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UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE UFF INSTITUTO DE ARTES E COMUNICAÇÃO SOCIAL IACS DEPARTAMENTO DE CIÊNCIA E INFORMAÇÃO GCI CURSO DE GRADUÇÃO EM ARQUIVOLOGIA JEFFERSON PIFFER DA SILVA TRAMITAÇÃO E FLUXO DE TRABALHO NO ALFRESCO COMMUNITY, À LUZ DOS REQUISITOS DO e-ARQ BRASIL NITEROI 2017

UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE UFF INSTITUTO DE … JEFF Completo.pdf · SAESP – Sistema de Arquivos do Estado de São Paulo SIGAD – Sistemas Informatizados de Gestão Arquivística

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  • UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE – UFF

    INSTITUTO DE ARTES E COMUNICAÇÃO SOCIAL – IACS

    DEPARTAMENTO DE CIÊNCIA E INFORMAÇÃO – GCI

    CURSO DE GRADUÇÃO EM ARQUIVOLOGIA

    JEFFERSON PIFFER DA SILVA

    TRAMITAÇÃO E FLUXO DE TRABALHO NO ALFRESCO COMMUNITY, À

    LUZ DOS REQUISITOS DO e-ARQ BRASIL

    NITEROI

    2017

  • UFF – UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE

    JEFFERSON PIFFER DA SILVA

    TRAMITAÇÃO E FLUXO DE TRABALHO NO ALFRESCO COMMUNITY, À

    LUZ DOS REQUISITOS DO e-ARQ BRASIL

    Trabalho de Conclusão de Curso apresentado

    à Universidade Federal Fluminense como

    requisito parcial para a obtenção do grau de

    Bacharel em Arquivologia

    ORIENTADORA: Drª Clarissa Moreira dos Santos Schmidt

    Niterói

    2017

  • JEFFERSON PIFFER DA SILVA

    TRAMITAÇÃO E FLUXOS DE TRABALHO NO ALFRESCO COMMUNITY, À

    LUZ DOS REQUISITOS DO e-ARQ BRASIL

    Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à

    Universidade Federal Fluminense como requisito

    parcial para a obtenção do grau de Bacharel em

    Arquivologia.

    Aprovado em de de 2017.

    BANCA EXAMINADORA

    ______________________________________________________

    Prof. Drª Clarissa Moreira dos Santos Schmidt (orientadora)

    UFF – Universidade Federal Fluminense

    ______________________________________________________

    Prof. Drª Linair Campos

    UFF – Universidade Federal Fluminense

    ______________________________________________________

    Prof. Drª Margareth da Silva

    UFF – Universidade Federal Fluminense

  • DEDICATÓRIA

    À minha mãe,

    com todo carinho.

  • AGRADECIMENTOS

    A Deus por ter me dado à oportunidade para evoluir intelectualmente, por intermédio

    de profissionais que contribuíram para a minha formação profissional, tanto no meio acadêmico

    quanto nos estágios.

    A esta universidade, seu corpo docente, direção e administração, que oportunizaram esta

    chance que hoje vislumbro um horizonte superior, podendo contribuir para uma sociedade

    melhor.

    A minha estimada amiga e orientadora Professora Drª Clarissa Moreira dos Santos

    Schimdt, pelo suporte no pouco tempo que lhe coube, pela sua paciência, correções, incentivos

    e pelo empenho dedicado à elaboração deste trabalho valoroso.

    Agradeço especialmente também as professoras Drª Linair Campos e Drª Margareth da

    Silva, pelas orientações e observações citadas neste trabalho de conclusão de curso.

    Agradeço а minha amada mãе Kátia Piffer, in memoriam, um ser humano ímpar qυе mе

    dеu amor, carinho, conselhos e muito incentivo nаs horas agradáveis e nas difíceis, de apoio

    incondicional. Uma pessoa íntegra que um dia terei prazer em rever.

    Ao mеυ pai, qυе apesar dе todos os contratempos, mе orientou incessantemente nesta

    longa estrada, para que eu pudesse chegar até aqui. Sua missão foi cumprida e sou grato por

    isso.

    Ao meu amado e querido filho, no qual pretendo educar e orientar para que seja uma

    pessoa bem sucedida, perante os desafios que a vida lhe proporcionará.

    A minha amada companheira Verônica do Nascimento Sousa, que atua de diversas

    formas para que eu alcance esta etapa da minha vida.

    Aos meus amigos que eu conquistei por onde passei, desde a tenra idade até os dias

    atuais. Amizade de valor imensurável é algo que não se esquece.

    E a todos que direta ou indiretamente fizeram parte desta trajetória até aqui e que

    contribuirão no porvir, o meu agradecimento especial.

  • RESUMO

    Esta pesquisa objetiva o estudo e a análise sobre as funcionalidades de tramitação e o fluxo de

    trabalho no Alfresco Community, à luz dos requisitos do e-ARQ Brasil. Observa-se que são

    funcionalidades primordiais para os arquivos correntes das atividades-meio e da atividade-fim

    das empresas e instituições que produzem documentos e que utilizam este tipo de software para

    realizar a gestão de seus documentos. Verificar-se-á se este software atende as exigências que

    compõe os tipos de controle do fluxo de trabalho, o controle de versões e do status dos

    documentos que foram gerados e preconizados no e-ARQ Brasil.

    Palavras-chave: Arquivologia. Fluxo de Trabalho. Gestão de Documentos. Gestão de

    Documentos Arquivísticos Digitais. Sistema de Gestão Arquivística de Documentos.

  • ABSTRACT

    This research aims to study and analyze the processing functionalities and the workflow in

    Alfresco Community, in light of the requirements of e-ARQ Brazil. It is observed that they are

    primordial functionalities for the current archives of the activities-means and the final activity

    of the companies and institutions that produce documents and that use this type of software to

    carry out the management of their documents. It will be verified if this software meets the

    requirements that comprise the types of workflow control, version control and the status of the

    documents that were generated and recommended in e-ARQ Brazil.

    Tags: Archivology. Document Management. Management of Digital Archives. Document

    Management System. Management of Digital Archives. Workflow.

  • LISTA DE ILUSTRAÇÕES

    Imagens que serão printadas abordam as funcionalidades do Alfresco Community, no que se

    refere à tramitação e o fluxo de trabalho. Além destes, serão printadas para fins de

    comprovação, os requisitos para tramitação e fluxo de trabalho no e-ARQ Brasil.

    Figura 1 - Criação de um grupo com usuários ................................................................ 23

    Figura 2 - Criação de um usuário pelo administrador ..................................................... 24

    Figura 3 - Inserção de dados sobre o usuário .................................................................. 24

    Figura 4 - Modelos de workflow ..................................................................................... 25

    Figura 5 - Fluxos de trabalho iniciados ........................................................................... 26

    Figura 6 - Primeiro fluxo de trabalho .............................................................................. 27

    Figura 7 - Revisão de notas da prova ............................................................................... 28

    Figura 8 - Segundo fluxo de trabalho ............................................................................... 29

    Figura 9 - Ata de reunião .................................................................................................. 29

    Figura 10 - Terceiro fluxo de trabalho .............................................................................. 30

    Figura 11 - Comprovação de trabalho semanal ................................................................ 31

    Figura 12 - Tarefa atribuída aos usuários do grupo ......................................................... 31

    Figura 13 - Quarto fluxo de trabalho ................................................................................ 32

    Figura 14 - Revisar as notas da prova ............................................................................... 33

    Figura 15 - Quinto fluxo de trabalho ................................................................................ 34

    Figura 16 - Solicitação de benefícios ............................................................................... 34

    Figura 17 - Tramitação do documento para usuários ....................................................... 37

    Figura 18 - Revisor da tarefa ………………………….................................................... 37

    Figura 19 - Exemplo de fluxo de trabalho ...…................................................................. 38

    Figura 20 - Revisão de conteúdo feita por usuários ......................................................... 39

    Figura 21 -Tarefas do usuário ........................................................................................... 40

    Figura 22 - Página do perfil do usuário ............................................................................ 41

    Figura 23 - Painel do usuário de gestão de documentos ...................................................42

  • Figura 24 – Fluxo de trabalho realizado pelo usuário ......................................................... 42

    Figura 25 - Revisão e aprovação em grupo único .............................................................. 43

    Figura 26 – Revisão de tarefas de usuário para usuário ……….......................................... 44

    Figura 27 – Site de gerenciamento de registros .................................................................. 45

    Figura 28 – Uso da Ferramenta RM pelo administrador ..................................................... 45

    Figura 29 – Explicação sobre a auditoria ............................................................................ 46

    Figura 30 - A inexistência do link da auditoria no GR ....................................................... 46

    Figura 31 - Tramitação no fluxo de trabalho ..................................................................... 47

    Figura 32 – Tramitação através do histórico da tarefa ....................................................... 48

    Figura 33 – GD em estado de aguardo ……………........................................................... 49

    Figura 34 – Usuário no navegador de repositório ………….............................................. 50

    Figura 35 – Usuário com acesso aos documentos ……...................................................... 50

    Figura 36 – Criação do fluxo de trabalho pelo usuário ...................................................... 51

    Figura 37 – Revisão e aprovação paralela. …………………............................................. 52

    Figura 38 – Multiplos usuários no workflow ..................................................................... 53

    Figura 39 – Tipos de documentos no repositório ............................................................... 54

    Figura 40 – Fluxo de trabalhos iniciados e concluídos ...................................................... 55

    Figura 41 – Grupo destacado em laranja ............................................................................ 56

    Figura 42 - Tarefa de revisão em grupo …………............................................................ 57

    Figura 43 – Grupos de usuários como participantes .......................................................... 57

    Figura 44 – Solicitação de assinatura ……………............................................................. 59

    Figura 45 – Monitorar a tramitação do documento ............................................................ 60

    Figura 46 – Mudanças feitas pelo administrador. …........................................................... 61

    Figura 47 - Criação e alterações neste fluxo de trabalho .................................................... 62

    Figura 48 – Documento para usuários ………………….................................................... 63

    Figura 49 – A extinção e criação de usuários ..................................................................... 64

    Figura 50 – Documento tramitando …………………........................................................ 65

    Figura 51 – Diversas versões de um documento ................................................................ 66

  • LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

    AC – Alfresco Community

    AD – Altamente desejável

    ARQ-SP – Associação de Arquivistas de São Paulo

    CONARQ – Conselho Nacional de Arquivo

    F - Facultativo

    GD – Gestão de documentos

    GR - Gerenciamento de registros

    LAI – Lei de Acesso a Informação

    O – Obrigatório

    PC - Personal Computer

    RAM - Random Access Memory

    RM - Records Management

    SAESP – Sistema de Arquivos do Estado de São Paulo

    SIGAD – Sistemas Informatizados de Gestão Arquivística de Documentos

    SO – Sistema Operacional

    SW – Software

  • LISTA DE QUADROS

    Quadro 1 – Software Alfresco Community e os vinte e dois requisitos que constituem os tipos

    de controle de fluxo de trabalho ............................................................................................. 68

    Quadro 2 - Software Alfresco Comunnity e os quatro requisitos que constituem o controle de

    versões e do status do documento .......................................................................................... 69

  • SUMÁRIO

    1 INTRODUÇÃO ............................................................................................. 12

    1.1 OBJETIVO GERAL .................................................................................... 14

    1.1.1 Objetivos Específicos .............................................................................. 14

    1.2 JUSTIFICATIVA ........................................................................................ 14

    1.3 METODOLOGIA ....................................................................................... 15

    2 A importância da tramitação e do fluxo de trabalho ................................ 18

    3 Funcionalidades do software Alfresco Community ................................... 24

    4 Alfresco Community e os requisitos do e-ARQ Brasil .............................. 37

    5 CONSIDERAÇÕES FINAIS ......................................................................... 71

    REFERÊNCIAS ................................................................................................ 72

  • 12

    1 INTRODUÇÃO

    A proposta desta pesquisa é analisar se o software livre com código aberto Alfresco,

    atende aos requisitos da tramitação e do fluxo de trabalho dos documentos que um sistema

    informatizado de gestão arquivística de documentos exige.

    Mas afinal, o que é o Alfresco? Segundo o site deste software:

    É um sistema de Gerenciamento de Conteúdo Empresarial (ECM)1 de código

    aberto que gerencia todo o conteúdo dentro de uma empresa e fornece os

    serviços e controles que gerenciam esse conteúdo

    Baseado na definição acima, este software livre de conteúdo aberto seria a solução para

    o problema de gestão documental na administração pública ou no meio corporativo, por

    exemplo, com o intuito de fornecer o acesso à informação que a instituição almeja, de forma

    eficiente e eficaz. Todavia, não é tão simples assim.

    Com vistas a compreender se este software atende às fundamentações arquivísticas para

    a gestão de documentos, buscamos respostas às seguintes perguntas:

    No que tange a gestão dos documentos neste software, como são gerenciados os

    documentos produzidos no meio eletrônico? E os documentos que são digitalizados? O

    Alfresco Community possui algum meio para assimilar a tramitação do documento antes do seu

    registro? Como ocorre este processo? Caso comprove os questionamentos citados acima, este

    software possui algum recurso para controlar o fluxo de trabalho após registro da informação,

    seguindo o grau de obrigação estipulado pelo e-ARQ Brasil? Eis as inquietações deste trabalho

    de conclusão de curso.

    Para que seja possível encontrar as respostas, é necessário ter um embasamento sobre o

    assunto, compreendendo as terminologias mais importantes sobre o tema.

    Nesta mesma linha de pensamento, no Dicionário Brasileiro de Terminologia

    Arquivística (2005), a gestão de documentos é definida como:

    O conjunto de procedimentos e operações técnicas referentes à produção,

    tramitação, uso, avaliação e arquivamento de documentos em fase corrente e

    intermediária, visando sua eliminação ou recolhimento (ARQUIVO

    NACIONAL, 2005, p. 100). ______________________ 1 Enterprise Content Managent (ECM: Gestão de Conteúdo Corporativo – tradução livre). Disponível em

    http://docs.alfresco.com/community

    http://docs.alfresco.com/community

  • 13

    Nesta mesma linha de pensamento, no Dicionário Brasileiro de Terminologia

    Arquivística (2005), a gestão de documentos é definida como:

    O conjunto de procedimentos e operações técnicas referentes à produção,

    tramitação, uso, avaliação e arquivamento de documentos em fase corrente e

    intermediária, visando sua eliminação ou recolhimento (ARQUIVO

    NACIONAL, 2005, p. 100).

    Para o Heloísa Bellotto (2012, p.49), o fluxo de trabalho é definido no Dicionário de

    terminologia arquivística, como “tramitação em meios eletrônicos”.

    De acordo com o CONARQ (2005, p.132), a tramitação é enunciada no respectivo

    glossário do e-ARQ Brasil, como “Curso do documento desde a sua produção ou recepção até

    o cumprimento de sua função administrativa. Também chamado movimentação ou trâmite”

    No que se refere aos documentos arquivísticos digitais, o mesmo é definido no e-ARQ

    Brasil (2011) como:

    É um documento digital que é tratado e gerenciado como um documento

    arquivístico, ou seja, incorporado ao sistema de arquivos (CONARQ, 2011,

    p.09).

    Já em relação ao e-ARQ Brasil (2011), encontra-se a seguinte definição:

    É uma especificação de requisitos a serem cumpridos pela organização

    produtora/recebedora de documentos, pelo sistema de gestão arquivística e

    pelos próprios documentos, a fim de garantir sua confiabilidade e

    autenticidade, assim como sua acessibilidade (CONARQ, 2011, p.09).

    No intuito de relacionar o sistema informatizado de gestão arquivística de documentos

    – SIGAD, com o e-ARQ Brasil (2011), o mesmo encontra-se definido como:

    Um conjunto de procedimentos e operações técnicas, característico do sistema

    de gestão arquivística de documentos, processado por computador. Pode

    compreender um software particular, um determinado número de softwares

    integrados, adquiridos ou desenvolvidos por encomenda, ou uma combinação

    destes (CONARQ, 2011, p.10).

    Após breve explicação sobre as definições de gestão de documentos, tramitação, fluxo

    de trabalho, Alfresco, documentos arquivísticos digitais e o e-ARQ Brasil, que serão utilizadas

    neste trabalho, objetivamos estudar a importância deste software e a sua correspondência com

    as exigências a nível obrigatório, altamente desejável ou facultativo, que são estipulados por

    este modelo de SIGAD, para que sejam respondidas sobre as suas respectivas funcionalidades

    além de verificar se estes são autênticos e confiáveis.

  • 14

    Adiante, examinaremos se este repositório digital, o Alfresco, atende totalmente ou

    parcialmente os 26 (vinte e seis requisitos) que se encontram na seção do e-ARQ Brasil, no que

    se refere à tramitação e o fluxo de trabalho dos documentos produzidos, tanto os digitais como

    os digitalizados.

    1.1 OBJETIVO GERAL

    Analisar as funcionalidades de tramitação e fluxo de trabalho do software Alfresco

    Community, à luz dos requisitos do e-ARQ Brasil.

    1.1.1 Objetivos Específicos

    No que tange aos objetivos específicos, serão analisadas as definições e a importância

    da tramitação e do fluxo de trabalho para o campo da Arquivologia. Eis a discussão do capítulo

    dois desta monografia.

    No capítulo três, serão apresentadas as funcionalidades do Alfresco Community, no que

    se refere à tramitação e o fluxo de trabalho.

    O quarto e último capítulo será a contextualização do Alfresco Community, de acordo

    com os requisitos para tramitação e fluxo de trabalho no e-ARQ Brasil e será avaliado se este

    software de código aberto e gratuito, atende parcialmente ou totalmente as exigências do e-

    ARQ Brasil, no que tange à tramitação e fluxo de trabalho. Por fim, as considerações finais.

    1.2 JUSTIFICATIVA

    Justifica-se a escolha deste tema pela relevância que o mesmo possuirá para a

    comunidade arquivística. Afinal, qualquer ciência é constituída pela leitura, experimentação e

    observação. A Arquivologia também segue estas regras.

    Como vimos, o intuito deste trabalho é averiguar se o Alfresco atende as funcionalidades

    dos fluxos de trabalho (workflow) e de tramitação que são exigidos para um sistema

    informatizado de gestão arquivística de documentos no e-ARQ Brasil.

    Objetiva-se aprofundar as reflexões acerca da tramitação e do fluxo de trabalho por

    serem atividades constituintes da fase inicial do ciclo vital dos documentos, em outras palavras,

    a produção de documentos e os arquivos correntes.

    Independente do suporte em que os documentos forem capturados/registrados, deve-se

    analisar a gestão arquivística destes como um longo processo, pois é impossível dar o acesso à

    informação para os usuários, se o (s) produtor (es) destes documentos, tais como um indivíduo

    específico ou um grupo de colaboradores, não forem orientados por profissionais capacitados

    para proceder de acordo com os princípios arquivísticos.

  • 15

    Além do mais, se os documentos não seguirem os preceitos que regem um plano de

    classificação e nem respeitarem os prazos de guarda que são estipulados por uma tabela de

    temporalidade, será inviável a transferência, o recolhimento e posteriormente a realização da

    avaliação e da seleção dos documentos, dificultando a destinação final.

    Logo, este software livre de código aberto, deve ser analisado à luz do e-ARQ Brasil,

    dentro dos padrões de exigência, em diversos níveis de obrigatoriedade, para que o mesmo

    possa fundamentar uma gestão de documentos efetiva para as instituições.

    1.3 METODOLOGIA

    A metodologia aplicada para este trabalho de conclusão de curso será realizada através

    de pesquisa contendo duas fases: Na primeira etapa haverá pesquisa bibliográfica. Os

    dicionários e os glossários serão fontes que auxiliarão para a formulação da problemática e na

    contribuição de hipóteses para o tema em questão, além dos livros e artigos sobre a temática.

    A segunda fase apresentar-se-á uma análise comparativa. O propósito deste estudo é

    avaliar as funcionalidades de um software livre com código aberto, em contraponto com as

    exigências de um sistema informatizado de gestão arquivística de documentos, no que concerne

    a tramitação dos documentos e de fluxo de trabalho, que correspondem à primeira fase do ciclo

    vital dos documentos.

    Verificar-se-á na prática, se o Alfresco Community atende aos requisitos da tramitação

    e do fluxo de trabalho dos documentos produzidos que são exigidos por um sistema

    informatizado de gestão arquivística de documentos. Além dos usos das mais variadas fontes,

    a utilização da impressão de tela será um recurso recorrente para o desenvolvimento desta

    monografia, pois entendemos que esta aplicabilidade servirá para demonstrar se este software

    de código aberto e gratuito atende cada uma das vinte e seis exigências que se encontram neste

    ponto específico do e-ARQ Brasil.

    Através do acesso ao site alfresco.com, nos cadastramos, realizando o download e

    instalamos este repositório digital, seguindo os passos que o próprio site recomenda e com

    opções em alguns idiomas, tais como: inglês, francês, japonês e espanhol.

    O download do arquivo executável no AC é realizado sem muitas dificuldades, através

    da internet e por intermédio de um navegador (Mozilla Firefox ou Google Chrome, por

    exemplo) que pode ser feito num PC (Personal Computer) ou notebook que tenha, segundo o

    link community.alfresco.com, o mínimo de (1) um Gigabyte de espaço na memória primária,

    como a random access memory, em outras palavras, a memória RAM.

  • 16

    Naturalmente que o padrão para efetuar o download é relativo (entre os variados tipos

    de Alfresco), entretanto esta é capacidade mínima para utilizar especificamente o repositório

    digital no modelo gratuito (free).

    Como o acesso neste tipo de software é livre, o Alfresco Community é compatível nos

    sistemas operacionais Mac OS, Windows 32 bits, Windows 64 bits ou no Linux, em outras

    palavras, é de fácil manuseio, de acordo com o SO (sistema operacional) que está instalado na

    máquina de uma pessoa física ou jurídica.

    Após inicializar os serviços do Alfresco Share, é necessário direcionar o cursor para o

    link manager servers para modificar o status do servidor web que se chama Tomcat. Este

    processo é necessário para que se tenha acesso as funcionalidades do Alfresco Community.

    Após a mudança do status, de stopped para o padrão running pressionando o botão start,

    o segundo e último passo para acessar este software é digitar o seu respectivo nome de usuário

    (admin) e a senha criada pelo administrador deste repositório digital.

    Se persistirem as dificuldades, há um caminho alternativo para acessar as configurações

    do Alfresco: no site do youtube existem vídeos que demonstram de forma didática, como se

    deve proceder para baixar este software em qualquer computador (seguindo os requisitos

    citados acima).

    No próprio site do Alfresco, só é possível compreender as suas respectivas

    funcionalidades através de vídeos didáticos na língua inglesa e sem possibilidade de tradução.

    Entretanto existe uma alternativa genérica: Se o administrador tiver instalado o

    navegador Google Chrome na sua máquina, poderá realizar a conversão de idiomas, através do

    Google tradutor automaticamente, caso queira utilizar esta opção.

    Na web, é possível encontrar no youtube alguns vídeos didáticos na língua espanhola.

    Eis um caminho que facilita a compreensão deste repositório para os interessados neste tema.

    Outro método simples e rápido para utilizar este repositório digital que nós constatamos,

    foi o acesso direto ao próprio site alfresco.com, bastando para isto, o cadastro dos seus dados e

    a confirmação destes por um correio eletrônico.

    No e-mail emitido, haverá necessidade de validar o respectivo endereço (manualmente

    ou automaticamente) por razões de segurança, antes de ter acesso à comunidade deste software,

    o Alfresco Community.

    Portanto, torna-se viável as simulações para comprovar se a mesma segue (parcialmente

    ou totalmente) os preceitos do e-ARQ Brasil, em outras palavras, a importância arquivística

    não ficará restrita somente ao campo das ideias.

  • 17

    A simulação que nós realizaremos será de uma faculdade de Arquivologia. Tal

    instituição, terá uma coordenação que será a administradora deste sistema de ECM, o Alfresco,

    e os professores que serão os usuários desta ferramenta. Certamente que os usuários possuirão

    níveis de acessos e de restrição a determinados tipos de pastas/ documentos, de acordo com a

    liberação do administrador.

    Naturalmente que existem setores que são fundamentais para que esta instituição

    funcione de forma eficiente e eficaz, tais como: segurança, limpeza, xerox, produtos

    alimentícios, tecnologia da informação, jurídico, financeiro, entre outros. Todavia, os mesmos

    compõem somente as atividades-meio desta faculdade e não serão os objetos desta simulação.

    Estes setores foram mencionados para que não haja questionamentos sobre a falta destas

    operações que são relevantes em qualquer instituição. Ademais, seria leviano fazer uma

    simulação das atividades-fim, sem mencionar ao menos sobre as atividades que auxiliam os

    objetivos específicos desta pessoa jurídica.

    Portanto, vamos nos ater a uma das atividades-fim desta faculdade: o ensino. Até a

    pesquisa e a extensão que fazem parte de outras operações que levam a outras atividades-fim

    desta instituição estarão fora de cogitação nesta simulação.

    Outrossim, checaremos este software livre atenderá aos requisitos da tramitação e do

    fluxo de trabalho dos documentos que um SIGAD determina, que neste caso é o e-ARQ Brasil.

  • 18

    2 A importância da tramitação e do fluxo de trabalho

    Neste capítulo, serão abordadas as definições e a importância da tramitação e do fluxo

    de trabalho para o campo da Arquivologia, baseando-se nas fontes pesquisadas, tais como e-

    ARQ Brasil, o site docs.alfresco.com, e o dicionário de Biblioteconomia e Arquivologia para

    as duas primeiras partes deste capítulo.

    Além de explicar tais abordagens e definições acima, dissertaremos também sobre

    workflow e finalmente, a relação do trâmite com o protocolo. Para tal, recorremos aos livros,

    dicionários e glossários para nos auxiliar sobre a temática. Esta será a terceira e última parte

    deste capítulo.

    Na primeira parte explanaremos sobre a relevância da tramitação para a Arquivologia e

    posteriormente o fluxo de trabalho, apesar da interdependência entre estas operações numa

    gestão de documentos.

    Segundo o CONARQ (2005, p.132), a tramitação é enunciada no respectivo glossário

    do e-ARQ Brasil como: “Curso do documento desde a sua produção ou recepção até o

    cumprimento de sua função administrativa. Também chamado movimentação ou trâmite”

    Em termos práticos, a tramitação é uma etapa fundamental na gestão de documentos de

    uma empresa/ instituição, principalmente nas fases corrente e intermediária.

    Seguindo esta linha de raciocínio, Murilo Bastos da Cunha (2008, p.367) nos apresenta

    a primeira definição de tramitação no Dicionário de Biblioteconomia e Arquivologia como um

    “andamento formal, isto é, sequência de diligências e ações prescritas para a movimentação de

    documentos de natureza administrativa, até seu julgamento ou solução”.

    Prosseguindo sobre o tema, Murilo Bastos da Cunha (2008, p.367) elabora uma segunda

    definição no mesmo dicionário, que é mais sintética para o verbete tramitação, como uma

    “movimentação”. Em outras palavras, este significado nos mostra o seguinte: para que os

    documentos cumpram uma determinada função, eles devem seguir o curso regular de um

    processo numa gestão de documentos.

    Para que o (s) documento (s) siga (m) o seu curso, durante o ciclo de vida do (s)

    mesmo(s), é necessário a colaboração de um arquivista para que gestão seja realizada de forma

    correta. Logo, a elaboração ou a adaptação de um plano de classificação e de uma tabela de

    temporalidade servem como ferramenta para que este profissional recupere as informações

    necessárias, além de auxiliar nas demandas do (s) usuário (s) nas atividades-meio e na

    atividade-fim de uma empresa/instituição. Portanto, a tramitação faz parte deste processo.

    No que tange ao fluxo de trabalho, nota-se que a utilização desta terminologia é bastante

    destacada nos documentos que são produzidos no meio digital. Todavia, vale ressaltar que o

  • 19

    fluxo de trabalho se restringe somente a este segmento específico. As fontes abaixo servirão

    para elucidar esta afirmativa.

    Para o Heloísa Bellotto (2012, p.49), o fluxo de trabalho é definido, no Dicionário de

    terminologia arquivística, como “tramitação em meios eletrônicos”.

    Neste verbete do dicionário, a Professora Heloísa Bellotto esclarece de forma objetiva e

    clara o que é um fluxo de trabalho. Abaixo citaremos de forma mais extensa a definição sobre

    o tema.

    Segundo o site do software Alfresco, o link o que é um fluxo de trabalho? responde este

    questionamento como: “Uma sequência de tarefas conectadas aplicadas a um documento ou

    outro item de conteúdo. Cada tarefa pode ser executada por uma pessoa, um grupo ou

    automaticamente” (http://docs.alfresco.com/community/concepts/wf-whatis-workflow.html).

    Posteriormente, veremos que existem outras definições de fluxo de trabalho que o

    Alfresco Community fornece para os usuários, além da automação do próprio fluxo de trabalho

    que esta ferramenta disponibiliza aos seus clientes. Examinaremos se esta funcionalidade

    atende aos vinte e seis requisitos desta seção do e-ARQ Brasil.

    Para o e-ARQ Brasil (2011, p.46), os recursos de um SIGAD para controle do fluxo de

    trabalho podem compreender “a tramitação do documento antes do seu registro/captura e a

    tramitação após seu registro de registro/captura”.

    As tecnologias de fluxo de trabalho, segundo o e-ARQ Brasil (2011, p.46), transferem

    objetos digitais entre participantes, sob o controle automatizado de um programa. São

    geralmente usadas para:

    a) gestão de processos ou de tarefas, tais como registro e destinação de documentos e

    dossiês/processos;

    b) verificação e aprovação de documentos ou dossiês/processos antes do registro;

    c) encaminhamento de documentos ou dossiês/processos de forma controlada, de um

    usuário para outro, com a identificação das ações a serem realizadas tais como: “verificar

    documento” e “aprovar nova versão”;

    d) comunicação aos usuários sobre a disponibilidade de um documento arquivístico;

    e) distribuição de documentos ou dossiês/processos;

    f) publicação de documentos ou dossiês/processos na web.

    Apesar de alguns documentos serem produzidos nos mais diversos suportes e depois

    migrarem para o suporte digital por alguns motivos (para conservação de um acervo que se

    encontra deteriorado, por exemplo), e numa fase posterior ao arquivo corrente (arquivo

    intermediário ou diretamente para o arquivo permanente, se for um documento histórico), existe

  • 20

    a restrição da aplicabilidade do fluxo de trabalho no meio digital e na fase inicial do ciclo de

    vida de um documento, pois neste estágio o mesmo possui uma grande necessidade de uso.

    Além do mais, isto não ocorre com tanta frequência quando os acervos são transferidos

    para a fase intermediária ou recolhidos para a guarda permanente.

    Indubitavelmente, o (s) fluxo (s) de trabalho é uma etapa fundamental na gestão de

    documentos de uma empresa/ instituição, entretanto esta ação fica restrita à fase corrente, pois

    a criação, o uso, a movimentação e alteração nos metadados de um documento (no caso do

    digital nato) é praticada por um grupo de usuários, mesmo que estes possuam um grau de

    permissionamento restrito, de acordo com o controle do administrador neste software.

    Para a nossa área de atuação, um software (neste caso, o Alfresco) deve ser capaz de dar

    ao administrador o poder de controle sobre todos documentos que são produzidos por um ou

    mais usuários num determinado fluxo de trabalho e de tarefas, de acordo com as regras de um

    SIGAD.

    Aparentemente, o fluxo de trabalho parece um subproduto no processo de captura de

    documentos, contudo esta é uma das suas funcionalidades que contribui para a produção e

    utilização dos mesmos em grande escala na fase inicial do ciclo vital. Eis a sua utilidade e

    importância para a Arquivologia.

    Apesar da semelhança entre fluxo de trabalho e workflow, Cruz (1998, p.47), nos explica

    em seu livro, Workflow: a tecnologia que vai revolucionar processos. a definição desta acão

    como “tecnologia que possibilita automatizar processos, racionalizando-os e potencializando-

    os, por meio de dois componentes implícitos: organização e tecnologia”.

    No que tange a relação entre o trâmite com o protocolo e sua relevância para esta área

    de conhecimento, a Arquivologia, utilizaremos o Art. 3º da Lei de Arquivos nº 8.159, de 8 de

    Janeiro de 1991, além de livros, manual e dos dicionários para nos auxiliar no desenvolvimento

    final deste capítulo.

    Para nos aprofundar sobre a ligação entre o trâmite com o protocolo, devemos a priori,

    explicar o seu respectivo significado.

    No Dicionário Brasileiro de Terminologia Arquivística (2013, p.140), define-se o

    protocolo como um “serviço encarregado do recebimento, registro, classificação, distribuição,

    controle de tramitação e expedição de documentos”.

    Seguindo esta linha de raciocínio, Murilo Bastos da Cunha (2008, p.300) nos apresenta

    a primeira definição de protocolo no Dicionário de Biblioteconomia e Arquivologia, como um

    “setor encarregado do recebimento, registro, distribuição e movimentação de documentos em

    curso”.

  • 21

    No contraponto das fontes sobre o verbete protocolo, o Manual de normas e

    procedimentos de protocolo para a Administração Pública do Estado de São Paulo (2013, p.53),

    define a tramitação como a “movimentação de documentos pelas unidades do próprio

    órgão/entidade ou entre unidades de órgãos/entidades distintos, para dar conhecimento, bem

    como para acolher manifestações, instruções e informações necessárias à tomada de decisões”

    Após esta breve explanação, observamos que o trâmite é uma das atividades que existem

    no protocolo para atuar de forma direta no atendimento do (s) usuário (s) de uma

    empresa/instituição, principalmente nas fases corrente e intermediária. Portanto, esta é uma

    etapa fundamental da gestão de documentos, tendo em vista que responde pelo rigoroso controle

    de toda a documentação recebida ou expedida, em outras palavras, é a unidade protocolizadora

    de uma instituição.

    Seguindo esta linha de raciocínio, o Dicionário Brasileiro de Terminologia Arquivística

    (2013, p.168) define uma unidade protocolizadora como o “protocolo responsável pela

    autuação de documentos”

    Ainda abordando sobre a relevância das atividades do trâmite no protocolo, devemos

    destacar que esta operação é praticada nas fases corrente e intermediária dos documentos, ou

    seja, quando a função administrativa dos mesmos que foram produzidos é de uso muito

    frequente pelos clientes/usuários.

    A respeito do trâmite e de outras rotinas que são compostas, o protocolo com a utilização

    dos documentos, Marilena Leite Paes (2004) em seu livro, Arquivo: teoria e prática, nos explica

    a relação desta fase que compõe a gestão dos documentos com a tramitação:

    Utilização de documentos: esta fase inclui as atividades do protocolo

    (recebimento, classificação, registro, distribuição, tramitação), de expedição,

    de organização e arquivamento de documentos em fase corrente e

    intermediária, bem como a elaboração de normas de acesso à documentação

    (empréstimo, consulta) e à recuperação de informações, indispensáveis ao

    desenvolvimento de funções administrativas, técnicas ou científicas das

    instituições (PAES, 2004, p.19).

    Notamos que a rotina de tramitação e da sua relação com o protocolo, dentro das suas

    etapas de movimentação de documento ou processo, deverá ter um registro em que conste a

    ação de um respectivo documento que tramita no setor de protocolo de uma empresa/instituição,

    para que sirva ao arquivista no momento exato de recuperar uma informação. Esta ação é

    extremamente necessária para a tomada de decisões dos colaboradores e/ou usuários. Todavia,

    isto é viável se houver uma gestão documental adequada e de acordo com as leis vigentes sobre

    o tema.

  • 22

    A Lei 8.159, que dispõe sobre a política nacional de arquivos públicos e privados, foi

    considerada um marco para a Arquivologia brasileira em diversos aspectos, pois a sociedade

    não tinha nenhum acesso aos documentos de caráter público e não havia nenhuma lei que

    amparasse o arquivista no que se refere à gestão documental.

    Na mesma lei, é abordada, com mais ênfase, a relação entre o trâmite com o protocolo

    em seu terceiro artigo:

    Art. 3º - Considera-se gestão de documentos o conjunto de procedimentos e

    operações técnicas referentes à sua produção, tramitação, uso, avaliação e

    arquivamento em fase corrente e intermediária, visando a sua eliminação ou

    recolhimento para guarda permanente.

    Apesar da existência da Lei de Arquivos e, posteriormente, com a criação Lei de Acesso

    à Informação – LAI, em 2011, estamos muito longe de executar os dispositivos, artigos e incisos

    que estas leis propõem, pois faltam profissionais o suficiente para executar esta árdua tarefa,

    além da qualificação dos mesmos, entre outros problemas crônicos da Administração Pública

    em todas as esferas do poder público.

    De fato, ambas as leis contribuem para a GD e, automaticamente, com as fases que

    compõem as atividades do protocolo, que possuem a tendência de executar as suas respectivas

    tarefas com mais perspectiva de sucesso. O Sistema de Arquivos do Estado de São Paulo -

    SAESP, é um exemplo disto.

    Foi um trabalho desenvolvido por profissionais que fazem parte do quadro do

    funcionalismo público do Estado de São Paulo, tanto das atividades-meio quanto das

    atividades-fim. Este exemplo nos mostra que este objetivo pode ser alcançado.

    Diante dos fatos analisados sobre a importância da tramitação e do fluxo de trabalho

    para a Arquivologia, através fontes pesquisadas, finalizamos este capítulo trazendo as seguintes

    reflexões para a nossa área de atuação:

    1) A tramitação é uma etapa fundamental na gestão de documentos de uma empresa/

    instituição, principalmente nas fases corrente e intermediária;

    2) Assim como a tramitação, o (s) fluxo (s) de trabalho é uma etapa fundamental na

    gestão de documentos de uma empresa/ instituição. Entretanto esta ação fica restrita

    a fase corrente e no meio eletrônico;

    3) A relação do trâmite com o protocolo é uma atividade fundamental para a utilização

    dos documentos nas fases corrente e intermediária da gestão de documentos;

  • 23

    4) Assim como tramitação e o fluxo de trabalho, outros elementos são importantes para

    a Arquivologia, tais como o plano de classificação e a tabela de temporalidade, pois

    são instrumentos que servem como base para uma gestão documental adequada;

    5) Com o intuito de complementar a tramitação, o fluxo de trabalho, entre outras

    atividades que compõem a gestão de documentos, as leis servem para assegurar o

    acesso à informação, dos documentos que são produzidos na Administração Pública,

    e também os que são gerados no meio corporativo.

  • 24

    3 Funcionalidades do software Alfresco Community

    Neste capítulo, serão apresentadas as funcionalidades do Alfresco Community, no que

    se refere à tramitação e o fluxo de trabalho. Além do uso de impressão de tela, realizaremos

    uma simulação para checar se este software utiliza os dois tipos de controle do fluxo de trabalho,

    o controle de versões e do status do documento.

    A simulação que nós realizaremos será a de um curso de graduação em Arquivologia

    em uma faculdade. Tal instituição terá uma coordenação que será a administradora deste

    sistema de ECM, o Alfresco, e os professores serão os usuários desta ferramenta. Esses usuários

    terão acesso as pastas pelas disciplinas que lecionam. Nas mesmas, haverá documentos de uso

    rotineiro das disciplinas, tais como: ementas, provas, nota dos alunos, chamadas.

    Além destes, existem documentos (reuniões de colegiado, atas das reuniões, solicitação

    de benefícios, comprovação de trabalho semanal) que serão de uso comum entre todos os

    professores (usuários) com a coordenação. Certamente que os usuários possuirão níveis de

    acessos e de restrição a determinados tipos de pastas/ documentos, de acordo com a liberação

    do administrador. A primeira figura abaixo representa a criação do grupo Coordenação de

    Arquivologia (com destaque na cor laranja) com os respectivos usuários (disciplinas).

    Figura 1 – Criação de um grupo com usuários.

  • 25

    Nas figuras 2 e 3 é um exemplo de usuário que foi criado pelo administrador. Neste

    caso, a Coordenação de Arquivologia criou uma conta para o professor que leciona a disciplina

    de Gestão de Documentos. Para tal, tornou-se necessário preencher alguns dados para que o

    mesmo mantivesse contato com a coordenação e com outros professores (usuários).

    Figura 2 – Criação de um usuário pelo administrador.

    Figura 3 – Inserção de dados sobre o usuário.

  • 26

    Na figura 4, mostraremos que o Alfresco Community possui alguns modelos de fluxo

    de trabalho, no qual o (s) usuário (s) possuem um determinado grau de autonomia para gerir os

    documentos que são produzidos. Veremos quais são os tipos de workflow e como funciona a

    tramitação de um documento num prazo determinado neste software. Eis um resumo sobre a

    funcionalidade dos modelos de workflow que foram printados:

    1) Adhoc: Permite atribuir uma tarefa à um único usuário.

    2) Group Review & Approve (Revisão e aprovação em grupo): Permite configurar a revisão e

    a aprovação de um conteúdo, atribuindo a tarefa do workflow à um único grupo de usuários.

    3) Parallel Review & Approve (Revisão e aprovação paralela): Permite configurar a revisão e

    a aprovação de um conteúdo, atribuindo a tarefa do workflow à múltiplos usuários.

    4) Pooled Review & Approve: Permite configurar a revisão e a aprovação de um conteúdo,

    atribuindo a tarefa do workflow à múltiplos usuários. Um usuário pode ter o domínio da tarefa

    por vez, completando-a ou a retornando-a de volta a pool para ser requerida por outro usuário

    associado a tarefa.

    5) Review & Approve (Revisão e Aprovação): Permite configurar a revisão e a aprovação de

    um conteúdo, atribuindo a tarefa do workflow para um único usuário.

    .

    Figura 4 – Modelos de workflow.

  • 27

    Na figura 5, temos todos os fluxos de trabalhos ativos. Preferimos mostrar

    antecipadamente os diversos modelos de workflow para que esta figura fique articulada com a

    impressão de tela anterior. Para tal, trabalharemos com cinco documentos diferentes. Cada um

    servirá para um tipo de fluxo de trabalho diferente. Eis os modelos:

    1) Revisão das notas da prova de Gestão de Documentos

    2) Ata de reunião

    3) Comprovante semanal de trabalho (ponto)

    4) Envio de notas da prova de Gestão de Documentos à Coordenação

    5) Solicitação de benefícios

    Nas figuras impressas a seguir, indicaremos cada tipo de fluxo que foi iniciado, com que

    tipo de documento, qual é o período de tramitação e se há um histórico de versões.

    Figura 5 – Fluxos de trabalho iniciados.

  • 28

    Nas figuras 6 e 7, veremos como é permitido atribuir uma tarefa a um único usuário.

    Em todos os casos, estamos dentro da proposta de simulação. Numa escolha aleatória da

    Coordenação de Arquivologia (administrador), o usuário mais exigido será o professor que

    leciona a disciplina de Gestão de Documentos, pois o mesmo estará presente em todos os fluxos

    de trabalho que foram criados. Além disso, justifica-se esta escolha porque este docente tem

    mais acesso aos documentos do que os outros professores (usuários).

    Em todos os casos, estamos dentro da proposta de simulação. O usuário possui

    autonomia própria para resolver esta tarefa, e neste caso, ele deve revisar as notas que ele lançou

    para os alunos na disciplina.

    Nas figuras constam o histórico, para quem foi atribuída esta tarefa, qual é a data-limite

    para que a mesma seja executada pelo usuário.

    Ademais, pode ser exibido todo histórico deste fluxo de trabalho, entre outras atividades,

    que podem surgir neste tipo de workflow.

    Figura 6 – Primeiro fluxo de trabalho.

  • 29

    Figura 7 - Revisão de notas da prova.

    Já nas figuras 8 e 9, veremos como se inicia a tramitação de um documento num prazo

    determinado e quais são os recortes temporais para cada tipo de fluxo de trabalho. Neste caso

    estamos dentro da proposta de simulação. O Coordenador de Arquivologia (administrador)

    solicita aos professores de cada disciplina (usuários) que assinem a ata de reunião em até uma

    semana. Este fluxo de trabalho foi iniciado no dia 06/06 e tem a sua conclusão para o dia 13/06.

    Nesta tramitação, mostraremos outros fluxos de trabalho e suas respectivas funcionalidades.

    Nas figuras 8 e 9, observamos que houve o início da tramitação do documento para os

    usuários. Para este caso específico, o administrador solicitou o workflow Group Review &

    Approve (Revisão e aprovação em grupo), que permite configurar a revisão e a aprovação de

    um conteúdo, atribuindo a tarefa do workflow a um único grupo de usuários.

    Ademais, pode ser exibido todo histórico deste fluxo de trabalho, entre outras atividades

    que podem surgir neste tipo de workflow.

  • 30

    Figura 8 – Segundo fluxo de trabalho

    Figura 9 – Ata de reunião

  • 31

    Este terceiro modelo de workflow (Revisão e aprovação paralela), permite configurar a

    revisão e a aprovação de um conteúdo, atribuindo a tarefa do workflow à múltiplos usuários,

    como nós notamos nas figuras 10, 11 e 12. Neste caso, a Coordenação solicita a assinatura do

    ponto de trabalho semanal de todos os mestres que lecionam as matérias na Faculdade de

    Arquivologia. Este fluxo é liberado para revisão a todos usuários, porque é de interesse do

    administrador, na simulação, a coleta das assinaturas.

    Figura 10 – Terceiro fluxo de trabalho.

  • 32

    Figura 11 – Comprovação de trabalho semanal.

    Figura 12 – Tarefa atribuída aos usuários do grupo.

  • 33

    Neste quarto tipo de fluxo de trabalho que o Alfresco Community disponibiliza para o

    administrador, o nível de permissão é destinado somente para um usuário revisar um documento

    que lhe foi destinado. Eis a explicação para as figuras 13 e 14 deste capítulo.

    Nesta simulação, a Coordenação de Arquivologia destinou a petição das notas da

    disciplina de gestão de Documentos para o professor que leciona esta matéria. Apesar de cada

    fluxo possuir as suas respectivas funcionalidades, todos possuem um grau de restrição para o(s)

    usuário(s) e uma data estipulada para cumprir o seu respectivo fluxo, de acordo com as

    necessidades da administração.

    Figura 13 – Quarto fluxo de trabalho.

  • 34

    Figura 14 – Revisar as notas da prova.

    Por fim, no último fluxo de trabalho, o Pooled Review & Approve permite configurar a

    revisão e a aprovação de um conteúdo, atribuindo a tarefa do workflow à múltiplos usuários.

    Um usuário pode ter o domínio da tarefa por vez, completando-a ou a retornando-a de volta a

    pool para ser requerida por outro usuário associado a tarefa.

    Neste caso, o documento é uma solicitação de benefícios, que qualquer professor (usuário) tem

    acesso para requerer este direito. As figuras 15 e 16 mostram que um ou mais usuários podem

    revisionar esta tarefa. Neste print, o usuário de GD está atribuído a esta função.

  • 35

    Figura 15 – Quinto fluxo de trabalho.

    Figura 16 – Solicitação de benefícios.

  • 36

    Diante dos fatos analisados sobre as funcionalidades do Alfresco Community, no que

    tange à tramitação e aos modelos de fluxo de trabalho, notemos que na simulação realizada é

    possível afirmar que:

    1) É viável neste software de código aberto, definir um ou mais usuários para executar uma

    tarefa para um grupo de usuários;

    2) É possível um administrador criar mais de um fluxo de trabalho para um ou mais

    usuários, com prazos e níveis de prioridades diferentes;

    3) Cadastrar usuários com diferentes níveis de permissionamento;

    4) É possível realizar downloads e uploads de documentos que foram criados pelo

    administrador para o que usuário possa utilizar em suas tarefas;

    5) Torna-se viável o controle de versões e do status do documento, através dos detalhes do

    fluxo de trabalho;

    6) Na simulação, foi possível anexar um ou mais documentos a uma tarefa do workflow;

    7) Cadastrar, editar ou excluir usuários de um grupo;

    8) Incluir, editar ou excluir documentos num fluxo de trabalho;

    No capítulo a seguir, faremos a matriz de comparação entre as funcionalidades deste

    software de código aberto e gratuito, com os requisitos do e-ARQ Brasil.

  • 37

    4 Alfresco Community e os requisitos do e-ARQ Brasil

    No quarto e último capítulo deste trabalho de conclusão de curso, desejamos apreciar

    as funcionalidades do software Alfresco Community. Verificaremos se este software de código

    aberto atende, parcialmente ou integralmente, os 26 (vinte e seis) requisitos que abrangem três

    níveis de obrigatoriedade (Obrigatório, altamente desejável e facultativo), a tramitação e fluxo

    de trabalho no e-ARQ Brasil.

    A avaliação e contextualização deste tipo de Alfresco com o modelo de SIGAD, é

    necessária para comprovar a viabilidade de uma gestão de documentos efetiva para as

    instituições.

    Utilizaremos novamente o recurso do print neste capítulo. A descrição de cada

    referência, requisito e o nível de obrigatoriedade, serão dissertadas abaixo dos mesmos, com a

    finalidade de auxiliar no momento de confirmar se este software de código aberto e livre segue

    ou não os preceitos exigidos pelo e-ARQ Brasil.

    Dos vinte e seis requisitos que compõem a tramitação e o fluxo de trabalho no e-ARQ

    Brasil, haverá um divisão em duas partes para esta apreciação:

    Na primeira, examinaremos os 22 requisitos que constituem os tipos de controle do

    fluxo de trabalho (a tramitação do documento antes do seu registro e/ou captura e a tramitação

    após o seu registro e/ou captura).

    Na segunda parte, verficaremos os 04 requisitos que abrangem o controle de versões (o

    histórico do documento que foi criado e modificado) e do status de documentos (se o mesmo é

    uma minuta, original ou cópia).

    Nos duas primeiras impressões de tela, observamos que houve o início da tramitação do

    documento para os usuários. Para este caso específico, o administrador solicitou um tipo de

    fluxo de trabalho (Revisão e aprovação em grupo), que permite configurar a revisão e a

    aprovação de um conteúdo, atribuindo a tarefa deste workflow a um único grupo de usuários.

    Neste modelo de worflow, o acesso do usuário a um conteúdo de documento é irrestrito.

    Portanto, cada revisor ( neste caso pode ser tanto o administrador, quanto o[s] usuário[s]) podem

    enviar o documento de um usuário para o outro, ou o administrador pode enviar diretamente

    para os mesmos.

    O documento nesta simulação é a ata de reunião que a coordenação do curso de

    graduação de Arquivologia envia para os professores de cada disciplina.

  • 38

    Segundo a referência 2.1.1 do controle do fluxo de trabalho, que possui o nível de

    obrigatoriedade máxima (O), este requisito serve como um recurso de fluxo de trabalho de um

    SIGAD tem que fornecer os passos necessários para o cumprimento de trâmites

    preestabelecidos ou aleatórios. Nesse caso, cada passo significa o deslocamento de um

    documento ou dossiê/ processo de um participante para outro, a fim de serem objeto de ações.

    Por questões de tempo devido a complexidade da análise de máquina de workflow, essa

    funcionalidade não foi verificada.

    Figura 17 – Tramitação do documento para usuários.

  • 39

    Figura 18 – Revisor da tarefa.

    Na figura 19 deste modelo de workflow, observamos que informa o trâmite através do

    status do documento. Contudo, o mesmo não é capaz de demonstrar, em termos práticos, as

    ilimitações de trâmites nos fluxos de trabalho como exige o requisito do e-ARQ Brasil,

    independente de quem inicia o mesmo (administrador ou o usuário), em que o nível de

    prioridade, a quem é atribuído a tarefa e em quanto tempo é necessário para cumprir tal

    atividade.

    Segundo a referência 2.1.2 do controle de fluxo de trabalho, que possui o nível de

    obrigatoriedade O, analisa este requisito que um SIGAD tem que ter capacidade, sem

    limitações, de estabelecer o número necessário de trâmites nos fluxos de trabalho.

    Por questões de tempo devido a complexidade da análise de máquina de workflow, essa

    funcionalidade não foi verificada.

  • 40

    No que tange ao terceiro requisito, observamos na figura 21 que foi rotulado como

    ´´tarefas do usuário``, o professor que leciona a disciplina de Gestão de Documentos será

    notificado na função ´´minhas tarefas´´, na qual consta o (s) fluxo (s) que foram iniciados, quais

    estão ativos, concluídos ou pendentes. Nesta pasta, é possível observar que fica disponível uma

    função para avisar ao participante do fluxo que um documento lhe foi enviado.

    Figura 19 – Exemplo de fluxo de trabalho.

    Figura 20 – Revisão de conteúdo feita por usuários.

  • 41

    Ao lado do título em que este usuário foi inserido num fluxo pelo administrador ou pelo

    trabalho que lhe foi reatribuído por outro usuário, é possível observar o aviso através dos links

    ´´exibir tarefa´´ e ´´exibir fluxo de trabalho´´.

    Segundo a referência 2.1.3, que possui o nível de obrigatoriedade O, analisa este

    requisito que o fluxo de trabalho de um SIGAD tem que disponibilizar uma função para avisar

    um participante do fluxo de que um documento lhe foi enviado, especificando a ação

    necessária.

    Como registrado em outrora, este usuário seria o mais citado, pois o mesmo consta em

    todos os modelos de workflow deste software de código aberto e gratuito, dentro do padrão de

    simulação proposta.

    Figura 21 – Tarefas do usuário.

    Logo, o Alfresco baseado neste print acima, atende a este requisito.

    Na figura 22, analisamos mais uma vez o usuário Gestão de Documentos para mostrar

    que o Alfresco Community atende a este requisito, pois o uso de e-mail é um meio

    imprescindível na comunicação entre os usuários (neste caso entre os professores) e/ou com o

    administrador (Coordenação) que pertençam a graduação de Arquivologia. Todos os

    componentes deste simulação devem ter o contato para comprovar o manuseio do correio

    eletrônico.

  • 42

    Ademais, o envio de notificações (caso haja tipo de movimentação entre os documentos

    produzidos, alterados ou extintos) por e-mail é uma das características de qualquer fluxo de

    trabalho existente neste software.

    Segundo a referência 2.1.4, que possui o nível de obrigatoriedade altamente desejavel –

    AD, observa que este requisito, no qual o fluxo de trabalho de um SIGAD deve permitir o uso

    do correio eletrônico, para que um usuário possa informar a outros usuários sobre documentos

    que requeiram sua atenção. Esse requisito requer a integração com um sistema de correio

    eletrônico existente.

    Figura 22 – Página do perfil do usuário.

    Portanto, este software de código aberto e gratuito atende este requisito do e-ARQ

    Brasil, no que se refere ao controle de fluxo de trabalho.

    Na figuras 23 e 24, observamos o usuário que leciona a disciplina de Gestão de

    Documentos, está na sua página de acesso. Por ali, o mesmo tem a autonomia para criar novos

    fluxos de trabalho, como foi o exemplo citado abaixo.

    Nesta simulação, o usuário cumpre uma tarefa, reexaminando as notas da matéria que

    leciona, aprova a revisa o conteúdo que lhe é atribuido, e termina este fluxo programado.

  • 43

    Vale ressaltar que todo o processo é supervisionado pela Coordenação de Arquivologia

    (administrador).

    Segundo a referência 2.1.5 que possui o nível de obrigatoriedade máxima (O), o recurso

    de fluxo de trabalho de um SIGAD tem que permitir que fluxos de trabalho pré-programados

    sejam definidos, alterados e mantidos exclusivamente por usuário autorizado.

    Por questões de tempo devido a complexidade da análise de máquina de workflow, essa

    funcionalidade não foi verificada.

    No que tange ao sexto requisito do controle de fluxo de trabalho, reparamos que o

    Alfresco Community atende parcialmente a esta exigência, pois na simulação do documento de

    comprovação semanal em que os professores de várias disciplinas devem assínar, esta tarefa de

    fato é retribuida de usuário para usuário neste fluxo de trabalho. Este modelo de worflow atribui

    esta tarefa somente à um único grupo de usuários. Entretanto, não é possível atender um grupo

    diferente do previsto, como as imagens 25 e 26 nos mostra.

    Segundo a referência 2.1.6, que possui o nível de obrigatoriedade altamente desejavel –

    AD, observa que este requisito, no qual o administrador deve poder autorizar usuários

    individuais a redistribuir tarefas ou ações de um fluxo de trabalho a um usuário ou grupo

    diferente do previsto. Um usuário pode precisar enviar um documento a outro usuário, devido

    ao seu conteúdo específico ou caso o usuário responsável se encontre em licença.

    Figura 23 – Painel do usuário de gestão de documentos.

  • 44

    Figura 24 – Fluxo de trabalho realizado pelo usuário.

    Figura 25 – Revisão e aprovação em grupo único.

  • 45

    Como citado acima e comprovado nas figuras 25 e 26, a exigêngia deste preceito é

    atendida parcialmente. Logo, este software de código aberto e gratuito não atende integralmente

    este requisito do e-ARQ Brasil, no que se refere ao controle de fluxo de trabalho.

    Na figuras 27, 28, 29 e 30 notamos que, apesar do passo-a-passo para que o adminstrador

    do grupo (Coordenação de Arquivologia) verificasse se um um recurso de fluxo de trabalho de

    um SIGAD teria que registrar na trilha de auditoria todas as alterações ocorridas em qualque

    fluxo de trabalho, verificamos que este software de código aberto e gratuito não atende este

    requisito. Eis os passos exigidos por cada figura:

    1) Criação de um site para gerenciar registros;

    2) Como administrador da RM, clicaria no link auditoria;

    3) Como deve ser feito uma auditoria;

    4) No site de gerenciamento de registros - GR que foi criado pelo administrador, nota-

    se a inexistência do link da auditoria;

    Figura 26 – Revisão de tarefas de usuário para

    usuário.

  • 46

    Figura 27 – Site de gerenciamento de registros.

    Figura 28 – Uso da Ferramenta RM pelo administrador.

  • 47

    Figura 29 – Explicação sobre a auditoria.

    Figura 30 - A inexistência do link da auditoria no GR

  • 48

    Logo, a referência 2.1.7 que possui o nível de obrigatoriedade máximo (O), observa que

    o Alfresco Community em termos práticos, não atende este requisito, no qual um recurso de

    fluxo de trabalho de um SIGAD tem que registrar na trilha de auditoria todas as alterações

    ocorridas neste fluxo.

    Continuando com a proposta de simulação, observamos nas figuras 31 e 32, que além

    do registro da tramitação num documento e da tarefa que foi destinada ao usuário (neste caso,

    são as notas das provas da disciplina gestão de documentos que foram solicitadas pela

    coordenação),o documento possui um histórico de tramitação antes da conclusão da atividade.

    Portanto, o software Alfresco Community atende a referência 2.1.8 que possui o nível

    de obrigatoriedade máxima (O), um recurso de fluxo de trabalho de um SIGAD tem que

    registrar a tramitação de um documento a fim de que os usuários possam conhecer a situação

    de cada um no processo.

    Figura 31 - Tramitação no fluxo de trabalho.

  • 49

    Figura 32 – Tramitação através do histórico da tarefa.

    Segundo a referência 2.1.9, que possui o nível de obrigatoriedade altamente desejavel

    – AD, verifica-se que este requisito, no qual um recurso de fluxo de trabalho de um SIGAD

    deve gerir os documentos em filas de espera que possam ser examinadas e controladas pelo

    administrador. Eis o nono preceito. Verficaremos na figura 33 se o Alfresco Community

    corresponde a esta exigência deste modelo de SIGAD, no que tange ao controle do fluxo de

    trabalho.

  • 50

    Figura 33 – GD em estado de aguardo.

    Conforme consta na figura número 33, é possível a gestão destes documentos que se

    encontram em estado de aguardo. No canto esquerdo deste impressão, observamos os modelos

    de fluxos (ativos e os concluídos). Além disso, os documentos possuem datas para fila de espera

    (tanto os documentos com o fluxo pendente, quanto os iniciados).

    Para finalizar, na própria figura há exemplos de fluxo que podem ser examinados e

    geridos pelo administrador de um grupo. Portanto, este software de código aberto atende a este

    requisito.

    Na figuras 34 e 35 notamos que no navegador de repositório, o usuário tem acesso a

    página inicial de todos aqueles que lecionam as disciplinas que constam na graduação de

    Arquivologia, seguindo a simulação proposta. Todavia, somente o professor da matéria de

    Gestão de Documentos tem acesso a mais documentos, pois o nível de permissionamento é

    maior, de acordo com o interesse do administrador.

    Segundo a referência 2.1.10, que possui o nível de obrigatoriedade altamente desejavel

    – AD, verifica-se que este requisito, no qual um recurso de fluxo de trabalho de um SIGAD

    deve ter a capacidade de deixar que os usuários visualizem a fila de espera de trabalhos a eles

    destinados e selecionem os itens a serem trabalhados.

  • 51

    Na figura 35 notemos que o usuário da disciplina tem acesso aos documentos de acordo

    com os variados fluxos de trabalho. Além do mais, basta este usuário clicar no link

    ´´selecionar´´ para escolher os itens a serem trabalhados por ele.

    Figura 34 – Usuário no navegador de repositório.

    Figura 35 – Usuário com acesso aos documentos

  • 52

    De acordo com o que foi apresentado nas duas últimas ilustrações, este software de

    código aberto e livre atende a esta exigência deste modelo de SIGAD, no que se refere ao

    controle de fluxo de trabalho.

    No que tange ao décimo primeiro preceito do controle do fluxo de trabalho, observamos

    na figura 36, nos detalhes de fluxo de trabalho que foi criado, que existe um resumo do mesmo,

    contendo informações gerais tais como: o título, a descrição que informa qual é o modelo de

    workflow proposto, quem iniciou, a tramitação, o grau de prioridade e o status deste fluxo de

    trabalho.

    Segundo a referência 2.1.11, que possui o nível de obrigatoriedade altamente desejavel

    – AD, verifica-se que este requisito, no qual um recurso de fluxo de trabalho de um SIGAD

    deve fornecer fluxos condicionais de acordo com os dados de entrada do usuário ou a partir

    dos dados do sistema. Os fluxos que remetem o documento a um dos participantes dependem

    de uma condição determinada por um deles. Por exemplo, um fluxo pode levar um documento

    a um participante ou a outro, conforme os dados de entrada do participante anterior; ou a

    definição do fluxo pode depender de um valor calculado pelo sistema.

    Entretanto, não é possível analisar o municiamento de fluxos condicionais de acordo

    com os dados de entrada do usuário ou a partir dos dados do sistema, como este preceito exige.

    Figura 36 – Criação do fluxo de trabalho pelo usuário.

  • 53

    Já nas figuras 37 e 38 observamos que neste tipo de fluxo de trabalho (Revisão e

    aprovação paralela), nos é permitido configurar a revisão e a aprovação de um conteúdo,

    atribuindo a tarefa do workflow à múltiplos usuários. No caso da simulação, a Coordenação

    (administrador) solicita a assinatura do ponto de trabalho semanal dos professores que lecionam

    as matérias que compõe a grade da graduação de Arquivologia. Este fluxo nos mostra que há

    um histórico de movimentação dos documentos, data e horários da conclusão desta tarefa

    através da revisão criada pelos mestres de cada disciplina.

    Figura 37 – Revisão e aprovação paralela.

  • 54

    Figura 38 – Multiplos usuários no workflow.

    Portanto, o software Alfresco Community atende a referência 2.1.12 que tem o nível de

    obrigatoriedade máxima (O), possui um recurso de fluxo de trabalho de um SIGAD tem que

    fornecer um histórico de movimentação dos documentos. O histórico de movimentação

    corresponde a um conjunto de metadados de datas de entrada e saída, nomes de responsáveis,

    título do documento, providências etc. Realizando uma análise deste décimo terceiro requisito

    do e-ARQ Brasil, no que se refere ao controle do fluxo de trabalho, observamos que na

    simulação realizada, onde existem documentos váriados (reuniões de colegiado, atas das

    reuniões, solicitação de benefícios, comprovação de trabalho semanal) e que é viável no

    Alfresco Community a criação de modelos de workflow com datas de conclusão e níveis de

    permissão diferentes entre os usuários desta ferramenta, não é possível aos usuários autorizados

    pelo administrador, a interrupção ou a suspenção temporaria de um fluxo com o intuito de

    executar outra função/tarefa.

    Notamos na figura 39 que no repositório deste software, o usuário que leciona a

    disciplina de gestão de documentos tem uma configuração que lhe permite modificar um fluxo

    de trabalho que foi iniciado pelo próprio. Todavia, neste software não é possível parar um fluxo

    para dar sequência em outro trabalho

  • 55

    Segundo a referência 2.1.13, que possui o nível de obrigatoriedade facultativo - F,

    verifica-se que este requisito, no qual um recurso de fluxo de trabalho de um SIGAD pode

    permitir que usuários autorizados interrompam ou suspendam temporariamente um fluxo com

    o objetivo de executar outro trabalho. O fluxo só prosseguirá com a autorização do usuário.

    Apesar deste preceito ter o menor grau de exigêcia, o software Alfresco Community não

    atende a este requisito.

    O mesmo aplica-se ao décimo quarto preceito do e-ARQ, mas com nível de exigência

    diferente. Segundo a referência 2.1.14 que possui o nível de obrigatoriedade máxima (O), um

    recurso de fluxo de trabalho de um SIGAD tem que incluir processamento condicional, isto é,

    permitir que um fluxo de trabalho seja suspenso para aguardar a chegada de um documento e

    prossiga automaticamente quando este é recebido.

    A figura de número 39 nos mostra que isto é inviável para um usuário, ou para o

    administrador que gere este software de código aberto e livre.

    Já para o próximo preceito a avaliação é diferente, conforme é possível analisar na

    imagem 40.

    Neste caso, observamos que o usuário de gestão de documentos, tem que cumprir as

    tarefas de diferentes tipos de fluxo de trabalho.

    Figura 39 – Tipos de documentos no repositório.

  • 56

    Este software mostra ao usuário o tempo que é necessário para completar o trabalho que

    foi gerado pelo próprio. No link à esquerda da ilustração abaixo, é possível verificar os fluxos

    que foram iniciados, concluídos e os que estão pendentes.

    Figura 40 – Fluxo de trabalhos iniciados e concluídos.

    Segundo a referência 2.1.15, que possui o nível de obrigatoriedade altamente desejavel

    – AD, verifica-se que este requisito, no qual 2.1.15 um recurso de fluxo de trabalho de um

    SIGAD deve poder associar limites de tempo a trâmites e/ou procedimentos individuais em

    cada fluxo e comunicar os itens que expiraram de acordo com esses limites.

    Diante do que foi abordado com base ns imagem acima, o Alfresco Community atende

    com eficácia a este requisito do e-ARQ Brasil.

    Para o décimo sexto requisito, printamos três imagens para justificar que o Alfresco

    Communty atende a exigência deste modelo de SIGAD, no que tange ao controle do fluxo de

    trabalho. Na primeira imagem, construímos um grupo, no qual representa a Coordenação de

    Arquivologia (com destaque na cor laranja) com os respectivos usuários (disciplinas).

  • 57

    Figura 41 – Grupo destacado em laranja

    Na segunda e terceira imagens que compõem este requisito (número 42 e 43

    respectivamente), observamos que o Alfresco Community atende integralmente a esta

    exigência, pois na simulação do documento de comprovação semanal em que os professores de

    várias disciplinas devem assínar, esta tarefa de fato é retribuida de usuário para usuário neste

    fluxo de trabalho. Este modelo de worflow atribui a este grupo de usuários como participantes

    desta tarefa.

    Segundo a referência 2.1.16 que possui o nível de obrigatoriedade máxima (O), um

    recurso de fluxo de trabalho de um SIGAD tem que reconhecer indivíduos e grupos de trabalho

    como participantes.

  • 58

    Figura 42 - Tarefa de revisão em grupo.

    Figura 43 – Grupos de usuários como participantes.

  • 59

    Diante das três figuras analisadas, vemos que o Alfresco Community atende a exigência

    deste requisito do e-ARQ Brasil.

    Continuando com a proposta de simulação, que sobre os preceitos do décimo sétimo

    requisito do e-ARQ Brasil, o Alfresco Community atende parcialmente a este preceito, pois em

    dois tipos de fluxos de trabalho que este software de código aberto ofrece ao administrador e

    seus respectivos usuários, é viável rever e a aprovar o conteúdo de um documento, atribuindo

    a tarefa do workflow à um único grupo de usuários ou à múltiplos usuários.

    Segundo a referência 2.1.17, que possui o nível de obrigatoriedade altamente desejavel

    – AD, verifica-se que este requisito, no qual sempre que o participante for um grupo de

    trabalho, um recurso de fluxo de trabalho de um SIGAD deve prever a forma de distribuição

    dos documentos entre os membros do grupo. Essa distribuição pode ser de duas formas: •

    1) de acordo com uma sequência circular predefinida, o SIGAD envia o próximo

    documento independentemente da conclusão da tarefa anterior;

    2) à medida que cada membro conclui a tarefa, o SIGAD lhe envia o próximo

    documento da fila do grupo;

    Portanto, a distribuição pode ser realizada somente de acordo com o segundo item. O

    Alfresco Community parcialmente atende a demanda deste requisito, e não na sua totalidade.

    No que tange ao décimo oitavo preceito, os fluxos de trabalho que existem no Alfresco

    Community automatizam o processo para o(s) usuário(s) em todos os itens que compõem um

    modelo de workflow escolhido. Entretanto o processo de captura dos documentos é realizado

    manualmente, através dos downloads e nos upload de conteúdos no site criados pelo

    administrador, em que o usuário é convidado.

    Segundo a referência 2.1.18, que possui o nível de obrigatoriedade altamente desejavel

    – AD, verifica-se que este requisito, no qual um recurso de fluxo de trabalho de um SIGAD

    deve permitir que a captura de documentos desencadeie, automaticamente, fluxos de trabalho.

    Logo, este software de código aberto e livre não atende a este requisito deste modelo de

    SIGAD.

    Continuando com a proposta de simulação, sobre os preceitos do décimo nono requisito

    do e-ARQ Brasil, o Alfresco Community permite que o administrador monitore a tramitação

    dos documentos e o desempenho dos usuários para detalhar o passo-a-passo da tarefa que foi

    destinada para os mesmos.

    Para comprovar esta tese, recorremos novamente a simulação proposta deste modelo de

    workflow (Revisão e aprovação paralela). No caso das figuras 44 e 45, a Coordenação solicita

  • 60

    a assinatura do ponto de trabalho semanal de todos os professores que compareceram na

    graduação de Arquivologia para lecionar as disciplinas. Este fluxo é liberado para revisão a

    todos usuários, porque é de interesse do administrador, na simulação, a coleta das assinaturas.

    Figura 44 – Solicitação de assinatura.

    Figura 45 – Monitorar a tramitação do documento.

  • 61

    Segundo a referência 2.1.19, que possui o nível de obrigatoriedade altamente desejavel

    – AD, verifica-se que este requisito, no qual um recurso de fluxo de trabalho de um SIGAD

    tem que fornecer meios de elaboração de relatórios completos para permitir que gestores

    monitorem a tramitação dos documentos e o desempenho dos participantes.

    Baseando-se nas figurass 44 e 45, verificamos que o Alfresco Community atende a

    exigência deste requisito.

    Chegando ao vigésimo preceito do e-ARQ Brasil, notemos que o software disserta sobre

    os metadados específicos, uma vez que o Alfresco Community segue a risca o modelo de

    SIGAD do Departamento de Defesa norte-americano - DoD Standard 5015.2, o que varia neste

    contexto, do e-ARQ Brasil.

    Segundo o Alfresco Community, em tese, há um conjunto de metadados padrão para

    registros, categorias de registro, pastas de registro, selecionadores de data e documentos não

    eletrônicos.

    No site, tem um guia para criar, editar e excluir os metadados personalizados. Contudo

    isto não foi possível aplicar em nenhum campo para o administrador, em termos práticos.

    Mesmo demonstrando qual é a referência (2.1.20) o nível de obrigatoriedade (máxima)

    e a descrição deste requisito, um recurso de fluxo de trabalho de um SIGAD tem que registrar

    a tramitação de um documento em seus metadados. Os metadados referentes à tramitação

    devem registrar data e hora de envio e recebimento, e a identificação do usuário, não foi

    possível analisar, em termos práticos, se este software de código aberto e livre atende a este

    requisito do e-ARQ Brasil.

    Diferente do requisito anterior, no penúltimo preceito do e-ARQ Brasil no que tange ao

    controle do fluxo de trabalho, houve a criação e alterações neste fluxo de trabalho (ata de

    reunião), de forma proposital pelo administrador.

  • 62

    Figura 46 – Mudanças feitas pelo administrador.

    Figura 47 - Criação e alterações neste fluxo de trabalho

  • 63

    Segundo a referência 2.1.21, que possui o nível de obrigatoriedade altamente desejavel – AD,

    verifica-se que este requisito, no qual um SIGAD deve manter versões dos fluxos alterados e

    estabelecer vínculos entre os documentos já processados ou em processamento nos fluxos

    alterados.

    Se um fluxo de trabalho foi iniciada, em tese, ela não pode ser alterada. Se um usuário

    modificar a definição do processo subjacente, ele será versionado. Qualquer nova instância de

    fluxo de trabalho refletirá quaisquer alterações na definição do fluxo de trabalho. Quaisquer

    instâncias antigas atualmente em execução irão fazer referência à antiga definição.

    Portanto, o software Alfresco Community atende a este requisite do e-ARQ Brasil, no

    que se refere ao controle do fluxo de trabalho.

    No que tange ao último requisito do controle de fluxo de trabalho, o software Alfresco

    Community segue a proposta de simulação. As figuras 48 e 49 nos mostra que, houve a extinção

    do primeiro usuário (gestão de documentos|) e a inclusão de um segundo usuário (diplomática

    um) no histórico do documento de solicitação de benefício aos professores. Portanto, este

    software de código aberto e gratuito atende as exigências do e-ARQ Brasil, conforme a

    descrição do mesmo abaixo.

    Segundo a referência 2.1.22, que possui o nível de obrigatoriedade altamente desejavel

    – AD, verifica-se que este requisito, no qual o SIGAD deve assegurar que qualquer modificação

    nos atributos dos fluxos, como extinção ou ampliação do número de pessoas ou extinção de

    autorização, leve em conta os documentos vinculados.

    Figura 48 – Documento para usuários.

  • 64

    Ingressando na parte final desta jornada, verficaremos os 04 requisitos que abrange o

    controle de versões (o histórico do documento que foi criado e modificado) e do status de

    documentos (se o mesmo é uma minuta, original ou cópia).

    Assim como foi aplicado a impressão de tela na primeira parte do trabalho, a descrição

    de cada referência, requisito e o nível de obrigatoriedade serão dissertadas novamente, com a

    finalidade de auxiliar no momento de confirmar se este software de código aberto e livre segue

    ou não os preceitos exigidos pelo e-ARQ Brasil.

    Em todos os casos que a simulação foi proposta utlizados todos os tipos fluxos de

    trabalho que foram criados pelo Alfresco Community com o intuito de comprovar se este

    software atende aos requisitos do e-ARQ Brasil.

    No que se refere ao registro de status do documento, observamos que nos modelos de

    workflow, este item só consta para verificar a tramitação do fluxo de trabalho e no detalhe das

    tarefas, para que o administrador e o usuário autorizado tenha ciência que aquela função

    atribuída possui um prazo determnado e um status. Nada mais do que isso.

    Segundo a referência 2.2.1, que possui o nível de obrigatoriedade máximo (O), verifica-

    se que este requisito, no qual um recurso de fluxo de trabalho de um SIGAD tem que ser capaz

    de registrar o status de transmissão do documento, ou seja, se é minuta, original ou cópia.

    Figura 49 – a extinção e criação de usuários

  • 65

    Portanto, o Alfresco Community não atende ao primeiro requisito de controle de versões

    e de status do documento.

    No que tange ao controle de versões de um documento que está tramitando, observamos

    nas figuras 50 e 51 que o Alfresco Community atende a esta exigência do segundo requisito,

    pois na simulação do documento de comprovação semanal em que os professores de várias

    disciplinas devem assínar, esta tarefa de fato é retribuida de usuário para usuário neste fluxo de

    trabalho. Este modelo de worflow atribui esta tarefa somente à um único grupo de usuários.

    Figura 50 – Documento tramitando.

  • 66

    Figura 51 – Diversas versões de um documento.

    Segundo a referência 2.2.2, que possui o nível de obrigatoriedade máximo (O), verifica-

    se que este requisito um SIGAD tem que ser capaz de controlar as diversas versões de um

    documento que está tramitando.

    Pelo histórico dos professores de cada disciplina que acessa e revisa o documento, vemos

    que este software de código aberto e livre atende as exigências deste segundo requisito.

    Segundo a referência 2.2.3, que possui o nível de obrigatoriedade máximo (O), verifica-

    se que este requisito um SIGAD tem que ser capaz de associar e relacionar as diversas versões

    de um documento.

    Neste caso, as duas últimas figuras servem para ilustrar e comprovar através da

    simulação deste fluxo de trabalho, observamos que este software de código aberto e livre atende

    as exigências deste terceiro requisito.

    Por fim, no quarto requisito que abrange o controle de versões e do status de documentos,

    a referência 2.2.4, que possui o nível de obrigatoriedade máximo (O), verifica-se que este

    requisito um SIGAD tem que manter o identificador único do documento, e o controle de

    versões