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UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE
ESCOLA DE ENFERMAGEM AURORA DE AFONSO COSTA
CURSO DE GRADUACcedilAtildeO EM ENFERMAGEM E LICENCIATURA
KARINA RODRIGUES FERNANDES
OS CUIDADOS DE ENFERMAGEM ACERCA DOS ACESSOS VENOSOS
PERIFEacuteRICOS NA UNIDADE PEDIAacuteTRICA
NITEROacuteI
2014
KARINA RODRIGUES FERNANDES
OS CUIDADOS DE ENFERMAGEM ACERCA DOS ACESSOS VENOSOS
PERIFEacuteRICOS NA UNIDADE PEDIAacuteTRICA
Trabalho de conclusatildeo de curso apresentado agrave Coordenaccedilatildeo de Curso de Graduaccedilatildeo em Enfermagem e Licenciatura como requisito parcial para obtenccedilatildeo do tiacutetulo de Bacharel em Enfermagem e Licenciatura
Orientador
Profa Dr Rosane Cordeiro Burla de Aguiar
Co-orientador
Profa Dr Eny Doacuterea Paiva
Niteroacutei RJ
2014
F 363 Fernandes Karina Rodrigues
Os cuidados de enfermagem acerca dos acessos venosos perifeacutericos na unidade pediaacutetrica Karina Rodrigues Fernandes ndash Niteroacutei [sn] 2014
48 f
Trabalho de Conclusatildeo de Curso (Graduaccedilatildeo em Enfermagem) - Universidade Federal Fluminense 2014 Orientador Profordf Rosane Cordeiro Burla de Aguiar
1 Cuidados de enfermagem 2 Cateterismo perifeacuterico
3 Enfermagem pediaacutetrica I Tiacutetulo CDD 61073
KARINA RODRIGUES FERNANDES
OS CUIDADOS DE ENFERMAGEM ACERCA DOS ACESSOS VENOSOS
PERIFEacuteRICOS NA UNIDADE PEDIAacuteTRICA
Trabalho de conclusatildeo de curso apresentado agrave Coordenaccedilatildeo de Curso de Graduaccedilatildeo em Enfermagem e Licenciatura como requisito parcial para obtenccedilatildeo do tiacutetulo de Bacharel em Enfermagem e Licenciatura
BANCA EXAMINADORA
__________________________________________________________________________
Profa Dr Rosane Cordeiro Burla de Aguiar
Presidente (EEAAC ndash UFF)
__________________________________________________________________________
Profa Dr Eny Doacuterea Paiva
1ordf examinadora (EEAAC ndash UFF)
__________________________________________________________________________
Profa Dr Liliane Faria da Silva
2ordf examinadora (EEAAC ndash UFF)
Niteroacutei RJ
2014
Dedicatoacuteria
Dedico este trabalho ao meu pai que estaacute e estaraacute sempre em meu pensamento
Agradecimentos
Primeiramente a Deus por ter me sustentado e dado forccedilas para seguir em frente a cada momento em
que fraquejei e desejei desistir Por me permitir concluir essa etapa e por me mostrar ao longo desses
anos que eu sou mais forte do que eu pensava Obrigada Deus
A toda minha famiacutelia pela ajuda e incentivo durante cada ano de faculdade A minha matildee e a minha
irmatilde Karen os pilares da minha vida por estarem sempre comigo me apoiando e amando
incondicionalmente A Tia Doca por ser minha segunda matildee e estar sempre pronta para ajudar Amo
vocecircs
Ao Cristiano por estar sempre comigo me ajudando me levantando quando preciso e me amando
principalmente nos momentos de ldquodesesperordquo com os prazos Por acordar quando eu queria
conversar por servir de motorista nos momentos que precisava e por ser aleacutem de tudo meu amigo
Te amo
A minha querida orientadora Rosane por me proporcionar o encontro com a aacuterea da pediatria pela
paciecircncia com minhas dificuldades e ainda pela oportunidade de convivecircncia e aprendizado
contribuindo para o meu crescimento pessoal e profissional
A Hanna por ser meu apoio em todo o inicio da faculdade 24 horas por dia sendo mais que uma
amiga uma irmatilde E mesmo depois apesar de tanta correria ainda conseguir um tempo para almoccedilar
conversar e comer um ldquojapardquo Vocecirc eacute essencial na minha vida amo vocecirc
Aos anjinhos que ldquoUFFrdquo colocou em minha vida Laiacutes e Barbara por estarem sempre prontas para
me segurar me apoiar dar bronca e fofocar Por dividir segredos laacutegrimas opiniotildees aleacutem de
momentos inesqueciacuteveis como decolar do Aeroporto Santos Dumond Obrigada por tudo Amo vocecircs e
vou morrer de saudades dos nossos dias
A minha querida e amada turma 20092 que mesmo fragmentada em vaacuterios periacuteodos permaneceu
unida se tornando uma grande famiacutelia durante esses cinco anos e me proporcionou momentos que
vou lembrar para o resto da minha vida
Aos demais professores e funcionaacuterios da Escola de Enfermagem Aurora de Afonso Costa pela
oportunidade de compartilhar momentos gratificantes de aprendizagem
Meu eterno agradecimento
RESUMO
Os cuidados para a manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico eacute uma accedilatildeo essencial durante uma internaccedilatildeo na qual a permanecircncia do dispositivo eacute dificultada por diversos fatores principalmente quando se trata de um paciente pediaacutetrico Por conta de repetitivas perdas as repeticcedilotildees das punccedilotildees podem gerar trauma emocional dificultando ainda mais o periacuteodo de estada do paciente no hospital Desta forma o presente trabalho tem o objetivo descrever os fatores que interferem na manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico de acordo com a equipe de enfermagem e analisar os cuidados da equipe de enfermagem na manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico Possui como objeto de estudo os cuidados da equipe de enfermagem na manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico Trata-se de uma pesquisa descritiva exploratoacuteria de abordagem qualitativa onde nove (9) profissionais da equipe de enfermagem do setor de internaccedilatildeo pediaacutetrica de um Hospital Universitaacuterio do Rio de Janeiro foram entrevistados de acordo com um roteiro A coleta de dados deu-se por meio de entrevista semi-estruturada As falas foram submetidas agrave anaacutelise de conteuacutedo e das entrevistas emergiram trecircs (03) categorias ldquoCuidados preacute intra e poacutes-procedimento de punccedilatildeo do acesso venoso perifeacutericordquo ldquoCuidados em desuso para manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacutericordquo e ldquoO acompanhante e a manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacutericordquo O estudo retratou o processo de punccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico ressaltando a importacircncia de cuidados como a seleccedilatildeo do local a diluiccedilatildeo da medicaccedilatildeo a realizaccedilatildeo de uma boa fixaccedilatildeo a atenccedilatildeo com a velocidade de infusatildeo os cuidados com os sinais de infecccedilatildeo e salinizaccedilatildeo do acesso aleacutem de constatar tambeacutem os cuidados em desuso como o uso da heparina da tala de imobilizaccedilatildeo e duacutevidas em relaccedilatildeo ao tempo de permanecircncia Evidenciou o fato da equipe de enfermagem responsabilizar o acompanhante pelos cuidados com o cateter venoso perifeacuterico e tambeacutem o natildeo uso da literatura cientifica para solucionar duvidas e agregar conhecimento Com isso o estudo atingiu os objetivos propostos e tambeacutem contribuiu para o campo do ensino abrindo portas para a realizaccedilatildeo de novas pesquisas na aacuterea Palavras-chave cateterismo venoso perifeacuterico cuidados de enfermagem enfermagem pediaacutetrica
ABSTRACT Care for the maintenance of peripheral venous access is an essential action during a hospitalization in which the permanence of the device is hampered by several factors especially when it comes to a pediatric patient Because of repetitive losses the repetitions of punctures can cause emotional trauma further hindering the period of stay of the patient in the hospital Thus the present study aims to describe the factors affecting the maintenance of peripheral venous access in accordance with the nursing staff and analyze the care of the nursing staff in the maintenance of peripheral venous access Has as its object of study the care of the nursing staff in the maintenance of peripheral venous access This is an exploratory descriptive and qualitative study where nine (9) professional nursing staff of the pediatric inpatient ward of a university hospital in Rio de Janeiro were interviewed according to a script The data was collected by means of semi - structured interview The speeches were subjected to content analysis and interviews revealed three ( 03 ) categories Care pre intra and post - puncture procedure from peripheral venous access Care in disuse for maintenance of peripheral venous access and The companion and maintenance of peripheral venous access The study portrayed the process of puncture of peripheral venous access emphasizing the importance of care as site selection diluting the medication performing a good fixation attention to the rate of infusion the care of the signs of infection and salinity of access and also noted the care into disuse as the use of heparin the splint immobilization and questions about the length of stay Highlighted the fact that the nursing staff responsible for the care of the accompanying peripheral venous catheter and also not using the scientific literature to solve doubts and aggregate knowledge With that the study achieved its goals and also contributed to the field of education opening doors to new research in the area Key words peripheral venous catheterization nursing care pediatric nursing
SUMAacuteRIO
1 INTRODUCcedilAtildeO p 8
11 Questotildees norteadoras p 9
12 Objeto do estudo p9
13 Objetivos p9
14 Justificativa e relevacircncia p9
2 REVISAtildeO DE LITERATURA p 11
21 Hospitalizaccedilatildeo infantil e seus estressores p 11
22 Acesso venoso perifeacuterico em pediatria p 13
3 METODOLOGIA p 17
31 Tipo de pesquisa p17
32 Sujeitos da pesquisa p17
33 Cenaacuterio p18
34 Coleta de dados p18
35 Questotildees eacuteticas da pesquisa p19
36 Analise dos dados p20
4 RESULTADOS E DISCUSSAtildeO p22
41 Os cuidados de enfermagem preacute intra e poacutes-procedimento de punccedilatildeo do acesso
venoso perifeacuterico p 22
42 Os cuidados em desuso para manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico p 28
43 O acompanhante e a manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico p31
CONCLUSAtildeO p 35
REFEREcircNCIAS p37
APEcircNDICE I p 44
APEcircNDICE II p45
ANEXO p46
8
1 INTRODUCcedilAtildeO
A motivaccedilatildeo pelo assunto veio durante o ensino teoacuterico praacutetico da disciplina
Enfermagem na sauacutede da crianccedila e do adolescente II na enfermaria pediaacutetrica do Hospital
Universitaacuterio Antonio Pedro quando me incomodei com o excesso de punccedilatildeo perifeacuterica
realizado nas crianccedilas gerando impacto nas mesmas e na famiacutelia durante o procedimento
A hospitalizaccedilatildeo em si eacute uma situaccedilatildeo estressante jaacute que a crianccedila perde o controle em
relaccedilatildeo a sua liberdade aleacutem do conviacutevio com pessoas estranhas e da mudanccedila de ambiente e
rotina (HOCKENBERRY e WILSON 2011 p676) Com isso em uma situaccedilatildeo de diversas
perdas de acesso venoso as repeticcedilotildees do procedimento causam trauma emocional tornando
ainda mais doloroso o periacuteodo de estada do paciente no hospital
A punccedilatildeo venosa perifeacuterica eacute um procedimento essencial para manejo da crianccedila
durante a hospitalizaccedilatildeo visto que em grande parte as medicaccedilotildees satildeo administradas por essa
via onde o efeito eacute quase instantacircneo e permite infusatildeo de maior volume Poreacutem esse tipo de
procedimento eacute doloroso e estressante deixando a crianccedila sujeita a traumas por agentes
bioloacutegicos quiacutemicos fiacutesicos e emocionais sendo funccedilatildeo do enfermeiro prevenir diminuir ou
erradicar esses riscos (CORREIA RIBEIRO BORBA 2009 p559)
A permanecircncia do dispositivo eacute dificultada por diversos fatores como uma infecccedilatildeo a
fixaccedilatildeo inadequada o trauma durante a infusatildeo e a movimentaccedilatildeo da crianccedila A cobertura
utilizada eacute de suma importacircncia nessa situaccedilatildeo sendo ela muitas das vezes a causa da perda
de um acesso e entatildeo a necessidade de nova punccedilatildeo venosa Por conta disso esse tipo de
procedimento causa grande desconforto para a famiacutelia para a crianccedila e tambeacutem para o
profissional (CORREIA RIBEIRO BORBA 2009 p559)
Uma grande pesquisa conduzida sobre a temaacutetica concluiu que com ldquo592 crianccedilas e
1135 tentativas de punccedilatildeo realizadas por 143 enfermeiras 10 de taxa de insucesso no
9
procedimento poreacutem com cerca de 50 de insucesso na primeira tentativardquo Cada crianccedila foi
submetida a 21 tentativas (LARSEN1
11 Questotildees norteadoras
et al 2010 apud NEGRI et al 2012)
Quais os fatores que podem interferir na permanecircncia do acesso venoso em uma
crianccedila hospitalizada
Quais satildeo os cuidados da equipe de enfermagem para aumentar o tempo de
permanecircncia de um acesso venoso perifeacuterico em uma crianccedila hospitalizada
12 Objeto de estudo
Os cuidados da equipe de enfermagem na permanecircncia do acesso venoso perifeacuterico
13 Objetivos
Descrever e discutir os cuidados de enfermagem acerca da permanecircncia dos acessos
venosos perifeacutericos na pediatria
14 Justificativa e relevacircncia
Diante da problemaacutetica exposta eacute possiacutevel identificar a importacircncia da necessidade de
um maior periacuteodo de permanecircncia dos acessos venosos perifeacutericos Com isso aleacutem da
diminuiccedilatildeo de eventos que causam dor e irritaccedilatildeo na crianccedila e na famiacutelia promoveraacute tambeacutem
uma melhor estada dos mesmos durante o periacuteodo de hospitalizaccedilatildeo
Oliveira Bezerra e Pereira (2008 p96) chegaram a conclusatildeo que os enfermeiros
prestam assistecircncia agraves crianccedilas dentro dos paracircmetros poreacutem devem ter mais cuidados em
alguns pontos como ldquonecessidade de maior atenccedilatildeo na quantidade e velocidade da infusatildeo da
terapia mais controle do calibre do cateter identificaccedilatildeo do acesso complicaccedilotildees e troca de
fixaccedilatildeordquo
O presente estudo possui relevacircncia pois busca descrever os principais cuidados que a
equipe de enfermagem desenvolve na manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico na pediatria
demonstrando o que a equipe faz efetivamente para aumentar o tempo de permanecircncia desse
1 Larsen P Eldridge D Brinkley J Newton D Goff D Hartzog T Saad ND Perkin R Pediatric peripheral intravenous access does nursing experience and competence really make a difference J Infus Nurs 201033(4)226-35
10
dispositivo visto que a sua inserccedilatildeo jaacute eacute um evento estressante para crianccedila e sua famiacutelia
durante a hospitalizaccedilatildeo Eacute relevante tambeacutem natildeo soacute para os enfermeiros pediaacutetricos como
tambeacutem para todos os profissionais da aacuterea de sauacutede que procuram aprofundar seus
conhecimentos acerca dos cuidados na assistecircncia de enfermagem da cateterizaccedilatildeo venosa
perifeacuterica
11
2 REVISAtildeO DE LITERATURA
21 Hospitalizaccedilatildeo infantil e seus estressores
Durante a vida de uma crianccedila as principais situaccedilotildees de crise que normalmente elas
vivenciaratildeo estatildeo relacionadas agrave doenccedila ou a uma possiacutevel hospitalizaccedilatildeo Frente a estes
fatores elas se mostram vulneraacuteveis diante das mudanccedilas impostas relacionadas ao estado de
sauacutede e a sua rotina de vida (HOCKENBERRY e WILSON 2011 p676)
ldquoA hospitalizaccedilatildeo representa para a crianccedila uma situaccedilatildeo diferente de todas as jaacute
vivenciadas haja vista que sua rotina diaacuteria eacute modificada Ela encontra-se em um ambiente
impessoal repleto de tabus e significados diferente do seu contexto diaacuteriordquo (JANSEN
SANTOS e FAVERO 2010 p248)
Segundo Brito et al (2009 p 803) a crianccedila hospitalizada eacute ldquoafastada de seu ambiente
familiar de seus amigos da escola e de seus objetos pessoais perdendo assim grande parte de
suas referecircnciasrdquo com isso esse periacuteodo de hospitalizaccedilatildeo pode causar impacto sobre o estado
psicoloacutegico da mesma
Conforme Hockenberry e Wilson (2011 p676) as crianccedilas natildeo possuem habilidades
de enfrentamento suficientes para resolver determinados estressores Como principais
estressores pode-se citar ldquoa separaccedilatildeo a perda de controle lesatildeo corporal e dorrdquo
Um dos procedimentos mais dolorosos e estressantes para a crianccedila eacute a punccedilatildeo venosa
onde na maioria dos casos constitui a primeira escolha para a administraccedilatildeo de medicamentos
nutriccedilatildeo parenteral hemoderivados e coleta de exames sanguumliacuteneos(OLIVEIRA BEZERRA e
PEREIRA 2008 p91)
12
ldquoA crianccedila eacute um ser em crescimento e desenvolvimento com particularidades e
caracteriacutesticas proacutepriasrdquo (MATHEWS-SIMONTON2
Esse periacuteodo de internaccedilatildeo ldquopode deixar a crianccedila ansiosa insegura e com medo
principalmente quando natildeo eacute preparada para a hospitalizaccedilatildeo e o tratamento a que seraacute
submetidardquo Para Martins (2001) isso contribui para aumentar o medo e a ansiedade
expressos por meio do choro da raiva e ateacute mesmo por agressotildees
1990 apud COA e PETTENGILL
2006 p434) Isso significa que a crianccedila iraacute se comportar de acordo com a situaccedilatildeo imposta
pois isso dependeraacute natildeo soacute da idade de desenvolvimento como tambeacutem de suas experiecircncias
com determinadas situaccedilotildees
Diante de todo o processo de hospitalizaccedilatildeo a crianccedila pode apresentar diversas
manifestaccedilotildees comportamentais sendo consideradas mais comuns as ldquoregressotildees diminuiccedilatildeo
no ritmo do desenvolvimento desordens do sono e da alimentaccedilatildeo dependecircncia
agressividade apatia estados depressivos fobias e transtornos de comportamento em geralrdquo
(BAR-MOR3
Para a famiacutelia ldquoa hospitalizaccedilatildeo de um filho geralmente eacute encarada como uma
situaccedilatildeo de crise para a famiacutelia e para a crianccedilardquo O profissional de enfermagem deve se
organizar seu trabalho com estrateacutegias que minimizem o sofrimento no ambiente hospitalar e
na assistecircncia agrave crianccedila (THOMAZINE et al 2008 p146)
1997 apud BRITO et al 2009 p203) Com a atenccedilatildeo voltada para atender a
demanda e a necessidade fisioloacutegica da crianccedila os profissionais da equipe de enfermagem
geralmente ldquodedicam pouca ou nenhuma atenccedilatildeo agraves questotildees psicoloacutegicas e sociais da crianccedila
hospitalizada e de sua famiacuteliardquo(JANSEN SANTOS e FAVERO 2010 p248)
A qualidade do ambiente pode afetar diretamente no processo de recuperaccedilatildeo com
isso ldquoas intervenccedilotildees no contexto hospitalar devem visar agrave promoccedilatildeo de condiccedilotildees favoraacuteveis
agrave reabilitaccedilatildeo dos efeitos de experiecircncias adversas ao desenvolvimento das crianccedilasrdquo Isso
sugere que o ambiente aleacutem de incentivar a sauacutede deve ser planejado de maneira supra agraves
necessidades dos pacientes levando em conta os aspectos psicoloacutegicos pedagoacutegicos e
2 Mathews-Simonton S A famiacutelia e a cura o meacutetodo Simonton para famiacutelias que enfrentam uma doenccedila Satildeo Paulo Summus 1990 3 Bar-Mor G Preparation of children for surgery and invasive procedures milestones on the way to success J Pediatr Nurs1997Aug12(4) 252-255
13
socioloacutegicos da crianccedila e de sua famiacutelia (SOARES e ZAMBERLAN4
Para humanizar a assistecircncia agrave crianccedila hospitalizada e atender a suas reais
necessidades os pais foram inseridos na cliacutenica pediaacutetrica com direito a permanecircncia integral
nos casos de internaccedilatildeo Isso ocorreu no iniacutecio da deacutecada de 1990 no Brasil com a
legalizaccedilatildeo estabelecida pelo Estatuto da Crianccedila e do Adolescente (THOMAZINE et al
2008 p145) Com isso ldquomuitos hospitais natildeo consideram mais os pais como visitantes e
enfatizam sua presenccedila durante todo o periacuteodo da hospitalizaccedilatildeordquo fazendo uso de um sistema
de cuidado centrado na famiacutelia (HOCKENBERRY e WILSON 2011 p685)
1995 apud BRITO et
al 2009 p803)
Durante o processo de hospitalizaccedilatildeo as crianccedilas satildeo submetidas a diversas condutas e
procedimentos como por exemplo exames e administraccedilatildeo de medicamentos A punccedilatildeo
venosa eacute um dos principais procedimentos que causam dor e muitas vezes existe a
necessidade de vaacuterias punccedilotildees durante um mesmo dia Vale ressaltar que para a crianccedila esse
tipo de procedimento se iguala a uma agressatildeo jaacute que ldquona maioria das vezes eacute acompanhado
de dor ou medo o que se traduz no choro e na ansiedaderdquo (COLLET5
2002 apud GOMES et
al 2011 p290)
22 Acesso venoso perifeacuterico em pediatria
Para Correia et al (2009 p559) a fim evitar um trauma emocional durante a punccedilatildeo
as crianccedilas precisam ser orientadas sobre o tratamento seus objetivos e receber atenccedilatildeo
carinhosa neste momento
A fim de tornar o processo de cateterizaccedilatildeo venosa menos doloroso e estressante para
a crianccedila deve-se ter preferecircncia pelas veias que menos comprometam suas atividades
essenciais Neste intuito deve-se evitar por exemplo puncionar uma veia na matildeo que
dificulte o ato de se alimentar desenhar e ateacute mesmo brincar (OLIVEIRA BEZERRA e
PEREIRA 2008 p91)
4 Soares MRZ Zamberlan MAT A inclusatildeo do brincar na hospitalizaccedilatildeo infantil Est Psicol maioago18(2) 64-9 5 Collet N Oliveira BRG de Manual de Enfermagem em Pediatria Goiacircnia AB 2002
14
O acesso vascular eacute uma das principais modalidades de tratamento utilizadas na
assistecircncia agrave sauacutede Existe ampla aceitaccedilatildeo difusatildeo e praacutetica desse procedimento pelos
profissionais da aacuterea da assistecircncia agrave sauacutede (FERREIRA et al 2005)
Foi na deacutecada de 40 que o uso de cateter vascular foi introduzido nos hospitais
tornando-se essencial para as atividades assistenciais da modernidade (WORTHIGTON6
Para Peterlini e Chaud (2003) tal procedimento se define como um conjunto de
conhecimentos e teacutecnicas que visam agrave administraccedilatildeo de soluccedilotildees ou faacutermacos no sistema
circulatoacuterio abrangendo o preparo do paciente a escolha obtenccedilatildeo e manutenccedilatildeo do acesso
venoso os meacutetodos de preparo e administraccedilatildeo de drogas e soluccedilotildees e os cuidados referentes
agrave frequecircncia de troca do cateter curativos dispositivos de infusatildeo e soluccedilotildees
2005 apud MENDONCcedilA et al 2011 p330)
Primeiramente o acesso perifeacuterico era mantido com agulhas de accedilo inoxidaacutevel as
quais apesar de oferecerem menor risco de infecccedilatildeo satildeo riacutegidas e facilitavam perda do
acesso Em 1945 passou a ser utilizado o cateter venoso plaacutestico que permitia manutenccedilatildeo do
acesso por tempo prolongado (FERNANDES e RIBEIRO7
Quanto ao tempo de permanecircncia em pacientes pediaacutetricos o cateter deve ser mantido
ateacute o teacutermino da terapia intravenosa ou quando forem observados sinais cliacutenicos de
complicaccedilotildees diferentemente dos pacientes adultos onde o tempo de permanecircncia
preconizado eacute de 72 a 96 horas (CENTERS FOR DISEASE CONTROL AND
PREVENTION-CDC 2002)
2000 apud MARTINS et al 2008
p 485) Habitualmente o material de punccedilatildeo que vem sendo utilizado em crianccedilas satildeo os
cateteres flexiacuteveis tipo abocath com mandril metaacutelico (BATALHA et al 2010 p512)
Associaccedilatildeo Paulista de Estudos e Controle de Infecccedilatildeo Hospitalar (2005 apud
Moncaio e Figueiredo 2009) ressaltam que ldquoas principais complicaccedilotildees infecciosas para o
paciente satildeo flebite infecccedilatildeo do siacutetio de inserccedilatildeo do cateter extravasamento de soluccedilatildeo e
bacteremia relacionada ao cateterrdquo Certos fatores podem contribuir para o aparecimento de
tais complicaccedilotildees como o tipo do cateter que seraacute utilizado o preparo do local da punccedilatildeo
aleacutem de caracteriacutesticas intriacutensecas do paciente Vale acrescentar que ldquoos cateteres 6 Worthigton T Elliot TSJ Diagnosis of central venous catheter related infection in adult pacient J Infect 2005 51267-80 7 Fernandes AT Ribeiro Filho N Infecccedilatildeo do acesso vascular In Fernandes AT Fernandes M OV Ribeiro Filho N Infecccedilatildeo hospitalar e suas interfaces na aacuterea da sauacutede Satildeo Paulo (SP) Atheneu 2000 p 556-79
15
confeccionados em Teflon e poliuretano estatildeo associados a baixas frequecircncias de
complicaccedilotildees infecciosas quando comparados aos de polivinilcloreto e polietilenordquo
CENTERS FOR DISEASE CONTROL AND PREVENTION-CDC 2002)
ldquoNo acircmbito hospitalar a flebite eacute uma das complicaccedilotildees mais frequentes e
considerada uma das principais falhas da infusatildeordquo Eacute o processo inflamatoacuterio da camada
iacutentima das veias ocasionado por irritaccedilatildeo mecacircnica quiacutemica ou infecccedilotildees bacterianas
apresentando manifestaccedilotildees como dor edema hiperemia local e calor (GABRIEL8
Machado et al(2008) relata que ldquocerca de 1 a 10 destes pacientes desenvolvem
infecccedilotildees locais ou sistecircmicas relacionadas ao uso de cateteres causadas por alteraccedilatildeo ou
ruptura da integridade da pele que permite a passagem de microorganismos colonizadoresrdquo
2008
apud MAGEROTE et al 2011 p 487)
O curativo para fixaccedilatildeo do cateter eacute outro ponto importante para a manutenccedilatildeo do
mesmo visto que a ldquofixaccedilatildeo reduz o risco de complicaccedilotildees relacionadas agrave terapia intravenosa
tais como flebite infiltraccedilatildeo septicemia e deslocamento do cateterrdquo aleacutem de mantecirc-lo limpo
e seco permitindo a visualizaccedilatildeo contiacutenua do mesmo a fim de prevenir os agravos
(PHILLIPS9
No seacuteculo passado durante os primeiro 50 anos da praacutetica da terapia intravenosa
utilizava-se para fixaccedilatildeo gaze esteacuteril e fitas adesivas O iniacutecio do uso de filmes transparentes
esteacutereis se deu em 1970 como solicitaccedilatildeo dos enfermeiros quanto agrave necessidade da retirada do
curativo para realizar a inspeccedilatildeo do local de inserccedilatildeo funccedilatildeo atribuiacuteda aos mesmos a fim de
impedir uma infecccedilatildeo de corrente sanguiacutenea (MACHADO PEDREIRA E CHAUD 2008)
2001 apud SILVA E ZANETTI 2004 p233)
O uso de fitas adesivas natildeo-esteacutereis pode ser bastante observado em algumas
instituiccedilotildees de sauacutede contudo fita adesiva soacute natildeo estaacute contaminada enquanto permanece na
embalagem sugerindo tambeacutem a possibilidade da transmissatildeo de microorganismos
patogecircnicos com a aplicaccedilatildeo da mesma sobre o local de inserccedilatildeo do cateter
(VANDENBOSCH COOCH E TRESTON-AURAND10
8 Gabriel J Infusion therapy part one minimising the risks Nurs Stand 2008 Apr 22(31)51-6
1997 et al MACHADO
PEDREIRA E CHAUD2005 p292)
9 Phillips DL Manual de terapia endovenosa Trad Pedreira MLG Pereira SR Harada MJCS Peterline MAS 2ordf ed Porto Alegre (RS) Artmed 2001551P 10 VandenBosch TM Cooch J Treston-Aurand J Research utilization adhesive bandage dressing regimen for peripheral venous catheters Am J Infect Control 1997 25(6)513-9
16
Acerca da terapia intravenosa podem ocorrer incompatibilidades em relaccedilatildeo aos
faacutermacos administrados e os cateteres utilizados que na maioria das vezes natildeo satildeo percebidos
devido a impossibilidade de visualizaccedilatildeo Essas incompatibilidades satildeo denominadas por
Peterlini Chaud e Pedreira (2006) como adsorccedilatildeo e absorccedilatildeo onde ocorre ldquoperda do faacutermaco
para a superfiacutecie de frascos seringas filtros acessoacuterios e cateteres da terapia intravenosa por
meio de adsorccedilatildeo ou pela absorccedilatildeo do faacutermaco para a matriz do material de confecccedilatildeo desses
dispositivosrdquo Com isso o profissional de enfermagem tem como funccedilatildeo aleacutem do
conhecimento cientiacutefico acerca das drogas utilizadas programar accedilotildees que possibilitem
ldquoreconstituiccedilatildeo diluiccedilatildeo acondicionamento e cuidados na administraccedilatildeo de faacutermacosrdquo
evitando assim prejuiacutezos no tratamento
17
3 METODOLOGIA
31 Tipo de pesquisa
Trata-se de uma pesquisa descritiva exploratoacuteria de abordagem qualitativa com os
profissionais da equipe de enfermagem da unidade de internaccedilatildeo pediaacutetrica de um hospital
universitaacuterio do estado do Rio de Janeiro
Para Minayo Deslandes e Gomes (2007 p 21) a pesquisa qualitativa responde as
questotildees de forma particular de modo que trabalha com o universo dos significados dos
motivos das aspiraccedilotildees das crenccedilas dos valores e atitudes Sendo assim entende-se que as
accedilotildees do ser humano se distinguem a partir do seu pensamento do modo de agir de acordo
com a realidade vivida por cada um
Segundo Gil (1999 p44) ldquoas pesquisas descritivas tecircm como objetivo primordial a
descriccedilatildeo das caracteriacutesticas de determinada populaccedilatildeo ou fenocircmeno ou o estabelecimento de
relaccedilotildees variaacuteveisrdquo
Kauark Manhatildees e Medeiros (2010 p28) determinam a pesquisa exploratoacuteria como
agravequela que ldquoObjetiva a maior familiaridade com o problema tornando-o expliacutecito ou agrave
construccedilatildeo de hipoacutetesesrdquo Acrescenta ainda que a mesma pode conter levantamento
bibliograacutefico entrevistas com pessoas experientes no problema pesquisado entre outras
fontes
32 Sujeitos da pesquisa
A pesquisa contou com um nuacutemero total de nove (9) profissionais da equipe de
enfermagem da unidade de internaccedilatildeo pediaacutetrica de um Hospital Universitaacuterio do Rio de
Janeiro sendo estes dois (2) enfermeiros e sete (7) teacutecnicos de enfermagem De todos os
18
participantes apenas um trabalha no serviccedilo noturno sendo o restante do serviccedilo diurno Os
mesmos satildeo os responsaacuteveis pela instalaccedilatildeo e manipulaccedilatildeo dos os acessos venosos
perifeacutericos supondo assim que tenham maior domiacutenio sobre o assunto abordado
Os sujeitos foram identificados com codinomes referentes agraves princesas da Disney para
que suas identidades sejam preservadas
33 Cenaacuterio
A pesquisa ocorreu na unidade de internaccedilatildeo pediaacutetrica localizada no quinto andar do
Hospital Universitaacuterio do Rio de Janeiro vinculado a uma Universidade Federal
A unidade pediaacutetrica eacute divida em trecircs enfermarias de acordo com a idade das crianccedilas
hospitalizadas sendo denominadas estas Lactente preacute-escolar e escolar A enfermaria
Lactente eacute composta por 5 leitos hospitalizando crianccedilas de 29 dias a 2 anos jaacute na preacute-escolar
encontram-se 6 leitos e acolhe crianccedilas de 2 a 6 anos e na escolar 6 leitos abrigando crianccedilas
de 7 a 12 anos Toda crianccedila hospitalizada tem direito a um acompanhante como eacute
preconizado por direito pelo Artigo doze (12) do Estatuto da Crianccedila e do Adolescente
(Brasil 1990 p3)
A enfermaria conta com um posto de enfermagem localizado no centro da unidade
possibilitando maior visualizaccedilatildeo das enfermarias Possui tambeacutem uma sala de recreaccedilatildeo e
banheiro para os pacientes e acompanhantes Haacute uma sala utilizada pedagogia hospitalar
onde uma professora realiza atividades com as crianccedilas
Vale ressaltar que na unidade haacute uma sala para realizaccedilatildeo de procedimentos dolorosos
como a punccedilatildeo venosa perifeacuterica e sempre que possiacutevel o paciente eacute levado ateacute ela
34 Coleta de dados
A coleta de dados se deu a partir da teacutecnica de entrevista semi-estruturadas que
segundo Minayo Deslandes e Gomes (2007 p 64) satildeo ldquoperguntas fechadas e abertas em que
o entrevistado tem a possibilidade de discorrer sobre o tema em questatildeo sem se prender agrave
indagaccedilatildeo formuladardquo As mesmas foram gravadas em entrevista individual e tiveram como
foco as accedilotildees que os profissionais da equipe de enfermagem realizam acerca dos cuidados
para a permanecircncia do acesso venoso perifeacuterico aleacutem de investigar sobre o conhecimento que
cada um possui sobre o tema
19
Apoacutes contato preacutevio com a equipe de enfermagem foi acordado um dia e horaacuterio para
a realizaccedilatildeo das entrevistas que aconteceram na proacutepria unidade Todos os profissionais da
equipe de enfermagem foram convidados a participar voluntariamente da pesquisa As
entrevistas aconteceram apoacutes os profissionais assinarem o Termo de Consentimento Livre e
Esclarecido (TCLE)
Para Minayo Deslandes e Gomes (2007 p 64) a entrevista possui como principal
objetivo construir dados que sejam pertinentes para a pesquisa aleacutem de ser a estrateacutegia mais
utilizada no processo de trabalho de campo
A coleta foi interrompida no momento em que os dados se mostraram saturados ou
seja quando houve a cessaccedilatildeo do acreacutescimo de informaccedilotildees novas referentes ao tema
proposto
O fechamento amostral por saturaccedilatildeo teoacuterica eacute definido como a suspensatildeo de inclusatildeo
de novos participantes quando os dados obtidos passam a apresentar na avaliaccedilatildeo do
pesquisador certa redundacircncia ou repeticcedilatildeo natildeo sendo considerado relevante continuar a
coleta de dados (FONTANELLA RICAS e TURATO 2008)
35 Questotildees eacuteticas da pesquisa
De acordo com a Resoluccedilatildeo 46612 que visa assegurar os direitos e deveres que
dizem respeito agrave comunidade cientiacutefica aos sujeitos da pesquisa e ao Estado uma pesquisa
que envolve a participaccedilatildeo de seres humanos deve atender aos fundamentos eacuteticos e
cientiacuteficos pertinentes para a seguranccedila dos mesmos Neste contexto toda pesquisa
envolvendo seres humanos deveraacute ser submetida agrave apreciaccedilatildeo de um Comitecirc de Eacutetica em
Pesquisa (CEP) (BRASIL 2012)
Atendendo a esta condiccedilatildeo o projeto de pesquisa foi encaminhado ao CEP ndash do
Hospital Universitaacuterio o qual foi realizada a pesquisa foi analisado e aprovado na Reuniatildeo
com data de 06122013 CAAE 24693613700005243 Nuacutemero do parecer 486451 Com
isso a pesquisa foi desenvolvida mediante aprovaccedilatildeo do CEP atendendo aos preacute-requisitos
estipulados pela Resoluccedilatildeo nordm 46612
Esta pesquisa eacute pautada em princiacutepios eacuteticos que respeitam a dignidade humana e
justiccedila assegurando que natildeo haveraacute nenhum tipo de dano aos participantes
20
Em atendimento a resoluccedilatildeo 46612 do Conselho Nacional de SauacutedeMS apoacutes serem
esclarecidos pela pesquisadora quanto aos aspectos eacuteticos relacionados agrave pesquisa aleacutem das
formas de produccedilatildeo de dados e inserccedilatildeo no estudo os sujeitos da pesquisa assinaram duas
vias do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido ndash TCLE (apecircndice 1) autorizando sua
participaccedilatildeo voluntaacuteria na pesquisa Uma via foi entregue ao participante e outra ficou
arquivada com a pesquisadora
Nesse documento consta os objetivos da pesquisa procedimentos benefiacutecios
previstos garantia de recusa de participaccedilatildeo em qualquer momento de acesso aos resultados
da pesquisa e tambeacutem a garantia de acesso ao pesquisador quando os sujeitos julgarem
necessaacuterio sendo todas essas informaccedilotildees em linguagem acessiacutevel e simples O mesmo foi
apresentado e explicado ao profissional convidado a participar do estudo no primeiro contato
eou durante visita agendada para realizaccedilatildeo da entrevista
Vale ressaltar que esta pesquisa cujo financiamento eacute proacuteprio natildeo oferece nenhum
tipo de riscos para o sujeito da pesquisa e nem para o cuidado das crianccedilas internadas no setor
de pediatria e os benefiacutecios da participaccedilatildeo do mesmo satildeo de aumentar o conhecimento
cientiacutefico na aacuterea de Enfermagem Pediaacutetrica aleacutem de contribuir para a praacutetica profissional
36 Anaacutelise dos dados
O processo de anaacutelise dos dados foi baseada na teacutecnica da Anaacutelise Temaacutetica que para
Minayo Deslandes e Gomes (2007 p 86) o conceito central eacute o tema ldquoO tema eacute a unidade de
significaccedilatildeo que se liberta naturalmente de um texto analisado segundo criteacuterios relativos agrave
teoria que serve de guia da leiturardquo (BARDIN11
A anaacutelise realizada estava de acordo com a sugerida por Minayo (2010 p 315) e
contam com as seguintes etapas preacute-analise exploraccedilatildeo do material tratamento dos
resultados obtidos e interpretaccedilatildeo Atraveacutes dessas etapas tem-se o objetivo de descrever o
conteuacutedo do material coletado e interpretaacute-lo
1979 apud MINAYO DESLANDES
GOMES 2007 p 86)
A preacute analise consiste na escolha dos elementos a serem analisados e na retomada das
hipoacuteteses e dos objetivos iniciais da pesquisa Inicia-se com uma leitura flutuante onde o
11 BARDIN L Anaacutelise de Conteuacutedo Lisboa Ediccedilotildees 70 1979
21
pesquisador toma contato direto com o material adquirido deixando-se impregnar por seu
conteuacutedo Posteriormente haacute a constituiccedilatildeo do Corpus textual onde eacute feita uma seleccedilatildeo dos
documentos que iratildeo contemplar e fornecer informaccedilotildees sobre o tema sendo assim adequados
para dar resposta aos objetivos do trabalho (MINAYO 2010 p 315)
Essa fase preacute-analiacutetica eacute onde se determinam a unidades de registro unidade de
contexto e a partir delas satildeo determinados os temas que seratildeo analisados A unidade de
registro corresponde parte do conteuacutedo selecionado como base para analise e apoacutes a
delimitaccedilatildeo do contexto de compreensatildeo da unidade de registro eacute estabelecida a unidade de
contexto (MINAYO 2010 p 316)
De acordo com os objetivos da pesquisa foi possiacutevel perceber que nove (9)
entrevistas supriam para atender os mesmo encerrando assim a coleta Apoacutes a transcriccedilatildeo das
entrevistas foi realizada leitura das mesmas para natildeo soacute conhecimento do material mas
tambeacutem estabelecer as unidades de registro Em seguida foi realizado o colorimento das falas
assim as classificando de acordo com as unidades de registro estabelecidas
As unidades de registro que surgiram foram os fatores que interferem na manutenccedilatildeo
do acesso venoso perifeacuterico e o apontamento do acompanhante como responsaacutevel pela perda
do acesso venoso perifeacuterico Elas receberam as cores vermelha e laranja respectivamente a
fim de facilitar o agrupamento dos dados A partir disto surgiram as unidades de contexto que
compreendem as falas das entrevistas de modo a exemplificar o contexto das unidades de
registro
Partindo para segunda etapa da analise temaacutetica a exploraccedilatildeo do material que consiste
numa classificaccedilatildeo que visa alcanccedilar o nuacutecleo de compreensatildeo do texto Busca-se encontrar
categorias que satildeo expressotildees ou palavras significativas em funccedilatildeo das quais o conteuacutedo seraacute
organizado Essas categorias satildeo responsaacuteveis pela especificaccedilatildeo dos temas (MINAYO
2010 p 317)
Nesse caso foram definidos os seguintes temas cuidados preacute intra e poacutes procedimento
de punccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico cuidados em desuso para manutenccedilatildeo do acesso
venoso perifeacuterico o acompanhante e a manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico Essas trecircs (3)
categorias seratildeo apresentadas analisadas e discutidas no capitulo seguinte
22
4 RESULTADOS E DISCUSSAtildeO
Nesse capiacutetulo apresento as trecircs categorias temaacuteticas que surgiram da anaacutelise dos
dados e que contemplaram de forma satisfatoacuteria os objetivos da pesquisa A primeira
categoria denominada como ldquoOs cuidados de enfermagem preacute intra e poacutes-procedimento de
punccedilatildeo do acesso venoso perifeacutericordquo traz os passos e cuidados que os profissionais realizam
antes durante e apoacutes a punccedilatildeo buscando descrever e analisar os fatores envolvidos na pratica
do procedimento em questatildeo que emergiram das entrevistas aleacutem dos cuidados de
enfermagem para a manutenccedilatildeo do mesmo
A segunda categoria que seraacute apresentada eacute ldquoOs cuidados em desuso para manutenccedilatildeo
do acesso venoso perifeacutericordquo que mostra os cuidados que os profissionais citaram como natildeo
mais utilizados para auxiliar na manutenccedilatildeo da punccedilatildeo venosa perifeacuterica
E a uacuteltima categoria eacute denominada ldquoO acompanhante e a manutenccedilatildeo do acesso
venoso perifeacutericordquo e traz a responsabilizaccedilatildeo do acompanhante pelos profissionais do setor
em relaccedilatildeo aos cuidados com manutenccedilatildeo da punccedilatildeo Essa categoria busca tambeacutem ressaltar a
funccedilatildeo do acompanhante durante a hospitalizaccedilatildeo da crianccedila destacando que determinados
cuidados satildeo de total funccedilatildeo da equipe de enfermagem
41 Os cuidados de enfermagem preacute intra e poacutes-procedimento de punccedilatildeo do acesso
venoso perifeacuterico
Para interpretar as unidades de contextos tive como base autores que definiram os
cuidados de enfermagem preacute intra e poacutes punccedilatildeo venosa perifeacuterica Para esses autores a fase
de preacute-punccedilatildeo compreende as accedilotildees de anaacutelise e conhecimento da prescriccedilatildeo avaliaccedilatildeo e
23
preparo emocional do paciente preparo do material e medicaccedilatildeo seleccedilatildeo do siacutetio de inserccedilatildeo
e dilataccedilatildeo da veia selecionada As accedilotildees envolvidas na punccedilatildeo satildeo a execuccedilatildeo das
precauccedilotildees-padratildeo antissepsia da pele punccedilatildeo do vaso a fixaccedilatildeo e curativo do cateter
Finalmente na etapa de poacutes-punccedilatildeo adota-se a identificaccedilatildeo da punccedilatildeo o descarte apropriado
das partes dos materiais natildeo utilizados a orientaccedilatildeo do paciente acerca da terapecircutica o
controle da infusatildeo atraveacutes do gotejamento se necessaacuterio e o registro do procedimento
Phillips12
De acordo com as entrevistas a seleccedilatildeo do local de punccedilatildeo eacute indicada com um fator
que interfere diretamente no tempo de permanecircncia do acesso venoso perifeacuterico visto que
dependendo do local ocorre a perda mais rapidamente Aleacutem da localizaccedilatildeo citaram tambeacutem
o calibre da veia como interferecircncia na manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico Seguem
abaixo algumas falas
(2001 apud ARAUacuteJO 2007 p18)
ldquoPrimeira coisa eacute vocecirc procurar bem a veia colocar uma veia de um bom calibre Se puder dar preferecircncia a natildeo puncionar dobrasrdquo (Cinderela) ldquoDependendo de onde estiver puncionado se for na matildeozinha a crianccedila fica toda hora ta mexendo taacute manipulando alguma coisa e se for no pezinho tambeacutem nem todo tempo vai ficar acamada entatildeo acaba perdendo o acessordquo(Bela ) ldquoO mau posicionamento pode levar a perdardquo (Rapunzel)
A opiniatildeo dos profissionais acima vai de encontro com o que eacute encontrado na
literatura visto que eacute de suma importacircncia que o mesmo avalie o cliente e considere alguns
aspectos para uma escolha criteriosa e eficaz como a finalidade da punccedilatildeo o tipo de soluccedilatildeo
a ser infundida a condiccedilatildeo da rede venosa a duraccedilatildeo da terapia idade do cliente habilidade
cognitiva da crianccedila a preferecircncia do cliente o que nem sempre seraacute possiacutevel satisfazer e
tambeacutem a sua atividade (ARAUacuteJO 2007 p31)
Os cuidados com o acesso venoso perifeacuterico satildeo importantes antes mesmo da
realizaccedilatildeo do procedimento Levando em consideraccedilatildeo que um erro durante a fase de preacute-
procedimento como a escolha errada do local de punccedilatildeo por exemplo poderaacute levar a perda
do acesso e prejudicar assim o tratamento aleacutem do bem-estar da crianccedila que seraacute puncionada
novamente
12 PHILLIPS L D Manual de terapia intravenosa 2ed Porto Alegre Artmed 2001
24
O vaso sanguiacuteneo que o profissional selecionar como local para puncionar deve ser
suficiente para suportar o calibre e o comprimento do cateter aleacutem de atender a necessidade
terapecircutica para que natildeo haja a necessidade de uma nova punccedilatildeo
A punccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico eacute um procedimento doloroso e de grande
incomodo para a crianccedila com isso eacute de suma importacircncia realizar a seleccedilatildeo preacutevia do
material poreacutem natildeo foi citado Outro cuidado rotineiro e natildeo menos importante como a
lavagem das matildeos antes da colocaccedilatildeo do acesso tambeacutem natildeo foi mencionado durante as
entrevistas
O preparo emocional da crianccedila e do acompanhante quanto ao procedimento deve ser
considerada praacutetica rotineira para a equipe de enfermagem O profissional de enfermagem
deve lavar as matildeos objetivando a reduccedilatildeo significativa de risco de infecccedilatildeo e recomenda-se o
uso de aacutegua e sabatildeo para lavagem das matildeos antes da colocaccedilatildeo do cateter venoso perifeacuterico
(PHILLIPS13
O preparo preacutevio do material para instalaccedilatildeo do cateter venoso perifeacuterico eacute importante
para evitar interrupccedilotildees do procedimento e consequentemente um maior tempo de
manipulaccedilatildeo da crianccedila (SILVA
2001apud ARAUacuteJO 2007 Centers for Disease Control and Prevention ndash CDC
2002 apud ARAUacuteJO 2007)
14
Outro aspecto citado e classificado como preacute-procedimento eacute o cuidado com a
medicaccedilatildeo a ser administrada incluindo cuidados com a diluiccedilatildeo e composiccedilatildeo da mesma
Seguem algumas das falas
2004 apud ARAUacuteJO 2007 p30)
ldquoEstar sempre diluindo as medicaccedilotildees de acordo com a prescriccedilatildeo meacutedica pois as medicaccedilotildees satildeo muito fortes e podem causar enfraquecimento da veia Tem que diluir direitinho e passar lento na veiardquo (Cinderela) ldquoTer cuidado principalmente quando eacute crianccedila e a diluiccedilatildeo da medicaccedilatildeo tambeacutem agraves vezes natildeo eacute pra passar em perifeacuterico e na segunda dose jaacute perdeurdquo (Alice)
O acesso venoso perifeacuterico eacute a primeira alternativa para infusatildeo intravenosa por ser de
mais faacutecil acesso e rapidez no efeito da medicaccedilatildeo O profissional de enfermagem deve ter
domiacutenio natildeo soacute relacionado agrave infusatildeo das medicaccedilotildees mas tambeacutem com a composiccedilatildeo
13 PHILLIPS L D Manual de terapia intravenosa 2ed Porto Alegre Artmed 2001 14 SILVA G R G Terapia intravenosa em receacutem-nascidos ndash orientaccedilotildees para o cuidado de Enfermagem Rio de Janeiro Cultura Meacutedica 2004
25
farmacoloacutegica das mesmas os efeitos adversos e colaterais que a droga pode causar inclusive
em relaccedilatildeo a diluiccedilatildeo o que normalmente eacute estabelecido como padratildeo no setor de acordo com
cada faacutermaco
Com a intenccedilatildeo de promover a eficaacutecia terapecircutica dos medicamentos administrados
por via intravenosa eacute atribuiccedilatildeo do profissional de enfermagem implementar teacutecnicas como a
diluiccedilatildeo acondicionamento e cuidados na administraccedilatildeo de faacutermacos a fim de evitar
prejuiacutezos no tratamento resultantes da incompatibilidade medicamentosa (PETERLINI
CHAUD e PEDREIRA 2006)
Os fatores intra-procedimento satildeo considerados aqueles diretamente relacionados com
o procedimento Os dados colidos nas entrevistas ressaltaram apenas a fixaccedilatildeo com um fator
que interfere nessa fase Este foi o dado mais repetitivo nas entrevistas poreacutem sempre citado
de forma superficial Seguem as falas dos profissionais quando questionados sobre o que era
importante para manutenccedilatildeo do acesso
ldquoTem que fazer uma boa fixaccedilatildeo Porque quando a pessoa natildeo fixa bem prejudica porque aquilo vai soltando e quando vocecirc vecirc jaacute perdeu a veiardquo(Cinderela) ldquoEu acho que natildeo tem o que fazer para manter o acesso A crianccedila vai ficar uns dias X com aquele acesso pra fazer medicaccedilatildeo e eu acho que natildeo tem o que vocecirc profissional fazer para que natildeo percardquo (Aurora) ldquoA fixaccedilatildeo evita a movimentaccedilatildeo excessiva no local que estaacute o acessordquo (Ariel) ldquoTer cuidado com o curativo saber manusear E manter sempre o curativo limpo trocar se necessaacuteriordquo (Rapunzel) ldquoA fixaccedilatildeo eacute muito importante pra natildeo soltar o acesso e pra ele ficar mais tempordquo(Mulan)
Oliveira Bezerra e Pereira (2008 p 94) afirmam que de acordo com o revelado por
determinados estudos o tipo de curativo a fixaccedilatildeo do cateter e o tempo de permanecircncia estatildeo
diretamente relacionados com a ocorrecircncia de complicaccedilotildees infecciosas como flebites e
tambeacutem infiltraccedilatildeo extravasamento desconexatildeo e deslocamento do cateter
26
Para Pettit e Kraus15
Potter
(1995 apud MACHADO PEDREIRA E CHAUD2005 p292) a
gaze esteacuteril fixada com a fita adesiva hipoalergecircnica bem como a peliacutecula transparente esteacuteril
satildeo os materiais mais recomendados para curativo e fixaccedilatildeo de cateter venoso perifeacuterico
16
Jaacute as peliacuteculas transparentes mais conhecidas como filme permitem a respiraccedilatildeo
normal da pele com alta permeabilidade ao oxigecircnio e vapores e eacute impermeaacutevel a liacutequidos e
micro-organismos (SILVA E ZANETTI 2004 p233) Aleacutem disso permitem tambeacutem a
visualizaccedilatildeo contiacutenua do local de punccedilatildeo permitindo assim avaliaccedilatildeo do mesmo natildeo soacute
durante a infusatildeo de medicaccedilotildees mas tambeacutem todo o tempo
(1998 apud SILVA E ZANETTI 2004 p233) afirma que nas fixaccedilotildees em
que se utiliza a gaze esteacuteril preconiza-se a utilizaccedilatildeo de teacutecnica asseacuteptica Neste curativo a
gaze esteacuteril eacute colocada sobre o siacutetio de inserccedilatildeo e suas bordas satildeo fixadas com fita adesiva
A observaccedilatildeo da punccedilatildeo eacute muito importante pois se o local de inserccedilatildeo se mostrar
com sinais e sintomas de complicaccedilotildees a terapia deve ser suspensa (OLIVEIRA BEZERRA
e PEREIRA 2008 p95)
A visualizaccedilatildeo contiacutenua do acesso permite que a equipe de enfermagem possa realizar
uma observaccedilatildeo mais particularizada em relaccedilatildeo agraves condiccedilotildees do acesso venoso perifeacuterico
podendo observar se haacute deslocamento do cateter sinais de infiltraccedilatildeo e tambeacutem sinais de
infecccedilatildeo
Para Silva Barbato e Valente (2013 p 1200) cabe ao enfermeiro fazer a avaliaccedilatildeo
diaacuteria e cuidadosa do curativo observando a presenccedila de umidade sujidade integridade do
oacutestio de inserccedilatildeo a fixaccedilatildeo bem como a realizaccedilatildeo do curativo e das anotaccedilotildees legais
competentes agraves suas funccedilotildees
A fase poacutes-procedimento eacute caracterizada por uma seacuterie de cuidados que a equipe de
enfermagem deve realizar para que se obtenha maior tempo de permanecircncia do acesso venoso
perifeacuterico Durante as entrevistas os cuidados citados foram a salinizaccedilatildeo do acesso cuidados
para evitar a flebite e a velocidade de infusatildeo
15 Pettit DM Kraus V The use of gauze versus transparent dressings for peripheral intravenous catheter sites Nurs ClinNorth Am 1995 30(3)495-506 16 Potter P Perry AG Fundamentos de enfermagem processo conceito e praacutetica 3ordf ed Santos(SP) Guanabara Koogan19981397pp801-43
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ldquoManter um acesso bem salinizado que vocecirc lave pelo menos de duas de trecircs em trecircs horas Se bem que isso aqui na pediatria natildeo eacute muito comum aqui a gente soacute lava cada vez que vai fazer medicaccedilatildeo mas se eu natildeo me engano a literatura preconiza isso vocecirc lavar pelo menos de quatro em quatro horas o acessordquo (Aurora)
ldquoPra manter o acesso venoso perifeacuterico eacute importante manter ele salinizado Assim que a gente recebe o plantatildeo eu vou ver se o acesso ta peacutervio com uma ldquoseringuinhardquo vai la da uma ldquolavadinhardquo e vecirc se o acesso ta peacutervio e manter o acesso salinizadordquo (Ariel)
ldquoSalinizar de 6 em 6 horas para manter ele peacuterviordquo (Alice)
ldquoTem que passar lento a medicaccedilatildeo e a limpeza da aacuterea vocecirc tem que limpar bem a aacuterea pra vocecirc natildeo formar uma flebiterdquo (Cinderela)
A salinizaccedilatildeo do acesso eacute um cuidado simples e de grande importacircncia Esse cuidado
deve ser realizado para manter o acesso peacutervio e limpo e deve ser realizado antes e apoacutes
qualquer infusatildeo
Para Moncaio e Figueiredo (2009)
a ldquosalinizaccedilatildeordquo consiste em administrar sob pressatildeo positiva soluccedilatildeo salina (Soro fisioloacutegico a 09) logo apoacutes o teacutermino da infusatildeo da medicaccedilatildeo Este procedimento visa prevenir a formaccedilatildeo de trombos e fibrina evitar o contato de drogas incompatiacuteveis (quando da infusatildeo de mais de um item medicamentoso no mesmo horaacuterio) garantir a infusatildeo de todo o medicamento que possa ter ficado no sistema aleacutem de evitar retorno sanguiacuteneo mantendo o cateter peacutervio para a proacutexima infusatildeo
Durante a coleta de dados esse cuidado surgiu em diversos momentos poreacutem foi
possiacutevel perceber que os profissionais realizam o mesmo de forma banalizada Natildeo sabem de
fato a real funccedilatildeo de manter o acesso salinizado A impressatildeo que passa eacute que eles
aprenderam que esse cuidado deveria ser feito e simplesmente fazem Haacute divergecircncias
tambeacutem entre a equipe em relaccedilatildeo ao momento que deve ser realizada a salinizaccedilatildeo e isso nos
mostra a desatualizaccedilatildeo dos profissionais do setor e a falta de uma educaccedilatildeo continuada no
hospital
Os cuidados para evitar a flebite e a velocidade de infusatildeo da medicaccedilatildeo apareceram
menos nas entrevistas e interferem diretamente com a manutenccedilatildeo do acesso venoso
perifeacuterico
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A flebite eacute uma inflamaccedilatildeo na veia puncionada ocorrendo quando as ceacutelulas
endoteliais da parede da veia que o cateter estaacute inserido tornam-se inflamadas e irregulares
propiciando a aderecircncia de plaquetas e predispondo a veia a inflamaccedilatildeo Eacute comum que o local
se apresente dolorido hiperemiado quente e edemaciado e nesses casos eacute aconselhada a
retirada do cateter Uma boa fixaccedilatildeo do cateter perifeacuterico eacute recomendada por autores na
literatura visto que previnem deslocamento faacutecil e permitem uma boa visualizaccedilatildeo do local
evitando complicaccedilotildees como a flebite e infiltraccedilatildeo (MOLDES et al 2011 p 330)
Dentre as principais falhas de infusatildeo venosa estatildeo flebite infiltraccedilatildeo hematoma e
obstruccedilatildeo Acredita-se que para reduzir a incidecircncia destas nas unidades pediaacutetricas eacute preciso
a adoccedilatildeo de estrateacutegias tais como a abordagem junto agrave equipe em parceria com o setor de
educaccedilatildeo permanente e a adoccedilatildeo do uso da teacutecnica corretamente e de forma asseacuteptica para a
realizaccedilatildeo da punccedilatildeo venosa perifeacuterica em acordo com a comissatildeo de controle de infecccedilatildeo
hospitalar (SILVA BARBATO e VALENTE 2013 p 1200)
A incapacidade do paciente em relatar dor no siacutetio de administraccedilatildeo do faacutermaco quer
pela idade ou condiccedilatildeo cliacutenica e o local de inserccedilatildeo como tambeacutem a velocidade de infusatildeo do
medicamento (gt25mgmin) satildeo classificados como fatores de risco para a perda do acesso
venoso perifeacuterico (MARTINS SILVINO e DIAS 2010)
42 Os cuidados em desuso para manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico
Essa categoria discorre sobre os cuidados de enfermagem que com o passar do tempo
foram desconsiderados e natildeo satildeo mais utilizados Quando questionados em relaccedilatildeo a vivencia
profissional e cuidados que discordavam os entrevistados citaram o uso da tala para fixaccedilatildeo
uso de heparina e os cuidados em relaccedilatildeo ao tempo de permanecircncia do cateter Haacute muitas
controveacutersias em relaccedilatildeo aos cuidados citados acima
O tempo de permanecircncia interfere diretamente no aparecimento de complicaccedilotildees
como flebite e que acabam levando a perda do acesso venoso perifeacuterico mais rapidamente
aconselhando assim a troca do mesmo entre 76 a 96 horas Poreacutem eacute preconizada a retirada do
cateter apenas se finalizar o tratamento ou houver alguma interferecircncia
ldquoA gente observa tambeacutem o tempo dependendo do tempo tem que tirarrdquo (Alice)
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ldquoHoje eu natildeo sei como que eacute essa questatildeo do tempo porque a gente trocava o acesso a cada quatro dias agora o pessoal jaacute diz que pode trocar em ateacute uma semana entatildeo natildeo sei como que ta isso e o que tem escrito em relaccedilatildeo a isso (Aurora)
Sabe-se que o tempo para troca do cateter de teflon ou poliuretano varia de 72 a 96
horas com o intuito de reduzir risco de infecccedilatildeo e flebite e para minimizar esses riscos nas
seguintes situaccedilotildees diante de sinais inflamatoacuterios no local de inserccedilatildeo e sempre que houver
mau funcionamento do cateter (SANTOS17
Entretanto o Center for Disease Control and Prevention - CDC (2002) diz que em
pacientes pediaacutetricos natildeo foi observada relaccedilatildeo quanto ao tempo de permanecircncia do cateter e
ocorrecircncia de complicaccedilotildees devendo ser mantido ateacute o teacutermino da terapia intravenosa ou
quando forem observados sinais cliacutenicos de complicaccedilotildees
2004 apud OLIVEIRA BEZERRA e PEREIRA
2008 p 93)
Eacute possiacutevel observar a diferenccedila do conhecimento pratico dos profissionais
entrevistados em relaccedilatildeo ao conhecimento encontrado na literatura E ainda contendo duacutevidas
natildeo haacute uma busca da parte dos mesmos para esclarececirc-las
O uso da heparina com a finalidade de manter o acesso peacutervio por um periacuteodo maior
de tempo mostra-se com mais certeza quanto ao desuso nos dados colidos
ldquoAntigamente a gente usava heparina entatildeo a gente ficava tranquila em relaccedilatildeo agrave obstruccedilatildeo mas agora natildeo a gente usa o soro fisioloacutegico e a gente deixa salinizadordquo (Aurora)
Rang e Dale 18(1998 apud DOPICO e OLIVEIRA 2006) afirmam que a heparina
inibe a formaccedilatildeo de coaacutegulos de fibrina in vitro e in vivo e que seu efeito anticoagulante eacute
praticamente imediato Com isso Phillips19
17 Santos W Lavagem das matildeos In R Luiz Santos W Manual baacutesico de prevenccedilatildeo e controle das infecccedilotildees hospitalares do HRU Fortaleza Hospital Regional Unimed 2004
(2001 apud DOPICO e OLIVEIRA 2006)
ressalta que a teacutecnica de manutenccedilatildeo intermitente de cateteres intravenosos com soluccedilatildeo
salina 09 classificada como salinizaccedilatildeo tem sido pesquisada haacute alguns anos apresentando
em relaccedilatildeo ao uso da heparina vantagens como o baixo custo ser um procedimento mais
18 Rang HP Dale M M Hemostasia e Trombose In Rang HP Dale M M Farmacologia Rio de Janeiro Guanabara Koogan 1998 p235-47 19 PHILLIPS L D Manual de terapia intravenosa 2ed Porto Alegre Artmed 2001
30
simples aleacutem de eliminar a possibilidade de incompatibilidade com as drogas e soluccedilotildees
administradas aleacutem da inexistecircncia de riscos ao paciente Entretanto sabe-se que a literatura
ainda natildeo fornece consenso acerca da soluccedilatildeo mais indicada para manutenccedilatildeo da
permeabilidade do cateter venoso perifeacuterico
Eacute importante ressaltar que muitas instituiccedilotildees do nosso paiacutes nem ao menos tecircm o
conhecimento da praacutetica da salinizaccedilatildeo com soluccedilatildeo salina 09 No que se refere agrave pesquisa
cientiacutefica as limitaccedilotildees desta praacutetica satildeo atribuiacutedas agrave ausecircncia de um maior nuacutemero de
estudos controlados para validar sua eficaacutecia (EPPERSON20
Apesar de natildeo ser encontradas publicaccedilotildees acerca do tema a utilizaccedilatildeo de heparina
mostra-se como uma pratica natildeo mais utilizada pelos profissionais de enfermagem Outro
tema onde haacute controveacutersias e tambeacutem poucas citaccedilotildees eacute o uso da tala para fixaccedilatildeo do acesso
venoso perifeacuterico Seguem abaixo a opiniatildeo de alguns dos profissionais entrevistados
1984 apud DOPICO e
OLIVEIRA 2006)
ldquoA uacutenica coisa que eu natildeo gosto de ver eacute quando se coloca tala para imobilizar dizendo que a tala vai ajudar a natildeo perder a veia Isso eu natildeo concordo acho que a tala prejudica a crianccedila fica incomodada faz dor no membrordquo (Cinderela)
ldquoAntigamente a gente usava muito tala e as vezes eu pego isso aqui ai eu falo gente tala natildeo se usa mais natildeo faz parte mais da fixaccedilatildeo vocecirc pode fixar de uma forma que a crianccedila natildeo perca A tala eu acho que ela traumatiza um pouco ainda mais se vocecirc pegar um acesso na dobra vocecirc vai fazer com que a crianccedila fique com o braccedilo esticado muito tempo eu acho que pode causar uma lesatildeo depois e a literatura jaacute fala que eacute desnecessaacuteria natildeo precisa maisrdquo (Aurora) ldquoAntigamente usavam tala mas hoje em dia quase natildeo se vecirc mais e eu acho que a tala atrapalha porque a crianccedila fica imobilizada no membro ai fica mais irritadardquo (Rapunzel) ldquoLaacute no meu outro trabalho alguns usam a tala Eu acho que a tala ajuda ateacute a perder mais raacutepido porque a crianccedila fica incomodada vai querer mexer naquilordquo (Mulan)
20 Epperson EL Efficacy of 09 sodium chloride injection with without heparin for maintenance indwelling intermittent injection sites Clin Pharm1984 3(5)26
31
Almeida e Sabateacutes21
Entretanto haacute estudo que comprovam que o uso da tala natildeo se mostra tatildeo eficiente e
apresenta-se como uma praacutetica controversa O estudo foi realizado em crianccedilas ateacute os 12 anos
utilizando imobilizaccedilatildeo com tala e em mais de metade dos casos (553) ocorreu infiltraccedilatildeo
o que indicia a ineficaacutecia desta praacutetica (MACHADO PEDREIRA e CHAUD 2008 apud
BATALHA et al 2010 p512)
(2008 apud BATALHA et al 2010 p512) afirmam que a teacutecnica
de fixaccedilatildeo dos CVP com uso de imobilizaccedilatildeo com tala para restriccedilatildeo ou limitaccedilatildeo dos
movimentos articulares proacuteximo do local da punccedilatildeo estaacute indicado nas matildeos punhos cotovelo
e maleacuteolo
Para Batalha et al (2010 p512) o uso desta praacutetica parece natildeo se coadunar com o
atual uso de cateteres flexiacuteveis tipo abocath em detrimento de agulhas metaacutelicas Talvez por
isso comecem a surgir novas teacutecnicas de fixaccedilatildeo dos CVP que natildeo exigem imobilizaccedilatildeo das
articulaccedilotildees com talas
Aleacutem de natildeo haver uma confirmaccedilatildeo dos benefiacutecios causados pelo uso da tala a
imobilizaccedilatildeo causa incocircmodo para a crianccedila que fica com o membro imoacutevel podendo causar
dor e tambeacutem irritaccedilatildeo O uso desse tipo de fixaccedilatildeo tambeacutem impede a visualizaccedilatildeo frequente
do acesso venoso afetando assim os cuidados de observaccedilatildeo da equipe de enfermagem
43 O acompanhante e a manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico
A presente categoria vai discutir um assunto importante que surgiu durante as
entrevistas de forma inesperada Alguns dos profissionais entrevistados citaram o descuido do
acompanhante como um fator causador da perda do acesso venoso perifeacuterico Seguem abaixo
algumas falas
ldquoA matildee sempre acompanha e tem matildee que natildeo tem cuidado natildeo vigia e a gente tem que ficar pedindo pra olhar tomar contardquo (Aurora)
ldquoEm relaccedilatildeo ao acompanhante porque a crianccedila natildeo vai avaliar entatildeo o acompanhante que estar ali tem que avaliar direitinho natildeo deixar a crianccedila mexer ou puxarrdquo (Bela)
ldquoNatildeo eacute toda matildee que esta vigiando que cuida pra que a crianccedila natildeo perca o acessordquo (Jasmine)
21 Almeida FA Sabateacutes AL Enfermagem pediaacutetrica a crianccedila o adolescente e a sua famiacutelia no hospital Satildeo Paulo(SP) Manole 2008
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ldquoAcho que leva a perda quando o acompanhante natildeo coopera as vezes a gente faz a imobilizaccedilatildeo na crianccedila e as vezes eles ateacute retiram e a proacutepria crianccedila agitada ela mesmo arrancardquo (Branca de Neve)
ldquoAgraves vezes a proacutepria crianccedila que a matildee deixa muito solta ai solta o acessordquo (Mulan)
Apoacutes a implementaccedilatildeo da lei que garante um acompanhante ao paciente pediaacutetrico a
presenccedila do familiarresponsaacutevel durante a hospitalizaccedilatildeo mudou a rotina da equipe de
enfermagem trazendo duacutevidas quanto a real funccedilatildeo do acompanhante e fazendo com que a
mesma viesse a delegar certos cuidados para acompanhante
A Promulgaccedilatildeo da Lei 8069 do Estatuto da Crianccedila e do Adolescente (ECA) em
1990 no seu artigo 12deg garante agrave crianccedila ou ao adolescente o direito de ter um responsaacutevel
que o acompanhe durante a hospitalizaccedilatildeo (1990)
Desde a sua implantaccedilatildeo as unidades vecircm sofrendo um processo de reorganizaccedilatildeo de
suas praacuteticas A inserccedilatildeo da famiacutelia modifica a organizaccedilatildeo do processo de trabalho o que
requer dos profissionais uma compreensatildeo em relaccedilatildeo agrave dinacircmica das relaccedilotildees interpessoais
(COLLET e ROCHA 2004)
Pimenta e Collet (2009) ressaltam que natildeo haacute nenhuma regulamentaccedilatildeo sobre a
participaccedilatildeo da famiacutelia nos cuidados e no entanto a mesma desempenha atividades junto agrave
crianccedila durante a hospitalizaccedilatildeo que devem ser levadas em consideraccedilatildeo A falta de
reconhecimento desse fato fez com que a equipe de enfermagem e famiacutelia natildeo possuiacutessem
uma relaccedilatildeo aberta e vivessem uma relaccedilatildeo silenciosa e impliacutecita de poder na qual a famiacutelia
acaba assumindo as relaccedilotildees do cuidado agrave crianccedila de responsabilidade da enfermagem
A negociaccedilatildeo entre matildees e equipe de enfermagem em relaccedilatildeo aos cuidados agrave crianccedila
hospitalizada natildeo eacute uma tarefa faacutecil tendo em vista que natildeo se tem claro qual o seu novo
papel neste processo (COLLET e ROCHA 2004)
Eacute possiacutevel ver nas falas que a presenccedila do acompanhante causa para a equipe de
enfermagem a seguranccedila de ter algueacutem para ldquovigiarrdquo ldquotomar contardquo e natildeo deixar que a
crianccedila hospitalizada perca o acesso venoso quando na verdade eacute funccedilatildeo da equipe de
enfermagem cuidados referentes ao acesso venoso perifeacuterico
33
Jaacute o acompanhante eacute definido pelo Ministeacuterio da Sauacutede como uma pessoa significativa
para a crianccedila que representa sua rede social e que vai acompanhaacute-lo durante a permanecircncia
no ambiente hospitalar ressaltando assim sua importacircncia Esse fato se reforccedila visto que a
crianccedila encontra nos familiares a forccedila e seguranccedila necessaacuteria para encarar todo esse processo
doloroso e desconhecido (MURAKAMI e CAMPOS 2011 p255)
O acompanhante aleacutem de minimizar o sofrimento do paciente pediaacutetrico faz com que
o mesmo sinta-se mais a vontade Eacute importante ressaltar que o familiarresponsaacutevel natildeo soacute
pode como deve participar das atividades da crianccedila no hospital desde que estas natildeo sejam
competecircncias dos profissionais que os cercam Essas atividades satildeo caracterizadas como
semelhantes aos que eles realizam diariamente fora do ambiente hospitalar como o banho
Poreacutem no caso de um paciente com punccedilatildeo venosa perifeacuterica o profissional de enfermagem
deve auxiliar no cuidado para que essa natildeo se perca
Os cuidados dos familiaresacompanhantes satildeo os mesmos que os desenvolvidos no
domiciacutelio e os cuidados prestados pela equipe de enfermagem satildeo aqueles que demandam
conhecimento teacutecnico-cientiacutefico especializado (SOUZA e OLIVEIRA 2010 p558)
Mesmo alguns cuidados parecerem simples e rotineiros quando eacute prestado no
hospital assumem novas caracteriacutesticas com o uso de dispositivos tecnoloacutegicos os quais se
tornam complexos (PIMENTA E COLLET 2009)
O ato de cuidar envolve o respeito agrave maneira como vive cada indiviacuteduo de acordo
com suas crenccedilas valores costumes e cultura A famiacutelia como uma instituiccedilatildeo atende agraves
necessidades bioloacutegicas de seus membros sendo sua responsabilidade cuidar e criar os filhos
incluindo a obrigaccedilatildeo da alimentaccedilatildeo higiene vestuaacuterio e moradia (ELSEN22
Nas entrevistas podemos verificar falas em que o acompanhante eacute citado como
responsaacutevel por avaliar a punccedilatildeo venosa A equipe de enfermagem deve sempre partir do
pressuposto que o familiar acompanhante natildeo tem conhecimento cientiacutefico e certo tipo de
cuidado natildeo deve se delegado para o mesmo mostrando assim a importacircncia da orientaccedilatildeo do
acompanhante quanto aos procedimentos dispositivos utilizados e cuidados em que os
etal 1994
apud SOUZA e OLIVEIRA 2010 p 553)
22 Elsen I Patriacutecio ZM Assistecircncia agrave crianccedila hospitalizada tipos de abordagens e suas implicaccedilotildees para a enfermagem In A enfermagem em pediatria e puericultura Rio de Janeiro (RJ) Atheneu 2005
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mesmos possam auxiliar Seguem abaixo as falas onde os profissionais ressaltaram a
importacircncia da orientaccedilatildeo do acompanhante
ldquoNem sempre a crianccedila vai entender o porque de estar com aquele acesso entatildeo tem que ter uma orientaccedilatildeo do acompanhanterdquo (Bela)
ldquoTem que haver orientaccedilatildeo do acompanhante para os cuidadosrdquo (Ariel)
ldquoAgraves vezes tem ate o exemplo de um pai que natildeo deixa trocar o acesso jaacute tinha mais de uma semana e ele natildeo queria que trocasse ai faz febre e natildeo sabe da onderdquo (Alice)
Para Souza e Oliveira (2010 p555) deve haver uma preocupaccedilatildeo em orientar
considerando que o outro natildeo tem nenhum tipo de conhecimento sobre o assunto Poreacutem
Queiroz e Jorge23
Apesar das dificuldades o profissional de enfermagem deve estabelecer um viacutenculo de
confianccedila com o acompanhante buscando sempre deixaacute-los ciente das situaccedilotildees e fazendo-os
participar dos cuidados plausiacuteveis sem causar nenhum dano agrave crianccedila e de maneira alguma
abandonar suas atribuiccedilotildees
(2004 apud SOUZA e OLIVEIRA 2010 p 556) ressaltam que apesar de os
profissionais terem intenccedilatildeo de orientar os cuidados para a sauacutede repassam conhecimentos
elaborados cientificamente dificultando a compreensatildeo do familiar aleacutem de a relaccedilatildeo se dar
de maneira vertical assimeacutetrica e coercitiva
23 Queiroz MVO Jorge MSB Accedilotildees educativas no cuidado infantil e intervenccedilotildees dos profissionais junto agraves famiacutelias Acta Scientiarum Maringaacute 2004 janjun 26(1) 27-34
35
CONCLUSAtildeO
Atraveacutes desse estudo foi possiacutevel descrever e analisar os cuidados que os profissionais
de enfermagem realizam acerca da permanecircncia do acesso venoso perifeacuterico Aleacutem disso a
realizaccedilatildeo da pesquisa permitiu identificar a desarticulaccedilatildeo do processo de enfermagem e a
praacutetica desconectada da produccedilatildeo cientiacutefica caracterizando a falta de uma educaccedilatildeo
continuada efetiva
A anaacutelise dos dados demonstra o processo de punccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico
ressaltando a importacircncia de cuidados como a seleccedilatildeo do local a diluiccedilatildeo da medicaccedilatildeo a
realizaccedilatildeo de uma boa fixaccedilatildeo a atenccedilatildeo com a velocidade de infusatildeo os cuidados com os
sinais de infecccedilatildeo e salinizaccedilatildeo do acesso natildeo deixando de salientar cuidados em desuso
como o uso da heparina da tala e duvidas em relaccedilatildeo ao tempo de permanecircncia Evidenciou
tambeacutem que a equipe de enfermagem delega alguns cuidados para os acompanhantes
Natildeo foi possiacutevel perceber o niacutevel de conhecimento cientiacutefico dos profissionais visto
que eles em nenhum momento por natildeo saberem ou por medo de se expor natildeo explicaram de
fato nenhum cuidado que disseram realizar Sempre citaram de forma superficial e direta
deixando claro tambeacutem que o pesquisador natildeo os indagou quanto a isso Poreacutem creio que
diante de cuidados tatildeo importantes e de frequente praacutetica os mesmos falariam facilmente
sobre os cuidados de enfermagem na permanecircncia do acesso venoso perifeacuterico
Apesar dos entrevistados citarem alguns fatores e cuidados realizados de forma
correta eacute visiacutevel que os mesmos realizam os cuidados com a punccedilatildeo e a permanencia do
acesso de forma automaacutetica sem unir a praacutetica com o fundamento do mesmo
Eacute importante destacar tambeacutem a importacircncia do preparo emocional da crianccedila como
tambeacutem os cuidados com a famiacutelia dos mesmos O trabalho de humanizaccedilatildeo realizado pela
36
enfermagem faz grande diferenccedila nessas situaccedilotildees visto que os pacientes e acompanhantes
tendo conhecimento do que seraacute realizado ficariam mais tranquilos
O estudo contribuiu para o campo do ensino nesta aacuterea dando destaque ao importante
papel que o profissional de enfermagem deve desempenhar no cuidado e na manutenccedilatildeo do
acesso venoso perifeacuterico Contudo vale ressaltar a importacircncia do incentivo ao profissional a
buscar na literatura natildeo soacute esclarecimento de suas duvidas mas tambeacutem novos
conhecimentos
Pode colaborar ainda para a realizaccedilatildeo de novas pesquisas na aacuterea procurando
eliminar duacutevidas e controveacutersias sobre o tema Buscando assim a realizaccedilatildeo de um cuidado de
enfermagem articulado e eficaz promovendo o bem-estar do paciente pediaacutetrico durante a
hospitalizaccedilatildeo
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44
APEcircNDICE I
TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO
DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO Tiacutetulo Do Projeto Os cuidados de enfermagem acerca dos acessos venosos perifeacutericos na unidade pediaacutetrica Pesquisador Responsaacutevel Rosane Cordeiro Burla de Aguiar Eny Dorea Paiva e Karina Rodrigues Fernandes Instituiccedilatildeo a que Pertence o Pesquisador Responsaacutevel Universidade Federal Fluminense Telefone para contato (21) 98355269 (21) 82392939 (21) 91786609 Nome do voluntaacuterio _________________________________________________________ Idade ________ anos RG ____________________________
AO Sr (a) estaacute sendo convidado (a) a participar do projeto de pesquisa OS CUIDADOS DE
ENFERMAGEM ACERCA DOS ACESSOS VENOSOS PERIFEacuteRICOS NA UNIDADE PEDIATRICA de
responsabilidade da pesquisadora Profordf Drordf Rosane Cordeiro Burla de Aguiar e Profordf Drordf Eny Dorea Paiva A
punccedilatildeo venosa perifeacuterica eacute um procedimento essencial durante a hospitalizaccedilatildeo da crianccedila visto que eacute atraveacutes
dela que eacute administrada grande parte das medicaccedilotildees Este estudo se justifica diante da importacircncia da
necessidade de um maior periacuteodo de permanecircncia dos acessos venosos perifeacutericos Com isso aleacutem da
diminuiccedilatildeo de eventos que causam dor e irritaccedilatildeo na crianccedila e na famiacutelia promoveraacute tambeacutem uma melhor estada
dos mesmos durante o periacuteodo de hospitalizaccedilatildeo Os objetivos da pesquisa satildeo 1) Descrever os fatores que
interferem na manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico de acordo com a equipe de enfermagem 2)Analisar os
cuidados da equipe de enfermagem na manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico A coleta de dados se daraacute
atraveacutes de entrevistas semi estruturadas que seratildeo gravadas As informaccedilotildees colhidas seratildeo tratadas de forma
anocircnima e confidencial ou seja em nenhum momento seratildeo divulgados o seu nome e somente os
pesquisadores teratildeo acesso agraves informaccedilotildees Os dados obtidos com a pesquisa poderatildeo ser publicados apenas com
fins cientiacuteficos Eles natildeo seratildeo utilizados para fins comerciais ou para outra finalidade qualquer Caso necessite
poderatildeo ser marcados encontros para respostas ou esclarecimentos de qualquer duacutevida acerca da pesquisa A sua
participaccedilatildeo eacute voluntaria e eacute importante lembrar que vocecirc poderaacute desistir de participar da pesquisa em qualquer
momento A entrevista seraacute marcada em um dia e horaacuterio que vocecirc achar melhor Seraacute realizada
individualmente em um ambiente que nos ofereccedila privacidade Esta pesquisa natildeo oferece riscos para vocecirc e os
benefiacutecios da sua participaccedilatildeo satildeo de aumentar o conhecimento cientiacutefico na aacuterea de Enfermagem Pediaacutetrica
aleacutem de contribuir para a praacutetica profissional Este documento seraacute elaborado em duas vias uma para vocecirc e a
outra seraacute arquivada pelo pesquisador
Eu_____________________________________________________________ RG no _____________________________ Declaro que apoacutes ter entendido o que me foi explicado consinto voluntariamente em participar do presente Protocolo de Pesquisa entendo ainda que posso retirar o meu consentimento a qualquer momento antes ou durante a realizaccedilatildeo do mesmo declaro ter sido informada(o) e concordo em participar como voluntaacuteria(o) da pesquisa acima descrita Rio de Janeiro_______de_______________de 20___ _____________________________ ________________________________
(Participante) Karina Rodrigues Fernandes (Responsaacutevel por obter o consentimento)
______________________________________ _______________________________________ (Testemunha) (Testemunha)
45
APEcircNDICE II
ROTEIRO PARA ENTREVISTA
1) O que vocecirc acha que pode levar a perda do acesso perifeacuterico
2) Para vocecirc o que eacute importante para manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico nas
crianccedilas
3) O que vocecirc acha que pode interferir na sua manutenccedilatildeo
4) Que medidas vocecirc adota no seu dia a dia para manter o acesso
5) Na sua vivencia profissional o que vocecirc discorda dos cuidados que geralmente satildeo
utilizados para manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico
46
ANEXO
47
48
KARINA RODRIGUES FERNANDES
OS CUIDADOS DE ENFERMAGEM ACERCA DOS ACESSOS VENOSOS
PERIFEacuteRICOS NA UNIDADE PEDIAacuteTRICA
Trabalho de conclusatildeo de curso apresentado agrave Coordenaccedilatildeo de Curso de Graduaccedilatildeo em Enfermagem e Licenciatura como requisito parcial para obtenccedilatildeo do tiacutetulo de Bacharel em Enfermagem e Licenciatura
Orientador
Profa Dr Rosane Cordeiro Burla de Aguiar
Co-orientador
Profa Dr Eny Doacuterea Paiva
Niteroacutei RJ
2014
F 363 Fernandes Karina Rodrigues
Os cuidados de enfermagem acerca dos acessos venosos perifeacutericos na unidade pediaacutetrica Karina Rodrigues Fernandes ndash Niteroacutei [sn] 2014
48 f
Trabalho de Conclusatildeo de Curso (Graduaccedilatildeo em Enfermagem) - Universidade Federal Fluminense 2014 Orientador Profordf Rosane Cordeiro Burla de Aguiar
1 Cuidados de enfermagem 2 Cateterismo perifeacuterico
3 Enfermagem pediaacutetrica I Tiacutetulo CDD 61073
KARINA RODRIGUES FERNANDES
OS CUIDADOS DE ENFERMAGEM ACERCA DOS ACESSOS VENOSOS
PERIFEacuteRICOS NA UNIDADE PEDIAacuteTRICA
Trabalho de conclusatildeo de curso apresentado agrave Coordenaccedilatildeo de Curso de Graduaccedilatildeo em Enfermagem e Licenciatura como requisito parcial para obtenccedilatildeo do tiacutetulo de Bacharel em Enfermagem e Licenciatura
BANCA EXAMINADORA
__________________________________________________________________________
Profa Dr Rosane Cordeiro Burla de Aguiar
Presidente (EEAAC ndash UFF)
__________________________________________________________________________
Profa Dr Eny Doacuterea Paiva
1ordf examinadora (EEAAC ndash UFF)
__________________________________________________________________________
Profa Dr Liliane Faria da Silva
2ordf examinadora (EEAAC ndash UFF)
Niteroacutei RJ
2014
Dedicatoacuteria
Dedico este trabalho ao meu pai que estaacute e estaraacute sempre em meu pensamento
Agradecimentos
Primeiramente a Deus por ter me sustentado e dado forccedilas para seguir em frente a cada momento em
que fraquejei e desejei desistir Por me permitir concluir essa etapa e por me mostrar ao longo desses
anos que eu sou mais forte do que eu pensava Obrigada Deus
A toda minha famiacutelia pela ajuda e incentivo durante cada ano de faculdade A minha matildee e a minha
irmatilde Karen os pilares da minha vida por estarem sempre comigo me apoiando e amando
incondicionalmente A Tia Doca por ser minha segunda matildee e estar sempre pronta para ajudar Amo
vocecircs
Ao Cristiano por estar sempre comigo me ajudando me levantando quando preciso e me amando
principalmente nos momentos de ldquodesesperordquo com os prazos Por acordar quando eu queria
conversar por servir de motorista nos momentos que precisava e por ser aleacutem de tudo meu amigo
Te amo
A minha querida orientadora Rosane por me proporcionar o encontro com a aacuterea da pediatria pela
paciecircncia com minhas dificuldades e ainda pela oportunidade de convivecircncia e aprendizado
contribuindo para o meu crescimento pessoal e profissional
A Hanna por ser meu apoio em todo o inicio da faculdade 24 horas por dia sendo mais que uma
amiga uma irmatilde E mesmo depois apesar de tanta correria ainda conseguir um tempo para almoccedilar
conversar e comer um ldquojapardquo Vocecirc eacute essencial na minha vida amo vocecirc
Aos anjinhos que ldquoUFFrdquo colocou em minha vida Laiacutes e Barbara por estarem sempre prontas para
me segurar me apoiar dar bronca e fofocar Por dividir segredos laacutegrimas opiniotildees aleacutem de
momentos inesqueciacuteveis como decolar do Aeroporto Santos Dumond Obrigada por tudo Amo vocecircs e
vou morrer de saudades dos nossos dias
A minha querida e amada turma 20092 que mesmo fragmentada em vaacuterios periacuteodos permaneceu
unida se tornando uma grande famiacutelia durante esses cinco anos e me proporcionou momentos que
vou lembrar para o resto da minha vida
Aos demais professores e funcionaacuterios da Escola de Enfermagem Aurora de Afonso Costa pela
oportunidade de compartilhar momentos gratificantes de aprendizagem
Meu eterno agradecimento
RESUMO
Os cuidados para a manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico eacute uma accedilatildeo essencial durante uma internaccedilatildeo na qual a permanecircncia do dispositivo eacute dificultada por diversos fatores principalmente quando se trata de um paciente pediaacutetrico Por conta de repetitivas perdas as repeticcedilotildees das punccedilotildees podem gerar trauma emocional dificultando ainda mais o periacuteodo de estada do paciente no hospital Desta forma o presente trabalho tem o objetivo descrever os fatores que interferem na manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico de acordo com a equipe de enfermagem e analisar os cuidados da equipe de enfermagem na manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico Possui como objeto de estudo os cuidados da equipe de enfermagem na manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico Trata-se de uma pesquisa descritiva exploratoacuteria de abordagem qualitativa onde nove (9) profissionais da equipe de enfermagem do setor de internaccedilatildeo pediaacutetrica de um Hospital Universitaacuterio do Rio de Janeiro foram entrevistados de acordo com um roteiro A coleta de dados deu-se por meio de entrevista semi-estruturada As falas foram submetidas agrave anaacutelise de conteuacutedo e das entrevistas emergiram trecircs (03) categorias ldquoCuidados preacute intra e poacutes-procedimento de punccedilatildeo do acesso venoso perifeacutericordquo ldquoCuidados em desuso para manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacutericordquo e ldquoO acompanhante e a manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacutericordquo O estudo retratou o processo de punccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico ressaltando a importacircncia de cuidados como a seleccedilatildeo do local a diluiccedilatildeo da medicaccedilatildeo a realizaccedilatildeo de uma boa fixaccedilatildeo a atenccedilatildeo com a velocidade de infusatildeo os cuidados com os sinais de infecccedilatildeo e salinizaccedilatildeo do acesso aleacutem de constatar tambeacutem os cuidados em desuso como o uso da heparina da tala de imobilizaccedilatildeo e duacutevidas em relaccedilatildeo ao tempo de permanecircncia Evidenciou o fato da equipe de enfermagem responsabilizar o acompanhante pelos cuidados com o cateter venoso perifeacuterico e tambeacutem o natildeo uso da literatura cientifica para solucionar duvidas e agregar conhecimento Com isso o estudo atingiu os objetivos propostos e tambeacutem contribuiu para o campo do ensino abrindo portas para a realizaccedilatildeo de novas pesquisas na aacuterea Palavras-chave cateterismo venoso perifeacuterico cuidados de enfermagem enfermagem pediaacutetrica
ABSTRACT Care for the maintenance of peripheral venous access is an essential action during a hospitalization in which the permanence of the device is hampered by several factors especially when it comes to a pediatric patient Because of repetitive losses the repetitions of punctures can cause emotional trauma further hindering the period of stay of the patient in the hospital Thus the present study aims to describe the factors affecting the maintenance of peripheral venous access in accordance with the nursing staff and analyze the care of the nursing staff in the maintenance of peripheral venous access Has as its object of study the care of the nursing staff in the maintenance of peripheral venous access This is an exploratory descriptive and qualitative study where nine (9) professional nursing staff of the pediatric inpatient ward of a university hospital in Rio de Janeiro were interviewed according to a script The data was collected by means of semi - structured interview The speeches were subjected to content analysis and interviews revealed three ( 03 ) categories Care pre intra and post - puncture procedure from peripheral venous access Care in disuse for maintenance of peripheral venous access and The companion and maintenance of peripheral venous access The study portrayed the process of puncture of peripheral venous access emphasizing the importance of care as site selection diluting the medication performing a good fixation attention to the rate of infusion the care of the signs of infection and salinity of access and also noted the care into disuse as the use of heparin the splint immobilization and questions about the length of stay Highlighted the fact that the nursing staff responsible for the care of the accompanying peripheral venous catheter and also not using the scientific literature to solve doubts and aggregate knowledge With that the study achieved its goals and also contributed to the field of education opening doors to new research in the area Key words peripheral venous catheterization nursing care pediatric nursing
SUMAacuteRIO
1 INTRODUCcedilAtildeO p 8
11 Questotildees norteadoras p 9
12 Objeto do estudo p9
13 Objetivos p9
14 Justificativa e relevacircncia p9
2 REVISAtildeO DE LITERATURA p 11
21 Hospitalizaccedilatildeo infantil e seus estressores p 11
22 Acesso venoso perifeacuterico em pediatria p 13
3 METODOLOGIA p 17
31 Tipo de pesquisa p17
32 Sujeitos da pesquisa p17
33 Cenaacuterio p18
34 Coleta de dados p18
35 Questotildees eacuteticas da pesquisa p19
36 Analise dos dados p20
4 RESULTADOS E DISCUSSAtildeO p22
41 Os cuidados de enfermagem preacute intra e poacutes-procedimento de punccedilatildeo do acesso
venoso perifeacuterico p 22
42 Os cuidados em desuso para manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico p 28
43 O acompanhante e a manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico p31
CONCLUSAtildeO p 35
REFEREcircNCIAS p37
APEcircNDICE I p 44
APEcircNDICE II p45
ANEXO p46
8
1 INTRODUCcedilAtildeO
A motivaccedilatildeo pelo assunto veio durante o ensino teoacuterico praacutetico da disciplina
Enfermagem na sauacutede da crianccedila e do adolescente II na enfermaria pediaacutetrica do Hospital
Universitaacuterio Antonio Pedro quando me incomodei com o excesso de punccedilatildeo perifeacuterica
realizado nas crianccedilas gerando impacto nas mesmas e na famiacutelia durante o procedimento
A hospitalizaccedilatildeo em si eacute uma situaccedilatildeo estressante jaacute que a crianccedila perde o controle em
relaccedilatildeo a sua liberdade aleacutem do conviacutevio com pessoas estranhas e da mudanccedila de ambiente e
rotina (HOCKENBERRY e WILSON 2011 p676) Com isso em uma situaccedilatildeo de diversas
perdas de acesso venoso as repeticcedilotildees do procedimento causam trauma emocional tornando
ainda mais doloroso o periacuteodo de estada do paciente no hospital
A punccedilatildeo venosa perifeacuterica eacute um procedimento essencial para manejo da crianccedila
durante a hospitalizaccedilatildeo visto que em grande parte as medicaccedilotildees satildeo administradas por essa
via onde o efeito eacute quase instantacircneo e permite infusatildeo de maior volume Poreacutem esse tipo de
procedimento eacute doloroso e estressante deixando a crianccedila sujeita a traumas por agentes
bioloacutegicos quiacutemicos fiacutesicos e emocionais sendo funccedilatildeo do enfermeiro prevenir diminuir ou
erradicar esses riscos (CORREIA RIBEIRO BORBA 2009 p559)
A permanecircncia do dispositivo eacute dificultada por diversos fatores como uma infecccedilatildeo a
fixaccedilatildeo inadequada o trauma durante a infusatildeo e a movimentaccedilatildeo da crianccedila A cobertura
utilizada eacute de suma importacircncia nessa situaccedilatildeo sendo ela muitas das vezes a causa da perda
de um acesso e entatildeo a necessidade de nova punccedilatildeo venosa Por conta disso esse tipo de
procedimento causa grande desconforto para a famiacutelia para a crianccedila e tambeacutem para o
profissional (CORREIA RIBEIRO BORBA 2009 p559)
Uma grande pesquisa conduzida sobre a temaacutetica concluiu que com ldquo592 crianccedilas e
1135 tentativas de punccedilatildeo realizadas por 143 enfermeiras 10 de taxa de insucesso no
9
procedimento poreacutem com cerca de 50 de insucesso na primeira tentativardquo Cada crianccedila foi
submetida a 21 tentativas (LARSEN1
11 Questotildees norteadoras
et al 2010 apud NEGRI et al 2012)
Quais os fatores que podem interferir na permanecircncia do acesso venoso em uma
crianccedila hospitalizada
Quais satildeo os cuidados da equipe de enfermagem para aumentar o tempo de
permanecircncia de um acesso venoso perifeacuterico em uma crianccedila hospitalizada
12 Objeto de estudo
Os cuidados da equipe de enfermagem na permanecircncia do acesso venoso perifeacuterico
13 Objetivos
Descrever e discutir os cuidados de enfermagem acerca da permanecircncia dos acessos
venosos perifeacutericos na pediatria
14 Justificativa e relevacircncia
Diante da problemaacutetica exposta eacute possiacutevel identificar a importacircncia da necessidade de
um maior periacuteodo de permanecircncia dos acessos venosos perifeacutericos Com isso aleacutem da
diminuiccedilatildeo de eventos que causam dor e irritaccedilatildeo na crianccedila e na famiacutelia promoveraacute tambeacutem
uma melhor estada dos mesmos durante o periacuteodo de hospitalizaccedilatildeo
Oliveira Bezerra e Pereira (2008 p96) chegaram a conclusatildeo que os enfermeiros
prestam assistecircncia agraves crianccedilas dentro dos paracircmetros poreacutem devem ter mais cuidados em
alguns pontos como ldquonecessidade de maior atenccedilatildeo na quantidade e velocidade da infusatildeo da
terapia mais controle do calibre do cateter identificaccedilatildeo do acesso complicaccedilotildees e troca de
fixaccedilatildeordquo
O presente estudo possui relevacircncia pois busca descrever os principais cuidados que a
equipe de enfermagem desenvolve na manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico na pediatria
demonstrando o que a equipe faz efetivamente para aumentar o tempo de permanecircncia desse
1 Larsen P Eldridge D Brinkley J Newton D Goff D Hartzog T Saad ND Perkin R Pediatric peripheral intravenous access does nursing experience and competence really make a difference J Infus Nurs 201033(4)226-35
10
dispositivo visto que a sua inserccedilatildeo jaacute eacute um evento estressante para crianccedila e sua famiacutelia
durante a hospitalizaccedilatildeo Eacute relevante tambeacutem natildeo soacute para os enfermeiros pediaacutetricos como
tambeacutem para todos os profissionais da aacuterea de sauacutede que procuram aprofundar seus
conhecimentos acerca dos cuidados na assistecircncia de enfermagem da cateterizaccedilatildeo venosa
perifeacuterica
11
2 REVISAtildeO DE LITERATURA
21 Hospitalizaccedilatildeo infantil e seus estressores
Durante a vida de uma crianccedila as principais situaccedilotildees de crise que normalmente elas
vivenciaratildeo estatildeo relacionadas agrave doenccedila ou a uma possiacutevel hospitalizaccedilatildeo Frente a estes
fatores elas se mostram vulneraacuteveis diante das mudanccedilas impostas relacionadas ao estado de
sauacutede e a sua rotina de vida (HOCKENBERRY e WILSON 2011 p676)
ldquoA hospitalizaccedilatildeo representa para a crianccedila uma situaccedilatildeo diferente de todas as jaacute
vivenciadas haja vista que sua rotina diaacuteria eacute modificada Ela encontra-se em um ambiente
impessoal repleto de tabus e significados diferente do seu contexto diaacuteriordquo (JANSEN
SANTOS e FAVERO 2010 p248)
Segundo Brito et al (2009 p 803) a crianccedila hospitalizada eacute ldquoafastada de seu ambiente
familiar de seus amigos da escola e de seus objetos pessoais perdendo assim grande parte de
suas referecircnciasrdquo com isso esse periacuteodo de hospitalizaccedilatildeo pode causar impacto sobre o estado
psicoloacutegico da mesma
Conforme Hockenberry e Wilson (2011 p676) as crianccedilas natildeo possuem habilidades
de enfrentamento suficientes para resolver determinados estressores Como principais
estressores pode-se citar ldquoa separaccedilatildeo a perda de controle lesatildeo corporal e dorrdquo
Um dos procedimentos mais dolorosos e estressantes para a crianccedila eacute a punccedilatildeo venosa
onde na maioria dos casos constitui a primeira escolha para a administraccedilatildeo de medicamentos
nutriccedilatildeo parenteral hemoderivados e coleta de exames sanguumliacuteneos(OLIVEIRA BEZERRA e
PEREIRA 2008 p91)
12
ldquoA crianccedila eacute um ser em crescimento e desenvolvimento com particularidades e
caracteriacutesticas proacutepriasrdquo (MATHEWS-SIMONTON2
Esse periacuteodo de internaccedilatildeo ldquopode deixar a crianccedila ansiosa insegura e com medo
principalmente quando natildeo eacute preparada para a hospitalizaccedilatildeo e o tratamento a que seraacute
submetidardquo Para Martins (2001) isso contribui para aumentar o medo e a ansiedade
expressos por meio do choro da raiva e ateacute mesmo por agressotildees
1990 apud COA e PETTENGILL
2006 p434) Isso significa que a crianccedila iraacute se comportar de acordo com a situaccedilatildeo imposta
pois isso dependeraacute natildeo soacute da idade de desenvolvimento como tambeacutem de suas experiecircncias
com determinadas situaccedilotildees
Diante de todo o processo de hospitalizaccedilatildeo a crianccedila pode apresentar diversas
manifestaccedilotildees comportamentais sendo consideradas mais comuns as ldquoregressotildees diminuiccedilatildeo
no ritmo do desenvolvimento desordens do sono e da alimentaccedilatildeo dependecircncia
agressividade apatia estados depressivos fobias e transtornos de comportamento em geralrdquo
(BAR-MOR3
Para a famiacutelia ldquoa hospitalizaccedilatildeo de um filho geralmente eacute encarada como uma
situaccedilatildeo de crise para a famiacutelia e para a crianccedilardquo O profissional de enfermagem deve se
organizar seu trabalho com estrateacutegias que minimizem o sofrimento no ambiente hospitalar e
na assistecircncia agrave crianccedila (THOMAZINE et al 2008 p146)
1997 apud BRITO et al 2009 p203) Com a atenccedilatildeo voltada para atender a
demanda e a necessidade fisioloacutegica da crianccedila os profissionais da equipe de enfermagem
geralmente ldquodedicam pouca ou nenhuma atenccedilatildeo agraves questotildees psicoloacutegicas e sociais da crianccedila
hospitalizada e de sua famiacuteliardquo(JANSEN SANTOS e FAVERO 2010 p248)
A qualidade do ambiente pode afetar diretamente no processo de recuperaccedilatildeo com
isso ldquoas intervenccedilotildees no contexto hospitalar devem visar agrave promoccedilatildeo de condiccedilotildees favoraacuteveis
agrave reabilitaccedilatildeo dos efeitos de experiecircncias adversas ao desenvolvimento das crianccedilasrdquo Isso
sugere que o ambiente aleacutem de incentivar a sauacutede deve ser planejado de maneira supra agraves
necessidades dos pacientes levando em conta os aspectos psicoloacutegicos pedagoacutegicos e
2 Mathews-Simonton S A famiacutelia e a cura o meacutetodo Simonton para famiacutelias que enfrentam uma doenccedila Satildeo Paulo Summus 1990 3 Bar-Mor G Preparation of children for surgery and invasive procedures milestones on the way to success J Pediatr Nurs1997Aug12(4) 252-255
13
socioloacutegicos da crianccedila e de sua famiacutelia (SOARES e ZAMBERLAN4
Para humanizar a assistecircncia agrave crianccedila hospitalizada e atender a suas reais
necessidades os pais foram inseridos na cliacutenica pediaacutetrica com direito a permanecircncia integral
nos casos de internaccedilatildeo Isso ocorreu no iniacutecio da deacutecada de 1990 no Brasil com a
legalizaccedilatildeo estabelecida pelo Estatuto da Crianccedila e do Adolescente (THOMAZINE et al
2008 p145) Com isso ldquomuitos hospitais natildeo consideram mais os pais como visitantes e
enfatizam sua presenccedila durante todo o periacuteodo da hospitalizaccedilatildeordquo fazendo uso de um sistema
de cuidado centrado na famiacutelia (HOCKENBERRY e WILSON 2011 p685)
1995 apud BRITO et
al 2009 p803)
Durante o processo de hospitalizaccedilatildeo as crianccedilas satildeo submetidas a diversas condutas e
procedimentos como por exemplo exames e administraccedilatildeo de medicamentos A punccedilatildeo
venosa eacute um dos principais procedimentos que causam dor e muitas vezes existe a
necessidade de vaacuterias punccedilotildees durante um mesmo dia Vale ressaltar que para a crianccedila esse
tipo de procedimento se iguala a uma agressatildeo jaacute que ldquona maioria das vezes eacute acompanhado
de dor ou medo o que se traduz no choro e na ansiedaderdquo (COLLET5
2002 apud GOMES et
al 2011 p290)
22 Acesso venoso perifeacuterico em pediatria
Para Correia et al (2009 p559) a fim evitar um trauma emocional durante a punccedilatildeo
as crianccedilas precisam ser orientadas sobre o tratamento seus objetivos e receber atenccedilatildeo
carinhosa neste momento
A fim de tornar o processo de cateterizaccedilatildeo venosa menos doloroso e estressante para
a crianccedila deve-se ter preferecircncia pelas veias que menos comprometam suas atividades
essenciais Neste intuito deve-se evitar por exemplo puncionar uma veia na matildeo que
dificulte o ato de se alimentar desenhar e ateacute mesmo brincar (OLIVEIRA BEZERRA e
PEREIRA 2008 p91)
4 Soares MRZ Zamberlan MAT A inclusatildeo do brincar na hospitalizaccedilatildeo infantil Est Psicol maioago18(2) 64-9 5 Collet N Oliveira BRG de Manual de Enfermagem em Pediatria Goiacircnia AB 2002
14
O acesso vascular eacute uma das principais modalidades de tratamento utilizadas na
assistecircncia agrave sauacutede Existe ampla aceitaccedilatildeo difusatildeo e praacutetica desse procedimento pelos
profissionais da aacuterea da assistecircncia agrave sauacutede (FERREIRA et al 2005)
Foi na deacutecada de 40 que o uso de cateter vascular foi introduzido nos hospitais
tornando-se essencial para as atividades assistenciais da modernidade (WORTHIGTON6
Para Peterlini e Chaud (2003) tal procedimento se define como um conjunto de
conhecimentos e teacutecnicas que visam agrave administraccedilatildeo de soluccedilotildees ou faacutermacos no sistema
circulatoacuterio abrangendo o preparo do paciente a escolha obtenccedilatildeo e manutenccedilatildeo do acesso
venoso os meacutetodos de preparo e administraccedilatildeo de drogas e soluccedilotildees e os cuidados referentes
agrave frequecircncia de troca do cateter curativos dispositivos de infusatildeo e soluccedilotildees
2005 apud MENDONCcedilA et al 2011 p330)
Primeiramente o acesso perifeacuterico era mantido com agulhas de accedilo inoxidaacutevel as
quais apesar de oferecerem menor risco de infecccedilatildeo satildeo riacutegidas e facilitavam perda do
acesso Em 1945 passou a ser utilizado o cateter venoso plaacutestico que permitia manutenccedilatildeo do
acesso por tempo prolongado (FERNANDES e RIBEIRO7
Quanto ao tempo de permanecircncia em pacientes pediaacutetricos o cateter deve ser mantido
ateacute o teacutermino da terapia intravenosa ou quando forem observados sinais cliacutenicos de
complicaccedilotildees diferentemente dos pacientes adultos onde o tempo de permanecircncia
preconizado eacute de 72 a 96 horas (CENTERS FOR DISEASE CONTROL AND
PREVENTION-CDC 2002)
2000 apud MARTINS et al 2008
p 485) Habitualmente o material de punccedilatildeo que vem sendo utilizado em crianccedilas satildeo os
cateteres flexiacuteveis tipo abocath com mandril metaacutelico (BATALHA et al 2010 p512)
Associaccedilatildeo Paulista de Estudos e Controle de Infecccedilatildeo Hospitalar (2005 apud
Moncaio e Figueiredo 2009) ressaltam que ldquoas principais complicaccedilotildees infecciosas para o
paciente satildeo flebite infecccedilatildeo do siacutetio de inserccedilatildeo do cateter extravasamento de soluccedilatildeo e
bacteremia relacionada ao cateterrdquo Certos fatores podem contribuir para o aparecimento de
tais complicaccedilotildees como o tipo do cateter que seraacute utilizado o preparo do local da punccedilatildeo
aleacutem de caracteriacutesticas intriacutensecas do paciente Vale acrescentar que ldquoos cateteres 6 Worthigton T Elliot TSJ Diagnosis of central venous catheter related infection in adult pacient J Infect 2005 51267-80 7 Fernandes AT Ribeiro Filho N Infecccedilatildeo do acesso vascular In Fernandes AT Fernandes M OV Ribeiro Filho N Infecccedilatildeo hospitalar e suas interfaces na aacuterea da sauacutede Satildeo Paulo (SP) Atheneu 2000 p 556-79
15
confeccionados em Teflon e poliuretano estatildeo associados a baixas frequecircncias de
complicaccedilotildees infecciosas quando comparados aos de polivinilcloreto e polietilenordquo
CENTERS FOR DISEASE CONTROL AND PREVENTION-CDC 2002)
ldquoNo acircmbito hospitalar a flebite eacute uma das complicaccedilotildees mais frequentes e
considerada uma das principais falhas da infusatildeordquo Eacute o processo inflamatoacuterio da camada
iacutentima das veias ocasionado por irritaccedilatildeo mecacircnica quiacutemica ou infecccedilotildees bacterianas
apresentando manifestaccedilotildees como dor edema hiperemia local e calor (GABRIEL8
Machado et al(2008) relata que ldquocerca de 1 a 10 destes pacientes desenvolvem
infecccedilotildees locais ou sistecircmicas relacionadas ao uso de cateteres causadas por alteraccedilatildeo ou
ruptura da integridade da pele que permite a passagem de microorganismos colonizadoresrdquo
2008
apud MAGEROTE et al 2011 p 487)
O curativo para fixaccedilatildeo do cateter eacute outro ponto importante para a manutenccedilatildeo do
mesmo visto que a ldquofixaccedilatildeo reduz o risco de complicaccedilotildees relacionadas agrave terapia intravenosa
tais como flebite infiltraccedilatildeo septicemia e deslocamento do cateterrdquo aleacutem de mantecirc-lo limpo
e seco permitindo a visualizaccedilatildeo contiacutenua do mesmo a fim de prevenir os agravos
(PHILLIPS9
No seacuteculo passado durante os primeiro 50 anos da praacutetica da terapia intravenosa
utilizava-se para fixaccedilatildeo gaze esteacuteril e fitas adesivas O iniacutecio do uso de filmes transparentes
esteacutereis se deu em 1970 como solicitaccedilatildeo dos enfermeiros quanto agrave necessidade da retirada do
curativo para realizar a inspeccedilatildeo do local de inserccedilatildeo funccedilatildeo atribuiacuteda aos mesmos a fim de
impedir uma infecccedilatildeo de corrente sanguiacutenea (MACHADO PEDREIRA E CHAUD 2008)
2001 apud SILVA E ZANETTI 2004 p233)
O uso de fitas adesivas natildeo-esteacutereis pode ser bastante observado em algumas
instituiccedilotildees de sauacutede contudo fita adesiva soacute natildeo estaacute contaminada enquanto permanece na
embalagem sugerindo tambeacutem a possibilidade da transmissatildeo de microorganismos
patogecircnicos com a aplicaccedilatildeo da mesma sobre o local de inserccedilatildeo do cateter
(VANDENBOSCH COOCH E TRESTON-AURAND10
8 Gabriel J Infusion therapy part one minimising the risks Nurs Stand 2008 Apr 22(31)51-6
1997 et al MACHADO
PEDREIRA E CHAUD2005 p292)
9 Phillips DL Manual de terapia endovenosa Trad Pedreira MLG Pereira SR Harada MJCS Peterline MAS 2ordf ed Porto Alegre (RS) Artmed 2001551P 10 VandenBosch TM Cooch J Treston-Aurand J Research utilization adhesive bandage dressing regimen for peripheral venous catheters Am J Infect Control 1997 25(6)513-9
16
Acerca da terapia intravenosa podem ocorrer incompatibilidades em relaccedilatildeo aos
faacutermacos administrados e os cateteres utilizados que na maioria das vezes natildeo satildeo percebidos
devido a impossibilidade de visualizaccedilatildeo Essas incompatibilidades satildeo denominadas por
Peterlini Chaud e Pedreira (2006) como adsorccedilatildeo e absorccedilatildeo onde ocorre ldquoperda do faacutermaco
para a superfiacutecie de frascos seringas filtros acessoacuterios e cateteres da terapia intravenosa por
meio de adsorccedilatildeo ou pela absorccedilatildeo do faacutermaco para a matriz do material de confecccedilatildeo desses
dispositivosrdquo Com isso o profissional de enfermagem tem como funccedilatildeo aleacutem do
conhecimento cientiacutefico acerca das drogas utilizadas programar accedilotildees que possibilitem
ldquoreconstituiccedilatildeo diluiccedilatildeo acondicionamento e cuidados na administraccedilatildeo de faacutermacosrdquo
evitando assim prejuiacutezos no tratamento
17
3 METODOLOGIA
31 Tipo de pesquisa
Trata-se de uma pesquisa descritiva exploratoacuteria de abordagem qualitativa com os
profissionais da equipe de enfermagem da unidade de internaccedilatildeo pediaacutetrica de um hospital
universitaacuterio do estado do Rio de Janeiro
Para Minayo Deslandes e Gomes (2007 p 21) a pesquisa qualitativa responde as
questotildees de forma particular de modo que trabalha com o universo dos significados dos
motivos das aspiraccedilotildees das crenccedilas dos valores e atitudes Sendo assim entende-se que as
accedilotildees do ser humano se distinguem a partir do seu pensamento do modo de agir de acordo
com a realidade vivida por cada um
Segundo Gil (1999 p44) ldquoas pesquisas descritivas tecircm como objetivo primordial a
descriccedilatildeo das caracteriacutesticas de determinada populaccedilatildeo ou fenocircmeno ou o estabelecimento de
relaccedilotildees variaacuteveisrdquo
Kauark Manhatildees e Medeiros (2010 p28) determinam a pesquisa exploratoacuteria como
agravequela que ldquoObjetiva a maior familiaridade com o problema tornando-o expliacutecito ou agrave
construccedilatildeo de hipoacutetesesrdquo Acrescenta ainda que a mesma pode conter levantamento
bibliograacutefico entrevistas com pessoas experientes no problema pesquisado entre outras
fontes
32 Sujeitos da pesquisa
A pesquisa contou com um nuacutemero total de nove (9) profissionais da equipe de
enfermagem da unidade de internaccedilatildeo pediaacutetrica de um Hospital Universitaacuterio do Rio de
Janeiro sendo estes dois (2) enfermeiros e sete (7) teacutecnicos de enfermagem De todos os
18
participantes apenas um trabalha no serviccedilo noturno sendo o restante do serviccedilo diurno Os
mesmos satildeo os responsaacuteveis pela instalaccedilatildeo e manipulaccedilatildeo dos os acessos venosos
perifeacutericos supondo assim que tenham maior domiacutenio sobre o assunto abordado
Os sujeitos foram identificados com codinomes referentes agraves princesas da Disney para
que suas identidades sejam preservadas
33 Cenaacuterio
A pesquisa ocorreu na unidade de internaccedilatildeo pediaacutetrica localizada no quinto andar do
Hospital Universitaacuterio do Rio de Janeiro vinculado a uma Universidade Federal
A unidade pediaacutetrica eacute divida em trecircs enfermarias de acordo com a idade das crianccedilas
hospitalizadas sendo denominadas estas Lactente preacute-escolar e escolar A enfermaria
Lactente eacute composta por 5 leitos hospitalizando crianccedilas de 29 dias a 2 anos jaacute na preacute-escolar
encontram-se 6 leitos e acolhe crianccedilas de 2 a 6 anos e na escolar 6 leitos abrigando crianccedilas
de 7 a 12 anos Toda crianccedila hospitalizada tem direito a um acompanhante como eacute
preconizado por direito pelo Artigo doze (12) do Estatuto da Crianccedila e do Adolescente
(Brasil 1990 p3)
A enfermaria conta com um posto de enfermagem localizado no centro da unidade
possibilitando maior visualizaccedilatildeo das enfermarias Possui tambeacutem uma sala de recreaccedilatildeo e
banheiro para os pacientes e acompanhantes Haacute uma sala utilizada pedagogia hospitalar
onde uma professora realiza atividades com as crianccedilas
Vale ressaltar que na unidade haacute uma sala para realizaccedilatildeo de procedimentos dolorosos
como a punccedilatildeo venosa perifeacuterica e sempre que possiacutevel o paciente eacute levado ateacute ela
34 Coleta de dados
A coleta de dados se deu a partir da teacutecnica de entrevista semi-estruturadas que
segundo Minayo Deslandes e Gomes (2007 p 64) satildeo ldquoperguntas fechadas e abertas em que
o entrevistado tem a possibilidade de discorrer sobre o tema em questatildeo sem se prender agrave
indagaccedilatildeo formuladardquo As mesmas foram gravadas em entrevista individual e tiveram como
foco as accedilotildees que os profissionais da equipe de enfermagem realizam acerca dos cuidados
para a permanecircncia do acesso venoso perifeacuterico aleacutem de investigar sobre o conhecimento que
cada um possui sobre o tema
19
Apoacutes contato preacutevio com a equipe de enfermagem foi acordado um dia e horaacuterio para
a realizaccedilatildeo das entrevistas que aconteceram na proacutepria unidade Todos os profissionais da
equipe de enfermagem foram convidados a participar voluntariamente da pesquisa As
entrevistas aconteceram apoacutes os profissionais assinarem o Termo de Consentimento Livre e
Esclarecido (TCLE)
Para Minayo Deslandes e Gomes (2007 p 64) a entrevista possui como principal
objetivo construir dados que sejam pertinentes para a pesquisa aleacutem de ser a estrateacutegia mais
utilizada no processo de trabalho de campo
A coleta foi interrompida no momento em que os dados se mostraram saturados ou
seja quando houve a cessaccedilatildeo do acreacutescimo de informaccedilotildees novas referentes ao tema
proposto
O fechamento amostral por saturaccedilatildeo teoacuterica eacute definido como a suspensatildeo de inclusatildeo
de novos participantes quando os dados obtidos passam a apresentar na avaliaccedilatildeo do
pesquisador certa redundacircncia ou repeticcedilatildeo natildeo sendo considerado relevante continuar a
coleta de dados (FONTANELLA RICAS e TURATO 2008)
35 Questotildees eacuteticas da pesquisa
De acordo com a Resoluccedilatildeo 46612 que visa assegurar os direitos e deveres que
dizem respeito agrave comunidade cientiacutefica aos sujeitos da pesquisa e ao Estado uma pesquisa
que envolve a participaccedilatildeo de seres humanos deve atender aos fundamentos eacuteticos e
cientiacuteficos pertinentes para a seguranccedila dos mesmos Neste contexto toda pesquisa
envolvendo seres humanos deveraacute ser submetida agrave apreciaccedilatildeo de um Comitecirc de Eacutetica em
Pesquisa (CEP) (BRASIL 2012)
Atendendo a esta condiccedilatildeo o projeto de pesquisa foi encaminhado ao CEP ndash do
Hospital Universitaacuterio o qual foi realizada a pesquisa foi analisado e aprovado na Reuniatildeo
com data de 06122013 CAAE 24693613700005243 Nuacutemero do parecer 486451 Com
isso a pesquisa foi desenvolvida mediante aprovaccedilatildeo do CEP atendendo aos preacute-requisitos
estipulados pela Resoluccedilatildeo nordm 46612
Esta pesquisa eacute pautada em princiacutepios eacuteticos que respeitam a dignidade humana e
justiccedila assegurando que natildeo haveraacute nenhum tipo de dano aos participantes
20
Em atendimento a resoluccedilatildeo 46612 do Conselho Nacional de SauacutedeMS apoacutes serem
esclarecidos pela pesquisadora quanto aos aspectos eacuteticos relacionados agrave pesquisa aleacutem das
formas de produccedilatildeo de dados e inserccedilatildeo no estudo os sujeitos da pesquisa assinaram duas
vias do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido ndash TCLE (apecircndice 1) autorizando sua
participaccedilatildeo voluntaacuteria na pesquisa Uma via foi entregue ao participante e outra ficou
arquivada com a pesquisadora
Nesse documento consta os objetivos da pesquisa procedimentos benefiacutecios
previstos garantia de recusa de participaccedilatildeo em qualquer momento de acesso aos resultados
da pesquisa e tambeacutem a garantia de acesso ao pesquisador quando os sujeitos julgarem
necessaacuterio sendo todas essas informaccedilotildees em linguagem acessiacutevel e simples O mesmo foi
apresentado e explicado ao profissional convidado a participar do estudo no primeiro contato
eou durante visita agendada para realizaccedilatildeo da entrevista
Vale ressaltar que esta pesquisa cujo financiamento eacute proacuteprio natildeo oferece nenhum
tipo de riscos para o sujeito da pesquisa e nem para o cuidado das crianccedilas internadas no setor
de pediatria e os benefiacutecios da participaccedilatildeo do mesmo satildeo de aumentar o conhecimento
cientiacutefico na aacuterea de Enfermagem Pediaacutetrica aleacutem de contribuir para a praacutetica profissional
36 Anaacutelise dos dados
O processo de anaacutelise dos dados foi baseada na teacutecnica da Anaacutelise Temaacutetica que para
Minayo Deslandes e Gomes (2007 p 86) o conceito central eacute o tema ldquoO tema eacute a unidade de
significaccedilatildeo que se liberta naturalmente de um texto analisado segundo criteacuterios relativos agrave
teoria que serve de guia da leiturardquo (BARDIN11
A anaacutelise realizada estava de acordo com a sugerida por Minayo (2010 p 315) e
contam com as seguintes etapas preacute-analise exploraccedilatildeo do material tratamento dos
resultados obtidos e interpretaccedilatildeo Atraveacutes dessas etapas tem-se o objetivo de descrever o
conteuacutedo do material coletado e interpretaacute-lo
1979 apud MINAYO DESLANDES
GOMES 2007 p 86)
A preacute analise consiste na escolha dos elementos a serem analisados e na retomada das
hipoacuteteses e dos objetivos iniciais da pesquisa Inicia-se com uma leitura flutuante onde o
11 BARDIN L Anaacutelise de Conteuacutedo Lisboa Ediccedilotildees 70 1979
21
pesquisador toma contato direto com o material adquirido deixando-se impregnar por seu
conteuacutedo Posteriormente haacute a constituiccedilatildeo do Corpus textual onde eacute feita uma seleccedilatildeo dos
documentos que iratildeo contemplar e fornecer informaccedilotildees sobre o tema sendo assim adequados
para dar resposta aos objetivos do trabalho (MINAYO 2010 p 315)
Essa fase preacute-analiacutetica eacute onde se determinam a unidades de registro unidade de
contexto e a partir delas satildeo determinados os temas que seratildeo analisados A unidade de
registro corresponde parte do conteuacutedo selecionado como base para analise e apoacutes a
delimitaccedilatildeo do contexto de compreensatildeo da unidade de registro eacute estabelecida a unidade de
contexto (MINAYO 2010 p 316)
De acordo com os objetivos da pesquisa foi possiacutevel perceber que nove (9)
entrevistas supriam para atender os mesmo encerrando assim a coleta Apoacutes a transcriccedilatildeo das
entrevistas foi realizada leitura das mesmas para natildeo soacute conhecimento do material mas
tambeacutem estabelecer as unidades de registro Em seguida foi realizado o colorimento das falas
assim as classificando de acordo com as unidades de registro estabelecidas
As unidades de registro que surgiram foram os fatores que interferem na manutenccedilatildeo
do acesso venoso perifeacuterico e o apontamento do acompanhante como responsaacutevel pela perda
do acesso venoso perifeacuterico Elas receberam as cores vermelha e laranja respectivamente a
fim de facilitar o agrupamento dos dados A partir disto surgiram as unidades de contexto que
compreendem as falas das entrevistas de modo a exemplificar o contexto das unidades de
registro
Partindo para segunda etapa da analise temaacutetica a exploraccedilatildeo do material que consiste
numa classificaccedilatildeo que visa alcanccedilar o nuacutecleo de compreensatildeo do texto Busca-se encontrar
categorias que satildeo expressotildees ou palavras significativas em funccedilatildeo das quais o conteuacutedo seraacute
organizado Essas categorias satildeo responsaacuteveis pela especificaccedilatildeo dos temas (MINAYO
2010 p 317)
Nesse caso foram definidos os seguintes temas cuidados preacute intra e poacutes procedimento
de punccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico cuidados em desuso para manutenccedilatildeo do acesso
venoso perifeacuterico o acompanhante e a manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico Essas trecircs (3)
categorias seratildeo apresentadas analisadas e discutidas no capitulo seguinte
22
4 RESULTADOS E DISCUSSAtildeO
Nesse capiacutetulo apresento as trecircs categorias temaacuteticas que surgiram da anaacutelise dos
dados e que contemplaram de forma satisfatoacuteria os objetivos da pesquisa A primeira
categoria denominada como ldquoOs cuidados de enfermagem preacute intra e poacutes-procedimento de
punccedilatildeo do acesso venoso perifeacutericordquo traz os passos e cuidados que os profissionais realizam
antes durante e apoacutes a punccedilatildeo buscando descrever e analisar os fatores envolvidos na pratica
do procedimento em questatildeo que emergiram das entrevistas aleacutem dos cuidados de
enfermagem para a manutenccedilatildeo do mesmo
A segunda categoria que seraacute apresentada eacute ldquoOs cuidados em desuso para manutenccedilatildeo
do acesso venoso perifeacutericordquo que mostra os cuidados que os profissionais citaram como natildeo
mais utilizados para auxiliar na manutenccedilatildeo da punccedilatildeo venosa perifeacuterica
E a uacuteltima categoria eacute denominada ldquoO acompanhante e a manutenccedilatildeo do acesso
venoso perifeacutericordquo e traz a responsabilizaccedilatildeo do acompanhante pelos profissionais do setor
em relaccedilatildeo aos cuidados com manutenccedilatildeo da punccedilatildeo Essa categoria busca tambeacutem ressaltar a
funccedilatildeo do acompanhante durante a hospitalizaccedilatildeo da crianccedila destacando que determinados
cuidados satildeo de total funccedilatildeo da equipe de enfermagem
41 Os cuidados de enfermagem preacute intra e poacutes-procedimento de punccedilatildeo do acesso
venoso perifeacuterico
Para interpretar as unidades de contextos tive como base autores que definiram os
cuidados de enfermagem preacute intra e poacutes punccedilatildeo venosa perifeacuterica Para esses autores a fase
de preacute-punccedilatildeo compreende as accedilotildees de anaacutelise e conhecimento da prescriccedilatildeo avaliaccedilatildeo e
23
preparo emocional do paciente preparo do material e medicaccedilatildeo seleccedilatildeo do siacutetio de inserccedilatildeo
e dilataccedilatildeo da veia selecionada As accedilotildees envolvidas na punccedilatildeo satildeo a execuccedilatildeo das
precauccedilotildees-padratildeo antissepsia da pele punccedilatildeo do vaso a fixaccedilatildeo e curativo do cateter
Finalmente na etapa de poacutes-punccedilatildeo adota-se a identificaccedilatildeo da punccedilatildeo o descarte apropriado
das partes dos materiais natildeo utilizados a orientaccedilatildeo do paciente acerca da terapecircutica o
controle da infusatildeo atraveacutes do gotejamento se necessaacuterio e o registro do procedimento
Phillips12
De acordo com as entrevistas a seleccedilatildeo do local de punccedilatildeo eacute indicada com um fator
que interfere diretamente no tempo de permanecircncia do acesso venoso perifeacuterico visto que
dependendo do local ocorre a perda mais rapidamente Aleacutem da localizaccedilatildeo citaram tambeacutem
o calibre da veia como interferecircncia na manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico Seguem
abaixo algumas falas
(2001 apud ARAUacuteJO 2007 p18)
ldquoPrimeira coisa eacute vocecirc procurar bem a veia colocar uma veia de um bom calibre Se puder dar preferecircncia a natildeo puncionar dobrasrdquo (Cinderela) ldquoDependendo de onde estiver puncionado se for na matildeozinha a crianccedila fica toda hora ta mexendo taacute manipulando alguma coisa e se for no pezinho tambeacutem nem todo tempo vai ficar acamada entatildeo acaba perdendo o acessordquo(Bela ) ldquoO mau posicionamento pode levar a perdardquo (Rapunzel)
A opiniatildeo dos profissionais acima vai de encontro com o que eacute encontrado na
literatura visto que eacute de suma importacircncia que o mesmo avalie o cliente e considere alguns
aspectos para uma escolha criteriosa e eficaz como a finalidade da punccedilatildeo o tipo de soluccedilatildeo
a ser infundida a condiccedilatildeo da rede venosa a duraccedilatildeo da terapia idade do cliente habilidade
cognitiva da crianccedila a preferecircncia do cliente o que nem sempre seraacute possiacutevel satisfazer e
tambeacutem a sua atividade (ARAUacuteJO 2007 p31)
Os cuidados com o acesso venoso perifeacuterico satildeo importantes antes mesmo da
realizaccedilatildeo do procedimento Levando em consideraccedilatildeo que um erro durante a fase de preacute-
procedimento como a escolha errada do local de punccedilatildeo por exemplo poderaacute levar a perda
do acesso e prejudicar assim o tratamento aleacutem do bem-estar da crianccedila que seraacute puncionada
novamente
12 PHILLIPS L D Manual de terapia intravenosa 2ed Porto Alegre Artmed 2001
24
O vaso sanguiacuteneo que o profissional selecionar como local para puncionar deve ser
suficiente para suportar o calibre e o comprimento do cateter aleacutem de atender a necessidade
terapecircutica para que natildeo haja a necessidade de uma nova punccedilatildeo
A punccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico eacute um procedimento doloroso e de grande
incomodo para a crianccedila com isso eacute de suma importacircncia realizar a seleccedilatildeo preacutevia do
material poreacutem natildeo foi citado Outro cuidado rotineiro e natildeo menos importante como a
lavagem das matildeos antes da colocaccedilatildeo do acesso tambeacutem natildeo foi mencionado durante as
entrevistas
O preparo emocional da crianccedila e do acompanhante quanto ao procedimento deve ser
considerada praacutetica rotineira para a equipe de enfermagem O profissional de enfermagem
deve lavar as matildeos objetivando a reduccedilatildeo significativa de risco de infecccedilatildeo e recomenda-se o
uso de aacutegua e sabatildeo para lavagem das matildeos antes da colocaccedilatildeo do cateter venoso perifeacuterico
(PHILLIPS13
O preparo preacutevio do material para instalaccedilatildeo do cateter venoso perifeacuterico eacute importante
para evitar interrupccedilotildees do procedimento e consequentemente um maior tempo de
manipulaccedilatildeo da crianccedila (SILVA
2001apud ARAUacuteJO 2007 Centers for Disease Control and Prevention ndash CDC
2002 apud ARAUacuteJO 2007)
14
Outro aspecto citado e classificado como preacute-procedimento eacute o cuidado com a
medicaccedilatildeo a ser administrada incluindo cuidados com a diluiccedilatildeo e composiccedilatildeo da mesma
Seguem algumas das falas
2004 apud ARAUacuteJO 2007 p30)
ldquoEstar sempre diluindo as medicaccedilotildees de acordo com a prescriccedilatildeo meacutedica pois as medicaccedilotildees satildeo muito fortes e podem causar enfraquecimento da veia Tem que diluir direitinho e passar lento na veiardquo (Cinderela) ldquoTer cuidado principalmente quando eacute crianccedila e a diluiccedilatildeo da medicaccedilatildeo tambeacutem agraves vezes natildeo eacute pra passar em perifeacuterico e na segunda dose jaacute perdeurdquo (Alice)
O acesso venoso perifeacuterico eacute a primeira alternativa para infusatildeo intravenosa por ser de
mais faacutecil acesso e rapidez no efeito da medicaccedilatildeo O profissional de enfermagem deve ter
domiacutenio natildeo soacute relacionado agrave infusatildeo das medicaccedilotildees mas tambeacutem com a composiccedilatildeo
13 PHILLIPS L D Manual de terapia intravenosa 2ed Porto Alegre Artmed 2001 14 SILVA G R G Terapia intravenosa em receacutem-nascidos ndash orientaccedilotildees para o cuidado de Enfermagem Rio de Janeiro Cultura Meacutedica 2004
25
farmacoloacutegica das mesmas os efeitos adversos e colaterais que a droga pode causar inclusive
em relaccedilatildeo a diluiccedilatildeo o que normalmente eacute estabelecido como padratildeo no setor de acordo com
cada faacutermaco
Com a intenccedilatildeo de promover a eficaacutecia terapecircutica dos medicamentos administrados
por via intravenosa eacute atribuiccedilatildeo do profissional de enfermagem implementar teacutecnicas como a
diluiccedilatildeo acondicionamento e cuidados na administraccedilatildeo de faacutermacos a fim de evitar
prejuiacutezos no tratamento resultantes da incompatibilidade medicamentosa (PETERLINI
CHAUD e PEDREIRA 2006)
Os fatores intra-procedimento satildeo considerados aqueles diretamente relacionados com
o procedimento Os dados colidos nas entrevistas ressaltaram apenas a fixaccedilatildeo com um fator
que interfere nessa fase Este foi o dado mais repetitivo nas entrevistas poreacutem sempre citado
de forma superficial Seguem as falas dos profissionais quando questionados sobre o que era
importante para manutenccedilatildeo do acesso
ldquoTem que fazer uma boa fixaccedilatildeo Porque quando a pessoa natildeo fixa bem prejudica porque aquilo vai soltando e quando vocecirc vecirc jaacute perdeu a veiardquo(Cinderela) ldquoEu acho que natildeo tem o que fazer para manter o acesso A crianccedila vai ficar uns dias X com aquele acesso pra fazer medicaccedilatildeo e eu acho que natildeo tem o que vocecirc profissional fazer para que natildeo percardquo (Aurora) ldquoA fixaccedilatildeo evita a movimentaccedilatildeo excessiva no local que estaacute o acessordquo (Ariel) ldquoTer cuidado com o curativo saber manusear E manter sempre o curativo limpo trocar se necessaacuteriordquo (Rapunzel) ldquoA fixaccedilatildeo eacute muito importante pra natildeo soltar o acesso e pra ele ficar mais tempordquo(Mulan)
Oliveira Bezerra e Pereira (2008 p 94) afirmam que de acordo com o revelado por
determinados estudos o tipo de curativo a fixaccedilatildeo do cateter e o tempo de permanecircncia estatildeo
diretamente relacionados com a ocorrecircncia de complicaccedilotildees infecciosas como flebites e
tambeacutem infiltraccedilatildeo extravasamento desconexatildeo e deslocamento do cateter
26
Para Pettit e Kraus15
Potter
(1995 apud MACHADO PEDREIRA E CHAUD2005 p292) a
gaze esteacuteril fixada com a fita adesiva hipoalergecircnica bem como a peliacutecula transparente esteacuteril
satildeo os materiais mais recomendados para curativo e fixaccedilatildeo de cateter venoso perifeacuterico
16
Jaacute as peliacuteculas transparentes mais conhecidas como filme permitem a respiraccedilatildeo
normal da pele com alta permeabilidade ao oxigecircnio e vapores e eacute impermeaacutevel a liacutequidos e
micro-organismos (SILVA E ZANETTI 2004 p233) Aleacutem disso permitem tambeacutem a
visualizaccedilatildeo contiacutenua do local de punccedilatildeo permitindo assim avaliaccedilatildeo do mesmo natildeo soacute
durante a infusatildeo de medicaccedilotildees mas tambeacutem todo o tempo
(1998 apud SILVA E ZANETTI 2004 p233) afirma que nas fixaccedilotildees em
que se utiliza a gaze esteacuteril preconiza-se a utilizaccedilatildeo de teacutecnica asseacuteptica Neste curativo a
gaze esteacuteril eacute colocada sobre o siacutetio de inserccedilatildeo e suas bordas satildeo fixadas com fita adesiva
A observaccedilatildeo da punccedilatildeo eacute muito importante pois se o local de inserccedilatildeo se mostrar
com sinais e sintomas de complicaccedilotildees a terapia deve ser suspensa (OLIVEIRA BEZERRA
e PEREIRA 2008 p95)
A visualizaccedilatildeo contiacutenua do acesso permite que a equipe de enfermagem possa realizar
uma observaccedilatildeo mais particularizada em relaccedilatildeo agraves condiccedilotildees do acesso venoso perifeacuterico
podendo observar se haacute deslocamento do cateter sinais de infiltraccedilatildeo e tambeacutem sinais de
infecccedilatildeo
Para Silva Barbato e Valente (2013 p 1200) cabe ao enfermeiro fazer a avaliaccedilatildeo
diaacuteria e cuidadosa do curativo observando a presenccedila de umidade sujidade integridade do
oacutestio de inserccedilatildeo a fixaccedilatildeo bem como a realizaccedilatildeo do curativo e das anotaccedilotildees legais
competentes agraves suas funccedilotildees
A fase poacutes-procedimento eacute caracterizada por uma seacuterie de cuidados que a equipe de
enfermagem deve realizar para que se obtenha maior tempo de permanecircncia do acesso venoso
perifeacuterico Durante as entrevistas os cuidados citados foram a salinizaccedilatildeo do acesso cuidados
para evitar a flebite e a velocidade de infusatildeo
15 Pettit DM Kraus V The use of gauze versus transparent dressings for peripheral intravenous catheter sites Nurs ClinNorth Am 1995 30(3)495-506 16 Potter P Perry AG Fundamentos de enfermagem processo conceito e praacutetica 3ordf ed Santos(SP) Guanabara Koogan19981397pp801-43
27
ldquoManter um acesso bem salinizado que vocecirc lave pelo menos de duas de trecircs em trecircs horas Se bem que isso aqui na pediatria natildeo eacute muito comum aqui a gente soacute lava cada vez que vai fazer medicaccedilatildeo mas se eu natildeo me engano a literatura preconiza isso vocecirc lavar pelo menos de quatro em quatro horas o acessordquo (Aurora)
ldquoPra manter o acesso venoso perifeacuterico eacute importante manter ele salinizado Assim que a gente recebe o plantatildeo eu vou ver se o acesso ta peacutervio com uma ldquoseringuinhardquo vai la da uma ldquolavadinhardquo e vecirc se o acesso ta peacutervio e manter o acesso salinizadordquo (Ariel)
ldquoSalinizar de 6 em 6 horas para manter ele peacuterviordquo (Alice)
ldquoTem que passar lento a medicaccedilatildeo e a limpeza da aacuterea vocecirc tem que limpar bem a aacuterea pra vocecirc natildeo formar uma flebiterdquo (Cinderela)
A salinizaccedilatildeo do acesso eacute um cuidado simples e de grande importacircncia Esse cuidado
deve ser realizado para manter o acesso peacutervio e limpo e deve ser realizado antes e apoacutes
qualquer infusatildeo
Para Moncaio e Figueiredo (2009)
a ldquosalinizaccedilatildeordquo consiste em administrar sob pressatildeo positiva soluccedilatildeo salina (Soro fisioloacutegico a 09) logo apoacutes o teacutermino da infusatildeo da medicaccedilatildeo Este procedimento visa prevenir a formaccedilatildeo de trombos e fibrina evitar o contato de drogas incompatiacuteveis (quando da infusatildeo de mais de um item medicamentoso no mesmo horaacuterio) garantir a infusatildeo de todo o medicamento que possa ter ficado no sistema aleacutem de evitar retorno sanguiacuteneo mantendo o cateter peacutervio para a proacutexima infusatildeo
Durante a coleta de dados esse cuidado surgiu em diversos momentos poreacutem foi
possiacutevel perceber que os profissionais realizam o mesmo de forma banalizada Natildeo sabem de
fato a real funccedilatildeo de manter o acesso salinizado A impressatildeo que passa eacute que eles
aprenderam que esse cuidado deveria ser feito e simplesmente fazem Haacute divergecircncias
tambeacutem entre a equipe em relaccedilatildeo ao momento que deve ser realizada a salinizaccedilatildeo e isso nos
mostra a desatualizaccedilatildeo dos profissionais do setor e a falta de uma educaccedilatildeo continuada no
hospital
Os cuidados para evitar a flebite e a velocidade de infusatildeo da medicaccedilatildeo apareceram
menos nas entrevistas e interferem diretamente com a manutenccedilatildeo do acesso venoso
perifeacuterico
28
A flebite eacute uma inflamaccedilatildeo na veia puncionada ocorrendo quando as ceacutelulas
endoteliais da parede da veia que o cateter estaacute inserido tornam-se inflamadas e irregulares
propiciando a aderecircncia de plaquetas e predispondo a veia a inflamaccedilatildeo Eacute comum que o local
se apresente dolorido hiperemiado quente e edemaciado e nesses casos eacute aconselhada a
retirada do cateter Uma boa fixaccedilatildeo do cateter perifeacuterico eacute recomendada por autores na
literatura visto que previnem deslocamento faacutecil e permitem uma boa visualizaccedilatildeo do local
evitando complicaccedilotildees como a flebite e infiltraccedilatildeo (MOLDES et al 2011 p 330)
Dentre as principais falhas de infusatildeo venosa estatildeo flebite infiltraccedilatildeo hematoma e
obstruccedilatildeo Acredita-se que para reduzir a incidecircncia destas nas unidades pediaacutetricas eacute preciso
a adoccedilatildeo de estrateacutegias tais como a abordagem junto agrave equipe em parceria com o setor de
educaccedilatildeo permanente e a adoccedilatildeo do uso da teacutecnica corretamente e de forma asseacuteptica para a
realizaccedilatildeo da punccedilatildeo venosa perifeacuterica em acordo com a comissatildeo de controle de infecccedilatildeo
hospitalar (SILVA BARBATO e VALENTE 2013 p 1200)
A incapacidade do paciente em relatar dor no siacutetio de administraccedilatildeo do faacutermaco quer
pela idade ou condiccedilatildeo cliacutenica e o local de inserccedilatildeo como tambeacutem a velocidade de infusatildeo do
medicamento (gt25mgmin) satildeo classificados como fatores de risco para a perda do acesso
venoso perifeacuterico (MARTINS SILVINO e DIAS 2010)
42 Os cuidados em desuso para manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico
Essa categoria discorre sobre os cuidados de enfermagem que com o passar do tempo
foram desconsiderados e natildeo satildeo mais utilizados Quando questionados em relaccedilatildeo a vivencia
profissional e cuidados que discordavam os entrevistados citaram o uso da tala para fixaccedilatildeo
uso de heparina e os cuidados em relaccedilatildeo ao tempo de permanecircncia do cateter Haacute muitas
controveacutersias em relaccedilatildeo aos cuidados citados acima
O tempo de permanecircncia interfere diretamente no aparecimento de complicaccedilotildees
como flebite e que acabam levando a perda do acesso venoso perifeacuterico mais rapidamente
aconselhando assim a troca do mesmo entre 76 a 96 horas Poreacutem eacute preconizada a retirada do
cateter apenas se finalizar o tratamento ou houver alguma interferecircncia
ldquoA gente observa tambeacutem o tempo dependendo do tempo tem que tirarrdquo (Alice)
29
ldquoHoje eu natildeo sei como que eacute essa questatildeo do tempo porque a gente trocava o acesso a cada quatro dias agora o pessoal jaacute diz que pode trocar em ateacute uma semana entatildeo natildeo sei como que ta isso e o que tem escrito em relaccedilatildeo a isso (Aurora)
Sabe-se que o tempo para troca do cateter de teflon ou poliuretano varia de 72 a 96
horas com o intuito de reduzir risco de infecccedilatildeo e flebite e para minimizar esses riscos nas
seguintes situaccedilotildees diante de sinais inflamatoacuterios no local de inserccedilatildeo e sempre que houver
mau funcionamento do cateter (SANTOS17
Entretanto o Center for Disease Control and Prevention - CDC (2002) diz que em
pacientes pediaacutetricos natildeo foi observada relaccedilatildeo quanto ao tempo de permanecircncia do cateter e
ocorrecircncia de complicaccedilotildees devendo ser mantido ateacute o teacutermino da terapia intravenosa ou
quando forem observados sinais cliacutenicos de complicaccedilotildees
2004 apud OLIVEIRA BEZERRA e PEREIRA
2008 p 93)
Eacute possiacutevel observar a diferenccedila do conhecimento pratico dos profissionais
entrevistados em relaccedilatildeo ao conhecimento encontrado na literatura E ainda contendo duacutevidas
natildeo haacute uma busca da parte dos mesmos para esclarececirc-las
O uso da heparina com a finalidade de manter o acesso peacutervio por um periacuteodo maior
de tempo mostra-se com mais certeza quanto ao desuso nos dados colidos
ldquoAntigamente a gente usava heparina entatildeo a gente ficava tranquila em relaccedilatildeo agrave obstruccedilatildeo mas agora natildeo a gente usa o soro fisioloacutegico e a gente deixa salinizadordquo (Aurora)
Rang e Dale 18(1998 apud DOPICO e OLIVEIRA 2006) afirmam que a heparina
inibe a formaccedilatildeo de coaacutegulos de fibrina in vitro e in vivo e que seu efeito anticoagulante eacute
praticamente imediato Com isso Phillips19
17 Santos W Lavagem das matildeos In R Luiz Santos W Manual baacutesico de prevenccedilatildeo e controle das infecccedilotildees hospitalares do HRU Fortaleza Hospital Regional Unimed 2004
(2001 apud DOPICO e OLIVEIRA 2006)
ressalta que a teacutecnica de manutenccedilatildeo intermitente de cateteres intravenosos com soluccedilatildeo
salina 09 classificada como salinizaccedilatildeo tem sido pesquisada haacute alguns anos apresentando
em relaccedilatildeo ao uso da heparina vantagens como o baixo custo ser um procedimento mais
18 Rang HP Dale M M Hemostasia e Trombose In Rang HP Dale M M Farmacologia Rio de Janeiro Guanabara Koogan 1998 p235-47 19 PHILLIPS L D Manual de terapia intravenosa 2ed Porto Alegre Artmed 2001
30
simples aleacutem de eliminar a possibilidade de incompatibilidade com as drogas e soluccedilotildees
administradas aleacutem da inexistecircncia de riscos ao paciente Entretanto sabe-se que a literatura
ainda natildeo fornece consenso acerca da soluccedilatildeo mais indicada para manutenccedilatildeo da
permeabilidade do cateter venoso perifeacuterico
Eacute importante ressaltar que muitas instituiccedilotildees do nosso paiacutes nem ao menos tecircm o
conhecimento da praacutetica da salinizaccedilatildeo com soluccedilatildeo salina 09 No que se refere agrave pesquisa
cientiacutefica as limitaccedilotildees desta praacutetica satildeo atribuiacutedas agrave ausecircncia de um maior nuacutemero de
estudos controlados para validar sua eficaacutecia (EPPERSON20
Apesar de natildeo ser encontradas publicaccedilotildees acerca do tema a utilizaccedilatildeo de heparina
mostra-se como uma pratica natildeo mais utilizada pelos profissionais de enfermagem Outro
tema onde haacute controveacutersias e tambeacutem poucas citaccedilotildees eacute o uso da tala para fixaccedilatildeo do acesso
venoso perifeacuterico Seguem abaixo a opiniatildeo de alguns dos profissionais entrevistados
1984 apud DOPICO e
OLIVEIRA 2006)
ldquoA uacutenica coisa que eu natildeo gosto de ver eacute quando se coloca tala para imobilizar dizendo que a tala vai ajudar a natildeo perder a veia Isso eu natildeo concordo acho que a tala prejudica a crianccedila fica incomodada faz dor no membrordquo (Cinderela)
ldquoAntigamente a gente usava muito tala e as vezes eu pego isso aqui ai eu falo gente tala natildeo se usa mais natildeo faz parte mais da fixaccedilatildeo vocecirc pode fixar de uma forma que a crianccedila natildeo perca A tala eu acho que ela traumatiza um pouco ainda mais se vocecirc pegar um acesso na dobra vocecirc vai fazer com que a crianccedila fique com o braccedilo esticado muito tempo eu acho que pode causar uma lesatildeo depois e a literatura jaacute fala que eacute desnecessaacuteria natildeo precisa maisrdquo (Aurora) ldquoAntigamente usavam tala mas hoje em dia quase natildeo se vecirc mais e eu acho que a tala atrapalha porque a crianccedila fica imobilizada no membro ai fica mais irritadardquo (Rapunzel) ldquoLaacute no meu outro trabalho alguns usam a tala Eu acho que a tala ajuda ateacute a perder mais raacutepido porque a crianccedila fica incomodada vai querer mexer naquilordquo (Mulan)
20 Epperson EL Efficacy of 09 sodium chloride injection with without heparin for maintenance indwelling intermittent injection sites Clin Pharm1984 3(5)26
31
Almeida e Sabateacutes21
Entretanto haacute estudo que comprovam que o uso da tala natildeo se mostra tatildeo eficiente e
apresenta-se como uma praacutetica controversa O estudo foi realizado em crianccedilas ateacute os 12 anos
utilizando imobilizaccedilatildeo com tala e em mais de metade dos casos (553) ocorreu infiltraccedilatildeo
o que indicia a ineficaacutecia desta praacutetica (MACHADO PEDREIRA e CHAUD 2008 apud
BATALHA et al 2010 p512)
(2008 apud BATALHA et al 2010 p512) afirmam que a teacutecnica
de fixaccedilatildeo dos CVP com uso de imobilizaccedilatildeo com tala para restriccedilatildeo ou limitaccedilatildeo dos
movimentos articulares proacuteximo do local da punccedilatildeo estaacute indicado nas matildeos punhos cotovelo
e maleacuteolo
Para Batalha et al (2010 p512) o uso desta praacutetica parece natildeo se coadunar com o
atual uso de cateteres flexiacuteveis tipo abocath em detrimento de agulhas metaacutelicas Talvez por
isso comecem a surgir novas teacutecnicas de fixaccedilatildeo dos CVP que natildeo exigem imobilizaccedilatildeo das
articulaccedilotildees com talas
Aleacutem de natildeo haver uma confirmaccedilatildeo dos benefiacutecios causados pelo uso da tala a
imobilizaccedilatildeo causa incocircmodo para a crianccedila que fica com o membro imoacutevel podendo causar
dor e tambeacutem irritaccedilatildeo O uso desse tipo de fixaccedilatildeo tambeacutem impede a visualizaccedilatildeo frequente
do acesso venoso afetando assim os cuidados de observaccedilatildeo da equipe de enfermagem
43 O acompanhante e a manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico
A presente categoria vai discutir um assunto importante que surgiu durante as
entrevistas de forma inesperada Alguns dos profissionais entrevistados citaram o descuido do
acompanhante como um fator causador da perda do acesso venoso perifeacuterico Seguem abaixo
algumas falas
ldquoA matildee sempre acompanha e tem matildee que natildeo tem cuidado natildeo vigia e a gente tem que ficar pedindo pra olhar tomar contardquo (Aurora)
ldquoEm relaccedilatildeo ao acompanhante porque a crianccedila natildeo vai avaliar entatildeo o acompanhante que estar ali tem que avaliar direitinho natildeo deixar a crianccedila mexer ou puxarrdquo (Bela)
ldquoNatildeo eacute toda matildee que esta vigiando que cuida pra que a crianccedila natildeo perca o acessordquo (Jasmine)
21 Almeida FA Sabateacutes AL Enfermagem pediaacutetrica a crianccedila o adolescente e a sua famiacutelia no hospital Satildeo Paulo(SP) Manole 2008
32
ldquoAcho que leva a perda quando o acompanhante natildeo coopera as vezes a gente faz a imobilizaccedilatildeo na crianccedila e as vezes eles ateacute retiram e a proacutepria crianccedila agitada ela mesmo arrancardquo (Branca de Neve)
ldquoAgraves vezes a proacutepria crianccedila que a matildee deixa muito solta ai solta o acessordquo (Mulan)
Apoacutes a implementaccedilatildeo da lei que garante um acompanhante ao paciente pediaacutetrico a
presenccedila do familiarresponsaacutevel durante a hospitalizaccedilatildeo mudou a rotina da equipe de
enfermagem trazendo duacutevidas quanto a real funccedilatildeo do acompanhante e fazendo com que a
mesma viesse a delegar certos cuidados para acompanhante
A Promulgaccedilatildeo da Lei 8069 do Estatuto da Crianccedila e do Adolescente (ECA) em
1990 no seu artigo 12deg garante agrave crianccedila ou ao adolescente o direito de ter um responsaacutevel
que o acompanhe durante a hospitalizaccedilatildeo (1990)
Desde a sua implantaccedilatildeo as unidades vecircm sofrendo um processo de reorganizaccedilatildeo de
suas praacuteticas A inserccedilatildeo da famiacutelia modifica a organizaccedilatildeo do processo de trabalho o que
requer dos profissionais uma compreensatildeo em relaccedilatildeo agrave dinacircmica das relaccedilotildees interpessoais
(COLLET e ROCHA 2004)
Pimenta e Collet (2009) ressaltam que natildeo haacute nenhuma regulamentaccedilatildeo sobre a
participaccedilatildeo da famiacutelia nos cuidados e no entanto a mesma desempenha atividades junto agrave
crianccedila durante a hospitalizaccedilatildeo que devem ser levadas em consideraccedilatildeo A falta de
reconhecimento desse fato fez com que a equipe de enfermagem e famiacutelia natildeo possuiacutessem
uma relaccedilatildeo aberta e vivessem uma relaccedilatildeo silenciosa e impliacutecita de poder na qual a famiacutelia
acaba assumindo as relaccedilotildees do cuidado agrave crianccedila de responsabilidade da enfermagem
A negociaccedilatildeo entre matildees e equipe de enfermagem em relaccedilatildeo aos cuidados agrave crianccedila
hospitalizada natildeo eacute uma tarefa faacutecil tendo em vista que natildeo se tem claro qual o seu novo
papel neste processo (COLLET e ROCHA 2004)
Eacute possiacutevel ver nas falas que a presenccedila do acompanhante causa para a equipe de
enfermagem a seguranccedila de ter algueacutem para ldquovigiarrdquo ldquotomar contardquo e natildeo deixar que a
crianccedila hospitalizada perca o acesso venoso quando na verdade eacute funccedilatildeo da equipe de
enfermagem cuidados referentes ao acesso venoso perifeacuterico
33
Jaacute o acompanhante eacute definido pelo Ministeacuterio da Sauacutede como uma pessoa significativa
para a crianccedila que representa sua rede social e que vai acompanhaacute-lo durante a permanecircncia
no ambiente hospitalar ressaltando assim sua importacircncia Esse fato se reforccedila visto que a
crianccedila encontra nos familiares a forccedila e seguranccedila necessaacuteria para encarar todo esse processo
doloroso e desconhecido (MURAKAMI e CAMPOS 2011 p255)
O acompanhante aleacutem de minimizar o sofrimento do paciente pediaacutetrico faz com que
o mesmo sinta-se mais a vontade Eacute importante ressaltar que o familiarresponsaacutevel natildeo soacute
pode como deve participar das atividades da crianccedila no hospital desde que estas natildeo sejam
competecircncias dos profissionais que os cercam Essas atividades satildeo caracterizadas como
semelhantes aos que eles realizam diariamente fora do ambiente hospitalar como o banho
Poreacutem no caso de um paciente com punccedilatildeo venosa perifeacuterica o profissional de enfermagem
deve auxiliar no cuidado para que essa natildeo se perca
Os cuidados dos familiaresacompanhantes satildeo os mesmos que os desenvolvidos no
domiciacutelio e os cuidados prestados pela equipe de enfermagem satildeo aqueles que demandam
conhecimento teacutecnico-cientiacutefico especializado (SOUZA e OLIVEIRA 2010 p558)
Mesmo alguns cuidados parecerem simples e rotineiros quando eacute prestado no
hospital assumem novas caracteriacutesticas com o uso de dispositivos tecnoloacutegicos os quais se
tornam complexos (PIMENTA E COLLET 2009)
O ato de cuidar envolve o respeito agrave maneira como vive cada indiviacuteduo de acordo
com suas crenccedilas valores costumes e cultura A famiacutelia como uma instituiccedilatildeo atende agraves
necessidades bioloacutegicas de seus membros sendo sua responsabilidade cuidar e criar os filhos
incluindo a obrigaccedilatildeo da alimentaccedilatildeo higiene vestuaacuterio e moradia (ELSEN22
Nas entrevistas podemos verificar falas em que o acompanhante eacute citado como
responsaacutevel por avaliar a punccedilatildeo venosa A equipe de enfermagem deve sempre partir do
pressuposto que o familiar acompanhante natildeo tem conhecimento cientiacutefico e certo tipo de
cuidado natildeo deve se delegado para o mesmo mostrando assim a importacircncia da orientaccedilatildeo do
acompanhante quanto aos procedimentos dispositivos utilizados e cuidados em que os
etal 1994
apud SOUZA e OLIVEIRA 2010 p 553)
22 Elsen I Patriacutecio ZM Assistecircncia agrave crianccedila hospitalizada tipos de abordagens e suas implicaccedilotildees para a enfermagem In A enfermagem em pediatria e puericultura Rio de Janeiro (RJ) Atheneu 2005
34
mesmos possam auxiliar Seguem abaixo as falas onde os profissionais ressaltaram a
importacircncia da orientaccedilatildeo do acompanhante
ldquoNem sempre a crianccedila vai entender o porque de estar com aquele acesso entatildeo tem que ter uma orientaccedilatildeo do acompanhanterdquo (Bela)
ldquoTem que haver orientaccedilatildeo do acompanhante para os cuidadosrdquo (Ariel)
ldquoAgraves vezes tem ate o exemplo de um pai que natildeo deixa trocar o acesso jaacute tinha mais de uma semana e ele natildeo queria que trocasse ai faz febre e natildeo sabe da onderdquo (Alice)
Para Souza e Oliveira (2010 p555) deve haver uma preocupaccedilatildeo em orientar
considerando que o outro natildeo tem nenhum tipo de conhecimento sobre o assunto Poreacutem
Queiroz e Jorge23
Apesar das dificuldades o profissional de enfermagem deve estabelecer um viacutenculo de
confianccedila com o acompanhante buscando sempre deixaacute-los ciente das situaccedilotildees e fazendo-os
participar dos cuidados plausiacuteveis sem causar nenhum dano agrave crianccedila e de maneira alguma
abandonar suas atribuiccedilotildees
(2004 apud SOUZA e OLIVEIRA 2010 p 556) ressaltam que apesar de os
profissionais terem intenccedilatildeo de orientar os cuidados para a sauacutede repassam conhecimentos
elaborados cientificamente dificultando a compreensatildeo do familiar aleacutem de a relaccedilatildeo se dar
de maneira vertical assimeacutetrica e coercitiva
23 Queiroz MVO Jorge MSB Accedilotildees educativas no cuidado infantil e intervenccedilotildees dos profissionais junto agraves famiacutelias Acta Scientiarum Maringaacute 2004 janjun 26(1) 27-34
35
CONCLUSAtildeO
Atraveacutes desse estudo foi possiacutevel descrever e analisar os cuidados que os profissionais
de enfermagem realizam acerca da permanecircncia do acesso venoso perifeacuterico Aleacutem disso a
realizaccedilatildeo da pesquisa permitiu identificar a desarticulaccedilatildeo do processo de enfermagem e a
praacutetica desconectada da produccedilatildeo cientiacutefica caracterizando a falta de uma educaccedilatildeo
continuada efetiva
A anaacutelise dos dados demonstra o processo de punccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico
ressaltando a importacircncia de cuidados como a seleccedilatildeo do local a diluiccedilatildeo da medicaccedilatildeo a
realizaccedilatildeo de uma boa fixaccedilatildeo a atenccedilatildeo com a velocidade de infusatildeo os cuidados com os
sinais de infecccedilatildeo e salinizaccedilatildeo do acesso natildeo deixando de salientar cuidados em desuso
como o uso da heparina da tala e duvidas em relaccedilatildeo ao tempo de permanecircncia Evidenciou
tambeacutem que a equipe de enfermagem delega alguns cuidados para os acompanhantes
Natildeo foi possiacutevel perceber o niacutevel de conhecimento cientiacutefico dos profissionais visto
que eles em nenhum momento por natildeo saberem ou por medo de se expor natildeo explicaram de
fato nenhum cuidado que disseram realizar Sempre citaram de forma superficial e direta
deixando claro tambeacutem que o pesquisador natildeo os indagou quanto a isso Poreacutem creio que
diante de cuidados tatildeo importantes e de frequente praacutetica os mesmos falariam facilmente
sobre os cuidados de enfermagem na permanecircncia do acesso venoso perifeacuterico
Apesar dos entrevistados citarem alguns fatores e cuidados realizados de forma
correta eacute visiacutevel que os mesmos realizam os cuidados com a punccedilatildeo e a permanencia do
acesso de forma automaacutetica sem unir a praacutetica com o fundamento do mesmo
Eacute importante destacar tambeacutem a importacircncia do preparo emocional da crianccedila como
tambeacutem os cuidados com a famiacutelia dos mesmos O trabalho de humanizaccedilatildeo realizado pela
36
enfermagem faz grande diferenccedila nessas situaccedilotildees visto que os pacientes e acompanhantes
tendo conhecimento do que seraacute realizado ficariam mais tranquilos
O estudo contribuiu para o campo do ensino nesta aacuterea dando destaque ao importante
papel que o profissional de enfermagem deve desempenhar no cuidado e na manutenccedilatildeo do
acesso venoso perifeacuterico Contudo vale ressaltar a importacircncia do incentivo ao profissional a
buscar na literatura natildeo soacute esclarecimento de suas duvidas mas tambeacutem novos
conhecimentos
Pode colaborar ainda para a realizaccedilatildeo de novas pesquisas na aacuterea procurando
eliminar duacutevidas e controveacutersias sobre o tema Buscando assim a realizaccedilatildeo de um cuidado de
enfermagem articulado e eficaz promovendo o bem-estar do paciente pediaacutetrico durante a
hospitalizaccedilatildeo
37
REFEREcircNCIAS
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44
APEcircNDICE I
TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO
DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO Tiacutetulo Do Projeto Os cuidados de enfermagem acerca dos acessos venosos perifeacutericos na unidade pediaacutetrica Pesquisador Responsaacutevel Rosane Cordeiro Burla de Aguiar Eny Dorea Paiva e Karina Rodrigues Fernandes Instituiccedilatildeo a que Pertence o Pesquisador Responsaacutevel Universidade Federal Fluminense Telefone para contato (21) 98355269 (21) 82392939 (21) 91786609 Nome do voluntaacuterio _________________________________________________________ Idade ________ anos RG ____________________________
AO Sr (a) estaacute sendo convidado (a) a participar do projeto de pesquisa OS CUIDADOS DE
ENFERMAGEM ACERCA DOS ACESSOS VENOSOS PERIFEacuteRICOS NA UNIDADE PEDIATRICA de
responsabilidade da pesquisadora Profordf Drordf Rosane Cordeiro Burla de Aguiar e Profordf Drordf Eny Dorea Paiva A
punccedilatildeo venosa perifeacuterica eacute um procedimento essencial durante a hospitalizaccedilatildeo da crianccedila visto que eacute atraveacutes
dela que eacute administrada grande parte das medicaccedilotildees Este estudo se justifica diante da importacircncia da
necessidade de um maior periacuteodo de permanecircncia dos acessos venosos perifeacutericos Com isso aleacutem da
diminuiccedilatildeo de eventos que causam dor e irritaccedilatildeo na crianccedila e na famiacutelia promoveraacute tambeacutem uma melhor estada
dos mesmos durante o periacuteodo de hospitalizaccedilatildeo Os objetivos da pesquisa satildeo 1) Descrever os fatores que
interferem na manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico de acordo com a equipe de enfermagem 2)Analisar os
cuidados da equipe de enfermagem na manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico A coleta de dados se daraacute
atraveacutes de entrevistas semi estruturadas que seratildeo gravadas As informaccedilotildees colhidas seratildeo tratadas de forma
anocircnima e confidencial ou seja em nenhum momento seratildeo divulgados o seu nome e somente os
pesquisadores teratildeo acesso agraves informaccedilotildees Os dados obtidos com a pesquisa poderatildeo ser publicados apenas com
fins cientiacuteficos Eles natildeo seratildeo utilizados para fins comerciais ou para outra finalidade qualquer Caso necessite
poderatildeo ser marcados encontros para respostas ou esclarecimentos de qualquer duacutevida acerca da pesquisa A sua
participaccedilatildeo eacute voluntaria e eacute importante lembrar que vocecirc poderaacute desistir de participar da pesquisa em qualquer
momento A entrevista seraacute marcada em um dia e horaacuterio que vocecirc achar melhor Seraacute realizada
individualmente em um ambiente que nos ofereccedila privacidade Esta pesquisa natildeo oferece riscos para vocecirc e os
benefiacutecios da sua participaccedilatildeo satildeo de aumentar o conhecimento cientiacutefico na aacuterea de Enfermagem Pediaacutetrica
aleacutem de contribuir para a praacutetica profissional Este documento seraacute elaborado em duas vias uma para vocecirc e a
outra seraacute arquivada pelo pesquisador
Eu_____________________________________________________________ RG no _____________________________ Declaro que apoacutes ter entendido o que me foi explicado consinto voluntariamente em participar do presente Protocolo de Pesquisa entendo ainda que posso retirar o meu consentimento a qualquer momento antes ou durante a realizaccedilatildeo do mesmo declaro ter sido informada(o) e concordo em participar como voluntaacuteria(o) da pesquisa acima descrita Rio de Janeiro_______de_______________de 20___ _____________________________ ________________________________
(Participante) Karina Rodrigues Fernandes (Responsaacutevel por obter o consentimento)
______________________________________ _______________________________________ (Testemunha) (Testemunha)
45
APEcircNDICE II
ROTEIRO PARA ENTREVISTA
1) O que vocecirc acha que pode levar a perda do acesso perifeacuterico
2) Para vocecirc o que eacute importante para manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico nas
crianccedilas
3) O que vocecirc acha que pode interferir na sua manutenccedilatildeo
4) Que medidas vocecirc adota no seu dia a dia para manter o acesso
5) Na sua vivencia profissional o que vocecirc discorda dos cuidados que geralmente satildeo
utilizados para manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico
46
ANEXO
47
48
F 363 Fernandes Karina Rodrigues
Os cuidados de enfermagem acerca dos acessos venosos perifeacutericos na unidade pediaacutetrica Karina Rodrigues Fernandes ndash Niteroacutei [sn] 2014
48 f
Trabalho de Conclusatildeo de Curso (Graduaccedilatildeo em Enfermagem) - Universidade Federal Fluminense 2014 Orientador Profordf Rosane Cordeiro Burla de Aguiar
1 Cuidados de enfermagem 2 Cateterismo perifeacuterico
3 Enfermagem pediaacutetrica I Tiacutetulo CDD 61073
KARINA RODRIGUES FERNANDES
OS CUIDADOS DE ENFERMAGEM ACERCA DOS ACESSOS VENOSOS
PERIFEacuteRICOS NA UNIDADE PEDIAacuteTRICA
Trabalho de conclusatildeo de curso apresentado agrave Coordenaccedilatildeo de Curso de Graduaccedilatildeo em Enfermagem e Licenciatura como requisito parcial para obtenccedilatildeo do tiacutetulo de Bacharel em Enfermagem e Licenciatura
BANCA EXAMINADORA
__________________________________________________________________________
Profa Dr Rosane Cordeiro Burla de Aguiar
Presidente (EEAAC ndash UFF)
__________________________________________________________________________
Profa Dr Eny Doacuterea Paiva
1ordf examinadora (EEAAC ndash UFF)
__________________________________________________________________________
Profa Dr Liliane Faria da Silva
2ordf examinadora (EEAAC ndash UFF)
Niteroacutei RJ
2014
Dedicatoacuteria
Dedico este trabalho ao meu pai que estaacute e estaraacute sempre em meu pensamento
Agradecimentos
Primeiramente a Deus por ter me sustentado e dado forccedilas para seguir em frente a cada momento em
que fraquejei e desejei desistir Por me permitir concluir essa etapa e por me mostrar ao longo desses
anos que eu sou mais forte do que eu pensava Obrigada Deus
A toda minha famiacutelia pela ajuda e incentivo durante cada ano de faculdade A minha matildee e a minha
irmatilde Karen os pilares da minha vida por estarem sempre comigo me apoiando e amando
incondicionalmente A Tia Doca por ser minha segunda matildee e estar sempre pronta para ajudar Amo
vocecircs
Ao Cristiano por estar sempre comigo me ajudando me levantando quando preciso e me amando
principalmente nos momentos de ldquodesesperordquo com os prazos Por acordar quando eu queria
conversar por servir de motorista nos momentos que precisava e por ser aleacutem de tudo meu amigo
Te amo
A minha querida orientadora Rosane por me proporcionar o encontro com a aacuterea da pediatria pela
paciecircncia com minhas dificuldades e ainda pela oportunidade de convivecircncia e aprendizado
contribuindo para o meu crescimento pessoal e profissional
A Hanna por ser meu apoio em todo o inicio da faculdade 24 horas por dia sendo mais que uma
amiga uma irmatilde E mesmo depois apesar de tanta correria ainda conseguir um tempo para almoccedilar
conversar e comer um ldquojapardquo Vocecirc eacute essencial na minha vida amo vocecirc
Aos anjinhos que ldquoUFFrdquo colocou em minha vida Laiacutes e Barbara por estarem sempre prontas para
me segurar me apoiar dar bronca e fofocar Por dividir segredos laacutegrimas opiniotildees aleacutem de
momentos inesqueciacuteveis como decolar do Aeroporto Santos Dumond Obrigada por tudo Amo vocecircs e
vou morrer de saudades dos nossos dias
A minha querida e amada turma 20092 que mesmo fragmentada em vaacuterios periacuteodos permaneceu
unida se tornando uma grande famiacutelia durante esses cinco anos e me proporcionou momentos que
vou lembrar para o resto da minha vida
Aos demais professores e funcionaacuterios da Escola de Enfermagem Aurora de Afonso Costa pela
oportunidade de compartilhar momentos gratificantes de aprendizagem
Meu eterno agradecimento
RESUMO
Os cuidados para a manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico eacute uma accedilatildeo essencial durante uma internaccedilatildeo na qual a permanecircncia do dispositivo eacute dificultada por diversos fatores principalmente quando se trata de um paciente pediaacutetrico Por conta de repetitivas perdas as repeticcedilotildees das punccedilotildees podem gerar trauma emocional dificultando ainda mais o periacuteodo de estada do paciente no hospital Desta forma o presente trabalho tem o objetivo descrever os fatores que interferem na manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico de acordo com a equipe de enfermagem e analisar os cuidados da equipe de enfermagem na manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico Possui como objeto de estudo os cuidados da equipe de enfermagem na manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico Trata-se de uma pesquisa descritiva exploratoacuteria de abordagem qualitativa onde nove (9) profissionais da equipe de enfermagem do setor de internaccedilatildeo pediaacutetrica de um Hospital Universitaacuterio do Rio de Janeiro foram entrevistados de acordo com um roteiro A coleta de dados deu-se por meio de entrevista semi-estruturada As falas foram submetidas agrave anaacutelise de conteuacutedo e das entrevistas emergiram trecircs (03) categorias ldquoCuidados preacute intra e poacutes-procedimento de punccedilatildeo do acesso venoso perifeacutericordquo ldquoCuidados em desuso para manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacutericordquo e ldquoO acompanhante e a manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacutericordquo O estudo retratou o processo de punccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico ressaltando a importacircncia de cuidados como a seleccedilatildeo do local a diluiccedilatildeo da medicaccedilatildeo a realizaccedilatildeo de uma boa fixaccedilatildeo a atenccedilatildeo com a velocidade de infusatildeo os cuidados com os sinais de infecccedilatildeo e salinizaccedilatildeo do acesso aleacutem de constatar tambeacutem os cuidados em desuso como o uso da heparina da tala de imobilizaccedilatildeo e duacutevidas em relaccedilatildeo ao tempo de permanecircncia Evidenciou o fato da equipe de enfermagem responsabilizar o acompanhante pelos cuidados com o cateter venoso perifeacuterico e tambeacutem o natildeo uso da literatura cientifica para solucionar duvidas e agregar conhecimento Com isso o estudo atingiu os objetivos propostos e tambeacutem contribuiu para o campo do ensino abrindo portas para a realizaccedilatildeo de novas pesquisas na aacuterea Palavras-chave cateterismo venoso perifeacuterico cuidados de enfermagem enfermagem pediaacutetrica
ABSTRACT Care for the maintenance of peripheral venous access is an essential action during a hospitalization in which the permanence of the device is hampered by several factors especially when it comes to a pediatric patient Because of repetitive losses the repetitions of punctures can cause emotional trauma further hindering the period of stay of the patient in the hospital Thus the present study aims to describe the factors affecting the maintenance of peripheral venous access in accordance with the nursing staff and analyze the care of the nursing staff in the maintenance of peripheral venous access Has as its object of study the care of the nursing staff in the maintenance of peripheral venous access This is an exploratory descriptive and qualitative study where nine (9) professional nursing staff of the pediatric inpatient ward of a university hospital in Rio de Janeiro were interviewed according to a script The data was collected by means of semi - structured interview The speeches were subjected to content analysis and interviews revealed three ( 03 ) categories Care pre intra and post - puncture procedure from peripheral venous access Care in disuse for maintenance of peripheral venous access and The companion and maintenance of peripheral venous access The study portrayed the process of puncture of peripheral venous access emphasizing the importance of care as site selection diluting the medication performing a good fixation attention to the rate of infusion the care of the signs of infection and salinity of access and also noted the care into disuse as the use of heparin the splint immobilization and questions about the length of stay Highlighted the fact that the nursing staff responsible for the care of the accompanying peripheral venous catheter and also not using the scientific literature to solve doubts and aggregate knowledge With that the study achieved its goals and also contributed to the field of education opening doors to new research in the area Key words peripheral venous catheterization nursing care pediatric nursing
SUMAacuteRIO
1 INTRODUCcedilAtildeO p 8
11 Questotildees norteadoras p 9
12 Objeto do estudo p9
13 Objetivos p9
14 Justificativa e relevacircncia p9
2 REVISAtildeO DE LITERATURA p 11
21 Hospitalizaccedilatildeo infantil e seus estressores p 11
22 Acesso venoso perifeacuterico em pediatria p 13
3 METODOLOGIA p 17
31 Tipo de pesquisa p17
32 Sujeitos da pesquisa p17
33 Cenaacuterio p18
34 Coleta de dados p18
35 Questotildees eacuteticas da pesquisa p19
36 Analise dos dados p20
4 RESULTADOS E DISCUSSAtildeO p22
41 Os cuidados de enfermagem preacute intra e poacutes-procedimento de punccedilatildeo do acesso
venoso perifeacuterico p 22
42 Os cuidados em desuso para manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico p 28
43 O acompanhante e a manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico p31
CONCLUSAtildeO p 35
REFEREcircNCIAS p37
APEcircNDICE I p 44
APEcircNDICE II p45
ANEXO p46
8
1 INTRODUCcedilAtildeO
A motivaccedilatildeo pelo assunto veio durante o ensino teoacuterico praacutetico da disciplina
Enfermagem na sauacutede da crianccedila e do adolescente II na enfermaria pediaacutetrica do Hospital
Universitaacuterio Antonio Pedro quando me incomodei com o excesso de punccedilatildeo perifeacuterica
realizado nas crianccedilas gerando impacto nas mesmas e na famiacutelia durante o procedimento
A hospitalizaccedilatildeo em si eacute uma situaccedilatildeo estressante jaacute que a crianccedila perde o controle em
relaccedilatildeo a sua liberdade aleacutem do conviacutevio com pessoas estranhas e da mudanccedila de ambiente e
rotina (HOCKENBERRY e WILSON 2011 p676) Com isso em uma situaccedilatildeo de diversas
perdas de acesso venoso as repeticcedilotildees do procedimento causam trauma emocional tornando
ainda mais doloroso o periacuteodo de estada do paciente no hospital
A punccedilatildeo venosa perifeacuterica eacute um procedimento essencial para manejo da crianccedila
durante a hospitalizaccedilatildeo visto que em grande parte as medicaccedilotildees satildeo administradas por essa
via onde o efeito eacute quase instantacircneo e permite infusatildeo de maior volume Poreacutem esse tipo de
procedimento eacute doloroso e estressante deixando a crianccedila sujeita a traumas por agentes
bioloacutegicos quiacutemicos fiacutesicos e emocionais sendo funccedilatildeo do enfermeiro prevenir diminuir ou
erradicar esses riscos (CORREIA RIBEIRO BORBA 2009 p559)
A permanecircncia do dispositivo eacute dificultada por diversos fatores como uma infecccedilatildeo a
fixaccedilatildeo inadequada o trauma durante a infusatildeo e a movimentaccedilatildeo da crianccedila A cobertura
utilizada eacute de suma importacircncia nessa situaccedilatildeo sendo ela muitas das vezes a causa da perda
de um acesso e entatildeo a necessidade de nova punccedilatildeo venosa Por conta disso esse tipo de
procedimento causa grande desconforto para a famiacutelia para a crianccedila e tambeacutem para o
profissional (CORREIA RIBEIRO BORBA 2009 p559)
Uma grande pesquisa conduzida sobre a temaacutetica concluiu que com ldquo592 crianccedilas e
1135 tentativas de punccedilatildeo realizadas por 143 enfermeiras 10 de taxa de insucesso no
9
procedimento poreacutem com cerca de 50 de insucesso na primeira tentativardquo Cada crianccedila foi
submetida a 21 tentativas (LARSEN1
11 Questotildees norteadoras
et al 2010 apud NEGRI et al 2012)
Quais os fatores que podem interferir na permanecircncia do acesso venoso em uma
crianccedila hospitalizada
Quais satildeo os cuidados da equipe de enfermagem para aumentar o tempo de
permanecircncia de um acesso venoso perifeacuterico em uma crianccedila hospitalizada
12 Objeto de estudo
Os cuidados da equipe de enfermagem na permanecircncia do acesso venoso perifeacuterico
13 Objetivos
Descrever e discutir os cuidados de enfermagem acerca da permanecircncia dos acessos
venosos perifeacutericos na pediatria
14 Justificativa e relevacircncia
Diante da problemaacutetica exposta eacute possiacutevel identificar a importacircncia da necessidade de
um maior periacuteodo de permanecircncia dos acessos venosos perifeacutericos Com isso aleacutem da
diminuiccedilatildeo de eventos que causam dor e irritaccedilatildeo na crianccedila e na famiacutelia promoveraacute tambeacutem
uma melhor estada dos mesmos durante o periacuteodo de hospitalizaccedilatildeo
Oliveira Bezerra e Pereira (2008 p96) chegaram a conclusatildeo que os enfermeiros
prestam assistecircncia agraves crianccedilas dentro dos paracircmetros poreacutem devem ter mais cuidados em
alguns pontos como ldquonecessidade de maior atenccedilatildeo na quantidade e velocidade da infusatildeo da
terapia mais controle do calibre do cateter identificaccedilatildeo do acesso complicaccedilotildees e troca de
fixaccedilatildeordquo
O presente estudo possui relevacircncia pois busca descrever os principais cuidados que a
equipe de enfermagem desenvolve na manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico na pediatria
demonstrando o que a equipe faz efetivamente para aumentar o tempo de permanecircncia desse
1 Larsen P Eldridge D Brinkley J Newton D Goff D Hartzog T Saad ND Perkin R Pediatric peripheral intravenous access does nursing experience and competence really make a difference J Infus Nurs 201033(4)226-35
10
dispositivo visto que a sua inserccedilatildeo jaacute eacute um evento estressante para crianccedila e sua famiacutelia
durante a hospitalizaccedilatildeo Eacute relevante tambeacutem natildeo soacute para os enfermeiros pediaacutetricos como
tambeacutem para todos os profissionais da aacuterea de sauacutede que procuram aprofundar seus
conhecimentos acerca dos cuidados na assistecircncia de enfermagem da cateterizaccedilatildeo venosa
perifeacuterica
11
2 REVISAtildeO DE LITERATURA
21 Hospitalizaccedilatildeo infantil e seus estressores
Durante a vida de uma crianccedila as principais situaccedilotildees de crise que normalmente elas
vivenciaratildeo estatildeo relacionadas agrave doenccedila ou a uma possiacutevel hospitalizaccedilatildeo Frente a estes
fatores elas se mostram vulneraacuteveis diante das mudanccedilas impostas relacionadas ao estado de
sauacutede e a sua rotina de vida (HOCKENBERRY e WILSON 2011 p676)
ldquoA hospitalizaccedilatildeo representa para a crianccedila uma situaccedilatildeo diferente de todas as jaacute
vivenciadas haja vista que sua rotina diaacuteria eacute modificada Ela encontra-se em um ambiente
impessoal repleto de tabus e significados diferente do seu contexto diaacuteriordquo (JANSEN
SANTOS e FAVERO 2010 p248)
Segundo Brito et al (2009 p 803) a crianccedila hospitalizada eacute ldquoafastada de seu ambiente
familiar de seus amigos da escola e de seus objetos pessoais perdendo assim grande parte de
suas referecircnciasrdquo com isso esse periacuteodo de hospitalizaccedilatildeo pode causar impacto sobre o estado
psicoloacutegico da mesma
Conforme Hockenberry e Wilson (2011 p676) as crianccedilas natildeo possuem habilidades
de enfrentamento suficientes para resolver determinados estressores Como principais
estressores pode-se citar ldquoa separaccedilatildeo a perda de controle lesatildeo corporal e dorrdquo
Um dos procedimentos mais dolorosos e estressantes para a crianccedila eacute a punccedilatildeo venosa
onde na maioria dos casos constitui a primeira escolha para a administraccedilatildeo de medicamentos
nutriccedilatildeo parenteral hemoderivados e coleta de exames sanguumliacuteneos(OLIVEIRA BEZERRA e
PEREIRA 2008 p91)
12
ldquoA crianccedila eacute um ser em crescimento e desenvolvimento com particularidades e
caracteriacutesticas proacutepriasrdquo (MATHEWS-SIMONTON2
Esse periacuteodo de internaccedilatildeo ldquopode deixar a crianccedila ansiosa insegura e com medo
principalmente quando natildeo eacute preparada para a hospitalizaccedilatildeo e o tratamento a que seraacute
submetidardquo Para Martins (2001) isso contribui para aumentar o medo e a ansiedade
expressos por meio do choro da raiva e ateacute mesmo por agressotildees
1990 apud COA e PETTENGILL
2006 p434) Isso significa que a crianccedila iraacute se comportar de acordo com a situaccedilatildeo imposta
pois isso dependeraacute natildeo soacute da idade de desenvolvimento como tambeacutem de suas experiecircncias
com determinadas situaccedilotildees
Diante de todo o processo de hospitalizaccedilatildeo a crianccedila pode apresentar diversas
manifestaccedilotildees comportamentais sendo consideradas mais comuns as ldquoregressotildees diminuiccedilatildeo
no ritmo do desenvolvimento desordens do sono e da alimentaccedilatildeo dependecircncia
agressividade apatia estados depressivos fobias e transtornos de comportamento em geralrdquo
(BAR-MOR3
Para a famiacutelia ldquoa hospitalizaccedilatildeo de um filho geralmente eacute encarada como uma
situaccedilatildeo de crise para a famiacutelia e para a crianccedilardquo O profissional de enfermagem deve se
organizar seu trabalho com estrateacutegias que minimizem o sofrimento no ambiente hospitalar e
na assistecircncia agrave crianccedila (THOMAZINE et al 2008 p146)
1997 apud BRITO et al 2009 p203) Com a atenccedilatildeo voltada para atender a
demanda e a necessidade fisioloacutegica da crianccedila os profissionais da equipe de enfermagem
geralmente ldquodedicam pouca ou nenhuma atenccedilatildeo agraves questotildees psicoloacutegicas e sociais da crianccedila
hospitalizada e de sua famiacuteliardquo(JANSEN SANTOS e FAVERO 2010 p248)
A qualidade do ambiente pode afetar diretamente no processo de recuperaccedilatildeo com
isso ldquoas intervenccedilotildees no contexto hospitalar devem visar agrave promoccedilatildeo de condiccedilotildees favoraacuteveis
agrave reabilitaccedilatildeo dos efeitos de experiecircncias adversas ao desenvolvimento das crianccedilasrdquo Isso
sugere que o ambiente aleacutem de incentivar a sauacutede deve ser planejado de maneira supra agraves
necessidades dos pacientes levando em conta os aspectos psicoloacutegicos pedagoacutegicos e
2 Mathews-Simonton S A famiacutelia e a cura o meacutetodo Simonton para famiacutelias que enfrentam uma doenccedila Satildeo Paulo Summus 1990 3 Bar-Mor G Preparation of children for surgery and invasive procedures milestones on the way to success J Pediatr Nurs1997Aug12(4) 252-255
13
socioloacutegicos da crianccedila e de sua famiacutelia (SOARES e ZAMBERLAN4
Para humanizar a assistecircncia agrave crianccedila hospitalizada e atender a suas reais
necessidades os pais foram inseridos na cliacutenica pediaacutetrica com direito a permanecircncia integral
nos casos de internaccedilatildeo Isso ocorreu no iniacutecio da deacutecada de 1990 no Brasil com a
legalizaccedilatildeo estabelecida pelo Estatuto da Crianccedila e do Adolescente (THOMAZINE et al
2008 p145) Com isso ldquomuitos hospitais natildeo consideram mais os pais como visitantes e
enfatizam sua presenccedila durante todo o periacuteodo da hospitalizaccedilatildeordquo fazendo uso de um sistema
de cuidado centrado na famiacutelia (HOCKENBERRY e WILSON 2011 p685)
1995 apud BRITO et
al 2009 p803)
Durante o processo de hospitalizaccedilatildeo as crianccedilas satildeo submetidas a diversas condutas e
procedimentos como por exemplo exames e administraccedilatildeo de medicamentos A punccedilatildeo
venosa eacute um dos principais procedimentos que causam dor e muitas vezes existe a
necessidade de vaacuterias punccedilotildees durante um mesmo dia Vale ressaltar que para a crianccedila esse
tipo de procedimento se iguala a uma agressatildeo jaacute que ldquona maioria das vezes eacute acompanhado
de dor ou medo o que se traduz no choro e na ansiedaderdquo (COLLET5
2002 apud GOMES et
al 2011 p290)
22 Acesso venoso perifeacuterico em pediatria
Para Correia et al (2009 p559) a fim evitar um trauma emocional durante a punccedilatildeo
as crianccedilas precisam ser orientadas sobre o tratamento seus objetivos e receber atenccedilatildeo
carinhosa neste momento
A fim de tornar o processo de cateterizaccedilatildeo venosa menos doloroso e estressante para
a crianccedila deve-se ter preferecircncia pelas veias que menos comprometam suas atividades
essenciais Neste intuito deve-se evitar por exemplo puncionar uma veia na matildeo que
dificulte o ato de se alimentar desenhar e ateacute mesmo brincar (OLIVEIRA BEZERRA e
PEREIRA 2008 p91)
4 Soares MRZ Zamberlan MAT A inclusatildeo do brincar na hospitalizaccedilatildeo infantil Est Psicol maioago18(2) 64-9 5 Collet N Oliveira BRG de Manual de Enfermagem em Pediatria Goiacircnia AB 2002
14
O acesso vascular eacute uma das principais modalidades de tratamento utilizadas na
assistecircncia agrave sauacutede Existe ampla aceitaccedilatildeo difusatildeo e praacutetica desse procedimento pelos
profissionais da aacuterea da assistecircncia agrave sauacutede (FERREIRA et al 2005)
Foi na deacutecada de 40 que o uso de cateter vascular foi introduzido nos hospitais
tornando-se essencial para as atividades assistenciais da modernidade (WORTHIGTON6
Para Peterlini e Chaud (2003) tal procedimento se define como um conjunto de
conhecimentos e teacutecnicas que visam agrave administraccedilatildeo de soluccedilotildees ou faacutermacos no sistema
circulatoacuterio abrangendo o preparo do paciente a escolha obtenccedilatildeo e manutenccedilatildeo do acesso
venoso os meacutetodos de preparo e administraccedilatildeo de drogas e soluccedilotildees e os cuidados referentes
agrave frequecircncia de troca do cateter curativos dispositivos de infusatildeo e soluccedilotildees
2005 apud MENDONCcedilA et al 2011 p330)
Primeiramente o acesso perifeacuterico era mantido com agulhas de accedilo inoxidaacutevel as
quais apesar de oferecerem menor risco de infecccedilatildeo satildeo riacutegidas e facilitavam perda do
acesso Em 1945 passou a ser utilizado o cateter venoso plaacutestico que permitia manutenccedilatildeo do
acesso por tempo prolongado (FERNANDES e RIBEIRO7
Quanto ao tempo de permanecircncia em pacientes pediaacutetricos o cateter deve ser mantido
ateacute o teacutermino da terapia intravenosa ou quando forem observados sinais cliacutenicos de
complicaccedilotildees diferentemente dos pacientes adultos onde o tempo de permanecircncia
preconizado eacute de 72 a 96 horas (CENTERS FOR DISEASE CONTROL AND
PREVENTION-CDC 2002)
2000 apud MARTINS et al 2008
p 485) Habitualmente o material de punccedilatildeo que vem sendo utilizado em crianccedilas satildeo os
cateteres flexiacuteveis tipo abocath com mandril metaacutelico (BATALHA et al 2010 p512)
Associaccedilatildeo Paulista de Estudos e Controle de Infecccedilatildeo Hospitalar (2005 apud
Moncaio e Figueiredo 2009) ressaltam que ldquoas principais complicaccedilotildees infecciosas para o
paciente satildeo flebite infecccedilatildeo do siacutetio de inserccedilatildeo do cateter extravasamento de soluccedilatildeo e
bacteremia relacionada ao cateterrdquo Certos fatores podem contribuir para o aparecimento de
tais complicaccedilotildees como o tipo do cateter que seraacute utilizado o preparo do local da punccedilatildeo
aleacutem de caracteriacutesticas intriacutensecas do paciente Vale acrescentar que ldquoos cateteres 6 Worthigton T Elliot TSJ Diagnosis of central venous catheter related infection in adult pacient J Infect 2005 51267-80 7 Fernandes AT Ribeiro Filho N Infecccedilatildeo do acesso vascular In Fernandes AT Fernandes M OV Ribeiro Filho N Infecccedilatildeo hospitalar e suas interfaces na aacuterea da sauacutede Satildeo Paulo (SP) Atheneu 2000 p 556-79
15
confeccionados em Teflon e poliuretano estatildeo associados a baixas frequecircncias de
complicaccedilotildees infecciosas quando comparados aos de polivinilcloreto e polietilenordquo
CENTERS FOR DISEASE CONTROL AND PREVENTION-CDC 2002)
ldquoNo acircmbito hospitalar a flebite eacute uma das complicaccedilotildees mais frequentes e
considerada uma das principais falhas da infusatildeordquo Eacute o processo inflamatoacuterio da camada
iacutentima das veias ocasionado por irritaccedilatildeo mecacircnica quiacutemica ou infecccedilotildees bacterianas
apresentando manifestaccedilotildees como dor edema hiperemia local e calor (GABRIEL8
Machado et al(2008) relata que ldquocerca de 1 a 10 destes pacientes desenvolvem
infecccedilotildees locais ou sistecircmicas relacionadas ao uso de cateteres causadas por alteraccedilatildeo ou
ruptura da integridade da pele que permite a passagem de microorganismos colonizadoresrdquo
2008
apud MAGEROTE et al 2011 p 487)
O curativo para fixaccedilatildeo do cateter eacute outro ponto importante para a manutenccedilatildeo do
mesmo visto que a ldquofixaccedilatildeo reduz o risco de complicaccedilotildees relacionadas agrave terapia intravenosa
tais como flebite infiltraccedilatildeo septicemia e deslocamento do cateterrdquo aleacutem de mantecirc-lo limpo
e seco permitindo a visualizaccedilatildeo contiacutenua do mesmo a fim de prevenir os agravos
(PHILLIPS9
No seacuteculo passado durante os primeiro 50 anos da praacutetica da terapia intravenosa
utilizava-se para fixaccedilatildeo gaze esteacuteril e fitas adesivas O iniacutecio do uso de filmes transparentes
esteacutereis se deu em 1970 como solicitaccedilatildeo dos enfermeiros quanto agrave necessidade da retirada do
curativo para realizar a inspeccedilatildeo do local de inserccedilatildeo funccedilatildeo atribuiacuteda aos mesmos a fim de
impedir uma infecccedilatildeo de corrente sanguiacutenea (MACHADO PEDREIRA E CHAUD 2008)
2001 apud SILVA E ZANETTI 2004 p233)
O uso de fitas adesivas natildeo-esteacutereis pode ser bastante observado em algumas
instituiccedilotildees de sauacutede contudo fita adesiva soacute natildeo estaacute contaminada enquanto permanece na
embalagem sugerindo tambeacutem a possibilidade da transmissatildeo de microorganismos
patogecircnicos com a aplicaccedilatildeo da mesma sobre o local de inserccedilatildeo do cateter
(VANDENBOSCH COOCH E TRESTON-AURAND10
8 Gabriel J Infusion therapy part one minimising the risks Nurs Stand 2008 Apr 22(31)51-6
1997 et al MACHADO
PEDREIRA E CHAUD2005 p292)
9 Phillips DL Manual de terapia endovenosa Trad Pedreira MLG Pereira SR Harada MJCS Peterline MAS 2ordf ed Porto Alegre (RS) Artmed 2001551P 10 VandenBosch TM Cooch J Treston-Aurand J Research utilization adhesive bandage dressing regimen for peripheral venous catheters Am J Infect Control 1997 25(6)513-9
16
Acerca da terapia intravenosa podem ocorrer incompatibilidades em relaccedilatildeo aos
faacutermacos administrados e os cateteres utilizados que na maioria das vezes natildeo satildeo percebidos
devido a impossibilidade de visualizaccedilatildeo Essas incompatibilidades satildeo denominadas por
Peterlini Chaud e Pedreira (2006) como adsorccedilatildeo e absorccedilatildeo onde ocorre ldquoperda do faacutermaco
para a superfiacutecie de frascos seringas filtros acessoacuterios e cateteres da terapia intravenosa por
meio de adsorccedilatildeo ou pela absorccedilatildeo do faacutermaco para a matriz do material de confecccedilatildeo desses
dispositivosrdquo Com isso o profissional de enfermagem tem como funccedilatildeo aleacutem do
conhecimento cientiacutefico acerca das drogas utilizadas programar accedilotildees que possibilitem
ldquoreconstituiccedilatildeo diluiccedilatildeo acondicionamento e cuidados na administraccedilatildeo de faacutermacosrdquo
evitando assim prejuiacutezos no tratamento
17
3 METODOLOGIA
31 Tipo de pesquisa
Trata-se de uma pesquisa descritiva exploratoacuteria de abordagem qualitativa com os
profissionais da equipe de enfermagem da unidade de internaccedilatildeo pediaacutetrica de um hospital
universitaacuterio do estado do Rio de Janeiro
Para Minayo Deslandes e Gomes (2007 p 21) a pesquisa qualitativa responde as
questotildees de forma particular de modo que trabalha com o universo dos significados dos
motivos das aspiraccedilotildees das crenccedilas dos valores e atitudes Sendo assim entende-se que as
accedilotildees do ser humano se distinguem a partir do seu pensamento do modo de agir de acordo
com a realidade vivida por cada um
Segundo Gil (1999 p44) ldquoas pesquisas descritivas tecircm como objetivo primordial a
descriccedilatildeo das caracteriacutesticas de determinada populaccedilatildeo ou fenocircmeno ou o estabelecimento de
relaccedilotildees variaacuteveisrdquo
Kauark Manhatildees e Medeiros (2010 p28) determinam a pesquisa exploratoacuteria como
agravequela que ldquoObjetiva a maior familiaridade com o problema tornando-o expliacutecito ou agrave
construccedilatildeo de hipoacutetesesrdquo Acrescenta ainda que a mesma pode conter levantamento
bibliograacutefico entrevistas com pessoas experientes no problema pesquisado entre outras
fontes
32 Sujeitos da pesquisa
A pesquisa contou com um nuacutemero total de nove (9) profissionais da equipe de
enfermagem da unidade de internaccedilatildeo pediaacutetrica de um Hospital Universitaacuterio do Rio de
Janeiro sendo estes dois (2) enfermeiros e sete (7) teacutecnicos de enfermagem De todos os
18
participantes apenas um trabalha no serviccedilo noturno sendo o restante do serviccedilo diurno Os
mesmos satildeo os responsaacuteveis pela instalaccedilatildeo e manipulaccedilatildeo dos os acessos venosos
perifeacutericos supondo assim que tenham maior domiacutenio sobre o assunto abordado
Os sujeitos foram identificados com codinomes referentes agraves princesas da Disney para
que suas identidades sejam preservadas
33 Cenaacuterio
A pesquisa ocorreu na unidade de internaccedilatildeo pediaacutetrica localizada no quinto andar do
Hospital Universitaacuterio do Rio de Janeiro vinculado a uma Universidade Federal
A unidade pediaacutetrica eacute divida em trecircs enfermarias de acordo com a idade das crianccedilas
hospitalizadas sendo denominadas estas Lactente preacute-escolar e escolar A enfermaria
Lactente eacute composta por 5 leitos hospitalizando crianccedilas de 29 dias a 2 anos jaacute na preacute-escolar
encontram-se 6 leitos e acolhe crianccedilas de 2 a 6 anos e na escolar 6 leitos abrigando crianccedilas
de 7 a 12 anos Toda crianccedila hospitalizada tem direito a um acompanhante como eacute
preconizado por direito pelo Artigo doze (12) do Estatuto da Crianccedila e do Adolescente
(Brasil 1990 p3)
A enfermaria conta com um posto de enfermagem localizado no centro da unidade
possibilitando maior visualizaccedilatildeo das enfermarias Possui tambeacutem uma sala de recreaccedilatildeo e
banheiro para os pacientes e acompanhantes Haacute uma sala utilizada pedagogia hospitalar
onde uma professora realiza atividades com as crianccedilas
Vale ressaltar que na unidade haacute uma sala para realizaccedilatildeo de procedimentos dolorosos
como a punccedilatildeo venosa perifeacuterica e sempre que possiacutevel o paciente eacute levado ateacute ela
34 Coleta de dados
A coleta de dados se deu a partir da teacutecnica de entrevista semi-estruturadas que
segundo Minayo Deslandes e Gomes (2007 p 64) satildeo ldquoperguntas fechadas e abertas em que
o entrevistado tem a possibilidade de discorrer sobre o tema em questatildeo sem se prender agrave
indagaccedilatildeo formuladardquo As mesmas foram gravadas em entrevista individual e tiveram como
foco as accedilotildees que os profissionais da equipe de enfermagem realizam acerca dos cuidados
para a permanecircncia do acesso venoso perifeacuterico aleacutem de investigar sobre o conhecimento que
cada um possui sobre o tema
19
Apoacutes contato preacutevio com a equipe de enfermagem foi acordado um dia e horaacuterio para
a realizaccedilatildeo das entrevistas que aconteceram na proacutepria unidade Todos os profissionais da
equipe de enfermagem foram convidados a participar voluntariamente da pesquisa As
entrevistas aconteceram apoacutes os profissionais assinarem o Termo de Consentimento Livre e
Esclarecido (TCLE)
Para Minayo Deslandes e Gomes (2007 p 64) a entrevista possui como principal
objetivo construir dados que sejam pertinentes para a pesquisa aleacutem de ser a estrateacutegia mais
utilizada no processo de trabalho de campo
A coleta foi interrompida no momento em que os dados se mostraram saturados ou
seja quando houve a cessaccedilatildeo do acreacutescimo de informaccedilotildees novas referentes ao tema
proposto
O fechamento amostral por saturaccedilatildeo teoacuterica eacute definido como a suspensatildeo de inclusatildeo
de novos participantes quando os dados obtidos passam a apresentar na avaliaccedilatildeo do
pesquisador certa redundacircncia ou repeticcedilatildeo natildeo sendo considerado relevante continuar a
coleta de dados (FONTANELLA RICAS e TURATO 2008)
35 Questotildees eacuteticas da pesquisa
De acordo com a Resoluccedilatildeo 46612 que visa assegurar os direitos e deveres que
dizem respeito agrave comunidade cientiacutefica aos sujeitos da pesquisa e ao Estado uma pesquisa
que envolve a participaccedilatildeo de seres humanos deve atender aos fundamentos eacuteticos e
cientiacuteficos pertinentes para a seguranccedila dos mesmos Neste contexto toda pesquisa
envolvendo seres humanos deveraacute ser submetida agrave apreciaccedilatildeo de um Comitecirc de Eacutetica em
Pesquisa (CEP) (BRASIL 2012)
Atendendo a esta condiccedilatildeo o projeto de pesquisa foi encaminhado ao CEP ndash do
Hospital Universitaacuterio o qual foi realizada a pesquisa foi analisado e aprovado na Reuniatildeo
com data de 06122013 CAAE 24693613700005243 Nuacutemero do parecer 486451 Com
isso a pesquisa foi desenvolvida mediante aprovaccedilatildeo do CEP atendendo aos preacute-requisitos
estipulados pela Resoluccedilatildeo nordm 46612
Esta pesquisa eacute pautada em princiacutepios eacuteticos que respeitam a dignidade humana e
justiccedila assegurando que natildeo haveraacute nenhum tipo de dano aos participantes
20
Em atendimento a resoluccedilatildeo 46612 do Conselho Nacional de SauacutedeMS apoacutes serem
esclarecidos pela pesquisadora quanto aos aspectos eacuteticos relacionados agrave pesquisa aleacutem das
formas de produccedilatildeo de dados e inserccedilatildeo no estudo os sujeitos da pesquisa assinaram duas
vias do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido ndash TCLE (apecircndice 1) autorizando sua
participaccedilatildeo voluntaacuteria na pesquisa Uma via foi entregue ao participante e outra ficou
arquivada com a pesquisadora
Nesse documento consta os objetivos da pesquisa procedimentos benefiacutecios
previstos garantia de recusa de participaccedilatildeo em qualquer momento de acesso aos resultados
da pesquisa e tambeacutem a garantia de acesso ao pesquisador quando os sujeitos julgarem
necessaacuterio sendo todas essas informaccedilotildees em linguagem acessiacutevel e simples O mesmo foi
apresentado e explicado ao profissional convidado a participar do estudo no primeiro contato
eou durante visita agendada para realizaccedilatildeo da entrevista
Vale ressaltar que esta pesquisa cujo financiamento eacute proacuteprio natildeo oferece nenhum
tipo de riscos para o sujeito da pesquisa e nem para o cuidado das crianccedilas internadas no setor
de pediatria e os benefiacutecios da participaccedilatildeo do mesmo satildeo de aumentar o conhecimento
cientiacutefico na aacuterea de Enfermagem Pediaacutetrica aleacutem de contribuir para a praacutetica profissional
36 Anaacutelise dos dados
O processo de anaacutelise dos dados foi baseada na teacutecnica da Anaacutelise Temaacutetica que para
Minayo Deslandes e Gomes (2007 p 86) o conceito central eacute o tema ldquoO tema eacute a unidade de
significaccedilatildeo que se liberta naturalmente de um texto analisado segundo criteacuterios relativos agrave
teoria que serve de guia da leiturardquo (BARDIN11
A anaacutelise realizada estava de acordo com a sugerida por Minayo (2010 p 315) e
contam com as seguintes etapas preacute-analise exploraccedilatildeo do material tratamento dos
resultados obtidos e interpretaccedilatildeo Atraveacutes dessas etapas tem-se o objetivo de descrever o
conteuacutedo do material coletado e interpretaacute-lo
1979 apud MINAYO DESLANDES
GOMES 2007 p 86)
A preacute analise consiste na escolha dos elementos a serem analisados e na retomada das
hipoacuteteses e dos objetivos iniciais da pesquisa Inicia-se com uma leitura flutuante onde o
11 BARDIN L Anaacutelise de Conteuacutedo Lisboa Ediccedilotildees 70 1979
21
pesquisador toma contato direto com o material adquirido deixando-se impregnar por seu
conteuacutedo Posteriormente haacute a constituiccedilatildeo do Corpus textual onde eacute feita uma seleccedilatildeo dos
documentos que iratildeo contemplar e fornecer informaccedilotildees sobre o tema sendo assim adequados
para dar resposta aos objetivos do trabalho (MINAYO 2010 p 315)
Essa fase preacute-analiacutetica eacute onde se determinam a unidades de registro unidade de
contexto e a partir delas satildeo determinados os temas que seratildeo analisados A unidade de
registro corresponde parte do conteuacutedo selecionado como base para analise e apoacutes a
delimitaccedilatildeo do contexto de compreensatildeo da unidade de registro eacute estabelecida a unidade de
contexto (MINAYO 2010 p 316)
De acordo com os objetivos da pesquisa foi possiacutevel perceber que nove (9)
entrevistas supriam para atender os mesmo encerrando assim a coleta Apoacutes a transcriccedilatildeo das
entrevistas foi realizada leitura das mesmas para natildeo soacute conhecimento do material mas
tambeacutem estabelecer as unidades de registro Em seguida foi realizado o colorimento das falas
assim as classificando de acordo com as unidades de registro estabelecidas
As unidades de registro que surgiram foram os fatores que interferem na manutenccedilatildeo
do acesso venoso perifeacuterico e o apontamento do acompanhante como responsaacutevel pela perda
do acesso venoso perifeacuterico Elas receberam as cores vermelha e laranja respectivamente a
fim de facilitar o agrupamento dos dados A partir disto surgiram as unidades de contexto que
compreendem as falas das entrevistas de modo a exemplificar o contexto das unidades de
registro
Partindo para segunda etapa da analise temaacutetica a exploraccedilatildeo do material que consiste
numa classificaccedilatildeo que visa alcanccedilar o nuacutecleo de compreensatildeo do texto Busca-se encontrar
categorias que satildeo expressotildees ou palavras significativas em funccedilatildeo das quais o conteuacutedo seraacute
organizado Essas categorias satildeo responsaacuteveis pela especificaccedilatildeo dos temas (MINAYO
2010 p 317)
Nesse caso foram definidos os seguintes temas cuidados preacute intra e poacutes procedimento
de punccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico cuidados em desuso para manutenccedilatildeo do acesso
venoso perifeacuterico o acompanhante e a manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico Essas trecircs (3)
categorias seratildeo apresentadas analisadas e discutidas no capitulo seguinte
22
4 RESULTADOS E DISCUSSAtildeO
Nesse capiacutetulo apresento as trecircs categorias temaacuteticas que surgiram da anaacutelise dos
dados e que contemplaram de forma satisfatoacuteria os objetivos da pesquisa A primeira
categoria denominada como ldquoOs cuidados de enfermagem preacute intra e poacutes-procedimento de
punccedilatildeo do acesso venoso perifeacutericordquo traz os passos e cuidados que os profissionais realizam
antes durante e apoacutes a punccedilatildeo buscando descrever e analisar os fatores envolvidos na pratica
do procedimento em questatildeo que emergiram das entrevistas aleacutem dos cuidados de
enfermagem para a manutenccedilatildeo do mesmo
A segunda categoria que seraacute apresentada eacute ldquoOs cuidados em desuso para manutenccedilatildeo
do acesso venoso perifeacutericordquo que mostra os cuidados que os profissionais citaram como natildeo
mais utilizados para auxiliar na manutenccedilatildeo da punccedilatildeo venosa perifeacuterica
E a uacuteltima categoria eacute denominada ldquoO acompanhante e a manutenccedilatildeo do acesso
venoso perifeacutericordquo e traz a responsabilizaccedilatildeo do acompanhante pelos profissionais do setor
em relaccedilatildeo aos cuidados com manutenccedilatildeo da punccedilatildeo Essa categoria busca tambeacutem ressaltar a
funccedilatildeo do acompanhante durante a hospitalizaccedilatildeo da crianccedila destacando que determinados
cuidados satildeo de total funccedilatildeo da equipe de enfermagem
41 Os cuidados de enfermagem preacute intra e poacutes-procedimento de punccedilatildeo do acesso
venoso perifeacuterico
Para interpretar as unidades de contextos tive como base autores que definiram os
cuidados de enfermagem preacute intra e poacutes punccedilatildeo venosa perifeacuterica Para esses autores a fase
de preacute-punccedilatildeo compreende as accedilotildees de anaacutelise e conhecimento da prescriccedilatildeo avaliaccedilatildeo e
23
preparo emocional do paciente preparo do material e medicaccedilatildeo seleccedilatildeo do siacutetio de inserccedilatildeo
e dilataccedilatildeo da veia selecionada As accedilotildees envolvidas na punccedilatildeo satildeo a execuccedilatildeo das
precauccedilotildees-padratildeo antissepsia da pele punccedilatildeo do vaso a fixaccedilatildeo e curativo do cateter
Finalmente na etapa de poacutes-punccedilatildeo adota-se a identificaccedilatildeo da punccedilatildeo o descarte apropriado
das partes dos materiais natildeo utilizados a orientaccedilatildeo do paciente acerca da terapecircutica o
controle da infusatildeo atraveacutes do gotejamento se necessaacuterio e o registro do procedimento
Phillips12
De acordo com as entrevistas a seleccedilatildeo do local de punccedilatildeo eacute indicada com um fator
que interfere diretamente no tempo de permanecircncia do acesso venoso perifeacuterico visto que
dependendo do local ocorre a perda mais rapidamente Aleacutem da localizaccedilatildeo citaram tambeacutem
o calibre da veia como interferecircncia na manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico Seguem
abaixo algumas falas
(2001 apud ARAUacuteJO 2007 p18)
ldquoPrimeira coisa eacute vocecirc procurar bem a veia colocar uma veia de um bom calibre Se puder dar preferecircncia a natildeo puncionar dobrasrdquo (Cinderela) ldquoDependendo de onde estiver puncionado se for na matildeozinha a crianccedila fica toda hora ta mexendo taacute manipulando alguma coisa e se for no pezinho tambeacutem nem todo tempo vai ficar acamada entatildeo acaba perdendo o acessordquo(Bela ) ldquoO mau posicionamento pode levar a perdardquo (Rapunzel)
A opiniatildeo dos profissionais acima vai de encontro com o que eacute encontrado na
literatura visto que eacute de suma importacircncia que o mesmo avalie o cliente e considere alguns
aspectos para uma escolha criteriosa e eficaz como a finalidade da punccedilatildeo o tipo de soluccedilatildeo
a ser infundida a condiccedilatildeo da rede venosa a duraccedilatildeo da terapia idade do cliente habilidade
cognitiva da crianccedila a preferecircncia do cliente o que nem sempre seraacute possiacutevel satisfazer e
tambeacutem a sua atividade (ARAUacuteJO 2007 p31)
Os cuidados com o acesso venoso perifeacuterico satildeo importantes antes mesmo da
realizaccedilatildeo do procedimento Levando em consideraccedilatildeo que um erro durante a fase de preacute-
procedimento como a escolha errada do local de punccedilatildeo por exemplo poderaacute levar a perda
do acesso e prejudicar assim o tratamento aleacutem do bem-estar da crianccedila que seraacute puncionada
novamente
12 PHILLIPS L D Manual de terapia intravenosa 2ed Porto Alegre Artmed 2001
24
O vaso sanguiacuteneo que o profissional selecionar como local para puncionar deve ser
suficiente para suportar o calibre e o comprimento do cateter aleacutem de atender a necessidade
terapecircutica para que natildeo haja a necessidade de uma nova punccedilatildeo
A punccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico eacute um procedimento doloroso e de grande
incomodo para a crianccedila com isso eacute de suma importacircncia realizar a seleccedilatildeo preacutevia do
material poreacutem natildeo foi citado Outro cuidado rotineiro e natildeo menos importante como a
lavagem das matildeos antes da colocaccedilatildeo do acesso tambeacutem natildeo foi mencionado durante as
entrevistas
O preparo emocional da crianccedila e do acompanhante quanto ao procedimento deve ser
considerada praacutetica rotineira para a equipe de enfermagem O profissional de enfermagem
deve lavar as matildeos objetivando a reduccedilatildeo significativa de risco de infecccedilatildeo e recomenda-se o
uso de aacutegua e sabatildeo para lavagem das matildeos antes da colocaccedilatildeo do cateter venoso perifeacuterico
(PHILLIPS13
O preparo preacutevio do material para instalaccedilatildeo do cateter venoso perifeacuterico eacute importante
para evitar interrupccedilotildees do procedimento e consequentemente um maior tempo de
manipulaccedilatildeo da crianccedila (SILVA
2001apud ARAUacuteJO 2007 Centers for Disease Control and Prevention ndash CDC
2002 apud ARAUacuteJO 2007)
14
Outro aspecto citado e classificado como preacute-procedimento eacute o cuidado com a
medicaccedilatildeo a ser administrada incluindo cuidados com a diluiccedilatildeo e composiccedilatildeo da mesma
Seguem algumas das falas
2004 apud ARAUacuteJO 2007 p30)
ldquoEstar sempre diluindo as medicaccedilotildees de acordo com a prescriccedilatildeo meacutedica pois as medicaccedilotildees satildeo muito fortes e podem causar enfraquecimento da veia Tem que diluir direitinho e passar lento na veiardquo (Cinderela) ldquoTer cuidado principalmente quando eacute crianccedila e a diluiccedilatildeo da medicaccedilatildeo tambeacutem agraves vezes natildeo eacute pra passar em perifeacuterico e na segunda dose jaacute perdeurdquo (Alice)
O acesso venoso perifeacuterico eacute a primeira alternativa para infusatildeo intravenosa por ser de
mais faacutecil acesso e rapidez no efeito da medicaccedilatildeo O profissional de enfermagem deve ter
domiacutenio natildeo soacute relacionado agrave infusatildeo das medicaccedilotildees mas tambeacutem com a composiccedilatildeo
13 PHILLIPS L D Manual de terapia intravenosa 2ed Porto Alegre Artmed 2001 14 SILVA G R G Terapia intravenosa em receacutem-nascidos ndash orientaccedilotildees para o cuidado de Enfermagem Rio de Janeiro Cultura Meacutedica 2004
25
farmacoloacutegica das mesmas os efeitos adversos e colaterais que a droga pode causar inclusive
em relaccedilatildeo a diluiccedilatildeo o que normalmente eacute estabelecido como padratildeo no setor de acordo com
cada faacutermaco
Com a intenccedilatildeo de promover a eficaacutecia terapecircutica dos medicamentos administrados
por via intravenosa eacute atribuiccedilatildeo do profissional de enfermagem implementar teacutecnicas como a
diluiccedilatildeo acondicionamento e cuidados na administraccedilatildeo de faacutermacos a fim de evitar
prejuiacutezos no tratamento resultantes da incompatibilidade medicamentosa (PETERLINI
CHAUD e PEDREIRA 2006)
Os fatores intra-procedimento satildeo considerados aqueles diretamente relacionados com
o procedimento Os dados colidos nas entrevistas ressaltaram apenas a fixaccedilatildeo com um fator
que interfere nessa fase Este foi o dado mais repetitivo nas entrevistas poreacutem sempre citado
de forma superficial Seguem as falas dos profissionais quando questionados sobre o que era
importante para manutenccedilatildeo do acesso
ldquoTem que fazer uma boa fixaccedilatildeo Porque quando a pessoa natildeo fixa bem prejudica porque aquilo vai soltando e quando vocecirc vecirc jaacute perdeu a veiardquo(Cinderela) ldquoEu acho que natildeo tem o que fazer para manter o acesso A crianccedila vai ficar uns dias X com aquele acesso pra fazer medicaccedilatildeo e eu acho que natildeo tem o que vocecirc profissional fazer para que natildeo percardquo (Aurora) ldquoA fixaccedilatildeo evita a movimentaccedilatildeo excessiva no local que estaacute o acessordquo (Ariel) ldquoTer cuidado com o curativo saber manusear E manter sempre o curativo limpo trocar se necessaacuteriordquo (Rapunzel) ldquoA fixaccedilatildeo eacute muito importante pra natildeo soltar o acesso e pra ele ficar mais tempordquo(Mulan)
Oliveira Bezerra e Pereira (2008 p 94) afirmam que de acordo com o revelado por
determinados estudos o tipo de curativo a fixaccedilatildeo do cateter e o tempo de permanecircncia estatildeo
diretamente relacionados com a ocorrecircncia de complicaccedilotildees infecciosas como flebites e
tambeacutem infiltraccedilatildeo extravasamento desconexatildeo e deslocamento do cateter
26
Para Pettit e Kraus15
Potter
(1995 apud MACHADO PEDREIRA E CHAUD2005 p292) a
gaze esteacuteril fixada com a fita adesiva hipoalergecircnica bem como a peliacutecula transparente esteacuteril
satildeo os materiais mais recomendados para curativo e fixaccedilatildeo de cateter venoso perifeacuterico
16
Jaacute as peliacuteculas transparentes mais conhecidas como filme permitem a respiraccedilatildeo
normal da pele com alta permeabilidade ao oxigecircnio e vapores e eacute impermeaacutevel a liacutequidos e
micro-organismos (SILVA E ZANETTI 2004 p233) Aleacutem disso permitem tambeacutem a
visualizaccedilatildeo contiacutenua do local de punccedilatildeo permitindo assim avaliaccedilatildeo do mesmo natildeo soacute
durante a infusatildeo de medicaccedilotildees mas tambeacutem todo o tempo
(1998 apud SILVA E ZANETTI 2004 p233) afirma que nas fixaccedilotildees em
que se utiliza a gaze esteacuteril preconiza-se a utilizaccedilatildeo de teacutecnica asseacuteptica Neste curativo a
gaze esteacuteril eacute colocada sobre o siacutetio de inserccedilatildeo e suas bordas satildeo fixadas com fita adesiva
A observaccedilatildeo da punccedilatildeo eacute muito importante pois se o local de inserccedilatildeo se mostrar
com sinais e sintomas de complicaccedilotildees a terapia deve ser suspensa (OLIVEIRA BEZERRA
e PEREIRA 2008 p95)
A visualizaccedilatildeo contiacutenua do acesso permite que a equipe de enfermagem possa realizar
uma observaccedilatildeo mais particularizada em relaccedilatildeo agraves condiccedilotildees do acesso venoso perifeacuterico
podendo observar se haacute deslocamento do cateter sinais de infiltraccedilatildeo e tambeacutem sinais de
infecccedilatildeo
Para Silva Barbato e Valente (2013 p 1200) cabe ao enfermeiro fazer a avaliaccedilatildeo
diaacuteria e cuidadosa do curativo observando a presenccedila de umidade sujidade integridade do
oacutestio de inserccedilatildeo a fixaccedilatildeo bem como a realizaccedilatildeo do curativo e das anotaccedilotildees legais
competentes agraves suas funccedilotildees
A fase poacutes-procedimento eacute caracterizada por uma seacuterie de cuidados que a equipe de
enfermagem deve realizar para que se obtenha maior tempo de permanecircncia do acesso venoso
perifeacuterico Durante as entrevistas os cuidados citados foram a salinizaccedilatildeo do acesso cuidados
para evitar a flebite e a velocidade de infusatildeo
15 Pettit DM Kraus V The use of gauze versus transparent dressings for peripheral intravenous catheter sites Nurs ClinNorth Am 1995 30(3)495-506 16 Potter P Perry AG Fundamentos de enfermagem processo conceito e praacutetica 3ordf ed Santos(SP) Guanabara Koogan19981397pp801-43
27
ldquoManter um acesso bem salinizado que vocecirc lave pelo menos de duas de trecircs em trecircs horas Se bem que isso aqui na pediatria natildeo eacute muito comum aqui a gente soacute lava cada vez que vai fazer medicaccedilatildeo mas se eu natildeo me engano a literatura preconiza isso vocecirc lavar pelo menos de quatro em quatro horas o acessordquo (Aurora)
ldquoPra manter o acesso venoso perifeacuterico eacute importante manter ele salinizado Assim que a gente recebe o plantatildeo eu vou ver se o acesso ta peacutervio com uma ldquoseringuinhardquo vai la da uma ldquolavadinhardquo e vecirc se o acesso ta peacutervio e manter o acesso salinizadordquo (Ariel)
ldquoSalinizar de 6 em 6 horas para manter ele peacuterviordquo (Alice)
ldquoTem que passar lento a medicaccedilatildeo e a limpeza da aacuterea vocecirc tem que limpar bem a aacuterea pra vocecirc natildeo formar uma flebiterdquo (Cinderela)
A salinizaccedilatildeo do acesso eacute um cuidado simples e de grande importacircncia Esse cuidado
deve ser realizado para manter o acesso peacutervio e limpo e deve ser realizado antes e apoacutes
qualquer infusatildeo
Para Moncaio e Figueiredo (2009)
a ldquosalinizaccedilatildeordquo consiste em administrar sob pressatildeo positiva soluccedilatildeo salina (Soro fisioloacutegico a 09) logo apoacutes o teacutermino da infusatildeo da medicaccedilatildeo Este procedimento visa prevenir a formaccedilatildeo de trombos e fibrina evitar o contato de drogas incompatiacuteveis (quando da infusatildeo de mais de um item medicamentoso no mesmo horaacuterio) garantir a infusatildeo de todo o medicamento que possa ter ficado no sistema aleacutem de evitar retorno sanguiacuteneo mantendo o cateter peacutervio para a proacutexima infusatildeo
Durante a coleta de dados esse cuidado surgiu em diversos momentos poreacutem foi
possiacutevel perceber que os profissionais realizam o mesmo de forma banalizada Natildeo sabem de
fato a real funccedilatildeo de manter o acesso salinizado A impressatildeo que passa eacute que eles
aprenderam que esse cuidado deveria ser feito e simplesmente fazem Haacute divergecircncias
tambeacutem entre a equipe em relaccedilatildeo ao momento que deve ser realizada a salinizaccedilatildeo e isso nos
mostra a desatualizaccedilatildeo dos profissionais do setor e a falta de uma educaccedilatildeo continuada no
hospital
Os cuidados para evitar a flebite e a velocidade de infusatildeo da medicaccedilatildeo apareceram
menos nas entrevistas e interferem diretamente com a manutenccedilatildeo do acesso venoso
perifeacuterico
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A flebite eacute uma inflamaccedilatildeo na veia puncionada ocorrendo quando as ceacutelulas
endoteliais da parede da veia que o cateter estaacute inserido tornam-se inflamadas e irregulares
propiciando a aderecircncia de plaquetas e predispondo a veia a inflamaccedilatildeo Eacute comum que o local
se apresente dolorido hiperemiado quente e edemaciado e nesses casos eacute aconselhada a
retirada do cateter Uma boa fixaccedilatildeo do cateter perifeacuterico eacute recomendada por autores na
literatura visto que previnem deslocamento faacutecil e permitem uma boa visualizaccedilatildeo do local
evitando complicaccedilotildees como a flebite e infiltraccedilatildeo (MOLDES et al 2011 p 330)
Dentre as principais falhas de infusatildeo venosa estatildeo flebite infiltraccedilatildeo hematoma e
obstruccedilatildeo Acredita-se que para reduzir a incidecircncia destas nas unidades pediaacutetricas eacute preciso
a adoccedilatildeo de estrateacutegias tais como a abordagem junto agrave equipe em parceria com o setor de
educaccedilatildeo permanente e a adoccedilatildeo do uso da teacutecnica corretamente e de forma asseacuteptica para a
realizaccedilatildeo da punccedilatildeo venosa perifeacuterica em acordo com a comissatildeo de controle de infecccedilatildeo
hospitalar (SILVA BARBATO e VALENTE 2013 p 1200)
A incapacidade do paciente em relatar dor no siacutetio de administraccedilatildeo do faacutermaco quer
pela idade ou condiccedilatildeo cliacutenica e o local de inserccedilatildeo como tambeacutem a velocidade de infusatildeo do
medicamento (gt25mgmin) satildeo classificados como fatores de risco para a perda do acesso
venoso perifeacuterico (MARTINS SILVINO e DIAS 2010)
42 Os cuidados em desuso para manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico
Essa categoria discorre sobre os cuidados de enfermagem que com o passar do tempo
foram desconsiderados e natildeo satildeo mais utilizados Quando questionados em relaccedilatildeo a vivencia
profissional e cuidados que discordavam os entrevistados citaram o uso da tala para fixaccedilatildeo
uso de heparina e os cuidados em relaccedilatildeo ao tempo de permanecircncia do cateter Haacute muitas
controveacutersias em relaccedilatildeo aos cuidados citados acima
O tempo de permanecircncia interfere diretamente no aparecimento de complicaccedilotildees
como flebite e que acabam levando a perda do acesso venoso perifeacuterico mais rapidamente
aconselhando assim a troca do mesmo entre 76 a 96 horas Poreacutem eacute preconizada a retirada do
cateter apenas se finalizar o tratamento ou houver alguma interferecircncia
ldquoA gente observa tambeacutem o tempo dependendo do tempo tem que tirarrdquo (Alice)
29
ldquoHoje eu natildeo sei como que eacute essa questatildeo do tempo porque a gente trocava o acesso a cada quatro dias agora o pessoal jaacute diz que pode trocar em ateacute uma semana entatildeo natildeo sei como que ta isso e o que tem escrito em relaccedilatildeo a isso (Aurora)
Sabe-se que o tempo para troca do cateter de teflon ou poliuretano varia de 72 a 96
horas com o intuito de reduzir risco de infecccedilatildeo e flebite e para minimizar esses riscos nas
seguintes situaccedilotildees diante de sinais inflamatoacuterios no local de inserccedilatildeo e sempre que houver
mau funcionamento do cateter (SANTOS17
Entretanto o Center for Disease Control and Prevention - CDC (2002) diz que em
pacientes pediaacutetricos natildeo foi observada relaccedilatildeo quanto ao tempo de permanecircncia do cateter e
ocorrecircncia de complicaccedilotildees devendo ser mantido ateacute o teacutermino da terapia intravenosa ou
quando forem observados sinais cliacutenicos de complicaccedilotildees
2004 apud OLIVEIRA BEZERRA e PEREIRA
2008 p 93)
Eacute possiacutevel observar a diferenccedila do conhecimento pratico dos profissionais
entrevistados em relaccedilatildeo ao conhecimento encontrado na literatura E ainda contendo duacutevidas
natildeo haacute uma busca da parte dos mesmos para esclarececirc-las
O uso da heparina com a finalidade de manter o acesso peacutervio por um periacuteodo maior
de tempo mostra-se com mais certeza quanto ao desuso nos dados colidos
ldquoAntigamente a gente usava heparina entatildeo a gente ficava tranquila em relaccedilatildeo agrave obstruccedilatildeo mas agora natildeo a gente usa o soro fisioloacutegico e a gente deixa salinizadordquo (Aurora)
Rang e Dale 18(1998 apud DOPICO e OLIVEIRA 2006) afirmam que a heparina
inibe a formaccedilatildeo de coaacutegulos de fibrina in vitro e in vivo e que seu efeito anticoagulante eacute
praticamente imediato Com isso Phillips19
17 Santos W Lavagem das matildeos In R Luiz Santos W Manual baacutesico de prevenccedilatildeo e controle das infecccedilotildees hospitalares do HRU Fortaleza Hospital Regional Unimed 2004
(2001 apud DOPICO e OLIVEIRA 2006)
ressalta que a teacutecnica de manutenccedilatildeo intermitente de cateteres intravenosos com soluccedilatildeo
salina 09 classificada como salinizaccedilatildeo tem sido pesquisada haacute alguns anos apresentando
em relaccedilatildeo ao uso da heparina vantagens como o baixo custo ser um procedimento mais
18 Rang HP Dale M M Hemostasia e Trombose In Rang HP Dale M M Farmacologia Rio de Janeiro Guanabara Koogan 1998 p235-47 19 PHILLIPS L D Manual de terapia intravenosa 2ed Porto Alegre Artmed 2001
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simples aleacutem de eliminar a possibilidade de incompatibilidade com as drogas e soluccedilotildees
administradas aleacutem da inexistecircncia de riscos ao paciente Entretanto sabe-se que a literatura
ainda natildeo fornece consenso acerca da soluccedilatildeo mais indicada para manutenccedilatildeo da
permeabilidade do cateter venoso perifeacuterico
Eacute importante ressaltar que muitas instituiccedilotildees do nosso paiacutes nem ao menos tecircm o
conhecimento da praacutetica da salinizaccedilatildeo com soluccedilatildeo salina 09 No que se refere agrave pesquisa
cientiacutefica as limitaccedilotildees desta praacutetica satildeo atribuiacutedas agrave ausecircncia de um maior nuacutemero de
estudos controlados para validar sua eficaacutecia (EPPERSON20
Apesar de natildeo ser encontradas publicaccedilotildees acerca do tema a utilizaccedilatildeo de heparina
mostra-se como uma pratica natildeo mais utilizada pelos profissionais de enfermagem Outro
tema onde haacute controveacutersias e tambeacutem poucas citaccedilotildees eacute o uso da tala para fixaccedilatildeo do acesso
venoso perifeacuterico Seguem abaixo a opiniatildeo de alguns dos profissionais entrevistados
1984 apud DOPICO e
OLIVEIRA 2006)
ldquoA uacutenica coisa que eu natildeo gosto de ver eacute quando se coloca tala para imobilizar dizendo que a tala vai ajudar a natildeo perder a veia Isso eu natildeo concordo acho que a tala prejudica a crianccedila fica incomodada faz dor no membrordquo (Cinderela)
ldquoAntigamente a gente usava muito tala e as vezes eu pego isso aqui ai eu falo gente tala natildeo se usa mais natildeo faz parte mais da fixaccedilatildeo vocecirc pode fixar de uma forma que a crianccedila natildeo perca A tala eu acho que ela traumatiza um pouco ainda mais se vocecirc pegar um acesso na dobra vocecirc vai fazer com que a crianccedila fique com o braccedilo esticado muito tempo eu acho que pode causar uma lesatildeo depois e a literatura jaacute fala que eacute desnecessaacuteria natildeo precisa maisrdquo (Aurora) ldquoAntigamente usavam tala mas hoje em dia quase natildeo se vecirc mais e eu acho que a tala atrapalha porque a crianccedila fica imobilizada no membro ai fica mais irritadardquo (Rapunzel) ldquoLaacute no meu outro trabalho alguns usam a tala Eu acho que a tala ajuda ateacute a perder mais raacutepido porque a crianccedila fica incomodada vai querer mexer naquilordquo (Mulan)
20 Epperson EL Efficacy of 09 sodium chloride injection with without heparin for maintenance indwelling intermittent injection sites Clin Pharm1984 3(5)26
31
Almeida e Sabateacutes21
Entretanto haacute estudo que comprovam que o uso da tala natildeo se mostra tatildeo eficiente e
apresenta-se como uma praacutetica controversa O estudo foi realizado em crianccedilas ateacute os 12 anos
utilizando imobilizaccedilatildeo com tala e em mais de metade dos casos (553) ocorreu infiltraccedilatildeo
o que indicia a ineficaacutecia desta praacutetica (MACHADO PEDREIRA e CHAUD 2008 apud
BATALHA et al 2010 p512)
(2008 apud BATALHA et al 2010 p512) afirmam que a teacutecnica
de fixaccedilatildeo dos CVP com uso de imobilizaccedilatildeo com tala para restriccedilatildeo ou limitaccedilatildeo dos
movimentos articulares proacuteximo do local da punccedilatildeo estaacute indicado nas matildeos punhos cotovelo
e maleacuteolo
Para Batalha et al (2010 p512) o uso desta praacutetica parece natildeo se coadunar com o
atual uso de cateteres flexiacuteveis tipo abocath em detrimento de agulhas metaacutelicas Talvez por
isso comecem a surgir novas teacutecnicas de fixaccedilatildeo dos CVP que natildeo exigem imobilizaccedilatildeo das
articulaccedilotildees com talas
Aleacutem de natildeo haver uma confirmaccedilatildeo dos benefiacutecios causados pelo uso da tala a
imobilizaccedilatildeo causa incocircmodo para a crianccedila que fica com o membro imoacutevel podendo causar
dor e tambeacutem irritaccedilatildeo O uso desse tipo de fixaccedilatildeo tambeacutem impede a visualizaccedilatildeo frequente
do acesso venoso afetando assim os cuidados de observaccedilatildeo da equipe de enfermagem
43 O acompanhante e a manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico
A presente categoria vai discutir um assunto importante que surgiu durante as
entrevistas de forma inesperada Alguns dos profissionais entrevistados citaram o descuido do
acompanhante como um fator causador da perda do acesso venoso perifeacuterico Seguem abaixo
algumas falas
ldquoA matildee sempre acompanha e tem matildee que natildeo tem cuidado natildeo vigia e a gente tem que ficar pedindo pra olhar tomar contardquo (Aurora)
ldquoEm relaccedilatildeo ao acompanhante porque a crianccedila natildeo vai avaliar entatildeo o acompanhante que estar ali tem que avaliar direitinho natildeo deixar a crianccedila mexer ou puxarrdquo (Bela)
ldquoNatildeo eacute toda matildee que esta vigiando que cuida pra que a crianccedila natildeo perca o acessordquo (Jasmine)
21 Almeida FA Sabateacutes AL Enfermagem pediaacutetrica a crianccedila o adolescente e a sua famiacutelia no hospital Satildeo Paulo(SP) Manole 2008
32
ldquoAcho que leva a perda quando o acompanhante natildeo coopera as vezes a gente faz a imobilizaccedilatildeo na crianccedila e as vezes eles ateacute retiram e a proacutepria crianccedila agitada ela mesmo arrancardquo (Branca de Neve)
ldquoAgraves vezes a proacutepria crianccedila que a matildee deixa muito solta ai solta o acessordquo (Mulan)
Apoacutes a implementaccedilatildeo da lei que garante um acompanhante ao paciente pediaacutetrico a
presenccedila do familiarresponsaacutevel durante a hospitalizaccedilatildeo mudou a rotina da equipe de
enfermagem trazendo duacutevidas quanto a real funccedilatildeo do acompanhante e fazendo com que a
mesma viesse a delegar certos cuidados para acompanhante
A Promulgaccedilatildeo da Lei 8069 do Estatuto da Crianccedila e do Adolescente (ECA) em
1990 no seu artigo 12deg garante agrave crianccedila ou ao adolescente o direito de ter um responsaacutevel
que o acompanhe durante a hospitalizaccedilatildeo (1990)
Desde a sua implantaccedilatildeo as unidades vecircm sofrendo um processo de reorganizaccedilatildeo de
suas praacuteticas A inserccedilatildeo da famiacutelia modifica a organizaccedilatildeo do processo de trabalho o que
requer dos profissionais uma compreensatildeo em relaccedilatildeo agrave dinacircmica das relaccedilotildees interpessoais
(COLLET e ROCHA 2004)
Pimenta e Collet (2009) ressaltam que natildeo haacute nenhuma regulamentaccedilatildeo sobre a
participaccedilatildeo da famiacutelia nos cuidados e no entanto a mesma desempenha atividades junto agrave
crianccedila durante a hospitalizaccedilatildeo que devem ser levadas em consideraccedilatildeo A falta de
reconhecimento desse fato fez com que a equipe de enfermagem e famiacutelia natildeo possuiacutessem
uma relaccedilatildeo aberta e vivessem uma relaccedilatildeo silenciosa e impliacutecita de poder na qual a famiacutelia
acaba assumindo as relaccedilotildees do cuidado agrave crianccedila de responsabilidade da enfermagem
A negociaccedilatildeo entre matildees e equipe de enfermagem em relaccedilatildeo aos cuidados agrave crianccedila
hospitalizada natildeo eacute uma tarefa faacutecil tendo em vista que natildeo se tem claro qual o seu novo
papel neste processo (COLLET e ROCHA 2004)
Eacute possiacutevel ver nas falas que a presenccedila do acompanhante causa para a equipe de
enfermagem a seguranccedila de ter algueacutem para ldquovigiarrdquo ldquotomar contardquo e natildeo deixar que a
crianccedila hospitalizada perca o acesso venoso quando na verdade eacute funccedilatildeo da equipe de
enfermagem cuidados referentes ao acesso venoso perifeacuterico
33
Jaacute o acompanhante eacute definido pelo Ministeacuterio da Sauacutede como uma pessoa significativa
para a crianccedila que representa sua rede social e que vai acompanhaacute-lo durante a permanecircncia
no ambiente hospitalar ressaltando assim sua importacircncia Esse fato se reforccedila visto que a
crianccedila encontra nos familiares a forccedila e seguranccedila necessaacuteria para encarar todo esse processo
doloroso e desconhecido (MURAKAMI e CAMPOS 2011 p255)
O acompanhante aleacutem de minimizar o sofrimento do paciente pediaacutetrico faz com que
o mesmo sinta-se mais a vontade Eacute importante ressaltar que o familiarresponsaacutevel natildeo soacute
pode como deve participar das atividades da crianccedila no hospital desde que estas natildeo sejam
competecircncias dos profissionais que os cercam Essas atividades satildeo caracterizadas como
semelhantes aos que eles realizam diariamente fora do ambiente hospitalar como o banho
Poreacutem no caso de um paciente com punccedilatildeo venosa perifeacuterica o profissional de enfermagem
deve auxiliar no cuidado para que essa natildeo se perca
Os cuidados dos familiaresacompanhantes satildeo os mesmos que os desenvolvidos no
domiciacutelio e os cuidados prestados pela equipe de enfermagem satildeo aqueles que demandam
conhecimento teacutecnico-cientiacutefico especializado (SOUZA e OLIVEIRA 2010 p558)
Mesmo alguns cuidados parecerem simples e rotineiros quando eacute prestado no
hospital assumem novas caracteriacutesticas com o uso de dispositivos tecnoloacutegicos os quais se
tornam complexos (PIMENTA E COLLET 2009)
O ato de cuidar envolve o respeito agrave maneira como vive cada indiviacuteduo de acordo
com suas crenccedilas valores costumes e cultura A famiacutelia como uma instituiccedilatildeo atende agraves
necessidades bioloacutegicas de seus membros sendo sua responsabilidade cuidar e criar os filhos
incluindo a obrigaccedilatildeo da alimentaccedilatildeo higiene vestuaacuterio e moradia (ELSEN22
Nas entrevistas podemos verificar falas em que o acompanhante eacute citado como
responsaacutevel por avaliar a punccedilatildeo venosa A equipe de enfermagem deve sempre partir do
pressuposto que o familiar acompanhante natildeo tem conhecimento cientiacutefico e certo tipo de
cuidado natildeo deve se delegado para o mesmo mostrando assim a importacircncia da orientaccedilatildeo do
acompanhante quanto aos procedimentos dispositivos utilizados e cuidados em que os
etal 1994
apud SOUZA e OLIVEIRA 2010 p 553)
22 Elsen I Patriacutecio ZM Assistecircncia agrave crianccedila hospitalizada tipos de abordagens e suas implicaccedilotildees para a enfermagem In A enfermagem em pediatria e puericultura Rio de Janeiro (RJ) Atheneu 2005
34
mesmos possam auxiliar Seguem abaixo as falas onde os profissionais ressaltaram a
importacircncia da orientaccedilatildeo do acompanhante
ldquoNem sempre a crianccedila vai entender o porque de estar com aquele acesso entatildeo tem que ter uma orientaccedilatildeo do acompanhanterdquo (Bela)
ldquoTem que haver orientaccedilatildeo do acompanhante para os cuidadosrdquo (Ariel)
ldquoAgraves vezes tem ate o exemplo de um pai que natildeo deixa trocar o acesso jaacute tinha mais de uma semana e ele natildeo queria que trocasse ai faz febre e natildeo sabe da onderdquo (Alice)
Para Souza e Oliveira (2010 p555) deve haver uma preocupaccedilatildeo em orientar
considerando que o outro natildeo tem nenhum tipo de conhecimento sobre o assunto Poreacutem
Queiroz e Jorge23
Apesar das dificuldades o profissional de enfermagem deve estabelecer um viacutenculo de
confianccedila com o acompanhante buscando sempre deixaacute-los ciente das situaccedilotildees e fazendo-os
participar dos cuidados plausiacuteveis sem causar nenhum dano agrave crianccedila e de maneira alguma
abandonar suas atribuiccedilotildees
(2004 apud SOUZA e OLIVEIRA 2010 p 556) ressaltam que apesar de os
profissionais terem intenccedilatildeo de orientar os cuidados para a sauacutede repassam conhecimentos
elaborados cientificamente dificultando a compreensatildeo do familiar aleacutem de a relaccedilatildeo se dar
de maneira vertical assimeacutetrica e coercitiva
23 Queiroz MVO Jorge MSB Accedilotildees educativas no cuidado infantil e intervenccedilotildees dos profissionais junto agraves famiacutelias Acta Scientiarum Maringaacute 2004 janjun 26(1) 27-34
35
CONCLUSAtildeO
Atraveacutes desse estudo foi possiacutevel descrever e analisar os cuidados que os profissionais
de enfermagem realizam acerca da permanecircncia do acesso venoso perifeacuterico Aleacutem disso a
realizaccedilatildeo da pesquisa permitiu identificar a desarticulaccedilatildeo do processo de enfermagem e a
praacutetica desconectada da produccedilatildeo cientiacutefica caracterizando a falta de uma educaccedilatildeo
continuada efetiva
A anaacutelise dos dados demonstra o processo de punccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico
ressaltando a importacircncia de cuidados como a seleccedilatildeo do local a diluiccedilatildeo da medicaccedilatildeo a
realizaccedilatildeo de uma boa fixaccedilatildeo a atenccedilatildeo com a velocidade de infusatildeo os cuidados com os
sinais de infecccedilatildeo e salinizaccedilatildeo do acesso natildeo deixando de salientar cuidados em desuso
como o uso da heparina da tala e duvidas em relaccedilatildeo ao tempo de permanecircncia Evidenciou
tambeacutem que a equipe de enfermagem delega alguns cuidados para os acompanhantes
Natildeo foi possiacutevel perceber o niacutevel de conhecimento cientiacutefico dos profissionais visto
que eles em nenhum momento por natildeo saberem ou por medo de se expor natildeo explicaram de
fato nenhum cuidado que disseram realizar Sempre citaram de forma superficial e direta
deixando claro tambeacutem que o pesquisador natildeo os indagou quanto a isso Poreacutem creio que
diante de cuidados tatildeo importantes e de frequente praacutetica os mesmos falariam facilmente
sobre os cuidados de enfermagem na permanecircncia do acesso venoso perifeacuterico
Apesar dos entrevistados citarem alguns fatores e cuidados realizados de forma
correta eacute visiacutevel que os mesmos realizam os cuidados com a punccedilatildeo e a permanencia do
acesso de forma automaacutetica sem unir a praacutetica com o fundamento do mesmo
Eacute importante destacar tambeacutem a importacircncia do preparo emocional da crianccedila como
tambeacutem os cuidados com a famiacutelia dos mesmos O trabalho de humanizaccedilatildeo realizado pela
36
enfermagem faz grande diferenccedila nessas situaccedilotildees visto que os pacientes e acompanhantes
tendo conhecimento do que seraacute realizado ficariam mais tranquilos
O estudo contribuiu para o campo do ensino nesta aacuterea dando destaque ao importante
papel que o profissional de enfermagem deve desempenhar no cuidado e na manutenccedilatildeo do
acesso venoso perifeacuterico Contudo vale ressaltar a importacircncia do incentivo ao profissional a
buscar na literatura natildeo soacute esclarecimento de suas duvidas mas tambeacutem novos
conhecimentos
Pode colaborar ainda para a realizaccedilatildeo de novas pesquisas na aacuterea procurando
eliminar duacutevidas e controveacutersias sobre o tema Buscando assim a realizaccedilatildeo de um cuidado de
enfermagem articulado e eficaz promovendo o bem-estar do paciente pediaacutetrico durante a
hospitalizaccedilatildeo
37
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44
APEcircNDICE I
TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO
DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO Tiacutetulo Do Projeto Os cuidados de enfermagem acerca dos acessos venosos perifeacutericos na unidade pediaacutetrica Pesquisador Responsaacutevel Rosane Cordeiro Burla de Aguiar Eny Dorea Paiva e Karina Rodrigues Fernandes Instituiccedilatildeo a que Pertence o Pesquisador Responsaacutevel Universidade Federal Fluminense Telefone para contato (21) 98355269 (21) 82392939 (21) 91786609 Nome do voluntaacuterio _________________________________________________________ Idade ________ anos RG ____________________________
AO Sr (a) estaacute sendo convidado (a) a participar do projeto de pesquisa OS CUIDADOS DE
ENFERMAGEM ACERCA DOS ACESSOS VENOSOS PERIFEacuteRICOS NA UNIDADE PEDIATRICA de
responsabilidade da pesquisadora Profordf Drordf Rosane Cordeiro Burla de Aguiar e Profordf Drordf Eny Dorea Paiva A
punccedilatildeo venosa perifeacuterica eacute um procedimento essencial durante a hospitalizaccedilatildeo da crianccedila visto que eacute atraveacutes
dela que eacute administrada grande parte das medicaccedilotildees Este estudo se justifica diante da importacircncia da
necessidade de um maior periacuteodo de permanecircncia dos acessos venosos perifeacutericos Com isso aleacutem da
diminuiccedilatildeo de eventos que causam dor e irritaccedilatildeo na crianccedila e na famiacutelia promoveraacute tambeacutem uma melhor estada
dos mesmos durante o periacuteodo de hospitalizaccedilatildeo Os objetivos da pesquisa satildeo 1) Descrever os fatores que
interferem na manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico de acordo com a equipe de enfermagem 2)Analisar os
cuidados da equipe de enfermagem na manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico A coleta de dados se daraacute
atraveacutes de entrevistas semi estruturadas que seratildeo gravadas As informaccedilotildees colhidas seratildeo tratadas de forma
anocircnima e confidencial ou seja em nenhum momento seratildeo divulgados o seu nome e somente os
pesquisadores teratildeo acesso agraves informaccedilotildees Os dados obtidos com a pesquisa poderatildeo ser publicados apenas com
fins cientiacuteficos Eles natildeo seratildeo utilizados para fins comerciais ou para outra finalidade qualquer Caso necessite
poderatildeo ser marcados encontros para respostas ou esclarecimentos de qualquer duacutevida acerca da pesquisa A sua
participaccedilatildeo eacute voluntaria e eacute importante lembrar que vocecirc poderaacute desistir de participar da pesquisa em qualquer
momento A entrevista seraacute marcada em um dia e horaacuterio que vocecirc achar melhor Seraacute realizada
individualmente em um ambiente que nos ofereccedila privacidade Esta pesquisa natildeo oferece riscos para vocecirc e os
benefiacutecios da sua participaccedilatildeo satildeo de aumentar o conhecimento cientiacutefico na aacuterea de Enfermagem Pediaacutetrica
aleacutem de contribuir para a praacutetica profissional Este documento seraacute elaborado em duas vias uma para vocecirc e a
outra seraacute arquivada pelo pesquisador
Eu_____________________________________________________________ RG no _____________________________ Declaro que apoacutes ter entendido o que me foi explicado consinto voluntariamente em participar do presente Protocolo de Pesquisa entendo ainda que posso retirar o meu consentimento a qualquer momento antes ou durante a realizaccedilatildeo do mesmo declaro ter sido informada(o) e concordo em participar como voluntaacuteria(o) da pesquisa acima descrita Rio de Janeiro_______de_______________de 20___ _____________________________ ________________________________
(Participante) Karina Rodrigues Fernandes (Responsaacutevel por obter o consentimento)
______________________________________ _______________________________________ (Testemunha) (Testemunha)
45
APEcircNDICE II
ROTEIRO PARA ENTREVISTA
1) O que vocecirc acha que pode levar a perda do acesso perifeacuterico
2) Para vocecirc o que eacute importante para manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico nas
crianccedilas
3) O que vocecirc acha que pode interferir na sua manutenccedilatildeo
4) Que medidas vocecirc adota no seu dia a dia para manter o acesso
5) Na sua vivencia profissional o que vocecirc discorda dos cuidados que geralmente satildeo
utilizados para manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico
46
ANEXO
47
48
KARINA RODRIGUES FERNANDES
OS CUIDADOS DE ENFERMAGEM ACERCA DOS ACESSOS VENOSOS
PERIFEacuteRICOS NA UNIDADE PEDIAacuteTRICA
Trabalho de conclusatildeo de curso apresentado agrave Coordenaccedilatildeo de Curso de Graduaccedilatildeo em Enfermagem e Licenciatura como requisito parcial para obtenccedilatildeo do tiacutetulo de Bacharel em Enfermagem e Licenciatura
BANCA EXAMINADORA
__________________________________________________________________________
Profa Dr Rosane Cordeiro Burla de Aguiar
Presidente (EEAAC ndash UFF)
__________________________________________________________________________
Profa Dr Eny Doacuterea Paiva
1ordf examinadora (EEAAC ndash UFF)
__________________________________________________________________________
Profa Dr Liliane Faria da Silva
2ordf examinadora (EEAAC ndash UFF)
Niteroacutei RJ
2014
Dedicatoacuteria
Dedico este trabalho ao meu pai que estaacute e estaraacute sempre em meu pensamento
Agradecimentos
Primeiramente a Deus por ter me sustentado e dado forccedilas para seguir em frente a cada momento em
que fraquejei e desejei desistir Por me permitir concluir essa etapa e por me mostrar ao longo desses
anos que eu sou mais forte do que eu pensava Obrigada Deus
A toda minha famiacutelia pela ajuda e incentivo durante cada ano de faculdade A minha matildee e a minha
irmatilde Karen os pilares da minha vida por estarem sempre comigo me apoiando e amando
incondicionalmente A Tia Doca por ser minha segunda matildee e estar sempre pronta para ajudar Amo
vocecircs
Ao Cristiano por estar sempre comigo me ajudando me levantando quando preciso e me amando
principalmente nos momentos de ldquodesesperordquo com os prazos Por acordar quando eu queria
conversar por servir de motorista nos momentos que precisava e por ser aleacutem de tudo meu amigo
Te amo
A minha querida orientadora Rosane por me proporcionar o encontro com a aacuterea da pediatria pela
paciecircncia com minhas dificuldades e ainda pela oportunidade de convivecircncia e aprendizado
contribuindo para o meu crescimento pessoal e profissional
A Hanna por ser meu apoio em todo o inicio da faculdade 24 horas por dia sendo mais que uma
amiga uma irmatilde E mesmo depois apesar de tanta correria ainda conseguir um tempo para almoccedilar
conversar e comer um ldquojapardquo Vocecirc eacute essencial na minha vida amo vocecirc
Aos anjinhos que ldquoUFFrdquo colocou em minha vida Laiacutes e Barbara por estarem sempre prontas para
me segurar me apoiar dar bronca e fofocar Por dividir segredos laacutegrimas opiniotildees aleacutem de
momentos inesqueciacuteveis como decolar do Aeroporto Santos Dumond Obrigada por tudo Amo vocecircs e
vou morrer de saudades dos nossos dias
A minha querida e amada turma 20092 que mesmo fragmentada em vaacuterios periacuteodos permaneceu
unida se tornando uma grande famiacutelia durante esses cinco anos e me proporcionou momentos que
vou lembrar para o resto da minha vida
Aos demais professores e funcionaacuterios da Escola de Enfermagem Aurora de Afonso Costa pela
oportunidade de compartilhar momentos gratificantes de aprendizagem
Meu eterno agradecimento
RESUMO
Os cuidados para a manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico eacute uma accedilatildeo essencial durante uma internaccedilatildeo na qual a permanecircncia do dispositivo eacute dificultada por diversos fatores principalmente quando se trata de um paciente pediaacutetrico Por conta de repetitivas perdas as repeticcedilotildees das punccedilotildees podem gerar trauma emocional dificultando ainda mais o periacuteodo de estada do paciente no hospital Desta forma o presente trabalho tem o objetivo descrever os fatores que interferem na manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico de acordo com a equipe de enfermagem e analisar os cuidados da equipe de enfermagem na manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico Possui como objeto de estudo os cuidados da equipe de enfermagem na manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico Trata-se de uma pesquisa descritiva exploratoacuteria de abordagem qualitativa onde nove (9) profissionais da equipe de enfermagem do setor de internaccedilatildeo pediaacutetrica de um Hospital Universitaacuterio do Rio de Janeiro foram entrevistados de acordo com um roteiro A coleta de dados deu-se por meio de entrevista semi-estruturada As falas foram submetidas agrave anaacutelise de conteuacutedo e das entrevistas emergiram trecircs (03) categorias ldquoCuidados preacute intra e poacutes-procedimento de punccedilatildeo do acesso venoso perifeacutericordquo ldquoCuidados em desuso para manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacutericordquo e ldquoO acompanhante e a manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacutericordquo O estudo retratou o processo de punccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico ressaltando a importacircncia de cuidados como a seleccedilatildeo do local a diluiccedilatildeo da medicaccedilatildeo a realizaccedilatildeo de uma boa fixaccedilatildeo a atenccedilatildeo com a velocidade de infusatildeo os cuidados com os sinais de infecccedilatildeo e salinizaccedilatildeo do acesso aleacutem de constatar tambeacutem os cuidados em desuso como o uso da heparina da tala de imobilizaccedilatildeo e duacutevidas em relaccedilatildeo ao tempo de permanecircncia Evidenciou o fato da equipe de enfermagem responsabilizar o acompanhante pelos cuidados com o cateter venoso perifeacuterico e tambeacutem o natildeo uso da literatura cientifica para solucionar duvidas e agregar conhecimento Com isso o estudo atingiu os objetivos propostos e tambeacutem contribuiu para o campo do ensino abrindo portas para a realizaccedilatildeo de novas pesquisas na aacuterea Palavras-chave cateterismo venoso perifeacuterico cuidados de enfermagem enfermagem pediaacutetrica
ABSTRACT Care for the maintenance of peripheral venous access is an essential action during a hospitalization in which the permanence of the device is hampered by several factors especially when it comes to a pediatric patient Because of repetitive losses the repetitions of punctures can cause emotional trauma further hindering the period of stay of the patient in the hospital Thus the present study aims to describe the factors affecting the maintenance of peripheral venous access in accordance with the nursing staff and analyze the care of the nursing staff in the maintenance of peripheral venous access Has as its object of study the care of the nursing staff in the maintenance of peripheral venous access This is an exploratory descriptive and qualitative study where nine (9) professional nursing staff of the pediatric inpatient ward of a university hospital in Rio de Janeiro were interviewed according to a script The data was collected by means of semi - structured interview The speeches were subjected to content analysis and interviews revealed three ( 03 ) categories Care pre intra and post - puncture procedure from peripheral venous access Care in disuse for maintenance of peripheral venous access and The companion and maintenance of peripheral venous access The study portrayed the process of puncture of peripheral venous access emphasizing the importance of care as site selection diluting the medication performing a good fixation attention to the rate of infusion the care of the signs of infection and salinity of access and also noted the care into disuse as the use of heparin the splint immobilization and questions about the length of stay Highlighted the fact that the nursing staff responsible for the care of the accompanying peripheral venous catheter and also not using the scientific literature to solve doubts and aggregate knowledge With that the study achieved its goals and also contributed to the field of education opening doors to new research in the area Key words peripheral venous catheterization nursing care pediatric nursing
SUMAacuteRIO
1 INTRODUCcedilAtildeO p 8
11 Questotildees norteadoras p 9
12 Objeto do estudo p9
13 Objetivos p9
14 Justificativa e relevacircncia p9
2 REVISAtildeO DE LITERATURA p 11
21 Hospitalizaccedilatildeo infantil e seus estressores p 11
22 Acesso venoso perifeacuterico em pediatria p 13
3 METODOLOGIA p 17
31 Tipo de pesquisa p17
32 Sujeitos da pesquisa p17
33 Cenaacuterio p18
34 Coleta de dados p18
35 Questotildees eacuteticas da pesquisa p19
36 Analise dos dados p20
4 RESULTADOS E DISCUSSAtildeO p22
41 Os cuidados de enfermagem preacute intra e poacutes-procedimento de punccedilatildeo do acesso
venoso perifeacuterico p 22
42 Os cuidados em desuso para manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico p 28
43 O acompanhante e a manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico p31
CONCLUSAtildeO p 35
REFEREcircNCIAS p37
APEcircNDICE I p 44
APEcircNDICE II p45
ANEXO p46
8
1 INTRODUCcedilAtildeO
A motivaccedilatildeo pelo assunto veio durante o ensino teoacuterico praacutetico da disciplina
Enfermagem na sauacutede da crianccedila e do adolescente II na enfermaria pediaacutetrica do Hospital
Universitaacuterio Antonio Pedro quando me incomodei com o excesso de punccedilatildeo perifeacuterica
realizado nas crianccedilas gerando impacto nas mesmas e na famiacutelia durante o procedimento
A hospitalizaccedilatildeo em si eacute uma situaccedilatildeo estressante jaacute que a crianccedila perde o controle em
relaccedilatildeo a sua liberdade aleacutem do conviacutevio com pessoas estranhas e da mudanccedila de ambiente e
rotina (HOCKENBERRY e WILSON 2011 p676) Com isso em uma situaccedilatildeo de diversas
perdas de acesso venoso as repeticcedilotildees do procedimento causam trauma emocional tornando
ainda mais doloroso o periacuteodo de estada do paciente no hospital
A punccedilatildeo venosa perifeacuterica eacute um procedimento essencial para manejo da crianccedila
durante a hospitalizaccedilatildeo visto que em grande parte as medicaccedilotildees satildeo administradas por essa
via onde o efeito eacute quase instantacircneo e permite infusatildeo de maior volume Poreacutem esse tipo de
procedimento eacute doloroso e estressante deixando a crianccedila sujeita a traumas por agentes
bioloacutegicos quiacutemicos fiacutesicos e emocionais sendo funccedilatildeo do enfermeiro prevenir diminuir ou
erradicar esses riscos (CORREIA RIBEIRO BORBA 2009 p559)
A permanecircncia do dispositivo eacute dificultada por diversos fatores como uma infecccedilatildeo a
fixaccedilatildeo inadequada o trauma durante a infusatildeo e a movimentaccedilatildeo da crianccedila A cobertura
utilizada eacute de suma importacircncia nessa situaccedilatildeo sendo ela muitas das vezes a causa da perda
de um acesso e entatildeo a necessidade de nova punccedilatildeo venosa Por conta disso esse tipo de
procedimento causa grande desconforto para a famiacutelia para a crianccedila e tambeacutem para o
profissional (CORREIA RIBEIRO BORBA 2009 p559)
Uma grande pesquisa conduzida sobre a temaacutetica concluiu que com ldquo592 crianccedilas e
1135 tentativas de punccedilatildeo realizadas por 143 enfermeiras 10 de taxa de insucesso no
9
procedimento poreacutem com cerca de 50 de insucesso na primeira tentativardquo Cada crianccedila foi
submetida a 21 tentativas (LARSEN1
11 Questotildees norteadoras
et al 2010 apud NEGRI et al 2012)
Quais os fatores que podem interferir na permanecircncia do acesso venoso em uma
crianccedila hospitalizada
Quais satildeo os cuidados da equipe de enfermagem para aumentar o tempo de
permanecircncia de um acesso venoso perifeacuterico em uma crianccedila hospitalizada
12 Objeto de estudo
Os cuidados da equipe de enfermagem na permanecircncia do acesso venoso perifeacuterico
13 Objetivos
Descrever e discutir os cuidados de enfermagem acerca da permanecircncia dos acessos
venosos perifeacutericos na pediatria
14 Justificativa e relevacircncia
Diante da problemaacutetica exposta eacute possiacutevel identificar a importacircncia da necessidade de
um maior periacuteodo de permanecircncia dos acessos venosos perifeacutericos Com isso aleacutem da
diminuiccedilatildeo de eventos que causam dor e irritaccedilatildeo na crianccedila e na famiacutelia promoveraacute tambeacutem
uma melhor estada dos mesmos durante o periacuteodo de hospitalizaccedilatildeo
Oliveira Bezerra e Pereira (2008 p96) chegaram a conclusatildeo que os enfermeiros
prestam assistecircncia agraves crianccedilas dentro dos paracircmetros poreacutem devem ter mais cuidados em
alguns pontos como ldquonecessidade de maior atenccedilatildeo na quantidade e velocidade da infusatildeo da
terapia mais controle do calibre do cateter identificaccedilatildeo do acesso complicaccedilotildees e troca de
fixaccedilatildeordquo
O presente estudo possui relevacircncia pois busca descrever os principais cuidados que a
equipe de enfermagem desenvolve na manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico na pediatria
demonstrando o que a equipe faz efetivamente para aumentar o tempo de permanecircncia desse
1 Larsen P Eldridge D Brinkley J Newton D Goff D Hartzog T Saad ND Perkin R Pediatric peripheral intravenous access does nursing experience and competence really make a difference J Infus Nurs 201033(4)226-35
10
dispositivo visto que a sua inserccedilatildeo jaacute eacute um evento estressante para crianccedila e sua famiacutelia
durante a hospitalizaccedilatildeo Eacute relevante tambeacutem natildeo soacute para os enfermeiros pediaacutetricos como
tambeacutem para todos os profissionais da aacuterea de sauacutede que procuram aprofundar seus
conhecimentos acerca dos cuidados na assistecircncia de enfermagem da cateterizaccedilatildeo venosa
perifeacuterica
11
2 REVISAtildeO DE LITERATURA
21 Hospitalizaccedilatildeo infantil e seus estressores
Durante a vida de uma crianccedila as principais situaccedilotildees de crise que normalmente elas
vivenciaratildeo estatildeo relacionadas agrave doenccedila ou a uma possiacutevel hospitalizaccedilatildeo Frente a estes
fatores elas se mostram vulneraacuteveis diante das mudanccedilas impostas relacionadas ao estado de
sauacutede e a sua rotina de vida (HOCKENBERRY e WILSON 2011 p676)
ldquoA hospitalizaccedilatildeo representa para a crianccedila uma situaccedilatildeo diferente de todas as jaacute
vivenciadas haja vista que sua rotina diaacuteria eacute modificada Ela encontra-se em um ambiente
impessoal repleto de tabus e significados diferente do seu contexto diaacuteriordquo (JANSEN
SANTOS e FAVERO 2010 p248)
Segundo Brito et al (2009 p 803) a crianccedila hospitalizada eacute ldquoafastada de seu ambiente
familiar de seus amigos da escola e de seus objetos pessoais perdendo assim grande parte de
suas referecircnciasrdquo com isso esse periacuteodo de hospitalizaccedilatildeo pode causar impacto sobre o estado
psicoloacutegico da mesma
Conforme Hockenberry e Wilson (2011 p676) as crianccedilas natildeo possuem habilidades
de enfrentamento suficientes para resolver determinados estressores Como principais
estressores pode-se citar ldquoa separaccedilatildeo a perda de controle lesatildeo corporal e dorrdquo
Um dos procedimentos mais dolorosos e estressantes para a crianccedila eacute a punccedilatildeo venosa
onde na maioria dos casos constitui a primeira escolha para a administraccedilatildeo de medicamentos
nutriccedilatildeo parenteral hemoderivados e coleta de exames sanguumliacuteneos(OLIVEIRA BEZERRA e
PEREIRA 2008 p91)
12
ldquoA crianccedila eacute um ser em crescimento e desenvolvimento com particularidades e
caracteriacutesticas proacutepriasrdquo (MATHEWS-SIMONTON2
Esse periacuteodo de internaccedilatildeo ldquopode deixar a crianccedila ansiosa insegura e com medo
principalmente quando natildeo eacute preparada para a hospitalizaccedilatildeo e o tratamento a que seraacute
submetidardquo Para Martins (2001) isso contribui para aumentar o medo e a ansiedade
expressos por meio do choro da raiva e ateacute mesmo por agressotildees
1990 apud COA e PETTENGILL
2006 p434) Isso significa que a crianccedila iraacute se comportar de acordo com a situaccedilatildeo imposta
pois isso dependeraacute natildeo soacute da idade de desenvolvimento como tambeacutem de suas experiecircncias
com determinadas situaccedilotildees
Diante de todo o processo de hospitalizaccedilatildeo a crianccedila pode apresentar diversas
manifestaccedilotildees comportamentais sendo consideradas mais comuns as ldquoregressotildees diminuiccedilatildeo
no ritmo do desenvolvimento desordens do sono e da alimentaccedilatildeo dependecircncia
agressividade apatia estados depressivos fobias e transtornos de comportamento em geralrdquo
(BAR-MOR3
Para a famiacutelia ldquoa hospitalizaccedilatildeo de um filho geralmente eacute encarada como uma
situaccedilatildeo de crise para a famiacutelia e para a crianccedilardquo O profissional de enfermagem deve se
organizar seu trabalho com estrateacutegias que minimizem o sofrimento no ambiente hospitalar e
na assistecircncia agrave crianccedila (THOMAZINE et al 2008 p146)
1997 apud BRITO et al 2009 p203) Com a atenccedilatildeo voltada para atender a
demanda e a necessidade fisioloacutegica da crianccedila os profissionais da equipe de enfermagem
geralmente ldquodedicam pouca ou nenhuma atenccedilatildeo agraves questotildees psicoloacutegicas e sociais da crianccedila
hospitalizada e de sua famiacuteliardquo(JANSEN SANTOS e FAVERO 2010 p248)
A qualidade do ambiente pode afetar diretamente no processo de recuperaccedilatildeo com
isso ldquoas intervenccedilotildees no contexto hospitalar devem visar agrave promoccedilatildeo de condiccedilotildees favoraacuteveis
agrave reabilitaccedilatildeo dos efeitos de experiecircncias adversas ao desenvolvimento das crianccedilasrdquo Isso
sugere que o ambiente aleacutem de incentivar a sauacutede deve ser planejado de maneira supra agraves
necessidades dos pacientes levando em conta os aspectos psicoloacutegicos pedagoacutegicos e
2 Mathews-Simonton S A famiacutelia e a cura o meacutetodo Simonton para famiacutelias que enfrentam uma doenccedila Satildeo Paulo Summus 1990 3 Bar-Mor G Preparation of children for surgery and invasive procedures milestones on the way to success J Pediatr Nurs1997Aug12(4) 252-255
13
socioloacutegicos da crianccedila e de sua famiacutelia (SOARES e ZAMBERLAN4
Para humanizar a assistecircncia agrave crianccedila hospitalizada e atender a suas reais
necessidades os pais foram inseridos na cliacutenica pediaacutetrica com direito a permanecircncia integral
nos casos de internaccedilatildeo Isso ocorreu no iniacutecio da deacutecada de 1990 no Brasil com a
legalizaccedilatildeo estabelecida pelo Estatuto da Crianccedila e do Adolescente (THOMAZINE et al
2008 p145) Com isso ldquomuitos hospitais natildeo consideram mais os pais como visitantes e
enfatizam sua presenccedila durante todo o periacuteodo da hospitalizaccedilatildeordquo fazendo uso de um sistema
de cuidado centrado na famiacutelia (HOCKENBERRY e WILSON 2011 p685)
1995 apud BRITO et
al 2009 p803)
Durante o processo de hospitalizaccedilatildeo as crianccedilas satildeo submetidas a diversas condutas e
procedimentos como por exemplo exames e administraccedilatildeo de medicamentos A punccedilatildeo
venosa eacute um dos principais procedimentos que causam dor e muitas vezes existe a
necessidade de vaacuterias punccedilotildees durante um mesmo dia Vale ressaltar que para a crianccedila esse
tipo de procedimento se iguala a uma agressatildeo jaacute que ldquona maioria das vezes eacute acompanhado
de dor ou medo o que se traduz no choro e na ansiedaderdquo (COLLET5
2002 apud GOMES et
al 2011 p290)
22 Acesso venoso perifeacuterico em pediatria
Para Correia et al (2009 p559) a fim evitar um trauma emocional durante a punccedilatildeo
as crianccedilas precisam ser orientadas sobre o tratamento seus objetivos e receber atenccedilatildeo
carinhosa neste momento
A fim de tornar o processo de cateterizaccedilatildeo venosa menos doloroso e estressante para
a crianccedila deve-se ter preferecircncia pelas veias que menos comprometam suas atividades
essenciais Neste intuito deve-se evitar por exemplo puncionar uma veia na matildeo que
dificulte o ato de se alimentar desenhar e ateacute mesmo brincar (OLIVEIRA BEZERRA e
PEREIRA 2008 p91)
4 Soares MRZ Zamberlan MAT A inclusatildeo do brincar na hospitalizaccedilatildeo infantil Est Psicol maioago18(2) 64-9 5 Collet N Oliveira BRG de Manual de Enfermagem em Pediatria Goiacircnia AB 2002
14
O acesso vascular eacute uma das principais modalidades de tratamento utilizadas na
assistecircncia agrave sauacutede Existe ampla aceitaccedilatildeo difusatildeo e praacutetica desse procedimento pelos
profissionais da aacuterea da assistecircncia agrave sauacutede (FERREIRA et al 2005)
Foi na deacutecada de 40 que o uso de cateter vascular foi introduzido nos hospitais
tornando-se essencial para as atividades assistenciais da modernidade (WORTHIGTON6
Para Peterlini e Chaud (2003) tal procedimento se define como um conjunto de
conhecimentos e teacutecnicas que visam agrave administraccedilatildeo de soluccedilotildees ou faacutermacos no sistema
circulatoacuterio abrangendo o preparo do paciente a escolha obtenccedilatildeo e manutenccedilatildeo do acesso
venoso os meacutetodos de preparo e administraccedilatildeo de drogas e soluccedilotildees e os cuidados referentes
agrave frequecircncia de troca do cateter curativos dispositivos de infusatildeo e soluccedilotildees
2005 apud MENDONCcedilA et al 2011 p330)
Primeiramente o acesso perifeacuterico era mantido com agulhas de accedilo inoxidaacutevel as
quais apesar de oferecerem menor risco de infecccedilatildeo satildeo riacutegidas e facilitavam perda do
acesso Em 1945 passou a ser utilizado o cateter venoso plaacutestico que permitia manutenccedilatildeo do
acesso por tempo prolongado (FERNANDES e RIBEIRO7
Quanto ao tempo de permanecircncia em pacientes pediaacutetricos o cateter deve ser mantido
ateacute o teacutermino da terapia intravenosa ou quando forem observados sinais cliacutenicos de
complicaccedilotildees diferentemente dos pacientes adultos onde o tempo de permanecircncia
preconizado eacute de 72 a 96 horas (CENTERS FOR DISEASE CONTROL AND
PREVENTION-CDC 2002)
2000 apud MARTINS et al 2008
p 485) Habitualmente o material de punccedilatildeo que vem sendo utilizado em crianccedilas satildeo os
cateteres flexiacuteveis tipo abocath com mandril metaacutelico (BATALHA et al 2010 p512)
Associaccedilatildeo Paulista de Estudos e Controle de Infecccedilatildeo Hospitalar (2005 apud
Moncaio e Figueiredo 2009) ressaltam que ldquoas principais complicaccedilotildees infecciosas para o
paciente satildeo flebite infecccedilatildeo do siacutetio de inserccedilatildeo do cateter extravasamento de soluccedilatildeo e
bacteremia relacionada ao cateterrdquo Certos fatores podem contribuir para o aparecimento de
tais complicaccedilotildees como o tipo do cateter que seraacute utilizado o preparo do local da punccedilatildeo
aleacutem de caracteriacutesticas intriacutensecas do paciente Vale acrescentar que ldquoos cateteres 6 Worthigton T Elliot TSJ Diagnosis of central venous catheter related infection in adult pacient J Infect 2005 51267-80 7 Fernandes AT Ribeiro Filho N Infecccedilatildeo do acesso vascular In Fernandes AT Fernandes M OV Ribeiro Filho N Infecccedilatildeo hospitalar e suas interfaces na aacuterea da sauacutede Satildeo Paulo (SP) Atheneu 2000 p 556-79
15
confeccionados em Teflon e poliuretano estatildeo associados a baixas frequecircncias de
complicaccedilotildees infecciosas quando comparados aos de polivinilcloreto e polietilenordquo
CENTERS FOR DISEASE CONTROL AND PREVENTION-CDC 2002)
ldquoNo acircmbito hospitalar a flebite eacute uma das complicaccedilotildees mais frequentes e
considerada uma das principais falhas da infusatildeordquo Eacute o processo inflamatoacuterio da camada
iacutentima das veias ocasionado por irritaccedilatildeo mecacircnica quiacutemica ou infecccedilotildees bacterianas
apresentando manifestaccedilotildees como dor edema hiperemia local e calor (GABRIEL8
Machado et al(2008) relata que ldquocerca de 1 a 10 destes pacientes desenvolvem
infecccedilotildees locais ou sistecircmicas relacionadas ao uso de cateteres causadas por alteraccedilatildeo ou
ruptura da integridade da pele que permite a passagem de microorganismos colonizadoresrdquo
2008
apud MAGEROTE et al 2011 p 487)
O curativo para fixaccedilatildeo do cateter eacute outro ponto importante para a manutenccedilatildeo do
mesmo visto que a ldquofixaccedilatildeo reduz o risco de complicaccedilotildees relacionadas agrave terapia intravenosa
tais como flebite infiltraccedilatildeo septicemia e deslocamento do cateterrdquo aleacutem de mantecirc-lo limpo
e seco permitindo a visualizaccedilatildeo contiacutenua do mesmo a fim de prevenir os agravos
(PHILLIPS9
No seacuteculo passado durante os primeiro 50 anos da praacutetica da terapia intravenosa
utilizava-se para fixaccedilatildeo gaze esteacuteril e fitas adesivas O iniacutecio do uso de filmes transparentes
esteacutereis se deu em 1970 como solicitaccedilatildeo dos enfermeiros quanto agrave necessidade da retirada do
curativo para realizar a inspeccedilatildeo do local de inserccedilatildeo funccedilatildeo atribuiacuteda aos mesmos a fim de
impedir uma infecccedilatildeo de corrente sanguiacutenea (MACHADO PEDREIRA E CHAUD 2008)
2001 apud SILVA E ZANETTI 2004 p233)
O uso de fitas adesivas natildeo-esteacutereis pode ser bastante observado em algumas
instituiccedilotildees de sauacutede contudo fita adesiva soacute natildeo estaacute contaminada enquanto permanece na
embalagem sugerindo tambeacutem a possibilidade da transmissatildeo de microorganismos
patogecircnicos com a aplicaccedilatildeo da mesma sobre o local de inserccedilatildeo do cateter
(VANDENBOSCH COOCH E TRESTON-AURAND10
8 Gabriel J Infusion therapy part one minimising the risks Nurs Stand 2008 Apr 22(31)51-6
1997 et al MACHADO
PEDREIRA E CHAUD2005 p292)
9 Phillips DL Manual de terapia endovenosa Trad Pedreira MLG Pereira SR Harada MJCS Peterline MAS 2ordf ed Porto Alegre (RS) Artmed 2001551P 10 VandenBosch TM Cooch J Treston-Aurand J Research utilization adhesive bandage dressing regimen for peripheral venous catheters Am J Infect Control 1997 25(6)513-9
16
Acerca da terapia intravenosa podem ocorrer incompatibilidades em relaccedilatildeo aos
faacutermacos administrados e os cateteres utilizados que na maioria das vezes natildeo satildeo percebidos
devido a impossibilidade de visualizaccedilatildeo Essas incompatibilidades satildeo denominadas por
Peterlini Chaud e Pedreira (2006) como adsorccedilatildeo e absorccedilatildeo onde ocorre ldquoperda do faacutermaco
para a superfiacutecie de frascos seringas filtros acessoacuterios e cateteres da terapia intravenosa por
meio de adsorccedilatildeo ou pela absorccedilatildeo do faacutermaco para a matriz do material de confecccedilatildeo desses
dispositivosrdquo Com isso o profissional de enfermagem tem como funccedilatildeo aleacutem do
conhecimento cientiacutefico acerca das drogas utilizadas programar accedilotildees que possibilitem
ldquoreconstituiccedilatildeo diluiccedilatildeo acondicionamento e cuidados na administraccedilatildeo de faacutermacosrdquo
evitando assim prejuiacutezos no tratamento
17
3 METODOLOGIA
31 Tipo de pesquisa
Trata-se de uma pesquisa descritiva exploratoacuteria de abordagem qualitativa com os
profissionais da equipe de enfermagem da unidade de internaccedilatildeo pediaacutetrica de um hospital
universitaacuterio do estado do Rio de Janeiro
Para Minayo Deslandes e Gomes (2007 p 21) a pesquisa qualitativa responde as
questotildees de forma particular de modo que trabalha com o universo dos significados dos
motivos das aspiraccedilotildees das crenccedilas dos valores e atitudes Sendo assim entende-se que as
accedilotildees do ser humano se distinguem a partir do seu pensamento do modo de agir de acordo
com a realidade vivida por cada um
Segundo Gil (1999 p44) ldquoas pesquisas descritivas tecircm como objetivo primordial a
descriccedilatildeo das caracteriacutesticas de determinada populaccedilatildeo ou fenocircmeno ou o estabelecimento de
relaccedilotildees variaacuteveisrdquo
Kauark Manhatildees e Medeiros (2010 p28) determinam a pesquisa exploratoacuteria como
agravequela que ldquoObjetiva a maior familiaridade com o problema tornando-o expliacutecito ou agrave
construccedilatildeo de hipoacutetesesrdquo Acrescenta ainda que a mesma pode conter levantamento
bibliograacutefico entrevistas com pessoas experientes no problema pesquisado entre outras
fontes
32 Sujeitos da pesquisa
A pesquisa contou com um nuacutemero total de nove (9) profissionais da equipe de
enfermagem da unidade de internaccedilatildeo pediaacutetrica de um Hospital Universitaacuterio do Rio de
Janeiro sendo estes dois (2) enfermeiros e sete (7) teacutecnicos de enfermagem De todos os
18
participantes apenas um trabalha no serviccedilo noturno sendo o restante do serviccedilo diurno Os
mesmos satildeo os responsaacuteveis pela instalaccedilatildeo e manipulaccedilatildeo dos os acessos venosos
perifeacutericos supondo assim que tenham maior domiacutenio sobre o assunto abordado
Os sujeitos foram identificados com codinomes referentes agraves princesas da Disney para
que suas identidades sejam preservadas
33 Cenaacuterio
A pesquisa ocorreu na unidade de internaccedilatildeo pediaacutetrica localizada no quinto andar do
Hospital Universitaacuterio do Rio de Janeiro vinculado a uma Universidade Federal
A unidade pediaacutetrica eacute divida em trecircs enfermarias de acordo com a idade das crianccedilas
hospitalizadas sendo denominadas estas Lactente preacute-escolar e escolar A enfermaria
Lactente eacute composta por 5 leitos hospitalizando crianccedilas de 29 dias a 2 anos jaacute na preacute-escolar
encontram-se 6 leitos e acolhe crianccedilas de 2 a 6 anos e na escolar 6 leitos abrigando crianccedilas
de 7 a 12 anos Toda crianccedila hospitalizada tem direito a um acompanhante como eacute
preconizado por direito pelo Artigo doze (12) do Estatuto da Crianccedila e do Adolescente
(Brasil 1990 p3)
A enfermaria conta com um posto de enfermagem localizado no centro da unidade
possibilitando maior visualizaccedilatildeo das enfermarias Possui tambeacutem uma sala de recreaccedilatildeo e
banheiro para os pacientes e acompanhantes Haacute uma sala utilizada pedagogia hospitalar
onde uma professora realiza atividades com as crianccedilas
Vale ressaltar que na unidade haacute uma sala para realizaccedilatildeo de procedimentos dolorosos
como a punccedilatildeo venosa perifeacuterica e sempre que possiacutevel o paciente eacute levado ateacute ela
34 Coleta de dados
A coleta de dados se deu a partir da teacutecnica de entrevista semi-estruturadas que
segundo Minayo Deslandes e Gomes (2007 p 64) satildeo ldquoperguntas fechadas e abertas em que
o entrevistado tem a possibilidade de discorrer sobre o tema em questatildeo sem se prender agrave
indagaccedilatildeo formuladardquo As mesmas foram gravadas em entrevista individual e tiveram como
foco as accedilotildees que os profissionais da equipe de enfermagem realizam acerca dos cuidados
para a permanecircncia do acesso venoso perifeacuterico aleacutem de investigar sobre o conhecimento que
cada um possui sobre o tema
19
Apoacutes contato preacutevio com a equipe de enfermagem foi acordado um dia e horaacuterio para
a realizaccedilatildeo das entrevistas que aconteceram na proacutepria unidade Todos os profissionais da
equipe de enfermagem foram convidados a participar voluntariamente da pesquisa As
entrevistas aconteceram apoacutes os profissionais assinarem o Termo de Consentimento Livre e
Esclarecido (TCLE)
Para Minayo Deslandes e Gomes (2007 p 64) a entrevista possui como principal
objetivo construir dados que sejam pertinentes para a pesquisa aleacutem de ser a estrateacutegia mais
utilizada no processo de trabalho de campo
A coleta foi interrompida no momento em que os dados se mostraram saturados ou
seja quando houve a cessaccedilatildeo do acreacutescimo de informaccedilotildees novas referentes ao tema
proposto
O fechamento amostral por saturaccedilatildeo teoacuterica eacute definido como a suspensatildeo de inclusatildeo
de novos participantes quando os dados obtidos passam a apresentar na avaliaccedilatildeo do
pesquisador certa redundacircncia ou repeticcedilatildeo natildeo sendo considerado relevante continuar a
coleta de dados (FONTANELLA RICAS e TURATO 2008)
35 Questotildees eacuteticas da pesquisa
De acordo com a Resoluccedilatildeo 46612 que visa assegurar os direitos e deveres que
dizem respeito agrave comunidade cientiacutefica aos sujeitos da pesquisa e ao Estado uma pesquisa
que envolve a participaccedilatildeo de seres humanos deve atender aos fundamentos eacuteticos e
cientiacuteficos pertinentes para a seguranccedila dos mesmos Neste contexto toda pesquisa
envolvendo seres humanos deveraacute ser submetida agrave apreciaccedilatildeo de um Comitecirc de Eacutetica em
Pesquisa (CEP) (BRASIL 2012)
Atendendo a esta condiccedilatildeo o projeto de pesquisa foi encaminhado ao CEP ndash do
Hospital Universitaacuterio o qual foi realizada a pesquisa foi analisado e aprovado na Reuniatildeo
com data de 06122013 CAAE 24693613700005243 Nuacutemero do parecer 486451 Com
isso a pesquisa foi desenvolvida mediante aprovaccedilatildeo do CEP atendendo aos preacute-requisitos
estipulados pela Resoluccedilatildeo nordm 46612
Esta pesquisa eacute pautada em princiacutepios eacuteticos que respeitam a dignidade humana e
justiccedila assegurando que natildeo haveraacute nenhum tipo de dano aos participantes
20
Em atendimento a resoluccedilatildeo 46612 do Conselho Nacional de SauacutedeMS apoacutes serem
esclarecidos pela pesquisadora quanto aos aspectos eacuteticos relacionados agrave pesquisa aleacutem das
formas de produccedilatildeo de dados e inserccedilatildeo no estudo os sujeitos da pesquisa assinaram duas
vias do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido ndash TCLE (apecircndice 1) autorizando sua
participaccedilatildeo voluntaacuteria na pesquisa Uma via foi entregue ao participante e outra ficou
arquivada com a pesquisadora
Nesse documento consta os objetivos da pesquisa procedimentos benefiacutecios
previstos garantia de recusa de participaccedilatildeo em qualquer momento de acesso aos resultados
da pesquisa e tambeacutem a garantia de acesso ao pesquisador quando os sujeitos julgarem
necessaacuterio sendo todas essas informaccedilotildees em linguagem acessiacutevel e simples O mesmo foi
apresentado e explicado ao profissional convidado a participar do estudo no primeiro contato
eou durante visita agendada para realizaccedilatildeo da entrevista
Vale ressaltar que esta pesquisa cujo financiamento eacute proacuteprio natildeo oferece nenhum
tipo de riscos para o sujeito da pesquisa e nem para o cuidado das crianccedilas internadas no setor
de pediatria e os benefiacutecios da participaccedilatildeo do mesmo satildeo de aumentar o conhecimento
cientiacutefico na aacuterea de Enfermagem Pediaacutetrica aleacutem de contribuir para a praacutetica profissional
36 Anaacutelise dos dados
O processo de anaacutelise dos dados foi baseada na teacutecnica da Anaacutelise Temaacutetica que para
Minayo Deslandes e Gomes (2007 p 86) o conceito central eacute o tema ldquoO tema eacute a unidade de
significaccedilatildeo que se liberta naturalmente de um texto analisado segundo criteacuterios relativos agrave
teoria que serve de guia da leiturardquo (BARDIN11
A anaacutelise realizada estava de acordo com a sugerida por Minayo (2010 p 315) e
contam com as seguintes etapas preacute-analise exploraccedilatildeo do material tratamento dos
resultados obtidos e interpretaccedilatildeo Atraveacutes dessas etapas tem-se o objetivo de descrever o
conteuacutedo do material coletado e interpretaacute-lo
1979 apud MINAYO DESLANDES
GOMES 2007 p 86)
A preacute analise consiste na escolha dos elementos a serem analisados e na retomada das
hipoacuteteses e dos objetivos iniciais da pesquisa Inicia-se com uma leitura flutuante onde o
11 BARDIN L Anaacutelise de Conteuacutedo Lisboa Ediccedilotildees 70 1979
21
pesquisador toma contato direto com o material adquirido deixando-se impregnar por seu
conteuacutedo Posteriormente haacute a constituiccedilatildeo do Corpus textual onde eacute feita uma seleccedilatildeo dos
documentos que iratildeo contemplar e fornecer informaccedilotildees sobre o tema sendo assim adequados
para dar resposta aos objetivos do trabalho (MINAYO 2010 p 315)
Essa fase preacute-analiacutetica eacute onde se determinam a unidades de registro unidade de
contexto e a partir delas satildeo determinados os temas que seratildeo analisados A unidade de
registro corresponde parte do conteuacutedo selecionado como base para analise e apoacutes a
delimitaccedilatildeo do contexto de compreensatildeo da unidade de registro eacute estabelecida a unidade de
contexto (MINAYO 2010 p 316)
De acordo com os objetivos da pesquisa foi possiacutevel perceber que nove (9)
entrevistas supriam para atender os mesmo encerrando assim a coleta Apoacutes a transcriccedilatildeo das
entrevistas foi realizada leitura das mesmas para natildeo soacute conhecimento do material mas
tambeacutem estabelecer as unidades de registro Em seguida foi realizado o colorimento das falas
assim as classificando de acordo com as unidades de registro estabelecidas
As unidades de registro que surgiram foram os fatores que interferem na manutenccedilatildeo
do acesso venoso perifeacuterico e o apontamento do acompanhante como responsaacutevel pela perda
do acesso venoso perifeacuterico Elas receberam as cores vermelha e laranja respectivamente a
fim de facilitar o agrupamento dos dados A partir disto surgiram as unidades de contexto que
compreendem as falas das entrevistas de modo a exemplificar o contexto das unidades de
registro
Partindo para segunda etapa da analise temaacutetica a exploraccedilatildeo do material que consiste
numa classificaccedilatildeo que visa alcanccedilar o nuacutecleo de compreensatildeo do texto Busca-se encontrar
categorias que satildeo expressotildees ou palavras significativas em funccedilatildeo das quais o conteuacutedo seraacute
organizado Essas categorias satildeo responsaacuteveis pela especificaccedilatildeo dos temas (MINAYO
2010 p 317)
Nesse caso foram definidos os seguintes temas cuidados preacute intra e poacutes procedimento
de punccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico cuidados em desuso para manutenccedilatildeo do acesso
venoso perifeacuterico o acompanhante e a manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico Essas trecircs (3)
categorias seratildeo apresentadas analisadas e discutidas no capitulo seguinte
22
4 RESULTADOS E DISCUSSAtildeO
Nesse capiacutetulo apresento as trecircs categorias temaacuteticas que surgiram da anaacutelise dos
dados e que contemplaram de forma satisfatoacuteria os objetivos da pesquisa A primeira
categoria denominada como ldquoOs cuidados de enfermagem preacute intra e poacutes-procedimento de
punccedilatildeo do acesso venoso perifeacutericordquo traz os passos e cuidados que os profissionais realizam
antes durante e apoacutes a punccedilatildeo buscando descrever e analisar os fatores envolvidos na pratica
do procedimento em questatildeo que emergiram das entrevistas aleacutem dos cuidados de
enfermagem para a manutenccedilatildeo do mesmo
A segunda categoria que seraacute apresentada eacute ldquoOs cuidados em desuso para manutenccedilatildeo
do acesso venoso perifeacutericordquo que mostra os cuidados que os profissionais citaram como natildeo
mais utilizados para auxiliar na manutenccedilatildeo da punccedilatildeo venosa perifeacuterica
E a uacuteltima categoria eacute denominada ldquoO acompanhante e a manutenccedilatildeo do acesso
venoso perifeacutericordquo e traz a responsabilizaccedilatildeo do acompanhante pelos profissionais do setor
em relaccedilatildeo aos cuidados com manutenccedilatildeo da punccedilatildeo Essa categoria busca tambeacutem ressaltar a
funccedilatildeo do acompanhante durante a hospitalizaccedilatildeo da crianccedila destacando que determinados
cuidados satildeo de total funccedilatildeo da equipe de enfermagem
41 Os cuidados de enfermagem preacute intra e poacutes-procedimento de punccedilatildeo do acesso
venoso perifeacuterico
Para interpretar as unidades de contextos tive como base autores que definiram os
cuidados de enfermagem preacute intra e poacutes punccedilatildeo venosa perifeacuterica Para esses autores a fase
de preacute-punccedilatildeo compreende as accedilotildees de anaacutelise e conhecimento da prescriccedilatildeo avaliaccedilatildeo e
23
preparo emocional do paciente preparo do material e medicaccedilatildeo seleccedilatildeo do siacutetio de inserccedilatildeo
e dilataccedilatildeo da veia selecionada As accedilotildees envolvidas na punccedilatildeo satildeo a execuccedilatildeo das
precauccedilotildees-padratildeo antissepsia da pele punccedilatildeo do vaso a fixaccedilatildeo e curativo do cateter
Finalmente na etapa de poacutes-punccedilatildeo adota-se a identificaccedilatildeo da punccedilatildeo o descarte apropriado
das partes dos materiais natildeo utilizados a orientaccedilatildeo do paciente acerca da terapecircutica o
controle da infusatildeo atraveacutes do gotejamento se necessaacuterio e o registro do procedimento
Phillips12
De acordo com as entrevistas a seleccedilatildeo do local de punccedilatildeo eacute indicada com um fator
que interfere diretamente no tempo de permanecircncia do acesso venoso perifeacuterico visto que
dependendo do local ocorre a perda mais rapidamente Aleacutem da localizaccedilatildeo citaram tambeacutem
o calibre da veia como interferecircncia na manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico Seguem
abaixo algumas falas
(2001 apud ARAUacuteJO 2007 p18)
ldquoPrimeira coisa eacute vocecirc procurar bem a veia colocar uma veia de um bom calibre Se puder dar preferecircncia a natildeo puncionar dobrasrdquo (Cinderela) ldquoDependendo de onde estiver puncionado se for na matildeozinha a crianccedila fica toda hora ta mexendo taacute manipulando alguma coisa e se for no pezinho tambeacutem nem todo tempo vai ficar acamada entatildeo acaba perdendo o acessordquo(Bela ) ldquoO mau posicionamento pode levar a perdardquo (Rapunzel)
A opiniatildeo dos profissionais acima vai de encontro com o que eacute encontrado na
literatura visto que eacute de suma importacircncia que o mesmo avalie o cliente e considere alguns
aspectos para uma escolha criteriosa e eficaz como a finalidade da punccedilatildeo o tipo de soluccedilatildeo
a ser infundida a condiccedilatildeo da rede venosa a duraccedilatildeo da terapia idade do cliente habilidade
cognitiva da crianccedila a preferecircncia do cliente o que nem sempre seraacute possiacutevel satisfazer e
tambeacutem a sua atividade (ARAUacuteJO 2007 p31)
Os cuidados com o acesso venoso perifeacuterico satildeo importantes antes mesmo da
realizaccedilatildeo do procedimento Levando em consideraccedilatildeo que um erro durante a fase de preacute-
procedimento como a escolha errada do local de punccedilatildeo por exemplo poderaacute levar a perda
do acesso e prejudicar assim o tratamento aleacutem do bem-estar da crianccedila que seraacute puncionada
novamente
12 PHILLIPS L D Manual de terapia intravenosa 2ed Porto Alegre Artmed 2001
24
O vaso sanguiacuteneo que o profissional selecionar como local para puncionar deve ser
suficiente para suportar o calibre e o comprimento do cateter aleacutem de atender a necessidade
terapecircutica para que natildeo haja a necessidade de uma nova punccedilatildeo
A punccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico eacute um procedimento doloroso e de grande
incomodo para a crianccedila com isso eacute de suma importacircncia realizar a seleccedilatildeo preacutevia do
material poreacutem natildeo foi citado Outro cuidado rotineiro e natildeo menos importante como a
lavagem das matildeos antes da colocaccedilatildeo do acesso tambeacutem natildeo foi mencionado durante as
entrevistas
O preparo emocional da crianccedila e do acompanhante quanto ao procedimento deve ser
considerada praacutetica rotineira para a equipe de enfermagem O profissional de enfermagem
deve lavar as matildeos objetivando a reduccedilatildeo significativa de risco de infecccedilatildeo e recomenda-se o
uso de aacutegua e sabatildeo para lavagem das matildeos antes da colocaccedilatildeo do cateter venoso perifeacuterico
(PHILLIPS13
O preparo preacutevio do material para instalaccedilatildeo do cateter venoso perifeacuterico eacute importante
para evitar interrupccedilotildees do procedimento e consequentemente um maior tempo de
manipulaccedilatildeo da crianccedila (SILVA
2001apud ARAUacuteJO 2007 Centers for Disease Control and Prevention ndash CDC
2002 apud ARAUacuteJO 2007)
14
Outro aspecto citado e classificado como preacute-procedimento eacute o cuidado com a
medicaccedilatildeo a ser administrada incluindo cuidados com a diluiccedilatildeo e composiccedilatildeo da mesma
Seguem algumas das falas
2004 apud ARAUacuteJO 2007 p30)
ldquoEstar sempre diluindo as medicaccedilotildees de acordo com a prescriccedilatildeo meacutedica pois as medicaccedilotildees satildeo muito fortes e podem causar enfraquecimento da veia Tem que diluir direitinho e passar lento na veiardquo (Cinderela) ldquoTer cuidado principalmente quando eacute crianccedila e a diluiccedilatildeo da medicaccedilatildeo tambeacutem agraves vezes natildeo eacute pra passar em perifeacuterico e na segunda dose jaacute perdeurdquo (Alice)
O acesso venoso perifeacuterico eacute a primeira alternativa para infusatildeo intravenosa por ser de
mais faacutecil acesso e rapidez no efeito da medicaccedilatildeo O profissional de enfermagem deve ter
domiacutenio natildeo soacute relacionado agrave infusatildeo das medicaccedilotildees mas tambeacutem com a composiccedilatildeo
13 PHILLIPS L D Manual de terapia intravenosa 2ed Porto Alegre Artmed 2001 14 SILVA G R G Terapia intravenosa em receacutem-nascidos ndash orientaccedilotildees para o cuidado de Enfermagem Rio de Janeiro Cultura Meacutedica 2004
25
farmacoloacutegica das mesmas os efeitos adversos e colaterais que a droga pode causar inclusive
em relaccedilatildeo a diluiccedilatildeo o que normalmente eacute estabelecido como padratildeo no setor de acordo com
cada faacutermaco
Com a intenccedilatildeo de promover a eficaacutecia terapecircutica dos medicamentos administrados
por via intravenosa eacute atribuiccedilatildeo do profissional de enfermagem implementar teacutecnicas como a
diluiccedilatildeo acondicionamento e cuidados na administraccedilatildeo de faacutermacos a fim de evitar
prejuiacutezos no tratamento resultantes da incompatibilidade medicamentosa (PETERLINI
CHAUD e PEDREIRA 2006)
Os fatores intra-procedimento satildeo considerados aqueles diretamente relacionados com
o procedimento Os dados colidos nas entrevistas ressaltaram apenas a fixaccedilatildeo com um fator
que interfere nessa fase Este foi o dado mais repetitivo nas entrevistas poreacutem sempre citado
de forma superficial Seguem as falas dos profissionais quando questionados sobre o que era
importante para manutenccedilatildeo do acesso
ldquoTem que fazer uma boa fixaccedilatildeo Porque quando a pessoa natildeo fixa bem prejudica porque aquilo vai soltando e quando vocecirc vecirc jaacute perdeu a veiardquo(Cinderela) ldquoEu acho que natildeo tem o que fazer para manter o acesso A crianccedila vai ficar uns dias X com aquele acesso pra fazer medicaccedilatildeo e eu acho que natildeo tem o que vocecirc profissional fazer para que natildeo percardquo (Aurora) ldquoA fixaccedilatildeo evita a movimentaccedilatildeo excessiva no local que estaacute o acessordquo (Ariel) ldquoTer cuidado com o curativo saber manusear E manter sempre o curativo limpo trocar se necessaacuteriordquo (Rapunzel) ldquoA fixaccedilatildeo eacute muito importante pra natildeo soltar o acesso e pra ele ficar mais tempordquo(Mulan)
Oliveira Bezerra e Pereira (2008 p 94) afirmam que de acordo com o revelado por
determinados estudos o tipo de curativo a fixaccedilatildeo do cateter e o tempo de permanecircncia estatildeo
diretamente relacionados com a ocorrecircncia de complicaccedilotildees infecciosas como flebites e
tambeacutem infiltraccedilatildeo extravasamento desconexatildeo e deslocamento do cateter
26
Para Pettit e Kraus15
Potter
(1995 apud MACHADO PEDREIRA E CHAUD2005 p292) a
gaze esteacuteril fixada com a fita adesiva hipoalergecircnica bem como a peliacutecula transparente esteacuteril
satildeo os materiais mais recomendados para curativo e fixaccedilatildeo de cateter venoso perifeacuterico
16
Jaacute as peliacuteculas transparentes mais conhecidas como filme permitem a respiraccedilatildeo
normal da pele com alta permeabilidade ao oxigecircnio e vapores e eacute impermeaacutevel a liacutequidos e
micro-organismos (SILVA E ZANETTI 2004 p233) Aleacutem disso permitem tambeacutem a
visualizaccedilatildeo contiacutenua do local de punccedilatildeo permitindo assim avaliaccedilatildeo do mesmo natildeo soacute
durante a infusatildeo de medicaccedilotildees mas tambeacutem todo o tempo
(1998 apud SILVA E ZANETTI 2004 p233) afirma que nas fixaccedilotildees em
que se utiliza a gaze esteacuteril preconiza-se a utilizaccedilatildeo de teacutecnica asseacuteptica Neste curativo a
gaze esteacuteril eacute colocada sobre o siacutetio de inserccedilatildeo e suas bordas satildeo fixadas com fita adesiva
A observaccedilatildeo da punccedilatildeo eacute muito importante pois se o local de inserccedilatildeo se mostrar
com sinais e sintomas de complicaccedilotildees a terapia deve ser suspensa (OLIVEIRA BEZERRA
e PEREIRA 2008 p95)
A visualizaccedilatildeo contiacutenua do acesso permite que a equipe de enfermagem possa realizar
uma observaccedilatildeo mais particularizada em relaccedilatildeo agraves condiccedilotildees do acesso venoso perifeacuterico
podendo observar se haacute deslocamento do cateter sinais de infiltraccedilatildeo e tambeacutem sinais de
infecccedilatildeo
Para Silva Barbato e Valente (2013 p 1200) cabe ao enfermeiro fazer a avaliaccedilatildeo
diaacuteria e cuidadosa do curativo observando a presenccedila de umidade sujidade integridade do
oacutestio de inserccedilatildeo a fixaccedilatildeo bem como a realizaccedilatildeo do curativo e das anotaccedilotildees legais
competentes agraves suas funccedilotildees
A fase poacutes-procedimento eacute caracterizada por uma seacuterie de cuidados que a equipe de
enfermagem deve realizar para que se obtenha maior tempo de permanecircncia do acesso venoso
perifeacuterico Durante as entrevistas os cuidados citados foram a salinizaccedilatildeo do acesso cuidados
para evitar a flebite e a velocidade de infusatildeo
15 Pettit DM Kraus V The use of gauze versus transparent dressings for peripheral intravenous catheter sites Nurs ClinNorth Am 1995 30(3)495-506 16 Potter P Perry AG Fundamentos de enfermagem processo conceito e praacutetica 3ordf ed Santos(SP) Guanabara Koogan19981397pp801-43
27
ldquoManter um acesso bem salinizado que vocecirc lave pelo menos de duas de trecircs em trecircs horas Se bem que isso aqui na pediatria natildeo eacute muito comum aqui a gente soacute lava cada vez que vai fazer medicaccedilatildeo mas se eu natildeo me engano a literatura preconiza isso vocecirc lavar pelo menos de quatro em quatro horas o acessordquo (Aurora)
ldquoPra manter o acesso venoso perifeacuterico eacute importante manter ele salinizado Assim que a gente recebe o plantatildeo eu vou ver se o acesso ta peacutervio com uma ldquoseringuinhardquo vai la da uma ldquolavadinhardquo e vecirc se o acesso ta peacutervio e manter o acesso salinizadordquo (Ariel)
ldquoSalinizar de 6 em 6 horas para manter ele peacuterviordquo (Alice)
ldquoTem que passar lento a medicaccedilatildeo e a limpeza da aacuterea vocecirc tem que limpar bem a aacuterea pra vocecirc natildeo formar uma flebiterdquo (Cinderela)
A salinizaccedilatildeo do acesso eacute um cuidado simples e de grande importacircncia Esse cuidado
deve ser realizado para manter o acesso peacutervio e limpo e deve ser realizado antes e apoacutes
qualquer infusatildeo
Para Moncaio e Figueiredo (2009)
a ldquosalinizaccedilatildeordquo consiste em administrar sob pressatildeo positiva soluccedilatildeo salina (Soro fisioloacutegico a 09) logo apoacutes o teacutermino da infusatildeo da medicaccedilatildeo Este procedimento visa prevenir a formaccedilatildeo de trombos e fibrina evitar o contato de drogas incompatiacuteveis (quando da infusatildeo de mais de um item medicamentoso no mesmo horaacuterio) garantir a infusatildeo de todo o medicamento que possa ter ficado no sistema aleacutem de evitar retorno sanguiacuteneo mantendo o cateter peacutervio para a proacutexima infusatildeo
Durante a coleta de dados esse cuidado surgiu em diversos momentos poreacutem foi
possiacutevel perceber que os profissionais realizam o mesmo de forma banalizada Natildeo sabem de
fato a real funccedilatildeo de manter o acesso salinizado A impressatildeo que passa eacute que eles
aprenderam que esse cuidado deveria ser feito e simplesmente fazem Haacute divergecircncias
tambeacutem entre a equipe em relaccedilatildeo ao momento que deve ser realizada a salinizaccedilatildeo e isso nos
mostra a desatualizaccedilatildeo dos profissionais do setor e a falta de uma educaccedilatildeo continuada no
hospital
Os cuidados para evitar a flebite e a velocidade de infusatildeo da medicaccedilatildeo apareceram
menos nas entrevistas e interferem diretamente com a manutenccedilatildeo do acesso venoso
perifeacuterico
28
A flebite eacute uma inflamaccedilatildeo na veia puncionada ocorrendo quando as ceacutelulas
endoteliais da parede da veia que o cateter estaacute inserido tornam-se inflamadas e irregulares
propiciando a aderecircncia de plaquetas e predispondo a veia a inflamaccedilatildeo Eacute comum que o local
se apresente dolorido hiperemiado quente e edemaciado e nesses casos eacute aconselhada a
retirada do cateter Uma boa fixaccedilatildeo do cateter perifeacuterico eacute recomendada por autores na
literatura visto que previnem deslocamento faacutecil e permitem uma boa visualizaccedilatildeo do local
evitando complicaccedilotildees como a flebite e infiltraccedilatildeo (MOLDES et al 2011 p 330)
Dentre as principais falhas de infusatildeo venosa estatildeo flebite infiltraccedilatildeo hematoma e
obstruccedilatildeo Acredita-se que para reduzir a incidecircncia destas nas unidades pediaacutetricas eacute preciso
a adoccedilatildeo de estrateacutegias tais como a abordagem junto agrave equipe em parceria com o setor de
educaccedilatildeo permanente e a adoccedilatildeo do uso da teacutecnica corretamente e de forma asseacuteptica para a
realizaccedilatildeo da punccedilatildeo venosa perifeacuterica em acordo com a comissatildeo de controle de infecccedilatildeo
hospitalar (SILVA BARBATO e VALENTE 2013 p 1200)
A incapacidade do paciente em relatar dor no siacutetio de administraccedilatildeo do faacutermaco quer
pela idade ou condiccedilatildeo cliacutenica e o local de inserccedilatildeo como tambeacutem a velocidade de infusatildeo do
medicamento (gt25mgmin) satildeo classificados como fatores de risco para a perda do acesso
venoso perifeacuterico (MARTINS SILVINO e DIAS 2010)
42 Os cuidados em desuso para manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico
Essa categoria discorre sobre os cuidados de enfermagem que com o passar do tempo
foram desconsiderados e natildeo satildeo mais utilizados Quando questionados em relaccedilatildeo a vivencia
profissional e cuidados que discordavam os entrevistados citaram o uso da tala para fixaccedilatildeo
uso de heparina e os cuidados em relaccedilatildeo ao tempo de permanecircncia do cateter Haacute muitas
controveacutersias em relaccedilatildeo aos cuidados citados acima
O tempo de permanecircncia interfere diretamente no aparecimento de complicaccedilotildees
como flebite e que acabam levando a perda do acesso venoso perifeacuterico mais rapidamente
aconselhando assim a troca do mesmo entre 76 a 96 horas Poreacutem eacute preconizada a retirada do
cateter apenas se finalizar o tratamento ou houver alguma interferecircncia
ldquoA gente observa tambeacutem o tempo dependendo do tempo tem que tirarrdquo (Alice)
29
ldquoHoje eu natildeo sei como que eacute essa questatildeo do tempo porque a gente trocava o acesso a cada quatro dias agora o pessoal jaacute diz que pode trocar em ateacute uma semana entatildeo natildeo sei como que ta isso e o que tem escrito em relaccedilatildeo a isso (Aurora)
Sabe-se que o tempo para troca do cateter de teflon ou poliuretano varia de 72 a 96
horas com o intuito de reduzir risco de infecccedilatildeo e flebite e para minimizar esses riscos nas
seguintes situaccedilotildees diante de sinais inflamatoacuterios no local de inserccedilatildeo e sempre que houver
mau funcionamento do cateter (SANTOS17
Entretanto o Center for Disease Control and Prevention - CDC (2002) diz que em
pacientes pediaacutetricos natildeo foi observada relaccedilatildeo quanto ao tempo de permanecircncia do cateter e
ocorrecircncia de complicaccedilotildees devendo ser mantido ateacute o teacutermino da terapia intravenosa ou
quando forem observados sinais cliacutenicos de complicaccedilotildees
2004 apud OLIVEIRA BEZERRA e PEREIRA
2008 p 93)
Eacute possiacutevel observar a diferenccedila do conhecimento pratico dos profissionais
entrevistados em relaccedilatildeo ao conhecimento encontrado na literatura E ainda contendo duacutevidas
natildeo haacute uma busca da parte dos mesmos para esclarececirc-las
O uso da heparina com a finalidade de manter o acesso peacutervio por um periacuteodo maior
de tempo mostra-se com mais certeza quanto ao desuso nos dados colidos
ldquoAntigamente a gente usava heparina entatildeo a gente ficava tranquila em relaccedilatildeo agrave obstruccedilatildeo mas agora natildeo a gente usa o soro fisioloacutegico e a gente deixa salinizadordquo (Aurora)
Rang e Dale 18(1998 apud DOPICO e OLIVEIRA 2006) afirmam que a heparina
inibe a formaccedilatildeo de coaacutegulos de fibrina in vitro e in vivo e que seu efeito anticoagulante eacute
praticamente imediato Com isso Phillips19
17 Santos W Lavagem das matildeos In R Luiz Santos W Manual baacutesico de prevenccedilatildeo e controle das infecccedilotildees hospitalares do HRU Fortaleza Hospital Regional Unimed 2004
(2001 apud DOPICO e OLIVEIRA 2006)
ressalta que a teacutecnica de manutenccedilatildeo intermitente de cateteres intravenosos com soluccedilatildeo
salina 09 classificada como salinizaccedilatildeo tem sido pesquisada haacute alguns anos apresentando
em relaccedilatildeo ao uso da heparina vantagens como o baixo custo ser um procedimento mais
18 Rang HP Dale M M Hemostasia e Trombose In Rang HP Dale M M Farmacologia Rio de Janeiro Guanabara Koogan 1998 p235-47 19 PHILLIPS L D Manual de terapia intravenosa 2ed Porto Alegre Artmed 2001
30
simples aleacutem de eliminar a possibilidade de incompatibilidade com as drogas e soluccedilotildees
administradas aleacutem da inexistecircncia de riscos ao paciente Entretanto sabe-se que a literatura
ainda natildeo fornece consenso acerca da soluccedilatildeo mais indicada para manutenccedilatildeo da
permeabilidade do cateter venoso perifeacuterico
Eacute importante ressaltar que muitas instituiccedilotildees do nosso paiacutes nem ao menos tecircm o
conhecimento da praacutetica da salinizaccedilatildeo com soluccedilatildeo salina 09 No que se refere agrave pesquisa
cientiacutefica as limitaccedilotildees desta praacutetica satildeo atribuiacutedas agrave ausecircncia de um maior nuacutemero de
estudos controlados para validar sua eficaacutecia (EPPERSON20
Apesar de natildeo ser encontradas publicaccedilotildees acerca do tema a utilizaccedilatildeo de heparina
mostra-se como uma pratica natildeo mais utilizada pelos profissionais de enfermagem Outro
tema onde haacute controveacutersias e tambeacutem poucas citaccedilotildees eacute o uso da tala para fixaccedilatildeo do acesso
venoso perifeacuterico Seguem abaixo a opiniatildeo de alguns dos profissionais entrevistados
1984 apud DOPICO e
OLIVEIRA 2006)
ldquoA uacutenica coisa que eu natildeo gosto de ver eacute quando se coloca tala para imobilizar dizendo que a tala vai ajudar a natildeo perder a veia Isso eu natildeo concordo acho que a tala prejudica a crianccedila fica incomodada faz dor no membrordquo (Cinderela)
ldquoAntigamente a gente usava muito tala e as vezes eu pego isso aqui ai eu falo gente tala natildeo se usa mais natildeo faz parte mais da fixaccedilatildeo vocecirc pode fixar de uma forma que a crianccedila natildeo perca A tala eu acho que ela traumatiza um pouco ainda mais se vocecirc pegar um acesso na dobra vocecirc vai fazer com que a crianccedila fique com o braccedilo esticado muito tempo eu acho que pode causar uma lesatildeo depois e a literatura jaacute fala que eacute desnecessaacuteria natildeo precisa maisrdquo (Aurora) ldquoAntigamente usavam tala mas hoje em dia quase natildeo se vecirc mais e eu acho que a tala atrapalha porque a crianccedila fica imobilizada no membro ai fica mais irritadardquo (Rapunzel) ldquoLaacute no meu outro trabalho alguns usam a tala Eu acho que a tala ajuda ateacute a perder mais raacutepido porque a crianccedila fica incomodada vai querer mexer naquilordquo (Mulan)
20 Epperson EL Efficacy of 09 sodium chloride injection with without heparin for maintenance indwelling intermittent injection sites Clin Pharm1984 3(5)26
31
Almeida e Sabateacutes21
Entretanto haacute estudo que comprovam que o uso da tala natildeo se mostra tatildeo eficiente e
apresenta-se como uma praacutetica controversa O estudo foi realizado em crianccedilas ateacute os 12 anos
utilizando imobilizaccedilatildeo com tala e em mais de metade dos casos (553) ocorreu infiltraccedilatildeo
o que indicia a ineficaacutecia desta praacutetica (MACHADO PEDREIRA e CHAUD 2008 apud
BATALHA et al 2010 p512)
(2008 apud BATALHA et al 2010 p512) afirmam que a teacutecnica
de fixaccedilatildeo dos CVP com uso de imobilizaccedilatildeo com tala para restriccedilatildeo ou limitaccedilatildeo dos
movimentos articulares proacuteximo do local da punccedilatildeo estaacute indicado nas matildeos punhos cotovelo
e maleacuteolo
Para Batalha et al (2010 p512) o uso desta praacutetica parece natildeo se coadunar com o
atual uso de cateteres flexiacuteveis tipo abocath em detrimento de agulhas metaacutelicas Talvez por
isso comecem a surgir novas teacutecnicas de fixaccedilatildeo dos CVP que natildeo exigem imobilizaccedilatildeo das
articulaccedilotildees com talas
Aleacutem de natildeo haver uma confirmaccedilatildeo dos benefiacutecios causados pelo uso da tala a
imobilizaccedilatildeo causa incocircmodo para a crianccedila que fica com o membro imoacutevel podendo causar
dor e tambeacutem irritaccedilatildeo O uso desse tipo de fixaccedilatildeo tambeacutem impede a visualizaccedilatildeo frequente
do acesso venoso afetando assim os cuidados de observaccedilatildeo da equipe de enfermagem
43 O acompanhante e a manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico
A presente categoria vai discutir um assunto importante que surgiu durante as
entrevistas de forma inesperada Alguns dos profissionais entrevistados citaram o descuido do
acompanhante como um fator causador da perda do acesso venoso perifeacuterico Seguem abaixo
algumas falas
ldquoA matildee sempre acompanha e tem matildee que natildeo tem cuidado natildeo vigia e a gente tem que ficar pedindo pra olhar tomar contardquo (Aurora)
ldquoEm relaccedilatildeo ao acompanhante porque a crianccedila natildeo vai avaliar entatildeo o acompanhante que estar ali tem que avaliar direitinho natildeo deixar a crianccedila mexer ou puxarrdquo (Bela)
ldquoNatildeo eacute toda matildee que esta vigiando que cuida pra que a crianccedila natildeo perca o acessordquo (Jasmine)
21 Almeida FA Sabateacutes AL Enfermagem pediaacutetrica a crianccedila o adolescente e a sua famiacutelia no hospital Satildeo Paulo(SP) Manole 2008
32
ldquoAcho que leva a perda quando o acompanhante natildeo coopera as vezes a gente faz a imobilizaccedilatildeo na crianccedila e as vezes eles ateacute retiram e a proacutepria crianccedila agitada ela mesmo arrancardquo (Branca de Neve)
ldquoAgraves vezes a proacutepria crianccedila que a matildee deixa muito solta ai solta o acessordquo (Mulan)
Apoacutes a implementaccedilatildeo da lei que garante um acompanhante ao paciente pediaacutetrico a
presenccedila do familiarresponsaacutevel durante a hospitalizaccedilatildeo mudou a rotina da equipe de
enfermagem trazendo duacutevidas quanto a real funccedilatildeo do acompanhante e fazendo com que a
mesma viesse a delegar certos cuidados para acompanhante
A Promulgaccedilatildeo da Lei 8069 do Estatuto da Crianccedila e do Adolescente (ECA) em
1990 no seu artigo 12deg garante agrave crianccedila ou ao adolescente o direito de ter um responsaacutevel
que o acompanhe durante a hospitalizaccedilatildeo (1990)
Desde a sua implantaccedilatildeo as unidades vecircm sofrendo um processo de reorganizaccedilatildeo de
suas praacuteticas A inserccedilatildeo da famiacutelia modifica a organizaccedilatildeo do processo de trabalho o que
requer dos profissionais uma compreensatildeo em relaccedilatildeo agrave dinacircmica das relaccedilotildees interpessoais
(COLLET e ROCHA 2004)
Pimenta e Collet (2009) ressaltam que natildeo haacute nenhuma regulamentaccedilatildeo sobre a
participaccedilatildeo da famiacutelia nos cuidados e no entanto a mesma desempenha atividades junto agrave
crianccedila durante a hospitalizaccedilatildeo que devem ser levadas em consideraccedilatildeo A falta de
reconhecimento desse fato fez com que a equipe de enfermagem e famiacutelia natildeo possuiacutessem
uma relaccedilatildeo aberta e vivessem uma relaccedilatildeo silenciosa e impliacutecita de poder na qual a famiacutelia
acaba assumindo as relaccedilotildees do cuidado agrave crianccedila de responsabilidade da enfermagem
A negociaccedilatildeo entre matildees e equipe de enfermagem em relaccedilatildeo aos cuidados agrave crianccedila
hospitalizada natildeo eacute uma tarefa faacutecil tendo em vista que natildeo se tem claro qual o seu novo
papel neste processo (COLLET e ROCHA 2004)
Eacute possiacutevel ver nas falas que a presenccedila do acompanhante causa para a equipe de
enfermagem a seguranccedila de ter algueacutem para ldquovigiarrdquo ldquotomar contardquo e natildeo deixar que a
crianccedila hospitalizada perca o acesso venoso quando na verdade eacute funccedilatildeo da equipe de
enfermagem cuidados referentes ao acesso venoso perifeacuterico
33
Jaacute o acompanhante eacute definido pelo Ministeacuterio da Sauacutede como uma pessoa significativa
para a crianccedila que representa sua rede social e que vai acompanhaacute-lo durante a permanecircncia
no ambiente hospitalar ressaltando assim sua importacircncia Esse fato se reforccedila visto que a
crianccedila encontra nos familiares a forccedila e seguranccedila necessaacuteria para encarar todo esse processo
doloroso e desconhecido (MURAKAMI e CAMPOS 2011 p255)
O acompanhante aleacutem de minimizar o sofrimento do paciente pediaacutetrico faz com que
o mesmo sinta-se mais a vontade Eacute importante ressaltar que o familiarresponsaacutevel natildeo soacute
pode como deve participar das atividades da crianccedila no hospital desde que estas natildeo sejam
competecircncias dos profissionais que os cercam Essas atividades satildeo caracterizadas como
semelhantes aos que eles realizam diariamente fora do ambiente hospitalar como o banho
Poreacutem no caso de um paciente com punccedilatildeo venosa perifeacuterica o profissional de enfermagem
deve auxiliar no cuidado para que essa natildeo se perca
Os cuidados dos familiaresacompanhantes satildeo os mesmos que os desenvolvidos no
domiciacutelio e os cuidados prestados pela equipe de enfermagem satildeo aqueles que demandam
conhecimento teacutecnico-cientiacutefico especializado (SOUZA e OLIVEIRA 2010 p558)
Mesmo alguns cuidados parecerem simples e rotineiros quando eacute prestado no
hospital assumem novas caracteriacutesticas com o uso de dispositivos tecnoloacutegicos os quais se
tornam complexos (PIMENTA E COLLET 2009)
O ato de cuidar envolve o respeito agrave maneira como vive cada indiviacuteduo de acordo
com suas crenccedilas valores costumes e cultura A famiacutelia como uma instituiccedilatildeo atende agraves
necessidades bioloacutegicas de seus membros sendo sua responsabilidade cuidar e criar os filhos
incluindo a obrigaccedilatildeo da alimentaccedilatildeo higiene vestuaacuterio e moradia (ELSEN22
Nas entrevistas podemos verificar falas em que o acompanhante eacute citado como
responsaacutevel por avaliar a punccedilatildeo venosa A equipe de enfermagem deve sempre partir do
pressuposto que o familiar acompanhante natildeo tem conhecimento cientiacutefico e certo tipo de
cuidado natildeo deve se delegado para o mesmo mostrando assim a importacircncia da orientaccedilatildeo do
acompanhante quanto aos procedimentos dispositivos utilizados e cuidados em que os
etal 1994
apud SOUZA e OLIVEIRA 2010 p 553)
22 Elsen I Patriacutecio ZM Assistecircncia agrave crianccedila hospitalizada tipos de abordagens e suas implicaccedilotildees para a enfermagem In A enfermagem em pediatria e puericultura Rio de Janeiro (RJ) Atheneu 2005
34
mesmos possam auxiliar Seguem abaixo as falas onde os profissionais ressaltaram a
importacircncia da orientaccedilatildeo do acompanhante
ldquoNem sempre a crianccedila vai entender o porque de estar com aquele acesso entatildeo tem que ter uma orientaccedilatildeo do acompanhanterdquo (Bela)
ldquoTem que haver orientaccedilatildeo do acompanhante para os cuidadosrdquo (Ariel)
ldquoAgraves vezes tem ate o exemplo de um pai que natildeo deixa trocar o acesso jaacute tinha mais de uma semana e ele natildeo queria que trocasse ai faz febre e natildeo sabe da onderdquo (Alice)
Para Souza e Oliveira (2010 p555) deve haver uma preocupaccedilatildeo em orientar
considerando que o outro natildeo tem nenhum tipo de conhecimento sobre o assunto Poreacutem
Queiroz e Jorge23
Apesar das dificuldades o profissional de enfermagem deve estabelecer um viacutenculo de
confianccedila com o acompanhante buscando sempre deixaacute-los ciente das situaccedilotildees e fazendo-os
participar dos cuidados plausiacuteveis sem causar nenhum dano agrave crianccedila e de maneira alguma
abandonar suas atribuiccedilotildees
(2004 apud SOUZA e OLIVEIRA 2010 p 556) ressaltam que apesar de os
profissionais terem intenccedilatildeo de orientar os cuidados para a sauacutede repassam conhecimentos
elaborados cientificamente dificultando a compreensatildeo do familiar aleacutem de a relaccedilatildeo se dar
de maneira vertical assimeacutetrica e coercitiva
23 Queiroz MVO Jorge MSB Accedilotildees educativas no cuidado infantil e intervenccedilotildees dos profissionais junto agraves famiacutelias Acta Scientiarum Maringaacute 2004 janjun 26(1) 27-34
35
CONCLUSAtildeO
Atraveacutes desse estudo foi possiacutevel descrever e analisar os cuidados que os profissionais
de enfermagem realizam acerca da permanecircncia do acesso venoso perifeacuterico Aleacutem disso a
realizaccedilatildeo da pesquisa permitiu identificar a desarticulaccedilatildeo do processo de enfermagem e a
praacutetica desconectada da produccedilatildeo cientiacutefica caracterizando a falta de uma educaccedilatildeo
continuada efetiva
A anaacutelise dos dados demonstra o processo de punccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico
ressaltando a importacircncia de cuidados como a seleccedilatildeo do local a diluiccedilatildeo da medicaccedilatildeo a
realizaccedilatildeo de uma boa fixaccedilatildeo a atenccedilatildeo com a velocidade de infusatildeo os cuidados com os
sinais de infecccedilatildeo e salinizaccedilatildeo do acesso natildeo deixando de salientar cuidados em desuso
como o uso da heparina da tala e duvidas em relaccedilatildeo ao tempo de permanecircncia Evidenciou
tambeacutem que a equipe de enfermagem delega alguns cuidados para os acompanhantes
Natildeo foi possiacutevel perceber o niacutevel de conhecimento cientiacutefico dos profissionais visto
que eles em nenhum momento por natildeo saberem ou por medo de se expor natildeo explicaram de
fato nenhum cuidado que disseram realizar Sempre citaram de forma superficial e direta
deixando claro tambeacutem que o pesquisador natildeo os indagou quanto a isso Poreacutem creio que
diante de cuidados tatildeo importantes e de frequente praacutetica os mesmos falariam facilmente
sobre os cuidados de enfermagem na permanecircncia do acesso venoso perifeacuterico
Apesar dos entrevistados citarem alguns fatores e cuidados realizados de forma
correta eacute visiacutevel que os mesmos realizam os cuidados com a punccedilatildeo e a permanencia do
acesso de forma automaacutetica sem unir a praacutetica com o fundamento do mesmo
Eacute importante destacar tambeacutem a importacircncia do preparo emocional da crianccedila como
tambeacutem os cuidados com a famiacutelia dos mesmos O trabalho de humanizaccedilatildeo realizado pela
36
enfermagem faz grande diferenccedila nessas situaccedilotildees visto que os pacientes e acompanhantes
tendo conhecimento do que seraacute realizado ficariam mais tranquilos
O estudo contribuiu para o campo do ensino nesta aacuterea dando destaque ao importante
papel que o profissional de enfermagem deve desempenhar no cuidado e na manutenccedilatildeo do
acesso venoso perifeacuterico Contudo vale ressaltar a importacircncia do incentivo ao profissional a
buscar na literatura natildeo soacute esclarecimento de suas duvidas mas tambeacutem novos
conhecimentos
Pode colaborar ainda para a realizaccedilatildeo de novas pesquisas na aacuterea procurando
eliminar duacutevidas e controveacutersias sobre o tema Buscando assim a realizaccedilatildeo de um cuidado de
enfermagem articulado e eficaz promovendo o bem-estar do paciente pediaacutetrico durante a
hospitalizaccedilatildeo
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APEcircNDICE I
TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO
DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO Tiacutetulo Do Projeto Os cuidados de enfermagem acerca dos acessos venosos perifeacutericos na unidade pediaacutetrica Pesquisador Responsaacutevel Rosane Cordeiro Burla de Aguiar Eny Dorea Paiva e Karina Rodrigues Fernandes Instituiccedilatildeo a que Pertence o Pesquisador Responsaacutevel Universidade Federal Fluminense Telefone para contato (21) 98355269 (21) 82392939 (21) 91786609 Nome do voluntaacuterio _________________________________________________________ Idade ________ anos RG ____________________________
AO Sr (a) estaacute sendo convidado (a) a participar do projeto de pesquisa OS CUIDADOS DE
ENFERMAGEM ACERCA DOS ACESSOS VENOSOS PERIFEacuteRICOS NA UNIDADE PEDIATRICA de
responsabilidade da pesquisadora Profordf Drordf Rosane Cordeiro Burla de Aguiar e Profordf Drordf Eny Dorea Paiva A
punccedilatildeo venosa perifeacuterica eacute um procedimento essencial durante a hospitalizaccedilatildeo da crianccedila visto que eacute atraveacutes
dela que eacute administrada grande parte das medicaccedilotildees Este estudo se justifica diante da importacircncia da
necessidade de um maior periacuteodo de permanecircncia dos acessos venosos perifeacutericos Com isso aleacutem da
diminuiccedilatildeo de eventos que causam dor e irritaccedilatildeo na crianccedila e na famiacutelia promoveraacute tambeacutem uma melhor estada
dos mesmos durante o periacuteodo de hospitalizaccedilatildeo Os objetivos da pesquisa satildeo 1) Descrever os fatores que
interferem na manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico de acordo com a equipe de enfermagem 2)Analisar os
cuidados da equipe de enfermagem na manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico A coleta de dados se daraacute
atraveacutes de entrevistas semi estruturadas que seratildeo gravadas As informaccedilotildees colhidas seratildeo tratadas de forma
anocircnima e confidencial ou seja em nenhum momento seratildeo divulgados o seu nome e somente os
pesquisadores teratildeo acesso agraves informaccedilotildees Os dados obtidos com a pesquisa poderatildeo ser publicados apenas com
fins cientiacuteficos Eles natildeo seratildeo utilizados para fins comerciais ou para outra finalidade qualquer Caso necessite
poderatildeo ser marcados encontros para respostas ou esclarecimentos de qualquer duacutevida acerca da pesquisa A sua
participaccedilatildeo eacute voluntaria e eacute importante lembrar que vocecirc poderaacute desistir de participar da pesquisa em qualquer
momento A entrevista seraacute marcada em um dia e horaacuterio que vocecirc achar melhor Seraacute realizada
individualmente em um ambiente que nos ofereccedila privacidade Esta pesquisa natildeo oferece riscos para vocecirc e os
benefiacutecios da sua participaccedilatildeo satildeo de aumentar o conhecimento cientiacutefico na aacuterea de Enfermagem Pediaacutetrica
aleacutem de contribuir para a praacutetica profissional Este documento seraacute elaborado em duas vias uma para vocecirc e a
outra seraacute arquivada pelo pesquisador
Eu_____________________________________________________________ RG no _____________________________ Declaro que apoacutes ter entendido o que me foi explicado consinto voluntariamente em participar do presente Protocolo de Pesquisa entendo ainda que posso retirar o meu consentimento a qualquer momento antes ou durante a realizaccedilatildeo do mesmo declaro ter sido informada(o) e concordo em participar como voluntaacuteria(o) da pesquisa acima descrita Rio de Janeiro_______de_______________de 20___ _____________________________ ________________________________
(Participante) Karina Rodrigues Fernandes (Responsaacutevel por obter o consentimento)
______________________________________ _______________________________________ (Testemunha) (Testemunha)
45
APEcircNDICE II
ROTEIRO PARA ENTREVISTA
1) O que vocecirc acha que pode levar a perda do acesso perifeacuterico
2) Para vocecirc o que eacute importante para manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico nas
crianccedilas
3) O que vocecirc acha que pode interferir na sua manutenccedilatildeo
4) Que medidas vocecirc adota no seu dia a dia para manter o acesso
5) Na sua vivencia profissional o que vocecirc discorda dos cuidados que geralmente satildeo
utilizados para manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico
46
ANEXO
47
48
Dedicatoacuteria
Dedico este trabalho ao meu pai que estaacute e estaraacute sempre em meu pensamento
Agradecimentos
Primeiramente a Deus por ter me sustentado e dado forccedilas para seguir em frente a cada momento em
que fraquejei e desejei desistir Por me permitir concluir essa etapa e por me mostrar ao longo desses
anos que eu sou mais forte do que eu pensava Obrigada Deus
A toda minha famiacutelia pela ajuda e incentivo durante cada ano de faculdade A minha matildee e a minha
irmatilde Karen os pilares da minha vida por estarem sempre comigo me apoiando e amando
incondicionalmente A Tia Doca por ser minha segunda matildee e estar sempre pronta para ajudar Amo
vocecircs
Ao Cristiano por estar sempre comigo me ajudando me levantando quando preciso e me amando
principalmente nos momentos de ldquodesesperordquo com os prazos Por acordar quando eu queria
conversar por servir de motorista nos momentos que precisava e por ser aleacutem de tudo meu amigo
Te amo
A minha querida orientadora Rosane por me proporcionar o encontro com a aacuterea da pediatria pela
paciecircncia com minhas dificuldades e ainda pela oportunidade de convivecircncia e aprendizado
contribuindo para o meu crescimento pessoal e profissional
A Hanna por ser meu apoio em todo o inicio da faculdade 24 horas por dia sendo mais que uma
amiga uma irmatilde E mesmo depois apesar de tanta correria ainda conseguir um tempo para almoccedilar
conversar e comer um ldquojapardquo Vocecirc eacute essencial na minha vida amo vocecirc
Aos anjinhos que ldquoUFFrdquo colocou em minha vida Laiacutes e Barbara por estarem sempre prontas para
me segurar me apoiar dar bronca e fofocar Por dividir segredos laacutegrimas opiniotildees aleacutem de
momentos inesqueciacuteveis como decolar do Aeroporto Santos Dumond Obrigada por tudo Amo vocecircs e
vou morrer de saudades dos nossos dias
A minha querida e amada turma 20092 que mesmo fragmentada em vaacuterios periacuteodos permaneceu
unida se tornando uma grande famiacutelia durante esses cinco anos e me proporcionou momentos que
vou lembrar para o resto da minha vida
Aos demais professores e funcionaacuterios da Escola de Enfermagem Aurora de Afonso Costa pela
oportunidade de compartilhar momentos gratificantes de aprendizagem
Meu eterno agradecimento
RESUMO
Os cuidados para a manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico eacute uma accedilatildeo essencial durante uma internaccedilatildeo na qual a permanecircncia do dispositivo eacute dificultada por diversos fatores principalmente quando se trata de um paciente pediaacutetrico Por conta de repetitivas perdas as repeticcedilotildees das punccedilotildees podem gerar trauma emocional dificultando ainda mais o periacuteodo de estada do paciente no hospital Desta forma o presente trabalho tem o objetivo descrever os fatores que interferem na manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico de acordo com a equipe de enfermagem e analisar os cuidados da equipe de enfermagem na manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico Possui como objeto de estudo os cuidados da equipe de enfermagem na manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico Trata-se de uma pesquisa descritiva exploratoacuteria de abordagem qualitativa onde nove (9) profissionais da equipe de enfermagem do setor de internaccedilatildeo pediaacutetrica de um Hospital Universitaacuterio do Rio de Janeiro foram entrevistados de acordo com um roteiro A coleta de dados deu-se por meio de entrevista semi-estruturada As falas foram submetidas agrave anaacutelise de conteuacutedo e das entrevistas emergiram trecircs (03) categorias ldquoCuidados preacute intra e poacutes-procedimento de punccedilatildeo do acesso venoso perifeacutericordquo ldquoCuidados em desuso para manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacutericordquo e ldquoO acompanhante e a manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacutericordquo O estudo retratou o processo de punccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico ressaltando a importacircncia de cuidados como a seleccedilatildeo do local a diluiccedilatildeo da medicaccedilatildeo a realizaccedilatildeo de uma boa fixaccedilatildeo a atenccedilatildeo com a velocidade de infusatildeo os cuidados com os sinais de infecccedilatildeo e salinizaccedilatildeo do acesso aleacutem de constatar tambeacutem os cuidados em desuso como o uso da heparina da tala de imobilizaccedilatildeo e duacutevidas em relaccedilatildeo ao tempo de permanecircncia Evidenciou o fato da equipe de enfermagem responsabilizar o acompanhante pelos cuidados com o cateter venoso perifeacuterico e tambeacutem o natildeo uso da literatura cientifica para solucionar duvidas e agregar conhecimento Com isso o estudo atingiu os objetivos propostos e tambeacutem contribuiu para o campo do ensino abrindo portas para a realizaccedilatildeo de novas pesquisas na aacuterea Palavras-chave cateterismo venoso perifeacuterico cuidados de enfermagem enfermagem pediaacutetrica
ABSTRACT Care for the maintenance of peripheral venous access is an essential action during a hospitalization in which the permanence of the device is hampered by several factors especially when it comes to a pediatric patient Because of repetitive losses the repetitions of punctures can cause emotional trauma further hindering the period of stay of the patient in the hospital Thus the present study aims to describe the factors affecting the maintenance of peripheral venous access in accordance with the nursing staff and analyze the care of the nursing staff in the maintenance of peripheral venous access Has as its object of study the care of the nursing staff in the maintenance of peripheral venous access This is an exploratory descriptive and qualitative study where nine (9) professional nursing staff of the pediatric inpatient ward of a university hospital in Rio de Janeiro were interviewed according to a script The data was collected by means of semi - structured interview The speeches were subjected to content analysis and interviews revealed three ( 03 ) categories Care pre intra and post - puncture procedure from peripheral venous access Care in disuse for maintenance of peripheral venous access and The companion and maintenance of peripheral venous access The study portrayed the process of puncture of peripheral venous access emphasizing the importance of care as site selection diluting the medication performing a good fixation attention to the rate of infusion the care of the signs of infection and salinity of access and also noted the care into disuse as the use of heparin the splint immobilization and questions about the length of stay Highlighted the fact that the nursing staff responsible for the care of the accompanying peripheral venous catheter and also not using the scientific literature to solve doubts and aggregate knowledge With that the study achieved its goals and also contributed to the field of education opening doors to new research in the area Key words peripheral venous catheterization nursing care pediatric nursing
SUMAacuteRIO
1 INTRODUCcedilAtildeO p 8
11 Questotildees norteadoras p 9
12 Objeto do estudo p9
13 Objetivos p9
14 Justificativa e relevacircncia p9
2 REVISAtildeO DE LITERATURA p 11
21 Hospitalizaccedilatildeo infantil e seus estressores p 11
22 Acesso venoso perifeacuterico em pediatria p 13
3 METODOLOGIA p 17
31 Tipo de pesquisa p17
32 Sujeitos da pesquisa p17
33 Cenaacuterio p18
34 Coleta de dados p18
35 Questotildees eacuteticas da pesquisa p19
36 Analise dos dados p20
4 RESULTADOS E DISCUSSAtildeO p22
41 Os cuidados de enfermagem preacute intra e poacutes-procedimento de punccedilatildeo do acesso
venoso perifeacuterico p 22
42 Os cuidados em desuso para manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico p 28
43 O acompanhante e a manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico p31
CONCLUSAtildeO p 35
REFEREcircNCIAS p37
APEcircNDICE I p 44
APEcircNDICE II p45
ANEXO p46
8
1 INTRODUCcedilAtildeO
A motivaccedilatildeo pelo assunto veio durante o ensino teoacuterico praacutetico da disciplina
Enfermagem na sauacutede da crianccedila e do adolescente II na enfermaria pediaacutetrica do Hospital
Universitaacuterio Antonio Pedro quando me incomodei com o excesso de punccedilatildeo perifeacuterica
realizado nas crianccedilas gerando impacto nas mesmas e na famiacutelia durante o procedimento
A hospitalizaccedilatildeo em si eacute uma situaccedilatildeo estressante jaacute que a crianccedila perde o controle em
relaccedilatildeo a sua liberdade aleacutem do conviacutevio com pessoas estranhas e da mudanccedila de ambiente e
rotina (HOCKENBERRY e WILSON 2011 p676) Com isso em uma situaccedilatildeo de diversas
perdas de acesso venoso as repeticcedilotildees do procedimento causam trauma emocional tornando
ainda mais doloroso o periacuteodo de estada do paciente no hospital
A punccedilatildeo venosa perifeacuterica eacute um procedimento essencial para manejo da crianccedila
durante a hospitalizaccedilatildeo visto que em grande parte as medicaccedilotildees satildeo administradas por essa
via onde o efeito eacute quase instantacircneo e permite infusatildeo de maior volume Poreacutem esse tipo de
procedimento eacute doloroso e estressante deixando a crianccedila sujeita a traumas por agentes
bioloacutegicos quiacutemicos fiacutesicos e emocionais sendo funccedilatildeo do enfermeiro prevenir diminuir ou
erradicar esses riscos (CORREIA RIBEIRO BORBA 2009 p559)
A permanecircncia do dispositivo eacute dificultada por diversos fatores como uma infecccedilatildeo a
fixaccedilatildeo inadequada o trauma durante a infusatildeo e a movimentaccedilatildeo da crianccedila A cobertura
utilizada eacute de suma importacircncia nessa situaccedilatildeo sendo ela muitas das vezes a causa da perda
de um acesso e entatildeo a necessidade de nova punccedilatildeo venosa Por conta disso esse tipo de
procedimento causa grande desconforto para a famiacutelia para a crianccedila e tambeacutem para o
profissional (CORREIA RIBEIRO BORBA 2009 p559)
Uma grande pesquisa conduzida sobre a temaacutetica concluiu que com ldquo592 crianccedilas e
1135 tentativas de punccedilatildeo realizadas por 143 enfermeiras 10 de taxa de insucesso no
9
procedimento poreacutem com cerca de 50 de insucesso na primeira tentativardquo Cada crianccedila foi
submetida a 21 tentativas (LARSEN1
11 Questotildees norteadoras
et al 2010 apud NEGRI et al 2012)
Quais os fatores que podem interferir na permanecircncia do acesso venoso em uma
crianccedila hospitalizada
Quais satildeo os cuidados da equipe de enfermagem para aumentar o tempo de
permanecircncia de um acesso venoso perifeacuterico em uma crianccedila hospitalizada
12 Objeto de estudo
Os cuidados da equipe de enfermagem na permanecircncia do acesso venoso perifeacuterico
13 Objetivos
Descrever e discutir os cuidados de enfermagem acerca da permanecircncia dos acessos
venosos perifeacutericos na pediatria
14 Justificativa e relevacircncia
Diante da problemaacutetica exposta eacute possiacutevel identificar a importacircncia da necessidade de
um maior periacuteodo de permanecircncia dos acessos venosos perifeacutericos Com isso aleacutem da
diminuiccedilatildeo de eventos que causam dor e irritaccedilatildeo na crianccedila e na famiacutelia promoveraacute tambeacutem
uma melhor estada dos mesmos durante o periacuteodo de hospitalizaccedilatildeo
Oliveira Bezerra e Pereira (2008 p96) chegaram a conclusatildeo que os enfermeiros
prestam assistecircncia agraves crianccedilas dentro dos paracircmetros poreacutem devem ter mais cuidados em
alguns pontos como ldquonecessidade de maior atenccedilatildeo na quantidade e velocidade da infusatildeo da
terapia mais controle do calibre do cateter identificaccedilatildeo do acesso complicaccedilotildees e troca de
fixaccedilatildeordquo
O presente estudo possui relevacircncia pois busca descrever os principais cuidados que a
equipe de enfermagem desenvolve na manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico na pediatria
demonstrando o que a equipe faz efetivamente para aumentar o tempo de permanecircncia desse
1 Larsen P Eldridge D Brinkley J Newton D Goff D Hartzog T Saad ND Perkin R Pediatric peripheral intravenous access does nursing experience and competence really make a difference J Infus Nurs 201033(4)226-35
10
dispositivo visto que a sua inserccedilatildeo jaacute eacute um evento estressante para crianccedila e sua famiacutelia
durante a hospitalizaccedilatildeo Eacute relevante tambeacutem natildeo soacute para os enfermeiros pediaacutetricos como
tambeacutem para todos os profissionais da aacuterea de sauacutede que procuram aprofundar seus
conhecimentos acerca dos cuidados na assistecircncia de enfermagem da cateterizaccedilatildeo venosa
perifeacuterica
11
2 REVISAtildeO DE LITERATURA
21 Hospitalizaccedilatildeo infantil e seus estressores
Durante a vida de uma crianccedila as principais situaccedilotildees de crise que normalmente elas
vivenciaratildeo estatildeo relacionadas agrave doenccedila ou a uma possiacutevel hospitalizaccedilatildeo Frente a estes
fatores elas se mostram vulneraacuteveis diante das mudanccedilas impostas relacionadas ao estado de
sauacutede e a sua rotina de vida (HOCKENBERRY e WILSON 2011 p676)
ldquoA hospitalizaccedilatildeo representa para a crianccedila uma situaccedilatildeo diferente de todas as jaacute
vivenciadas haja vista que sua rotina diaacuteria eacute modificada Ela encontra-se em um ambiente
impessoal repleto de tabus e significados diferente do seu contexto diaacuteriordquo (JANSEN
SANTOS e FAVERO 2010 p248)
Segundo Brito et al (2009 p 803) a crianccedila hospitalizada eacute ldquoafastada de seu ambiente
familiar de seus amigos da escola e de seus objetos pessoais perdendo assim grande parte de
suas referecircnciasrdquo com isso esse periacuteodo de hospitalizaccedilatildeo pode causar impacto sobre o estado
psicoloacutegico da mesma
Conforme Hockenberry e Wilson (2011 p676) as crianccedilas natildeo possuem habilidades
de enfrentamento suficientes para resolver determinados estressores Como principais
estressores pode-se citar ldquoa separaccedilatildeo a perda de controle lesatildeo corporal e dorrdquo
Um dos procedimentos mais dolorosos e estressantes para a crianccedila eacute a punccedilatildeo venosa
onde na maioria dos casos constitui a primeira escolha para a administraccedilatildeo de medicamentos
nutriccedilatildeo parenteral hemoderivados e coleta de exames sanguumliacuteneos(OLIVEIRA BEZERRA e
PEREIRA 2008 p91)
12
ldquoA crianccedila eacute um ser em crescimento e desenvolvimento com particularidades e
caracteriacutesticas proacutepriasrdquo (MATHEWS-SIMONTON2
Esse periacuteodo de internaccedilatildeo ldquopode deixar a crianccedila ansiosa insegura e com medo
principalmente quando natildeo eacute preparada para a hospitalizaccedilatildeo e o tratamento a que seraacute
submetidardquo Para Martins (2001) isso contribui para aumentar o medo e a ansiedade
expressos por meio do choro da raiva e ateacute mesmo por agressotildees
1990 apud COA e PETTENGILL
2006 p434) Isso significa que a crianccedila iraacute se comportar de acordo com a situaccedilatildeo imposta
pois isso dependeraacute natildeo soacute da idade de desenvolvimento como tambeacutem de suas experiecircncias
com determinadas situaccedilotildees
Diante de todo o processo de hospitalizaccedilatildeo a crianccedila pode apresentar diversas
manifestaccedilotildees comportamentais sendo consideradas mais comuns as ldquoregressotildees diminuiccedilatildeo
no ritmo do desenvolvimento desordens do sono e da alimentaccedilatildeo dependecircncia
agressividade apatia estados depressivos fobias e transtornos de comportamento em geralrdquo
(BAR-MOR3
Para a famiacutelia ldquoa hospitalizaccedilatildeo de um filho geralmente eacute encarada como uma
situaccedilatildeo de crise para a famiacutelia e para a crianccedilardquo O profissional de enfermagem deve se
organizar seu trabalho com estrateacutegias que minimizem o sofrimento no ambiente hospitalar e
na assistecircncia agrave crianccedila (THOMAZINE et al 2008 p146)
1997 apud BRITO et al 2009 p203) Com a atenccedilatildeo voltada para atender a
demanda e a necessidade fisioloacutegica da crianccedila os profissionais da equipe de enfermagem
geralmente ldquodedicam pouca ou nenhuma atenccedilatildeo agraves questotildees psicoloacutegicas e sociais da crianccedila
hospitalizada e de sua famiacuteliardquo(JANSEN SANTOS e FAVERO 2010 p248)
A qualidade do ambiente pode afetar diretamente no processo de recuperaccedilatildeo com
isso ldquoas intervenccedilotildees no contexto hospitalar devem visar agrave promoccedilatildeo de condiccedilotildees favoraacuteveis
agrave reabilitaccedilatildeo dos efeitos de experiecircncias adversas ao desenvolvimento das crianccedilasrdquo Isso
sugere que o ambiente aleacutem de incentivar a sauacutede deve ser planejado de maneira supra agraves
necessidades dos pacientes levando em conta os aspectos psicoloacutegicos pedagoacutegicos e
2 Mathews-Simonton S A famiacutelia e a cura o meacutetodo Simonton para famiacutelias que enfrentam uma doenccedila Satildeo Paulo Summus 1990 3 Bar-Mor G Preparation of children for surgery and invasive procedures milestones on the way to success J Pediatr Nurs1997Aug12(4) 252-255
13
socioloacutegicos da crianccedila e de sua famiacutelia (SOARES e ZAMBERLAN4
Para humanizar a assistecircncia agrave crianccedila hospitalizada e atender a suas reais
necessidades os pais foram inseridos na cliacutenica pediaacutetrica com direito a permanecircncia integral
nos casos de internaccedilatildeo Isso ocorreu no iniacutecio da deacutecada de 1990 no Brasil com a
legalizaccedilatildeo estabelecida pelo Estatuto da Crianccedila e do Adolescente (THOMAZINE et al
2008 p145) Com isso ldquomuitos hospitais natildeo consideram mais os pais como visitantes e
enfatizam sua presenccedila durante todo o periacuteodo da hospitalizaccedilatildeordquo fazendo uso de um sistema
de cuidado centrado na famiacutelia (HOCKENBERRY e WILSON 2011 p685)
1995 apud BRITO et
al 2009 p803)
Durante o processo de hospitalizaccedilatildeo as crianccedilas satildeo submetidas a diversas condutas e
procedimentos como por exemplo exames e administraccedilatildeo de medicamentos A punccedilatildeo
venosa eacute um dos principais procedimentos que causam dor e muitas vezes existe a
necessidade de vaacuterias punccedilotildees durante um mesmo dia Vale ressaltar que para a crianccedila esse
tipo de procedimento se iguala a uma agressatildeo jaacute que ldquona maioria das vezes eacute acompanhado
de dor ou medo o que se traduz no choro e na ansiedaderdquo (COLLET5
2002 apud GOMES et
al 2011 p290)
22 Acesso venoso perifeacuterico em pediatria
Para Correia et al (2009 p559) a fim evitar um trauma emocional durante a punccedilatildeo
as crianccedilas precisam ser orientadas sobre o tratamento seus objetivos e receber atenccedilatildeo
carinhosa neste momento
A fim de tornar o processo de cateterizaccedilatildeo venosa menos doloroso e estressante para
a crianccedila deve-se ter preferecircncia pelas veias que menos comprometam suas atividades
essenciais Neste intuito deve-se evitar por exemplo puncionar uma veia na matildeo que
dificulte o ato de se alimentar desenhar e ateacute mesmo brincar (OLIVEIRA BEZERRA e
PEREIRA 2008 p91)
4 Soares MRZ Zamberlan MAT A inclusatildeo do brincar na hospitalizaccedilatildeo infantil Est Psicol maioago18(2) 64-9 5 Collet N Oliveira BRG de Manual de Enfermagem em Pediatria Goiacircnia AB 2002
14
O acesso vascular eacute uma das principais modalidades de tratamento utilizadas na
assistecircncia agrave sauacutede Existe ampla aceitaccedilatildeo difusatildeo e praacutetica desse procedimento pelos
profissionais da aacuterea da assistecircncia agrave sauacutede (FERREIRA et al 2005)
Foi na deacutecada de 40 que o uso de cateter vascular foi introduzido nos hospitais
tornando-se essencial para as atividades assistenciais da modernidade (WORTHIGTON6
Para Peterlini e Chaud (2003) tal procedimento se define como um conjunto de
conhecimentos e teacutecnicas que visam agrave administraccedilatildeo de soluccedilotildees ou faacutermacos no sistema
circulatoacuterio abrangendo o preparo do paciente a escolha obtenccedilatildeo e manutenccedilatildeo do acesso
venoso os meacutetodos de preparo e administraccedilatildeo de drogas e soluccedilotildees e os cuidados referentes
agrave frequecircncia de troca do cateter curativos dispositivos de infusatildeo e soluccedilotildees
2005 apud MENDONCcedilA et al 2011 p330)
Primeiramente o acesso perifeacuterico era mantido com agulhas de accedilo inoxidaacutevel as
quais apesar de oferecerem menor risco de infecccedilatildeo satildeo riacutegidas e facilitavam perda do
acesso Em 1945 passou a ser utilizado o cateter venoso plaacutestico que permitia manutenccedilatildeo do
acesso por tempo prolongado (FERNANDES e RIBEIRO7
Quanto ao tempo de permanecircncia em pacientes pediaacutetricos o cateter deve ser mantido
ateacute o teacutermino da terapia intravenosa ou quando forem observados sinais cliacutenicos de
complicaccedilotildees diferentemente dos pacientes adultos onde o tempo de permanecircncia
preconizado eacute de 72 a 96 horas (CENTERS FOR DISEASE CONTROL AND
PREVENTION-CDC 2002)
2000 apud MARTINS et al 2008
p 485) Habitualmente o material de punccedilatildeo que vem sendo utilizado em crianccedilas satildeo os
cateteres flexiacuteveis tipo abocath com mandril metaacutelico (BATALHA et al 2010 p512)
Associaccedilatildeo Paulista de Estudos e Controle de Infecccedilatildeo Hospitalar (2005 apud
Moncaio e Figueiredo 2009) ressaltam que ldquoas principais complicaccedilotildees infecciosas para o
paciente satildeo flebite infecccedilatildeo do siacutetio de inserccedilatildeo do cateter extravasamento de soluccedilatildeo e
bacteremia relacionada ao cateterrdquo Certos fatores podem contribuir para o aparecimento de
tais complicaccedilotildees como o tipo do cateter que seraacute utilizado o preparo do local da punccedilatildeo
aleacutem de caracteriacutesticas intriacutensecas do paciente Vale acrescentar que ldquoos cateteres 6 Worthigton T Elliot TSJ Diagnosis of central venous catheter related infection in adult pacient J Infect 2005 51267-80 7 Fernandes AT Ribeiro Filho N Infecccedilatildeo do acesso vascular In Fernandes AT Fernandes M OV Ribeiro Filho N Infecccedilatildeo hospitalar e suas interfaces na aacuterea da sauacutede Satildeo Paulo (SP) Atheneu 2000 p 556-79
15
confeccionados em Teflon e poliuretano estatildeo associados a baixas frequecircncias de
complicaccedilotildees infecciosas quando comparados aos de polivinilcloreto e polietilenordquo
CENTERS FOR DISEASE CONTROL AND PREVENTION-CDC 2002)
ldquoNo acircmbito hospitalar a flebite eacute uma das complicaccedilotildees mais frequentes e
considerada uma das principais falhas da infusatildeordquo Eacute o processo inflamatoacuterio da camada
iacutentima das veias ocasionado por irritaccedilatildeo mecacircnica quiacutemica ou infecccedilotildees bacterianas
apresentando manifestaccedilotildees como dor edema hiperemia local e calor (GABRIEL8
Machado et al(2008) relata que ldquocerca de 1 a 10 destes pacientes desenvolvem
infecccedilotildees locais ou sistecircmicas relacionadas ao uso de cateteres causadas por alteraccedilatildeo ou
ruptura da integridade da pele que permite a passagem de microorganismos colonizadoresrdquo
2008
apud MAGEROTE et al 2011 p 487)
O curativo para fixaccedilatildeo do cateter eacute outro ponto importante para a manutenccedilatildeo do
mesmo visto que a ldquofixaccedilatildeo reduz o risco de complicaccedilotildees relacionadas agrave terapia intravenosa
tais como flebite infiltraccedilatildeo septicemia e deslocamento do cateterrdquo aleacutem de mantecirc-lo limpo
e seco permitindo a visualizaccedilatildeo contiacutenua do mesmo a fim de prevenir os agravos
(PHILLIPS9
No seacuteculo passado durante os primeiro 50 anos da praacutetica da terapia intravenosa
utilizava-se para fixaccedilatildeo gaze esteacuteril e fitas adesivas O iniacutecio do uso de filmes transparentes
esteacutereis se deu em 1970 como solicitaccedilatildeo dos enfermeiros quanto agrave necessidade da retirada do
curativo para realizar a inspeccedilatildeo do local de inserccedilatildeo funccedilatildeo atribuiacuteda aos mesmos a fim de
impedir uma infecccedilatildeo de corrente sanguiacutenea (MACHADO PEDREIRA E CHAUD 2008)
2001 apud SILVA E ZANETTI 2004 p233)
O uso de fitas adesivas natildeo-esteacutereis pode ser bastante observado em algumas
instituiccedilotildees de sauacutede contudo fita adesiva soacute natildeo estaacute contaminada enquanto permanece na
embalagem sugerindo tambeacutem a possibilidade da transmissatildeo de microorganismos
patogecircnicos com a aplicaccedilatildeo da mesma sobre o local de inserccedilatildeo do cateter
(VANDENBOSCH COOCH E TRESTON-AURAND10
8 Gabriel J Infusion therapy part one minimising the risks Nurs Stand 2008 Apr 22(31)51-6
1997 et al MACHADO
PEDREIRA E CHAUD2005 p292)
9 Phillips DL Manual de terapia endovenosa Trad Pedreira MLG Pereira SR Harada MJCS Peterline MAS 2ordf ed Porto Alegre (RS) Artmed 2001551P 10 VandenBosch TM Cooch J Treston-Aurand J Research utilization adhesive bandage dressing regimen for peripheral venous catheters Am J Infect Control 1997 25(6)513-9
16
Acerca da terapia intravenosa podem ocorrer incompatibilidades em relaccedilatildeo aos
faacutermacos administrados e os cateteres utilizados que na maioria das vezes natildeo satildeo percebidos
devido a impossibilidade de visualizaccedilatildeo Essas incompatibilidades satildeo denominadas por
Peterlini Chaud e Pedreira (2006) como adsorccedilatildeo e absorccedilatildeo onde ocorre ldquoperda do faacutermaco
para a superfiacutecie de frascos seringas filtros acessoacuterios e cateteres da terapia intravenosa por
meio de adsorccedilatildeo ou pela absorccedilatildeo do faacutermaco para a matriz do material de confecccedilatildeo desses
dispositivosrdquo Com isso o profissional de enfermagem tem como funccedilatildeo aleacutem do
conhecimento cientiacutefico acerca das drogas utilizadas programar accedilotildees que possibilitem
ldquoreconstituiccedilatildeo diluiccedilatildeo acondicionamento e cuidados na administraccedilatildeo de faacutermacosrdquo
evitando assim prejuiacutezos no tratamento
17
3 METODOLOGIA
31 Tipo de pesquisa
Trata-se de uma pesquisa descritiva exploratoacuteria de abordagem qualitativa com os
profissionais da equipe de enfermagem da unidade de internaccedilatildeo pediaacutetrica de um hospital
universitaacuterio do estado do Rio de Janeiro
Para Minayo Deslandes e Gomes (2007 p 21) a pesquisa qualitativa responde as
questotildees de forma particular de modo que trabalha com o universo dos significados dos
motivos das aspiraccedilotildees das crenccedilas dos valores e atitudes Sendo assim entende-se que as
accedilotildees do ser humano se distinguem a partir do seu pensamento do modo de agir de acordo
com a realidade vivida por cada um
Segundo Gil (1999 p44) ldquoas pesquisas descritivas tecircm como objetivo primordial a
descriccedilatildeo das caracteriacutesticas de determinada populaccedilatildeo ou fenocircmeno ou o estabelecimento de
relaccedilotildees variaacuteveisrdquo
Kauark Manhatildees e Medeiros (2010 p28) determinam a pesquisa exploratoacuteria como
agravequela que ldquoObjetiva a maior familiaridade com o problema tornando-o expliacutecito ou agrave
construccedilatildeo de hipoacutetesesrdquo Acrescenta ainda que a mesma pode conter levantamento
bibliograacutefico entrevistas com pessoas experientes no problema pesquisado entre outras
fontes
32 Sujeitos da pesquisa
A pesquisa contou com um nuacutemero total de nove (9) profissionais da equipe de
enfermagem da unidade de internaccedilatildeo pediaacutetrica de um Hospital Universitaacuterio do Rio de
Janeiro sendo estes dois (2) enfermeiros e sete (7) teacutecnicos de enfermagem De todos os
18
participantes apenas um trabalha no serviccedilo noturno sendo o restante do serviccedilo diurno Os
mesmos satildeo os responsaacuteveis pela instalaccedilatildeo e manipulaccedilatildeo dos os acessos venosos
perifeacutericos supondo assim que tenham maior domiacutenio sobre o assunto abordado
Os sujeitos foram identificados com codinomes referentes agraves princesas da Disney para
que suas identidades sejam preservadas
33 Cenaacuterio
A pesquisa ocorreu na unidade de internaccedilatildeo pediaacutetrica localizada no quinto andar do
Hospital Universitaacuterio do Rio de Janeiro vinculado a uma Universidade Federal
A unidade pediaacutetrica eacute divida em trecircs enfermarias de acordo com a idade das crianccedilas
hospitalizadas sendo denominadas estas Lactente preacute-escolar e escolar A enfermaria
Lactente eacute composta por 5 leitos hospitalizando crianccedilas de 29 dias a 2 anos jaacute na preacute-escolar
encontram-se 6 leitos e acolhe crianccedilas de 2 a 6 anos e na escolar 6 leitos abrigando crianccedilas
de 7 a 12 anos Toda crianccedila hospitalizada tem direito a um acompanhante como eacute
preconizado por direito pelo Artigo doze (12) do Estatuto da Crianccedila e do Adolescente
(Brasil 1990 p3)
A enfermaria conta com um posto de enfermagem localizado no centro da unidade
possibilitando maior visualizaccedilatildeo das enfermarias Possui tambeacutem uma sala de recreaccedilatildeo e
banheiro para os pacientes e acompanhantes Haacute uma sala utilizada pedagogia hospitalar
onde uma professora realiza atividades com as crianccedilas
Vale ressaltar que na unidade haacute uma sala para realizaccedilatildeo de procedimentos dolorosos
como a punccedilatildeo venosa perifeacuterica e sempre que possiacutevel o paciente eacute levado ateacute ela
34 Coleta de dados
A coleta de dados se deu a partir da teacutecnica de entrevista semi-estruturadas que
segundo Minayo Deslandes e Gomes (2007 p 64) satildeo ldquoperguntas fechadas e abertas em que
o entrevistado tem a possibilidade de discorrer sobre o tema em questatildeo sem se prender agrave
indagaccedilatildeo formuladardquo As mesmas foram gravadas em entrevista individual e tiveram como
foco as accedilotildees que os profissionais da equipe de enfermagem realizam acerca dos cuidados
para a permanecircncia do acesso venoso perifeacuterico aleacutem de investigar sobre o conhecimento que
cada um possui sobre o tema
19
Apoacutes contato preacutevio com a equipe de enfermagem foi acordado um dia e horaacuterio para
a realizaccedilatildeo das entrevistas que aconteceram na proacutepria unidade Todos os profissionais da
equipe de enfermagem foram convidados a participar voluntariamente da pesquisa As
entrevistas aconteceram apoacutes os profissionais assinarem o Termo de Consentimento Livre e
Esclarecido (TCLE)
Para Minayo Deslandes e Gomes (2007 p 64) a entrevista possui como principal
objetivo construir dados que sejam pertinentes para a pesquisa aleacutem de ser a estrateacutegia mais
utilizada no processo de trabalho de campo
A coleta foi interrompida no momento em que os dados se mostraram saturados ou
seja quando houve a cessaccedilatildeo do acreacutescimo de informaccedilotildees novas referentes ao tema
proposto
O fechamento amostral por saturaccedilatildeo teoacuterica eacute definido como a suspensatildeo de inclusatildeo
de novos participantes quando os dados obtidos passam a apresentar na avaliaccedilatildeo do
pesquisador certa redundacircncia ou repeticcedilatildeo natildeo sendo considerado relevante continuar a
coleta de dados (FONTANELLA RICAS e TURATO 2008)
35 Questotildees eacuteticas da pesquisa
De acordo com a Resoluccedilatildeo 46612 que visa assegurar os direitos e deveres que
dizem respeito agrave comunidade cientiacutefica aos sujeitos da pesquisa e ao Estado uma pesquisa
que envolve a participaccedilatildeo de seres humanos deve atender aos fundamentos eacuteticos e
cientiacuteficos pertinentes para a seguranccedila dos mesmos Neste contexto toda pesquisa
envolvendo seres humanos deveraacute ser submetida agrave apreciaccedilatildeo de um Comitecirc de Eacutetica em
Pesquisa (CEP) (BRASIL 2012)
Atendendo a esta condiccedilatildeo o projeto de pesquisa foi encaminhado ao CEP ndash do
Hospital Universitaacuterio o qual foi realizada a pesquisa foi analisado e aprovado na Reuniatildeo
com data de 06122013 CAAE 24693613700005243 Nuacutemero do parecer 486451 Com
isso a pesquisa foi desenvolvida mediante aprovaccedilatildeo do CEP atendendo aos preacute-requisitos
estipulados pela Resoluccedilatildeo nordm 46612
Esta pesquisa eacute pautada em princiacutepios eacuteticos que respeitam a dignidade humana e
justiccedila assegurando que natildeo haveraacute nenhum tipo de dano aos participantes
20
Em atendimento a resoluccedilatildeo 46612 do Conselho Nacional de SauacutedeMS apoacutes serem
esclarecidos pela pesquisadora quanto aos aspectos eacuteticos relacionados agrave pesquisa aleacutem das
formas de produccedilatildeo de dados e inserccedilatildeo no estudo os sujeitos da pesquisa assinaram duas
vias do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido ndash TCLE (apecircndice 1) autorizando sua
participaccedilatildeo voluntaacuteria na pesquisa Uma via foi entregue ao participante e outra ficou
arquivada com a pesquisadora
Nesse documento consta os objetivos da pesquisa procedimentos benefiacutecios
previstos garantia de recusa de participaccedilatildeo em qualquer momento de acesso aos resultados
da pesquisa e tambeacutem a garantia de acesso ao pesquisador quando os sujeitos julgarem
necessaacuterio sendo todas essas informaccedilotildees em linguagem acessiacutevel e simples O mesmo foi
apresentado e explicado ao profissional convidado a participar do estudo no primeiro contato
eou durante visita agendada para realizaccedilatildeo da entrevista
Vale ressaltar que esta pesquisa cujo financiamento eacute proacuteprio natildeo oferece nenhum
tipo de riscos para o sujeito da pesquisa e nem para o cuidado das crianccedilas internadas no setor
de pediatria e os benefiacutecios da participaccedilatildeo do mesmo satildeo de aumentar o conhecimento
cientiacutefico na aacuterea de Enfermagem Pediaacutetrica aleacutem de contribuir para a praacutetica profissional
36 Anaacutelise dos dados
O processo de anaacutelise dos dados foi baseada na teacutecnica da Anaacutelise Temaacutetica que para
Minayo Deslandes e Gomes (2007 p 86) o conceito central eacute o tema ldquoO tema eacute a unidade de
significaccedilatildeo que se liberta naturalmente de um texto analisado segundo criteacuterios relativos agrave
teoria que serve de guia da leiturardquo (BARDIN11
A anaacutelise realizada estava de acordo com a sugerida por Minayo (2010 p 315) e
contam com as seguintes etapas preacute-analise exploraccedilatildeo do material tratamento dos
resultados obtidos e interpretaccedilatildeo Atraveacutes dessas etapas tem-se o objetivo de descrever o
conteuacutedo do material coletado e interpretaacute-lo
1979 apud MINAYO DESLANDES
GOMES 2007 p 86)
A preacute analise consiste na escolha dos elementos a serem analisados e na retomada das
hipoacuteteses e dos objetivos iniciais da pesquisa Inicia-se com uma leitura flutuante onde o
11 BARDIN L Anaacutelise de Conteuacutedo Lisboa Ediccedilotildees 70 1979
21
pesquisador toma contato direto com o material adquirido deixando-se impregnar por seu
conteuacutedo Posteriormente haacute a constituiccedilatildeo do Corpus textual onde eacute feita uma seleccedilatildeo dos
documentos que iratildeo contemplar e fornecer informaccedilotildees sobre o tema sendo assim adequados
para dar resposta aos objetivos do trabalho (MINAYO 2010 p 315)
Essa fase preacute-analiacutetica eacute onde se determinam a unidades de registro unidade de
contexto e a partir delas satildeo determinados os temas que seratildeo analisados A unidade de
registro corresponde parte do conteuacutedo selecionado como base para analise e apoacutes a
delimitaccedilatildeo do contexto de compreensatildeo da unidade de registro eacute estabelecida a unidade de
contexto (MINAYO 2010 p 316)
De acordo com os objetivos da pesquisa foi possiacutevel perceber que nove (9)
entrevistas supriam para atender os mesmo encerrando assim a coleta Apoacutes a transcriccedilatildeo das
entrevistas foi realizada leitura das mesmas para natildeo soacute conhecimento do material mas
tambeacutem estabelecer as unidades de registro Em seguida foi realizado o colorimento das falas
assim as classificando de acordo com as unidades de registro estabelecidas
As unidades de registro que surgiram foram os fatores que interferem na manutenccedilatildeo
do acesso venoso perifeacuterico e o apontamento do acompanhante como responsaacutevel pela perda
do acesso venoso perifeacuterico Elas receberam as cores vermelha e laranja respectivamente a
fim de facilitar o agrupamento dos dados A partir disto surgiram as unidades de contexto que
compreendem as falas das entrevistas de modo a exemplificar o contexto das unidades de
registro
Partindo para segunda etapa da analise temaacutetica a exploraccedilatildeo do material que consiste
numa classificaccedilatildeo que visa alcanccedilar o nuacutecleo de compreensatildeo do texto Busca-se encontrar
categorias que satildeo expressotildees ou palavras significativas em funccedilatildeo das quais o conteuacutedo seraacute
organizado Essas categorias satildeo responsaacuteveis pela especificaccedilatildeo dos temas (MINAYO
2010 p 317)
Nesse caso foram definidos os seguintes temas cuidados preacute intra e poacutes procedimento
de punccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico cuidados em desuso para manutenccedilatildeo do acesso
venoso perifeacuterico o acompanhante e a manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico Essas trecircs (3)
categorias seratildeo apresentadas analisadas e discutidas no capitulo seguinte
22
4 RESULTADOS E DISCUSSAtildeO
Nesse capiacutetulo apresento as trecircs categorias temaacuteticas que surgiram da anaacutelise dos
dados e que contemplaram de forma satisfatoacuteria os objetivos da pesquisa A primeira
categoria denominada como ldquoOs cuidados de enfermagem preacute intra e poacutes-procedimento de
punccedilatildeo do acesso venoso perifeacutericordquo traz os passos e cuidados que os profissionais realizam
antes durante e apoacutes a punccedilatildeo buscando descrever e analisar os fatores envolvidos na pratica
do procedimento em questatildeo que emergiram das entrevistas aleacutem dos cuidados de
enfermagem para a manutenccedilatildeo do mesmo
A segunda categoria que seraacute apresentada eacute ldquoOs cuidados em desuso para manutenccedilatildeo
do acesso venoso perifeacutericordquo que mostra os cuidados que os profissionais citaram como natildeo
mais utilizados para auxiliar na manutenccedilatildeo da punccedilatildeo venosa perifeacuterica
E a uacuteltima categoria eacute denominada ldquoO acompanhante e a manutenccedilatildeo do acesso
venoso perifeacutericordquo e traz a responsabilizaccedilatildeo do acompanhante pelos profissionais do setor
em relaccedilatildeo aos cuidados com manutenccedilatildeo da punccedilatildeo Essa categoria busca tambeacutem ressaltar a
funccedilatildeo do acompanhante durante a hospitalizaccedilatildeo da crianccedila destacando que determinados
cuidados satildeo de total funccedilatildeo da equipe de enfermagem
41 Os cuidados de enfermagem preacute intra e poacutes-procedimento de punccedilatildeo do acesso
venoso perifeacuterico
Para interpretar as unidades de contextos tive como base autores que definiram os
cuidados de enfermagem preacute intra e poacutes punccedilatildeo venosa perifeacuterica Para esses autores a fase
de preacute-punccedilatildeo compreende as accedilotildees de anaacutelise e conhecimento da prescriccedilatildeo avaliaccedilatildeo e
23
preparo emocional do paciente preparo do material e medicaccedilatildeo seleccedilatildeo do siacutetio de inserccedilatildeo
e dilataccedilatildeo da veia selecionada As accedilotildees envolvidas na punccedilatildeo satildeo a execuccedilatildeo das
precauccedilotildees-padratildeo antissepsia da pele punccedilatildeo do vaso a fixaccedilatildeo e curativo do cateter
Finalmente na etapa de poacutes-punccedilatildeo adota-se a identificaccedilatildeo da punccedilatildeo o descarte apropriado
das partes dos materiais natildeo utilizados a orientaccedilatildeo do paciente acerca da terapecircutica o
controle da infusatildeo atraveacutes do gotejamento se necessaacuterio e o registro do procedimento
Phillips12
De acordo com as entrevistas a seleccedilatildeo do local de punccedilatildeo eacute indicada com um fator
que interfere diretamente no tempo de permanecircncia do acesso venoso perifeacuterico visto que
dependendo do local ocorre a perda mais rapidamente Aleacutem da localizaccedilatildeo citaram tambeacutem
o calibre da veia como interferecircncia na manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico Seguem
abaixo algumas falas
(2001 apud ARAUacuteJO 2007 p18)
ldquoPrimeira coisa eacute vocecirc procurar bem a veia colocar uma veia de um bom calibre Se puder dar preferecircncia a natildeo puncionar dobrasrdquo (Cinderela) ldquoDependendo de onde estiver puncionado se for na matildeozinha a crianccedila fica toda hora ta mexendo taacute manipulando alguma coisa e se for no pezinho tambeacutem nem todo tempo vai ficar acamada entatildeo acaba perdendo o acessordquo(Bela ) ldquoO mau posicionamento pode levar a perdardquo (Rapunzel)
A opiniatildeo dos profissionais acima vai de encontro com o que eacute encontrado na
literatura visto que eacute de suma importacircncia que o mesmo avalie o cliente e considere alguns
aspectos para uma escolha criteriosa e eficaz como a finalidade da punccedilatildeo o tipo de soluccedilatildeo
a ser infundida a condiccedilatildeo da rede venosa a duraccedilatildeo da terapia idade do cliente habilidade
cognitiva da crianccedila a preferecircncia do cliente o que nem sempre seraacute possiacutevel satisfazer e
tambeacutem a sua atividade (ARAUacuteJO 2007 p31)
Os cuidados com o acesso venoso perifeacuterico satildeo importantes antes mesmo da
realizaccedilatildeo do procedimento Levando em consideraccedilatildeo que um erro durante a fase de preacute-
procedimento como a escolha errada do local de punccedilatildeo por exemplo poderaacute levar a perda
do acesso e prejudicar assim o tratamento aleacutem do bem-estar da crianccedila que seraacute puncionada
novamente
12 PHILLIPS L D Manual de terapia intravenosa 2ed Porto Alegre Artmed 2001
24
O vaso sanguiacuteneo que o profissional selecionar como local para puncionar deve ser
suficiente para suportar o calibre e o comprimento do cateter aleacutem de atender a necessidade
terapecircutica para que natildeo haja a necessidade de uma nova punccedilatildeo
A punccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico eacute um procedimento doloroso e de grande
incomodo para a crianccedila com isso eacute de suma importacircncia realizar a seleccedilatildeo preacutevia do
material poreacutem natildeo foi citado Outro cuidado rotineiro e natildeo menos importante como a
lavagem das matildeos antes da colocaccedilatildeo do acesso tambeacutem natildeo foi mencionado durante as
entrevistas
O preparo emocional da crianccedila e do acompanhante quanto ao procedimento deve ser
considerada praacutetica rotineira para a equipe de enfermagem O profissional de enfermagem
deve lavar as matildeos objetivando a reduccedilatildeo significativa de risco de infecccedilatildeo e recomenda-se o
uso de aacutegua e sabatildeo para lavagem das matildeos antes da colocaccedilatildeo do cateter venoso perifeacuterico
(PHILLIPS13
O preparo preacutevio do material para instalaccedilatildeo do cateter venoso perifeacuterico eacute importante
para evitar interrupccedilotildees do procedimento e consequentemente um maior tempo de
manipulaccedilatildeo da crianccedila (SILVA
2001apud ARAUacuteJO 2007 Centers for Disease Control and Prevention ndash CDC
2002 apud ARAUacuteJO 2007)
14
Outro aspecto citado e classificado como preacute-procedimento eacute o cuidado com a
medicaccedilatildeo a ser administrada incluindo cuidados com a diluiccedilatildeo e composiccedilatildeo da mesma
Seguem algumas das falas
2004 apud ARAUacuteJO 2007 p30)
ldquoEstar sempre diluindo as medicaccedilotildees de acordo com a prescriccedilatildeo meacutedica pois as medicaccedilotildees satildeo muito fortes e podem causar enfraquecimento da veia Tem que diluir direitinho e passar lento na veiardquo (Cinderela) ldquoTer cuidado principalmente quando eacute crianccedila e a diluiccedilatildeo da medicaccedilatildeo tambeacutem agraves vezes natildeo eacute pra passar em perifeacuterico e na segunda dose jaacute perdeurdquo (Alice)
O acesso venoso perifeacuterico eacute a primeira alternativa para infusatildeo intravenosa por ser de
mais faacutecil acesso e rapidez no efeito da medicaccedilatildeo O profissional de enfermagem deve ter
domiacutenio natildeo soacute relacionado agrave infusatildeo das medicaccedilotildees mas tambeacutem com a composiccedilatildeo
13 PHILLIPS L D Manual de terapia intravenosa 2ed Porto Alegre Artmed 2001 14 SILVA G R G Terapia intravenosa em receacutem-nascidos ndash orientaccedilotildees para o cuidado de Enfermagem Rio de Janeiro Cultura Meacutedica 2004
25
farmacoloacutegica das mesmas os efeitos adversos e colaterais que a droga pode causar inclusive
em relaccedilatildeo a diluiccedilatildeo o que normalmente eacute estabelecido como padratildeo no setor de acordo com
cada faacutermaco
Com a intenccedilatildeo de promover a eficaacutecia terapecircutica dos medicamentos administrados
por via intravenosa eacute atribuiccedilatildeo do profissional de enfermagem implementar teacutecnicas como a
diluiccedilatildeo acondicionamento e cuidados na administraccedilatildeo de faacutermacos a fim de evitar
prejuiacutezos no tratamento resultantes da incompatibilidade medicamentosa (PETERLINI
CHAUD e PEDREIRA 2006)
Os fatores intra-procedimento satildeo considerados aqueles diretamente relacionados com
o procedimento Os dados colidos nas entrevistas ressaltaram apenas a fixaccedilatildeo com um fator
que interfere nessa fase Este foi o dado mais repetitivo nas entrevistas poreacutem sempre citado
de forma superficial Seguem as falas dos profissionais quando questionados sobre o que era
importante para manutenccedilatildeo do acesso
ldquoTem que fazer uma boa fixaccedilatildeo Porque quando a pessoa natildeo fixa bem prejudica porque aquilo vai soltando e quando vocecirc vecirc jaacute perdeu a veiardquo(Cinderela) ldquoEu acho que natildeo tem o que fazer para manter o acesso A crianccedila vai ficar uns dias X com aquele acesso pra fazer medicaccedilatildeo e eu acho que natildeo tem o que vocecirc profissional fazer para que natildeo percardquo (Aurora) ldquoA fixaccedilatildeo evita a movimentaccedilatildeo excessiva no local que estaacute o acessordquo (Ariel) ldquoTer cuidado com o curativo saber manusear E manter sempre o curativo limpo trocar se necessaacuteriordquo (Rapunzel) ldquoA fixaccedilatildeo eacute muito importante pra natildeo soltar o acesso e pra ele ficar mais tempordquo(Mulan)
Oliveira Bezerra e Pereira (2008 p 94) afirmam que de acordo com o revelado por
determinados estudos o tipo de curativo a fixaccedilatildeo do cateter e o tempo de permanecircncia estatildeo
diretamente relacionados com a ocorrecircncia de complicaccedilotildees infecciosas como flebites e
tambeacutem infiltraccedilatildeo extravasamento desconexatildeo e deslocamento do cateter
26
Para Pettit e Kraus15
Potter
(1995 apud MACHADO PEDREIRA E CHAUD2005 p292) a
gaze esteacuteril fixada com a fita adesiva hipoalergecircnica bem como a peliacutecula transparente esteacuteril
satildeo os materiais mais recomendados para curativo e fixaccedilatildeo de cateter venoso perifeacuterico
16
Jaacute as peliacuteculas transparentes mais conhecidas como filme permitem a respiraccedilatildeo
normal da pele com alta permeabilidade ao oxigecircnio e vapores e eacute impermeaacutevel a liacutequidos e
micro-organismos (SILVA E ZANETTI 2004 p233) Aleacutem disso permitem tambeacutem a
visualizaccedilatildeo contiacutenua do local de punccedilatildeo permitindo assim avaliaccedilatildeo do mesmo natildeo soacute
durante a infusatildeo de medicaccedilotildees mas tambeacutem todo o tempo
(1998 apud SILVA E ZANETTI 2004 p233) afirma que nas fixaccedilotildees em
que se utiliza a gaze esteacuteril preconiza-se a utilizaccedilatildeo de teacutecnica asseacuteptica Neste curativo a
gaze esteacuteril eacute colocada sobre o siacutetio de inserccedilatildeo e suas bordas satildeo fixadas com fita adesiva
A observaccedilatildeo da punccedilatildeo eacute muito importante pois se o local de inserccedilatildeo se mostrar
com sinais e sintomas de complicaccedilotildees a terapia deve ser suspensa (OLIVEIRA BEZERRA
e PEREIRA 2008 p95)
A visualizaccedilatildeo contiacutenua do acesso permite que a equipe de enfermagem possa realizar
uma observaccedilatildeo mais particularizada em relaccedilatildeo agraves condiccedilotildees do acesso venoso perifeacuterico
podendo observar se haacute deslocamento do cateter sinais de infiltraccedilatildeo e tambeacutem sinais de
infecccedilatildeo
Para Silva Barbato e Valente (2013 p 1200) cabe ao enfermeiro fazer a avaliaccedilatildeo
diaacuteria e cuidadosa do curativo observando a presenccedila de umidade sujidade integridade do
oacutestio de inserccedilatildeo a fixaccedilatildeo bem como a realizaccedilatildeo do curativo e das anotaccedilotildees legais
competentes agraves suas funccedilotildees
A fase poacutes-procedimento eacute caracterizada por uma seacuterie de cuidados que a equipe de
enfermagem deve realizar para que se obtenha maior tempo de permanecircncia do acesso venoso
perifeacuterico Durante as entrevistas os cuidados citados foram a salinizaccedilatildeo do acesso cuidados
para evitar a flebite e a velocidade de infusatildeo
15 Pettit DM Kraus V The use of gauze versus transparent dressings for peripheral intravenous catheter sites Nurs ClinNorth Am 1995 30(3)495-506 16 Potter P Perry AG Fundamentos de enfermagem processo conceito e praacutetica 3ordf ed Santos(SP) Guanabara Koogan19981397pp801-43
27
ldquoManter um acesso bem salinizado que vocecirc lave pelo menos de duas de trecircs em trecircs horas Se bem que isso aqui na pediatria natildeo eacute muito comum aqui a gente soacute lava cada vez que vai fazer medicaccedilatildeo mas se eu natildeo me engano a literatura preconiza isso vocecirc lavar pelo menos de quatro em quatro horas o acessordquo (Aurora)
ldquoPra manter o acesso venoso perifeacuterico eacute importante manter ele salinizado Assim que a gente recebe o plantatildeo eu vou ver se o acesso ta peacutervio com uma ldquoseringuinhardquo vai la da uma ldquolavadinhardquo e vecirc se o acesso ta peacutervio e manter o acesso salinizadordquo (Ariel)
ldquoSalinizar de 6 em 6 horas para manter ele peacuterviordquo (Alice)
ldquoTem que passar lento a medicaccedilatildeo e a limpeza da aacuterea vocecirc tem que limpar bem a aacuterea pra vocecirc natildeo formar uma flebiterdquo (Cinderela)
A salinizaccedilatildeo do acesso eacute um cuidado simples e de grande importacircncia Esse cuidado
deve ser realizado para manter o acesso peacutervio e limpo e deve ser realizado antes e apoacutes
qualquer infusatildeo
Para Moncaio e Figueiredo (2009)
a ldquosalinizaccedilatildeordquo consiste em administrar sob pressatildeo positiva soluccedilatildeo salina (Soro fisioloacutegico a 09) logo apoacutes o teacutermino da infusatildeo da medicaccedilatildeo Este procedimento visa prevenir a formaccedilatildeo de trombos e fibrina evitar o contato de drogas incompatiacuteveis (quando da infusatildeo de mais de um item medicamentoso no mesmo horaacuterio) garantir a infusatildeo de todo o medicamento que possa ter ficado no sistema aleacutem de evitar retorno sanguiacuteneo mantendo o cateter peacutervio para a proacutexima infusatildeo
Durante a coleta de dados esse cuidado surgiu em diversos momentos poreacutem foi
possiacutevel perceber que os profissionais realizam o mesmo de forma banalizada Natildeo sabem de
fato a real funccedilatildeo de manter o acesso salinizado A impressatildeo que passa eacute que eles
aprenderam que esse cuidado deveria ser feito e simplesmente fazem Haacute divergecircncias
tambeacutem entre a equipe em relaccedilatildeo ao momento que deve ser realizada a salinizaccedilatildeo e isso nos
mostra a desatualizaccedilatildeo dos profissionais do setor e a falta de uma educaccedilatildeo continuada no
hospital
Os cuidados para evitar a flebite e a velocidade de infusatildeo da medicaccedilatildeo apareceram
menos nas entrevistas e interferem diretamente com a manutenccedilatildeo do acesso venoso
perifeacuterico
28
A flebite eacute uma inflamaccedilatildeo na veia puncionada ocorrendo quando as ceacutelulas
endoteliais da parede da veia que o cateter estaacute inserido tornam-se inflamadas e irregulares
propiciando a aderecircncia de plaquetas e predispondo a veia a inflamaccedilatildeo Eacute comum que o local
se apresente dolorido hiperemiado quente e edemaciado e nesses casos eacute aconselhada a
retirada do cateter Uma boa fixaccedilatildeo do cateter perifeacuterico eacute recomendada por autores na
literatura visto que previnem deslocamento faacutecil e permitem uma boa visualizaccedilatildeo do local
evitando complicaccedilotildees como a flebite e infiltraccedilatildeo (MOLDES et al 2011 p 330)
Dentre as principais falhas de infusatildeo venosa estatildeo flebite infiltraccedilatildeo hematoma e
obstruccedilatildeo Acredita-se que para reduzir a incidecircncia destas nas unidades pediaacutetricas eacute preciso
a adoccedilatildeo de estrateacutegias tais como a abordagem junto agrave equipe em parceria com o setor de
educaccedilatildeo permanente e a adoccedilatildeo do uso da teacutecnica corretamente e de forma asseacuteptica para a
realizaccedilatildeo da punccedilatildeo venosa perifeacuterica em acordo com a comissatildeo de controle de infecccedilatildeo
hospitalar (SILVA BARBATO e VALENTE 2013 p 1200)
A incapacidade do paciente em relatar dor no siacutetio de administraccedilatildeo do faacutermaco quer
pela idade ou condiccedilatildeo cliacutenica e o local de inserccedilatildeo como tambeacutem a velocidade de infusatildeo do
medicamento (gt25mgmin) satildeo classificados como fatores de risco para a perda do acesso
venoso perifeacuterico (MARTINS SILVINO e DIAS 2010)
42 Os cuidados em desuso para manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico
Essa categoria discorre sobre os cuidados de enfermagem que com o passar do tempo
foram desconsiderados e natildeo satildeo mais utilizados Quando questionados em relaccedilatildeo a vivencia
profissional e cuidados que discordavam os entrevistados citaram o uso da tala para fixaccedilatildeo
uso de heparina e os cuidados em relaccedilatildeo ao tempo de permanecircncia do cateter Haacute muitas
controveacutersias em relaccedilatildeo aos cuidados citados acima
O tempo de permanecircncia interfere diretamente no aparecimento de complicaccedilotildees
como flebite e que acabam levando a perda do acesso venoso perifeacuterico mais rapidamente
aconselhando assim a troca do mesmo entre 76 a 96 horas Poreacutem eacute preconizada a retirada do
cateter apenas se finalizar o tratamento ou houver alguma interferecircncia
ldquoA gente observa tambeacutem o tempo dependendo do tempo tem que tirarrdquo (Alice)
29
ldquoHoje eu natildeo sei como que eacute essa questatildeo do tempo porque a gente trocava o acesso a cada quatro dias agora o pessoal jaacute diz que pode trocar em ateacute uma semana entatildeo natildeo sei como que ta isso e o que tem escrito em relaccedilatildeo a isso (Aurora)
Sabe-se que o tempo para troca do cateter de teflon ou poliuretano varia de 72 a 96
horas com o intuito de reduzir risco de infecccedilatildeo e flebite e para minimizar esses riscos nas
seguintes situaccedilotildees diante de sinais inflamatoacuterios no local de inserccedilatildeo e sempre que houver
mau funcionamento do cateter (SANTOS17
Entretanto o Center for Disease Control and Prevention - CDC (2002) diz que em
pacientes pediaacutetricos natildeo foi observada relaccedilatildeo quanto ao tempo de permanecircncia do cateter e
ocorrecircncia de complicaccedilotildees devendo ser mantido ateacute o teacutermino da terapia intravenosa ou
quando forem observados sinais cliacutenicos de complicaccedilotildees
2004 apud OLIVEIRA BEZERRA e PEREIRA
2008 p 93)
Eacute possiacutevel observar a diferenccedila do conhecimento pratico dos profissionais
entrevistados em relaccedilatildeo ao conhecimento encontrado na literatura E ainda contendo duacutevidas
natildeo haacute uma busca da parte dos mesmos para esclarececirc-las
O uso da heparina com a finalidade de manter o acesso peacutervio por um periacuteodo maior
de tempo mostra-se com mais certeza quanto ao desuso nos dados colidos
ldquoAntigamente a gente usava heparina entatildeo a gente ficava tranquila em relaccedilatildeo agrave obstruccedilatildeo mas agora natildeo a gente usa o soro fisioloacutegico e a gente deixa salinizadordquo (Aurora)
Rang e Dale 18(1998 apud DOPICO e OLIVEIRA 2006) afirmam que a heparina
inibe a formaccedilatildeo de coaacutegulos de fibrina in vitro e in vivo e que seu efeito anticoagulante eacute
praticamente imediato Com isso Phillips19
17 Santos W Lavagem das matildeos In R Luiz Santos W Manual baacutesico de prevenccedilatildeo e controle das infecccedilotildees hospitalares do HRU Fortaleza Hospital Regional Unimed 2004
(2001 apud DOPICO e OLIVEIRA 2006)
ressalta que a teacutecnica de manutenccedilatildeo intermitente de cateteres intravenosos com soluccedilatildeo
salina 09 classificada como salinizaccedilatildeo tem sido pesquisada haacute alguns anos apresentando
em relaccedilatildeo ao uso da heparina vantagens como o baixo custo ser um procedimento mais
18 Rang HP Dale M M Hemostasia e Trombose In Rang HP Dale M M Farmacologia Rio de Janeiro Guanabara Koogan 1998 p235-47 19 PHILLIPS L D Manual de terapia intravenosa 2ed Porto Alegre Artmed 2001
30
simples aleacutem de eliminar a possibilidade de incompatibilidade com as drogas e soluccedilotildees
administradas aleacutem da inexistecircncia de riscos ao paciente Entretanto sabe-se que a literatura
ainda natildeo fornece consenso acerca da soluccedilatildeo mais indicada para manutenccedilatildeo da
permeabilidade do cateter venoso perifeacuterico
Eacute importante ressaltar que muitas instituiccedilotildees do nosso paiacutes nem ao menos tecircm o
conhecimento da praacutetica da salinizaccedilatildeo com soluccedilatildeo salina 09 No que se refere agrave pesquisa
cientiacutefica as limitaccedilotildees desta praacutetica satildeo atribuiacutedas agrave ausecircncia de um maior nuacutemero de
estudos controlados para validar sua eficaacutecia (EPPERSON20
Apesar de natildeo ser encontradas publicaccedilotildees acerca do tema a utilizaccedilatildeo de heparina
mostra-se como uma pratica natildeo mais utilizada pelos profissionais de enfermagem Outro
tema onde haacute controveacutersias e tambeacutem poucas citaccedilotildees eacute o uso da tala para fixaccedilatildeo do acesso
venoso perifeacuterico Seguem abaixo a opiniatildeo de alguns dos profissionais entrevistados
1984 apud DOPICO e
OLIVEIRA 2006)
ldquoA uacutenica coisa que eu natildeo gosto de ver eacute quando se coloca tala para imobilizar dizendo que a tala vai ajudar a natildeo perder a veia Isso eu natildeo concordo acho que a tala prejudica a crianccedila fica incomodada faz dor no membrordquo (Cinderela)
ldquoAntigamente a gente usava muito tala e as vezes eu pego isso aqui ai eu falo gente tala natildeo se usa mais natildeo faz parte mais da fixaccedilatildeo vocecirc pode fixar de uma forma que a crianccedila natildeo perca A tala eu acho que ela traumatiza um pouco ainda mais se vocecirc pegar um acesso na dobra vocecirc vai fazer com que a crianccedila fique com o braccedilo esticado muito tempo eu acho que pode causar uma lesatildeo depois e a literatura jaacute fala que eacute desnecessaacuteria natildeo precisa maisrdquo (Aurora) ldquoAntigamente usavam tala mas hoje em dia quase natildeo se vecirc mais e eu acho que a tala atrapalha porque a crianccedila fica imobilizada no membro ai fica mais irritadardquo (Rapunzel) ldquoLaacute no meu outro trabalho alguns usam a tala Eu acho que a tala ajuda ateacute a perder mais raacutepido porque a crianccedila fica incomodada vai querer mexer naquilordquo (Mulan)
20 Epperson EL Efficacy of 09 sodium chloride injection with without heparin for maintenance indwelling intermittent injection sites Clin Pharm1984 3(5)26
31
Almeida e Sabateacutes21
Entretanto haacute estudo que comprovam que o uso da tala natildeo se mostra tatildeo eficiente e
apresenta-se como uma praacutetica controversa O estudo foi realizado em crianccedilas ateacute os 12 anos
utilizando imobilizaccedilatildeo com tala e em mais de metade dos casos (553) ocorreu infiltraccedilatildeo
o que indicia a ineficaacutecia desta praacutetica (MACHADO PEDREIRA e CHAUD 2008 apud
BATALHA et al 2010 p512)
(2008 apud BATALHA et al 2010 p512) afirmam que a teacutecnica
de fixaccedilatildeo dos CVP com uso de imobilizaccedilatildeo com tala para restriccedilatildeo ou limitaccedilatildeo dos
movimentos articulares proacuteximo do local da punccedilatildeo estaacute indicado nas matildeos punhos cotovelo
e maleacuteolo
Para Batalha et al (2010 p512) o uso desta praacutetica parece natildeo se coadunar com o
atual uso de cateteres flexiacuteveis tipo abocath em detrimento de agulhas metaacutelicas Talvez por
isso comecem a surgir novas teacutecnicas de fixaccedilatildeo dos CVP que natildeo exigem imobilizaccedilatildeo das
articulaccedilotildees com talas
Aleacutem de natildeo haver uma confirmaccedilatildeo dos benefiacutecios causados pelo uso da tala a
imobilizaccedilatildeo causa incocircmodo para a crianccedila que fica com o membro imoacutevel podendo causar
dor e tambeacutem irritaccedilatildeo O uso desse tipo de fixaccedilatildeo tambeacutem impede a visualizaccedilatildeo frequente
do acesso venoso afetando assim os cuidados de observaccedilatildeo da equipe de enfermagem
43 O acompanhante e a manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico
A presente categoria vai discutir um assunto importante que surgiu durante as
entrevistas de forma inesperada Alguns dos profissionais entrevistados citaram o descuido do
acompanhante como um fator causador da perda do acesso venoso perifeacuterico Seguem abaixo
algumas falas
ldquoA matildee sempre acompanha e tem matildee que natildeo tem cuidado natildeo vigia e a gente tem que ficar pedindo pra olhar tomar contardquo (Aurora)
ldquoEm relaccedilatildeo ao acompanhante porque a crianccedila natildeo vai avaliar entatildeo o acompanhante que estar ali tem que avaliar direitinho natildeo deixar a crianccedila mexer ou puxarrdquo (Bela)
ldquoNatildeo eacute toda matildee que esta vigiando que cuida pra que a crianccedila natildeo perca o acessordquo (Jasmine)
21 Almeida FA Sabateacutes AL Enfermagem pediaacutetrica a crianccedila o adolescente e a sua famiacutelia no hospital Satildeo Paulo(SP) Manole 2008
32
ldquoAcho que leva a perda quando o acompanhante natildeo coopera as vezes a gente faz a imobilizaccedilatildeo na crianccedila e as vezes eles ateacute retiram e a proacutepria crianccedila agitada ela mesmo arrancardquo (Branca de Neve)
ldquoAgraves vezes a proacutepria crianccedila que a matildee deixa muito solta ai solta o acessordquo (Mulan)
Apoacutes a implementaccedilatildeo da lei que garante um acompanhante ao paciente pediaacutetrico a
presenccedila do familiarresponsaacutevel durante a hospitalizaccedilatildeo mudou a rotina da equipe de
enfermagem trazendo duacutevidas quanto a real funccedilatildeo do acompanhante e fazendo com que a
mesma viesse a delegar certos cuidados para acompanhante
A Promulgaccedilatildeo da Lei 8069 do Estatuto da Crianccedila e do Adolescente (ECA) em
1990 no seu artigo 12deg garante agrave crianccedila ou ao adolescente o direito de ter um responsaacutevel
que o acompanhe durante a hospitalizaccedilatildeo (1990)
Desde a sua implantaccedilatildeo as unidades vecircm sofrendo um processo de reorganizaccedilatildeo de
suas praacuteticas A inserccedilatildeo da famiacutelia modifica a organizaccedilatildeo do processo de trabalho o que
requer dos profissionais uma compreensatildeo em relaccedilatildeo agrave dinacircmica das relaccedilotildees interpessoais
(COLLET e ROCHA 2004)
Pimenta e Collet (2009) ressaltam que natildeo haacute nenhuma regulamentaccedilatildeo sobre a
participaccedilatildeo da famiacutelia nos cuidados e no entanto a mesma desempenha atividades junto agrave
crianccedila durante a hospitalizaccedilatildeo que devem ser levadas em consideraccedilatildeo A falta de
reconhecimento desse fato fez com que a equipe de enfermagem e famiacutelia natildeo possuiacutessem
uma relaccedilatildeo aberta e vivessem uma relaccedilatildeo silenciosa e impliacutecita de poder na qual a famiacutelia
acaba assumindo as relaccedilotildees do cuidado agrave crianccedila de responsabilidade da enfermagem
A negociaccedilatildeo entre matildees e equipe de enfermagem em relaccedilatildeo aos cuidados agrave crianccedila
hospitalizada natildeo eacute uma tarefa faacutecil tendo em vista que natildeo se tem claro qual o seu novo
papel neste processo (COLLET e ROCHA 2004)
Eacute possiacutevel ver nas falas que a presenccedila do acompanhante causa para a equipe de
enfermagem a seguranccedila de ter algueacutem para ldquovigiarrdquo ldquotomar contardquo e natildeo deixar que a
crianccedila hospitalizada perca o acesso venoso quando na verdade eacute funccedilatildeo da equipe de
enfermagem cuidados referentes ao acesso venoso perifeacuterico
33
Jaacute o acompanhante eacute definido pelo Ministeacuterio da Sauacutede como uma pessoa significativa
para a crianccedila que representa sua rede social e que vai acompanhaacute-lo durante a permanecircncia
no ambiente hospitalar ressaltando assim sua importacircncia Esse fato se reforccedila visto que a
crianccedila encontra nos familiares a forccedila e seguranccedila necessaacuteria para encarar todo esse processo
doloroso e desconhecido (MURAKAMI e CAMPOS 2011 p255)
O acompanhante aleacutem de minimizar o sofrimento do paciente pediaacutetrico faz com que
o mesmo sinta-se mais a vontade Eacute importante ressaltar que o familiarresponsaacutevel natildeo soacute
pode como deve participar das atividades da crianccedila no hospital desde que estas natildeo sejam
competecircncias dos profissionais que os cercam Essas atividades satildeo caracterizadas como
semelhantes aos que eles realizam diariamente fora do ambiente hospitalar como o banho
Poreacutem no caso de um paciente com punccedilatildeo venosa perifeacuterica o profissional de enfermagem
deve auxiliar no cuidado para que essa natildeo se perca
Os cuidados dos familiaresacompanhantes satildeo os mesmos que os desenvolvidos no
domiciacutelio e os cuidados prestados pela equipe de enfermagem satildeo aqueles que demandam
conhecimento teacutecnico-cientiacutefico especializado (SOUZA e OLIVEIRA 2010 p558)
Mesmo alguns cuidados parecerem simples e rotineiros quando eacute prestado no
hospital assumem novas caracteriacutesticas com o uso de dispositivos tecnoloacutegicos os quais se
tornam complexos (PIMENTA E COLLET 2009)
O ato de cuidar envolve o respeito agrave maneira como vive cada indiviacuteduo de acordo
com suas crenccedilas valores costumes e cultura A famiacutelia como uma instituiccedilatildeo atende agraves
necessidades bioloacutegicas de seus membros sendo sua responsabilidade cuidar e criar os filhos
incluindo a obrigaccedilatildeo da alimentaccedilatildeo higiene vestuaacuterio e moradia (ELSEN22
Nas entrevistas podemos verificar falas em que o acompanhante eacute citado como
responsaacutevel por avaliar a punccedilatildeo venosa A equipe de enfermagem deve sempre partir do
pressuposto que o familiar acompanhante natildeo tem conhecimento cientiacutefico e certo tipo de
cuidado natildeo deve se delegado para o mesmo mostrando assim a importacircncia da orientaccedilatildeo do
acompanhante quanto aos procedimentos dispositivos utilizados e cuidados em que os
etal 1994
apud SOUZA e OLIVEIRA 2010 p 553)
22 Elsen I Patriacutecio ZM Assistecircncia agrave crianccedila hospitalizada tipos de abordagens e suas implicaccedilotildees para a enfermagem In A enfermagem em pediatria e puericultura Rio de Janeiro (RJ) Atheneu 2005
34
mesmos possam auxiliar Seguem abaixo as falas onde os profissionais ressaltaram a
importacircncia da orientaccedilatildeo do acompanhante
ldquoNem sempre a crianccedila vai entender o porque de estar com aquele acesso entatildeo tem que ter uma orientaccedilatildeo do acompanhanterdquo (Bela)
ldquoTem que haver orientaccedilatildeo do acompanhante para os cuidadosrdquo (Ariel)
ldquoAgraves vezes tem ate o exemplo de um pai que natildeo deixa trocar o acesso jaacute tinha mais de uma semana e ele natildeo queria que trocasse ai faz febre e natildeo sabe da onderdquo (Alice)
Para Souza e Oliveira (2010 p555) deve haver uma preocupaccedilatildeo em orientar
considerando que o outro natildeo tem nenhum tipo de conhecimento sobre o assunto Poreacutem
Queiroz e Jorge23
Apesar das dificuldades o profissional de enfermagem deve estabelecer um viacutenculo de
confianccedila com o acompanhante buscando sempre deixaacute-los ciente das situaccedilotildees e fazendo-os
participar dos cuidados plausiacuteveis sem causar nenhum dano agrave crianccedila e de maneira alguma
abandonar suas atribuiccedilotildees
(2004 apud SOUZA e OLIVEIRA 2010 p 556) ressaltam que apesar de os
profissionais terem intenccedilatildeo de orientar os cuidados para a sauacutede repassam conhecimentos
elaborados cientificamente dificultando a compreensatildeo do familiar aleacutem de a relaccedilatildeo se dar
de maneira vertical assimeacutetrica e coercitiva
23 Queiroz MVO Jorge MSB Accedilotildees educativas no cuidado infantil e intervenccedilotildees dos profissionais junto agraves famiacutelias Acta Scientiarum Maringaacute 2004 janjun 26(1) 27-34
35
CONCLUSAtildeO
Atraveacutes desse estudo foi possiacutevel descrever e analisar os cuidados que os profissionais
de enfermagem realizam acerca da permanecircncia do acesso venoso perifeacuterico Aleacutem disso a
realizaccedilatildeo da pesquisa permitiu identificar a desarticulaccedilatildeo do processo de enfermagem e a
praacutetica desconectada da produccedilatildeo cientiacutefica caracterizando a falta de uma educaccedilatildeo
continuada efetiva
A anaacutelise dos dados demonstra o processo de punccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico
ressaltando a importacircncia de cuidados como a seleccedilatildeo do local a diluiccedilatildeo da medicaccedilatildeo a
realizaccedilatildeo de uma boa fixaccedilatildeo a atenccedilatildeo com a velocidade de infusatildeo os cuidados com os
sinais de infecccedilatildeo e salinizaccedilatildeo do acesso natildeo deixando de salientar cuidados em desuso
como o uso da heparina da tala e duvidas em relaccedilatildeo ao tempo de permanecircncia Evidenciou
tambeacutem que a equipe de enfermagem delega alguns cuidados para os acompanhantes
Natildeo foi possiacutevel perceber o niacutevel de conhecimento cientiacutefico dos profissionais visto
que eles em nenhum momento por natildeo saberem ou por medo de se expor natildeo explicaram de
fato nenhum cuidado que disseram realizar Sempre citaram de forma superficial e direta
deixando claro tambeacutem que o pesquisador natildeo os indagou quanto a isso Poreacutem creio que
diante de cuidados tatildeo importantes e de frequente praacutetica os mesmos falariam facilmente
sobre os cuidados de enfermagem na permanecircncia do acesso venoso perifeacuterico
Apesar dos entrevistados citarem alguns fatores e cuidados realizados de forma
correta eacute visiacutevel que os mesmos realizam os cuidados com a punccedilatildeo e a permanencia do
acesso de forma automaacutetica sem unir a praacutetica com o fundamento do mesmo
Eacute importante destacar tambeacutem a importacircncia do preparo emocional da crianccedila como
tambeacutem os cuidados com a famiacutelia dos mesmos O trabalho de humanizaccedilatildeo realizado pela
36
enfermagem faz grande diferenccedila nessas situaccedilotildees visto que os pacientes e acompanhantes
tendo conhecimento do que seraacute realizado ficariam mais tranquilos
O estudo contribuiu para o campo do ensino nesta aacuterea dando destaque ao importante
papel que o profissional de enfermagem deve desempenhar no cuidado e na manutenccedilatildeo do
acesso venoso perifeacuterico Contudo vale ressaltar a importacircncia do incentivo ao profissional a
buscar na literatura natildeo soacute esclarecimento de suas duvidas mas tambeacutem novos
conhecimentos
Pode colaborar ainda para a realizaccedilatildeo de novas pesquisas na aacuterea procurando
eliminar duacutevidas e controveacutersias sobre o tema Buscando assim a realizaccedilatildeo de um cuidado de
enfermagem articulado e eficaz promovendo o bem-estar do paciente pediaacutetrico durante a
hospitalizaccedilatildeo
37
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44
APEcircNDICE I
TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO
DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO Tiacutetulo Do Projeto Os cuidados de enfermagem acerca dos acessos venosos perifeacutericos na unidade pediaacutetrica Pesquisador Responsaacutevel Rosane Cordeiro Burla de Aguiar Eny Dorea Paiva e Karina Rodrigues Fernandes Instituiccedilatildeo a que Pertence o Pesquisador Responsaacutevel Universidade Federal Fluminense Telefone para contato (21) 98355269 (21) 82392939 (21) 91786609 Nome do voluntaacuterio _________________________________________________________ Idade ________ anos RG ____________________________
AO Sr (a) estaacute sendo convidado (a) a participar do projeto de pesquisa OS CUIDADOS DE
ENFERMAGEM ACERCA DOS ACESSOS VENOSOS PERIFEacuteRICOS NA UNIDADE PEDIATRICA de
responsabilidade da pesquisadora Profordf Drordf Rosane Cordeiro Burla de Aguiar e Profordf Drordf Eny Dorea Paiva A
punccedilatildeo venosa perifeacuterica eacute um procedimento essencial durante a hospitalizaccedilatildeo da crianccedila visto que eacute atraveacutes
dela que eacute administrada grande parte das medicaccedilotildees Este estudo se justifica diante da importacircncia da
necessidade de um maior periacuteodo de permanecircncia dos acessos venosos perifeacutericos Com isso aleacutem da
diminuiccedilatildeo de eventos que causam dor e irritaccedilatildeo na crianccedila e na famiacutelia promoveraacute tambeacutem uma melhor estada
dos mesmos durante o periacuteodo de hospitalizaccedilatildeo Os objetivos da pesquisa satildeo 1) Descrever os fatores que
interferem na manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico de acordo com a equipe de enfermagem 2)Analisar os
cuidados da equipe de enfermagem na manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico A coleta de dados se daraacute
atraveacutes de entrevistas semi estruturadas que seratildeo gravadas As informaccedilotildees colhidas seratildeo tratadas de forma
anocircnima e confidencial ou seja em nenhum momento seratildeo divulgados o seu nome e somente os
pesquisadores teratildeo acesso agraves informaccedilotildees Os dados obtidos com a pesquisa poderatildeo ser publicados apenas com
fins cientiacuteficos Eles natildeo seratildeo utilizados para fins comerciais ou para outra finalidade qualquer Caso necessite
poderatildeo ser marcados encontros para respostas ou esclarecimentos de qualquer duacutevida acerca da pesquisa A sua
participaccedilatildeo eacute voluntaria e eacute importante lembrar que vocecirc poderaacute desistir de participar da pesquisa em qualquer
momento A entrevista seraacute marcada em um dia e horaacuterio que vocecirc achar melhor Seraacute realizada
individualmente em um ambiente que nos ofereccedila privacidade Esta pesquisa natildeo oferece riscos para vocecirc e os
benefiacutecios da sua participaccedilatildeo satildeo de aumentar o conhecimento cientiacutefico na aacuterea de Enfermagem Pediaacutetrica
aleacutem de contribuir para a praacutetica profissional Este documento seraacute elaborado em duas vias uma para vocecirc e a
outra seraacute arquivada pelo pesquisador
Eu_____________________________________________________________ RG no _____________________________ Declaro que apoacutes ter entendido o que me foi explicado consinto voluntariamente em participar do presente Protocolo de Pesquisa entendo ainda que posso retirar o meu consentimento a qualquer momento antes ou durante a realizaccedilatildeo do mesmo declaro ter sido informada(o) e concordo em participar como voluntaacuteria(o) da pesquisa acima descrita Rio de Janeiro_______de_______________de 20___ _____________________________ ________________________________
(Participante) Karina Rodrigues Fernandes (Responsaacutevel por obter o consentimento)
______________________________________ _______________________________________ (Testemunha) (Testemunha)
45
APEcircNDICE II
ROTEIRO PARA ENTREVISTA
1) O que vocecirc acha que pode levar a perda do acesso perifeacuterico
2) Para vocecirc o que eacute importante para manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico nas
crianccedilas
3) O que vocecirc acha que pode interferir na sua manutenccedilatildeo
4) Que medidas vocecirc adota no seu dia a dia para manter o acesso
5) Na sua vivencia profissional o que vocecirc discorda dos cuidados que geralmente satildeo
utilizados para manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico
46
ANEXO
47
48
Agradecimentos
Primeiramente a Deus por ter me sustentado e dado forccedilas para seguir em frente a cada momento em
que fraquejei e desejei desistir Por me permitir concluir essa etapa e por me mostrar ao longo desses
anos que eu sou mais forte do que eu pensava Obrigada Deus
A toda minha famiacutelia pela ajuda e incentivo durante cada ano de faculdade A minha matildee e a minha
irmatilde Karen os pilares da minha vida por estarem sempre comigo me apoiando e amando
incondicionalmente A Tia Doca por ser minha segunda matildee e estar sempre pronta para ajudar Amo
vocecircs
Ao Cristiano por estar sempre comigo me ajudando me levantando quando preciso e me amando
principalmente nos momentos de ldquodesesperordquo com os prazos Por acordar quando eu queria
conversar por servir de motorista nos momentos que precisava e por ser aleacutem de tudo meu amigo
Te amo
A minha querida orientadora Rosane por me proporcionar o encontro com a aacuterea da pediatria pela
paciecircncia com minhas dificuldades e ainda pela oportunidade de convivecircncia e aprendizado
contribuindo para o meu crescimento pessoal e profissional
A Hanna por ser meu apoio em todo o inicio da faculdade 24 horas por dia sendo mais que uma
amiga uma irmatilde E mesmo depois apesar de tanta correria ainda conseguir um tempo para almoccedilar
conversar e comer um ldquojapardquo Vocecirc eacute essencial na minha vida amo vocecirc
Aos anjinhos que ldquoUFFrdquo colocou em minha vida Laiacutes e Barbara por estarem sempre prontas para
me segurar me apoiar dar bronca e fofocar Por dividir segredos laacutegrimas opiniotildees aleacutem de
momentos inesqueciacuteveis como decolar do Aeroporto Santos Dumond Obrigada por tudo Amo vocecircs e
vou morrer de saudades dos nossos dias
A minha querida e amada turma 20092 que mesmo fragmentada em vaacuterios periacuteodos permaneceu
unida se tornando uma grande famiacutelia durante esses cinco anos e me proporcionou momentos que
vou lembrar para o resto da minha vida
Aos demais professores e funcionaacuterios da Escola de Enfermagem Aurora de Afonso Costa pela
oportunidade de compartilhar momentos gratificantes de aprendizagem
Meu eterno agradecimento
RESUMO
Os cuidados para a manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico eacute uma accedilatildeo essencial durante uma internaccedilatildeo na qual a permanecircncia do dispositivo eacute dificultada por diversos fatores principalmente quando se trata de um paciente pediaacutetrico Por conta de repetitivas perdas as repeticcedilotildees das punccedilotildees podem gerar trauma emocional dificultando ainda mais o periacuteodo de estada do paciente no hospital Desta forma o presente trabalho tem o objetivo descrever os fatores que interferem na manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico de acordo com a equipe de enfermagem e analisar os cuidados da equipe de enfermagem na manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico Possui como objeto de estudo os cuidados da equipe de enfermagem na manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico Trata-se de uma pesquisa descritiva exploratoacuteria de abordagem qualitativa onde nove (9) profissionais da equipe de enfermagem do setor de internaccedilatildeo pediaacutetrica de um Hospital Universitaacuterio do Rio de Janeiro foram entrevistados de acordo com um roteiro A coleta de dados deu-se por meio de entrevista semi-estruturada As falas foram submetidas agrave anaacutelise de conteuacutedo e das entrevistas emergiram trecircs (03) categorias ldquoCuidados preacute intra e poacutes-procedimento de punccedilatildeo do acesso venoso perifeacutericordquo ldquoCuidados em desuso para manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacutericordquo e ldquoO acompanhante e a manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacutericordquo O estudo retratou o processo de punccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico ressaltando a importacircncia de cuidados como a seleccedilatildeo do local a diluiccedilatildeo da medicaccedilatildeo a realizaccedilatildeo de uma boa fixaccedilatildeo a atenccedilatildeo com a velocidade de infusatildeo os cuidados com os sinais de infecccedilatildeo e salinizaccedilatildeo do acesso aleacutem de constatar tambeacutem os cuidados em desuso como o uso da heparina da tala de imobilizaccedilatildeo e duacutevidas em relaccedilatildeo ao tempo de permanecircncia Evidenciou o fato da equipe de enfermagem responsabilizar o acompanhante pelos cuidados com o cateter venoso perifeacuterico e tambeacutem o natildeo uso da literatura cientifica para solucionar duvidas e agregar conhecimento Com isso o estudo atingiu os objetivos propostos e tambeacutem contribuiu para o campo do ensino abrindo portas para a realizaccedilatildeo de novas pesquisas na aacuterea Palavras-chave cateterismo venoso perifeacuterico cuidados de enfermagem enfermagem pediaacutetrica
ABSTRACT Care for the maintenance of peripheral venous access is an essential action during a hospitalization in which the permanence of the device is hampered by several factors especially when it comes to a pediatric patient Because of repetitive losses the repetitions of punctures can cause emotional trauma further hindering the period of stay of the patient in the hospital Thus the present study aims to describe the factors affecting the maintenance of peripheral venous access in accordance with the nursing staff and analyze the care of the nursing staff in the maintenance of peripheral venous access Has as its object of study the care of the nursing staff in the maintenance of peripheral venous access This is an exploratory descriptive and qualitative study where nine (9) professional nursing staff of the pediatric inpatient ward of a university hospital in Rio de Janeiro were interviewed according to a script The data was collected by means of semi - structured interview The speeches were subjected to content analysis and interviews revealed three ( 03 ) categories Care pre intra and post - puncture procedure from peripheral venous access Care in disuse for maintenance of peripheral venous access and The companion and maintenance of peripheral venous access The study portrayed the process of puncture of peripheral venous access emphasizing the importance of care as site selection diluting the medication performing a good fixation attention to the rate of infusion the care of the signs of infection and salinity of access and also noted the care into disuse as the use of heparin the splint immobilization and questions about the length of stay Highlighted the fact that the nursing staff responsible for the care of the accompanying peripheral venous catheter and also not using the scientific literature to solve doubts and aggregate knowledge With that the study achieved its goals and also contributed to the field of education opening doors to new research in the area Key words peripheral venous catheterization nursing care pediatric nursing
SUMAacuteRIO
1 INTRODUCcedilAtildeO p 8
11 Questotildees norteadoras p 9
12 Objeto do estudo p9
13 Objetivos p9
14 Justificativa e relevacircncia p9
2 REVISAtildeO DE LITERATURA p 11
21 Hospitalizaccedilatildeo infantil e seus estressores p 11
22 Acesso venoso perifeacuterico em pediatria p 13
3 METODOLOGIA p 17
31 Tipo de pesquisa p17
32 Sujeitos da pesquisa p17
33 Cenaacuterio p18
34 Coleta de dados p18
35 Questotildees eacuteticas da pesquisa p19
36 Analise dos dados p20
4 RESULTADOS E DISCUSSAtildeO p22
41 Os cuidados de enfermagem preacute intra e poacutes-procedimento de punccedilatildeo do acesso
venoso perifeacuterico p 22
42 Os cuidados em desuso para manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico p 28
43 O acompanhante e a manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico p31
CONCLUSAtildeO p 35
REFEREcircNCIAS p37
APEcircNDICE I p 44
APEcircNDICE II p45
ANEXO p46
8
1 INTRODUCcedilAtildeO
A motivaccedilatildeo pelo assunto veio durante o ensino teoacuterico praacutetico da disciplina
Enfermagem na sauacutede da crianccedila e do adolescente II na enfermaria pediaacutetrica do Hospital
Universitaacuterio Antonio Pedro quando me incomodei com o excesso de punccedilatildeo perifeacuterica
realizado nas crianccedilas gerando impacto nas mesmas e na famiacutelia durante o procedimento
A hospitalizaccedilatildeo em si eacute uma situaccedilatildeo estressante jaacute que a crianccedila perde o controle em
relaccedilatildeo a sua liberdade aleacutem do conviacutevio com pessoas estranhas e da mudanccedila de ambiente e
rotina (HOCKENBERRY e WILSON 2011 p676) Com isso em uma situaccedilatildeo de diversas
perdas de acesso venoso as repeticcedilotildees do procedimento causam trauma emocional tornando
ainda mais doloroso o periacuteodo de estada do paciente no hospital
A punccedilatildeo venosa perifeacuterica eacute um procedimento essencial para manejo da crianccedila
durante a hospitalizaccedilatildeo visto que em grande parte as medicaccedilotildees satildeo administradas por essa
via onde o efeito eacute quase instantacircneo e permite infusatildeo de maior volume Poreacutem esse tipo de
procedimento eacute doloroso e estressante deixando a crianccedila sujeita a traumas por agentes
bioloacutegicos quiacutemicos fiacutesicos e emocionais sendo funccedilatildeo do enfermeiro prevenir diminuir ou
erradicar esses riscos (CORREIA RIBEIRO BORBA 2009 p559)
A permanecircncia do dispositivo eacute dificultada por diversos fatores como uma infecccedilatildeo a
fixaccedilatildeo inadequada o trauma durante a infusatildeo e a movimentaccedilatildeo da crianccedila A cobertura
utilizada eacute de suma importacircncia nessa situaccedilatildeo sendo ela muitas das vezes a causa da perda
de um acesso e entatildeo a necessidade de nova punccedilatildeo venosa Por conta disso esse tipo de
procedimento causa grande desconforto para a famiacutelia para a crianccedila e tambeacutem para o
profissional (CORREIA RIBEIRO BORBA 2009 p559)
Uma grande pesquisa conduzida sobre a temaacutetica concluiu que com ldquo592 crianccedilas e
1135 tentativas de punccedilatildeo realizadas por 143 enfermeiras 10 de taxa de insucesso no
9
procedimento poreacutem com cerca de 50 de insucesso na primeira tentativardquo Cada crianccedila foi
submetida a 21 tentativas (LARSEN1
11 Questotildees norteadoras
et al 2010 apud NEGRI et al 2012)
Quais os fatores que podem interferir na permanecircncia do acesso venoso em uma
crianccedila hospitalizada
Quais satildeo os cuidados da equipe de enfermagem para aumentar o tempo de
permanecircncia de um acesso venoso perifeacuterico em uma crianccedila hospitalizada
12 Objeto de estudo
Os cuidados da equipe de enfermagem na permanecircncia do acesso venoso perifeacuterico
13 Objetivos
Descrever e discutir os cuidados de enfermagem acerca da permanecircncia dos acessos
venosos perifeacutericos na pediatria
14 Justificativa e relevacircncia
Diante da problemaacutetica exposta eacute possiacutevel identificar a importacircncia da necessidade de
um maior periacuteodo de permanecircncia dos acessos venosos perifeacutericos Com isso aleacutem da
diminuiccedilatildeo de eventos que causam dor e irritaccedilatildeo na crianccedila e na famiacutelia promoveraacute tambeacutem
uma melhor estada dos mesmos durante o periacuteodo de hospitalizaccedilatildeo
Oliveira Bezerra e Pereira (2008 p96) chegaram a conclusatildeo que os enfermeiros
prestam assistecircncia agraves crianccedilas dentro dos paracircmetros poreacutem devem ter mais cuidados em
alguns pontos como ldquonecessidade de maior atenccedilatildeo na quantidade e velocidade da infusatildeo da
terapia mais controle do calibre do cateter identificaccedilatildeo do acesso complicaccedilotildees e troca de
fixaccedilatildeordquo
O presente estudo possui relevacircncia pois busca descrever os principais cuidados que a
equipe de enfermagem desenvolve na manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico na pediatria
demonstrando o que a equipe faz efetivamente para aumentar o tempo de permanecircncia desse
1 Larsen P Eldridge D Brinkley J Newton D Goff D Hartzog T Saad ND Perkin R Pediatric peripheral intravenous access does nursing experience and competence really make a difference J Infus Nurs 201033(4)226-35
10
dispositivo visto que a sua inserccedilatildeo jaacute eacute um evento estressante para crianccedila e sua famiacutelia
durante a hospitalizaccedilatildeo Eacute relevante tambeacutem natildeo soacute para os enfermeiros pediaacutetricos como
tambeacutem para todos os profissionais da aacuterea de sauacutede que procuram aprofundar seus
conhecimentos acerca dos cuidados na assistecircncia de enfermagem da cateterizaccedilatildeo venosa
perifeacuterica
11
2 REVISAtildeO DE LITERATURA
21 Hospitalizaccedilatildeo infantil e seus estressores
Durante a vida de uma crianccedila as principais situaccedilotildees de crise que normalmente elas
vivenciaratildeo estatildeo relacionadas agrave doenccedila ou a uma possiacutevel hospitalizaccedilatildeo Frente a estes
fatores elas se mostram vulneraacuteveis diante das mudanccedilas impostas relacionadas ao estado de
sauacutede e a sua rotina de vida (HOCKENBERRY e WILSON 2011 p676)
ldquoA hospitalizaccedilatildeo representa para a crianccedila uma situaccedilatildeo diferente de todas as jaacute
vivenciadas haja vista que sua rotina diaacuteria eacute modificada Ela encontra-se em um ambiente
impessoal repleto de tabus e significados diferente do seu contexto diaacuteriordquo (JANSEN
SANTOS e FAVERO 2010 p248)
Segundo Brito et al (2009 p 803) a crianccedila hospitalizada eacute ldquoafastada de seu ambiente
familiar de seus amigos da escola e de seus objetos pessoais perdendo assim grande parte de
suas referecircnciasrdquo com isso esse periacuteodo de hospitalizaccedilatildeo pode causar impacto sobre o estado
psicoloacutegico da mesma
Conforme Hockenberry e Wilson (2011 p676) as crianccedilas natildeo possuem habilidades
de enfrentamento suficientes para resolver determinados estressores Como principais
estressores pode-se citar ldquoa separaccedilatildeo a perda de controle lesatildeo corporal e dorrdquo
Um dos procedimentos mais dolorosos e estressantes para a crianccedila eacute a punccedilatildeo venosa
onde na maioria dos casos constitui a primeira escolha para a administraccedilatildeo de medicamentos
nutriccedilatildeo parenteral hemoderivados e coleta de exames sanguumliacuteneos(OLIVEIRA BEZERRA e
PEREIRA 2008 p91)
12
ldquoA crianccedila eacute um ser em crescimento e desenvolvimento com particularidades e
caracteriacutesticas proacutepriasrdquo (MATHEWS-SIMONTON2
Esse periacuteodo de internaccedilatildeo ldquopode deixar a crianccedila ansiosa insegura e com medo
principalmente quando natildeo eacute preparada para a hospitalizaccedilatildeo e o tratamento a que seraacute
submetidardquo Para Martins (2001) isso contribui para aumentar o medo e a ansiedade
expressos por meio do choro da raiva e ateacute mesmo por agressotildees
1990 apud COA e PETTENGILL
2006 p434) Isso significa que a crianccedila iraacute se comportar de acordo com a situaccedilatildeo imposta
pois isso dependeraacute natildeo soacute da idade de desenvolvimento como tambeacutem de suas experiecircncias
com determinadas situaccedilotildees
Diante de todo o processo de hospitalizaccedilatildeo a crianccedila pode apresentar diversas
manifestaccedilotildees comportamentais sendo consideradas mais comuns as ldquoregressotildees diminuiccedilatildeo
no ritmo do desenvolvimento desordens do sono e da alimentaccedilatildeo dependecircncia
agressividade apatia estados depressivos fobias e transtornos de comportamento em geralrdquo
(BAR-MOR3
Para a famiacutelia ldquoa hospitalizaccedilatildeo de um filho geralmente eacute encarada como uma
situaccedilatildeo de crise para a famiacutelia e para a crianccedilardquo O profissional de enfermagem deve se
organizar seu trabalho com estrateacutegias que minimizem o sofrimento no ambiente hospitalar e
na assistecircncia agrave crianccedila (THOMAZINE et al 2008 p146)
1997 apud BRITO et al 2009 p203) Com a atenccedilatildeo voltada para atender a
demanda e a necessidade fisioloacutegica da crianccedila os profissionais da equipe de enfermagem
geralmente ldquodedicam pouca ou nenhuma atenccedilatildeo agraves questotildees psicoloacutegicas e sociais da crianccedila
hospitalizada e de sua famiacuteliardquo(JANSEN SANTOS e FAVERO 2010 p248)
A qualidade do ambiente pode afetar diretamente no processo de recuperaccedilatildeo com
isso ldquoas intervenccedilotildees no contexto hospitalar devem visar agrave promoccedilatildeo de condiccedilotildees favoraacuteveis
agrave reabilitaccedilatildeo dos efeitos de experiecircncias adversas ao desenvolvimento das crianccedilasrdquo Isso
sugere que o ambiente aleacutem de incentivar a sauacutede deve ser planejado de maneira supra agraves
necessidades dos pacientes levando em conta os aspectos psicoloacutegicos pedagoacutegicos e
2 Mathews-Simonton S A famiacutelia e a cura o meacutetodo Simonton para famiacutelias que enfrentam uma doenccedila Satildeo Paulo Summus 1990 3 Bar-Mor G Preparation of children for surgery and invasive procedures milestones on the way to success J Pediatr Nurs1997Aug12(4) 252-255
13
socioloacutegicos da crianccedila e de sua famiacutelia (SOARES e ZAMBERLAN4
Para humanizar a assistecircncia agrave crianccedila hospitalizada e atender a suas reais
necessidades os pais foram inseridos na cliacutenica pediaacutetrica com direito a permanecircncia integral
nos casos de internaccedilatildeo Isso ocorreu no iniacutecio da deacutecada de 1990 no Brasil com a
legalizaccedilatildeo estabelecida pelo Estatuto da Crianccedila e do Adolescente (THOMAZINE et al
2008 p145) Com isso ldquomuitos hospitais natildeo consideram mais os pais como visitantes e
enfatizam sua presenccedila durante todo o periacuteodo da hospitalizaccedilatildeordquo fazendo uso de um sistema
de cuidado centrado na famiacutelia (HOCKENBERRY e WILSON 2011 p685)
1995 apud BRITO et
al 2009 p803)
Durante o processo de hospitalizaccedilatildeo as crianccedilas satildeo submetidas a diversas condutas e
procedimentos como por exemplo exames e administraccedilatildeo de medicamentos A punccedilatildeo
venosa eacute um dos principais procedimentos que causam dor e muitas vezes existe a
necessidade de vaacuterias punccedilotildees durante um mesmo dia Vale ressaltar que para a crianccedila esse
tipo de procedimento se iguala a uma agressatildeo jaacute que ldquona maioria das vezes eacute acompanhado
de dor ou medo o que se traduz no choro e na ansiedaderdquo (COLLET5
2002 apud GOMES et
al 2011 p290)
22 Acesso venoso perifeacuterico em pediatria
Para Correia et al (2009 p559) a fim evitar um trauma emocional durante a punccedilatildeo
as crianccedilas precisam ser orientadas sobre o tratamento seus objetivos e receber atenccedilatildeo
carinhosa neste momento
A fim de tornar o processo de cateterizaccedilatildeo venosa menos doloroso e estressante para
a crianccedila deve-se ter preferecircncia pelas veias que menos comprometam suas atividades
essenciais Neste intuito deve-se evitar por exemplo puncionar uma veia na matildeo que
dificulte o ato de se alimentar desenhar e ateacute mesmo brincar (OLIVEIRA BEZERRA e
PEREIRA 2008 p91)
4 Soares MRZ Zamberlan MAT A inclusatildeo do brincar na hospitalizaccedilatildeo infantil Est Psicol maioago18(2) 64-9 5 Collet N Oliveira BRG de Manual de Enfermagem em Pediatria Goiacircnia AB 2002
14
O acesso vascular eacute uma das principais modalidades de tratamento utilizadas na
assistecircncia agrave sauacutede Existe ampla aceitaccedilatildeo difusatildeo e praacutetica desse procedimento pelos
profissionais da aacuterea da assistecircncia agrave sauacutede (FERREIRA et al 2005)
Foi na deacutecada de 40 que o uso de cateter vascular foi introduzido nos hospitais
tornando-se essencial para as atividades assistenciais da modernidade (WORTHIGTON6
Para Peterlini e Chaud (2003) tal procedimento se define como um conjunto de
conhecimentos e teacutecnicas que visam agrave administraccedilatildeo de soluccedilotildees ou faacutermacos no sistema
circulatoacuterio abrangendo o preparo do paciente a escolha obtenccedilatildeo e manutenccedilatildeo do acesso
venoso os meacutetodos de preparo e administraccedilatildeo de drogas e soluccedilotildees e os cuidados referentes
agrave frequecircncia de troca do cateter curativos dispositivos de infusatildeo e soluccedilotildees
2005 apud MENDONCcedilA et al 2011 p330)
Primeiramente o acesso perifeacuterico era mantido com agulhas de accedilo inoxidaacutevel as
quais apesar de oferecerem menor risco de infecccedilatildeo satildeo riacutegidas e facilitavam perda do
acesso Em 1945 passou a ser utilizado o cateter venoso plaacutestico que permitia manutenccedilatildeo do
acesso por tempo prolongado (FERNANDES e RIBEIRO7
Quanto ao tempo de permanecircncia em pacientes pediaacutetricos o cateter deve ser mantido
ateacute o teacutermino da terapia intravenosa ou quando forem observados sinais cliacutenicos de
complicaccedilotildees diferentemente dos pacientes adultos onde o tempo de permanecircncia
preconizado eacute de 72 a 96 horas (CENTERS FOR DISEASE CONTROL AND
PREVENTION-CDC 2002)
2000 apud MARTINS et al 2008
p 485) Habitualmente o material de punccedilatildeo que vem sendo utilizado em crianccedilas satildeo os
cateteres flexiacuteveis tipo abocath com mandril metaacutelico (BATALHA et al 2010 p512)
Associaccedilatildeo Paulista de Estudos e Controle de Infecccedilatildeo Hospitalar (2005 apud
Moncaio e Figueiredo 2009) ressaltam que ldquoas principais complicaccedilotildees infecciosas para o
paciente satildeo flebite infecccedilatildeo do siacutetio de inserccedilatildeo do cateter extravasamento de soluccedilatildeo e
bacteremia relacionada ao cateterrdquo Certos fatores podem contribuir para o aparecimento de
tais complicaccedilotildees como o tipo do cateter que seraacute utilizado o preparo do local da punccedilatildeo
aleacutem de caracteriacutesticas intriacutensecas do paciente Vale acrescentar que ldquoos cateteres 6 Worthigton T Elliot TSJ Diagnosis of central venous catheter related infection in adult pacient J Infect 2005 51267-80 7 Fernandes AT Ribeiro Filho N Infecccedilatildeo do acesso vascular In Fernandes AT Fernandes M OV Ribeiro Filho N Infecccedilatildeo hospitalar e suas interfaces na aacuterea da sauacutede Satildeo Paulo (SP) Atheneu 2000 p 556-79
15
confeccionados em Teflon e poliuretano estatildeo associados a baixas frequecircncias de
complicaccedilotildees infecciosas quando comparados aos de polivinilcloreto e polietilenordquo
CENTERS FOR DISEASE CONTROL AND PREVENTION-CDC 2002)
ldquoNo acircmbito hospitalar a flebite eacute uma das complicaccedilotildees mais frequentes e
considerada uma das principais falhas da infusatildeordquo Eacute o processo inflamatoacuterio da camada
iacutentima das veias ocasionado por irritaccedilatildeo mecacircnica quiacutemica ou infecccedilotildees bacterianas
apresentando manifestaccedilotildees como dor edema hiperemia local e calor (GABRIEL8
Machado et al(2008) relata que ldquocerca de 1 a 10 destes pacientes desenvolvem
infecccedilotildees locais ou sistecircmicas relacionadas ao uso de cateteres causadas por alteraccedilatildeo ou
ruptura da integridade da pele que permite a passagem de microorganismos colonizadoresrdquo
2008
apud MAGEROTE et al 2011 p 487)
O curativo para fixaccedilatildeo do cateter eacute outro ponto importante para a manutenccedilatildeo do
mesmo visto que a ldquofixaccedilatildeo reduz o risco de complicaccedilotildees relacionadas agrave terapia intravenosa
tais como flebite infiltraccedilatildeo septicemia e deslocamento do cateterrdquo aleacutem de mantecirc-lo limpo
e seco permitindo a visualizaccedilatildeo contiacutenua do mesmo a fim de prevenir os agravos
(PHILLIPS9
No seacuteculo passado durante os primeiro 50 anos da praacutetica da terapia intravenosa
utilizava-se para fixaccedilatildeo gaze esteacuteril e fitas adesivas O iniacutecio do uso de filmes transparentes
esteacutereis se deu em 1970 como solicitaccedilatildeo dos enfermeiros quanto agrave necessidade da retirada do
curativo para realizar a inspeccedilatildeo do local de inserccedilatildeo funccedilatildeo atribuiacuteda aos mesmos a fim de
impedir uma infecccedilatildeo de corrente sanguiacutenea (MACHADO PEDREIRA E CHAUD 2008)
2001 apud SILVA E ZANETTI 2004 p233)
O uso de fitas adesivas natildeo-esteacutereis pode ser bastante observado em algumas
instituiccedilotildees de sauacutede contudo fita adesiva soacute natildeo estaacute contaminada enquanto permanece na
embalagem sugerindo tambeacutem a possibilidade da transmissatildeo de microorganismos
patogecircnicos com a aplicaccedilatildeo da mesma sobre o local de inserccedilatildeo do cateter
(VANDENBOSCH COOCH E TRESTON-AURAND10
8 Gabriel J Infusion therapy part one minimising the risks Nurs Stand 2008 Apr 22(31)51-6
1997 et al MACHADO
PEDREIRA E CHAUD2005 p292)
9 Phillips DL Manual de terapia endovenosa Trad Pedreira MLG Pereira SR Harada MJCS Peterline MAS 2ordf ed Porto Alegre (RS) Artmed 2001551P 10 VandenBosch TM Cooch J Treston-Aurand J Research utilization adhesive bandage dressing regimen for peripheral venous catheters Am J Infect Control 1997 25(6)513-9
16
Acerca da terapia intravenosa podem ocorrer incompatibilidades em relaccedilatildeo aos
faacutermacos administrados e os cateteres utilizados que na maioria das vezes natildeo satildeo percebidos
devido a impossibilidade de visualizaccedilatildeo Essas incompatibilidades satildeo denominadas por
Peterlini Chaud e Pedreira (2006) como adsorccedilatildeo e absorccedilatildeo onde ocorre ldquoperda do faacutermaco
para a superfiacutecie de frascos seringas filtros acessoacuterios e cateteres da terapia intravenosa por
meio de adsorccedilatildeo ou pela absorccedilatildeo do faacutermaco para a matriz do material de confecccedilatildeo desses
dispositivosrdquo Com isso o profissional de enfermagem tem como funccedilatildeo aleacutem do
conhecimento cientiacutefico acerca das drogas utilizadas programar accedilotildees que possibilitem
ldquoreconstituiccedilatildeo diluiccedilatildeo acondicionamento e cuidados na administraccedilatildeo de faacutermacosrdquo
evitando assim prejuiacutezos no tratamento
17
3 METODOLOGIA
31 Tipo de pesquisa
Trata-se de uma pesquisa descritiva exploratoacuteria de abordagem qualitativa com os
profissionais da equipe de enfermagem da unidade de internaccedilatildeo pediaacutetrica de um hospital
universitaacuterio do estado do Rio de Janeiro
Para Minayo Deslandes e Gomes (2007 p 21) a pesquisa qualitativa responde as
questotildees de forma particular de modo que trabalha com o universo dos significados dos
motivos das aspiraccedilotildees das crenccedilas dos valores e atitudes Sendo assim entende-se que as
accedilotildees do ser humano se distinguem a partir do seu pensamento do modo de agir de acordo
com a realidade vivida por cada um
Segundo Gil (1999 p44) ldquoas pesquisas descritivas tecircm como objetivo primordial a
descriccedilatildeo das caracteriacutesticas de determinada populaccedilatildeo ou fenocircmeno ou o estabelecimento de
relaccedilotildees variaacuteveisrdquo
Kauark Manhatildees e Medeiros (2010 p28) determinam a pesquisa exploratoacuteria como
agravequela que ldquoObjetiva a maior familiaridade com o problema tornando-o expliacutecito ou agrave
construccedilatildeo de hipoacutetesesrdquo Acrescenta ainda que a mesma pode conter levantamento
bibliograacutefico entrevistas com pessoas experientes no problema pesquisado entre outras
fontes
32 Sujeitos da pesquisa
A pesquisa contou com um nuacutemero total de nove (9) profissionais da equipe de
enfermagem da unidade de internaccedilatildeo pediaacutetrica de um Hospital Universitaacuterio do Rio de
Janeiro sendo estes dois (2) enfermeiros e sete (7) teacutecnicos de enfermagem De todos os
18
participantes apenas um trabalha no serviccedilo noturno sendo o restante do serviccedilo diurno Os
mesmos satildeo os responsaacuteveis pela instalaccedilatildeo e manipulaccedilatildeo dos os acessos venosos
perifeacutericos supondo assim que tenham maior domiacutenio sobre o assunto abordado
Os sujeitos foram identificados com codinomes referentes agraves princesas da Disney para
que suas identidades sejam preservadas
33 Cenaacuterio
A pesquisa ocorreu na unidade de internaccedilatildeo pediaacutetrica localizada no quinto andar do
Hospital Universitaacuterio do Rio de Janeiro vinculado a uma Universidade Federal
A unidade pediaacutetrica eacute divida em trecircs enfermarias de acordo com a idade das crianccedilas
hospitalizadas sendo denominadas estas Lactente preacute-escolar e escolar A enfermaria
Lactente eacute composta por 5 leitos hospitalizando crianccedilas de 29 dias a 2 anos jaacute na preacute-escolar
encontram-se 6 leitos e acolhe crianccedilas de 2 a 6 anos e na escolar 6 leitos abrigando crianccedilas
de 7 a 12 anos Toda crianccedila hospitalizada tem direito a um acompanhante como eacute
preconizado por direito pelo Artigo doze (12) do Estatuto da Crianccedila e do Adolescente
(Brasil 1990 p3)
A enfermaria conta com um posto de enfermagem localizado no centro da unidade
possibilitando maior visualizaccedilatildeo das enfermarias Possui tambeacutem uma sala de recreaccedilatildeo e
banheiro para os pacientes e acompanhantes Haacute uma sala utilizada pedagogia hospitalar
onde uma professora realiza atividades com as crianccedilas
Vale ressaltar que na unidade haacute uma sala para realizaccedilatildeo de procedimentos dolorosos
como a punccedilatildeo venosa perifeacuterica e sempre que possiacutevel o paciente eacute levado ateacute ela
34 Coleta de dados
A coleta de dados se deu a partir da teacutecnica de entrevista semi-estruturadas que
segundo Minayo Deslandes e Gomes (2007 p 64) satildeo ldquoperguntas fechadas e abertas em que
o entrevistado tem a possibilidade de discorrer sobre o tema em questatildeo sem se prender agrave
indagaccedilatildeo formuladardquo As mesmas foram gravadas em entrevista individual e tiveram como
foco as accedilotildees que os profissionais da equipe de enfermagem realizam acerca dos cuidados
para a permanecircncia do acesso venoso perifeacuterico aleacutem de investigar sobre o conhecimento que
cada um possui sobre o tema
19
Apoacutes contato preacutevio com a equipe de enfermagem foi acordado um dia e horaacuterio para
a realizaccedilatildeo das entrevistas que aconteceram na proacutepria unidade Todos os profissionais da
equipe de enfermagem foram convidados a participar voluntariamente da pesquisa As
entrevistas aconteceram apoacutes os profissionais assinarem o Termo de Consentimento Livre e
Esclarecido (TCLE)
Para Minayo Deslandes e Gomes (2007 p 64) a entrevista possui como principal
objetivo construir dados que sejam pertinentes para a pesquisa aleacutem de ser a estrateacutegia mais
utilizada no processo de trabalho de campo
A coleta foi interrompida no momento em que os dados se mostraram saturados ou
seja quando houve a cessaccedilatildeo do acreacutescimo de informaccedilotildees novas referentes ao tema
proposto
O fechamento amostral por saturaccedilatildeo teoacuterica eacute definido como a suspensatildeo de inclusatildeo
de novos participantes quando os dados obtidos passam a apresentar na avaliaccedilatildeo do
pesquisador certa redundacircncia ou repeticcedilatildeo natildeo sendo considerado relevante continuar a
coleta de dados (FONTANELLA RICAS e TURATO 2008)
35 Questotildees eacuteticas da pesquisa
De acordo com a Resoluccedilatildeo 46612 que visa assegurar os direitos e deveres que
dizem respeito agrave comunidade cientiacutefica aos sujeitos da pesquisa e ao Estado uma pesquisa
que envolve a participaccedilatildeo de seres humanos deve atender aos fundamentos eacuteticos e
cientiacuteficos pertinentes para a seguranccedila dos mesmos Neste contexto toda pesquisa
envolvendo seres humanos deveraacute ser submetida agrave apreciaccedilatildeo de um Comitecirc de Eacutetica em
Pesquisa (CEP) (BRASIL 2012)
Atendendo a esta condiccedilatildeo o projeto de pesquisa foi encaminhado ao CEP ndash do
Hospital Universitaacuterio o qual foi realizada a pesquisa foi analisado e aprovado na Reuniatildeo
com data de 06122013 CAAE 24693613700005243 Nuacutemero do parecer 486451 Com
isso a pesquisa foi desenvolvida mediante aprovaccedilatildeo do CEP atendendo aos preacute-requisitos
estipulados pela Resoluccedilatildeo nordm 46612
Esta pesquisa eacute pautada em princiacutepios eacuteticos que respeitam a dignidade humana e
justiccedila assegurando que natildeo haveraacute nenhum tipo de dano aos participantes
20
Em atendimento a resoluccedilatildeo 46612 do Conselho Nacional de SauacutedeMS apoacutes serem
esclarecidos pela pesquisadora quanto aos aspectos eacuteticos relacionados agrave pesquisa aleacutem das
formas de produccedilatildeo de dados e inserccedilatildeo no estudo os sujeitos da pesquisa assinaram duas
vias do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido ndash TCLE (apecircndice 1) autorizando sua
participaccedilatildeo voluntaacuteria na pesquisa Uma via foi entregue ao participante e outra ficou
arquivada com a pesquisadora
Nesse documento consta os objetivos da pesquisa procedimentos benefiacutecios
previstos garantia de recusa de participaccedilatildeo em qualquer momento de acesso aos resultados
da pesquisa e tambeacutem a garantia de acesso ao pesquisador quando os sujeitos julgarem
necessaacuterio sendo todas essas informaccedilotildees em linguagem acessiacutevel e simples O mesmo foi
apresentado e explicado ao profissional convidado a participar do estudo no primeiro contato
eou durante visita agendada para realizaccedilatildeo da entrevista
Vale ressaltar que esta pesquisa cujo financiamento eacute proacuteprio natildeo oferece nenhum
tipo de riscos para o sujeito da pesquisa e nem para o cuidado das crianccedilas internadas no setor
de pediatria e os benefiacutecios da participaccedilatildeo do mesmo satildeo de aumentar o conhecimento
cientiacutefico na aacuterea de Enfermagem Pediaacutetrica aleacutem de contribuir para a praacutetica profissional
36 Anaacutelise dos dados
O processo de anaacutelise dos dados foi baseada na teacutecnica da Anaacutelise Temaacutetica que para
Minayo Deslandes e Gomes (2007 p 86) o conceito central eacute o tema ldquoO tema eacute a unidade de
significaccedilatildeo que se liberta naturalmente de um texto analisado segundo criteacuterios relativos agrave
teoria que serve de guia da leiturardquo (BARDIN11
A anaacutelise realizada estava de acordo com a sugerida por Minayo (2010 p 315) e
contam com as seguintes etapas preacute-analise exploraccedilatildeo do material tratamento dos
resultados obtidos e interpretaccedilatildeo Atraveacutes dessas etapas tem-se o objetivo de descrever o
conteuacutedo do material coletado e interpretaacute-lo
1979 apud MINAYO DESLANDES
GOMES 2007 p 86)
A preacute analise consiste na escolha dos elementos a serem analisados e na retomada das
hipoacuteteses e dos objetivos iniciais da pesquisa Inicia-se com uma leitura flutuante onde o
11 BARDIN L Anaacutelise de Conteuacutedo Lisboa Ediccedilotildees 70 1979
21
pesquisador toma contato direto com o material adquirido deixando-se impregnar por seu
conteuacutedo Posteriormente haacute a constituiccedilatildeo do Corpus textual onde eacute feita uma seleccedilatildeo dos
documentos que iratildeo contemplar e fornecer informaccedilotildees sobre o tema sendo assim adequados
para dar resposta aos objetivos do trabalho (MINAYO 2010 p 315)
Essa fase preacute-analiacutetica eacute onde se determinam a unidades de registro unidade de
contexto e a partir delas satildeo determinados os temas que seratildeo analisados A unidade de
registro corresponde parte do conteuacutedo selecionado como base para analise e apoacutes a
delimitaccedilatildeo do contexto de compreensatildeo da unidade de registro eacute estabelecida a unidade de
contexto (MINAYO 2010 p 316)
De acordo com os objetivos da pesquisa foi possiacutevel perceber que nove (9)
entrevistas supriam para atender os mesmo encerrando assim a coleta Apoacutes a transcriccedilatildeo das
entrevistas foi realizada leitura das mesmas para natildeo soacute conhecimento do material mas
tambeacutem estabelecer as unidades de registro Em seguida foi realizado o colorimento das falas
assim as classificando de acordo com as unidades de registro estabelecidas
As unidades de registro que surgiram foram os fatores que interferem na manutenccedilatildeo
do acesso venoso perifeacuterico e o apontamento do acompanhante como responsaacutevel pela perda
do acesso venoso perifeacuterico Elas receberam as cores vermelha e laranja respectivamente a
fim de facilitar o agrupamento dos dados A partir disto surgiram as unidades de contexto que
compreendem as falas das entrevistas de modo a exemplificar o contexto das unidades de
registro
Partindo para segunda etapa da analise temaacutetica a exploraccedilatildeo do material que consiste
numa classificaccedilatildeo que visa alcanccedilar o nuacutecleo de compreensatildeo do texto Busca-se encontrar
categorias que satildeo expressotildees ou palavras significativas em funccedilatildeo das quais o conteuacutedo seraacute
organizado Essas categorias satildeo responsaacuteveis pela especificaccedilatildeo dos temas (MINAYO
2010 p 317)
Nesse caso foram definidos os seguintes temas cuidados preacute intra e poacutes procedimento
de punccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico cuidados em desuso para manutenccedilatildeo do acesso
venoso perifeacuterico o acompanhante e a manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico Essas trecircs (3)
categorias seratildeo apresentadas analisadas e discutidas no capitulo seguinte
22
4 RESULTADOS E DISCUSSAtildeO
Nesse capiacutetulo apresento as trecircs categorias temaacuteticas que surgiram da anaacutelise dos
dados e que contemplaram de forma satisfatoacuteria os objetivos da pesquisa A primeira
categoria denominada como ldquoOs cuidados de enfermagem preacute intra e poacutes-procedimento de
punccedilatildeo do acesso venoso perifeacutericordquo traz os passos e cuidados que os profissionais realizam
antes durante e apoacutes a punccedilatildeo buscando descrever e analisar os fatores envolvidos na pratica
do procedimento em questatildeo que emergiram das entrevistas aleacutem dos cuidados de
enfermagem para a manutenccedilatildeo do mesmo
A segunda categoria que seraacute apresentada eacute ldquoOs cuidados em desuso para manutenccedilatildeo
do acesso venoso perifeacutericordquo que mostra os cuidados que os profissionais citaram como natildeo
mais utilizados para auxiliar na manutenccedilatildeo da punccedilatildeo venosa perifeacuterica
E a uacuteltima categoria eacute denominada ldquoO acompanhante e a manutenccedilatildeo do acesso
venoso perifeacutericordquo e traz a responsabilizaccedilatildeo do acompanhante pelos profissionais do setor
em relaccedilatildeo aos cuidados com manutenccedilatildeo da punccedilatildeo Essa categoria busca tambeacutem ressaltar a
funccedilatildeo do acompanhante durante a hospitalizaccedilatildeo da crianccedila destacando que determinados
cuidados satildeo de total funccedilatildeo da equipe de enfermagem
41 Os cuidados de enfermagem preacute intra e poacutes-procedimento de punccedilatildeo do acesso
venoso perifeacuterico
Para interpretar as unidades de contextos tive como base autores que definiram os
cuidados de enfermagem preacute intra e poacutes punccedilatildeo venosa perifeacuterica Para esses autores a fase
de preacute-punccedilatildeo compreende as accedilotildees de anaacutelise e conhecimento da prescriccedilatildeo avaliaccedilatildeo e
23
preparo emocional do paciente preparo do material e medicaccedilatildeo seleccedilatildeo do siacutetio de inserccedilatildeo
e dilataccedilatildeo da veia selecionada As accedilotildees envolvidas na punccedilatildeo satildeo a execuccedilatildeo das
precauccedilotildees-padratildeo antissepsia da pele punccedilatildeo do vaso a fixaccedilatildeo e curativo do cateter
Finalmente na etapa de poacutes-punccedilatildeo adota-se a identificaccedilatildeo da punccedilatildeo o descarte apropriado
das partes dos materiais natildeo utilizados a orientaccedilatildeo do paciente acerca da terapecircutica o
controle da infusatildeo atraveacutes do gotejamento se necessaacuterio e o registro do procedimento
Phillips12
De acordo com as entrevistas a seleccedilatildeo do local de punccedilatildeo eacute indicada com um fator
que interfere diretamente no tempo de permanecircncia do acesso venoso perifeacuterico visto que
dependendo do local ocorre a perda mais rapidamente Aleacutem da localizaccedilatildeo citaram tambeacutem
o calibre da veia como interferecircncia na manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico Seguem
abaixo algumas falas
(2001 apud ARAUacuteJO 2007 p18)
ldquoPrimeira coisa eacute vocecirc procurar bem a veia colocar uma veia de um bom calibre Se puder dar preferecircncia a natildeo puncionar dobrasrdquo (Cinderela) ldquoDependendo de onde estiver puncionado se for na matildeozinha a crianccedila fica toda hora ta mexendo taacute manipulando alguma coisa e se for no pezinho tambeacutem nem todo tempo vai ficar acamada entatildeo acaba perdendo o acessordquo(Bela ) ldquoO mau posicionamento pode levar a perdardquo (Rapunzel)
A opiniatildeo dos profissionais acima vai de encontro com o que eacute encontrado na
literatura visto que eacute de suma importacircncia que o mesmo avalie o cliente e considere alguns
aspectos para uma escolha criteriosa e eficaz como a finalidade da punccedilatildeo o tipo de soluccedilatildeo
a ser infundida a condiccedilatildeo da rede venosa a duraccedilatildeo da terapia idade do cliente habilidade
cognitiva da crianccedila a preferecircncia do cliente o que nem sempre seraacute possiacutevel satisfazer e
tambeacutem a sua atividade (ARAUacuteJO 2007 p31)
Os cuidados com o acesso venoso perifeacuterico satildeo importantes antes mesmo da
realizaccedilatildeo do procedimento Levando em consideraccedilatildeo que um erro durante a fase de preacute-
procedimento como a escolha errada do local de punccedilatildeo por exemplo poderaacute levar a perda
do acesso e prejudicar assim o tratamento aleacutem do bem-estar da crianccedila que seraacute puncionada
novamente
12 PHILLIPS L D Manual de terapia intravenosa 2ed Porto Alegre Artmed 2001
24
O vaso sanguiacuteneo que o profissional selecionar como local para puncionar deve ser
suficiente para suportar o calibre e o comprimento do cateter aleacutem de atender a necessidade
terapecircutica para que natildeo haja a necessidade de uma nova punccedilatildeo
A punccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico eacute um procedimento doloroso e de grande
incomodo para a crianccedila com isso eacute de suma importacircncia realizar a seleccedilatildeo preacutevia do
material poreacutem natildeo foi citado Outro cuidado rotineiro e natildeo menos importante como a
lavagem das matildeos antes da colocaccedilatildeo do acesso tambeacutem natildeo foi mencionado durante as
entrevistas
O preparo emocional da crianccedila e do acompanhante quanto ao procedimento deve ser
considerada praacutetica rotineira para a equipe de enfermagem O profissional de enfermagem
deve lavar as matildeos objetivando a reduccedilatildeo significativa de risco de infecccedilatildeo e recomenda-se o
uso de aacutegua e sabatildeo para lavagem das matildeos antes da colocaccedilatildeo do cateter venoso perifeacuterico
(PHILLIPS13
O preparo preacutevio do material para instalaccedilatildeo do cateter venoso perifeacuterico eacute importante
para evitar interrupccedilotildees do procedimento e consequentemente um maior tempo de
manipulaccedilatildeo da crianccedila (SILVA
2001apud ARAUacuteJO 2007 Centers for Disease Control and Prevention ndash CDC
2002 apud ARAUacuteJO 2007)
14
Outro aspecto citado e classificado como preacute-procedimento eacute o cuidado com a
medicaccedilatildeo a ser administrada incluindo cuidados com a diluiccedilatildeo e composiccedilatildeo da mesma
Seguem algumas das falas
2004 apud ARAUacuteJO 2007 p30)
ldquoEstar sempre diluindo as medicaccedilotildees de acordo com a prescriccedilatildeo meacutedica pois as medicaccedilotildees satildeo muito fortes e podem causar enfraquecimento da veia Tem que diluir direitinho e passar lento na veiardquo (Cinderela) ldquoTer cuidado principalmente quando eacute crianccedila e a diluiccedilatildeo da medicaccedilatildeo tambeacutem agraves vezes natildeo eacute pra passar em perifeacuterico e na segunda dose jaacute perdeurdquo (Alice)
O acesso venoso perifeacuterico eacute a primeira alternativa para infusatildeo intravenosa por ser de
mais faacutecil acesso e rapidez no efeito da medicaccedilatildeo O profissional de enfermagem deve ter
domiacutenio natildeo soacute relacionado agrave infusatildeo das medicaccedilotildees mas tambeacutem com a composiccedilatildeo
13 PHILLIPS L D Manual de terapia intravenosa 2ed Porto Alegre Artmed 2001 14 SILVA G R G Terapia intravenosa em receacutem-nascidos ndash orientaccedilotildees para o cuidado de Enfermagem Rio de Janeiro Cultura Meacutedica 2004
25
farmacoloacutegica das mesmas os efeitos adversos e colaterais que a droga pode causar inclusive
em relaccedilatildeo a diluiccedilatildeo o que normalmente eacute estabelecido como padratildeo no setor de acordo com
cada faacutermaco
Com a intenccedilatildeo de promover a eficaacutecia terapecircutica dos medicamentos administrados
por via intravenosa eacute atribuiccedilatildeo do profissional de enfermagem implementar teacutecnicas como a
diluiccedilatildeo acondicionamento e cuidados na administraccedilatildeo de faacutermacos a fim de evitar
prejuiacutezos no tratamento resultantes da incompatibilidade medicamentosa (PETERLINI
CHAUD e PEDREIRA 2006)
Os fatores intra-procedimento satildeo considerados aqueles diretamente relacionados com
o procedimento Os dados colidos nas entrevistas ressaltaram apenas a fixaccedilatildeo com um fator
que interfere nessa fase Este foi o dado mais repetitivo nas entrevistas poreacutem sempre citado
de forma superficial Seguem as falas dos profissionais quando questionados sobre o que era
importante para manutenccedilatildeo do acesso
ldquoTem que fazer uma boa fixaccedilatildeo Porque quando a pessoa natildeo fixa bem prejudica porque aquilo vai soltando e quando vocecirc vecirc jaacute perdeu a veiardquo(Cinderela) ldquoEu acho que natildeo tem o que fazer para manter o acesso A crianccedila vai ficar uns dias X com aquele acesso pra fazer medicaccedilatildeo e eu acho que natildeo tem o que vocecirc profissional fazer para que natildeo percardquo (Aurora) ldquoA fixaccedilatildeo evita a movimentaccedilatildeo excessiva no local que estaacute o acessordquo (Ariel) ldquoTer cuidado com o curativo saber manusear E manter sempre o curativo limpo trocar se necessaacuteriordquo (Rapunzel) ldquoA fixaccedilatildeo eacute muito importante pra natildeo soltar o acesso e pra ele ficar mais tempordquo(Mulan)
Oliveira Bezerra e Pereira (2008 p 94) afirmam que de acordo com o revelado por
determinados estudos o tipo de curativo a fixaccedilatildeo do cateter e o tempo de permanecircncia estatildeo
diretamente relacionados com a ocorrecircncia de complicaccedilotildees infecciosas como flebites e
tambeacutem infiltraccedilatildeo extravasamento desconexatildeo e deslocamento do cateter
26
Para Pettit e Kraus15
Potter
(1995 apud MACHADO PEDREIRA E CHAUD2005 p292) a
gaze esteacuteril fixada com a fita adesiva hipoalergecircnica bem como a peliacutecula transparente esteacuteril
satildeo os materiais mais recomendados para curativo e fixaccedilatildeo de cateter venoso perifeacuterico
16
Jaacute as peliacuteculas transparentes mais conhecidas como filme permitem a respiraccedilatildeo
normal da pele com alta permeabilidade ao oxigecircnio e vapores e eacute impermeaacutevel a liacutequidos e
micro-organismos (SILVA E ZANETTI 2004 p233) Aleacutem disso permitem tambeacutem a
visualizaccedilatildeo contiacutenua do local de punccedilatildeo permitindo assim avaliaccedilatildeo do mesmo natildeo soacute
durante a infusatildeo de medicaccedilotildees mas tambeacutem todo o tempo
(1998 apud SILVA E ZANETTI 2004 p233) afirma que nas fixaccedilotildees em
que se utiliza a gaze esteacuteril preconiza-se a utilizaccedilatildeo de teacutecnica asseacuteptica Neste curativo a
gaze esteacuteril eacute colocada sobre o siacutetio de inserccedilatildeo e suas bordas satildeo fixadas com fita adesiva
A observaccedilatildeo da punccedilatildeo eacute muito importante pois se o local de inserccedilatildeo se mostrar
com sinais e sintomas de complicaccedilotildees a terapia deve ser suspensa (OLIVEIRA BEZERRA
e PEREIRA 2008 p95)
A visualizaccedilatildeo contiacutenua do acesso permite que a equipe de enfermagem possa realizar
uma observaccedilatildeo mais particularizada em relaccedilatildeo agraves condiccedilotildees do acesso venoso perifeacuterico
podendo observar se haacute deslocamento do cateter sinais de infiltraccedilatildeo e tambeacutem sinais de
infecccedilatildeo
Para Silva Barbato e Valente (2013 p 1200) cabe ao enfermeiro fazer a avaliaccedilatildeo
diaacuteria e cuidadosa do curativo observando a presenccedila de umidade sujidade integridade do
oacutestio de inserccedilatildeo a fixaccedilatildeo bem como a realizaccedilatildeo do curativo e das anotaccedilotildees legais
competentes agraves suas funccedilotildees
A fase poacutes-procedimento eacute caracterizada por uma seacuterie de cuidados que a equipe de
enfermagem deve realizar para que se obtenha maior tempo de permanecircncia do acesso venoso
perifeacuterico Durante as entrevistas os cuidados citados foram a salinizaccedilatildeo do acesso cuidados
para evitar a flebite e a velocidade de infusatildeo
15 Pettit DM Kraus V The use of gauze versus transparent dressings for peripheral intravenous catheter sites Nurs ClinNorth Am 1995 30(3)495-506 16 Potter P Perry AG Fundamentos de enfermagem processo conceito e praacutetica 3ordf ed Santos(SP) Guanabara Koogan19981397pp801-43
27
ldquoManter um acesso bem salinizado que vocecirc lave pelo menos de duas de trecircs em trecircs horas Se bem que isso aqui na pediatria natildeo eacute muito comum aqui a gente soacute lava cada vez que vai fazer medicaccedilatildeo mas se eu natildeo me engano a literatura preconiza isso vocecirc lavar pelo menos de quatro em quatro horas o acessordquo (Aurora)
ldquoPra manter o acesso venoso perifeacuterico eacute importante manter ele salinizado Assim que a gente recebe o plantatildeo eu vou ver se o acesso ta peacutervio com uma ldquoseringuinhardquo vai la da uma ldquolavadinhardquo e vecirc se o acesso ta peacutervio e manter o acesso salinizadordquo (Ariel)
ldquoSalinizar de 6 em 6 horas para manter ele peacuterviordquo (Alice)
ldquoTem que passar lento a medicaccedilatildeo e a limpeza da aacuterea vocecirc tem que limpar bem a aacuterea pra vocecirc natildeo formar uma flebiterdquo (Cinderela)
A salinizaccedilatildeo do acesso eacute um cuidado simples e de grande importacircncia Esse cuidado
deve ser realizado para manter o acesso peacutervio e limpo e deve ser realizado antes e apoacutes
qualquer infusatildeo
Para Moncaio e Figueiredo (2009)
a ldquosalinizaccedilatildeordquo consiste em administrar sob pressatildeo positiva soluccedilatildeo salina (Soro fisioloacutegico a 09) logo apoacutes o teacutermino da infusatildeo da medicaccedilatildeo Este procedimento visa prevenir a formaccedilatildeo de trombos e fibrina evitar o contato de drogas incompatiacuteveis (quando da infusatildeo de mais de um item medicamentoso no mesmo horaacuterio) garantir a infusatildeo de todo o medicamento que possa ter ficado no sistema aleacutem de evitar retorno sanguiacuteneo mantendo o cateter peacutervio para a proacutexima infusatildeo
Durante a coleta de dados esse cuidado surgiu em diversos momentos poreacutem foi
possiacutevel perceber que os profissionais realizam o mesmo de forma banalizada Natildeo sabem de
fato a real funccedilatildeo de manter o acesso salinizado A impressatildeo que passa eacute que eles
aprenderam que esse cuidado deveria ser feito e simplesmente fazem Haacute divergecircncias
tambeacutem entre a equipe em relaccedilatildeo ao momento que deve ser realizada a salinizaccedilatildeo e isso nos
mostra a desatualizaccedilatildeo dos profissionais do setor e a falta de uma educaccedilatildeo continuada no
hospital
Os cuidados para evitar a flebite e a velocidade de infusatildeo da medicaccedilatildeo apareceram
menos nas entrevistas e interferem diretamente com a manutenccedilatildeo do acesso venoso
perifeacuterico
28
A flebite eacute uma inflamaccedilatildeo na veia puncionada ocorrendo quando as ceacutelulas
endoteliais da parede da veia que o cateter estaacute inserido tornam-se inflamadas e irregulares
propiciando a aderecircncia de plaquetas e predispondo a veia a inflamaccedilatildeo Eacute comum que o local
se apresente dolorido hiperemiado quente e edemaciado e nesses casos eacute aconselhada a
retirada do cateter Uma boa fixaccedilatildeo do cateter perifeacuterico eacute recomendada por autores na
literatura visto que previnem deslocamento faacutecil e permitem uma boa visualizaccedilatildeo do local
evitando complicaccedilotildees como a flebite e infiltraccedilatildeo (MOLDES et al 2011 p 330)
Dentre as principais falhas de infusatildeo venosa estatildeo flebite infiltraccedilatildeo hematoma e
obstruccedilatildeo Acredita-se que para reduzir a incidecircncia destas nas unidades pediaacutetricas eacute preciso
a adoccedilatildeo de estrateacutegias tais como a abordagem junto agrave equipe em parceria com o setor de
educaccedilatildeo permanente e a adoccedilatildeo do uso da teacutecnica corretamente e de forma asseacuteptica para a
realizaccedilatildeo da punccedilatildeo venosa perifeacuterica em acordo com a comissatildeo de controle de infecccedilatildeo
hospitalar (SILVA BARBATO e VALENTE 2013 p 1200)
A incapacidade do paciente em relatar dor no siacutetio de administraccedilatildeo do faacutermaco quer
pela idade ou condiccedilatildeo cliacutenica e o local de inserccedilatildeo como tambeacutem a velocidade de infusatildeo do
medicamento (gt25mgmin) satildeo classificados como fatores de risco para a perda do acesso
venoso perifeacuterico (MARTINS SILVINO e DIAS 2010)
42 Os cuidados em desuso para manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico
Essa categoria discorre sobre os cuidados de enfermagem que com o passar do tempo
foram desconsiderados e natildeo satildeo mais utilizados Quando questionados em relaccedilatildeo a vivencia
profissional e cuidados que discordavam os entrevistados citaram o uso da tala para fixaccedilatildeo
uso de heparina e os cuidados em relaccedilatildeo ao tempo de permanecircncia do cateter Haacute muitas
controveacutersias em relaccedilatildeo aos cuidados citados acima
O tempo de permanecircncia interfere diretamente no aparecimento de complicaccedilotildees
como flebite e que acabam levando a perda do acesso venoso perifeacuterico mais rapidamente
aconselhando assim a troca do mesmo entre 76 a 96 horas Poreacutem eacute preconizada a retirada do
cateter apenas se finalizar o tratamento ou houver alguma interferecircncia
ldquoA gente observa tambeacutem o tempo dependendo do tempo tem que tirarrdquo (Alice)
29
ldquoHoje eu natildeo sei como que eacute essa questatildeo do tempo porque a gente trocava o acesso a cada quatro dias agora o pessoal jaacute diz que pode trocar em ateacute uma semana entatildeo natildeo sei como que ta isso e o que tem escrito em relaccedilatildeo a isso (Aurora)
Sabe-se que o tempo para troca do cateter de teflon ou poliuretano varia de 72 a 96
horas com o intuito de reduzir risco de infecccedilatildeo e flebite e para minimizar esses riscos nas
seguintes situaccedilotildees diante de sinais inflamatoacuterios no local de inserccedilatildeo e sempre que houver
mau funcionamento do cateter (SANTOS17
Entretanto o Center for Disease Control and Prevention - CDC (2002) diz que em
pacientes pediaacutetricos natildeo foi observada relaccedilatildeo quanto ao tempo de permanecircncia do cateter e
ocorrecircncia de complicaccedilotildees devendo ser mantido ateacute o teacutermino da terapia intravenosa ou
quando forem observados sinais cliacutenicos de complicaccedilotildees
2004 apud OLIVEIRA BEZERRA e PEREIRA
2008 p 93)
Eacute possiacutevel observar a diferenccedila do conhecimento pratico dos profissionais
entrevistados em relaccedilatildeo ao conhecimento encontrado na literatura E ainda contendo duacutevidas
natildeo haacute uma busca da parte dos mesmos para esclarececirc-las
O uso da heparina com a finalidade de manter o acesso peacutervio por um periacuteodo maior
de tempo mostra-se com mais certeza quanto ao desuso nos dados colidos
ldquoAntigamente a gente usava heparina entatildeo a gente ficava tranquila em relaccedilatildeo agrave obstruccedilatildeo mas agora natildeo a gente usa o soro fisioloacutegico e a gente deixa salinizadordquo (Aurora)
Rang e Dale 18(1998 apud DOPICO e OLIVEIRA 2006) afirmam que a heparina
inibe a formaccedilatildeo de coaacutegulos de fibrina in vitro e in vivo e que seu efeito anticoagulante eacute
praticamente imediato Com isso Phillips19
17 Santos W Lavagem das matildeos In R Luiz Santos W Manual baacutesico de prevenccedilatildeo e controle das infecccedilotildees hospitalares do HRU Fortaleza Hospital Regional Unimed 2004
(2001 apud DOPICO e OLIVEIRA 2006)
ressalta que a teacutecnica de manutenccedilatildeo intermitente de cateteres intravenosos com soluccedilatildeo
salina 09 classificada como salinizaccedilatildeo tem sido pesquisada haacute alguns anos apresentando
em relaccedilatildeo ao uso da heparina vantagens como o baixo custo ser um procedimento mais
18 Rang HP Dale M M Hemostasia e Trombose In Rang HP Dale M M Farmacologia Rio de Janeiro Guanabara Koogan 1998 p235-47 19 PHILLIPS L D Manual de terapia intravenosa 2ed Porto Alegre Artmed 2001
30
simples aleacutem de eliminar a possibilidade de incompatibilidade com as drogas e soluccedilotildees
administradas aleacutem da inexistecircncia de riscos ao paciente Entretanto sabe-se que a literatura
ainda natildeo fornece consenso acerca da soluccedilatildeo mais indicada para manutenccedilatildeo da
permeabilidade do cateter venoso perifeacuterico
Eacute importante ressaltar que muitas instituiccedilotildees do nosso paiacutes nem ao menos tecircm o
conhecimento da praacutetica da salinizaccedilatildeo com soluccedilatildeo salina 09 No que se refere agrave pesquisa
cientiacutefica as limitaccedilotildees desta praacutetica satildeo atribuiacutedas agrave ausecircncia de um maior nuacutemero de
estudos controlados para validar sua eficaacutecia (EPPERSON20
Apesar de natildeo ser encontradas publicaccedilotildees acerca do tema a utilizaccedilatildeo de heparina
mostra-se como uma pratica natildeo mais utilizada pelos profissionais de enfermagem Outro
tema onde haacute controveacutersias e tambeacutem poucas citaccedilotildees eacute o uso da tala para fixaccedilatildeo do acesso
venoso perifeacuterico Seguem abaixo a opiniatildeo de alguns dos profissionais entrevistados
1984 apud DOPICO e
OLIVEIRA 2006)
ldquoA uacutenica coisa que eu natildeo gosto de ver eacute quando se coloca tala para imobilizar dizendo que a tala vai ajudar a natildeo perder a veia Isso eu natildeo concordo acho que a tala prejudica a crianccedila fica incomodada faz dor no membrordquo (Cinderela)
ldquoAntigamente a gente usava muito tala e as vezes eu pego isso aqui ai eu falo gente tala natildeo se usa mais natildeo faz parte mais da fixaccedilatildeo vocecirc pode fixar de uma forma que a crianccedila natildeo perca A tala eu acho que ela traumatiza um pouco ainda mais se vocecirc pegar um acesso na dobra vocecirc vai fazer com que a crianccedila fique com o braccedilo esticado muito tempo eu acho que pode causar uma lesatildeo depois e a literatura jaacute fala que eacute desnecessaacuteria natildeo precisa maisrdquo (Aurora) ldquoAntigamente usavam tala mas hoje em dia quase natildeo se vecirc mais e eu acho que a tala atrapalha porque a crianccedila fica imobilizada no membro ai fica mais irritadardquo (Rapunzel) ldquoLaacute no meu outro trabalho alguns usam a tala Eu acho que a tala ajuda ateacute a perder mais raacutepido porque a crianccedila fica incomodada vai querer mexer naquilordquo (Mulan)
20 Epperson EL Efficacy of 09 sodium chloride injection with without heparin for maintenance indwelling intermittent injection sites Clin Pharm1984 3(5)26
31
Almeida e Sabateacutes21
Entretanto haacute estudo que comprovam que o uso da tala natildeo se mostra tatildeo eficiente e
apresenta-se como uma praacutetica controversa O estudo foi realizado em crianccedilas ateacute os 12 anos
utilizando imobilizaccedilatildeo com tala e em mais de metade dos casos (553) ocorreu infiltraccedilatildeo
o que indicia a ineficaacutecia desta praacutetica (MACHADO PEDREIRA e CHAUD 2008 apud
BATALHA et al 2010 p512)
(2008 apud BATALHA et al 2010 p512) afirmam que a teacutecnica
de fixaccedilatildeo dos CVP com uso de imobilizaccedilatildeo com tala para restriccedilatildeo ou limitaccedilatildeo dos
movimentos articulares proacuteximo do local da punccedilatildeo estaacute indicado nas matildeos punhos cotovelo
e maleacuteolo
Para Batalha et al (2010 p512) o uso desta praacutetica parece natildeo se coadunar com o
atual uso de cateteres flexiacuteveis tipo abocath em detrimento de agulhas metaacutelicas Talvez por
isso comecem a surgir novas teacutecnicas de fixaccedilatildeo dos CVP que natildeo exigem imobilizaccedilatildeo das
articulaccedilotildees com talas
Aleacutem de natildeo haver uma confirmaccedilatildeo dos benefiacutecios causados pelo uso da tala a
imobilizaccedilatildeo causa incocircmodo para a crianccedila que fica com o membro imoacutevel podendo causar
dor e tambeacutem irritaccedilatildeo O uso desse tipo de fixaccedilatildeo tambeacutem impede a visualizaccedilatildeo frequente
do acesso venoso afetando assim os cuidados de observaccedilatildeo da equipe de enfermagem
43 O acompanhante e a manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico
A presente categoria vai discutir um assunto importante que surgiu durante as
entrevistas de forma inesperada Alguns dos profissionais entrevistados citaram o descuido do
acompanhante como um fator causador da perda do acesso venoso perifeacuterico Seguem abaixo
algumas falas
ldquoA matildee sempre acompanha e tem matildee que natildeo tem cuidado natildeo vigia e a gente tem que ficar pedindo pra olhar tomar contardquo (Aurora)
ldquoEm relaccedilatildeo ao acompanhante porque a crianccedila natildeo vai avaliar entatildeo o acompanhante que estar ali tem que avaliar direitinho natildeo deixar a crianccedila mexer ou puxarrdquo (Bela)
ldquoNatildeo eacute toda matildee que esta vigiando que cuida pra que a crianccedila natildeo perca o acessordquo (Jasmine)
21 Almeida FA Sabateacutes AL Enfermagem pediaacutetrica a crianccedila o adolescente e a sua famiacutelia no hospital Satildeo Paulo(SP) Manole 2008
32
ldquoAcho que leva a perda quando o acompanhante natildeo coopera as vezes a gente faz a imobilizaccedilatildeo na crianccedila e as vezes eles ateacute retiram e a proacutepria crianccedila agitada ela mesmo arrancardquo (Branca de Neve)
ldquoAgraves vezes a proacutepria crianccedila que a matildee deixa muito solta ai solta o acessordquo (Mulan)
Apoacutes a implementaccedilatildeo da lei que garante um acompanhante ao paciente pediaacutetrico a
presenccedila do familiarresponsaacutevel durante a hospitalizaccedilatildeo mudou a rotina da equipe de
enfermagem trazendo duacutevidas quanto a real funccedilatildeo do acompanhante e fazendo com que a
mesma viesse a delegar certos cuidados para acompanhante
A Promulgaccedilatildeo da Lei 8069 do Estatuto da Crianccedila e do Adolescente (ECA) em
1990 no seu artigo 12deg garante agrave crianccedila ou ao adolescente o direito de ter um responsaacutevel
que o acompanhe durante a hospitalizaccedilatildeo (1990)
Desde a sua implantaccedilatildeo as unidades vecircm sofrendo um processo de reorganizaccedilatildeo de
suas praacuteticas A inserccedilatildeo da famiacutelia modifica a organizaccedilatildeo do processo de trabalho o que
requer dos profissionais uma compreensatildeo em relaccedilatildeo agrave dinacircmica das relaccedilotildees interpessoais
(COLLET e ROCHA 2004)
Pimenta e Collet (2009) ressaltam que natildeo haacute nenhuma regulamentaccedilatildeo sobre a
participaccedilatildeo da famiacutelia nos cuidados e no entanto a mesma desempenha atividades junto agrave
crianccedila durante a hospitalizaccedilatildeo que devem ser levadas em consideraccedilatildeo A falta de
reconhecimento desse fato fez com que a equipe de enfermagem e famiacutelia natildeo possuiacutessem
uma relaccedilatildeo aberta e vivessem uma relaccedilatildeo silenciosa e impliacutecita de poder na qual a famiacutelia
acaba assumindo as relaccedilotildees do cuidado agrave crianccedila de responsabilidade da enfermagem
A negociaccedilatildeo entre matildees e equipe de enfermagem em relaccedilatildeo aos cuidados agrave crianccedila
hospitalizada natildeo eacute uma tarefa faacutecil tendo em vista que natildeo se tem claro qual o seu novo
papel neste processo (COLLET e ROCHA 2004)
Eacute possiacutevel ver nas falas que a presenccedila do acompanhante causa para a equipe de
enfermagem a seguranccedila de ter algueacutem para ldquovigiarrdquo ldquotomar contardquo e natildeo deixar que a
crianccedila hospitalizada perca o acesso venoso quando na verdade eacute funccedilatildeo da equipe de
enfermagem cuidados referentes ao acesso venoso perifeacuterico
33
Jaacute o acompanhante eacute definido pelo Ministeacuterio da Sauacutede como uma pessoa significativa
para a crianccedila que representa sua rede social e que vai acompanhaacute-lo durante a permanecircncia
no ambiente hospitalar ressaltando assim sua importacircncia Esse fato se reforccedila visto que a
crianccedila encontra nos familiares a forccedila e seguranccedila necessaacuteria para encarar todo esse processo
doloroso e desconhecido (MURAKAMI e CAMPOS 2011 p255)
O acompanhante aleacutem de minimizar o sofrimento do paciente pediaacutetrico faz com que
o mesmo sinta-se mais a vontade Eacute importante ressaltar que o familiarresponsaacutevel natildeo soacute
pode como deve participar das atividades da crianccedila no hospital desde que estas natildeo sejam
competecircncias dos profissionais que os cercam Essas atividades satildeo caracterizadas como
semelhantes aos que eles realizam diariamente fora do ambiente hospitalar como o banho
Poreacutem no caso de um paciente com punccedilatildeo venosa perifeacuterica o profissional de enfermagem
deve auxiliar no cuidado para que essa natildeo se perca
Os cuidados dos familiaresacompanhantes satildeo os mesmos que os desenvolvidos no
domiciacutelio e os cuidados prestados pela equipe de enfermagem satildeo aqueles que demandam
conhecimento teacutecnico-cientiacutefico especializado (SOUZA e OLIVEIRA 2010 p558)
Mesmo alguns cuidados parecerem simples e rotineiros quando eacute prestado no
hospital assumem novas caracteriacutesticas com o uso de dispositivos tecnoloacutegicos os quais se
tornam complexos (PIMENTA E COLLET 2009)
O ato de cuidar envolve o respeito agrave maneira como vive cada indiviacuteduo de acordo
com suas crenccedilas valores costumes e cultura A famiacutelia como uma instituiccedilatildeo atende agraves
necessidades bioloacutegicas de seus membros sendo sua responsabilidade cuidar e criar os filhos
incluindo a obrigaccedilatildeo da alimentaccedilatildeo higiene vestuaacuterio e moradia (ELSEN22
Nas entrevistas podemos verificar falas em que o acompanhante eacute citado como
responsaacutevel por avaliar a punccedilatildeo venosa A equipe de enfermagem deve sempre partir do
pressuposto que o familiar acompanhante natildeo tem conhecimento cientiacutefico e certo tipo de
cuidado natildeo deve se delegado para o mesmo mostrando assim a importacircncia da orientaccedilatildeo do
acompanhante quanto aos procedimentos dispositivos utilizados e cuidados em que os
etal 1994
apud SOUZA e OLIVEIRA 2010 p 553)
22 Elsen I Patriacutecio ZM Assistecircncia agrave crianccedila hospitalizada tipos de abordagens e suas implicaccedilotildees para a enfermagem In A enfermagem em pediatria e puericultura Rio de Janeiro (RJ) Atheneu 2005
34
mesmos possam auxiliar Seguem abaixo as falas onde os profissionais ressaltaram a
importacircncia da orientaccedilatildeo do acompanhante
ldquoNem sempre a crianccedila vai entender o porque de estar com aquele acesso entatildeo tem que ter uma orientaccedilatildeo do acompanhanterdquo (Bela)
ldquoTem que haver orientaccedilatildeo do acompanhante para os cuidadosrdquo (Ariel)
ldquoAgraves vezes tem ate o exemplo de um pai que natildeo deixa trocar o acesso jaacute tinha mais de uma semana e ele natildeo queria que trocasse ai faz febre e natildeo sabe da onderdquo (Alice)
Para Souza e Oliveira (2010 p555) deve haver uma preocupaccedilatildeo em orientar
considerando que o outro natildeo tem nenhum tipo de conhecimento sobre o assunto Poreacutem
Queiroz e Jorge23
Apesar das dificuldades o profissional de enfermagem deve estabelecer um viacutenculo de
confianccedila com o acompanhante buscando sempre deixaacute-los ciente das situaccedilotildees e fazendo-os
participar dos cuidados plausiacuteveis sem causar nenhum dano agrave crianccedila e de maneira alguma
abandonar suas atribuiccedilotildees
(2004 apud SOUZA e OLIVEIRA 2010 p 556) ressaltam que apesar de os
profissionais terem intenccedilatildeo de orientar os cuidados para a sauacutede repassam conhecimentos
elaborados cientificamente dificultando a compreensatildeo do familiar aleacutem de a relaccedilatildeo se dar
de maneira vertical assimeacutetrica e coercitiva
23 Queiroz MVO Jorge MSB Accedilotildees educativas no cuidado infantil e intervenccedilotildees dos profissionais junto agraves famiacutelias Acta Scientiarum Maringaacute 2004 janjun 26(1) 27-34
35
CONCLUSAtildeO
Atraveacutes desse estudo foi possiacutevel descrever e analisar os cuidados que os profissionais
de enfermagem realizam acerca da permanecircncia do acesso venoso perifeacuterico Aleacutem disso a
realizaccedilatildeo da pesquisa permitiu identificar a desarticulaccedilatildeo do processo de enfermagem e a
praacutetica desconectada da produccedilatildeo cientiacutefica caracterizando a falta de uma educaccedilatildeo
continuada efetiva
A anaacutelise dos dados demonstra o processo de punccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico
ressaltando a importacircncia de cuidados como a seleccedilatildeo do local a diluiccedilatildeo da medicaccedilatildeo a
realizaccedilatildeo de uma boa fixaccedilatildeo a atenccedilatildeo com a velocidade de infusatildeo os cuidados com os
sinais de infecccedilatildeo e salinizaccedilatildeo do acesso natildeo deixando de salientar cuidados em desuso
como o uso da heparina da tala e duvidas em relaccedilatildeo ao tempo de permanecircncia Evidenciou
tambeacutem que a equipe de enfermagem delega alguns cuidados para os acompanhantes
Natildeo foi possiacutevel perceber o niacutevel de conhecimento cientiacutefico dos profissionais visto
que eles em nenhum momento por natildeo saberem ou por medo de se expor natildeo explicaram de
fato nenhum cuidado que disseram realizar Sempre citaram de forma superficial e direta
deixando claro tambeacutem que o pesquisador natildeo os indagou quanto a isso Poreacutem creio que
diante de cuidados tatildeo importantes e de frequente praacutetica os mesmos falariam facilmente
sobre os cuidados de enfermagem na permanecircncia do acesso venoso perifeacuterico
Apesar dos entrevistados citarem alguns fatores e cuidados realizados de forma
correta eacute visiacutevel que os mesmos realizam os cuidados com a punccedilatildeo e a permanencia do
acesso de forma automaacutetica sem unir a praacutetica com o fundamento do mesmo
Eacute importante destacar tambeacutem a importacircncia do preparo emocional da crianccedila como
tambeacutem os cuidados com a famiacutelia dos mesmos O trabalho de humanizaccedilatildeo realizado pela
36
enfermagem faz grande diferenccedila nessas situaccedilotildees visto que os pacientes e acompanhantes
tendo conhecimento do que seraacute realizado ficariam mais tranquilos
O estudo contribuiu para o campo do ensino nesta aacuterea dando destaque ao importante
papel que o profissional de enfermagem deve desempenhar no cuidado e na manutenccedilatildeo do
acesso venoso perifeacuterico Contudo vale ressaltar a importacircncia do incentivo ao profissional a
buscar na literatura natildeo soacute esclarecimento de suas duvidas mas tambeacutem novos
conhecimentos
Pode colaborar ainda para a realizaccedilatildeo de novas pesquisas na aacuterea procurando
eliminar duacutevidas e controveacutersias sobre o tema Buscando assim a realizaccedilatildeo de um cuidado de
enfermagem articulado e eficaz promovendo o bem-estar do paciente pediaacutetrico durante a
hospitalizaccedilatildeo
37
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44
APEcircNDICE I
TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO
DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO Tiacutetulo Do Projeto Os cuidados de enfermagem acerca dos acessos venosos perifeacutericos na unidade pediaacutetrica Pesquisador Responsaacutevel Rosane Cordeiro Burla de Aguiar Eny Dorea Paiva e Karina Rodrigues Fernandes Instituiccedilatildeo a que Pertence o Pesquisador Responsaacutevel Universidade Federal Fluminense Telefone para contato (21) 98355269 (21) 82392939 (21) 91786609 Nome do voluntaacuterio _________________________________________________________ Idade ________ anos RG ____________________________
AO Sr (a) estaacute sendo convidado (a) a participar do projeto de pesquisa OS CUIDADOS DE
ENFERMAGEM ACERCA DOS ACESSOS VENOSOS PERIFEacuteRICOS NA UNIDADE PEDIATRICA de
responsabilidade da pesquisadora Profordf Drordf Rosane Cordeiro Burla de Aguiar e Profordf Drordf Eny Dorea Paiva A
punccedilatildeo venosa perifeacuterica eacute um procedimento essencial durante a hospitalizaccedilatildeo da crianccedila visto que eacute atraveacutes
dela que eacute administrada grande parte das medicaccedilotildees Este estudo se justifica diante da importacircncia da
necessidade de um maior periacuteodo de permanecircncia dos acessos venosos perifeacutericos Com isso aleacutem da
diminuiccedilatildeo de eventos que causam dor e irritaccedilatildeo na crianccedila e na famiacutelia promoveraacute tambeacutem uma melhor estada
dos mesmos durante o periacuteodo de hospitalizaccedilatildeo Os objetivos da pesquisa satildeo 1) Descrever os fatores que
interferem na manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico de acordo com a equipe de enfermagem 2)Analisar os
cuidados da equipe de enfermagem na manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico A coleta de dados se daraacute
atraveacutes de entrevistas semi estruturadas que seratildeo gravadas As informaccedilotildees colhidas seratildeo tratadas de forma
anocircnima e confidencial ou seja em nenhum momento seratildeo divulgados o seu nome e somente os
pesquisadores teratildeo acesso agraves informaccedilotildees Os dados obtidos com a pesquisa poderatildeo ser publicados apenas com
fins cientiacuteficos Eles natildeo seratildeo utilizados para fins comerciais ou para outra finalidade qualquer Caso necessite
poderatildeo ser marcados encontros para respostas ou esclarecimentos de qualquer duacutevida acerca da pesquisa A sua
participaccedilatildeo eacute voluntaria e eacute importante lembrar que vocecirc poderaacute desistir de participar da pesquisa em qualquer
momento A entrevista seraacute marcada em um dia e horaacuterio que vocecirc achar melhor Seraacute realizada
individualmente em um ambiente que nos ofereccedila privacidade Esta pesquisa natildeo oferece riscos para vocecirc e os
benefiacutecios da sua participaccedilatildeo satildeo de aumentar o conhecimento cientiacutefico na aacuterea de Enfermagem Pediaacutetrica
aleacutem de contribuir para a praacutetica profissional Este documento seraacute elaborado em duas vias uma para vocecirc e a
outra seraacute arquivada pelo pesquisador
Eu_____________________________________________________________ RG no _____________________________ Declaro que apoacutes ter entendido o que me foi explicado consinto voluntariamente em participar do presente Protocolo de Pesquisa entendo ainda que posso retirar o meu consentimento a qualquer momento antes ou durante a realizaccedilatildeo do mesmo declaro ter sido informada(o) e concordo em participar como voluntaacuteria(o) da pesquisa acima descrita Rio de Janeiro_______de_______________de 20___ _____________________________ ________________________________
(Participante) Karina Rodrigues Fernandes (Responsaacutevel por obter o consentimento)
______________________________________ _______________________________________ (Testemunha) (Testemunha)
45
APEcircNDICE II
ROTEIRO PARA ENTREVISTA
1) O que vocecirc acha que pode levar a perda do acesso perifeacuterico
2) Para vocecirc o que eacute importante para manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico nas
crianccedilas
3) O que vocecirc acha que pode interferir na sua manutenccedilatildeo
4) Que medidas vocecirc adota no seu dia a dia para manter o acesso
5) Na sua vivencia profissional o que vocecirc discorda dos cuidados que geralmente satildeo
utilizados para manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico
46
ANEXO
47
48
RESUMO
Os cuidados para a manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico eacute uma accedilatildeo essencial durante uma internaccedilatildeo na qual a permanecircncia do dispositivo eacute dificultada por diversos fatores principalmente quando se trata de um paciente pediaacutetrico Por conta de repetitivas perdas as repeticcedilotildees das punccedilotildees podem gerar trauma emocional dificultando ainda mais o periacuteodo de estada do paciente no hospital Desta forma o presente trabalho tem o objetivo descrever os fatores que interferem na manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico de acordo com a equipe de enfermagem e analisar os cuidados da equipe de enfermagem na manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico Possui como objeto de estudo os cuidados da equipe de enfermagem na manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico Trata-se de uma pesquisa descritiva exploratoacuteria de abordagem qualitativa onde nove (9) profissionais da equipe de enfermagem do setor de internaccedilatildeo pediaacutetrica de um Hospital Universitaacuterio do Rio de Janeiro foram entrevistados de acordo com um roteiro A coleta de dados deu-se por meio de entrevista semi-estruturada As falas foram submetidas agrave anaacutelise de conteuacutedo e das entrevistas emergiram trecircs (03) categorias ldquoCuidados preacute intra e poacutes-procedimento de punccedilatildeo do acesso venoso perifeacutericordquo ldquoCuidados em desuso para manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacutericordquo e ldquoO acompanhante e a manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacutericordquo O estudo retratou o processo de punccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico ressaltando a importacircncia de cuidados como a seleccedilatildeo do local a diluiccedilatildeo da medicaccedilatildeo a realizaccedilatildeo de uma boa fixaccedilatildeo a atenccedilatildeo com a velocidade de infusatildeo os cuidados com os sinais de infecccedilatildeo e salinizaccedilatildeo do acesso aleacutem de constatar tambeacutem os cuidados em desuso como o uso da heparina da tala de imobilizaccedilatildeo e duacutevidas em relaccedilatildeo ao tempo de permanecircncia Evidenciou o fato da equipe de enfermagem responsabilizar o acompanhante pelos cuidados com o cateter venoso perifeacuterico e tambeacutem o natildeo uso da literatura cientifica para solucionar duvidas e agregar conhecimento Com isso o estudo atingiu os objetivos propostos e tambeacutem contribuiu para o campo do ensino abrindo portas para a realizaccedilatildeo de novas pesquisas na aacuterea Palavras-chave cateterismo venoso perifeacuterico cuidados de enfermagem enfermagem pediaacutetrica
ABSTRACT Care for the maintenance of peripheral venous access is an essential action during a hospitalization in which the permanence of the device is hampered by several factors especially when it comes to a pediatric patient Because of repetitive losses the repetitions of punctures can cause emotional trauma further hindering the period of stay of the patient in the hospital Thus the present study aims to describe the factors affecting the maintenance of peripheral venous access in accordance with the nursing staff and analyze the care of the nursing staff in the maintenance of peripheral venous access Has as its object of study the care of the nursing staff in the maintenance of peripheral venous access This is an exploratory descriptive and qualitative study where nine (9) professional nursing staff of the pediatric inpatient ward of a university hospital in Rio de Janeiro were interviewed according to a script The data was collected by means of semi - structured interview The speeches were subjected to content analysis and interviews revealed three ( 03 ) categories Care pre intra and post - puncture procedure from peripheral venous access Care in disuse for maintenance of peripheral venous access and The companion and maintenance of peripheral venous access The study portrayed the process of puncture of peripheral venous access emphasizing the importance of care as site selection diluting the medication performing a good fixation attention to the rate of infusion the care of the signs of infection and salinity of access and also noted the care into disuse as the use of heparin the splint immobilization and questions about the length of stay Highlighted the fact that the nursing staff responsible for the care of the accompanying peripheral venous catheter and also not using the scientific literature to solve doubts and aggregate knowledge With that the study achieved its goals and also contributed to the field of education opening doors to new research in the area Key words peripheral venous catheterization nursing care pediatric nursing
SUMAacuteRIO
1 INTRODUCcedilAtildeO p 8
11 Questotildees norteadoras p 9
12 Objeto do estudo p9
13 Objetivos p9
14 Justificativa e relevacircncia p9
2 REVISAtildeO DE LITERATURA p 11
21 Hospitalizaccedilatildeo infantil e seus estressores p 11
22 Acesso venoso perifeacuterico em pediatria p 13
3 METODOLOGIA p 17
31 Tipo de pesquisa p17
32 Sujeitos da pesquisa p17
33 Cenaacuterio p18
34 Coleta de dados p18
35 Questotildees eacuteticas da pesquisa p19
36 Analise dos dados p20
4 RESULTADOS E DISCUSSAtildeO p22
41 Os cuidados de enfermagem preacute intra e poacutes-procedimento de punccedilatildeo do acesso
venoso perifeacuterico p 22
42 Os cuidados em desuso para manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico p 28
43 O acompanhante e a manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico p31
CONCLUSAtildeO p 35
REFEREcircNCIAS p37
APEcircNDICE I p 44
APEcircNDICE II p45
ANEXO p46
8
1 INTRODUCcedilAtildeO
A motivaccedilatildeo pelo assunto veio durante o ensino teoacuterico praacutetico da disciplina
Enfermagem na sauacutede da crianccedila e do adolescente II na enfermaria pediaacutetrica do Hospital
Universitaacuterio Antonio Pedro quando me incomodei com o excesso de punccedilatildeo perifeacuterica
realizado nas crianccedilas gerando impacto nas mesmas e na famiacutelia durante o procedimento
A hospitalizaccedilatildeo em si eacute uma situaccedilatildeo estressante jaacute que a crianccedila perde o controle em
relaccedilatildeo a sua liberdade aleacutem do conviacutevio com pessoas estranhas e da mudanccedila de ambiente e
rotina (HOCKENBERRY e WILSON 2011 p676) Com isso em uma situaccedilatildeo de diversas
perdas de acesso venoso as repeticcedilotildees do procedimento causam trauma emocional tornando
ainda mais doloroso o periacuteodo de estada do paciente no hospital
A punccedilatildeo venosa perifeacuterica eacute um procedimento essencial para manejo da crianccedila
durante a hospitalizaccedilatildeo visto que em grande parte as medicaccedilotildees satildeo administradas por essa
via onde o efeito eacute quase instantacircneo e permite infusatildeo de maior volume Poreacutem esse tipo de
procedimento eacute doloroso e estressante deixando a crianccedila sujeita a traumas por agentes
bioloacutegicos quiacutemicos fiacutesicos e emocionais sendo funccedilatildeo do enfermeiro prevenir diminuir ou
erradicar esses riscos (CORREIA RIBEIRO BORBA 2009 p559)
A permanecircncia do dispositivo eacute dificultada por diversos fatores como uma infecccedilatildeo a
fixaccedilatildeo inadequada o trauma durante a infusatildeo e a movimentaccedilatildeo da crianccedila A cobertura
utilizada eacute de suma importacircncia nessa situaccedilatildeo sendo ela muitas das vezes a causa da perda
de um acesso e entatildeo a necessidade de nova punccedilatildeo venosa Por conta disso esse tipo de
procedimento causa grande desconforto para a famiacutelia para a crianccedila e tambeacutem para o
profissional (CORREIA RIBEIRO BORBA 2009 p559)
Uma grande pesquisa conduzida sobre a temaacutetica concluiu que com ldquo592 crianccedilas e
1135 tentativas de punccedilatildeo realizadas por 143 enfermeiras 10 de taxa de insucesso no
9
procedimento poreacutem com cerca de 50 de insucesso na primeira tentativardquo Cada crianccedila foi
submetida a 21 tentativas (LARSEN1
11 Questotildees norteadoras
et al 2010 apud NEGRI et al 2012)
Quais os fatores que podem interferir na permanecircncia do acesso venoso em uma
crianccedila hospitalizada
Quais satildeo os cuidados da equipe de enfermagem para aumentar o tempo de
permanecircncia de um acesso venoso perifeacuterico em uma crianccedila hospitalizada
12 Objeto de estudo
Os cuidados da equipe de enfermagem na permanecircncia do acesso venoso perifeacuterico
13 Objetivos
Descrever e discutir os cuidados de enfermagem acerca da permanecircncia dos acessos
venosos perifeacutericos na pediatria
14 Justificativa e relevacircncia
Diante da problemaacutetica exposta eacute possiacutevel identificar a importacircncia da necessidade de
um maior periacuteodo de permanecircncia dos acessos venosos perifeacutericos Com isso aleacutem da
diminuiccedilatildeo de eventos que causam dor e irritaccedilatildeo na crianccedila e na famiacutelia promoveraacute tambeacutem
uma melhor estada dos mesmos durante o periacuteodo de hospitalizaccedilatildeo
Oliveira Bezerra e Pereira (2008 p96) chegaram a conclusatildeo que os enfermeiros
prestam assistecircncia agraves crianccedilas dentro dos paracircmetros poreacutem devem ter mais cuidados em
alguns pontos como ldquonecessidade de maior atenccedilatildeo na quantidade e velocidade da infusatildeo da
terapia mais controle do calibre do cateter identificaccedilatildeo do acesso complicaccedilotildees e troca de
fixaccedilatildeordquo
O presente estudo possui relevacircncia pois busca descrever os principais cuidados que a
equipe de enfermagem desenvolve na manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico na pediatria
demonstrando o que a equipe faz efetivamente para aumentar o tempo de permanecircncia desse
1 Larsen P Eldridge D Brinkley J Newton D Goff D Hartzog T Saad ND Perkin R Pediatric peripheral intravenous access does nursing experience and competence really make a difference J Infus Nurs 201033(4)226-35
10
dispositivo visto que a sua inserccedilatildeo jaacute eacute um evento estressante para crianccedila e sua famiacutelia
durante a hospitalizaccedilatildeo Eacute relevante tambeacutem natildeo soacute para os enfermeiros pediaacutetricos como
tambeacutem para todos os profissionais da aacuterea de sauacutede que procuram aprofundar seus
conhecimentos acerca dos cuidados na assistecircncia de enfermagem da cateterizaccedilatildeo venosa
perifeacuterica
11
2 REVISAtildeO DE LITERATURA
21 Hospitalizaccedilatildeo infantil e seus estressores
Durante a vida de uma crianccedila as principais situaccedilotildees de crise que normalmente elas
vivenciaratildeo estatildeo relacionadas agrave doenccedila ou a uma possiacutevel hospitalizaccedilatildeo Frente a estes
fatores elas se mostram vulneraacuteveis diante das mudanccedilas impostas relacionadas ao estado de
sauacutede e a sua rotina de vida (HOCKENBERRY e WILSON 2011 p676)
ldquoA hospitalizaccedilatildeo representa para a crianccedila uma situaccedilatildeo diferente de todas as jaacute
vivenciadas haja vista que sua rotina diaacuteria eacute modificada Ela encontra-se em um ambiente
impessoal repleto de tabus e significados diferente do seu contexto diaacuteriordquo (JANSEN
SANTOS e FAVERO 2010 p248)
Segundo Brito et al (2009 p 803) a crianccedila hospitalizada eacute ldquoafastada de seu ambiente
familiar de seus amigos da escola e de seus objetos pessoais perdendo assim grande parte de
suas referecircnciasrdquo com isso esse periacuteodo de hospitalizaccedilatildeo pode causar impacto sobre o estado
psicoloacutegico da mesma
Conforme Hockenberry e Wilson (2011 p676) as crianccedilas natildeo possuem habilidades
de enfrentamento suficientes para resolver determinados estressores Como principais
estressores pode-se citar ldquoa separaccedilatildeo a perda de controle lesatildeo corporal e dorrdquo
Um dos procedimentos mais dolorosos e estressantes para a crianccedila eacute a punccedilatildeo venosa
onde na maioria dos casos constitui a primeira escolha para a administraccedilatildeo de medicamentos
nutriccedilatildeo parenteral hemoderivados e coleta de exames sanguumliacuteneos(OLIVEIRA BEZERRA e
PEREIRA 2008 p91)
12
ldquoA crianccedila eacute um ser em crescimento e desenvolvimento com particularidades e
caracteriacutesticas proacutepriasrdquo (MATHEWS-SIMONTON2
Esse periacuteodo de internaccedilatildeo ldquopode deixar a crianccedila ansiosa insegura e com medo
principalmente quando natildeo eacute preparada para a hospitalizaccedilatildeo e o tratamento a que seraacute
submetidardquo Para Martins (2001) isso contribui para aumentar o medo e a ansiedade
expressos por meio do choro da raiva e ateacute mesmo por agressotildees
1990 apud COA e PETTENGILL
2006 p434) Isso significa que a crianccedila iraacute se comportar de acordo com a situaccedilatildeo imposta
pois isso dependeraacute natildeo soacute da idade de desenvolvimento como tambeacutem de suas experiecircncias
com determinadas situaccedilotildees
Diante de todo o processo de hospitalizaccedilatildeo a crianccedila pode apresentar diversas
manifestaccedilotildees comportamentais sendo consideradas mais comuns as ldquoregressotildees diminuiccedilatildeo
no ritmo do desenvolvimento desordens do sono e da alimentaccedilatildeo dependecircncia
agressividade apatia estados depressivos fobias e transtornos de comportamento em geralrdquo
(BAR-MOR3
Para a famiacutelia ldquoa hospitalizaccedilatildeo de um filho geralmente eacute encarada como uma
situaccedilatildeo de crise para a famiacutelia e para a crianccedilardquo O profissional de enfermagem deve se
organizar seu trabalho com estrateacutegias que minimizem o sofrimento no ambiente hospitalar e
na assistecircncia agrave crianccedila (THOMAZINE et al 2008 p146)
1997 apud BRITO et al 2009 p203) Com a atenccedilatildeo voltada para atender a
demanda e a necessidade fisioloacutegica da crianccedila os profissionais da equipe de enfermagem
geralmente ldquodedicam pouca ou nenhuma atenccedilatildeo agraves questotildees psicoloacutegicas e sociais da crianccedila
hospitalizada e de sua famiacuteliardquo(JANSEN SANTOS e FAVERO 2010 p248)
A qualidade do ambiente pode afetar diretamente no processo de recuperaccedilatildeo com
isso ldquoas intervenccedilotildees no contexto hospitalar devem visar agrave promoccedilatildeo de condiccedilotildees favoraacuteveis
agrave reabilitaccedilatildeo dos efeitos de experiecircncias adversas ao desenvolvimento das crianccedilasrdquo Isso
sugere que o ambiente aleacutem de incentivar a sauacutede deve ser planejado de maneira supra agraves
necessidades dos pacientes levando em conta os aspectos psicoloacutegicos pedagoacutegicos e
2 Mathews-Simonton S A famiacutelia e a cura o meacutetodo Simonton para famiacutelias que enfrentam uma doenccedila Satildeo Paulo Summus 1990 3 Bar-Mor G Preparation of children for surgery and invasive procedures milestones on the way to success J Pediatr Nurs1997Aug12(4) 252-255
13
socioloacutegicos da crianccedila e de sua famiacutelia (SOARES e ZAMBERLAN4
Para humanizar a assistecircncia agrave crianccedila hospitalizada e atender a suas reais
necessidades os pais foram inseridos na cliacutenica pediaacutetrica com direito a permanecircncia integral
nos casos de internaccedilatildeo Isso ocorreu no iniacutecio da deacutecada de 1990 no Brasil com a
legalizaccedilatildeo estabelecida pelo Estatuto da Crianccedila e do Adolescente (THOMAZINE et al
2008 p145) Com isso ldquomuitos hospitais natildeo consideram mais os pais como visitantes e
enfatizam sua presenccedila durante todo o periacuteodo da hospitalizaccedilatildeordquo fazendo uso de um sistema
de cuidado centrado na famiacutelia (HOCKENBERRY e WILSON 2011 p685)
1995 apud BRITO et
al 2009 p803)
Durante o processo de hospitalizaccedilatildeo as crianccedilas satildeo submetidas a diversas condutas e
procedimentos como por exemplo exames e administraccedilatildeo de medicamentos A punccedilatildeo
venosa eacute um dos principais procedimentos que causam dor e muitas vezes existe a
necessidade de vaacuterias punccedilotildees durante um mesmo dia Vale ressaltar que para a crianccedila esse
tipo de procedimento se iguala a uma agressatildeo jaacute que ldquona maioria das vezes eacute acompanhado
de dor ou medo o que se traduz no choro e na ansiedaderdquo (COLLET5
2002 apud GOMES et
al 2011 p290)
22 Acesso venoso perifeacuterico em pediatria
Para Correia et al (2009 p559) a fim evitar um trauma emocional durante a punccedilatildeo
as crianccedilas precisam ser orientadas sobre o tratamento seus objetivos e receber atenccedilatildeo
carinhosa neste momento
A fim de tornar o processo de cateterizaccedilatildeo venosa menos doloroso e estressante para
a crianccedila deve-se ter preferecircncia pelas veias que menos comprometam suas atividades
essenciais Neste intuito deve-se evitar por exemplo puncionar uma veia na matildeo que
dificulte o ato de se alimentar desenhar e ateacute mesmo brincar (OLIVEIRA BEZERRA e
PEREIRA 2008 p91)
4 Soares MRZ Zamberlan MAT A inclusatildeo do brincar na hospitalizaccedilatildeo infantil Est Psicol maioago18(2) 64-9 5 Collet N Oliveira BRG de Manual de Enfermagem em Pediatria Goiacircnia AB 2002
14
O acesso vascular eacute uma das principais modalidades de tratamento utilizadas na
assistecircncia agrave sauacutede Existe ampla aceitaccedilatildeo difusatildeo e praacutetica desse procedimento pelos
profissionais da aacuterea da assistecircncia agrave sauacutede (FERREIRA et al 2005)
Foi na deacutecada de 40 que o uso de cateter vascular foi introduzido nos hospitais
tornando-se essencial para as atividades assistenciais da modernidade (WORTHIGTON6
Para Peterlini e Chaud (2003) tal procedimento se define como um conjunto de
conhecimentos e teacutecnicas que visam agrave administraccedilatildeo de soluccedilotildees ou faacutermacos no sistema
circulatoacuterio abrangendo o preparo do paciente a escolha obtenccedilatildeo e manutenccedilatildeo do acesso
venoso os meacutetodos de preparo e administraccedilatildeo de drogas e soluccedilotildees e os cuidados referentes
agrave frequecircncia de troca do cateter curativos dispositivos de infusatildeo e soluccedilotildees
2005 apud MENDONCcedilA et al 2011 p330)
Primeiramente o acesso perifeacuterico era mantido com agulhas de accedilo inoxidaacutevel as
quais apesar de oferecerem menor risco de infecccedilatildeo satildeo riacutegidas e facilitavam perda do
acesso Em 1945 passou a ser utilizado o cateter venoso plaacutestico que permitia manutenccedilatildeo do
acesso por tempo prolongado (FERNANDES e RIBEIRO7
Quanto ao tempo de permanecircncia em pacientes pediaacutetricos o cateter deve ser mantido
ateacute o teacutermino da terapia intravenosa ou quando forem observados sinais cliacutenicos de
complicaccedilotildees diferentemente dos pacientes adultos onde o tempo de permanecircncia
preconizado eacute de 72 a 96 horas (CENTERS FOR DISEASE CONTROL AND
PREVENTION-CDC 2002)
2000 apud MARTINS et al 2008
p 485) Habitualmente o material de punccedilatildeo que vem sendo utilizado em crianccedilas satildeo os
cateteres flexiacuteveis tipo abocath com mandril metaacutelico (BATALHA et al 2010 p512)
Associaccedilatildeo Paulista de Estudos e Controle de Infecccedilatildeo Hospitalar (2005 apud
Moncaio e Figueiredo 2009) ressaltam que ldquoas principais complicaccedilotildees infecciosas para o
paciente satildeo flebite infecccedilatildeo do siacutetio de inserccedilatildeo do cateter extravasamento de soluccedilatildeo e
bacteremia relacionada ao cateterrdquo Certos fatores podem contribuir para o aparecimento de
tais complicaccedilotildees como o tipo do cateter que seraacute utilizado o preparo do local da punccedilatildeo
aleacutem de caracteriacutesticas intriacutensecas do paciente Vale acrescentar que ldquoos cateteres 6 Worthigton T Elliot TSJ Diagnosis of central venous catheter related infection in adult pacient J Infect 2005 51267-80 7 Fernandes AT Ribeiro Filho N Infecccedilatildeo do acesso vascular In Fernandes AT Fernandes M OV Ribeiro Filho N Infecccedilatildeo hospitalar e suas interfaces na aacuterea da sauacutede Satildeo Paulo (SP) Atheneu 2000 p 556-79
15
confeccionados em Teflon e poliuretano estatildeo associados a baixas frequecircncias de
complicaccedilotildees infecciosas quando comparados aos de polivinilcloreto e polietilenordquo
CENTERS FOR DISEASE CONTROL AND PREVENTION-CDC 2002)
ldquoNo acircmbito hospitalar a flebite eacute uma das complicaccedilotildees mais frequentes e
considerada uma das principais falhas da infusatildeordquo Eacute o processo inflamatoacuterio da camada
iacutentima das veias ocasionado por irritaccedilatildeo mecacircnica quiacutemica ou infecccedilotildees bacterianas
apresentando manifestaccedilotildees como dor edema hiperemia local e calor (GABRIEL8
Machado et al(2008) relata que ldquocerca de 1 a 10 destes pacientes desenvolvem
infecccedilotildees locais ou sistecircmicas relacionadas ao uso de cateteres causadas por alteraccedilatildeo ou
ruptura da integridade da pele que permite a passagem de microorganismos colonizadoresrdquo
2008
apud MAGEROTE et al 2011 p 487)
O curativo para fixaccedilatildeo do cateter eacute outro ponto importante para a manutenccedilatildeo do
mesmo visto que a ldquofixaccedilatildeo reduz o risco de complicaccedilotildees relacionadas agrave terapia intravenosa
tais como flebite infiltraccedilatildeo septicemia e deslocamento do cateterrdquo aleacutem de mantecirc-lo limpo
e seco permitindo a visualizaccedilatildeo contiacutenua do mesmo a fim de prevenir os agravos
(PHILLIPS9
No seacuteculo passado durante os primeiro 50 anos da praacutetica da terapia intravenosa
utilizava-se para fixaccedilatildeo gaze esteacuteril e fitas adesivas O iniacutecio do uso de filmes transparentes
esteacutereis se deu em 1970 como solicitaccedilatildeo dos enfermeiros quanto agrave necessidade da retirada do
curativo para realizar a inspeccedilatildeo do local de inserccedilatildeo funccedilatildeo atribuiacuteda aos mesmos a fim de
impedir uma infecccedilatildeo de corrente sanguiacutenea (MACHADO PEDREIRA E CHAUD 2008)
2001 apud SILVA E ZANETTI 2004 p233)
O uso de fitas adesivas natildeo-esteacutereis pode ser bastante observado em algumas
instituiccedilotildees de sauacutede contudo fita adesiva soacute natildeo estaacute contaminada enquanto permanece na
embalagem sugerindo tambeacutem a possibilidade da transmissatildeo de microorganismos
patogecircnicos com a aplicaccedilatildeo da mesma sobre o local de inserccedilatildeo do cateter
(VANDENBOSCH COOCH E TRESTON-AURAND10
8 Gabriel J Infusion therapy part one minimising the risks Nurs Stand 2008 Apr 22(31)51-6
1997 et al MACHADO
PEDREIRA E CHAUD2005 p292)
9 Phillips DL Manual de terapia endovenosa Trad Pedreira MLG Pereira SR Harada MJCS Peterline MAS 2ordf ed Porto Alegre (RS) Artmed 2001551P 10 VandenBosch TM Cooch J Treston-Aurand J Research utilization adhesive bandage dressing regimen for peripheral venous catheters Am J Infect Control 1997 25(6)513-9
16
Acerca da terapia intravenosa podem ocorrer incompatibilidades em relaccedilatildeo aos
faacutermacos administrados e os cateteres utilizados que na maioria das vezes natildeo satildeo percebidos
devido a impossibilidade de visualizaccedilatildeo Essas incompatibilidades satildeo denominadas por
Peterlini Chaud e Pedreira (2006) como adsorccedilatildeo e absorccedilatildeo onde ocorre ldquoperda do faacutermaco
para a superfiacutecie de frascos seringas filtros acessoacuterios e cateteres da terapia intravenosa por
meio de adsorccedilatildeo ou pela absorccedilatildeo do faacutermaco para a matriz do material de confecccedilatildeo desses
dispositivosrdquo Com isso o profissional de enfermagem tem como funccedilatildeo aleacutem do
conhecimento cientiacutefico acerca das drogas utilizadas programar accedilotildees que possibilitem
ldquoreconstituiccedilatildeo diluiccedilatildeo acondicionamento e cuidados na administraccedilatildeo de faacutermacosrdquo
evitando assim prejuiacutezos no tratamento
17
3 METODOLOGIA
31 Tipo de pesquisa
Trata-se de uma pesquisa descritiva exploratoacuteria de abordagem qualitativa com os
profissionais da equipe de enfermagem da unidade de internaccedilatildeo pediaacutetrica de um hospital
universitaacuterio do estado do Rio de Janeiro
Para Minayo Deslandes e Gomes (2007 p 21) a pesquisa qualitativa responde as
questotildees de forma particular de modo que trabalha com o universo dos significados dos
motivos das aspiraccedilotildees das crenccedilas dos valores e atitudes Sendo assim entende-se que as
accedilotildees do ser humano se distinguem a partir do seu pensamento do modo de agir de acordo
com a realidade vivida por cada um
Segundo Gil (1999 p44) ldquoas pesquisas descritivas tecircm como objetivo primordial a
descriccedilatildeo das caracteriacutesticas de determinada populaccedilatildeo ou fenocircmeno ou o estabelecimento de
relaccedilotildees variaacuteveisrdquo
Kauark Manhatildees e Medeiros (2010 p28) determinam a pesquisa exploratoacuteria como
agravequela que ldquoObjetiva a maior familiaridade com o problema tornando-o expliacutecito ou agrave
construccedilatildeo de hipoacutetesesrdquo Acrescenta ainda que a mesma pode conter levantamento
bibliograacutefico entrevistas com pessoas experientes no problema pesquisado entre outras
fontes
32 Sujeitos da pesquisa
A pesquisa contou com um nuacutemero total de nove (9) profissionais da equipe de
enfermagem da unidade de internaccedilatildeo pediaacutetrica de um Hospital Universitaacuterio do Rio de
Janeiro sendo estes dois (2) enfermeiros e sete (7) teacutecnicos de enfermagem De todos os
18
participantes apenas um trabalha no serviccedilo noturno sendo o restante do serviccedilo diurno Os
mesmos satildeo os responsaacuteveis pela instalaccedilatildeo e manipulaccedilatildeo dos os acessos venosos
perifeacutericos supondo assim que tenham maior domiacutenio sobre o assunto abordado
Os sujeitos foram identificados com codinomes referentes agraves princesas da Disney para
que suas identidades sejam preservadas
33 Cenaacuterio
A pesquisa ocorreu na unidade de internaccedilatildeo pediaacutetrica localizada no quinto andar do
Hospital Universitaacuterio do Rio de Janeiro vinculado a uma Universidade Federal
A unidade pediaacutetrica eacute divida em trecircs enfermarias de acordo com a idade das crianccedilas
hospitalizadas sendo denominadas estas Lactente preacute-escolar e escolar A enfermaria
Lactente eacute composta por 5 leitos hospitalizando crianccedilas de 29 dias a 2 anos jaacute na preacute-escolar
encontram-se 6 leitos e acolhe crianccedilas de 2 a 6 anos e na escolar 6 leitos abrigando crianccedilas
de 7 a 12 anos Toda crianccedila hospitalizada tem direito a um acompanhante como eacute
preconizado por direito pelo Artigo doze (12) do Estatuto da Crianccedila e do Adolescente
(Brasil 1990 p3)
A enfermaria conta com um posto de enfermagem localizado no centro da unidade
possibilitando maior visualizaccedilatildeo das enfermarias Possui tambeacutem uma sala de recreaccedilatildeo e
banheiro para os pacientes e acompanhantes Haacute uma sala utilizada pedagogia hospitalar
onde uma professora realiza atividades com as crianccedilas
Vale ressaltar que na unidade haacute uma sala para realizaccedilatildeo de procedimentos dolorosos
como a punccedilatildeo venosa perifeacuterica e sempre que possiacutevel o paciente eacute levado ateacute ela
34 Coleta de dados
A coleta de dados se deu a partir da teacutecnica de entrevista semi-estruturadas que
segundo Minayo Deslandes e Gomes (2007 p 64) satildeo ldquoperguntas fechadas e abertas em que
o entrevistado tem a possibilidade de discorrer sobre o tema em questatildeo sem se prender agrave
indagaccedilatildeo formuladardquo As mesmas foram gravadas em entrevista individual e tiveram como
foco as accedilotildees que os profissionais da equipe de enfermagem realizam acerca dos cuidados
para a permanecircncia do acesso venoso perifeacuterico aleacutem de investigar sobre o conhecimento que
cada um possui sobre o tema
19
Apoacutes contato preacutevio com a equipe de enfermagem foi acordado um dia e horaacuterio para
a realizaccedilatildeo das entrevistas que aconteceram na proacutepria unidade Todos os profissionais da
equipe de enfermagem foram convidados a participar voluntariamente da pesquisa As
entrevistas aconteceram apoacutes os profissionais assinarem o Termo de Consentimento Livre e
Esclarecido (TCLE)
Para Minayo Deslandes e Gomes (2007 p 64) a entrevista possui como principal
objetivo construir dados que sejam pertinentes para a pesquisa aleacutem de ser a estrateacutegia mais
utilizada no processo de trabalho de campo
A coleta foi interrompida no momento em que os dados se mostraram saturados ou
seja quando houve a cessaccedilatildeo do acreacutescimo de informaccedilotildees novas referentes ao tema
proposto
O fechamento amostral por saturaccedilatildeo teoacuterica eacute definido como a suspensatildeo de inclusatildeo
de novos participantes quando os dados obtidos passam a apresentar na avaliaccedilatildeo do
pesquisador certa redundacircncia ou repeticcedilatildeo natildeo sendo considerado relevante continuar a
coleta de dados (FONTANELLA RICAS e TURATO 2008)
35 Questotildees eacuteticas da pesquisa
De acordo com a Resoluccedilatildeo 46612 que visa assegurar os direitos e deveres que
dizem respeito agrave comunidade cientiacutefica aos sujeitos da pesquisa e ao Estado uma pesquisa
que envolve a participaccedilatildeo de seres humanos deve atender aos fundamentos eacuteticos e
cientiacuteficos pertinentes para a seguranccedila dos mesmos Neste contexto toda pesquisa
envolvendo seres humanos deveraacute ser submetida agrave apreciaccedilatildeo de um Comitecirc de Eacutetica em
Pesquisa (CEP) (BRASIL 2012)
Atendendo a esta condiccedilatildeo o projeto de pesquisa foi encaminhado ao CEP ndash do
Hospital Universitaacuterio o qual foi realizada a pesquisa foi analisado e aprovado na Reuniatildeo
com data de 06122013 CAAE 24693613700005243 Nuacutemero do parecer 486451 Com
isso a pesquisa foi desenvolvida mediante aprovaccedilatildeo do CEP atendendo aos preacute-requisitos
estipulados pela Resoluccedilatildeo nordm 46612
Esta pesquisa eacute pautada em princiacutepios eacuteticos que respeitam a dignidade humana e
justiccedila assegurando que natildeo haveraacute nenhum tipo de dano aos participantes
20
Em atendimento a resoluccedilatildeo 46612 do Conselho Nacional de SauacutedeMS apoacutes serem
esclarecidos pela pesquisadora quanto aos aspectos eacuteticos relacionados agrave pesquisa aleacutem das
formas de produccedilatildeo de dados e inserccedilatildeo no estudo os sujeitos da pesquisa assinaram duas
vias do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido ndash TCLE (apecircndice 1) autorizando sua
participaccedilatildeo voluntaacuteria na pesquisa Uma via foi entregue ao participante e outra ficou
arquivada com a pesquisadora
Nesse documento consta os objetivos da pesquisa procedimentos benefiacutecios
previstos garantia de recusa de participaccedilatildeo em qualquer momento de acesso aos resultados
da pesquisa e tambeacutem a garantia de acesso ao pesquisador quando os sujeitos julgarem
necessaacuterio sendo todas essas informaccedilotildees em linguagem acessiacutevel e simples O mesmo foi
apresentado e explicado ao profissional convidado a participar do estudo no primeiro contato
eou durante visita agendada para realizaccedilatildeo da entrevista
Vale ressaltar que esta pesquisa cujo financiamento eacute proacuteprio natildeo oferece nenhum
tipo de riscos para o sujeito da pesquisa e nem para o cuidado das crianccedilas internadas no setor
de pediatria e os benefiacutecios da participaccedilatildeo do mesmo satildeo de aumentar o conhecimento
cientiacutefico na aacuterea de Enfermagem Pediaacutetrica aleacutem de contribuir para a praacutetica profissional
36 Anaacutelise dos dados
O processo de anaacutelise dos dados foi baseada na teacutecnica da Anaacutelise Temaacutetica que para
Minayo Deslandes e Gomes (2007 p 86) o conceito central eacute o tema ldquoO tema eacute a unidade de
significaccedilatildeo que se liberta naturalmente de um texto analisado segundo criteacuterios relativos agrave
teoria que serve de guia da leiturardquo (BARDIN11
A anaacutelise realizada estava de acordo com a sugerida por Minayo (2010 p 315) e
contam com as seguintes etapas preacute-analise exploraccedilatildeo do material tratamento dos
resultados obtidos e interpretaccedilatildeo Atraveacutes dessas etapas tem-se o objetivo de descrever o
conteuacutedo do material coletado e interpretaacute-lo
1979 apud MINAYO DESLANDES
GOMES 2007 p 86)
A preacute analise consiste na escolha dos elementos a serem analisados e na retomada das
hipoacuteteses e dos objetivos iniciais da pesquisa Inicia-se com uma leitura flutuante onde o
11 BARDIN L Anaacutelise de Conteuacutedo Lisboa Ediccedilotildees 70 1979
21
pesquisador toma contato direto com o material adquirido deixando-se impregnar por seu
conteuacutedo Posteriormente haacute a constituiccedilatildeo do Corpus textual onde eacute feita uma seleccedilatildeo dos
documentos que iratildeo contemplar e fornecer informaccedilotildees sobre o tema sendo assim adequados
para dar resposta aos objetivos do trabalho (MINAYO 2010 p 315)
Essa fase preacute-analiacutetica eacute onde se determinam a unidades de registro unidade de
contexto e a partir delas satildeo determinados os temas que seratildeo analisados A unidade de
registro corresponde parte do conteuacutedo selecionado como base para analise e apoacutes a
delimitaccedilatildeo do contexto de compreensatildeo da unidade de registro eacute estabelecida a unidade de
contexto (MINAYO 2010 p 316)
De acordo com os objetivos da pesquisa foi possiacutevel perceber que nove (9)
entrevistas supriam para atender os mesmo encerrando assim a coleta Apoacutes a transcriccedilatildeo das
entrevistas foi realizada leitura das mesmas para natildeo soacute conhecimento do material mas
tambeacutem estabelecer as unidades de registro Em seguida foi realizado o colorimento das falas
assim as classificando de acordo com as unidades de registro estabelecidas
As unidades de registro que surgiram foram os fatores que interferem na manutenccedilatildeo
do acesso venoso perifeacuterico e o apontamento do acompanhante como responsaacutevel pela perda
do acesso venoso perifeacuterico Elas receberam as cores vermelha e laranja respectivamente a
fim de facilitar o agrupamento dos dados A partir disto surgiram as unidades de contexto que
compreendem as falas das entrevistas de modo a exemplificar o contexto das unidades de
registro
Partindo para segunda etapa da analise temaacutetica a exploraccedilatildeo do material que consiste
numa classificaccedilatildeo que visa alcanccedilar o nuacutecleo de compreensatildeo do texto Busca-se encontrar
categorias que satildeo expressotildees ou palavras significativas em funccedilatildeo das quais o conteuacutedo seraacute
organizado Essas categorias satildeo responsaacuteveis pela especificaccedilatildeo dos temas (MINAYO
2010 p 317)
Nesse caso foram definidos os seguintes temas cuidados preacute intra e poacutes procedimento
de punccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico cuidados em desuso para manutenccedilatildeo do acesso
venoso perifeacuterico o acompanhante e a manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico Essas trecircs (3)
categorias seratildeo apresentadas analisadas e discutidas no capitulo seguinte
22
4 RESULTADOS E DISCUSSAtildeO
Nesse capiacutetulo apresento as trecircs categorias temaacuteticas que surgiram da anaacutelise dos
dados e que contemplaram de forma satisfatoacuteria os objetivos da pesquisa A primeira
categoria denominada como ldquoOs cuidados de enfermagem preacute intra e poacutes-procedimento de
punccedilatildeo do acesso venoso perifeacutericordquo traz os passos e cuidados que os profissionais realizam
antes durante e apoacutes a punccedilatildeo buscando descrever e analisar os fatores envolvidos na pratica
do procedimento em questatildeo que emergiram das entrevistas aleacutem dos cuidados de
enfermagem para a manutenccedilatildeo do mesmo
A segunda categoria que seraacute apresentada eacute ldquoOs cuidados em desuso para manutenccedilatildeo
do acesso venoso perifeacutericordquo que mostra os cuidados que os profissionais citaram como natildeo
mais utilizados para auxiliar na manutenccedilatildeo da punccedilatildeo venosa perifeacuterica
E a uacuteltima categoria eacute denominada ldquoO acompanhante e a manutenccedilatildeo do acesso
venoso perifeacutericordquo e traz a responsabilizaccedilatildeo do acompanhante pelos profissionais do setor
em relaccedilatildeo aos cuidados com manutenccedilatildeo da punccedilatildeo Essa categoria busca tambeacutem ressaltar a
funccedilatildeo do acompanhante durante a hospitalizaccedilatildeo da crianccedila destacando que determinados
cuidados satildeo de total funccedilatildeo da equipe de enfermagem
41 Os cuidados de enfermagem preacute intra e poacutes-procedimento de punccedilatildeo do acesso
venoso perifeacuterico
Para interpretar as unidades de contextos tive como base autores que definiram os
cuidados de enfermagem preacute intra e poacutes punccedilatildeo venosa perifeacuterica Para esses autores a fase
de preacute-punccedilatildeo compreende as accedilotildees de anaacutelise e conhecimento da prescriccedilatildeo avaliaccedilatildeo e
23
preparo emocional do paciente preparo do material e medicaccedilatildeo seleccedilatildeo do siacutetio de inserccedilatildeo
e dilataccedilatildeo da veia selecionada As accedilotildees envolvidas na punccedilatildeo satildeo a execuccedilatildeo das
precauccedilotildees-padratildeo antissepsia da pele punccedilatildeo do vaso a fixaccedilatildeo e curativo do cateter
Finalmente na etapa de poacutes-punccedilatildeo adota-se a identificaccedilatildeo da punccedilatildeo o descarte apropriado
das partes dos materiais natildeo utilizados a orientaccedilatildeo do paciente acerca da terapecircutica o
controle da infusatildeo atraveacutes do gotejamento se necessaacuterio e o registro do procedimento
Phillips12
De acordo com as entrevistas a seleccedilatildeo do local de punccedilatildeo eacute indicada com um fator
que interfere diretamente no tempo de permanecircncia do acesso venoso perifeacuterico visto que
dependendo do local ocorre a perda mais rapidamente Aleacutem da localizaccedilatildeo citaram tambeacutem
o calibre da veia como interferecircncia na manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico Seguem
abaixo algumas falas
(2001 apud ARAUacuteJO 2007 p18)
ldquoPrimeira coisa eacute vocecirc procurar bem a veia colocar uma veia de um bom calibre Se puder dar preferecircncia a natildeo puncionar dobrasrdquo (Cinderela) ldquoDependendo de onde estiver puncionado se for na matildeozinha a crianccedila fica toda hora ta mexendo taacute manipulando alguma coisa e se for no pezinho tambeacutem nem todo tempo vai ficar acamada entatildeo acaba perdendo o acessordquo(Bela ) ldquoO mau posicionamento pode levar a perdardquo (Rapunzel)
A opiniatildeo dos profissionais acima vai de encontro com o que eacute encontrado na
literatura visto que eacute de suma importacircncia que o mesmo avalie o cliente e considere alguns
aspectos para uma escolha criteriosa e eficaz como a finalidade da punccedilatildeo o tipo de soluccedilatildeo
a ser infundida a condiccedilatildeo da rede venosa a duraccedilatildeo da terapia idade do cliente habilidade
cognitiva da crianccedila a preferecircncia do cliente o que nem sempre seraacute possiacutevel satisfazer e
tambeacutem a sua atividade (ARAUacuteJO 2007 p31)
Os cuidados com o acesso venoso perifeacuterico satildeo importantes antes mesmo da
realizaccedilatildeo do procedimento Levando em consideraccedilatildeo que um erro durante a fase de preacute-
procedimento como a escolha errada do local de punccedilatildeo por exemplo poderaacute levar a perda
do acesso e prejudicar assim o tratamento aleacutem do bem-estar da crianccedila que seraacute puncionada
novamente
12 PHILLIPS L D Manual de terapia intravenosa 2ed Porto Alegre Artmed 2001
24
O vaso sanguiacuteneo que o profissional selecionar como local para puncionar deve ser
suficiente para suportar o calibre e o comprimento do cateter aleacutem de atender a necessidade
terapecircutica para que natildeo haja a necessidade de uma nova punccedilatildeo
A punccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico eacute um procedimento doloroso e de grande
incomodo para a crianccedila com isso eacute de suma importacircncia realizar a seleccedilatildeo preacutevia do
material poreacutem natildeo foi citado Outro cuidado rotineiro e natildeo menos importante como a
lavagem das matildeos antes da colocaccedilatildeo do acesso tambeacutem natildeo foi mencionado durante as
entrevistas
O preparo emocional da crianccedila e do acompanhante quanto ao procedimento deve ser
considerada praacutetica rotineira para a equipe de enfermagem O profissional de enfermagem
deve lavar as matildeos objetivando a reduccedilatildeo significativa de risco de infecccedilatildeo e recomenda-se o
uso de aacutegua e sabatildeo para lavagem das matildeos antes da colocaccedilatildeo do cateter venoso perifeacuterico
(PHILLIPS13
O preparo preacutevio do material para instalaccedilatildeo do cateter venoso perifeacuterico eacute importante
para evitar interrupccedilotildees do procedimento e consequentemente um maior tempo de
manipulaccedilatildeo da crianccedila (SILVA
2001apud ARAUacuteJO 2007 Centers for Disease Control and Prevention ndash CDC
2002 apud ARAUacuteJO 2007)
14
Outro aspecto citado e classificado como preacute-procedimento eacute o cuidado com a
medicaccedilatildeo a ser administrada incluindo cuidados com a diluiccedilatildeo e composiccedilatildeo da mesma
Seguem algumas das falas
2004 apud ARAUacuteJO 2007 p30)
ldquoEstar sempre diluindo as medicaccedilotildees de acordo com a prescriccedilatildeo meacutedica pois as medicaccedilotildees satildeo muito fortes e podem causar enfraquecimento da veia Tem que diluir direitinho e passar lento na veiardquo (Cinderela) ldquoTer cuidado principalmente quando eacute crianccedila e a diluiccedilatildeo da medicaccedilatildeo tambeacutem agraves vezes natildeo eacute pra passar em perifeacuterico e na segunda dose jaacute perdeurdquo (Alice)
O acesso venoso perifeacuterico eacute a primeira alternativa para infusatildeo intravenosa por ser de
mais faacutecil acesso e rapidez no efeito da medicaccedilatildeo O profissional de enfermagem deve ter
domiacutenio natildeo soacute relacionado agrave infusatildeo das medicaccedilotildees mas tambeacutem com a composiccedilatildeo
13 PHILLIPS L D Manual de terapia intravenosa 2ed Porto Alegre Artmed 2001 14 SILVA G R G Terapia intravenosa em receacutem-nascidos ndash orientaccedilotildees para o cuidado de Enfermagem Rio de Janeiro Cultura Meacutedica 2004
25
farmacoloacutegica das mesmas os efeitos adversos e colaterais que a droga pode causar inclusive
em relaccedilatildeo a diluiccedilatildeo o que normalmente eacute estabelecido como padratildeo no setor de acordo com
cada faacutermaco
Com a intenccedilatildeo de promover a eficaacutecia terapecircutica dos medicamentos administrados
por via intravenosa eacute atribuiccedilatildeo do profissional de enfermagem implementar teacutecnicas como a
diluiccedilatildeo acondicionamento e cuidados na administraccedilatildeo de faacutermacos a fim de evitar
prejuiacutezos no tratamento resultantes da incompatibilidade medicamentosa (PETERLINI
CHAUD e PEDREIRA 2006)
Os fatores intra-procedimento satildeo considerados aqueles diretamente relacionados com
o procedimento Os dados colidos nas entrevistas ressaltaram apenas a fixaccedilatildeo com um fator
que interfere nessa fase Este foi o dado mais repetitivo nas entrevistas poreacutem sempre citado
de forma superficial Seguem as falas dos profissionais quando questionados sobre o que era
importante para manutenccedilatildeo do acesso
ldquoTem que fazer uma boa fixaccedilatildeo Porque quando a pessoa natildeo fixa bem prejudica porque aquilo vai soltando e quando vocecirc vecirc jaacute perdeu a veiardquo(Cinderela) ldquoEu acho que natildeo tem o que fazer para manter o acesso A crianccedila vai ficar uns dias X com aquele acesso pra fazer medicaccedilatildeo e eu acho que natildeo tem o que vocecirc profissional fazer para que natildeo percardquo (Aurora) ldquoA fixaccedilatildeo evita a movimentaccedilatildeo excessiva no local que estaacute o acessordquo (Ariel) ldquoTer cuidado com o curativo saber manusear E manter sempre o curativo limpo trocar se necessaacuteriordquo (Rapunzel) ldquoA fixaccedilatildeo eacute muito importante pra natildeo soltar o acesso e pra ele ficar mais tempordquo(Mulan)
Oliveira Bezerra e Pereira (2008 p 94) afirmam que de acordo com o revelado por
determinados estudos o tipo de curativo a fixaccedilatildeo do cateter e o tempo de permanecircncia estatildeo
diretamente relacionados com a ocorrecircncia de complicaccedilotildees infecciosas como flebites e
tambeacutem infiltraccedilatildeo extravasamento desconexatildeo e deslocamento do cateter
26
Para Pettit e Kraus15
Potter
(1995 apud MACHADO PEDREIRA E CHAUD2005 p292) a
gaze esteacuteril fixada com a fita adesiva hipoalergecircnica bem como a peliacutecula transparente esteacuteril
satildeo os materiais mais recomendados para curativo e fixaccedilatildeo de cateter venoso perifeacuterico
16
Jaacute as peliacuteculas transparentes mais conhecidas como filme permitem a respiraccedilatildeo
normal da pele com alta permeabilidade ao oxigecircnio e vapores e eacute impermeaacutevel a liacutequidos e
micro-organismos (SILVA E ZANETTI 2004 p233) Aleacutem disso permitem tambeacutem a
visualizaccedilatildeo contiacutenua do local de punccedilatildeo permitindo assim avaliaccedilatildeo do mesmo natildeo soacute
durante a infusatildeo de medicaccedilotildees mas tambeacutem todo o tempo
(1998 apud SILVA E ZANETTI 2004 p233) afirma que nas fixaccedilotildees em
que se utiliza a gaze esteacuteril preconiza-se a utilizaccedilatildeo de teacutecnica asseacuteptica Neste curativo a
gaze esteacuteril eacute colocada sobre o siacutetio de inserccedilatildeo e suas bordas satildeo fixadas com fita adesiva
A observaccedilatildeo da punccedilatildeo eacute muito importante pois se o local de inserccedilatildeo se mostrar
com sinais e sintomas de complicaccedilotildees a terapia deve ser suspensa (OLIVEIRA BEZERRA
e PEREIRA 2008 p95)
A visualizaccedilatildeo contiacutenua do acesso permite que a equipe de enfermagem possa realizar
uma observaccedilatildeo mais particularizada em relaccedilatildeo agraves condiccedilotildees do acesso venoso perifeacuterico
podendo observar se haacute deslocamento do cateter sinais de infiltraccedilatildeo e tambeacutem sinais de
infecccedilatildeo
Para Silva Barbato e Valente (2013 p 1200) cabe ao enfermeiro fazer a avaliaccedilatildeo
diaacuteria e cuidadosa do curativo observando a presenccedila de umidade sujidade integridade do
oacutestio de inserccedilatildeo a fixaccedilatildeo bem como a realizaccedilatildeo do curativo e das anotaccedilotildees legais
competentes agraves suas funccedilotildees
A fase poacutes-procedimento eacute caracterizada por uma seacuterie de cuidados que a equipe de
enfermagem deve realizar para que se obtenha maior tempo de permanecircncia do acesso venoso
perifeacuterico Durante as entrevistas os cuidados citados foram a salinizaccedilatildeo do acesso cuidados
para evitar a flebite e a velocidade de infusatildeo
15 Pettit DM Kraus V The use of gauze versus transparent dressings for peripheral intravenous catheter sites Nurs ClinNorth Am 1995 30(3)495-506 16 Potter P Perry AG Fundamentos de enfermagem processo conceito e praacutetica 3ordf ed Santos(SP) Guanabara Koogan19981397pp801-43
27
ldquoManter um acesso bem salinizado que vocecirc lave pelo menos de duas de trecircs em trecircs horas Se bem que isso aqui na pediatria natildeo eacute muito comum aqui a gente soacute lava cada vez que vai fazer medicaccedilatildeo mas se eu natildeo me engano a literatura preconiza isso vocecirc lavar pelo menos de quatro em quatro horas o acessordquo (Aurora)
ldquoPra manter o acesso venoso perifeacuterico eacute importante manter ele salinizado Assim que a gente recebe o plantatildeo eu vou ver se o acesso ta peacutervio com uma ldquoseringuinhardquo vai la da uma ldquolavadinhardquo e vecirc se o acesso ta peacutervio e manter o acesso salinizadordquo (Ariel)
ldquoSalinizar de 6 em 6 horas para manter ele peacuterviordquo (Alice)
ldquoTem que passar lento a medicaccedilatildeo e a limpeza da aacuterea vocecirc tem que limpar bem a aacuterea pra vocecirc natildeo formar uma flebiterdquo (Cinderela)
A salinizaccedilatildeo do acesso eacute um cuidado simples e de grande importacircncia Esse cuidado
deve ser realizado para manter o acesso peacutervio e limpo e deve ser realizado antes e apoacutes
qualquer infusatildeo
Para Moncaio e Figueiredo (2009)
a ldquosalinizaccedilatildeordquo consiste em administrar sob pressatildeo positiva soluccedilatildeo salina (Soro fisioloacutegico a 09) logo apoacutes o teacutermino da infusatildeo da medicaccedilatildeo Este procedimento visa prevenir a formaccedilatildeo de trombos e fibrina evitar o contato de drogas incompatiacuteveis (quando da infusatildeo de mais de um item medicamentoso no mesmo horaacuterio) garantir a infusatildeo de todo o medicamento que possa ter ficado no sistema aleacutem de evitar retorno sanguiacuteneo mantendo o cateter peacutervio para a proacutexima infusatildeo
Durante a coleta de dados esse cuidado surgiu em diversos momentos poreacutem foi
possiacutevel perceber que os profissionais realizam o mesmo de forma banalizada Natildeo sabem de
fato a real funccedilatildeo de manter o acesso salinizado A impressatildeo que passa eacute que eles
aprenderam que esse cuidado deveria ser feito e simplesmente fazem Haacute divergecircncias
tambeacutem entre a equipe em relaccedilatildeo ao momento que deve ser realizada a salinizaccedilatildeo e isso nos
mostra a desatualizaccedilatildeo dos profissionais do setor e a falta de uma educaccedilatildeo continuada no
hospital
Os cuidados para evitar a flebite e a velocidade de infusatildeo da medicaccedilatildeo apareceram
menos nas entrevistas e interferem diretamente com a manutenccedilatildeo do acesso venoso
perifeacuterico
28
A flebite eacute uma inflamaccedilatildeo na veia puncionada ocorrendo quando as ceacutelulas
endoteliais da parede da veia que o cateter estaacute inserido tornam-se inflamadas e irregulares
propiciando a aderecircncia de plaquetas e predispondo a veia a inflamaccedilatildeo Eacute comum que o local
se apresente dolorido hiperemiado quente e edemaciado e nesses casos eacute aconselhada a
retirada do cateter Uma boa fixaccedilatildeo do cateter perifeacuterico eacute recomendada por autores na
literatura visto que previnem deslocamento faacutecil e permitem uma boa visualizaccedilatildeo do local
evitando complicaccedilotildees como a flebite e infiltraccedilatildeo (MOLDES et al 2011 p 330)
Dentre as principais falhas de infusatildeo venosa estatildeo flebite infiltraccedilatildeo hematoma e
obstruccedilatildeo Acredita-se que para reduzir a incidecircncia destas nas unidades pediaacutetricas eacute preciso
a adoccedilatildeo de estrateacutegias tais como a abordagem junto agrave equipe em parceria com o setor de
educaccedilatildeo permanente e a adoccedilatildeo do uso da teacutecnica corretamente e de forma asseacuteptica para a
realizaccedilatildeo da punccedilatildeo venosa perifeacuterica em acordo com a comissatildeo de controle de infecccedilatildeo
hospitalar (SILVA BARBATO e VALENTE 2013 p 1200)
A incapacidade do paciente em relatar dor no siacutetio de administraccedilatildeo do faacutermaco quer
pela idade ou condiccedilatildeo cliacutenica e o local de inserccedilatildeo como tambeacutem a velocidade de infusatildeo do
medicamento (gt25mgmin) satildeo classificados como fatores de risco para a perda do acesso
venoso perifeacuterico (MARTINS SILVINO e DIAS 2010)
42 Os cuidados em desuso para manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico
Essa categoria discorre sobre os cuidados de enfermagem que com o passar do tempo
foram desconsiderados e natildeo satildeo mais utilizados Quando questionados em relaccedilatildeo a vivencia
profissional e cuidados que discordavam os entrevistados citaram o uso da tala para fixaccedilatildeo
uso de heparina e os cuidados em relaccedilatildeo ao tempo de permanecircncia do cateter Haacute muitas
controveacutersias em relaccedilatildeo aos cuidados citados acima
O tempo de permanecircncia interfere diretamente no aparecimento de complicaccedilotildees
como flebite e que acabam levando a perda do acesso venoso perifeacuterico mais rapidamente
aconselhando assim a troca do mesmo entre 76 a 96 horas Poreacutem eacute preconizada a retirada do
cateter apenas se finalizar o tratamento ou houver alguma interferecircncia
ldquoA gente observa tambeacutem o tempo dependendo do tempo tem que tirarrdquo (Alice)
29
ldquoHoje eu natildeo sei como que eacute essa questatildeo do tempo porque a gente trocava o acesso a cada quatro dias agora o pessoal jaacute diz que pode trocar em ateacute uma semana entatildeo natildeo sei como que ta isso e o que tem escrito em relaccedilatildeo a isso (Aurora)
Sabe-se que o tempo para troca do cateter de teflon ou poliuretano varia de 72 a 96
horas com o intuito de reduzir risco de infecccedilatildeo e flebite e para minimizar esses riscos nas
seguintes situaccedilotildees diante de sinais inflamatoacuterios no local de inserccedilatildeo e sempre que houver
mau funcionamento do cateter (SANTOS17
Entretanto o Center for Disease Control and Prevention - CDC (2002) diz que em
pacientes pediaacutetricos natildeo foi observada relaccedilatildeo quanto ao tempo de permanecircncia do cateter e
ocorrecircncia de complicaccedilotildees devendo ser mantido ateacute o teacutermino da terapia intravenosa ou
quando forem observados sinais cliacutenicos de complicaccedilotildees
2004 apud OLIVEIRA BEZERRA e PEREIRA
2008 p 93)
Eacute possiacutevel observar a diferenccedila do conhecimento pratico dos profissionais
entrevistados em relaccedilatildeo ao conhecimento encontrado na literatura E ainda contendo duacutevidas
natildeo haacute uma busca da parte dos mesmos para esclarececirc-las
O uso da heparina com a finalidade de manter o acesso peacutervio por um periacuteodo maior
de tempo mostra-se com mais certeza quanto ao desuso nos dados colidos
ldquoAntigamente a gente usava heparina entatildeo a gente ficava tranquila em relaccedilatildeo agrave obstruccedilatildeo mas agora natildeo a gente usa o soro fisioloacutegico e a gente deixa salinizadordquo (Aurora)
Rang e Dale 18(1998 apud DOPICO e OLIVEIRA 2006) afirmam que a heparina
inibe a formaccedilatildeo de coaacutegulos de fibrina in vitro e in vivo e que seu efeito anticoagulante eacute
praticamente imediato Com isso Phillips19
17 Santos W Lavagem das matildeos In R Luiz Santos W Manual baacutesico de prevenccedilatildeo e controle das infecccedilotildees hospitalares do HRU Fortaleza Hospital Regional Unimed 2004
(2001 apud DOPICO e OLIVEIRA 2006)
ressalta que a teacutecnica de manutenccedilatildeo intermitente de cateteres intravenosos com soluccedilatildeo
salina 09 classificada como salinizaccedilatildeo tem sido pesquisada haacute alguns anos apresentando
em relaccedilatildeo ao uso da heparina vantagens como o baixo custo ser um procedimento mais
18 Rang HP Dale M M Hemostasia e Trombose In Rang HP Dale M M Farmacologia Rio de Janeiro Guanabara Koogan 1998 p235-47 19 PHILLIPS L D Manual de terapia intravenosa 2ed Porto Alegre Artmed 2001
30
simples aleacutem de eliminar a possibilidade de incompatibilidade com as drogas e soluccedilotildees
administradas aleacutem da inexistecircncia de riscos ao paciente Entretanto sabe-se que a literatura
ainda natildeo fornece consenso acerca da soluccedilatildeo mais indicada para manutenccedilatildeo da
permeabilidade do cateter venoso perifeacuterico
Eacute importante ressaltar que muitas instituiccedilotildees do nosso paiacutes nem ao menos tecircm o
conhecimento da praacutetica da salinizaccedilatildeo com soluccedilatildeo salina 09 No que se refere agrave pesquisa
cientiacutefica as limitaccedilotildees desta praacutetica satildeo atribuiacutedas agrave ausecircncia de um maior nuacutemero de
estudos controlados para validar sua eficaacutecia (EPPERSON20
Apesar de natildeo ser encontradas publicaccedilotildees acerca do tema a utilizaccedilatildeo de heparina
mostra-se como uma pratica natildeo mais utilizada pelos profissionais de enfermagem Outro
tema onde haacute controveacutersias e tambeacutem poucas citaccedilotildees eacute o uso da tala para fixaccedilatildeo do acesso
venoso perifeacuterico Seguem abaixo a opiniatildeo de alguns dos profissionais entrevistados
1984 apud DOPICO e
OLIVEIRA 2006)
ldquoA uacutenica coisa que eu natildeo gosto de ver eacute quando se coloca tala para imobilizar dizendo que a tala vai ajudar a natildeo perder a veia Isso eu natildeo concordo acho que a tala prejudica a crianccedila fica incomodada faz dor no membrordquo (Cinderela)
ldquoAntigamente a gente usava muito tala e as vezes eu pego isso aqui ai eu falo gente tala natildeo se usa mais natildeo faz parte mais da fixaccedilatildeo vocecirc pode fixar de uma forma que a crianccedila natildeo perca A tala eu acho que ela traumatiza um pouco ainda mais se vocecirc pegar um acesso na dobra vocecirc vai fazer com que a crianccedila fique com o braccedilo esticado muito tempo eu acho que pode causar uma lesatildeo depois e a literatura jaacute fala que eacute desnecessaacuteria natildeo precisa maisrdquo (Aurora) ldquoAntigamente usavam tala mas hoje em dia quase natildeo se vecirc mais e eu acho que a tala atrapalha porque a crianccedila fica imobilizada no membro ai fica mais irritadardquo (Rapunzel) ldquoLaacute no meu outro trabalho alguns usam a tala Eu acho que a tala ajuda ateacute a perder mais raacutepido porque a crianccedila fica incomodada vai querer mexer naquilordquo (Mulan)
20 Epperson EL Efficacy of 09 sodium chloride injection with without heparin for maintenance indwelling intermittent injection sites Clin Pharm1984 3(5)26
31
Almeida e Sabateacutes21
Entretanto haacute estudo que comprovam que o uso da tala natildeo se mostra tatildeo eficiente e
apresenta-se como uma praacutetica controversa O estudo foi realizado em crianccedilas ateacute os 12 anos
utilizando imobilizaccedilatildeo com tala e em mais de metade dos casos (553) ocorreu infiltraccedilatildeo
o que indicia a ineficaacutecia desta praacutetica (MACHADO PEDREIRA e CHAUD 2008 apud
BATALHA et al 2010 p512)
(2008 apud BATALHA et al 2010 p512) afirmam que a teacutecnica
de fixaccedilatildeo dos CVP com uso de imobilizaccedilatildeo com tala para restriccedilatildeo ou limitaccedilatildeo dos
movimentos articulares proacuteximo do local da punccedilatildeo estaacute indicado nas matildeos punhos cotovelo
e maleacuteolo
Para Batalha et al (2010 p512) o uso desta praacutetica parece natildeo se coadunar com o
atual uso de cateteres flexiacuteveis tipo abocath em detrimento de agulhas metaacutelicas Talvez por
isso comecem a surgir novas teacutecnicas de fixaccedilatildeo dos CVP que natildeo exigem imobilizaccedilatildeo das
articulaccedilotildees com talas
Aleacutem de natildeo haver uma confirmaccedilatildeo dos benefiacutecios causados pelo uso da tala a
imobilizaccedilatildeo causa incocircmodo para a crianccedila que fica com o membro imoacutevel podendo causar
dor e tambeacutem irritaccedilatildeo O uso desse tipo de fixaccedilatildeo tambeacutem impede a visualizaccedilatildeo frequente
do acesso venoso afetando assim os cuidados de observaccedilatildeo da equipe de enfermagem
43 O acompanhante e a manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico
A presente categoria vai discutir um assunto importante que surgiu durante as
entrevistas de forma inesperada Alguns dos profissionais entrevistados citaram o descuido do
acompanhante como um fator causador da perda do acesso venoso perifeacuterico Seguem abaixo
algumas falas
ldquoA matildee sempre acompanha e tem matildee que natildeo tem cuidado natildeo vigia e a gente tem que ficar pedindo pra olhar tomar contardquo (Aurora)
ldquoEm relaccedilatildeo ao acompanhante porque a crianccedila natildeo vai avaliar entatildeo o acompanhante que estar ali tem que avaliar direitinho natildeo deixar a crianccedila mexer ou puxarrdquo (Bela)
ldquoNatildeo eacute toda matildee que esta vigiando que cuida pra que a crianccedila natildeo perca o acessordquo (Jasmine)
21 Almeida FA Sabateacutes AL Enfermagem pediaacutetrica a crianccedila o adolescente e a sua famiacutelia no hospital Satildeo Paulo(SP) Manole 2008
32
ldquoAcho que leva a perda quando o acompanhante natildeo coopera as vezes a gente faz a imobilizaccedilatildeo na crianccedila e as vezes eles ateacute retiram e a proacutepria crianccedila agitada ela mesmo arrancardquo (Branca de Neve)
ldquoAgraves vezes a proacutepria crianccedila que a matildee deixa muito solta ai solta o acessordquo (Mulan)
Apoacutes a implementaccedilatildeo da lei que garante um acompanhante ao paciente pediaacutetrico a
presenccedila do familiarresponsaacutevel durante a hospitalizaccedilatildeo mudou a rotina da equipe de
enfermagem trazendo duacutevidas quanto a real funccedilatildeo do acompanhante e fazendo com que a
mesma viesse a delegar certos cuidados para acompanhante
A Promulgaccedilatildeo da Lei 8069 do Estatuto da Crianccedila e do Adolescente (ECA) em
1990 no seu artigo 12deg garante agrave crianccedila ou ao adolescente o direito de ter um responsaacutevel
que o acompanhe durante a hospitalizaccedilatildeo (1990)
Desde a sua implantaccedilatildeo as unidades vecircm sofrendo um processo de reorganizaccedilatildeo de
suas praacuteticas A inserccedilatildeo da famiacutelia modifica a organizaccedilatildeo do processo de trabalho o que
requer dos profissionais uma compreensatildeo em relaccedilatildeo agrave dinacircmica das relaccedilotildees interpessoais
(COLLET e ROCHA 2004)
Pimenta e Collet (2009) ressaltam que natildeo haacute nenhuma regulamentaccedilatildeo sobre a
participaccedilatildeo da famiacutelia nos cuidados e no entanto a mesma desempenha atividades junto agrave
crianccedila durante a hospitalizaccedilatildeo que devem ser levadas em consideraccedilatildeo A falta de
reconhecimento desse fato fez com que a equipe de enfermagem e famiacutelia natildeo possuiacutessem
uma relaccedilatildeo aberta e vivessem uma relaccedilatildeo silenciosa e impliacutecita de poder na qual a famiacutelia
acaba assumindo as relaccedilotildees do cuidado agrave crianccedila de responsabilidade da enfermagem
A negociaccedilatildeo entre matildees e equipe de enfermagem em relaccedilatildeo aos cuidados agrave crianccedila
hospitalizada natildeo eacute uma tarefa faacutecil tendo em vista que natildeo se tem claro qual o seu novo
papel neste processo (COLLET e ROCHA 2004)
Eacute possiacutevel ver nas falas que a presenccedila do acompanhante causa para a equipe de
enfermagem a seguranccedila de ter algueacutem para ldquovigiarrdquo ldquotomar contardquo e natildeo deixar que a
crianccedila hospitalizada perca o acesso venoso quando na verdade eacute funccedilatildeo da equipe de
enfermagem cuidados referentes ao acesso venoso perifeacuterico
33
Jaacute o acompanhante eacute definido pelo Ministeacuterio da Sauacutede como uma pessoa significativa
para a crianccedila que representa sua rede social e que vai acompanhaacute-lo durante a permanecircncia
no ambiente hospitalar ressaltando assim sua importacircncia Esse fato se reforccedila visto que a
crianccedila encontra nos familiares a forccedila e seguranccedila necessaacuteria para encarar todo esse processo
doloroso e desconhecido (MURAKAMI e CAMPOS 2011 p255)
O acompanhante aleacutem de minimizar o sofrimento do paciente pediaacutetrico faz com que
o mesmo sinta-se mais a vontade Eacute importante ressaltar que o familiarresponsaacutevel natildeo soacute
pode como deve participar das atividades da crianccedila no hospital desde que estas natildeo sejam
competecircncias dos profissionais que os cercam Essas atividades satildeo caracterizadas como
semelhantes aos que eles realizam diariamente fora do ambiente hospitalar como o banho
Poreacutem no caso de um paciente com punccedilatildeo venosa perifeacuterica o profissional de enfermagem
deve auxiliar no cuidado para que essa natildeo se perca
Os cuidados dos familiaresacompanhantes satildeo os mesmos que os desenvolvidos no
domiciacutelio e os cuidados prestados pela equipe de enfermagem satildeo aqueles que demandam
conhecimento teacutecnico-cientiacutefico especializado (SOUZA e OLIVEIRA 2010 p558)
Mesmo alguns cuidados parecerem simples e rotineiros quando eacute prestado no
hospital assumem novas caracteriacutesticas com o uso de dispositivos tecnoloacutegicos os quais se
tornam complexos (PIMENTA E COLLET 2009)
O ato de cuidar envolve o respeito agrave maneira como vive cada indiviacuteduo de acordo
com suas crenccedilas valores costumes e cultura A famiacutelia como uma instituiccedilatildeo atende agraves
necessidades bioloacutegicas de seus membros sendo sua responsabilidade cuidar e criar os filhos
incluindo a obrigaccedilatildeo da alimentaccedilatildeo higiene vestuaacuterio e moradia (ELSEN22
Nas entrevistas podemos verificar falas em que o acompanhante eacute citado como
responsaacutevel por avaliar a punccedilatildeo venosa A equipe de enfermagem deve sempre partir do
pressuposto que o familiar acompanhante natildeo tem conhecimento cientiacutefico e certo tipo de
cuidado natildeo deve se delegado para o mesmo mostrando assim a importacircncia da orientaccedilatildeo do
acompanhante quanto aos procedimentos dispositivos utilizados e cuidados em que os
etal 1994
apud SOUZA e OLIVEIRA 2010 p 553)
22 Elsen I Patriacutecio ZM Assistecircncia agrave crianccedila hospitalizada tipos de abordagens e suas implicaccedilotildees para a enfermagem In A enfermagem em pediatria e puericultura Rio de Janeiro (RJ) Atheneu 2005
34
mesmos possam auxiliar Seguem abaixo as falas onde os profissionais ressaltaram a
importacircncia da orientaccedilatildeo do acompanhante
ldquoNem sempre a crianccedila vai entender o porque de estar com aquele acesso entatildeo tem que ter uma orientaccedilatildeo do acompanhanterdquo (Bela)
ldquoTem que haver orientaccedilatildeo do acompanhante para os cuidadosrdquo (Ariel)
ldquoAgraves vezes tem ate o exemplo de um pai que natildeo deixa trocar o acesso jaacute tinha mais de uma semana e ele natildeo queria que trocasse ai faz febre e natildeo sabe da onderdquo (Alice)
Para Souza e Oliveira (2010 p555) deve haver uma preocupaccedilatildeo em orientar
considerando que o outro natildeo tem nenhum tipo de conhecimento sobre o assunto Poreacutem
Queiroz e Jorge23
Apesar das dificuldades o profissional de enfermagem deve estabelecer um viacutenculo de
confianccedila com o acompanhante buscando sempre deixaacute-los ciente das situaccedilotildees e fazendo-os
participar dos cuidados plausiacuteveis sem causar nenhum dano agrave crianccedila e de maneira alguma
abandonar suas atribuiccedilotildees
(2004 apud SOUZA e OLIVEIRA 2010 p 556) ressaltam que apesar de os
profissionais terem intenccedilatildeo de orientar os cuidados para a sauacutede repassam conhecimentos
elaborados cientificamente dificultando a compreensatildeo do familiar aleacutem de a relaccedilatildeo se dar
de maneira vertical assimeacutetrica e coercitiva
23 Queiroz MVO Jorge MSB Accedilotildees educativas no cuidado infantil e intervenccedilotildees dos profissionais junto agraves famiacutelias Acta Scientiarum Maringaacute 2004 janjun 26(1) 27-34
35
CONCLUSAtildeO
Atraveacutes desse estudo foi possiacutevel descrever e analisar os cuidados que os profissionais
de enfermagem realizam acerca da permanecircncia do acesso venoso perifeacuterico Aleacutem disso a
realizaccedilatildeo da pesquisa permitiu identificar a desarticulaccedilatildeo do processo de enfermagem e a
praacutetica desconectada da produccedilatildeo cientiacutefica caracterizando a falta de uma educaccedilatildeo
continuada efetiva
A anaacutelise dos dados demonstra o processo de punccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico
ressaltando a importacircncia de cuidados como a seleccedilatildeo do local a diluiccedilatildeo da medicaccedilatildeo a
realizaccedilatildeo de uma boa fixaccedilatildeo a atenccedilatildeo com a velocidade de infusatildeo os cuidados com os
sinais de infecccedilatildeo e salinizaccedilatildeo do acesso natildeo deixando de salientar cuidados em desuso
como o uso da heparina da tala e duvidas em relaccedilatildeo ao tempo de permanecircncia Evidenciou
tambeacutem que a equipe de enfermagem delega alguns cuidados para os acompanhantes
Natildeo foi possiacutevel perceber o niacutevel de conhecimento cientiacutefico dos profissionais visto
que eles em nenhum momento por natildeo saberem ou por medo de se expor natildeo explicaram de
fato nenhum cuidado que disseram realizar Sempre citaram de forma superficial e direta
deixando claro tambeacutem que o pesquisador natildeo os indagou quanto a isso Poreacutem creio que
diante de cuidados tatildeo importantes e de frequente praacutetica os mesmos falariam facilmente
sobre os cuidados de enfermagem na permanecircncia do acesso venoso perifeacuterico
Apesar dos entrevistados citarem alguns fatores e cuidados realizados de forma
correta eacute visiacutevel que os mesmos realizam os cuidados com a punccedilatildeo e a permanencia do
acesso de forma automaacutetica sem unir a praacutetica com o fundamento do mesmo
Eacute importante destacar tambeacutem a importacircncia do preparo emocional da crianccedila como
tambeacutem os cuidados com a famiacutelia dos mesmos O trabalho de humanizaccedilatildeo realizado pela
36
enfermagem faz grande diferenccedila nessas situaccedilotildees visto que os pacientes e acompanhantes
tendo conhecimento do que seraacute realizado ficariam mais tranquilos
O estudo contribuiu para o campo do ensino nesta aacuterea dando destaque ao importante
papel que o profissional de enfermagem deve desempenhar no cuidado e na manutenccedilatildeo do
acesso venoso perifeacuterico Contudo vale ressaltar a importacircncia do incentivo ao profissional a
buscar na literatura natildeo soacute esclarecimento de suas duvidas mas tambeacutem novos
conhecimentos
Pode colaborar ainda para a realizaccedilatildeo de novas pesquisas na aacuterea procurando
eliminar duacutevidas e controveacutersias sobre o tema Buscando assim a realizaccedilatildeo de um cuidado de
enfermagem articulado e eficaz promovendo o bem-estar do paciente pediaacutetrico durante a
hospitalizaccedilatildeo
37
REFEREcircNCIAS
ARAUacuteJO Ana Paula Monteiro Baptista de Andrade As praacuteticas de cuidado agrave crianccedila com
cateter venoso perifeacuterico e seus reflexos na interaccedilatildeo enfermeiro-familiar Dissertaccedilatildeo
(Mestrado em Enfermagem) Universidade do Estado do Rio de Janeiro Faculdade de
Enfermagem2007 66 f Disponiacutevel emlt
httpwwwbdtduerjbrtde_buscaarquivophpcodArquivo=621 Acesso em 16 de maio de
2014
BATALHA Luis Manuel Cunha COSTA Luiacutesa Paula Santos ALMEIDA Dulce Maria
Gomes de LOURENCcedilO Patriacutecia Adriana Almeida GONCcedilALVES Ameacutelia Maria Ferreira
Maia TEIXEIRA Ana Cristina Guerra Fixaccedilatildeo de cateteres venosos perifeacutericos em crianccedilas
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Paacutegina 59 ndash jun2013 Disponiacutevel em lt
httpwwwgooglecombrurlsa=tamprct=jampq=ampesrc=sampsource=webampcd=1ampcad=rjaampuact=8
ampved=0CCUQFjAAampurl=http3A2F2Fconselhosaudegovbr2Fresolucoes2F2012
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44
APEcircNDICE I
TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO
DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO Tiacutetulo Do Projeto Os cuidados de enfermagem acerca dos acessos venosos perifeacutericos na unidade pediaacutetrica Pesquisador Responsaacutevel Rosane Cordeiro Burla de Aguiar Eny Dorea Paiva e Karina Rodrigues Fernandes Instituiccedilatildeo a que Pertence o Pesquisador Responsaacutevel Universidade Federal Fluminense Telefone para contato (21) 98355269 (21) 82392939 (21) 91786609 Nome do voluntaacuterio _________________________________________________________ Idade ________ anos RG ____________________________
AO Sr (a) estaacute sendo convidado (a) a participar do projeto de pesquisa OS CUIDADOS DE
ENFERMAGEM ACERCA DOS ACESSOS VENOSOS PERIFEacuteRICOS NA UNIDADE PEDIATRICA de
responsabilidade da pesquisadora Profordf Drordf Rosane Cordeiro Burla de Aguiar e Profordf Drordf Eny Dorea Paiva A
punccedilatildeo venosa perifeacuterica eacute um procedimento essencial durante a hospitalizaccedilatildeo da crianccedila visto que eacute atraveacutes
dela que eacute administrada grande parte das medicaccedilotildees Este estudo se justifica diante da importacircncia da
necessidade de um maior periacuteodo de permanecircncia dos acessos venosos perifeacutericos Com isso aleacutem da
diminuiccedilatildeo de eventos que causam dor e irritaccedilatildeo na crianccedila e na famiacutelia promoveraacute tambeacutem uma melhor estada
dos mesmos durante o periacuteodo de hospitalizaccedilatildeo Os objetivos da pesquisa satildeo 1) Descrever os fatores que
interferem na manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico de acordo com a equipe de enfermagem 2)Analisar os
cuidados da equipe de enfermagem na manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico A coleta de dados se daraacute
atraveacutes de entrevistas semi estruturadas que seratildeo gravadas As informaccedilotildees colhidas seratildeo tratadas de forma
anocircnima e confidencial ou seja em nenhum momento seratildeo divulgados o seu nome e somente os
pesquisadores teratildeo acesso agraves informaccedilotildees Os dados obtidos com a pesquisa poderatildeo ser publicados apenas com
fins cientiacuteficos Eles natildeo seratildeo utilizados para fins comerciais ou para outra finalidade qualquer Caso necessite
poderatildeo ser marcados encontros para respostas ou esclarecimentos de qualquer duacutevida acerca da pesquisa A sua
participaccedilatildeo eacute voluntaria e eacute importante lembrar que vocecirc poderaacute desistir de participar da pesquisa em qualquer
momento A entrevista seraacute marcada em um dia e horaacuterio que vocecirc achar melhor Seraacute realizada
individualmente em um ambiente que nos ofereccedila privacidade Esta pesquisa natildeo oferece riscos para vocecirc e os
benefiacutecios da sua participaccedilatildeo satildeo de aumentar o conhecimento cientiacutefico na aacuterea de Enfermagem Pediaacutetrica
aleacutem de contribuir para a praacutetica profissional Este documento seraacute elaborado em duas vias uma para vocecirc e a
outra seraacute arquivada pelo pesquisador
Eu_____________________________________________________________ RG no _____________________________ Declaro que apoacutes ter entendido o que me foi explicado consinto voluntariamente em participar do presente Protocolo de Pesquisa entendo ainda que posso retirar o meu consentimento a qualquer momento antes ou durante a realizaccedilatildeo do mesmo declaro ter sido informada(o) e concordo em participar como voluntaacuteria(o) da pesquisa acima descrita Rio de Janeiro_______de_______________de 20___ _____________________________ ________________________________
(Participante) Karina Rodrigues Fernandes (Responsaacutevel por obter o consentimento)
______________________________________ _______________________________________ (Testemunha) (Testemunha)
45
APEcircNDICE II
ROTEIRO PARA ENTREVISTA
1) O que vocecirc acha que pode levar a perda do acesso perifeacuterico
2) Para vocecirc o que eacute importante para manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico nas
crianccedilas
3) O que vocecirc acha que pode interferir na sua manutenccedilatildeo
4) Que medidas vocecirc adota no seu dia a dia para manter o acesso
5) Na sua vivencia profissional o que vocecirc discorda dos cuidados que geralmente satildeo
utilizados para manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico
46
ANEXO
47
48
ABSTRACT Care for the maintenance of peripheral venous access is an essential action during a hospitalization in which the permanence of the device is hampered by several factors especially when it comes to a pediatric patient Because of repetitive losses the repetitions of punctures can cause emotional trauma further hindering the period of stay of the patient in the hospital Thus the present study aims to describe the factors affecting the maintenance of peripheral venous access in accordance with the nursing staff and analyze the care of the nursing staff in the maintenance of peripheral venous access Has as its object of study the care of the nursing staff in the maintenance of peripheral venous access This is an exploratory descriptive and qualitative study where nine (9) professional nursing staff of the pediatric inpatient ward of a university hospital in Rio de Janeiro were interviewed according to a script The data was collected by means of semi - structured interview The speeches were subjected to content analysis and interviews revealed three ( 03 ) categories Care pre intra and post - puncture procedure from peripheral venous access Care in disuse for maintenance of peripheral venous access and The companion and maintenance of peripheral venous access The study portrayed the process of puncture of peripheral venous access emphasizing the importance of care as site selection diluting the medication performing a good fixation attention to the rate of infusion the care of the signs of infection and salinity of access and also noted the care into disuse as the use of heparin the splint immobilization and questions about the length of stay Highlighted the fact that the nursing staff responsible for the care of the accompanying peripheral venous catheter and also not using the scientific literature to solve doubts and aggregate knowledge With that the study achieved its goals and also contributed to the field of education opening doors to new research in the area Key words peripheral venous catheterization nursing care pediatric nursing
SUMAacuteRIO
1 INTRODUCcedilAtildeO p 8
11 Questotildees norteadoras p 9
12 Objeto do estudo p9
13 Objetivos p9
14 Justificativa e relevacircncia p9
2 REVISAtildeO DE LITERATURA p 11
21 Hospitalizaccedilatildeo infantil e seus estressores p 11
22 Acesso venoso perifeacuterico em pediatria p 13
3 METODOLOGIA p 17
31 Tipo de pesquisa p17
32 Sujeitos da pesquisa p17
33 Cenaacuterio p18
34 Coleta de dados p18
35 Questotildees eacuteticas da pesquisa p19
36 Analise dos dados p20
4 RESULTADOS E DISCUSSAtildeO p22
41 Os cuidados de enfermagem preacute intra e poacutes-procedimento de punccedilatildeo do acesso
venoso perifeacuterico p 22
42 Os cuidados em desuso para manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico p 28
43 O acompanhante e a manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico p31
CONCLUSAtildeO p 35
REFEREcircNCIAS p37
APEcircNDICE I p 44
APEcircNDICE II p45
ANEXO p46
8
1 INTRODUCcedilAtildeO
A motivaccedilatildeo pelo assunto veio durante o ensino teoacuterico praacutetico da disciplina
Enfermagem na sauacutede da crianccedila e do adolescente II na enfermaria pediaacutetrica do Hospital
Universitaacuterio Antonio Pedro quando me incomodei com o excesso de punccedilatildeo perifeacuterica
realizado nas crianccedilas gerando impacto nas mesmas e na famiacutelia durante o procedimento
A hospitalizaccedilatildeo em si eacute uma situaccedilatildeo estressante jaacute que a crianccedila perde o controle em
relaccedilatildeo a sua liberdade aleacutem do conviacutevio com pessoas estranhas e da mudanccedila de ambiente e
rotina (HOCKENBERRY e WILSON 2011 p676) Com isso em uma situaccedilatildeo de diversas
perdas de acesso venoso as repeticcedilotildees do procedimento causam trauma emocional tornando
ainda mais doloroso o periacuteodo de estada do paciente no hospital
A punccedilatildeo venosa perifeacuterica eacute um procedimento essencial para manejo da crianccedila
durante a hospitalizaccedilatildeo visto que em grande parte as medicaccedilotildees satildeo administradas por essa
via onde o efeito eacute quase instantacircneo e permite infusatildeo de maior volume Poreacutem esse tipo de
procedimento eacute doloroso e estressante deixando a crianccedila sujeita a traumas por agentes
bioloacutegicos quiacutemicos fiacutesicos e emocionais sendo funccedilatildeo do enfermeiro prevenir diminuir ou
erradicar esses riscos (CORREIA RIBEIRO BORBA 2009 p559)
A permanecircncia do dispositivo eacute dificultada por diversos fatores como uma infecccedilatildeo a
fixaccedilatildeo inadequada o trauma durante a infusatildeo e a movimentaccedilatildeo da crianccedila A cobertura
utilizada eacute de suma importacircncia nessa situaccedilatildeo sendo ela muitas das vezes a causa da perda
de um acesso e entatildeo a necessidade de nova punccedilatildeo venosa Por conta disso esse tipo de
procedimento causa grande desconforto para a famiacutelia para a crianccedila e tambeacutem para o
profissional (CORREIA RIBEIRO BORBA 2009 p559)
Uma grande pesquisa conduzida sobre a temaacutetica concluiu que com ldquo592 crianccedilas e
1135 tentativas de punccedilatildeo realizadas por 143 enfermeiras 10 de taxa de insucesso no
9
procedimento poreacutem com cerca de 50 de insucesso na primeira tentativardquo Cada crianccedila foi
submetida a 21 tentativas (LARSEN1
11 Questotildees norteadoras
et al 2010 apud NEGRI et al 2012)
Quais os fatores que podem interferir na permanecircncia do acesso venoso em uma
crianccedila hospitalizada
Quais satildeo os cuidados da equipe de enfermagem para aumentar o tempo de
permanecircncia de um acesso venoso perifeacuterico em uma crianccedila hospitalizada
12 Objeto de estudo
Os cuidados da equipe de enfermagem na permanecircncia do acesso venoso perifeacuterico
13 Objetivos
Descrever e discutir os cuidados de enfermagem acerca da permanecircncia dos acessos
venosos perifeacutericos na pediatria
14 Justificativa e relevacircncia
Diante da problemaacutetica exposta eacute possiacutevel identificar a importacircncia da necessidade de
um maior periacuteodo de permanecircncia dos acessos venosos perifeacutericos Com isso aleacutem da
diminuiccedilatildeo de eventos que causam dor e irritaccedilatildeo na crianccedila e na famiacutelia promoveraacute tambeacutem
uma melhor estada dos mesmos durante o periacuteodo de hospitalizaccedilatildeo
Oliveira Bezerra e Pereira (2008 p96) chegaram a conclusatildeo que os enfermeiros
prestam assistecircncia agraves crianccedilas dentro dos paracircmetros poreacutem devem ter mais cuidados em
alguns pontos como ldquonecessidade de maior atenccedilatildeo na quantidade e velocidade da infusatildeo da
terapia mais controle do calibre do cateter identificaccedilatildeo do acesso complicaccedilotildees e troca de
fixaccedilatildeordquo
O presente estudo possui relevacircncia pois busca descrever os principais cuidados que a
equipe de enfermagem desenvolve na manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico na pediatria
demonstrando o que a equipe faz efetivamente para aumentar o tempo de permanecircncia desse
1 Larsen P Eldridge D Brinkley J Newton D Goff D Hartzog T Saad ND Perkin R Pediatric peripheral intravenous access does nursing experience and competence really make a difference J Infus Nurs 201033(4)226-35
10
dispositivo visto que a sua inserccedilatildeo jaacute eacute um evento estressante para crianccedila e sua famiacutelia
durante a hospitalizaccedilatildeo Eacute relevante tambeacutem natildeo soacute para os enfermeiros pediaacutetricos como
tambeacutem para todos os profissionais da aacuterea de sauacutede que procuram aprofundar seus
conhecimentos acerca dos cuidados na assistecircncia de enfermagem da cateterizaccedilatildeo venosa
perifeacuterica
11
2 REVISAtildeO DE LITERATURA
21 Hospitalizaccedilatildeo infantil e seus estressores
Durante a vida de uma crianccedila as principais situaccedilotildees de crise que normalmente elas
vivenciaratildeo estatildeo relacionadas agrave doenccedila ou a uma possiacutevel hospitalizaccedilatildeo Frente a estes
fatores elas se mostram vulneraacuteveis diante das mudanccedilas impostas relacionadas ao estado de
sauacutede e a sua rotina de vida (HOCKENBERRY e WILSON 2011 p676)
ldquoA hospitalizaccedilatildeo representa para a crianccedila uma situaccedilatildeo diferente de todas as jaacute
vivenciadas haja vista que sua rotina diaacuteria eacute modificada Ela encontra-se em um ambiente
impessoal repleto de tabus e significados diferente do seu contexto diaacuteriordquo (JANSEN
SANTOS e FAVERO 2010 p248)
Segundo Brito et al (2009 p 803) a crianccedila hospitalizada eacute ldquoafastada de seu ambiente
familiar de seus amigos da escola e de seus objetos pessoais perdendo assim grande parte de
suas referecircnciasrdquo com isso esse periacuteodo de hospitalizaccedilatildeo pode causar impacto sobre o estado
psicoloacutegico da mesma
Conforme Hockenberry e Wilson (2011 p676) as crianccedilas natildeo possuem habilidades
de enfrentamento suficientes para resolver determinados estressores Como principais
estressores pode-se citar ldquoa separaccedilatildeo a perda de controle lesatildeo corporal e dorrdquo
Um dos procedimentos mais dolorosos e estressantes para a crianccedila eacute a punccedilatildeo venosa
onde na maioria dos casos constitui a primeira escolha para a administraccedilatildeo de medicamentos
nutriccedilatildeo parenteral hemoderivados e coleta de exames sanguumliacuteneos(OLIVEIRA BEZERRA e
PEREIRA 2008 p91)
12
ldquoA crianccedila eacute um ser em crescimento e desenvolvimento com particularidades e
caracteriacutesticas proacutepriasrdquo (MATHEWS-SIMONTON2
Esse periacuteodo de internaccedilatildeo ldquopode deixar a crianccedila ansiosa insegura e com medo
principalmente quando natildeo eacute preparada para a hospitalizaccedilatildeo e o tratamento a que seraacute
submetidardquo Para Martins (2001) isso contribui para aumentar o medo e a ansiedade
expressos por meio do choro da raiva e ateacute mesmo por agressotildees
1990 apud COA e PETTENGILL
2006 p434) Isso significa que a crianccedila iraacute se comportar de acordo com a situaccedilatildeo imposta
pois isso dependeraacute natildeo soacute da idade de desenvolvimento como tambeacutem de suas experiecircncias
com determinadas situaccedilotildees
Diante de todo o processo de hospitalizaccedilatildeo a crianccedila pode apresentar diversas
manifestaccedilotildees comportamentais sendo consideradas mais comuns as ldquoregressotildees diminuiccedilatildeo
no ritmo do desenvolvimento desordens do sono e da alimentaccedilatildeo dependecircncia
agressividade apatia estados depressivos fobias e transtornos de comportamento em geralrdquo
(BAR-MOR3
Para a famiacutelia ldquoa hospitalizaccedilatildeo de um filho geralmente eacute encarada como uma
situaccedilatildeo de crise para a famiacutelia e para a crianccedilardquo O profissional de enfermagem deve se
organizar seu trabalho com estrateacutegias que minimizem o sofrimento no ambiente hospitalar e
na assistecircncia agrave crianccedila (THOMAZINE et al 2008 p146)
1997 apud BRITO et al 2009 p203) Com a atenccedilatildeo voltada para atender a
demanda e a necessidade fisioloacutegica da crianccedila os profissionais da equipe de enfermagem
geralmente ldquodedicam pouca ou nenhuma atenccedilatildeo agraves questotildees psicoloacutegicas e sociais da crianccedila
hospitalizada e de sua famiacuteliardquo(JANSEN SANTOS e FAVERO 2010 p248)
A qualidade do ambiente pode afetar diretamente no processo de recuperaccedilatildeo com
isso ldquoas intervenccedilotildees no contexto hospitalar devem visar agrave promoccedilatildeo de condiccedilotildees favoraacuteveis
agrave reabilitaccedilatildeo dos efeitos de experiecircncias adversas ao desenvolvimento das crianccedilasrdquo Isso
sugere que o ambiente aleacutem de incentivar a sauacutede deve ser planejado de maneira supra agraves
necessidades dos pacientes levando em conta os aspectos psicoloacutegicos pedagoacutegicos e
2 Mathews-Simonton S A famiacutelia e a cura o meacutetodo Simonton para famiacutelias que enfrentam uma doenccedila Satildeo Paulo Summus 1990 3 Bar-Mor G Preparation of children for surgery and invasive procedures milestones on the way to success J Pediatr Nurs1997Aug12(4) 252-255
13
socioloacutegicos da crianccedila e de sua famiacutelia (SOARES e ZAMBERLAN4
Para humanizar a assistecircncia agrave crianccedila hospitalizada e atender a suas reais
necessidades os pais foram inseridos na cliacutenica pediaacutetrica com direito a permanecircncia integral
nos casos de internaccedilatildeo Isso ocorreu no iniacutecio da deacutecada de 1990 no Brasil com a
legalizaccedilatildeo estabelecida pelo Estatuto da Crianccedila e do Adolescente (THOMAZINE et al
2008 p145) Com isso ldquomuitos hospitais natildeo consideram mais os pais como visitantes e
enfatizam sua presenccedila durante todo o periacuteodo da hospitalizaccedilatildeordquo fazendo uso de um sistema
de cuidado centrado na famiacutelia (HOCKENBERRY e WILSON 2011 p685)
1995 apud BRITO et
al 2009 p803)
Durante o processo de hospitalizaccedilatildeo as crianccedilas satildeo submetidas a diversas condutas e
procedimentos como por exemplo exames e administraccedilatildeo de medicamentos A punccedilatildeo
venosa eacute um dos principais procedimentos que causam dor e muitas vezes existe a
necessidade de vaacuterias punccedilotildees durante um mesmo dia Vale ressaltar que para a crianccedila esse
tipo de procedimento se iguala a uma agressatildeo jaacute que ldquona maioria das vezes eacute acompanhado
de dor ou medo o que se traduz no choro e na ansiedaderdquo (COLLET5
2002 apud GOMES et
al 2011 p290)
22 Acesso venoso perifeacuterico em pediatria
Para Correia et al (2009 p559) a fim evitar um trauma emocional durante a punccedilatildeo
as crianccedilas precisam ser orientadas sobre o tratamento seus objetivos e receber atenccedilatildeo
carinhosa neste momento
A fim de tornar o processo de cateterizaccedilatildeo venosa menos doloroso e estressante para
a crianccedila deve-se ter preferecircncia pelas veias que menos comprometam suas atividades
essenciais Neste intuito deve-se evitar por exemplo puncionar uma veia na matildeo que
dificulte o ato de se alimentar desenhar e ateacute mesmo brincar (OLIVEIRA BEZERRA e
PEREIRA 2008 p91)
4 Soares MRZ Zamberlan MAT A inclusatildeo do brincar na hospitalizaccedilatildeo infantil Est Psicol maioago18(2) 64-9 5 Collet N Oliveira BRG de Manual de Enfermagem em Pediatria Goiacircnia AB 2002
14
O acesso vascular eacute uma das principais modalidades de tratamento utilizadas na
assistecircncia agrave sauacutede Existe ampla aceitaccedilatildeo difusatildeo e praacutetica desse procedimento pelos
profissionais da aacuterea da assistecircncia agrave sauacutede (FERREIRA et al 2005)
Foi na deacutecada de 40 que o uso de cateter vascular foi introduzido nos hospitais
tornando-se essencial para as atividades assistenciais da modernidade (WORTHIGTON6
Para Peterlini e Chaud (2003) tal procedimento se define como um conjunto de
conhecimentos e teacutecnicas que visam agrave administraccedilatildeo de soluccedilotildees ou faacutermacos no sistema
circulatoacuterio abrangendo o preparo do paciente a escolha obtenccedilatildeo e manutenccedilatildeo do acesso
venoso os meacutetodos de preparo e administraccedilatildeo de drogas e soluccedilotildees e os cuidados referentes
agrave frequecircncia de troca do cateter curativos dispositivos de infusatildeo e soluccedilotildees
2005 apud MENDONCcedilA et al 2011 p330)
Primeiramente o acesso perifeacuterico era mantido com agulhas de accedilo inoxidaacutevel as
quais apesar de oferecerem menor risco de infecccedilatildeo satildeo riacutegidas e facilitavam perda do
acesso Em 1945 passou a ser utilizado o cateter venoso plaacutestico que permitia manutenccedilatildeo do
acesso por tempo prolongado (FERNANDES e RIBEIRO7
Quanto ao tempo de permanecircncia em pacientes pediaacutetricos o cateter deve ser mantido
ateacute o teacutermino da terapia intravenosa ou quando forem observados sinais cliacutenicos de
complicaccedilotildees diferentemente dos pacientes adultos onde o tempo de permanecircncia
preconizado eacute de 72 a 96 horas (CENTERS FOR DISEASE CONTROL AND
PREVENTION-CDC 2002)
2000 apud MARTINS et al 2008
p 485) Habitualmente o material de punccedilatildeo que vem sendo utilizado em crianccedilas satildeo os
cateteres flexiacuteveis tipo abocath com mandril metaacutelico (BATALHA et al 2010 p512)
Associaccedilatildeo Paulista de Estudos e Controle de Infecccedilatildeo Hospitalar (2005 apud
Moncaio e Figueiredo 2009) ressaltam que ldquoas principais complicaccedilotildees infecciosas para o
paciente satildeo flebite infecccedilatildeo do siacutetio de inserccedilatildeo do cateter extravasamento de soluccedilatildeo e
bacteremia relacionada ao cateterrdquo Certos fatores podem contribuir para o aparecimento de
tais complicaccedilotildees como o tipo do cateter que seraacute utilizado o preparo do local da punccedilatildeo
aleacutem de caracteriacutesticas intriacutensecas do paciente Vale acrescentar que ldquoos cateteres 6 Worthigton T Elliot TSJ Diagnosis of central venous catheter related infection in adult pacient J Infect 2005 51267-80 7 Fernandes AT Ribeiro Filho N Infecccedilatildeo do acesso vascular In Fernandes AT Fernandes M OV Ribeiro Filho N Infecccedilatildeo hospitalar e suas interfaces na aacuterea da sauacutede Satildeo Paulo (SP) Atheneu 2000 p 556-79
15
confeccionados em Teflon e poliuretano estatildeo associados a baixas frequecircncias de
complicaccedilotildees infecciosas quando comparados aos de polivinilcloreto e polietilenordquo
CENTERS FOR DISEASE CONTROL AND PREVENTION-CDC 2002)
ldquoNo acircmbito hospitalar a flebite eacute uma das complicaccedilotildees mais frequentes e
considerada uma das principais falhas da infusatildeordquo Eacute o processo inflamatoacuterio da camada
iacutentima das veias ocasionado por irritaccedilatildeo mecacircnica quiacutemica ou infecccedilotildees bacterianas
apresentando manifestaccedilotildees como dor edema hiperemia local e calor (GABRIEL8
Machado et al(2008) relata que ldquocerca de 1 a 10 destes pacientes desenvolvem
infecccedilotildees locais ou sistecircmicas relacionadas ao uso de cateteres causadas por alteraccedilatildeo ou
ruptura da integridade da pele que permite a passagem de microorganismos colonizadoresrdquo
2008
apud MAGEROTE et al 2011 p 487)
O curativo para fixaccedilatildeo do cateter eacute outro ponto importante para a manutenccedilatildeo do
mesmo visto que a ldquofixaccedilatildeo reduz o risco de complicaccedilotildees relacionadas agrave terapia intravenosa
tais como flebite infiltraccedilatildeo septicemia e deslocamento do cateterrdquo aleacutem de mantecirc-lo limpo
e seco permitindo a visualizaccedilatildeo contiacutenua do mesmo a fim de prevenir os agravos
(PHILLIPS9
No seacuteculo passado durante os primeiro 50 anos da praacutetica da terapia intravenosa
utilizava-se para fixaccedilatildeo gaze esteacuteril e fitas adesivas O iniacutecio do uso de filmes transparentes
esteacutereis se deu em 1970 como solicitaccedilatildeo dos enfermeiros quanto agrave necessidade da retirada do
curativo para realizar a inspeccedilatildeo do local de inserccedilatildeo funccedilatildeo atribuiacuteda aos mesmos a fim de
impedir uma infecccedilatildeo de corrente sanguiacutenea (MACHADO PEDREIRA E CHAUD 2008)
2001 apud SILVA E ZANETTI 2004 p233)
O uso de fitas adesivas natildeo-esteacutereis pode ser bastante observado em algumas
instituiccedilotildees de sauacutede contudo fita adesiva soacute natildeo estaacute contaminada enquanto permanece na
embalagem sugerindo tambeacutem a possibilidade da transmissatildeo de microorganismos
patogecircnicos com a aplicaccedilatildeo da mesma sobre o local de inserccedilatildeo do cateter
(VANDENBOSCH COOCH E TRESTON-AURAND10
8 Gabriel J Infusion therapy part one minimising the risks Nurs Stand 2008 Apr 22(31)51-6
1997 et al MACHADO
PEDREIRA E CHAUD2005 p292)
9 Phillips DL Manual de terapia endovenosa Trad Pedreira MLG Pereira SR Harada MJCS Peterline MAS 2ordf ed Porto Alegre (RS) Artmed 2001551P 10 VandenBosch TM Cooch J Treston-Aurand J Research utilization adhesive bandage dressing regimen for peripheral venous catheters Am J Infect Control 1997 25(6)513-9
16
Acerca da terapia intravenosa podem ocorrer incompatibilidades em relaccedilatildeo aos
faacutermacos administrados e os cateteres utilizados que na maioria das vezes natildeo satildeo percebidos
devido a impossibilidade de visualizaccedilatildeo Essas incompatibilidades satildeo denominadas por
Peterlini Chaud e Pedreira (2006) como adsorccedilatildeo e absorccedilatildeo onde ocorre ldquoperda do faacutermaco
para a superfiacutecie de frascos seringas filtros acessoacuterios e cateteres da terapia intravenosa por
meio de adsorccedilatildeo ou pela absorccedilatildeo do faacutermaco para a matriz do material de confecccedilatildeo desses
dispositivosrdquo Com isso o profissional de enfermagem tem como funccedilatildeo aleacutem do
conhecimento cientiacutefico acerca das drogas utilizadas programar accedilotildees que possibilitem
ldquoreconstituiccedilatildeo diluiccedilatildeo acondicionamento e cuidados na administraccedilatildeo de faacutermacosrdquo
evitando assim prejuiacutezos no tratamento
17
3 METODOLOGIA
31 Tipo de pesquisa
Trata-se de uma pesquisa descritiva exploratoacuteria de abordagem qualitativa com os
profissionais da equipe de enfermagem da unidade de internaccedilatildeo pediaacutetrica de um hospital
universitaacuterio do estado do Rio de Janeiro
Para Minayo Deslandes e Gomes (2007 p 21) a pesquisa qualitativa responde as
questotildees de forma particular de modo que trabalha com o universo dos significados dos
motivos das aspiraccedilotildees das crenccedilas dos valores e atitudes Sendo assim entende-se que as
accedilotildees do ser humano se distinguem a partir do seu pensamento do modo de agir de acordo
com a realidade vivida por cada um
Segundo Gil (1999 p44) ldquoas pesquisas descritivas tecircm como objetivo primordial a
descriccedilatildeo das caracteriacutesticas de determinada populaccedilatildeo ou fenocircmeno ou o estabelecimento de
relaccedilotildees variaacuteveisrdquo
Kauark Manhatildees e Medeiros (2010 p28) determinam a pesquisa exploratoacuteria como
agravequela que ldquoObjetiva a maior familiaridade com o problema tornando-o expliacutecito ou agrave
construccedilatildeo de hipoacutetesesrdquo Acrescenta ainda que a mesma pode conter levantamento
bibliograacutefico entrevistas com pessoas experientes no problema pesquisado entre outras
fontes
32 Sujeitos da pesquisa
A pesquisa contou com um nuacutemero total de nove (9) profissionais da equipe de
enfermagem da unidade de internaccedilatildeo pediaacutetrica de um Hospital Universitaacuterio do Rio de
Janeiro sendo estes dois (2) enfermeiros e sete (7) teacutecnicos de enfermagem De todos os
18
participantes apenas um trabalha no serviccedilo noturno sendo o restante do serviccedilo diurno Os
mesmos satildeo os responsaacuteveis pela instalaccedilatildeo e manipulaccedilatildeo dos os acessos venosos
perifeacutericos supondo assim que tenham maior domiacutenio sobre o assunto abordado
Os sujeitos foram identificados com codinomes referentes agraves princesas da Disney para
que suas identidades sejam preservadas
33 Cenaacuterio
A pesquisa ocorreu na unidade de internaccedilatildeo pediaacutetrica localizada no quinto andar do
Hospital Universitaacuterio do Rio de Janeiro vinculado a uma Universidade Federal
A unidade pediaacutetrica eacute divida em trecircs enfermarias de acordo com a idade das crianccedilas
hospitalizadas sendo denominadas estas Lactente preacute-escolar e escolar A enfermaria
Lactente eacute composta por 5 leitos hospitalizando crianccedilas de 29 dias a 2 anos jaacute na preacute-escolar
encontram-se 6 leitos e acolhe crianccedilas de 2 a 6 anos e na escolar 6 leitos abrigando crianccedilas
de 7 a 12 anos Toda crianccedila hospitalizada tem direito a um acompanhante como eacute
preconizado por direito pelo Artigo doze (12) do Estatuto da Crianccedila e do Adolescente
(Brasil 1990 p3)
A enfermaria conta com um posto de enfermagem localizado no centro da unidade
possibilitando maior visualizaccedilatildeo das enfermarias Possui tambeacutem uma sala de recreaccedilatildeo e
banheiro para os pacientes e acompanhantes Haacute uma sala utilizada pedagogia hospitalar
onde uma professora realiza atividades com as crianccedilas
Vale ressaltar que na unidade haacute uma sala para realizaccedilatildeo de procedimentos dolorosos
como a punccedilatildeo venosa perifeacuterica e sempre que possiacutevel o paciente eacute levado ateacute ela
34 Coleta de dados
A coleta de dados se deu a partir da teacutecnica de entrevista semi-estruturadas que
segundo Minayo Deslandes e Gomes (2007 p 64) satildeo ldquoperguntas fechadas e abertas em que
o entrevistado tem a possibilidade de discorrer sobre o tema em questatildeo sem se prender agrave
indagaccedilatildeo formuladardquo As mesmas foram gravadas em entrevista individual e tiveram como
foco as accedilotildees que os profissionais da equipe de enfermagem realizam acerca dos cuidados
para a permanecircncia do acesso venoso perifeacuterico aleacutem de investigar sobre o conhecimento que
cada um possui sobre o tema
19
Apoacutes contato preacutevio com a equipe de enfermagem foi acordado um dia e horaacuterio para
a realizaccedilatildeo das entrevistas que aconteceram na proacutepria unidade Todos os profissionais da
equipe de enfermagem foram convidados a participar voluntariamente da pesquisa As
entrevistas aconteceram apoacutes os profissionais assinarem o Termo de Consentimento Livre e
Esclarecido (TCLE)
Para Minayo Deslandes e Gomes (2007 p 64) a entrevista possui como principal
objetivo construir dados que sejam pertinentes para a pesquisa aleacutem de ser a estrateacutegia mais
utilizada no processo de trabalho de campo
A coleta foi interrompida no momento em que os dados se mostraram saturados ou
seja quando houve a cessaccedilatildeo do acreacutescimo de informaccedilotildees novas referentes ao tema
proposto
O fechamento amostral por saturaccedilatildeo teoacuterica eacute definido como a suspensatildeo de inclusatildeo
de novos participantes quando os dados obtidos passam a apresentar na avaliaccedilatildeo do
pesquisador certa redundacircncia ou repeticcedilatildeo natildeo sendo considerado relevante continuar a
coleta de dados (FONTANELLA RICAS e TURATO 2008)
35 Questotildees eacuteticas da pesquisa
De acordo com a Resoluccedilatildeo 46612 que visa assegurar os direitos e deveres que
dizem respeito agrave comunidade cientiacutefica aos sujeitos da pesquisa e ao Estado uma pesquisa
que envolve a participaccedilatildeo de seres humanos deve atender aos fundamentos eacuteticos e
cientiacuteficos pertinentes para a seguranccedila dos mesmos Neste contexto toda pesquisa
envolvendo seres humanos deveraacute ser submetida agrave apreciaccedilatildeo de um Comitecirc de Eacutetica em
Pesquisa (CEP) (BRASIL 2012)
Atendendo a esta condiccedilatildeo o projeto de pesquisa foi encaminhado ao CEP ndash do
Hospital Universitaacuterio o qual foi realizada a pesquisa foi analisado e aprovado na Reuniatildeo
com data de 06122013 CAAE 24693613700005243 Nuacutemero do parecer 486451 Com
isso a pesquisa foi desenvolvida mediante aprovaccedilatildeo do CEP atendendo aos preacute-requisitos
estipulados pela Resoluccedilatildeo nordm 46612
Esta pesquisa eacute pautada em princiacutepios eacuteticos que respeitam a dignidade humana e
justiccedila assegurando que natildeo haveraacute nenhum tipo de dano aos participantes
20
Em atendimento a resoluccedilatildeo 46612 do Conselho Nacional de SauacutedeMS apoacutes serem
esclarecidos pela pesquisadora quanto aos aspectos eacuteticos relacionados agrave pesquisa aleacutem das
formas de produccedilatildeo de dados e inserccedilatildeo no estudo os sujeitos da pesquisa assinaram duas
vias do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido ndash TCLE (apecircndice 1) autorizando sua
participaccedilatildeo voluntaacuteria na pesquisa Uma via foi entregue ao participante e outra ficou
arquivada com a pesquisadora
Nesse documento consta os objetivos da pesquisa procedimentos benefiacutecios
previstos garantia de recusa de participaccedilatildeo em qualquer momento de acesso aos resultados
da pesquisa e tambeacutem a garantia de acesso ao pesquisador quando os sujeitos julgarem
necessaacuterio sendo todas essas informaccedilotildees em linguagem acessiacutevel e simples O mesmo foi
apresentado e explicado ao profissional convidado a participar do estudo no primeiro contato
eou durante visita agendada para realizaccedilatildeo da entrevista
Vale ressaltar que esta pesquisa cujo financiamento eacute proacuteprio natildeo oferece nenhum
tipo de riscos para o sujeito da pesquisa e nem para o cuidado das crianccedilas internadas no setor
de pediatria e os benefiacutecios da participaccedilatildeo do mesmo satildeo de aumentar o conhecimento
cientiacutefico na aacuterea de Enfermagem Pediaacutetrica aleacutem de contribuir para a praacutetica profissional
36 Anaacutelise dos dados
O processo de anaacutelise dos dados foi baseada na teacutecnica da Anaacutelise Temaacutetica que para
Minayo Deslandes e Gomes (2007 p 86) o conceito central eacute o tema ldquoO tema eacute a unidade de
significaccedilatildeo que se liberta naturalmente de um texto analisado segundo criteacuterios relativos agrave
teoria que serve de guia da leiturardquo (BARDIN11
A anaacutelise realizada estava de acordo com a sugerida por Minayo (2010 p 315) e
contam com as seguintes etapas preacute-analise exploraccedilatildeo do material tratamento dos
resultados obtidos e interpretaccedilatildeo Atraveacutes dessas etapas tem-se o objetivo de descrever o
conteuacutedo do material coletado e interpretaacute-lo
1979 apud MINAYO DESLANDES
GOMES 2007 p 86)
A preacute analise consiste na escolha dos elementos a serem analisados e na retomada das
hipoacuteteses e dos objetivos iniciais da pesquisa Inicia-se com uma leitura flutuante onde o
11 BARDIN L Anaacutelise de Conteuacutedo Lisboa Ediccedilotildees 70 1979
21
pesquisador toma contato direto com o material adquirido deixando-se impregnar por seu
conteuacutedo Posteriormente haacute a constituiccedilatildeo do Corpus textual onde eacute feita uma seleccedilatildeo dos
documentos que iratildeo contemplar e fornecer informaccedilotildees sobre o tema sendo assim adequados
para dar resposta aos objetivos do trabalho (MINAYO 2010 p 315)
Essa fase preacute-analiacutetica eacute onde se determinam a unidades de registro unidade de
contexto e a partir delas satildeo determinados os temas que seratildeo analisados A unidade de
registro corresponde parte do conteuacutedo selecionado como base para analise e apoacutes a
delimitaccedilatildeo do contexto de compreensatildeo da unidade de registro eacute estabelecida a unidade de
contexto (MINAYO 2010 p 316)
De acordo com os objetivos da pesquisa foi possiacutevel perceber que nove (9)
entrevistas supriam para atender os mesmo encerrando assim a coleta Apoacutes a transcriccedilatildeo das
entrevistas foi realizada leitura das mesmas para natildeo soacute conhecimento do material mas
tambeacutem estabelecer as unidades de registro Em seguida foi realizado o colorimento das falas
assim as classificando de acordo com as unidades de registro estabelecidas
As unidades de registro que surgiram foram os fatores que interferem na manutenccedilatildeo
do acesso venoso perifeacuterico e o apontamento do acompanhante como responsaacutevel pela perda
do acesso venoso perifeacuterico Elas receberam as cores vermelha e laranja respectivamente a
fim de facilitar o agrupamento dos dados A partir disto surgiram as unidades de contexto que
compreendem as falas das entrevistas de modo a exemplificar o contexto das unidades de
registro
Partindo para segunda etapa da analise temaacutetica a exploraccedilatildeo do material que consiste
numa classificaccedilatildeo que visa alcanccedilar o nuacutecleo de compreensatildeo do texto Busca-se encontrar
categorias que satildeo expressotildees ou palavras significativas em funccedilatildeo das quais o conteuacutedo seraacute
organizado Essas categorias satildeo responsaacuteveis pela especificaccedilatildeo dos temas (MINAYO
2010 p 317)
Nesse caso foram definidos os seguintes temas cuidados preacute intra e poacutes procedimento
de punccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico cuidados em desuso para manutenccedilatildeo do acesso
venoso perifeacuterico o acompanhante e a manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico Essas trecircs (3)
categorias seratildeo apresentadas analisadas e discutidas no capitulo seguinte
22
4 RESULTADOS E DISCUSSAtildeO
Nesse capiacutetulo apresento as trecircs categorias temaacuteticas que surgiram da anaacutelise dos
dados e que contemplaram de forma satisfatoacuteria os objetivos da pesquisa A primeira
categoria denominada como ldquoOs cuidados de enfermagem preacute intra e poacutes-procedimento de
punccedilatildeo do acesso venoso perifeacutericordquo traz os passos e cuidados que os profissionais realizam
antes durante e apoacutes a punccedilatildeo buscando descrever e analisar os fatores envolvidos na pratica
do procedimento em questatildeo que emergiram das entrevistas aleacutem dos cuidados de
enfermagem para a manutenccedilatildeo do mesmo
A segunda categoria que seraacute apresentada eacute ldquoOs cuidados em desuso para manutenccedilatildeo
do acesso venoso perifeacutericordquo que mostra os cuidados que os profissionais citaram como natildeo
mais utilizados para auxiliar na manutenccedilatildeo da punccedilatildeo venosa perifeacuterica
E a uacuteltima categoria eacute denominada ldquoO acompanhante e a manutenccedilatildeo do acesso
venoso perifeacutericordquo e traz a responsabilizaccedilatildeo do acompanhante pelos profissionais do setor
em relaccedilatildeo aos cuidados com manutenccedilatildeo da punccedilatildeo Essa categoria busca tambeacutem ressaltar a
funccedilatildeo do acompanhante durante a hospitalizaccedilatildeo da crianccedila destacando que determinados
cuidados satildeo de total funccedilatildeo da equipe de enfermagem
41 Os cuidados de enfermagem preacute intra e poacutes-procedimento de punccedilatildeo do acesso
venoso perifeacuterico
Para interpretar as unidades de contextos tive como base autores que definiram os
cuidados de enfermagem preacute intra e poacutes punccedilatildeo venosa perifeacuterica Para esses autores a fase
de preacute-punccedilatildeo compreende as accedilotildees de anaacutelise e conhecimento da prescriccedilatildeo avaliaccedilatildeo e
23
preparo emocional do paciente preparo do material e medicaccedilatildeo seleccedilatildeo do siacutetio de inserccedilatildeo
e dilataccedilatildeo da veia selecionada As accedilotildees envolvidas na punccedilatildeo satildeo a execuccedilatildeo das
precauccedilotildees-padratildeo antissepsia da pele punccedilatildeo do vaso a fixaccedilatildeo e curativo do cateter
Finalmente na etapa de poacutes-punccedilatildeo adota-se a identificaccedilatildeo da punccedilatildeo o descarte apropriado
das partes dos materiais natildeo utilizados a orientaccedilatildeo do paciente acerca da terapecircutica o
controle da infusatildeo atraveacutes do gotejamento se necessaacuterio e o registro do procedimento
Phillips12
De acordo com as entrevistas a seleccedilatildeo do local de punccedilatildeo eacute indicada com um fator
que interfere diretamente no tempo de permanecircncia do acesso venoso perifeacuterico visto que
dependendo do local ocorre a perda mais rapidamente Aleacutem da localizaccedilatildeo citaram tambeacutem
o calibre da veia como interferecircncia na manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico Seguem
abaixo algumas falas
(2001 apud ARAUacuteJO 2007 p18)
ldquoPrimeira coisa eacute vocecirc procurar bem a veia colocar uma veia de um bom calibre Se puder dar preferecircncia a natildeo puncionar dobrasrdquo (Cinderela) ldquoDependendo de onde estiver puncionado se for na matildeozinha a crianccedila fica toda hora ta mexendo taacute manipulando alguma coisa e se for no pezinho tambeacutem nem todo tempo vai ficar acamada entatildeo acaba perdendo o acessordquo(Bela ) ldquoO mau posicionamento pode levar a perdardquo (Rapunzel)
A opiniatildeo dos profissionais acima vai de encontro com o que eacute encontrado na
literatura visto que eacute de suma importacircncia que o mesmo avalie o cliente e considere alguns
aspectos para uma escolha criteriosa e eficaz como a finalidade da punccedilatildeo o tipo de soluccedilatildeo
a ser infundida a condiccedilatildeo da rede venosa a duraccedilatildeo da terapia idade do cliente habilidade
cognitiva da crianccedila a preferecircncia do cliente o que nem sempre seraacute possiacutevel satisfazer e
tambeacutem a sua atividade (ARAUacuteJO 2007 p31)
Os cuidados com o acesso venoso perifeacuterico satildeo importantes antes mesmo da
realizaccedilatildeo do procedimento Levando em consideraccedilatildeo que um erro durante a fase de preacute-
procedimento como a escolha errada do local de punccedilatildeo por exemplo poderaacute levar a perda
do acesso e prejudicar assim o tratamento aleacutem do bem-estar da crianccedila que seraacute puncionada
novamente
12 PHILLIPS L D Manual de terapia intravenosa 2ed Porto Alegre Artmed 2001
24
O vaso sanguiacuteneo que o profissional selecionar como local para puncionar deve ser
suficiente para suportar o calibre e o comprimento do cateter aleacutem de atender a necessidade
terapecircutica para que natildeo haja a necessidade de uma nova punccedilatildeo
A punccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico eacute um procedimento doloroso e de grande
incomodo para a crianccedila com isso eacute de suma importacircncia realizar a seleccedilatildeo preacutevia do
material poreacutem natildeo foi citado Outro cuidado rotineiro e natildeo menos importante como a
lavagem das matildeos antes da colocaccedilatildeo do acesso tambeacutem natildeo foi mencionado durante as
entrevistas
O preparo emocional da crianccedila e do acompanhante quanto ao procedimento deve ser
considerada praacutetica rotineira para a equipe de enfermagem O profissional de enfermagem
deve lavar as matildeos objetivando a reduccedilatildeo significativa de risco de infecccedilatildeo e recomenda-se o
uso de aacutegua e sabatildeo para lavagem das matildeos antes da colocaccedilatildeo do cateter venoso perifeacuterico
(PHILLIPS13
O preparo preacutevio do material para instalaccedilatildeo do cateter venoso perifeacuterico eacute importante
para evitar interrupccedilotildees do procedimento e consequentemente um maior tempo de
manipulaccedilatildeo da crianccedila (SILVA
2001apud ARAUacuteJO 2007 Centers for Disease Control and Prevention ndash CDC
2002 apud ARAUacuteJO 2007)
14
Outro aspecto citado e classificado como preacute-procedimento eacute o cuidado com a
medicaccedilatildeo a ser administrada incluindo cuidados com a diluiccedilatildeo e composiccedilatildeo da mesma
Seguem algumas das falas
2004 apud ARAUacuteJO 2007 p30)
ldquoEstar sempre diluindo as medicaccedilotildees de acordo com a prescriccedilatildeo meacutedica pois as medicaccedilotildees satildeo muito fortes e podem causar enfraquecimento da veia Tem que diluir direitinho e passar lento na veiardquo (Cinderela) ldquoTer cuidado principalmente quando eacute crianccedila e a diluiccedilatildeo da medicaccedilatildeo tambeacutem agraves vezes natildeo eacute pra passar em perifeacuterico e na segunda dose jaacute perdeurdquo (Alice)
O acesso venoso perifeacuterico eacute a primeira alternativa para infusatildeo intravenosa por ser de
mais faacutecil acesso e rapidez no efeito da medicaccedilatildeo O profissional de enfermagem deve ter
domiacutenio natildeo soacute relacionado agrave infusatildeo das medicaccedilotildees mas tambeacutem com a composiccedilatildeo
13 PHILLIPS L D Manual de terapia intravenosa 2ed Porto Alegre Artmed 2001 14 SILVA G R G Terapia intravenosa em receacutem-nascidos ndash orientaccedilotildees para o cuidado de Enfermagem Rio de Janeiro Cultura Meacutedica 2004
25
farmacoloacutegica das mesmas os efeitos adversos e colaterais que a droga pode causar inclusive
em relaccedilatildeo a diluiccedilatildeo o que normalmente eacute estabelecido como padratildeo no setor de acordo com
cada faacutermaco
Com a intenccedilatildeo de promover a eficaacutecia terapecircutica dos medicamentos administrados
por via intravenosa eacute atribuiccedilatildeo do profissional de enfermagem implementar teacutecnicas como a
diluiccedilatildeo acondicionamento e cuidados na administraccedilatildeo de faacutermacos a fim de evitar
prejuiacutezos no tratamento resultantes da incompatibilidade medicamentosa (PETERLINI
CHAUD e PEDREIRA 2006)
Os fatores intra-procedimento satildeo considerados aqueles diretamente relacionados com
o procedimento Os dados colidos nas entrevistas ressaltaram apenas a fixaccedilatildeo com um fator
que interfere nessa fase Este foi o dado mais repetitivo nas entrevistas poreacutem sempre citado
de forma superficial Seguem as falas dos profissionais quando questionados sobre o que era
importante para manutenccedilatildeo do acesso
ldquoTem que fazer uma boa fixaccedilatildeo Porque quando a pessoa natildeo fixa bem prejudica porque aquilo vai soltando e quando vocecirc vecirc jaacute perdeu a veiardquo(Cinderela) ldquoEu acho que natildeo tem o que fazer para manter o acesso A crianccedila vai ficar uns dias X com aquele acesso pra fazer medicaccedilatildeo e eu acho que natildeo tem o que vocecirc profissional fazer para que natildeo percardquo (Aurora) ldquoA fixaccedilatildeo evita a movimentaccedilatildeo excessiva no local que estaacute o acessordquo (Ariel) ldquoTer cuidado com o curativo saber manusear E manter sempre o curativo limpo trocar se necessaacuteriordquo (Rapunzel) ldquoA fixaccedilatildeo eacute muito importante pra natildeo soltar o acesso e pra ele ficar mais tempordquo(Mulan)
Oliveira Bezerra e Pereira (2008 p 94) afirmam que de acordo com o revelado por
determinados estudos o tipo de curativo a fixaccedilatildeo do cateter e o tempo de permanecircncia estatildeo
diretamente relacionados com a ocorrecircncia de complicaccedilotildees infecciosas como flebites e
tambeacutem infiltraccedilatildeo extravasamento desconexatildeo e deslocamento do cateter
26
Para Pettit e Kraus15
Potter
(1995 apud MACHADO PEDREIRA E CHAUD2005 p292) a
gaze esteacuteril fixada com a fita adesiva hipoalergecircnica bem como a peliacutecula transparente esteacuteril
satildeo os materiais mais recomendados para curativo e fixaccedilatildeo de cateter venoso perifeacuterico
16
Jaacute as peliacuteculas transparentes mais conhecidas como filme permitem a respiraccedilatildeo
normal da pele com alta permeabilidade ao oxigecircnio e vapores e eacute impermeaacutevel a liacutequidos e
micro-organismos (SILVA E ZANETTI 2004 p233) Aleacutem disso permitem tambeacutem a
visualizaccedilatildeo contiacutenua do local de punccedilatildeo permitindo assim avaliaccedilatildeo do mesmo natildeo soacute
durante a infusatildeo de medicaccedilotildees mas tambeacutem todo o tempo
(1998 apud SILVA E ZANETTI 2004 p233) afirma que nas fixaccedilotildees em
que se utiliza a gaze esteacuteril preconiza-se a utilizaccedilatildeo de teacutecnica asseacuteptica Neste curativo a
gaze esteacuteril eacute colocada sobre o siacutetio de inserccedilatildeo e suas bordas satildeo fixadas com fita adesiva
A observaccedilatildeo da punccedilatildeo eacute muito importante pois se o local de inserccedilatildeo se mostrar
com sinais e sintomas de complicaccedilotildees a terapia deve ser suspensa (OLIVEIRA BEZERRA
e PEREIRA 2008 p95)
A visualizaccedilatildeo contiacutenua do acesso permite que a equipe de enfermagem possa realizar
uma observaccedilatildeo mais particularizada em relaccedilatildeo agraves condiccedilotildees do acesso venoso perifeacuterico
podendo observar se haacute deslocamento do cateter sinais de infiltraccedilatildeo e tambeacutem sinais de
infecccedilatildeo
Para Silva Barbato e Valente (2013 p 1200) cabe ao enfermeiro fazer a avaliaccedilatildeo
diaacuteria e cuidadosa do curativo observando a presenccedila de umidade sujidade integridade do
oacutestio de inserccedilatildeo a fixaccedilatildeo bem como a realizaccedilatildeo do curativo e das anotaccedilotildees legais
competentes agraves suas funccedilotildees
A fase poacutes-procedimento eacute caracterizada por uma seacuterie de cuidados que a equipe de
enfermagem deve realizar para que se obtenha maior tempo de permanecircncia do acesso venoso
perifeacuterico Durante as entrevistas os cuidados citados foram a salinizaccedilatildeo do acesso cuidados
para evitar a flebite e a velocidade de infusatildeo
15 Pettit DM Kraus V The use of gauze versus transparent dressings for peripheral intravenous catheter sites Nurs ClinNorth Am 1995 30(3)495-506 16 Potter P Perry AG Fundamentos de enfermagem processo conceito e praacutetica 3ordf ed Santos(SP) Guanabara Koogan19981397pp801-43
27
ldquoManter um acesso bem salinizado que vocecirc lave pelo menos de duas de trecircs em trecircs horas Se bem que isso aqui na pediatria natildeo eacute muito comum aqui a gente soacute lava cada vez que vai fazer medicaccedilatildeo mas se eu natildeo me engano a literatura preconiza isso vocecirc lavar pelo menos de quatro em quatro horas o acessordquo (Aurora)
ldquoPra manter o acesso venoso perifeacuterico eacute importante manter ele salinizado Assim que a gente recebe o plantatildeo eu vou ver se o acesso ta peacutervio com uma ldquoseringuinhardquo vai la da uma ldquolavadinhardquo e vecirc se o acesso ta peacutervio e manter o acesso salinizadordquo (Ariel)
ldquoSalinizar de 6 em 6 horas para manter ele peacuterviordquo (Alice)
ldquoTem que passar lento a medicaccedilatildeo e a limpeza da aacuterea vocecirc tem que limpar bem a aacuterea pra vocecirc natildeo formar uma flebiterdquo (Cinderela)
A salinizaccedilatildeo do acesso eacute um cuidado simples e de grande importacircncia Esse cuidado
deve ser realizado para manter o acesso peacutervio e limpo e deve ser realizado antes e apoacutes
qualquer infusatildeo
Para Moncaio e Figueiredo (2009)
a ldquosalinizaccedilatildeordquo consiste em administrar sob pressatildeo positiva soluccedilatildeo salina (Soro fisioloacutegico a 09) logo apoacutes o teacutermino da infusatildeo da medicaccedilatildeo Este procedimento visa prevenir a formaccedilatildeo de trombos e fibrina evitar o contato de drogas incompatiacuteveis (quando da infusatildeo de mais de um item medicamentoso no mesmo horaacuterio) garantir a infusatildeo de todo o medicamento que possa ter ficado no sistema aleacutem de evitar retorno sanguiacuteneo mantendo o cateter peacutervio para a proacutexima infusatildeo
Durante a coleta de dados esse cuidado surgiu em diversos momentos poreacutem foi
possiacutevel perceber que os profissionais realizam o mesmo de forma banalizada Natildeo sabem de
fato a real funccedilatildeo de manter o acesso salinizado A impressatildeo que passa eacute que eles
aprenderam que esse cuidado deveria ser feito e simplesmente fazem Haacute divergecircncias
tambeacutem entre a equipe em relaccedilatildeo ao momento que deve ser realizada a salinizaccedilatildeo e isso nos
mostra a desatualizaccedilatildeo dos profissionais do setor e a falta de uma educaccedilatildeo continuada no
hospital
Os cuidados para evitar a flebite e a velocidade de infusatildeo da medicaccedilatildeo apareceram
menos nas entrevistas e interferem diretamente com a manutenccedilatildeo do acesso venoso
perifeacuterico
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A flebite eacute uma inflamaccedilatildeo na veia puncionada ocorrendo quando as ceacutelulas
endoteliais da parede da veia que o cateter estaacute inserido tornam-se inflamadas e irregulares
propiciando a aderecircncia de plaquetas e predispondo a veia a inflamaccedilatildeo Eacute comum que o local
se apresente dolorido hiperemiado quente e edemaciado e nesses casos eacute aconselhada a
retirada do cateter Uma boa fixaccedilatildeo do cateter perifeacuterico eacute recomendada por autores na
literatura visto que previnem deslocamento faacutecil e permitem uma boa visualizaccedilatildeo do local
evitando complicaccedilotildees como a flebite e infiltraccedilatildeo (MOLDES et al 2011 p 330)
Dentre as principais falhas de infusatildeo venosa estatildeo flebite infiltraccedilatildeo hematoma e
obstruccedilatildeo Acredita-se que para reduzir a incidecircncia destas nas unidades pediaacutetricas eacute preciso
a adoccedilatildeo de estrateacutegias tais como a abordagem junto agrave equipe em parceria com o setor de
educaccedilatildeo permanente e a adoccedilatildeo do uso da teacutecnica corretamente e de forma asseacuteptica para a
realizaccedilatildeo da punccedilatildeo venosa perifeacuterica em acordo com a comissatildeo de controle de infecccedilatildeo
hospitalar (SILVA BARBATO e VALENTE 2013 p 1200)
A incapacidade do paciente em relatar dor no siacutetio de administraccedilatildeo do faacutermaco quer
pela idade ou condiccedilatildeo cliacutenica e o local de inserccedilatildeo como tambeacutem a velocidade de infusatildeo do
medicamento (gt25mgmin) satildeo classificados como fatores de risco para a perda do acesso
venoso perifeacuterico (MARTINS SILVINO e DIAS 2010)
42 Os cuidados em desuso para manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico
Essa categoria discorre sobre os cuidados de enfermagem que com o passar do tempo
foram desconsiderados e natildeo satildeo mais utilizados Quando questionados em relaccedilatildeo a vivencia
profissional e cuidados que discordavam os entrevistados citaram o uso da tala para fixaccedilatildeo
uso de heparina e os cuidados em relaccedilatildeo ao tempo de permanecircncia do cateter Haacute muitas
controveacutersias em relaccedilatildeo aos cuidados citados acima
O tempo de permanecircncia interfere diretamente no aparecimento de complicaccedilotildees
como flebite e que acabam levando a perda do acesso venoso perifeacuterico mais rapidamente
aconselhando assim a troca do mesmo entre 76 a 96 horas Poreacutem eacute preconizada a retirada do
cateter apenas se finalizar o tratamento ou houver alguma interferecircncia
ldquoA gente observa tambeacutem o tempo dependendo do tempo tem que tirarrdquo (Alice)
29
ldquoHoje eu natildeo sei como que eacute essa questatildeo do tempo porque a gente trocava o acesso a cada quatro dias agora o pessoal jaacute diz que pode trocar em ateacute uma semana entatildeo natildeo sei como que ta isso e o que tem escrito em relaccedilatildeo a isso (Aurora)
Sabe-se que o tempo para troca do cateter de teflon ou poliuretano varia de 72 a 96
horas com o intuito de reduzir risco de infecccedilatildeo e flebite e para minimizar esses riscos nas
seguintes situaccedilotildees diante de sinais inflamatoacuterios no local de inserccedilatildeo e sempre que houver
mau funcionamento do cateter (SANTOS17
Entretanto o Center for Disease Control and Prevention - CDC (2002) diz que em
pacientes pediaacutetricos natildeo foi observada relaccedilatildeo quanto ao tempo de permanecircncia do cateter e
ocorrecircncia de complicaccedilotildees devendo ser mantido ateacute o teacutermino da terapia intravenosa ou
quando forem observados sinais cliacutenicos de complicaccedilotildees
2004 apud OLIVEIRA BEZERRA e PEREIRA
2008 p 93)
Eacute possiacutevel observar a diferenccedila do conhecimento pratico dos profissionais
entrevistados em relaccedilatildeo ao conhecimento encontrado na literatura E ainda contendo duacutevidas
natildeo haacute uma busca da parte dos mesmos para esclarececirc-las
O uso da heparina com a finalidade de manter o acesso peacutervio por um periacuteodo maior
de tempo mostra-se com mais certeza quanto ao desuso nos dados colidos
ldquoAntigamente a gente usava heparina entatildeo a gente ficava tranquila em relaccedilatildeo agrave obstruccedilatildeo mas agora natildeo a gente usa o soro fisioloacutegico e a gente deixa salinizadordquo (Aurora)
Rang e Dale 18(1998 apud DOPICO e OLIVEIRA 2006) afirmam que a heparina
inibe a formaccedilatildeo de coaacutegulos de fibrina in vitro e in vivo e que seu efeito anticoagulante eacute
praticamente imediato Com isso Phillips19
17 Santos W Lavagem das matildeos In R Luiz Santos W Manual baacutesico de prevenccedilatildeo e controle das infecccedilotildees hospitalares do HRU Fortaleza Hospital Regional Unimed 2004
(2001 apud DOPICO e OLIVEIRA 2006)
ressalta que a teacutecnica de manutenccedilatildeo intermitente de cateteres intravenosos com soluccedilatildeo
salina 09 classificada como salinizaccedilatildeo tem sido pesquisada haacute alguns anos apresentando
em relaccedilatildeo ao uso da heparina vantagens como o baixo custo ser um procedimento mais
18 Rang HP Dale M M Hemostasia e Trombose In Rang HP Dale M M Farmacologia Rio de Janeiro Guanabara Koogan 1998 p235-47 19 PHILLIPS L D Manual de terapia intravenosa 2ed Porto Alegre Artmed 2001
30
simples aleacutem de eliminar a possibilidade de incompatibilidade com as drogas e soluccedilotildees
administradas aleacutem da inexistecircncia de riscos ao paciente Entretanto sabe-se que a literatura
ainda natildeo fornece consenso acerca da soluccedilatildeo mais indicada para manutenccedilatildeo da
permeabilidade do cateter venoso perifeacuterico
Eacute importante ressaltar que muitas instituiccedilotildees do nosso paiacutes nem ao menos tecircm o
conhecimento da praacutetica da salinizaccedilatildeo com soluccedilatildeo salina 09 No que se refere agrave pesquisa
cientiacutefica as limitaccedilotildees desta praacutetica satildeo atribuiacutedas agrave ausecircncia de um maior nuacutemero de
estudos controlados para validar sua eficaacutecia (EPPERSON20
Apesar de natildeo ser encontradas publicaccedilotildees acerca do tema a utilizaccedilatildeo de heparina
mostra-se como uma pratica natildeo mais utilizada pelos profissionais de enfermagem Outro
tema onde haacute controveacutersias e tambeacutem poucas citaccedilotildees eacute o uso da tala para fixaccedilatildeo do acesso
venoso perifeacuterico Seguem abaixo a opiniatildeo de alguns dos profissionais entrevistados
1984 apud DOPICO e
OLIVEIRA 2006)
ldquoA uacutenica coisa que eu natildeo gosto de ver eacute quando se coloca tala para imobilizar dizendo que a tala vai ajudar a natildeo perder a veia Isso eu natildeo concordo acho que a tala prejudica a crianccedila fica incomodada faz dor no membrordquo (Cinderela)
ldquoAntigamente a gente usava muito tala e as vezes eu pego isso aqui ai eu falo gente tala natildeo se usa mais natildeo faz parte mais da fixaccedilatildeo vocecirc pode fixar de uma forma que a crianccedila natildeo perca A tala eu acho que ela traumatiza um pouco ainda mais se vocecirc pegar um acesso na dobra vocecirc vai fazer com que a crianccedila fique com o braccedilo esticado muito tempo eu acho que pode causar uma lesatildeo depois e a literatura jaacute fala que eacute desnecessaacuteria natildeo precisa maisrdquo (Aurora) ldquoAntigamente usavam tala mas hoje em dia quase natildeo se vecirc mais e eu acho que a tala atrapalha porque a crianccedila fica imobilizada no membro ai fica mais irritadardquo (Rapunzel) ldquoLaacute no meu outro trabalho alguns usam a tala Eu acho que a tala ajuda ateacute a perder mais raacutepido porque a crianccedila fica incomodada vai querer mexer naquilordquo (Mulan)
20 Epperson EL Efficacy of 09 sodium chloride injection with without heparin for maintenance indwelling intermittent injection sites Clin Pharm1984 3(5)26
31
Almeida e Sabateacutes21
Entretanto haacute estudo que comprovam que o uso da tala natildeo se mostra tatildeo eficiente e
apresenta-se como uma praacutetica controversa O estudo foi realizado em crianccedilas ateacute os 12 anos
utilizando imobilizaccedilatildeo com tala e em mais de metade dos casos (553) ocorreu infiltraccedilatildeo
o que indicia a ineficaacutecia desta praacutetica (MACHADO PEDREIRA e CHAUD 2008 apud
BATALHA et al 2010 p512)
(2008 apud BATALHA et al 2010 p512) afirmam que a teacutecnica
de fixaccedilatildeo dos CVP com uso de imobilizaccedilatildeo com tala para restriccedilatildeo ou limitaccedilatildeo dos
movimentos articulares proacuteximo do local da punccedilatildeo estaacute indicado nas matildeos punhos cotovelo
e maleacuteolo
Para Batalha et al (2010 p512) o uso desta praacutetica parece natildeo se coadunar com o
atual uso de cateteres flexiacuteveis tipo abocath em detrimento de agulhas metaacutelicas Talvez por
isso comecem a surgir novas teacutecnicas de fixaccedilatildeo dos CVP que natildeo exigem imobilizaccedilatildeo das
articulaccedilotildees com talas
Aleacutem de natildeo haver uma confirmaccedilatildeo dos benefiacutecios causados pelo uso da tala a
imobilizaccedilatildeo causa incocircmodo para a crianccedila que fica com o membro imoacutevel podendo causar
dor e tambeacutem irritaccedilatildeo O uso desse tipo de fixaccedilatildeo tambeacutem impede a visualizaccedilatildeo frequente
do acesso venoso afetando assim os cuidados de observaccedilatildeo da equipe de enfermagem
43 O acompanhante e a manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico
A presente categoria vai discutir um assunto importante que surgiu durante as
entrevistas de forma inesperada Alguns dos profissionais entrevistados citaram o descuido do
acompanhante como um fator causador da perda do acesso venoso perifeacuterico Seguem abaixo
algumas falas
ldquoA matildee sempre acompanha e tem matildee que natildeo tem cuidado natildeo vigia e a gente tem que ficar pedindo pra olhar tomar contardquo (Aurora)
ldquoEm relaccedilatildeo ao acompanhante porque a crianccedila natildeo vai avaliar entatildeo o acompanhante que estar ali tem que avaliar direitinho natildeo deixar a crianccedila mexer ou puxarrdquo (Bela)
ldquoNatildeo eacute toda matildee que esta vigiando que cuida pra que a crianccedila natildeo perca o acessordquo (Jasmine)
21 Almeida FA Sabateacutes AL Enfermagem pediaacutetrica a crianccedila o adolescente e a sua famiacutelia no hospital Satildeo Paulo(SP) Manole 2008
32
ldquoAcho que leva a perda quando o acompanhante natildeo coopera as vezes a gente faz a imobilizaccedilatildeo na crianccedila e as vezes eles ateacute retiram e a proacutepria crianccedila agitada ela mesmo arrancardquo (Branca de Neve)
ldquoAgraves vezes a proacutepria crianccedila que a matildee deixa muito solta ai solta o acessordquo (Mulan)
Apoacutes a implementaccedilatildeo da lei que garante um acompanhante ao paciente pediaacutetrico a
presenccedila do familiarresponsaacutevel durante a hospitalizaccedilatildeo mudou a rotina da equipe de
enfermagem trazendo duacutevidas quanto a real funccedilatildeo do acompanhante e fazendo com que a
mesma viesse a delegar certos cuidados para acompanhante
A Promulgaccedilatildeo da Lei 8069 do Estatuto da Crianccedila e do Adolescente (ECA) em
1990 no seu artigo 12deg garante agrave crianccedila ou ao adolescente o direito de ter um responsaacutevel
que o acompanhe durante a hospitalizaccedilatildeo (1990)
Desde a sua implantaccedilatildeo as unidades vecircm sofrendo um processo de reorganizaccedilatildeo de
suas praacuteticas A inserccedilatildeo da famiacutelia modifica a organizaccedilatildeo do processo de trabalho o que
requer dos profissionais uma compreensatildeo em relaccedilatildeo agrave dinacircmica das relaccedilotildees interpessoais
(COLLET e ROCHA 2004)
Pimenta e Collet (2009) ressaltam que natildeo haacute nenhuma regulamentaccedilatildeo sobre a
participaccedilatildeo da famiacutelia nos cuidados e no entanto a mesma desempenha atividades junto agrave
crianccedila durante a hospitalizaccedilatildeo que devem ser levadas em consideraccedilatildeo A falta de
reconhecimento desse fato fez com que a equipe de enfermagem e famiacutelia natildeo possuiacutessem
uma relaccedilatildeo aberta e vivessem uma relaccedilatildeo silenciosa e impliacutecita de poder na qual a famiacutelia
acaba assumindo as relaccedilotildees do cuidado agrave crianccedila de responsabilidade da enfermagem
A negociaccedilatildeo entre matildees e equipe de enfermagem em relaccedilatildeo aos cuidados agrave crianccedila
hospitalizada natildeo eacute uma tarefa faacutecil tendo em vista que natildeo se tem claro qual o seu novo
papel neste processo (COLLET e ROCHA 2004)
Eacute possiacutevel ver nas falas que a presenccedila do acompanhante causa para a equipe de
enfermagem a seguranccedila de ter algueacutem para ldquovigiarrdquo ldquotomar contardquo e natildeo deixar que a
crianccedila hospitalizada perca o acesso venoso quando na verdade eacute funccedilatildeo da equipe de
enfermagem cuidados referentes ao acesso venoso perifeacuterico
33
Jaacute o acompanhante eacute definido pelo Ministeacuterio da Sauacutede como uma pessoa significativa
para a crianccedila que representa sua rede social e que vai acompanhaacute-lo durante a permanecircncia
no ambiente hospitalar ressaltando assim sua importacircncia Esse fato se reforccedila visto que a
crianccedila encontra nos familiares a forccedila e seguranccedila necessaacuteria para encarar todo esse processo
doloroso e desconhecido (MURAKAMI e CAMPOS 2011 p255)
O acompanhante aleacutem de minimizar o sofrimento do paciente pediaacutetrico faz com que
o mesmo sinta-se mais a vontade Eacute importante ressaltar que o familiarresponsaacutevel natildeo soacute
pode como deve participar das atividades da crianccedila no hospital desde que estas natildeo sejam
competecircncias dos profissionais que os cercam Essas atividades satildeo caracterizadas como
semelhantes aos que eles realizam diariamente fora do ambiente hospitalar como o banho
Poreacutem no caso de um paciente com punccedilatildeo venosa perifeacuterica o profissional de enfermagem
deve auxiliar no cuidado para que essa natildeo se perca
Os cuidados dos familiaresacompanhantes satildeo os mesmos que os desenvolvidos no
domiciacutelio e os cuidados prestados pela equipe de enfermagem satildeo aqueles que demandam
conhecimento teacutecnico-cientiacutefico especializado (SOUZA e OLIVEIRA 2010 p558)
Mesmo alguns cuidados parecerem simples e rotineiros quando eacute prestado no
hospital assumem novas caracteriacutesticas com o uso de dispositivos tecnoloacutegicos os quais se
tornam complexos (PIMENTA E COLLET 2009)
O ato de cuidar envolve o respeito agrave maneira como vive cada indiviacuteduo de acordo
com suas crenccedilas valores costumes e cultura A famiacutelia como uma instituiccedilatildeo atende agraves
necessidades bioloacutegicas de seus membros sendo sua responsabilidade cuidar e criar os filhos
incluindo a obrigaccedilatildeo da alimentaccedilatildeo higiene vestuaacuterio e moradia (ELSEN22
Nas entrevistas podemos verificar falas em que o acompanhante eacute citado como
responsaacutevel por avaliar a punccedilatildeo venosa A equipe de enfermagem deve sempre partir do
pressuposto que o familiar acompanhante natildeo tem conhecimento cientiacutefico e certo tipo de
cuidado natildeo deve se delegado para o mesmo mostrando assim a importacircncia da orientaccedilatildeo do
acompanhante quanto aos procedimentos dispositivos utilizados e cuidados em que os
etal 1994
apud SOUZA e OLIVEIRA 2010 p 553)
22 Elsen I Patriacutecio ZM Assistecircncia agrave crianccedila hospitalizada tipos de abordagens e suas implicaccedilotildees para a enfermagem In A enfermagem em pediatria e puericultura Rio de Janeiro (RJ) Atheneu 2005
34
mesmos possam auxiliar Seguem abaixo as falas onde os profissionais ressaltaram a
importacircncia da orientaccedilatildeo do acompanhante
ldquoNem sempre a crianccedila vai entender o porque de estar com aquele acesso entatildeo tem que ter uma orientaccedilatildeo do acompanhanterdquo (Bela)
ldquoTem que haver orientaccedilatildeo do acompanhante para os cuidadosrdquo (Ariel)
ldquoAgraves vezes tem ate o exemplo de um pai que natildeo deixa trocar o acesso jaacute tinha mais de uma semana e ele natildeo queria que trocasse ai faz febre e natildeo sabe da onderdquo (Alice)
Para Souza e Oliveira (2010 p555) deve haver uma preocupaccedilatildeo em orientar
considerando que o outro natildeo tem nenhum tipo de conhecimento sobre o assunto Poreacutem
Queiroz e Jorge23
Apesar das dificuldades o profissional de enfermagem deve estabelecer um viacutenculo de
confianccedila com o acompanhante buscando sempre deixaacute-los ciente das situaccedilotildees e fazendo-os
participar dos cuidados plausiacuteveis sem causar nenhum dano agrave crianccedila e de maneira alguma
abandonar suas atribuiccedilotildees
(2004 apud SOUZA e OLIVEIRA 2010 p 556) ressaltam que apesar de os
profissionais terem intenccedilatildeo de orientar os cuidados para a sauacutede repassam conhecimentos
elaborados cientificamente dificultando a compreensatildeo do familiar aleacutem de a relaccedilatildeo se dar
de maneira vertical assimeacutetrica e coercitiva
23 Queiroz MVO Jorge MSB Accedilotildees educativas no cuidado infantil e intervenccedilotildees dos profissionais junto agraves famiacutelias Acta Scientiarum Maringaacute 2004 janjun 26(1) 27-34
35
CONCLUSAtildeO
Atraveacutes desse estudo foi possiacutevel descrever e analisar os cuidados que os profissionais
de enfermagem realizam acerca da permanecircncia do acesso venoso perifeacuterico Aleacutem disso a
realizaccedilatildeo da pesquisa permitiu identificar a desarticulaccedilatildeo do processo de enfermagem e a
praacutetica desconectada da produccedilatildeo cientiacutefica caracterizando a falta de uma educaccedilatildeo
continuada efetiva
A anaacutelise dos dados demonstra o processo de punccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico
ressaltando a importacircncia de cuidados como a seleccedilatildeo do local a diluiccedilatildeo da medicaccedilatildeo a
realizaccedilatildeo de uma boa fixaccedilatildeo a atenccedilatildeo com a velocidade de infusatildeo os cuidados com os
sinais de infecccedilatildeo e salinizaccedilatildeo do acesso natildeo deixando de salientar cuidados em desuso
como o uso da heparina da tala e duvidas em relaccedilatildeo ao tempo de permanecircncia Evidenciou
tambeacutem que a equipe de enfermagem delega alguns cuidados para os acompanhantes
Natildeo foi possiacutevel perceber o niacutevel de conhecimento cientiacutefico dos profissionais visto
que eles em nenhum momento por natildeo saberem ou por medo de se expor natildeo explicaram de
fato nenhum cuidado que disseram realizar Sempre citaram de forma superficial e direta
deixando claro tambeacutem que o pesquisador natildeo os indagou quanto a isso Poreacutem creio que
diante de cuidados tatildeo importantes e de frequente praacutetica os mesmos falariam facilmente
sobre os cuidados de enfermagem na permanecircncia do acesso venoso perifeacuterico
Apesar dos entrevistados citarem alguns fatores e cuidados realizados de forma
correta eacute visiacutevel que os mesmos realizam os cuidados com a punccedilatildeo e a permanencia do
acesso de forma automaacutetica sem unir a praacutetica com o fundamento do mesmo
Eacute importante destacar tambeacutem a importacircncia do preparo emocional da crianccedila como
tambeacutem os cuidados com a famiacutelia dos mesmos O trabalho de humanizaccedilatildeo realizado pela
36
enfermagem faz grande diferenccedila nessas situaccedilotildees visto que os pacientes e acompanhantes
tendo conhecimento do que seraacute realizado ficariam mais tranquilos
O estudo contribuiu para o campo do ensino nesta aacuterea dando destaque ao importante
papel que o profissional de enfermagem deve desempenhar no cuidado e na manutenccedilatildeo do
acesso venoso perifeacuterico Contudo vale ressaltar a importacircncia do incentivo ao profissional a
buscar na literatura natildeo soacute esclarecimento de suas duvidas mas tambeacutem novos
conhecimentos
Pode colaborar ainda para a realizaccedilatildeo de novas pesquisas na aacuterea procurando
eliminar duacutevidas e controveacutersias sobre o tema Buscando assim a realizaccedilatildeo de um cuidado de
enfermagem articulado e eficaz promovendo o bem-estar do paciente pediaacutetrico durante a
hospitalizaccedilatildeo
37
REFEREcircNCIAS
ARAUacuteJO Ana Paula Monteiro Baptista de Andrade As praacuteticas de cuidado agrave crianccedila com
cateter venoso perifeacuterico e seus reflexos na interaccedilatildeo enfermeiro-familiar Dissertaccedilatildeo
(Mestrado em Enfermagem) Universidade do Estado do Rio de Janeiro Faculdade de
Enfermagem2007 66 f Disponiacutevel emlt
httpwwwbdtduerjbrtde_buscaarquivophpcodArquivo=621 Acesso em 16 de maio de
2014
BATALHA Luis Manuel Cunha COSTA Luiacutesa Paula Santos ALMEIDA Dulce Maria
Gomes de LOURENCcedilO Patriacutecia Adriana Almeida GONCcedilALVES Ameacutelia Maria Ferreira
Maia TEIXEIRA Ana Cristina Guerra Fixaccedilatildeo de cateteres venosos perifeacutericos em crianccedilas
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44
APEcircNDICE I
TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO
DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO Tiacutetulo Do Projeto Os cuidados de enfermagem acerca dos acessos venosos perifeacutericos na unidade pediaacutetrica Pesquisador Responsaacutevel Rosane Cordeiro Burla de Aguiar Eny Dorea Paiva e Karina Rodrigues Fernandes Instituiccedilatildeo a que Pertence o Pesquisador Responsaacutevel Universidade Federal Fluminense Telefone para contato (21) 98355269 (21) 82392939 (21) 91786609 Nome do voluntaacuterio _________________________________________________________ Idade ________ anos RG ____________________________
AO Sr (a) estaacute sendo convidado (a) a participar do projeto de pesquisa OS CUIDADOS DE
ENFERMAGEM ACERCA DOS ACESSOS VENOSOS PERIFEacuteRICOS NA UNIDADE PEDIATRICA de
responsabilidade da pesquisadora Profordf Drordf Rosane Cordeiro Burla de Aguiar e Profordf Drordf Eny Dorea Paiva A
punccedilatildeo venosa perifeacuterica eacute um procedimento essencial durante a hospitalizaccedilatildeo da crianccedila visto que eacute atraveacutes
dela que eacute administrada grande parte das medicaccedilotildees Este estudo se justifica diante da importacircncia da
necessidade de um maior periacuteodo de permanecircncia dos acessos venosos perifeacutericos Com isso aleacutem da
diminuiccedilatildeo de eventos que causam dor e irritaccedilatildeo na crianccedila e na famiacutelia promoveraacute tambeacutem uma melhor estada
dos mesmos durante o periacuteodo de hospitalizaccedilatildeo Os objetivos da pesquisa satildeo 1) Descrever os fatores que
interferem na manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico de acordo com a equipe de enfermagem 2)Analisar os
cuidados da equipe de enfermagem na manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico A coleta de dados se daraacute
atraveacutes de entrevistas semi estruturadas que seratildeo gravadas As informaccedilotildees colhidas seratildeo tratadas de forma
anocircnima e confidencial ou seja em nenhum momento seratildeo divulgados o seu nome e somente os
pesquisadores teratildeo acesso agraves informaccedilotildees Os dados obtidos com a pesquisa poderatildeo ser publicados apenas com
fins cientiacuteficos Eles natildeo seratildeo utilizados para fins comerciais ou para outra finalidade qualquer Caso necessite
poderatildeo ser marcados encontros para respostas ou esclarecimentos de qualquer duacutevida acerca da pesquisa A sua
participaccedilatildeo eacute voluntaria e eacute importante lembrar que vocecirc poderaacute desistir de participar da pesquisa em qualquer
momento A entrevista seraacute marcada em um dia e horaacuterio que vocecirc achar melhor Seraacute realizada
individualmente em um ambiente que nos ofereccedila privacidade Esta pesquisa natildeo oferece riscos para vocecirc e os
benefiacutecios da sua participaccedilatildeo satildeo de aumentar o conhecimento cientiacutefico na aacuterea de Enfermagem Pediaacutetrica
aleacutem de contribuir para a praacutetica profissional Este documento seraacute elaborado em duas vias uma para vocecirc e a
outra seraacute arquivada pelo pesquisador
Eu_____________________________________________________________ RG no _____________________________ Declaro que apoacutes ter entendido o que me foi explicado consinto voluntariamente em participar do presente Protocolo de Pesquisa entendo ainda que posso retirar o meu consentimento a qualquer momento antes ou durante a realizaccedilatildeo do mesmo declaro ter sido informada(o) e concordo em participar como voluntaacuteria(o) da pesquisa acima descrita Rio de Janeiro_______de_______________de 20___ _____________________________ ________________________________
(Participante) Karina Rodrigues Fernandes (Responsaacutevel por obter o consentimento)
______________________________________ _______________________________________ (Testemunha) (Testemunha)
45
APEcircNDICE II
ROTEIRO PARA ENTREVISTA
1) O que vocecirc acha que pode levar a perda do acesso perifeacuterico
2) Para vocecirc o que eacute importante para manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico nas
crianccedilas
3) O que vocecirc acha que pode interferir na sua manutenccedilatildeo
4) Que medidas vocecirc adota no seu dia a dia para manter o acesso
5) Na sua vivencia profissional o que vocecirc discorda dos cuidados que geralmente satildeo
utilizados para manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico
46
ANEXO
47
48
SUMAacuteRIO
1 INTRODUCcedilAtildeO p 8
11 Questotildees norteadoras p 9
12 Objeto do estudo p9
13 Objetivos p9
14 Justificativa e relevacircncia p9
2 REVISAtildeO DE LITERATURA p 11
21 Hospitalizaccedilatildeo infantil e seus estressores p 11
22 Acesso venoso perifeacuterico em pediatria p 13
3 METODOLOGIA p 17
31 Tipo de pesquisa p17
32 Sujeitos da pesquisa p17
33 Cenaacuterio p18
34 Coleta de dados p18
35 Questotildees eacuteticas da pesquisa p19
36 Analise dos dados p20
4 RESULTADOS E DISCUSSAtildeO p22
41 Os cuidados de enfermagem preacute intra e poacutes-procedimento de punccedilatildeo do acesso
venoso perifeacuterico p 22
42 Os cuidados em desuso para manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico p 28
43 O acompanhante e a manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico p31
CONCLUSAtildeO p 35
REFEREcircNCIAS p37
APEcircNDICE I p 44
APEcircNDICE II p45
ANEXO p46
8
1 INTRODUCcedilAtildeO
A motivaccedilatildeo pelo assunto veio durante o ensino teoacuterico praacutetico da disciplina
Enfermagem na sauacutede da crianccedila e do adolescente II na enfermaria pediaacutetrica do Hospital
Universitaacuterio Antonio Pedro quando me incomodei com o excesso de punccedilatildeo perifeacuterica
realizado nas crianccedilas gerando impacto nas mesmas e na famiacutelia durante o procedimento
A hospitalizaccedilatildeo em si eacute uma situaccedilatildeo estressante jaacute que a crianccedila perde o controle em
relaccedilatildeo a sua liberdade aleacutem do conviacutevio com pessoas estranhas e da mudanccedila de ambiente e
rotina (HOCKENBERRY e WILSON 2011 p676) Com isso em uma situaccedilatildeo de diversas
perdas de acesso venoso as repeticcedilotildees do procedimento causam trauma emocional tornando
ainda mais doloroso o periacuteodo de estada do paciente no hospital
A punccedilatildeo venosa perifeacuterica eacute um procedimento essencial para manejo da crianccedila
durante a hospitalizaccedilatildeo visto que em grande parte as medicaccedilotildees satildeo administradas por essa
via onde o efeito eacute quase instantacircneo e permite infusatildeo de maior volume Poreacutem esse tipo de
procedimento eacute doloroso e estressante deixando a crianccedila sujeita a traumas por agentes
bioloacutegicos quiacutemicos fiacutesicos e emocionais sendo funccedilatildeo do enfermeiro prevenir diminuir ou
erradicar esses riscos (CORREIA RIBEIRO BORBA 2009 p559)
A permanecircncia do dispositivo eacute dificultada por diversos fatores como uma infecccedilatildeo a
fixaccedilatildeo inadequada o trauma durante a infusatildeo e a movimentaccedilatildeo da crianccedila A cobertura
utilizada eacute de suma importacircncia nessa situaccedilatildeo sendo ela muitas das vezes a causa da perda
de um acesso e entatildeo a necessidade de nova punccedilatildeo venosa Por conta disso esse tipo de
procedimento causa grande desconforto para a famiacutelia para a crianccedila e tambeacutem para o
profissional (CORREIA RIBEIRO BORBA 2009 p559)
Uma grande pesquisa conduzida sobre a temaacutetica concluiu que com ldquo592 crianccedilas e
1135 tentativas de punccedilatildeo realizadas por 143 enfermeiras 10 de taxa de insucesso no
9
procedimento poreacutem com cerca de 50 de insucesso na primeira tentativardquo Cada crianccedila foi
submetida a 21 tentativas (LARSEN1
11 Questotildees norteadoras
et al 2010 apud NEGRI et al 2012)
Quais os fatores que podem interferir na permanecircncia do acesso venoso em uma
crianccedila hospitalizada
Quais satildeo os cuidados da equipe de enfermagem para aumentar o tempo de
permanecircncia de um acesso venoso perifeacuterico em uma crianccedila hospitalizada
12 Objeto de estudo
Os cuidados da equipe de enfermagem na permanecircncia do acesso venoso perifeacuterico
13 Objetivos
Descrever e discutir os cuidados de enfermagem acerca da permanecircncia dos acessos
venosos perifeacutericos na pediatria
14 Justificativa e relevacircncia
Diante da problemaacutetica exposta eacute possiacutevel identificar a importacircncia da necessidade de
um maior periacuteodo de permanecircncia dos acessos venosos perifeacutericos Com isso aleacutem da
diminuiccedilatildeo de eventos que causam dor e irritaccedilatildeo na crianccedila e na famiacutelia promoveraacute tambeacutem
uma melhor estada dos mesmos durante o periacuteodo de hospitalizaccedilatildeo
Oliveira Bezerra e Pereira (2008 p96) chegaram a conclusatildeo que os enfermeiros
prestam assistecircncia agraves crianccedilas dentro dos paracircmetros poreacutem devem ter mais cuidados em
alguns pontos como ldquonecessidade de maior atenccedilatildeo na quantidade e velocidade da infusatildeo da
terapia mais controle do calibre do cateter identificaccedilatildeo do acesso complicaccedilotildees e troca de
fixaccedilatildeordquo
O presente estudo possui relevacircncia pois busca descrever os principais cuidados que a
equipe de enfermagem desenvolve na manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico na pediatria
demonstrando o que a equipe faz efetivamente para aumentar o tempo de permanecircncia desse
1 Larsen P Eldridge D Brinkley J Newton D Goff D Hartzog T Saad ND Perkin R Pediatric peripheral intravenous access does nursing experience and competence really make a difference J Infus Nurs 201033(4)226-35
10
dispositivo visto que a sua inserccedilatildeo jaacute eacute um evento estressante para crianccedila e sua famiacutelia
durante a hospitalizaccedilatildeo Eacute relevante tambeacutem natildeo soacute para os enfermeiros pediaacutetricos como
tambeacutem para todos os profissionais da aacuterea de sauacutede que procuram aprofundar seus
conhecimentos acerca dos cuidados na assistecircncia de enfermagem da cateterizaccedilatildeo venosa
perifeacuterica
11
2 REVISAtildeO DE LITERATURA
21 Hospitalizaccedilatildeo infantil e seus estressores
Durante a vida de uma crianccedila as principais situaccedilotildees de crise que normalmente elas
vivenciaratildeo estatildeo relacionadas agrave doenccedila ou a uma possiacutevel hospitalizaccedilatildeo Frente a estes
fatores elas se mostram vulneraacuteveis diante das mudanccedilas impostas relacionadas ao estado de
sauacutede e a sua rotina de vida (HOCKENBERRY e WILSON 2011 p676)
ldquoA hospitalizaccedilatildeo representa para a crianccedila uma situaccedilatildeo diferente de todas as jaacute
vivenciadas haja vista que sua rotina diaacuteria eacute modificada Ela encontra-se em um ambiente
impessoal repleto de tabus e significados diferente do seu contexto diaacuteriordquo (JANSEN
SANTOS e FAVERO 2010 p248)
Segundo Brito et al (2009 p 803) a crianccedila hospitalizada eacute ldquoafastada de seu ambiente
familiar de seus amigos da escola e de seus objetos pessoais perdendo assim grande parte de
suas referecircnciasrdquo com isso esse periacuteodo de hospitalizaccedilatildeo pode causar impacto sobre o estado
psicoloacutegico da mesma
Conforme Hockenberry e Wilson (2011 p676) as crianccedilas natildeo possuem habilidades
de enfrentamento suficientes para resolver determinados estressores Como principais
estressores pode-se citar ldquoa separaccedilatildeo a perda de controle lesatildeo corporal e dorrdquo
Um dos procedimentos mais dolorosos e estressantes para a crianccedila eacute a punccedilatildeo venosa
onde na maioria dos casos constitui a primeira escolha para a administraccedilatildeo de medicamentos
nutriccedilatildeo parenteral hemoderivados e coleta de exames sanguumliacuteneos(OLIVEIRA BEZERRA e
PEREIRA 2008 p91)
12
ldquoA crianccedila eacute um ser em crescimento e desenvolvimento com particularidades e
caracteriacutesticas proacutepriasrdquo (MATHEWS-SIMONTON2
Esse periacuteodo de internaccedilatildeo ldquopode deixar a crianccedila ansiosa insegura e com medo
principalmente quando natildeo eacute preparada para a hospitalizaccedilatildeo e o tratamento a que seraacute
submetidardquo Para Martins (2001) isso contribui para aumentar o medo e a ansiedade
expressos por meio do choro da raiva e ateacute mesmo por agressotildees
1990 apud COA e PETTENGILL
2006 p434) Isso significa que a crianccedila iraacute se comportar de acordo com a situaccedilatildeo imposta
pois isso dependeraacute natildeo soacute da idade de desenvolvimento como tambeacutem de suas experiecircncias
com determinadas situaccedilotildees
Diante de todo o processo de hospitalizaccedilatildeo a crianccedila pode apresentar diversas
manifestaccedilotildees comportamentais sendo consideradas mais comuns as ldquoregressotildees diminuiccedilatildeo
no ritmo do desenvolvimento desordens do sono e da alimentaccedilatildeo dependecircncia
agressividade apatia estados depressivos fobias e transtornos de comportamento em geralrdquo
(BAR-MOR3
Para a famiacutelia ldquoa hospitalizaccedilatildeo de um filho geralmente eacute encarada como uma
situaccedilatildeo de crise para a famiacutelia e para a crianccedilardquo O profissional de enfermagem deve se
organizar seu trabalho com estrateacutegias que minimizem o sofrimento no ambiente hospitalar e
na assistecircncia agrave crianccedila (THOMAZINE et al 2008 p146)
1997 apud BRITO et al 2009 p203) Com a atenccedilatildeo voltada para atender a
demanda e a necessidade fisioloacutegica da crianccedila os profissionais da equipe de enfermagem
geralmente ldquodedicam pouca ou nenhuma atenccedilatildeo agraves questotildees psicoloacutegicas e sociais da crianccedila
hospitalizada e de sua famiacuteliardquo(JANSEN SANTOS e FAVERO 2010 p248)
A qualidade do ambiente pode afetar diretamente no processo de recuperaccedilatildeo com
isso ldquoas intervenccedilotildees no contexto hospitalar devem visar agrave promoccedilatildeo de condiccedilotildees favoraacuteveis
agrave reabilitaccedilatildeo dos efeitos de experiecircncias adversas ao desenvolvimento das crianccedilasrdquo Isso
sugere que o ambiente aleacutem de incentivar a sauacutede deve ser planejado de maneira supra agraves
necessidades dos pacientes levando em conta os aspectos psicoloacutegicos pedagoacutegicos e
2 Mathews-Simonton S A famiacutelia e a cura o meacutetodo Simonton para famiacutelias que enfrentam uma doenccedila Satildeo Paulo Summus 1990 3 Bar-Mor G Preparation of children for surgery and invasive procedures milestones on the way to success J Pediatr Nurs1997Aug12(4) 252-255
13
socioloacutegicos da crianccedila e de sua famiacutelia (SOARES e ZAMBERLAN4
Para humanizar a assistecircncia agrave crianccedila hospitalizada e atender a suas reais
necessidades os pais foram inseridos na cliacutenica pediaacutetrica com direito a permanecircncia integral
nos casos de internaccedilatildeo Isso ocorreu no iniacutecio da deacutecada de 1990 no Brasil com a
legalizaccedilatildeo estabelecida pelo Estatuto da Crianccedila e do Adolescente (THOMAZINE et al
2008 p145) Com isso ldquomuitos hospitais natildeo consideram mais os pais como visitantes e
enfatizam sua presenccedila durante todo o periacuteodo da hospitalizaccedilatildeordquo fazendo uso de um sistema
de cuidado centrado na famiacutelia (HOCKENBERRY e WILSON 2011 p685)
1995 apud BRITO et
al 2009 p803)
Durante o processo de hospitalizaccedilatildeo as crianccedilas satildeo submetidas a diversas condutas e
procedimentos como por exemplo exames e administraccedilatildeo de medicamentos A punccedilatildeo
venosa eacute um dos principais procedimentos que causam dor e muitas vezes existe a
necessidade de vaacuterias punccedilotildees durante um mesmo dia Vale ressaltar que para a crianccedila esse
tipo de procedimento se iguala a uma agressatildeo jaacute que ldquona maioria das vezes eacute acompanhado
de dor ou medo o que se traduz no choro e na ansiedaderdquo (COLLET5
2002 apud GOMES et
al 2011 p290)
22 Acesso venoso perifeacuterico em pediatria
Para Correia et al (2009 p559) a fim evitar um trauma emocional durante a punccedilatildeo
as crianccedilas precisam ser orientadas sobre o tratamento seus objetivos e receber atenccedilatildeo
carinhosa neste momento
A fim de tornar o processo de cateterizaccedilatildeo venosa menos doloroso e estressante para
a crianccedila deve-se ter preferecircncia pelas veias que menos comprometam suas atividades
essenciais Neste intuito deve-se evitar por exemplo puncionar uma veia na matildeo que
dificulte o ato de se alimentar desenhar e ateacute mesmo brincar (OLIVEIRA BEZERRA e
PEREIRA 2008 p91)
4 Soares MRZ Zamberlan MAT A inclusatildeo do brincar na hospitalizaccedilatildeo infantil Est Psicol maioago18(2) 64-9 5 Collet N Oliveira BRG de Manual de Enfermagem em Pediatria Goiacircnia AB 2002
14
O acesso vascular eacute uma das principais modalidades de tratamento utilizadas na
assistecircncia agrave sauacutede Existe ampla aceitaccedilatildeo difusatildeo e praacutetica desse procedimento pelos
profissionais da aacuterea da assistecircncia agrave sauacutede (FERREIRA et al 2005)
Foi na deacutecada de 40 que o uso de cateter vascular foi introduzido nos hospitais
tornando-se essencial para as atividades assistenciais da modernidade (WORTHIGTON6
Para Peterlini e Chaud (2003) tal procedimento se define como um conjunto de
conhecimentos e teacutecnicas que visam agrave administraccedilatildeo de soluccedilotildees ou faacutermacos no sistema
circulatoacuterio abrangendo o preparo do paciente a escolha obtenccedilatildeo e manutenccedilatildeo do acesso
venoso os meacutetodos de preparo e administraccedilatildeo de drogas e soluccedilotildees e os cuidados referentes
agrave frequecircncia de troca do cateter curativos dispositivos de infusatildeo e soluccedilotildees
2005 apud MENDONCcedilA et al 2011 p330)
Primeiramente o acesso perifeacuterico era mantido com agulhas de accedilo inoxidaacutevel as
quais apesar de oferecerem menor risco de infecccedilatildeo satildeo riacutegidas e facilitavam perda do
acesso Em 1945 passou a ser utilizado o cateter venoso plaacutestico que permitia manutenccedilatildeo do
acesso por tempo prolongado (FERNANDES e RIBEIRO7
Quanto ao tempo de permanecircncia em pacientes pediaacutetricos o cateter deve ser mantido
ateacute o teacutermino da terapia intravenosa ou quando forem observados sinais cliacutenicos de
complicaccedilotildees diferentemente dos pacientes adultos onde o tempo de permanecircncia
preconizado eacute de 72 a 96 horas (CENTERS FOR DISEASE CONTROL AND
PREVENTION-CDC 2002)
2000 apud MARTINS et al 2008
p 485) Habitualmente o material de punccedilatildeo que vem sendo utilizado em crianccedilas satildeo os
cateteres flexiacuteveis tipo abocath com mandril metaacutelico (BATALHA et al 2010 p512)
Associaccedilatildeo Paulista de Estudos e Controle de Infecccedilatildeo Hospitalar (2005 apud
Moncaio e Figueiredo 2009) ressaltam que ldquoas principais complicaccedilotildees infecciosas para o
paciente satildeo flebite infecccedilatildeo do siacutetio de inserccedilatildeo do cateter extravasamento de soluccedilatildeo e
bacteremia relacionada ao cateterrdquo Certos fatores podem contribuir para o aparecimento de
tais complicaccedilotildees como o tipo do cateter que seraacute utilizado o preparo do local da punccedilatildeo
aleacutem de caracteriacutesticas intriacutensecas do paciente Vale acrescentar que ldquoos cateteres 6 Worthigton T Elliot TSJ Diagnosis of central venous catheter related infection in adult pacient J Infect 2005 51267-80 7 Fernandes AT Ribeiro Filho N Infecccedilatildeo do acesso vascular In Fernandes AT Fernandes M OV Ribeiro Filho N Infecccedilatildeo hospitalar e suas interfaces na aacuterea da sauacutede Satildeo Paulo (SP) Atheneu 2000 p 556-79
15
confeccionados em Teflon e poliuretano estatildeo associados a baixas frequecircncias de
complicaccedilotildees infecciosas quando comparados aos de polivinilcloreto e polietilenordquo
CENTERS FOR DISEASE CONTROL AND PREVENTION-CDC 2002)
ldquoNo acircmbito hospitalar a flebite eacute uma das complicaccedilotildees mais frequentes e
considerada uma das principais falhas da infusatildeordquo Eacute o processo inflamatoacuterio da camada
iacutentima das veias ocasionado por irritaccedilatildeo mecacircnica quiacutemica ou infecccedilotildees bacterianas
apresentando manifestaccedilotildees como dor edema hiperemia local e calor (GABRIEL8
Machado et al(2008) relata que ldquocerca de 1 a 10 destes pacientes desenvolvem
infecccedilotildees locais ou sistecircmicas relacionadas ao uso de cateteres causadas por alteraccedilatildeo ou
ruptura da integridade da pele que permite a passagem de microorganismos colonizadoresrdquo
2008
apud MAGEROTE et al 2011 p 487)
O curativo para fixaccedilatildeo do cateter eacute outro ponto importante para a manutenccedilatildeo do
mesmo visto que a ldquofixaccedilatildeo reduz o risco de complicaccedilotildees relacionadas agrave terapia intravenosa
tais como flebite infiltraccedilatildeo septicemia e deslocamento do cateterrdquo aleacutem de mantecirc-lo limpo
e seco permitindo a visualizaccedilatildeo contiacutenua do mesmo a fim de prevenir os agravos
(PHILLIPS9
No seacuteculo passado durante os primeiro 50 anos da praacutetica da terapia intravenosa
utilizava-se para fixaccedilatildeo gaze esteacuteril e fitas adesivas O iniacutecio do uso de filmes transparentes
esteacutereis se deu em 1970 como solicitaccedilatildeo dos enfermeiros quanto agrave necessidade da retirada do
curativo para realizar a inspeccedilatildeo do local de inserccedilatildeo funccedilatildeo atribuiacuteda aos mesmos a fim de
impedir uma infecccedilatildeo de corrente sanguiacutenea (MACHADO PEDREIRA E CHAUD 2008)
2001 apud SILVA E ZANETTI 2004 p233)
O uso de fitas adesivas natildeo-esteacutereis pode ser bastante observado em algumas
instituiccedilotildees de sauacutede contudo fita adesiva soacute natildeo estaacute contaminada enquanto permanece na
embalagem sugerindo tambeacutem a possibilidade da transmissatildeo de microorganismos
patogecircnicos com a aplicaccedilatildeo da mesma sobre o local de inserccedilatildeo do cateter
(VANDENBOSCH COOCH E TRESTON-AURAND10
8 Gabriel J Infusion therapy part one minimising the risks Nurs Stand 2008 Apr 22(31)51-6
1997 et al MACHADO
PEDREIRA E CHAUD2005 p292)
9 Phillips DL Manual de terapia endovenosa Trad Pedreira MLG Pereira SR Harada MJCS Peterline MAS 2ordf ed Porto Alegre (RS) Artmed 2001551P 10 VandenBosch TM Cooch J Treston-Aurand J Research utilization adhesive bandage dressing regimen for peripheral venous catheters Am J Infect Control 1997 25(6)513-9
16
Acerca da terapia intravenosa podem ocorrer incompatibilidades em relaccedilatildeo aos
faacutermacos administrados e os cateteres utilizados que na maioria das vezes natildeo satildeo percebidos
devido a impossibilidade de visualizaccedilatildeo Essas incompatibilidades satildeo denominadas por
Peterlini Chaud e Pedreira (2006) como adsorccedilatildeo e absorccedilatildeo onde ocorre ldquoperda do faacutermaco
para a superfiacutecie de frascos seringas filtros acessoacuterios e cateteres da terapia intravenosa por
meio de adsorccedilatildeo ou pela absorccedilatildeo do faacutermaco para a matriz do material de confecccedilatildeo desses
dispositivosrdquo Com isso o profissional de enfermagem tem como funccedilatildeo aleacutem do
conhecimento cientiacutefico acerca das drogas utilizadas programar accedilotildees que possibilitem
ldquoreconstituiccedilatildeo diluiccedilatildeo acondicionamento e cuidados na administraccedilatildeo de faacutermacosrdquo
evitando assim prejuiacutezos no tratamento
17
3 METODOLOGIA
31 Tipo de pesquisa
Trata-se de uma pesquisa descritiva exploratoacuteria de abordagem qualitativa com os
profissionais da equipe de enfermagem da unidade de internaccedilatildeo pediaacutetrica de um hospital
universitaacuterio do estado do Rio de Janeiro
Para Minayo Deslandes e Gomes (2007 p 21) a pesquisa qualitativa responde as
questotildees de forma particular de modo que trabalha com o universo dos significados dos
motivos das aspiraccedilotildees das crenccedilas dos valores e atitudes Sendo assim entende-se que as
accedilotildees do ser humano se distinguem a partir do seu pensamento do modo de agir de acordo
com a realidade vivida por cada um
Segundo Gil (1999 p44) ldquoas pesquisas descritivas tecircm como objetivo primordial a
descriccedilatildeo das caracteriacutesticas de determinada populaccedilatildeo ou fenocircmeno ou o estabelecimento de
relaccedilotildees variaacuteveisrdquo
Kauark Manhatildees e Medeiros (2010 p28) determinam a pesquisa exploratoacuteria como
agravequela que ldquoObjetiva a maior familiaridade com o problema tornando-o expliacutecito ou agrave
construccedilatildeo de hipoacutetesesrdquo Acrescenta ainda que a mesma pode conter levantamento
bibliograacutefico entrevistas com pessoas experientes no problema pesquisado entre outras
fontes
32 Sujeitos da pesquisa
A pesquisa contou com um nuacutemero total de nove (9) profissionais da equipe de
enfermagem da unidade de internaccedilatildeo pediaacutetrica de um Hospital Universitaacuterio do Rio de
Janeiro sendo estes dois (2) enfermeiros e sete (7) teacutecnicos de enfermagem De todos os
18
participantes apenas um trabalha no serviccedilo noturno sendo o restante do serviccedilo diurno Os
mesmos satildeo os responsaacuteveis pela instalaccedilatildeo e manipulaccedilatildeo dos os acessos venosos
perifeacutericos supondo assim que tenham maior domiacutenio sobre o assunto abordado
Os sujeitos foram identificados com codinomes referentes agraves princesas da Disney para
que suas identidades sejam preservadas
33 Cenaacuterio
A pesquisa ocorreu na unidade de internaccedilatildeo pediaacutetrica localizada no quinto andar do
Hospital Universitaacuterio do Rio de Janeiro vinculado a uma Universidade Federal
A unidade pediaacutetrica eacute divida em trecircs enfermarias de acordo com a idade das crianccedilas
hospitalizadas sendo denominadas estas Lactente preacute-escolar e escolar A enfermaria
Lactente eacute composta por 5 leitos hospitalizando crianccedilas de 29 dias a 2 anos jaacute na preacute-escolar
encontram-se 6 leitos e acolhe crianccedilas de 2 a 6 anos e na escolar 6 leitos abrigando crianccedilas
de 7 a 12 anos Toda crianccedila hospitalizada tem direito a um acompanhante como eacute
preconizado por direito pelo Artigo doze (12) do Estatuto da Crianccedila e do Adolescente
(Brasil 1990 p3)
A enfermaria conta com um posto de enfermagem localizado no centro da unidade
possibilitando maior visualizaccedilatildeo das enfermarias Possui tambeacutem uma sala de recreaccedilatildeo e
banheiro para os pacientes e acompanhantes Haacute uma sala utilizada pedagogia hospitalar
onde uma professora realiza atividades com as crianccedilas
Vale ressaltar que na unidade haacute uma sala para realizaccedilatildeo de procedimentos dolorosos
como a punccedilatildeo venosa perifeacuterica e sempre que possiacutevel o paciente eacute levado ateacute ela
34 Coleta de dados
A coleta de dados se deu a partir da teacutecnica de entrevista semi-estruturadas que
segundo Minayo Deslandes e Gomes (2007 p 64) satildeo ldquoperguntas fechadas e abertas em que
o entrevistado tem a possibilidade de discorrer sobre o tema em questatildeo sem se prender agrave
indagaccedilatildeo formuladardquo As mesmas foram gravadas em entrevista individual e tiveram como
foco as accedilotildees que os profissionais da equipe de enfermagem realizam acerca dos cuidados
para a permanecircncia do acesso venoso perifeacuterico aleacutem de investigar sobre o conhecimento que
cada um possui sobre o tema
19
Apoacutes contato preacutevio com a equipe de enfermagem foi acordado um dia e horaacuterio para
a realizaccedilatildeo das entrevistas que aconteceram na proacutepria unidade Todos os profissionais da
equipe de enfermagem foram convidados a participar voluntariamente da pesquisa As
entrevistas aconteceram apoacutes os profissionais assinarem o Termo de Consentimento Livre e
Esclarecido (TCLE)
Para Minayo Deslandes e Gomes (2007 p 64) a entrevista possui como principal
objetivo construir dados que sejam pertinentes para a pesquisa aleacutem de ser a estrateacutegia mais
utilizada no processo de trabalho de campo
A coleta foi interrompida no momento em que os dados se mostraram saturados ou
seja quando houve a cessaccedilatildeo do acreacutescimo de informaccedilotildees novas referentes ao tema
proposto
O fechamento amostral por saturaccedilatildeo teoacuterica eacute definido como a suspensatildeo de inclusatildeo
de novos participantes quando os dados obtidos passam a apresentar na avaliaccedilatildeo do
pesquisador certa redundacircncia ou repeticcedilatildeo natildeo sendo considerado relevante continuar a
coleta de dados (FONTANELLA RICAS e TURATO 2008)
35 Questotildees eacuteticas da pesquisa
De acordo com a Resoluccedilatildeo 46612 que visa assegurar os direitos e deveres que
dizem respeito agrave comunidade cientiacutefica aos sujeitos da pesquisa e ao Estado uma pesquisa
que envolve a participaccedilatildeo de seres humanos deve atender aos fundamentos eacuteticos e
cientiacuteficos pertinentes para a seguranccedila dos mesmos Neste contexto toda pesquisa
envolvendo seres humanos deveraacute ser submetida agrave apreciaccedilatildeo de um Comitecirc de Eacutetica em
Pesquisa (CEP) (BRASIL 2012)
Atendendo a esta condiccedilatildeo o projeto de pesquisa foi encaminhado ao CEP ndash do
Hospital Universitaacuterio o qual foi realizada a pesquisa foi analisado e aprovado na Reuniatildeo
com data de 06122013 CAAE 24693613700005243 Nuacutemero do parecer 486451 Com
isso a pesquisa foi desenvolvida mediante aprovaccedilatildeo do CEP atendendo aos preacute-requisitos
estipulados pela Resoluccedilatildeo nordm 46612
Esta pesquisa eacute pautada em princiacutepios eacuteticos que respeitam a dignidade humana e
justiccedila assegurando que natildeo haveraacute nenhum tipo de dano aos participantes
20
Em atendimento a resoluccedilatildeo 46612 do Conselho Nacional de SauacutedeMS apoacutes serem
esclarecidos pela pesquisadora quanto aos aspectos eacuteticos relacionados agrave pesquisa aleacutem das
formas de produccedilatildeo de dados e inserccedilatildeo no estudo os sujeitos da pesquisa assinaram duas
vias do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido ndash TCLE (apecircndice 1) autorizando sua
participaccedilatildeo voluntaacuteria na pesquisa Uma via foi entregue ao participante e outra ficou
arquivada com a pesquisadora
Nesse documento consta os objetivos da pesquisa procedimentos benefiacutecios
previstos garantia de recusa de participaccedilatildeo em qualquer momento de acesso aos resultados
da pesquisa e tambeacutem a garantia de acesso ao pesquisador quando os sujeitos julgarem
necessaacuterio sendo todas essas informaccedilotildees em linguagem acessiacutevel e simples O mesmo foi
apresentado e explicado ao profissional convidado a participar do estudo no primeiro contato
eou durante visita agendada para realizaccedilatildeo da entrevista
Vale ressaltar que esta pesquisa cujo financiamento eacute proacuteprio natildeo oferece nenhum
tipo de riscos para o sujeito da pesquisa e nem para o cuidado das crianccedilas internadas no setor
de pediatria e os benefiacutecios da participaccedilatildeo do mesmo satildeo de aumentar o conhecimento
cientiacutefico na aacuterea de Enfermagem Pediaacutetrica aleacutem de contribuir para a praacutetica profissional
36 Anaacutelise dos dados
O processo de anaacutelise dos dados foi baseada na teacutecnica da Anaacutelise Temaacutetica que para
Minayo Deslandes e Gomes (2007 p 86) o conceito central eacute o tema ldquoO tema eacute a unidade de
significaccedilatildeo que se liberta naturalmente de um texto analisado segundo criteacuterios relativos agrave
teoria que serve de guia da leiturardquo (BARDIN11
A anaacutelise realizada estava de acordo com a sugerida por Minayo (2010 p 315) e
contam com as seguintes etapas preacute-analise exploraccedilatildeo do material tratamento dos
resultados obtidos e interpretaccedilatildeo Atraveacutes dessas etapas tem-se o objetivo de descrever o
conteuacutedo do material coletado e interpretaacute-lo
1979 apud MINAYO DESLANDES
GOMES 2007 p 86)
A preacute analise consiste na escolha dos elementos a serem analisados e na retomada das
hipoacuteteses e dos objetivos iniciais da pesquisa Inicia-se com uma leitura flutuante onde o
11 BARDIN L Anaacutelise de Conteuacutedo Lisboa Ediccedilotildees 70 1979
21
pesquisador toma contato direto com o material adquirido deixando-se impregnar por seu
conteuacutedo Posteriormente haacute a constituiccedilatildeo do Corpus textual onde eacute feita uma seleccedilatildeo dos
documentos que iratildeo contemplar e fornecer informaccedilotildees sobre o tema sendo assim adequados
para dar resposta aos objetivos do trabalho (MINAYO 2010 p 315)
Essa fase preacute-analiacutetica eacute onde se determinam a unidades de registro unidade de
contexto e a partir delas satildeo determinados os temas que seratildeo analisados A unidade de
registro corresponde parte do conteuacutedo selecionado como base para analise e apoacutes a
delimitaccedilatildeo do contexto de compreensatildeo da unidade de registro eacute estabelecida a unidade de
contexto (MINAYO 2010 p 316)
De acordo com os objetivos da pesquisa foi possiacutevel perceber que nove (9)
entrevistas supriam para atender os mesmo encerrando assim a coleta Apoacutes a transcriccedilatildeo das
entrevistas foi realizada leitura das mesmas para natildeo soacute conhecimento do material mas
tambeacutem estabelecer as unidades de registro Em seguida foi realizado o colorimento das falas
assim as classificando de acordo com as unidades de registro estabelecidas
As unidades de registro que surgiram foram os fatores que interferem na manutenccedilatildeo
do acesso venoso perifeacuterico e o apontamento do acompanhante como responsaacutevel pela perda
do acesso venoso perifeacuterico Elas receberam as cores vermelha e laranja respectivamente a
fim de facilitar o agrupamento dos dados A partir disto surgiram as unidades de contexto que
compreendem as falas das entrevistas de modo a exemplificar o contexto das unidades de
registro
Partindo para segunda etapa da analise temaacutetica a exploraccedilatildeo do material que consiste
numa classificaccedilatildeo que visa alcanccedilar o nuacutecleo de compreensatildeo do texto Busca-se encontrar
categorias que satildeo expressotildees ou palavras significativas em funccedilatildeo das quais o conteuacutedo seraacute
organizado Essas categorias satildeo responsaacuteveis pela especificaccedilatildeo dos temas (MINAYO
2010 p 317)
Nesse caso foram definidos os seguintes temas cuidados preacute intra e poacutes procedimento
de punccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico cuidados em desuso para manutenccedilatildeo do acesso
venoso perifeacuterico o acompanhante e a manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico Essas trecircs (3)
categorias seratildeo apresentadas analisadas e discutidas no capitulo seguinte
22
4 RESULTADOS E DISCUSSAtildeO
Nesse capiacutetulo apresento as trecircs categorias temaacuteticas que surgiram da anaacutelise dos
dados e que contemplaram de forma satisfatoacuteria os objetivos da pesquisa A primeira
categoria denominada como ldquoOs cuidados de enfermagem preacute intra e poacutes-procedimento de
punccedilatildeo do acesso venoso perifeacutericordquo traz os passos e cuidados que os profissionais realizam
antes durante e apoacutes a punccedilatildeo buscando descrever e analisar os fatores envolvidos na pratica
do procedimento em questatildeo que emergiram das entrevistas aleacutem dos cuidados de
enfermagem para a manutenccedilatildeo do mesmo
A segunda categoria que seraacute apresentada eacute ldquoOs cuidados em desuso para manutenccedilatildeo
do acesso venoso perifeacutericordquo que mostra os cuidados que os profissionais citaram como natildeo
mais utilizados para auxiliar na manutenccedilatildeo da punccedilatildeo venosa perifeacuterica
E a uacuteltima categoria eacute denominada ldquoO acompanhante e a manutenccedilatildeo do acesso
venoso perifeacutericordquo e traz a responsabilizaccedilatildeo do acompanhante pelos profissionais do setor
em relaccedilatildeo aos cuidados com manutenccedilatildeo da punccedilatildeo Essa categoria busca tambeacutem ressaltar a
funccedilatildeo do acompanhante durante a hospitalizaccedilatildeo da crianccedila destacando que determinados
cuidados satildeo de total funccedilatildeo da equipe de enfermagem
41 Os cuidados de enfermagem preacute intra e poacutes-procedimento de punccedilatildeo do acesso
venoso perifeacuterico
Para interpretar as unidades de contextos tive como base autores que definiram os
cuidados de enfermagem preacute intra e poacutes punccedilatildeo venosa perifeacuterica Para esses autores a fase
de preacute-punccedilatildeo compreende as accedilotildees de anaacutelise e conhecimento da prescriccedilatildeo avaliaccedilatildeo e
23
preparo emocional do paciente preparo do material e medicaccedilatildeo seleccedilatildeo do siacutetio de inserccedilatildeo
e dilataccedilatildeo da veia selecionada As accedilotildees envolvidas na punccedilatildeo satildeo a execuccedilatildeo das
precauccedilotildees-padratildeo antissepsia da pele punccedilatildeo do vaso a fixaccedilatildeo e curativo do cateter
Finalmente na etapa de poacutes-punccedilatildeo adota-se a identificaccedilatildeo da punccedilatildeo o descarte apropriado
das partes dos materiais natildeo utilizados a orientaccedilatildeo do paciente acerca da terapecircutica o
controle da infusatildeo atraveacutes do gotejamento se necessaacuterio e o registro do procedimento
Phillips12
De acordo com as entrevistas a seleccedilatildeo do local de punccedilatildeo eacute indicada com um fator
que interfere diretamente no tempo de permanecircncia do acesso venoso perifeacuterico visto que
dependendo do local ocorre a perda mais rapidamente Aleacutem da localizaccedilatildeo citaram tambeacutem
o calibre da veia como interferecircncia na manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico Seguem
abaixo algumas falas
(2001 apud ARAUacuteJO 2007 p18)
ldquoPrimeira coisa eacute vocecirc procurar bem a veia colocar uma veia de um bom calibre Se puder dar preferecircncia a natildeo puncionar dobrasrdquo (Cinderela) ldquoDependendo de onde estiver puncionado se for na matildeozinha a crianccedila fica toda hora ta mexendo taacute manipulando alguma coisa e se for no pezinho tambeacutem nem todo tempo vai ficar acamada entatildeo acaba perdendo o acessordquo(Bela ) ldquoO mau posicionamento pode levar a perdardquo (Rapunzel)
A opiniatildeo dos profissionais acima vai de encontro com o que eacute encontrado na
literatura visto que eacute de suma importacircncia que o mesmo avalie o cliente e considere alguns
aspectos para uma escolha criteriosa e eficaz como a finalidade da punccedilatildeo o tipo de soluccedilatildeo
a ser infundida a condiccedilatildeo da rede venosa a duraccedilatildeo da terapia idade do cliente habilidade
cognitiva da crianccedila a preferecircncia do cliente o que nem sempre seraacute possiacutevel satisfazer e
tambeacutem a sua atividade (ARAUacuteJO 2007 p31)
Os cuidados com o acesso venoso perifeacuterico satildeo importantes antes mesmo da
realizaccedilatildeo do procedimento Levando em consideraccedilatildeo que um erro durante a fase de preacute-
procedimento como a escolha errada do local de punccedilatildeo por exemplo poderaacute levar a perda
do acesso e prejudicar assim o tratamento aleacutem do bem-estar da crianccedila que seraacute puncionada
novamente
12 PHILLIPS L D Manual de terapia intravenosa 2ed Porto Alegre Artmed 2001
24
O vaso sanguiacuteneo que o profissional selecionar como local para puncionar deve ser
suficiente para suportar o calibre e o comprimento do cateter aleacutem de atender a necessidade
terapecircutica para que natildeo haja a necessidade de uma nova punccedilatildeo
A punccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico eacute um procedimento doloroso e de grande
incomodo para a crianccedila com isso eacute de suma importacircncia realizar a seleccedilatildeo preacutevia do
material poreacutem natildeo foi citado Outro cuidado rotineiro e natildeo menos importante como a
lavagem das matildeos antes da colocaccedilatildeo do acesso tambeacutem natildeo foi mencionado durante as
entrevistas
O preparo emocional da crianccedila e do acompanhante quanto ao procedimento deve ser
considerada praacutetica rotineira para a equipe de enfermagem O profissional de enfermagem
deve lavar as matildeos objetivando a reduccedilatildeo significativa de risco de infecccedilatildeo e recomenda-se o
uso de aacutegua e sabatildeo para lavagem das matildeos antes da colocaccedilatildeo do cateter venoso perifeacuterico
(PHILLIPS13
O preparo preacutevio do material para instalaccedilatildeo do cateter venoso perifeacuterico eacute importante
para evitar interrupccedilotildees do procedimento e consequentemente um maior tempo de
manipulaccedilatildeo da crianccedila (SILVA
2001apud ARAUacuteJO 2007 Centers for Disease Control and Prevention ndash CDC
2002 apud ARAUacuteJO 2007)
14
Outro aspecto citado e classificado como preacute-procedimento eacute o cuidado com a
medicaccedilatildeo a ser administrada incluindo cuidados com a diluiccedilatildeo e composiccedilatildeo da mesma
Seguem algumas das falas
2004 apud ARAUacuteJO 2007 p30)
ldquoEstar sempre diluindo as medicaccedilotildees de acordo com a prescriccedilatildeo meacutedica pois as medicaccedilotildees satildeo muito fortes e podem causar enfraquecimento da veia Tem que diluir direitinho e passar lento na veiardquo (Cinderela) ldquoTer cuidado principalmente quando eacute crianccedila e a diluiccedilatildeo da medicaccedilatildeo tambeacutem agraves vezes natildeo eacute pra passar em perifeacuterico e na segunda dose jaacute perdeurdquo (Alice)
O acesso venoso perifeacuterico eacute a primeira alternativa para infusatildeo intravenosa por ser de
mais faacutecil acesso e rapidez no efeito da medicaccedilatildeo O profissional de enfermagem deve ter
domiacutenio natildeo soacute relacionado agrave infusatildeo das medicaccedilotildees mas tambeacutem com a composiccedilatildeo
13 PHILLIPS L D Manual de terapia intravenosa 2ed Porto Alegre Artmed 2001 14 SILVA G R G Terapia intravenosa em receacutem-nascidos ndash orientaccedilotildees para o cuidado de Enfermagem Rio de Janeiro Cultura Meacutedica 2004
25
farmacoloacutegica das mesmas os efeitos adversos e colaterais que a droga pode causar inclusive
em relaccedilatildeo a diluiccedilatildeo o que normalmente eacute estabelecido como padratildeo no setor de acordo com
cada faacutermaco
Com a intenccedilatildeo de promover a eficaacutecia terapecircutica dos medicamentos administrados
por via intravenosa eacute atribuiccedilatildeo do profissional de enfermagem implementar teacutecnicas como a
diluiccedilatildeo acondicionamento e cuidados na administraccedilatildeo de faacutermacos a fim de evitar
prejuiacutezos no tratamento resultantes da incompatibilidade medicamentosa (PETERLINI
CHAUD e PEDREIRA 2006)
Os fatores intra-procedimento satildeo considerados aqueles diretamente relacionados com
o procedimento Os dados colidos nas entrevistas ressaltaram apenas a fixaccedilatildeo com um fator
que interfere nessa fase Este foi o dado mais repetitivo nas entrevistas poreacutem sempre citado
de forma superficial Seguem as falas dos profissionais quando questionados sobre o que era
importante para manutenccedilatildeo do acesso
ldquoTem que fazer uma boa fixaccedilatildeo Porque quando a pessoa natildeo fixa bem prejudica porque aquilo vai soltando e quando vocecirc vecirc jaacute perdeu a veiardquo(Cinderela) ldquoEu acho que natildeo tem o que fazer para manter o acesso A crianccedila vai ficar uns dias X com aquele acesso pra fazer medicaccedilatildeo e eu acho que natildeo tem o que vocecirc profissional fazer para que natildeo percardquo (Aurora) ldquoA fixaccedilatildeo evita a movimentaccedilatildeo excessiva no local que estaacute o acessordquo (Ariel) ldquoTer cuidado com o curativo saber manusear E manter sempre o curativo limpo trocar se necessaacuteriordquo (Rapunzel) ldquoA fixaccedilatildeo eacute muito importante pra natildeo soltar o acesso e pra ele ficar mais tempordquo(Mulan)
Oliveira Bezerra e Pereira (2008 p 94) afirmam que de acordo com o revelado por
determinados estudos o tipo de curativo a fixaccedilatildeo do cateter e o tempo de permanecircncia estatildeo
diretamente relacionados com a ocorrecircncia de complicaccedilotildees infecciosas como flebites e
tambeacutem infiltraccedilatildeo extravasamento desconexatildeo e deslocamento do cateter
26
Para Pettit e Kraus15
Potter
(1995 apud MACHADO PEDREIRA E CHAUD2005 p292) a
gaze esteacuteril fixada com a fita adesiva hipoalergecircnica bem como a peliacutecula transparente esteacuteril
satildeo os materiais mais recomendados para curativo e fixaccedilatildeo de cateter venoso perifeacuterico
16
Jaacute as peliacuteculas transparentes mais conhecidas como filme permitem a respiraccedilatildeo
normal da pele com alta permeabilidade ao oxigecircnio e vapores e eacute impermeaacutevel a liacutequidos e
micro-organismos (SILVA E ZANETTI 2004 p233) Aleacutem disso permitem tambeacutem a
visualizaccedilatildeo contiacutenua do local de punccedilatildeo permitindo assim avaliaccedilatildeo do mesmo natildeo soacute
durante a infusatildeo de medicaccedilotildees mas tambeacutem todo o tempo
(1998 apud SILVA E ZANETTI 2004 p233) afirma que nas fixaccedilotildees em
que se utiliza a gaze esteacuteril preconiza-se a utilizaccedilatildeo de teacutecnica asseacuteptica Neste curativo a
gaze esteacuteril eacute colocada sobre o siacutetio de inserccedilatildeo e suas bordas satildeo fixadas com fita adesiva
A observaccedilatildeo da punccedilatildeo eacute muito importante pois se o local de inserccedilatildeo se mostrar
com sinais e sintomas de complicaccedilotildees a terapia deve ser suspensa (OLIVEIRA BEZERRA
e PEREIRA 2008 p95)
A visualizaccedilatildeo contiacutenua do acesso permite que a equipe de enfermagem possa realizar
uma observaccedilatildeo mais particularizada em relaccedilatildeo agraves condiccedilotildees do acesso venoso perifeacuterico
podendo observar se haacute deslocamento do cateter sinais de infiltraccedilatildeo e tambeacutem sinais de
infecccedilatildeo
Para Silva Barbato e Valente (2013 p 1200) cabe ao enfermeiro fazer a avaliaccedilatildeo
diaacuteria e cuidadosa do curativo observando a presenccedila de umidade sujidade integridade do
oacutestio de inserccedilatildeo a fixaccedilatildeo bem como a realizaccedilatildeo do curativo e das anotaccedilotildees legais
competentes agraves suas funccedilotildees
A fase poacutes-procedimento eacute caracterizada por uma seacuterie de cuidados que a equipe de
enfermagem deve realizar para que se obtenha maior tempo de permanecircncia do acesso venoso
perifeacuterico Durante as entrevistas os cuidados citados foram a salinizaccedilatildeo do acesso cuidados
para evitar a flebite e a velocidade de infusatildeo
15 Pettit DM Kraus V The use of gauze versus transparent dressings for peripheral intravenous catheter sites Nurs ClinNorth Am 1995 30(3)495-506 16 Potter P Perry AG Fundamentos de enfermagem processo conceito e praacutetica 3ordf ed Santos(SP) Guanabara Koogan19981397pp801-43
27
ldquoManter um acesso bem salinizado que vocecirc lave pelo menos de duas de trecircs em trecircs horas Se bem que isso aqui na pediatria natildeo eacute muito comum aqui a gente soacute lava cada vez que vai fazer medicaccedilatildeo mas se eu natildeo me engano a literatura preconiza isso vocecirc lavar pelo menos de quatro em quatro horas o acessordquo (Aurora)
ldquoPra manter o acesso venoso perifeacuterico eacute importante manter ele salinizado Assim que a gente recebe o plantatildeo eu vou ver se o acesso ta peacutervio com uma ldquoseringuinhardquo vai la da uma ldquolavadinhardquo e vecirc se o acesso ta peacutervio e manter o acesso salinizadordquo (Ariel)
ldquoSalinizar de 6 em 6 horas para manter ele peacuterviordquo (Alice)
ldquoTem que passar lento a medicaccedilatildeo e a limpeza da aacuterea vocecirc tem que limpar bem a aacuterea pra vocecirc natildeo formar uma flebiterdquo (Cinderela)
A salinizaccedilatildeo do acesso eacute um cuidado simples e de grande importacircncia Esse cuidado
deve ser realizado para manter o acesso peacutervio e limpo e deve ser realizado antes e apoacutes
qualquer infusatildeo
Para Moncaio e Figueiredo (2009)
a ldquosalinizaccedilatildeordquo consiste em administrar sob pressatildeo positiva soluccedilatildeo salina (Soro fisioloacutegico a 09) logo apoacutes o teacutermino da infusatildeo da medicaccedilatildeo Este procedimento visa prevenir a formaccedilatildeo de trombos e fibrina evitar o contato de drogas incompatiacuteveis (quando da infusatildeo de mais de um item medicamentoso no mesmo horaacuterio) garantir a infusatildeo de todo o medicamento que possa ter ficado no sistema aleacutem de evitar retorno sanguiacuteneo mantendo o cateter peacutervio para a proacutexima infusatildeo
Durante a coleta de dados esse cuidado surgiu em diversos momentos poreacutem foi
possiacutevel perceber que os profissionais realizam o mesmo de forma banalizada Natildeo sabem de
fato a real funccedilatildeo de manter o acesso salinizado A impressatildeo que passa eacute que eles
aprenderam que esse cuidado deveria ser feito e simplesmente fazem Haacute divergecircncias
tambeacutem entre a equipe em relaccedilatildeo ao momento que deve ser realizada a salinizaccedilatildeo e isso nos
mostra a desatualizaccedilatildeo dos profissionais do setor e a falta de uma educaccedilatildeo continuada no
hospital
Os cuidados para evitar a flebite e a velocidade de infusatildeo da medicaccedilatildeo apareceram
menos nas entrevistas e interferem diretamente com a manutenccedilatildeo do acesso venoso
perifeacuterico
28
A flebite eacute uma inflamaccedilatildeo na veia puncionada ocorrendo quando as ceacutelulas
endoteliais da parede da veia que o cateter estaacute inserido tornam-se inflamadas e irregulares
propiciando a aderecircncia de plaquetas e predispondo a veia a inflamaccedilatildeo Eacute comum que o local
se apresente dolorido hiperemiado quente e edemaciado e nesses casos eacute aconselhada a
retirada do cateter Uma boa fixaccedilatildeo do cateter perifeacuterico eacute recomendada por autores na
literatura visto que previnem deslocamento faacutecil e permitem uma boa visualizaccedilatildeo do local
evitando complicaccedilotildees como a flebite e infiltraccedilatildeo (MOLDES et al 2011 p 330)
Dentre as principais falhas de infusatildeo venosa estatildeo flebite infiltraccedilatildeo hematoma e
obstruccedilatildeo Acredita-se que para reduzir a incidecircncia destas nas unidades pediaacutetricas eacute preciso
a adoccedilatildeo de estrateacutegias tais como a abordagem junto agrave equipe em parceria com o setor de
educaccedilatildeo permanente e a adoccedilatildeo do uso da teacutecnica corretamente e de forma asseacuteptica para a
realizaccedilatildeo da punccedilatildeo venosa perifeacuterica em acordo com a comissatildeo de controle de infecccedilatildeo
hospitalar (SILVA BARBATO e VALENTE 2013 p 1200)
A incapacidade do paciente em relatar dor no siacutetio de administraccedilatildeo do faacutermaco quer
pela idade ou condiccedilatildeo cliacutenica e o local de inserccedilatildeo como tambeacutem a velocidade de infusatildeo do
medicamento (gt25mgmin) satildeo classificados como fatores de risco para a perda do acesso
venoso perifeacuterico (MARTINS SILVINO e DIAS 2010)
42 Os cuidados em desuso para manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico
Essa categoria discorre sobre os cuidados de enfermagem que com o passar do tempo
foram desconsiderados e natildeo satildeo mais utilizados Quando questionados em relaccedilatildeo a vivencia
profissional e cuidados que discordavam os entrevistados citaram o uso da tala para fixaccedilatildeo
uso de heparina e os cuidados em relaccedilatildeo ao tempo de permanecircncia do cateter Haacute muitas
controveacutersias em relaccedilatildeo aos cuidados citados acima
O tempo de permanecircncia interfere diretamente no aparecimento de complicaccedilotildees
como flebite e que acabam levando a perda do acesso venoso perifeacuterico mais rapidamente
aconselhando assim a troca do mesmo entre 76 a 96 horas Poreacutem eacute preconizada a retirada do
cateter apenas se finalizar o tratamento ou houver alguma interferecircncia
ldquoA gente observa tambeacutem o tempo dependendo do tempo tem que tirarrdquo (Alice)
29
ldquoHoje eu natildeo sei como que eacute essa questatildeo do tempo porque a gente trocava o acesso a cada quatro dias agora o pessoal jaacute diz que pode trocar em ateacute uma semana entatildeo natildeo sei como que ta isso e o que tem escrito em relaccedilatildeo a isso (Aurora)
Sabe-se que o tempo para troca do cateter de teflon ou poliuretano varia de 72 a 96
horas com o intuito de reduzir risco de infecccedilatildeo e flebite e para minimizar esses riscos nas
seguintes situaccedilotildees diante de sinais inflamatoacuterios no local de inserccedilatildeo e sempre que houver
mau funcionamento do cateter (SANTOS17
Entretanto o Center for Disease Control and Prevention - CDC (2002) diz que em
pacientes pediaacutetricos natildeo foi observada relaccedilatildeo quanto ao tempo de permanecircncia do cateter e
ocorrecircncia de complicaccedilotildees devendo ser mantido ateacute o teacutermino da terapia intravenosa ou
quando forem observados sinais cliacutenicos de complicaccedilotildees
2004 apud OLIVEIRA BEZERRA e PEREIRA
2008 p 93)
Eacute possiacutevel observar a diferenccedila do conhecimento pratico dos profissionais
entrevistados em relaccedilatildeo ao conhecimento encontrado na literatura E ainda contendo duacutevidas
natildeo haacute uma busca da parte dos mesmos para esclarececirc-las
O uso da heparina com a finalidade de manter o acesso peacutervio por um periacuteodo maior
de tempo mostra-se com mais certeza quanto ao desuso nos dados colidos
ldquoAntigamente a gente usava heparina entatildeo a gente ficava tranquila em relaccedilatildeo agrave obstruccedilatildeo mas agora natildeo a gente usa o soro fisioloacutegico e a gente deixa salinizadordquo (Aurora)
Rang e Dale 18(1998 apud DOPICO e OLIVEIRA 2006) afirmam que a heparina
inibe a formaccedilatildeo de coaacutegulos de fibrina in vitro e in vivo e que seu efeito anticoagulante eacute
praticamente imediato Com isso Phillips19
17 Santos W Lavagem das matildeos In R Luiz Santos W Manual baacutesico de prevenccedilatildeo e controle das infecccedilotildees hospitalares do HRU Fortaleza Hospital Regional Unimed 2004
(2001 apud DOPICO e OLIVEIRA 2006)
ressalta que a teacutecnica de manutenccedilatildeo intermitente de cateteres intravenosos com soluccedilatildeo
salina 09 classificada como salinizaccedilatildeo tem sido pesquisada haacute alguns anos apresentando
em relaccedilatildeo ao uso da heparina vantagens como o baixo custo ser um procedimento mais
18 Rang HP Dale M M Hemostasia e Trombose In Rang HP Dale M M Farmacologia Rio de Janeiro Guanabara Koogan 1998 p235-47 19 PHILLIPS L D Manual de terapia intravenosa 2ed Porto Alegre Artmed 2001
30
simples aleacutem de eliminar a possibilidade de incompatibilidade com as drogas e soluccedilotildees
administradas aleacutem da inexistecircncia de riscos ao paciente Entretanto sabe-se que a literatura
ainda natildeo fornece consenso acerca da soluccedilatildeo mais indicada para manutenccedilatildeo da
permeabilidade do cateter venoso perifeacuterico
Eacute importante ressaltar que muitas instituiccedilotildees do nosso paiacutes nem ao menos tecircm o
conhecimento da praacutetica da salinizaccedilatildeo com soluccedilatildeo salina 09 No que se refere agrave pesquisa
cientiacutefica as limitaccedilotildees desta praacutetica satildeo atribuiacutedas agrave ausecircncia de um maior nuacutemero de
estudos controlados para validar sua eficaacutecia (EPPERSON20
Apesar de natildeo ser encontradas publicaccedilotildees acerca do tema a utilizaccedilatildeo de heparina
mostra-se como uma pratica natildeo mais utilizada pelos profissionais de enfermagem Outro
tema onde haacute controveacutersias e tambeacutem poucas citaccedilotildees eacute o uso da tala para fixaccedilatildeo do acesso
venoso perifeacuterico Seguem abaixo a opiniatildeo de alguns dos profissionais entrevistados
1984 apud DOPICO e
OLIVEIRA 2006)
ldquoA uacutenica coisa que eu natildeo gosto de ver eacute quando se coloca tala para imobilizar dizendo que a tala vai ajudar a natildeo perder a veia Isso eu natildeo concordo acho que a tala prejudica a crianccedila fica incomodada faz dor no membrordquo (Cinderela)
ldquoAntigamente a gente usava muito tala e as vezes eu pego isso aqui ai eu falo gente tala natildeo se usa mais natildeo faz parte mais da fixaccedilatildeo vocecirc pode fixar de uma forma que a crianccedila natildeo perca A tala eu acho que ela traumatiza um pouco ainda mais se vocecirc pegar um acesso na dobra vocecirc vai fazer com que a crianccedila fique com o braccedilo esticado muito tempo eu acho que pode causar uma lesatildeo depois e a literatura jaacute fala que eacute desnecessaacuteria natildeo precisa maisrdquo (Aurora) ldquoAntigamente usavam tala mas hoje em dia quase natildeo se vecirc mais e eu acho que a tala atrapalha porque a crianccedila fica imobilizada no membro ai fica mais irritadardquo (Rapunzel) ldquoLaacute no meu outro trabalho alguns usam a tala Eu acho que a tala ajuda ateacute a perder mais raacutepido porque a crianccedila fica incomodada vai querer mexer naquilordquo (Mulan)
20 Epperson EL Efficacy of 09 sodium chloride injection with without heparin for maintenance indwelling intermittent injection sites Clin Pharm1984 3(5)26
31
Almeida e Sabateacutes21
Entretanto haacute estudo que comprovam que o uso da tala natildeo se mostra tatildeo eficiente e
apresenta-se como uma praacutetica controversa O estudo foi realizado em crianccedilas ateacute os 12 anos
utilizando imobilizaccedilatildeo com tala e em mais de metade dos casos (553) ocorreu infiltraccedilatildeo
o que indicia a ineficaacutecia desta praacutetica (MACHADO PEDREIRA e CHAUD 2008 apud
BATALHA et al 2010 p512)
(2008 apud BATALHA et al 2010 p512) afirmam que a teacutecnica
de fixaccedilatildeo dos CVP com uso de imobilizaccedilatildeo com tala para restriccedilatildeo ou limitaccedilatildeo dos
movimentos articulares proacuteximo do local da punccedilatildeo estaacute indicado nas matildeos punhos cotovelo
e maleacuteolo
Para Batalha et al (2010 p512) o uso desta praacutetica parece natildeo se coadunar com o
atual uso de cateteres flexiacuteveis tipo abocath em detrimento de agulhas metaacutelicas Talvez por
isso comecem a surgir novas teacutecnicas de fixaccedilatildeo dos CVP que natildeo exigem imobilizaccedilatildeo das
articulaccedilotildees com talas
Aleacutem de natildeo haver uma confirmaccedilatildeo dos benefiacutecios causados pelo uso da tala a
imobilizaccedilatildeo causa incocircmodo para a crianccedila que fica com o membro imoacutevel podendo causar
dor e tambeacutem irritaccedilatildeo O uso desse tipo de fixaccedilatildeo tambeacutem impede a visualizaccedilatildeo frequente
do acesso venoso afetando assim os cuidados de observaccedilatildeo da equipe de enfermagem
43 O acompanhante e a manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico
A presente categoria vai discutir um assunto importante que surgiu durante as
entrevistas de forma inesperada Alguns dos profissionais entrevistados citaram o descuido do
acompanhante como um fator causador da perda do acesso venoso perifeacuterico Seguem abaixo
algumas falas
ldquoA matildee sempre acompanha e tem matildee que natildeo tem cuidado natildeo vigia e a gente tem que ficar pedindo pra olhar tomar contardquo (Aurora)
ldquoEm relaccedilatildeo ao acompanhante porque a crianccedila natildeo vai avaliar entatildeo o acompanhante que estar ali tem que avaliar direitinho natildeo deixar a crianccedila mexer ou puxarrdquo (Bela)
ldquoNatildeo eacute toda matildee que esta vigiando que cuida pra que a crianccedila natildeo perca o acessordquo (Jasmine)
21 Almeida FA Sabateacutes AL Enfermagem pediaacutetrica a crianccedila o adolescente e a sua famiacutelia no hospital Satildeo Paulo(SP) Manole 2008
32
ldquoAcho que leva a perda quando o acompanhante natildeo coopera as vezes a gente faz a imobilizaccedilatildeo na crianccedila e as vezes eles ateacute retiram e a proacutepria crianccedila agitada ela mesmo arrancardquo (Branca de Neve)
ldquoAgraves vezes a proacutepria crianccedila que a matildee deixa muito solta ai solta o acessordquo (Mulan)
Apoacutes a implementaccedilatildeo da lei que garante um acompanhante ao paciente pediaacutetrico a
presenccedila do familiarresponsaacutevel durante a hospitalizaccedilatildeo mudou a rotina da equipe de
enfermagem trazendo duacutevidas quanto a real funccedilatildeo do acompanhante e fazendo com que a
mesma viesse a delegar certos cuidados para acompanhante
A Promulgaccedilatildeo da Lei 8069 do Estatuto da Crianccedila e do Adolescente (ECA) em
1990 no seu artigo 12deg garante agrave crianccedila ou ao adolescente o direito de ter um responsaacutevel
que o acompanhe durante a hospitalizaccedilatildeo (1990)
Desde a sua implantaccedilatildeo as unidades vecircm sofrendo um processo de reorganizaccedilatildeo de
suas praacuteticas A inserccedilatildeo da famiacutelia modifica a organizaccedilatildeo do processo de trabalho o que
requer dos profissionais uma compreensatildeo em relaccedilatildeo agrave dinacircmica das relaccedilotildees interpessoais
(COLLET e ROCHA 2004)
Pimenta e Collet (2009) ressaltam que natildeo haacute nenhuma regulamentaccedilatildeo sobre a
participaccedilatildeo da famiacutelia nos cuidados e no entanto a mesma desempenha atividades junto agrave
crianccedila durante a hospitalizaccedilatildeo que devem ser levadas em consideraccedilatildeo A falta de
reconhecimento desse fato fez com que a equipe de enfermagem e famiacutelia natildeo possuiacutessem
uma relaccedilatildeo aberta e vivessem uma relaccedilatildeo silenciosa e impliacutecita de poder na qual a famiacutelia
acaba assumindo as relaccedilotildees do cuidado agrave crianccedila de responsabilidade da enfermagem
A negociaccedilatildeo entre matildees e equipe de enfermagem em relaccedilatildeo aos cuidados agrave crianccedila
hospitalizada natildeo eacute uma tarefa faacutecil tendo em vista que natildeo se tem claro qual o seu novo
papel neste processo (COLLET e ROCHA 2004)
Eacute possiacutevel ver nas falas que a presenccedila do acompanhante causa para a equipe de
enfermagem a seguranccedila de ter algueacutem para ldquovigiarrdquo ldquotomar contardquo e natildeo deixar que a
crianccedila hospitalizada perca o acesso venoso quando na verdade eacute funccedilatildeo da equipe de
enfermagem cuidados referentes ao acesso venoso perifeacuterico
33
Jaacute o acompanhante eacute definido pelo Ministeacuterio da Sauacutede como uma pessoa significativa
para a crianccedila que representa sua rede social e que vai acompanhaacute-lo durante a permanecircncia
no ambiente hospitalar ressaltando assim sua importacircncia Esse fato se reforccedila visto que a
crianccedila encontra nos familiares a forccedila e seguranccedila necessaacuteria para encarar todo esse processo
doloroso e desconhecido (MURAKAMI e CAMPOS 2011 p255)
O acompanhante aleacutem de minimizar o sofrimento do paciente pediaacutetrico faz com que
o mesmo sinta-se mais a vontade Eacute importante ressaltar que o familiarresponsaacutevel natildeo soacute
pode como deve participar das atividades da crianccedila no hospital desde que estas natildeo sejam
competecircncias dos profissionais que os cercam Essas atividades satildeo caracterizadas como
semelhantes aos que eles realizam diariamente fora do ambiente hospitalar como o banho
Poreacutem no caso de um paciente com punccedilatildeo venosa perifeacuterica o profissional de enfermagem
deve auxiliar no cuidado para que essa natildeo se perca
Os cuidados dos familiaresacompanhantes satildeo os mesmos que os desenvolvidos no
domiciacutelio e os cuidados prestados pela equipe de enfermagem satildeo aqueles que demandam
conhecimento teacutecnico-cientiacutefico especializado (SOUZA e OLIVEIRA 2010 p558)
Mesmo alguns cuidados parecerem simples e rotineiros quando eacute prestado no
hospital assumem novas caracteriacutesticas com o uso de dispositivos tecnoloacutegicos os quais se
tornam complexos (PIMENTA E COLLET 2009)
O ato de cuidar envolve o respeito agrave maneira como vive cada indiviacuteduo de acordo
com suas crenccedilas valores costumes e cultura A famiacutelia como uma instituiccedilatildeo atende agraves
necessidades bioloacutegicas de seus membros sendo sua responsabilidade cuidar e criar os filhos
incluindo a obrigaccedilatildeo da alimentaccedilatildeo higiene vestuaacuterio e moradia (ELSEN22
Nas entrevistas podemos verificar falas em que o acompanhante eacute citado como
responsaacutevel por avaliar a punccedilatildeo venosa A equipe de enfermagem deve sempre partir do
pressuposto que o familiar acompanhante natildeo tem conhecimento cientiacutefico e certo tipo de
cuidado natildeo deve se delegado para o mesmo mostrando assim a importacircncia da orientaccedilatildeo do
acompanhante quanto aos procedimentos dispositivos utilizados e cuidados em que os
etal 1994
apud SOUZA e OLIVEIRA 2010 p 553)
22 Elsen I Patriacutecio ZM Assistecircncia agrave crianccedila hospitalizada tipos de abordagens e suas implicaccedilotildees para a enfermagem In A enfermagem em pediatria e puericultura Rio de Janeiro (RJ) Atheneu 2005
34
mesmos possam auxiliar Seguem abaixo as falas onde os profissionais ressaltaram a
importacircncia da orientaccedilatildeo do acompanhante
ldquoNem sempre a crianccedila vai entender o porque de estar com aquele acesso entatildeo tem que ter uma orientaccedilatildeo do acompanhanterdquo (Bela)
ldquoTem que haver orientaccedilatildeo do acompanhante para os cuidadosrdquo (Ariel)
ldquoAgraves vezes tem ate o exemplo de um pai que natildeo deixa trocar o acesso jaacute tinha mais de uma semana e ele natildeo queria que trocasse ai faz febre e natildeo sabe da onderdquo (Alice)
Para Souza e Oliveira (2010 p555) deve haver uma preocupaccedilatildeo em orientar
considerando que o outro natildeo tem nenhum tipo de conhecimento sobre o assunto Poreacutem
Queiroz e Jorge23
Apesar das dificuldades o profissional de enfermagem deve estabelecer um viacutenculo de
confianccedila com o acompanhante buscando sempre deixaacute-los ciente das situaccedilotildees e fazendo-os
participar dos cuidados plausiacuteveis sem causar nenhum dano agrave crianccedila e de maneira alguma
abandonar suas atribuiccedilotildees
(2004 apud SOUZA e OLIVEIRA 2010 p 556) ressaltam que apesar de os
profissionais terem intenccedilatildeo de orientar os cuidados para a sauacutede repassam conhecimentos
elaborados cientificamente dificultando a compreensatildeo do familiar aleacutem de a relaccedilatildeo se dar
de maneira vertical assimeacutetrica e coercitiva
23 Queiroz MVO Jorge MSB Accedilotildees educativas no cuidado infantil e intervenccedilotildees dos profissionais junto agraves famiacutelias Acta Scientiarum Maringaacute 2004 janjun 26(1) 27-34
35
CONCLUSAtildeO
Atraveacutes desse estudo foi possiacutevel descrever e analisar os cuidados que os profissionais
de enfermagem realizam acerca da permanecircncia do acesso venoso perifeacuterico Aleacutem disso a
realizaccedilatildeo da pesquisa permitiu identificar a desarticulaccedilatildeo do processo de enfermagem e a
praacutetica desconectada da produccedilatildeo cientiacutefica caracterizando a falta de uma educaccedilatildeo
continuada efetiva
A anaacutelise dos dados demonstra o processo de punccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico
ressaltando a importacircncia de cuidados como a seleccedilatildeo do local a diluiccedilatildeo da medicaccedilatildeo a
realizaccedilatildeo de uma boa fixaccedilatildeo a atenccedilatildeo com a velocidade de infusatildeo os cuidados com os
sinais de infecccedilatildeo e salinizaccedilatildeo do acesso natildeo deixando de salientar cuidados em desuso
como o uso da heparina da tala e duvidas em relaccedilatildeo ao tempo de permanecircncia Evidenciou
tambeacutem que a equipe de enfermagem delega alguns cuidados para os acompanhantes
Natildeo foi possiacutevel perceber o niacutevel de conhecimento cientiacutefico dos profissionais visto
que eles em nenhum momento por natildeo saberem ou por medo de se expor natildeo explicaram de
fato nenhum cuidado que disseram realizar Sempre citaram de forma superficial e direta
deixando claro tambeacutem que o pesquisador natildeo os indagou quanto a isso Poreacutem creio que
diante de cuidados tatildeo importantes e de frequente praacutetica os mesmos falariam facilmente
sobre os cuidados de enfermagem na permanecircncia do acesso venoso perifeacuterico
Apesar dos entrevistados citarem alguns fatores e cuidados realizados de forma
correta eacute visiacutevel que os mesmos realizam os cuidados com a punccedilatildeo e a permanencia do
acesso de forma automaacutetica sem unir a praacutetica com o fundamento do mesmo
Eacute importante destacar tambeacutem a importacircncia do preparo emocional da crianccedila como
tambeacutem os cuidados com a famiacutelia dos mesmos O trabalho de humanizaccedilatildeo realizado pela
36
enfermagem faz grande diferenccedila nessas situaccedilotildees visto que os pacientes e acompanhantes
tendo conhecimento do que seraacute realizado ficariam mais tranquilos
O estudo contribuiu para o campo do ensino nesta aacuterea dando destaque ao importante
papel que o profissional de enfermagem deve desempenhar no cuidado e na manutenccedilatildeo do
acesso venoso perifeacuterico Contudo vale ressaltar a importacircncia do incentivo ao profissional a
buscar na literatura natildeo soacute esclarecimento de suas duvidas mas tambeacutem novos
conhecimentos
Pode colaborar ainda para a realizaccedilatildeo de novas pesquisas na aacuterea procurando
eliminar duacutevidas e controveacutersias sobre o tema Buscando assim a realizaccedilatildeo de um cuidado de
enfermagem articulado e eficaz promovendo o bem-estar do paciente pediaacutetrico durante a
hospitalizaccedilatildeo
37
REFEREcircNCIAS
ARAUacuteJO Ana Paula Monteiro Baptista de Andrade As praacuteticas de cuidado agrave crianccedila com
cateter venoso perifeacuterico e seus reflexos na interaccedilatildeo enfermeiro-familiar Dissertaccedilatildeo
(Mestrado em Enfermagem) Universidade do Estado do Rio de Janeiro Faculdade de
Enfermagem2007 66 f Disponiacutevel emlt
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44
APEcircNDICE I
TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO
DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO Tiacutetulo Do Projeto Os cuidados de enfermagem acerca dos acessos venosos perifeacutericos na unidade pediaacutetrica Pesquisador Responsaacutevel Rosane Cordeiro Burla de Aguiar Eny Dorea Paiva e Karina Rodrigues Fernandes Instituiccedilatildeo a que Pertence o Pesquisador Responsaacutevel Universidade Federal Fluminense Telefone para contato (21) 98355269 (21) 82392939 (21) 91786609 Nome do voluntaacuterio _________________________________________________________ Idade ________ anos RG ____________________________
AO Sr (a) estaacute sendo convidado (a) a participar do projeto de pesquisa OS CUIDADOS DE
ENFERMAGEM ACERCA DOS ACESSOS VENOSOS PERIFEacuteRICOS NA UNIDADE PEDIATRICA de
responsabilidade da pesquisadora Profordf Drordf Rosane Cordeiro Burla de Aguiar e Profordf Drordf Eny Dorea Paiva A
punccedilatildeo venosa perifeacuterica eacute um procedimento essencial durante a hospitalizaccedilatildeo da crianccedila visto que eacute atraveacutes
dela que eacute administrada grande parte das medicaccedilotildees Este estudo se justifica diante da importacircncia da
necessidade de um maior periacuteodo de permanecircncia dos acessos venosos perifeacutericos Com isso aleacutem da
diminuiccedilatildeo de eventos que causam dor e irritaccedilatildeo na crianccedila e na famiacutelia promoveraacute tambeacutem uma melhor estada
dos mesmos durante o periacuteodo de hospitalizaccedilatildeo Os objetivos da pesquisa satildeo 1) Descrever os fatores que
interferem na manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico de acordo com a equipe de enfermagem 2)Analisar os
cuidados da equipe de enfermagem na manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico A coleta de dados se daraacute
atraveacutes de entrevistas semi estruturadas que seratildeo gravadas As informaccedilotildees colhidas seratildeo tratadas de forma
anocircnima e confidencial ou seja em nenhum momento seratildeo divulgados o seu nome e somente os
pesquisadores teratildeo acesso agraves informaccedilotildees Os dados obtidos com a pesquisa poderatildeo ser publicados apenas com
fins cientiacuteficos Eles natildeo seratildeo utilizados para fins comerciais ou para outra finalidade qualquer Caso necessite
poderatildeo ser marcados encontros para respostas ou esclarecimentos de qualquer duacutevida acerca da pesquisa A sua
participaccedilatildeo eacute voluntaria e eacute importante lembrar que vocecirc poderaacute desistir de participar da pesquisa em qualquer
momento A entrevista seraacute marcada em um dia e horaacuterio que vocecirc achar melhor Seraacute realizada
individualmente em um ambiente que nos ofereccedila privacidade Esta pesquisa natildeo oferece riscos para vocecirc e os
benefiacutecios da sua participaccedilatildeo satildeo de aumentar o conhecimento cientiacutefico na aacuterea de Enfermagem Pediaacutetrica
aleacutem de contribuir para a praacutetica profissional Este documento seraacute elaborado em duas vias uma para vocecirc e a
outra seraacute arquivada pelo pesquisador
Eu_____________________________________________________________ RG no _____________________________ Declaro que apoacutes ter entendido o que me foi explicado consinto voluntariamente em participar do presente Protocolo de Pesquisa entendo ainda que posso retirar o meu consentimento a qualquer momento antes ou durante a realizaccedilatildeo do mesmo declaro ter sido informada(o) e concordo em participar como voluntaacuteria(o) da pesquisa acima descrita Rio de Janeiro_______de_______________de 20___ _____________________________ ________________________________
(Participante) Karina Rodrigues Fernandes (Responsaacutevel por obter o consentimento)
______________________________________ _______________________________________ (Testemunha) (Testemunha)
45
APEcircNDICE II
ROTEIRO PARA ENTREVISTA
1) O que vocecirc acha que pode levar a perda do acesso perifeacuterico
2) Para vocecirc o que eacute importante para manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico nas
crianccedilas
3) O que vocecirc acha que pode interferir na sua manutenccedilatildeo
4) Que medidas vocecirc adota no seu dia a dia para manter o acesso
5) Na sua vivencia profissional o que vocecirc discorda dos cuidados que geralmente satildeo
utilizados para manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico
46
ANEXO
47
48
8
1 INTRODUCcedilAtildeO
A motivaccedilatildeo pelo assunto veio durante o ensino teoacuterico praacutetico da disciplina
Enfermagem na sauacutede da crianccedila e do adolescente II na enfermaria pediaacutetrica do Hospital
Universitaacuterio Antonio Pedro quando me incomodei com o excesso de punccedilatildeo perifeacuterica
realizado nas crianccedilas gerando impacto nas mesmas e na famiacutelia durante o procedimento
A hospitalizaccedilatildeo em si eacute uma situaccedilatildeo estressante jaacute que a crianccedila perde o controle em
relaccedilatildeo a sua liberdade aleacutem do conviacutevio com pessoas estranhas e da mudanccedila de ambiente e
rotina (HOCKENBERRY e WILSON 2011 p676) Com isso em uma situaccedilatildeo de diversas
perdas de acesso venoso as repeticcedilotildees do procedimento causam trauma emocional tornando
ainda mais doloroso o periacuteodo de estada do paciente no hospital
A punccedilatildeo venosa perifeacuterica eacute um procedimento essencial para manejo da crianccedila
durante a hospitalizaccedilatildeo visto que em grande parte as medicaccedilotildees satildeo administradas por essa
via onde o efeito eacute quase instantacircneo e permite infusatildeo de maior volume Poreacutem esse tipo de
procedimento eacute doloroso e estressante deixando a crianccedila sujeita a traumas por agentes
bioloacutegicos quiacutemicos fiacutesicos e emocionais sendo funccedilatildeo do enfermeiro prevenir diminuir ou
erradicar esses riscos (CORREIA RIBEIRO BORBA 2009 p559)
A permanecircncia do dispositivo eacute dificultada por diversos fatores como uma infecccedilatildeo a
fixaccedilatildeo inadequada o trauma durante a infusatildeo e a movimentaccedilatildeo da crianccedila A cobertura
utilizada eacute de suma importacircncia nessa situaccedilatildeo sendo ela muitas das vezes a causa da perda
de um acesso e entatildeo a necessidade de nova punccedilatildeo venosa Por conta disso esse tipo de
procedimento causa grande desconforto para a famiacutelia para a crianccedila e tambeacutem para o
profissional (CORREIA RIBEIRO BORBA 2009 p559)
Uma grande pesquisa conduzida sobre a temaacutetica concluiu que com ldquo592 crianccedilas e
1135 tentativas de punccedilatildeo realizadas por 143 enfermeiras 10 de taxa de insucesso no
9
procedimento poreacutem com cerca de 50 de insucesso na primeira tentativardquo Cada crianccedila foi
submetida a 21 tentativas (LARSEN1
11 Questotildees norteadoras
et al 2010 apud NEGRI et al 2012)
Quais os fatores que podem interferir na permanecircncia do acesso venoso em uma
crianccedila hospitalizada
Quais satildeo os cuidados da equipe de enfermagem para aumentar o tempo de
permanecircncia de um acesso venoso perifeacuterico em uma crianccedila hospitalizada
12 Objeto de estudo
Os cuidados da equipe de enfermagem na permanecircncia do acesso venoso perifeacuterico
13 Objetivos
Descrever e discutir os cuidados de enfermagem acerca da permanecircncia dos acessos
venosos perifeacutericos na pediatria
14 Justificativa e relevacircncia
Diante da problemaacutetica exposta eacute possiacutevel identificar a importacircncia da necessidade de
um maior periacuteodo de permanecircncia dos acessos venosos perifeacutericos Com isso aleacutem da
diminuiccedilatildeo de eventos que causam dor e irritaccedilatildeo na crianccedila e na famiacutelia promoveraacute tambeacutem
uma melhor estada dos mesmos durante o periacuteodo de hospitalizaccedilatildeo
Oliveira Bezerra e Pereira (2008 p96) chegaram a conclusatildeo que os enfermeiros
prestam assistecircncia agraves crianccedilas dentro dos paracircmetros poreacutem devem ter mais cuidados em
alguns pontos como ldquonecessidade de maior atenccedilatildeo na quantidade e velocidade da infusatildeo da
terapia mais controle do calibre do cateter identificaccedilatildeo do acesso complicaccedilotildees e troca de
fixaccedilatildeordquo
O presente estudo possui relevacircncia pois busca descrever os principais cuidados que a
equipe de enfermagem desenvolve na manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico na pediatria
demonstrando o que a equipe faz efetivamente para aumentar o tempo de permanecircncia desse
1 Larsen P Eldridge D Brinkley J Newton D Goff D Hartzog T Saad ND Perkin R Pediatric peripheral intravenous access does nursing experience and competence really make a difference J Infus Nurs 201033(4)226-35
10
dispositivo visto que a sua inserccedilatildeo jaacute eacute um evento estressante para crianccedila e sua famiacutelia
durante a hospitalizaccedilatildeo Eacute relevante tambeacutem natildeo soacute para os enfermeiros pediaacutetricos como
tambeacutem para todos os profissionais da aacuterea de sauacutede que procuram aprofundar seus
conhecimentos acerca dos cuidados na assistecircncia de enfermagem da cateterizaccedilatildeo venosa
perifeacuterica
11
2 REVISAtildeO DE LITERATURA
21 Hospitalizaccedilatildeo infantil e seus estressores
Durante a vida de uma crianccedila as principais situaccedilotildees de crise que normalmente elas
vivenciaratildeo estatildeo relacionadas agrave doenccedila ou a uma possiacutevel hospitalizaccedilatildeo Frente a estes
fatores elas se mostram vulneraacuteveis diante das mudanccedilas impostas relacionadas ao estado de
sauacutede e a sua rotina de vida (HOCKENBERRY e WILSON 2011 p676)
ldquoA hospitalizaccedilatildeo representa para a crianccedila uma situaccedilatildeo diferente de todas as jaacute
vivenciadas haja vista que sua rotina diaacuteria eacute modificada Ela encontra-se em um ambiente
impessoal repleto de tabus e significados diferente do seu contexto diaacuteriordquo (JANSEN
SANTOS e FAVERO 2010 p248)
Segundo Brito et al (2009 p 803) a crianccedila hospitalizada eacute ldquoafastada de seu ambiente
familiar de seus amigos da escola e de seus objetos pessoais perdendo assim grande parte de
suas referecircnciasrdquo com isso esse periacuteodo de hospitalizaccedilatildeo pode causar impacto sobre o estado
psicoloacutegico da mesma
Conforme Hockenberry e Wilson (2011 p676) as crianccedilas natildeo possuem habilidades
de enfrentamento suficientes para resolver determinados estressores Como principais
estressores pode-se citar ldquoa separaccedilatildeo a perda de controle lesatildeo corporal e dorrdquo
Um dos procedimentos mais dolorosos e estressantes para a crianccedila eacute a punccedilatildeo venosa
onde na maioria dos casos constitui a primeira escolha para a administraccedilatildeo de medicamentos
nutriccedilatildeo parenteral hemoderivados e coleta de exames sanguumliacuteneos(OLIVEIRA BEZERRA e
PEREIRA 2008 p91)
12
ldquoA crianccedila eacute um ser em crescimento e desenvolvimento com particularidades e
caracteriacutesticas proacutepriasrdquo (MATHEWS-SIMONTON2
Esse periacuteodo de internaccedilatildeo ldquopode deixar a crianccedila ansiosa insegura e com medo
principalmente quando natildeo eacute preparada para a hospitalizaccedilatildeo e o tratamento a que seraacute
submetidardquo Para Martins (2001) isso contribui para aumentar o medo e a ansiedade
expressos por meio do choro da raiva e ateacute mesmo por agressotildees
1990 apud COA e PETTENGILL
2006 p434) Isso significa que a crianccedila iraacute se comportar de acordo com a situaccedilatildeo imposta
pois isso dependeraacute natildeo soacute da idade de desenvolvimento como tambeacutem de suas experiecircncias
com determinadas situaccedilotildees
Diante de todo o processo de hospitalizaccedilatildeo a crianccedila pode apresentar diversas
manifestaccedilotildees comportamentais sendo consideradas mais comuns as ldquoregressotildees diminuiccedilatildeo
no ritmo do desenvolvimento desordens do sono e da alimentaccedilatildeo dependecircncia
agressividade apatia estados depressivos fobias e transtornos de comportamento em geralrdquo
(BAR-MOR3
Para a famiacutelia ldquoa hospitalizaccedilatildeo de um filho geralmente eacute encarada como uma
situaccedilatildeo de crise para a famiacutelia e para a crianccedilardquo O profissional de enfermagem deve se
organizar seu trabalho com estrateacutegias que minimizem o sofrimento no ambiente hospitalar e
na assistecircncia agrave crianccedila (THOMAZINE et al 2008 p146)
1997 apud BRITO et al 2009 p203) Com a atenccedilatildeo voltada para atender a
demanda e a necessidade fisioloacutegica da crianccedila os profissionais da equipe de enfermagem
geralmente ldquodedicam pouca ou nenhuma atenccedilatildeo agraves questotildees psicoloacutegicas e sociais da crianccedila
hospitalizada e de sua famiacuteliardquo(JANSEN SANTOS e FAVERO 2010 p248)
A qualidade do ambiente pode afetar diretamente no processo de recuperaccedilatildeo com
isso ldquoas intervenccedilotildees no contexto hospitalar devem visar agrave promoccedilatildeo de condiccedilotildees favoraacuteveis
agrave reabilitaccedilatildeo dos efeitos de experiecircncias adversas ao desenvolvimento das crianccedilasrdquo Isso
sugere que o ambiente aleacutem de incentivar a sauacutede deve ser planejado de maneira supra agraves
necessidades dos pacientes levando em conta os aspectos psicoloacutegicos pedagoacutegicos e
2 Mathews-Simonton S A famiacutelia e a cura o meacutetodo Simonton para famiacutelias que enfrentam uma doenccedila Satildeo Paulo Summus 1990 3 Bar-Mor G Preparation of children for surgery and invasive procedures milestones on the way to success J Pediatr Nurs1997Aug12(4) 252-255
13
socioloacutegicos da crianccedila e de sua famiacutelia (SOARES e ZAMBERLAN4
Para humanizar a assistecircncia agrave crianccedila hospitalizada e atender a suas reais
necessidades os pais foram inseridos na cliacutenica pediaacutetrica com direito a permanecircncia integral
nos casos de internaccedilatildeo Isso ocorreu no iniacutecio da deacutecada de 1990 no Brasil com a
legalizaccedilatildeo estabelecida pelo Estatuto da Crianccedila e do Adolescente (THOMAZINE et al
2008 p145) Com isso ldquomuitos hospitais natildeo consideram mais os pais como visitantes e
enfatizam sua presenccedila durante todo o periacuteodo da hospitalizaccedilatildeordquo fazendo uso de um sistema
de cuidado centrado na famiacutelia (HOCKENBERRY e WILSON 2011 p685)
1995 apud BRITO et
al 2009 p803)
Durante o processo de hospitalizaccedilatildeo as crianccedilas satildeo submetidas a diversas condutas e
procedimentos como por exemplo exames e administraccedilatildeo de medicamentos A punccedilatildeo
venosa eacute um dos principais procedimentos que causam dor e muitas vezes existe a
necessidade de vaacuterias punccedilotildees durante um mesmo dia Vale ressaltar que para a crianccedila esse
tipo de procedimento se iguala a uma agressatildeo jaacute que ldquona maioria das vezes eacute acompanhado
de dor ou medo o que se traduz no choro e na ansiedaderdquo (COLLET5
2002 apud GOMES et
al 2011 p290)
22 Acesso venoso perifeacuterico em pediatria
Para Correia et al (2009 p559) a fim evitar um trauma emocional durante a punccedilatildeo
as crianccedilas precisam ser orientadas sobre o tratamento seus objetivos e receber atenccedilatildeo
carinhosa neste momento
A fim de tornar o processo de cateterizaccedilatildeo venosa menos doloroso e estressante para
a crianccedila deve-se ter preferecircncia pelas veias que menos comprometam suas atividades
essenciais Neste intuito deve-se evitar por exemplo puncionar uma veia na matildeo que
dificulte o ato de se alimentar desenhar e ateacute mesmo brincar (OLIVEIRA BEZERRA e
PEREIRA 2008 p91)
4 Soares MRZ Zamberlan MAT A inclusatildeo do brincar na hospitalizaccedilatildeo infantil Est Psicol maioago18(2) 64-9 5 Collet N Oliveira BRG de Manual de Enfermagem em Pediatria Goiacircnia AB 2002
14
O acesso vascular eacute uma das principais modalidades de tratamento utilizadas na
assistecircncia agrave sauacutede Existe ampla aceitaccedilatildeo difusatildeo e praacutetica desse procedimento pelos
profissionais da aacuterea da assistecircncia agrave sauacutede (FERREIRA et al 2005)
Foi na deacutecada de 40 que o uso de cateter vascular foi introduzido nos hospitais
tornando-se essencial para as atividades assistenciais da modernidade (WORTHIGTON6
Para Peterlini e Chaud (2003) tal procedimento se define como um conjunto de
conhecimentos e teacutecnicas que visam agrave administraccedilatildeo de soluccedilotildees ou faacutermacos no sistema
circulatoacuterio abrangendo o preparo do paciente a escolha obtenccedilatildeo e manutenccedilatildeo do acesso
venoso os meacutetodos de preparo e administraccedilatildeo de drogas e soluccedilotildees e os cuidados referentes
agrave frequecircncia de troca do cateter curativos dispositivos de infusatildeo e soluccedilotildees
2005 apud MENDONCcedilA et al 2011 p330)
Primeiramente o acesso perifeacuterico era mantido com agulhas de accedilo inoxidaacutevel as
quais apesar de oferecerem menor risco de infecccedilatildeo satildeo riacutegidas e facilitavam perda do
acesso Em 1945 passou a ser utilizado o cateter venoso plaacutestico que permitia manutenccedilatildeo do
acesso por tempo prolongado (FERNANDES e RIBEIRO7
Quanto ao tempo de permanecircncia em pacientes pediaacutetricos o cateter deve ser mantido
ateacute o teacutermino da terapia intravenosa ou quando forem observados sinais cliacutenicos de
complicaccedilotildees diferentemente dos pacientes adultos onde o tempo de permanecircncia
preconizado eacute de 72 a 96 horas (CENTERS FOR DISEASE CONTROL AND
PREVENTION-CDC 2002)
2000 apud MARTINS et al 2008
p 485) Habitualmente o material de punccedilatildeo que vem sendo utilizado em crianccedilas satildeo os
cateteres flexiacuteveis tipo abocath com mandril metaacutelico (BATALHA et al 2010 p512)
Associaccedilatildeo Paulista de Estudos e Controle de Infecccedilatildeo Hospitalar (2005 apud
Moncaio e Figueiredo 2009) ressaltam que ldquoas principais complicaccedilotildees infecciosas para o
paciente satildeo flebite infecccedilatildeo do siacutetio de inserccedilatildeo do cateter extravasamento de soluccedilatildeo e
bacteremia relacionada ao cateterrdquo Certos fatores podem contribuir para o aparecimento de
tais complicaccedilotildees como o tipo do cateter que seraacute utilizado o preparo do local da punccedilatildeo
aleacutem de caracteriacutesticas intriacutensecas do paciente Vale acrescentar que ldquoos cateteres 6 Worthigton T Elliot TSJ Diagnosis of central venous catheter related infection in adult pacient J Infect 2005 51267-80 7 Fernandes AT Ribeiro Filho N Infecccedilatildeo do acesso vascular In Fernandes AT Fernandes M OV Ribeiro Filho N Infecccedilatildeo hospitalar e suas interfaces na aacuterea da sauacutede Satildeo Paulo (SP) Atheneu 2000 p 556-79
15
confeccionados em Teflon e poliuretano estatildeo associados a baixas frequecircncias de
complicaccedilotildees infecciosas quando comparados aos de polivinilcloreto e polietilenordquo
CENTERS FOR DISEASE CONTROL AND PREVENTION-CDC 2002)
ldquoNo acircmbito hospitalar a flebite eacute uma das complicaccedilotildees mais frequentes e
considerada uma das principais falhas da infusatildeordquo Eacute o processo inflamatoacuterio da camada
iacutentima das veias ocasionado por irritaccedilatildeo mecacircnica quiacutemica ou infecccedilotildees bacterianas
apresentando manifestaccedilotildees como dor edema hiperemia local e calor (GABRIEL8
Machado et al(2008) relata que ldquocerca de 1 a 10 destes pacientes desenvolvem
infecccedilotildees locais ou sistecircmicas relacionadas ao uso de cateteres causadas por alteraccedilatildeo ou
ruptura da integridade da pele que permite a passagem de microorganismos colonizadoresrdquo
2008
apud MAGEROTE et al 2011 p 487)
O curativo para fixaccedilatildeo do cateter eacute outro ponto importante para a manutenccedilatildeo do
mesmo visto que a ldquofixaccedilatildeo reduz o risco de complicaccedilotildees relacionadas agrave terapia intravenosa
tais como flebite infiltraccedilatildeo septicemia e deslocamento do cateterrdquo aleacutem de mantecirc-lo limpo
e seco permitindo a visualizaccedilatildeo contiacutenua do mesmo a fim de prevenir os agravos
(PHILLIPS9
No seacuteculo passado durante os primeiro 50 anos da praacutetica da terapia intravenosa
utilizava-se para fixaccedilatildeo gaze esteacuteril e fitas adesivas O iniacutecio do uso de filmes transparentes
esteacutereis se deu em 1970 como solicitaccedilatildeo dos enfermeiros quanto agrave necessidade da retirada do
curativo para realizar a inspeccedilatildeo do local de inserccedilatildeo funccedilatildeo atribuiacuteda aos mesmos a fim de
impedir uma infecccedilatildeo de corrente sanguiacutenea (MACHADO PEDREIRA E CHAUD 2008)
2001 apud SILVA E ZANETTI 2004 p233)
O uso de fitas adesivas natildeo-esteacutereis pode ser bastante observado em algumas
instituiccedilotildees de sauacutede contudo fita adesiva soacute natildeo estaacute contaminada enquanto permanece na
embalagem sugerindo tambeacutem a possibilidade da transmissatildeo de microorganismos
patogecircnicos com a aplicaccedilatildeo da mesma sobre o local de inserccedilatildeo do cateter
(VANDENBOSCH COOCH E TRESTON-AURAND10
8 Gabriel J Infusion therapy part one minimising the risks Nurs Stand 2008 Apr 22(31)51-6
1997 et al MACHADO
PEDREIRA E CHAUD2005 p292)
9 Phillips DL Manual de terapia endovenosa Trad Pedreira MLG Pereira SR Harada MJCS Peterline MAS 2ordf ed Porto Alegre (RS) Artmed 2001551P 10 VandenBosch TM Cooch J Treston-Aurand J Research utilization adhesive bandage dressing regimen for peripheral venous catheters Am J Infect Control 1997 25(6)513-9
16
Acerca da terapia intravenosa podem ocorrer incompatibilidades em relaccedilatildeo aos
faacutermacos administrados e os cateteres utilizados que na maioria das vezes natildeo satildeo percebidos
devido a impossibilidade de visualizaccedilatildeo Essas incompatibilidades satildeo denominadas por
Peterlini Chaud e Pedreira (2006) como adsorccedilatildeo e absorccedilatildeo onde ocorre ldquoperda do faacutermaco
para a superfiacutecie de frascos seringas filtros acessoacuterios e cateteres da terapia intravenosa por
meio de adsorccedilatildeo ou pela absorccedilatildeo do faacutermaco para a matriz do material de confecccedilatildeo desses
dispositivosrdquo Com isso o profissional de enfermagem tem como funccedilatildeo aleacutem do
conhecimento cientiacutefico acerca das drogas utilizadas programar accedilotildees que possibilitem
ldquoreconstituiccedilatildeo diluiccedilatildeo acondicionamento e cuidados na administraccedilatildeo de faacutermacosrdquo
evitando assim prejuiacutezos no tratamento
17
3 METODOLOGIA
31 Tipo de pesquisa
Trata-se de uma pesquisa descritiva exploratoacuteria de abordagem qualitativa com os
profissionais da equipe de enfermagem da unidade de internaccedilatildeo pediaacutetrica de um hospital
universitaacuterio do estado do Rio de Janeiro
Para Minayo Deslandes e Gomes (2007 p 21) a pesquisa qualitativa responde as
questotildees de forma particular de modo que trabalha com o universo dos significados dos
motivos das aspiraccedilotildees das crenccedilas dos valores e atitudes Sendo assim entende-se que as
accedilotildees do ser humano se distinguem a partir do seu pensamento do modo de agir de acordo
com a realidade vivida por cada um
Segundo Gil (1999 p44) ldquoas pesquisas descritivas tecircm como objetivo primordial a
descriccedilatildeo das caracteriacutesticas de determinada populaccedilatildeo ou fenocircmeno ou o estabelecimento de
relaccedilotildees variaacuteveisrdquo
Kauark Manhatildees e Medeiros (2010 p28) determinam a pesquisa exploratoacuteria como
agravequela que ldquoObjetiva a maior familiaridade com o problema tornando-o expliacutecito ou agrave
construccedilatildeo de hipoacutetesesrdquo Acrescenta ainda que a mesma pode conter levantamento
bibliograacutefico entrevistas com pessoas experientes no problema pesquisado entre outras
fontes
32 Sujeitos da pesquisa
A pesquisa contou com um nuacutemero total de nove (9) profissionais da equipe de
enfermagem da unidade de internaccedilatildeo pediaacutetrica de um Hospital Universitaacuterio do Rio de
Janeiro sendo estes dois (2) enfermeiros e sete (7) teacutecnicos de enfermagem De todos os
18
participantes apenas um trabalha no serviccedilo noturno sendo o restante do serviccedilo diurno Os
mesmos satildeo os responsaacuteveis pela instalaccedilatildeo e manipulaccedilatildeo dos os acessos venosos
perifeacutericos supondo assim que tenham maior domiacutenio sobre o assunto abordado
Os sujeitos foram identificados com codinomes referentes agraves princesas da Disney para
que suas identidades sejam preservadas
33 Cenaacuterio
A pesquisa ocorreu na unidade de internaccedilatildeo pediaacutetrica localizada no quinto andar do
Hospital Universitaacuterio do Rio de Janeiro vinculado a uma Universidade Federal
A unidade pediaacutetrica eacute divida em trecircs enfermarias de acordo com a idade das crianccedilas
hospitalizadas sendo denominadas estas Lactente preacute-escolar e escolar A enfermaria
Lactente eacute composta por 5 leitos hospitalizando crianccedilas de 29 dias a 2 anos jaacute na preacute-escolar
encontram-se 6 leitos e acolhe crianccedilas de 2 a 6 anos e na escolar 6 leitos abrigando crianccedilas
de 7 a 12 anos Toda crianccedila hospitalizada tem direito a um acompanhante como eacute
preconizado por direito pelo Artigo doze (12) do Estatuto da Crianccedila e do Adolescente
(Brasil 1990 p3)
A enfermaria conta com um posto de enfermagem localizado no centro da unidade
possibilitando maior visualizaccedilatildeo das enfermarias Possui tambeacutem uma sala de recreaccedilatildeo e
banheiro para os pacientes e acompanhantes Haacute uma sala utilizada pedagogia hospitalar
onde uma professora realiza atividades com as crianccedilas
Vale ressaltar que na unidade haacute uma sala para realizaccedilatildeo de procedimentos dolorosos
como a punccedilatildeo venosa perifeacuterica e sempre que possiacutevel o paciente eacute levado ateacute ela
34 Coleta de dados
A coleta de dados se deu a partir da teacutecnica de entrevista semi-estruturadas que
segundo Minayo Deslandes e Gomes (2007 p 64) satildeo ldquoperguntas fechadas e abertas em que
o entrevistado tem a possibilidade de discorrer sobre o tema em questatildeo sem se prender agrave
indagaccedilatildeo formuladardquo As mesmas foram gravadas em entrevista individual e tiveram como
foco as accedilotildees que os profissionais da equipe de enfermagem realizam acerca dos cuidados
para a permanecircncia do acesso venoso perifeacuterico aleacutem de investigar sobre o conhecimento que
cada um possui sobre o tema
19
Apoacutes contato preacutevio com a equipe de enfermagem foi acordado um dia e horaacuterio para
a realizaccedilatildeo das entrevistas que aconteceram na proacutepria unidade Todos os profissionais da
equipe de enfermagem foram convidados a participar voluntariamente da pesquisa As
entrevistas aconteceram apoacutes os profissionais assinarem o Termo de Consentimento Livre e
Esclarecido (TCLE)
Para Minayo Deslandes e Gomes (2007 p 64) a entrevista possui como principal
objetivo construir dados que sejam pertinentes para a pesquisa aleacutem de ser a estrateacutegia mais
utilizada no processo de trabalho de campo
A coleta foi interrompida no momento em que os dados se mostraram saturados ou
seja quando houve a cessaccedilatildeo do acreacutescimo de informaccedilotildees novas referentes ao tema
proposto
O fechamento amostral por saturaccedilatildeo teoacuterica eacute definido como a suspensatildeo de inclusatildeo
de novos participantes quando os dados obtidos passam a apresentar na avaliaccedilatildeo do
pesquisador certa redundacircncia ou repeticcedilatildeo natildeo sendo considerado relevante continuar a
coleta de dados (FONTANELLA RICAS e TURATO 2008)
35 Questotildees eacuteticas da pesquisa
De acordo com a Resoluccedilatildeo 46612 que visa assegurar os direitos e deveres que
dizem respeito agrave comunidade cientiacutefica aos sujeitos da pesquisa e ao Estado uma pesquisa
que envolve a participaccedilatildeo de seres humanos deve atender aos fundamentos eacuteticos e
cientiacuteficos pertinentes para a seguranccedila dos mesmos Neste contexto toda pesquisa
envolvendo seres humanos deveraacute ser submetida agrave apreciaccedilatildeo de um Comitecirc de Eacutetica em
Pesquisa (CEP) (BRASIL 2012)
Atendendo a esta condiccedilatildeo o projeto de pesquisa foi encaminhado ao CEP ndash do
Hospital Universitaacuterio o qual foi realizada a pesquisa foi analisado e aprovado na Reuniatildeo
com data de 06122013 CAAE 24693613700005243 Nuacutemero do parecer 486451 Com
isso a pesquisa foi desenvolvida mediante aprovaccedilatildeo do CEP atendendo aos preacute-requisitos
estipulados pela Resoluccedilatildeo nordm 46612
Esta pesquisa eacute pautada em princiacutepios eacuteticos que respeitam a dignidade humana e
justiccedila assegurando que natildeo haveraacute nenhum tipo de dano aos participantes
20
Em atendimento a resoluccedilatildeo 46612 do Conselho Nacional de SauacutedeMS apoacutes serem
esclarecidos pela pesquisadora quanto aos aspectos eacuteticos relacionados agrave pesquisa aleacutem das
formas de produccedilatildeo de dados e inserccedilatildeo no estudo os sujeitos da pesquisa assinaram duas
vias do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido ndash TCLE (apecircndice 1) autorizando sua
participaccedilatildeo voluntaacuteria na pesquisa Uma via foi entregue ao participante e outra ficou
arquivada com a pesquisadora
Nesse documento consta os objetivos da pesquisa procedimentos benefiacutecios
previstos garantia de recusa de participaccedilatildeo em qualquer momento de acesso aos resultados
da pesquisa e tambeacutem a garantia de acesso ao pesquisador quando os sujeitos julgarem
necessaacuterio sendo todas essas informaccedilotildees em linguagem acessiacutevel e simples O mesmo foi
apresentado e explicado ao profissional convidado a participar do estudo no primeiro contato
eou durante visita agendada para realizaccedilatildeo da entrevista
Vale ressaltar que esta pesquisa cujo financiamento eacute proacuteprio natildeo oferece nenhum
tipo de riscos para o sujeito da pesquisa e nem para o cuidado das crianccedilas internadas no setor
de pediatria e os benefiacutecios da participaccedilatildeo do mesmo satildeo de aumentar o conhecimento
cientiacutefico na aacuterea de Enfermagem Pediaacutetrica aleacutem de contribuir para a praacutetica profissional
36 Anaacutelise dos dados
O processo de anaacutelise dos dados foi baseada na teacutecnica da Anaacutelise Temaacutetica que para
Minayo Deslandes e Gomes (2007 p 86) o conceito central eacute o tema ldquoO tema eacute a unidade de
significaccedilatildeo que se liberta naturalmente de um texto analisado segundo criteacuterios relativos agrave
teoria que serve de guia da leiturardquo (BARDIN11
A anaacutelise realizada estava de acordo com a sugerida por Minayo (2010 p 315) e
contam com as seguintes etapas preacute-analise exploraccedilatildeo do material tratamento dos
resultados obtidos e interpretaccedilatildeo Atraveacutes dessas etapas tem-se o objetivo de descrever o
conteuacutedo do material coletado e interpretaacute-lo
1979 apud MINAYO DESLANDES
GOMES 2007 p 86)
A preacute analise consiste na escolha dos elementos a serem analisados e na retomada das
hipoacuteteses e dos objetivos iniciais da pesquisa Inicia-se com uma leitura flutuante onde o
11 BARDIN L Anaacutelise de Conteuacutedo Lisboa Ediccedilotildees 70 1979
21
pesquisador toma contato direto com o material adquirido deixando-se impregnar por seu
conteuacutedo Posteriormente haacute a constituiccedilatildeo do Corpus textual onde eacute feita uma seleccedilatildeo dos
documentos que iratildeo contemplar e fornecer informaccedilotildees sobre o tema sendo assim adequados
para dar resposta aos objetivos do trabalho (MINAYO 2010 p 315)
Essa fase preacute-analiacutetica eacute onde se determinam a unidades de registro unidade de
contexto e a partir delas satildeo determinados os temas que seratildeo analisados A unidade de
registro corresponde parte do conteuacutedo selecionado como base para analise e apoacutes a
delimitaccedilatildeo do contexto de compreensatildeo da unidade de registro eacute estabelecida a unidade de
contexto (MINAYO 2010 p 316)
De acordo com os objetivos da pesquisa foi possiacutevel perceber que nove (9)
entrevistas supriam para atender os mesmo encerrando assim a coleta Apoacutes a transcriccedilatildeo das
entrevistas foi realizada leitura das mesmas para natildeo soacute conhecimento do material mas
tambeacutem estabelecer as unidades de registro Em seguida foi realizado o colorimento das falas
assim as classificando de acordo com as unidades de registro estabelecidas
As unidades de registro que surgiram foram os fatores que interferem na manutenccedilatildeo
do acesso venoso perifeacuterico e o apontamento do acompanhante como responsaacutevel pela perda
do acesso venoso perifeacuterico Elas receberam as cores vermelha e laranja respectivamente a
fim de facilitar o agrupamento dos dados A partir disto surgiram as unidades de contexto que
compreendem as falas das entrevistas de modo a exemplificar o contexto das unidades de
registro
Partindo para segunda etapa da analise temaacutetica a exploraccedilatildeo do material que consiste
numa classificaccedilatildeo que visa alcanccedilar o nuacutecleo de compreensatildeo do texto Busca-se encontrar
categorias que satildeo expressotildees ou palavras significativas em funccedilatildeo das quais o conteuacutedo seraacute
organizado Essas categorias satildeo responsaacuteveis pela especificaccedilatildeo dos temas (MINAYO
2010 p 317)
Nesse caso foram definidos os seguintes temas cuidados preacute intra e poacutes procedimento
de punccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico cuidados em desuso para manutenccedilatildeo do acesso
venoso perifeacuterico o acompanhante e a manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico Essas trecircs (3)
categorias seratildeo apresentadas analisadas e discutidas no capitulo seguinte
22
4 RESULTADOS E DISCUSSAtildeO
Nesse capiacutetulo apresento as trecircs categorias temaacuteticas que surgiram da anaacutelise dos
dados e que contemplaram de forma satisfatoacuteria os objetivos da pesquisa A primeira
categoria denominada como ldquoOs cuidados de enfermagem preacute intra e poacutes-procedimento de
punccedilatildeo do acesso venoso perifeacutericordquo traz os passos e cuidados que os profissionais realizam
antes durante e apoacutes a punccedilatildeo buscando descrever e analisar os fatores envolvidos na pratica
do procedimento em questatildeo que emergiram das entrevistas aleacutem dos cuidados de
enfermagem para a manutenccedilatildeo do mesmo
A segunda categoria que seraacute apresentada eacute ldquoOs cuidados em desuso para manutenccedilatildeo
do acesso venoso perifeacutericordquo que mostra os cuidados que os profissionais citaram como natildeo
mais utilizados para auxiliar na manutenccedilatildeo da punccedilatildeo venosa perifeacuterica
E a uacuteltima categoria eacute denominada ldquoO acompanhante e a manutenccedilatildeo do acesso
venoso perifeacutericordquo e traz a responsabilizaccedilatildeo do acompanhante pelos profissionais do setor
em relaccedilatildeo aos cuidados com manutenccedilatildeo da punccedilatildeo Essa categoria busca tambeacutem ressaltar a
funccedilatildeo do acompanhante durante a hospitalizaccedilatildeo da crianccedila destacando que determinados
cuidados satildeo de total funccedilatildeo da equipe de enfermagem
41 Os cuidados de enfermagem preacute intra e poacutes-procedimento de punccedilatildeo do acesso
venoso perifeacuterico
Para interpretar as unidades de contextos tive como base autores que definiram os
cuidados de enfermagem preacute intra e poacutes punccedilatildeo venosa perifeacuterica Para esses autores a fase
de preacute-punccedilatildeo compreende as accedilotildees de anaacutelise e conhecimento da prescriccedilatildeo avaliaccedilatildeo e
23
preparo emocional do paciente preparo do material e medicaccedilatildeo seleccedilatildeo do siacutetio de inserccedilatildeo
e dilataccedilatildeo da veia selecionada As accedilotildees envolvidas na punccedilatildeo satildeo a execuccedilatildeo das
precauccedilotildees-padratildeo antissepsia da pele punccedilatildeo do vaso a fixaccedilatildeo e curativo do cateter
Finalmente na etapa de poacutes-punccedilatildeo adota-se a identificaccedilatildeo da punccedilatildeo o descarte apropriado
das partes dos materiais natildeo utilizados a orientaccedilatildeo do paciente acerca da terapecircutica o
controle da infusatildeo atraveacutes do gotejamento se necessaacuterio e o registro do procedimento
Phillips12
De acordo com as entrevistas a seleccedilatildeo do local de punccedilatildeo eacute indicada com um fator
que interfere diretamente no tempo de permanecircncia do acesso venoso perifeacuterico visto que
dependendo do local ocorre a perda mais rapidamente Aleacutem da localizaccedilatildeo citaram tambeacutem
o calibre da veia como interferecircncia na manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico Seguem
abaixo algumas falas
(2001 apud ARAUacuteJO 2007 p18)
ldquoPrimeira coisa eacute vocecirc procurar bem a veia colocar uma veia de um bom calibre Se puder dar preferecircncia a natildeo puncionar dobrasrdquo (Cinderela) ldquoDependendo de onde estiver puncionado se for na matildeozinha a crianccedila fica toda hora ta mexendo taacute manipulando alguma coisa e se for no pezinho tambeacutem nem todo tempo vai ficar acamada entatildeo acaba perdendo o acessordquo(Bela ) ldquoO mau posicionamento pode levar a perdardquo (Rapunzel)
A opiniatildeo dos profissionais acima vai de encontro com o que eacute encontrado na
literatura visto que eacute de suma importacircncia que o mesmo avalie o cliente e considere alguns
aspectos para uma escolha criteriosa e eficaz como a finalidade da punccedilatildeo o tipo de soluccedilatildeo
a ser infundida a condiccedilatildeo da rede venosa a duraccedilatildeo da terapia idade do cliente habilidade
cognitiva da crianccedila a preferecircncia do cliente o que nem sempre seraacute possiacutevel satisfazer e
tambeacutem a sua atividade (ARAUacuteJO 2007 p31)
Os cuidados com o acesso venoso perifeacuterico satildeo importantes antes mesmo da
realizaccedilatildeo do procedimento Levando em consideraccedilatildeo que um erro durante a fase de preacute-
procedimento como a escolha errada do local de punccedilatildeo por exemplo poderaacute levar a perda
do acesso e prejudicar assim o tratamento aleacutem do bem-estar da crianccedila que seraacute puncionada
novamente
12 PHILLIPS L D Manual de terapia intravenosa 2ed Porto Alegre Artmed 2001
24
O vaso sanguiacuteneo que o profissional selecionar como local para puncionar deve ser
suficiente para suportar o calibre e o comprimento do cateter aleacutem de atender a necessidade
terapecircutica para que natildeo haja a necessidade de uma nova punccedilatildeo
A punccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico eacute um procedimento doloroso e de grande
incomodo para a crianccedila com isso eacute de suma importacircncia realizar a seleccedilatildeo preacutevia do
material poreacutem natildeo foi citado Outro cuidado rotineiro e natildeo menos importante como a
lavagem das matildeos antes da colocaccedilatildeo do acesso tambeacutem natildeo foi mencionado durante as
entrevistas
O preparo emocional da crianccedila e do acompanhante quanto ao procedimento deve ser
considerada praacutetica rotineira para a equipe de enfermagem O profissional de enfermagem
deve lavar as matildeos objetivando a reduccedilatildeo significativa de risco de infecccedilatildeo e recomenda-se o
uso de aacutegua e sabatildeo para lavagem das matildeos antes da colocaccedilatildeo do cateter venoso perifeacuterico
(PHILLIPS13
O preparo preacutevio do material para instalaccedilatildeo do cateter venoso perifeacuterico eacute importante
para evitar interrupccedilotildees do procedimento e consequentemente um maior tempo de
manipulaccedilatildeo da crianccedila (SILVA
2001apud ARAUacuteJO 2007 Centers for Disease Control and Prevention ndash CDC
2002 apud ARAUacuteJO 2007)
14
Outro aspecto citado e classificado como preacute-procedimento eacute o cuidado com a
medicaccedilatildeo a ser administrada incluindo cuidados com a diluiccedilatildeo e composiccedilatildeo da mesma
Seguem algumas das falas
2004 apud ARAUacuteJO 2007 p30)
ldquoEstar sempre diluindo as medicaccedilotildees de acordo com a prescriccedilatildeo meacutedica pois as medicaccedilotildees satildeo muito fortes e podem causar enfraquecimento da veia Tem que diluir direitinho e passar lento na veiardquo (Cinderela) ldquoTer cuidado principalmente quando eacute crianccedila e a diluiccedilatildeo da medicaccedilatildeo tambeacutem agraves vezes natildeo eacute pra passar em perifeacuterico e na segunda dose jaacute perdeurdquo (Alice)
O acesso venoso perifeacuterico eacute a primeira alternativa para infusatildeo intravenosa por ser de
mais faacutecil acesso e rapidez no efeito da medicaccedilatildeo O profissional de enfermagem deve ter
domiacutenio natildeo soacute relacionado agrave infusatildeo das medicaccedilotildees mas tambeacutem com a composiccedilatildeo
13 PHILLIPS L D Manual de terapia intravenosa 2ed Porto Alegre Artmed 2001 14 SILVA G R G Terapia intravenosa em receacutem-nascidos ndash orientaccedilotildees para o cuidado de Enfermagem Rio de Janeiro Cultura Meacutedica 2004
25
farmacoloacutegica das mesmas os efeitos adversos e colaterais que a droga pode causar inclusive
em relaccedilatildeo a diluiccedilatildeo o que normalmente eacute estabelecido como padratildeo no setor de acordo com
cada faacutermaco
Com a intenccedilatildeo de promover a eficaacutecia terapecircutica dos medicamentos administrados
por via intravenosa eacute atribuiccedilatildeo do profissional de enfermagem implementar teacutecnicas como a
diluiccedilatildeo acondicionamento e cuidados na administraccedilatildeo de faacutermacos a fim de evitar
prejuiacutezos no tratamento resultantes da incompatibilidade medicamentosa (PETERLINI
CHAUD e PEDREIRA 2006)
Os fatores intra-procedimento satildeo considerados aqueles diretamente relacionados com
o procedimento Os dados colidos nas entrevistas ressaltaram apenas a fixaccedilatildeo com um fator
que interfere nessa fase Este foi o dado mais repetitivo nas entrevistas poreacutem sempre citado
de forma superficial Seguem as falas dos profissionais quando questionados sobre o que era
importante para manutenccedilatildeo do acesso
ldquoTem que fazer uma boa fixaccedilatildeo Porque quando a pessoa natildeo fixa bem prejudica porque aquilo vai soltando e quando vocecirc vecirc jaacute perdeu a veiardquo(Cinderela) ldquoEu acho que natildeo tem o que fazer para manter o acesso A crianccedila vai ficar uns dias X com aquele acesso pra fazer medicaccedilatildeo e eu acho que natildeo tem o que vocecirc profissional fazer para que natildeo percardquo (Aurora) ldquoA fixaccedilatildeo evita a movimentaccedilatildeo excessiva no local que estaacute o acessordquo (Ariel) ldquoTer cuidado com o curativo saber manusear E manter sempre o curativo limpo trocar se necessaacuteriordquo (Rapunzel) ldquoA fixaccedilatildeo eacute muito importante pra natildeo soltar o acesso e pra ele ficar mais tempordquo(Mulan)
Oliveira Bezerra e Pereira (2008 p 94) afirmam que de acordo com o revelado por
determinados estudos o tipo de curativo a fixaccedilatildeo do cateter e o tempo de permanecircncia estatildeo
diretamente relacionados com a ocorrecircncia de complicaccedilotildees infecciosas como flebites e
tambeacutem infiltraccedilatildeo extravasamento desconexatildeo e deslocamento do cateter
26
Para Pettit e Kraus15
Potter
(1995 apud MACHADO PEDREIRA E CHAUD2005 p292) a
gaze esteacuteril fixada com a fita adesiva hipoalergecircnica bem como a peliacutecula transparente esteacuteril
satildeo os materiais mais recomendados para curativo e fixaccedilatildeo de cateter venoso perifeacuterico
16
Jaacute as peliacuteculas transparentes mais conhecidas como filme permitem a respiraccedilatildeo
normal da pele com alta permeabilidade ao oxigecircnio e vapores e eacute impermeaacutevel a liacutequidos e
micro-organismos (SILVA E ZANETTI 2004 p233) Aleacutem disso permitem tambeacutem a
visualizaccedilatildeo contiacutenua do local de punccedilatildeo permitindo assim avaliaccedilatildeo do mesmo natildeo soacute
durante a infusatildeo de medicaccedilotildees mas tambeacutem todo o tempo
(1998 apud SILVA E ZANETTI 2004 p233) afirma que nas fixaccedilotildees em
que se utiliza a gaze esteacuteril preconiza-se a utilizaccedilatildeo de teacutecnica asseacuteptica Neste curativo a
gaze esteacuteril eacute colocada sobre o siacutetio de inserccedilatildeo e suas bordas satildeo fixadas com fita adesiva
A observaccedilatildeo da punccedilatildeo eacute muito importante pois se o local de inserccedilatildeo se mostrar
com sinais e sintomas de complicaccedilotildees a terapia deve ser suspensa (OLIVEIRA BEZERRA
e PEREIRA 2008 p95)
A visualizaccedilatildeo contiacutenua do acesso permite que a equipe de enfermagem possa realizar
uma observaccedilatildeo mais particularizada em relaccedilatildeo agraves condiccedilotildees do acesso venoso perifeacuterico
podendo observar se haacute deslocamento do cateter sinais de infiltraccedilatildeo e tambeacutem sinais de
infecccedilatildeo
Para Silva Barbato e Valente (2013 p 1200) cabe ao enfermeiro fazer a avaliaccedilatildeo
diaacuteria e cuidadosa do curativo observando a presenccedila de umidade sujidade integridade do
oacutestio de inserccedilatildeo a fixaccedilatildeo bem como a realizaccedilatildeo do curativo e das anotaccedilotildees legais
competentes agraves suas funccedilotildees
A fase poacutes-procedimento eacute caracterizada por uma seacuterie de cuidados que a equipe de
enfermagem deve realizar para que se obtenha maior tempo de permanecircncia do acesso venoso
perifeacuterico Durante as entrevistas os cuidados citados foram a salinizaccedilatildeo do acesso cuidados
para evitar a flebite e a velocidade de infusatildeo
15 Pettit DM Kraus V The use of gauze versus transparent dressings for peripheral intravenous catheter sites Nurs ClinNorth Am 1995 30(3)495-506 16 Potter P Perry AG Fundamentos de enfermagem processo conceito e praacutetica 3ordf ed Santos(SP) Guanabara Koogan19981397pp801-43
27
ldquoManter um acesso bem salinizado que vocecirc lave pelo menos de duas de trecircs em trecircs horas Se bem que isso aqui na pediatria natildeo eacute muito comum aqui a gente soacute lava cada vez que vai fazer medicaccedilatildeo mas se eu natildeo me engano a literatura preconiza isso vocecirc lavar pelo menos de quatro em quatro horas o acessordquo (Aurora)
ldquoPra manter o acesso venoso perifeacuterico eacute importante manter ele salinizado Assim que a gente recebe o plantatildeo eu vou ver se o acesso ta peacutervio com uma ldquoseringuinhardquo vai la da uma ldquolavadinhardquo e vecirc se o acesso ta peacutervio e manter o acesso salinizadordquo (Ariel)
ldquoSalinizar de 6 em 6 horas para manter ele peacuterviordquo (Alice)
ldquoTem que passar lento a medicaccedilatildeo e a limpeza da aacuterea vocecirc tem que limpar bem a aacuterea pra vocecirc natildeo formar uma flebiterdquo (Cinderela)
A salinizaccedilatildeo do acesso eacute um cuidado simples e de grande importacircncia Esse cuidado
deve ser realizado para manter o acesso peacutervio e limpo e deve ser realizado antes e apoacutes
qualquer infusatildeo
Para Moncaio e Figueiredo (2009)
a ldquosalinizaccedilatildeordquo consiste em administrar sob pressatildeo positiva soluccedilatildeo salina (Soro fisioloacutegico a 09) logo apoacutes o teacutermino da infusatildeo da medicaccedilatildeo Este procedimento visa prevenir a formaccedilatildeo de trombos e fibrina evitar o contato de drogas incompatiacuteveis (quando da infusatildeo de mais de um item medicamentoso no mesmo horaacuterio) garantir a infusatildeo de todo o medicamento que possa ter ficado no sistema aleacutem de evitar retorno sanguiacuteneo mantendo o cateter peacutervio para a proacutexima infusatildeo
Durante a coleta de dados esse cuidado surgiu em diversos momentos poreacutem foi
possiacutevel perceber que os profissionais realizam o mesmo de forma banalizada Natildeo sabem de
fato a real funccedilatildeo de manter o acesso salinizado A impressatildeo que passa eacute que eles
aprenderam que esse cuidado deveria ser feito e simplesmente fazem Haacute divergecircncias
tambeacutem entre a equipe em relaccedilatildeo ao momento que deve ser realizada a salinizaccedilatildeo e isso nos
mostra a desatualizaccedilatildeo dos profissionais do setor e a falta de uma educaccedilatildeo continuada no
hospital
Os cuidados para evitar a flebite e a velocidade de infusatildeo da medicaccedilatildeo apareceram
menos nas entrevistas e interferem diretamente com a manutenccedilatildeo do acesso venoso
perifeacuterico
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A flebite eacute uma inflamaccedilatildeo na veia puncionada ocorrendo quando as ceacutelulas
endoteliais da parede da veia que o cateter estaacute inserido tornam-se inflamadas e irregulares
propiciando a aderecircncia de plaquetas e predispondo a veia a inflamaccedilatildeo Eacute comum que o local
se apresente dolorido hiperemiado quente e edemaciado e nesses casos eacute aconselhada a
retirada do cateter Uma boa fixaccedilatildeo do cateter perifeacuterico eacute recomendada por autores na
literatura visto que previnem deslocamento faacutecil e permitem uma boa visualizaccedilatildeo do local
evitando complicaccedilotildees como a flebite e infiltraccedilatildeo (MOLDES et al 2011 p 330)
Dentre as principais falhas de infusatildeo venosa estatildeo flebite infiltraccedilatildeo hematoma e
obstruccedilatildeo Acredita-se que para reduzir a incidecircncia destas nas unidades pediaacutetricas eacute preciso
a adoccedilatildeo de estrateacutegias tais como a abordagem junto agrave equipe em parceria com o setor de
educaccedilatildeo permanente e a adoccedilatildeo do uso da teacutecnica corretamente e de forma asseacuteptica para a
realizaccedilatildeo da punccedilatildeo venosa perifeacuterica em acordo com a comissatildeo de controle de infecccedilatildeo
hospitalar (SILVA BARBATO e VALENTE 2013 p 1200)
A incapacidade do paciente em relatar dor no siacutetio de administraccedilatildeo do faacutermaco quer
pela idade ou condiccedilatildeo cliacutenica e o local de inserccedilatildeo como tambeacutem a velocidade de infusatildeo do
medicamento (gt25mgmin) satildeo classificados como fatores de risco para a perda do acesso
venoso perifeacuterico (MARTINS SILVINO e DIAS 2010)
42 Os cuidados em desuso para manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico
Essa categoria discorre sobre os cuidados de enfermagem que com o passar do tempo
foram desconsiderados e natildeo satildeo mais utilizados Quando questionados em relaccedilatildeo a vivencia
profissional e cuidados que discordavam os entrevistados citaram o uso da tala para fixaccedilatildeo
uso de heparina e os cuidados em relaccedilatildeo ao tempo de permanecircncia do cateter Haacute muitas
controveacutersias em relaccedilatildeo aos cuidados citados acima
O tempo de permanecircncia interfere diretamente no aparecimento de complicaccedilotildees
como flebite e que acabam levando a perda do acesso venoso perifeacuterico mais rapidamente
aconselhando assim a troca do mesmo entre 76 a 96 horas Poreacutem eacute preconizada a retirada do
cateter apenas se finalizar o tratamento ou houver alguma interferecircncia
ldquoA gente observa tambeacutem o tempo dependendo do tempo tem que tirarrdquo (Alice)
29
ldquoHoje eu natildeo sei como que eacute essa questatildeo do tempo porque a gente trocava o acesso a cada quatro dias agora o pessoal jaacute diz que pode trocar em ateacute uma semana entatildeo natildeo sei como que ta isso e o que tem escrito em relaccedilatildeo a isso (Aurora)
Sabe-se que o tempo para troca do cateter de teflon ou poliuretano varia de 72 a 96
horas com o intuito de reduzir risco de infecccedilatildeo e flebite e para minimizar esses riscos nas
seguintes situaccedilotildees diante de sinais inflamatoacuterios no local de inserccedilatildeo e sempre que houver
mau funcionamento do cateter (SANTOS17
Entretanto o Center for Disease Control and Prevention - CDC (2002) diz que em
pacientes pediaacutetricos natildeo foi observada relaccedilatildeo quanto ao tempo de permanecircncia do cateter e
ocorrecircncia de complicaccedilotildees devendo ser mantido ateacute o teacutermino da terapia intravenosa ou
quando forem observados sinais cliacutenicos de complicaccedilotildees
2004 apud OLIVEIRA BEZERRA e PEREIRA
2008 p 93)
Eacute possiacutevel observar a diferenccedila do conhecimento pratico dos profissionais
entrevistados em relaccedilatildeo ao conhecimento encontrado na literatura E ainda contendo duacutevidas
natildeo haacute uma busca da parte dos mesmos para esclarececirc-las
O uso da heparina com a finalidade de manter o acesso peacutervio por um periacuteodo maior
de tempo mostra-se com mais certeza quanto ao desuso nos dados colidos
ldquoAntigamente a gente usava heparina entatildeo a gente ficava tranquila em relaccedilatildeo agrave obstruccedilatildeo mas agora natildeo a gente usa o soro fisioloacutegico e a gente deixa salinizadordquo (Aurora)
Rang e Dale 18(1998 apud DOPICO e OLIVEIRA 2006) afirmam que a heparina
inibe a formaccedilatildeo de coaacutegulos de fibrina in vitro e in vivo e que seu efeito anticoagulante eacute
praticamente imediato Com isso Phillips19
17 Santos W Lavagem das matildeos In R Luiz Santos W Manual baacutesico de prevenccedilatildeo e controle das infecccedilotildees hospitalares do HRU Fortaleza Hospital Regional Unimed 2004
(2001 apud DOPICO e OLIVEIRA 2006)
ressalta que a teacutecnica de manutenccedilatildeo intermitente de cateteres intravenosos com soluccedilatildeo
salina 09 classificada como salinizaccedilatildeo tem sido pesquisada haacute alguns anos apresentando
em relaccedilatildeo ao uso da heparina vantagens como o baixo custo ser um procedimento mais
18 Rang HP Dale M M Hemostasia e Trombose In Rang HP Dale M M Farmacologia Rio de Janeiro Guanabara Koogan 1998 p235-47 19 PHILLIPS L D Manual de terapia intravenosa 2ed Porto Alegre Artmed 2001
30
simples aleacutem de eliminar a possibilidade de incompatibilidade com as drogas e soluccedilotildees
administradas aleacutem da inexistecircncia de riscos ao paciente Entretanto sabe-se que a literatura
ainda natildeo fornece consenso acerca da soluccedilatildeo mais indicada para manutenccedilatildeo da
permeabilidade do cateter venoso perifeacuterico
Eacute importante ressaltar que muitas instituiccedilotildees do nosso paiacutes nem ao menos tecircm o
conhecimento da praacutetica da salinizaccedilatildeo com soluccedilatildeo salina 09 No que se refere agrave pesquisa
cientiacutefica as limitaccedilotildees desta praacutetica satildeo atribuiacutedas agrave ausecircncia de um maior nuacutemero de
estudos controlados para validar sua eficaacutecia (EPPERSON20
Apesar de natildeo ser encontradas publicaccedilotildees acerca do tema a utilizaccedilatildeo de heparina
mostra-se como uma pratica natildeo mais utilizada pelos profissionais de enfermagem Outro
tema onde haacute controveacutersias e tambeacutem poucas citaccedilotildees eacute o uso da tala para fixaccedilatildeo do acesso
venoso perifeacuterico Seguem abaixo a opiniatildeo de alguns dos profissionais entrevistados
1984 apud DOPICO e
OLIVEIRA 2006)
ldquoA uacutenica coisa que eu natildeo gosto de ver eacute quando se coloca tala para imobilizar dizendo que a tala vai ajudar a natildeo perder a veia Isso eu natildeo concordo acho que a tala prejudica a crianccedila fica incomodada faz dor no membrordquo (Cinderela)
ldquoAntigamente a gente usava muito tala e as vezes eu pego isso aqui ai eu falo gente tala natildeo se usa mais natildeo faz parte mais da fixaccedilatildeo vocecirc pode fixar de uma forma que a crianccedila natildeo perca A tala eu acho que ela traumatiza um pouco ainda mais se vocecirc pegar um acesso na dobra vocecirc vai fazer com que a crianccedila fique com o braccedilo esticado muito tempo eu acho que pode causar uma lesatildeo depois e a literatura jaacute fala que eacute desnecessaacuteria natildeo precisa maisrdquo (Aurora) ldquoAntigamente usavam tala mas hoje em dia quase natildeo se vecirc mais e eu acho que a tala atrapalha porque a crianccedila fica imobilizada no membro ai fica mais irritadardquo (Rapunzel) ldquoLaacute no meu outro trabalho alguns usam a tala Eu acho que a tala ajuda ateacute a perder mais raacutepido porque a crianccedila fica incomodada vai querer mexer naquilordquo (Mulan)
20 Epperson EL Efficacy of 09 sodium chloride injection with without heparin for maintenance indwelling intermittent injection sites Clin Pharm1984 3(5)26
31
Almeida e Sabateacutes21
Entretanto haacute estudo que comprovam que o uso da tala natildeo se mostra tatildeo eficiente e
apresenta-se como uma praacutetica controversa O estudo foi realizado em crianccedilas ateacute os 12 anos
utilizando imobilizaccedilatildeo com tala e em mais de metade dos casos (553) ocorreu infiltraccedilatildeo
o que indicia a ineficaacutecia desta praacutetica (MACHADO PEDREIRA e CHAUD 2008 apud
BATALHA et al 2010 p512)
(2008 apud BATALHA et al 2010 p512) afirmam que a teacutecnica
de fixaccedilatildeo dos CVP com uso de imobilizaccedilatildeo com tala para restriccedilatildeo ou limitaccedilatildeo dos
movimentos articulares proacuteximo do local da punccedilatildeo estaacute indicado nas matildeos punhos cotovelo
e maleacuteolo
Para Batalha et al (2010 p512) o uso desta praacutetica parece natildeo se coadunar com o
atual uso de cateteres flexiacuteveis tipo abocath em detrimento de agulhas metaacutelicas Talvez por
isso comecem a surgir novas teacutecnicas de fixaccedilatildeo dos CVP que natildeo exigem imobilizaccedilatildeo das
articulaccedilotildees com talas
Aleacutem de natildeo haver uma confirmaccedilatildeo dos benefiacutecios causados pelo uso da tala a
imobilizaccedilatildeo causa incocircmodo para a crianccedila que fica com o membro imoacutevel podendo causar
dor e tambeacutem irritaccedilatildeo O uso desse tipo de fixaccedilatildeo tambeacutem impede a visualizaccedilatildeo frequente
do acesso venoso afetando assim os cuidados de observaccedilatildeo da equipe de enfermagem
43 O acompanhante e a manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico
A presente categoria vai discutir um assunto importante que surgiu durante as
entrevistas de forma inesperada Alguns dos profissionais entrevistados citaram o descuido do
acompanhante como um fator causador da perda do acesso venoso perifeacuterico Seguem abaixo
algumas falas
ldquoA matildee sempre acompanha e tem matildee que natildeo tem cuidado natildeo vigia e a gente tem que ficar pedindo pra olhar tomar contardquo (Aurora)
ldquoEm relaccedilatildeo ao acompanhante porque a crianccedila natildeo vai avaliar entatildeo o acompanhante que estar ali tem que avaliar direitinho natildeo deixar a crianccedila mexer ou puxarrdquo (Bela)
ldquoNatildeo eacute toda matildee que esta vigiando que cuida pra que a crianccedila natildeo perca o acessordquo (Jasmine)
21 Almeida FA Sabateacutes AL Enfermagem pediaacutetrica a crianccedila o adolescente e a sua famiacutelia no hospital Satildeo Paulo(SP) Manole 2008
32
ldquoAcho que leva a perda quando o acompanhante natildeo coopera as vezes a gente faz a imobilizaccedilatildeo na crianccedila e as vezes eles ateacute retiram e a proacutepria crianccedila agitada ela mesmo arrancardquo (Branca de Neve)
ldquoAgraves vezes a proacutepria crianccedila que a matildee deixa muito solta ai solta o acessordquo (Mulan)
Apoacutes a implementaccedilatildeo da lei que garante um acompanhante ao paciente pediaacutetrico a
presenccedila do familiarresponsaacutevel durante a hospitalizaccedilatildeo mudou a rotina da equipe de
enfermagem trazendo duacutevidas quanto a real funccedilatildeo do acompanhante e fazendo com que a
mesma viesse a delegar certos cuidados para acompanhante
A Promulgaccedilatildeo da Lei 8069 do Estatuto da Crianccedila e do Adolescente (ECA) em
1990 no seu artigo 12deg garante agrave crianccedila ou ao adolescente o direito de ter um responsaacutevel
que o acompanhe durante a hospitalizaccedilatildeo (1990)
Desde a sua implantaccedilatildeo as unidades vecircm sofrendo um processo de reorganizaccedilatildeo de
suas praacuteticas A inserccedilatildeo da famiacutelia modifica a organizaccedilatildeo do processo de trabalho o que
requer dos profissionais uma compreensatildeo em relaccedilatildeo agrave dinacircmica das relaccedilotildees interpessoais
(COLLET e ROCHA 2004)
Pimenta e Collet (2009) ressaltam que natildeo haacute nenhuma regulamentaccedilatildeo sobre a
participaccedilatildeo da famiacutelia nos cuidados e no entanto a mesma desempenha atividades junto agrave
crianccedila durante a hospitalizaccedilatildeo que devem ser levadas em consideraccedilatildeo A falta de
reconhecimento desse fato fez com que a equipe de enfermagem e famiacutelia natildeo possuiacutessem
uma relaccedilatildeo aberta e vivessem uma relaccedilatildeo silenciosa e impliacutecita de poder na qual a famiacutelia
acaba assumindo as relaccedilotildees do cuidado agrave crianccedila de responsabilidade da enfermagem
A negociaccedilatildeo entre matildees e equipe de enfermagem em relaccedilatildeo aos cuidados agrave crianccedila
hospitalizada natildeo eacute uma tarefa faacutecil tendo em vista que natildeo se tem claro qual o seu novo
papel neste processo (COLLET e ROCHA 2004)
Eacute possiacutevel ver nas falas que a presenccedila do acompanhante causa para a equipe de
enfermagem a seguranccedila de ter algueacutem para ldquovigiarrdquo ldquotomar contardquo e natildeo deixar que a
crianccedila hospitalizada perca o acesso venoso quando na verdade eacute funccedilatildeo da equipe de
enfermagem cuidados referentes ao acesso venoso perifeacuterico
33
Jaacute o acompanhante eacute definido pelo Ministeacuterio da Sauacutede como uma pessoa significativa
para a crianccedila que representa sua rede social e que vai acompanhaacute-lo durante a permanecircncia
no ambiente hospitalar ressaltando assim sua importacircncia Esse fato se reforccedila visto que a
crianccedila encontra nos familiares a forccedila e seguranccedila necessaacuteria para encarar todo esse processo
doloroso e desconhecido (MURAKAMI e CAMPOS 2011 p255)
O acompanhante aleacutem de minimizar o sofrimento do paciente pediaacutetrico faz com que
o mesmo sinta-se mais a vontade Eacute importante ressaltar que o familiarresponsaacutevel natildeo soacute
pode como deve participar das atividades da crianccedila no hospital desde que estas natildeo sejam
competecircncias dos profissionais que os cercam Essas atividades satildeo caracterizadas como
semelhantes aos que eles realizam diariamente fora do ambiente hospitalar como o banho
Poreacutem no caso de um paciente com punccedilatildeo venosa perifeacuterica o profissional de enfermagem
deve auxiliar no cuidado para que essa natildeo se perca
Os cuidados dos familiaresacompanhantes satildeo os mesmos que os desenvolvidos no
domiciacutelio e os cuidados prestados pela equipe de enfermagem satildeo aqueles que demandam
conhecimento teacutecnico-cientiacutefico especializado (SOUZA e OLIVEIRA 2010 p558)
Mesmo alguns cuidados parecerem simples e rotineiros quando eacute prestado no
hospital assumem novas caracteriacutesticas com o uso de dispositivos tecnoloacutegicos os quais se
tornam complexos (PIMENTA E COLLET 2009)
O ato de cuidar envolve o respeito agrave maneira como vive cada indiviacuteduo de acordo
com suas crenccedilas valores costumes e cultura A famiacutelia como uma instituiccedilatildeo atende agraves
necessidades bioloacutegicas de seus membros sendo sua responsabilidade cuidar e criar os filhos
incluindo a obrigaccedilatildeo da alimentaccedilatildeo higiene vestuaacuterio e moradia (ELSEN22
Nas entrevistas podemos verificar falas em que o acompanhante eacute citado como
responsaacutevel por avaliar a punccedilatildeo venosa A equipe de enfermagem deve sempre partir do
pressuposto que o familiar acompanhante natildeo tem conhecimento cientiacutefico e certo tipo de
cuidado natildeo deve se delegado para o mesmo mostrando assim a importacircncia da orientaccedilatildeo do
acompanhante quanto aos procedimentos dispositivos utilizados e cuidados em que os
etal 1994
apud SOUZA e OLIVEIRA 2010 p 553)
22 Elsen I Patriacutecio ZM Assistecircncia agrave crianccedila hospitalizada tipos de abordagens e suas implicaccedilotildees para a enfermagem In A enfermagem em pediatria e puericultura Rio de Janeiro (RJ) Atheneu 2005
34
mesmos possam auxiliar Seguem abaixo as falas onde os profissionais ressaltaram a
importacircncia da orientaccedilatildeo do acompanhante
ldquoNem sempre a crianccedila vai entender o porque de estar com aquele acesso entatildeo tem que ter uma orientaccedilatildeo do acompanhanterdquo (Bela)
ldquoTem que haver orientaccedilatildeo do acompanhante para os cuidadosrdquo (Ariel)
ldquoAgraves vezes tem ate o exemplo de um pai que natildeo deixa trocar o acesso jaacute tinha mais de uma semana e ele natildeo queria que trocasse ai faz febre e natildeo sabe da onderdquo (Alice)
Para Souza e Oliveira (2010 p555) deve haver uma preocupaccedilatildeo em orientar
considerando que o outro natildeo tem nenhum tipo de conhecimento sobre o assunto Poreacutem
Queiroz e Jorge23
Apesar das dificuldades o profissional de enfermagem deve estabelecer um viacutenculo de
confianccedila com o acompanhante buscando sempre deixaacute-los ciente das situaccedilotildees e fazendo-os
participar dos cuidados plausiacuteveis sem causar nenhum dano agrave crianccedila e de maneira alguma
abandonar suas atribuiccedilotildees
(2004 apud SOUZA e OLIVEIRA 2010 p 556) ressaltam que apesar de os
profissionais terem intenccedilatildeo de orientar os cuidados para a sauacutede repassam conhecimentos
elaborados cientificamente dificultando a compreensatildeo do familiar aleacutem de a relaccedilatildeo se dar
de maneira vertical assimeacutetrica e coercitiva
23 Queiroz MVO Jorge MSB Accedilotildees educativas no cuidado infantil e intervenccedilotildees dos profissionais junto agraves famiacutelias Acta Scientiarum Maringaacute 2004 janjun 26(1) 27-34
35
CONCLUSAtildeO
Atraveacutes desse estudo foi possiacutevel descrever e analisar os cuidados que os profissionais
de enfermagem realizam acerca da permanecircncia do acesso venoso perifeacuterico Aleacutem disso a
realizaccedilatildeo da pesquisa permitiu identificar a desarticulaccedilatildeo do processo de enfermagem e a
praacutetica desconectada da produccedilatildeo cientiacutefica caracterizando a falta de uma educaccedilatildeo
continuada efetiva
A anaacutelise dos dados demonstra o processo de punccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico
ressaltando a importacircncia de cuidados como a seleccedilatildeo do local a diluiccedilatildeo da medicaccedilatildeo a
realizaccedilatildeo de uma boa fixaccedilatildeo a atenccedilatildeo com a velocidade de infusatildeo os cuidados com os
sinais de infecccedilatildeo e salinizaccedilatildeo do acesso natildeo deixando de salientar cuidados em desuso
como o uso da heparina da tala e duvidas em relaccedilatildeo ao tempo de permanecircncia Evidenciou
tambeacutem que a equipe de enfermagem delega alguns cuidados para os acompanhantes
Natildeo foi possiacutevel perceber o niacutevel de conhecimento cientiacutefico dos profissionais visto
que eles em nenhum momento por natildeo saberem ou por medo de se expor natildeo explicaram de
fato nenhum cuidado que disseram realizar Sempre citaram de forma superficial e direta
deixando claro tambeacutem que o pesquisador natildeo os indagou quanto a isso Poreacutem creio que
diante de cuidados tatildeo importantes e de frequente praacutetica os mesmos falariam facilmente
sobre os cuidados de enfermagem na permanecircncia do acesso venoso perifeacuterico
Apesar dos entrevistados citarem alguns fatores e cuidados realizados de forma
correta eacute visiacutevel que os mesmos realizam os cuidados com a punccedilatildeo e a permanencia do
acesso de forma automaacutetica sem unir a praacutetica com o fundamento do mesmo
Eacute importante destacar tambeacutem a importacircncia do preparo emocional da crianccedila como
tambeacutem os cuidados com a famiacutelia dos mesmos O trabalho de humanizaccedilatildeo realizado pela
36
enfermagem faz grande diferenccedila nessas situaccedilotildees visto que os pacientes e acompanhantes
tendo conhecimento do que seraacute realizado ficariam mais tranquilos
O estudo contribuiu para o campo do ensino nesta aacuterea dando destaque ao importante
papel que o profissional de enfermagem deve desempenhar no cuidado e na manutenccedilatildeo do
acesso venoso perifeacuterico Contudo vale ressaltar a importacircncia do incentivo ao profissional a
buscar na literatura natildeo soacute esclarecimento de suas duvidas mas tambeacutem novos
conhecimentos
Pode colaborar ainda para a realizaccedilatildeo de novas pesquisas na aacuterea procurando
eliminar duacutevidas e controveacutersias sobre o tema Buscando assim a realizaccedilatildeo de um cuidado de
enfermagem articulado e eficaz promovendo o bem-estar do paciente pediaacutetrico durante a
hospitalizaccedilatildeo
37
REFEREcircNCIAS
ARAUacuteJO Ana Paula Monteiro Baptista de Andrade As praacuteticas de cuidado agrave crianccedila com
cateter venoso perifeacuterico e seus reflexos na interaccedilatildeo enfermeiro-familiar Dissertaccedilatildeo
(Mestrado em Enfermagem) Universidade do Estado do Rio de Janeiro Faculdade de
Enfermagem2007 66 f Disponiacutevel emlt
httpwwwbdtduerjbrtde_buscaarquivophpcodArquivo=621 Acesso em 16 de maio de
2014
BATALHA Luis Manuel Cunha COSTA Luiacutesa Paula Santos ALMEIDA Dulce Maria
Gomes de LOURENCcedilO Patriacutecia Adriana Almeida GONCcedilALVES Ameacutelia Maria Ferreira
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44
APEcircNDICE I
TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO
DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO Tiacutetulo Do Projeto Os cuidados de enfermagem acerca dos acessos venosos perifeacutericos na unidade pediaacutetrica Pesquisador Responsaacutevel Rosane Cordeiro Burla de Aguiar Eny Dorea Paiva e Karina Rodrigues Fernandes Instituiccedilatildeo a que Pertence o Pesquisador Responsaacutevel Universidade Federal Fluminense Telefone para contato (21) 98355269 (21) 82392939 (21) 91786609 Nome do voluntaacuterio _________________________________________________________ Idade ________ anos RG ____________________________
AO Sr (a) estaacute sendo convidado (a) a participar do projeto de pesquisa OS CUIDADOS DE
ENFERMAGEM ACERCA DOS ACESSOS VENOSOS PERIFEacuteRICOS NA UNIDADE PEDIATRICA de
responsabilidade da pesquisadora Profordf Drordf Rosane Cordeiro Burla de Aguiar e Profordf Drordf Eny Dorea Paiva A
punccedilatildeo venosa perifeacuterica eacute um procedimento essencial durante a hospitalizaccedilatildeo da crianccedila visto que eacute atraveacutes
dela que eacute administrada grande parte das medicaccedilotildees Este estudo se justifica diante da importacircncia da
necessidade de um maior periacuteodo de permanecircncia dos acessos venosos perifeacutericos Com isso aleacutem da
diminuiccedilatildeo de eventos que causam dor e irritaccedilatildeo na crianccedila e na famiacutelia promoveraacute tambeacutem uma melhor estada
dos mesmos durante o periacuteodo de hospitalizaccedilatildeo Os objetivos da pesquisa satildeo 1) Descrever os fatores que
interferem na manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico de acordo com a equipe de enfermagem 2)Analisar os
cuidados da equipe de enfermagem na manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico A coleta de dados se daraacute
atraveacutes de entrevistas semi estruturadas que seratildeo gravadas As informaccedilotildees colhidas seratildeo tratadas de forma
anocircnima e confidencial ou seja em nenhum momento seratildeo divulgados o seu nome e somente os
pesquisadores teratildeo acesso agraves informaccedilotildees Os dados obtidos com a pesquisa poderatildeo ser publicados apenas com
fins cientiacuteficos Eles natildeo seratildeo utilizados para fins comerciais ou para outra finalidade qualquer Caso necessite
poderatildeo ser marcados encontros para respostas ou esclarecimentos de qualquer duacutevida acerca da pesquisa A sua
participaccedilatildeo eacute voluntaria e eacute importante lembrar que vocecirc poderaacute desistir de participar da pesquisa em qualquer
momento A entrevista seraacute marcada em um dia e horaacuterio que vocecirc achar melhor Seraacute realizada
individualmente em um ambiente que nos ofereccedila privacidade Esta pesquisa natildeo oferece riscos para vocecirc e os
benefiacutecios da sua participaccedilatildeo satildeo de aumentar o conhecimento cientiacutefico na aacuterea de Enfermagem Pediaacutetrica
aleacutem de contribuir para a praacutetica profissional Este documento seraacute elaborado em duas vias uma para vocecirc e a
outra seraacute arquivada pelo pesquisador
Eu_____________________________________________________________ RG no _____________________________ Declaro que apoacutes ter entendido o que me foi explicado consinto voluntariamente em participar do presente Protocolo de Pesquisa entendo ainda que posso retirar o meu consentimento a qualquer momento antes ou durante a realizaccedilatildeo do mesmo declaro ter sido informada(o) e concordo em participar como voluntaacuteria(o) da pesquisa acima descrita Rio de Janeiro_______de_______________de 20___ _____________________________ ________________________________
(Participante) Karina Rodrigues Fernandes (Responsaacutevel por obter o consentimento)
______________________________________ _______________________________________ (Testemunha) (Testemunha)
45
APEcircNDICE II
ROTEIRO PARA ENTREVISTA
1) O que vocecirc acha que pode levar a perda do acesso perifeacuterico
2) Para vocecirc o que eacute importante para manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico nas
crianccedilas
3) O que vocecirc acha que pode interferir na sua manutenccedilatildeo
4) Que medidas vocecirc adota no seu dia a dia para manter o acesso
5) Na sua vivencia profissional o que vocecirc discorda dos cuidados que geralmente satildeo
utilizados para manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico
46
ANEXO
47
48
9
procedimento poreacutem com cerca de 50 de insucesso na primeira tentativardquo Cada crianccedila foi
submetida a 21 tentativas (LARSEN1
11 Questotildees norteadoras
et al 2010 apud NEGRI et al 2012)
Quais os fatores que podem interferir na permanecircncia do acesso venoso em uma
crianccedila hospitalizada
Quais satildeo os cuidados da equipe de enfermagem para aumentar o tempo de
permanecircncia de um acesso venoso perifeacuterico em uma crianccedila hospitalizada
12 Objeto de estudo
Os cuidados da equipe de enfermagem na permanecircncia do acesso venoso perifeacuterico
13 Objetivos
Descrever e discutir os cuidados de enfermagem acerca da permanecircncia dos acessos
venosos perifeacutericos na pediatria
14 Justificativa e relevacircncia
Diante da problemaacutetica exposta eacute possiacutevel identificar a importacircncia da necessidade de
um maior periacuteodo de permanecircncia dos acessos venosos perifeacutericos Com isso aleacutem da
diminuiccedilatildeo de eventos que causam dor e irritaccedilatildeo na crianccedila e na famiacutelia promoveraacute tambeacutem
uma melhor estada dos mesmos durante o periacuteodo de hospitalizaccedilatildeo
Oliveira Bezerra e Pereira (2008 p96) chegaram a conclusatildeo que os enfermeiros
prestam assistecircncia agraves crianccedilas dentro dos paracircmetros poreacutem devem ter mais cuidados em
alguns pontos como ldquonecessidade de maior atenccedilatildeo na quantidade e velocidade da infusatildeo da
terapia mais controle do calibre do cateter identificaccedilatildeo do acesso complicaccedilotildees e troca de
fixaccedilatildeordquo
O presente estudo possui relevacircncia pois busca descrever os principais cuidados que a
equipe de enfermagem desenvolve na manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico na pediatria
demonstrando o que a equipe faz efetivamente para aumentar o tempo de permanecircncia desse
1 Larsen P Eldridge D Brinkley J Newton D Goff D Hartzog T Saad ND Perkin R Pediatric peripheral intravenous access does nursing experience and competence really make a difference J Infus Nurs 201033(4)226-35
10
dispositivo visto que a sua inserccedilatildeo jaacute eacute um evento estressante para crianccedila e sua famiacutelia
durante a hospitalizaccedilatildeo Eacute relevante tambeacutem natildeo soacute para os enfermeiros pediaacutetricos como
tambeacutem para todos os profissionais da aacuterea de sauacutede que procuram aprofundar seus
conhecimentos acerca dos cuidados na assistecircncia de enfermagem da cateterizaccedilatildeo venosa
perifeacuterica
11
2 REVISAtildeO DE LITERATURA
21 Hospitalizaccedilatildeo infantil e seus estressores
Durante a vida de uma crianccedila as principais situaccedilotildees de crise que normalmente elas
vivenciaratildeo estatildeo relacionadas agrave doenccedila ou a uma possiacutevel hospitalizaccedilatildeo Frente a estes
fatores elas se mostram vulneraacuteveis diante das mudanccedilas impostas relacionadas ao estado de
sauacutede e a sua rotina de vida (HOCKENBERRY e WILSON 2011 p676)
ldquoA hospitalizaccedilatildeo representa para a crianccedila uma situaccedilatildeo diferente de todas as jaacute
vivenciadas haja vista que sua rotina diaacuteria eacute modificada Ela encontra-se em um ambiente
impessoal repleto de tabus e significados diferente do seu contexto diaacuteriordquo (JANSEN
SANTOS e FAVERO 2010 p248)
Segundo Brito et al (2009 p 803) a crianccedila hospitalizada eacute ldquoafastada de seu ambiente
familiar de seus amigos da escola e de seus objetos pessoais perdendo assim grande parte de
suas referecircnciasrdquo com isso esse periacuteodo de hospitalizaccedilatildeo pode causar impacto sobre o estado
psicoloacutegico da mesma
Conforme Hockenberry e Wilson (2011 p676) as crianccedilas natildeo possuem habilidades
de enfrentamento suficientes para resolver determinados estressores Como principais
estressores pode-se citar ldquoa separaccedilatildeo a perda de controle lesatildeo corporal e dorrdquo
Um dos procedimentos mais dolorosos e estressantes para a crianccedila eacute a punccedilatildeo venosa
onde na maioria dos casos constitui a primeira escolha para a administraccedilatildeo de medicamentos
nutriccedilatildeo parenteral hemoderivados e coleta de exames sanguumliacuteneos(OLIVEIRA BEZERRA e
PEREIRA 2008 p91)
12
ldquoA crianccedila eacute um ser em crescimento e desenvolvimento com particularidades e
caracteriacutesticas proacutepriasrdquo (MATHEWS-SIMONTON2
Esse periacuteodo de internaccedilatildeo ldquopode deixar a crianccedila ansiosa insegura e com medo
principalmente quando natildeo eacute preparada para a hospitalizaccedilatildeo e o tratamento a que seraacute
submetidardquo Para Martins (2001) isso contribui para aumentar o medo e a ansiedade
expressos por meio do choro da raiva e ateacute mesmo por agressotildees
1990 apud COA e PETTENGILL
2006 p434) Isso significa que a crianccedila iraacute se comportar de acordo com a situaccedilatildeo imposta
pois isso dependeraacute natildeo soacute da idade de desenvolvimento como tambeacutem de suas experiecircncias
com determinadas situaccedilotildees
Diante de todo o processo de hospitalizaccedilatildeo a crianccedila pode apresentar diversas
manifestaccedilotildees comportamentais sendo consideradas mais comuns as ldquoregressotildees diminuiccedilatildeo
no ritmo do desenvolvimento desordens do sono e da alimentaccedilatildeo dependecircncia
agressividade apatia estados depressivos fobias e transtornos de comportamento em geralrdquo
(BAR-MOR3
Para a famiacutelia ldquoa hospitalizaccedilatildeo de um filho geralmente eacute encarada como uma
situaccedilatildeo de crise para a famiacutelia e para a crianccedilardquo O profissional de enfermagem deve se
organizar seu trabalho com estrateacutegias que minimizem o sofrimento no ambiente hospitalar e
na assistecircncia agrave crianccedila (THOMAZINE et al 2008 p146)
1997 apud BRITO et al 2009 p203) Com a atenccedilatildeo voltada para atender a
demanda e a necessidade fisioloacutegica da crianccedila os profissionais da equipe de enfermagem
geralmente ldquodedicam pouca ou nenhuma atenccedilatildeo agraves questotildees psicoloacutegicas e sociais da crianccedila
hospitalizada e de sua famiacuteliardquo(JANSEN SANTOS e FAVERO 2010 p248)
A qualidade do ambiente pode afetar diretamente no processo de recuperaccedilatildeo com
isso ldquoas intervenccedilotildees no contexto hospitalar devem visar agrave promoccedilatildeo de condiccedilotildees favoraacuteveis
agrave reabilitaccedilatildeo dos efeitos de experiecircncias adversas ao desenvolvimento das crianccedilasrdquo Isso
sugere que o ambiente aleacutem de incentivar a sauacutede deve ser planejado de maneira supra agraves
necessidades dos pacientes levando em conta os aspectos psicoloacutegicos pedagoacutegicos e
2 Mathews-Simonton S A famiacutelia e a cura o meacutetodo Simonton para famiacutelias que enfrentam uma doenccedila Satildeo Paulo Summus 1990 3 Bar-Mor G Preparation of children for surgery and invasive procedures milestones on the way to success J Pediatr Nurs1997Aug12(4) 252-255
13
socioloacutegicos da crianccedila e de sua famiacutelia (SOARES e ZAMBERLAN4
Para humanizar a assistecircncia agrave crianccedila hospitalizada e atender a suas reais
necessidades os pais foram inseridos na cliacutenica pediaacutetrica com direito a permanecircncia integral
nos casos de internaccedilatildeo Isso ocorreu no iniacutecio da deacutecada de 1990 no Brasil com a
legalizaccedilatildeo estabelecida pelo Estatuto da Crianccedila e do Adolescente (THOMAZINE et al
2008 p145) Com isso ldquomuitos hospitais natildeo consideram mais os pais como visitantes e
enfatizam sua presenccedila durante todo o periacuteodo da hospitalizaccedilatildeordquo fazendo uso de um sistema
de cuidado centrado na famiacutelia (HOCKENBERRY e WILSON 2011 p685)
1995 apud BRITO et
al 2009 p803)
Durante o processo de hospitalizaccedilatildeo as crianccedilas satildeo submetidas a diversas condutas e
procedimentos como por exemplo exames e administraccedilatildeo de medicamentos A punccedilatildeo
venosa eacute um dos principais procedimentos que causam dor e muitas vezes existe a
necessidade de vaacuterias punccedilotildees durante um mesmo dia Vale ressaltar que para a crianccedila esse
tipo de procedimento se iguala a uma agressatildeo jaacute que ldquona maioria das vezes eacute acompanhado
de dor ou medo o que se traduz no choro e na ansiedaderdquo (COLLET5
2002 apud GOMES et
al 2011 p290)
22 Acesso venoso perifeacuterico em pediatria
Para Correia et al (2009 p559) a fim evitar um trauma emocional durante a punccedilatildeo
as crianccedilas precisam ser orientadas sobre o tratamento seus objetivos e receber atenccedilatildeo
carinhosa neste momento
A fim de tornar o processo de cateterizaccedilatildeo venosa menos doloroso e estressante para
a crianccedila deve-se ter preferecircncia pelas veias que menos comprometam suas atividades
essenciais Neste intuito deve-se evitar por exemplo puncionar uma veia na matildeo que
dificulte o ato de se alimentar desenhar e ateacute mesmo brincar (OLIVEIRA BEZERRA e
PEREIRA 2008 p91)
4 Soares MRZ Zamberlan MAT A inclusatildeo do brincar na hospitalizaccedilatildeo infantil Est Psicol maioago18(2) 64-9 5 Collet N Oliveira BRG de Manual de Enfermagem em Pediatria Goiacircnia AB 2002
14
O acesso vascular eacute uma das principais modalidades de tratamento utilizadas na
assistecircncia agrave sauacutede Existe ampla aceitaccedilatildeo difusatildeo e praacutetica desse procedimento pelos
profissionais da aacuterea da assistecircncia agrave sauacutede (FERREIRA et al 2005)
Foi na deacutecada de 40 que o uso de cateter vascular foi introduzido nos hospitais
tornando-se essencial para as atividades assistenciais da modernidade (WORTHIGTON6
Para Peterlini e Chaud (2003) tal procedimento se define como um conjunto de
conhecimentos e teacutecnicas que visam agrave administraccedilatildeo de soluccedilotildees ou faacutermacos no sistema
circulatoacuterio abrangendo o preparo do paciente a escolha obtenccedilatildeo e manutenccedilatildeo do acesso
venoso os meacutetodos de preparo e administraccedilatildeo de drogas e soluccedilotildees e os cuidados referentes
agrave frequecircncia de troca do cateter curativos dispositivos de infusatildeo e soluccedilotildees
2005 apud MENDONCcedilA et al 2011 p330)
Primeiramente o acesso perifeacuterico era mantido com agulhas de accedilo inoxidaacutevel as
quais apesar de oferecerem menor risco de infecccedilatildeo satildeo riacutegidas e facilitavam perda do
acesso Em 1945 passou a ser utilizado o cateter venoso plaacutestico que permitia manutenccedilatildeo do
acesso por tempo prolongado (FERNANDES e RIBEIRO7
Quanto ao tempo de permanecircncia em pacientes pediaacutetricos o cateter deve ser mantido
ateacute o teacutermino da terapia intravenosa ou quando forem observados sinais cliacutenicos de
complicaccedilotildees diferentemente dos pacientes adultos onde o tempo de permanecircncia
preconizado eacute de 72 a 96 horas (CENTERS FOR DISEASE CONTROL AND
PREVENTION-CDC 2002)
2000 apud MARTINS et al 2008
p 485) Habitualmente o material de punccedilatildeo que vem sendo utilizado em crianccedilas satildeo os
cateteres flexiacuteveis tipo abocath com mandril metaacutelico (BATALHA et al 2010 p512)
Associaccedilatildeo Paulista de Estudos e Controle de Infecccedilatildeo Hospitalar (2005 apud
Moncaio e Figueiredo 2009) ressaltam que ldquoas principais complicaccedilotildees infecciosas para o
paciente satildeo flebite infecccedilatildeo do siacutetio de inserccedilatildeo do cateter extravasamento de soluccedilatildeo e
bacteremia relacionada ao cateterrdquo Certos fatores podem contribuir para o aparecimento de
tais complicaccedilotildees como o tipo do cateter que seraacute utilizado o preparo do local da punccedilatildeo
aleacutem de caracteriacutesticas intriacutensecas do paciente Vale acrescentar que ldquoos cateteres 6 Worthigton T Elliot TSJ Diagnosis of central venous catheter related infection in adult pacient J Infect 2005 51267-80 7 Fernandes AT Ribeiro Filho N Infecccedilatildeo do acesso vascular In Fernandes AT Fernandes M OV Ribeiro Filho N Infecccedilatildeo hospitalar e suas interfaces na aacuterea da sauacutede Satildeo Paulo (SP) Atheneu 2000 p 556-79
15
confeccionados em Teflon e poliuretano estatildeo associados a baixas frequecircncias de
complicaccedilotildees infecciosas quando comparados aos de polivinilcloreto e polietilenordquo
CENTERS FOR DISEASE CONTROL AND PREVENTION-CDC 2002)
ldquoNo acircmbito hospitalar a flebite eacute uma das complicaccedilotildees mais frequentes e
considerada uma das principais falhas da infusatildeordquo Eacute o processo inflamatoacuterio da camada
iacutentima das veias ocasionado por irritaccedilatildeo mecacircnica quiacutemica ou infecccedilotildees bacterianas
apresentando manifestaccedilotildees como dor edema hiperemia local e calor (GABRIEL8
Machado et al(2008) relata que ldquocerca de 1 a 10 destes pacientes desenvolvem
infecccedilotildees locais ou sistecircmicas relacionadas ao uso de cateteres causadas por alteraccedilatildeo ou
ruptura da integridade da pele que permite a passagem de microorganismos colonizadoresrdquo
2008
apud MAGEROTE et al 2011 p 487)
O curativo para fixaccedilatildeo do cateter eacute outro ponto importante para a manutenccedilatildeo do
mesmo visto que a ldquofixaccedilatildeo reduz o risco de complicaccedilotildees relacionadas agrave terapia intravenosa
tais como flebite infiltraccedilatildeo septicemia e deslocamento do cateterrdquo aleacutem de mantecirc-lo limpo
e seco permitindo a visualizaccedilatildeo contiacutenua do mesmo a fim de prevenir os agravos
(PHILLIPS9
No seacuteculo passado durante os primeiro 50 anos da praacutetica da terapia intravenosa
utilizava-se para fixaccedilatildeo gaze esteacuteril e fitas adesivas O iniacutecio do uso de filmes transparentes
esteacutereis se deu em 1970 como solicitaccedilatildeo dos enfermeiros quanto agrave necessidade da retirada do
curativo para realizar a inspeccedilatildeo do local de inserccedilatildeo funccedilatildeo atribuiacuteda aos mesmos a fim de
impedir uma infecccedilatildeo de corrente sanguiacutenea (MACHADO PEDREIRA E CHAUD 2008)
2001 apud SILVA E ZANETTI 2004 p233)
O uso de fitas adesivas natildeo-esteacutereis pode ser bastante observado em algumas
instituiccedilotildees de sauacutede contudo fita adesiva soacute natildeo estaacute contaminada enquanto permanece na
embalagem sugerindo tambeacutem a possibilidade da transmissatildeo de microorganismos
patogecircnicos com a aplicaccedilatildeo da mesma sobre o local de inserccedilatildeo do cateter
(VANDENBOSCH COOCH E TRESTON-AURAND10
8 Gabriel J Infusion therapy part one minimising the risks Nurs Stand 2008 Apr 22(31)51-6
1997 et al MACHADO
PEDREIRA E CHAUD2005 p292)
9 Phillips DL Manual de terapia endovenosa Trad Pedreira MLG Pereira SR Harada MJCS Peterline MAS 2ordf ed Porto Alegre (RS) Artmed 2001551P 10 VandenBosch TM Cooch J Treston-Aurand J Research utilization adhesive bandage dressing regimen for peripheral venous catheters Am J Infect Control 1997 25(6)513-9
16
Acerca da terapia intravenosa podem ocorrer incompatibilidades em relaccedilatildeo aos
faacutermacos administrados e os cateteres utilizados que na maioria das vezes natildeo satildeo percebidos
devido a impossibilidade de visualizaccedilatildeo Essas incompatibilidades satildeo denominadas por
Peterlini Chaud e Pedreira (2006) como adsorccedilatildeo e absorccedilatildeo onde ocorre ldquoperda do faacutermaco
para a superfiacutecie de frascos seringas filtros acessoacuterios e cateteres da terapia intravenosa por
meio de adsorccedilatildeo ou pela absorccedilatildeo do faacutermaco para a matriz do material de confecccedilatildeo desses
dispositivosrdquo Com isso o profissional de enfermagem tem como funccedilatildeo aleacutem do
conhecimento cientiacutefico acerca das drogas utilizadas programar accedilotildees que possibilitem
ldquoreconstituiccedilatildeo diluiccedilatildeo acondicionamento e cuidados na administraccedilatildeo de faacutermacosrdquo
evitando assim prejuiacutezos no tratamento
17
3 METODOLOGIA
31 Tipo de pesquisa
Trata-se de uma pesquisa descritiva exploratoacuteria de abordagem qualitativa com os
profissionais da equipe de enfermagem da unidade de internaccedilatildeo pediaacutetrica de um hospital
universitaacuterio do estado do Rio de Janeiro
Para Minayo Deslandes e Gomes (2007 p 21) a pesquisa qualitativa responde as
questotildees de forma particular de modo que trabalha com o universo dos significados dos
motivos das aspiraccedilotildees das crenccedilas dos valores e atitudes Sendo assim entende-se que as
accedilotildees do ser humano se distinguem a partir do seu pensamento do modo de agir de acordo
com a realidade vivida por cada um
Segundo Gil (1999 p44) ldquoas pesquisas descritivas tecircm como objetivo primordial a
descriccedilatildeo das caracteriacutesticas de determinada populaccedilatildeo ou fenocircmeno ou o estabelecimento de
relaccedilotildees variaacuteveisrdquo
Kauark Manhatildees e Medeiros (2010 p28) determinam a pesquisa exploratoacuteria como
agravequela que ldquoObjetiva a maior familiaridade com o problema tornando-o expliacutecito ou agrave
construccedilatildeo de hipoacutetesesrdquo Acrescenta ainda que a mesma pode conter levantamento
bibliograacutefico entrevistas com pessoas experientes no problema pesquisado entre outras
fontes
32 Sujeitos da pesquisa
A pesquisa contou com um nuacutemero total de nove (9) profissionais da equipe de
enfermagem da unidade de internaccedilatildeo pediaacutetrica de um Hospital Universitaacuterio do Rio de
Janeiro sendo estes dois (2) enfermeiros e sete (7) teacutecnicos de enfermagem De todos os
18
participantes apenas um trabalha no serviccedilo noturno sendo o restante do serviccedilo diurno Os
mesmos satildeo os responsaacuteveis pela instalaccedilatildeo e manipulaccedilatildeo dos os acessos venosos
perifeacutericos supondo assim que tenham maior domiacutenio sobre o assunto abordado
Os sujeitos foram identificados com codinomes referentes agraves princesas da Disney para
que suas identidades sejam preservadas
33 Cenaacuterio
A pesquisa ocorreu na unidade de internaccedilatildeo pediaacutetrica localizada no quinto andar do
Hospital Universitaacuterio do Rio de Janeiro vinculado a uma Universidade Federal
A unidade pediaacutetrica eacute divida em trecircs enfermarias de acordo com a idade das crianccedilas
hospitalizadas sendo denominadas estas Lactente preacute-escolar e escolar A enfermaria
Lactente eacute composta por 5 leitos hospitalizando crianccedilas de 29 dias a 2 anos jaacute na preacute-escolar
encontram-se 6 leitos e acolhe crianccedilas de 2 a 6 anos e na escolar 6 leitos abrigando crianccedilas
de 7 a 12 anos Toda crianccedila hospitalizada tem direito a um acompanhante como eacute
preconizado por direito pelo Artigo doze (12) do Estatuto da Crianccedila e do Adolescente
(Brasil 1990 p3)
A enfermaria conta com um posto de enfermagem localizado no centro da unidade
possibilitando maior visualizaccedilatildeo das enfermarias Possui tambeacutem uma sala de recreaccedilatildeo e
banheiro para os pacientes e acompanhantes Haacute uma sala utilizada pedagogia hospitalar
onde uma professora realiza atividades com as crianccedilas
Vale ressaltar que na unidade haacute uma sala para realizaccedilatildeo de procedimentos dolorosos
como a punccedilatildeo venosa perifeacuterica e sempre que possiacutevel o paciente eacute levado ateacute ela
34 Coleta de dados
A coleta de dados se deu a partir da teacutecnica de entrevista semi-estruturadas que
segundo Minayo Deslandes e Gomes (2007 p 64) satildeo ldquoperguntas fechadas e abertas em que
o entrevistado tem a possibilidade de discorrer sobre o tema em questatildeo sem se prender agrave
indagaccedilatildeo formuladardquo As mesmas foram gravadas em entrevista individual e tiveram como
foco as accedilotildees que os profissionais da equipe de enfermagem realizam acerca dos cuidados
para a permanecircncia do acesso venoso perifeacuterico aleacutem de investigar sobre o conhecimento que
cada um possui sobre o tema
19
Apoacutes contato preacutevio com a equipe de enfermagem foi acordado um dia e horaacuterio para
a realizaccedilatildeo das entrevistas que aconteceram na proacutepria unidade Todos os profissionais da
equipe de enfermagem foram convidados a participar voluntariamente da pesquisa As
entrevistas aconteceram apoacutes os profissionais assinarem o Termo de Consentimento Livre e
Esclarecido (TCLE)
Para Minayo Deslandes e Gomes (2007 p 64) a entrevista possui como principal
objetivo construir dados que sejam pertinentes para a pesquisa aleacutem de ser a estrateacutegia mais
utilizada no processo de trabalho de campo
A coleta foi interrompida no momento em que os dados se mostraram saturados ou
seja quando houve a cessaccedilatildeo do acreacutescimo de informaccedilotildees novas referentes ao tema
proposto
O fechamento amostral por saturaccedilatildeo teoacuterica eacute definido como a suspensatildeo de inclusatildeo
de novos participantes quando os dados obtidos passam a apresentar na avaliaccedilatildeo do
pesquisador certa redundacircncia ou repeticcedilatildeo natildeo sendo considerado relevante continuar a
coleta de dados (FONTANELLA RICAS e TURATO 2008)
35 Questotildees eacuteticas da pesquisa
De acordo com a Resoluccedilatildeo 46612 que visa assegurar os direitos e deveres que
dizem respeito agrave comunidade cientiacutefica aos sujeitos da pesquisa e ao Estado uma pesquisa
que envolve a participaccedilatildeo de seres humanos deve atender aos fundamentos eacuteticos e
cientiacuteficos pertinentes para a seguranccedila dos mesmos Neste contexto toda pesquisa
envolvendo seres humanos deveraacute ser submetida agrave apreciaccedilatildeo de um Comitecirc de Eacutetica em
Pesquisa (CEP) (BRASIL 2012)
Atendendo a esta condiccedilatildeo o projeto de pesquisa foi encaminhado ao CEP ndash do
Hospital Universitaacuterio o qual foi realizada a pesquisa foi analisado e aprovado na Reuniatildeo
com data de 06122013 CAAE 24693613700005243 Nuacutemero do parecer 486451 Com
isso a pesquisa foi desenvolvida mediante aprovaccedilatildeo do CEP atendendo aos preacute-requisitos
estipulados pela Resoluccedilatildeo nordm 46612
Esta pesquisa eacute pautada em princiacutepios eacuteticos que respeitam a dignidade humana e
justiccedila assegurando que natildeo haveraacute nenhum tipo de dano aos participantes
20
Em atendimento a resoluccedilatildeo 46612 do Conselho Nacional de SauacutedeMS apoacutes serem
esclarecidos pela pesquisadora quanto aos aspectos eacuteticos relacionados agrave pesquisa aleacutem das
formas de produccedilatildeo de dados e inserccedilatildeo no estudo os sujeitos da pesquisa assinaram duas
vias do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido ndash TCLE (apecircndice 1) autorizando sua
participaccedilatildeo voluntaacuteria na pesquisa Uma via foi entregue ao participante e outra ficou
arquivada com a pesquisadora
Nesse documento consta os objetivos da pesquisa procedimentos benefiacutecios
previstos garantia de recusa de participaccedilatildeo em qualquer momento de acesso aos resultados
da pesquisa e tambeacutem a garantia de acesso ao pesquisador quando os sujeitos julgarem
necessaacuterio sendo todas essas informaccedilotildees em linguagem acessiacutevel e simples O mesmo foi
apresentado e explicado ao profissional convidado a participar do estudo no primeiro contato
eou durante visita agendada para realizaccedilatildeo da entrevista
Vale ressaltar que esta pesquisa cujo financiamento eacute proacuteprio natildeo oferece nenhum
tipo de riscos para o sujeito da pesquisa e nem para o cuidado das crianccedilas internadas no setor
de pediatria e os benefiacutecios da participaccedilatildeo do mesmo satildeo de aumentar o conhecimento
cientiacutefico na aacuterea de Enfermagem Pediaacutetrica aleacutem de contribuir para a praacutetica profissional
36 Anaacutelise dos dados
O processo de anaacutelise dos dados foi baseada na teacutecnica da Anaacutelise Temaacutetica que para
Minayo Deslandes e Gomes (2007 p 86) o conceito central eacute o tema ldquoO tema eacute a unidade de
significaccedilatildeo que se liberta naturalmente de um texto analisado segundo criteacuterios relativos agrave
teoria que serve de guia da leiturardquo (BARDIN11
A anaacutelise realizada estava de acordo com a sugerida por Minayo (2010 p 315) e
contam com as seguintes etapas preacute-analise exploraccedilatildeo do material tratamento dos
resultados obtidos e interpretaccedilatildeo Atraveacutes dessas etapas tem-se o objetivo de descrever o
conteuacutedo do material coletado e interpretaacute-lo
1979 apud MINAYO DESLANDES
GOMES 2007 p 86)
A preacute analise consiste na escolha dos elementos a serem analisados e na retomada das
hipoacuteteses e dos objetivos iniciais da pesquisa Inicia-se com uma leitura flutuante onde o
11 BARDIN L Anaacutelise de Conteuacutedo Lisboa Ediccedilotildees 70 1979
21
pesquisador toma contato direto com o material adquirido deixando-se impregnar por seu
conteuacutedo Posteriormente haacute a constituiccedilatildeo do Corpus textual onde eacute feita uma seleccedilatildeo dos
documentos que iratildeo contemplar e fornecer informaccedilotildees sobre o tema sendo assim adequados
para dar resposta aos objetivos do trabalho (MINAYO 2010 p 315)
Essa fase preacute-analiacutetica eacute onde se determinam a unidades de registro unidade de
contexto e a partir delas satildeo determinados os temas que seratildeo analisados A unidade de
registro corresponde parte do conteuacutedo selecionado como base para analise e apoacutes a
delimitaccedilatildeo do contexto de compreensatildeo da unidade de registro eacute estabelecida a unidade de
contexto (MINAYO 2010 p 316)
De acordo com os objetivos da pesquisa foi possiacutevel perceber que nove (9)
entrevistas supriam para atender os mesmo encerrando assim a coleta Apoacutes a transcriccedilatildeo das
entrevistas foi realizada leitura das mesmas para natildeo soacute conhecimento do material mas
tambeacutem estabelecer as unidades de registro Em seguida foi realizado o colorimento das falas
assim as classificando de acordo com as unidades de registro estabelecidas
As unidades de registro que surgiram foram os fatores que interferem na manutenccedilatildeo
do acesso venoso perifeacuterico e o apontamento do acompanhante como responsaacutevel pela perda
do acesso venoso perifeacuterico Elas receberam as cores vermelha e laranja respectivamente a
fim de facilitar o agrupamento dos dados A partir disto surgiram as unidades de contexto que
compreendem as falas das entrevistas de modo a exemplificar o contexto das unidades de
registro
Partindo para segunda etapa da analise temaacutetica a exploraccedilatildeo do material que consiste
numa classificaccedilatildeo que visa alcanccedilar o nuacutecleo de compreensatildeo do texto Busca-se encontrar
categorias que satildeo expressotildees ou palavras significativas em funccedilatildeo das quais o conteuacutedo seraacute
organizado Essas categorias satildeo responsaacuteveis pela especificaccedilatildeo dos temas (MINAYO
2010 p 317)
Nesse caso foram definidos os seguintes temas cuidados preacute intra e poacutes procedimento
de punccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico cuidados em desuso para manutenccedilatildeo do acesso
venoso perifeacuterico o acompanhante e a manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico Essas trecircs (3)
categorias seratildeo apresentadas analisadas e discutidas no capitulo seguinte
22
4 RESULTADOS E DISCUSSAtildeO
Nesse capiacutetulo apresento as trecircs categorias temaacuteticas que surgiram da anaacutelise dos
dados e que contemplaram de forma satisfatoacuteria os objetivos da pesquisa A primeira
categoria denominada como ldquoOs cuidados de enfermagem preacute intra e poacutes-procedimento de
punccedilatildeo do acesso venoso perifeacutericordquo traz os passos e cuidados que os profissionais realizam
antes durante e apoacutes a punccedilatildeo buscando descrever e analisar os fatores envolvidos na pratica
do procedimento em questatildeo que emergiram das entrevistas aleacutem dos cuidados de
enfermagem para a manutenccedilatildeo do mesmo
A segunda categoria que seraacute apresentada eacute ldquoOs cuidados em desuso para manutenccedilatildeo
do acesso venoso perifeacutericordquo que mostra os cuidados que os profissionais citaram como natildeo
mais utilizados para auxiliar na manutenccedilatildeo da punccedilatildeo venosa perifeacuterica
E a uacuteltima categoria eacute denominada ldquoO acompanhante e a manutenccedilatildeo do acesso
venoso perifeacutericordquo e traz a responsabilizaccedilatildeo do acompanhante pelos profissionais do setor
em relaccedilatildeo aos cuidados com manutenccedilatildeo da punccedilatildeo Essa categoria busca tambeacutem ressaltar a
funccedilatildeo do acompanhante durante a hospitalizaccedilatildeo da crianccedila destacando que determinados
cuidados satildeo de total funccedilatildeo da equipe de enfermagem
41 Os cuidados de enfermagem preacute intra e poacutes-procedimento de punccedilatildeo do acesso
venoso perifeacuterico
Para interpretar as unidades de contextos tive como base autores que definiram os
cuidados de enfermagem preacute intra e poacutes punccedilatildeo venosa perifeacuterica Para esses autores a fase
de preacute-punccedilatildeo compreende as accedilotildees de anaacutelise e conhecimento da prescriccedilatildeo avaliaccedilatildeo e
23
preparo emocional do paciente preparo do material e medicaccedilatildeo seleccedilatildeo do siacutetio de inserccedilatildeo
e dilataccedilatildeo da veia selecionada As accedilotildees envolvidas na punccedilatildeo satildeo a execuccedilatildeo das
precauccedilotildees-padratildeo antissepsia da pele punccedilatildeo do vaso a fixaccedilatildeo e curativo do cateter
Finalmente na etapa de poacutes-punccedilatildeo adota-se a identificaccedilatildeo da punccedilatildeo o descarte apropriado
das partes dos materiais natildeo utilizados a orientaccedilatildeo do paciente acerca da terapecircutica o
controle da infusatildeo atraveacutes do gotejamento se necessaacuterio e o registro do procedimento
Phillips12
De acordo com as entrevistas a seleccedilatildeo do local de punccedilatildeo eacute indicada com um fator
que interfere diretamente no tempo de permanecircncia do acesso venoso perifeacuterico visto que
dependendo do local ocorre a perda mais rapidamente Aleacutem da localizaccedilatildeo citaram tambeacutem
o calibre da veia como interferecircncia na manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico Seguem
abaixo algumas falas
(2001 apud ARAUacuteJO 2007 p18)
ldquoPrimeira coisa eacute vocecirc procurar bem a veia colocar uma veia de um bom calibre Se puder dar preferecircncia a natildeo puncionar dobrasrdquo (Cinderela) ldquoDependendo de onde estiver puncionado se for na matildeozinha a crianccedila fica toda hora ta mexendo taacute manipulando alguma coisa e se for no pezinho tambeacutem nem todo tempo vai ficar acamada entatildeo acaba perdendo o acessordquo(Bela ) ldquoO mau posicionamento pode levar a perdardquo (Rapunzel)
A opiniatildeo dos profissionais acima vai de encontro com o que eacute encontrado na
literatura visto que eacute de suma importacircncia que o mesmo avalie o cliente e considere alguns
aspectos para uma escolha criteriosa e eficaz como a finalidade da punccedilatildeo o tipo de soluccedilatildeo
a ser infundida a condiccedilatildeo da rede venosa a duraccedilatildeo da terapia idade do cliente habilidade
cognitiva da crianccedila a preferecircncia do cliente o que nem sempre seraacute possiacutevel satisfazer e
tambeacutem a sua atividade (ARAUacuteJO 2007 p31)
Os cuidados com o acesso venoso perifeacuterico satildeo importantes antes mesmo da
realizaccedilatildeo do procedimento Levando em consideraccedilatildeo que um erro durante a fase de preacute-
procedimento como a escolha errada do local de punccedilatildeo por exemplo poderaacute levar a perda
do acesso e prejudicar assim o tratamento aleacutem do bem-estar da crianccedila que seraacute puncionada
novamente
12 PHILLIPS L D Manual de terapia intravenosa 2ed Porto Alegre Artmed 2001
24
O vaso sanguiacuteneo que o profissional selecionar como local para puncionar deve ser
suficiente para suportar o calibre e o comprimento do cateter aleacutem de atender a necessidade
terapecircutica para que natildeo haja a necessidade de uma nova punccedilatildeo
A punccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico eacute um procedimento doloroso e de grande
incomodo para a crianccedila com isso eacute de suma importacircncia realizar a seleccedilatildeo preacutevia do
material poreacutem natildeo foi citado Outro cuidado rotineiro e natildeo menos importante como a
lavagem das matildeos antes da colocaccedilatildeo do acesso tambeacutem natildeo foi mencionado durante as
entrevistas
O preparo emocional da crianccedila e do acompanhante quanto ao procedimento deve ser
considerada praacutetica rotineira para a equipe de enfermagem O profissional de enfermagem
deve lavar as matildeos objetivando a reduccedilatildeo significativa de risco de infecccedilatildeo e recomenda-se o
uso de aacutegua e sabatildeo para lavagem das matildeos antes da colocaccedilatildeo do cateter venoso perifeacuterico
(PHILLIPS13
O preparo preacutevio do material para instalaccedilatildeo do cateter venoso perifeacuterico eacute importante
para evitar interrupccedilotildees do procedimento e consequentemente um maior tempo de
manipulaccedilatildeo da crianccedila (SILVA
2001apud ARAUacuteJO 2007 Centers for Disease Control and Prevention ndash CDC
2002 apud ARAUacuteJO 2007)
14
Outro aspecto citado e classificado como preacute-procedimento eacute o cuidado com a
medicaccedilatildeo a ser administrada incluindo cuidados com a diluiccedilatildeo e composiccedilatildeo da mesma
Seguem algumas das falas
2004 apud ARAUacuteJO 2007 p30)
ldquoEstar sempre diluindo as medicaccedilotildees de acordo com a prescriccedilatildeo meacutedica pois as medicaccedilotildees satildeo muito fortes e podem causar enfraquecimento da veia Tem que diluir direitinho e passar lento na veiardquo (Cinderela) ldquoTer cuidado principalmente quando eacute crianccedila e a diluiccedilatildeo da medicaccedilatildeo tambeacutem agraves vezes natildeo eacute pra passar em perifeacuterico e na segunda dose jaacute perdeurdquo (Alice)
O acesso venoso perifeacuterico eacute a primeira alternativa para infusatildeo intravenosa por ser de
mais faacutecil acesso e rapidez no efeito da medicaccedilatildeo O profissional de enfermagem deve ter
domiacutenio natildeo soacute relacionado agrave infusatildeo das medicaccedilotildees mas tambeacutem com a composiccedilatildeo
13 PHILLIPS L D Manual de terapia intravenosa 2ed Porto Alegre Artmed 2001 14 SILVA G R G Terapia intravenosa em receacutem-nascidos ndash orientaccedilotildees para o cuidado de Enfermagem Rio de Janeiro Cultura Meacutedica 2004
25
farmacoloacutegica das mesmas os efeitos adversos e colaterais que a droga pode causar inclusive
em relaccedilatildeo a diluiccedilatildeo o que normalmente eacute estabelecido como padratildeo no setor de acordo com
cada faacutermaco
Com a intenccedilatildeo de promover a eficaacutecia terapecircutica dos medicamentos administrados
por via intravenosa eacute atribuiccedilatildeo do profissional de enfermagem implementar teacutecnicas como a
diluiccedilatildeo acondicionamento e cuidados na administraccedilatildeo de faacutermacos a fim de evitar
prejuiacutezos no tratamento resultantes da incompatibilidade medicamentosa (PETERLINI
CHAUD e PEDREIRA 2006)
Os fatores intra-procedimento satildeo considerados aqueles diretamente relacionados com
o procedimento Os dados colidos nas entrevistas ressaltaram apenas a fixaccedilatildeo com um fator
que interfere nessa fase Este foi o dado mais repetitivo nas entrevistas poreacutem sempre citado
de forma superficial Seguem as falas dos profissionais quando questionados sobre o que era
importante para manutenccedilatildeo do acesso
ldquoTem que fazer uma boa fixaccedilatildeo Porque quando a pessoa natildeo fixa bem prejudica porque aquilo vai soltando e quando vocecirc vecirc jaacute perdeu a veiardquo(Cinderela) ldquoEu acho que natildeo tem o que fazer para manter o acesso A crianccedila vai ficar uns dias X com aquele acesso pra fazer medicaccedilatildeo e eu acho que natildeo tem o que vocecirc profissional fazer para que natildeo percardquo (Aurora) ldquoA fixaccedilatildeo evita a movimentaccedilatildeo excessiva no local que estaacute o acessordquo (Ariel) ldquoTer cuidado com o curativo saber manusear E manter sempre o curativo limpo trocar se necessaacuteriordquo (Rapunzel) ldquoA fixaccedilatildeo eacute muito importante pra natildeo soltar o acesso e pra ele ficar mais tempordquo(Mulan)
Oliveira Bezerra e Pereira (2008 p 94) afirmam que de acordo com o revelado por
determinados estudos o tipo de curativo a fixaccedilatildeo do cateter e o tempo de permanecircncia estatildeo
diretamente relacionados com a ocorrecircncia de complicaccedilotildees infecciosas como flebites e
tambeacutem infiltraccedilatildeo extravasamento desconexatildeo e deslocamento do cateter
26
Para Pettit e Kraus15
Potter
(1995 apud MACHADO PEDREIRA E CHAUD2005 p292) a
gaze esteacuteril fixada com a fita adesiva hipoalergecircnica bem como a peliacutecula transparente esteacuteril
satildeo os materiais mais recomendados para curativo e fixaccedilatildeo de cateter venoso perifeacuterico
16
Jaacute as peliacuteculas transparentes mais conhecidas como filme permitem a respiraccedilatildeo
normal da pele com alta permeabilidade ao oxigecircnio e vapores e eacute impermeaacutevel a liacutequidos e
micro-organismos (SILVA E ZANETTI 2004 p233) Aleacutem disso permitem tambeacutem a
visualizaccedilatildeo contiacutenua do local de punccedilatildeo permitindo assim avaliaccedilatildeo do mesmo natildeo soacute
durante a infusatildeo de medicaccedilotildees mas tambeacutem todo o tempo
(1998 apud SILVA E ZANETTI 2004 p233) afirma que nas fixaccedilotildees em
que se utiliza a gaze esteacuteril preconiza-se a utilizaccedilatildeo de teacutecnica asseacuteptica Neste curativo a
gaze esteacuteril eacute colocada sobre o siacutetio de inserccedilatildeo e suas bordas satildeo fixadas com fita adesiva
A observaccedilatildeo da punccedilatildeo eacute muito importante pois se o local de inserccedilatildeo se mostrar
com sinais e sintomas de complicaccedilotildees a terapia deve ser suspensa (OLIVEIRA BEZERRA
e PEREIRA 2008 p95)
A visualizaccedilatildeo contiacutenua do acesso permite que a equipe de enfermagem possa realizar
uma observaccedilatildeo mais particularizada em relaccedilatildeo agraves condiccedilotildees do acesso venoso perifeacuterico
podendo observar se haacute deslocamento do cateter sinais de infiltraccedilatildeo e tambeacutem sinais de
infecccedilatildeo
Para Silva Barbato e Valente (2013 p 1200) cabe ao enfermeiro fazer a avaliaccedilatildeo
diaacuteria e cuidadosa do curativo observando a presenccedila de umidade sujidade integridade do
oacutestio de inserccedilatildeo a fixaccedilatildeo bem como a realizaccedilatildeo do curativo e das anotaccedilotildees legais
competentes agraves suas funccedilotildees
A fase poacutes-procedimento eacute caracterizada por uma seacuterie de cuidados que a equipe de
enfermagem deve realizar para que se obtenha maior tempo de permanecircncia do acesso venoso
perifeacuterico Durante as entrevistas os cuidados citados foram a salinizaccedilatildeo do acesso cuidados
para evitar a flebite e a velocidade de infusatildeo
15 Pettit DM Kraus V The use of gauze versus transparent dressings for peripheral intravenous catheter sites Nurs ClinNorth Am 1995 30(3)495-506 16 Potter P Perry AG Fundamentos de enfermagem processo conceito e praacutetica 3ordf ed Santos(SP) Guanabara Koogan19981397pp801-43
27
ldquoManter um acesso bem salinizado que vocecirc lave pelo menos de duas de trecircs em trecircs horas Se bem que isso aqui na pediatria natildeo eacute muito comum aqui a gente soacute lava cada vez que vai fazer medicaccedilatildeo mas se eu natildeo me engano a literatura preconiza isso vocecirc lavar pelo menos de quatro em quatro horas o acessordquo (Aurora)
ldquoPra manter o acesso venoso perifeacuterico eacute importante manter ele salinizado Assim que a gente recebe o plantatildeo eu vou ver se o acesso ta peacutervio com uma ldquoseringuinhardquo vai la da uma ldquolavadinhardquo e vecirc se o acesso ta peacutervio e manter o acesso salinizadordquo (Ariel)
ldquoSalinizar de 6 em 6 horas para manter ele peacuterviordquo (Alice)
ldquoTem que passar lento a medicaccedilatildeo e a limpeza da aacuterea vocecirc tem que limpar bem a aacuterea pra vocecirc natildeo formar uma flebiterdquo (Cinderela)
A salinizaccedilatildeo do acesso eacute um cuidado simples e de grande importacircncia Esse cuidado
deve ser realizado para manter o acesso peacutervio e limpo e deve ser realizado antes e apoacutes
qualquer infusatildeo
Para Moncaio e Figueiredo (2009)
a ldquosalinizaccedilatildeordquo consiste em administrar sob pressatildeo positiva soluccedilatildeo salina (Soro fisioloacutegico a 09) logo apoacutes o teacutermino da infusatildeo da medicaccedilatildeo Este procedimento visa prevenir a formaccedilatildeo de trombos e fibrina evitar o contato de drogas incompatiacuteveis (quando da infusatildeo de mais de um item medicamentoso no mesmo horaacuterio) garantir a infusatildeo de todo o medicamento que possa ter ficado no sistema aleacutem de evitar retorno sanguiacuteneo mantendo o cateter peacutervio para a proacutexima infusatildeo
Durante a coleta de dados esse cuidado surgiu em diversos momentos poreacutem foi
possiacutevel perceber que os profissionais realizam o mesmo de forma banalizada Natildeo sabem de
fato a real funccedilatildeo de manter o acesso salinizado A impressatildeo que passa eacute que eles
aprenderam que esse cuidado deveria ser feito e simplesmente fazem Haacute divergecircncias
tambeacutem entre a equipe em relaccedilatildeo ao momento que deve ser realizada a salinizaccedilatildeo e isso nos
mostra a desatualizaccedilatildeo dos profissionais do setor e a falta de uma educaccedilatildeo continuada no
hospital
Os cuidados para evitar a flebite e a velocidade de infusatildeo da medicaccedilatildeo apareceram
menos nas entrevistas e interferem diretamente com a manutenccedilatildeo do acesso venoso
perifeacuterico
28
A flebite eacute uma inflamaccedilatildeo na veia puncionada ocorrendo quando as ceacutelulas
endoteliais da parede da veia que o cateter estaacute inserido tornam-se inflamadas e irregulares
propiciando a aderecircncia de plaquetas e predispondo a veia a inflamaccedilatildeo Eacute comum que o local
se apresente dolorido hiperemiado quente e edemaciado e nesses casos eacute aconselhada a
retirada do cateter Uma boa fixaccedilatildeo do cateter perifeacuterico eacute recomendada por autores na
literatura visto que previnem deslocamento faacutecil e permitem uma boa visualizaccedilatildeo do local
evitando complicaccedilotildees como a flebite e infiltraccedilatildeo (MOLDES et al 2011 p 330)
Dentre as principais falhas de infusatildeo venosa estatildeo flebite infiltraccedilatildeo hematoma e
obstruccedilatildeo Acredita-se que para reduzir a incidecircncia destas nas unidades pediaacutetricas eacute preciso
a adoccedilatildeo de estrateacutegias tais como a abordagem junto agrave equipe em parceria com o setor de
educaccedilatildeo permanente e a adoccedilatildeo do uso da teacutecnica corretamente e de forma asseacuteptica para a
realizaccedilatildeo da punccedilatildeo venosa perifeacuterica em acordo com a comissatildeo de controle de infecccedilatildeo
hospitalar (SILVA BARBATO e VALENTE 2013 p 1200)
A incapacidade do paciente em relatar dor no siacutetio de administraccedilatildeo do faacutermaco quer
pela idade ou condiccedilatildeo cliacutenica e o local de inserccedilatildeo como tambeacutem a velocidade de infusatildeo do
medicamento (gt25mgmin) satildeo classificados como fatores de risco para a perda do acesso
venoso perifeacuterico (MARTINS SILVINO e DIAS 2010)
42 Os cuidados em desuso para manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico
Essa categoria discorre sobre os cuidados de enfermagem que com o passar do tempo
foram desconsiderados e natildeo satildeo mais utilizados Quando questionados em relaccedilatildeo a vivencia
profissional e cuidados que discordavam os entrevistados citaram o uso da tala para fixaccedilatildeo
uso de heparina e os cuidados em relaccedilatildeo ao tempo de permanecircncia do cateter Haacute muitas
controveacutersias em relaccedilatildeo aos cuidados citados acima
O tempo de permanecircncia interfere diretamente no aparecimento de complicaccedilotildees
como flebite e que acabam levando a perda do acesso venoso perifeacuterico mais rapidamente
aconselhando assim a troca do mesmo entre 76 a 96 horas Poreacutem eacute preconizada a retirada do
cateter apenas se finalizar o tratamento ou houver alguma interferecircncia
ldquoA gente observa tambeacutem o tempo dependendo do tempo tem que tirarrdquo (Alice)
29
ldquoHoje eu natildeo sei como que eacute essa questatildeo do tempo porque a gente trocava o acesso a cada quatro dias agora o pessoal jaacute diz que pode trocar em ateacute uma semana entatildeo natildeo sei como que ta isso e o que tem escrito em relaccedilatildeo a isso (Aurora)
Sabe-se que o tempo para troca do cateter de teflon ou poliuretano varia de 72 a 96
horas com o intuito de reduzir risco de infecccedilatildeo e flebite e para minimizar esses riscos nas
seguintes situaccedilotildees diante de sinais inflamatoacuterios no local de inserccedilatildeo e sempre que houver
mau funcionamento do cateter (SANTOS17
Entretanto o Center for Disease Control and Prevention - CDC (2002) diz que em
pacientes pediaacutetricos natildeo foi observada relaccedilatildeo quanto ao tempo de permanecircncia do cateter e
ocorrecircncia de complicaccedilotildees devendo ser mantido ateacute o teacutermino da terapia intravenosa ou
quando forem observados sinais cliacutenicos de complicaccedilotildees
2004 apud OLIVEIRA BEZERRA e PEREIRA
2008 p 93)
Eacute possiacutevel observar a diferenccedila do conhecimento pratico dos profissionais
entrevistados em relaccedilatildeo ao conhecimento encontrado na literatura E ainda contendo duacutevidas
natildeo haacute uma busca da parte dos mesmos para esclarececirc-las
O uso da heparina com a finalidade de manter o acesso peacutervio por um periacuteodo maior
de tempo mostra-se com mais certeza quanto ao desuso nos dados colidos
ldquoAntigamente a gente usava heparina entatildeo a gente ficava tranquila em relaccedilatildeo agrave obstruccedilatildeo mas agora natildeo a gente usa o soro fisioloacutegico e a gente deixa salinizadordquo (Aurora)
Rang e Dale 18(1998 apud DOPICO e OLIVEIRA 2006) afirmam que a heparina
inibe a formaccedilatildeo de coaacutegulos de fibrina in vitro e in vivo e que seu efeito anticoagulante eacute
praticamente imediato Com isso Phillips19
17 Santos W Lavagem das matildeos In R Luiz Santos W Manual baacutesico de prevenccedilatildeo e controle das infecccedilotildees hospitalares do HRU Fortaleza Hospital Regional Unimed 2004
(2001 apud DOPICO e OLIVEIRA 2006)
ressalta que a teacutecnica de manutenccedilatildeo intermitente de cateteres intravenosos com soluccedilatildeo
salina 09 classificada como salinizaccedilatildeo tem sido pesquisada haacute alguns anos apresentando
em relaccedilatildeo ao uso da heparina vantagens como o baixo custo ser um procedimento mais
18 Rang HP Dale M M Hemostasia e Trombose In Rang HP Dale M M Farmacologia Rio de Janeiro Guanabara Koogan 1998 p235-47 19 PHILLIPS L D Manual de terapia intravenosa 2ed Porto Alegre Artmed 2001
30
simples aleacutem de eliminar a possibilidade de incompatibilidade com as drogas e soluccedilotildees
administradas aleacutem da inexistecircncia de riscos ao paciente Entretanto sabe-se que a literatura
ainda natildeo fornece consenso acerca da soluccedilatildeo mais indicada para manutenccedilatildeo da
permeabilidade do cateter venoso perifeacuterico
Eacute importante ressaltar que muitas instituiccedilotildees do nosso paiacutes nem ao menos tecircm o
conhecimento da praacutetica da salinizaccedilatildeo com soluccedilatildeo salina 09 No que se refere agrave pesquisa
cientiacutefica as limitaccedilotildees desta praacutetica satildeo atribuiacutedas agrave ausecircncia de um maior nuacutemero de
estudos controlados para validar sua eficaacutecia (EPPERSON20
Apesar de natildeo ser encontradas publicaccedilotildees acerca do tema a utilizaccedilatildeo de heparina
mostra-se como uma pratica natildeo mais utilizada pelos profissionais de enfermagem Outro
tema onde haacute controveacutersias e tambeacutem poucas citaccedilotildees eacute o uso da tala para fixaccedilatildeo do acesso
venoso perifeacuterico Seguem abaixo a opiniatildeo de alguns dos profissionais entrevistados
1984 apud DOPICO e
OLIVEIRA 2006)
ldquoA uacutenica coisa que eu natildeo gosto de ver eacute quando se coloca tala para imobilizar dizendo que a tala vai ajudar a natildeo perder a veia Isso eu natildeo concordo acho que a tala prejudica a crianccedila fica incomodada faz dor no membrordquo (Cinderela)
ldquoAntigamente a gente usava muito tala e as vezes eu pego isso aqui ai eu falo gente tala natildeo se usa mais natildeo faz parte mais da fixaccedilatildeo vocecirc pode fixar de uma forma que a crianccedila natildeo perca A tala eu acho que ela traumatiza um pouco ainda mais se vocecirc pegar um acesso na dobra vocecirc vai fazer com que a crianccedila fique com o braccedilo esticado muito tempo eu acho que pode causar uma lesatildeo depois e a literatura jaacute fala que eacute desnecessaacuteria natildeo precisa maisrdquo (Aurora) ldquoAntigamente usavam tala mas hoje em dia quase natildeo se vecirc mais e eu acho que a tala atrapalha porque a crianccedila fica imobilizada no membro ai fica mais irritadardquo (Rapunzel) ldquoLaacute no meu outro trabalho alguns usam a tala Eu acho que a tala ajuda ateacute a perder mais raacutepido porque a crianccedila fica incomodada vai querer mexer naquilordquo (Mulan)
20 Epperson EL Efficacy of 09 sodium chloride injection with without heparin for maintenance indwelling intermittent injection sites Clin Pharm1984 3(5)26
31
Almeida e Sabateacutes21
Entretanto haacute estudo que comprovam que o uso da tala natildeo se mostra tatildeo eficiente e
apresenta-se como uma praacutetica controversa O estudo foi realizado em crianccedilas ateacute os 12 anos
utilizando imobilizaccedilatildeo com tala e em mais de metade dos casos (553) ocorreu infiltraccedilatildeo
o que indicia a ineficaacutecia desta praacutetica (MACHADO PEDREIRA e CHAUD 2008 apud
BATALHA et al 2010 p512)
(2008 apud BATALHA et al 2010 p512) afirmam que a teacutecnica
de fixaccedilatildeo dos CVP com uso de imobilizaccedilatildeo com tala para restriccedilatildeo ou limitaccedilatildeo dos
movimentos articulares proacuteximo do local da punccedilatildeo estaacute indicado nas matildeos punhos cotovelo
e maleacuteolo
Para Batalha et al (2010 p512) o uso desta praacutetica parece natildeo se coadunar com o
atual uso de cateteres flexiacuteveis tipo abocath em detrimento de agulhas metaacutelicas Talvez por
isso comecem a surgir novas teacutecnicas de fixaccedilatildeo dos CVP que natildeo exigem imobilizaccedilatildeo das
articulaccedilotildees com talas
Aleacutem de natildeo haver uma confirmaccedilatildeo dos benefiacutecios causados pelo uso da tala a
imobilizaccedilatildeo causa incocircmodo para a crianccedila que fica com o membro imoacutevel podendo causar
dor e tambeacutem irritaccedilatildeo O uso desse tipo de fixaccedilatildeo tambeacutem impede a visualizaccedilatildeo frequente
do acesso venoso afetando assim os cuidados de observaccedilatildeo da equipe de enfermagem
43 O acompanhante e a manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico
A presente categoria vai discutir um assunto importante que surgiu durante as
entrevistas de forma inesperada Alguns dos profissionais entrevistados citaram o descuido do
acompanhante como um fator causador da perda do acesso venoso perifeacuterico Seguem abaixo
algumas falas
ldquoA matildee sempre acompanha e tem matildee que natildeo tem cuidado natildeo vigia e a gente tem que ficar pedindo pra olhar tomar contardquo (Aurora)
ldquoEm relaccedilatildeo ao acompanhante porque a crianccedila natildeo vai avaliar entatildeo o acompanhante que estar ali tem que avaliar direitinho natildeo deixar a crianccedila mexer ou puxarrdquo (Bela)
ldquoNatildeo eacute toda matildee que esta vigiando que cuida pra que a crianccedila natildeo perca o acessordquo (Jasmine)
21 Almeida FA Sabateacutes AL Enfermagem pediaacutetrica a crianccedila o adolescente e a sua famiacutelia no hospital Satildeo Paulo(SP) Manole 2008
32
ldquoAcho que leva a perda quando o acompanhante natildeo coopera as vezes a gente faz a imobilizaccedilatildeo na crianccedila e as vezes eles ateacute retiram e a proacutepria crianccedila agitada ela mesmo arrancardquo (Branca de Neve)
ldquoAgraves vezes a proacutepria crianccedila que a matildee deixa muito solta ai solta o acessordquo (Mulan)
Apoacutes a implementaccedilatildeo da lei que garante um acompanhante ao paciente pediaacutetrico a
presenccedila do familiarresponsaacutevel durante a hospitalizaccedilatildeo mudou a rotina da equipe de
enfermagem trazendo duacutevidas quanto a real funccedilatildeo do acompanhante e fazendo com que a
mesma viesse a delegar certos cuidados para acompanhante
A Promulgaccedilatildeo da Lei 8069 do Estatuto da Crianccedila e do Adolescente (ECA) em
1990 no seu artigo 12deg garante agrave crianccedila ou ao adolescente o direito de ter um responsaacutevel
que o acompanhe durante a hospitalizaccedilatildeo (1990)
Desde a sua implantaccedilatildeo as unidades vecircm sofrendo um processo de reorganizaccedilatildeo de
suas praacuteticas A inserccedilatildeo da famiacutelia modifica a organizaccedilatildeo do processo de trabalho o que
requer dos profissionais uma compreensatildeo em relaccedilatildeo agrave dinacircmica das relaccedilotildees interpessoais
(COLLET e ROCHA 2004)
Pimenta e Collet (2009) ressaltam que natildeo haacute nenhuma regulamentaccedilatildeo sobre a
participaccedilatildeo da famiacutelia nos cuidados e no entanto a mesma desempenha atividades junto agrave
crianccedila durante a hospitalizaccedilatildeo que devem ser levadas em consideraccedilatildeo A falta de
reconhecimento desse fato fez com que a equipe de enfermagem e famiacutelia natildeo possuiacutessem
uma relaccedilatildeo aberta e vivessem uma relaccedilatildeo silenciosa e impliacutecita de poder na qual a famiacutelia
acaba assumindo as relaccedilotildees do cuidado agrave crianccedila de responsabilidade da enfermagem
A negociaccedilatildeo entre matildees e equipe de enfermagem em relaccedilatildeo aos cuidados agrave crianccedila
hospitalizada natildeo eacute uma tarefa faacutecil tendo em vista que natildeo se tem claro qual o seu novo
papel neste processo (COLLET e ROCHA 2004)
Eacute possiacutevel ver nas falas que a presenccedila do acompanhante causa para a equipe de
enfermagem a seguranccedila de ter algueacutem para ldquovigiarrdquo ldquotomar contardquo e natildeo deixar que a
crianccedila hospitalizada perca o acesso venoso quando na verdade eacute funccedilatildeo da equipe de
enfermagem cuidados referentes ao acesso venoso perifeacuterico
33
Jaacute o acompanhante eacute definido pelo Ministeacuterio da Sauacutede como uma pessoa significativa
para a crianccedila que representa sua rede social e que vai acompanhaacute-lo durante a permanecircncia
no ambiente hospitalar ressaltando assim sua importacircncia Esse fato se reforccedila visto que a
crianccedila encontra nos familiares a forccedila e seguranccedila necessaacuteria para encarar todo esse processo
doloroso e desconhecido (MURAKAMI e CAMPOS 2011 p255)
O acompanhante aleacutem de minimizar o sofrimento do paciente pediaacutetrico faz com que
o mesmo sinta-se mais a vontade Eacute importante ressaltar que o familiarresponsaacutevel natildeo soacute
pode como deve participar das atividades da crianccedila no hospital desde que estas natildeo sejam
competecircncias dos profissionais que os cercam Essas atividades satildeo caracterizadas como
semelhantes aos que eles realizam diariamente fora do ambiente hospitalar como o banho
Poreacutem no caso de um paciente com punccedilatildeo venosa perifeacuterica o profissional de enfermagem
deve auxiliar no cuidado para que essa natildeo se perca
Os cuidados dos familiaresacompanhantes satildeo os mesmos que os desenvolvidos no
domiciacutelio e os cuidados prestados pela equipe de enfermagem satildeo aqueles que demandam
conhecimento teacutecnico-cientiacutefico especializado (SOUZA e OLIVEIRA 2010 p558)
Mesmo alguns cuidados parecerem simples e rotineiros quando eacute prestado no
hospital assumem novas caracteriacutesticas com o uso de dispositivos tecnoloacutegicos os quais se
tornam complexos (PIMENTA E COLLET 2009)
O ato de cuidar envolve o respeito agrave maneira como vive cada indiviacuteduo de acordo
com suas crenccedilas valores costumes e cultura A famiacutelia como uma instituiccedilatildeo atende agraves
necessidades bioloacutegicas de seus membros sendo sua responsabilidade cuidar e criar os filhos
incluindo a obrigaccedilatildeo da alimentaccedilatildeo higiene vestuaacuterio e moradia (ELSEN22
Nas entrevistas podemos verificar falas em que o acompanhante eacute citado como
responsaacutevel por avaliar a punccedilatildeo venosa A equipe de enfermagem deve sempre partir do
pressuposto que o familiar acompanhante natildeo tem conhecimento cientiacutefico e certo tipo de
cuidado natildeo deve se delegado para o mesmo mostrando assim a importacircncia da orientaccedilatildeo do
acompanhante quanto aos procedimentos dispositivos utilizados e cuidados em que os
etal 1994
apud SOUZA e OLIVEIRA 2010 p 553)
22 Elsen I Patriacutecio ZM Assistecircncia agrave crianccedila hospitalizada tipos de abordagens e suas implicaccedilotildees para a enfermagem In A enfermagem em pediatria e puericultura Rio de Janeiro (RJ) Atheneu 2005
34
mesmos possam auxiliar Seguem abaixo as falas onde os profissionais ressaltaram a
importacircncia da orientaccedilatildeo do acompanhante
ldquoNem sempre a crianccedila vai entender o porque de estar com aquele acesso entatildeo tem que ter uma orientaccedilatildeo do acompanhanterdquo (Bela)
ldquoTem que haver orientaccedilatildeo do acompanhante para os cuidadosrdquo (Ariel)
ldquoAgraves vezes tem ate o exemplo de um pai que natildeo deixa trocar o acesso jaacute tinha mais de uma semana e ele natildeo queria que trocasse ai faz febre e natildeo sabe da onderdquo (Alice)
Para Souza e Oliveira (2010 p555) deve haver uma preocupaccedilatildeo em orientar
considerando que o outro natildeo tem nenhum tipo de conhecimento sobre o assunto Poreacutem
Queiroz e Jorge23
Apesar das dificuldades o profissional de enfermagem deve estabelecer um viacutenculo de
confianccedila com o acompanhante buscando sempre deixaacute-los ciente das situaccedilotildees e fazendo-os
participar dos cuidados plausiacuteveis sem causar nenhum dano agrave crianccedila e de maneira alguma
abandonar suas atribuiccedilotildees
(2004 apud SOUZA e OLIVEIRA 2010 p 556) ressaltam que apesar de os
profissionais terem intenccedilatildeo de orientar os cuidados para a sauacutede repassam conhecimentos
elaborados cientificamente dificultando a compreensatildeo do familiar aleacutem de a relaccedilatildeo se dar
de maneira vertical assimeacutetrica e coercitiva
23 Queiroz MVO Jorge MSB Accedilotildees educativas no cuidado infantil e intervenccedilotildees dos profissionais junto agraves famiacutelias Acta Scientiarum Maringaacute 2004 janjun 26(1) 27-34
35
CONCLUSAtildeO
Atraveacutes desse estudo foi possiacutevel descrever e analisar os cuidados que os profissionais
de enfermagem realizam acerca da permanecircncia do acesso venoso perifeacuterico Aleacutem disso a
realizaccedilatildeo da pesquisa permitiu identificar a desarticulaccedilatildeo do processo de enfermagem e a
praacutetica desconectada da produccedilatildeo cientiacutefica caracterizando a falta de uma educaccedilatildeo
continuada efetiva
A anaacutelise dos dados demonstra o processo de punccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico
ressaltando a importacircncia de cuidados como a seleccedilatildeo do local a diluiccedilatildeo da medicaccedilatildeo a
realizaccedilatildeo de uma boa fixaccedilatildeo a atenccedilatildeo com a velocidade de infusatildeo os cuidados com os
sinais de infecccedilatildeo e salinizaccedilatildeo do acesso natildeo deixando de salientar cuidados em desuso
como o uso da heparina da tala e duvidas em relaccedilatildeo ao tempo de permanecircncia Evidenciou
tambeacutem que a equipe de enfermagem delega alguns cuidados para os acompanhantes
Natildeo foi possiacutevel perceber o niacutevel de conhecimento cientiacutefico dos profissionais visto
que eles em nenhum momento por natildeo saberem ou por medo de se expor natildeo explicaram de
fato nenhum cuidado que disseram realizar Sempre citaram de forma superficial e direta
deixando claro tambeacutem que o pesquisador natildeo os indagou quanto a isso Poreacutem creio que
diante de cuidados tatildeo importantes e de frequente praacutetica os mesmos falariam facilmente
sobre os cuidados de enfermagem na permanecircncia do acesso venoso perifeacuterico
Apesar dos entrevistados citarem alguns fatores e cuidados realizados de forma
correta eacute visiacutevel que os mesmos realizam os cuidados com a punccedilatildeo e a permanencia do
acesso de forma automaacutetica sem unir a praacutetica com o fundamento do mesmo
Eacute importante destacar tambeacutem a importacircncia do preparo emocional da crianccedila como
tambeacutem os cuidados com a famiacutelia dos mesmos O trabalho de humanizaccedilatildeo realizado pela
36
enfermagem faz grande diferenccedila nessas situaccedilotildees visto que os pacientes e acompanhantes
tendo conhecimento do que seraacute realizado ficariam mais tranquilos
O estudo contribuiu para o campo do ensino nesta aacuterea dando destaque ao importante
papel que o profissional de enfermagem deve desempenhar no cuidado e na manutenccedilatildeo do
acesso venoso perifeacuterico Contudo vale ressaltar a importacircncia do incentivo ao profissional a
buscar na literatura natildeo soacute esclarecimento de suas duvidas mas tambeacutem novos
conhecimentos
Pode colaborar ainda para a realizaccedilatildeo de novas pesquisas na aacuterea procurando
eliminar duacutevidas e controveacutersias sobre o tema Buscando assim a realizaccedilatildeo de um cuidado de
enfermagem articulado e eficaz promovendo o bem-estar do paciente pediaacutetrico durante a
hospitalizaccedilatildeo
37
REFEREcircNCIAS
ARAUacuteJO Ana Paula Monteiro Baptista de Andrade As praacuteticas de cuidado agrave crianccedila com
cateter venoso perifeacuterico e seus reflexos na interaccedilatildeo enfermeiro-familiar Dissertaccedilatildeo
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44
APEcircNDICE I
TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO
DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO Tiacutetulo Do Projeto Os cuidados de enfermagem acerca dos acessos venosos perifeacutericos na unidade pediaacutetrica Pesquisador Responsaacutevel Rosane Cordeiro Burla de Aguiar Eny Dorea Paiva e Karina Rodrigues Fernandes Instituiccedilatildeo a que Pertence o Pesquisador Responsaacutevel Universidade Federal Fluminense Telefone para contato (21) 98355269 (21) 82392939 (21) 91786609 Nome do voluntaacuterio _________________________________________________________ Idade ________ anos RG ____________________________
AO Sr (a) estaacute sendo convidado (a) a participar do projeto de pesquisa OS CUIDADOS DE
ENFERMAGEM ACERCA DOS ACESSOS VENOSOS PERIFEacuteRICOS NA UNIDADE PEDIATRICA de
responsabilidade da pesquisadora Profordf Drordf Rosane Cordeiro Burla de Aguiar e Profordf Drordf Eny Dorea Paiva A
punccedilatildeo venosa perifeacuterica eacute um procedimento essencial durante a hospitalizaccedilatildeo da crianccedila visto que eacute atraveacutes
dela que eacute administrada grande parte das medicaccedilotildees Este estudo se justifica diante da importacircncia da
necessidade de um maior periacuteodo de permanecircncia dos acessos venosos perifeacutericos Com isso aleacutem da
diminuiccedilatildeo de eventos que causam dor e irritaccedilatildeo na crianccedila e na famiacutelia promoveraacute tambeacutem uma melhor estada
dos mesmos durante o periacuteodo de hospitalizaccedilatildeo Os objetivos da pesquisa satildeo 1) Descrever os fatores que
interferem na manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico de acordo com a equipe de enfermagem 2)Analisar os
cuidados da equipe de enfermagem na manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico A coleta de dados se daraacute
atraveacutes de entrevistas semi estruturadas que seratildeo gravadas As informaccedilotildees colhidas seratildeo tratadas de forma
anocircnima e confidencial ou seja em nenhum momento seratildeo divulgados o seu nome e somente os
pesquisadores teratildeo acesso agraves informaccedilotildees Os dados obtidos com a pesquisa poderatildeo ser publicados apenas com
fins cientiacuteficos Eles natildeo seratildeo utilizados para fins comerciais ou para outra finalidade qualquer Caso necessite
poderatildeo ser marcados encontros para respostas ou esclarecimentos de qualquer duacutevida acerca da pesquisa A sua
participaccedilatildeo eacute voluntaria e eacute importante lembrar que vocecirc poderaacute desistir de participar da pesquisa em qualquer
momento A entrevista seraacute marcada em um dia e horaacuterio que vocecirc achar melhor Seraacute realizada
individualmente em um ambiente que nos ofereccedila privacidade Esta pesquisa natildeo oferece riscos para vocecirc e os
benefiacutecios da sua participaccedilatildeo satildeo de aumentar o conhecimento cientiacutefico na aacuterea de Enfermagem Pediaacutetrica
aleacutem de contribuir para a praacutetica profissional Este documento seraacute elaborado em duas vias uma para vocecirc e a
outra seraacute arquivada pelo pesquisador
Eu_____________________________________________________________ RG no _____________________________ Declaro que apoacutes ter entendido o que me foi explicado consinto voluntariamente em participar do presente Protocolo de Pesquisa entendo ainda que posso retirar o meu consentimento a qualquer momento antes ou durante a realizaccedilatildeo do mesmo declaro ter sido informada(o) e concordo em participar como voluntaacuteria(o) da pesquisa acima descrita Rio de Janeiro_______de_______________de 20___ _____________________________ ________________________________
(Participante) Karina Rodrigues Fernandes (Responsaacutevel por obter o consentimento)
______________________________________ _______________________________________ (Testemunha) (Testemunha)
45
APEcircNDICE II
ROTEIRO PARA ENTREVISTA
1) O que vocecirc acha que pode levar a perda do acesso perifeacuterico
2) Para vocecirc o que eacute importante para manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico nas
crianccedilas
3) O que vocecirc acha que pode interferir na sua manutenccedilatildeo
4) Que medidas vocecirc adota no seu dia a dia para manter o acesso
5) Na sua vivencia profissional o que vocecirc discorda dos cuidados que geralmente satildeo
utilizados para manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico
46
ANEXO
47
48
10
dispositivo visto que a sua inserccedilatildeo jaacute eacute um evento estressante para crianccedila e sua famiacutelia
durante a hospitalizaccedilatildeo Eacute relevante tambeacutem natildeo soacute para os enfermeiros pediaacutetricos como
tambeacutem para todos os profissionais da aacuterea de sauacutede que procuram aprofundar seus
conhecimentos acerca dos cuidados na assistecircncia de enfermagem da cateterizaccedilatildeo venosa
perifeacuterica
11
2 REVISAtildeO DE LITERATURA
21 Hospitalizaccedilatildeo infantil e seus estressores
Durante a vida de uma crianccedila as principais situaccedilotildees de crise que normalmente elas
vivenciaratildeo estatildeo relacionadas agrave doenccedila ou a uma possiacutevel hospitalizaccedilatildeo Frente a estes
fatores elas se mostram vulneraacuteveis diante das mudanccedilas impostas relacionadas ao estado de
sauacutede e a sua rotina de vida (HOCKENBERRY e WILSON 2011 p676)
ldquoA hospitalizaccedilatildeo representa para a crianccedila uma situaccedilatildeo diferente de todas as jaacute
vivenciadas haja vista que sua rotina diaacuteria eacute modificada Ela encontra-se em um ambiente
impessoal repleto de tabus e significados diferente do seu contexto diaacuteriordquo (JANSEN
SANTOS e FAVERO 2010 p248)
Segundo Brito et al (2009 p 803) a crianccedila hospitalizada eacute ldquoafastada de seu ambiente
familiar de seus amigos da escola e de seus objetos pessoais perdendo assim grande parte de
suas referecircnciasrdquo com isso esse periacuteodo de hospitalizaccedilatildeo pode causar impacto sobre o estado
psicoloacutegico da mesma
Conforme Hockenberry e Wilson (2011 p676) as crianccedilas natildeo possuem habilidades
de enfrentamento suficientes para resolver determinados estressores Como principais
estressores pode-se citar ldquoa separaccedilatildeo a perda de controle lesatildeo corporal e dorrdquo
Um dos procedimentos mais dolorosos e estressantes para a crianccedila eacute a punccedilatildeo venosa
onde na maioria dos casos constitui a primeira escolha para a administraccedilatildeo de medicamentos
nutriccedilatildeo parenteral hemoderivados e coleta de exames sanguumliacuteneos(OLIVEIRA BEZERRA e
PEREIRA 2008 p91)
12
ldquoA crianccedila eacute um ser em crescimento e desenvolvimento com particularidades e
caracteriacutesticas proacutepriasrdquo (MATHEWS-SIMONTON2
Esse periacuteodo de internaccedilatildeo ldquopode deixar a crianccedila ansiosa insegura e com medo
principalmente quando natildeo eacute preparada para a hospitalizaccedilatildeo e o tratamento a que seraacute
submetidardquo Para Martins (2001) isso contribui para aumentar o medo e a ansiedade
expressos por meio do choro da raiva e ateacute mesmo por agressotildees
1990 apud COA e PETTENGILL
2006 p434) Isso significa que a crianccedila iraacute se comportar de acordo com a situaccedilatildeo imposta
pois isso dependeraacute natildeo soacute da idade de desenvolvimento como tambeacutem de suas experiecircncias
com determinadas situaccedilotildees
Diante de todo o processo de hospitalizaccedilatildeo a crianccedila pode apresentar diversas
manifestaccedilotildees comportamentais sendo consideradas mais comuns as ldquoregressotildees diminuiccedilatildeo
no ritmo do desenvolvimento desordens do sono e da alimentaccedilatildeo dependecircncia
agressividade apatia estados depressivos fobias e transtornos de comportamento em geralrdquo
(BAR-MOR3
Para a famiacutelia ldquoa hospitalizaccedilatildeo de um filho geralmente eacute encarada como uma
situaccedilatildeo de crise para a famiacutelia e para a crianccedilardquo O profissional de enfermagem deve se
organizar seu trabalho com estrateacutegias que minimizem o sofrimento no ambiente hospitalar e
na assistecircncia agrave crianccedila (THOMAZINE et al 2008 p146)
1997 apud BRITO et al 2009 p203) Com a atenccedilatildeo voltada para atender a
demanda e a necessidade fisioloacutegica da crianccedila os profissionais da equipe de enfermagem
geralmente ldquodedicam pouca ou nenhuma atenccedilatildeo agraves questotildees psicoloacutegicas e sociais da crianccedila
hospitalizada e de sua famiacuteliardquo(JANSEN SANTOS e FAVERO 2010 p248)
A qualidade do ambiente pode afetar diretamente no processo de recuperaccedilatildeo com
isso ldquoas intervenccedilotildees no contexto hospitalar devem visar agrave promoccedilatildeo de condiccedilotildees favoraacuteveis
agrave reabilitaccedilatildeo dos efeitos de experiecircncias adversas ao desenvolvimento das crianccedilasrdquo Isso
sugere que o ambiente aleacutem de incentivar a sauacutede deve ser planejado de maneira supra agraves
necessidades dos pacientes levando em conta os aspectos psicoloacutegicos pedagoacutegicos e
2 Mathews-Simonton S A famiacutelia e a cura o meacutetodo Simonton para famiacutelias que enfrentam uma doenccedila Satildeo Paulo Summus 1990 3 Bar-Mor G Preparation of children for surgery and invasive procedures milestones on the way to success J Pediatr Nurs1997Aug12(4) 252-255
13
socioloacutegicos da crianccedila e de sua famiacutelia (SOARES e ZAMBERLAN4
Para humanizar a assistecircncia agrave crianccedila hospitalizada e atender a suas reais
necessidades os pais foram inseridos na cliacutenica pediaacutetrica com direito a permanecircncia integral
nos casos de internaccedilatildeo Isso ocorreu no iniacutecio da deacutecada de 1990 no Brasil com a
legalizaccedilatildeo estabelecida pelo Estatuto da Crianccedila e do Adolescente (THOMAZINE et al
2008 p145) Com isso ldquomuitos hospitais natildeo consideram mais os pais como visitantes e
enfatizam sua presenccedila durante todo o periacuteodo da hospitalizaccedilatildeordquo fazendo uso de um sistema
de cuidado centrado na famiacutelia (HOCKENBERRY e WILSON 2011 p685)
1995 apud BRITO et
al 2009 p803)
Durante o processo de hospitalizaccedilatildeo as crianccedilas satildeo submetidas a diversas condutas e
procedimentos como por exemplo exames e administraccedilatildeo de medicamentos A punccedilatildeo
venosa eacute um dos principais procedimentos que causam dor e muitas vezes existe a
necessidade de vaacuterias punccedilotildees durante um mesmo dia Vale ressaltar que para a crianccedila esse
tipo de procedimento se iguala a uma agressatildeo jaacute que ldquona maioria das vezes eacute acompanhado
de dor ou medo o que se traduz no choro e na ansiedaderdquo (COLLET5
2002 apud GOMES et
al 2011 p290)
22 Acesso venoso perifeacuterico em pediatria
Para Correia et al (2009 p559) a fim evitar um trauma emocional durante a punccedilatildeo
as crianccedilas precisam ser orientadas sobre o tratamento seus objetivos e receber atenccedilatildeo
carinhosa neste momento
A fim de tornar o processo de cateterizaccedilatildeo venosa menos doloroso e estressante para
a crianccedila deve-se ter preferecircncia pelas veias que menos comprometam suas atividades
essenciais Neste intuito deve-se evitar por exemplo puncionar uma veia na matildeo que
dificulte o ato de se alimentar desenhar e ateacute mesmo brincar (OLIVEIRA BEZERRA e
PEREIRA 2008 p91)
4 Soares MRZ Zamberlan MAT A inclusatildeo do brincar na hospitalizaccedilatildeo infantil Est Psicol maioago18(2) 64-9 5 Collet N Oliveira BRG de Manual de Enfermagem em Pediatria Goiacircnia AB 2002
14
O acesso vascular eacute uma das principais modalidades de tratamento utilizadas na
assistecircncia agrave sauacutede Existe ampla aceitaccedilatildeo difusatildeo e praacutetica desse procedimento pelos
profissionais da aacuterea da assistecircncia agrave sauacutede (FERREIRA et al 2005)
Foi na deacutecada de 40 que o uso de cateter vascular foi introduzido nos hospitais
tornando-se essencial para as atividades assistenciais da modernidade (WORTHIGTON6
Para Peterlini e Chaud (2003) tal procedimento se define como um conjunto de
conhecimentos e teacutecnicas que visam agrave administraccedilatildeo de soluccedilotildees ou faacutermacos no sistema
circulatoacuterio abrangendo o preparo do paciente a escolha obtenccedilatildeo e manutenccedilatildeo do acesso
venoso os meacutetodos de preparo e administraccedilatildeo de drogas e soluccedilotildees e os cuidados referentes
agrave frequecircncia de troca do cateter curativos dispositivos de infusatildeo e soluccedilotildees
2005 apud MENDONCcedilA et al 2011 p330)
Primeiramente o acesso perifeacuterico era mantido com agulhas de accedilo inoxidaacutevel as
quais apesar de oferecerem menor risco de infecccedilatildeo satildeo riacutegidas e facilitavam perda do
acesso Em 1945 passou a ser utilizado o cateter venoso plaacutestico que permitia manutenccedilatildeo do
acesso por tempo prolongado (FERNANDES e RIBEIRO7
Quanto ao tempo de permanecircncia em pacientes pediaacutetricos o cateter deve ser mantido
ateacute o teacutermino da terapia intravenosa ou quando forem observados sinais cliacutenicos de
complicaccedilotildees diferentemente dos pacientes adultos onde o tempo de permanecircncia
preconizado eacute de 72 a 96 horas (CENTERS FOR DISEASE CONTROL AND
PREVENTION-CDC 2002)
2000 apud MARTINS et al 2008
p 485) Habitualmente o material de punccedilatildeo que vem sendo utilizado em crianccedilas satildeo os
cateteres flexiacuteveis tipo abocath com mandril metaacutelico (BATALHA et al 2010 p512)
Associaccedilatildeo Paulista de Estudos e Controle de Infecccedilatildeo Hospitalar (2005 apud
Moncaio e Figueiredo 2009) ressaltam que ldquoas principais complicaccedilotildees infecciosas para o
paciente satildeo flebite infecccedilatildeo do siacutetio de inserccedilatildeo do cateter extravasamento de soluccedilatildeo e
bacteremia relacionada ao cateterrdquo Certos fatores podem contribuir para o aparecimento de
tais complicaccedilotildees como o tipo do cateter que seraacute utilizado o preparo do local da punccedilatildeo
aleacutem de caracteriacutesticas intriacutensecas do paciente Vale acrescentar que ldquoos cateteres 6 Worthigton T Elliot TSJ Diagnosis of central venous catheter related infection in adult pacient J Infect 2005 51267-80 7 Fernandes AT Ribeiro Filho N Infecccedilatildeo do acesso vascular In Fernandes AT Fernandes M OV Ribeiro Filho N Infecccedilatildeo hospitalar e suas interfaces na aacuterea da sauacutede Satildeo Paulo (SP) Atheneu 2000 p 556-79
15
confeccionados em Teflon e poliuretano estatildeo associados a baixas frequecircncias de
complicaccedilotildees infecciosas quando comparados aos de polivinilcloreto e polietilenordquo
CENTERS FOR DISEASE CONTROL AND PREVENTION-CDC 2002)
ldquoNo acircmbito hospitalar a flebite eacute uma das complicaccedilotildees mais frequentes e
considerada uma das principais falhas da infusatildeordquo Eacute o processo inflamatoacuterio da camada
iacutentima das veias ocasionado por irritaccedilatildeo mecacircnica quiacutemica ou infecccedilotildees bacterianas
apresentando manifestaccedilotildees como dor edema hiperemia local e calor (GABRIEL8
Machado et al(2008) relata que ldquocerca de 1 a 10 destes pacientes desenvolvem
infecccedilotildees locais ou sistecircmicas relacionadas ao uso de cateteres causadas por alteraccedilatildeo ou
ruptura da integridade da pele que permite a passagem de microorganismos colonizadoresrdquo
2008
apud MAGEROTE et al 2011 p 487)
O curativo para fixaccedilatildeo do cateter eacute outro ponto importante para a manutenccedilatildeo do
mesmo visto que a ldquofixaccedilatildeo reduz o risco de complicaccedilotildees relacionadas agrave terapia intravenosa
tais como flebite infiltraccedilatildeo septicemia e deslocamento do cateterrdquo aleacutem de mantecirc-lo limpo
e seco permitindo a visualizaccedilatildeo contiacutenua do mesmo a fim de prevenir os agravos
(PHILLIPS9
No seacuteculo passado durante os primeiro 50 anos da praacutetica da terapia intravenosa
utilizava-se para fixaccedilatildeo gaze esteacuteril e fitas adesivas O iniacutecio do uso de filmes transparentes
esteacutereis se deu em 1970 como solicitaccedilatildeo dos enfermeiros quanto agrave necessidade da retirada do
curativo para realizar a inspeccedilatildeo do local de inserccedilatildeo funccedilatildeo atribuiacuteda aos mesmos a fim de
impedir uma infecccedilatildeo de corrente sanguiacutenea (MACHADO PEDREIRA E CHAUD 2008)
2001 apud SILVA E ZANETTI 2004 p233)
O uso de fitas adesivas natildeo-esteacutereis pode ser bastante observado em algumas
instituiccedilotildees de sauacutede contudo fita adesiva soacute natildeo estaacute contaminada enquanto permanece na
embalagem sugerindo tambeacutem a possibilidade da transmissatildeo de microorganismos
patogecircnicos com a aplicaccedilatildeo da mesma sobre o local de inserccedilatildeo do cateter
(VANDENBOSCH COOCH E TRESTON-AURAND10
8 Gabriel J Infusion therapy part one minimising the risks Nurs Stand 2008 Apr 22(31)51-6
1997 et al MACHADO
PEDREIRA E CHAUD2005 p292)
9 Phillips DL Manual de terapia endovenosa Trad Pedreira MLG Pereira SR Harada MJCS Peterline MAS 2ordf ed Porto Alegre (RS) Artmed 2001551P 10 VandenBosch TM Cooch J Treston-Aurand J Research utilization adhesive bandage dressing regimen for peripheral venous catheters Am J Infect Control 1997 25(6)513-9
16
Acerca da terapia intravenosa podem ocorrer incompatibilidades em relaccedilatildeo aos
faacutermacos administrados e os cateteres utilizados que na maioria das vezes natildeo satildeo percebidos
devido a impossibilidade de visualizaccedilatildeo Essas incompatibilidades satildeo denominadas por
Peterlini Chaud e Pedreira (2006) como adsorccedilatildeo e absorccedilatildeo onde ocorre ldquoperda do faacutermaco
para a superfiacutecie de frascos seringas filtros acessoacuterios e cateteres da terapia intravenosa por
meio de adsorccedilatildeo ou pela absorccedilatildeo do faacutermaco para a matriz do material de confecccedilatildeo desses
dispositivosrdquo Com isso o profissional de enfermagem tem como funccedilatildeo aleacutem do
conhecimento cientiacutefico acerca das drogas utilizadas programar accedilotildees que possibilitem
ldquoreconstituiccedilatildeo diluiccedilatildeo acondicionamento e cuidados na administraccedilatildeo de faacutermacosrdquo
evitando assim prejuiacutezos no tratamento
17
3 METODOLOGIA
31 Tipo de pesquisa
Trata-se de uma pesquisa descritiva exploratoacuteria de abordagem qualitativa com os
profissionais da equipe de enfermagem da unidade de internaccedilatildeo pediaacutetrica de um hospital
universitaacuterio do estado do Rio de Janeiro
Para Minayo Deslandes e Gomes (2007 p 21) a pesquisa qualitativa responde as
questotildees de forma particular de modo que trabalha com o universo dos significados dos
motivos das aspiraccedilotildees das crenccedilas dos valores e atitudes Sendo assim entende-se que as
accedilotildees do ser humano se distinguem a partir do seu pensamento do modo de agir de acordo
com a realidade vivida por cada um
Segundo Gil (1999 p44) ldquoas pesquisas descritivas tecircm como objetivo primordial a
descriccedilatildeo das caracteriacutesticas de determinada populaccedilatildeo ou fenocircmeno ou o estabelecimento de
relaccedilotildees variaacuteveisrdquo
Kauark Manhatildees e Medeiros (2010 p28) determinam a pesquisa exploratoacuteria como
agravequela que ldquoObjetiva a maior familiaridade com o problema tornando-o expliacutecito ou agrave
construccedilatildeo de hipoacutetesesrdquo Acrescenta ainda que a mesma pode conter levantamento
bibliograacutefico entrevistas com pessoas experientes no problema pesquisado entre outras
fontes
32 Sujeitos da pesquisa
A pesquisa contou com um nuacutemero total de nove (9) profissionais da equipe de
enfermagem da unidade de internaccedilatildeo pediaacutetrica de um Hospital Universitaacuterio do Rio de
Janeiro sendo estes dois (2) enfermeiros e sete (7) teacutecnicos de enfermagem De todos os
18
participantes apenas um trabalha no serviccedilo noturno sendo o restante do serviccedilo diurno Os
mesmos satildeo os responsaacuteveis pela instalaccedilatildeo e manipulaccedilatildeo dos os acessos venosos
perifeacutericos supondo assim que tenham maior domiacutenio sobre o assunto abordado
Os sujeitos foram identificados com codinomes referentes agraves princesas da Disney para
que suas identidades sejam preservadas
33 Cenaacuterio
A pesquisa ocorreu na unidade de internaccedilatildeo pediaacutetrica localizada no quinto andar do
Hospital Universitaacuterio do Rio de Janeiro vinculado a uma Universidade Federal
A unidade pediaacutetrica eacute divida em trecircs enfermarias de acordo com a idade das crianccedilas
hospitalizadas sendo denominadas estas Lactente preacute-escolar e escolar A enfermaria
Lactente eacute composta por 5 leitos hospitalizando crianccedilas de 29 dias a 2 anos jaacute na preacute-escolar
encontram-se 6 leitos e acolhe crianccedilas de 2 a 6 anos e na escolar 6 leitos abrigando crianccedilas
de 7 a 12 anos Toda crianccedila hospitalizada tem direito a um acompanhante como eacute
preconizado por direito pelo Artigo doze (12) do Estatuto da Crianccedila e do Adolescente
(Brasil 1990 p3)
A enfermaria conta com um posto de enfermagem localizado no centro da unidade
possibilitando maior visualizaccedilatildeo das enfermarias Possui tambeacutem uma sala de recreaccedilatildeo e
banheiro para os pacientes e acompanhantes Haacute uma sala utilizada pedagogia hospitalar
onde uma professora realiza atividades com as crianccedilas
Vale ressaltar que na unidade haacute uma sala para realizaccedilatildeo de procedimentos dolorosos
como a punccedilatildeo venosa perifeacuterica e sempre que possiacutevel o paciente eacute levado ateacute ela
34 Coleta de dados
A coleta de dados se deu a partir da teacutecnica de entrevista semi-estruturadas que
segundo Minayo Deslandes e Gomes (2007 p 64) satildeo ldquoperguntas fechadas e abertas em que
o entrevistado tem a possibilidade de discorrer sobre o tema em questatildeo sem se prender agrave
indagaccedilatildeo formuladardquo As mesmas foram gravadas em entrevista individual e tiveram como
foco as accedilotildees que os profissionais da equipe de enfermagem realizam acerca dos cuidados
para a permanecircncia do acesso venoso perifeacuterico aleacutem de investigar sobre o conhecimento que
cada um possui sobre o tema
19
Apoacutes contato preacutevio com a equipe de enfermagem foi acordado um dia e horaacuterio para
a realizaccedilatildeo das entrevistas que aconteceram na proacutepria unidade Todos os profissionais da
equipe de enfermagem foram convidados a participar voluntariamente da pesquisa As
entrevistas aconteceram apoacutes os profissionais assinarem o Termo de Consentimento Livre e
Esclarecido (TCLE)
Para Minayo Deslandes e Gomes (2007 p 64) a entrevista possui como principal
objetivo construir dados que sejam pertinentes para a pesquisa aleacutem de ser a estrateacutegia mais
utilizada no processo de trabalho de campo
A coleta foi interrompida no momento em que os dados se mostraram saturados ou
seja quando houve a cessaccedilatildeo do acreacutescimo de informaccedilotildees novas referentes ao tema
proposto
O fechamento amostral por saturaccedilatildeo teoacuterica eacute definido como a suspensatildeo de inclusatildeo
de novos participantes quando os dados obtidos passam a apresentar na avaliaccedilatildeo do
pesquisador certa redundacircncia ou repeticcedilatildeo natildeo sendo considerado relevante continuar a
coleta de dados (FONTANELLA RICAS e TURATO 2008)
35 Questotildees eacuteticas da pesquisa
De acordo com a Resoluccedilatildeo 46612 que visa assegurar os direitos e deveres que
dizem respeito agrave comunidade cientiacutefica aos sujeitos da pesquisa e ao Estado uma pesquisa
que envolve a participaccedilatildeo de seres humanos deve atender aos fundamentos eacuteticos e
cientiacuteficos pertinentes para a seguranccedila dos mesmos Neste contexto toda pesquisa
envolvendo seres humanos deveraacute ser submetida agrave apreciaccedilatildeo de um Comitecirc de Eacutetica em
Pesquisa (CEP) (BRASIL 2012)
Atendendo a esta condiccedilatildeo o projeto de pesquisa foi encaminhado ao CEP ndash do
Hospital Universitaacuterio o qual foi realizada a pesquisa foi analisado e aprovado na Reuniatildeo
com data de 06122013 CAAE 24693613700005243 Nuacutemero do parecer 486451 Com
isso a pesquisa foi desenvolvida mediante aprovaccedilatildeo do CEP atendendo aos preacute-requisitos
estipulados pela Resoluccedilatildeo nordm 46612
Esta pesquisa eacute pautada em princiacutepios eacuteticos que respeitam a dignidade humana e
justiccedila assegurando que natildeo haveraacute nenhum tipo de dano aos participantes
20
Em atendimento a resoluccedilatildeo 46612 do Conselho Nacional de SauacutedeMS apoacutes serem
esclarecidos pela pesquisadora quanto aos aspectos eacuteticos relacionados agrave pesquisa aleacutem das
formas de produccedilatildeo de dados e inserccedilatildeo no estudo os sujeitos da pesquisa assinaram duas
vias do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido ndash TCLE (apecircndice 1) autorizando sua
participaccedilatildeo voluntaacuteria na pesquisa Uma via foi entregue ao participante e outra ficou
arquivada com a pesquisadora
Nesse documento consta os objetivos da pesquisa procedimentos benefiacutecios
previstos garantia de recusa de participaccedilatildeo em qualquer momento de acesso aos resultados
da pesquisa e tambeacutem a garantia de acesso ao pesquisador quando os sujeitos julgarem
necessaacuterio sendo todas essas informaccedilotildees em linguagem acessiacutevel e simples O mesmo foi
apresentado e explicado ao profissional convidado a participar do estudo no primeiro contato
eou durante visita agendada para realizaccedilatildeo da entrevista
Vale ressaltar que esta pesquisa cujo financiamento eacute proacuteprio natildeo oferece nenhum
tipo de riscos para o sujeito da pesquisa e nem para o cuidado das crianccedilas internadas no setor
de pediatria e os benefiacutecios da participaccedilatildeo do mesmo satildeo de aumentar o conhecimento
cientiacutefico na aacuterea de Enfermagem Pediaacutetrica aleacutem de contribuir para a praacutetica profissional
36 Anaacutelise dos dados
O processo de anaacutelise dos dados foi baseada na teacutecnica da Anaacutelise Temaacutetica que para
Minayo Deslandes e Gomes (2007 p 86) o conceito central eacute o tema ldquoO tema eacute a unidade de
significaccedilatildeo que se liberta naturalmente de um texto analisado segundo criteacuterios relativos agrave
teoria que serve de guia da leiturardquo (BARDIN11
A anaacutelise realizada estava de acordo com a sugerida por Minayo (2010 p 315) e
contam com as seguintes etapas preacute-analise exploraccedilatildeo do material tratamento dos
resultados obtidos e interpretaccedilatildeo Atraveacutes dessas etapas tem-se o objetivo de descrever o
conteuacutedo do material coletado e interpretaacute-lo
1979 apud MINAYO DESLANDES
GOMES 2007 p 86)
A preacute analise consiste na escolha dos elementos a serem analisados e na retomada das
hipoacuteteses e dos objetivos iniciais da pesquisa Inicia-se com uma leitura flutuante onde o
11 BARDIN L Anaacutelise de Conteuacutedo Lisboa Ediccedilotildees 70 1979
21
pesquisador toma contato direto com o material adquirido deixando-se impregnar por seu
conteuacutedo Posteriormente haacute a constituiccedilatildeo do Corpus textual onde eacute feita uma seleccedilatildeo dos
documentos que iratildeo contemplar e fornecer informaccedilotildees sobre o tema sendo assim adequados
para dar resposta aos objetivos do trabalho (MINAYO 2010 p 315)
Essa fase preacute-analiacutetica eacute onde se determinam a unidades de registro unidade de
contexto e a partir delas satildeo determinados os temas que seratildeo analisados A unidade de
registro corresponde parte do conteuacutedo selecionado como base para analise e apoacutes a
delimitaccedilatildeo do contexto de compreensatildeo da unidade de registro eacute estabelecida a unidade de
contexto (MINAYO 2010 p 316)
De acordo com os objetivos da pesquisa foi possiacutevel perceber que nove (9)
entrevistas supriam para atender os mesmo encerrando assim a coleta Apoacutes a transcriccedilatildeo das
entrevistas foi realizada leitura das mesmas para natildeo soacute conhecimento do material mas
tambeacutem estabelecer as unidades de registro Em seguida foi realizado o colorimento das falas
assim as classificando de acordo com as unidades de registro estabelecidas
As unidades de registro que surgiram foram os fatores que interferem na manutenccedilatildeo
do acesso venoso perifeacuterico e o apontamento do acompanhante como responsaacutevel pela perda
do acesso venoso perifeacuterico Elas receberam as cores vermelha e laranja respectivamente a
fim de facilitar o agrupamento dos dados A partir disto surgiram as unidades de contexto que
compreendem as falas das entrevistas de modo a exemplificar o contexto das unidades de
registro
Partindo para segunda etapa da analise temaacutetica a exploraccedilatildeo do material que consiste
numa classificaccedilatildeo que visa alcanccedilar o nuacutecleo de compreensatildeo do texto Busca-se encontrar
categorias que satildeo expressotildees ou palavras significativas em funccedilatildeo das quais o conteuacutedo seraacute
organizado Essas categorias satildeo responsaacuteveis pela especificaccedilatildeo dos temas (MINAYO
2010 p 317)
Nesse caso foram definidos os seguintes temas cuidados preacute intra e poacutes procedimento
de punccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico cuidados em desuso para manutenccedilatildeo do acesso
venoso perifeacuterico o acompanhante e a manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico Essas trecircs (3)
categorias seratildeo apresentadas analisadas e discutidas no capitulo seguinte
22
4 RESULTADOS E DISCUSSAtildeO
Nesse capiacutetulo apresento as trecircs categorias temaacuteticas que surgiram da anaacutelise dos
dados e que contemplaram de forma satisfatoacuteria os objetivos da pesquisa A primeira
categoria denominada como ldquoOs cuidados de enfermagem preacute intra e poacutes-procedimento de
punccedilatildeo do acesso venoso perifeacutericordquo traz os passos e cuidados que os profissionais realizam
antes durante e apoacutes a punccedilatildeo buscando descrever e analisar os fatores envolvidos na pratica
do procedimento em questatildeo que emergiram das entrevistas aleacutem dos cuidados de
enfermagem para a manutenccedilatildeo do mesmo
A segunda categoria que seraacute apresentada eacute ldquoOs cuidados em desuso para manutenccedilatildeo
do acesso venoso perifeacutericordquo que mostra os cuidados que os profissionais citaram como natildeo
mais utilizados para auxiliar na manutenccedilatildeo da punccedilatildeo venosa perifeacuterica
E a uacuteltima categoria eacute denominada ldquoO acompanhante e a manutenccedilatildeo do acesso
venoso perifeacutericordquo e traz a responsabilizaccedilatildeo do acompanhante pelos profissionais do setor
em relaccedilatildeo aos cuidados com manutenccedilatildeo da punccedilatildeo Essa categoria busca tambeacutem ressaltar a
funccedilatildeo do acompanhante durante a hospitalizaccedilatildeo da crianccedila destacando que determinados
cuidados satildeo de total funccedilatildeo da equipe de enfermagem
41 Os cuidados de enfermagem preacute intra e poacutes-procedimento de punccedilatildeo do acesso
venoso perifeacuterico
Para interpretar as unidades de contextos tive como base autores que definiram os
cuidados de enfermagem preacute intra e poacutes punccedilatildeo venosa perifeacuterica Para esses autores a fase
de preacute-punccedilatildeo compreende as accedilotildees de anaacutelise e conhecimento da prescriccedilatildeo avaliaccedilatildeo e
23
preparo emocional do paciente preparo do material e medicaccedilatildeo seleccedilatildeo do siacutetio de inserccedilatildeo
e dilataccedilatildeo da veia selecionada As accedilotildees envolvidas na punccedilatildeo satildeo a execuccedilatildeo das
precauccedilotildees-padratildeo antissepsia da pele punccedilatildeo do vaso a fixaccedilatildeo e curativo do cateter
Finalmente na etapa de poacutes-punccedilatildeo adota-se a identificaccedilatildeo da punccedilatildeo o descarte apropriado
das partes dos materiais natildeo utilizados a orientaccedilatildeo do paciente acerca da terapecircutica o
controle da infusatildeo atraveacutes do gotejamento se necessaacuterio e o registro do procedimento
Phillips12
De acordo com as entrevistas a seleccedilatildeo do local de punccedilatildeo eacute indicada com um fator
que interfere diretamente no tempo de permanecircncia do acesso venoso perifeacuterico visto que
dependendo do local ocorre a perda mais rapidamente Aleacutem da localizaccedilatildeo citaram tambeacutem
o calibre da veia como interferecircncia na manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico Seguem
abaixo algumas falas
(2001 apud ARAUacuteJO 2007 p18)
ldquoPrimeira coisa eacute vocecirc procurar bem a veia colocar uma veia de um bom calibre Se puder dar preferecircncia a natildeo puncionar dobrasrdquo (Cinderela) ldquoDependendo de onde estiver puncionado se for na matildeozinha a crianccedila fica toda hora ta mexendo taacute manipulando alguma coisa e se for no pezinho tambeacutem nem todo tempo vai ficar acamada entatildeo acaba perdendo o acessordquo(Bela ) ldquoO mau posicionamento pode levar a perdardquo (Rapunzel)
A opiniatildeo dos profissionais acima vai de encontro com o que eacute encontrado na
literatura visto que eacute de suma importacircncia que o mesmo avalie o cliente e considere alguns
aspectos para uma escolha criteriosa e eficaz como a finalidade da punccedilatildeo o tipo de soluccedilatildeo
a ser infundida a condiccedilatildeo da rede venosa a duraccedilatildeo da terapia idade do cliente habilidade
cognitiva da crianccedila a preferecircncia do cliente o que nem sempre seraacute possiacutevel satisfazer e
tambeacutem a sua atividade (ARAUacuteJO 2007 p31)
Os cuidados com o acesso venoso perifeacuterico satildeo importantes antes mesmo da
realizaccedilatildeo do procedimento Levando em consideraccedilatildeo que um erro durante a fase de preacute-
procedimento como a escolha errada do local de punccedilatildeo por exemplo poderaacute levar a perda
do acesso e prejudicar assim o tratamento aleacutem do bem-estar da crianccedila que seraacute puncionada
novamente
12 PHILLIPS L D Manual de terapia intravenosa 2ed Porto Alegre Artmed 2001
24
O vaso sanguiacuteneo que o profissional selecionar como local para puncionar deve ser
suficiente para suportar o calibre e o comprimento do cateter aleacutem de atender a necessidade
terapecircutica para que natildeo haja a necessidade de uma nova punccedilatildeo
A punccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico eacute um procedimento doloroso e de grande
incomodo para a crianccedila com isso eacute de suma importacircncia realizar a seleccedilatildeo preacutevia do
material poreacutem natildeo foi citado Outro cuidado rotineiro e natildeo menos importante como a
lavagem das matildeos antes da colocaccedilatildeo do acesso tambeacutem natildeo foi mencionado durante as
entrevistas
O preparo emocional da crianccedila e do acompanhante quanto ao procedimento deve ser
considerada praacutetica rotineira para a equipe de enfermagem O profissional de enfermagem
deve lavar as matildeos objetivando a reduccedilatildeo significativa de risco de infecccedilatildeo e recomenda-se o
uso de aacutegua e sabatildeo para lavagem das matildeos antes da colocaccedilatildeo do cateter venoso perifeacuterico
(PHILLIPS13
O preparo preacutevio do material para instalaccedilatildeo do cateter venoso perifeacuterico eacute importante
para evitar interrupccedilotildees do procedimento e consequentemente um maior tempo de
manipulaccedilatildeo da crianccedila (SILVA
2001apud ARAUacuteJO 2007 Centers for Disease Control and Prevention ndash CDC
2002 apud ARAUacuteJO 2007)
14
Outro aspecto citado e classificado como preacute-procedimento eacute o cuidado com a
medicaccedilatildeo a ser administrada incluindo cuidados com a diluiccedilatildeo e composiccedilatildeo da mesma
Seguem algumas das falas
2004 apud ARAUacuteJO 2007 p30)
ldquoEstar sempre diluindo as medicaccedilotildees de acordo com a prescriccedilatildeo meacutedica pois as medicaccedilotildees satildeo muito fortes e podem causar enfraquecimento da veia Tem que diluir direitinho e passar lento na veiardquo (Cinderela) ldquoTer cuidado principalmente quando eacute crianccedila e a diluiccedilatildeo da medicaccedilatildeo tambeacutem agraves vezes natildeo eacute pra passar em perifeacuterico e na segunda dose jaacute perdeurdquo (Alice)
O acesso venoso perifeacuterico eacute a primeira alternativa para infusatildeo intravenosa por ser de
mais faacutecil acesso e rapidez no efeito da medicaccedilatildeo O profissional de enfermagem deve ter
domiacutenio natildeo soacute relacionado agrave infusatildeo das medicaccedilotildees mas tambeacutem com a composiccedilatildeo
13 PHILLIPS L D Manual de terapia intravenosa 2ed Porto Alegre Artmed 2001 14 SILVA G R G Terapia intravenosa em receacutem-nascidos ndash orientaccedilotildees para o cuidado de Enfermagem Rio de Janeiro Cultura Meacutedica 2004
25
farmacoloacutegica das mesmas os efeitos adversos e colaterais que a droga pode causar inclusive
em relaccedilatildeo a diluiccedilatildeo o que normalmente eacute estabelecido como padratildeo no setor de acordo com
cada faacutermaco
Com a intenccedilatildeo de promover a eficaacutecia terapecircutica dos medicamentos administrados
por via intravenosa eacute atribuiccedilatildeo do profissional de enfermagem implementar teacutecnicas como a
diluiccedilatildeo acondicionamento e cuidados na administraccedilatildeo de faacutermacos a fim de evitar
prejuiacutezos no tratamento resultantes da incompatibilidade medicamentosa (PETERLINI
CHAUD e PEDREIRA 2006)
Os fatores intra-procedimento satildeo considerados aqueles diretamente relacionados com
o procedimento Os dados colidos nas entrevistas ressaltaram apenas a fixaccedilatildeo com um fator
que interfere nessa fase Este foi o dado mais repetitivo nas entrevistas poreacutem sempre citado
de forma superficial Seguem as falas dos profissionais quando questionados sobre o que era
importante para manutenccedilatildeo do acesso
ldquoTem que fazer uma boa fixaccedilatildeo Porque quando a pessoa natildeo fixa bem prejudica porque aquilo vai soltando e quando vocecirc vecirc jaacute perdeu a veiardquo(Cinderela) ldquoEu acho que natildeo tem o que fazer para manter o acesso A crianccedila vai ficar uns dias X com aquele acesso pra fazer medicaccedilatildeo e eu acho que natildeo tem o que vocecirc profissional fazer para que natildeo percardquo (Aurora) ldquoA fixaccedilatildeo evita a movimentaccedilatildeo excessiva no local que estaacute o acessordquo (Ariel) ldquoTer cuidado com o curativo saber manusear E manter sempre o curativo limpo trocar se necessaacuteriordquo (Rapunzel) ldquoA fixaccedilatildeo eacute muito importante pra natildeo soltar o acesso e pra ele ficar mais tempordquo(Mulan)
Oliveira Bezerra e Pereira (2008 p 94) afirmam que de acordo com o revelado por
determinados estudos o tipo de curativo a fixaccedilatildeo do cateter e o tempo de permanecircncia estatildeo
diretamente relacionados com a ocorrecircncia de complicaccedilotildees infecciosas como flebites e
tambeacutem infiltraccedilatildeo extravasamento desconexatildeo e deslocamento do cateter
26
Para Pettit e Kraus15
Potter
(1995 apud MACHADO PEDREIRA E CHAUD2005 p292) a
gaze esteacuteril fixada com a fita adesiva hipoalergecircnica bem como a peliacutecula transparente esteacuteril
satildeo os materiais mais recomendados para curativo e fixaccedilatildeo de cateter venoso perifeacuterico
16
Jaacute as peliacuteculas transparentes mais conhecidas como filme permitem a respiraccedilatildeo
normal da pele com alta permeabilidade ao oxigecircnio e vapores e eacute impermeaacutevel a liacutequidos e
micro-organismos (SILVA E ZANETTI 2004 p233) Aleacutem disso permitem tambeacutem a
visualizaccedilatildeo contiacutenua do local de punccedilatildeo permitindo assim avaliaccedilatildeo do mesmo natildeo soacute
durante a infusatildeo de medicaccedilotildees mas tambeacutem todo o tempo
(1998 apud SILVA E ZANETTI 2004 p233) afirma que nas fixaccedilotildees em
que se utiliza a gaze esteacuteril preconiza-se a utilizaccedilatildeo de teacutecnica asseacuteptica Neste curativo a
gaze esteacuteril eacute colocada sobre o siacutetio de inserccedilatildeo e suas bordas satildeo fixadas com fita adesiva
A observaccedilatildeo da punccedilatildeo eacute muito importante pois se o local de inserccedilatildeo se mostrar
com sinais e sintomas de complicaccedilotildees a terapia deve ser suspensa (OLIVEIRA BEZERRA
e PEREIRA 2008 p95)
A visualizaccedilatildeo contiacutenua do acesso permite que a equipe de enfermagem possa realizar
uma observaccedilatildeo mais particularizada em relaccedilatildeo agraves condiccedilotildees do acesso venoso perifeacuterico
podendo observar se haacute deslocamento do cateter sinais de infiltraccedilatildeo e tambeacutem sinais de
infecccedilatildeo
Para Silva Barbato e Valente (2013 p 1200) cabe ao enfermeiro fazer a avaliaccedilatildeo
diaacuteria e cuidadosa do curativo observando a presenccedila de umidade sujidade integridade do
oacutestio de inserccedilatildeo a fixaccedilatildeo bem como a realizaccedilatildeo do curativo e das anotaccedilotildees legais
competentes agraves suas funccedilotildees
A fase poacutes-procedimento eacute caracterizada por uma seacuterie de cuidados que a equipe de
enfermagem deve realizar para que se obtenha maior tempo de permanecircncia do acesso venoso
perifeacuterico Durante as entrevistas os cuidados citados foram a salinizaccedilatildeo do acesso cuidados
para evitar a flebite e a velocidade de infusatildeo
15 Pettit DM Kraus V The use of gauze versus transparent dressings for peripheral intravenous catheter sites Nurs ClinNorth Am 1995 30(3)495-506 16 Potter P Perry AG Fundamentos de enfermagem processo conceito e praacutetica 3ordf ed Santos(SP) Guanabara Koogan19981397pp801-43
27
ldquoManter um acesso bem salinizado que vocecirc lave pelo menos de duas de trecircs em trecircs horas Se bem que isso aqui na pediatria natildeo eacute muito comum aqui a gente soacute lava cada vez que vai fazer medicaccedilatildeo mas se eu natildeo me engano a literatura preconiza isso vocecirc lavar pelo menos de quatro em quatro horas o acessordquo (Aurora)
ldquoPra manter o acesso venoso perifeacuterico eacute importante manter ele salinizado Assim que a gente recebe o plantatildeo eu vou ver se o acesso ta peacutervio com uma ldquoseringuinhardquo vai la da uma ldquolavadinhardquo e vecirc se o acesso ta peacutervio e manter o acesso salinizadordquo (Ariel)
ldquoSalinizar de 6 em 6 horas para manter ele peacuterviordquo (Alice)
ldquoTem que passar lento a medicaccedilatildeo e a limpeza da aacuterea vocecirc tem que limpar bem a aacuterea pra vocecirc natildeo formar uma flebiterdquo (Cinderela)
A salinizaccedilatildeo do acesso eacute um cuidado simples e de grande importacircncia Esse cuidado
deve ser realizado para manter o acesso peacutervio e limpo e deve ser realizado antes e apoacutes
qualquer infusatildeo
Para Moncaio e Figueiredo (2009)
a ldquosalinizaccedilatildeordquo consiste em administrar sob pressatildeo positiva soluccedilatildeo salina (Soro fisioloacutegico a 09) logo apoacutes o teacutermino da infusatildeo da medicaccedilatildeo Este procedimento visa prevenir a formaccedilatildeo de trombos e fibrina evitar o contato de drogas incompatiacuteveis (quando da infusatildeo de mais de um item medicamentoso no mesmo horaacuterio) garantir a infusatildeo de todo o medicamento que possa ter ficado no sistema aleacutem de evitar retorno sanguiacuteneo mantendo o cateter peacutervio para a proacutexima infusatildeo
Durante a coleta de dados esse cuidado surgiu em diversos momentos poreacutem foi
possiacutevel perceber que os profissionais realizam o mesmo de forma banalizada Natildeo sabem de
fato a real funccedilatildeo de manter o acesso salinizado A impressatildeo que passa eacute que eles
aprenderam que esse cuidado deveria ser feito e simplesmente fazem Haacute divergecircncias
tambeacutem entre a equipe em relaccedilatildeo ao momento que deve ser realizada a salinizaccedilatildeo e isso nos
mostra a desatualizaccedilatildeo dos profissionais do setor e a falta de uma educaccedilatildeo continuada no
hospital
Os cuidados para evitar a flebite e a velocidade de infusatildeo da medicaccedilatildeo apareceram
menos nas entrevistas e interferem diretamente com a manutenccedilatildeo do acesso venoso
perifeacuterico
28
A flebite eacute uma inflamaccedilatildeo na veia puncionada ocorrendo quando as ceacutelulas
endoteliais da parede da veia que o cateter estaacute inserido tornam-se inflamadas e irregulares
propiciando a aderecircncia de plaquetas e predispondo a veia a inflamaccedilatildeo Eacute comum que o local
se apresente dolorido hiperemiado quente e edemaciado e nesses casos eacute aconselhada a
retirada do cateter Uma boa fixaccedilatildeo do cateter perifeacuterico eacute recomendada por autores na
literatura visto que previnem deslocamento faacutecil e permitem uma boa visualizaccedilatildeo do local
evitando complicaccedilotildees como a flebite e infiltraccedilatildeo (MOLDES et al 2011 p 330)
Dentre as principais falhas de infusatildeo venosa estatildeo flebite infiltraccedilatildeo hematoma e
obstruccedilatildeo Acredita-se que para reduzir a incidecircncia destas nas unidades pediaacutetricas eacute preciso
a adoccedilatildeo de estrateacutegias tais como a abordagem junto agrave equipe em parceria com o setor de
educaccedilatildeo permanente e a adoccedilatildeo do uso da teacutecnica corretamente e de forma asseacuteptica para a
realizaccedilatildeo da punccedilatildeo venosa perifeacuterica em acordo com a comissatildeo de controle de infecccedilatildeo
hospitalar (SILVA BARBATO e VALENTE 2013 p 1200)
A incapacidade do paciente em relatar dor no siacutetio de administraccedilatildeo do faacutermaco quer
pela idade ou condiccedilatildeo cliacutenica e o local de inserccedilatildeo como tambeacutem a velocidade de infusatildeo do
medicamento (gt25mgmin) satildeo classificados como fatores de risco para a perda do acesso
venoso perifeacuterico (MARTINS SILVINO e DIAS 2010)
42 Os cuidados em desuso para manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico
Essa categoria discorre sobre os cuidados de enfermagem que com o passar do tempo
foram desconsiderados e natildeo satildeo mais utilizados Quando questionados em relaccedilatildeo a vivencia
profissional e cuidados que discordavam os entrevistados citaram o uso da tala para fixaccedilatildeo
uso de heparina e os cuidados em relaccedilatildeo ao tempo de permanecircncia do cateter Haacute muitas
controveacutersias em relaccedilatildeo aos cuidados citados acima
O tempo de permanecircncia interfere diretamente no aparecimento de complicaccedilotildees
como flebite e que acabam levando a perda do acesso venoso perifeacuterico mais rapidamente
aconselhando assim a troca do mesmo entre 76 a 96 horas Poreacutem eacute preconizada a retirada do
cateter apenas se finalizar o tratamento ou houver alguma interferecircncia
ldquoA gente observa tambeacutem o tempo dependendo do tempo tem que tirarrdquo (Alice)
29
ldquoHoje eu natildeo sei como que eacute essa questatildeo do tempo porque a gente trocava o acesso a cada quatro dias agora o pessoal jaacute diz que pode trocar em ateacute uma semana entatildeo natildeo sei como que ta isso e o que tem escrito em relaccedilatildeo a isso (Aurora)
Sabe-se que o tempo para troca do cateter de teflon ou poliuretano varia de 72 a 96
horas com o intuito de reduzir risco de infecccedilatildeo e flebite e para minimizar esses riscos nas
seguintes situaccedilotildees diante de sinais inflamatoacuterios no local de inserccedilatildeo e sempre que houver
mau funcionamento do cateter (SANTOS17
Entretanto o Center for Disease Control and Prevention - CDC (2002) diz que em
pacientes pediaacutetricos natildeo foi observada relaccedilatildeo quanto ao tempo de permanecircncia do cateter e
ocorrecircncia de complicaccedilotildees devendo ser mantido ateacute o teacutermino da terapia intravenosa ou
quando forem observados sinais cliacutenicos de complicaccedilotildees
2004 apud OLIVEIRA BEZERRA e PEREIRA
2008 p 93)
Eacute possiacutevel observar a diferenccedila do conhecimento pratico dos profissionais
entrevistados em relaccedilatildeo ao conhecimento encontrado na literatura E ainda contendo duacutevidas
natildeo haacute uma busca da parte dos mesmos para esclarececirc-las
O uso da heparina com a finalidade de manter o acesso peacutervio por um periacuteodo maior
de tempo mostra-se com mais certeza quanto ao desuso nos dados colidos
ldquoAntigamente a gente usava heparina entatildeo a gente ficava tranquila em relaccedilatildeo agrave obstruccedilatildeo mas agora natildeo a gente usa o soro fisioloacutegico e a gente deixa salinizadordquo (Aurora)
Rang e Dale 18(1998 apud DOPICO e OLIVEIRA 2006) afirmam que a heparina
inibe a formaccedilatildeo de coaacutegulos de fibrina in vitro e in vivo e que seu efeito anticoagulante eacute
praticamente imediato Com isso Phillips19
17 Santos W Lavagem das matildeos In R Luiz Santos W Manual baacutesico de prevenccedilatildeo e controle das infecccedilotildees hospitalares do HRU Fortaleza Hospital Regional Unimed 2004
(2001 apud DOPICO e OLIVEIRA 2006)
ressalta que a teacutecnica de manutenccedilatildeo intermitente de cateteres intravenosos com soluccedilatildeo
salina 09 classificada como salinizaccedilatildeo tem sido pesquisada haacute alguns anos apresentando
em relaccedilatildeo ao uso da heparina vantagens como o baixo custo ser um procedimento mais
18 Rang HP Dale M M Hemostasia e Trombose In Rang HP Dale M M Farmacologia Rio de Janeiro Guanabara Koogan 1998 p235-47 19 PHILLIPS L D Manual de terapia intravenosa 2ed Porto Alegre Artmed 2001
30
simples aleacutem de eliminar a possibilidade de incompatibilidade com as drogas e soluccedilotildees
administradas aleacutem da inexistecircncia de riscos ao paciente Entretanto sabe-se que a literatura
ainda natildeo fornece consenso acerca da soluccedilatildeo mais indicada para manutenccedilatildeo da
permeabilidade do cateter venoso perifeacuterico
Eacute importante ressaltar que muitas instituiccedilotildees do nosso paiacutes nem ao menos tecircm o
conhecimento da praacutetica da salinizaccedilatildeo com soluccedilatildeo salina 09 No que se refere agrave pesquisa
cientiacutefica as limitaccedilotildees desta praacutetica satildeo atribuiacutedas agrave ausecircncia de um maior nuacutemero de
estudos controlados para validar sua eficaacutecia (EPPERSON20
Apesar de natildeo ser encontradas publicaccedilotildees acerca do tema a utilizaccedilatildeo de heparina
mostra-se como uma pratica natildeo mais utilizada pelos profissionais de enfermagem Outro
tema onde haacute controveacutersias e tambeacutem poucas citaccedilotildees eacute o uso da tala para fixaccedilatildeo do acesso
venoso perifeacuterico Seguem abaixo a opiniatildeo de alguns dos profissionais entrevistados
1984 apud DOPICO e
OLIVEIRA 2006)
ldquoA uacutenica coisa que eu natildeo gosto de ver eacute quando se coloca tala para imobilizar dizendo que a tala vai ajudar a natildeo perder a veia Isso eu natildeo concordo acho que a tala prejudica a crianccedila fica incomodada faz dor no membrordquo (Cinderela)
ldquoAntigamente a gente usava muito tala e as vezes eu pego isso aqui ai eu falo gente tala natildeo se usa mais natildeo faz parte mais da fixaccedilatildeo vocecirc pode fixar de uma forma que a crianccedila natildeo perca A tala eu acho que ela traumatiza um pouco ainda mais se vocecirc pegar um acesso na dobra vocecirc vai fazer com que a crianccedila fique com o braccedilo esticado muito tempo eu acho que pode causar uma lesatildeo depois e a literatura jaacute fala que eacute desnecessaacuteria natildeo precisa maisrdquo (Aurora) ldquoAntigamente usavam tala mas hoje em dia quase natildeo se vecirc mais e eu acho que a tala atrapalha porque a crianccedila fica imobilizada no membro ai fica mais irritadardquo (Rapunzel) ldquoLaacute no meu outro trabalho alguns usam a tala Eu acho que a tala ajuda ateacute a perder mais raacutepido porque a crianccedila fica incomodada vai querer mexer naquilordquo (Mulan)
20 Epperson EL Efficacy of 09 sodium chloride injection with without heparin for maintenance indwelling intermittent injection sites Clin Pharm1984 3(5)26
31
Almeida e Sabateacutes21
Entretanto haacute estudo que comprovam que o uso da tala natildeo se mostra tatildeo eficiente e
apresenta-se como uma praacutetica controversa O estudo foi realizado em crianccedilas ateacute os 12 anos
utilizando imobilizaccedilatildeo com tala e em mais de metade dos casos (553) ocorreu infiltraccedilatildeo
o que indicia a ineficaacutecia desta praacutetica (MACHADO PEDREIRA e CHAUD 2008 apud
BATALHA et al 2010 p512)
(2008 apud BATALHA et al 2010 p512) afirmam que a teacutecnica
de fixaccedilatildeo dos CVP com uso de imobilizaccedilatildeo com tala para restriccedilatildeo ou limitaccedilatildeo dos
movimentos articulares proacuteximo do local da punccedilatildeo estaacute indicado nas matildeos punhos cotovelo
e maleacuteolo
Para Batalha et al (2010 p512) o uso desta praacutetica parece natildeo se coadunar com o
atual uso de cateteres flexiacuteveis tipo abocath em detrimento de agulhas metaacutelicas Talvez por
isso comecem a surgir novas teacutecnicas de fixaccedilatildeo dos CVP que natildeo exigem imobilizaccedilatildeo das
articulaccedilotildees com talas
Aleacutem de natildeo haver uma confirmaccedilatildeo dos benefiacutecios causados pelo uso da tala a
imobilizaccedilatildeo causa incocircmodo para a crianccedila que fica com o membro imoacutevel podendo causar
dor e tambeacutem irritaccedilatildeo O uso desse tipo de fixaccedilatildeo tambeacutem impede a visualizaccedilatildeo frequente
do acesso venoso afetando assim os cuidados de observaccedilatildeo da equipe de enfermagem
43 O acompanhante e a manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico
A presente categoria vai discutir um assunto importante que surgiu durante as
entrevistas de forma inesperada Alguns dos profissionais entrevistados citaram o descuido do
acompanhante como um fator causador da perda do acesso venoso perifeacuterico Seguem abaixo
algumas falas
ldquoA matildee sempre acompanha e tem matildee que natildeo tem cuidado natildeo vigia e a gente tem que ficar pedindo pra olhar tomar contardquo (Aurora)
ldquoEm relaccedilatildeo ao acompanhante porque a crianccedila natildeo vai avaliar entatildeo o acompanhante que estar ali tem que avaliar direitinho natildeo deixar a crianccedila mexer ou puxarrdquo (Bela)
ldquoNatildeo eacute toda matildee que esta vigiando que cuida pra que a crianccedila natildeo perca o acessordquo (Jasmine)
21 Almeida FA Sabateacutes AL Enfermagem pediaacutetrica a crianccedila o adolescente e a sua famiacutelia no hospital Satildeo Paulo(SP) Manole 2008
32
ldquoAcho que leva a perda quando o acompanhante natildeo coopera as vezes a gente faz a imobilizaccedilatildeo na crianccedila e as vezes eles ateacute retiram e a proacutepria crianccedila agitada ela mesmo arrancardquo (Branca de Neve)
ldquoAgraves vezes a proacutepria crianccedila que a matildee deixa muito solta ai solta o acessordquo (Mulan)
Apoacutes a implementaccedilatildeo da lei que garante um acompanhante ao paciente pediaacutetrico a
presenccedila do familiarresponsaacutevel durante a hospitalizaccedilatildeo mudou a rotina da equipe de
enfermagem trazendo duacutevidas quanto a real funccedilatildeo do acompanhante e fazendo com que a
mesma viesse a delegar certos cuidados para acompanhante
A Promulgaccedilatildeo da Lei 8069 do Estatuto da Crianccedila e do Adolescente (ECA) em
1990 no seu artigo 12deg garante agrave crianccedila ou ao adolescente o direito de ter um responsaacutevel
que o acompanhe durante a hospitalizaccedilatildeo (1990)
Desde a sua implantaccedilatildeo as unidades vecircm sofrendo um processo de reorganizaccedilatildeo de
suas praacuteticas A inserccedilatildeo da famiacutelia modifica a organizaccedilatildeo do processo de trabalho o que
requer dos profissionais uma compreensatildeo em relaccedilatildeo agrave dinacircmica das relaccedilotildees interpessoais
(COLLET e ROCHA 2004)
Pimenta e Collet (2009) ressaltam que natildeo haacute nenhuma regulamentaccedilatildeo sobre a
participaccedilatildeo da famiacutelia nos cuidados e no entanto a mesma desempenha atividades junto agrave
crianccedila durante a hospitalizaccedilatildeo que devem ser levadas em consideraccedilatildeo A falta de
reconhecimento desse fato fez com que a equipe de enfermagem e famiacutelia natildeo possuiacutessem
uma relaccedilatildeo aberta e vivessem uma relaccedilatildeo silenciosa e impliacutecita de poder na qual a famiacutelia
acaba assumindo as relaccedilotildees do cuidado agrave crianccedila de responsabilidade da enfermagem
A negociaccedilatildeo entre matildees e equipe de enfermagem em relaccedilatildeo aos cuidados agrave crianccedila
hospitalizada natildeo eacute uma tarefa faacutecil tendo em vista que natildeo se tem claro qual o seu novo
papel neste processo (COLLET e ROCHA 2004)
Eacute possiacutevel ver nas falas que a presenccedila do acompanhante causa para a equipe de
enfermagem a seguranccedila de ter algueacutem para ldquovigiarrdquo ldquotomar contardquo e natildeo deixar que a
crianccedila hospitalizada perca o acesso venoso quando na verdade eacute funccedilatildeo da equipe de
enfermagem cuidados referentes ao acesso venoso perifeacuterico
33
Jaacute o acompanhante eacute definido pelo Ministeacuterio da Sauacutede como uma pessoa significativa
para a crianccedila que representa sua rede social e que vai acompanhaacute-lo durante a permanecircncia
no ambiente hospitalar ressaltando assim sua importacircncia Esse fato se reforccedila visto que a
crianccedila encontra nos familiares a forccedila e seguranccedila necessaacuteria para encarar todo esse processo
doloroso e desconhecido (MURAKAMI e CAMPOS 2011 p255)
O acompanhante aleacutem de minimizar o sofrimento do paciente pediaacutetrico faz com que
o mesmo sinta-se mais a vontade Eacute importante ressaltar que o familiarresponsaacutevel natildeo soacute
pode como deve participar das atividades da crianccedila no hospital desde que estas natildeo sejam
competecircncias dos profissionais que os cercam Essas atividades satildeo caracterizadas como
semelhantes aos que eles realizam diariamente fora do ambiente hospitalar como o banho
Poreacutem no caso de um paciente com punccedilatildeo venosa perifeacuterica o profissional de enfermagem
deve auxiliar no cuidado para que essa natildeo se perca
Os cuidados dos familiaresacompanhantes satildeo os mesmos que os desenvolvidos no
domiciacutelio e os cuidados prestados pela equipe de enfermagem satildeo aqueles que demandam
conhecimento teacutecnico-cientiacutefico especializado (SOUZA e OLIVEIRA 2010 p558)
Mesmo alguns cuidados parecerem simples e rotineiros quando eacute prestado no
hospital assumem novas caracteriacutesticas com o uso de dispositivos tecnoloacutegicos os quais se
tornam complexos (PIMENTA E COLLET 2009)
O ato de cuidar envolve o respeito agrave maneira como vive cada indiviacuteduo de acordo
com suas crenccedilas valores costumes e cultura A famiacutelia como uma instituiccedilatildeo atende agraves
necessidades bioloacutegicas de seus membros sendo sua responsabilidade cuidar e criar os filhos
incluindo a obrigaccedilatildeo da alimentaccedilatildeo higiene vestuaacuterio e moradia (ELSEN22
Nas entrevistas podemos verificar falas em que o acompanhante eacute citado como
responsaacutevel por avaliar a punccedilatildeo venosa A equipe de enfermagem deve sempre partir do
pressuposto que o familiar acompanhante natildeo tem conhecimento cientiacutefico e certo tipo de
cuidado natildeo deve se delegado para o mesmo mostrando assim a importacircncia da orientaccedilatildeo do
acompanhante quanto aos procedimentos dispositivos utilizados e cuidados em que os
etal 1994
apud SOUZA e OLIVEIRA 2010 p 553)
22 Elsen I Patriacutecio ZM Assistecircncia agrave crianccedila hospitalizada tipos de abordagens e suas implicaccedilotildees para a enfermagem In A enfermagem em pediatria e puericultura Rio de Janeiro (RJ) Atheneu 2005
34
mesmos possam auxiliar Seguem abaixo as falas onde os profissionais ressaltaram a
importacircncia da orientaccedilatildeo do acompanhante
ldquoNem sempre a crianccedila vai entender o porque de estar com aquele acesso entatildeo tem que ter uma orientaccedilatildeo do acompanhanterdquo (Bela)
ldquoTem que haver orientaccedilatildeo do acompanhante para os cuidadosrdquo (Ariel)
ldquoAgraves vezes tem ate o exemplo de um pai que natildeo deixa trocar o acesso jaacute tinha mais de uma semana e ele natildeo queria que trocasse ai faz febre e natildeo sabe da onderdquo (Alice)
Para Souza e Oliveira (2010 p555) deve haver uma preocupaccedilatildeo em orientar
considerando que o outro natildeo tem nenhum tipo de conhecimento sobre o assunto Poreacutem
Queiroz e Jorge23
Apesar das dificuldades o profissional de enfermagem deve estabelecer um viacutenculo de
confianccedila com o acompanhante buscando sempre deixaacute-los ciente das situaccedilotildees e fazendo-os
participar dos cuidados plausiacuteveis sem causar nenhum dano agrave crianccedila e de maneira alguma
abandonar suas atribuiccedilotildees
(2004 apud SOUZA e OLIVEIRA 2010 p 556) ressaltam que apesar de os
profissionais terem intenccedilatildeo de orientar os cuidados para a sauacutede repassam conhecimentos
elaborados cientificamente dificultando a compreensatildeo do familiar aleacutem de a relaccedilatildeo se dar
de maneira vertical assimeacutetrica e coercitiva
23 Queiroz MVO Jorge MSB Accedilotildees educativas no cuidado infantil e intervenccedilotildees dos profissionais junto agraves famiacutelias Acta Scientiarum Maringaacute 2004 janjun 26(1) 27-34
35
CONCLUSAtildeO
Atraveacutes desse estudo foi possiacutevel descrever e analisar os cuidados que os profissionais
de enfermagem realizam acerca da permanecircncia do acesso venoso perifeacuterico Aleacutem disso a
realizaccedilatildeo da pesquisa permitiu identificar a desarticulaccedilatildeo do processo de enfermagem e a
praacutetica desconectada da produccedilatildeo cientiacutefica caracterizando a falta de uma educaccedilatildeo
continuada efetiva
A anaacutelise dos dados demonstra o processo de punccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico
ressaltando a importacircncia de cuidados como a seleccedilatildeo do local a diluiccedilatildeo da medicaccedilatildeo a
realizaccedilatildeo de uma boa fixaccedilatildeo a atenccedilatildeo com a velocidade de infusatildeo os cuidados com os
sinais de infecccedilatildeo e salinizaccedilatildeo do acesso natildeo deixando de salientar cuidados em desuso
como o uso da heparina da tala e duvidas em relaccedilatildeo ao tempo de permanecircncia Evidenciou
tambeacutem que a equipe de enfermagem delega alguns cuidados para os acompanhantes
Natildeo foi possiacutevel perceber o niacutevel de conhecimento cientiacutefico dos profissionais visto
que eles em nenhum momento por natildeo saberem ou por medo de se expor natildeo explicaram de
fato nenhum cuidado que disseram realizar Sempre citaram de forma superficial e direta
deixando claro tambeacutem que o pesquisador natildeo os indagou quanto a isso Poreacutem creio que
diante de cuidados tatildeo importantes e de frequente praacutetica os mesmos falariam facilmente
sobre os cuidados de enfermagem na permanecircncia do acesso venoso perifeacuterico
Apesar dos entrevistados citarem alguns fatores e cuidados realizados de forma
correta eacute visiacutevel que os mesmos realizam os cuidados com a punccedilatildeo e a permanencia do
acesso de forma automaacutetica sem unir a praacutetica com o fundamento do mesmo
Eacute importante destacar tambeacutem a importacircncia do preparo emocional da crianccedila como
tambeacutem os cuidados com a famiacutelia dos mesmos O trabalho de humanizaccedilatildeo realizado pela
36
enfermagem faz grande diferenccedila nessas situaccedilotildees visto que os pacientes e acompanhantes
tendo conhecimento do que seraacute realizado ficariam mais tranquilos
O estudo contribuiu para o campo do ensino nesta aacuterea dando destaque ao importante
papel que o profissional de enfermagem deve desempenhar no cuidado e na manutenccedilatildeo do
acesso venoso perifeacuterico Contudo vale ressaltar a importacircncia do incentivo ao profissional a
buscar na literatura natildeo soacute esclarecimento de suas duvidas mas tambeacutem novos
conhecimentos
Pode colaborar ainda para a realizaccedilatildeo de novas pesquisas na aacuterea procurando
eliminar duacutevidas e controveacutersias sobre o tema Buscando assim a realizaccedilatildeo de um cuidado de
enfermagem articulado e eficaz promovendo o bem-estar do paciente pediaacutetrico durante a
hospitalizaccedilatildeo
37
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44
APEcircNDICE I
TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO
DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO Tiacutetulo Do Projeto Os cuidados de enfermagem acerca dos acessos venosos perifeacutericos na unidade pediaacutetrica Pesquisador Responsaacutevel Rosane Cordeiro Burla de Aguiar Eny Dorea Paiva e Karina Rodrigues Fernandes Instituiccedilatildeo a que Pertence o Pesquisador Responsaacutevel Universidade Federal Fluminense Telefone para contato (21) 98355269 (21) 82392939 (21) 91786609 Nome do voluntaacuterio _________________________________________________________ Idade ________ anos RG ____________________________
AO Sr (a) estaacute sendo convidado (a) a participar do projeto de pesquisa OS CUIDADOS DE
ENFERMAGEM ACERCA DOS ACESSOS VENOSOS PERIFEacuteRICOS NA UNIDADE PEDIATRICA de
responsabilidade da pesquisadora Profordf Drordf Rosane Cordeiro Burla de Aguiar e Profordf Drordf Eny Dorea Paiva A
punccedilatildeo venosa perifeacuterica eacute um procedimento essencial durante a hospitalizaccedilatildeo da crianccedila visto que eacute atraveacutes
dela que eacute administrada grande parte das medicaccedilotildees Este estudo se justifica diante da importacircncia da
necessidade de um maior periacuteodo de permanecircncia dos acessos venosos perifeacutericos Com isso aleacutem da
diminuiccedilatildeo de eventos que causam dor e irritaccedilatildeo na crianccedila e na famiacutelia promoveraacute tambeacutem uma melhor estada
dos mesmos durante o periacuteodo de hospitalizaccedilatildeo Os objetivos da pesquisa satildeo 1) Descrever os fatores que
interferem na manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico de acordo com a equipe de enfermagem 2)Analisar os
cuidados da equipe de enfermagem na manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico A coleta de dados se daraacute
atraveacutes de entrevistas semi estruturadas que seratildeo gravadas As informaccedilotildees colhidas seratildeo tratadas de forma
anocircnima e confidencial ou seja em nenhum momento seratildeo divulgados o seu nome e somente os
pesquisadores teratildeo acesso agraves informaccedilotildees Os dados obtidos com a pesquisa poderatildeo ser publicados apenas com
fins cientiacuteficos Eles natildeo seratildeo utilizados para fins comerciais ou para outra finalidade qualquer Caso necessite
poderatildeo ser marcados encontros para respostas ou esclarecimentos de qualquer duacutevida acerca da pesquisa A sua
participaccedilatildeo eacute voluntaria e eacute importante lembrar que vocecirc poderaacute desistir de participar da pesquisa em qualquer
momento A entrevista seraacute marcada em um dia e horaacuterio que vocecirc achar melhor Seraacute realizada
individualmente em um ambiente que nos ofereccedila privacidade Esta pesquisa natildeo oferece riscos para vocecirc e os
benefiacutecios da sua participaccedilatildeo satildeo de aumentar o conhecimento cientiacutefico na aacuterea de Enfermagem Pediaacutetrica
aleacutem de contribuir para a praacutetica profissional Este documento seraacute elaborado em duas vias uma para vocecirc e a
outra seraacute arquivada pelo pesquisador
Eu_____________________________________________________________ RG no _____________________________ Declaro que apoacutes ter entendido o que me foi explicado consinto voluntariamente em participar do presente Protocolo de Pesquisa entendo ainda que posso retirar o meu consentimento a qualquer momento antes ou durante a realizaccedilatildeo do mesmo declaro ter sido informada(o) e concordo em participar como voluntaacuteria(o) da pesquisa acima descrita Rio de Janeiro_______de_______________de 20___ _____________________________ ________________________________
(Participante) Karina Rodrigues Fernandes (Responsaacutevel por obter o consentimento)
______________________________________ _______________________________________ (Testemunha) (Testemunha)
45
APEcircNDICE II
ROTEIRO PARA ENTREVISTA
1) O que vocecirc acha que pode levar a perda do acesso perifeacuterico
2) Para vocecirc o que eacute importante para manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico nas
crianccedilas
3) O que vocecirc acha que pode interferir na sua manutenccedilatildeo
4) Que medidas vocecirc adota no seu dia a dia para manter o acesso
5) Na sua vivencia profissional o que vocecirc discorda dos cuidados que geralmente satildeo
utilizados para manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico
46
ANEXO
47
48
11
2 REVISAtildeO DE LITERATURA
21 Hospitalizaccedilatildeo infantil e seus estressores
Durante a vida de uma crianccedila as principais situaccedilotildees de crise que normalmente elas
vivenciaratildeo estatildeo relacionadas agrave doenccedila ou a uma possiacutevel hospitalizaccedilatildeo Frente a estes
fatores elas se mostram vulneraacuteveis diante das mudanccedilas impostas relacionadas ao estado de
sauacutede e a sua rotina de vida (HOCKENBERRY e WILSON 2011 p676)
ldquoA hospitalizaccedilatildeo representa para a crianccedila uma situaccedilatildeo diferente de todas as jaacute
vivenciadas haja vista que sua rotina diaacuteria eacute modificada Ela encontra-se em um ambiente
impessoal repleto de tabus e significados diferente do seu contexto diaacuteriordquo (JANSEN
SANTOS e FAVERO 2010 p248)
Segundo Brito et al (2009 p 803) a crianccedila hospitalizada eacute ldquoafastada de seu ambiente
familiar de seus amigos da escola e de seus objetos pessoais perdendo assim grande parte de
suas referecircnciasrdquo com isso esse periacuteodo de hospitalizaccedilatildeo pode causar impacto sobre o estado
psicoloacutegico da mesma
Conforme Hockenberry e Wilson (2011 p676) as crianccedilas natildeo possuem habilidades
de enfrentamento suficientes para resolver determinados estressores Como principais
estressores pode-se citar ldquoa separaccedilatildeo a perda de controle lesatildeo corporal e dorrdquo
Um dos procedimentos mais dolorosos e estressantes para a crianccedila eacute a punccedilatildeo venosa
onde na maioria dos casos constitui a primeira escolha para a administraccedilatildeo de medicamentos
nutriccedilatildeo parenteral hemoderivados e coleta de exames sanguumliacuteneos(OLIVEIRA BEZERRA e
PEREIRA 2008 p91)
12
ldquoA crianccedila eacute um ser em crescimento e desenvolvimento com particularidades e
caracteriacutesticas proacutepriasrdquo (MATHEWS-SIMONTON2
Esse periacuteodo de internaccedilatildeo ldquopode deixar a crianccedila ansiosa insegura e com medo
principalmente quando natildeo eacute preparada para a hospitalizaccedilatildeo e o tratamento a que seraacute
submetidardquo Para Martins (2001) isso contribui para aumentar o medo e a ansiedade
expressos por meio do choro da raiva e ateacute mesmo por agressotildees
1990 apud COA e PETTENGILL
2006 p434) Isso significa que a crianccedila iraacute se comportar de acordo com a situaccedilatildeo imposta
pois isso dependeraacute natildeo soacute da idade de desenvolvimento como tambeacutem de suas experiecircncias
com determinadas situaccedilotildees
Diante de todo o processo de hospitalizaccedilatildeo a crianccedila pode apresentar diversas
manifestaccedilotildees comportamentais sendo consideradas mais comuns as ldquoregressotildees diminuiccedilatildeo
no ritmo do desenvolvimento desordens do sono e da alimentaccedilatildeo dependecircncia
agressividade apatia estados depressivos fobias e transtornos de comportamento em geralrdquo
(BAR-MOR3
Para a famiacutelia ldquoa hospitalizaccedilatildeo de um filho geralmente eacute encarada como uma
situaccedilatildeo de crise para a famiacutelia e para a crianccedilardquo O profissional de enfermagem deve se
organizar seu trabalho com estrateacutegias que minimizem o sofrimento no ambiente hospitalar e
na assistecircncia agrave crianccedila (THOMAZINE et al 2008 p146)
1997 apud BRITO et al 2009 p203) Com a atenccedilatildeo voltada para atender a
demanda e a necessidade fisioloacutegica da crianccedila os profissionais da equipe de enfermagem
geralmente ldquodedicam pouca ou nenhuma atenccedilatildeo agraves questotildees psicoloacutegicas e sociais da crianccedila
hospitalizada e de sua famiacuteliardquo(JANSEN SANTOS e FAVERO 2010 p248)
A qualidade do ambiente pode afetar diretamente no processo de recuperaccedilatildeo com
isso ldquoas intervenccedilotildees no contexto hospitalar devem visar agrave promoccedilatildeo de condiccedilotildees favoraacuteveis
agrave reabilitaccedilatildeo dos efeitos de experiecircncias adversas ao desenvolvimento das crianccedilasrdquo Isso
sugere que o ambiente aleacutem de incentivar a sauacutede deve ser planejado de maneira supra agraves
necessidades dos pacientes levando em conta os aspectos psicoloacutegicos pedagoacutegicos e
2 Mathews-Simonton S A famiacutelia e a cura o meacutetodo Simonton para famiacutelias que enfrentam uma doenccedila Satildeo Paulo Summus 1990 3 Bar-Mor G Preparation of children for surgery and invasive procedures milestones on the way to success J Pediatr Nurs1997Aug12(4) 252-255
13
socioloacutegicos da crianccedila e de sua famiacutelia (SOARES e ZAMBERLAN4
Para humanizar a assistecircncia agrave crianccedila hospitalizada e atender a suas reais
necessidades os pais foram inseridos na cliacutenica pediaacutetrica com direito a permanecircncia integral
nos casos de internaccedilatildeo Isso ocorreu no iniacutecio da deacutecada de 1990 no Brasil com a
legalizaccedilatildeo estabelecida pelo Estatuto da Crianccedila e do Adolescente (THOMAZINE et al
2008 p145) Com isso ldquomuitos hospitais natildeo consideram mais os pais como visitantes e
enfatizam sua presenccedila durante todo o periacuteodo da hospitalizaccedilatildeordquo fazendo uso de um sistema
de cuidado centrado na famiacutelia (HOCKENBERRY e WILSON 2011 p685)
1995 apud BRITO et
al 2009 p803)
Durante o processo de hospitalizaccedilatildeo as crianccedilas satildeo submetidas a diversas condutas e
procedimentos como por exemplo exames e administraccedilatildeo de medicamentos A punccedilatildeo
venosa eacute um dos principais procedimentos que causam dor e muitas vezes existe a
necessidade de vaacuterias punccedilotildees durante um mesmo dia Vale ressaltar que para a crianccedila esse
tipo de procedimento se iguala a uma agressatildeo jaacute que ldquona maioria das vezes eacute acompanhado
de dor ou medo o que se traduz no choro e na ansiedaderdquo (COLLET5
2002 apud GOMES et
al 2011 p290)
22 Acesso venoso perifeacuterico em pediatria
Para Correia et al (2009 p559) a fim evitar um trauma emocional durante a punccedilatildeo
as crianccedilas precisam ser orientadas sobre o tratamento seus objetivos e receber atenccedilatildeo
carinhosa neste momento
A fim de tornar o processo de cateterizaccedilatildeo venosa menos doloroso e estressante para
a crianccedila deve-se ter preferecircncia pelas veias que menos comprometam suas atividades
essenciais Neste intuito deve-se evitar por exemplo puncionar uma veia na matildeo que
dificulte o ato de se alimentar desenhar e ateacute mesmo brincar (OLIVEIRA BEZERRA e
PEREIRA 2008 p91)
4 Soares MRZ Zamberlan MAT A inclusatildeo do brincar na hospitalizaccedilatildeo infantil Est Psicol maioago18(2) 64-9 5 Collet N Oliveira BRG de Manual de Enfermagem em Pediatria Goiacircnia AB 2002
14
O acesso vascular eacute uma das principais modalidades de tratamento utilizadas na
assistecircncia agrave sauacutede Existe ampla aceitaccedilatildeo difusatildeo e praacutetica desse procedimento pelos
profissionais da aacuterea da assistecircncia agrave sauacutede (FERREIRA et al 2005)
Foi na deacutecada de 40 que o uso de cateter vascular foi introduzido nos hospitais
tornando-se essencial para as atividades assistenciais da modernidade (WORTHIGTON6
Para Peterlini e Chaud (2003) tal procedimento se define como um conjunto de
conhecimentos e teacutecnicas que visam agrave administraccedilatildeo de soluccedilotildees ou faacutermacos no sistema
circulatoacuterio abrangendo o preparo do paciente a escolha obtenccedilatildeo e manutenccedilatildeo do acesso
venoso os meacutetodos de preparo e administraccedilatildeo de drogas e soluccedilotildees e os cuidados referentes
agrave frequecircncia de troca do cateter curativos dispositivos de infusatildeo e soluccedilotildees
2005 apud MENDONCcedilA et al 2011 p330)
Primeiramente o acesso perifeacuterico era mantido com agulhas de accedilo inoxidaacutevel as
quais apesar de oferecerem menor risco de infecccedilatildeo satildeo riacutegidas e facilitavam perda do
acesso Em 1945 passou a ser utilizado o cateter venoso plaacutestico que permitia manutenccedilatildeo do
acesso por tempo prolongado (FERNANDES e RIBEIRO7
Quanto ao tempo de permanecircncia em pacientes pediaacutetricos o cateter deve ser mantido
ateacute o teacutermino da terapia intravenosa ou quando forem observados sinais cliacutenicos de
complicaccedilotildees diferentemente dos pacientes adultos onde o tempo de permanecircncia
preconizado eacute de 72 a 96 horas (CENTERS FOR DISEASE CONTROL AND
PREVENTION-CDC 2002)
2000 apud MARTINS et al 2008
p 485) Habitualmente o material de punccedilatildeo que vem sendo utilizado em crianccedilas satildeo os
cateteres flexiacuteveis tipo abocath com mandril metaacutelico (BATALHA et al 2010 p512)
Associaccedilatildeo Paulista de Estudos e Controle de Infecccedilatildeo Hospitalar (2005 apud
Moncaio e Figueiredo 2009) ressaltam que ldquoas principais complicaccedilotildees infecciosas para o
paciente satildeo flebite infecccedilatildeo do siacutetio de inserccedilatildeo do cateter extravasamento de soluccedilatildeo e
bacteremia relacionada ao cateterrdquo Certos fatores podem contribuir para o aparecimento de
tais complicaccedilotildees como o tipo do cateter que seraacute utilizado o preparo do local da punccedilatildeo
aleacutem de caracteriacutesticas intriacutensecas do paciente Vale acrescentar que ldquoos cateteres 6 Worthigton T Elliot TSJ Diagnosis of central venous catheter related infection in adult pacient J Infect 2005 51267-80 7 Fernandes AT Ribeiro Filho N Infecccedilatildeo do acesso vascular In Fernandes AT Fernandes M OV Ribeiro Filho N Infecccedilatildeo hospitalar e suas interfaces na aacuterea da sauacutede Satildeo Paulo (SP) Atheneu 2000 p 556-79
15
confeccionados em Teflon e poliuretano estatildeo associados a baixas frequecircncias de
complicaccedilotildees infecciosas quando comparados aos de polivinilcloreto e polietilenordquo
CENTERS FOR DISEASE CONTROL AND PREVENTION-CDC 2002)
ldquoNo acircmbito hospitalar a flebite eacute uma das complicaccedilotildees mais frequentes e
considerada uma das principais falhas da infusatildeordquo Eacute o processo inflamatoacuterio da camada
iacutentima das veias ocasionado por irritaccedilatildeo mecacircnica quiacutemica ou infecccedilotildees bacterianas
apresentando manifestaccedilotildees como dor edema hiperemia local e calor (GABRIEL8
Machado et al(2008) relata que ldquocerca de 1 a 10 destes pacientes desenvolvem
infecccedilotildees locais ou sistecircmicas relacionadas ao uso de cateteres causadas por alteraccedilatildeo ou
ruptura da integridade da pele que permite a passagem de microorganismos colonizadoresrdquo
2008
apud MAGEROTE et al 2011 p 487)
O curativo para fixaccedilatildeo do cateter eacute outro ponto importante para a manutenccedilatildeo do
mesmo visto que a ldquofixaccedilatildeo reduz o risco de complicaccedilotildees relacionadas agrave terapia intravenosa
tais como flebite infiltraccedilatildeo septicemia e deslocamento do cateterrdquo aleacutem de mantecirc-lo limpo
e seco permitindo a visualizaccedilatildeo contiacutenua do mesmo a fim de prevenir os agravos
(PHILLIPS9
No seacuteculo passado durante os primeiro 50 anos da praacutetica da terapia intravenosa
utilizava-se para fixaccedilatildeo gaze esteacuteril e fitas adesivas O iniacutecio do uso de filmes transparentes
esteacutereis se deu em 1970 como solicitaccedilatildeo dos enfermeiros quanto agrave necessidade da retirada do
curativo para realizar a inspeccedilatildeo do local de inserccedilatildeo funccedilatildeo atribuiacuteda aos mesmos a fim de
impedir uma infecccedilatildeo de corrente sanguiacutenea (MACHADO PEDREIRA E CHAUD 2008)
2001 apud SILVA E ZANETTI 2004 p233)
O uso de fitas adesivas natildeo-esteacutereis pode ser bastante observado em algumas
instituiccedilotildees de sauacutede contudo fita adesiva soacute natildeo estaacute contaminada enquanto permanece na
embalagem sugerindo tambeacutem a possibilidade da transmissatildeo de microorganismos
patogecircnicos com a aplicaccedilatildeo da mesma sobre o local de inserccedilatildeo do cateter
(VANDENBOSCH COOCH E TRESTON-AURAND10
8 Gabriel J Infusion therapy part one minimising the risks Nurs Stand 2008 Apr 22(31)51-6
1997 et al MACHADO
PEDREIRA E CHAUD2005 p292)
9 Phillips DL Manual de terapia endovenosa Trad Pedreira MLG Pereira SR Harada MJCS Peterline MAS 2ordf ed Porto Alegre (RS) Artmed 2001551P 10 VandenBosch TM Cooch J Treston-Aurand J Research utilization adhesive bandage dressing regimen for peripheral venous catheters Am J Infect Control 1997 25(6)513-9
16
Acerca da terapia intravenosa podem ocorrer incompatibilidades em relaccedilatildeo aos
faacutermacos administrados e os cateteres utilizados que na maioria das vezes natildeo satildeo percebidos
devido a impossibilidade de visualizaccedilatildeo Essas incompatibilidades satildeo denominadas por
Peterlini Chaud e Pedreira (2006) como adsorccedilatildeo e absorccedilatildeo onde ocorre ldquoperda do faacutermaco
para a superfiacutecie de frascos seringas filtros acessoacuterios e cateteres da terapia intravenosa por
meio de adsorccedilatildeo ou pela absorccedilatildeo do faacutermaco para a matriz do material de confecccedilatildeo desses
dispositivosrdquo Com isso o profissional de enfermagem tem como funccedilatildeo aleacutem do
conhecimento cientiacutefico acerca das drogas utilizadas programar accedilotildees que possibilitem
ldquoreconstituiccedilatildeo diluiccedilatildeo acondicionamento e cuidados na administraccedilatildeo de faacutermacosrdquo
evitando assim prejuiacutezos no tratamento
17
3 METODOLOGIA
31 Tipo de pesquisa
Trata-se de uma pesquisa descritiva exploratoacuteria de abordagem qualitativa com os
profissionais da equipe de enfermagem da unidade de internaccedilatildeo pediaacutetrica de um hospital
universitaacuterio do estado do Rio de Janeiro
Para Minayo Deslandes e Gomes (2007 p 21) a pesquisa qualitativa responde as
questotildees de forma particular de modo que trabalha com o universo dos significados dos
motivos das aspiraccedilotildees das crenccedilas dos valores e atitudes Sendo assim entende-se que as
accedilotildees do ser humano se distinguem a partir do seu pensamento do modo de agir de acordo
com a realidade vivida por cada um
Segundo Gil (1999 p44) ldquoas pesquisas descritivas tecircm como objetivo primordial a
descriccedilatildeo das caracteriacutesticas de determinada populaccedilatildeo ou fenocircmeno ou o estabelecimento de
relaccedilotildees variaacuteveisrdquo
Kauark Manhatildees e Medeiros (2010 p28) determinam a pesquisa exploratoacuteria como
agravequela que ldquoObjetiva a maior familiaridade com o problema tornando-o expliacutecito ou agrave
construccedilatildeo de hipoacutetesesrdquo Acrescenta ainda que a mesma pode conter levantamento
bibliograacutefico entrevistas com pessoas experientes no problema pesquisado entre outras
fontes
32 Sujeitos da pesquisa
A pesquisa contou com um nuacutemero total de nove (9) profissionais da equipe de
enfermagem da unidade de internaccedilatildeo pediaacutetrica de um Hospital Universitaacuterio do Rio de
Janeiro sendo estes dois (2) enfermeiros e sete (7) teacutecnicos de enfermagem De todos os
18
participantes apenas um trabalha no serviccedilo noturno sendo o restante do serviccedilo diurno Os
mesmos satildeo os responsaacuteveis pela instalaccedilatildeo e manipulaccedilatildeo dos os acessos venosos
perifeacutericos supondo assim que tenham maior domiacutenio sobre o assunto abordado
Os sujeitos foram identificados com codinomes referentes agraves princesas da Disney para
que suas identidades sejam preservadas
33 Cenaacuterio
A pesquisa ocorreu na unidade de internaccedilatildeo pediaacutetrica localizada no quinto andar do
Hospital Universitaacuterio do Rio de Janeiro vinculado a uma Universidade Federal
A unidade pediaacutetrica eacute divida em trecircs enfermarias de acordo com a idade das crianccedilas
hospitalizadas sendo denominadas estas Lactente preacute-escolar e escolar A enfermaria
Lactente eacute composta por 5 leitos hospitalizando crianccedilas de 29 dias a 2 anos jaacute na preacute-escolar
encontram-se 6 leitos e acolhe crianccedilas de 2 a 6 anos e na escolar 6 leitos abrigando crianccedilas
de 7 a 12 anos Toda crianccedila hospitalizada tem direito a um acompanhante como eacute
preconizado por direito pelo Artigo doze (12) do Estatuto da Crianccedila e do Adolescente
(Brasil 1990 p3)
A enfermaria conta com um posto de enfermagem localizado no centro da unidade
possibilitando maior visualizaccedilatildeo das enfermarias Possui tambeacutem uma sala de recreaccedilatildeo e
banheiro para os pacientes e acompanhantes Haacute uma sala utilizada pedagogia hospitalar
onde uma professora realiza atividades com as crianccedilas
Vale ressaltar que na unidade haacute uma sala para realizaccedilatildeo de procedimentos dolorosos
como a punccedilatildeo venosa perifeacuterica e sempre que possiacutevel o paciente eacute levado ateacute ela
34 Coleta de dados
A coleta de dados se deu a partir da teacutecnica de entrevista semi-estruturadas que
segundo Minayo Deslandes e Gomes (2007 p 64) satildeo ldquoperguntas fechadas e abertas em que
o entrevistado tem a possibilidade de discorrer sobre o tema em questatildeo sem se prender agrave
indagaccedilatildeo formuladardquo As mesmas foram gravadas em entrevista individual e tiveram como
foco as accedilotildees que os profissionais da equipe de enfermagem realizam acerca dos cuidados
para a permanecircncia do acesso venoso perifeacuterico aleacutem de investigar sobre o conhecimento que
cada um possui sobre o tema
19
Apoacutes contato preacutevio com a equipe de enfermagem foi acordado um dia e horaacuterio para
a realizaccedilatildeo das entrevistas que aconteceram na proacutepria unidade Todos os profissionais da
equipe de enfermagem foram convidados a participar voluntariamente da pesquisa As
entrevistas aconteceram apoacutes os profissionais assinarem o Termo de Consentimento Livre e
Esclarecido (TCLE)
Para Minayo Deslandes e Gomes (2007 p 64) a entrevista possui como principal
objetivo construir dados que sejam pertinentes para a pesquisa aleacutem de ser a estrateacutegia mais
utilizada no processo de trabalho de campo
A coleta foi interrompida no momento em que os dados se mostraram saturados ou
seja quando houve a cessaccedilatildeo do acreacutescimo de informaccedilotildees novas referentes ao tema
proposto
O fechamento amostral por saturaccedilatildeo teoacuterica eacute definido como a suspensatildeo de inclusatildeo
de novos participantes quando os dados obtidos passam a apresentar na avaliaccedilatildeo do
pesquisador certa redundacircncia ou repeticcedilatildeo natildeo sendo considerado relevante continuar a
coleta de dados (FONTANELLA RICAS e TURATO 2008)
35 Questotildees eacuteticas da pesquisa
De acordo com a Resoluccedilatildeo 46612 que visa assegurar os direitos e deveres que
dizem respeito agrave comunidade cientiacutefica aos sujeitos da pesquisa e ao Estado uma pesquisa
que envolve a participaccedilatildeo de seres humanos deve atender aos fundamentos eacuteticos e
cientiacuteficos pertinentes para a seguranccedila dos mesmos Neste contexto toda pesquisa
envolvendo seres humanos deveraacute ser submetida agrave apreciaccedilatildeo de um Comitecirc de Eacutetica em
Pesquisa (CEP) (BRASIL 2012)
Atendendo a esta condiccedilatildeo o projeto de pesquisa foi encaminhado ao CEP ndash do
Hospital Universitaacuterio o qual foi realizada a pesquisa foi analisado e aprovado na Reuniatildeo
com data de 06122013 CAAE 24693613700005243 Nuacutemero do parecer 486451 Com
isso a pesquisa foi desenvolvida mediante aprovaccedilatildeo do CEP atendendo aos preacute-requisitos
estipulados pela Resoluccedilatildeo nordm 46612
Esta pesquisa eacute pautada em princiacutepios eacuteticos que respeitam a dignidade humana e
justiccedila assegurando que natildeo haveraacute nenhum tipo de dano aos participantes
20
Em atendimento a resoluccedilatildeo 46612 do Conselho Nacional de SauacutedeMS apoacutes serem
esclarecidos pela pesquisadora quanto aos aspectos eacuteticos relacionados agrave pesquisa aleacutem das
formas de produccedilatildeo de dados e inserccedilatildeo no estudo os sujeitos da pesquisa assinaram duas
vias do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido ndash TCLE (apecircndice 1) autorizando sua
participaccedilatildeo voluntaacuteria na pesquisa Uma via foi entregue ao participante e outra ficou
arquivada com a pesquisadora
Nesse documento consta os objetivos da pesquisa procedimentos benefiacutecios
previstos garantia de recusa de participaccedilatildeo em qualquer momento de acesso aos resultados
da pesquisa e tambeacutem a garantia de acesso ao pesquisador quando os sujeitos julgarem
necessaacuterio sendo todas essas informaccedilotildees em linguagem acessiacutevel e simples O mesmo foi
apresentado e explicado ao profissional convidado a participar do estudo no primeiro contato
eou durante visita agendada para realizaccedilatildeo da entrevista
Vale ressaltar que esta pesquisa cujo financiamento eacute proacuteprio natildeo oferece nenhum
tipo de riscos para o sujeito da pesquisa e nem para o cuidado das crianccedilas internadas no setor
de pediatria e os benefiacutecios da participaccedilatildeo do mesmo satildeo de aumentar o conhecimento
cientiacutefico na aacuterea de Enfermagem Pediaacutetrica aleacutem de contribuir para a praacutetica profissional
36 Anaacutelise dos dados
O processo de anaacutelise dos dados foi baseada na teacutecnica da Anaacutelise Temaacutetica que para
Minayo Deslandes e Gomes (2007 p 86) o conceito central eacute o tema ldquoO tema eacute a unidade de
significaccedilatildeo que se liberta naturalmente de um texto analisado segundo criteacuterios relativos agrave
teoria que serve de guia da leiturardquo (BARDIN11
A anaacutelise realizada estava de acordo com a sugerida por Minayo (2010 p 315) e
contam com as seguintes etapas preacute-analise exploraccedilatildeo do material tratamento dos
resultados obtidos e interpretaccedilatildeo Atraveacutes dessas etapas tem-se o objetivo de descrever o
conteuacutedo do material coletado e interpretaacute-lo
1979 apud MINAYO DESLANDES
GOMES 2007 p 86)
A preacute analise consiste na escolha dos elementos a serem analisados e na retomada das
hipoacuteteses e dos objetivos iniciais da pesquisa Inicia-se com uma leitura flutuante onde o
11 BARDIN L Anaacutelise de Conteuacutedo Lisboa Ediccedilotildees 70 1979
21
pesquisador toma contato direto com o material adquirido deixando-se impregnar por seu
conteuacutedo Posteriormente haacute a constituiccedilatildeo do Corpus textual onde eacute feita uma seleccedilatildeo dos
documentos que iratildeo contemplar e fornecer informaccedilotildees sobre o tema sendo assim adequados
para dar resposta aos objetivos do trabalho (MINAYO 2010 p 315)
Essa fase preacute-analiacutetica eacute onde se determinam a unidades de registro unidade de
contexto e a partir delas satildeo determinados os temas que seratildeo analisados A unidade de
registro corresponde parte do conteuacutedo selecionado como base para analise e apoacutes a
delimitaccedilatildeo do contexto de compreensatildeo da unidade de registro eacute estabelecida a unidade de
contexto (MINAYO 2010 p 316)
De acordo com os objetivos da pesquisa foi possiacutevel perceber que nove (9)
entrevistas supriam para atender os mesmo encerrando assim a coleta Apoacutes a transcriccedilatildeo das
entrevistas foi realizada leitura das mesmas para natildeo soacute conhecimento do material mas
tambeacutem estabelecer as unidades de registro Em seguida foi realizado o colorimento das falas
assim as classificando de acordo com as unidades de registro estabelecidas
As unidades de registro que surgiram foram os fatores que interferem na manutenccedilatildeo
do acesso venoso perifeacuterico e o apontamento do acompanhante como responsaacutevel pela perda
do acesso venoso perifeacuterico Elas receberam as cores vermelha e laranja respectivamente a
fim de facilitar o agrupamento dos dados A partir disto surgiram as unidades de contexto que
compreendem as falas das entrevistas de modo a exemplificar o contexto das unidades de
registro
Partindo para segunda etapa da analise temaacutetica a exploraccedilatildeo do material que consiste
numa classificaccedilatildeo que visa alcanccedilar o nuacutecleo de compreensatildeo do texto Busca-se encontrar
categorias que satildeo expressotildees ou palavras significativas em funccedilatildeo das quais o conteuacutedo seraacute
organizado Essas categorias satildeo responsaacuteveis pela especificaccedilatildeo dos temas (MINAYO
2010 p 317)
Nesse caso foram definidos os seguintes temas cuidados preacute intra e poacutes procedimento
de punccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico cuidados em desuso para manutenccedilatildeo do acesso
venoso perifeacuterico o acompanhante e a manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico Essas trecircs (3)
categorias seratildeo apresentadas analisadas e discutidas no capitulo seguinte
22
4 RESULTADOS E DISCUSSAtildeO
Nesse capiacutetulo apresento as trecircs categorias temaacuteticas que surgiram da anaacutelise dos
dados e que contemplaram de forma satisfatoacuteria os objetivos da pesquisa A primeira
categoria denominada como ldquoOs cuidados de enfermagem preacute intra e poacutes-procedimento de
punccedilatildeo do acesso venoso perifeacutericordquo traz os passos e cuidados que os profissionais realizam
antes durante e apoacutes a punccedilatildeo buscando descrever e analisar os fatores envolvidos na pratica
do procedimento em questatildeo que emergiram das entrevistas aleacutem dos cuidados de
enfermagem para a manutenccedilatildeo do mesmo
A segunda categoria que seraacute apresentada eacute ldquoOs cuidados em desuso para manutenccedilatildeo
do acesso venoso perifeacutericordquo que mostra os cuidados que os profissionais citaram como natildeo
mais utilizados para auxiliar na manutenccedilatildeo da punccedilatildeo venosa perifeacuterica
E a uacuteltima categoria eacute denominada ldquoO acompanhante e a manutenccedilatildeo do acesso
venoso perifeacutericordquo e traz a responsabilizaccedilatildeo do acompanhante pelos profissionais do setor
em relaccedilatildeo aos cuidados com manutenccedilatildeo da punccedilatildeo Essa categoria busca tambeacutem ressaltar a
funccedilatildeo do acompanhante durante a hospitalizaccedilatildeo da crianccedila destacando que determinados
cuidados satildeo de total funccedilatildeo da equipe de enfermagem
41 Os cuidados de enfermagem preacute intra e poacutes-procedimento de punccedilatildeo do acesso
venoso perifeacuterico
Para interpretar as unidades de contextos tive como base autores que definiram os
cuidados de enfermagem preacute intra e poacutes punccedilatildeo venosa perifeacuterica Para esses autores a fase
de preacute-punccedilatildeo compreende as accedilotildees de anaacutelise e conhecimento da prescriccedilatildeo avaliaccedilatildeo e
23
preparo emocional do paciente preparo do material e medicaccedilatildeo seleccedilatildeo do siacutetio de inserccedilatildeo
e dilataccedilatildeo da veia selecionada As accedilotildees envolvidas na punccedilatildeo satildeo a execuccedilatildeo das
precauccedilotildees-padratildeo antissepsia da pele punccedilatildeo do vaso a fixaccedilatildeo e curativo do cateter
Finalmente na etapa de poacutes-punccedilatildeo adota-se a identificaccedilatildeo da punccedilatildeo o descarte apropriado
das partes dos materiais natildeo utilizados a orientaccedilatildeo do paciente acerca da terapecircutica o
controle da infusatildeo atraveacutes do gotejamento se necessaacuterio e o registro do procedimento
Phillips12
De acordo com as entrevistas a seleccedilatildeo do local de punccedilatildeo eacute indicada com um fator
que interfere diretamente no tempo de permanecircncia do acesso venoso perifeacuterico visto que
dependendo do local ocorre a perda mais rapidamente Aleacutem da localizaccedilatildeo citaram tambeacutem
o calibre da veia como interferecircncia na manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico Seguem
abaixo algumas falas
(2001 apud ARAUacuteJO 2007 p18)
ldquoPrimeira coisa eacute vocecirc procurar bem a veia colocar uma veia de um bom calibre Se puder dar preferecircncia a natildeo puncionar dobrasrdquo (Cinderela) ldquoDependendo de onde estiver puncionado se for na matildeozinha a crianccedila fica toda hora ta mexendo taacute manipulando alguma coisa e se for no pezinho tambeacutem nem todo tempo vai ficar acamada entatildeo acaba perdendo o acessordquo(Bela ) ldquoO mau posicionamento pode levar a perdardquo (Rapunzel)
A opiniatildeo dos profissionais acima vai de encontro com o que eacute encontrado na
literatura visto que eacute de suma importacircncia que o mesmo avalie o cliente e considere alguns
aspectos para uma escolha criteriosa e eficaz como a finalidade da punccedilatildeo o tipo de soluccedilatildeo
a ser infundida a condiccedilatildeo da rede venosa a duraccedilatildeo da terapia idade do cliente habilidade
cognitiva da crianccedila a preferecircncia do cliente o que nem sempre seraacute possiacutevel satisfazer e
tambeacutem a sua atividade (ARAUacuteJO 2007 p31)
Os cuidados com o acesso venoso perifeacuterico satildeo importantes antes mesmo da
realizaccedilatildeo do procedimento Levando em consideraccedilatildeo que um erro durante a fase de preacute-
procedimento como a escolha errada do local de punccedilatildeo por exemplo poderaacute levar a perda
do acesso e prejudicar assim o tratamento aleacutem do bem-estar da crianccedila que seraacute puncionada
novamente
12 PHILLIPS L D Manual de terapia intravenosa 2ed Porto Alegre Artmed 2001
24
O vaso sanguiacuteneo que o profissional selecionar como local para puncionar deve ser
suficiente para suportar o calibre e o comprimento do cateter aleacutem de atender a necessidade
terapecircutica para que natildeo haja a necessidade de uma nova punccedilatildeo
A punccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico eacute um procedimento doloroso e de grande
incomodo para a crianccedila com isso eacute de suma importacircncia realizar a seleccedilatildeo preacutevia do
material poreacutem natildeo foi citado Outro cuidado rotineiro e natildeo menos importante como a
lavagem das matildeos antes da colocaccedilatildeo do acesso tambeacutem natildeo foi mencionado durante as
entrevistas
O preparo emocional da crianccedila e do acompanhante quanto ao procedimento deve ser
considerada praacutetica rotineira para a equipe de enfermagem O profissional de enfermagem
deve lavar as matildeos objetivando a reduccedilatildeo significativa de risco de infecccedilatildeo e recomenda-se o
uso de aacutegua e sabatildeo para lavagem das matildeos antes da colocaccedilatildeo do cateter venoso perifeacuterico
(PHILLIPS13
O preparo preacutevio do material para instalaccedilatildeo do cateter venoso perifeacuterico eacute importante
para evitar interrupccedilotildees do procedimento e consequentemente um maior tempo de
manipulaccedilatildeo da crianccedila (SILVA
2001apud ARAUacuteJO 2007 Centers for Disease Control and Prevention ndash CDC
2002 apud ARAUacuteJO 2007)
14
Outro aspecto citado e classificado como preacute-procedimento eacute o cuidado com a
medicaccedilatildeo a ser administrada incluindo cuidados com a diluiccedilatildeo e composiccedilatildeo da mesma
Seguem algumas das falas
2004 apud ARAUacuteJO 2007 p30)
ldquoEstar sempre diluindo as medicaccedilotildees de acordo com a prescriccedilatildeo meacutedica pois as medicaccedilotildees satildeo muito fortes e podem causar enfraquecimento da veia Tem que diluir direitinho e passar lento na veiardquo (Cinderela) ldquoTer cuidado principalmente quando eacute crianccedila e a diluiccedilatildeo da medicaccedilatildeo tambeacutem agraves vezes natildeo eacute pra passar em perifeacuterico e na segunda dose jaacute perdeurdquo (Alice)
O acesso venoso perifeacuterico eacute a primeira alternativa para infusatildeo intravenosa por ser de
mais faacutecil acesso e rapidez no efeito da medicaccedilatildeo O profissional de enfermagem deve ter
domiacutenio natildeo soacute relacionado agrave infusatildeo das medicaccedilotildees mas tambeacutem com a composiccedilatildeo
13 PHILLIPS L D Manual de terapia intravenosa 2ed Porto Alegre Artmed 2001 14 SILVA G R G Terapia intravenosa em receacutem-nascidos ndash orientaccedilotildees para o cuidado de Enfermagem Rio de Janeiro Cultura Meacutedica 2004
25
farmacoloacutegica das mesmas os efeitos adversos e colaterais que a droga pode causar inclusive
em relaccedilatildeo a diluiccedilatildeo o que normalmente eacute estabelecido como padratildeo no setor de acordo com
cada faacutermaco
Com a intenccedilatildeo de promover a eficaacutecia terapecircutica dos medicamentos administrados
por via intravenosa eacute atribuiccedilatildeo do profissional de enfermagem implementar teacutecnicas como a
diluiccedilatildeo acondicionamento e cuidados na administraccedilatildeo de faacutermacos a fim de evitar
prejuiacutezos no tratamento resultantes da incompatibilidade medicamentosa (PETERLINI
CHAUD e PEDREIRA 2006)
Os fatores intra-procedimento satildeo considerados aqueles diretamente relacionados com
o procedimento Os dados colidos nas entrevistas ressaltaram apenas a fixaccedilatildeo com um fator
que interfere nessa fase Este foi o dado mais repetitivo nas entrevistas poreacutem sempre citado
de forma superficial Seguem as falas dos profissionais quando questionados sobre o que era
importante para manutenccedilatildeo do acesso
ldquoTem que fazer uma boa fixaccedilatildeo Porque quando a pessoa natildeo fixa bem prejudica porque aquilo vai soltando e quando vocecirc vecirc jaacute perdeu a veiardquo(Cinderela) ldquoEu acho que natildeo tem o que fazer para manter o acesso A crianccedila vai ficar uns dias X com aquele acesso pra fazer medicaccedilatildeo e eu acho que natildeo tem o que vocecirc profissional fazer para que natildeo percardquo (Aurora) ldquoA fixaccedilatildeo evita a movimentaccedilatildeo excessiva no local que estaacute o acessordquo (Ariel) ldquoTer cuidado com o curativo saber manusear E manter sempre o curativo limpo trocar se necessaacuteriordquo (Rapunzel) ldquoA fixaccedilatildeo eacute muito importante pra natildeo soltar o acesso e pra ele ficar mais tempordquo(Mulan)
Oliveira Bezerra e Pereira (2008 p 94) afirmam que de acordo com o revelado por
determinados estudos o tipo de curativo a fixaccedilatildeo do cateter e o tempo de permanecircncia estatildeo
diretamente relacionados com a ocorrecircncia de complicaccedilotildees infecciosas como flebites e
tambeacutem infiltraccedilatildeo extravasamento desconexatildeo e deslocamento do cateter
26
Para Pettit e Kraus15
Potter
(1995 apud MACHADO PEDREIRA E CHAUD2005 p292) a
gaze esteacuteril fixada com a fita adesiva hipoalergecircnica bem como a peliacutecula transparente esteacuteril
satildeo os materiais mais recomendados para curativo e fixaccedilatildeo de cateter venoso perifeacuterico
16
Jaacute as peliacuteculas transparentes mais conhecidas como filme permitem a respiraccedilatildeo
normal da pele com alta permeabilidade ao oxigecircnio e vapores e eacute impermeaacutevel a liacutequidos e
micro-organismos (SILVA E ZANETTI 2004 p233) Aleacutem disso permitem tambeacutem a
visualizaccedilatildeo contiacutenua do local de punccedilatildeo permitindo assim avaliaccedilatildeo do mesmo natildeo soacute
durante a infusatildeo de medicaccedilotildees mas tambeacutem todo o tempo
(1998 apud SILVA E ZANETTI 2004 p233) afirma que nas fixaccedilotildees em
que se utiliza a gaze esteacuteril preconiza-se a utilizaccedilatildeo de teacutecnica asseacuteptica Neste curativo a
gaze esteacuteril eacute colocada sobre o siacutetio de inserccedilatildeo e suas bordas satildeo fixadas com fita adesiva
A observaccedilatildeo da punccedilatildeo eacute muito importante pois se o local de inserccedilatildeo se mostrar
com sinais e sintomas de complicaccedilotildees a terapia deve ser suspensa (OLIVEIRA BEZERRA
e PEREIRA 2008 p95)
A visualizaccedilatildeo contiacutenua do acesso permite que a equipe de enfermagem possa realizar
uma observaccedilatildeo mais particularizada em relaccedilatildeo agraves condiccedilotildees do acesso venoso perifeacuterico
podendo observar se haacute deslocamento do cateter sinais de infiltraccedilatildeo e tambeacutem sinais de
infecccedilatildeo
Para Silva Barbato e Valente (2013 p 1200) cabe ao enfermeiro fazer a avaliaccedilatildeo
diaacuteria e cuidadosa do curativo observando a presenccedila de umidade sujidade integridade do
oacutestio de inserccedilatildeo a fixaccedilatildeo bem como a realizaccedilatildeo do curativo e das anotaccedilotildees legais
competentes agraves suas funccedilotildees
A fase poacutes-procedimento eacute caracterizada por uma seacuterie de cuidados que a equipe de
enfermagem deve realizar para que se obtenha maior tempo de permanecircncia do acesso venoso
perifeacuterico Durante as entrevistas os cuidados citados foram a salinizaccedilatildeo do acesso cuidados
para evitar a flebite e a velocidade de infusatildeo
15 Pettit DM Kraus V The use of gauze versus transparent dressings for peripheral intravenous catheter sites Nurs ClinNorth Am 1995 30(3)495-506 16 Potter P Perry AG Fundamentos de enfermagem processo conceito e praacutetica 3ordf ed Santos(SP) Guanabara Koogan19981397pp801-43
27
ldquoManter um acesso bem salinizado que vocecirc lave pelo menos de duas de trecircs em trecircs horas Se bem que isso aqui na pediatria natildeo eacute muito comum aqui a gente soacute lava cada vez que vai fazer medicaccedilatildeo mas se eu natildeo me engano a literatura preconiza isso vocecirc lavar pelo menos de quatro em quatro horas o acessordquo (Aurora)
ldquoPra manter o acesso venoso perifeacuterico eacute importante manter ele salinizado Assim que a gente recebe o plantatildeo eu vou ver se o acesso ta peacutervio com uma ldquoseringuinhardquo vai la da uma ldquolavadinhardquo e vecirc se o acesso ta peacutervio e manter o acesso salinizadordquo (Ariel)
ldquoSalinizar de 6 em 6 horas para manter ele peacuterviordquo (Alice)
ldquoTem que passar lento a medicaccedilatildeo e a limpeza da aacuterea vocecirc tem que limpar bem a aacuterea pra vocecirc natildeo formar uma flebiterdquo (Cinderela)
A salinizaccedilatildeo do acesso eacute um cuidado simples e de grande importacircncia Esse cuidado
deve ser realizado para manter o acesso peacutervio e limpo e deve ser realizado antes e apoacutes
qualquer infusatildeo
Para Moncaio e Figueiredo (2009)
a ldquosalinizaccedilatildeordquo consiste em administrar sob pressatildeo positiva soluccedilatildeo salina (Soro fisioloacutegico a 09) logo apoacutes o teacutermino da infusatildeo da medicaccedilatildeo Este procedimento visa prevenir a formaccedilatildeo de trombos e fibrina evitar o contato de drogas incompatiacuteveis (quando da infusatildeo de mais de um item medicamentoso no mesmo horaacuterio) garantir a infusatildeo de todo o medicamento que possa ter ficado no sistema aleacutem de evitar retorno sanguiacuteneo mantendo o cateter peacutervio para a proacutexima infusatildeo
Durante a coleta de dados esse cuidado surgiu em diversos momentos poreacutem foi
possiacutevel perceber que os profissionais realizam o mesmo de forma banalizada Natildeo sabem de
fato a real funccedilatildeo de manter o acesso salinizado A impressatildeo que passa eacute que eles
aprenderam que esse cuidado deveria ser feito e simplesmente fazem Haacute divergecircncias
tambeacutem entre a equipe em relaccedilatildeo ao momento que deve ser realizada a salinizaccedilatildeo e isso nos
mostra a desatualizaccedilatildeo dos profissionais do setor e a falta de uma educaccedilatildeo continuada no
hospital
Os cuidados para evitar a flebite e a velocidade de infusatildeo da medicaccedilatildeo apareceram
menos nas entrevistas e interferem diretamente com a manutenccedilatildeo do acesso venoso
perifeacuterico
28
A flebite eacute uma inflamaccedilatildeo na veia puncionada ocorrendo quando as ceacutelulas
endoteliais da parede da veia que o cateter estaacute inserido tornam-se inflamadas e irregulares
propiciando a aderecircncia de plaquetas e predispondo a veia a inflamaccedilatildeo Eacute comum que o local
se apresente dolorido hiperemiado quente e edemaciado e nesses casos eacute aconselhada a
retirada do cateter Uma boa fixaccedilatildeo do cateter perifeacuterico eacute recomendada por autores na
literatura visto que previnem deslocamento faacutecil e permitem uma boa visualizaccedilatildeo do local
evitando complicaccedilotildees como a flebite e infiltraccedilatildeo (MOLDES et al 2011 p 330)
Dentre as principais falhas de infusatildeo venosa estatildeo flebite infiltraccedilatildeo hematoma e
obstruccedilatildeo Acredita-se que para reduzir a incidecircncia destas nas unidades pediaacutetricas eacute preciso
a adoccedilatildeo de estrateacutegias tais como a abordagem junto agrave equipe em parceria com o setor de
educaccedilatildeo permanente e a adoccedilatildeo do uso da teacutecnica corretamente e de forma asseacuteptica para a
realizaccedilatildeo da punccedilatildeo venosa perifeacuterica em acordo com a comissatildeo de controle de infecccedilatildeo
hospitalar (SILVA BARBATO e VALENTE 2013 p 1200)
A incapacidade do paciente em relatar dor no siacutetio de administraccedilatildeo do faacutermaco quer
pela idade ou condiccedilatildeo cliacutenica e o local de inserccedilatildeo como tambeacutem a velocidade de infusatildeo do
medicamento (gt25mgmin) satildeo classificados como fatores de risco para a perda do acesso
venoso perifeacuterico (MARTINS SILVINO e DIAS 2010)
42 Os cuidados em desuso para manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico
Essa categoria discorre sobre os cuidados de enfermagem que com o passar do tempo
foram desconsiderados e natildeo satildeo mais utilizados Quando questionados em relaccedilatildeo a vivencia
profissional e cuidados que discordavam os entrevistados citaram o uso da tala para fixaccedilatildeo
uso de heparina e os cuidados em relaccedilatildeo ao tempo de permanecircncia do cateter Haacute muitas
controveacutersias em relaccedilatildeo aos cuidados citados acima
O tempo de permanecircncia interfere diretamente no aparecimento de complicaccedilotildees
como flebite e que acabam levando a perda do acesso venoso perifeacuterico mais rapidamente
aconselhando assim a troca do mesmo entre 76 a 96 horas Poreacutem eacute preconizada a retirada do
cateter apenas se finalizar o tratamento ou houver alguma interferecircncia
ldquoA gente observa tambeacutem o tempo dependendo do tempo tem que tirarrdquo (Alice)
29
ldquoHoje eu natildeo sei como que eacute essa questatildeo do tempo porque a gente trocava o acesso a cada quatro dias agora o pessoal jaacute diz que pode trocar em ateacute uma semana entatildeo natildeo sei como que ta isso e o que tem escrito em relaccedilatildeo a isso (Aurora)
Sabe-se que o tempo para troca do cateter de teflon ou poliuretano varia de 72 a 96
horas com o intuito de reduzir risco de infecccedilatildeo e flebite e para minimizar esses riscos nas
seguintes situaccedilotildees diante de sinais inflamatoacuterios no local de inserccedilatildeo e sempre que houver
mau funcionamento do cateter (SANTOS17
Entretanto o Center for Disease Control and Prevention - CDC (2002) diz que em
pacientes pediaacutetricos natildeo foi observada relaccedilatildeo quanto ao tempo de permanecircncia do cateter e
ocorrecircncia de complicaccedilotildees devendo ser mantido ateacute o teacutermino da terapia intravenosa ou
quando forem observados sinais cliacutenicos de complicaccedilotildees
2004 apud OLIVEIRA BEZERRA e PEREIRA
2008 p 93)
Eacute possiacutevel observar a diferenccedila do conhecimento pratico dos profissionais
entrevistados em relaccedilatildeo ao conhecimento encontrado na literatura E ainda contendo duacutevidas
natildeo haacute uma busca da parte dos mesmos para esclarececirc-las
O uso da heparina com a finalidade de manter o acesso peacutervio por um periacuteodo maior
de tempo mostra-se com mais certeza quanto ao desuso nos dados colidos
ldquoAntigamente a gente usava heparina entatildeo a gente ficava tranquila em relaccedilatildeo agrave obstruccedilatildeo mas agora natildeo a gente usa o soro fisioloacutegico e a gente deixa salinizadordquo (Aurora)
Rang e Dale 18(1998 apud DOPICO e OLIVEIRA 2006) afirmam que a heparina
inibe a formaccedilatildeo de coaacutegulos de fibrina in vitro e in vivo e que seu efeito anticoagulante eacute
praticamente imediato Com isso Phillips19
17 Santos W Lavagem das matildeos In R Luiz Santos W Manual baacutesico de prevenccedilatildeo e controle das infecccedilotildees hospitalares do HRU Fortaleza Hospital Regional Unimed 2004
(2001 apud DOPICO e OLIVEIRA 2006)
ressalta que a teacutecnica de manutenccedilatildeo intermitente de cateteres intravenosos com soluccedilatildeo
salina 09 classificada como salinizaccedilatildeo tem sido pesquisada haacute alguns anos apresentando
em relaccedilatildeo ao uso da heparina vantagens como o baixo custo ser um procedimento mais
18 Rang HP Dale M M Hemostasia e Trombose In Rang HP Dale M M Farmacologia Rio de Janeiro Guanabara Koogan 1998 p235-47 19 PHILLIPS L D Manual de terapia intravenosa 2ed Porto Alegre Artmed 2001
30
simples aleacutem de eliminar a possibilidade de incompatibilidade com as drogas e soluccedilotildees
administradas aleacutem da inexistecircncia de riscos ao paciente Entretanto sabe-se que a literatura
ainda natildeo fornece consenso acerca da soluccedilatildeo mais indicada para manutenccedilatildeo da
permeabilidade do cateter venoso perifeacuterico
Eacute importante ressaltar que muitas instituiccedilotildees do nosso paiacutes nem ao menos tecircm o
conhecimento da praacutetica da salinizaccedilatildeo com soluccedilatildeo salina 09 No que se refere agrave pesquisa
cientiacutefica as limitaccedilotildees desta praacutetica satildeo atribuiacutedas agrave ausecircncia de um maior nuacutemero de
estudos controlados para validar sua eficaacutecia (EPPERSON20
Apesar de natildeo ser encontradas publicaccedilotildees acerca do tema a utilizaccedilatildeo de heparina
mostra-se como uma pratica natildeo mais utilizada pelos profissionais de enfermagem Outro
tema onde haacute controveacutersias e tambeacutem poucas citaccedilotildees eacute o uso da tala para fixaccedilatildeo do acesso
venoso perifeacuterico Seguem abaixo a opiniatildeo de alguns dos profissionais entrevistados
1984 apud DOPICO e
OLIVEIRA 2006)
ldquoA uacutenica coisa que eu natildeo gosto de ver eacute quando se coloca tala para imobilizar dizendo que a tala vai ajudar a natildeo perder a veia Isso eu natildeo concordo acho que a tala prejudica a crianccedila fica incomodada faz dor no membrordquo (Cinderela)
ldquoAntigamente a gente usava muito tala e as vezes eu pego isso aqui ai eu falo gente tala natildeo se usa mais natildeo faz parte mais da fixaccedilatildeo vocecirc pode fixar de uma forma que a crianccedila natildeo perca A tala eu acho que ela traumatiza um pouco ainda mais se vocecirc pegar um acesso na dobra vocecirc vai fazer com que a crianccedila fique com o braccedilo esticado muito tempo eu acho que pode causar uma lesatildeo depois e a literatura jaacute fala que eacute desnecessaacuteria natildeo precisa maisrdquo (Aurora) ldquoAntigamente usavam tala mas hoje em dia quase natildeo se vecirc mais e eu acho que a tala atrapalha porque a crianccedila fica imobilizada no membro ai fica mais irritadardquo (Rapunzel) ldquoLaacute no meu outro trabalho alguns usam a tala Eu acho que a tala ajuda ateacute a perder mais raacutepido porque a crianccedila fica incomodada vai querer mexer naquilordquo (Mulan)
20 Epperson EL Efficacy of 09 sodium chloride injection with without heparin for maintenance indwelling intermittent injection sites Clin Pharm1984 3(5)26
31
Almeida e Sabateacutes21
Entretanto haacute estudo que comprovam que o uso da tala natildeo se mostra tatildeo eficiente e
apresenta-se como uma praacutetica controversa O estudo foi realizado em crianccedilas ateacute os 12 anos
utilizando imobilizaccedilatildeo com tala e em mais de metade dos casos (553) ocorreu infiltraccedilatildeo
o que indicia a ineficaacutecia desta praacutetica (MACHADO PEDREIRA e CHAUD 2008 apud
BATALHA et al 2010 p512)
(2008 apud BATALHA et al 2010 p512) afirmam que a teacutecnica
de fixaccedilatildeo dos CVP com uso de imobilizaccedilatildeo com tala para restriccedilatildeo ou limitaccedilatildeo dos
movimentos articulares proacuteximo do local da punccedilatildeo estaacute indicado nas matildeos punhos cotovelo
e maleacuteolo
Para Batalha et al (2010 p512) o uso desta praacutetica parece natildeo se coadunar com o
atual uso de cateteres flexiacuteveis tipo abocath em detrimento de agulhas metaacutelicas Talvez por
isso comecem a surgir novas teacutecnicas de fixaccedilatildeo dos CVP que natildeo exigem imobilizaccedilatildeo das
articulaccedilotildees com talas
Aleacutem de natildeo haver uma confirmaccedilatildeo dos benefiacutecios causados pelo uso da tala a
imobilizaccedilatildeo causa incocircmodo para a crianccedila que fica com o membro imoacutevel podendo causar
dor e tambeacutem irritaccedilatildeo O uso desse tipo de fixaccedilatildeo tambeacutem impede a visualizaccedilatildeo frequente
do acesso venoso afetando assim os cuidados de observaccedilatildeo da equipe de enfermagem
43 O acompanhante e a manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico
A presente categoria vai discutir um assunto importante que surgiu durante as
entrevistas de forma inesperada Alguns dos profissionais entrevistados citaram o descuido do
acompanhante como um fator causador da perda do acesso venoso perifeacuterico Seguem abaixo
algumas falas
ldquoA matildee sempre acompanha e tem matildee que natildeo tem cuidado natildeo vigia e a gente tem que ficar pedindo pra olhar tomar contardquo (Aurora)
ldquoEm relaccedilatildeo ao acompanhante porque a crianccedila natildeo vai avaliar entatildeo o acompanhante que estar ali tem que avaliar direitinho natildeo deixar a crianccedila mexer ou puxarrdquo (Bela)
ldquoNatildeo eacute toda matildee que esta vigiando que cuida pra que a crianccedila natildeo perca o acessordquo (Jasmine)
21 Almeida FA Sabateacutes AL Enfermagem pediaacutetrica a crianccedila o adolescente e a sua famiacutelia no hospital Satildeo Paulo(SP) Manole 2008
32
ldquoAcho que leva a perda quando o acompanhante natildeo coopera as vezes a gente faz a imobilizaccedilatildeo na crianccedila e as vezes eles ateacute retiram e a proacutepria crianccedila agitada ela mesmo arrancardquo (Branca de Neve)
ldquoAgraves vezes a proacutepria crianccedila que a matildee deixa muito solta ai solta o acessordquo (Mulan)
Apoacutes a implementaccedilatildeo da lei que garante um acompanhante ao paciente pediaacutetrico a
presenccedila do familiarresponsaacutevel durante a hospitalizaccedilatildeo mudou a rotina da equipe de
enfermagem trazendo duacutevidas quanto a real funccedilatildeo do acompanhante e fazendo com que a
mesma viesse a delegar certos cuidados para acompanhante
A Promulgaccedilatildeo da Lei 8069 do Estatuto da Crianccedila e do Adolescente (ECA) em
1990 no seu artigo 12deg garante agrave crianccedila ou ao adolescente o direito de ter um responsaacutevel
que o acompanhe durante a hospitalizaccedilatildeo (1990)
Desde a sua implantaccedilatildeo as unidades vecircm sofrendo um processo de reorganizaccedilatildeo de
suas praacuteticas A inserccedilatildeo da famiacutelia modifica a organizaccedilatildeo do processo de trabalho o que
requer dos profissionais uma compreensatildeo em relaccedilatildeo agrave dinacircmica das relaccedilotildees interpessoais
(COLLET e ROCHA 2004)
Pimenta e Collet (2009) ressaltam que natildeo haacute nenhuma regulamentaccedilatildeo sobre a
participaccedilatildeo da famiacutelia nos cuidados e no entanto a mesma desempenha atividades junto agrave
crianccedila durante a hospitalizaccedilatildeo que devem ser levadas em consideraccedilatildeo A falta de
reconhecimento desse fato fez com que a equipe de enfermagem e famiacutelia natildeo possuiacutessem
uma relaccedilatildeo aberta e vivessem uma relaccedilatildeo silenciosa e impliacutecita de poder na qual a famiacutelia
acaba assumindo as relaccedilotildees do cuidado agrave crianccedila de responsabilidade da enfermagem
A negociaccedilatildeo entre matildees e equipe de enfermagem em relaccedilatildeo aos cuidados agrave crianccedila
hospitalizada natildeo eacute uma tarefa faacutecil tendo em vista que natildeo se tem claro qual o seu novo
papel neste processo (COLLET e ROCHA 2004)
Eacute possiacutevel ver nas falas que a presenccedila do acompanhante causa para a equipe de
enfermagem a seguranccedila de ter algueacutem para ldquovigiarrdquo ldquotomar contardquo e natildeo deixar que a
crianccedila hospitalizada perca o acesso venoso quando na verdade eacute funccedilatildeo da equipe de
enfermagem cuidados referentes ao acesso venoso perifeacuterico
33
Jaacute o acompanhante eacute definido pelo Ministeacuterio da Sauacutede como uma pessoa significativa
para a crianccedila que representa sua rede social e que vai acompanhaacute-lo durante a permanecircncia
no ambiente hospitalar ressaltando assim sua importacircncia Esse fato se reforccedila visto que a
crianccedila encontra nos familiares a forccedila e seguranccedila necessaacuteria para encarar todo esse processo
doloroso e desconhecido (MURAKAMI e CAMPOS 2011 p255)
O acompanhante aleacutem de minimizar o sofrimento do paciente pediaacutetrico faz com que
o mesmo sinta-se mais a vontade Eacute importante ressaltar que o familiarresponsaacutevel natildeo soacute
pode como deve participar das atividades da crianccedila no hospital desde que estas natildeo sejam
competecircncias dos profissionais que os cercam Essas atividades satildeo caracterizadas como
semelhantes aos que eles realizam diariamente fora do ambiente hospitalar como o banho
Poreacutem no caso de um paciente com punccedilatildeo venosa perifeacuterica o profissional de enfermagem
deve auxiliar no cuidado para que essa natildeo se perca
Os cuidados dos familiaresacompanhantes satildeo os mesmos que os desenvolvidos no
domiciacutelio e os cuidados prestados pela equipe de enfermagem satildeo aqueles que demandam
conhecimento teacutecnico-cientiacutefico especializado (SOUZA e OLIVEIRA 2010 p558)
Mesmo alguns cuidados parecerem simples e rotineiros quando eacute prestado no
hospital assumem novas caracteriacutesticas com o uso de dispositivos tecnoloacutegicos os quais se
tornam complexos (PIMENTA E COLLET 2009)
O ato de cuidar envolve o respeito agrave maneira como vive cada indiviacuteduo de acordo
com suas crenccedilas valores costumes e cultura A famiacutelia como uma instituiccedilatildeo atende agraves
necessidades bioloacutegicas de seus membros sendo sua responsabilidade cuidar e criar os filhos
incluindo a obrigaccedilatildeo da alimentaccedilatildeo higiene vestuaacuterio e moradia (ELSEN22
Nas entrevistas podemos verificar falas em que o acompanhante eacute citado como
responsaacutevel por avaliar a punccedilatildeo venosa A equipe de enfermagem deve sempre partir do
pressuposto que o familiar acompanhante natildeo tem conhecimento cientiacutefico e certo tipo de
cuidado natildeo deve se delegado para o mesmo mostrando assim a importacircncia da orientaccedilatildeo do
acompanhante quanto aos procedimentos dispositivos utilizados e cuidados em que os
etal 1994
apud SOUZA e OLIVEIRA 2010 p 553)
22 Elsen I Patriacutecio ZM Assistecircncia agrave crianccedila hospitalizada tipos de abordagens e suas implicaccedilotildees para a enfermagem In A enfermagem em pediatria e puericultura Rio de Janeiro (RJ) Atheneu 2005
34
mesmos possam auxiliar Seguem abaixo as falas onde os profissionais ressaltaram a
importacircncia da orientaccedilatildeo do acompanhante
ldquoNem sempre a crianccedila vai entender o porque de estar com aquele acesso entatildeo tem que ter uma orientaccedilatildeo do acompanhanterdquo (Bela)
ldquoTem que haver orientaccedilatildeo do acompanhante para os cuidadosrdquo (Ariel)
ldquoAgraves vezes tem ate o exemplo de um pai que natildeo deixa trocar o acesso jaacute tinha mais de uma semana e ele natildeo queria que trocasse ai faz febre e natildeo sabe da onderdquo (Alice)
Para Souza e Oliveira (2010 p555) deve haver uma preocupaccedilatildeo em orientar
considerando que o outro natildeo tem nenhum tipo de conhecimento sobre o assunto Poreacutem
Queiroz e Jorge23
Apesar das dificuldades o profissional de enfermagem deve estabelecer um viacutenculo de
confianccedila com o acompanhante buscando sempre deixaacute-los ciente das situaccedilotildees e fazendo-os
participar dos cuidados plausiacuteveis sem causar nenhum dano agrave crianccedila e de maneira alguma
abandonar suas atribuiccedilotildees
(2004 apud SOUZA e OLIVEIRA 2010 p 556) ressaltam que apesar de os
profissionais terem intenccedilatildeo de orientar os cuidados para a sauacutede repassam conhecimentos
elaborados cientificamente dificultando a compreensatildeo do familiar aleacutem de a relaccedilatildeo se dar
de maneira vertical assimeacutetrica e coercitiva
23 Queiroz MVO Jorge MSB Accedilotildees educativas no cuidado infantil e intervenccedilotildees dos profissionais junto agraves famiacutelias Acta Scientiarum Maringaacute 2004 janjun 26(1) 27-34
35
CONCLUSAtildeO
Atraveacutes desse estudo foi possiacutevel descrever e analisar os cuidados que os profissionais
de enfermagem realizam acerca da permanecircncia do acesso venoso perifeacuterico Aleacutem disso a
realizaccedilatildeo da pesquisa permitiu identificar a desarticulaccedilatildeo do processo de enfermagem e a
praacutetica desconectada da produccedilatildeo cientiacutefica caracterizando a falta de uma educaccedilatildeo
continuada efetiva
A anaacutelise dos dados demonstra o processo de punccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico
ressaltando a importacircncia de cuidados como a seleccedilatildeo do local a diluiccedilatildeo da medicaccedilatildeo a
realizaccedilatildeo de uma boa fixaccedilatildeo a atenccedilatildeo com a velocidade de infusatildeo os cuidados com os
sinais de infecccedilatildeo e salinizaccedilatildeo do acesso natildeo deixando de salientar cuidados em desuso
como o uso da heparina da tala e duvidas em relaccedilatildeo ao tempo de permanecircncia Evidenciou
tambeacutem que a equipe de enfermagem delega alguns cuidados para os acompanhantes
Natildeo foi possiacutevel perceber o niacutevel de conhecimento cientiacutefico dos profissionais visto
que eles em nenhum momento por natildeo saberem ou por medo de se expor natildeo explicaram de
fato nenhum cuidado que disseram realizar Sempre citaram de forma superficial e direta
deixando claro tambeacutem que o pesquisador natildeo os indagou quanto a isso Poreacutem creio que
diante de cuidados tatildeo importantes e de frequente praacutetica os mesmos falariam facilmente
sobre os cuidados de enfermagem na permanecircncia do acesso venoso perifeacuterico
Apesar dos entrevistados citarem alguns fatores e cuidados realizados de forma
correta eacute visiacutevel que os mesmos realizam os cuidados com a punccedilatildeo e a permanencia do
acesso de forma automaacutetica sem unir a praacutetica com o fundamento do mesmo
Eacute importante destacar tambeacutem a importacircncia do preparo emocional da crianccedila como
tambeacutem os cuidados com a famiacutelia dos mesmos O trabalho de humanizaccedilatildeo realizado pela
36
enfermagem faz grande diferenccedila nessas situaccedilotildees visto que os pacientes e acompanhantes
tendo conhecimento do que seraacute realizado ficariam mais tranquilos
O estudo contribuiu para o campo do ensino nesta aacuterea dando destaque ao importante
papel que o profissional de enfermagem deve desempenhar no cuidado e na manutenccedilatildeo do
acesso venoso perifeacuterico Contudo vale ressaltar a importacircncia do incentivo ao profissional a
buscar na literatura natildeo soacute esclarecimento de suas duvidas mas tambeacutem novos
conhecimentos
Pode colaborar ainda para a realizaccedilatildeo de novas pesquisas na aacuterea procurando
eliminar duacutevidas e controveacutersias sobre o tema Buscando assim a realizaccedilatildeo de um cuidado de
enfermagem articulado e eficaz promovendo o bem-estar do paciente pediaacutetrico durante a
hospitalizaccedilatildeo
37
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44
APEcircNDICE I
TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO
DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO Tiacutetulo Do Projeto Os cuidados de enfermagem acerca dos acessos venosos perifeacutericos na unidade pediaacutetrica Pesquisador Responsaacutevel Rosane Cordeiro Burla de Aguiar Eny Dorea Paiva e Karina Rodrigues Fernandes Instituiccedilatildeo a que Pertence o Pesquisador Responsaacutevel Universidade Federal Fluminense Telefone para contato (21) 98355269 (21) 82392939 (21) 91786609 Nome do voluntaacuterio _________________________________________________________ Idade ________ anos RG ____________________________
AO Sr (a) estaacute sendo convidado (a) a participar do projeto de pesquisa OS CUIDADOS DE
ENFERMAGEM ACERCA DOS ACESSOS VENOSOS PERIFEacuteRICOS NA UNIDADE PEDIATRICA de
responsabilidade da pesquisadora Profordf Drordf Rosane Cordeiro Burla de Aguiar e Profordf Drordf Eny Dorea Paiva A
punccedilatildeo venosa perifeacuterica eacute um procedimento essencial durante a hospitalizaccedilatildeo da crianccedila visto que eacute atraveacutes
dela que eacute administrada grande parte das medicaccedilotildees Este estudo se justifica diante da importacircncia da
necessidade de um maior periacuteodo de permanecircncia dos acessos venosos perifeacutericos Com isso aleacutem da
diminuiccedilatildeo de eventos que causam dor e irritaccedilatildeo na crianccedila e na famiacutelia promoveraacute tambeacutem uma melhor estada
dos mesmos durante o periacuteodo de hospitalizaccedilatildeo Os objetivos da pesquisa satildeo 1) Descrever os fatores que
interferem na manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico de acordo com a equipe de enfermagem 2)Analisar os
cuidados da equipe de enfermagem na manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico A coleta de dados se daraacute
atraveacutes de entrevistas semi estruturadas que seratildeo gravadas As informaccedilotildees colhidas seratildeo tratadas de forma
anocircnima e confidencial ou seja em nenhum momento seratildeo divulgados o seu nome e somente os
pesquisadores teratildeo acesso agraves informaccedilotildees Os dados obtidos com a pesquisa poderatildeo ser publicados apenas com
fins cientiacuteficos Eles natildeo seratildeo utilizados para fins comerciais ou para outra finalidade qualquer Caso necessite
poderatildeo ser marcados encontros para respostas ou esclarecimentos de qualquer duacutevida acerca da pesquisa A sua
participaccedilatildeo eacute voluntaria e eacute importante lembrar que vocecirc poderaacute desistir de participar da pesquisa em qualquer
momento A entrevista seraacute marcada em um dia e horaacuterio que vocecirc achar melhor Seraacute realizada
individualmente em um ambiente que nos ofereccedila privacidade Esta pesquisa natildeo oferece riscos para vocecirc e os
benefiacutecios da sua participaccedilatildeo satildeo de aumentar o conhecimento cientiacutefico na aacuterea de Enfermagem Pediaacutetrica
aleacutem de contribuir para a praacutetica profissional Este documento seraacute elaborado em duas vias uma para vocecirc e a
outra seraacute arquivada pelo pesquisador
Eu_____________________________________________________________ RG no _____________________________ Declaro que apoacutes ter entendido o que me foi explicado consinto voluntariamente em participar do presente Protocolo de Pesquisa entendo ainda que posso retirar o meu consentimento a qualquer momento antes ou durante a realizaccedilatildeo do mesmo declaro ter sido informada(o) e concordo em participar como voluntaacuteria(o) da pesquisa acima descrita Rio de Janeiro_______de_______________de 20___ _____________________________ ________________________________
(Participante) Karina Rodrigues Fernandes (Responsaacutevel por obter o consentimento)
______________________________________ _______________________________________ (Testemunha) (Testemunha)
45
APEcircNDICE II
ROTEIRO PARA ENTREVISTA
1) O que vocecirc acha que pode levar a perda do acesso perifeacuterico
2) Para vocecirc o que eacute importante para manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico nas
crianccedilas
3) O que vocecirc acha que pode interferir na sua manutenccedilatildeo
4) Que medidas vocecirc adota no seu dia a dia para manter o acesso
5) Na sua vivencia profissional o que vocecirc discorda dos cuidados que geralmente satildeo
utilizados para manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico
46
ANEXO
47
48
12
ldquoA crianccedila eacute um ser em crescimento e desenvolvimento com particularidades e
caracteriacutesticas proacutepriasrdquo (MATHEWS-SIMONTON2
Esse periacuteodo de internaccedilatildeo ldquopode deixar a crianccedila ansiosa insegura e com medo
principalmente quando natildeo eacute preparada para a hospitalizaccedilatildeo e o tratamento a que seraacute
submetidardquo Para Martins (2001) isso contribui para aumentar o medo e a ansiedade
expressos por meio do choro da raiva e ateacute mesmo por agressotildees
1990 apud COA e PETTENGILL
2006 p434) Isso significa que a crianccedila iraacute se comportar de acordo com a situaccedilatildeo imposta
pois isso dependeraacute natildeo soacute da idade de desenvolvimento como tambeacutem de suas experiecircncias
com determinadas situaccedilotildees
Diante de todo o processo de hospitalizaccedilatildeo a crianccedila pode apresentar diversas
manifestaccedilotildees comportamentais sendo consideradas mais comuns as ldquoregressotildees diminuiccedilatildeo
no ritmo do desenvolvimento desordens do sono e da alimentaccedilatildeo dependecircncia
agressividade apatia estados depressivos fobias e transtornos de comportamento em geralrdquo
(BAR-MOR3
Para a famiacutelia ldquoa hospitalizaccedilatildeo de um filho geralmente eacute encarada como uma
situaccedilatildeo de crise para a famiacutelia e para a crianccedilardquo O profissional de enfermagem deve se
organizar seu trabalho com estrateacutegias que minimizem o sofrimento no ambiente hospitalar e
na assistecircncia agrave crianccedila (THOMAZINE et al 2008 p146)
1997 apud BRITO et al 2009 p203) Com a atenccedilatildeo voltada para atender a
demanda e a necessidade fisioloacutegica da crianccedila os profissionais da equipe de enfermagem
geralmente ldquodedicam pouca ou nenhuma atenccedilatildeo agraves questotildees psicoloacutegicas e sociais da crianccedila
hospitalizada e de sua famiacuteliardquo(JANSEN SANTOS e FAVERO 2010 p248)
A qualidade do ambiente pode afetar diretamente no processo de recuperaccedilatildeo com
isso ldquoas intervenccedilotildees no contexto hospitalar devem visar agrave promoccedilatildeo de condiccedilotildees favoraacuteveis
agrave reabilitaccedilatildeo dos efeitos de experiecircncias adversas ao desenvolvimento das crianccedilasrdquo Isso
sugere que o ambiente aleacutem de incentivar a sauacutede deve ser planejado de maneira supra agraves
necessidades dos pacientes levando em conta os aspectos psicoloacutegicos pedagoacutegicos e
2 Mathews-Simonton S A famiacutelia e a cura o meacutetodo Simonton para famiacutelias que enfrentam uma doenccedila Satildeo Paulo Summus 1990 3 Bar-Mor G Preparation of children for surgery and invasive procedures milestones on the way to success J Pediatr Nurs1997Aug12(4) 252-255
13
socioloacutegicos da crianccedila e de sua famiacutelia (SOARES e ZAMBERLAN4
Para humanizar a assistecircncia agrave crianccedila hospitalizada e atender a suas reais
necessidades os pais foram inseridos na cliacutenica pediaacutetrica com direito a permanecircncia integral
nos casos de internaccedilatildeo Isso ocorreu no iniacutecio da deacutecada de 1990 no Brasil com a
legalizaccedilatildeo estabelecida pelo Estatuto da Crianccedila e do Adolescente (THOMAZINE et al
2008 p145) Com isso ldquomuitos hospitais natildeo consideram mais os pais como visitantes e
enfatizam sua presenccedila durante todo o periacuteodo da hospitalizaccedilatildeordquo fazendo uso de um sistema
de cuidado centrado na famiacutelia (HOCKENBERRY e WILSON 2011 p685)
1995 apud BRITO et
al 2009 p803)
Durante o processo de hospitalizaccedilatildeo as crianccedilas satildeo submetidas a diversas condutas e
procedimentos como por exemplo exames e administraccedilatildeo de medicamentos A punccedilatildeo
venosa eacute um dos principais procedimentos que causam dor e muitas vezes existe a
necessidade de vaacuterias punccedilotildees durante um mesmo dia Vale ressaltar que para a crianccedila esse
tipo de procedimento se iguala a uma agressatildeo jaacute que ldquona maioria das vezes eacute acompanhado
de dor ou medo o que se traduz no choro e na ansiedaderdquo (COLLET5
2002 apud GOMES et
al 2011 p290)
22 Acesso venoso perifeacuterico em pediatria
Para Correia et al (2009 p559) a fim evitar um trauma emocional durante a punccedilatildeo
as crianccedilas precisam ser orientadas sobre o tratamento seus objetivos e receber atenccedilatildeo
carinhosa neste momento
A fim de tornar o processo de cateterizaccedilatildeo venosa menos doloroso e estressante para
a crianccedila deve-se ter preferecircncia pelas veias que menos comprometam suas atividades
essenciais Neste intuito deve-se evitar por exemplo puncionar uma veia na matildeo que
dificulte o ato de se alimentar desenhar e ateacute mesmo brincar (OLIVEIRA BEZERRA e
PEREIRA 2008 p91)
4 Soares MRZ Zamberlan MAT A inclusatildeo do brincar na hospitalizaccedilatildeo infantil Est Psicol maioago18(2) 64-9 5 Collet N Oliveira BRG de Manual de Enfermagem em Pediatria Goiacircnia AB 2002
14
O acesso vascular eacute uma das principais modalidades de tratamento utilizadas na
assistecircncia agrave sauacutede Existe ampla aceitaccedilatildeo difusatildeo e praacutetica desse procedimento pelos
profissionais da aacuterea da assistecircncia agrave sauacutede (FERREIRA et al 2005)
Foi na deacutecada de 40 que o uso de cateter vascular foi introduzido nos hospitais
tornando-se essencial para as atividades assistenciais da modernidade (WORTHIGTON6
Para Peterlini e Chaud (2003) tal procedimento se define como um conjunto de
conhecimentos e teacutecnicas que visam agrave administraccedilatildeo de soluccedilotildees ou faacutermacos no sistema
circulatoacuterio abrangendo o preparo do paciente a escolha obtenccedilatildeo e manutenccedilatildeo do acesso
venoso os meacutetodos de preparo e administraccedilatildeo de drogas e soluccedilotildees e os cuidados referentes
agrave frequecircncia de troca do cateter curativos dispositivos de infusatildeo e soluccedilotildees
2005 apud MENDONCcedilA et al 2011 p330)
Primeiramente o acesso perifeacuterico era mantido com agulhas de accedilo inoxidaacutevel as
quais apesar de oferecerem menor risco de infecccedilatildeo satildeo riacutegidas e facilitavam perda do
acesso Em 1945 passou a ser utilizado o cateter venoso plaacutestico que permitia manutenccedilatildeo do
acesso por tempo prolongado (FERNANDES e RIBEIRO7
Quanto ao tempo de permanecircncia em pacientes pediaacutetricos o cateter deve ser mantido
ateacute o teacutermino da terapia intravenosa ou quando forem observados sinais cliacutenicos de
complicaccedilotildees diferentemente dos pacientes adultos onde o tempo de permanecircncia
preconizado eacute de 72 a 96 horas (CENTERS FOR DISEASE CONTROL AND
PREVENTION-CDC 2002)
2000 apud MARTINS et al 2008
p 485) Habitualmente o material de punccedilatildeo que vem sendo utilizado em crianccedilas satildeo os
cateteres flexiacuteveis tipo abocath com mandril metaacutelico (BATALHA et al 2010 p512)
Associaccedilatildeo Paulista de Estudos e Controle de Infecccedilatildeo Hospitalar (2005 apud
Moncaio e Figueiredo 2009) ressaltam que ldquoas principais complicaccedilotildees infecciosas para o
paciente satildeo flebite infecccedilatildeo do siacutetio de inserccedilatildeo do cateter extravasamento de soluccedilatildeo e
bacteremia relacionada ao cateterrdquo Certos fatores podem contribuir para o aparecimento de
tais complicaccedilotildees como o tipo do cateter que seraacute utilizado o preparo do local da punccedilatildeo
aleacutem de caracteriacutesticas intriacutensecas do paciente Vale acrescentar que ldquoos cateteres 6 Worthigton T Elliot TSJ Diagnosis of central venous catheter related infection in adult pacient J Infect 2005 51267-80 7 Fernandes AT Ribeiro Filho N Infecccedilatildeo do acesso vascular In Fernandes AT Fernandes M OV Ribeiro Filho N Infecccedilatildeo hospitalar e suas interfaces na aacuterea da sauacutede Satildeo Paulo (SP) Atheneu 2000 p 556-79
15
confeccionados em Teflon e poliuretano estatildeo associados a baixas frequecircncias de
complicaccedilotildees infecciosas quando comparados aos de polivinilcloreto e polietilenordquo
CENTERS FOR DISEASE CONTROL AND PREVENTION-CDC 2002)
ldquoNo acircmbito hospitalar a flebite eacute uma das complicaccedilotildees mais frequentes e
considerada uma das principais falhas da infusatildeordquo Eacute o processo inflamatoacuterio da camada
iacutentima das veias ocasionado por irritaccedilatildeo mecacircnica quiacutemica ou infecccedilotildees bacterianas
apresentando manifestaccedilotildees como dor edema hiperemia local e calor (GABRIEL8
Machado et al(2008) relata que ldquocerca de 1 a 10 destes pacientes desenvolvem
infecccedilotildees locais ou sistecircmicas relacionadas ao uso de cateteres causadas por alteraccedilatildeo ou
ruptura da integridade da pele que permite a passagem de microorganismos colonizadoresrdquo
2008
apud MAGEROTE et al 2011 p 487)
O curativo para fixaccedilatildeo do cateter eacute outro ponto importante para a manutenccedilatildeo do
mesmo visto que a ldquofixaccedilatildeo reduz o risco de complicaccedilotildees relacionadas agrave terapia intravenosa
tais como flebite infiltraccedilatildeo septicemia e deslocamento do cateterrdquo aleacutem de mantecirc-lo limpo
e seco permitindo a visualizaccedilatildeo contiacutenua do mesmo a fim de prevenir os agravos
(PHILLIPS9
No seacuteculo passado durante os primeiro 50 anos da praacutetica da terapia intravenosa
utilizava-se para fixaccedilatildeo gaze esteacuteril e fitas adesivas O iniacutecio do uso de filmes transparentes
esteacutereis se deu em 1970 como solicitaccedilatildeo dos enfermeiros quanto agrave necessidade da retirada do
curativo para realizar a inspeccedilatildeo do local de inserccedilatildeo funccedilatildeo atribuiacuteda aos mesmos a fim de
impedir uma infecccedilatildeo de corrente sanguiacutenea (MACHADO PEDREIRA E CHAUD 2008)
2001 apud SILVA E ZANETTI 2004 p233)
O uso de fitas adesivas natildeo-esteacutereis pode ser bastante observado em algumas
instituiccedilotildees de sauacutede contudo fita adesiva soacute natildeo estaacute contaminada enquanto permanece na
embalagem sugerindo tambeacutem a possibilidade da transmissatildeo de microorganismos
patogecircnicos com a aplicaccedilatildeo da mesma sobre o local de inserccedilatildeo do cateter
(VANDENBOSCH COOCH E TRESTON-AURAND10
8 Gabriel J Infusion therapy part one minimising the risks Nurs Stand 2008 Apr 22(31)51-6
1997 et al MACHADO
PEDREIRA E CHAUD2005 p292)
9 Phillips DL Manual de terapia endovenosa Trad Pedreira MLG Pereira SR Harada MJCS Peterline MAS 2ordf ed Porto Alegre (RS) Artmed 2001551P 10 VandenBosch TM Cooch J Treston-Aurand J Research utilization adhesive bandage dressing regimen for peripheral venous catheters Am J Infect Control 1997 25(6)513-9
16
Acerca da terapia intravenosa podem ocorrer incompatibilidades em relaccedilatildeo aos
faacutermacos administrados e os cateteres utilizados que na maioria das vezes natildeo satildeo percebidos
devido a impossibilidade de visualizaccedilatildeo Essas incompatibilidades satildeo denominadas por
Peterlini Chaud e Pedreira (2006) como adsorccedilatildeo e absorccedilatildeo onde ocorre ldquoperda do faacutermaco
para a superfiacutecie de frascos seringas filtros acessoacuterios e cateteres da terapia intravenosa por
meio de adsorccedilatildeo ou pela absorccedilatildeo do faacutermaco para a matriz do material de confecccedilatildeo desses
dispositivosrdquo Com isso o profissional de enfermagem tem como funccedilatildeo aleacutem do
conhecimento cientiacutefico acerca das drogas utilizadas programar accedilotildees que possibilitem
ldquoreconstituiccedilatildeo diluiccedilatildeo acondicionamento e cuidados na administraccedilatildeo de faacutermacosrdquo
evitando assim prejuiacutezos no tratamento
17
3 METODOLOGIA
31 Tipo de pesquisa
Trata-se de uma pesquisa descritiva exploratoacuteria de abordagem qualitativa com os
profissionais da equipe de enfermagem da unidade de internaccedilatildeo pediaacutetrica de um hospital
universitaacuterio do estado do Rio de Janeiro
Para Minayo Deslandes e Gomes (2007 p 21) a pesquisa qualitativa responde as
questotildees de forma particular de modo que trabalha com o universo dos significados dos
motivos das aspiraccedilotildees das crenccedilas dos valores e atitudes Sendo assim entende-se que as
accedilotildees do ser humano se distinguem a partir do seu pensamento do modo de agir de acordo
com a realidade vivida por cada um
Segundo Gil (1999 p44) ldquoas pesquisas descritivas tecircm como objetivo primordial a
descriccedilatildeo das caracteriacutesticas de determinada populaccedilatildeo ou fenocircmeno ou o estabelecimento de
relaccedilotildees variaacuteveisrdquo
Kauark Manhatildees e Medeiros (2010 p28) determinam a pesquisa exploratoacuteria como
agravequela que ldquoObjetiva a maior familiaridade com o problema tornando-o expliacutecito ou agrave
construccedilatildeo de hipoacutetesesrdquo Acrescenta ainda que a mesma pode conter levantamento
bibliograacutefico entrevistas com pessoas experientes no problema pesquisado entre outras
fontes
32 Sujeitos da pesquisa
A pesquisa contou com um nuacutemero total de nove (9) profissionais da equipe de
enfermagem da unidade de internaccedilatildeo pediaacutetrica de um Hospital Universitaacuterio do Rio de
Janeiro sendo estes dois (2) enfermeiros e sete (7) teacutecnicos de enfermagem De todos os
18
participantes apenas um trabalha no serviccedilo noturno sendo o restante do serviccedilo diurno Os
mesmos satildeo os responsaacuteveis pela instalaccedilatildeo e manipulaccedilatildeo dos os acessos venosos
perifeacutericos supondo assim que tenham maior domiacutenio sobre o assunto abordado
Os sujeitos foram identificados com codinomes referentes agraves princesas da Disney para
que suas identidades sejam preservadas
33 Cenaacuterio
A pesquisa ocorreu na unidade de internaccedilatildeo pediaacutetrica localizada no quinto andar do
Hospital Universitaacuterio do Rio de Janeiro vinculado a uma Universidade Federal
A unidade pediaacutetrica eacute divida em trecircs enfermarias de acordo com a idade das crianccedilas
hospitalizadas sendo denominadas estas Lactente preacute-escolar e escolar A enfermaria
Lactente eacute composta por 5 leitos hospitalizando crianccedilas de 29 dias a 2 anos jaacute na preacute-escolar
encontram-se 6 leitos e acolhe crianccedilas de 2 a 6 anos e na escolar 6 leitos abrigando crianccedilas
de 7 a 12 anos Toda crianccedila hospitalizada tem direito a um acompanhante como eacute
preconizado por direito pelo Artigo doze (12) do Estatuto da Crianccedila e do Adolescente
(Brasil 1990 p3)
A enfermaria conta com um posto de enfermagem localizado no centro da unidade
possibilitando maior visualizaccedilatildeo das enfermarias Possui tambeacutem uma sala de recreaccedilatildeo e
banheiro para os pacientes e acompanhantes Haacute uma sala utilizada pedagogia hospitalar
onde uma professora realiza atividades com as crianccedilas
Vale ressaltar que na unidade haacute uma sala para realizaccedilatildeo de procedimentos dolorosos
como a punccedilatildeo venosa perifeacuterica e sempre que possiacutevel o paciente eacute levado ateacute ela
34 Coleta de dados
A coleta de dados se deu a partir da teacutecnica de entrevista semi-estruturadas que
segundo Minayo Deslandes e Gomes (2007 p 64) satildeo ldquoperguntas fechadas e abertas em que
o entrevistado tem a possibilidade de discorrer sobre o tema em questatildeo sem se prender agrave
indagaccedilatildeo formuladardquo As mesmas foram gravadas em entrevista individual e tiveram como
foco as accedilotildees que os profissionais da equipe de enfermagem realizam acerca dos cuidados
para a permanecircncia do acesso venoso perifeacuterico aleacutem de investigar sobre o conhecimento que
cada um possui sobre o tema
19
Apoacutes contato preacutevio com a equipe de enfermagem foi acordado um dia e horaacuterio para
a realizaccedilatildeo das entrevistas que aconteceram na proacutepria unidade Todos os profissionais da
equipe de enfermagem foram convidados a participar voluntariamente da pesquisa As
entrevistas aconteceram apoacutes os profissionais assinarem o Termo de Consentimento Livre e
Esclarecido (TCLE)
Para Minayo Deslandes e Gomes (2007 p 64) a entrevista possui como principal
objetivo construir dados que sejam pertinentes para a pesquisa aleacutem de ser a estrateacutegia mais
utilizada no processo de trabalho de campo
A coleta foi interrompida no momento em que os dados se mostraram saturados ou
seja quando houve a cessaccedilatildeo do acreacutescimo de informaccedilotildees novas referentes ao tema
proposto
O fechamento amostral por saturaccedilatildeo teoacuterica eacute definido como a suspensatildeo de inclusatildeo
de novos participantes quando os dados obtidos passam a apresentar na avaliaccedilatildeo do
pesquisador certa redundacircncia ou repeticcedilatildeo natildeo sendo considerado relevante continuar a
coleta de dados (FONTANELLA RICAS e TURATO 2008)
35 Questotildees eacuteticas da pesquisa
De acordo com a Resoluccedilatildeo 46612 que visa assegurar os direitos e deveres que
dizem respeito agrave comunidade cientiacutefica aos sujeitos da pesquisa e ao Estado uma pesquisa
que envolve a participaccedilatildeo de seres humanos deve atender aos fundamentos eacuteticos e
cientiacuteficos pertinentes para a seguranccedila dos mesmos Neste contexto toda pesquisa
envolvendo seres humanos deveraacute ser submetida agrave apreciaccedilatildeo de um Comitecirc de Eacutetica em
Pesquisa (CEP) (BRASIL 2012)
Atendendo a esta condiccedilatildeo o projeto de pesquisa foi encaminhado ao CEP ndash do
Hospital Universitaacuterio o qual foi realizada a pesquisa foi analisado e aprovado na Reuniatildeo
com data de 06122013 CAAE 24693613700005243 Nuacutemero do parecer 486451 Com
isso a pesquisa foi desenvolvida mediante aprovaccedilatildeo do CEP atendendo aos preacute-requisitos
estipulados pela Resoluccedilatildeo nordm 46612
Esta pesquisa eacute pautada em princiacutepios eacuteticos que respeitam a dignidade humana e
justiccedila assegurando que natildeo haveraacute nenhum tipo de dano aos participantes
20
Em atendimento a resoluccedilatildeo 46612 do Conselho Nacional de SauacutedeMS apoacutes serem
esclarecidos pela pesquisadora quanto aos aspectos eacuteticos relacionados agrave pesquisa aleacutem das
formas de produccedilatildeo de dados e inserccedilatildeo no estudo os sujeitos da pesquisa assinaram duas
vias do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido ndash TCLE (apecircndice 1) autorizando sua
participaccedilatildeo voluntaacuteria na pesquisa Uma via foi entregue ao participante e outra ficou
arquivada com a pesquisadora
Nesse documento consta os objetivos da pesquisa procedimentos benefiacutecios
previstos garantia de recusa de participaccedilatildeo em qualquer momento de acesso aos resultados
da pesquisa e tambeacutem a garantia de acesso ao pesquisador quando os sujeitos julgarem
necessaacuterio sendo todas essas informaccedilotildees em linguagem acessiacutevel e simples O mesmo foi
apresentado e explicado ao profissional convidado a participar do estudo no primeiro contato
eou durante visita agendada para realizaccedilatildeo da entrevista
Vale ressaltar que esta pesquisa cujo financiamento eacute proacuteprio natildeo oferece nenhum
tipo de riscos para o sujeito da pesquisa e nem para o cuidado das crianccedilas internadas no setor
de pediatria e os benefiacutecios da participaccedilatildeo do mesmo satildeo de aumentar o conhecimento
cientiacutefico na aacuterea de Enfermagem Pediaacutetrica aleacutem de contribuir para a praacutetica profissional
36 Anaacutelise dos dados
O processo de anaacutelise dos dados foi baseada na teacutecnica da Anaacutelise Temaacutetica que para
Minayo Deslandes e Gomes (2007 p 86) o conceito central eacute o tema ldquoO tema eacute a unidade de
significaccedilatildeo que se liberta naturalmente de um texto analisado segundo criteacuterios relativos agrave
teoria que serve de guia da leiturardquo (BARDIN11
A anaacutelise realizada estava de acordo com a sugerida por Minayo (2010 p 315) e
contam com as seguintes etapas preacute-analise exploraccedilatildeo do material tratamento dos
resultados obtidos e interpretaccedilatildeo Atraveacutes dessas etapas tem-se o objetivo de descrever o
conteuacutedo do material coletado e interpretaacute-lo
1979 apud MINAYO DESLANDES
GOMES 2007 p 86)
A preacute analise consiste na escolha dos elementos a serem analisados e na retomada das
hipoacuteteses e dos objetivos iniciais da pesquisa Inicia-se com uma leitura flutuante onde o
11 BARDIN L Anaacutelise de Conteuacutedo Lisboa Ediccedilotildees 70 1979
21
pesquisador toma contato direto com o material adquirido deixando-se impregnar por seu
conteuacutedo Posteriormente haacute a constituiccedilatildeo do Corpus textual onde eacute feita uma seleccedilatildeo dos
documentos que iratildeo contemplar e fornecer informaccedilotildees sobre o tema sendo assim adequados
para dar resposta aos objetivos do trabalho (MINAYO 2010 p 315)
Essa fase preacute-analiacutetica eacute onde se determinam a unidades de registro unidade de
contexto e a partir delas satildeo determinados os temas que seratildeo analisados A unidade de
registro corresponde parte do conteuacutedo selecionado como base para analise e apoacutes a
delimitaccedilatildeo do contexto de compreensatildeo da unidade de registro eacute estabelecida a unidade de
contexto (MINAYO 2010 p 316)
De acordo com os objetivos da pesquisa foi possiacutevel perceber que nove (9)
entrevistas supriam para atender os mesmo encerrando assim a coleta Apoacutes a transcriccedilatildeo das
entrevistas foi realizada leitura das mesmas para natildeo soacute conhecimento do material mas
tambeacutem estabelecer as unidades de registro Em seguida foi realizado o colorimento das falas
assim as classificando de acordo com as unidades de registro estabelecidas
As unidades de registro que surgiram foram os fatores que interferem na manutenccedilatildeo
do acesso venoso perifeacuterico e o apontamento do acompanhante como responsaacutevel pela perda
do acesso venoso perifeacuterico Elas receberam as cores vermelha e laranja respectivamente a
fim de facilitar o agrupamento dos dados A partir disto surgiram as unidades de contexto que
compreendem as falas das entrevistas de modo a exemplificar o contexto das unidades de
registro
Partindo para segunda etapa da analise temaacutetica a exploraccedilatildeo do material que consiste
numa classificaccedilatildeo que visa alcanccedilar o nuacutecleo de compreensatildeo do texto Busca-se encontrar
categorias que satildeo expressotildees ou palavras significativas em funccedilatildeo das quais o conteuacutedo seraacute
organizado Essas categorias satildeo responsaacuteveis pela especificaccedilatildeo dos temas (MINAYO
2010 p 317)
Nesse caso foram definidos os seguintes temas cuidados preacute intra e poacutes procedimento
de punccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico cuidados em desuso para manutenccedilatildeo do acesso
venoso perifeacuterico o acompanhante e a manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico Essas trecircs (3)
categorias seratildeo apresentadas analisadas e discutidas no capitulo seguinte
22
4 RESULTADOS E DISCUSSAtildeO
Nesse capiacutetulo apresento as trecircs categorias temaacuteticas que surgiram da anaacutelise dos
dados e que contemplaram de forma satisfatoacuteria os objetivos da pesquisa A primeira
categoria denominada como ldquoOs cuidados de enfermagem preacute intra e poacutes-procedimento de
punccedilatildeo do acesso venoso perifeacutericordquo traz os passos e cuidados que os profissionais realizam
antes durante e apoacutes a punccedilatildeo buscando descrever e analisar os fatores envolvidos na pratica
do procedimento em questatildeo que emergiram das entrevistas aleacutem dos cuidados de
enfermagem para a manutenccedilatildeo do mesmo
A segunda categoria que seraacute apresentada eacute ldquoOs cuidados em desuso para manutenccedilatildeo
do acesso venoso perifeacutericordquo que mostra os cuidados que os profissionais citaram como natildeo
mais utilizados para auxiliar na manutenccedilatildeo da punccedilatildeo venosa perifeacuterica
E a uacuteltima categoria eacute denominada ldquoO acompanhante e a manutenccedilatildeo do acesso
venoso perifeacutericordquo e traz a responsabilizaccedilatildeo do acompanhante pelos profissionais do setor
em relaccedilatildeo aos cuidados com manutenccedilatildeo da punccedilatildeo Essa categoria busca tambeacutem ressaltar a
funccedilatildeo do acompanhante durante a hospitalizaccedilatildeo da crianccedila destacando que determinados
cuidados satildeo de total funccedilatildeo da equipe de enfermagem
41 Os cuidados de enfermagem preacute intra e poacutes-procedimento de punccedilatildeo do acesso
venoso perifeacuterico
Para interpretar as unidades de contextos tive como base autores que definiram os
cuidados de enfermagem preacute intra e poacutes punccedilatildeo venosa perifeacuterica Para esses autores a fase
de preacute-punccedilatildeo compreende as accedilotildees de anaacutelise e conhecimento da prescriccedilatildeo avaliaccedilatildeo e
23
preparo emocional do paciente preparo do material e medicaccedilatildeo seleccedilatildeo do siacutetio de inserccedilatildeo
e dilataccedilatildeo da veia selecionada As accedilotildees envolvidas na punccedilatildeo satildeo a execuccedilatildeo das
precauccedilotildees-padratildeo antissepsia da pele punccedilatildeo do vaso a fixaccedilatildeo e curativo do cateter
Finalmente na etapa de poacutes-punccedilatildeo adota-se a identificaccedilatildeo da punccedilatildeo o descarte apropriado
das partes dos materiais natildeo utilizados a orientaccedilatildeo do paciente acerca da terapecircutica o
controle da infusatildeo atraveacutes do gotejamento se necessaacuterio e o registro do procedimento
Phillips12
De acordo com as entrevistas a seleccedilatildeo do local de punccedilatildeo eacute indicada com um fator
que interfere diretamente no tempo de permanecircncia do acesso venoso perifeacuterico visto que
dependendo do local ocorre a perda mais rapidamente Aleacutem da localizaccedilatildeo citaram tambeacutem
o calibre da veia como interferecircncia na manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico Seguem
abaixo algumas falas
(2001 apud ARAUacuteJO 2007 p18)
ldquoPrimeira coisa eacute vocecirc procurar bem a veia colocar uma veia de um bom calibre Se puder dar preferecircncia a natildeo puncionar dobrasrdquo (Cinderela) ldquoDependendo de onde estiver puncionado se for na matildeozinha a crianccedila fica toda hora ta mexendo taacute manipulando alguma coisa e se for no pezinho tambeacutem nem todo tempo vai ficar acamada entatildeo acaba perdendo o acessordquo(Bela ) ldquoO mau posicionamento pode levar a perdardquo (Rapunzel)
A opiniatildeo dos profissionais acima vai de encontro com o que eacute encontrado na
literatura visto que eacute de suma importacircncia que o mesmo avalie o cliente e considere alguns
aspectos para uma escolha criteriosa e eficaz como a finalidade da punccedilatildeo o tipo de soluccedilatildeo
a ser infundida a condiccedilatildeo da rede venosa a duraccedilatildeo da terapia idade do cliente habilidade
cognitiva da crianccedila a preferecircncia do cliente o que nem sempre seraacute possiacutevel satisfazer e
tambeacutem a sua atividade (ARAUacuteJO 2007 p31)
Os cuidados com o acesso venoso perifeacuterico satildeo importantes antes mesmo da
realizaccedilatildeo do procedimento Levando em consideraccedilatildeo que um erro durante a fase de preacute-
procedimento como a escolha errada do local de punccedilatildeo por exemplo poderaacute levar a perda
do acesso e prejudicar assim o tratamento aleacutem do bem-estar da crianccedila que seraacute puncionada
novamente
12 PHILLIPS L D Manual de terapia intravenosa 2ed Porto Alegre Artmed 2001
24
O vaso sanguiacuteneo que o profissional selecionar como local para puncionar deve ser
suficiente para suportar o calibre e o comprimento do cateter aleacutem de atender a necessidade
terapecircutica para que natildeo haja a necessidade de uma nova punccedilatildeo
A punccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico eacute um procedimento doloroso e de grande
incomodo para a crianccedila com isso eacute de suma importacircncia realizar a seleccedilatildeo preacutevia do
material poreacutem natildeo foi citado Outro cuidado rotineiro e natildeo menos importante como a
lavagem das matildeos antes da colocaccedilatildeo do acesso tambeacutem natildeo foi mencionado durante as
entrevistas
O preparo emocional da crianccedila e do acompanhante quanto ao procedimento deve ser
considerada praacutetica rotineira para a equipe de enfermagem O profissional de enfermagem
deve lavar as matildeos objetivando a reduccedilatildeo significativa de risco de infecccedilatildeo e recomenda-se o
uso de aacutegua e sabatildeo para lavagem das matildeos antes da colocaccedilatildeo do cateter venoso perifeacuterico
(PHILLIPS13
O preparo preacutevio do material para instalaccedilatildeo do cateter venoso perifeacuterico eacute importante
para evitar interrupccedilotildees do procedimento e consequentemente um maior tempo de
manipulaccedilatildeo da crianccedila (SILVA
2001apud ARAUacuteJO 2007 Centers for Disease Control and Prevention ndash CDC
2002 apud ARAUacuteJO 2007)
14
Outro aspecto citado e classificado como preacute-procedimento eacute o cuidado com a
medicaccedilatildeo a ser administrada incluindo cuidados com a diluiccedilatildeo e composiccedilatildeo da mesma
Seguem algumas das falas
2004 apud ARAUacuteJO 2007 p30)
ldquoEstar sempre diluindo as medicaccedilotildees de acordo com a prescriccedilatildeo meacutedica pois as medicaccedilotildees satildeo muito fortes e podem causar enfraquecimento da veia Tem que diluir direitinho e passar lento na veiardquo (Cinderela) ldquoTer cuidado principalmente quando eacute crianccedila e a diluiccedilatildeo da medicaccedilatildeo tambeacutem agraves vezes natildeo eacute pra passar em perifeacuterico e na segunda dose jaacute perdeurdquo (Alice)
O acesso venoso perifeacuterico eacute a primeira alternativa para infusatildeo intravenosa por ser de
mais faacutecil acesso e rapidez no efeito da medicaccedilatildeo O profissional de enfermagem deve ter
domiacutenio natildeo soacute relacionado agrave infusatildeo das medicaccedilotildees mas tambeacutem com a composiccedilatildeo
13 PHILLIPS L D Manual de terapia intravenosa 2ed Porto Alegre Artmed 2001 14 SILVA G R G Terapia intravenosa em receacutem-nascidos ndash orientaccedilotildees para o cuidado de Enfermagem Rio de Janeiro Cultura Meacutedica 2004
25
farmacoloacutegica das mesmas os efeitos adversos e colaterais que a droga pode causar inclusive
em relaccedilatildeo a diluiccedilatildeo o que normalmente eacute estabelecido como padratildeo no setor de acordo com
cada faacutermaco
Com a intenccedilatildeo de promover a eficaacutecia terapecircutica dos medicamentos administrados
por via intravenosa eacute atribuiccedilatildeo do profissional de enfermagem implementar teacutecnicas como a
diluiccedilatildeo acondicionamento e cuidados na administraccedilatildeo de faacutermacos a fim de evitar
prejuiacutezos no tratamento resultantes da incompatibilidade medicamentosa (PETERLINI
CHAUD e PEDREIRA 2006)
Os fatores intra-procedimento satildeo considerados aqueles diretamente relacionados com
o procedimento Os dados colidos nas entrevistas ressaltaram apenas a fixaccedilatildeo com um fator
que interfere nessa fase Este foi o dado mais repetitivo nas entrevistas poreacutem sempre citado
de forma superficial Seguem as falas dos profissionais quando questionados sobre o que era
importante para manutenccedilatildeo do acesso
ldquoTem que fazer uma boa fixaccedilatildeo Porque quando a pessoa natildeo fixa bem prejudica porque aquilo vai soltando e quando vocecirc vecirc jaacute perdeu a veiardquo(Cinderela) ldquoEu acho que natildeo tem o que fazer para manter o acesso A crianccedila vai ficar uns dias X com aquele acesso pra fazer medicaccedilatildeo e eu acho que natildeo tem o que vocecirc profissional fazer para que natildeo percardquo (Aurora) ldquoA fixaccedilatildeo evita a movimentaccedilatildeo excessiva no local que estaacute o acessordquo (Ariel) ldquoTer cuidado com o curativo saber manusear E manter sempre o curativo limpo trocar se necessaacuteriordquo (Rapunzel) ldquoA fixaccedilatildeo eacute muito importante pra natildeo soltar o acesso e pra ele ficar mais tempordquo(Mulan)
Oliveira Bezerra e Pereira (2008 p 94) afirmam que de acordo com o revelado por
determinados estudos o tipo de curativo a fixaccedilatildeo do cateter e o tempo de permanecircncia estatildeo
diretamente relacionados com a ocorrecircncia de complicaccedilotildees infecciosas como flebites e
tambeacutem infiltraccedilatildeo extravasamento desconexatildeo e deslocamento do cateter
26
Para Pettit e Kraus15
Potter
(1995 apud MACHADO PEDREIRA E CHAUD2005 p292) a
gaze esteacuteril fixada com a fita adesiva hipoalergecircnica bem como a peliacutecula transparente esteacuteril
satildeo os materiais mais recomendados para curativo e fixaccedilatildeo de cateter venoso perifeacuterico
16
Jaacute as peliacuteculas transparentes mais conhecidas como filme permitem a respiraccedilatildeo
normal da pele com alta permeabilidade ao oxigecircnio e vapores e eacute impermeaacutevel a liacutequidos e
micro-organismos (SILVA E ZANETTI 2004 p233) Aleacutem disso permitem tambeacutem a
visualizaccedilatildeo contiacutenua do local de punccedilatildeo permitindo assim avaliaccedilatildeo do mesmo natildeo soacute
durante a infusatildeo de medicaccedilotildees mas tambeacutem todo o tempo
(1998 apud SILVA E ZANETTI 2004 p233) afirma que nas fixaccedilotildees em
que se utiliza a gaze esteacuteril preconiza-se a utilizaccedilatildeo de teacutecnica asseacuteptica Neste curativo a
gaze esteacuteril eacute colocada sobre o siacutetio de inserccedilatildeo e suas bordas satildeo fixadas com fita adesiva
A observaccedilatildeo da punccedilatildeo eacute muito importante pois se o local de inserccedilatildeo se mostrar
com sinais e sintomas de complicaccedilotildees a terapia deve ser suspensa (OLIVEIRA BEZERRA
e PEREIRA 2008 p95)
A visualizaccedilatildeo contiacutenua do acesso permite que a equipe de enfermagem possa realizar
uma observaccedilatildeo mais particularizada em relaccedilatildeo agraves condiccedilotildees do acesso venoso perifeacuterico
podendo observar se haacute deslocamento do cateter sinais de infiltraccedilatildeo e tambeacutem sinais de
infecccedilatildeo
Para Silva Barbato e Valente (2013 p 1200) cabe ao enfermeiro fazer a avaliaccedilatildeo
diaacuteria e cuidadosa do curativo observando a presenccedila de umidade sujidade integridade do
oacutestio de inserccedilatildeo a fixaccedilatildeo bem como a realizaccedilatildeo do curativo e das anotaccedilotildees legais
competentes agraves suas funccedilotildees
A fase poacutes-procedimento eacute caracterizada por uma seacuterie de cuidados que a equipe de
enfermagem deve realizar para que se obtenha maior tempo de permanecircncia do acesso venoso
perifeacuterico Durante as entrevistas os cuidados citados foram a salinizaccedilatildeo do acesso cuidados
para evitar a flebite e a velocidade de infusatildeo
15 Pettit DM Kraus V The use of gauze versus transparent dressings for peripheral intravenous catheter sites Nurs ClinNorth Am 1995 30(3)495-506 16 Potter P Perry AG Fundamentos de enfermagem processo conceito e praacutetica 3ordf ed Santos(SP) Guanabara Koogan19981397pp801-43
27
ldquoManter um acesso bem salinizado que vocecirc lave pelo menos de duas de trecircs em trecircs horas Se bem que isso aqui na pediatria natildeo eacute muito comum aqui a gente soacute lava cada vez que vai fazer medicaccedilatildeo mas se eu natildeo me engano a literatura preconiza isso vocecirc lavar pelo menos de quatro em quatro horas o acessordquo (Aurora)
ldquoPra manter o acesso venoso perifeacuterico eacute importante manter ele salinizado Assim que a gente recebe o plantatildeo eu vou ver se o acesso ta peacutervio com uma ldquoseringuinhardquo vai la da uma ldquolavadinhardquo e vecirc se o acesso ta peacutervio e manter o acesso salinizadordquo (Ariel)
ldquoSalinizar de 6 em 6 horas para manter ele peacuterviordquo (Alice)
ldquoTem que passar lento a medicaccedilatildeo e a limpeza da aacuterea vocecirc tem que limpar bem a aacuterea pra vocecirc natildeo formar uma flebiterdquo (Cinderela)
A salinizaccedilatildeo do acesso eacute um cuidado simples e de grande importacircncia Esse cuidado
deve ser realizado para manter o acesso peacutervio e limpo e deve ser realizado antes e apoacutes
qualquer infusatildeo
Para Moncaio e Figueiredo (2009)
a ldquosalinizaccedilatildeordquo consiste em administrar sob pressatildeo positiva soluccedilatildeo salina (Soro fisioloacutegico a 09) logo apoacutes o teacutermino da infusatildeo da medicaccedilatildeo Este procedimento visa prevenir a formaccedilatildeo de trombos e fibrina evitar o contato de drogas incompatiacuteveis (quando da infusatildeo de mais de um item medicamentoso no mesmo horaacuterio) garantir a infusatildeo de todo o medicamento que possa ter ficado no sistema aleacutem de evitar retorno sanguiacuteneo mantendo o cateter peacutervio para a proacutexima infusatildeo
Durante a coleta de dados esse cuidado surgiu em diversos momentos poreacutem foi
possiacutevel perceber que os profissionais realizam o mesmo de forma banalizada Natildeo sabem de
fato a real funccedilatildeo de manter o acesso salinizado A impressatildeo que passa eacute que eles
aprenderam que esse cuidado deveria ser feito e simplesmente fazem Haacute divergecircncias
tambeacutem entre a equipe em relaccedilatildeo ao momento que deve ser realizada a salinizaccedilatildeo e isso nos
mostra a desatualizaccedilatildeo dos profissionais do setor e a falta de uma educaccedilatildeo continuada no
hospital
Os cuidados para evitar a flebite e a velocidade de infusatildeo da medicaccedilatildeo apareceram
menos nas entrevistas e interferem diretamente com a manutenccedilatildeo do acesso venoso
perifeacuterico
28
A flebite eacute uma inflamaccedilatildeo na veia puncionada ocorrendo quando as ceacutelulas
endoteliais da parede da veia que o cateter estaacute inserido tornam-se inflamadas e irregulares
propiciando a aderecircncia de plaquetas e predispondo a veia a inflamaccedilatildeo Eacute comum que o local
se apresente dolorido hiperemiado quente e edemaciado e nesses casos eacute aconselhada a
retirada do cateter Uma boa fixaccedilatildeo do cateter perifeacuterico eacute recomendada por autores na
literatura visto que previnem deslocamento faacutecil e permitem uma boa visualizaccedilatildeo do local
evitando complicaccedilotildees como a flebite e infiltraccedilatildeo (MOLDES et al 2011 p 330)
Dentre as principais falhas de infusatildeo venosa estatildeo flebite infiltraccedilatildeo hematoma e
obstruccedilatildeo Acredita-se que para reduzir a incidecircncia destas nas unidades pediaacutetricas eacute preciso
a adoccedilatildeo de estrateacutegias tais como a abordagem junto agrave equipe em parceria com o setor de
educaccedilatildeo permanente e a adoccedilatildeo do uso da teacutecnica corretamente e de forma asseacuteptica para a
realizaccedilatildeo da punccedilatildeo venosa perifeacuterica em acordo com a comissatildeo de controle de infecccedilatildeo
hospitalar (SILVA BARBATO e VALENTE 2013 p 1200)
A incapacidade do paciente em relatar dor no siacutetio de administraccedilatildeo do faacutermaco quer
pela idade ou condiccedilatildeo cliacutenica e o local de inserccedilatildeo como tambeacutem a velocidade de infusatildeo do
medicamento (gt25mgmin) satildeo classificados como fatores de risco para a perda do acesso
venoso perifeacuterico (MARTINS SILVINO e DIAS 2010)
42 Os cuidados em desuso para manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico
Essa categoria discorre sobre os cuidados de enfermagem que com o passar do tempo
foram desconsiderados e natildeo satildeo mais utilizados Quando questionados em relaccedilatildeo a vivencia
profissional e cuidados que discordavam os entrevistados citaram o uso da tala para fixaccedilatildeo
uso de heparina e os cuidados em relaccedilatildeo ao tempo de permanecircncia do cateter Haacute muitas
controveacutersias em relaccedilatildeo aos cuidados citados acima
O tempo de permanecircncia interfere diretamente no aparecimento de complicaccedilotildees
como flebite e que acabam levando a perda do acesso venoso perifeacuterico mais rapidamente
aconselhando assim a troca do mesmo entre 76 a 96 horas Poreacutem eacute preconizada a retirada do
cateter apenas se finalizar o tratamento ou houver alguma interferecircncia
ldquoA gente observa tambeacutem o tempo dependendo do tempo tem que tirarrdquo (Alice)
29
ldquoHoje eu natildeo sei como que eacute essa questatildeo do tempo porque a gente trocava o acesso a cada quatro dias agora o pessoal jaacute diz que pode trocar em ateacute uma semana entatildeo natildeo sei como que ta isso e o que tem escrito em relaccedilatildeo a isso (Aurora)
Sabe-se que o tempo para troca do cateter de teflon ou poliuretano varia de 72 a 96
horas com o intuito de reduzir risco de infecccedilatildeo e flebite e para minimizar esses riscos nas
seguintes situaccedilotildees diante de sinais inflamatoacuterios no local de inserccedilatildeo e sempre que houver
mau funcionamento do cateter (SANTOS17
Entretanto o Center for Disease Control and Prevention - CDC (2002) diz que em
pacientes pediaacutetricos natildeo foi observada relaccedilatildeo quanto ao tempo de permanecircncia do cateter e
ocorrecircncia de complicaccedilotildees devendo ser mantido ateacute o teacutermino da terapia intravenosa ou
quando forem observados sinais cliacutenicos de complicaccedilotildees
2004 apud OLIVEIRA BEZERRA e PEREIRA
2008 p 93)
Eacute possiacutevel observar a diferenccedila do conhecimento pratico dos profissionais
entrevistados em relaccedilatildeo ao conhecimento encontrado na literatura E ainda contendo duacutevidas
natildeo haacute uma busca da parte dos mesmos para esclarececirc-las
O uso da heparina com a finalidade de manter o acesso peacutervio por um periacuteodo maior
de tempo mostra-se com mais certeza quanto ao desuso nos dados colidos
ldquoAntigamente a gente usava heparina entatildeo a gente ficava tranquila em relaccedilatildeo agrave obstruccedilatildeo mas agora natildeo a gente usa o soro fisioloacutegico e a gente deixa salinizadordquo (Aurora)
Rang e Dale 18(1998 apud DOPICO e OLIVEIRA 2006) afirmam que a heparina
inibe a formaccedilatildeo de coaacutegulos de fibrina in vitro e in vivo e que seu efeito anticoagulante eacute
praticamente imediato Com isso Phillips19
17 Santos W Lavagem das matildeos In R Luiz Santos W Manual baacutesico de prevenccedilatildeo e controle das infecccedilotildees hospitalares do HRU Fortaleza Hospital Regional Unimed 2004
(2001 apud DOPICO e OLIVEIRA 2006)
ressalta que a teacutecnica de manutenccedilatildeo intermitente de cateteres intravenosos com soluccedilatildeo
salina 09 classificada como salinizaccedilatildeo tem sido pesquisada haacute alguns anos apresentando
em relaccedilatildeo ao uso da heparina vantagens como o baixo custo ser um procedimento mais
18 Rang HP Dale M M Hemostasia e Trombose In Rang HP Dale M M Farmacologia Rio de Janeiro Guanabara Koogan 1998 p235-47 19 PHILLIPS L D Manual de terapia intravenosa 2ed Porto Alegre Artmed 2001
30
simples aleacutem de eliminar a possibilidade de incompatibilidade com as drogas e soluccedilotildees
administradas aleacutem da inexistecircncia de riscos ao paciente Entretanto sabe-se que a literatura
ainda natildeo fornece consenso acerca da soluccedilatildeo mais indicada para manutenccedilatildeo da
permeabilidade do cateter venoso perifeacuterico
Eacute importante ressaltar que muitas instituiccedilotildees do nosso paiacutes nem ao menos tecircm o
conhecimento da praacutetica da salinizaccedilatildeo com soluccedilatildeo salina 09 No que se refere agrave pesquisa
cientiacutefica as limitaccedilotildees desta praacutetica satildeo atribuiacutedas agrave ausecircncia de um maior nuacutemero de
estudos controlados para validar sua eficaacutecia (EPPERSON20
Apesar de natildeo ser encontradas publicaccedilotildees acerca do tema a utilizaccedilatildeo de heparina
mostra-se como uma pratica natildeo mais utilizada pelos profissionais de enfermagem Outro
tema onde haacute controveacutersias e tambeacutem poucas citaccedilotildees eacute o uso da tala para fixaccedilatildeo do acesso
venoso perifeacuterico Seguem abaixo a opiniatildeo de alguns dos profissionais entrevistados
1984 apud DOPICO e
OLIVEIRA 2006)
ldquoA uacutenica coisa que eu natildeo gosto de ver eacute quando se coloca tala para imobilizar dizendo que a tala vai ajudar a natildeo perder a veia Isso eu natildeo concordo acho que a tala prejudica a crianccedila fica incomodada faz dor no membrordquo (Cinderela)
ldquoAntigamente a gente usava muito tala e as vezes eu pego isso aqui ai eu falo gente tala natildeo se usa mais natildeo faz parte mais da fixaccedilatildeo vocecirc pode fixar de uma forma que a crianccedila natildeo perca A tala eu acho que ela traumatiza um pouco ainda mais se vocecirc pegar um acesso na dobra vocecirc vai fazer com que a crianccedila fique com o braccedilo esticado muito tempo eu acho que pode causar uma lesatildeo depois e a literatura jaacute fala que eacute desnecessaacuteria natildeo precisa maisrdquo (Aurora) ldquoAntigamente usavam tala mas hoje em dia quase natildeo se vecirc mais e eu acho que a tala atrapalha porque a crianccedila fica imobilizada no membro ai fica mais irritadardquo (Rapunzel) ldquoLaacute no meu outro trabalho alguns usam a tala Eu acho que a tala ajuda ateacute a perder mais raacutepido porque a crianccedila fica incomodada vai querer mexer naquilordquo (Mulan)
20 Epperson EL Efficacy of 09 sodium chloride injection with without heparin for maintenance indwelling intermittent injection sites Clin Pharm1984 3(5)26
31
Almeida e Sabateacutes21
Entretanto haacute estudo que comprovam que o uso da tala natildeo se mostra tatildeo eficiente e
apresenta-se como uma praacutetica controversa O estudo foi realizado em crianccedilas ateacute os 12 anos
utilizando imobilizaccedilatildeo com tala e em mais de metade dos casos (553) ocorreu infiltraccedilatildeo
o que indicia a ineficaacutecia desta praacutetica (MACHADO PEDREIRA e CHAUD 2008 apud
BATALHA et al 2010 p512)
(2008 apud BATALHA et al 2010 p512) afirmam que a teacutecnica
de fixaccedilatildeo dos CVP com uso de imobilizaccedilatildeo com tala para restriccedilatildeo ou limitaccedilatildeo dos
movimentos articulares proacuteximo do local da punccedilatildeo estaacute indicado nas matildeos punhos cotovelo
e maleacuteolo
Para Batalha et al (2010 p512) o uso desta praacutetica parece natildeo se coadunar com o
atual uso de cateteres flexiacuteveis tipo abocath em detrimento de agulhas metaacutelicas Talvez por
isso comecem a surgir novas teacutecnicas de fixaccedilatildeo dos CVP que natildeo exigem imobilizaccedilatildeo das
articulaccedilotildees com talas
Aleacutem de natildeo haver uma confirmaccedilatildeo dos benefiacutecios causados pelo uso da tala a
imobilizaccedilatildeo causa incocircmodo para a crianccedila que fica com o membro imoacutevel podendo causar
dor e tambeacutem irritaccedilatildeo O uso desse tipo de fixaccedilatildeo tambeacutem impede a visualizaccedilatildeo frequente
do acesso venoso afetando assim os cuidados de observaccedilatildeo da equipe de enfermagem
43 O acompanhante e a manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico
A presente categoria vai discutir um assunto importante que surgiu durante as
entrevistas de forma inesperada Alguns dos profissionais entrevistados citaram o descuido do
acompanhante como um fator causador da perda do acesso venoso perifeacuterico Seguem abaixo
algumas falas
ldquoA matildee sempre acompanha e tem matildee que natildeo tem cuidado natildeo vigia e a gente tem que ficar pedindo pra olhar tomar contardquo (Aurora)
ldquoEm relaccedilatildeo ao acompanhante porque a crianccedila natildeo vai avaliar entatildeo o acompanhante que estar ali tem que avaliar direitinho natildeo deixar a crianccedila mexer ou puxarrdquo (Bela)
ldquoNatildeo eacute toda matildee que esta vigiando que cuida pra que a crianccedila natildeo perca o acessordquo (Jasmine)
21 Almeida FA Sabateacutes AL Enfermagem pediaacutetrica a crianccedila o adolescente e a sua famiacutelia no hospital Satildeo Paulo(SP) Manole 2008
32
ldquoAcho que leva a perda quando o acompanhante natildeo coopera as vezes a gente faz a imobilizaccedilatildeo na crianccedila e as vezes eles ateacute retiram e a proacutepria crianccedila agitada ela mesmo arrancardquo (Branca de Neve)
ldquoAgraves vezes a proacutepria crianccedila que a matildee deixa muito solta ai solta o acessordquo (Mulan)
Apoacutes a implementaccedilatildeo da lei que garante um acompanhante ao paciente pediaacutetrico a
presenccedila do familiarresponsaacutevel durante a hospitalizaccedilatildeo mudou a rotina da equipe de
enfermagem trazendo duacutevidas quanto a real funccedilatildeo do acompanhante e fazendo com que a
mesma viesse a delegar certos cuidados para acompanhante
A Promulgaccedilatildeo da Lei 8069 do Estatuto da Crianccedila e do Adolescente (ECA) em
1990 no seu artigo 12deg garante agrave crianccedila ou ao adolescente o direito de ter um responsaacutevel
que o acompanhe durante a hospitalizaccedilatildeo (1990)
Desde a sua implantaccedilatildeo as unidades vecircm sofrendo um processo de reorganizaccedilatildeo de
suas praacuteticas A inserccedilatildeo da famiacutelia modifica a organizaccedilatildeo do processo de trabalho o que
requer dos profissionais uma compreensatildeo em relaccedilatildeo agrave dinacircmica das relaccedilotildees interpessoais
(COLLET e ROCHA 2004)
Pimenta e Collet (2009) ressaltam que natildeo haacute nenhuma regulamentaccedilatildeo sobre a
participaccedilatildeo da famiacutelia nos cuidados e no entanto a mesma desempenha atividades junto agrave
crianccedila durante a hospitalizaccedilatildeo que devem ser levadas em consideraccedilatildeo A falta de
reconhecimento desse fato fez com que a equipe de enfermagem e famiacutelia natildeo possuiacutessem
uma relaccedilatildeo aberta e vivessem uma relaccedilatildeo silenciosa e impliacutecita de poder na qual a famiacutelia
acaba assumindo as relaccedilotildees do cuidado agrave crianccedila de responsabilidade da enfermagem
A negociaccedilatildeo entre matildees e equipe de enfermagem em relaccedilatildeo aos cuidados agrave crianccedila
hospitalizada natildeo eacute uma tarefa faacutecil tendo em vista que natildeo se tem claro qual o seu novo
papel neste processo (COLLET e ROCHA 2004)
Eacute possiacutevel ver nas falas que a presenccedila do acompanhante causa para a equipe de
enfermagem a seguranccedila de ter algueacutem para ldquovigiarrdquo ldquotomar contardquo e natildeo deixar que a
crianccedila hospitalizada perca o acesso venoso quando na verdade eacute funccedilatildeo da equipe de
enfermagem cuidados referentes ao acesso venoso perifeacuterico
33
Jaacute o acompanhante eacute definido pelo Ministeacuterio da Sauacutede como uma pessoa significativa
para a crianccedila que representa sua rede social e que vai acompanhaacute-lo durante a permanecircncia
no ambiente hospitalar ressaltando assim sua importacircncia Esse fato se reforccedila visto que a
crianccedila encontra nos familiares a forccedila e seguranccedila necessaacuteria para encarar todo esse processo
doloroso e desconhecido (MURAKAMI e CAMPOS 2011 p255)
O acompanhante aleacutem de minimizar o sofrimento do paciente pediaacutetrico faz com que
o mesmo sinta-se mais a vontade Eacute importante ressaltar que o familiarresponsaacutevel natildeo soacute
pode como deve participar das atividades da crianccedila no hospital desde que estas natildeo sejam
competecircncias dos profissionais que os cercam Essas atividades satildeo caracterizadas como
semelhantes aos que eles realizam diariamente fora do ambiente hospitalar como o banho
Poreacutem no caso de um paciente com punccedilatildeo venosa perifeacuterica o profissional de enfermagem
deve auxiliar no cuidado para que essa natildeo se perca
Os cuidados dos familiaresacompanhantes satildeo os mesmos que os desenvolvidos no
domiciacutelio e os cuidados prestados pela equipe de enfermagem satildeo aqueles que demandam
conhecimento teacutecnico-cientiacutefico especializado (SOUZA e OLIVEIRA 2010 p558)
Mesmo alguns cuidados parecerem simples e rotineiros quando eacute prestado no
hospital assumem novas caracteriacutesticas com o uso de dispositivos tecnoloacutegicos os quais se
tornam complexos (PIMENTA E COLLET 2009)
O ato de cuidar envolve o respeito agrave maneira como vive cada indiviacuteduo de acordo
com suas crenccedilas valores costumes e cultura A famiacutelia como uma instituiccedilatildeo atende agraves
necessidades bioloacutegicas de seus membros sendo sua responsabilidade cuidar e criar os filhos
incluindo a obrigaccedilatildeo da alimentaccedilatildeo higiene vestuaacuterio e moradia (ELSEN22
Nas entrevistas podemos verificar falas em que o acompanhante eacute citado como
responsaacutevel por avaliar a punccedilatildeo venosa A equipe de enfermagem deve sempre partir do
pressuposto que o familiar acompanhante natildeo tem conhecimento cientiacutefico e certo tipo de
cuidado natildeo deve se delegado para o mesmo mostrando assim a importacircncia da orientaccedilatildeo do
acompanhante quanto aos procedimentos dispositivos utilizados e cuidados em que os
etal 1994
apud SOUZA e OLIVEIRA 2010 p 553)
22 Elsen I Patriacutecio ZM Assistecircncia agrave crianccedila hospitalizada tipos de abordagens e suas implicaccedilotildees para a enfermagem In A enfermagem em pediatria e puericultura Rio de Janeiro (RJ) Atheneu 2005
34
mesmos possam auxiliar Seguem abaixo as falas onde os profissionais ressaltaram a
importacircncia da orientaccedilatildeo do acompanhante
ldquoNem sempre a crianccedila vai entender o porque de estar com aquele acesso entatildeo tem que ter uma orientaccedilatildeo do acompanhanterdquo (Bela)
ldquoTem que haver orientaccedilatildeo do acompanhante para os cuidadosrdquo (Ariel)
ldquoAgraves vezes tem ate o exemplo de um pai que natildeo deixa trocar o acesso jaacute tinha mais de uma semana e ele natildeo queria que trocasse ai faz febre e natildeo sabe da onderdquo (Alice)
Para Souza e Oliveira (2010 p555) deve haver uma preocupaccedilatildeo em orientar
considerando que o outro natildeo tem nenhum tipo de conhecimento sobre o assunto Poreacutem
Queiroz e Jorge23
Apesar das dificuldades o profissional de enfermagem deve estabelecer um viacutenculo de
confianccedila com o acompanhante buscando sempre deixaacute-los ciente das situaccedilotildees e fazendo-os
participar dos cuidados plausiacuteveis sem causar nenhum dano agrave crianccedila e de maneira alguma
abandonar suas atribuiccedilotildees
(2004 apud SOUZA e OLIVEIRA 2010 p 556) ressaltam que apesar de os
profissionais terem intenccedilatildeo de orientar os cuidados para a sauacutede repassam conhecimentos
elaborados cientificamente dificultando a compreensatildeo do familiar aleacutem de a relaccedilatildeo se dar
de maneira vertical assimeacutetrica e coercitiva
23 Queiroz MVO Jorge MSB Accedilotildees educativas no cuidado infantil e intervenccedilotildees dos profissionais junto agraves famiacutelias Acta Scientiarum Maringaacute 2004 janjun 26(1) 27-34
35
CONCLUSAtildeO
Atraveacutes desse estudo foi possiacutevel descrever e analisar os cuidados que os profissionais
de enfermagem realizam acerca da permanecircncia do acesso venoso perifeacuterico Aleacutem disso a
realizaccedilatildeo da pesquisa permitiu identificar a desarticulaccedilatildeo do processo de enfermagem e a
praacutetica desconectada da produccedilatildeo cientiacutefica caracterizando a falta de uma educaccedilatildeo
continuada efetiva
A anaacutelise dos dados demonstra o processo de punccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico
ressaltando a importacircncia de cuidados como a seleccedilatildeo do local a diluiccedilatildeo da medicaccedilatildeo a
realizaccedilatildeo de uma boa fixaccedilatildeo a atenccedilatildeo com a velocidade de infusatildeo os cuidados com os
sinais de infecccedilatildeo e salinizaccedilatildeo do acesso natildeo deixando de salientar cuidados em desuso
como o uso da heparina da tala e duvidas em relaccedilatildeo ao tempo de permanecircncia Evidenciou
tambeacutem que a equipe de enfermagem delega alguns cuidados para os acompanhantes
Natildeo foi possiacutevel perceber o niacutevel de conhecimento cientiacutefico dos profissionais visto
que eles em nenhum momento por natildeo saberem ou por medo de se expor natildeo explicaram de
fato nenhum cuidado que disseram realizar Sempre citaram de forma superficial e direta
deixando claro tambeacutem que o pesquisador natildeo os indagou quanto a isso Poreacutem creio que
diante de cuidados tatildeo importantes e de frequente praacutetica os mesmos falariam facilmente
sobre os cuidados de enfermagem na permanecircncia do acesso venoso perifeacuterico
Apesar dos entrevistados citarem alguns fatores e cuidados realizados de forma
correta eacute visiacutevel que os mesmos realizam os cuidados com a punccedilatildeo e a permanencia do
acesso de forma automaacutetica sem unir a praacutetica com o fundamento do mesmo
Eacute importante destacar tambeacutem a importacircncia do preparo emocional da crianccedila como
tambeacutem os cuidados com a famiacutelia dos mesmos O trabalho de humanizaccedilatildeo realizado pela
36
enfermagem faz grande diferenccedila nessas situaccedilotildees visto que os pacientes e acompanhantes
tendo conhecimento do que seraacute realizado ficariam mais tranquilos
O estudo contribuiu para o campo do ensino nesta aacuterea dando destaque ao importante
papel que o profissional de enfermagem deve desempenhar no cuidado e na manutenccedilatildeo do
acesso venoso perifeacuterico Contudo vale ressaltar a importacircncia do incentivo ao profissional a
buscar na literatura natildeo soacute esclarecimento de suas duvidas mas tambeacutem novos
conhecimentos
Pode colaborar ainda para a realizaccedilatildeo de novas pesquisas na aacuterea procurando
eliminar duacutevidas e controveacutersias sobre o tema Buscando assim a realizaccedilatildeo de um cuidado de
enfermagem articulado e eficaz promovendo o bem-estar do paciente pediaacutetrico durante a
hospitalizaccedilatildeo
37
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APEcircNDICE I
TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO
DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO Tiacutetulo Do Projeto Os cuidados de enfermagem acerca dos acessos venosos perifeacutericos na unidade pediaacutetrica Pesquisador Responsaacutevel Rosane Cordeiro Burla de Aguiar Eny Dorea Paiva e Karina Rodrigues Fernandes Instituiccedilatildeo a que Pertence o Pesquisador Responsaacutevel Universidade Federal Fluminense Telefone para contato (21) 98355269 (21) 82392939 (21) 91786609 Nome do voluntaacuterio _________________________________________________________ Idade ________ anos RG ____________________________
AO Sr (a) estaacute sendo convidado (a) a participar do projeto de pesquisa OS CUIDADOS DE
ENFERMAGEM ACERCA DOS ACESSOS VENOSOS PERIFEacuteRICOS NA UNIDADE PEDIATRICA de
responsabilidade da pesquisadora Profordf Drordf Rosane Cordeiro Burla de Aguiar e Profordf Drordf Eny Dorea Paiva A
punccedilatildeo venosa perifeacuterica eacute um procedimento essencial durante a hospitalizaccedilatildeo da crianccedila visto que eacute atraveacutes
dela que eacute administrada grande parte das medicaccedilotildees Este estudo se justifica diante da importacircncia da
necessidade de um maior periacuteodo de permanecircncia dos acessos venosos perifeacutericos Com isso aleacutem da
diminuiccedilatildeo de eventos que causam dor e irritaccedilatildeo na crianccedila e na famiacutelia promoveraacute tambeacutem uma melhor estada
dos mesmos durante o periacuteodo de hospitalizaccedilatildeo Os objetivos da pesquisa satildeo 1) Descrever os fatores que
interferem na manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico de acordo com a equipe de enfermagem 2)Analisar os
cuidados da equipe de enfermagem na manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico A coleta de dados se daraacute
atraveacutes de entrevistas semi estruturadas que seratildeo gravadas As informaccedilotildees colhidas seratildeo tratadas de forma
anocircnima e confidencial ou seja em nenhum momento seratildeo divulgados o seu nome e somente os
pesquisadores teratildeo acesso agraves informaccedilotildees Os dados obtidos com a pesquisa poderatildeo ser publicados apenas com
fins cientiacuteficos Eles natildeo seratildeo utilizados para fins comerciais ou para outra finalidade qualquer Caso necessite
poderatildeo ser marcados encontros para respostas ou esclarecimentos de qualquer duacutevida acerca da pesquisa A sua
participaccedilatildeo eacute voluntaria e eacute importante lembrar que vocecirc poderaacute desistir de participar da pesquisa em qualquer
momento A entrevista seraacute marcada em um dia e horaacuterio que vocecirc achar melhor Seraacute realizada
individualmente em um ambiente que nos ofereccedila privacidade Esta pesquisa natildeo oferece riscos para vocecirc e os
benefiacutecios da sua participaccedilatildeo satildeo de aumentar o conhecimento cientiacutefico na aacuterea de Enfermagem Pediaacutetrica
aleacutem de contribuir para a praacutetica profissional Este documento seraacute elaborado em duas vias uma para vocecirc e a
outra seraacute arquivada pelo pesquisador
Eu_____________________________________________________________ RG no _____________________________ Declaro que apoacutes ter entendido o que me foi explicado consinto voluntariamente em participar do presente Protocolo de Pesquisa entendo ainda que posso retirar o meu consentimento a qualquer momento antes ou durante a realizaccedilatildeo do mesmo declaro ter sido informada(o) e concordo em participar como voluntaacuteria(o) da pesquisa acima descrita Rio de Janeiro_______de_______________de 20___ _____________________________ ________________________________
(Participante) Karina Rodrigues Fernandes (Responsaacutevel por obter o consentimento)
______________________________________ _______________________________________ (Testemunha) (Testemunha)
45
APEcircNDICE II
ROTEIRO PARA ENTREVISTA
1) O que vocecirc acha que pode levar a perda do acesso perifeacuterico
2) Para vocecirc o que eacute importante para manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico nas
crianccedilas
3) O que vocecirc acha que pode interferir na sua manutenccedilatildeo
4) Que medidas vocecirc adota no seu dia a dia para manter o acesso
5) Na sua vivencia profissional o que vocecirc discorda dos cuidados que geralmente satildeo
utilizados para manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico
46
ANEXO
47
48
13
socioloacutegicos da crianccedila e de sua famiacutelia (SOARES e ZAMBERLAN4
Para humanizar a assistecircncia agrave crianccedila hospitalizada e atender a suas reais
necessidades os pais foram inseridos na cliacutenica pediaacutetrica com direito a permanecircncia integral
nos casos de internaccedilatildeo Isso ocorreu no iniacutecio da deacutecada de 1990 no Brasil com a
legalizaccedilatildeo estabelecida pelo Estatuto da Crianccedila e do Adolescente (THOMAZINE et al
2008 p145) Com isso ldquomuitos hospitais natildeo consideram mais os pais como visitantes e
enfatizam sua presenccedila durante todo o periacuteodo da hospitalizaccedilatildeordquo fazendo uso de um sistema
de cuidado centrado na famiacutelia (HOCKENBERRY e WILSON 2011 p685)
1995 apud BRITO et
al 2009 p803)
Durante o processo de hospitalizaccedilatildeo as crianccedilas satildeo submetidas a diversas condutas e
procedimentos como por exemplo exames e administraccedilatildeo de medicamentos A punccedilatildeo
venosa eacute um dos principais procedimentos que causam dor e muitas vezes existe a
necessidade de vaacuterias punccedilotildees durante um mesmo dia Vale ressaltar que para a crianccedila esse
tipo de procedimento se iguala a uma agressatildeo jaacute que ldquona maioria das vezes eacute acompanhado
de dor ou medo o que se traduz no choro e na ansiedaderdquo (COLLET5
2002 apud GOMES et
al 2011 p290)
22 Acesso venoso perifeacuterico em pediatria
Para Correia et al (2009 p559) a fim evitar um trauma emocional durante a punccedilatildeo
as crianccedilas precisam ser orientadas sobre o tratamento seus objetivos e receber atenccedilatildeo
carinhosa neste momento
A fim de tornar o processo de cateterizaccedilatildeo venosa menos doloroso e estressante para
a crianccedila deve-se ter preferecircncia pelas veias que menos comprometam suas atividades
essenciais Neste intuito deve-se evitar por exemplo puncionar uma veia na matildeo que
dificulte o ato de se alimentar desenhar e ateacute mesmo brincar (OLIVEIRA BEZERRA e
PEREIRA 2008 p91)
4 Soares MRZ Zamberlan MAT A inclusatildeo do brincar na hospitalizaccedilatildeo infantil Est Psicol maioago18(2) 64-9 5 Collet N Oliveira BRG de Manual de Enfermagem em Pediatria Goiacircnia AB 2002
14
O acesso vascular eacute uma das principais modalidades de tratamento utilizadas na
assistecircncia agrave sauacutede Existe ampla aceitaccedilatildeo difusatildeo e praacutetica desse procedimento pelos
profissionais da aacuterea da assistecircncia agrave sauacutede (FERREIRA et al 2005)
Foi na deacutecada de 40 que o uso de cateter vascular foi introduzido nos hospitais
tornando-se essencial para as atividades assistenciais da modernidade (WORTHIGTON6
Para Peterlini e Chaud (2003) tal procedimento se define como um conjunto de
conhecimentos e teacutecnicas que visam agrave administraccedilatildeo de soluccedilotildees ou faacutermacos no sistema
circulatoacuterio abrangendo o preparo do paciente a escolha obtenccedilatildeo e manutenccedilatildeo do acesso
venoso os meacutetodos de preparo e administraccedilatildeo de drogas e soluccedilotildees e os cuidados referentes
agrave frequecircncia de troca do cateter curativos dispositivos de infusatildeo e soluccedilotildees
2005 apud MENDONCcedilA et al 2011 p330)
Primeiramente o acesso perifeacuterico era mantido com agulhas de accedilo inoxidaacutevel as
quais apesar de oferecerem menor risco de infecccedilatildeo satildeo riacutegidas e facilitavam perda do
acesso Em 1945 passou a ser utilizado o cateter venoso plaacutestico que permitia manutenccedilatildeo do
acesso por tempo prolongado (FERNANDES e RIBEIRO7
Quanto ao tempo de permanecircncia em pacientes pediaacutetricos o cateter deve ser mantido
ateacute o teacutermino da terapia intravenosa ou quando forem observados sinais cliacutenicos de
complicaccedilotildees diferentemente dos pacientes adultos onde o tempo de permanecircncia
preconizado eacute de 72 a 96 horas (CENTERS FOR DISEASE CONTROL AND
PREVENTION-CDC 2002)
2000 apud MARTINS et al 2008
p 485) Habitualmente o material de punccedilatildeo que vem sendo utilizado em crianccedilas satildeo os
cateteres flexiacuteveis tipo abocath com mandril metaacutelico (BATALHA et al 2010 p512)
Associaccedilatildeo Paulista de Estudos e Controle de Infecccedilatildeo Hospitalar (2005 apud
Moncaio e Figueiredo 2009) ressaltam que ldquoas principais complicaccedilotildees infecciosas para o
paciente satildeo flebite infecccedilatildeo do siacutetio de inserccedilatildeo do cateter extravasamento de soluccedilatildeo e
bacteremia relacionada ao cateterrdquo Certos fatores podem contribuir para o aparecimento de
tais complicaccedilotildees como o tipo do cateter que seraacute utilizado o preparo do local da punccedilatildeo
aleacutem de caracteriacutesticas intriacutensecas do paciente Vale acrescentar que ldquoos cateteres 6 Worthigton T Elliot TSJ Diagnosis of central venous catheter related infection in adult pacient J Infect 2005 51267-80 7 Fernandes AT Ribeiro Filho N Infecccedilatildeo do acesso vascular In Fernandes AT Fernandes M OV Ribeiro Filho N Infecccedilatildeo hospitalar e suas interfaces na aacuterea da sauacutede Satildeo Paulo (SP) Atheneu 2000 p 556-79
15
confeccionados em Teflon e poliuretano estatildeo associados a baixas frequecircncias de
complicaccedilotildees infecciosas quando comparados aos de polivinilcloreto e polietilenordquo
CENTERS FOR DISEASE CONTROL AND PREVENTION-CDC 2002)
ldquoNo acircmbito hospitalar a flebite eacute uma das complicaccedilotildees mais frequentes e
considerada uma das principais falhas da infusatildeordquo Eacute o processo inflamatoacuterio da camada
iacutentima das veias ocasionado por irritaccedilatildeo mecacircnica quiacutemica ou infecccedilotildees bacterianas
apresentando manifestaccedilotildees como dor edema hiperemia local e calor (GABRIEL8
Machado et al(2008) relata que ldquocerca de 1 a 10 destes pacientes desenvolvem
infecccedilotildees locais ou sistecircmicas relacionadas ao uso de cateteres causadas por alteraccedilatildeo ou
ruptura da integridade da pele que permite a passagem de microorganismos colonizadoresrdquo
2008
apud MAGEROTE et al 2011 p 487)
O curativo para fixaccedilatildeo do cateter eacute outro ponto importante para a manutenccedilatildeo do
mesmo visto que a ldquofixaccedilatildeo reduz o risco de complicaccedilotildees relacionadas agrave terapia intravenosa
tais como flebite infiltraccedilatildeo septicemia e deslocamento do cateterrdquo aleacutem de mantecirc-lo limpo
e seco permitindo a visualizaccedilatildeo contiacutenua do mesmo a fim de prevenir os agravos
(PHILLIPS9
No seacuteculo passado durante os primeiro 50 anos da praacutetica da terapia intravenosa
utilizava-se para fixaccedilatildeo gaze esteacuteril e fitas adesivas O iniacutecio do uso de filmes transparentes
esteacutereis se deu em 1970 como solicitaccedilatildeo dos enfermeiros quanto agrave necessidade da retirada do
curativo para realizar a inspeccedilatildeo do local de inserccedilatildeo funccedilatildeo atribuiacuteda aos mesmos a fim de
impedir uma infecccedilatildeo de corrente sanguiacutenea (MACHADO PEDREIRA E CHAUD 2008)
2001 apud SILVA E ZANETTI 2004 p233)
O uso de fitas adesivas natildeo-esteacutereis pode ser bastante observado em algumas
instituiccedilotildees de sauacutede contudo fita adesiva soacute natildeo estaacute contaminada enquanto permanece na
embalagem sugerindo tambeacutem a possibilidade da transmissatildeo de microorganismos
patogecircnicos com a aplicaccedilatildeo da mesma sobre o local de inserccedilatildeo do cateter
(VANDENBOSCH COOCH E TRESTON-AURAND10
8 Gabriel J Infusion therapy part one minimising the risks Nurs Stand 2008 Apr 22(31)51-6
1997 et al MACHADO
PEDREIRA E CHAUD2005 p292)
9 Phillips DL Manual de terapia endovenosa Trad Pedreira MLG Pereira SR Harada MJCS Peterline MAS 2ordf ed Porto Alegre (RS) Artmed 2001551P 10 VandenBosch TM Cooch J Treston-Aurand J Research utilization adhesive bandage dressing regimen for peripheral venous catheters Am J Infect Control 1997 25(6)513-9
16
Acerca da terapia intravenosa podem ocorrer incompatibilidades em relaccedilatildeo aos
faacutermacos administrados e os cateteres utilizados que na maioria das vezes natildeo satildeo percebidos
devido a impossibilidade de visualizaccedilatildeo Essas incompatibilidades satildeo denominadas por
Peterlini Chaud e Pedreira (2006) como adsorccedilatildeo e absorccedilatildeo onde ocorre ldquoperda do faacutermaco
para a superfiacutecie de frascos seringas filtros acessoacuterios e cateteres da terapia intravenosa por
meio de adsorccedilatildeo ou pela absorccedilatildeo do faacutermaco para a matriz do material de confecccedilatildeo desses
dispositivosrdquo Com isso o profissional de enfermagem tem como funccedilatildeo aleacutem do
conhecimento cientiacutefico acerca das drogas utilizadas programar accedilotildees que possibilitem
ldquoreconstituiccedilatildeo diluiccedilatildeo acondicionamento e cuidados na administraccedilatildeo de faacutermacosrdquo
evitando assim prejuiacutezos no tratamento
17
3 METODOLOGIA
31 Tipo de pesquisa
Trata-se de uma pesquisa descritiva exploratoacuteria de abordagem qualitativa com os
profissionais da equipe de enfermagem da unidade de internaccedilatildeo pediaacutetrica de um hospital
universitaacuterio do estado do Rio de Janeiro
Para Minayo Deslandes e Gomes (2007 p 21) a pesquisa qualitativa responde as
questotildees de forma particular de modo que trabalha com o universo dos significados dos
motivos das aspiraccedilotildees das crenccedilas dos valores e atitudes Sendo assim entende-se que as
accedilotildees do ser humano se distinguem a partir do seu pensamento do modo de agir de acordo
com a realidade vivida por cada um
Segundo Gil (1999 p44) ldquoas pesquisas descritivas tecircm como objetivo primordial a
descriccedilatildeo das caracteriacutesticas de determinada populaccedilatildeo ou fenocircmeno ou o estabelecimento de
relaccedilotildees variaacuteveisrdquo
Kauark Manhatildees e Medeiros (2010 p28) determinam a pesquisa exploratoacuteria como
agravequela que ldquoObjetiva a maior familiaridade com o problema tornando-o expliacutecito ou agrave
construccedilatildeo de hipoacutetesesrdquo Acrescenta ainda que a mesma pode conter levantamento
bibliograacutefico entrevistas com pessoas experientes no problema pesquisado entre outras
fontes
32 Sujeitos da pesquisa
A pesquisa contou com um nuacutemero total de nove (9) profissionais da equipe de
enfermagem da unidade de internaccedilatildeo pediaacutetrica de um Hospital Universitaacuterio do Rio de
Janeiro sendo estes dois (2) enfermeiros e sete (7) teacutecnicos de enfermagem De todos os
18
participantes apenas um trabalha no serviccedilo noturno sendo o restante do serviccedilo diurno Os
mesmos satildeo os responsaacuteveis pela instalaccedilatildeo e manipulaccedilatildeo dos os acessos venosos
perifeacutericos supondo assim que tenham maior domiacutenio sobre o assunto abordado
Os sujeitos foram identificados com codinomes referentes agraves princesas da Disney para
que suas identidades sejam preservadas
33 Cenaacuterio
A pesquisa ocorreu na unidade de internaccedilatildeo pediaacutetrica localizada no quinto andar do
Hospital Universitaacuterio do Rio de Janeiro vinculado a uma Universidade Federal
A unidade pediaacutetrica eacute divida em trecircs enfermarias de acordo com a idade das crianccedilas
hospitalizadas sendo denominadas estas Lactente preacute-escolar e escolar A enfermaria
Lactente eacute composta por 5 leitos hospitalizando crianccedilas de 29 dias a 2 anos jaacute na preacute-escolar
encontram-se 6 leitos e acolhe crianccedilas de 2 a 6 anos e na escolar 6 leitos abrigando crianccedilas
de 7 a 12 anos Toda crianccedila hospitalizada tem direito a um acompanhante como eacute
preconizado por direito pelo Artigo doze (12) do Estatuto da Crianccedila e do Adolescente
(Brasil 1990 p3)
A enfermaria conta com um posto de enfermagem localizado no centro da unidade
possibilitando maior visualizaccedilatildeo das enfermarias Possui tambeacutem uma sala de recreaccedilatildeo e
banheiro para os pacientes e acompanhantes Haacute uma sala utilizada pedagogia hospitalar
onde uma professora realiza atividades com as crianccedilas
Vale ressaltar que na unidade haacute uma sala para realizaccedilatildeo de procedimentos dolorosos
como a punccedilatildeo venosa perifeacuterica e sempre que possiacutevel o paciente eacute levado ateacute ela
34 Coleta de dados
A coleta de dados se deu a partir da teacutecnica de entrevista semi-estruturadas que
segundo Minayo Deslandes e Gomes (2007 p 64) satildeo ldquoperguntas fechadas e abertas em que
o entrevistado tem a possibilidade de discorrer sobre o tema em questatildeo sem se prender agrave
indagaccedilatildeo formuladardquo As mesmas foram gravadas em entrevista individual e tiveram como
foco as accedilotildees que os profissionais da equipe de enfermagem realizam acerca dos cuidados
para a permanecircncia do acesso venoso perifeacuterico aleacutem de investigar sobre o conhecimento que
cada um possui sobre o tema
19
Apoacutes contato preacutevio com a equipe de enfermagem foi acordado um dia e horaacuterio para
a realizaccedilatildeo das entrevistas que aconteceram na proacutepria unidade Todos os profissionais da
equipe de enfermagem foram convidados a participar voluntariamente da pesquisa As
entrevistas aconteceram apoacutes os profissionais assinarem o Termo de Consentimento Livre e
Esclarecido (TCLE)
Para Minayo Deslandes e Gomes (2007 p 64) a entrevista possui como principal
objetivo construir dados que sejam pertinentes para a pesquisa aleacutem de ser a estrateacutegia mais
utilizada no processo de trabalho de campo
A coleta foi interrompida no momento em que os dados se mostraram saturados ou
seja quando houve a cessaccedilatildeo do acreacutescimo de informaccedilotildees novas referentes ao tema
proposto
O fechamento amostral por saturaccedilatildeo teoacuterica eacute definido como a suspensatildeo de inclusatildeo
de novos participantes quando os dados obtidos passam a apresentar na avaliaccedilatildeo do
pesquisador certa redundacircncia ou repeticcedilatildeo natildeo sendo considerado relevante continuar a
coleta de dados (FONTANELLA RICAS e TURATO 2008)
35 Questotildees eacuteticas da pesquisa
De acordo com a Resoluccedilatildeo 46612 que visa assegurar os direitos e deveres que
dizem respeito agrave comunidade cientiacutefica aos sujeitos da pesquisa e ao Estado uma pesquisa
que envolve a participaccedilatildeo de seres humanos deve atender aos fundamentos eacuteticos e
cientiacuteficos pertinentes para a seguranccedila dos mesmos Neste contexto toda pesquisa
envolvendo seres humanos deveraacute ser submetida agrave apreciaccedilatildeo de um Comitecirc de Eacutetica em
Pesquisa (CEP) (BRASIL 2012)
Atendendo a esta condiccedilatildeo o projeto de pesquisa foi encaminhado ao CEP ndash do
Hospital Universitaacuterio o qual foi realizada a pesquisa foi analisado e aprovado na Reuniatildeo
com data de 06122013 CAAE 24693613700005243 Nuacutemero do parecer 486451 Com
isso a pesquisa foi desenvolvida mediante aprovaccedilatildeo do CEP atendendo aos preacute-requisitos
estipulados pela Resoluccedilatildeo nordm 46612
Esta pesquisa eacute pautada em princiacutepios eacuteticos que respeitam a dignidade humana e
justiccedila assegurando que natildeo haveraacute nenhum tipo de dano aos participantes
20
Em atendimento a resoluccedilatildeo 46612 do Conselho Nacional de SauacutedeMS apoacutes serem
esclarecidos pela pesquisadora quanto aos aspectos eacuteticos relacionados agrave pesquisa aleacutem das
formas de produccedilatildeo de dados e inserccedilatildeo no estudo os sujeitos da pesquisa assinaram duas
vias do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido ndash TCLE (apecircndice 1) autorizando sua
participaccedilatildeo voluntaacuteria na pesquisa Uma via foi entregue ao participante e outra ficou
arquivada com a pesquisadora
Nesse documento consta os objetivos da pesquisa procedimentos benefiacutecios
previstos garantia de recusa de participaccedilatildeo em qualquer momento de acesso aos resultados
da pesquisa e tambeacutem a garantia de acesso ao pesquisador quando os sujeitos julgarem
necessaacuterio sendo todas essas informaccedilotildees em linguagem acessiacutevel e simples O mesmo foi
apresentado e explicado ao profissional convidado a participar do estudo no primeiro contato
eou durante visita agendada para realizaccedilatildeo da entrevista
Vale ressaltar que esta pesquisa cujo financiamento eacute proacuteprio natildeo oferece nenhum
tipo de riscos para o sujeito da pesquisa e nem para o cuidado das crianccedilas internadas no setor
de pediatria e os benefiacutecios da participaccedilatildeo do mesmo satildeo de aumentar o conhecimento
cientiacutefico na aacuterea de Enfermagem Pediaacutetrica aleacutem de contribuir para a praacutetica profissional
36 Anaacutelise dos dados
O processo de anaacutelise dos dados foi baseada na teacutecnica da Anaacutelise Temaacutetica que para
Minayo Deslandes e Gomes (2007 p 86) o conceito central eacute o tema ldquoO tema eacute a unidade de
significaccedilatildeo que se liberta naturalmente de um texto analisado segundo criteacuterios relativos agrave
teoria que serve de guia da leiturardquo (BARDIN11
A anaacutelise realizada estava de acordo com a sugerida por Minayo (2010 p 315) e
contam com as seguintes etapas preacute-analise exploraccedilatildeo do material tratamento dos
resultados obtidos e interpretaccedilatildeo Atraveacutes dessas etapas tem-se o objetivo de descrever o
conteuacutedo do material coletado e interpretaacute-lo
1979 apud MINAYO DESLANDES
GOMES 2007 p 86)
A preacute analise consiste na escolha dos elementos a serem analisados e na retomada das
hipoacuteteses e dos objetivos iniciais da pesquisa Inicia-se com uma leitura flutuante onde o
11 BARDIN L Anaacutelise de Conteuacutedo Lisboa Ediccedilotildees 70 1979
21
pesquisador toma contato direto com o material adquirido deixando-se impregnar por seu
conteuacutedo Posteriormente haacute a constituiccedilatildeo do Corpus textual onde eacute feita uma seleccedilatildeo dos
documentos que iratildeo contemplar e fornecer informaccedilotildees sobre o tema sendo assim adequados
para dar resposta aos objetivos do trabalho (MINAYO 2010 p 315)
Essa fase preacute-analiacutetica eacute onde se determinam a unidades de registro unidade de
contexto e a partir delas satildeo determinados os temas que seratildeo analisados A unidade de
registro corresponde parte do conteuacutedo selecionado como base para analise e apoacutes a
delimitaccedilatildeo do contexto de compreensatildeo da unidade de registro eacute estabelecida a unidade de
contexto (MINAYO 2010 p 316)
De acordo com os objetivos da pesquisa foi possiacutevel perceber que nove (9)
entrevistas supriam para atender os mesmo encerrando assim a coleta Apoacutes a transcriccedilatildeo das
entrevistas foi realizada leitura das mesmas para natildeo soacute conhecimento do material mas
tambeacutem estabelecer as unidades de registro Em seguida foi realizado o colorimento das falas
assim as classificando de acordo com as unidades de registro estabelecidas
As unidades de registro que surgiram foram os fatores que interferem na manutenccedilatildeo
do acesso venoso perifeacuterico e o apontamento do acompanhante como responsaacutevel pela perda
do acesso venoso perifeacuterico Elas receberam as cores vermelha e laranja respectivamente a
fim de facilitar o agrupamento dos dados A partir disto surgiram as unidades de contexto que
compreendem as falas das entrevistas de modo a exemplificar o contexto das unidades de
registro
Partindo para segunda etapa da analise temaacutetica a exploraccedilatildeo do material que consiste
numa classificaccedilatildeo que visa alcanccedilar o nuacutecleo de compreensatildeo do texto Busca-se encontrar
categorias que satildeo expressotildees ou palavras significativas em funccedilatildeo das quais o conteuacutedo seraacute
organizado Essas categorias satildeo responsaacuteveis pela especificaccedilatildeo dos temas (MINAYO
2010 p 317)
Nesse caso foram definidos os seguintes temas cuidados preacute intra e poacutes procedimento
de punccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico cuidados em desuso para manutenccedilatildeo do acesso
venoso perifeacuterico o acompanhante e a manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico Essas trecircs (3)
categorias seratildeo apresentadas analisadas e discutidas no capitulo seguinte
22
4 RESULTADOS E DISCUSSAtildeO
Nesse capiacutetulo apresento as trecircs categorias temaacuteticas que surgiram da anaacutelise dos
dados e que contemplaram de forma satisfatoacuteria os objetivos da pesquisa A primeira
categoria denominada como ldquoOs cuidados de enfermagem preacute intra e poacutes-procedimento de
punccedilatildeo do acesso venoso perifeacutericordquo traz os passos e cuidados que os profissionais realizam
antes durante e apoacutes a punccedilatildeo buscando descrever e analisar os fatores envolvidos na pratica
do procedimento em questatildeo que emergiram das entrevistas aleacutem dos cuidados de
enfermagem para a manutenccedilatildeo do mesmo
A segunda categoria que seraacute apresentada eacute ldquoOs cuidados em desuso para manutenccedilatildeo
do acesso venoso perifeacutericordquo que mostra os cuidados que os profissionais citaram como natildeo
mais utilizados para auxiliar na manutenccedilatildeo da punccedilatildeo venosa perifeacuterica
E a uacuteltima categoria eacute denominada ldquoO acompanhante e a manutenccedilatildeo do acesso
venoso perifeacutericordquo e traz a responsabilizaccedilatildeo do acompanhante pelos profissionais do setor
em relaccedilatildeo aos cuidados com manutenccedilatildeo da punccedilatildeo Essa categoria busca tambeacutem ressaltar a
funccedilatildeo do acompanhante durante a hospitalizaccedilatildeo da crianccedila destacando que determinados
cuidados satildeo de total funccedilatildeo da equipe de enfermagem
41 Os cuidados de enfermagem preacute intra e poacutes-procedimento de punccedilatildeo do acesso
venoso perifeacuterico
Para interpretar as unidades de contextos tive como base autores que definiram os
cuidados de enfermagem preacute intra e poacutes punccedilatildeo venosa perifeacuterica Para esses autores a fase
de preacute-punccedilatildeo compreende as accedilotildees de anaacutelise e conhecimento da prescriccedilatildeo avaliaccedilatildeo e
23
preparo emocional do paciente preparo do material e medicaccedilatildeo seleccedilatildeo do siacutetio de inserccedilatildeo
e dilataccedilatildeo da veia selecionada As accedilotildees envolvidas na punccedilatildeo satildeo a execuccedilatildeo das
precauccedilotildees-padratildeo antissepsia da pele punccedilatildeo do vaso a fixaccedilatildeo e curativo do cateter
Finalmente na etapa de poacutes-punccedilatildeo adota-se a identificaccedilatildeo da punccedilatildeo o descarte apropriado
das partes dos materiais natildeo utilizados a orientaccedilatildeo do paciente acerca da terapecircutica o
controle da infusatildeo atraveacutes do gotejamento se necessaacuterio e o registro do procedimento
Phillips12
De acordo com as entrevistas a seleccedilatildeo do local de punccedilatildeo eacute indicada com um fator
que interfere diretamente no tempo de permanecircncia do acesso venoso perifeacuterico visto que
dependendo do local ocorre a perda mais rapidamente Aleacutem da localizaccedilatildeo citaram tambeacutem
o calibre da veia como interferecircncia na manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico Seguem
abaixo algumas falas
(2001 apud ARAUacuteJO 2007 p18)
ldquoPrimeira coisa eacute vocecirc procurar bem a veia colocar uma veia de um bom calibre Se puder dar preferecircncia a natildeo puncionar dobrasrdquo (Cinderela) ldquoDependendo de onde estiver puncionado se for na matildeozinha a crianccedila fica toda hora ta mexendo taacute manipulando alguma coisa e se for no pezinho tambeacutem nem todo tempo vai ficar acamada entatildeo acaba perdendo o acessordquo(Bela ) ldquoO mau posicionamento pode levar a perdardquo (Rapunzel)
A opiniatildeo dos profissionais acima vai de encontro com o que eacute encontrado na
literatura visto que eacute de suma importacircncia que o mesmo avalie o cliente e considere alguns
aspectos para uma escolha criteriosa e eficaz como a finalidade da punccedilatildeo o tipo de soluccedilatildeo
a ser infundida a condiccedilatildeo da rede venosa a duraccedilatildeo da terapia idade do cliente habilidade
cognitiva da crianccedila a preferecircncia do cliente o que nem sempre seraacute possiacutevel satisfazer e
tambeacutem a sua atividade (ARAUacuteJO 2007 p31)
Os cuidados com o acesso venoso perifeacuterico satildeo importantes antes mesmo da
realizaccedilatildeo do procedimento Levando em consideraccedilatildeo que um erro durante a fase de preacute-
procedimento como a escolha errada do local de punccedilatildeo por exemplo poderaacute levar a perda
do acesso e prejudicar assim o tratamento aleacutem do bem-estar da crianccedila que seraacute puncionada
novamente
12 PHILLIPS L D Manual de terapia intravenosa 2ed Porto Alegre Artmed 2001
24
O vaso sanguiacuteneo que o profissional selecionar como local para puncionar deve ser
suficiente para suportar o calibre e o comprimento do cateter aleacutem de atender a necessidade
terapecircutica para que natildeo haja a necessidade de uma nova punccedilatildeo
A punccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico eacute um procedimento doloroso e de grande
incomodo para a crianccedila com isso eacute de suma importacircncia realizar a seleccedilatildeo preacutevia do
material poreacutem natildeo foi citado Outro cuidado rotineiro e natildeo menos importante como a
lavagem das matildeos antes da colocaccedilatildeo do acesso tambeacutem natildeo foi mencionado durante as
entrevistas
O preparo emocional da crianccedila e do acompanhante quanto ao procedimento deve ser
considerada praacutetica rotineira para a equipe de enfermagem O profissional de enfermagem
deve lavar as matildeos objetivando a reduccedilatildeo significativa de risco de infecccedilatildeo e recomenda-se o
uso de aacutegua e sabatildeo para lavagem das matildeos antes da colocaccedilatildeo do cateter venoso perifeacuterico
(PHILLIPS13
O preparo preacutevio do material para instalaccedilatildeo do cateter venoso perifeacuterico eacute importante
para evitar interrupccedilotildees do procedimento e consequentemente um maior tempo de
manipulaccedilatildeo da crianccedila (SILVA
2001apud ARAUacuteJO 2007 Centers for Disease Control and Prevention ndash CDC
2002 apud ARAUacuteJO 2007)
14
Outro aspecto citado e classificado como preacute-procedimento eacute o cuidado com a
medicaccedilatildeo a ser administrada incluindo cuidados com a diluiccedilatildeo e composiccedilatildeo da mesma
Seguem algumas das falas
2004 apud ARAUacuteJO 2007 p30)
ldquoEstar sempre diluindo as medicaccedilotildees de acordo com a prescriccedilatildeo meacutedica pois as medicaccedilotildees satildeo muito fortes e podem causar enfraquecimento da veia Tem que diluir direitinho e passar lento na veiardquo (Cinderela) ldquoTer cuidado principalmente quando eacute crianccedila e a diluiccedilatildeo da medicaccedilatildeo tambeacutem agraves vezes natildeo eacute pra passar em perifeacuterico e na segunda dose jaacute perdeurdquo (Alice)
O acesso venoso perifeacuterico eacute a primeira alternativa para infusatildeo intravenosa por ser de
mais faacutecil acesso e rapidez no efeito da medicaccedilatildeo O profissional de enfermagem deve ter
domiacutenio natildeo soacute relacionado agrave infusatildeo das medicaccedilotildees mas tambeacutem com a composiccedilatildeo
13 PHILLIPS L D Manual de terapia intravenosa 2ed Porto Alegre Artmed 2001 14 SILVA G R G Terapia intravenosa em receacutem-nascidos ndash orientaccedilotildees para o cuidado de Enfermagem Rio de Janeiro Cultura Meacutedica 2004
25
farmacoloacutegica das mesmas os efeitos adversos e colaterais que a droga pode causar inclusive
em relaccedilatildeo a diluiccedilatildeo o que normalmente eacute estabelecido como padratildeo no setor de acordo com
cada faacutermaco
Com a intenccedilatildeo de promover a eficaacutecia terapecircutica dos medicamentos administrados
por via intravenosa eacute atribuiccedilatildeo do profissional de enfermagem implementar teacutecnicas como a
diluiccedilatildeo acondicionamento e cuidados na administraccedilatildeo de faacutermacos a fim de evitar
prejuiacutezos no tratamento resultantes da incompatibilidade medicamentosa (PETERLINI
CHAUD e PEDREIRA 2006)
Os fatores intra-procedimento satildeo considerados aqueles diretamente relacionados com
o procedimento Os dados colidos nas entrevistas ressaltaram apenas a fixaccedilatildeo com um fator
que interfere nessa fase Este foi o dado mais repetitivo nas entrevistas poreacutem sempre citado
de forma superficial Seguem as falas dos profissionais quando questionados sobre o que era
importante para manutenccedilatildeo do acesso
ldquoTem que fazer uma boa fixaccedilatildeo Porque quando a pessoa natildeo fixa bem prejudica porque aquilo vai soltando e quando vocecirc vecirc jaacute perdeu a veiardquo(Cinderela) ldquoEu acho que natildeo tem o que fazer para manter o acesso A crianccedila vai ficar uns dias X com aquele acesso pra fazer medicaccedilatildeo e eu acho que natildeo tem o que vocecirc profissional fazer para que natildeo percardquo (Aurora) ldquoA fixaccedilatildeo evita a movimentaccedilatildeo excessiva no local que estaacute o acessordquo (Ariel) ldquoTer cuidado com o curativo saber manusear E manter sempre o curativo limpo trocar se necessaacuteriordquo (Rapunzel) ldquoA fixaccedilatildeo eacute muito importante pra natildeo soltar o acesso e pra ele ficar mais tempordquo(Mulan)
Oliveira Bezerra e Pereira (2008 p 94) afirmam que de acordo com o revelado por
determinados estudos o tipo de curativo a fixaccedilatildeo do cateter e o tempo de permanecircncia estatildeo
diretamente relacionados com a ocorrecircncia de complicaccedilotildees infecciosas como flebites e
tambeacutem infiltraccedilatildeo extravasamento desconexatildeo e deslocamento do cateter
26
Para Pettit e Kraus15
Potter
(1995 apud MACHADO PEDREIRA E CHAUD2005 p292) a
gaze esteacuteril fixada com a fita adesiva hipoalergecircnica bem como a peliacutecula transparente esteacuteril
satildeo os materiais mais recomendados para curativo e fixaccedilatildeo de cateter venoso perifeacuterico
16
Jaacute as peliacuteculas transparentes mais conhecidas como filme permitem a respiraccedilatildeo
normal da pele com alta permeabilidade ao oxigecircnio e vapores e eacute impermeaacutevel a liacutequidos e
micro-organismos (SILVA E ZANETTI 2004 p233) Aleacutem disso permitem tambeacutem a
visualizaccedilatildeo contiacutenua do local de punccedilatildeo permitindo assim avaliaccedilatildeo do mesmo natildeo soacute
durante a infusatildeo de medicaccedilotildees mas tambeacutem todo o tempo
(1998 apud SILVA E ZANETTI 2004 p233) afirma que nas fixaccedilotildees em
que se utiliza a gaze esteacuteril preconiza-se a utilizaccedilatildeo de teacutecnica asseacuteptica Neste curativo a
gaze esteacuteril eacute colocada sobre o siacutetio de inserccedilatildeo e suas bordas satildeo fixadas com fita adesiva
A observaccedilatildeo da punccedilatildeo eacute muito importante pois se o local de inserccedilatildeo se mostrar
com sinais e sintomas de complicaccedilotildees a terapia deve ser suspensa (OLIVEIRA BEZERRA
e PEREIRA 2008 p95)
A visualizaccedilatildeo contiacutenua do acesso permite que a equipe de enfermagem possa realizar
uma observaccedilatildeo mais particularizada em relaccedilatildeo agraves condiccedilotildees do acesso venoso perifeacuterico
podendo observar se haacute deslocamento do cateter sinais de infiltraccedilatildeo e tambeacutem sinais de
infecccedilatildeo
Para Silva Barbato e Valente (2013 p 1200) cabe ao enfermeiro fazer a avaliaccedilatildeo
diaacuteria e cuidadosa do curativo observando a presenccedila de umidade sujidade integridade do
oacutestio de inserccedilatildeo a fixaccedilatildeo bem como a realizaccedilatildeo do curativo e das anotaccedilotildees legais
competentes agraves suas funccedilotildees
A fase poacutes-procedimento eacute caracterizada por uma seacuterie de cuidados que a equipe de
enfermagem deve realizar para que se obtenha maior tempo de permanecircncia do acesso venoso
perifeacuterico Durante as entrevistas os cuidados citados foram a salinizaccedilatildeo do acesso cuidados
para evitar a flebite e a velocidade de infusatildeo
15 Pettit DM Kraus V The use of gauze versus transparent dressings for peripheral intravenous catheter sites Nurs ClinNorth Am 1995 30(3)495-506 16 Potter P Perry AG Fundamentos de enfermagem processo conceito e praacutetica 3ordf ed Santos(SP) Guanabara Koogan19981397pp801-43
27
ldquoManter um acesso bem salinizado que vocecirc lave pelo menos de duas de trecircs em trecircs horas Se bem que isso aqui na pediatria natildeo eacute muito comum aqui a gente soacute lava cada vez que vai fazer medicaccedilatildeo mas se eu natildeo me engano a literatura preconiza isso vocecirc lavar pelo menos de quatro em quatro horas o acessordquo (Aurora)
ldquoPra manter o acesso venoso perifeacuterico eacute importante manter ele salinizado Assim que a gente recebe o plantatildeo eu vou ver se o acesso ta peacutervio com uma ldquoseringuinhardquo vai la da uma ldquolavadinhardquo e vecirc se o acesso ta peacutervio e manter o acesso salinizadordquo (Ariel)
ldquoSalinizar de 6 em 6 horas para manter ele peacuterviordquo (Alice)
ldquoTem que passar lento a medicaccedilatildeo e a limpeza da aacuterea vocecirc tem que limpar bem a aacuterea pra vocecirc natildeo formar uma flebiterdquo (Cinderela)
A salinizaccedilatildeo do acesso eacute um cuidado simples e de grande importacircncia Esse cuidado
deve ser realizado para manter o acesso peacutervio e limpo e deve ser realizado antes e apoacutes
qualquer infusatildeo
Para Moncaio e Figueiredo (2009)
a ldquosalinizaccedilatildeordquo consiste em administrar sob pressatildeo positiva soluccedilatildeo salina (Soro fisioloacutegico a 09) logo apoacutes o teacutermino da infusatildeo da medicaccedilatildeo Este procedimento visa prevenir a formaccedilatildeo de trombos e fibrina evitar o contato de drogas incompatiacuteveis (quando da infusatildeo de mais de um item medicamentoso no mesmo horaacuterio) garantir a infusatildeo de todo o medicamento que possa ter ficado no sistema aleacutem de evitar retorno sanguiacuteneo mantendo o cateter peacutervio para a proacutexima infusatildeo
Durante a coleta de dados esse cuidado surgiu em diversos momentos poreacutem foi
possiacutevel perceber que os profissionais realizam o mesmo de forma banalizada Natildeo sabem de
fato a real funccedilatildeo de manter o acesso salinizado A impressatildeo que passa eacute que eles
aprenderam que esse cuidado deveria ser feito e simplesmente fazem Haacute divergecircncias
tambeacutem entre a equipe em relaccedilatildeo ao momento que deve ser realizada a salinizaccedilatildeo e isso nos
mostra a desatualizaccedilatildeo dos profissionais do setor e a falta de uma educaccedilatildeo continuada no
hospital
Os cuidados para evitar a flebite e a velocidade de infusatildeo da medicaccedilatildeo apareceram
menos nas entrevistas e interferem diretamente com a manutenccedilatildeo do acesso venoso
perifeacuterico
28
A flebite eacute uma inflamaccedilatildeo na veia puncionada ocorrendo quando as ceacutelulas
endoteliais da parede da veia que o cateter estaacute inserido tornam-se inflamadas e irregulares
propiciando a aderecircncia de plaquetas e predispondo a veia a inflamaccedilatildeo Eacute comum que o local
se apresente dolorido hiperemiado quente e edemaciado e nesses casos eacute aconselhada a
retirada do cateter Uma boa fixaccedilatildeo do cateter perifeacuterico eacute recomendada por autores na
literatura visto que previnem deslocamento faacutecil e permitem uma boa visualizaccedilatildeo do local
evitando complicaccedilotildees como a flebite e infiltraccedilatildeo (MOLDES et al 2011 p 330)
Dentre as principais falhas de infusatildeo venosa estatildeo flebite infiltraccedilatildeo hematoma e
obstruccedilatildeo Acredita-se que para reduzir a incidecircncia destas nas unidades pediaacutetricas eacute preciso
a adoccedilatildeo de estrateacutegias tais como a abordagem junto agrave equipe em parceria com o setor de
educaccedilatildeo permanente e a adoccedilatildeo do uso da teacutecnica corretamente e de forma asseacuteptica para a
realizaccedilatildeo da punccedilatildeo venosa perifeacuterica em acordo com a comissatildeo de controle de infecccedilatildeo
hospitalar (SILVA BARBATO e VALENTE 2013 p 1200)
A incapacidade do paciente em relatar dor no siacutetio de administraccedilatildeo do faacutermaco quer
pela idade ou condiccedilatildeo cliacutenica e o local de inserccedilatildeo como tambeacutem a velocidade de infusatildeo do
medicamento (gt25mgmin) satildeo classificados como fatores de risco para a perda do acesso
venoso perifeacuterico (MARTINS SILVINO e DIAS 2010)
42 Os cuidados em desuso para manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico
Essa categoria discorre sobre os cuidados de enfermagem que com o passar do tempo
foram desconsiderados e natildeo satildeo mais utilizados Quando questionados em relaccedilatildeo a vivencia
profissional e cuidados que discordavam os entrevistados citaram o uso da tala para fixaccedilatildeo
uso de heparina e os cuidados em relaccedilatildeo ao tempo de permanecircncia do cateter Haacute muitas
controveacutersias em relaccedilatildeo aos cuidados citados acima
O tempo de permanecircncia interfere diretamente no aparecimento de complicaccedilotildees
como flebite e que acabam levando a perda do acesso venoso perifeacuterico mais rapidamente
aconselhando assim a troca do mesmo entre 76 a 96 horas Poreacutem eacute preconizada a retirada do
cateter apenas se finalizar o tratamento ou houver alguma interferecircncia
ldquoA gente observa tambeacutem o tempo dependendo do tempo tem que tirarrdquo (Alice)
29
ldquoHoje eu natildeo sei como que eacute essa questatildeo do tempo porque a gente trocava o acesso a cada quatro dias agora o pessoal jaacute diz que pode trocar em ateacute uma semana entatildeo natildeo sei como que ta isso e o que tem escrito em relaccedilatildeo a isso (Aurora)
Sabe-se que o tempo para troca do cateter de teflon ou poliuretano varia de 72 a 96
horas com o intuito de reduzir risco de infecccedilatildeo e flebite e para minimizar esses riscos nas
seguintes situaccedilotildees diante de sinais inflamatoacuterios no local de inserccedilatildeo e sempre que houver
mau funcionamento do cateter (SANTOS17
Entretanto o Center for Disease Control and Prevention - CDC (2002) diz que em
pacientes pediaacutetricos natildeo foi observada relaccedilatildeo quanto ao tempo de permanecircncia do cateter e
ocorrecircncia de complicaccedilotildees devendo ser mantido ateacute o teacutermino da terapia intravenosa ou
quando forem observados sinais cliacutenicos de complicaccedilotildees
2004 apud OLIVEIRA BEZERRA e PEREIRA
2008 p 93)
Eacute possiacutevel observar a diferenccedila do conhecimento pratico dos profissionais
entrevistados em relaccedilatildeo ao conhecimento encontrado na literatura E ainda contendo duacutevidas
natildeo haacute uma busca da parte dos mesmos para esclarececirc-las
O uso da heparina com a finalidade de manter o acesso peacutervio por um periacuteodo maior
de tempo mostra-se com mais certeza quanto ao desuso nos dados colidos
ldquoAntigamente a gente usava heparina entatildeo a gente ficava tranquila em relaccedilatildeo agrave obstruccedilatildeo mas agora natildeo a gente usa o soro fisioloacutegico e a gente deixa salinizadordquo (Aurora)
Rang e Dale 18(1998 apud DOPICO e OLIVEIRA 2006) afirmam que a heparina
inibe a formaccedilatildeo de coaacutegulos de fibrina in vitro e in vivo e que seu efeito anticoagulante eacute
praticamente imediato Com isso Phillips19
17 Santos W Lavagem das matildeos In R Luiz Santos W Manual baacutesico de prevenccedilatildeo e controle das infecccedilotildees hospitalares do HRU Fortaleza Hospital Regional Unimed 2004
(2001 apud DOPICO e OLIVEIRA 2006)
ressalta que a teacutecnica de manutenccedilatildeo intermitente de cateteres intravenosos com soluccedilatildeo
salina 09 classificada como salinizaccedilatildeo tem sido pesquisada haacute alguns anos apresentando
em relaccedilatildeo ao uso da heparina vantagens como o baixo custo ser um procedimento mais
18 Rang HP Dale M M Hemostasia e Trombose In Rang HP Dale M M Farmacologia Rio de Janeiro Guanabara Koogan 1998 p235-47 19 PHILLIPS L D Manual de terapia intravenosa 2ed Porto Alegre Artmed 2001
30
simples aleacutem de eliminar a possibilidade de incompatibilidade com as drogas e soluccedilotildees
administradas aleacutem da inexistecircncia de riscos ao paciente Entretanto sabe-se que a literatura
ainda natildeo fornece consenso acerca da soluccedilatildeo mais indicada para manutenccedilatildeo da
permeabilidade do cateter venoso perifeacuterico
Eacute importante ressaltar que muitas instituiccedilotildees do nosso paiacutes nem ao menos tecircm o
conhecimento da praacutetica da salinizaccedilatildeo com soluccedilatildeo salina 09 No que se refere agrave pesquisa
cientiacutefica as limitaccedilotildees desta praacutetica satildeo atribuiacutedas agrave ausecircncia de um maior nuacutemero de
estudos controlados para validar sua eficaacutecia (EPPERSON20
Apesar de natildeo ser encontradas publicaccedilotildees acerca do tema a utilizaccedilatildeo de heparina
mostra-se como uma pratica natildeo mais utilizada pelos profissionais de enfermagem Outro
tema onde haacute controveacutersias e tambeacutem poucas citaccedilotildees eacute o uso da tala para fixaccedilatildeo do acesso
venoso perifeacuterico Seguem abaixo a opiniatildeo de alguns dos profissionais entrevistados
1984 apud DOPICO e
OLIVEIRA 2006)
ldquoA uacutenica coisa que eu natildeo gosto de ver eacute quando se coloca tala para imobilizar dizendo que a tala vai ajudar a natildeo perder a veia Isso eu natildeo concordo acho que a tala prejudica a crianccedila fica incomodada faz dor no membrordquo (Cinderela)
ldquoAntigamente a gente usava muito tala e as vezes eu pego isso aqui ai eu falo gente tala natildeo se usa mais natildeo faz parte mais da fixaccedilatildeo vocecirc pode fixar de uma forma que a crianccedila natildeo perca A tala eu acho que ela traumatiza um pouco ainda mais se vocecirc pegar um acesso na dobra vocecirc vai fazer com que a crianccedila fique com o braccedilo esticado muito tempo eu acho que pode causar uma lesatildeo depois e a literatura jaacute fala que eacute desnecessaacuteria natildeo precisa maisrdquo (Aurora) ldquoAntigamente usavam tala mas hoje em dia quase natildeo se vecirc mais e eu acho que a tala atrapalha porque a crianccedila fica imobilizada no membro ai fica mais irritadardquo (Rapunzel) ldquoLaacute no meu outro trabalho alguns usam a tala Eu acho que a tala ajuda ateacute a perder mais raacutepido porque a crianccedila fica incomodada vai querer mexer naquilordquo (Mulan)
20 Epperson EL Efficacy of 09 sodium chloride injection with without heparin for maintenance indwelling intermittent injection sites Clin Pharm1984 3(5)26
31
Almeida e Sabateacutes21
Entretanto haacute estudo que comprovam que o uso da tala natildeo se mostra tatildeo eficiente e
apresenta-se como uma praacutetica controversa O estudo foi realizado em crianccedilas ateacute os 12 anos
utilizando imobilizaccedilatildeo com tala e em mais de metade dos casos (553) ocorreu infiltraccedilatildeo
o que indicia a ineficaacutecia desta praacutetica (MACHADO PEDREIRA e CHAUD 2008 apud
BATALHA et al 2010 p512)
(2008 apud BATALHA et al 2010 p512) afirmam que a teacutecnica
de fixaccedilatildeo dos CVP com uso de imobilizaccedilatildeo com tala para restriccedilatildeo ou limitaccedilatildeo dos
movimentos articulares proacuteximo do local da punccedilatildeo estaacute indicado nas matildeos punhos cotovelo
e maleacuteolo
Para Batalha et al (2010 p512) o uso desta praacutetica parece natildeo se coadunar com o
atual uso de cateteres flexiacuteveis tipo abocath em detrimento de agulhas metaacutelicas Talvez por
isso comecem a surgir novas teacutecnicas de fixaccedilatildeo dos CVP que natildeo exigem imobilizaccedilatildeo das
articulaccedilotildees com talas
Aleacutem de natildeo haver uma confirmaccedilatildeo dos benefiacutecios causados pelo uso da tala a
imobilizaccedilatildeo causa incocircmodo para a crianccedila que fica com o membro imoacutevel podendo causar
dor e tambeacutem irritaccedilatildeo O uso desse tipo de fixaccedilatildeo tambeacutem impede a visualizaccedilatildeo frequente
do acesso venoso afetando assim os cuidados de observaccedilatildeo da equipe de enfermagem
43 O acompanhante e a manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico
A presente categoria vai discutir um assunto importante que surgiu durante as
entrevistas de forma inesperada Alguns dos profissionais entrevistados citaram o descuido do
acompanhante como um fator causador da perda do acesso venoso perifeacuterico Seguem abaixo
algumas falas
ldquoA matildee sempre acompanha e tem matildee que natildeo tem cuidado natildeo vigia e a gente tem que ficar pedindo pra olhar tomar contardquo (Aurora)
ldquoEm relaccedilatildeo ao acompanhante porque a crianccedila natildeo vai avaliar entatildeo o acompanhante que estar ali tem que avaliar direitinho natildeo deixar a crianccedila mexer ou puxarrdquo (Bela)
ldquoNatildeo eacute toda matildee que esta vigiando que cuida pra que a crianccedila natildeo perca o acessordquo (Jasmine)
21 Almeida FA Sabateacutes AL Enfermagem pediaacutetrica a crianccedila o adolescente e a sua famiacutelia no hospital Satildeo Paulo(SP) Manole 2008
32
ldquoAcho que leva a perda quando o acompanhante natildeo coopera as vezes a gente faz a imobilizaccedilatildeo na crianccedila e as vezes eles ateacute retiram e a proacutepria crianccedila agitada ela mesmo arrancardquo (Branca de Neve)
ldquoAgraves vezes a proacutepria crianccedila que a matildee deixa muito solta ai solta o acessordquo (Mulan)
Apoacutes a implementaccedilatildeo da lei que garante um acompanhante ao paciente pediaacutetrico a
presenccedila do familiarresponsaacutevel durante a hospitalizaccedilatildeo mudou a rotina da equipe de
enfermagem trazendo duacutevidas quanto a real funccedilatildeo do acompanhante e fazendo com que a
mesma viesse a delegar certos cuidados para acompanhante
A Promulgaccedilatildeo da Lei 8069 do Estatuto da Crianccedila e do Adolescente (ECA) em
1990 no seu artigo 12deg garante agrave crianccedila ou ao adolescente o direito de ter um responsaacutevel
que o acompanhe durante a hospitalizaccedilatildeo (1990)
Desde a sua implantaccedilatildeo as unidades vecircm sofrendo um processo de reorganizaccedilatildeo de
suas praacuteticas A inserccedilatildeo da famiacutelia modifica a organizaccedilatildeo do processo de trabalho o que
requer dos profissionais uma compreensatildeo em relaccedilatildeo agrave dinacircmica das relaccedilotildees interpessoais
(COLLET e ROCHA 2004)
Pimenta e Collet (2009) ressaltam que natildeo haacute nenhuma regulamentaccedilatildeo sobre a
participaccedilatildeo da famiacutelia nos cuidados e no entanto a mesma desempenha atividades junto agrave
crianccedila durante a hospitalizaccedilatildeo que devem ser levadas em consideraccedilatildeo A falta de
reconhecimento desse fato fez com que a equipe de enfermagem e famiacutelia natildeo possuiacutessem
uma relaccedilatildeo aberta e vivessem uma relaccedilatildeo silenciosa e impliacutecita de poder na qual a famiacutelia
acaba assumindo as relaccedilotildees do cuidado agrave crianccedila de responsabilidade da enfermagem
A negociaccedilatildeo entre matildees e equipe de enfermagem em relaccedilatildeo aos cuidados agrave crianccedila
hospitalizada natildeo eacute uma tarefa faacutecil tendo em vista que natildeo se tem claro qual o seu novo
papel neste processo (COLLET e ROCHA 2004)
Eacute possiacutevel ver nas falas que a presenccedila do acompanhante causa para a equipe de
enfermagem a seguranccedila de ter algueacutem para ldquovigiarrdquo ldquotomar contardquo e natildeo deixar que a
crianccedila hospitalizada perca o acesso venoso quando na verdade eacute funccedilatildeo da equipe de
enfermagem cuidados referentes ao acesso venoso perifeacuterico
33
Jaacute o acompanhante eacute definido pelo Ministeacuterio da Sauacutede como uma pessoa significativa
para a crianccedila que representa sua rede social e que vai acompanhaacute-lo durante a permanecircncia
no ambiente hospitalar ressaltando assim sua importacircncia Esse fato se reforccedila visto que a
crianccedila encontra nos familiares a forccedila e seguranccedila necessaacuteria para encarar todo esse processo
doloroso e desconhecido (MURAKAMI e CAMPOS 2011 p255)
O acompanhante aleacutem de minimizar o sofrimento do paciente pediaacutetrico faz com que
o mesmo sinta-se mais a vontade Eacute importante ressaltar que o familiarresponsaacutevel natildeo soacute
pode como deve participar das atividades da crianccedila no hospital desde que estas natildeo sejam
competecircncias dos profissionais que os cercam Essas atividades satildeo caracterizadas como
semelhantes aos que eles realizam diariamente fora do ambiente hospitalar como o banho
Poreacutem no caso de um paciente com punccedilatildeo venosa perifeacuterica o profissional de enfermagem
deve auxiliar no cuidado para que essa natildeo se perca
Os cuidados dos familiaresacompanhantes satildeo os mesmos que os desenvolvidos no
domiciacutelio e os cuidados prestados pela equipe de enfermagem satildeo aqueles que demandam
conhecimento teacutecnico-cientiacutefico especializado (SOUZA e OLIVEIRA 2010 p558)
Mesmo alguns cuidados parecerem simples e rotineiros quando eacute prestado no
hospital assumem novas caracteriacutesticas com o uso de dispositivos tecnoloacutegicos os quais se
tornam complexos (PIMENTA E COLLET 2009)
O ato de cuidar envolve o respeito agrave maneira como vive cada indiviacuteduo de acordo
com suas crenccedilas valores costumes e cultura A famiacutelia como uma instituiccedilatildeo atende agraves
necessidades bioloacutegicas de seus membros sendo sua responsabilidade cuidar e criar os filhos
incluindo a obrigaccedilatildeo da alimentaccedilatildeo higiene vestuaacuterio e moradia (ELSEN22
Nas entrevistas podemos verificar falas em que o acompanhante eacute citado como
responsaacutevel por avaliar a punccedilatildeo venosa A equipe de enfermagem deve sempre partir do
pressuposto que o familiar acompanhante natildeo tem conhecimento cientiacutefico e certo tipo de
cuidado natildeo deve se delegado para o mesmo mostrando assim a importacircncia da orientaccedilatildeo do
acompanhante quanto aos procedimentos dispositivos utilizados e cuidados em que os
etal 1994
apud SOUZA e OLIVEIRA 2010 p 553)
22 Elsen I Patriacutecio ZM Assistecircncia agrave crianccedila hospitalizada tipos de abordagens e suas implicaccedilotildees para a enfermagem In A enfermagem em pediatria e puericultura Rio de Janeiro (RJ) Atheneu 2005
34
mesmos possam auxiliar Seguem abaixo as falas onde os profissionais ressaltaram a
importacircncia da orientaccedilatildeo do acompanhante
ldquoNem sempre a crianccedila vai entender o porque de estar com aquele acesso entatildeo tem que ter uma orientaccedilatildeo do acompanhanterdquo (Bela)
ldquoTem que haver orientaccedilatildeo do acompanhante para os cuidadosrdquo (Ariel)
ldquoAgraves vezes tem ate o exemplo de um pai que natildeo deixa trocar o acesso jaacute tinha mais de uma semana e ele natildeo queria que trocasse ai faz febre e natildeo sabe da onderdquo (Alice)
Para Souza e Oliveira (2010 p555) deve haver uma preocupaccedilatildeo em orientar
considerando que o outro natildeo tem nenhum tipo de conhecimento sobre o assunto Poreacutem
Queiroz e Jorge23
Apesar das dificuldades o profissional de enfermagem deve estabelecer um viacutenculo de
confianccedila com o acompanhante buscando sempre deixaacute-los ciente das situaccedilotildees e fazendo-os
participar dos cuidados plausiacuteveis sem causar nenhum dano agrave crianccedila e de maneira alguma
abandonar suas atribuiccedilotildees
(2004 apud SOUZA e OLIVEIRA 2010 p 556) ressaltam que apesar de os
profissionais terem intenccedilatildeo de orientar os cuidados para a sauacutede repassam conhecimentos
elaborados cientificamente dificultando a compreensatildeo do familiar aleacutem de a relaccedilatildeo se dar
de maneira vertical assimeacutetrica e coercitiva
23 Queiroz MVO Jorge MSB Accedilotildees educativas no cuidado infantil e intervenccedilotildees dos profissionais junto agraves famiacutelias Acta Scientiarum Maringaacute 2004 janjun 26(1) 27-34
35
CONCLUSAtildeO
Atraveacutes desse estudo foi possiacutevel descrever e analisar os cuidados que os profissionais
de enfermagem realizam acerca da permanecircncia do acesso venoso perifeacuterico Aleacutem disso a
realizaccedilatildeo da pesquisa permitiu identificar a desarticulaccedilatildeo do processo de enfermagem e a
praacutetica desconectada da produccedilatildeo cientiacutefica caracterizando a falta de uma educaccedilatildeo
continuada efetiva
A anaacutelise dos dados demonstra o processo de punccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico
ressaltando a importacircncia de cuidados como a seleccedilatildeo do local a diluiccedilatildeo da medicaccedilatildeo a
realizaccedilatildeo de uma boa fixaccedilatildeo a atenccedilatildeo com a velocidade de infusatildeo os cuidados com os
sinais de infecccedilatildeo e salinizaccedilatildeo do acesso natildeo deixando de salientar cuidados em desuso
como o uso da heparina da tala e duvidas em relaccedilatildeo ao tempo de permanecircncia Evidenciou
tambeacutem que a equipe de enfermagem delega alguns cuidados para os acompanhantes
Natildeo foi possiacutevel perceber o niacutevel de conhecimento cientiacutefico dos profissionais visto
que eles em nenhum momento por natildeo saberem ou por medo de se expor natildeo explicaram de
fato nenhum cuidado que disseram realizar Sempre citaram de forma superficial e direta
deixando claro tambeacutem que o pesquisador natildeo os indagou quanto a isso Poreacutem creio que
diante de cuidados tatildeo importantes e de frequente praacutetica os mesmos falariam facilmente
sobre os cuidados de enfermagem na permanecircncia do acesso venoso perifeacuterico
Apesar dos entrevistados citarem alguns fatores e cuidados realizados de forma
correta eacute visiacutevel que os mesmos realizam os cuidados com a punccedilatildeo e a permanencia do
acesso de forma automaacutetica sem unir a praacutetica com o fundamento do mesmo
Eacute importante destacar tambeacutem a importacircncia do preparo emocional da crianccedila como
tambeacutem os cuidados com a famiacutelia dos mesmos O trabalho de humanizaccedilatildeo realizado pela
36
enfermagem faz grande diferenccedila nessas situaccedilotildees visto que os pacientes e acompanhantes
tendo conhecimento do que seraacute realizado ficariam mais tranquilos
O estudo contribuiu para o campo do ensino nesta aacuterea dando destaque ao importante
papel que o profissional de enfermagem deve desempenhar no cuidado e na manutenccedilatildeo do
acesso venoso perifeacuterico Contudo vale ressaltar a importacircncia do incentivo ao profissional a
buscar na literatura natildeo soacute esclarecimento de suas duvidas mas tambeacutem novos
conhecimentos
Pode colaborar ainda para a realizaccedilatildeo de novas pesquisas na aacuterea procurando
eliminar duacutevidas e controveacutersias sobre o tema Buscando assim a realizaccedilatildeo de um cuidado de
enfermagem articulado e eficaz promovendo o bem-estar do paciente pediaacutetrico durante a
hospitalizaccedilatildeo
37
REFEREcircNCIAS
ARAUacuteJO Ana Paula Monteiro Baptista de Andrade As praacuteticas de cuidado agrave crianccedila com
cateter venoso perifeacuterico e seus reflexos na interaccedilatildeo enfermeiro-familiar Dissertaccedilatildeo
(Mestrado em Enfermagem) Universidade do Estado do Rio de Janeiro Faculdade de
Enfermagem2007 66 f Disponiacutevel emlt
httpwwwbdtduerjbrtde_buscaarquivophpcodArquivo=621 Acesso em 16 de maio de
2014
BATALHA Luis Manuel Cunha COSTA Luiacutesa Paula Santos ALMEIDA Dulce Maria
Gomes de LOURENCcedilO Patriacutecia Adriana Almeida GONCcedilALVES Ameacutelia Maria Ferreira
Maia TEIXEIRA Ana Cristina Guerra Fixaccedilatildeo de cateteres venosos perifeacutericos em crianccedilas
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Paacutegina 59 ndash jun2013 Disponiacutevel em lt
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44
APEcircNDICE I
TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO
DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO Tiacutetulo Do Projeto Os cuidados de enfermagem acerca dos acessos venosos perifeacutericos na unidade pediaacutetrica Pesquisador Responsaacutevel Rosane Cordeiro Burla de Aguiar Eny Dorea Paiva e Karina Rodrigues Fernandes Instituiccedilatildeo a que Pertence o Pesquisador Responsaacutevel Universidade Federal Fluminense Telefone para contato (21) 98355269 (21) 82392939 (21) 91786609 Nome do voluntaacuterio _________________________________________________________ Idade ________ anos RG ____________________________
AO Sr (a) estaacute sendo convidado (a) a participar do projeto de pesquisa OS CUIDADOS DE
ENFERMAGEM ACERCA DOS ACESSOS VENOSOS PERIFEacuteRICOS NA UNIDADE PEDIATRICA de
responsabilidade da pesquisadora Profordf Drordf Rosane Cordeiro Burla de Aguiar e Profordf Drordf Eny Dorea Paiva A
punccedilatildeo venosa perifeacuterica eacute um procedimento essencial durante a hospitalizaccedilatildeo da crianccedila visto que eacute atraveacutes
dela que eacute administrada grande parte das medicaccedilotildees Este estudo se justifica diante da importacircncia da
necessidade de um maior periacuteodo de permanecircncia dos acessos venosos perifeacutericos Com isso aleacutem da
diminuiccedilatildeo de eventos que causam dor e irritaccedilatildeo na crianccedila e na famiacutelia promoveraacute tambeacutem uma melhor estada
dos mesmos durante o periacuteodo de hospitalizaccedilatildeo Os objetivos da pesquisa satildeo 1) Descrever os fatores que
interferem na manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico de acordo com a equipe de enfermagem 2)Analisar os
cuidados da equipe de enfermagem na manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico A coleta de dados se daraacute
atraveacutes de entrevistas semi estruturadas que seratildeo gravadas As informaccedilotildees colhidas seratildeo tratadas de forma
anocircnima e confidencial ou seja em nenhum momento seratildeo divulgados o seu nome e somente os
pesquisadores teratildeo acesso agraves informaccedilotildees Os dados obtidos com a pesquisa poderatildeo ser publicados apenas com
fins cientiacuteficos Eles natildeo seratildeo utilizados para fins comerciais ou para outra finalidade qualquer Caso necessite
poderatildeo ser marcados encontros para respostas ou esclarecimentos de qualquer duacutevida acerca da pesquisa A sua
participaccedilatildeo eacute voluntaria e eacute importante lembrar que vocecirc poderaacute desistir de participar da pesquisa em qualquer
momento A entrevista seraacute marcada em um dia e horaacuterio que vocecirc achar melhor Seraacute realizada
individualmente em um ambiente que nos ofereccedila privacidade Esta pesquisa natildeo oferece riscos para vocecirc e os
benefiacutecios da sua participaccedilatildeo satildeo de aumentar o conhecimento cientiacutefico na aacuterea de Enfermagem Pediaacutetrica
aleacutem de contribuir para a praacutetica profissional Este documento seraacute elaborado em duas vias uma para vocecirc e a
outra seraacute arquivada pelo pesquisador
Eu_____________________________________________________________ RG no _____________________________ Declaro que apoacutes ter entendido o que me foi explicado consinto voluntariamente em participar do presente Protocolo de Pesquisa entendo ainda que posso retirar o meu consentimento a qualquer momento antes ou durante a realizaccedilatildeo do mesmo declaro ter sido informada(o) e concordo em participar como voluntaacuteria(o) da pesquisa acima descrita Rio de Janeiro_______de_______________de 20___ _____________________________ ________________________________
(Participante) Karina Rodrigues Fernandes (Responsaacutevel por obter o consentimento)
______________________________________ _______________________________________ (Testemunha) (Testemunha)
45
APEcircNDICE II
ROTEIRO PARA ENTREVISTA
1) O que vocecirc acha que pode levar a perda do acesso perifeacuterico
2) Para vocecirc o que eacute importante para manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico nas
crianccedilas
3) O que vocecirc acha que pode interferir na sua manutenccedilatildeo
4) Que medidas vocecirc adota no seu dia a dia para manter o acesso
5) Na sua vivencia profissional o que vocecirc discorda dos cuidados que geralmente satildeo
utilizados para manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico
46
ANEXO
47
48
14
O acesso vascular eacute uma das principais modalidades de tratamento utilizadas na
assistecircncia agrave sauacutede Existe ampla aceitaccedilatildeo difusatildeo e praacutetica desse procedimento pelos
profissionais da aacuterea da assistecircncia agrave sauacutede (FERREIRA et al 2005)
Foi na deacutecada de 40 que o uso de cateter vascular foi introduzido nos hospitais
tornando-se essencial para as atividades assistenciais da modernidade (WORTHIGTON6
Para Peterlini e Chaud (2003) tal procedimento se define como um conjunto de
conhecimentos e teacutecnicas que visam agrave administraccedilatildeo de soluccedilotildees ou faacutermacos no sistema
circulatoacuterio abrangendo o preparo do paciente a escolha obtenccedilatildeo e manutenccedilatildeo do acesso
venoso os meacutetodos de preparo e administraccedilatildeo de drogas e soluccedilotildees e os cuidados referentes
agrave frequecircncia de troca do cateter curativos dispositivos de infusatildeo e soluccedilotildees
2005 apud MENDONCcedilA et al 2011 p330)
Primeiramente o acesso perifeacuterico era mantido com agulhas de accedilo inoxidaacutevel as
quais apesar de oferecerem menor risco de infecccedilatildeo satildeo riacutegidas e facilitavam perda do
acesso Em 1945 passou a ser utilizado o cateter venoso plaacutestico que permitia manutenccedilatildeo do
acesso por tempo prolongado (FERNANDES e RIBEIRO7
Quanto ao tempo de permanecircncia em pacientes pediaacutetricos o cateter deve ser mantido
ateacute o teacutermino da terapia intravenosa ou quando forem observados sinais cliacutenicos de
complicaccedilotildees diferentemente dos pacientes adultos onde o tempo de permanecircncia
preconizado eacute de 72 a 96 horas (CENTERS FOR DISEASE CONTROL AND
PREVENTION-CDC 2002)
2000 apud MARTINS et al 2008
p 485) Habitualmente o material de punccedilatildeo que vem sendo utilizado em crianccedilas satildeo os
cateteres flexiacuteveis tipo abocath com mandril metaacutelico (BATALHA et al 2010 p512)
Associaccedilatildeo Paulista de Estudos e Controle de Infecccedilatildeo Hospitalar (2005 apud
Moncaio e Figueiredo 2009) ressaltam que ldquoas principais complicaccedilotildees infecciosas para o
paciente satildeo flebite infecccedilatildeo do siacutetio de inserccedilatildeo do cateter extravasamento de soluccedilatildeo e
bacteremia relacionada ao cateterrdquo Certos fatores podem contribuir para o aparecimento de
tais complicaccedilotildees como o tipo do cateter que seraacute utilizado o preparo do local da punccedilatildeo
aleacutem de caracteriacutesticas intriacutensecas do paciente Vale acrescentar que ldquoos cateteres 6 Worthigton T Elliot TSJ Diagnosis of central venous catheter related infection in adult pacient J Infect 2005 51267-80 7 Fernandes AT Ribeiro Filho N Infecccedilatildeo do acesso vascular In Fernandes AT Fernandes M OV Ribeiro Filho N Infecccedilatildeo hospitalar e suas interfaces na aacuterea da sauacutede Satildeo Paulo (SP) Atheneu 2000 p 556-79
15
confeccionados em Teflon e poliuretano estatildeo associados a baixas frequecircncias de
complicaccedilotildees infecciosas quando comparados aos de polivinilcloreto e polietilenordquo
CENTERS FOR DISEASE CONTROL AND PREVENTION-CDC 2002)
ldquoNo acircmbito hospitalar a flebite eacute uma das complicaccedilotildees mais frequentes e
considerada uma das principais falhas da infusatildeordquo Eacute o processo inflamatoacuterio da camada
iacutentima das veias ocasionado por irritaccedilatildeo mecacircnica quiacutemica ou infecccedilotildees bacterianas
apresentando manifestaccedilotildees como dor edema hiperemia local e calor (GABRIEL8
Machado et al(2008) relata que ldquocerca de 1 a 10 destes pacientes desenvolvem
infecccedilotildees locais ou sistecircmicas relacionadas ao uso de cateteres causadas por alteraccedilatildeo ou
ruptura da integridade da pele que permite a passagem de microorganismos colonizadoresrdquo
2008
apud MAGEROTE et al 2011 p 487)
O curativo para fixaccedilatildeo do cateter eacute outro ponto importante para a manutenccedilatildeo do
mesmo visto que a ldquofixaccedilatildeo reduz o risco de complicaccedilotildees relacionadas agrave terapia intravenosa
tais como flebite infiltraccedilatildeo septicemia e deslocamento do cateterrdquo aleacutem de mantecirc-lo limpo
e seco permitindo a visualizaccedilatildeo contiacutenua do mesmo a fim de prevenir os agravos
(PHILLIPS9
No seacuteculo passado durante os primeiro 50 anos da praacutetica da terapia intravenosa
utilizava-se para fixaccedilatildeo gaze esteacuteril e fitas adesivas O iniacutecio do uso de filmes transparentes
esteacutereis se deu em 1970 como solicitaccedilatildeo dos enfermeiros quanto agrave necessidade da retirada do
curativo para realizar a inspeccedilatildeo do local de inserccedilatildeo funccedilatildeo atribuiacuteda aos mesmos a fim de
impedir uma infecccedilatildeo de corrente sanguiacutenea (MACHADO PEDREIRA E CHAUD 2008)
2001 apud SILVA E ZANETTI 2004 p233)
O uso de fitas adesivas natildeo-esteacutereis pode ser bastante observado em algumas
instituiccedilotildees de sauacutede contudo fita adesiva soacute natildeo estaacute contaminada enquanto permanece na
embalagem sugerindo tambeacutem a possibilidade da transmissatildeo de microorganismos
patogecircnicos com a aplicaccedilatildeo da mesma sobre o local de inserccedilatildeo do cateter
(VANDENBOSCH COOCH E TRESTON-AURAND10
8 Gabriel J Infusion therapy part one minimising the risks Nurs Stand 2008 Apr 22(31)51-6
1997 et al MACHADO
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16
Acerca da terapia intravenosa podem ocorrer incompatibilidades em relaccedilatildeo aos
faacutermacos administrados e os cateteres utilizados que na maioria das vezes natildeo satildeo percebidos
devido a impossibilidade de visualizaccedilatildeo Essas incompatibilidades satildeo denominadas por
Peterlini Chaud e Pedreira (2006) como adsorccedilatildeo e absorccedilatildeo onde ocorre ldquoperda do faacutermaco
para a superfiacutecie de frascos seringas filtros acessoacuterios e cateteres da terapia intravenosa por
meio de adsorccedilatildeo ou pela absorccedilatildeo do faacutermaco para a matriz do material de confecccedilatildeo desses
dispositivosrdquo Com isso o profissional de enfermagem tem como funccedilatildeo aleacutem do
conhecimento cientiacutefico acerca das drogas utilizadas programar accedilotildees que possibilitem
ldquoreconstituiccedilatildeo diluiccedilatildeo acondicionamento e cuidados na administraccedilatildeo de faacutermacosrdquo
evitando assim prejuiacutezos no tratamento
17
3 METODOLOGIA
31 Tipo de pesquisa
Trata-se de uma pesquisa descritiva exploratoacuteria de abordagem qualitativa com os
profissionais da equipe de enfermagem da unidade de internaccedilatildeo pediaacutetrica de um hospital
universitaacuterio do estado do Rio de Janeiro
Para Minayo Deslandes e Gomes (2007 p 21) a pesquisa qualitativa responde as
questotildees de forma particular de modo que trabalha com o universo dos significados dos
motivos das aspiraccedilotildees das crenccedilas dos valores e atitudes Sendo assim entende-se que as
accedilotildees do ser humano se distinguem a partir do seu pensamento do modo de agir de acordo
com a realidade vivida por cada um
Segundo Gil (1999 p44) ldquoas pesquisas descritivas tecircm como objetivo primordial a
descriccedilatildeo das caracteriacutesticas de determinada populaccedilatildeo ou fenocircmeno ou o estabelecimento de
relaccedilotildees variaacuteveisrdquo
Kauark Manhatildees e Medeiros (2010 p28) determinam a pesquisa exploratoacuteria como
agravequela que ldquoObjetiva a maior familiaridade com o problema tornando-o expliacutecito ou agrave
construccedilatildeo de hipoacutetesesrdquo Acrescenta ainda que a mesma pode conter levantamento
bibliograacutefico entrevistas com pessoas experientes no problema pesquisado entre outras
fontes
32 Sujeitos da pesquisa
A pesquisa contou com um nuacutemero total de nove (9) profissionais da equipe de
enfermagem da unidade de internaccedilatildeo pediaacutetrica de um Hospital Universitaacuterio do Rio de
Janeiro sendo estes dois (2) enfermeiros e sete (7) teacutecnicos de enfermagem De todos os
18
participantes apenas um trabalha no serviccedilo noturno sendo o restante do serviccedilo diurno Os
mesmos satildeo os responsaacuteveis pela instalaccedilatildeo e manipulaccedilatildeo dos os acessos venosos
perifeacutericos supondo assim que tenham maior domiacutenio sobre o assunto abordado
Os sujeitos foram identificados com codinomes referentes agraves princesas da Disney para
que suas identidades sejam preservadas
33 Cenaacuterio
A pesquisa ocorreu na unidade de internaccedilatildeo pediaacutetrica localizada no quinto andar do
Hospital Universitaacuterio do Rio de Janeiro vinculado a uma Universidade Federal
A unidade pediaacutetrica eacute divida em trecircs enfermarias de acordo com a idade das crianccedilas
hospitalizadas sendo denominadas estas Lactente preacute-escolar e escolar A enfermaria
Lactente eacute composta por 5 leitos hospitalizando crianccedilas de 29 dias a 2 anos jaacute na preacute-escolar
encontram-se 6 leitos e acolhe crianccedilas de 2 a 6 anos e na escolar 6 leitos abrigando crianccedilas
de 7 a 12 anos Toda crianccedila hospitalizada tem direito a um acompanhante como eacute
preconizado por direito pelo Artigo doze (12) do Estatuto da Crianccedila e do Adolescente
(Brasil 1990 p3)
A enfermaria conta com um posto de enfermagem localizado no centro da unidade
possibilitando maior visualizaccedilatildeo das enfermarias Possui tambeacutem uma sala de recreaccedilatildeo e
banheiro para os pacientes e acompanhantes Haacute uma sala utilizada pedagogia hospitalar
onde uma professora realiza atividades com as crianccedilas
Vale ressaltar que na unidade haacute uma sala para realizaccedilatildeo de procedimentos dolorosos
como a punccedilatildeo venosa perifeacuterica e sempre que possiacutevel o paciente eacute levado ateacute ela
34 Coleta de dados
A coleta de dados se deu a partir da teacutecnica de entrevista semi-estruturadas que
segundo Minayo Deslandes e Gomes (2007 p 64) satildeo ldquoperguntas fechadas e abertas em que
o entrevistado tem a possibilidade de discorrer sobre o tema em questatildeo sem se prender agrave
indagaccedilatildeo formuladardquo As mesmas foram gravadas em entrevista individual e tiveram como
foco as accedilotildees que os profissionais da equipe de enfermagem realizam acerca dos cuidados
para a permanecircncia do acesso venoso perifeacuterico aleacutem de investigar sobre o conhecimento que
cada um possui sobre o tema
19
Apoacutes contato preacutevio com a equipe de enfermagem foi acordado um dia e horaacuterio para
a realizaccedilatildeo das entrevistas que aconteceram na proacutepria unidade Todos os profissionais da
equipe de enfermagem foram convidados a participar voluntariamente da pesquisa As
entrevistas aconteceram apoacutes os profissionais assinarem o Termo de Consentimento Livre e
Esclarecido (TCLE)
Para Minayo Deslandes e Gomes (2007 p 64) a entrevista possui como principal
objetivo construir dados que sejam pertinentes para a pesquisa aleacutem de ser a estrateacutegia mais
utilizada no processo de trabalho de campo
A coleta foi interrompida no momento em que os dados se mostraram saturados ou
seja quando houve a cessaccedilatildeo do acreacutescimo de informaccedilotildees novas referentes ao tema
proposto
O fechamento amostral por saturaccedilatildeo teoacuterica eacute definido como a suspensatildeo de inclusatildeo
de novos participantes quando os dados obtidos passam a apresentar na avaliaccedilatildeo do
pesquisador certa redundacircncia ou repeticcedilatildeo natildeo sendo considerado relevante continuar a
coleta de dados (FONTANELLA RICAS e TURATO 2008)
35 Questotildees eacuteticas da pesquisa
De acordo com a Resoluccedilatildeo 46612 que visa assegurar os direitos e deveres que
dizem respeito agrave comunidade cientiacutefica aos sujeitos da pesquisa e ao Estado uma pesquisa
que envolve a participaccedilatildeo de seres humanos deve atender aos fundamentos eacuteticos e
cientiacuteficos pertinentes para a seguranccedila dos mesmos Neste contexto toda pesquisa
envolvendo seres humanos deveraacute ser submetida agrave apreciaccedilatildeo de um Comitecirc de Eacutetica em
Pesquisa (CEP) (BRASIL 2012)
Atendendo a esta condiccedilatildeo o projeto de pesquisa foi encaminhado ao CEP ndash do
Hospital Universitaacuterio o qual foi realizada a pesquisa foi analisado e aprovado na Reuniatildeo
com data de 06122013 CAAE 24693613700005243 Nuacutemero do parecer 486451 Com
isso a pesquisa foi desenvolvida mediante aprovaccedilatildeo do CEP atendendo aos preacute-requisitos
estipulados pela Resoluccedilatildeo nordm 46612
Esta pesquisa eacute pautada em princiacutepios eacuteticos que respeitam a dignidade humana e
justiccedila assegurando que natildeo haveraacute nenhum tipo de dano aos participantes
20
Em atendimento a resoluccedilatildeo 46612 do Conselho Nacional de SauacutedeMS apoacutes serem
esclarecidos pela pesquisadora quanto aos aspectos eacuteticos relacionados agrave pesquisa aleacutem das
formas de produccedilatildeo de dados e inserccedilatildeo no estudo os sujeitos da pesquisa assinaram duas
vias do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido ndash TCLE (apecircndice 1) autorizando sua
participaccedilatildeo voluntaacuteria na pesquisa Uma via foi entregue ao participante e outra ficou
arquivada com a pesquisadora
Nesse documento consta os objetivos da pesquisa procedimentos benefiacutecios
previstos garantia de recusa de participaccedilatildeo em qualquer momento de acesso aos resultados
da pesquisa e tambeacutem a garantia de acesso ao pesquisador quando os sujeitos julgarem
necessaacuterio sendo todas essas informaccedilotildees em linguagem acessiacutevel e simples O mesmo foi
apresentado e explicado ao profissional convidado a participar do estudo no primeiro contato
eou durante visita agendada para realizaccedilatildeo da entrevista
Vale ressaltar que esta pesquisa cujo financiamento eacute proacuteprio natildeo oferece nenhum
tipo de riscos para o sujeito da pesquisa e nem para o cuidado das crianccedilas internadas no setor
de pediatria e os benefiacutecios da participaccedilatildeo do mesmo satildeo de aumentar o conhecimento
cientiacutefico na aacuterea de Enfermagem Pediaacutetrica aleacutem de contribuir para a praacutetica profissional
36 Anaacutelise dos dados
O processo de anaacutelise dos dados foi baseada na teacutecnica da Anaacutelise Temaacutetica que para
Minayo Deslandes e Gomes (2007 p 86) o conceito central eacute o tema ldquoO tema eacute a unidade de
significaccedilatildeo que se liberta naturalmente de um texto analisado segundo criteacuterios relativos agrave
teoria que serve de guia da leiturardquo (BARDIN11
A anaacutelise realizada estava de acordo com a sugerida por Minayo (2010 p 315) e
contam com as seguintes etapas preacute-analise exploraccedilatildeo do material tratamento dos
resultados obtidos e interpretaccedilatildeo Atraveacutes dessas etapas tem-se o objetivo de descrever o
conteuacutedo do material coletado e interpretaacute-lo
1979 apud MINAYO DESLANDES
GOMES 2007 p 86)
A preacute analise consiste na escolha dos elementos a serem analisados e na retomada das
hipoacuteteses e dos objetivos iniciais da pesquisa Inicia-se com uma leitura flutuante onde o
11 BARDIN L Anaacutelise de Conteuacutedo Lisboa Ediccedilotildees 70 1979
21
pesquisador toma contato direto com o material adquirido deixando-se impregnar por seu
conteuacutedo Posteriormente haacute a constituiccedilatildeo do Corpus textual onde eacute feita uma seleccedilatildeo dos
documentos que iratildeo contemplar e fornecer informaccedilotildees sobre o tema sendo assim adequados
para dar resposta aos objetivos do trabalho (MINAYO 2010 p 315)
Essa fase preacute-analiacutetica eacute onde se determinam a unidades de registro unidade de
contexto e a partir delas satildeo determinados os temas que seratildeo analisados A unidade de
registro corresponde parte do conteuacutedo selecionado como base para analise e apoacutes a
delimitaccedilatildeo do contexto de compreensatildeo da unidade de registro eacute estabelecida a unidade de
contexto (MINAYO 2010 p 316)
De acordo com os objetivos da pesquisa foi possiacutevel perceber que nove (9)
entrevistas supriam para atender os mesmo encerrando assim a coleta Apoacutes a transcriccedilatildeo das
entrevistas foi realizada leitura das mesmas para natildeo soacute conhecimento do material mas
tambeacutem estabelecer as unidades de registro Em seguida foi realizado o colorimento das falas
assim as classificando de acordo com as unidades de registro estabelecidas
As unidades de registro que surgiram foram os fatores que interferem na manutenccedilatildeo
do acesso venoso perifeacuterico e o apontamento do acompanhante como responsaacutevel pela perda
do acesso venoso perifeacuterico Elas receberam as cores vermelha e laranja respectivamente a
fim de facilitar o agrupamento dos dados A partir disto surgiram as unidades de contexto que
compreendem as falas das entrevistas de modo a exemplificar o contexto das unidades de
registro
Partindo para segunda etapa da analise temaacutetica a exploraccedilatildeo do material que consiste
numa classificaccedilatildeo que visa alcanccedilar o nuacutecleo de compreensatildeo do texto Busca-se encontrar
categorias que satildeo expressotildees ou palavras significativas em funccedilatildeo das quais o conteuacutedo seraacute
organizado Essas categorias satildeo responsaacuteveis pela especificaccedilatildeo dos temas (MINAYO
2010 p 317)
Nesse caso foram definidos os seguintes temas cuidados preacute intra e poacutes procedimento
de punccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico cuidados em desuso para manutenccedilatildeo do acesso
venoso perifeacuterico o acompanhante e a manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico Essas trecircs (3)
categorias seratildeo apresentadas analisadas e discutidas no capitulo seguinte
22
4 RESULTADOS E DISCUSSAtildeO
Nesse capiacutetulo apresento as trecircs categorias temaacuteticas que surgiram da anaacutelise dos
dados e que contemplaram de forma satisfatoacuteria os objetivos da pesquisa A primeira
categoria denominada como ldquoOs cuidados de enfermagem preacute intra e poacutes-procedimento de
punccedilatildeo do acesso venoso perifeacutericordquo traz os passos e cuidados que os profissionais realizam
antes durante e apoacutes a punccedilatildeo buscando descrever e analisar os fatores envolvidos na pratica
do procedimento em questatildeo que emergiram das entrevistas aleacutem dos cuidados de
enfermagem para a manutenccedilatildeo do mesmo
A segunda categoria que seraacute apresentada eacute ldquoOs cuidados em desuso para manutenccedilatildeo
do acesso venoso perifeacutericordquo que mostra os cuidados que os profissionais citaram como natildeo
mais utilizados para auxiliar na manutenccedilatildeo da punccedilatildeo venosa perifeacuterica
E a uacuteltima categoria eacute denominada ldquoO acompanhante e a manutenccedilatildeo do acesso
venoso perifeacutericordquo e traz a responsabilizaccedilatildeo do acompanhante pelos profissionais do setor
em relaccedilatildeo aos cuidados com manutenccedilatildeo da punccedilatildeo Essa categoria busca tambeacutem ressaltar a
funccedilatildeo do acompanhante durante a hospitalizaccedilatildeo da crianccedila destacando que determinados
cuidados satildeo de total funccedilatildeo da equipe de enfermagem
41 Os cuidados de enfermagem preacute intra e poacutes-procedimento de punccedilatildeo do acesso
venoso perifeacuterico
Para interpretar as unidades de contextos tive como base autores que definiram os
cuidados de enfermagem preacute intra e poacutes punccedilatildeo venosa perifeacuterica Para esses autores a fase
de preacute-punccedilatildeo compreende as accedilotildees de anaacutelise e conhecimento da prescriccedilatildeo avaliaccedilatildeo e
23
preparo emocional do paciente preparo do material e medicaccedilatildeo seleccedilatildeo do siacutetio de inserccedilatildeo
e dilataccedilatildeo da veia selecionada As accedilotildees envolvidas na punccedilatildeo satildeo a execuccedilatildeo das
precauccedilotildees-padratildeo antissepsia da pele punccedilatildeo do vaso a fixaccedilatildeo e curativo do cateter
Finalmente na etapa de poacutes-punccedilatildeo adota-se a identificaccedilatildeo da punccedilatildeo o descarte apropriado
das partes dos materiais natildeo utilizados a orientaccedilatildeo do paciente acerca da terapecircutica o
controle da infusatildeo atraveacutes do gotejamento se necessaacuterio e o registro do procedimento
Phillips12
De acordo com as entrevistas a seleccedilatildeo do local de punccedilatildeo eacute indicada com um fator
que interfere diretamente no tempo de permanecircncia do acesso venoso perifeacuterico visto que
dependendo do local ocorre a perda mais rapidamente Aleacutem da localizaccedilatildeo citaram tambeacutem
o calibre da veia como interferecircncia na manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico Seguem
abaixo algumas falas
(2001 apud ARAUacuteJO 2007 p18)
ldquoPrimeira coisa eacute vocecirc procurar bem a veia colocar uma veia de um bom calibre Se puder dar preferecircncia a natildeo puncionar dobrasrdquo (Cinderela) ldquoDependendo de onde estiver puncionado se for na matildeozinha a crianccedila fica toda hora ta mexendo taacute manipulando alguma coisa e se for no pezinho tambeacutem nem todo tempo vai ficar acamada entatildeo acaba perdendo o acessordquo(Bela ) ldquoO mau posicionamento pode levar a perdardquo (Rapunzel)
A opiniatildeo dos profissionais acima vai de encontro com o que eacute encontrado na
literatura visto que eacute de suma importacircncia que o mesmo avalie o cliente e considere alguns
aspectos para uma escolha criteriosa e eficaz como a finalidade da punccedilatildeo o tipo de soluccedilatildeo
a ser infundida a condiccedilatildeo da rede venosa a duraccedilatildeo da terapia idade do cliente habilidade
cognitiva da crianccedila a preferecircncia do cliente o que nem sempre seraacute possiacutevel satisfazer e
tambeacutem a sua atividade (ARAUacuteJO 2007 p31)
Os cuidados com o acesso venoso perifeacuterico satildeo importantes antes mesmo da
realizaccedilatildeo do procedimento Levando em consideraccedilatildeo que um erro durante a fase de preacute-
procedimento como a escolha errada do local de punccedilatildeo por exemplo poderaacute levar a perda
do acesso e prejudicar assim o tratamento aleacutem do bem-estar da crianccedila que seraacute puncionada
novamente
12 PHILLIPS L D Manual de terapia intravenosa 2ed Porto Alegre Artmed 2001
24
O vaso sanguiacuteneo que o profissional selecionar como local para puncionar deve ser
suficiente para suportar o calibre e o comprimento do cateter aleacutem de atender a necessidade
terapecircutica para que natildeo haja a necessidade de uma nova punccedilatildeo
A punccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico eacute um procedimento doloroso e de grande
incomodo para a crianccedila com isso eacute de suma importacircncia realizar a seleccedilatildeo preacutevia do
material poreacutem natildeo foi citado Outro cuidado rotineiro e natildeo menos importante como a
lavagem das matildeos antes da colocaccedilatildeo do acesso tambeacutem natildeo foi mencionado durante as
entrevistas
O preparo emocional da crianccedila e do acompanhante quanto ao procedimento deve ser
considerada praacutetica rotineira para a equipe de enfermagem O profissional de enfermagem
deve lavar as matildeos objetivando a reduccedilatildeo significativa de risco de infecccedilatildeo e recomenda-se o
uso de aacutegua e sabatildeo para lavagem das matildeos antes da colocaccedilatildeo do cateter venoso perifeacuterico
(PHILLIPS13
O preparo preacutevio do material para instalaccedilatildeo do cateter venoso perifeacuterico eacute importante
para evitar interrupccedilotildees do procedimento e consequentemente um maior tempo de
manipulaccedilatildeo da crianccedila (SILVA
2001apud ARAUacuteJO 2007 Centers for Disease Control and Prevention ndash CDC
2002 apud ARAUacuteJO 2007)
14
Outro aspecto citado e classificado como preacute-procedimento eacute o cuidado com a
medicaccedilatildeo a ser administrada incluindo cuidados com a diluiccedilatildeo e composiccedilatildeo da mesma
Seguem algumas das falas
2004 apud ARAUacuteJO 2007 p30)
ldquoEstar sempre diluindo as medicaccedilotildees de acordo com a prescriccedilatildeo meacutedica pois as medicaccedilotildees satildeo muito fortes e podem causar enfraquecimento da veia Tem que diluir direitinho e passar lento na veiardquo (Cinderela) ldquoTer cuidado principalmente quando eacute crianccedila e a diluiccedilatildeo da medicaccedilatildeo tambeacutem agraves vezes natildeo eacute pra passar em perifeacuterico e na segunda dose jaacute perdeurdquo (Alice)
O acesso venoso perifeacuterico eacute a primeira alternativa para infusatildeo intravenosa por ser de
mais faacutecil acesso e rapidez no efeito da medicaccedilatildeo O profissional de enfermagem deve ter
domiacutenio natildeo soacute relacionado agrave infusatildeo das medicaccedilotildees mas tambeacutem com a composiccedilatildeo
13 PHILLIPS L D Manual de terapia intravenosa 2ed Porto Alegre Artmed 2001 14 SILVA G R G Terapia intravenosa em receacutem-nascidos ndash orientaccedilotildees para o cuidado de Enfermagem Rio de Janeiro Cultura Meacutedica 2004
25
farmacoloacutegica das mesmas os efeitos adversos e colaterais que a droga pode causar inclusive
em relaccedilatildeo a diluiccedilatildeo o que normalmente eacute estabelecido como padratildeo no setor de acordo com
cada faacutermaco
Com a intenccedilatildeo de promover a eficaacutecia terapecircutica dos medicamentos administrados
por via intravenosa eacute atribuiccedilatildeo do profissional de enfermagem implementar teacutecnicas como a
diluiccedilatildeo acondicionamento e cuidados na administraccedilatildeo de faacutermacos a fim de evitar
prejuiacutezos no tratamento resultantes da incompatibilidade medicamentosa (PETERLINI
CHAUD e PEDREIRA 2006)
Os fatores intra-procedimento satildeo considerados aqueles diretamente relacionados com
o procedimento Os dados colidos nas entrevistas ressaltaram apenas a fixaccedilatildeo com um fator
que interfere nessa fase Este foi o dado mais repetitivo nas entrevistas poreacutem sempre citado
de forma superficial Seguem as falas dos profissionais quando questionados sobre o que era
importante para manutenccedilatildeo do acesso
ldquoTem que fazer uma boa fixaccedilatildeo Porque quando a pessoa natildeo fixa bem prejudica porque aquilo vai soltando e quando vocecirc vecirc jaacute perdeu a veiardquo(Cinderela) ldquoEu acho que natildeo tem o que fazer para manter o acesso A crianccedila vai ficar uns dias X com aquele acesso pra fazer medicaccedilatildeo e eu acho que natildeo tem o que vocecirc profissional fazer para que natildeo percardquo (Aurora) ldquoA fixaccedilatildeo evita a movimentaccedilatildeo excessiva no local que estaacute o acessordquo (Ariel) ldquoTer cuidado com o curativo saber manusear E manter sempre o curativo limpo trocar se necessaacuteriordquo (Rapunzel) ldquoA fixaccedilatildeo eacute muito importante pra natildeo soltar o acesso e pra ele ficar mais tempordquo(Mulan)
Oliveira Bezerra e Pereira (2008 p 94) afirmam que de acordo com o revelado por
determinados estudos o tipo de curativo a fixaccedilatildeo do cateter e o tempo de permanecircncia estatildeo
diretamente relacionados com a ocorrecircncia de complicaccedilotildees infecciosas como flebites e
tambeacutem infiltraccedilatildeo extravasamento desconexatildeo e deslocamento do cateter
26
Para Pettit e Kraus15
Potter
(1995 apud MACHADO PEDREIRA E CHAUD2005 p292) a
gaze esteacuteril fixada com a fita adesiva hipoalergecircnica bem como a peliacutecula transparente esteacuteril
satildeo os materiais mais recomendados para curativo e fixaccedilatildeo de cateter venoso perifeacuterico
16
Jaacute as peliacuteculas transparentes mais conhecidas como filme permitem a respiraccedilatildeo
normal da pele com alta permeabilidade ao oxigecircnio e vapores e eacute impermeaacutevel a liacutequidos e
micro-organismos (SILVA E ZANETTI 2004 p233) Aleacutem disso permitem tambeacutem a
visualizaccedilatildeo contiacutenua do local de punccedilatildeo permitindo assim avaliaccedilatildeo do mesmo natildeo soacute
durante a infusatildeo de medicaccedilotildees mas tambeacutem todo o tempo
(1998 apud SILVA E ZANETTI 2004 p233) afirma que nas fixaccedilotildees em
que se utiliza a gaze esteacuteril preconiza-se a utilizaccedilatildeo de teacutecnica asseacuteptica Neste curativo a
gaze esteacuteril eacute colocada sobre o siacutetio de inserccedilatildeo e suas bordas satildeo fixadas com fita adesiva
A observaccedilatildeo da punccedilatildeo eacute muito importante pois se o local de inserccedilatildeo se mostrar
com sinais e sintomas de complicaccedilotildees a terapia deve ser suspensa (OLIVEIRA BEZERRA
e PEREIRA 2008 p95)
A visualizaccedilatildeo contiacutenua do acesso permite que a equipe de enfermagem possa realizar
uma observaccedilatildeo mais particularizada em relaccedilatildeo agraves condiccedilotildees do acesso venoso perifeacuterico
podendo observar se haacute deslocamento do cateter sinais de infiltraccedilatildeo e tambeacutem sinais de
infecccedilatildeo
Para Silva Barbato e Valente (2013 p 1200) cabe ao enfermeiro fazer a avaliaccedilatildeo
diaacuteria e cuidadosa do curativo observando a presenccedila de umidade sujidade integridade do
oacutestio de inserccedilatildeo a fixaccedilatildeo bem como a realizaccedilatildeo do curativo e das anotaccedilotildees legais
competentes agraves suas funccedilotildees
A fase poacutes-procedimento eacute caracterizada por uma seacuterie de cuidados que a equipe de
enfermagem deve realizar para que se obtenha maior tempo de permanecircncia do acesso venoso
perifeacuterico Durante as entrevistas os cuidados citados foram a salinizaccedilatildeo do acesso cuidados
para evitar a flebite e a velocidade de infusatildeo
15 Pettit DM Kraus V The use of gauze versus transparent dressings for peripheral intravenous catheter sites Nurs ClinNorth Am 1995 30(3)495-506 16 Potter P Perry AG Fundamentos de enfermagem processo conceito e praacutetica 3ordf ed Santos(SP) Guanabara Koogan19981397pp801-43
27
ldquoManter um acesso bem salinizado que vocecirc lave pelo menos de duas de trecircs em trecircs horas Se bem que isso aqui na pediatria natildeo eacute muito comum aqui a gente soacute lava cada vez que vai fazer medicaccedilatildeo mas se eu natildeo me engano a literatura preconiza isso vocecirc lavar pelo menos de quatro em quatro horas o acessordquo (Aurora)
ldquoPra manter o acesso venoso perifeacuterico eacute importante manter ele salinizado Assim que a gente recebe o plantatildeo eu vou ver se o acesso ta peacutervio com uma ldquoseringuinhardquo vai la da uma ldquolavadinhardquo e vecirc se o acesso ta peacutervio e manter o acesso salinizadordquo (Ariel)
ldquoSalinizar de 6 em 6 horas para manter ele peacuterviordquo (Alice)
ldquoTem que passar lento a medicaccedilatildeo e a limpeza da aacuterea vocecirc tem que limpar bem a aacuterea pra vocecirc natildeo formar uma flebiterdquo (Cinderela)
A salinizaccedilatildeo do acesso eacute um cuidado simples e de grande importacircncia Esse cuidado
deve ser realizado para manter o acesso peacutervio e limpo e deve ser realizado antes e apoacutes
qualquer infusatildeo
Para Moncaio e Figueiredo (2009)
a ldquosalinizaccedilatildeordquo consiste em administrar sob pressatildeo positiva soluccedilatildeo salina (Soro fisioloacutegico a 09) logo apoacutes o teacutermino da infusatildeo da medicaccedilatildeo Este procedimento visa prevenir a formaccedilatildeo de trombos e fibrina evitar o contato de drogas incompatiacuteveis (quando da infusatildeo de mais de um item medicamentoso no mesmo horaacuterio) garantir a infusatildeo de todo o medicamento que possa ter ficado no sistema aleacutem de evitar retorno sanguiacuteneo mantendo o cateter peacutervio para a proacutexima infusatildeo
Durante a coleta de dados esse cuidado surgiu em diversos momentos poreacutem foi
possiacutevel perceber que os profissionais realizam o mesmo de forma banalizada Natildeo sabem de
fato a real funccedilatildeo de manter o acesso salinizado A impressatildeo que passa eacute que eles
aprenderam que esse cuidado deveria ser feito e simplesmente fazem Haacute divergecircncias
tambeacutem entre a equipe em relaccedilatildeo ao momento que deve ser realizada a salinizaccedilatildeo e isso nos
mostra a desatualizaccedilatildeo dos profissionais do setor e a falta de uma educaccedilatildeo continuada no
hospital
Os cuidados para evitar a flebite e a velocidade de infusatildeo da medicaccedilatildeo apareceram
menos nas entrevistas e interferem diretamente com a manutenccedilatildeo do acesso venoso
perifeacuterico
28
A flebite eacute uma inflamaccedilatildeo na veia puncionada ocorrendo quando as ceacutelulas
endoteliais da parede da veia que o cateter estaacute inserido tornam-se inflamadas e irregulares
propiciando a aderecircncia de plaquetas e predispondo a veia a inflamaccedilatildeo Eacute comum que o local
se apresente dolorido hiperemiado quente e edemaciado e nesses casos eacute aconselhada a
retirada do cateter Uma boa fixaccedilatildeo do cateter perifeacuterico eacute recomendada por autores na
literatura visto que previnem deslocamento faacutecil e permitem uma boa visualizaccedilatildeo do local
evitando complicaccedilotildees como a flebite e infiltraccedilatildeo (MOLDES et al 2011 p 330)
Dentre as principais falhas de infusatildeo venosa estatildeo flebite infiltraccedilatildeo hematoma e
obstruccedilatildeo Acredita-se que para reduzir a incidecircncia destas nas unidades pediaacutetricas eacute preciso
a adoccedilatildeo de estrateacutegias tais como a abordagem junto agrave equipe em parceria com o setor de
educaccedilatildeo permanente e a adoccedilatildeo do uso da teacutecnica corretamente e de forma asseacuteptica para a
realizaccedilatildeo da punccedilatildeo venosa perifeacuterica em acordo com a comissatildeo de controle de infecccedilatildeo
hospitalar (SILVA BARBATO e VALENTE 2013 p 1200)
A incapacidade do paciente em relatar dor no siacutetio de administraccedilatildeo do faacutermaco quer
pela idade ou condiccedilatildeo cliacutenica e o local de inserccedilatildeo como tambeacutem a velocidade de infusatildeo do
medicamento (gt25mgmin) satildeo classificados como fatores de risco para a perda do acesso
venoso perifeacuterico (MARTINS SILVINO e DIAS 2010)
42 Os cuidados em desuso para manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico
Essa categoria discorre sobre os cuidados de enfermagem que com o passar do tempo
foram desconsiderados e natildeo satildeo mais utilizados Quando questionados em relaccedilatildeo a vivencia
profissional e cuidados que discordavam os entrevistados citaram o uso da tala para fixaccedilatildeo
uso de heparina e os cuidados em relaccedilatildeo ao tempo de permanecircncia do cateter Haacute muitas
controveacutersias em relaccedilatildeo aos cuidados citados acima
O tempo de permanecircncia interfere diretamente no aparecimento de complicaccedilotildees
como flebite e que acabam levando a perda do acesso venoso perifeacuterico mais rapidamente
aconselhando assim a troca do mesmo entre 76 a 96 horas Poreacutem eacute preconizada a retirada do
cateter apenas se finalizar o tratamento ou houver alguma interferecircncia
ldquoA gente observa tambeacutem o tempo dependendo do tempo tem que tirarrdquo (Alice)
29
ldquoHoje eu natildeo sei como que eacute essa questatildeo do tempo porque a gente trocava o acesso a cada quatro dias agora o pessoal jaacute diz que pode trocar em ateacute uma semana entatildeo natildeo sei como que ta isso e o que tem escrito em relaccedilatildeo a isso (Aurora)
Sabe-se que o tempo para troca do cateter de teflon ou poliuretano varia de 72 a 96
horas com o intuito de reduzir risco de infecccedilatildeo e flebite e para minimizar esses riscos nas
seguintes situaccedilotildees diante de sinais inflamatoacuterios no local de inserccedilatildeo e sempre que houver
mau funcionamento do cateter (SANTOS17
Entretanto o Center for Disease Control and Prevention - CDC (2002) diz que em
pacientes pediaacutetricos natildeo foi observada relaccedilatildeo quanto ao tempo de permanecircncia do cateter e
ocorrecircncia de complicaccedilotildees devendo ser mantido ateacute o teacutermino da terapia intravenosa ou
quando forem observados sinais cliacutenicos de complicaccedilotildees
2004 apud OLIVEIRA BEZERRA e PEREIRA
2008 p 93)
Eacute possiacutevel observar a diferenccedila do conhecimento pratico dos profissionais
entrevistados em relaccedilatildeo ao conhecimento encontrado na literatura E ainda contendo duacutevidas
natildeo haacute uma busca da parte dos mesmos para esclarececirc-las
O uso da heparina com a finalidade de manter o acesso peacutervio por um periacuteodo maior
de tempo mostra-se com mais certeza quanto ao desuso nos dados colidos
ldquoAntigamente a gente usava heparina entatildeo a gente ficava tranquila em relaccedilatildeo agrave obstruccedilatildeo mas agora natildeo a gente usa o soro fisioloacutegico e a gente deixa salinizadordquo (Aurora)
Rang e Dale 18(1998 apud DOPICO e OLIVEIRA 2006) afirmam que a heparina
inibe a formaccedilatildeo de coaacutegulos de fibrina in vitro e in vivo e que seu efeito anticoagulante eacute
praticamente imediato Com isso Phillips19
17 Santos W Lavagem das matildeos In R Luiz Santos W Manual baacutesico de prevenccedilatildeo e controle das infecccedilotildees hospitalares do HRU Fortaleza Hospital Regional Unimed 2004
(2001 apud DOPICO e OLIVEIRA 2006)
ressalta que a teacutecnica de manutenccedilatildeo intermitente de cateteres intravenosos com soluccedilatildeo
salina 09 classificada como salinizaccedilatildeo tem sido pesquisada haacute alguns anos apresentando
em relaccedilatildeo ao uso da heparina vantagens como o baixo custo ser um procedimento mais
18 Rang HP Dale M M Hemostasia e Trombose In Rang HP Dale M M Farmacologia Rio de Janeiro Guanabara Koogan 1998 p235-47 19 PHILLIPS L D Manual de terapia intravenosa 2ed Porto Alegre Artmed 2001
30
simples aleacutem de eliminar a possibilidade de incompatibilidade com as drogas e soluccedilotildees
administradas aleacutem da inexistecircncia de riscos ao paciente Entretanto sabe-se que a literatura
ainda natildeo fornece consenso acerca da soluccedilatildeo mais indicada para manutenccedilatildeo da
permeabilidade do cateter venoso perifeacuterico
Eacute importante ressaltar que muitas instituiccedilotildees do nosso paiacutes nem ao menos tecircm o
conhecimento da praacutetica da salinizaccedilatildeo com soluccedilatildeo salina 09 No que se refere agrave pesquisa
cientiacutefica as limitaccedilotildees desta praacutetica satildeo atribuiacutedas agrave ausecircncia de um maior nuacutemero de
estudos controlados para validar sua eficaacutecia (EPPERSON20
Apesar de natildeo ser encontradas publicaccedilotildees acerca do tema a utilizaccedilatildeo de heparina
mostra-se como uma pratica natildeo mais utilizada pelos profissionais de enfermagem Outro
tema onde haacute controveacutersias e tambeacutem poucas citaccedilotildees eacute o uso da tala para fixaccedilatildeo do acesso
venoso perifeacuterico Seguem abaixo a opiniatildeo de alguns dos profissionais entrevistados
1984 apud DOPICO e
OLIVEIRA 2006)
ldquoA uacutenica coisa que eu natildeo gosto de ver eacute quando se coloca tala para imobilizar dizendo que a tala vai ajudar a natildeo perder a veia Isso eu natildeo concordo acho que a tala prejudica a crianccedila fica incomodada faz dor no membrordquo (Cinderela)
ldquoAntigamente a gente usava muito tala e as vezes eu pego isso aqui ai eu falo gente tala natildeo se usa mais natildeo faz parte mais da fixaccedilatildeo vocecirc pode fixar de uma forma que a crianccedila natildeo perca A tala eu acho que ela traumatiza um pouco ainda mais se vocecirc pegar um acesso na dobra vocecirc vai fazer com que a crianccedila fique com o braccedilo esticado muito tempo eu acho que pode causar uma lesatildeo depois e a literatura jaacute fala que eacute desnecessaacuteria natildeo precisa maisrdquo (Aurora) ldquoAntigamente usavam tala mas hoje em dia quase natildeo se vecirc mais e eu acho que a tala atrapalha porque a crianccedila fica imobilizada no membro ai fica mais irritadardquo (Rapunzel) ldquoLaacute no meu outro trabalho alguns usam a tala Eu acho que a tala ajuda ateacute a perder mais raacutepido porque a crianccedila fica incomodada vai querer mexer naquilordquo (Mulan)
20 Epperson EL Efficacy of 09 sodium chloride injection with without heparin for maintenance indwelling intermittent injection sites Clin Pharm1984 3(5)26
31
Almeida e Sabateacutes21
Entretanto haacute estudo que comprovam que o uso da tala natildeo se mostra tatildeo eficiente e
apresenta-se como uma praacutetica controversa O estudo foi realizado em crianccedilas ateacute os 12 anos
utilizando imobilizaccedilatildeo com tala e em mais de metade dos casos (553) ocorreu infiltraccedilatildeo
o que indicia a ineficaacutecia desta praacutetica (MACHADO PEDREIRA e CHAUD 2008 apud
BATALHA et al 2010 p512)
(2008 apud BATALHA et al 2010 p512) afirmam que a teacutecnica
de fixaccedilatildeo dos CVP com uso de imobilizaccedilatildeo com tala para restriccedilatildeo ou limitaccedilatildeo dos
movimentos articulares proacuteximo do local da punccedilatildeo estaacute indicado nas matildeos punhos cotovelo
e maleacuteolo
Para Batalha et al (2010 p512) o uso desta praacutetica parece natildeo se coadunar com o
atual uso de cateteres flexiacuteveis tipo abocath em detrimento de agulhas metaacutelicas Talvez por
isso comecem a surgir novas teacutecnicas de fixaccedilatildeo dos CVP que natildeo exigem imobilizaccedilatildeo das
articulaccedilotildees com talas
Aleacutem de natildeo haver uma confirmaccedilatildeo dos benefiacutecios causados pelo uso da tala a
imobilizaccedilatildeo causa incocircmodo para a crianccedila que fica com o membro imoacutevel podendo causar
dor e tambeacutem irritaccedilatildeo O uso desse tipo de fixaccedilatildeo tambeacutem impede a visualizaccedilatildeo frequente
do acesso venoso afetando assim os cuidados de observaccedilatildeo da equipe de enfermagem
43 O acompanhante e a manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico
A presente categoria vai discutir um assunto importante que surgiu durante as
entrevistas de forma inesperada Alguns dos profissionais entrevistados citaram o descuido do
acompanhante como um fator causador da perda do acesso venoso perifeacuterico Seguem abaixo
algumas falas
ldquoA matildee sempre acompanha e tem matildee que natildeo tem cuidado natildeo vigia e a gente tem que ficar pedindo pra olhar tomar contardquo (Aurora)
ldquoEm relaccedilatildeo ao acompanhante porque a crianccedila natildeo vai avaliar entatildeo o acompanhante que estar ali tem que avaliar direitinho natildeo deixar a crianccedila mexer ou puxarrdquo (Bela)
ldquoNatildeo eacute toda matildee que esta vigiando que cuida pra que a crianccedila natildeo perca o acessordquo (Jasmine)
21 Almeida FA Sabateacutes AL Enfermagem pediaacutetrica a crianccedila o adolescente e a sua famiacutelia no hospital Satildeo Paulo(SP) Manole 2008
32
ldquoAcho que leva a perda quando o acompanhante natildeo coopera as vezes a gente faz a imobilizaccedilatildeo na crianccedila e as vezes eles ateacute retiram e a proacutepria crianccedila agitada ela mesmo arrancardquo (Branca de Neve)
ldquoAgraves vezes a proacutepria crianccedila que a matildee deixa muito solta ai solta o acessordquo (Mulan)
Apoacutes a implementaccedilatildeo da lei que garante um acompanhante ao paciente pediaacutetrico a
presenccedila do familiarresponsaacutevel durante a hospitalizaccedilatildeo mudou a rotina da equipe de
enfermagem trazendo duacutevidas quanto a real funccedilatildeo do acompanhante e fazendo com que a
mesma viesse a delegar certos cuidados para acompanhante
A Promulgaccedilatildeo da Lei 8069 do Estatuto da Crianccedila e do Adolescente (ECA) em
1990 no seu artigo 12deg garante agrave crianccedila ou ao adolescente o direito de ter um responsaacutevel
que o acompanhe durante a hospitalizaccedilatildeo (1990)
Desde a sua implantaccedilatildeo as unidades vecircm sofrendo um processo de reorganizaccedilatildeo de
suas praacuteticas A inserccedilatildeo da famiacutelia modifica a organizaccedilatildeo do processo de trabalho o que
requer dos profissionais uma compreensatildeo em relaccedilatildeo agrave dinacircmica das relaccedilotildees interpessoais
(COLLET e ROCHA 2004)
Pimenta e Collet (2009) ressaltam que natildeo haacute nenhuma regulamentaccedilatildeo sobre a
participaccedilatildeo da famiacutelia nos cuidados e no entanto a mesma desempenha atividades junto agrave
crianccedila durante a hospitalizaccedilatildeo que devem ser levadas em consideraccedilatildeo A falta de
reconhecimento desse fato fez com que a equipe de enfermagem e famiacutelia natildeo possuiacutessem
uma relaccedilatildeo aberta e vivessem uma relaccedilatildeo silenciosa e impliacutecita de poder na qual a famiacutelia
acaba assumindo as relaccedilotildees do cuidado agrave crianccedila de responsabilidade da enfermagem
A negociaccedilatildeo entre matildees e equipe de enfermagem em relaccedilatildeo aos cuidados agrave crianccedila
hospitalizada natildeo eacute uma tarefa faacutecil tendo em vista que natildeo se tem claro qual o seu novo
papel neste processo (COLLET e ROCHA 2004)
Eacute possiacutevel ver nas falas que a presenccedila do acompanhante causa para a equipe de
enfermagem a seguranccedila de ter algueacutem para ldquovigiarrdquo ldquotomar contardquo e natildeo deixar que a
crianccedila hospitalizada perca o acesso venoso quando na verdade eacute funccedilatildeo da equipe de
enfermagem cuidados referentes ao acesso venoso perifeacuterico
33
Jaacute o acompanhante eacute definido pelo Ministeacuterio da Sauacutede como uma pessoa significativa
para a crianccedila que representa sua rede social e que vai acompanhaacute-lo durante a permanecircncia
no ambiente hospitalar ressaltando assim sua importacircncia Esse fato se reforccedila visto que a
crianccedila encontra nos familiares a forccedila e seguranccedila necessaacuteria para encarar todo esse processo
doloroso e desconhecido (MURAKAMI e CAMPOS 2011 p255)
O acompanhante aleacutem de minimizar o sofrimento do paciente pediaacutetrico faz com que
o mesmo sinta-se mais a vontade Eacute importante ressaltar que o familiarresponsaacutevel natildeo soacute
pode como deve participar das atividades da crianccedila no hospital desde que estas natildeo sejam
competecircncias dos profissionais que os cercam Essas atividades satildeo caracterizadas como
semelhantes aos que eles realizam diariamente fora do ambiente hospitalar como o banho
Poreacutem no caso de um paciente com punccedilatildeo venosa perifeacuterica o profissional de enfermagem
deve auxiliar no cuidado para que essa natildeo se perca
Os cuidados dos familiaresacompanhantes satildeo os mesmos que os desenvolvidos no
domiciacutelio e os cuidados prestados pela equipe de enfermagem satildeo aqueles que demandam
conhecimento teacutecnico-cientiacutefico especializado (SOUZA e OLIVEIRA 2010 p558)
Mesmo alguns cuidados parecerem simples e rotineiros quando eacute prestado no
hospital assumem novas caracteriacutesticas com o uso de dispositivos tecnoloacutegicos os quais se
tornam complexos (PIMENTA E COLLET 2009)
O ato de cuidar envolve o respeito agrave maneira como vive cada indiviacuteduo de acordo
com suas crenccedilas valores costumes e cultura A famiacutelia como uma instituiccedilatildeo atende agraves
necessidades bioloacutegicas de seus membros sendo sua responsabilidade cuidar e criar os filhos
incluindo a obrigaccedilatildeo da alimentaccedilatildeo higiene vestuaacuterio e moradia (ELSEN22
Nas entrevistas podemos verificar falas em que o acompanhante eacute citado como
responsaacutevel por avaliar a punccedilatildeo venosa A equipe de enfermagem deve sempre partir do
pressuposto que o familiar acompanhante natildeo tem conhecimento cientiacutefico e certo tipo de
cuidado natildeo deve se delegado para o mesmo mostrando assim a importacircncia da orientaccedilatildeo do
acompanhante quanto aos procedimentos dispositivos utilizados e cuidados em que os
etal 1994
apud SOUZA e OLIVEIRA 2010 p 553)
22 Elsen I Patriacutecio ZM Assistecircncia agrave crianccedila hospitalizada tipos de abordagens e suas implicaccedilotildees para a enfermagem In A enfermagem em pediatria e puericultura Rio de Janeiro (RJ) Atheneu 2005
34
mesmos possam auxiliar Seguem abaixo as falas onde os profissionais ressaltaram a
importacircncia da orientaccedilatildeo do acompanhante
ldquoNem sempre a crianccedila vai entender o porque de estar com aquele acesso entatildeo tem que ter uma orientaccedilatildeo do acompanhanterdquo (Bela)
ldquoTem que haver orientaccedilatildeo do acompanhante para os cuidadosrdquo (Ariel)
ldquoAgraves vezes tem ate o exemplo de um pai que natildeo deixa trocar o acesso jaacute tinha mais de uma semana e ele natildeo queria que trocasse ai faz febre e natildeo sabe da onderdquo (Alice)
Para Souza e Oliveira (2010 p555) deve haver uma preocupaccedilatildeo em orientar
considerando que o outro natildeo tem nenhum tipo de conhecimento sobre o assunto Poreacutem
Queiroz e Jorge23
Apesar das dificuldades o profissional de enfermagem deve estabelecer um viacutenculo de
confianccedila com o acompanhante buscando sempre deixaacute-los ciente das situaccedilotildees e fazendo-os
participar dos cuidados plausiacuteveis sem causar nenhum dano agrave crianccedila e de maneira alguma
abandonar suas atribuiccedilotildees
(2004 apud SOUZA e OLIVEIRA 2010 p 556) ressaltam que apesar de os
profissionais terem intenccedilatildeo de orientar os cuidados para a sauacutede repassam conhecimentos
elaborados cientificamente dificultando a compreensatildeo do familiar aleacutem de a relaccedilatildeo se dar
de maneira vertical assimeacutetrica e coercitiva
23 Queiroz MVO Jorge MSB Accedilotildees educativas no cuidado infantil e intervenccedilotildees dos profissionais junto agraves famiacutelias Acta Scientiarum Maringaacute 2004 janjun 26(1) 27-34
35
CONCLUSAtildeO
Atraveacutes desse estudo foi possiacutevel descrever e analisar os cuidados que os profissionais
de enfermagem realizam acerca da permanecircncia do acesso venoso perifeacuterico Aleacutem disso a
realizaccedilatildeo da pesquisa permitiu identificar a desarticulaccedilatildeo do processo de enfermagem e a
praacutetica desconectada da produccedilatildeo cientiacutefica caracterizando a falta de uma educaccedilatildeo
continuada efetiva
A anaacutelise dos dados demonstra o processo de punccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico
ressaltando a importacircncia de cuidados como a seleccedilatildeo do local a diluiccedilatildeo da medicaccedilatildeo a
realizaccedilatildeo de uma boa fixaccedilatildeo a atenccedilatildeo com a velocidade de infusatildeo os cuidados com os
sinais de infecccedilatildeo e salinizaccedilatildeo do acesso natildeo deixando de salientar cuidados em desuso
como o uso da heparina da tala e duvidas em relaccedilatildeo ao tempo de permanecircncia Evidenciou
tambeacutem que a equipe de enfermagem delega alguns cuidados para os acompanhantes
Natildeo foi possiacutevel perceber o niacutevel de conhecimento cientiacutefico dos profissionais visto
que eles em nenhum momento por natildeo saberem ou por medo de se expor natildeo explicaram de
fato nenhum cuidado que disseram realizar Sempre citaram de forma superficial e direta
deixando claro tambeacutem que o pesquisador natildeo os indagou quanto a isso Poreacutem creio que
diante de cuidados tatildeo importantes e de frequente praacutetica os mesmos falariam facilmente
sobre os cuidados de enfermagem na permanecircncia do acesso venoso perifeacuterico
Apesar dos entrevistados citarem alguns fatores e cuidados realizados de forma
correta eacute visiacutevel que os mesmos realizam os cuidados com a punccedilatildeo e a permanencia do
acesso de forma automaacutetica sem unir a praacutetica com o fundamento do mesmo
Eacute importante destacar tambeacutem a importacircncia do preparo emocional da crianccedila como
tambeacutem os cuidados com a famiacutelia dos mesmos O trabalho de humanizaccedilatildeo realizado pela
36
enfermagem faz grande diferenccedila nessas situaccedilotildees visto que os pacientes e acompanhantes
tendo conhecimento do que seraacute realizado ficariam mais tranquilos
O estudo contribuiu para o campo do ensino nesta aacuterea dando destaque ao importante
papel que o profissional de enfermagem deve desempenhar no cuidado e na manutenccedilatildeo do
acesso venoso perifeacuterico Contudo vale ressaltar a importacircncia do incentivo ao profissional a
buscar na literatura natildeo soacute esclarecimento de suas duvidas mas tambeacutem novos
conhecimentos
Pode colaborar ainda para a realizaccedilatildeo de novas pesquisas na aacuterea procurando
eliminar duacutevidas e controveacutersias sobre o tema Buscando assim a realizaccedilatildeo de um cuidado de
enfermagem articulado e eficaz promovendo o bem-estar do paciente pediaacutetrico durante a
hospitalizaccedilatildeo
37
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44
APEcircNDICE I
TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO
DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO Tiacutetulo Do Projeto Os cuidados de enfermagem acerca dos acessos venosos perifeacutericos na unidade pediaacutetrica Pesquisador Responsaacutevel Rosane Cordeiro Burla de Aguiar Eny Dorea Paiva e Karina Rodrigues Fernandes Instituiccedilatildeo a que Pertence o Pesquisador Responsaacutevel Universidade Federal Fluminense Telefone para contato (21) 98355269 (21) 82392939 (21) 91786609 Nome do voluntaacuterio _________________________________________________________ Idade ________ anos RG ____________________________
AO Sr (a) estaacute sendo convidado (a) a participar do projeto de pesquisa OS CUIDADOS DE
ENFERMAGEM ACERCA DOS ACESSOS VENOSOS PERIFEacuteRICOS NA UNIDADE PEDIATRICA de
responsabilidade da pesquisadora Profordf Drordf Rosane Cordeiro Burla de Aguiar e Profordf Drordf Eny Dorea Paiva A
punccedilatildeo venosa perifeacuterica eacute um procedimento essencial durante a hospitalizaccedilatildeo da crianccedila visto que eacute atraveacutes
dela que eacute administrada grande parte das medicaccedilotildees Este estudo se justifica diante da importacircncia da
necessidade de um maior periacuteodo de permanecircncia dos acessos venosos perifeacutericos Com isso aleacutem da
diminuiccedilatildeo de eventos que causam dor e irritaccedilatildeo na crianccedila e na famiacutelia promoveraacute tambeacutem uma melhor estada
dos mesmos durante o periacuteodo de hospitalizaccedilatildeo Os objetivos da pesquisa satildeo 1) Descrever os fatores que
interferem na manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico de acordo com a equipe de enfermagem 2)Analisar os
cuidados da equipe de enfermagem na manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico A coleta de dados se daraacute
atraveacutes de entrevistas semi estruturadas que seratildeo gravadas As informaccedilotildees colhidas seratildeo tratadas de forma
anocircnima e confidencial ou seja em nenhum momento seratildeo divulgados o seu nome e somente os
pesquisadores teratildeo acesso agraves informaccedilotildees Os dados obtidos com a pesquisa poderatildeo ser publicados apenas com
fins cientiacuteficos Eles natildeo seratildeo utilizados para fins comerciais ou para outra finalidade qualquer Caso necessite
poderatildeo ser marcados encontros para respostas ou esclarecimentos de qualquer duacutevida acerca da pesquisa A sua
participaccedilatildeo eacute voluntaria e eacute importante lembrar que vocecirc poderaacute desistir de participar da pesquisa em qualquer
momento A entrevista seraacute marcada em um dia e horaacuterio que vocecirc achar melhor Seraacute realizada
individualmente em um ambiente que nos ofereccedila privacidade Esta pesquisa natildeo oferece riscos para vocecirc e os
benefiacutecios da sua participaccedilatildeo satildeo de aumentar o conhecimento cientiacutefico na aacuterea de Enfermagem Pediaacutetrica
aleacutem de contribuir para a praacutetica profissional Este documento seraacute elaborado em duas vias uma para vocecirc e a
outra seraacute arquivada pelo pesquisador
Eu_____________________________________________________________ RG no _____________________________ Declaro que apoacutes ter entendido o que me foi explicado consinto voluntariamente em participar do presente Protocolo de Pesquisa entendo ainda que posso retirar o meu consentimento a qualquer momento antes ou durante a realizaccedilatildeo do mesmo declaro ter sido informada(o) e concordo em participar como voluntaacuteria(o) da pesquisa acima descrita Rio de Janeiro_______de_______________de 20___ _____________________________ ________________________________
(Participante) Karina Rodrigues Fernandes (Responsaacutevel por obter o consentimento)
______________________________________ _______________________________________ (Testemunha) (Testemunha)
45
APEcircNDICE II
ROTEIRO PARA ENTREVISTA
1) O que vocecirc acha que pode levar a perda do acesso perifeacuterico
2) Para vocecirc o que eacute importante para manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico nas
crianccedilas
3) O que vocecirc acha que pode interferir na sua manutenccedilatildeo
4) Que medidas vocecirc adota no seu dia a dia para manter o acesso
5) Na sua vivencia profissional o que vocecirc discorda dos cuidados que geralmente satildeo
utilizados para manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico
46
ANEXO
47
48
15
confeccionados em Teflon e poliuretano estatildeo associados a baixas frequecircncias de
complicaccedilotildees infecciosas quando comparados aos de polivinilcloreto e polietilenordquo
CENTERS FOR DISEASE CONTROL AND PREVENTION-CDC 2002)
ldquoNo acircmbito hospitalar a flebite eacute uma das complicaccedilotildees mais frequentes e
considerada uma das principais falhas da infusatildeordquo Eacute o processo inflamatoacuterio da camada
iacutentima das veias ocasionado por irritaccedilatildeo mecacircnica quiacutemica ou infecccedilotildees bacterianas
apresentando manifestaccedilotildees como dor edema hiperemia local e calor (GABRIEL8
Machado et al(2008) relata que ldquocerca de 1 a 10 destes pacientes desenvolvem
infecccedilotildees locais ou sistecircmicas relacionadas ao uso de cateteres causadas por alteraccedilatildeo ou
ruptura da integridade da pele que permite a passagem de microorganismos colonizadoresrdquo
2008
apud MAGEROTE et al 2011 p 487)
O curativo para fixaccedilatildeo do cateter eacute outro ponto importante para a manutenccedilatildeo do
mesmo visto que a ldquofixaccedilatildeo reduz o risco de complicaccedilotildees relacionadas agrave terapia intravenosa
tais como flebite infiltraccedilatildeo septicemia e deslocamento do cateterrdquo aleacutem de mantecirc-lo limpo
e seco permitindo a visualizaccedilatildeo contiacutenua do mesmo a fim de prevenir os agravos
(PHILLIPS9
No seacuteculo passado durante os primeiro 50 anos da praacutetica da terapia intravenosa
utilizava-se para fixaccedilatildeo gaze esteacuteril e fitas adesivas O iniacutecio do uso de filmes transparentes
esteacutereis se deu em 1970 como solicitaccedilatildeo dos enfermeiros quanto agrave necessidade da retirada do
curativo para realizar a inspeccedilatildeo do local de inserccedilatildeo funccedilatildeo atribuiacuteda aos mesmos a fim de
impedir uma infecccedilatildeo de corrente sanguiacutenea (MACHADO PEDREIRA E CHAUD 2008)
2001 apud SILVA E ZANETTI 2004 p233)
O uso de fitas adesivas natildeo-esteacutereis pode ser bastante observado em algumas
instituiccedilotildees de sauacutede contudo fita adesiva soacute natildeo estaacute contaminada enquanto permanece na
embalagem sugerindo tambeacutem a possibilidade da transmissatildeo de microorganismos
patogecircnicos com a aplicaccedilatildeo da mesma sobre o local de inserccedilatildeo do cateter
(VANDENBOSCH COOCH E TRESTON-AURAND10
8 Gabriel J Infusion therapy part one minimising the risks Nurs Stand 2008 Apr 22(31)51-6
1997 et al MACHADO
PEDREIRA E CHAUD2005 p292)
9 Phillips DL Manual de terapia endovenosa Trad Pedreira MLG Pereira SR Harada MJCS Peterline MAS 2ordf ed Porto Alegre (RS) Artmed 2001551P 10 VandenBosch TM Cooch J Treston-Aurand J Research utilization adhesive bandage dressing regimen for peripheral venous catheters Am J Infect Control 1997 25(6)513-9
16
Acerca da terapia intravenosa podem ocorrer incompatibilidades em relaccedilatildeo aos
faacutermacos administrados e os cateteres utilizados que na maioria das vezes natildeo satildeo percebidos
devido a impossibilidade de visualizaccedilatildeo Essas incompatibilidades satildeo denominadas por
Peterlini Chaud e Pedreira (2006) como adsorccedilatildeo e absorccedilatildeo onde ocorre ldquoperda do faacutermaco
para a superfiacutecie de frascos seringas filtros acessoacuterios e cateteres da terapia intravenosa por
meio de adsorccedilatildeo ou pela absorccedilatildeo do faacutermaco para a matriz do material de confecccedilatildeo desses
dispositivosrdquo Com isso o profissional de enfermagem tem como funccedilatildeo aleacutem do
conhecimento cientiacutefico acerca das drogas utilizadas programar accedilotildees que possibilitem
ldquoreconstituiccedilatildeo diluiccedilatildeo acondicionamento e cuidados na administraccedilatildeo de faacutermacosrdquo
evitando assim prejuiacutezos no tratamento
17
3 METODOLOGIA
31 Tipo de pesquisa
Trata-se de uma pesquisa descritiva exploratoacuteria de abordagem qualitativa com os
profissionais da equipe de enfermagem da unidade de internaccedilatildeo pediaacutetrica de um hospital
universitaacuterio do estado do Rio de Janeiro
Para Minayo Deslandes e Gomes (2007 p 21) a pesquisa qualitativa responde as
questotildees de forma particular de modo que trabalha com o universo dos significados dos
motivos das aspiraccedilotildees das crenccedilas dos valores e atitudes Sendo assim entende-se que as
accedilotildees do ser humano se distinguem a partir do seu pensamento do modo de agir de acordo
com a realidade vivida por cada um
Segundo Gil (1999 p44) ldquoas pesquisas descritivas tecircm como objetivo primordial a
descriccedilatildeo das caracteriacutesticas de determinada populaccedilatildeo ou fenocircmeno ou o estabelecimento de
relaccedilotildees variaacuteveisrdquo
Kauark Manhatildees e Medeiros (2010 p28) determinam a pesquisa exploratoacuteria como
agravequela que ldquoObjetiva a maior familiaridade com o problema tornando-o expliacutecito ou agrave
construccedilatildeo de hipoacutetesesrdquo Acrescenta ainda que a mesma pode conter levantamento
bibliograacutefico entrevistas com pessoas experientes no problema pesquisado entre outras
fontes
32 Sujeitos da pesquisa
A pesquisa contou com um nuacutemero total de nove (9) profissionais da equipe de
enfermagem da unidade de internaccedilatildeo pediaacutetrica de um Hospital Universitaacuterio do Rio de
Janeiro sendo estes dois (2) enfermeiros e sete (7) teacutecnicos de enfermagem De todos os
18
participantes apenas um trabalha no serviccedilo noturno sendo o restante do serviccedilo diurno Os
mesmos satildeo os responsaacuteveis pela instalaccedilatildeo e manipulaccedilatildeo dos os acessos venosos
perifeacutericos supondo assim que tenham maior domiacutenio sobre o assunto abordado
Os sujeitos foram identificados com codinomes referentes agraves princesas da Disney para
que suas identidades sejam preservadas
33 Cenaacuterio
A pesquisa ocorreu na unidade de internaccedilatildeo pediaacutetrica localizada no quinto andar do
Hospital Universitaacuterio do Rio de Janeiro vinculado a uma Universidade Federal
A unidade pediaacutetrica eacute divida em trecircs enfermarias de acordo com a idade das crianccedilas
hospitalizadas sendo denominadas estas Lactente preacute-escolar e escolar A enfermaria
Lactente eacute composta por 5 leitos hospitalizando crianccedilas de 29 dias a 2 anos jaacute na preacute-escolar
encontram-se 6 leitos e acolhe crianccedilas de 2 a 6 anos e na escolar 6 leitos abrigando crianccedilas
de 7 a 12 anos Toda crianccedila hospitalizada tem direito a um acompanhante como eacute
preconizado por direito pelo Artigo doze (12) do Estatuto da Crianccedila e do Adolescente
(Brasil 1990 p3)
A enfermaria conta com um posto de enfermagem localizado no centro da unidade
possibilitando maior visualizaccedilatildeo das enfermarias Possui tambeacutem uma sala de recreaccedilatildeo e
banheiro para os pacientes e acompanhantes Haacute uma sala utilizada pedagogia hospitalar
onde uma professora realiza atividades com as crianccedilas
Vale ressaltar que na unidade haacute uma sala para realizaccedilatildeo de procedimentos dolorosos
como a punccedilatildeo venosa perifeacuterica e sempre que possiacutevel o paciente eacute levado ateacute ela
34 Coleta de dados
A coleta de dados se deu a partir da teacutecnica de entrevista semi-estruturadas que
segundo Minayo Deslandes e Gomes (2007 p 64) satildeo ldquoperguntas fechadas e abertas em que
o entrevistado tem a possibilidade de discorrer sobre o tema em questatildeo sem se prender agrave
indagaccedilatildeo formuladardquo As mesmas foram gravadas em entrevista individual e tiveram como
foco as accedilotildees que os profissionais da equipe de enfermagem realizam acerca dos cuidados
para a permanecircncia do acesso venoso perifeacuterico aleacutem de investigar sobre o conhecimento que
cada um possui sobre o tema
19
Apoacutes contato preacutevio com a equipe de enfermagem foi acordado um dia e horaacuterio para
a realizaccedilatildeo das entrevistas que aconteceram na proacutepria unidade Todos os profissionais da
equipe de enfermagem foram convidados a participar voluntariamente da pesquisa As
entrevistas aconteceram apoacutes os profissionais assinarem o Termo de Consentimento Livre e
Esclarecido (TCLE)
Para Minayo Deslandes e Gomes (2007 p 64) a entrevista possui como principal
objetivo construir dados que sejam pertinentes para a pesquisa aleacutem de ser a estrateacutegia mais
utilizada no processo de trabalho de campo
A coleta foi interrompida no momento em que os dados se mostraram saturados ou
seja quando houve a cessaccedilatildeo do acreacutescimo de informaccedilotildees novas referentes ao tema
proposto
O fechamento amostral por saturaccedilatildeo teoacuterica eacute definido como a suspensatildeo de inclusatildeo
de novos participantes quando os dados obtidos passam a apresentar na avaliaccedilatildeo do
pesquisador certa redundacircncia ou repeticcedilatildeo natildeo sendo considerado relevante continuar a
coleta de dados (FONTANELLA RICAS e TURATO 2008)
35 Questotildees eacuteticas da pesquisa
De acordo com a Resoluccedilatildeo 46612 que visa assegurar os direitos e deveres que
dizem respeito agrave comunidade cientiacutefica aos sujeitos da pesquisa e ao Estado uma pesquisa
que envolve a participaccedilatildeo de seres humanos deve atender aos fundamentos eacuteticos e
cientiacuteficos pertinentes para a seguranccedila dos mesmos Neste contexto toda pesquisa
envolvendo seres humanos deveraacute ser submetida agrave apreciaccedilatildeo de um Comitecirc de Eacutetica em
Pesquisa (CEP) (BRASIL 2012)
Atendendo a esta condiccedilatildeo o projeto de pesquisa foi encaminhado ao CEP ndash do
Hospital Universitaacuterio o qual foi realizada a pesquisa foi analisado e aprovado na Reuniatildeo
com data de 06122013 CAAE 24693613700005243 Nuacutemero do parecer 486451 Com
isso a pesquisa foi desenvolvida mediante aprovaccedilatildeo do CEP atendendo aos preacute-requisitos
estipulados pela Resoluccedilatildeo nordm 46612
Esta pesquisa eacute pautada em princiacutepios eacuteticos que respeitam a dignidade humana e
justiccedila assegurando que natildeo haveraacute nenhum tipo de dano aos participantes
20
Em atendimento a resoluccedilatildeo 46612 do Conselho Nacional de SauacutedeMS apoacutes serem
esclarecidos pela pesquisadora quanto aos aspectos eacuteticos relacionados agrave pesquisa aleacutem das
formas de produccedilatildeo de dados e inserccedilatildeo no estudo os sujeitos da pesquisa assinaram duas
vias do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido ndash TCLE (apecircndice 1) autorizando sua
participaccedilatildeo voluntaacuteria na pesquisa Uma via foi entregue ao participante e outra ficou
arquivada com a pesquisadora
Nesse documento consta os objetivos da pesquisa procedimentos benefiacutecios
previstos garantia de recusa de participaccedilatildeo em qualquer momento de acesso aos resultados
da pesquisa e tambeacutem a garantia de acesso ao pesquisador quando os sujeitos julgarem
necessaacuterio sendo todas essas informaccedilotildees em linguagem acessiacutevel e simples O mesmo foi
apresentado e explicado ao profissional convidado a participar do estudo no primeiro contato
eou durante visita agendada para realizaccedilatildeo da entrevista
Vale ressaltar que esta pesquisa cujo financiamento eacute proacuteprio natildeo oferece nenhum
tipo de riscos para o sujeito da pesquisa e nem para o cuidado das crianccedilas internadas no setor
de pediatria e os benefiacutecios da participaccedilatildeo do mesmo satildeo de aumentar o conhecimento
cientiacutefico na aacuterea de Enfermagem Pediaacutetrica aleacutem de contribuir para a praacutetica profissional
36 Anaacutelise dos dados
O processo de anaacutelise dos dados foi baseada na teacutecnica da Anaacutelise Temaacutetica que para
Minayo Deslandes e Gomes (2007 p 86) o conceito central eacute o tema ldquoO tema eacute a unidade de
significaccedilatildeo que se liberta naturalmente de um texto analisado segundo criteacuterios relativos agrave
teoria que serve de guia da leiturardquo (BARDIN11
A anaacutelise realizada estava de acordo com a sugerida por Minayo (2010 p 315) e
contam com as seguintes etapas preacute-analise exploraccedilatildeo do material tratamento dos
resultados obtidos e interpretaccedilatildeo Atraveacutes dessas etapas tem-se o objetivo de descrever o
conteuacutedo do material coletado e interpretaacute-lo
1979 apud MINAYO DESLANDES
GOMES 2007 p 86)
A preacute analise consiste na escolha dos elementos a serem analisados e na retomada das
hipoacuteteses e dos objetivos iniciais da pesquisa Inicia-se com uma leitura flutuante onde o
11 BARDIN L Anaacutelise de Conteuacutedo Lisboa Ediccedilotildees 70 1979
21
pesquisador toma contato direto com o material adquirido deixando-se impregnar por seu
conteuacutedo Posteriormente haacute a constituiccedilatildeo do Corpus textual onde eacute feita uma seleccedilatildeo dos
documentos que iratildeo contemplar e fornecer informaccedilotildees sobre o tema sendo assim adequados
para dar resposta aos objetivos do trabalho (MINAYO 2010 p 315)
Essa fase preacute-analiacutetica eacute onde se determinam a unidades de registro unidade de
contexto e a partir delas satildeo determinados os temas que seratildeo analisados A unidade de
registro corresponde parte do conteuacutedo selecionado como base para analise e apoacutes a
delimitaccedilatildeo do contexto de compreensatildeo da unidade de registro eacute estabelecida a unidade de
contexto (MINAYO 2010 p 316)
De acordo com os objetivos da pesquisa foi possiacutevel perceber que nove (9)
entrevistas supriam para atender os mesmo encerrando assim a coleta Apoacutes a transcriccedilatildeo das
entrevistas foi realizada leitura das mesmas para natildeo soacute conhecimento do material mas
tambeacutem estabelecer as unidades de registro Em seguida foi realizado o colorimento das falas
assim as classificando de acordo com as unidades de registro estabelecidas
As unidades de registro que surgiram foram os fatores que interferem na manutenccedilatildeo
do acesso venoso perifeacuterico e o apontamento do acompanhante como responsaacutevel pela perda
do acesso venoso perifeacuterico Elas receberam as cores vermelha e laranja respectivamente a
fim de facilitar o agrupamento dos dados A partir disto surgiram as unidades de contexto que
compreendem as falas das entrevistas de modo a exemplificar o contexto das unidades de
registro
Partindo para segunda etapa da analise temaacutetica a exploraccedilatildeo do material que consiste
numa classificaccedilatildeo que visa alcanccedilar o nuacutecleo de compreensatildeo do texto Busca-se encontrar
categorias que satildeo expressotildees ou palavras significativas em funccedilatildeo das quais o conteuacutedo seraacute
organizado Essas categorias satildeo responsaacuteveis pela especificaccedilatildeo dos temas (MINAYO
2010 p 317)
Nesse caso foram definidos os seguintes temas cuidados preacute intra e poacutes procedimento
de punccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico cuidados em desuso para manutenccedilatildeo do acesso
venoso perifeacuterico o acompanhante e a manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico Essas trecircs (3)
categorias seratildeo apresentadas analisadas e discutidas no capitulo seguinte
22
4 RESULTADOS E DISCUSSAtildeO
Nesse capiacutetulo apresento as trecircs categorias temaacuteticas que surgiram da anaacutelise dos
dados e que contemplaram de forma satisfatoacuteria os objetivos da pesquisa A primeira
categoria denominada como ldquoOs cuidados de enfermagem preacute intra e poacutes-procedimento de
punccedilatildeo do acesso venoso perifeacutericordquo traz os passos e cuidados que os profissionais realizam
antes durante e apoacutes a punccedilatildeo buscando descrever e analisar os fatores envolvidos na pratica
do procedimento em questatildeo que emergiram das entrevistas aleacutem dos cuidados de
enfermagem para a manutenccedilatildeo do mesmo
A segunda categoria que seraacute apresentada eacute ldquoOs cuidados em desuso para manutenccedilatildeo
do acesso venoso perifeacutericordquo que mostra os cuidados que os profissionais citaram como natildeo
mais utilizados para auxiliar na manutenccedilatildeo da punccedilatildeo venosa perifeacuterica
E a uacuteltima categoria eacute denominada ldquoO acompanhante e a manutenccedilatildeo do acesso
venoso perifeacutericordquo e traz a responsabilizaccedilatildeo do acompanhante pelos profissionais do setor
em relaccedilatildeo aos cuidados com manutenccedilatildeo da punccedilatildeo Essa categoria busca tambeacutem ressaltar a
funccedilatildeo do acompanhante durante a hospitalizaccedilatildeo da crianccedila destacando que determinados
cuidados satildeo de total funccedilatildeo da equipe de enfermagem
41 Os cuidados de enfermagem preacute intra e poacutes-procedimento de punccedilatildeo do acesso
venoso perifeacuterico
Para interpretar as unidades de contextos tive como base autores que definiram os
cuidados de enfermagem preacute intra e poacutes punccedilatildeo venosa perifeacuterica Para esses autores a fase
de preacute-punccedilatildeo compreende as accedilotildees de anaacutelise e conhecimento da prescriccedilatildeo avaliaccedilatildeo e
23
preparo emocional do paciente preparo do material e medicaccedilatildeo seleccedilatildeo do siacutetio de inserccedilatildeo
e dilataccedilatildeo da veia selecionada As accedilotildees envolvidas na punccedilatildeo satildeo a execuccedilatildeo das
precauccedilotildees-padratildeo antissepsia da pele punccedilatildeo do vaso a fixaccedilatildeo e curativo do cateter
Finalmente na etapa de poacutes-punccedilatildeo adota-se a identificaccedilatildeo da punccedilatildeo o descarte apropriado
das partes dos materiais natildeo utilizados a orientaccedilatildeo do paciente acerca da terapecircutica o
controle da infusatildeo atraveacutes do gotejamento se necessaacuterio e o registro do procedimento
Phillips12
De acordo com as entrevistas a seleccedilatildeo do local de punccedilatildeo eacute indicada com um fator
que interfere diretamente no tempo de permanecircncia do acesso venoso perifeacuterico visto que
dependendo do local ocorre a perda mais rapidamente Aleacutem da localizaccedilatildeo citaram tambeacutem
o calibre da veia como interferecircncia na manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico Seguem
abaixo algumas falas
(2001 apud ARAUacuteJO 2007 p18)
ldquoPrimeira coisa eacute vocecirc procurar bem a veia colocar uma veia de um bom calibre Se puder dar preferecircncia a natildeo puncionar dobrasrdquo (Cinderela) ldquoDependendo de onde estiver puncionado se for na matildeozinha a crianccedila fica toda hora ta mexendo taacute manipulando alguma coisa e se for no pezinho tambeacutem nem todo tempo vai ficar acamada entatildeo acaba perdendo o acessordquo(Bela ) ldquoO mau posicionamento pode levar a perdardquo (Rapunzel)
A opiniatildeo dos profissionais acima vai de encontro com o que eacute encontrado na
literatura visto que eacute de suma importacircncia que o mesmo avalie o cliente e considere alguns
aspectos para uma escolha criteriosa e eficaz como a finalidade da punccedilatildeo o tipo de soluccedilatildeo
a ser infundida a condiccedilatildeo da rede venosa a duraccedilatildeo da terapia idade do cliente habilidade
cognitiva da crianccedila a preferecircncia do cliente o que nem sempre seraacute possiacutevel satisfazer e
tambeacutem a sua atividade (ARAUacuteJO 2007 p31)
Os cuidados com o acesso venoso perifeacuterico satildeo importantes antes mesmo da
realizaccedilatildeo do procedimento Levando em consideraccedilatildeo que um erro durante a fase de preacute-
procedimento como a escolha errada do local de punccedilatildeo por exemplo poderaacute levar a perda
do acesso e prejudicar assim o tratamento aleacutem do bem-estar da crianccedila que seraacute puncionada
novamente
12 PHILLIPS L D Manual de terapia intravenosa 2ed Porto Alegre Artmed 2001
24
O vaso sanguiacuteneo que o profissional selecionar como local para puncionar deve ser
suficiente para suportar o calibre e o comprimento do cateter aleacutem de atender a necessidade
terapecircutica para que natildeo haja a necessidade de uma nova punccedilatildeo
A punccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico eacute um procedimento doloroso e de grande
incomodo para a crianccedila com isso eacute de suma importacircncia realizar a seleccedilatildeo preacutevia do
material poreacutem natildeo foi citado Outro cuidado rotineiro e natildeo menos importante como a
lavagem das matildeos antes da colocaccedilatildeo do acesso tambeacutem natildeo foi mencionado durante as
entrevistas
O preparo emocional da crianccedila e do acompanhante quanto ao procedimento deve ser
considerada praacutetica rotineira para a equipe de enfermagem O profissional de enfermagem
deve lavar as matildeos objetivando a reduccedilatildeo significativa de risco de infecccedilatildeo e recomenda-se o
uso de aacutegua e sabatildeo para lavagem das matildeos antes da colocaccedilatildeo do cateter venoso perifeacuterico
(PHILLIPS13
O preparo preacutevio do material para instalaccedilatildeo do cateter venoso perifeacuterico eacute importante
para evitar interrupccedilotildees do procedimento e consequentemente um maior tempo de
manipulaccedilatildeo da crianccedila (SILVA
2001apud ARAUacuteJO 2007 Centers for Disease Control and Prevention ndash CDC
2002 apud ARAUacuteJO 2007)
14
Outro aspecto citado e classificado como preacute-procedimento eacute o cuidado com a
medicaccedilatildeo a ser administrada incluindo cuidados com a diluiccedilatildeo e composiccedilatildeo da mesma
Seguem algumas das falas
2004 apud ARAUacuteJO 2007 p30)
ldquoEstar sempre diluindo as medicaccedilotildees de acordo com a prescriccedilatildeo meacutedica pois as medicaccedilotildees satildeo muito fortes e podem causar enfraquecimento da veia Tem que diluir direitinho e passar lento na veiardquo (Cinderela) ldquoTer cuidado principalmente quando eacute crianccedila e a diluiccedilatildeo da medicaccedilatildeo tambeacutem agraves vezes natildeo eacute pra passar em perifeacuterico e na segunda dose jaacute perdeurdquo (Alice)
O acesso venoso perifeacuterico eacute a primeira alternativa para infusatildeo intravenosa por ser de
mais faacutecil acesso e rapidez no efeito da medicaccedilatildeo O profissional de enfermagem deve ter
domiacutenio natildeo soacute relacionado agrave infusatildeo das medicaccedilotildees mas tambeacutem com a composiccedilatildeo
13 PHILLIPS L D Manual de terapia intravenosa 2ed Porto Alegre Artmed 2001 14 SILVA G R G Terapia intravenosa em receacutem-nascidos ndash orientaccedilotildees para o cuidado de Enfermagem Rio de Janeiro Cultura Meacutedica 2004
25
farmacoloacutegica das mesmas os efeitos adversos e colaterais que a droga pode causar inclusive
em relaccedilatildeo a diluiccedilatildeo o que normalmente eacute estabelecido como padratildeo no setor de acordo com
cada faacutermaco
Com a intenccedilatildeo de promover a eficaacutecia terapecircutica dos medicamentos administrados
por via intravenosa eacute atribuiccedilatildeo do profissional de enfermagem implementar teacutecnicas como a
diluiccedilatildeo acondicionamento e cuidados na administraccedilatildeo de faacutermacos a fim de evitar
prejuiacutezos no tratamento resultantes da incompatibilidade medicamentosa (PETERLINI
CHAUD e PEDREIRA 2006)
Os fatores intra-procedimento satildeo considerados aqueles diretamente relacionados com
o procedimento Os dados colidos nas entrevistas ressaltaram apenas a fixaccedilatildeo com um fator
que interfere nessa fase Este foi o dado mais repetitivo nas entrevistas poreacutem sempre citado
de forma superficial Seguem as falas dos profissionais quando questionados sobre o que era
importante para manutenccedilatildeo do acesso
ldquoTem que fazer uma boa fixaccedilatildeo Porque quando a pessoa natildeo fixa bem prejudica porque aquilo vai soltando e quando vocecirc vecirc jaacute perdeu a veiardquo(Cinderela) ldquoEu acho que natildeo tem o que fazer para manter o acesso A crianccedila vai ficar uns dias X com aquele acesso pra fazer medicaccedilatildeo e eu acho que natildeo tem o que vocecirc profissional fazer para que natildeo percardquo (Aurora) ldquoA fixaccedilatildeo evita a movimentaccedilatildeo excessiva no local que estaacute o acessordquo (Ariel) ldquoTer cuidado com o curativo saber manusear E manter sempre o curativo limpo trocar se necessaacuteriordquo (Rapunzel) ldquoA fixaccedilatildeo eacute muito importante pra natildeo soltar o acesso e pra ele ficar mais tempordquo(Mulan)
Oliveira Bezerra e Pereira (2008 p 94) afirmam que de acordo com o revelado por
determinados estudos o tipo de curativo a fixaccedilatildeo do cateter e o tempo de permanecircncia estatildeo
diretamente relacionados com a ocorrecircncia de complicaccedilotildees infecciosas como flebites e
tambeacutem infiltraccedilatildeo extravasamento desconexatildeo e deslocamento do cateter
26
Para Pettit e Kraus15
Potter
(1995 apud MACHADO PEDREIRA E CHAUD2005 p292) a
gaze esteacuteril fixada com a fita adesiva hipoalergecircnica bem como a peliacutecula transparente esteacuteril
satildeo os materiais mais recomendados para curativo e fixaccedilatildeo de cateter venoso perifeacuterico
16
Jaacute as peliacuteculas transparentes mais conhecidas como filme permitem a respiraccedilatildeo
normal da pele com alta permeabilidade ao oxigecircnio e vapores e eacute impermeaacutevel a liacutequidos e
micro-organismos (SILVA E ZANETTI 2004 p233) Aleacutem disso permitem tambeacutem a
visualizaccedilatildeo contiacutenua do local de punccedilatildeo permitindo assim avaliaccedilatildeo do mesmo natildeo soacute
durante a infusatildeo de medicaccedilotildees mas tambeacutem todo o tempo
(1998 apud SILVA E ZANETTI 2004 p233) afirma que nas fixaccedilotildees em
que se utiliza a gaze esteacuteril preconiza-se a utilizaccedilatildeo de teacutecnica asseacuteptica Neste curativo a
gaze esteacuteril eacute colocada sobre o siacutetio de inserccedilatildeo e suas bordas satildeo fixadas com fita adesiva
A observaccedilatildeo da punccedilatildeo eacute muito importante pois se o local de inserccedilatildeo se mostrar
com sinais e sintomas de complicaccedilotildees a terapia deve ser suspensa (OLIVEIRA BEZERRA
e PEREIRA 2008 p95)
A visualizaccedilatildeo contiacutenua do acesso permite que a equipe de enfermagem possa realizar
uma observaccedilatildeo mais particularizada em relaccedilatildeo agraves condiccedilotildees do acesso venoso perifeacuterico
podendo observar se haacute deslocamento do cateter sinais de infiltraccedilatildeo e tambeacutem sinais de
infecccedilatildeo
Para Silva Barbato e Valente (2013 p 1200) cabe ao enfermeiro fazer a avaliaccedilatildeo
diaacuteria e cuidadosa do curativo observando a presenccedila de umidade sujidade integridade do
oacutestio de inserccedilatildeo a fixaccedilatildeo bem como a realizaccedilatildeo do curativo e das anotaccedilotildees legais
competentes agraves suas funccedilotildees
A fase poacutes-procedimento eacute caracterizada por uma seacuterie de cuidados que a equipe de
enfermagem deve realizar para que se obtenha maior tempo de permanecircncia do acesso venoso
perifeacuterico Durante as entrevistas os cuidados citados foram a salinizaccedilatildeo do acesso cuidados
para evitar a flebite e a velocidade de infusatildeo
15 Pettit DM Kraus V The use of gauze versus transparent dressings for peripheral intravenous catheter sites Nurs ClinNorth Am 1995 30(3)495-506 16 Potter P Perry AG Fundamentos de enfermagem processo conceito e praacutetica 3ordf ed Santos(SP) Guanabara Koogan19981397pp801-43
27
ldquoManter um acesso bem salinizado que vocecirc lave pelo menos de duas de trecircs em trecircs horas Se bem que isso aqui na pediatria natildeo eacute muito comum aqui a gente soacute lava cada vez que vai fazer medicaccedilatildeo mas se eu natildeo me engano a literatura preconiza isso vocecirc lavar pelo menos de quatro em quatro horas o acessordquo (Aurora)
ldquoPra manter o acesso venoso perifeacuterico eacute importante manter ele salinizado Assim que a gente recebe o plantatildeo eu vou ver se o acesso ta peacutervio com uma ldquoseringuinhardquo vai la da uma ldquolavadinhardquo e vecirc se o acesso ta peacutervio e manter o acesso salinizadordquo (Ariel)
ldquoSalinizar de 6 em 6 horas para manter ele peacuterviordquo (Alice)
ldquoTem que passar lento a medicaccedilatildeo e a limpeza da aacuterea vocecirc tem que limpar bem a aacuterea pra vocecirc natildeo formar uma flebiterdquo (Cinderela)
A salinizaccedilatildeo do acesso eacute um cuidado simples e de grande importacircncia Esse cuidado
deve ser realizado para manter o acesso peacutervio e limpo e deve ser realizado antes e apoacutes
qualquer infusatildeo
Para Moncaio e Figueiredo (2009)
a ldquosalinizaccedilatildeordquo consiste em administrar sob pressatildeo positiva soluccedilatildeo salina (Soro fisioloacutegico a 09) logo apoacutes o teacutermino da infusatildeo da medicaccedilatildeo Este procedimento visa prevenir a formaccedilatildeo de trombos e fibrina evitar o contato de drogas incompatiacuteveis (quando da infusatildeo de mais de um item medicamentoso no mesmo horaacuterio) garantir a infusatildeo de todo o medicamento que possa ter ficado no sistema aleacutem de evitar retorno sanguiacuteneo mantendo o cateter peacutervio para a proacutexima infusatildeo
Durante a coleta de dados esse cuidado surgiu em diversos momentos poreacutem foi
possiacutevel perceber que os profissionais realizam o mesmo de forma banalizada Natildeo sabem de
fato a real funccedilatildeo de manter o acesso salinizado A impressatildeo que passa eacute que eles
aprenderam que esse cuidado deveria ser feito e simplesmente fazem Haacute divergecircncias
tambeacutem entre a equipe em relaccedilatildeo ao momento que deve ser realizada a salinizaccedilatildeo e isso nos
mostra a desatualizaccedilatildeo dos profissionais do setor e a falta de uma educaccedilatildeo continuada no
hospital
Os cuidados para evitar a flebite e a velocidade de infusatildeo da medicaccedilatildeo apareceram
menos nas entrevistas e interferem diretamente com a manutenccedilatildeo do acesso venoso
perifeacuterico
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A flebite eacute uma inflamaccedilatildeo na veia puncionada ocorrendo quando as ceacutelulas
endoteliais da parede da veia que o cateter estaacute inserido tornam-se inflamadas e irregulares
propiciando a aderecircncia de plaquetas e predispondo a veia a inflamaccedilatildeo Eacute comum que o local
se apresente dolorido hiperemiado quente e edemaciado e nesses casos eacute aconselhada a
retirada do cateter Uma boa fixaccedilatildeo do cateter perifeacuterico eacute recomendada por autores na
literatura visto que previnem deslocamento faacutecil e permitem uma boa visualizaccedilatildeo do local
evitando complicaccedilotildees como a flebite e infiltraccedilatildeo (MOLDES et al 2011 p 330)
Dentre as principais falhas de infusatildeo venosa estatildeo flebite infiltraccedilatildeo hematoma e
obstruccedilatildeo Acredita-se que para reduzir a incidecircncia destas nas unidades pediaacutetricas eacute preciso
a adoccedilatildeo de estrateacutegias tais como a abordagem junto agrave equipe em parceria com o setor de
educaccedilatildeo permanente e a adoccedilatildeo do uso da teacutecnica corretamente e de forma asseacuteptica para a
realizaccedilatildeo da punccedilatildeo venosa perifeacuterica em acordo com a comissatildeo de controle de infecccedilatildeo
hospitalar (SILVA BARBATO e VALENTE 2013 p 1200)
A incapacidade do paciente em relatar dor no siacutetio de administraccedilatildeo do faacutermaco quer
pela idade ou condiccedilatildeo cliacutenica e o local de inserccedilatildeo como tambeacutem a velocidade de infusatildeo do
medicamento (gt25mgmin) satildeo classificados como fatores de risco para a perda do acesso
venoso perifeacuterico (MARTINS SILVINO e DIAS 2010)
42 Os cuidados em desuso para manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico
Essa categoria discorre sobre os cuidados de enfermagem que com o passar do tempo
foram desconsiderados e natildeo satildeo mais utilizados Quando questionados em relaccedilatildeo a vivencia
profissional e cuidados que discordavam os entrevistados citaram o uso da tala para fixaccedilatildeo
uso de heparina e os cuidados em relaccedilatildeo ao tempo de permanecircncia do cateter Haacute muitas
controveacutersias em relaccedilatildeo aos cuidados citados acima
O tempo de permanecircncia interfere diretamente no aparecimento de complicaccedilotildees
como flebite e que acabam levando a perda do acesso venoso perifeacuterico mais rapidamente
aconselhando assim a troca do mesmo entre 76 a 96 horas Poreacutem eacute preconizada a retirada do
cateter apenas se finalizar o tratamento ou houver alguma interferecircncia
ldquoA gente observa tambeacutem o tempo dependendo do tempo tem que tirarrdquo (Alice)
29
ldquoHoje eu natildeo sei como que eacute essa questatildeo do tempo porque a gente trocava o acesso a cada quatro dias agora o pessoal jaacute diz que pode trocar em ateacute uma semana entatildeo natildeo sei como que ta isso e o que tem escrito em relaccedilatildeo a isso (Aurora)
Sabe-se que o tempo para troca do cateter de teflon ou poliuretano varia de 72 a 96
horas com o intuito de reduzir risco de infecccedilatildeo e flebite e para minimizar esses riscos nas
seguintes situaccedilotildees diante de sinais inflamatoacuterios no local de inserccedilatildeo e sempre que houver
mau funcionamento do cateter (SANTOS17
Entretanto o Center for Disease Control and Prevention - CDC (2002) diz que em
pacientes pediaacutetricos natildeo foi observada relaccedilatildeo quanto ao tempo de permanecircncia do cateter e
ocorrecircncia de complicaccedilotildees devendo ser mantido ateacute o teacutermino da terapia intravenosa ou
quando forem observados sinais cliacutenicos de complicaccedilotildees
2004 apud OLIVEIRA BEZERRA e PEREIRA
2008 p 93)
Eacute possiacutevel observar a diferenccedila do conhecimento pratico dos profissionais
entrevistados em relaccedilatildeo ao conhecimento encontrado na literatura E ainda contendo duacutevidas
natildeo haacute uma busca da parte dos mesmos para esclarececirc-las
O uso da heparina com a finalidade de manter o acesso peacutervio por um periacuteodo maior
de tempo mostra-se com mais certeza quanto ao desuso nos dados colidos
ldquoAntigamente a gente usava heparina entatildeo a gente ficava tranquila em relaccedilatildeo agrave obstruccedilatildeo mas agora natildeo a gente usa o soro fisioloacutegico e a gente deixa salinizadordquo (Aurora)
Rang e Dale 18(1998 apud DOPICO e OLIVEIRA 2006) afirmam que a heparina
inibe a formaccedilatildeo de coaacutegulos de fibrina in vitro e in vivo e que seu efeito anticoagulante eacute
praticamente imediato Com isso Phillips19
17 Santos W Lavagem das matildeos In R Luiz Santos W Manual baacutesico de prevenccedilatildeo e controle das infecccedilotildees hospitalares do HRU Fortaleza Hospital Regional Unimed 2004
(2001 apud DOPICO e OLIVEIRA 2006)
ressalta que a teacutecnica de manutenccedilatildeo intermitente de cateteres intravenosos com soluccedilatildeo
salina 09 classificada como salinizaccedilatildeo tem sido pesquisada haacute alguns anos apresentando
em relaccedilatildeo ao uso da heparina vantagens como o baixo custo ser um procedimento mais
18 Rang HP Dale M M Hemostasia e Trombose In Rang HP Dale M M Farmacologia Rio de Janeiro Guanabara Koogan 1998 p235-47 19 PHILLIPS L D Manual de terapia intravenosa 2ed Porto Alegre Artmed 2001
30
simples aleacutem de eliminar a possibilidade de incompatibilidade com as drogas e soluccedilotildees
administradas aleacutem da inexistecircncia de riscos ao paciente Entretanto sabe-se que a literatura
ainda natildeo fornece consenso acerca da soluccedilatildeo mais indicada para manutenccedilatildeo da
permeabilidade do cateter venoso perifeacuterico
Eacute importante ressaltar que muitas instituiccedilotildees do nosso paiacutes nem ao menos tecircm o
conhecimento da praacutetica da salinizaccedilatildeo com soluccedilatildeo salina 09 No que se refere agrave pesquisa
cientiacutefica as limitaccedilotildees desta praacutetica satildeo atribuiacutedas agrave ausecircncia de um maior nuacutemero de
estudos controlados para validar sua eficaacutecia (EPPERSON20
Apesar de natildeo ser encontradas publicaccedilotildees acerca do tema a utilizaccedilatildeo de heparina
mostra-se como uma pratica natildeo mais utilizada pelos profissionais de enfermagem Outro
tema onde haacute controveacutersias e tambeacutem poucas citaccedilotildees eacute o uso da tala para fixaccedilatildeo do acesso
venoso perifeacuterico Seguem abaixo a opiniatildeo de alguns dos profissionais entrevistados
1984 apud DOPICO e
OLIVEIRA 2006)
ldquoA uacutenica coisa que eu natildeo gosto de ver eacute quando se coloca tala para imobilizar dizendo que a tala vai ajudar a natildeo perder a veia Isso eu natildeo concordo acho que a tala prejudica a crianccedila fica incomodada faz dor no membrordquo (Cinderela)
ldquoAntigamente a gente usava muito tala e as vezes eu pego isso aqui ai eu falo gente tala natildeo se usa mais natildeo faz parte mais da fixaccedilatildeo vocecirc pode fixar de uma forma que a crianccedila natildeo perca A tala eu acho que ela traumatiza um pouco ainda mais se vocecirc pegar um acesso na dobra vocecirc vai fazer com que a crianccedila fique com o braccedilo esticado muito tempo eu acho que pode causar uma lesatildeo depois e a literatura jaacute fala que eacute desnecessaacuteria natildeo precisa maisrdquo (Aurora) ldquoAntigamente usavam tala mas hoje em dia quase natildeo se vecirc mais e eu acho que a tala atrapalha porque a crianccedila fica imobilizada no membro ai fica mais irritadardquo (Rapunzel) ldquoLaacute no meu outro trabalho alguns usam a tala Eu acho que a tala ajuda ateacute a perder mais raacutepido porque a crianccedila fica incomodada vai querer mexer naquilordquo (Mulan)
20 Epperson EL Efficacy of 09 sodium chloride injection with without heparin for maintenance indwelling intermittent injection sites Clin Pharm1984 3(5)26
31
Almeida e Sabateacutes21
Entretanto haacute estudo que comprovam que o uso da tala natildeo se mostra tatildeo eficiente e
apresenta-se como uma praacutetica controversa O estudo foi realizado em crianccedilas ateacute os 12 anos
utilizando imobilizaccedilatildeo com tala e em mais de metade dos casos (553) ocorreu infiltraccedilatildeo
o que indicia a ineficaacutecia desta praacutetica (MACHADO PEDREIRA e CHAUD 2008 apud
BATALHA et al 2010 p512)
(2008 apud BATALHA et al 2010 p512) afirmam que a teacutecnica
de fixaccedilatildeo dos CVP com uso de imobilizaccedilatildeo com tala para restriccedilatildeo ou limitaccedilatildeo dos
movimentos articulares proacuteximo do local da punccedilatildeo estaacute indicado nas matildeos punhos cotovelo
e maleacuteolo
Para Batalha et al (2010 p512) o uso desta praacutetica parece natildeo se coadunar com o
atual uso de cateteres flexiacuteveis tipo abocath em detrimento de agulhas metaacutelicas Talvez por
isso comecem a surgir novas teacutecnicas de fixaccedilatildeo dos CVP que natildeo exigem imobilizaccedilatildeo das
articulaccedilotildees com talas
Aleacutem de natildeo haver uma confirmaccedilatildeo dos benefiacutecios causados pelo uso da tala a
imobilizaccedilatildeo causa incocircmodo para a crianccedila que fica com o membro imoacutevel podendo causar
dor e tambeacutem irritaccedilatildeo O uso desse tipo de fixaccedilatildeo tambeacutem impede a visualizaccedilatildeo frequente
do acesso venoso afetando assim os cuidados de observaccedilatildeo da equipe de enfermagem
43 O acompanhante e a manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico
A presente categoria vai discutir um assunto importante que surgiu durante as
entrevistas de forma inesperada Alguns dos profissionais entrevistados citaram o descuido do
acompanhante como um fator causador da perda do acesso venoso perifeacuterico Seguem abaixo
algumas falas
ldquoA matildee sempre acompanha e tem matildee que natildeo tem cuidado natildeo vigia e a gente tem que ficar pedindo pra olhar tomar contardquo (Aurora)
ldquoEm relaccedilatildeo ao acompanhante porque a crianccedila natildeo vai avaliar entatildeo o acompanhante que estar ali tem que avaliar direitinho natildeo deixar a crianccedila mexer ou puxarrdquo (Bela)
ldquoNatildeo eacute toda matildee que esta vigiando que cuida pra que a crianccedila natildeo perca o acessordquo (Jasmine)
21 Almeida FA Sabateacutes AL Enfermagem pediaacutetrica a crianccedila o adolescente e a sua famiacutelia no hospital Satildeo Paulo(SP) Manole 2008
32
ldquoAcho que leva a perda quando o acompanhante natildeo coopera as vezes a gente faz a imobilizaccedilatildeo na crianccedila e as vezes eles ateacute retiram e a proacutepria crianccedila agitada ela mesmo arrancardquo (Branca de Neve)
ldquoAgraves vezes a proacutepria crianccedila que a matildee deixa muito solta ai solta o acessordquo (Mulan)
Apoacutes a implementaccedilatildeo da lei que garante um acompanhante ao paciente pediaacutetrico a
presenccedila do familiarresponsaacutevel durante a hospitalizaccedilatildeo mudou a rotina da equipe de
enfermagem trazendo duacutevidas quanto a real funccedilatildeo do acompanhante e fazendo com que a
mesma viesse a delegar certos cuidados para acompanhante
A Promulgaccedilatildeo da Lei 8069 do Estatuto da Crianccedila e do Adolescente (ECA) em
1990 no seu artigo 12deg garante agrave crianccedila ou ao adolescente o direito de ter um responsaacutevel
que o acompanhe durante a hospitalizaccedilatildeo (1990)
Desde a sua implantaccedilatildeo as unidades vecircm sofrendo um processo de reorganizaccedilatildeo de
suas praacuteticas A inserccedilatildeo da famiacutelia modifica a organizaccedilatildeo do processo de trabalho o que
requer dos profissionais uma compreensatildeo em relaccedilatildeo agrave dinacircmica das relaccedilotildees interpessoais
(COLLET e ROCHA 2004)
Pimenta e Collet (2009) ressaltam que natildeo haacute nenhuma regulamentaccedilatildeo sobre a
participaccedilatildeo da famiacutelia nos cuidados e no entanto a mesma desempenha atividades junto agrave
crianccedila durante a hospitalizaccedilatildeo que devem ser levadas em consideraccedilatildeo A falta de
reconhecimento desse fato fez com que a equipe de enfermagem e famiacutelia natildeo possuiacutessem
uma relaccedilatildeo aberta e vivessem uma relaccedilatildeo silenciosa e impliacutecita de poder na qual a famiacutelia
acaba assumindo as relaccedilotildees do cuidado agrave crianccedila de responsabilidade da enfermagem
A negociaccedilatildeo entre matildees e equipe de enfermagem em relaccedilatildeo aos cuidados agrave crianccedila
hospitalizada natildeo eacute uma tarefa faacutecil tendo em vista que natildeo se tem claro qual o seu novo
papel neste processo (COLLET e ROCHA 2004)
Eacute possiacutevel ver nas falas que a presenccedila do acompanhante causa para a equipe de
enfermagem a seguranccedila de ter algueacutem para ldquovigiarrdquo ldquotomar contardquo e natildeo deixar que a
crianccedila hospitalizada perca o acesso venoso quando na verdade eacute funccedilatildeo da equipe de
enfermagem cuidados referentes ao acesso venoso perifeacuterico
33
Jaacute o acompanhante eacute definido pelo Ministeacuterio da Sauacutede como uma pessoa significativa
para a crianccedila que representa sua rede social e que vai acompanhaacute-lo durante a permanecircncia
no ambiente hospitalar ressaltando assim sua importacircncia Esse fato se reforccedila visto que a
crianccedila encontra nos familiares a forccedila e seguranccedila necessaacuteria para encarar todo esse processo
doloroso e desconhecido (MURAKAMI e CAMPOS 2011 p255)
O acompanhante aleacutem de minimizar o sofrimento do paciente pediaacutetrico faz com que
o mesmo sinta-se mais a vontade Eacute importante ressaltar que o familiarresponsaacutevel natildeo soacute
pode como deve participar das atividades da crianccedila no hospital desde que estas natildeo sejam
competecircncias dos profissionais que os cercam Essas atividades satildeo caracterizadas como
semelhantes aos que eles realizam diariamente fora do ambiente hospitalar como o banho
Poreacutem no caso de um paciente com punccedilatildeo venosa perifeacuterica o profissional de enfermagem
deve auxiliar no cuidado para que essa natildeo se perca
Os cuidados dos familiaresacompanhantes satildeo os mesmos que os desenvolvidos no
domiciacutelio e os cuidados prestados pela equipe de enfermagem satildeo aqueles que demandam
conhecimento teacutecnico-cientiacutefico especializado (SOUZA e OLIVEIRA 2010 p558)
Mesmo alguns cuidados parecerem simples e rotineiros quando eacute prestado no
hospital assumem novas caracteriacutesticas com o uso de dispositivos tecnoloacutegicos os quais se
tornam complexos (PIMENTA E COLLET 2009)
O ato de cuidar envolve o respeito agrave maneira como vive cada indiviacuteduo de acordo
com suas crenccedilas valores costumes e cultura A famiacutelia como uma instituiccedilatildeo atende agraves
necessidades bioloacutegicas de seus membros sendo sua responsabilidade cuidar e criar os filhos
incluindo a obrigaccedilatildeo da alimentaccedilatildeo higiene vestuaacuterio e moradia (ELSEN22
Nas entrevistas podemos verificar falas em que o acompanhante eacute citado como
responsaacutevel por avaliar a punccedilatildeo venosa A equipe de enfermagem deve sempre partir do
pressuposto que o familiar acompanhante natildeo tem conhecimento cientiacutefico e certo tipo de
cuidado natildeo deve se delegado para o mesmo mostrando assim a importacircncia da orientaccedilatildeo do
acompanhante quanto aos procedimentos dispositivos utilizados e cuidados em que os
etal 1994
apud SOUZA e OLIVEIRA 2010 p 553)
22 Elsen I Patriacutecio ZM Assistecircncia agrave crianccedila hospitalizada tipos de abordagens e suas implicaccedilotildees para a enfermagem In A enfermagem em pediatria e puericultura Rio de Janeiro (RJ) Atheneu 2005
34
mesmos possam auxiliar Seguem abaixo as falas onde os profissionais ressaltaram a
importacircncia da orientaccedilatildeo do acompanhante
ldquoNem sempre a crianccedila vai entender o porque de estar com aquele acesso entatildeo tem que ter uma orientaccedilatildeo do acompanhanterdquo (Bela)
ldquoTem que haver orientaccedilatildeo do acompanhante para os cuidadosrdquo (Ariel)
ldquoAgraves vezes tem ate o exemplo de um pai que natildeo deixa trocar o acesso jaacute tinha mais de uma semana e ele natildeo queria que trocasse ai faz febre e natildeo sabe da onderdquo (Alice)
Para Souza e Oliveira (2010 p555) deve haver uma preocupaccedilatildeo em orientar
considerando que o outro natildeo tem nenhum tipo de conhecimento sobre o assunto Poreacutem
Queiroz e Jorge23
Apesar das dificuldades o profissional de enfermagem deve estabelecer um viacutenculo de
confianccedila com o acompanhante buscando sempre deixaacute-los ciente das situaccedilotildees e fazendo-os
participar dos cuidados plausiacuteveis sem causar nenhum dano agrave crianccedila e de maneira alguma
abandonar suas atribuiccedilotildees
(2004 apud SOUZA e OLIVEIRA 2010 p 556) ressaltam que apesar de os
profissionais terem intenccedilatildeo de orientar os cuidados para a sauacutede repassam conhecimentos
elaborados cientificamente dificultando a compreensatildeo do familiar aleacutem de a relaccedilatildeo se dar
de maneira vertical assimeacutetrica e coercitiva
23 Queiroz MVO Jorge MSB Accedilotildees educativas no cuidado infantil e intervenccedilotildees dos profissionais junto agraves famiacutelias Acta Scientiarum Maringaacute 2004 janjun 26(1) 27-34
35
CONCLUSAtildeO
Atraveacutes desse estudo foi possiacutevel descrever e analisar os cuidados que os profissionais
de enfermagem realizam acerca da permanecircncia do acesso venoso perifeacuterico Aleacutem disso a
realizaccedilatildeo da pesquisa permitiu identificar a desarticulaccedilatildeo do processo de enfermagem e a
praacutetica desconectada da produccedilatildeo cientiacutefica caracterizando a falta de uma educaccedilatildeo
continuada efetiva
A anaacutelise dos dados demonstra o processo de punccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico
ressaltando a importacircncia de cuidados como a seleccedilatildeo do local a diluiccedilatildeo da medicaccedilatildeo a
realizaccedilatildeo de uma boa fixaccedilatildeo a atenccedilatildeo com a velocidade de infusatildeo os cuidados com os
sinais de infecccedilatildeo e salinizaccedilatildeo do acesso natildeo deixando de salientar cuidados em desuso
como o uso da heparina da tala e duvidas em relaccedilatildeo ao tempo de permanecircncia Evidenciou
tambeacutem que a equipe de enfermagem delega alguns cuidados para os acompanhantes
Natildeo foi possiacutevel perceber o niacutevel de conhecimento cientiacutefico dos profissionais visto
que eles em nenhum momento por natildeo saberem ou por medo de se expor natildeo explicaram de
fato nenhum cuidado que disseram realizar Sempre citaram de forma superficial e direta
deixando claro tambeacutem que o pesquisador natildeo os indagou quanto a isso Poreacutem creio que
diante de cuidados tatildeo importantes e de frequente praacutetica os mesmos falariam facilmente
sobre os cuidados de enfermagem na permanecircncia do acesso venoso perifeacuterico
Apesar dos entrevistados citarem alguns fatores e cuidados realizados de forma
correta eacute visiacutevel que os mesmos realizam os cuidados com a punccedilatildeo e a permanencia do
acesso de forma automaacutetica sem unir a praacutetica com o fundamento do mesmo
Eacute importante destacar tambeacutem a importacircncia do preparo emocional da crianccedila como
tambeacutem os cuidados com a famiacutelia dos mesmos O trabalho de humanizaccedilatildeo realizado pela
36
enfermagem faz grande diferenccedila nessas situaccedilotildees visto que os pacientes e acompanhantes
tendo conhecimento do que seraacute realizado ficariam mais tranquilos
O estudo contribuiu para o campo do ensino nesta aacuterea dando destaque ao importante
papel que o profissional de enfermagem deve desempenhar no cuidado e na manutenccedilatildeo do
acesso venoso perifeacuterico Contudo vale ressaltar a importacircncia do incentivo ao profissional a
buscar na literatura natildeo soacute esclarecimento de suas duvidas mas tambeacutem novos
conhecimentos
Pode colaborar ainda para a realizaccedilatildeo de novas pesquisas na aacuterea procurando
eliminar duacutevidas e controveacutersias sobre o tema Buscando assim a realizaccedilatildeo de um cuidado de
enfermagem articulado e eficaz promovendo o bem-estar do paciente pediaacutetrico durante a
hospitalizaccedilatildeo
37
REFEREcircNCIAS
ARAUacuteJO Ana Paula Monteiro Baptista de Andrade As praacuteticas de cuidado agrave crianccedila com
cateter venoso perifeacuterico e seus reflexos na interaccedilatildeo enfermeiro-familiar Dissertaccedilatildeo
(Mestrado em Enfermagem) Universidade do Estado do Rio de Janeiro Faculdade de
Enfermagem2007 66 f Disponiacutevel emlt
httpwwwbdtduerjbrtde_buscaarquivophpcodArquivo=621 Acesso em 16 de maio de
2014
BATALHA Luis Manuel Cunha COSTA Luiacutesa Paula Santos ALMEIDA Dulce Maria
Gomes de LOURENCcedilO Patriacutecia Adriana Almeida GONCcedilALVES Ameacutelia Maria Ferreira
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44
APEcircNDICE I
TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO
DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO Tiacutetulo Do Projeto Os cuidados de enfermagem acerca dos acessos venosos perifeacutericos na unidade pediaacutetrica Pesquisador Responsaacutevel Rosane Cordeiro Burla de Aguiar Eny Dorea Paiva e Karina Rodrigues Fernandes Instituiccedilatildeo a que Pertence o Pesquisador Responsaacutevel Universidade Federal Fluminense Telefone para contato (21) 98355269 (21) 82392939 (21) 91786609 Nome do voluntaacuterio _________________________________________________________ Idade ________ anos RG ____________________________
AO Sr (a) estaacute sendo convidado (a) a participar do projeto de pesquisa OS CUIDADOS DE
ENFERMAGEM ACERCA DOS ACESSOS VENOSOS PERIFEacuteRICOS NA UNIDADE PEDIATRICA de
responsabilidade da pesquisadora Profordf Drordf Rosane Cordeiro Burla de Aguiar e Profordf Drordf Eny Dorea Paiva A
punccedilatildeo venosa perifeacuterica eacute um procedimento essencial durante a hospitalizaccedilatildeo da crianccedila visto que eacute atraveacutes
dela que eacute administrada grande parte das medicaccedilotildees Este estudo se justifica diante da importacircncia da
necessidade de um maior periacuteodo de permanecircncia dos acessos venosos perifeacutericos Com isso aleacutem da
diminuiccedilatildeo de eventos que causam dor e irritaccedilatildeo na crianccedila e na famiacutelia promoveraacute tambeacutem uma melhor estada
dos mesmos durante o periacuteodo de hospitalizaccedilatildeo Os objetivos da pesquisa satildeo 1) Descrever os fatores que
interferem na manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico de acordo com a equipe de enfermagem 2)Analisar os
cuidados da equipe de enfermagem na manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico A coleta de dados se daraacute
atraveacutes de entrevistas semi estruturadas que seratildeo gravadas As informaccedilotildees colhidas seratildeo tratadas de forma
anocircnima e confidencial ou seja em nenhum momento seratildeo divulgados o seu nome e somente os
pesquisadores teratildeo acesso agraves informaccedilotildees Os dados obtidos com a pesquisa poderatildeo ser publicados apenas com
fins cientiacuteficos Eles natildeo seratildeo utilizados para fins comerciais ou para outra finalidade qualquer Caso necessite
poderatildeo ser marcados encontros para respostas ou esclarecimentos de qualquer duacutevida acerca da pesquisa A sua
participaccedilatildeo eacute voluntaria e eacute importante lembrar que vocecirc poderaacute desistir de participar da pesquisa em qualquer
momento A entrevista seraacute marcada em um dia e horaacuterio que vocecirc achar melhor Seraacute realizada
individualmente em um ambiente que nos ofereccedila privacidade Esta pesquisa natildeo oferece riscos para vocecirc e os
benefiacutecios da sua participaccedilatildeo satildeo de aumentar o conhecimento cientiacutefico na aacuterea de Enfermagem Pediaacutetrica
aleacutem de contribuir para a praacutetica profissional Este documento seraacute elaborado em duas vias uma para vocecirc e a
outra seraacute arquivada pelo pesquisador
Eu_____________________________________________________________ RG no _____________________________ Declaro que apoacutes ter entendido o que me foi explicado consinto voluntariamente em participar do presente Protocolo de Pesquisa entendo ainda que posso retirar o meu consentimento a qualquer momento antes ou durante a realizaccedilatildeo do mesmo declaro ter sido informada(o) e concordo em participar como voluntaacuteria(o) da pesquisa acima descrita Rio de Janeiro_______de_______________de 20___ _____________________________ ________________________________
(Participante) Karina Rodrigues Fernandes (Responsaacutevel por obter o consentimento)
______________________________________ _______________________________________ (Testemunha) (Testemunha)
45
APEcircNDICE II
ROTEIRO PARA ENTREVISTA
1) O que vocecirc acha que pode levar a perda do acesso perifeacuterico
2) Para vocecirc o que eacute importante para manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico nas
crianccedilas
3) O que vocecirc acha que pode interferir na sua manutenccedilatildeo
4) Que medidas vocecirc adota no seu dia a dia para manter o acesso
5) Na sua vivencia profissional o que vocecirc discorda dos cuidados que geralmente satildeo
utilizados para manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico
46
ANEXO
47
48
16
Acerca da terapia intravenosa podem ocorrer incompatibilidades em relaccedilatildeo aos
faacutermacos administrados e os cateteres utilizados que na maioria das vezes natildeo satildeo percebidos
devido a impossibilidade de visualizaccedilatildeo Essas incompatibilidades satildeo denominadas por
Peterlini Chaud e Pedreira (2006) como adsorccedilatildeo e absorccedilatildeo onde ocorre ldquoperda do faacutermaco
para a superfiacutecie de frascos seringas filtros acessoacuterios e cateteres da terapia intravenosa por
meio de adsorccedilatildeo ou pela absorccedilatildeo do faacutermaco para a matriz do material de confecccedilatildeo desses
dispositivosrdquo Com isso o profissional de enfermagem tem como funccedilatildeo aleacutem do
conhecimento cientiacutefico acerca das drogas utilizadas programar accedilotildees que possibilitem
ldquoreconstituiccedilatildeo diluiccedilatildeo acondicionamento e cuidados na administraccedilatildeo de faacutermacosrdquo
evitando assim prejuiacutezos no tratamento
17
3 METODOLOGIA
31 Tipo de pesquisa
Trata-se de uma pesquisa descritiva exploratoacuteria de abordagem qualitativa com os
profissionais da equipe de enfermagem da unidade de internaccedilatildeo pediaacutetrica de um hospital
universitaacuterio do estado do Rio de Janeiro
Para Minayo Deslandes e Gomes (2007 p 21) a pesquisa qualitativa responde as
questotildees de forma particular de modo que trabalha com o universo dos significados dos
motivos das aspiraccedilotildees das crenccedilas dos valores e atitudes Sendo assim entende-se que as
accedilotildees do ser humano se distinguem a partir do seu pensamento do modo de agir de acordo
com a realidade vivida por cada um
Segundo Gil (1999 p44) ldquoas pesquisas descritivas tecircm como objetivo primordial a
descriccedilatildeo das caracteriacutesticas de determinada populaccedilatildeo ou fenocircmeno ou o estabelecimento de
relaccedilotildees variaacuteveisrdquo
Kauark Manhatildees e Medeiros (2010 p28) determinam a pesquisa exploratoacuteria como
agravequela que ldquoObjetiva a maior familiaridade com o problema tornando-o expliacutecito ou agrave
construccedilatildeo de hipoacutetesesrdquo Acrescenta ainda que a mesma pode conter levantamento
bibliograacutefico entrevistas com pessoas experientes no problema pesquisado entre outras
fontes
32 Sujeitos da pesquisa
A pesquisa contou com um nuacutemero total de nove (9) profissionais da equipe de
enfermagem da unidade de internaccedilatildeo pediaacutetrica de um Hospital Universitaacuterio do Rio de
Janeiro sendo estes dois (2) enfermeiros e sete (7) teacutecnicos de enfermagem De todos os
18
participantes apenas um trabalha no serviccedilo noturno sendo o restante do serviccedilo diurno Os
mesmos satildeo os responsaacuteveis pela instalaccedilatildeo e manipulaccedilatildeo dos os acessos venosos
perifeacutericos supondo assim que tenham maior domiacutenio sobre o assunto abordado
Os sujeitos foram identificados com codinomes referentes agraves princesas da Disney para
que suas identidades sejam preservadas
33 Cenaacuterio
A pesquisa ocorreu na unidade de internaccedilatildeo pediaacutetrica localizada no quinto andar do
Hospital Universitaacuterio do Rio de Janeiro vinculado a uma Universidade Federal
A unidade pediaacutetrica eacute divida em trecircs enfermarias de acordo com a idade das crianccedilas
hospitalizadas sendo denominadas estas Lactente preacute-escolar e escolar A enfermaria
Lactente eacute composta por 5 leitos hospitalizando crianccedilas de 29 dias a 2 anos jaacute na preacute-escolar
encontram-se 6 leitos e acolhe crianccedilas de 2 a 6 anos e na escolar 6 leitos abrigando crianccedilas
de 7 a 12 anos Toda crianccedila hospitalizada tem direito a um acompanhante como eacute
preconizado por direito pelo Artigo doze (12) do Estatuto da Crianccedila e do Adolescente
(Brasil 1990 p3)
A enfermaria conta com um posto de enfermagem localizado no centro da unidade
possibilitando maior visualizaccedilatildeo das enfermarias Possui tambeacutem uma sala de recreaccedilatildeo e
banheiro para os pacientes e acompanhantes Haacute uma sala utilizada pedagogia hospitalar
onde uma professora realiza atividades com as crianccedilas
Vale ressaltar que na unidade haacute uma sala para realizaccedilatildeo de procedimentos dolorosos
como a punccedilatildeo venosa perifeacuterica e sempre que possiacutevel o paciente eacute levado ateacute ela
34 Coleta de dados
A coleta de dados se deu a partir da teacutecnica de entrevista semi-estruturadas que
segundo Minayo Deslandes e Gomes (2007 p 64) satildeo ldquoperguntas fechadas e abertas em que
o entrevistado tem a possibilidade de discorrer sobre o tema em questatildeo sem se prender agrave
indagaccedilatildeo formuladardquo As mesmas foram gravadas em entrevista individual e tiveram como
foco as accedilotildees que os profissionais da equipe de enfermagem realizam acerca dos cuidados
para a permanecircncia do acesso venoso perifeacuterico aleacutem de investigar sobre o conhecimento que
cada um possui sobre o tema
19
Apoacutes contato preacutevio com a equipe de enfermagem foi acordado um dia e horaacuterio para
a realizaccedilatildeo das entrevistas que aconteceram na proacutepria unidade Todos os profissionais da
equipe de enfermagem foram convidados a participar voluntariamente da pesquisa As
entrevistas aconteceram apoacutes os profissionais assinarem o Termo de Consentimento Livre e
Esclarecido (TCLE)
Para Minayo Deslandes e Gomes (2007 p 64) a entrevista possui como principal
objetivo construir dados que sejam pertinentes para a pesquisa aleacutem de ser a estrateacutegia mais
utilizada no processo de trabalho de campo
A coleta foi interrompida no momento em que os dados se mostraram saturados ou
seja quando houve a cessaccedilatildeo do acreacutescimo de informaccedilotildees novas referentes ao tema
proposto
O fechamento amostral por saturaccedilatildeo teoacuterica eacute definido como a suspensatildeo de inclusatildeo
de novos participantes quando os dados obtidos passam a apresentar na avaliaccedilatildeo do
pesquisador certa redundacircncia ou repeticcedilatildeo natildeo sendo considerado relevante continuar a
coleta de dados (FONTANELLA RICAS e TURATO 2008)
35 Questotildees eacuteticas da pesquisa
De acordo com a Resoluccedilatildeo 46612 que visa assegurar os direitos e deveres que
dizem respeito agrave comunidade cientiacutefica aos sujeitos da pesquisa e ao Estado uma pesquisa
que envolve a participaccedilatildeo de seres humanos deve atender aos fundamentos eacuteticos e
cientiacuteficos pertinentes para a seguranccedila dos mesmos Neste contexto toda pesquisa
envolvendo seres humanos deveraacute ser submetida agrave apreciaccedilatildeo de um Comitecirc de Eacutetica em
Pesquisa (CEP) (BRASIL 2012)
Atendendo a esta condiccedilatildeo o projeto de pesquisa foi encaminhado ao CEP ndash do
Hospital Universitaacuterio o qual foi realizada a pesquisa foi analisado e aprovado na Reuniatildeo
com data de 06122013 CAAE 24693613700005243 Nuacutemero do parecer 486451 Com
isso a pesquisa foi desenvolvida mediante aprovaccedilatildeo do CEP atendendo aos preacute-requisitos
estipulados pela Resoluccedilatildeo nordm 46612
Esta pesquisa eacute pautada em princiacutepios eacuteticos que respeitam a dignidade humana e
justiccedila assegurando que natildeo haveraacute nenhum tipo de dano aos participantes
20
Em atendimento a resoluccedilatildeo 46612 do Conselho Nacional de SauacutedeMS apoacutes serem
esclarecidos pela pesquisadora quanto aos aspectos eacuteticos relacionados agrave pesquisa aleacutem das
formas de produccedilatildeo de dados e inserccedilatildeo no estudo os sujeitos da pesquisa assinaram duas
vias do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido ndash TCLE (apecircndice 1) autorizando sua
participaccedilatildeo voluntaacuteria na pesquisa Uma via foi entregue ao participante e outra ficou
arquivada com a pesquisadora
Nesse documento consta os objetivos da pesquisa procedimentos benefiacutecios
previstos garantia de recusa de participaccedilatildeo em qualquer momento de acesso aos resultados
da pesquisa e tambeacutem a garantia de acesso ao pesquisador quando os sujeitos julgarem
necessaacuterio sendo todas essas informaccedilotildees em linguagem acessiacutevel e simples O mesmo foi
apresentado e explicado ao profissional convidado a participar do estudo no primeiro contato
eou durante visita agendada para realizaccedilatildeo da entrevista
Vale ressaltar que esta pesquisa cujo financiamento eacute proacuteprio natildeo oferece nenhum
tipo de riscos para o sujeito da pesquisa e nem para o cuidado das crianccedilas internadas no setor
de pediatria e os benefiacutecios da participaccedilatildeo do mesmo satildeo de aumentar o conhecimento
cientiacutefico na aacuterea de Enfermagem Pediaacutetrica aleacutem de contribuir para a praacutetica profissional
36 Anaacutelise dos dados
O processo de anaacutelise dos dados foi baseada na teacutecnica da Anaacutelise Temaacutetica que para
Minayo Deslandes e Gomes (2007 p 86) o conceito central eacute o tema ldquoO tema eacute a unidade de
significaccedilatildeo que se liberta naturalmente de um texto analisado segundo criteacuterios relativos agrave
teoria que serve de guia da leiturardquo (BARDIN11
A anaacutelise realizada estava de acordo com a sugerida por Minayo (2010 p 315) e
contam com as seguintes etapas preacute-analise exploraccedilatildeo do material tratamento dos
resultados obtidos e interpretaccedilatildeo Atraveacutes dessas etapas tem-se o objetivo de descrever o
conteuacutedo do material coletado e interpretaacute-lo
1979 apud MINAYO DESLANDES
GOMES 2007 p 86)
A preacute analise consiste na escolha dos elementos a serem analisados e na retomada das
hipoacuteteses e dos objetivos iniciais da pesquisa Inicia-se com uma leitura flutuante onde o
11 BARDIN L Anaacutelise de Conteuacutedo Lisboa Ediccedilotildees 70 1979
21
pesquisador toma contato direto com o material adquirido deixando-se impregnar por seu
conteuacutedo Posteriormente haacute a constituiccedilatildeo do Corpus textual onde eacute feita uma seleccedilatildeo dos
documentos que iratildeo contemplar e fornecer informaccedilotildees sobre o tema sendo assim adequados
para dar resposta aos objetivos do trabalho (MINAYO 2010 p 315)
Essa fase preacute-analiacutetica eacute onde se determinam a unidades de registro unidade de
contexto e a partir delas satildeo determinados os temas que seratildeo analisados A unidade de
registro corresponde parte do conteuacutedo selecionado como base para analise e apoacutes a
delimitaccedilatildeo do contexto de compreensatildeo da unidade de registro eacute estabelecida a unidade de
contexto (MINAYO 2010 p 316)
De acordo com os objetivos da pesquisa foi possiacutevel perceber que nove (9)
entrevistas supriam para atender os mesmo encerrando assim a coleta Apoacutes a transcriccedilatildeo das
entrevistas foi realizada leitura das mesmas para natildeo soacute conhecimento do material mas
tambeacutem estabelecer as unidades de registro Em seguida foi realizado o colorimento das falas
assim as classificando de acordo com as unidades de registro estabelecidas
As unidades de registro que surgiram foram os fatores que interferem na manutenccedilatildeo
do acesso venoso perifeacuterico e o apontamento do acompanhante como responsaacutevel pela perda
do acesso venoso perifeacuterico Elas receberam as cores vermelha e laranja respectivamente a
fim de facilitar o agrupamento dos dados A partir disto surgiram as unidades de contexto que
compreendem as falas das entrevistas de modo a exemplificar o contexto das unidades de
registro
Partindo para segunda etapa da analise temaacutetica a exploraccedilatildeo do material que consiste
numa classificaccedilatildeo que visa alcanccedilar o nuacutecleo de compreensatildeo do texto Busca-se encontrar
categorias que satildeo expressotildees ou palavras significativas em funccedilatildeo das quais o conteuacutedo seraacute
organizado Essas categorias satildeo responsaacuteveis pela especificaccedilatildeo dos temas (MINAYO
2010 p 317)
Nesse caso foram definidos os seguintes temas cuidados preacute intra e poacutes procedimento
de punccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico cuidados em desuso para manutenccedilatildeo do acesso
venoso perifeacuterico o acompanhante e a manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico Essas trecircs (3)
categorias seratildeo apresentadas analisadas e discutidas no capitulo seguinte
22
4 RESULTADOS E DISCUSSAtildeO
Nesse capiacutetulo apresento as trecircs categorias temaacuteticas que surgiram da anaacutelise dos
dados e que contemplaram de forma satisfatoacuteria os objetivos da pesquisa A primeira
categoria denominada como ldquoOs cuidados de enfermagem preacute intra e poacutes-procedimento de
punccedilatildeo do acesso venoso perifeacutericordquo traz os passos e cuidados que os profissionais realizam
antes durante e apoacutes a punccedilatildeo buscando descrever e analisar os fatores envolvidos na pratica
do procedimento em questatildeo que emergiram das entrevistas aleacutem dos cuidados de
enfermagem para a manutenccedilatildeo do mesmo
A segunda categoria que seraacute apresentada eacute ldquoOs cuidados em desuso para manutenccedilatildeo
do acesso venoso perifeacutericordquo que mostra os cuidados que os profissionais citaram como natildeo
mais utilizados para auxiliar na manutenccedilatildeo da punccedilatildeo venosa perifeacuterica
E a uacuteltima categoria eacute denominada ldquoO acompanhante e a manutenccedilatildeo do acesso
venoso perifeacutericordquo e traz a responsabilizaccedilatildeo do acompanhante pelos profissionais do setor
em relaccedilatildeo aos cuidados com manutenccedilatildeo da punccedilatildeo Essa categoria busca tambeacutem ressaltar a
funccedilatildeo do acompanhante durante a hospitalizaccedilatildeo da crianccedila destacando que determinados
cuidados satildeo de total funccedilatildeo da equipe de enfermagem
41 Os cuidados de enfermagem preacute intra e poacutes-procedimento de punccedilatildeo do acesso
venoso perifeacuterico
Para interpretar as unidades de contextos tive como base autores que definiram os
cuidados de enfermagem preacute intra e poacutes punccedilatildeo venosa perifeacuterica Para esses autores a fase
de preacute-punccedilatildeo compreende as accedilotildees de anaacutelise e conhecimento da prescriccedilatildeo avaliaccedilatildeo e
23
preparo emocional do paciente preparo do material e medicaccedilatildeo seleccedilatildeo do siacutetio de inserccedilatildeo
e dilataccedilatildeo da veia selecionada As accedilotildees envolvidas na punccedilatildeo satildeo a execuccedilatildeo das
precauccedilotildees-padratildeo antissepsia da pele punccedilatildeo do vaso a fixaccedilatildeo e curativo do cateter
Finalmente na etapa de poacutes-punccedilatildeo adota-se a identificaccedilatildeo da punccedilatildeo o descarte apropriado
das partes dos materiais natildeo utilizados a orientaccedilatildeo do paciente acerca da terapecircutica o
controle da infusatildeo atraveacutes do gotejamento se necessaacuterio e o registro do procedimento
Phillips12
De acordo com as entrevistas a seleccedilatildeo do local de punccedilatildeo eacute indicada com um fator
que interfere diretamente no tempo de permanecircncia do acesso venoso perifeacuterico visto que
dependendo do local ocorre a perda mais rapidamente Aleacutem da localizaccedilatildeo citaram tambeacutem
o calibre da veia como interferecircncia na manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico Seguem
abaixo algumas falas
(2001 apud ARAUacuteJO 2007 p18)
ldquoPrimeira coisa eacute vocecirc procurar bem a veia colocar uma veia de um bom calibre Se puder dar preferecircncia a natildeo puncionar dobrasrdquo (Cinderela) ldquoDependendo de onde estiver puncionado se for na matildeozinha a crianccedila fica toda hora ta mexendo taacute manipulando alguma coisa e se for no pezinho tambeacutem nem todo tempo vai ficar acamada entatildeo acaba perdendo o acessordquo(Bela ) ldquoO mau posicionamento pode levar a perdardquo (Rapunzel)
A opiniatildeo dos profissionais acima vai de encontro com o que eacute encontrado na
literatura visto que eacute de suma importacircncia que o mesmo avalie o cliente e considere alguns
aspectos para uma escolha criteriosa e eficaz como a finalidade da punccedilatildeo o tipo de soluccedilatildeo
a ser infundida a condiccedilatildeo da rede venosa a duraccedilatildeo da terapia idade do cliente habilidade
cognitiva da crianccedila a preferecircncia do cliente o que nem sempre seraacute possiacutevel satisfazer e
tambeacutem a sua atividade (ARAUacuteJO 2007 p31)
Os cuidados com o acesso venoso perifeacuterico satildeo importantes antes mesmo da
realizaccedilatildeo do procedimento Levando em consideraccedilatildeo que um erro durante a fase de preacute-
procedimento como a escolha errada do local de punccedilatildeo por exemplo poderaacute levar a perda
do acesso e prejudicar assim o tratamento aleacutem do bem-estar da crianccedila que seraacute puncionada
novamente
12 PHILLIPS L D Manual de terapia intravenosa 2ed Porto Alegre Artmed 2001
24
O vaso sanguiacuteneo que o profissional selecionar como local para puncionar deve ser
suficiente para suportar o calibre e o comprimento do cateter aleacutem de atender a necessidade
terapecircutica para que natildeo haja a necessidade de uma nova punccedilatildeo
A punccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico eacute um procedimento doloroso e de grande
incomodo para a crianccedila com isso eacute de suma importacircncia realizar a seleccedilatildeo preacutevia do
material poreacutem natildeo foi citado Outro cuidado rotineiro e natildeo menos importante como a
lavagem das matildeos antes da colocaccedilatildeo do acesso tambeacutem natildeo foi mencionado durante as
entrevistas
O preparo emocional da crianccedila e do acompanhante quanto ao procedimento deve ser
considerada praacutetica rotineira para a equipe de enfermagem O profissional de enfermagem
deve lavar as matildeos objetivando a reduccedilatildeo significativa de risco de infecccedilatildeo e recomenda-se o
uso de aacutegua e sabatildeo para lavagem das matildeos antes da colocaccedilatildeo do cateter venoso perifeacuterico
(PHILLIPS13
O preparo preacutevio do material para instalaccedilatildeo do cateter venoso perifeacuterico eacute importante
para evitar interrupccedilotildees do procedimento e consequentemente um maior tempo de
manipulaccedilatildeo da crianccedila (SILVA
2001apud ARAUacuteJO 2007 Centers for Disease Control and Prevention ndash CDC
2002 apud ARAUacuteJO 2007)
14
Outro aspecto citado e classificado como preacute-procedimento eacute o cuidado com a
medicaccedilatildeo a ser administrada incluindo cuidados com a diluiccedilatildeo e composiccedilatildeo da mesma
Seguem algumas das falas
2004 apud ARAUacuteJO 2007 p30)
ldquoEstar sempre diluindo as medicaccedilotildees de acordo com a prescriccedilatildeo meacutedica pois as medicaccedilotildees satildeo muito fortes e podem causar enfraquecimento da veia Tem que diluir direitinho e passar lento na veiardquo (Cinderela) ldquoTer cuidado principalmente quando eacute crianccedila e a diluiccedilatildeo da medicaccedilatildeo tambeacutem agraves vezes natildeo eacute pra passar em perifeacuterico e na segunda dose jaacute perdeurdquo (Alice)
O acesso venoso perifeacuterico eacute a primeira alternativa para infusatildeo intravenosa por ser de
mais faacutecil acesso e rapidez no efeito da medicaccedilatildeo O profissional de enfermagem deve ter
domiacutenio natildeo soacute relacionado agrave infusatildeo das medicaccedilotildees mas tambeacutem com a composiccedilatildeo
13 PHILLIPS L D Manual de terapia intravenosa 2ed Porto Alegre Artmed 2001 14 SILVA G R G Terapia intravenosa em receacutem-nascidos ndash orientaccedilotildees para o cuidado de Enfermagem Rio de Janeiro Cultura Meacutedica 2004
25
farmacoloacutegica das mesmas os efeitos adversos e colaterais que a droga pode causar inclusive
em relaccedilatildeo a diluiccedilatildeo o que normalmente eacute estabelecido como padratildeo no setor de acordo com
cada faacutermaco
Com a intenccedilatildeo de promover a eficaacutecia terapecircutica dos medicamentos administrados
por via intravenosa eacute atribuiccedilatildeo do profissional de enfermagem implementar teacutecnicas como a
diluiccedilatildeo acondicionamento e cuidados na administraccedilatildeo de faacutermacos a fim de evitar
prejuiacutezos no tratamento resultantes da incompatibilidade medicamentosa (PETERLINI
CHAUD e PEDREIRA 2006)
Os fatores intra-procedimento satildeo considerados aqueles diretamente relacionados com
o procedimento Os dados colidos nas entrevistas ressaltaram apenas a fixaccedilatildeo com um fator
que interfere nessa fase Este foi o dado mais repetitivo nas entrevistas poreacutem sempre citado
de forma superficial Seguem as falas dos profissionais quando questionados sobre o que era
importante para manutenccedilatildeo do acesso
ldquoTem que fazer uma boa fixaccedilatildeo Porque quando a pessoa natildeo fixa bem prejudica porque aquilo vai soltando e quando vocecirc vecirc jaacute perdeu a veiardquo(Cinderela) ldquoEu acho que natildeo tem o que fazer para manter o acesso A crianccedila vai ficar uns dias X com aquele acesso pra fazer medicaccedilatildeo e eu acho que natildeo tem o que vocecirc profissional fazer para que natildeo percardquo (Aurora) ldquoA fixaccedilatildeo evita a movimentaccedilatildeo excessiva no local que estaacute o acessordquo (Ariel) ldquoTer cuidado com o curativo saber manusear E manter sempre o curativo limpo trocar se necessaacuteriordquo (Rapunzel) ldquoA fixaccedilatildeo eacute muito importante pra natildeo soltar o acesso e pra ele ficar mais tempordquo(Mulan)
Oliveira Bezerra e Pereira (2008 p 94) afirmam que de acordo com o revelado por
determinados estudos o tipo de curativo a fixaccedilatildeo do cateter e o tempo de permanecircncia estatildeo
diretamente relacionados com a ocorrecircncia de complicaccedilotildees infecciosas como flebites e
tambeacutem infiltraccedilatildeo extravasamento desconexatildeo e deslocamento do cateter
26
Para Pettit e Kraus15
Potter
(1995 apud MACHADO PEDREIRA E CHAUD2005 p292) a
gaze esteacuteril fixada com a fita adesiva hipoalergecircnica bem como a peliacutecula transparente esteacuteril
satildeo os materiais mais recomendados para curativo e fixaccedilatildeo de cateter venoso perifeacuterico
16
Jaacute as peliacuteculas transparentes mais conhecidas como filme permitem a respiraccedilatildeo
normal da pele com alta permeabilidade ao oxigecircnio e vapores e eacute impermeaacutevel a liacutequidos e
micro-organismos (SILVA E ZANETTI 2004 p233) Aleacutem disso permitem tambeacutem a
visualizaccedilatildeo contiacutenua do local de punccedilatildeo permitindo assim avaliaccedilatildeo do mesmo natildeo soacute
durante a infusatildeo de medicaccedilotildees mas tambeacutem todo o tempo
(1998 apud SILVA E ZANETTI 2004 p233) afirma que nas fixaccedilotildees em
que se utiliza a gaze esteacuteril preconiza-se a utilizaccedilatildeo de teacutecnica asseacuteptica Neste curativo a
gaze esteacuteril eacute colocada sobre o siacutetio de inserccedilatildeo e suas bordas satildeo fixadas com fita adesiva
A observaccedilatildeo da punccedilatildeo eacute muito importante pois se o local de inserccedilatildeo se mostrar
com sinais e sintomas de complicaccedilotildees a terapia deve ser suspensa (OLIVEIRA BEZERRA
e PEREIRA 2008 p95)
A visualizaccedilatildeo contiacutenua do acesso permite que a equipe de enfermagem possa realizar
uma observaccedilatildeo mais particularizada em relaccedilatildeo agraves condiccedilotildees do acesso venoso perifeacuterico
podendo observar se haacute deslocamento do cateter sinais de infiltraccedilatildeo e tambeacutem sinais de
infecccedilatildeo
Para Silva Barbato e Valente (2013 p 1200) cabe ao enfermeiro fazer a avaliaccedilatildeo
diaacuteria e cuidadosa do curativo observando a presenccedila de umidade sujidade integridade do
oacutestio de inserccedilatildeo a fixaccedilatildeo bem como a realizaccedilatildeo do curativo e das anotaccedilotildees legais
competentes agraves suas funccedilotildees
A fase poacutes-procedimento eacute caracterizada por uma seacuterie de cuidados que a equipe de
enfermagem deve realizar para que se obtenha maior tempo de permanecircncia do acesso venoso
perifeacuterico Durante as entrevistas os cuidados citados foram a salinizaccedilatildeo do acesso cuidados
para evitar a flebite e a velocidade de infusatildeo
15 Pettit DM Kraus V The use of gauze versus transparent dressings for peripheral intravenous catheter sites Nurs ClinNorth Am 1995 30(3)495-506 16 Potter P Perry AG Fundamentos de enfermagem processo conceito e praacutetica 3ordf ed Santos(SP) Guanabara Koogan19981397pp801-43
27
ldquoManter um acesso bem salinizado que vocecirc lave pelo menos de duas de trecircs em trecircs horas Se bem que isso aqui na pediatria natildeo eacute muito comum aqui a gente soacute lava cada vez que vai fazer medicaccedilatildeo mas se eu natildeo me engano a literatura preconiza isso vocecirc lavar pelo menos de quatro em quatro horas o acessordquo (Aurora)
ldquoPra manter o acesso venoso perifeacuterico eacute importante manter ele salinizado Assim que a gente recebe o plantatildeo eu vou ver se o acesso ta peacutervio com uma ldquoseringuinhardquo vai la da uma ldquolavadinhardquo e vecirc se o acesso ta peacutervio e manter o acesso salinizadordquo (Ariel)
ldquoSalinizar de 6 em 6 horas para manter ele peacuterviordquo (Alice)
ldquoTem que passar lento a medicaccedilatildeo e a limpeza da aacuterea vocecirc tem que limpar bem a aacuterea pra vocecirc natildeo formar uma flebiterdquo (Cinderela)
A salinizaccedilatildeo do acesso eacute um cuidado simples e de grande importacircncia Esse cuidado
deve ser realizado para manter o acesso peacutervio e limpo e deve ser realizado antes e apoacutes
qualquer infusatildeo
Para Moncaio e Figueiredo (2009)
a ldquosalinizaccedilatildeordquo consiste em administrar sob pressatildeo positiva soluccedilatildeo salina (Soro fisioloacutegico a 09) logo apoacutes o teacutermino da infusatildeo da medicaccedilatildeo Este procedimento visa prevenir a formaccedilatildeo de trombos e fibrina evitar o contato de drogas incompatiacuteveis (quando da infusatildeo de mais de um item medicamentoso no mesmo horaacuterio) garantir a infusatildeo de todo o medicamento que possa ter ficado no sistema aleacutem de evitar retorno sanguiacuteneo mantendo o cateter peacutervio para a proacutexima infusatildeo
Durante a coleta de dados esse cuidado surgiu em diversos momentos poreacutem foi
possiacutevel perceber que os profissionais realizam o mesmo de forma banalizada Natildeo sabem de
fato a real funccedilatildeo de manter o acesso salinizado A impressatildeo que passa eacute que eles
aprenderam que esse cuidado deveria ser feito e simplesmente fazem Haacute divergecircncias
tambeacutem entre a equipe em relaccedilatildeo ao momento que deve ser realizada a salinizaccedilatildeo e isso nos
mostra a desatualizaccedilatildeo dos profissionais do setor e a falta de uma educaccedilatildeo continuada no
hospital
Os cuidados para evitar a flebite e a velocidade de infusatildeo da medicaccedilatildeo apareceram
menos nas entrevistas e interferem diretamente com a manutenccedilatildeo do acesso venoso
perifeacuterico
28
A flebite eacute uma inflamaccedilatildeo na veia puncionada ocorrendo quando as ceacutelulas
endoteliais da parede da veia que o cateter estaacute inserido tornam-se inflamadas e irregulares
propiciando a aderecircncia de plaquetas e predispondo a veia a inflamaccedilatildeo Eacute comum que o local
se apresente dolorido hiperemiado quente e edemaciado e nesses casos eacute aconselhada a
retirada do cateter Uma boa fixaccedilatildeo do cateter perifeacuterico eacute recomendada por autores na
literatura visto que previnem deslocamento faacutecil e permitem uma boa visualizaccedilatildeo do local
evitando complicaccedilotildees como a flebite e infiltraccedilatildeo (MOLDES et al 2011 p 330)
Dentre as principais falhas de infusatildeo venosa estatildeo flebite infiltraccedilatildeo hematoma e
obstruccedilatildeo Acredita-se que para reduzir a incidecircncia destas nas unidades pediaacutetricas eacute preciso
a adoccedilatildeo de estrateacutegias tais como a abordagem junto agrave equipe em parceria com o setor de
educaccedilatildeo permanente e a adoccedilatildeo do uso da teacutecnica corretamente e de forma asseacuteptica para a
realizaccedilatildeo da punccedilatildeo venosa perifeacuterica em acordo com a comissatildeo de controle de infecccedilatildeo
hospitalar (SILVA BARBATO e VALENTE 2013 p 1200)
A incapacidade do paciente em relatar dor no siacutetio de administraccedilatildeo do faacutermaco quer
pela idade ou condiccedilatildeo cliacutenica e o local de inserccedilatildeo como tambeacutem a velocidade de infusatildeo do
medicamento (gt25mgmin) satildeo classificados como fatores de risco para a perda do acesso
venoso perifeacuterico (MARTINS SILVINO e DIAS 2010)
42 Os cuidados em desuso para manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico
Essa categoria discorre sobre os cuidados de enfermagem que com o passar do tempo
foram desconsiderados e natildeo satildeo mais utilizados Quando questionados em relaccedilatildeo a vivencia
profissional e cuidados que discordavam os entrevistados citaram o uso da tala para fixaccedilatildeo
uso de heparina e os cuidados em relaccedilatildeo ao tempo de permanecircncia do cateter Haacute muitas
controveacutersias em relaccedilatildeo aos cuidados citados acima
O tempo de permanecircncia interfere diretamente no aparecimento de complicaccedilotildees
como flebite e que acabam levando a perda do acesso venoso perifeacuterico mais rapidamente
aconselhando assim a troca do mesmo entre 76 a 96 horas Poreacutem eacute preconizada a retirada do
cateter apenas se finalizar o tratamento ou houver alguma interferecircncia
ldquoA gente observa tambeacutem o tempo dependendo do tempo tem que tirarrdquo (Alice)
29
ldquoHoje eu natildeo sei como que eacute essa questatildeo do tempo porque a gente trocava o acesso a cada quatro dias agora o pessoal jaacute diz que pode trocar em ateacute uma semana entatildeo natildeo sei como que ta isso e o que tem escrito em relaccedilatildeo a isso (Aurora)
Sabe-se que o tempo para troca do cateter de teflon ou poliuretano varia de 72 a 96
horas com o intuito de reduzir risco de infecccedilatildeo e flebite e para minimizar esses riscos nas
seguintes situaccedilotildees diante de sinais inflamatoacuterios no local de inserccedilatildeo e sempre que houver
mau funcionamento do cateter (SANTOS17
Entretanto o Center for Disease Control and Prevention - CDC (2002) diz que em
pacientes pediaacutetricos natildeo foi observada relaccedilatildeo quanto ao tempo de permanecircncia do cateter e
ocorrecircncia de complicaccedilotildees devendo ser mantido ateacute o teacutermino da terapia intravenosa ou
quando forem observados sinais cliacutenicos de complicaccedilotildees
2004 apud OLIVEIRA BEZERRA e PEREIRA
2008 p 93)
Eacute possiacutevel observar a diferenccedila do conhecimento pratico dos profissionais
entrevistados em relaccedilatildeo ao conhecimento encontrado na literatura E ainda contendo duacutevidas
natildeo haacute uma busca da parte dos mesmos para esclarececirc-las
O uso da heparina com a finalidade de manter o acesso peacutervio por um periacuteodo maior
de tempo mostra-se com mais certeza quanto ao desuso nos dados colidos
ldquoAntigamente a gente usava heparina entatildeo a gente ficava tranquila em relaccedilatildeo agrave obstruccedilatildeo mas agora natildeo a gente usa o soro fisioloacutegico e a gente deixa salinizadordquo (Aurora)
Rang e Dale 18(1998 apud DOPICO e OLIVEIRA 2006) afirmam que a heparina
inibe a formaccedilatildeo de coaacutegulos de fibrina in vitro e in vivo e que seu efeito anticoagulante eacute
praticamente imediato Com isso Phillips19
17 Santos W Lavagem das matildeos In R Luiz Santos W Manual baacutesico de prevenccedilatildeo e controle das infecccedilotildees hospitalares do HRU Fortaleza Hospital Regional Unimed 2004
(2001 apud DOPICO e OLIVEIRA 2006)
ressalta que a teacutecnica de manutenccedilatildeo intermitente de cateteres intravenosos com soluccedilatildeo
salina 09 classificada como salinizaccedilatildeo tem sido pesquisada haacute alguns anos apresentando
em relaccedilatildeo ao uso da heparina vantagens como o baixo custo ser um procedimento mais
18 Rang HP Dale M M Hemostasia e Trombose In Rang HP Dale M M Farmacologia Rio de Janeiro Guanabara Koogan 1998 p235-47 19 PHILLIPS L D Manual de terapia intravenosa 2ed Porto Alegre Artmed 2001
30
simples aleacutem de eliminar a possibilidade de incompatibilidade com as drogas e soluccedilotildees
administradas aleacutem da inexistecircncia de riscos ao paciente Entretanto sabe-se que a literatura
ainda natildeo fornece consenso acerca da soluccedilatildeo mais indicada para manutenccedilatildeo da
permeabilidade do cateter venoso perifeacuterico
Eacute importante ressaltar que muitas instituiccedilotildees do nosso paiacutes nem ao menos tecircm o
conhecimento da praacutetica da salinizaccedilatildeo com soluccedilatildeo salina 09 No que se refere agrave pesquisa
cientiacutefica as limitaccedilotildees desta praacutetica satildeo atribuiacutedas agrave ausecircncia de um maior nuacutemero de
estudos controlados para validar sua eficaacutecia (EPPERSON20
Apesar de natildeo ser encontradas publicaccedilotildees acerca do tema a utilizaccedilatildeo de heparina
mostra-se como uma pratica natildeo mais utilizada pelos profissionais de enfermagem Outro
tema onde haacute controveacutersias e tambeacutem poucas citaccedilotildees eacute o uso da tala para fixaccedilatildeo do acesso
venoso perifeacuterico Seguem abaixo a opiniatildeo de alguns dos profissionais entrevistados
1984 apud DOPICO e
OLIVEIRA 2006)
ldquoA uacutenica coisa que eu natildeo gosto de ver eacute quando se coloca tala para imobilizar dizendo que a tala vai ajudar a natildeo perder a veia Isso eu natildeo concordo acho que a tala prejudica a crianccedila fica incomodada faz dor no membrordquo (Cinderela)
ldquoAntigamente a gente usava muito tala e as vezes eu pego isso aqui ai eu falo gente tala natildeo se usa mais natildeo faz parte mais da fixaccedilatildeo vocecirc pode fixar de uma forma que a crianccedila natildeo perca A tala eu acho que ela traumatiza um pouco ainda mais se vocecirc pegar um acesso na dobra vocecirc vai fazer com que a crianccedila fique com o braccedilo esticado muito tempo eu acho que pode causar uma lesatildeo depois e a literatura jaacute fala que eacute desnecessaacuteria natildeo precisa maisrdquo (Aurora) ldquoAntigamente usavam tala mas hoje em dia quase natildeo se vecirc mais e eu acho que a tala atrapalha porque a crianccedila fica imobilizada no membro ai fica mais irritadardquo (Rapunzel) ldquoLaacute no meu outro trabalho alguns usam a tala Eu acho que a tala ajuda ateacute a perder mais raacutepido porque a crianccedila fica incomodada vai querer mexer naquilordquo (Mulan)
20 Epperson EL Efficacy of 09 sodium chloride injection with without heparin for maintenance indwelling intermittent injection sites Clin Pharm1984 3(5)26
31
Almeida e Sabateacutes21
Entretanto haacute estudo que comprovam que o uso da tala natildeo se mostra tatildeo eficiente e
apresenta-se como uma praacutetica controversa O estudo foi realizado em crianccedilas ateacute os 12 anos
utilizando imobilizaccedilatildeo com tala e em mais de metade dos casos (553) ocorreu infiltraccedilatildeo
o que indicia a ineficaacutecia desta praacutetica (MACHADO PEDREIRA e CHAUD 2008 apud
BATALHA et al 2010 p512)
(2008 apud BATALHA et al 2010 p512) afirmam que a teacutecnica
de fixaccedilatildeo dos CVP com uso de imobilizaccedilatildeo com tala para restriccedilatildeo ou limitaccedilatildeo dos
movimentos articulares proacuteximo do local da punccedilatildeo estaacute indicado nas matildeos punhos cotovelo
e maleacuteolo
Para Batalha et al (2010 p512) o uso desta praacutetica parece natildeo se coadunar com o
atual uso de cateteres flexiacuteveis tipo abocath em detrimento de agulhas metaacutelicas Talvez por
isso comecem a surgir novas teacutecnicas de fixaccedilatildeo dos CVP que natildeo exigem imobilizaccedilatildeo das
articulaccedilotildees com talas
Aleacutem de natildeo haver uma confirmaccedilatildeo dos benefiacutecios causados pelo uso da tala a
imobilizaccedilatildeo causa incocircmodo para a crianccedila que fica com o membro imoacutevel podendo causar
dor e tambeacutem irritaccedilatildeo O uso desse tipo de fixaccedilatildeo tambeacutem impede a visualizaccedilatildeo frequente
do acesso venoso afetando assim os cuidados de observaccedilatildeo da equipe de enfermagem
43 O acompanhante e a manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico
A presente categoria vai discutir um assunto importante que surgiu durante as
entrevistas de forma inesperada Alguns dos profissionais entrevistados citaram o descuido do
acompanhante como um fator causador da perda do acesso venoso perifeacuterico Seguem abaixo
algumas falas
ldquoA matildee sempre acompanha e tem matildee que natildeo tem cuidado natildeo vigia e a gente tem que ficar pedindo pra olhar tomar contardquo (Aurora)
ldquoEm relaccedilatildeo ao acompanhante porque a crianccedila natildeo vai avaliar entatildeo o acompanhante que estar ali tem que avaliar direitinho natildeo deixar a crianccedila mexer ou puxarrdquo (Bela)
ldquoNatildeo eacute toda matildee que esta vigiando que cuida pra que a crianccedila natildeo perca o acessordquo (Jasmine)
21 Almeida FA Sabateacutes AL Enfermagem pediaacutetrica a crianccedila o adolescente e a sua famiacutelia no hospital Satildeo Paulo(SP) Manole 2008
32
ldquoAcho que leva a perda quando o acompanhante natildeo coopera as vezes a gente faz a imobilizaccedilatildeo na crianccedila e as vezes eles ateacute retiram e a proacutepria crianccedila agitada ela mesmo arrancardquo (Branca de Neve)
ldquoAgraves vezes a proacutepria crianccedila que a matildee deixa muito solta ai solta o acessordquo (Mulan)
Apoacutes a implementaccedilatildeo da lei que garante um acompanhante ao paciente pediaacutetrico a
presenccedila do familiarresponsaacutevel durante a hospitalizaccedilatildeo mudou a rotina da equipe de
enfermagem trazendo duacutevidas quanto a real funccedilatildeo do acompanhante e fazendo com que a
mesma viesse a delegar certos cuidados para acompanhante
A Promulgaccedilatildeo da Lei 8069 do Estatuto da Crianccedila e do Adolescente (ECA) em
1990 no seu artigo 12deg garante agrave crianccedila ou ao adolescente o direito de ter um responsaacutevel
que o acompanhe durante a hospitalizaccedilatildeo (1990)
Desde a sua implantaccedilatildeo as unidades vecircm sofrendo um processo de reorganizaccedilatildeo de
suas praacuteticas A inserccedilatildeo da famiacutelia modifica a organizaccedilatildeo do processo de trabalho o que
requer dos profissionais uma compreensatildeo em relaccedilatildeo agrave dinacircmica das relaccedilotildees interpessoais
(COLLET e ROCHA 2004)
Pimenta e Collet (2009) ressaltam que natildeo haacute nenhuma regulamentaccedilatildeo sobre a
participaccedilatildeo da famiacutelia nos cuidados e no entanto a mesma desempenha atividades junto agrave
crianccedila durante a hospitalizaccedilatildeo que devem ser levadas em consideraccedilatildeo A falta de
reconhecimento desse fato fez com que a equipe de enfermagem e famiacutelia natildeo possuiacutessem
uma relaccedilatildeo aberta e vivessem uma relaccedilatildeo silenciosa e impliacutecita de poder na qual a famiacutelia
acaba assumindo as relaccedilotildees do cuidado agrave crianccedila de responsabilidade da enfermagem
A negociaccedilatildeo entre matildees e equipe de enfermagem em relaccedilatildeo aos cuidados agrave crianccedila
hospitalizada natildeo eacute uma tarefa faacutecil tendo em vista que natildeo se tem claro qual o seu novo
papel neste processo (COLLET e ROCHA 2004)
Eacute possiacutevel ver nas falas que a presenccedila do acompanhante causa para a equipe de
enfermagem a seguranccedila de ter algueacutem para ldquovigiarrdquo ldquotomar contardquo e natildeo deixar que a
crianccedila hospitalizada perca o acesso venoso quando na verdade eacute funccedilatildeo da equipe de
enfermagem cuidados referentes ao acesso venoso perifeacuterico
33
Jaacute o acompanhante eacute definido pelo Ministeacuterio da Sauacutede como uma pessoa significativa
para a crianccedila que representa sua rede social e que vai acompanhaacute-lo durante a permanecircncia
no ambiente hospitalar ressaltando assim sua importacircncia Esse fato se reforccedila visto que a
crianccedila encontra nos familiares a forccedila e seguranccedila necessaacuteria para encarar todo esse processo
doloroso e desconhecido (MURAKAMI e CAMPOS 2011 p255)
O acompanhante aleacutem de minimizar o sofrimento do paciente pediaacutetrico faz com que
o mesmo sinta-se mais a vontade Eacute importante ressaltar que o familiarresponsaacutevel natildeo soacute
pode como deve participar das atividades da crianccedila no hospital desde que estas natildeo sejam
competecircncias dos profissionais que os cercam Essas atividades satildeo caracterizadas como
semelhantes aos que eles realizam diariamente fora do ambiente hospitalar como o banho
Poreacutem no caso de um paciente com punccedilatildeo venosa perifeacuterica o profissional de enfermagem
deve auxiliar no cuidado para que essa natildeo se perca
Os cuidados dos familiaresacompanhantes satildeo os mesmos que os desenvolvidos no
domiciacutelio e os cuidados prestados pela equipe de enfermagem satildeo aqueles que demandam
conhecimento teacutecnico-cientiacutefico especializado (SOUZA e OLIVEIRA 2010 p558)
Mesmo alguns cuidados parecerem simples e rotineiros quando eacute prestado no
hospital assumem novas caracteriacutesticas com o uso de dispositivos tecnoloacutegicos os quais se
tornam complexos (PIMENTA E COLLET 2009)
O ato de cuidar envolve o respeito agrave maneira como vive cada indiviacuteduo de acordo
com suas crenccedilas valores costumes e cultura A famiacutelia como uma instituiccedilatildeo atende agraves
necessidades bioloacutegicas de seus membros sendo sua responsabilidade cuidar e criar os filhos
incluindo a obrigaccedilatildeo da alimentaccedilatildeo higiene vestuaacuterio e moradia (ELSEN22
Nas entrevistas podemos verificar falas em que o acompanhante eacute citado como
responsaacutevel por avaliar a punccedilatildeo venosa A equipe de enfermagem deve sempre partir do
pressuposto que o familiar acompanhante natildeo tem conhecimento cientiacutefico e certo tipo de
cuidado natildeo deve se delegado para o mesmo mostrando assim a importacircncia da orientaccedilatildeo do
acompanhante quanto aos procedimentos dispositivos utilizados e cuidados em que os
etal 1994
apud SOUZA e OLIVEIRA 2010 p 553)
22 Elsen I Patriacutecio ZM Assistecircncia agrave crianccedila hospitalizada tipos de abordagens e suas implicaccedilotildees para a enfermagem In A enfermagem em pediatria e puericultura Rio de Janeiro (RJ) Atheneu 2005
34
mesmos possam auxiliar Seguem abaixo as falas onde os profissionais ressaltaram a
importacircncia da orientaccedilatildeo do acompanhante
ldquoNem sempre a crianccedila vai entender o porque de estar com aquele acesso entatildeo tem que ter uma orientaccedilatildeo do acompanhanterdquo (Bela)
ldquoTem que haver orientaccedilatildeo do acompanhante para os cuidadosrdquo (Ariel)
ldquoAgraves vezes tem ate o exemplo de um pai que natildeo deixa trocar o acesso jaacute tinha mais de uma semana e ele natildeo queria que trocasse ai faz febre e natildeo sabe da onderdquo (Alice)
Para Souza e Oliveira (2010 p555) deve haver uma preocupaccedilatildeo em orientar
considerando que o outro natildeo tem nenhum tipo de conhecimento sobre o assunto Poreacutem
Queiroz e Jorge23
Apesar das dificuldades o profissional de enfermagem deve estabelecer um viacutenculo de
confianccedila com o acompanhante buscando sempre deixaacute-los ciente das situaccedilotildees e fazendo-os
participar dos cuidados plausiacuteveis sem causar nenhum dano agrave crianccedila e de maneira alguma
abandonar suas atribuiccedilotildees
(2004 apud SOUZA e OLIVEIRA 2010 p 556) ressaltam que apesar de os
profissionais terem intenccedilatildeo de orientar os cuidados para a sauacutede repassam conhecimentos
elaborados cientificamente dificultando a compreensatildeo do familiar aleacutem de a relaccedilatildeo se dar
de maneira vertical assimeacutetrica e coercitiva
23 Queiroz MVO Jorge MSB Accedilotildees educativas no cuidado infantil e intervenccedilotildees dos profissionais junto agraves famiacutelias Acta Scientiarum Maringaacute 2004 janjun 26(1) 27-34
35
CONCLUSAtildeO
Atraveacutes desse estudo foi possiacutevel descrever e analisar os cuidados que os profissionais
de enfermagem realizam acerca da permanecircncia do acesso venoso perifeacuterico Aleacutem disso a
realizaccedilatildeo da pesquisa permitiu identificar a desarticulaccedilatildeo do processo de enfermagem e a
praacutetica desconectada da produccedilatildeo cientiacutefica caracterizando a falta de uma educaccedilatildeo
continuada efetiva
A anaacutelise dos dados demonstra o processo de punccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico
ressaltando a importacircncia de cuidados como a seleccedilatildeo do local a diluiccedilatildeo da medicaccedilatildeo a
realizaccedilatildeo de uma boa fixaccedilatildeo a atenccedilatildeo com a velocidade de infusatildeo os cuidados com os
sinais de infecccedilatildeo e salinizaccedilatildeo do acesso natildeo deixando de salientar cuidados em desuso
como o uso da heparina da tala e duvidas em relaccedilatildeo ao tempo de permanecircncia Evidenciou
tambeacutem que a equipe de enfermagem delega alguns cuidados para os acompanhantes
Natildeo foi possiacutevel perceber o niacutevel de conhecimento cientiacutefico dos profissionais visto
que eles em nenhum momento por natildeo saberem ou por medo de se expor natildeo explicaram de
fato nenhum cuidado que disseram realizar Sempre citaram de forma superficial e direta
deixando claro tambeacutem que o pesquisador natildeo os indagou quanto a isso Poreacutem creio que
diante de cuidados tatildeo importantes e de frequente praacutetica os mesmos falariam facilmente
sobre os cuidados de enfermagem na permanecircncia do acesso venoso perifeacuterico
Apesar dos entrevistados citarem alguns fatores e cuidados realizados de forma
correta eacute visiacutevel que os mesmos realizam os cuidados com a punccedilatildeo e a permanencia do
acesso de forma automaacutetica sem unir a praacutetica com o fundamento do mesmo
Eacute importante destacar tambeacutem a importacircncia do preparo emocional da crianccedila como
tambeacutem os cuidados com a famiacutelia dos mesmos O trabalho de humanizaccedilatildeo realizado pela
36
enfermagem faz grande diferenccedila nessas situaccedilotildees visto que os pacientes e acompanhantes
tendo conhecimento do que seraacute realizado ficariam mais tranquilos
O estudo contribuiu para o campo do ensino nesta aacuterea dando destaque ao importante
papel que o profissional de enfermagem deve desempenhar no cuidado e na manutenccedilatildeo do
acesso venoso perifeacuterico Contudo vale ressaltar a importacircncia do incentivo ao profissional a
buscar na literatura natildeo soacute esclarecimento de suas duvidas mas tambeacutem novos
conhecimentos
Pode colaborar ainda para a realizaccedilatildeo de novas pesquisas na aacuterea procurando
eliminar duacutevidas e controveacutersias sobre o tema Buscando assim a realizaccedilatildeo de um cuidado de
enfermagem articulado e eficaz promovendo o bem-estar do paciente pediaacutetrico durante a
hospitalizaccedilatildeo
37
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APEcircNDICE I
TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO
DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO Tiacutetulo Do Projeto Os cuidados de enfermagem acerca dos acessos venosos perifeacutericos na unidade pediaacutetrica Pesquisador Responsaacutevel Rosane Cordeiro Burla de Aguiar Eny Dorea Paiva e Karina Rodrigues Fernandes Instituiccedilatildeo a que Pertence o Pesquisador Responsaacutevel Universidade Federal Fluminense Telefone para contato (21) 98355269 (21) 82392939 (21) 91786609 Nome do voluntaacuterio _________________________________________________________ Idade ________ anos RG ____________________________
AO Sr (a) estaacute sendo convidado (a) a participar do projeto de pesquisa OS CUIDADOS DE
ENFERMAGEM ACERCA DOS ACESSOS VENOSOS PERIFEacuteRICOS NA UNIDADE PEDIATRICA de
responsabilidade da pesquisadora Profordf Drordf Rosane Cordeiro Burla de Aguiar e Profordf Drordf Eny Dorea Paiva A
punccedilatildeo venosa perifeacuterica eacute um procedimento essencial durante a hospitalizaccedilatildeo da crianccedila visto que eacute atraveacutes
dela que eacute administrada grande parte das medicaccedilotildees Este estudo se justifica diante da importacircncia da
necessidade de um maior periacuteodo de permanecircncia dos acessos venosos perifeacutericos Com isso aleacutem da
diminuiccedilatildeo de eventos que causam dor e irritaccedilatildeo na crianccedila e na famiacutelia promoveraacute tambeacutem uma melhor estada
dos mesmos durante o periacuteodo de hospitalizaccedilatildeo Os objetivos da pesquisa satildeo 1) Descrever os fatores que
interferem na manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico de acordo com a equipe de enfermagem 2)Analisar os
cuidados da equipe de enfermagem na manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico A coleta de dados se daraacute
atraveacutes de entrevistas semi estruturadas que seratildeo gravadas As informaccedilotildees colhidas seratildeo tratadas de forma
anocircnima e confidencial ou seja em nenhum momento seratildeo divulgados o seu nome e somente os
pesquisadores teratildeo acesso agraves informaccedilotildees Os dados obtidos com a pesquisa poderatildeo ser publicados apenas com
fins cientiacuteficos Eles natildeo seratildeo utilizados para fins comerciais ou para outra finalidade qualquer Caso necessite
poderatildeo ser marcados encontros para respostas ou esclarecimentos de qualquer duacutevida acerca da pesquisa A sua
participaccedilatildeo eacute voluntaria e eacute importante lembrar que vocecirc poderaacute desistir de participar da pesquisa em qualquer
momento A entrevista seraacute marcada em um dia e horaacuterio que vocecirc achar melhor Seraacute realizada
individualmente em um ambiente que nos ofereccedila privacidade Esta pesquisa natildeo oferece riscos para vocecirc e os
benefiacutecios da sua participaccedilatildeo satildeo de aumentar o conhecimento cientiacutefico na aacuterea de Enfermagem Pediaacutetrica
aleacutem de contribuir para a praacutetica profissional Este documento seraacute elaborado em duas vias uma para vocecirc e a
outra seraacute arquivada pelo pesquisador
Eu_____________________________________________________________ RG no _____________________________ Declaro que apoacutes ter entendido o que me foi explicado consinto voluntariamente em participar do presente Protocolo de Pesquisa entendo ainda que posso retirar o meu consentimento a qualquer momento antes ou durante a realizaccedilatildeo do mesmo declaro ter sido informada(o) e concordo em participar como voluntaacuteria(o) da pesquisa acima descrita Rio de Janeiro_______de_______________de 20___ _____________________________ ________________________________
(Participante) Karina Rodrigues Fernandes (Responsaacutevel por obter o consentimento)
______________________________________ _______________________________________ (Testemunha) (Testemunha)
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APEcircNDICE II
ROTEIRO PARA ENTREVISTA
1) O que vocecirc acha que pode levar a perda do acesso perifeacuterico
2) Para vocecirc o que eacute importante para manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico nas
crianccedilas
3) O que vocecirc acha que pode interferir na sua manutenccedilatildeo
4) Que medidas vocecirc adota no seu dia a dia para manter o acesso
5) Na sua vivencia profissional o que vocecirc discorda dos cuidados que geralmente satildeo
utilizados para manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico
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ANEXO
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3 METODOLOGIA
31 Tipo de pesquisa
Trata-se de uma pesquisa descritiva exploratoacuteria de abordagem qualitativa com os
profissionais da equipe de enfermagem da unidade de internaccedilatildeo pediaacutetrica de um hospital
universitaacuterio do estado do Rio de Janeiro
Para Minayo Deslandes e Gomes (2007 p 21) a pesquisa qualitativa responde as
questotildees de forma particular de modo que trabalha com o universo dos significados dos
motivos das aspiraccedilotildees das crenccedilas dos valores e atitudes Sendo assim entende-se que as
accedilotildees do ser humano se distinguem a partir do seu pensamento do modo de agir de acordo
com a realidade vivida por cada um
Segundo Gil (1999 p44) ldquoas pesquisas descritivas tecircm como objetivo primordial a
descriccedilatildeo das caracteriacutesticas de determinada populaccedilatildeo ou fenocircmeno ou o estabelecimento de
relaccedilotildees variaacuteveisrdquo
Kauark Manhatildees e Medeiros (2010 p28) determinam a pesquisa exploratoacuteria como
agravequela que ldquoObjetiva a maior familiaridade com o problema tornando-o expliacutecito ou agrave
construccedilatildeo de hipoacutetesesrdquo Acrescenta ainda que a mesma pode conter levantamento
bibliograacutefico entrevistas com pessoas experientes no problema pesquisado entre outras
fontes
32 Sujeitos da pesquisa
A pesquisa contou com um nuacutemero total de nove (9) profissionais da equipe de
enfermagem da unidade de internaccedilatildeo pediaacutetrica de um Hospital Universitaacuterio do Rio de
Janeiro sendo estes dois (2) enfermeiros e sete (7) teacutecnicos de enfermagem De todos os
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participantes apenas um trabalha no serviccedilo noturno sendo o restante do serviccedilo diurno Os
mesmos satildeo os responsaacuteveis pela instalaccedilatildeo e manipulaccedilatildeo dos os acessos venosos
perifeacutericos supondo assim que tenham maior domiacutenio sobre o assunto abordado
Os sujeitos foram identificados com codinomes referentes agraves princesas da Disney para
que suas identidades sejam preservadas
33 Cenaacuterio
A pesquisa ocorreu na unidade de internaccedilatildeo pediaacutetrica localizada no quinto andar do
Hospital Universitaacuterio do Rio de Janeiro vinculado a uma Universidade Federal
A unidade pediaacutetrica eacute divida em trecircs enfermarias de acordo com a idade das crianccedilas
hospitalizadas sendo denominadas estas Lactente preacute-escolar e escolar A enfermaria
Lactente eacute composta por 5 leitos hospitalizando crianccedilas de 29 dias a 2 anos jaacute na preacute-escolar
encontram-se 6 leitos e acolhe crianccedilas de 2 a 6 anos e na escolar 6 leitos abrigando crianccedilas
de 7 a 12 anos Toda crianccedila hospitalizada tem direito a um acompanhante como eacute
preconizado por direito pelo Artigo doze (12) do Estatuto da Crianccedila e do Adolescente
(Brasil 1990 p3)
A enfermaria conta com um posto de enfermagem localizado no centro da unidade
possibilitando maior visualizaccedilatildeo das enfermarias Possui tambeacutem uma sala de recreaccedilatildeo e
banheiro para os pacientes e acompanhantes Haacute uma sala utilizada pedagogia hospitalar
onde uma professora realiza atividades com as crianccedilas
Vale ressaltar que na unidade haacute uma sala para realizaccedilatildeo de procedimentos dolorosos
como a punccedilatildeo venosa perifeacuterica e sempre que possiacutevel o paciente eacute levado ateacute ela
34 Coleta de dados
A coleta de dados se deu a partir da teacutecnica de entrevista semi-estruturadas que
segundo Minayo Deslandes e Gomes (2007 p 64) satildeo ldquoperguntas fechadas e abertas em que
o entrevistado tem a possibilidade de discorrer sobre o tema em questatildeo sem se prender agrave
indagaccedilatildeo formuladardquo As mesmas foram gravadas em entrevista individual e tiveram como
foco as accedilotildees que os profissionais da equipe de enfermagem realizam acerca dos cuidados
para a permanecircncia do acesso venoso perifeacuterico aleacutem de investigar sobre o conhecimento que
cada um possui sobre o tema
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Apoacutes contato preacutevio com a equipe de enfermagem foi acordado um dia e horaacuterio para
a realizaccedilatildeo das entrevistas que aconteceram na proacutepria unidade Todos os profissionais da
equipe de enfermagem foram convidados a participar voluntariamente da pesquisa As
entrevistas aconteceram apoacutes os profissionais assinarem o Termo de Consentimento Livre e
Esclarecido (TCLE)
Para Minayo Deslandes e Gomes (2007 p 64) a entrevista possui como principal
objetivo construir dados que sejam pertinentes para a pesquisa aleacutem de ser a estrateacutegia mais
utilizada no processo de trabalho de campo
A coleta foi interrompida no momento em que os dados se mostraram saturados ou
seja quando houve a cessaccedilatildeo do acreacutescimo de informaccedilotildees novas referentes ao tema
proposto
O fechamento amostral por saturaccedilatildeo teoacuterica eacute definido como a suspensatildeo de inclusatildeo
de novos participantes quando os dados obtidos passam a apresentar na avaliaccedilatildeo do
pesquisador certa redundacircncia ou repeticcedilatildeo natildeo sendo considerado relevante continuar a
coleta de dados (FONTANELLA RICAS e TURATO 2008)
35 Questotildees eacuteticas da pesquisa
De acordo com a Resoluccedilatildeo 46612 que visa assegurar os direitos e deveres que
dizem respeito agrave comunidade cientiacutefica aos sujeitos da pesquisa e ao Estado uma pesquisa
que envolve a participaccedilatildeo de seres humanos deve atender aos fundamentos eacuteticos e
cientiacuteficos pertinentes para a seguranccedila dos mesmos Neste contexto toda pesquisa
envolvendo seres humanos deveraacute ser submetida agrave apreciaccedilatildeo de um Comitecirc de Eacutetica em
Pesquisa (CEP) (BRASIL 2012)
Atendendo a esta condiccedilatildeo o projeto de pesquisa foi encaminhado ao CEP ndash do
Hospital Universitaacuterio o qual foi realizada a pesquisa foi analisado e aprovado na Reuniatildeo
com data de 06122013 CAAE 24693613700005243 Nuacutemero do parecer 486451 Com
isso a pesquisa foi desenvolvida mediante aprovaccedilatildeo do CEP atendendo aos preacute-requisitos
estipulados pela Resoluccedilatildeo nordm 46612
Esta pesquisa eacute pautada em princiacutepios eacuteticos que respeitam a dignidade humana e
justiccedila assegurando que natildeo haveraacute nenhum tipo de dano aos participantes
20
Em atendimento a resoluccedilatildeo 46612 do Conselho Nacional de SauacutedeMS apoacutes serem
esclarecidos pela pesquisadora quanto aos aspectos eacuteticos relacionados agrave pesquisa aleacutem das
formas de produccedilatildeo de dados e inserccedilatildeo no estudo os sujeitos da pesquisa assinaram duas
vias do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido ndash TCLE (apecircndice 1) autorizando sua
participaccedilatildeo voluntaacuteria na pesquisa Uma via foi entregue ao participante e outra ficou
arquivada com a pesquisadora
Nesse documento consta os objetivos da pesquisa procedimentos benefiacutecios
previstos garantia de recusa de participaccedilatildeo em qualquer momento de acesso aos resultados
da pesquisa e tambeacutem a garantia de acesso ao pesquisador quando os sujeitos julgarem
necessaacuterio sendo todas essas informaccedilotildees em linguagem acessiacutevel e simples O mesmo foi
apresentado e explicado ao profissional convidado a participar do estudo no primeiro contato
eou durante visita agendada para realizaccedilatildeo da entrevista
Vale ressaltar que esta pesquisa cujo financiamento eacute proacuteprio natildeo oferece nenhum
tipo de riscos para o sujeito da pesquisa e nem para o cuidado das crianccedilas internadas no setor
de pediatria e os benefiacutecios da participaccedilatildeo do mesmo satildeo de aumentar o conhecimento
cientiacutefico na aacuterea de Enfermagem Pediaacutetrica aleacutem de contribuir para a praacutetica profissional
36 Anaacutelise dos dados
O processo de anaacutelise dos dados foi baseada na teacutecnica da Anaacutelise Temaacutetica que para
Minayo Deslandes e Gomes (2007 p 86) o conceito central eacute o tema ldquoO tema eacute a unidade de
significaccedilatildeo que se liberta naturalmente de um texto analisado segundo criteacuterios relativos agrave
teoria que serve de guia da leiturardquo (BARDIN11
A anaacutelise realizada estava de acordo com a sugerida por Minayo (2010 p 315) e
contam com as seguintes etapas preacute-analise exploraccedilatildeo do material tratamento dos
resultados obtidos e interpretaccedilatildeo Atraveacutes dessas etapas tem-se o objetivo de descrever o
conteuacutedo do material coletado e interpretaacute-lo
1979 apud MINAYO DESLANDES
GOMES 2007 p 86)
A preacute analise consiste na escolha dos elementos a serem analisados e na retomada das
hipoacuteteses e dos objetivos iniciais da pesquisa Inicia-se com uma leitura flutuante onde o
11 BARDIN L Anaacutelise de Conteuacutedo Lisboa Ediccedilotildees 70 1979
21
pesquisador toma contato direto com o material adquirido deixando-se impregnar por seu
conteuacutedo Posteriormente haacute a constituiccedilatildeo do Corpus textual onde eacute feita uma seleccedilatildeo dos
documentos que iratildeo contemplar e fornecer informaccedilotildees sobre o tema sendo assim adequados
para dar resposta aos objetivos do trabalho (MINAYO 2010 p 315)
Essa fase preacute-analiacutetica eacute onde se determinam a unidades de registro unidade de
contexto e a partir delas satildeo determinados os temas que seratildeo analisados A unidade de
registro corresponde parte do conteuacutedo selecionado como base para analise e apoacutes a
delimitaccedilatildeo do contexto de compreensatildeo da unidade de registro eacute estabelecida a unidade de
contexto (MINAYO 2010 p 316)
De acordo com os objetivos da pesquisa foi possiacutevel perceber que nove (9)
entrevistas supriam para atender os mesmo encerrando assim a coleta Apoacutes a transcriccedilatildeo das
entrevistas foi realizada leitura das mesmas para natildeo soacute conhecimento do material mas
tambeacutem estabelecer as unidades de registro Em seguida foi realizado o colorimento das falas
assim as classificando de acordo com as unidades de registro estabelecidas
As unidades de registro que surgiram foram os fatores que interferem na manutenccedilatildeo
do acesso venoso perifeacuterico e o apontamento do acompanhante como responsaacutevel pela perda
do acesso venoso perifeacuterico Elas receberam as cores vermelha e laranja respectivamente a
fim de facilitar o agrupamento dos dados A partir disto surgiram as unidades de contexto que
compreendem as falas das entrevistas de modo a exemplificar o contexto das unidades de
registro
Partindo para segunda etapa da analise temaacutetica a exploraccedilatildeo do material que consiste
numa classificaccedilatildeo que visa alcanccedilar o nuacutecleo de compreensatildeo do texto Busca-se encontrar
categorias que satildeo expressotildees ou palavras significativas em funccedilatildeo das quais o conteuacutedo seraacute
organizado Essas categorias satildeo responsaacuteveis pela especificaccedilatildeo dos temas (MINAYO
2010 p 317)
Nesse caso foram definidos os seguintes temas cuidados preacute intra e poacutes procedimento
de punccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico cuidados em desuso para manutenccedilatildeo do acesso
venoso perifeacuterico o acompanhante e a manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico Essas trecircs (3)
categorias seratildeo apresentadas analisadas e discutidas no capitulo seguinte
22
4 RESULTADOS E DISCUSSAtildeO
Nesse capiacutetulo apresento as trecircs categorias temaacuteticas que surgiram da anaacutelise dos
dados e que contemplaram de forma satisfatoacuteria os objetivos da pesquisa A primeira
categoria denominada como ldquoOs cuidados de enfermagem preacute intra e poacutes-procedimento de
punccedilatildeo do acesso venoso perifeacutericordquo traz os passos e cuidados que os profissionais realizam
antes durante e apoacutes a punccedilatildeo buscando descrever e analisar os fatores envolvidos na pratica
do procedimento em questatildeo que emergiram das entrevistas aleacutem dos cuidados de
enfermagem para a manutenccedilatildeo do mesmo
A segunda categoria que seraacute apresentada eacute ldquoOs cuidados em desuso para manutenccedilatildeo
do acesso venoso perifeacutericordquo que mostra os cuidados que os profissionais citaram como natildeo
mais utilizados para auxiliar na manutenccedilatildeo da punccedilatildeo venosa perifeacuterica
E a uacuteltima categoria eacute denominada ldquoO acompanhante e a manutenccedilatildeo do acesso
venoso perifeacutericordquo e traz a responsabilizaccedilatildeo do acompanhante pelos profissionais do setor
em relaccedilatildeo aos cuidados com manutenccedilatildeo da punccedilatildeo Essa categoria busca tambeacutem ressaltar a
funccedilatildeo do acompanhante durante a hospitalizaccedilatildeo da crianccedila destacando que determinados
cuidados satildeo de total funccedilatildeo da equipe de enfermagem
41 Os cuidados de enfermagem preacute intra e poacutes-procedimento de punccedilatildeo do acesso
venoso perifeacuterico
Para interpretar as unidades de contextos tive como base autores que definiram os
cuidados de enfermagem preacute intra e poacutes punccedilatildeo venosa perifeacuterica Para esses autores a fase
de preacute-punccedilatildeo compreende as accedilotildees de anaacutelise e conhecimento da prescriccedilatildeo avaliaccedilatildeo e
23
preparo emocional do paciente preparo do material e medicaccedilatildeo seleccedilatildeo do siacutetio de inserccedilatildeo
e dilataccedilatildeo da veia selecionada As accedilotildees envolvidas na punccedilatildeo satildeo a execuccedilatildeo das
precauccedilotildees-padratildeo antissepsia da pele punccedilatildeo do vaso a fixaccedilatildeo e curativo do cateter
Finalmente na etapa de poacutes-punccedilatildeo adota-se a identificaccedilatildeo da punccedilatildeo o descarte apropriado
das partes dos materiais natildeo utilizados a orientaccedilatildeo do paciente acerca da terapecircutica o
controle da infusatildeo atraveacutes do gotejamento se necessaacuterio e o registro do procedimento
Phillips12
De acordo com as entrevistas a seleccedilatildeo do local de punccedilatildeo eacute indicada com um fator
que interfere diretamente no tempo de permanecircncia do acesso venoso perifeacuterico visto que
dependendo do local ocorre a perda mais rapidamente Aleacutem da localizaccedilatildeo citaram tambeacutem
o calibre da veia como interferecircncia na manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico Seguem
abaixo algumas falas
(2001 apud ARAUacuteJO 2007 p18)
ldquoPrimeira coisa eacute vocecirc procurar bem a veia colocar uma veia de um bom calibre Se puder dar preferecircncia a natildeo puncionar dobrasrdquo (Cinderela) ldquoDependendo de onde estiver puncionado se for na matildeozinha a crianccedila fica toda hora ta mexendo taacute manipulando alguma coisa e se for no pezinho tambeacutem nem todo tempo vai ficar acamada entatildeo acaba perdendo o acessordquo(Bela ) ldquoO mau posicionamento pode levar a perdardquo (Rapunzel)
A opiniatildeo dos profissionais acima vai de encontro com o que eacute encontrado na
literatura visto que eacute de suma importacircncia que o mesmo avalie o cliente e considere alguns
aspectos para uma escolha criteriosa e eficaz como a finalidade da punccedilatildeo o tipo de soluccedilatildeo
a ser infundida a condiccedilatildeo da rede venosa a duraccedilatildeo da terapia idade do cliente habilidade
cognitiva da crianccedila a preferecircncia do cliente o que nem sempre seraacute possiacutevel satisfazer e
tambeacutem a sua atividade (ARAUacuteJO 2007 p31)
Os cuidados com o acesso venoso perifeacuterico satildeo importantes antes mesmo da
realizaccedilatildeo do procedimento Levando em consideraccedilatildeo que um erro durante a fase de preacute-
procedimento como a escolha errada do local de punccedilatildeo por exemplo poderaacute levar a perda
do acesso e prejudicar assim o tratamento aleacutem do bem-estar da crianccedila que seraacute puncionada
novamente
12 PHILLIPS L D Manual de terapia intravenosa 2ed Porto Alegre Artmed 2001
24
O vaso sanguiacuteneo que o profissional selecionar como local para puncionar deve ser
suficiente para suportar o calibre e o comprimento do cateter aleacutem de atender a necessidade
terapecircutica para que natildeo haja a necessidade de uma nova punccedilatildeo
A punccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico eacute um procedimento doloroso e de grande
incomodo para a crianccedila com isso eacute de suma importacircncia realizar a seleccedilatildeo preacutevia do
material poreacutem natildeo foi citado Outro cuidado rotineiro e natildeo menos importante como a
lavagem das matildeos antes da colocaccedilatildeo do acesso tambeacutem natildeo foi mencionado durante as
entrevistas
O preparo emocional da crianccedila e do acompanhante quanto ao procedimento deve ser
considerada praacutetica rotineira para a equipe de enfermagem O profissional de enfermagem
deve lavar as matildeos objetivando a reduccedilatildeo significativa de risco de infecccedilatildeo e recomenda-se o
uso de aacutegua e sabatildeo para lavagem das matildeos antes da colocaccedilatildeo do cateter venoso perifeacuterico
(PHILLIPS13
O preparo preacutevio do material para instalaccedilatildeo do cateter venoso perifeacuterico eacute importante
para evitar interrupccedilotildees do procedimento e consequentemente um maior tempo de
manipulaccedilatildeo da crianccedila (SILVA
2001apud ARAUacuteJO 2007 Centers for Disease Control and Prevention ndash CDC
2002 apud ARAUacuteJO 2007)
14
Outro aspecto citado e classificado como preacute-procedimento eacute o cuidado com a
medicaccedilatildeo a ser administrada incluindo cuidados com a diluiccedilatildeo e composiccedilatildeo da mesma
Seguem algumas das falas
2004 apud ARAUacuteJO 2007 p30)
ldquoEstar sempre diluindo as medicaccedilotildees de acordo com a prescriccedilatildeo meacutedica pois as medicaccedilotildees satildeo muito fortes e podem causar enfraquecimento da veia Tem que diluir direitinho e passar lento na veiardquo (Cinderela) ldquoTer cuidado principalmente quando eacute crianccedila e a diluiccedilatildeo da medicaccedilatildeo tambeacutem agraves vezes natildeo eacute pra passar em perifeacuterico e na segunda dose jaacute perdeurdquo (Alice)
O acesso venoso perifeacuterico eacute a primeira alternativa para infusatildeo intravenosa por ser de
mais faacutecil acesso e rapidez no efeito da medicaccedilatildeo O profissional de enfermagem deve ter
domiacutenio natildeo soacute relacionado agrave infusatildeo das medicaccedilotildees mas tambeacutem com a composiccedilatildeo
13 PHILLIPS L D Manual de terapia intravenosa 2ed Porto Alegre Artmed 2001 14 SILVA G R G Terapia intravenosa em receacutem-nascidos ndash orientaccedilotildees para o cuidado de Enfermagem Rio de Janeiro Cultura Meacutedica 2004
25
farmacoloacutegica das mesmas os efeitos adversos e colaterais que a droga pode causar inclusive
em relaccedilatildeo a diluiccedilatildeo o que normalmente eacute estabelecido como padratildeo no setor de acordo com
cada faacutermaco
Com a intenccedilatildeo de promover a eficaacutecia terapecircutica dos medicamentos administrados
por via intravenosa eacute atribuiccedilatildeo do profissional de enfermagem implementar teacutecnicas como a
diluiccedilatildeo acondicionamento e cuidados na administraccedilatildeo de faacutermacos a fim de evitar
prejuiacutezos no tratamento resultantes da incompatibilidade medicamentosa (PETERLINI
CHAUD e PEDREIRA 2006)
Os fatores intra-procedimento satildeo considerados aqueles diretamente relacionados com
o procedimento Os dados colidos nas entrevistas ressaltaram apenas a fixaccedilatildeo com um fator
que interfere nessa fase Este foi o dado mais repetitivo nas entrevistas poreacutem sempre citado
de forma superficial Seguem as falas dos profissionais quando questionados sobre o que era
importante para manutenccedilatildeo do acesso
ldquoTem que fazer uma boa fixaccedilatildeo Porque quando a pessoa natildeo fixa bem prejudica porque aquilo vai soltando e quando vocecirc vecirc jaacute perdeu a veiardquo(Cinderela) ldquoEu acho que natildeo tem o que fazer para manter o acesso A crianccedila vai ficar uns dias X com aquele acesso pra fazer medicaccedilatildeo e eu acho que natildeo tem o que vocecirc profissional fazer para que natildeo percardquo (Aurora) ldquoA fixaccedilatildeo evita a movimentaccedilatildeo excessiva no local que estaacute o acessordquo (Ariel) ldquoTer cuidado com o curativo saber manusear E manter sempre o curativo limpo trocar se necessaacuteriordquo (Rapunzel) ldquoA fixaccedilatildeo eacute muito importante pra natildeo soltar o acesso e pra ele ficar mais tempordquo(Mulan)
Oliveira Bezerra e Pereira (2008 p 94) afirmam que de acordo com o revelado por
determinados estudos o tipo de curativo a fixaccedilatildeo do cateter e o tempo de permanecircncia estatildeo
diretamente relacionados com a ocorrecircncia de complicaccedilotildees infecciosas como flebites e
tambeacutem infiltraccedilatildeo extravasamento desconexatildeo e deslocamento do cateter
26
Para Pettit e Kraus15
Potter
(1995 apud MACHADO PEDREIRA E CHAUD2005 p292) a
gaze esteacuteril fixada com a fita adesiva hipoalergecircnica bem como a peliacutecula transparente esteacuteril
satildeo os materiais mais recomendados para curativo e fixaccedilatildeo de cateter venoso perifeacuterico
16
Jaacute as peliacuteculas transparentes mais conhecidas como filme permitem a respiraccedilatildeo
normal da pele com alta permeabilidade ao oxigecircnio e vapores e eacute impermeaacutevel a liacutequidos e
micro-organismos (SILVA E ZANETTI 2004 p233) Aleacutem disso permitem tambeacutem a
visualizaccedilatildeo contiacutenua do local de punccedilatildeo permitindo assim avaliaccedilatildeo do mesmo natildeo soacute
durante a infusatildeo de medicaccedilotildees mas tambeacutem todo o tempo
(1998 apud SILVA E ZANETTI 2004 p233) afirma que nas fixaccedilotildees em
que se utiliza a gaze esteacuteril preconiza-se a utilizaccedilatildeo de teacutecnica asseacuteptica Neste curativo a
gaze esteacuteril eacute colocada sobre o siacutetio de inserccedilatildeo e suas bordas satildeo fixadas com fita adesiva
A observaccedilatildeo da punccedilatildeo eacute muito importante pois se o local de inserccedilatildeo se mostrar
com sinais e sintomas de complicaccedilotildees a terapia deve ser suspensa (OLIVEIRA BEZERRA
e PEREIRA 2008 p95)
A visualizaccedilatildeo contiacutenua do acesso permite que a equipe de enfermagem possa realizar
uma observaccedilatildeo mais particularizada em relaccedilatildeo agraves condiccedilotildees do acesso venoso perifeacuterico
podendo observar se haacute deslocamento do cateter sinais de infiltraccedilatildeo e tambeacutem sinais de
infecccedilatildeo
Para Silva Barbato e Valente (2013 p 1200) cabe ao enfermeiro fazer a avaliaccedilatildeo
diaacuteria e cuidadosa do curativo observando a presenccedila de umidade sujidade integridade do
oacutestio de inserccedilatildeo a fixaccedilatildeo bem como a realizaccedilatildeo do curativo e das anotaccedilotildees legais
competentes agraves suas funccedilotildees
A fase poacutes-procedimento eacute caracterizada por uma seacuterie de cuidados que a equipe de
enfermagem deve realizar para que se obtenha maior tempo de permanecircncia do acesso venoso
perifeacuterico Durante as entrevistas os cuidados citados foram a salinizaccedilatildeo do acesso cuidados
para evitar a flebite e a velocidade de infusatildeo
15 Pettit DM Kraus V The use of gauze versus transparent dressings for peripheral intravenous catheter sites Nurs ClinNorth Am 1995 30(3)495-506 16 Potter P Perry AG Fundamentos de enfermagem processo conceito e praacutetica 3ordf ed Santos(SP) Guanabara Koogan19981397pp801-43
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ldquoManter um acesso bem salinizado que vocecirc lave pelo menos de duas de trecircs em trecircs horas Se bem que isso aqui na pediatria natildeo eacute muito comum aqui a gente soacute lava cada vez que vai fazer medicaccedilatildeo mas se eu natildeo me engano a literatura preconiza isso vocecirc lavar pelo menos de quatro em quatro horas o acessordquo (Aurora)
ldquoPra manter o acesso venoso perifeacuterico eacute importante manter ele salinizado Assim que a gente recebe o plantatildeo eu vou ver se o acesso ta peacutervio com uma ldquoseringuinhardquo vai la da uma ldquolavadinhardquo e vecirc se o acesso ta peacutervio e manter o acesso salinizadordquo (Ariel)
ldquoSalinizar de 6 em 6 horas para manter ele peacuterviordquo (Alice)
ldquoTem que passar lento a medicaccedilatildeo e a limpeza da aacuterea vocecirc tem que limpar bem a aacuterea pra vocecirc natildeo formar uma flebiterdquo (Cinderela)
A salinizaccedilatildeo do acesso eacute um cuidado simples e de grande importacircncia Esse cuidado
deve ser realizado para manter o acesso peacutervio e limpo e deve ser realizado antes e apoacutes
qualquer infusatildeo
Para Moncaio e Figueiredo (2009)
a ldquosalinizaccedilatildeordquo consiste em administrar sob pressatildeo positiva soluccedilatildeo salina (Soro fisioloacutegico a 09) logo apoacutes o teacutermino da infusatildeo da medicaccedilatildeo Este procedimento visa prevenir a formaccedilatildeo de trombos e fibrina evitar o contato de drogas incompatiacuteveis (quando da infusatildeo de mais de um item medicamentoso no mesmo horaacuterio) garantir a infusatildeo de todo o medicamento que possa ter ficado no sistema aleacutem de evitar retorno sanguiacuteneo mantendo o cateter peacutervio para a proacutexima infusatildeo
Durante a coleta de dados esse cuidado surgiu em diversos momentos poreacutem foi
possiacutevel perceber que os profissionais realizam o mesmo de forma banalizada Natildeo sabem de
fato a real funccedilatildeo de manter o acesso salinizado A impressatildeo que passa eacute que eles
aprenderam que esse cuidado deveria ser feito e simplesmente fazem Haacute divergecircncias
tambeacutem entre a equipe em relaccedilatildeo ao momento que deve ser realizada a salinizaccedilatildeo e isso nos
mostra a desatualizaccedilatildeo dos profissionais do setor e a falta de uma educaccedilatildeo continuada no
hospital
Os cuidados para evitar a flebite e a velocidade de infusatildeo da medicaccedilatildeo apareceram
menos nas entrevistas e interferem diretamente com a manutenccedilatildeo do acesso venoso
perifeacuterico
28
A flebite eacute uma inflamaccedilatildeo na veia puncionada ocorrendo quando as ceacutelulas
endoteliais da parede da veia que o cateter estaacute inserido tornam-se inflamadas e irregulares
propiciando a aderecircncia de plaquetas e predispondo a veia a inflamaccedilatildeo Eacute comum que o local
se apresente dolorido hiperemiado quente e edemaciado e nesses casos eacute aconselhada a
retirada do cateter Uma boa fixaccedilatildeo do cateter perifeacuterico eacute recomendada por autores na
literatura visto que previnem deslocamento faacutecil e permitem uma boa visualizaccedilatildeo do local
evitando complicaccedilotildees como a flebite e infiltraccedilatildeo (MOLDES et al 2011 p 330)
Dentre as principais falhas de infusatildeo venosa estatildeo flebite infiltraccedilatildeo hematoma e
obstruccedilatildeo Acredita-se que para reduzir a incidecircncia destas nas unidades pediaacutetricas eacute preciso
a adoccedilatildeo de estrateacutegias tais como a abordagem junto agrave equipe em parceria com o setor de
educaccedilatildeo permanente e a adoccedilatildeo do uso da teacutecnica corretamente e de forma asseacuteptica para a
realizaccedilatildeo da punccedilatildeo venosa perifeacuterica em acordo com a comissatildeo de controle de infecccedilatildeo
hospitalar (SILVA BARBATO e VALENTE 2013 p 1200)
A incapacidade do paciente em relatar dor no siacutetio de administraccedilatildeo do faacutermaco quer
pela idade ou condiccedilatildeo cliacutenica e o local de inserccedilatildeo como tambeacutem a velocidade de infusatildeo do
medicamento (gt25mgmin) satildeo classificados como fatores de risco para a perda do acesso
venoso perifeacuterico (MARTINS SILVINO e DIAS 2010)
42 Os cuidados em desuso para manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico
Essa categoria discorre sobre os cuidados de enfermagem que com o passar do tempo
foram desconsiderados e natildeo satildeo mais utilizados Quando questionados em relaccedilatildeo a vivencia
profissional e cuidados que discordavam os entrevistados citaram o uso da tala para fixaccedilatildeo
uso de heparina e os cuidados em relaccedilatildeo ao tempo de permanecircncia do cateter Haacute muitas
controveacutersias em relaccedilatildeo aos cuidados citados acima
O tempo de permanecircncia interfere diretamente no aparecimento de complicaccedilotildees
como flebite e que acabam levando a perda do acesso venoso perifeacuterico mais rapidamente
aconselhando assim a troca do mesmo entre 76 a 96 horas Poreacutem eacute preconizada a retirada do
cateter apenas se finalizar o tratamento ou houver alguma interferecircncia
ldquoA gente observa tambeacutem o tempo dependendo do tempo tem que tirarrdquo (Alice)
29
ldquoHoje eu natildeo sei como que eacute essa questatildeo do tempo porque a gente trocava o acesso a cada quatro dias agora o pessoal jaacute diz que pode trocar em ateacute uma semana entatildeo natildeo sei como que ta isso e o que tem escrito em relaccedilatildeo a isso (Aurora)
Sabe-se que o tempo para troca do cateter de teflon ou poliuretano varia de 72 a 96
horas com o intuito de reduzir risco de infecccedilatildeo e flebite e para minimizar esses riscos nas
seguintes situaccedilotildees diante de sinais inflamatoacuterios no local de inserccedilatildeo e sempre que houver
mau funcionamento do cateter (SANTOS17
Entretanto o Center for Disease Control and Prevention - CDC (2002) diz que em
pacientes pediaacutetricos natildeo foi observada relaccedilatildeo quanto ao tempo de permanecircncia do cateter e
ocorrecircncia de complicaccedilotildees devendo ser mantido ateacute o teacutermino da terapia intravenosa ou
quando forem observados sinais cliacutenicos de complicaccedilotildees
2004 apud OLIVEIRA BEZERRA e PEREIRA
2008 p 93)
Eacute possiacutevel observar a diferenccedila do conhecimento pratico dos profissionais
entrevistados em relaccedilatildeo ao conhecimento encontrado na literatura E ainda contendo duacutevidas
natildeo haacute uma busca da parte dos mesmos para esclarececirc-las
O uso da heparina com a finalidade de manter o acesso peacutervio por um periacuteodo maior
de tempo mostra-se com mais certeza quanto ao desuso nos dados colidos
ldquoAntigamente a gente usava heparina entatildeo a gente ficava tranquila em relaccedilatildeo agrave obstruccedilatildeo mas agora natildeo a gente usa o soro fisioloacutegico e a gente deixa salinizadordquo (Aurora)
Rang e Dale 18(1998 apud DOPICO e OLIVEIRA 2006) afirmam que a heparina
inibe a formaccedilatildeo de coaacutegulos de fibrina in vitro e in vivo e que seu efeito anticoagulante eacute
praticamente imediato Com isso Phillips19
17 Santos W Lavagem das matildeos In R Luiz Santos W Manual baacutesico de prevenccedilatildeo e controle das infecccedilotildees hospitalares do HRU Fortaleza Hospital Regional Unimed 2004
(2001 apud DOPICO e OLIVEIRA 2006)
ressalta que a teacutecnica de manutenccedilatildeo intermitente de cateteres intravenosos com soluccedilatildeo
salina 09 classificada como salinizaccedilatildeo tem sido pesquisada haacute alguns anos apresentando
em relaccedilatildeo ao uso da heparina vantagens como o baixo custo ser um procedimento mais
18 Rang HP Dale M M Hemostasia e Trombose In Rang HP Dale M M Farmacologia Rio de Janeiro Guanabara Koogan 1998 p235-47 19 PHILLIPS L D Manual de terapia intravenosa 2ed Porto Alegre Artmed 2001
30
simples aleacutem de eliminar a possibilidade de incompatibilidade com as drogas e soluccedilotildees
administradas aleacutem da inexistecircncia de riscos ao paciente Entretanto sabe-se que a literatura
ainda natildeo fornece consenso acerca da soluccedilatildeo mais indicada para manutenccedilatildeo da
permeabilidade do cateter venoso perifeacuterico
Eacute importante ressaltar que muitas instituiccedilotildees do nosso paiacutes nem ao menos tecircm o
conhecimento da praacutetica da salinizaccedilatildeo com soluccedilatildeo salina 09 No que se refere agrave pesquisa
cientiacutefica as limitaccedilotildees desta praacutetica satildeo atribuiacutedas agrave ausecircncia de um maior nuacutemero de
estudos controlados para validar sua eficaacutecia (EPPERSON20
Apesar de natildeo ser encontradas publicaccedilotildees acerca do tema a utilizaccedilatildeo de heparina
mostra-se como uma pratica natildeo mais utilizada pelos profissionais de enfermagem Outro
tema onde haacute controveacutersias e tambeacutem poucas citaccedilotildees eacute o uso da tala para fixaccedilatildeo do acesso
venoso perifeacuterico Seguem abaixo a opiniatildeo de alguns dos profissionais entrevistados
1984 apud DOPICO e
OLIVEIRA 2006)
ldquoA uacutenica coisa que eu natildeo gosto de ver eacute quando se coloca tala para imobilizar dizendo que a tala vai ajudar a natildeo perder a veia Isso eu natildeo concordo acho que a tala prejudica a crianccedila fica incomodada faz dor no membrordquo (Cinderela)
ldquoAntigamente a gente usava muito tala e as vezes eu pego isso aqui ai eu falo gente tala natildeo se usa mais natildeo faz parte mais da fixaccedilatildeo vocecirc pode fixar de uma forma que a crianccedila natildeo perca A tala eu acho que ela traumatiza um pouco ainda mais se vocecirc pegar um acesso na dobra vocecirc vai fazer com que a crianccedila fique com o braccedilo esticado muito tempo eu acho que pode causar uma lesatildeo depois e a literatura jaacute fala que eacute desnecessaacuteria natildeo precisa maisrdquo (Aurora) ldquoAntigamente usavam tala mas hoje em dia quase natildeo se vecirc mais e eu acho que a tala atrapalha porque a crianccedila fica imobilizada no membro ai fica mais irritadardquo (Rapunzel) ldquoLaacute no meu outro trabalho alguns usam a tala Eu acho que a tala ajuda ateacute a perder mais raacutepido porque a crianccedila fica incomodada vai querer mexer naquilordquo (Mulan)
20 Epperson EL Efficacy of 09 sodium chloride injection with without heparin for maintenance indwelling intermittent injection sites Clin Pharm1984 3(5)26
31
Almeida e Sabateacutes21
Entretanto haacute estudo que comprovam que o uso da tala natildeo se mostra tatildeo eficiente e
apresenta-se como uma praacutetica controversa O estudo foi realizado em crianccedilas ateacute os 12 anos
utilizando imobilizaccedilatildeo com tala e em mais de metade dos casos (553) ocorreu infiltraccedilatildeo
o que indicia a ineficaacutecia desta praacutetica (MACHADO PEDREIRA e CHAUD 2008 apud
BATALHA et al 2010 p512)
(2008 apud BATALHA et al 2010 p512) afirmam que a teacutecnica
de fixaccedilatildeo dos CVP com uso de imobilizaccedilatildeo com tala para restriccedilatildeo ou limitaccedilatildeo dos
movimentos articulares proacuteximo do local da punccedilatildeo estaacute indicado nas matildeos punhos cotovelo
e maleacuteolo
Para Batalha et al (2010 p512) o uso desta praacutetica parece natildeo se coadunar com o
atual uso de cateteres flexiacuteveis tipo abocath em detrimento de agulhas metaacutelicas Talvez por
isso comecem a surgir novas teacutecnicas de fixaccedilatildeo dos CVP que natildeo exigem imobilizaccedilatildeo das
articulaccedilotildees com talas
Aleacutem de natildeo haver uma confirmaccedilatildeo dos benefiacutecios causados pelo uso da tala a
imobilizaccedilatildeo causa incocircmodo para a crianccedila que fica com o membro imoacutevel podendo causar
dor e tambeacutem irritaccedilatildeo O uso desse tipo de fixaccedilatildeo tambeacutem impede a visualizaccedilatildeo frequente
do acesso venoso afetando assim os cuidados de observaccedilatildeo da equipe de enfermagem
43 O acompanhante e a manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico
A presente categoria vai discutir um assunto importante que surgiu durante as
entrevistas de forma inesperada Alguns dos profissionais entrevistados citaram o descuido do
acompanhante como um fator causador da perda do acesso venoso perifeacuterico Seguem abaixo
algumas falas
ldquoA matildee sempre acompanha e tem matildee que natildeo tem cuidado natildeo vigia e a gente tem que ficar pedindo pra olhar tomar contardquo (Aurora)
ldquoEm relaccedilatildeo ao acompanhante porque a crianccedila natildeo vai avaliar entatildeo o acompanhante que estar ali tem que avaliar direitinho natildeo deixar a crianccedila mexer ou puxarrdquo (Bela)
ldquoNatildeo eacute toda matildee que esta vigiando que cuida pra que a crianccedila natildeo perca o acessordquo (Jasmine)
21 Almeida FA Sabateacutes AL Enfermagem pediaacutetrica a crianccedila o adolescente e a sua famiacutelia no hospital Satildeo Paulo(SP) Manole 2008
32
ldquoAcho que leva a perda quando o acompanhante natildeo coopera as vezes a gente faz a imobilizaccedilatildeo na crianccedila e as vezes eles ateacute retiram e a proacutepria crianccedila agitada ela mesmo arrancardquo (Branca de Neve)
ldquoAgraves vezes a proacutepria crianccedila que a matildee deixa muito solta ai solta o acessordquo (Mulan)
Apoacutes a implementaccedilatildeo da lei que garante um acompanhante ao paciente pediaacutetrico a
presenccedila do familiarresponsaacutevel durante a hospitalizaccedilatildeo mudou a rotina da equipe de
enfermagem trazendo duacutevidas quanto a real funccedilatildeo do acompanhante e fazendo com que a
mesma viesse a delegar certos cuidados para acompanhante
A Promulgaccedilatildeo da Lei 8069 do Estatuto da Crianccedila e do Adolescente (ECA) em
1990 no seu artigo 12deg garante agrave crianccedila ou ao adolescente o direito de ter um responsaacutevel
que o acompanhe durante a hospitalizaccedilatildeo (1990)
Desde a sua implantaccedilatildeo as unidades vecircm sofrendo um processo de reorganizaccedilatildeo de
suas praacuteticas A inserccedilatildeo da famiacutelia modifica a organizaccedilatildeo do processo de trabalho o que
requer dos profissionais uma compreensatildeo em relaccedilatildeo agrave dinacircmica das relaccedilotildees interpessoais
(COLLET e ROCHA 2004)
Pimenta e Collet (2009) ressaltam que natildeo haacute nenhuma regulamentaccedilatildeo sobre a
participaccedilatildeo da famiacutelia nos cuidados e no entanto a mesma desempenha atividades junto agrave
crianccedila durante a hospitalizaccedilatildeo que devem ser levadas em consideraccedilatildeo A falta de
reconhecimento desse fato fez com que a equipe de enfermagem e famiacutelia natildeo possuiacutessem
uma relaccedilatildeo aberta e vivessem uma relaccedilatildeo silenciosa e impliacutecita de poder na qual a famiacutelia
acaba assumindo as relaccedilotildees do cuidado agrave crianccedila de responsabilidade da enfermagem
A negociaccedilatildeo entre matildees e equipe de enfermagem em relaccedilatildeo aos cuidados agrave crianccedila
hospitalizada natildeo eacute uma tarefa faacutecil tendo em vista que natildeo se tem claro qual o seu novo
papel neste processo (COLLET e ROCHA 2004)
Eacute possiacutevel ver nas falas que a presenccedila do acompanhante causa para a equipe de
enfermagem a seguranccedila de ter algueacutem para ldquovigiarrdquo ldquotomar contardquo e natildeo deixar que a
crianccedila hospitalizada perca o acesso venoso quando na verdade eacute funccedilatildeo da equipe de
enfermagem cuidados referentes ao acesso venoso perifeacuterico
33
Jaacute o acompanhante eacute definido pelo Ministeacuterio da Sauacutede como uma pessoa significativa
para a crianccedila que representa sua rede social e que vai acompanhaacute-lo durante a permanecircncia
no ambiente hospitalar ressaltando assim sua importacircncia Esse fato se reforccedila visto que a
crianccedila encontra nos familiares a forccedila e seguranccedila necessaacuteria para encarar todo esse processo
doloroso e desconhecido (MURAKAMI e CAMPOS 2011 p255)
O acompanhante aleacutem de minimizar o sofrimento do paciente pediaacutetrico faz com que
o mesmo sinta-se mais a vontade Eacute importante ressaltar que o familiarresponsaacutevel natildeo soacute
pode como deve participar das atividades da crianccedila no hospital desde que estas natildeo sejam
competecircncias dos profissionais que os cercam Essas atividades satildeo caracterizadas como
semelhantes aos que eles realizam diariamente fora do ambiente hospitalar como o banho
Poreacutem no caso de um paciente com punccedilatildeo venosa perifeacuterica o profissional de enfermagem
deve auxiliar no cuidado para que essa natildeo se perca
Os cuidados dos familiaresacompanhantes satildeo os mesmos que os desenvolvidos no
domiciacutelio e os cuidados prestados pela equipe de enfermagem satildeo aqueles que demandam
conhecimento teacutecnico-cientiacutefico especializado (SOUZA e OLIVEIRA 2010 p558)
Mesmo alguns cuidados parecerem simples e rotineiros quando eacute prestado no
hospital assumem novas caracteriacutesticas com o uso de dispositivos tecnoloacutegicos os quais se
tornam complexos (PIMENTA E COLLET 2009)
O ato de cuidar envolve o respeito agrave maneira como vive cada indiviacuteduo de acordo
com suas crenccedilas valores costumes e cultura A famiacutelia como uma instituiccedilatildeo atende agraves
necessidades bioloacutegicas de seus membros sendo sua responsabilidade cuidar e criar os filhos
incluindo a obrigaccedilatildeo da alimentaccedilatildeo higiene vestuaacuterio e moradia (ELSEN22
Nas entrevistas podemos verificar falas em que o acompanhante eacute citado como
responsaacutevel por avaliar a punccedilatildeo venosa A equipe de enfermagem deve sempre partir do
pressuposto que o familiar acompanhante natildeo tem conhecimento cientiacutefico e certo tipo de
cuidado natildeo deve se delegado para o mesmo mostrando assim a importacircncia da orientaccedilatildeo do
acompanhante quanto aos procedimentos dispositivos utilizados e cuidados em que os
etal 1994
apud SOUZA e OLIVEIRA 2010 p 553)
22 Elsen I Patriacutecio ZM Assistecircncia agrave crianccedila hospitalizada tipos de abordagens e suas implicaccedilotildees para a enfermagem In A enfermagem em pediatria e puericultura Rio de Janeiro (RJ) Atheneu 2005
34
mesmos possam auxiliar Seguem abaixo as falas onde os profissionais ressaltaram a
importacircncia da orientaccedilatildeo do acompanhante
ldquoNem sempre a crianccedila vai entender o porque de estar com aquele acesso entatildeo tem que ter uma orientaccedilatildeo do acompanhanterdquo (Bela)
ldquoTem que haver orientaccedilatildeo do acompanhante para os cuidadosrdquo (Ariel)
ldquoAgraves vezes tem ate o exemplo de um pai que natildeo deixa trocar o acesso jaacute tinha mais de uma semana e ele natildeo queria que trocasse ai faz febre e natildeo sabe da onderdquo (Alice)
Para Souza e Oliveira (2010 p555) deve haver uma preocupaccedilatildeo em orientar
considerando que o outro natildeo tem nenhum tipo de conhecimento sobre o assunto Poreacutem
Queiroz e Jorge23
Apesar das dificuldades o profissional de enfermagem deve estabelecer um viacutenculo de
confianccedila com o acompanhante buscando sempre deixaacute-los ciente das situaccedilotildees e fazendo-os
participar dos cuidados plausiacuteveis sem causar nenhum dano agrave crianccedila e de maneira alguma
abandonar suas atribuiccedilotildees
(2004 apud SOUZA e OLIVEIRA 2010 p 556) ressaltam que apesar de os
profissionais terem intenccedilatildeo de orientar os cuidados para a sauacutede repassam conhecimentos
elaborados cientificamente dificultando a compreensatildeo do familiar aleacutem de a relaccedilatildeo se dar
de maneira vertical assimeacutetrica e coercitiva
23 Queiroz MVO Jorge MSB Accedilotildees educativas no cuidado infantil e intervenccedilotildees dos profissionais junto agraves famiacutelias Acta Scientiarum Maringaacute 2004 janjun 26(1) 27-34
35
CONCLUSAtildeO
Atraveacutes desse estudo foi possiacutevel descrever e analisar os cuidados que os profissionais
de enfermagem realizam acerca da permanecircncia do acesso venoso perifeacuterico Aleacutem disso a
realizaccedilatildeo da pesquisa permitiu identificar a desarticulaccedilatildeo do processo de enfermagem e a
praacutetica desconectada da produccedilatildeo cientiacutefica caracterizando a falta de uma educaccedilatildeo
continuada efetiva
A anaacutelise dos dados demonstra o processo de punccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico
ressaltando a importacircncia de cuidados como a seleccedilatildeo do local a diluiccedilatildeo da medicaccedilatildeo a
realizaccedilatildeo de uma boa fixaccedilatildeo a atenccedilatildeo com a velocidade de infusatildeo os cuidados com os
sinais de infecccedilatildeo e salinizaccedilatildeo do acesso natildeo deixando de salientar cuidados em desuso
como o uso da heparina da tala e duvidas em relaccedilatildeo ao tempo de permanecircncia Evidenciou
tambeacutem que a equipe de enfermagem delega alguns cuidados para os acompanhantes
Natildeo foi possiacutevel perceber o niacutevel de conhecimento cientiacutefico dos profissionais visto
que eles em nenhum momento por natildeo saberem ou por medo de se expor natildeo explicaram de
fato nenhum cuidado que disseram realizar Sempre citaram de forma superficial e direta
deixando claro tambeacutem que o pesquisador natildeo os indagou quanto a isso Poreacutem creio que
diante de cuidados tatildeo importantes e de frequente praacutetica os mesmos falariam facilmente
sobre os cuidados de enfermagem na permanecircncia do acesso venoso perifeacuterico
Apesar dos entrevistados citarem alguns fatores e cuidados realizados de forma
correta eacute visiacutevel que os mesmos realizam os cuidados com a punccedilatildeo e a permanencia do
acesso de forma automaacutetica sem unir a praacutetica com o fundamento do mesmo
Eacute importante destacar tambeacutem a importacircncia do preparo emocional da crianccedila como
tambeacutem os cuidados com a famiacutelia dos mesmos O trabalho de humanizaccedilatildeo realizado pela
36
enfermagem faz grande diferenccedila nessas situaccedilotildees visto que os pacientes e acompanhantes
tendo conhecimento do que seraacute realizado ficariam mais tranquilos
O estudo contribuiu para o campo do ensino nesta aacuterea dando destaque ao importante
papel que o profissional de enfermagem deve desempenhar no cuidado e na manutenccedilatildeo do
acesso venoso perifeacuterico Contudo vale ressaltar a importacircncia do incentivo ao profissional a
buscar na literatura natildeo soacute esclarecimento de suas duvidas mas tambeacutem novos
conhecimentos
Pode colaborar ainda para a realizaccedilatildeo de novas pesquisas na aacuterea procurando
eliminar duacutevidas e controveacutersias sobre o tema Buscando assim a realizaccedilatildeo de um cuidado de
enfermagem articulado e eficaz promovendo o bem-estar do paciente pediaacutetrico durante a
hospitalizaccedilatildeo
37
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44
APEcircNDICE I
TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO
DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO Tiacutetulo Do Projeto Os cuidados de enfermagem acerca dos acessos venosos perifeacutericos na unidade pediaacutetrica Pesquisador Responsaacutevel Rosane Cordeiro Burla de Aguiar Eny Dorea Paiva e Karina Rodrigues Fernandes Instituiccedilatildeo a que Pertence o Pesquisador Responsaacutevel Universidade Federal Fluminense Telefone para contato (21) 98355269 (21) 82392939 (21) 91786609 Nome do voluntaacuterio _________________________________________________________ Idade ________ anos RG ____________________________
AO Sr (a) estaacute sendo convidado (a) a participar do projeto de pesquisa OS CUIDADOS DE
ENFERMAGEM ACERCA DOS ACESSOS VENOSOS PERIFEacuteRICOS NA UNIDADE PEDIATRICA de
responsabilidade da pesquisadora Profordf Drordf Rosane Cordeiro Burla de Aguiar e Profordf Drordf Eny Dorea Paiva A
punccedilatildeo venosa perifeacuterica eacute um procedimento essencial durante a hospitalizaccedilatildeo da crianccedila visto que eacute atraveacutes
dela que eacute administrada grande parte das medicaccedilotildees Este estudo se justifica diante da importacircncia da
necessidade de um maior periacuteodo de permanecircncia dos acessos venosos perifeacutericos Com isso aleacutem da
diminuiccedilatildeo de eventos que causam dor e irritaccedilatildeo na crianccedila e na famiacutelia promoveraacute tambeacutem uma melhor estada
dos mesmos durante o periacuteodo de hospitalizaccedilatildeo Os objetivos da pesquisa satildeo 1) Descrever os fatores que
interferem na manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico de acordo com a equipe de enfermagem 2)Analisar os
cuidados da equipe de enfermagem na manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico A coleta de dados se daraacute
atraveacutes de entrevistas semi estruturadas que seratildeo gravadas As informaccedilotildees colhidas seratildeo tratadas de forma
anocircnima e confidencial ou seja em nenhum momento seratildeo divulgados o seu nome e somente os
pesquisadores teratildeo acesso agraves informaccedilotildees Os dados obtidos com a pesquisa poderatildeo ser publicados apenas com
fins cientiacuteficos Eles natildeo seratildeo utilizados para fins comerciais ou para outra finalidade qualquer Caso necessite
poderatildeo ser marcados encontros para respostas ou esclarecimentos de qualquer duacutevida acerca da pesquisa A sua
participaccedilatildeo eacute voluntaria e eacute importante lembrar que vocecirc poderaacute desistir de participar da pesquisa em qualquer
momento A entrevista seraacute marcada em um dia e horaacuterio que vocecirc achar melhor Seraacute realizada
individualmente em um ambiente que nos ofereccedila privacidade Esta pesquisa natildeo oferece riscos para vocecirc e os
benefiacutecios da sua participaccedilatildeo satildeo de aumentar o conhecimento cientiacutefico na aacuterea de Enfermagem Pediaacutetrica
aleacutem de contribuir para a praacutetica profissional Este documento seraacute elaborado em duas vias uma para vocecirc e a
outra seraacute arquivada pelo pesquisador
Eu_____________________________________________________________ RG no _____________________________ Declaro que apoacutes ter entendido o que me foi explicado consinto voluntariamente em participar do presente Protocolo de Pesquisa entendo ainda que posso retirar o meu consentimento a qualquer momento antes ou durante a realizaccedilatildeo do mesmo declaro ter sido informada(o) e concordo em participar como voluntaacuteria(o) da pesquisa acima descrita Rio de Janeiro_______de_______________de 20___ _____________________________ ________________________________
(Participante) Karina Rodrigues Fernandes (Responsaacutevel por obter o consentimento)
______________________________________ _______________________________________ (Testemunha) (Testemunha)
45
APEcircNDICE II
ROTEIRO PARA ENTREVISTA
1) O que vocecirc acha que pode levar a perda do acesso perifeacuterico
2) Para vocecirc o que eacute importante para manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico nas
crianccedilas
3) O que vocecirc acha que pode interferir na sua manutenccedilatildeo
4) Que medidas vocecirc adota no seu dia a dia para manter o acesso
5) Na sua vivencia profissional o que vocecirc discorda dos cuidados que geralmente satildeo
utilizados para manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico
46
ANEXO
47
48
18
participantes apenas um trabalha no serviccedilo noturno sendo o restante do serviccedilo diurno Os
mesmos satildeo os responsaacuteveis pela instalaccedilatildeo e manipulaccedilatildeo dos os acessos venosos
perifeacutericos supondo assim que tenham maior domiacutenio sobre o assunto abordado
Os sujeitos foram identificados com codinomes referentes agraves princesas da Disney para
que suas identidades sejam preservadas
33 Cenaacuterio
A pesquisa ocorreu na unidade de internaccedilatildeo pediaacutetrica localizada no quinto andar do
Hospital Universitaacuterio do Rio de Janeiro vinculado a uma Universidade Federal
A unidade pediaacutetrica eacute divida em trecircs enfermarias de acordo com a idade das crianccedilas
hospitalizadas sendo denominadas estas Lactente preacute-escolar e escolar A enfermaria
Lactente eacute composta por 5 leitos hospitalizando crianccedilas de 29 dias a 2 anos jaacute na preacute-escolar
encontram-se 6 leitos e acolhe crianccedilas de 2 a 6 anos e na escolar 6 leitos abrigando crianccedilas
de 7 a 12 anos Toda crianccedila hospitalizada tem direito a um acompanhante como eacute
preconizado por direito pelo Artigo doze (12) do Estatuto da Crianccedila e do Adolescente
(Brasil 1990 p3)
A enfermaria conta com um posto de enfermagem localizado no centro da unidade
possibilitando maior visualizaccedilatildeo das enfermarias Possui tambeacutem uma sala de recreaccedilatildeo e
banheiro para os pacientes e acompanhantes Haacute uma sala utilizada pedagogia hospitalar
onde uma professora realiza atividades com as crianccedilas
Vale ressaltar que na unidade haacute uma sala para realizaccedilatildeo de procedimentos dolorosos
como a punccedilatildeo venosa perifeacuterica e sempre que possiacutevel o paciente eacute levado ateacute ela
34 Coleta de dados
A coleta de dados se deu a partir da teacutecnica de entrevista semi-estruturadas que
segundo Minayo Deslandes e Gomes (2007 p 64) satildeo ldquoperguntas fechadas e abertas em que
o entrevistado tem a possibilidade de discorrer sobre o tema em questatildeo sem se prender agrave
indagaccedilatildeo formuladardquo As mesmas foram gravadas em entrevista individual e tiveram como
foco as accedilotildees que os profissionais da equipe de enfermagem realizam acerca dos cuidados
para a permanecircncia do acesso venoso perifeacuterico aleacutem de investigar sobre o conhecimento que
cada um possui sobre o tema
19
Apoacutes contato preacutevio com a equipe de enfermagem foi acordado um dia e horaacuterio para
a realizaccedilatildeo das entrevistas que aconteceram na proacutepria unidade Todos os profissionais da
equipe de enfermagem foram convidados a participar voluntariamente da pesquisa As
entrevistas aconteceram apoacutes os profissionais assinarem o Termo de Consentimento Livre e
Esclarecido (TCLE)
Para Minayo Deslandes e Gomes (2007 p 64) a entrevista possui como principal
objetivo construir dados que sejam pertinentes para a pesquisa aleacutem de ser a estrateacutegia mais
utilizada no processo de trabalho de campo
A coleta foi interrompida no momento em que os dados se mostraram saturados ou
seja quando houve a cessaccedilatildeo do acreacutescimo de informaccedilotildees novas referentes ao tema
proposto
O fechamento amostral por saturaccedilatildeo teoacuterica eacute definido como a suspensatildeo de inclusatildeo
de novos participantes quando os dados obtidos passam a apresentar na avaliaccedilatildeo do
pesquisador certa redundacircncia ou repeticcedilatildeo natildeo sendo considerado relevante continuar a
coleta de dados (FONTANELLA RICAS e TURATO 2008)
35 Questotildees eacuteticas da pesquisa
De acordo com a Resoluccedilatildeo 46612 que visa assegurar os direitos e deveres que
dizem respeito agrave comunidade cientiacutefica aos sujeitos da pesquisa e ao Estado uma pesquisa
que envolve a participaccedilatildeo de seres humanos deve atender aos fundamentos eacuteticos e
cientiacuteficos pertinentes para a seguranccedila dos mesmos Neste contexto toda pesquisa
envolvendo seres humanos deveraacute ser submetida agrave apreciaccedilatildeo de um Comitecirc de Eacutetica em
Pesquisa (CEP) (BRASIL 2012)
Atendendo a esta condiccedilatildeo o projeto de pesquisa foi encaminhado ao CEP ndash do
Hospital Universitaacuterio o qual foi realizada a pesquisa foi analisado e aprovado na Reuniatildeo
com data de 06122013 CAAE 24693613700005243 Nuacutemero do parecer 486451 Com
isso a pesquisa foi desenvolvida mediante aprovaccedilatildeo do CEP atendendo aos preacute-requisitos
estipulados pela Resoluccedilatildeo nordm 46612
Esta pesquisa eacute pautada em princiacutepios eacuteticos que respeitam a dignidade humana e
justiccedila assegurando que natildeo haveraacute nenhum tipo de dano aos participantes
20
Em atendimento a resoluccedilatildeo 46612 do Conselho Nacional de SauacutedeMS apoacutes serem
esclarecidos pela pesquisadora quanto aos aspectos eacuteticos relacionados agrave pesquisa aleacutem das
formas de produccedilatildeo de dados e inserccedilatildeo no estudo os sujeitos da pesquisa assinaram duas
vias do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido ndash TCLE (apecircndice 1) autorizando sua
participaccedilatildeo voluntaacuteria na pesquisa Uma via foi entregue ao participante e outra ficou
arquivada com a pesquisadora
Nesse documento consta os objetivos da pesquisa procedimentos benefiacutecios
previstos garantia de recusa de participaccedilatildeo em qualquer momento de acesso aos resultados
da pesquisa e tambeacutem a garantia de acesso ao pesquisador quando os sujeitos julgarem
necessaacuterio sendo todas essas informaccedilotildees em linguagem acessiacutevel e simples O mesmo foi
apresentado e explicado ao profissional convidado a participar do estudo no primeiro contato
eou durante visita agendada para realizaccedilatildeo da entrevista
Vale ressaltar que esta pesquisa cujo financiamento eacute proacuteprio natildeo oferece nenhum
tipo de riscos para o sujeito da pesquisa e nem para o cuidado das crianccedilas internadas no setor
de pediatria e os benefiacutecios da participaccedilatildeo do mesmo satildeo de aumentar o conhecimento
cientiacutefico na aacuterea de Enfermagem Pediaacutetrica aleacutem de contribuir para a praacutetica profissional
36 Anaacutelise dos dados
O processo de anaacutelise dos dados foi baseada na teacutecnica da Anaacutelise Temaacutetica que para
Minayo Deslandes e Gomes (2007 p 86) o conceito central eacute o tema ldquoO tema eacute a unidade de
significaccedilatildeo que se liberta naturalmente de um texto analisado segundo criteacuterios relativos agrave
teoria que serve de guia da leiturardquo (BARDIN11
A anaacutelise realizada estava de acordo com a sugerida por Minayo (2010 p 315) e
contam com as seguintes etapas preacute-analise exploraccedilatildeo do material tratamento dos
resultados obtidos e interpretaccedilatildeo Atraveacutes dessas etapas tem-se o objetivo de descrever o
conteuacutedo do material coletado e interpretaacute-lo
1979 apud MINAYO DESLANDES
GOMES 2007 p 86)
A preacute analise consiste na escolha dos elementos a serem analisados e na retomada das
hipoacuteteses e dos objetivos iniciais da pesquisa Inicia-se com uma leitura flutuante onde o
11 BARDIN L Anaacutelise de Conteuacutedo Lisboa Ediccedilotildees 70 1979
21
pesquisador toma contato direto com o material adquirido deixando-se impregnar por seu
conteuacutedo Posteriormente haacute a constituiccedilatildeo do Corpus textual onde eacute feita uma seleccedilatildeo dos
documentos que iratildeo contemplar e fornecer informaccedilotildees sobre o tema sendo assim adequados
para dar resposta aos objetivos do trabalho (MINAYO 2010 p 315)
Essa fase preacute-analiacutetica eacute onde se determinam a unidades de registro unidade de
contexto e a partir delas satildeo determinados os temas que seratildeo analisados A unidade de
registro corresponde parte do conteuacutedo selecionado como base para analise e apoacutes a
delimitaccedilatildeo do contexto de compreensatildeo da unidade de registro eacute estabelecida a unidade de
contexto (MINAYO 2010 p 316)
De acordo com os objetivos da pesquisa foi possiacutevel perceber que nove (9)
entrevistas supriam para atender os mesmo encerrando assim a coleta Apoacutes a transcriccedilatildeo das
entrevistas foi realizada leitura das mesmas para natildeo soacute conhecimento do material mas
tambeacutem estabelecer as unidades de registro Em seguida foi realizado o colorimento das falas
assim as classificando de acordo com as unidades de registro estabelecidas
As unidades de registro que surgiram foram os fatores que interferem na manutenccedilatildeo
do acesso venoso perifeacuterico e o apontamento do acompanhante como responsaacutevel pela perda
do acesso venoso perifeacuterico Elas receberam as cores vermelha e laranja respectivamente a
fim de facilitar o agrupamento dos dados A partir disto surgiram as unidades de contexto que
compreendem as falas das entrevistas de modo a exemplificar o contexto das unidades de
registro
Partindo para segunda etapa da analise temaacutetica a exploraccedilatildeo do material que consiste
numa classificaccedilatildeo que visa alcanccedilar o nuacutecleo de compreensatildeo do texto Busca-se encontrar
categorias que satildeo expressotildees ou palavras significativas em funccedilatildeo das quais o conteuacutedo seraacute
organizado Essas categorias satildeo responsaacuteveis pela especificaccedilatildeo dos temas (MINAYO
2010 p 317)
Nesse caso foram definidos os seguintes temas cuidados preacute intra e poacutes procedimento
de punccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico cuidados em desuso para manutenccedilatildeo do acesso
venoso perifeacuterico o acompanhante e a manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico Essas trecircs (3)
categorias seratildeo apresentadas analisadas e discutidas no capitulo seguinte
22
4 RESULTADOS E DISCUSSAtildeO
Nesse capiacutetulo apresento as trecircs categorias temaacuteticas que surgiram da anaacutelise dos
dados e que contemplaram de forma satisfatoacuteria os objetivos da pesquisa A primeira
categoria denominada como ldquoOs cuidados de enfermagem preacute intra e poacutes-procedimento de
punccedilatildeo do acesso venoso perifeacutericordquo traz os passos e cuidados que os profissionais realizam
antes durante e apoacutes a punccedilatildeo buscando descrever e analisar os fatores envolvidos na pratica
do procedimento em questatildeo que emergiram das entrevistas aleacutem dos cuidados de
enfermagem para a manutenccedilatildeo do mesmo
A segunda categoria que seraacute apresentada eacute ldquoOs cuidados em desuso para manutenccedilatildeo
do acesso venoso perifeacutericordquo que mostra os cuidados que os profissionais citaram como natildeo
mais utilizados para auxiliar na manutenccedilatildeo da punccedilatildeo venosa perifeacuterica
E a uacuteltima categoria eacute denominada ldquoO acompanhante e a manutenccedilatildeo do acesso
venoso perifeacutericordquo e traz a responsabilizaccedilatildeo do acompanhante pelos profissionais do setor
em relaccedilatildeo aos cuidados com manutenccedilatildeo da punccedilatildeo Essa categoria busca tambeacutem ressaltar a
funccedilatildeo do acompanhante durante a hospitalizaccedilatildeo da crianccedila destacando que determinados
cuidados satildeo de total funccedilatildeo da equipe de enfermagem
41 Os cuidados de enfermagem preacute intra e poacutes-procedimento de punccedilatildeo do acesso
venoso perifeacuterico
Para interpretar as unidades de contextos tive como base autores que definiram os
cuidados de enfermagem preacute intra e poacutes punccedilatildeo venosa perifeacuterica Para esses autores a fase
de preacute-punccedilatildeo compreende as accedilotildees de anaacutelise e conhecimento da prescriccedilatildeo avaliaccedilatildeo e
23
preparo emocional do paciente preparo do material e medicaccedilatildeo seleccedilatildeo do siacutetio de inserccedilatildeo
e dilataccedilatildeo da veia selecionada As accedilotildees envolvidas na punccedilatildeo satildeo a execuccedilatildeo das
precauccedilotildees-padratildeo antissepsia da pele punccedilatildeo do vaso a fixaccedilatildeo e curativo do cateter
Finalmente na etapa de poacutes-punccedilatildeo adota-se a identificaccedilatildeo da punccedilatildeo o descarte apropriado
das partes dos materiais natildeo utilizados a orientaccedilatildeo do paciente acerca da terapecircutica o
controle da infusatildeo atraveacutes do gotejamento se necessaacuterio e o registro do procedimento
Phillips12
De acordo com as entrevistas a seleccedilatildeo do local de punccedilatildeo eacute indicada com um fator
que interfere diretamente no tempo de permanecircncia do acesso venoso perifeacuterico visto que
dependendo do local ocorre a perda mais rapidamente Aleacutem da localizaccedilatildeo citaram tambeacutem
o calibre da veia como interferecircncia na manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico Seguem
abaixo algumas falas
(2001 apud ARAUacuteJO 2007 p18)
ldquoPrimeira coisa eacute vocecirc procurar bem a veia colocar uma veia de um bom calibre Se puder dar preferecircncia a natildeo puncionar dobrasrdquo (Cinderela) ldquoDependendo de onde estiver puncionado se for na matildeozinha a crianccedila fica toda hora ta mexendo taacute manipulando alguma coisa e se for no pezinho tambeacutem nem todo tempo vai ficar acamada entatildeo acaba perdendo o acessordquo(Bela ) ldquoO mau posicionamento pode levar a perdardquo (Rapunzel)
A opiniatildeo dos profissionais acima vai de encontro com o que eacute encontrado na
literatura visto que eacute de suma importacircncia que o mesmo avalie o cliente e considere alguns
aspectos para uma escolha criteriosa e eficaz como a finalidade da punccedilatildeo o tipo de soluccedilatildeo
a ser infundida a condiccedilatildeo da rede venosa a duraccedilatildeo da terapia idade do cliente habilidade
cognitiva da crianccedila a preferecircncia do cliente o que nem sempre seraacute possiacutevel satisfazer e
tambeacutem a sua atividade (ARAUacuteJO 2007 p31)
Os cuidados com o acesso venoso perifeacuterico satildeo importantes antes mesmo da
realizaccedilatildeo do procedimento Levando em consideraccedilatildeo que um erro durante a fase de preacute-
procedimento como a escolha errada do local de punccedilatildeo por exemplo poderaacute levar a perda
do acesso e prejudicar assim o tratamento aleacutem do bem-estar da crianccedila que seraacute puncionada
novamente
12 PHILLIPS L D Manual de terapia intravenosa 2ed Porto Alegre Artmed 2001
24
O vaso sanguiacuteneo que o profissional selecionar como local para puncionar deve ser
suficiente para suportar o calibre e o comprimento do cateter aleacutem de atender a necessidade
terapecircutica para que natildeo haja a necessidade de uma nova punccedilatildeo
A punccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico eacute um procedimento doloroso e de grande
incomodo para a crianccedila com isso eacute de suma importacircncia realizar a seleccedilatildeo preacutevia do
material poreacutem natildeo foi citado Outro cuidado rotineiro e natildeo menos importante como a
lavagem das matildeos antes da colocaccedilatildeo do acesso tambeacutem natildeo foi mencionado durante as
entrevistas
O preparo emocional da crianccedila e do acompanhante quanto ao procedimento deve ser
considerada praacutetica rotineira para a equipe de enfermagem O profissional de enfermagem
deve lavar as matildeos objetivando a reduccedilatildeo significativa de risco de infecccedilatildeo e recomenda-se o
uso de aacutegua e sabatildeo para lavagem das matildeos antes da colocaccedilatildeo do cateter venoso perifeacuterico
(PHILLIPS13
O preparo preacutevio do material para instalaccedilatildeo do cateter venoso perifeacuterico eacute importante
para evitar interrupccedilotildees do procedimento e consequentemente um maior tempo de
manipulaccedilatildeo da crianccedila (SILVA
2001apud ARAUacuteJO 2007 Centers for Disease Control and Prevention ndash CDC
2002 apud ARAUacuteJO 2007)
14
Outro aspecto citado e classificado como preacute-procedimento eacute o cuidado com a
medicaccedilatildeo a ser administrada incluindo cuidados com a diluiccedilatildeo e composiccedilatildeo da mesma
Seguem algumas das falas
2004 apud ARAUacuteJO 2007 p30)
ldquoEstar sempre diluindo as medicaccedilotildees de acordo com a prescriccedilatildeo meacutedica pois as medicaccedilotildees satildeo muito fortes e podem causar enfraquecimento da veia Tem que diluir direitinho e passar lento na veiardquo (Cinderela) ldquoTer cuidado principalmente quando eacute crianccedila e a diluiccedilatildeo da medicaccedilatildeo tambeacutem agraves vezes natildeo eacute pra passar em perifeacuterico e na segunda dose jaacute perdeurdquo (Alice)
O acesso venoso perifeacuterico eacute a primeira alternativa para infusatildeo intravenosa por ser de
mais faacutecil acesso e rapidez no efeito da medicaccedilatildeo O profissional de enfermagem deve ter
domiacutenio natildeo soacute relacionado agrave infusatildeo das medicaccedilotildees mas tambeacutem com a composiccedilatildeo
13 PHILLIPS L D Manual de terapia intravenosa 2ed Porto Alegre Artmed 2001 14 SILVA G R G Terapia intravenosa em receacutem-nascidos ndash orientaccedilotildees para o cuidado de Enfermagem Rio de Janeiro Cultura Meacutedica 2004
25
farmacoloacutegica das mesmas os efeitos adversos e colaterais que a droga pode causar inclusive
em relaccedilatildeo a diluiccedilatildeo o que normalmente eacute estabelecido como padratildeo no setor de acordo com
cada faacutermaco
Com a intenccedilatildeo de promover a eficaacutecia terapecircutica dos medicamentos administrados
por via intravenosa eacute atribuiccedilatildeo do profissional de enfermagem implementar teacutecnicas como a
diluiccedilatildeo acondicionamento e cuidados na administraccedilatildeo de faacutermacos a fim de evitar
prejuiacutezos no tratamento resultantes da incompatibilidade medicamentosa (PETERLINI
CHAUD e PEDREIRA 2006)
Os fatores intra-procedimento satildeo considerados aqueles diretamente relacionados com
o procedimento Os dados colidos nas entrevistas ressaltaram apenas a fixaccedilatildeo com um fator
que interfere nessa fase Este foi o dado mais repetitivo nas entrevistas poreacutem sempre citado
de forma superficial Seguem as falas dos profissionais quando questionados sobre o que era
importante para manutenccedilatildeo do acesso
ldquoTem que fazer uma boa fixaccedilatildeo Porque quando a pessoa natildeo fixa bem prejudica porque aquilo vai soltando e quando vocecirc vecirc jaacute perdeu a veiardquo(Cinderela) ldquoEu acho que natildeo tem o que fazer para manter o acesso A crianccedila vai ficar uns dias X com aquele acesso pra fazer medicaccedilatildeo e eu acho que natildeo tem o que vocecirc profissional fazer para que natildeo percardquo (Aurora) ldquoA fixaccedilatildeo evita a movimentaccedilatildeo excessiva no local que estaacute o acessordquo (Ariel) ldquoTer cuidado com o curativo saber manusear E manter sempre o curativo limpo trocar se necessaacuteriordquo (Rapunzel) ldquoA fixaccedilatildeo eacute muito importante pra natildeo soltar o acesso e pra ele ficar mais tempordquo(Mulan)
Oliveira Bezerra e Pereira (2008 p 94) afirmam que de acordo com o revelado por
determinados estudos o tipo de curativo a fixaccedilatildeo do cateter e o tempo de permanecircncia estatildeo
diretamente relacionados com a ocorrecircncia de complicaccedilotildees infecciosas como flebites e
tambeacutem infiltraccedilatildeo extravasamento desconexatildeo e deslocamento do cateter
26
Para Pettit e Kraus15
Potter
(1995 apud MACHADO PEDREIRA E CHAUD2005 p292) a
gaze esteacuteril fixada com a fita adesiva hipoalergecircnica bem como a peliacutecula transparente esteacuteril
satildeo os materiais mais recomendados para curativo e fixaccedilatildeo de cateter venoso perifeacuterico
16
Jaacute as peliacuteculas transparentes mais conhecidas como filme permitem a respiraccedilatildeo
normal da pele com alta permeabilidade ao oxigecircnio e vapores e eacute impermeaacutevel a liacutequidos e
micro-organismos (SILVA E ZANETTI 2004 p233) Aleacutem disso permitem tambeacutem a
visualizaccedilatildeo contiacutenua do local de punccedilatildeo permitindo assim avaliaccedilatildeo do mesmo natildeo soacute
durante a infusatildeo de medicaccedilotildees mas tambeacutem todo o tempo
(1998 apud SILVA E ZANETTI 2004 p233) afirma que nas fixaccedilotildees em
que se utiliza a gaze esteacuteril preconiza-se a utilizaccedilatildeo de teacutecnica asseacuteptica Neste curativo a
gaze esteacuteril eacute colocada sobre o siacutetio de inserccedilatildeo e suas bordas satildeo fixadas com fita adesiva
A observaccedilatildeo da punccedilatildeo eacute muito importante pois se o local de inserccedilatildeo se mostrar
com sinais e sintomas de complicaccedilotildees a terapia deve ser suspensa (OLIVEIRA BEZERRA
e PEREIRA 2008 p95)
A visualizaccedilatildeo contiacutenua do acesso permite que a equipe de enfermagem possa realizar
uma observaccedilatildeo mais particularizada em relaccedilatildeo agraves condiccedilotildees do acesso venoso perifeacuterico
podendo observar se haacute deslocamento do cateter sinais de infiltraccedilatildeo e tambeacutem sinais de
infecccedilatildeo
Para Silva Barbato e Valente (2013 p 1200) cabe ao enfermeiro fazer a avaliaccedilatildeo
diaacuteria e cuidadosa do curativo observando a presenccedila de umidade sujidade integridade do
oacutestio de inserccedilatildeo a fixaccedilatildeo bem como a realizaccedilatildeo do curativo e das anotaccedilotildees legais
competentes agraves suas funccedilotildees
A fase poacutes-procedimento eacute caracterizada por uma seacuterie de cuidados que a equipe de
enfermagem deve realizar para que se obtenha maior tempo de permanecircncia do acesso venoso
perifeacuterico Durante as entrevistas os cuidados citados foram a salinizaccedilatildeo do acesso cuidados
para evitar a flebite e a velocidade de infusatildeo
15 Pettit DM Kraus V The use of gauze versus transparent dressings for peripheral intravenous catheter sites Nurs ClinNorth Am 1995 30(3)495-506 16 Potter P Perry AG Fundamentos de enfermagem processo conceito e praacutetica 3ordf ed Santos(SP) Guanabara Koogan19981397pp801-43
27
ldquoManter um acesso bem salinizado que vocecirc lave pelo menos de duas de trecircs em trecircs horas Se bem que isso aqui na pediatria natildeo eacute muito comum aqui a gente soacute lava cada vez que vai fazer medicaccedilatildeo mas se eu natildeo me engano a literatura preconiza isso vocecirc lavar pelo menos de quatro em quatro horas o acessordquo (Aurora)
ldquoPra manter o acesso venoso perifeacuterico eacute importante manter ele salinizado Assim que a gente recebe o plantatildeo eu vou ver se o acesso ta peacutervio com uma ldquoseringuinhardquo vai la da uma ldquolavadinhardquo e vecirc se o acesso ta peacutervio e manter o acesso salinizadordquo (Ariel)
ldquoSalinizar de 6 em 6 horas para manter ele peacuterviordquo (Alice)
ldquoTem que passar lento a medicaccedilatildeo e a limpeza da aacuterea vocecirc tem que limpar bem a aacuterea pra vocecirc natildeo formar uma flebiterdquo (Cinderela)
A salinizaccedilatildeo do acesso eacute um cuidado simples e de grande importacircncia Esse cuidado
deve ser realizado para manter o acesso peacutervio e limpo e deve ser realizado antes e apoacutes
qualquer infusatildeo
Para Moncaio e Figueiredo (2009)
a ldquosalinizaccedilatildeordquo consiste em administrar sob pressatildeo positiva soluccedilatildeo salina (Soro fisioloacutegico a 09) logo apoacutes o teacutermino da infusatildeo da medicaccedilatildeo Este procedimento visa prevenir a formaccedilatildeo de trombos e fibrina evitar o contato de drogas incompatiacuteveis (quando da infusatildeo de mais de um item medicamentoso no mesmo horaacuterio) garantir a infusatildeo de todo o medicamento que possa ter ficado no sistema aleacutem de evitar retorno sanguiacuteneo mantendo o cateter peacutervio para a proacutexima infusatildeo
Durante a coleta de dados esse cuidado surgiu em diversos momentos poreacutem foi
possiacutevel perceber que os profissionais realizam o mesmo de forma banalizada Natildeo sabem de
fato a real funccedilatildeo de manter o acesso salinizado A impressatildeo que passa eacute que eles
aprenderam que esse cuidado deveria ser feito e simplesmente fazem Haacute divergecircncias
tambeacutem entre a equipe em relaccedilatildeo ao momento que deve ser realizada a salinizaccedilatildeo e isso nos
mostra a desatualizaccedilatildeo dos profissionais do setor e a falta de uma educaccedilatildeo continuada no
hospital
Os cuidados para evitar a flebite e a velocidade de infusatildeo da medicaccedilatildeo apareceram
menos nas entrevistas e interferem diretamente com a manutenccedilatildeo do acesso venoso
perifeacuterico
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A flebite eacute uma inflamaccedilatildeo na veia puncionada ocorrendo quando as ceacutelulas
endoteliais da parede da veia que o cateter estaacute inserido tornam-se inflamadas e irregulares
propiciando a aderecircncia de plaquetas e predispondo a veia a inflamaccedilatildeo Eacute comum que o local
se apresente dolorido hiperemiado quente e edemaciado e nesses casos eacute aconselhada a
retirada do cateter Uma boa fixaccedilatildeo do cateter perifeacuterico eacute recomendada por autores na
literatura visto que previnem deslocamento faacutecil e permitem uma boa visualizaccedilatildeo do local
evitando complicaccedilotildees como a flebite e infiltraccedilatildeo (MOLDES et al 2011 p 330)
Dentre as principais falhas de infusatildeo venosa estatildeo flebite infiltraccedilatildeo hematoma e
obstruccedilatildeo Acredita-se que para reduzir a incidecircncia destas nas unidades pediaacutetricas eacute preciso
a adoccedilatildeo de estrateacutegias tais como a abordagem junto agrave equipe em parceria com o setor de
educaccedilatildeo permanente e a adoccedilatildeo do uso da teacutecnica corretamente e de forma asseacuteptica para a
realizaccedilatildeo da punccedilatildeo venosa perifeacuterica em acordo com a comissatildeo de controle de infecccedilatildeo
hospitalar (SILVA BARBATO e VALENTE 2013 p 1200)
A incapacidade do paciente em relatar dor no siacutetio de administraccedilatildeo do faacutermaco quer
pela idade ou condiccedilatildeo cliacutenica e o local de inserccedilatildeo como tambeacutem a velocidade de infusatildeo do
medicamento (gt25mgmin) satildeo classificados como fatores de risco para a perda do acesso
venoso perifeacuterico (MARTINS SILVINO e DIAS 2010)
42 Os cuidados em desuso para manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico
Essa categoria discorre sobre os cuidados de enfermagem que com o passar do tempo
foram desconsiderados e natildeo satildeo mais utilizados Quando questionados em relaccedilatildeo a vivencia
profissional e cuidados que discordavam os entrevistados citaram o uso da tala para fixaccedilatildeo
uso de heparina e os cuidados em relaccedilatildeo ao tempo de permanecircncia do cateter Haacute muitas
controveacutersias em relaccedilatildeo aos cuidados citados acima
O tempo de permanecircncia interfere diretamente no aparecimento de complicaccedilotildees
como flebite e que acabam levando a perda do acesso venoso perifeacuterico mais rapidamente
aconselhando assim a troca do mesmo entre 76 a 96 horas Poreacutem eacute preconizada a retirada do
cateter apenas se finalizar o tratamento ou houver alguma interferecircncia
ldquoA gente observa tambeacutem o tempo dependendo do tempo tem que tirarrdquo (Alice)
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ldquoHoje eu natildeo sei como que eacute essa questatildeo do tempo porque a gente trocava o acesso a cada quatro dias agora o pessoal jaacute diz que pode trocar em ateacute uma semana entatildeo natildeo sei como que ta isso e o que tem escrito em relaccedilatildeo a isso (Aurora)
Sabe-se que o tempo para troca do cateter de teflon ou poliuretano varia de 72 a 96
horas com o intuito de reduzir risco de infecccedilatildeo e flebite e para minimizar esses riscos nas
seguintes situaccedilotildees diante de sinais inflamatoacuterios no local de inserccedilatildeo e sempre que houver
mau funcionamento do cateter (SANTOS17
Entretanto o Center for Disease Control and Prevention - CDC (2002) diz que em
pacientes pediaacutetricos natildeo foi observada relaccedilatildeo quanto ao tempo de permanecircncia do cateter e
ocorrecircncia de complicaccedilotildees devendo ser mantido ateacute o teacutermino da terapia intravenosa ou
quando forem observados sinais cliacutenicos de complicaccedilotildees
2004 apud OLIVEIRA BEZERRA e PEREIRA
2008 p 93)
Eacute possiacutevel observar a diferenccedila do conhecimento pratico dos profissionais
entrevistados em relaccedilatildeo ao conhecimento encontrado na literatura E ainda contendo duacutevidas
natildeo haacute uma busca da parte dos mesmos para esclarececirc-las
O uso da heparina com a finalidade de manter o acesso peacutervio por um periacuteodo maior
de tempo mostra-se com mais certeza quanto ao desuso nos dados colidos
ldquoAntigamente a gente usava heparina entatildeo a gente ficava tranquila em relaccedilatildeo agrave obstruccedilatildeo mas agora natildeo a gente usa o soro fisioloacutegico e a gente deixa salinizadordquo (Aurora)
Rang e Dale 18(1998 apud DOPICO e OLIVEIRA 2006) afirmam que a heparina
inibe a formaccedilatildeo de coaacutegulos de fibrina in vitro e in vivo e que seu efeito anticoagulante eacute
praticamente imediato Com isso Phillips19
17 Santos W Lavagem das matildeos In R Luiz Santos W Manual baacutesico de prevenccedilatildeo e controle das infecccedilotildees hospitalares do HRU Fortaleza Hospital Regional Unimed 2004
(2001 apud DOPICO e OLIVEIRA 2006)
ressalta que a teacutecnica de manutenccedilatildeo intermitente de cateteres intravenosos com soluccedilatildeo
salina 09 classificada como salinizaccedilatildeo tem sido pesquisada haacute alguns anos apresentando
em relaccedilatildeo ao uso da heparina vantagens como o baixo custo ser um procedimento mais
18 Rang HP Dale M M Hemostasia e Trombose In Rang HP Dale M M Farmacologia Rio de Janeiro Guanabara Koogan 1998 p235-47 19 PHILLIPS L D Manual de terapia intravenosa 2ed Porto Alegre Artmed 2001
30
simples aleacutem de eliminar a possibilidade de incompatibilidade com as drogas e soluccedilotildees
administradas aleacutem da inexistecircncia de riscos ao paciente Entretanto sabe-se que a literatura
ainda natildeo fornece consenso acerca da soluccedilatildeo mais indicada para manutenccedilatildeo da
permeabilidade do cateter venoso perifeacuterico
Eacute importante ressaltar que muitas instituiccedilotildees do nosso paiacutes nem ao menos tecircm o
conhecimento da praacutetica da salinizaccedilatildeo com soluccedilatildeo salina 09 No que se refere agrave pesquisa
cientiacutefica as limitaccedilotildees desta praacutetica satildeo atribuiacutedas agrave ausecircncia de um maior nuacutemero de
estudos controlados para validar sua eficaacutecia (EPPERSON20
Apesar de natildeo ser encontradas publicaccedilotildees acerca do tema a utilizaccedilatildeo de heparina
mostra-se como uma pratica natildeo mais utilizada pelos profissionais de enfermagem Outro
tema onde haacute controveacutersias e tambeacutem poucas citaccedilotildees eacute o uso da tala para fixaccedilatildeo do acesso
venoso perifeacuterico Seguem abaixo a opiniatildeo de alguns dos profissionais entrevistados
1984 apud DOPICO e
OLIVEIRA 2006)
ldquoA uacutenica coisa que eu natildeo gosto de ver eacute quando se coloca tala para imobilizar dizendo que a tala vai ajudar a natildeo perder a veia Isso eu natildeo concordo acho que a tala prejudica a crianccedila fica incomodada faz dor no membrordquo (Cinderela)
ldquoAntigamente a gente usava muito tala e as vezes eu pego isso aqui ai eu falo gente tala natildeo se usa mais natildeo faz parte mais da fixaccedilatildeo vocecirc pode fixar de uma forma que a crianccedila natildeo perca A tala eu acho que ela traumatiza um pouco ainda mais se vocecirc pegar um acesso na dobra vocecirc vai fazer com que a crianccedila fique com o braccedilo esticado muito tempo eu acho que pode causar uma lesatildeo depois e a literatura jaacute fala que eacute desnecessaacuteria natildeo precisa maisrdquo (Aurora) ldquoAntigamente usavam tala mas hoje em dia quase natildeo se vecirc mais e eu acho que a tala atrapalha porque a crianccedila fica imobilizada no membro ai fica mais irritadardquo (Rapunzel) ldquoLaacute no meu outro trabalho alguns usam a tala Eu acho que a tala ajuda ateacute a perder mais raacutepido porque a crianccedila fica incomodada vai querer mexer naquilordquo (Mulan)
20 Epperson EL Efficacy of 09 sodium chloride injection with without heparin for maintenance indwelling intermittent injection sites Clin Pharm1984 3(5)26
31
Almeida e Sabateacutes21
Entretanto haacute estudo que comprovam que o uso da tala natildeo se mostra tatildeo eficiente e
apresenta-se como uma praacutetica controversa O estudo foi realizado em crianccedilas ateacute os 12 anos
utilizando imobilizaccedilatildeo com tala e em mais de metade dos casos (553) ocorreu infiltraccedilatildeo
o que indicia a ineficaacutecia desta praacutetica (MACHADO PEDREIRA e CHAUD 2008 apud
BATALHA et al 2010 p512)
(2008 apud BATALHA et al 2010 p512) afirmam que a teacutecnica
de fixaccedilatildeo dos CVP com uso de imobilizaccedilatildeo com tala para restriccedilatildeo ou limitaccedilatildeo dos
movimentos articulares proacuteximo do local da punccedilatildeo estaacute indicado nas matildeos punhos cotovelo
e maleacuteolo
Para Batalha et al (2010 p512) o uso desta praacutetica parece natildeo se coadunar com o
atual uso de cateteres flexiacuteveis tipo abocath em detrimento de agulhas metaacutelicas Talvez por
isso comecem a surgir novas teacutecnicas de fixaccedilatildeo dos CVP que natildeo exigem imobilizaccedilatildeo das
articulaccedilotildees com talas
Aleacutem de natildeo haver uma confirmaccedilatildeo dos benefiacutecios causados pelo uso da tala a
imobilizaccedilatildeo causa incocircmodo para a crianccedila que fica com o membro imoacutevel podendo causar
dor e tambeacutem irritaccedilatildeo O uso desse tipo de fixaccedilatildeo tambeacutem impede a visualizaccedilatildeo frequente
do acesso venoso afetando assim os cuidados de observaccedilatildeo da equipe de enfermagem
43 O acompanhante e a manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico
A presente categoria vai discutir um assunto importante que surgiu durante as
entrevistas de forma inesperada Alguns dos profissionais entrevistados citaram o descuido do
acompanhante como um fator causador da perda do acesso venoso perifeacuterico Seguem abaixo
algumas falas
ldquoA matildee sempre acompanha e tem matildee que natildeo tem cuidado natildeo vigia e a gente tem que ficar pedindo pra olhar tomar contardquo (Aurora)
ldquoEm relaccedilatildeo ao acompanhante porque a crianccedila natildeo vai avaliar entatildeo o acompanhante que estar ali tem que avaliar direitinho natildeo deixar a crianccedila mexer ou puxarrdquo (Bela)
ldquoNatildeo eacute toda matildee que esta vigiando que cuida pra que a crianccedila natildeo perca o acessordquo (Jasmine)
21 Almeida FA Sabateacutes AL Enfermagem pediaacutetrica a crianccedila o adolescente e a sua famiacutelia no hospital Satildeo Paulo(SP) Manole 2008
32
ldquoAcho que leva a perda quando o acompanhante natildeo coopera as vezes a gente faz a imobilizaccedilatildeo na crianccedila e as vezes eles ateacute retiram e a proacutepria crianccedila agitada ela mesmo arrancardquo (Branca de Neve)
ldquoAgraves vezes a proacutepria crianccedila que a matildee deixa muito solta ai solta o acessordquo (Mulan)
Apoacutes a implementaccedilatildeo da lei que garante um acompanhante ao paciente pediaacutetrico a
presenccedila do familiarresponsaacutevel durante a hospitalizaccedilatildeo mudou a rotina da equipe de
enfermagem trazendo duacutevidas quanto a real funccedilatildeo do acompanhante e fazendo com que a
mesma viesse a delegar certos cuidados para acompanhante
A Promulgaccedilatildeo da Lei 8069 do Estatuto da Crianccedila e do Adolescente (ECA) em
1990 no seu artigo 12deg garante agrave crianccedila ou ao adolescente o direito de ter um responsaacutevel
que o acompanhe durante a hospitalizaccedilatildeo (1990)
Desde a sua implantaccedilatildeo as unidades vecircm sofrendo um processo de reorganizaccedilatildeo de
suas praacuteticas A inserccedilatildeo da famiacutelia modifica a organizaccedilatildeo do processo de trabalho o que
requer dos profissionais uma compreensatildeo em relaccedilatildeo agrave dinacircmica das relaccedilotildees interpessoais
(COLLET e ROCHA 2004)
Pimenta e Collet (2009) ressaltam que natildeo haacute nenhuma regulamentaccedilatildeo sobre a
participaccedilatildeo da famiacutelia nos cuidados e no entanto a mesma desempenha atividades junto agrave
crianccedila durante a hospitalizaccedilatildeo que devem ser levadas em consideraccedilatildeo A falta de
reconhecimento desse fato fez com que a equipe de enfermagem e famiacutelia natildeo possuiacutessem
uma relaccedilatildeo aberta e vivessem uma relaccedilatildeo silenciosa e impliacutecita de poder na qual a famiacutelia
acaba assumindo as relaccedilotildees do cuidado agrave crianccedila de responsabilidade da enfermagem
A negociaccedilatildeo entre matildees e equipe de enfermagem em relaccedilatildeo aos cuidados agrave crianccedila
hospitalizada natildeo eacute uma tarefa faacutecil tendo em vista que natildeo se tem claro qual o seu novo
papel neste processo (COLLET e ROCHA 2004)
Eacute possiacutevel ver nas falas que a presenccedila do acompanhante causa para a equipe de
enfermagem a seguranccedila de ter algueacutem para ldquovigiarrdquo ldquotomar contardquo e natildeo deixar que a
crianccedila hospitalizada perca o acesso venoso quando na verdade eacute funccedilatildeo da equipe de
enfermagem cuidados referentes ao acesso venoso perifeacuterico
33
Jaacute o acompanhante eacute definido pelo Ministeacuterio da Sauacutede como uma pessoa significativa
para a crianccedila que representa sua rede social e que vai acompanhaacute-lo durante a permanecircncia
no ambiente hospitalar ressaltando assim sua importacircncia Esse fato se reforccedila visto que a
crianccedila encontra nos familiares a forccedila e seguranccedila necessaacuteria para encarar todo esse processo
doloroso e desconhecido (MURAKAMI e CAMPOS 2011 p255)
O acompanhante aleacutem de minimizar o sofrimento do paciente pediaacutetrico faz com que
o mesmo sinta-se mais a vontade Eacute importante ressaltar que o familiarresponsaacutevel natildeo soacute
pode como deve participar das atividades da crianccedila no hospital desde que estas natildeo sejam
competecircncias dos profissionais que os cercam Essas atividades satildeo caracterizadas como
semelhantes aos que eles realizam diariamente fora do ambiente hospitalar como o banho
Poreacutem no caso de um paciente com punccedilatildeo venosa perifeacuterica o profissional de enfermagem
deve auxiliar no cuidado para que essa natildeo se perca
Os cuidados dos familiaresacompanhantes satildeo os mesmos que os desenvolvidos no
domiciacutelio e os cuidados prestados pela equipe de enfermagem satildeo aqueles que demandam
conhecimento teacutecnico-cientiacutefico especializado (SOUZA e OLIVEIRA 2010 p558)
Mesmo alguns cuidados parecerem simples e rotineiros quando eacute prestado no
hospital assumem novas caracteriacutesticas com o uso de dispositivos tecnoloacutegicos os quais se
tornam complexos (PIMENTA E COLLET 2009)
O ato de cuidar envolve o respeito agrave maneira como vive cada indiviacuteduo de acordo
com suas crenccedilas valores costumes e cultura A famiacutelia como uma instituiccedilatildeo atende agraves
necessidades bioloacutegicas de seus membros sendo sua responsabilidade cuidar e criar os filhos
incluindo a obrigaccedilatildeo da alimentaccedilatildeo higiene vestuaacuterio e moradia (ELSEN22
Nas entrevistas podemos verificar falas em que o acompanhante eacute citado como
responsaacutevel por avaliar a punccedilatildeo venosa A equipe de enfermagem deve sempre partir do
pressuposto que o familiar acompanhante natildeo tem conhecimento cientiacutefico e certo tipo de
cuidado natildeo deve se delegado para o mesmo mostrando assim a importacircncia da orientaccedilatildeo do
acompanhante quanto aos procedimentos dispositivos utilizados e cuidados em que os
etal 1994
apud SOUZA e OLIVEIRA 2010 p 553)
22 Elsen I Patriacutecio ZM Assistecircncia agrave crianccedila hospitalizada tipos de abordagens e suas implicaccedilotildees para a enfermagem In A enfermagem em pediatria e puericultura Rio de Janeiro (RJ) Atheneu 2005
34
mesmos possam auxiliar Seguem abaixo as falas onde os profissionais ressaltaram a
importacircncia da orientaccedilatildeo do acompanhante
ldquoNem sempre a crianccedila vai entender o porque de estar com aquele acesso entatildeo tem que ter uma orientaccedilatildeo do acompanhanterdquo (Bela)
ldquoTem que haver orientaccedilatildeo do acompanhante para os cuidadosrdquo (Ariel)
ldquoAgraves vezes tem ate o exemplo de um pai que natildeo deixa trocar o acesso jaacute tinha mais de uma semana e ele natildeo queria que trocasse ai faz febre e natildeo sabe da onderdquo (Alice)
Para Souza e Oliveira (2010 p555) deve haver uma preocupaccedilatildeo em orientar
considerando que o outro natildeo tem nenhum tipo de conhecimento sobre o assunto Poreacutem
Queiroz e Jorge23
Apesar das dificuldades o profissional de enfermagem deve estabelecer um viacutenculo de
confianccedila com o acompanhante buscando sempre deixaacute-los ciente das situaccedilotildees e fazendo-os
participar dos cuidados plausiacuteveis sem causar nenhum dano agrave crianccedila e de maneira alguma
abandonar suas atribuiccedilotildees
(2004 apud SOUZA e OLIVEIRA 2010 p 556) ressaltam que apesar de os
profissionais terem intenccedilatildeo de orientar os cuidados para a sauacutede repassam conhecimentos
elaborados cientificamente dificultando a compreensatildeo do familiar aleacutem de a relaccedilatildeo se dar
de maneira vertical assimeacutetrica e coercitiva
23 Queiroz MVO Jorge MSB Accedilotildees educativas no cuidado infantil e intervenccedilotildees dos profissionais junto agraves famiacutelias Acta Scientiarum Maringaacute 2004 janjun 26(1) 27-34
35
CONCLUSAtildeO
Atraveacutes desse estudo foi possiacutevel descrever e analisar os cuidados que os profissionais
de enfermagem realizam acerca da permanecircncia do acesso venoso perifeacuterico Aleacutem disso a
realizaccedilatildeo da pesquisa permitiu identificar a desarticulaccedilatildeo do processo de enfermagem e a
praacutetica desconectada da produccedilatildeo cientiacutefica caracterizando a falta de uma educaccedilatildeo
continuada efetiva
A anaacutelise dos dados demonstra o processo de punccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico
ressaltando a importacircncia de cuidados como a seleccedilatildeo do local a diluiccedilatildeo da medicaccedilatildeo a
realizaccedilatildeo de uma boa fixaccedilatildeo a atenccedilatildeo com a velocidade de infusatildeo os cuidados com os
sinais de infecccedilatildeo e salinizaccedilatildeo do acesso natildeo deixando de salientar cuidados em desuso
como o uso da heparina da tala e duvidas em relaccedilatildeo ao tempo de permanecircncia Evidenciou
tambeacutem que a equipe de enfermagem delega alguns cuidados para os acompanhantes
Natildeo foi possiacutevel perceber o niacutevel de conhecimento cientiacutefico dos profissionais visto
que eles em nenhum momento por natildeo saberem ou por medo de se expor natildeo explicaram de
fato nenhum cuidado que disseram realizar Sempre citaram de forma superficial e direta
deixando claro tambeacutem que o pesquisador natildeo os indagou quanto a isso Poreacutem creio que
diante de cuidados tatildeo importantes e de frequente praacutetica os mesmos falariam facilmente
sobre os cuidados de enfermagem na permanecircncia do acesso venoso perifeacuterico
Apesar dos entrevistados citarem alguns fatores e cuidados realizados de forma
correta eacute visiacutevel que os mesmos realizam os cuidados com a punccedilatildeo e a permanencia do
acesso de forma automaacutetica sem unir a praacutetica com o fundamento do mesmo
Eacute importante destacar tambeacutem a importacircncia do preparo emocional da crianccedila como
tambeacutem os cuidados com a famiacutelia dos mesmos O trabalho de humanizaccedilatildeo realizado pela
36
enfermagem faz grande diferenccedila nessas situaccedilotildees visto que os pacientes e acompanhantes
tendo conhecimento do que seraacute realizado ficariam mais tranquilos
O estudo contribuiu para o campo do ensino nesta aacuterea dando destaque ao importante
papel que o profissional de enfermagem deve desempenhar no cuidado e na manutenccedilatildeo do
acesso venoso perifeacuterico Contudo vale ressaltar a importacircncia do incentivo ao profissional a
buscar na literatura natildeo soacute esclarecimento de suas duvidas mas tambeacutem novos
conhecimentos
Pode colaborar ainda para a realizaccedilatildeo de novas pesquisas na aacuterea procurando
eliminar duacutevidas e controveacutersias sobre o tema Buscando assim a realizaccedilatildeo de um cuidado de
enfermagem articulado e eficaz promovendo o bem-estar do paciente pediaacutetrico durante a
hospitalizaccedilatildeo
37
REFEREcircNCIAS
ARAUacuteJO Ana Paula Monteiro Baptista de Andrade As praacuteticas de cuidado agrave crianccedila com
cateter venoso perifeacuterico e seus reflexos na interaccedilatildeo enfermeiro-familiar Dissertaccedilatildeo
(Mestrado em Enfermagem) Universidade do Estado do Rio de Janeiro Faculdade de
Enfermagem2007 66 f Disponiacutevel emlt
httpwwwbdtduerjbrtde_buscaarquivophpcodArquivo=621 Acesso em 16 de maio de
2014
BATALHA Luis Manuel Cunha COSTA Luiacutesa Paula Santos ALMEIDA Dulce Maria
Gomes de LOURENCcedilO Patriacutecia Adriana Almeida GONCcedilALVES Ameacutelia Maria Ferreira
Maia TEIXEIRA Ana Cristina Guerra Fixaccedilatildeo de cateteres venosos perifeacutericos em crianccedilas
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44
APEcircNDICE I
TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO
DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO Tiacutetulo Do Projeto Os cuidados de enfermagem acerca dos acessos venosos perifeacutericos na unidade pediaacutetrica Pesquisador Responsaacutevel Rosane Cordeiro Burla de Aguiar Eny Dorea Paiva e Karina Rodrigues Fernandes Instituiccedilatildeo a que Pertence o Pesquisador Responsaacutevel Universidade Federal Fluminense Telefone para contato (21) 98355269 (21) 82392939 (21) 91786609 Nome do voluntaacuterio _________________________________________________________ Idade ________ anos RG ____________________________
AO Sr (a) estaacute sendo convidado (a) a participar do projeto de pesquisa OS CUIDADOS DE
ENFERMAGEM ACERCA DOS ACESSOS VENOSOS PERIFEacuteRICOS NA UNIDADE PEDIATRICA de
responsabilidade da pesquisadora Profordf Drordf Rosane Cordeiro Burla de Aguiar e Profordf Drordf Eny Dorea Paiva A
punccedilatildeo venosa perifeacuterica eacute um procedimento essencial durante a hospitalizaccedilatildeo da crianccedila visto que eacute atraveacutes
dela que eacute administrada grande parte das medicaccedilotildees Este estudo se justifica diante da importacircncia da
necessidade de um maior periacuteodo de permanecircncia dos acessos venosos perifeacutericos Com isso aleacutem da
diminuiccedilatildeo de eventos que causam dor e irritaccedilatildeo na crianccedila e na famiacutelia promoveraacute tambeacutem uma melhor estada
dos mesmos durante o periacuteodo de hospitalizaccedilatildeo Os objetivos da pesquisa satildeo 1) Descrever os fatores que
interferem na manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico de acordo com a equipe de enfermagem 2)Analisar os
cuidados da equipe de enfermagem na manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico A coleta de dados se daraacute
atraveacutes de entrevistas semi estruturadas que seratildeo gravadas As informaccedilotildees colhidas seratildeo tratadas de forma
anocircnima e confidencial ou seja em nenhum momento seratildeo divulgados o seu nome e somente os
pesquisadores teratildeo acesso agraves informaccedilotildees Os dados obtidos com a pesquisa poderatildeo ser publicados apenas com
fins cientiacuteficos Eles natildeo seratildeo utilizados para fins comerciais ou para outra finalidade qualquer Caso necessite
poderatildeo ser marcados encontros para respostas ou esclarecimentos de qualquer duacutevida acerca da pesquisa A sua
participaccedilatildeo eacute voluntaria e eacute importante lembrar que vocecirc poderaacute desistir de participar da pesquisa em qualquer
momento A entrevista seraacute marcada em um dia e horaacuterio que vocecirc achar melhor Seraacute realizada
individualmente em um ambiente que nos ofereccedila privacidade Esta pesquisa natildeo oferece riscos para vocecirc e os
benefiacutecios da sua participaccedilatildeo satildeo de aumentar o conhecimento cientiacutefico na aacuterea de Enfermagem Pediaacutetrica
aleacutem de contribuir para a praacutetica profissional Este documento seraacute elaborado em duas vias uma para vocecirc e a
outra seraacute arquivada pelo pesquisador
Eu_____________________________________________________________ RG no _____________________________ Declaro que apoacutes ter entendido o que me foi explicado consinto voluntariamente em participar do presente Protocolo de Pesquisa entendo ainda que posso retirar o meu consentimento a qualquer momento antes ou durante a realizaccedilatildeo do mesmo declaro ter sido informada(o) e concordo em participar como voluntaacuteria(o) da pesquisa acima descrita Rio de Janeiro_______de_______________de 20___ _____________________________ ________________________________
(Participante) Karina Rodrigues Fernandes (Responsaacutevel por obter o consentimento)
______________________________________ _______________________________________ (Testemunha) (Testemunha)
45
APEcircNDICE II
ROTEIRO PARA ENTREVISTA
1) O que vocecirc acha que pode levar a perda do acesso perifeacuterico
2) Para vocecirc o que eacute importante para manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico nas
crianccedilas
3) O que vocecirc acha que pode interferir na sua manutenccedilatildeo
4) Que medidas vocecirc adota no seu dia a dia para manter o acesso
5) Na sua vivencia profissional o que vocecirc discorda dos cuidados que geralmente satildeo
utilizados para manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico
46
ANEXO
47
48
19
Apoacutes contato preacutevio com a equipe de enfermagem foi acordado um dia e horaacuterio para
a realizaccedilatildeo das entrevistas que aconteceram na proacutepria unidade Todos os profissionais da
equipe de enfermagem foram convidados a participar voluntariamente da pesquisa As
entrevistas aconteceram apoacutes os profissionais assinarem o Termo de Consentimento Livre e
Esclarecido (TCLE)
Para Minayo Deslandes e Gomes (2007 p 64) a entrevista possui como principal
objetivo construir dados que sejam pertinentes para a pesquisa aleacutem de ser a estrateacutegia mais
utilizada no processo de trabalho de campo
A coleta foi interrompida no momento em que os dados se mostraram saturados ou
seja quando houve a cessaccedilatildeo do acreacutescimo de informaccedilotildees novas referentes ao tema
proposto
O fechamento amostral por saturaccedilatildeo teoacuterica eacute definido como a suspensatildeo de inclusatildeo
de novos participantes quando os dados obtidos passam a apresentar na avaliaccedilatildeo do
pesquisador certa redundacircncia ou repeticcedilatildeo natildeo sendo considerado relevante continuar a
coleta de dados (FONTANELLA RICAS e TURATO 2008)
35 Questotildees eacuteticas da pesquisa
De acordo com a Resoluccedilatildeo 46612 que visa assegurar os direitos e deveres que
dizem respeito agrave comunidade cientiacutefica aos sujeitos da pesquisa e ao Estado uma pesquisa
que envolve a participaccedilatildeo de seres humanos deve atender aos fundamentos eacuteticos e
cientiacuteficos pertinentes para a seguranccedila dos mesmos Neste contexto toda pesquisa
envolvendo seres humanos deveraacute ser submetida agrave apreciaccedilatildeo de um Comitecirc de Eacutetica em
Pesquisa (CEP) (BRASIL 2012)
Atendendo a esta condiccedilatildeo o projeto de pesquisa foi encaminhado ao CEP ndash do
Hospital Universitaacuterio o qual foi realizada a pesquisa foi analisado e aprovado na Reuniatildeo
com data de 06122013 CAAE 24693613700005243 Nuacutemero do parecer 486451 Com
isso a pesquisa foi desenvolvida mediante aprovaccedilatildeo do CEP atendendo aos preacute-requisitos
estipulados pela Resoluccedilatildeo nordm 46612
Esta pesquisa eacute pautada em princiacutepios eacuteticos que respeitam a dignidade humana e
justiccedila assegurando que natildeo haveraacute nenhum tipo de dano aos participantes
20
Em atendimento a resoluccedilatildeo 46612 do Conselho Nacional de SauacutedeMS apoacutes serem
esclarecidos pela pesquisadora quanto aos aspectos eacuteticos relacionados agrave pesquisa aleacutem das
formas de produccedilatildeo de dados e inserccedilatildeo no estudo os sujeitos da pesquisa assinaram duas
vias do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido ndash TCLE (apecircndice 1) autorizando sua
participaccedilatildeo voluntaacuteria na pesquisa Uma via foi entregue ao participante e outra ficou
arquivada com a pesquisadora
Nesse documento consta os objetivos da pesquisa procedimentos benefiacutecios
previstos garantia de recusa de participaccedilatildeo em qualquer momento de acesso aos resultados
da pesquisa e tambeacutem a garantia de acesso ao pesquisador quando os sujeitos julgarem
necessaacuterio sendo todas essas informaccedilotildees em linguagem acessiacutevel e simples O mesmo foi
apresentado e explicado ao profissional convidado a participar do estudo no primeiro contato
eou durante visita agendada para realizaccedilatildeo da entrevista
Vale ressaltar que esta pesquisa cujo financiamento eacute proacuteprio natildeo oferece nenhum
tipo de riscos para o sujeito da pesquisa e nem para o cuidado das crianccedilas internadas no setor
de pediatria e os benefiacutecios da participaccedilatildeo do mesmo satildeo de aumentar o conhecimento
cientiacutefico na aacuterea de Enfermagem Pediaacutetrica aleacutem de contribuir para a praacutetica profissional
36 Anaacutelise dos dados
O processo de anaacutelise dos dados foi baseada na teacutecnica da Anaacutelise Temaacutetica que para
Minayo Deslandes e Gomes (2007 p 86) o conceito central eacute o tema ldquoO tema eacute a unidade de
significaccedilatildeo que se liberta naturalmente de um texto analisado segundo criteacuterios relativos agrave
teoria que serve de guia da leiturardquo (BARDIN11
A anaacutelise realizada estava de acordo com a sugerida por Minayo (2010 p 315) e
contam com as seguintes etapas preacute-analise exploraccedilatildeo do material tratamento dos
resultados obtidos e interpretaccedilatildeo Atraveacutes dessas etapas tem-se o objetivo de descrever o
conteuacutedo do material coletado e interpretaacute-lo
1979 apud MINAYO DESLANDES
GOMES 2007 p 86)
A preacute analise consiste na escolha dos elementos a serem analisados e na retomada das
hipoacuteteses e dos objetivos iniciais da pesquisa Inicia-se com uma leitura flutuante onde o
11 BARDIN L Anaacutelise de Conteuacutedo Lisboa Ediccedilotildees 70 1979
21
pesquisador toma contato direto com o material adquirido deixando-se impregnar por seu
conteuacutedo Posteriormente haacute a constituiccedilatildeo do Corpus textual onde eacute feita uma seleccedilatildeo dos
documentos que iratildeo contemplar e fornecer informaccedilotildees sobre o tema sendo assim adequados
para dar resposta aos objetivos do trabalho (MINAYO 2010 p 315)
Essa fase preacute-analiacutetica eacute onde se determinam a unidades de registro unidade de
contexto e a partir delas satildeo determinados os temas que seratildeo analisados A unidade de
registro corresponde parte do conteuacutedo selecionado como base para analise e apoacutes a
delimitaccedilatildeo do contexto de compreensatildeo da unidade de registro eacute estabelecida a unidade de
contexto (MINAYO 2010 p 316)
De acordo com os objetivos da pesquisa foi possiacutevel perceber que nove (9)
entrevistas supriam para atender os mesmo encerrando assim a coleta Apoacutes a transcriccedilatildeo das
entrevistas foi realizada leitura das mesmas para natildeo soacute conhecimento do material mas
tambeacutem estabelecer as unidades de registro Em seguida foi realizado o colorimento das falas
assim as classificando de acordo com as unidades de registro estabelecidas
As unidades de registro que surgiram foram os fatores que interferem na manutenccedilatildeo
do acesso venoso perifeacuterico e o apontamento do acompanhante como responsaacutevel pela perda
do acesso venoso perifeacuterico Elas receberam as cores vermelha e laranja respectivamente a
fim de facilitar o agrupamento dos dados A partir disto surgiram as unidades de contexto que
compreendem as falas das entrevistas de modo a exemplificar o contexto das unidades de
registro
Partindo para segunda etapa da analise temaacutetica a exploraccedilatildeo do material que consiste
numa classificaccedilatildeo que visa alcanccedilar o nuacutecleo de compreensatildeo do texto Busca-se encontrar
categorias que satildeo expressotildees ou palavras significativas em funccedilatildeo das quais o conteuacutedo seraacute
organizado Essas categorias satildeo responsaacuteveis pela especificaccedilatildeo dos temas (MINAYO
2010 p 317)
Nesse caso foram definidos os seguintes temas cuidados preacute intra e poacutes procedimento
de punccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico cuidados em desuso para manutenccedilatildeo do acesso
venoso perifeacuterico o acompanhante e a manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico Essas trecircs (3)
categorias seratildeo apresentadas analisadas e discutidas no capitulo seguinte
22
4 RESULTADOS E DISCUSSAtildeO
Nesse capiacutetulo apresento as trecircs categorias temaacuteticas que surgiram da anaacutelise dos
dados e que contemplaram de forma satisfatoacuteria os objetivos da pesquisa A primeira
categoria denominada como ldquoOs cuidados de enfermagem preacute intra e poacutes-procedimento de
punccedilatildeo do acesso venoso perifeacutericordquo traz os passos e cuidados que os profissionais realizam
antes durante e apoacutes a punccedilatildeo buscando descrever e analisar os fatores envolvidos na pratica
do procedimento em questatildeo que emergiram das entrevistas aleacutem dos cuidados de
enfermagem para a manutenccedilatildeo do mesmo
A segunda categoria que seraacute apresentada eacute ldquoOs cuidados em desuso para manutenccedilatildeo
do acesso venoso perifeacutericordquo que mostra os cuidados que os profissionais citaram como natildeo
mais utilizados para auxiliar na manutenccedilatildeo da punccedilatildeo venosa perifeacuterica
E a uacuteltima categoria eacute denominada ldquoO acompanhante e a manutenccedilatildeo do acesso
venoso perifeacutericordquo e traz a responsabilizaccedilatildeo do acompanhante pelos profissionais do setor
em relaccedilatildeo aos cuidados com manutenccedilatildeo da punccedilatildeo Essa categoria busca tambeacutem ressaltar a
funccedilatildeo do acompanhante durante a hospitalizaccedilatildeo da crianccedila destacando que determinados
cuidados satildeo de total funccedilatildeo da equipe de enfermagem
41 Os cuidados de enfermagem preacute intra e poacutes-procedimento de punccedilatildeo do acesso
venoso perifeacuterico
Para interpretar as unidades de contextos tive como base autores que definiram os
cuidados de enfermagem preacute intra e poacutes punccedilatildeo venosa perifeacuterica Para esses autores a fase
de preacute-punccedilatildeo compreende as accedilotildees de anaacutelise e conhecimento da prescriccedilatildeo avaliaccedilatildeo e
23
preparo emocional do paciente preparo do material e medicaccedilatildeo seleccedilatildeo do siacutetio de inserccedilatildeo
e dilataccedilatildeo da veia selecionada As accedilotildees envolvidas na punccedilatildeo satildeo a execuccedilatildeo das
precauccedilotildees-padratildeo antissepsia da pele punccedilatildeo do vaso a fixaccedilatildeo e curativo do cateter
Finalmente na etapa de poacutes-punccedilatildeo adota-se a identificaccedilatildeo da punccedilatildeo o descarte apropriado
das partes dos materiais natildeo utilizados a orientaccedilatildeo do paciente acerca da terapecircutica o
controle da infusatildeo atraveacutes do gotejamento se necessaacuterio e o registro do procedimento
Phillips12
De acordo com as entrevistas a seleccedilatildeo do local de punccedilatildeo eacute indicada com um fator
que interfere diretamente no tempo de permanecircncia do acesso venoso perifeacuterico visto que
dependendo do local ocorre a perda mais rapidamente Aleacutem da localizaccedilatildeo citaram tambeacutem
o calibre da veia como interferecircncia na manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico Seguem
abaixo algumas falas
(2001 apud ARAUacuteJO 2007 p18)
ldquoPrimeira coisa eacute vocecirc procurar bem a veia colocar uma veia de um bom calibre Se puder dar preferecircncia a natildeo puncionar dobrasrdquo (Cinderela) ldquoDependendo de onde estiver puncionado se for na matildeozinha a crianccedila fica toda hora ta mexendo taacute manipulando alguma coisa e se for no pezinho tambeacutem nem todo tempo vai ficar acamada entatildeo acaba perdendo o acessordquo(Bela ) ldquoO mau posicionamento pode levar a perdardquo (Rapunzel)
A opiniatildeo dos profissionais acima vai de encontro com o que eacute encontrado na
literatura visto que eacute de suma importacircncia que o mesmo avalie o cliente e considere alguns
aspectos para uma escolha criteriosa e eficaz como a finalidade da punccedilatildeo o tipo de soluccedilatildeo
a ser infundida a condiccedilatildeo da rede venosa a duraccedilatildeo da terapia idade do cliente habilidade
cognitiva da crianccedila a preferecircncia do cliente o que nem sempre seraacute possiacutevel satisfazer e
tambeacutem a sua atividade (ARAUacuteJO 2007 p31)
Os cuidados com o acesso venoso perifeacuterico satildeo importantes antes mesmo da
realizaccedilatildeo do procedimento Levando em consideraccedilatildeo que um erro durante a fase de preacute-
procedimento como a escolha errada do local de punccedilatildeo por exemplo poderaacute levar a perda
do acesso e prejudicar assim o tratamento aleacutem do bem-estar da crianccedila que seraacute puncionada
novamente
12 PHILLIPS L D Manual de terapia intravenosa 2ed Porto Alegre Artmed 2001
24
O vaso sanguiacuteneo que o profissional selecionar como local para puncionar deve ser
suficiente para suportar o calibre e o comprimento do cateter aleacutem de atender a necessidade
terapecircutica para que natildeo haja a necessidade de uma nova punccedilatildeo
A punccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico eacute um procedimento doloroso e de grande
incomodo para a crianccedila com isso eacute de suma importacircncia realizar a seleccedilatildeo preacutevia do
material poreacutem natildeo foi citado Outro cuidado rotineiro e natildeo menos importante como a
lavagem das matildeos antes da colocaccedilatildeo do acesso tambeacutem natildeo foi mencionado durante as
entrevistas
O preparo emocional da crianccedila e do acompanhante quanto ao procedimento deve ser
considerada praacutetica rotineira para a equipe de enfermagem O profissional de enfermagem
deve lavar as matildeos objetivando a reduccedilatildeo significativa de risco de infecccedilatildeo e recomenda-se o
uso de aacutegua e sabatildeo para lavagem das matildeos antes da colocaccedilatildeo do cateter venoso perifeacuterico
(PHILLIPS13
O preparo preacutevio do material para instalaccedilatildeo do cateter venoso perifeacuterico eacute importante
para evitar interrupccedilotildees do procedimento e consequentemente um maior tempo de
manipulaccedilatildeo da crianccedila (SILVA
2001apud ARAUacuteJO 2007 Centers for Disease Control and Prevention ndash CDC
2002 apud ARAUacuteJO 2007)
14
Outro aspecto citado e classificado como preacute-procedimento eacute o cuidado com a
medicaccedilatildeo a ser administrada incluindo cuidados com a diluiccedilatildeo e composiccedilatildeo da mesma
Seguem algumas das falas
2004 apud ARAUacuteJO 2007 p30)
ldquoEstar sempre diluindo as medicaccedilotildees de acordo com a prescriccedilatildeo meacutedica pois as medicaccedilotildees satildeo muito fortes e podem causar enfraquecimento da veia Tem que diluir direitinho e passar lento na veiardquo (Cinderela) ldquoTer cuidado principalmente quando eacute crianccedila e a diluiccedilatildeo da medicaccedilatildeo tambeacutem agraves vezes natildeo eacute pra passar em perifeacuterico e na segunda dose jaacute perdeurdquo (Alice)
O acesso venoso perifeacuterico eacute a primeira alternativa para infusatildeo intravenosa por ser de
mais faacutecil acesso e rapidez no efeito da medicaccedilatildeo O profissional de enfermagem deve ter
domiacutenio natildeo soacute relacionado agrave infusatildeo das medicaccedilotildees mas tambeacutem com a composiccedilatildeo
13 PHILLIPS L D Manual de terapia intravenosa 2ed Porto Alegre Artmed 2001 14 SILVA G R G Terapia intravenosa em receacutem-nascidos ndash orientaccedilotildees para o cuidado de Enfermagem Rio de Janeiro Cultura Meacutedica 2004
25
farmacoloacutegica das mesmas os efeitos adversos e colaterais que a droga pode causar inclusive
em relaccedilatildeo a diluiccedilatildeo o que normalmente eacute estabelecido como padratildeo no setor de acordo com
cada faacutermaco
Com a intenccedilatildeo de promover a eficaacutecia terapecircutica dos medicamentos administrados
por via intravenosa eacute atribuiccedilatildeo do profissional de enfermagem implementar teacutecnicas como a
diluiccedilatildeo acondicionamento e cuidados na administraccedilatildeo de faacutermacos a fim de evitar
prejuiacutezos no tratamento resultantes da incompatibilidade medicamentosa (PETERLINI
CHAUD e PEDREIRA 2006)
Os fatores intra-procedimento satildeo considerados aqueles diretamente relacionados com
o procedimento Os dados colidos nas entrevistas ressaltaram apenas a fixaccedilatildeo com um fator
que interfere nessa fase Este foi o dado mais repetitivo nas entrevistas poreacutem sempre citado
de forma superficial Seguem as falas dos profissionais quando questionados sobre o que era
importante para manutenccedilatildeo do acesso
ldquoTem que fazer uma boa fixaccedilatildeo Porque quando a pessoa natildeo fixa bem prejudica porque aquilo vai soltando e quando vocecirc vecirc jaacute perdeu a veiardquo(Cinderela) ldquoEu acho que natildeo tem o que fazer para manter o acesso A crianccedila vai ficar uns dias X com aquele acesso pra fazer medicaccedilatildeo e eu acho que natildeo tem o que vocecirc profissional fazer para que natildeo percardquo (Aurora) ldquoA fixaccedilatildeo evita a movimentaccedilatildeo excessiva no local que estaacute o acessordquo (Ariel) ldquoTer cuidado com o curativo saber manusear E manter sempre o curativo limpo trocar se necessaacuteriordquo (Rapunzel) ldquoA fixaccedilatildeo eacute muito importante pra natildeo soltar o acesso e pra ele ficar mais tempordquo(Mulan)
Oliveira Bezerra e Pereira (2008 p 94) afirmam que de acordo com o revelado por
determinados estudos o tipo de curativo a fixaccedilatildeo do cateter e o tempo de permanecircncia estatildeo
diretamente relacionados com a ocorrecircncia de complicaccedilotildees infecciosas como flebites e
tambeacutem infiltraccedilatildeo extravasamento desconexatildeo e deslocamento do cateter
26
Para Pettit e Kraus15
Potter
(1995 apud MACHADO PEDREIRA E CHAUD2005 p292) a
gaze esteacuteril fixada com a fita adesiva hipoalergecircnica bem como a peliacutecula transparente esteacuteril
satildeo os materiais mais recomendados para curativo e fixaccedilatildeo de cateter venoso perifeacuterico
16
Jaacute as peliacuteculas transparentes mais conhecidas como filme permitem a respiraccedilatildeo
normal da pele com alta permeabilidade ao oxigecircnio e vapores e eacute impermeaacutevel a liacutequidos e
micro-organismos (SILVA E ZANETTI 2004 p233) Aleacutem disso permitem tambeacutem a
visualizaccedilatildeo contiacutenua do local de punccedilatildeo permitindo assim avaliaccedilatildeo do mesmo natildeo soacute
durante a infusatildeo de medicaccedilotildees mas tambeacutem todo o tempo
(1998 apud SILVA E ZANETTI 2004 p233) afirma que nas fixaccedilotildees em
que se utiliza a gaze esteacuteril preconiza-se a utilizaccedilatildeo de teacutecnica asseacuteptica Neste curativo a
gaze esteacuteril eacute colocada sobre o siacutetio de inserccedilatildeo e suas bordas satildeo fixadas com fita adesiva
A observaccedilatildeo da punccedilatildeo eacute muito importante pois se o local de inserccedilatildeo se mostrar
com sinais e sintomas de complicaccedilotildees a terapia deve ser suspensa (OLIVEIRA BEZERRA
e PEREIRA 2008 p95)
A visualizaccedilatildeo contiacutenua do acesso permite que a equipe de enfermagem possa realizar
uma observaccedilatildeo mais particularizada em relaccedilatildeo agraves condiccedilotildees do acesso venoso perifeacuterico
podendo observar se haacute deslocamento do cateter sinais de infiltraccedilatildeo e tambeacutem sinais de
infecccedilatildeo
Para Silva Barbato e Valente (2013 p 1200) cabe ao enfermeiro fazer a avaliaccedilatildeo
diaacuteria e cuidadosa do curativo observando a presenccedila de umidade sujidade integridade do
oacutestio de inserccedilatildeo a fixaccedilatildeo bem como a realizaccedilatildeo do curativo e das anotaccedilotildees legais
competentes agraves suas funccedilotildees
A fase poacutes-procedimento eacute caracterizada por uma seacuterie de cuidados que a equipe de
enfermagem deve realizar para que se obtenha maior tempo de permanecircncia do acesso venoso
perifeacuterico Durante as entrevistas os cuidados citados foram a salinizaccedilatildeo do acesso cuidados
para evitar a flebite e a velocidade de infusatildeo
15 Pettit DM Kraus V The use of gauze versus transparent dressings for peripheral intravenous catheter sites Nurs ClinNorth Am 1995 30(3)495-506 16 Potter P Perry AG Fundamentos de enfermagem processo conceito e praacutetica 3ordf ed Santos(SP) Guanabara Koogan19981397pp801-43
27
ldquoManter um acesso bem salinizado que vocecirc lave pelo menos de duas de trecircs em trecircs horas Se bem que isso aqui na pediatria natildeo eacute muito comum aqui a gente soacute lava cada vez que vai fazer medicaccedilatildeo mas se eu natildeo me engano a literatura preconiza isso vocecirc lavar pelo menos de quatro em quatro horas o acessordquo (Aurora)
ldquoPra manter o acesso venoso perifeacuterico eacute importante manter ele salinizado Assim que a gente recebe o plantatildeo eu vou ver se o acesso ta peacutervio com uma ldquoseringuinhardquo vai la da uma ldquolavadinhardquo e vecirc se o acesso ta peacutervio e manter o acesso salinizadordquo (Ariel)
ldquoSalinizar de 6 em 6 horas para manter ele peacuterviordquo (Alice)
ldquoTem que passar lento a medicaccedilatildeo e a limpeza da aacuterea vocecirc tem que limpar bem a aacuterea pra vocecirc natildeo formar uma flebiterdquo (Cinderela)
A salinizaccedilatildeo do acesso eacute um cuidado simples e de grande importacircncia Esse cuidado
deve ser realizado para manter o acesso peacutervio e limpo e deve ser realizado antes e apoacutes
qualquer infusatildeo
Para Moncaio e Figueiredo (2009)
a ldquosalinizaccedilatildeordquo consiste em administrar sob pressatildeo positiva soluccedilatildeo salina (Soro fisioloacutegico a 09) logo apoacutes o teacutermino da infusatildeo da medicaccedilatildeo Este procedimento visa prevenir a formaccedilatildeo de trombos e fibrina evitar o contato de drogas incompatiacuteveis (quando da infusatildeo de mais de um item medicamentoso no mesmo horaacuterio) garantir a infusatildeo de todo o medicamento que possa ter ficado no sistema aleacutem de evitar retorno sanguiacuteneo mantendo o cateter peacutervio para a proacutexima infusatildeo
Durante a coleta de dados esse cuidado surgiu em diversos momentos poreacutem foi
possiacutevel perceber que os profissionais realizam o mesmo de forma banalizada Natildeo sabem de
fato a real funccedilatildeo de manter o acesso salinizado A impressatildeo que passa eacute que eles
aprenderam que esse cuidado deveria ser feito e simplesmente fazem Haacute divergecircncias
tambeacutem entre a equipe em relaccedilatildeo ao momento que deve ser realizada a salinizaccedilatildeo e isso nos
mostra a desatualizaccedilatildeo dos profissionais do setor e a falta de uma educaccedilatildeo continuada no
hospital
Os cuidados para evitar a flebite e a velocidade de infusatildeo da medicaccedilatildeo apareceram
menos nas entrevistas e interferem diretamente com a manutenccedilatildeo do acesso venoso
perifeacuterico
28
A flebite eacute uma inflamaccedilatildeo na veia puncionada ocorrendo quando as ceacutelulas
endoteliais da parede da veia que o cateter estaacute inserido tornam-se inflamadas e irregulares
propiciando a aderecircncia de plaquetas e predispondo a veia a inflamaccedilatildeo Eacute comum que o local
se apresente dolorido hiperemiado quente e edemaciado e nesses casos eacute aconselhada a
retirada do cateter Uma boa fixaccedilatildeo do cateter perifeacuterico eacute recomendada por autores na
literatura visto que previnem deslocamento faacutecil e permitem uma boa visualizaccedilatildeo do local
evitando complicaccedilotildees como a flebite e infiltraccedilatildeo (MOLDES et al 2011 p 330)
Dentre as principais falhas de infusatildeo venosa estatildeo flebite infiltraccedilatildeo hematoma e
obstruccedilatildeo Acredita-se que para reduzir a incidecircncia destas nas unidades pediaacutetricas eacute preciso
a adoccedilatildeo de estrateacutegias tais como a abordagem junto agrave equipe em parceria com o setor de
educaccedilatildeo permanente e a adoccedilatildeo do uso da teacutecnica corretamente e de forma asseacuteptica para a
realizaccedilatildeo da punccedilatildeo venosa perifeacuterica em acordo com a comissatildeo de controle de infecccedilatildeo
hospitalar (SILVA BARBATO e VALENTE 2013 p 1200)
A incapacidade do paciente em relatar dor no siacutetio de administraccedilatildeo do faacutermaco quer
pela idade ou condiccedilatildeo cliacutenica e o local de inserccedilatildeo como tambeacutem a velocidade de infusatildeo do
medicamento (gt25mgmin) satildeo classificados como fatores de risco para a perda do acesso
venoso perifeacuterico (MARTINS SILVINO e DIAS 2010)
42 Os cuidados em desuso para manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico
Essa categoria discorre sobre os cuidados de enfermagem que com o passar do tempo
foram desconsiderados e natildeo satildeo mais utilizados Quando questionados em relaccedilatildeo a vivencia
profissional e cuidados que discordavam os entrevistados citaram o uso da tala para fixaccedilatildeo
uso de heparina e os cuidados em relaccedilatildeo ao tempo de permanecircncia do cateter Haacute muitas
controveacutersias em relaccedilatildeo aos cuidados citados acima
O tempo de permanecircncia interfere diretamente no aparecimento de complicaccedilotildees
como flebite e que acabam levando a perda do acesso venoso perifeacuterico mais rapidamente
aconselhando assim a troca do mesmo entre 76 a 96 horas Poreacutem eacute preconizada a retirada do
cateter apenas se finalizar o tratamento ou houver alguma interferecircncia
ldquoA gente observa tambeacutem o tempo dependendo do tempo tem que tirarrdquo (Alice)
29
ldquoHoje eu natildeo sei como que eacute essa questatildeo do tempo porque a gente trocava o acesso a cada quatro dias agora o pessoal jaacute diz que pode trocar em ateacute uma semana entatildeo natildeo sei como que ta isso e o que tem escrito em relaccedilatildeo a isso (Aurora)
Sabe-se que o tempo para troca do cateter de teflon ou poliuretano varia de 72 a 96
horas com o intuito de reduzir risco de infecccedilatildeo e flebite e para minimizar esses riscos nas
seguintes situaccedilotildees diante de sinais inflamatoacuterios no local de inserccedilatildeo e sempre que houver
mau funcionamento do cateter (SANTOS17
Entretanto o Center for Disease Control and Prevention - CDC (2002) diz que em
pacientes pediaacutetricos natildeo foi observada relaccedilatildeo quanto ao tempo de permanecircncia do cateter e
ocorrecircncia de complicaccedilotildees devendo ser mantido ateacute o teacutermino da terapia intravenosa ou
quando forem observados sinais cliacutenicos de complicaccedilotildees
2004 apud OLIVEIRA BEZERRA e PEREIRA
2008 p 93)
Eacute possiacutevel observar a diferenccedila do conhecimento pratico dos profissionais
entrevistados em relaccedilatildeo ao conhecimento encontrado na literatura E ainda contendo duacutevidas
natildeo haacute uma busca da parte dos mesmos para esclarececirc-las
O uso da heparina com a finalidade de manter o acesso peacutervio por um periacuteodo maior
de tempo mostra-se com mais certeza quanto ao desuso nos dados colidos
ldquoAntigamente a gente usava heparina entatildeo a gente ficava tranquila em relaccedilatildeo agrave obstruccedilatildeo mas agora natildeo a gente usa o soro fisioloacutegico e a gente deixa salinizadordquo (Aurora)
Rang e Dale 18(1998 apud DOPICO e OLIVEIRA 2006) afirmam que a heparina
inibe a formaccedilatildeo de coaacutegulos de fibrina in vitro e in vivo e que seu efeito anticoagulante eacute
praticamente imediato Com isso Phillips19
17 Santos W Lavagem das matildeos In R Luiz Santos W Manual baacutesico de prevenccedilatildeo e controle das infecccedilotildees hospitalares do HRU Fortaleza Hospital Regional Unimed 2004
(2001 apud DOPICO e OLIVEIRA 2006)
ressalta que a teacutecnica de manutenccedilatildeo intermitente de cateteres intravenosos com soluccedilatildeo
salina 09 classificada como salinizaccedilatildeo tem sido pesquisada haacute alguns anos apresentando
em relaccedilatildeo ao uso da heparina vantagens como o baixo custo ser um procedimento mais
18 Rang HP Dale M M Hemostasia e Trombose In Rang HP Dale M M Farmacologia Rio de Janeiro Guanabara Koogan 1998 p235-47 19 PHILLIPS L D Manual de terapia intravenosa 2ed Porto Alegre Artmed 2001
30
simples aleacutem de eliminar a possibilidade de incompatibilidade com as drogas e soluccedilotildees
administradas aleacutem da inexistecircncia de riscos ao paciente Entretanto sabe-se que a literatura
ainda natildeo fornece consenso acerca da soluccedilatildeo mais indicada para manutenccedilatildeo da
permeabilidade do cateter venoso perifeacuterico
Eacute importante ressaltar que muitas instituiccedilotildees do nosso paiacutes nem ao menos tecircm o
conhecimento da praacutetica da salinizaccedilatildeo com soluccedilatildeo salina 09 No que se refere agrave pesquisa
cientiacutefica as limitaccedilotildees desta praacutetica satildeo atribuiacutedas agrave ausecircncia de um maior nuacutemero de
estudos controlados para validar sua eficaacutecia (EPPERSON20
Apesar de natildeo ser encontradas publicaccedilotildees acerca do tema a utilizaccedilatildeo de heparina
mostra-se como uma pratica natildeo mais utilizada pelos profissionais de enfermagem Outro
tema onde haacute controveacutersias e tambeacutem poucas citaccedilotildees eacute o uso da tala para fixaccedilatildeo do acesso
venoso perifeacuterico Seguem abaixo a opiniatildeo de alguns dos profissionais entrevistados
1984 apud DOPICO e
OLIVEIRA 2006)
ldquoA uacutenica coisa que eu natildeo gosto de ver eacute quando se coloca tala para imobilizar dizendo que a tala vai ajudar a natildeo perder a veia Isso eu natildeo concordo acho que a tala prejudica a crianccedila fica incomodada faz dor no membrordquo (Cinderela)
ldquoAntigamente a gente usava muito tala e as vezes eu pego isso aqui ai eu falo gente tala natildeo se usa mais natildeo faz parte mais da fixaccedilatildeo vocecirc pode fixar de uma forma que a crianccedila natildeo perca A tala eu acho que ela traumatiza um pouco ainda mais se vocecirc pegar um acesso na dobra vocecirc vai fazer com que a crianccedila fique com o braccedilo esticado muito tempo eu acho que pode causar uma lesatildeo depois e a literatura jaacute fala que eacute desnecessaacuteria natildeo precisa maisrdquo (Aurora) ldquoAntigamente usavam tala mas hoje em dia quase natildeo se vecirc mais e eu acho que a tala atrapalha porque a crianccedila fica imobilizada no membro ai fica mais irritadardquo (Rapunzel) ldquoLaacute no meu outro trabalho alguns usam a tala Eu acho que a tala ajuda ateacute a perder mais raacutepido porque a crianccedila fica incomodada vai querer mexer naquilordquo (Mulan)
20 Epperson EL Efficacy of 09 sodium chloride injection with without heparin for maintenance indwelling intermittent injection sites Clin Pharm1984 3(5)26
31
Almeida e Sabateacutes21
Entretanto haacute estudo que comprovam que o uso da tala natildeo se mostra tatildeo eficiente e
apresenta-se como uma praacutetica controversa O estudo foi realizado em crianccedilas ateacute os 12 anos
utilizando imobilizaccedilatildeo com tala e em mais de metade dos casos (553) ocorreu infiltraccedilatildeo
o que indicia a ineficaacutecia desta praacutetica (MACHADO PEDREIRA e CHAUD 2008 apud
BATALHA et al 2010 p512)
(2008 apud BATALHA et al 2010 p512) afirmam que a teacutecnica
de fixaccedilatildeo dos CVP com uso de imobilizaccedilatildeo com tala para restriccedilatildeo ou limitaccedilatildeo dos
movimentos articulares proacuteximo do local da punccedilatildeo estaacute indicado nas matildeos punhos cotovelo
e maleacuteolo
Para Batalha et al (2010 p512) o uso desta praacutetica parece natildeo se coadunar com o
atual uso de cateteres flexiacuteveis tipo abocath em detrimento de agulhas metaacutelicas Talvez por
isso comecem a surgir novas teacutecnicas de fixaccedilatildeo dos CVP que natildeo exigem imobilizaccedilatildeo das
articulaccedilotildees com talas
Aleacutem de natildeo haver uma confirmaccedilatildeo dos benefiacutecios causados pelo uso da tala a
imobilizaccedilatildeo causa incocircmodo para a crianccedila que fica com o membro imoacutevel podendo causar
dor e tambeacutem irritaccedilatildeo O uso desse tipo de fixaccedilatildeo tambeacutem impede a visualizaccedilatildeo frequente
do acesso venoso afetando assim os cuidados de observaccedilatildeo da equipe de enfermagem
43 O acompanhante e a manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico
A presente categoria vai discutir um assunto importante que surgiu durante as
entrevistas de forma inesperada Alguns dos profissionais entrevistados citaram o descuido do
acompanhante como um fator causador da perda do acesso venoso perifeacuterico Seguem abaixo
algumas falas
ldquoA matildee sempre acompanha e tem matildee que natildeo tem cuidado natildeo vigia e a gente tem que ficar pedindo pra olhar tomar contardquo (Aurora)
ldquoEm relaccedilatildeo ao acompanhante porque a crianccedila natildeo vai avaliar entatildeo o acompanhante que estar ali tem que avaliar direitinho natildeo deixar a crianccedila mexer ou puxarrdquo (Bela)
ldquoNatildeo eacute toda matildee que esta vigiando que cuida pra que a crianccedila natildeo perca o acessordquo (Jasmine)
21 Almeida FA Sabateacutes AL Enfermagem pediaacutetrica a crianccedila o adolescente e a sua famiacutelia no hospital Satildeo Paulo(SP) Manole 2008
32
ldquoAcho que leva a perda quando o acompanhante natildeo coopera as vezes a gente faz a imobilizaccedilatildeo na crianccedila e as vezes eles ateacute retiram e a proacutepria crianccedila agitada ela mesmo arrancardquo (Branca de Neve)
ldquoAgraves vezes a proacutepria crianccedila que a matildee deixa muito solta ai solta o acessordquo (Mulan)
Apoacutes a implementaccedilatildeo da lei que garante um acompanhante ao paciente pediaacutetrico a
presenccedila do familiarresponsaacutevel durante a hospitalizaccedilatildeo mudou a rotina da equipe de
enfermagem trazendo duacutevidas quanto a real funccedilatildeo do acompanhante e fazendo com que a
mesma viesse a delegar certos cuidados para acompanhante
A Promulgaccedilatildeo da Lei 8069 do Estatuto da Crianccedila e do Adolescente (ECA) em
1990 no seu artigo 12deg garante agrave crianccedila ou ao adolescente o direito de ter um responsaacutevel
que o acompanhe durante a hospitalizaccedilatildeo (1990)
Desde a sua implantaccedilatildeo as unidades vecircm sofrendo um processo de reorganizaccedilatildeo de
suas praacuteticas A inserccedilatildeo da famiacutelia modifica a organizaccedilatildeo do processo de trabalho o que
requer dos profissionais uma compreensatildeo em relaccedilatildeo agrave dinacircmica das relaccedilotildees interpessoais
(COLLET e ROCHA 2004)
Pimenta e Collet (2009) ressaltam que natildeo haacute nenhuma regulamentaccedilatildeo sobre a
participaccedilatildeo da famiacutelia nos cuidados e no entanto a mesma desempenha atividades junto agrave
crianccedila durante a hospitalizaccedilatildeo que devem ser levadas em consideraccedilatildeo A falta de
reconhecimento desse fato fez com que a equipe de enfermagem e famiacutelia natildeo possuiacutessem
uma relaccedilatildeo aberta e vivessem uma relaccedilatildeo silenciosa e impliacutecita de poder na qual a famiacutelia
acaba assumindo as relaccedilotildees do cuidado agrave crianccedila de responsabilidade da enfermagem
A negociaccedilatildeo entre matildees e equipe de enfermagem em relaccedilatildeo aos cuidados agrave crianccedila
hospitalizada natildeo eacute uma tarefa faacutecil tendo em vista que natildeo se tem claro qual o seu novo
papel neste processo (COLLET e ROCHA 2004)
Eacute possiacutevel ver nas falas que a presenccedila do acompanhante causa para a equipe de
enfermagem a seguranccedila de ter algueacutem para ldquovigiarrdquo ldquotomar contardquo e natildeo deixar que a
crianccedila hospitalizada perca o acesso venoso quando na verdade eacute funccedilatildeo da equipe de
enfermagem cuidados referentes ao acesso venoso perifeacuterico
33
Jaacute o acompanhante eacute definido pelo Ministeacuterio da Sauacutede como uma pessoa significativa
para a crianccedila que representa sua rede social e que vai acompanhaacute-lo durante a permanecircncia
no ambiente hospitalar ressaltando assim sua importacircncia Esse fato se reforccedila visto que a
crianccedila encontra nos familiares a forccedila e seguranccedila necessaacuteria para encarar todo esse processo
doloroso e desconhecido (MURAKAMI e CAMPOS 2011 p255)
O acompanhante aleacutem de minimizar o sofrimento do paciente pediaacutetrico faz com que
o mesmo sinta-se mais a vontade Eacute importante ressaltar que o familiarresponsaacutevel natildeo soacute
pode como deve participar das atividades da crianccedila no hospital desde que estas natildeo sejam
competecircncias dos profissionais que os cercam Essas atividades satildeo caracterizadas como
semelhantes aos que eles realizam diariamente fora do ambiente hospitalar como o banho
Poreacutem no caso de um paciente com punccedilatildeo venosa perifeacuterica o profissional de enfermagem
deve auxiliar no cuidado para que essa natildeo se perca
Os cuidados dos familiaresacompanhantes satildeo os mesmos que os desenvolvidos no
domiciacutelio e os cuidados prestados pela equipe de enfermagem satildeo aqueles que demandam
conhecimento teacutecnico-cientiacutefico especializado (SOUZA e OLIVEIRA 2010 p558)
Mesmo alguns cuidados parecerem simples e rotineiros quando eacute prestado no
hospital assumem novas caracteriacutesticas com o uso de dispositivos tecnoloacutegicos os quais se
tornam complexos (PIMENTA E COLLET 2009)
O ato de cuidar envolve o respeito agrave maneira como vive cada indiviacuteduo de acordo
com suas crenccedilas valores costumes e cultura A famiacutelia como uma instituiccedilatildeo atende agraves
necessidades bioloacutegicas de seus membros sendo sua responsabilidade cuidar e criar os filhos
incluindo a obrigaccedilatildeo da alimentaccedilatildeo higiene vestuaacuterio e moradia (ELSEN22
Nas entrevistas podemos verificar falas em que o acompanhante eacute citado como
responsaacutevel por avaliar a punccedilatildeo venosa A equipe de enfermagem deve sempre partir do
pressuposto que o familiar acompanhante natildeo tem conhecimento cientiacutefico e certo tipo de
cuidado natildeo deve se delegado para o mesmo mostrando assim a importacircncia da orientaccedilatildeo do
acompanhante quanto aos procedimentos dispositivos utilizados e cuidados em que os
etal 1994
apud SOUZA e OLIVEIRA 2010 p 553)
22 Elsen I Patriacutecio ZM Assistecircncia agrave crianccedila hospitalizada tipos de abordagens e suas implicaccedilotildees para a enfermagem In A enfermagem em pediatria e puericultura Rio de Janeiro (RJ) Atheneu 2005
34
mesmos possam auxiliar Seguem abaixo as falas onde os profissionais ressaltaram a
importacircncia da orientaccedilatildeo do acompanhante
ldquoNem sempre a crianccedila vai entender o porque de estar com aquele acesso entatildeo tem que ter uma orientaccedilatildeo do acompanhanterdquo (Bela)
ldquoTem que haver orientaccedilatildeo do acompanhante para os cuidadosrdquo (Ariel)
ldquoAgraves vezes tem ate o exemplo de um pai que natildeo deixa trocar o acesso jaacute tinha mais de uma semana e ele natildeo queria que trocasse ai faz febre e natildeo sabe da onderdquo (Alice)
Para Souza e Oliveira (2010 p555) deve haver uma preocupaccedilatildeo em orientar
considerando que o outro natildeo tem nenhum tipo de conhecimento sobre o assunto Poreacutem
Queiroz e Jorge23
Apesar das dificuldades o profissional de enfermagem deve estabelecer um viacutenculo de
confianccedila com o acompanhante buscando sempre deixaacute-los ciente das situaccedilotildees e fazendo-os
participar dos cuidados plausiacuteveis sem causar nenhum dano agrave crianccedila e de maneira alguma
abandonar suas atribuiccedilotildees
(2004 apud SOUZA e OLIVEIRA 2010 p 556) ressaltam que apesar de os
profissionais terem intenccedilatildeo de orientar os cuidados para a sauacutede repassam conhecimentos
elaborados cientificamente dificultando a compreensatildeo do familiar aleacutem de a relaccedilatildeo se dar
de maneira vertical assimeacutetrica e coercitiva
23 Queiroz MVO Jorge MSB Accedilotildees educativas no cuidado infantil e intervenccedilotildees dos profissionais junto agraves famiacutelias Acta Scientiarum Maringaacute 2004 janjun 26(1) 27-34
35
CONCLUSAtildeO
Atraveacutes desse estudo foi possiacutevel descrever e analisar os cuidados que os profissionais
de enfermagem realizam acerca da permanecircncia do acesso venoso perifeacuterico Aleacutem disso a
realizaccedilatildeo da pesquisa permitiu identificar a desarticulaccedilatildeo do processo de enfermagem e a
praacutetica desconectada da produccedilatildeo cientiacutefica caracterizando a falta de uma educaccedilatildeo
continuada efetiva
A anaacutelise dos dados demonstra o processo de punccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico
ressaltando a importacircncia de cuidados como a seleccedilatildeo do local a diluiccedilatildeo da medicaccedilatildeo a
realizaccedilatildeo de uma boa fixaccedilatildeo a atenccedilatildeo com a velocidade de infusatildeo os cuidados com os
sinais de infecccedilatildeo e salinizaccedilatildeo do acesso natildeo deixando de salientar cuidados em desuso
como o uso da heparina da tala e duvidas em relaccedilatildeo ao tempo de permanecircncia Evidenciou
tambeacutem que a equipe de enfermagem delega alguns cuidados para os acompanhantes
Natildeo foi possiacutevel perceber o niacutevel de conhecimento cientiacutefico dos profissionais visto
que eles em nenhum momento por natildeo saberem ou por medo de se expor natildeo explicaram de
fato nenhum cuidado que disseram realizar Sempre citaram de forma superficial e direta
deixando claro tambeacutem que o pesquisador natildeo os indagou quanto a isso Poreacutem creio que
diante de cuidados tatildeo importantes e de frequente praacutetica os mesmos falariam facilmente
sobre os cuidados de enfermagem na permanecircncia do acesso venoso perifeacuterico
Apesar dos entrevistados citarem alguns fatores e cuidados realizados de forma
correta eacute visiacutevel que os mesmos realizam os cuidados com a punccedilatildeo e a permanencia do
acesso de forma automaacutetica sem unir a praacutetica com o fundamento do mesmo
Eacute importante destacar tambeacutem a importacircncia do preparo emocional da crianccedila como
tambeacutem os cuidados com a famiacutelia dos mesmos O trabalho de humanizaccedilatildeo realizado pela
36
enfermagem faz grande diferenccedila nessas situaccedilotildees visto que os pacientes e acompanhantes
tendo conhecimento do que seraacute realizado ficariam mais tranquilos
O estudo contribuiu para o campo do ensino nesta aacuterea dando destaque ao importante
papel que o profissional de enfermagem deve desempenhar no cuidado e na manutenccedilatildeo do
acesso venoso perifeacuterico Contudo vale ressaltar a importacircncia do incentivo ao profissional a
buscar na literatura natildeo soacute esclarecimento de suas duvidas mas tambeacutem novos
conhecimentos
Pode colaborar ainda para a realizaccedilatildeo de novas pesquisas na aacuterea procurando
eliminar duacutevidas e controveacutersias sobre o tema Buscando assim a realizaccedilatildeo de um cuidado de
enfermagem articulado e eficaz promovendo o bem-estar do paciente pediaacutetrico durante a
hospitalizaccedilatildeo
37
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44
APEcircNDICE I
TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO
DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO Tiacutetulo Do Projeto Os cuidados de enfermagem acerca dos acessos venosos perifeacutericos na unidade pediaacutetrica Pesquisador Responsaacutevel Rosane Cordeiro Burla de Aguiar Eny Dorea Paiva e Karina Rodrigues Fernandes Instituiccedilatildeo a que Pertence o Pesquisador Responsaacutevel Universidade Federal Fluminense Telefone para contato (21) 98355269 (21) 82392939 (21) 91786609 Nome do voluntaacuterio _________________________________________________________ Idade ________ anos RG ____________________________
AO Sr (a) estaacute sendo convidado (a) a participar do projeto de pesquisa OS CUIDADOS DE
ENFERMAGEM ACERCA DOS ACESSOS VENOSOS PERIFEacuteRICOS NA UNIDADE PEDIATRICA de
responsabilidade da pesquisadora Profordf Drordf Rosane Cordeiro Burla de Aguiar e Profordf Drordf Eny Dorea Paiva A
punccedilatildeo venosa perifeacuterica eacute um procedimento essencial durante a hospitalizaccedilatildeo da crianccedila visto que eacute atraveacutes
dela que eacute administrada grande parte das medicaccedilotildees Este estudo se justifica diante da importacircncia da
necessidade de um maior periacuteodo de permanecircncia dos acessos venosos perifeacutericos Com isso aleacutem da
diminuiccedilatildeo de eventos que causam dor e irritaccedilatildeo na crianccedila e na famiacutelia promoveraacute tambeacutem uma melhor estada
dos mesmos durante o periacuteodo de hospitalizaccedilatildeo Os objetivos da pesquisa satildeo 1) Descrever os fatores que
interferem na manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico de acordo com a equipe de enfermagem 2)Analisar os
cuidados da equipe de enfermagem na manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico A coleta de dados se daraacute
atraveacutes de entrevistas semi estruturadas que seratildeo gravadas As informaccedilotildees colhidas seratildeo tratadas de forma
anocircnima e confidencial ou seja em nenhum momento seratildeo divulgados o seu nome e somente os
pesquisadores teratildeo acesso agraves informaccedilotildees Os dados obtidos com a pesquisa poderatildeo ser publicados apenas com
fins cientiacuteficos Eles natildeo seratildeo utilizados para fins comerciais ou para outra finalidade qualquer Caso necessite
poderatildeo ser marcados encontros para respostas ou esclarecimentos de qualquer duacutevida acerca da pesquisa A sua
participaccedilatildeo eacute voluntaria e eacute importante lembrar que vocecirc poderaacute desistir de participar da pesquisa em qualquer
momento A entrevista seraacute marcada em um dia e horaacuterio que vocecirc achar melhor Seraacute realizada
individualmente em um ambiente que nos ofereccedila privacidade Esta pesquisa natildeo oferece riscos para vocecirc e os
benefiacutecios da sua participaccedilatildeo satildeo de aumentar o conhecimento cientiacutefico na aacuterea de Enfermagem Pediaacutetrica
aleacutem de contribuir para a praacutetica profissional Este documento seraacute elaborado em duas vias uma para vocecirc e a
outra seraacute arquivada pelo pesquisador
Eu_____________________________________________________________ RG no _____________________________ Declaro que apoacutes ter entendido o que me foi explicado consinto voluntariamente em participar do presente Protocolo de Pesquisa entendo ainda que posso retirar o meu consentimento a qualquer momento antes ou durante a realizaccedilatildeo do mesmo declaro ter sido informada(o) e concordo em participar como voluntaacuteria(o) da pesquisa acima descrita Rio de Janeiro_______de_______________de 20___ _____________________________ ________________________________
(Participante) Karina Rodrigues Fernandes (Responsaacutevel por obter o consentimento)
______________________________________ _______________________________________ (Testemunha) (Testemunha)
45
APEcircNDICE II
ROTEIRO PARA ENTREVISTA
1) O que vocecirc acha que pode levar a perda do acesso perifeacuterico
2) Para vocecirc o que eacute importante para manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico nas
crianccedilas
3) O que vocecirc acha que pode interferir na sua manutenccedilatildeo
4) Que medidas vocecirc adota no seu dia a dia para manter o acesso
5) Na sua vivencia profissional o que vocecirc discorda dos cuidados que geralmente satildeo
utilizados para manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico
46
ANEXO
47
48
20
Em atendimento a resoluccedilatildeo 46612 do Conselho Nacional de SauacutedeMS apoacutes serem
esclarecidos pela pesquisadora quanto aos aspectos eacuteticos relacionados agrave pesquisa aleacutem das
formas de produccedilatildeo de dados e inserccedilatildeo no estudo os sujeitos da pesquisa assinaram duas
vias do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido ndash TCLE (apecircndice 1) autorizando sua
participaccedilatildeo voluntaacuteria na pesquisa Uma via foi entregue ao participante e outra ficou
arquivada com a pesquisadora
Nesse documento consta os objetivos da pesquisa procedimentos benefiacutecios
previstos garantia de recusa de participaccedilatildeo em qualquer momento de acesso aos resultados
da pesquisa e tambeacutem a garantia de acesso ao pesquisador quando os sujeitos julgarem
necessaacuterio sendo todas essas informaccedilotildees em linguagem acessiacutevel e simples O mesmo foi
apresentado e explicado ao profissional convidado a participar do estudo no primeiro contato
eou durante visita agendada para realizaccedilatildeo da entrevista
Vale ressaltar que esta pesquisa cujo financiamento eacute proacuteprio natildeo oferece nenhum
tipo de riscos para o sujeito da pesquisa e nem para o cuidado das crianccedilas internadas no setor
de pediatria e os benefiacutecios da participaccedilatildeo do mesmo satildeo de aumentar o conhecimento
cientiacutefico na aacuterea de Enfermagem Pediaacutetrica aleacutem de contribuir para a praacutetica profissional
36 Anaacutelise dos dados
O processo de anaacutelise dos dados foi baseada na teacutecnica da Anaacutelise Temaacutetica que para
Minayo Deslandes e Gomes (2007 p 86) o conceito central eacute o tema ldquoO tema eacute a unidade de
significaccedilatildeo que se liberta naturalmente de um texto analisado segundo criteacuterios relativos agrave
teoria que serve de guia da leiturardquo (BARDIN11
A anaacutelise realizada estava de acordo com a sugerida por Minayo (2010 p 315) e
contam com as seguintes etapas preacute-analise exploraccedilatildeo do material tratamento dos
resultados obtidos e interpretaccedilatildeo Atraveacutes dessas etapas tem-se o objetivo de descrever o
conteuacutedo do material coletado e interpretaacute-lo
1979 apud MINAYO DESLANDES
GOMES 2007 p 86)
A preacute analise consiste na escolha dos elementos a serem analisados e na retomada das
hipoacuteteses e dos objetivos iniciais da pesquisa Inicia-se com uma leitura flutuante onde o
11 BARDIN L Anaacutelise de Conteuacutedo Lisboa Ediccedilotildees 70 1979
21
pesquisador toma contato direto com o material adquirido deixando-se impregnar por seu
conteuacutedo Posteriormente haacute a constituiccedilatildeo do Corpus textual onde eacute feita uma seleccedilatildeo dos
documentos que iratildeo contemplar e fornecer informaccedilotildees sobre o tema sendo assim adequados
para dar resposta aos objetivos do trabalho (MINAYO 2010 p 315)
Essa fase preacute-analiacutetica eacute onde se determinam a unidades de registro unidade de
contexto e a partir delas satildeo determinados os temas que seratildeo analisados A unidade de
registro corresponde parte do conteuacutedo selecionado como base para analise e apoacutes a
delimitaccedilatildeo do contexto de compreensatildeo da unidade de registro eacute estabelecida a unidade de
contexto (MINAYO 2010 p 316)
De acordo com os objetivos da pesquisa foi possiacutevel perceber que nove (9)
entrevistas supriam para atender os mesmo encerrando assim a coleta Apoacutes a transcriccedilatildeo das
entrevistas foi realizada leitura das mesmas para natildeo soacute conhecimento do material mas
tambeacutem estabelecer as unidades de registro Em seguida foi realizado o colorimento das falas
assim as classificando de acordo com as unidades de registro estabelecidas
As unidades de registro que surgiram foram os fatores que interferem na manutenccedilatildeo
do acesso venoso perifeacuterico e o apontamento do acompanhante como responsaacutevel pela perda
do acesso venoso perifeacuterico Elas receberam as cores vermelha e laranja respectivamente a
fim de facilitar o agrupamento dos dados A partir disto surgiram as unidades de contexto que
compreendem as falas das entrevistas de modo a exemplificar o contexto das unidades de
registro
Partindo para segunda etapa da analise temaacutetica a exploraccedilatildeo do material que consiste
numa classificaccedilatildeo que visa alcanccedilar o nuacutecleo de compreensatildeo do texto Busca-se encontrar
categorias que satildeo expressotildees ou palavras significativas em funccedilatildeo das quais o conteuacutedo seraacute
organizado Essas categorias satildeo responsaacuteveis pela especificaccedilatildeo dos temas (MINAYO
2010 p 317)
Nesse caso foram definidos os seguintes temas cuidados preacute intra e poacutes procedimento
de punccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico cuidados em desuso para manutenccedilatildeo do acesso
venoso perifeacuterico o acompanhante e a manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico Essas trecircs (3)
categorias seratildeo apresentadas analisadas e discutidas no capitulo seguinte
22
4 RESULTADOS E DISCUSSAtildeO
Nesse capiacutetulo apresento as trecircs categorias temaacuteticas que surgiram da anaacutelise dos
dados e que contemplaram de forma satisfatoacuteria os objetivos da pesquisa A primeira
categoria denominada como ldquoOs cuidados de enfermagem preacute intra e poacutes-procedimento de
punccedilatildeo do acesso venoso perifeacutericordquo traz os passos e cuidados que os profissionais realizam
antes durante e apoacutes a punccedilatildeo buscando descrever e analisar os fatores envolvidos na pratica
do procedimento em questatildeo que emergiram das entrevistas aleacutem dos cuidados de
enfermagem para a manutenccedilatildeo do mesmo
A segunda categoria que seraacute apresentada eacute ldquoOs cuidados em desuso para manutenccedilatildeo
do acesso venoso perifeacutericordquo que mostra os cuidados que os profissionais citaram como natildeo
mais utilizados para auxiliar na manutenccedilatildeo da punccedilatildeo venosa perifeacuterica
E a uacuteltima categoria eacute denominada ldquoO acompanhante e a manutenccedilatildeo do acesso
venoso perifeacutericordquo e traz a responsabilizaccedilatildeo do acompanhante pelos profissionais do setor
em relaccedilatildeo aos cuidados com manutenccedilatildeo da punccedilatildeo Essa categoria busca tambeacutem ressaltar a
funccedilatildeo do acompanhante durante a hospitalizaccedilatildeo da crianccedila destacando que determinados
cuidados satildeo de total funccedilatildeo da equipe de enfermagem
41 Os cuidados de enfermagem preacute intra e poacutes-procedimento de punccedilatildeo do acesso
venoso perifeacuterico
Para interpretar as unidades de contextos tive como base autores que definiram os
cuidados de enfermagem preacute intra e poacutes punccedilatildeo venosa perifeacuterica Para esses autores a fase
de preacute-punccedilatildeo compreende as accedilotildees de anaacutelise e conhecimento da prescriccedilatildeo avaliaccedilatildeo e
23
preparo emocional do paciente preparo do material e medicaccedilatildeo seleccedilatildeo do siacutetio de inserccedilatildeo
e dilataccedilatildeo da veia selecionada As accedilotildees envolvidas na punccedilatildeo satildeo a execuccedilatildeo das
precauccedilotildees-padratildeo antissepsia da pele punccedilatildeo do vaso a fixaccedilatildeo e curativo do cateter
Finalmente na etapa de poacutes-punccedilatildeo adota-se a identificaccedilatildeo da punccedilatildeo o descarte apropriado
das partes dos materiais natildeo utilizados a orientaccedilatildeo do paciente acerca da terapecircutica o
controle da infusatildeo atraveacutes do gotejamento se necessaacuterio e o registro do procedimento
Phillips12
De acordo com as entrevistas a seleccedilatildeo do local de punccedilatildeo eacute indicada com um fator
que interfere diretamente no tempo de permanecircncia do acesso venoso perifeacuterico visto que
dependendo do local ocorre a perda mais rapidamente Aleacutem da localizaccedilatildeo citaram tambeacutem
o calibre da veia como interferecircncia na manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico Seguem
abaixo algumas falas
(2001 apud ARAUacuteJO 2007 p18)
ldquoPrimeira coisa eacute vocecirc procurar bem a veia colocar uma veia de um bom calibre Se puder dar preferecircncia a natildeo puncionar dobrasrdquo (Cinderela) ldquoDependendo de onde estiver puncionado se for na matildeozinha a crianccedila fica toda hora ta mexendo taacute manipulando alguma coisa e se for no pezinho tambeacutem nem todo tempo vai ficar acamada entatildeo acaba perdendo o acessordquo(Bela ) ldquoO mau posicionamento pode levar a perdardquo (Rapunzel)
A opiniatildeo dos profissionais acima vai de encontro com o que eacute encontrado na
literatura visto que eacute de suma importacircncia que o mesmo avalie o cliente e considere alguns
aspectos para uma escolha criteriosa e eficaz como a finalidade da punccedilatildeo o tipo de soluccedilatildeo
a ser infundida a condiccedilatildeo da rede venosa a duraccedilatildeo da terapia idade do cliente habilidade
cognitiva da crianccedila a preferecircncia do cliente o que nem sempre seraacute possiacutevel satisfazer e
tambeacutem a sua atividade (ARAUacuteJO 2007 p31)
Os cuidados com o acesso venoso perifeacuterico satildeo importantes antes mesmo da
realizaccedilatildeo do procedimento Levando em consideraccedilatildeo que um erro durante a fase de preacute-
procedimento como a escolha errada do local de punccedilatildeo por exemplo poderaacute levar a perda
do acesso e prejudicar assim o tratamento aleacutem do bem-estar da crianccedila que seraacute puncionada
novamente
12 PHILLIPS L D Manual de terapia intravenosa 2ed Porto Alegre Artmed 2001
24
O vaso sanguiacuteneo que o profissional selecionar como local para puncionar deve ser
suficiente para suportar o calibre e o comprimento do cateter aleacutem de atender a necessidade
terapecircutica para que natildeo haja a necessidade de uma nova punccedilatildeo
A punccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico eacute um procedimento doloroso e de grande
incomodo para a crianccedila com isso eacute de suma importacircncia realizar a seleccedilatildeo preacutevia do
material poreacutem natildeo foi citado Outro cuidado rotineiro e natildeo menos importante como a
lavagem das matildeos antes da colocaccedilatildeo do acesso tambeacutem natildeo foi mencionado durante as
entrevistas
O preparo emocional da crianccedila e do acompanhante quanto ao procedimento deve ser
considerada praacutetica rotineira para a equipe de enfermagem O profissional de enfermagem
deve lavar as matildeos objetivando a reduccedilatildeo significativa de risco de infecccedilatildeo e recomenda-se o
uso de aacutegua e sabatildeo para lavagem das matildeos antes da colocaccedilatildeo do cateter venoso perifeacuterico
(PHILLIPS13
O preparo preacutevio do material para instalaccedilatildeo do cateter venoso perifeacuterico eacute importante
para evitar interrupccedilotildees do procedimento e consequentemente um maior tempo de
manipulaccedilatildeo da crianccedila (SILVA
2001apud ARAUacuteJO 2007 Centers for Disease Control and Prevention ndash CDC
2002 apud ARAUacuteJO 2007)
14
Outro aspecto citado e classificado como preacute-procedimento eacute o cuidado com a
medicaccedilatildeo a ser administrada incluindo cuidados com a diluiccedilatildeo e composiccedilatildeo da mesma
Seguem algumas das falas
2004 apud ARAUacuteJO 2007 p30)
ldquoEstar sempre diluindo as medicaccedilotildees de acordo com a prescriccedilatildeo meacutedica pois as medicaccedilotildees satildeo muito fortes e podem causar enfraquecimento da veia Tem que diluir direitinho e passar lento na veiardquo (Cinderela) ldquoTer cuidado principalmente quando eacute crianccedila e a diluiccedilatildeo da medicaccedilatildeo tambeacutem agraves vezes natildeo eacute pra passar em perifeacuterico e na segunda dose jaacute perdeurdquo (Alice)
O acesso venoso perifeacuterico eacute a primeira alternativa para infusatildeo intravenosa por ser de
mais faacutecil acesso e rapidez no efeito da medicaccedilatildeo O profissional de enfermagem deve ter
domiacutenio natildeo soacute relacionado agrave infusatildeo das medicaccedilotildees mas tambeacutem com a composiccedilatildeo
13 PHILLIPS L D Manual de terapia intravenosa 2ed Porto Alegre Artmed 2001 14 SILVA G R G Terapia intravenosa em receacutem-nascidos ndash orientaccedilotildees para o cuidado de Enfermagem Rio de Janeiro Cultura Meacutedica 2004
25
farmacoloacutegica das mesmas os efeitos adversos e colaterais que a droga pode causar inclusive
em relaccedilatildeo a diluiccedilatildeo o que normalmente eacute estabelecido como padratildeo no setor de acordo com
cada faacutermaco
Com a intenccedilatildeo de promover a eficaacutecia terapecircutica dos medicamentos administrados
por via intravenosa eacute atribuiccedilatildeo do profissional de enfermagem implementar teacutecnicas como a
diluiccedilatildeo acondicionamento e cuidados na administraccedilatildeo de faacutermacos a fim de evitar
prejuiacutezos no tratamento resultantes da incompatibilidade medicamentosa (PETERLINI
CHAUD e PEDREIRA 2006)
Os fatores intra-procedimento satildeo considerados aqueles diretamente relacionados com
o procedimento Os dados colidos nas entrevistas ressaltaram apenas a fixaccedilatildeo com um fator
que interfere nessa fase Este foi o dado mais repetitivo nas entrevistas poreacutem sempre citado
de forma superficial Seguem as falas dos profissionais quando questionados sobre o que era
importante para manutenccedilatildeo do acesso
ldquoTem que fazer uma boa fixaccedilatildeo Porque quando a pessoa natildeo fixa bem prejudica porque aquilo vai soltando e quando vocecirc vecirc jaacute perdeu a veiardquo(Cinderela) ldquoEu acho que natildeo tem o que fazer para manter o acesso A crianccedila vai ficar uns dias X com aquele acesso pra fazer medicaccedilatildeo e eu acho que natildeo tem o que vocecirc profissional fazer para que natildeo percardquo (Aurora) ldquoA fixaccedilatildeo evita a movimentaccedilatildeo excessiva no local que estaacute o acessordquo (Ariel) ldquoTer cuidado com o curativo saber manusear E manter sempre o curativo limpo trocar se necessaacuteriordquo (Rapunzel) ldquoA fixaccedilatildeo eacute muito importante pra natildeo soltar o acesso e pra ele ficar mais tempordquo(Mulan)
Oliveira Bezerra e Pereira (2008 p 94) afirmam que de acordo com o revelado por
determinados estudos o tipo de curativo a fixaccedilatildeo do cateter e o tempo de permanecircncia estatildeo
diretamente relacionados com a ocorrecircncia de complicaccedilotildees infecciosas como flebites e
tambeacutem infiltraccedilatildeo extravasamento desconexatildeo e deslocamento do cateter
26
Para Pettit e Kraus15
Potter
(1995 apud MACHADO PEDREIRA E CHAUD2005 p292) a
gaze esteacuteril fixada com a fita adesiva hipoalergecircnica bem como a peliacutecula transparente esteacuteril
satildeo os materiais mais recomendados para curativo e fixaccedilatildeo de cateter venoso perifeacuterico
16
Jaacute as peliacuteculas transparentes mais conhecidas como filme permitem a respiraccedilatildeo
normal da pele com alta permeabilidade ao oxigecircnio e vapores e eacute impermeaacutevel a liacutequidos e
micro-organismos (SILVA E ZANETTI 2004 p233) Aleacutem disso permitem tambeacutem a
visualizaccedilatildeo contiacutenua do local de punccedilatildeo permitindo assim avaliaccedilatildeo do mesmo natildeo soacute
durante a infusatildeo de medicaccedilotildees mas tambeacutem todo o tempo
(1998 apud SILVA E ZANETTI 2004 p233) afirma que nas fixaccedilotildees em
que se utiliza a gaze esteacuteril preconiza-se a utilizaccedilatildeo de teacutecnica asseacuteptica Neste curativo a
gaze esteacuteril eacute colocada sobre o siacutetio de inserccedilatildeo e suas bordas satildeo fixadas com fita adesiva
A observaccedilatildeo da punccedilatildeo eacute muito importante pois se o local de inserccedilatildeo se mostrar
com sinais e sintomas de complicaccedilotildees a terapia deve ser suspensa (OLIVEIRA BEZERRA
e PEREIRA 2008 p95)
A visualizaccedilatildeo contiacutenua do acesso permite que a equipe de enfermagem possa realizar
uma observaccedilatildeo mais particularizada em relaccedilatildeo agraves condiccedilotildees do acesso venoso perifeacuterico
podendo observar se haacute deslocamento do cateter sinais de infiltraccedilatildeo e tambeacutem sinais de
infecccedilatildeo
Para Silva Barbato e Valente (2013 p 1200) cabe ao enfermeiro fazer a avaliaccedilatildeo
diaacuteria e cuidadosa do curativo observando a presenccedila de umidade sujidade integridade do
oacutestio de inserccedilatildeo a fixaccedilatildeo bem como a realizaccedilatildeo do curativo e das anotaccedilotildees legais
competentes agraves suas funccedilotildees
A fase poacutes-procedimento eacute caracterizada por uma seacuterie de cuidados que a equipe de
enfermagem deve realizar para que se obtenha maior tempo de permanecircncia do acesso venoso
perifeacuterico Durante as entrevistas os cuidados citados foram a salinizaccedilatildeo do acesso cuidados
para evitar a flebite e a velocidade de infusatildeo
15 Pettit DM Kraus V The use of gauze versus transparent dressings for peripheral intravenous catheter sites Nurs ClinNorth Am 1995 30(3)495-506 16 Potter P Perry AG Fundamentos de enfermagem processo conceito e praacutetica 3ordf ed Santos(SP) Guanabara Koogan19981397pp801-43
27
ldquoManter um acesso bem salinizado que vocecirc lave pelo menos de duas de trecircs em trecircs horas Se bem que isso aqui na pediatria natildeo eacute muito comum aqui a gente soacute lava cada vez que vai fazer medicaccedilatildeo mas se eu natildeo me engano a literatura preconiza isso vocecirc lavar pelo menos de quatro em quatro horas o acessordquo (Aurora)
ldquoPra manter o acesso venoso perifeacuterico eacute importante manter ele salinizado Assim que a gente recebe o plantatildeo eu vou ver se o acesso ta peacutervio com uma ldquoseringuinhardquo vai la da uma ldquolavadinhardquo e vecirc se o acesso ta peacutervio e manter o acesso salinizadordquo (Ariel)
ldquoSalinizar de 6 em 6 horas para manter ele peacuterviordquo (Alice)
ldquoTem que passar lento a medicaccedilatildeo e a limpeza da aacuterea vocecirc tem que limpar bem a aacuterea pra vocecirc natildeo formar uma flebiterdquo (Cinderela)
A salinizaccedilatildeo do acesso eacute um cuidado simples e de grande importacircncia Esse cuidado
deve ser realizado para manter o acesso peacutervio e limpo e deve ser realizado antes e apoacutes
qualquer infusatildeo
Para Moncaio e Figueiredo (2009)
a ldquosalinizaccedilatildeordquo consiste em administrar sob pressatildeo positiva soluccedilatildeo salina (Soro fisioloacutegico a 09) logo apoacutes o teacutermino da infusatildeo da medicaccedilatildeo Este procedimento visa prevenir a formaccedilatildeo de trombos e fibrina evitar o contato de drogas incompatiacuteveis (quando da infusatildeo de mais de um item medicamentoso no mesmo horaacuterio) garantir a infusatildeo de todo o medicamento que possa ter ficado no sistema aleacutem de evitar retorno sanguiacuteneo mantendo o cateter peacutervio para a proacutexima infusatildeo
Durante a coleta de dados esse cuidado surgiu em diversos momentos poreacutem foi
possiacutevel perceber que os profissionais realizam o mesmo de forma banalizada Natildeo sabem de
fato a real funccedilatildeo de manter o acesso salinizado A impressatildeo que passa eacute que eles
aprenderam que esse cuidado deveria ser feito e simplesmente fazem Haacute divergecircncias
tambeacutem entre a equipe em relaccedilatildeo ao momento que deve ser realizada a salinizaccedilatildeo e isso nos
mostra a desatualizaccedilatildeo dos profissionais do setor e a falta de uma educaccedilatildeo continuada no
hospital
Os cuidados para evitar a flebite e a velocidade de infusatildeo da medicaccedilatildeo apareceram
menos nas entrevistas e interferem diretamente com a manutenccedilatildeo do acesso venoso
perifeacuterico
28
A flebite eacute uma inflamaccedilatildeo na veia puncionada ocorrendo quando as ceacutelulas
endoteliais da parede da veia que o cateter estaacute inserido tornam-se inflamadas e irregulares
propiciando a aderecircncia de plaquetas e predispondo a veia a inflamaccedilatildeo Eacute comum que o local
se apresente dolorido hiperemiado quente e edemaciado e nesses casos eacute aconselhada a
retirada do cateter Uma boa fixaccedilatildeo do cateter perifeacuterico eacute recomendada por autores na
literatura visto que previnem deslocamento faacutecil e permitem uma boa visualizaccedilatildeo do local
evitando complicaccedilotildees como a flebite e infiltraccedilatildeo (MOLDES et al 2011 p 330)
Dentre as principais falhas de infusatildeo venosa estatildeo flebite infiltraccedilatildeo hematoma e
obstruccedilatildeo Acredita-se que para reduzir a incidecircncia destas nas unidades pediaacutetricas eacute preciso
a adoccedilatildeo de estrateacutegias tais como a abordagem junto agrave equipe em parceria com o setor de
educaccedilatildeo permanente e a adoccedilatildeo do uso da teacutecnica corretamente e de forma asseacuteptica para a
realizaccedilatildeo da punccedilatildeo venosa perifeacuterica em acordo com a comissatildeo de controle de infecccedilatildeo
hospitalar (SILVA BARBATO e VALENTE 2013 p 1200)
A incapacidade do paciente em relatar dor no siacutetio de administraccedilatildeo do faacutermaco quer
pela idade ou condiccedilatildeo cliacutenica e o local de inserccedilatildeo como tambeacutem a velocidade de infusatildeo do
medicamento (gt25mgmin) satildeo classificados como fatores de risco para a perda do acesso
venoso perifeacuterico (MARTINS SILVINO e DIAS 2010)
42 Os cuidados em desuso para manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico
Essa categoria discorre sobre os cuidados de enfermagem que com o passar do tempo
foram desconsiderados e natildeo satildeo mais utilizados Quando questionados em relaccedilatildeo a vivencia
profissional e cuidados que discordavam os entrevistados citaram o uso da tala para fixaccedilatildeo
uso de heparina e os cuidados em relaccedilatildeo ao tempo de permanecircncia do cateter Haacute muitas
controveacutersias em relaccedilatildeo aos cuidados citados acima
O tempo de permanecircncia interfere diretamente no aparecimento de complicaccedilotildees
como flebite e que acabam levando a perda do acesso venoso perifeacuterico mais rapidamente
aconselhando assim a troca do mesmo entre 76 a 96 horas Poreacutem eacute preconizada a retirada do
cateter apenas se finalizar o tratamento ou houver alguma interferecircncia
ldquoA gente observa tambeacutem o tempo dependendo do tempo tem que tirarrdquo (Alice)
29
ldquoHoje eu natildeo sei como que eacute essa questatildeo do tempo porque a gente trocava o acesso a cada quatro dias agora o pessoal jaacute diz que pode trocar em ateacute uma semana entatildeo natildeo sei como que ta isso e o que tem escrito em relaccedilatildeo a isso (Aurora)
Sabe-se que o tempo para troca do cateter de teflon ou poliuretano varia de 72 a 96
horas com o intuito de reduzir risco de infecccedilatildeo e flebite e para minimizar esses riscos nas
seguintes situaccedilotildees diante de sinais inflamatoacuterios no local de inserccedilatildeo e sempre que houver
mau funcionamento do cateter (SANTOS17
Entretanto o Center for Disease Control and Prevention - CDC (2002) diz que em
pacientes pediaacutetricos natildeo foi observada relaccedilatildeo quanto ao tempo de permanecircncia do cateter e
ocorrecircncia de complicaccedilotildees devendo ser mantido ateacute o teacutermino da terapia intravenosa ou
quando forem observados sinais cliacutenicos de complicaccedilotildees
2004 apud OLIVEIRA BEZERRA e PEREIRA
2008 p 93)
Eacute possiacutevel observar a diferenccedila do conhecimento pratico dos profissionais
entrevistados em relaccedilatildeo ao conhecimento encontrado na literatura E ainda contendo duacutevidas
natildeo haacute uma busca da parte dos mesmos para esclarececirc-las
O uso da heparina com a finalidade de manter o acesso peacutervio por um periacuteodo maior
de tempo mostra-se com mais certeza quanto ao desuso nos dados colidos
ldquoAntigamente a gente usava heparina entatildeo a gente ficava tranquila em relaccedilatildeo agrave obstruccedilatildeo mas agora natildeo a gente usa o soro fisioloacutegico e a gente deixa salinizadordquo (Aurora)
Rang e Dale 18(1998 apud DOPICO e OLIVEIRA 2006) afirmam que a heparina
inibe a formaccedilatildeo de coaacutegulos de fibrina in vitro e in vivo e que seu efeito anticoagulante eacute
praticamente imediato Com isso Phillips19
17 Santos W Lavagem das matildeos In R Luiz Santos W Manual baacutesico de prevenccedilatildeo e controle das infecccedilotildees hospitalares do HRU Fortaleza Hospital Regional Unimed 2004
(2001 apud DOPICO e OLIVEIRA 2006)
ressalta que a teacutecnica de manutenccedilatildeo intermitente de cateteres intravenosos com soluccedilatildeo
salina 09 classificada como salinizaccedilatildeo tem sido pesquisada haacute alguns anos apresentando
em relaccedilatildeo ao uso da heparina vantagens como o baixo custo ser um procedimento mais
18 Rang HP Dale M M Hemostasia e Trombose In Rang HP Dale M M Farmacologia Rio de Janeiro Guanabara Koogan 1998 p235-47 19 PHILLIPS L D Manual de terapia intravenosa 2ed Porto Alegre Artmed 2001
30
simples aleacutem de eliminar a possibilidade de incompatibilidade com as drogas e soluccedilotildees
administradas aleacutem da inexistecircncia de riscos ao paciente Entretanto sabe-se que a literatura
ainda natildeo fornece consenso acerca da soluccedilatildeo mais indicada para manutenccedilatildeo da
permeabilidade do cateter venoso perifeacuterico
Eacute importante ressaltar que muitas instituiccedilotildees do nosso paiacutes nem ao menos tecircm o
conhecimento da praacutetica da salinizaccedilatildeo com soluccedilatildeo salina 09 No que se refere agrave pesquisa
cientiacutefica as limitaccedilotildees desta praacutetica satildeo atribuiacutedas agrave ausecircncia de um maior nuacutemero de
estudos controlados para validar sua eficaacutecia (EPPERSON20
Apesar de natildeo ser encontradas publicaccedilotildees acerca do tema a utilizaccedilatildeo de heparina
mostra-se como uma pratica natildeo mais utilizada pelos profissionais de enfermagem Outro
tema onde haacute controveacutersias e tambeacutem poucas citaccedilotildees eacute o uso da tala para fixaccedilatildeo do acesso
venoso perifeacuterico Seguem abaixo a opiniatildeo de alguns dos profissionais entrevistados
1984 apud DOPICO e
OLIVEIRA 2006)
ldquoA uacutenica coisa que eu natildeo gosto de ver eacute quando se coloca tala para imobilizar dizendo que a tala vai ajudar a natildeo perder a veia Isso eu natildeo concordo acho que a tala prejudica a crianccedila fica incomodada faz dor no membrordquo (Cinderela)
ldquoAntigamente a gente usava muito tala e as vezes eu pego isso aqui ai eu falo gente tala natildeo se usa mais natildeo faz parte mais da fixaccedilatildeo vocecirc pode fixar de uma forma que a crianccedila natildeo perca A tala eu acho que ela traumatiza um pouco ainda mais se vocecirc pegar um acesso na dobra vocecirc vai fazer com que a crianccedila fique com o braccedilo esticado muito tempo eu acho que pode causar uma lesatildeo depois e a literatura jaacute fala que eacute desnecessaacuteria natildeo precisa maisrdquo (Aurora) ldquoAntigamente usavam tala mas hoje em dia quase natildeo se vecirc mais e eu acho que a tala atrapalha porque a crianccedila fica imobilizada no membro ai fica mais irritadardquo (Rapunzel) ldquoLaacute no meu outro trabalho alguns usam a tala Eu acho que a tala ajuda ateacute a perder mais raacutepido porque a crianccedila fica incomodada vai querer mexer naquilordquo (Mulan)
20 Epperson EL Efficacy of 09 sodium chloride injection with without heparin for maintenance indwelling intermittent injection sites Clin Pharm1984 3(5)26
31
Almeida e Sabateacutes21
Entretanto haacute estudo que comprovam que o uso da tala natildeo se mostra tatildeo eficiente e
apresenta-se como uma praacutetica controversa O estudo foi realizado em crianccedilas ateacute os 12 anos
utilizando imobilizaccedilatildeo com tala e em mais de metade dos casos (553) ocorreu infiltraccedilatildeo
o que indicia a ineficaacutecia desta praacutetica (MACHADO PEDREIRA e CHAUD 2008 apud
BATALHA et al 2010 p512)
(2008 apud BATALHA et al 2010 p512) afirmam que a teacutecnica
de fixaccedilatildeo dos CVP com uso de imobilizaccedilatildeo com tala para restriccedilatildeo ou limitaccedilatildeo dos
movimentos articulares proacuteximo do local da punccedilatildeo estaacute indicado nas matildeos punhos cotovelo
e maleacuteolo
Para Batalha et al (2010 p512) o uso desta praacutetica parece natildeo se coadunar com o
atual uso de cateteres flexiacuteveis tipo abocath em detrimento de agulhas metaacutelicas Talvez por
isso comecem a surgir novas teacutecnicas de fixaccedilatildeo dos CVP que natildeo exigem imobilizaccedilatildeo das
articulaccedilotildees com talas
Aleacutem de natildeo haver uma confirmaccedilatildeo dos benefiacutecios causados pelo uso da tala a
imobilizaccedilatildeo causa incocircmodo para a crianccedila que fica com o membro imoacutevel podendo causar
dor e tambeacutem irritaccedilatildeo O uso desse tipo de fixaccedilatildeo tambeacutem impede a visualizaccedilatildeo frequente
do acesso venoso afetando assim os cuidados de observaccedilatildeo da equipe de enfermagem
43 O acompanhante e a manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico
A presente categoria vai discutir um assunto importante que surgiu durante as
entrevistas de forma inesperada Alguns dos profissionais entrevistados citaram o descuido do
acompanhante como um fator causador da perda do acesso venoso perifeacuterico Seguem abaixo
algumas falas
ldquoA matildee sempre acompanha e tem matildee que natildeo tem cuidado natildeo vigia e a gente tem que ficar pedindo pra olhar tomar contardquo (Aurora)
ldquoEm relaccedilatildeo ao acompanhante porque a crianccedila natildeo vai avaliar entatildeo o acompanhante que estar ali tem que avaliar direitinho natildeo deixar a crianccedila mexer ou puxarrdquo (Bela)
ldquoNatildeo eacute toda matildee que esta vigiando que cuida pra que a crianccedila natildeo perca o acessordquo (Jasmine)
21 Almeida FA Sabateacutes AL Enfermagem pediaacutetrica a crianccedila o adolescente e a sua famiacutelia no hospital Satildeo Paulo(SP) Manole 2008
32
ldquoAcho que leva a perda quando o acompanhante natildeo coopera as vezes a gente faz a imobilizaccedilatildeo na crianccedila e as vezes eles ateacute retiram e a proacutepria crianccedila agitada ela mesmo arrancardquo (Branca de Neve)
ldquoAgraves vezes a proacutepria crianccedila que a matildee deixa muito solta ai solta o acessordquo (Mulan)
Apoacutes a implementaccedilatildeo da lei que garante um acompanhante ao paciente pediaacutetrico a
presenccedila do familiarresponsaacutevel durante a hospitalizaccedilatildeo mudou a rotina da equipe de
enfermagem trazendo duacutevidas quanto a real funccedilatildeo do acompanhante e fazendo com que a
mesma viesse a delegar certos cuidados para acompanhante
A Promulgaccedilatildeo da Lei 8069 do Estatuto da Crianccedila e do Adolescente (ECA) em
1990 no seu artigo 12deg garante agrave crianccedila ou ao adolescente o direito de ter um responsaacutevel
que o acompanhe durante a hospitalizaccedilatildeo (1990)
Desde a sua implantaccedilatildeo as unidades vecircm sofrendo um processo de reorganizaccedilatildeo de
suas praacuteticas A inserccedilatildeo da famiacutelia modifica a organizaccedilatildeo do processo de trabalho o que
requer dos profissionais uma compreensatildeo em relaccedilatildeo agrave dinacircmica das relaccedilotildees interpessoais
(COLLET e ROCHA 2004)
Pimenta e Collet (2009) ressaltam que natildeo haacute nenhuma regulamentaccedilatildeo sobre a
participaccedilatildeo da famiacutelia nos cuidados e no entanto a mesma desempenha atividades junto agrave
crianccedila durante a hospitalizaccedilatildeo que devem ser levadas em consideraccedilatildeo A falta de
reconhecimento desse fato fez com que a equipe de enfermagem e famiacutelia natildeo possuiacutessem
uma relaccedilatildeo aberta e vivessem uma relaccedilatildeo silenciosa e impliacutecita de poder na qual a famiacutelia
acaba assumindo as relaccedilotildees do cuidado agrave crianccedila de responsabilidade da enfermagem
A negociaccedilatildeo entre matildees e equipe de enfermagem em relaccedilatildeo aos cuidados agrave crianccedila
hospitalizada natildeo eacute uma tarefa faacutecil tendo em vista que natildeo se tem claro qual o seu novo
papel neste processo (COLLET e ROCHA 2004)
Eacute possiacutevel ver nas falas que a presenccedila do acompanhante causa para a equipe de
enfermagem a seguranccedila de ter algueacutem para ldquovigiarrdquo ldquotomar contardquo e natildeo deixar que a
crianccedila hospitalizada perca o acesso venoso quando na verdade eacute funccedilatildeo da equipe de
enfermagem cuidados referentes ao acesso venoso perifeacuterico
33
Jaacute o acompanhante eacute definido pelo Ministeacuterio da Sauacutede como uma pessoa significativa
para a crianccedila que representa sua rede social e que vai acompanhaacute-lo durante a permanecircncia
no ambiente hospitalar ressaltando assim sua importacircncia Esse fato se reforccedila visto que a
crianccedila encontra nos familiares a forccedila e seguranccedila necessaacuteria para encarar todo esse processo
doloroso e desconhecido (MURAKAMI e CAMPOS 2011 p255)
O acompanhante aleacutem de minimizar o sofrimento do paciente pediaacutetrico faz com que
o mesmo sinta-se mais a vontade Eacute importante ressaltar que o familiarresponsaacutevel natildeo soacute
pode como deve participar das atividades da crianccedila no hospital desde que estas natildeo sejam
competecircncias dos profissionais que os cercam Essas atividades satildeo caracterizadas como
semelhantes aos que eles realizam diariamente fora do ambiente hospitalar como o banho
Poreacutem no caso de um paciente com punccedilatildeo venosa perifeacuterica o profissional de enfermagem
deve auxiliar no cuidado para que essa natildeo se perca
Os cuidados dos familiaresacompanhantes satildeo os mesmos que os desenvolvidos no
domiciacutelio e os cuidados prestados pela equipe de enfermagem satildeo aqueles que demandam
conhecimento teacutecnico-cientiacutefico especializado (SOUZA e OLIVEIRA 2010 p558)
Mesmo alguns cuidados parecerem simples e rotineiros quando eacute prestado no
hospital assumem novas caracteriacutesticas com o uso de dispositivos tecnoloacutegicos os quais se
tornam complexos (PIMENTA E COLLET 2009)
O ato de cuidar envolve o respeito agrave maneira como vive cada indiviacuteduo de acordo
com suas crenccedilas valores costumes e cultura A famiacutelia como uma instituiccedilatildeo atende agraves
necessidades bioloacutegicas de seus membros sendo sua responsabilidade cuidar e criar os filhos
incluindo a obrigaccedilatildeo da alimentaccedilatildeo higiene vestuaacuterio e moradia (ELSEN22
Nas entrevistas podemos verificar falas em que o acompanhante eacute citado como
responsaacutevel por avaliar a punccedilatildeo venosa A equipe de enfermagem deve sempre partir do
pressuposto que o familiar acompanhante natildeo tem conhecimento cientiacutefico e certo tipo de
cuidado natildeo deve se delegado para o mesmo mostrando assim a importacircncia da orientaccedilatildeo do
acompanhante quanto aos procedimentos dispositivos utilizados e cuidados em que os
etal 1994
apud SOUZA e OLIVEIRA 2010 p 553)
22 Elsen I Patriacutecio ZM Assistecircncia agrave crianccedila hospitalizada tipos de abordagens e suas implicaccedilotildees para a enfermagem In A enfermagem em pediatria e puericultura Rio de Janeiro (RJ) Atheneu 2005
34
mesmos possam auxiliar Seguem abaixo as falas onde os profissionais ressaltaram a
importacircncia da orientaccedilatildeo do acompanhante
ldquoNem sempre a crianccedila vai entender o porque de estar com aquele acesso entatildeo tem que ter uma orientaccedilatildeo do acompanhanterdquo (Bela)
ldquoTem que haver orientaccedilatildeo do acompanhante para os cuidadosrdquo (Ariel)
ldquoAgraves vezes tem ate o exemplo de um pai que natildeo deixa trocar o acesso jaacute tinha mais de uma semana e ele natildeo queria que trocasse ai faz febre e natildeo sabe da onderdquo (Alice)
Para Souza e Oliveira (2010 p555) deve haver uma preocupaccedilatildeo em orientar
considerando que o outro natildeo tem nenhum tipo de conhecimento sobre o assunto Poreacutem
Queiroz e Jorge23
Apesar das dificuldades o profissional de enfermagem deve estabelecer um viacutenculo de
confianccedila com o acompanhante buscando sempre deixaacute-los ciente das situaccedilotildees e fazendo-os
participar dos cuidados plausiacuteveis sem causar nenhum dano agrave crianccedila e de maneira alguma
abandonar suas atribuiccedilotildees
(2004 apud SOUZA e OLIVEIRA 2010 p 556) ressaltam que apesar de os
profissionais terem intenccedilatildeo de orientar os cuidados para a sauacutede repassam conhecimentos
elaborados cientificamente dificultando a compreensatildeo do familiar aleacutem de a relaccedilatildeo se dar
de maneira vertical assimeacutetrica e coercitiva
23 Queiroz MVO Jorge MSB Accedilotildees educativas no cuidado infantil e intervenccedilotildees dos profissionais junto agraves famiacutelias Acta Scientiarum Maringaacute 2004 janjun 26(1) 27-34
35
CONCLUSAtildeO
Atraveacutes desse estudo foi possiacutevel descrever e analisar os cuidados que os profissionais
de enfermagem realizam acerca da permanecircncia do acesso venoso perifeacuterico Aleacutem disso a
realizaccedilatildeo da pesquisa permitiu identificar a desarticulaccedilatildeo do processo de enfermagem e a
praacutetica desconectada da produccedilatildeo cientiacutefica caracterizando a falta de uma educaccedilatildeo
continuada efetiva
A anaacutelise dos dados demonstra o processo de punccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico
ressaltando a importacircncia de cuidados como a seleccedilatildeo do local a diluiccedilatildeo da medicaccedilatildeo a
realizaccedilatildeo de uma boa fixaccedilatildeo a atenccedilatildeo com a velocidade de infusatildeo os cuidados com os
sinais de infecccedilatildeo e salinizaccedilatildeo do acesso natildeo deixando de salientar cuidados em desuso
como o uso da heparina da tala e duvidas em relaccedilatildeo ao tempo de permanecircncia Evidenciou
tambeacutem que a equipe de enfermagem delega alguns cuidados para os acompanhantes
Natildeo foi possiacutevel perceber o niacutevel de conhecimento cientiacutefico dos profissionais visto
que eles em nenhum momento por natildeo saberem ou por medo de se expor natildeo explicaram de
fato nenhum cuidado que disseram realizar Sempre citaram de forma superficial e direta
deixando claro tambeacutem que o pesquisador natildeo os indagou quanto a isso Poreacutem creio que
diante de cuidados tatildeo importantes e de frequente praacutetica os mesmos falariam facilmente
sobre os cuidados de enfermagem na permanecircncia do acesso venoso perifeacuterico
Apesar dos entrevistados citarem alguns fatores e cuidados realizados de forma
correta eacute visiacutevel que os mesmos realizam os cuidados com a punccedilatildeo e a permanencia do
acesso de forma automaacutetica sem unir a praacutetica com o fundamento do mesmo
Eacute importante destacar tambeacutem a importacircncia do preparo emocional da crianccedila como
tambeacutem os cuidados com a famiacutelia dos mesmos O trabalho de humanizaccedilatildeo realizado pela
36
enfermagem faz grande diferenccedila nessas situaccedilotildees visto que os pacientes e acompanhantes
tendo conhecimento do que seraacute realizado ficariam mais tranquilos
O estudo contribuiu para o campo do ensino nesta aacuterea dando destaque ao importante
papel que o profissional de enfermagem deve desempenhar no cuidado e na manutenccedilatildeo do
acesso venoso perifeacuterico Contudo vale ressaltar a importacircncia do incentivo ao profissional a
buscar na literatura natildeo soacute esclarecimento de suas duvidas mas tambeacutem novos
conhecimentos
Pode colaborar ainda para a realizaccedilatildeo de novas pesquisas na aacuterea procurando
eliminar duacutevidas e controveacutersias sobre o tema Buscando assim a realizaccedilatildeo de um cuidado de
enfermagem articulado e eficaz promovendo o bem-estar do paciente pediaacutetrico durante a
hospitalizaccedilatildeo
37
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APEcircNDICE I
TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO
DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO Tiacutetulo Do Projeto Os cuidados de enfermagem acerca dos acessos venosos perifeacutericos na unidade pediaacutetrica Pesquisador Responsaacutevel Rosane Cordeiro Burla de Aguiar Eny Dorea Paiva e Karina Rodrigues Fernandes Instituiccedilatildeo a que Pertence o Pesquisador Responsaacutevel Universidade Federal Fluminense Telefone para contato (21) 98355269 (21) 82392939 (21) 91786609 Nome do voluntaacuterio _________________________________________________________ Idade ________ anos RG ____________________________
AO Sr (a) estaacute sendo convidado (a) a participar do projeto de pesquisa OS CUIDADOS DE
ENFERMAGEM ACERCA DOS ACESSOS VENOSOS PERIFEacuteRICOS NA UNIDADE PEDIATRICA de
responsabilidade da pesquisadora Profordf Drordf Rosane Cordeiro Burla de Aguiar e Profordf Drordf Eny Dorea Paiva A
punccedilatildeo venosa perifeacuterica eacute um procedimento essencial durante a hospitalizaccedilatildeo da crianccedila visto que eacute atraveacutes
dela que eacute administrada grande parte das medicaccedilotildees Este estudo se justifica diante da importacircncia da
necessidade de um maior periacuteodo de permanecircncia dos acessos venosos perifeacutericos Com isso aleacutem da
diminuiccedilatildeo de eventos que causam dor e irritaccedilatildeo na crianccedila e na famiacutelia promoveraacute tambeacutem uma melhor estada
dos mesmos durante o periacuteodo de hospitalizaccedilatildeo Os objetivos da pesquisa satildeo 1) Descrever os fatores que
interferem na manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico de acordo com a equipe de enfermagem 2)Analisar os
cuidados da equipe de enfermagem na manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico A coleta de dados se daraacute
atraveacutes de entrevistas semi estruturadas que seratildeo gravadas As informaccedilotildees colhidas seratildeo tratadas de forma
anocircnima e confidencial ou seja em nenhum momento seratildeo divulgados o seu nome e somente os
pesquisadores teratildeo acesso agraves informaccedilotildees Os dados obtidos com a pesquisa poderatildeo ser publicados apenas com
fins cientiacuteficos Eles natildeo seratildeo utilizados para fins comerciais ou para outra finalidade qualquer Caso necessite
poderatildeo ser marcados encontros para respostas ou esclarecimentos de qualquer duacutevida acerca da pesquisa A sua
participaccedilatildeo eacute voluntaria e eacute importante lembrar que vocecirc poderaacute desistir de participar da pesquisa em qualquer
momento A entrevista seraacute marcada em um dia e horaacuterio que vocecirc achar melhor Seraacute realizada
individualmente em um ambiente que nos ofereccedila privacidade Esta pesquisa natildeo oferece riscos para vocecirc e os
benefiacutecios da sua participaccedilatildeo satildeo de aumentar o conhecimento cientiacutefico na aacuterea de Enfermagem Pediaacutetrica
aleacutem de contribuir para a praacutetica profissional Este documento seraacute elaborado em duas vias uma para vocecirc e a
outra seraacute arquivada pelo pesquisador
Eu_____________________________________________________________ RG no _____________________________ Declaro que apoacutes ter entendido o que me foi explicado consinto voluntariamente em participar do presente Protocolo de Pesquisa entendo ainda que posso retirar o meu consentimento a qualquer momento antes ou durante a realizaccedilatildeo do mesmo declaro ter sido informada(o) e concordo em participar como voluntaacuteria(o) da pesquisa acima descrita Rio de Janeiro_______de_______________de 20___ _____________________________ ________________________________
(Participante) Karina Rodrigues Fernandes (Responsaacutevel por obter o consentimento)
______________________________________ _______________________________________ (Testemunha) (Testemunha)
45
APEcircNDICE II
ROTEIRO PARA ENTREVISTA
1) O que vocecirc acha que pode levar a perda do acesso perifeacuterico
2) Para vocecirc o que eacute importante para manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico nas
crianccedilas
3) O que vocecirc acha que pode interferir na sua manutenccedilatildeo
4) Que medidas vocecirc adota no seu dia a dia para manter o acesso
5) Na sua vivencia profissional o que vocecirc discorda dos cuidados que geralmente satildeo
utilizados para manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico
46
ANEXO
47
48
21
pesquisador toma contato direto com o material adquirido deixando-se impregnar por seu
conteuacutedo Posteriormente haacute a constituiccedilatildeo do Corpus textual onde eacute feita uma seleccedilatildeo dos
documentos que iratildeo contemplar e fornecer informaccedilotildees sobre o tema sendo assim adequados
para dar resposta aos objetivos do trabalho (MINAYO 2010 p 315)
Essa fase preacute-analiacutetica eacute onde se determinam a unidades de registro unidade de
contexto e a partir delas satildeo determinados os temas que seratildeo analisados A unidade de
registro corresponde parte do conteuacutedo selecionado como base para analise e apoacutes a
delimitaccedilatildeo do contexto de compreensatildeo da unidade de registro eacute estabelecida a unidade de
contexto (MINAYO 2010 p 316)
De acordo com os objetivos da pesquisa foi possiacutevel perceber que nove (9)
entrevistas supriam para atender os mesmo encerrando assim a coleta Apoacutes a transcriccedilatildeo das
entrevistas foi realizada leitura das mesmas para natildeo soacute conhecimento do material mas
tambeacutem estabelecer as unidades de registro Em seguida foi realizado o colorimento das falas
assim as classificando de acordo com as unidades de registro estabelecidas
As unidades de registro que surgiram foram os fatores que interferem na manutenccedilatildeo
do acesso venoso perifeacuterico e o apontamento do acompanhante como responsaacutevel pela perda
do acesso venoso perifeacuterico Elas receberam as cores vermelha e laranja respectivamente a
fim de facilitar o agrupamento dos dados A partir disto surgiram as unidades de contexto que
compreendem as falas das entrevistas de modo a exemplificar o contexto das unidades de
registro
Partindo para segunda etapa da analise temaacutetica a exploraccedilatildeo do material que consiste
numa classificaccedilatildeo que visa alcanccedilar o nuacutecleo de compreensatildeo do texto Busca-se encontrar
categorias que satildeo expressotildees ou palavras significativas em funccedilatildeo das quais o conteuacutedo seraacute
organizado Essas categorias satildeo responsaacuteveis pela especificaccedilatildeo dos temas (MINAYO
2010 p 317)
Nesse caso foram definidos os seguintes temas cuidados preacute intra e poacutes procedimento
de punccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico cuidados em desuso para manutenccedilatildeo do acesso
venoso perifeacuterico o acompanhante e a manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico Essas trecircs (3)
categorias seratildeo apresentadas analisadas e discutidas no capitulo seguinte
22
4 RESULTADOS E DISCUSSAtildeO
Nesse capiacutetulo apresento as trecircs categorias temaacuteticas que surgiram da anaacutelise dos
dados e que contemplaram de forma satisfatoacuteria os objetivos da pesquisa A primeira
categoria denominada como ldquoOs cuidados de enfermagem preacute intra e poacutes-procedimento de
punccedilatildeo do acesso venoso perifeacutericordquo traz os passos e cuidados que os profissionais realizam
antes durante e apoacutes a punccedilatildeo buscando descrever e analisar os fatores envolvidos na pratica
do procedimento em questatildeo que emergiram das entrevistas aleacutem dos cuidados de
enfermagem para a manutenccedilatildeo do mesmo
A segunda categoria que seraacute apresentada eacute ldquoOs cuidados em desuso para manutenccedilatildeo
do acesso venoso perifeacutericordquo que mostra os cuidados que os profissionais citaram como natildeo
mais utilizados para auxiliar na manutenccedilatildeo da punccedilatildeo venosa perifeacuterica
E a uacuteltima categoria eacute denominada ldquoO acompanhante e a manutenccedilatildeo do acesso
venoso perifeacutericordquo e traz a responsabilizaccedilatildeo do acompanhante pelos profissionais do setor
em relaccedilatildeo aos cuidados com manutenccedilatildeo da punccedilatildeo Essa categoria busca tambeacutem ressaltar a
funccedilatildeo do acompanhante durante a hospitalizaccedilatildeo da crianccedila destacando que determinados
cuidados satildeo de total funccedilatildeo da equipe de enfermagem
41 Os cuidados de enfermagem preacute intra e poacutes-procedimento de punccedilatildeo do acesso
venoso perifeacuterico
Para interpretar as unidades de contextos tive como base autores que definiram os
cuidados de enfermagem preacute intra e poacutes punccedilatildeo venosa perifeacuterica Para esses autores a fase
de preacute-punccedilatildeo compreende as accedilotildees de anaacutelise e conhecimento da prescriccedilatildeo avaliaccedilatildeo e
23
preparo emocional do paciente preparo do material e medicaccedilatildeo seleccedilatildeo do siacutetio de inserccedilatildeo
e dilataccedilatildeo da veia selecionada As accedilotildees envolvidas na punccedilatildeo satildeo a execuccedilatildeo das
precauccedilotildees-padratildeo antissepsia da pele punccedilatildeo do vaso a fixaccedilatildeo e curativo do cateter
Finalmente na etapa de poacutes-punccedilatildeo adota-se a identificaccedilatildeo da punccedilatildeo o descarte apropriado
das partes dos materiais natildeo utilizados a orientaccedilatildeo do paciente acerca da terapecircutica o
controle da infusatildeo atraveacutes do gotejamento se necessaacuterio e o registro do procedimento
Phillips12
De acordo com as entrevistas a seleccedilatildeo do local de punccedilatildeo eacute indicada com um fator
que interfere diretamente no tempo de permanecircncia do acesso venoso perifeacuterico visto que
dependendo do local ocorre a perda mais rapidamente Aleacutem da localizaccedilatildeo citaram tambeacutem
o calibre da veia como interferecircncia na manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico Seguem
abaixo algumas falas
(2001 apud ARAUacuteJO 2007 p18)
ldquoPrimeira coisa eacute vocecirc procurar bem a veia colocar uma veia de um bom calibre Se puder dar preferecircncia a natildeo puncionar dobrasrdquo (Cinderela) ldquoDependendo de onde estiver puncionado se for na matildeozinha a crianccedila fica toda hora ta mexendo taacute manipulando alguma coisa e se for no pezinho tambeacutem nem todo tempo vai ficar acamada entatildeo acaba perdendo o acessordquo(Bela ) ldquoO mau posicionamento pode levar a perdardquo (Rapunzel)
A opiniatildeo dos profissionais acima vai de encontro com o que eacute encontrado na
literatura visto que eacute de suma importacircncia que o mesmo avalie o cliente e considere alguns
aspectos para uma escolha criteriosa e eficaz como a finalidade da punccedilatildeo o tipo de soluccedilatildeo
a ser infundida a condiccedilatildeo da rede venosa a duraccedilatildeo da terapia idade do cliente habilidade
cognitiva da crianccedila a preferecircncia do cliente o que nem sempre seraacute possiacutevel satisfazer e
tambeacutem a sua atividade (ARAUacuteJO 2007 p31)
Os cuidados com o acesso venoso perifeacuterico satildeo importantes antes mesmo da
realizaccedilatildeo do procedimento Levando em consideraccedilatildeo que um erro durante a fase de preacute-
procedimento como a escolha errada do local de punccedilatildeo por exemplo poderaacute levar a perda
do acesso e prejudicar assim o tratamento aleacutem do bem-estar da crianccedila que seraacute puncionada
novamente
12 PHILLIPS L D Manual de terapia intravenosa 2ed Porto Alegre Artmed 2001
24
O vaso sanguiacuteneo que o profissional selecionar como local para puncionar deve ser
suficiente para suportar o calibre e o comprimento do cateter aleacutem de atender a necessidade
terapecircutica para que natildeo haja a necessidade de uma nova punccedilatildeo
A punccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico eacute um procedimento doloroso e de grande
incomodo para a crianccedila com isso eacute de suma importacircncia realizar a seleccedilatildeo preacutevia do
material poreacutem natildeo foi citado Outro cuidado rotineiro e natildeo menos importante como a
lavagem das matildeos antes da colocaccedilatildeo do acesso tambeacutem natildeo foi mencionado durante as
entrevistas
O preparo emocional da crianccedila e do acompanhante quanto ao procedimento deve ser
considerada praacutetica rotineira para a equipe de enfermagem O profissional de enfermagem
deve lavar as matildeos objetivando a reduccedilatildeo significativa de risco de infecccedilatildeo e recomenda-se o
uso de aacutegua e sabatildeo para lavagem das matildeos antes da colocaccedilatildeo do cateter venoso perifeacuterico
(PHILLIPS13
O preparo preacutevio do material para instalaccedilatildeo do cateter venoso perifeacuterico eacute importante
para evitar interrupccedilotildees do procedimento e consequentemente um maior tempo de
manipulaccedilatildeo da crianccedila (SILVA
2001apud ARAUacuteJO 2007 Centers for Disease Control and Prevention ndash CDC
2002 apud ARAUacuteJO 2007)
14
Outro aspecto citado e classificado como preacute-procedimento eacute o cuidado com a
medicaccedilatildeo a ser administrada incluindo cuidados com a diluiccedilatildeo e composiccedilatildeo da mesma
Seguem algumas das falas
2004 apud ARAUacuteJO 2007 p30)
ldquoEstar sempre diluindo as medicaccedilotildees de acordo com a prescriccedilatildeo meacutedica pois as medicaccedilotildees satildeo muito fortes e podem causar enfraquecimento da veia Tem que diluir direitinho e passar lento na veiardquo (Cinderela) ldquoTer cuidado principalmente quando eacute crianccedila e a diluiccedilatildeo da medicaccedilatildeo tambeacutem agraves vezes natildeo eacute pra passar em perifeacuterico e na segunda dose jaacute perdeurdquo (Alice)
O acesso venoso perifeacuterico eacute a primeira alternativa para infusatildeo intravenosa por ser de
mais faacutecil acesso e rapidez no efeito da medicaccedilatildeo O profissional de enfermagem deve ter
domiacutenio natildeo soacute relacionado agrave infusatildeo das medicaccedilotildees mas tambeacutem com a composiccedilatildeo
13 PHILLIPS L D Manual de terapia intravenosa 2ed Porto Alegre Artmed 2001 14 SILVA G R G Terapia intravenosa em receacutem-nascidos ndash orientaccedilotildees para o cuidado de Enfermagem Rio de Janeiro Cultura Meacutedica 2004
25
farmacoloacutegica das mesmas os efeitos adversos e colaterais que a droga pode causar inclusive
em relaccedilatildeo a diluiccedilatildeo o que normalmente eacute estabelecido como padratildeo no setor de acordo com
cada faacutermaco
Com a intenccedilatildeo de promover a eficaacutecia terapecircutica dos medicamentos administrados
por via intravenosa eacute atribuiccedilatildeo do profissional de enfermagem implementar teacutecnicas como a
diluiccedilatildeo acondicionamento e cuidados na administraccedilatildeo de faacutermacos a fim de evitar
prejuiacutezos no tratamento resultantes da incompatibilidade medicamentosa (PETERLINI
CHAUD e PEDREIRA 2006)
Os fatores intra-procedimento satildeo considerados aqueles diretamente relacionados com
o procedimento Os dados colidos nas entrevistas ressaltaram apenas a fixaccedilatildeo com um fator
que interfere nessa fase Este foi o dado mais repetitivo nas entrevistas poreacutem sempre citado
de forma superficial Seguem as falas dos profissionais quando questionados sobre o que era
importante para manutenccedilatildeo do acesso
ldquoTem que fazer uma boa fixaccedilatildeo Porque quando a pessoa natildeo fixa bem prejudica porque aquilo vai soltando e quando vocecirc vecirc jaacute perdeu a veiardquo(Cinderela) ldquoEu acho que natildeo tem o que fazer para manter o acesso A crianccedila vai ficar uns dias X com aquele acesso pra fazer medicaccedilatildeo e eu acho que natildeo tem o que vocecirc profissional fazer para que natildeo percardquo (Aurora) ldquoA fixaccedilatildeo evita a movimentaccedilatildeo excessiva no local que estaacute o acessordquo (Ariel) ldquoTer cuidado com o curativo saber manusear E manter sempre o curativo limpo trocar se necessaacuteriordquo (Rapunzel) ldquoA fixaccedilatildeo eacute muito importante pra natildeo soltar o acesso e pra ele ficar mais tempordquo(Mulan)
Oliveira Bezerra e Pereira (2008 p 94) afirmam que de acordo com o revelado por
determinados estudos o tipo de curativo a fixaccedilatildeo do cateter e o tempo de permanecircncia estatildeo
diretamente relacionados com a ocorrecircncia de complicaccedilotildees infecciosas como flebites e
tambeacutem infiltraccedilatildeo extravasamento desconexatildeo e deslocamento do cateter
26
Para Pettit e Kraus15
Potter
(1995 apud MACHADO PEDREIRA E CHAUD2005 p292) a
gaze esteacuteril fixada com a fita adesiva hipoalergecircnica bem como a peliacutecula transparente esteacuteril
satildeo os materiais mais recomendados para curativo e fixaccedilatildeo de cateter venoso perifeacuterico
16
Jaacute as peliacuteculas transparentes mais conhecidas como filme permitem a respiraccedilatildeo
normal da pele com alta permeabilidade ao oxigecircnio e vapores e eacute impermeaacutevel a liacutequidos e
micro-organismos (SILVA E ZANETTI 2004 p233) Aleacutem disso permitem tambeacutem a
visualizaccedilatildeo contiacutenua do local de punccedilatildeo permitindo assim avaliaccedilatildeo do mesmo natildeo soacute
durante a infusatildeo de medicaccedilotildees mas tambeacutem todo o tempo
(1998 apud SILVA E ZANETTI 2004 p233) afirma que nas fixaccedilotildees em
que se utiliza a gaze esteacuteril preconiza-se a utilizaccedilatildeo de teacutecnica asseacuteptica Neste curativo a
gaze esteacuteril eacute colocada sobre o siacutetio de inserccedilatildeo e suas bordas satildeo fixadas com fita adesiva
A observaccedilatildeo da punccedilatildeo eacute muito importante pois se o local de inserccedilatildeo se mostrar
com sinais e sintomas de complicaccedilotildees a terapia deve ser suspensa (OLIVEIRA BEZERRA
e PEREIRA 2008 p95)
A visualizaccedilatildeo contiacutenua do acesso permite que a equipe de enfermagem possa realizar
uma observaccedilatildeo mais particularizada em relaccedilatildeo agraves condiccedilotildees do acesso venoso perifeacuterico
podendo observar se haacute deslocamento do cateter sinais de infiltraccedilatildeo e tambeacutem sinais de
infecccedilatildeo
Para Silva Barbato e Valente (2013 p 1200) cabe ao enfermeiro fazer a avaliaccedilatildeo
diaacuteria e cuidadosa do curativo observando a presenccedila de umidade sujidade integridade do
oacutestio de inserccedilatildeo a fixaccedilatildeo bem como a realizaccedilatildeo do curativo e das anotaccedilotildees legais
competentes agraves suas funccedilotildees
A fase poacutes-procedimento eacute caracterizada por uma seacuterie de cuidados que a equipe de
enfermagem deve realizar para que se obtenha maior tempo de permanecircncia do acesso venoso
perifeacuterico Durante as entrevistas os cuidados citados foram a salinizaccedilatildeo do acesso cuidados
para evitar a flebite e a velocidade de infusatildeo
15 Pettit DM Kraus V The use of gauze versus transparent dressings for peripheral intravenous catheter sites Nurs ClinNorth Am 1995 30(3)495-506 16 Potter P Perry AG Fundamentos de enfermagem processo conceito e praacutetica 3ordf ed Santos(SP) Guanabara Koogan19981397pp801-43
27
ldquoManter um acesso bem salinizado que vocecirc lave pelo menos de duas de trecircs em trecircs horas Se bem que isso aqui na pediatria natildeo eacute muito comum aqui a gente soacute lava cada vez que vai fazer medicaccedilatildeo mas se eu natildeo me engano a literatura preconiza isso vocecirc lavar pelo menos de quatro em quatro horas o acessordquo (Aurora)
ldquoPra manter o acesso venoso perifeacuterico eacute importante manter ele salinizado Assim que a gente recebe o plantatildeo eu vou ver se o acesso ta peacutervio com uma ldquoseringuinhardquo vai la da uma ldquolavadinhardquo e vecirc se o acesso ta peacutervio e manter o acesso salinizadordquo (Ariel)
ldquoSalinizar de 6 em 6 horas para manter ele peacuterviordquo (Alice)
ldquoTem que passar lento a medicaccedilatildeo e a limpeza da aacuterea vocecirc tem que limpar bem a aacuterea pra vocecirc natildeo formar uma flebiterdquo (Cinderela)
A salinizaccedilatildeo do acesso eacute um cuidado simples e de grande importacircncia Esse cuidado
deve ser realizado para manter o acesso peacutervio e limpo e deve ser realizado antes e apoacutes
qualquer infusatildeo
Para Moncaio e Figueiredo (2009)
a ldquosalinizaccedilatildeordquo consiste em administrar sob pressatildeo positiva soluccedilatildeo salina (Soro fisioloacutegico a 09) logo apoacutes o teacutermino da infusatildeo da medicaccedilatildeo Este procedimento visa prevenir a formaccedilatildeo de trombos e fibrina evitar o contato de drogas incompatiacuteveis (quando da infusatildeo de mais de um item medicamentoso no mesmo horaacuterio) garantir a infusatildeo de todo o medicamento que possa ter ficado no sistema aleacutem de evitar retorno sanguiacuteneo mantendo o cateter peacutervio para a proacutexima infusatildeo
Durante a coleta de dados esse cuidado surgiu em diversos momentos poreacutem foi
possiacutevel perceber que os profissionais realizam o mesmo de forma banalizada Natildeo sabem de
fato a real funccedilatildeo de manter o acesso salinizado A impressatildeo que passa eacute que eles
aprenderam que esse cuidado deveria ser feito e simplesmente fazem Haacute divergecircncias
tambeacutem entre a equipe em relaccedilatildeo ao momento que deve ser realizada a salinizaccedilatildeo e isso nos
mostra a desatualizaccedilatildeo dos profissionais do setor e a falta de uma educaccedilatildeo continuada no
hospital
Os cuidados para evitar a flebite e a velocidade de infusatildeo da medicaccedilatildeo apareceram
menos nas entrevistas e interferem diretamente com a manutenccedilatildeo do acesso venoso
perifeacuterico
28
A flebite eacute uma inflamaccedilatildeo na veia puncionada ocorrendo quando as ceacutelulas
endoteliais da parede da veia que o cateter estaacute inserido tornam-se inflamadas e irregulares
propiciando a aderecircncia de plaquetas e predispondo a veia a inflamaccedilatildeo Eacute comum que o local
se apresente dolorido hiperemiado quente e edemaciado e nesses casos eacute aconselhada a
retirada do cateter Uma boa fixaccedilatildeo do cateter perifeacuterico eacute recomendada por autores na
literatura visto que previnem deslocamento faacutecil e permitem uma boa visualizaccedilatildeo do local
evitando complicaccedilotildees como a flebite e infiltraccedilatildeo (MOLDES et al 2011 p 330)
Dentre as principais falhas de infusatildeo venosa estatildeo flebite infiltraccedilatildeo hematoma e
obstruccedilatildeo Acredita-se que para reduzir a incidecircncia destas nas unidades pediaacutetricas eacute preciso
a adoccedilatildeo de estrateacutegias tais como a abordagem junto agrave equipe em parceria com o setor de
educaccedilatildeo permanente e a adoccedilatildeo do uso da teacutecnica corretamente e de forma asseacuteptica para a
realizaccedilatildeo da punccedilatildeo venosa perifeacuterica em acordo com a comissatildeo de controle de infecccedilatildeo
hospitalar (SILVA BARBATO e VALENTE 2013 p 1200)
A incapacidade do paciente em relatar dor no siacutetio de administraccedilatildeo do faacutermaco quer
pela idade ou condiccedilatildeo cliacutenica e o local de inserccedilatildeo como tambeacutem a velocidade de infusatildeo do
medicamento (gt25mgmin) satildeo classificados como fatores de risco para a perda do acesso
venoso perifeacuterico (MARTINS SILVINO e DIAS 2010)
42 Os cuidados em desuso para manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico
Essa categoria discorre sobre os cuidados de enfermagem que com o passar do tempo
foram desconsiderados e natildeo satildeo mais utilizados Quando questionados em relaccedilatildeo a vivencia
profissional e cuidados que discordavam os entrevistados citaram o uso da tala para fixaccedilatildeo
uso de heparina e os cuidados em relaccedilatildeo ao tempo de permanecircncia do cateter Haacute muitas
controveacutersias em relaccedilatildeo aos cuidados citados acima
O tempo de permanecircncia interfere diretamente no aparecimento de complicaccedilotildees
como flebite e que acabam levando a perda do acesso venoso perifeacuterico mais rapidamente
aconselhando assim a troca do mesmo entre 76 a 96 horas Poreacutem eacute preconizada a retirada do
cateter apenas se finalizar o tratamento ou houver alguma interferecircncia
ldquoA gente observa tambeacutem o tempo dependendo do tempo tem que tirarrdquo (Alice)
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ldquoHoje eu natildeo sei como que eacute essa questatildeo do tempo porque a gente trocava o acesso a cada quatro dias agora o pessoal jaacute diz que pode trocar em ateacute uma semana entatildeo natildeo sei como que ta isso e o que tem escrito em relaccedilatildeo a isso (Aurora)
Sabe-se que o tempo para troca do cateter de teflon ou poliuretano varia de 72 a 96
horas com o intuito de reduzir risco de infecccedilatildeo e flebite e para minimizar esses riscos nas
seguintes situaccedilotildees diante de sinais inflamatoacuterios no local de inserccedilatildeo e sempre que houver
mau funcionamento do cateter (SANTOS17
Entretanto o Center for Disease Control and Prevention - CDC (2002) diz que em
pacientes pediaacutetricos natildeo foi observada relaccedilatildeo quanto ao tempo de permanecircncia do cateter e
ocorrecircncia de complicaccedilotildees devendo ser mantido ateacute o teacutermino da terapia intravenosa ou
quando forem observados sinais cliacutenicos de complicaccedilotildees
2004 apud OLIVEIRA BEZERRA e PEREIRA
2008 p 93)
Eacute possiacutevel observar a diferenccedila do conhecimento pratico dos profissionais
entrevistados em relaccedilatildeo ao conhecimento encontrado na literatura E ainda contendo duacutevidas
natildeo haacute uma busca da parte dos mesmos para esclarececirc-las
O uso da heparina com a finalidade de manter o acesso peacutervio por um periacuteodo maior
de tempo mostra-se com mais certeza quanto ao desuso nos dados colidos
ldquoAntigamente a gente usava heparina entatildeo a gente ficava tranquila em relaccedilatildeo agrave obstruccedilatildeo mas agora natildeo a gente usa o soro fisioloacutegico e a gente deixa salinizadordquo (Aurora)
Rang e Dale 18(1998 apud DOPICO e OLIVEIRA 2006) afirmam que a heparina
inibe a formaccedilatildeo de coaacutegulos de fibrina in vitro e in vivo e que seu efeito anticoagulante eacute
praticamente imediato Com isso Phillips19
17 Santos W Lavagem das matildeos In R Luiz Santos W Manual baacutesico de prevenccedilatildeo e controle das infecccedilotildees hospitalares do HRU Fortaleza Hospital Regional Unimed 2004
(2001 apud DOPICO e OLIVEIRA 2006)
ressalta que a teacutecnica de manutenccedilatildeo intermitente de cateteres intravenosos com soluccedilatildeo
salina 09 classificada como salinizaccedilatildeo tem sido pesquisada haacute alguns anos apresentando
em relaccedilatildeo ao uso da heparina vantagens como o baixo custo ser um procedimento mais
18 Rang HP Dale M M Hemostasia e Trombose In Rang HP Dale M M Farmacologia Rio de Janeiro Guanabara Koogan 1998 p235-47 19 PHILLIPS L D Manual de terapia intravenosa 2ed Porto Alegre Artmed 2001
30
simples aleacutem de eliminar a possibilidade de incompatibilidade com as drogas e soluccedilotildees
administradas aleacutem da inexistecircncia de riscos ao paciente Entretanto sabe-se que a literatura
ainda natildeo fornece consenso acerca da soluccedilatildeo mais indicada para manutenccedilatildeo da
permeabilidade do cateter venoso perifeacuterico
Eacute importante ressaltar que muitas instituiccedilotildees do nosso paiacutes nem ao menos tecircm o
conhecimento da praacutetica da salinizaccedilatildeo com soluccedilatildeo salina 09 No que se refere agrave pesquisa
cientiacutefica as limitaccedilotildees desta praacutetica satildeo atribuiacutedas agrave ausecircncia de um maior nuacutemero de
estudos controlados para validar sua eficaacutecia (EPPERSON20
Apesar de natildeo ser encontradas publicaccedilotildees acerca do tema a utilizaccedilatildeo de heparina
mostra-se como uma pratica natildeo mais utilizada pelos profissionais de enfermagem Outro
tema onde haacute controveacutersias e tambeacutem poucas citaccedilotildees eacute o uso da tala para fixaccedilatildeo do acesso
venoso perifeacuterico Seguem abaixo a opiniatildeo de alguns dos profissionais entrevistados
1984 apud DOPICO e
OLIVEIRA 2006)
ldquoA uacutenica coisa que eu natildeo gosto de ver eacute quando se coloca tala para imobilizar dizendo que a tala vai ajudar a natildeo perder a veia Isso eu natildeo concordo acho que a tala prejudica a crianccedila fica incomodada faz dor no membrordquo (Cinderela)
ldquoAntigamente a gente usava muito tala e as vezes eu pego isso aqui ai eu falo gente tala natildeo se usa mais natildeo faz parte mais da fixaccedilatildeo vocecirc pode fixar de uma forma que a crianccedila natildeo perca A tala eu acho que ela traumatiza um pouco ainda mais se vocecirc pegar um acesso na dobra vocecirc vai fazer com que a crianccedila fique com o braccedilo esticado muito tempo eu acho que pode causar uma lesatildeo depois e a literatura jaacute fala que eacute desnecessaacuteria natildeo precisa maisrdquo (Aurora) ldquoAntigamente usavam tala mas hoje em dia quase natildeo se vecirc mais e eu acho que a tala atrapalha porque a crianccedila fica imobilizada no membro ai fica mais irritadardquo (Rapunzel) ldquoLaacute no meu outro trabalho alguns usam a tala Eu acho que a tala ajuda ateacute a perder mais raacutepido porque a crianccedila fica incomodada vai querer mexer naquilordquo (Mulan)
20 Epperson EL Efficacy of 09 sodium chloride injection with without heparin for maintenance indwelling intermittent injection sites Clin Pharm1984 3(5)26
31
Almeida e Sabateacutes21
Entretanto haacute estudo que comprovam que o uso da tala natildeo se mostra tatildeo eficiente e
apresenta-se como uma praacutetica controversa O estudo foi realizado em crianccedilas ateacute os 12 anos
utilizando imobilizaccedilatildeo com tala e em mais de metade dos casos (553) ocorreu infiltraccedilatildeo
o que indicia a ineficaacutecia desta praacutetica (MACHADO PEDREIRA e CHAUD 2008 apud
BATALHA et al 2010 p512)
(2008 apud BATALHA et al 2010 p512) afirmam que a teacutecnica
de fixaccedilatildeo dos CVP com uso de imobilizaccedilatildeo com tala para restriccedilatildeo ou limitaccedilatildeo dos
movimentos articulares proacuteximo do local da punccedilatildeo estaacute indicado nas matildeos punhos cotovelo
e maleacuteolo
Para Batalha et al (2010 p512) o uso desta praacutetica parece natildeo se coadunar com o
atual uso de cateteres flexiacuteveis tipo abocath em detrimento de agulhas metaacutelicas Talvez por
isso comecem a surgir novas teacutecnicas de fixaccedilatildeo dos CVP que natildeo exigem imobilizaccedilatildeo das
articulaccedilotildees com talas
Aleacutem de natildeo haver uma confirmaccedilatildeo dos benefiacutecios causados pelo uso da tala a
imobilizaccedilatildeo causa incocircmodo para a crianccedila que fica com o membro imoacutevel podendo causar
dor e tambeacutem irritaccedilatildeo O uso desse tipo de fixaccedilatildeo tambeacutem impede a visualizaccedilatildeo frequente
do acesso venoso afetando assim os cuidados de observaccedilatildeo da equipe de enfermagem
43 O acompanhante e a manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico
A presente categoria vai discutir um assunto importante que surgiu durante as
entrevistas de forma inesperada Alguns dos profissionais entrevistados citaram o descuido do
acompanhante como um fator causador da perda do acesso venoso perifeacuterico Seguem abaixo
algumas falas
ldquoA matildee sempre acompanha e tem matildee que natildeo tem cuidado natildeo vigia e a gente tem que ficar pedindo pra olhar tomar contardquo (Aurora)
ldquoEm relaccedilatildeo ao acompanhante porque a crianccedila natildeo vai avaliar entatildeo o acompanhante que estar ali tem que avaliar direitinho natildeo deixar a crianccedila mexer ou puxarrdquo (Bela)
ldquoNatildeo eacute toda matildee que esta vigiando que cuida pra que a crianccedila natildeo perca o acessordquo (Jasmine)
21 Almeida FA Sabateacutes AL Enfermagem pediaacutetrica a crianccedila o adolescente e a sua famiacutelia no hospital Satildeo Paulo(SP) Manole 2008
32
ldquoAcho que leva a perda quando o acompanhante natildeo coopera as vezes a gente faz a imobilizaccedilatildeo na crianccedila e as vezes eles ateacute retiram e a proacutepria crianccedila agitada ela mesmo arrancardquo (Branca de Neve)
ldquoAgraves vezes a proacutepria crianccedila que a matildee deixa muito solta ai solta o acessordquo (Mulan)
Apoacutes a implementaccedilatildeo da lei que garante um acompanhante ao paciente pediaacutetrico a
presenccedila do familiarresponsaacutevel durante a hospitalizaccedilatildeo mudou a rotina da equipe de
enfermagem trazendo duacutevidas quanto a real funccedilatildeo do acompanhante e fazendo com que a
mesma viesse a delegar certos cuidados para acompanhante
A Promulgaccedilatildeo da Lei 8069 do Estatuto da Crianccedila e do Adolescente (ECA) em
1990 no seu artigo 12deg garante agrave crianccedila ou ao adolescente o direito de ter um responsaacutevel
que o acompanhe durante a hospitalizaccedilatildeo (1990)
Desde a sua implantaccedilatildeo as unidades vecircm sofrendo um processo de reorganizaccedilatildeo de
suas praacuteticas A inserccedilatildeo da famiacutelia modifica a organizaccedilatildeo do processo de trabalho o que
requer dos profissionais uma compreensatildeo em relaccedilatildeo agrave dinacircmica das relaccedilotildees interpessoais
(COLLET e ROCHA 2004)
Pimenta e Collet (2009) ressaltam que natildeo haacute nenhuma regulamentaccedilatildeo sobre a
participaccedilatildeo da famiacutelia nos cuidados e no entanto a mesma desempenha atividades junto agrave
crianccedila durante a hospitalizaccedilatildeo que devem ser levadas em consideraccedilatildeo A falta de
reconhecimento desse fato fez com que a equipe de enfermagem e famiacutelia natildeo possuiacutessem
uma relaccedilatildeo aberta e vivessem uma relaccedilatildeo silenciosa e impliacutecita de poder na qual a famiacutelia
acaba assumindo as relaccedilotildees do cuidado agrave crianccedila de responsabilidade da enfermagem
A negociaccedilatildeo entre matildees e equipe de enfermagem em relaccedilatildeo aos cuidados agrave crianccedila
hospitalizada natildeo eacute uma tarefa faacutecil tendo em vista que natildeo se tem claro qual o seu novo
papel neste processo (COLLET e ROCHA 2004)
Eacute possiacutevel ver nas falas que a presenccedila do acompanhante causa para a equipe de
enfermagem a seguranccedila de ter algueacutem para ldquovigiarrdquo ldquotomar contardquo e natildeo deixar que a
crianccedila hospitalizada perca o acesso venoso quando na verdade eacute funccedilatildeo da equipe de
enfermagem cuidados referentes ao acesso venoso perifeacuterico
33
Jaacute o acompanhante eacute definido pelo Ministeacuterio da Sauacutede como uma pessoa significativa
para a crianccedila que representa sua rede social e que vai acompanhaacute-lo durante a permanecircncia
no ambiente hospitalar ressaltando assim sua importacircncia Esse fato se reforccedila visto que a
crianccedila encontra nos familiares a forccedila e seguranccedila necessaacuteria para encarar todo esse processo
doloroso e desconhecido (MURAKAMI e CAMPOS 2011 p255)
O acompanhante aleacutem de minimizar o sofrimento do paciente pediaacutetrico faz com que
o mesmo sinta-se mais a vontade Eacute importante ressaltar que o familiarresponsaacutevel natildeo soacute
pode como deve participar das atividades da crianccedila no hospital desde que estas natildeo sejam
competecircncias dos profissionais que os cercam Essas atividades satildeo caracterizadas como
semelhantes aos que eles realizam diariamente fora do ambiente hospitalar como o banho
Poreacutem no caso de um paciente com punccedilatildeo venosa perifeacuterica o profissional de enfermagem
deve auxiliar no cuidado para que essa natildeo se perca
Os cuidados dos familiaresacompanhantes satildeo os mesmos que os desenvolvidos no
domiciacutelio e os cuidados prestados pela equipe de enfermagem satildeo aqueles que demandam
conhecimento teacutecnico-cientiacutefico especializado (SOUZA e OLIVEIRA 2010 p558)
Mesmo alguns cuidados parecerem simples e rotineiros quando eacute prestado no
hospital assumem novas caracteriacutesticas com o uso de dispositivos tecnoloacutegicos os quais se
tornam complexos (PIMENTA E COLLET 2009)
O ato de cuidar envolve o respeito agrave maneira como vive cada indiviacuteduo de acordo
com suas crenccedilas valores costumes e cultura A famiacutelia como uma instituiccedilatildeo atende agraves
necessidades bioloacutegicas de seus membros sendo sua responsabilidade cuidar e criar os filhos
incluindo a obrigaccedilatildeo da alimentaccedilatildeo higiene vestuaacuterio e moradia (ELSEN22
Nas entrevistas podemos verificar falas em que o acompanhante eacute citado como
responsaacutevel por avaliar a punccedilatildeo venosa A equipe de enfermagem deve sempre partir do
pressuposto que o familiar acompanhante natildeo tem conhecimento cientiacutefico e certo tipo de
cuidado natildeo deve se delegado para o mesmo mostrando assim a importacircncia da orientaccedilatildeo do
acompanhante quanto aos procedimentos dispositivos utilizados e cuidados em que os
etal 1994
apud SOUZA e OLIVEIRA 2010 p 553)
22 Elsen I Patriacutecio ZM Assistecircncia agrave crianccedila hospitalizada tipos de abordagens e suas implicaccedilotildees para a enfermagem In A enfermagem em pediatria e puericultura Rio de Janeiro (RJ) Atheneu 2005
34
mesmos possam auxiliar Seguem abaixo as falas onde os profissionais ressaltaram a
importacircncia da orientaccedilatildeo do acompanhante
ldquoNem sempre a crianccedila vai entender o porque de estar com aquele acesso entatildeo tem que ter uma orientaccedilatildeo do acompanhanterdquo (Bela)
ldquoTem que haver orientaccedilatildeo do acompanhante para os cuidadosrdquo (Ariel)
ldquoAgraves vezes tem ate o exemplo de um pai que natildeo deixa trocar o acesso jaacute tinha mais de uma semana e ele natildeo queria que trocasse ai faz febre e natildeo sabe da onderdquo (Alice)
Para Souza e Oliveira (2010 p555) deve haver uma preocupaccedilatildeo em orientar
considerando que o outro natildeo tem nenhum tipo de conhecimento sobre o assunto Poreacutem
Queiroz e Jorge23
Apesar das dificuldades o profissional de enfermagem deve estabelecer um viacutenculo de
confianccedila com o acompanhante buscando sempre deixaacute-los ciente das situaccedilotildees e fazendo-os
participar dos cuidados plausiacuteveis sem causar nenhum dano agrave crianccedila e de maneira alguma
abandonar suas atribuiccedilotildees
(2004 apud SOUZA e OLIVEIRA 2010 p 556) ressaltam que apesar de os
profissionais terem intenccedilatildeo de orientar os cuidados para a sauacutede repassam conhecimentos
elaborados cientificamente dificultando a compreensatildeo do familiar aleacutem de a relaccedilatildeo se dar
de maneira vertical assimeacutetrica e coercitiva
23 Queiroz MVO Jorge MSB Accedilotildees educativas no cuidado infantil e intervenccedilotildees dos profissionais junto agraves famiacutelias Acta Scientiarum Maringaacute 2004 janjun 26(1) 27-34
35
CONCLUSAtildeO
Atraveacutes desse estudo foi possiacutevel descrever e analisar os cuidados que os profissionais
de enfermagem realizam acerca da permanecircncia do acesso venoso perifeacuterico Aleacutem disso a
realizaccedilatildeo da pesquisa permitiu identificar a desarticulaccedilatildeo do processo de enfermagem e a
praacutetica desconectada da produccedilatildeo cientiacutefica caracterizando a falta de uma educaccedilatildeo
continuada efetiva
A anaacutelise dos dados demonstra o processo de punccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico
ressaltando a importacircncia de cuidados como a seleccedilatildeo do local a diluiccedilatildeo da medicaccedilatildeo a
realizaccedilatildeo de uma boa fixaccedilatildeo a atenccedilatildeo com a velocidade de infusatildeo os cuidados com os
sinais de infecccedilatildeo e salinizaccedilatildeo do acesso natildeo deixando de salientar cuidados em desuso
como o uso da heparina da tala e duvidas em relaccedilatildeo ao tempo de permanecircncia Evidenciou
tambeacutem que a equipe de enfermagem delega alguns cuidados para os acompanhantes
Natildeo foi possiacutevel perceber o niacutevel de conhecimento cientiacutefico dos profissionais visto
que eles em nenhum momento por natildeo saberem ou por medo de se expor natildeo explicaram de
fato nenhum cuidado que disseram realizar Sempre citaram de forma superficial e direta
deixando claro tambeacutem que o pesquisador natildeo os indagou quanto a isso Poreacutem creio que
diante de cuidados tatildeo importantes e de frequente praacutetica os mesmos falariam facilmente
sobre os cuidados de enfermagem na permanecircncia do acesso venoso perifeacuterico
Apesar dos entrevistados citarem alguns fatores e cuidados realizados de forma
correta eacute visiacutevel que os mesmos realizam os cuidados com a punccedilatildeo e a permanencia do
acesso de forma automaacutetica sem unir a praacutetica com o fundamento do mesmo
Eacute importante destacar tambeacutem a importacircncia do preparo emocional da crianccedila como
tambeacutem os cuidados com a famiacutelia dos mesmos O trabalho de humanizaccedilatildeo realizado pela
36
enfermagem faz grande diferenccedila nessas situaccedilotildees visto que os pacientes e acompanhantes
tendo conhecimento do que seraacute realizado ficariam mais tranquilos
O estudo contribuiu para o campo do ensino nesta aacuterea dando destaque ao importante
papel que o profissional de enfermagem deve desempenhar no cuidado e na manutenccedilatildeo do
acesso venoso perifeacuterico Contudo vale ressaltar a importacircncia do incentivo ao profissional a
buscar na literatura natildeo soacute esclarecimento de suas duvidas mas tambeacutem novos
conhecimentos
Pode colaborar ainda para a realizaccedilatildeo de novas pesquisas na aacuterea procurando
eliminar duacutevidas e controveacutersias sobre o tema Buscando assim a realizaccedilatildeo de um cuidado de
enfermagem articulado e eficaz promovendo o bem-estar do paciente pediaacutetrico durante a
hospitalizaccedilatildeo
37
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APEcircNDICE I
TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO
DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO Tiacutetulo Do Projeto Os cuidados de enfermagem acerca dos acessos venosos perifeacutericos na unidade pediaacutetrica Pesquisador Responsaacutevel Rosane Cordeiro Burla de Aguiar Eny Dorea Paiva e Karina Rodrigues Fernandes Instituiccedilatildeo a que Pertence o Pesquisador Responsaacutevel Universidade Federal Fluminense Telefone para contato (21) 98355269 (21) 82392939 (21) 91786609 Nome do voluntaacuterio _________________________________________________________ Idade ________ anos RG ____________________________
AO Sr (a) estaacute sendo convidado (a) a participar do projeto de pesquisa OS CUIDADOS DE
ENFERMAGEM ACERCA DOS ACESSOS VENOSOS PERIFEacuteRICOS NA UNIDADE PEDIATRICA de
responsabilidade da pesquisadora Profordf Drordf Rosane Cordeiro Burla de Aguiar e Profordf Drordf Eny Dorea Paiva A
punccedilatildeo venosa perifeacuterica eacute um procedimento essencial durante a hospitalizaccedilatildeo da crianccedila visto que eacute atraveacutes
dela que eacute administrada grande parte das medicaccedilotildees Este estudo se justifica diante da importacircncia da
necessidade de um maior periacuteodo de permanecircncia dos acessos venosos perifeacutericos Com isso aleacutem da
diminuiccedilatildeo de eventos que causam dor e irritaccedilatildeo na crianccedila e na famiacutelia promoveraacute tambeacutem uma melhor estada
dos mesmos durante o periacuteodo de hospitalizaccedilatildeo Os objetivos da pesquisa satildeo 1) Descrever os fatores que
interferem na manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico de acordo com a equipe de enfermagem 2)Analisar os
cuidados da equipe de enfermagem na manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico A coleta de dados se daraacute
atraveacutes de entrevistas semi estruturadas que seratildeo gravadas As informaccedilotildees colhidas seratildeo tratadas de forma
anocircnima e confidencial ou seja em nenhum momento seratildeo divulgados o seu nome e somente os
pesquisadores teratildeo acesso agraves informaccedilotildees Os dados obtidos com a pesquisa poderatildeo ser publicados apenas com
fins cientiacuteficos Eles natildeo seratildeo utilizados para fins comerciais ou para outra finalidade qualquer Caso necessite
poderatildeo ser marcados encontros para respostas ou esclarecimentos de qualquer duacutevida acerca da pesquisa A sua
participaccedilatildeo eacute voluntaria e eacute importante lembrar que vocecirc poderaacute desistir de participar da pesquisa em qualquer
momento A entrevista seraacute marcada em um dia e horaacuterio que vocecirc achar melhor Seraacute realizada
individualmente em um ambiente que nos ofereccedila privacidade Esta pesquisa natildeo oferece riscos para vocecirc e os
benefiacutecios da sua participaccedilatildeo satildeo de aumentar o conhecimento cientiacutefico na aacuterea de Enfermagem Pediaacutetrica
aleacutem de contribuir para a praacutetica profissional Este documento seraacute elaborado em duas vias uma para vocecirc e a
outra seraacute arquivada pelo pesquisador
Eu_____________________________________________________________ RG no _____________________________ Declaro que apoacutes ter entendido o que me foi explicado consinto voluntariamente em participar do presente Protocolo de Pesquisa entendo ainda que posso retirar o meu consentimento a qualquer momento antes ou durante a realizaccedilatildeo do mesmo declaro ter sido informada(o) e concordo em participar como voluntaacuteria(o) da pesquisa acima descrita Rio de Janeiro_______de_______________de 20___ _____________________________ ________________________________
(Participante) Karina Rodrigues Fernandes (Responsaacutevel por obter o consentimento)
______________________________________ _______________________________________ (Testemunha) (Testemunha)
45
APEcircNDICE II
ROTEIRO PARA ENTREVISTA
1) O que vocecirc acha que pode levar a perda do acesso perifeacuterico
2) Para vocecirc o que eacute importante para manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico nas
crianccedilas
3) O que vocecirc acha que pode interferir na sua manutenccedilatildeo
4) Que medidas vocecirc adota no seu dia a dia para manter o acesso
5) Na sua vivencia profissional o que vocecirc discorda dos cuidados que geralmente satildeo
utilizados para manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico
46
ANEXO
47
48
22
4 RESULTADOS E DISCUSSAtildeO
Nesse capiacutetulo apresento as trecircs categorias temaacuteticas que surgiram da anaacutelise dos
dados e que contemplaram de forma satisfatoacuteria os objetivos da pesquisa A primeira
categoria denominada como ldquoOs cuidados de enfermagem preacute intra e poacutes-procedimento de
punccedilatildeo do acesso venoso perifeacutericordquo traz os passos e cuidados que os profissionais realizam
antes durante e apoacutes a punccedilatildeo buscando descrever e analisar os fatores envolvidos na pratica
do procedimento em questatildeo que emergiram das entrevistas aleacutem dos cuidados de
enfermagem para a manutenccedilatildeo do mesmo
A segunda categoria que seraacute apresentada eacute ldquoOs cuidados em desuso para manutenccedilatildeo
do acesso venoso perifeacutericordquo que mostra os cuidados que os profissionais citaram como natildeo
mais utilizados para auxiliar na manutenccedilatildeo da punccedilatildeo venosa perifeacuterica
E a uacuteltima categoria eacute denominada ldquoO acompanhante e a manutenccedilatildeo do acesso
venoso perifeacutericordquo e traz a responsabilizaccedilatildeo do acompanhante pelos profissionais do setor
em relaccedilatildeo aos cuidados com manutenccedilatildeo da punccedilatildeo Essa categoria busca tambeacutem ressaltar a
funccedilatildeo do acompanhante durante a hospitalizaccedilatildeo da crianccedila destacando que determinados
cuidados satildeo de total funccedilatildeo da equipe de enfermagem
41 Os cuidados de enfermagem preacute intra e poacutes-procedimento de punccedilatildeo do acesso
venoso perifeacuterico
Para interpretar as unidades de contextos tive como base autores que definiram os
cuidados de enfermagem preacute intra e poacutes punccedilatildeo venosa perifeacuterica Para esses autores a fase
de preacute-punccedilatildeo compreende as accedilotildees de anaacutelise e conhecimento da prescriccedilatildeo avaliaccedilatildeo e
23
preparo emocional do paciente preparo do material e medicaccedilatildeo seleccedilatildeo do siacutetio de inserccedilatildeo
e dilataccedilatildeo da veia selecionada As accedilotildees envolvidas na punccedilatildeo satildeo a execuccedilatildeo das
precauccedilotildees-padratildeo antissepsia da pele punccedilatildeo do vaso a fixaccedilatildeo e curativo do cateter
Finalmente na etapa de poacutes-punccedilatildeo adota-se a identificaccedilatildeo da punccedilatildeo o descarte apropriado
das partes dos materiais natildeo utilizados a orientaccedilatildeo do paciente acerca da terapecircutica o
controle da infusatildeo atraveacutes do gotejamento se necessaacuterio e o registro do procedimento
Phillips12
De acordo com as entrevistas a seleccedilatildeo do local de punccedilatildeo eacute indicada com um fator
que interfere diretamente no tempo de permanecircncia do acesso venoso perifeacuterico visto que
dependendo do local ocorre a perda mais rapidamente Aleacutem da localizaccedilatildeo citaram tambeacutem
o calibre da veia como interferecircncia na manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico Seguem
abaixo algumas falas
(2001 apud ARAUacuteJO 2007 p18)
ldquoPrimeira coisa eacute vocecirc procurar bem a veia colocar uma veia de um bom calibre Se puder dar preferecircncia a natildeo puncionar dobrasrdquo (Cinderela) ldquoDependendo de onde estiver puncionado se for na matildeozinha a crianccedila fica toda hora ta mexendo taacute manipulando alguma coisa e se for no pezinho tambeacutem nem todo tempo vai ficar acamada entatildeo acaba perdendo o acessordquo(Bela ) ldquoO mau posicionamento pode levar a perdardquo (Rapunzel)
A opiniatildeo dos profissionais acima vai de encontro com o que eacute encontrado na
literatura visto que eacute de suma importacircncia que o mesmo avalie o cliente e considere alguns
aspectos para uma escolha criteriosa e eficaz como a finalidade da punccedilatildeo o tipo de soluccedilatildeo
a ser infundida a condiccedilatildeo da rede venosa a duraccedilatildeo da terapia idade do cliente habilidade
cognitiva da crianccedila a preferecircncia do cliente o que nem sempre seraacute possiacutevel satisfazer e
tambeacutem a sua atividade (ARAUacuteJO 2007 p31)
Os cuidados com o acesso venoso perifeacuterico satildeo importantes antes mesmo da
realizaccedilatildeo do procedimento Levando em consideraccedilatildeo que um erro durante a fase de preacute-
procedimento como a escolha errada do local de punccedilatildeo por exemplo poderaacute levar a perda
do acesso e prejudicar assim o tratamento aleacutem do bem-estar da crianccedila que seraacute puncionada
novamente
12 PHILLIPS L D Manual de terapia intravenosa 2ed Porto Alegre Artmed 2001
24
O vaso sanguiacuteneo que o profissional selecionar como local para puncionar deve ser
suficiente para suportar o calibre e o comprimento do cateter aleacutem de atender a necessidade
terapecircutica para que natildeo haja a necessidade de uma nova punccedilatildeo
A punccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico eacute um procedimento doloroso e de grande
incomodo para a crianccedila com isso eacute de suma importacircncia realizar a seleccedilatildeo preacutevia do
material poreacutem natildeo foi citado Outro cuidado rotineiro e natildeo menos importante como a
lavagem das matildeos antes da colocaccedilatildeo do acesso tambeacutem natildeo foi mencionado durante as
entrevistas
O preparo emocional da crianccedila e do acompanhante quanto ao procedimento deve ser
considerada praacutetica rotineira para a equipe de enfermagem O profissional de enfermagem
deve lavar as matildeos objetivando a reduccedilatildeo significativa de risco de infecccedilatildeo e recomenda-se o
uso de aacutegua e sabatildeo para lavagem das matildeos antes da colocaccedilatildeo do cateter venoso perifeacuterico
(PHILLIPS13
O preparo preacutevio do material para instalaccedilatildeo do cateter venoso perifeacuterico eacute importante
para evitar interrupccedilotildees do procedimento e consequentemente um maior tempo de
manipulaccedilatildeo da crianccedila (SILVA
2001apud ARAUacuteJO 2007 Centers for Disease Control and Prevention ndash CDC
2002 apud ARAUacuteJO 2007)
14
Outro aspecto citado e classificado como preacute-procedimento eacute o cuidado com a
medicaccedilatildeo a ser administrada incluindo cuidados com a diluiccedilatildeo e composiccedilatildeo da mesma
Seguem algumas das falas
2004 apud ARAUacuteJO 2007 p30)
ldquoEstar sempre diluindo as medicaccedilotildees de acordo com a prescriccedilatildeo meacutedica pois as medicaccedilotildees satildeo muito fortes e podem causar enfraquecimento da veia Tem que diluir direitinho e passar lento na veiardquo (Cinderela) ldquoTer cuidado principalmente quando eacute crianccedila e a diluiccedilatildeo da medicaccedilatildeo tambeacutem agraves vezes natildeo eacute pra passar em perifeacuterico e na segunda dose jaacute perdeurdquo (Alice)
O acesso venoso perifeacuterico eacute a primeira alternativa para infusatildeo intravenosa por ser de
mais faacutecil acesso e rapidez no efeito da medicaccedilatildeo O profissional de enfermagem deve ter
domiacutenio natildeo soacute relacionado agrave infusatildeo das medicaccedilotildees mas tambeacutem com a composiccedilatildeo
13 PHILLIPS L D Manual de terapia intravenosa 2ed Porto Alegre Artmed 2001 14 SILVA G R G Terapia intravenosa em receacutem-nascidos ndash orientaccedilotildees para o cuidado de Enfermagem Rio de Janeiro Cultura Meacutedica 2004
25
farmacoloacutegica das mesmas os efeitos adversos e colaterais que a droga pode causar inclusive
em relaccedilatildeo a diluiccedilatildeo o que normalmente eacute estabelecido como padratildeo no setor de acordo com
cada faacutermaco
Com a intenccedilatildeo de promover a eficaacutecia terapecircutica dos medicamentos administrados
por via intravenosa eacute atribuiccedilatildeo do profissional de enfermagem implementar teacutecnicas como a
diluiccedilatildeo acondicionamento e cuidados na administraccedilatildeo de faacutermacos a fim de evitar
prejuiacutezos no tratamento resultantes da incompatibilidade medicamentosa (PETERLINI
CHAUD e PEDREIRA 2006)
Os fatores intra-procedimento satildeo considerados aqueles diretamente relacionados com
o procedimento Os dados colidos nas entrevistas ressaltaram apenas a fixaccedilatildeo com um fator
que interfere nessa fase Este foi o dado mais repetitivo nas entrevistas poreacutem sempre citado
de forma superficial Seguem as falas dos profissionais quando questionados sobre o que era
importante para manutenccedilatildeo do acesso
ldquoTem que fazer uma boa fixaccedilatildeo Porque quando a pessoa natildeo fixa bem prejudica porque aquilo vai soltando e quando vocecirc vecirc jaacute perdeu a veiardquo(Cinderela) ldquoEu acho que natildeo tem o que fazer para manter o acesso A crianccedila vai ficar uns dias X com aquele acesso pra fazer medicaccedilatildeo e eu acho que natildeo tem o que vocecirc profissional fazer para que natildeo percardquo (Aurora) ldquoA fixaccedilatildeo evita a movimentaccedilatildeo excessiva no local que estaacute o acessordquo (Ariel) ldquoTer cuidado com o curativo saber manusear E manter sempre o curativo limpo trocar se necessaacuteriordquo (Rapunzel) ldquoA fixaccedilatildeo eacute muito importante pra natildeo soltar o acesso e pra ele ficar mais tempordquo(Mulan)
Oliveira Bezerra e Pereira (2008 p 94) afirmam que de acordo com o revelado por
determinados estudos o tipo de curativo a fixaccedilatildeo do cateter e o tempo de permanecircncia estatildeo
diretamente relacionados com a ocorrecircncia de complicaccedilotildees infecciosas como flebites e
tambeacutem infiltraccedilatildeo extravasamento desconexatildeo e deslocamento do cateter
26
Para Pettit e Kraus15
Potter
(1995 apud MACHADO PEDREIRA E CHAUD2005 p292) a
gaze esteacuteril fixada com a fita adesiva hipoalergecircnica bem como a peliacutecula transparente esteacuteril
satildeo os materiais mais recomendados para curativo e fixaccedilatildeo de cateter venoso perifeacuterico
16
Jaacute as peliacuteculas transparentes mais conhecidas como filme permitem a respiraccedilatildeo
normal da pele com alta permeabilidade ao oxigecircnio e vapores e eacute impermeaacutevel a liacutequidos e
micro-organismos (SILVA E ZANETTI 2004 p233) Aleacutem disso permitem tambeacutem a
visualizaccedilatildeo contiacutenua do local de punccedilatildeo permitindo assim avaliaccedilatildeo do mesmo natildeo soacute
durante a infusatildeo de medicaccedilotildees mas tambeacutem todo o tempo
(1998 apud SILVA E ZANETTI 2004 p233) afirma que nas fixaccedilotildees em
que se utiliza a gaze esteacuteril preconiza-se a utilizaccedilatildeo de teacutecnica asseacuteptica Neste curativo a
gaze esteacuteril eacute colocada sobre o siacutetio de inserccedilatildeo e suas bordas satildeo fixadas com fita adesiva
A observaccedilatildeo da punccedilatildeo eacute muito importante pois se o local de inserccedilatildeo se mostrar
com sinais e sintomas de complicaccedilotildees a terapia deve ser suspensa (OLIVEIRA BEZERRA
e PEREIRA 2008 p95)
A visualizaccedilatildeo contiacutenua do acesso permite que a equipe de enfermagem possa realizar
uma observaccedilatildeo mais particularizada em relaccedilatildeo agraves condiccedilotildees do acesso venoso perifeacuterico
podendo observar se haacute deslocamento do cateter sinais de infiltraccedilatildeo e tambeacutem sinais de
infecccedilatildeo
Para Silva Barbato e Valente (2013 p 1200) cabe ao enfermeiro fazer a avaliaccedilatildeo
diaacuteria e cuidadosa do curativo observando a presenccedila de umidade sujidade integridade do
oacutestio de inserccedilatildeo a fixaccedilatildeo bem como a realizaccedilatildeo do curativo e das anotaccedilotildees legais
competentes agraves suas funccedilotildees
A fase poacutes-procedimento eacute caracterizada por uma seacuterie de cuidados que a equipe de
enfermagem deve realizar para que se obtenha maior tempo de permanecircncia do acesso venoso
perifeacuterico Durante as entrevistas os cuidados citados foram a salinizaccedilatildeo do acesso cuidados
para evitar a flebite e a velocidade de infusatildeo
15 Pettit DM Kraus V The use of gauze versus transparent dressings for peripheral intravenous catheter sites Nurs ClinNorth Am 1995 30(3)495-506 16 Potter P Perry AG Fundamentos de enfermagem processo conceito e praacutetica 3ordf ed Santos(SP) Guanabara Koogan19981397pp801-43
27
ldquoManter um acesso bem salinizado que vocecirc lave pelo menos de duas de trecircs em trecircs horas Se bem que isso aqui na pediatria natildeo eacute muito comum aqui a gente soacute lava cada vez que vai fazer medicaccedilatildeo mas se eu natildeo me engano a literatura preconiza isso vocecirc lavar pelo menos de quatro em quatro horas o acessordquo (Aurora)
ldquoPra manter o acesso venoso perifeacuterico eacute importante manter ele salinizado Assim que a gente recebe o plantatildeo eu vou ver se o acesso ta peacutervio com uma ldquoseringuinhardquo vai la da uma ldquolavadinhardquo e vecirc se o acesso ta peacutervio e manter o acesso salinizadordquo (Ariel)
ldquoSalinizar de 6 em 6 horas para manter ele peacuterviordquo (Alice)
ldquoTem que passar lento a medicaccedilatildeo e a limpeza da aacuterea vocecirc tem que limpar bem a aacuterea pra vocecirc natildeo formar uma flebiterdquo (Cinderela)
A salinizaccedilatildeo do acesso eacute um cuidado simples e de grande importacircncia Esse cuidado
deve ser realizado para manter o acesso peacutervio e limpo e deve ser realizado antes e apoacutes
qualquer infusatildeo
Para Moncaio e Figueiredo (2009)
a ldquosalinizaccedilatildeordquo consiste em administrar sob pressatildeo positiva soluccedilatildeo salina (Soro fisioloacutegico a 09) logo apoacutes o teacutermino da infusatildeo da medicaccedilatildeo Este procedimento visa prevenir a formaccedilatildeo de trombos e fibrina evitar o contato de drogas incompatiacuteveis (quando da infusatildeo de mais de um item medicamentoso no mesmo horaacuterio) garantir a infusatildeo de todo o medicamento que possa ter ficado no sistema aleacutem de evitar retorno sanguiacuteneo mantendo o cateter peacutervio para a proacutexima infusatildeo
Durante a coleta de dados esse cuidado surgiu em diversos momentos poreacutem foi
possiacutevel perceber que os profissionais realizam o mesmo de forma banalizada Natildeo sabem de
fato a real funccedilatildeo de manter o acesso salinizado A impressatildeo que passa eacute que eles
aprenderam que esse cuidado deveria ser feito e simplesmente fazem Haacute divergecircncias
tambeacutem entre a equipe em relaccedilatildeo ao momento que deve ser realizada a salinizaccedilatildeo e isso nos
mostra a desatualizaccedilatildeo dos profissionais do setor e a falta de uma educaccedilatildeo continuada no
hospital
Os cuidados para evitar a flebite e a velocidade de infusatildeo da medicaccedilatildeo apareceram
menos nas entrevistas e interferem diretamente com a manutenccedilatildeo do acesso venoso
perifeacuterico
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A flebite eacute uma inflamaccedilatildeo na veia puncionada ocorrendo quando as ceacutelulas
endoteliais da parede da veia que o cateter estaacute inserido tornam-se inflamadas e irregulares
propiciando a aderecircncia de plaquetas e predispondo a veia a inflamaccedilatildeo Eacute comum que o local
se apresente dolorido hiperemiado quente e edemaciado e nesses casos eacute aconselhada a
retirada do cateter Uma boa fixaccedilatildeo do cateter perifeacuterico eacute recomendada por autores na
literatura visto que previnem deslocamento faacutecil e permitem uma boa visualizaccedilatildeo do local
evitando complicaccedilotildees como a flebite e infiltraccedilatildeo (MOLDES et al 2011 p 330)
Dentre as principais falhas de infusatildeo venosa estatildeo flebite infiltraccedilatildeo hematoma e
obstruccedilatildeo Acredita-se que para reduzir a incidecircncia destas nas unidades pediaacutetricas eacute preciso
a adoccedilatildeo de estrateacutegias tais como a abordagem junto agrave equipe em parceria com o setor de
educaccedilatildeo permanente e a adoccedilatildeo do uso da teacutecnica corretamente e de forma asseacuteptica para a
realizaccedilatildeo da punccedilatildeo venosa perifeacuterica em acordo com a comissatildeo de controle de infecccedilatildeo
hospitalar (SILVA BARBATO e VALENTE 2013 p 1200)
A incapacidade do paciente em relatar dor no siacutetio de administraccedilatildeo do faacutermaco quer
pela idade ou condiccedilatildeo cliacutenica e o local de inserccedilatildeo como tambeacutem a velocidade de infusatildeo do
medicamento (gt25mgmin) satildeo classificados como fatores de risco para a perda do acesso
venoso perifeacuterico (MARTINS SILVINO e DIAS 2010)
42 Os cuidados em desuso para manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico
Essa categoria discorre sobre os cuidados de enfermagem que com o passar do tempo
foram desconsiderados e natildeo satildeo mais utilizados Quando questionados em relaccedilatildeo a vivencia
profissional e cuidados que discordavam os entrevistados citaram o uso da tala para fixaccedilatildeo
uso de heparina e os cuidados em relaccedilatildeo ao tempo de permanecircncia do cateter Haacute muitas
controveacutersias em relaccedilatildeo aos cuidados citados acima
O tempo de permanecircncia interfere diretamente no aparecimento de complicaccedilotildees
como flebite e que acabam levando a perda do acesso venoso perifeacuterico mais rapidamente
aconselhando assim a troca do mesmo entre 76 a 96 horas Poreacutem eacute preconizada a retirada do
cateter apenas se finalizar o tratamento ou houver alguma interferecircncia
ldquoA gente observa tambeacutem o tempo dependendo do tempo tem que tirarrdquo (Alice)
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ldquoHoje eu natildeo sei como que eacute essa questatildeo do tempo porque a gente trocava o acesso a cada quatro dias agora o pessoal jaacute diz que pode trocar em ateacute uma semana entatildeo natildeo sei como que ta isso e o que tem escrito em relaccedilatildeo a isso (Aurora)
Sabe-se que o tempo para troca do cateter de teflon ou poliuretano varia de 72 a 96
horas com o intuito de reduzir risco de infecccedilatildeo e flebite e para minimizar esses riscos nas
seguintes situaccedilotildees diante de sinais inflamatoacuterios no local de inserccedilatildeo e sempre que houver
mau funcionamento do cateter (SANTOS17
Entretanto o Center for Disease Control and Prevention - CDC (2002) diz que em
pacientes pediaacutetricos natildeo foi observada relaccedilatildeo quanto ao tempo de permanecircncia do cateter e
ocorrecircncia de complicaccedilotildees devendo ser mantido ateacute o teacutermino da terapia intravenosa ou
quando forem observados sinais cliacutenicos de complicaccedilotildees
2004 apud OLIVEIRA BEZERRA e PEREIRA
2008 p 93)
Eacute possiacutevel observar a diferenccedila do conhecimento pratico dos profissionais
entrevistados em relaccedilatildeo ao conhecimento encontrado na literatura E ainda contendo duacutevidas
natildeo haacute uma busca da parte dos mesmos para esclarececirc-las
O uso da heparina com a finalidade de manter o acesso peacutervio por um periacuteodo maior
de tempo mostra-se com mais certeza quanto ao desuso nos dados colidos
ldquoAntigamente a gente usava heparina entatildeo a gente ficava tranquila em relaccedilatildeo agrave obstruccedilatildeo mas agora natildeo a gente usa o soro fisioloacutegico e a gente deixa salinizadordquo (Aurora)
Rang e Dale 18(1998 apud DOPICO e OLIVEIRA 2006) afirmam que a heparina
inibe a formaccedilatildeo de coaacutegulos de fibrina in vitro e in vivo e que seu efeito anticoagulante eacute
praticamente imediato Com isso Phillips19
17 Santos W Lavagem das matildeos In R Luiz Santos W Manual baacutesico de prevenccedilatildeo e controle das infecccedilotildees hospitalares do HRU Fortaleza Hospital Regional Unimed 2004
(2001 apud DOPICO e OLIVEIRA 2006)
ressalta que a teacutecnica de manutenccedilatildeo intermitente de cateteres intravenosos com soluccedilatildeo
salina 09 classificada como salinizaccedilatildeo tem sido pesquisada haacute alguns anos apresentando
em relaccedilatildeo ao uso da heparina vantagens como o baixo custo ser um procedimento mais
18 Rang HP Dale M M Hemostasia e Trombose In Rang HP Dale M M Farmacologia Rio de Janeiro Guanabara Koogan 1998 p235-47 19 PHILLIPS L D Manual de terapia intravenosa 2ed Porto Alegre Artmed 2001
30
simples aleacutem de eliminar a possibilidade de incompatibilidade com as drogas e soluccedilotildees
administradas aleacutem da inexistecircncia de riscos ao paciente Entretanto sabe-se que a literatura
ainda natildeo fornece consenso acerca da soluccedilatildeo mais indicada para manutenccedilatildeo da
permeabilidade do cateter venoso perifeacuterico
Eacute importante ressaltar que muitas instituiccedilotildees do nosso paiacutes nem ao menos tecircm o
conhecimento da praacutetica da salinizaccedilatildeo com soluccedilatildeo salina 09 No que se refere agrave pesquisa
cientiacutefica as limitaccedilotildees desta praacutetica satildeo atribuiacutedas agrave ausecircncia de um maior nuacutemero de
estudos controlados para validar sua eficaacutecia (EPPERSON20
Apesar de natildeo ser encontradas publicaccedilotildees acerca do tema a utilizaccedilatildeo de heparina
mostra-se como uma pratica natildeo mais utilizada pelos profissionais de enfermagem Outro
tema onde haacute controveacutersias e tambeacutem poucas citaccedilotildees eacute o uso da tala para fixaccedilatildeo do acesso
venoso perifeacuterico Seguem abaixo a opiniatildeo de alguns dos profissionais entrevistados
1984 apud DOPICO e
OLIVEIRA 2006)
ldquoA uacutenica coisa que eu natildeo gosto de ver eacute quando se coloca tala para imobilizar dizendo que a tala vai ajudar a natildeo perder a veia Isso eu natildeo concordo acho que a tala prejudica a crianccedila fica incomodada faz dor no membrordquo (Cinderela)
ldquoAntigamente a gente usava muito tala e as vezes eu pego isso aqui ai eu falo gente tala natildeo se usa mais natildeo faz parte mais da fixaccedilatildeo vocecirc pode fixar de uma forma que a crianccedila natildeo perca A tala eu acho que ela traumatiza um pouco ainda mais se vocecirc pegar um acesso na dobra vocecirc vai fazer com que a crianccedila fique com o braccedilo esticado muito tempo eu acho que pode causar uma lesatildeo depois e a literatura jaacute fala que eacute desnecessaacuteria natildeo precisa maisrdquo (Aurora) ldquoAntigamente usavam tala mas hoje em dia quase natildeo se vecirc mais e eu acho que a tala atrapalha porque a crianccedila fica imobilizada no membro ai fica mais irritadardquo (Rapunzel) ldquoLaacute no meu outro trabalho alguns usam a tala Eu acho que a tala ajuda ateacute a perder mais raacutepido porque a crianccedila fica incomodada vai querer mexer naquilordquo (Mulan)
20 Epperson EL Efficacy of 09 sodium chloride injection with without heparin for maintenance indwelling intermittent injection sites Clin Pharm1984 3(5)26
31
Almeida e Sabateacutes21
Entretanto haacute estudo que comprovam que o uso da tala natildeo se mostra tatildeo eficiente e
apresenta-se como uma praacutetica controversa O estudo foi realizado em crianccedilas ateacute os 12 anos
utilizando imobilizaccedilatildeo com tala e em mais de metade dos casos (553) ocorreu infiltraccedilatildeo
o que indicia a ineficaacutecia desta praacutetica (MACHADO PEDREIRA e CHAUD 2008 apud
BATALHA et al 2010 p512)
(2008 apud BATALHA et al 2010 p512) afirmam que a teacutecnica
de fixaccedilatildeo dos CVP com uso de imobilizaccedilatildeo com tala para restriccedilatildeo ou limitaccedilatildeo dos
movimentos articulares proacuteximo do local da punccedilatildeo estaacute indicado nas matildeos punhos cotovelo
e maleacuteolo
Para Batalha et al (2010 p512) o uso desta praacutetica parece natildeo se coadunar com o
atual uso de cateteres flexiacuteveis tipo abocath em detrimento de agulhas metaacutelicas Talvez por
isso comecem a surgir novas teacutecnicas de fixaccedilatildeo dos CVP que natildeo exigem imobilizaccedilatildeo das
articulaccedilotildees com talas
Aleacutem de natildeo haver uma confirmaccedilatildeo dos benefiacutecios causados pelo uso da tala a
imobilizaccedilatildeo causa incocircmodo para a crianccedila que fica com o membro imoacutevel podendo causar
dor e tambeacutem irritaccedilatildeo O uso desse tipo de fixaccedilatildeo tambeacutem impede a visualizaccedilatildeo frequente
do acesso venoso afetando assim os cuidados de observaccedilatildeo da equipe de enfermagem
43 O acompanhante e a manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico
A presente categoria vai discutir um assunto importante que surgiu durante as
entrevistas de forma inesperada Alguns dos profissionais entrevistados citaram o descuido do
acompanhante como um fator causador da perda do acesso venoso perifeacuterico Seguem abaixo
algumas falas
ldquoA matildee sempre acompanha e tem matildee que natildeo tem cuidado natildeo vigia e a gente tem que ficar pedindo pra olhar tomar contardquo (Aurora)
ldquoEm relaccedilatildeo ao acompanhante porque a crianccedila natildeo vai avaliar entatildeo o acompanhante que estar ali tem que avaliar direitinho natildeo deixar a crianccedila mexer ou puxarrdquo (Bela)
ldquoNatildeo eacute toda matildee que esta vigiando que cuida pra que a crianccedila natildeo perca o acessordquo (Jasmine)
21 Almeida FA Sabateacutes AL Enfermagem pediaacutetrica a crianccedila o adolescente e a sua famiacutelia no hospital Satildeo Paulo(SP) Manole 2008
32
ldquoAcho que leva a perda quando o acompanhante natildeo coopera as vezes a gente faz a imobilizaccedilatildeo na crianccedila e as vezes eles ateacute retiram e a proacutepria crianccedila agitada ela mesmo arrancardquo (Branca de Neve)
ldquoAgraves vezes a proacutepria crianccedila que a matildee deixa muito solta ai solta o acessordquo (Mulan)
Apoacutes a implementaccedilatildeo da lei que garante um acompanhante ao paciente pediaacutetrico a
presenccedila do familiarresponsaacutevel durante a hospitalizaccedilatildeo mudou a rotina da equipe de
enfermagem trazendo duacutevidas quanto a real funccedilatildeo do acompanhante e fazendo com que a
mesma viesse a delegar certos cuidados para acompanhante
A Promulgaccedilatildeo da Lei 8069 do Estatuto da Crianccedila e do Adolescente (ECA) em
1990 no seu artigo 12deg garante agrave crianccedila ou ao adolescente o direito de ter um responsaacutevel
que o acompanhe durante a hospitalizaccedilatildeo (1990)
Desde a sua implantaccedilatildeo as unidades vecircm sofrendo um processo de reorganizaccedilatildeo de
suas praacuteticas A inserccedilatildeo da famiacutelia modifica a organizaccedilatildeo do processo de trabalho o que
requer dos profissionais uma compreensatildeo em relaccedilatildeo agrave dinacircmica das relaccedilotildees interpessoais
(COLLET e ROCHA 2004)
Pimenta e Collet (2009) ressaltam que natildeo haacute nenhuma regulamentaccedilatildeo sobre a
participaccedilatildeo da famiacutelia nos cuidados e no entanto a mesma desempenha atividades junto agrave
crianccedila durante a hospitalizaccedilatildeo que devem ser levadas em consideraccedilatildeo A falta de
reconhecimento desse fato fez com que a equipe de enfermagem e famiacutelia natildeo possuiacutessem
uma relaccedilatildeo aberta e vivessem uma relaccedilatildeo silenciosa e impliacutecita de poder na qual a famiacutelia
acaba assumindo as relaccedilotildees do cuidado agrave crianccedila de responsabilidade da enfermagem
A negociaccedilatildeo entre matildees e equipe de enfermagem em relaccedilatildeo aos cuidados agrave crianccedila
hospitalizada natildeo eacute uma tarefa faacutecil tendo em vista que natildeo se tem claro qual o seu novo
papel neste processo (COLLET e ROCHA 2004)
Eacute possiacutevel ver nas falas que a presenccedila do acompanhante causa para a equipe de
enfermagem a seguranccedila de ter algueacutem para ldquovigiarrdquo ldquotomar contardquo e natildeo deixar que a
crianccedila hospitalizada perca o acesso venoso quando na verdade eacute funccedilatildeo da equipe de
enfermagem cuidados referentes ao acesso venoso perifeacuterico
33
Jaacute o acompanhante eacute definido pelo Ministeacuterio da Sauacutede como uma pessoa significativa
para a crianccedila que representa sua rede social e que vai acompanhaacute-lo durante a permanecircncia
no ambiente hospitalar ressaltando assim sua importacircncia Esse fato se reforccedila visto que a
crianccedila encontra nos familiares a forccedila e seguranccedila necessaacuteria para encarar todo esse processo
doloroso e desconhecido (MURAKAMI e CAMPOS 2011 p255)
O acompanhante aleacutem de minimizar o sofrimento do paciente pediaacutetrico faz com que
o mesmo sinta-se mais a vontade Eacute importante ressaltar que o familiarresponsaacutevel natildeo soacute
pode como deve participar das atividades da crianccedila no hospital desde que estas natildeo sejam
competecircncias dos profissionais que os cercam Essas atividades satildeo caracterizadas como
semelhantes aos que eles realizam diariamente fora do ambiente hospitalar como o banho
Poreacutem no caso de um paciente com punccedilatildeo venosa perifeacuterica o profissional de enfermagem
deve auxiliar no cuidado para que essa natildeo se perca
Os cuidados dos familiaresacompanhantes satildeo os mesmos que os desenvolvidos no
domiciacutelio e os cuidados prestados pela equipe de enfermagem satildeo aqueles que demandam
conhecimento teacutecnico-cientiacutefico especializado (SOUZA e OLIVEIRA 2010 p558)
Mesmo alguns cuidados parecerem simples e rotineiros quando eacute prestado no
hospital assumem novas caracteriacutesticas com o uso de dispositivos tecnoloacutegicos os quais se
tornam complexos (PIMENTA E COLLET 2009)
O ato de cuidar envolve o respeito agrave maneira como vive cada indiviacuteduo de acordo
com suas crenccedilas valores costumes e cultura A famiacutelia como uma instituiccedilatildeo atende agraves
necessidades bioloacutegicas de seus membros sendo sua responsabilidade cuidar e criar os filhos
incluindo a obrigaccedilatildeo da alimentaccedilatildeo higiene vestuaacuterio e moradia (ELSEN22
Nas entrevistas podemos verificar falas em que o acompanhante eacute citado como
responsaacutevel por avaliar a punccedilatildeo venosa A equipe de enfermagem deve sempre partir do
pressuposto que o familiar acompanhante natildeo tem conhecimento cientiacutefico e certo tipo de
cuidado natildeo deve se delegado para o mesmo mostrando assim a importacircncia da orientaccedilatildeo do
acompanhante quanto aos procedimentos dispositivos utilizados e cuidados em que os
etal 1994
apud SOUZA e OLIVEIRA 2010 p 553)
22 Elsen I Patriacutecio ZM Assistecircncia agrave crianccedila hospitalizada tipos de abordagens e suas implicaccedilotildees para a enfermagem In A enfermagem em pediatria e puericultura Rio de Janeiro (RJ) Atheneu 2005
34
mesmos possam auxiliar Seguem abaixo as falas onde os profissionais ressaltaram a
importacircncia da orientaccedilatildeo do acompanhante
ldquoNem sempre a crianccedila vai entender o porque de estar com aquele acesso entatildeo tem que ter uma orientaccedilatildeo do acompanhanterdquo (Bela)
ldquoTem que haver orientaccedilatildeo do acompanhante para os cuidadosrdquo (Ariel)
ldquoAgraves vezes tem ate o exemplo de um pai que natildeo deixa trocar o acesso jaacute tinha mais de uma semana e ele natildeo queria que trocasse ai faz febre e natildeo sabe da onderdquo (Alice)
Para Souza e Oliveira (2010 p555) deve haver uma preocupaccedilatildeo em orientar
considerando que o outro natildeo tem nenhum tipo de conhecimento sobre o assunto Poreacutem
Queiroz e Jorge23
Apesar das dificuldades o profissional de enfermagem deve estabelecer um viacutenculo de
confianccedila com o acompanhante buscando sempre deixaacute-los ciente das situaccedilotildees e fazendo-os
participar dos cuidados plausiacuteveis sem causar nenhum dano agrave crianccedila e de maneira alguma
abandonar suas atribuiccedilotildees
(2004 apud SOUZA e OLIVEIRA 2010 p 556) ressaltam que apesar de os
profissionais terem intenccedilatildeo de orientar os cuidados para a sauacutede repassam conhecimentos
elaborados cientificamente dificultando a compreensatildeo do familiar aleacutem de a relaccedilatildeo se dar
de maneira vertical assimeacutetrica e coercitiva
23 Queiroz MVO Jorge MSB Accedilotildees educativas no cuidado infantil e intervenccedilotildees dos profissionais junto agraves famiacutelias Acta Scientiarum Maringaacute 2004 janjun 26(1) 27-34
35
CONCLUSAtildeO
Atraveacutes desse estudo foi possiacutevel descrever e analisar os cuidados que os profissionais
de enfermagem realizam acerca da permanecircncia do acesso venoso perifeacuterico Aleacutem disso a
realizaccedilatildeo da pesquisa permitiu identificar a desarticulaccedilatildeo do processo de enfermagem e a
praacutetica desconectada da produccedilatildeo cientiacutefica caracterizando a falta de uma educaccedilatildeo
continuada efetiva
A anaacutelise dos dados demonstra o processo de punccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico
ressaltando a importacircncia de cuidados como a seleccedilatildeo do local a diluiccedilatildeo da medicaccedilatildeo a
realizaccedilatildeo de uma boa fixaccedilatildeo a atenccedilatildeo com a velocidade de infusatildeo os cuidados com os
sinais de infecccedilatildeo e salinizaccedilatildeo do acesso natildeo deixando de salientar cuidados em desuso
como o uso da heparina da tala e duvidas em relaccedilatildeo ao tempo de permanecircncia Evidenciou
tambeacutem que a equipe de enfermagem delega alguns cuidados para os acompanhantes
Natildeo foi possiacutevel perceber o niacutevel de conhecimento cientiacutefico dos profissionais visto
que eles em nenhum momento por natildeo saberem ou por medo de se expor natildeo explicaram de
fato nenhum cuidado que disseram realizar Sempre citaram de forma superficial e direta
deixando claro tambeacutem que o pesquisador natildeo os indagou quanto a isso Poreacutem creio que
diante de cuidados tatildeo importantes e de frequente praacutetica os mesmos falariam facilmente
sobre os cuidados de enfermagem na permanecircncia do acesso venoso perifeacuterico
Apesar dos entrevistados citarem alguns fatores e cuidados realizados de forma
correta eacute visiacutevel que os mesmos realizam os cuidados com a punccedilatildeo e a permanencia do
acesso de forma automaacutetica sem unir a praacutetica com o fundamento do mesmo
Eacute importante destacar tambeacutem a importacircncia do preparo emocional da crianccedila como
tambeacutem os cuidados com a famiacutelia dos mesmos O trabalho de humanizaccedilatildeo realizado pela
36
enfermagem faz grande diferenccedila nessas situaccedilotildees visto que os pacientes e acompanhantes
tendo conhecimento do que seraacute realizado ficariam mais tranquilos
O estudo contribuiu para o campo do ensino nesta aacuterea dando destaque ao importante
papel que o profissional de enfermagem deve desempenhar no cuidado e na manutenccedilatildeo do
acesso venoso perifeacuterico Contudo vale ressaltar a importacircncia do incentivo ao profissional a
buscar na literatura natildeo soacute esclarecimento de suas duvidas mas tambeacutem novos
conhecimentos
Pode colaborar ainda para a realizaccedilatildeo de novas pesquisas na aacuterea procurando
eliminar duacutevidas e controveacutersias sobre o tema Buscando assim a realizaccedilatildeo de um cuidado de
enfermagem articulado e eficaz promovendo o bem-estar do paciente pediaacutetrico durante a
hospitalizaccedilatildeo
37
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APEcircNDICE I
TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO
DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO Tiacutetulo Do Projeto Os cuidados de enfermagem acerca dos acessos venosos perifeacutericos na unidade pediaacutetrica Pesquisador Responsaacutevel Rosane Cordeiro Burla de Aguiar Eny Dorea Paiva e Karina Rodrigues Fernandes Instituiccedilatildeo a que Pertence o Pesquisador Responsaacutevel Universidade Federal Fluminense Telefone para contato (21) 98355269 (21) 82392939 (21) 91786609 Nome do voluntaacuterio _________________________________________________________ Idade ________ anos RG ____________________________
AO Sr (a) estaacute sendo convidado (a) a participar do projeto de pesquisa OS CUIDADOS DE
ENFERMAGEM ACERCA DOS ACESSOS VENOSOS PERIFEacuteRICOS NA UNIDADE PEDIATRICA de
responsabilidade da pesquisadora Profordf Drordf Rosane Cordeiro Burla de Aguiar e Profordf Drordf Eny Dorea Paiva A
punccedilatildeo venosa perifeacuterica eacute um procedimento essencial durante a hospitalizaccedilatildeo da crianccedila visto que eacute atraveacutes
dela que eacute administrada grande parte das medicaccedilotildees Este estudo se justifica diante da importacircncia da
necessidade de um maior periacuteodo de permanecircncia dos acessos venosos perifeacutericos Com isso aleacutem da
diminuiccedilatildeo de eventos que causam dor e irritaccedilatildeo na crianccedila e na famiacutelia promoveraacute tambeacutem uma melhor estada
dos mesmos durante o periacuteodo de hospitalizaccedilatildeo Os objetivos da pesquisa satildeo 1) Descrever os fatores que
interferem na manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico de acordo com a equipe de enfermagem 2)Analisar os
cuidados da equipe de enfermagem na manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico A coleta de dados se daraacute
atraveacutes de entrevistas semi estruturadas que seratildeo gravadas As informaccedilotildees colhidas seratildeo tratadas de forma
anocircnima e confidencial ou seja em nenhum momento seratildeo divulgados o seu nome e somente os
pesquisadores teratildeo acesso agraves informaccedilotildees Os dados obtidos com a pesquisa poderatildeo ser publicados apenas com
fins cientiacuteficos Eles natildeo seratildeo utilizados para fins comerciais ou para outra finalidade qualquer Caso necessite
poderatildeo ser marcados encontros para respostas ou esclarecimentos de qualquer duacutevida acerca da pesquisa A sua
participaccedilatildeo eacute voluntaria e eacute importante lembrar que vocecirc poderaacute desistir de participar da pesquisa em qualquer
momento A entrevista seraacute marcada em um dia e horaacuterio que vocecirc achar melhor Seraacute realizada
individualmente em um ambiente que nos ofereccedila privacidade Esta pesquisa natildeo oferece riscos para vocecirc e os
benefiacutecios da sua participaccedilatildeo satildeo de aumentar o conhecimento cientiacutefico na aacuterea de Enfermagem Pediaacutetrica
aleacutem de contribuir para a praacutetica profissional Este documento seraacute elaborado em duas vias uma para vocecirc e a
outra seraacute arquivada pelo pesquisador
Eu_____________________________________________________________ RG no _____________________________ Declaro que apoacutes ter entendido o que me foi explicado consinto voluntariamente em participar do presente Protocolo de Pesquisa entendo ainda que posso retirar o meu consentimento a qualquer momento antes ou durante a realizaccedilatildeo do mesmo declaro ter sido informada(o) e concordo em participar como voluntaacuteria(o) da pesquisa acima descrita Rio de Janeiro_______de_______________de 20___ _____________________________ ________________________________
(Participante) Karina Rodrigues Fernandes (Responsaacutevel por obter o consentimento)
______________________________________ _______________________________________ (Testemunha) (Testemunha)
45
APEcircNDICE II
ROTEIRO PARA ENTREVISTA
1) O que vocecirc acha que pode levar a perda do acesso perifeacuterico
2) Para vocecirc o que eacute importante para manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico nas
crianccedilas
3) O que vocecirc acha que pode interferir na sua manutenccedilatildeo
4) Que medidas vocecirc adota no seu dia a dia para manter o acesso
5) Na sua vivencia profissional o que vocecirc discorda dos cuidados que geralmente satildeo
utilizados para manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico
46
ANEXO
47
48
23
preparo emocional do paciente preparo do material e medicaccedilatildeo seleccedilatildeo do siacutetio de inserccedilatildeo
e dilataccedilatildeo da veia selecionada As accedilotildees envolvidas na punccedilatildeo satildeo a execuccedilatildeo das
precauccedilotildees-padratildeo antissepsia da pele punccedilatildeo do vaso a fixaccedilatildeo e curativo do cateter
Finalmente na etapa de poacutes-punccedilatildeo adota-se a identificaccedilatildeo da punccedilatildeo o descarte apropriado
das partes dos materiais natildeo utilizados a orientaccedilatildeo do paciente acerca da terapecircutica o
controle da infusatildeo atraveacutes do gotejamento se necessaacuterio e o registro do procedimento
Phillips12
De acordo com as entrevistas a seleccedilatildeo do local de punccedilatildeo eacute indicada com um fator
que interfere diretamente no tempo de permanecircncia do acesso venoso perifeacuterico visto que
dependendo do local ocorre a perda mais rapidamente Aleacutem da localizaccedilatildeo citaram tambeacutem
o calibre da veia como interferecircncia na manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico Seguem
abaixo algumas falas
(2001 apud ARAUacuteJO 2007 p18)
ldquoPrimeira coisa eacute vocecirc procurar bem a veia colocar uma veia de um bom calibre Se puder dar preferecircncia a natildeo puncionar dobrasrdquo (Cinderela) ldquoDependendo de onde estiver puncionado se for na matildeozinha a crianccedila fica toda hora ta mexendo taacute manipulando alguma coisa e se for no pezinho tambeacutem nem todo tempo vai ficar acamada entatildeo acaba perdendo o acessordquo(Bela ) ldquoO mau posicionamento pode levar a perdardquo (Rapunzel)
A opiniatildeo dos profissionais acima vai de encontro com o que eacute encontrado na
literatura visto que eacute de suma importacircncia que o mesmo avalie o cliente e considere alguns
aspectos para uma escolha criteriosa e eficaz como a finalidade da punccedilatildeo o tipo de soluccedilatildeo
a ser infundida a condiccedilatildeo da rede venosa a duraccedilatildeo da terapia idade do cliente habilidade
cognitiva da crianccedila a preferecircncia do cliente o que nem sempre seraacute possiacutevel satisfazer e
tambeacutem a sua atividade (ARAUacuteJO 2007 p31)
Os cuidados com o acesso venoso perifeacuterico satildeo importantes antes mesmo da
realizaccedilatildeo do procedimento Levando em consideraccedilatildeo que um erro durante a fase de preacute-
procedimento como a escolha errada do local de punccedilatildeo por exemplo poderaacute levar a perda
do acesso e prejudicar assim o tratamento aleacutem do bem-estar da crianccedila que seraacute puncionada
novamente
12 PHILLIPS L D Manual de terapia intravenosa 2ed Porto Alegre Artmed 2001
24
O vaso sanguiacuteneo que o profissional selecionar como local para puncionar deve ser
suficiente para suportar o calibre e o comprimento do cateter aleacutem de atender a necessidade
terapecircutica para que natildeo haja a necessidade de uma nova punccedilatildeo
A punccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico eacute um procedimento doloroso e de grande
incomodo para a crianccedila com isso eacute de suma importacircncia realizar a seleccedilatildeo preacutevia do
material poreacutem natildeo foi citado Outro cuidado rotineiro e natildeo menos importante como a
lavagem das matildeos antes da colocaccedilatildeo do acesso tambeacutem natildeo foi mencionado durante as
entrevistas
O preparo emocional da crianccedila e do acompanhante quanto ao procedimento deve ser
considerada praacutetica rotineira para a equipe de enfermagem O profissional de enfermagem
deve lavar as matildeos objetivando a reduccedilatildeo significativa de risco de infecccedilatildeo e recomenda-se o
uso de aacutegua e sabatildeo para lavagem das matildeos antes da colocaccedilatildeo do cateter venoso perifeacuterico
(PHILLIPS13
O preparo preacutevio do material para instalaccedilatildeo do cateter venoso perifeacuterico eacute importante
para evitar interrupccedilotildees do procedimento e consequentemente um maior tempo de
manipulaccedilatildeo da crianccedila (SILVA
2001apud ARAUacuteJO 2007 Centers for Disease Control and Prevention ndash CDC
2002 apud ARAUacuteJO 2007)
14
Outro aspecto citado e classificado como preacute-procedimento eacute o cuidado com a
medicaccedilatildeo a ser administrada incluindo cuidados com a diluiccedilatildeo e composiccedilatildeo da mesma
Seguem algumas das falas
2004 apud ARAUacuteJO 2007 p30)
ldquoEstar sempre diluindo as medicaccedilotildees de acordo com a prescriccedilatildeo meacutedica pois as medicaccedilotildees satildeo muito fortes e podem causar enfraquecimento da veia Tem que diluir direitinho e passar lento na veiardquo (Cinderela) ldquoTer cuidado principalmente quando eacute crianccedila e a diluiccedilatildeo da medicaccedilatildeo tambeacutem agraves vezes natildeo eacute pra passar em perifeacuterico e na segunda dose jaacute perdeurdquo (Alice)
O acesso venoso perifeacuterico eacute a primeira alternativa para infusatildeo intravenosa por ser de
mais faacutecil acesso e rapidez no efeito da medicaccedilatildeo O profissional de enfermagem deve ter
domiacutenio natildeo soacute relacionado agrave infusatildeo das medicaccedilotildees mas tambeacutem com a composiccedilatildeo
13 PHILLIPS L D Manual de terapia intravenosa 2ed Porto Alegre Artmed 2001 14 SILVA G R G Terapia intravenosa em receacutem-nascidos ndash orientaccedilotildees para o cuidado de Enfermagem Rio de Janeiro Cultura Meacutedica 2004
25
farmacoloacutegica das mesmas os efeitos adversos e colaterais que a droga pode causar inclusive
em relaccedilatildeo a diluiccedilatildeo o que normalmente eacute estabelecido como padratildeo no setor de acordo com
cada faacutermaco
Com a intenccedilatildeo de promover a eficaacutecia terapecircutica dos medicamentos administrados
por via intravenosa eacute atribuiccedilatildeo do profissional de enfermagem implementar teacutecnicas como a
diluiccedilatildeo acondicionamento e cuidados na administraccedilatildeo de faacutermacos a fim de evitar
prejuiacutezos no tratamento resultantes da incompatibilidade medicamentosa (PETERLINI
CHAUD e PEDREIRA 2006)
Os fatores intra-procedimento satildeo considerados aqueles diretamente relacionados com
o procedimento Os dados colidos nas entrevistas ressaltaram apenas a fixaccedilatildeo com um fator
que interfere nessa fase Este foi o dado mais repetitivo nas entrevistas poreacutem sempre citado
de forma superficial Seguem as falas dos profissionais quando questionados sobre o que era
importante para manutenccedilatildeo do acesso
ldquoTem que fazer uma boa fixaccedilatildeo Porque quando a pessoa natildeo fixa bem prejudica porque aquilo vai soltando e quando vocecirc vecirc jaacute perdeu a veiardquo(Cinderela) ldquoEu acho que natildeo tem o que fazer para manter o acesso A crianccedila vai ficar uns dias X com aquele acesso pra fazer medicaccedilatildeo e eu acho que natildeo tem o que vocecirc profissional fazer para que natildeo percardquo (Aurora) ldquoA fixaccedilatildeo evita a movimentaccedilatildeo excessiva no local que estaacute o acessordquo (Ariel) ldquoTer cuidado com o curativo saber manusear E manter sempre o curativo limpo trocar se necessaacuteriordquo (Rapunzel) ldquoA fixaccedilatildeo eacute muito importante pra natildeo soltar o acesso e pra ele ficar mais tempordquo(Mulan)
Oliveira Bezerra e Pereira (2008 p 94) afirmam que de acordo com o revelado por
determinados estudos o tipo de curativo a fixaccedilatildeo do cateter e o tempo de permanecircncia estatildeo
diretamente relacionados com a ocorrecircncia de complicaccedilotildees infecciosas como flebites e
tambeacutem infiltraccedilatildeo extravasamento desconexatildeo e deslocamento do cateter
26
Para Pettit e Kraus15
Potter
(1995 apud MACHADO PEDREIRA E CHAUD2005 p292) a
gaze esteacuteril fixada com a fita adesiva hipoalergecircnica bem como a peliacutecula transparente esteacuteril
satildeo os materiais mais recomendados para curativo e fixaccedilatildeo de cateter venoso perifeacuterico
16
Jaacute as peliacuteculas transparentes mais conhecidas como filme permitem a respiraccedilatildeo
normal da pele com alta permeabilidade ao oxigecircnio e vapores e eacute impermeaacutevel a liacutequidos e
micro-organismos (SILVA E ZANETTI 2004 p233) Aleacutem disso permitem tambeacutem a
visualizaccedilatildeo contiacutenua do local de punccedilatildeo permitindo assim avaliaccedilatildeo do mesmo natildeo soacute
durante a infusatildeo de medicaccedilotildees mas tambeacutem todo o tempo
(1998 apud SILVA E ZANETTI 2004 p233) afirma que nas fixaccedilotildees em
que se utiliza a gaze esteacuteril preconiza-se a utilizaccedilatildeo de teacutecnica asseacuteptica Neste curativo a
gaze esteacuteril eacute colocada sobre o siacutetio de inserccedilatildeo e suas bordas satildeo fixadas com fita adesiva
A observaccedilatildeo da punccedilatildeo eacute muito importante pois se o local de inserccedilatildeo se mostrar
com sinais e sintomas de complicaccedilotildees a terapia deve ser suspensa (OLIVEIRA BEZERRA
e PEREIRA 2008 p95)
A visualizaccedilatildeo contiacutenua do acesso permite que a equipe de enfermagem possa realizar
uma observaccedilatildeo mais particularizada em relaccedilatildeo agraves condiccedilotildees do acesso venoso perifeacuterico
podendo observar se haacute deslocamento do cateter sinais de infiltraccedilatildeo e tambeacutem sinais de
infecccedilatildeo
Para Silva Barbato e Valente (2013 p 1200) cabe ao enfermeiro fazer a avaliaccedilatildeo
diaacuteria e cuidadosa do curativo observando a presenccedila de umidade sujidade integridade do
oacutestio de inserccedilatildeo a fixaccedilatildeo bem como a realizaccedilatildeo do curativo e das anotaccedilotildees legais
competentes agraves suas funccedilotildees
A fase poacutes-procedimento eacute caracterizada por uma seacuterie de cuidados que a equipe de
enfermagem deve realizar para que se obtenha maior tempo de permanecircncia do acesso venoso
perifeacuterico Durante as entrevistas os cuidados citados foram a salinizaccedilatildeo do acesso cuidados
para evitar a flebite e a velocidade de infusatildeo
15 Pettit DM Kraus V The use of gauze versus transparent dressings for peripheral intravenous catheter sites Nurs ClinNorth Am 1995 30(3)495-506 16 Potter P Perry AG Fundamentos de enfermagem processo conceito e praacutetica 3ordf ed Santos(SP) Guanabara Koogan19981397pp801-43
27
ldquoManter um acesso bem salinizado que vocecirc lave pelo menos de duas de trecircs em trecircs horas Se bem que isso aqui na pediatria natildeo eacute muito comum aqui a gente soacute lava cada vez que vai fazer medicaccedilatildeo mas se eu natildeo me engano a literatura preconiza isso vocecirc lavar pelo menos de quatro em quatro horas o acessordquo (Aurora)
ldquoPra manter o acesso venoso perifeacuterico eacute importante manter ele salinizado Assim que a gente recebe o plantatildeo eu vou ver se o acesso ta peacutervio com uma ldquoseringuinhardquo vai la da uma ldquolavadinhardquo e vecirc se o acesso ta peacutervio e manter o acesso salinizadordquo (Ariel)
ldquoSalinizar de 6 em 6 horas para manter ele peacuterviordquo (Alice)
ldquoTem que passar lento a medicaccedilatildeo e a limpeza da aacuterea vocecirc tem que limpar bem a aacuterea pra vocecirc natildeo formar uma flebiterdquo (Cinderela)
A salinizaccedilatildeo do acesso eacute um cuidado simples e de grande importacircncia Esse cuidado
deve ser realizado para manter o acesso peacutervio e limpo e deve ser realizado antes e apoacutes
qualquer infusatildeo
Para Moncaio e Figueiredo (2009)
a ldquosalinizaccedilatildeordquo consiste em administrar sob pressatildeo positiva soluccedilatildeo salina (Soro fisioloacutegico a 09) logo apoacutes o teacutermino da infusatildeo da medicaccedilatildeo Este procedimento visa prevenir a formaccedilatildeo de trombos e fibrina evitar o contato de drogas incompatiacuteveis (quando da infusatildeo de mais de um item medicamentoso no mesmo horaacuterio) garantir a infusatildeo de todo o medicamento que possa ter ficado no sistema aleacutem de evitar retorno sanguiacuteneo mantendo o cateter peacutervio para a proacutexima infusatildeo
Durante a coleta de dados esse cuidado surgiu em diversos momentos poreacutem foi
possiacutevel perceber que os profissionais realizam o mesmo de forma banalizada Natildeo sabem de
fato a real funccedilatildeo de manter o acesso salinizado A impressatildeo que passa eacute que eles
aprenderam que esse cuidado deveria ser feito e simplesmente fazem Haacute divergecircncias
tambeacutem entre a equipe em relaccedilatildeo ao momento que deve ser realizada a salinizaccedilatildeo e isso nos
mostra a desatualizaccedilatildeo dos profissionais do setor e a falta de uma educaccedilatildeo continuada no
hospital
Os cuidados para evitar a flebite e a velocidade de infusatildeo da medicaccedilatildeo apareceram
menos nas entrevistas e interferem diretamente com a manutenccedilatildeo do acesso venoso
perifeacuterico
28
A flebite eacute uma inflamaccedilatildeo na veia puncionada ocorrendo quando as ceacutelulas
endoteliais da parede da veia que o cateter estaacute inserido tornam-se inflamadas e irregulares
propiciando a aderecircncia de plaquetas e predispondo a veia a inflamaccedilatildeo Eacute comum que o local
se apresente dolorido hiperemiado quente e edemaciado e nesses casos eacute aconselhada a
retirada do cateter Uma boa fixaccedilatildeo do cateter perifeacuterico eacute recomendada por autores na
literatura visto que previnem deslocamento faacutecil e permitem uma boa visualizaccedilatildeo do local
evitando complicaccedilotildees como a flebite e infiltraccedilatildeo (MOLDES et al 2011 p 330)
Dentre as principais falhas de infusatildeo venosa estatildeo flebite infiltraccedilatildeo hematoma e
obstruccedilatildeo Acredita-se que para reduzir a incidecircncia destas nas unidades pediaacutetricas eacute preciso
a adoccedilatildeo de estrateacutegias tais como a abordagem junto agrave equipe em parceria com o setor de
educaccedilatildeo permanente e a adoccedilatildeo do uso da teacutecnica corretamente e de forma asseacuteptica para a
realizaccedilatildeo da punccedilatildeo venosa perifeacuterica em acordo com a comissatildeo de controle de infecccedilatildeo
hospitalar (SILVA BARBATO e VALENTE 2013 p 1200)
A incapacidade do paciente em relatar dor no siacutetio de administraccedilatildeo do faacutermaco quer
pela idade ou condiccedilatildeo cliacutenica e o local de inserccedilatildeo como tambeacutem a velocidade de infusatildeo do
medicamento (gt25mgmin) satildeo classificados como fatores de risco para a perda do acesso
venoso perifeacuterico (MARTINS SILVINO e DIAS 2010)
42 Os cuidados em desuso para manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico
Essa categoria discorre sobre os cuidados de enfermagem que com o passar do tempo
foram desconsiderados e natildeo satildeo mais utilizados Quando questionados em relaccedilatildeo a vivencia
profissional e cuidados que discordavam os entrevistados citaram o uso da tala para fixaccedilatildeo
uso de heparina e os cuidados em relaccedilatildeo ao tempo de permanecircncia do cateter Haacute muitas
controveacutersias em relaccedilatildeo aos cuidados citados acima
O tempo de permanecircncia interfere diretamente no aparecimento de complicaccedilotildees
como flebite e que acabam levando a perda do acesso venoso perifeacuterico mais rapidamente
aconselhando assim a troca do mesmo entre 76 a 96 horas Poreacutem eacute preconizada a retirada do
cateter apenas se finalizar o tratamento ou houver alguma interferecircncia
ldquoA gente observa tambeacutem o tempo dependendo do tempo tem que tirarrdquo (Alice)
29
ldquoHoje eu natildeo sei como que eacute essa questatildeo do tempo porque a gente trocava o acesso a cada quatro dias agora o pessoal jaacute diz que pode trocar em ateacute uma semana entatildeo natildeo sei como que ta isso e o que tem escrito em relaccedilatildeo a isso (Aurora)
Sabe-se que o tempo para troca do cateter de teflon ou poliuretano varia de 72 a 96
horas com o intuito de reduzir risco de infecccedilatildeo e flebite e para minimizar esses riscos nas
seguintes situaccedilotildees diante de sinais inflamatoacuterios no local de inserccedilatildeo e sempre que houver
mau funcionamento do cateter (SANTOS17
Entretanto o Center for Disease Control and Prevention - CDC (2002) diz que em
pacientes pediaacutetricos natildeo foi observada relaccedilatildeo quanto ao tempo de permanecircncia do cateter e
ocorrecircncia de complicaccedilotildees devendo ser mantido ateacute o teacutermino da terapia intravenosa ou
quando forem observados sinais cliacutenicos de complicaccedilotildees
2004 apud OLIVEIRA BEZERRA e PEREIRA
2008 p 93)
Eacute possiacutevel observar a diferenccedila do conhecimento pratico dos profissionais
entrevistados em relaccedilatildeo ao conhecimento encontrado na literatura E ainda contendo duacutevidas
natildeo haacute uma busca da parte dos mesmos para esclarececirc-las
O uso da heparina com a finalidade de manter o acesso peacutervio por um periacuteodo maior
de tempo mostra-se com mais certeza quanto ao desuso nos dados colidos
ldquoAntigamente a gente usava heparina entatildeo a gente ficava tranquila em relaccedilatildeo agrave obstruccedilatildeo mas agora natildeo a gente usa o soro fisioloacutegico e a gente deixa salinizadordquo (Aurora)
Rang e Dale 18(1998 apud DOPICO e OLIVEIRA 2006) afirmam que a heparina
inibe a formaccedilatildeo de coaacutegulos de fibrina in vitro e in vivo e que seu efeito anticoagulante eacute
praticamente imediato Com isso Phillips19
17 Santos W Lavagem das matildeos In R Luiz Santos W Manual baacutesico de prevenccedilatildeo e controle das infecccedilotildees hospitalares do HRU Fortaleza Hospital Regional Unimed 2004
(2001 apud DOPICO e OLIVEIRA 2006)
ressalta que a teacutecnica de manutenccedilatildeo intermitente de cateteres intravenosos com soluccedilatildeo
salina 09 classificada como salinizaccedilatildeo tem sido pesquisada haacute alguns anos apresentando
em relaccedilatildeo ao uso da heparina vantagens como o baixo custo ser um procedimento mais
18 Rang HP Dale M M Hemostasia e Trombose In Rang HP Dale M M Farmacologia Rio de Janeiro Guanabara Koogan 1998 p235-47 19 PHILLIPS L D Manual de terapia intravenosa 2ed Porto Alegre Artmed 2001
30
simples aleacutem de eliminar a possibilidade de incompatibilidade com as drogas e soluccedilotildees
administradas aleacutem da inexistecircncia de riscos ao paciente Entretanto sabe-se que a literatura
ainda natildeo fornece consenso acerca da soluccedilatildeo mais indicada para manutenccedilatildeo da
permeabilidade do cateter venoso perifeacuterico
Eacute importante ressaltar que muitas instituiccedilotildees do nosso paiacutes nem ao menos tecircm o
conhecimento da praacutetica da salinizaccedilatildeo com soluccedilatildeo salina 09 No que se refere agrave pesquisa
cientiacutefica as limitaccedilotildees desta praacutetica satildeo atribuiacutedas agrave ausecircncia de um maior nuacutemero de
estudos controlados para validar sua eficaacutecia (EPPERSON20
Apesar de natildeo ser encontradas publicaccedilotildees acerca do tema a utilizaccedilatildeo de heparina
mostra-se como uma pratica natildeo mais utilizada pelos profissionais de enfermagem Outro
tema onde haacute controveacutersias e tambeacutem poucas citaccedilotildees eacute o uso da tala para fixaccedilatildeo do acesso
venoso perifeacuterico Seguem abaixo a opiniatildeo de alguns dos profissionais entrevistados
1984 apud DOPICO e
OLIVEIRA 2006)
ldquoA uacutenica coisa que eu natildeo gosto de ver eacute quando se coloca tala para imobilizar dizendo que a tala vai ajudar a natildeo perder a veia Isso eu natildeo concordo acho que a tala prejudica a crianccedila fica incomodada faz dor no membrordquo (Cinderela)
ldquoAntigamente a gente usava muito tala e as vezes eu pego isso aqui ai eu falo gente tala natildeo se usa mais natildeo faz parte mais da fixaccedilatildeo vocecirc pode fixar de uma forma que a crianccedila natildeo perca A tala eu acho que ela traumatiza um pouco ainda mais se vocecirc pegar um acesso na dobra vocecirc vai fazer com que a crianccedila fique com o braccedilo esticado muito tempo eu acho que pode causar uma lesatildeo depois e a literatura jaacute fala que eacute desnecessaacuteria natildeo precisa maisrdquo (Aurora) ldquoAntigamente usavam tala mas hoje em dia quase natildeo se vecirc mais e eu acho que a tala atrapalha porque a crianccedila fica imobilizada no membro ai fica mais irritadardquo (Rapunzel) ldquoLaacute no meu outro trabalho alguns usam a tala Eu acho que a tala ajuda ateacute a perder mais raacutepido porque a crianccedila fica incomodada vai querer mexer naquilordquo (Mulan)
20 Epperson EL Efficacy of 09 sodium chloride injection with without heparin for maintenance indwelling intermittent injection sites Clin Pharm1984 3(5)26
31
Almeida e Sabateacutes21
Entretanto haacute estudo que comprovam que o uso da tala natildeo se mostra tatildeo eficiente e
apresenta-se como uma praacutetica controversa O estudo foi realizado em crianccedilas ateacute os 12 anos
utilizando imobilizaccedilatildeo com tala e em mais de metade dos casos (553) ocorreu infiltraccedilatildeo
o que indicia a ineficaacutecia desta praacutetica (MACHADO PEDREIRA e CHAUD 2008 apud
BATALHA et al 2010 p512)
(2008 apud BATALHA et al 2010 p512) afirmam que a teacutecnica
de fixaccedilatildeo dos CVP com uso de imobilizaccedilatildeo com tala para restriccedilatildeo ou limitaccedilatildeo dos
movimentos articulares proacuteximo do local da punccedilatildeo estaacute indicado nas matildeos punhos cotovelo
e maleacuteolo
Para Batalha et al (2010 p512) o uso desta praacutetica parece natildeo se coadunar com o
atual uso de cateteres flexiacuteveis tipo abocath em detrimento de agulhas metaacutelicas Talvez por
isso comecem a surgir novas teacutecnicas de fixaccedilatildeo dos CVP que natildeo exigem imobilizaccedilatildeo das
articulaccedilotildees com talas
Aleacutem de natildeo haver uma confirmaccedilatildeo dos benefiacutecios causados pelo uso da tala a
imobilizaccedilatildeo causa incocircmodo para a crianccedila que fica com o membro imoacutevel podendo causar
dor e tambeacutem irritaccedilatildeo O uso desse tipo de fixaccedilatildeo tambeacutem impede a visualizaccedilatildeo frequente
do acesso venoso afetando assim os cuidados de observaccedilatildeo da equipe de enfermagem
43 O acompanhante e a manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico
A presente categoria vai discutir um assunto importante que surgiu durante as
entrevistas de forma inesperada Alguns dos profissionais entrevistados citaram o descuido do
acompanhante como um fator causador da perda do acesso venoso perifeacuterico Seguem abaixo
algumas falas
ldquoA matildee sempre acompanha e tem matildee que natildeo tem cuidado natildeo vigia e a gente tem que ficar pedindo pra olhar tomar contardquo (Aurora)
ldquoEm relaccedilatildeo ao acompanhante porque a crianccedila natildeo vai avaliar entatildeo o acompanhante que estar ali tem que avaliar direitinho natildeo deixar a crianccedila mexer ou puxarrdquo (Bela)
ldquoNatildeo eacute toda matildee que esta vigiando que cuida pra que a crianccedila natildeo perca o acessordquo (Jasmine)
21 Almeida FA Sabateacutes AL Enfermagem pediaacutetrica a crianccedila o adolescente e a sua famiacutelia no hospital Satildeo Paulo(SP) Manole 2008
32
ldquoAcho que leva a perda quando o acompanhante natildeo coopera as vezes a gente faz a imobilizaccedilatildeo na crianccedila e as vezes eles ateacute retiram e a proacutepria crianccedila agitada ela mesmo arrancardquo (Branca de Neve)
ldquoAgraves vezes a proacutepria crianccedila que a matildee deixa muito solta ai solta o acessordquo (Mulan)
Apoacutes a implementaccedilatildeo da lei que garante um acompanhante ao paciente pediaacutetrico a
presenccedila do familiarresponsaacutevel durante a hospitalizaccedilatildeo mudou a rotina da equipe de
enfermagem trazendo duacutevidas quanto a real funccedilatildeo do acompanhante e fazendo com que a
mesma viesse a delegar certos cuidados para acompanhante
A Promulgaccedilatildeo da Lei 8069 do Estatuto da Crianccedila e do Adolescente (ECA) em
1990 no seu artigo 12deg garante agrave crianccedila ou ao adolescente o direito de ter um responsaacutevel
que o acompanhe durante a hospitalizaccedilatildeo (1990)
Desde a sua implantaccedilatildeo as unidades vecircm sofrendo um processo de reorganizaccedilatildeo de
suas praacuteticas A inserccedilatildeo da famiacutelia modifica a organizaccedilatildeo do processo de trabalho o que
requer dos profissionais uma compreensatildeo em relaccedilatildeo agrave dinacircmica das relaccedilotildees interpessoais
(COLLET e ROCHA 2004)
Pimenta e Collet (2009) ressaltam que natildeo haacute nenhuma regulamentaccedilatildeo sobre a
participaccedilatildeo da famiacutelia nos cuidados e no entanto a mesma desempenha atividades junto agrave
crianccedila durante a hospitalizaccedilatildeo que devem ser levadas em consideraccedilatildeo A falta de
reconhecimento desse fato fez com que a equipe de enfermagem e famiacutelia natildeo possuiacutessem
uma relaccedilatildeo aberta e vivessem uma relaccedilatildeo silenciosa e impliacutecita de poder na qual a famiacutelia
acaba assumindo as relaccedilotildees do cuidado agrave crianccedila de responsabilidade da enfermagem
A negociaccedilatildeo entre matildees e equipe de enfermagem em relaccedilatildeo aos cuidados agrave crianccedila
hospitalizada natildeo eacute uma tarefa faacutecil tendo em vista que natildeo se tem claro qual o seu novo
papel neste processo (COLLET e ROCHA 2004)
Eacute possiacutevel ver nas falas que a presenccedila do acompanhante causa para a equipe de
enfermagem a seguranccedila de ter algueacutem para ldquovigiarrdquo ldquotomar contardquo e natildeo deixar que a
crianccedila hospitalizada perca o acesso venoso quando na verdade eacute funccedilatildeo da equipe de
enfermagem cuidados referentes ao acesso venoso perifeacuterico
33
Jaacute o acompanhante eacute definido pelo Ministeacuterio da Sauacutede como uma pessoa significativa
para a crianccedila que representa sua rede social e que vai acompanhaacute-lo durante a permanecircncia
no ambiente hospitalar ressaltando assim sua importacircncia Esse fato se reforccedila visto que a
crianccedila encontra nos familiares a forccedila e seguranccedila necessaacuteria para encarar todo esse processo
doloroso e desconhecido (MURAKAMI e CAMPOS 2011 p255)
O acompanhante aleacutem de minimizar o sofrimento do paciente pediaacutetrico faz com que
o mesmo sinta-se mais a vontade Eacute importante ressaltar que o familiarresponsaacutevel natildeo soacute
pode como deve participar das atividades da crianccedila no hospital desde que estas natildeo sejam
competecircncias dos profissionais que os cercam Essas atividades satildeo caracterizadas como
semelhantes aos que eles realizam diariamente fora do ambiente hospitalar como o banho
Poreacutem no caso de um paciente com punccedilatildeo venosa perifeacuterica o profissional de enfermagem
deve auxiliar no cuidado para que essa natildeo se perca
Os cuidados dos familiaresacompanhantes satildeo os mesmos que os desenvolvidos no
domiciacutelio e os cuidados prestados pela equipe de enfermagem satildeo aqueles que demandam
conhecimento teacutecnico-cientiacutefico especializado (SOUZA e OLIVEIRA 2010 p558)
Mesmo alguns cuidados parecerem simples e rotineiros quando eacute prestado no
hospital assumem novas caracteriacutesticas com o uso de dispositivos tecnoloacutegicos os quais se
tornam complexos (PIMENTA E COLLET 2009)
O ato de cuidar envolve o respeito agrave maneira como vive cada indiviacuteduo de acordo
com suas crenccedilas valores costumes e cultura A famiacutelia como uma instituiccedilatildeo atende agraves
necessidades bioloacutegicas de seus membros sendo sua responsabilidade cuidar e criar os filhos
incluindo a obrigaccedilatildeo da alimentaccedilatildeo higiene vestuaacuterio e moradia (ELSEN22
Nas entrevistas podemos verificar falas em que o acompanhante eacute citado como
responsaacutevel por avaliar a punccedilatildeo venosa A equipe de enfermagem deve sempre partir do
pressuposto que o familiar acompanhante natildeo tem conhecimento cientiacutefico e certo tipo de
cuidado natildeo deve se delegado para o mesmo mostrando assim a importacircncia da orientaccedilatildeo do
acompanhante quanto aos procedimentos dispositivos utilizados e cuidados em que os
etal 1994
apud SOUZA e OLIVEIRA 2010 p 553)
22 Elsen I Patriacutecio ZM Assistecircncia agrave crianccedila hospitalizada tipos de abordagens e suas implicaccedilotildees para a enfermagem In A enfermagem em pediatria e puericultura Rio de Janeiro (RJ) Atheneu 2005
34
mesmos possam auxiliar Seguem abaixo as falas onde os profissionais ressaltaram a
importacircncia da orientaccedilatildeo do acompanhante
ldquoNem sempre a crianccedila vai entender o porque de estar com aquele acesso entatildeo tem que ter uma orientaccedilatildeo do acompanhanterdquo (Bela)
ldquoTem que haver orientaccedilatildeo do acompanhante para os cuidadosrdquo (Ariel)
ldquoAgraves vezes tem ate o exemplo de um pai que natildeo deixa trocar o acesso jaacute tinha mais de uma semana e ele natildeo queria que trocasse ai faz febre e natildeo sabe da onderdquo (Alice)
Para Souza e Oliveira (2010 p555) deve haver uma preocupaccedilatildeo em orientar
considerando que o outro natildeo tem nenhum tipo de conhecimento sobre o assunto Poreacutem
Queiroz e Jorge23
Apesar das dificuldades o profissional de enfermagem deve estabelecer um viacutenculo de
confianccedila com o acompanhante buscando sempre deixaacute-los ciente das situaccedilotildees e fazendo-os
participar dos cuidados plausiacuteveis sem causar nenhum dano agrave crianccedila e de maneira alguma
abandonar suas atribuiccedilotildees
(2004 apud SOUZA e OLIVEIRA 2010 p 556) ressaltam que apesar de os
profissionais terem intenccedilatildeo de orientar os cuidados para a sauacutede repassam conhecimentos
elaborados cientificamente dificultando a compreensatildeo do familiar aleacutem de a relaccedilatildeo se dar
de maneira vertical assimeacutetrica e coercitiva
23 Queiroz MVO Jorge MSB Accedilotildees educativas no cuidado infantil e intervenccedilotildees dos profissionais junto agraves famiacutelias Acta Scientiarum Maringaacute 2004 janjun 26(1) 27-34
35
CONCLUSAtildeO
Atraveacutes desse estudo foi possiacutevel descrever e analisar os cuidados que os profissionais
de enfermagem realizam acerca da permanecircncia do acesso venoso perifeacuterico Aleacutem disso a
realizaccedilatildeo da pesquisa permitiu identificar a desarticulaccedilatildeo do processo de enfermagem e a
praacutetica desconectada da produccedilatildeo cientiacutefica caracterizando a falta de uma educaccedilatildeo
continuada efetiva
A anaacutelise dos dados demonstra o processo de punccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico
ressaltando a importacircncia de cuidados como a seleccedilatildeo do local a diluiccedilatildeo da medicaccedilatildeo a
realizaccedilatildeo de uma boa fixaccedilatildeo a atenccedilatildeo com a velocidade de infusatildeo os cuidados com os
sinais de infecccedilatildeo e salinizaccedilatildeo do acesso natildeo deixando de salientar cuidados em desuso
como o uso da heparina da tala e duvidas em relaccedilatildeo ao tempo de permanecircncia Evidenciou
tambeacutem que a equipe de enfermagem delega alguns cuidados para os acompanhantes
Natildeo foi possiacutevel perceber o niacutevel de conhecimento cientiacutefico dos profissionais visto
que eles em nenhum momento por natildeo saberem ou por medo de se expor natildeo explicaram de
fato nenhum cuidado que disseram realizar Sempre citaram de forma superficial e direta
deixando claro tambeacutem que o pesquisador natildeo os indagou quanto a isso Poreacutem creio que
diante de cuidados tatildeo importantes e de frequente praacutetica os mesmos falariam facilmente
sobre os cuidados de enfermagem na permanecircncia do acesso venoso perifeacuterico
Apesar dos entrevistados citarem alguns fatores e cuidados realizados de forma
correta eacute visiacutevel que os mesmos realizam os cuidados com a punccedilatildeo e a permanencia do
acesso de forma automaacutetica sem unir a praacutetica com o fundamento do mesmo
Eacute importante destacar tambeacutem a importacircncia do preparo emocional da crianccedila como
tambeacutem os cuidados com a famiacutelia dos mesmos O trabalho de humanizaccedilatildeo realizado pela
36
enfermagem faz grande diferenccedila nessas situaccedilotildees visto que os pacientes e acompanhantes
tendo conhecimento do que seraacute realizado ficariam mais tranquilos
O estudo contribuiu para o campo do ensino nesta aacuterea dando destaque ao importante
papel que o profissional de enfermagem deve desempenhar no cuidado e na manutenccedilatildeo do
acesso venoso perifeacuterico Contudo vale ressaltar a importacircncia do incentivo ao profissional a
buscar na literatura natildeo soacute esclarecimento de suas duvidas mas tambeacutem novos
conhecimentos
Pode colaborar ainda para a realizaccedilatildeo de novas pesquisas na aacuterea procurando
eliminar duacutevidas e controveacutersias sobre o tema Buscando assim a realizaccedilatildeo de um cuidado de
enfermagem articulado e eficaz promovendo o bem-estar do paciente pediaacutetrico durante a
hospitalizaccedilatildeo
37
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44
APEcircNDICE I
TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO
DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO Tiacutetulo Do Projeto Os cuidados de enfermagem acerca dos acessos venosos perifeacutericos na unidade pediaacutetrica Pesquisador Responsaacutevel Rosane Cordeiro Burla de Aguiar Eny Dorea Paiva e Karina Rodrigues Fernandes Instituiccedilatildeo a que Pertence o Pesquisador Responsaacutevel Universidade Federal Fluminense Telefone para contato (21) 98355269 (21) 82392939 (21) 91786609 Nome do voluntaacuterio _________________________________________________________ Idade ________ anos RG ____________________________
AO Sr (a) estaacute sendo convidado (a) a participar do projeto de pesquisa OS CUIDADOS DE
ENFERMAGEM ACERCA DOS ACESSOS VENOSOS PERIFEacuteRICOS NA UNIDADE PEDIATRICA de
responsabilidade da pesquisadora Profordf Drordf Rosane Cordeiro Burla de Aguiar e Profordf Drordf Eny Dorea Paiva A
punccedilatildeo venosa perifeacuterica eacute um procedimento essencial durante a hospitalizaccedilatildeo da crianccedila visto que eacute atraveacutes
dela que eacute administrada grande parte das medicaccedilotildees Este estudo se justifica diante da importacircncia da
necessidade de um maior periacuteodo de permanecircncia dos acessos venosos perifeacutericos Com isso aleacutem da
diminuiccedilatildeo de eventos que causam dor e irritaccedilatildeo na crianccedila e na famiacutelia promoveraacute tambeacutem uma melhor estada
dos mesmos durante o periacuteodo de hospitalizaccedilatildeo Os objetivos da pesquisa satildeo 1) Descrever os fatores que
interferem na manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico de acordo com a equipe de enfermagem 2)Analisar os
cuidados da equipe de enfermagem na manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico A coleta de dados se daraacute
atraveacutes de entrevistas semi estruturadas que seratildeo gravadas As informaccedilotildees colhidas seratildeo tratadas de forma
anocircnima e confidencial ou seja em nenhum momento seratildeo divulgados o seu nome e somente os
pesquisadores teratildeo acesso agraves informaccedilotildees Os dados obtidos com a pesquisa poderatildeo ser publicados apenas com
fins cientiacuteficos Eles natildeo seratildeo utilizados para fins comerciais ou para outra finalidade qualquer Caso necessite
poderatildeo ser marcados encontros para respostas ou esclarecimentos de qualquer duacutevida acerca da pesquisa A sua
participaccedilatildeo eacute voluntaria e eacute importante lembrar que vocecirc poderaacute desistir de participar da pesquisa em qualquer
momento A entrevista seraacute marcada em um dia e horaacuterio que vocecirc achar melhor Seraacute realizada
individualmente em um ambiente que nos ofereccedila privacidade Esta pesquisa natildeo oferece riscos para vocecirc e os
benefiacutecios da sua participaccedilatildeo satildeo de aumentar o conhecimento cientiacutefico na aacuterea de Enfermagem Pediaacutetrica
aleacutem de contribuir para a praacutetica profissional Este documento seraacute elaborado em duas vias uma para vocecirc e a
outra seraacute arquivada pelo pesquisador
Eu_____________________________________________________________ RG no _____________________________ Declaro que apoacutes ter entendido o que me foi explicado consinto voluntariamente em participar do presente Protocolo de Pesquisa entendo ainda que posso retirar o meu consentimento a qualquer momento antes ou durante a realizaccedilatildeo do mesmo declaro ter sido informada(o) e concordo em participar como voluntaacuteria(o) da pesquisa acima descrita Rio de Janeiro_______de_______________de 20___ _____________________________ ________________________________
(Participante) Karina Rodrigues Fernandes (Responsaacutevel por obter o consentimento)
______________________________________ _______________________________________ (Testemunha) (Testemunha)
45
APEcircNDICE II
ROTEIRO PARA ENTREVISTA
1) O que vocecirc acha que pode levar a perda do acesso perifeacuterico
2) Para vocecirc o que eacute importante para manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico nas
crianccedilas
3) O que vocecirc acha que pode interferir na sua manutenccedilatildeo
4) Que medidas vocecirc adota no seu dia a dia para manter o acesso
5) Na sua vivencia profissional o que vocecirc discorda dos cuidados que geralmente satildeo
utilizados para manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico
46
ANEXO
47
48
24
O vaso sanguiacuteneo que o profissional selecionar como local para puncionar deve ser
suficiente para suportar o calibre e o comprimento do cateter aleacutem de atender a necessidade
terapecircutica para que natildeo haja a necessidade de uma nova punccedilatildeo
A punccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico eacute um procedimento doloroso e de grande
incomodo para a crianccedila com isso eacute de suma importacircncia realizar a seleccedilatildeo preacutevia do
material poreacutem natildeo foi citado Outro cuidado rotineiro e natildeo menos importante como a
lavagem das matildeos antes da colocaccedilatildeo do acesso tambeacutem natildeo foi mencionado durante as
entrevistas
O preparo emocional da crianccedila e do acompanhante quanto ao procedimento deve ser
considerada praacutetica rotineira para a equipe de enfermagem O profissional de enfermagem
deve lavar as matildeos objetivando a reduccedilatildeo significativa de risco de infecccedilatildeo e recomenda-se o
uso de aacutegua e sabatildeo para lavagem das matildeos antes da colocaccedilatildeo do cateter venoso perifeacuterico
(PHILLIPS13
O preparo preacutevio do material para instalaccedilatildeo do cateter venoso perifeacuterico eacute importante
para evitar interrupccedilotildees do procedimento e consequentemente um maior tempo de
manipulaccedilatildeo da crianccedila (SILVA
2001apud ARAUacuteJO 2007 Centers for Disease Control and Prevention ndash CDC
2002 apud ARAUacuteJO 2007)
14
Outro aspecto citado e classificado como preacute-procedimento eacute o cuidado com a
medicaccedilatildeo a ser administrada incluindo cuidados com a diluiccedilatildeo e composiccedilatildeo da mesma
Seguem algumas das falas
2004 apud ARAUacuteJO 2007 p30)
ldquoEstar sempre diluindo as medicaccedilotildees de acordo com a prescriccedilatildeo meacutedica pois as medicaccedilotildees satildeo muito fortes e podem causar enfraquecimento da veia Tem que diluir direitinho e passar lento na veiardquo (Cinderela) ldquoTer cuidado principalmente quando eacute crianccedila e a diluiccedilatildeo da medicaccedilatildeo tambeacutem agraves vezes natildeo eacute pra passar em perifeacuterico e na segunda dose jaacute perdeurdquo (Alice)
O acesso venoso perifeacuterico eacute a primeira alternativa para infusatildeo intravenosa por ser de
mais faacutecil acesso e rapidez no efeito da medicaccedilatildeo O profissional de enfermagem deve ter
domiacutenio natildeo soacute relacionado agrave infusatildeo das medicaccedilotildees mas tambeacutem com a composiccedilatildeo
13 PHILLIPS L D Manual de terapia intravenosa 2ed Porto Alegre Artmed 2001 14 SILVA G R G Terapia intravenosa em receacutem-nascidos ndash orientaccedilotildees para o cuidado de Enfermagem Rio de Janeiro Cultura Meacutedica 2004
25
farmacoloacutegica das mesmas os efeitos adversos e colaterais que a droga pode causar inclusive
em relaccedilatildeo a diluiccedilatildeo o que normalmente eacute estabelecido como padratildeo no setor de acordo com
cada faacutermaco
Com a intenccedilatildeo de promover a eficaacutecia terapecircutica dos medicamentos administrados
por via intravenosa eacute atribuiccedilatildeo do profissional de enfermagem implementar teacutecnicas como a
diluiccedilatildeo acondicionamento e cuidados na administraccedilatildeo de faacutermacos a fim de evitar
prejuiacutezos no tratamento resultantes da incompatibilidade medicamentosa (PETERLINI
CHAUD e PEDREIRA 2006)
Os fatores intra-procedimento satildeo considerados aqueles diretamente relacionados com
o procedimento Os dados colidos nas entrevistas ressaltaram apenas a fixaccedilatildeo com um fator
que interfere nessa fase Este foi o dado mais repetitivo nas entrevistas poreacutem sempre citado
de forma superficial Seguem as falas dos profissionais quando questionados sobre o que era
importante para manutenccedilatildeo do acesso
ldquoTem que fazer uma boa fixaccedilatildeo Porque quando a pessoa natildeo fixa bem prejudica porque aquilo vai soltando e quando vocecirc vecirc jaacute perdeu a veiardquo(Cinderela) ldquoEu acho que natildeo tem o que fazer para manter o acesso A crianccedila vai ficar uns dias X com aquele acesso pra fazer medicaccedilatildeo e eu acho que natildeo tem o que vocecirc profissional fazer para que natildeo percardquo (Aurora) ldquoA fixaccedilatildeo evita a movimentaccedilatildeo excessiva no local que estaacute o acessordquo (Ariel) ldquoTer cuidado com o curativo saber manusear E manter sempre o curativo limpo trocar se necessaacuteriordquo (Rapunzel) ldquoA fixaccedilatildeo eacute muito importante pra natildeo soltar o acesso e pra ele ficar mais tempordquo(Mulan)
Oliveira Bezerra e Pereira (2008 p 94) afirmam que de acordo com o revelado por
determinados estudos o tipo de curativo a fixaccedilatildeo do cateter e o tempo de permanecircncia estatildeo
diretamente relacionados com a ocorrecircncia de complicaccedilotildees infecciosas como flebites e
tambeacutem infiltraccedilatildeo extravasamento desconexatildeo e deslocamento do cateter
26
Para Pettit e Kraus15
Potter
(1995 apud MACHADO PEDREIRA E CHAUD2005 p292) a
gaze esteacuteril fixada com a fita adesiva hipoalergecircnica bem como a peliacutecula transparente esteacuteril
satildeo os materiais mais recomendados para curativo e fixaccedilatildeo de cateter venoso perifeacuterico
16
Jaacute as peliacuteculas transparentes mais conhecidas como filme permitem a respiraccedilatildeo
normal da pele com alta permeabilidade ao oxigecircnio e vapores e eacute impermeaacutevel a liacutequidos e
micro-organismos (SILVA E ZANETTI 2004 p233) Aleacutem disso permitem tambeacutem a
visualizaccedilatildeo contiacutenua do local de punccedilatildeo permitindo assim avaliaccedilatildeo do mesmo natildeo soacute
durante a infusatildeo de medicaccedilotildees mas tambeacutem todo o tempo
(1998 apud SILVA E ZANETTI 2004 p233) afirma que nas fixaccedilotildees em
que se utiliza a gaze esteacuteril preconiza-se a utilizaccedilatildeo de teacutecnica asseacuteptica Neste curativo a
gaze esteacuteril eacute colocada sobre o siacutetio de inserccedilatildeo e suas bordas satildeo fixadas com fita adesiva
A observaccedilatildeo da punccedilatildeo eacute muito importante pois se o local de inserccedilatildeo se mostrar
com sinais e sintomas de complicaccedilotildees a terapia deve ser suspensa (OLIVEIRA BEZERRA
e PEREIRA 2008 p95)
A visualizaccedilatildeo contiacutenua do acesso permite que a equipe de enfermagem possa realizar
uma observaccedilatildeo mais particularizada em relaccedilatildeo agraves condiccedilotildees do acesso venoso perifeacuterico
podendo observar se haacute deslocamento do cateter sinais de infiltraccedilatildeo e tambeacutem sinais de
infecccedilatildeo
Para Silva Barbato e Valente (2013 p 1200) cabe ao enfermeiro fazer a avaliaccedilatildeo
diaacuteria e cuidadosa do curativo observando a presenccedila de umidade sujidade integridade do
oacutestio de inserccedilatildeo a fixaccedilatildeo bem como a realizaccedilatildeo do curativo e das anotaccedilotildees legais
competentes agraves suas funccedilotildees
A fase poacutes-procedimento eacute caracterizada por uma seacuterie de cuidados que a equipe de
enfermagem deve realizar para que se obtenha maior tempo de permanecircncia do acesso venoso
perifeacuterico Durante as entrevistas os cuidados citados foram a salinizaccedilatildeo do acesso cuidados
para evitar a flebite e a velocidade de infusatildeo
15 Pettit DM Kraus V The use of gauze versus transparent dressings for peripheral intravenous catheter sites Nurs ClinNorth Am 1995 30(3)495-506 16 Potter P Perry AG Fundamentos de enfermagem processo conceito e praacutetica 3ordf ed Santos(SP) Guanabara Koogan19981397pp801-43
27
ldquoManter um acesso bem salinizado que vocecirc lave pelo menos de duas de trecircs em trecircs horas Se bem que isso aqui na pediatria natildeo eacute muito comum aqui a gente soacute lava cada vez que vai fazer medicaccedilatildeo mas se eu natildeo me engano a literatura preconiza isso vocecirc lavar pelo menos de quatro em quatro horas o acessordquo (Aurora)
ldquoPra manter o acesso venoso perifeacuterico eacute importante manter ele salinizado Assim que a gente recebe o plantatildeo eu vou ver se o acesso ta peacutervio com uma ldquoseringuinhardquo vai la da uma ldquolavadinhardquo e vecirc se o acesso ta peacutervio e manter o acesso salinizadordquo (Ariel)
ldquoSalinizar de 6 em 6 horas para manter ele peacuterviordquo (Alice)
ldquoTem que passar lento a medicaccedilatildeo e a limpeza da aacuterea vocecirc tem que limpar bem a aacuterea pra vocecirc natildeo formar uma flebiterdquo (Cinderela)
A salinizaccedilatildeo do acesso eacute um cuidado simples e de grande importacircncia Esse cuidado
deve ser realizado para manter o acesso peacutervio e limpo e deve ser realizado antes e apoacutes
qualquer infusatildeo
Para Moncaio e Figueiredo (2009)
a ldquosalinizaccedilatildeordquo consiste em administrar sob pressatildeo positiva soluccedilatildeo salina (Soro fisioloacutegico a 09) logo apoacutes o teacutermino da infusatildeo da medicaccedilatildeo Este procedimento visa prevenir a formaccedilatildeo de trombos e fibrina evitar o contato de drogas incompatiacuteveis (quando da infusatildeo de mais de um item medicamentoso no mesmo horaacuterio) garantir a infusatildeo de todo o medicamento que possa ter ficado no sistema aleacutem de evitar retorno sanguiacuteneo mantendo o cateter peacutervio para a proacutexima infusatildeo
Durante a coleta de dados esse cuidado surgiu em diversos momentos poreacutem foi
possiacutevel perceber que os profissionais realizam o mesmo de forma banalizada Natildeo sabem de
fato a real funccedilatildeo de manter o acesso salinizado A impressatildeo que passa eacute que eles
aprenderam que esse cuidado deveria ser feito e simplesmente fazem Haacute divergecircncias
tambeacutem entre a equipe em relaccedilatildeo ao momento que deve ser realizada a salinizaccedilatildeo e isso nos
mostra a desatualizaccedilatildeo dos profissionais do setor e a falta de uma educaccedilatildeo continuada no
hospital
Os cuidados para evitar a flebite e a velocidade de infusatildeo da medicaccedilatildeo apareceram
menos nas entrevistas e interferem diretamente com a manutenccedilatildeo do acesso venoso
perifeacuterico
28
A flebite eacute uma inflamaccedilatildeo na veia puncionada ocorrendo quando as ceacutelulas
endoteliais da parede da veia que o cateter estaacute inserido tornam-se inflamadas e irregulares
propiciando a aderecircncia de plaquetas e predispondo a veia a inflamaccedilatildeo Eacute comum que o local
se apresente dolorido hiperemiado quente e edemaciado e nesses casos eacute aconselhada a
retirada do cateter Uma boa fixaccedilatildeo do cateter perifeacuterico eacute recomendada por autores na
literatura visto que previnem deslocamento faacutecil e permitem uma boa visualizaccedilatildeo do local
evitando complicaccedilotildees como a flebite e infiltraccedilatildeo (MOLDES et al 2011 p 330)
Dentre as principais falhas de infusatildeo venosa estatildeo flebite infiltraccedilatildeo hematoma e
obstruccedilatildeo Acredita-se que para reduzir a incidecircncia destas nas unidades pediaacutetricas eacute preciso
a adoccedilatildeo de estrateacutegias tais como a abordagem junto agrave equipe em parceria com o setor de
educaccedilatildeo permanente e a adoccedilatildeo do uso da teacutecnica corretamente e de forma asseacuteptica para a
realizaccedilatildeo da punccedilatildeo venosa perifeacuterica em acordo com a comissatildeo de controle de infecccedilatildeo
hospitalar (SILVA BARBATO e VALENTE 2013 p 1200)
A incapacidade do paciente em relatar dor no siacutetio de administraccedilatildeo do faacutermaco quer
pela idade ou condiccedilatildeo cliacutenica e o local de inserccedilatildeo como tambeacutem a velocidade de infusatildeo do
medicamento (gt25mgmin) satildeo classificados como fatores de risco para a perda do acesso
venoso perifeacuterico (MARTINS SILVINO e DIAS 2010)
42 Os cuidados em desuso para manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico
Essa categoria discorre sobre os cuidados de enfermagem que com o passar do tempo
foram desconsiderados e natildeo satildeo mais utilizados Quando questionados em relaccedilatildeo a vivencia
profissional e cuidados que discordavam os entrevistados citaram o uso da tala para fixaccedilatildeo
uso de heparina e os cuidados em relaccedilatildeo ao tempo de permanecircncia do cateter Haacute muitas
controveacutersias em relaccedilatildeo aos cuidados citados acima
O tempo de permanecircncia interfere diretamente no aparecimento de complicaccedilotildees
como flebite e que acabam levando a perda do acesso venoso perifeacuterico mais rapidamente
aconselhando assim a troca do mesmo entre 76 a 96 horas Poreacutem eacute preconizada a retirada do
cateter apenas se finalizar o tratamento ou houver alguma interferecircncia
ldquoA gente observa tambeacutem o tempo dependendo do tempo tem que tirarrdquo (Alice)
29
ldquoHoje eu natildeo sei como que eacute essa questatildeo do tempo porque a gente trocava o acesso a cada quatro dias agora o pessoal jaacute diz que pode trocar em ateacute uma semana entatildeo natildeo sei como que ta isso e o que tem escrito em relaccedilatildeo a isso (Aurora)
Sabe-se que o tempo para troca do cateter de teflon ou poliuretano varia de 72 a 96
horas com o intuito de reduzir risco de infecccedilatildeo e flebite e para minimizar esses riscos nas
seguintes situaccedilotildees diante de sinais inflamatoacuterios no local de inserccedilatildeo e sempre que houver
mau funcionamento do cateter (SANTOS17
Entretanto o Center for Disease Control and Prevention - CDC (2002) diz que em
pacientes pediaacutetricos natildeo foi observada relaccedilatildeo quanto ao tempo de permanecircncia do cateter e
ocorrecircncia de complicaccedilotildees devendo ser mantido ateacute o teacutermino da terapia intravenosa ou
quando forem observados sinais cliacutenicos de complicaccedilotildees
2004 apud OLIVEIRA BEZERRA e PEREIRA
2008 p 93)
Eacute possiacutevel observar a diferenccedila do conhecimento pratico dos profissionais
entrevistados em relaccedilatildeo ao conhecimento encontrado na literatura E ainda contendo duacutevidas
natildeo haacute uma busca da parte dos mesmos para esclarececirc-las
O uso da heparina com a finalidade de manter o acesso peacutervio por um periacuteodo maior
de tempo mostra-se com mais certeza quanto ao desuso nos dados colidos
ldquoAntigamente a gente usava heparina entatildeo a gente ficava tranquila em relaccedilatildeo agrave obstruccedilatildeo mas agora natildeo a gente usa o soro fisioloacutegico e a gente deixa salinizadordquo (Aurora)
Rang e Dale 18(1998 apud DOPICO e OLIVEIRA 2006) afirmam que a heparina
inibe a formaccedilatildeo de coaacutegulos de fibrina in vitro e in vivo e que seu efeito anticoagulante eacute
praticamente imediato Com isso Phillips19
17 Santos W Lavagem das matildeos In R Luiz Santos W Manual baacutesico de prevenccedilatildeo e controle das infecccedilotildees hospitalares do HRU Fortaleza Hospital Regional Unimed 2004
(2001 apud DOPICO e OLIVEIRA 2006)
ressalta que a teacutecnica de manutenccedilatildeo intermitente de cateteres intravenosos com soluccedilatildeo
salina 09 classificada como salinizaccedilatildeo tem sido pesquisada haacute alguns anos apresentando
em relaccedilatildeo ao uso da heparina vantagens como o baixo custo ser um procedimento mais
18 Rang HP Dale M M Hemostasia e Trombose In Rang HP Dale M M Farmacologia Rio de Janeiro Guanabara Koogan 1998 p235-47 19 PHILLIPS L D Manual de terapia intravenosa 2ed Porto Alegre Artmed 2001
30
simples aleacutem de eliminar a possibilidade de incompatibilidade com as drogas e soluccedilotildees
administradas aleacutem da inexistecircncia de riscos ao paciente Entretanto sabe-se que a literatura
ainda natildeo fornece consenso acerca da soluccedilatildeo mais indicada para manutenccedilatildeo da
permeabilidade do cateter venoso perifeacuterico
Eacute importante ressaltar que muitas instituiccedilotildees do nosso paiacutes nem ao menos tecircm o
conhecimento da praacutetica da salinizaccedilatildeo com soluccedilatildeo salina 09 No que se refere agrave pesquisa
cientiacutefica as limitaccedilotildees desta praacutetica satildeo atribuiacutedas agrave ausecircncia de um maior nuacutemero de
estudos controlados para validar sua eficaacutecia (EPPERSON20
Apesar de natildeo ser encontradas publicaccedilotildees acerca do tema a utilizaccedilatildeo de heparina
mostra-se como uma pratica natildeo mais utilizada pelos profissionais de enfermagem Outro
tema onde haacute controveacutersias e tambeacutem poucas citaccedilotildees eacute o uso da tala para fixaccedilatildeo do acesso
venoso perifeacuterico Seguem abaixo a opiniatildeo de alguns dos profissionais entrevistados
1984 apud DOPICO e
OLIVEIRA 2006)
ldquoA uacutenica coisa que eu natildeo gosto de ver eacute quando se coloca tala para imobilizar dizendo que a tala vai ajudar a natildeo perder a veia Isso eu natildeo concordo acho que a tala prejudica a crianccedila fica incomodada faz dor no membrordquo (Cinderela)
ldquoAntigamente a gente usava muito tala e as vezes eu pego isso aqui ai eu falo gente tala natildeo se usa mais natildeo faz parte mais da fixaccedilatildeo vocecirc pode fixar de uma forma que a crianccedila natildeo perca A tala eu acho que ela traumatiza um pouco ainda mais se vocecirc pegar um acesso na dobra vocecirc vai fazer com que a crianccedila fique com o braccedilo esticado muito tempo eu acho que pode causar uma lesatildeo depois e a literatura jaacute fala que eacute desnecessaacuteria natildeo precisa maisrdquo (Aurora) ldquoAntigamente usavam tala mas hoje em dia quase natildeo se vecirc mais e eu acho que a tala atrapalha porque a crianccedila fica imobilizada no membro ai fica mais irritadardquo (Rapunzel) ldquoLaacute no meu outro trabalho alguns usam a tala Eu acho que a tala ajuda ateacute a perder mais raacutepido porque a crianccedila fica incomodada vai querer mexer naquilordquo (Mulan)
20 Epperson EL Efficacy of 09 sodium chloride injection with without heparin for maintenance indwelling intermittent injection sites Clin Pharm1984 3(5)26
31
Almeida e Sabateacutes21
Entretanto haacute estudo que comprovam que o uso da tala natildeo se mostra tatildeo eficiente e
apresenta-se como uma praacutetica controversa O estudo foi realizado em crianccedilas ateacute os 12 anos
utilizando imobilizaccedilatildeo com tala e em mais de metade dos casos (553) ocorreu infiltraccedilatildeo
o que indicia a ineficaacutecia desta praacutetica (MACHADO PEDREIRA e CHAUD 2008 apud
BATALHA et al 2010 p512)
(2008 apud BATALHA et al 2010 p512) afirmam que a teacutecnica
de fixaccedilatildeo dos CVP com uso de imobilizaccedilatildeo com tala para restriccedilatildeo ou limitaccedilatildeo dos
movimentos articulares proacuteximo do local da punccedilatildeo estaacute indicado nas matildeos punhos cotovelo
e maleacuteolo
Para Batalha et al (2010 p512) o uso desta praacutetica parece natildeo se coadunar com o
atual uso de cateteres flexiacuteveis tipo abocath em detrimento de agulhas metaacutelicas Talvez por
isso comecem a surgir novas teacutecnicas de fixaccedilatildeo dos CVP que natildeo exigem imobilizaccedilatildeo das
articulaccedilotildees com talas
Aleacutem de natildeo haver uma confirmaccedilatildeo dos benefiacutecios causados pelo uso da tala a
imobilizaccedilatildeo causa incocircmodo para a crianccedila que fica com o membro imoacutevel podendo causar
dor e tambeacutem irritaccedilatildeo O uso desse tipo de fixaccedilatildeo tambeacutem impede a visualizaccedilatildeo frequente
do acesso venoso afetando assim os cuidados de observaccedilatildeo da equipe de enfermagem
43 O acompanhante e a manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico
A presente categoria vai discutir um assunto importante que surgiu durante as
entrevistas de forma inesperada Alguns dos profissionais entrevistados citaram o descuido do
acompanhante como um fator causador da perda do acesso venoso perifeacuterico Seguem abaixo
algumas falas
ldquoA matildee sempre acompanha e tem matildee que natildeo tem cuidado natildeo vigia e a gente tem que ficar pedindo pra olhar tomar contardquo (Aurora)
ldquoEm relaccedilatildeo ao acompanhante porque a crianccedila natildeo vai avaliar entatildeo o acompanhante que estar ali tem que avaliar direitinho natildeo deixar a crianccedila mexer ou puxarrdquo (Bela)
ldquoNatildeo eacute toda matildee que esta vigiando que cuida pra que a crianccedila natildeo perca o acessordquo (Jasmine)
21 Almeida FA Sabateacutes AL Enfermagem pediaacutetrica a crianccedila o adolescente e a sua famiacutelia no hospital Satildeo Paulo(SP) Manole 2008
32
ldquoAcho que leva a perda quando o acompanhante natildeo coopera as vezes a gente faz a imobilizaccedilatildeo na crianccedila e as vezes eles ateacute retiram e a proacutepria crianccedila agitada ela mesmo arrancardquo (Branca de Neve)
ldquoAgraves vezes a proacutepria crianccedila que a matildee deixa muito solta ai solta o acessordquo (Mulan)
Apoacutes a implementaccedilatildeo da lei que garante um acompanhante ao paciente pediaacutetrico a
presenccedila do familiarresponsaacutevel durante a hospitalizaccedilatildeo mudou a rotina da equipe de
enfermagem trazendo duacutevidas quanto a real funccedilatildeo do acompanhante e fazendo com que a
mesma viesse a delegar certos cuidados para acompanhante
A Promulgaccedilatildeo da Lei 8069 do Estatuto da Crianccedila e do Adolescente (ECA) em
1990 no seu artigo 12deg garante agrave crianccedila ou ao adolescente o direito de ter um responsaacutevel
que o acompanhe durante a hospitalizaccedilatildeo (1990)
Desde a sua implantaccedilatildeo as unidades vecircm sofrendo um processo de reorganizaccedilatildeo de
suas praacuteticas A inserccedilatildeo da famiacutelia modifica a organizaccedilatildeo do processo de trabalho o que
requer dos profissionais uma compreensatildeo em relaccedilatildeo agrave dinacircmica das relaccedilotildees interpessoais
(COLLET e ROCHA 2004)
Pimenta e Collet (2009) ressaltam que natildeo haacute nenhuma regulamentaccedilatildeo sobre a
participaccedilatildeo da famiacutelia nos cuidados e no entanto a mesma desempenha atividades junto agrave
crianccedila durante a hospitalizaccedilatildeo que devem ser levadas em consideraccedilatildeo A falta de
reconhecimento desse fato fez com que a equipe de enfermagem e famiacutelia natildeo possuiacutessem
uma relaccedilatildeo aberta e vivessem uma relaccedilatildeo silenciosa e impliacutecita de poder na qual a famiacutelia
acaba assumindo as relaccedilotildees do cuidado agrave crianccedila de responsabilidade da enfermagem
A negociaccedilatildeo entre matildees e equipe de enfermagem em relaccedilatildeo aos cuidados agrave crianccedila
hospitalizada natildeo eacute uma tarefa faacutecil tendo em vista que natildeo se tem claro qual o seu novo
papel neste processo (COLLET e ROCHA 2004)
Eacute possiacutevel ver nas falas que a presenccedila do acompanhante causa para a equipe de
enfermagem a seguranccedila de ter algueacutem para ldquovigiarrdquo ldquotomar contardquo e natildeo deixar que a
crianccedila hospitalizada perca o acesso venoso quando na verdade eacute funccedilatildeo da equipe de
enfermagem cuidados referentes ao acesso venoso perifeacuterico
33
Jaacute o acompanhante eacute definido pelo Ministeacuterio da Sauacutede como uma pessoa significativa
para a crianccedila que representa sua rede social e que vai acompanhaacute-lo durante a permanecircncia
no ambiente hospitalar ressaltando assim sua importacircncia Esse fato se reforccedila visto que a
crianccedila encontra nos familiares a forccedila e seguranccedila necessaacuteria para encarar todo esse processo
doloroso e desconhecido (MURAKAMI e CAMPOS 2011 p255)
O acompanhante aleacutem de minimizar o sofrimento do paciente pediaacutetrico faz com que
o mesmo sinta-se mais a vontade Eacute importante ressaltar que o familiarresponsaacutevel natildeo soacute
pode como deve participar das atividades da crianccedila no hospital desde que estas natildeo sejam
competecircncias dos profissionais que os cercam Essas atividades satildeo caracterizadas como
semelhantes aos que eles realizam diariamente fora do ambiente hospitalar como o banho
Poreacutem no caso de um paciente com punccedilatildeo venosa perifeacuterica o profissional de enfermagem
deve auxiliar no cuidado para que essa natildeo se perca
Os cuidados dos familiaresacompanhantes satildeo os mesmos que os desenvolvidos no
domiciacutelio e os cuidados prestados pela equipe de enfermagem satildeo aqueles que demandam
conhecimento teacutecnico-cientiacutefico especializado (SOUZA e OLIVEIRA 2010 p558)
Mesmo alguns cuidados parecerem simples e rotineiros quando eacute prestado no
hospital assumem novas caracteriacutesticas com o uso de dispositivos tecnoloacutegicos os quais se
tornam complexos (PIMENTA E COLLET 2009)
O ato de cuidar envolve o respeito agrave maneira como vive cada indiviacuteduo de acordo
com suas crenccedilas valores costumes e cultura A famiacutelia como uma instituiccedilatildeo atende agraves
necessidades bioloacutegicas de seus membros sendo sua responsabilidade cuidar e criar os filhos
incluindo a obrigaccedilatildeo da alimentaccedilatildeo higiene vestuaacuterio e moradia (ELSEN22
Nas entrevistas podemos verificar falas em que o acompanhante eacute citado como
responsaacutevel por avaliar a punccedilatildeo venosa A equipe de enfermagem deve sempre partir do
pressuposto que o familiar acompanhante natildeo tem conhecimento cientiacutefico e certo tipo de
cuidado natildeo deve se delegado para o mesmo mostrando assim a importacircncia da orientaccedilatildeo do
acompanhante quanto aos procedimentos dispositivos utilizados e cuidados em que os
etal 1994
apud SOUZA e OLIVEIRA 2010 p 553)
22 Elsen I Patriacutecio ZM Assistecircncia agrave crianccedila hospitalizada tipos de abordagens e suas implicaccedilotildees para a enfermagem In A enfermagem em pediatria e puericultura Rio de Janeiro (RJ) Atheneu 2005
34
mesmos possam auxiliar Seguem abaixo as falas onde os profissionais ressaltaram a
importacircncia da orientaccedilatildeo do acompanhante
ldquoNem sempre a crianccedila vai entender o porque de estar com aquele acesso entatildeo tem que ter uma orientaccedilatildeo do acompanhanterdquo (Bela)
ldquoTem que haver orientaccedilatildeo do acompanhante para os cuidadosrdquo (Ariel)
ldquoAgraves vezes tem ate o exemplo de um pai que natildeo deixa trocar o acesso jaacute tinha mais de uma semana e ele natildeo queria que trocasse ai faz febre e natildeo sabe da onderdquo (Alice)
Para Souza e Oliveira (2010 p555) deve haver uma preocupaccedilatildeo em orientar
considerando que o outro natildeo tem nenhum tipo de conhecimento sobre o assunto Poreacutem
Queiroz e Jorge23
Apesar das dificuldades o profissional de enfermagem deve estabelecer um viacutenculo de
confianccedila com o acompanhante buscando sempre deixaacute-los ciente das situaccedilotildees e fazendo-os
participar dos cuidados plausiacuteveis sem causar nenhum dano agrave crianccedila e de maneira alguma
abandonar suas atribuiccedilotildees
(2004 apud SOUZA e OLIVEIRA 2010 p 556) ressaltam que apesar de os
profissionais terem intenccedilatildeo de orientar os cuidados para a sauacutede repassam conhecimentos
elaborados cientificamente dificultando a compreensatildeo do familiar aleacutem de a relaccedilatildeo se dar
de maneira vertical assimeacutetrica e coercitiva
23 Queiroz MVO Jorge MSB Accedilotildees educativas no cuidado infantil e intervenccedilotildees dos profissionais junto agraves famiacutelias Acta Scientiarum Maringaacute 2004 janjun 26(1) 27-34
35
CONCLUSAtildeO
Atraveacutes desse estudo foi possiacutevel descrever e analisar os cuidados que os profissionais
de enfermagem realizam acerca da permanecircncia do acesso venoso perifeacuterico Aleacutem disso a
realizaccedilatildeo da pesquisa permitiu identificar a desarticulaccedilatildeo do processo de enfermagem e a
praacutetica desconectada da produccedilatildeo cientiacutefica caracterizando a falta de uma educaccedilatildeo
continuada efetiva
A anaacutelise dos dados demonstra o processo de punccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico
ressaltando a importacircncia de cuidados como a seleccedilatildeo do local a diluiccedilatildeo da medicaccedilatildeo a
realizaccedilatildeo de uma boa fixaccedilatildeo a atenccedilatildeo com a velocidade de infusatildeo os cuidados com os
sinais de infecccedilatildeo e salinizaccedilatildeo do acesso natildeo deixando de salientar cuidados em desuso
como o uso da heparina da tala e duvidas em relaccedilatildeo ao tempo de permanecircncia Evidenciou
tambeacutem que a equipe de enfermagem delega alguns cuidados para os acompanhantes
Natildeo foi possiacutevel perceber o niacutevel de conhecimento cientiacutefico dos profissionais visto
que eles em nenhum momento por natildeo saberem ou por medo de se expor natildeo explicaram de
fato nenhum cuidado que disseram realizar Sempre citaram de forma superficial e direta
deixando claro tambeacutem que o pesquisador natildeo os indagou quanto a isso Poreacutem creio que
diante de cuidados tatildeo importantes e de frequente praacutetica os mesmos falariam facilmente
sobre os cuidados de enfermagem na permanecircncia do acesso venoso perifeacuterico
Apesar dos entrevistados citarem alguns fatores e cuidados realizados de forma
correta eacute visiacutevel que os mesmos realizam os cuidados com a punccedilatildeo e a permanencia do
acesso de forma automaacutetica sem unir a praacutetica com o fundamento do mesmo
Eacute importante destacar tambeacutem a importacircncia do preparo emocional da crianccedila como
tambeacutem os cuidados com a famiacutelia dos mesmos O trabalho de humanizaccedilatildeo realizado pela
36
enfermagem faz grande diferenccedila nessas situaccedilotildees visto que os pacientes e acompanhantes
tendo conhecimento do que seraacute realizado ficariam mais tranquilos
O estudo contribuiu para o campo do ensino nesta aacuterea dando destaque ao importante
papel que o profissional de enfermagem deve desempenhar no cuidado e na manutenccedilatildeo do
acesso venoso perifeacuterico Contudo vale ressaltar a importacircncia do incentivo ao profissional a
buscar na literatura natildeo soacute esclarecimento de suas duvidas mas tambeacutem novos
conhecimentos
Pode colaborar ainda para a realizaccedilatildeo de novas pesquisas na aacuterea procurando
eliminar duacutevidas e controveacutersias sobre o tema Buscando assim a realizaccedilatildeo de um cuidado de
enfermagem articulado e eficaz promovendo o bem-estar do paciente pediaacutetrico durante a
hospitalizaccedilatildeo
37
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44
APEcircNDICE I
TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO
DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO Tiacutetulo Do Projeto Os cuidados de enfermagem acerca dos acessos venosos perifeacutericos na unidade pediaacutetrica Pesquisador Responsaacutevel Rosane Cordeiro Burla de Aguiar Eny Dorea Paiva e Karina Rodrigues Fernandes Instituiccedilatildeo a que Pertence o Pesquisador Responsaacutevel Universidade Federal Fluminense Telefone para contato (21) 98355269 (21) 82392939 (21) 91786609 Nome do voluntaacuterio _________________________________________________________ Idade ________ anos RG ____________________________
AO Sr (a) estaacute sendo convidado (a) a participar do projeto de pesquisa OS CUIDADOS DE
ENFERMAGEM ACERCA DOS ACESSOS VENOSOS PERIFEacuteRICOS NA UNIDADE PEDIATRICA de
responsabilidade da pesquisadora Profordf Drordf Rosane Cordeiro Burla de Aguiar e Profordf Drordf Eny Dorea Paiva A
punccedilatildeo venosa perifeacuterica eacute um procedimento essencial durante a hospitalizaccedilatildeo da crianccedila visto que eacute atraveacutes
dela que eacute administrada grande parte das medicaccedilotildees Este estudo se justifica diante da importacircncia da
necessidade de um maior periacuteodo de permanecircncia dos acessos venosos perifeacutericos Com isso aleacutem da
diminuiccedilatildeo de eventos que causam dor e irritaccedilatildeo na crianccedila e na famiacutelia promoveraacute tambeacutem uma melhor estada
dos mesmos durante o periacuteodo de hospitalizaccedilatildeo Os objetivos da pesquisa satildeo 1) Descrever os fatores que
interferem na manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico de acordo com a equipe de enfermagem 2)Analisar os
cuidados da equipe de enfermagem na manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico A coleta de dados se daraacute
atraveacutes de entrevistas semi estruturadas que seratildeo gravadas As informaccedilotildees colhidas seratildeo tratadas de forma
anocircnima e confidencial ou seja em nenhum momento seratildeo divulgados o seu nome e somente os
pesquisadores teratildeo acesso agraves informaccedilotildees Os dados obtidos com a pesquisa poderatildeo ser publicados apenas com
fins cientiacuteficos Eles natildeo seratildeo utilizados para fins comerciais ou para outra finalidade qualquer Caso necessite
poderatildeo ser marcados encontros para respostas ou esclarecimentos de qualquer duacutevida acerca da pesquisa A sua
participaccedilatildeo eacute voluntaria e eacute importante lembrar que vocecirc poderaacute desistir de participar da pesquisa em qualquer
momento A entrevista seraacute marcada em um dia e horaacuterio que vocecirc achar melhor Seraacute realizada
individualmente em um ambiente que nos ofereccedila privacidade Esta pesquisa natildeo oferece riscos para vocecirc e os
benefiacutecios da sua participaccedilatildeo satildeo de aumentar o conhecimento cientiacutefico na aacuterea de Enfermagem Pediaacutetrica
aleacutem de contribuir para a praacutetica profissional Este documento seraacute elaborado em duas vias uma para vocecirc e a
outra seraacute arquivada pelo pesquisador
Eu_____________________________________________________________ RG no _____________________________ Declaro que apoacutes ter entendido o que me foi explicado consinto voluntariamente em participar do presente Protocolo de Pesquisa entendo ainda que posso retirar o meu consentimento a qualquer momento antes ou durante a realizaccedilatildeo do mesmo declaro ter sido informada(o) e concordo em participar como voluntaacuteria(o) da pesquisa acima descrita Rio de Janeiro_______de_______________de 20___ _____________________________ ________________________________
(Participante) Karina Rodrigues Fernandes (Responsaacutevel por obter o consentimento)
______________________________________ _______________________________________ (Testemunha) (Testemunha)
45
APEcircNDICE II
ROTEIRO PARA ENTREVISTA
1) O que vocecirc acha que pode levar a perda do acesso perifeacuterico
2) Para vocecirc o que eacute importante para manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico nas
crianccedilas
3) O que vocecirc acha que pode interferir na sua manutenccedilatildeo
4) Que medidas vocecirc adota no seu dia a dia para manter o acesso
5) Na sua vivencia profissional o que vocecirc discorda dos cuidados que geralmente satildeo
utilizados para manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico
46
ANEXO
47
48
25
farmacoloacutegica das mesmas os efeitos adversos e colaterais que a droga pode causar inclusive
em relaccedilatildeo a diluiccedilatildeo o que normalmente eacute estabelecido como padratildeo no setor de acordo com
cada faacutermaco
Com a intenccedilatildeo de promover a eficaacutecia terapecircutica dos medicamentos administrados
por via intravenosa eacute atribuiccedilatildeo do profissional de enfermagem implementar teacutecnicas como a
diluiccedilatildeo acondicionamento e cuidados na administraccedilatildeo de faacutermacos a fim de evitar
prejuiacutezos no tratamento resultantes da incompatibilidade medicamentosa (PETERLINI
CHAUD e PEDREIRA 2006)
Os fatores intra-procedimento satildeo considerados aqueles diretamente relacionados com
o procedimento Os dados colidos nas entrevistas ressaltaram apenas a fixaccedilatildeo com um fator
que interfere nessa fase Este foi o dado mais repetitivo nas entrevistas poreacutem sempre citado
de forma superficial Seguem as falas dos profissionais quando questionados sobre o que era
importante para manutenccedilatildeo do acesso
ldquoTem que fazer uma boa fixaccedilatildeo Porque quando a pessoa natildeo fixa bem prejudica porque aquilo vai soltando e quando vocecirc vecirc jaacute perdeu a veiardquo(Cinderela) ldquoEu acho que natildeo tem o que fazer para manter o acesso A crianccedila vai ficar uns dias X com aquele acesso pra fazer medicaccedilatildeo e eu acho que natildeo tem o que vocecirc profissional fazer para que natildeo percardquo (Aurora) ldquoA fixaccedilatildeo evita a movimentaccedilatildeo excessiva no local que estaacute o acessordquo (Ariel) ldquoTer cuidado com o curativo saber manusear E manter sempre o curativo limpo trocar se necessaacuteriordquo (Rapunzel) ldquoA fixaccedilatildeo eacute muito importante pra natildeo soltar o acesso e pra ele ficar mais tempordquo(Mulan)
Oliveira Bezerra e Pereira (2008 p 94) afirmam que de acordo com o revelado por
determinados estudos o tipo de curativo a fixaccedilatildeo do cateter e o tempo de permanecircncia estatildeo
diretamente relacionados com a ocorrecircncia de complicaccedilotildees infecciosas como flebites e
tambeacutem infiltraccedilatildeo extravasamento desconexatildeo e deslocamento do cateter
26
Para Pettit e Kraus15
Potter
(1995 apud MACHADO PEDREIRA E CHAUD2005 p292) a
gaze esteacuteril fixada com a fita adesiva hipoalergecircnica bem como a peliacutecula transparente esteacuteril
satildeo os materiais mais recomendados para curativo e fixaccedilatildeo de cateter venoso perifeacuterico
16
Jaacute as peliacuteculas transparentes mais conhecidas como filme permitem a respiraccedilatildeo
normal da pele com alta permeabilidade ao oxigecircnio e vapores e eacute impermeaacutevel a liacutequidos e
micro-organismos (SILVA E ZANETTI 2004 p233) Aleacutem disso permitem tambeacutem a
visualizaccedilatildeo contiacutenua do local de punccedilatildeo permitindo assim avaliaccedilatildeo do mesmo natildeo soacute
durante a infusatildeo de medicaccedilotildees mas tambeacutem todo o tempo
(1998 apud SILVA E ZANETTI 2004 p233) afirma que nas fixaccedilotildees em
que se utiliza a gaze esteacuteril preconiza-se a utilizaccedilatildeo de teacutecnica asseacuteptica Neste curativo a
gaze esteacuteril eacute colocada sobre o siacutetio de inserccedilatildeo e suas bordas satildeo fixadas com fita adesiva
A observaccedilatildeo da punccedilatildeo eacute muito importante pois se o local de inserccedilatildeo se mostrar
com sinais e sintomas de complicaccedilotildees a terapia deve ser suspensa (OLIVEIRA BEZERRA
e PEREIRA 2008 p95)
A visualizaccedilatildeo contiacutenua do acesso permite que a equipe de enfermagem possa realizar
uma observaccedilatildeo mais particularizada em relaccedilatildeo agraves condiccedilotildees do acesso venoso perifeacuterico
podendo observar se haacute deslocamento do cateter sinais de infiltraccedilatildeo e tambeacutem sinais de
infecccedilatildeo
Para Silva Barbato e Valente (2013 p 1200) cabe ao enfermeiro fazer a avaliaccedilatildeo
diaacuteria e cuidadosa do curativo observando a presenccedila de umidade sujidade integridade do
oacutestio de inserccedilatildeo a fixaccedilatildeo bem como a realizaccedilatildeo do curativo e das anotaccedilotildees legais
competentes agraves suas funccedilotildees
A fase poacutes-procedimento eacute caracterizada por uma seacuterie de cuidados que a equipe de
enfermagem deve realizar para que se obtenha maior tempo de permanecircncia do acesso venoso
perifeacuterico Durante as entrevistas os cuidados citados foram a salinizaccedilatildeo do acesso cuidados
para evitar a flebite e a velocidade de infusatildeo
15 Pettit DM Kraus V The use of gauze versus transparent dressings for peripheral intravenous catheter sites Nurs ClinNorth Am 1995 30(3)495-506 16 Potter P Perry AG Fundamentos de enfermagem processo conceito e praacutetica 3ordf ed Santos(SP) Guanabara Koogan19981397pp801-43
27
ldquoManter um acesso bem salinizado que vocecirc lave pelo menos de duas de trecircs em trecircs horas Se bem que isso aqui na pediatria natildeo eacute muito comum aqui a gente soacute lava cada vez que vai fazer medicaccedilatildeo mas se eu natildeo me engano a literatura preconiza isso vocecirc lavar pelo menos de quatro em quatro horas o acessordquo (Aurora)
ldquoPra manter o acesso venoso perifeacuterico eacute importante manter ele salinizado Assim que a gente recebe o plantatildeo eu vou ver se o acesso ta peacutervio com uma ldquoseringuinhardquo vai la da uma ldquolavadinhardquo e vecirc se o acesso ta peacutervio e manter o acesso salinizadordquo (Ariel)
ldquoSalinizar de 6 em 6 horas para manter ele peacuterviordquo (Alice)
ldquoTem que passar lento a medicaccedilatildeo e a limpeza da aacuterea vocecirc tem que limpar bem a aacuterea pra vocecirc natildeo formar uma flebiterdquo (Cinderela)
A salinizaccedilatildeo do acesso eacute um cuidado simples e de grande importacircncia Esse cuidado
deve ser realizado para manter o acesso peacutervio e limpo e deve ser realizado antes e apoacutes
qualquer infusatildeo
Para Moncaio e Figueiredo (2009)
a ldquosalinizaccedilatildeordquo consiste em administrar sob pressatildeo positiva soluccedilatildeo salina (Soro fisioloacutegico a 09) logo apoacutes o teacutermino da infusatildeo da medicaccedilatildeo Este procedimento visa prevenir a formaccedilatildeo de trombos e fibrina evitar o contato de drogas incompatiacuteveis (quando da infusatildeo de mais de um item medicamentoso no mesmo horaacuterio) garantir a infusatildeo de todo o medicamento que possa ter ficado no sistema aleacutem de evitar retorno sanguiacuteneo mantendo o cateter peacutervio para a proacutexima infusatildeo
Durante a coleta de dados esse cuidado surgiu em diversos momentos poreacutem foi
possiacutevel perceber que os profissionais realizam o mesmo de forma banalizada Natildeo sabem de
fato a real funccedilatildeo de manter o acesso salinizado A impressatildeo que passa eacute que eles
aprenderam que esse cuidado deveria ser feito e simplesmente fazem Haacute divergecircncias
tambeacutem entre a equipe em relaccedilatildeo ao momento que deve ser realizada a salinizaccedilatildeo e isso nos
mostra a desatualizaccedilatildeo dos profissionais do setor e a falta de uma educaccedilatildeo continuada no
hospital
Os cuidados para evitar a flebite e a velocidade de infusatildeo da medicaccedilatildeo apareceram
menos nas entrevistas e interferem diretamente com a manutenccedilatildeo do acesso venoso
perifeacuterico
28
A flebite eacute uma inflamaccedilatildeo na veia puncionada ocorrendo quando as ceacutelulas
endoteliais da parede da veia que o cateter estaacute inserido tornam-se inflamadas e irregulares
propiciando a aderecircncia de plaquetas e predispondo a veia a inflamaccedilatildeo Eacute comum que o local
se apresente dolorido hiperemiado quente e edemaciado e nesses casos eacute aconselhada a
retirada do cateter Uma boa fixaccedilatildeo do cateter perifeacuterico eacute recomendada por autores na
literatura visto que previnem deslocamento faacutecil e permitem uma boa visualizaccedilatildeo do local
evitando complicaccedilotildees como a flebite e infiltraccedilatildeo (MOLDES et al 2011 p 330)
Dentre as principais falhas de infusatildeo venosa estatildeo flebite infiltraccedilatildeo hematoma e
obstruccedilatildeo Acredita-se que para reduzir a incidecircncia destas nas unidades pediaacutetricas eacute preciso
a adoccedilatildeo de estrateacutegias tais como a abordagem junto agrave equipe em parceria com o setor de
educaccedilatildeo permanente e a adoccedilatildeo do uso da teacutecnica corretamente e de forma asseacuteptica para a
realizaccedilatildeo da punccedilatildeo venosa perifeacuterica em acordo com a comissatildeo de controle de infecccedilatildeo
hospitalar (SILVA BARBATO e VALENTE 2013 p 1200)
A incapacidade do paciente em relatar dor no siacutetio de administraccedilatildeo do faacutermaco quer
pela idade ou condiccedilatildeo cliacutenica e o local de inserccedilatildeo como tambeacutem a velocidade de infusatildeo do
medicamento (gt25mgmin) satildeo classificados como fatores de risco para a perda do acesso
venoso perifeacuterico (MARTINS SILVINO e DIAS 2010)
42 Os cuidados em desuso para manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico
Essa categoria discorre sobre os cuidados de enfermagem que com o passar do tempo
foram desconsiderados e natildeo satildeo mais utilizados Quando questionados em relaccedilatildeo a vivencia
profissional e cuidados que discordavam os entrevistados citaram o uso da tala para fixaccedilatildeo
uso de heparina e os cuidados em relaccedilatildeo ao tempo de permanecircncia do cateter Haacute muitas
controveacutersias em relaccedilatildeo aos cuidados citados acima
O tempo de permanecircncia interfere diretamente no aparecimento de complicaccedilotildees
como flebite e que acabam levando a perda do acesso venoso perifeacuterico mais rapidamente
aconselhando assim a troca do mesmo entre 76 a 96 horas Poreacutem eacute preconizada a retirada do
cateter apenas se finalizar o tratamento ou houver alguma interferecircncia
ldquoA gente observa tambeacutem o tempo dependendo do tempo tem que tirarrdquo (Alice)
29
ldquoHoje eu natildeo sei como que eacute essa questatildeo do tempo porque a gente trocava o acesso a cada quatro dias agora o pessoal jaacute diz que pode trocar em ateacute uma semana entatildeo natildeo sei como que ta isso e o que tem escrito em relaccedilatildeo a isso (Aurora)
Sabe-se que o tempo para troca do cateter de teflon ou poliuretano varia de 72 a 96
horas com o intuito de reduzir risco de infecccedilatildeo e flebite e para minimizar esses riscos nas
seguintes situaccedilotildees diante de sinais inflamatoacuterios no local de inserccedilatildeo e sempre que houver
mau funcionamento do cateter (SANTOS17
Entretanto o Center for Disease Control and Prevention - CDC (2002) diz que em
pacientes pediaacutetricos natildeo foi observada relaccedilatildeo quanto ao tempo de permanecircncia do cateter e
ocorrecircncia de complicaccedilotildees devendo ser mantido ateacute o teacutermino da terapia intravenosa ou
quando forem observados sinais cliacutenicos de complicaccedilotildees
2004 apud OLIVEIRA BEZERRA e PEREIRA
2008 p 93)
Eacute possiacutevel observar a diferenccedila do conhecimento pratico dos profissionais
entrevistados em relaccedilatildeo ao conhecimento encontrado na literatura E ainda contendo duacutevidas
natildeo haacute uma busca da parte dos mesmos para esclarececirc-las
O uso da heparina com a finalidade de manter o acesso peacutervio por um periacuteodo maior
de tempo mostra-se com mais certeza quanto ao desuso nos dados colidos
ldquoAntigamente a gente usava heparina entatildeo a gente ficava tranquila em relaccedilatildeo agrave obstruccedilatildeo mas agora natildeo a gente usa o soro fisioloacutegico e a gente deixa salinizadordquo (Aurora)
Rang e Dale 18(1998 apud DOPICO e OLIVEIRA 2006) afirmam que a heparina
inibe a formaccedilatildeo de coaacutegulos de fibrina in vitro e in vivo e que seu efeito anticoagulante eacute
praticamente imediato Com isso Phillips19
17 Santos W Lavagem das matildeos In R Luiz Santos W Manual baacutesico de prevenccedilatildeo e controle das infecccedilotildees hospitalares do HRU Fortaleza Hospital Regional Unimed 2004
(2001 apud DOPICO e OLIVEIRA 2006)
ressalta que a teacutecnica de manutenccedilatildeo intermitente de cateteres intravenosos com soluccedilatildeo
salina 09 classificada como salinizaccedilatildeo tem sido pesquisada haacute alguns anos apresentando
em relaccedilatildeo ao uso da heparina vantagens como o baixo custo ser um procedimento mais
18 Rang HP Dale M M Hemostasia e Trombose In Rang HP Dale M M Farmacologia Rio de Janeiro Guanabara Koogan 1998 p235-47 19 PHILLIPS L D Manual de terapia intravenosa 2ed Porto Alegre Artmed 2001
30
simples aleacutem de eliminar a possibilidade de incompatibilidade com as drogas e soluccedilotildees
administradas aleacutem da inexistecircncia de riscos ao paciente Entretanto sabe-se que a literatura
ainda natildeo fornece consenso acerca da soluccedilatildeo mais indicada para manutenccedilatildeo da
permeabilidade do cateter venoso perifeacuterico
Eacute importante ressaltar que muitas instituiccedilotildees do nosso paiacutes nem ao menos tecircm o
conhecimento da praacutetica da salinizaccedilatildeo com soluccedilatildeo salina 09 No que se refere agrave pesquisa
cientiacutefica as limitaccedilotildees desta praacutetica satildeo atribuiacutedas agrave ausecircncia de um maior nuacutemero de
estudos controlados para validar sua eficaacutecia (EPPERSON20
Apesar de natildeo ser encontradas publicaccedilotildees acerca do tema a utilizaccedilatildeo de heparina
mostra-se como uma pratica natildeo mais utilizada pelos profissionais de enfermagem Outro
tema onde haacute controveacutersias e tambeacutem poucas citaccedilotildees eacute o uso da tala para fixaccedilatildeo do acesso
venoso perifeacuterico Seguem abaixo a opiniatildeo de alguns dos profissionais entrevistados
1984 apud DOPICO e
OLIVEIRA 2006)
ldquoA uacutenica coisa que eu natildeo gosto de ver eacute quando se coloca tala para imobilizar dizendo que a tala vai ajudar a natildeo perder a veia Isso eu natildeo concordo acho que a tala prejudica a crianccedila fica incomodada faz dor no membrordquo (Cinderela)
ldquoAntigamente a gente usava muito tala e as vezes eu pego isso aqui ai eu falo gente tala natildeo se usa mais natildeo faz parte mais da fixaccedilatildeo vocecirc pode fixar de uma forma que a crianccedila natildeo perca A tala eu acho que ela traumatiza um pouco ainda mais se vocecirc pegar um acesso na dobra vocecirc vai fazer com que a crianccedila fique com o braccedilo esticado muito tempo eu acho que pode causar uma lesatildeo depois e a literatura jaacute fala que eacute desnecessaacuteria natildeo precisa maisrdquo (Aurora) ldquoAntigamente usavam tala mas hoje em dia quase natildeo se vecirc mais e eu acho que a tala atrapalha porque a crianccedila fica imobilizada no membro ai fica mais irritadardquo (Rapunzel) ldquoLaacute no meu outro trabalho alguns usam a tala Eu acho que a tala ajuda ateacute a perder mais raacutepido porque a crianccedila fica incomodada vai querer mexer naquilordquo (Mulan)
20 Epperson EL Efficacy of 09 sodium chloride injection with without heparin for maintenance indwelling intermittent injection sites Clin Pharm1984 3(5)26
31
Almeida e Sabateacutes21
Entretanto haacute estudo que comprovam que o uso da tala natildeo se mostra tatildeo eficiente e
apresenta-se como uma praacutetica controversa O estudo foi realizado em crianccedilas ateacute os 12 anos
utilizando imobilizaccedilatildeo com tala e em mais de metade dos casos (553) ocorreu infiltraccedilatildeo
o que indicia a ineficaacutecia desta praacutetica (MACHADO PEDREIRA e CHAUD 2008 apud
BATALHA et al 2010 p512)
(2008 apud BATALHA et al 2010 p512) afirmam que a teacutecnica
de fixaccedilatildeo dos CVP com uso de imobilizaccedilatildeo com tala para restriccedilatildeo ou limitaccedilatildeo dos
movimentos articulares proacuteximo do local da punccedilatildeo estaacute indicado nas matildeos punhos cotovelo
e maleacuteolo
Para Batalha et al (2010 p512) o uso desta praacutetica parece natildeo se coadunar com o
atual uso de cateteres flexiacuteveis tipo abocath em detrimento de agulhas metaacutelicas Talvez por
isso comecem a surgir novas teacutecnicas de fixaccedilatildeo dos CVP que natildeo exigem imobilizaccedilatildeo das
articulaccedilotildees com talas
Aleacutem de natildeo haver uma confirmaccedilatildeo dos benefiacutecios causados pelo uso da tala a
imobilizaccedilatildeo causa incocircmodo para a crianccedila que fica com o membro imoacutevel podendo causar
dor e tambeacutem irritaccedilatildeo O uso desse tipo de fixaccedilatildeo tambeacutem impede a visualizaccedilatildeo frequente
do acesso venoso afetando assim os cuidados de observaccedilatildeo da equipe de enfermagem
43 O acompanhante e a manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico
A presente categoria vai discutir um assunto importante que surgiu durante as
entrevistas de forma inesperada Alguns dos profissionais entrevistados citaram o descuido do
acompanhante como um fator causador da perda do acesso venoso perifeacuterico Seguem abaixo
algumas falas
ldquoA matildee sempre acompanha e tem matildee que natildeo tem cuidado natildeo vigia e a gente tem que ficar pedindo pra olhar tomar contardquo (Aurora)
ldquoEm relaccedilatildeo ao acompanhante porque a crianccedila natildeo vai avaliar entatildeo o acompanhante que estar ali tem que avaliar direitinho natildeo deixar a crianccedila mexer ou puxarrdquo (Bela)
ldquoNatildeo eacute toda matildee que esta vigiando que cuida pra que a crianccedila natildeo perca o acessordquo (Jasmine)
21 Almeida FA Sabateacutes AL Enfermagem pediaacutetrica a crianccedila o adolescente e a sua famiacutelia no hospital Satildeo Paulo(SP) Manole 2008
32
ldquoAcho que leva a perda quando o acompanhante natildeo coopera as vezes a gente faz a imobilizaccedilatildeo na crianccedila e as vezes eles ateacute retiram e a proacutepria crianccedila agitada ela mesmo arrancardquo (Branca de Neve)
ldquoAgraves vezes a proacutepria crianccedila que a matildee deixa muito solta ai solta o acessordquo (Mulan)
Apoacutes a implementaccedilatildeo da lei que garante um acompanhante ao paciente pediaacutetrico a
presenccedila do familiarresponsaacutevel durante a hospitalizaccedilatildeo mudou a rotina da equipe de
enfermagem trazendo duacutevidas quanto a real funccedilatildeo do acompanhante e fazendo com que a
mesma viesse a delegar certos cuidados para acompanhante
A Promulgaccedilatildeo da Lei 8069 do Estatuto da Crianccedila e do Adolescente (ECA) em
1990 no seu artigo 12deg garante agrave crianccedila ou ao adolescente o direito de ter um responsaacutevel
que o acompanhe durante a hospitalizaccedilatildeo (1990)
Desde a sua implantaccedilatildeo as unidades vecircm sofrendo um processo de reorganizaccedilatildeo de
suas praacuteticas A inserccedilatildeo da famiacutelia modifica a organizaccedilatildeo do processo de trabalho o que
requer dos profissionais uma compreensatildeo em relaccedilatildeo agrave dinacircmica das relaccedilotildees interpessoais
(COLLET e ROCHA 2004)
Pimenta e Collet (2009) ressaltam que natildeo haacute nenhuma regulamentaccedilatildeo sobre a
participaccedilatildeo da famiacutelia nos cuidados e no entanto a mesma desempenha atividades junto agrave
crianccedila durante a hospitalizaccedilatildeo que devem ser levadas em consideraccedilatildeo A falta de
reconhecimento desse fato fez com que a equipe de enfermagem e famiacutelia natildeo possuiacutessem
uma relaccedilatildeo aberta e vivessem uma relaccedilatildeo silenciosa e impliacutecita de poder na qual a famiacutelia
acaba assumindo as relaccedilotildees do cuidado agrave crianccedila de responsabilidade da enfermagem
A negociaccedilatildeo entre matildees e equipe de enfermagem em relaccedilatildeo aos cuidados agrave crianccedila
hospitalizada natildeo eacute uma tarefa faacutecil tendo em vista que natildeo se tem claro qual o seu novo
papel neste processo (COLLET e ROCHA 2004)
Eacute possiacutevel ver nas falas que a presenccedila do acompanhante causa para a equipe de
enfermagem a seguranccedila de ter algueacutem para ldquovigiarrdquo ldquotomar contardquo e natildeo deixar que a
crianccedila hospitalizada perca o acesso venoso quando na verdade eacute funccedilatildeo da equipe de
enfermagem cuidados referentes ao acesso venoso perifeacuterico
33
Jaacute o acompanhante eacute definido pelo Ministeacuterio da Sauacutede como uma pessoa significativa
para a crianccedila que representa sua rede social e que vai acompanhaacute-lo durante a permanecircncia
no ambiente hospitalar ressaltando assim sua importacircncia Esse fato se reforccedila visto que a
crianccedila encontra nos familiares a forccedila e seguranccedila necessaacuteria para encarar todo esse processo
doloroso e desconhecido (MURAKAMI e CAMPOS 2011 p255)
O acompanhante aleacutem de minimizar o sofrimento do paciente pediaacutetrico faz com que
o mesmo sinta-se mais a vontade Eacute importante ressaltar que o familiarresponsaacutevel natildeo soacute
pode como deve participar das atividades da crianccedila no hospital desde que estas natildeo sejam
competecircncias dos profissionais que os cercam Essas atividades satildeo caracterizadas como
semelhantes aos que eles realizam diariamente fora do ambiente hospitalar como o banho
Poreacutem no caso de um paciente com punccedilatildeo venosa perifeacuterica o profissional de enfermagem
deve auxiliar no cuidado para que essa natildeo se perca
Os cuidados dos familiaresacompanhantes satildeo os mesmos que os desenvolvidos no
domiciacutelio e os cuidados prestados pela equipe de enfermagem satildeo aqueles que demandam
conhecimento teacutecnico-cientiacutefico especializado (SOUZA e OLIVEIRA 2010 p558)
Mesmo alguns cuidados parecerem simples e rotineiros quando eacute prestado no
hospital assumem novas caracteriacutesticas com o uso de dispositivos tecnoloacutegicos os quais se
tornam complexos (PIMENTA E COLLET 2009)
O ato de cuidar envolve o respeito agrave maneira como vive cada indiviacuteduo de acordo
com suas crenccedilas valores costumes e cultura A famiacutelia como uma instituiccedilatildeo atende agraves
necessidades bioloacutegicas de seus membros sendo sua responsabilidade cuidar e criar os filhos
incluindo a obrigaccedilatildeo da alimentaccedilatildeo higiene vestuaacuterio e moradia (ELSEN22
Nas entrevistas podemos verificar falas em que o acompanhante eacute citado como
responsaacutevel por avaliar a punccedilatildeo venosa A equipe de enfermagem deve sempre partir do
pressuposto que o familiar acompanhante natildeo tem conhecimento cientiacutefico e certo tipo de
cuidado natildeo deve se delegado para o mesmo mostrando assim a importacircncia da orientaccedilatildeo do
acompanhante quanto aos procedimentos dispositivos utilizados e cuidados em que os
etal 1994
apud SOUZA e OLIVEIRA 2010 p 553)
22 Elsen I Patriacutecio ZM Assistecircncia agrave crianccedila hospitalizada tipos de abordagens e suas implicaccedilotildees para a enfermagem In A enfermagem em pediatria e puericultura Rio de Janeiro (RJ) Atheneu 2005
34
mesmos possam auxiliar Seguem abaixo as falas onde os profissionais ressaltaram a
importacircncia da orientaccedilatildeo do acompanhante
ldquoNem sempre a crianccedila vai entender o porque de estar com aquele acesso entatildeo tem que ter uma orientaccedilatildeo do acompanhanterdquo (Bela)
ldquoTem que haver orientaccedilatildeo do acompanhante para os cuidadosrdquo (Ariel)
ldquoAgraves vezes tem ate o exemplo de um pai que natildeo deixa trocar o acesso jaacute tinha mais de uma semana e ele natildeo queria que trocasse ai faz febre e natildeo sabe da onderdquo (Alice)
Para Souza e Oliveira (2010 p555) deve haver uma preocupaccedilatildeo em orientar
considerando que o outro natildeo tem nenhum tipo de conhecimento sobre o assunto Poreacutem
Queiroz e Jorge23
Apesar das dificuldades o profissional de enfermagem deve estabelecer um viacutenculo de
confianccedila com o acompanhante buscando sempre deixaacute-los ciente das situaccedilotildees e fazendo-os
participar dos cuidados plausiacuteveis sem causar nenhum dano agrave crianccedila e de maneira alguma
abandonar suas atribuiccedilotildees
(2004 apud SOUZA e OLIVEIRA 2010 p 556) ressaltam que apesar de os
profissionais terem intenccedilatildeo de orientar os cuidados para a sauacutede repassam conhecimentos
elaborados cientificamente dificultando a compreensatildeo do familiar aleacutem de a relaccedilatildeo se dar
de maneira vertical assimeacutetrica e coercitiva
23 Queiroz MVO Jorge MSB Accedilotildees educativas no cuidado infantil e intervenccedilotildees dos profissionais junto agraves famiacutelias Acta Scientiarum Maringaacute 2004 janjun 26(1) 27-34
35
CONCLUSAtildeO
Atraveacutes desse estudo foi possiacutevel descrever e analisar os cuidados que os profissionais
de enfermagem realizam acerca da permanecircncia do acesso venoso perifeacuterico Aleacutem disso a
realizaccedilatildeo da pesquisa permitiu identificar a desarticulaccedilatildeo do processo de enfermagem e a
praacutetica desconectada da produccedilatildeo cientiacutefica caracterizando a falta de uma educaccedilatildeo
continuada efetiva
A anaacutelise dos dados demonstra o processo de punccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico
ressaltando a importacircncia de cuidados como a seleccedilatildeo do local a diluiccedilatildeo da medicaccedilatildeo a
realizaccedilatildeo de uma boa fixaccedilatildeo a atenccedilatildeo com a velocidade de infusatildeo os cuidados com os
sinais de infecccedilatildeo e salinizaccedilatildeo do acesso natildeo deixando de salientar cuidados em desuso
como o uso da heparina da tala e duvidas em relaccedilatildeo ao tempo de permanecircncia Evidenciou
tambeacutem que a equipe de enfermagem delega alguns cuidados para os acompanhantes
Natildeo foi possiacutevel perceber o niacutevel de conhecimento cientiacutefico dos profissionais visto
que eles em nenhum momento por natildeo saberem ou por medo de se expor natildeo explicaram de
fato nenhum cuidado que disseram realizar Sempre citaram de forma superficial e direta
deixando claro tambeacutem que o pesquisador natildeo os indagou quanto a isso Poreacutem creio que
diante de cuidados tatildeo importantes e de frequente praacutetica os mesmos falariam facilmente
sobre os cuidados de enfermagem na permanecircncia do acesso venoso perifeacuterico
Apesar dos entrevistados citarem alguns fatores e cuidados realizados de forma
correta eacute visiacutevel que os mesmos realizam os cuidados com a punccedilatildeo e a permanencia do
acesso de forma automaacutetica sem unir a praacutetica com o fundamento do mesmo
Eacute importante destacar tambeacutem a importacircncia do preparo emocional da crianccedila como
tambeacutem os cuidados com a famiacutelia dos mesmos O trabalho de humanizaccedilatildeo realizado pela
36
enfermagem faz grande diferenccedila nessas situaccedilotildees visto que os pacientes e acompanhantes
tendo conhecimento do que seraacute realizado ficariam mais tranquilos
O estudo contribuiu para o campo do ensino nesta aacuterea dando destaque ao importante
papel que o profissional de enfermagem deve desempenhar no cuidado e na manutenccedilatildeo do
acesso venoso perifeacuterico Contudo vale ressaltar a importacircncia do incentivo ao profissional a
buscar na literatura natildeo soacute esclarecimento de suas duvidas mas tambeacutem novos
conhecimentos
Pode colaborar ainda para a realizaccedilatildeo de novas pesquisas na aacuterea procurando
eliminar duacutevidas e controveacutersias sobre o tema Buscando assim a realizaccedilatildeo de um cuidado de
enfermagem articulado e eficaz promovendo o bem-estar do paciente pediaacutetrico durante a
hospitalizaccedilatildeo
37
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44
APEcircNDICE I
TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO
DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO Tiacutetulo Do Projeto Os cuidados de enfermagem acerca dos acessos venosos perifeacutericos na unidade pediaacutetrica Pesquisador Responsaacutevel Rosane Cordeiro Burla de Aguiar Eny Dorea Paiva e Karina Rodrigues Fernandes Instituiccedilatildeo a que Pertence o Pesquisador Responsaacutevel Universidade Federal Fluminense Telefone para contato (21) 98355269 (21) 82392939 (21) 91786609 Nome do voluntaacuterio _________________________________________________________ Idade ________ anos RG ____________________________
AO Sr (a) estaacute sendo convidado (a) a participar do projeto de pesquisa OS CUIDADOS DE
ENFERMAGEM ACERCA DOS ACESSOS VENOSOS PERIFEacuteRICOS NA UNIDADE PEDIATRICA de
responsabilidade da pesquisadora Profordf Drordf Rosane Cordeiro Burla de Aguiar e Profordf Drordf Eny Dorea Paiva A
punccedilatildeo venosa perifeacuterica eacute um procedimento essencial durante a hospitalizaccedilatildeo da crianccedila visto que eacute atraveacutes
dela que eacute administrada grande parte das medicaccedilotildees Este estudo se justifica diante da importacircncia da
necessidade de um maior periacuteodo de permanecircncia dos acessos venosos perifeacutericos Com isso aleacutem da
diminuiccedilatildeo de eventos que causam dor e irritaccedilatildeo na crianccedila e na famiacutelia promoveraacute tambeacutem uma melhor estada
dos mesmos durante o periacuteodo de hospitalizaccedilatildeo Os objetivos da pesquisa satildeo 1) Descrever os fatores que
interferem na manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico de acordo com a equipe de enfermagem 2)Analisar os
cuidados da equipe de enfermagem na manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico A coleta de dados se daraacute
atraveacutes de entrevistas semi estruturadas que seratildeo gravadas As informaccedilotildees colhidas seratildeo tratadas de forma
anocircnima e confidencial ou seja em nenhum momento seratildeo divulgados o seu nome e somente os
pesquisadores teratildeo acesso agraves informaccedilotildees Os dados obtidos com a pesquisa poderatildeo ser publicados apenas com
fins cientiacuteficos Eles natildeo seratildeo utilizados para fins comerciais ou para outra finalidade qualquer Caso necessite
poderatildeo ser marcados encontros para respostas ou esclarecimentos de qualquer duacutevida acerca da pesquisa A sua
participaccedilatildeo eacute voluntaria e eacute importante lembrar que vocecirc poderaacute desistir de participar da pesquisa em qualquer
momento A entrevista seraacute marcada em um dia e horaacuterio que vocecirc achar melhor Seraacute realizada
individualmente em um ambiente que nos ofereccedila privacidade Esta pesquisa natildeo oferece riscos para vocecirc e os
benefiacutecios da sua participaccedilatildeo satildeo de aumentar o conhecimento cientiacutefico na aacuterea de Enfermagem Pediaacutetrica
aleacutem de contribuir para a praacutetica profissional Este documento seraacute elaborado em duas vias uma para vocecirc e a
outra seraacute arquivada pelo pesquisador
Eu_____________________________________________________________ RG no _____________________________ Declaro que apoacutes ter entendido o que me foi explicado consinto voluntariamente em participar do presente Protocolo de Pesquisa entendo ainda que posso retirar o meu consentimento a qualquer momento antes ou durante a realizaccedilatildeo do mesmo declaro ter sido informada(o) e concordo em participar como voluntaacuteria(o) da pesquisa acima descrita Rio de Janeiro_______de_______________de 20___ _____________________________ ________________________________
(Participante) Karina Rodrigues Fernandes (Responsaacutevel por obter o consentimento)
______________________________________ _______________________________________ (Testemunha) (Testemunha)
45
APEcircNDICE II
ROTEIRO PARA ENTREVISTA
1) O que vocecirc acha que pode levar a perda do acesso perifeacuterico
2) Para vocecirc o que eacute importante para manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico nas
crianccedilas
3) O que vocecirc acha que pode interferir na sua manutenccedilatildeo
4) Que medidas vocecirc adota no seu dia a dia para manter o acesso
5) Na sua vivencia profissional o que vocecirc discorda dos cuidados que geralmente satildeo
utilizados para manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico
46
ANEXO
47
48
26
Para Pettit e Kraus15
Potter
(1995 apud MACHADO PEDREIRA E CHAUD2005 p292) a
gaze esteacuteril fixada com a fita adesiva hipoalergecircnica bem como a peliacutecula transparente esteacuteril
satildeo os materiais mais recomendados para curativo e fixaccedilatildeo de cateter venoso perifeacuterico
16
Jaacute as peliacuteculas transparentes mais conhecidas como filme permitem a respiraccedilatildeo
normal da pele com alta permeabilidade ao oxigecircnio e vapores e eacute impermeaacutevel a liacutequidos e
micro-organismos (SILVA E ZANETTI 2004 p233) Aleacutem disso permitem tambeacutem a
visualizaccedilatildeo contiacutenua do local de punccedilatildeo permitindo assim avaliaccedilatildeo do mesmo natildeo soacute
durante a infusatildeo de medicaccedilotildees mas tambeacutem todo o tempo
(1998 apud SILVA E ZANETTI 2004 p233) afirma que nas fixaccedilotildees em
que se utiliza a gaze esteacuteril preconiza-se a utilizaccedilatildeo de teacutecnica asseacuteptica Neste curativo a
gaze esteacuteril eacute colocada sobre o siacutetio de inserccedilatildeo e suas bordas satildeo fixadas com fita adesiva
A observaccedilatildeo da punccedilatildeo eacute muito importante pois se o local de inserccedilatildeo se mostrar
com sinais e sintomas de complicaccedilotildees a terapia deve ser suspensa (OLIVEIRA BEZERRA
e PEREIRA 2008 p95)
A visualizaccedilatildeo contiacutenua do acesso permite que a equipe de enfermagem possa realizar
uma observaccedilatildeo mais particularizada em relaccedilatildeo agraves condiccedilotildees do acesso venoso perifeacuterico
podendo observar se haacute deslocamento do cateter sinais de infiltraccedilatildeo e tambeacutem sinais de
infecccedilatildeo
Para Silva Barbato e Valente (2013 p 1200) cabe ao enfermeiro fazer a avaliaccedilatildeo
diaacuteria e cuidadosa do curativo observando a presenccedila de umidade sujidade integridade do
oacutestio de inserccedilatildeo a fixaccedilatildeo bem como a realizaccedilatildeo do curativo e das anotaccedilotildees legais
competentes agraves suas funccedilotildees
A fase poacutes-procedimento eacute caracterizada por uma seacuterie de cuidados que a equipe de
enfermagem deve realizar para que se obtenha maior tempo de permanecircncia do acesso venoso
perifeacuterico Durante as entrevistas os cuidados citados foram a salinizaccedilatildeo do acesso cuidados
para evitar a flebite e a velocidade de infusatildeo
15 Pettit DM Kraus V The use of gauze versus transparent dressings for peripheral intravenous catheter sites Nurs ClinNorth Am 1995 30(3)495-506 16 Potter P Perry AG Fundamentos de enfermagem processo conceito e praacutetica 3ordf ed Santos(SP) Guanabara Koogan19981397pp801-43
27
ldquoManter um acesso bem salinizado que vocecirc lave pelo menos de duas de trecircs em trecircs horas Se bem que isso aqui na pediatria natildeo eacute muito comum aqui a gente soacute lava cada vez que vai fazer medicaccedilatildeo mas se eu natildeo me engano a literatura preconiza isso vocecirc lavar pelo menos de quatro em quatro horas o acessordquo (Aurora)
ldquoPra manter o acesso venoso perifeacuterico eacute importante manter ele salinizado Assim que a gente recebe o plantatildeo eu vou ver se o acesso ta peacutervio com uma ldquoseringuinhardquo vai la da uma ldquolavadinhardquo e vecirc se o acesso ta peacutervio e manter o acesso salinizadordquo (Ariel)
ldquoSalinizar de 6 em 6 horas para manter ele peacuterviordquo (Alice)
ldquoTem que passar lento a medicaccedilatildeo e a limpeza da aacuterea vocecirc tem que limpar bem a aacuterea pra vocecirc natildeo formar uma flebiterdquo (Cinderela)
A salinizaccedilatildeo do acesso eacute um cuidado simples e de grande importacircncia Esse cuidado
deve ser realizado para manter o acesso peacutervio e limpo e deve ser realizado antes e apoacutes
qualquer infusatildeo
Para Moncaio e Figueiredo (2009)
a ldquosalinizaccedilatildeordquo consiste em administrar sob pressatildeo positiva soluccedilatildeo salina (Soro fisioloacutegico a 09) logo apoacutes o teacutermino da infusatildeo da medicaccedilatildeo Este procedimento visa prevenir a formaccedilatildeo de trombos e fibrina evitar o contato de drogas incompatiacuteveis (quando da infusatildeo de mais de um item medicamentoso no mesmo horaacuterio) garantir a infusatildeo de todo o medicamento que possa ter ficado no sistema aleacutem de evitar retorno sanguiacuteneo mantendo o cateter peacutervio para a proacutexima infusatildeo
Durante a coleta de dados esse cuidado surgiu em diversos momentos poreacutem foi
possiacutevel perceber que os profissionais realizam o mesmo de forma banalizada Natildeo sabem de
fato a real funccedilatildeo de manter o acesso salinizado A impressatildeo que passa eacute que eles
aprenderam que esse cuidado deveria ser feito e simplesmente fazem Haacute divergecircncias
tambeacutem entre a equipe em relaccedilatildeo ao momento que deve ser realizada a salinizaccedilatildeo e isso nos
mostra a desatualizaccedilatildeo dos profissionais do setor e a falta de uma educaccedilatildeo continuada no
hospital
Os cuidados para evitar a flebite e a velocidade de infusatildeo da medicaccedilatildeo apareceram
menos nas entrevistas e interferem diretamente com a manutenccedilatildeo do acesso venoso
perifeacuterico
28
A flebite eacute uma inflamaccedilatildeo na veia puncionada ocorrendo quando as ceacutelulas
endoteliais da parede da veia que o cateter estaacute inserido tornam-se inflamadas e irregulares
propiciando a aderecircncia de plaquetas e predispondo a veia a inflamaccedilatildeo Eacute comum que o local
se apresente dolorido hiperemiado quente e edemaciado e nesses casos eacute aconselhada a
retirada do cateter Uma boa fixaccedilatildeo do cateter perifeacuterico eacute recomendada por autores na
literatura visto que previnem deslocamento faacutecil e permitem uma boa visualizaccedilatildeo do local
evitando complicaccedilotildees como a flebite e infiltraccedilatildeo (MOLDES et al 2011 p 330)
Dentre as principais falhas de infusatildeo venosa estatildeo flebite infiltraccedilatildeo hematoma e
obstruccedilatildeo Acredita-se que para reduzir a incidecircncia destas nas unidades pediaacutetricas eacute preciso
a adoccedilatildeo de estrateacutegias tais como a abordagem junto agrave equipe em parceria com o setor de
educaccedilatildeo permanente e a adoccedilatildeo do uso da teacutecnica corretamente e de forma asseacuteptica para a
realizaccedilatildeo da punccedilatildeo venosa perifeacuterica em acordo com a comissatildeo de controle de infecccedilatildeo
hospitalar (SILVA BARBATO e VALENTE 2013 p 1200)
A incapacidade do paciente em relatar dor no siacutetio de administraccedilatildeo do faacutermaco quer
pela idade ou condiccedilatildeo cliacutenica e o local de inserccedilatildeo como tambeacutem a velocidade de infusatildeo do
medicamento (gt25mgmin) satildeo classificados como fatores de risco para a perda do acesso
venoso perifeacuterico (MARTINS SILVINO e DIAS 2010)
42 Os cuidados em desuso para manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico
Essa categoria discorre sobre os cuidados de enfermagem que com o passar do tempo
foram desconsiderados e natildeo satildeo mais utilizados Quando questionados em relaccedilatildeo a vivencia
profissional e cuidados que discordavam os entrevistados citaram o uso da tala para fixaccedilatildeo
uso de heparina e os cuidados em relaccedilatildeo ao tempo de permanecircncia do cateter Haacute muitas
controveacutersias em relaccedilatildeo aos cuidados citados acima
O tempo de permanecircncia interfere diretamente no aparecimento de complicaccedilotildees
como flebite e que acabam levando a perda do acesso venoso perifeacuterico mais rapidamente
aconselhando assim a troca do mesmo entre 76 a 96 horas Poreacutem eacute preconizada a retirada do
cateter apenas se finalizar o tratamento ou houver alguma interferecircncia
ldquoA gente observa tambeacutem o tempo dependendo do tempo tem que tirarrdquo (Alice)
29
ldquoHoje eu natildeo sei como que eacute essa questatildeo do tempo porque a gente trocava o acesso a cada quatro dias agora o pessoal jaacute diz que pode trocar em ateacute uma semana entatildeo natildeo sei como que ta isso e o que tem escrito em relaccedilatildeo a isso (Aurora)
Sabe-se que o tempo para troca do cateter de teflon ou poliuretano varia de 72 a 96
horas com o intuito de reduzir risco de infecccedilatildeo e flebite e para minimizar esses riscos nas
seguintes situaccedilotildees diante de sinais inflamatoacuterios no local de inserccedilatildeo e sempre que houver
mau funcionamento do cateter (SANTOS17
Entretanto o Center for Disease Control and Prevention - CDC (2002) diz que em
pacientes pediaacutetricos natildeo foi observada relaccedilatildeo quanto ao tempo de permanecircncia do cateter e
ocorrecircncia de complicaccedilotildees devendo ser mantido ateacute o teacutermino da terapia intravenosa ou
quando forem observados sinais cliacutenicos de complicaccedilotildees
2004 apud OLIVEIRA BEZERRA e PEREIRA
2008 p 93)
Eacute possiacutevel observar a diferenccedila do conhecimento pratico dos profissionais
entrevistados em relaccedilatildeo ao conhecimento encontrado na literatura E ainda contendo duacutevidas
natildeo haacute uma busca da parte dos mesmos para esclarececirc-las
O uso da heparina com a finalidade de manter o acesso peacutervio por um periacuteodo maior
de tempo mostra-se com mais certeza quanto ao desuso nos dados colidos
ldquoAntigamente a gente usava heparina entatildeo a gente ficava tranquila em relaccedilatildeo agrave obstruccedilatildeo mas agora natildeo a gente usa o soro fisioloacutegico e a gente deixa salinizadordquo (Aurora)
Rang e Dale 18(1998 apud DOPICO e OLIVEIRA 2006) afirmam que a heparina
inibe a formaccedilatildeo de coaacutegulos de fibrina in vitro e in vivo e que seu efeito anticoagulante eacute
praticamente imediato Com isso Phillips19
17 Santos W Lavagem das matildeos In R Luiz Santos W Manual baacutesico de prevenccedilatildeo e controle das infecccedilotildees hospitalares do HRU Fortaleza Hospital Regional Unimed 2004
(2001 apud DOPICO e OLIVEIRA 2006)
ressalta que a teacutecnica de manutenccedilatildeo intermitente de cateteres intravenosos com soluccedilatildeo
salina 09 classificada como salinizaccedilatildeo tem sido pesquisada haacute alguns anos apresentando
em relaccedilatildeo ao uso da heparina vantagens como o baixo custo ser um procedimento mais
18 Rang HP Dale M M Hemostasia e Trombose In Rang HP Dale M M Farmacologia Rio de Janeiro Guanabara Koogan 1998 p235-47 19 PHILLIPS L D Manual de terapia intravenosa 2ed Porto Alegre Artmed 2001
30
simples aleacutem de eliminar a possibilidade de incompatibilidade com as drogas e soluccedilotildees
administradas aleacutem da inexistecircncia de riscos ao paciente Entretanto sabe-se que a literatura
ainda natildeo fornece consenso acerca da soluccedilatildeo mais indicada para manutenccedilatildeo da
permeabilidade do cateter venoso perifeacuterico
Eacute importante ressaltar que muitas instituiccedilotildees do nosso paiacutes nem ao menos tecircm o
conhecimento da praacutetica da salinizaccedilatildeo com soluccedilatildeo salina 09 No que se refere agrave pesquisa
cientiacutefica as limitaccedilotildees desta praacutetica satildeo atribuiacutedas agrave ausecircncia de um maior nuacutemero de
estudos controlados para validar sua eficaacutecia (EPPERSON20
Apesar de natildeo ser encontradas publicaccedilotildees acerca do tema a utilizaccedilatildeo de heparina
mostra-se como uma pratica natildeo mais utilizada pelos profissionais de enfermagem Outro
tema onde haacute controveacutersias e tambeacutem poucas citaccedilotildees eacute o uso da tala para fixaccedilatildeo do acesso
venoso perifeacuterico Seguem abaixo a opiniatildeo de alguns dos profissionais entrevistados
1984 apud DOPICO e
OLIVEIRA 2006)
ldquoA uacutenica coisa que eu natildeo gosto de ver eacute quando se coloca tala para imobilizar dizendo que a tala vai ajudar a natildeo perder a veia Isso eu natildeo concordo acho que a tala prejudica a crianccedila fica incomodada faz dor no membrordquo (Cinderela)
ldquoAntigamente a gente usava muito tala e as vezes eu pego isso aqui ai eu falo gente tala natildeo se usa mais natildeo faz parte mais da fixaccedilatildeo vocecirc pode fixar de uma forma que a crianccedila natildeo perca A tala eu acho que ela traumatiza um pouco ainda mais se vocecirc pegar um acesso na dobra vocecirc vai fazer com que a crianccedila fique com o braccedilo esticado muito tempo eu acho que pode causar uma lesatildeo depois e a literatura jaacute fala que eacute desnecessaacuteria natildeo precisa maisrdquo (Aurora) ldquoAntigamente usavam tala mas hoje em dia quase natildeo se vecirc mais e eu acho que a tala atrapalha porque a crianccedila fica imobilizada no membro ai fica mais irritadardquo (Rapunzel) ldquoLaacute no meu outro trabalho alguns usam a tala Eu acho que a tala ajuda ateacute a perder mais raacutepido porque a crianccedila fica incomodada vai querer mexer naquilordquo (Mulan)
20 Epperson EL Efficacy of 09 sodium chloride injection with without heparin for maintenance indwelling intermittent injection sites Clin Pharm1984 3(5)26
31
Almeida e Sabateacutes21
Entretanto haacute estudo que comprovam que o uso da tala natildeo se mostra tatildeo eficiente e
apresenta-se como uma praacutetica controversa O estudo foi realizado em crianccedilas ateacute os 12 anos
utilizando imobilizaccedilatildeo com tala e em mais de metade dos casos (553) ocorreu infiltraccedilatildeo
o que indicia a ineficaacutecia desta praacutetica (MACHADO PEDREIRA e CHAUD 2008 apud
BATALHA et al 2010 p512)
(2008 apud BATALHA et al 2010 p512) afirmam que a teacutecnica
de fixaccedilatildeo dos CVP com uso de imobilizaccedilatildeo com tala para restriccedilatildeo ou limitaccedilatildeo dos
movimentos articulares proacuteximo do local da punccedilatildeo estaacute indicado nas matildeos punhos cotovelo
e maleacuteolo
Para Batalha et al (2010 p512) o uso desta praacutetica parece natildeo se coadunar com o
atual uso de cateteres flexiacuteveis tipo abocath em detrimento de agulhas metaacutelicas Talvez por
isso comecem a surgir novas teacutecnicas de fixaccedilatildeo dos CVP que natildeo exigem imobilizaccedilatildeo das
articulaccedilotildees com talas
Aleacutem de natildeo haver uma confirmaccedilatildeo dos benefiacutecios causados pelo uso da tala a
imobilizaccedilatildeo causa incocircmodo para a crianccedila que fica com o membro imoacutevel podendo causar
dor e tambeacutem irritaccedilatildeo O uso desse tipo de fixaccedilatildeo tambeacutem impede a visualizaccedilatildeo frequente
do acesso venoso afetando assim os cuidados de observaccedilatildeo da equipe de enfermagem
43 O acompanhante e a manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico
A presente categoria vai discutir um assunto importante que surgiu durante as
entrevistas de forma inesperada Alguns dos profissionais entrevistados citaram o descuido do
acompanhante como um fator causador da perda do acesso venoso perifeacuterico Seguem abaixo
algumas falas
ldquoA matildee sempre acompanha e tem matildee que natildeo tem cuidado natildeo vigia e a gente tem que ficar pedindo pra olhar tomar contardquo (Aurora)
ldquoEm relaccedilatildeo ao acompanhante porque a crianccedila natildeo vai avaliar entatildeo o acompanhante que estar ali tem que avaliar direitinho natildeo deixar a crianccedila mexer ou puxarrdquo (Bela)
ldquoNatildeo eacute toda matildee que esta vigiando que cuida pra que a crianccedila natildeo perca o acessordquo (Jasmine)
21 Almeida FA Sabateacutes AL Enfermagem pediaacutetrica a crianccedila o adolescente e a sua famiacutelia no hospital Satildeo Paulo(SP) Manole 2008
32
ldquoAcho que leva a perda quando o acompanhante natildeo coopera as vezes a gente faz a imobilizaccedilatildeo na crianccedila e as vezes eles ateacute retiram e a proacutepria crianccedila agitada ela mesmo arrancardquo (Branca de Neve)
ldquoAgraves vezes a proacutepria crianccedila que a matildee deixa muito solta ai solta o acessordquo (Mulan)
Apoacutes a implementaccedilatildeo da lei que garante um acompanhante ao paciente pediaacutetrico a
presenccedila do familiarresponsaacutevel durante a hospitalizaccedilatildeo mudou a rotina da equipe de
enfermagem trazendo duacutevidas quanto a real funccedilatildeo do acompanhante e fazendo com que a
mesma viesse a delegar certos cuidados para acompanhante
A Promulgaccedilatildeo da Lei 8069 do Estatuto da Crianccedila e do Adolescente (ECA) em
1990 no seu artigo 12deg garante agrave crianccedila ou ao adolescente o direito de ter um responsaacutevel
que o acompanhe durante a hospitalizaccedilatildeo (1990)
Desde a sua implantaccedilatildeo as unidades vecircm sofrendo um processo de reorganizaccedilatildeo de
suas praacuteticas A inserccedilatildeo da famiacutelia modifica a organizaccedilatildeo do processo de trabalho o que
requer dos profissionais uma compreensatildeo em relaccedilatildeo agrave dinacircmica das relaccedilotildees interpessoais
(COLLET e ROCHA 2004)
Pimenta e Collet (2009) ressaltam que natildeo haacute nenhuma regulamentaccedilatildeo sobre a
participaccedilatildeo da famiacutelia nos cuidados e no entanto a mesma desempenha atividades junto agrave
crianccedila durante a hospitalizaccedilatildeo que devem ser levadas em consideraccedilatildeo A falta de
reconhecimento desse fato fez com que a equipe de enfermagem e famiacutelia natildeo possuiacutessem
uma relaccedilatildeo aberta e vivessem uma relaccedilatildeo silenciosa e impliacutecita de poder na qual a famiacutelia
acaba assumindo as relaccedilotildees do cuidado agrave crianccedila de responsabilidade da enfermagem
A negociaccedilatildeo entre matildees e equipe de enfermagem em relaccedilatildeo aos cuidados agrave crianccedila
hospitalizada natildeo eacute uma tarefa faacutecil tendo em vista que natildeo se tem claro qual o seu novo
papel neste processo (COLLET e ROCHA 2004)
Eacute possiacutevel ver nas falas que a presenccedila do acompanhante causa para a equipe de
enfermagem a seguranccedila de ter algueacutem para ldquovigiarrdquo ldquotomar contardquo e natildeo deixar que a
crianccedila hospitalizada perca o acesso venoso quando na verdade eacute funccedilatildeo da equipe de
enfermagem cuidados referentes ao acesso venoso perifeacuterico
33
Jaacute o acompanhante eacute definido pelo Ministeacuterio da Sauacutede como uma pessoa significativa
para a crianccedila que representa sua rede social e que vai acompanhaacute-lo durante a permanecircncia
no ambiente hospitalar ressaltando assim sua importacircncia Esse fato se reforccedila visto que a
crianccedila encontra nos familiares a forccedila e seguranccedila necessaacuteria para encarar todo esse processo
doloroso e desconhecido (MURAKAMI e CAMPOS 2011 p255)
O acompanhante aleacutem de minimizar o sofrimento do paciente pediaacutetrico faz com que
o mesmo sinta-se mais a vontade Eacute importante ressaltar que o familiarresponsaacutevel natildeo soacute
pode como deve participar das atividades da crianccedila no hospital desde que estas natildeo sejam
competecircncias dos profissionais que os cercam Essas atividades satildeo caracterizadas como
semelhantes aos que eles realizam diariamente fora do ambiente hospitalar como o banho
Poreacutem no caso de um paciente com punccedilatildeo venosa perifeacuterica o profissional de enfermagem
deve auxiliar no cuidado para que essa natildeo se perca
Os cuidados dos familiaresacompanhantes satildeo os mesmos que os desenvolvidos no
domiciacutelio e os cuidados prestados pela equipe de enfermagem satildeo aqueles que demandam
conhecimento teacutecnico-cientiacutefico especializado (SOUZA e OLIVEIRA 2010 p558)
Mesmo alguns cuidados parecerem simples e rotineiros quando eacute prestado no
hospital assumem novas caracteriacutesticas com o uso de dispositivos tecnoloacutegicos os quais se
tornam complexos (PIMENTA E COLLET 2009)
O ato de cuidar envolve o respeito agrave maneira como vive cada indiviacuteduo de acordo
com suas crenccedilas valores costumes e cultura A famiacutelia como uma instituiccedilatildeo atende agraves
necessidades bioloacutegicas de seus membros sendo sua responsabilidade cuidar e criar os filhos
incluindo a obrigaccedilatildeo da alimentaccedilatildeo higiene vestuaacuterio e moradia (ELSEN22
Nas entrevistas podemos verificar falas em que o acompanhante eacute citado como
responsaacutevel por avaliar a punccedilatildeo venosa A equipe de enfermagem deve sempre partir do
pressuposto que o familiar acompanhante natildeo tem conhecimento cientiacutefico e certo tipo de
cuidado natildeo deve se delegado para o mesmo mostrando assim a importacircncia da orientaccedilatildeo do
acompanhante quanto aos procedimentos dispositivos utilizados e cuidados em que os
etal 1994
apud SOUZA e OLIVEIRA 2010 p 553)
22 Elsen I Patriacutecio ZM Assistecircncia agrave crianccedila hospitalizada tipos de abordagens e suas implicaccedilotildees para a enfermagem In A enfermagem em pediatria e puericultura Rio de Janeiro (RJ) Atheneu 2005
34
mesmos possam auxiliar Seguem abaixo as falas onde os profissionais ressaltaram a
importacircncia da orientaccedilatildeo do acompanhante
ldquoNem sempre a crianccedila vai entender o porque de estar com aquele acesso entatildeo tem que ter uma orientaccedilatildeo do acompanhanterdquo (Bela)
ldquoTem que haver orientaccedilatildeo do acompanhante para os cuidadosrdquo (Ariel)
ldquoAgraves vezes tem ate o exemplo de um pai que natildeo deixa trocar o acesso jaacute tinha mais de uma semana e ele natildeo queria que trocasse ai faz febre e natildeo sabe da onderdquo (Alice)
Para Souza e Oliveira (2010 p555) deve haver uma preocupaccedilatildeo em orientar
considerando que o outro natildeo tem nenhum tipo de conhecimento sobre o assunto Poreacutem
Queiroz e Jorge23
Apesar das dificuldades o profissional de enfermagem deve estabelecer um viacutenculo de
confianccedila com o acompanhante buscando sempre deixaacute-los ciente das situaccedilotildees e fazendo-os
participar dos cuidados plausiacuteveis sem causar nenhum dano agrave crianccedila e de maneira alguma
abandonar suas atribuiccedilotildees
(2004 apud SOUZA e OLIVEIRA 2010 p 556) ressaltam que apesar de os
profissionais terem intenccedilatildeo de orientar os cuidados para a sauacutede repassam conhecimentos
elaborados cientificamente dificultando a compreensatildeo do familiar aleacutem de a relaccedilatildeo se dar
de maneira vertical assimeacutetrica e coercitiva
23 Queiroz MVO Jorge MSB Accedilotildees educativas no cuidado infantil e intervenccedilotildees dos profissionais junto agraves famiacutelias Acta Scientiarum Maringaacute 2004 janjun 26(1) 27-34
35
CONCLUSAtildeO
Atraveacutes desse estudo foi possiacutevel descrever e analisar os cuidados que os profissionais
de enfermagem realizam acerca da permanecircncia do acesso venoso perifeacuterico Aleacutem disso a
realizaccedilatildeo da pesquisa permitiu identificar a desarticulaccedilatildeo do processo de enfermagem e a
praacutetica desconectada da produccedilatildeo cientiacutefica caracterizando a falta de uma educaccedilatildeo
continuada efetiva
A anaacutelise dos dados demonstra o processo de punccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico
ressaltando a importacircncia de cuidados como a seleccedilatildeo do local a diluiccedilatildeo da medicaccedilatildeo a
realizaccedilatildeo de uma boa fixaccedilatildeo a atenccedilatildeo com a velocidade de infusatildeo os cuidados com os
sinais de infecccedilatildeo e salinizaccedilatildeo do acesso natildeo deixando de salientar cuidados em desuso
como o uso da heparina da tala e duvidas em relaccedilatildeo ao tempo de permanecircncia Evidenciou
tambeacutem que a equipe de enfermagem delega alguns cuidados para os acompanhantes
Natildeo foi possiacutevel perceber o niacutevel de conhecimento cientiacutefico dos profissionais visto
que eles em nenhum momento por natildeo saberem ou por medo de se expor natildeo explicaram de
fato nenhum cuidado que disseram realizar Sempre citaram de forma superficial e direta
deixando claro tambeacutem que o pesquisador natildeo os indagou quanto a isso Poreacutem creio que
diante de cuidados tatildeo importantes e de frequente praacutetica os mesmos falariam facilmente
sobre os cuidados de enfermagem na permanecircncia do acesso venoso perifeacuterico
Apesar dos entrevistados citarem alguns fatores e cuidados realizados de forma
correta eacute visiacutevel que os mesmos realizam os cuidados com a punccedilatildeo e a permanencia do
acesso de forma automaacutetica sem unir a praacutetica com o fundamento do mesmo
Eacute importante destacar tambeacutem a importacircncia do preparo emocional da crianccedila como
tambeacutem os cuidados com a famiacutelia dos mesmos O trabalho de humanizaccedilatildeo realizado pela
36
enfermagem faz grande diferenccedila nessas situaccedilotildees visto que os pacientes e acompanhantes
tendo conhecimento do que seraacute realizado ficariam mais tranquilos
O estudo contribuiu para o campo do ensino nesta aacuterea dando destaque ao importante
papel que o profissional de enfermagem deve desempenhar no cuidado e na manutenccedilatildeo do
acesso venoso perifeacuterico Contudo vale ressaltar a importacircncia do incentivo ao profissional a
buscar na literatura natildeo soacute esclarecimento de suas duvidas mas tambeacutem novos
conhecimentos
Pode colaborar ainda para a realizaccedilatildeo de novas pesquisas na aacuterea procurando
eliminar duacutevidas e controveacutersias sobre o tema Buscando assim a realizaccedilatildeo de um cuidado de
enfermagem articulado e eficaz promovendo o bem-estar do paciente pediaacutetrico durante a
hospitalizaccedilatildeo
37
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THOMAZINE Angeacutelica Malman PASSOS Rocircmulo Silva BAY JUacuteNIOR Osvaldo Goacutees
COLLET Neusa OLIVEIRA Beatriz Rosana Gonccedilalves de Assistecircncia de enfermagem agrave
crianccedila hospitalizada um resgate histoacuterico Ciˆnc cuid sapoundde 7(supl1) 145-152 maio 2008
Disponiacutevel em lt httpwwwperiodicosuembrojsindexphpCiencCuidSaudearticleview65873899 Acesso
em 01 de julho de 2013
44
APEcircNDICE I
TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO
DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO Tiacutetulo Do Projeto Os cuidados de enfermagem acerca dos acessos venosos perifeacutericos na unidade pediaacutetrica Pesquisador Responsaacutevel Rosane Cordeiro Burla de Aguiar Eny Dorea Paiva e Karina Rodrigues Fernandes Instituiccedilatildeo a que Pertence o Pesquisador Responsaacutevel Universidade Federal Fluminense Telefone para contato (21) 98355269 (21) 82392939 (21) 91786609 Nome do voluntaacuterio _________________________________________________________ Idade ________ anos RG ____________________________
AO Sr (a) estaacute sendo convidado (a) a participar do projeto de pesquisa OS CUIDADOS DE
ENFERMAGEM ACERCA DOS ACESSOS VENOSOS PERIFEacuteRICOS NA UNIDADE PEDIATRICA de
responsabilidade da pesquisadora Profordf Drordf Rosane Cordeiro Burla de Aguiar e Profordf Drordf Eny Dorea Paiva A
punccedilatildeo venosa perifeacuterica eacute um procedimento essencial durante a hospitalizaccedilatildeo da crianccedila visto que eacute atraveacutes
dela que eacute administrada grande parte das medicaccedilotildees Este estudo se justifica diante da importacircncia da
necessidade de um maior periacuteodo de permanecircncia dos acessos venosos perifeacutericos Com isso aleacutem da
diminuiccedilatildeo de eventos que causam dor e irritaccedilatildeo na crianccedila e na famiacutelia promoveraacute tambeacutem uma melhor estada
dos mesmos durante o periacuteodo de hospitalizaccedilatildeo Os objetivos da pesquisa satildeo 1) Descrever os fatores que
interferem na manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico de acordo com a equipe de enfermagem 2)Analisar os
cuidados da equipe de enfermagem na manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico A coleta de dados se daraacute
atraveacutes de entrevistas semi estruturadas que seratildeo gravadas As informaccedilotildees colhidas seratildeo tratadas de forma
anocircnima e confidencial ou seja em nenhum momento seratildeo divulgados o seu nome e somente os
pesquisadores teratildeo acesso agraves informaccedilotildees Os dados obtidos com a pesquisa poderatildeo ser publicados apenas com
fins cientiacuteficos Eles natildeo seratildeo utilizados para fins comerciais ou para outra finalidade qualquer Caso necessite
poderatildeo ser marcados encontros para respostas ou esclarecimentos de qualquer duacutevida acerca da pesquisa A sua
participaccedilatildeo eacute voluntaria e eacute importante lembrar que vocecirc poderaacute desistir de participar da pesquisa em qualquer
momento A entrevista seraacute marcada em um dia e horaacuterio que vocecirc achar melhor Seraacute realizada
individualmente em um ambiente que nos ofereccedila privacidade Esta pesquisa natildeo oferece riscos para vocecirc e os
benefiacutecios da sua participaccedilatildeo satildeo de aumentar o conhecimento cientiacutefico na aacuterea de Enfermagem Pediaacutetrica
aleacutem de contribuir para a praacutetica profissional Este documento seraacute elaborado em duas vias uma para vocecirc e a
outra seraacute arquivada pelo pesquisador
Eu_____________________________________________________________ RG no _____________________________ Declaro que apoacutes ter entendido o que me foi explicado consinto voluntariamente em participar do presente Protocolo de Pesquisa entendo ainda que posso retirar o meu consentimento a qualquer momento antes ou durante a realizaccedilatildeo do mesmo declaro ter sido informada(o) e concordo em participar como voluntaacuteria(o) da pesquisa acima descrita Rio de Janeiro_______de_______________de 20___ _____________________________ ________________________________
(Participante) Karina Rodrigues Fernandes (Responsaacutevel por obter o consentimento)
______________________________________ _______________________________________ (Testemunha) (Testemunha)
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APEcircNDICE II
ROTEIRO PARA ENTREVISTA
1) O que vocecirc acha que pode levar a perda do acesso perifeacuterico
2) Para vocecirc o que eacute importante para manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico nas
crianccedilas
3) O que vocecirc acha que pode interferir na sua manutenccedilatildeo
4) Que medidas vocecirc adota no seu dia a dia para manter o acesso
5) Na sua vivencia profissional o que vocecirc discorda dos cuidados que geralmente satildeo
utilizados para manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico
46
ANEXO
47
48
27
ldquoManter um acesso bem salinizado que vocecirc lave pelo menos de duas de trecircs em trecircs horas Se bem que isso aqui na pediatria natildeo eacute muito comum aqui a gente soacute lava cada vez que vai fazer medicaccedilatildeo mas se eu natildeo me engano a literatura preconiza isso vocecirc lavar pelo menos de quatro em quatro horas o acessordquo (Aurora)
ldquoPra manter o acesso venoso perifeacuterico eacute importante manter ele salinizado Assim que a gente recebe o plantatildeo eu vou ver se o acesso ta peacutervio com uma ldquoseringuinhardquo vai la da uma ldquolavadinhardquo e vecirc se o acesso ta peacutervio e manter o acesso salinizadordquo (Ariel)
ldquoSalinizar de 6 em 6 horas para manter ele peacuterviordquo (Alice)
ldquoTem que passar lento a medicaccedilatildeo e a limpeza da aacuterea vocecirc tem que limpar bem a aacuterea pra vocecirc natildeo formar uma flebiterdquo (Cinderela)
A salinizaccedilatildeo do acesso eacute um cuidado simples e de grande importacircncia Esse cuidado
deve ser realizado para manter o acesso peacutervio e limpo e deve ser realizado antes e apoacutes
qualquer infusatildeo
Para Moncaio e Figueiredo (2009)
a ldquosalinizaccedilatildeordquo consiste em administrar sob pressatildeo positiva soluccedilatildeo salina (Soro fisioloacutegico a 09) logo apoacutes o teacutermino da infusatildeo da medicaccedilatildeo Este procedimento visa prevenir a formaccedilatildeo de trombos e fibrina evitar o contato de drogas incompatiacuteveis (quando da infusatildeo de mais de um item medicamentoso no mesmo horaacuterio) garantir a infusatildeo de todo o medicamento que possa ter ficado no sistema aleacutem de evitar retorno sanguiacuteneo mantendo o cateter peacutervio para a proacutexima infusatildeo
Durante a coleta de dados esse cuidado surgiu em diversos momentos poreacutem foi
possiacutevel perceber que os profissionais realizam o mesmo de forma banalizada Natildeo sabem de
fato a real funccedilatildeo de manter o acesso salinizado A impressatildeo que passa eacute que eles
aprenderam que esse cuidado deveria ser feito e simplesmente fazem Haacute divergecircncias
tambeacutem entre a equipe em relaccedilatildeo ao momento que deve ser realizada a salinizaccedilatildeo e isso nos
mostra a desatualizaccedilatildeo dos profissionais do setor e a falta de uma educaccedilatildeo continuada no
hospital
Os cuidados para evitar a flebite e a velocidade de infusatildeo da medicaccedilatildeo apareceram
menos nas entrevistas e interferem diretamente com a manutenccedilatildeo do acesso venoso
perifeacuterico
28
A flebite eacute uma inflamaccedilatildeo na veia puncionada ocorrendo quando as ceacutelulas
endoteliais da parede da veia que o cateter estaacute inserido tornam-se inflamadas e irregulares
propiciando a aderecircncia de plaquetas e predispondo a veia a inflamaccedilatildeo Eacute comum que o local
se apresente dolorido hiperemiado quente e edemaciado e nesses casos eacute aconselhada a
retirada do cateter Uma boa fixaccedilatildeo do cateter perifeacuterico eacute recomendada por autores na
literatura visto que previnem deslocamento faacutecil e permitem uma boa visualizaccedilatildeo do local
evitando complicaccedilotildees como a flebite e infiltraccedilatildeo (MOLDES et al 2011 p 330)
Dentre as principais falhas de infusatildeo venosa estatildeo flebite infiltraccedilatildeo hematoma e
obstruccedilatildeo Acredita-se que para reduzir a incidecircncia destas nas unidades pediaacutetricas eacute preciso
a adoccedilatildeo de estrateacutegias tais como a abordagem junto agrave equipe em parceria com o setor de
educaccedilatildeo permanente e a adoccedilatildeo do uso da teacutecnica corretamente e de forma asseacuteptica para a
realizaccedilatildeo da punccedilatildeo venosa perifeacuterica em acordo com a comissatildeo de controle de infecccedilatildeo
hospitalar (SILVA BARBATO e VALENTE 2013 p 1200)
A incapacidade do paciente em relatar dor no siacutetio de administraccedilatildeo do faacutermaco quer
pela idade ou condiccedilatildeo cliacutenica e o local de inserccedilatildeo como tambeacutem a velocidade de infusatildeo do
medicamento (gt25mgmin) satildeo classificados como fatores de risco para a perda do acesso
venoso perifeacuterico (MARTINS SILVINO e DIAS 2010)
42 Os cuidados em desuso para manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico
Essa categoria discorre sobre os cuidados de enfermagem que com o passar do tempo
foram desconsiderados e natildeo satildeo mais utilizados Quando questionados em relaccedilatildeo a vivencia
profissional e cuidados que discordavam os entrevistados citaram o uso da tala para fixaccedilatildeo
uso de heparina e os cuidados em relaccedilatildeo ao tempo de permanecircncia do cateter Haacute muitas
controveacutersias em relaccedilatildeo aos cuidados citados acima
O tempo de permanecircncia interfere diretamente no aparecimento de complicaccedilotildees
como flebite e que acabam levando a perda do acesso venoso perifeacuterico mais rapidamente
aconselhando assim a troca do mesmo entre 76 a 96 horas Poreacutem eacute preconizada a retirada do
cateter apenas se finalizar o tratamento ou houver alguma interferecircncia
ldquoA gente observa tambeacutem o tempo dependendo do tempo tem que tirarrdquo (Alice)
29
ldquoHoje eu natildeo sei como que eacute essa questatildeo do tempo porque a gente trocava o acesso a cada quatro dias agora o pessoal jaacute diz que pode trocar em ateacute uma semana entatildeo natildeo sei como que ta isso e o que tem escrito em relaccedilatildeo a isso (Aurora)
Sabe-se que o tempo para troca do cateter de teflon ou poliuretano varia de 72 a 96
horas com o intuito de reduzir risco de infecccedilatildeo e flebite e para minimizar esses riscos nas
seguintes situaccedilotildees diante de sinais inflamatoacuterios no local de inserccedilatildeo e sempre que houver
mau funcionamento do cateter (SANTOS17
Entretanto o Center for Disease Control and Prevention - CDC (2002) diz que em
pacientes pediaacutetricos natildeo foi observada relaccedilatildeo quanto ao tempo de permanecircncia do cateter e
ocorrecircncia de complicaccedilotildees devendo ser mantido ateacute o teacutermino da terapia intravenosa ou
quando forem observados sinais cliacutenicos de complicaccedilotildees
2004 apud OLIVEIRA BEZERRA e PEREIRA
2008 p 93)
Eacute possiacutevel observar a diferenccedila do conhecimento pratico dos profissionais
entrevistados em relaccedilatildeo ao conhecimento encontrado na literatura E ainda contendo duacutevidas
natildeo haacute uma busca da parte dos mesmos para esclarececirc-las
O uso da heparina com a finalidade de manter o acesso peacutervio por um periacuteodo maior
de tempo mostra-se com mais certeza quanto ao desuso nos dados colidos
ldquoAntigamente a gente usava heparina entatildeo a gente ficava tranquila em relaccedilatildeo agrave obstruccedilatildeo mas agora natildeo a gente usa o soro fisioloacutegico e a gente deixa salinizadordquo (Aurora)
Rang e Dale 18(1998 apud DOPICO e OLIVEIRA 2006) afirmam que a heparina
inibe a formaccedilatildeo de coaacutegulos de fibrina in vitro e in vivo e que seu efeito anticoagulante eacute
praticamente imediato Com isso Phillips19
17 Santos W Lavagem das matildeos In R Luiz Santos W Manual baacutesico de prevenccedilatildeo e controle das infecccedilotildees hospitalares do HRU Fortaleza Hospital Regional Unimed 2004
(2001 apud DOPICO e OLIVEIRA 2006)
ressalta que a teacutecnica de manutenccedilatildeo intermitente de cateteres intravenosos com soluccedilatildeo
salina 09 classificada como salinizaccedilatildeo tem sido pesquisada haacute alguns anos apresentando
em relaccedilatildeo ao uso da heparina vantagens como o baixo custo ser um procedimento mais
18 Rang HP Dale M M Hemostasia e Trombose In Rang HP Dale M M Farmacologia Rio de Janeiro Guanabara Koogan 1998 p235-47 19 PHILLIPS L D Manual de terapia intravenosa 2ed Porto Alegre Artmed 2001
30
simples aleacutem de eliminar a possibilidade de incompatibilidade com as drogas e soluccedilotildees
administradas aleacutem da inexistecircncia de riscos ao paciente Entretanto sabe-se que a literatura
ainda natildeo fornece consenso acerca da soluccedilatildeo mais indicada para manutenccedilatildeo da
permeabilidade do cateter venoso perifeacuterico
Eacute importante ressaltar que muitas instituiccedilotildees do nosso paiacutes nem ao menos tecircm o
conhecimento da praacutetica da salinizaccedilatildeo com soluccedilatildeo salina 09 No que se refere agrave pesquisa
cientiacutefica as limitaccedilotildees desta praacutetica satildeo atribuiacutedas agrave ausecircncia de um maior nuacutemero de
estudos controlados para validar sua eficaacutecia (EPPERSON20
Apesar de natildeo ser encontradas publicaccedilotildees acerca do tema a utilizaccedilatildeo de heparina
mostra-se como uma pratica natildeo mais utilizada pelos profissionais de enfermagem Outro
tema onde haacute controveacutersias e tambeacutem poucas citaccedilotildees eacute o uso da tala para fixaccedilatildeo do acesso
venoso perifeacuterico Seguem abaixo a opiniatildeo de alguns dos profissionais entrevistados
1984 apud DOPICO e
OLIVEIRA 2006)
ldquoA uacutenica coisa que eu natildeo gosto de ver eacute quando se coloca tala para imobilizar dizendo que a tala vai ajudar a natildeo perder a veia Isso eu natildeo concordo acho que a tala prejudica a crianccedila fica incomodada faz dor no membrordquo (Cinderela)
ldquoAntigamente a gente usava muito tala e as vezes eu pego isso aqui ai eu falo gente tala natildeo se usa mais natildeo faz parte mais da fixaccedilatildeo vocecirc pode fixar de uma forma que a crianccedila natildeo perca A tala eu acho que ela traumatiza um pouco ainda mais se vocecirc pegar um acesso na dobra vocecirc vai fazer com que a crianccedila fique com o braccedilo esticado muito tempo eu acho que pode causar uma lesatildeo depois e a literatura jaacute fala que eacute desnecessaacuteria natildeo precisa maisrdquo (Aurora) ldquoAntigamente usavam tala mas hoje em dia quase natildeo se vecirc mais e eu acho que a tala atrapalha porque a crianccedila fica imobilizada no membro ai fica mais irritadardquo (Rapunzel) ldquoLaacute no meu outro trabalho alguns usam a tala Eu acho que a tala ajuda ateacute a perder mais raacutepido porque a crianccedila fica incomodada vai querer mexer naquilordquo (Mulan)
20 Epperson EL Efficacy of 09 sodium chloride injection with without heparin for maintenance indwelling intermittent injection sites Clin Pharm1984 3(5)26
31
Almeida e Sabateacutes21
Entretanto haacute estudo que comprovam que o uso da tala natildeo se mostra tatildeo eficiente e
apresenta-se como uma praacutetica controversa O estudo foi realizado em crianccedilas ateacute os 12 anos
utilizando imobilizaccedilatildeo com tala e em mais de metade dos casos (553) ocorreu infiltraccedilatildeo
o que indicia a ineficaacutecia desta praacutetica (MACHADO PEDREIRA e CHAUD 2008 apud
BATALHA et al 2010 p512)
(2008 apud BATALHA et al 2010 p512) afirmam que a teacutecnica
de fixaccedilatildeo dos CVP com uso de imobilizaccedilatildeo com tala para restriccedilatildeo ou limitaccedilatildeo dos
movimentos articulares proacuteximo do local da punccedilatildeo estaacute indicado nas matildeos punhos cotovelo
e maleacuteolo
Para Batalha et al (2010 p512) o uso desta praacutetica parece natildeo se coadunar com o
atual uso de cateteres flexiacuteveis tipo abocath em detrimento de agulhas metaacutelicas Talvez por
isso comecem a surgir novas teacutecnicas de fixaccedilatildeo dos CVP que natildeo exigem imobilizaccedilatildeo das
articulaccedilotildees com talas
Aleacutem de natildeo haver uma confirmaccedilatildeo dos benefiacutecios causados pelo uso da tala a
imobilizaccedilatildeo causa incocircmodo para a crianccedila que fica com o membro imoacutevel podendo causar
dor e tambeacutem irritaccedilatildeo O uso desse tipo de fixaccedilatildeo tambeacutem impede a visualizaccedilatildeo frequente
do acesso venoso afetando assim os cuidados de observaccedilatildeo da equipe de enfermagem
43 O acompanhante e a manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico
A presente categoria vai discutir um assunto importante que surgiu durante as
entrevistas de forma inesperada Alguns dos profissionais entrevistados citaram o descuido do
acompanhante como um fator causador da perda do acesso venoso perifeacuterico Seguem abaixo
algumas falas
ldquoA matildee sempre acompanha e tem matildee que natildeo tem cuidado natildeo vigia e a gente tem que ficar pedindo pra olhar tomar contardquo (Aurora)
ldquoEm relaccedilatildeo ao acompanhante porque a crianccedila natildeo vai avaliar entatildeo o acompanhante que estar ali tem que avaliar direitinho natildeo deixar a crianccedila mexer ou puxarrdquo (Bela)
ldquoNatildeo eacute toda matildee que esta vigiando que cuida pra que a crianccedila natildeo perca o acessordquo (Jasmine)
21 Almeida FA Sabateacutes AL Enfermagem pediaacutetrica a crianccedila o adolescente e a sua famiacutelia no hospital Satildeo Paulo(SP) Manole 2008
32
ldquoAcho que leva a perda quando o acompanhante natildeo coopera as vezes a gente faz a imobilizaccedilatildeo na crianccedila e as vezes eles ateacute retiram e a proacutepria crianccedila agitada ela mesmo arrancardquo (Branca de Neve)
ldquoAgraves vezes a proacutepria crianccedila que a matildee deixa muito solta ai solta o acessordquo (Mulan)
Apoacutes a implementaccedilatildeo da lei que garante um acompanhante ao paciente pediaacutetrico a
presenccedila do familiarresponsaacutevel durante a hospitalizaccedilatildeo mudou a rotina da equipe de
enfermagem trazendo duacutevidas quanto a real funccedilatildeo do acompanhante e fazendo com que a
mesma viesse a delegar certos cuidados para acompanhante
A Promulgaccedilatildeo da Lei 8069 do Estatuto da Crianccedila e do Adolescente (ECA) em
1990 no seu artigo 12deg garante agrave crianccedila ou ao adolescente o direito de ter um responsaacutevel
que o acompanhe durante a hospitalizaccedilatildeo (1990)
Desde a sua implantaccedilatildeo as unidades vecircm sofrendo um processo de reorganizaccedilatildeo de
suas praacuteticas A inserccedilatildeo da famiacutelia modifica a organizaccedilatildeo do processo de trabalho o que
requer dos profissionais uma compreensatildeo em relaccedilatildeo agrave dinacircmica das relaccedilotildees interpessoais
(COLLET e ROCHA 2004)
Pimenta e Collet (2009) ressaltam que natildeo haacute nenhuma regulamentaccedilatildeo sobre a
participaccedilatildeo da famiacutelia nos cuidados e no entanto a mesma desempenha atividades junto agrave
crianccedila durante a hospitalizaccedilatildeo que devem ser levadas em consideraccedilatildeo A falta de
reconhecimento desse fato fez com que a equipe de enfermagem e famiacutelia natildeo possuiacutessem
uma relaccedilatildeo aberta e vivessem uma relaccedilatildeo silenciosa e impliacutecita de poder na qual a famiacutelia
acaba assumindo as relaccedilotildees do cuidado agrave crianccedila de responsabilidade da enfermagem
A negociaccedilatildeo entre matildees e equipe de enfermagem em relaccedilatildeo aos cuidados agrave crianccedila
hospitalizada natildeo eacute uma tarefa faacutecil tendo em vista que natildeo se tem claro qual o seu novo
papel neste processo (COLLET e ROCHA 2004)
Eacute possiacutevel ver nas falas que a presenccedila do acompanhante causa para a equipe de
enfermagem a seguranccedila de ter algueacutem para ldquovigiarrdquo ldquotomar contardquo e natildeo deixar que a
crianccedila hospitalizada perca o acesso venoso quando na verdade eacute funccedilatildeo da equipe de
enfermagem cuidados referentes ao acesso venoso perifeacuterico
33
Jaacute o acompanhante eacute definido pelo Ministeacuterio da Sauacutede como uma pessoa significativa
para a crianccedila que representa sua rede social e que vai acompanhaacute-lo durante a permanecircncia
no ambiente hospitalar ressaltando assim sua importacircncia Esse fato se reforccedila visto que a
crianccedila encontra nos familiares a forccedila e seguranccedila necessaacuteria para encarar todo esse processo
doloroso e desconhecido (MURAKAMI e CAMPOS 2011 p255)
O acompanhante aleacutem de minimizar o sofrimento do paciente pediaacutetrico faz com que
o mesmo sinta-se mais a vontade Eacute importante ressaltar que o familiarresponsaacutevel natildeo soacute
pode como deve participar das atividades da crianccedila no hospital desde que estas natildeo sejam
competecircncias dos profissionais que os cercam Essas atividades satildeo caracterizadas como
semelhantes aos que eles realizam diariamente fora do ambiente hospitalar como o banho
Poreacutem no caso de um paciente com punccedilatildeo venosa perifeacuterica o profissional de enfermagem
deve auxiliar no cuidado para que essa natildeo se perca
Os cuidados dos familiaresacompanhantes satildeo os mesmos que os desenvolvidos no
domiciacutelio e os cuidados prestados pela equipe de enfermagem satildeo aqueles que demandam
conhecimento teacutecnico-cientiacutefico especializado (SOUZA e OLIVEIRA 2010 p558)
Mesmo alguns cuidados parecerem simples e rotineiros quando eacute prestado no
hospital assumem novas caracteriacutesticas com o uso de dispositivos tecnoloacutegicos os quais se
tornam complexos (PIMENTA E COLLET 2009)
O ato de cuidar envolve o respeito agrave maneira como vive cada indiviacuteduo de acordo
com suas crenccedilas valores costumes e cultura A famiacutelia como uma instituiccedilatildeo atende agraves
necessidades bioloacutegicas de seus membros sendo sua responsabilidade cuidar e criar os filhos
incluindo a obrigaccedilatildeo da alimentaccedilatildeo higiene vestuaacuterio e moradia (ELSEN22
Nas entrevistas podemos verificar falas em que o acompanhante eacute citado como
responsaacutevel por avaliar a punccedilatildeo venosa A equipe de enfermagem deve sempre partir do
pressuposto que o familiar acompanhante natildeo tem conhecimento cientiacutefico e certo tipo de
cuidado natildeo deve se delegado para o mesmo mostrando assim a importacircncia da orientaccedilatildeo do
acompanhante quanto aos procedimentos dispositivos utilizados e cuidados em que os
etal 1994
apud SOUZA e OLIVEIRA 2010 p 553)
22 Elsen I Patriacutecio ZM Assistecircncia agrave crianccedila hospitalizada tipos de abordagens e suas implicaccedilotildees para a enfermagem In A enfermagem em pediatria e puericultura Rio de Janeiro (RJ) Atheneu 2005
34
mesmos possam auxiliar Seguem abaixo as falas onde os profissionais ressaltaram a
importacircncia da orientaccedilatildeo do acompanhante
ldquoNem sempre a crianccedila vai entender o porque de estar com aquele acesso entatildeo tem que ter uma orientaccedilatildeo do acompanhanterdquo (Bela)
ldquoTem que haver orientaccedilatildeo do acompanhante para os cuidadosrdquo (Ariel)
ldquoAgraves vezes tem ate o exemplo de um pai que natildeo deixa trocar o acesso jaacute tinha mais de uma semana e ele natildeo queria que trocasse ai faz febre e natildeo sabe da onderdquo (Alice)
Para Souza e Oliveira (2010 p555) deve haver uma preocupaccedilatildeo em orientar
considerando que o outro natildeo tem nenhum tipo de conhecimento sobre o assunto Poreacutem
Queiroz e Jorge23
Apesar das dificuldades o profissional de enfermagem deve estabelecer um viacutenculo de
confianccedila com o acompanhante buscando sempre deixaacute-los ciente das situaccedilotildees e fazendo-os
participar dos cuidados plausiacuteveis sem causar nenhum dano agrave crianccedila e de maneira alguma
abandonar suas atribuiccedilotildees
(2004 apud SOUZA e OLIVEIRA 2010 p 556) ressaltam que apesar de os
profissionais terem intenccedilatildeo de orientar os cuidados para a sauacutede repassam conhecimentos
elaborados cientificamente dificultando a compreensatildeo do familiar aleacutem de a relaccedilatildeo se dar
de maneira vertical assimeacutetrica e coercitiva
23 Queiroz MVO Jorge MSB Accedilotildees educativas no cuidado infantil e intervenccedilotildees dos profissionais junto agraves famiacutelias Acta Scientiarum Maringaacute 2004 janjun 26(1) 27-34
35
CONCLUSAtildeO
Atraveacutes desse estudo foi possiacutevel descrever e analisar os cuidados que os profissionais
de enfermagem realizam acerca da permanecircncia do acesso venoso perifeacuterico Aleacutem disso a
realizaccedilatildeo da pesquisa permitiu identificar a desarticulaccedilatildeo do processo de enfermagem e a
praacutetica desconectada da produccedilatildeo cientiacutefica caracterizando a falta de uma educaccedilatildeo
continuada efetiva
A anaacutelise dos dados demonstra o processo de punccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico
ressaltando a importacircncia de cuidados como a seleccedilatildeo do local a diluiccedilatildeo da medicaccedilatildeo a
realizaccedilatildeo de uma boa fixaccedilatildeo a atenccedilatildeo com a velocidade de infusatildeo os cuidados com os
sinais de infecccedilatildeo e salinizaccedilatildeo do acesso natildeo deixando de salientar cuidados em desuso
como o uso da heparina da tala e duvidas em relaccedilatildeo ao tempo de permanecircncia Evidenciou
tambeacutem que a equipe de enfermagem delega alguns cuidados para os acompanhantes
Natildeo foi possiacutevel perceber o niacutevel de conhecimento cientiacutefico dos profissionais visto
que eles em nenhum momento por natildeo saberem ou por medo de se expor natildeo explicaram de
fato nenhum cuidado que disseram realizar Sempre citaram de forma superficial e direta
deixando claro tambeacutem que o pesquisador natildeo os indagou quanto a isso Poreacutem creio que
diante de cuidados tatildeo importantes e de frequente praacutetica os mesmos falariam facilmente
sobre os cuidados de enfermagem na permanecircncia do acesso venoso perifeacuterico
Apesar dos entrevistados citarem alguns fatores e cuidados realizados de forma
correta eacute visiacutevel que os mesmos realizam os cuidados com a punccedilatildeo e a permanencia do
acesso de forma automaacutetica sem unir a praacutetica com o fundamento do mesmo
Eacute importante destacar tambeacutem a importacircncia do preparo emocional da crianccedila como
tambeacutem os cuidados com a famiacutelia dos mesmos O trabalho de humanizaccedilatildeo realizado pela
36
enfermagem faz grande diferenccedila nessas situaccedilotildees visto que os pacientes e acompanhantes
tendo conhecimento do que seraacute realizado ficariam mais tranquilos
O estudo contribuiu para o campo do ensino nesta aacuterea dando destaque ao importante
papel que o profissional de enfermagem deve desempenhar no cuidado e na manutenccedilatildeo do
acesso venoso perifeacuterico Contudo vale ressaltar a importacircncia do incentivo ao profissional a
buscar na literatura natildeo soacute esclarecimento de suas duvidas mas tambeacutem novos
conhecimentos
Pode colaborar ainda para a realizaccedilatildeo de novas pesquisas na aacuterea procurando
eliminar duacutevidas e controveacutersias sobre o tema Buscando assim a realizaccedilatildeo de um cuidado de
enfermagem articulado e eficaz promovendo o bem-estar do paciente pediaacutetrico durante a
hospitalizaccedilatildeo
37
REFEREcircNCIAS
ARAUacuteJO Ana Paula Monteiro Baptista de Andrade As praacuteticas de cuidado agrave crianccedila com
cateter venoso perifeacuterico e seus reflexos na interaccedilatildeo enfermeiro-familiar Dissertaccedilatildeo
(Mestrado em Enfermagem) Universidade do Estado do Rio de Janeiro Faculdade de
Enfermagem2007 66 f Disponiacutevel emlt
httpwwwbdtduerjbrtde_buscaarquivophpcodArquivo=621 Acesso em 16 de maio de
2014
BATALHA Luis Manuel Cunha COSTA Luiacutesa Paula Santos ALMEIDA Dulce Maria
Gomes de LOURENCcedilO Patriacutecia Adriana Almeida GONCcedilALVES Ameacutelia Maria Ferreira
Maia TEIXEIRA Ana Cristina Guerra Fixaccedilatildeo de cateteres venosos perifeacutericos em crianccedilas
estudo comparativo Esc Anna Nery Rev Enferm 14(3) 511-518 jul-set 2010 Disponiacutevel
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BRASIL Lei nordm 8069 lei 13 de Julho de 1990 Dispotildee sobre o Estatuto da Crianccedila e do
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Ministeacuterio Puacuteblico do Estado do Rio de Janeiro Brasiacutelia Seccedilatildeo 1 p 13563 jul 1990
______ Resoluccedilatildeo nordm 466 de 12 de dezembro de 2012 Aprova diretrizes e normas
regulamentadoras de pesquisas envolvendo seres humanos Diaacuterio Oficial da Uniatildeo Brasiacutelia
DF Ministeacuterio da Sauacutede Conselho Nacional de Sauacutede Publicada no DOU nordm 12 ndash Seccedilatildeo 1
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44
APEcircNDICE I
TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO
DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO Tiacutetulo Do Projeto Os cuidados de enfermagem acerca dos acessos venosos perifeacutericos na unidade pediaacutetrica Pesquisador Responsaacutevel Rosane Cordeiro Burla de Aguiar Eny Dorea Paiva e Karina Rodrigues Fernandes Instituiccedilatildeo a que Pertence o Pesquisador Responsaacutevel Universidade Federal Fluminense Telefone para contato (21) 98355269 (21) 82392939 (21) 91786609 Nome do voluntaacuterio _________________________________________________________ Idade ________ anos RG ____________________________
AO Sr (a) estaacute sendo convidado (a) a participar do projeto de pesquisa OS CUIDADOS DE
ENFERMAGEM ACERCA DOS ACESSOS VENOSOS PERIFEacuteRICOS NA UNIDADE PEDIATRICA de
responsabilidade da pesquisadora Profordf Drordf Rosane Cordeiro Burla de Aguiar e Profordf Drordf Eny Dorea Paiva A
punccedilatildeo venosa perifeacuterica eacute um procedimento essencial durante a hospitalizaccedilatildeo da crianccedila visto que eacute atraveacutes
dela que eacute administrada grande parte das medicaccedilotildees Este estudo se justifica diante da importacircncia da
necessidade de um maior periacuteodo de permanecircncia dos acessos venosos perifeacutericos Com isso aleacutem da
diminuiccedilatildeo de eventos que causam dor e irritaccedilatildeo na crianccedila e na famiacutelia promoveraacute tambeacutem uma melhor estada
dos mesmos durante o periacuteodo de hospitalizaccedilatildeo Os objetivos da pesquisa satildeo 1) Descrever os fatores que
interferem na manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico de acordo com a equipe de enfermagem 2)Analisar os
cuidados da equipe de enfermagem na manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico A coleta de dados se daraacute
atraveacutes de entrevistas semi estruturadas que seratildeo gravadas As informaccedilotildees colhidas seratildeo tratadas de forma
anocircnima e confidencial ou seja em nenhum momento seratildeo divulgados o seu nome e somente os
pesquisadores teratildeo acesso agraves informaccedilotildees Os dados obtidos com a pesquisa poderatildeo ser publicados apenas com
fins cientiacuteficos Eles natildeo seratildeo utilizados para fins comerciais ou para outra finalidade qualquer Caso necessite
poderatildeo ser marcados encontros para respostas ou esclarecimentos de qualquer duacutevida acerca da pesquisa A sua
participaccedilatildeo eacute voluntaria e eacute importante lembrar que vocecirc poderaacute desistir de participar da pesquisa em qualquer
momento A entrevista seraacute marcada em um dia e horaacuterio que vocecirc achar melhor Seraacute realizada
individualmente em um ambiente que nos ofereccedila privacidade Esta pesquisa natildeo oferece riscos para vocecirc e os
benefiacutecios da sua participaccedilatildeo satildeo de aumentar o conhecimento cientiacutefico na aacuterea de Enfermagem Pediaacutetrica
aleacutem de contribuir para a praacutetica profissional Este documento seraacute elaborado em duas vias uma para vocecirc e a
outra seraacute arquivada pelo pesquisador
Eu_____________________________________________________________ RG no _____________________________ Declaro que apoacutes ter entendido o que me foi explicado consinto voluntariamente em participar do presente Protocolo de Pesquisa entendo ainda que posso retirar o meu consentimento a qualquer momento antes ou durante a realizaccedilatildeo do mesmo declaro ter sido informada(o) e concordo em participar como voluntaacuteria(o) da pesquisa acima descrita Rio de Janeiro_______de_______________de 20___ _____________________________ ________________________________
(Participante) Karina Rodrigues Fernandes (Responsaacutevel por obter o consentimento)
______________________________________ _______________________________________ (Testemunha) (Testemunha)
45
APEcircNDICE II
ROTEIRO PARA ENTREVISTA
1) O que vocecirc acha que pode levar a perda do acesso perifeacuterico
2) Para vocecirc o que eacute importante para manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico nas
crianccedilas
3) O que vocecirc acha que pode interferir na sua manutenccedilatildeo
4) Que medidas vocecirc adota no seu dia a dia para manter o acesso
5) Na sua vivencia profissional o que vocecirc discorda dos cuidados que geralmente satildeo
utilizados para manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico
46
ANEXO
47
48
28
A flebite eacute uma inflamaccedilatildeo na veia puncionada ocorrendo quando as ceacutelulas
endoteliais da parede da veia que o cateter estaacute inserido tornam-se inflamadas e irregulares
propiciando a aderecircncia de plaquetas e predispondo a veia a inflamaccedilatildeo Eacute comum que o local
se apresente dolorido hiperemiado quente e edemaciado e nesses casos eacute aconselhada a
retirada do cateter Uma boa fixaccedilatildeo do cateter perifeacuterico eacute recomendada por autores na
literatura visto que previnem deslocamento faacutecil e permitem uma boa visualizaccedilatildeo do local
evitando complicaccedilotildees como a flebite e infiltraccedilatildeo (MOLDES et al 2011 p 330)
Dentre as principais falhas de infusatildeo venosa estatildeo flebite infiltraccedilatildeo hematoma e
obstruccedilatildeo Acredita-se que para reduzir a incidecircncia destas nas unidades pediaacutetricas eacute preciso
a adoccedilatildeo de estrateacutegias tais como a abordagem junto agrave equipe em parceria com o setor de
educaccedilatildeo permanente e a adoccedilatildeo do uso da teacutecnica corretamente e de forma asseacuteptica para a
realizaccedilatildeo da punccedilatildeo venosa perifeacuterica em acordo com a comissatildeo de controle de infecccedilatildeo
hospitalar (SILVA BARBATO e VALENTE 2013 p 1200)
A incapacidade do paciente em relatar dor no siacutetio de administraccedilatildeo do faacutermaco quer
pela idade ou condiccedilatildeo cliacutenica e o local de inserccedilatildeo como tambeacutem a velocidade de infusatildeo do
medicamento (gt25mgmin) satildeo classificados como fatores de risco para a perda do acesso
venoso perifeacuterico (MARTINS SILVINO e DIAS 2010)
42 Os cuidados em desuso para manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico
Essa categoria discorre sobre os cuidados de enfermagem que com o passar do tempo
foram desconsiderados e natildeo satildeo mais utilizados Quando questionados em relaccedilatildeo a vivencia
profissional e cuidados que discordavam os entrevistados citaram o uso da tala para fixaccedilatildeo
uso de heparina e os cuidados em relaccedilatildeo ao tempo de permanecircncia do cateter Haacute muitas
controveacutersias em relaccedilatildeo aos cuidados citados acima
O tempo de permanecircncia interfere diretamente no aparecimento de complicaccedilotildees
como flebite e que acabam levando a perda do acesso venoso perifeacuterico mais rapidamente
aconselhando assim a troca do mesmo entre 76 a 96 horas Poreacutem eacute preconizada a retirada do
cateter apenas se finalizar o tratamento ou houver alguma interferecircncia
ldquoA gente observa tambeacutem o tempo dependendo do tempo tem que tirarrdquo (Alice)
29
ldquoHoje eu natildeo sei como que eacute essa questatildeo do tempo porque a gente trocava o acesso a cada quatro dias agora o pessoal jaacute diz que pode trocar em ateacute uma semana entatildeo natildeo sei como que ta isso e o que tem escrito em relaccedilatildeo a isso (Aurora)
Sabe-se que o tempo para troca do cateter de teflon ou poliuretano varia de 72 a 96
horas com o intuito de reduzir risco de infecccedilatildeo e flebite e para minimizar esses riscos nas
seguintes situaccedilotildees diante de sinais inflamatoacuterios no local de inserccedilatildeo e sempre que houver
mau funcionamento do cateter (SANTOS17
Entretanto o Center for Disease Control and Prevention - CDC (2002) diz que em
pacientes pediaacutetricos natildeo foi observada relaccedilatildeo quanto ao tempo de permanecircncia do cateter e
ocorrecircncia de complicaccedilotildees devendo ser mantido ateacute o teacutermino da terapia intravenosa ou
quando forem observados sinais cliacutenicos de complicaccedilotildees
2004 apud OLIVEIRA BEZERRA e PEREIRA
2008 p 93)
Eacute possiacutevel observar a diferenccedila do conhecimento pratico dos profissionais
entrevistados em relaccedilatildeo ao conhecimento encontrado na literatura E ainda contendo duacutevidas
natildeo haacute uma busca da parte dos mesmos para esclarececirc-las
O uso da heparina com a finalidade de manter o acesso peacutervio por um periacuteodo maior
de tempo mostra-se com mais certeza quanto ao desuso nos dados colidos
ldquoAntigamente a gente usava heparina entatildeo a gente ficava tranquila em relaccedilatildeo agrave obstruccedilatildeo mas agora natildeo a gente usa o soro fisioloacutegico e a gente deixa salinizadordquo (Aurora)
Rang e Dale 18(1998 apud DOPICO e OLIVEIRA 2006) afirmam que a heparina
inibe a formaccedilatildeo de coaacutegulos de fibrina in vitro e in vivo e que seu efeito anticoagulante eacute
praticamente imediato Com isso Phillips19
17 Santos W Lavagem das matildeos In R Luiz Santos W Manual baacutesico de prevenccedilatildeo e controle das infecccedilotildees hospitalares do HRU Fortaleza Hospital Regional Unimed 2004
(2001 apud DOPICO e OLIVEIRA 2006)
ressalta que a teacutecnica de manutenccedilatildeo intermitente de cateteres intravenosos com soluccedilatildeo
salina 09 classificada como salinizaccedilatildeo tem sido pesquisada haacute alguns anos apresentando
em relaccedilatildeo ao uso da heparina vantagens como o baixo custo ser um procedimento mais
18 Rang HP Dale M M Hemostasia e Trombose In Rang HP Dale M M Farmacologia Rio de Janeiro Guanabara Koogan 1998 p235-47 19 PHILLIPS L D Manual de terapia intravenosa 2ed Porto Alegre Artmed 2001
30
simples aleacutem de eliminar a possibilidade de incompatibilidade com as drogas e soluccedilotildees
administradas aleacutem da inexistecircncia de riscos ao paciente Entretanto sabe-se que a literatura
ainda natildeo fornece consenso acerca da soluccedilatildeo mais indicada para manutenccedilatildeo da
permeabilidade do cateter venoso perifeacuterico
Eacute importante ressaltar que muitas instituiccedilotildees do nosso paiacutes nem ao menos tecircm o
conhecimento da praacutetica da salinizaccedilatildeo com soluccedilatildeo salina 09 No que se refere agrave pesquisa
cientiacutefica as limitaccedilotildees desta praacutetica satildeo atribuiacutedas agrave ausecircncia de um maior nuacutemero de
estudos controlados para validar sua eficaacutecia (EPPERSON20
Apesar de natildeo ser encontradas publicaccedilotildees acerca do tema a utilizaccedilatildeo de heparina
mostra-se como uma pratica natildeo mais utilizada pelos profissionais de enfermagem Outro
tema onde haacute controveacutersias e tambeacutem poucas citaccedilotildees eacute o uso da tala para fixaccedilatildeo do acesso
venoso perifeacuterico Seguem abaixo a opiniatildeo de alguns dos profissionais entrevistados
1984 apud DOPICO e
OLIVEIRA 2006)
ldquoA uacutenica coisa que eu natildeo gosto de ver eacute quando se coloca tala para imobilizar dizendo que a tala vai ajudar a natildeo perder a veia Isso eu natildeo concordo acho que a tala prejudica a crianccedila fica incomodada faz dor no membrordquo (Cinderela)
ldquoAntigamente a gente usava muito tala e as vezes eu pego isso aqui ai eu falo gente tala natildeo se usa mais natildeo faz parte mais da fixaccedilatildeo vocecirc pode fixar de uma forma que a crianccedila natildeo perca A tala eu acho que ela traumatiza um pouco ainda mais se vocecirc pegar um acesso na dobra vocecirc vai fazer com que a crianccedila fique com o braccedilo esticado muito tempo eu acho que pode causar uma lesatildeo depois e a literatura jaacute fala que eacute desnecessaacuteria natildeo precisa maisrdquo (Aurora) ldquoAntigamente usavam tala mas hoje em dia quase natildeo se vecirc mais e eu acho que a tala atrapalha porque a crianccedila fica imobilizada no membro ai fica mais irritadardquo (Rapunzel) ldquoLaacute no meu outro trabalho alguns usam a tala Eu acho que a tala ajuda ateacute a perder mais raacutepido porque a crianccedila fica incomodada vai querer mexer naquilordquo (Mulan)
20 Epperson EL Efficacy of 09 sodium chloride injection with without heparin for maintenance indwelling intermittent injection sites Clin Pharm1984 3(5)26
31
Almeida e Sabateacutes21
Entretanto haacute estudo que comprovam que o uso da tala natildeo se mostra tatildeo eficiente e
apresenta-se como uma praacutetica controversa O estudo foi realizado em crianccedilas ateacute os 12 anos
utilizando imobilizaccedilatildeo com tala e em mais de metade dos casos (553) ocorreu infiltraccedilatildeo
o que indicia a ineficaacutecia desta praacutetica (MACHADO PEDREIRA e CHAUD 2008 apud
BATALHA et al 2010 p512)
(2008 apud BATALHA et al 2010 p512) afirmam que a teacutecnica
de fixaccedilatildeo dos CVP com uso de imobilizaccedilatildeo com tala para restriccedilatildeo ou limitaccedilatildeo dos
movimentos articulares proacuteximo do local da punccedilatildeo estaacute indicado nas matildeos punhos cotovelo
e maleacuteolo
Para Batalha et al (2010 p512) o uso desta praacutetica parece natildeo se coadunar com o
atual uso de cateteres flexiacuteveis tipo abocath em detrimento de agulhas metaacutelicas Talvez por
isso comecem a surgir novas teacutecnicas de fixaccedilatildeo dos CVP que natildeo exigem imobilizaccedilatildeo das
articulaccedilotildees com talas
Aleacutem de natildeo haver uma confirmaccedilatildeo dos benefiacutecios causados pelo uso da tala a
imobilizaccedilatildeo causa incocircmodo para a crianccedila que fica com o membro imoacutevel podendo causar
dor e tambeacutem irritaccedilatildeo O uso desse tipo de fixaccedilatildeo tambeacutem impede a visualizaccedilatildeo frequente
do acesso venoso afetando assim os cuidados de observaccedilatildeo da equipe de enfermagem
43 O acompanhante e a manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico
A presente categoria vai discutir um assunto importante que surgiu durante as
entrevistas de forma inesperada Alguns dos profissionais entrevistados citaram o descuido do
acompanhante como um fator causador da perda do acesso venoso perifeacuterico Seguem abaixo
algumas falas
ldquoA matildee sempre acompanha e tem matildee que natildeo tem cuidado natildeo vigia e a gente tem que ficar pedindo pra olhar tomar contardquo (Aurora)
ldquoEm relaccedilatildeo ao acompanhante porque a crianccedila natildeo vai avaliar entatildeo o acompanhante que estar ali tem que avaliar direitinho natildeo deixar a crianccedila mexer ou puxarrdquo (Bela)
ldquoNatildeo eacute toda matildee que esta vigiando que cuida pra que a crianccedila natildeo perca o acessordquo (Jasmine)
21 Almeida FA Sabateacutes AL Enfermagem pediaacutetrica a crianccedila o adolescente e a sua famiacutelia no hospital Satildeo Paulo(SP) Manole 2008
32
ldquoAcho que leva a perda quando o acompanhante natildeo coopera as vezes a gente faz a imobilizaccedilatildeo na crianccedila e as vezes eles ateacute retiram e a proacutepria crianccedila agitada ela mesmo arrancardquo (Branca de Neve)
ldquoAgraves vezes a proacutepria crianccedila que a matildee deixa muito solta ai solta o acessordquo (Mulan)
Apoacutes a implementaccedilatildeo da lei que garante um acompanhante ao paciente pediaacutetrico a
presenccedila do familiarresponsaacutevel durante a hospitalizaccedilatildeo mudou a rotina da equipe de
enfermagem trazendo duacutevidas quanto a real funccedilatildeo do acompanhante e fazendo com que a
mesma viesse a delegar certos cuidados para acompanhante
A Promulgaccedilatildeo da Lei 8069 do Estatuto da Crianccedila e do Adolescente (ECA) em
1990 no seu artigo 12deg garante agrave crianccedila ou ao adolescente o direito de ter um responsaacutevel
que o acompanhe durante a hospitalizaccedilatildeo (1990)
Desde a sua implantaccedilatildeo as unidades vecircm sofrendo um processo de reorganizaccedilatildeo de
suas praacuteticas A inserccedilatildeo da famiacutelia modifica a organizaccedilatildeo do processo de trabalho o que
requer dos profissionais uma compreensatildeo em relaccedilatildeo agrave dinacircmica das relaccedilotildees interpessoais
(COLLET e ROCHA 2004)
Pimenta e Collet (2009) ressaltam que natildeo haacute nenhuma regulamentaccedilatildeo sobre a
participaccedilatildeo da famiacutelia nos cuidados e no entanto a mesma desempenha atividades junto agrave
crianccedila durante a hospitalizaccedilatildeo que devem ser levadas em consideraccedilatildeo A falta de
reconhecimento desse fato fez com que a equipe de enfermagem e famiacutelia natildeo possuiacutessem
uma relaccedilatildeo aberta e vivessem uma relaccedilatildeo silenciosa e impliacutecita de poder na qual a famiacutelia
acaba assumindo as relaccedilotildees do cuidado agrave crianccedila de responsabilidade da enfermagem
A negociaccedilatildeo entre matildees e equipe de enfermagem em relaccedilatildeo aos cuidados agrave crianccedila
hospitalizada natildeo eacute uma tarefa faacutecil tendo em vista que natildeo se tem claro qual o seu novo
papel neste processo (COLLET e ROCHA 2004)
Eacute possiacutevel ver nas falas que a presenccedila do acompanhante causa para a equipe de
enfermagem a seguranccedila de ter algueacutem para ldquovigiarrdquo ldquotomar contardquo e natildeo deixar que a
crianccedila hospitalizada perca o acesso venoso quando na verdade eacute funccedilatildeo da equipe de
enfermagem cuidados referentes ao acesso venoso perifeacuterico
33
Jaacute o acompanhante eacute definido pelo Ministeacuterio da Sauacutede como uma pessoa significativa
para a crianccedila que representa sua rede social e que vai acompanhaacute-lo durante a permanecircncia
no ambiente hospitalar ressaltando assim sua importacircncia Esse fato se reforccedila visto que a
crianccedila encontra nos familiares a forccedila e seguranccedila necessaacuteria para encarar todo esse processo
doloroso e desconhecido (MURAKAMI e CAMPOS 2011 p255)
O acompanhante aleacutem de minimizar o sofrimento do paciente pediaacutetrico faz com que
o mesmo sinta-se mais a vontade Eacute importante ressaltar que o familiarresponsaacutevel natildeo soacute
pode como deve participar das atividades da crianccedila no hospital desde que estas natildeo sejam
competecircncias dos profissionais que os cercam Essas atividades satildeo caracterizadas como
semelhantes aos que eles realizam diariamente fora do ambiente hospitalar como o banho
Poreacutem no caso de um paciente com punccedilatildeo venosa perifeacuterica o profissional de enfermagem
deve auxiliar no cuidado para que essa natildeo se perca
Os cuidados dos familiaresacompanhantes satildeo os mesmos que os desenvolvidos no
domiciacutelio e os cuidados prestados pela equipe de enfermagem satildeo aqueles que demandam
conhecimento teacutecnico-cientiacutefico especializado (SOUZA e OLIVEIRA 2010 p558)
Mesmo alguns cuidados parecerem simples e rotineiros quando eacute prestado no
hospital assumem novas caracteriacutesticas com o uso de dispositivos tecnoloacutegicos os quais se
tornam complexos (PIMENTA E COLLET 2009)
O ato de cuidar envolve o respeito agrave maneira como vive cada indiviacuteduo de acordo
com suas crenccedilas valores costumes e cultura A famiacutelia como uma instituiccedilatildeo atende agraves
necessidades bioloacutegicas de seus membros sendo sua responsabilidade cuidar e criar os filhos
incluindo a obrigaccedilatildeo da alimentaccedilatildeo higiene vestuaacuterio e moradia (ELSEN22
Nas entrevistas podemos verificar falas em que o acompanhante eacute citado como
responsaacutevel por avaliar a punccedilatildeo venosa A equipe de enfermagem deve sempre partir do
pressuposto que o familiar acompanhante natildeo tem conhecimento cientiacutefico e certo tipo de
cuidado natildeo deve se delegado para o mesmo mostrando assim a importacircncia da orientaccedilatildeo do
acompanhante quanto aos procedimentos dispositivos utilizados e cuidados em que os
etal 1994
apud SOUZA e OLIVEIRA 2010 p 553)
22 Elsen I Patriacutecio ZM Assistecircncia agrave crianccedila hospitalizada tipos de abordagens e suas implicaccedilotildees para a enfermagem In A enfermagem em pediatria e puericultura Rio de Janeiro (RJ) Atheneu 2005
34
mesmos possam auxiliar Seguem abaixo as falas onde os profissionais ressaltaram a
importacircncia da orientaccedilatildeo do acompanhante
ldquoNem sempre a crianccedila vai entender o porque de estar com aquele acesso entatildeo tem que ter uma orientaccedilatildeo do acompanhanterdquo (Bela)
ldquoTem que haver orientaccedilatildeo do acompanhante para os cuidadosrdquo (Ariel)
ldquoAgraves vezes tem ate o exemplo de um pai que natildeo deixa trocar o acesso jaacute tinha mais de uma semana e ele natildeo queria que trocasse ai faz febre e natildeo sabe da onderdquo (Alice)
Para Souza e Oliveira (2010 p555) deve haver uma preocupaccedilatildeo em orientar
considerando que o outro natildeo tem nenhum tipo de conhecimento sobre o assunto Poreacutem
Queiroz e Jorge23
Apesar das dificuldades o profissional de enfermagem deve estabelecer um viacutenculo de
confianccedila com o acompanhante buscando sempre deixaacute-los ciente das situaccedilotildees e fazendo-os
participar dos cuidados plausiacuteveis sem causar nenhum dano agrave crianccedila e de maneira alguma
abandonar suas atribuiccedilotildees
(2004 apud SOUZA e OLIVEIRA 2010 p 556) ressaltam que apesar de os
profissionais terem intenccedilatildeo de orientar os cuidados para a sauacutede repassam conhecimentos
elaborados cientificamente dificultando a compreensatildeo do familiar aleacutem de a relaccedilatildeo se dar
de maneira vertical assimeacutetrica e coercitiva
23 Queiroz MVO Jorge MSB Accedilotildees educativas no cuidado infantil e intervenccedilotildees dos profissionais junto agraves famiacutelias Acta Scientiarum Maringaacute 2004 janjun 26(1) 27-34
35
CONCLUSAtildeO
Atraveacutes desse estudo foi possiacutevel descrever e analisar os cuidados que os profissionais
de enfermagem realizam acerca da permanecircncia do acesso venoso perifeacuterico Aleacutem disso a
realizaccedilatildeo da pesquisa permitiu identificar a desarticulaccedilatildeo do processo de enfermagem e a
praacutetica desconectada da produccedilatildeo cientiacutefica caracterizando a falta de uma educaccedilatildeo
continuada efetiva
A anaacutelise dos dados demonstra o processo de punccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico
ressaltando a importacircncia de cuidados como a seleccedilatildeo do local a diluiccedilatildeo da medicaccedilatildeo a
realizaccedilatildeo de uma boa fixaccedilatildeo a atenccedilatildeo com a velocidade de infusatildeo os cuidados com os
sinais de infecccedilatildeo e salinizaccedilatildeo do acesso natildeo deixando de salientar cuidados em desuso
como o uso da heparina da tala e duvidas em relaccedilatildeo ao tempo de permanecircncia Evidenciou
tambeacutem que a equipe de enfermagem delega alguns cuidados para os acompanhantes
Natildeo foi possiacutevel perceber o niacutevel de conhecimento cientiacutefico dos profissionais visto
que eles em nenhum momento por natildeo saberem ou por medo de se expor natildeo explicaram de
fato nenhum cuidado que disseram realizar Sempre citaram de forma superficial e direta
deixando claro tambeacutem que o pesquisador natildeo os indagou quanto a isso Poreacutem creio que
diante de cuidados tatildeo importantes e de frequente praacutetica os mesmos falariam facilmente
sobre os cuidados de enfermagem na permanecircncia do acesso venoso perifeacuterico
Apesar dos entrevistados citarem alguns fatores e cuidados realizados de forma
correta eacute visiacutevel que os mesmos realizam os cuidados com a punccedilatildeo e a permanencia do
acesso de forma automaacutetica sem unir a praacutetica com o fundamento do mesmo
Eacute importante destacar tambeacutem a importacircncia do preparo emocional da crianccedila como
tambeacutem os cuidados com a famiacutelia dos mesmos O trabalho de humanizaccedilatildeo realizado pela
36
enfermagem faz grande diferenccedila nessas situaccedilotildees visto que os pacientes e acompanhantes
tendo conhecimento do que seraacute realizado ficariam mais tranquilos
O estudo contribuiu para o campo do ensino nesta aacuterea dando destaque ao importante
papel que o profissional de enfermagem deve desempenhar no cuidado e na manutenccedilatildeo do
acesso venoso perifeacuterico Contudo vale ressaltar a importacircncia do incentivo ao profissional a
buscar na literatura natildeo soacute esclarecimento de suas duvidas mas tambeacutem novos
conhecimentos
Pode colaborar ainda para a realizaccedilatildeo de novas pesquisas na aacuterea procurando
eliminar duacutevidas e controveacutersias sobre o tema Buscando assim a realizaccedilatildeo de um cuidado de
enfermagem articulado e eficaz promovendo o bem-estar do paciente pediaacutetrico durante a
hospitalizaccedilatildeo
37
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44
APEcircNDICE I
TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO
DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO Tiacutetulo Do Projeto Os cuidados de enfermagem acerca dos acessos venosos perifeacutericos na unidade pediaacutetrica Pesquisador Responsaacutevel Rosane Cordeiro Burla de Aguiar Eny Dorea Paiva e Karina Rodrigues Fernandes Instituiccedilatildeo a que Pertence o Pesquisador Responsaacutevel Universidade Federal Fluminense Telefone para contato (21) 98355269 (21) 82392939 (21) 91786609 Nome do voluntaacuterio _________________________________________________________ Idade ________ anos RG ____________________________
AO Sr (a) estaacute sendo convidado (a) a participar do projeto de pesquisa OS CUIDADOS DE
ENFERMAGEM ACERCA DOS ACESSOS VENOSOS PERIFEacuteRICOS NA UNIDADE PEDIATRICA de
responsabilidade da pesquisadora Profordf Drordf Rosane Cordeiro Burla de Aguiar e Profordf Drordf Eny Dorea Paiva A
punccedilatildeo venosa perifeacuterica eacute um procedimento essencial durante a hospitalizaccedilatildeo da crianccedila visto que eacute atraveacutes
dela que eacute administrada grande parte das medicaccedilotildees Este estudo se justifica diante da importacircncia da
necessidade de um maior periacuteodo de permanecircncia dos acessos venosos perifeacutericos Com isso aleacutem da
diminuiccedilatildeo de eventos que causam dor e irritaccedilatildeo na crianccedila e na famiacutelia promoveraacute tambeacutem uma melhor estada
dos mesmos durante o periacuteodo de hospitalizaccedilatildeo Os objetivos da pesquisa satildeo 1) Descrever os fatores que
interferem na manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico de acordo com a equipe de enfermagem 2)Analisar os
cuidados da equipe de enfermagem na manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico A coleta de dados se daraacute
atraveacutes de entrevistas semi estruturadas que seratildeo gravadas As informaccedilotildees colhidas seratildeo tratadas de forma
anocircnima e confidencial ou seja em nenhum momento seratildeo divulgados o seu nome e somente os
pesquisadores teratildeo acesso agraves informaccedilotildees Os dados obtidos com a pesquisa poderatildeo ser publicados apenas com
fins cientiacuteficos Eles natildeo seratildeo utilizados para fins comerciais ou para outra finalidade qualquer Caso necessite
poderatildeo ser marcados encontros para respostas ou esclarecimentos de qualquer duacutevida acerca da pesquisa A sua
participaccedilatildeo eacute voluntaria e eacute importante lembrar que vocecirc poderaacute desistir de participar da pesquisa em qualquer
momento A entrevista seraacute marcada em um dia e horaacuterio que vocecirc achar melhor Seraacute realizada
individualmente em um ambiente que nos ofereccedila privacidade Esta pesquisa natildeo oferece riscos para vocecirc e os
benefiacutecios da sua participaccedilatildeo satildeo de aumentar o conhecimento cientiacutefico na aacuterea de Enfermagem Pediaacutetrica
aleacutem de contribuir para a praacutetica profissional Este documento seraacute elaborado em duas vias uma para vocecirc e a
outra seraacute arquivada pelo pesquisador
Eu_____________________________________________________________ RG no _____________________________ Declaro que apoacutes ter entendido o que me foi explicado consinto voluntariamente em participar do presente Protocolo de Pesquisa entendo ainda que posso retirar o meu consentimento a qualquer momento antes ou durante a realizaccedilatildeo do mesmo declaro ter sido informada(o) e concordo em participar como voluntaacuteria(o) da pesquisa acima descrita Rio de Janeiro_______de_______________de 20___ _____________________________ ________________________________
(Participante) Karina Rodrigues Fernandes (Responsaacutevel por obter o consentimento)
______________________________________ _______________________________________ (Testemunha) (Testemunha)
45
APEcircNDICE II
ROTEIRO PARA ENTREVISTA
1) O que vocecirc acha que pode levar a perda do acesso perifeacuterico
2) Para vocecirc o que eacute importante para manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico nas
crianccedilas
3) O que vocecirc acha que pode interferir na sua manutenccedilatildeo
4) Que medidas vocecirc adota no seu dia a dia para manter o acesso
5) Na sua vivencia profissional o que vocecirc discorda dos cuidados que geralmente satildeo
utilizados para manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico
46
ANEXO
47
48
29
ldquoHoje eu natildeo sei como que eacute essa questatildeo do tempo porque a gente trocava o acesso a cada quatro dias agora o pessoal jaacute diz que pode trocar em ateacute uma semana entatildeo natildeo sei como que ta isso e o que tem escrito em relaccedilatildeo a isso (Aurora)
Sabe-se que o tempo para troca do cateter de teflon ou poliuretano varia de 72 a 96
horas com o intuito de reduzir risco de infecccedilatildeo e flebite e para minimizar esses riscos nas
seguintes situaccedilotildees diante de sinais inflamatoacuterios no local de inserccedilatildeo e sempre que houver
mau funcionamento do cateter (SANTOS17
Entretanto o Center for Disease Control and Prevention - CDC (2002) diz que em
pacientes pediaacutetricos natildeo foi observada relaccedilatildeo quanto ao tempo de permanecircncia do cateter e
ocorrecircncia de complicaccedilotildees devendo ser mantido ateacute o teacutermino da terapia intravenosa ou
quando forem observados sinais cliacutenicos de complicaccedilotildees
2004 apud OLIVEIRA BEZERRA e PEREIRA
2008 p 93)
Eacute possiacutevel observar a diferenccedila do conhecimento pratico dos profissionais
entrevistados em relaccedilatildeo ao conhecimento encontrado na literatura E ainda contendo duacutevidas
natildeo haacute uma busca da parte dos mesmos para esclarececirc-las
O uso da heparina com a finalidade de manter o acesso peacutervio por um periacuteodo maior
de tempo mostra-se com mais certeza quanto ao desuso nos dados colidos
ldquoAntigamente a gente usava heparina entatildeo a gente ficava tranquila em relaccedilatildeo agrave obstruccedilatildeo mas agora natildeo a gente usa o soro fisioloacutegico e a gente deixa salinizadordquo (Aurora)
Rang e Dale 18(1998 apud DOPICO e OLIVEIRA 2006) afirmam que a heparina
inibe a formaccedilatildeo de coaacutegulos de fibrina in vitro e in vivo e que seu efeito anticoagulante eacute
praticamente imediato Com isso Phillips19
17 Santos W Lavagem das matildeos In R Luiz Santos W Manual baacutesico de prevenccedilatildeo e controle das infecccedilotildees hospitalares do HRU Fortaleza Hospital Regional Unimed 2004
(2001 apud DOPICO e OLIVEIRA 2006)
ressalta que a teacutecnica de manutenccedilatildeo intermitente de cateteres intravenosos com soluccedilatildeo
salina 09 classificada como salinizaccedilatildeo tem sido pesquisada haacute alguns anos apresentando
em relaccedilatildeo ao uso da heparina vantagens como o baixo custo ser um procedimento mais
18 Rang HP Dale M M Hemostasia e Trombose In Rang HP Dale M M Farmacologia Rio de Janeiro Guanabara Koogan 1998 p235-47 19 PHILLIPS L D Manual de terapia intravenosa 2ed Porto Alegre Artmed 2001
30
simples aleacutem de eliminar a possibilidade de incompatibilidade com as drogas e soluccedilotildees
administradas aleacutem da inexistecircncia de riscos ao paciente Entretanto sabe-se que a literatura
ainda natildeo fornece consenso acerca da soluccedilatildeo mais indicada para manutenccedilatildeo da
permeabilidade do cateter venoso perifeacuterico
Eacute importante ressaltar que muitas instituiccedilotildees do nosso paiacutes nem ao menos tecircm o
conhecimento da praacutetica da salinizaccedilatildeo com soluccedilatildeo salina 09 No que se refere agrave pesquisa
cientiacutefica as limitaccedilotildees desta praacutetica satildeo atribuiacutedas agrave ausecircncia de um maior nuacutemero de
estudos controlados para validar sua eficaacutecia (EPPERSON20
Apesar de natildeo ser encontradas publicaccedilotildees acerca do tema a utilizaccedilatildeo de heparina
mostra-se como uma pratica natildeo mais utilizada pelos profissionais de enfermagem Outro
tema onde haacute controveacutersias e tambeacutem poucas citaccedilotildees eacute o uso da tala para fixaccedilatildeo do acesso
venoso perifeacuterico Seguem abaixo a opiniatildeo de alguns dos profissionais entrevistados
1984 apud DOPICO e
OLIVEIRA 2006)
ldquoA uacutenica coisa que eu natildeo gosto de ver eacute quando se coloca tala para imobilizar dizendo que a tala vai ajudar a natildeo perder a veia Isso eu natildeo concordo acho que a tala prejudica a crianccedila fica incomodada faz dor no membrordquo (Cinderela)
ldquoAntigamente a gente usava muito tala e as vezes eu pego isso aqui ai eu falo gente tala natildeo se usa mais natildeo faz parte mais da fixaccedilatildeo vocecirc pode fixar de uma forma que a crianccedila natildeo perca A tala eu acho que ela traumatiza um pouco ainda mais se vocecirc pegar um acesso na dobra vocecirc vai fazer com que a crianccedila fique com o braccedilo esticado muito tempo eu acho que pode causar uma lesatildeo depois e a literatura jaacute fala que eacute desnecessaacuteria natildeo precisa maisrdquo (Aurora) ldquoAntigamente usavam tala mas hoje em dia quase natildeo se vecirc mais e eu acho que a tala atrapalha porque a crianccedila fica imobilizada no membro ai fica mais irritadardquo (Rapunzel) ldquoLaacute no meu outro trabalho alguns usam a tala Eu acho que a tala ajuda ateacute a perder mais raacutepido porque a crianccedila fica incomodada vai querer mexer naquilordquo (Mulan)
20 Epperson EL Efficacy of 09 sodium chloride injection with without heparin for maintenance indwelling intermittent injection sites Clin Pharm1984 3(5)26
31
Almeida e Sabateacutes21
Entretanto haacute estudo que comprovam que o uso da tala natildeo se mostra tatildeo eficiente e
apresenta-se como uma praacutetica controversa O estudo foi realizado em crianccedilas ateacute os 12 anos
utilizando imobilizaccedilatildeo com tala e em mais de metade dos casos (553) ocorreu infiltraccedilatildeo
o que indicia a ineficaacutecia desta praacutetica (MACHADO PEDREIRA e CHAUD 2008 apud
BATALHA et al 2010 p512)
(2008 apud BATALHA et al 2010 p512) afirmam que a teacutecnica
de fixaccedilatildeo dos CVP com uso de imobilizaccedilatildeo com tala para restriccedilatildeo ou limitaccedilatildeo dos
movimentos articulares proacuteximo do local da punccedilatildeo estaacute indicado nas matildeos punhos cotovelo
e maleacuteolo
Para Batalha et al (2010 p512) o uso desta praacutetica parece natildeo se coadunar com o
atual uso de cateteres flexiacuteveis tipo abocath em detrimento de agulhas metaacutelicas Talvez por
isso comecem a surgir novas teacutecnicas de fixaccedilatildeo dos CVP que natildeo exigem imobilizaccedilatildeo das
articulaccedilotildees com talas
Aleacutem de natildeo haver uma confirmaccedilatildeo dos benefiacutecios causados pelo uso da tala a
imobilizaccedilatildeo causa incocircmodo para a crianccedila que fica com o membro imoacutevel podendo causar
dor e tambeacutem irritaccedilatildeo O uso desse tipo de fixaccedilatildeo tambeacutem impede a visualizaccedilatildeo frequente
do acesso venoso afetando assim os cuidados de observaccedilatildeo da equipe de enfermagem
43 O acompanhante e a manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico
A presente categoria vai discutir um assunto importante que surgiu durante as
entrevistas de forma inesperada Alguns dos profissionais entrevistados citaram o descuido do
acompanhante como um fator causador da perda do acesso venoso perifeacuterico Seguem abaixo
algumas falas
ldquoA matildee sempre acompanha e tem matildee que natildeo tem cuidado natildeo vigia e a gente tem que ficar pedindo pra olhar tomar contardquo (Aurora)
ldquoEm relaccedilatildeo ao acompanhante porque a crianccedila natildeo vai avaliar entatildeo o acompanhante que estar ali tem que avaliar direitinho natildeo deixar a crianccedila mexer ou puxarrdquo (Bela)
ldquoNatildeo eacute toda matildee que esta vigiando que cuida pra que a crianccedila natildeo perca o acessordquo (Jasmine)
21 Almeida FA Sabateacutes AL Enfermagem pediaacutetrica a crianccedila o adolescente e a sua famiacutelia no hospital Satildeo Paulo(SP) Manole 2008
32
ldquoAcho que leva a perda quando o acompanhante natildeo coopera as vezes a gente faz a imobilizaccedilatildeo na crianccedila e as vezes eles ateacute retiram e a proacutepria crianccedila agitada ela mesmo arrancardquo (Branca de Neve)
ldquoAgraves vezes a proacutepria crianccedila que a matildee deixa muito solta ai solta o acessordquo (Mulan)
Apoacutes a implementaccedilatildeo da lei que garante um acompanhante ao paciente pediaacutetrico a
presenccedila do familiarresponsaacutevel durante a hospitalizaccedilatildeo mudou a rotina da equipe de
enfermagem trazendo duacutevidas quanto a real funccedilatildeo do acompanhante e fazendo com que a
mesma viesse a delegar certos cuidados para acompanhante
A Promulgaccedilatildeo da Lei 8069 do Estatuto da Crianccedila e do Adolescente (ECA) em
1990 no seu artigo 12deg garante agrave crianccedila ou ao adolescente o direito de ter um responsaacutevel
que o acompanhe durante a hospitalizaccedilatildeo (1990)
Desde a sua implantaccedilatildeo as unidades vecircm sofrendo um processo de reorganizaccedilatildeo de
suas praacuteticas A inserccedilatildeo da famiacutelia modifica a organizaccedilatildeo do processo de trabalho o que
requer dos profissionais uma compreensatildeo em relaccedilatildeo agrave dinacircmica das relaccedilotildees interpessoais
(COLLET e ROCHA 2004)
Pimenta e Collet (2009) ressaltam que natildeo haacute nenhuma regulamentaccedilatildeo sobre a
participaccedilatildeo da famiacutelia nos cuidados e no entanto a mesma desempenha atividades junto agrave
crianccedila durante a hospitalizaccedilatildeo que devem ser levadas em consideraccedilatildeo A falta de
reconhecimento desse fato fez com que a equipe de enfermagem e famiacutelia natildeo possuiacutessem
uma relaccedilatildeo aberta e vivessem uma relaccedilatildeo silenciosa e impliacutecita de poder na qual a famiacutelia
acaba assumindo as relaccedilotildees do cuidado agrave crianccedila de responsabilidade da enfermagem
A negociaccedilatildeo entre matildees e equipe de enfermagem em relaccedilatildeo aos cuidados agrave crianccedila
hospitalizada natildeo eacute uma tarefa faacutecil tendo em vista que natildeo se tem claro qual o seu novo
papel neste processo (COLLET e ROCHA 2004)
Eacute possiacutevel ver nas falas que a presenccedila do acompanhante causa para a equipe de
enfermagem a seguranccedila de ter algueacutem para ldquovigiarrdquo ldquotomar contardquo e natildeo deixar que a
crianccedila hospitalizada perca o acesso venoso quando na verdade eacute funccedilatildeo da equipe de
enfermagem cuidados referentes ao acesso venoso perifeacuterico
33
Jaacute o acompanhante eacute definido pelo Ministeacuterio da Sauacutede como uma pessoa significativa
para a crianccedila que representa sua rede social e que vai acompanhaacute-lo durante a permanecircncia
no ambiente hospitalar ressaltando assim sua importacircncia Esse fato se reforccedila visto que a
crianccedila encontra nos familiares a forccedila e seguranccedila necessaacuteria para encarar todo esse processo
doloroso e desconhecido (MURAKAMI e CAMPOS 2011 p255)
O acompanhante aleacutem de minimizar o sofrimento do paciente pediaacutetrico faz com que
o mesmo sinta-se mais a vontade Eacute importante ressaltar que o familiarresponsaacutevel natildeo soacute
pode como deve participar das atividades da crianccedila no hospital desde que estas natildeo sejam
competecircncias dos profissionais que os cercam Essas atividades satildeo caracterizadas como
semelhantes aos que eles realizam diariamente fora do ambiente hospitalar como o banho
Poreacutem no caso de um paciente com punccedilatildeo venosa perifeacuterica o profissional de enfermagem
deve auxiliar no cuidado para que essa natildeo se perca
Os cuidados dos familiaresacompanhantes satildeo os mesmos que os desenvolvidos no
domiciacutelio e os cuidados prestados pela equipe de enfermagem satildeo aqueles que demandam
conhecimento teacutecnico-cientiacutefico especializado (SOUZA e OLIVEIRA 2010 p558)
Mesmo alguns cuidados parecerem simples e rotineiros quando eacute prestado no
hospital assumem novas caracteriacutesticas com o uso de dispositivos tecnoloacutegicos os quais se
tornam complexos (PIMENTA E COLLET 2009)
O ato de cuidar envolve o respeito agrave maneira como vive cada indiviacuteduo de acordo
com suas crenccedilas valores costumes e cultura A famiacutelia como uma instituiccedilatildeo atende agraves
necessidades bioloacutegicas de seus membros sendo sua responsabilidade cuidar e criar os filhos
incluindo a obrigaccedilatildeo da alimentaccedilatildeo higiene vestuaacuterio e moradia (ELSEN22
Nas entrevistas podemos verificar falas em que o acompanhante eacute citado como
responsaacutevel por avaliar a punccedilatildeo venosa A equipe de enfermagem deve sempre partir do
pressuposto que o familiar acompanhante natildeo tem conhecimento cientiacutefico e certo tipo de
cuidado natildeo deve se delegado para o mesmo mostrando assim a importacircncia da orientaccedilatildeo do
acompanhante quanto aos procedimentos dispositivos utilizados e cuidados em que os
etal 1994
apud SOUZA e OLIVEIRA 2010 p 553)
22 Elsen I Patriacutecio ZM Assistecircncia agrave crianccedila hospitalizada tipos de abordagens e suas implicaccedilotildees para a enfermagem In A enfermagem em pediatria e puericultura Rio de Janeiro (RJ) Atheneu 2005
34
mesmos possam auxiliar Seguem abaixo as falas onde os profissionais ressaltaram a
importacircncia da orientaccedilatildeo do acompanhante
ldquoNem sempre a crianccedila vai entender o porque de estar com aquele acesso entatildeo tem que ter uma orientaccedilatildeo do acompanhanterdquo (Bela)
ldquoTem que haver orientaccedilatildeo do acompanhante para os cuidadosrdquo (Ariel)
ldquoAgraves vezes tem ate o exemplo de um pai que natildeo deixa trocar o acesso jaacute tinha mais de uma semana e ele natildeo queria que trocasse ai faz febre e natildeo sabe da onderdquo (Alice)
Para Souza e Oliveira (2010 p555) deve haver uma preocupaccedilatildeo em orientar
considerando que o outro natildeo tem nenhum tipo de conhecimento sobre o assunto Poreacutem
Queiroz e Jorge23
Apesar das dificuldades o profissional de enfermagem deve estabelecer um viacutenculo de
confianccedila com o acompanhante buscando sempre deixaacute-los ciente das situaccedilotildees e fazendo-os
participar dos cuidados plausiacuteveis sem causar nenhum dano agrave crianccedila e de maneira alguma
abandonar suas atribuiccedilotildees
(2004 apud SOUZA e OLIVEIRA 2010 p 556) ressaltam que apesar de os
profissionais terem intenccedilatildeo de orientar os cuidados para a sauacutede repassam conhecimentos
elaborados cientificamente dificultando a compreensatildeo do familiar aleacutem de a relaccedilatildeo se dar
de maneira vertical assimeacutetrica e coercitiva
23 Queiroz MVO Jorge MSB Accedilotildees educativas no cuidado infantil e intervenccedilotildees dos profissionais junto agraves famiacutelias Acta Scientiarum Maringaacute 2004 janjun 26(1) 27-34
35
CONCLUSAtildeO
Atraveacutes desse estudo foi possiacutevel descrever e analisar os cuidados que os profissionais
de enfermagem realizam acerca da permanecircncia do acesso venoso perifeacuterico Aleacutem disso a
realizaccedilatildeo da pesquisa permitiu identificar a desarticulaccedilatildeo do processo de enfermagem e a
praacutetica desconectada da produccedilatildeo cientiacutefica caracterizando a falta de uma educaccedilatildeo
continuada efetiva
A anaacutelise dos dados demonstra o processo de punccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico
ressaltando a importacircncia de cuidados como a seleccedilatildeo do local a diluiccedilatildeo da medicaccedilatildeo a
realizaccedilatildeo de uma boa fixaccedilatildeo a atenccedilatildeo com a velocidade de infusatildeo os cuidados com os
sinais de infecccedilatildeo e salinizaccedilatildeo do acesso natildeo deixando de salientar cuidados em desuso
como o uso da heparina da tala e duvidas em relaccedilatildeo ao tempo de permanecircncia Evidenciou
tambeacutem que a equipe de enfermagem delega alguns cuidados para os acompanhantes
Natildeo foi possiacutevel perceber o niacutevel de conhecimento cientiacutefico dos profissionais visto
que eles em nenhum momento por natildeo saberem ou por medo de se expor natildeo explicaram de
fato nenhum cuidado que disseram realizar Sempre citaram de forma superficial e direta
deixando claro tambeacutem que o pesquisador natildeo os indagou quanto a isso Poreacutem creio que
diante de cuidados tatildeo importantes e de frequente praacutetica os mesmos falariam facilmente
sobre os cuidados de enfermagem na permanecircncia do acesso venoso perifeacuterico
Apesar dos entrevistados citarem alguns fatores e cuidados realizados de forma
correta eacute visiacutevel que os mesmos realizam os cuidados com a punccedilatildeo e a permanencia do
acesso de forma automaacutetica sem unir a praacutetica com o fundamento do mesmo
Eacute importante destacar tambeacutem a importacircncia do preparo emocional da crianccedila como
tambeacutem os cuidados com a famiacutelia dos mesmos O trabalho de humanizaccedilatildeo realizado pela
36
enfermagem faz grande diferenccedila nessas situaccedilotildees visto que os pacientes e acompanhantes
tendo conhecimento do que seraacute realizado ficariam mais tranquilos
O estudo contribuiu para o campo do ensino nesta aacuterea dando destaque ao importante
papel que o profissional de enfermagem deve desempenhar no cuidado e na manutenccedilatildeo do
acesso venoso perifeacuterico Contudo vale ressaltar a importacircncia do incentivo ao profissional a
buscar na literatura natildeo soacute esclarecimento de suas duvidas mas tambeacutem novos
conhecimentos
Pode colaborar ainda para a realizaccedilatildeo de novas pesquisas na aacuterea procurando
eliminar duacutevidas e controveacutersias sobre o tema Buscando assim a realizaccedilatildeo de um cuidado de
enfermagem articulado e eficaz promovendo o bem-estar do paciente pediaacutetrico durante a
hospitalizaccedilatildeo
37
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44
APEcircNDICE I
TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO
DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO Tiacutetulo Do Projeto Os cuidados de enfermagem acerca dos acessos venosos perifeacutericos na unidade pediaacutetrica Pesquisador Responsaacutevel Rosane Cordeiro Burla de Aguiar Eny Dorea Paiva e Karina Rodrigues Fernandes Instituiccedilatildeo a que Pertence o Pesquisador Responsaacutevel Universidade Federal Fluminense Telefone para contato (21) 98355269 (21) 82392939 (21) 91786609 Nome do voluntaacuterio _________________________________________________________ Idade ________ anos RG ____________________________
AO Sr (a) estaacute sendo convidado (a) a participar do projeto de pesquisa OS CUIDADOS DE
ENFERMAGEM ACERCA DOS ACESSOS VENOSOS PERIFEacuteRICOS NA UNIDADE PEDIATRICA de
responsabilidade da pesquisadora Profordf Drordf Rosane Cordeiro Burla de Aguiar e Profordf Drordf Eny Dorea Paiva A
punccedilatildeo venosa perifeacuterica eacute um procedimento essencial durante a hospitalizaccedilatildeo da crianccedila visto que eacute atraveacutes
dela que eacute administrada grande parte das medicaccedilotildees Este estudo se justifica diante da importacircncia da
necessidade de um maior periacuteodo de permanecircncia dos acessos venosos perifeacutericos Com isso aleacutem da
diminuiccedilatildeo de eventos que causam dor e irritaccedilatildeo na crianccedila e na famiacutelia promoveraacute tambeacutem uma melhor estada
dos mesmos durante o periacuteodo de hospitalizaccedilatildeo Os objetivos da pesquisa satildeo 1) Descrever os fatores que
interferem na manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico de acordo com a equipe de enfermagem 2)Analisar os
cuidados da equipe de enfermagem na manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico A coleta de dados se daraacute
atraveacutes de entrevistas semi estruturadas que seratildeo gravadas As informaccedilotildees colhidas seratildeo tratadas de forma
anocircnima e confidencial ou seja em nenhum momento seratildeo divulgados o seu nome e somente os
pesquisadores teratildeo acesso agraves informaccedilotildees Os dados obtidos com a pesquisa poderatildeo ser publicados apenas com
fins cientiacuteficos Eles natildeo seratildeo utilizados para fins comerciais ou para outra finalidade qualquer Caso necessite
poderatildeo ser marcados encontros para respostas ou esclarecimentos de qualquer duacutevida acerca da pesquisa A sua
participaccedilatildeo eacute voluntaria e eacute importante lembrar que vocecirc poderaacute desistir de participar da pesquisa em qualquer
momento A entrevista seraacute marcada em um dia e horaacuterio que vocecirc achar melhor Seraacute realizada
individualmente em um ambiente que nos ofereccedila privacidade Esta pesquisa natildeo oferece riscos para vocecirc e os
benefiacutecios da sua participaccedilatildeo satildeo de aumentar o conhecimento cientiacutefico na aacuterea de Enfermagem Pediaacutetrica
aleacutem de contribuir para a praacutetica profissional Este documento seraacute elaborado em duas vias uma para vocecirc e a
outra seraacute arquivada pelo pesquisador
Eu_____________________________________________________________ RG no _____________________________ Declaro que apoacutes ter entendido o que me foi explicado consinto voluntariamente em participar do presente Protocolo de Pesquisa entendo ainda que posso retirar o meu consentimento a qualquer momento antes ou durante a realizaccedilatildeo do mesmo declaro ter sido informada(o) e concordo em participar como voluntaacuteria(o) da pesquisa acima descrita Rio de Janeiro_______de_______________de 20___ _____________________________ ________________________________
(Participante) Karina Rodrigues Fernandes (Responsaacutevel por obter o consentimento)
______________________________________ _______________________________________ (Testemunha) (Testemunha)
45
APEcircNDICE II
ROTEIRO PARA ENTREVISTA
1) O que vocecirc acha que pode levar a perda do acesso perifeacuterico
2) Para vocecirc o que eacute importante para manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico nas
crianccedilas
3) O que vocecirc acha que pode interferir na sua manutenccedilatildeo
4) Que medidas vocecirc adota no seu dia a dia para manter o acesso
5) Na sua vivencia profissional o que vocecirc discorda dos cuidados que geralmente satildeo
utilizados para manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico
46
ANEXO
47
48
30
simples aleacutem de eliminar a possibilidade de incompatibilidade com as drogas e soluccedilotildees
administradas aleacutem da inexistecircncia de riscos ao paciente Entretanto sabe-se que a literatura
ainda natildeo fornece consenso acerca da soluccedilatildeo mais indicada para manutenccedilatildeo da
permeabilidade do cateter venoso perifeacuterico
Eacute importante ressaltar que muitas instituiccedilotildees do nosso paiacutes nem ao menos tecircm o
conhecimento da praacutetica da salinizaccedilatildeo com soluccedilatildeo salina 09 No que se refere agrave pesquisa
cientiacutefica as limitaccedilotildees desta praacutetica satildeo atribuiacutedas agrave ausecircncia de um maior nuacutemero de
estudos controlados para validar sua eficaacutecia (EPPERSON20
Apesar de natildeo ser encontradas publicaccedilotildees acerca do tema a utilizaccedilatildeo de heparina
mostra-se como uma pratica natildeo mais utilizada pelos profissionais de enfermagem Outro
tema onde haacute controveacutersias e tambeacutem poucas citaccedilotildees eacute o uso da tala para fixaccedilatildeo do acesso
venoso perifeacuterico Seguem abaixo a opiniatildeo de alguns dos profissionais entrevistados
1984 apud DOPICO e
OLIVEIRA 2006)
ldquoA uacutenica coisa que eu natildeo gosto de ver eacute quando se coloca tala para imobilizar dizendo que a tala vai ajudar a natildeo perder a veia Isso eu natildeo concordo acho que a tala prejudica a crianccedila fica incomodada faz dor no membrordquo (Cinderela)
ldquoAntigamente a gente usava muito tala e as vezes eu pego isso aqui ai eu falo gente tala natildeo se usa mais natildeo faz parte mais da fixaccedilatildeo vocecirc pode fixar de uma forma que a crianccedila natildeo perca A tala eu acho que ela traumatiza um pouco ainda mais se vocecirc pegar um acesso na dobra vocecirc vai fazer com que a crianccedila fique com o braccedilo esticado muito tempo eu acho que pode causar uma lesatildeo depois e a literatura jaacute fala que eacute desnecessaacuteria natildeo precisa maisrdquo (Aurora) ldquoAntigamente usavam tala mas hoje em dia quase natildeo se vecirc mais e eu acho que a tala atrapalha porque a crianccedila fica imobilizada no membro ai fica mais irritadardquo (Rapunzel) ldquoLaacute no meu outro trabalho alguns usam a tala Eu acho que a tala ajuda ateacute a perder mais raacutepido porque a crianccedila fica incomodada vai querer mexer naquilordquo (Mulan)
20 Epperson EL Efficacy of 09 sodium chloride injection with without heparin for maintenance indwelling intermittent injection sites Clin Pharm1984 3(5)26
31
Almeida e Sabateacutes21
Entretanto haacute estudo que comprovam que o uso da tala natildeo se mostra tatildeo eficiente e
apresenta-se como uma praacutetica controversa O estudo foi realizado em crianccedilas ateacute os 12 anos
utilizando imobilizaccedilatildeo com tala e em mais de metade dos casos (553) ocorreu infiltraccedilatildeo
o que indicia a ineficaacutecia desta praacutetica (MACHADO PEDREIRA e CHAUD 2008 apud
BATALHA et al 2010 p512)
(2008 apud BATALHA et al 2010 p512) afirmam que a teacutecnica
de fixaccedilatildeo dos CVP com uso de imobilizaccedilatildeo com tala para restriccedilatildeo ou limitaccedilatildeo dos
movimentos articulares proacuteximo do local da punccedilatildeo estaacute indicado nas matildeos punhos cotovelo
e maleacuteolo
Para Batalha et al (2010 p512) o uso desta praacutetica parece natildeo se coadunar com o
atual uso de cateteres flexiacuteveis tipo abocath em detrimento de agulhas metaacutelicas Talvez por
isso comecem a surgir novas teacutecnicas de fixaccedilatildeo dos CVP que natildeo exigem imobilizaccedilatildeo das
articulaccedilotildees com talas
Aleacutem de natildeo haver uma confirmaccedilatildeo dos benefiacutecios causados pelo uso da tala a
imobilizaccedilatildeo causa incocircmodo para a crianccedila que fica com o membro imoacutevel podendo causar
dor e tambeacutem irritaccedilatildeo O uso desse tipo de fixaccedilatildeo tambeacutem impede a visualizaccedilatildeo frequente
do acesso venoso afetando assim os cuidados de observaccedilatildeo da equipe de enfermagem
43 O acompanhante e a manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico
A presente categoria vai discutir um assunto importante que surgiu durante as
entrevistas de forma inesperada Alguns dos profissionais entrevistados citaram o descuido do
acompanhante como um fator causador da perda do acesso venoso perifeacuterico Seguem abaixo
algumas falas
ldquoA matildee sempre acompanha e tem matildee que natildeo tem cuidado natildeo vigia e a gente tem que ficar pedindo pra olhar tomar contardquo (Aurora)
ldquoEm relaccedilatildeo ao acompanhante porque a crianccedila natildeo vai avaliar entatildeo o acompanhante que estar ali tem que avaliar direitinho natildeo deixar a crianccedila mexer ou puxarrdquo (Bela)
ldquoNatildeo eacute toda matildee que esta vigiando que cuida pra que a crianccedila natildeo perca o acessordquo (Jasmine)
21 Almeida FA Sabateacutes AL Enfermagem pediaacutetrica a crianccedila o adolescente e a sua famiacutelia no hospital Satildeo Paulo(SP) Manole 2008
32
ldquoAcho que leva a perda quando o acompanhante natildeo coopera as vezes a gente faz a imobilizaccedilatildeo na crianccedila e as vezes eles ateacute retiram e a proacutepria crianccedila agitada ela mesmo arrancardquo (Branca de Neve)
ldquoAgraves vezes a proacutepria crianccedila que a matildee deixa muito solta ai solta o acessordquo (Mulan)
Apoacutes a implementaccedilatildeo da lei que garante um acompanhante ao paciente pediaacutetrico a
presenccedila do familiarresponsaacutevel durante a hospitalizaccedilatildeo mudou a rotina da equipe de
enfermagem trazendo duacutevidas quanto a real funccedilatildeo do acompanhante e fazendo com que a
mesma viesse a delegar certos cuidados para acompanhante
A Promulgaccedilatildeo da Lei 8069 do Estatuto da Crianccedila e do Adolescente (ECA) em
1990 no seu artigo 12deg garante agrave crianccedila ou ao adolescente o direito de ter um responsaacutevel
que o acompanhe durante a hospitalizaccedilatildeo (1990)
Desde a sua implantaccedilatildeo as unidades vecircm sofrendo um processo de reorganizaccedilatildeo de
suas praacuteticas A inserccedilatildeo da famiacutelia modifica a organizaccedilatildeo do processo de trabalho o que
requer dos profissionais uma compreensatildeo em relaccedilatildeo agrave dinacircmica das relaccedilotildees interpessoais
(COLLET e ROCHA 2004)
Pimenta e Collet (2009) ressaltam que natildeo haacute nenhuma regulamentaccedilatildeo sobre a
participaccedilatildeo da famiacutelia nos cuidados e no entanto a mesma desempenha atividades junto agrave
crianccedila durante a hospitalizaccedilatildeo que devem ser levadas em consideraccedilatildeo A falta de
reconhecimento desse fato fez com que a equipe de enfermagem e famiacutelia natildeo possuiacutessem
uma relaccedilatildeo aberta e vivessem uma relaccedilatildeo silenciosa e impliacutecita de poder na qual a famiacutelia
acaba assumindo as relaccedilotildees do cuidado agrave crianccedila de responsabilidade da enfermagem
A negociaccedilatildeo entre matildees e equipe de enfermagem em relaccedilatildeo aos cuidados agrave crianccedila
hospitalizada natildeo eacute uma tarefa faacutecil tendo em vista que natildeo se tem claro qual o seu novo
papel neste processo (COLLET e ROCHA 2004)
Eacute possiacutevel ver nas falas que a presenccedila do acompanhante causa para a equipe de
enfermagem a seguranccedila de ter algueacutem para ldquovigiarrdquo ldquotomar contardquo e natildeo deixar que a
crianccedila hospitalizada perca o acesso venoso quando na verdade eacute funccedilatildeo da equipe de
enfermagem cuidados referentes ao acesso venoso perifeacuterico
33
Jaacute o acompanhante eacute definido pelo Ministeacuterio da Sauacutede como uma pessoa significativa
para a crianccedila que representa sua rede social e que vai acompanhaacute-lo durante a permanecircncia
no ambiente hospitalar ressaltando assim sua importacircncia Esse fato se reforccedila visto que a
crianccedila encontra nos familiares a forccedila e seguranccedila necessaacuteria para encarar todo esse processo
doloroso e desconhecido (MURAKAMI e CAMPOS 2011 p255)
O acompanhante aleacutem de minimizar o sofrimento do paciente pediaacutetrico faz com que
o mesmo sinta-se mais a vontade Eacute importante ressaltar que o familiarresponsaacutevel natildeo soacute
pode como deve participar das atividades da crianccedila no hospital desde que estas natildeo sejam
competecircncias dos profissionais que os cercam Essas atividades satildeo caracterizadas como
semelhantes aos que eles realizam diariamente fora do ambiente hospitalar como o banho
Poreacutem no caso de um paciente com punccedilatildeo venosa perifeacuterica o profissional de enfermagem
deve auxiliar no cuidado para que essa natildeo se perca
Os cuidados dos familiaresacompanhantes satildeo os mesmos que os desenvolvidos no
domiciacutelio e os cuidados prestados pela equipe de enfermagem satildeo aqueles que demandam
conhecimento teacutecnico-cientiacutefico especializado (SOUZA e OLIVEIRA 2010 p558)
Mesmo alguns cuidados parecerem simples e rotineiros quando eacute prestado no
hospital assumem novas caracteriacutesticas com o uso de dispositivos tecnoloacutegicos os quais se
tornam complexos (PIMENTA E COLLET 2009)
O ato de cuidar envolve o respeito agrave maneira como vive cada indiviacuteduo de acordo
com suas crenccedilas valores costumes e cultura A famiacutelia como uma instituiccedilatildeo atende agraves
necessidades bioloacutegicas de seus membros sendo sua responsabilidade cuidar e criar os filhos
incluindo a obrigaccedilatildeo da alimentaccedilatildeo higiene vestuaacuterio e moradia (ELSEN22
Nas entrevistas podemos verificar falas em que o acompanhante eacute citado como
responsaacutevel por avaliar a punccedilatildeo venosa A equipe de enfermagem deve sempre partir do
pressuposto que o familiar acompanhante natildeo tem conhecimento cientiacutefico e certo tipo de
cuidado natildeo deve se delegado para o mesmo mostrando assim a importacircncia da orientaccedilatildeo do
acompanhante quanto aos procedimentos dispositivos utilizados e cuidados em que os
etal 1994
apud SOUZA e OLIVEIRA 2010 p 553)
22 Elsen I Patriacutecio ZM Assistecircncia agrave crianccedila hospitalizada tipos de abordagens e suas implicaccedilotildees para a enfermagem In A enfermagem em pediatria e puericultura Rio de Janeiro (RJ) Atheneu 2005
34
mesmos possam auxiliar Seguem abaixo as falas onde os profissionais ressaltaram a
importacircncia da orientaccedilatildeo do acompanhante
ldquoNem sempre a crianccedila vai entender o porque de estar com aquele acesso entatildeo tem que ter uma orientaccedilatildeo do acompanhanterdquo (Bela)
ldquoTem que haver orientaccedilatildeo do acompanhante para os cuidadosrdquo (Ariel)
ldquoAgraves vezes tem ate o exemplo de um pai que natildeo deixa trocar o acesso jaacute tinha mais de uma semana e ele natildeo queria que trocasse ai faz febre e natildeo sabe da onderdquo (Alice)
Para Souza e Oliveira (2010 p555) deve haver uma preocupaccedilatildeo em orientar
considerando que o outro natildeo tem nenhum tipo de conhecimento sobre o assunto Poreacutem
Queiroz e Jorge23
Apesar das dificuldades o profissional de enfermagem deve estabelecer um viacutenculo de
confianccedila com o acompanhante buscando sempre deixaacute-los ciente das situaccedilotildees e fazendo-os
participar dos cuidados plausiacuteveis sem causar nenhum dano agrave crianccedila e de maneira alguma
abandonar suas atribuiccedilotildees
(2004 apud SOUZA e OLIVEIRA 2010 p 556) ressaltam que apesar de os
profissionais terem intenccedilatildeo de orientar os cuidados para a sauacutede repassam conhecimentos
elaborados cientificamente dificultando a compreensatildeo do familiar aleacutem de a relaccedilatildeo se dar
de maneira vertical assimeacutetrica e coercitiva
23 Queiroz MVO Jorge MSB Accedilotildees educativas no cuidado infantil e intervenccedilotildees dos profissionais junto agraves famiacutelias Acta Scientiarum Maringaacute 2004 janjun 26(1) 27-34
35
CONCLUSAtildeO
Atraveacutes desse estudo foi possiacutevel descrever e analisar os cuidados que os profissionais
de enfermagem realizam acerca da permanecircncia do acesso venoso perifeacuterico Aleacutem disso a
realizaccedilatildeo da pesquisa permitiu identificar a desarticulaccedilatildeo do processo de enfermagem e a
praacutetica desconectada da produccedilatildeo cientiacutefica caracterizando a falta de uma educaccedilatildeo
continuada efetiva
A anaacutelise dos dados demonstra o processo de punccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico
ressaltando a importacircncia de cuidados como a seleccedilatildeo do local a diluiccedilatildeo da medicaccedilatildeo a
realizaccedilatildeo de uma boa fixaccedilatildeo a atenccedilatildeo com a velocidade de infusatildeo os cuidados com os
sinais de infecccedilatildeo e salinizaccedilatildeo do acesso natildeo deixando de salientar cuidados em desuso
como o uso da heparina da tala e duvidas em relaccedilatildeo ao tempo de permanecircncia Evidenciou
tambeacutem que a equipe de enfermagem delega alguns cuidados para os acompanhantes
Natildeo foi possiacutevel perceber o niacutevel de conhecimento cientiacutefico dos profissionais visto
que eles em nenhum momento por natildeo saberem ou por medo de se expor natildeo explicaram de
fato nenhum cuidado que disseram realizar Sempre citaram de forma superficial e direta
deixando claro tambeacutem que o pesquisador natildeo os indagou quanto a isso Poreacutem creio que
diante de cuidados tatildeo importantes e de frequente praacutetica os mesmos falariam facilmente
sobre os cuidados de enfermagem na permanecircncia do acesso venoso perifeacuterico
Apesar dos entrevistados citarem alguns fatores e cuidados realizados de forma
correta eacute visiacutevel que os mesmos realizam os cuidados com a punccedilatildeo e a permanencia do
acesso de forma automaacutetica sem unir a praacutetica com o fundamento do mesmo
Eacute importante destacar tambeacutem a importacircncia do preparo emocional da crianccedila como
tambeacutem os cuidados com a famiacutelia dos mesmos O trabalho de humanizaccedilatildeo realizado pela
36
enfermagem faz grande diferenccedila nessas situaccedilotildees visto que os pacientes e acompanhantes
tendo conhecimento do que seraacute realizado ficariam mais tranquilos
O estudo contribuiu para o campo do ensino nesta aacuterea dando destaque ao importante
papel que o profissional de enfermagem deve desempenhar no cuidado e na manutenccedilatildeo do
acesso venoso perifeacuterico Contudo vale ressaltar a importacircncia do incentivo ao profissional a
buscar na literatura natildeo soacute esclarecimento de suas duvidas mas tambeacutem novos
conhecimentos
Pode colaborar ainda para a realizaccedilatildeo de novas pesquisas na aacuterea procurando
eliminar duacutevidas e controveacutersias sobre o tema Buscando assim a realizaccedilatildeo de um cuidado de
enfermagem articulado e eficaz promovendo o bem-estar do paciente pediaacutetrico durante a
hospitalizaccedilatildeo
37
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APEcircNDICE I
TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO
DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO Tiacutetulo Do Projeto Os cuidados de enfermagem acerca dos acessos venosos perifeacutericos na unidade pediaacutetrica Pesquisador Responsaacutevel Rosane Cordeiro Burla de Aguiar Eny Dorea Paiva e Karina Rodrigues Fernandes Instituiccedilatildeo a que Pertence o Pesquisador Responsaacutevel Universidade Federal Fluminense Telefone para contato (21) 98355269 (21) 82392939 (21) 91786609 Nome do voluntaacuterio _________________________________________________________ Idade ________ anos RG ____________________________
AO Sr (a) estaacute sendo convidado (a) a participar do projeto de pesquisa OS CUIDADOS DE
ENFERMAGEM ACERCA DOS ACESSOS VENOSOS PERIFEacuteRICOS NA UNIDADE PEDIATRICA de
responsabilidade da pesquisadora Profordf Drordf Rosane Cordeiro Burla de Aguiar e Profordf Drordf Eny Dorea Paiva A
punccedilatildeo venosa perifeacuterica eacute um procedimento essencial durante a hospitalizaccedilatildeo da crianccedila visto que eacute atraveacutes
dela que eacute administrada grande parte das medicaccedilotildees Este estudo se justifica diante da importacircncia da
necessidade de um maior periacuteodo de permanecircncia dos acessos venosos perifeacutericos Com isso aleacutem da
diminuiccedilatildeo de eventos que causam dor e irritaccedilatildeo na crianccedila e na famiacutelia promoveraacute tambeacutem uma melhor estada
dos mesmos durante o periacuteodo de hospitalizaccedilatildeo Os objetivos da pesquisa satildeo 1) Descrever os fatores que
interferem na manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico de acordo com a equipe de enfermagem 2)Analisar os
cuidados da equipe de enfermagem na manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico A coleta de dados se daraacute
atraveacutes de entrevistas semi estruturadas que seratildeo gravadas As informaccedilotildees colhidas seratildeo tratadas de forma
anocircnima e confidencial ou seja em nenhum momento seratildeo divulgados o seu nome e somente os
pesquisadores teratildeo acesso agraves informaccedilotildees Os dados obtidos com a pesquisa poderatildeo ser publicados apenas com
fins cientiacuteficos Eles natildeo seratildeo utilizados para fins comerciais ou para outra finalidade qualquer Caso necessite
poderatildeo ser marcados encontros para respostas ou esclarecimentos de qualquer duacutevida acerca da pesquisa A sua
participaccedilatildeo eacute voluntaria e eacute importante lembrar que vocecirc poderaacute desistir de participar da pesquisa em qualquer
momento A entrevista seraacute marcada em um dia e horaacuterio que vocecirc achar melhor Seraacute realizada
individualmente em um ambiente que nos ofereccedila privacidade Esta pesquisa natildeo oferece riscos para vocecirc e os
benefiacutecios da sua participaccedilatildeo satildeo de aumentar o conhecimento cientiacutefico na aacuterea de Enfermagem Pediaacutetrica
aleacutem de contribuir para a praacutetica profissional Este documento seraacute elaborado em duas vias uma para vocecirc e a
outra seraacute arquivada pelo pesquisador
Eu_____________________________________________________________ RG no _____________________________ Declaro que apoacutes ter entendido o que me foi explicado consinto voluntariamente em participar do presente Protocolo de Pesquisa entendo ainda que posso retirar o meu consentimento a qualquer momento antes ou durante a realizaccedilatildeo do mesmo declaro ter sido informada(o) e concordo em participar como voluntaacuteria(o) da pesquisa acima descrita Rio de Janeiro_______de_______________de 20___ _____________________________ ________________________________
(Participante) Karina Rodrigues Fernandes (Responsaacutevel por obter o consentimento)
______________________________________ _______________________________________ (Testemunha) (Testemunha)
45
APEcircNDICE II
ROTEIRO PARA ENTREVISTA
1) O que vocecirc acha que pode levar a perda do acesso perifeacuterico
2) Para vocecirc o que eacute importante para manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico nas
crianccedilas
3) O que vocecirc acha que pode interferir na sua manutenccedilatildeo
4) Que medidas vocecirc adota no seu dia a dia para manter o acesso
5) Na sua vivencia profissional o que vocecirc discorda dos cuidados que geralmente satildeo
utilizados para manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico
46
ANEXO
47
48
31
Almeida e Sabateacutes21
Entretanto haacute estudo que comprovam que o uso da tala natildeo se mostra tatildeo eficiente e
apresenta-se como uma praacutetica controversa O estudo foi realizado em crianccedilas ateacute os 12 anos
utilizando imobilizaccedilatildeo com tala e em mais de metade dos casos (553) ocorreu infiltraccedilatildeo
o que indicia a ineficaacutecia desta praacutetica (MACHADO PEDREIRA e CHAUD 2008 apud
BATALHA et al 2010 p512)
(2008 apud BATALHA et al 2010 p512) afirmam que a teacutecnica
de fixaccedilatildeo dos CVP com uso de imobilizaccedilatildeo com tala para restriccedilatildeo ou limitaccedilatildeo dos
movimentos articulares proacuteximo do local da punccedilatildeo estaacute indicado nas matildeos punhos cotovelo
e maleacuteolo
Para Batalha et al (2010 p512) o uso desta praacutetica parece natildeo se coadunar com o
atual uso de cateteres flexiacuteveis tipo abocath em detrimento de agulhas metaacutelicas Talvez por
isso comecem a surgir novas teacutecnicas de fixaccedilatildeo dos CVP que natildeo exigem imobilizaccedilatildeo das
articulaccedilotildees com talas
Aleacutem de natildeo haver uma confirmaccedilatildeo dos benefiacutecios causados pelo uso da tala a
imobilizaccedilatildeo causa incocircmodo para a crianccedila que fica com o membro imoacutevel podendo causar
dor e tambeacutem irritaccedilatildeo O uso desse tipo de fixaccedilatildeo tambeacutem impede a visualizaccedilatildeo frequente
do acesso venoso afetando assim os cuidados de observaccedilatildeo da equipe de enfermagem
43 O acompanhante e a manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico
A presente categoria vai discutir um assunto importante que surgiu durante as
entrevistas de forma inesperada Alguns dos profissionais entrevistados citaram o descuido do
acompanhante como um fator causador da perda do acesso venoso perifeacuterico Seguem abaixo
algumas falas
ldquoA matildee sempre acompanha e tem matildee que natildeo tem cuidado natildeo vigia e a gente tem que ficar pedindo pra olhar tomar contardquo (Aurora)
ldquoEm relaccedilatildeo ao acompanhante porque a crianccedila natildeo vai avaliar entatildeo o acompanhante que estar ali tem que avaliar direitinho natildeo deixar a crianccedila mexer ou puxarrdquo (Bela)
ldquoNatildeo eacute toda matildee que esta vigiando que cuida pra que a crianccedila natildeo perca o acessordquo (Jasmine)
21 Almeida FA Sabateacutes AL Enfermagem pediaacutetrica a crianccedila o adolescente e a sua famiacutelia no hospital Satildeo Paulo(SP) Manole 2008
32
ldquoAcho que leva a perda quando o acompanhante natildeo coopera as vezes a gente faz a imobilizaccedilatildeo na crianccedila e as vezes eles ateacute retiram e a proacutepria crianccedila agitada ela mesmo arrancardquo (Branca de Neve)
ldquoAgraves vezes a proacutepria crianccedila que a matildee deixa muito solta ai solta o acessordquo (Mulan)
Apoacutes a implementaccedilatildeo da lei que garante um acompanhante ao paciente pediaacutetrico a
presenccedila do familiarresponsaacutevel durante a hospitalizaccedilatildeo mudou a rotina da equipe de
enfermagem trazendo duacutevidas quanto a real funccedilatildeo do acompanhante e fazendo com que a
mesma viesse a delegar certos cuidados para acompanhante
A Promulgaccedilatildeo da Lei 8069 do Estatuto da Crianccedila e do Adolescente (ECA) em
1990 no seu artigo 12deg garante agrave crianccedila ou ao adolescente o direito de ter um responsaacutevel
que o acompanhe durante a hospitalizaccedilatildeo (1990)
Desde a sua implantaccedilatildeo as unidades vecircm sofrendo um processo de reorganizaccedilatildeo de
suas praacuteticas A inserccedilatildeo da famiacutelia modifica a organizaccedilatildeo do processo de trabalho o que
requer dos profissionais uma compreensatildeo em relaccedilatildeo agrave dinacircmica das relaccedilotildees interpessoais
(COLLET e ROCHA 2004)
Pimenta e Collet (2009) ressaltam que natildeo haacute nenhuma regulamentaccedilatildeo sobre a
participaccedilatildeo da famiacutelia nos cuidados e no entanto a mesma desempenha atividades junto agrave
crianccedila durante a hospitalizaccedilatildeo que devem ser levadas em consideraccedilatildeo A falta de
reconhecimento desse fato fez com que a equipe de enfermagem e famiacutelia natildeo possuiacutessem
uma relaccedilatildeo aberta e vivessem uma relaccedilatildeo silenciosa e impliacutecita de poder na qual a famiacutelia
acaba assumindo as relaccedilotildees do cuidado agrave crianccedila de responsabilidade da enfermagem
A negociaccedilatildeo entre matildees e equipe de enfermagem em relaccedilatildeo aos cuidados agrave crianccedila
hospitalizada natildeo eacute uma tarefa faacutecil tendo em vista que natildeo se tem claro qual o seu novo
papel neste processo (COLLET e ROCHA 2004)
Eacute possiacutevel ver nas falas que a presenccedila do acompanhante causa para a equipe de
enfermagem a seguranccedila de ter algueacutem para ldquovigiarrdquo ldquotomar contardquo e natildeo deixar que a
crianccedila hospitalizada perca o acesso venoso quando na verdade eacute funccedilatildeo da equipe de
enfermagem cuidados referentes ao acesso venoso perifeacuterico
33
Jaacute o acompanhante eacute definido pelo Ministeacuterio da Sauacutede como uma pessoa significativa
para a crianccedila que representa sua rede social e que vai acompanhaacute-lo durante a permanecircncia
no ambiente hospitalar ressaltando assim sua importacircncia Esse fato se reforccedila visto que a
crianccedila encontra nos familiares a forccedila e seguranccedila necessaacuteria para encarar todo esse processo
doloroso e desconhecido (MURAKAMI e CAMPOS 2011 p255)
O acompanhante aleacutem de minimizar o sofrimento do paciente pediaacutetrico faz com que
o mesmo sinta-se mais a vontade Eacute importante ressaltar que o familiarresponsaacutevel natildeo soacute
pode como deve participar das atividades da crianccedila no hospital desde que estas natildeo sejam
competecircncias dos profissionais que os cercam Essas atividades satildeo caracterizadas como
semelhantes aos que eles realizam diariamente fora do ambiente hospitalar como o banho
Poreacutem no caso de um paciente com punccedilatildeo venosa perifeacuterica o profissional de enfermagem
deve auxiliar no cuidado para que essa natildeo se perca
Os cuidados dos familiaresacompanhantes satildeo os mesmos que os desenvolvidos no
domiciacutelio e os cuidados prestados pela equipe de enfermagem satildeo aqueles que demandam
conhecimento teacutecnico-cientiacutefico especializado (SOUZA e OLIVEIRA 2010 p558)
Mesmo alguns cuidados parecerem simples e rotineiros quando eacute prestado no
hospital assumem novas caracteriacutesticas com o uso de dispositivos tecnoloacutegicos os quais se
tornam complexos (PIMENTA E COLLET 2009)
O ato de cuidar envolve o respeito agrave maneira como vive cada indiviacuteduo de acordo
com suas crenccedilas valores costumes e cultura A famiacutelia como uma instituiccedilatildeo atende agraves
necessidades bioloacutegicas de seus membros sendo sua responsabilidade cuidar e criar os filhos
incluindo a obrigaccedilatildeo da alimentaccedilatildeo higiene vestuaacuterio e moradia (ELSEN22
Nas entrevistas podemos verificar falas em que o acompanhante eacute citado como
responsaacutevel por avaliar a punccedilatildeo venosa A equipe de enfermagem deve sempre partir do
pressuposto que o familiar acompanhante natildeo tem conhecimento cientiacutefico e certo tipo de
cuidado natildeo deve se delegado para o mesmo mostrando assim a importacircncia da orientaccedilatildeo do
acompanhante quanto aos procedimentos dispositivos utilizados e cuidados em que os
etal 1994
apud SOUZA e OLIVEIRA 2010 p 553)
22 Elsen I Patriacutecio ZM Assistecircncia agrave crianccedila hospitalizada tipos de abordagens e suas implicaccedilotildees para a enfermagem In A enfermagem em pediatria e puericultura Rio de Janeiro (RJ) Atheneu 2005
34
mesmos possam auxiliar Seguem abaixo as falas onde os profissionais ressaltaram a
importacircncia da orientaccedilatildeo do acompanhante
ldquoNem sempre a crianccedila vai entender o porque de estar com aquele acesso entatildeo tem que ter uma orientaccedilatildeo do acompanhanterdquo (Bela)
ldquoTem que haver orientaccedilatildeo do acompanhante para os cuidadosrdquo (Ariel)
ldquoAgraves vezes tem ate o exemplo de um pai que natildeo deixa trocar o acesso jaacute tinha mais de uma semana e ele natildeo queria que trocasse ai faz febre e natildeo sabe da onderdquo (Alice)
Para Souza e Oliveira (2010 p555) deve haver uma preocupaccedilatildeo em orientar
considerando que o outro natildeo tem nenhum tipo de conhecimento sobre o assunto Poreacutem
Queiroz e Jorge23
Apesar das dificuldades o profissional de enfermagem deve estabelecer um viacutenculo de
confianccedila com o acompanhante buscando sempre deixaacute-los ciente das situaccedilotildees e fazendo-os
participar dos cuidados plausiacuteveis sem causar nenhum dano agrave crianccedila e de maneira alguma
abandonar suas atribuiccedilotildees
(2004 apud SOUZA e OLIVEIRA 2010 p 556) ressaltam que apesar de os
profissionais terem intenccedilatildeo de orientar os cuidados para a sauacutede repassam conhecimentos
elaborados cientificamente dificultando a compreensatildeo do familiar aleacutem de a relaccedilatildeo se dar
de maneira vertical assimeacutetrica e coercitiva
23 Queiroz MVO Jorge MSB Accedilotildees educativas no cuidado infantil e intervenccedilotildees dos profissionais junto agraves famiacutelias Acta Scientiarum Maringaacute 2004 janjun 26(1) 27-34
35
CONCLUSAtildeO
Atraveacutes desse estudo foi possiacutevel descrever e analisar os cuidados que os profissionais
de enfermagem realizam acerca da permanecircncia do acesso venoso perifeacuterico Aleacutem disso a
realizaccedilatildeo da pesquisa permitiu identificar a desarticulaccedilatildeo do processo de enfermagem e a
praacutetica desconectada da produccedilatildeo cientiacutefica caracterizando a falta de uma educaccedilatildeo
continuada efetiva
A anaacutelise dos dados demonstra o processo de punccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico
ressaltando a importacircncia de cuidados como a seleccedilatildeo do local a diluiccedilatildeo da medicaccedilatildeo a
realizaccedilatildeo de uma boa fixaccedilatildeo a atenccedilatildeo com a velocidade de infusatildeo os cuidados com os
sinais de infecccedilatildeo e salinizaccedilatildeo do acesso natildeo deixando de salientar cuidados em desuso
como o uso da heparina da tala e duvidas em relaccedilatildeo ao tempo de permanecircncia Evidenciou
tambeacutem que a equipe de enfermagem delega alguns cuidados para os acompanhantes
Natildeo foi possiacutevel perceber o niacutevel de conhecimento cientiacutefico dos profissionais visto
que eles em nenhum momento por natildeo saberem ou por medo de se expor natildeo explicaram de
fato nenhum cuidado que disseram realizar Sempre citaram de forma superficial e direta
deixando claro tambeacutem que o pesquisador natildeo os indagou quanto a isso Poreacutem creio que
diante de cuidados tatildeo importantes e de frequente praacutetica os mesmos falariam facilmente
sobre os cuidados de enfermagem na permanecircncia do acesso venoso perifeacuterico
Apesar dos entrevistados citarem alguns fatores e cuidados realizados de forma
correta eacute visiacutevel que os mesmos realizam os cuidados com a punccedilatildeo e a permanencia do
acesso de forma automaacutetica sem unir a praacutetica com o fundamento do mesmo
Eacute importante destacar tambeacutem a importacircncia do preparo emocional da crianccedila como
tambeacutem os cuidados com a famiacutelia dos mesmos O trabalho de humanizaccedilatildeo realizado pela
36
enfermagem faz grande diferenccedila nessas situaccedilotildees visto que os pacientes e acompanhantes
tendo conhecimento do que seraacute realizado ficariam mais tranquilos
O estudo contribuiu para o campo do ensino nesta aacuterea dando destaque ao importante
papel que o profissional de enfermagem deve desempenhar no cuidado e na manutenccedilatildeo do
acesso venoso perifeacuterico Contudo vale ressaltar a importacircncia do incentivo ao profissional a
buscar na literatura natildeo soacute esclarecimento de suas duvidas mas tambeacutem novos
conhecimentos
Pode colaborar ainda para a realizaccedilatildeo de novas pesquisas na aacuterea procurando
eliminar duacutevidas e controveacutersias sobre o tema Buscando assim a realizaccedilatildeo de um cuidado de
enfermagem articulado e eficaz promovendo o bem-estar do paciente pediaacutetrico durante a
hospitalizaccedilatildeo
37
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APEcircNDICE I
TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO
DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO Tiacutetulo Do Projeto Os cuidados de enfermagem acerca dos acessos venosos perifeacutericos na unidade pediaacutetrica Pesquisador Responsaacutevel Rosane Cordeiro Burla de Aguiar Eny Dorea Paiva e Karina Rodrigues Fernandes Instituiccedilatildeo a que Pertence o Pesquisador Responsaacutevel Universidade Federal Fluminense Telefone para contato (21) 98355269 (21) 82392939 (21) 91786609 Nome do voluntaacuterio _________________________________________________________ Idade ________ anos RG ____________________________
AO Sr (a) estaacute sendo convidado (a) a participar do projeto de pesquisa OS CUIDADOS DE
ENFERMAGEM ACERCA DOS ACESSOS VENOSOS PERIFEacuteRICOS NA UNIDADE PEDIATRICA de
responsabilidade da pesquisadora Profordf Drordf Rosane Cordeiro Burla de Aguiar e Profordf Drordf Eny Dorea Paiva A
punccedilatildeo venosa perifeacuterica eacute um procedimento essencial durante a hospitalizaccedilatildeo da crianccedila visto que eacute atraveacutes
dela que eacute administrada grande parte das medicaccedilotildees Este estudo se justifica diante da importacircncia da
necessidade de um maior periacuteodo de permanecircncia dos acessos venosos perifeacutericos Com isso aleacutem da
diminuiccedilatildeo de eventos que causam dor e irritaccedilatildeo na crianccedila e na famiacutelia promoveraacute tambeacutem uma melhor estada
dos mesmos durante o periacuteodo de hospitalizaccedilatildeo Os objetivos da pesquisa satildeo 1) Descrever os fatores que
interferem na manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico de acordo com a equipe de enfermagem 2)Analisar os
cuidados da equipe de enfermagem na manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico A coleta de dados se daraacute
atraveacutes de entrevistas semi estruturadas que seratildeo gravadas As informaccedilotildees colhidas seratildeo tratadas de forma
anocircnima e confidencial ou seja em nenhum momento seratildeo divulgados o seu nome e somente os
pesquisadores teratildeo acesso agraves informaccedilotildees Os dados obtidos com a pesquisa poderatildeo ser publicados apenas com
fins cientiacuteficos Eles natildeo seratildeo utilizados para fins comerciais ou para outra finalidade qualquer Caso necessite
poderatildeo ser marcados encontros para respostas ou esclarecimentos de qualquer duacutevida acerca da pesquisa A sua
participaccedilatildeo eacute voluntaria e eacute importante lembrar que vocecirc poderaacute desistir de participar da pesquisa em qualquer
momento A entrevista seraacute marcada em um dia e horaacuterio que vocecirc achar melhor Seraacute realizada
individualmente em um ambiente que nos ofereccedila privacidade Esta pesquisa natildeo oferece riscos para vocecirc e os
benefiacutecios da sua participaccedilatildeo satildeo de aumentar o conhecimento cientiacutefico na aacuterea de Enfermagem Pediaacutetrica
aleacutem de contribuir para a praacutetica profissional Este documento seraacute elaborado em duas vias uma para vocecirc e a
outra seraacute arquivada pelo pesquisador
Eu_____________________________________________________________ RG no _____________________________ Declaro que apoacutes ter entendido o que me foi explicado consinto voluntariamente em participar do presente Protocolo de Pesquisa entendo ainda que posso retirar o meu consentimento a qualquer momento antes ou durante a realizaccedilatildeo do mesmo declaro ter sido informada(o) e concordo em participar como voluntaacuteria(o) da pesquisa acima descrita Rio de Janeiro_______de_______________de 20___ _____________________________ ________________________________
(Participante) Karina Rodrigues Fernandes (Responsaacutevel por obter o consentimento)
______________________________________ _______________________________________ (Testemunha) (Testemunha)
45
APEcircNDICE II
ROTEIRO PARA ENTREVISTA
1) O que vocecirc acha que pode levar a perda do acesso perifeacuterico
2) Para vocecirc o que eacute importante para manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico nas
crianccedilas
3) O que vocecirc acha que pode interferir na sua manutenccedilatildeo
4) Que medidas vocecirc adota no seu dia a dia para manter o acesso
5) Na sua vivencia profissional o que vocecirc discorda dos cuidados que geralmente satildeo
utilizados para manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico
46
ANEXO
47
48
32
ldquoAcho que leva a perda quando o acompanhante natildeo coopera as vezes a gente faz a imobilizaccedilatildeo na crianccedila e as vezes eles ateacute retiram e a proacutepria crianccedila agitada ela mesmo arrancardquo (Branca de Neve)
ldquoAgraves vezes a proacutepria crianccedila que a matildee deixa muito solta ai solta o acessordquo (Mulan)
Apoacutes a implementaccedilatildeo da lei que garante um acompanhante ao paciente pediaacutetrico a
presenccedila do familiarresponsaacutevel durante a hospitalizaccedilatildeo mudou a rotina da equipe de
enfermagem trazendo duacutevidas quanto a real funccedilatildeo do acompanhante e fazendo com que a
mesma viesse a delegar certos cuidados para acompanhante
A Promulgaccedilatildeo da Lei 8069 do Estatuto da Crianccedila e do Adolescente (ECA) em
1990 no seu artigo 12deg garante agrave crianccedila ou ao adolescente o direito de ter um responsaacutevel
que o acompanhe durante a hospitalizaccedilatildeo (1990)
Desde a sua implantaccedilatildeo as unidades vecircm sofrendo um processo de reorganizaccedilatildeo de
suas praacuteticas A inserccedilatildeo da famiacutelia modifica a organizaccedilatildeo do processo de trabalho o que
requer dos profissionais uma compreensatildeo em relaccedilatildeo agrave dinacircmica das relaccedilotildees interpessoais
(COLLET e ROCHA 2004)
Pimenta e Collet (2009) ressaltam que natildeo haacute nenhuma regulamentaccedilatildeo sobre a
participaccedilatildeo da famiacutelia nos cuidados e no entanto a mesma desempenha atividades junto agrave
crianccedila durante a hospitalizaccedilatildeo que devem ser levadas em consideraccedilatildeo A falta de
reconhecimento desse fato fez com que a equipe de enfermagem e famiacutelia natildeo possuiacutessem
uma relaccedilatildeo aberta e vivessem uma relaccedilatildeo silenciosa e impliacutecita de poder na qual a famiacutelia
acaba assumindo as relaccedilotildees do cuidado agrave crianccedila de responsabilidade da enfermagem
A negociaccedilatildeo entre matildees e equipe de enfermagem em relaccedilatildeo aos cuidados agrave crianccedila
hospitalizada natildeo eacute uma tarefa faacutecil tendo em vista que natildeo se tem claro qual o seu novo
papel neste processo (COLLET e ROCHA 2004)
Eacute possiacutevel ver nas falas que a presenccedila do acompanhante causa para a equipe de
enfermagem a seguranccedila de ter algueacutem para ldquovigiarrdquo ldquotomar contardquo e natildeo deixar que a
crianccedila hospitalizada perca o acesso venoso quando na verdade eacute funccedilatildeo da equipe de
enfermagem cuidados referentes ao acesso venoso perifeacuterico
33
Jaacute o acompanhante eacute definido pelo Ministeacuterio da Sauacutede como uma pessoa significativa
para a crianccedila que representa sua rede social e que vai acompanhaacute-lo durante a permanecircncia
no ambiente hospitalar ressaltando assim sua importacircncia Esse fato se reforccedila visto que a
crianccedila encontra nos familiares a forccedila e seguranccedila necessaacuteria para encarar todo esse processo
doloroso e desconhecido (MURAKAMI e CAMPOS 2011 p255)
O acompanhante aleacutem de minimizar o sofrimento do paciente pediaacutetrico faz com que
o mesmo sinta-se mais a vontade Eacute importante ressaltar que o familiarresponsaacutevel natildeo soacute
pode como deve participar das atividades da crianccedila no hospital desde que estas natildeo sejam
competecircncias dos profissionais que os cercam Essas atividades satildeo caracterizadas como
semelhantes aos que eles realizam diariamente fora do ambiente hospitalar como o banho
Poreacutem no caso de um paciente com punccedilatildeo venosa perifeacuterica o profissional de enfermagem
deve auxiliar no cuidado para que essa natildeo se perca
Os cuidados dos familiaresacompanhantes satildeo os mesmos que os desenvolvidos no
domiciacutelio e os cuidados prestados pela equipe de enfermagem satildeo aqueles que demandam
conhecimento teacutecnico-cientiacutefico especializado (SOUZA e OLIVEIRA 2010 p558)
Mesmo alguns cuidados parecerem simples e rotineiros quando eacute prestado no
hospital assumem novas caracteriacutesticas com o uso de dispositivos tecnoloacutegicos os quais se
tornam complexos (PIMENTA E COLLET 2009)
O ato de cuidar envolve o respeito agrave maneira como vive cada indiviacuteduo de acordo
com suas crenccedilas valores costumes e cultura A famiacutelia como uma instituiccedilatildeo atende agraves
necessidades bioloacutegicas de seus membros sendo sua responsabilidade cuidar e criar os filhos
incluindo a obrigaccedilatildeo da alimentaccedilatildeo higiene vestuaacuterio e moradia (ELSEN22
Nas entrevistas podemos verificar falas em que o acompanhante eacute citado como
responsaacutevel por avaliar a punccedilatildeo venosa A equipe de enfermagem deve sempre partir do
pressuposto que o familiar acompanhante natildeo tem conhecimento cientiacutefico e certo tipo de
cuidado natildeo deve se delegado para o mesmo mostrando assim a importacircncia da orientaccedilatildeo do
acompanhante quanto aos procedimentos dispositivos utilizados e cuidados em que os
etal 1994
apud SOUZA e OLIVEIRA 2010 p 553)
22 Elsen I Patriacutecio ZM Assistecircncia agrave crianccedila hospitalizada tipos de abordagens e suas implicaccedilotildees para a enfermagem In A enfermagem em pediatria e puericultura Rio de Janeiro (RJ) Atheneu 2005
34
mesmos possam auxiliar Seguem abaixo as falas onde os profissionais ressaltaram a
importacircncia da orientaccedilatildeo do acompanhante
ldquoNem sempre a crianccedila vai entender o porque de estar com aquele acesso entatildeo tem que ter uma orientaccedilatildeo do acompanhanterdquo (Bela)
ldquoTem que haver orientaccedilatildeo do acompanhante para os cuidadosrdquo (Ariel)
ldquoAgraves vezes tem ate o exemplo de um pai que natildeo deixa trocar o acesso jaacute tinha mais de uma semana e ele natildeo queria que trocasse ai faz febre e natildeo sabe da onderdquo (Alice)
Para Souza e Oliveira (2010 p555) deve haver uma preocupaccedilatildeo em orientar
considerando que o outro natildeo tem nenhum tipo de conhecimento sobre o assunto Poreacutem
Queiroz e Jorge23
Apesar das dificuldades o profissional de enfermagem deve estabelecer um viacutenculo de
confianccedila com o acompanhante buscando sempre deixaacute-los ciente das situaccedilotildees e fazendo-os
participar dos cuidados plausiacuteveis sem causar nenhum dano agrave crianccedila e de maneira alguma
abandonar suas atribuiccedilotildees
(2004 apud SOUZA e OLIVEIRA 2010 p 556) ressaltam que apesar de os
profissionais terem intenccedilatildeo de orientar os cuidados para a sauacutede repassam conhecimentos
elaborados cientificamente dificultando a compreensatildeo do familiar aleacutem de a relaccedilatildeo se dar
de maneira vertical assimeacutetrica e coercitiva
23 Queiroz MVO Jorge MSB Accedilotildees educativas no cuidado infantil e intervenccedilotildees dos profissionais junto agraves famiacutelias Acta Scientiarum Maringaacute 2004 janjun 26(1) 27-34
35
CONCLUSAtildeO
Atraveacutes desse estudo foi possiacutevel descrever e analisar os cuidados que os profissionais
de enfermagem realizam acerca da permanecircncia do acesso venoso perifeacuterico Aleacutem disso a
realizaccedilatildeo da pesquisa permitiu identificar a desarticulaccedilatildeo do processo de enfermagem e a
praacutetica desconectada da produccedilatildeo cientiacutefica caracterizando a falta de uma educaccedilatildeo
continuada efetiva
A anaacutelise dos dados demonstra o processo de punccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico
ressaltando a importacircncia de cuidados como a seleccedilatildeo do local a diluiccedilatildeo da medicaccedilatildeo a
realizaccedilatildeo de uma boa fixaccedilatildeo a atenccedilatildeo com a velocidade de infusatildeo os cuidados com os
sinais de infecccedilatildeo e salinizaccedilatildeo do acesso natildeo deixando de salientar cuidados em desuso
como o uso da heparina da tala e duvidas em relaccedilatildeo ao tempo de permanecircncia Evidenciou
tambeacutem que a equipe de enfermagem delega alguns cuidados para os acompanhantes
Natildeo foi possiacutevel perceber o niacutevel de conhecimento cientiacutefico dos profissionais visto
que eles em nenhum momento por natildeo saberem ou por medo de se expor natildeo explicaram de
fato nenhum cuidado que disseram realizar Sempre citaram de forma superficial e direta
deixando claro tambeacutem que o pesquisador natildeo os indagou quanto a isso Poreacutem creio que
diante de cuidados tatildeo importantes e de frequente praacutetica os mesmos falariam facilmente
sobre os cuidados de enfermagem na permanecircncia do acesso venoso perifeacuterico
Apesar dos entrevistados citarem alguns fatores e cuidados realizados de forma
correta eacute visiacutevel que os mesmos realizam os cuidados com a punccedilatildeo e a permanencia do
acesso de forma automaacutetica sem unir a praacutetica com o fundamento do mesmo
Eacute importante destacar tambeacutem a importacircncia do preparo emocional da crianccedila como
tambeacutem os cuidados com a famiacutelia dos mesmos O trabalho de humanizaccedilatildeo realizado pela
36
enfermagem faz grande diferenccedila nessas situaccedilotildees visto que os pacientes e acompanhantes
tendo conhecimento do que seraacute realizado ficariam mais tranquilos
O estudo contribuiu para o campo do ensino nesta aacuterea dando destaque ao importante
papel que o profissional de enfermagem deve desempenhar no cuidado e na manutenccedilatildeo do
acesso venoso perifeacuterico Contudo vale ressaltar a importacircncia do incentivo ao profissional a
buscar na literatura natildeo soacute esclarecimento de suas duvidas mas tambeacutem novos
conhecimentos
Pode colaborar ainda para a realizaccedilatildeo de novas pesquisas na aacuterea procurando
eliminar duacutevidas e controveacutersias sobre o tema Buscando assim a realizaccedilatildeo de um cuidado de
enfermagem articulado e eficaz promovendo o bem-estar do paciente pediaacutetrico durante a
hospitalizaccedilatildeo
37
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44
APEcircNDICE I
TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO
DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO Tiacutetulo Do Projeto Os cuidados de enfermagem acerca dos acessos venosos perifeacutericos na unidade pediaacutetrica Pesquisador Responsaacutevel Rosane Cordeiro Burla de Aguiar Eny Dorea Paiva e Karina Rodrigues Fernandes Instituiccedilatildeo a que Pertence o Pesquisador Responsaacutevel Universidade Federal Fluminense Telefone para contato (21) 98355269 (21) 82392939 (21) 91786609 Nome do voluntaacuterio _________________________________________________________ Idade ________ anos RG ____________________________
AO Sr (a) estaacute sendo convidado (a) a participar do projeto de pesquisa OS CUIDADOS DE
ENFERMAGEM ACERCA DOS ACESSOS VENOSOS PERIFEacuteRICOS NA UNIDADE PEDIATRICA de
responsabilidade da pesquisadora Profordf Drordf Rosane Cordeiro Burla de Aguiar e Profordf Drordf Eny Dorea Paiva A
punccedilatildeo venosa perifeacuterica eacute um procedimento essencial durante a hospitalizaccedilatildeo da crianccedila visto que eacute atraveacutes
dela que eacute administrada grande parte das medicaccedilotildees Este estudo se justifica diante da importacircncia da
necessidade de um maior periacuteodo de permanecircncia dos acessos venosos perifeacutericos Com isso aleacutem da
diminuiccedilatildeo de eventos que causam dor e irritaccedilatildeo na crianccedila e na famiacutelia promoveraacute tambeacutem uma melhor estada
dos mesmos durante o periacuteodo de hospitalizaccedilatildeo Os objetivos da pesquisa satildeo 1) Descrever os fatores que
interferem na manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico de acordo com a equipe de enfermagem 2)Analisar os
cuidados da equipe de enfermagem na manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico A coleta de dados se daraacute
atraveacutes de entrevistas semi estruturadas que seratildeo gravadas As informaccedilotildees colhidas seratildeo tratadas de forma
anocircnima e confidencial ou seja em nenhum momento seratildeo divulgados o seu nome e somente os
pesquisadores teratildeo acesso agraves informaccedilotildees Os dados obtidos com a pesquisa poderatildeo ser publicados apenas com
fins cientiacuteficos Eles natildeo seratildeo utilizados para fins comerciais ou para outra finalidade qualquer Caso necessite
poderatildeo ser marcados encontros para respostas ou esclarecimentos de qualquer duacutevida acerca da pesquisa A sua
participaccedilatildeo eacute voluntaria e eacute importante lembrar que vocecirc poderaacute desistir de participar da pesquisa em qualquer
momento A entrevista seraacute marcada em um dia e horaacuterio que vocecirc achar melhor Seraacute realizada
individualmente em um ambiente que nos ofereccedila privacidade Esta pesquisa natildeo oferece riscos para vocecirc e os
benefiacutecios da sua participaccedilatildeo satildeo de aumentar o conhecimento cientiacutefico na aacuterea de Enfermagem Pediaacutetrica
aleacutem de contribuir para a praacutetica profissional Este documento seraacute elaborado em duas vias uma para vocecirc e a
outra seraacute arquivada pelo pesquisador
Eu_____________________________________________________________ RG no _____________________________ Declaro que apoacutes ter entendido o que me foi explicado consinto voluntariamente em participar do presente Protocolo de Pesquisa entendo ainda que posso retirar o meu consentimento a qualquer momento antes ou durante a realizaccedilatildeo do mesmo declaro ter sido informada(o) e concordo em participar como voluntaacuteria(o) da pesquisa acima descrita Rio de Janeiro_______de_______________de 20___ _____________________________ ________________________________
(Participante) Karina Rodrigues Fernandes (Responsaacutevel por obter o consentimento)
______________________________________ _______________________________________ (Testemunha) (Testemunha)
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APEcircNDICE II
ROTEIRO PARA ENTREVISTA
1) O que vocecirc acha que pode levar a perda do acesso perifeacuterico
2) Para vocecirc o que eacute importante para manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico nas
crianccedilas
3) O que vocecirc acha que pode interferir na sua manutenccedilatildeo
4) Que medidas vocecirc adota no seu dia a dia para manter o acesso
5) Na sua vivencia profissional o que vocecirc discorda dos cuidados que geralmente satildeo
utilizados para manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico
46
ANEXO
47
48
33
Jaacute o acompanhante eacute definido pelo Ministeacuterio da Sauacutede como uma pessoa significativa
para a crianccedila que representa sua rede social e que vai acompanhaacute-lo durante a permanecircncia
no ambiente hospitalar ressaltando assim sua importacircncia Esse fato se reforccedila visto que a
crianccedila encontra nos familiares a forccedila e seguranccedila necessaacuteria para encarar todo esse processo
doloroso e desconhecido (MURAKAMI e CAMPOS 2011 p255)
O acompanhante aleacutem de minimizar o sofrimento do paciente pediaacutetrico faz com que
o mesmo sinta-se mais a vontade Eacute importante ressaltar que o familiarresponsaacutevel natildeo soacute
pode como deve participar das atividades da crianccedila no hospital desde que estas natildeo sejam
competecircncias dos profissionais que os cercam Essas atividades satildeo caracterizadas como
semelhantes aos que eles realizam diariamente fora do ambiente hospitalar como o banho
Poreacutem no caso de um paciente com punccedilatildeo venosa perifeacuterica o profissional de enfermagem
deve auxiliar no cuidado para que essa natildeo se perca
Os cuidados dos familiaresacompanhantes satildeo os mesmos que os desenvolvidos no
domiciacutelio e os cuidados prestados pela equipe de enfermagem satildeo aqueles que demandam
conhecimento teacutecnico-cientiacutefico especializado (SOUZA e OLIVEIRA 2010 p558)
Mesmo alguns cuidados parecerem simples e rotineiros quando eacute prestado no
hospital assumem novas caracteriacutesticas com o uso de dispositivos tecnoloacutegicos os quais se
tornam complexos (PIMENTA E COLLET 2009)
O ato de cuidar envolve o respeito agrave maneira como vive cada indiviacuteduo de acordo
com suas crenccedilas valores costumes e cultura A famiacutelia como uma instituiccedilatildeo atende agraves
necessidades bioloacutegicas de seus membros sendo sua responsabilidade cuidar e criar os filhos
incluindo a obrigaccedilatildeo da alimentaccedilatildeo higiene vestuaacuterio e moradia (ELSEN22
Nas entrevistas podemos verificar falas em que o acompanhante eacute citado como
responsaacutevel por avaliar a punccedilatildeo venosa A equipe de enfermagem deve sempre partir do
pressuposto que o familiar acompanhante natildeo tem conhecimento cientiacutefico e certo tipo de
cuidado natildeo deve se delegado para o mesmo mostrando assim a importacircncia da orientaccedilatildeo do
acompanhante quanto aos procedimentos dispositivos utilizados e cuidados em que os
etal 1994
apud SOUZA e OLIVEIRA 2010 p 553)
22 Elsen I Patriacutecio ZM Assistecircncia agrave crianccedila hospitalizada tipos de abordagens e suas implicaccedilotildees para a enfermagem In A enfermagem em pediatria e puericultura Rio de Janeiro (RJ) Atheneu 2005
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mesmos possam auxiliar Seguem abaixo as falas onde os profissionais ressaltaram a
importacircncia da orientaccedilatildeo do acompanhante
ldquoNem sempre a crianccedila vai entender o porque de estar com aquele acesso entatildeo tem que ter uma orientaccedilatildeo do acompanhanterdquo (Bela)
ldquoTem que haver orientaccedilatildeo do acompanhante para os cuidadosrdquo (Ariel)
ldquoAgraves vezes tem ate o exemplo de um pai que natildeo deixa trocar o acesso jaacute tinha mais de uma semana e ele natildeo queria que trocasse ai faz febre e natildeo sabe da onderdquo (Alice)
Para Souza e Oliveira (2010 p555) deve haver uma preocupaccedilatildeo em orientar
considerando que o outro natildeo tem nenhum tipo de conhecimento sobre o assunto Poreacutem
Queiroz e Jorge23
Apesar das dificuldades o profissional de enfermagem deve estabelecer um viacutenculo de
confianccedila com o acompanhante buscando sempre deixaacute-los ciente das situaccedilotildees e fazendo-os
participar dos cuidados plausiacuteveis sem causar nenhum dano agrave crianccedila e de maneira alguma
abandonar suas atribuiccedilotildees
(2004 apud SOUZA e OLIVEIRA 2010 p 556) ressaltam que apesar de os
profissionais terem intenccedilatildeo de orientar os cuidados para a sauacutede repassam conhecimentos
elaborados cientificamente dificultando a compreensatildeo do familiar aleacutem de a relaccedilatildeo se dar
de maneira vertical assimeacutetrica e coercitiva
23 Queiroz MVO Jorge MSB Accedilotildees educativas no cuidado infantil e intervenccedilotildees dos profissionais junto agraves famiacutelias Acta Scientiarum Maringaacute 2004 janjun 26(1) 27-34
35
CONCLUSAtildeO
Atraveacutes desse estudo foi possiacutevel descrever e analisar os cuidados que os profissionais
de enfermagem realizam acerca da permanecircncia do acesso venoso perifeacuterico Aleacutem disso a
realizaccedilatildeo da pesquisa permitiu identificar a desarticulaccedilatildeo do processo de enfermagem e a
praacutetica desconectada da produccedilatildeo cientiacutefica caracterizando a falta de uma educaccedilatildeo
continuada efetiva
A anaacutelise dos dados demonstra o processo de punccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico
ressaltando a importacircncia de cuidados como a seleccedilatildeo do local a diluiccedilatildeo da medicaccedilatildeo a
realizaccedilatildeo de uma boa fixaccedilatildeo a atenccedilatildeo com a velocidade de infusatildeo os cuidados com os
sinais de infecccedilatildeo e salinizaccedilatildeo do acesso natildeo deixando de salientar cuidados em desuso
como o uso da heparina da tala e duvidas em relaccedilatildeo ao tempo de permanecircncia Evidenciou
tambeacutem que a equipe de enfermagem delega alguns cuidados para os acompanhantes
Natildeo foi possiacutevel perceber o niacutevel de conhecimento cientiacutefico dos profissionais visto
que eles em nenhum momento por natildeo saberem ou por medo de se expor natildeo explicaram de
fato nenhum cuidado que disseram realizar Sempre citaram de forma superficial e direta
deixando claro tambeacutem que o pesquisador natildeo os indagou quanto a isso Poreacutem creio que
diante de cuidados tatildeo importantes e de frequente praacutetica os mesmos falariam facilmente
sobre os cuidados de enfermagem na permanecircncia do acesso venoso perifeacuterico
Apesar dos entrevistados citarem alguns fatores e cuidados realizados de forma
correta eacute visiacutevel que os mesmos realizam os cuidados com a punccedilatildeo e a permanencia do
acesso de forma automaacutetica sem unir a praacutetica com o fundamento do mesmo
Eacute importante destacar tambeacutem a importacircncia do preparo emocional da crianccedila como
tambeacutem os cuidados com a famiacutelia dos mesmos O trabalho de humanizaccedilatildeo realizado pela
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enfermagem faz grande diferenccedila nessas situaccedilotildees visto que os pacientes e acompanhantes
tendo conhecimento do que seraacute realizado ficariam mais tranquilos
O estudo contribuiu para o campo do ensino nesta aacuterea dando destaque ao importante
papel que o profissional de enfermagem deve desempenhar no cuidado e na manutenccedilatildeo do
acesso venoso perifeacuterico Contudo vale ressaltar a importacircncia do incentivo ao profissional a
buscar na literatura natildeo soacute esclarecimento de suas duvidas mas tambeacutem novos
conhecimentos
Pode colaborar ainda para a realizaccedilatildeo de novas pesquisas na aacuterea procurando
eliminar duacutevidas e controveacutersias sobre o tema Buscando assim a realizaccedilatildeo de um cuidado de
enfermagem articulado e eficaz promovendo o bem-estar do paciente pediaacutetrico durante a
hospitalizaccedilatildeo
37
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THOMAZINE Angeacutelica Malman PASSOS Rocircmulo Silva BAY JUacuteNIOR Osvaldo Goacutees
COLLET Neusa OLIVEIRA Beatriz Rosana Gonccedilalves de Assistecircncia de enfermagem agrave
crianccedila hospitalizada um resgate histoacuterico Ciˆnc cuid sapoundde 7(supl1) 145-152 maio 2008
Disponiacutevel em lt httpwwwperiodicosuembrojsindexphpCiencCuidSaudearticleview65873899 Acesso
em 01 de julho de 2013
44
APEcircNDICE I
TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO
DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO Tiacutetulo Do Projeto Os cuidados de enfermagem acerca dos acessos venosos perifeacutericos na unidade pediaacutetrica Pesquisador Responsaacutevel Rosane Cordeiro Burla de Aguiar Eny Dorea Paiva e Karina Rodrigues Fernandes Instituiccedilatildeo a que Pertence o Pesquisador Responsaacutevel Universidade Federal Fluminense Telefone para contato (21) 98355269 (21) 82392939 (21) 91786609 Nome do voluntaacuterio _________________________________________________________ Idade ________ anos RG ____________________________
AO Sr (a) estaacute sendo convidado (a) a participar do projeto de pesquisa OS CUIDADOS DE
ENFERMAGEM ACERCA DOS ACESSOS VENOSOS PERIFEacuteRICOS NA UNIDADE PEDIATRICA de
responsabilidade da pesquisadora Profordf Drordf Rosane Cordeiro Burla de Aguiar e Profordf Drordf Eny Dorea Paiva A
punccedilatildeo venosa perifeacuterica eacute um procedimento essencial durante a hospitalizaccedilatildeo da crianccedila visto que eacute atraveacutes
dela que eacute administrada grande parte das medicaccedilotildees Este estudo se justifica diante da importacircncia da
necessidade de um maior periacuteodo de permanecircncia dos acessos venosos perifeacutericos Com isso aleacutem da
diminuiccedilatildeo de eventos que causam dor e irritaccedilatildeo na crianccedila e na famiacutelia promoveraacute tambeacutem uma melhor estada
dos mesmos durante o periacuteodo de hospitalizaccedilatildeo Os objetivos da pesquisa satildeo 1) Descrever os fatores que
interferem na manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico de acordo com a equipe de enfermagem 2)Analisar os
cuidados da equipe de enfermagem na manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico A coleta de dados se daraacute
atraveacutes de entrevistas semi estruturadas que seratildeo gravadas As informaccedilotildees colhidas seratildeo tratadas de forma
anocircnima e confidencial ou seja em nenhum momento seratildeo divulgados o seu nome e somente os
pesquisadores teratildeo acesso agraves informaccedilotildees Os dados obtidos com a pesquisa poderatildeo ser publicados apenas com
fins cientiacuteficos Eles natildeo seratildeo utilizados para fins comerciais ou para outra finalidade qualquer Caso necessite
poderatildeo ser marcados encontros para respostas ou esclarecimentos de qualquer duacutevida acerca da pesquisa A sua
participaccedilatildeo eacute voluntaria e eacute importante lembrar que vocecirc poderaacute desistir de participar da pesquisa em qualquer
momento A entrevista seraacute marcada em um dia e horaacuterio que vocecirc achar melhor Seraacute realizada
individualmente em um ambiente que nos ofereccedila privacidade Esta pesquisa natildeo oferece riscos para vocecirc e os
benefiacutecios da sua participaccedilatildeo satildeo de aumentar o conhecimento cientiacutefico na aacuterea de Enfermagem Pediaacutetrica
aleacutem de contribuir para a praacutetica profissional Este documento seraacute elaborado em duas vias uma para vocecirc e a
outra seraacute arquivada pelo pesquisador
Eu_____________________________________________________________ RG no _____________________________ Declaro que apoacutes ter entendido o que me foi explicado consinto voluntariamente em participar do presente Protocolo de Pesquisa entendo ainda que posso retirar o meu consentimento a qualquer momento antes ou durante a realizaccedilatildeo do mesmo declaro ter sido informada(o) e concordo em participar como voluntaacuteria(o) da pesquisa acima descrita Rio de Janeiro_______de_______________de 20___ _____________________________ ________________________________
(Participante) Karina Rodrigues Fernandes (Responsaacutevel por obter o consentimento)
______________________________________ _______________________________________ (Testemunha) (Testemunha)
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APEcircNDICE II
ROTEIRO PARA ENTREVISTA
1) O que vocecirc acha que pode levar a perda do acesso perifeacuterico
2) Para vocecirc o que eacute importante para manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico nas
crianccedilas
3) O que vocecirc acha que pode interferir na sua manutenccedilatildeo
4) Que medidas vocecirc adota no seu dia a dia para manter o acesso
5) Na sua vivencia profissional o que vocecirc discorda dos cuidados que geralmente satildeo
utilizados para manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico
46
ANEXO
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mesmos possam auxiliar Seguem abaixo as falas onde os profissionais ressaltaram a
importacircncia da orientaccedilatildeo do acompanhante
ldquoNem sempre a crianccedila vai entender o porque de estar com aquele acesso entatildeo tem que ter uma orientaccedilatildeo do acompanhanterdquo (Bela)
ldquoTem que haver orientaccedilatildeo do acompanhante para os cuidadosrdquo (Ariel)
ldquoAgraves vezes tem ate o exemplo de um pai que natildeo deixa trocar o acesso jaacute tinha mais de uma semana e ele natildeo queria que trocasse ai faz febre e natildeo sabe da onderdquo (Alice)
Para Souza e Oliveira (2010 p555) deve haver uma preocupaccedilatildeo em orientar
considerando que o outro natildeo tem nenhum tipo de conhecimento sobre o assunto Poreacutem
Queiroz e Jorge23
Apesar das dificuldades o profissional de enfermagem deve estabelecer um viacutenculo de
confianccedila com o acompanhante buscando sempre deixaacute-los ciente das situaccedilotildees e fazendo-os
participar dos cuidados plausiacuteveis sem causar nenhum dano agrave crianccedila e de maneira alguma
abandonar suas atribuiccedilotildees
(2004 apud SOUZA e OLIVEIRA 2010 p 556) ressaltam que apesar de os
profissionais terem intenccedilatildeo de orientar os cuidados para a sauacutede repassam conhecimentos
elaborados cientificamente dificultando a compreensatildeo do familiar aleacutem de a relaccedilatildeo se dar
de maneira vertical assimeacutetrica e coercitiva
23 Queiroz MVO Jorge MSB Accedilotildees educativas no cuidado infantil e intervenccedilotildees dos profissionais junto agraves famiacutelias Acta Scientiarum Maringaacute 2004 janjun 26(1) 27-34
35
CONCLUSAtildeO
Atraveacutes desse estudo foi possiacutevel descrever e analisar os cuidados que os profissionais
de enfermagem realizam acerca da permanecircncia do acesso venoso perifeacuterico Aleacutem disso a
realizaccedilatildeo da pesquisa permitiu identificar a desarticulaccedilatildeo do processo de enfermagem e a
praacutetica desconectada da produccedilatildeo cientiacutefica caracterizando a falta de uma educaccedilatildeo
continuada efetiva
A anaacutelise dos dados demonstra o processo de punccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico
ressaltando a importacircncia de cuidados como a seleccedilatildeo do local a diluiccedilatildeo da medicaccedilatildeo a
realizaccedilatildeo de uma boa fixaccedilatildeo a atenccedilatildeo com a velocidade de infusatildeo os cuidados com os
sinais de infecccedilatildeo e salinizaccedilatildeo do acesso natildeo deixando de salientar cuidados em desuso
como o uso da heparina da tala e duvidas em relaccedilatildeo ao tempo de permanecircncia Evidenciou
tambeacutem que a equipe de enfermagem delega alguns cuidados para os acompanhantes
Natildeo foi possiacutevel perceber o niacutevel de conhecimento cientiacutefico dos profissionais visto
que eles em nenhum momento por natildeo saberem ou por medo de se expor natildeo explicaram de
fato nenhum cuidado que disseram realizar Sempre citaram de forma superficial e direta
deixando claro tambeacutem que o pesquisador natildeo os indagou quanto a isso Poreacutem creio que
diante de cuidados tatildeo importantes e de frequente praacutetica os mesmos falariam facilmente
sobre os cuidados de enfermagem na permanecircncia do acesso venoso perifeacuterico
Apesar dos entrevistados citarem alguns fatores e cuidados realizados de forma
correta eacute visiacutevel que os mesmos realizam os cuidados com a punccedilatildeo e a permanencia do
acesso de forma automaacutetica sem unir a praacutetica com o fundamento do mesmo
Eacute importante destacar tambeacutem a importacircncia do preparo emocional da crianccedila como
tambeacutem os cuidados com a famiacutelia dos mesmos O trabalho de humanizaccedilatildeo realizado pela
36
enfermagem faz grande diferenccedila nessas situaccedilotildees visto que os pacientes e acompanhantes
tendo conhecimento do que seraacute realizado ficariam mais tranquilos
O estudo contribuiu para o campo do ensino nesta aacuterea dando destaque ao importante
papel que o profissional de enfermagem deve desempenhar no cuidado e na manutenccedilatildeo do
acesso venoso perifeacuterico Contudo vale ressaltar a importacircncia do incentivo ao profissional a
buscar na literatura natildeo soacute esclarecimento de suas duvidas mas tambeacutem novos
conhecimentos
Pode colaborar ainda para a realizaccedilatildeo de novas pesquisas na aacuterea procurando
eliminar duacutevidas e controveacutersias sobre o tema Buscando assim a realizaccedilatildeo de um cuidado de
enfermagem articulado e eficaz promovendo o bem-estar do paciente pediaacutetrico durante a
hospitalizaccedilatildeo
37
REFEREcircNCIAS
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dela que eacute administrada grande parte das medicaccedilotildees Este estudo se justifica diante da importacircncia da
necessidade de um maior periacuteodo de permanecircncia dos acessos venosos perifeacutericos Com isso aleacutem da
diminuiccedilatildeo de eventos que causam dor e irritaccedilatildeo na crianccedila e na famiacutelia promoveraacute tambeacutem uma melhor estada
dos mesmos durante o periacuteodo de hospitalizaccedilatildeo Os objetivos da pesquisa satildeo 1) Descrever os fatores que
interferem na manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico de acordo com a equipe de enfermagem 2)Analisar os
cuidados da equipe de enfermagem na manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico A coleta de dados se daraacute
atraveacutes de entrevistas semi estruturadas que seratildeo gravadas As informaccedilotildees colhidas seratildeo tratadas de forma
anocircnima e confidencial ou seja em nenhum momento seratildeo divulgados o seu nome e somente os
pesquisadores teratildeo acesso agraves informaccedilotildees Os dados obtidos com a pesquisa poderatildeo ser publicados apenas com
fins cientiacuteficos Eles natildeo seratildeo utilizados para fins comerciais ou para outra finalidade qualquer Caso necessite
poderatildeo ser marcados encontros para respostas ou esclarecimentos de qualquer duacutevida acerca da pesquisa A sua
participaccedilatildeo eacute voluntaria e eacute importante lembrar que vocecirc poderaacute desistir de participar da pesquisa em qualquer
momento A entrevista seraacute marcada em um dia e horaacuterio que vocecirc achar melhor Seraacute realizada
individualmente em um ambiente que nos ofereccedila privacidade Esta pesquisa natildeo oferece riscos para vocecirc e os
benefiacutecios da sua participaccedilatildeo satildeo de aumentar o conhecimento cientiacutefico na aacuterea de Enfermagem Pediaacutetrica
aleacutem de contribuir para a praacutetica profissional Este documento seraacute elaborado em duas vias uma para vocecirc e a
outra seraacute arquivada pelo pesquisador
Eu_____________________________________________________________ RG no _____________________________ Declaro que apoacutes ter entendido o que me foi explicado consinto voluntariamente em participar do presente Protocolo de Pesquisa entendo ainda que posso retirar o meu consentimento a qualquer momento antes ou durante a realizaccedilatildeo do mesmo declaro ter sido informada(o) e concordo em participar como voluntaacuteria(o) da pesquisa acima descrita Rio de Janeiro_______de_______________de 20___ _____________________________ ________________________________
(Participante) Karina Rodrigues Fernandes (Responsaacutevel por obter o consentimento)
______________________________________ _______________________________________ (Testemunha) (Testemunha)
45
APEcircNDICE II
ROTEIRO PARA ENTREVISTA
1) O que vocecirc acha que pode levar a perda do acesso perifeacuterico
2) Para vocecirc o que eacute importante para manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico nas
crianccedilas
3) O que vocecirc acha que pode interferir na sua manutenccedilatildeo
4) Que medidas vocecirc adota no seu dia a dia para manter o acesso
5) Na sua vivencia profissional o que vocecirc discorda dos cuidados que geralmente satildeo
utilizados para manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico
46
ANEXO
47
48
35
CONCLUSAtildeO
Atraveacutes desse estudo foi possiacutevel descrever e analisar os cuidados que os profissionais
de enfermagem realizam acerca da permanecircncia do acesso venoso perifeacuterico Aleacutem disso a
realizaccedilatildeo da pesquisa permitiu identificar a desarticulaccedilatildeo do processo de enfermagem e a
praacutetica desconectada da produccedilatildeo cientiacutefica caracterizando a falta de uma educaccedilatildeo
continuada efetiva
A anaacutelise dos dados demonstra o processo de punccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico
ressaltando a importacircncia de cuidados como a seleccedilatildeo do local a diluiccedilatildeo da medicaccedilatildeo a
realizaccedilatildeo de uma boa fixaccedilatildeo a atenccedilatildeo com a velocidade de infusatildeo os cuidados com os
sinais de infecccedilatildeo e salinizaccedilatildeo do acesso natildeo deixando de salientar cuidados em desuso
como o uso da heparina da tala e duvidas em relaccedilatildeo ao tempo de permanecircncia Evidenciou
tambeacutem que a equipe de enfermagem delega alguns cuidados para os acompanhantes
Natildeo foi possiacutevel perceber o niacutevel de conhecimento cientiacutefico dos profissionais visto
que eles em nenhum momento por natildeo saberem ou por medo de se expor natildeo explicaram de
fato nenhum cuidado que disseram realizar Sempre citaram de forma superficial e direta
deixando claro tambeacutem que o pesquisador natildeo os indagou quanto a isso Poreacutem creio que
diante de cuidados tatildeo importantes e de frequente praacutetica os mesmos falariam facilmente
sobre os cuidados de enfermagem na permanecircncia do acesso venoso perifeacuterico
Apesar dos entrevistados citarem alguns fatores e cuidados realizados de forma
correta eacute visiacutevel que os mesmos realizam os cuidados com a punccedilatildeo e a permanencia do
acesso de forma automaacutetica sem unir a praacutetica com o fundamento do mesmo
Eacute importante destacar tambeacutem a importacircncia do preparo emocional da crianccedila como
tambeacutem os cuidados com a famiacutelia dos mesmos O trabalho de humanizaccedilatildeo realizado pela
36
enfermagem faz grande diferenccedila nessas situaccedilotildees visto que os pacientes e acompanhantes
tendo conhecimento do que seraacute realizado ficariam mais tranquilos
O estudo contribuiu para o campo do ensino nesta aacuterea dando destaque ao importante
papel que o profissional de enfermagem deve desempenhar no cuidado e na manutenccedilatildeo do
acesso venoso perifeacuterico Contudo vale ressaltar a importacircncia do incentivo ao profissional a
buscar na literatura natildeo soacute esclarecimento de suas duvidas mas tambeacutem novos
conhecimentos
Pode colaborar ainda para a realizaccedilatildeo de novas pesquisas na aacuterea procurando
eliminar duacutevidas e controveacutersias sobre o tema Buscando assim a realizaccedilatildeo de um cuidado de
enfermagem articulado e eficaz promovendo o bem-estar do paciente pediaacutetrico durante a
hospitalizaccedilatildeo
37
REFEREcircNCIAS
ARAUacuteJO Ana Paula Monteiro Baptista de Andrade As praacuteticas de cuidado agrave crianccedila com
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44
APEcircNDICE I
TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO
DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO Tiacutetulo Do Projeto Os cuidados de enfermagem acerca dos acessos venosos perifeacutericos na unidade pediaacutetrica Pesquisador Responsaacutevel Rosane Cordeiro Burla de Aguiar Eny Dorea Paiva e Karina Rodrigues Fernandes Instituiccedilatildeo a que Pertence o Pesquisador Responsaacutevel Universidade Federal Fluminense Telefone para contato (21) 98355269 (21) 82392939 (21) 91786609 Nome do voluntaacuterio _________________________________________________________ Idade ________ anos RG ____________________________
AO Sr (a) estaacute sendo convidado (a) a participar do projeto de pesquisa OS CUIDADOS DE
ENFERMAGEM ACERCA DOS ACESSOS VENOSOS PERIFEacuteRICOS NA UNIDADE PEDIATRICA de
responsabilidade da pesquisadora Profordf Drordf Rosane Cordeiro Burla de Aguiar e Profordf Drordf Eny Dorea Paiva A
punccedilatildeo venosa perifeacuterica eacute um procedimento essencial durante a hospitalizaccedilatildeo da crianccedila visto que eacute atraveacutes
dela que eacute administrada grande parte das medicaccedilotildees Este estudo se justifica diante da importacircncia da
necessidade de um maior periacuteodo de permanecircncia dos acessos venosos perifeacutericos Com isso aleacutem da
diminuiccedilatildeo de eventos que causam dor e irritaccedilatildeo na crianccedila e na famiacutelia promoveraacute tambeacutem uma melhor estada
dos mesmos durante o periacuteodo de hospitalizaccedilatildeo Os objetivos da pesquisa satildeo 1) Descrever os fatores que
interferem na manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico de acordo com a equipe de enfermagem 2)Analisar os
cuidados da equipe de enfermagem na manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico A coleta de dados se daraacute
atraveacutes de entrevistas semi estruturadas que seratildeo gravadas As informaccedilotildees colhidas seratildeo tratadas de forma
anocircnima e confidencial ou seja em nenhum momento seratildeo divulgados o seu nome e somente os
pesquisadores teratildeo acesso agraves informaccedilotildees Os dados obtidos com a pesquisa poderatildeo ser publicados apenas com
fins cientiacuteficos Eles natildeo seratildeo utilizados para fins comerciais ou para outra finalidade qualquer Caso necessite
poderatildeo ser marcados encontros para respostas ou esclarecimentos de qualquer duacutevida acerca da pesquisa A sua
participaccedilatildeo eacute voluntaria e eacute importante lembrar que vocecirc poderaacute desistir de participar da pesquisa em qualquer
momento A entrevista seraacute marcada em um dia e horaacuterio que vocecirc achar melhor Seraacute realizada
individualmente em um ambiente que nos ofereccedila privacidade Esta pesquisa natildeo oferece riscos para vocecirc e os
benefiacutecios da sua participaccedilatildeo satildeo de aumentar o conhecimento cientiacutefico na aacuterea de Enfermagem Pediaacutetrica
aleacutem de contribuir para a praacutetica profissional Este documento seraacute elaborado em duas vias uma para vocecirc e a
outra seraacute arquivada pelo pesquisador
Eu_____________________________________________________________ RG no _____________________________ Declaro que apoacutes ter entendido o que me foi explicado consinto voluntariamente em participar do presente Protocolo de Pesquisa entendo ainda que posso retirar o meu consentimento a qualquer momento antes ou durante a realizaccedilatildeo do mesmo declaro ter sido informada(o) e concordo em participar como voluntaacuteria(o) da pesquisa acima descrita Rio de Janeiro_______de_______________de 20___ _____________________________ ________________________________
(Participante) Karina Rodrigues Fernandes (Responsaacutevel por obter o consentimento)
______________________________________ _______________________________________ (Testemunha) (Testemunha)
45
APEcircNDICE II
ROTEIRO PARA ENTREVISTA
1) O que vocecirc acha que pode levar a perda do acesso perifeacuterico
2) Para vocecirc o que eacute importante para manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico nas
crianccedilas
3) O que vocecirc acha que pode interferir na sua manutenccedilatildeo
4) Que medidas vocecirc adota no seu dia a dia para manter o acesso
5) Na sua vivencia profissional o que vocecirc discorda dos cuidados que geralmente satildeo
utilizados para manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico
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ANEXO
47
48
36
enfermagem faz grande diferenccedila nessas situaccedilotildees visto que os pacientes e acompanhantes
tendo conhecimento do que seraacute realizado ficariam mais tranquilos
O estudo contribuiu para o campo do ensino nesta aacuterea dando destaque ao importante
papel que o profissional de enfermagem deve desempenhar no cuidado e na manutenccedilatildeo do
acesso venoso perifeacuterico Contudo vale ressaltar a importacircncia do incentivo ao profissional a
buscar na literatura natildeo soacute esclarecimento de suas duvidas mas tambeacutem novos
conhecimentos
Pode colaborar ainda para a realizaccedilatildeo de novas pesquisas na aacuterea procurando
eliminar duacutevidas e controveacutersias sobre o tema Buscando assim a realizaccedilatildeo de um cuidado de
enfermagem articulado e eficaz promovendo o bem-estar do paciente pediaacutetrico durante a
hospitalizaccedilatildeo
37
REFEREcircNCIAS
ARAUacuteJO Ana Paula Monteiro Baptista de Andrade As praacuteticas de cuidado agrave crianccedila com
cateter venoso perifeacuterico e seus reflexos na interaccedilatildeo enfermeiro-familiar Dissertaccedilatildeo
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44
APEcircNDICE I
TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO
DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO Tiacutetulo Do Projeto Os cuidados de enfermagem acerca dos acessos venosos perifeacutericos na unidade pediaacutetrica Pesquisador Responsaacutevel Rosane Cordeiro Burla de Aguiar Eny Dorea Paiva e Karina Rodrigues Fernandes Instituiccedilatildeo a que Pertence o Pesquisador Responsaacutevel Universidade Federal Fluminense Telefone para contato (21) 98355269 (21) 82392939 (21) 91786609 Nome do voluntaacuterio _________________________________________________________ Idade ________ anos RG ____________________________
AO Sr (a) estaacute sendo convidado (a) a participar do projeto de pesquisa OS CUIDADOS DE
ENFERMAGEM ACERCA DOS ACESSOS VENOSOS PERIFEacuteRICOS NA UNIDADE PEDIATRICA de
responsabilidade da pesquisadora Profordf Drordf Rosane Cordeiro Burla de Aguiar e Profordf Drordf Eny Dorea Paiva A
punccedilatildeo venosa perifeacuterica eacute um procedimento essencial durante a hospitalizaccedilatildeo da crianccedila visto que eacute atraveacutes
dela que eacute administrada grande parte das medicaccedilotildees Este estudo se justifica diante da importacircncia da
necessidade de um maior periacuteodo de permanecircncia dos acessos venosos perifeacutericos Com isso aleacutem da
diminuiccedilatildeo de eventos que causam dor e irritaccedilatildeo na crianccedila e na famiacutelia promoveraacute tambeacutem uma melhor estada
dos mesmos durante o periacuteodo de hospitalizaccedilatildeo Os objetivos da pesquisa satildeo 1) Descrever os fatores que
interferem na manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico de acordo com a equipe de enfermagem 2)Analisar os
cuidados da equipe de enfermagem na manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico A coleta de dados se daraacute
atraveacutes de entrevistas semi estruturadas que seratildeo gravadas As informaccedilotildees colhidas seratildeo tratadas de forma
anocircnima e confidencial ou seja em nenhum momento seratildeo divulgados o seu nome e somente os
pesquisadores teratildeo acesso agraves informaccedilotildees Os dados obtidos com a pesquisa poderatildeo ser publicados apenas com
fins cientiacuteficos Eles natildeo seratildeo utilizados para fins comerciais ou para outra finalidade qualquer Caso necessite
poderatildeo ser marcados encontros para respostas ou esclarecimentos de qualquer duacutevida acerca da pesquisa A sua
participaccedilatildeo eacute voluntaria e eacute importante lembrar que vocecirc poderaacute desistir de participar da pesquisa em qualquer
momento A entrevista seraacute marcada em um dia e horaacuterio que vocecirc achar melhor Seraacute realizada
individualmente em um ambiente que nos ofereccedila privacidade Esta pesquisa natildeo oferece riscos para vocecirc e os
benefiacutecios da sua participaccedilatildeo satildeo de aumentar o conhecimento cientiacutefico na aacuterea de Enfermagem Pediaacutetrica
aleacutem de contribuir para a praacutetica profissional Este documento seraacute elaborado em duas vias uma para vocecirc e a
outra seraacute arquivada pelo pesquisador
Eu_____________________________________________________________ RG no _____________________________ Declaro que apoacutes ter entendido o que me foi explicado consinto voluntariamente em participar do presente Protocolo de Pesquisa entendo ainda que posso retirar o meu consentimento a qualquer momento antes ou durante a realizaccedilatildeo do mesmo declaro ter sido informada(o) e concordo em participar como voluntaacuteria(o) da pesquisa acima descrita Rio de Janeiro_______de_______________de 20___ _____________________________ ________________________________
(Participante) Karina Rodrigues Fernandes (Responsaacutevel por obter o consentimento)
______________________________________ _______________________________________ (Testemunha) (Testemunha)
45
APEcircNDICE II
ROTEIRO PARA ENTREVISTA
1) O que vocecirc acha que pode levar a perda do acesso perifeacuterico
2) Para vocecirc o que eacute importante para manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico nas
crianccedilas
3) O que vocecirc acha que pode interferir na sua manutenccedilatildeo
4) Que medidas vocecirc adota no seu dia a dia para manter o acesso
5) Na sua vivencia profissional o que vocecirc discorda dos cuidados que geralmente satildeo
utilizados para manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico
46
ANEXO
47
48
37
REFEREcircNCIAS
ARAUacuteJO Ana Paula Monteiro Baptista de Andrade As praacuteticas de cuidado agrave crianccedila com
cateter venoso perifeacuterico e seus reflexos na interaccedilatildeo enfermeiro-familiar Dissertaccedilatildeo
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44
APEcircNDICE I
TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO
DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO Tiacutetulo Do Projeto Os cuidados de enfermagem acerca dos acessos venosos perifeacutericos na unidade pediaacutetrica Pesquisador Responsaacutevel Rosane Cordeiro Burla de Aguiar Eny Dorea Paiva e Karina Rodrigues Fernandes Instituiccedilatildeo a que Pertence o Pesquisador Responsaacutevel Universidade Federal Fluminense Telefone para contato (21) 98355269 (21) 82392939 (21) 91786609 Nome do voluntaacuterio _________________________________________________________ Idade ________ anos RG ____________________________
AO Sr (a) estaacute sendo convidado (a) a participar do projeto de pesquisa OS CUIDADOS DE
ENFERMAGEM ACERCA DOS ACESSOS VENOSOS PERIFEacuteRICOS NA UNIDADE PEDIATRICA de
responsabilidade da pesquisadora Profordf Drordf Rosane Cordeiro Burla de Aguiar e Profordf Drordf Eny Dorea Paiva A
punccedilatildeo venosa perifeacuterica eacute um procedimento essencial durante a hospitalizaccedilatildeo da crianccedila visto que eacute atraveacutes
dela que eacute administrada grande parte das medicaccedilotildees Este estudo se justifica diante da importacircncia da
necessidade de um maior periacuteodo de permanecircncia dos acessos venosos perifeacutericos Com isso aleacutem da
diminuiccedilatildeo de eventos que causam dor e irritaccedilatildeo na crianccedila e na famiacutelia promoveraacute tambeacutem uma melhor estada
dos mesmos durante o periacuteodo de hospitalizaccedilatildeo Os objetivos da pesquisa satildeo 1) Descrever os fatores que
interferem na manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico de acordo com a equipe de enfermagem 2)Analisar os
cuidados da equipe de enfermagem na manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico A coleta de dados se daraacute
atraveacutes de entrevistas semi estruturadas que seratildeo gravadas As informaccedilotildees colhidas seratildeo tratadas de forma
anocircnima e confidencial ou seja em nenhum momento seratildeo divulgados o seu nome e somente os
pesquisadores teratildeo acesso agraves informaccedilotildees Os dados obtidos com a pesquisa poderatildeo ser publicados apenas com
fins cientiacuteficos Eles natildeo seratildeo utilizados para fins comerciais ou para outra finalidade qualquer Caso necessite
poderatildeo ser marcados encontros para respostas ou esclarecimentos de qualquer duacutevida acerca da pesquisa A sua
participaccedilatildeo eacute voluntaria e eacute importante lembrar que vocecirc poderaacute desistir de participar da pesquisa em qualquer
momento A entrevista seraacute marcada em um dia e horaacuterio que vocecirc achar melhor Seraacute realizada
individualmente em um ambiente que nos ofereccedila privacidade Esta pesquisa natildeo oferece riscos para vocecirc e os
benefiacutecios da sua participaccedilatildeo satildeo de aumentar o conhecimento cientiacutefico na aacuterea de Enfermagem Pediaacutetrica
aleacutem de contribuir para a praacutetica profissional Este documento seraacute elaborado em duas vias uma para vocecirc e a
outra seraacute arquivada pelo pesquisador
Eu_____________________________________________________________ RG no _____________________________ Declaro que apoacutes ter entendido o que me foi explicado consinto voluntariamente em participar do presente Protocolo de Pesquisa entendo ainda que posso retirar o meu consentimento a qualquer momento antes ou durante a realizaccedilatildeo do mesmo declaro ter sido informada(o) e concordo em participar como voluntaacuteria(o) da pesquisa acima descrita Rio de Janeiro_______de_______________de 20___ _____________________________ ________________________________
(Participante) Karina Rodrigues Fernandes (Responsaacutevel por obter o consentimento)
______________________________________ _______________________________________ (Testemunha) (Testemunha)
45
APEcircNDICE II
ROTEIRO PARA ENTREVISTA
1) O que vocecirc acha que pode levar a perda do acesso perifeacuterico
2) Para vocecirc o que eacute importante para manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico nas
crianccedilas
3) O que vocecirc acha que pode interferir na sua manutenccedilatildeo
4) Que medidas vocecirc adota no seu dia a dia para manter o acesso
5) Na sua vivencia profissional o que vocecirc discorda dos cuidados que geralmente satildeo
utilizados para manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico
46
ANEXO
47
48
38
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95 ISSN 0104-1169 Disponiacutevel em lt httpdxdoiorg101590S0104-
11692003000100013 Acesso em 22 de novembro de 2013
PETERLINI Maria Angeacutelica Sorgini CHAUD Massae Noda PEDREIRA Mavilde L G
Incompatibilidade entre faacutermacos e materiais de cateteres e acessoacuterios da terapia intravenosa
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2Farticle2Fview2F4832F109 Acesso em 27 de maio de 2013
43
PIMENTA Erika Acioli Gomes COLLET Neusa Dimensatildeo cuidadora da enfermagem e da
famiacutelia na assistecircncia agrave crianccedila hospitalizada concepccedilotildees da enfermagem Rev esc enferm
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62342009000300018amplang=pt Acesso em 18 de maio de 2014
SILVA Adriana Serafim Bispo e ZANETTI Maria Luacutecia Curativo para fixaccedilatildeo de cateter
intravenoso perifeacuterico revisatildeo integrativa da literatura rev bras enferm 57(2) 233-236
mar-abr 2004 Disponiacutevel em lthttpdxdoiorg101590S0034-71672004000200020
Acesso em 27 de maio de 2013
SOUZA Tania Vignuda de OLIVEIRA Isabel Cristina dos Santos Interaccedilatildeo
familiaracompanhante e equipe de enfermagem no cuidado agrave crianccedila hospitalizada
perspectivas para a enfermagem pediaacutetrica Esc Anna Nery [online] 2010 vol14 n3 pp
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81452010000300017amplang=pt Acesso em 18 de maio de 2014
THOMAZINE Angeacutelica Malman PASSOS Rocircmulo Silva BAY JUacuteNIOR Osvaldo Goacutees
COLLET Neusa OLIVEIRA Beatriz Rosana Gonccedilalves de Assistecircncia de enfermagem agrave
crianccedila hospitalizada um resgate histoacuterico Ciˆnc cuid sapoundde 7(supl1) 145-152 maio 2008
Disponiacutevel em lt httpwwwperiodicosuembrojsindexphpCiencCuidSaudearticleview65873899 Acesso
em 01 de julho de 2013
44
APEcircNDICE I
TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO
DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO Tiacutetulo Do Projeto Os cuidados de enfermagem acerca dos acessos venosos perifeacutericos na unidade pediaacutetrica Pesquisador Responsaacutevel Rosane Cordeiro Burla de Aguiar Eny Dorea Paiva e Karina Rodrigues Fernandes Instituiccedilatildeo a que Pertence o Pesquisador Responsaacutevel Universidade Federal Fluminense Telefone para contato (21) 98355269 (21) 82392939 (21) 91786609 Nome do voluntaacuterio _________________________________________________________ Idade ________ anos RG ____________________________
AO Sr (a) estaacute sendo convidado (a) a participar do projeto de pesquisa OS CUIDADOS DE
ENFERMAGEM ACERCA DOS ACESSOS VENOSOS PERIFEacuteRICOS NA UNIDADE PEDIATRICA de
responsabilidade da pesquisadora Profordf Drordf Rosane Cordeiro Burla de Aguiar e Profordf Drordf Eny Dorea Paiva A
punccedilatildeo venosa perifeacuterica eacute um procedimento essencial durante a hospitalizaccedilatildeo da crianccedila visto que eacute atraveacutes
dela que eacute administrada grande parte das medicaccedilotildees Este estudo se justifica diante da importacircncia da
necessidade de um maior periacuteodo de permanecircncia dos acessos venosos perifeacutericos Com isso aleacutem da
diminuiccedilatildeo de eventos que causam dor e irritaccedilatildeo na crianccedila e na famiacutelia promoveraacute tambeacutem uma melhor estada
dos mesmos durante o periacuteodo de hospitalizaccedilatildeo Os objetivos da pesquisa satildeo 1) Descrever os fatores que
interferem na manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico de acordo com a equipe de enfermagem 2)Analisar os
cuidados da equipe de enfermagem na manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico A coleta de dados se daraacute
atraveacutes de entrevistas semi estruturadas que seratildeo gravadas As informaccedilotildees colhidas seratildeo tratadas de forma
anocircnima e confidencial ou seja em nenhum momento seratildeo divulgados o seu nome e somente os
pesquisadores teratildeo acesso agraves informaccedilotildees Os dados obtidos com a pesquisa poderatildeo ser publicados apenas com
fins cientiacuteficos Eles natildeo seratildeo utilizados para fins comerciais ou para outra finalidade qualquer Caso necessite
poderatildeo ser marcados encontros para respostas ou esclarecimentos de qualquer duacutevida acerca da pesquisa A sua
participaccedilatildeo eacute voluntaria e eacute importante lembrar que vocecirc poderaacute desistir de participar da pesquisa em qualquer
momento A entrevista seraacute marcada em um dia e horaacuterio que vocecirc achar melhor Seraacute realizada
individualmente em um ambiente que nos ofereccedila privacidade Esta pesquisa natildeo oferece riscos para vocecirc e os
benefiacutecios da sua participaccedilatildeo satildeo de aumentar o conhecimento cientiacutefico na aacuterea de Enfermagem Pediaacutetrica
aleacutem de contribuir para a praacutetica profissional Este documento seraacute elaborado em duas vias uma para vocecirc e a
outra seraacute arquivada pelo pesquisador
Eu_____________________________________________________________ RG no _____________________________ Declaro que apoacutes ter entendido o que me foi explicado consinto voluntariamente em participar do presente Protocolo de Pesquisa entendo ainda que posso retirar o meu consentimento a qualquer momento antes ou durante a realizaccedilatildeo do mesmo declaro ter sido informada(o) e concordo em participar como voluntaacuteria(o) da pesquisa acima descrita Rio de Janeiro_______de_______________de 20___ _____________________________ ________________________________
(Participante) Karina Rodrigues Fernandes (Responsaacutevel por obter o consentimento)
______________________________________ _______________________________________ (Testemunha) (Testemunha)
45
APEcircNDICE II
ROTEIRO PARA ENTREVISTA
1) O que vocecirc acha que pode levar a perda do acesso perifeacuterico
2) Para vocecirc o que eacute importante para manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico nas
crianccedilas
3) O que vocecirc acha que pode interferir na sua manutenccedilatildeo
4) Que medidas vocecirc adota no seu dia a dia para manter o acesso
5) Na sua vivencia profissional o que vocecirc discorda dos cuidados que geralmente satildeo
utilizados para manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico
46
ANEXO
47
48
39
FERREIRAViviane ANDRADE Denise de SANTOS Claudia Benedita dos NETO
Miguel Moyseacutes Infecccedilotildees em pacientes com cateter temporaacuterio duplo-luacutemen para a
hemodiaacutelise Rev Panam Infectol 2005 716-21Disponiacutevel em lt
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de 2013
FONTANELLA Bruno Joseacute Barcellos RICAS Janete and TURATO Egberto
RibeiroAmostragem por saturaccedilatildeo em pesquisas qualitativas em sauacutede contribuiccedilotildees
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maio de 2014
GIL Antocircnio Carlos Meacutetodos e teacutecnicas de Pesquisa Social 5 ed Satildeo Paulo Atlas 1999
GIL Antonio Carlos Como elaborar projetos de pesquisa 4 ed Satildeo Paulo Atlas 2008
GOMES AV De Oliveira NASCIMENTO MA e Luca CHRISTOFFEL M Moreira
ANTUNES JC Pereira ARAUacuteJO M Campos de GOMES M Cardim Punccedilatildeo venosa
pediaacutetrica uma anaacutelise criacutetica a partir da experiecircncia do cuidar em enfermagem Enfermeriacutea
global Revista electroacutenica trimestral de enfermaria 2011 Disponiacutevel em lt
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HOCKENBERRY Marilyn J WILSON David Wong fundamentos de enfermagem
pediatrica 8 ediccedilatildeo Rio de Janeiro Elsevier 2011
JANSEN Michele Ferraz SANTOS Rosane Maria dos FAVERO Luciane Benefiacutecios da
utilizaccedilatildeo do brinquedo durante o cuidado de enfermagem prestado agrave crianccedila hospitalizada
Rev Gaucha Enferm 31(2) 247-253 jun 2010 Disponiacutevel em lt httpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S1983-14472010000200007 Acesso
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KAUARK Fabiana da Silva MANHAtildeES Fernanda Castro MEDEIROS Carlos Henrique
Metodologia da pesquisa um guia praacutetico Itabuna Bahia Via Litterarum 2010
40
MACHADO Ariane Ferreira PEDREIRA Mavilde da Luz Gonccedilalves CHAUD Massae
Noda Eventos adversos relacionados ao uso de cateteres intravenosos perifeacutericos em crianccedilas
de acordo com tipos de curativos Rev Lat Am Enfermagem 16(3) 362-367 May-June 2008
Disponiacutevel em lt httpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0104-
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MACHADO Ariane Ferreira PEDREIRA Mavilde L G CHAUD Massae Noda Estudo
prospectivo randomizado e controlado sobre o tempo de permanecircncia de cateteres venosos
perifeacutericos em crianccedilas segundo trecircs tipos de curativos Rev Lat Am Enfermagem 13(3)
291-298 maio-jun 2005 Disponiacutevel em lt
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de maio de 2013
MAGEROTE Nelissa de Paula Magerote LIMA Maria Helena de Melo SILVA Juliana
Bastoni CORREIA Marisa Dibbern Lopes SECOLI Silvia Regina SECOLI Associaccedilatildeo
entre flebite e retirada de cateteres intravenosos perifeacutericos Texto Contexto Enferm
Florianoacutepolis 2011 Jul-Set 20(3) 486-92 Disponiacutevel em lt
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MAGNABOSCO Gisele TONELLI Ana Lucia Nascimento Fonseca SOUZA Sarah Nancy
Deggau Hegeto de Abordagens no cuidado de enfermagem agrave crianccedila hospitalizada submetida
a procedimentos uma revisatildeo de literatura Cogitare enferm 13(1) 103-108 jan-mar 2008
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Acesso em 01 de julho de 2013
MARTINS Maria do Rosaacuterio RIBEIRO Circeacutea Amalia BORBA Regina Issuzu Hirooka de
and SILVA Conceiccedilatildeo Vieira daProtocolo de preparo da crianccedila preacute-escolar para punccedilatildeo
venosa com utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico Rev Latino-Am Enfermagem [online]
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11692001000200011amplang=pt Acesso em em 27 de maio de 2013
MARTINS Kelly Araujo TIPPLE Anaclara Ferreira Veiga SOUZA Adeniacutecia Custoacutedia
Silva e BARRETO Regiane Aparecida dos Santos Soares SIQUEIRA Karina Machado
BARBOSA Jackeline Maciel Adesatildeo agraves medidas de prevenccedilatildeo e controle de infecccedilatildeo de
acesso vascular perifeacuterico pelos profissionais da equipe de enfermagem Ciˆnc cuid sapoundde
41
7(4) 485-492 out-dez 2008 Disponiacutevel em lt
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MARTINS Tathiana Silva de Souza SILVINO Zenith Rosa Falhas infusionais no uso do
cateter venoso perifeacuterico em pediatria revisatildeo integrativaOnline braz j nurs (Online)
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MARTINS Tathiana S S SILVINO Zenith Rosa DIAS Leandro Silva Perfil da terapia
intravenosa pediaacutetrica em um hospital universitaacuterio e associaccedilatildeo com a ocorrecircncia de falhas
infusionais estudo quantitativo Online braz j nurs (Online) 9(2)ago 2010 Disponiacutevel emlt
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MENDONCcedilA Katiane Martins NEVES Heliny Carneiro Cunha BARBOSA Divina
Fernandes Silva SOUZA Adeniacutecia Custoacutedia Silva e TIPPLE Anaclara Ferreira Veiga
PRADO Marineacutesia Aparecida do Atuaccedilatildeo da enfermagem na prevenccedilatildeo e controle de
infecccedilatildeo de corrente sanguiacutenea relacionada a cateter Rev enferm UERJ 19(2) 330-333
abr-jun 2011 Disponiacutevel em lthttpwwwfacenfuerjbrv19n2v19n2a26pdf Acesso em 27
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MINAYO Maria Ceciacutelia de Souza DESLANDES Suely Ferreira GOMES Romeu
Pesquisa Social teoria meacutetodo e criatividade Petroacutepolis Vozes 26 ed 2007
MINAYO Maria Ceciacutelia de Souza O desafio do conhecimento pesquisa qualitativa em
sauacutede 12 ed Satildeo Paulo Hucitec 2010
MODES Prtscilla Shiacuterley Siacutenfak dos Anjos GAIacuteVA Maria Aparecida Munhoz ROSA
Miacutechelly Kiacutem Oliacuteveira GRANJEIRO Claudia da Fonseca Cuidados de enfermagem nas
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Enfermagem do Nordeste Abr-Jun 2011 Disponiacutevel em lt
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42
MONCAIO Ana Carolina Scarpel FIGUEIREDO Rosely Moralez de Conhecimentos e
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MURAKAMI Rose CAMPOS Claudinei Joseacute Gomes Importacircncia da relaccedilatildeo interpessoal
do enfermeiro com a famiacutelia de crianccedilas hospitalizadas Rev bras enferm [online] 2011
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NEGRI Daniela Cavalcante de AVELAR Ariane Ferreira Machado ANDREONI Solange
PEDREIRA Mavilde da Luz Gonccedilalvez Fatores predisponentes para insucesso da punccedilatildeo
intravenosa perifeacuterica em crianccedilas Rev Lat Am Enfermagem 20(6) 1072-1080 Nov-Dec
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OLIVEIRA Maria Ivoneide Veriacutessimo de BEZERRA Maria Gorette Andrade PEREIRA
Vanessa Ramos Cateterizaccedilatildeo venosa assistecircncia de enfermagem-UTI pediaacutetrica Rev da
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PETERLINI Maria Angeacutelica Sorgini CHAUD Massae Noda PEDREIRA Mavilde L G
Incompatibilidade entre faacutermacos e materiais de cateteres e acessoacuterios da terapia intravenosa
Online braz j nurs (Online) 5(3)2006 Disponiacutevel em lt httpwwwobjnursinguffbrindexphpnursingloginsource=2F2Findexphp2Fnursing
2Farticle2Fview2F4832F109 Acesso em 27 de maio de 2013
43
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famiacutelia na assistecircncia agrave crianccedila hospitalizada concepccedilotildees da enfermagem Rev esc enferm
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intravenoso perifeacuterico revisatildeo integrativa da literatura rev bras enferm 57(2) 233-236
mar-abr 2004 Disponiacutevel em lthttpdxdoiorg101590S0034-71672004000200020
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SOUZA Tania Vignuda de OLIVEIRA Isabel Cristina dos Santos Interaccedilatildeo
familiaracompanhante e equipe de enfermagem no cuidado agrave crianccedila hospitalizada
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THOMAZINE Angeacutelica Malman PASSOS Rocircmulo Silva BAY JUacuteNIOR Osvaldo Goacutees
COLLET Neusa OLIVEIRA Beatriz Rosana Gonccedilalves de Assistecircncia de enfermagem agrave
crianccedila hospitalizada um resgate histoacuterico Ciˆnc cuid sapoundde 7(supl1) 145-152 maio 2008
Disponiacutevel em lt httpwwwperiodicosuembrojsindexphpCiencCuidSaudearticleview65873899 Acesso
em 01 de julho de 2013
44
APEcircNDICE I
TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO
DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO Tiacutetulo Do Projeto Os cuidados de enfermagem acerca dos acessos venosos perifeacutericos na unidade pediaacutetrica Pesquisador Responsaacutevel Rosane Cordeiro Burla de Aguiar Eny Dorea Paiva e Karina Rodrigues Fernandes Instituiccedilatildeo a que Pertence o Pesquisador Responsaacutevel Universidade Federal Fluminense Telefone para contato (21) 98355269 (21) 82392939 (21) 91786609 Nome do voluntaacuterio _________________________________________________________ Idade ________ anos RG ____________________________
AO Sr (a) estaacute sendo convidado (a) a participar do projeto de pesquisa OS CUIDADOS DE
ENFERMAGEM ACERCA DOS ACESSOS VENOSOS PERIFEacuteRICOS NA UNIDADE PEDIATRICA de
responsabilidade da pesquisadora Profordf Drordf Rosane Cordeiro Burla de Aguiar e Profordf Drordf Eny Dorea Paiva A
punccedilatildeo venosa perifeacuterica eacute um procedimento essencial durante a hospitalizaccedilatildeo da crianccedila visto que eacute atraveacutes
dela que eacute administrada grande parte das medicaccedilotildees Este estudo se justifica diante da importacircncia da
necessidade de um maior periacuteodo de permanecircncia dos acessos venosos perifeacutericos Com isso aleacutem da
diminuiccedilatildeo de eventos que causam dor e irritaccedilatildeo na crianccedila e na famiacutelia promoveraacute tambeacutem uma melhor estada
dos mesmos durante o periacuteodo de hospitalizaccedilatildeo Os objetivos da pesquisa satildeo 1) Descrever os fatores que
interferem na manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico de acordo com a equipe de enfermagem 2)Analisar os
cuidados da equipe de enfermagem na manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico A coleta de dados se daraacute
atraveacutes de entrevistas semi estruturadas que seratildeo gravadas As informaccedilotildees colhidas seratildeo tratadas de forma
anocircnima e confidencial ou seja em nenhum momento seratildeo divulgados o seu nome e somente os
pesquisadores teratildeo acesso agraves informaccedilotildees Os dados obtidos com a pesquisa poderatildeo ser publicados apenas com
fins cientiacuteficos Eles natildeo seratildeo utilizados para fins comerciais ou para outra finalidade qualquer Caso necessite
poderatildeo ser marcados encontros para respostas ou esclarecimentos de qualquer duacutevida acerca da pesquisa A sua
participaccedilatildeo eacute voluntaria e eacute importante lembrar que vocecirc poderaacute desistir de participar da pesquisa em qualquer
momento A entrevista seraacute marcada em um dia e horaacuterio que vocecirc achar melhor Seraacute realizada
individualmente em um ambiente que nos ofereccedila privacidade Esta pesquisa natildeo oferece riscos para vocecirc e os
benefiacutecios da sua participaccedilatildeo satildeo de aumentar o conhecimento cientiacutefico na aacuterea de Enfermagem Pediaacutetrica
aleacutem de contribuir para a praacutetica profissional Este documento seraacute elaborado em duas vias uma para vocecirc e a
outra seraacute arquivada pelo pesquisador
Eu_____________________________________________________________ RG no _____________________________ Declaro que apoacutes ter entendido o que me foi explicado consinto voluntariamente em participar do presente Protocolo de Pesquisa entendo ainda que posso retirar o meu consentimento a qualquer momento antes ou durante a realizaccedilatildeo do mesmo declaro ter sido informada(o) e concordo em participar como voluntaacuteria(o) da pesquisa acima descrita Rio de Janeiro_______de_______________de 20___ _____________________________ ________________________________
(Participante) Karina Rodrigues Fernandes (Responsaacutevel por obter o consentimento)
______________________________________ _______________________________________ (Testemunha) (Testemunha)
45
APEcircNDICE II
ROTEIRO PARA ENTREVISTA
1) O que vocecirc acha que pode levar a perda do acesso perifeacuterico
2) Para vocecirc o que eacute importante para manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico nas
crianccedilas
3) O que vocecirc acha que pode interferir na sua manutenccedilatildeo
4) Que medidas vocecirc adota no seu dia a dia para manter o acesso
5) Na sua vivencia profissional o que vocecirc discorda dos cuidados que geralmente satildeo
utilizados para manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico
46
ANEXO
47
48
40
MACHADO Ariane Ferreira PEDREIRA Mavilde da Luz Gonccedilalves CHAUD Massae
Noda Eventos adversos relacionados ao uso de cateteres intravenosos perifeacutericos em crianccedilas
de acordo com tipos de curativos Rev Lat Am Enfermagem 16(3) 362-367 May-June 2008
Disponiacutevel em lt httpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0104-
11692008000300005 Acesso em 27 de maio de 2013
MACHADO Ariane Ferreira PEDREIRA Mavilde L G CHAUD Massae Noda Estudo
prospectivo randomizado e controlado sobre o tempo de permanecircncia de cateteres venosos
perifeacutericos em crianccedilas segundo trecircs tipos de curativos Rev Lat Am Enfermagem 13(3)
291-298 maio-jun 2005 Disponiacutevel em lt
wwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0104-11692005000300002 Acesso em 27
de maio de 2013
MAGEROTE Nelissa de Paula Magerote LIMA Maria Helena de Melo SILVA Juliana
Bastoni CORREIA Marisa Dibbern Lopes SECOLI Silvia Regina SECOLI Associaccedilatildeo
entre flebite e retirada de cateteres intravenosos perifeacutericos Texto Contexto Enferm
Florianoacutepolis 2011 Jul-Set 20(3) 486-92 Disponiacutevel em lt
httpwwwscielobrpdftcev20n309pdf gt Acesso em 22 de novembro de 2013
MAGNABOSCO Gisele TONELLI Ana Lucia Nascimento Fonseca SOUZA Sarah Nancy
Deggau Hegeto de Abordagens no cuidado de enfermagem agrave crianccedila hospitalizada submetida
a procedimentos uma revisatildeo de literatura Cogitare enferm 13(1) 103-108 jan-mar 2008
Disponiacutevel em lt httpojsc3slufprbrojs2indexphpcogitarearticleview119698441
Acesso em 01 de julho de 2013
MARTINS Maria do Rosaacuterio RIBEIRO Circeacutea Amalia BORBA Regina Issuzu Hirooka de
and SILVA Conceiccedilatildeo Vieira daProtocolo de preparo da crianccedila preacute-escolar para punccedilatildeo
venosa com utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico Rev Latino-Am Enfermagem [online]
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httpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0104-
11692001000200011amplang=pt Acesso em em 27 de maio de 2013
MARTINS Kelly Araujo TIPPLE Anaclara Ferreira Veiga SOUZA Adeniacutecia Custoacutedia
Silva e BARRETO Regiane Aparecida dos Santos Soares SIQUEIRA Karina Machado
BARBOSA Jackeline Maciel Adesatildeo agraves medidas de prevenccedilatildeo e controle de infecccedilatildeo de
acesso vascular perifeacuterico pelos profissionais da equipe de enfermagem Ciˆnc cuid sapoundde
41
7(4) 485-492 out-dez 2008 Disponiacutevel em lt
httpwwwperiodicosuembrojsindexphpCiencCuidSaudearticleview66343908 Acesso
em 27 de maio de 2013
MARTINS Tathiana Silva de Souza SILVINO Zenith Rosa Falhas infusionais no uso do
cateter venoso perifeacuterico em pediatria revisatildeo integrativaOnline braz j nurs (Online)
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MARTINS Tathiana S S SILVINO Zenith Rosa DIAS Leandro Silva Perfil da terapia
intravenosa pediaacutetrica em um hospital universitaacuterio e associaccedilatildeo com a ocorrecircncia de falhas
infusionais estudo quantitativo Online braz j nurs (Online) 9(2)ago 2010 Disponiacutevel emlt
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MENDONCcedilA Katiane Martins NEVES Heliny Carneiro Cunha BARBOSA Divina
Fernandes Silva SOUZA Adeniacutecia Custoacutedia Silva e TIPPLE Anaclara Ferreira Veiga
PRADO Marineacutesia Aparecida do Atuaccedilatildeo da enfermagem na prevenccedilatildeo e controle de
infecccedilatildeo de corrente sanguiacutenea relacionada a cateter Rev enferm UERJ 19(2) 330-333
abr-jun 2011 Disponiacutevel em lthttpwwwfacenfuerjbrv19n2v19n2a26pdf Acesso em 27
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MINAYO Maria Ceciacutelia de Souza DESLANDES Suely Ferreira GOMES Romeu
Pesquisa Social teoria meacutetodo e criatividade Petroacutepolis Vozes 26 ed 2007
MINAYO Maria Ceciacutelia de Souza O desafio do conhecimento pesquisa qualitativa em
sauacutede 12 ed Satildeo Paulo Hucitec 2010
MODES Prtscilla Shiacuterley Siacutenfak dos Anjos GAIacuteVA Maria Aparecida Munhoz ROSA
Miacutechelly Kiacutem Oliacuteveira GRANJEIRO Claudia da Fonseca Cuidados de enfermagem nas
complicaccedilotildees da punccedilatildeo venosa perifeacuterica em receacutem-nascidos Revista da Rede de
Enfermagem do Nordeste Abr-Jun 2011 Disponiacutevel em lt
httpwwwredalycorgarticulooaid=324027975017 Acesso em 15 de maio de 2014
42
MONCAIO Ana Carolina Scarpel FIGUEIREDO Rosely Moralez de Conhecimentos e
praacuteticas no uso do cateter perifeacuterico intermitente pela equipe de enfermagem Rev eletrldquonica
enferm 11(3)set 2009 Disponiacutevel em lt httpwwwfenufgbrrevistav11n3v11n3a20htm
Acesso em 27 de maio de 2013
MURAKAMI Rose CAMPOS Claudinei Joseacute Gomes Importacircncia da relaccedilatildeo interpessoal
do enfermeiro com a famiacutelia de crianccedilas hospitalizadas Rev bras enferm [online] 2011
vol64 n2 pp 254-260 Disponiacutevel em
lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0034-
71672011000200006amplang=pt Acesso em 18 de maio de 2014
NEGRI Daniela Cavalcante de AVELAR Ariane Ferreira Machado ANDREONI Solange
PEDREIRA Mavilde da Luz Gonccedilalvez Fatores predisponentes para insucesso da punccedilatildeo
intravenosa perifeacuterica em crianccedilas Rev Lat Am Enfermagem 20(6) 1072-1080 Nov-Dec
2012 Disponiacutevel em lt wwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0104-
11692012000600009 Acesso em 27 de maio de 2013
OLIVEIRA Maria Ivoneide Veriacutessimo de BEZERRA Maria Gorette Andrade PEREIRA
Vanessa Ramos Cateterizaccedilatildeo venosa assistecircncia de enfermagem-UTI pediaacutetrica Rev da
Rede de Enfermagem do Nordeste AbrJun de 2008 Disponiacutevel em lt
httpwwwrevistareneufcbrrevistaindexphprevistaarticleview563 Acesso em 27 de
maio de 2013
PETERLINI Maria Angeacutelica Sorgini CHAUD Massae Noda and PEDREIRA Mavilde da
L GOacuterfatildeos de terapia medicamentosa a administraccedilatildeo de medicamentos por via intravenosa
em crianccedilas hospitalizadasRev Latino-Am Enfermagem [online] 2003 vol11 n1 pp 88-
95 ISSN 0104-1169 Disponiacutevel em lt httpdxdoiorg101590S0104-
11692003000100013 Acesso em 22 de novembro de 2013
PETERLINI Maria Angeacutelica Sorgini CHAUD Massae Noda PEDREIRA Mavilde L G
Incompatibilidade entre faacutermacos e materiais de cateteres e acessoacuterios da terapia intravenosa
Online braz j nurs (Online) 5(3)2006 Disponiacutevel em lt httpwwwobjnursinguffbrindexphpnursingloginsource=2F2Findexphp2Fnursing
2Farticle2Fview2F4832F109 Acesso em 27 de maio de 2013
43
PIMENTA Erika Acioli Gomes COLLET Neusa Dimensatildeo cuidadora da enfermagem e da
famiacutelia na assistecircncia agrave crianccedila hospitalizada concepccedilotildees da enfermagem Rev esc enferm
USP [online] 2009 vol43 n3 pp 622-629 Disponiacutevel em lt
httpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0080-
62342009000300018amplang=pt Acesso em 18 de maio de 2014
SILVA Adriana Serafim Bispo e ZANETTI Maria Luacutecia Curativo para fixaccedilatildeo de cateter
intravenoso perifeacuterico revisatildeo integrativa da literatura rev bras enferm 57(2) 233-236
mar-abr 2004 Disponiacutevel em lthttpdxdoiorg101590S0034-71672004000200020
Acesso em 27 de maio de 2013
SOUZA Tania Vignuda de OLIVEIRA Isabel Cristina dos Santos Interaccedilatildeo
familiaracompanhante e equipe de enfermagem no cuidado agrave crianccedila hospitalizada
perspectivas para a enfermagem pediaacutetrica Esc Anna Nery [online] 2010 vol14 n3 pp
551-559 Disponiacutevel em lt httpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S1414-
81452010000300017amplang=pt Acesso em 18 de maio de 2014
THOMAZINE Angeacutelica Malman PASSOS Rocircmulo Silva BAY JUacuteNIOR Osvaldo Goacutees
COLLET Neusa OLIVEIRA Beatriz Rosana Gonccedilalves de Assistecircncia de enfermagem agrave
crianccedila hospitalizada um resgate histoacuterico Ciˆnc cuid sapoundde 7(supl1) 145-152 maio 2008
Disponiacutevel em lt httpwwwperiodicosuembrojsindexphpCiencCuidSaudearticleview65873899 Acesso
em 01 de julho de 2013
44
APEcircNDICE I
TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO
DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO Tiacutetulo Do Projeto Os cuidados de enfermagem acerca dos acessos venosos perifeacutericos na unidade pediaacutetrica Pesquisador Responsaacutevel Rosane Cordeiro Burla de Aguiar Eny Dorea Paiva e Karina Rodrigues Fernandes Instituiccedilatildeo a que Pertence o Pesquisador Responsaacutevel Universidade Federal Fluminense Telefone para contato (21) 98355269 (21) 82392939 (21) 91786609 Nome do voluntaacuterio _________________________________________________________ Idade ________ anos RG ____________________________
AO Sr (a) estaacute sendo convidado (a) a participar do projeto de pesquisa OS CUIDADOS DE
ENFERMAGEM ACERCA DOS ACESSOS VENOSOS PERIFEacuteRICOS NA UNIDADE PEDIATRICA de
responsabilidade da pesquisadora Profordf Drordf Rosane Cordeiro Burla de Aguiar e Profordf Drordf Eny Dorea Paiva A
punccedilatildeo venosa perifeacuterica eacute um procedimento essencial durante a hospitalizaccedilatildeo da crianccedila visto que eacute atraveacutes
dela que eacute administrada grande parte das medicaccedilotildees Este estudo se justifica diante da importacircncia da
necessidade de um maior periacuteodo de permanecircncia dos acessos venosos perifeacutericos Com isso aleacutem da
diminuiccedilatildeo de eventos que causam dor e irritaccedilatildeo na crianccedila e na famiacutelia promoveraacute tambeacutem uma melhor estada
dos mesmos durante o periacuteodo de hospitalizaccedilatildeo Os objetivos da pesquisa satildeo 1) Descrever os fatores que
interferem na manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico de acordo com a equipe de enfermagem 2)Analisar os
cuidados da equipe de enfermagem na manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico A coleta de dados se daraacute
atraveacutes de entrevistas semi estruturadas que seratildeo gravadas As informaccedilotildees colhidas seratildeo tratadas de forma
anocircnima e confidencial ou seja em nenhum momento seratildeo divulgados o seu nome e somente os
pesquisadores teratildeo acesso agraves informaccedilotildees Os dados obtidos com a pesquisa poderatildeo ser publicados apenas com
fins cientiacuteficos Eles natildeo seratildeo utilizados para fins comerciais ou para outra finalidade qualquer Caso necessite
poderatildeo ser marcados encontros para respostas ou esclarecimentos de qualquer duacutevida acerca da pesquisa A sua
participaccedilatildeo eacute voluntaria e eacute importante lembrar que vocecirc poderaacute desistir de participar da pesquisa em qualquer
momento A entrevista seraacute marcada em um dia e horaacuterio que vocecirc achar melhor Seraacute realizada
individualmente em um ambiente que nos ofereccedila privacidade Esta pesquisa natildeo oferece riscos para vocecirc e os
benefiacutecios da sua participaccedilatildeo satildeo de aumentar o conhecimento cientiacutefico na aacuterea de Enfermagem Pediaacutetrica
aleacutem de contribuir para a praacutetica profissional Este documento seraacute elaborado em duas vias uma para vocecirc e a
outra seraacute arquivada pelo pesquisador
Eu_____________________________________________________________ RG no _____________________________ Declaro que apoacutes ter entendido o que me foi explicado consinto voluntariamente em participar do presente Protocolo de Pesquisa entendo ainda que posso retirar o meu consentimento a qualquer momento antes ou durante a realizaccedilatildeo do mesmo declaro ter sido informada(o) e concordo em participar como voluntaacuteria(o) da pesquisa acima descrita Rio de Janeiro_______de_______________de 20___ _____________________________ ________________________________
(Participante) Karina Rodrigues Fernandes (Responsaacutevel por obter o consentimento)
______________________________________ _______________________________________ (Testemunha) (Testemunha)
45
APEcircNDICE II
ROTEIRO PARA ENTREVISTA
1) O que vocecirc acha que pode levar a perda do acesso perifeacuterico
2) Para vocecirc o que eacute importante para manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico nas
crianccedilas
3) O que vocecirc acha que pode interferir na sua manutenccedilatildeo
4) Que medidas vocecirc adota no seu dia a dia para manter o acesso
5) Na sua vivencia profissional o que vocecirc discorda dos cuidados que geralmente satildeo
utilizados para manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico
46
ANEXO
47
48
41
7(4) 485-492 out-dez 2008 Disponiacutevel em lt
httpwwwperiodicosuembrojsindexphpCiencCuidSaudearticleview66343908 Acesso
em 27 de maio de 2013
MARTINS Tathiana Silva de Souza SILVINO Zenith Rosa Falhas infusionais no uso do
cateter venoso perifeacuterico em pediatria revisatildeo integrativaOnline braz j nurs (Online)
8(1)2009 Disponiacutevel em
lthttpwwwobjnursinguffbrindexphpnursingloginsource=2Findexphp2Fnursing2
Farticle2Fview2Fj1676-4285200919532F457 Acesso em 27 de maio de 2013
MARTINS Tathiana S S SILVINO Zenith Rosa DIAS Leandro Silva Perfil da terapia
intravenosa pediaacutetrica em um hospital universitaacuterio e associaccedilatildeo com a ocorrecircncia de falhas
infusionais estudo quantitativo Online braz j nurs (Online) 9(2)ago 2010 Disponiacutevel emlt
httpwwwobjnursinguffbrindexphpnursingloginsource=2Findexphp2Fnursing2F
article2Fview2Fj1676-4285201030672F684 Acesso em 27 de maio de 2013
MENDONCcedilA Katiane Martins NEVES Heliny Carneiro Cunha BARBOSA Divina
Fernandes Silva SOUZA Adeniacutecia Custoacutedia Silva e TIPPLE Anaclara Ferreira Veiga
PRADO Marineacutesia Aparecida do Atuaccedilatildeo da enfermagem na prevenccedilatildeo e controle de
infecccedilatildeo de corrente sanguiacutenea relacionada a cateter Rev enferm UERJ 19(2) 330-333
abr-jun 2011 Disponiacutevel em lthttpwwwfacenfuerjbrv19n2v19n2a26pdf Acesso em 27
de maio de 2013
MINAYO Maria Ceciacutelia de Souza DESLANDES Suely Ferreira GOMES Romeu
Pesquisa Social teoria meacutetodo e criatividade Petroacutepolis Vozes 26 ed 2007
MINAYO Maria Ceciacutelia de Souza O desafio do conhecimento pesquisa qualitativa em
sauacutede 12 ed Satildeo Paulo Hucitec 2010
MODES Prtscilla Shiacuterley Siacutenfak dos Anjos GAIacuteVA Maria Aparecida Munhoz ROSA
Miacutechelly Kiacutem Oliacuteveira GRANJEIRO Claudia da Fonseca Cuidados de enfermagem nas
complicaccedilotildees da punccedilatildeo venosa perifeacuterica em receacutem-nascidos Revista da Rede de
Enfermagem do Nordeste Abr-Jun 2011 Disponiacutevel em lt
httpwwwredalycorgarticulooaid=324027975017 Acesso em 15 de maio de 2014
42
MONCAIO Ana Carolina Scarpel FIGUEIREDO Rosely Moralez de Conhecimentos e
praacuteticas no uso do cateter perifeacuterico intermitente pela equipe de enfermagem Rev eletrldquonica
enferm 11(3)set 2009 Disponiacutevel em lt httpwwwfenufgbrrevistav11n3v11n3a20htm
Acesso em 27 de maio de 2013
MURAKAMI Rose CAMPOS Claudinei Joseacute Gomes Importacircncia da relaccedilatildeo interpessoal
do enfermeiro com a famiacutelia de crianccedilas hospitalizadas Rev bras enferm [online] 2011
vol64 n2 pp 254-260 Disponiacutevel em
lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0034-
71672011000200006amplang=pt Acesso em 18 de maio de 2014
NEGRI Daniela Cavalcante de AVELAR Ariane Ferreira Machado ANDREONI Solange
PEDREIRA Mavilde da Luz Gonccedilalvez Fatores predisponentes para insucesso da punccedilatildeo
intravenosa perifeacuterica em crianccedilas Rev Lat Am Enfermagem 20(6) 1072-1080 Nov-Dec
2012 Disponiacutevel em lt wwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0104-
11692012000600009 Acesso em 27 de maio de 2013
OLIVEIRA Maria Ivoneide Veriacutessimo de BEZERRA Maria Gorette Andrade PEREIRA
Vanessa Ramos Cateterizaccedilatildeo venosa assistecircncia de enfermagem-UTI pediaacutetrica Rev da
Rede de Enfermagem do Nordeste AbrJun de 2008 Disponiacutevel em lt
httpwwwrevistareneufcbrrevistaindexphprevistaarticleview563 Acesso em 27 de
maio de 2013
PETERLINI Maria Angeacutelica Sorgini CHAUD Massae Noda and PEDREIRA Mavilde da
L GOacuterfatildeos de terapia medicamentosa a administraccedilatildeo de medicamentos por via intravenosa
em crianccedilas hospitalizadasRev Latino-Am Enfermagem [online] 2003 vol11 n1 pp 88-
95 ISSN 0104-1169 Disponiacutevel em lt httpdxdoiorg101590S0104-
11692003000100013 Acesso em 22 de novembro de 2013
PETERLINI Maria Angeacutelica Sorgini CHAUD Massae Noda PEDREIRA Mavilde L G
Incompatibilidade entre faacutermacos e materiais de cateteres e acessoacuterios da terapia intravenosa
Online braz j nurs (Online) 5(3)2006 Disponiacutevel em lt httpwwwobjnursinguffbrindexphpnursingloginsource=2F2Findexphp2Fnursing
2Farticle2Fview2F4832F109 Acesso em 27 de maio de 2013
43
PIMENTA Erika Acioli Gomes COLLET Neusa Dimensatildeo cuidadora da enfermagem e da
famiacutelia na assistecircncia agrave crianccedila hospitalizada concepccedilotildees da enfermagem Rev esc enferm
USP [online] 2009 vol43 n3 pp 622-629 Disponiacutevel em lt
httpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0080-
62342009000300018amplang=pt Acesso em 18 de maio de 2014
SILVA Adriana Serafim Bispo e ZANETTI Maria Luacutecia Curativo para fixaccedilatildeo de cateter
intravenoso perifeacuterico revisatildeo integrativa da literatura rev bras enferm 57(2) 233-236
mar-abr 2004 Disponiacutevel em lthttpdxdoiorg101590S0034-71672004000200020
Acesso em 27 de maio de 2013
SOUZA Tania Vignuda de OLIVEIRA Isabel Cristina dos Santos Interaccedilatildeo
familiaracompanhante e equipe de enfermagem no cuidado agrave crianccedila hospitalizada
perspectivas para a enfermagem pediaacutetrica Esc Anna Nery [online] 2010 vol14 n3 pp
551-559 Disponiacutevel em lt httpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S1414-
81452010000300017amplang=pt Acesso em 18 de maio de 2014
THOMAZINE Angeacutelica Malman PASSOS Rocircmulo Silva BAY JUacuteNIOR Osvaldo Goacutees
COLLET Neusa OLIVEIRA Beatriz Rosana Gonccedilalves de Assistecircncia de enfermagem agrave
crianccedila hospitalizada um resgate histoacuterico Ciˆnc cuid sapoundde 7(supl1) 145-152 maio 2008
Disponiacutevel em lt httpwwwperiodicosuembrojsindexphpCiencCuidSaudearticleview65873899 Acesso
em 01 de julho de 2013
44
APEcircNDICE I
TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO
DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO Tiacutetulo Do Projeto Os cuidados de enfermagem acerca dos acessos venosos perifeacutericos na unidade pediaacutetrica Pesquisador Responsaacutevel Rosane Cordeiro Burla de Aguiar Eny Dorea Paiva e Karina Rodrigues Fernandes Instituiccedilatildeo a que Pertence o Pesquisador Responsaacutevel Universidade Federal Fluminense Telefone para contato (21) 98355269 (21) 82392939 (21) 91786609 Nome do voluntaacuterio _________________________________________________________ Idade ________ anos RG ____________________________
AO Sr (a) estaacute sendo convidado (a) a participar do projeto de pesquisa OS CUIDADOS DE
ENFERMAGEM ACERCA DOS ACESSOS VENOSOS PERIFEacuteRICOS NA UNIDADE PEDIATRICA de
responsabilidade da pesquisadora Profordf Drordf Rosane Cordeiro Burla de Aguiar e Profordf Drordf Eny Dorea Paiva A
punccedilatildeo venosa perifeacuterica eacute um procedimento essencial durante a hospitalizaccedilatildeo da crianccedila visto que eacute atraveacutes
dela que eacute administrada grande parte das medicaccedilotildees Este estudo se justifica diante da importacircncia da
necessidade de um maior periacuteodo de permanecircncia dos acessos venosos perifeacutericos Com isso aleacutem da
diminuiccedilatildeo de eventos que causam dor e irritaccedilatildeo na crianccedila e na famiacutelia promoveraacute tambeacutem uma melhor estada
dos mesmos durante o periacuteodo de hospitalizaccedilatildeo Os objetivos da pesquisa satildeo 1) Descrever os fatores que
interferem na manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico de acordo com a equipe de enfermagem 2)Analisar os
cuidados da equipe de enfermagem na manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico A coleta de dados se daraacute
atraveacutes de entrevistas semi estruturadas que seratildeo gravadas As informaccedilotildees colhidas seratildeo tratadas de forma
anocircnima e confidencial ou seja em nenhum momento seratildeo divulgados o seu nome e somente os
pesquisadores teratildeo acesso agraves informaccedilotildees Os dados obtidos com a pesquisa poderatildeo ser publicados apenas com
fins cientiacuteficos Eles natildeo seratildeo utilizados para fins comerciais ou para outra finalidade qualquer Caso necessite
poderatildeo ser marcados encontros para respostas ou esclarecimentos de qualquer duacutevida acerca da pesquisa A sua
participaccedilatildeo eacute voluntaria e eacute importante lembrar que vocecirc poderaacute desistir de participar da pesquisa em qualquer
momento A entrevista seraacute marcada em um dia e horaacuterio que vocecirc achar melhor Seraacute realizada
individualmente em um ambiente que nos ofereccedila privacidade Esta pesquisa natildeo oferece riscos para vocecirc e os
benefiacutecios da sua participaccedilatildeo satildeo de aumentar o conhecimento cientiacutefico na aacuterea de Enfermagem Pediaacutetrica
aleacutem de contribuir para a praacutetica profissional Este documento seraacute elaborado em duas vias uma para vocecirc e a
outra seraacute arquivada pelo pesquisador
Eu_____________________________________________________________ RG no _____________________________ Declaro que apoacutes ter entendido o que me foi explicado consinto voluntariamente em participar do presente Protocolo de Pesquisa entendo ainda que posso retirar o meu consentimento a qualquer momento antes ou durante a realizaccedilatildeo do mesmo declaro ter sido informada(o) e concordo em participar como voluntaacuteria(o) da pesquisa acima descrita Rio de Janeiro_______de_______________de 20___ _____________________________ ________________________________
(Participante) Karina Rodrigues Fernandes (Responsaacutevel por obter o consentimento)
______________________________________ _______________________________________ (Testemunha) (Testemunha)
45
APEcircNDICE II
ROTEIRO PARA ENTREVISTA
1) O que vocecirc acha que pode levar a perda do acesso perifeacuterico
2) Para vocecirc o que eacute importante para manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico nas
crianccedilas
3) O que vocecirc acha que pode interferir na sua manutenccedilatildeo
4) Que medidas vocecirc adota no seu dia a dia para manter o acesso
5) Na sua vivencia profissional o que vocecirc discorda dos cuidados que geralmente satildeo
utilizados para manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico
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ANEXO
47
48
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MONCAIO Ana Carolina Scarpel FIGUEIREDO Rosely Moralez de Conhecimentos e
praacuteticas no uso do cateter perifeacuterico intermitente pela equipe de enfermagem Rev eletrldquonica
enferm 11(3)set 2009 Disponiacutevel em lt httpwwwfenufgbrrevistav11n3v11n3a20htm
Acesso em 27 de maio de 2013
MURAKAMI Rose CAMPOS Claudinei Joseacute Gomes Importacircncia da relaccedilatildeo interpessoal
do enfermeiro com a famiacutelia de crianccedilas hospitalizadas Rev bras enferm [online] 2011
vol64 n2 pp 254-260 Disponiacutevel em
lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0034-
71672011000200006amplang=pt Acesso em 18 de maio de 2014
NEGRI Daniela Cavalcante de AVELAR Ariane Ferreira Machado ANDREONI Solange
PEDREIRA Mavilde da Luz Gonccedilalvez Fatores predisponentes para insucesso da punccedilatildeo
intravenosa perifeacuterica em crianccedilas Rev Lat Am Enfermagem 20(6) 1072-1080 Nov-Dec
2012 Disponiacutevel em lt wwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0104-
11692012000600009 Acesso em 27 de maio de 2013
OLIVEIRA Maria Ivoneide Veriacutessimo de BEZERRA Maria Gorette Andrade PEREIRA
Vanessa Ramos Cateterizaccedilatildeo venosa assistecircncia de enfermagem-UTI pediaacutetrica Rev da
Rede de Enfermagem do Nordeste AbrJun de 2008 Disponiacutevel em lt
httpwwwrevistareneufcbrrevistaindexphprevistaarticleview563 Acesso em 27 de
maio de 2013
PETERLINI Maria Angeacutelica Sorgini CHAUD Massae Noda and PEDREIRA Mavilde da
L GOacuterfatildeos de terapia medicamentosa a administraccedilatildeo de medicamentos por via intravenosa
em crianccedilas hospitalizadasRev Latino-Am Enfermagem [online] 2003 vol11 n1 pp 88-
95 ISSN 0104-1169 Disponiacutevel em lt httpdxdoiorg101590S0104-
11692003000100013 Acesso em 22 de novembro de 2013
PETERLINI Maria Angeacutelica Sorgini CHAUD Massae Noda PEDREIRA Mavilde L G
Incompatibilidade entre faacutermacos e materiais de cateteres e acessoacuterios da terapia intravenosa
Online braz j nurs (Online) 5(3)2006 Disponiacutevel em lt httpwwwobjnursinguffbrindexphpnursingloginsource=2F2Findexphp2Fnursing
2Farticle2Fview2F4832F109 Acesso em 27 de maio de 2013
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PIMENTA Erika Acioli Gomes COLLET Neusa Dimensatildeo cuidadora da enfermagem e da
famiacutelia na assistecircncia agrave crianccedila hospitalizada concepccedilotildees da enfermagem Rev esc enferm
USP [online] 2009 vol43 n3 pp 622-629 Disponiacutevel em lt
httpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0080-
62342009000300018amplang=pt Acesso em 18 de maio de 2014
SILVA Adriana Serafim Bispo e ZANETTI Maria Luacutecia Curativo para fixaccedilatildeo de cateter
intravenoso perifeacuterico revisatildeo integrativa da literatura rev bras enferm 57(2) 233-236
mar-abr 2004 Disponiacutevel em lthttpdxdoiorg101590S0034-71672004000200020
Acesso em 27 de maio de 2013
SOUZA Tania Vignuda de OLIVEIRA Isabel Cristina dos Santos Interaccedilatildeo
familiaracompanhante e equipe de enfermagem no cuidado agrave crianccedila hospitalizada
perspectivas para a enfermagem pediaacutetrica Esc Anna Nery [online] 2010 vol14 n3 pp
551-559 Disponiacutevel em lt httpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S1414-
81452010000300017amplang=pt Acesso em 18 de maio de 2014
THOMAZINE Angeacutelica Malman PASSOS Rocircmulo Silva BAY JUacuteNIOR Osvaldo Goacutees
COLLET Neusa OLIVEIRA Beatriz Rosana Gonccedilalves de Assistecircncia de enfermagem agrave
crianccedila hospitalizada um resgate histoacuterico Ciˆnc cuid sapoundde 7(supl1) 145-152 maio 2008
Disponiacutevel em lt httpwwwperiodicosuembrojsindexphpCiencCuidSaudearticleview65873899 Acesso
em 01 de julho de 2013
44
APEcircNDICE I
TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO
DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO Tiacutetulo Do Projeto Os cuidados de enfermagem acerca dos acessos venosos perifeacutericos na unidade pediaacutetrica Pesquisador Responsaacutevel Rosane Cordeiro Burla de Aguiar Eny Dorea Paiva e Karina Rodrigues Fernandes Instituiccedilatildeo a que Pertence o Pesquisador Responsaacutevel Universidade Federal Fluminense Telefone para contato (21) 98355269 (21) 82392939 (21) 91786609 Nome do voluntaacuterio _________________________________________________________ Idade ________ anos RG ____________________________
AO Sr (a) estaacute sendo convidado (a) a participar do projeto de pesquisa OS CUIDADOS DE
ENFERMAGEM ACERCA DOS ACESSOS VENOSOS PERIFEacuteRICOS NA UNIDADE PEDIATRICA de
responsabilidade da pesquisadora Profordf Drordf Rosane Cordeiro Burla de Aguiar e Profordf Drordf Eny Dorea Paiva A
punccedilatildeo venosa perifeacuterica eacute um procedimento essencial durante a hospitalizaccedilatildeo da crianccedila visto que eacute atraveacutes
dela que eacute administrada grande parte das medicaccedilotildees Este estudo se justifica diante da importacircncia da
necessidade de um maior periacuteodo de permanecircncia dos acessos venosos perifeacutericos Com isso aleacutem da
diminuiccedilatildeo de eventos que causam dor e irritaccedilatildeo na crianccedila e na famiacutelia promoveraacute tambeacutem uma melhor estada
dos mesmos durante o periacuteodo de hospitalizaccedilatildeo Os objetivos da pesquisa satildeo 1) Descrever os fatores que
interferem na manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico de acordo com a equipe de enfermagem 2)Analisar os
cuidados da equipe de enfermagem na manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico A coleta de dados se daraacute
atraveacutes de entrevistas semi estruturadas que seratildeo gravadas As informaccedilotildees colhidas seratildeo tratadas de forma
anocircnima e confidencial ou seja em nenhum momento seratildeo divulgados o seu nome e somente os
pesquisadores teratildeo acesso agraves informaccedilotildees Os dados obtidos com a pesquisa poderatildeo ser publicados apenas com
fins cientiacuteficos Eles natildeo seratildeo utilizados para fins comerciais ou para outra finalidade qualquer Caso necessite
poderatildeo ser marcados encontros para respostas ou esclarecimentos de qualquer duacutevida acerca da pesquisa A sua
participaccedilatildeo eacute voluntaria e eacute importante lembrar que vocecirc poderaacute desistir de participar da pesquisa em qualquer
momento A entrevista seraacute marcada em um dia e horaacuterio que vocecirc achar melhor Seraacute realizada
individualmente em um ambiente que nos ofereccedila privacidade Esta pesquisa natildeo oferece riscos para vocecirc e os
benefiacutecios da sua participaccedilatildeo satildeo de aumentar o conhecimento cientiacutefico na aacuterea de Enfermagem Pediaacutetrica
aleacutem de contribuir para a praacutetica profissional Este documento seraacute elaborado em duas vias uma para vocecirc e a
outra seraacute arquivada pelo pesquisador
Eu_____________________________________________________________ RG no _____________________________ Declaro que apoacutes ter entendido o que me foi explicado consinto voluntariamente em participar do presente Protocolo de Pesquisa entendo ainda que posso retirar o meu consentimento a qualquer momento antes ou durante a realizaccedilatildeo do mesmo declaro ter sido informada(o) e concordo em participar como voluntaacuteria(o) da pesquisa acima descrita Rio de Janeiro_______de_______________de 20___ _____________________________ ________________________________
(Participante) Karina Rodrigues Fernandes (Responsaacutevel por obter o consentimento)
______________________________________ _______________________________________ (Testemunha) (Testemunha)
45
APEcircNDICE II
ROTEIRO PARA ENTREVISTA
1) O que vocecirc acha que pode levar a perda do acesso perifeacuterico
2) Para vocecirc o que eacute importante para manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico nas
crianccedilas
3) O que vocecirc acha que pode interferir na sua manutenccedilatildeo
4) Que medidas vocecirc adota no seu dia a dia para manter o acesso
5) Na sua vivencia profissional o que vocecirc discorda dos cuidados que geralmente satildeo
utilizados para manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico
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ANEXO
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PIMENTA Erika Acioli Gomes COLLET Neusa Dimensatildeo cuidadora da enfermagem e da
famiacutelia na assistecircncia agrave crianccedila hospitalizada concepccedilotildees da enfermagem Rev esc enferm
USP [online] 2009 vol43 n3 pp 622-629 Disponiacutevel em lt
httpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0080-
62342009000300018amplang=pt Acesso em 18 de maio de 2014
SILVA Adriana Serafim Bispo e ZANETTI Maria Luacutecia Curativo para fixaccedilatildeo de cateter
intravenoso perifeacuterico revisatildeo integrativa da literatura rev bras enferm 57(2) 233-236
mar-abr 2004 Disponiacutevel em lthttpdxdoiorg101590S0034-71672004000200020
Acesso em 27 de maio de 2013
SOUZA Tania Vignuda de OLIVEIRA Isabel Cristina dos Santos Interaccedilatildeo
familiaracompanhante e equipe de enfermagem no cuidado agrave crianccedila hospitalizada
perspectivas para a enfermagem pediaacutetrica Esc Anna Nery [online] 2010 vol14 n3 pp
551-559 Disponiacutevel em lt httpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S1414-
81452010000300017amplang=pt Acesso em 18 de maio de 2014
THOMAZINE Angeacutelica Malman PASSOS Rocircmulo Silva BAY JUacuteNIOR Osvaldo Goacutees
COLLET Neusa OLIVEIRA Beatriz Rosana Gonccedilalves de Assistecircncia de enfermagem agrave
crianccedila hospitalizada um resgate histoacuterico Ciˆnc cuid sapoundde 7(supl1) 145-152 maio 2008
Disponiacutevel em lt httpwwwperiodicosuembrojsindexphpCiencCuidSaudearticleview65873899 Acesso
em 01 de julho de 2013
44
APEcircNDICE I
TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO
DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO Tiacutetulo Do Projeto Os cuidados de enfermagem acerca dos acessos venosos perifeacutericos na unidade pediaacutetrica Pesquisador Responsaacutevel Rosane Cordeiro Burla de Aguiar Eny Dorea Paiva e Karina Rodrigues Fernandes Instituiccedilatildeo a que Pertence o Pesquisador Responsaacutevel Universidade Federal Fluminense Telefone para contato (21) 98355269 (21) 82392939 (21) 91786609 Nome do voluntaacuterio _________________________________________________________ Idade ________ anos RG ____________________________
AO Sr (a) estaacute sendo convidado (a) a participar do projeto de pesquisa OS CUIDADOS DE
ENFERMAGEM ACERCA DOS ACESSOS VENOSOS PERIFEacuteRICOS NA UNIDADE PEDIATRICA de
responsabilidade da pesquisadora Profordf Drordf Rosane Cordeiro Burla de Aguiar e Profordf Drordf Eny Dorea Paiva A
punccedilatildeo venosa perifeacuterica eacute um procedimento essencial durante a hospitalizaccedilatildeo da crianccedila visto que eacute atraveacutes
dela que eacute administrada grande parte das medicaccedilotildees Este estudo se justifica diante da importacircncia da
necessidade de um maior periacuteodo de permanecircncia dos acessos venosos perifeacutericos Com isso aleacutem da
diminuiccedilatildeo de eventos que causam dor e irritaccedilatildeo na crianccedila e na famiacutelia promoveraacute tambeacutem uma melhor estada
dos mesmos durante o periacuteodo de hospitalizaccedilatildeo Os objetivos da pesquisa satildeo 1) Descrever os fatores que
interferem na manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico de acordo com a equipe de enfermagem 2)Analisar os
cuidados da equipe de enfermagem na manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico A coleta de dados se daraacute
atraveacutes de entrevistas semi estruturadas que seratildeo gravadas As informaccedilotildees colhidas seratildeo tratadas de forma
anocircnima e confidencial ou seja em nenhum momento seratildeo divulgados o seu nome e somente os
pesquisadores teratildeo acesso agraves informaccedilotildees Os dados obtidos com a pesquisa poderatildeo ser publicados apenas com
fins cientiacuteficos Eles natildeo seratildeo utilizados para fins comerciais ou para outra finalidade qualquer Caso necessite
poderatildeo ser marcados encontros para respostas ou esclarecimentos de qualquer duacutevida acerca da pesquisa A sua
participaccedilatildeo eacute voluntaria e eacute importante lembrar que vocecirc poderaacute desistir de participar da pesquisa em qualquer
momento A entrevista seraacute marcada em um dia e horaacuterio que vocecirc achar melhor Seraacute realizada
individualmente em um ambiente que nos ofereccedila privacidade Esta pesquisa natildeo oferece riscos para vocecirc e os
benefiacutecios da sua participaccedilatildeo satildeo de aumentar o conhecimento cientiacutefico na aacuterea de Enfermagem Pediaacutetrica
aleacutem de contribuir para a praacutetica profissional Este documento seraacute elaborado em duas vias uma para vocecirc e a
outra seraacute arquivada pelo pesquisador
Eu_____________________________________________________________ RG no _____________________________ Declaro que apoacutes ter entendido o que me foi explicado consinto voluntariamente em participar do presente Protocolo de Pesquisa entendo ainda que posso retirar o meu consentimento a qualquer momento antes ou durante a realizaccedilatildeo do mesmo declaro ter sido informada(o) e concordo em participar como voluntaacuteria(o) da pesquisa acima descrita Rio de Janeiro_______de_______________de 20___ _____________________________ ________________________________
(Participante) Karina Rodrigues Fernandes (Responsaacutevel por obter o consentimento)
______________________________________ _______________________________________ (Testemunha) (Testemunha)
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APEcircNDICE II
ROTEIRO PARA ENTREVISTA
1) O que vocecirc acha que pode levar a perda do acesso perifeacuterico
2) Para vocecirc o que eacute importante para manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico nas
crianccedilas
3) O que vocecirc acha que pode interferir na sua manutenccedilatildeo
4) Que medidas vocecirc adota no seu dia a dia para manter o acesso
5) Na sua vivencia profissional o que vocecirc discorda dos cuidados que geralmente satildeo
utilizados para manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico
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APEcircNDICE I
TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO
DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO Tiacutetulo Do Projeto Os cuidados de enfermagem acerca dos acessos venosos perifeacutericos na unidade pediaacutetrica Pesquisador Responsaacutevel Rosane Cordeiro Burla de Aguiar Eny Dorea Paiva e Karina Rodrigues Fernandes Instituiccedilatildeo a que Pertence o Pesquisador Responsaacutevel Universidade Federal Fluminense Telefone para contato (21) 98355269 (21) 82392939 (21) 91786609 Nome do voluntaacuterio _________________________________________________________ Idade ________ anos RG ____________________________
AO Sr (a) estaacute sendo convidado (a) a participar do projeto de pesquisa OS CUIDADOS DE
ENFERMAGEM ACERCA DOS ACESSOS VENOSOS PERIFEacuteRICOS NA UNIDADE PEDIATRICA de
responsabilidade da pesquisadora Profordf Drordf Rosane Cordeiro Burla de Aguiar e Profordf Drordf Eny Dorea Paiva A
punccedilatildeo venosa perifeacuterica eacute um procedimento essencial durante a hospitalizaccedilatildeo da crianccedila visto que eacute atraveacutes
dela que eacute administrada grande parte das medicaccedilotildees Este estudo se justifica diante da importacircncia da
necessidade de um maior periacuteodo de permanecircncia dos acessos venosos perifeacutericos Com isso aleacutem da
diminuiccedilatildeo de eventos que causam dor e irritaccedilatildeo na crianccedila e na famiacutelia promoveraacute tambeacutem uma melhor estada
dos mesmos durante o periacuteodo de hospitalizaccedilatildeo Os objetivos da pesquisa satildeo 1) Descrever os fatores que
interferem na manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico de acordo com a equipe de enfermagem 2)Analisar os
cuidados da equipe de enfermagem na manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico A coleta de dados se daraacute
atraveacutes de entrevistas semi estruturadas que seratildeo gravadas As informaccedilotildees colhidas seratildeo tratadas de forma
anocircnima e confidencial ou seja em nenhum momento seratildeo divulgados o seu nome e somente os
pesquisadores teratildeo acesso agraves informaccedilotildees Os dados obtidos com a pesquisa poderatildeo ser publicados apenas com
fins cientiacuteficos Eles natildeo seratildeo utilizados para fins comerciais ou para outra finalidade qualquer Caso necessite
poderatildeo ser marcados encontros para respostas ou esclarecimentos de qualquer duacutevida acerca da pesquisa A sua
participaccedilatildeo eacute voluntaria e eacute importante lembrar que vocecirc poderaacute desistir de participar da pesquisa em qualquer
momento A entrevista seraacute marcada em um dia e horaacuterio que vocecirc achar melhor Seraacute realizada
individualmente em um ambiente que nos ofereccedila privacidade Esta pesquisa natildeo oferece riscos para vocecirc e os
benefiacutecios da sua participaccedilatildeo satildeo de aumentar o conhecimento cientiacutefico na aacuterea de Enfermagem Pediaacutetrica
aleacutem de contribuir para a praacutetica profissional Este documento seraacute elaborado em duas vias uma para vocecirc e a
outra seraacute arquivada pelo pesquisador
Eu_____________________________________________________________ RG no _____________________________ Declaro que apoacutes ter entendido o que me foi explicado consinto voluntariamente em participar do presente Protocolo de Pesquisa entendo ainda que posso retirar o meu consentimento a qualquer momento antes ou durante a realizaccedilatildeo do mesmo declaro ter sido informada(o) e concordo em participar como voluntaacuteria(o) da pesquisa acima descrita Rio de Janeiro_______de_______________de 20___ _____________________________ ________________________________
(Participante) Karina Rodrigues Fernandes (Responsaacutevel por obter o consentimento)
______________________________________ _______________________________________ (Testemunha) (Testemunha)
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APEcircNDICE II
ROTEIRO PARA ENTREVISTA
1) O que vocecirc acha que pode levar a perda do acesso perifeacuterico
2) Para vocecirc o que eacute importante para manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico nas
crianccedilas
3) O que vocecirc acha que pode interferir na sua manutenccedilatildeo
4) Que medidas vocecirc adota no seu dia a dia para manter o acesso
5) Na sua vivencia profissional o que vocecirc discorda dos cuidados que geralmente satildeo
utilizados para manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico
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APEcircNDICE II
ROTEIRO PARA ENTREVISTA
1) O que vocecirc acha que pode levar a perda do acesso perifeacuterico
2) Para vocecirc o que eacute importante para manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico nas
crianccedilas
3) O que vocecirc acha que pode interferir na sua manutenccedilatildeo
4) Que medidas vocecirc adota no seu dia a dia para manter o acesso
5) Na sua vivencia profissional o que vocecirc discorda dos cuidados que geralmente satildeo
utilizados para manutenccedilatildeo do acesso venoso perifeacuterico
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