDREIRA Mavilde da L GOacuterfatildeos de terapia medicamentosa a administraccedilatildeo de medicamentos por via intravenosa em crianccedilas hospitalizadasRev Latino-Am Enfermagem [online] 2003 vol11 n
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    • PIMENTA Erika Acioli Gomes COLLET Neusa Dimensatildeo cuidadora da enfermagem e da famiacutelia na assistecircncia agrave crianccedila hospitalizada concepccedilotildees da enfermagem Rev esc enferm USP [online] 2009 vol43 n3 pp 622-629 Disponiacutevel em lt httpwwwscie
    • THOMAZINE Angeacutelica Malman PASSOS Rocircmulo Silva BAY JUacuteNIOR Osvaldo Goacutees COLLET Neusa OLIVEIRA Beatriz Rosana Gonccedilalves de Assistecircncia de enfermagem agrave crianccedila hospitalizada um resgate histoacuterico Ciˆnc cuid sapoundde 7(supl1) 145-152 maio 200
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        • CDD 61073
Page 36: UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE ESCOLA DE …app.uff.br/riuff/bitstream/1/3317/1/TCC Karina Rodrigues Fernandes.pdf · A punção venosa periférica é um procedimento essencial para

34

mesmos possam auxiliar Seguem abaixo as falas onde os profissionais ressaltaram a

importacircncia da orientaccedilatildeo do acompanhante

ldquoNem sempre a crianccedila vai entender o porque de estar com aquele acesso entatildeo tem que ter uma orientaccedilatildeo do acompanhanterdquo (Bela)

ldquoTem que haver orientaccedilatildeo do acompanhante para os cuidadosrdquo (Ariel)

ldquoAgraves vezes tem ate o exemplo de um pai que natildeo deixa trocar o acesso jaacute tinha mais de uma semana e ele natildeo queria que trocasse ai faz febre e natildeo sabe da onderdquo (Alice)

Para Souza e Oliveira (2010 p555) deve haver uma preocupaccedilatildeo em orientar

considerando que o outro natildeo tem nenhum tipo de conhecimento sobre o assunto Poreacutem

Queiroz e Jorge23

Apesar das dificuldades o profissional de enfermagem deve estabelecer um viacutenculo de

confianccedila com o acompanhante buscando sempre deixaacute-los ciente das situaccedilotildees e fazendo-os

participar dos cuidados plausiacuteveis sem causar nenhum dano agrave crianccedila e de maneira alguma

abandonar suas atribuiccedilotildees

(2004 apud SOUZA e OLIVEIRA 2010 p 556) ressaltam que apesar de os

profissionais terem intenccedilatildeo de orientar os cuidados para a sauacutede repassam conhecimentos

elaborados cientificamente dificultando a compreensatildeo do familiar aleacutem de a relaccedilatildeo se dar

de maneira vertical assimeacutetrica e coercitiva

23 Queiroz MVO Jorge MSB Accedilotildees educativas no cuidado infantil e intervenccedilotildees dos profissionais junto agraves famiacutelias Acta Scientiarum Maringaacute 2004 janjun 26(1) 27-34

35

CONCLUSAtildeO

Atraveacutes desse estudo foi possiacutevel descrever e analisar os cuidados que os profissionais

de enfermagem realizam acerca da permanecircncia do acesso venoso perifeacuterico Aleacutem disso a

realizaccedilatildeo da pesquisa permitiu identificar a desarticulaccedilatildeo do processo de enfermagem e a

praacutetica desconectada da produccedilatildeo cientiacutefica caracterizando a falta de uma educaccedilatildeo

continuada efetiva

A anaacutelise dos dados demonstra o processo de punccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico

ressaltando a importacircncia de cuidados como a seleccedilatildeo do local a diluiccedilatildeo da medicaccedilatildeo a

realizaccedilatildeo de uma boa fixaccedilatildeo a atenccedilatildeo com a velocidade de infusatildeo os cuidados com os

sinais de infecccedilatildeo e salinizaccedilatildeo do acesso natildeo deixando de salientar cuidados em desuso

como o uso da heparina da tala e duvidas em relaccedilatildeo ao tempo de permanecircncia Evidenciou

tambeacutem que a equipe de enfermagem delega alguns cuidados para os acompanhantes

Natildeo foi possiacutevel perceber o niacutevel de conhecimento cientiacutefico dos profissionais visto

que eles em nenhum momento por natildeo saberem ou por medo de se expor natildeo explicaram de

fato nenhum cuidado que disseram realizar Sempre citaram de forma superficial e direta

deixando claro tambeacutem que o pesquisador natildeo os indagou quanto a isso Poreacutem creio que

diante de cuidados tatildeo importantes e de frequente praacutetica os mesmos falariam facilmente

sobre os cuidados de enfermagem na permanecircncia do acesso venoso perifeacuterico

Apesar dos entrevistados citarem alguns fatores e cuidados realizados de forma

correta eacute visiacutevel que os mesmos realizam os cuidados com a punccedilatildeo e a permanencia do

acesso de forma automaacutetica sem unir a praacutetica com o fundamento do mesmo

Eacute importante destacar tambeacutem a importacircncia do preparo emocional da crianccedila como

tambeacutem os cuidados com a famiacutelia dos mesmos O trabalho de humanizaccedilatildeo realizado pela

36

enfermagem faz grande diferenccedila nessas situaccedilotildees visto que os pacientes e acompanhantes

tendo conhecimento do que seraacute realizado ficariam mais tranquilos

O estudo contribuiu para o campo do ensino nesta aacuterea dando destaque ao importante

papel que o profissional de enfermagem deve desempenhar no cuidado e na manutenccedilatildeo do

acesso venoso perifeacuterico Contudo vale ressaltar a importacircncia do incentivo ao profissional a

buscar na literatura natildeo soacute esclarecimento de suas duvidas mas tambeacutem novos

conhecimentos

Pode colaborar ainda para a realizaccedilatildeo de novas pesquisas na aacuterea procurando

eliminar duacutevidas e controveacutersias sobre o tema Buscando assim a realizaccedilatildeo de um cuidado de

enfermagem articulado e eficaz promovendo o bem-estar do paciente pediaacutetrico durante a

hospitalizaccedilatildeo

37

REFEREcircNCIAS

ARAUacuteJO Ana Paula Monteiro Baptista de Andrade As praacuteticas de cuidado agrave crianccedila com

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44

APEcircNDICE I

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO Tiacutetulo Do Projeto Os cuidados de enfermagem acerca dos acessos venosos perifeacutericos na unidade pediaacutetrica Pesquisador Responsaacutevel Rosane Cordeiro Burla de Aguiar Eny Dorea Paiva e Karina Rodrigues Fernandes Instituiccedilatildeo a que Pertence o Pesquisador Responsaacutevel Universidade Federal Fluminense Telefone para contato (21) 98355269 (21) 82392939 (21) 91786609 Nome do voluntaacuterio _________________________________________________________ Idade ________ anos RG ____________________________

AO Sr (a) estaacute sendo convidado (a) a participar do projeto de pesquisa OS CUIDADOS DE

ENFERMAGEM ACERCA DOS ACESSOS VENOSOS PERIFEacuteRICOS NA UNIDADE PEDIATRICA de

responsabilidade da pesquisadora Profordf Drordf Rosane Cordeiro Burla de Aguiar e Profordf Drordf Eny Dorea Paiva A

punccedilatildeo venosa perifeacuterica eacute um procedimento essencial durante a hospitalizaccedilatildeo da crianccedila visto que eacute atraveacutes

dela que eacute administrada grande parte das medicaccedilotildees Este estudo se justifica diante da importacircncia da

necessidade de um maior periacuteodo de permanecircncia dos acessos venosos perifeacutericos Com isso aleacutem da

diminuiccedilatildeo de eventos que causam dor e irritaccedilatildeo na crianccedila e na famiacutelia promoveraacute tambeacutem uma melhor estada

dos mesmos durante o periacuteodo de hospitalizaccedilatildeo Os objetivos da pesquisa satildeo 1) Descrever os fatores que

interferem na manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico de acordo com a equipe de enfermagem 2)Analisar os

cuidados da equipe de enfermagem na manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico A coleta de dados se daraacute

atraveacutes de entrevistas semi estruturadas que seratildeo gravadas As informaccedilotildees colhidas seratildeo tratadas de forma

anocircnima e confidencial ou seja em nenhum momento seratildeo divulgados o seu nome e somente os

pesquisadores teratildeo acesso agraves informaccedilotildees Os dados obtidos com a pesquisa poderatildeo ser publicados apenas com

fins cientiacuteficos Eles natildeo seratildeo utilizados para fins comerciais ou para outra finalidade qualquer Caso necessite

poderatildeo ser marcados encontros para respostas ou esclarecimentos de qualquer duacutevida acerca da pesquisa A sua

participaccedilatildeo eacute voluntaria e eacute importante lembrar que vocecirc poderaacute desistir de participar da pesquisa em qualquer

momento A entrevista seraacute marcada em um dia e horaacuterio que vocecirc achar melhor Seraacute realizada

individualmente em um ambiente que nos ofereccedila privacidade Esta pesquisa natildeo oferece riscos para vocecirc e os

benefiacutecios da sua participaccedilatildeo satildeo de aumentar o conhecimento cientiacutefico na aacuterea de Enfermagem Pediaacutetrica

aleacutem de contribuir para a praacutetica profissional Este documento seraacute elaborado em duas vias uma para vocecirc e a

outra seraacute arquivada pelo pesquisador

Eu_____________________________________________________________ RG no _____________________________ Declaro que apoacutes ter entendido o que me foi explicado consinto voluntariamente em participar do presente Protocolo de Pesquisa entendo ainda que posso retirar o meu consentimento a qualquer momento antes ou durante a realizaccedilatildeo do mesmo declaro ter sido informada(o) e concordo em participar como voluntaacuteria(o) da pesquisa acima descrita Rio de Janeiro_______de_______________de 20___ _____________________________ ________________________________

(Participante) Karina Rodrigues Fernandes (Responsaacutevel por obter o consentimento)

______________________________________ _______________________________________ (Testemunha) (Testemunha)

45

APEcircNDICE II

ROTEIRO PARA ENTREVISTA

1) O que vocecirc acha que pode levar a perda do acesso perifeacuterico

2) Para vocecirc o que eacute importante para manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico nas

crianccedilas

3) O que vocecirc acha que pode interferir na sua manutenccedilatildeo

4) Que medidas vocecirc adota no seu dia a dia para manter o acesso

5) Na sua vivencia profissional o que vocecirc discorda dos cuidados que geralmente satildeo

utilizados para manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico

46

ANEXO

47

48

  • KARINA RODRIGUES FERNANDES
    • COA Thatiana Fernanda PETTENGILL Myriam Aparecida Mandetta Autonomia da crianccedila hospitalizada frente aos procedimentos crenccedilas da enfermeira pediatra Acta paul enferm 19(4) 433-438 out-dez 2006 Disponiacutevel em lt wwwscielobrscielophpscr
    • JANSEN Michele Ferraz SANTOS Rosane Maria dos FAVERO Luciane Benefiacutecios da utilizaccedilatildeo do brinquedo durante o cuidado de enfermagem prestado agrave crianccedila hospitalizada Rev Gaucha Enferm 31(2) 247-253 jun 2010 Disponiacutevel em lt httpwwwscielo
    • MAGNABOSCO Gisele TONELLI Ana Lucia Nascimento Fonseca SOUZA Sarah Nancy Deggau Hegeto de Abordagens no cuidado de enfermagem agrave crianccedila hospitalizada submetida a procedimentos uma revisatildeo de literatura Cogitare enferm 13(1) 103-108 jan-mar
    • MARTINS Maria do Rosaacuterio RIBEIRO Circeacutea Amalia BORBA Regina Issuzu Hirooka de and SILVA Conceiccedilatildeo Vieira daProtocolo de preparo da crianccedila preacute-escolar para punccedilatildeo venosa com utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico Rev Latino-Am Enfermagem [on
    • OLIVEIRA Maria Ivoneide Veriacutessimo de BEZERRA Maria Gorette Andrade PEREIRA Vanessa Ramos Cateterizaccedilatildeo venosa assistecircncia de enfermagem-UTI pediaacutetrica Rev da Rede de Enfermagem do Nordeste AbrJun de 2008 Disponiacutevel em lt httpwwwrevistar
    • PETERLINI Maria Angeacutelica Sorgini CHAUD Massae Noda and PEDREIRA Mavilde da L GOacuterfatildeos de terapia medicamentosa a administraccedilatildeo de medicamentos por via intravenosa em crianccedilas hospitalizadasRev Latino-Am Enfermagem [online] 2003 vol11 n
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Page 37: UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE ESCOLA DE …app.uff.br/riuff/bitstream/1/3317/1/TCC Karina Rodrigues Fernandes.pdf · A punção venosa periférica é um procedimento essencial para

35

CONCLUSAtildeO

Atraveacutes desse estudo foi possiacutevel descrever e analisar os cuidados que os profissionais

de enfermagem realizam acerca da permanecircncia do acesso venoso perifeacuterico Aleacutem disso a

realizaccedilatildeo da pesquisa permitiu identificar a desarticulaccedilatildeo do processo de enfermagem e a

praacutetica desconectada da produccedilatildeo cientiacutefica caracterizando a falta de uma educaccedilatildeo

continuada efetiva

A anaacutelise dos dados demonstra o processo de punccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico

ressaltando a importacircncia de cuidados como a seleccedilatildeo do local a diluiccedilatildeo da medicaccedilatildeo a

realizaccedilatildeo de uma boa fixaccedilatildeo a atenccedilatildeo com a velocidade de infusatildeo os cuidados com os

sinais de infecccedilatildeo e salinizaccedilatildeo do acesso natildeo deixando de salientar cuidados em desuso

como o uso da heparina da tala e duvidas em relaccedilatildeo ao tempo de permanecircncia Evidenciou

tambeacutem que a equipe de enfermagem delega alguns cuidados para os acompanhantes

Natildeo foi possiacutevel perceber o niacutevel de conhecimento cientiacutefico dos profissionais visto

que eles em nenhum momento por natildeo saberem ou por medo de se expor natildeo explicaram de

fato nenhum cuidado que disseram realizar Sempre citaram de forma superficial e direta

deixando claro tambeacutem que o pesquisador natildeo os indagou quanto a isso Poreacutem creio que

diante de cuidados tatildeo importantes e de frequente praacutetica os mesmos falariam facilmente

sobre os cuidados de enfermagem na permanecircncia do acesso venoso perifeacuterico

Apesar dos entrevistados citarem alguns fatores e cuidados realizados de forma

correta eacute visiacutevel que os mesmos realizam os cuidados com a punccedilatildeo e a permanencia do

acesso de forma automaacutetica sem unir a praacutetica com o fundamento do mesmo

Eacute importante destacar tambeacutem a importacircncia do preparo emocional da crianccedila como

tambeacutem os cuidados com a famiacutelia dos mesmos O trabalho de humanizaccedilatildeo realizado pela

36

enfermagem faz grande diferenccedila nessas situaccedilotildees visto que os pacientes e acompanhantes

tendo conhecimento do que seraacute realizado ficariam mais tranquilos

O estudo contribuiu para o campo do ensino nesta aacuterea dando destaque ao importante

papel que o profissional de enfermagem deve desempenhar no cuidado e na manutenccedilatildeo do

acesso venoso perifeacuterico Contudo vale ressaltar a importacircncia do incentivo ao profissional a

buscar na literatura natildeo soacute esclarecimento de suas duvidas mas tambeacutem novos

conhecimentos

Pode colaborar ainda para a realizaccedilatildeo de novas pesquisas na aacuterea procurando

eliminar duacutevidas e controveacutersias sobre o tema Buscando assim a realizaccedilatildeo de um cuidado de

enfermagem articulado e eficaz promovendo o bem-estar do paciente pediaacutetrico durante a

hospitalizaccedilatildeo

37

REFEREcircNCIAS

ARAUacuteJO Ana Paula Monteiro Baptista de Andrade As praacuteticas de cuidado agrave crianccedila com

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THOMAZINE Angeacutelica Malman PASSOS Rocircmulo Silva BAY JUacuteNIOR Osvaldo Goacutees

COLLET Neusa OLIVEIRA Beatriz Rosana Gonccedilalves de Assistecircncia de enfermagem agrave

crianccedila hospitalizada um resgate histoacuterico Ciˆnc cuid sapoundde 7(supl1) 145-152 maio 2008

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em 01 de julho de 2013

44

APEcircNDICE I

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO Tiacutetulo Do Projeto Os cuidados de enfermagem acerca dos acessos venosos perifeacutericos na unidade pediaacutetrica Pesquisador Responsaacutevel Rosane Cordeiro Burla de Aguiar Eny Dorea Paiva e Karina Rodrigues Fernandes Instituiccedilatildeo a que Pertence o Pesquisador Responsaacutevel Universidade Federal Fluminense Telefone para contato (21) 98355269 (21) 82392939 (21) 91786609 Nome do voluntaacuterio _________________________________________________________ Idade ________ anos RG ____________________________

AO Sr (a) estaacute sendo convidado (a) a participar do projeto de pesquisa OS CUIDADOS DE

ENFERMAGEM ACERCA DOS ACESSOS VENOSOS PERIFEacuteRICOS NA UNIDADE PEDIATRICA de

responsabilidade da pesquisadora Profordf Drordf Rosane Cordeiro Burla de Aguiar e Profordf Drordf Eny Dorea Paiva A

punccedilatildeo venosa perifeacuterica eacute um procedimento essencial durante a hospitalizaccedilatildeo da crianccedila visto que eacute atraveacutes

dela que eacute administrada grande parte das medicaccedilotildees Este estudo se justifica diante da importacircncia da

necessidade de um maior periacuteodo de permanecircncia dos acessos venosos perifeacutericos Com isso aleacutem da

diminuiccedilatildeo de eventos que causam dor e irritaccedilatildeo na crianccedila e na famiacutelia promoveraacute tambeacutem uma melhor estada

dos mesmos durante o periacuteodo de hospitalizaccedilatildeo Os objetivos da pesquisa satildeo 1) Descrever os fatores que

interferem na manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico de acordo com a equipe de enfermagem 2)Analisar os

cuidados da equipe de enfermagem na manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico A coleta de dados se daraacute

atraveacutes de entrevistas semi estruturadas que seratildeo gravadas As informaccedilotildees colhidas seratildeo tratadas de forma

anocircnima e confidencial ou seja em nenhum momento seratildeo divulgados o seu nome e somente os

pesquisadores teratildeo acesso agraves informaccedilotildees Os dados obtidos com a pesquisa poderatildeo ser publicados apenas com

fins cientiacuteficos Eles natildeo seratildeo utilizados para fins comerciais ou para outra finalidade qualquer Caso necessite

poderatildeo ser marcados encontros para respostas ou esclarecimentos de qualquer duacutevida acerca da pesquisa A sua

participaccedilatildeo eacute voluntaria e eacute importante lembrar que vocecirc poderaacute desistir de participar da pesquisa em qualquer

momento A entrevista seraacute marcada em um dia e horaacuterio que vocecirc achar melhor Seraacute realizada

individualmente em um ambiente que nos ofereccedila privacidade Esta pesquisa natildeo oferece riscos para vocecirc e os

benefiacutecios da sua participaccedilatildeo satildeo de aumentar o conhecimento cientiacutefico na aacuterea de Enfermagem Pediaacutetrica

aleacutem de contribuir para a praacutetica profissional Este documento seraacute elaborado em duas vias uma para vocecirc e a

outra seraacute arquivada pelo pesquisador

Eu_____________________________________________________________ RG no _____________________________ Declaro que apoacutes ter entendido o que me foi explicado consinto voluntariamente em participar do presente Protocolo de Pesquisa entendo ainda que posso retirar o meu consentimento a qualquer momento antes ou durante a realizaccedilatildeo do mesmo declaro ter sido informada(o) e concordo em participar como voluntaacuteria(o) da pesquisa acima descrita Rio de Janeiro_______de_______________de 20___ _____________________________ ________________________________

(Participante) Karina Rodrigues Fernandes (Responsaacutevel por obter o consentimento)

______________________________________ _______________________________________ (Testemunha) (Testemunha)

45

APEcircNDICE II

ROTEIRO PARA ENTREVISTA

1) O que vocecirc acha que pode levar a perda do acesso perifeacuterico

2) Para vocecirc o que eacute importante para manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico nas

crianccedilas

3) O que vocecirc acha que pode interferir na sua manutenccedilatildeo

4) Que medidas vocecirc adota no seu dia a dia para manter o acesso

5) Na sua vivencia profissional o que vocecirc discorda dos cuidados que geralmente satildeo

utilizados para manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico

46

ANEXO

47

48

  • KARINA RODRIGUES FERNANDES
    • COA Thatiana Fernanda PETTENGILL Myriam Aparecida Mandetta Autonomia da crianccedila hospitalizada frente aos procedimentos crenccedilas da enfermeira pediatra Acta paul enferm 19(4) 433-438 out-dez 2006 Disponiacutevel em lt wwwscielobrscielophpscr
    • JANSEN Michele Ferraz SANTOS Rosane Maria dos FAVERO Luciane Benefiacutecios da utilizaccedilatildeo do brinquedo durante o cuidado de enfermagem prestado agrave crianccedila hospitalizada Rev Gaucha Enferm 31(2) 247-253 jun 2010 Disponiacutevel em lt httpwwwscielo
    • MAGNABOSCO Gisele TONELLI Ana Lucia Nascimento Fonseca SOUZA Sarah Nancy Deggau Hegeto de Abordagens no cuidado de enfermagem agrave crianccedila hospitalizada submetida a procedimentos uma revisatildeo de literatura Cogitare enferm 13(1) 103-108 jan-mar
    • MARTINS Maria do Rosaacuterio RIBEIRO Circeacutea Amalia BORBA Regina Issuzu Hirooka de and SILVA Conceiccedilatildeo Vieira daProtocolo de preparo da crianccedila preacute-escolar para punccedilatildeo venosa com utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico Rev Latino-Am Enfermagem [on
    • OLIVEIRA Maria Ivoneide Veriacutessimo de BEZERRA Maria Gorette Andrade PEREIRA Vanessa Ramos Cateterizaccedilatildeo venosa assistecircncia de enfermagem-UTI pediaacutetrica Rev da Rede de Enfermagem do Nordeste AbrJun de 2008 Disponiacutevel em lt httpwwwrevistar
    • PETERLINI Maria Angeacutelica Sorgini CHAUD Massae Noda and PEDREIRA Mavilde da L GOacuterfatildeos de terapia medicamentosa a administraccedilatildeo de medicamentos por via intravenosa em crianccedilas hospitalizadasRev Latino-Am Enfermagem [online] 2003 vol11 n
    • PETERLINI Maria Angeacutelica Sorgini CHAUD Massae Noda PEDREIRA Mavilde L G Incompatibilidade entre faacutermacos e materiais de cateteres e acessoacuterios da terapia intravenosa Online braz j nurs (Online) 5(3)2006 Disponiacutevel em lt httpwwwobjnursi
    • PIMENTA Erika Acioli Gomes COLLET Neusa Dimensatildeo cuidadora da enfermagem e da famiacutelia na assistecircncia agrave crianccedila hospitalizada concepccedilotildees da enfermagem Rev esc enferm USP [online] 2009 vol43 n3 pp 622-629 Disponiacutevel em lt httpwwwscie
    • THOMAZINE Angeacutelica Malman PASSOS Rocircmulo Silva BAY JUacuteNIOR Osvaldo Goacutees COLLET Neusa OLIVEIRA Beatriz Rosana Gonccedilalves de Assistecircncia de enfermagem agrave crianccedila hospitalizada um resgate histoacuterico Ciˆnc cuid sapoundde 7(supl1) 145-152 maio 200
      • F 363 Fernandes Karina Rodrigues
      • Os cuidados de enfermagem acerca dos acessos venosos perifeacutericos na unidade pediaacutetrica Karina Rodrigues Fernandes ndash Niteroacutei [sn] 2014
        • CDD 61073
Page 38: UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE ESCOLA DE …app.uff.br/riuff/bitstream/1/3317/1/TCC Karina Rodrigues Fernandes.pdf · A punção venosa periférica é um procedimento essencial para

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enfermagem faz grande diferenccedila nessas situaccedilotildees visto que os pacientes e acompanhantes

tendo conhecimento do que seraacute realizado ficariam mais tranquilos

O estudo contribuiu para o campo do ensino nesta aacuterea dando destaque ao importante

papel que o profissional de enfermagem deve desempenhar no cuidado e na manutenccedilatildeo do

acesso venoso perifeacuterico Contudo vale ressaltar a importacircncia do incentivo ao profissional a

buscar na literatura natildeo soacute esclarecimento de suas duvidas mas tambeacutem novos

conhecimentos

Pode colaborar ainda para a realizaccedilatildeo de novas pesquisas na aacuterea procurando

eliminar duacutevidas e controveacutersias sobre o tema Buscando assim a realizaccedilatildeo de um cuidado de

enfermagem articulado e eficaz promovendo o bem-estar do paciente pediaacutetrico durante a

hospitalizaccedilatildeo

37

REFEREcircNCIAS

ARAUacuteJO Ana Paula Monteiro Baptista de Andrade As praacuteticas de cuidado agrave crianccedila com

cateter venoso perifeacuterico e seus reflexos na interaccedilatildeo enfermeiro-familiar Dissertaccedilatildeo

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MACHADO Ariane Ferreira PEDREIRA Mavilde L G CHAUD Massae Noda Estudo

prospectivo randomizado e controlado sobre o tempo de permanecircncia de cateteres venosos

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MAGEROTE Nelissa de Paula Magerote LIMA Maria Helena de Melo SILVA Juliana

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MARTINS Maria do Rosaacuterio RIBEIRO Circeacutea Amalia BORBA Regina Issuzu Hirooka de

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MARTINS Kelly Araujo TIPPLE Anaclara Ferreira Veiga SOUZA Adeniacutecia Custoacutedia

Silva e BARRETO Regiane Aparecida dos Santos Soares SIQUEIRA Karina Machado

BARBOSA Jackeline Maciel Adesatildeo agraves medidas de prevenccedilatildeo e controle de infecccedilatildeo de

acesso vascular perifeacuterico pelos profissionais da equipe de enfermagem Ciˆnc cuid sapoundde

41

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MARTINS Tathiana S S SILVINO Zenith Rosa DIAS Leandro Silva Perfil da terapia

intravenosa pediaacutetrica em um hospital universitaacuterio e associaccedilatildeo com a ocorrecircncia de falhas

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MENDONCcedilA Katiane Martins NEVES Heliny Carneiro Cunha BARBOSA Divina

Fernandes Silva SOUZA Adeniacutecia Custoacutedia Silva e TIPPLE Anaclara Ferreira Veiga

PRADO Marineacutesia Aparecida do Atuaccedilatildeo da enfermagem na prevenccedilatildeo e controle de

infecccedilatildeo de corrente sanguiacutenea relacionada a cateter Rev enferm UERJ 19(2) 330-333

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MINAYO Maria Ceciacutelia de Souza O desafio do conhecimento pesquisa qualitativa em

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MODES Prtscilla Shiacuterley Siacutenfak dos Anjos GAIacuteVA Maria Aparecida Munhoz ROSA

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NEGRI Daniela Cavalcante de AVELAR Ariane Ferreira Machado ANDREONI Solange

PEDREIRA Mavilde da Luz Gonccedilalvez Fatores predisponentes para insucesso da punccedilatildeo

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THOMAZINE Angeacutelica Malman PASSOS Rocircmulo Silva BAY JUacuteNIOR Osvaldo Goacutees

COLLET Neusa OLIVEIRA Beatriz Rosana Gonccedilalves de Assistecircncia de enfermagem agrave

crianccedila hospitalizada um resgate histoacuterico Ciˆnc cuid sapoundde 7(supl1) 145-152 maio 2008

Disponiacutevel em lt httpwwwperiodicosuembrojsindexphpCiencCuidSaudearticleview65873899 Acesso

em 01 de julho de 2013

44

APEcircNDICE I

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO Tiacutetulo Do Projeto Os cuidados de enfermagem acerca dos acessos venosos perifeacutericos na unidade pediaacutetrica Pesquisador Responsaacutevel Rosane Cordeiro Burla de Aguiar Eny Dorea Paiva e Karina Rodrigues Fernandes Instituiccedilatildeo a que Pertence o Pesquisador Responsaacutevel Universidade Federal Fluminense Telefone para contato (21) 98355269 (21) 82392939 (21) 91786609 Nome do voluntaacuterio _________________________________________________________ Idade ________ anos RG ____________________________

AO Sr (a) estaacute sendo convidado (a) a participar do projeto de pesquisa OS CUIDADOS DE

ENFERMAGEM ACERCA DOS ACESSOS VENOSOS PERIFEacuteRICOS NA UNIDADE PEDIATRICA de

responsabilidade da pesquisadora Profordf Drordf Rosane Cordeiro Burla de Aguiar e Profordf Drordf Eny Dorea Paiva A

punccedilatildeo venosa perifeacuterica eacute um procedimento essencial durante a hospitalizaccedilatildeo da crianccedila visto que eacute atraveacutes

dela que eacute administrada grande parte das medicaccedilotildees Este estudo se justifica diante da importacircncia da

necessidade de um maior periacuteodo de permanecircncia dos acessos venosos perifeacutericos Com isso aleacutem da

diminuiccedilatildeo de eventos que causam dor e irritaccedilatildeo na crianccedila e na famiacutelia promoveraacute tambeacutem uma melhor estada

dos mesmos durante o periacuteodo de hospitalizaccedilatildeo Os objetivos da pesquisa satildeo 1) Descrever os fatores que

interferem na manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico de acordo com a equipe de enfermagem 2)Analisar os

cuidados da equipe de enfermagem na manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico A coleta de dados se daraacute

atraveacutes de entrevistas semi estruturadas que seratildeo gravadas As informaccedilotildees colhidas seratildeo tratadas de forma

anocircnima e confidencial ou seja em nenhum momento seratildeo divulgados o seu nome e somente os

pesquisadores teratildeo acesso agraves informaccedilotildees Os dados obtidos com a pesquisa poderatildeo ser publicados apenas com

fins cientiacuteficos Eles natildeo seratildeo utilizados para fins comerciais ou para outra finalidade qualquer Caso necessite

poderatildeo ser marcados encontros para respostas ou esclarecimentos de qualquer duacutevida acerca da pesquisa A sua

participaccedilatildeo eacute voluntaria e eacute importante lembrar que vocecirc poderaacute desistir de participar da pesquisa em qualquer

momento A entrevista seraacute marcada em um dia e horaacuterio que vocecirc achar melhor Seraacute realizada

individualmente em um ambiente que nos ofereccedila privacidade Esta pesquisa natildeo oferece riscos para vocecirc e os

benefiacutecios da sua participaccedilatildeo satildeo de aumentar o conhecimento cientiacutefico na aacuterea de Enfermagem Pediaacutetrica

aleacutem de contribuir para a praacutetica profissional Este documento seraacute elaborado em duas vias uma para vocecirc e a

outra seraacute arquivada pelo pesquisador

Eu_____________________________________________________________ RG no _____________________________ Declaro que apoacutes ter entendido o que me foi explicado consinto voluntariamente em participar do presente Protocolo de Pesquisa entendo ainda que posso retirar o meu consentimento a qualquer momento antes ou durante a realizaccedilatildeo do mesmo declaro ter sido informada(o) e concordo em participar como voluntaacuteria(o) da pesquisa acima descrita Rio de Janeiro_______de_______________de 20___ _____________________________ ________________________________

(Participante) Karina Rodrigues Fernandes (Responsaacutevel por obter o consentimento)

______________________________________ _______________________________________ (Testemunha) (Testemunha)

45

APEcircNDICE II

ROTEIRO PARA ENTREVISTA

1) O que vocecirc acha que pode levar a perda do acesso perifeacuterico

2) Para vocecirc o que eacute importante para manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico nas

crianccedilas

3) O que vocecirc acha que pode interferir na sua manutenccedilatildeo

4) Que medidas vocecirc adota no seu dia a dia para manter o acesso

5) Na sua vivencia profissional o que vocecirc discorda dos cuidados que geralmente satildeo

utilizados para manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico

46

ANEXO

47

48

  • KARINA RODRIGUES FERNANDES
    • COA Thatiana Fernanda PETTENGILL Myriam Aparecida Mandetta Autonomia da crianccedila hospitalizada frente aos procedimentos crenccedilas da enfermeira pediatra Acta paul enferm 19(4) 433-438 out-dez 2006 Disponiacutevel em lt wwwscielobrscielophpscr
    • JANSEN Michele Ferraz SANTOS Rosane Maria dos FAVERO Luciane Benefiacutecios da utilizaccedilatildeo do brinquedo durante o cuidado de enfermagem prestado agrave crianccedila hospitalizada Rev Gaucha Enferm 31(2) 247-253 jun 2010 Disponiacutevel em lt httpwwwscielo
    • MAGNABOSCO Gisele TONELLI Ana Lucia Nascimento Fonseca SOUZA Sarah Nancy Deggau Hegeto de Abordagens no cuidado de enfermagem agrave crianccedila hospitalizada submetida a procedimentos uma revisatildeo de literatura Cogitare enferm 13(1) 103-108 jan-mar
    • MARTINS Maria do Rosaacuterio RIBEIRO Circeacutea Amalia BORBA Regina Issuzu Hirooka de and SILVA Conceiccedilatildeo Vieira daProtocolo de preparo da crianccedila preacute-escolar para punccedilatildeo venosa com utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico Rev Latino-Am Enfermagem [on
    • OLIVEIRA Maria Ivoneide Veriacutessimo de BEZERRA Maria Gorette Andrade PEREIRA Vanessa Ramos Cateterizaccedilatildeo venosa assistecircncia de enfermagem-UTI pediaacutetrica Rev da Rede de Enfermagem do Nordeste AbrJun de 2008 Disponiacutevel em lt httpwwwrevistar
    • PETERLINI Maria Angeacutelica Sorgini CHAUD Massae Noda and PEDREIRA Mavilde da L GOacuterfatildeos de terapia medicamentosa a administraccedilatildeo de medicamentos por via intravenosa em crianccedilas hospitalizadasRev Latino-Am Enfermagem [online] 2003 vol11 n
    • PETERLINI Maria Angeacutelica Sorgini CHAUD Massae Noda PEDREIRA Mavilde L G Incompatibilidade entre faacutermacos e materiais de cateteres e acessoacuterios da terapia intravenosa Online braz j nurs (Online) 5(3)2006 Disponiacutevel em lt httpwwwobjnursi
    • PIMENTA Erika Acioli Gomes COLLET Neusa Dimensatildeo cuidadora da enfermagem e da famiacutelia na assistecircncia agrave crianccedila hospitalizada concepccedilotildees da enfermagem Rev esc enferm USP [online] 2009 vol43 n3 pp 622-629 Disponiacutevel em lt httpwwwscie
    • THOMAZINE Angeacutelica Malman PASSOS Rocircmulo Silva BAY JUacuteNIOR Osvaldo Goacutees COLLET Neusa OLIVEIRA Beatriz Rosana Gonccedilalves de Assistecircncia de enfermagem agrave crianccedila hospitalizada um resgate histoacuterico Ciˆnc cuid sapoundde 7(supl1) 145-152 maio 200
      • F 363 Fernandes Karina Rodrigues
      • Os cuidados de enfermagem acerca dos acessos venosos perifeacutericos na unidade pediaacutetrica Karina Rodrigues Fernandes ndash Niteroacutei [sn] 2014
        • CDD 61073
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REFEREcircNCIAS

ARAUacuteJO Ana Paula Monteiro Baptista de Andrade As praacuteticas de cuidado agrave crianccedila com

cateter venoso perifeacuterico e seus reflexos na interaccedilatildeo enfermeiro-familiar Dissertaccedilatildeo

(Mestrado em Enfermagem) Universidade do Estado do Rio de Janeiro Faculdade de

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BATALHA Luis Manuel Cunha COSTA Luiacutesa Paula Santos ALMEIDA Dulce Maria

Gomes de LOURENCcedilO Patriacutecia Adriana Almeida GONCcedilALVES Ameacutelia Maria Ferreira

Maia TEIXEIRA Ana Cristina Guerra Fixaccedilatildeo de cateteres venosos perifeacutericos em crianccedilas

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44

APEcircNDICE I

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO Tiacutetulo Do Projeto Os cuidados de enfermagem acerca dos acessos venosos perifeacutericos na unidade pediaacutetrica Pesquisador Responsaacutevel Rosane Cordeiro Burla de Aguiar Eny Dorea Paiva e Karina Rodrigues Fernandes Instituiccedilatildeo a que Pertence o Pesquisador Responsaacutevel Universidade Federal Fluminense Telefone para contato (21) 98355269 (21) 82392939 (21) 91786609 Nome do voluntaacuterio _________________________________________________________ Idade ________ anos RG ____________________________

AO Sr (a) estaacute sendo convidado (a) a participar do projeto de pesquisa OS CUIDADOS DE

ENFERMAGEM ACERCA DOS ACESSOS VENOSOS PERIFEacuteRICOS NA UNIDADE PEDIATRICA de

responsabilidade da pesquisadora Profordf Drordf Rosane Cordeiro Burla de Aguiar e Profordf Drordf Eny Dorea Paiva A

punccedilatildeo venosa perifeacuterica eacute um procedimento essencial durante a hospitalizaccedilatildeo da crianccedila visto que eacute atraveacutes

dela que eacute administrada grande parte das medicaccedilotildees Este estudo se justifica diante da importacircncia da

necessidade de um maior periacuteodo de permanecircncia dos acessos venosos perifeacutericos Com isso aleacutem da

diminuiccedilatildeo de eventos que causam dor e irritaccedilatildeo na crianccedila e na famiacutelia promoveraacute tambeacutem uma melhor estada

dos mesmos durante o periacuteodo de hospitalizaccedilatildeo Os objetivos da pesquisa satildeo 1) Descrever os fatores que

interferem na manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico de acordo com a equipe de enfermagem 2)Analisar os

cuidados da equipe de enfermagem na manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico A coleta de dados se daraacute

atraveacutes de entrevistas semi estruturadas que seratildeo gravadas As informaccedilotildees colhidas seratildeo tratadas de forma

anocircnima e confidencial ou seja em nenhum momento seratildeo divulgados o seu nome e somente os

pesquisadores teratildeo acesso agraves informaccedilotildees Os dados obtidos com a pesquisa poderatildeo ser publicados apenas com

fins cientiacuteficos Eles natildeo seratildeo utilizados para fins comerciais ou para outra finalidade qualquer Caso necessite

poderatildeo ser marcados encontros para respostas ou esclarecimentos de qualquer duacutevida acerca da pesquisa A sua

participaccedilatildeo eacute voluntaria e eacute importante lembrar que vocecirc poderaacute desistir de participar da pesquisa em qualquer

momento A entrevista seraacute marcada em um dia e horaacuterio que vocecirc achar melhor Seraacute realizada

individualmente em um ambiente que nos ofereccedila privacidade Esta pesquisa natildeo oferece riscos para vocecirc e os

benefiacutecios da sua participaccedilatildeo satildeo de aumentar o conhecimento cientiacutefico na aacuterea de Enfermagem Pediaacutetrica

aleacutem de contribuir para a praacutetica profissional Este documento seraacute elaborado em duas vias uma para vocecirc e a

outra seraacute arquivada pelo pesquisador

Eu_____________________________________________________________ RG no _____________________________ Declaro que apoacutes ter entendido o que me foi explicado consinto voluntariamente em participar do presente Protocolo de Pesquisa entendo ainda que posso retirar o meu consentimento a qualquer momento antes ou durante a realizaccedilatildeo do mesmo declaro ter sido informada(o) e concordo em participar como voluntaacuteria(o) da pesquisa acima descrita Rio de Janeiro_______de_______________de 20___ _____________________________ ________________________________

(Participante) Karina Rodrigues Fernandes (Responsaacutevel por obter o consentimento)

______________________________________ _______________________________________ (Testemunha) (Testemunha)

45

APEcircNDICE II

ROTEIRO PARA ENTREVISTA

1) O que vocecirc acha que pode levar a perda do acesso perifeacuterico

2) Para vocecirc o que eacute importante para manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico nas

crianccedilas

3) O que vocecirc acha que pode interferir na sua manutenccedilatildeo

4) Que medidas vocecirc adota no seu dia a dia para manter o acesso

5) Na sua vivencia profissional o que vocecirc discorda dos cuidados que geralmente satildeo

utilizados para manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico

46

ANEXO

47

48

  • KARINA RODRIGUES FERNANDES
    • COA Thatiana Fernanda PETTENGILL Myriam Aparecida Mandetta Autonomia da crianccedila hospitalizada frente aos procedimentos crenccedilas da enfermeira pediatra Acta paul enferm 19(4) 433-438 out-dez 2006 Disponiacutevel em lt wwwscielobrscielophpscr
    • JANSEN Michele Ferraz SANTOS Rosane Maria dos FAVERO Luciane Benefiacutecios da utilizaccedilatildeo do brinquedo durante o cuidado de enfermagem prestado agrave crianccedila hospitalizada Rev Gaucha Enferm 31(2) 247-253 jun 2010 Disponiacutevel em lt httpwwwscielo
    • MAGNABOSCO Gisele TONELLI Ana Lucia Nascimento Fonseca SOUZA Sarah Nancy Deggau Hegeto de Abordagens no cuidado de enfermagem agrave crianccedila hospitalizada submetida a procedimentos uma revisatildeo de literatura Cogitare enferm 13(1) 103-108 jan-mar
    • MARTINS Maria do Rosaacuterio RIBEIRO Circeacutea Amalia BORBA Regina Issuzu Hirooka de and SILVA Conceiccedilatildeo Vieira daProtocolo de preparo da crianccedila preacute-escolar para punccedilatildeo venosa com utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico Rev Latino-Am Enfermagem [on
    • OLIVEIRA Maria Ivoneide Veriacutessimo de BEZERRA Maria Gorette Andrade PEREIRA Vanessa Ramos Cateterizaccedilatildeo venosa assistecircncia de enfermagem-UTI pediaacutetrica Rev da Rede de Enfermagem do Nordeste AbrJun de 2008 Disponiacutevel em lt httpwwwrevistar
    • PETERLINI Maria Angeacutelica Sorgini CHAUD Massae Noda and PEDREIRA Mavilde da L GOacuterfatildeos de terapia medicamentosa a administraccedilatildeo de medicamentos por via intravenosa em crianccedilas hospitalizadasRev Latino-Am Enfermagem [online] 2003 vol11 n
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    • PIMENTA Erika Acioli Gomes COLLET Neusa Dimensatildeo cuidadora da enfermagem e da famiacutelia na assistecircncia agrave crianccedila hospitalizada concepccedilotildees da enfermagem Rev esc enferm USP [online] 2009 vol43 n3 pp 622-629 Disponiacutevel em lt httpwwwscie
    • THOMAZINE Angeacutelica Malman PASSOS Rocircmulo Silva BAY JUacuteNIOR Osvaldo Goacutees COLLET Neusa OLIVEIRA Beatriz Rosana Gonccedilalves de Assistecircncia de enfermagem agrave crianccedila hospitalizada um resgate histoacuterico Ciˆnc cuid sapoundde 7(supl1) 145-152 maio 200
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THOMAZINE Angeacutelica Malman PASSOS Rocircmulo Silva BAY JUacuteNIOR Osvaldo Goacutees

COLLET Neusa OLIVEIRA Beatriz Rosana Gonccedilalves de Assistecircncia de enfermagem agrave

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44

APEcircNDICE I

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO Tiacutetulo Do Projeto Os cuidados de enfermagem acerca dos acessos venosos perifeacutericos na unidade pediaacutetrica Pesquisador Responsaacutevel Rosane Cordeiro Burla de Aguiar Eny Dorea Paiva e Karina Rodrigues Fernandes Instituiccedilatildeo a que Pertence o Pesquisador Responsaacutevel Universidade Federal Fluminense Telefone para contato (21) 98355269 (21) 82392939 (21) 91786609 Nome do voluntaacuterio _________________________________________________________ Idade ________ anos RG ____________________________

AO Sr (a) estaacute sendo convidado (a) a participar do projeto de pesquisa OS CUIDADOS DE

ENFERMAGEM ACERCA DOS ACESSOS VENOSOS PERIFEacuteRICOS NA UNIDADE PEDIATRICA de

responsabilidade da pesquisadora Profordf Drordf Rosane Cordeiro Burla de Aguiar e Profordf Drordf Eny Dorea Paiva A

punccedilatildeo venosa perifeacuterica eacute um procedimento essencial durante a hospitalizaccedilatildeo da crianccedila visto que eacute atraveacutes

dela que eacute administrada grande parte das medicaccedilotildees Este estudo se justifica diante da importacircncia da

necessidade de um maior periacuteodo de permanecircncia dos acessos venosos perifeacutericos Com isso aleacutem da

diminuiccedilatildeo de eventos que causam dor e irritaccedilatildeo na crianccedila e na famiacutelia promoveraacute tambeacutem uma melhor estada

dos mesmos durante o periacuteodo de hospitalizaccedilatildeo Os objetivos da pesquisa satildeo 1) Descrever os fatores que

interferem na manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico de acordo com a equipe de enfermagem 2)Analisar os

cuidados da equipe de enfermagem na manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico A coleta de dados se daraacute

atraveacutes de entrevistas semi estruturadas que seratildeo gravadas As informaccedilotildees colhidas seratildeo tratadas de forma

anocircnima e confidencial ou seja em nenhum momento seratildeo divulgados o seu nome e somente os

pesquisadores teratildeo acesso agraves informaccedilotildees Os dados obtidos com a pesquisa poderatildeo ser publicados apenas com

fins cientiacuteficos Eles natildeo seratildeo utilizados para fins comerciais ou para outra finalidade qualquer Caso necessite

poderatildeo ser marcados encontros para respostas ou esclarecimentos de qualquer duacutevida acerca da pesquisa A sua

participaccedilatildeo eacute voluntaria e eacute importante lembrar que vocecirc poderaacute desistir de participar da pesquisa em qualquer

momento A entrevista seraacute marcada em um dia e horaacuterio que vocecirc achar melhor Seraacute realizada

individualmente em um ambiente que nos ofereccedila privacidade Esta pesquisa natildeo oferece riscos para vocecirc e os

benefiacutecios da sua participaccedilatildeo satildeo de aumentar o conhecimento cientiacutefico na aacuterea de Enfermagem Pediaacutetrica

aleacutem de contribuir para a praacutetica profissional Este documento seraacute elaborado em duas vias uma para vocecirc e a

outra seraacute arquivada pelo pesquisador

Eu_____________________________________________________________ RG no _____________________________ Declaro que apoacutes ter entendido o que me foi explicado consinto voluntariamente em participar do presente Protocolo de Pesquisa entendo ainda que posso retirar o meu consentimento a qualquer momento antes ou durante a realizaccedilatildeo do mesmo declaro ter sido informada(o) e concordo em participar como voluntaacuteria(o) da pesquisa acima descrita Rio de Janeiro_______de_______________de 20___ _____________________________ ________________________________

(Participante) Karina Rodrigues Fernandes (Responsaacutevel por obter o consentimento)

______________________________________ _______________________________________ (Testemunha) (Testemunha)

45

APEcircNDICE II

ROTEIRO PARA ENTREVISTA

1) O que vocecirc acha que pode levar a perda do acesso perifeacuterico

2) Para vocecirc o que eacute importante para manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico nas

crianccedilas

3) O que vocecirc acha que pode interferir na sua manutenccedilatildeo

4) Que medidas vocecirc adota no seu dia a dia para manter o acesso

5) Na sua vivencia profissional o que vocecirc discorda dos cuidados que geralmente satildeo

utilizados para manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico

46

ANEXO

47

48

  • KARINA RODRIGUES FERNANDES
    • COA Thatiana Fernanda PETTENGILL Myriam Aparecida Mandetta Autonomia da crianccedila hospitalizada frente aos procedimentos crenccedilas da enfermeira pediatra Acta paul enferm 19(4) 433-438 out-dez 2006 Disponiacutevel em lt wwwscielobrscielophpscr
    • JANSEN Michele Ferraz SANTOS Rosane Maria dos FAVERO Luciane Benefiacutecios da utilizaccedilatildeo do brinquedo durante o cuidado de enfermagem prestado agrave crianccedila hospitalizada Rev Gaucha Enferm 31(2) 247-253 jun 2010 Disponiacutevel em lt httpwwwscielo
    • MAGNABOSCO Gisele TONELLI Ana Lucia Nascimento Fonseca SOUZA Sarah Nancy Deggau Hegeto de Abordagens no cuidado de enfermagem agrave crianccedila hospitalizada submetida a procedimentos uma revisatildeo de literatura Cogitare enferm 13(1) 103-108 jan-mar
    • MARTINS Maria do Rosaacuterio RIBEIRO Circeacutea Amalia BORBA Regina Issuzu Hirooka de and SILVA Conceiccedilatildeo Vieira daProtocolo de preparo da crianccedila preacute-escolar para punccedilatildeo venosa com utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico Rev Latino-Am Enfermagem [on
    • OLIVEIRA Maria Ivoneide Veriacutessimo de BEZERRA Maria Gorette Andrade PEREIRA Vanessa Ramos Cateterizaccedilatildeo venosa assistecircncia de enfermagem-UTI pediaacutetrica Rev da Rede de Enfermagem do Nordeste AbrJun de 2008 Disponiacutevel em lt httpwwwrevistar
    • PETERLINI Maria Angeacutelica Sorgini CHAUD Massae Noda and PEDREIRA Mavilde da L GOacuterfatildeos de terapia medicamentosa a administraccedilatildeo de medicamentos por via intravenosa em crianccedilas hospitalizadasRev Latino-Am Enfermagem [online] 2003 vol11 n
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    • PIMENTA Erika Acioli Gomes COLLET Neusa Dimensatildeo cuidadora da enfermagem e da famiacutelia na assistecircncia agrave crianccedila hospitalizada concepccedilotildees da enfermagem Rev esc enferm USP [online] 2009 vol43 n3 pp 622-629 Disponiacutevel em lt httpwwwscie
    • THOMAZINE Angeacutelica Malman PASSOS Rocircmulo Silva BAY JUacuteNIOR Osvaldo Goacutees COLLET Neusa OLIVEIRA Beatriz Rosana Gonccedilalves de Assistecircncia de enfermagem agrave crianccedila hospitalizada um resgate histoacuterico Ciˆnc cuid sapoundde 7(supl1) 145-152 maio 200
      • F 363 Fernandes Karina Rodrigues
      • Os cuidados de enfermagem acerca dos acessos venosos perifeacutericos na unidade pediaacutetrica Karina Rodrigues Fernandes ndash Niteroacutei [sn] 2014
        • CDD 61073
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95 ISSN 0104-1169 Disponiacutevel em lt httpdxdoiorg101590S0104-

11692003000100013 Acesso em 22 de novembro de 2013

PETERLINI Maria Angeacutelica Sorgini CHAUD Massae Noda PEDREIRA Mavilde L G

Incompatibilidade entre faacutermacos e materiais de cateteres e acessoacuterios da terapia intravenosa

Online braz j nurs (Online) 5(3)2006 Disponiacutevel em lt httpwwwobjnursinguffbrindexphpnursingloginsource=2F2Findexphp2Fnursing

2Farticle2Fview2F4832F109 Acesso em 27 de maio de 2013

43

PIMENTA Erika Acioli Gomes COLLET Neusa Dimensatildeo cuidadora da enfermagem e da

famiacutelia na assistecircncia agrave crianccedila hospitalizada concepccedilotildees da enfermagem Rev esc enferm

USP [online] 2009 vol43 n3 pp 622-629 Disponiacutevel em lt

httpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0080-

62342009000300018amplang=pt Acesso em 18 de maio de 2014

SILVA Adriana Serafim Bispo e ZANETTI Maria Luacutecia Curativo para fixaccedilatildeo de cateter

intravenoso perifeacuterico revisatildeo integrativa da literatura rev bras enferm 57(2) 233-236

mar-abr 2004 Disponiacutevel em lthttpdxdoiorg101590S0034-71672004000200020

Acesso em 27 de maio de 2013

SOUZA Tania Vignuda de OLIVEIRA Isabel Cristina dos Santos Interaccedilatildeo

familiaracompanhante e equipe de enfermagem no cuidado agrave crianccedila hospitalizada

perspectivas para a enfermagem pediaacutetrica Esc Anna Nery [online] 2010 vol14 n3 pp

551-559 Disponiacutevel em lt httpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S1414-

81452010000300017amplang=pt Acesso em 18 de maio de 2014

THOMAZINE Angeacutelica Malman PASSOS Rocircmulo Silva BAY JUacuteNIOR Osvaldo Goacutees

COLLET Neusa OLIVEIRA Beatriz Rosana Gonccedilalves de Assistecircncia de enfermagem agrave

crianccedila hospitalizada um resgate histoacuterico Ciˆnc cuid sapoundde 7(supl1) 145-152 maio 2008

Disponiacutevel em lt httpwwwperiodicosuembrojsindexphpCiencCuidSaudearticleview65873899 Acesso

em 01 de julho de 2013

44

APEcircNDICE I

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO Tiacutetulo Do Projeto Os cuidados de enfermagem acerca dos acessos venosos perifeacutericos na unidade pediaacutetrica Pesquisador Responsaacutevel Rosane Cordeiro Burla de Aguiar Eny Dorea Paiva e Karina Rodrigues Fernandes Instituiccedilatildeo a que Pertence o Pesquisador Responsaacutevel Universidade Federal Fluminense Telefone para contato (21) 98355269 (21) 82392939 (21) 91786609 Nome do voluntaacuterio _________________________________________________________ Idade ________ anos RG ____________________________

AO Sr (a) estaacute sendo convidado (a) a participar do projeto de pesquisa OS CUIDADOS DE

ENFERMAGEM ACERCA DOS ACESSOS VENOSOS PERIFEacuteRICOS NA UNIDADE PEDIATRICA de

responsabilidade da pesquisadora Profordf Drordf Rosane Cordeiro Burla de Aguiar e Profordf Drordf Eny Dorea Paiva A

punccedilatildeo venosa perifeacuterica eacute um procedimento essencial durante a hospitalizaccedilatildeo da crianccedila visto que eacute atraveacutes

dela que eacute administrada grande parte das medicaccedilotildees Este estudo se justifica diante da importacircncia da

necessidade de um maior periacuteodo de permanecircncia dos acessos venosos perifeacutericos Com isso aleacutem da

diminuiccedilatildeo de eventos que causam dor e irritaccedilatildeo na crianccedila e na famiacutelia promoveraacute tambeacutem uma melhor estada

dos mesmos durante o periacuteodo de hospitalizaccedilatildeo Os objetivos da pesquisa satildeo 1) Descrever os fatores que

interferem na manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico de acordo com a equipe de enfermagem 2)Analisar os

cuidados da equipe de enfermagem na manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico A coleta de dados se daraacute

atraveacutes de entrevistas semi estruturadas que seratildeo gravadas As informaccedilotildees colhidas seratildeo tratadas de forma

anocircnima e confidencial ou seja em nenhum momento seratildeo divulgados o seu nome e somente os

pesquisadores teratildeo acesso agraves informaccedilotildees Os dados obtidos com a pesquisa poderatildeo ser publicados apenas com

fins cientiacuteficos Eles natildeo seratildeo utilizados para fins comerciais ou para outra finalidade qualquer Caso necessite

poderatildeo ser marcados encontros para respostas ou esclarecimentos de qualquer duacutevida acerca da pesquisa A sua

participaccedilatildeo eacute voluntaria e eacute importante lembrar que vocecirc poderaacute desistir de participar da pesquisa em qualquer

momento A entrevista seraacute marcada em um dia e horaacuterio que vocecirc achar melhor Seraacute realizada

individualmente em um ambiente que nos ofereccedila privacidade Esta pesquisa natildeo oferece riscos para vocecirc e os

benefiacutecios da sua participaccedilatildeo satildeo de aumentar o conhecimento cientiacutefico na aacuterea de Enfermagem Pediaacutetrica

aleacutem de contribuir para a praacutetica profissional Este documento seraacute elaborado em duas vias uma para vocecirc e a

outra seraacute arquivada pelo pesquisador

Eu_____________________________________________________________ RG no _____________________________ Declaro que apoacutes ter entendido o que me foi explicado consinto voluntariamente em participar do presente Protocolo de Pesquisa entendo ainda que posso retirar o meu consentimento a qualquer momento antes ou durante a realizaccedilatildeo do mesmo declaro ter sido informada(o) e concordo em participar como voluntaacuteria(o) da pesquisa acima descrita Rio de Janeiro_______de_______________de 20___ _____________________________ ________________________________

(Participante) Karina Rodrigues Fernandes (Responsaacutevel por obter o consentimento)

______________________________________ _______________________________________ (Testemunha) (Testemunha)

45

APEcircNDICE II

ROTEIRO PARA ENTREVISTA

1) O que vocecirc acha que pode levar a perda do acesso perifeacuterico

2) Para vocecirc o que eacute importante para manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico nas

crianccedilas

3) O que vocecirc acha que pode interferir na sua manutenccedilatildeo

4) Que medidas vocecirc adota no seu dia a dia para manter o acesso

5) Na sua vivencia profissional o que vocecirc discorda dos cuidados que geralmente satildeo

utilizados para manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico

46

ANEXO

47

48

  • KARINA RODRIGUES FERNANDES
    • COA Thatiana Fernanda PETTENGILL Myriam Aparecida Mandetta Autonomia da crianccedila hospitalizada frente aos procedimentos crenccedilas da enfermeira pediatra Acta paul enferm 19(4) 433-438 out-dez 2006 Disponiacutevel em lt wwwscielobrscielophpscr
    • JANSEN Michele Ferraz SANTOS Rosane Maria dos FAVERO Luciane Benefiacutecios da utilizaccedilatildeo do brinquedo durante o cuidado de enfermagem prestado agrave crianccedila hospitalizada Rev Gaucha Enferm 31(2) 247-253 jun 2010 Disponiacutevel em lt httpwwwscielo
    • MAGNABOSCO Gisele TONELLI Ana Lucia Nascimento Fonseca SOUZA Sarah Nancy Deggau Hegeto de Abordagens no cuidado de enfermagem agrave crianccedila hospitalizada submetida a procedimentos uma revisatildeo de literatura Cogitare enferm 13(1) 103-108 jan-mar
    • MARTINS Maria do Rosaacuterio RIBEIRO Circeacutea Amalia BORBA Regina Issuzu Hirooka de and SILVA Conceiccedilatildeo Vieira daProtocolo de preparo da crianccedila preacute-escolar para punccedilatildeo venosa com utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico Rev Latino-Am Enfermagem [on
    • OLIVEIRA Maria Ivoneide Veriacutessimo de BEZERRA Maria Gorette Andrade PEREIRA Vanessa Ramos Cateterizaccedilatildeo venosa assistecircncia de enfermagem-UTI pediaacutetrica Rev da Rede de Enfermagem do Nordeste AbrJun de 2008 Disponiacutevel em lt httpwwwrevistar
    • PETERLINI Maria Angeacutelica Sorgini CHAUD Massae Noda and PEDREIRA Mavilde da L GOacuterfatildeos de terapia medicamentosa a administraccedilatildeo de medicamentos por via intravenosa em crianccedilas hospitalizadasRev Latino-Am Enfermagem [online] 2003 vol11 n
    • PETERLINI Maria Angeacutelica Sorgini CHAUD Massae Noda PEDREIRA Mavilde L G Incompatibilidade entre faacutermacos e materiais de cateteres e acessoacuterios da terapia intravenosa Online braz j nurs (Online) 5(3)2006 Disponiacutevel em lt httpwwwobjnursi
    • PIMENTA Erika Acioli Gomes COLLET Neusa Dimensatildeo cuidadora da enfermagem e da famiacutelia na assistecircncia agrave crianccedila hospitalizada concepccedilotildees da enfermagem Rev esc enferm USP [online] 2009 vol43 n3 pp 622-629 Disponiacutevel em lt httpwwwscie
    • THOMAZINE Angeacutelica Malman PASSOS Rocircmulo Silva BAY JUacuteNIOR Osvaldo Goacutees COLLET Neusa OLIVEIRA Beatriz Rosana Gonccedilalves de Assistecircncia de enfermagem agrave crianccedila hospitalizada um resgate histoacuterico Ciˆnc cuid sapoundde 7(supl1) 145-152 maio 200
      • F 363 Fernandes Karina Rodrigues
      • Os cuidados de enfermagem acerca dos acessos venosos perifeacutericos na unidade pediaacutetrica Karina Rodrigues Fernandes ndash Niteroacutei [sn] 2014
        • CDD 61073
Page 42: UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE ESCOLA DE …app.uff.br/riuff/bitstream/1/3317/1/TCC Karina Rodrigues Fernandes.pdf · A punção venosa periférica é um procedimento essencial para

40

MACHADO Ariane Ferreira PEDREIRA Mavilde da Luz Gonccedilalves CHAUD Massae

Noda Eventos adversos relacionados ao uso de cateteres intravenosos perifeacutericos em crianccedilas

de acordo com tipos de curativos Rev Lat Am Enfermagem 16(3) 362-367 May-June 2008

Disponiacutevel em lt httpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0104-

11692008000300005 Acesso em 27 de maio de 2013

MACHADO Ariane Ferreira PEDREIRA Mavilde L G CHAUD Massae Noda Estudo

prospectivo randomizado e controlado sobre o tempo de permanecircncia de cateteres venosos

perifeacutericos em crianccedilas segundo trecircs tipos de curativos Rev Lat Am Enfermagem 13(3)

291-298 maio-jun 2005 Disponiacutevel em lt

wwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0104-11692005000300002 Acesso em 27

de maio de 2013

MAGEROTE Nelissa de Paula Magerote LIMA Maria Helena de Melo SILVA Juliana

Bastoni CORREIA Marisa Dibbern Lopes SECOLI Silvia Regina SECOLI Associaccedilatildeo

entre flebite e retirada de cateteres intravenosos perifeacutericos Texto Contexto Enferm

Florianoacutepolis 2011 Jul-Set 20(3) 486-92 Disponiacutevel em lt

httpwwwscielobrpdftcev20n309pdf gt Acesso em 22 de novembro de 2013

MAGNABOSCO Gisele TONELLI Ana Lucia Nascimento Fonseca SOUZA Sarah Nancy

Deggau Hegeto de Abordagens no cuidado de enfermagem agrave crianccedila hospitalizada submetida

a procedimentos uma revisatildeo de literatura Cogitare enferm 13(1) 103-108 jan-mar 2008

Disponiacutevel em lt httpojsc3slufprbrojs2indexphpcogitarearticleview119698441

Acesso em 01 de julho de 2013

MARTINS Maria do Rosaacuterio RIBEIRO Circeacutea Amalia BORBA Regina Issuzu Hirooka de

and SILVA Conceiccedilatildeo Vieira daProtocolo de preparo da crianccedila preacute-escolar para punccedilatildeo

venosa com utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico Rev Latino-Am Enfermagem [online]

2001 vol9 n2 pp 76-85 ISSN 0104-1169 Disponiacutevel em lt

httpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0104-

11692001000200011amplang=pt Acesso em em 27 de maio de 2013

MARTINS Kelly Araujo TIPPLE Anaclara Ferreira Veiga SOUZA Adeniacutecia Custoacutedia

Silva e BARRETO Regiane Aparecida dos Santos Soares SIQUEIRA Karina Machado

BARBOSA Jackeline Maciel Adesatildeo agraves medidas de prevenccedilatildeo e controle de infecccedilatildeo de

acesso vascular perifeacuterico pelos profissionais da equipe de enfermagem Ciˆnc cuid sapoundde

41

7(4) 485-492 out-dez 2008 Disponiacutevel em lt

httpwwwperiodicosuembrojsindexphpCiencCuidSaudearticleview66343908 Acesso

em 27 de maio de 2013

MARTINS Tathiana Silva de Souza SILVINO Zenith Rosa Falhas infusionais no uso do

cateter venoso perifeacuterico em pediatria revisatildeo integrativaOnline braz j nurs (Online)

8(1)2009 Disponiacutevel em

lthttpwwwobjnursinguffbrindexphpnursingloginsource=2Findexphp2Fnursing2

Farticle2Fview2Fj1676-4285200919532F457 Acesso em 27 de maio de 2013

MARTINS Tathiana S S SILVINO Zenith Rosa DIAS Leandro Silva Perfil da terapia

intravenosa pediaacutetrica em um hospital universitaacuterio e associaccedilatildeo com a ocorrecircncia de falhas

infusionais estudo quantitativo Online braz j nurs (Online) 9(2)ago 2010 Disponiacutevel emlt

httpwwwobjnursinguffbrindexphpnursingloginsource=2Findexphp2Fnursing2F

article2Fview2Fj1676-4285201030672F684 Acesso em 27 de maio de 2013

MENDONCcedilA Katiane Martins NEVES Heliny Carneiro Cunha BARBOSA Divina

Fernandes Silva SOUZA Adeniacutecia Custoacutedia Silva e TIPPLE Anaclara Ferreira Veiga

PRADO Marineacutesia Aparecida do Atuaccedilatildeo da enfermagem na prevenccedilatildeo e controle de

infecccedilatildeo de corrente sanguiacutenea relacionada a cateter Rev enferm UERJ 19(2) 330-333

abr-jun 2011 Disponiacutevel em lthttpwwwfacenfuerjbrv19n2v19n2a26pdf Acesso em 27

de maio de 2013

MINAYO Maria Ceciacutelia de Souza DESLANDES Suely Ferreira GOMES Romeu

Pesquisa Social teoria meacutetodo e criatividade Petroacutepolis Vozes 26 ed 2007

MINAYO Maria Ceciacutelia de Souza O desafio do conhecimento pesquisa qualitativa em

sauacutede 12 ed Satildeo Paulo Hucitec 2010

MODES Prtscilla Shiacuterley Siacutenfak dos Anjos GAIacuteVA Maria Aparecida Munhoz ROSA

Miacutechelly Kiacutem Oliacuteveira GRANJEIRO Claudia da Fonseca Cuidados de enfermagem nas

complicaccedilotildees da punccedilatildeo venosa perifeacuterica em receacutem-nascidos Revista da Rede de

Enfermagem do Nordeste Abr-Jun 2011 Disponiacutevel em lt

httpwwwredalycorgarticulooaid=324027975017 Acesso em 15 de maio de 2014

42

MONCAIO Ana Carolina Scarpel FIGUEIREDO Rosely Moralez de Conhecimentos e

praacuteticas no uso do cateter perifeacuterico intermitente pela equipe de enfermagem Rev eletrldquonica

enferm 11(3)set 2009 Disponiacutevel em lt httpwwwfenufgbrrevistav11n3v11n3a20htm

Acesso em 27 de maio de 2013

MURAKAMI Rose CAMPOS Claudinei Joseacute Gomes Importacircncia da relaccedilatildeo interpessoal

do enfermeiro com a famiacutelia de crianccedilas hospitalizadas Rev bras enferm [online] 2011

vol64 n2 pp 254-260 Disponiacutevel em

lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0034-

71672011000200006amplang=pt Acesso em 18 de maio de 2014

NEGRI Daniela Cavalcante de AVELAR Ariane Ferreira Machado ANDREONI Solange

PEDREIRA Mavilde da Luz Gonccedilalvez Fatores predisponentes para insucesso da punccedilatildeo

intravenosa perifeacuterica em crianccedilas Rev Lat Am Enfermagem 20(6) 1072-1080 Nov-Dec

2012 Disponiacutevel em lt wwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0104-

11692012000600009 Acesso em 27 de maio de 2013

OLIVEIRA Maria Ivoneide Veriacutessimo de BEZERRA Maria Gorette Andrade PEREIRA

Vanessa Ramos Cateterizaccedilatildeo venosa assistecircncia de enfermagem-UTI pediaacutetrica Rev da

Rede de Enfermagem do Nordeste AbrJun de 2008 Disponiacutevel em lt

httpwwwrevistareneufcbrrevistaindexphprevistaarticleview563 Acesso em 27 de

maio de 2013

PETERLINI Maria Angeacutelica Sorgini CHAUD Massae Noda and PEDREIRA Mavilde da

L GOacuterfatildeos de terapia medicamentosa a administraccedilatildeo de medicamentos por via intravenosa

em crianccedilas hospitalizadasRev Latino-Am Enfermagem [online] 2003 vol11 n1 pp 88-

95 ISSN 0104-1169 Disponiacutevel em lt httpdxdoiorg101590S0104-

11692003000100013 Acesso em 22 de novembro de 2013

PETERLINI Maria Angeacutelica Sorgini CHAUD Massae Noda PEDREIRA Mavilde L G

Incompatibilidade entre faacutermacos e materiais de cateteres e acessoacuterios da terapia intravenosa

Online braz j nurs (Online) 5(3)2006 Disponiacutevel em lt httpwwwobjnursinguffbrindexphpnursingloginsource=2F2Findexphp2Fnursing

2Farticle2Fview2F4832F109 Acesso em 27 de maio de 2013

43

PIMENTA Erika Acioli Gomes COLLET Neusa Dimensatildeo cuidadora da enfermagem e da

famiacutelia na assistecircncia agrave crianccedila hospitalizada concepccedilotildees da enfermagem Rev esc enferm

USP [online] 2009 vol43 n3 pp 622-629 Disponiacutevel em lt

httpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0080-

62342009000300018amplang=pt Acesso em 18 de maio de 2014

SILVA Adriana Serafim Bispo e ZANETTI Maria Luacutecia Curativo para fixaccedilatildeo de cateter

intravenoso perifeacuterico revisatildeo integrativa da literatura rev bras enferm 57(2) 233-236

mar-abr 2004 Disponiacutevel em lthttpdxdoiorg101590S0034-71672004000200020

Acesso em 27 de maio de 2013

SOUZA Tania Vignuda de OLIVEIRA Isabel Cristina dos Santos Interaccedilatildeo

familiaracompanhante e equipe de enfermagem no cuidado agrave crianccedila hospitalizada

perspectivas para a enfermagem pediaacutetrica Esc Anna Nery [online] 2010 vol14 n3 pp

551-559 Disponiacutevel em lt httpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S1414-

81452010000300017amplang=pt Acesso em 18 de maio de 2014

THOMAZINE Angeacutelica Malman PASSOS Rocircmulo Silva BAY JUacuteNIOR Osvaldo Goacutees

COLLET Neusa OLIVEIRA Beatriz Rosana Gonccedilalves de Assistecircncia de enfermagem agrave

crianccedila hospitalizada um resgate histoacuterico Ciˆnc cuid sapoundde 7(supl1) 145-152 maio 2008

Disponiacutevel em lt httpwwwperiodicosuembrojsindexphpCiencCuidSaudearticleview65873899 Acesso

em 01 de julho de 2013

44

APEcircNDICE I

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO Tiacutetulo Do Projeto Os cuidados de enfermagem acerca dos acessos venosos perifeacutericos na unidade pediaacutetrica Pesquisador Responsaacutevel Rosane Cordeiro Burla de Aguiar Eny Dorea Paiva e Karina Rodrigues Fernandes Instituiccedilatildeo a que Pertence o Pesquisador Responsaacutevel Universidade Federal Fluminense Telefone para contato (21) 98355269 (21) 82392939 (21) 91786609 Nome do voluntaacuterio _________________________________________________________ Idade ________ anos RG ____________________________

AO Sr (a) estaacute sendo convidado (a) a participar do projeto de pesquisa OS CUIDADOS DE

ENFERMAGEM ACERCA DOS ACESSOS VENOSOS PERIFEacuteRICOS NA UNIDADE PEDIATRICA de

responsabilidade da pesquisadora Profordf Drordf Rosane Cordeiro Burla de Aguiar e Profordf Drordf Eny Dorea Paiva A

punccedilatildeo venosa perifeacuterica eacute um procedimento essencial durante a hospitalizaccedilatildeo da crianccedila visto que eacute atraveacutes

dela que eacute administrada grande parte das medicaccedilotildees Este estudo se justifica diante da importacircncia da

necessidade de um maior periacuteodo de permanecircncia dos acessos venosos perifeacutericos Com isso aleacutem da

diminuiccedilatildeo de eventos que causam dor e irritaccedilatildeo na crianccedila e na famiacutelia promoveraacute tambeacutem uma melhor estada

dos mesmos durante o periacuteodo de hospitalizaccedilatildeo Os objetivos da pesquisa satildeo 1) Descrever os fatores que

interferem na manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico de acordo com a equipe de enfermagem 2)Analisar os

cuidados da equipe de enfermagem na manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico A coleta de dados se daraacute

atraveacutes de entrevistas semi estruturadas que seratildeo gravadas As informaccedilotildees colhidas seratildeo tratadas de forma

anocircnima e confidencial ou seja em nenhum momento seratildeo divulgados o seu nome e somente os

pesquisadores teratildeo acesso agraves informaccedilotildees Os dados obtidos com a pesquisa poderatildeo ser publicados apenas com

fins cientiacuteficos Eles natildeo seratildeo utilizados para fins comerciais ou para outra finalidade qualquer Caso necessite

poderatildeo ser marcados encontros para respostas ou esclarecimentos de qualquer duacutevida acerca da pesquisa A sua

participaccedilatildeo eacute voluntaria e eacute importante lembrar que vocecirc poderaacute desistir de participar da pesquisa em qualquer

momento A entrevista seraacute marcada em um dia e horaacuterio que vocecirc achar melhor Seraacute realizada

individualmente em um ambiente que nos ofereccedila privacidade Esta pesquisa natildeo oferece riscos para vocecirc e os

benefiacutecios da sua participaccedilatildeo satildeo de aumentar o conhecimento cientiacutefico na aacuterea de Enfermagem Pediaacutetrica

aleacutem de contribuir para a praacutetica profissional Este documento seraacute elaborado em duas vias uma para vocecirc e a

outra seraacute arquivada pelo pesquisador

Eu_____________________________________________________________ RG no _____________________________ Declaro que apoacutes ter entendido o que me foi explicado consinto voluntariamente em participar do presente Protocolo de Pesquisa entendo ainda que posso retirar o meu consentimento a qualquer momento antes ou durante a realizaccedilatildeo do mesmo declaro ter sido informada(o) e concordo em participar como voluntaacuteria(o) da pesquisa acima descrita Rio de Janeiro_______de_______________de 20___ _____________________________ ________________________________

(Participante) Karina Rodrigues Fernandes (Responsaacutevel por obter o consentimento)

______________________________________ _______________________________________ (Testemunha) (Testemunha)

45

APEcircNDICE II

ROTEIRO PARA ENTREVISTA

1) O que vocecirc acha que pode levar a perda do acesso perifeacuterico

2) Para vocecirc o que eacute importante para manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico nas

crianccedilas

3) O que vocecirc acha que pode interferir na sua manutenccedilatildeo

4) Que medidas vocecirc adota no seu dia a dia para manter o acesso

5) Na sua vivencia profissional o que vocecirc discorda dos cuidados que geralmente satildeo

utilizados para manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico

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ANEXO

47

48

  • KARINA RODRIGUES FERNANDES
    • COA Thatiana Fernanda PETTENGILL Myriam Aparecida Mandetta Autonomia da crianccedila hospitalizada frente aos procedimentos crenccedilas da enfermeira pediatra Acta paul enferm 19(4) 433-438 out-dez 2006 Disponiacutevel em lt wwwscielobrscielophpscr
    • JANSEN Michele Ferraz SANTOS Rosane Maria dos FAVERO Luciane Benefiacutecios da utilizaccedilatildeo do brinquedo durante o cuidado de enfermagem prestado agrave crianccedila hospitalizada Rev Gaucha Enferm 31(2) 247-253 jun 2010 Disponiacutevel em lt httpwwwscielo
    • MAGNABOSCO Gisele TONELLI Ana Lucia Nascimento Fonseca SOUZA Sarah Nancy Deggau Hegeto de Abordagens no cuidado de enfermagem agrave crianccedila hospitalizada submetida a procedimentos uma revisatildeo de literatura Cogitare enferm 13(1) 103-108 jan-mar
    • MARTINS Maria do Rosaacuterio RIBEIRO Circeacutea Amalia BORBA Regina Issuzu Hirooka de and SILVA Conceiccedilatildeo Vieira daProtocolo de preparo da crianccedila preacute-escolar para punccedilatildeo venosa com utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico Rev Latino-Am Enfermagem [on
    • OLIVEIRA Maria Ivoneide Veriacutessimo de BEZERRA Maria Gorette Andrade PEREIRA Vanessa Ramos Cateterizaccedilatildeo venosa assistecircncia de enfermagem-UTI pediaacutetrica Rev da Rede de Enfermagem do Nordeste AbrJun de 2008 Disponiacutevel em lt httpwwwrevistar
    • PETERLINI Maria Angeacutelica Sorgini CHAUD Massae Noda and PEDREIRA Mavilde da L GOacuterfatildeos de terapia medicamentosa a administraccedilatildeo de medicamentos por via intravenosa em crianccedilas hospitalizadasRev Latino-Am Enfermagem [online] 2003 vol11 n
    • PETERLINI Maria Angeacutelica Sorgini CHAUD Massae Noda PEDREIRA Mavilde L G Incompatibilidade entre faacutermacos e materiais de cateteres e acessoacuterios da terapia intravenosa Online braz j nurs (Online) 5(3)2006 Disponiacutevel em lt httpwwwobjnursi
    • PIMENTA Erika Acioli Gomes COLLET Neusa Dimensatildeo cuidadora da enfermagem e da famiacutelia na assistecircncia agrave crianccedila hospitalizada concepccedilotildees da enfermagem Rev esc enferm USP [online] 2009 vol43 n3 pp 622-629 Disponiacutevel em lt httpwwwscie
    • THOMAZINE Angeacutelica Malman PASSOS Rocircmulo Silva BAY JUacuteNIOR Osvaldo Goacutees COLLET Neusa OLIVEIRA Beatriz Rosana Gonccedilalves de Assistecircncia de enfermagem agrave crianccedila hospitalizada um resgate histoacuterico Ciˆnc cuid sapoundde 7(supl1) 145-152 maio 200
      • F 363 Fernandes Karina Rodrigues
      • Os cuidados de enfermagem acerca dos acessos venosos perifeacutericos na unidade pediaacutetrica Karina Rodrigues Fernandes ndash Niteroacutei [sn] 2014
        • CDD 61073
Page 43: UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE ESCOLA DE …app.uff.br/riuff/bitstream/1/3317/1/TCC Karina Rodrigues Fernandes.pdf · A punção venosa periférica é um procedimento essencial para

41

7(4) 485-492 out-dez 2008 Disponiacutevel em lt

httpwwwperiodicosuembrojsindexphpCiencCuidSaudearticleview66343908 Acesso

em 27 de maio de 2013

MARTINS Tathiana Silva de Souza SILVINO Zenith Rosa Falhas infusionais no uso do

cateter venoso perifeacuterico em pediatria revisatildeo integrativaOnline braz j nurs (Online)

8(1)2009 Disponiacutevel em

lthttpwwwobjnursinguffbrindexphpnursingloginsource=2Findexphp2Fnursing2

Farticle2Fview2Fj1676-4285200919532F457 Acesso em 27 de maio de 2013

MARTINS Tathiana S S SILVINO Zenith Rosa DIAS Leandro Silva Perfil da terapia

intravenosa pediaacutetrica em um hospital universitaacuterio e associaccedilatildeo com a ocorrecircncia de falhas

infusionais estudo quantitativo Online braz j nurs (Online) 9(2)ago 2010 Disponiacutevel emlt

httpwwwobjnursinguffbrindexphpnursingloginsource=2Findexphp2Fnursing2F

article2Fview2Fj1676-4285201030672F684 Acesso em 27 de maio de 2013

MENDONCcedilA Katiane Martins NEVES Heliny Carneiro Cunha BARBOSA Divina

Fernandes Silva SOUZA Adeniacutecia Custoacutedia Silva e TIPPLE Anaclara Ferreira Veiga

PRADO Marineacutesia Aparecida do Atuaccedilatildeo da enfermagem na prevenccedilatildeo e controle de

infecccedilatildeo de corrente sanguiacutenea relacionada a cateter Rev enferm UERJ 19(2) 330-333

abr-jun 2011 Disponiacutevel em lthttpwwwfacenfuerjbrv19n2v19n2a26pdf Acesso em 27

de maio de 2013

MINAYO Maria Ceciacutelia de Souza DESLANDES Suely Ferreira GOMES Romeu

Pesquisa Social teoria meacutetodo e criatividade Petroacutepolis Vozes 26 ed 2007

MINAYO Maria Ceciacutelia de Souza O desafio do conhecimento pesquisa qualitativa em

sauacutede 12 ed Satildeo Paulo Hucitec 2010

MODES Prtscilla Shiacuterley Siacutenfak dos Anjos GAIacuteVA Maria Aparecida Munhoz ROSA

Miacutechelly Kiacutem Oliacuteveira GRANJEIRO Claudia da Fonseca Cuidados de enfermagem nas

complicaccedilotildees da punccedilatildeo venosa perifeacuterica em receacutem-nascidos Revista da Rede de

Enfermagem do Nordeste Abr-Jun 2011 Disponiacutevel em lt

httpwwwredalycorgarticulooaid=324027975017 Acesso em 15 de maio de 2014

42

MONCAIO Ana Carolina Scarpel FIGUEIREDO Rosely Moralez de Conhecimentos e

praacuteticas no uso do cateter perifeacuterico intermitente pela equipe de enfermagem Rev eletrldquonica

enferm 11(3)set 2009 Disponiacutevel em lt httpwwwfenufgbrrevistav11n3v11n3a20htm

Acesso em 27 de maio de 2013

MURAKAMI Rose CAMPOS Claudinei Joseacute Gomes Importacircncia da relaccedilatildeo interpessoal

do enfermeiro com a famiacutelia de crianccedilas hospitalizadas Rev bras enferm [online] 2011

vol64 n2 pp 254-260 Disponiacutevel em

lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0034-

71672011000200006amplang=pt Acesso em 18 de maio de 2014

NEGRI Daniela Cavalcante de AVELAR Ariane Ferreira Machado ANDREONI Solange

PEDREIRA Mavilde da Luz Gonccedilalvez Fatores predisponentes para insucesso da punccedilatildeo

intravenosa perifeacuterica em crianccedilas Rev Lat Am Enfermagem 20(6) 1072-1080 Nov-Dec

2012 Disponiacutevel em lt wwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0104-

11692012000600009 Acesso em 27 de maio de 2013

OLIVEIRA Maria Ivoneide Veriacutessimo de BEZERRA Maria Gorette Andrade PEREIRA

Vanessa Ramos Cateterizaccedilatildeo venosa assistecircncia de enfermagem-UTI pediaacutetrica Rev da

Rede de Enfermagem do Nordeste AbrJun de 2008 Disponiacutevel em lt

httpwwwrevistareneufcbrrevistaindexphprevistaarticleview563 Acesso em 27 de

maio de 2013

PETERLINI Maria Angeacutelica Sorgini CHAUD Massae Noda and PEDREIRA Mavilde da

L GOacuterfatildeos de terapia medicamentosa a administraccedilatildeo de medicamentos por via intravenosa

em crianccedilas hospitalizadasRev Latino-Am Enfermagem [online] 2003 vol11 n1 pp 88-

95 ISSN 0104-1169 Disponiacutevel em lt httpdxdoiorg101590S0104-

11692003000100013 Acesso em 22 de novembro de 2013

PETERLINI Maria Angeacutelica Sorgini CHAUD Massae Noda PEDREIRA Mavilde L G

Incompatibilidade entre faacutermacos e materiais de cateteres e acessoacuterios da terapia intravenosa

Online braz j nurs (Online) 5(3)2006 Disponiacutevel em lt httpwwwobjnursinguffbrindexphpnursingloginsource=2F2Findexphp2Fnursing

2Farticle2Fview2F4832F109 Acesso em 27 de maio de 2013

43

PIMENTA Erika Acioli Gomes COLLET Neusa Dimensatildeo cuidadora da enfermagem e da

famiacutelia na assistecircncia agrave crianccedila hospitalizada concepccedilotildees da enfermagem Rev esc enferm

USP [online] 2009 vol43 n3 pp 622-629 Disponiacutevel em lt

httpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0080-

62342009000300018amplang=pt Acesso em 18 de maio de 2014

SILVA Adriana Serafim Bispo e ZANETTI Maria Luacutecia Curativo para fixaccedilatildeo de cateter

intravenoso perifeacuterico revisatildeo integrativa da literatura rev bras enferm 57(2) 233-236

mar-abr 2004 Disponiacutevel em lthttpdxdoiorg101590S0034-71672004000200020

Acesso em 27 de maio de 2013

SOUZA Tania Vignuda de OLIVEIRA Isabel Cristina dos Santos Interaccedilatildeo

familiaracompanhante e equipe de enfermagem no cuidado agrave crianccedila hospitalizada

perspectivas para a enfermagem pediaacutetrica Esc Anna Nery [online] 2010 vol14 n3 pp

551-559 Disponiacutevel em lt httpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S1414-

81452010000300017amplang=pt Acesso em 18 de maio de 2014

THOMAZINE Angeacutelica Malman PASSOS Rocircmulo Silva BAY JUacuteNIOR Osvaldo Goacutees

COLLET Neusa OLIVEIRA Beatriz Rosana Gonccedilalves de Assistecircncia de enfermagem agrave

crianccedila hospitalizada um resgate histoacuterico Ciˆnc cuid sapoundde 7(supl1) 145-152 maio 2008

Disponiacutevel em lt httpwwwperiodicosuembrojsindexphpCiencCuidSaudearticleview65873899 Acesso

em 01 de julho de 2013

44

APEcircNDICE I

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO Tiacutetulo Do Projeto Os cuidados de enfermagem acerca dos acessos venosos perifeacutericos na unidade pediaacutetrica Pesquisador Responsaacutevel Rosane Cordeiro Burla de Aguiar Eny Dorea Paiva e Karina Rodrigues Fernandes Instituiccedilatildeo a que Pertence o Pesquisador Responsaacutevel Universidade Federal Fluminense Telefone para contato (21) 98355269 (21) 82392939 (21) 91786609 Nome do voluntaacuterio _________________________________________________________ Idade ________ anos RG ____________________________

AO Sr (a) estaacute sendo convidado (a) a participar do projeto de pesquisa OS CUIDADOS DE

ENFERMAGEM ACERCA DOS ACESSOS VENOSOS PERIFEacuteRICOS NA UNIDADE PEDIATRICA de

responsabilidade da pesquisadora Profordf Drordf Rosane Cordeiro Burla de Aguiar e Profordf Drordf Eny Dorea Paiva A

punccedilatildeo venosa perifeacuterica eacute um procedimento essencial durante a hospitalizaccedilatildeo da crianccedila visto que eacute atraveacutes

dela que eacute administrada grande parte das medicaccedilotildees Este estudo se justifica diante da importacircncia da

necessidade de um maior periacuteodo de permanecircncia dos acessos venosos perifeacutericos Com isso aleacutem da

diminuiccedilatildeo de eventos que causam dor e irritaccedilatildeo na crianccedila e na famiacutelia promoveraacute tambeacutem uma melhor estada

dos mesmos durante o periacuteodo de hospitalizaccedilatildeo Os objetivos da pesquisa satildeo 1) Descrever os fatores que

interferem na manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico de acordo com a equipe de enfermagem 2)Analisar os

cuidados da equipe de enfermagem na manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico A coleta de dados se daraacute

atraveacutes de entrevistas semi estruturadas que seratildeo gravadas As informaccedilotildees colhidas seratildeo tratadas de forma

anocircnima e confidencial ou seja em nenhum momento seratildeo divulgados o seu nome e somente os

pesquisadores teratildeo acesso agraves informaccedilotildees Os dados obtidos com a pesquisa poderatildeo ser publicados apenas com

fins cientiacuteficos Eles natildeo seratildeo utilizados para fins comerciais ou para outra finalidade qualquer Caso necessite

poderatildeo ser marcados encontros para respostas ou esclarecimentos de qualquer duacutevida acerca da pesquisa A sua

participaccedilatildeo eacute voluntaria e eacute importante lembrar que vocecirc poderaacute desistir de participar da pesquisa em qualquer

momento A entrevista seraacute marcada em um dia e horaacuterio que vocecirc achar melhor Seraacute realizada

individualmente em um ambiente que nos ofereccedila privacidade Esta pesquisa natildeo oferece riscos para vocecirc e os

benefiacutecios da sua participaccedilatildeo satildeo de aumentar o conhecimento cientiacutefico na aacuterea de Enfermagem Pediaacutetrica

aleacutem de contribuir para a praacutetica profissional Este documento seraacute elaborado em duas vias uma para vocecirc e a

outra seraacute arquivada pelo pesquisador

Eu_____________________________________________________________ RG no _____________________________ Declaro que apoacutes ter entendido o que me foi explicado consinto voluntariamente em participar do presente Protocolo de Pesquisa entendo ainda que posso retirar o meu consentimento a qualquer momento antes ou durante a realizaccedilatildeo do mesmo declaro ter sido informada(o) e concordo em participar como voluntaacuteria(o) da pesquisa acima descrita Rio de Janeiro_______de_______________de 20___ _____________________________ ________________________________

(Participante) Karina Rodrigues Fernandes (Responsaacutevel por obter o consentimento)

______________________________________ _______________________________________ (Testemunha) (Testemunha)

45

APEcircNDICE II

ROTEIRO PARA ENTREVISTA

1) O que vocecirc acha que pode levar a perda do acesso perifeacuterico

2) Para vocecirc o que eacute importante para manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico nas

crianccedilas

3) O que vocecirc acha que pode interferir na sua manutenccedilatildeo

4) Que medidas vocecirc adota no seu dia a dia para manter o acesso

5) Na sua vivencia profissional o que vocecirc discorda dos cuidados que geralmente satildeo

utilizados para manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico

46

ANEXO

47

48

  • KARINA RODRIGUES FERNANDES
    • COA Thatiana Fernanda PETTENGILL Myriam Aparecida Mandetta Autonomia da crianccedila hospitalizada frente aos procedimentos crenccedilas da enfermeira pediatra Acta paul enferm 19(4) 433-438 out-dez 2006 Disponiacutevel em lt wwwscielobrscielophpscr
    • JANSEN Michele Ferraz SANTOS Rosane Maria dos FAVERO Luciane Benefiacutecios da utilizaccedilatildeo do brinquedo durante o cuidado de enfermagem prestado agrave crianccedila hospitalizada Rev Gaucha Enferm 31(2) 247-253 jun 2010 Disponiacutevel em lt httpwwwscielo
    • MAGNABOSCO Gisele TONELLI Ana Lucia Nascimento Fonseca SOUZA Sarah Nancy Deggau Hegeto de Abordagens no cuidado de enfermagem agrave crianccedila hospitalizada submetida a procedimentos uma revisatildeo de literatura Cogitare enferm 13(1) 103-108 jan-mar
    • MARTINS Maria do Rosaacuterio RIBEIRO Circeacutea Amalia BORBA Regina Issuzu Hirooka de and SILVA Conceiccedilatildeo Vieira daProtocolo de preparo da crianccedila preacute-escolar para punccedilatildeo venosa com utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico Rev Latino-Am Enfermagem [on
    • OLIVEIRA Maria Ivoneide Veriacutessimo de BEZERRA Maria Gorette Andrade PEREIRA Vanessa Ramos Cateterizaccedilatildeo venosa assistecircncia de enfermagem-UTI pediaacutetrica Rev da Rede de Enfermagem do Nordeste AbrJun de 2008 Disponiacutevel em lt httpwwwrevistar
    • PETERLINI Maria Angeacutelica Sorgini CHAUD Massae Noda and PEDREIRA Mavilde da L GOacuterfatildeos de terapia medicamentosa a administraccedilatildeo de medicamentos por via intravenosa em crianccedilas hospitalizadasRev Latino-Am Enfermagem [online] 2003 vol11 n
    • PETERLINI Maria Angeacutelica Sorgini CHAUD Massae Noda PEDREIRA Mavilde L G Incompatibilidade entre faacutermacos e materiais de cateteres e acessoacuterios da terapia intravenosa Online braz j nurs (Online) 5(3)2006 Disponiacutevel em lt httpwwwobjnursi
    • PIMENTA Erika Acioli Gomes COLLET Neusa Dimensatildeo cuidadora da enfermagem e da famiacutelia na assistecircncia agrave crianccedila hospitalizada concepccedilotildees da enfermagem Rev esc enferm USP [online] 2009 vol43 n3 pp 622-629 Disponiacutevel em lt httpwwwscie
    • THOMAZINE Angeacutelica Malman PASSOS Rocircmulo Silva BAY JUacuteNIOR Osvaldo Goacutees COLLET Neusa OLIVEIRA Beatriz Rosana Gonccedilalves de Assistecircncia de enfermagem agrave crianccedila hospitalizada um resgate histoacuterico Ciˆnc cuid sapoundde 7(supl1) 145-152 maio 200
      • F 363 Fernandes Karina Rodrigues
      • Os cuidados de enfermagem acerca dos acessos venosos perifeacutericos na unidade pediaacutetrica Karina Rodrigues Fernandes ndash Niteroacutei [sn] 2014
        • CDD 61073
Page 44: UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE ESCOLA DE …app.uff.br/riuff/bitstream/1/3317/1/TCC Karina Rodrigues Fernandes.pdf · A punção venosa periférica é um procedimento essencial para

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MONCAIO Ana Carolina Scarpel FIGUEIREDO Rosely Moralez de Conhecimentos e

praacuteticas no uso do cateter perifeacuterico intermitente pela equipe de enfermagem Rev eletrldquonica

enferm 11(3)set 2009 Disponiacutevel em lt httpwwwfenufgbrrevistav11n3v11n3a20htm

Acesso em 27 de maio de 2013

MURAKAMI Rose CAMPOS Claudinei Joseacute Gomes Importacircncia da relaccedilatildeo interpessoal

do enfermeiro com a famiacutelia de crianccedilas hospitalizadas Rev bras enferm [online] 2011

vol64 n2 pp 254-260 Disponiacutevel em

lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0034-

71672011000200006amplang=pt Acesso em 18 de maio de 2014

NEGRI Daniela Cavalcante de AVELAR Ariane Ferreira Machado ANDREONI Solange

PEDREIRA Mavilde da Luz Gonccedilalvez Fatores predisponentes para insucesso da punccedilatildeo

intravenosa perifeacuterica em crianccedilas Rev Lat Am Enfermagem 20(6) 1072-1080 Nov-Dec

2012 Disponiacutevel em lt wwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0104-

11692012000600009 Acesso em 27 de maio de 2013

OLIVEIRA Maria Ivoneide Veriacutessimo de BEZERRA Maria Gorette Andrade PEREIRA

Vanessa Ramos Cateterizaccedilatildeo venosa assistecircncia de enfermagem-UTI pediaacutetrica Rev da

Rede de Enfermagem do Nordeste AbrJun de 2008 Disponiacutevel em lt

httpwwwrevistareneufcbrrevistaindexphprevistaarticleview563 Acesso em 27 de

maio de 2013

PETERLINI Maria Angeacutelica Sorgini CHAUD Massae Noda and PEDREIRA Mavilde da

L GOacuterfatildeos de terapia medicamentosa a administraccedilatildeo de medicamentos por via intravenosa

em crianccedilas hospitalizadasRev Latino-Am Enfermagem [online] 2003 vol11 n1 pp 88-

95 ISSN 0104-1169 Disponiacutevel em lt httpdxdoiorg101590S0104-

11692003000100013 Acesso em 22 de novembro de 2013

PETERLINI Maria Angeacutelica Sorgini CHAUD Massae Noda PEDREIRA Mavilde L G

Incompatibilidade entre faacutermacos e materiais de cateteres e acessoacuterios da terapia intravenosa

Online braz j nurs (Online) 5(3)2006 Disponiacutevel em lt httpwwwobjnursinguffbrindexphpnursingloginsource=2F2Findexphp2Fnursing

2Farticle2Fview2F4832F109 Acesso em 27 de maio de 2013

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PIMENTA Erika Acioli Gomes COLLET Neusa Dimensatildeo cuidadora da enfermagem e da

famiacutelia na assistecircncia agrave crianccedila hospitalizada concepccedilotildees da enfermagem Rev esc enferm

USP [online] 2009 vol43 n3 pp 622-629 Disponiacutevel em lt

httpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0080-

62342009000300018amplang=pt Acesso em 18 de maio de 2014

SILVA Adriana Serafim Bispo e ZANETTI Maria Luacutecia Curativo para fixaccedilatildeo de cateter

intravenoso perifeacuterico revisatildeo integrativa da literatura rev bras enferm 57(2) 233-236

mar-abr 2004 Disponiacutevel em lthttpdxdoiorg101590S0034-71672004000200020

Acesso em 27 de maio de 2013

SOUZA Tania Vignuda de OLIVEIRA Isabel Cristina dos Santos Interaccedilatildeo

familiaracompanhante e equipe de enfermagem no cuidado agrave crianccedila hospitalizada

perspectivas para a enfermagem pediaacutetrica Esc Anna Nery [online] 2010 vol14 n3 pp

551-559 Disponiacutevel em lt httpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S1414-

81452010000300017amplang=pt Acesso em 18 de maio de 2014

THOMAZINE Angeacutelica Malman PASSOS Rocircmulo Silva BAY JUacuteNIOR Osvaldo Goacutees

COLLET Neusa OLIVEIRA Beatriz Rosana Gonccedilalves de Assistecircncia de enfermagem agrave

crianccedila hospitalizada um resgate histoacuterico Ciˆnc cuid sapoundde 7(supl1) 145-152 maio 2008

Disponiacutevel em lt httpwwwperiodicosuembrojsindexphpCiencCuidSaudearticleview65873899 Acesso

em 01 de julho de 2013

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APEcircNDICE I

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO Tiacutetulo Do Projeto Os cuidados de enfermagem acerca dos acessos venosos perifeacutericos na unidade pediaacutetrica Pesquisador Responsaacutevel Rosane Cordeiro Burla de Aguiar Eny Dorea Paiva e Karina Rodrigues Fernandes Instituiccedilatildeo a que Pertence o Pesquisador Responsaacutevel Universidade Federal Fluminense Telefone para contato (21) 98355269 (21) 82392939 (21) 91786609 Nome do voluntaacuterio _________________________________________________________ Idade ________ anos RG ____________________________

AO Sr (a) estaacute sendo convidado (a) a participar do projeto de pesquisa OS CUIDADOS DE

ENFERMAGEM ACERCA DOS ACESSOS VENOSOS PERIFEacuteRICOS NA UNIDADE PEDIATRICA de

responsabilidade da pesquisadora Profordf Drordf Rosane Cordeiro Burla de Aguiar e Profordf Drordf Eny Dorea Paiva A

punccedilatildeo venosa perifeacuterica eacute um procedimento essencial durante a hospitalizaccedilatildeo da crianccedila visto que eacute atraveacutes

dela que eacute administrada grande parte das medicaccedilotildees Este estudo se justifica diante da importacircncia da

necessidade de um maior periacuteodo de permanecircncia dos acessos venosos perifeacutericos Com isso aleacutem da

diminuiccedilatildeo de eventos que causam dor e irritaccedilatildeo na crianccedila e na famiacutelia promoveraacute tambeacutem uma melhor estada

dos mesmos durante o periacuteodo de hospitalizaccedilatildeo Os objetivos da pesquisa satildeo 1) Descrever os fatores que

interferem na manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico de acordo com a equipe de enfermagem 2)Analisar os

cuidados da equipe de enfermagem na manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico A coleta de dados se daraacute

atraveacutes de entrevistas semi estruturadas que seratildeo gravadas As informaccedilotildees colhidas seratildeo tratadas de forma

anocircnima e confidencial ou seja em nenhum momento seratildeo divulgados o seu nome e somente os

pesquisadores teratildeo acesso agraves informaccedilotildees Os dados obtidos com a pesquisa poderatildeo ser publicados apenas com

fins cientiacuteficos Eles natildeo seratildeo utilizados para fins comerciais ou para outra finalidade qualquer Caso necessite

poderatildeo ser marcados encontros para respostas ou esclarecimentos de qualquer duacutevida acerca da pesquisa A sua

participaccedilatildeo eacute voluntaria e eacute importante lembrar que vocecirc poderaacute desistir de participar da pesquisa em qualquer

momento A entrevista seraacute marcada em um dia e horaacuterio que vocecirc achar melhor Seraacute realizada

individualmente em um ambiente que nos ofereccedila privacidade Esta pesquisa natildeo oferece riscos para vocecirc e os

benefiacutecios da sua participaccedilatildeo satildeo de aumentar o conhecimento cientiacutefico na aacuterea de Enfermagem Pediaacutetrica

aleacutem de contribuir para a praacutetica profissional Este documento seraacute elaborado em duas vias uma para vocecirc e a

outra seraacute arquivada pelo pesquisador

Eu_____________________________________________________________ RG no _____________________________ Declaro que apoacutes ter entendido o que me foi explicado consinto voluntariamente em participar do presente Protocolo de Pesquisa entendo ainda que posso retirar o meu consentimento a qualquer momento antes ou durante a realizaccedilatildeo do mesmo declaro ter sido informada(o) e concordo em participar como voluntaacuteria(o) da pesquisa acima descrita Rio de Janeiro_______de_______________de 20___ _____________________________ ________________________________

(Participante) Karina Rodrigues Fernandes (Responsaacutevel por obter o consentimento)

______________________________________ _______________________________________ (Testemunha) (Testemunha)

45

APEcircNDICE II

ROTEIRO PARA ENTREVISTA

1) O que vocecirc acha que pode levar a perda do acesso perifeacuterico

2) Para vocecirc o que eacute importante para manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico nas

crianccedilas

3) O que vocecirc acha que pode interferir na sua manutenccedilatildeo

4) Que medidas vocecirc adota no seu dia a dia para manter o acesso

5) Na sua vivencia profissional o que vocecirc discorda dos cuidados que geralmente satildeo

utilizados para manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico

46

ANEXO

47

48

  • KARINA RODRIGUES FERNANDES
    • COA Thatiana Fernanda PETTENGILL Myriam Aparecida Mandetta Autonomia da crianccedila hospitalizada frente aos procedimentos crenccedilas da enfermeira pediatra Acta paul enferm 19(4) 433-438 out-dez 2006 Disponiacutevel em lt wwwscielobrscielophpscr
    • JANSEN Michele Ferraz SANTOS Rosane Maria dos FAVERO Luciane Benefiacutecios da utilizaccedilatildeo do brinquedo durante o cuidado de enfermagem prestado agrave crianccedila hospitalizada Rev Gaucha Enferm 31(2) 247-253 jun 2010 Disponiacutevel em lt httpwwwscielo
    • MAGNABOSCO Gisele TONELLI Ana Lucia Nascimento Fonseca SOUZA Sarah Nancy Deggau Hegeto de Abordagens no cuidado de enfermagem agrave crianccedila hospitalizada submetida a procedimentos uma revisatildeo de literatura Cogitare enferm 13(1) 103-108 jan-mar
    • MARTINS Maria do Rosaacuterio RIBEIRO Circeacutea Amalia BORBA Regina Issuzu Hirooka de and SILVA Conceiccedilatildeo Vieira daProtocolo de preparo da crianccedila preacute-escolar para punccedilatildeo venosa com utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico Rev Latino-Am Enfermagem [on
    • OLIVEIRA Maria Ivoneide Veriacutessimo de BEZERRA Maria Gorette Andrade PEREIRA Vanessa Ramos Cateterizaccedilatildeo venosa assistecircncia de enfermagem-UTI pediaacutetrica Rev da Rede de Enfermagem do Nordeste AbrJun de 2008 Disponiacutevel em lt httpwwwrevistar
    • PETERLINI Maria Angeacutelica Sorgini CHAUD Massae Noda and PEDREIRA Mavilde da L GOacuterfatildeos de terapia medicamentosa a administraccedilatildeo de medicamentos por via intravenosa em crianccedilas hospitalizadasRev Latino-Am Enfermagem [online] 2003 vol11 n
    • PETERLINI Maria Angeacutelica Sorgini CHAUD Massae Noda PEDREIRA Mavilde L G Incompatibilidade entre faacutermacos e materiais de cateteres e acessoacuterios da terapia intravenosa Online braz j nurs (Online) 5(3)2006 Disponiacutevel em lt httpwwwobjnursi
    • PIMENTA Erika Acioli Gomes COLLET Neusa Dimensatildeo cuidadora da enfermagem e da famiacutelia na assistecircncia agrave crianccedila hospitalizada concepccedilotildees da enfermagem Rev esc enferm USP [online] 2009 vol43 n3 pp 622-629 Disponiacutevel em lt httpwwwscie
    • THOMAZINE Angeacutelica Malman PASSOS Rocircmulo Silva BAY JUacuteNIOR Osvaldo Goacutees COLLET Neusa OLIVEIRA Beatriz Rosana Gonccedilalves de Assistecircncia de enfermagem agrave crianccedila hospitalizada um resgate histoacuterico Ciˆnc cuid sapoundde 7(supl1) 145-152 maio 200
      • F 363 Fernandes Karina Rodrigues
      • Os cuidados de enfermagem acerca dos acessos venosos perifeacutericos na unidade pediaacutetrica Karina Rodrigues Fernandes ndash Niteroacutei [sn] 2014
        • CDD 61073
Page 45: UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE ESCOLA DE …app.uff.br/riuff/bitstream/1/3317/1/TCC Karina Rodrigues Fernandes.pdf · A punção venosa periférica é um procedimento essencial para

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PIMENTA Erika Acioli Gomes COLLET Neusa Dimensatildeo cuidadora da enfermagem e da

famiacutelia na assistecircncia agrave crianccedila hospitalizada concepccedilotildees da enfermagem Rev esc enferm

USP [online] 2009 vol43 n3 pp 622-629 Disponiacutevel em lt

httpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0080-

62342009000300018amplang=pt Acesso em 18 de maio de 2014

SILVA Adriana Serafim Bispo e ZANETTI Maria Luacutecia Curativo para fixaccedilatildeo de cateter

intravenoso perifeacuterico revisatildeo integrativa da literatura rev bras enferm 57(2) 233-236

mar-abr 2004 Disponiacutevel em lthttpdxdoiorg101590S0034-71672004000200020

Acesso em 27 de maio de 2013

SOUZA Tania Vignuda de OLIVEIRA Isabel Cristina dos Santos Interaccedilatildeo

familiaracompanhante e equipe de enfermagem no cuidado agrave crianccedila hospitalizada

perspectivas para a enfermagem pediaacutetrica Esc Anna Nery [online] 2010 vol14 n3 pp

551-559 Disponiacutevel em lt httpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S1414-

81452010000300017amplang=pt Acesso em 18 de maio de 2014

THOMAZINE Angeacutelica Malman PASSOS Rocircmulo Silva BAY JUacuteNIOR Osvaldo Goacutees

COLLET Neusa OLIVEIRA Beatriz Rosana Gonccedilalves de Assistecircncia de enfermagem agrave

crianccedila hospitalizada um resgate histoacuterico Ciˆnc cuid sapoundde 7(supl1) 145-152 maio 2008

Disponiacutevel em lt httpwwwperiodicosuembrojsindexphpCiencCuidSaudearticleview65873899 Acesso

em 01 de julho de 2013

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APEcircNDICE I

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO Tiacutetulo Do Projeto Os cuidados de enfermagem acerca dos acessos venosos perifeacutericos na unidade pediaacutetrica Pesquisador Responsaacutevel Rosane Cordeiro Burla de Aguiar Eny Dorea Paiva e Karina Rodrigues Fernandes Instituiccedilatildeo a que Pertence o Pesquisador Responsaacutevel Universidade Federal Fluminense Telefone para contato (21) 98355269 (21) 82392939 (21) 91786609 Nome do voluntaacuterio _________________________________________________________ Idade ________ anos RG ____________________________

AO Sr (a) estaacute sendo convidado (a) a participar do projeto de pesquisa OS CUIDADOS DE

ENFERMAGEM ACERCA DOS ACESSOS VENOSOS PERIFEacuteRICOS NA UNIDADE PEDIATRICA de

responsabilidade da pesquisadora Profordf Drordf Rosane Cordeiro Burla de Aguiar e Profordf Drordf Eny Dorea Paiva A

punccedilatildeo venosa perifeacuterica eacute um procedimento essencial durante a hospitalizaccedilatildeo da crianccedila visto que eacute atraveacutes

dela que eacute administrada grande parte das medicaccedilotildees Este estudo se justifica diante da importacircncia da

necessidade de um maior periacuteodo de permanecircncia dos acessos venosos perifeacutericos Com isso aleacutem da

diminuiccedilatildeo de eventos que causam dor e irritaccedilatildeo na crianccedila e na famiacutelia promoveraacute tambeacutem uma melhor estada

dos mesmos durante o periacuteodo de hospitalizaccedilatildeo Os objetivos da pesquisa satildeo 1) Descrever os fatores que

interferem na manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico de acordo com a equipe de enfermagem 2)Analisar os

cuidados da equipe de enfermagem na manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico A coleta de dados se daraacute

atraveacutes de entrevistas semi estruturadas que seratildeo gravadas As informaccedilotildees colhidas seratildeo tratadas de forma

anocircnima e confidencial ou seja em nenhum momento seratildeo divulgados o seu nome e somente os

pesquisadores teratildeo acesso agraves informaccedilotildees Os dados obtidos com a pesquisa poderatildeo ser publicados apenas com

fins cientiacuteficos Eles natildeo seratildeo utilizados para fins comerciais ou para outra finalidade qualquer Caso necessite

poderatildeo ser marcados encontros para respostas ou esclarecimentos de qualquer duacutevida acerca da pesquisa A sua

participaccedilatildeo eacute voluntaria e eacute importante lembrar que vocecirc poderaacute desistir de participar da pesquisa em qualquer

momento A entrevista seraacute marcada em um dia e horaacuterio que vocecirc achar melhor Seraacute realizada

individualmente em um ambiente que nos ofereccedila privacidade Esta pesquisa natildeo oferece riscos para vocecirc e os

benefiacutecios da sua participaccedilatildeo satildeo de aumentar o conhecimento cientiacutefico na aacuterea de Enfermagem Pediaacutetrica

aleacutem de contribuir para a praacutetica profissional Este documento seraacute elaborado em duas vias uma para vocecirc e a

outra seraacute arquivada pelo pesquisador

Eu_____________________________________________________________ RG no _____________________________ Declaro que apoacutes ter entendido o que me foi explicado consinto voluntariamente em participar do presente Protocolo de Pesquisa entendo ainda que posso retirar o meu consentimento a qualquer momento antes ou durante a realizaccedilatildeo do mesmo declaro ter sido informada(o) e concordo em participar como voluntaacuteria(o) da pesquisa acima descrita Rio de Janeiro_______de_______________de 20___ _____________________________ ________________________________

(Participante) Karina Rodrigues Fernandes (Responsaacutevel por obter o consentimento)

______________________________________ _______________________________________ (Testemunha) (Testemunha)

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APEcircNDICE II

ROTEIRO PARA ENTREVISTA

1) O que vocecirc acha que pode levar a perda do acesso perifeacuterico

2) Para vocecirc o que eacute importante para manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico nas

crianccedilas

3) O que vocecirc acha que pode interferir na sua manutenccedilatildeo

4) Que medidas vocecirc adota no seu dia a dia para manter o acesso

5) Na sua vivencia profissional o que vocecirc discorda dos cuidados que geralmente satildeo

utilizados para manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico

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ANEXO

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48

  • KARINA RODRIGUES FERNANDES
    • COA Thatiana Fernanda PETTENGILL Myriam Aparecida Mandetta Autonomia da crianccedila hospitalizada frente aos procedimentos crenccedilas da enfermeira pediatra Acta paul enferm 19(4) 433-438 out-dez 2006 Disponiacutevel em lt wwwscielobrscielophpscr
    • JANSEN Michele Ferraz SANTOS Rosane Maria dos FAVERO Luciane Benefiacutecios da utilizaccedilatildeo do brinquedo durante o cuidado de enfermagem prestado agrave crianccedila hospitalizada Rev Gaucha Enferm 31(2) 247-253 jun 2010 Disponiacutevel em lt httpwwwscielo
    • MAGNABOSCO Gisele TONELLI Ana Lucia Nascimento Fonseca SOUZA Sarah Nancy Deggau Hegeto de Abordagens no cuidado de enfermagem agrave crianccedila hospitalizada submetida a procedimentos uma revisatildeo de literatura Cogitare enferm 13(1) 103-108 jan-mar
    • MARTINS Maria do Rosaacuterio RIBEIRO Circeacutea Amalia BORBA Regina Issuzu Hirooka de and SILVA Conceiccedilatildeo Vieira daProtocolo de preparo da crianccedila preacute-escolar para punccedilatildeo venosa com utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico Rev Latino-Am Enfermagem [on
    • OLIVEIRA Maria Ivoneide Veriacutessimo de BEZERRA Maria Gorette Andrade PEREIRA Vanessa Ramos Cateterizaccedilatildeo venosa assistecircncia de enfermagem-UTI pediaacutetrica Rev da Rede de Enfermagem do Nordeste AbrJun de 2008 Disponiacutevel em lt httpwwwrevistar
    • PETERLINI Maria Angeacutelica Sorgini CHAUD Massae Noda and PEDREIRA Mavilde da L GOacuterfatildeos de terapia medicamentosa a administraccedilatildeo de medicamentos por via intravenosa em crianccedilas hospitalizadasRev Latino-Am Enfermagem [online] 2003 vol11 n
    • PETERLINI Maria Angeacutelica Sorgini CHAUD Massae Noda PEDREIRA Mavilde L G Incompatibilidade entre faacutermacos e materiais de cateteres e acessoacuterios da terapia intravenosa Online braz j nurs (Online) 5(3)2006 Disponiacutevel em lt httpwwwobjnursi
    • PIMENTA Erika Acioli Gomes COLLET Neusa Dimensatildeo cuidadora da enfermagem e da famiacutelia na assistecircncia agrave crianccedila hospitalizada concepccedilotildees da enfermagem Rev esc enferm USP [online] 2009 vol43 n3 pp 622-629 Disponiacutevel em lt httpwwwscie
    • THOMAZINE Angeacutelica Malman PASSOS Rocircmulo Silva BAY JUacuteNIOR Osvaldo Goacutees COLLET Neusa OLIVEIRA Beatriz Rosana Gonccedilalves de Assistecircncia de enfermagem agrave crianccedila hospitalizada um resgate histoacuterico Ciˆnc cuid sapoundde 7(supl1) 145-152 maio 200
      • F 363 Fernandes Karina Rodrigues
      • Os cuidados de enfermagem acerca dos acessos venosos perifeacutericos na unidade pediaacutetrica Karina Rodrigues Fernandes ndash Niteroacutei [sn] 2014
        • CDD 61073
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APEcircNDICE I

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO Tiacutetulo Do Projeto Os cuidados de enfermagem acerca dos acessos venosos perifeacutericos na unidade pediaacutetrica Pesquisador Responsaacutevel Rosane Cordeiro Burla de Aguiar Eny Dorea Paiva e Karina Rodrigues Fernandes Instituiccedilatildeo a que Pertence o Pesquisador Responsaacutevel Universidade Federal Fluminense Telefone para contato (21) 98355269 (21) 82392939 (21) 91786609 Nome do voluntaacuterio _________________________________________________________ Idade ________ anos RG ____________________________

AO Sr (a) estaacute sendo convidado (a) a participar do projeto de pesquisa OS CUIDADOS DE

ENFERMAGEM ACERCA DOS ACESSOS VENOSOS PERIFEacuteRICOS NA UNIDADE PEDIATRICA de

responsabilidade da pesquisadora Profordf Drordf Rosane Cordeiro Burla de Aguiar e Profordf Drordf Eny Dorea Paiva A

punccedilatildeo venosa perifeacuterica eacute um procedimento essencial durante a hospitalizaccedilatildeo da crianccedila visto que eacute atraveacutes

dela que eacute administrada grande parte das medicaccedilotildees Este estudo se justifica diante da importacircncia da

necessidade de um maior periacuteodo de permanecircncia dos acessos venosos perifeacutericos Com isso aleacutem da

diminuiccedilatildeo de eventos que causam dor e irritaccedilatildeo na crianccedila e na famiacutelia promoveraacute tambeacutem uma melhor estada

dos mesmos durante o periacuteodo de hospitalizaccedilatildeo Os objetivos da pesquisa satildeo 1) Descrever os fatores que

interferem na manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico de acordo com a equipe de enfermagem 2)Analisar os

cuidados da equipe de enfermagem na manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico A coleta de dados se daraacute

atraveacutes de entrevistas semi estruturadas que seratildeo gravadas As informaccedilotildees colhidas seratildeo tratadas de forma

anocircnima e confidencial ou seja em nenhum momento seratildeo divulgados o seu nome e somente os

pesquisadores teratildeo acesso agraves informaccedilotildees Os dados obtidos com a pesquisa poderatildeo ser publicados apenas com

fins cientiacuteficos Eles natildeo seratildeo utilizados para fins comerciais ou para outra finalidade qualquer Caso necessite

poderatildeo ser marcados encontros para respostas ou esclarecimentos de qualquer duacutevida acerca da pesquisa A sua

participaccedilatildeo eacute voluntaria e eacute importante lembrar que vocecirc poderaacute desistir de participar da pesquisa em qualquer

momento A entrevista seraacute marcada em um dia e horaacuterio que vocecirc achar melhor Seraacute realizada

individualmente em um ambiente que nos ofereccedila privacidade Esta pesquisa natildeo oferece riscos para vocecirc e os

benefiacutecios da sua participaccedilatildeo satildeo de aumentar o conhecimento cientiacutefico na aacuterea de Enfermagem Pediaacutetrica

aleacutem de contribuir para a praacutetica profissional Este documento seraacute elaborado em duas vias uma para vocecirc e a

outra seraacute arquivada pelo pesquisador

Eu_____________________________________________________________ RG no _____________________________ Declaro que apoacutes ter entendido o que me foi explicado consinto voluntariamente em participar do presente Protocolo de Pesquisa entendo ainda que posso retirar o meu consentimento a qualquer momento antes ou durante a realizaccedilatildeo do mesmo declaro ter sido informada(o) e concordo em participar como voluntaacuteria(o) da pesquisa acima descrita Rio de Janeiro_______de_______________de 20___ _____________________________ ________________________________

(Participante) Karina Rodrigues Fernandes (Responsaacutevel por obter o consentimento)

______________________________________ _______________________________________ (Testemunha) (Testemunha)

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APEcircNDICE II

ROTEIRO PARA ENTREVISTA

1) O que vocecirc acha que pode levar a perda do acesso perifeacuterico

2) Para vocecirc o que eacute importante para manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico nas

crianccedilas

3) O que vocecirc acha que pode interferir na sua manutenccedilatildeo

4) Que medidas vocecirc adota no seu dia a dia para manter o acesso

5) Na sua vivencia profissional o que vocecirc discorda dos cuidados que geralmente satildeo

utilizados para manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico

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ANEXO

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  • KARINA RODRIGUES FERNANDES
    • COA Thatiana Fernanda PETTENGILL Myriam Aparecida Mandetta Autonomia da crianccedila hospitalizada frente aos procedimentos crenccedilas da enfermeira pediatra Acta paul enferm 19(4) 433-438 out-dez 2006 Disponiacutevel em lt wwwscielobrscielophpscr
    • JANSEN Michele Ferraz SANTOS Rosane Maria dos FAVERO Luciane Benefiacutecios da utilizaccedilatildeo do brinquedo durante o cuidado de enfermagem prestado agrave crianccedila hospitalizada Rev Gaucha Enferm 31(2) 247-253 jun 2010 Disponiacutevel em lt httpwwwscielo
    • MAGNABOSCO Gisele TONELLI Ana Lucia Nascimento Fonseca SOUZA Sarah Nancy Deggau Hegeto de Abordagens no cuidado de enfermagem agrave crianccedila hospitalizada submetida a procedimentos uma revisatildeo de literatura Cogitare enferm 13(1) 103-108 jan-mar
    • MARTINS Maria do Rosaacuterio RIBEIRO Circeacutea Amalia BORBA Regina Issuzu Hirooka de and SILVA Conceiccedilatildeo Vieira daProtocolo de preparo da crianccedila preacute-escolar para punccedilatildeo venosa com utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico Rev Latino-Am Enfermagem [on
    • OLIVEIRA Maria Ivoneide Veriacutessimo de BEZERRA Maria Gorette Andrade PEREIRA Vanessa Ramos Cateterizaccedilatildeo venosa assistecircncia de enfermagem-UTI pediaacutetrica Rev da Rede de Enfermagem do Nordeste AbrJun de 2008 Disponiacutevel em lt httpwwwrevistar
    • PETERLINI Maria Angeacutelica Sorgini CHAUD Massae Noda and PEDREIRA Mavilde da L GOacuterfatildeos de terapia medicamentosa a administraccedilatildeo de medicamentos por via intravenosa em crianccedilas hospitalizadasRev Latino-Am Enfermagem [online] 2003 vol11 n
    • PETERLINI Maria Angeacutelica Sorgini CHAUD Massae Noda PEDREIRA Mavilde L G Incompatibilidade entre faacutermacos e materiais de cateteres e acessoacuterios da terapia intravenosa Online braz j nurs (Online) 5(3)2006 Disponiacutevel em lt httpwwwobjnursi
    • PIMENTA Erika Acioli Gomes COLLET Neusa Dimensatildeo cuidadora da enfermagem e da famiacutelia na assistecircncia agrave crianccedila hospitalizada concepccedilotildees da enfermagem Rev esc enferm USP [online] 2009 vol43 n3 pp 622-629 Disponiacutevel em lt httpwwwscie
    • THOMAZINE Angeacutelica Malman PASSOS Rocircmulo Silva BAY JUacuteNIOR Osvaldo Goacutees COLLET Neusa OLIVEIRA Beatriz Rosana Gonccedilalves de Assistecircncia de enfermagem agrave crianccedila hospitalizada um resgate histoacuterico Ciˆnc cuid sapoundde 7(supl1) 145-152 maio 200
      • F 363 Fernandes Karina Rodrigues
      • Os cuidados de enfermagem acerca dos acessos venosos perifeacutericos na unidade pediaacutetrica Karina Rodrigues Fernandes ndash Niteroacutei [sn] 2014
        • CDD 61073
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APEcircNDICE II

ROTEIRO PARA ENTREVISTA

1) O que vocecirc acha que pode levar a perda do acesso perifeacuterico

2) Para vocecirc o que eacute importante para manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico nas

crianccedilas

3) O que vocecirc acha que pode interferir na sua manutenccedilatildeo

4) Que medidas vocecirc adota no seu dia a dia para manter o acesso

5) Na sua vivencia profissional o que vocecirc discorda dos cuidados que geralmente satildeo

utilizados para manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico

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ANEXO

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  • KARINA RODRIGUES FERNANDES
    • COA Thatiana Fernanda PETTENGILL Myriam Aparecida Mandetta Autonomia da crianccedila hospitalizada frente aos procedimentos crenccedilas da enfermeira pediatra Acta paul enferm 19(4) 433-438 out-dez 2006 Disponiacutevel em lt wwwscielobrscielophpscr
    • JANSEN Michele Ferraz SANTOS Rosane Maria dos FAVERO Luciane Benefiacutecios da utilizaccedilatildeo do brinquedo durante o cuidado de enfermagem prestado agrave crianccedila hospitalizada Rev Gaucha Enferm 31(2) 247-253 jun 2010 Disponiacutevel em lt httpwwwscielo
    • MAGNABOSCO Gisele TONELLI Ana Lucia Nascimento Fonseca SOUZA Sarah Nancy Deggau Hegeto de Abordagens no cuidado de enfermagem agrave crianccedila hospitalizada submetida a procedimentos uma revisatildeo de literatura Cogitare enferm 13(1) 103-108 jan-mar
    • MARTINS Maria do Rosaacuterio RIBEIRO Circeacutea Amalia BORBA Regina Issuzu Hirooka de and SILVA Conceiccedilatildeo Vieira daProtocolo de preparo da crianccedila preacute-escolar para punccedilatildeo venosa com utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico Rev Latino-Am Enfermagem [on
    • OLIVEIRA Maria Ivoneide Veriacutessimo de BEZERRA Maria Gorette Andrade PEREIRA Vanessa Ramos Cateterizaccedilatildeo venosa assistecircncia de enfermagem-UTI pediaacutetrica Rev da Rede de Enfermagem do Nordeste AbrJun de 2008 Disponiacutevel em lt httpwwwrevistar
    • PETERLINI Maria Angeacutelica Sorgini CHAUD Massae Noda and PEDREIRA Mavilde da L GOacuterfatildeos de terapia medicamentosa a administraccedilatildeo de medicamentos por via intravenosa em crianccedilas hospitalizadasRev Latino-Am Enfermagem [online] 2003 vol11 n
    • PETERLINI Maria Angeacutelica Sorgini CHAUD Massae Noda PEDREIRA Mavilde L G Incompatibilidade entre faacutermacos e materiais de cateteres e acessoacuterios da terapia intravenosa Online braz j nurs (Online) 5(3)2006 Disponiacutevel em lt httpwwwobjnursi
    • PIMENTA Erika Acioli Gomes COLLET Neusa Dimensatildeo cuidadora da enfermagem e da famiacutelia na assistecircncia agrave crianccedila hospitalizada concepccedilotildees da enfermagem Rev esc enferm USP [online] 2009 vol43 n3 pp 622-629 Disponiacutevel em lt httpwwwscie
    • THOMAZINE Angeacutelica Malman PASSOS Rocircmulo Silva BAY JUacuteNIOR Osvaldo Goacutees COLLET Neusa OLIVEIRA Beatriz Rosana Gonccedilalves de Assistecircncia de enfermagem agrave crianccedila hospitalizada um resgate histoacuterico Ciˆnc cuid sapoundde 7(supl1) 145-152 maio 200
      • F 363 Fernandes Karina Rodrigues
      • Os cuidados de enfermagem acerca dos acessos venosos perifeacutericos na unidade pediaacutetrica Karina Rodrigues Fernandes ndash Niteroacutei [sn] 2014
        • CDD 61073
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ANEXO

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  • KARINA RODRIGUES FERNANDES
    • COA Thatiana Fernanda PETTENGILL Myriam Aparecida Mandetta Autonomia da crianccedila hospitalizada frente aos procedimentos crenccedilas da enfermeira pediatra Acta paul enferm 19(4) 433-438 out-dez 2006 Disponiacutevel em lt wwwscielobrscielophpscr
    • JANSEN Michele Ferraz SANTOS Rosane Maria dos FAVERO Luciane Benefiacutecios da utilizaccedilatildeo do brinquedo durante o cuidado de enfermagem prestado agrave crianccedila hospitalizada Rev Gaucha Enferm 31(2) 247-253 jun 2010 Disponiacutevel em lt httpwwwscielo
    • MAGNABOSCO Gisele TONELLI Ana Lucia Nascimento Fonseca SOUZA Sarah Nancy Deggau Hegeto de Abordagens no cuidado de enfermagem agrave crianccedila hospitalizada submetida a procedimentos uma revisatildeo de literatura Cogitare enferm 13(1) 103-108 jan-mar
    • MARTINS Maria do Rosaacuterio RIBEIRO Circeacutea Amalia BORBA Regina Issuzu Hirooka de and SILVA Conceiccedilatildeo Vieira daProtocolo de preparo da crianccedila preacute-escolar para punccedilatildeo venosa com utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico Rev Latino-Am Enfermagem [on
    • OLIVEIRA Maria Ivoneide Veriacutessimo de BEZERRA Maria Gorette Andrade PEREIRA Vanessa Ramos Cateterizaccedilatildeo venosa assistecircncia de enfermagem-UTI pediaacutetrica Rev da Rede de Enfermagem do Nordeste AbrJun de 2008 Disponiacutevel em lt httpwwwrevistar
    • PETERLINI Maria Angeacutelica Sorgini CHAUD Massae Noda and PEDREIRA Mavilde da L GOacuterfatildeos de terapia medicamentosa a administraccedilatildeo de medicamentos por via intravenosa em crianccedilas hospitalizadasRev Latino-Am Enfermagem [online] 2003 vol11 n
    • PETERLINI Maria Angeacutelica Sorgini CHAUD Massae Noda PEDREIRA Mavilde L G Incompatibilidade entre faacutermacos e materiais de cateteres e acessoacuterios da terapia intravenosa Online braz j nurs (Online) 5(3)2006 Disponiacutevel em lt httpwwwobjnursi
    • PIMENTA Erika Acioli Gomes COLLET Neusa Dimensatildeo cuidadora da enfermagem e da famiacutelia na assistecircncia agrave crianccedila hospitalizada concepccedilotildees da enfermagem Rev esc enferm USP [online] 2009 vol43 n3 pp 622-629 Disponiacutevel em lt httpwwwscie
    • THOMAZINE Angeacutelica Malman PASSOS Rocircmulo Silva BAY JUacuteNIOR Osvaldo Goacutees COLLET Neusa OLIVEIRA Beatriz Rosana Gonccedilalves de Assistecircncia de enfermagem agrave crianccedila hospitalizada um resgate histoacuterico Ciˆnc cuid sapoundde 7(supl1) 145-152 maio 200
      • F 363 Fernandes Karina Rodrigues
      • Os cuidados de enfermagem acerca dos acessos venosos perifeacutericos na unidade pediaacutetrica Karina Rodrigues Fernandes ndash Niteroacutei [sn] 2014
        • CDD 61073
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  • KARINA RODRIGUES FERNANDES
    • COA Thatiana Fernanda PETTENGILL Myriam Aparecida Mandetta Autonomia da crianccedila hospitalizada frente aos procedimentos crenccedilas da enfermeira pediatra Acta paul enferm 19(4) 433-438 out-dez 2006 Disponiacutevel em lt wwwscielobrscielophpscr
    • JANSEN Michele Ferraz SANTOS Rosane Maria dos FAVERO Luciane Benefiacutecios da utilizaccedilatildeo do brinquedo durante o cuidado de enfermagem prestado agrave crianccedila hospitalizada Rev Gaucha Enferm 31(2) 247-253 jun 2010 Disponiacutevel em lt httpwwwscielo
    • MAGNABOSCO Gisele TONELLI Ana Lucia Nascimento Fonseca SOUZA Sarah Nancy Deggau Hegeto de Abordagens no cuidado de enfermagem agrave crianccedila hospitalizada submetida a procedimentos uma revisatildeo de literatura Cogitare enferm 13(1) 103-108 jan-mar
    • MARTINS Maria do Rosaacuterio RIBEIRO Circeacutea Amalia BORBA Regina Issuzu Hirooka de and SILVA Conceiccedilatildeo Vieira daProtocolo de preparo da crianccedila preacute-escolar para punccedilatildeo venosa com utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico Rev Latino-Am Enfermagem [on
    • OLIVEIRA Maria Ivoneide Veriacutessimo de BEZERRA Maria Gorette Andrade PEREIRA Vanessa Ramos Cateterizaccedilatildeo venosa assistecircncia de enfermagem-UTI pediaacutetrica Rev da Rede de Enfermagem do Nordeste AbrJun de 2008 Disponiacutevel em lt httpwwwrevistar
    • PETERLINI Maria Angeacutelica Sorgini CHAUD Massae Noda and PEDREIRA Mavilde da L GOacuterfatildeos de terapia medicamentosa a administraccedilatildeo de medicamentos por via intravenosa em crianccedilas hospitalizadasRev Latino-Am Enfermagem [online] 2003 vol11 n
    • PETERLINI Maria Angeacutelica Sorgini CHAUD Massae Noda PEDREIRA Mavilde L G Incompatibilidade entre faacutermacos e materiais de cateteres e acessoacuterios da terapia intravenosa Online braz j nurs (Online) 5(3)2006 Disponiacutevel em lt httpwwwobjnursi
    • PIMENTA Erika Acioli Gomes COLLET Neusa Dimensatildeo cuidadora da enfermagem e da famiacutelia na assistecircncia agrave crianccedila hospitalizada concepccedilotildees da enfermagem Rev esc enferm USP [online] 2009 vol43 n3 pp 622-629 Disponiacutevel em lt httpwwwscie
    • THOMAZINE Angeacutelica Malman PASSOS Rocircmulo Silva BAY JUacuteNIOR Osvaldo Goacutees COLLET Neusa OLIVEIRA Beatriz Rosana Gonccedilalves de Assistecircncia de enfermagem agrave crianccedila hospitalizada um resgate histoacuterico Ciˆnc cuid sapoundde 7(supl1) 145-152 maio 200
      • F 363 Fernandes Karina Rodrigues
      • Os cuidados de enfermagem acerca dos acessos venosos perifeacutericos na unidade pediaacutetrica Karina Rodrigues Fernandes ndash Niteroacutei [sn] 2014
        • CDD 61073
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  • KARINA RODRIGUES FERNANDES
    • COA Thatiana Fernanda PETTENGILL Myriam Aparecida Mandetta Autonomia da crianccedila hospitalizada frente aos procedimentos crenccedilas da enfermeira pediatra Acta paul enferm 19(4) 433-438 out-dez 2006 Disponiacutevel em lt wwwscielobrscielophpscr
    • JANSEN Michele Ferraz SANTOS Rosane Maria dos FAVERO Luciane Benefiacutecios da utilizaccedilatildeo do brinquedo durante o cuidado de enfermagem prestado agrave crianccedila hospitalizada Rev Gaucha Enferm 31(2) 247-253 jun 2010 Disponiacutevel em lt httpwwwscielo
    • MAGNABOSCO Gisele TONELLI Ana Lucia Nascimento Fonseca SOUZA Sarah Nancy Deggau Hegeto de Abordagens no cuidado de enfermagem agrave crianccedila hospitalizada submetida a procedimentos uma revisatildeo de literatura Cogitare enferm 13(1) 103-108 jan-mar
    • MARTINS Maria do Rosaacuterio RIBEIRO Circeacutea Amalia BORBA Regina Issuzu Hirooka de and SILVA Conceiccedilatildeo Vieira daProtocolo de preparo da crianccedila preacute-escolar para punccedilatildeo venosa com utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico Rev Latino-Am Enfermagem [on
    • OLIVEIRA Maria Ivoneide Veriacutessimo de BEZERRA Maria Gorette Andrade PEREIRA Vanessa Ramos Cateterizaccedilatildeo venosa assistecircncia de enfermagem-UTI pediaacutetrica Rev da Rede de Enfermagem do Nordeste AbrJun de 2008 Disponiacutevel em lt httpwwwrevistar
    • PETERLINI Maria Angeacutelica Sorgini CHAUD Massae Noda and PEDREIRA Mavilde da L GOacuterfatildeos de terapia medicamentosa a administraccedilatildeo de medicamentos por via intravenosa em crianccedilas hospitalizadasRev Latino-Am Enfermagem [online] 2003 vol11 n
    • PETERLINI Maria Angeacutelica Sorgini CHAUD Massae Noda PEDREIRA Mavilde L G Incompatibilidade entre faacutermacos e materiais de cateteres e acessoacuterios da terapia intravenosa Online braz j nurs (Online) 5(3)2006 Disponiacutevel em lt httpwwwobjnursi
    • PIMENTA Erika Acioli Gomes COLLET Neusa Dimensatildeo cuidadora da enfermagem e da famiacutelia na assistecircncia agrave crianccedila hospitalizada concepccedilotildees da enfermagem Rev esc enferm USP [online] 2009 vol43 n3 pp 622-629 Disponiacutevel em lt httpwwwscie
    • THOMAZINE Angeacutelica Malman PASSOS Rocircmulo Silva BAY JUacuteNIOR Osvaldo Goacutees COLLET Neusa OLIVEIRA Beatriz Rosana Gonccedilalves de Assistecircncia de enfermagem agrave crianccedila hospitalizada um resgate histoacuterico Ciˆnc cuid sapoundde 7(supl1) 145-152 maio 200
      • F 363 Fernandes Karina Rodrigues
      • Os cuidados de enfermagem acerca dos acessos venosos perifeacutericos na unidade pediaacutetrica Karina Rodrigues Fernandes ndash Niteroacutei [sn] 2014
        • CDD 61073