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Universidade Federal Fluminense – UFF Programa de Pós - Graduação em Geociências Área de concentração Geoquímica Ambiental
Luiz Antônio Viégas da Silva
PROPOSTA DE SISTEMA DE GESTÃO INTEGRADA DE MEIO AMBIENTE, SEGURANÇA E SAÚDE NO TRABALHO (SGI-MSS) PARA EMPRESAS: METODOLOGIA DE IMPLANTAÇÃO PRÁTICA COM FERRAMENTAS DE VALIDAÇÃO E CONTROLE
Tese de Doutorado
Niterói 2007
LUIZ ANTÔNIO VIÉGAS DA SILVA
PROPOSTA DE SISTEMA DE GESTÃO INTEGRADA DE MEIO AMBIENTE, SEGURANÇA E SAÚDE NO TRABALHO (SGI-MSS) PARA EMPRESAS: METODOLOGIA DE IMPLANTAÇÃO PRÁTICA COM FERRAMENTAS DE VALIDAÇÃO E CONTROLE
Tese apresentada ao Curso de Pós-Graduação Stricto Sensu em Geociência, da Universidade Federal Fluminense, como requisito parcial para obtenção de Grau de Doutor. Área de concentração: Geoquímica Ambiental
ORIENTADOR
Prof. EDISON DAUSACKER BIDONE, D.Sc.
Niterói 2007
LUIZ ANTÔNIO VIÉGAS DA SILVA
PROPOSTA DE SISTEMA DE GESTÃO INTEGRADA DE MEIO AMBIENTE, SEGURANÇA E SAÚDE NO TRABALHO (SGI-MSS) PARA EMPRESAS: METODOLOGIA DE IMPLANTAÇÃO PRÁTICA COM FERRAMENTAS DE VALIDAÇÃO E CONTROLE
Tese apresentada ao Curso de Pós-Graduação Stricto Sensu em Geociências, da Universidade Federal Fluminense, como requisito parcial para obtenção de Grau de Doutor. Área de concentração: Geoquímica Ambiental.
Aprovado em 22 de junho de 2007
BANCA EXAMINADORA
______________________________________________________ Prof. Edson Dausacker Bidone, D.Sc.- Orientador
Universidade Federal Fluminense
______________________________________________________ Prof. Emmanuel Vieira da Silva Filho, D.Sc.
Universidade Federal Fluminense
_____________________________________________________ Prof. Ana Luiza Spadano Albuquerque, D.Sc.
Universidade Federal Fluminense
_______________________________________________________ Prof. Eduardo Linhares Qualharini, D.Sc. Universidade Federal do Rio de Janeiro
_____________________________________________________
Prof. Sérgio Pinto Amaral, D.Sc. Petróleo Brasileiro S.A - Petrobras
Niterói 2007
DEDICATÓRIA
A minha esposa, Paula pela motivação, apoio e compreensão, sempre nos momentos mais difíceis. A meus filhos Daniel e Diego. Aos meus pais e avó pela difícil e árdua tarefa de criar, educar e formar um ser humano íntegro. A meu irmão Carlos Henrique (in memori).
AGRADECIMENTOS
A Edson Dausacker Bidone, meu orientador e amigo, que através de seu conhecimento, competência, experiência, apoio, sugestões e criticas, possibilitou-me realizar esta pesquisa. Aos professores Emmanuel Vieira da Silva Filho e Ana Luiza Spadano Albuquerque da Universidade Federal Fluminense – Instituto de Geoquímica, pelo excelente aprendizado que recebi em suas aulas e pelas orientações, apoio e sugestões quanto à melhoria desta pesquisa. Aos professores Eduardo Linhares Qualharini da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro e Sérgio Pinto Amaral da Petróleo Brasileiro S.A. – Petrobras pelo apoio e sugestões de melhoria desta pesquisa. A todo o corpo docente do instituto de Geoquímica da Universidade Federal Fluminense, que não pouparam esforços na transferência do conhecimento. A Indústria de Pneumáticos Michelin, na pessoa do Sr. João Carlos Renault, gerente do Departamento de meio ambiente e prevenção, por permitir a realização do estudo de caso na Fabrica de Campo Grande – R.J. A todos que, direta ou indiretamente, contribuíram para a realização desta pesquisa.
“O conhecimento é a única arma que dispomos para enfrentar a grande viagem do amor, com esperança de sucesso. É a nossa bússola mais preciosa, porque, além de tentar nos levar ao rumo certo, mantém a agulha imantada no rumo de nós mesmos”. (Marina Colasanti)
RESUMO
Os elevados índices de acidentes industriais e de trabalho que causam impactos
ambientais ao planeta e lesões e doenças às pessoas, que ocorrem no mundo e em nosso
país, denotam o despreparo de nossa sociedade, em tratar as questões de meio ambiente e
de segurança e saúde no trabalho. Com a finalidade de ajudar a reduzir estes índices e de
contribuir com a melhoria da qualidade de vida de nossa sociedade, procurou-se obter,
como resultado final desta pesquisa, um sistema de gestão de meio ambiente e de
segurança e saúde no trabalho. Realizou-se pesquisa bibliográfica e de campo. Na pesquisa
bibliográfica, procurou-se analisar detalhadamente, um conjunto de sistemas e normas de
gestão de meio ambiente e de segurança e saúde no trabalho publicados no Brasil e no
mundo, nos últimos trinta e cinco anos. Na pesquisa de campo, verificou-se a eficiência e
eficácia dos sistemas de gestão de um determinado segmento de organizações que se
encontravam certificadas ou em vias de certificação pelas normas ISO 14001 e OHSAS
18001. Será apresentada também nesta pesquisa, a Análise do Ciclo de Vida (ACV) de
uma fabrica de pneus, onde será realizado o estudo de caso (aplicação teórica/ prática).
Este estudo aborda as quatro etapas da ACV (extração das matérias primas, fabricação,
utilização e fim de vida).
ABSTRACT The raised indices of industrial accidents and work that they cause ambient impacts to the planet and injuries and illnesses to the people, who occur in the world and our country, denote the unpreparedness of our society, in dealing with the questions to environment and security guard and health in the work. With the purpose to help to reduce these indices and to contribute with the improvement of the quality of life of our society, it was looked to get, as resulted final of this research, a system of security and environment management and health in the work. Bibliographical research and of field was become fullfilled. In the bibliographical research, it was looked to analyze at great length, a set of systems and norms of security and environment management and health in the work published in Brazil and the world, in last the thirty and five years. In the field research, it was verified efficiency and effectiveness of the systems of management of one determined segment of organizations that if found certified or in ways of certification for norms ISO 14001 and OHSAS 18001. It will also be presented in this research, the Analysis of the Cycle of Vida (ACV) of one manufactures of tires, where the case study will be carried through (practical theoretical application). This study it approaches the four stages of the ACV (extration of the substances cousins, manufacture, use and end of life).
SUMÁRIO
Pág.
LISTA DE FIGURAS 15 LISTA DE TABELAS 17 LISTA DE GRÁFICOS 20 LISTA DE ABREVIATURAS 21 CAPÍTULO 1 – INTRODUÇÃO/ FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 23
1.1. INTRODUÇÃO 231.1.1. Meio Ambiente 231.1.1.1. Gerenciamento Ambiental – Evolução dos Conceitos e Práticas 241.1.2. Segurança e Saúde no Trabalho 281.1.2.1. Estatísticas de Acidentes de Trabalho 301.1.2.1.1. Acidentes de Trabalho ocorridos no Brasil 301.1.2.1.2. Acidentes de Trabalho ocorridos no Mundo 311.1.3. Certificação de Sistemas de Gestão de Meio Ambiente e de Segurança e Saúde no Trabalho
33
1.2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 351.2.1. Responsabilidades Gerenciais 351.2.1.1. A Gestão de MSS da Organização é de Responsabilidades dos Gerentes 351.2.1.2. Controle de Acidentes/ Perdas, com Foco nos Sistemas de Gestões de MSS 351.2.1.3. Perigo 361.2.1.4. Salvaguardas 371.2.1.5. Risco 371.2.1.6. Avaliação de Risco 381.2.1.7. Objetivos da Gestão de MSS 411.2.1.7.1. Identificar Todas as Exposições a Riscos/ Impactos Ambientais 411.2.1.7.2. Avaliar o Risco/ Impacto Ambiental 431.2.1.7.3. Desenvolver um Plano 441.2.1.7.3.1. Eliminação 441.2.1.7.3.2. Tratamento 441.2.1.7.3.3. Tolerância 45
1.2.1.7.3.4. Transferência 451.2.1.7.4. Implementar o Plano 461.2.1.7.5. Monitorar o Plano 461.2.1.8. Programas de Gestões bem Sucedidos 471.2.2. As Causas, Conseqüências e Controle dos Acidentes/ Impactos Ambientais 481.2.2.1. Acidente/ Impacto ambiental 481.2.2.1.1. Acidentes Com Dano às Pessoas 491.2.2.1.2. Acidentes Com Danos ao Patrimônio e ao Meio Ambiente 491.2.2.1.3. Incidentes ou Quase Acidentes (Sem Dano às Pessoas, ao Patrimônio e ao Meio Ambiente)
49
1.2.2.2. Meio Ambiente 501.2.2.3. Segurança 501.2.2.4. Saúde 501.2.2.5. O Controle de Perdas 511.2.2.5.1. Estudos dos Acidentes Significativos 511.2.3. Modelo de Causa de Perdas 531.2.3.1. Perdas: Humanas, ao Patrimônio e ao Meio Ambiente 541.2.3.2. Acidente/ Incidente 561.2.3.3. Causas Imediatas: Atos e Condições Abaixo do Padrão 571.2.3.4. Causas Básicas: Fatores Pessoais e Fatores do Trabalho 601.2.3.5. Falta de Controle Administrativo 641.2.3.5.1. Programas Inadequados 651.2.3.5.2. Padrões Inadequados do Programa 661.2.3.5.3. Cumprimento Inadequado dos Padrões do Programa 661.2.4. Atividades de Controle na Gestão de Risco 661.2.4.1. Identificação do trabalho 671.2.4.2. Padronizar o trabalho 681.2.4.3. Medir o desempenho 681.2.4.4. Avaliar o desempenho 691.2.4.5. Correção e motivação 69 CAPÍTULO 2 – ELEMENTOS ESPECÍFICOS DA PESQUISA 71 2.1. JUSTIFICATIVA E RELEVÂNCIA 712.2. OBJETIVOS DA PESQUISA 712.3. QUESTÕES 732.4. ESTRUTURAÇÃO DA PESQUISA 74
CAPÍTULO 3 - METODOLOGIA 76
3.1. METODOLOGIA PARA PESQUISA BIBLIOGRÁFICA E DE CAMPO 763.1.1. Pesquisa Bibliográfica 763.1.1.1. Programas de Gestões bem Sucedidos 763.1.1.2. Normas Técnicas Nacionais e Internacionais e Outras Publicações 773.1.1.2.1. Normas de Meio Ambiente 773.1.1.2.2. Normas de Segurança e Saúde no Trabalho 783.1.2. Pesquisa de Campo 783.1.2.1. Para o Sistema de MSS 783.1.2.2. Para o Estudo de Caso – Aplicação prática na Michelin 793.2. TRATAMENTO E ANALISE DOS DADOS DAS PESQUISAS BIBLIOGRÁFICAS E DE CAMPO
81
3.3. METODOLOGIA PROPOSTA PARA O PROGRAMA DE MEIO AMBIENTE E DE SEGURANÇA E SAÚDE NO TRABALHO
81
CAPÍTULO 4 - O SISTEMA DE GESTÃO DE MEIO AMBIENTE E DE SEGURANÇA E SAÚDE NO TRABALHO E FERRAMENTAS DE AUDITORIA PARA O CONTROLE DO SISTEMA
82
4.1. O SISTEMA DE MSS 824.1.1. Padrões de Documentação 844.1.1.1. Política de Meio Ambiente e de Segurança e Saúde no Trabalho 854.1.1.2. Liderança e Administração 864.1.1.3. Planejamento 864.1.1.4. Implementação e Operação 874.1.1.5. Verificação e Ação Corretiva 874.1.1.6. Analise Crítica Pela Administração 884.1.1.7. Regras de Permissões Para Trabalho 884.1.1.8. Inspeções Planejadas e Manutenção 894.1.1.9. Controle da Saúde e Higiene do Trabalho 894.1.1.10. Equipamentos de Proteção Individual (EPI’s) 904.1.1.11. Contratação e Colocação 904.1.1.12. Administração de Materiais e Serviços 914.1.1.13. Engenharia e Gestão das Modificações 914.1.1.14. Reuniões de Meio Ambiente e de Segurança e Saúde no Trabalho 924.1.1.15. Comunicações Pessoais 92
4.1.1.16. Promoção Geral de Meio Ambiente e de Segurança e Saúde no Trabalho 934.1.1.17. Avaliação do Sistema 944.1.1.18. Metodologia para Realizar a Auditoria dos Padrões de Documentação 944.1.2. Padrões de Condições Físicas das Instalações 984.1.2.1. Metodologia para Realizar a Auditoria dos Padrões de Condições Físicas das Instalações
99
4.1.3. Padrões de Utilização dos Equipamentos de Proteção Individuais (EPI’s) 1034.1.3.1. Metodologia para Realizar a Auditoria dos Padrões de Utilização dos EPI’s 1044.1.4. Padrões de Entrevistas com Pessoas 1054.1.4.1. Metodologia para Realizar a Auditoria dos Padrões de Entrevistas com Pessoas
106
4.1.4.2. Formulário de Entrevista com Pessoas 107 CAPÍTULO 5 - O SISTEMA DE GESTÃO INTEGRADA DE MEIO AMBIENTE E DE SEGURANÇA E SAÚDE NO TRABALHO, ATRAVÉS DO CLO PDCA
110
5.1. SISTEMA DE GESTÃO 1105.2. SISTEMA DE GESTÃO AMBIENTAL 1115.3. SISTEMA DE GESTÃO DE SEGURANÇA E SAÚDE NO TRABALHO 1135.4. O CICLO PDCA 1145.5. SISTEMA DE GESTÃO INTEGRADO DE MEIO AMBIENTE E DE SEGURANÇA E SAÚDE NO TRABALHO (SGMSS)
116
5.5.1. Requisitos de um Sistema de Gestão Integrado de Meio Ambiente e de Segurança e Saúde no Trabalho (SGI-MSS)
118
5.5.1.1. Requisitos Gerais 1185.5.1.2. Política de MSS 1195.5.1.3. Planejamento 1225.5.1.3.1. Aspectos Ambientais e Planejamento para Identificação de Perigos e Avaliação e Controle de Riscos
122
5.5.1.3.2. Requisitos Legais e Outros Requisitos 1245.5.1.3.3. Objetivos, Metas e Programa(s) de Gestão de MSS 1265.5.1.4. Implementação e Operação 1295.5.1.4.1. Estrutura e Responsabilidades 1295.5.1.4.2. Competência, Treinamento e Conscientização 1305.5.1.4.3. Consulta e Comunicação 1315.5.1.4.4. Documentação do Sistema de MSS 1325.5.1.4.5. Controle de Documentos e de Dados 133
5.5.1.4.6. Controle Operacional 1345.5.1.4.7. Preparação e Atendimento à Emergência 1355.5.1.5. Verificação e Ação Corretiva 1365.5.1.5.1. Monitoramento, Medição e Mensuração do Desempenho 1365.5.1.5.2. Acidentes, Incidentes, Não Conformidades, Ações Corretivas e Ação Preventiva
137
5.5.1.5.3. Registros e Gestão de Registros 1385.5.1.5.4. Auditoria do Sistema de Gestão de MSS 1395.5.1.6. Análise Critica pela Administração 1405.6. O SISTEMA DE GESTÃO INTEGRADA DE MSS E A ANÁLISE DO CICLO DE VIDA DE PRODUTOS
141
CAPÍTULO 6 - AVALIAÇÃO DO CICLO DE VIDA DO PNEU (APLICAÇÃO TEÓRICA/ PRÁTICA NA MICHELIN – FABRICA DE CAMPO GRANDE – RJ)
143
6.1. PRIMEIRA ETAPA: AS MATERIAS PRIMAS 1456.1.1. As Principais Matérias Primas 1466.1.1.1. As Borrachas - O Elemento Básico do Pneu 1466.1.1.1.1. A Borracha Natural 1466.1.1.1.2. A Borracha Sintética 1496.1.1.2. Os Reforços 1496.1.1.2.1. Metálicos 1496.1.1.2.2. Têxteis 1506.1.1.3. Elementos de Reforço 1506.1.1.3.1. O Negro de Carbono 1506.1.1.3.2. A Sílica 1516.1.1.4. Os Produtos Químicos 1516.1.2. A Concepção do Produto - Pneu 1516.2. SEGUNDA ETAPA: A FABRICAÇÃO 1606.2.1. O Processo de Fabricação 1616.2.1.1. Entradas para o Processo de Fabricação 1646.2.1.1.2. As Matérias Primas 1646.2.1.2. Saídas do Processo de Fabricação 1646.2.1.2.1. Produtos Finais 1646.2.1.2.2. Efluentes Líquidos, Resíduos e Emissões Atmosféricas 1646.2.2. Indicadores (goquímicos) propostos para essa pesquisa 1676.2.3. Avaliação do estudo de caso 171
6.2.3.1. Indicadores de Meio Ambiente (geoquímicos) 1716.2.3.1.1. Energia 1716.2.3.1.2. Recurso Natural: Água 1716.2.3.1.2.1. Efluentes Líquidos 1726.2.3.1.3. Resíduos Sólidos 1776.2.3.1.4. Emissões Atmosféricas 1796.2.3.2. Indicadores de Segurança e Saúde no Trabalho 1836.4. QUARTA ETAPA: TRATAMENTO EM FIM DE VIDA 1846.4.1. Introdução 1846.4.2. Legislação Ambiental para o Controle de Pneus 1876.4.3. Alternativas para o Gerenciamento de Pneus em Fim de Vida 1896.4.3.1. Redução 1906.4.3.1.1. Aumento da Vida Útil 1916.4.3.1.1.1. Reforma para Reuso do Pneu em Veículo 1916.4.3.2. Reutilização 1956.4.3.2.1. Pneu-Solo 1966.4.3.2.2. Tapete Pneu 1976.4.3.2.3. Recifes Artificiais 1986.4.3.2.4. Laminação 1986.4.3.2.5. Outras Alternativas 1996.4.3.3. Reciclagem 2006.4.3.3.1. Borracha Triturada 2006.4.3.3.1.1. Fabricação de Solos Esportivos 2006.4.3.3.1.2. Revestimentos de Estradas e Calçadas 2016.4.3.3.1.3. Outras Utilizações 2036.4.3.3.2. Borracha Regenerada 2036.4.3.3.2.1. Processos Físicos 2066.4.3.3.2.2. Processos Químicos 2066.4.3.3.2.3. Processos Físico-Químicos 2076.4.3.4. Recuperação Energética 2086.4.3.4.1. Incineração 2096.3.4.4.2. Pirólise 2136.4.4. O que esta se Fazendo no Brasil para Atender a Resolução CONAMA 258 2166.4.4.1. Informações sobre a ANIP 2166.4.4.2. Ações Adotadas pela ANIP para Controle dos Pneus Inservíveis 2186.4.4.3. Taxa de Destinação de Pneus Inservíveis 2236.4.4.3.1. Total de Pneus a Destinar 2246.4.4.3.2. Total de Pneus com Destinação Controlada 226
6.4.4.3.3. Taxa de Destinação de Pneus Inservíveis no Brasil em 2004 e 2005 229 CAPÍTULO 7 - CONCLUSÃO 231 6.1. ASPECTOS GERAIS 2316.2. QUESTÕES DA PESQUISA 2346.3. COMENTÁRIOS FINAIS E SUGESTÃO PARA FUTURAS PESQUISAS 244 OBRAS CITADAS 246 OBRAS CONSULTADAS 250 GLOSSÁRIO 253 ANEXO 1 256
ANEXO 2 420
LISTA DE FIGURAS
Pág.
Figura 1 Acidente na Pmex 25Figura 2 Acidente de Bhopal 25Figura 3 Acidente de Chernobyl 25Figura 4 Acidente com Exxon Valdez 25Figura 5 Acidente com a P 36 26Figura 6 Acidente com Prestige 26Figura 7 Outros acidentes industriais 26Figura 8 O controle de perdas 36Figuras 9 Curvas de risco 40Figura 10 Objetivos da administração do controle de perdas 41Figura 11 Matriz de classificação de riscos 44Figura 12 Estudo da proporção de acidentes (A) 52Figura 13 Estudo da proporção de acidentes (B) 52Figura 14 Modelo de causa de perdas 53Figura 15 Iceberg das despesas gasta com acidentes 55Figura 16 Acidente/ incidente 56Figura 17 Causas imediatas 58Figura 18 Causas básicas 61Figura 19 Falta de controle administrativo 65Figura 20 A gestão de controle 67Figura 21 Ciclo de Vida do Produto 72Figura 22 Metodologia da pesquisa 81Figura 23 Níveis de classificação do sistema de MSS 82Figura 24 Sistema e padrões do sistema de gestão de MSS 83Figura 25 Estrutura do sistema de gestão ambiental – Adaptada segundo a NBR 14001
112
Figura 26 Elementos do sistema de gestão de Segurança e Saúde no Trabalho (SST) 114Figura 27 Ciclo Shewhart ou ciclo Deming 115Figura 28 Rampa de subida da melhoria continua 115Figura 29 Analise de inventário 123Figura 30 Analise do ciclo de vida do pneu 144Figura 31 As principais matérias primas utilizadas no processo de fabricação 145Figura 32 As aplicações da borracha natural 146Figura 33 Colheita do látex na seringueira 147
Figura 34 Biotecnologia a serviço da seringueira – Programa de melhoria genética 148Figura 35 Corte transversal de um pneu radial 154Figura 36 Pneu convencional 155Figura 37 Pneu radial 155Figura 38 O processo de fabricação 162Figura 39 Estação de tratamento da Michelin – Fabrica de Campo Grande - RJ 173Figura 40 Uma das Áreas intermediárias de resíduos 177Figura 41 Central de resíduos 177Figura 42 Filtros mangas 182Figura 43 Exemplo de utilização de contenção de encostas 197Figura 44 Detalhes de pneus utilizados em encostas 197Figura 45 Tubulação feita de pneus 199Figura 46 Piso emborrachado 201Figura 47 Detalhes do piso emborrachado 201Figura 48 Fases da borracha 204Figura 49 Processo Petrosix 216Figura 50 Destinação de pneus por tipo (Kg) – Período 1999/ 2005 218Figura 51 Localização dos Ecopontos no Brasil 219Figura 52 Ecoponto de Bangu/ RJ 219Figura 53 Localização dos principais centros de picotagem distribuídos pelo Brasil 220Figura 54 Centro de picotagem 220Figura 55 Fluxo da destinação de pneus inservíveis 222Figura 56 Situação 1 (maior número de transporte) 223Figura 57 Situação 2 (menor número de transporte) 223Figura 58 Fluxograma da destinação de pneus inservíveis no Brasil em 2004 e 2005 230
LISTA DE TABELAS
Pág.
Tabela 1 Acidentes e doenças do trabalho ocorridos no Brasil de 1970 a 2004 31Tabela 2 Acidentes de trabalho ocorridos no mundo 32Tabela 3 Classificação de risco 43Tabela 4 Margens de lucro 56Tabela 5 Atos abaixo dos padrões 59Tabela 6 Condições abaixo dos padrões 59Tabela 7 Fatores pessoais 62Tabela 8 Fatores do trabalho 63Tabela 9 Níveis de classificação do sistema x Padrões de desempenho do sistema 84Tabela 10 Elementos do sistema de MSS 85Tabela 11 Sub-elemento do elemento 1 (Política de MSS) 86Tabela 12 Sub-elemento do elemento 2 (Liderança e Administração) 86Tabela 13 Sub-elemento do elemento 3 (Planejamento) 87Tabela 14 Sub-elemento do elemento 4 (Implementação e Operação) 87Tabela 15 Sub-elemento do elemento 5 (Verificação e Ação Corretiva) 88Tabela 16 Sub-elemento do elemento 6 (Analise Crítica Pela Administração) 88Tabela 17 Sub-elemento do elemento 7 (Regras de Permissões Para Trabalho) 89Tabela 18 Sub-elemento do elemento 8 (Inspeções Planejadas e Manutenção) 89Tabela 19 Sub-elemento do elemento 9 (Controle da Saúde e Higiene do Trabalho) 90Tabela 20 Sub-elemento do elemento 10 (Equipamentos de Proteção Individual) 90Tabela 21 Sub-elemento do elemento 11 (Contratação e Colocação) 91Tabela 22 Sub-elemento do elemento 12 (Administração de Materiais e Serviços) 91Tabela 23 Sub-elemento do elemento 13 (Engenharia e Gestão das Modificações) 92Tabela 24 Sub-elemento do elemento 14 (Reuniões de Meio Ambiente e de Segurança e Saúde no Trabalho)
92
Tabela 25 Sub-elemento do elemento 15 (Comunicações Pessoais) 93Tabela 26 Sub-elemento do elemento 16 (Promoção Geral de Meio Ambiente e de Segurança e Saúde no Trabalho)
93
Tabela 27 Sub-elemento do elemento 17 (Avaliação do Programa) 94Tabela 28 Classificação dos padrões x Numero de perguntas a serem atendidas 95Tabela 29 Ficha dos padrões de documentação do elemento 1 – Política de MSS 97Tabela 30 Padrões das condições físicas das instalações 98Tabela 31 Itens a serem auditados x Fator de valor 100Tabela 32 Formulário (WA) para auditar as condições gerais dos locais de trabalho 101
Tabela 33 Formulário (WB) para auditar equipamentos 101Tabela 34 Formulário (WC) para auditar materiais 102Tabela 35 Formulário (WD) para auditar instalações 102Tabela 36 Formulário (WE) para auditar sistemas de emergência 102Tabela 37 Formulário (WF) para auditar as avaliações de perigos e controle de risco 103Tabela 38 Formulário para auditoria dos equipamentos de proteção individual - EPI's 104Tabela 39 Formulário para entrevista com empregados e/ ou prestadores de serviço 109Tabela 40 Comparativo dos requisitos das normas NBR 14001 e BSI OHSAS 18001 e Integração do sistema de gestão de MSS
116
Tabela 41 Exemplo de política integrada de meio ambiente e de segurança e saúde no trabalho
121
Tabela 42 Exemplo de um programa de gestão de MSS 128Tabela 43 Resultado analítico em borracha de pneu 156Tabela 44 Porcentagem de aço por categoria de pneu 157Tabela 45 Composição química do aço utilizado na fabricação do pneu 158Tabela 46 Composição típica do pneu radial 158Tabela 47 Peso médio de pneu x Quantidade de pneus em 1 m3 159Tabela 48 Fluxo material/ balanço de massa (ano 2005) 165Tabela 49 Fluxo material/ balanço de massa (ano 2006) 166Tabela 50 Indicadores de Meio Ambiente (geoquímicos) 167Tabela 51 Indicadores de Segurança e Saúde no Trabalho 170Tabela 52 Consumo de energia associado à produção – Indicador (GJ/ t) – anexo 2 421Tabela 53 Consumo de água associado à produção – Indicador (m3/ t) – anexo 2 422Tabela 54 Avaliações de pH – 2005 (anexo 2) 423Tabela 55 Avaliações de pH – 2006 (anexo 2) 426Tabela 56 Avaliações de temperatura em oC – 2005 (anexo 2) 429Tabela 57 Avaliações de temperatura em oC – 2006 (anexo 2) 432Tabela 58 Avaliações de Demanda Biológica de Oxigênio (DBO) – 2005 (anexo 2) 435Tabela 59 Avaliações de Demanda Biológica de Oxigênio (DBO) – 2006 (anexo 2) 435Tabela 60 Avaliações mensais de óleos e graxas, resíduos sedimentáveis, demanda química de oxigênio e zinco – anexo 2
436
Tabela 61 Parâmetros de controle na saída da estação de tratamento 174Tabela 62 Óleo e graxa, associada à quantidade de água descartada – Indicador (t) – anexo 2
438
Tabela 63 Resíduo Sedimentável (RS), associado à quantidade de água descartada – Indicador (kg) – anexo 2
439
Tabela 64 Demanda Química de Oxigênio (DQO), associada à quantidade de água descartada – Indicador (kg) – anexo 2
440
Tabela 65 Zinco (Zn), associado à quantidade de água descartada – Indicador (kg) – anexo 2
441
Tabela 66 Totais de resíduos a destinar ano de 2005 (toneladas) – anexo 2 442Tabela 67 Totais de resíduos a destinar ano de 2006 (toneladas) – anexo 2 444Tabela 68 Percentuais de resíduos de fabricação – ano 2005 – anexo 2 446Tabela 69 Percentuais de resíduos de fabricação – ano 2006 – anexo 2 448Tabela 70 Indicadores de resíduos – anexo 2 450Tabela 71 NOx associado à produção – Indicador (kg/ t) – anexo 2 451Tabela 72 SOx associado à produção – Indicador (kg/ t) – anexo 2 452Tabela 73 CO2 associado à produção – Indicador (t/ t) – anexo 2 453Tabela 74 Composto orgânico volátil associado à produção – Indicador (g/ kg) – anexo 2
454
Tabela 75 Avaliações de material particulado na saída do proc. de fabricação de pneu 182Tabela 76 Indicadores de Segurança e Saúde no Trabalho – anexo 2 455Tabela 77 Resumo dos perc. de reciclagem de pneus inservíveis, de 2002 a 2005 187Tabela 78 Distinção dos processos de reforma de pneus inservíveis 193Tabela 79 Número de consertos x Diâmetro máx.de avaria relacion. ao tipo de pneu 194Tabela 80 Dimensões de reparação medidas pelo lado interno do pneu 195Tabela 81 Processo de obtenção da borracha regenerada 205Tabela 82 Co-processamento de pneus em fornos de cimento 211Tabela 83 Parque industrial de cimento no Brasil 212Tabela 84 Análise dos gases de exaustão na Inglaterra 213Tabela 85 Indicadores de atividades compreendido no período entre 2002 e 2005 217Tabela 86 Mercado de reposição de pneumáticos prod. no Brasil em 2004 e 2005 224Tabela 87 Importação de pneus novos no Brasil por outros importadores 225Tabela 88 Pneus reformados importados pelo Brasil 225Tabela 89 Importação de pneus novos e reformados no Brasil 225Tabela 90 Pneus reformados no mercado interno (carga e passeio) 226Tabela 91 Total de pneus que deveria ser destinado em 2004 e 2005 226Tabela 92 Destinação controlada pela ANIP em 2004 e 2005 227Tabela 93 Destinação controlada por outras empresas em 2004 e 2005 227Tabela 94 Pneus reformados em 2004 e 2005 228Tabela 95 Total de pneus exportados (usados e reformados) em 2004 e 2005 228Tabela 96 Total de pneus com destinação controlada em 2004 e 2005 228Tabela 97 Tonelagem de pneus sem controle nos anos de 2004 e 2005 229Tabela 98 Taxa de destinação de pneus inservíveis no Brasil em 2004 e 2005 229
LISTA DE GRÁFICOS
Pág.
Gráfico 1 Temperatura x pressão x tempo de uma reforma de pneu 152Gráfico 2 Consumo de energia associado à produção – Indicador (GJ/ t) 171Gráfico 3 Consumo de água associado à produção – Indicador (m3/ t) 172Gráfico 4 Óleo e graxa, associada à quantidade de água descartada – Indicador (t) 175Gráfico 5 Resíduo Sedimentável (RS), associado à quantidade de água descartada – Indicador (kg)
175
Gráfico 6 Demanda Química de Oxigênio (DQO), associada à quantidade de água descartada – Indicador (t)
176
Gráfico 7 Zinco, associado à quantidade de água descartada – Indicador (kg) 176Gráfico 8 Taxa de valorização dos desclassificados de fabricação banais (TV-DFB) 178Gráfico 9 Taxa de valorização dos resíduos industriais (RI) 178Gráfico 10 Quantidade de resíduos associados à produção (RP) 179Gráfico 11 NOx associado à produção – Indicador (kg/ t) 180Gráfico 12 SOx associado à produção – Indicador (kg/ t) 180Gráfico 13 CO2 associado à produção – Indicador (t/t) 181Gráfico 14 Composto orgânico volátil associado à produção (COV) – Indicador (g/ kg)
181
Gráfico 15 Taxa de freqüência dos acidentes de trabalho com afastamento (TF) 183Gráfico 16 Taxa de Freqüência dos acidentes de trabalho com e sem afastamento (TF2)
183
Gráfico 17 Taxa de gravidade dos acidentes de trabalho com afastamento (TG) 184Gráfico 18 Percentual de empregados acidentados em relação ao efetivo 184Gráfico 19 Evolução da produção total de pneus no Brasil nos últimos 11 anos 185
LISTA DE ABREVIATURAS
ABIQUIM Associação Brasileira de Química ABNT Associação Brasileira de Normas Técnicas ACV Análise do Ciclo de Vida ANIP Associação Nacional de Indústrias de Pneumáticos API American petroleum institute – Instituto de Petróleo Americano APR Analise Preliminar de Riscos BdR Banda de Rodagem BSI British Standards International - Padrões Britânicos CECA Comissão Estadual de Controle Ambiental CFC Clorofluorcarbono CLT Consolidação das Leis do Trabalho CNAE Classificação Nacional de Atividades Econômicas CO2 Dióxido de Carbono CONAMA Conselho Nacional de Meio Ambiente COV Compostos orgânicos Voláteis DBO Demanda Biológica de Oxigênio DFBG Desclassificados de Fabricação Banais Gerados DFBV Desclassificados de Fabricação Banais Valorizados DNER Departamento Nacional de Estrada de Rodagem DNV Det Noresk Veritas – A Verdade Norueguesa DQO Demanda Química de Oxigênio EMAS Sistema Comunitário de Ecogestão e Auditoria EPI’s Equipamentos de Proteção Individual FEEMA Fundação Estadual de Engenharia do Meio Ambiente FMECA Failure, Modes, Effects and Criticality and Analysis - Analise de Modos de Falhas, Efeitos e Criticidade
FTA Fault Tree Analysis - Análise de Árvore de Falhas HAZOP Hazard and Operability Studies - Estudo de Operacionalidade e Perigos
HSE Health and Safety Executive ILCI Internacional Loss Control Institute INSS Instituto Nacional de Seguridade Social IPMAC Identificar, Padronizar, Medir, Avaliar e Corrigir ISM-CODE Código Internacional de Segurança Marítimo
IPT Instituto de Pesquisa Tecnológico ISO International Organization for Standardization – Organização Internacional para a Normalização LTCAT Laudo Técnico de Condições do Ambiente de Trabalho MTE Ministério do Trabalho e Emprego MSS Meio Ambiente, Segurança e Saúde no Trabalho NBR Normas Brasileiras NOx Óxidos de Nitrogênio NR’s Normas Regulamentadoras OHSAS Occupational Health and Safety Assessment Series - Especificação para Sistemas de Gestão de Saúde e Segurança
OIT Organização Internacional do Trabalho ONG Organização Não Governamental ONU Organização das Nações Unidas PBR Polibutadieno PCMAT Programa de Meio Ambiente de Trabalho na construção civil PCMSO Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional PDCA Planejar, Desenvolver, Controlar e Atuar PPEOB Programa de Prevenção da Exposição Ocupacional ao Benzeno PSM Process Safety Management – Gerenciamento de Segurança de Processo RI Taxa de valorização dos resíduos industriais RIG Resíduos Industriais Gerados RIV Resíduos Industriais Valorizados RS Resíduo Sedimentável SA Social Accountability - Responsabilidade Social SEMA Secretaria do Meio Ambiente SGA Sistema de Gestão Ambiental SIX Unidade de Negócios da Industrialização do Xisto da Petrobrás SGI-MSS Sistema de Gestão Integrado de Meio Ambiente e de Segurança e Saúde no Trabalho SOx Óxido de Enxofre SST Segurança e Saúde no Trabalho TF Taxa de Freqüência dos Acidentes de Trabalho com Afastamento TF2 Taxa de Freqüência dos Acidentes de Trabalho com e sem AfastamentoTG Taxa de gravidade dos Acidentes com Afastamento TV-DFB Taxa de valorização dos desclassificados de fabricação banais
CAPÍTULO 1 – INTRODUÇÃO/ FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
Este primeiro capítulo apresenta os aspectos gerais introdutórios sobre os sistemas de
gestão ambiental e de segurança e saúde no trabalho. Destacam-se pontos de relevância que
permitem ao leitor identificar claramente a questão abordada. Aborda-se também a
fundamentação teórica em que a pesquisa se baseou. Procurou-se demonstrar através de
estudos, de literaturas técnicas e cientificas, de práticas realizadas por diversas organizações
no Brasil e no mundo, que um sistema de gestão de meio ambiente e de segurança e saúde
eficazmente implantado através de uma metodologia consistente leva ao sucesso desejado no
controle da gestão de perdas. Analisou-se a gestão de risco; os objetivos de uma gestão de
MSS; as causas, as conseqüências e o controle dos acidentes e impactos ambientais; a
medição e o monitoramento do meio ambiente e da segurança e saúde e as atividades e
estágios do controle de riscos.
1.1. INTRODUÇÃO
1.1.1. Meio Ambiente
Quanto mais rápido ocorrer o desenvolvimento da humanidade, maior será o ritmo das
alterações provocadas no meio ambiente. Cada fonte de energia dominada pelo ser humano
produz determinado tipo de desequilíbrio ecológico e de poluição. A combustão do petróleo e
seus derivados aumentam a emissão de diversos tipos de gases na atmosfera, a extração do
carvão acelera o desmatamento. Setores como petroquímico e nuclear produzem matérias-
primas e substâncias não-biodegradáveis como plásticos, borrachas e resíduos radioativos.
O crescimento desordenado da população mundial acarreta cada vez mais a
necessidade de maiores áreas para a produção de alimentos e técnicas mais modernas de
cultivo que possibilitem a produtividade da terra. Florestas cedem lugares a lavouras e
pastagens de animais. A urbanização multiplica esses fatores de desequilíbrio, pois as grandes
cidades usam os recursos naturais em escala concentrada.
O atual modelo de vida estimula o desperdício. O apelo ao consumidor multiplica a
extração de recursos naturais, produtos descartáveis que não são recicláveis e nem
biodegradável aumentam a quantidade de lixo na natureza. A necessidade de sustentar o
desenvolvimento interno de muitos países obriga os mesmos a aumentar suas exportações
24
fazendo que com ocorram aumento da degradação da natureza e a exploração da terra.
A poluição se caracteriza pela presença de resíduos sólidos, líquidos e gasosos em
quantidade superior à capacidade do meio ambiente de absorvê-los. As diferentes formas de
poluição afetam a composição e o equilíbrio da atmosfera, das águas, do solo e do subsolo,
interferem na cadeia alimentar, alteram os mecanismos naturais de proteção do planeta,
prejudicam as espécies animais e vegetais existentes e podem ameaçar sua reprodução.
A poluição atmosférica, o efeito estufa, as chuvas ácidas, os buracos na camada de
ozônio, a contaminação das águas e solo que vêm ocorrendo nos últimos anos e trazendo
diversos prejuízos para o planeta e a humanidade faz com que a sociedade passe a refletir
melhores seus conceitos e práticas de gerenciamento ambiental.
1.1.1.1. Gerenciamento Ambiental – Evolução dos Conceitos e Práticas
Um dos primeiros passos concretos que foi dado pela humanidade em relações às
questões ambientais ocorreu na década dos anos setenta e foi marcado pela conferência de
Estocolmo, em 1972. Nesta conferência discutiram-se problemas globais relacionados à
poluição do ar e das águas, as chuvas ácidas e o consumo de recursos naturais não renováveis.
A partir desta conferência, diversos países iniciaram a organização institucional de seus
setores ambientais. No Brasil foram criados os principais órgãos de meio ambiente a nível
Federal (Secretaria de Meio Ambiente - SEMA) e estadual (Fundação Estadual de Engenharia
do Meio Ambiente – FEEMA/ R.J). No final desta década, começaram a aparecer os
primeiros movimentos ambientalistas que passaram a se designar de Organizações Não
Governamentais (ONGs).
A partir dos anos 80, ocorreram diversos acidentes industriais famosos, sendo que
quatro deles foram nesta década. A seguir, transcreve-se uma pequena síntese dos mesmos:
- Base de distribuição de GLP da Petróleo Mexicana (PMEX)/ San Juanico, cidade do
México: em 19/11/1984 (figura 1) ocorreu um explosão seguida de incêndio em 4 esferas e 15
tanques cilíndricos de gás GLP ocasionando 650 mortos, 6.400 feridos, 10.000 desabrigados,
destruição total da base e perdas de U$ 22,5 milhões.
- Cidade de Bhopal/ Índia: em 03/12/1984 ocorreu um vazamento de 40 toneladas de
Isocianato de metila, produto utilizado na fabricação de pesticidas (figura 2). Ocorreram
aproximadamente 4.000 mortes e mais 200.000 intoxicados, muitos dos quais contraíram
25
doenças respiratórias, problemas oculares permanentes e desordens mentais.
- Central Nuclear de Chernobyl/ Antiga União Soviética (hoje Ucrânia): em 26/04/1986,
ocorreu explosão do reator nuclear seguida de incêndio (figura 3). Mais de 2500 mortes no
primeiro ano. Após 10 anos do acidente milhares de pessoas afetadas, 135.000 pessoas
retiradas da área contaminada e impactos ambientais diversos.
- Navio Exxon Valdez/ Alasca: em 24/03/1989 (figura 4), houve uma colisão do navio contra
recife de corais. Rompimento de 8 dos 11 tanques de armazenamento. Vazamento de 10
milhões de galões de petróleo. Área afetada de 11.000 milhas quadradas. Prejuízo de U$ 5
bilhões + U$ 17 bilhões em lucros cessantes e processos judiciais.
- Plataforma P-36/ Brasil: em 15/03/2001 ocorreu explosão seguida de incêndio e naufrágio
(figura 5). Morte de 11 pessoas, perdas econômicas, matérias e contaminação ambiental do
mar por petróleo.
- Navio Prestige/ Espanha: em 13/11/2002 (figura 6), ocorreu rompimento de um dos
Figura 3: Acidente de Chernobyl
Fonte: Internet
Figura 1: Acidente da PMEX
Fonte: Internet
Figura 2: Acidente de Bhopal
Fonte: Internet
Figura 4: Acidente com Exxon Valdez
Fonte: Internet
26
tanques de armazenamento do navio, posteriormente o mesmo partiu-se em dois depois
afundou, derramando 76.972 toneladas de petróleo nas costas da Espanha, Portugal e França.
- Outros Acidentes Industriais: Incêndios, derramamentos e vazamentos (figura 7).
Os acidentes industriais contribuíram para as mudanças nas políticas oficiais de meio
ambiente e nos conceitos de gerenciamento ambiental das industrias. Em decorrência dos
acidentes ambientais criaram-se programas como o Atuação Responsável, o Código de
Segurança no Mar e outros mais, com a finalidade de melhorar o gerenciamento das
condições de meio ambiente e de segurança das organizações.
Em 1986 no Brasil publicou-se a Resolução 01 do CONAMA (Conselho Nacional de
Meio Ambiente), instituindo a obrigatoriedade da realização de Estudos de Impactos
Ambientais para qualquer empreendimento público ou privado que apresente impacto aos
Figura 5: Acidente com a P 36
Fonte: Internet
Figura 6: Acidente com Prestige
Fonte: Internet
Figura 7: Outros acidentes Industriais
Fonte: Internet
27
meios físico, biológico ou sócio-econômico na região a ser implantado.
Na década de 80, os clorofluorcarbono (CFC) emitidos na atmosfera pelas industrias
foram identificados como o principal poluente responsável pela redução da camada de ozônio.
Em 1987 foi assinado no Canadá o Protocolo de Montreal, onde 57 países se comprometiam a
reduzir a emissão de CFC pela metade até o final de 1999. Em 1990 este acordo foi ratificado
pela ONU (Organização das Nações Unidas). Acordou-se entre os países participantes que a
produção de CFC seria reduzida no decorre dos próximos anos e eliminada até o ano de 2010.
Mais de 90 países aderiram o acordo, inclusive o Brasil.
O início dos anos 90 foi marcado pela Conferência das Nações Unidas para o Meio
Ambiente e Desenvolvimento ocorrido em 1992 no Brasil no estado do Rio de Janeiro, onde
foram assinados diversos acordos sobre as principais questões ambientais que afetam o
planeta.
No final da década de 90, foram apresentados levantamentos de diversas áreas
contaminadas do planeta, onde se acentuou a preocupação com os resíduos sólidos. Começam
a surgir o chamado partido e parlamentares designados como “verdes”.
O setor industrial começou também dentro de um enfoque global, a considerar pontos
que tangem a proteção ambiental, começando a atribuir á indústria a responsabilidade pelos
efeitos ambientais de seus produtos e subprodutos, desde a obtenção da matéria-prima até a
disposição dos mesmos como resíduos (conceito do berço ao túmulo). Tem-se consolidado o
princípio do poluidor-pagador, pelo que a indústria passa a ter responsabilidades tributárias
pela geração de poluição, mesmo que controlada.
A Câmara de Comércio Internacional preocupada com as imposições crescentes de
caráter ambiental da sociedade, sobre o setor produtivo, tomou a iniciativa de propor
estruturas lógicas que sistematizassem a gestão ambiental na indústria, compatibilizando-as
com o interesse da produtividade e qualidade.
O conceito de gerenciamento ambiental instituído pela British Standart Institution na
norma “BS 7750 – Specification for Environmental Managemente Systems” que originou as
normas da série ISO 14000, mais especificamente da norma ISO 14001 – Sistema de Gestão
Ambiental. O sistema proposto na referida norma, se apóia nos conceito da Qualidade
definida na norma inglesa BS 5750, que deu origem à série de normas internacional ISO
9000.
O conceito de certificação ambiental, praticado há anos em vários países, aplicado a
produtos, serviu de inspiração para sistemas de certificação de processos produtivos e plantas
industriais. Por exemplo, na comunidade Européia, desde 1993 vigora o EMAS – “Sistema
28
Comunitário de Ecogestão e Auditoria”. Em termos mundiais a norma ISO 14001 estabelece
um modelo passível de certificação para sistemas de gestão ambiental.
1.1.2. Segurança e Saúde no Trabalho
As atividades laborativas nasceram com o homem. Pela sua capacidade de raciocínio e
pelo seu instinto gregário, o homem conseguiu, através da história, criar tecnologia que tem
melhorado suas condições de sobrevivência no planeta. Uma leitura de documentos históricos,
relacionados à segurança do trabalho, permite observar muitas referências a riscos do tipo
profissional mesclados aos propósitos do homem de lograr a sua subsistência. Na
Antigüidade, quase todos os trabalhos eram desenvolvidos manualmente - uma prática que até
hoje não é incomum. Hipócrates, em seus escritos que datam de quatro séculos antes de
Cristo, fez menção à existência de moléstias entre mineiros e metalúrgicos. Plínio, que viveu
antes do advento da era Cristã, descreveu diversas moléstias do pulmão entre mineiros e
envenenamento advindo do manuseio de compostos de enxofre e zinco. Galeno, que viveu no
século II, fez várias referências a moléstias profissionais entre trabalhadores das ilhas do
mediterrâneo. Georgius Agrícola, em 1556, publicou o livro "De Re Metallica", onde foram
estudados diversos problemas relacionados à extração de minerais e à fundição da prata e do
ouro. Esta obra discute os acidentes do trabalho e as doenças mais comuns entre os mineiros,
dando destaque à chamada "asma dos mineiros". Em 1697, surgiu a primeira monografia
sobre as relações entre trabalho e doença, de autoria de Paracelso: "Von Der Birgsucht Und
Anderen Heiten". São numerosas as citações relacionando métodos de trabalho e substâncias
manuseadas, que levavam a doenças. Destaca-se que, em relação à intoxicação pelo mercúrio,
os principais sintomas dessa doença profissional foram por ele assinalados. Em 1700, era
publicado na Itália, um livro que iria ter notável repercussão em todo o mundo. Tratava-se da
obra "De Morbis Artificum Diatriba" de autoria do médico Bernardino Ramazzini que, por
esse motivo, é cognominado o pai da medicina do trabalho. Nessa importante obra, de saúde
ocupacional, são descritos aproximadamente 100 profissões diversas e os riscos específicos de
cada uma.
Devido à escassez de mão de obra qualificada para a produção artesanal, o gênio
inventivo do ser humano encontrou na mecanização a solução do problema. Partindo da
atividade predatória, evoluiu para a agricultura e pastoreio, alcançou a fase do artesanato e
atingiu a era industrial. Entre 1760 e 1830, ocorreu na Inglaterra à revolução industrial, marco
inicial da moderna industrialização, que teve a sua origem com o aparecimento da primeira
29
máquina de fiar. Até o advento das primeiras máquinas de fiação e tecelagem, o artesão fora
dono dos seus meios de produção. O custo elevado das máquinas não mais permitiu ao
próprio artífice possuí-las. Desta maneira, os capitalistas, antevendo as possibilidades
econômicas dos altos níveis de produção, decidiram adquiri-las e empregar pessoas para fazê-
las funcionar. Surgiram assim, as primeiras fábricas de tecidos e, com elas, o capital e o
trabalho.
A introdução da máquina a vapor, sem sombra de dúvida, mudou integralmente o
quadro industrial. A indústria, que não mais dependia de cursos de água, veio para as grandes
cidades, onde era abundante a mão de obra. Condições totalmente inóspitas de calor,
ventilação e umidade eram encontradas, pois as "modernas" fábricas nada mais eram que
galpões improvisados. As máquinas primitivas ofereciam riscos, e as conseqüências tornaram-
se tão críticas que começou a haver clamores, inclusive de órgãos governamentais, exigindo
um mínimo de condições humanas para o trabalho.
A improvisação das fábricas e a mão de obra constituída não só de homens, mas
também de mulheres e crianças, sem quaisquer restrições quanto ao estado de saúde e
desenvolvimento físico, passaram a ser uma constante. Nos últimos anos do século XVIII, o
parque industrial da Inglaterra passou por uma série de transformações, as quais, se de um
lado proporcionaram melhoria salarial dos trabalhadores, de outro, causaram problemas
ocupacionais bastante sérios. O trabalho em máquinas sem proteção, o trabalho executado em
ambientes fechados, onde a ventilação era precária e o ruído que atingia limites elevadíssimos
e a inexistência de limites de horas de trabalho trouxeram, como conseqüência, elevados
índices de acidentes e de doenças profissionais.
Na Inglaterra, França e Alemanha, a revolução industrial causou um verdadeiro
massacre a inocentes. Os trabalhadores desenvolveram suas atividades em um ambiente de
calor, gases, poeiras e outras condições adversas nas fábricas e minas. Esses fatos logo se
colocaram em evidência pelos altos índices de mortalidade entre os trabalhadores e
especialmente entre as crianças. A sofisticação das máquinas, objetivando um produto final
mais perfeito e em maior quantidade, ocasionou o crescimento das taxas de freqüência e de
gravidade dos acidentes. Nessa época, a causa prevencionista ganhou um grande adepto:
Charles Dickens. Esse romancista inglês, que com suas críticas violentas, procurava a todo
custo condenar o tratamento impróprio que as crianças recebiam nas indústrias britânicas.
Pouco a pouco, a legislação foi se modificando até chegar à teoria do risco social: o
acidente do trabalho é um risco inerente à atividade profissional exercida em benefício de
toda a comunidade, devendo esta, por conseguinte, amparar a vítima do acidente.
30
1.1.2.1. Estatísticas de Acidentes de Trabalho
Analisando dados estatísticos publicados pela Organização Internacional do Trabalho
(OIT) e pelo Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS), pode-se constatar que os
acidentes de trabalho e as doenças ocupacionais, que ocorrem anualmente no mundo e no
Brasil são alarmantes e faz-se imprescindível à avaliação de pontos importantes que auxiliem
a reversão do quadro caótico, que se apresenta, dentre os quais, os sistemas de gestão de
segurança e saúde no trabalho, adotados pelas organizações, e a forma de atuação dos
profissionais de segurança e saúde em conduzir estes sistemas, destinado a prever e prover
meios para que instalações, equipamentos, construções e métodos/ condições de trabalho,
sejam realmente seguros, tanto do ponto de vista do trabalhador (no risco de acidente do
trabalho), quanto com relação aos riscos ao patrimônio da própria organização e ao meio
ambiente.
Segundo pesquisa feita pela Organização Internacional do Trabalho e publicado pelo
jornal o Globo e divulgada pela Brasil rádio em rede cidades em 28/04/2004:
- Cerca de 270 (duzentos e setenta) milhões de pessoas no mundo, sofrem por ano, algum tipo
de acidente de trabalho;
- a cada ano 2 (dois) milhões de trabalhadores morre no trabalho, o que equivale a quase
cinco mil mortes ao dia ou a três vidas perdidas por minuto;
- as doenças do trabalho atingem 160 (cento e sessenta) milhões de pessoas em todo o mundo
decorrente das atividades produtivas;
- o custo econômico dessas tristes estatísticas chega a 4 % do produto interno bruto mundial.
- dos 71,6 (setenta e um virgula seis) milhões de trabalhadores brasileiros, apenas 35 %
possuem cobertura previdenciária.
- o numero de mortes no Brasil é de 113 (cento e treze) para cada milhão de trabalhador.
1.1.2.1.1. Acidentes de Trabalho ocorridos no Brasil
Segundo Silva (2004 apud BIDONE; MORALES 2004, p. 199), os acidentes e as
doenças do trabalho que ocorrem em nosso país, são em números muito maiores do que os
registrados pelas estatísticas oficiais. Nos dados publicados pelo Instituto Nacional de Seguro
Social (INSS), não aparecem registros referentes aos trabalhadores do mercado informal,
31
como autônomos e outros.
A tabela 1, a seguir, resume o número de acidentes de trabalho ocorridos no Brasil,
nos últimos 35 anos.
Tabela 1 - Acidentes e doenças do trabalho ocorridos no Brasil de 1970 a 2004
Números de
Acidentes
Anos
Números de
Trabalhadores
Assegurados
Típico
Trajeto
Número de
Doenças
Total de
Acidentes
Número de
Óbitos
Média anos 70 12.428.828 1.535.843 36.497 3.227 1.575.566 3.604
Média anos 80 21.077.807 1.053.909 59.937 4.220 1.118.071 4.672
Média anos 90 23.648.341 414.886 35.618 19.706 470.210 3.925
Média anos 00 28.610.932 321.773 46.902 27.587 391.045 2.858
Fonte: Proteção (Anuário Estatístico da Previdência Social - 2004) - Adaptada
1.1.2.1.2. Acidentes de Trabalho ocorridos no Mundo
A informação sobre acidentes de trabalho no Brasil é deficiente. Há a expectativa de que
milhares de acidentes e mortes não sejam computados pelos números oficiais. Entretanto esta
realidade é ainda mais grave se ampliarmos o levantamento para os demais países do mundo.
Há diferentes interpretações para o que seja considerado acidente de trabalho e, o que é mais
grave, há países onde estes números não são levantados ou divulgados. Isto acaba produzindo
um cenário muito precário para a análise da situação internacional dos acidentes de trabalho.
Mesmo assim a OIT estima que ocorram anualmente 2,2 milhões de mortes decorrentes de
acidentes ou doenças relacionadas ao trabalho para uma população economicamente ativa de
2,837 bilhões de pessoas. Ou seja, para a OIT anualmente ocorre uma morte para cada grupo
de 1.289 trabalhadores.
Estes números são do relatório “World Day for Safety and Healt at Work 2005: A
Background Paper”, divulgado em abril de 2004, apontam para uma situação dramática dos
trabalhadores no mundo todo. Entretanto, as estatísticas oficiais da própria OIT, que apenas
reproduzem os dados oficiais dos países membros da instituição apontam para números
infinitivamente inferiores.
Segundo levantamento exclusivo desenvolvido pelo anuário brasileiro da revista Proteção
(2006, p. 28 e 29), revela que os últimos dados disponíveis somam cerca de 50 mil mortos
32
anuais e 8,9 milhões de acidentes. A tabela 2, revela o cenário dos dez principais países em números de trabalhadores assegurados. O Brasil,
que ocupa a quinta posição em números de trabalhadores, situa-se na nona posição no número de acidentes e em quarto lugar pelo número de
morte no trabalho. É importante lembrar que há diferentes formas de notificação e no conceito do que é acidente de trabalho, de país para país,
impedindo uma estatística comparativa. Os dados são apenas referências importantes no cenário internacional.
Tabela 2 - Acidentes de trabalho ocorridos no mundo
País
Ano da
Informação
Trabalhadores
P (*)
Acidentes
P (*)
Ac./ 1.000.000
Trabalhadores
P (*)
Mortes
P (*)
Mortes/
1.000.000
Trabalhadores
P
CHINA 2002 737.400.000 1 18.679 46 2,5 85 14.924 1 2,0 54
ÍNDIA 2004 368.966.100 2 800 79 0,2 89 162 36 0,04 83
USA 2001 135.073.000 3 1.315.920 1 974,2 28 5.559 2 4,1 26
INDONÉSIA 1999 88.817.000 4 8.727 53 9,8 81 1.476 6 1,7 61
BRASIL 2000 75.458.000 5 326.071 9 432,1 41 2.503 4 3,3 35
RÚSSIA 2001 64.120.000 6 153.110 13 238,8 49 4.307 3 6,8 8
JAPÃO 2003 63.170.000 7 126.083 15 199,6 50 1.628 5 2,6 47
BANGLADESH 2000 51.764.000 8 2.181 70 4,2 84 81 46 0,2 49
VIETNÃ 2004 42.315.600 9 NI - - - NI - - -
MÉXICO 2004 42.306.100 10 362.157 7 856,0 31 1.364 7 3,2 38
Fonte: Proteção anuário brasileiro (Estatísticas da Previdência Social - 2004) - Adaptada P (*) - Posição NI – Não Informado
33
1.1.3. Certificação de Sistemas de Gestão de Meio Ambiente e de Segurança e Saúde no
Trabalho
A grande maioria das certificações no Brasil e no mundo compreende hoje os sistemas
de garantia da qualidade e do meio ambiente (normas da série ISO 9000 e 14000). Em função
disso, a integração de sistemas da qualidade e do meio ambiente tem sido o foco central dos
debates sobre o assunto. Contudo, uma tendência que se manifesta atualmente é a posição de
muitas das grandes organizações brasileiras e internacionais de que não vale a pena
implementar um sistema de gestão ambiental desvinculado da gestão da segurança e da saúde
no trabalho, tanto em função das afinidades de enfoques, como pela aderência das matérias.
Essas organizações começam a entender que um sistema de gestão ambiental só está
devidamente completo quando as dimensões da segurança e da saúde de sua força de trabalho
estiverem devidamente incorporadas aos seus processos, meios e critérios de bem gerenciar o
meio ambiente, sob a ótica de que é artificial a desvinculação da dimensão humana do meio
natural.
Muitas dessas organizações começam a entender que a abrangência da segurança não
se deve restringir apenas às lesões e doenças associadas ao local de trabalho, e que a mesma
deve se estender à prevenção de danos ou prejuízos que podem ser causados ao patrimônio,
composto de instalações, equipamentos, máquinas e elementos de infra-estrutura, bem como
ao meio ambiente natural, incluindo populações e comunidades afetadas pelos processos da
organização, sítios arqueológicos e patrimônios arquitetônicos.
Embora a entidade ISO tenha declinado de empreender uma série de normas
específicas para a gestão da segurança e saúde no trabalho, diversos países em todos os
continentes vêm procurando suprir tais carências com a inserção da norma mundial OHSAS
18001. Apesar de ainda não existir um sistema internacional ou nacional de credenciamento
para certificações de conformidade das normas de segurança e saúde no trabalho, as grandes
empresas brasileiras têm implementado tais sistemas e vem buscando sua validação junto aos
mesmos organismos que operam a avaliação e certificação dos sistemas de gestão da
qualidade e meio ambiente. Em muitos casos, estes sistemas de gestão de segurança e saúde
do trabalho já evidenciam os conceitos de controle de perdas e de prevenção de danos e
prejuízos ao patrimônio. Essas iniciativas são louváveis. Demonstram que as empresas líderes
e a sociedade em geral tendem a cada dia premência das questões sociais que afligem a todos,
entre elas as esferas ambiental e a do trabalho, e que o desempenho global dos resultados de
qualquer organização não pode ser dissociado dessas questões.
34
Adicionalmente, o enfoque sobre os processos da nova ISO 9001/ 2000 já provê os
elementos de alinhamento da gestão da qualidade com as do meio ambiente e, por
conseqüência com o sistema de gestão da segurança e da saúde no trabalho. Entretanto, a
conjugação eficaz de todos esses sistemas de gestão requer capacitação para implementar os
mesmos nas práticas e ações no dia a dia da organização, o que por sua vez requer que as
semelhanças e diferenças destes sistemas sejam bem compreendidas em todas as suas
nuanças.
Antes de iniciar qualquer tentativa de integrar seus sistemas de gestão, as organizações
devem se preocupar com o grau de aderência dos processos e práticas que elas desenvolvem,
para assegurar que a implementação de normas como a ISO 14001 e a OHSAS 18001,
traduzam a realidade de suas atividades cotidianas. É bastante comum a constatação de que os
processos e as práticas desempenhados para atender os requisitos das normas, isoladamente
ou em conjunto, encontram-se bastante dissociados daqueles processos e práticas que a
liderança, a gestão e as demais funções da organização priorizam e valorizam na rotina diária.
Em outras palavras, é regra geral que o pensamento e a cultura das organizações estejam
significativamente dissociadas dos processos e das atividades formais, de bem gerenciar o
meio ambiente, e a segurança e a saúde no trabalho. As ações para atender a esses modelos
normativos podem acabar ficando, em um segundo plano, nas mãos de alguém designado
como representante da administração, seja individualmente ou como grupo gestor. Para mudar
esta situação, é necessário que as dimensões (meio ambiente e segurança e saúde no trabalho)
dos sistemas de interesse da organização passem a ser fatores críticos de sucesso,
sistematicamente considerados como parte do planejamento estratégico das mesmas, dando
origem a objetivos, metas e indicadores de desempenho incluídos nos planos ou programas de
ação que norteiam o foco dos líderes e gestores.
Como muitos dos acidentes industriais que causaram impactos ambientais
significativos para o planeta e para a sociedade tiveram suas origens nas questões de
segurança do trabalho, faz-se portanto necessário que os dois sistemas sejam trabalhados
conjuntamente.
35
1.2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 1.2.1. Responsabilidades Gerenciais
1.2.1.1. A Gestão de MSS da Organização é de Responsabilidades dos Gerentes
A grande maioria dos gerentes procura racionalizar as causas dos acidentes, em focar
em atos descuidados ou inseguros de seus subordinados, de modo a evitar suas
responsabilidades como gestor. Segundo Veritas (2000, p.1), para Deming e outros
pesquisadores em administração, 85 % dos problemas organizacionais podem ser
solucionados pelas gerências, sendo os 15 % restantes controlados pelos próprios empregados.
Esta assertiva nos leva facilmente a concluir que, a maior parte dos problemas de controle de
perdas/ acidentes residem em deficiências gerenciais.
1.2.1.2. Controle de Acidentes/ Perdas, com Foco nos Sistemas de Gestões de MSS
O ponto crítico de qualquer sistema de gestão reside primordialmente na componente
humana que são os gerentes. Eles podem ser bem sucedidos líderes, eficientes
administradores, ou até fracos gerentes. O fato é que cada um gerencia a sua maneira,
seguindo a ótica de seus resultados e experiências individuais, o que pode em muitos casos,
não ser o melhor ou o desejável para a organização.
Na busca da realidade, ao se estabelecer um sistema de gestão há de se ter uma
padronização, na forma de entender e aplicar os conceitos que estabelecem os pressupostos de
sua fundamentação.
Neste aspecto, os sistemas de gestão ajudam a manter a consistência administrativa e
quando os gerentes são substituídos, o sistema permanece para garantir a continuidade durante
a transição. Os sistemas de gestão, também, oferecem caminhos estruturados para alcance dos
objetivos, desenvolvimento das pessoas, melhoria das comunicações e dos processos
comerciais.
A gestão do controle de perdas pode ser expandida, para um macro entendimento,
como no gerenciamento do meio ambiente, da segurança, da saúde, da qualidade, do produto,
da responsabilidade social, e das partes interessadas. De forma a procurar abranger, a
totalidade das exposições a perdas potenciais. É, portanto, a prática sistemática da
identificação do potencial das perdas, da avaliação de riscos/ impactos, na tomada de decisão
36
sobre os controles adequados, para sua implementação e monitoramento dos sistemas,
conforme figura 8.
Assim, pode-se considerar a gestão de meio ambiente e da segurança e saúde no
trabalho como uma parte específica do controle de perdas, que no mesmo tempo fornece um
grau de sinergia e superposição com as gestões indicadas na figura 8.
1.2.1.3. Perigo
Os perigos existentes são as circunstâncias potencialmente capazes de acarretar algum
tipo de perda, dano ou prejuízo, humano, ambiental ou material.
Como exemplo pode-se citar: sistemas elétricos energizados, sistema mecânicos em
Gerenciamento do
Meio Ambiente
Gerenciamento do Produto
Gerenciamento da Qualidade
Gerenciamento dos Recursos
Humanos
Gerenciamento
do Transporte e
Distribuição
Gerenciamento da Responsabilidade
Social
Gerenciamento da Segurança e Saúde no
Trabalho
Monitorar O Plano
Identificar todas as Fontes
Potenciais de
Exposição a Perdas
Avaliar o Risco/
Impacto Implementar
o Plano
Desenvolver um Plano de Controle
Figura 8: O controle de perdas
Inicio
Processo de Atuação Responsável
37
movimento, uso de ferramentas manuais, elétricas ou mecânicas, queda de objetos de
estruturas elevadas, incêndios e explosões, armazenamento e empilhamento de materiais,
vazamentos e perdas de produtos, máquinas e equipamentos sem proteção, fontes de ruído,
poeira, gases, vapores e fumos, radiações (ionizantes e não ionizantes), material biológico,
partes móveis de equipamentos, manuseio de materiais cortantes, perfurantes e escoriantes,
superfícies aquecidas, atividades monótonas e repetitivas, postura de trabalho inadequada,
trabalho em espaços confinados, níveis de iluminação deficientes, trabalhos em altura,
temperaturas anormais, jornada de trabalho prolongada e ritmos excessivos.
1.2.1.4. Salvaguardas
As salvaguardas são ações ou medidas de controle que visam evitar a consumação dos
perigos. Como exemplos pode-se citar: liderança e administração eficiente e eficaz,
contratação de mão de obra qualificada, treinamento/ formação adequada das pessoas,
manutenção preventiva e preditiva adequadas, existência de regras, procedimentos e
instruções de trabalho estabelecidas, utilização de equipamentos de proteção individual pelas
pessoas, proteção coletiva nos ambientes de trabalho, realização de inspeções planejadas,
ordem, limpeza e arrumação dos locais de trabalho, emprego de materiais, máquinas e
equipamentos de boa qualidade, teste regulares dos dispositivos de segurança.
1.2.1.5. Risco
Segundo a OHSAS 18001 (1999, p. 15), pode-se conceituar risco como a combinação
da probabilidade de ocorrência (freqüência) versus o potencial de gravidade (conseqüências)
de um determinado evento perigoso.
Pode-se subdividir o risco em três categorias: tecnológicos, econômicos e sociais.
a) Riscos tecnológicos: são todos aqueles relacionados ao desenvolvimento de processos mais
complexos; uso de novos materiais e substâncias; condições operacionais (pressão e
temperatura) mais severas.
b) Riscos econômicos: são todos aqueles decorrentes de escala das plantas industriais.
c) Riscos sociais: são os relacionados a maior concentração demográfica próximo a áreas
industriais; organização da sociedade e preocupação quanto ao meio ambiente e segurança.
38
1.2.1.6. Avaliação de Risco
Normalmente, todas as pessoas, intuitivamente, tem algum tipo de experiência em
avaliação de risco: ir à praia e entrar no mar para tomar banho envolve uma avaliação de
risco; dirigir um carro ou motocicleta em dia chuvoso; saltar de pára-quedas; jogar futebol; ir
ao cinema; comprar uma casa ou apartamento; viajar a um país desconhecido; mudar de
emprego e casar. São todas atividades que envolvem diferentes graus de risco. Riscos que se
percebe no dia a dia e em diferentes níveis, mas, de qualquer forma, riscos que são avaliados
de alguma forma.
Um dos motivos para as organizações realizarem avaliações de risco, é determinar
quais medidas deverão ser tomadas para a adequação aos itens regulamentares pertinentes. A
avaliação de riscos permite à organização priorizar suas ações e decidir quais riscos devem ser
eliminados, tratados, tolerados ou transferidos. As medidas que podem ser tomadas após a
avaliação do risco dependem do nível do risco e serão dirigidas pelo sistema de gestão de
meio ambiente e de segurança e saúde no trabalho.
Para Veritas (2000, p. 03), existem indefinições entre as expressões análise de risco e
avaliação de risco. A análise se refere ao processo técnico objetivo que produz informações
sobre o risco quanto ao seu resultado. Assim, o processo de quantificação de risco, utilizando
técnicas matemáticas, é uma análise de risco. A avaliação é o processo pelo qual os resultados
são confrontados com julgamentos, padrões e critérios para demonstrar se as medidas a serem
adotadas são adequadas, portanto as avaliações de riscos devem responder as seguintes
questões:
a) o que pode dar errado.
b) existe probabilidade de ocorrência (freqüência).
c) o potencial de gravidade pode ser avaliado.
d) o que pode ser feito para evitar/ controlar.
Uma avaliação de risco adequada deveria:
a) analisar o(s) resultado(s) provável (is) de um evento e/ ou uma ação;
b) identificar os riscos significativos;
c) avaliar a probabilidade de ocorrência do(s) resultado(s) (freqüência);
d) avaliar o potencial de gravidade (conseqüências);
39
e) julgar se um resultado pode ou não ser tolerado;
f) identificar o que deve ser feito, caso o resultado real ou potencial não possa ser tolerado;
g) fornecer informações nas quais as decisões de prioridade possam se basear;
h) Ser adequada à natureza a que se destina e permanecer válida por um
razoável período de tempo;
Deve-se avaliar risco ? Esta é uma pergunta que pode ser respondida sempre por uma
resposta positiva. Sim, deve-se avaliar o risco para poder-se decidir gerencialmente o que
deve ser feito, assim são questões.
- o risco pode ser eliminado?
- caso o risco não possa ser eliminado, ele pode ser tratado e/ ou tolerado ao nível que
possamos conviver com ele?
- se não há como eliminá-lo, tratá-lo, ou tolerá-lo, poder-se-ia transferi-lo?
- qual seria o custo efetivo para lidar com ele, e como se pode priorizar e programar
investimentos para a redução de risco, juntamente com o crescimento e desempenho das
organizações?
As pessoas que podem identificar as exposições à perda, avaliando riscos associados a
cada uma delas, desenvolver planos para seu controle, normalmente encontram-se na própria
organização. Sem dúvida, os especialistas em risco, as autoridades reguladoras, e as empresas
de consultorias, podem auxiliar na realização desta tarefa; entretanto, somente o corpo
funcional conhece realmente os perigos e riscos do dia a dia de suas atividades.
Portanto pode-se definir risco de duas maneiras:
1) Risco = Perigo/ Salvaguardas
Significa dizer que quanto for maior o numero de salvaguardas (proteções/ controles),
menor será o risco.
2) Risco: f (Probabilidade x Potencia de Gravidade)
Significa dizer que o risco é uma função do produto da probabilidade (freqüência) pelo
potencial de gravidade (conseqüências).
40
Na figura 9, pode-se observar que quanto mais próximo à curva de risco se aproxima
do vértice, menor será o risco, em contra partida quanto mais afastado da origem maior o será.
Índice das Abreviaturas
R - Risco
P - Probabilidade
S - Segurança
f - Função
PG – Potencial de Gravidade
R1, R2 e R3 (são Riscos em ordem crescente)
Potencial de Gravidade (Conseqüências)
Probabilidade
(Freqüência)
Prevenção
Proteção
Curvas de Risco
R1 > R2 > R3
R 3
R 2
R 1
R = P/ S
R : f (P X PG)
Ricos com alta gravidade
Ricos com alta
probabilidade
Figuras 9: Curvas de risco
41
1.2.1.7. Objetivos da Gestão de MSS
Na figura 10, relaciona-se os objetivos da gestão de MSS:
1.2.1.7.1. Identificar Todas as Exposições a Riscos/ Impactos Ambientais
Pode-se considerar a avaliação de risco/ impactos como uma das etapas de maior
importância para o sucesso de um sistema de gestão de MSS. Pois é nesta etapa que se
identifica todas as fontes potenciais de exposições a perdas, que podem ocorrer numa
- Inspeções Planejadas.
- Reuniões de Grupo/ Equipe.
- Investigação e Analise
de Acidentes/Incidentes.
- Pesquisa com funcionários.
Identificar as exposições a riscos
Avaliar o risco/ impacto
Desenvolver um plano
Eliminar
a
exposição
Terminar Tratar
Atividade de
meio ambiente
e de segurança
Tolerar
Nível
aceitável
de risco
Transferir
Com seguro
e
sem seguro
Implementar o plano
- Probabilidade da Ocorrência.
- Potencial da Gravidade.
- Definir Padrões.
- Formar/ Treinar os Funcionários.
- Medir o Desempenho.
- Avaliar o Progresso.
Figura 10: Objetivos da administração do controle de perdas
Fonte: Silva (2004 apud BIDONE; MORALES 2004, p. 207)
Monitorar o plano
42
organização.
É recomendado que, após usar os processos de identificação de perigos e de avaliação
e controle de riscos/ impactos, a organização mantenha uma estimativa completa de todos os
perigos significativos para o meio ambiente e a segurança e a saúde do trabalhador. Este é um
meio seguro para identificar quais exposições poderão resultar em perdas importantes e/ ou
graves, se não forem devidamente controladas.
A seguir são citadas algumas das técnicas utilizadas por diversas organizações que
ajudam na melhoria dos seus programas de MSS:
a) análise dos acidentes/ incidentes ocorridos na organização,
b) verificação do cumprimento dos módulos operatórios estabelecidos/ padronizados.
c) “brainstorming” entre empregados com experiência e bons conhecimentos em
equipamentos, máquinas, materiais, ambiente e métodos de trabalho utilizados.
d) utilização de listas de verificação e inventários tais como: procedimentos, listas de
tarefas críticas realizadas, registros de manutenção, listas de peças críticas, listas de
materiais e processos perigosos, formulários de inspeção, registros de atendimentos
médicos, etc.
Assim as técnicas de ánalises listadas a seguir; podem ser ferramentas mais efetivas:
a) APR (Análise Preliminar de Risco) – Técnica a ser utilizada quando o sistema a ser
analisado possui pouca similaridade com qualquer outro existente, seja pela sua
característica de inovação ou pioneirismo.
b) HAZOP (“Hazard and Operability studies”) – Estudos de Operacionalidade e Perigos –
Técnica muito utilizada nas indústrias, em especial nas petroquímicas, química e petrolífera.
c) FMECA (“Failure Modes, Effects and Criticality Analysis”) – Análise dos Graus de
Falhas, Efeitos e Criticidade – Técnica utilizada para detectar fraquezas nos sistemas
automatizados de segurança, complementar ao HAZOP.
d) Análise de Tarefas Críticas (“Critical Task Analysis”) – Um método para identificar as
tarefas que trazem o maior risco, determinar as exposições reais a perdas e controlá-las
sistematicamente.
e) Análise de Árvore das Falhas (“Fault Tree Analysis – FTA”) - Técnica que permite a
identificação de causas potenciais de acidentes e de falhas num determinado sistema, além de
permitir a estimativa da probabilidade com que determinada falha pode ocorrer, utilizando
43
álgebra booleana.
1.2.1.7.2. Avaliar o Risco/ Impacto Ambiental
Segundo Silva (2004 apud BIDONE; MORALES 2004, p. 209), é fundamental
avaliar o risco/ impacto para se determinar se o mesmo é ou não significativo, para se
estabelecer os planos de ações e elementos de controle.
Pode-se considerar que o risco é função de duas variáveis como já foi apontado
anteriormente: A probabilidade de ocorrência de um evento indesejado (freqüência) e o
potencial de gravidade (conseqüência), geradas na ocorrência desse evento.
A tabela 3 e a figura 11, são exemplos de como se podem classificar riscos de uma
forma simples. A classificação numérica que vai de 1 a 9, indica que, quanto maior for o
numero, maior será o risco.
Tabela 3 - Classificação de risco
CLASSE NÍVEL DE RISCO CONTROLES A SEREM ADOTADOS
1 PEQUENO Não é necessária nenhuma ação.
2 e 3 TOLERÁVEL Não são necessários controles adicionais aos existentes. Se houver alternativa de redução do risco a custo/ benefício favorável, esta pode ser considerada.
4, 5, 6 MODERADO Esforços devem ser direcionados para reduzir o risco. Custos devem ser cuidadosamente avaliados e limitados.
7, 8 SUBSTANCIAL Não iniciar atividades planejadas até o risco ser reduzido. Tomar ações urgentes de redução do risco para atividades em curso.
9 INTOLERÁVEL Não continuar ou iniciar as atividades até a redução do risco.
44
1.2.1.7.3. Desenvolver um Plano
Após avaliar o risco/ impacto, deve-se decidir qual será a melhor forma de seu
controle, no que existem quatro alternativas: eliminação, tratamento, tolerância e
transferência.
1.2.1.7.3.1. Eliminação Geralmente é a opção preferida. Se o risco não existir, não poderá nos prejudicar. A
eliminação do risco nem sempre é possível. A própria natureza do negócio pode implicar em
exposição a perdas potenciais. Em outras palavras, nem todos os riscos podem ser eliminados.
1.2.1.7.3.2. Tratamento
A grande maioria dos riscos pode ser tratada. Como exemplo, pode-se citar o
Figura 11: Matriz de classificação de riscos
P R O B A B I L I D A D E
POTENCIAL DE GRAVIDADE
9
8
4
7
6
2
5
3
1
ME (Menor)
A (Alta)
M (Moderada)
B (Baixa)
SE (Serio)
MA (Maior)
Riscos Moderados 4, 5 e 6
Riscos Substanciais e Inaceitáveis 7, 8 e 9
Riscos Pequenos e Toleráveis 1, 2 e 3
45
enclausuramento de um compressor de ar comprimido ruidoso, a utilização de luvas
adequadas para trabalhos onde se faça necessário o manuseio de materiais aquecidos,
cortantes, perfurantes, produtos químicos, etc., a utilização de equipamentos móveis e/ ou de
levantamento de cargas em vez de transporte manual, etc.
Um dos principais métodos para tratamento dos riscos é a aplicação de normas e
regulamentos de trabalho tais como: manuais, procedimentos, instruções, registros de dados,
etc., além das práticas de trabalho seguras.
A educação, a formação, e o treinamento dos funcionários são condições básicas para
se obter um melhor tratamento dos riscos, bem como uma supervisão eficiente e eficaz. Por
fim um sistema de atividades que antecipe, reconheça, avalie e controle os riscos/ impactos
potenciais é essencial para que se tenha um efetivo sistema de gestão de MSS.
Com relação ao meio ambiente, podem-se tratar os resíduos líquidos industriais
através de estações de tratamentos antes que os mesmos sejam lançados na natureza, bem
como a instalações de filtros e/ ou sistemas de lavagem de gases em chaminés, realizar a
segregação de resíduos sólidos e a reciclagem de materiais, etc.
1.2.1.7.3.3. Tolerância
Na maioria das vezes trata-se o risco para que ele possa ser reduzido a um nível
tolerável; algumas vezes o risco não permite nenhum tratamento. Neste caso pode-se
considerar duas hipótese: no caso de um risco ser pequeno demais, no que simplesmente o
toleramos. No caso de um risco ser grande demais, procura-se transferi-lo em função de sua
significância, então os gerentes devem decidir quando tolerar o risco.
1.2.1.7.3.4. Transferência
Podem-se transferir riscos de duas maneiras:
- Quando a organização pretende melhorar o gerenciamento dos seus riscos: Neste caso, a
organização contrata uma outra empresa e/ ou profissional especializado no tipo de trabalho/
serviço que ela deseja controlar. Por exemplo, podem-se citar trabalhos que podem ser
realizados em locais elevados, trabalhos de corte e solda em locais perigosos, trabalhos com
eletricidade, entrada em espaços confinados, elevação e movimentação de carga, etc. Estes
trabalhos sendo realizados por empresas e/ ou profissionais especializados e experientes, que
46
seguem normas, procedimentos, instruções de trabalho, e que tenham habilitação, formação e
treinamento adequados para sua realização, possibilita um melhor controle do risco para a
organização contratante. A organização contratante deverá, especificar corretamente os
padrões mínimos de segurança que deverão ser atendidos pela empresa contratada, bem como
fiscalizar/ aditar constantemente os respectivos trabalhos por ela prestada. O objetivo deve ser
o de gerenciar melhor o meio ambiente e a segurança e não numa simples transferência dos
riscos. Pela legislação brasileira, a responsabilidade legal não pode ser transferida, ela
permanece com a empresa contratante.
- As organizações buscam fazer seguros de seus negócios quando os riscos financeiros são
muitos elevados: O seguro é uma maneira de transferir alguns riscos, porém, ao fazê-lo, não
se transfere todas as responsabilidades legais e financeiras.
Segundo Silva (2004 apud BIDONE; MORALES 2004, p. 210), das quatro
abordagens apresentadas anteriormente, a predominante é o tratamento dos riscos, porém
todas devem ser consideradas no controle dos riscos.
1.2.1.7.4. Implementar o Plano
A execução é a implementação do plano. A luta para alcançar a meta através de etapas
simples e repetidas de uma forma eficaz e eficiente.
Um plano somente produz resultados quando é convertido em trabalho. Isto envolve
aspectos fundamentais da gestão de desempenho tais como: objetivos, metas,
responsabilidades e acompanhamento. A implementação é facilitada pela aplicação dos
princípios e técnicas de gestão.
1.2.1.7.5. Monitorar o Plano Para Veritas (2000, p. 8), isto significa medir, avaliar e corrigir os desempenhos
individuais e organizacionais. O monitoramento é uma parte essencial do controle da gestão
de MSS. Mesmo, que somente a medição não garanta o sucesso, ela oferece a indicação clara
de como se esta em relação aos objetivos e metas estabelecidos. Para ser verdadeiramente
efetivo, o processo de monitoramento deve mensurar os aspectos de controle; apenas as
medições isoladas dos resultados possuem um valor limitado.
47
1.2.1.8. Programas de Gestões bem Sucedidos
Segundo Silva (2004 apud BIDONE; MORALES 2004, p. 211), a seguir lista-se
alguns programas de gestão que se bem implementado ajudam no sucesso da gestão de meio
ambiente, segurança e saúde, qualidade, responsabilidade social, etc.
- Controle de Perdas (“Internacional Loss Control Institute” - ILCI/ Det Noresk – anos 70.
- Sistema de Gestão de Segurança, Meio Ambiente e Saúde – Dupont – anos 80.
- Atuação Responsável – ABIQUIM – 1988.
- Management of Process Hazards (API RP 750 - jan/ 1990)
- PSM - Process Safety Management - fev/ 1992
- ISO - 9001/ 1994 e 2000.
- ISO - 14001/ 1996 e 2004 e ISOs 14004, 14012 e 19011.
- British Standards Institution (BS - 8800)/ 1996
- Norma para certificação de sistemas de gestão de segurança e saúde ocupacional –
DNV/ 1997.
- Código de Segurança no Mar (ISM)/ 1998
- Sistema Modelo de Gestão Ambiental, de Saúde e Segurança (EHS) – API – 9100 A -
1998
- Sistema Modelo de Gestão Ambiental, de Saúde e Segurança (EHS) – API – 9100 B –
1998
- Norma Australiana/Neozelandesa - Integração do sistema de gestão - Orientação para
organizações de negócios, governamentais e comunitárias.
- Occupational Health and Safety Assessment Series (OHSAS – 18001 e 18002).
- Diretrizes sobre Sistemas de Gestão de Segurança e Saúde no Trabalho – Organização
Internacional do Trabalho (OIT) - Abril/ 2001).
- Responsabilidade Social (SA - 8000).
48
1.2.2. As Causas, Conseqüências e Controle dos Acidentes/ Impactos Ambientais
A visão gerencial focada no erro humano impossibilita a capacidade de avaliar as
verdadeiras causas básicas que levaram a ocorrência do acidente/ impacto ambiental. Desta
forma, a organização deixa de obter informações valiosas de como evitar que o evento volte a
ocorrer. Em sua grande maioria, o erro de um empregado é visto como um problema. Isto
acarreta duas situações: leva o gerente a imputar responsabilidades, encontrar o culpado ao
invés de buscar a causa fundamental do acidente. Em segundo lugar, encoraja o empregado a
encobrir o acidente por temer uma punição, represália ou condenação. Nenhuma delas
contribui para uma gestão bem sucedida de MSS.
1.2.2.1. Acidente/ Impacto ambiental
Para compreender a seqüência de eventos que antecedem a um acidente/ impacto
ambiental e/ ou uma perda, é essencial compreender o que está se tentando evitar ou controlar.
Para De Cicco; Fantazzini (1996, p. 17), o acidente pode ser definido como um evento não
planejado que resulta em lesão, doença, morte, dano material, dano ambiental ou outra perda.
Ele pode ser o contato com uma fonte de energia (cinética, química, térmica, acústica,
mecânica, elétrica e radioativa) ou com uma substância que esteja acima do limite de
tolerância e/ ou capacidade de resistência de qualquer objeto animado ou inanimado. Com
relação ao meio ambiente, pode-se considerar a contaminação dos cursos dágua decorrentes
do lançamento de resíduos industriais de estações de tratamento de organizações que estejam
fora dos padrões estabelecidos pelo órgão ambiental. Deve-se, também, considerar as
emanações gasosas que produzem materiais particulados, gases nitrosos e/ ou sulfurosos
quando da utilização de combustíveis fósseis. Em relação às pessoas, o contato físico pode
resultar num arranhão, corte, queimadura, fratura e/ ou amputação, ou numa alteração ou
interferência de uma função normal do corpo (tendinites, epcondinites, pneumoconioses,
câncer e surdez). Relativamente aos danos, pode-se ter: uma explosão, um incêndio, um
vazamento de gás, um derramamento de substâncias químicas, uma quebra de máquina e/ ou
equipamento.
Pode-se assim, considerar os três aspectos importantes desta definição.
49
1.2.2.1.1. Acidentes Com Dano às Pessoas
São ocorrências imprevistas e indesejáveis, instantânea ou não relacionada com o
exercício do trabalho, que provoca lesão pessoal ou de que decorre risco próximo ou remoto
dessa lesão.
1.2.2.1.2. Acidentes Com Danos ao Patrimônio e ao Meio Ambiente
Segundo Silva (2004 apud BIDONE; MORALES 2004, p. 216), ocorrem muitos mais
acidentes com danos ao patrimônio e ao meio ambiente do que com pessoas, mas um dano
não é apenas algo que sai caro, pois máquinas, equipamentos e ferramentas, danificadas
freqüentemente levam a outros acidentes. Não se pode esquecer de que um dano pode ocorrer
com qualquer coisa do ambiente de trabalho. As análises dos acidentes, com danos ao
patrimônio e ao meio ambiente, fornecem muito mais informações para a orientação do
trabalho de prevenção e uma compreensão mais clara das causas dos problemas que geram
acidentes. Os programas de MSS não devem ignoram os danos acidentais ao patrimônio e ao
meio ambiente, pois eles são de grande valor na redução das lesões e/ ou no controle de
custos.
1.2.2.1.3. Incidentes ou Quase Acidentes (Sem Dano às Pessoas, ao Patrimônio e ao
Meio Ambiente).
Lesões, doenças e mortes podem ser resultados de acidentes, mas acidentes, não se
limitam a lesões, doenças e mortes. Esta distinção é fundamental para o desenvolvimento da
segurança e saúde. Geralmente a gravidade do dano ou lesão, que resulta de um acidente, é
uma questão de oportunidade ou tempo. Por exemplo, no caso de uma lesão, ela depende de
vários fatores, tais como: condições físicas, parte do corpo lesionada, destreza, reflexos, bem
como a quantidade de energia trocada, quais barreiras estavam entre a fonte de energia e a
pessoa, se os equipamentos de proteção individuais (EPI`s) estavam sendo usados ou não.
Esta distinção entre acidente e lesões nos faz focar a atenção nos acidentes, ao invés de focar-
se apenas nas lesões que eles podem causar.
Um incidente é um evento não planejado que tem o potencial de levar a um acidente,
sendo este termo muito utilizado em segurança e saúde, podendo também ser definido como
um “quase acidente ou quase perda”. Neste sentido, um incidente é um evento, que poderia
50
resultar em perdas (humanas, ao patrimônio e ao meio ambiente). Toda atenção deve ser
dedicada ao controle dos eventos que não acarretam perdas, pois eles podem ter um alto
potencial para provocá-las.
Quando se definiu acidente anteriormente, dissemos que ele pode ser o resultado do
contato com uma fonte de energia ou substância, que esteja acima do limite permitido para o
corpo ou estrutura. O corpo humano possui níveis de tolerância ou limites de lesão para cada
forma de energia ou substância. São mencionados como lesões, o efeito prejudicial através de
simples contato, como um corte, fratura, distensão, amputação e queimadura. As doenças
geralmente são ocasionadas por contatos repetitivos e contínuos, como as lesões auditivas,
tendinites, epcondinites, câncer e cãibras.
Fundamentalmente é que as duas situações possuem um fator comum: o contato com
uma fonte de energia ou substância que está acima do limite de uma região do corpo ou
estrutura. Estas situações apresentam os mesmos controles: a prevenção de risco ao contato ou
sua redução a níveis nos quais não possa haver danos. Ambas envolvem os mesmos passos:
identificação das exposições a riscos, avaliação do risco (freqüência x conseqüências),
desenvolvimento de planos de ações para o seu controle.
Um programa efetivo de MSS deve ser amplo o suficiente para lidar com todos os
acidentes e incidentes, seja o resultado uma lesão, doença, dano ao patrimônio e ao meio
ambiente.
1.2.2.2. Meio Ambiente
Para a ABNT - NBR ISO 14001 (2004, p. 4), pode-se considerar meio ambiente como
a circunvizinhança em que uma organização opera, incluindo ar, água, solo, recursos naturais,
flora, fauna, seres humanos e suas inter-relações.
1.2.2.3. Segurança
Para De Cicco; Fantazzini (1996, p. 17), segurança é a isenção de riscos inaceitáveis
de danos.
1.2.2.4. Saúde
É o equilíbrio e bem estar físico, mental e social e inclui:
51
- a saúde física ou saúde orgânica, como resultado do funcionamento do corpo
humano,
- a saúde psíquica que pressupõe um equilíbrio intelectual e emocional,
- a saúde social ou bem estar na vida relacional do indivíduo.
1.2.2.5. O Controle de Perdas
O controle de perdas com enfoque na gestão de MSS inclui tanto a prevenção das
exposições a perdas, quanto à redução das perdas a um nível mínimo, após a ocorrência dos
acidentes/ impactos ambientais. Ele também se relaciona com a função de controle do sistema
de gestão.
1.2.2.5.1. Estudos dos Acidentes Significativos
No ano de 1969, um estudo sobre acidentes industriais foi realizado por Frank E. Bird Jr., então Diretor de Serviços de Engenharia para a Companhia de Seguros da América do Norte. Neste estudo foi realizada uma análise dos 1.753.498 acidentes relatados por 297 companhias participantes. Estas companhias representavam 21 diferentes grupos industriais, que trabalharam 3 bilhões de horas durante o período de exposição analisado. O estudo revelou os seguintes dados: para cada lesão séria ou grave, que resultou em morte, incapacidade, perda de tempo ou tratamento médico, foram relatadas 9,8 lesões menores, que exigiram somente primeiros socorros para as 95 companhias que analisaram posteriormente seus relatórios de lesões graves, esta proporção foi de uma lesão com perda de tempo para cada 15 lesões com tratamento médico. Quarenta e sete por cento das companhias indicaram que investigaram todos os acidentes com danos à propriedade e 84 %, declararam ter investigado os acidentes graves com danos à propriedade. A análise final indicou que foram relatados 30,2 acidentes com danos à propriedade para cada lesão grave. Aproximadamente, 4.000 horas de entrevistas confidenciais foram realizadas por supervisores treinados na ocorrência de incidentes que, sob circunstâncias ligeiramente diferentes, poderiam ter resultado numa lesão ou dano à propriedade. Uma estimativa conservadora de 600 incidentes sem perdas para cada lesão séria ou grave, foi calculada com base nestas entrevistas. Com referência à proporção 1-10-30-600 (figura 12, deve-se observar que ela representa acidentes ou incidentes que efetivamente ocorreram (Bird; Loftus, 1976, p. 33 e 34).
52
Segundo Veritas (2000, p. 210), um amplo estudo de acidentes foi realizado no Reino
Unido em 1993, a “Health and Safety Executive” (HSE) publicou um estudo sobre acidentes
intitulados “The Costs of Accidents at Work”. Os resultados encontram-se apresentados na
figura 13 a seguir.
Para cada uma lesão com mais de três dias do afastamento, ocorrem sete lesões
menores e cento e oitenta e nove acidentes sem lesão, estabelecendo assim a seguinte
proporção: 1-7-189.
Lesão séria ou importante
Lesões menores
Acidentes com danos à
propriedade
Figura 12: Estudo da proporção de acidentes (A)
Fonte: Bird ; Loftus (1976) -Adaptada
189
7
1
Lesão com mais de três
dias de afastamento
Lesões menores (somente
primeiros socorros)
Acidentes sem lesão
Figura 13: Estudo da proporção de acidentes (B)
Fonte: Veritas (2000) - Adaptado de Health and Safety Executive (HSE)
600
30
10
1
53
As relações 1-10-30-600 e 1-7-189 indicam, de um modo bastante claro, como
insensato é direcionar apenas esforços para os poucos eventos que resultam em lesões séria ou
incapacitante, quando existem tantas oportunidades importantes que oferecem uma base muito
mais ampla para um controle efetivo das perdas por acidente.
O estudo de Frank. E. Bird. Jr. da proporção de acidentes envolveu um grande número
de organizações num dado período de tempo, o que não significa haver uma proporção
idêntica para outros tipos de organizações. O importante é enfatizar que as lesões graves são
eventos raros, e que eventos menos sérios, devem ser controlados, pois oferecem muitas mais
oportunidades para se realizar uma gestão de meio ambiente e de segurança e saúde mais
eficaz.
O que se pode tirar de conclusão sobre esses estudos e/ ou outros é de que focar a
prevenção de acidentes em lesões pessoais relatáveis não é suficiente. Devem-se
estabelecer programas de controle de gestão pró-ativo que evite ou controle todas as fontes
potenciais de perdas.
1.2.3. Modelo de Causa de Acidentes
O modelo de causa de acidentes demonstrado a seguir na figura 14 é relativamente
simples e contém pontos fundamentais necessários para ajudar as pessoas a entender a maioria
dos problemas de gestão, acidentes e perdas. Analisando o modelo da esquerda para a direita,
o modelo causa descreve um relacionamento de causa e efeito, que em última instância,
resulta em acidentes que geram perdas. Analisado da direita para esquerda, este mesmo
modelo se torna um poderoso instrumento de solução de problemas.
Figura 14: Modelo de causa de perdas
Fonte: Silva (2004 apud BIDONE; MORALES 2004, p. 220)
54
1.2.3.1. Perdas: Humanas, ao Patrimônio e ao Meio Ambiente
Podem-se abordar as perdas em duas categorias. As perdas visíveis e as perdas
invisíveis. As perdas visíveis são as lesões às pessoas e os danos ao patrimônio e ao meio
ambiente. As perdas invisíveis são a, redução do lucro e a oportunidade de novos negócios.
As perdas, portanto, envolvem a lesão ou dano a qualquer coisa do ambiente interno de
trabalho ou do ambiente externo. Em virtude de sua facilidade de reconhecimento, a maior
parte da nossa discussão irá se referir ás lesões e doenças no trabalho e danos ao patrimônio e
ao meio ambiente.
Uma vez que o acidente tenha ocorrido, a perda pode variar de insignificante a
catastrófica, de um arranhão ou uma pancada, a muitas mortes ou perda total de uma
instalação e/ ou um impacto ambiental significativo. O tipo e o grau da perda depende
parcialmente de circunstâncias fortuitas e, parcialmente, das medidas de controle adotadas
para minimizar as perdas. As medidas para minimizar as perdas neste estágio da seqüência
podem incluir:
a) implementação de planos de ação de emergência.
b) combate a incêndios rápidos e eficientes.
c) primeiros socorros e assistência médica imediata.
d) reparo imediato dos equipamentos e das instalações.
e) reabilitação efetiva das pessoas para o trabalho.
Segundo Bird e Lofts (1976), se devem sempre se preocupar com os aspectos humanos
das perdas acidentais, pois ele é o considerado mais importante. Lesão, dor, sofrimento,
angústia, perda de partes ou funções do corpo, doenças ocupacionais, incapacitação e morte
são de extrema gravidade. Independente da lesão das pessoas, os acidentes têm um custo
muito elevado. Estes custos são uma parte relativamente pequena dos custos totais. Na figura
15 apresenta-se um estudo publicado nos Estados Unidos que mostra o custo visível (custos
das lesões e doenças) e o custo invisível (custos diversos e custos gerados por danos ao
patrimônio e/ ou meio ambiente).
55
Os custos das lesões e Doenças são os gastos com tratamentos médicos e indenização
(custos de seguros). Os custos diversos são o tempo de investigação, salários pagos por perda
de tempo, custo de contratação e/ ou treinamentos de substitutos, horas extras, tempo extras
de supervisão, tempo administrativo, menor produtividade do trabalhador lesionado, perda de
negócio e lucro. Os custos gerados por danos ao patrimônio e/ ou ao meio ambiente são os
danos aos prédios, danos a ferramentas e equipamentos, gastos com fornecimentos de
equipamentos de emergência, custos de reparos e substituições, custos da reparação ambiental
de áreas afetadas.
Segundo Silva (2004 apud BIDONE; MORALES 2004 p. 214), o Departamento de
Segurança e Saúde do Reino Unido relatou algumas conclusões similares em 1993. O estudo
analisou uma ampla seção da indústria, inclusive uma construtora, uma fábrica de laticínios,
uma transportadora, uma plataforma de petróleo do Mar do Norte e um hospital dos serviços
nacionais de saúde.
Como no estudo anterior, foi realizada uma comparação direta entre os valores
segurados e os não-segurados. Para cada $ 1,00 de despesas seguradas foram absorvidas
Custos Produzidos Pelos Acidentes
Médicos; Gastos com a compensação das lesões
Custo Visível
(Diretos)
$ 1 Lesões e
Enfermidades
Danos a edificações; Danos a equipamentos e ferramentas; Danos ao
produto e ao material; interrupção e atrasos; Gastos legais; Gastos com
equipamentos de emergência; Arrendamento para conserto dos danos
$ 5 a 50 Gastos
Contabilizados por Danos à Propriedade
Tempo de investigação; Salários pagos por perda de tempo; custos para recontratação e/
ou preparar pessoas para o trabalho; tempo extra de supervisão; tempo de trâmites
administrativos; menor produção do trabalhador lesionado; perda de prestígio e da
possibilidade de fazer negócios, etc.
$ 1 a 3 Custos Mistos
Custo Invisível
(Indiretos)
Figura 15: Iceberg das despesas gasta com acidentes
Fonte: Adaptado de Bird e Lofts (1976)
56
despesas adicionais não-seguradas entre $ 13 e 58.
Os dois estudos indicam que as despesas efetivas dos acidentes são muito maiores do
que as pessoas podem perceber. Em tempo de concorrência acirrada e pequenas margens de
lucro, o controle de acidentes/ perdas pode ser de maior importância para o resultado dos
negócios, do que as iniciativas para melhoria das vendas da organização.
A tabela 4 apresenta o valor que deve ser ganho com vendas para pagar diferentes
despesas com perdas acidentais, isto é, se a margem de lucro de uma organização for de 2 %,
ela precisara vender $ 10.000.000 para pagar $ 200.000 de custos gastos com acidentes/
impactos ambientais.
Tabela 4 - Margens de lucro
MARGEM DE LUCRO
Custos Anuais de
Acidentes ($) 1 % 2 % 4 % 5 %
10.000,00 1.000.000,00 500.000,00 250.000,00 200.000,00 25.000,00 2.500.000,00 1.250.000,00 625.000,00 500.000,00 50.000,00 5.000.000,00 2.500.000,00 1.250.000,00 1.000.00,00 100.000,00 10.000.00,00 5.000.000,00 2.500.000,00 2.000.000,00 200.000,00 20.000.00,00 10.000.000,00 5.000.000,00 4.000.000,00 500.000,00 50.000.00,00 25.000.000,00 12.500.000,00 10.000.000,00
1.000.000,00 100.000.00,00 50.000.000,00 25.000.000,00 20.000.000,00
Fonte: Silva (2004 apud BIDONE; MORALES 2004 p. 215)
1.2.3.2. Acidente/ Incidente
O acidente/ incidente é o evento que antecede a perda (figura 16). O contato, ou quase
contato com energia ou substância. Este conceito já foi explicado no item 1.2.2.1. pg. 48.
Figura 16: Acidente/ incidente
Fonte: Silva (2004 apud BIDONE; MORALES 2004 p. 224)
57
Segundo Silva (2004 apud BIDONE; MORALES 2004 p. 224), a seguir descrevem-se
alguns dos tipos mais comuns de contatos com substâncias e de transferências de energia:
- colidir com (mover-se contra algo ou colidir com algo).
- atingido por (ser atingido por um objeto em movimento).
- cair de um nível mais alto (ou o corpo cai de cima de ou o objeto cai de cima e atinge o
corpo).
- cair no mesmo nível (escorregar e cair, tombar).
- preso por (pontos de pressão e retenção).
- preso em (pendurado, sustentado, esmagado ou amputado).
- contato com (qualquer energia ou substância prejudicial; incluem, ignição, explosões,
emissões, etc.).
- pressão demasiada/ esforço excessivo/ sobrecarga;
Analisar os riscos dos acidentes, por contato com uma quantidade prejudicial de
energia ou substância, contribui para planejar os meios de controle adequados. Devem ser
adotadas medidas de controle que previnam, alterem ou absorvam a energia para minimizar as
lesões ou danos no momento e no ponto de contato. Os equipamentos de proteção individual
(EPI`s) e as barreiras de proteção são exemplos freqüentes. Um calçado de segurança não
elimina o risco de se pisar num objeto perfurante, mas pode absorver parte da energia e evitar
ou minimizar uma lesão.
Podem-se citar outras medidas de controle tais como: a substituição de produtos
químicos perigosos por outros considerados menos perigosos, modificação de uma superfície
pontiaguda e/ ou afiada por outras que tenha bordas arredondadas e/ ou revestimento dos
pontos de contato; colocação de dispositivos de segurança automáticos que desarmem os
equipamentos e máquinas cuja operação ou proximidade ofereça riscos de aprisionamento.
Para Silva (2004 apud BIDONE; MORALES 2004 p. 225), quando se permitem
condições abaixo do padrão (como ferramentas desprotegidas) ou atos abaixo do padrão
(como a limpeza com produtos tóxicos), sempre existe uma possibilidade para contatos e
trocas de energia que podem causar lesões ou danos.
1.2.3.3. Causas Imediatas: Atos e Condições Abaixo do Padrão
As causas imediatas dos acidentes, indicados na figura 17, são as circunstâncias que
58
precedem imediatamente o contato. Geralmente, estas podem ser vistas ou sentidas, são o que
podemos chamar de sintomas. Freqüentemente são denominadas ações ou práticas inseguras
(comportamentos que poderiam possibilitar a ocorrência de um acidente) e condições
inseguras (circunstâncias que poderiam possibilitar a ocorrência de um acidente).
Figura 17: Causas imediatas
Fonte: Silva (2004 apud BIDONE; MORALES 2004 p. 225)
Os especialistas em meio ambiente e em segurança e saúde modernos tendem a pensar
de uma maneira mais ampla e de um modo mais profissional, empregando os termos de atos
abaixo dos padrões e condições abaixo dos padrões (desvios a partir de um procedimento,
instrução ou padrão estabelecido). Esta linha de raciocínio tem as seguintes vantagens:
Relaciona práticas e condições a um padrão de desempenho definido, o que permite aos
gestores, avaliar, medir e corrigir o desvio em relação ao padrão estabelecido; Reduz o
estigma da fixação da culpa do termo ato inseguro; Padroniza as analises de acidentes.
Para Silva (2004 apud BIDONE; MORALES 2004 p. 226), a grande maioria dos
líderes de segurança acreditam que 80 % dos erros (atos abaixo dos padrões/ atos inseguros)
que as pessoas cometem, são conseqüências de fatores sobre os quais somente a gerência tem
controle. Esta importante conclusão oferece uma vertente totalmente nova para a antiga
percepção de que acidentes resultam de atos inseguros ou falhos das pessoas. Esta nova linha
de raciocínio encoraja o gerente competente a pensar em termos de como o sistema de gestão
exerce mais influência sobre os comportamentos humanos do que sobre os atos inseguros das
pessoas. Desta forma, a expressão abaixo do padrão se torna mais aceitável, mais útil, mais
profissional e mais sintonizada com nossa época.
Na tabela 5, encontram se os principais atos abaixo dos padrões identificados por
pesquisadores.
59
Tabela 5 - Atos abaixo dos padrões
Atos Abaixo dos Padrões Operação de equipamentos sem autorização. Carregamento inadequado. Falha para alertar. Disposição inadequada. Falha para proteger. Levantamento inadequado. Operação à velocidade imprópria. Posição inadequada para a tarefa. Tornar inoperantes os dispositivos de segurança. Falha em seguir os procedimentos. Remoção dos dispositivos de segurança. Falha na utilização adequada dos EPI´s. Utilização de equipamentos defeituosos. Manutenção de equipamentos em operação. Utilização inadequada de equipamentos. Brincadeiras inoportunas.
Trabalhos sob influências de drogas ou álcool.
Fonte: Silva (2004 apud BIDONE; MORALES 2004 p. 226)
Na tabela 6, encontram-se também as principais condições abaixo dos padrões
identificados por pesquisadores.
Tabela 6 - Condições abaixo dos padrões Atos Abaixo dos Padrões
Ferramentas, equipamentos ou materiais defeituosos.
Ventilação inadequada.
Proteções ou barreiras inadequadas. Iluminação inadequada ou excessiva. Equipamentos de proteção inadequados ou
impróprios. Exposição a ruídos e vibrações.
Sistemas inadequados de alerta. Exposição a temperaturas extremas, calor e frio.
Ação limitada. Exposição a radiações ionizantes e não ionizantes.
Local de trabalho desorganizado ou deficiência de ordem, limpeza e arrumação.
Exposição a aerodispersoides (poeiras, fumos, nevoas e neblinas).
Riscos de incêndio e explosão. Exposição a gases e vapores. Estresse físico ou fisiológico. Manuseio e contato com substâncias químicas. Ferramentas, equipamentos ou materiais
defeituosos. Ventilação inadequada.
Fonte: Silva (2004 apud BIDONE; MORALES 2004 p. 227)
As tabelas 5 e 6 representam uma síntese agrupada por categoria dos principais
agentes que levam a acidentes e incidentes (causas imediatas). Esses agentes foram
estabelecidos baseados em análises de acidentes e incidentes ocorridas e levantadas por
pesquisadores e publicadas em normas técnicas e programas de gestão de MSS bem
sucedidos.
60
Devem-se avaliar esses atos e condições somente como causas ou sintomas imediatos
e realizar um completo trabalho de diagnóstico das causas básicas. Ao fazê-lo, precisa-se
responder a pergunta “Por quê ?”
- por que ocorreu o ato abaixo do padrão?
- por que ocorreu a condição abaixo do padrão?
- por que nosso sistema de MSS não controlou aquele ato ou condição abaixo do padrão?
Se a investigação for completa, as respostas irão apontar a direção para um controle
mais efetivo. Para resolver os problemas precisamos chegar às causas básicas ou
fundamentais
1.2.3.4. Causas Básicas: Fatores Pessoais e Fatores do Trabalho
Segundo Bird; Loftus (1996, p. 28), as causas básicas ou fundamentais (doenças), são
as causas que estão por detrás das causas imediatas (sintomas), são as raízes; são as razões
pelas quais os atos e condições abaixo dos padrões ocorrem; os fatores que, quando
identificados, permitem um significativo controle de gestão. As causas básicas, figura 18,
explicam o porque das pessoas realizarem atos abaixo do padrão. É muito pouco provável que
uma pessoa consiga obter um bom desempenho operacional no seu posto de trabalho, se o
mesmo não se encontra capacitado para a realização da tarefa, se não foi treinado para
realização da mesma e não conhece o modulo operatório. Desperdícios e produtos de baixa
qualidade serão o resultado obtido de um trabalho realizado por pessoas que não tenham
habilidade manual e precisão em tarefas em que para sua realização necessite de pessoas que
as tenham. Para Silva (2004 apud BIDONE; MORALES 2004 p. 228), uma pessoa que
desconhece a importância da realização de seu trabalho, provavelmente não estará motivada
em sua realização, produzindo assim produtos de baixa qualidade/ segurança.
61
Figura 18: Causas básicas
Fonte: Silva (2004 apud BIDONE; MORALES 2004 p. 228)
Para Silva (2004 apud BIDONE; MORALES 2004 p. 228) , as causas básicas
explicam porque ocorrem condições abaixo do padrão. Se na compra/ aquisição de produtos,
materiais, equipamentos, máquinas e serviços não existirem padrões apropriados e se
existirem padrões apropriados, mas eles não forem seguidos/ verificados, serão adquiridos
equipamentos e materiais inadequados ou perigosos. Pode-se também considerar neste mesmo
sentido a construção de estruturas, prédios e/ ou qualquer outro tipo de leiautes. Os
equipamentos não funcionarão adequadamente ou produzirão produtos fora do padrão,
gerarão desperdícios ou interrupções e causarão acidentes. Os prédios e estruturas mal
projetadas dificultarão o acesso, circulação interna, ventilação e iluminação inadequada, etc.
Como se classificou as causas imediatas (atos e condições abaixo dos padrões), em
duas grandes categorias, também se fará com as causas básicas: fatores pessoais e fatores do
trabalho.
Na tabela 7, encontram se os principais fatores pessoais identificados por
pesquisadores.
62
Tabela 7 - Fatores pessoais
Fatores Pessoais 1. Capacidade Física/ Fisiológica Inadequada 4. Estresse Mental ou Psicológico a) Peso, altura, tamanho, força, alcance inadequado, etc. a) Sobrecarga emocional.
b) Amplitude de movimentos do corpo restrito. b) Fadiga mental devido à velocidade ou à carga de tarefa mental.
c) Capacidade limitada para manter a posição do corpo. c) Excesso de solicitação de julgamento/ decisões.
d) Sensibilidade a extremos sensoriais (temperatura, ruído, etc.).
d) Rotina, monotonia, solicitação de vigilância ocasional.
e) Sensibilidade ou alergia a substâncias. e) Excesso de solicitação de concentração/ percepção.
f) Deficiência visual. f) Atividades sem significado ou degradantes. g) Deficiência auditiva. g) Orientações confusas. h) Outra deficiência sensorial (toque, paladar, olfato, equilíbrio). h) Exigências conflitantes.
i) Incapacidade respiratória. i) Preocupações com problemas. j) Outra incapacidade física permanente. j) Frustração. k) Deficiências temporárias. k) Doença mental. 2. Capacidade Mental/ Psicológica Inadequada 5. Falta de Conhecimento a) Medos e fobias. a) Falta de experiência. b) Distúrbios emocionais. b) Orientação Inadequada. c) Doença mental. c) Treinamento inicial inadequado. d) Nível de inteligência. d) Atualização inadequada de treinamento. e) Incapacidade de compreensão. e) Orientações mal compreendidas. f) Pouca capacidade de julgamento. g) Tempo de reação muito grande. 6. Falta de Qualificação h) Pequena aptidão mecânica. i) Pequena capacidade de aprendizagem. a) Instrução inicial inadequada. j) Falhas de memória. b) Prática inadequada. c) Desempenho pouco freqüente. 3. Estresse Físico ou Fisiológico d) Falta de orientação. a) Lesão ou doença. 7. Motivação Inadequada b) Fadiga devido à carga ou duração da tarefa. c) Fadiga devido à falta de repouso. a) Desempenho impróprio é premiado. d) Fadiga devido à sobrecarga sensorial. b) Desempenho adequado é punido. e) Exposição a riscos à saúde. c) Ausência de incentivos. f) Exposição a temperaturas extremas (calor e frio). d) Frustrações excessivas.
g) Deficiência de oxigenação. e) Agressão inadequada. h) Variação de pressão atmosférica. f) Tentativa inadequada de tempo e esforço. i) Movimentação restrita. g) Tentativa inadequada de evitar desconforto. j) Insuficiência de açúcar no sangue. h) Tentativa inadequada de chamar a atenção. k) Utilização de drogas ou álcool. i) Pressão inadequada de colegas. j) Exemplo inadequado dos superiores. k) Feedback inadequado de desempenho.
l) Reforço inadequado de comportamentos apropriados.
m) Incentivos inadequados à produção
Fonte: Silva (2004 apud BIDONE; MORALES 2004 p. 229)
63
Na tabela 8, encontram-se também os principais fatores de trabalho identificado por
pesquisadores.
Tabela 8 - Fatores do trabalho
Fatores de Trabalho
1. Liderança e/ ou Supervisão Inadequada b) Manutenção corretiva inadequada ...comunicação das necessidades
....cronograma de trabalho
....avaliações das unidades
....substituição de peças a) Relações de subordinação pouco claras
conflitantes.
b) Designação de responsabilidades pouco claras ou conflitantes.
5. Equipamentos e Ferramentas Inadequados
c) Delegação imprópria ou insuficiente. d) Distribuição inadequada de política,
procedimento, práticas ou orientações. a) Avaliação inadequada das necessidades e riscos.
e) Atribuição de objetivos metas ou padrões conflitantes.
b) Considerações inadequadas de fatores humanos/ ergonômicos.
f) Planejamento de trabalho ou programação inadequada.
c) Padrões ou especificações inadequados.
g) Instruções, orientação e/ ou treinamentos inadequados.
d) Disponibilidade inadequada.
h) Oferecimento de documentos, diretivas e publicações de orientações inadequadas.
e) Ajuste/ reparo/ manutenção inadequados.
i) Identificação e avaliação inadequadas das exposições a perdas.
f) Recuperação e reclamação inadequadas.
j) Falta de conhecimento da função de supervisão/ gestão.
g) Remoção e substituição inadequadas de itens desajustados.
k) Combinação inadequada das qualificações individuais com as exigências da função/ tarefa.
l) Medição e avaliação inadequadas de desempenho. 6. Padrões Inadequados de Trabalho m) Feedback inadequado ou incorreto de desempenho
a) Desenvolvimento inadequado de padrões. 2. Engenharia Inadequada ...inventário e avaliação das exposições e
necessidades. ...coordenação com o projeto do processo a) Avaliação inadequada das exposições a perdas. ...envolvimento dos funcionários b) Condições inadequadas dos fatores humanos/ ergonômicos.
...regras/ procedimentos/ padrões inconsistentes
c) Padrões, especificações e/ ou critérios de projetos inadequados.
b) Comunicação inadequada de padrões.
d) Monitoramento inadequado de construção. ...publicação e) Avaliação inadequada da preparação operacional. ...distribuição f) Monitoramento inadequado da operação inicial. ...tradução para os idiomas apropriados g) Avaliação inadequada das mudanças. ...reforço com sinalizações, códigos de cores e
auxílios para trabalho c) Manutenção inadequada dos padrões. 3. Compras Inadequadas ...acompanhamento do fluxo de trabalho ...atualização a) Especificações inadequadas nas requisições. ...monitoramento da utilização de padrões/ regras/
procedimentos b) Pesquisa inadequada dos materiais/ equipamentos.
64
c) Especificações inadequadas aos fornecedores. 7. Uso e Desgaste
d) Modo ou rotina de entrega inadequados. e) Inspeção de recebimento e aceitação inadequados. a) Planejamento inadequado da utilização. f) Comunicação inadequada dos dados de saúde e segurança.
b) Extensão imprópria da vida útil.
g) Manuseio impróprio de materiais. c) Inspeção e/ ou monitoramento inadequado. h) Armazenagem imprópria de materiais. d) Carregamento ou taxa de uso impróprios. i) Transporte impróprio de materiais. e) Manutenção inadequada. j) Identificação inadequada dos itens perigoso. f) Utilização por pessoas não qualificadas ou não
treinadas k) Recuperação e/ ou descarte impróprios de resíduos.
g) Utilização para finalidade incorreta.
4. Manutenção Inadequada 8. Abuso ou Má Utilização a) Manutenção preventiva inadequada a) Aceito pela supervisão ...avaliação das necessidades ...intencional ...lubrificação e manutenção ...não intencional ...conexão/ montagem ...limpeza ou acabamento b) Não aceito pela supervisão ...intencional ...não intencional
Fonte: Silva (2004 apud BIDONE; MORALES 2004 p. 230)
Da mesma forma que as tabelas 5 e 6 apresentadas, as tabelas 7 e 8 representam uma
síntese agrupada por categoria dos principais agentes que levam a acidentes e incidentes
(causas básicas). Esses agentes foram estabelecidos baseados em análises de acidentes e
incidentes ocorridas e levantadas por pesquisadores e publicadas em normas técnicas e
programas de gestão de MSS bem sucedidos.
1.2.3.5. Falta de Controle Administrativo
Segundo Campos (1992, p. 220), o ciclo PDCA é um método para a prática do
controle e pode ser utilizado para manter e melhorar as diretrizes de controle de um processo.
O PDCA (PLAN, DO, CHECK, ACTION) é composto das quatro fases básicas do controle
Administrativo: planejar, executar, verificar e atuar corretivamente. É um método para a
prática do controle. A pessoa que gerencia deve conhece os padrões de desempenho; planeja e
organiza o trabalho para satisfazer os padrões; mede o próprio desempenho e das demais;
avalia os resultados e necessidades; corrige e recomenda de modo construtivo o desempenho.
Isto é o controle da gestão. Sem ele, a seqüência de eventos tem início e dispara os fatores
causais constantes que levam a acidentes/ incidentes. Sem o controle administrativo adequado
da gestão, a seqüência de causa e efeitos de um acidente é iniciada e, a menos que seja
65
corrigida a tempo, irá conduzir a acidentes/ incidentes (figura 19).
Figura 19: Falta de controle administrativo
Fonte: Silva (2004 apud BIDONE; MORALES 2004 p. 231)
Para o ILCI (1994, p. 29), existem três razões fundamentais para a falta de controle
Administrativo.
1) programas inadequados;
2) padrões inadequados do programa, e,
3) cumprimento inadequado dos padrões do programa.
1.2.3.5.1. Programas Inadequados
Significa que não existem programas e/ ou os programas existentes não são
adequados, pois não tem uma quantidade de atividades que o tornem eficientes/ eficazes na
prevenção de acidentes/ incidentes e impactos ambientais. Embora as atividades necessárias
do programa variem com o escopo, natureza, tipo e potencial de risco das organizações,
importantes pesquisas e experiência dos programas bem sucedidos em diversos países e
organizações diferentes demonstram que existem elementos comuns para construir um
sistema adequado de gestão de controle de acidentes/ impactos ambientais. Posteriormente
apresentar-se-á diversos programas que ajudam no controle da gestão.
66
1.2.3.5.2. Padrões Inadequados do Programa
Significa que os padrões não são adequados (são baixos ou não estão claros), ou não
existem (não estão definidos ou estabelecidos), não permitindo um controle administrativo da
gestão. Os padrões devem ser: claros, específicos e restritivos. Eles devem informar às
pessoas o que é esperado delas, devem permitir uma medição significativa de quão bem elas
estão desempenhando suas funções com relação aos padrões. Isto é, os padrões especificam,
quem faz o que e quando, ou com que freqüência. Padrões adequados são essenciais para um
controle adequado.
1.2.3.5.3. Cumprimento Inadequado dos Padrões do Programa
Significa que, quando um programa esta definido e seus padrões estão estabelecidos,
os funcionários não cumprem com ele. A falta de cumprimento dos padrões, pode ser o
resultado de: pouca comunicação dos padrões; falta de entendimento; implementação
inadequada; falta de reforçar o comportamento que corresponde ao padrão. A grande maioria
dos gerentes acredita ser esta a maior razão específica para a falha no controle de acidentes,
incidentes e impactos ambientais.
O objetivo principal é corrigir a falta de controle administrativo e para que isso possa
ser feito, devemos definir níveis de responsabilidades e autoridades para com a gestão de
MSS. A definição e o desenvolvimento de um programa é função da Direção, o
estabelecimento de padrões adequados é de responsabilidade das gerencias/ chefias e o
cumprimento dos padrões é uma função de supervisão/ liderança.
1.2.4. Atividades de Controle na Gestão de Riscos
As atividades de controle na gestão de riscos são:
a) Identificação do Trabalho - São as especificações dos elementos requeridos e atividades do
programa para se obter os resultados desejados.
b) Padrões (normas) - São estabelecidos os padrões e normas de execução (Critérios por
meios dos quais se avalia o método e o resultado).
c) Medição - Mede-se o desempenho em relação aos padrões, registra-se e informa-se,
67
tanto o trabalho em desenvolvimento com o trabalho terminado.
d) Avaliação - Avalia-se o desempenho, medindo e comparando com os padrões
estabelecidos; avaliam-se o trabalho e os resultados.
e) Correção e Motivação - Regulam-se e melhoram os métodos e resultados, estimulando o
desempenho desejado e corrigindo a forma construtiva do desempenho abaixo dos padrões.
A falta de controle é substituída pela gestão do controle (IPMAC); conforme figura 20.
1.2.4.1. Identificação do trabalho
Os diversos programas de gestão de meio ambiente e de segurança e saúde bem
sucedidos, ao redor do mundo, já identificaram e classificaram boa parte do trabalho
necessário para melhorar/ controlar os resultados gerenciais. Em função destas análises,
especificam-se posteriormente os elementos ou atividades de trabalho que se forem bem
implementados ajudam no sucesso de controle de acidentes/ impactos ambientais. A maioria
das organizações fracassaria na tentativa de implementar um programa avançado com muitos
elementos logo de início. Por isso ela deveria começar com poucos elementos e,
gradualmente, desenvolver o sistema até um numero de elementos que satisfaça às suas
necessidades.
Falta de
Controle
Programas Inadequados
Padrões Inadequados
Cumprimento Inadequado dos
Padrões
Gerenciar o
Controle
Figura 20: A gestão de controle
Fonte: Veritas (2000)
Identificar o Trabalho (I)
Padronizar (P)
Medir o Desempenho (M)
Avaliar o Desempenho (A)
Correção e Motivação (C)
68
1.2.4.2. Padronizar o trabalho
Segundo o ILCL (1994, p. 49), a medição compara o trabalho realizado com as
exigências dos padrões. Sem os padrões adequados, não pode haver medições, avaliações ou
correções significativas de desempenho. Os padrões adequados devem dizer :
- quem ...... irá realizar... - o que ...... deverá ser feito... - o quando ...... ou com qual freqüência...
Para que se possa obter uma gestão de MSS eficaz, faz - se necessário que sejam
estabelecidos padrões, claros e exigentes, para todos os elementos do programa e para todas
as atividades importantes identificadas. A seguir, lista-se alguns exemplos de padrões para os
diversos elementos do sistema de gestão:
a) O gerente da fabrica irá realizar uma inspeção de MSS em todas as áreas de produção a cada quatro meses; b) O desempenho de meio ambiente de cada membro da gerência será avaliado anualmente por seu supervisor imediato; c) Os objetivos anuais para o desempenho em meio ambiente e de segurança e saúde para o próximo ano serão estabelecidos pela equipe de direção, no quarto trimestre do ano corrente.
Bons padrões de desempenho possibilitam: a melhoria do sistema organizacional
permite cada líder verificar, avaliar e corrigir seu próprio desempenho. A eficiência das etapas
restantes para o controle (medição, avaliação, reconhecimento e correção) depende,
totalmente, do desenvolvimento de bons padrões.
1.2.4.3. Medir o desempenho Antigamente, em termos de MSS, quase todas as medições eram resultados do
programa de lesões e despesas relacionadas às lesões. Praticamente todas as pessoas
conseguem medir o resultado de uma organização; seja em toneladas, unidades, vendas,
serviços, etc. Entretanto, um gerente deve conhecer e ser capaz de medir as entradas
necessárias para alcançar resultados. Os gerentes podem medir o nível de trabalho, que está
sendo realizado, a fim de assegurar que os controles estejam em operação para diminuir a
69
probabilidade e a gravidade de um acidente/ perda.
O coração do controle de gestão é a medição de desempenho. As grandes maiorias dos
gerentes não medem o desempenho do controle de meio ambiente e da segurança e saúde,
porque não lhes foi ensinado como fazê-lo. As únicas medições de controle de acidentes/
perdas que eles conhecem são as medições das conseqüências dos acidentes, como as taxas de
freqüência e gravidade. Estas medições podem fornecer comparações importantes entre o
desempenho de uma organização em termos de acidentes em relação a um período de tempo
desejado sob circunstâncias similares. Para a gestão de um programa, elas possuem sérias
limitações. São as medições de controle mais fracas e mal utilizadas e estão sujeitas a diversas
variáveis e formas de manipulação. Sua maior fraqueza é que são posteriores ao fato. Na
verdade, elas são medidas reativas, que não esclarecem nada sobre a natureza de seus
problemas ou o que fazer com eles.
A maioria das medições referentes ao IPMAC, são medições de controle, que ocorrem
antes dos acidentes e perdas acontecerem. São medições que respondem à pergunta: quão bem
se estar realizando o nosso trabalho para controlar os acidentes, e as suas perdas? Por
exemplo, um supervisor pode estar presidindo somente 50 % das reuniões de grupo exigidas
pelos padrões da organização ou realizando apenas 65 % das instruções de trabalho. Outros
podem estar adequados às exigências de uso de equipamentos de proteção individual em 85
%. Estas medições fornecem informações imediatas e previsíveis, à medida que se relacionam
com a probabilidade de perda potencial e não com a freqüência de perdas efetivas.
1.2.4.4. Avaliar o desempenho
A avaliação do desempenho é simplesmente a determinação do grau em que um
padrão foi alcançado quando comparado àquilo que os gestores do sistema (gerentes)
desejavam para este sistema. Durante estas avaliações de gestão, deve-se determinar se as
atividades adequadas de trabalho estão incluídas, se há adequação, se os padrões e medições
são efetivos. Em outras palavras, a avaliação determina se o sistema está funcionando. A
avaliação de desempenho pode ser realizada durante as reuniões gerenciais, de grupo, de
equipe, em inspeções de rotina e em inspeções planejadas.
1.2.4.5. Correção e motivação Esta abordagem da avaliação do desempenho permite que o bom desempenho seja
70
objetivamente identificado e receba o reconhecimento adequado. Os gerentes devem ajustar o
desenvolvimento da cultura, para um estímulo ao comportamento positivo ao longo de toda
organização. Todos os membros da gerência, especialmente os supervisores de primeira linha,
devem ser formados/ treinados em MSS. Esta abordagem também permite que se identifique e
corrija o desempenho abaixo do padrão antes que ocorram acidentes/ impactos ambientais e
outras perdas e pode ser usada em uma variedade de medidas construtivas, incluindo:
a) melhor comunicação dos objetivos, metas e padrões, para garantir que eles sejam
compreendidos e implementados.
b) formação e treinamentos mais eficiente para permitir que as pessoas alcancem os objetivos,
metas e padrões.
c) “feedback” maior e aperfeiçoado do desempenho, de tal modo que as pessoas saibam o
quão bem elas estão trabalhando.
d) procedimento e métodos de trabalho aperfeiçoados que ajudem na identificação dos
perigos e na classificação dos riscos, afim de controlá-los.
71
CAPÍTULO 2 – ELEMENTOS ESPECÍFICOS DA PESQUISA
Este segundo capítulo apresenta a justificativa e relevância da pesquisa, o objetivo, as
questões e a estruturação da mesma.
2.1. JUSTIFICATIVA E RELEVÂNCIA
A integração de dois sistemas de gestão, um de meio ambiente, e o outro de segurança
e saúde no trabalho, em um único sistema de gestão integrada do meio ambiente e da
segurança e saúde no trabalho (SGI-MSS), possibilita a redução de custos, ganhos de
produtividade e maximização do lucro. Como exemplo podemos citar: uma equipe única para
implantar e manter o SGI-MSS (maior sinergia entre as áreas, um menor numero de pessoas);
uma redução do numero de auditorias internas e externas; um único controle para toda a
documentação (manuais, procedimentos e instruções integrados); formação e treinamento
único facilitando a liberação dos empregados de suas áreas de trabalho; um menor número de
reuniões para tratar dos objetivos, metas, programas, controles operacionais; a eliminação/
controle das perdas (acidentes, incidentes, absenteísmo, reclamações internas e externas a
organização, danos ao patrimônio e impactos ao meio ambiente); reforço da imagem
institucional da organização perante o mercado e a sociedade como organização
responsável, cidadã; proporciona mudança de atitude, passando do enfoque apenas social
para uma nova postura voltada para o resultado do negócio; um melhor controle das causas
comuns dos eventos indesejados; dentre outros.
2.2. OBJETIVOS DA PESQUISA
OO objetivo desta pesquisa éé aa elaboração de um sistema de gestão integrada de meio
ambiente e de segurança e saúde no trabalho, proposta de metodologia de implantação e
ferramentas de validação e controle (capítulo 4).
Para que este sistema possa ser implantado com sucesso, foram realizadas no capítulo
5, a integração dos requisitos das normas ISO 14001 (sistema de gestão ambiental) e OHSAS
18001 (sistema de gestão de segurança e saúde no trabalho), através da metodologia do ciclo
de gestão PDCA (planejar, desenvolver, controlar e atuar).
72
A avaliação de desempenho do sistema proposto é feita no estudo de caso (capítulo 6),
na Industria de Pneumático Michelin, Fabrica de Campo Grande, município do estado do Rio
de Janeiro, através de indicadores geoquímicos estabelecidos para a gestão ambiental e de
taxa de freqüência e taxa de gravidade dos acidentes estabelecidos para a gestão de segurança
e saúde no trabalho.
Neste estudo de caso, das quatro etapas do ciclo de vida da industria do pneu (extração
dos recursos naturais, fabricação do produto, utilização e disposição final), conforme mostra a
figura 21, a única que não foi analisada foi à utilização, pois não faz parte do objetivo da
pesquisa.
Destas quatro etapas, destacaremos a fabricação do produto e a disposição final. Na
fabricação realizou-se um fluxo material/ balanço de massa de forma simplificado para saber
se as entradas (recursos naturais, energia e matérias primas), necessárias ao processo
produtivo versus à saída (produtos finais, resíduos sólidos, efluentes líquidos e emissões
atmosféricas), estão bem gerenciadas por este sistema de gestão ambiental.
Extração dos
Recursos Naturais
Transporte
SAÍDA (matéria e energia)
Fabricação do
Produto
Utilização Disposição Final
Figura 21: Ciclo de Vida do Produto
Fonte: ISO 14040 - Adaptada
ENTRADA (matéria e energia)
73
Um dos fundamentos que apóiam a realização do estudo de caso é a abrangência do
sistema de gestão ambiental, pois o mesmo se relaciona com fatores externos e internos a
organização, enquanto que o sistema de gestão de segurança e saúde no trabalho se relaciona
apenas a fatores internos à organização.
Como a industria em que foi realizado o estudo de caso (Michelin), tem que atender a
um programa de pós-consumo estabelecido pela resolução CONAMA 258 de 1999, resolução
essa que responsabiliza os fabricantes e importadores de pneus pelo seu produto desde a sua
fabricação até o final de sua utilização (conceito do berço ao túmulo), apresentar-se-á as
diversas técnicas empregadas na disposição final do pneu e a aplicabilidade da respectiva
resolução no Brasil.
2.3. QUESTÕES
As principais questões a serem levantadas pela pesquisa, dizem respeito a: como
eliminar ou controlar as perdas (humanas, ambientais e patrimoniais), decorrentes dos
acidentes, incidentes e impactos ambientais que ocorrem nas organizações.
1) Quais seriam as fontes de perdas e os objetivos da gestão de controle de riscos/
impactos ambientais?
2) Quais seriam as causas dos acidentes e incidentes e como poderíamos classificá-los?
3) O controle de acidentes, incidentes e impactos ambientais pode reduzir significativamente
as perdas ambientais e de segurança e saúde no trabalho, bem como os seus custos?
4) O sistema de MSS proposto pode ser avaliado e classificado o seu nível avanço?
5) As similaridades existentes entre os requisitos das normas ISO 14001 (sistema de gestão
ambiental) e OHSAS 18001 (sistema de gestão de segurança e saúde no trabalho),
possibilitam uma melhor integração das normas?
6) No estudo de caso, seria possível: elaborar um balanço de massa/ fluxo material
simplificado (entrada de matéria primas e energia versus saída de produtos e
74
efluentes líquidos, resíduos sólidos e emissões gasosas), no período de dois anos?
A partir deste balanço/ fluxo, propor indicadores ambientais (geoquímicos) e de
segurança e saúde no trabalho, que possibilitem avaliar o desempenho do sistema
de gestão de meio ambiente e de segurança e saúde proposto?
7) Quais seriam as possíveis alternativas para o reaproveitamento de pneus inservíveis no
Brasil?
8) A Resolução CONAMA 258/ 1999 trouxe benefícios para o meio ambiente? As empresas
fabricantes e importadoras de pneus têm condições de cumprir a mesma? Poder-se-á
demonstrar como pode ser comprovada a eficiência da destinação dos pneus que não podem
ser mais utilizados e se tornam uns resíduos para o meio ambiente?
2.4. ESTRUTURAÇÃO DA PESQUISA
A pesquisa será apresentada em sete capítulos. O primeiro capítulo apresenta os
aspectos gerais introdutórios sobre os sistemas de gestão ambiental e de segurança e saúde no
trabalho, bem como a fundamentação teórica em que a pesquisa se baseou.
No segundo capítulo descreve-se a justificativa e relevância da pesquisa, o objetivo, as
questões e a estruturação da mesma. No terceiro capítulo, apresenta-se a metodologia adotada
na pesquisa. Explica-se como foram realizadas as pesquisas bibliográficas e de campo, bem
como os desdobramentos metodológicos adotados para com os capítulos 4, 5 e 6.
No quarto capítulo, apresenta-se de forma resumida o sistema de gestão de meio
ambiente, e de segurança e saúde no trabalho, bem como as ferramentas de auditoria e
controle. Neste capítulo procurou-se enfatizar, com mais detalhe, a própria metodologia
desenvolvida para o sistema. Este sistema se subdivide em quatro padrões: padrões de
documentação, padrões de condições físicas das instalações, padrões de utilização dos
equipamentos de proteção individual e padrões de entrevista com pessoas. No anexo 1
encontra-se o programa completo proposto nesta pesquisa.
No quinto capítulo, apresenta-se o passo a passo de como integrar um sistema de
gestão de MSS baseado nas metodologias das normas ISO 14001 e OHSAS 18001 através do
ciclo de gestão PDCA (planejar, desenvolver, controlar e atuar). Este capítulo serve de base
para implantar o sistema proposto nesta pesquisa.
No sexto capítulo apresenta-se o estudo de caso (o ciclo de vida do pneu). Este estudo
75
foi subdividido em quatro etapas (as matérias primas, a fabricação, a utilização e o tratamento
em fim de vida), sendo que a pesquisa de campo (etapa de fabricação), foi realizada na
Industria de Pneumático Michelin no Estado do Rio de Janeiro, em Campo Grande. As
demais etapas das pesquisas foram realizadas em outros locais.
No sétimo e último capítulo, apresenta-se à conclusão deste trabalho, bem como
propostas para futuras pesquisas.
76
CAPÍTULO 3 - METODOLOGIA
Neste capítulo apresenta-se a metodologia utilizada na realização das pesquisas
bibliográficas e de campo. Com a finalidade de facilitar a compreensão do leitor, optou-se por
inserir a metodologia criada para o sistema de gestão de MSS proposto nesta pesquisa, nos
próprios capítulos 4, 5 e 6.
3.1. METODOLOGIA PARA PESQUISA BIBLIOGRÁFICA E DE CAMPO
3.1.1. Pesquisa Bibliográfica
Na pesquisa bibliográfica, foram consultadas várias obras de acervos de bibliotecas
públicas e de universidades.
Realizaram-se pesquisas em normas nacionais e internacionais e em um conjunto de
programas de gestão de meio ambiente e de segurança e saúde no trabalho publicados no
Brasil e no mundo.
Foram também utilizadas outras fontes bibliográficas de consultas, tais como: teses de
doutorado, dissertações de mestrado, artigos técnicos, livros, revistas, jornais, periódicos,
internet e outros mais que pudesse conduzir a algum novo achado/ esclarecimento.
Apesar do foco central da pesquisa ser meio ambiente e segurança e saúde no trabalho,
procurou-se no modelo proposto inserir conceitos de qualidade e de responsabilidade social,
tendo em vista a aderências de matérias e conceitos.
3.1.1.1. Programas de Gestões bem Sucedidos
Os programas de gestões de meio ambiente e de segurança e saúde no trabalho
pesquisado foram:
- O Programa de Controle de Perdas de Frank Bird/ DNV;
- O Programa de Gestão de Segurança, Meio Ambiente e Saúde da Dupont; e
- O Programa de Atuação Responsável da Associação Brasileira de Química (ABIQUIM).
77
3.1.1.2. Normas Técnicas Nacionais e Internacionais e Outras Publicações
A seguir, encontram-se descritas as principais publicações utilizadas na pesquisa.
3.1.1.2.1. Normas de Meio Ambiente
- Sistemas de gestão ambiental – Requisitos com orientações para uso - ABNT NBR ISO
14001/ 2004.
- Sistemas de gestão ambiental - Diretrizes gerais sobre princípios, sistemas e técnicas de
apoio - ABNT NBR ISO 14004/ 1996.
- Diretrizes para auditorias de sistema de gestão da qualidade e/ ou ambiental – ABNT
NBR ISO 19011/ 2002.
- Gestão ambiental – Avaliação do ciclo de vida - Princípios e estrutura – ABNT NBR ISO
14040/ 2001.
- Gestão ambiental – Avaliação do ciclo de vida - Definição de objetivo e escopo e análise
de inventário – ABNT NBR ISO 14041/ 2004.
- Gestão ambiental – Avaliação do ciclo de vida - Avaliação do impacto do ciclo de vida -
ABNT NBR ISO 14042/ 2004.
- Gestão ambiental - Avaliação do ciclo de vida - Interpretação do ciclo de vida - ABNT
NBR ISO 14043/ 2004.
- Resolução CONAMA numero 306 de 05/07/2002 – Auditoria Ambiental.
- Diretrizes para realização de Auditoria Ambiental/ 1991 - DZ. 56. R-2 CECA.
- BS - 7750/ 1995 (British Standars Institution): Especificação para sistemas de gestão
ambiental.
- Sistema comunitário de ecogestão e auditoria (EMAS) – Comunidade Européia/ 2000.
- Sistema modelo de gestão ambiental, de saúde e segurança (EHS) - American
petroleum institute – API 9100 A - outubro/ 1998.
- Documento de orientação para o sistema modelo de gestão ambiental, de saúde e
segurança (EHS)
- American petroleum institute. - API 9100 B – outubro/ 1998.
- Legislações Ambientais.
78
3.1.1.2.2. Normas de Segurança e Saúde no Trabalho
- Guia para sistema de gestão de saúde e segurança industrial - British Standards Institution
BS 8800/ 1996.
- Especificação para sistemas de gestão de saúde e segurança - OHSAS 18001/ 1999
(Ocupational Health and Safety Assessment Series).
- Sistemas de gestão de saúde ocupacional e segurança - Diretrizes para implantação da
especificação OHSAS 18001 - OHSAS 18002/ 1999.
- Diretrizes sobre sistemas de gestão de segurança e a saúde no trabalho - OIT/ 2001.
- Norma para certificação de sistemas de gestão de segurança e saúde ocupacional –
DNV/ 1997.
- Integração de sistemas de gestão - Orientação para organizações de negócios,
governamentais, e comunitárias - Norma Australiana e/ Neozelandesa - AS/ NZS 4581/
1999.
- Código internacional de Segurança Marítimo (ISM-CODE) - 1997.
- Legislações de Segurança e Saúde no Trabalho.
3.1.2. Pesquisa de Campo
3.1.2.1. Para o Sistema de MSS
Paralelamente às pesquisas bibliográficas, realizou-se uma pesquisa de campo em
algumas fabricas do grupo Michelin. Todas as fábricas pesquisadas já possuíam a certificação
ISO 14001, outras buscavam obter também a OHSAS 18001.
O objetivo principal da grande maioria era o de possuir um sistema integrado de
gestão independentemente da certificação.
Segundo Veritas (2000, p. 164), a observação de fatos, comportamentos e cenários é
extremamente valorizado pelas pesquisas qualitativas.
O objetivo desta pesquisa foi o de se verificar: quais os programas de meio ambiente e
A Michelin, é uma industria de Pneumáticos Francesa, com mais de 125 (cento e vinte e cinco) anos de existência, que hoje possui 69 (sessenta e nove) fabricas, 6 (seis) plantações e 3 (três) centros de pesquisa distribuídas por todo o planeta. A mesma encontra-se instalada no Brasil produzindo pneus desde 1981.
79
de segurança e saúde no trabalho, que estavam sendo adotados; que padrões de desempenho
tinham sido estabelecidos para o programa; se os empregados cumpriam com os padrões
estabelecidos; o que estava dando certo e o que não estava, quais os melhores procedimentos,
instruções e práticas estabelecidas, se o resultado esperado foi obtido e se os riscos e
impactos ambientais estavam sob controle ou não.
3.1.2.2. Para o Estudo de Caso – Aplicação prática na Michelin
Com a finalidade de monitorar a eficiência e a eficácia do sistema de tratamento de
efluentes líquidos da Michelin (controle do sistema de gestão ambiental), foram realizadas
diversas medições para avaliar a qualidade da água na saída da estação de tratamento, durante
o período de janeiro de 2005 a dezembro de 2006 (24 meses).
Foram realizadas as seguintes análises: pH, temperatura, demanda bioquímica de
oxigênio, óleos e graxas, resíduos sedimentáveis, demanda química de oxigênio e zinco.
No anexo 2, encontram-se as tabelas com todas as medições de campo.
Os métodos utilizados nas análises encontram-se a seguir relacionados.
a) Determinação de pH: Método FEEMA - código: MF 426 - 22/12/1978
- Princípio: embora o eletrodo de gás hidrogênio seja reconhecido como padrão primário, o
eletrodo de vidro em combinação com o eletrodo de calomelano saturado, é geralmente mais
utilizado para determinação do pH.
- Alcance e sensibilidade: o par de eletrodo de vidro calomelano produz uma mudança de
59,10 mv/unidade de Ph a 25 °C.
- Especificação: 5 - 7
b) Temperatura: até 40 °C
c) Demanda Bioquímica de Oxigênio (DBO): Método FEEMA - código: MF 439 – R1 –
07/07/1981. - Princípio: o teste consiste na determinação de oxigênio dissolvido na amostra ante e após
um período de incubação a 20 °C. O período de incubação é comumente de cinco dias. Se a
demanda de oxigênio da amostra é maior do que sua disponibilidade em oxigênio dissolvido,
80
diluições devem ser feitas. Estas diluições devem ser tais que uma quantidade de oxigênio
dissolvido entre 1,5 a 2,0 mg/l permaneça após o período de incubação.
- Especificação: eficiência > ou = 70 %..
d) Óleos e graxas: Método FEEMA - código: MF 413 - 25/10/1978
- Princípio: a amostra é acidificada (pH < ou = 2,0) e os óleos e graxas são extraídos com um
solvente orgânico (n-hexanao ou éter de petróleo) em funil de separação. Após evaporação do
extrato, o resíduo é pesado.
- Alcance e sensibilidade: o método é adequado para análise de amostras contendo óleos e
graxas em concentrações superiores a 10 mg/l. Os compostos que volatilizam abaixo ou a 70
°C não são determinados, pois se perdem durante o processo analítico.
- Especificação: < ou = 20 ppm
e) Resíduos Sedimentares: Método FEEMA - código: MF 416 - 07/12/1978 - Princípio: o método baseia-se na sedimentação dos resíduos em suspensão, devido à
influência da gravidade e o resultado é dado em ml/l.
- Alcance e sensibilidade: o método apresenta sensibilidade na faixa acima de 1 ml/l/hora
- Especificação: < ou = 1 ml/l.
f) Demanda Química de Oxigênio (DQO): Método FEEMA - código: MF 440 - 17/10/1985 - Princípio: o método se baseia na oxidação de substâncias orgânicas (e inorgânicas
oxidáveis) pelo dicromato de potássio ao de ácido sulfúrico a 50 %. O excesso de dicromato é
titulado com sulfato ferroso amoniacal, usando o complexo ferroso de ortafenantrolina
(ferroim) como indicador. A quantidade de matéria oxidável, medida como equivalente de
oxigênio, é proporcional ao dicromato de potássio consumido. Juntamente com a demanda
bioquímica de oxigênio, a DQO pode indicar as condições tóxicas da amostra, bem como a
presença de substâncias orgânicas resistentes à biodegradação na mesma.
- Especificação: < ou = 200 mg/l.
81
g) Zinco: O teor de zinco é realizado por absorção atômica.
- Especificação: < ou = 1 ppm
3.2. TRATAMENTO E ANALISE DOS DADOS DAS PESQUISAS
BIBLIOGRÁFICAS E DE CAMPO
Após o tratamento e analise dos dados das pesquisas bibliográficas e de campo,
elaborou-se uma proposta de um sistema de gestão de meio ambiente e de segurança e saúde
no trabalho como resultado desta pesquisa, bem como a metodologia do programa proposto.
A Figura 22, mostra como foi elaborada a metodologia da pesquisa.
3.3. METODOLOGIA PROPOSTA PARA O PROGRAMA DE MEIO AMBIENTE
E DE SEGURANÇA E SAÚDE NO TRABALHO
A metodologia proposta para esta pesquisa encontra descrita nos capítulos 4, 5 e 6.
Pesquisa Bibliográfica
Metodologia Proposta para o Programa de MSS
Pesquisa
de Campo
Tratamento e Análise dos dados das Pesquisas Bibliográficas e de Campo
Capítulo 4 O Programa de Gestão de MSS
Capítulo 5 Ferramentas de Auditoria
do Programa de MSS
Capítulo 6 Aplicação Prática na
Michelin
Figura 22: Metodologia da Pesquisa
82
CAPÍTULO 4 - O SISTEMA DE GESTÃO DE MEIO AMBIENTE E DE SEGURANÇA E SAÚDE NO TRABALHO E FERRAMENTAS DE AUDITORIA PARA O CONTROLE DO SISTEMA
Neste capítulo, apresenta-se o sistema de gestão de meio ambiente e de segurança e
saúde no trabalho proposto nesta pesquisa, bem como as ferramentas de auditoria para o
controle do sistema.
4.1. O SISTEMA DE MSS
Para este sistema definiram-se cinco níveis de classificação (desenvolvimento/ avanço
do SGI-MSS), que vão do nível um (N1) ao nível cinco (N5), conforme figura 23.
Esses níveis de classificação só poderão ser obtidos, se a organização atender aos
padrões de desempenho estabelecidos.
Como já foi descrito na fundamentação teórica, o sistema de gestão de MSS deve ter
uma quantidade de atividades que o torne eficiente/ eficaz na prevenção de acidentes,
NÍVEL
NÍVEL
NÍVEL
NÍVEL
ISO 14001 e/ ou OHSAS 18001
Figura 24: Níveis de classificação do
MANUTENÇÃO
NÍVEL 1
NÍVEL 2
NÍVEL 3
NÍVEL 4
NÍVEL 5 Controlar D
A
C
P
Planejar
Desenvolver D
A
C
P
Figura 23: Níveis de classificação do sistema de MSS
Atuar
MELHORI A
83
incidentes e de ocorrências ambientais.
Os padrões devem ser: claros, específicos e restritivos. Eles devem informar às
pessoas o que é esperado delas, devem permitir uma medição significativa de quão bem elas
estão desempenhando suas funções com relação aos padrões. Isto é, os padrões especificam,
quem faz o que e quando, ou com que freqüência. Padrões adequados são essenciais para um
controle adequado.
Para este sistema foram estabelecidos quatro padrões de desempenho: padrões de
documentação; padrões de condições físicas das instalações, padrões de utilização dos
equipamentos de proteção individual e padrões de entrevistas com pessoas, conforme figura
24.
Estes padrões que serão explicados mais adiante foram elaborados com base nas
pesquisas bibliográficas e de campo, conforme já descrito no capítulo 3 (metodologia).
Os níveis de classificação do sistema e os padrões de desempenho encontram-se
relacionados na tabela 9.
Padrões de:
Utilização dos
Equipamentos de
Proteção Individual
Padrões de:
Documentação
Padrões de:
Condições Físicas
das Instalações
Padrões de:
Entrevistas com
Pessoas
Figura 24: Sistema e padrões do sistema de gestão de MSS
Sistema de Gestão de Meio Ambiente e de Segurança e Saúde no Trabalho
84
Tabela 9 - Níveis de classificação do sistema x Padrões de desempenho do sistema
Níveis de Classificação do Sistema de Meio Ambiente e de Segurança e Saúde no Trabalho
Padrões de Desempenho do Sistema de MSS 1
2
3 4 5
Padrões de Documentação (Número de perguntas a serem atendidas) 85 130 124 79 65
Padrões de Condições Físicas das Instalações (% de atendimento)
60 65 70 75 80
Padrões de Utilização dos Equipamentos de Proteção Individual (% de atendimento)
70
75 80 85 90
Padrões de Entrevistas com Pessoas (% de atendimento) 65 70 75
80
85
Através desta metodologia, as organizações poderão estabelecer seus objetivos, definir
suas metas e elaborar seus planos de ações, em função de seus riscos/ impactos ambientais, de
suas necessidades e do grau de meio ambiente e de segurança e saúde no trabalho que elas
desejam obter/ alcançar.
A seguir explicar-se-á cada um dos padrões de desempenho do sistema de MSS.
4.1.1. Padrões de Documentação
Estabeleceu-se para esta pesquisa 17 (dezessete) elementos de controle para a
documentação do sistema de gestão de meio ambiente e de segurança e saúde no trabalho.
Esses dezessete elementos se subdividem em 79 (setenta e nove) sub-elementos, que se
decompõem em 483 (quatrocentos e oitenta e três) padrões de desempenho (perguntas).
O atendimento aos padrões de desempenho (perguntas), representa o trabalho que a
organização deve realizar mediante o estabelecimento de objetivos, metas e planos de ações,
bem como controle interno de desempenho para se obter um alto nível de comprometimento
para com as questões de meio ambiente e de segurança e saúde no trabalho. Esses elementos,
sub-elementos e padrões de controle, foram desenvolvidos com base nas pesquisas
bibliográficas e de campo, conforme já citado no capítulo 3 (metodologia). As coletâneas
completas de todos os padrões de documentação encontram-se no anexo 1 desta pesquisa.
Na tabela 10, lista-se os elementos do sistema de MSS, com o numero de padrões por
níveis de classificação do programa (de N 1 a N 5).
85
Tabela 10 - Elementos do sistema de MSS
Numeração Elementos do Sistema de MSS
Níveis de Classificação do Sistema
Total de Padrões do
SGMSS
Total de Padrões
ISO/ OHSAS
N 1 N 2 N 3 N 4 N 5 1 Política de Meio Ambiente,
Segurança e Saúde no Trabalho
7
-
-
-
-
7
5/ 5
2 Liderança e Administração 8 12 6 6 2 34 5/ 5 3 Planejamento 13 15 2 2 - 32 25/ 23 4 Implementação e Operação 9 41 38 14 16 118 58/ 47 5 Verificação e Ação Corretiva 12 20 21 11 6 70 34/ 31 6 Analise Crítica Pela
Administração 2 2 2 - - 6 6/ 6
7 Regras de Permissões Para Trabalho
4 5 5 7 5 26 8/ 8
8 Inspeções Planejadas e Manutenção
6 6 5 5 7 29 5/ 5
9 Controle da Saúde e Higiene no Trabalho
10 12 9 2 1 34 -/ 3
10 Equipamento de Proteção Individual
3 4 4 2 2 15 -/ 3
11 Contratação e Colocação 4 2 5 2 4 17 -/ 4 12 Administração de Materiais e
Serviços 1 1 6 8 3 19 3/ 4
13 Engenharia e Gestão das Modificações
- - 8 4 - 12 1/ 1
14 Reuniões de MSS 4 3 2 1 1 11 -/ - 15 Comunicações Pessoais 2 6 1 2 1 12 -/ - 16 Promoção Geral de MSS - 1 3 6 12 22 -/ - 17 Avaliação do Programa de
MSS - - 7 7 5 19 6/ 6
TOTAL GERAL 85 130 124 79 65 483 156/ 150
A seguir descreve-se resumidamente cada um dos dezessete elementos que são à base
dos padrões de documentação do sistema de MSS.
4.1.1.1. Política de Meio Ambiente e de Segurança e Saúde no Trabalho
Este elemento estabelece claramente os valores da organização para com a Gestão do
Meio Ambiente e de Segurança e a Saúde no Trabalho.
Na tabela 11, lista-se os sub-elementos do elemento 1.
86
Tabela 11 – Sub-elementos do elemento 1 (Política de MSS)
Numeração Sub-elementos Níveis de Classificação do Sistema
Total de Padrões do
SGMSS
Total de Padrões
ISO/ OHSAS
1 2 3 4 5 1.1 Diretrizes Coorporativas de MSS 1 - - - - 1 -/ - 1.2 Política de MSS 6 - - - - 6 5/ 5
TOTAL GERAL 7 - - - - 7 5/ 5
4.1.1.2. Liderança e Administração
Este elemento avalia o engajamento da direção e da hierarquia para a prevenção dos
acidentes, incidentes e ocorrências ambientais. Verifica se as exigências de meio ambiente e
de segurança e saúde no trabalho estão bem definidas para a hierarquia.
Na tabela 12, lista-se os sub-elementos do elemento 2.
Tabela 12 – Sub-elementos do elemento 2 (Liderança e Administração)
Numeração Sub-elementos Níveis de Classificação do Sistema
Total de Padrões do
SGMSS
Total de Padrões
ISO/ OHSAS
1 2 3 4 5 2.1 Coordenador de MSS 1 3 - - - 4 3/ 3 2.2 Participação da Gerencia Superior e
Média - 1 - 3 - 4 -/ -
2.3 Padrões de Desempenho Estabelecidos
- 1 2 - 1 4 2/ 2
2.4 Participação em Atividades de MSS - 1 1 - 2 -/ - 2.5 Reuniões de Gerenciamento 1 - - - - 1 -/ - 2.6 Descrição de Cargo/ Função e
Responsabilidades 2 2 - 2 1 7 -/ -
2.7 Representante e/ ou Comitê de MSS 3 3 1 - - 7 -/ - 2.8 Recusa ao Trabalho devido a
Perigos de MSS - - 1 1 - 2 -/ -
2.9 Biblioteca de MSS 1 1 1 - - 3 -/ - TOTAL GERAL 8 12 6 6 2 34 5/ 5
4.1.1.3. Planejamento
Este elemento estabelece o conjunto de procedimentos necessários para a implantação
e operação de sistema de gestão de meio ambiente e de segurança e saúde no trabalho e que
complementam sua política de MSS.
87
Na tabela 13, lista-se os sub-elementos do elemento 3.
Tabela 13 – Sub-elementos do elemento 3 (Planejamento)
Numeração Sub-elementos
Níveis de Classificação do Sistema
Total de Padrões do
SGMSS
Total de Padrões
ISO/ OHSAS
1 2 3 4 5 3.1 Aspectos Ambientais e Planejamento
para Identificação de Perigos e Avaliação e Controle de Riscos
6 7 1 2 - 16 9/ 8
3.2 Requisitos Legais e Outros Requisitos 4 5 - - - 9 9/ 8 3.3 Objetivos e Metas/ Programas de
Gestão de MSS 3 3 1 - - 7 7/ 7
TOTAL GERAL 13 15 2 2 - 32 25/ 23
4.1.1.4. Implementação e Operação
Este elemento avalia como deve ser implementado e operado o sistema de gestão de
MSS.
Na tabela 14, lista-se os sub-elementos do elemento 4.
Tabela 14 – Sub-elementos do elemento 4 (Implementação e Operação)
Numeração Sub-elementos
Níveis de Classificação do Sistema
Total de Padrões
do SGMSS
Total de Padrões
ISO/ OHSAS
1 2 3 4 5 4.1 Estrutura e Responsabilidade pela
Gestão de MSS 2 2 2 - - 6 6/ 6
4.2 Competência, Treinamento e Conscientização
3 9 7 8 6 33 10/ 10
4.3 Consulta e Comunicação - 1 3 - - 4 3/ 3 4.4 Documentação do Sistema de Gestão
de MSS - 3 1 1 1 6 3/ 3
4.5 Controle de Documentos e Dados - 10 1 - - 11 11/ 11 4.6 Controle Operacional - 8 8 1 - 17 17/ 6 4.7 Preparação e Atendimento a
Emergência 4 8 16 4 9 41 7/ 7
TOTAL GERAL 9 41 38 14 16 118 58/ 47
4.1.1.5. Verificação e Ação Corretiva
Este elemento averigua se a organização está operando de acordo com o sistema de
Gestão de MSS previamente definido, indicando aspectos não desejáveis e mitigando quais
88
impactos e/ ou riscos negativos, além de tratar das medidas preventivas.
Na tabela 15, lista-se os sub-elementos do elemento 5.
Tabela 15 – Sub-elementos do elemento 5 (Verificação e Ação Corretiva)
Numeração
Sub-elementos
Níveis de Classificação do Sistema
Total de Padrões
do SGMSS
Total de Padrões
ISO/ OHSAS
1 2 3 4 5 5.1 Monitoramento, Medição e
Mensuração do Desempenho - 2 4 - - 6 6/ 4
5.2 Acidentes, Incidentes, Não Conformidades, Ações Corretivas e Ação Preventiva
7
11
15
11
6
50
17/ 16
5.3 Registros e Gestão de Registros 1 4 - - - 5 5/ 5 5.4 Auditoria do Sistema de Gestão de
MSS 4 3 2 - - 9 6/ 6
TOTAL GERAL 12 20 21 11 6 70 34/ 31
4.1.1.6. Analise Crítica Pela Administração
Este elemento identifica a necessidade de possíveis alterações na política de MSS, nos
objetivos e metas, ou em outros elementos do sistema. Neste momento se revisa todo o
processo de gestão e se propõem à melhoria continua do sistema de gestão de MSS.
Na tabela 16, lista-se os sub-elementos do elemento 6.
Tabela 16 – Sub-elementos do elemento 6 (Analise Crítica Pela Administração)
Numeração
Sub-elementos
Níveis de Classificação do Sistema
Total de Padrões
do SGMSS
Total de Padrões
ISO/ OHSAS
1 2 3 4 5 6.4 Revisão Gerencial 2 2 2 - - 6 6/ 6
TOTAL GERAL 2 2 2 - - 6 6/ 6
4.1.1.7. Regras de Permissões Para Trabalho
Este elemento verifica a existência de regras de meio ambiente e de segurança e saúde
geral e específica (quem faz as permissões para trabalho). Avalia o que é feito para a
formação do pessoal e para o conhecimento destas regras.
Na tabela 17, lista-se os sub-elementos do elemento 7.
89
Tabela 17 – Sub-elementos do elemento 7 (Regras de Permissões Para Trabalho)
Numeração
Sub-elementos
Níveis de Classificação do Sistema
Total de Padrões do
SGMSS
Total de Padrões
ISO/ OHSAS
1 2 3 4 5 7.1 Regras Gerais de MSS 4 1 1 - - 6 3/ 3 7.2 Regras para Trabalho Especializado - 1 1 1 - 3 2/ 2 7.3 Sistemas de Permissão para
Trabalhos Especializados - 1 - 1 1 3 1/ 1
7.4 Sistema de Permissão de Operação - - 2 1 2 5 2/ 2 7.5 Aprendizagem e Revisão das Regras - 1 1 3 2 7 - 7.6 Cumprimento e Reconhecimento de
Regras - 1 - 1 - 2 -
TOTAL GERAL 4 5 5 7 5 26 8/ 8
4.1.1.8. Inspeções Planejadas e Manutenção
Este elemento avalia o que é feito para corrigir as situações perigosas e identificar as
condições não-conformes, antes que acidentes, incidentes e ocorrências ambientais ocorram.
Na tabela 18, lista-se os sub-elementos do elemento 8.
Tabela 18 – Sub-elementos do elemento 8 (Inspeções Planejadas e Manutenção)
Numeração
Sub-elementos
Níveis de Classificação do Sistema
Total de Padrões do
SGMSS
Total de Padrões
ISO/ OHSAS
1 2 3 4 5 8.1 Inspeções Gerais Planejadas 4 1 1 1 2 8 3/ 3 8.2 Sistema de Acompanhamento 1 1 1 1 2 6 - 8.3 Análise do Relatório de Inspeção - - - 1 2 3 - 8.4 Manutenção Preventiva - - 1 1 1 3 1/ 1 8.5 Inspeções de Equipamentos de
Detecção e Proteção - 2 - - - 2 1/ 1
8.6 Inspeção de Pré-Uso de Equipamentos
1 1 1 - - 3 -
8.7 Sistema Alternativo de Comunicação de Condições Abaixo do Padrão
- 1 1 1 - 3 -
8.8 Inspeções Regulamentares - - - - 1 1 - TOTAL GERAL 6 6 5 5 7 29 5/ 5
4.1.1.9. Controle da Saúde e Higiene do Trabalho
Este elemento avalia os esforços para proteger os empregados de lesão e enfermidades
que podem resultar de situações perigosas dentro das áreas de trabalho. Verifica como são
90
feitos os acompanhamentos médicos dos empregados e o treinamento em caso de emergência.
Na tabela 19, lista-se os sub-elementos do elemento 9.
Tabela 19 – Sub-elementos do elemento 9 (Controle da Saúde e Higiene do Trabalho)
Numeração
Sub-elementos
Níveis de Classificação do Sistema
Total de Padrões do
SGMSS
Total de Padrões
ISO/ OHSAS
1 2 3 4 5 9.1 Administração do Programa 1 1 1 - - 3 -/ 1 9.2 Identificação e Avaliação de
Riscos à Saúde - 2 - - - 2 -
9.3 Controle de Riscos à Saúde 3 4 1 1 - 9 - 9.4 Controle de Saúde e Higiene do
trabalho 1 - 3 - - 4 -/ 1
9.5 Informação e Treinamento 2 1 - 1 - 4 -/ 1 9.6 Sistema de Cuidado à Saúde - 1 - - - 1 - 9.7 Assistência Profissional 1 1 1 - - 3 - 9.8 Comunicações 1 1 3 - 1 6 - 9.9 Registros 1 1 - - - 2 -
TOTAL GERAL 10 12 9 2 1 34 -/ 3
4.1.1.10. Equipamentos de Proteção Individual (EPI’s)
Este elemento avalia o processo de escolha, distribuição e controle dos EPI’s.
Na tabela 20, lista-se os sub-elementos do elemento 10.
Tabela 20 – Sub-elementos do elemento 10 (Equipamentos de Proteção Individual)
Numeração Sub-elementos
Níveis de Classificação do Sistema
Total de Padrões do
SGMSS
Total de Padrões
ISO/ OHSAS
1 2 3 4 5 10.1 Identificação das Necessidades de
Equipamento de Proteção Individual 3 3 2 1 1 10 -/ 2
10.2 Registros de Equipamento de Proteção Individual
- - 2 1 - 3 -
10.3 Cumprimento dos Padrões - 1 - - 1 2 -/ 1 TOTAL GERAL 3 4 4 2 2 15 -/ 3
4.1.1.11. Contratação e Colocação
Este elemento avalia o que é feito para a recepção dos novos funcionários, bem como
os meios para encontrar a melhor correspondência entre as exigências.
91
Na tabela 21, lista-se os sub-elementos do elemento 11.
Tabela 21 – Sub-elementos do elemento 11 (Contratação e Colocação)
Numeração Sub-elementos
Níveis de Classificação do Sistema
Total de Padrões do
SGMSS
Total de Padrões
ISO/ OHSAS
1 2 3 4 5 11.1 Requisitos de Capacitação Física - - 1 1 3 5 -/ 1 11.2 Exames Médicos 2 2 2 1 1 8 -/ 2 11.3 Orientação/ Iniciação Geral 2 - - - - 2 -/ 1 11.4 Verificação de Qualificações na Pré-
Admissão/ Pré-Colocação - - 2 - - 2 -/ -
TOTAL GERAL 4 2 5 2 4 17 -/ 4
4.1.1.12. Administração de Materiais e Serviços
Este elemento avalia a dimensão do meio ambiente e da segurança e saúde no trabalho
nos atos de compra e verificação do que é feito para garantir que os equipamentos, produtos,
serviços (empresa externas), ao entrarem na organização, não venham a provocar perdas por
não atenderem as especificações.
Na tabela 22, lista-se os sub-elementos do elemento 12.
Tabela 22 – Sub-elementos do elemento 12 (Administração de Materiais e Serviços)
Numeração Sub-elementos
Níveis de Classificação do Sistema
Total de Padrões do
SGMSS
Total de Padrões
ISO/ OHSAS
1 2 3 4 5 12.1 Compras de Mercadorias 1 1 4 4 1 11 3/ 3 12.2 Seleção de Contratados - - - 1 1 2 - 12.3 Administração de Contratados /
Terceiros - - 2 3 1 6 -/ 1
TOTAL GERAL 1 1 6 8 3 19 3/ 4
4.1.1.13. Engenharia e Gestão das Modificações
Este elemento avalia como o meio ambiente e a segurança e a saúde no trabalho são
inter-relacionadas nas etapas de concepção de um novo empreendimento, unidade ou processo
e de adequação dos existentes.
92
Na tabela 23, lista-se os sub-elementos do elemento 13.
Tabela 23 – Sub-elementos do elemento 13 (Engenharia e Gestão das Modificações)
Numeração
Sub-elementos
Níveis de Classificação do Sistema
Total de Padrões do
SGMSS
Total de Padrões
ISO/ OHSAS
1 2 3 4 5 13.1 Administração do Programa - - 2 - - 2 1/ 1 13.2 Identificação de Aspectos e Impactos
e de Perigos e Riscos - - 3 - - 3 -/ -
13.3 Exame de Projetos e Gestão das Modificações
- - 3 2 - 5 -/ -
13.4 Controles de processo de operação e Trabalho
- - - 2 - 2 -/ -
TOTAL GERAL - - 8 4 - 12 1/ 1
4.1.1.14. Reuniões de Meio Ambiente e de Segurança e Saúde no Trabalho
Este elemento avalia se as reuniões de MSS esta sendo realizadas como um meio para
aumentar, ou colocar em dia, o conhecimento dos empregados sobre como trabalhar
preservando o meio ambiente e a segurança e saúde no trabalho. A intenção deste elemento é
que os supervisores executem palestras formais sobre MSS com todos os seus empregados e
com freqüência aceitável.
Na tabela 24, lista-se os sub-elementos do elemento 14.
Tabela 24 – Sub-elementos do elemento 14 (Reuniões de Meio Ambiente e de Segurança e
Saúde no Trabalho)
Numeração Sub-elementos
Níveis de Classificação do Sistema
Total de Padrões do
SGMSS
Total de Padrões
ISO/ OHSAS
1 2 3 4 5 14.1 Reuniões de MSS 3 2 1 1 1 8 -/ - 14.2 Manutenção de Registros 1 1 1 - - 3 -/ -
TOTAL GERAL 4 3 2 1 1 11 -/ -
4.1.1.15. Comunicações Pessoais
O elemento de comunicações pessoais estabelece o intercâmbio de informação entre as
pessoas. Isto pode ser entre a gerência de primeira linha e um empregado, ou entre os
93
empregados, um dos quais tem um conhecimento maior sobre um tema em particular. As
comunicações pessoais são o meio pelo qual o pessoal desenvolve níveis maiores de
conhecimento e habilidades e compartilha o conhecimento com os outros.
Na tabela 25, lista-se os sub-elementos do elemento 15
Tabela 25 – Sub-elementos do elemento 15 (Comunicações Pessoais)
Numeração Sub-elementos
Níveis de Classificação do Sistema
Total de Padrões do
SGMSS
Total de Padrões
ISO/ OHSAS
1 2 3 4 5 15.1 Treinamentos em Técnicas de
Comunicação Pessoal - 1 - - - 1 -/ -
15.2 Integração ao Posto de Trabalho 2 4 1 1 1 9 -/ - 15.3 Formação no Posto de Trabalho - 1 - 1 - 2 -/ -
TOTAL GERAL 2 6 1 2 1 12 -/ -
4.1.1.16. Promoção Geral de Meio Ambiente e de Segurança e Saúde no Trabalho
Este elemento compreende todas as atividades para reforçar o conhecimento sobre o
meio ambiente e a segurança e saúde no trabalho mediante incentivos aos empregados,
exposições, eventos especiais e publicações. Este é o elemento que foca os programas
dirigidos para as mudanças das atitudes dos empregados.
Na tabela 26, lista-se os sub-elementos do elemento 16
Tabela 26 – Sub-elementos do elemento 16 (Promoção Geral de Meio Ambiente e de
Segurança e Saúde no Trabalho)
Numeração Sub-elementos
Níveis de Classificação do Sistema
Total de Padrões do
SGMSS
Total de Padrões
ISO/ OHSAS
1 2 3 4 5 16.1 Quadros de Avisos de MSS - - 3 2 4 9 -/ - 16.2 Uso de Estatística de Acidentes/
Incidentes e Ocorrências Ambientais - 1 - - - 1 -/ -
16.3 Promoção de Temas críticos - - - - 3 3 -/ - 16.4 Prêmios e Reconhecimentos
Individuais - - - 1 - 1 -/ -
16.5 Publicações de Informações de MSS - - - 2 - 2 -/ - 16.6 Prêmios e Reconhecimentos a Grupos - - - 1 2 3 -/ - 16.7 Sistema de Promoção de Ordem e
Limpeza - - - - 3 3 -/ -
TOTAL GERAL - 1 3 6 12 22 -/ -
94
4.1.1.17. Avaliação do Sistema
Este elemento avalia o plano de longo prazo e os diferentes elementos do sistema para
correção das não-conformidades. Avalia como o sistema de MSS é percebido e executado
pelos empregados
Na tabela 27, lista-se os sub-elementos do elemento 17
Tabela 27 – Sub-elementos do elemento 17 (Avaliação do Programa)
Numeração Sub-elementos
Níveis de Classificação do Sistema
Total de Padrões do
SGMSS
Total de Padrões OHSAS
1 2 3 4 5
17.1 Avaliação dos Requisitos de MSS - - 2 4 2 8 5/ 5
17.2 Controle Regular do Sistema - - - - 1 1 -/ -
16.3 Avaliação do Cumprimento com os
Padrões do Sistema de MSS
- - 5 3 - 8 1/ 1
17.4 Manutenção de Registros - - - - 2 2 - TOTAL GERAL - - 7 7 5 19 6/ 6
4.1.1.18. Metodologia para Realizar a Auditoria dos Padrões de Documentação
Na tabela 10 (Elementos do Sistema de MSS), apresentado anteriormente, encontram-se
os dezessete padrões de documentação que devem ser auditados (controlados).
As perguntas, foram classificadas como de nível 1 a nível 5. Ao lado e/ ou abaixo de
cada uma dessas perguntas, encontram-se a classificação N1 a N5 em negrito. Em algumas
perguntas aparecerão também as palavras ISO e/ ou OHSAS.
Caso a organização deseje estar em conformidade com estas normas, todas estas
perguntas deverão obrigatoriamente estar atendida.
A tabela 28, mostra o nível de classificação dos padrões de documentação versus o
número de perguntas a serem atendidas.
95
Tabela 28 - Classificação dos padrões de documentação x Número de perguntas a serem atendidas
Classificação dos Padrões de
Documentação Número de Perguntas
a serem Atendidas N1 85 N2 215 (N1+N2) N3 339 (N1+N2+N3) N4 418 (N1+N2+N3+N4) N5 483 (N1+N2+N3+N4+N5)
Pode-se observar, que para uma organização ser classificada como de nível N2 na
auditoria de documentação, ela deve atender a 215 perguntas que representam a soma das
perguntas de nível N1 (85), com as de nível N2 (130), e assim sucessivamente para os outros
níveis.
Ao se realizar a auditoria dos padrões de documentação, deve-se comparar os padrões
do programa proposto nesta pesquisa com as documentações apresentadas pelas organizações.
As perguntas a serem feitas são objetivas e têm como resposta “Sim” ou “Não”. Se a
organização cumpre com o padrão preestabelecido, o auditor deverá marcar um “Sim”, caso
não cumpra, deverá marcar um “Não”, fazendo um circulo em volta e/ ou um X em cima da
resposta.
Antes de outorgar créditos à pergunta (marcar), o auditor deve verificar se existe
evidência de que as atividades foram implantadas, há pelo menos quatro meses, e se as
mesmas estão em funcionamento em mais de 75 % da organização.
Para Veritas (2000, p. 26), quando a pergunta tem uma resposta SIM/ NÃO, os pontos
são dados baseados em tudo ou nada. Se uma resposta SIM é sem reserva ou exceções
concede-se o total de pontos.
O auditor deve avaliar a documentação que interessa, não devendo aceitar apenas
aquilo que o entrevistado responde.
Segundo Veritas (2000, p. 28), o auditor ou equipe de auditoria medirá o mais preciso
possível o grau de cumprimento com os padrões. As informações serão obtidas através de
entrevistas com pessoas de todos os níveis.
As perguntas realizadas devem ser claras, objetivas e positivas.
Para Veritas (2000, p. 59), o auditor deve ver a evidência clara da implantação,
aplicação e documentação do sistema, antes de marcar um sim à maioria das perguntas.
As pontuações finais das perguntas, que possuem diversos subitens, deverá ser feita ao
final da avaliação do item auditado. O auditor só deverá outorgar crédito (SIM) à pergunta,
96
após verificar se a soma dos percentuais dos subitens (SIM), forem superior a 75%.
Na tabela 29, dar-se-á um exemplo de como deve ser preenchida uma ficha dos
padrões de documentação do elemento 1 – Política de Meio Ambiente e de Segurança e Saúde
no Trabalho.
97
Tabela 29 - Ficha dos padrões de documentação do Elemento 1 – Política de MSS
4.1.2. Padrões de Condições Físicas das Instalações
1.1. DIRETRIZES COORPORATIVAS DE MSS?
1.1.1. Existe uma diretriz corporativa para a gestão de MSS? (N1)
Sim/ Não
1.2. POLÍTICA DE MSS
1.2.1. A organização tem definida e documentada uma política local de MSS que
demonstre o comprometimento da administração com o Meio Ambiente e a
Segurança e a Saúde no Trabalho? (N1/ ISO/ OHSAS)
Sim/ Não
1.2.2. A política é apropriada à natureza, escala, impactos ambientais e perigos e
riscos das atividades, produtos e serviços da organização?
(N1/ ISO/ OHSAS)
Sim/ Não
1.2.3. A declaração da política de MSS está assinada pelo gerente superior do
local? (N1)
Sim/ Não
1.2.4. A declaração da política inclui: (N1/ ISO/ OHSAS)
Sim/ Não
S/N
1. Proteção ao Meio Ambiente (prevenção da poluição)? S
2. Lesão pessoal? S
3. Dano à propriedade? N
4. Saúde/ Higiene Ocupacional? S
5. Cumprimento com a legislação, normas aplicáveis e demais
requisitos subscritos pela organização de MSS? S
6. Comprometimento com a melhoria continua ? S
98
Estabeleceu-se para esta pesquisa 6 (seis) elementos de controle para a composição
dos padrões das condições físicas do sistema de gestão de meio ambiente e de segurança e
saúde no trabalho. Esses seis elementos se subdividem em 43 (quarenta e três) sub-elementos
(tabela 30), que se decompõem em padrões de controle (perguntas através de um check list).
Esses elementos, sub-elementos e padrões de controle foram desenvolvidos com base nas
pesquisas bibliográficas e de campo, conforme já citado no capítulo 3 (metodologia) e
encontram-se no anexo 1 desta pesquisa.
Os padrões de condições físicas de meio ambiente e de segurança e saúde no trabalho
de uma organização pode ser avaliado através do processo de auditoria e/ ou inspeção.
As auditorias e/ ou inspeções, ajudam as organizações a evitarem perdas: humanas, ao
patrimônio e ao meio ambiente, pelo simples fato de poderem preventivamente antever
situações perigosas e adotarem-se medidas preventivas e/ ou corretivas, antes que acidentes,
incidentes, doenças do trabalho e ocorrências ambientais aconteçam, facilitando assim a
gestão de controle de perdas pelas organizações.
Na tabela 30, apresentam-se os padrões de condições físicas das instalações
Tabela 30: Padrões de condições físicas das instalações
(A) Condições Gerais do Local de Trabalho
(B) Equipamentos
(C) Materiais
(D) Instalações
(E) Sistemas de Emergência
(F) Avaliação de Perigos e Controle dos Riscos
1 - Pisos (superfície de trabalhar e de caminhar)
8 - Ferramentas Manuais e Portáteis
20 - Armazenamento e Empilhamento
24 - Aerodispersoídes, gases e vapores
33 – Instruções de Emergência
38 - Código de Cores
2 - Passagens e Corredores
9 – Proteção de Máquinas e Ferramentas
21 – Substâncias Químicas Inflamáveis e Combustíveis
25 – Agentes Biológicos
34 – Proteção Contra Emergência, Incêndio, Explosão e Vazamento
39 – Etiquetas e Sinais
3 – Escadas
10 - Equipamento Móvel
22 – Gases Comprimidos
26 – Ventilação/ Exaustão
35 – Lava Olhos e Chuveiros de Emergência
40 – Sistemas de Bloqueio
4 – Escadas Portáteis
11 - Equipamento de Levantamento de carga
23 – Resíduos Sólidos
27 – Iluminação
36 – Estações de Primeiros Socorros
41 – Sistemas de Advertência
5 - Trabalhos em
12 - Equipamento
28 – Umidade
37 - Equipamento
42 – Sistemas de
99
Alturas de Manuseio de Materiais
para Controle de Emergência e Resgate
Permissão para Trabalho
6 – Saídas de Emergência
13 - Condutores
29 – Ruído e Vibração
43 – Regras e Regulamentos
7 – Ruas e Estradas
14 – Vasos de Pressão
30 – Calor
15 – Sistema de Energia Elétrica
31 – Radiação Ionizante e Não Ionizante
16 – Sistema de Energia Mecânica
32 – Agentes Ergonomicos
17 – Sistema de Energia Hidráulica
18 – Sistema de Energia Pneumática
19 – Controles Mecânicos e Válvulas
4.1.2.1. Metodologia para Realizar a Auditoria dos Padrões de Condições Físicas das
Instalações
Os padrões de desempenho de meio ambiente e de segurança e saúde no trabalho, do
sistema proposto nesta pesquisa, deverá ser comparado com os padrões encontrados nos locais
de trabalho, quando da realização das respectivas auditorias.
Antes da realização da auditoria, devem ser atribuídos os fatores de valor (peso de
cada item a ser auditado), levando-se em consideração as particularidades e características de
cada organização.
Segundo Veritas (2000, p. 49), os fatores de valor em cada categoria podem ser
mudados, para refletir a importância da categoria na fábrica, mas o total dos fatores de valor
devem somar até 100.
Na tabela 31, encontram-se consolidados os itens que serão objetos da auditoria, bem
como os fatores de valor proposto nesta pesquisa para cada item a ser auditado.
100
Tabela 31 - Itens a serem Auditado/ Fatores de valor
Itens a serem Auditado Fatores de Valor (FV) - Peso em % A - Condições Gerais do Local de Trabalho. 15 B - Equipamentos 20 C - Materiais 15 D - Instalações 20 E - Sistemas de Emergência 15 F - Avaliação de Perigos e Controle dos Riscos 15
Somatório 100
Ao se realizar uma auditoria para se determinar os padrões de condições físicas da
organização, o auditor deverá tabular os itens conforme forem sendo encontrados, fazendo
marcas na forma de traços (risco) na coluna quantidade inspecionada. Quando as condições
não estiverem de acordo com o padrão, deverá ser colocada uma marca na coluna quantidade,
abaixo do padrão. No final da auditoria, pode-se obter o percentual do índice de cumprimento
das condições física total ou parcial (tabelas 32 a 37).
Para se obter o índice parcial das condições físicas, deverá ser somado todas as
respectivas quantidades inspecionadas (X) e quantidade abaixo do padrão (Y) e ser aplicado à
fórmula padronizada: W = (1 - Y / X) x FV para cada um dos itens especificados nas tabela
32 a 37.
Para se obter o índice total das condições físicas, deverá ser aplicado à fórmula:
CF = WA + WB + WC + WD + WE + WF.
O avaliador (auditor), antes de iniciar a auditoria das condições físicas, deverá,
previamente, saber qual o setor, área, local e/ ou posto de trabalho que será objeto da
avaliação.
Deve-se, primeiramente, dar um passeio (circular), por toda a organização, com a
finalidade de conhecê-la e poder avaliar o grau de complexidade da mesma, os tipos de
perigo e riscos existentes, o tempo necessário para realização da auditoria, bem como atribuir
os fatores de valor.
A auditoria deverá cobrir, sistematicamente, toda área a ser inspecionada.
Nas tabelas 32 a 37 apresentam-se os formulários para auditar os padrões de condições
físicas das instalações, bem como um exemplo de como utilizá-lo (tabela 32).
101
Tabela 32: Formulário (WA) para auditar as condições gerais do local de trabalho
AVALIAÇÕES DAS CONDIÇÕES AMBIENTAIS DE MSS
A - Condições Gerais do Local de Trabalho Quantidade
Inspecionada (X)
Quantidade Abaixo do Padrão
(Y) 1 - Pisos (superfície de trabalho e de caminhar) / / / / / / / / / / / / / 2 - Passagens e Corredores / / / / / / / /
3 - Escadas / / / / / / / / / 4 - Escadas Portáteis / / / / / / / / 5 - Trabalho em Altura / / / / / / / 6 - Saídas de Emergências / / / / / / / 7 - Ruas e Estradas / / / / / / / / / / / / /
Somatório X = 50 Y = 15 % Parcial do índice de condições Físicas
(WA) WA = 70
WA = (1-Y/X) x FV
Tabela 33 - Formulário (WB) para auditar equipamentos
AVALIAÇÕES DAS CONDIÇÕES AMBIENTAIS DE MSS
B - Equipamentos Quantidade
Inspecionada (X)
Quantidade Abaixo do Padrão
(Y) 8 - Ferramentas Manuais Portáteis 9 - Proteção de Máquinas e Equipamentos 10 - Equipamentos Móveis 11 - Equipamento de Levantamento de Cargas 12 - Equipamento de Manuseio de Materiais 13 - Condutores 14 - Vasos de Pressão 15 - Sistemas de Energia Elétrica 16 - Sistemas de Energia Mecânica 17 - Sistemas de Energia Hidráulica 18 - Sistema de Energia Pneumática
19 - Controles Mecânicos e Válvulas Somatório X = Y =
% Parcial do índice de condições Físicas (WB)
WB = (1-Y/X) x FV
102
Tabela 34 - Formulário (WC) para auditar materiais
AVALIAÇÕES DAS CONDIÇÕES AMBIENTAIS DE MSS C - Materiais Quantidade
Inspecionada (X)
Quantidade Abaixo do Padrão
(Y) 20 - Armazenamento e Empilhamento
21 - Substâncias Químicas Inflamáveis e Combustíveis
22 - Gases Comprimidos 23 - Resíduos Sólidos
Somatório X= Y = % Parcial do índice de condições Físicas
(WC)
WC = (1-Y/X) x FV
Tabela 35 - Formulário (WD) para auditar instalações
AVALIAÇÕES DAS CONDIÇÕES AMBIENTAIS DE MSS D - Instalações Quantidade
Inspecionada (X)
Quantidade Abaixo do Padrão
(Y) 24 - Aerodispersoides, Gases e Vapores
25 - Agentes Biológicos 26 - Ventilação e Exaustão 27 - Iluminação 28 - Umidade 29 - Ruído e Vibrações 30 - Calor 31 - Radiação (Ionizante e Não Ionizante 32 - Agentes Ergonômicos
Somatório X = Y = % Parcial do índice de condições Físicas
(WD)
WD= (1-Y/X) x FV
Tabela 36 - Formulário (WE) para auditar sistemas de emergência
AVALIAÇÕES DAS CONDIÇÕES AMBIENTAIS DE MSS E - Sistemas de Emergência Quantidade
Inspecionada (X)
Quantidade Abaixo do Padrão
(Y) 33 - Instrução de Emergência 34 - Proteção Contra Emergência 35 - Lava Olhos e Chuveiros de Emergência
36 - Estações de Primeiros Socorros 37 - Equipamentos para Controle de Emergênciae Resgate
Somatório X = Y = % Parcial do índice de condições Físicas
(WE)
WE = (1-Y/X) x FV
103
Tabela 37 - Formulário (WF) para auditar avaliação de perigos e controle dos riscos
AVALIAÇÕES DAS CONDIÇÕES AMBIENTAIS DE MSS F - Avaliação de Perigos e Controle dos Riscos Quantidade
Inspecionada (X)
Quantidade Abaixo do Padrão
(Y) 38 - Código de Cores 39 - Etiquetas e Sinais 40 - Sistemas de Bloqueio 41 - Sistemas de Advertência 42 - Sistemas de Permissões para Trabalho 43 - Regras Regulamentos
Somatório X = Y = % Parcial do índice de condições Físicas
(WF)
WF = (1-Y/X) x FV
Os formulários apresentados nas tabela 32 á 37, representam uma síntese agrupada por
categoria dos principais elementos preventivos desenvolvidos por pesquisadores para evitar
perdas e publicados em normas técnicas, livros, revistas e programas de gestão de MSS bem
sucedidos.
4.1.3. Padrões de Utilização dos Equipamentos de Proteção Individual (EPI’s)
Estabeleceu-se para esta pesquisa 10 (dez) elementos de controle para a composição
dos padrões de utilização dos equipamentos de proteção individual. Esses dez elementos
foram desenvolvidos com base nas pesquisas bibliográficas e de campo, conforme já citado
no capítulo 3 (metodologia) e encontram-se no anexo 1 desta pesquisa.
Os padrões para utilização dos equipamentos de proteção individual podem ser
avaliados através de auditoria e/ ou inspeção.
Na tabela 38, apresenta-se o formulário para auditar os padrões de controle de
utilização dos equipamentos de proteção individual do programa de MSS, bem como um
exemplo de como utilizá-lo.
104
Tabela 38 - Formulário para auditoria dos Equipamentos de Proteção Individual - EPI’s
AUDITORIA DA UTILIZAÇÃO DOS EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL (EPI’s)
Tipos de Proteção
Quantidade Inspecionada
(X)
Quantidade Abaixo do Padrão
(Y)
% de Utilização por tipo individual de EPI’s Z = (1-Y/X) x 100
1 - Proteção para a Cabeça / / / / / / / / / / / / / / 60 2 - Proteção Visual e Facial 3 - Proteção Respiratória / / / / / / / / / / / / 80 4 - Proteção Auditiva 5 - Proteção para o Tronco 6 - Proteção para os Membros Superiores
/ / / / / / / / / / / / / 70
7 - Proteção para os Membros Inferiores
/ / / / / / / / / / / 90
8 - Proteção Contra Quedas, com Diferença de Nível
9 - Proteção para o Corpo Inteiro 10 - Outros Tipos de Proteção
Somatório Xt = 40 Yt = 10 75 % Total do índice de utilização de EPI’s
(W)
W = (1-Yt/ Xt) x 100
4.1.3.1. Metodologia para Realizar a Auditoria dos Padrões de Utilização dos EPI’s
A utilização dos Equipamentos de proteção Individual (EPI’s), pelos empregados,
ajudam as organizações a reduzir/ controlar as perdas relacionadas aos acidentes e doenças do
trabalho e ocorrências ambientais. Os EPI’s, são a última linha de defesa e agem como
barreiras de proteção ao contato com uma fonte de energia ou substância.
Sabe-se que os EPI’s não evitam acidentes, mas ajudam a reduzir a gravidade das
lesões.
Os EPI’s devem estar disponíveis aos empregados, contratados e visitantes, sempre
que houver exposição a riscos que não possam ser controlados de outras formas.
As organizações devem realizar uma análise de risco minuciosa das necessidades de
utilização dos EPI’s, devem ser identificados requisitos e estabelecidos padrões. Os padrões
devem definir, claramente, a necessidade do EPI, quando ele deve ser usado, por quem e em
que atividade/ tarefa a ser realizada.
Segundo a Fundacentro (1981, p.1), os EPI´s são empregados, na maioria dos casos,
quando recursos de ordem geral não são aplicáveis ou não se encontram disponíveis para a
neutralização de riscos que comprometam a segurança e a saúde do trabalhador.
Antes de se iniciar a auditoria de utilização de EPI’s, o avaliador (auditor), deverá
saber previamente, quais são os equipamentos de proteção individual recomendados,
105
especificados e/ ou estabelecidos para o setor, área, local e/ ou posto de trabalho que será
objeto da auditoria.
Os padrões propostos contemplam toda uma gama de EPI’s que devem ser
inspecionados e podem ser adotados por qualquer tipo de organização.
Ao se realizar uma auditoria para se determinar o grau de utilização dos EPI’s na
organização, o avaliador deverá tabular os itens, conforme forem sendo encontrados, fazendo
marcas na forma de traços (risco) na coluna quantidade auditada. Quando as condições não
estiverem de acordo com os padrões (não utilização de EPI’s por parte do empregado), deverá
ser colocada uma marca na coluna abaixo do padrão. No final da auditoria pode-se obter o
percentual do índice de utilização de EPI’s total ou parcial conforme a tabela 38 (formulário
para auditoria dos equipamentos de proteção individual).
Segundo Mazzotti; Gewandsznajder (1999, p. 165), “Sistema de sinal - quando se
registra a presença ou ausência do comportamento durante o período observado, sem
preocupação com a freqüência ou grau em que ocorre. Tipicamente, o instrumento consiste
numa lista de itens ou comportamentos (“checklists”), onde o observador checa aqueles que
ocorrem.”
O índice parcial de utilização de cada tipo de EPI’s deverá ser obtido aplicando a
fórmula individualizada: Z = (1-Y / X) x 100.
Para se obter o índice total de utilização de EPI’s, deverá ser somado todas as
respectivas quantidades inspecionadas (Xt) e as quantidades abaixo dos padrões (Yt) de todos
os itens e aplicar a fórmula : W = (1-Yt / Xt) x 100.
4.1.4. Padrões de Entrevistas com Pessoas
Desenvolve-se, para esta pesquisa dois tipos de padrões de entrevistas com pessoas
(formulário). Um para ser aplicado aos empregados e/ ou prestadores de serviços e o outro
para serem aplicados aos gerentes superiores e médios/ líderes.
Estes formulários foram desenvolvidos com base nas pesquisas bibliográficas e de
campo, conforme já citado no capítulo 3 (metodologia) e encontram-se no anexo 1 desta
pesquisa.
Para Gilbert (1995, p. 213), o questionário deve ser usado como exercício teórico,
utilizando seu melhor julgamento sobre a situação do programa de implementação do sistema
de gestão de meio ambiente dentro da organização.
106
4.1.4.1. Metodologia para Realizar a Auditoria dos Padrões de Entrevistas com
Pessoas
Segundo Quintella (1994, p. 89), a técnica de entrevista é uma das mais utilizadas no
levantamento de dados para promover achados e testar hipóteses. É uma técnica cara, porém
uma das mais eficazes. As entrevistas podem ser pessoais, de entrevistador para um
entrevistado, de dois para um, de um para dois, ou de ainda um para muitos
As principais vantagens da entrevista são as possibilidades de captar emoções, e obter
esclarecimentos.
As entrevistas realizadas de forma estruturada servem para fornecer um indicador de
desempenho de como está sendo percebido, pelos empregados (gerentes superiores e médios
e/ ou líderes, empregados e/ ou prestadores de serviço), num determinado momento, o atual
estágio da cultura de meio ambiente e de segurança e saúde no trabalho da organização.
O ponto fraco obtidos através de análise dos relatórios de entrevista com pessoas,
ajudará as organizações a traçar seus objetivos, estabelecer suas metas e planos de ações para
melhoria destas condições.
Para Veritas (2000, p. 86), as perguntas das entrevistas devem ser projetadas para
verificar se os sistemas considerados estão funcionando, a partir das entrevistas dos
elementos.
Para Mazzotti; Gewandsznajder (1999, p. 168), por sua natureza interativa, a entrevista
permite tratar de temas complexos que, dificilmente, poderiam ser investigados
adequadamente questionários, explorando-os em profundidade. A entrevista pode ser a
principal técnica de coleta de dados ou pode, como vimos, ser parte integrante da observação
do participante.
O entrevistador (auditor) deverá planejar a entrevista, antes de iniciar a mesma da
seguinte forma:
a) Na Preparação
Selecionar com critério os entrevistados; definir a informação a ser obtida e a
estratégia de obtenção; familiarizar-se, ao máximo, com o assunto e os pontos correlatos;
fixar, com antecedência, o compromisso; informar, aos entrevistados, o item e os objetivos da
entrevista.
107
b) Onde Entrevistar
As entrevistas devem ser conduzidas mais eficientemente numa atmosfera privada ou
isolada, não ameaçadora e deve ser realizada em aproximadamente 15 minutos. A entrevista
deve ser privada para que terceiros não influenciem as respostas.
c) Nos Primeiros Momentos
Deve-se quebrar o gelo inicial, rever a finalidade da entrevista e sua relevância,
solicitando a colaboração ao entrevistado; informando a confidencialidade do processo.
d) Durante a Entrevista
Para Quintella (1994, p. 90), deve ser garantir o clima agradável, utilizar roteiro e
questionário como guias formais, fazer transição para mudar de assunto; nunca sugerir a
resposta; certificar-se de que foi bem entendida; permanecer neutro; não criticar; não misturar
levantamentos com análise e decisão, estar plenamente atento; ouvir pelo menos o dobro do
que falar; antes de agir; observar, pensar e analisar.
e) No Registro das Informações
Anotar, sem perder a atenção ao entrevistado; ser sucinto e essencial; ao surgir um
desabafo dar toda atenção ao entrevistado, suspendendo as notas; mostrar as anotações ao
final; conferir o conteúdo com o entrevistado; ler, pensar, analisar, discutir as anotações antes
dos próximos passos.
4.1.4.2. Formulário de Entrevista com Pessoas
As perguntas a serem feitas nos formulários de entrevistas com pessoas devem ser
claras e objetivas e ter como resposta: Sim, Não e Não Aplicável.
Se o empregado conhece o padrão preestabelecido, o auditor deverá marcar um “Sim”,
caso não conheça, deverá marcar um “Não”. Se a pergunta não se aplica deverá ser marcado
NA, fazendo um circulo em volta e/ ou um X em cima da resposta.
Alguns pesquisadores em sistemas de gestão de MSS recomendam realizar,
108
aproximadamente, dez perguntas por empregado.
O auditor deve selecionar, previamente, as perguntas que deverão ser feitas.
Para se obter o percentual individual do índice de conhecimento (Ιc) do programa de
gestão de MSS, que os empregados têm, devem-se somar todas as perguntas realizadas (X) e
todas as respostas obtidas como NÃO (Y) e aplicar a fórmula padronizada:
Ιc = (1-Y/ X) x 100, para cada um dos dois tipos de formulários de entrevista com
empregados especificados no anexo 1.
Para se obter o índice total da entrevista com empregados (Ιt), deve-se somar todas as
perguntas feitas a todos os empregados (Xt), e todas as respostas obtidas como NÃO (Yt) e
aplicar a formula: Ιt = (1-Yt / Xt) x 100.
Os principais pontos abordados nas entrevista com funcionários são: política de meio
ambiente e segurança e saúde da organização; liderança e administração; formação e
treinamento; regras e regulamentos de meio ambiente e de segurança e saúde no trabalho;
avaliação de perigos e controle dos riscos; equipamento de proteção individual (EPI’s);
controle de saúde e higiene ocupacional; reunião de MSS; investigação e estatística de
acidentes, incidentes e impactos ambientais; dispositivos de segurança em máquinas e
equipamentos; planos de controle de emergência; comissão interna de prevenção de acidentes;
inspeções de meio ambiente e de segurança e saúde no trabalho, dentre outros.
Na tabela 39 é fornecido um exemplo de um formulário de entrevista com empregados
e/ ou prestadores de serviço e como o mesmo deverá ser preenchido.
109
Entrevista com Empregados e/ ou Prestadores de Serviço ______________________________ ___/___/___ Organização _________________ __________ ________ Departamento Setor Área __________________________ _________________________ Nome do Entrevistado Nome do Entrevistador
Aplique o seguinte critério para cada pergunta realizada:
S = SIM N = NÃO NA = NÃO APLICÁVEL
Envolva uma única reposta com um círculo e/ ou marque com X em cima.
Perguntas utilizadas para conferir a existência do Programa de Gestão de MSS
1. A organização possui uma política de MSS? S N NA
2. Você conhece a política de MSS? S N NA
3. Quais os principais itens que você considera importantes na política de MSS? S N NA
4. Na sua descrição de posto, foram estabelecidos requisitos de MSS que você tenha S N NA
que atender?
5. Você tem conhecimento e/ ou é informado dos objetivos de MSS de sua área e da S N NA
organização?
6. Você tem conhecimento e/ ou é informado das estatísticas de acidentes, incidente e S N NA
ocorrências ambientais de sua área e da organização?
7. Os gerentes superiores e médios e/ ou líderes estão comprometidos com a MSS? S N NA
8. Você conhece os perigos, riscos e possíveis ocorrência ambientais decorrentes de suas S N NA
atividades e os meios de controle das mesmas?
9. Antes de iniciar suas tarefas, você faz uma analise dos riscos inerentes ao seu trabalho e S N NA
adota medidas preventivas de controle para evitara acidentes, incidentes e ocorrências ambientais?
10. Ao verificar um risco você reporta ao seu supervisor imediato e a área de Meio ambiente S N NA
e de segurança e saúde no trabalho?
• Numero de Perguntas propostas (X) ............................... 10
• Numero de Respostas Obtidas como “Não” (Y) .............................. 4
• % Individual do índice de Conhecimento do Programa de MSS .............................. 60 %
Ic = (1 – Y/X) x 100
Tabela 39 - Formulário para entrevista com empregados e/ ou prestadores de serviço
110
CAPÍTULO 5 - O SISTEMA DE GESTÃO INTEGRADA DE MEIO AMBIENTE
E DE SEGURANÇA E SAÚDE NO TRABALHO, ATRAVÉS DO
CICLO PDCA
O objetivo deste capítulo é o de fornecer um guia de como implantar passo a passo um
sistema de gestão integrada de meio ambiente e de segurança e saúde no trabalho, de uma
forma estruturada e pró-ativa, através de cada um dos ítens e subitens do ciclo de gestão
PDCA (Planejar, Desenvolver, Controlar e Atuar). A metodologia encontra-se fundamentada
nas guias internacionais de sistemas de gestão. Pode-se citar como a da gestão do meio
ambiente (ISO 14001/ ABNT NBR ISO 14001/ 2004 e da gestão da segurança e saúde no
trabalho (BSI OHSAS 18001/ 1999). Outras publicações foram consultadas para apoio, bem
como práticas de sucesso obtidas por diversas organizações no Brasil e no mundo na
integração dos sistemas de gestão.
Neste capítulo apresenta-se também uma tabela contendo todos os ítens itemizados e
integrados.
5.1. SISTEMA DE GESTÃO
Um sistema pode ser definido como um arranjo ordenado de componentes que estão
inter-relacionados e que atuam e interajam com outros sistemas para cumprir um determinado
objetivo. No caso de uma organização tem-se um arranjo de recursos humanos, materiais e
financeiros, procurando atingir o objetivo de atender às expectativas e exigências de seus
clientes e consumidores. Esse mercado, de uma forma contínua, retro alimenta a organização,
dando-lhes subsídios que influenciarão as suas operações. Há também fatores externos que
contribuem ou mesmo interferem diretamente no desempenho da organização, tais como:
ações e leis, problemas de energia, matérias-primas, fornecedores, dentre outros. A própria
comunidade é um fator externo que deve cada vez mais ser considerado, tanto nas questões
ambientais como nas de segurança e saúde.
Portanto, um sistema de gestão abriga uma necessidade de se ter uma visão sistêmica.
Então, pode-se definir um sistema de gestão como: à parte do sistema de gestão global que
inclui estrutura organizacional, responsabilidades, procedimentos, processos e recursos para
uma organização implementar a sua gestão da qualidade, a sua gestão ambiental e/ ou a sua
gestão da saúde e segurança no trabalho.
111
5.2. SISTEMA DE GESTÃO AMBIENTAL
As organizações têm se defrontado com um processo crescente de cobrança por uma
postura responsável e de comprometimento com o meio ambiente. Esta cobrança tem
influenciado a ciência, a legislação, a política, e as formas de gestão e planejamento, sob
pressão crescente dos órgãos reguladores e fiscalizadores, das organizações não
governamentais e, principalmente, do próprio mercado, incluindo as entidades financiadoras,
como bancos, seguradoras e os próprios consumidores.
Sob tais condições as organizações têm procurado estabelecer formas de gestão com
objetivos explícitos de controle de poluição e de redução das taxas de efluentes, controlando
ou minimizando os impactos ambientais, como também otimizando o uso de recursos
naturais, controle do uso da água, energia e outros insumos. Uma das formas de
gerenciamento ambiental de maior adoção pelas organizações tem sido a implementação de
um sistema de gestão ambiental, segundo a norma internacional ISO 14001, visando a
obtenção de uma certificação.
São dois os sistemas de gestão ambiental utilizados pelas organizações no Brasil: a
NBR ISO 14001, foco deste capítulo e o Programa de Atuação Responsável, patrocinado pela
Associação Brasileira de Industrias Químicas – ABIQUIM.
Segundo a ABNT NBR ISO 14001 (2004, p. 02), as normas internacionais de gestão
ambiental têm por objetivo prover às organizações dos elementos de um sistema ambiental
eficaz, passível de integração com outros elementos de gestão, de forma a auxiliá-las a
alcançar os seus objetivos ambientais e econômicos. Essas normas enfatizam os seguintes
aspectos da gestão ambiental: sistema de gerenciamento ambiental, auditoria ambiental e
investigações relacionadas à rotulagem e declarações ambientais; avaliação de desempenho
ambiental e termos e definições. Este conjunto reflete e atende as necessidades das
organizações, criando-lhes uma base para o gerenciamento empresarial das questões relativas
ao meio ambiente.
Na implantação de um Sistema de Gestão Ambiental (SGA), contudo, o primeiro
passo deve ser a formalização por parte da direção da organização, perante sua corporação, do
desejo da instituição em adotar um SGA, deixando claras suas intenções, e enfatizando os
benefícios a serem obtidos com a sua adoção. Isso se traduz em comprometimento de sua alta
administração, ou, em alguns casos, dos gerentes e chefias de suas unidades, com a realização
de palestras de conscientização e de esclarecimentos da abrangência pretendida, realização de
diagnósticos ambientais, definição formal do grupo coordenador, definição de um programa
112
de implantação, e, finalmente, no lançamento oficial do programa de implantação do SGA.
Segundo a ABNT NBR ISO 14001 (2004, p. 04), o sistema de gestão ambiental é
definido como: À parte do sistema de gestão global que inclui estrutura organizacional,
atividades de planejamento, responsabilidades, práticas, procedimentos, processos e recursos
para desenvolver, implementar, atingir, analisar criticamente e manter a política ambiental. A
Figura 25 a seguir demonstra a estrutura do sistema de gestão ambiental segundo a NBR ISO
14001.
Todas as organizações estão relacionadas com as questões ambientais, seus processos
onde seguem o fluxo de utilização de insumos e energia (entradas), processo produtivo
(transformação), consumo final (saídas) pelo consumidor e descarte das embalagens.
Um Sistema de Gestão Ambiental gera vantagem competitiva no mercado mundial,
pois passa a ser um diferencial entre empresas. Alguns pesquisadores consideram que
organizações que implantam um SGA apresentam as seguintes melhorias:
a) o SGA deve ser considerado como um investimento visando melhoria da produtividade;
Planejamento
Implementação e Operação
Análise Critica pela Administração
Verificação e Ação Corretiva
Política Ambiental
Melhoria
Figura 25: Estrutura do sistema de gestão ambiental adaptada segundo a NBR ISO 14001
113
b) transformação da matéria prima em produto acabado e não em produto poluído;
c) controle de emissões atmosféricas; instalação de filtros, regulagem de caldeiras e fornos,
uso de gás natural em vez do óleo diesel, redução de energia elétrica, etc.; controle de
emissão em corpos d’água;
d) aproveitamento dos resíduos gerados dentro da própria organização ou venda dos
mesmos como matéria prima para outras empresas;
e) comprometimento com a entidade de certificação ambiental através de auditorias
periódicas, visando verificar a funcionalidade do SGA se a organização deseja se certificar;
f) ajustamento do passivo ambiental da organização através de termo de ajuste de conduta,
realizado entre a organização e o órgão estadual de meio ambiente.
5.3. SISTEMA DE GESTÃO DE SEGURANÇA E SAÚDE NO TRABALHO
No mundo a segurança e a saúde dos colaboradores vem preocupando cada vez mais o
governo, a sociedade, as organizações, entre outros. O aumento dos acidentes de trabalho e
das doenças ocupacionais acarreta passivos trabalhistas elevados e prejudicam a saúde
financeira das empresas. A criação da norma OHSAS 18001, atendeu a um grande clamor
internacional. A mesma foi desenvolvida em resposta à urgente demanda por parte dos
clientes, de se ter uma norma para o sistema de gestão de saúde e segurança que sirva como
base para a avaliação e certificação de seus próprios sistemas de gestão.
Esta norma, sobre Sistema de Gestão de Segurança e Saúde no Trabalho (SST), é um
instrumento de reconhecimento internacional. A mesma é compatível com a norma NBR ISO
14001. Encontra-se fundamentada nas mesmas ferramentas do ciclo PDCA de melhoria
continua, conforme figura 26 a seguir.
114
Essa compatibilidade permite a unificação, isto é, a integração de ambas, formando
uma poderosa ferramenta de gestão para as organizações. Segundo a OSHAS 18001 (1999, p.
08), foi desenvolvida para ser compatível com as normas para sistemas de gestão ISO
9001:1994 (Qualidade) e ISO 14001:1996 (Meio Ambiente), com o objetivo de facilitar a
integração dos sistemas de gestão da qualidade, ambiental e de saúde e segurança no caso da
organização assim o desejar.
A norma em questão tem como escopo apresentar requisitos para o sistema de gestão
da SST permitindo à organização controlar seus riscos de segurança e saúde melhorando seu
desempenho.
De acordo com a OHSAS 18001 sua aplicabilidade é dada a qualquer organização que
deseja:
a) estabelecer um sistema de gestão em segurança e saúde para eliminar ou reduzir os riscos
aos quais empregados e outras partes interessadas possa estar expostos em suas atividades;
b) implementar, manter e melhorar continuamente o sistema de gestão em segurança e
saúde; certificar-se de que está em conformidade com sua política de segurança e saúde;
c) demonstrar a referida conformidade a terceiros; buscar a certificação de seu sistema de gestão de segurança e saúde conferida por uma organização externa.
5.4. O CICLO PDCA
O método PDCA baseia-se no controle de processos, foi desenvolvido na década de 30
Melhoria Contínua
Figura 26: Elementos do sistema de gestão de segurança e saúde no trabalho (SST)
Fonte: OHSAS 18001
Política de SST
Planejamento
Implementação
Verificação e ação corretiva
Analise crítica pela Administração
115
pelo americano Shewhart. Seu maior divulgador foi Deming ao aplicar nos conceitos de
qualidade no Japão no período pós-guerra.
Em um processo de melhoria continua o ciclo PDCA estabelece através de quatro
passos fundamentais a melhoria do sistema como mostra a figura 27 a seguir.
Com o passar do tempo cada ciclo é concluído e um ciclo novo é iniciado, ocorrendo
com isso, um rolamento dos ciclos, conforme figura 28, a seguir, alcançando em sua
complexidade a melhoria continua do sistema.
P
DC
A
Figura 27: Ciclo Shewhart ou Ciclo de Deming
Fonte: DARTMOUTH COLLEGE (2000), adaptado.
Melhoria Contínua
P
D C
A
P
DC
AP
D C
A
P
D C
A
T1 T2 T3 TN
Complexidade
Figura 28: Rampa de subida da melhoria continua
Fonte: DARTMOUTH COLLEGE (2000), adaptado.
1
2
3
4
116
5.5. SISTEMA DE GESTÃO INTEGRADO DE MEIO AMBIENTE E DE SEGURANÇA E SAÚDE NO TRABALHO (SGI-MSS)
A partir deste ponto não se pensa mais em promover ações isoladas e sim estabelecer um sistema de gestão integrado de MSS. A
implantação não é tarefa fácil, pois o processo envolve a integração de elementos (ítens) das normas NBR ISO 14001 (2004) e das Diretrizes
da OHSAS 18001 (1999).
A tabela 40 apresenta os itens das normas itemizados, bem como a integração dos mesmos.
Tabela 40 - Comparativo dos requisitos das normas NBR - ISO 14001 e BSI – OHSAS 18001 e integração do sistema MSS ETAPAS DO CICLO PDCA
NBR ISO - 14001/ 1996 ISO - 14001
BSI OHSAS - 18001/ 1999 INTEGRAÇÃO – MSS
GENERALIDADES POLÍTICA
4.1- Requisitos Gerais 4.2- Política Ambiental
4.1- Requisitos Gerais 4.2- Política de SST
4.1- Requisitos Gerais 4.2- Política de MSS
P - PLANEJAMENTO
4.3- Planejamento 4.3.1- Aspectos ambientais 4.3.2- Requisitos legais e outros requisitos 4.3.3-Objetivos, Metas e Programa(s) de Gestão Ambiental
4.3- Planejamento 4.3.1- Planejamento para identificação de perigos e avaliação e controle de riscos 4.3.2- Requisitos legais e outros requisitos 4.3.3- Objetivos 4.3.4- Programa (s) de Gestão de SST
4.3- Planejamento 4.3.1- Aspectos ambientais e planejamento para identificação de perigos e avaliação e controle de riscos 4.3.2- Requisitos legais e outros requisitos 4.3.3- Objetivos, Metas e Programa (s) de Gestão de MSS
4.4- Implementação e Operação 4.4.1- Estrutura e responsabilidade
4.4- Implementação e Operação 4.4.1- Estrutura e responsabilidade
4.4- Implementação e Operação 4.4.1- Estrutura e responsabilidade
117
D - DESENVOLVIMENTO
4.4.2- Treinamento, conscientização e competência 4.4.3- Comunicação 4.4.4- Documentação do Sistema de Gestão Ambiental 4.4.5- Controle de Documentos 4.4.6- Controle operacional 4.4.7- Preparação e atendimento a emergências
4.4.2- Treinamento, conscientização e competência 4.4.3- Consulta e Comunicação 4.4.4- Documentação 4.4.5- Controle de Documentos e Dados 4.4.6- Controle operacional 4.4.7- Preparação e atendimento a emergências
4.4.2- Treinamento, conscientização e competência 4.4.3- Consulta e Comunicação 4.4.4- Documentação do Sistema de Gestão de MSS 4.4.5- Controle de Documentos e Dados 4.4.6- Controle operacional 4.4.7- Preparação e atendimento a emergências
C- CHECAGEM
4.5- Verificação e ação corretiva 4.5.1- Monitoramento e medição 4.5.2- Não - conformidade e ações corretiva e preventiva 4.5.3- Registros 4.5.4- Auditoria do sistema de gestão Ambiental
4.5- Verificação e ação corretiva 4.5.1- Monitoramento e mensuração do desempenho 4.5.2- Acidentes, incidentes, Não – conformidade e ações corretiva e preventiva 4.5.3- Registros e gestão de registros 4.5.4- Auditoria
4.5- Verificação e ação corretiva 4.5.1- Monitoramento, medição e mensuração do desempenho 4.5.2- Acidentes, incidentes, Não – conformidade e ações corretiva e preventiva 4.5.3- Registros e gestão de registros 4.5.4- Auditoria do sistema de gestão de MSS
A- ANÁLISE CRÍTICA
4.6- Análise crítica pela administração
4.6- Análise crítica pela administração
4.6- Análise crítica pela administração
Pode-se observar na tabela acima, que os requisitos das normas ISO 14001 e OHSAS 18001 são bem similares, facilitando assim a sua
integração.
118
5.5.1. Requisitos de um Sistema de Gestão Integrada de Meio Ambiente e de
Segurança e Saúde no Trabalho (SGI-MSS)
A seguir são descritas passo a passo as etapas de um sistema de gestão integrada de
MSS.
5.5.1.1. Requisitos Gerais
A organização que tem interesse em estabelecer um sistema de gestão integrada de
meio ambiente e da segurança e saúde e que visa a se certificar, deve atender a todos os
requisitos a seguir e não só a aplicação de alguns deles.
A manutenção de um sistema de gestão de MSS baseia-se em dois princípios
fundamentais:
a) sua melhoria continua;
b) a possibilidade de evidenciar o desempenho ambiental e da segurança e saúde da
organização.
Cada organização tem a liberdade de adotar a forma que entenda como mais adequada
para cumprir os requisitos da norma de referência, contudo, destacamos três aspectos como
sendo relevantes para que as formas adotadas possam ser as mais eficazes:
- a adoção de medidas apropriadas às características da organização (dimensão,
complexidade da estrutura, atividades, produtos, serviços, mercados, sensibilidade do meio
circundante) e à natureza de suas atividades (maior ou menor impacto ao meio ambiente e a
segurança e saúde dos empregados);
- as soluções técnicas encontradas para os problemas ambientais e de segurança e saúde
devem permitir o cumprimento da legislação considerada como aplicável e da Política de
MSS definida pela organização, com os custos associados equilibrados e adequados;
- a analise periódica do SGI-MSS no sentido de que a avaliação daí resultante permita
identificar novas oportunidades de melhoria do sistema e/ ou de desempenho do MSS.
119
5.5.1.2. Política de MSS
A Política de MSS deve ser definida pela integração das normas NBR ISO 14001 e
OHSAS 18001, como a declaração da organização, expondo suas intenções e princípios em
relação ao seu desempenho ambiental e de segurança e saúde, que prevê uma estrutura para a
ação e definição de seus objetivos e metas. A política de MSS estabelece, dessa forma, um
senso geral de orientação e fixa os princípios de ação para a organização.
A Política de MSS deve ser consubstanciada por meio de um documento escrito/ carta
de compromisso da organização, que aborda todas as filosofias e valores da organização
relativos ao meio ambiente e à segurança e a saúde, bem como aponte os requisitos
necessários ao atendimento de sua política de MSS, por meio dos objetivos, metas e
programas. A política ambiental deve ser considerada como a grande declaração de
comprometimento empresarial, relativo ao meio ambiente, constituindo o alicerce de base do
sistema de gestão ambiental.
Segundo Maimon (1999, p. 26), a definição da Política Ambiental leva em conta a
avaliação ambiental da organização (onde estamos) e as metas a serem alcançadas (a onde
queremos chegar).
A política ambiental contém as diretrizes básicas para a definição e revisão dos
objetivos e metas ambientais da organização. A NBR ISO 14001 (2004, p. 04), no seu quesito
relativo à política ambiental, afirma que: a alta administração deve definir a política ambiental
da organização e assegurar que ela: seja apropriada à natureza, escala e impactos ambientais
de suas atividades, produtos e serviços; inclua o comprometimento com a melhoria continua e
com a prevenção de poluição; inclua o comprometimento com o atendimento à legislação e
normas ambientais aplicáveis, e demais requisitos subscritos pela organização; forneça a
estrutura para o estabelecimento e revisão dos objetivos e metas ambientais; seja
documentada, implementada, mantida e comunicada a todos que trabalhem na organização ou
que atuem em seu nome, e esteja disponível para o público.
Segundo Nicolella et al. (2004, p. 11), a política ambiental contém as diretrizes
básicas para a definição e revisão dos objetivos e metas ambientais da empresa. A mesma
depois de definida deve ser documentada e comunicada a todas as partes interessadas que
convier. Podemos considerar como partes interessadas o público externo (órgãos
regulamentadores, organizações não governamentais – ONGs, comunidades circunvizinhas,
empresas diversas e o público em geral), e o público interno (os acionistas, os empregados, as
empresas prestadoras de serviço interno a organização, etc.).
120
Para Bidone; Morales (2004, p. 101), é recomendável que a alta administração da
organização defina e documente sua política ambiental no mesmo contexto da política
ambiental de uma organização maior da qual seja parte, com o endosso desta, se houver.
Na definição da Política Ambiental deve ser avaliada a especificidade da organização:
na conformidade à legislação ambiental; na disponibilidade de pessoal para implantar a nova
política e; sobretudo, na disponibilidade econômica/ financeira.
A OHSAS 18002 (2001, p. 14), recomenda que a alta administração produza e seja
signatária de uma declaração documentada da política de SST.
Na tabela 41, comenta-se um exemplo de uma política integrada de MSS.
121
Tabela 41 - Exemplo de Política Integrada de Meio Ambiente e de Segurança e Saúde no Trabalho
Assim, baseado em boas práticas, recomenda-se que a política seja:
a) estabelecida e mantida pela alta administração, por meio de sua liderança e exemplo nas
atitudes e empenho pessoal;
b) estabelecida de forma a permitir a associação direta com: os processos; atividades, as
opções estratégicas; os objetivos, as metas, os programas, os recursos, os prazos e os
indicadores de desempenho;
c) divulgada para as partes interessadas através de jornais, revistas, internet, intranet, e mail,
A ............................................... esta comprometida num processo de Qualidade Total e considera como
sua responsabilidade contribuir para a preservação Ambiental e da Segurança e Saúde no Trabalho,
através da melhoria continua.
Esta Política de Meio Ambiente e de Segurança e Saúde no Trabalho, se apóia nas seguintes orientações:
ASSUMIR A GESTÃO DO MEIO AMBIENTE, E DA SEGURANÇA E SAÚDE como parte
integrante dos seus negócios, reconhecendo como dever de todos os empregados e parceiros.
CONHECER CADA ASPECTO AMBIENTAL SIGNIFICATIVO proveniente de suas atividades,
produtos e serviços, passados, atuais e futuros, promovendo a prevenção de seus impactos sobre o meio
ambiente;
ANTECIPAR, RECONHECER, AVALIAR E CONTROLAR os riscos decorrentes de suas
atividades.
PROMOVER A REDUÇÃO, A REUTILIZAÇÃO E A RECICLAGEM de resíduos e a redução do
consumo de materiais e energia;
OUVIR E RESPONDER AS PREOCUPAÇÕES de seus clientes, empregados, outros parceiros e
demais partes interessadas;
122
cartazes, banners, folders, treinamentos, palestras, reuniões, contratos, placas de
sinalização, outdoors.
5.5.1.3. Planejamento
As normas NBR ISO 14001 e OHSAS 18001 recomendam que a organização formule
um plano para cumprir sua Política Ambiental e de Segurança e Saúde. Este plano deve
incluir os seguintes tópicos: aspectos ambientais e planejamento para identificação de perigos
e avaliação e controle de riscos; requisitos legais e outros requisitos, objetivos e metas e
programa (s) de gestão de MSS.
Segundo Maimon (1999, p. 29), o planejamento é um conjunto de procedimentos
importantes para a implantação e operação do sistema de gestão ambiental e que completam
sua política ambiental.
5.5.1.3.1. Aspectos Ambientais e Planejamento para Identificação de Perigos e
Avaliação e Controle de Riscos
O objetivo deste item é o de fazer com que a organização identifique todos os
impactos ambientais significativos, reais e potenciais, relacionados com suas atividades,
produtos e serviços, para que possa controlar os aspectos sob sua responsabilidade, bem como
a identificação de perigos e a avaliação de riscos de acidentes de trabalho e de doenças
ocupacionais. Para Reis; Queiros (2002, p. 41), o aspecto ambiental significa a causa de dano
ambiental e impacto ambiental significa os efeitos ambientais, adversos ou benéficos.
Para se determinar os aspectos ambientais devem ser levados em consideração todas às
atividades e tarefas do processo produtivo, avaliando-se seus respectivos impactos ambientais.
Os aspectos ambientais incluem todas as entradas e saídas do processo produtivo. Para
cada atividade e tarefa deste processo, deve ser elaborada uma analise de inventário, conforme
figura 29.
123
Após a elaboração da análise de inventário, deve-se proceder à identificação dos
aspectos ambientais significativos associados ao uso de matérias primas e produtos auxiliares,
energia, recursos naturais, emissões atmosféricas, efluentes líquidos, resíduos, contaminação
da terra, impactos em comunidades e outras emissões ambientais.
A partir do inventário de todos os aspectos ambientais decorrentes da atividade
produtiva devem-se escolher os mais significativos. Para esta escolha devem ser levados em
consideração os impactos gerados, os riscos associados, a severidade e freqüência e a
disponibilidade de recursos econômicos/ financeiros e de recursos humanos de que à
organização dispõem no momento.
Na avaliação dos aspectos ambientais deve-se observado: a localização da
organização; as possíveis alterações (negativas e/ ou positivas) que as atividades, produtos e
serviços da organização possam causar no meio ambiente e a sansonalidade.
Segundo Maimon (1999, p. 30), a localização da organização é um fator importante na
escolha dos aspectos ambientais mais significativos, pois o grau de pressão do órgão
fiscalizador é diferenciado numa região federativa como no Brasil; a proximidade de áreas
residenciais e/ ou de proteção ambiental próxima à organização acarreta uma maior
responsabilidade da mesma.
Para a OHSAS 18002 (1999, p. 20), é recomendado que os processos de identificação
de perigos e avaliação e controle de riscos possibilitem á organização identificar, avaliar e
controlar os riscos de SST de forma contínua.
Em todos os casos, recomenda-se que se leve em consideração às operações normais,
anormais feitas na organização e as condições potenciais de emergência.
PROCESSPRODUTIV
SAÍDAS
--- Resíduos- Odore- Ruídos- Outras
ENTRADAS PROCESSO PRODUTIVO SAÍDAS
--- Resíduos- Odore- Ruídos-
SAÍDAS
-- í- Odore- Ruídos
Figura 29: Análise de inventário
- Produtos Principais - Sub-Produtos - Emissões Atmosféricas - Efluentes Líquidos - Resíduos - Odores - Ruídos
- Matérias Primas - Produtos Auxiliares - Energia - Água - Uso da Terra - Outros Recursos
124
Assim, baseado em boas práticas, recomenda-se:
a) Elaboração de estudos de análise de riscos qualitativos e quantitativos nos processos de
licenciamento ambiental de obras, de projetos e de empreendimentos.
b) adoção da técnica de análise preliminar de riscos para subsidiar a gestão de ambiental e
de segurança e saúde nas seguintes situações: emissão de permissão para trabalho,
modificações de campo, projetos, obras, empreendimentos, desvios temporários de sistemas
de meio ambiente e de segurança, elaboração de procedimentos operacionais e de
emergência, simulados de contingência e de emergência, etc.;
c) Adoção de sistemas informatizados que geram documentos de cunho legal exigidos no
Brasil citando como exemplo o PPRA (Programa de Prevenção de Riscos Ambientais), o
PCMSO (Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional), o PPEOB (Programa de
Prevenção da Exposição Ocupacional ao Benzeno), o PCMAT (Programa de Meio
Ambiente de Trabalho na construção civil); Mapa de Risco; o LTCAT (Laudo Técnico de
Condições do Ambiente de Trabalho), o Perfil Profissiográfico, o Plano anual de objetivos e
metas, etc.;
5.5.1.3.2. Requisitos Legais e Outros Requisitos
O requisito definido pela política de MSS da organização coloca com clareza o
comprometimento, destacando-se o cumprimento à legislação, normas aplicáveis e outros
requisitos ambientais e de segurança e saúde em vigor. Nesta etapa, são definidos critérios
para o cadastramento e a divulgação da legislação, dos códigos de conduta aplicáveis a
situações especificas da organização, e dos compromissos assumidos pela mesma.
Atenção especial deve ser dada aos requisitos legais e corporativos, pois deve ser
feitos todo um levantamento das legislações que afetam as áreas ambientais e de segurança e
saúde. Como exemplo podemos citar: as legislações municipais, estaduais e federais, normas
regulamentadoras do Ministério do Trabalho e Emprego e Previdência Social.
Segundo as normas NBR ISO 14001 (2004, p. 05) e OHSAS 18001 (1999, p. 19), a
organização deve estabelecer e manter procedimento para identificar e ter acesso à legislação
e outros requisitos por ela subscrito, aplicáveis aos aspectos ambientais e a perigos e riscos de
suas atividades, produtos e serviços.
Devido a grande complexidade deste assunto, diversas organizações utilizam-se de
escritórios jurídicos especializados para o fornecimento e atualização dos requisitos legais.
125
Para Maimon (1999, p. 30), devemos ter uma atenção especial para com as licenças
prévias, de instalação e de operação fornecidas pelos órgãos ambientais.
Em função da Política de MSS da organização devem ser avaliados os requisitos
corporativos. Estes requisitos podem ser a legislação do país para o qual se esta exportando ou
de origem do capital da organização, no caso de uma multinacional.
A seguir podem-se citar os principais diplomas legais que podem ser classificados
segundo a fonte e que se fazem necessários para atender a esse requisito do sistema de gestão
de MSS:
a) Constituição Federal: é a lei suprema do país (conjunto de normas jurídicas);
b) Constituição Estadual: cada unidade da federação tem a sua;
c) Lei Orgânica: é uma espécie de constituição municipal. Cada município tem a sua.
d) Lei: dispositivo elaborado e votado pelo Poder Legislativo. Pode ser federal, estadual ou
municipal;
e) Decreto: instrumento legal, que via de regra, regulamenta uma lei. A exemplo de lei,
também pode ser federal, estadual e municipal;
f) Medida Provisória: diploma legal emanado pelo Executivo Federal, em caso de urgência
e relevância, assim considerado a critério do presidente da República. Necessita ser
submetida ao Congresso Nacional.
g) Resolução: ato administrativo expedido por organismos internacionais, nacionais,
assembléias e outros, que visa à execução de determinações ou leis;
h) Portarias: ato administrativo de qualquer atividade pública, que contém instruções acerca
de aplicações de leis ou regulamentos ou qualquer determinação de sua competência.
Os diplomas legais depois de recepcionados devem ser arquivados conforme o critério
a seguir: pelo âmbito de sua competência: federal, estadual e municipal; por sua modalidade:
leis, decretos, portarias, etc. e por ordem cronológica.
Deve ser estabelecido um procedimento que defina um período de tempo para
atualização do cadastro da legislação. Recomenda-se semestralmente. A partir desta data
substitui-se os documentos revogados e incluem-se os novos. Os revogados deverão ser
arquivados.
126
Assim, baseado em boas práticas, recomenda-se:
a) a contratação de empresas de consultoria especializadas na identificação e
monitoramento de requisitos legais aplicáveis às atividades, produtos e serviços e com
escopo contratual de fornecimento dos textos legais, interpretação jurídica e técnica,
manutenção das informações atualizadas, visitas para análise da aplicabilidade, evidência e
monitoramento do cumprimento dos requisitos legais e acompanhamento e assessoria durante
as auditorias internas e de certificação;
b) a adoção de planilhas ou aplicativos de requisitos legais e outros requisitos aplicáveis,
com hyperlinks com tais requisitos e com as evidências documentais de seu atendimento
como, por exemplo, documentos, registros, dados, aplicativos, planilhas, desenhos, licenças,
outorgas, alvarás, cadastros, declarações, inscrições, fotos, etc.
5.5.1.3.3. Objetivos, Metas e Programa(s) de Gestão de MSS
Semelhantemente as demais políticas empresariais, a política de MSS também tem o
seu desdobramento em objetivos e metas a serem alcançados em um determinado períodos de
tempo, além de seguir uma lógica coerente com as fases de planejamento. Desta forma, os
objetivos e metas devem levar em consideração os aspectos ambientais significativos e seus
impactos ambientais, as identificações de perigos e as avaliações de riscos de acidentes de
trabalho e de doenças ocupacionais, bem como os requisitos legais e outros.
A organização deve estabelecer, implantar e manter seus objetivos e metas de MSS
documentados, nas funções e níveis relevantes na organização.
Os objetivos e metas devem ser mensuráveis quando exeqüível, e coerente com as
políticas ambientais, incluindo-se o comprometimento com a prevenção de poluição, com o
atendimento aos requisitos legais e outros requisitos subscritos pela organização e com a
melhoria contínua.
Neste contexto os objetivos e metas devem: estar integrados ao planejamento
estratégico da organização; refletir a política de MSS; considerar os aspectos e impactos
ambientais e os perigos e riscos; comprometer toda as áreas e empregados responsáveis pela
implantação; considerar os recursos econômicos/ financeiros, humanos e físicos necessários
para a implantação e ser dinâmicos e revisados periodicamente.
A seguir descrevemos de uma maneira simples o que é um objetivo e uma meta de
MSS.
127
- Objetivo de MSS:
Propósitos de Meio Ambiente e de Segurança e Saúde no Trabalho geral, decorrentes da política de MSS, que uma organização se propõe a atingir. - Meta de MSS
Requisito de desempenho detalhado aplicável à organização ou à parte dela, resultante dos objetivos de Meio Ambiente e de Segurança e Saúde no Trabalho e que necessita ser estabelecido e atendido para que tais objetivos sejam atendidos.
Assim, baseado em boas práticas, recomenda-se:
A adoção de sistemas informatizados para o estabelecimento, gestão e monitoramento
dos objetivos, metas e indicadores.
a) que os objetivos e metas sejam associados ao planejamento estratégico, política e
diretrizes, processos, atividades, produtos, serviços e interesses das partes interessadas;
b) que os objetivos e metas plurianuais sejam desafiadores com visão de melhoria contínua
de cada uma das unidades de negócios da organização como um todo utilizando como base
os indicadores de desempenho nacionais e internacionais de referência.
- Programa(s) de Gestão de MSS
A organização deve estabelecer e manter programa(s) de MSS para atingir seus
objetivos e metas. Neste programa, deve ser estabelecido um cronograma de execução, que
permita uma comparação entre o previsto e o realizado, atribuição de responsabilidade em
cada nível e função dentro da organização, os recursos humanos, financeiros e materiais, os
meios e prazos no qual estes devem ser atingidos.
Para Nicolella et al. (2004, p. 12), o programa de gestão ambiental deve ser entendido
pela organização como sendo um roteiro para implementar e manter um sistema de gestão
ambiental que permita alcançar seus objetivos e metas, previamente definidos.
Na tabela 42 a seguir, descreve-se um exemplo de um sistema de Gestão de MSS:
128
Tabela 42 - Exemplo de um sistema de gestão de MSS
Assim, baseado em boas práticas, recomenda-se:
a) o estabelecimento de programas associados aos objetivos e metas onde sejam definidos
de forma negociada desde a alta administração até o nível de executantes e fornecedores os
métodos, recursos humanos, qualificações, tecnologias, materiais, máquinas, recursos
financeiros e prazos;
Oficina de manutenção de máquinas, equipamentos e veículos
Itens retirados da Política de MSS: • Conhecer cada aspecto ambiental significativo, ..................................................................................... • Cumprir a legislação e outros requisitos e vigor, .................................................................................... Aspecto Ambiental: Geração de óleos e graxas. Impacto Ambiental: Contaminação do solo e Poluição dos corpos d’águas. Requisitos Legais: • Quais são os padrões definidos para a qualidade do solo (Federal, Estadual e Municipal); • Normas para classificação, estocagem, comercialização, transporte, e disposição de resíduos; • Quais são os padrões (Federal, Estadual e Municipal); das concentrações máximas permitidas para lançamento em corpos d’ água. Outros Requisitos: • Promover a redução, a reutilização e a reciclagem de resíduos. • Atendimento a padrões internos mais exigentes dentro de um prazo definido no Programa de Gestão Ambiental. Exemplos de Objetivos e Metas: • Objetivo: Reduzir o consumo de óleos e graxas. • Meta: Em 20 % no prazo de 12 meses. • Objetivo: Substituir óleos e graxas por outros produtos menos agressivo ao meio Ambiente; • Meta: Procurar outros produtos que possam substituir os óleos e graxas em 10 % no prazo de 6 meses. • Objetivo: Tratar as águas contaminadas (separador de água/ óleo e estação de tratamento) para atender os padrões técnicos/ legais estabelecidos. • Meta: Atender aos padrões técnicos/ legais em 100 % no prazo de 12 meses. • Objetivo: Dispor adequadamente os resíduos oleosos não – recicláveis, atendendo a legislação; • Meta: Realizar 100 % da disposição dos resíduos oleosos no prazo de 18 meses. O atendimento dos objetivos e metas apresentado nos exemplos ajudará a organização a obter uma gestão eficiente/ eficaz do seu sistema de gestão de MSS.
129
b) que sejam feitas promoções e remunerações variáveis dos empregados e gerentes
associadas ao cumprimento dos objetivos, metas e programas;
c) adoção de programas de cunho legal, estratégicos e apelo mercadológico citando como
exemplo: programa de gestão de efluentes, programa de gestão de emissões atmosféricas,
programa de gestão de resíduos sólidos, programa de gestão de áreas impactadas, programa de
prevenção de riscos ambientais, programa de controle médico de saúde no trabalho, programa
de prevenção da exposição ocupacional ao benzeno, programa de controle do meio ambiente
de trabalho, programa de ergonomia, programa de proteção respiratória, programa de
gerenciamento de riscos, programa de manutenção e inspeção, programa de produção,
programa de investimentos, programa de ações corretivas e preventivas, programa de
melhorias, programa de auditorias, sistema de atendimento aos clientes, etc.
5.5.1.4. Implementação e Operação
Esta etapa é composta dos seguintes itens: estrutura e responsabilidade; treinamento,
conscientização e competência; consulta e comunicação; documentação do sistema de gestão
de MSS; controle de documentos e de dados; controle operacional e preparação e atendimento
a emergências.
5.5.1.4.1. Estrutura e Responsabilidades
A ISO 14001 é suficientemente clara quando afirma que as funções, responsabilidades
e autoridades devem ser definidas, documentadas e comunicadas, a fim de facilitar uma
gestão ambiental eficaz.
A organização deve fornecer os recursos humanos e habilidades especializadas, infra-
estrutura organizacional, tecnologia e recursos financeiros e logísticos essenciais à
administração e controle do sistema de gestão de MSS.
Deve (m) ser nomeado (s) representante (s) específico (s) que independentemente de
outras atribuições deve (m) ter funções, responsabilidades e autoridades definidas para:
assegurar que o sistema de gestão de MSS seja estabelecido, implementado e mantido.
O (s) representante (s) deve (m) relatar a alta administração o desempenho do sistema
de gestão de MSS, incluindo recomendações para melhoria.
130
Assim, baseado em boas práticas, recomenda-se:
a) o comprometimento da liderança pelo exemplo e envolvimento com o sistema de gestão e
alocação de recursos humanos, financeiros e materiais para melhoria do desempenho.
b) a comunicação das atribuições, responsabilidades, deveres, proibições e sistema de
conseqüências através de normas, procedimentos, treinamentos, cursos, palestras, contratos,
intranet, campanhas, etc.;
c) apresentar os relatórios sobre o desempenho do sistema de gestão de MSS á alta
administração para avaliação de análise crítica.
5.5.1.4.2. Competência, Treinamento e Conscientização
A organização deve estabelecer procedimentos que propiciem aos seus empregados à
conscientização da importância e responsabilidade em atingir a conformidade com a política
de MSS; em avaliar os impactos ambientais significativos, reais ou potenciais de suas
atividades, os perigos e riscos dos ambientes de trabalho e os benefícios que possam resultar
do seu desempenho pessoal, bem como as conseqüências potenciais da não observância dos
procedimentos operacionais recomendados. Ainda, identificar as necessidades de treinamento,
particularmente aos empregados cujas atividades possam provocar impactos ambientais
significativos sobre o meio ambiente e perigos e riscos a segurança e saúde dos trabalhadores.
Assim, baseado em boas práticas, recomenda-se:
a) atender os requisitos legais e normativos de competência, treinamento e conscientização.
Exemplos: legislação ambiental, legislação de vigilância sanitária, treinamentos previstos nas
Normas Regulamentadoras do MTE, legislação Previdenciária, código de defesa do
consumidor, etc.;
b) o estabelecimento de critérios para certificação de pessoal próprio e contratado
contemplando o treinamento em MSS, bem como formações específicas;
c) estímulo à participação dos profissionais em cursos técnicos, de formação, de
especialização, de pós-graduação, mestrado e doutorado em meio ambiente, segurança e
saúde, etc.;
d) realização de prêmios, concursos, gincanas, campanhas, e outros, envolvendo os
131
empregados e prestadores de serviços.
e) treinamentos diversos de requisitos de meio ambiente, segurança e saúde aplicáveis tais
como: tratamento de resíduos sólidos, líquidos e gasosos, treinamentos de combate a
emergências, planos de contingências e de abandono de áreas, treinamentos sobre a
utilização dos equipamentos de proteção individual, treinamento sobre permissão para
trabalho, treinamentos para trabalhos em espaços confinados, treinamento de proteção
respiratória, treinamentos sobre riscos físicos, químicos, biológicos, ergonômicos, e de
acidentes; treinamentos específicos para paradas de manutenção, treinamentos de auditoria
comportamental, treinamento específicos para áreas consideradas como de risco; etc.
f) realização de simulados de MSS envolvendo as instâncias locais, municipais, estaduais e
nacionais;
g) adoção das práticas de diálogos diários de MSS,
5.5.1.4.3. Consulta e Comunicação
Procedimentos internos e externos de comunicação devem ser elaborados e
sistematizados. Dessa forma, devem ser criados canais de comunicação organizacional e
técnica entre vários níveis e funções dentro da organização. Deve-se receber, documentar e
responder a comunicação relevante das partes externas interessadas relativas aos aspectos
ambientais e do sistema de gestão de MSS; manter registro das decisões relativas aos aspectos
ambientais importantes e sua comunicação às partes interessadas envolvidas. A identificação
do tipo de divulgação pode ter impacto positivo sobre a imagem da instituição, definindo um
publico de maior interesse e desenvolvendo estratégias de comunicação externa. Segundo
Moreira (2004 apud NICOLELLA et al. 2004, p.13), devem ser selecionados veículos e
canais favoráveis de comunicação deixando clara a intenção de periodicidade da
comunicação.
Segundo a Série ISO 14001, a organização deve estabelecer, implementar e manter
procedimentos para: comunicação interna entre os vários níveis e funções da organização e
recebimento da documentação e resposta a comunicações pertinentes oriundas de partes
interessadas externas.
A OHSAS 18001 estabelece que os funcionários devem ser: envolvidos no
desenvolvimento e análise das políticas e procedimentos para a gestão de riscos; consultados
quando existirem quaisquer mudanças que afetem sua segurança e saúde no local de trabalho,
representados nos assuntos de segurança e saúde e informados sobre quem é (são) seu (s)
132
representante (s) nos assuntos de SST, e sobre o representante nomeado pela administração.
A organização deve definir se realizara comunicação externa sobre os seus aspectos
ambientais significativos e sobre seus perigos e riscos de trabalho, e documentar sua decisão.
Se a decisão for a de comunicar, a mesma deverá estabelecer e implementar métodos para esta
comunicação externa.
Assim, baseado em boas práticas, recomenda-se:
a) o estabelecimento de diversos canais de comunicação com as partes interessadas.
Exemplos: Divulgação de balanços sociais e do planejamento estratégico com destaque
para as áreas de meio ambiente, segurança e saúde; participação em comitês industriais e
câmaras técnicas da indústria e governo, fóruns de discussão de qualidade, meio ambiente,
segurança e saúde com fornecedores;
b) jornais, revistas, sistema de atendimento a clientes, internet; intranet; etc.;
c) programa de visitas externas (de avaliação da satisfação de clientes e programa de visitas
da comunidade às unidades) e internas (de empregados e seus familiares);
d) permanente relacionamento com a comissão interna de prevenção de acidentes e
participação eficaz na semana interna de prevenção de acidentes, etc.
5.5.1.4.4. Documentação do Sistema de MSS
Para Nicolella et al. (2004, p. 13), a documentação pode ser entendida como um meio
de assegurar que o sistema de gestão ambiental seja compreendido não só pelo público
interno, mas também pelo ambiente externo com o qual a organização mantém relações tais
como clientes, fornecedores, governos, sociedade civil em geral, etc.
Recomenda-se também que a organização defina os vários tipos de documentos,
estabeleça e especifique os procedimentos e controle a eles associados. A natureza da
documentação pode variar em função do porte e da complexidade da organização. A
documentação pode estar sob a forma física e ou eletrônica. No entanto, a adoção pela
organização de uma ou outra forma, não deve prescindir-se de um processo de atualização e
disponibilização aos interessados.
Como exemplo de documentação podemos considerar: política, objetivos, metas,
133
descrição dos escopos e dos principais elementos do sistema de gestão de MSS e sua interação
e referência aos documentos associados, registros operacionais, analises químicas para o
controle do processo, identificação dos aspectos ambientais e dos perigos e riscos de trabalho,
etc.
Assim, baseado em boas práticas, recomenda-se:
a) a divulgação através da documentação formal, tais como: manuais, procedimentos e
instruções de trabalho do sistema de gestão integrada em meio físico e/ ou eletrônico, nos
dossiês de prevenção dos postos de trabalho, nas regras do posto; nas formações/
treinamentos, etc.
b) em prospectos e fichas, em quadro de avisos, em livretos de bolso, pela intranet, internet,
através de campanhas educacionais; etc.
5.5.1.4.5. Controle de Documentos e de Dados
Os documentos devem obedecer a procedimentos que garanta o seu controle, de forma
que toda documentação possa ser localizada, analisada periodicamente, atualizada quanto à
conformidade com os regulamentos, leis e outros critérios de MSS assumidos pela
organização.
Da mesma forma, exige que a organização possua um controle dos documentos do
sistema de gestão de MSS requerendo para isso, controle da versão atualizada e eliminação de
versões desatualizadas.
A organização deve estabelecer, implementar e manter procedimentos para: aprovar
documentos quanto à sua adequação antes do seu uso; analisar e atualizar, conforme
necessário, e reaprovar documentos; assegurar que as alterações e a situação atual da revisão
de documentos sejam identificadas; assegurar que as versões relevantes de documentos
aplicáveis estejam disponíveis em seu ponto de uso; assegurar que os documentos estejam
legíveis e prontamente identificáveis; assegurar que documentos de origem externa
determinados pela organização como sendo necessários ao planejamento e operação do
sistema de gestão de MSS sejam identificados e que sua distribuição seja controlada a fim de
prevenir a utilização não intencional de documentos obsoletos e utilizar identificação
adequada nestes, se forem retidos para quaisquer fins.
Para a OHSAS 18002 (1999, p. 49), é recomendado que a documentação e os dados
134
estejam disponíveis e acessíveis quando necessários, tanto sob condições rotineiras como sob
condições não rotineiras, incluindo emergências.
Assim, baseado em boas práticas, recomenda-se:
a) a adoção de sistemas informatizados para o controle de documentos e dados;
b) a adoção dos prazos legais para guarda de documento e dados de meio ambiente,
segurança e saúde;
c) a designação de funções/ responsáveis pelo controle e guarda de documentos;
5.5.1.4.6. Controle Operacional
O controle operacional pressupõe a identificação por parte da organização das
operações e atividades potencialmente poluidoras. É fundamental planejar o controle das
operações que estejam associadas aos aspectos ambientais significativos.
Este controle visa garantir o desempenho ambiental da organização, no que diz
respeito ao compromisso obrigatório expresso na Política de MSS, no que se refere à
prevenção da poluição. Segundo Nicolella et al. (2004, p. 3), na prática, o controle
operacional deve abordar as principais atividades que impliquem em controle ambiental:
resíduos, efluentes líquidos, emissões atmosféricas, consumo de energia, água, etc.
Para OHSAS 18001 (1999, p. 23), a organização deve identificar aquelas operações e
atividades associadas aos riscos identificados, onde as medidas de controle necessitam ser
aplicada.
Ambas as normas ISO 14001 e OHSAS 18001 se preocupam com o planejamento das
atividades, inclusive com as de manutenção, de forma a assegurar que sejam executadas sob
condições adequadas.
Assim, baseado em boas práticas, recomenda-se:
a) o estabelecimento de procedimentos e instruções operacionais com base nas avaliações
dos aspectos ambientais e nos levantamentos de perigos e riscos de trabalho;
b) as análises de riscos elaboradas por técnicas como: APP, APR, HAZOP, FMEA, e
outras;
c) o desenvolvimento de normas corporativas elaboradas por grupos de trabalho
135
representativos de todas as áreas de negócios da organização tomando como subsídio os
requisitos legais, normativos e práticas bem sucedidas nacionais e internacionais.
5.5.1.4.7. Preparação e Atendimento à Emergência
A organização deve estabelecer e manter mecanismos que a qualquer momento
possam ser acionados para atender a situações de emergência e potenciais acidentes/
incidentes que possam ter impacto sobre o meio ambiente, a segurança e saúde. Isso implica
em identificar as possíveis situações emergenciais, definir formas de mitigar os impactos e
danos associados, prover os recursos necessários e treinar periodicamente uma equipe de
emergência.
Os planos de Emergência devem incluir: estrutura e responsabilidades das equipes/
pessoas no controle da emergência; ações específicas para casa tipo de emergência que possa
ocorrer; plano de comunicação interno e externo; planos de formação e treinamento da equipe
de emergência, informações sobre produtos perigosos; testes de efetividade e etc.
Segundo a ISO 14001 e a OHSAS 18001, a organização deve também testar
periodicamente tais procedimentos, onde exeqüível.
Assim, baseado em boas práticas, recomenda-se:
a) a identificação de cenários de emergências e estimativa das suas conseqüências com base
em técnicas qualitativas e quantitativas envolvendo, como exemplo, o uso de aplicativos de
simulação de vazamentos de gases, explosões, derramamentos, incêndios, acidentes com
vitimas, etc.;
b) o estabelecimento de procedimentos de emergência para os diversos tipos de processos,
equipamentos, instalações e cenários acidentais tomando como base estudos de análise de
riscos, simulações de conseqüências, os requisitos legais e normativos aplicáveis, a
literatura especializada, as recomendações decorrentes de emergências reais e simulados
realizados;
c) estabelecimento de centros de controle de emergência, aparelhados com recursos
materiais e humanos.
d) participação em planos de auxílio mútuo e intercambio com os órgãos públicos tais
como: corpo de bombeiros, defesa civil, hospitais públicos e clínicas particulares, órgãos
ambientais, estaduais e municipais, IBAMA, SERLA, etc.
136
5.5.1.5. Verificação e Ação Corretiva
Este ítem da norma cria condições de se averiguar se a organização está operando de
acordo com o programa de gestão de MSS previamente definido, identificando aspectos não
desejáveis e mitigando quaisquer impactos e/ ou riscos negativos, além de tratar das medidas
preventivas.
A verificação e ação corretiva são etapas orientadas por quatro características básicas
do processo de gestão de MSS: monitoramento, medição e mensuração do desempenho;
acidentes, incidentes, não-conformidades, ações corretivas e ação preventiva; registros e
gestão de registros e auditoria do sistema de MSS.
5.5.1.5.1. Monitoramento, Medição e Mensuração do Desempenho
Segundo Maimon (1999, p. 41), o objetivo do monitoramento e medição é de verificar
se a qualidade ambiental das empresas está adequada à política ambiental e seus objetivos e
metas.
Procedimentos devem ser elaborados pela organização a fim de monitorar e medir
regularmente as principais características de suas operações que possam ter um impacto e
perigos e riscos significativos.
Para Moreira (2004 apud NICOLELLA et al. 2004, p. 14), monitorar um processo
significa acompanhar evolução de dados, ao passo que controlar um processo significa manter
o processo dentro dos limites preestabelecidos.
Os aspectos ambientais significativos (efluentes líquidos, emissões atmosféricas,
disposição de resíduos sólidos, ruídos, etc.), devem ter suas características medidas
periodicamente e seus resultados comparados com os padrões técnicos e legais aplicáveis.
Geralmente, os órgãos de controle da qualidade ambiental estabelecem em documentos
apropriados às características a serem medidas.
Devem ser feitos o acompanhamento das medidas pro ativas e reativas de
desempenho. Como medidas pro ativas podemos considerar aquelas que monitorem a
conformidade com os requisitos do programa de MSS, com os critérios operacionais e com a
legislação e regulamentos aplicáveis. As medidas reativas são as perdas decorrentes de
acidentes e incidentes que causam lesões às pessoas, danos materiais e impactos ao meio
ambiente. São também chamadas de medições de conseqüências.
O acompanhamento do desempenho de MSS das organizações são ferramentas úteis
137
no sentido de gerenciar as atividades, principalmente aquelas consideradas estratégicas.
As organizações devem assegurar que os equipamentos de monitoramento e medição
sejam calibrados ou verificados e seus registros atualizados e arquivados.
Assim, baseado em boas práticas, recomenda-se:
a) o monitoramento ambiental por meio de laboratórios e recursos próprios ou por meio da
contratação de empresas especializadas (Ex.: monitoramento das características de
efluentes e de emissões atmosféricas, caracterização de resíduos e de áreas impactadas, de
impactos ambientais a flora e fauna, de ruído, fumaça de veículos, dentre outros.);
b) a contratação de empresas especializadas no monitoramento de segurança e saúde no
trabalho (Ex.: monitoramento ambiental e pessoal de riscos físicos, químicos, biológicos);
c) o monitoramento do cumprimento de procedimentos operacionais;
d) o monitoramento do cumprimento dos requisitos legais, normativos e outros requisitos
aplicáveis;
e) o monitoramento do cumprimento e eficácia dos objetivos, metas e programas;
f) o monitoramento da eficácia de treinamentos, comunicação e de ações corretivas e
preventivas.
5.5.1.5.2. Acidentes, Incidentes, Não Conformidades, Ações Corretivas e Ação
Preventiva
É fundamental o entendimento do conceito de não conformidade. A responsabilidade
pela observação, documentação, comunicação e correção das não conformidades significa
quais evidências dos desvios dos padrões estabelecidos com base nos aspectos legais ou de
comprometimento da organização. As ações corretivas devem ser pautadas em procedimentos
que possibilitem a eliminação da não conformidade e sua não reincidência. As ações
preventivas devem apoiar-se na possibilidade de ocorrência de não-conformidades,
estabelecendo-se procedimentos para a verificação de suas causas potenciais. Geralmente a
análise de risco efetuada quando da elaboração dos estudos de avaliação dos impactos
ambientais é uma fonte de informação na identificação da necessidade da adoção de medidas
preventivas.
Segundo Bidone; Morales (2004, p. 111), uma ação é corretiva quando se age sobre a
causa do problema, eliminado a possibilidade de sua reincidência e uma ação é preventiva
138
quando age sobre a causa do problema que ainda não ocorreu, mas que tem probabilidade de
ocorrer.
Procedimentos devem ser elaborados para tratar as não conformidades reais e
potenciais e para executar as ações corretivas e preventivas.
Os procedimentos devem definir requisitos para: investigar, identificar e corrigir não-
conformidade(s) e executar ações para mitigar seus impactos e danos ao MSS e evitar sua
repetição; avaliar a necessidade de ações para prevenir não conformidades e registrar os
resultados e analisar a eficácia das ações corretivas e preventivas executadas.
Assim, baseado em boas práticas, recomenda-se:
a) a ação de aplicativos para a gestão de tais ocorrências que podem ser acessíveis pelas
diversas unidades da organização;
b) a abrangência das ocorrências;
c) o tratamento das ações corretivas e preventivas de acordo com o potencial ou gravidade
das ocorrências;
d) os treinamentos especializados em técnicas de investigação e análise de acidentes,
incidentes e não-conformidades.
5.5.1.5.3. Registros e Gestão de Registros
A organização deve estabelecer, implementar e manter procedimento(s) para a
identificação, armazenamento, proteção, recuperação, retenção e descarte de registros.
Estes registros devem ser mantidos em locais protegidos, serem claros quanto ao seu
conteúdo e estarem prontamente disponíveis para consulta. O tempo de retenção da
documentação deve ser estabelecido e registrado.
Como exemplos de registros, podemos citar: reclamações; treinamentos; inspeções de
MSS; planos de ações; legislações e regulamentos, registros de acidentes e incidentes; perdas
em gerais; registros de aspectos e impactos ambientais significativos e de avaliações de
perigos e riscos; resultado de auditorias internas e externas; não conformidades, ações
preventivas e corretivas; informações sobre o produto; processo; plano de emergência e
contingência; inspeções de manutenção; testes de máquinas e equipamentos; medições; testes
dos dispositivos de segurança e outros documentos necessários.
139
Assim, baseado em boas práticas, recomenda-se:
a) adoção de sistemas informatizados para o controle de registros;
b) adoção dos prazos legais para guarda da documentação de meio ambiente, segurança e
saúde;
c) a designação de funções/ responsáveis pelo controle e guarda de documentos;
d) adoção das práticas de segurança de informações;
e) guarda de registros e back-ups.
5.5.1.5.4. Auditoria do Sistema de Gestão de MSS
As auditorias do sistema de gestão de MSS devem ser conduzidas em intervalos de
tempo planejados para se determinar se o mesmo encontra-se em conformidade com os
arranjos planejados e se foi adequadamente implementado e mantido.
O resultado das auditorias devem ser encaminhado para a alta administração da
organização afim de que ela avalie o desempenho do Sistema de MSS.
Recomenda-se realizar de duas a quatro auditorias internas por ano na organização.
Para Maimon (1999, p. 42), a prática de auditoria ambiental é uma etapa do processo
de aprimoramento contínuo, ou seja, as medidas necessárias à correção de erros e à extinção
de pontos fracos passam a ser rotina, e a prevenção começou a ser tornar a tônica do novo
instrumento de gestão.
Segundo a ABNT NBR ISO 14001 (2004, p. 07), procedimento(s) de auditoria
deve(m) ser estabelecido(s), implementado(s) e mantido(s) para tratar: das responsabilidades e
requisitos para se planejar e conduzir as auditorias, para relatar os resultados e manter
registros associados e da determinação dos critérios de auditoria, escopo freqüência e
métodos.
A seleção de auditores e a condução das auditorias devem assegurar objetividade e
imparcialidade do processo de auditoria.
Segundo a NBR ISO 14001 e a OHSAS 18001 o programa de auditoria da
organização, inclusive cronograma, deve basear-se na importância ambiental da atividade
desenvolvida e nos resultados das avaliações de riscos das atividades da organização e nos
resultados das auditorias anteriores.
140
Assim, baseado em boas práticas, recomenda-se:
a) auditorias realizadas de forma integrada nas normas que se baseiam os sistemas de
gestão;
b) auditores internos e de certificação treinados em auditorias integradas; utilização dos
aplicativos de ação corretiva e preventiva para o tratamento das não-conformidades e
observações de auditorias;
c) adoção da prática de utilização de auditores de outras unidades de negócio como
auditores líderes ou mesmo auditores.
5.5.1.6. Análise Critica pela Administração
Após a etapa da auditoria, e considerando-se possíveis mudanças nos cenários
externos e internos, como novas pressões de mercado e as recentes tendências do ambiente
externo, além do compromisso da melhoria continua requerida pelo sistema de gestão de
MSS, é o momento em que a administração deve identificar a necessidade de possíveis
alterações em sua Política de MSS, nos seus objetivos e metas, ou em outros elementos do
sistema. Em resumo, aqui o processo de gestão pode ser revisado, bem como o processo de
melhoria continua.
A alta administração da organização deve analisar o sistema de gestão de MSS, em
intervalos planejados, para assegurar sua continua adequação, pertinência e eficácia.
Recomenda-se de duas a três reuniões por ano. Os registros das reuniões de análise crítica
devem ser arquivados.
Para Bidone; Morales (2004, p. 114), a análise crítica pela administração deve abordar
a eventual necessidade de alterações; na política, nos objetivos; nos outros elementos do
sistema de gestão ambiental; á luz dos resultados de auditorias do sistema de gestão
ambiental, da mudança das circunstancias e do comprometimento com a melhoria.
Assim, baseado em boas práticas, recomenda-se:
a) realização de até quatro análises críticas ao ano;
b) análises críticas baseadas em resultados dos indicadores, acompanhamento das ações,
das auditorias, elementos do sistema de gestão, fatores internos e externos;
c) análises críticas com foco preventivo e corretivo e visão de melhoria contínua.
141
5.6. O SISTEMA DE GESTÃO INTEGRADA DE MSS E A ANÁLISE DO CICLO DE
VIDA DE PRODUTOS
O sistema de gestão de MSS apresentado nesta pesquisa, é parte integrante da Análise
do Ciclo de Vida de Produtos.
Como o sistema de gestão de MSS já foi amplamente descrito neste capítulo,
apresentar-se-á um breve resumo do que é a Análise do Ciclo de Vida (ACV).
A Análise do Ciclo de Vida (ACV) de produtos é, na realidade, uma ferramenta
técnica que pode ser utilizada em uma grande variedade de propósitos. As informações
coletadas na ACV e os resultados de suas análises e interpretações podem ser úteis para
tomadas de decisão, na seleção de indicadores ambientais relevantes para avaliação da
performance de projetos ou reprojetos de produtos ou processos e/ ou planejamento
estratégico.
A ACV encoraja as industriais a sistematicamente a considerar as questões ambientais
associadas aos sistemas de produção (insumos, matérias-primas, manufatura, distribuição,
uso, disposição, reuso, reciclagem).
Ajuda a melhorar o entendimento dos aspectos ambientais ligados aos processos
produtivos de uma forma mais ampla, auxiliando na identificação de prioridades e afastando-
se do enfoque tradicional para proteção ambiental.
A ACV ajuda ainda:
- a identificar oportunidades de melhoramentos dos aspectos ambientais considerando as
várias fases de um sistema de produção (ex.: produção, uso, disposição, etc.);
- na tomada de decisão, por exemplo, no estabelecimento de prioridades ou durante o projeto
de produtos e processos, podendo levar à conclusão de que a questão ambiental mais
importante para uma determinada empresa pode estar relacionada ao uso de seu produto, e
não ás suas matérias-primas ou ao processo produtivo;
- como parte do processo para avaliar a seleção de componentes feitos de diferentes materiais;
- na avaliação da performance ambiental (ex.: indicadores associados aos produtos).
142
A ACV pode desempenhar um papel crítico dentro das empresas ao fornecer um
inventário das entradas e saídas de cada produto. Os resultados desse inventário de ciclo de
vida dos produtos podem ser de várias formas, como mostrado a seguir:
- para estabelecer uma ampla base de informações sobre as necessidades totais de recursos,
consumo de energia e emissões;
- para identificar pontos dentro do ciclo de vida como um todo, ou dentro de um determinado
processo, onde seja possíveis consideráveis reduções nas necessidades de recursos e emissões;
- para comparar as entradas e saídas do sistema associadas com produtos alternativos,
processos ou atividades;
- para auxiliar no desenvolvimento de novos produtos, processos ou atividades visando a uma
redução das necessidades de recursos e/ ou emissões.
Em resumo, a ACV de produtos pode ser utilizada para obter-se um melhor
entendimento de todo o sistema utilizado para produzir-se aquele produto e,
conseqüentemente, aprimorá-lo.
No capítulo 6 a seguir, será apresentado a ACV em uma Industria de Pneu (aplicação
teórica/ prática na Michelin), onde será elaborado um balanço de massa/ fluxo material
simplificado (entrada de matéria primas e energia versus saída de produtos e efluentes
líquidos, resíduos sólidos e emissões gasosas). A partir deste balanço/ fluxo, serão propostos
indicadores ambientais e de segurança e saúde no trabalho, que possibilitem avaliar o
desempenho do sistema de gestão de meio ambiente e de segurança e saúde proposto nesta
pesquisa.
143
CAPÍTULO 6 - AVALIAÇÃO DO CICLO DE VIDA EM UMA INDUSTRIA DE
PNEU (APLICAÇÃO TEÓRICA/ PRÁTICA NA MICHELIN -
FABRICA DE CAMPO GRANDE – RJ)
O impacto exercido pela indústria de pneus sobre o meio ambiente deve ser avaliado
através da análise de todas as fases da vida de seus produtos. Dentro desta perspectiva,
introduzir a noção de saldo energético, quando se examina o ciclo de vida de um pneu, torna-
se importante instrumento para avaliar o quanto já se fez de positivo nesse campo e
conscientizar-se dos progressos ainda possíveis.
Segundo Michelin (2002, p. 07), um pneu de 10 kg, para um veículo de passeio,
representa um conteúdo energético total de aproximadamente, 34 litros de petróleo.
O pneu é fabricado a partir de mais de 200 materiais diferentes. A energia contida
nesses materiais é a soma da energia de suas matérias primas e insumos com a energia
utilizada em sua transformação (como por exemplo: a passagem do látex à borracha) e
representa ¾ do conteúdo energético total do pneu. A quarta parte restante equivale à energia
necessária à fabricação do pneu.
Abordar-se-á neste capítulo as quatro etapas da Análise do Ciclo de Vida (ACV) da
indústria de pneu, desde a extração das matérias primas, passando pelas etapas de fabricação,
utilização e fim de vida.
A análise do ciclo de vida é de suma importância na tomada de decisão por exemplo,
no estabelecimento de prioridades ou durante o projeto de produtos e processos, podendo
levar à conclusão que a questão ambiental mais importante para a indústria esta relacionada
ao uso de seu produto, e não as suas matérias primas ou ao processo produtivo.
Segundo pesquisa publicada pela “The European Car Tyre Manufacturers Blic” a “Pré
Consultants B.V.” em 2001, indica que o balanço energético do ciclo de vida do pneu tem a
seguinte distribuição: as extrações das matérias primas representam 9,4 %, a fabricação
representa 2,3 %, a utilização 86 %, a coleta menos do que 1 % e o fim de vida 2 %. A figura
30 explica de forma resumida a respectiva pesquisa.
144
Avaliando-se os dados publicados nessa pesquisa, verifica-se que o grande problema
relacionado ao ciclo de vida da industria do pneu esta na sua utilização e que a mesma
representa 86 % do balanço energético. Nesse sentido, reduzir a resistência à rodagem
possibilita economizar energia.
Como já foi descrito anteriormente no capítulo 2, na parte objetivo da pesquisa, nos
deteremos mais nas etapas de fabricação do produto e na destinação final do pneu (fim de
vida), por entender que as mesmas estarão diretamente relacionadas com o propósito da
pesquisa, que são as melhores práticas para se ter uma gestão ambiental eficiente e eficaz.
Utilização
Fabricação
Fim de Vida
Agricultura
Indústria Siderúrgica
Indústria Petróleo
Indústria Petroquímica/
Química
Figura 30: Analise do Ciclo de Vida do Pneu
Fonte: Michelin
Recauchutagem
Colocação em Aterro
Valorização Energética
Valorização da Matéria
Matérias Primas
145
6.1. PRIMEIRA ETAPA: AS MATERIAS PRIMAS
O pneu, apesar de simples na aparência, é na realidade um produto complexo que
requer a utilização de técnicas e materiais diversos. Em sua composição entram mais de
duzentos componentes. Podemos destacar as principais matérias primas: borracha natural,
borracha sintética, negro de carbono, reforços metálicos ou têxteis e produtos químicos
diversos, conforme figura 31.
As características desses materiais de origem natural ou sintética assumem um papel
importante nos desempenhos de um pneu.
A fim de possibilitar novos progressos ou, mais simplesmente, para preservar o
domínio técnico dos materiais utilizados, a Michelin produz ou transforma, ela própria, uns
grandes números deles.
A seguir faremos uma descrição das principais matérias primas que compõem o pneu.
Borracha
Natural
Borracha
Sintética
Negro de
Carbono/ Sílica
Reforços
Metálicos / Têxteis
Produtos
Químicos
Produtos DiversosMercado
Nacional Mercado
Internacional
Figura 31: As principais matérias primas utilizadas na fabricação do pneu
146
6.1.1. As Principais Matérias Primas
6.1.1.1. As Borrachas - O elemento básico do pneu
6.1.1.1.1. A Borracha Natural
A borracha natural é um poliisopreno de estrutura perfeita. Ela possui as seguintes
características intrínsecas: maleabilidade, grande resistência mecânica e térmica e aderência a
todos os tipos de solo. Estas características fazem, até hoje, da borracha natural um material
indispensável à indústria de pneus.
A indústria de pneumáticos consome aproximadamente 70 % da produção mundial. O
restante é empregado na fabricação de produtos tão diversos como: componentes para
construções civis e máquinas e equipamentos, artigos de látex, luvas cirúrgicas, adesivos,
calçados e outros mais. A figura 32 mostra a aplicação da borracha natural nos principais
seguimentos.
A matéria prima da borracha natural é o látex, colhido por meio das “sangrias” feitas
nas seringueiras conforme figura 33.
Componentes,
Construções e
Máquinas - 8%
Artigos de Latex - 12 % Calçados - 8 % Adesivos - 2 %
Figura 32: As aplicações da borracha natural
Fonte: Michelin
Pneus – 70 %
147
Calcula-se que, aproximadamente, mais de 10 milhões de pessoas sobrevivem com a
héveacultura, a nível mundial, o que possibilita a essas populações vivem nas zonas rurais.
Segundo Michelin (2002, p. 13), os seringais devem ocupar perto oito milhões de hectares,
sendo a seringueira reconhecida atualmente, na maioria dos países, como uma espécie vegetal
para reflorestamento.
Há varias décadas, a organização Michelin procura melhorar as condições de produção
da borracha natural e, para tanto, cultiva 25.000 hectares de seringais no Brasil e na Nigéria.
A Empresa desenvolve pesquisas agronômicas e biológicas, contribuindo com
assistência e tecnologia para as atividades de pequenos produtores independentes,
especialmente na Colômbia, na Costa do Marfim, na Nigéria e no Brasil. Trata-se de atingir
várias metas: a melhoria da qualidade da borracha natural, o aumento dos rendimentos e da
longevidade dos seringais. A preocupação ecológica da limpeza reflete-se nas suas constantes
pesquisas em biologia vegetal e no desenvolvimento agronômico da seringueira.
A Michelin procura também selecionar e produzir variedades de seringueiras mais
resistentes. O método tradicional de enxerto dos brotos extraídos de uma “árvore-mãe” sobre
plantas jovens da origem a árvores de qualidade muito desigual, levando os laboratórios da
Empresa a intensificarem suas pesquisas de campo das biotecnologias de ponta. Duas técnicas
de multiplicação “in vitro” foram desenvolvidas e têm sido experimentadas: a
Figura 33: Colheita do látex na seringueira
Fonte: Plantações Michelin
148
micropropagação e a embriogênese somática.
A micropropagação consiste em multiplicar pequenas hastes extraídas de um broto
plantado previamente em um solo enriquecido.
Formam-se então inúmeras mudas, que darão origem, por sua vez, a sistemas
radiculares independente;
A embriogênese somática permite a cultura de tecidos cujas células conténs todo o
patrimônio genético de determinado vegetal. Colocados, sucessivamente, em meios nutritivos
adaptados, esses tecidos originam “calor” (agrupamentos de células), que se desenvolvem em
embriões vegetais (plântulas).
As plântulas originadas dessas duas técnicas alimentarão as sementeiras e,
posteriormente, as plantações.
Na figura 34, mostra a biotecnologia a serviço da seringueira.
a) A Valorização Agronômica da Seringueira pela Empresa
A redução do número de cortes feitos na seringueira é um resultado recente dessas
pesquisas agronômicas: a coleta do látex, que era realizada a cada dois dias, passou para cada
cinco dias. Essa diminuição do número de sangrias permitem prolongar a vida média da
seringueira, que de 20 a 25 anos já atingiu 30 a 35 anos.
b) Condições de Cultura da Seringueira
A hérveacultura requer condições climáticas e higrométricas bem específicas À zona
apropriada para as plantações situa-se entre o 20° S e 20° N, caracterizada pelos climas
Figura 34: Biotecnologias a serviço da
seringueira – Programa de melhoria genética
149
equatorial e tropical, onde as precipitações anuais oscilam entre 1500 e 2000 mm de água.
Oitenta e cinco por cento da produção mundial de látex são fornecidos por pequenos
produtores independentes.
6.1.1.1.2. A Borracha Sintética
São elastômeros derivados do petróleo. É um copolímero de Butadieno e Estireno.
seguir.
Foi descoberto em 1927 pelo norte americano Charles Goodyer. Foi desenvolvida
durante a segunda guerra mundial pelo programa Norte Americano GRS (Governmente
Rubber Stock) para compensar a escassez de borracha natural.
As borrachas sintéticas ou elastômeros de síntese, oferecem crescente possibilidade de
formulação e de aplicação. Os elastômeros, derivados do petróleo, possibilitaram o
aperfeiçoamento de certas características dos pneus e, sobretudo, o aumento da duração de sua
vida útil e a intensificação da aderência.
A Michelin através de seus laboratórios de pesquisa especializada e fábricas em
Lousville (EUA) e Bassens (França), acumulou experiência no desenvolvimento e produção
de um grande número de elastômetros PBR (Polibutadieno) e elastômeros SBR (borracha
estireno butadieno – styrene butadiene rubber).
Para melhorar a qualidade intrínsecas dos elastômetros, adicionam-se diversos
aditivos: agentes químicos, agentes de proteção (anti-UV, antioxidante, dentre outros),
agentes de reforço (negro de carbono e/ ou sílica).
Segundo a Michelin (2002., p. 15), são produzidos anualmente 4 milhões de toneladas
do polímero.
6.1.1.2. Os Reforços
6.1.1.2.1. Metálicos
Sendo a empresa a dominar a trefilagem de aço em fios finos, a Michelin introduziu
este material na estrutura do pneu. Esse importante avanço tecnológico, associado á
elaboração de um revestimento que permite obter uma resistente ligação físico-química entre
a borracha e o aço, foi utilizada pela primeira vez, em 1937 na criação do pneu de carga
150
Metalic. Sua carcaça de aço representava um progresso considerável, em termos de
durabilidade, resistência e de capacidade de sustentação da carga, contribuindo, de modo
decisivo, para melhores desempenho dos pneus em termos de comportamento, aderência em
deslocamentos laterais e conforto.
A operação de trefilagem reduz o diâmetro do fio de aço especial fornecido pelas
usinas siderúrgicas a alguns centésimos de milímetros e aumenta significativamente sua
resistência à ruptura. Durante essa operação, uma fina camada de latão (liga de zinco e cobre)
é aplicada à superfície do fio de aço. Após esse tratamento, os fios são reunidos em cabos
muito flexíveis e resistentes. Conforme o tipo de pneu eles formarão a estrutura das napas-
carcaças e das napas de topo.
O aço é também utilizado na fabricação dos aros, peças essenciais do pneu na medida
em que asseguram a sua aderência à roda do veículo.
6.1.1.2.2. Têxteis
A carcaça dos pneus de passeio é constituída de fibras têxteis. Originalmente,
utilizava-se o algodão. O rayon, obtido a partir da fibra de celulose da madeira, foi
posteriormente empregado no desenvolvimento do pneu radial e ainda hoje entra na
composição das carcaças de pneus de passeio.
Na década de cinqüenta, fibras sintéticas como o poliéster começaram a ser utilizado
na fabricação dos pneus. Os poliésteres possibilitaram a realização de importantes progressos
em termos de domínio da estabilidade dimensional. A aramida (poliamida aromática) surgiu
no início dos anos setenta. A Michelin a emprega como substituto do metal na fabricação de
certos pneus de automóveis e também como reforço para as carcaças de pneus para
caminhonete e pequenos veículos de carga. Essa fibra ainda passível de novas pesquisas e
aplicações, já permite reduzir significativamente o peso do pneu, sem sacrificar sua
resistência.
6.1.1.3. Elementos de Reforço
6.1.1.3.1. O Negro de Carbono
Obtido a partir da combustão ou decomposição térmica parcial de gases naturais, ou de
hidrocarburetos pesados, o negro de carbono é uma substância de reforço: permite a melhoria
151
das propriedades mecânicas (resistência à abrasão, ao desgaste e a fadiga).
6.1.1.3.2. A Sílica
A utilização da sílica, substância originária da areia, foi por muito tempo reservada à
produção de pneus especiais, particularmente para veículos de engenharia civil, devido à
resistência a rasgaduras que a sílica confere a certas misturas. Por outro lado, ela não permite
obter uma resistência ao desgaste e uma aderência comparável àquelas das misturas
reforçadas pelo negro de carbono.
6.1.1.4. Os Produtos Químicos
Diversos produtos químicos (aceleradores de vulcanização, antioxidantes, óxido de
zinco, ácido esteárico, resinas e outros), são necessários ao processo de fabricação, para
conferir ao pneu as características particulares ou bem proteger da agressão exterior (ozona,
raios ultravioletas e outros).
Um dos principais produtos químicos utilizados na fabricação do pneu é o óleo de
extensão chamado de plastificante. Este óleo contribui para a aderência do pneu.
6.1.2. A Concepção do Produto - Pneu
A compreensão da fabricação, assim como o conhecimento de seus diferentes
componentes, se faz necessária para abordar toda esta discussão concernente à sua
reutilização e reciclagem.
O pneu é uma cinta de borracha, deformável e elástica, que é fixada na roda dos
veículos e que protege o conjunto montado, oferecendo a possibilidade de movimentação,
com segurança e conforto aos usuários destes veículos. Como já foi descrito anteriormente, o
pneu é um composto de borracha, aço e produtos químicos. Existem as chamadas borrachas
saturadas (onde somente aparecem duplas ligações, em suas cadeias, a cada 120 carbonos),
como por exemplo Butileno, e as borrachas insaturadas (que têm duplas ligações em suas
cadeias, a cada 4 carbonos, por exemplo) como o PBR - Polibutadieno. Todavia, a borracha
necessita ser vulcanizada, para poder oferecer as características imperativas ao pneu durante
sua rodagem.
Uma vulcanização se baseia no trinômio: Temperatura, Pressão e Tempo, conforme
152
mostra o gráfico 1.
A temperatura permite que a vulcanização possa a vir ocorrer, através das pontes de
enxofre (agente vulcanizante) e a cadeia molecular dos elastômeros. A subida é lenta,
iniciando de um valor de 80°C e atingindo o valor da vulcanização, que é de 110 °C, e ali se
estabilizando durante todo o processo, que pode durar até 180 minutos. A pressão permite a
junção das interfaces, a eliminação de bolhas de ar e por conseguinte a moldagem. Existem
duas pressões, a de autoclave e a contra-pressão. A pressão de autoclave é a pressão exercida
do exterior para o interior da carcaça. A contra-pressão é a pressão exercida do interior para o
exterior da carcaça, equilibrando as pressões sobre a carcaça, evitando possíveis deformações.
A contra pressão é fornecida por uma espécie de câmara de ar, que é colocada no interior da
carcaça. Estas pressões sobem quase que simultaneamente, permanecendo em seus valores
estabelecidos durante todo o processo. Os valores atingidos são de 6,0 e 4,5 bars,
respectivamente para a pressão de autoclave e a contrapressão. O tempo se faz necessário para
que os efeitos de temperatura e pressão cheguem a um valor ideal de eficácia. Observa-se que
no gráfico existe um tempo inicial de 10 minutos, onde os parâmetros de temperatura e
pressões estão saindo de um ponto inicial para os valores estabelecidos. Nesta etapa, ocorre a
acomodação da borracha crua sobre a borracha vulcanizada, acomodação esta que deve ser
lenta para evitar imperfeições de moldagem.
Gráfico 1: Temperatura x Pressão x Tempo de uma reforma de pneus
Fonte – Michelin (2003)
Temperatura
6,0 bars
b
b
( i )10 180
°C
d l
d l
C
153
O pneu é o único contato do veículo com o solo e suas funções são diversas e bem
definidas. A primeira função de um pneu é de carregar sua carga, ou seja, ele deve suportar
toda a carga considerada a ser transportada. Ele deve também transmitir todo o esforço de
movimento e frenagem do veículo. Outra função importante é de proporcionar uma
dirigibilidade perfeita e suave, garantindo com isso a segurança do veículo. Por fim, uma
função relacionada com o conforto do usuário é de absorver choques e golpes devidos a
acelerações ou frenagens bruscas ou às irregularidades das estradas.
Para satisfazer estas múltiplas funções, o pneu deve ter algumas características. É
fundamental que o pneu tenha uma resistência à carga, carga esta determinada para cada
dimensão de pneu; uma alta resistência à tração, a fim de evitar desgaste excessivo nas
arrancadas; um bom coeficiente de atrito com o solo, garantindo assim uma boa aderência e
com isso uma melhor segurança na rodagem; uma certa elasticidade, para garantir uma vida
mais longa da carcaça; uma boa resistência ao desgaste, a fim de aumentar a vida útil do pneu,
boa resistência aos impactos, um bom poder de absorção das vibrações, para que possa
proporcionar maior conforto ao usuário; uma resistência à pressão a fim de suportar as
calibragens exigidas durante a rodagem; uma boa resistência à fadiga, garantindo
possibilidades de uma ou mais reformas da carcaça; e por fim uma boa dirigibilidade,
proporcionando uma segurança do veículo e seu usuário.
A figura 35 representa o corte transversal de um pneu e suas regiões mais importantes:
banda de rodagem, ombro, flanco ou lateral, talão e a zona interna.
A banda de rodagem é a região do pneu que faz o contato do veículo com o solo. Ela
deve fornecer segurança, além de conforto, e deve permitir um compromisso entre a boa
aderência e a baixa resistência ao rolamento. O ombro de um pneu é a região onde se faz a
ligação da banda de rodagem, que é rígida, com o flanco do pneu que deve ser extremamente
flexível. O flanco é a região do pneu que deve suportar toda a carga e as constantes flexões
mecânicas. Deve resistir às agressões externas e climáticas, porque esta região é a mais crítica
nas análises para reforma de um pneu. O talão tem como finalidade fixar o pneu na roda, além
de garantir a estanqueidade, principalmente nos pneus a base de arames de aço, e de assegurar
a transmissão dos esforços de aceleração e frenagem. A zona interna tem como função
garantir a estanqueidade do pneu sem câmara, e acomodar a câmara de ar, nos pneus com
câmaras.
154
Figura 35: Corte transversal de um pneu radial
Fonte – Michelin (2001)
Pode-se observar que neste mesmo corte transversal a existência de zonas distintas,
que se encontram coloridas. Estas zonas, na verdade são denominados produtos, semi-
acabados de borracha e aço, que são sobrepostos, uns sobre os outros durante a montagem do
pneu, antes da vulcanização. Após a vulcanização, estes produtos se aderem, formando um só
produto que é o pneu. Podem-se citar alguns produtos mais importantes como a banda de
rodagem (amarelo), o flanco externo (magenta), o protetor do talão (branco), a napa carcaça
(verde claro), a goma interna (vermelho), o aro (redondo) e as napas de trabalho e proteção
(tracejado).
Além de todas as funções e características descritas anteriormente, um pneu deve ser
ainda confortável, silencioso, estético e econômico,. Os pneus podem ser fabricados por dois
métodos diferentes: o método convencional e o método radial.
O Método Convencional foi desenvolvido no fim do século XIX. Ele consiste na
sobreposição de lonas, normalmente têxteis, dispostas diagonalmente, formando um ângulo de
45o. São os chamados Pneus Diagonais. Apesar do custo mais baixo, praticamente não se
fabrica mais pneus com este método em função do mesmo ser muito rígido, com pouca
estabilidade, característica exigida cada vez mais pelos usuários. Também apresenta
aquecimento importante durante a rodagem, maior possibilidade de furos, maior consumo de
combustível e por conseqüência, maior emissão de poluentes. A figura 36 mostra o desenho
Banda de Rodagem
Ombro
Flanco ouLateral
Talão
ZonaInterna
155
de um pneu convencional.
O Método Radial foi desenvolvido pela Michelin em 1948. Este método é mais
moderno e eficaz, apesar de não alterar significativamente a natureza do produto. Atualmente
todos os fabricantes produzem pneus radiais. Os cabos da napa carcaça são orientados
radialmente em relação ao centro do pneu, fazendo ângulo de 90o, em torno do aro. É
cinturada no topo por várias napas de aço cruzadas, formando triangulações. Esta estrutura
confere ao pneu algumas vantagens importantes. A primeira das vantagens é a segurança, pois
este método melhora a dirigibilidade, com melhor obediência às manobras; melhora também a
estabilidade de rodagem, com menor derivação do trajeto; otimiza a aderência ao solo, com
muito menos derrapagens, e diminui o aquecimento do pneu, reduzindo assim a degradação
da borracha. Outra vantagem importante deste método é o conforto proporcionado por este
tipo de pneu. Com uma maior elasticidade, este pneu permite manobras mais suaves e uma
melhor absorção dos impactos durante a rodagem. A economia é a terceira vantagem dos
pneus radiais em relação aos diagonais, pois eles permitem mais reformas, principalmente em
pneus de ônibus e caminhões; têm o preço relativo menor por quilômetro rodado, chegando a
rodar 2 ou 3 vezes mais e ainda proporcionam uma economia de combustível de 6 a 12 %, em
relação aos pneus diagonais.
A figura 37 a seguir mostra o desenho de um pneu radial.
Os produtos utilizados para a construção de um pneu são de baixíssima
degradabilidade. O princípio de vulcanização de um pneu é praticamente irreversível, pois ele
altera a natureza das ligações químicas dos componentes. O enxofre, comumente utilizado
como agente vulcanizante, forma com os carbonos existentes nas estruturas das borrachas as
pontes de enxofre, ligações químicas bastante rígidas e conseqüentemente muito estáveis.
Figura 36: Pneu convencional
Fonte: Michelin
Figura 37: Pneu radial
Fonte: Michelin
156
Desta maneira, torna-se muito difícil “desvulcanizar” para retornar à natureza das
ligações químicas de origem. O que se consegue, às vezes, é um produto regenerado, com
características próximas ao do composto original.
A composição química de um pneu radial varia pouco e depende do tipo de pneu. Na
média, pode-se dizer que 50 % da composição de um pneu é borracha e que os outros 50 %
podem ser distribuídos da seguinte maneira: 25 % de negro de carbono, 20 % de aço e 5 % de
produtos químicos diversos.
A tabela 43 apresenta os resultados analíticos de constituintes químicos (metais)
analisados em amostra de borracha de pneu. Nota-se uma vasta quantidade de metais que
fazem parta da composição da borracha, porém em pequenas quantidades. A exceção fica com
o zinco que, com aproximadamente 16.000 ppm, tem a função de ativador de vulcanização,
necessitando, portanto, de maiores concentrações na composição.
Tabela 43 - Resultado analítico em borracha de pneu
Constituintes Borracha de Pneu (ppm) Cd < 20
Hg < 1
Tl < 30
As < 50
Co < 10
Ni < 10
Se < 90
Te < 30
Cr < 5
Pb < 30
Sb < 40
Sn 125
V < 10
Zn 16000
Fonte – Holcin (1998)
O agente de vulcanização (enxofre), normalmente apresenta na borracha de pneu
concentrações bem próximas de 10.000 ppm. O poder calorífico da borracha é de
aproximadamente 9.338 kcal/ kg.
A tabela 44 apresenta a porcentagem de aço por categoria do pneu, conforme
informações dos fabricante de pneus. Observa-se que a categoria radial contém um percentual
157
significativamente maior de aço do que o diagonal. Isto ocorre porque os pneus diagonais são
fabricados utilizando materiais reforçantes na estrutura, em sua maioria têxteis. Já os pneus
radiais são fabricados com reforços estruturais em aço.
Tabela 44 – Porcentagem de aço por categoria de pneu
Categoria de Pneu Tipo % Aço Carga 5,99
Camionete 4,00
Diagonal
Passeio 3,00 Carga 32,80
Camionete 14,85
Radial
Passeio 16,32
Fonte – Michelin (2001)
Quanto maior o percentual de aço presente no pneu, menor será o percentual de
borracha e, portanto menor será o seu poder calorífico (PC). Abaixo relacionamos o poder
calorífico médio de uma gama de pneus radial produzidos pela Michelin, para dois tipos
diferentes:
a) pneu tipo passeio tem aproximadamente 16,32 % de aço ⇒ PC = 7.814 kcal/ kg
b) pneu tipo carga tem aproximadamente 32,8 % de aço ⇒ PC = 6.275 kcal/ kg
A tabela 45 apresenta a composição química dos aços utilizados na fabricação de
pneus, aço 1070 e aço 1080, fornecidos pela Empresa Belgo Mineira. Observa-se
primeiramente que os aços são muito semelhantes quimicamente, e que em ambos, os metais
mais expressivos na composição são o níquel, cromo, chumbo e estanho.
Os valores apresentados são de análises realizadas em amostras dos materiais.
158
Tabela 45 - Composição química do aço utilizado na fabricação de pneus
Parâmetros Aço 1070 (ppm) Aço 1080 (ppm) Cd < 10 < 10 Hg nd nd Tl nd nd As nd nd Co 50 50 Ni 180 160 Se nd nd Te nd nd Cr 160 110 Pb 260 230 Sb < 10 < 10 Sn < 120 < 120 V < 40 < 40 Zn < 50 < 50
Fonte – Holcin (1998)
Nota: nd = não detectado
Com as informações das tabelas 44 e 45, calcula-se a composição típica para os pneus
radiais tipo passeio e tipo carga, ou seja, 16,32 % e 32,8 % de aço na borracha,
respectivamente. É importante destacar que o zinco, apesar de sua concentração inexpressiva
no aço, permanece com concentrações elevadíssimas nos dois tipos de pneus radiais. Os
resultados são apresentados na tabela 46.
Tabela 46 - Composição típica do pneu radial
Valores em ppm Parâmetros Tipo Passeio Tipo Carga Cd < 18 < 17 Hg < 1 < 1 Tl < 25 < 20 As < 42 < 34 Co < 17 < 23 Ni < 38 < 66 Se < 75 < 60 Te < 25 < 20 Cr < 30 < 56 Pb < 68 < 105 Sb < 35 < 30 Sn < 124 < 123 V < 15 < 20 Zn < 13.397 < 10.768
Fonte – Holcin (1998)
159
Existe uma relação muito importante entre o peso de um pneu e o volume ocupado
pelo mesmo. Em função da existência de um espaço vazio importante no centro do pneu,
espaço este que só tem utilidade quando montado em uma roda qualquer, este produto se
torna muito volumoso. Esta é uma das principais razões pela qual se encontra dificuldade para
recolher pneus inservíveis, e, por conseguinte, de se buscar uma destinação adequada para os
mesmos.
Na tabela 47 podem-se observar resumidamente os pesos médios de pneus para as
diversas categorias de veículos, bem como a quantidade de pneus que ocupa 1 metro cúbico
de cada tipo de pneu. Já existem pneus para a engenharia civil que possuem mais de três
metros de diâmetros e pesam em torno de 4.000 kg.
Uma observação importante é que, quando picado, o pneu passa ocupar bem menos
volume do que inteiro, visto que se elimina o espaço vazio em seu centro. Assim, 1 m3 é
ocupado por aproximadamente 600 kg de pneus picados.
Tabela 47 - Peso médio de pneus x Quantidade de pneus em 1 m3
Fonte – Masdoumier (1994)
Como já foi descrito anteriormente, o pneu é um produto vulcanizado, ou seja, ele é
submetido a uma temperatura por um tempo, numa determinada pressão, o que garante
também a sua moldagem. Por conta disso, o pneu é um produto que é fabricado para durar um
determinado tempo, resistindo, de maneira mais adequada, ao desgaste de rodagem.
Atualmente, os fabricantes de pneus buscam atender aos seus consumidores, que
procuram produtos a preços acessíveis, com boas performances, mas que duram cada vez
mais.
Em função disso, o tempo médio de vida de utilização de um pneu é muito longo, e
varia de acordo com o tipo e a utilização do mesmo.
Segundo dados de fabricantes, um pneu de passeio pode rodar em média entre 40.000
CATEGORIA Peso (kg) Quantidade em 1 m3
Passeio 8,0 22
Caminhonete 13,0 10
Ônibus/ Caminhão 60,0 3
Agrícola 100,0 1
Engenharia Civil > 100,0 < 1
160
e 50.000 km, enquanto um pneu de camionete pode chegar a rodar entre 60.000 e 70.000 km.
Já os pneus de carga, que equipam os caminhões e ônibus podem atingir marcas ainda muitas
vezes maiores, chegando, a rodar cerca 180.000 ou até 200.000 km. Após esta quilometragem,
o pneu começa a aparentar sinais de desgaste e é neste ponto, que uma análise cuidadosa
dever ser realizada, até por técnicos especializados, para definir o que será realizado com o
pneu, que a partir deste ponto tornou-se um pneu inservível.
Atualmente podem-se classificar os pneus inservíveis em 2 categorias: reformáveis ou
não reformáveis. Os reformáveis podem ser reutilizados como pneus após uma reforma; os
pneus inservíveis não reformáveis (que não aceitam reformas) devem ter destino diferente
daquele que não a reutilização como pneu.
Para os pneus inservíveis reformáveis, se aplica uma técnica que consiste em substituir
a banda de rodagem e eventualmente a napa de proteção, com ou sem a reparação da carcaça.
Estes pneus são, em seguida, revendidos dentro de um mercado de reformados a um preço em
torno de 40 % inferior a dos pneus novos. O mercado de pneus reformados não é igual para
todas as famílias de pneus, sendo que 60 % de todos os pneus reformados são aqueles
utilizados em ônibus e caminhões. O restante fica distribuído entre os pneus para camionetes
(30 %) e para automóveis (10 %).
Uma observação importante é que nem todos os pneus podem ser reformados. A
seleção é muito severa, pois existem alguns critérios de qualidade (definição dos defeitos com
suas tolerâncias para a classificação) que não são admissíveis para a reforma, como por
exemplo, rasgos nas laterais causados por batidas em meio-fio.
Na quarta etapa deste capítulo retornaremos a este assunto.
6.2. SEGUNDA ETAPA: A FABRICAÇÃO
Apesar do processo de fabricação representar menos do que ¼ do conteúdo energético
do pneu conforme já explicado anteriormente, essa parte é importante para esta pesquisa, pois
iremos procurar demonstrar nesta etapa que as perdas ambientais (recursos naturais utilizados,
efluentes líquidos despejados, resíduos sólidos gerados e emissões atmosféricas realizadas),
decorrentes do processo de fabricação da indústria de pneumáticos Michelin (Fábrica de
Campo Grande - RJ), no período compreendido entre 2005 e 2006, esta diretamente
relacionada com a eficácia produtiva. Em outras palavras: produção limpa eficaz versus
controle ambiental seguro.
161
Como a empresa dispõe de um sistema de gestão ambiental (ISO 14001), certificado
desde 1998, sendo a primeira fábrica no grupo Michelin entre sessenta e nove, a conquistar
essa certificação, iremos realizar um fluxo material/ balanço de massa de forma simplificado
para saber se as entradas versus saídas estão bem gerenciadas por este sistema de gestão
ambiental.
6.2.1. O Processo de Fabricação
Pode-se subdividir a fabricação do pneu em cinco etapas:
- preparação dos cabos metálicos/ têxteis; - misturação (obtenção do composto de borracha - composto de elastômeros, cargas reforçantes, aceleradores de vulcanização e outros); - preparação dos componentes semi-acabados (extrusão dos perfilados); - montagem dos diferentes componentes semi-acabados para obtenção do pneu ainda não- vulcanizado; - moldagem e posterior vulcanização do pneu em um molde.
A figura 38, explica de uma forma simplificada o processo de fabricação.
162
CABOS MET Á LICOS/ TÊXTEIS Retorcimento
Cabea ç ão
OS COMPONENTES DA BORRACHA
Negro de carbono
Aditivosqu í Borracha
sinté Óleo
Borrachanatural
MISTURAÇÃO
CABOS METÁ
Ç ÃO
Borrachafina
Lona carca ç a
Borrachasperfiladasde
flancos
Conformação
2 lonas
de
cinta de aço Banda de
rodagemÇ
ÃO
Figura 38: O Processo de fabricação
Fonte: Michelin
LICOS/
CABOS METÁLICOS/
TÊXTEIS
Retorcimento/ cabeação
OS COMPONENTES DA BORRACHA
Negro de Carbono
ProdutosQuímicos Borracha
Sintética Óleo
Borracha Natural
MISTURAÇÃO
ÃO
CABOS METÁLICOS/ TÊTEIS
ÁLICOS/
TÊXTEIS
COZIMENTOCONFEC Ç
CONFEÇÃO
Borracha fina
Lona carcaça
Borrachas de Perfilados de flancos
Conformação
2 Lonas de cinta de aço Banda de
rodagem CONFORMAÇÃO
ÇÃO
163
Em resumo, após a preparação dos cabos metálicos/ têxteis e dos compostos de
borracha (goma), obtem-se a os diversos produtos semi-acabados. A partir desta etapa, o
processo de fabricação divide-se em duas fases principais: a montagem desses produtos
(fabricação do pneu não vulcanizado) e a vulcanização.
Durante a fase de construção do pneu não vulcanizado, os elementos integrantes são
preparados e cuidadosamente posicionados. Durante essa etapa, a borracha não passou ainda
pela vulcanização: as sobras podem ser facilmente recicladas.
O pneu não vulcanizado é, em seguida colocado em uma prensa dotada de uma
membrana impermeável. Durante a vulcanização, a água em alta temperatura (líquida ou
como vapor) circula continuamente dentro da membrana. Ao inchar, a membrana pressiona o
pneu contra as paredes da prensa, imprimindo a escultura e as marcas externas do pneu.
Durante a vulcanização, a coesão do conjunto é realizada pela operação de
vulcanização, que consiste em ligar as cadeias de elastômeros entre elas, por reação com o
enxofre, sobre ação do calor.
As misturas constitutivas passam então de um estado plástico a um estado elástico.
No estado plástico, a matéria é mole e deformável, como massa de modelar. Ao ser
deformada, ela preserva a forma que lhe foi dada.
No estado elástico, a matéria retorna a sua forma inicial e restitui a energia que a
deformou.
Dessa forma, obtém-se, à saída da prensa, um pneu vulcanizado que adquiriu
elasticidade e resistência. Por outro lado, depois da vulcanização, a coesão entre as misturas
constitutivas torna mais difícil à reciclagem dos materiais.
Durante o processo de fabricação do pneu, a vulcanização constitui a etapa que mais consome energia (água quente ou vapor).
A produção de vapor é assegurada por caldeiras onde o combustível utilizado é o gás natural. Como conseqüência as emissões feitas para a atmosfera, sobretudo os óxidos de enxofre (SOx), reduzem-se acentuadamente.
A água é utilizada em todas as fases do processo de fabricação, merecendo constantes cuidados e controle em suas diversas formas e funções: em estado líquido ou como vapor, fluido evacuador de calor, agente de resfriamento, ou base para emulsões.
164
6.2.1.1. Entradas para o Processo de Fabricação
6.2.1.1.1. Recurso Natural e as Energias
O recurso natural e as energias utilizadas pela empresa para fabricação do pneu que
foram levantados na pesquisa são: água, gás natural, energia elétrica e óleo diesel.
Os valores encontram-se listados nas tabelas 48 (ano de 2005) e 49 (ano de 2006)
6.2.1.1.2. As Matérias Primas
As matérias primas utilizadas foram: elastômeros (borracha natural e borracha
sintética), as cargas de reforço (negro de carbono/ sílica), os reforços metálicos e têxteis (fios,
cabos e aros), produtos químicos diversos, óleo plastificante e enxofre.
Em função da confidencialidade do processo, só foi possível obter os dados agrupados
conforme listados nas tabelas 48 e 49.
6.2.1.2. Saídas do Processo de Fabricação
As saídas do processo de fabricação são todos os produtos finais produzidos mais os
efluentes líquidos, os resíduos e as emissões atmosféricas.
Os valores encontram-se listados nas tabelas 48 (ano de 2005) e 49 (ano de 2006)
6.2.1.2.1. Produtos Finais
Os produtos finais produzidos foram: pneus, câmaras de ar, Flaps (protetores das
câmaras de ar) e compostos de borracha de diversos tipos (BdRs, GLI/ RISEM e GR/
RALEM).
Em função da confidencialidade do processo, só foi possível obter os dados agrupados
conforme listados nas tabelas 48 e 49.
6.2.1.2.2. Efluentes Líquidos, Resíduos e Emissões Atmosféricas
Estes dados serão apresentados posteriormente, em conjunto com os indicadores
(geoquímicos), propostos nesta pesquisa para o controle do sistema de MSS.
165
Tabela 48: Fluxo material/ balanço de massa (ano 2005)
Entrada Saída Diferença Observação
Recurso Natural Água 346.942 m3 188.094 m3 158.848 m3 Perda de 46 % de água
Energia Gás natural 318.844,60 (GJ) Energia Elétrica 313.755,40 (GJ) Energia Óleo diesel 1.558,80 (GJ) Total Energia 634.158,80 (GJ) Matéria Prima (MP) Elastômeros 36.018,00 t
Matéria Prima Cargas de Reforço (negro de carbono e sílica)
16.473,30 t
Matéria Prima
Reforços metálicos e têxteis (fios, cabos e aros)
14.225,00 t
Matéria Prima Produtos químicos diversos 3.992,00 t
Matéria Prima Óleo plastificante 1.476,00 t Matéria Prima Enxofre 1.060,00 t
Total (MP) (entrada) 73.244,30 t A (soma de
todas as MP)
Produto Final (PF) Pneu 61.932,70 t
Produto Final Câmara de ar 1.373,20 t
Produto Final Flap (protetores das câmaras de ar) 829,50 t
Produto Final BdRs 6.036,26 t
Produto Final GLI/ RISEM 374,40 t
Produto Final GR/ RALEM 44,74 t
Total (PF) (saída) 70.590,80 t B (soma de
todos os PF)
Resíduos de Produção - Diferença (entrada – saída)
2.653,50 t
Perda matéria (A – B) = 3,6 %
Outros Resíduos 2.922,70 t
Total de Resíduos a Destinar (sólidos e líquidos)
5.576,20 t
Perda Matéria + Outros Resíduos
GJ – Giga Joule t - tonelada
166
Tabela 49: Fluxo material/ balanço de massa (ano 2006)
Entrada Saída Diferença Observação
Recursos Naturais Água 366.223 m3 208.025 m3 158.198 m3 Perda de 43 % de água
Energia Gás natural 328.266,10 (GJ) Energia Elétrica 382.731,20 (GJ) Energia Óleo diesel 921,00 (GJ) Total Energia 711.918,30 (GJ) Matéria Prima (MP) Elastômeros 38.180,00 t
Matéria Prima Cargas de Reforço (negro de carbono e sílica)
17.461,60 t
Matéria Prima Reforços metálicos (fios, cabos e aros)
15.078,50 t
Matéria Prima Produtos químicos diversos 4.231,50 t
Matéria Prima Óleo plastificante 1.564,60 t Matéria Prima Enxofre 1.288,60 t
Total (MP) (entrada) 77.804,70 t A (soma de
todas as MP)
Produto Final (PF) Pneu 65.648,70 t
Produto Final Câmara de ar 1.455,60 t
Produto Final Flap 880, 00 t
Produto Final BdRs 6.398,00 t
Produto Final GLI/ RISEM 396,00 t
Produto Final GR/ RALEM 266,90 t
Total (PF) (saída) 75.045,20 t B (soma de
todos os PF)
Resíduos de Produção - Diferença (entrada – saída)
2.759,50 t
Perda matéria (A – B) = 3,5 %
Outros Resíduos 2.936,60 t
Total de Resíduos à Destinar (sólidos e líquidos)
5.696,1 t
Perda Matéria + Outros Resíduos
GJ – Giga Joule t - tonelada
167
6.2.2. Indicadores (geoquímicos) propostos para essa pesquisa.
Com a finalidade de avaliar o estudo de caso (pesquisa de campo realizada no período compreendido entre janeiro de 2005 e dezembro de
2006), do sistema de gestão de MSS proposto nesta pesquisa, utilizou-se o fluxo material/ balanço de massa apresentado nas tabelas 48 e 49.
Foram estabelecidos indicadores como parâmetro de gestão. Na tabela 50 encontram-se os indicadores de meio ambiente (geoquímicos) e
na tabela e 51 os indicadores de segurança e saúde no trabalho.
Tabela 50 - Indicadores de Meio Ambiente (geoquímicos)
Natureza Indicador objetivo Fórmula Unidade Observações
Energia Consumo de energia
associado à produção
Avaliar a eficácia energética da
fabrica para permitir sua
melhoria
Equivalente em GJ (consumo de
gás natural + consumo de
eletricidade + consumo de óleo
diesel)/ Produção
GJ/ t Consumo de 3 combustíveis (gás
natural, eletricidade e óleo diesel).
A unidade é o Giga – Joule. • Para gás utilizar: 0,0344
GJ/Nm3 • Para energia elétrica utilizar:
3,6 GJ/MWh
Para óleo diesel utilizar: 36,23 GJ/m3
ou 0,036233 GJ/L.
Recurso Natural Consumo de água
associado à produção
Avaliar a quantidade total de
água consumida na fabrica, para
se saber a quantidade retirada da
natureza
Consumo de água/ produção m3/ t Quantidade total de água consumida.
Esta quantidade inclui a água
industrial e as águas potáveis,
procedentes de todas as diferentes
origens (bombeamento em lençol
freático, rio, água de cidade, etc.)
168
Efluentes
Líquidos
Óleos e Graxas, associada
à quantidade de água
descartada
Avaliar a qualidade das águas
industriais descartadas pela
fabrica no meio aquático
(Concentração de Óleo e Graxa x
Volume de águas residuais)/ 1.000
t
Efluentes
Líquidos
Resíduo Sedimentável
(RS), associado à
quantidade de água
descartada
Avaliar a qualidade das águas
industriais descartadas pela
fabrica no meio aquático
(Concentração de RS x Volume de
águas residuais)/ 1.000
kg
Efluentes
Líquidos
Demanda Química de
Oxigênio (DQO),
associada à quantidade de
água descartada
Avaliar a qualidade das águas
industriais descartadas pela
fabrica no meio aquático
(Concentração de DQO x Volume
de águas residuais)/ 1.000
kg
Efluentes
Líquidos
Zinco (Zn), associado à
quantidade de água
descartada
Avaliar a qualidade das águas
industriais descartadas pela
fabrica no meio aquático
(Concentração de Zinco x Volume
de águas residuais)/ 1.000
kg
Resíduos Taxa de valorização dos
desclassificados de
fabricação banais
(TV-DFB)
Identificar, acompanhar e tratar
os pontos difíceis em matéria de
valorização (econômica e
energética) dos resíduos gerados.
TV-DFB = (Desclassificados de
fabricação banais valorizados -
DFBV/ Desclassificados de
fabricação banais gerados - DFBG)
x 100
%
Resíduos Taxa de valorização dos
resíduos industriais
(TV-RI)
Identificar, acompanhar e tratar
os pontos difíceis em matéria de
valorização (econômica e
energética) dos resíduos
industriais gerados.
TV-RI = (Resíduos industriais
valorizados - RIV/ Resíduos
industriais gerados - RIG) x 100
%
169
Resíduos Quantidade de resíduos
associados à produção
(RP).
Identificar, acompanhar e tratar
os pontos difíceis em matéria de
valorização (econômica e
energética) dos resíduos gerados.
RP = [(Quantidade de DFBG
gerados + Quantidade de RIG
gerados)/ Produção] x 1.000
kg/ t
Emissões
Atmosféricas
NOx associado à
produção
Avaliar a quantidade de óxidos
de nitrogênio (NSOx) emitida
pelas fontes fixas da fabrica.
Emissão de (NOx/ Produção) x
1.000
kg/ t
Emissões
Atmosféricas
SOx associado à
produção
Avaliar a quantidade de óxidos
de enxofre (SOx) emitida pelas
fontes fixas da fabrica.
Emissão de (SOx/ Produção) x
1.000
kg/ t
Emissões
Atmosféricas
CO2 associado à produção Avaliar a quantidade de CO2
emitidas pelas fontes fixas da
fabrica
(Consumo de gás natural x 202 +
Consumo de óleo diesel x 266) /
(3.600 x Produção).
t/ t
Emissões
Atmosféricas
Composto orgânico volátil
(COV), associado à
produção
Avaliar a quantidade de COV
emitidas pelas fontes fixas da
fabrica.
Esses dados referem-se apenas a
utilização de solventes e de
álcool.
(Emissões de COV/ Produção) x
1.000
g/ kg
170
Tabela 51- Indicadores de Segurança e Saúde no Trabalho
Indicador objetivo Fórmula Unidade
Taxa de freqüência dos acidentes de trabalho com
afastamento (TF)
Este indicador tem por finalidade
conhecer a freqüência dos
acidentes de trabalho com
afastamento para o pessoal sob
contrato de trabalho Michelin
TF = (N. Acidente com
afastamento superior a 1 dia
x 1.000.000)/ N. de horas
trabalhadas
N.
Taxa de gravidade dos acidentes de trabalho com
afastamento (TG)
Este indicador tem por finalidade
conhecer a gravidade dos
acidentes de trabalho com
afastamento para o pessoal sob
contrato de trabalho Michelin
TG = (N. de dias de parada
de trabalho > 1 dia x
1.000.000)/ N. de horas
trabalhadas
N.
Taxa de freqüência dos acidentes de trabalho com e
sem afastamento (TF2)
Este indicador tem por finalidade
conhecer a totalidade dos
acidentes de trabalho, com e sem
afastamento para o pessoal sob
contrato de trabalho Michelin
TF2 = (N. Acidente x
1.000.000)/ N. de horas
trabalhadas
N.
% de Empregados acidentados Conhecer o percentual do efetivo
Michelin que se acidentou.
N. empregados acidentados
no mês/ efetivo total de
empregados no mês.
%
171
6.2.3. Avaliação do estudo de caso 6.2.3.1. Indicadores de Meio Ambiente (geoquímicos) 6.2.3.1.1. Energia
A energia total necessária à produção foram obtidas da soma dos consumos de gás
natural, eletricidade e óleo diesel.
A tabela 52 que se encontra no anexo 2, mostra o levantamento dos dados da pesquisa
de campo.
O gráfico 2 mostra que é necessário um consumo médio de 9,25 GJ/ t de energia por
tonelada de produto produzido.
Indicador (GJ/ t)
02468
10121416
jan/05
mar/05
mai/05
jul/05
set/0
5no
v/05jan
/06
mar/06
mai/06
jul/06
set/0
6no
v/06
Gráfico 2: Consumo de energia associado à produção – Indicador (GJ/ t)
6.2.3.1.2. Recurso Natural: Água
A água total necessária à produção foram obtidas das somas dos consumos das águas
industriais e potáveis.
A tabela 53 que se encontra no anexo 2, mostra o levantamento dos dados da pesquisa
de campo.
O gráfico 3 mostra que é necessário um consumo médio de 4,9 m3 de água por
9,25 GJ/ t
172
tonelada de produto produzido.
Indicador (m3/ t)
0
2
4
6
8
10
12
jan/05
mar/05
mai/05
jul/05
set/0
5no
v/05jan
/06
mar/06
mai/06
jul/06
set/0
6no
v/06
Gráfico 3: Consumo de água associado à produção – Indicador (m3/ t)
6.2.3.1.2.1. Efluentes Líquidos
O volume total de água perdida no processo de fabricação nos anos de 2005 e 2006
foram respectivamente 158.848 m3 e 158.198 m3, o que correspondeu a uma perda de 46 % e
43 % respectivamente. A água que foi devolvida a natureza após ser tratada pela empresa
seguindo as exigências legais da Fundação Estadual de Engenharia do Meio Ambiente
(FEEMA), através da norma técnica (NT 202 – R/ 10 – Critérios e Padrões de Efluentes
Líquidos), aprovada pela deliberação da Comissão Estadual de Controle Ambiental (CECA)
N. 1007, de 04/12/1986, publicada no Diário Oficial do Rio de Janeiro, em 12/12/1986, foi de
188.094 m3 em 2005 e de 208.025 m3 em 2006, conforme tabelas 48 e 49.
Os seguintes parâmetros de controle foram realizados na saída da estação de
tratamento da empresa: pH, temperatura, Demanda Biológica de Oxigênio (DBO), óleos e
graxas, resíduos sedimentáveis, Demanda Química de Oxigênio (DQO) e zinco.
4,9 m3/t
173
A figura 39 representa a estação de tratamento da Michelin – Fabrica de Campo
Grande – RJ onde foram realizadas as analises de campo.
a) Avaliações de pH e Temperatura
Estas avaliações foram feita diariamente. Realizaram-se 727 avaliações para cada um
dos parâmetros. Todas estas avaliações encontram-se dentro dos limites legais estabelecidos.
O maior valor encontrado para pH foi de 9,0 e para temperatura foi de 32 oC.
Na parada para manutenção da estação de tratamento (carnaval em 2005), não foram
realizadas avaliações.
Na tabela 54 e 55, encontram-se os resultados das avaliações de pH e na tabela 56 e
57, encontram-se os resultados das avaliações de temperatura. Ambas as tabelas encontram-se
no anexo 2 desta pesquisa.
b) Avaliações de Demanda Biológica de Oxigênio (DBO)
Estas avaliações foram realizadas a cada 15 dias. Realizam-se 48 avaliações para se
saber qual o percentual de remoção realizada pela estação de tratamento (eficiência do
sistema). A eficiência média do tratamento foi de 93,3 %, superior ao estabelecido pela
legislação que é de 70 %. O menor valor de eficiência encontrado foi de 76,9 %.
Nas tabelas 58 e 59, encontram-se os resultados das avaliações de DBO (anexo 2).
Figura 39: Estação de Tratamento da Michelin – Fabrica de Campo Grande - RJ
Fonte: Michelin
174
c) Avaliações de óleos e graxas, resíduos sedimentáveis e demanda química de oxigênio
(DQO) e zinco
Na tabela 60, se encontram os resultados das avaliações mensais de óleos e graxas,
resíduos sedimentáveis e demanda química de oxigênio (DQO) e zinco.
Estas avaliações foram realizadas semanalmente. Realizaram-se 96 avaliações
individuais para cada um dos parâmetros, num total de 384 avaliações.
Nas avaliações de óleos e graxa, foram encontrados três valores acima dos limites
legais estabelecidos (24,8, 27,6 e 28,0 mg/ litro).
Nas avaliações de resíduos sedimentáveis, foram encontrados dois valores acima dos
limites legais estabelecidos (2,0 e 3,0 mg/ litro).
Nas avaliações de DQO, todas as avaliações encontraram-se dentro dos limites legais
estabelecidos. O maior valor encontrado foi de 180,0 mg/ litro.
Nas avaliações de zinco, todas as avaliações encontraram-se dentro dos limites legais
estabelecidos. O maior valor encontrado foi de 0,9 mg/ litro.
Na tabela 61, faz-se um resumo dos parâmetros de controle na saída da estação de
tratamento de efluentes da Michelin.
Tabela 61 - Parâmetros de controle na saída da estação de tratamento
Analise Química
Limites Legais
Freqüência das Avaliações
Numero de Avaliações Realizadas
Numero de Avaliações Acima dos
Limites Legais Estabelecidos
Maior Valor Encontrado
pH 5,0 a 9,0 Diariamente 727 0 9,0 Temperatura 40 o C Diariamente 727 0 32 o C
DBO 70 % de Eficiência a cada 15 dias 48 ------ -------
Óleos e Graxas 20,0 mg/ litro semanal 96 3 28,0 mg/ litro Resíduos
Sedimentáveis 1,0 mg/ litro semanal 96 2 3,0 mg/ litro
DQO 200,0 mg/ litro semanal 96 0 180 mg/ litro
Zinco 1,0 mg/ litro semanal 96 0 0,90 mg/ litro
175
As tabelas 62, 63, 64 e 65 que se encontram no anexo 2, mostram o levantamento dos dados da pesquisa de campo.
O gráfico 4 mostra que apesar da estação de tratamento atender aos padrões legais
estabelecidos, foram feitos despejos médios mensais de 4,2 t de óleo e graxa no ano de 2005 e
de 6,0 toneladas no ano de 2006.
Indicador (t)
02468
101214
jan/05
mar/05
mai/05
jul/05
set/0
5no
v/05jan
/06
mar/06
mai/06
jul/06
set/0
6no
v/06
Gráfico 4: Óleo e graxa, associada à quantidade de água descartada – Indicador (t)
O gráfico 5 mostra que apesar da estação de tratamento atender aos padrões legais
estabelecidos, foram feitos despejos médios mensais de 120 kg de resíduo sedimentável no
ano de 2005 e de 96,0 kg no ano de 2006.
Indicador (t)
050
100150200250300350400450
jan/05
mar/05
mai/05
jul/05
set/0
5no
v/05jan
/06
mar/06
mai/06
jul/06
set/0
6no
v/06
Gráfico 5: Resíduo Sedimentável (RS), associado à quantidade de água descartada – Indicador (kg)
4,2 t
6,0 t
120 kg 96 kg
176
O gráfico 6 mostra que apesar da estação de tratamento atender aos padrões legais
estabelecidos, foram feitos despejos médios mensais de 23 toneladas de DQO nos anos de
2005 e 2006.
05
10152025303540
jan/05 mai/05 set/05 jan/06 mai/06 set/06
Indicador (t)
Gráfico 6: Demanda Química de Oxigênio (DQO), associada à quantidade de água descartada – Indicador (t)
O gráfico 7 mostra que apesar da estação de tratamento atender aos padrões legais
estabelecidos, foram feitos despejos médios mensais de 155 kg de zinco no ano de 2005 e de
174 kg no ano de 2006.
Indicador (kg)
0
50
100
150
200
250
300
jan/05
mar/05
mai/05
jul/05
set/0
5no
v/05jan
/06
mar/06
mai/06
jul/06
set/0
6no
v/06
Gráfico 7: Zinco, associado à quantidade de água descartada – Indicador (kg)
23 t
155 kg 174 kg
177
6.2.3.1.3. Resíduos Sólidos
O total de resíduos sólidos a destinar em 2005 foi de 5.576,20 toneladas (tabela 48) e
em 2006 foi de 5.696,10 toneladas (tabela 49). A perda matéria em 2005 foi de 3,6 %, o que
corresponde a 2.653,50 toneladas. Em 2006 a perda matéria foi 3,5 %, o que corresponde a
2.759,50 toneladas.
As diferenças de 2.922,70 toneladas em 2005 e de 2.936,60 toneladas em 2006 são de
outros resíduos gerados pelo processo produtivo, sendo grande parte de embalagens.
A empresa destina de forma ambientalmente correta os resíduos industriais gerados do
processo produtivo. Todos os receptores dos resíduos são licenciados pelos órgãos ambientais
do estado de origem.
A figura 40, mostra uma das áreas intermediarias de resíduos e a figura 41, a central de
resíduos.
As tabelas 66 e 67 (totais de resíduos a destinar anos 2005 e 2006 em toneladas); 68 e 69 (percentuais de resíduos de fabricação anos 2005 e 2006) e 70 (Indicadores de resíduos), que se encontram no anexo 2, mostram o levantamento dos dados da pesquisa de campo.
O gráfico 8 mostra que a taxa de valorização dos desclassificados de fabricação banais (TV-DFB) é de 100 %, o que significa dizer que os resíduos são todos valorizados comercialmente ou energeticamente.
Figura 41: Central de resíduos
Fonte: Michelin Fonte: Michelin
Figura 40: Uma das áreas intermediaria de resíduos
178
0
20
40
60
80
100
jan/05 abr/05 jul/05 out/05 jan/06 abr/06 jul/06 out/06
TV-DFB = (DFBV/ DFBG) x 100 (em %)
Gráfico 8: Taxa de valorização dos desclassificados de fabricação banais (TV-DFB) - DFBV (Desclassificados de Fabricação Banais Valorizados)
- DFBG (Desclassificados de Fabricação Banais Gerados)
O gráfico 9 mostra que a taxa de valorização média dos resíduos industriais (TV-RI) nos anos de 2005 e de 2006 foram de 67 %, o que significa dizer que as grandes maiorias desses resíduos foram valorizadas comercialmente ou energeticamente.
TV-RI = (RIV/ RIG) x 100 (em %)
0
20
40
60
80
100
jan/05
mar/05
mai/05
jul/05
set/0
5no
v/05
jan/06
mar/06
mai/06
jul/06
set/0
6no
v/06
Gráfico 9: Taxa de valorização dos resíduos industriais (RI)
- RIV (Resíduos Industriais Valorizados)
- RIG (Resíduos Industriais Gerados)
O gráfico 10 mostra que à quantidade de resíduos associados à produção (RP) nos anos de 2005 e de 2006 foram de 77,5 kg/ t de produto fabricado.
67 %
179
RP = [(DFBG + RIG) / Produção] x 1.000 (em kg/ t)
020406080
100120140160
jan/05
mar/05
mai/05
jul/05
set/0
5no
v/05
jan/06
mar/06
mai/06
jul/06
set/0
6no
v/06
Gráfico 10: Quantidade de resíduos associados à produção (RP)
- DFBG (Desclassificados de Fabricação Banais Gerados)
- RIG (Resíduos Industriais Gerados)
6.2.3.1.4. Emissões Atmosféricas
As caldeiras responsáveis pela geração de vapor, atualmente utilizam gás natural. A
substituição do óleo combustível por gás natural foi realizada a partir do terceiro semestre de
2004, em função de ações decorrentes do sistema de gestão ambiental da empresa.
Como o gás natural é considerado um combustível limpo pelo órgão ambiental do
estado, a atual Licença de Operação da empresa concedida pela FEEMA em 28/10/2005, não
exige qualquer tipo de controle para emissões atmosféricas. Porém foram estabelecidos
indicadores de controle para NOx, SOx, CO2 e Compostos orgânicos Voláteis (COV).
a) NOx, SOx, CO2 e COV (Compostos orgânicos voláteis) Os valores das emissões atmosféricas de NOx, SOx e CO2, foram obtidos através de
cálculos matemáticos a partir dos consumos de gás natural e óleo diesel. As tabelas 71, 72 e 73 que se encontram no anexo 2, mostram o levantamento dos
dados da pesquisa de campo. Utilizaram-se as formulas abaixo para os cálculos matemáticos.
77,5 kg/ t
180
- NOx = [(Equiv. do gás natural em GJ x 60) + (Equiv. do óleo diesel em GJ x 100)] / 106 - SOx = [(Equiv. do gás natural em GJ x 1) + (Equiv. do óleo diesel em GJ x 5)] / 106 - CO2 = [(Equiv. do gás natural em m3 x 202) + (Equiv. do óleo diesel em litros x 266)] / Produção x 3.600
O gráfico 11 mostra que a emissão média de NOx associado á produção no período de 2005 e 2006 foram de 0,26 kg/ t.
Indicador (kg/ t)
00,050,1
0,150,2
0,250,3
0,350,4
0,45
jan/05
mar/05
mai/05
jul/05
set/0
5no
v/05jan
/06
mar/06
mai/06
jul/06
set/0
6no
v/06
Gráfico 11: NOx associado à produção – Indicador (kg/ t)
O gráfico 12 mostra que a emissão média de SOx associado á produção no período de 2005 e 2006 foram de 0,005 kg/ t.
Indicador (kg/ t)
00,0010,0020,0030,0040,0050,0060,0070,008
jan/05
mar/05
mai/05
jul/05
set/0
5no
v/05jan
/06
mar/06
mai/06
jul/06
set/0
6no
v/06
Gráfico 12: SOx associado à produção – Indicador (kg/ t)
0,26 kg/ t
0,005 kg/ t
181
O gráfico 13 mostra que as emissões médias de CO2 associado á produção no período de 2005 e 2006 foram de 7,86 t/ t.
Indicador (t/ t)
02468
10121416
jan/05
mar/05
mai/05
jul/05
set/0
5no
v/05jan
/06
mar/06
mai/06
jul/06
set/0
6no
v/06
Gráfico 13: CO2 associado à produção – Indicador (t/t)
Para cálculo dos compostos orgânicos voláteis (COV), levou-se em consideração o consumo total de solventes e de álcool das áreas de produção que utilizavam esses produtos químicos, bem como sua produção.
A tabela 74 que se encontra no anexo 2, mostra o levantamento dos dados da pesquisa de campo.
O gráfico 14 mostra que as emissões médias de COV, associada á produção no
período de 2005 e 2006 foram de 5,65 g/ kg.
Indicador (g/ kg)
012345678
jan/05
mar/05
mai/05
jul/05
set/0
5no
v/05jan
/06
mar/06
mai/06
jul/06
set/0
6no
v/06
Gráfico 14: Composto orgânico volátil associado à produção (COV) – Indicador (g/ kg)
7,86 t/ t
5,65 g/ kg
182
b) Material particulado
Existem na fabrica seis pontos de emanações fugitivas de material particulados
decorrentes do processo de fabricação do pneu. Em todos estes pontos existem sistemas de
filtragem de ar através de filtros mangas, conforme figura 42.
Apesar de não existirem valores estabelecidos para emissões de material particulado
estabelecidos pelo órgão ambiental do estado, a empresa adota um critério interno de
desempenho que não deve ultrapassar a 50 mgN/ m³. As avaliações encontram-se na tabela
75.
Pode-se observar que nenhuma das avaliações realizadas no ano de 2005 ultrapassou a
esse critério. Não foi possível obter os dados de 2006.
Tabela 75- Avaliações de material particulado na saída do processo de fabricação de pneu
Pontos de Avaliações
Fonte Estacionária – Filtro Manga
Data das Avaliações
Valores Encontrados após o Filtro Manga
Filtro 01 Filtro nº. 1 16/11/05 3,19 Filtro 02 Filtro nº. 2 17/11/05 1,83 Filtro 03 Filtro nº. 3 11/11/05 16,28 Filtro 04 Filtro nº. 4 09/11/05 39,92 Filtro 05 Filtro nº. 5 10/11/05 6,45 Filtro 06 Filtro nº. 6 14/11/05 1,62
Fonte: Michelin
Figura 42: Filtros mangas
Fonte: Michelin
183
6.2.3.2. Indicadores de Segurança e Saúde no Trabalho Os valores das TF, TF2, TG e % de acidentes, foram obtidos da tabela 76 que se
encontra no anexo 2 (levantamento dos dados da pesquisa de campo).
O gráfico 15 mostra que a taxa de freqüência acumulada dos acidentes de trabalho com afastamento no ano de 2005 foi de 0,31 e no ano de 2006 foi de 1,95.
TF
00,5
11,5
22,5
33,5
4
jan/05
mar/05
mai/05
jul/05
set/0
5no
v/05
jan/06
mar/06
mai/06
jul/06
set/0
6no
v/06
Gráfico 15: Taxa de freqüência dos acidentes de trabalho com afastamento (TF)
O gráfico 16 mostra que a taxa de freqüência acumulada dos acidentes de trabalho com e sem afastamento no ano de 2005 foi de 16,72 e no ano de 2006 foi de 14,21.
TF2
02468
1012141618
jan/05
mar/05
mai/05
jul/05
set/0
5no
v/05jan
/06
mar/06
mai/06
jul/06
set/0
6no
v/06
Gráfico 16: Taxa de Freqüência dos acidentes de trabalho com e sem afastamento (TF2)
O gráfico 17 mostra que a taxa de gravidade dos acidentes de trabalho com
afastamento no ano de 2005 foi de 2 e no ano de 2006 foi de 181.
184
TG
020406080
100120140160180200
jan/05
mar/05
mai/05
jul/05
set/0
5no
v/05
jan/06
mar/06
mai/06
jul/06
set/0
6no
v/06
Gráfico 17: Taxa de gravidade dos acidentes de trabalho com afastamento (TG)
O gráfico 18 mostra o percentual de empregados acidentados em relação ao efetivo. No ano de 2005, o percentual médio da força de trabalho que se acidentou foi de 0,23 % e em 2006 foi de 0,21 %.
% de Empregados Acidentados
00,050,1
0,150,2
0,250,3
0,350,4
0,45
jan/05
mar/05
mai/05
jul/05
set/0
5no
v/05jan
/06
mar/06
mai/06
jul/06
set/0
6no
v/06
Gráfico 18: Percentual de empregados acidentados em relação ao efetivo
6.4. QUARTA ETAPA: TRATAMENTO EM FIM DE VIDA
6.4.1. Introdução
Atualmente a proteção do meio ambiente tornou-se um sinal de qualidade de vida. A
qualidade ambiental passa, pela recuperação dos produtos usados, sua reutilização e
reciclagem, antes deles começarem a poluir o meio ambiente. A reciclagem já é uma parte
integrante do comércio, e rapidamente se expande. Nos países industrializados, tanto a
reciclagem quanto a reutilização são motivadas não só por razões ambientais, mas também
185
por razões econômicas.
Hoje em dia, as indústrias são responsáveis pelos resíduos e efluentes que elas mesmas
geram, legalmente e perante o público. A redução, a reutilização, a reciclagem e a
recuperação energética dos resíduos industriais tornaram-se operações inevitáveis dentro da
cadeia produtiva de uma organização moderna.
Em função desta situação, acentua-se a discussão de que alguns produtos inservíveis
devam ser tratados, urgentemente, de outra maneira. Os pneus estão dentro desta categoria de
produtos inservíveis.
Segundo a Michelin (2005), produção mundial de pneus foi de 1.121 milhões, sendo
994 milhões para veículos de passeio/ caminhonete e 127 milhões para veículos de carga.
De acordo com a Associação Nacional da Indústria de Pneumáticos - ANIP (2005), o
Brasil produziu, cerca de 53,4 milhões de pneus.
O gráfico 19, mostra a evolução da produção das industrias de pneu no Brasil nos
últimos 11 anos.
Gráfico 19: Evolução da produção total de pneus no Brasil nos últimos 11 anos
Fonte: ANIP
Uma grande quantidade de pneus inservíveis, vem sendo disposta de maneira incorreta
no meio ambiente durante anos.
Segundo Morilha; Dantas; Barros (2002), são descartados anualmente nos Estados
Unidos cerca de 280 milhões de pneus inservíveis.
PRODUÇÃO TOTAL DE PNEUS NO BRASIL
0
10.000
20.000
30.000
40.000
50.000
60.000
1.995 1.996 1.997 1.998 1.999 2.000 2.001 2.002 2.003 2.004 2.005
UN
IDA
DE
S (
em
mil)
186
A baixa biodegradabilidade, o peso elevado e o grande volume que o pneu ocupa em
função do espaço vazio no centro, dificultam a disposição final.
Faz-se necessário buscar alternativas técnicas, econômicas e ambientalmente corretas,
que possam contribuir para a retirada destes pneus do meio ambiente, em quantidade cada vez
mais crescente.
Muitas são as alternativas possíveis para os pneus inservíveis, porém o que ocorre
freqüentemente, é que estes pneus são deixados em aterros sanitários ou largados em terrenos
baldios a céu aberto, não agregando o reaproveitamento de seus componentes e com isso
ocasiona danos importantes ao meio ambiente e à saúde, onerando e dificultando a coleta e
transporte destes pneus.
Uma vez que estes pneus sejam coletados, as alternativas possíveis podem ser
contempladas dentro dos 4 R’s, ou seja, Redução, Reutilização, Reciclagem e Recuperação
Energética.
Esta quarta etapa do ciclo de vida do pneu encontra-se subdividida em três partes. Na
primeira parte (Legislação ambiental para o controle de pneus), apresentar-se-á à
caracterização do problema dos pneus inservíveis no Brasil e no mundo, bem como o marco
inicial desta questão aqui no Brasil com a publicação da resolução CONAMA 258, em agosto
de 1999, onde se estabeleceu a responsabilidade e metas aos fabricantes e importadores, para
a destinação ambientalmente correta destes pneus. Descrever-se-á também os impactos ao
meio ambiente, os riscos a saúde publica causados pelo descarte inadequado dos pneus
inservíveis e a coleta e o transporte.
Na segunda parte (Alternativas para o gerenciamento de pneus em fim de vida),
apresenta-se as principais alternativas para gerenciamento dos pneus inservíveis, relacionando
cada uma delas aos conceitos dos 4 R’s, ou seja, Redução, onde o foco está voltado para o
aumento da vida útil do pneu; Reutilização, caracterizada pelo reaproveitamento do pneu
como um todo; Reciclagem, caracterizada pela transformação do pneu em matéria prima e
Recuperação Energética voltada para substituição, em parte, de combustíveis.
Na terceira parte, demonstrar-se-á a situação atual do reaproveitamento dos pneus
inservíveis no Brasil baseado no trabalho realizado pela Associação Nacional da Indústria de
Pneumáticos (ANIP) e pelo estudo técnico-científico elaborado pelo Instituto de Pesquisa
Tecnológica (IPT).
187
6.4.2. Legislação Ambiental para o Controle de Pneus
Até recentemente, a quase totalidade dos pneus inservíveis no Brasil vinha sendo
disposta sem nenhum tipo de controle e de forma inadequada no meio ambiente, como
resíduo, tornando-se assim um problema crescente e preocupante para a humanidade. Estes
pneus se encontram em diversos locais: nos revendedores, nas recauchutadoras, em
residências particulares e principalmente, espalhados na própria natureza.
A resolução CONAMA 258 de 26 de agosto de 1999, representa um grande avanço na
concepção da gestão de resíduos, responsabilizando o fabricante pelo seu produto, desde a
fabricação até o final de sua utilização (do berço ao túmulo). Esta resolução define que, a
partir de 2002, os fabricantes de pneus têm o compromisso de dar destinação ambientalmente
adequada aos pneus inservíveis. A mesma se baseia nas quantidades produzidas, começando
com um percentual de 25 %, aumentando gradativamente, e chegando em 2005 a 125 % da
produção, valor este firmado, para que os fabricantes possam tratar do passivo acumulado
durante todos estes anos. Na tabela 77 é mostrado o resumo dos percentuais de reciclagem de
pneus inservíveis, de 2002 a 2005.
Tabela 77 – Resumo dos percentuais de reciclagem de pneus inservíveis, de 2002 a 2005
Pneu Novo Pneu Reformado A Partir de ......
Produção Reciclagem Reforma Reciclagem
1º de Janeiro de 2002 cada 4 pneus 1 pneu Não Aplicável Não Aplicável
1º de Janeiro de 2003 cada 2 pneus 1 pneu Não Aplicável Não Aplicável
1º de Janeiro de 2004 cada 1 pneu 1 pneu cada 4 pneus 5 pneus
1º de Janeiro de 2005 cada 4 pneus 5 pneus cada 3 pneus 4 pneus
Fonte: Resolução CONAMA 258/ 1999
O pneu, como é um material termorrígido, ao ser colocado no meio ambiente, tem uma
vida média de 150 anos para se degradar. Durante seu processamento, a borracha que está
presente no pneu, sofre uma mudança radical em suas característica original, tornando-a apta
às necessidades de utilização, porém com enormes dificuldades de reversibilidade. Esta
dificuldade torna o pneu um problema em potencial para o meio ambiente, quando de sua
destinação final, em sua forma original.
Podem - se avaliar três tipos de problemas causados pelo descarte de pneus inservíveis
de forma indiscriminada no meio ambiente: o impacto ao meio ambiente, riscos à saúde
188
pública e às dificuldades de coleta e transporte destes pneus, para sua retirada do meio
a) Impacto ao Meio Ambiente
Ocorre quando os pneus são estocados em aterros clandestinos ou mesmo em aterros
sanitários. Um risco é o de poluição devido à possibilidade de incêndio, pois os pneus são
compostos de material inflamável e podem queimar causando deterioração do meio ambiente.
Desta queima emanam fumos negros, oriundos da combustão incompleta, que contribuem
para o aumento da presença de material particulado, CO e SO2 no ar. Além disso, há liberação
gasosa de dioxinas, substâncias cancerígenas. A queima de pneus pode ainda contaminar o
ambiente com compostos de cádmio, zinco, cromo, chumbo e organoclorados, substâncias
estas que entram na composição química do pneu.
Segundo Masdoumier (1994), diversos acidentes já ocorreram com este tipo de
material. Entre eles, podemos citar o de Ontário (Canadá), onde 1,5 milhões de pneus
queimaram durante 17 dias e em Virgínia (EUA), quando 7 milhões de pneus queimaram
durante 8 meses e sua fumaça podia ser vista num raio de 300 quilômetros.
Uma prática comum no Brasil é a queima de pneus para espantar mosquitos.
b) Riscos a Saúde Pública
O efeito da estocagem de pneus, sem a devida precaução em relação a sua proteção,
cria a possibilidade de, ali, se tornar um reservatório de água estagnada e favorecer assim, a
proliferação de insetos nocivos e vetores, visto que o pneu, por sua própria geometria,
favorece muito o acúmulo de água em seu interior. Atualmente, esta situação é uma das
responsáveis pela proliferação do mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue, doença
tipicamente tropical, e que no ano de 2002, causou a maior epidemia da doença na história do
Rio de Janeiro.
c) Coleta e Transporte
A coleta e transporte de pneus constituem um grande obstáculo para a retirada de
pneus inservíveis do meio ambiente e dar a eles uma destinação adequada.
Uma vez que se saiba onde existe algum pneu, é preciso recolhê-lo. A relação peso-
volume é outro grande problema, pois eles são muito pouco deformáveis e compactáveis.
189
Passa-se a ter um custo muito elevado para o transporte deste material, visto que o mesmo
ocupa um volume considerado em relação ao seu peso, contribuindo negativamente na sua
valorização.
Ao final deste capítulo, retornaremos a esse assunto, em face da importância do
mesmo.
6.4.3. Alternativas para o Gerenciamento de Pneus em Fim de Vida
Nos último trinta anos vem ocorrendo uma mudança de mentalidade da sociedade com
relação aos pneus inservíveis. Na metade da década de 70, ninguém se preocupava em saber a
onde um pneu, já sem utilidade, era depositado. Com a queda dos preços do petróleo e por
conseqüência, dos preços da borracha sintética (produto oriundo do petróleo), começaram a
ocorrer reflexões neste sentido, mas ainda muito lentas. Nesta época, quase a totalidade dos
pneus era jogada fora, no final de seu uso, sendo que apenas 15 % eram recauchutados.
Atualmente o ciclo de vida de um pneu usado deve compreender 2 fases importantes: a
coleta e a valorização.
Entende-se por valorização, a retirada do pneu de seu circuito tradicional, ou seja,
evitar que o mesmo se torne um produto inservível, do ponto de vista “pneu”, redirecionando-
o para outros fins, onde o mesmo possa ser reaproveitado, em parte ou totalmente em uma
outra cadeia produtiva.
A valorização de um pneu inservível pode ocorrer de formas diferentes e obedecer
perfeitamente o conceito dos 4 R’s, ou seja: Redução, Reutilização, Reciclagem e
Recuperação energética. A seguir, estas diferentes formas são mostradas associadas ao “R”
correspondente.
a) Redução: O pneu é valorizado, tornando-se um produto com um tempo de vida cada vez
maior, onde naturalmente ocorre uma redução da freqüência de reposição por um outro pneu
novo. Assim, ou se produz um pneu muito resistente ao desgaste, ou se produz um pneu que
suporte uma ou várias reformas. Com estas opções, há certamente uma redução da
necessidade de reposição, e com isso, uma valorização do pneu.
b) Reutilização: Esta técnica consiste em valorizar o pneu inservível utilizando-o para outros
fins, os quais serão discutidos posteriormente, diferentes de sua função normal, sem uma
transformação importante em suas características iniciais.
190
Entende-se que desta forma, os pneus inservíveis, que seriam descartados no meio
ambiente, podem continuar sendo utilizados em funções diferentes e, portanto reutilizados
para outros fins.
c) Reciclagem: Os pneus inservíveis podem ainda ser reciclado de 2 modos diferentes como
matéria-prima: como borracha simplesmente triturada, que pode ser utilizada em diversas
aplicações ou ainda como borracha regenerada, onde se busca conseguir propriedades
similares à da borracha virgem.
d) Recuperação energética: Em função de seu alto poder caloríficos, os pneus inservíveis
podem ser utilizados na queima, em substituição a alguns combustíveis, como por exemplo, o
carvão, sendo necessários, neste caso, controles rigorosos da qualidade do ar durante esta
queima.
Todas estas formas consistem em agregar um valor comercial ao pneu, fazendo com
que o reaproveitamento do mesmo passe a ser viável economicamente, na cadeia produtiva.
A seguir apresentaremos as principais alternativas para destinação adequada dos pneus
inservíveis.
6.4.3.1. Redução
Consiste em reduzir a quantidade total de pneu, existente sobre a superfície terrestre.
Esta é a mais importante de todas as valorizações para o pneu.
Os fabricantes de pneus buscam cada vez mais processar borrachas mais resistentes à
rodagem, aumentando com isso a quilometragem do pneu, ocasionando aumento da vida útil
do mesmo. Uma alternativa é a reforma do pneu, onde a banda de rodagem de um pneu, ao
perder os sulcos, responsáveis pela aderência ao solo e a segurança, é substituída por uma
banda de rodagem nova, tornando-o novamente apropriado a exercer sua função. Há ainda
uma alternativa recente, onde os fabricantes começaram a produzir pneus com capacidades de
cargas maiores, ou seja, um pneu pode substituir 2 pneus geminados nos eixos traseiros de
ônibus e caminhões, sem qualquer comprometimento de performance. O que caracteriza a
redução, neste caso, é que este pneu tem aproximadamente 70 % do peso da soma dos dois
pneus substituídos (MICHELIN, 2003).
191
6.4.3.1.1. Aumento da Vida Útil
Com a concorrência mais acirrada e a questão ambiental cada vez mais latente no
contexto mundial, os fabricantes de pneus estão em uma guerra aberta e muito saudável para o
meio ambiente.
Nos últimos anos, a cada modelo que é lançado no mercado, os fabricantes anunciam
uma vida útil de rodagem cada vez maior para os pneus.
Atualmente, o grande marketing de uma marca é aquele onde diz que tal pneu “dura
muito mais”. Já existem pneus de automóveis sendo anunciado com vida útil de 80.000 km, o
que não deixa de ser uma conquista importante, principalmente se considerarmos que as
estradas nacionais não favorecem esta situação. As nossas estradas são as maiores
responsáveis pelo desgaste de nossos pneus, visto que um pneu necessita de uma aderência
integral ao solo por onde ele rola, e qualquer variação neste contato, dá inicio a um desgaste
irregular, que no começo é mínimo e que rapidamente se transformará em um desgaste
importante. Trata-se do fenômeno denominado de “lixa”, onde a não aderência perfeita do
pneu, em certas regiões, com o solo provoca não um contato e sim um “lixamento” da região,
que se desgastará muito mais rapidamente.
Como as estradas nacionais são muito irregulares, ou seja, com muitas imperfeições
em sua camada asfáltica, algumas condutas dos usuários tornam-se extremamente
importantes, e devem ser realizadas sistematicamente, como por exemplo, o balanceamento, o
alinhamento, a calibragem e uma escolha correta do pneu, em função do tipo de estrada, da
velocidade, e do tipo do automóvel.
Certamente, com todas estas medidas, pode-se estar contribuindo para o aumento da
vida útil do pneu e, por conseguinte, estar também contribuindo para a melhoria do meio
ambiente.
6.4.3.1.1.1. Reforma para Reuso do Pneu em Veículo
Entende-se por valorização como pneu reformado o fato de um pneu ter a sua vida
média prolongada, através de uma ou várias reformas.
O objetivo desta valorização é de aumentar a vida útil da carcaça proporcionando um
melhor custo por quilômetro rodado, e conseqüentemente reduzindo o impacto ambiental
causado pela disposição inadequada deste resíduo no meio ambiente. A Michelin, fabricante
de pneus, montou uma estrutura de licenciados por toda a América do Sul, que faz reformas
192
de pneus de carga, com garantia contra qualquer defeito na reforma.
Segundo Michelin (2001, passim), nos Estados Unidos são reformados anualmente 15
milhões de pneus, no Brasil reforma-se 8 milhões, isso se deve fundamentalmente a uma
predominância de transporte rodoviário nestes países.
Existem três processos diferentes em que um pneu inservível pode ser reformado,
conseguindo após esta reforma uma valorização, readquirindo condições para ser utilizado
normalmente, em rodagem. São eles: Recapagem, Recauchutagem e Remoldagem.
A recapagem é o processo pelo qual um pneu é reformado pela substituição da sua
banda de rodagem. Recauchutagem é o processo pelo qual um pneu é reformado pela
substituição da sua banda de rodagem e dos seus ombros. Remoldagem é o processo pelo qual
um pneu é reformado pela substituição da sua banda de rodagem, de seus ombros e de toda
superfície dos seus flancos. Este último processo também é conhecido como recauchutagem
de talão a talão.
Os processos de recapagem e recauchutagem podem ser a quente, onde o pneu recebe
a nova camada de borracha e esta é vulcanizada em moldes aquecidos sob pressão, e a frio,
onde uma manta pré-vulcanizada e pré-moldada é colada na superfície do pneu. A
remoldagem é sempre feita a quente e sob pressão.
Reformar (recapar, recauchutar ou remoldar) pneus, é explorar as matérias-primas
constitutivas da carcaça numa duração muito mais longa. A titulo de exemplo, um pneu para
veículos de cargas pesa, em média 55 kg. Desses 55 Kg, 12 Kg são da banda de rodagem, que
se gastam durante a rodagem. Os outros 43 Kg são compostos por borracha, produtos
químicos, fios têxteis e/ ou aço, constituindo, assim, a carcaça. Reformar é explorar a carcaça
em várias vidas e, portanto, explorar as matérias-primas empregadas para rodarem muito mais
quilômetros. Ela permite reduzir a quantidade de pneus a eliminar (um pneu reformado = 1
pneu a menos a ser descartado).
A reforma contribui para melhor uso dos recursos naturais.
A fabricação de um pneu reformado consome menos matérias-primas e energia do que
a fabricação de um pneu novo.
Evidentemente a reforma de pneus não elimina o problema de disposição dos pneus
inservíveis. Após um certo número de reformas, o pneu chega ao fim de sua vida útil e tem de
193
ser descartado. Isto significa que após um certo número de anos, o fluxo de pneus inservíveis
se estabiliza, porém num patamar inferior àquele que se teria, se os pneus não passassem por
reformas. Outro dado a considerar, é que no Brasil, dos pneus reformados, apenas 15 %
correspondem a pneus de veículos leves (automóveis e utilitários), 85 % são pneus de
transporte de cargas e de passageiros. Há muito espaço para crescimento do mercado de pneus
reformados para veículos leves, mas para isso acontecer, é necessário quebrar o paradigma de
que pneu reformado é sinônimo de pneu sem qualidade. Cabe às empresas reformadoras
obedecerem às normas técnicas e aplicarem preços condizentes com o mercado.
Os três processos encontram-se definidos na norma NBR NM 225 (2000), que trata da
regulamentação de reformas de pneus na América Latina, definindo os critérios mínimos de
seleção para reforma e reparação de pneus. Na tabela 78, foi realizado um resumo destas
definições, correlacionando os três tipos de processo de reforma com a possibilidade de
substituições de zonas dos pneus.
Tabela 78 - Distinção dos processos de reforma de pneus inservíveis
Zonas Substituídas Processos de Reforma
Banda de Rodagem Ombros Flancos
Recapagem Sim Não Não
Recauchutagem Sim Sim Não
Remoldagem Sim Sim Sim
Fonte - NBR NM 225 (2000)
Todos estes processos são realizados através da substituição de uma ou mais regiões
do pneu. Estas regiões, vulcanizadas quando da fabricação do pneu, e que se desgastam
durante o uso, são substituídas por borracha crua, e que necessita ser submetida a uma nova
vulcanização, para readquirir as propriedades de um pneu novo.
A vulcanização se baseia no trinômio temperatura, pressão e tempo, conforme descrito
anteriormente. Todo este processo é acompanhado por uma criteriosa avaliação da carcaça a
ser reformada, que decidirá o destino da carcaça, ou seja, se ela pode ser reformada ou se será
necessária uma outra destinação para ela, o que quase sempre não é ambientalmente correto.
Estes critérios estão documentados de forma integral na norma NBR NM 225/ 2000.
Os critérios que desqualificam o pneu para a possibilidade de reforma são rígidos e
diferenciados para os tipos de pneus. Para pneus de passeio, existem dois critérios que são
específicos; o primeiro estabelece que um pneu de passeio só pode ser reformado uma única
194
vez e o segundo diz respeito à idade do pneu, que não pode ser superior a 5 anos, a contar da
data de fabricação.
Os outros critérios são comuns aos 3 tipos de pneus relacionados na norma: passeio,
camionete e carga. São critérios que desqualificam um pneu para a reforma:
a) contaminação por derivados de petróleo;
b) danos e avarias superiores aos limites estabelecidos na tabela 3 a seguir;
c) separação entre lonas (napas) ou dobras e ondulações;
d) separação do revestimento interno ou abertura de emendas;
e) lonas expostas por desgaste excessivo;
f) rachaduras e deformações permanentes;
g) ebonitização (quebradiço por baquelização) dos elastômeros na área do talão;
h) danos na área dos talões atingindo napas ou aros.
É importante definir que número de consertos é diferente de número de reformas. Em
uma reforma é possível realizar vários consertos, conforme é mostrado na tabela 79. Ela
mostra a relação entre o número máximo de consertos permitidos em relação ao diâmetro
máximo da avaria para cada tipo de pneu. Nota-se que os consertos em pneus de passeio é
bem mais restrito que nos pneus de carga, principalmente os que são projetados para altas
velocidades.
Tabela 79 - Nº. consertos x Diâmetro máximo de avaria relacionados ao tipo de pneu
Tipo de pneu Nº. de consertos Diâmetro máximo da avaria (mm)
Diagonal para automóveis 3 6 Radial para automóveis
(código velocidade ≤ 190 km/h) 2 6
Radial para automóveis (código velocidade > 190 km/h) 1 6
Diagonal e Radial para camionetes 4 8 Diagonal e Radial para ônibus e caminhões 6 8
Fonte – NBR NM 225 (2000)
Na tabela 80 são mostradas as dimensões de reparações medidas pelo lado interno do
pneu, porém levando-se em consideração as regiões os diversos tipos de pneus. Observa-se
que nas regiões do ombro e do talão, existem tolerâncias de áreas específicas que não são
195
reparáveis, definidas por uma cota mostrada na tabela. Já nas regiões da banda de rodagem e
flanco, não existe esta área não reparável, porém é estabelecido o tamanho máximo do reparo.
Esta tabela vem demonstrar a importância da avaliação prévia dos pneus antes de sua reforma,
os quais obedecem a uma rigorosa inspeção em toda a sua área, quer externa, quer interna. E
vem ratificar a importância do usuário na observação contínua do aspecto do pneu, adicionado
a pratica de uma conduta pró-ativa em relação a alguns itens importantes relacionados aos
pneus, como por exemplo, calibragem, alinhamento, balanceamento, cambagem e rodízio dos
mesmos.
Tabela 80 – Dimensões de reparações medidas pelo lado interno do pneu
Área do Pneu Talões Flancos Ombros Banda de rodagem
Tipos de Pneus Área não reparável (mm)
Tamanho máximo do dano (mm)
Área não reparável (mm)
Tamanho máximo do dano (mm)
Automóveis NP NP NP 10 Camionetes 60 20 20 30 Caminhões e ônibus < 900-20 (*) 80 50 30 50
Caminhões e ônibus ≥ 900-20 90 70 30 70
Automóveis NP NP NP 10 Camionetes 65 (**) 15 30
Caminhões e ônibus com altura de seção ≤ 230 mm
65 (**) 20 30
Caminhões e ônibus com altura de seção > 230 mm
70 (**) 30 35
Fonte - NM 225 (2000) NP – não permitido -
(*) - Dimensão de pneus (**) - Depende da altura e largura da avaria
6.4.3.2. Reutilização
Consiste em utilizar o pneu, inteiro ou cortado em pedaços, para a fabricação de
diferentes produtos de borracha. Neste conceito não há transformação importante do pneu, ou
seja, o mesmo quase que mantém suas características iniciais inalteradas.
Algumas formas que têm sido utilizadas na reutilização de pneus estão descritas a
seguir.
D
I
A
G
O
N
A
L
196
6.4.3.2.1. Pneu-Solo
Uma das primeiras utilizações de pneus inservíveis na prática da Engenharia Civil
ocorreu na década de 70, quando da reconstrução de um aterro reforçado com pneus em uma
rodovia ao norte da Califórnia (HAUSMANN, 1990). As camadas horizontais de pneus eram
espaçadas verticalmente de 0,60 m e interligadas com alças de metal. Os estudos relacionados
à utilização de pneus e solo foram desenvolvidos na França, com a construção de um muro
experimental em Langres (LONG, 1984). A construção deste muro, que tinha 5 metros de
altura por 10 metros de extensão, demonstrou a viabilidade de execução de estruturas a partir
do lançamento de camadas de pneus preenchidos com solo.
É a técnica mais comumente utilizada dentro do domínio da valorização do pneu em
estado. O interessante deste processo é de exigir um mínimo de transformação na preparação
do pneu, utilizando, ao máximo, a resistência dos diferentes constituintes, visto que os pneus
são constituídos de borracha, reforçados com fibras têxteis ou metálicas, atribuindo-lhes
elevada resistência a tensões radiais. Estas propriedades mecânicas permanecem nos pneus
mesmo após sua vida útil.
Esta técnica consiste em reagrupar os pneus de maneira linear, a fim de suportar
esforços importantes de tração. Dentro de uma obra, o pneu-solo é arrumado em camadas
horizontais, intercalados em relação à fileira seguinte, fazendo assim, umas arrumações
estáveis, permitindo que haja uma parte frontal, onde esteticamente se possam plantar mudas
de árvores, caso necessite. Existem duas maneiras de preparação de um pneu-solo. O conjunto
pode ser preparado com pneus inteiros ou ainda com pneus cortados, ou seja, com a retirada
de um de seus flancos (laterais). A vantagem de utilização do pneu cortado é que, após a
aplicação da sobrecarga, se observa uma redução de 30% nos deslocamentos horizontais, em
relação aos pneus inteiros (GERSCOVICH , 2000). Uma outra vantagem é que a remoção do
flanco acelera o processo de construção do conjunto, devido a maior facilidade de amarração
e preenchimento dos pneus. A desvantagem em se utilizar os pneus cortados é que se faz
necessário à aquisição de equipamento específico para a remoção do flanco do pneu,
principalmente no caso dos pneus radiais, os quais são reforçados com aço (GERSCOVICH,
2000).
A principal qualidade do pneu-solo é que ele permite uma melhor repartição dos
esforços, dentro da massa do solo reforçado e sobre as fundações. Graças a isto, o pneu-solo é
um excelente material para a engenharia civil, pois ele permite a construção de muros de
sustentação, proteção de encostas e reforços de encostas.
197
A principal vantagem desta técnica é que, não se faz qualquer transformação do pneu
para a sua reutilização. Outras vantagens como o aumento da resistência do solo, a redução da
vibração e finalmente a nenhuma ou quase nenhuma degradação com o tempo, faz desta
técnica uma alternativa promissora de reutilização de pneus inservíveis.
A figura 43 mostra os pneus deitados, arrumados uns sobre os outros e intercalados,
sendo utilizados de maneira correta na contenção de uma encosta, na cidade do Rio de Janeiro
(GERSCOVICH, 2000). Ver detalhes na figura 44.
Como foi mostrado, o processo do pneu-solo tem aplicações múltiplas e variadas. Os
testes provaram que é um bom material, mas aparentemente a utilização seria ainda marginal
em razão de concorrência de outros materiais, como, por exemplo mantas de polietileno, ou
ainda grades de arames de aço entrelaçados.
6.4.3.2.2. Tapete Pneu
Nos tempos atuais, as vibrações se tornam temores constantes particularmente nos
meios urbanos e industriais. Consequentemente, estas vibrações acarretam barulho,
verdadeiro incômodo das grandes cidades. As vibrações nascem próximas de máquinas
giratórias ou são devidas a circulações ferroviárias ou rodoviárias. Para lutar contra este
fenômeno, é necessário acabar com as vibrações em sua fonte ou próximo do lugar a proteger.
O tapete-pneu é um material antivibratório, utilizado na base dos trilhos, de trens e
metrôs, e os resultados constatados são particularmente encorajadores. Para diminuir as
vibrações, o tapete-pneu é composto de uma sola de borracha colocada nos lugares onde a
Figura 43: Exemplo de utilização na
contenção de encostas
Fonte – Gerscovich (2005)
Figura 44: Detalhes de pneus
utilizados em encostas
Fonte – Michelin (2005)
198
vibração é mais importante.
Para Madoumier (1994), a técnica consiste em estender duas camadas cruzadas de
bandas de rodagens de pneus inservíveis. O corte deve ser retilíneo e as bordas unidas. As
bandas devem ser rebitadas uma sobre as outras por um grampo elástico a fim de evitar toda a
propagação dos efeitos das vibrações.
Também podem ser utilizados em isolamento de fundações de construções e em
isolamento de maciços de máquinas giratórias.
6.4.3.2.3. Recifes Artificiais
Esta técnica de modificação física, principalmente do litoral ou de lagos, consiste em
instalar no fundo da água ou posicionar próximo às margens, conjuntos sólidos estruturados
de pneus inservíveis. Estas imersões se fazem de 10 a 50 metros, onde normalmente se
encontra a ausência de fundações rochosas naturais. O objetivo destes recifes não é somente
criar pólos de concentrações de fauna marinha, mas, sobretudo de proteger as costas contra a
erosão das correntes marinhas. Esta técnica já é desenvolvida no Japão e nos Estados Unidos,
a partir de 1960 (MASDOUMIER, 1994).
Na Inglaterra existem algumas restrições sobre tal reutilização, em função de alguns
fatores, que ainda estão sendo analisados. Fatores como a degradação da borracha por raios
ultravioletas, principalmente quando os pneus ficam situados em águas rasas e o aumento da
possibilidade de abrasão, devido à movimentação das águas, seja pelo movimento das marés,
seja por tempestades cada vez mais freqüentes ocasionadas pelo aquecimento global, fazem
com que os ambientalistas deste país sejam bastante precavidos sobre o assunto (COLLINS,
2002).
6.4.3.2.4. Laminação
A laminação, consiste no aproveitamento de pneus por meio de processos físicos de
corte em guilhotinas e perfuratrizes, com o objetivo de fabricar peças industriais a partir de
partes do pneu que não contém fios ou malhas de aço. Embora sejam usados poucos pneus,
em relação à quantidade disponível, este setor é composto por centenas de micro e pequenas
empresas, que geram muitos empregos.
Os principais produtos fabricados a partir dos pneus por este processo são: solados de
199
calçados, coxins, batoques, sapatas de absorção de impactos, tiras para móveis (poltronas e
sofás).
Esta alternativa de reciclagem é benéfica para o meio ambiente, pois uma boa parte
dos pneus é reaproveitada, não exige grandes investimentos, tem baixo custo operacional,
consome pouca energia e gera muitos empregos.
Este processo de reaproveitamento portanto, mereceria mais atenção, com o intuito de
desenvolver novas aplicações.
6.4.3.2.5. Outras Alternativas
Existem ainda alternativas para reaproveitamento do pneu, porém são mais
trabalhosas, como o exemplo mostrado na figura 45, onde os pneus têm as suas laterais
cortadas, e após esta etapa, os mesmos são unidos através de uma amarração e posteriormente
colados, transformando-os em uma tubulação, que pode ser utilizada em canalização de
esgotos, por exemplo.
Figura 45 – Tubulação feita de pneus
Fonte – Michelin (2005)
Os pneus inservíveis inteiros também podem ser reutilizados em um grande número de
aplicações: proteção de árvores, cercas ornamentais de jardins, em garagens para proteção de
paredes e colunas, parques infantis (balanços, camas elásticas, pula-pula), em barcos e
ancoradouros para evitarem impactos, em avenidas e autódromos como barreira elástica
contra colisões, em carroças puxadas por animais e em carrinhos puxados por homens.
200
6.4.3.3. Reciclagem
Entende-se por reciclagem de um pneu o fato de se conseguir reciclar os componentes
de um pneu inservível, mas sob uma forma diferente, ou seja, a reciclagem não acontece sob a
forma do próprio pneu e sim de partes destes pneus transformados em borracha triturada ou
regenerada, normalmente misturada a outros produtos.
6.4.3.3.1. Borracha Triturada
Obtém-se a borracha triturada após a destruição do pneu, que pode ser por criogenia
ou trituração mecânica.
A criogenia consiste em fragilizar o pneu dentro de um banho de nitrogênio líquido. O
custo, evidentemente, é muito elevado em relação à trituração mecânica, porém o resultado é
muito mais satisfatório, pois se obtêm uma carga mais fina, ou seja, com diâmetros de
partículas menores, obtendo com isso mais vantagens.
Na trituração mecânica podem-se obter grânulos de diversos tamanhos, variando de 30
mícron a 300 milímetros, sabendo-se que quanto menor a granulação, maior o custo final do
processo. Atualmente já existem empresas, localizadas em São Paulo, que são especializadas
em trituração de pneus.
Este material pode, em seguida, ser utilizado em diversas aplicações.
Quando uma borracha vulcanizada (que já sofreu um cozimento a altas temperaturas) é
reutilizada dentro de uma borracha nova, esta última terá suas propriedades degradadas um
pouco. É considerada como uma borracha de baixa gama, ou seja, de menor qualidade para a
utilização proposta. Contudo, as propriedades de elasticidade são mantidas.
Os principais seguimentos de mercado utilizadores de borracha triturada são a
engenharia civil e as construtoras. Dentro destes setores, estas borrachas são utilizadas em
várias situações, conforme descritas a seguir.
6.4.3.3.1.1. Fabricação de solos esportivos
Os compostos de borracha trituradas têm um custo muito inferior ao composto
sintético e trazem mais flexibilidade e permeabilidade, porém o mercado ainda não confia
neste produto. Na fabricação destes pisos, a borracha triturada fica sob a camada ou na
superfície do revestimento. Na figura 46 é mostrado um exemplo de utilização de borracha
201
triturada que foi aplicada a solos de treinamento de cavalos e na figura 47 são mostrados os
detalhes deste piso emborrachado.
6.4.3.3.1.2. Revestimentos de estradas e calçadas
A idéia de se misturar betume com borracha é antiga. Os betumes emborrachados têm
grandes perspectivas de desenvolvimento, pois eles trazem importantes características ao
asfalto, como a melhoria da capacidade de deformação, melhor resistência à fadiga, menor
susceptibilidade às variações de temperatura e uma melhor resistência ao envelhecimento.
Com esta técnica, a borracha triturada encontrou um mercado relativamente promissor.
Segundo o Departamento Nacional de Estrada de Rodagem - DNER (2002), existem no Brasil
1,7 milhões de quilômetros de estradas, sendo que somente 165 mil quilômetros são
asfaltados.
A incorporação de borracha de pneus inservíveis em revestimentos asfálticos de
pavimentos rodoviários e urbanos têm sido empregada há aproximadamente 30 anos no
exterior. Podem-se citar aplicações importantes em Portugal, África do Sul, Canadá, Austrália
e nos Estados Unidos. Pesquisas e aplicações de inúmeras técnicas utilizando asfalto borracha
já são uma realidade nos estados americanos da Califórnia, Arizona e Flórida (MORILHA;
DANTAS; BARROS, 2002).
É evidente que além da melhoria do ligante, a destinação ecologicamente correta dos
pneus inservíveis é a grande motivação ambiental desse aproveitamento. Convém ressaltar,
que das destinações finais dos pneus já utilizadas, uma das mais nobres é a sua incorporação
Figura 46: Piso emborrachado
Fonte – Michelin (2005)
Figura 47: Detalhes do piso emborrachado
Fonte – Michelin (2005)
202
ao asfalto criando um novo tipo de ligante modificado.
A modificação ou melhoria dos ligantes asfálticos utilizados em pavimentação, com
adição de borracha de pneus, é considerada uma alternativa atrativa para o melhoramento das
propriedades dos materiais betuminosos, principalmente em relação à resistência à tração e à
fadiga, bem como do aumento do envelhecimento diminuindo rachaduras e aumentando a
resistência à umidade. (LEITE , 2000)
Duas são as maneiras mais empregadas de adição da borracha de pneus às misturas
asfálticas:
a) Via seca: a borracha é introduzida diretamente no misturador da usina de asfalto, entrando
como um agregado na mistura; a transferência de propriedades importantes da borracha ao
ligante é prejudicada;
b) Via úmida: a borracha e betume são misturados juntos, a altas temperaturas, previamente
para produzir o ligante, que é adicionado ao agregado, modificando-o permanentemente
(OLIVER, 2000).
Destas, a que maior sucesso tem demonstrado é o processo via úmida, pois promove
uma transferência mais efetiva das características de elasticidade e resistência ao
envelhecimento para o ligante asfálticos original. Ligante asfálticos é um ligante altamente
viscoso que tem por finalidade sua aplicação em tratamentos superficiais a quente em
misturas asfálticas descontínuas. Este ligante pode, então, ser modificado por meio da adição,
via úmida, de teores entre 12 e 25 % em peso de borracha vulcanizada de pneus inservíveis. A
borracha deve ser previamente triturada e finamente pulverizada. O novo ligante modificado
apresenta novas propriedades e relações físico-químicas diferentes do ligante original. A
adição de borracha ao ligante deve ser executada em um reator próprio exclusivo para este fim
e, através também de um processo físico químico adequado, pode ser obtida uma mistura
estável de borracha e asfalto, em condições imediatas de utilização.
Uma grande desvantagem deste processo é que a aplicação de asfalto com borracha
normalmente é just in time, ou seja, a aplicação do ligante no tratamento por penetração ou na
mistura asfáltica deve ocorrer em menos de 24 horas. Outra desvantagem é que devido ao
caráter altamente viscoso do ligante, se faz necessária à utilização de temperaturas um pouco
mais elevadas do que as tradicionalmente empregadas no Brasil, na usinagem e compactação
dos asfaltos.
203
6.4.3.3.1.3. Outras utilizações
Pode-se ainda utilizar borracha triturada em diversos seguimentos como a fabricação
de tapetes e juntas; proteção de terraços e piscinas; isolamento acústico quando misturada ao
chumbo, pois absorve as ondas acústicas devido a sua elasticidade e ao alto peso molecular;
como isolamento térmico; como muros de tiro ao alvo e outras mais.
Enfim, o processo de trituração da borracha permite a separação de compostos do pneu
(aço e borracha), bem como a fabricação de revestimentos flexíveis. Contudo, o preço de
transformação é elevado e a capacidade de produção é baixa, pois é muito difícil triturar um
produto vulcanizado, recheado com aço, como é o pneu. Estes fatores decorrem de custos de
transportes, estocagens, manutenção, cortes e trituração. Por isto, sua utilização ainda é
inexpressiva.
6.4.3.3.2. Borracha regenerada
O objetivo deste processo é devolver ao material vulcanizado as propriedades originais
do material, de onde ele se originou. Ele chega a quebrar as pontes de vulcanização, ligando
as moléculas entre elas, dentro da borracha vulcanizada. A borracha deve se apresentar sob a
forma de grânulos ou triturada (MASDOUMIER, 1994).
Entretanto, o processo de regeneração não permite tratar todas as borrachas. Algumas
regenerações não são possíveis, as das borrachas saturadas, ou quase saturadas, devido à
característica não oxidável ou dificilmente oxidável.
Em função do processo de vulcanização da borracha, onde se utiliza à temperatura
versus tempo, em uma determinada pressão, fica impossível reverter tal processo e por
conseguinte regenerar inteiramente uma borracha vulcanizada. Regenerar uma borracha
vulcanizada pode ser definido como dar uma nova vida ao produto, em face da
impossibilidade de reconstituir e separar todos os produtos que reagiram na composição
original do artigo de borracha, por exemplo, um pneu.
O regenerado tem as suas características próximas da composição original de borracha
e quanto mais próximas essas características, melhor é a qualidade do regenerado.
A regeneração da borracha vulcanizada é um fenômeno de superfície, isto é, ela é feita
na superfície da partícula ou grão da borracha vulcanizada, sendo, portanto, impossível de
atingir o interior das cadeias químicas. No caso de um processo térmico, o calor quebra a
borracha vulcanizada em pedaços menores, provocando um “craqueamento” como no
204
processamento do petróleo, sendo que neste caso o craqueamento é aleatório, e os pedaços se
apresentam em tamanhos variados, e heterogêneos, pedaços esses grandes ou pequenos.
Uma desvantagem desse processo é que o mesmo não pode ser empregado por um
tempo muito longo ou não se pode utilizar maior pressão de vapor de água na digestão, uma
vez que a mistura pode vir a se transformar em uma pasta ou em um óleo.
Segundo Cunha Lima; Hemais (1997), a figura 48 apresenta as diversas fases da
borracha. O desenho A mostra o modelo de uma macromolécula de elastômero ainda crua, ou
seja, sem estar vulcanizada. Esta macromolécula é semelhante a uma esponja de fio metálico.
No desenho B, é apresentada uma macromolécula vulcanizada com ligações tridimensionais
do vulcanizante, sendo o enxofre o mais utilizado. No desenho C é representada a borracha
vulcanizada em pó, onde simplesmente a mesma foi triturada e moída, mantendo-se em todas
as partículas, agora menores, as mesmas características da borracha vulcanizada. No desenho
D, é mostrada a borracha regenerada pelo processo térmico ou convencional.
A borracha regenerada é utilizada na composição de borracha como carga semi-
reforçadora para baratear o preço do produto final, cujas especificações se enquadram dentro
de suas características. Pode-se utilizar a borracha regenerada em tapetes, solados, protetores
de câmaras de ar, passadeiras, mangotes, câmara de ar, câmaras de recauchutagem e outras
mais. Portanto, a borracha regenerada deve ser utilizada em produtos com exigências menores
de qualidade.
A - Borracha crua
C - Borracha vulcanizada
em pó
B - Borracha vulcanizada
D - Borracha regenerada
Figura 48: Fases da borracha
205
A regeneração da borracha pode ser efetuada através de dois métodos: o método
térmico ou convencional e o método de cisalhamento. A regeneração pelo método térmico ou
convencional é aplicada a poucos tipos de composições de borracha vulcanizadas; as mesmas
limitações acontecem com o método de cisalhamento. Com isso, ambos os métodos têm
limitações quanto à qualidade e ao preço.
O princípio do método térmico é continuar a vulcanização da borracha, que já se
encontra vulcanizada, até começar a deterioração pelo calor, o que irá destruir todo o resto dos
produtos químicos existentes na composição. O craqueamento, então, é aleatório e, portanto
heterogêneo, fazendo com que o produto obtido deste craqueamento tenha características
pobres quanto à qualidade e a ação do refino seja dispendiosa, pois consome muita energia
elétrica. Porém, este método é o mais utilizado atualmente para regeneração de borrachas
vulcanizadas, principalmente àquelas destinadas a aplicação em solados, tapetes e passadeiras.
O método de cisalhamento, embora não aqueça tanto quanto o método térmico leva
mais tempo e consome mais energia elétrica, pois o mesmo é realizado em misturadores,
refinadores ou extrusoras. É neste método que se regenera composições de borracha natural,
estireno-butadieno (SBR) e acrilonitrilas (CUNHA LIMA; HEMAIS, 1997).
A regeneração da borracha vulcanizada, geralmente, pode ser obtida por três tipos de
quebra de cadeia, carbono-carbono ou carbono-enxofre ou ainda enxofre-enxofre. As cadeias
mais fáceis de serem quebradas são as de carbono-carbono, embora o fenômeno possa ocorrer
também nos outros tipos de cadeias.
Os tipos de processos existentes para a obtenção da borracha regenerada estão
apresentados na tabela 81. Podem ser físicos, químicos ou físico-químicos.
Tabela 81 - Processos de obtenção de borracha regenerada
Processos Físicos Químicos Físico-Químicos
Tratamento em óleo Peptizantes Catalisadores
Tratamento térmico Oxi-reduções
Cisalhamento
Microondas
Fonte - Cunha Lima; Hemais (1997)
A seguir, descrever-se-á de forma sucinta os processos: físicos, químicos e físico-
químicos.
206
6.4.3.3.2.1. Processos Físicos
a) Tratamento em óleo: a borracha deve ser fervida em óleo por muitos dias. O processo de
tratamento em óleo já foi muito utilizado, mas tem o seu uso limitado face ao grande
desperdício de energia.
b) Tratamento térmico: são os processos de tratamento com vapor d’água, quer sejam em
autoclaves ou em digestores, onde são adicionados óleos, asfalto e peptizantes à mistura, que
depois será refinada. Posteriormente, explicaremos com mais detalhe este processo.
c) Cisalhamento: o processo mais empregado é o de moagem da borracha vulcanizada com
peptizantes, por moinhos de rolos ou regeneradores e por extrusoras. O processo, da mesma
forma que o térmico, é pouco utilizado sozinho, uma vez que se torna muito dispendioso.
d) Microondas: é uma técnica relativamente recente, que permite tratar dentro de uma câmara
ressonante de tipo multietapas, sob a ação de microondas, os despejos moídos de vulcanizados
de borracha. É importante ressaltar que este ainda não é um processo rentável e confiável. O
produto obtido possui propriedades mecânicas frágeis. Da mesma forma, as instalações são de
preços elevados porque independem das usinas de transformação de borracha. A aparelhagem
pode ser instalada dentro de um centro de produção de borracha, a fim de assegurar uma
reciclagem imediata. Esta aparelhagem é constituída de um gerador de grande potência de
trabalho (acima de 2.000 MHz) e uma câmara de Microondas (MASDOUMIER, 1994).
6.4.3.3.2.2. Processos Químicos
a) Peptizantes: são processos que utilizam produtos químicos como agentes de quebra da
borracha vulcanizada. Assim como o processo de cisalhamento, não é usado sozinho pois são
muito lentos. Os processos são, em geral, usados em conjunto com o processo térmico ou com
o de cisalhamento. As guanidinas, hidrazinas, sais de zinco, derivados clorados dos tiofenóis
são os compostos químicos mais comuns utilizados como peptizantes. Estes produtos são
misturados em pequenas quantidades à borracha vulcanizada, triturada e digerida em presença
de vapor d’água, e assim se tornam eficazes a certas temperaturas.
b) Oxi-reduções: são produtos que, adicionados em etapas ao pó da borracha vulcanizada,
provocam uma reação de oxi-redução na superfície do grão, regenerando a borracha. Os
207
produtos mais utilizados para este processo são o cloreto férrico e derivados da hidrazina
(CUNHA LIMA; HEMAIS, 1997).
6.4.3.3.2.3. Processos Físico-Químicos
a) Catalisadores: é o processo através do qual a borracha vulcanizada é regenerada por contato
com elementos deletérios, como o cobre, manganês, cobalto, ferro, níquel, suas ligas ou
derivados. Este é um processo pouco utilizado atualmente, pois foi pouco desenvolvido
(CUNHA LIMA; HEMAIS, 1997).
Os processos industriais mais utilizados atualmente para a regeneração da borracha
são o processo físico/ tratamentos térmicos, utilizando autoclaves (ou panelas) e o de
digestores. Ambos os processos utilizam calor, gerando produtos não reforçados, e usam a
borracha vulcanizada, moída em quebradores, com granulometria em torno de 5 mesh. São
opcionais o uso de peptizantes, óleos, resinas, asfalto e pequenas quantidades de solventes.
Alguns processos usam ar ou oxigênio como meio de oxidação, com pressões variáveis de
vapor d’água que, normalmente, variam de 5 a 50 kg/ cm2. O tempo de regeneração é função
da temperatura e do grau de oxidação, ficando de 5 minutos a 24 horas. Quanto mais alta a
temperatura, menor será o tempo de regeneração da borracha.
- Processos de Autoclaves
A regeneração inicia com a borracha vulcanizada moída e homogeneizada em
moinhos quebradores. Seguindo uma formulação, que vai depender do emprego de
regenerado, são misturados os ingredientes, como peptizantes, óleos, resinas, solventes,
asfalto, etc. Em seguida, são preenchidas as panelas, geralmente rasas, para sofrerem a ação
do vapor e do agente oxidante, e colocadas na autoclave. O tempo é função da pressão do
vapor de água. Após a descarga, o regenerado é resfriado e laminado no refinador.
Dependendo da natureza do regenerado, passa de duas a quatro vezes pelo refinador. A
intenção é formar uma película de, aproximadamente, 0,05 mm de espessura, contínua e
homogênea, que é enrolada formando uma manta grossa de mais ou menos 60-80 mm de
espessura. A manta é cortada e prensada, formando fardos com cerca de 25 kg.
- Processos de Digestores
208
Da mesma forma que o processo de autoclaves, o início deste processo é similar.
Apenas a mistura é feita dentro do digestor, que movimenta em seu interior, através de pás, a
borracha vulcanizada moída, assim proporcionando um melhor contato entre a borracha e os
agentes de regeneração. Após a descarga do digestor, o regenerado é resfriado e refinado. O
processo de digestores oferece um produto mais homogêneo e leva aproximadamente a
metade do tempo do processo de autoclave.
As aplicações do regenerado pelo processo a quente, isto é, utilizando a temperatura
como meio de produzir a quebra da borracha vulcanizada, são limitadas, em sua maioria na
substituição da borracha virgem em suas composições, como em pneus, camelback, tapetes,
passadeiras, lençóis, artefatos automotivos em geral, colas e adesivos, borrachas duras e
asfalto.
Nessas composições, a participação do regenerado varia de 10 a 100 %. Entretanto, é
necessário tomar muito cuidado com a aplicação do regenerado, principalmente onde existem
algumas das seguintes características: geração de calor, baixo módulo de resiliência, alta
resistência à abrasão e baixa deformação. É imprescindível que se conheça a borracha
vulcanizada e os produtos que compõem a formulação do regenerado para manter uma
regularidade em suas características.
Atualmente, o uso de borracha regenerada não é bem aceito, visto que suas
características são muito baixas, inferiores a qualquer composição com elastômero virgem e
ainda o regenerado proveniente do processo térmico tem um odor não muito agradável. Além
disso, o processo é poluente, atingindo não só a atmosfera como também os efluentes
líquidos. Por conta disso, todos os cuidados ambientais, como filtros e tratamento de
efluentes, devem estar acoplados ao processo de regeneração de borracha.
6.4.3.4. Recuperação Energética
Outra forma de valorização além das apresentadas anteriormente é a recuperação
energética.
O desenvolvimento desta última, para o futuro, é muito importante. Esta técnica pode-
se consumir grandes quantidades de pneus. A recuperação energética representa a
possibilidade de, por si só, resolver quase que a totalidade do problema da disposição de
pneus inservíveis.
Neste caso, o pneu é considerado um combustível. Ele possui um excelente poder
calorífico que permite se aproximar do carvão. Segundo Holcin Brasil (1998), 14 toneladas de
209
pneus usados correspondem a 14 toneladas de carvão ou 10 toneladas de óleo combustível.
A incineração, com a recuperação calorífica do resíduo (pneus inservíveis), é chamada
de incineração com valorização energética.
A valorização energética consiste, durante a queima do pneu, na recuperação direta da
energia produzida, seja por fornecimento de vapor ou produção de eletricidade.
6.4.3.4.1. Incineração
A incineração é o processo mais antigo e o mais empregado de tratamento térmico de
resíduos, sendo feita normalmente a 800 °C. Os gases de combustão devem-se manter a 1200
°C por cerca de 2 segundos, com excesso de ar e turbulência elevada a fim de garantir a
conversão total, dos componentes orgânicos presente nos resíduos, a gás carbônico e água. Os
teores de oxigênio nos gases de combustão devem ficar acima de 7 % em volume
(IPT/CEMPRE, 2000). Os pneus inservíveis, são classificados como resíduos sólidos Classe
III - inertes, conforme a resolução CONAMA N.º 235, de 7 de janeiro de 1998, estão tendo
destinação final em incineradores, porém com uma finalidade mais específica, em função de
seu alto poder calorífico, portanto sendo utilizados para incineração energética. Atualmente,
as indústrias que praticam a incineração de pneus já possuem os fornos adequados e utilizam
este material como combustível.
São exemplos de indústrias utilizadoras deste método, as indústrias cimenteiras e as
siderúrgicas. Contudo, nas indústrias cimenteiras, a incineração de pneus é muito mais forte,
pois além de substituir o combustível, os pneus passam a se incorporar na carga do cimento,
sendo este processo chamado de co-processamento. Ainda há a possibilidade dos pneus
inservíveis serem utilizados em centrais térmicas a carvão, para a produção de eletricidade.
Nas indústrias siderúrgicas, o pneu inservível substitui o coque, e participa da redução
do minério de ferro. Já em misturas com lixo doméstico, em usinas de incineração de lixo,
pode-se permitir uma quantidade de pneus inservíveis, de uma maneira bem controlada, ou
seja, quando o poder calorífico do lixo urbano for baixo, os pneus podem ser utilizados como
combustível. À medida que este poder calorífico do lixo aumentar, vai-se diminuindo a
quantidade de pneus misturados a ele, podendo até ser inviável a mistura, para evitar um
aumento excessivo da temperatura dos fornos incineradores.
Nas centrais térmicas a carvão para a produção de eletricidade, os pneus inservíveis
são utilizados como combustível, substituindo em parte o carvão, em percentuais que variam
de 10 % a 20 % nos Estados Unidos. Estas centrais já funcionam no Japão com consumo de
210
148.000 toneladas de pneus/ ano), nos Estados Unidos e na Alemanha com consumo, em cada
país, de 20.000 toneladas de pneus inservíveis/ ano (ALMON, 2001). Porém o consumo de
pneus inservíveis nesta alternativa pode estar comprometido em função da tendência atual de
substituição do carvão por combustíveis mais limpos, como o gás natural.
As indústrias cimenteiras são as grandes consumidoras de energia. Além de utilizarem
a energia da queima do pneu, o resíduo também é aproveitado como carga no cimento, pois os
materiais (aço + carbono = coque) são compatíveis com o cimento ali produzido.
Este método, também conhecido como co-processamento, se baseia no fato de que,
além de aproveitar o poder calorífico do pneu como combustível, aproveita as cinzas como
material constituinte na formulação do cimento. Assim, na teoria, todo o pneu é transformado
em utilidade e não há nenhum resíduo final.
Um ponto fraco deste método reside no fato de que o pneu incinerado necessita de um
pré-acondicionamento, pois o mesmo deve estar no mínimo cortado em pedaços, e isto faz
aumentar o custo. Para tal, necessita-se de um investimento inicial nos equipamentos, além
dos custos de manutenção. Esta desvantagem se refere principalmente ao pneu de carga,
devido às dimensões e ao volume deste tipo de pneu.
Atualmente já existem indústrias de cimento que foram projetadas exclusivamente
para consumo de pneus inservíveis como combustível, e sendo assim, o projeto já previu uma
possibilidade de consumo de pneus em pedaços maiores, com poucos cortes e nenhuma
trituração.
Co-processamento é uma técnica em que se utiliza ás condições do processo de
fabricação do clínquer do cimento para a destruição de diversos tipos de resíduos industriais,
de forma segura e definitiva. Dentre estes resíduos industriais, está o pneu inservível.
O co-processamento de pneus em fornos de cimento é uma resposta atual segura para a
disposição final deste material.
As concentrações de metais pesados situam-se em uma faixa onde são facilmente
incorporadas ao clínquer do cimento. Os pneus contêm também elementos como ferro, que
pode incorporar-se ao clínquer do cimento como substitutivo de matéria-prima.
No co-processamento existem condições favoráveis para esta destinação final: alta
temperatura, elevado tempo de residência (que evita a liberação de emissões prejudiciais ao
meio ambiente), o alto efeito absorvedor da matéria-prima no pré-aquecedor e a incorporação
das cinzas geradas ao clínquer do cimento.
Além dessas condições favoráveis, o poder calorífico do pneu, cerca de 7.000 kcal/ kg,
contribui para a diminuição do consumo de combustíveis não renováveis, como carvão e óleo,
211
minimizando desta forma os recursos naturais.
Diversas fábricas de cimento na Europa e nos Estados Unidos estão co-processando
pneus em seus fornos. Os dados apresentados a seguir comprovam que esta prática não afeta o
processo de produção, não prejudica a qualidade do clínquer e não provoca emissões
atmosféricas significativas. A tabela 82 apresenta a grande quantidade de fábricas de cimento
espalhadas por todo o mundo que já fazem o co-processamento de pneus.
Tabela 82 - Co-processamento de pneus em fornos de cimento
País N.º de fábricas Japão 23
Alemanha 20 EUA 14
Áustria 6 Suíça 3
Bélgica 2 Eslováquia 2
França 2 República Checa 2
Canadá 1 Itália 1
Portugal 1 Reino Unido 1
Total 78
Fonte - Rosenhoj (1993)
Os Grupos Holcin e Cimpor estão preparados para o co-processamento de pneus e já o
fazem atualmente, num total de 4 fábricas, 2 de cada Grupo, espalhadas em 4 estados
diferentes: São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Paraíba. Além deles, algumas fábricas
da Votorantim e Lafarge começam também a trabalhar neste sentido. Na tabela 83 tem-se a
distribuição do parque industrial de cimento no Brasil.
212
Tabela 83 - Parque industrial de cimento no Brasil
Empresa % Votorantim 41,7 João Santos 11,4
Cimpor 9,1 Holcim 8,9 Lafarge 8,4
Camargo Corrêa 8,1 Tupi 5,4
Soeicom 3,0 Itambé 2,2 Outros 1,8
Fonte - Holcim Brasil S/A (1998)
O acompanhamento e o monitoramento do co-processamento de pneus em diversas
fábricas de cimento, no Brasil e no mundo, demonstram que os valores de emissão
atmosférica, metais pesados e materiais particulados, permanecem dentro dos limites das
respectivas normalizações, não havendo influência na quantidade total de material particulado
emitido, na quantidade total emitida de metais pesados, na emissão de SO2. Por último, existe
pouca influência da emissão de CO, desde que o co-processamento de pneus seja devidamente
controlado (controle de O2, definição correta da taxa e do ponto ótimo de alimentação de
pneus) (HOLCIN, 1998).
A tabela 84 compara as emissões atmosféricas em fornos operando na Inglaterra com
100 % de carvão e fornos com 18 % de substituição energética com pneus. Os resultados
demonstram que o co-processamento de pneus provoca algumas mudanças nas emissões de
gases, porém todos os parâmetros se mantêm dentro dos limites de tolerância previstos na
NBR-11175/ 1990, que trata de incinerações de resíduos sólidos perigosos. Por exemplo, há
um acréscimo nas emissões de CO em 48 %, Pb em 123 % e Zn em 108 %, sendo que este
último é um dos componentes mais expressivos do pneu. O restante permaneceu quase que
inalterado, chegando às vezes, em alguns casos, até diminuir, como é o caso do SO2, NOx,
COT (Carbono Orgânico Total) e Dioxinas.
213
Tabela 84– Análises dos gases de exaustão na Inglaterra
Itens 100 % carvão 18 % pneus Material particulado (g/ t) 230 226
O2 % 9,5 9,4 CO ppm 134 199 SO2 ppm 260 249 NOx ppm 936 789 TOC ppm 105 56,9
Zn (mg/ Nm3) 0,185 0,385 Fe (mg/ Nm3) 0,873 0,950 Pb (mg/ Nm3) 0,121 0,270 Cr (mg/ Nm3) 0,048 0,058 Hg (mg/ Nm3) 0,055 0,011
Naftaleno (μg/ Nm3) 76 66 Poluentes Perigosos (μg/ Nm3) 84 70
Clorobenzol (μg Nm3) 1,7 0,9 Clorofenol (μg/ Nm3) <0,07 <0,07
Dioxina/Furano (μg/ Nm3) 0,001 0,0004
Fonte – Holderbank News (1996)
Quanto à qualidade do produto, comprova-se que não ocorrem influências negativas
na qualidade do cimento.
No co-processamento pode-se trabalhar com a reciclagem de pneus inservíveis inteiros
ou em pedaços, porém em ambos os casos, estes pneus devem estar isentos de matéria
estranha e/ ou água. Um diâmetro externo máximo de 1200 mm e uma largura máxima de 380
mm, que são as dimensões máximas de pneus de carga, são imperativos para um
carregamento uniforme nos fornos de cimento. Outro item importante é que, sempre que
possível, os pneus devem ser co-processados tão logo seja feito o desembarque dos mesmos,
vindo do fornecedor, evitando com isso, construções de depósitos destes pneus e poluição dos
mesmos pela intempérie (chuvas e vento).
6.3.4.4.2. Pirólise
É um método de tratamento térmico à alta temperatura, pirolítico com oxidação
controlada, sob uma atmosfera pobre em oxigênio, dentro de uma câmara de combustão. As
temperaturas ficam compreendidas entre 400 e 500 °C. Quanto mais alta a temperatura, mais
se obtém produtos gasosos e menos os produtos líquidos (MASDOUMIER,1994).
Este processo é muito utilizado para tratamento de resíduos perigosos, e objetiva, ao
mesmo tempo, a redução do volume e a eliminação das características indesejáveis dos
mesmos, de forma a minimizar os riscos para o meio ambiente e para a saúde pública.
214
No caso, onde se utiliza a pirólise de pneus, a decomposição aquecida do pneu, em
atmosfera pobre em oxigênio, acontece no interior da câmara de combustão. Os produtos
obtidos são diversos. A seguir damos alguns exemplos de produtos químicos obtidos da
pirólise de pneus:
a) Óleos parafínicos e aromáticos, que podem ser utilizados, após o refino, para a produção de
vapor;
b) Negro de carbono para incorporação como agente reforçante em materiais de borracha;
c) Carvão ativo para filtros utilizados em tratamento de águas;
d) Gás utilizado para pré-aquecimento de ar insuflado dentro de fornos;
e) Coque.
A pirólise, quando utilizada em pneus inservíveis, têm algumas vantagens em relação
a outros resíduos, como a auto-suficiência do processo em que se concerne à energia, pois
parte dos gases e dos produtos líquidos podem substituir o óleo combustível; comparado aos
incineradores tradicionais, o investimento é sete vezes inferior, pois as temperaturas são mais
baixas, opera sem consumo de ar e não gera grandes quantidades de gases, evitando assim um
sistema de purificação mais sofisticado; os produtos sólidos e líquidos obtidos são facilmente
transportáveis e estocáveis, podendo ser utilizados posteriormente; todos os tipos de pneus
podem ser utilizados e não há necessidade de trituração dos pneus menores.
Atualmente, no Brasil, esta alternativa para destruição de pneus inservíveis está sendo
muito utilizada pela Petrobrás, em São Mateus do Sul, no estado do Paraná, com o processo
Petrosix.
O processo Petrosix, que é patenteado pela Petrobrás, foi inicialmente desenvolvido
para retortagem exclusiva do xisto. A SIX (Unidade de Negócios da Industrialização do Xisto
da Petrobrás) produz óleo, gás liquefeito do petróleo, gás combustível e enxofre a partir do
processamento do xisto há mais de 20 anos e passou a misturar pneus picados à rocha de xisto
a partir de maio de 2001 em suas plantas industriais, obtendo um acréscimo no volume destes
produtos. Esta mudança ocorreu em função de várias razões e trouxe uma alternativa para a
recuperação energética adequada dos pneus inservíveis.
A primeira razão está relacionada à saúde pública, visto que os pneus servem de
acúmulo de água, a qual favorecem a proliferação de insetos vetores de doenças infecciosas
como dengue, febre amarela, filariose e malária.
No Processo Petrosix, são adicionados à carga de xisto processada 5 % em peso de
215
pneus inservíveis picados, o que permite reaproveitamento de 140 mil toneladas de pneus
anualmente. Isto equivale a 17,5 milhões de pneus de passeio ou a 2,33 milhões de pneus de
carga (AMBIENTE BRASIL, 2002)
O processo inicia-se com o recolhimento e armazenamento dos pneus em diversas
regiões do país; na seqüência vem a etapa de transporte entre o armazenador e o picotador,
seguida do trabalho de picotagem e de transporte do pneu picado para a SIX. Cabe a SIX, o
armazenamento e o co-processamento dos pneus bem como o transporte e disposição do
material inerte oriundo do processo.
Os resultados obtidos com a adição de pneus inservíveis ao processo petrosix são
extremamente satisfatórios, tanto em relação aos produtos obtidos quanto ao meio ambiente.
Uma tonelada de pneus rende cerca de 530 kg de óleo, 40 kg de gás, 300 kg de negro
de carbono e 100 kg de aço. Os produtos gerados pelo processamento do xisto adicionado de
pneus picados são óleo, gás combustível e enxofre. O óleo do pneu tem poder calorífico de
10.182 kcal/ kg, sendo que o gás tem poder calorífico de 8.015 kcal/ kg. O enxofre é utilizado
na agricultura, indústria farmacêutica e na indústria de vulcanização. Os resíduos de xisto e
pneu retortado podem ser aproveitados como combustíveis para termelétrica ou insumos para
indústrias cerâmicas e o arame pode ser reciclado em indústrias siderúrgicas (Ambiente
Brasil, 2002).
A figura 49 mostra o fluxograma do processo petrosix em atividade no estado do
Paraná. Os pneus inservíveis (previamente picados) são misturados ao xisto e a mistura é
levada por uma correia transportadora a um reator cilíndrico vertical conhecido como retorta
para ser aquecida a uma temperatura de aproximadamente 500 °C. Com o aquecimento, o
mineral libera matéria orgânica em forma de óleo e gás. Em seguida, o xisto e a borracha
passam por outra etapa, desta vez de resfriamento, que resulta na condensação de vapores de
óleo na forma de gotículas, que são transportadas para fora da retorta pelos gases. Essas
gotículas, coletadas, constituem o óleo pesado. Após a retirada desse óleo, os gases do xisto
passam por outro processo de limpeza para a retirada do óleo leve. O restante é encaminhado
para a unidade de tratamento de gases, onde são produzidos mais dois tipos, o gás
combustível e o gás liquefeito do petróleo. Nesta etapa é feita a recuperação do enxofre.
Com a retirada do óleo e do gás, o resíduo que sobra é uma mistura de xisto e pneus
retortados, considerado um material inerte, que retornará para as cavas da mina, para ser
recoberto por uma camada de argila e solo vegetal, permitindo assim a utilização da área para
a criação de animais, plantio ou urbanização. Este procedimento faz parte do processo de
reabilitação de áreas mineradas pela Petrobras.
216
Figura 49: Processo Petrosix
Fonte - Michelin (2005)
6.4.4. O que esta se fazendo no Brasil para atender a Resolução CONAMA 258
Desde 1999, a Associação Nacional de Industria de Pneumáticos (ANIP), desenvolve
um programa de coleta e destinação de pneus inservíveis (pneus que não podem mais rodar
em veículos automotivos), hoje o maior programa de responsabilidade pós – consumo da
indústria brasileira.
6.4.4.1. Informações sobre a ANIP
A ANIP, foi fundada em 1960, congrega todos os fabricantes de pneumáticos e
câmaras de ar do território nacional. As empresas associadas são: Pirelli, Goodyear, Michelin,
Bridgestone/ Firestone, Rinaldi, Tortuga, Maggion e Levorin.
217
Os tipos de pneumáticos fabricados por essas empresas são para caminhões/ ônibus,
caminhonetas, automóveis, motos, agricultura/ terraplanagem, veículos industriais e aviões.
Os indicadores de atividade compreendido no período entre 2002 e 2005, encontram-se
na tabela 85.
Tabela 85 - Indicadores de atividade compreendido no período entre 2002 e 2005
PRODUÇÃO/ ANOS 2002 2003 2004 2005 Volume de Produção (unidades de pneus) 46,6 milhões 49,2 milhões 52,0 milhões 53,4 milhões
Volume de Vendas (produção + importação)
(unidades de pneus) 50,2 milhões 51,8 milhões 55,2 milhões 56,6 milhões
Volume de exportação (incluso nos totais de vendas)
(unidades de pneus) 15,6 milhões 17,7 milhões 17,1 milhões 18,2 milhões
Fonte: ANIP (adaptada)
Os principais canais de vendas em 2005 foram: Mercado de reposição/ revendedores
(42,2 %); industria automobilística/ montadoras (25,6 %) e exportação (32,2 %).
O setor neste mesmo ano obteve um faturamento de R$ 14,2 bilhões, pagou R$ 3,3
bilhões de tributos diretos, gerou 20.000 empregos diretos e 100 mil indiretos. Exportou para
mais de 110 países gerando divisas no valor de 779 milhões.
Segundo a ANIP (2005), para atender o programa de coleta e destinação de pneus
inservíveis, só no neste ano foram gastos R$ 22 milhões.
No período compreendido entre 1999 e 2005, destinou-se cerca de 100 milhões de
pneus inservíveis, o que equivale a 500 mil toneladas de pneus.
A figura 50, mostra os tipos de destinação de pneus que foram realizadas
218
6.4.4.2. Ações adotadas pela ANIP para controle dos pneus inservíveis
As seguintes ações em curso vêm sendo adotadas pela ANIP, a fim de destinar de
forma ambientalmente correta os pneus inservíveis no Brasil.
a) Criação de ecopontos: são locais de recepção (formalizado entre o poder público e os
fabricantes de pneus), que temporariamente recebem pneus inservíveis das revendas, dos
borracheiros, dos sucateiros, dos laminadores e dos circuitos de coleta urbana. Todo pneu que
entra neste circuito tem uma destinação final ambientalmente correta.
Atualmente existem 208 municípios distribuídos por todo o Brasil que já aderiram ao
programa em 18 estados da união.
A figura 51, mostra a distribuição dos Ecopontos no Brasil
100 MILHÕES DE PNEUS DESTRUÍDOS
171.405,62
96.905,9937.377,31
194.311,08
LAMINAÇÃO ARTEFATOS / MATÉRIA-PRIMA
EXPORT. GRANULADO COMBUSTÍVEL
Figura 50: Destinação de pneus por tipo (Kg) – período 1999/ 2005
Fonte: ANIP
219
A figura 52 mostra um ecoponto no estado do Rio de Janeiro
b) Postos de revendas autorizadas: mais de 4.000 postos mobilizados para coleta nos 27
estados da união.
c) Centros de picotagem: 12 centros em operação.
A figura 53 apresenta a localização dos 7 principais centros de picotagem distribuídos
pelo Brasil.
• Amazonas
• Amapá
• Bahia
• Distrito Federal
• Espírito Santo
• Goiás
• Maranhão
• Minas Gerais
• Mato Grosso do Sul
• Mato Grosso
• Pará
• Paraná
.
Figura 51: Localização dos ecopontos no Brasil
Fonte: ANIP
ECOPONTOS
Figura 52: Ecoponto de Bangu/ RJ
Fonte: ANIP
220
A figura 54, apresenta um centro de picotagem no estado de São Paulo
SP
CIMPOR - JUNDIAI /
CIMPOR - J.PESSOA / PB
RS
PR
M
PB
BA
AM PA
MT
MS
SC
RJ
ES
CEM
TO
PIAC
RO
RR AP
PE
SE
RN
AL
GO
CAMPO
CAJATI / SP
CEZARINA / GO
CANDIOTA / RS
SÃO MIGUEL DOS CAMPOS
Figura 53 : Localização dos principais centros de picotagem distribuídos pelo Brasil
Fonte: ANIP
Figura 54: Centro de picotagem
Fonte: ANIP
221
d) Articulação com: sucateiros, borracheiros, reformadores, transportadores, processadores,
destinadores e poder publico.
- 44 pontos de destinação/ 26 empresas.
- 10 processadores.
- 14 sucateiros cadastrados.
- 12 empresas de transporte.
e) Campanhas orientadas para consumidores.
f) Contratação de estudo técnico ao Instituto de Pesquisa Tecnológica (IPT).
A ANIP em 2003, contratou o IPT, para a realização de um estudo técnico-científico
que se permitiu apresentar à sociedade, o panorama nacional do fluxo de pneus usados e a
destinação de pneus inservíveis no Brasil.
O objetivo do estudo foi o de fornecer dados quantitativos e qualitativos sobre o ciclo
de vida dos pneumáticos no Brasil.
Segundo IPT (2004), dos 100 % dos pneus usados, 46,8 % são considerados pneus que
ainda podem rodar (36,9 % o cliente leva para depois comercializar e 9,9 % os revendedores e
borracheiros comercializam), o que significa o prolongamento da vida do pneu usado,
impedindo a disponibilidade para a destinação final. A diferença de 53,2 % são considerados
pneus inservíveis. Destes 53,2 %, apenas 26,5 % são considerados pneus disponível para
destinação.
A figura 55 a seguir, demonstra o fluxo de destinação de pneus inservíveis no Brasil.
222
Com já foi descrito anteriormente neste capítulo, a coleta e o transporte de pneus
constituem um grande obstáculo para a retirada de pneus inservíveis do meio ambiente, e se
dar a eles uma destinação adequada. Tem-se um custo muito elevado para o transporte deste
material, visto que o mesmo ocupa um volume considerado em relação ao seu peso,
contribuindo negativamente na sua valorização. Como exemplo podemos considerar duas
situações: na situação 1 (figura 56), pode-se observar um maior numero de transporte em
função da destinação a ser dada ao pneu do que na situação 2 (figura 57).
Fabricantes /Importadores
destinam
8,5%
Figura 55: Fluxo de destinação de pneus inservíveis
Fonte: Pesquisa do IPT 2004
Somente 26,5 % estão disponíveis
para coleta e destinação final
Prefeituras Destinam
em aterro
sanitário
10,9%
Laminadores
reprocessam
7,1%
Particular sitiante e agricultor reutilizam
9,4%
Usuários de pneus
reformados ou de 2ª mão
9,9%
Cliente leva
36,9%
46,8 % Pneus que ainda podem rodar
Pneu
Revenda Equip. Original
53,2 % Final de vida (Pneus Inservíveis)
Pneus Usados
Exportação
Ciclo de Vida do Pneu no Brasil
Utilizações/indevidas
17,3%
223
6.4.4.3. Taxa de Destinação de Pneus Inservíveis
Conforme já descrito anteriormente, as industrias de pneumáticos através da ANIP,
instituíram em todo o Brasil um programa de coleta e destinação de pneus inservíveis, com a
finalidade de dar fim de maneira ambientalmente correta aos pneus usados, que não podem
mais passar por processos de reforma.
Centro de Recepção(ECOPONTO)
Trituração/ Picotagem/
i /
Destinação Final
Retirada do Pneu do Meio Ambiente
Transporte
Figura 56: Situação 1 (maior número de transporte)
Revenda/ Borracheiro
Transporte
Transporte
Centro de Recepção
Destinação Final
Retirada do Pneu do
Meio Ambiente
Transporte Transporte
Figura 57: Situação 2 (menor número de transporte)
Revenda/ Borracheiro
224
Para calcular a taxa de destinação (%), desses pneus, é preciso conhecer o total a
destinar e o total de pneus que o foi retirado do meio-ambiente por destinação controlada.
A taxa de destinação de pneus inservíveis, é obtida pela razão entre o total de
destinação controlada e o total a destinar, multiplicado por cem, ou seja:
Taxa de Destinação = (Total da Destinação Controlada/ Total a Destinar) x 100
6.4.4.3.1. Total de Pneus a Destinar
O momento em que o pneu pode se tornar um resíduo sólido é o da reposição. Pois, o
pneu usado que foi substituído por um novo poderá ser descartado no meio-ambiente. Logo, o
mercado que contribui para o total a destinar é o Mercado de Reposição, que será
numericamente igual ao número de pneus potencialmente inservíveis. Os pneus que irão
compor equipamentos originais não são considerados nesse cálculo, já que só poderão ir para
o meio quando forem trocados.
Podemos considerar três grupos como fundamental para a destinação de pneus. São
eles: A Associação Nacional de Industrias de Pneumáticos, outros importadores e os
reformadores.
a) Associação Nacional de Indústrias de Pneumáticos (ANIP)
A quantidade de pneumáticos produzido no Brasil para o mercado de reposição em
2004 e 2005 encontra-se na tabela 86.
Tabela 86 - Mercado de reposição de pneumáticos produzido no Brasil em 2004 e 2005
2004 2005 Mercado de reposição - ANIP* Fonte: PVI ANIP 359.250 t 345.127 t
(* Importação + Produção – Exportação – Equipamento Original)
Fonte: Michelin
b) Outros Importadores
As empresas que são exclusivamente importadoras aprovisionam apenas o mercado de
reposição, logo o total importado é considerado no cálculo do total a destinar.
225
Como não há disponível o quanto foi importado por essas empresas, subtraiu-se do
valor total importado obtido no relatório do SECEX, a quantidade importada pela ANIP.
A tabela 87 estabelece as importações de pneus novos no Brasil por outros
importadores.
Tabela 87- Importação de pneus novos no Brasil por outros importadores
2004 2005 (a) Total de Importação Fonte: SECEX 91.474 t 129.176 t (b) Importação ANIP Fonte: PVI ANIP 45.607 t 62.798 t
Totais Pneus Novos – Outros Importadores (a - b) 45.867 t 66.378 t
Fonte: Michelin
Os pneus reformados importados, também irão compor o Mercado de Reposição.
Na tabela 88, temos os pneus reformados importados pelo Brasil.
Tabela 88 - Pneus reformados importados pelo Brasil
2004 2005 Importação de Reformados Fonte: SECEX 2.270 t 1.727 t
Fonte: Michelin
Na tabela 89 encontra-se a soma dos pneus importados no Brasil (novos e reformados)
em 2004 e 2005.
Tabela 89 - Importação de pneus novos e reformados no Brasil
2004 2005
Totais Pneus Novos - Outros Importadores (a – b) 45.867 t 66.378
Importação de Reformados 2.270 t 1.727 t
Totais de Pneus Importados (novos e reformados) 48.137 t 68.105 t
Fonte: Michelin
c) Mercado Reforma
Na tabela 90, encontram-se os pneus reformados, tanto de carga quanto de passeio que
são vendidos no mercado interno de reposição.
Como não foi possível obter os dados de 2005, optou-se por repetir os dados de 2004
226
em 2005, com a finalidade de demonstrar a pesquisa elaborada.
Tabela 90 - Pneus reformados no mercado interno (carga e passeio)
2004 2005 Mercado Reforma Carga Fonte: ABR 213.925 t 213.925 t
Mercado Reforma Passeio Fonte: ABIP 35.360 t 35.360 t Total Mercado Reforma 249.285 t 249.285 t
Fonte: Michelin
d) Total de Pneus a Destinar
Considerando que durante o uso o pneu sofre desgaste, fazendo com que o pneu
inservível possua peso inferior ao do pneu novo, e que o fator de desgaste utilizado pelo
IBAMA é de 30 %, demonstramos na tabela 91, a previsão do que deveria ser destinado em
2004 e 2005.
Tabela 91 - Total de pneus que deveria ser destinado em 2004 e 2005
2004 2005 Mercado de Reposição ANIP 359.250 t 345.127 t
Importação (exceto ANIP) 48.137 t 68.105 t Mercado Reforma 249.285 t 249.285 t
Total 656.672 t 662.517 t Total – Fator de desgaste (30 %) 459.671 t 463.763 t
Fonte: Michelin
6.4.4.3.2. Total de Pneus com Destinação Controlada
Nessa etapa foram consideras as ações que levam à retirada dos pneus usados do meio
ambiente, excetuando-se as destinações difusas.
Podemos considerar quatro grupos que contribuem para a destinação controlada de
pneus no Brasil. São eles: A Associação Nacional de Industrias de Pneumáticos, outras
empresas, o mercado interno de reforma e a exportação de pneus usados e reformados.
a) Associação Nacional de Indústrias de Pneumáticos (ANIP)
A ANIP em parceria com empresas destinadoras reconhecidas pelo IBAMA,
227
proporciona o fim ecologicamente correto a milhares de toneladas de pneus coletados nos
ECOPONTOS e em outros pontos de coleta alocados em diversas cidades do Brasil.
A tabela 92, demonstra a destinação controlada realizada pela ANIP em 2004 e 2005.
Tabela 92 - Destinação controlada pela ANIP em 2004 e 2005
2004 2005 Total Destinação ANIP Fonte: PVI ANIP 145.246 t 116.329 t
Fonte: Michelin
b) Outras Empresas
De acordo com a Resolução 258 do CONAMA, as empresas importadoras deverão
comprovar junto ao IBAMA, previamente aos embarques no exterior, a destinação final, de
forma ambientalmente adequada de pneus inservíveis, correspondentes às quantidades a
serem importadas. Portanto, a quantidade destinada pelas empresas importadoras pode ser
obtida através do volume importado.
A tabela 93, demonstra a destinação controlada realizada por outras empresas em 2004
e 2005, para pneus novos, reformados e usados.
Tabela 93 - Destinação controlada por outras empresas em 2004 e 2005
2004 2005 Importação de Novos (exceto ANIP) Fonte: SECEX 45.868 t 66.378 t
Importados Reformados Fonte: SECEX 2.270 t 1.727 t (a) Total (novos e reformados) 48.138 t 68.105 t
(b) Importação de Usados Fonte: SECEX 70.849 t 92.383 t Total Destinação Outros (a + b) 118.978 t 160.488 t
Fonte: Michelin
c) Mercado Interno de Reforma
A reforma ao reutilizar pneus usados, que seriam descartados, como matéria-prima
para o seu processo, também é considerada na obtenção do total de destinação controlada.
Porém, como parte dos pneus utilizados são importados, subtraímos esse volume para
encontrar quanto dos pneus usados em nosso país é incorporado no processo de reforma.
Na tabela 94 demonstra-se o total de pneus reformados em 2004 e 2005.
228
Tabela 94 - Pneus reformados em 2004 e 2005
2004 2005 (a) Total Mercado de
Reforma Fonte: ABR e ABIP 249.285 t 249.285 t
(b) Importados Usados Fonte: SECEX 70.849 t 92.383 t Total (a – b) 178.436 t 156.902 t
Fonte: Michelin
d) Exportação de Usados e Reformados
Apesar de ser um número pequeno, a existência desse tipo de exportação é indicada
nesse cálculo, apenas como forma de sinalizar que são consideradas todas as formas
reconhecidas de retiradas de pneus do meio ambiente.
A tabela 95, demonstra o total de pneus exportados (usados e reformados), em 2004 e
2005.
Tabela 95 - Total de pneus exportados (usados e reformados), em 2004 e 2005
2004 2005 Exportação de Usados Fonte: SECEX 1,31 t 11,5 t
Exportação de Reformados Fonte: SECEX 0,93 t 14,2 t Total 2,24 t 25,7 t
Fonte: Michelin
e) Total de Pneus com Destinação Controlada
Na tabela 96, demonstra-se o total de pneus com destinação controlada em 2004 e
2005.
Tabela 96 - Total de pneus com destinação controlada em 2004 e 2005
2004 2005 Destinação ANIP 145.246 t 116.329 t Destinação Outros 118.978 t 160.488 t
Reforma 178.436 t 156.902 t Exportação de Usados e Reformados 2,24 t 25,70 t
Total Destinado 442.662 t 433.745 t
Fonte: Michelin
229
f) Pneus sem Controle
Na tabela 97, demonstra-se a quantidade de tonelagem de pneus sem controle nos anos
de 2004 e 2005.
Tabela 97 - Tonelagem de pneus sem controle nos anos de 2004 e 2005.
2004 2005 (a) Total a Destinar 459.671 t 463.763 t
(b) Total da Destinação Controlada 442.662 t 433.745 t Total (a – b) 17.009 t 30.018 t
Fonte: Michelin
6.4.4.3.3. Taxa de Destinação de Pneus Inservíveis no Brasil em 2004 e 2005
A tabela 98, demonstra a taxa de destinação de pneus inservíveis no Brasil em 2004 e
2005.
Tabela 98 - Taxa de destinação de pneus inservíveis no Brasil em 2004 e 2005
2004 2005 Total da Destinação Controlada 442.662 t 433.745 t
Total a Destinar 459.671 t 463.763 t
Taxa de Destinação 96 % 94 %
Fonte: Michelin
Na figura 58, demonstra-se o fluxograma da destinação de pneus inservíveis no Brasil
em 2004 e 2005.
230
359.250 t - 2004
345.127 t - 2005
48.137 t - 2004
68.105 t - 2005
249.285 t - 2004
249.285 t - 2005
656.672 t (30 % desgaste) = 459.671 t
662.517 t (30 % desgaste) = 463.763 t
FABRICANTES
REPOSIÇÃO
TOTAL A
DESTINAR
REFORMA
IMPORTAÇÕES DE
NOVOS E
REFORMADOS
Figura 58: Fluxograma da destinação de pneus inservíveis no Brasil em 2004 e 2005
231
CAPÍTULO 6 - CONCLUSÃO
Neste capítulo apresenta-se a conclusão da pesquisa. Procurar-se-á explicar cada uma
das questões levantas do capítulo 2. Faz-se comentário sobre a gestão de meio ambiente,
segurança e saúde no trabalho e sugerem-se assuntos para futuras pesquisas.
6.1. ASPECTOS GERAIS
As organizações passam por um momento importante dentro da história, no qual
buscam atender às preocupações do público quanto aos processos de produção e de serviços.
A globalização, que vem ocorrendo nos últimos anos em todo o mundo, acabou por
introduzir mudanças nos processos de trabalho. As demandas por capacitação técnica, a
necessidade de melhoria dos processos produtivos para que as organizações possam
sobreviver às fusões, privatizações, terceirizações e mudança tecnológicas, ocasionam
aumento dos riscos no ambiente de trabalho, desencadeando, assim, mais acidentes de
trabalho, doenças ocupacionais e impactos ao meio ambiente.
As organizações brasileiras, em sua maioria, pela inexpressiva importância que dão as
questões ambientais e de segurança e saúde no trabalho, não possuem sistemas de gestão
compatíveis com a complexidade de seus métodos e processos produtivos e principalmente
com seu potencial de riscos. O que comumente existe são programas estanques, dissociados
das demais ações do sistema produtivo e de outros sistemas gerenciais, levando em conta,
apenas, os riscos do trabalho, a legislação pertinente e o perfil da mão-de-obra.
A ausência de sistemas de gestões de MSS, orientados e sustentados por políticas
consistentes, elaboradas a partir das reais necessidades da organização, com a participação
direta de seus colaboradores e implementada sob a coordenação da sua direção, tem sido o
principal fator do insucesso na luta pelo controle dos danos e perdas impostos à pessoa, ao
meio ambiente e ao patrimônio.
Dentro das estratégias empresariais, as questões ligadas ao meio ambiente e a
segurança e saúde no trabalho devem assumir uma posição de destaque. As organizações
brasileiras, a exemplo das organizações em outros países, vêm desenvolvendo, há anos,
sistemas destinados à melhoria contínua de suas atividades, visando atender a essas questões.
Considerando a gestão de MSS como parte integrante dos sistemas produtivos e tendo
já implantado e consolidado o programa de qualidade, o preenchimento da lacuna existente,
232
no que concerne a meio ambiente e a segurança e saúde no trabalho, poderá ser feitos com a
adoção das normas ISO 14001 e OHSAS 18001.
Registros estatísticos e experiências acumuladas de pesquisadores permitem afirmar
que a redução dos impactos ambientais e de acidentes e doenças do trabalho despertam a
necessidade de intensa conscientização prevencionista dos dirigentes, governo e
trabalhadores. Para isto, deve-se contar com a atuação eficiente e eficaz de profissionais de
meio ambiente e de segurança e saúde no trabalho, cuja capacitação requer contínua
atualização, mediante a modernização dos processos produtivos e as inovações tecnológicas.
Quem ajudará a identificar todas as exposições a perdas? Avaliar os riscos?
Desenvolver, implementar e monitorar o trabalho realizado?
Tradicionalmente, o trabalho é realizado pelo gerente de meio ambiente e de segurança
e saúde ou por um especialista, e não há dúvidas de que cada um tem um papel a
desempenhar. Os especialistas em MSS, têm tarefas a realizar - como conselheiros ou
mentores. Eles ajudam a garantir que todos os funcionários desempenhem um papel ativo.
Para algumas pessoas, isto é sem dúvida uma mudança cultural. Entretanto, se considerarmos
o problema de um modo realista, ele deveria ser um esforço de equipe, começando pelo nível
mais elevado da organização, e sendo permeado para todos os gerentes, supervisores e
funcionários. Se cada um fizer a sua parte, e todos tiverem funções e atividades claramente
identificadas desde o início, os objetivos da gestão de MSS se torna atingível.
Apesar da maioria dos gerentes concordarem que meio ambiente e segurança e saúde
no trabalho faz parte de suas funções (isto é, eles estão envolvidos), muitos, realmente, não
estão comprometidos. Alguns vêem o comprometimento, apenas, como a realização de
alguma formação, aprovação de investimentos em MSS ou participação em uma auditoria
ocasional. O comprometimento também significa que, quando um funcionário descobrir um
perigo que exija a parada da produção por 01 (uma) hora para a correção do risco, o gerente
paralisará a produção. Este comprometimento é mostrado quando é dado tempo aos
supervisores para executarem inspeções no local de trabalho ou aos funcionários para
participarem das reuniões de meio ambiente e de segurança e saúde. Neste contexto, o
comprometimento da gerência significa crença, compreensão, planejamento, entusiasmo,
energia e controle. Em outras palavras, o comprometimento não é algo esporádico - ele é uma
exigência do cotidiano, parte da cultura; um modo de vida!
As organizações e seus gerentes podem ser auxiliadas por um sistema de gestão bem
desenvolvido.
Os sistemas de gestão ajudam a manter a consistência. Quando os gerentes são
233
substituídos, eles permanecem para garantir a continuidade durante a transição; também
oferece caminhos estruturados para alcance dos objetivos, o desenvolvimento das pessoas, a
melhoria das comunicações e dos processos comerciais.
As organizações devem considerar o sistema de gestão de MSS, como uma parte vital
dos seus negócios; se o mesmo não for gerenciado adequadamente, ele pode ser
extremamente custoso, não apenas nos termos humanos e ambientais, mas também em termos
monetários.
O sistema apresentado nesta tese inclui tanto a prevenção das exposições a perdas,
quanto à redução das perdas a um nível mínimo, quando os acidentes ocorrem. Ele também se
relaciona com a função de controle do sistema de gestão.
Este programa é um guia bastante genérico que se aplica tanto a organizações
complexas, de grande porte e altos riscos, como a organizações de pequeno porte e baixos
riscos. Os pontos-chave do sistema, que atendem a necessidade de todas as partes interessadas
são :
• minimizar os riscos para o meio ambiente e para as pessoas;
• melhorar o desempenho dos negócios;
• estabelecer uma imagem responsável das organizações perante o mercado.
Além disso, o sistema proposto é:
• simples, de fácil leitura e sem jargões.
• aplicável a qualquer organização, independente de seu tamanho ou natureza do seu
negócio.
• compatível com as Normas Regulamentadoras do Ministério do Trabalho e Emprego.
• Complementar a outros sistemas de gestão e, idealmente, integrável às ISO 9001.
O sistema apresentado (padrões de documentações, padrões de condições físicas das
instalações, padrões de utilização dos equipamentos de proteção individual e padrões de
entrevistas com pessoas), apresenta uma abordagem estruturada para identificação de perigos,
e para avaliação e controle do trabalho relacionado a riscos.
Para organizações que não tenham nenhum sistema implantado (ou pouco
234
implantado), recomenda-se à realização de uma análise critica inicial da situação. Com isso,
pretende-se que elas saibam o que deveriam estar fazendo (mudanças necessárias), para ir da
situação atual, para a situação desejada. Se não houver um sistema de gestão de MSS
adequado, é essencial que a organização comece a controlar, no curto prazo, seus riscos
maiores, e a utilizar o sistema proposto para refinar seus controles e melhorar continuamente,
no longo prazo, o desempenho do meio ambiente e da segurança e saúde, no trabalho
baseando-se no monitoramento pró-ativo sugerido no sistema.
As não ocorrências de acidentes, impactos ambientais e doenças decorrentes do
trabalho, são sinais de bons desempenhos de MSS. As organizações devem dar a mesma
importância à obtenção de altos padrões de gestão da MSS que dão a outros aspectos-chave de
suas atividades de negócios.
6.2. QUESTÕES DA PESQUISA
As questões elaboradas no capítulo 2, foram todas atendidas e esclarecidas no decorrer
do presente pesquisa, mas realizaremos uma breve síntese de cada uma delas.
1ª Questão: Quais seriam as fontes de perdas e os objetivos da gestão de controle de riscos/
impactos ambientais ?
Como fonte de perdas, podemos considerar as: humanas, ao meio ambiente ao
patrimônio.
As perdas humanas relacionam-se aos acidentes de trabalho, aos acidentes de trajeto,
as doenças ocupacionais e ao absenteísmo fora do trabalho; as perdas ao meio ambiente, são
decorrentes de impactos a flora, a fauna, a água, ao ar, ao solo, e ao subsolo; as perdas ao
patrimônio são os danos ou prejuízos a máquinas, equipamentos, instalações, ao produto e ao
processo.
Os objetivos da gestão de controle de riscos/ impactos ambientais são: a identificação
de todas as fontes de exposição a riscos, avaliar o risco, desenvolver um plano de controle
(terminar, tratar, tolerar e/ ou transferir), implementar o plano e monitor o plano.
No capítulo 1, a figura 10 (publicada em livro pelo autor desta pesquisa), explica de
uma forma simplificada esta questão.
235
2 ª Questão: Quais seriam as causas dos acidentes e incidentes e como poderíamos
classificá-los?
As figuras 17 e 18 (diagrama de causa/ efeito) e as tabelas de causa imediata (5 e 6) e
de causa básica (tabela 7 e 8), descritas no capítulo 1 e publicada em livro pelo autor desta
pesquisa, esclarece melhor esta questão.
As causas imediatas são consideradas como sintomas e são as circunstancias que
precedem imediatamente o contato (os acidentes/ incidentes); são classificadas em atos e
condições abaixo dos padrões. As causas básicas, ou reais são chamadas de doenças, pois
estão por detrás dos sintomas; são os fatores que, quando identificados permitem um controle
significativo da gestão. Classificam-se em fatores pessoais e do trabalho.
3ª Questão: O controle de acidentes, incidentes e impactos ambientais pode reduzir
significativamente as perdas ambientais e de segurança e saúde no trabalho,
bem como os seus custos ?
Sim, o controle de acidentes decorrentes de lesões e/ ou doenças causadas aos seres
humanos, os danos ao patrimônio e os impactos ao meio ambiente, possibilitam melhorias
sociais, econômicas e ambientais para os trabalhadores, organizações, sociedade e planeta.
Podemos comprovar a afirmativa acima pelas pesquisas apresentada nesta tese,
realizada pelo norte americano Frank E. Bird e pela Health and Safety Executive,
demonstrada pelo estudo da piramide de acidentes (figura 12 e 13), e pelos custos produzidos
por estes mesmos acidentes (Figura 15: Vulcão).
As organizações perdem muito mais dinheiro do que a maioria de seus gestores
percebe. A força de vendas terá que realizar um esforço muito maior (vender mais) para
manter a lucratividade esperada (Tabela 4: Margens de Lucro).
4ª Questão : O sistema de MSS proposto pode ser avaliado e classificado o seu nível de
avanço?
Sim, ele foi concebido como se fosse um manual de auditoria. No capítulo 4 encontra-
se descrita toda a metodologia para cada um dos 4 (quatro) elementos do sistema.
Pode-se destacar dentre os quatro elementos que compõem os padrões do sistema
(figura 24), a verificação da documentação. Foram criadas perguntas (padrões), que se
236
atendidas, através de ações concretas pelas organizações, as mesmas serão pontuadas como
“SIM”. O somatório de perguntas “SIM”, faz com que ocorra a mudança do nível de
classificação do sistema, desde que se atenda também os outros três padrões conforme
estabelecidos na tabela 9 (níveis de classificação do sistema x Padrões de desempenho do
sistema)
5ª Questão: As similaridades existentes entre os requisitos das normas ISO 14001 (sistema
e gestão ambiental) e OHSAS 18001 (sistema de gestão de segurança e saúde
no trabalho), possibilitam uma melhor integração das normas?
Sim, existe total similaridade entre os requisitos das respectivas normas. No capítulo 5
explica-se o que é um sistema de gestão ambiental, o que é um sistema de gestão de segurança
e saúde no trabalho, bem como o que é um sistema de gestão integrado de MSS.
Elaborou-se um quadro comparativo dos requisitos das normas, NBR ISO 14001 e
OHSAS 18001 e integração dos sistemas de MSS. Posteriormente explicou-se passo a passo
cada um dos requisitos integrados que servem de base para implantar o programa de MSS
proposto nesta pesquisa.
6ª Questão: No estudo de caso, seria possível: elaborar um balanço de massa/ fluxo material
simplificado (entrada de matéria primas e energia versus saída de produtos e
efluentes líquidos, resíduos sólidos e emissões gasosas), no período de dois anos?
A partir deste balanço/ fluxo, propor indicadores ambientais (geoquímicos) e
de segurança e saúde no trabalho, que possibilitem avaliar o desempenho do
sistema de gestão de meio ambiente e de segurança e saúde proposto?
Sim, no capítulo 6 (Avaliação do Ciclo de Vida em uma indústria de pneu - segunda
etapa), elaborou-se um balanço de massa/ fluxo material (tabelas 48 e 49). Foram coletados
dados de campo durante dois anos consecutivos, de janeiro de 2005 á dezembro de 2006 que
mostra às entradas (energia e matérias primas), necessárias ao processo produtivo versus à
saída (produtos finais, resíduos sólidos, efluentes líquidos e emissões atmosféricas). Estes
dados que fazem parte da pesquisa de campo encontram-se em diversas tabelas no anexo 2.
Foram propostos os indicadores abaixo, que se encontram nas tabelas 50 e 51.
• Para Meio Ambiente (geoquímicos):
237
- energia: consumo de energia associado á produção.
- recurso natural : consumo de água associado á produção.
- efluentes líquidos: óleos e graxas, resíduos sedimentáveis (RS), demanda química de
oxigênio (DQO) e metal (zinco).
- resíduos sólidos: taxa de valorização dos desclassificados de fabricação banais (TV-DFB),
taxa de valorização dos resíduos industriais (TV-RI) e quantidade de resíduos associados à
produção (RP).
- emissões atmosféricas: NOx, SOx, CO2 e compostos orgânicos voláteis (COV), associados á
produção.
• Para segurança e saúde no trabalho:
- taxa de freqüência dos acidentes de trabalho com afastamento (TF).
- taxa de gravidade dos acidentes de trabalho com afastamento (TG).
- taxa de freqüência dos acidentes de trabalho com e sem afastamento (TF2)
- percentual de empregados acidentados.
Como esta questão já foi extensamente apresentada, no capítulo 6 desta pesquisa, far-
se-á uma síntese associando o fluxo material/ balanço de massa, aos indicadores propostos de
meio ambiente e de segurança e saúde.
O indicador estabelecido para energia é mostrado no gráficos 2, com sua respectiva
análise/ comentário.
Com relação ao recurso natural (água), pode-se verificar pelas tabelas 48 e 49 que nos
anos de 2005 e 2006 ocorreram respectivamente uma perda de água de 158.846 m3 e 158.198
m3 , no processo produtivo de fabricação do pneu. A diferença de 188.094 m3 e 208.025 m3
foram devolvida a natureza, após passar pelo tratamento, físico, químico e biológico na
estação de tratamento da empresa.
Na tabela 61, mostram-se os principais parâmetros de monitoramento e controle dos
efluente líquidos estabelecidos para a empresa pela Fundação Estadual de Engenharia do
Meio Ambiente – FEEMA, órgão de controle ambiental do estado do Rio de Janeiro, bem
como o numero de avaliações realizadas na pesquisa de campo e a analise do maior valor
encontrado.
238
Pode-se observar que o tratamento é eficaz. Os parâmetros pH, temperatura, DBO,
DQO e zinco encontram-se todos abaixo dos limites legais estabelecidos.
O tratamento apresenta uma eficiência média para Demanda Biológica de Oxigênio de
93,3 %, superior ao limite legal estabelecido de 70 %.
Apenas nas análises de óleo e graxas e de resíduos sedimentáveis, é que foram
encontrados três e dois valores respectivamente que ultrapassaram o limite legal estabelecido
entre noventa e seis análises realizadas.
Os indicadores estabelecidos para recursos naturais (água) e efluentes líquidos (óleos e
graxas, resíduo sedimentável, DQO e zinco), são mostrados nos gráficos 3 a 7, com suas
respectivas análises/ comentários.
Com relação aos resíduos sólidos, o total a destinar em 2005 foi de 5.576,20 toneladas
e em 2006 de 5.696,10 toneladas. A perda matéria em 2005 foi de 3,6 %, o que corresponde a
2.653,50 toneladas. Em 2006 a perda matéria foi 3,5 %, o que corresponde a 2.759,50
toneladas.
As diferenças de 2.922,70 toneladas em 2005 e de 2.936,60 toneladas em 2006 são de
outros resíduos gerados pelo processo produtivo, sendo grande parte de embalagens.
A empresa destina de forma ambientalmente correta os resíduos industriais gerados do
processo produtivo. Todos os receptores dos resíduos são licenciados pelos órgãos ambientais
do estado de origem.
Os indicadores estabelecidos para resíduos sólidos (taxa de valorização dos
desclassificados de fabricação banais, taxa de valorização dos resíduos industriais e
quantidade de resíduos associados à produção), são mostrados nos gráficos 8, 9 e 10, com
suas respectivas análises/ comentários.
Com relação às emissões atmosféricas, as mesmas encontram-se bem gerenciadas,
pois a empresa substituiu o óleo que era utilizado nas caldeiras por gás natural a partir do
segundo semestre de 2004. Como este combustível é considerado limpo pelo órgão ambiental
do estado, o mesmo não fixa exigências de controle. Apesar de não haver exigências com
relação a emissões atmosféricas, foram estabelecidos indicadores de desempenho para NOx,
SOx, CO2, COV e material particulado.
Os indicadores estabelecidos para emissões atmosféricas (NOx, SOx, CO2 e COV), são
239
mostrados nos gráficos 11, 12, 13 e 14, com suas respectivas análises/ comentários.
Os indicadores estabelecidos para segurança e saúde no trabalho (taxa de freqüência
dos acidentes com afastamento, taxa de gravidade, taxa de freqüência dos acidentes de
trabalho com e sem afastamento e percentual de empregados acidentados), são mostrados nos
gráficos 15, 16, 17 e 18, com suas respectivas análises/ comentários.
Em resumo, podemos considerar que o sistema de gestão de MSS proposto no estudo
de caso, é eficiente e eficaz, pois existe um bom gerenciamento dos efluentes líquidos, dos
resíduos, das emissões atmosféricas e dos acidentes de trabalho.
7 ª Questão: Quais seriam as possíveis alternativas para o reaproveitamento de pneus
inservíveis no Brasil?
No capítulo 6 (quarta etapa), foram apresentadas diversas alternativas para o
reaproveitamento de pneus inservíveis. Discutiu-se ao longo deste capítulo à relação existente
entre estas alternativas e os 4 R’s, ou seja, redução, reutilização, reciclagem e recuperação
energética que passamos a transcrever a seguir:
a) Redução:
Dos 4 R’s, a redução é a mais importante visto que, se trata efetivamente de reduzir os
resíduos dispostos, e quando este resíduo é o pneu, a importância torna-se ainda maior. É
discutido na tese o empenho que as indústrias fabricantes de pneumáticos estão fazendo para
que ocorra esta redução.
Parece um pouco paradoxal, pois é quase incompreensível que uma indústria tenha
como meta fabricar menos produtos ao longo do tempo. Porém, o que se observa é que existe
uma componente importante neste contexto, que se chama concorrência. A cada dia, o
concorrente produz pneus com maior vida útil, ou seja, que consegue uma maior
quilometragem. A conseqüência desta ação é uma maior durabilidade do pneu e, por
conseguinte menor necessidade de fabricação.
Um segundo ponto importante que os fabricantes estão trabalhando é em produzir um
pneu que possibilite uma maior quantidade de reformas possíveis, principalmente nos pneus
de carga. Hoje já existem dimensões de pneus que podem ser reformados 2 ou até 3 vezes,
240
dependendo das condições de utilização, ou seja, das estradas e do cuidado do próprio
usuário. Para se ter uma idéia desta dimensão, nos Estados Unidos, o país em primeiro lugar
em número de reformas no mundo, são reformados, cerca de 15 milhões de pneus a cada ano.
O Brasil é o segundo maior país em reformas de pneus com aproximadamente 8 milhões de
pneus por ano. Isto se reproduz em fabricar menos 8 milhões de pneus novos por ano. Além
das duas alternativas anteriores, surge agora uma nova alternativa que é a substituição dos
pneus geminados por um único pneu, com aproximadamente 70 % do somatório do peso dos
2 pneus geminados. Se um pneu de carga pesa em torno de 60 kg, 2 pneus geminados pesam
120 kg que ao serem substituídos por 1 de 95 kg, geram uma redução de 25 kg de resíduo a
cada 2 pneus geminados ou 200 kg em média a cada carreta completa.
b) Reutilização
A reutilização é uma alternativa extremamente interessante, em função de que não é
preciso se investir muito para tal. Isto se torna uma grande vantagem, pois neste caso o pneu é
praticamente reutilizado em sua forma original, com pequenas intervenções.
A mais importante alternativa de reutilização é o pneu-solo, onde os mesmos podem
ser reutilizados inteiros ou cortando-se apenas uma de suas laterais. O pneu, em função de
seus constituintes, tem uma elevada resistência a tensões radiais e isto é fundamental para este
tipo de reutilização. Outras vantagens importantes são o aumento da resistência do solo, onde
estes pneus são reutilizados, a redução da vibração e a baixa degradabilidade com o tempo. O
principal problema desta alternativa é o aparecimento de materiais para a contenção de
encostas, de preço relativamente baixo e de fácil aquisição, como as mantas de polietileno e
grades de arame. Para se ter uma dimensão da quantidade de pneus necessários para esta
alternativa, numa encosta de 300 metros de comprimento por 4 metros de altura consome-se
em torno de 63.500 pneus de passeio, o que significa em torno de 508 toneladas. Sua
utilização é assim dependente da quantidade de encostas necessárias.
Uma alternativa ainda pouco explorada no Brasil é a do Tapete-Pneu, onde se
reutilizam principalmente as bandas de rodagens de pneus inservíveis como material
antivibratório. É uma técnica que pode ser utilizada para reduzir as vibrações nas bases dos
trilhos das linhas ferroviárias e em locais onde existem máquinas vibratórias. Porém no Brasil
é uma alternativa pouco difundida, pois reutilizando somente a banda de rodagem, teria muito
pouca aceitação.
Uma técnica que surge e que pode ser viável no Brasil é a reutilização de pneus
241
inservíveis como recifes artificiais. No Brasil, onde a faixa litorânea é imensa, esta alternativa
pode melhorar o desenvolvimento da fauna marinha, além de evitar erosões nas costas
devidas a correntes marinhas. Apesar de ainda polêmico, pois estaríamos colocando “lixo” no
mar, um piloto está sendo desenvolvido em Angra dos Reis, litoral do estado do Rio de
Janeiro.
Ainda existem outras técnicas como a reutilização em peças agrícolas, solo para a
prática de judô, solados de sapato, artefatos para parques infantis, proteção para pistas de kart,
treinamento de cavalos, ancoradouros de barco, porém em escalas muito inexpressivas
atualmente.
c) Reciclagem
A reciclagem de pneus inservíveis é a terceira das alternativas e, diferentemente de
todas as outras, citadas anteriormente, está relacionada a uma transformação importante
prévia destes pneus. A reciclagem pode ser como borracha triturada ou borracha regenerada.
Como borracha triturada, os pneus inservíveis devem ser submetidos a vários processos de
corte, picagem e trituração antes de serem reciclados.
Uma utilização muito importante que se encontra, ainda em ensaios no Brasil, é a
reciclagem de pneus inservíveis, como borracha triturada em misturas de asfalto. Existem
alguns trechos de rodovias federais, como num trecho experimental na BR 116, no Rio
Grande do Sul, que já receberam o concreto asfáltico modificado com borracha, na proporção
de 12 a 15 % em peso, pelo processo via úmida. Este trecho está sendo monitorado para uma
avaliação mais consistente. Esta alternativa traz alguns benefícios para o asfalto, sendo os
mais importantes, a resistência à fadiga e rachaduras e aumento da vida útil.
Ela vem ao encontro da situação brasileira. O Brasil, um país continental,
essencialmente baseado em transporte rodoviário, tem aproximadamente 1,7 milhões de
quilômetros em estradas, das quais somente 165 mil quilômetros são asfaltados, estradas
estas, em sua maioria, em péssimas condições de tráfego. Esta alternativa torna-se
extremamente importante, viabilizando a reciclagem de pneus como borracha triturada
misturada ao asfalto.
Uma alternativa de reciclagem de pneus inservíveis é como borracha regenerada. Da
mesma forma que as demais alternativas de reciclagem, a borracha regenerada também
apresenta a desvantagem da preparação prévia dos pneus inservíveis, além do que as
propriedades da borracha regenerada são inferiores a da borracha virgem, o que restringe, em
242
muito, sua utilização. Todavia é uma alternativa que procura substituir a borracha virgem por
uma borracha regenerada, o que já torna simpática a idéia do produto ser reciclado dentro do
próprio produto.
d) Recuperação Energética
O 4º R refere-se à Recuperação Energética. Nesta alternativa, os pneus inservíveis, em
função do seu alto poder calorífico, são utilizados como combustíveis, em vários processos
industriais como siderúrgicas, incineração de lixo, centrais elétricas a carvão, cimenteiras e
em pirólise. Estes pneus podem substituir perfeitamente o carvão na proporção de 1:1.
No Brasil, as indústrias siderúrgicas e as centrais elétricas ainda não utilizam em
escala industrial os pneus inservíveis como combustível, visto que necessitam de algumas
modificações em seus processos.
Em alguns casos, como das cimenteiras, além de combustível, os pneus inservíveis
também entram como parte da matéria-prima no processo. Contudo, somente parte das
indústrias cimenteiras, investiu em modificações do processo industrial e hoje co-processam
pneus em algumas de suas plantas industriais. A grande vantagem desta alternativa é que além
da economia de combustível, cerca de 15 % de carvão, o monitoramento adequado garante
uma qualidade do ar dentro das normas. O resíduo deste processo é nulo, ou seja, todo o pneu
é convertido em energia ou é agregado ao clínquer do cimento.
É importante ainda ressaltar duas outras vantagens importantes: a quase nenhuma
transformação dos pneus inservíveis antes da utilização dos mesmos no processo, e a grande
capacidade de consumo destes pneus no Brasil. Estima-se que atualmente o Brasil tem a
capacidade potencial de co-processar aproximadamente 1,4 milhões de toneladas de pneus
inservíveis por ano. Se for considerada que a produção anual de pneus em 2005, foi de 53,4
milhões de unidades, ou de 727 toneladas, em peso, só os fornos de cimento poderiam co-
processar toda a produção e mais 1 ano de passivo ambiental de pneus inservíveis.
A última alternativa proposta nesta tese é a da pirólise em usinas de xisto, que hoje
ocorre, no estado do Paraná. Esta alternativa surgiu com a necessidade de reaproveitamento
do pneu inservível. Projetada primeiramente para processar somente o xisto, a PETROSIX
teve sua estratégia alterada em função dos graves problemas ambientais surgidos com o
descarte de pneus de forma inadequada, e com a divulgação da Resolução CONAMA 258/ 99.
A partir de 2001, a Petrobrás passou a incorporar ao xisto betuminoso 15 % de pneus
inservíveis, criando então mais uma alternativa interessante do ponto de vista ambiental, visto
243
que além de destruir o pneu inservível, a Petrosix com esta mistura, produz negro de carbono
e enxofre, matérias-primas para a fabricação dos próprios pneus, além de óleo combustível,
GLP, nafta e outros combustíveis. Estima-se que a Unidade de Negócios da Petrobrás –
PETROSIX tenha a capacidade de pirolisar aproximadamente 140 mil toneladas de pneus
inservíveis por ano, o que pode significar, em torno de 20 % de toda a produção atual de
pneus no Brasil. Outra vantagem importante desta alternativa é que o resíduo deste processo,
chamado de xisto e pneus retortados é reconduzido às cavas das minas onde é recoberto com
argila e solo vegetal, de forma ambientalmente segura.
Esta questão teve como objetivo avaliar algumas das alternativas atualmente
disponíveis para o reaproveitamento de pneus inservíveis no Brasil.
8ª Questão: A Resolução CONAMA 258/ 1999 trouxe benefícios para o meio ambiente? As
empresas fabricantes e importadoras de pneus têm condições de cumprir a
mesma? Poder-se-á demonstrar como pode ser comprovada a eficiência da
destinação dos pneus que não podem ser mais utilizados e se tornam uns
resíduos para o meio ambiente?
Sim, a Resolução CONAMA 258/ 1999 foi fundamental para que a questão dos pneus
inservíveis, no Brasil, tomasse um outro rumo, a qual se mostra, de certa forma,
tranqüilizadora em relação aos problemas causados por estes pneus ao meio ambiente, em
função do engajamento dos fabricantes de pneus, em conjunto com a ANIP (Associação
Nacional das Indústrias de Pneumáticos).
Conforme descrito no capítulo 6 (quarta etapa), as empresas fabricantes de pneus
através da ANIP, vêm realizando diversas ações tais como a criação de: a) ecopontos (locais
que temporariamente recebem pneus inservíveis das revendas, dos borracheiros, dos
sucateiros, dos laminadores e dos circuitos de coleta urbana); b) postos de revendas
autorizadas; c) centros de picotagem; d) articulação com sucateiros, borracheiros,
reformadores, transportadores, processadores, destinadores e poder publico; e) campanhas
orientadas para consumidores e f) contratação de estudo técnico ao Instituto de Pesquisa
Tecnológica (IPT).
O estudo técnico apresentado nesta tese realizado pelo IPT (tabela 55), mostra que a
resolução CONAMA 258 não pode ser cumprida em sua totalidade, pois não existem pneus
disponíveis para isso. Segundo a pesquisa, dos 100 % dos pneus usados, 46,8 % são
244
considerados pneus que ainda podem rodar. A diferença de 53,2 % são considerados pneus
inservíveis. Destes 53,2 %, apenas 26,5 % são considerados pneus disponíveis para
destinação.
A coleta e o transporte de pneus constituem um grande obstáculo para a retirada de
pneus inservíveis do meio ambiente, e se dar a eles uma destinação adequada. As figuras 56 e
57 demonstram o maior ou menor numero de transportes necessários para retirada do pneu do
meio ambiente para a área de destinação final, independentemente dos valores não serem
levantados nesta tese.
A eficiência da destinação dos pneus que não podem ser mais utilizados, pode ser
demonstrada pela taxa de destinação de pneus inservíveis explicada anteriormente. A figura
58, resume todo o fluxo da destinação de pneus inservíveis no Brasil nos anos de 2004 e 2005.
Os índices de destinação são excelente, 96 % e 94 % respectivamente.
6.3. COMENTÁRIOS FINAIS E SUGESTÃO PARA FUTURAS PESQUISAS
O autor acredita ter atingido o objetivo da pesquisa, que era a elaboração de um
sistema de gestão de meio ambiente e de segurança e saúde no trabalho, bem como a
avaliação prática do mesmo(estudo de caso, sobre o ciclo de vida em uma industria de pneu).
O respectivo sistema elaborado nesta tese, foi concebido para ser uma ferramenta
gerencial de ajuda para as organizações e profissionais de meio ambiente e de segurança e
saúde, bem como também um veículo de resposta às preocupações e anseios das
comunidades, trabalhadores, governo e de todos aqueles que possuem interesse nas questões
de meio ambiente e de segurança e saúde no trabalho.
Como sugestão pode-se propor:
Dar continuidade ao modelo apresentado, enfocando a gestão integrada de MSS com
as áreas de qualidade e responsabilidade social. A unificação dos cinco sistemas de gestões
em um único, traria ainda mais benefícios para todos (trabalhadores, meio ambiente,
organizações e sociedade).
Elaboração de uma cartilha resumida de todo o programa proposto. Esta cartilha
poderá auxiliar os profissionais de meio ambiente e de segurança e saúde, bem como as
organizações em obter rapidamente uma visão sucinta de como se encontra o atual estágio do
245
programa de MSS da organização.
Aprofundar mais detalhadamente o estudo apresentado sobre os custos gerados pelos
acidentes, pois as grandes maiorias das organizações brasileiras não dispõem destas
informações; os gestores perdem uma excelente oportunidade de melhorarem o desempenho
de seus negócios.
246
OBRAS CITADAS
ALMON, J.J. et Al – “Pneus Usagés Non Reutilisables” – Michelin. France, 2001. AMBIENTE BRASIL – Disponível em: <http://www.ambientebrasil.com.br> Acesso em: setembro de 2005. ASSOCIAÇÃO NACIONAL DE INDÚSTRIAS DE PNEUMÁTICOS - (ANIP) - Disponível em: <http://www.anip.com.br> Acesso nos meses: janeiro e fevereiro de 2007. ____.Programa Nacional de Coleta e Destinação de Pneus Inservíveis – A preservação do meio ambiente está em nossas mãos. Faça sua parte. Rio de Janeiro, 2004. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS (ABNT) - NBR 11175 – Incineração de resíduos sólidos perigosos - Padrões de desempenho. Rio de Janeiro, 1990.
____. NBR NM 225 - Critérios mínimos de seleção de pneus para reforma e reparação. Inspeção e identificação. Rio de Janeiro, 2000. ____. NBR ISO 14040: Gestão Ambiental – Avaliação do Ciclo de Vida – Princípios e Estrura. ABNT, Rio de Janeiro, 2001. 10 p. ____. NBR ISO 14001: Requisitos da Gestão Ambiental – Requisitos com Orientação para Uso. ABNT, Rio de Janeiro, 2004. 27 p. BIDONE, Edison Dausacker; MORALES Paulo Roberto Dias. Desenvolvimento Sustentável e Engenharia (Enfoque Operacional). Rio de Janeiro: Fundação Ricardo Franco, 2004. 260 p. BIRD, Frank. E.; LOFTUS, Robert G. Loss control management. Logranvile: ΙLCΙ, 1976. 215 p. CAMPOS, Vicente Falconi. Controle da qualidade total. 3. ed. Rio de Janeiro: Bloch Editora S.A., 1992. 220 p.
COLLINS, K.; “Littoral Sense” – Tire Technology International – University of Southampton – United Kingdon, 2002.
CONSELHO NACIONAL DO MEIO AMBIENTE. Resolução 235. Brasília, 1998.
____. Resolução 258. Brasília, 1999
247
CUNHA LIMA, L.C.O.; HEMAIS, C.A. Borracha Regenerada, uma nova abordagem do assunto. Revista de Química Industrial n.º 710/ 711, 1997. DARTMOUTH COLLEGE. The PDCA Cycle. Dartmouth Medical School, Hanover (USA), 2000. Disponível em: <http://www.dartmouth.edu/~ogehome/cqi/pdca.html>. Acesso em: 25 jan. 2006.
DE CICCO, Francisco; FANTAZZINI, Mario Luiz. Técnicas modernas de gerência de riscos. São Paulo : IBGR, 1985. 181 p.
____. Sistemas de gestão de segurança e saúde no trabalho: A nova norma BS 8800. São Paulo: Risk Tecnologia, 1996. 88 p. (Volume II).
____. Manual sobre sistemas de gestão da segurança e saúde no trabalho: A primeira norma de ambito mundial para certificação de sistemas de gestão da SST, OHSAS 18001. São Paulo: Risk Tecnologia, 1999. 30 p. (Volume III).
____. Sistemas de gestão da segurança e saúde no trabalho: Diretrizes para a implementação da OHSAS 18001, OHSAS 18002. São Paulo: Risk Teclongia, 2001. 87 p.
DEPARTAMENTO NACIONAL DE ESTRADA DE RODAGEM (DNER). Banco de Dados. Disponível em: <http://www.dner.gov.br> Brasília, acesso em: maio de 2006.
FUNDACENTRO. Equipamento de proteção individual. São Paulo: Fundacentro, 1981. 92 p. GERSCOVICH, D. et al.- Reuso de pneus em geotecnia. Seminário Nacional sobre Reuso/ Reciclagem de Resíduos Sólidos Industriais – FIESP. São Paulo, 2000. GILBERT, Michael J. Sistema de gerenciamento ambiental: ISO 14001/ BS 7750. São Paulo: IMAM, 1995. 257 p. HAUSMANN, M.R. “Slope Remediation”. Stability and Performance of Slope and Embankmens-II, Geotechnical Special Publication nº 31, ASCE, 1990. HOLCIN BRASIL S/A. Plano de Controle Ambiental de Co-Processamento de Pneus. Pedro Leopoldo, 1998.
HOLDERBANK NEWS. St Lawrence Cement awarded the energia prize, 1996. INTERNACIONAL LOSS CONTROL INSTITUTE (ΙLCΙ). Auditoria do sistema de classicação. 6. ed. Atlanta: ΙLCΙ, 1994. 52 p. ____. Auditoria de segurança usando o cis. 6. ed. Atlanta: ΙLCΙ, 1995. 335 p.
248
INSTITUTO DE PESQUISAS TECNOLÓGICASs (IPT) - Relatório Técnico IPT/DEES N.° 71.196 - Final – Identificação da Destinação Final de Pneus Inservíveis - Volume II - Anexos. São Paulo: Junho 2004. LEITE, L.F.M. et al. Mechanical behavior of asphalt rubber mixes prepared in laboratory. In: Asphalt Rubber 2000, Portugal, 2000. LONG, N.T. “Pneusol, Tyresoil, Tiresoil”. Colloque Routes et Développement, École National des Ponts et Chaussées, France, 1984. MAIMON, Dalia. ISO 14001 – Passo a Passo da Implantação nas Pequenas e Médias Empresas. Rio de Janeiro: Qualitymark, 1999. 86 p. MASDOUMIER, C. Récupération des pneus usagés. Memoire de Maitrise L.E.A, Université Blaise Pascal. Clermont-Ferrand, 1994.
MAZZOTTI, Alda Judith Alves; GEWANDSZNAJDER, Fernando. O método nas ciências naturais e sociais. 2. ed. São Paulo: Editora Guazzelli Ltda, 1999. 203 p. MICHELIN PNEUMÁTICOS LTDA. O Pneu e o meio ambiente. Rio de Janeiro, 2002.
45 p.
____. Palestra sobre situação de reciclagem de pneus no Brasil e no mundo. Rio de Janeiro, 2003.
____. Módulo de formação para reformas de pneus. Rio de Janeiro, 2003. 58 p. ____. Informações gerais sobre Pneus. Rio de Janeiro, 2005 67 p.
MOREIRA, M. S. Estratégia e implantação do sistema de gestão ambiental (Modelo Série ISO 14000). Belo Horizonte: Ed. DG, 2001. MORILHA JR, A.; DANTAS, G.A.; BARROS, R.M.V. Aplicações práticas de ligante asfáltico modificado por borrachas de pneus de alta viscosidade. 11ª Reunião de Pavimentação Urbana. Porto Alegre, 2002.
NICOLELLA, Gilberto; MARQUES, João Fernandes; SKORUPA, Ladislau Araujo. Sistema de gestão ambiental: aspectos teóricos e análise de um grupo de empresas da região de Campinas SP – Jaguariúna: Embrapa Meio Ambiente, 2004. 43 p. O GLOBO JORNAL – Um quadro da saúde do trabalhador. Rio de Janeiro 28/04/2004. OLIVER, J.W.H. Rutting and fadigue properties of crumbed rubber hot mix asphalts. In: Asphalt Rubber 2000, Portugal, 2000.
249
OCCUPATIONAL HEALTH AND SAFETY ASSESSMENTE SERIES (OHSAS) _ 18001- Especificação para Sistemas de Gestão de Saúde e Segurança: Inglaterra – B.S.I, 1999. 30 p. ____. 18002 - Diretrizes para a implementação da especificação OHSAS 18001: Inglaterra - B.S.I, 1999, 60 p. PROTEÇÃO Anuário Brasileiro de. São Paulo: Revista Proteção, 2006. 162 p. QUINTELA, Heitor M. Manual de psicólogia organizacional da consulta vencedora. São Paulo: Makkon Books, 1994. 483 p. REIS, Luis Filipe Sanches de Souza Dias; QUEIROZ Sandra Maria Pereira de. Gestão Ambiental em Pequenas e Médias Empresas. Rio de Janeiro: Qualitymark, 2002. 140 p. ROSENHOJ, J.A. The cement kiln. The optimal solution for waste tyre burning. Belgium, 1993. SILVA Luiz Antônio Viégas da, apêndice C, BIDONE, Edison Dausacker; MORALES Paulo Roberto Dias. Desenvolvimento Sustentável e Engenharia (Enfoque Operacional). Rio de Janeiro: Fundação Ricardo Franco, 2004. 260 p. VERITAS DET NORESK. Gestão do controle de perdas. Administração moderna da segurança. São Paulo: DNV, 2000. 376 p. ____. Gestão do controle de perdas. Auditoria de segurança utilizando o scis. São Paulo : DNV, 2000. 292 p.
250
OBRAS CONSULTADAS
AMARAL, Sérgio Pinto. Certificações ambientais x acidentes ambientais: considerações sobre um caso real ocorrido em uma unidade de negócio da Petrobrás. Meio Ambiente. São Paulo, v. 33, n. 32, p. 66-70, set./out. 2001.
ANDERSON, D.C.; BROWN, K.W.; THOMAS, J.C. “Conductivity of compacted clays soils to water and organics liquids”. Waste Management and Research, 1985.
ARAÚJO, Giovani Moraes de; REGAZZI, Rogénio Dias. Perícia e avaliação de ruído e calor. Passo a passo. Rio de Janeiro: S.M., 1999. 352 p. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS (ABNT) - NBR ISO 14004: Sistema de Gestão Ambiental – Diretrizes Gerais Sobre Princípios, Sistemas e técnicas de Apoio. ABNT, Rio de Janeiro, 1996. 32 p. ____. NBR ISO 19011: Diretrizes para Auditorias de Sistemas de Gestão da Qualidade e/ ou Ambiental. ABNT, Rio de Janeiro, 2002. 25 p. ____. NBR ISO 14041: Gestão Ambiental – Avaliação do Ciclo de Vida – Definição de Objetivo e Escopo e Análise de Inventário. ABNT, Rio de Janeiro, 2004. 25 p. ____. NBR ISO 14042: Gestão Ambiental – Avaliação do Ciclo de Vida – Avaliação do Impacto do Ciclo de Vida. ABNT, Rio de Janeiro, 2004. 17 p. ____. NBR ISO 14043: Gestão Ambiental – Avaliação do Ciclo de Vida – Interpretação do Ciclo de Vida. ABNT, Rio de Janeiro, 2005. 19 p. ____. NBR-14280: Cadastro de acidentes do trabalho. Procedimento e classificação, Rio de janeiro, 1999. 81 p. ____. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DA INDÚSTRIA QUÍMICA E DE PRODUTOS DERIVADOS. Código de práticas gerenciais. São Paulo: ABIQUIM, 1993. 69 p. ASSUMPCÇÃO, Maria Luiza T. Estruturação da entrevista psicológica. São Paulo: Atlas, 1997. 87 p.
BAYKAL, G.; ALPATLI, H.M. Permeability of rubber-soil liners under confinement. Bogazici University. Istanbul, 2000.
BLUMENTAHL, M. Scrap tire market development: the impact of state programs. Resource Recycling, 1998.
251
CAJAZEIRA. J. E. R. ISO 14001 – Manual de implantação. Rio de Janeiro: Qualitymart Ed. 1997. 117 p. CAMPOS, Vicente Falconi. Controle da qualidade total. 3. ed. Rio de Janeiro: Bloch Editora S.A., 1992. 220 p. CANTARINO, Anderson Américo Alves; LIMA, Gilson de Brito Alves; FILHO, José Rodrigues de Faria. Sustentabilidade das Organizações Brasileiras. ABEPRO, 2006. 275 p. CORSEUIL, H.X.; SANTOS, R.P.; FERNANDES, M. Contaminação de aqüíferos por derramamentos de gasolina e álcool. Simpósio Internacional de Qualidade Ambiental. Porto Alegre, 1996. DE CICCO, Francisco. Manual sobre sistemas de gestão e segurança no trabalho. São Paulo: Risk Tecnologia, 1995. 80 p. (Volume I) DIAS, Luís Alves. Segurança em todas as fases: setor da construção civil exige a redução da sinistralidade laboral e da poluição ambiental. Proteção, São Paulo, v. 14, n. 116, p. 76-85, ago. 2001. DONAIRE, D. Gestão ambiental na empresa. São Paulo: Ed. Atlas, 1995. ELZEDIN, A.S.; VACCARI, D.A.; MUELLER, R.T. “Fly ash concrete containing petroleum contaminated soils”. Proceedings, 4th Int. Conf. on Fly ash, Silica Fume, Slag and Natural Pozzolans in Concrete. Istanbul, 1992. Especificação para Sistemas de Gestão Ambiental (BS – 7750): British Standard. Inglaterra, 1994. Sistema Comunitário de Ecogestão e Auditoria (EMAS) – Comunidade Européia. 28/02/200 GARCÍA, Juan José Pernas. La directiva 96/61/CE de 24 septiembre: relativa a la prevención y al control integrados de la contaminación. Mapfre Seguridad. Madrid, v. 21, n. 82, p. 37-47, jun. 2001. GESTÃO AMBIENTAL: Compromisso da Empresa. Oito fascículos sobre gestão ambiental. São Paulo: SEBRAE; IBAMA; Gazeta Mercantil/ CNI/ SESI/ SENAI, 1995. LA ROVERE, Emilio Lebre; D’ AVINGON Alexandre; PIERRE Carla Valdetaro; KLINGERMAN Débora Cynamon. Manual de Auditoria Ambiental de Estação de Tratamento de Esgotos. Rio de Janeiro. Qualitymark, 2002. 151 p. LEGISLAÇÃO DE SEGURANÇA E MEDICINA DO TRABALHO. Portaria ministerial 3214/1978. 5. ed. Rio de Janeiro: ABPA, 1997. 453 p.
252
IPT/CEMPRE. Lixo Municipal: Manual de Gerenciamento Integrado. 2ª Ed. São Paulo, 2000. MARTINEZ, Wladimir Novaes. Aposentadoria especial. 3. ed. São Paulo: LTR, 2000. 360 p. MITCHELL, J.K.; MADSEN, F.T. “Chemical effects on clay hydraulic conductivity”, Geotechnical Practice for Waste Disposal. Geotehnical Special Publication nº 13, ASCE, 1987. MORAES, Ana maria de; MOUT’ALVÃO, Cláudia. Ergonomia conceitos e avaliações. Rio de Janeiro: 2AB Editora Ltda, 1998. 120 p. MORAES Giovanni. Elementos do Sistema de Gestão de Segurança, Meio Ambiente e Saúde Ocupacional – SMS. Rio de Janeiro: Gerenciamento Verde Editora e Livraria Virtual, 2004. 480 p. SALIBA, Tuffi Messias; CARRÊA, Márcia Angelin Chaves. Insalubridade e periculosidade. Aspectos técnicos e práticos. 3. ed. São Paulo: LTR, 1997. 228 p. SERVIÇO NACIONAL DA INDUSTRIA. Curso de prevenção de acidentes para componentes da cipa. 2. ed. Rio de Janeiro: SENAI, 1999. 116 p. VIGNOCHI, Rudimar A.; BISSIGO, Edson R. Gestão da segurança com prensas e similares. Caxias do Sul: Gráfica Editora Nordeste, 2001. 216 p.
253
GLOSSÁRIO
Acidentado Vítima do acidente.
Acidente Um evento indesejável, que resulta em perdas (dano à pessoa, à propriedade, perda no processo, do produto ou dano ao meio ambiente).
Acidente de Trabalho Ocorrência imprevista e indesejável, instantânea ou não, relacionada com o exercício do trabalho, que provoca lesão pessoal ou de que decorre risco próximo ou remoto dessa lesão.
Acidente Pessoal Acidente cuja caracterização depende de existir acidentado.
Acidente sem Lesão Acidente que não causa lesão pessoal.
Ato Inseguro Ação ou omissão, que contrariando preceito de segurança, pode causar ou favorecer a ocorrência de acidente.
Auditoria Um exame sistemático e, sempre que possível independente, para determinar se as atividades e seus resultados relacionados estão em conformidade com as providências planejadas, e se essas providências estão implementadas efetivamente e são adequadas para atender a política e os objetivos da organização.
Avaliação de Risco O processo global de estimar a magnitude de riscos e decidir se o risco é ou não tolerável ou aceitável.
BS 8800 Norma Britânica de Segurança e Saúde no Trabalho publicada em 1996.
Condição Insegura (condição ambiente)
Condição do meio que causou o Acidente ou contribuiu para sua ocorrência.
Controle Adequação aos padrões ou exigências.
254
Controle de Perdas
Qualquer coisa feita para reduzir a perda proveniente dos riscos inerentes do negócio. Ele inclui :
Prevenir as exposições a perdas. Reduzir as perdas quando ocorrem eventos
geradores de perdas. Eliminar ou evitar o risco.
Custos de Acidentes Valor do prejuízo material decorrente de acidentes.
Dias Perdidos Dias decorridos de afastamento do trabalho em virtude
de lesão pessoal, exceto o dia do acidente e o dia da volta ao trabalho.
Doença do Ocupacional/ do Trabalho
Doença que se julga ter sido causada ou agravada pela atividade de trabalho de uma pessoa ou pelo ambiente de trabalho.
Gestão do Controle de Perdas A aplicação das habilidades de gestão profissional para o controle de perdas a partir dos riscos inerentes do negócio.
Incidente Uns eventos indesejáveis, que poderia causar uma perda.
Meio Ambiente É tudo que esta ao nosso redor (seres humanos, ar, flora, água, solo e fauna).
OHSAS 18001 Norma mundial para certificação de Sistema de Gestão de Segurança e Saúde no Trabalho publicada em 1999.
Organização Uma companhia, corporação, firma, empresa, instituição ou associação, ou parte dela, incorporada ou não, pública ou privada, que tenha próprias funções e administração. Para organizações com mais de uma unidade de negócio, uma única unidade pode ser definida como uma organização.
Perda É o resultado de um acidente.
Perigo Uma fonte ou situação com potencial para provocar danos em termos de lesão, doença, dano à propriedade, dano ao meio ambiente, ou uma combinação destes.
Risco Avaliação do perigo; probabilidade da ocorrência de um evento associada gravidade da potencial conseqüência.
255
Segurança Controle das perdas acidentais.
Silicose Doença ocupacional ocasionada por deposição de poeira de sílica dentro do pulmão.
Sistema de Gestão Um conjunto, em qualquer nível de complexibilidade, de pessoas, recursos, políticas e procedimentos; componentes esses que interagem de um modo organizado para assegurar que uma dada tarefa é realizada, ou para alcançar ou manter um resultado especificado.
256
ANEXO 1
257
PADRÕES
DE
DOCUMENTAÇÃO
258
PADRÕES DE DOCUMENTAÇÃO
Estabeleceu-se para esta pesquisa 17 (dezessete) elementos de controle
para a documentação do programa (sistema) de gestão de meio ambiente e de
segurança e saúde no trabalho. Esses dezessete elementos se subdividem em 79
(setenta e nove) sub elementos que se decompõem em 483 (quatrocentos e
oitenta e três) padrões de desempenho (perguntas).
O atendimento aos padrões (perguntas), representa o trabalho que a
organização deve realizar mediante o estabelecimento de objetivos, metas e
planos de ações, bem como controle interno de desempenho para se obter um
alto nível de comprometimento para com as questões de meio ambiente e de
segurança e saúde no trabalho.
RESUMO DOS ELEMENTOS
Numeração
Elementos do Programa
de MSS
Níveis de Classificação
do Programa
Total de
Padrões do SGMSS
Total de Padrões
ISO/ OHSAS
N 1 N 2 N 3 N 4 N 5 1 Política de Meio Ambiente,
Segurança e Saúde no Trabalho
7
-
-
-
-
7
5/ 5
2 Liderança e Administração 8 12 6 6 2 34 5/ 5 3 Planejamento 13 15 2 2 - 32 25/ 23 4 Implementação e Operação 9 41 38 14 16 118 58/ 47 5 Verificação e Ação Corretiva 12 20 21 11 6 70 34/ 31 6 Analise Crítica Pela
Administração 2 2 2 - - 6 6/ 6
7 Regras de Permissões Para Trabalho
4 5 5 7 5 26 8/ 8
8 Inspeções Planejadas e Manutenção
6 6 5 5 7 29 5/ 5
9 Controle da Saúde e Higiene no Trabalho
10 12 9 2 1 34 -/ 3
10 Equipamento de Proteção Individual
3 4 4 2 2 15 -/ 3
11 Contratação e Colocação 4 2 5 2 4 17 -/ 4 12 Administração de Materiais e
Serviços 1 1 6 8 3 19 3/ 4
13 Engenharia e Gestão das Modificações
- - 8 4 - 12 1/ 1
14 Reuniões de MSS 4 3 2 1 1 11 -/ - 15 Comunicações Pessoais 2 6 1 2 1 12 -/ - 16 Promoção Geral de MSS - 1 3 6 12 22 -/ - 17 Avaliação do Programa de
MSS - - 7 7 5 19 6/ 6
TOTAL GERAL 85 130 124 79 65 483 156/ 150
259
ELEMENTO - 1
POLÍTICA DE MEIO AMBIENTE E DE SEGURANÇA E SAÚDE NO TRABALHO
Este elemento estabelece claramente os valores da organização para com
a Gestão do Meio Ambiente e de Segurança e a Saúde no Trabalho.
RESUMO DO ELEMENTO – 1
Numeração
Sub elementos
Níveis de Classificação do
Programa
Total de Padrões
do SGMSS
Total de Padrões
ISO/ OHSAS
1 2 3 4 5 1.1 Diretrizes Coorporativas de
MSS 1 - - - - 1 -/ -
1.2 Política de MSS 6 - - - - 6 5/ 5 TOTAL GERAL 7 - - - - 7 5/ 5
260
1.1. DIRETRIZES COORPORATIVAS DE MSS? 1.1.1. Existe uma diretriz corporativa para a gestão de MSS? (N1)
Sim/ Não
1.2. POLÍTICA DE MSS 1.2.1. A organização tem definida e documentada uma política local de MSS que
demonstre o comprometimento da administração com o Meio Ambiente e a
Segurança e a Saúde no Trabalho? (N1/ ISO/ OHSAS)
Sim/ Não
1.2.2. A política é apropriada à natureza, escala, impactos ambientais e perigos e
riscos das atividades, produtos e serviços da organização?
(N1/ ISO/ OHSAS)
Sim/ Não
1.2.3. A declaração da política de MSS está assinada pelo gerente superior do
local? (N1)
Sim/ Não
1.2.4. A declaração da política inclui: (N1/ ISO/ OHSAS)
Sim/ Não
S/N
1. Proteção ao Meio Ambiente (prevenção da poluição)? ___
2. Lesão pessoal? ___
3. Dano à propriedade? ___
4. Saúde/ Higiene Ocupacional? ___
5. Cumprimento com a legislação, normas aplicáveis e demais
requisitos subscritos pela organização de MSS? ___
6. Comprometimento com a melhoria continua ? ___
261
1.2.5. A declaração da política de MSS está: (N1/ ISO/ OHSAS)
Sim/ Não
S/N
1. Contida em manuais, procedimentos e/ ou instruções? ___
2. Afixada em diferentes lugares? ___
3. Incluída como parte de folhetos de regras e regulamentos? ___
4. Referida em programas de treinamento? ___
5. Disponível ao público interno e externo? ___
6. Usada de outras formas? ___
1.2.6. A alta administração acredita que o desempenho de MSS conduz à
melhoria nos resultados da organização? (N1/ ISO/ OHSAS)
Sim/ Não
262
ELEMENTO - 2
LIDERANÇA E ADMINISTRAÇÃO
Este elemento avalia o engajamento da direção e da hierarquia para a
prevenção dos acidentes, incidentes e ocorrências ambientais. Verifica se as
exigências de meio ambiente e de segurança e saúde no trabalho estão bem
definidas para a hierarquia.
RESUMO DO ELEMENTO – 2
Numeração
Sub elementos
Níveis de
Classificação do Programa
Total de Padrões
do SGMSS
Total de Padrões
ISO/ OHSAS
1 2 3 4 5 2.1 Coordenador de MSS 1 3 - - - 4 3/ 3 2.2 Participação da Gerencia
Superior e Média - 1 - 3 - 4 -/ -
2.3 Padrões de Desempenho Estabelecidos
- 1 2 - 1 4 2/ 2
2.4 Participação em Atividades de MSS
- 1 1 - 2 -/ -
2.5 Reuniões de Gerenciamento 1 - - - - 1 -/ - 2.6 Descrição de Cargo/ Função e
Responsabilidades 2 2 - 2 1 7 -/ -
2.7 Representante e/ ou Comitê de MSS
3 3 1 - - 7 -/ -
2.8 Recusa ao Trabalho devido a Perigos de MSS
- - 1 1 - 2 -/ -
2.9 Biblioteca de MSS 1 1 1 - - 3 -/ - TOTAL GERAL 8 12 6 6 2 34 5/ 5
263
2.1. COORDENADOR DE MSS 2.1.1. Foi designada uma pessoa como coordenador do programa de gestão de
Meio Ambiente e de Segurança e Saúde no Trabalho? (N1/ ISO/ OHSAS)
Sim/ Não 2.1.2. O coordenador do programa de MSS se reporta diretamente a um gerente
superior? (N2/ ISO/ OHSAS)
Sim/ Não
2.1.3. A proporção de tempo dedicada pelo coordenador do programa aos
assuntos exclusivamente relacionados com a MSS é adequado? (N2)
Sim/ Não
2.1.4. Foram designados pessoal e recursos adequados para a função de MSS?
(N2/ ISO/ OHSAS)
Sim/ Não
2.2. PARTICIPAÇÃO DA GERENCIA SUPERIOR E MÉDIA 2.2.1. O gerente superior faz visitas de MSS em toda a organização, visando
demonstrar seu apoio à política de MSS? (N2)
Sim/ Não Se afirmativo, qual a freqüência? _____________ 2.2.2. Os gerentes que se reportam diretamente ao gerente superior efetuam
visitas de controle de MSS nas áreas de sua responsabilidade? (N4)
Sim/ Não Se afirmativo, qual a freqüência? _____________
264
2.2.3. Os gerentes médios efetuam visitas de controle de MSS nas áreas de sua
responsabilidade? (N4)
Sim/ Não Se afirmativo, qual a freqüência? _____________ 2.2.4. São usadas ajudas escritas, tais como listas de verificação, notificações de áreas com problemas de alto potencial de risco, registros de itens críticos, etc., para assessorar os gerentes nas visitas de MSS? (N4)
Sim/ Não2.3. PADRÕES ESTABELECIDOS DE DESEMPENHO DE MSS 2.3.1. Foram estabelecidos padrões por escrito para desempenho de MSS? (N2/ ISO/ OHSAS)
Sim/ Não
2.3.2. Indique qual dos seguintes elementos têm padrões de desempenho
estabelecidos: (N3) Sim/ Não
S/N1. Política de MSS ? ___
2. Liderança e Administração ? ___
3. Planejamento ? ___
4. Implementação e Operação ? ___
5. Verificação e Ação Corretiva ? ___
6. Analise Critica Pela Administração? ___
7. Regras de Permissões Para Trabalho ? ___
8. Inspeções Planejadas e Manutenção ? ___
9. Controle da Saúde e Higiene do Trabalho ? ___
10. Equipamento de Proteção Individual ? ___
11. Contratação e Colocação? ___
12. Administração de Materiais e Serviços? ___
13. Engenharia e Gestão das Modificações? ___
14. Reuniões de Meio Ambiente e de Seg. e Saúde no Trabalho? ___
15. Comunicações Pessoais? ___
16. Promoção Geral de Meio Ambiente e de Seg. e Saúde no Trab.? ___
17. Avaliação do Programa de MSS? ___
265
2.3.3. Foram estabelecidos outros padrões de desempenho de MSS? (N5)
Sim/ Não
Se afirmativo, cite quais?
1. _________________________________________________
2. _________________________________________________
3. _________________________________________________
4. _________________________________________________
2.3.4. Os padrões de desempenho são revisados e modificados apropriadamente,
pelo menos anualmente, e/ ou quando uma mudança ocorre na estrutura
da empresa ou no sistema de MSS? (N3/ ISO/ OHSAS)
Sim/ Não
2.4. PARTICIPAÇÃO EM ATIVIDADES DE MSS 2.4.1. A equipe de gerenciamento participa de atividades de MSS? (N3)
Sim/ Não
2.4.2. A empresa proporciona oportunidades formais para os empregados
participarem de atividades de MSS? (N2)
Sim/ Não
Se afirmativo, cite quais? _____________ 2.5. REUNIÕES DE GERENCIAMENTO 2.5.1. São realizadas reuniões gerais em todos os níveis de gerenciamento, nas
quais estão integrado na agenda o assunto relativo a MSS? (N1)
Sim/ Não
Se afirmativo, com qual freqüência? _____________
266
1.11. 8. É avaliado o desempenho de MSS do pessoal gerencial pelo menos uma
vez ao ano? (N3)
Sim/ Não
1.11.9. Os resultados pessoais das avaliações de desempenho de MSS são
documentados? (N5)
Sim/ Não
2.6. DESCRIÇÕES DE CARGO/ FUNÇÃO E RESPONSABILIDADES
2.6.1. As descrições de cargo/ função estabelecem requisitos de MSS legais/
relevantes para todos os empregados/ gerentes? (N1)
Sim/ Não
2.6.2. Foi envolvido pessoal apropriado, incluindo o coordenador de MSS, na
elaboração dos descritivos de cargo/ função do pessoal quanto aos
aspectos de MSS? (N4)
Sim/ Não
2.6.3. Cada empregado é provido com uma cópia de sua descrição de cargo/
função? (N2) Sim/ Não
2.6.4. É avaliado o desempenho dos gerentes em MSS uma vez ao ano? (N2)
Sim/ Não
2.6.5. É avaliado o desempenho dos empregados em MSS uma vez ao ano? (N4)
Sim/ Não
2.6.6. Os resultados das avaliações pessoais de desempenho dos gerentes/
empregados em MSS são documentados e comunicado aos mesmos? (N5)
Sim/ Não
267
2.6.7. Os empregados são informados de suas responsabilidades de MSS? (N1)
Sim/ Não
S/N
1. Conhecer os riscos de suas tarefas/ área de trabalho? ___
2. Reportar os riscos e/ ou impactos ambientais aos seus
supervisores imediatos? ___
3. Reportar lesões aos seus supervisores imediatos? ___
4. Cumprir a política de MSS? ___
5. Cumprir as regulamentações relacionadas a MSS? ___
2.7. REPRESENTANTES E/ OU COMITÊ DE MSS 2.7.1. A organização possui um comitê conjunto de Meio Ambiente e de
Segurança e Saúde local? (N1)
Sim/ Não
2.7.2. O comitê se reúne pelo menos a cada dois meses? (N1)
Sim/ Não
2.7.3. A autoridade e o comando do Comitê foram claramente definidos e
comunicados? (N1)
Sim/ Não
2.7.4. Existe algum sistema para assegurar que as recomendações do comitê
sejam recebidas, consideradas e propriamente destinadas? (N2)
Sim/ Não
268
2.7.5. Existe algum sistema para processar e proporcionar respostas às
requisições dos empregados sobre interesses de meio Ambiente e de
segurança e saúde no Trabalho? (N2)
Sim/ Não 2.7.6. Existe algum sistema para divulgar as informações destinadas aos
empregados ou seus representantes? (N2)
Sim/ Não
2.7.7. O comitê conjunto de Meio Ambiente e de segurança e saúde no Trabalho
é efetivo no tratamento dos assuntos de MSS no local de trabalho? (N3)
Sim/ Não
2.8. RECUSA AO TRABALHO DEVIDO A PERIGOS DE MSS 2.8.1. É usado um sistema interno para tratar de situações de “recusa ao
trabalho”? (N4) Sim/ Não
2.8.2. Foi efetivamente comunicado a todos os empregados da organização, o
sistema que trata de situações de “recusa ao trabalho”? (N3) Sim/ Não
2.9. BIBLIOTECA DE MSS 2.9.1. A organização dispõe de catálogos de materiais e serviços do programa,
de MSS ? (N3)
Sim/ Não 2.9.2. A organização tem cópias de legislações relevantes e padrões aplicáveis
com as suas atividades? (N1)
Sim/ Não 2.9.3. A organização recebe de fontes externas pelo menos duas revistas
mensais orientadas a MSS? (N2)
Sim/ Não
269
ELEMENTO - 3
PLANEJAMENTO
Este elemento estabelece o conjunto de procedimentos necessários para a
implantação e operação de sistema de gestão de MSS e que complementam sua
política de MSS.
RESUMO DO ELEMENTO – 3
Numeração
Sub elementos
Níveis de
Classificação do
Programa
Total de
Padrões
do SGMSS
Total de
Padrões
ISO/
OHSAS
1 2 3 4 5 3.1 Aspectos Ambientais e
Planejamento para Identificação de Perigos e Avaliação e Controle de Riscos
6 7 1 2 - 16 9/ 8
3.2 Requisitos Legais e Outros Requisitos
4 5 - - - 9 9/ 8
3.3 Objetivos e Metas/ Programas de Gestão de MSS
3 3 1 - - 7 7/ 7
TOTAL GERAL 13 15 2 2 - 32 25/ 23
270
3.1. ASPECTOS AMBIENTAIS E PLANEJAMENTO PARA IDENTIFICAÇÃO DE PERIGOS E AVALIAÇÃO E CONTROLE DE RISCOS
3.1.1. A organização dispõe de procedimento ou sistemática para identificar e
avaliar os aspectos e impactos ambientais e os perigos e risco do
trabalho? (N1/ ISO/ OHSAS) Sim/ Não
3.1.2. A organização tem identificado ou ao menos conhece os aspectos e os
impactos ambientais e os perigos e riscos do trabalho? (N1/ ISO/ OHSAS)
Sim/ Não
3.1.3. A avaliação dos aspectos e impactos ambientais e dos perigos e riscos
do trabalho foi realizada? (N1/ ISO/ OHSAS) Sim/ Não
3.1.4. A avaliação dos aspectos e impactos ambientais e dos perigos e riscos
do trabalho abrange todos os postos de trabalho e todos os processo?
(N2/ ISO/ OHSAS) Sim/ Não
3.1.5. A avaliação dos aspectos e impactos ambientais e dos perigos e riscos
do trabalho abrange situações normais e anormais de operação, bem
como situações de emergência ? (N2/ ISO/ OHSAS) Sim/ Não
3.1.6. A identificação de aspectos e impactos ambientais contempla
temporalidade passada, atual e futura? (N2/ ISO) Sim/ Não
271
3.1.7. A administração demonstra o seu compromisso com o sistema de
identificação e avaliação de aspectos e impactos ambientais e de perigos
e riscos do trabalho (análise de tarefas) ? (N2)
Sim/ Não
3.1.8. O coordenador (ou coordenadores) está (ão) envolvidos na facilitação e
suporte ao programa de análise de tarefas? (N2/ ISO/ OHSAS)
Sim/ Não 3.1.9. As pessoas que são responsáveis e estão envolvidas no programa de
análises de tarefas recebem treinamento apropriado em técnicas de
análise? (N1/ ISO/ OHSAS)
Sim/ Não 3.1.10. Foi usado um método sistemático para identificar e avaliar os aspectos e
impactos ambientais e os perigos e riscos do trabalho ao qual inclua o
que se segue? (N1/ ISO/ OHSAS)
Sim/ Não
S/N1. Identificação e análise de tarefas por ocupação? ___
2. Análise de perigos/ riscos? ___
3. Análise de aspectos e impactos ambientais? ___
4. Revisão dos regulamentos? ___
5. Dados do empregado? ___
6. Revisão dos procedimentos? ___
7. Análise de perigos à saúde? ___
8. Análise de acidentes, incidentes e ocorrências ambientais? ___
9. Outros ___
3.1.11. É revisada e atualizada a lista de tarefas? (N2)
Sim/ Não
Se sim, com que freqüência?_____________
272
3.1.12. Foram identificados e estabelecidos objetivos para a conclusão de análise
e procedimento de tarefas? (N1)
Sim/ Não
3.1.13. As pessoas diretamente responsáveis pelas análises de tarefas
críticas estão envolvidas na determinação dos objetivos? (N4)
Sim/ Não 3.1.14. As análises e procedimentos para tarefas foram realizados até a presente
data em comparação com os objetivos estabelecidos? (N3) Sim/ Não
Se afirmativo, qual o percentual?_____________ 3.1.15. Foi usada uma equipe de trabalho para analisar as tarefas? (N2)
Sim/ Não
3.1.16. As analises, os procedimentos ou práticas de trabalho das tarefas é
revisado ou atualizado toda vez que: (N4) Sim/ Não
S/N
1. Um processo ou função é modificado? ___
2. Modificações das instalações são efetuadas? ___
3. Acidentes/ índices de potencialmente graves ocorrem? ___
4. Legislações/ regulamentação são mudadas? ___
5. Avaliações de perigos/ riscos são feitas? ___
6. Avaliações de aspectos e impactos ambientais são feitas? ___
7. Observações de tarefas indicam que existem procedimentos ___
ou práticas inadequadas?
8. Os empregados fazem sugestão para melhoria? ___
9. Pelo menos anualmente? ___
273
3.2. REQUISITOS LEGAIS E OUTROS REQUISITOS 3.2.1. A organização dispõe de procedimento documentado ou sistemático para
identificação e acesso à legislação de MSS aplicável a suas atividades,
produtos e serviços ? (N1/ ISO/ OHSAS) Sim/ Não
3.2.2. Existe uma sistemática para comunicar novos requisitos legais para as
funções relevantes de MSS ? (N2/ ISO/ OHSAS) Sim/ Não
3.2.3. Existe uma sistemática para garantir que alterações de legislações,
códigos e padrões externos aplicáveis á organização sejam consideradas e
ações para o atendimento sejam adequadas ? (N2/ ISO/ OHSAS)
Sim/ Não 3.2.4. É usado um sistema para assegurar que sejam tomadas ações corretivas
apropriadas quando se identificam casos de não cumprimento de
legislações, códigos e padrões externos aplicáveis á organização ?
(N1/ ISO/ OHSAS)
Sim/ Não 3.2.5. A organização tem identificada ou ao menos conhece a legislação aplicável
a suas atividades, produtos e serviços ? (N2/ ISO/ OHSAS)
Sim/ Não
3.2.6. A organização dispõe das licenças de MSS pertinentes?
(N1/ ISO/ OHSAS) Sim/ Não
3.2.7. A organização cumpre as exigências técnicas constantes de suas licenças
ambientais ? (N1/ ISO) Sim/ Não
3.2.8. A organização possui outros requisitos subscritos aplicáveis a suas
atividades ? (N2/ ISO/ OHSAS) Sim/ Não
274
3.2.9 A organização não apresenta processos, ação civil publica, autuações?
(N2/ ISO/ OHSAS) Sim/ Não
Se negativo, quais?_____________
275
3.3. OBJETIVOS E METAS/ PROGRAMAS DE GESTÃO DE MSS 3.3.1. A organização define objetivos e metas de MSS ? (N1/ ISO/ OHSAS)
Sim/ Não Se afirmativo, com qual freqüência? _____________
3.3.2. A organização define objetivos e metas de outra natureza (econômicos, de
produtividade, outros) com conseqüências para o MSS ?
(N3/ ISO/ OHSAS)
Sim/ Não
3.3.3. Objetivos e metas de MSS são definidos com base em: (N2/ ISO/ OHSAS)
Sim/ Não
S/N
1. Avaliação dos aspectos e impactos ambientais? ___
2. Avaliação dos perigos e analise de riscos no trabalho? ___
3. Analises de acidentes, incidentes e ocorrências ambientais ? ___
4. Requisitos legais, e outros aos quais a organização subscreva ? ___
5. Visão de partes interessadas? ___
6. Requisitos operacionais, comerciais e financeiros? ___
3.3.4. Os objetivos e metas de MSS são relevantes para os tipos de atividades e
situação atual da organização ? (N1/ ISO/ OHSAS) Sim/ Não
3.3.5. A organização dispõe de sistemática ou planos de ação para o
atendimento de seus objetivos e metas de MSS ? (N1/ ISO/ OHSAS)
Sim/ Não
276
3.3.6. Os planos de ação incluem a atribuição de responsabilidades visando
atingir os objetivos e metas de MSS ? (N2/ ISO/ OHSAS) Sim/ Não
3.3.7. Os planos de ação incluem os meios e o prazo dentro do qual os objetivos
e metas de MSS devem ser atingidas ? (N2/ ISO/ OHSAS) Sim/ Não
277
ELEMENTO - 4
IMPLEMENTAÇÃO E OPERAÇÃO
Este elemento avalia como deve ser implementado e operado o sistema de
gestão de MSS.
RESUMO DO ELEMENTO - 4
Numeração
Sub elementos
Níveis de Classificação do Programa
Total de Padrões
do SGMSS
Total de Padrões
ISO/ OHSAS
1 2 3 4 5 4.1 Estrutura e Responsabilidade pela
Gestão de MSS 2 2 2 - - 6 6/ 6
4.2 Competência, Treinamento e Conscientização
3 9 7 8 6 33 10/ 10
4.3 Consulta e Comunicação - 1 3 - - 4 3/ 3 4.4 Documentação do Sistema de
Gestão de MSS - 3 1 1 1 6 3/ 3
4.5 Controle de Documentos e Dados - 10 1 - - 11 11/ 11 4.6 Controle Operacional - 8 8 1 - 17 17/ 6 4.7 Preparação e Atendimento a
Emergência 4 8 16 4 9 41 7/ 7
TOTAL GERAL 9 41 38 14 16 118 58/ 47
278
4.1. ESTRUTURA E RESPONSABILIDADE PELA GESTÃO DE MSS 4.1.1. Existem responsabilidades definidas em relação à gestão de MSS da
organização ? (N1 ISO/ OHSAS)
Sim/ Não
4.1.2. O (s) representante (s) da administração está (ão) definido (s) ?
(N1 ISO/ OHSAS)
Sim/ Não
4.1.3. Existe uma descrição de função definindo as autoridades e
responsabilidades relativas a meio ambiente e a segurança e saúde no
trabalho ? (N2 ISO/ OHSAS)
Sim/ Não
4.1.4. O pessoal com atribuições específicas a meio ambiente e a segurança e
saúde no trabalho possui substitutos qualificados para o caso de
ausência ? (N3/ ISO/ OHSAS)
Sim/ Não
4.1.5. Existem recursos financeiros destinados à gestão de MSS ? (N3/ ISO/ OHSAS)
Sim/ Não
4.1.6. Objetivos e metas de MSS encontram-se documentados, distribuídos e
com as responsabilidades detalhadas? (N2 ISO/ OHSAS) Sim/ Não
279
4.2. COMPETÊNCIA, TREINAMENTO E CONSCIENTIZAÇÃO 4.2.1. ANÁLISE DAS NECESSIDADES DE TREINAMENTO
4.2.1.1. A organização dispõe de sistemática ou procedimento para identificar e
suprir as necessidades de treinamento em MSS ? (N3/ ISO/ OHSAS)
Sim/ Não
4.2.1.2. São contempladas as necessidades de treinamento em relação à gestão
de MSS ? (N3/ ISO/ OHSAS)
Sim/ Não
4.2.1.2.1. O processo de identificação das necessidades inclui: (N3/ ISO/ OHSAS)
Sim/ Não
S/ N 1. Requisitos legais de MSS ? ___
2. Funções com qualificações específicas ? ___
3. Experiências dos funcionários ? ___
4.2.1.3. É feita, pelo menos anualmente, uma revisão das necessidades de
treinamento? (N4)
Sim/ Não
4.2.1.4. São estabelecidos recursos para as necessidades de treinamento
identificadas? (N3)
Sim/ Não
4.2.1.5. As pessoas selecionadas para realizar o treinamento da liderança em
MSS, receberam uma instrução adequada nos conceitos e técnicas de
liderança em MSS?(N5) Sim/ Não
280
4.2.1.6. As pessoas que conduzem este treinamento da liderança receberam
também treinamento apropriado em técnicas de apresentação? (N4)
Sim/ Não
4.2.2. INTRODUÇÃO DA LIDERANÇA EM MSS 4.2.2.1. É usado um sistema para assegurar a introdução de treinamento em
MSS para empregados novos, transferidos, temporários, trainees, antes dos mesmos assumirem suas funções ? (N2/ ISO/ OHSAS)
Sim/ Não
Se afirmativo, assinale de quanto tempo da designação de trabalho, é
dada a introdução em MSS?
Durante há primeira semana ____
Durante o primeiro mês ____
Durante os três primeiros meses ____
Não se faz ____
4.2.2.2. Os empregados que mudam de função recebem treinamento, quando necessário ? (N2/ ISO/ OHSAS)
Sim/ Não
4.2.2.3. Em caso de alteração do processo ou equipamentos, os empregados recebem treinamento necessário ? (N2/ ISO/ OHSAS)
Sim/ Não
4.2.2.4. A organização dispõe de sistemática ou procedimento para
conscientização e seus funcionários ? (N2/ ISO/ OHSAS)
Sim/ Não
281
4.2.2.5. O pessoal que executa tarefas que possam causar impactos ambientais
significativos e riscos é competente com base em educação, experiência
e treinamento ? (N2/ ISO/ OHSAS)
Sim/ Não
4.2.3. FORMAÇÃO DOS GERENTES SUPERIORES E MÉDIOS EM MSS
4.2.3.1. Os gerentes superiores receberam formação inicial de liderança em
MSS? (N3) Sim/ Não
Se afirmativo, assinale a formação.
S/ N
1. Política de MSS ? ___
2. Liderança e Administração ? ___
3. Planejamento ? ___
4. Implementação e Operação ? ___
5. Verificação e Ação Corretiva ? ___
6. Analise Critica Pela Administração? ___
7. Regras de Permissões Para Trabalho ? ___
8. Inspeções Planejadas e Manutenção ? ___
9. Controle da Saúde e Higiene do Trabalho ? ___
10. Equipamento de Proteção Individual ? ___
11. Contratação e Colocação? ___
12. Administração de Materiais e Serviços? ___
13. Engenharia e Gestão das Modificações? ___
14. Reuniões de Meio Ambiente e de Seg. e Saúde no Trabalho? ___
15. Comunicações Pessoais? ___
16. Promoção Geral de Meio Ambiente e de Seg. e Saúde no Trab.? ___
17. Avaliação do Programa de MSS? ___
282
4.2.4. REVISÃO, ATUALIZAÇÃO E FORMAÇÃO AVANÇADA DO
GERENCIAMENTO SUPERIOR EM MSS
4.2.4.1. Durante os últimos 03 (três) anos, os gerentes superiores receberam
revisão, atualização ou formação avançada em liderança em MSS? (N5)
Sim/ Não
Se afirmativo, identifique os treinamentos
1. ___________________________________________________
2. ___________________________________________________
3. ___________________________________________________
4.2.5. FORMAÇÃO INICIAL DA LIDERANÇA EM MSS 4.2.5.1. Os indivíduos responsáveis pelas atividades de liderança em MSS
receberam formação inicial nos seguintes temas: (N2) Sim/ Não
Se afirmativo, assinale a formação.
S/ N
1. Política de MSS ? ___
2. Liderança e Administração ? ___
3. Planejamento ? ___
4. Implementação e Operação ? ___
5. Verificação e Ação Corretiva ? ___
6. Analise Critica Pela Administração? ___
7. Regras de Permissões Para Trabalho ? ___
8. Inspeções Planejadas e Manutenção ? ___
9. Controle da Saúde e Higiene do Trabalho ? ___
10. Equipamento de Proteção Individual ? ___
11. Contratação e Colocação? ___
12. Administração de Materiais e Serviços? ___
283
13. Engenharia e Gestão das Modificações? ___
14. Reuniões de Meio Ambiente e de Seg. e Saúde no Trabalho? ___
15. Comunicações Pessoais? ___
16. Promoção Geral de Meio Ambiente e de Seg. e Saúde no Trab.? ___
17. Avaliação do Programa de MSS? ___
4.2.6. REVISÃO, ATUALIZAÇÃO E FORMAÇÃO AVANÇADA DA LIDERANÇA MSS
4.2.6.1. Os indivíduos responsáveis pelas atividades de liderança em MSS
receberam revisão, atualização e formação avançada em temas
apropriados durante os últimos três anos? (N5) Sim/ Não
Se afirmativo, identifique os treinamentos.
1. __________________________________________________
2. __________________________________________________
3. __________________________________________________
4.2.7. FORMAÇÃO DO COORDENADOR EM MSS 4.2.7.1. O coordenador do programa completou uma formação básica em MSS,
oferecido por uma empresa externa reconhecida? (N1)
Sim/ Não
Se afirmativo, quantas horas de formação básica em MSS recebeu o
coordenador do programa?
_____________________
284
4.2.7.2. Indique se os seguintes temas foram incluídos na formação básica do
coordenador do programa: (N1)
Sim/ Não
S/N 1. Política de MSS ? ___
2. Liderança e Administração ? ___
3. Planejamento ? ___
4. Implementação e Operação ? ___
5. Verificação e Ação Corretiva ? ___
6. Analise Critica Pela Administração? ___
7. Regras de Permissões Para Trabalho ? ___
8. Inspeções Planejadas e Manutenção ? ___
9. Controle da Saúde e Higiene do Trabalho ? ___
10. Equipamento de Proteção Individual ? ___
11. Contratação e Colocação? ___
12. Administração de Materiais e Serviços? ___
13. Engenharia e Gestão das Modificações? ___
14. Reuniões de Meio Ambiente e de Seg. e Saúde no Trabalho? ___
15. Comunicações Pessoais? ___
16. Promoção Geral de Meio Ambiente e de Seg. e Saúde no Trab.? ___
17. Avaliação do Programa de MSS? ___
4.2.7.3. Outros assuntos foram incluídos nesta formação básica? (N2)
Sim/ Não
Se afirmativo, exemplifique os assuntos:
1. __________________________________________________
2. __________________________________________________
3. __________________________________________________
285
S
4.2.7.4. O coordenador completou uma formação avançada em MSS oferecido
por uma empresa externa reconhecida? (N3) Sim/ Não
Se sim, quantas horas ? _____________
4.2.8. REGISTROS DE TREINAMENTO
4.2.8.1 São mantidos registros que indiquem que o pessoal de administração/
liderança tenha recebido a formação de introdução a MSS? (N2)
Sim/ Não
4.2.8.2. São mantidos registros que indicam que a formação da liderança em MSS
foi recebida individualmente de acordo com as suas necessidades
individuais de treinamento? (N4)
Sim/ Não
4.2.8.3. Foram estabelecidas freqüências de revisão destes registros para
determinar o cumprimento com as necessidades de treinamento
identificados? (N5)
Sim/ Não
4.2.8.4. O programa de treinamento de liderança é revisado anualmente para
avaliar a sua eficiência em alcançar objetivos determinados? (N5)
Sim/ Não
286
4.2.9. ADMINISTRAÇÃO DO PROGRAMA
4.2.9.1. Foi nomeado, por escrito, um coordenador para desenvolver e administrar
todo o sistema de formação e treinamento dos funcionários? (N1/ ISO/ OHSAS)
Sim/ Não4.2.10. ANÁLISE DAS NECESSIDADES DE TREINAMENTO
4.2.10.1. Foi usado um método sistemático para identificar todas as necessidades
de treinamento dos funcionários, que incluiu as seguintes técnicas:
(N2 / ISO/ OHSAS)
Sim/ Não
S/ N1. Revisão das atividades e responsabilidades de trabalho
para todas as ocupações? ___
2. Revisão das análises das entrevistas com funcionários? ___
3. Revisão das análises de riscos/ avaliações de riscos? ___
4. Revisão das análises de aspectos e impactos ambientais? ___
5. Revisão das análises dos relatórios de inspeção? ___
6. Revisão das análises de acidentes/ incidentes? ___
7. Revisão dos relatórios de inspeções de EPI’s? ___
8. Revisão das análises de gestão das modificações? ___
9. Revisão dos procedimentos de operação? ___
10. Revisão dos regulamentos, códigos e padrões aplicáveis? ___
11. Revisão dos relatórios de avaliação do programa de
treinamento? ___12. Levantamento de empregados e gerentes? ___
4.2.10.2. São revisadas e atualizadas, formalmente, as necessidades de
treinamento para cada ocupação? (N4) Sim/ Não
Se afirmativo, qual a freguência? _____________
2.10.3. As necessidades de treinamento, para cada indivíduo, são revisadas e
atualizadas formalmente? (N5) Sim/ Não
287
S/ N
1. Após designação para empregados novos e transferidos? ___
2. Pelo menos anualmente? ___
4.2.11. QUALIFICAÇÃO DO INSTRUTOR 4.2.11.1. Os instrutores são selecionados baseado em suas qualificações no
tema (s) especifico (s), assim como em suas capacidade potencial como
instrutor ? (N3)
Sim/ Não
4.2.11.2. Aqueles que conduzem a formação e treinamento recebem
treinamento em técnicas de instrução ? (N4)
Sim/ Não 4.2.11.3. Os instrutores são avaliados pelo menos a cada 02 (dois) anos
para assegurar que sua qualificação está atualizada ? (N5)
Sim/ Não 4.2.12. SISTEMAS DE TREINAMENTO 4.2.12.1. Foram estabelecidos treinamentos, para as necessidades
identificadas ? (N4) Sim/ Não
Se afirmativo, qual o percentual estabelecido ? _____________
4.2.12.2. São usados materiais escritos, ajudas audiovisuais e outras ajudas
efetivas de treinamento nos programas de treinamento ? (N4)
Sim/ Não
288
4.2.13. AVALIAÇÃO E ACOMPANHAMENTO DO SISTEMA DE TREINAMENTO 4.2.13.1. O programa de treinamento é avaliado, e comunicado à administração
competente, comparando os números de pessoas que necessitam de
treinamento com os números das efetivamente treinadas ? (N4) Sim/ Não
Se afirmativo, qual a periodicidade ? _____________
289
RISCOS
4.3. CONSULTA E COMUNICAÇÃO 4.3.1. A organização dispõe de sistemática ou procedimento para comunicação interna com relação aos seus aspectos ambientais e perigos riscos no trabalho do seu sistema de MSS? (N3/ ISO/ OHSAS)
Sim/ Não
4.3.2. Os empregados da organização conhecem a sistemática/ procedimento ?
(N3/ ISO/ OHSAS)
Sim/ Não
4.3.3. A organização dispõe de sistemática ou procedimento para comunicação
externa com relação aos seus aspectos ambientais e perigos e risco no
trabalho do seu sistema de MSS? (N3/ ISO/ OHSAS)
Sim/ Não
3.3.4. Existem canais de comunicação interna e externa disponível na
organização (N2/ ISO/ OHSAS)
Sim/ Não Se afirmativo, exemplifique os canais:
1. __________________________________________________
2. __________________________________________________
3. __________________________________________________
4. __________________________________________________
290
4.4. DOCUMENTAÇÃO DO SISTEMA DE GESTÃO DE MSS 4.4.1. DOCUMENTAÇÃO DE MSS
4.4.1.1. A organização dispõe de documento que descreva os principais
elementos do sistema de gestão de MSS ? (N2/ ISO/ OHSAS)
Sim/ Não
4.4.1.2. A organização dispõe de documento que forneça orientação sobre a
documentação relacionada de MSS ? (N2/ ISO/ OHSAS)
Sim/ Não4.4.2. MANUAL DE REFÊNCIA DE MSS
4.4.2.1. Existe um manual de referência de MSS que oferece orientação em
assuntos relacionados com a política, a administração e as práticas do
sistema de Meio Ambiente e de Segurança e Saúde no Trabalho?
(N2/ ISO/ OHSAS)
Sim/ Não
S/N
1. Política de MSS ? ___
2. Liderança e Administração ? ___
3. Planejamento ? ___
4. Implementação e Operação ? ___
5. Verificação e Ação Corretiva ? ___
6. Analise Critica Pela Administração? ___
7. Regras de Permissões Para Trabalho ? ___
8. Inspeções Planejadas e Manutenção ? ___
9. Controle da Saúde e Higiene do Trabalho ? ___
10. Equipamento de Proteção Individual ? ___
11. Contratação e Colocação? ___
12. Administração de Materiais e Serviços? ___
13. Engenharia e Gestão das Modificações? ___
291
14. Reuniões de Meio Ambiente e de Seg. e Saúde no Trabalho? ___
15. Comunicações Pessoais? ___
16. Promoção Geral de Meio Ambiente e de Seg. e Saúde no Trab.? ___
17. Avaliação do Programa de MSS? ___
4.4.2.2. Existem Outros temas em adição aos mencionados acima que são
incluídos no (s) manual (ais)? (N3) Sim/ Não
Se afirmativo, descreva?
1._______________________________________________
2._______________________________________________
4.4.2.3. Os empregados ou os seus representantes participaram do
desenvolvimento do manual de referência de MSS? (N4)
Sim/ Não
4.4.2.4. O manual de referência de MSS é revisado e modificado? (N5)
Sim/ Não Se afirmativo, com qual freqüência? _____________
292
4.5. CONTROLE DE DOCUMENTOS E DADOS 4.5.1. A organização dispõe de procedimento ou sistemática para o controle de
documentos do sistema de MSS ? (N2/ ISO/ OHSAS)
Sim/ Não
4.5.2. O procedimento assegura que os documentos possam ser localizados ?
(N2/ ISO/ OHSAS)
Sim/ Não
4.5.3. O procedimento assegura que os documentos sejam periodicamente
analisados ? (N2/ ISO/ OHSAS)
Sim/ Não
4.5.4. O procedimento assegura que versões atualizadas dos documentos
estejam disponíveis nos locais onde são executadas as respectivas
operações ? (N3/ ISO/ OHSAS) Sim/ Não
4.5.5. O procedimento assegura que os documentos obsoletos sejam
prontamente removidos de todos os pontos de uso, e se retidos por algum
motivo, sejam adequadamente identificados ? (N2/ ISO/ OHSAS) Sim/ Não
4.5.6. O controle de documentos é informatizado ? (N2/ ISO/ OHSAS)
Sim/ Não 4.5.7. A documentação é legível, data, facilmente identificável, mantida de forma
organizada e retida por um período de tempo especificado ?
(N2/ ISO/ OHSAS)
Sim/ Não 4.5.8. A organização dispõe de procedimento ou sistemática referente à criação e
alteração de documentos ? (N2/ ISO/ OHSAS)
Sim/ Não
293
4.5.9. Existe documentação atualizada relativa a equipamentos de processo ?
(N2/ ISO/ OHSAS)
Sim/ Não 4.5.10. Existe documentação atualizada relativa a linhas de tanques enterrados ?
(N2/ ISO/ OHSAS)
Sim/ Não 4.5.11. Existe documentação atualizada relativa a linhas de águas pluviais ?
(N2/ ISO/ OHSAS)
Sim/ Não
294
4.6. CONTROLE OPERACIONAL 4.6.1. A organização dispõe de procedimentos para o controle operacional das
atividades associadas aos aspectos ambientais significativos (Ex.:
manuseio de resíduos, manuseio e armazenamento de produtos químicos,
etc.) e a perigos e risco do trabalho? (N3/ ISO/ OHSAS)
Sim/ Não
4.6.2. As variáveis críticas e seus parâmetros de controle estão definidos e
controlados ? (N3/ ISO/ OHSAS)
Sim/ Não
4.6.3. As variáveis de parada, partida e emergências estão consideradas ?
(N3/ ISO/ OHSAS)
Sim/ Não
4.6.4. Os resíduos sólidos da organização estão identificados e classificados
conforme a s normas técnicas do país ? (N2/ ISO)
Sim/ Não
4.6.5 Os destinos finais dos resíduos sólidos estão sendo comunicados aos
órgãos ambientais ? (N2/ ISO) Sim/ Não
4.6.6. A organização acompanha a destinação final de seus resíduos sólidos
(visitas, auditorias, etc.) ? (N4/ ISO) Sim/ Não
4.6.7. As organizações que recebem os resíduos sólidos possuem licenciamento
adequado ? (N2/ ISO) Sim/ Não
4.6.8. As instalações para armazenamento de resíduos sólidos na organização
estão adequadas ? (N3/ ISO)
Sim/ Não
295
4.6.9. As transportadoras de resíduos sólidos estão adequadas para este tipo de
transporte ? (N2/ ISO)
Sim/ Não
3.6.10. Os efluentes atendem aos padrões legais (Federais, estaduais e
municipais) ? (N2/ ISO)
Sim/ Não
3.6.11. As emissões atmosféricas atendem aos padrões legais de emissão ?
(N2/ ISO)
Sim/ Não
3.6.12. Uso dos recursos naturais utilizado pela organização é avaliado e
gerenciado ? (N3/ ISO)
Sim/ Não
3.6.13. O consumo de água esta outorgado ? (N2/ ISO) Sim/ Não
3.6.14. A organização atende as leis ? (N2/ ISO) Sim/ Não
3.6.15. A organização dispõe de procedimento ou sistemática para a manutenção
dos equipamentos cuja falha pode causar um impacto ambiental ou um
risco ao trabalhador ? (N3/ ISO/ OHSAS) Sim/ Não
3.6.17. A organização dispõe de procedimento ou sistemática para comunicação
de requisitos a serem atendidos por fornecedores e prestadores de
serviço ? (N3/ ISO/ OHSAS) Sim/ Não
3.6.18. A organização dispõe de procedimento ou sistemática para a qualificação
de MSS de fornecedores ? (N3/ ISO/ OHSAS) Sim/ Não
296
4.7. PLANO DE AÇÃO DE EMERGÊNCIA E PLANO DE CONTINGÊNCIA 4.7.1. ADMINISTRAÇÃO DO PROGRAMA 4.7.1.1. Foi nomeado, por escrito, um coordenador para desenvolver e administrar
o plano de emergência e o plano de contingência ? (N1) Sim/ Não
4.7.1.2. Foram nomeados coordenadores de departamentos ou seções, para
auxiliar no desenvolvimento e na administração dos sistemas de
preparação para emergências, dentro de suas áreas na organização?
(N3)
Sim/ Não
4.7.1.3. Os coordenadores receberam um treinamento compatível e adequado
que os capacitasse a exercer estas funções? (N5) Sim/ Não
4.7.2. ANÁLISE DE RESPOSTA A EMERGÊNCIAS 4.7.2.1. A organização dispõe de procedimento ou sistemática para identificar e
avaliar o potencial de acidentes e de situações de emergência ?
(N3/ ISO/ OHSAS) Sim/ Não
S/N1. Avaliação de risco para considerar todas as emergências? ___
2. Revisão dos requisitos legais? ___
3. Avaliação do potencial de emergências “fora da fabrica”? ___ 4.7.2.2. As análises de resposta às emergências são revistas? (N3)
Sim/ Não
Se afirmativo, com que freqüência? _____________
297
4.7.3. PLANO DE EMERGÊNCIA 4.7.3.1. Existe um plano de emergência que inclui o seguinte: (N3/ ISO/ OHSAS)
Sim/ Não
S/N1. Procedimentos a serem seguidos quando comunicada
uma emergência? ___
2. Evacuação das pessoas para as áreas pré-determinadas
de segurança e um sistema de “contagem” para controlar
pessoal presente ou ausente? ___
3. Instruções detalhadas, e bem documentadas, para cada
departamento, prédio, ou área que inclua procedimentos
de emergências, de incêndios, de interrupção de trabalho
e controle de acesso? ___
4. Controle de materiais perigosos? ___
5. Remoção ou proteção de equipamentos e materiais vitais? ___
6. A designação de uma área central de controle? ___
7. Plano de procura e resgate? ___
8. Procedimento de “limpeza total” e retorno? ___
9. Procedimentos para notificar todo o pessoal da emergência
e definir suas participações ou respostas/ reações? ___
10. Controle de visitantes/ contratados? ___
4.7.3.2. Todos os serviços de emergência, números de telefone, pontos de
contatos, endereços, etc., são conhecidos e encontram-se listados? (N2)
Sim/ Não
4.7.3.3. Os números de telefone/ contatos de serviços essenciais de emergência
está listado e publicados de maneira adequada? (N3) Sim/ Não
S/N1. Nos locais/ pontos de primeiros socorros? ___
298
2. Na sala/ centro de controle de emergência? ___
3. No quadro de controle de telefones? ___
4. Com o pessoal designado? ___
5. Na vigilância? ___ 4.7.3.4. São revisados e atualizados pelo menos anualmente, os números e
os contatos essenciais? (N4) Sim/ Não
4.7.3.5. O plano de emergência foi apropriadamente distribuído e o seu conteúdo
efetivamente comunicado a todo o pessoal afetado, incluindo contratados
e visitantes ? (N3) Sim/ Não
4.7.3.6. Os registros indicam que um número adequado de exercícios de
treinamento e simulações estão sendo conduzidos em cada área com
todos os empregado conforme os regulamentos aplicáveis e uma boa
preparação para emergências? (N3/ ISO/ OHSAS) Sim/ Não
4.7.3.7. Foram desenvolvidos procedimentos especiais para combater e controlar
incêndios nos lugares onde existem materiais perigosos? (N4) Sim/ Não
4.7.3.8. É do conhecimento das unidades de combate a incêndio, que respondem
pela organização no caso de uma emergência, a presença de todos os
materiais perigosos existentes na empresa? (N4) Sim/ Não
4.7.4. EMERGÊNCIAS EXTERNAS 4.7.4.1. Os planos de emergências incluem respostas às emergências que
possam ocorrer fora dos limites definidos do lugar/ regiões avaliadas?
(N4)
Sim/ Não
299
4.7.4.2. Estes planos incluem respostas de como agir em ocorrências que
envolvam derramamentos potenciais envolvendo veículos de transporte
carregados com materiais perigosos? (N5) Sim/ Não
4.7.4.2.1 O sistema prevê uma consulta a técnicos especializados nos casos
destas ocorrências? (N5) Sim/ Não
4.7.4.3. Existe um sistema de comunicação para relatar e responder às
emergências externas? (N3) Sim/ Não
4.7.4.4. O sistema de comunicações de emergências externas identifica o
pessoal apropriado e como podem ser localizados, incluindo: (N3)
Sim/ Não
S/N1. Líderes de equipes de emergência? ___
2. Especialistas apropriados? ___
3. Autoridades apropriadas? ___
4. Gerência apropriada? ___
4.7.4.5. Os equipamentos apropriados para respostas às emergências estão
disponíveis a qualquer momento para ajudar àquelas pessoas da
fábrica encarregada das emergências externas? (N3) Sim/ Não
4.7.5. CONTROLE DAS FONTES DE ENERGIA 4.7.5.1. Baseado em uma inspeção de necessidades, existe um sistema para
códigos de cores e rotulação dos dispositivos principais de controle do
local de emergência? (N5)
Sim/ Não
300
4.7.5.2. As pessoas apropriadas estão familiarizadas com os procedimentos de
parada de todos os dispositivos principais de controle? (N5) Sim/ Não
4.7.6. SISTEMAS DE PROTEÇÃO E RESGATE 4. 7.6.1. Foi realizada durante os últimos três anos uma inspeção sistemática de
todos os lugares da empresa para identificar a necessidade de:
(N3/ ISO / OHSAS) Sim/ Não
S/N1. Sistema de extinção de incêndios? ___
2. Sistema de proteção contra incêndios? ___
3. Sistemas de alarme e detecção de perigos? ___
4. Controle de vazamento e derramamentos de materiais,
equipamentos e procedimentos de limpeza? ___
5. Iluminação e energia de emergência? ___
6. Outro equipamento de resgate e emergência? ___
4.7.6.2. São realizadas avaliações completas, por indivíduos qualificados, para
determinar o cumprimento dos regulamentos, códigos e padrões
aplicáveis da industria para a prevenção, precaução e supervisão de
incêndios? (N3/ ISO/ OHSAS) Sim/ Não
Se afirmativo, qual a freqüência? _____________ 4.7.6.3. Existe e se encontra operando um sistema de acompanhamento para
assegurar que sejam tomadas ações corretivas apropriadas quando são
identificados problemas de não-conformindades? (N3/ ISO/ OHSAS)
Sim/ Não
301
4.7.7. EQUIPAMENTOS DE EMERGÊNCIA
4.7.7.1. Uma equipe (ou equipes) de emergência foi estabelecida para responder
às situações de emergência? (N2) Sim/ Não
4.7.7.2. São estabelecidos objetivos para treinamento e exercícios da equipe (ou
equipes) de emergência? (N2) Sim/ Não
4.7.7.3. A equipe é adequada para lidar com situações prováveis de emergência?
(N3) Sim/ Não
4.7.8. SISTEMA DE EXPERIÊNCIAS ADQUIRIDAS 4.7.8.1. Existe um sistema estabelecido que recolhe informações de todos
aqueles envolvidos e retro-alimenta a administração apropriada após
emergências reais e/ ou exercícios de treinamento? (N2) Sim/ Não
4.7.8.2. Os empregados, ou seus representantes, participam das sessões de
informação ou são providos com informações relevantes depois de
emergências ou exercícios de treinamentos? (N2) Sim/ Não
4.7.8.3. Depois das revisões e reuniões de informação de emergências e
exercícios de treinamento são usados um sistema de seguimento para
assegurar que as recomendações sugeridas sejam consideradas e
tratadas adequadamente ? (N3/ ISO/ OHSAS) Sim/ Não
302
4.7.9. PRIMEIROS SOCORROS 4.7.9.1. A organização identificou o número mínimo de indivíduos que necessitam
de treinamento nas técnicas de primeiro socorros, para cobrir todas as
áreas de trabalho durante todas as horas, de acordo com os
regulamentos e exposições locais? (N1) Sim/ Não
4.7.9.2. A organização nomeou e treinou assistentes em primeiros socorros
suficientes, de acordo com os requisitos identificados? (N2) Sim/ Não
4.7.9.3. Esta pessoa tem acesso imediato aos suprimentos de primeiros socorros,
e suas tarefas são tais que não afetaram a administração adequada de
primeiros socorros? (N1) Sim/ Não
4.7.9.4. Uma lista de nomes dos assistentes designados de primeiros socorros é
exposta, destacadamente, em lugar (es) apropriado (s)? (N1) Sim/ Não
4.7.9.5. Existem supervisores/ líderes de grupo treinados e certificados em
técnicas de primeiros socorros? (N3) Sim/ Não
Se afirmativo, que percentual? _____________ 4.7.9.6. Existem indivíduos necessitando de treinamento em técnicas
especializadas em primeiros socorros, como indicado pela avaliação das
exposições locais? (N5)
Sim/ Não
303
4.7.9.7. As unidades/ salas de treinamento médicas e equipamentos de primeiros
socorros, são: (N2) Sim/ Não
S/N1. Adequados em números? ___
2. Mantidos de acordo com os regulamentos e/ ou os bons
padrões de industria? ___
3. Localizados convenientemente? ___
4. Identificados claramente? ___
4.7.10. AJUDA MÚTUA E ASSISTÊNCIA EXTERNA ORGANIZADA 4.7.10.1. É usado um sistema para manter informadas empresas externas e que
possam vir a ser acionada numa possível situação de emergência, das
necessidades materiais e equipamentos? (N5) Sim/ Não
4.7.10.2. Existem acordos de ajudas mútuos com outras empresas, para fornecer
pessoal e equipamento no evento de uma emergência? (N5) Sim/ Não
4.7.10.3. São realizados testes e exercícios periódicos dos sistemas de ajuda
mútuas e respostas externas? (N5) Sim/ Não
4.7.11. COMUNICAÇÃO EM CASO DE EMERGÊNCIA 4.7.11.1. Existem serviços alternativos de comunicação disponíveis que
considerem: (N2) Sim/ Não
S/N 1. A interrupção dos sistemas normais devido às emergências? ___
2. As necessidades quando lidando com emergências fora das
instalações? ___
304
ELEMENTO - 5
VERIFICAÇÃO E AÇÃO CORRETIVA
Este elemento averigua se a organização está operando de acordo com o
programa de Gestão de MSS previamente definido, indicando aspectos não
desejáveis e mitigando quais impactos e/ ou riscos negativos, além de tratar das
medidas preventivas.
RESUMO DO ELEMENTO - 5
Numeração
Sub elementos
Níveis de Classificação do Programa
Total de Padrões
do SGMSS
Total de Padrões
ISO/ OHSAS
1 2 3 4 5 5.1 Monitoramento, Medição e
Mensuração do Desempenho - 2 4 - - 6 6/ 4
5.2 Acidentes, Incidentes, Não Conformidades, Ações Corretivas e Ação Preventiva
7
11
15
11
6
50
17/ 16
5.3 Registros e Gestão de Registros 1 4 - - - 5 5/ 5 5.4 Auditoria do Sistema de Gestão
de MSS 4 3 2 - - 9 6/ 6
TOTAL GERAL 12 20 21 11 6 70 34/ 31
305
5.1. MONITORAMENTO, MEDIÇÃO E MENSURAÇÃO DO DESEMPENHO 5.1.1. MONITORAMENTO E MEDIÇÃO 5.1.1.1. A organização dispõe de procedimento ou sistemática para medir
periodicamente as características das atividades que possam ter um
impacto ambiental significativo sobre o meio ambiente ? (N2/ ISO)
Sim/ Não
5.1.1.2. Os resultados das medições são analisados criticamente e comparados
com parâmetro de especificação ? (N2/ ISO) Sim/ Não
5.1.1.3. Ações são tomadas quando alguma medição indica um descumprimento
de um parâmetro de especificação ? (N3/ ISO/ OHSAS) Sim/ Não
5.1.1.4. Os instrumentos utilizados nas medições são calibrados e ajustados ?
(N3/ ISO/ OHSAS) Sim/ Não
5.1.1.5. Para o caso de medições contratadas de laboratórios externos, estes são
qualificados pela organização ? (N3/ ISO/ OHSAS)
Sim/ Não
5.1.1.6. A organização dispõe de um procedimento ou sistemática para avaliação
periódica do atendimento à legislação de MSS pertinente ?
(N3/ ISO/ OHSAS)
Sim/ Não
306
5.2. ACIDENTES, INCIDENTES, NÃO CONFORMIDADES, AÇÕES CORRETIVAS E AÇÃO PREVENTIVA 5.2.1. SISTEMA DE INVESTIGAÇÃO DE ACIDENTES, INCIDENTES E
OCORRÊNCIAS AMBIENTAIS
5.2.1.1. A organização entende o que são não conformidades de MSS ? (N2/ ISO/ OHSAS)
Sim/ Não
5.2.1.2. A organização dispõe de procedimento ou sistemática para identificação
e tratamento de não conformidades de MSS ? (N2/ ISO/ OHSAS)
Sim/ Não
5.2.1.3. Acidentes, Incidentes e ocorrências ambientais; especificações não
cumpridas e reclamações pertinentes de partes interessadas, são
entendidas como não conformidades de MSS ? (N1/ ISO/ OHSAS)
Sim/ Não
5.2.1.4. A organização dispõe de procedimento ou sistemática para identificação
e tratamento de não conformidades de MSS ? (N2/ ISO/ OHSAS)
Sim/ Não
5.2.1.5. As ações corretivas são implantadas e em tempo apropriado ? (N1/ ISO/ OHSAS)
Sim/ Não
5.2.1.6. As não conformidades encerradas têm suas ações corretivas verificadas
quanto a sua eficácia ? (N3/ ISO/ OHSAS)
Sim/ Não
307
5.2.1.7. É usado um sistema para investigar e reportar acidentes, incidentes e
ocorrências ambientais ? (N1/ ISO/ OHSAS) Sim/ Não
5.2.1.8. O supervisor de linha/ líder de grupo está incluído nos aspectos
de investigação e comunicação do processo de investigação
de acidentes, incidentes e ocorrências ambientais ? (N1) Sim/ Não
5.2.1.9. Os seguintes tipos de acidentes/ incidentes são formalmente reportados e
investigados:(N1/ ISO/ OHSAS) Sim/ Não
S/N1. Lesões não-incapacitantes? ___
2. Lesões Incapacitantes? ___
3. Enfermidades ocupacionais (incluindo ergonomia)? ___
4. Fatalidades? ___
5. Incêndios e explosões? ___
6. Danos à propriedade a um custo igual ou superior a uma
base estabelecida? ___
7. Perdas no processo a um custo igual ou superior a uma
base estabelecida? ___
8. Impactos ambientais indesejáveis ? ___
9. Queixas de fontes externas? ___
10. Outros acidentes/ incidentes (quase-acidentes)? ___
5.2.1.10. As pessoas responsáveis por conduzir as investigações de acidentes/
incidentes e ocorrências ambientais recebem um treinamento formal em
técnicas de investigação ? (N3/ ISO/ OHSAS)
Sim/ Não
308
5.2.1.11. O sistema de investigação de acidentes, incidentes e ocorrências
ambientais requerem o seguinte: (N1/ ISO/ OHSAS) Sim/ Não
S/N1. Descrição do que ocorreu? ___
2. Avaliação de gravidade potencial e da freqüência
provável de repetição? ___
3. Identificação e análise dos atos/ condições abaixo dos
padrões, causas básicas/ fundamentais e falta de controle? ___
4. Identificação de ações corretivas? ___
5. Identificações dos custos reais? ___
6. Estimativa dos custos potenciais? ___ 5.2.1.12. O sistema de investigação de acidentes, incidentes e ocorrências
ambientais requerem que esteja incluído no formato do relatório padrão
o seguinte: (N1) Sim/ Não
S/N 1. Atos e condições abaixo dos padrões? ___
2. Causas básicas/ fundamentais? ___
3. A avaliação da gravidade potencial e da freqüência
provável de repetição? ___
4. Custo do acidentes? ___
5. Espaço suficiente para escrever em três áreas principais
(descrição/ análise de causas/ ação corretiva), motivando
o relato completo do investigador? ___
5.2.1.13. O sistema de investigação de acidentes, incidentes e ocorrências
ambientais definem a extensão da distribuição do relatório: (N4) Sim/ Não
S/N1. Internamente? ___
2. Externamente? ___
309
5.2.1.14. O sistema de investigação de acidentes, incidentes e ocorrências
ambientais definem o seguinte: (N3/ISO) Sim/ Não
S/N 1. Acidente/ impacto ambiental grave? ___
2. Acidentes / impacto ambiental potencialmente grave? ___
3. Incidentes (quase-acidente) potencialmente grave? ___ 5.2.1.15. O sistema de investigação de acidentes, incidentes e ocorrências
ambientais requerem o uso de gravidade, potencial de gravidade e
provável freqüência de repetição para determinar o grau e o nível da
investigação? (N3/ ISO/ OHSAS) Sim/ Não
5.2.1.16. Existem procedimentos escritos para guiar as ações das pessoas
durante as investigações conduzidas por agências oficiais? (N3)
Sim/ Não
5.2.1.17. Os empregados ou seus representantes estão envolvidos na condução
de investigação de acidentes, incidentes e ocorrências ambientais (N2/ ISO/ OHSAS)
Sim/ Não
5.2.1.18. O sistema de investigação de acidentes, incidentes e ocorrências
ambientais requerem uma verificação trimestral das seguintes fontes
para determinar o número de acidentes reportados: (N5) Sim/ Não
S/N 1. Locais de primeiro socorros/ médicos? ___
2. Centros de resposta a emergências? ___
3. Registros de manutenção? ___
4. Registros de pessoal? ___
5. Outros registros? ___
310
5.2.2. PARTICIPAÇÃO DO GERENCIAMENTO OPERACIONAL 5.2.2.1. A organização tem no local do acidente/ impacto ambiental a
participação de gerentes de níveis médios ou superior na investigação:
(N2/ ISO/ OHSAS) Sim/ Não
S/N 1. Todas as fatalidades? ___
2. Todas as lesões ou enfermidades graves ou de alto potencial? ___
3. Todos os acidentes com danos à propriedade graves ou
potencialmente graves com um custo igual ou superior a uma
base estabelecida? ___
4. Todos os eventos ambientais indesejáveis graves ou
potencialmente graves? ___
5. Todos os outros incidentes de perda grave ou potencialmente
grave? ___ 5.2.2.2. O gerente de operação de nível médio ou superior realiza uma reunião
de revisão não mais tarde do que o primeiro dia de trabalho depois do
seguinte: (N3) Sim/ Não
S/N1. Todas as fatalidades? ___
2. Todas as lesões ou enfermidades graves ou potencialmente
graves ? ___
3. Todos os acidentes graves ou potencialmente graves de dano
à propriedade, com um custo igual ou superior a uma base
estabelecida? ___
4. Todos os eventos indesejáveis de meio ambiente graves
ou potencialmente graves? ___
5. Todos os outros incidentes graves ou potencialmente graves? ___
311
5.2.2.3. São registradas e distribuídas as considerações e decisões provenientes
das reuniões de revisão de acidentes, incidentes e ocorrências
ambientais para os gerentes e outros (como apropriado) ? (N4)
Sim/ Não
5.2.3. ACIDENTES, INCIDENTES E OCORRÊNCIAS AMBIENTAIS GRAVES E POTENCIALMENTE GRAVES 5.2.3.1. É distribuído aos gerentes de nível superior, médio e outros umas
declarações iniciais, escritas, com informações gerais sobre qualquer
lesão/ enfermidade grave ou potencialmente grave e/ ou ocorrências
ambientais, no mais tardar até o dia seguinte de trabalho? (N4)
Sim/ Não
5.2.4. AÇÕES CORRETIVAS E DE ACOMPANHAMENTO 5.2.4.1. Existe um sistema que assegure a implantação das ações corretivas e o
acompanhamento dessas ações, como recomendado no relatório de
investigação de acidentes, incidentes (quase-acidentes) e ocorrências
ambientais ? (N2/ ISO/ OHSAS)
Sim/ Não
5.2.4.2. O sistema requer um acompanhamento feito por um funcionário
apropriado, baseado na verificação de item por item, à medida que se
completam as medidas corretivas? (N3) Sim/ Não
5.2.4.3. O sistema requer um relatório da supervisão de área, pelo menos uma
vez ao mês, sobre o estado das ações corretivas incompletas? (N4)
Sim/ Não
312
5.2.4.4. O sistema requer uma revisão da adequação das ações
corretivas implementadas? (N4) Sim/ Não
5.2.4.5. O pessoal apropriado é informado sobre o progresso das ações corretivas
para acidentes graves e potencialmente graves? (N5) Sim/ Não
Se afirmativo, com que freqüência? _____________ 5.2.4.6. Os resultados das ações de acompanhamento para acidentes graves e
potencialmente graves são comunicados a: (N3) Sim/ Não
S/N 1. Pessoal interno? ___
2. Grupos externos? ___ 5.2.5. INVESTIGAÇÃO E COMUNICAÇÃO DE INCIDENTES (QUASE- ACIDENTES) 5.2.5.1. É usado um sistema que requer a inclusão dos relatórios de incidentes
(quase-acidentes), potencialmente graves, nas reuniões regulares da
administração? (N5) Sim/ Não
5.2.5.2. Os incidentes (quase-acidentes) com alto potencial de perdas, relatados
durante as reuniões da administração, são registrados em formulário ou
minutas de reuniões? (N5) Sim/ Não
5.2.6. MANUTENÇÃO DOS RELATÓRIOS DE ACIDENTES, INCIDENTES E OCORRÊNCIAS AMBIENTAIS
5.2.6.1. São mantidos os registros dos relatórios de investigação de acidentes,
incidentes e ocorrências ambientais? (N3/ ISO/ OHSAS) Sim/ Não
313
8.8.8. Indique qual dos seguintes fatores são determinados para cada um dos
grupos da organização? (N5) Sim/ Não
Organização
Departamento
Setor de trabalho
1. Freqüência de lesão/
enfermidade?
S/ N
S/ N
S/ N
2. Gravidade das lesões/
enfermidades?
S/ N
S/ N
S/ N
3. Custos de lesões/
enfermidades?
S/ N
S/ N
S/ N
4. Freqüência de acidentes
com danos à propriedade?
S/ N
S/ N
S/ N
5. Custos de acidentes com
danos à propriedade?
S/ N
S/ N
S/ N
6. Custos de
incêndios?
S/ N
S/ N
S/ N
7. Custos de perdas no
processo?
S/ N
S/ N
S/ N
8. Custos de eventos
ambientais?
S/ N
S/ N
S/ N
9. Outros custos? S/ N S/ N S/ N
5.2.6.2. Todos os relatórios de investigação de perdas graves e potencialmente
graves podem ser facilmente obtidos? (N5) Sim/ Não
5.2.6.3. Os relatórios de investigação de acidentes, incidentes e ocorrências
ambientais são mantidos em arquivos de fácil acesso por pelo menos
dois anos, e no mínimo, conforme requerido, pelas regulamentações
aplicáveis e pelas boas práticas? (N3)
Sim/ Não
5.2.7. MEDIDAS DE CONSEQUÊNCIAS 5.2.7.1. As taxas de freqüência de lesões são computadas e comunicadas à
gerência superior? (N2) Sim/ Não
Se afirmativo, com que freqüência? _____________
5.2.7.2. As taxas de freqüência de lesões incluem enfermidades ocupacionais?
No caso negativo, as taxas de enfermidades são computadas,
separadamente, usando a mesma base e com a mesma freqüência? (N2)
Sim/ Não
5.2.7.3. As taxas de gravidade de lesões/ enfermidades são computadas e
comunicadas à gerência superior? (N2)
Sim/ Não
Se afirmativo, com que freqüência? _____________ 5.2.7.4. Essas taxas de gravidade incluem enfermidades do trabalho? No caso
negativo, os índices de enfermidade são computados e comunicados,
separadamente, usando a mesma base e com a mesma freqüência? (N2)
Sim/ Não
314
5.2.7.5. As taxas de danos à propriedade são computadas e comunicadas à
gerência superior? (N4) Sim/ Não
Se afirmativo, com que freqüência? _____________
5.2.7.6. As taxas de incêndios são computadas e comunicadas à gerência
superior ? (N3)
Sim/ Não
Se afirmativo, com que freqüência? _____________
5.2.7.7. Os índices de eventos ambientais indesejáveis são computados e
comunicados a gerência superior? (N4)
Sim/ Não
Se afirmativo, com que freqüência? _____________
5.2.7.8. Indique qual dos seguintes fatores são determinados para cada um dos
grupos da organização? (N5) Sim/ Não
Organização
Departamento
Setor de trabalho
1. Freqüência de lesão/
enfermidade?
S/ N
S/ N
S/ N
2. Gravidade das lesões/
enfermidades?
S/ N
S/ N
S/ N
3. Custos de lesões/
enfermidades?
S/ N
S/ N
S/ N
4. Freqüência de acidentes
com danos à propriedade?
S/ N
S/ N
S/ N
5. Custos de acidentes com
danos à propriedade?
S/ N
S/ N
S/ N
6. Custos de
incêndios?
S/ N
S/ N
S/ N
7. Custos de perdas no
processo?
S/ N
S/ N
S/ N
8. Custos de eventos
ambientais?
S/ N
S/ N
S/ N
9. Outros custos? S/ N S/ N S/ N
315
5.2.8. ANÁLISE DE CAUSAS E CONTROLES 5.2.8.1. Indique qual dos seguintes fatores são determinadas para cada um dos
grupos da organização para acidentes com lesão/ enfermidades: (N3)
Sim/ Não
Organização
Departamento
Setor de trabalho 1. Tipos de
acidentes?
S/ N
S/ N
S/ N
2. Equipamentos/ substâncias
envolvidas?
S/ N
S/ N
S/ N
3. Atividade no momento da
lesão?
S/ N
S/ N
S/ N
4. Partes do corpo lesadas?
S/ N
S/ N
S/ N
5. Idade das pessoas lesadas/
enfermas?
S/ N
S/ N
S/ N
6. Tempo de serviço das
pessoas lesadas/ enfermas
S/ N
S/ N
S/ N
7. Hora que os acidentes/
enfermidades ocorreram?
S/ N
S/ N
S/ N
8. Fatores
ambientais?
S/ N
S/ N
S/ N
9. Outros? S/ N S/ N S/ N
5.2.8.2. Indique qual das seguintes causas são determinadas para cada um dos
grupos da organização para acidente com lesão/ enfermidades: (N3)
Sim/ Não
Organização Departamento Setor de trabalho
1. Causas imediatas, p. ex.,
atos e condições abaixo
dos padrões?
S/ N
S/ N
S/ N
2. Causas básicas, p. ex.,
fatores pessoais e de
trabalho?
S/ N
S/ N
S/ N
3. Falta de controle, p. ex.,
programas, padrões, ou
cumprimento inadequados
dos padrões?
S/ N
S/ N
S/ N
316
5.2.8.3. Indique qual das seguintes causas são determinadas para cada um dos
seguintes: (N4)
Sim/ Não Dano
à propriedade
Incêndios
Perdas no
processo
Eventos ambientais
indesejáveis 1. Causas imediatas, p. ex.,
atos e condições abaixo
dos padrões?
S/ N
S/ N
S/ N
S/ N
2. Causas básicas, p. ex.,
fatores pessoais e de
trabalho?
S/ N
S/ N
S/ N
S/ N
3. Falta de controle, p. ex.,
programas, padrões, ou
cumprimento inadequados
dos padrões?
S/ N
S/ N
S/ N
S/ N
5.2.8.4. As conclusões das análises são efetivamente usadas pela administração
para: (N3)
Sim/ Não
S/ N 1. Identificar problemas? ___
2. Implementar ações corretivas como necessário? ___
5.2.8.5. Os supervisores recebem os registros estatísticos de acidentes,
incidentes e ocorrências ambientais de seus departamentos? (N4)
Sim/ Não
5.2.8.6. Existe um arquivo central das estatísticas e análises de acidentes atuais?
(N2)
Sim/ Não
5.2.8.7. Esse arquivo é mantido por pelo menos dois anos? (N2)
Sim/ Não
317
5.2.9. EQUIPES DE RESOLUÇÃO DE PROBLEMAS 5.2.9.1. As equipes solucionadoras dos problemas de projetos são nomeadas
para controlar os problemas críticos identificados pelas análises de
acidentes ou outras técnicas sistemáticas de identificação de problemas
nas áreas de: (N3/ ISO/ OHSAS)
Sim/ Não
S/ N 1. Lesão/ enfermidade profissional? ___
2. Dano à propriedade e ao equipamento? ___
3. Perda no processo? ___
4. Impactos ao Meio Ambiente? ___ 5.2.9.2. Um membro da administração está incluído em cada equipe de resolução
de problemas? (N4)
Sim/ Não
5.2.9.3. Os empregados estão incluídos em cada equipe de projeto para
solucionar problemas? (N4) Sim/ Não
318
5.3. REGISTROS E GESTÃO DE REGISTROS 5.3.1. A organização dispõe de procedimento ou sistemática para o controle de
seus registros ? (N2/ ISO/ OHSAS)
Sim/ Não
5.3.2. O procedimento sistematiza: a identificação, a manutenção e o descarte de
registros ? (N2/ ISO/ OHSAS)
Sim/ Não 5.3.3. Existem registros ambientais ? (N1/ ISO/ OHSAS)
Sim/ Não
5.3.4. Os registros são legíveis, identificáveis, rastreáveis, arquivados e
mantidos de forma a permitir sua pronta recuperação e protegidos contra
perdas da informação ? (N2/ ISO/ OHSAS)
Sim/ Não 5.3.5. O período de retenção dos registros é estabelecido ? (N2/ ISO/ OHSAS)
Sim/ Não
319
5.4. AUDITORIA DO SISTEMA DE GESTÃO DE MSS 5.4.1. A organização dispõe de procedimento ou sistemática para auditorias ? (N1/ ISO/ OHSAS)
Sim/ Não
5.4.2. A organização pratica inspeções ou auditorias de MSS ? (N1/ ISO/ OHSAS)
Sim/ Não
5.4.3. A organização dispõe de uma equipe de auditores internos qualificados ? (N2/ ISO/ OHSAS)
Sim/ Não
5.4.4. O programa de auditorias é abrangente ? (N2/ ISO/ OHSAS) Sim/ Não
5.4.5. As ações corretivas são implantadas e em tempo apropriado ? N3/ ISO/ OHSAS)
Sim/ Não
5.4.6. As não conformidades encerradas têm suas ações corretivas verificadas quanto a sua eficácia ? (N3/ ISO/ OHSAS)
Sim/ Não
5.4.7. Os gerentes de nível médio e superior participam das auditorias do sistema
de MSS? (N1)
Sim/ Não
5.4.8. Os empregados participam das auditorias do sistema de MSS? (N1)
Sim/ Não
5.4.9. São fornecidos instruções ou treinamento especial ao pessoal envolvido
antes de se realizar a auditoria do sistema de MSS? (N2) Sim/ Não
320
ELEMENTO - 6
ANALISE CRÍTICA PELA ADMINISTRAÇÃO
Este elemento identifica a necessidade de possíveis alterações na política
de MSS, nos objetivos e metas, ou em outros elementos do sistema. Neste
momento se revisa todo o processo de gestão e se propõem à melhoria continua
do sistema de gestão de MSS.
RESUMO DO ELEMENTO - 6
Numeração
Sub elementos
Níveis de Classificação do Programa
Total de Padrões
do SGMSS
Total de Padrões
ISO/ OHSAS
1 2 3 4 5 6.4 Revisão Gerencial 2 2 2 - - 6 6/ 6
TOTAL GERAL 2 2 2 - - 6 6/ 6
321
6.4. REVISÃO GERENCIAL 6.4.1. A alta administração por intervalo de tempo por ela predeterminada, analisa criticamente o sistema de gestão de MSS ? (N1/ ISO/ OHSAS)
Sim/ Não
6.4.2. Existem indicadores ou outros meios que permitam uma avaliação
objetiva ? (N2/ ISO/ OHSAS) Sim/ Não
6.4.3. A alta administração pratica a análise crítica periódica de seus sistemas de gestão ? (N2/ ISO/ OHSAS)
Sim/ Não
6.4.4. Existem registros da análise crítica ? (N1/ ISO/ OHSAS) Sim/ Não
6.4.5. As analise criticas abordam a eventual necessidade de alteração na política, objetiva e outros elementos do sistema de gestão de MSS á luz
dos resultados da auditoria ? (N3/ ISO/ OHSAS) Sim/ Não
6.4.6. As ações supracitadas são eficazmente divulgadas e implementadas ? (N3/ ISO/ OHSAS)
322
ELEMENTO - 7
REGRAS DE PERMISSÕES PARA TRABALHO
Este elemento verifica a existência de regras de meio ambiente e de
segurança e saúde geral e específica (quem faz as permissões para trabalho).
Avalia o que é feito para a formação do pessoal e para o conhecimento destas
regras.
RESUMO DO ELEMENTO - 7
Numeração
Sub elementos
Níveis de Classificação do
Programa
Total de Padrões
do SGMSS
Total de Padrões
ISO/ OHSAS
1 2 3 4 5 7.1 Regras Gerais de MSS 4 1 1 - - 6 3/ 3 7.2 Regras para Trabalho
Especializado - 1 1 1 - 3 2/ 2
7.3 Sistemas de Permissão para Trabalhos Especializados
- 1 - 1 1 3 1/ 1
7.4 Sistema de Permissão de Operação
- - 2 1 2 5 2/ 2
7.5 Aprendizagem e Revisão das Regras
- 1 1 3 2 7 -
7.6 Cumprimento e Reconhecimento de Regras
- 1 - 1 - 2 -
TOTAL GERAL 4 5 5 7 5 26 8/ 8
323
7.1. REGRAS GERAIS DE MSS 7.1.1. Existem regras de MSS escritas para organização? (N1/ ISO/ OHSAS)
Sim/ Não
7.1.1.1. Estas regras estão traduzidas em idiomas suficientes para que possam
ser entendidas por todos os empregados? (N1)
Sim/ Não
7.1.2. Estas regras gerais de MSS foram distribuídas e comunicadas a todos os
empregados? (N1/ ISO/ OHSAS)
Sim/ Não
7.1.3. As regras gerais de MSS se encontram exibidas em lugares que reforcem
sua mensagem e propósito? (N1)
Sim/ Não 7.1.4. Estas exibições de regras são verificadas regularmente para assegurar que
elas estejam legíveis e em boas condições? (N3)
Sim/ Não 7.1.5. Existe um sistema para a avaliação e revisão das regras gerais de MSS
quando ocorrem modificações nas instalações, processos ou
equipamentos, pelo menos, anualmente? (N2/ ISO/ OHSAS)
Sim/ Não 7.2. REGRAS PARA TRABALHO ESPECIALIZADO 7.2.1. Foram usados os métodos sistemáticos para identificar a necessidade de
regras de trabalhos especializado? (N4/ ISO/ OHSAS)
Sim/ Não o
324
7.2.2 Foram estabelecidas regras para as necessidades identificadas? (N4) Sim/ Não
Se afirmativo, que percentual ? _____________
7.2.3. Existe um sistema para a avaliação e revisão das regras especializadas,
quando ocorrem modificações nas instalações, processos ou
equipamentos, ou pelo menos, anualmente? (N3/ ISO/ OHSAS)
Sim/ Não 7.3. SISTEMAS DE PERMISSÃO DE TRABALHOS ESPECIALIZADOS 7.3.1. Foi usado um método sistemático para identificar a necessidade de
sistemas de permissões para trabalho especializado? (N2/ ISO/ OHSAS)
Sim/ Não
7.3.2. Indique se as seguintes atividades são usadas junto com as permissões de
trabalho requeridas pela área: (N4)
Sistema
formal de
emissões
Autoridade
Emissora
Especificada
Emissores
de
Permissões
Treinados
Trabalhador
es em
Risco
Treinados
Registros
de Treina-
mentos
Mantidos
Cópias
de
Permissão
Retidas
1. Entrada em
espaço confinado
Sim/ Não
Sim/ Não
Sim/ Não
Sim/ Não
Sim/ Não
Sim/ Não
2. Trabalho a
quente
Sim/ Não
Sim/ Não
Sim/ Não
Sim/ Não
Sim/ Não
Sim/ Não
3. Escavação
Sim/ Não
Sim/ Não
Sim/ Não
Sim/ Não
Sim/ Não
Sim/ Não
4. Radiação
Sim/ Não
Sim/ Não
Sim/ Não
Sim/ Não
Sim/ Não
Sim/ Não
5. Trabalho com
fontes de energia
Sim/ Não
Sim/ Não
Sim/ Não
Sim/ Não
Sim/ Não
Sim/ Não
6. Trabalho em
alturas
Sim/ Não
Sim/ Não
Sim/ Não
Sim/ Não
Sim/ Não
Sim/ Não
7. Trabalho em
águas
Sim/ Não
Sim/ Não
Sim/ Não
Sim/ Não
Sim/ Não
Sim/ Não
8. Grandes
içamentos (talhas)
Sim/ Não
Sim/ Não
Sim/ Não
Sim/ Não
Sim/ Não
Sim/ Não
9. Trabalho com
materiais perigosos
Sim/ Não
Sim/ Não
Sim/ Não
Sim/ Não
Sim/ Não
Sim/ Não
10. Outros
Sim/ Não
Sim/ Não
Sim/ Não
Sim/ Não
Sim/ Não
Sim/ Não
__ %Simx60= _
325
7.3.3. O sistema de permissão especializado é revisado, quando ocorrem
acidentes graves e/ ou potencialmente graves e, pelo menos, a cada dois
anos? (N5)
Sim/ Não
7.4. SISTEMA DE PERMISSÃO DE OPERAÇÃO
7.4.1. Foi utilizado um método sistemático para identificar os requisitos de
permissões para operar, exigidos pelas autoridades competentes?
(N3/ ISO/ OHSAS)
Sim/ Não
7.4.1.1. Existe um sistema de acompanhamento por escrito, que assegure o
cumprimento de todos os requisitos de permissão e a obtenção das
permissões? (N5) Sim/ Não
7.4.2. O sistema de permissões de operação assegura que: (N3/ ISO/ OHSAS)
Sim/ Não
S/N
1. As datas limites de revisão/ reaplicação de permissão sejam
atingidas? ___
2. Os requisitos de comunicação com as autoridades competentes
sejam definidos e atingidos? ___
3. Os requisitos de treinamentos necessários ao cumprimento das
permissões sejam identificadas? ___
4. As avaliações regulares do cumprimento com os requisitos de
permissão sejam realizados? ___
7.4.3. O sistema de permissão de operação requer a identificação dos requisitos
de operação relacionados às permissões e de quem é o responsável em
fazer com que os requisitos sejam atingidos? (N4) Sim/ Não
326
4.4.4. O sistema de permissão de operação assegura que os indivíduos
responsáveis pelo cumprimento das permissões sejam notificados? (N5)
Sim/ Não
7.5. APRENDIZAGEM E REVISÃO DAS REGRAS 7.5.1. As regras mais importantes são discutidas por completo com cada
empregado no momento da contratação? (N2)
Sim/ Não
7.5.2. Existe um registro de recibo de regras, junto com a evidência de que as
regras foram revisadas e assinadas pelos empregadas? (N4)
Sim/ Não
7.5.3. É dado a cada empregado uma revisão total das regras mais importantes,
pelo menos uma vez no ano? (N3)
Sim/ Não
7.5.4. Os empregados são examinados verbalmente ou por escrito, no seu
conhecimento das regras, após: (N5) Sim/ Não
S/N
1. A instrução inicial? ___
2. Na revisão? ___
7.5.5. São usadas perguntas escritas nos exames sobre as regras? (N5)
Sim/ Não
7.5.6. Existem meios para permitir a participação do empregado durante a
preparação das regras? (N4)
Sim/ Não
327
7.5.7. Existe um sistema que treine os empregados novamente quando eles são
transferidos para áreas onde se aplicam regras diferentes ? (N4)
Sim/ Não
7.6. CUMPRIMENTO E RECONHECIMENTO DAS REGRAS 7.6.1. É usado um sistema para: (N2)
Sim/ Não S/N
1. Tratar com aqueles que violam as regras relacionadas com
o trabalho? ___
2. Reconhecer aqueles que cumprem com as regras relacionadas
com o trabalho? ___
7.6.1.1. Este sistema foi distribuído e comunicado a todos empregados: (N5)
Sim/ Não
S/N 1. Sistema de medida disciplinar? ___
2. Sistema de reconhecimento e valorização? ___
328
ELEMENTO - 8
INSPEÇÕES PLANEJADAS E MANUTENÇÃO
Este elemento avalia o que é feito para corrigir as situações perigosas e
identificar as condições não-conformes, antes que acidentes, incidentes e
ocorrências ambientais ocorram.
RESUMO DO ELEMENTO - 8
Numeração
Sub elementos
Níveis de Classificação do
Programa
Total de Padrões
do SGMSS
Total de Padrões
ISO/ OHSAS
1 2 3 4 5 8.1 Inspeções Gerais Planejadas 4 1 1 1 2 8 3/ 3 8.2 Sistema de Acompanhamento 1 1 1 1 2 6 - 8.3 Análise do Relatório de Inspeção - - - 1 2 3 - 8.4 Manutenção Preventiva - - 1 1 1 3 1/ 1 8.5 Inspeções de Equipamentos de
Detecção e Proteção - 2 - - - 2 1/ 1
8.6 Inspeção de Pré-Uso de Equipamentos
1 1 1 - - 3 -
8.7 Sistema Alternativo de Comunicação de Condições Abaixo do Padrão
- 1 1 1 - 3 -
8.8 Inspeções Regulamentares - - - - 1 1 - TOTAL GERAL 6 6 5 5 7 29 5/ 5
329
8.1. INSPEÇÕES GERAIS PLANEJADAS (IGP) 8.1.1. A organização usou um enfoque sistemático para identificar? (N1)
Sim/ Não
S/N1. Todas as áreas/ estruturas que requeiram IGP? ___
2. Coisas específicas a buscar relacionada com cada área
ou estrutura que requeira IGP? ___
8.1.1.1 O pessoal responsável pela realização de IGP recebe treinamento formal
em técnicas de inspeções? (N4)
Sim/ Não
8.1.2. São realizadas IGP em todas as áreas/ estruturas que necessitam de
inspeções? se afirmativo quais? (N1/ ISO/ OHSAS) Sim/ Não
Áreas/ estruturas que
requerem inspeções
Responsabilidade
designada
Freqüência
estabelecida
Inspeções
realizadas
Lista de verificação de
inspeção usada
1. ________________ S/ N S/ N S/ N S/ N
2. ________________ S/ N S/ N S/ N S/ N
3. ________________ S/ N S/ N S/ N S/ N
4. ________________ S/ N S/ N S/ N S/ N
5. ________________ S/ N S/ N S/ N S/ N
6. ________________ S/ N S/ N S/ N S/ N
7. ________________ S/ N S/ N S/ N S/ N
8. ________________ S/ N S/ N S/ N S/ N
9. ________________ S/ N S/ N S/ N S/ N
10. ________________ S/ N S/ N S/ N S/ N
8.1.3. São relatadas por escrito todas as condições abaixo do padrão observadas
durante as IGP? (N1/ ISO/ OHSAS)
Sim/ Não
330
8.1.4. São relatadas por escrito todas as práticas abaixo do padrão observado
durante as IGP? (N1/ ISO/ OHSAS)
Sim/ Não
8.1.5. É dado reconhecimento positivo, verbalmente, e informado por escrito,
quando são observadas condições ou práticas que excedem os padrões
durante as IGP? (N5)
Sim/ Não
8.1.6. São classificadas, segundo seu potencial de perigo, todas as condições e
práticas abaixo do padrão observadas durante as IGP? (N5)
Sim/ Não
8.1.7. São atualizadas as listas de verificação de inspeções e a lista de áreas/
estruturas que requerem inspeções de acordo com as modificações
ocorridas em instalações, equipamentos e processos? (N5)
Sim/ Não 8.2. SISTEMA DE ACOMPANHAMENTO
8.2.1 É dada uma cópia de cada relatório de IGP á pessoa responsável
apropriada pelas ações corretivas? (N1)
Sim/ Não
8.2.2. São usadas classificações de risco para condições e práticas abaixo do
padrão na determinação da prioridade e nível de atenção da administração
das ações corretivas? (N4)
Sim/ Não
8.2.3 Cada pessoa responsável é encarregada de observar se todos os itens em
suas áreas de responsabilidade são corrigidos no prazo, de acordo com as
prioridades estabelecidas? (N5)
Sim/ Não
331
8.2.4. É apresentado pelo menos trimestralmente a administração um relatório
por escrito das IGP junto com detalhes das ações corretivas tomadas ou
razões para atrasos?(N5) Sim/ Não
8.2.5. Quando apropriado, o comitê de MSS e/ ou o representante de MSS é
informado das medidas corretivas tomadas e das razões para eventuais
atrasos? (N2)
Sim/ Não
8.2.6. Existe um arquivo central de todos os relatórios de IGP para todas as
áreas de trabalho? (N3)
Sim/ Não
8.3. ANÁLISE DO RELATÓRIO DE INSPEÇÃO 8.3.1. É feita uma análise, pelo menos semestralmente, dos relatórios de
inspeções gerais para identificar condições abaixo do padrão, repetitivas e
suas causas básicas ou fundamentais? (N4)
Sim/ Não
8.3.2. Foram tomadas medidas apropriadas para controlar as causas básicas ou
fundamentais das condições e práticas abaixo do padrão, identificadas nos
relatórios de inspeções gerais? (N5)
Sim/ Não
8.3.3. São comunicados ao pessoal apropriado em todos os níveis os resultados
das análises dos relatórios de inspeções gerais? (N5)
Sim/ Não8.4. MANUTENÇÃO PREVENTIVA 8.4.1 Encontra-se em operação um sistema de manutenção preventiva, que
inclui o seguinte: (N3/ ISO/ OHSAS)
Sim/ Não
332
2. Identificação do (s) método (s) de manutenção e dos
procedimento requerido para cada peça do equipamento/
sistema? ___
3. Designação de responsabilidades e estabelecimento de
freqüências? ___
4. Estabelecimento das exigências dos relatórios? ___
5. Sistema para manter os registros? ___
6. Sistema de planejamento de trabalho baseado em freqüências
e prioridades estabelecidas? ___
8.4.2. Encontra-se em operação um sistema para o pessoal de manutenção
identificar e registrar todos os danos acidentais no momento em que se
efetuam os reparos? (N4)
Sim/ Não
8.4.3. É feita uma investigação de acidente para identificar as causas básicas e o
custo total da perda, quando se verifica um dano acidental durante o
processo de manutenção? (N5)
Sim/ Não 8.5. INSPEÇÕES DE EQUIPAMENTO DE DETECÇÃO E PROTEÇÃO
8.5.1. Foi efetuada uma análise de todos equipamentos, máquinas e ferramentas
para identificar aqueles cuja função é essencial a MSS? (N2) Sim/ Não
8.5.2. São realizadas inspeções em equipamentos críticos para o MSS?
(N2/ ISO/ OHSAS) Sim/ Não
333
Equipamento
Responsabilidade
designada
Freqüência
estabelecida
Inspeções
realizadas
Sistema de
Acompanhamento
em Operação 1. Detetores de fogo
fumaça, calor e gases
S/ N
S/ N
S/ N
S/ N
2. Alarmes de incêndios/
vigilância/ evacuação
S/ N
S/ N
S/ N
S/ N
3. Sistemas de
comunicações de
emergências
S/ N
S/ N
S/ N
S/ N
4. Sistemas de ventilação
de calor, fumaça e gases
S/ N
S/ N
S/ N
S/ N
5. Iluminação
de emergência
S/ N
S/ N
S/ N
S/ N
6. Energia
de emergência
S/ N
S/ N
S/ N
S/ N
7. Sistemas de combate a
incêndio
S/ N
S/ N
S/ N
S/ N
8. Extintores
de incêndio
S/ N
S/ N
S/ N
S/ N
9. Respiradores
de resgate
S/ N
S/ N
S/ N
S/ N
10. Saídas de água e
chuveiro
S/ N
S/ N
S/ N
S/ N
11. Equipamentos de
primeiros socorros
S/ N
S/ N
S/ N
S/ N
12. Equipamento
de resgate
S/ N
S/ N
S/ N
S/ N
13. Materiais/ equipamentos
responsáveis por
vazamentos
S/ N
S/ N
S/ N
S/ N
14. Sistema de
alarme/ controle de
emissões/ vazamentos
S/ N
S/ N
S/ N
S/ N
15. Principais controles de
paradas de emergência
S/ N
S/ N
S/ N
S/ N
16. _______________
S/ N
S/ N
S/ N
S/ N
17. _______________
S/ N
S/ N
S/ N
S/ N
18. _______________
S/ N
S/ N
S/ N
S/ N
19. _______________
S/ N
S/ N
S/ N
S/ N
20. _______________
S/ N
S/ N
S/ N
S/ N
334
8.6. INSPEÇÃO DE PRÉ-USO DE EQUIPAMENTOS 8.6.1. Foi utilizado na organização um método sistemático para identificar:
(N1)
Sim/ NãoS/N
1. Todos os equipamentos móveis e de manuseio de materiais que
necessitam de inspeção de pré-uso? ___
2. Todos os outros equipamentos que requerem inspeções de
pré-uso? ___ 8.6.2. Existe um sistema de inspeção que inclui: (N2)
Sim/ Não
S/N1. Quem realiza as inspeções? ____
2. O que deve ser inspecionado, para cada peça de equipamento? ___
3. Quando as inspeções devem ser realizadas? ___
4. Que ações devem ser tomadas no caso de um item inspecionado
ser identificado abaixo do padrão? ___
5. Acompanhamento para assegurar que todos os itens abaixo
do padrão sejam corrigidos conforme o requerido? ___ 8.6.3. É usado um formulário de inspeção de pré-uso? (N3)
Sim/ Não
Se afirmativo, para que percentual dos equipamentos inspecionados?
_____________
335
8.7. SISTEMA ALTERNATIVO DE COMUNICAÇÃO DE CONDIÇÕES
ABAIXO DO PADRÃO 8.7.1 Existe um sistema que motive os empregados a comunicar, por escrito,
qualquer condição perigosa ou abaixo do padrão, observada no seu dia a
dia? (N2) Sim/ Não
8.7.2. O órgão de MSS recebe uma cópia do relatório de condições perigosas ou
abaixo do padrão? (N3)
Sim/ Não
8.7.3. Encontra-se em operação um sistema de acompanhamento para
administrar as condições perigosas ou abaixo do padrão comunicadas?
(N4)
Sim/ Não
8.8. INSPEÇÕES REGULAMENTARES 8.8.1. Foram identificadas, sistematicamente, pela empresa todas as inspeções
exigidas por lei e pelos requisitos da organização? (N5) Sim/ Não
336
ELEMENTO - 9
CONTROLE DA SAÚDE E HIGIENE DO TRABALHO
Este elemento avalia os esforços para proteger os empregados de lesão e
enfermidades que podem resultar de situações perigosas dentro das áreas de
trabalho. Verifica como são feitos os acompanhamentos médicos dos
empregados e o treinamento em caso de emergência.
RESUMO DO ELEMENTO - 9
Numeração
Sub elementos
Níveis de Classificação do Programa
Total de Padrões
do SGMSS
Total de Padrões
ISO/ OHSAS
1 2 3 4 5 9.1 Administração do Programa 1 1 1 - - 3 -/ 1 9.2 Identificação e Avaliação de
Riscos à Saúde - 2 - - - 2 -
9.3 Controle de Riscos à Saúde 3 4 1 1 - 9 - 9.4 Controle de Saúde e Higiene
do trabalho 1 - 3 - - 4 -/ 1
9.5 Informação e Treinamento 2 1 - 1 - 4 -/ 1 9.6 Sistema de Cuidado à Saúde - 1 - - - 1 - 9.7 Assistência Profissional 1 1 1 - - 3 - 9.8 Comunicações 1 1 3 - 1 6 - 9.9 Registros 1 1 - - - 2 -
TOTAL GERAL 10 12 9 2 1 34 -/ 3
337
9.1. ADMINISTRAÇÃO DO PROGRAMA 9.1.1. A administração demostra o seu compromisso na avaliação e controle
sistemáticos dos riscos de saúde e higiene do trabalho na área de
trabalho? (N2)
Sim/ Não
9.1.2. Foram nomeadas, por escrito, uma pessoa (s) qualificada (s) como
coordenador (es) para facilitar e manter os sistemas de controle de saúde e
higiene do trabalho? (N1)
Sim/ Não
9.1.3. Os indivíduos responsáveis pelas atividades do sistema de controle de
saúde e higiene receberam treinamento apropriado? (N3/ OHSAS)
Sim/ Não
9.2. IDENTIFICAÇÃO E AVALIAÇÃO DE RISCOS À SAÚDE 9.2.1 É usado um enfoque sistemático que inclua as seguintes técnicas para
identificar e avaliar os riscos de saúde e higiene do trabalho? (N2)
Sim/ Não
S/N 1. Revisão das atividades de trabalho de todas as ocupações? ___
2. Revisão das análises e procedimentos de tarefas? ___
3. Revisão das análises de riscos/ avaliação de riscos? ___
4. Revisão das análises de relatórios de inspeção? ___
5. Revisão das análises de acidentes/ incidentes? ___
6. Revisão dos relatórios de inspeções? ___
7. Revisão dos resultados da administração de mudanças? ___
8. Revisão dos procedimento operacionais? ___
9. Revisão dos regulamentos, códigos e padrões aplicáveis? ___
10. Vistorias de empregados e gerentes? ___
338
9.2.2. Foram conduzidas inspeções para identificar e avaliar os seguintes riscos
de saúde e higiene do trabalho? (N2) Sim/ Não
S/N1. Riscos químicos? ___
2. Riscos de ruídos? ___
3. Riscos de radiação? ___
4. Riscos de iluminação? ___
5. Riscos de vibração? ___
6. Temperaturas extremas? ___
7. Riscos biológicos? ___
8. Riscos ergonômicos? ___
9. Riscos relacionados ao estresse? ___
10. Outros riscos? ___ 9.3. CONTROLE DE RISCOS À SAÚDE 9.3.1. É usado um sistema para controlar os perigos identificados de saúde e
higiene do trabalho que incluam: (N2) Sim/ Não
S/N1. A padronização dos riscos? ___
2. Identificação de grupos afetados? ___
3. Participação de empregados? ___
4. Determinação de controles requeridos? ___
5. Plano de ação? ___
6. Sistema de acompanhamento? ___
9.3.2. Que tipo de controle melhor representa o que se aplicou, para cada perigo
de saúde no trabalho identificado? (N2) Sim/ Não
339
13. Engenharia e Gestão das Modificações? ___
de
designadas
Engenharia
ou
eliminação
total
Combinação
de
engenharia
administração
EPI
Predomínio
de
EPI
Controle
mínimo
1. Químicos S/ N S/ N S/ N S/ N
2. Ruídos S/ N S/ N S/ N S/ N
3. Radiação S/ N S/ N S/ N S/ N
4. Iluminação S/ N S/ N S/ N S/ N
5. Vibração S/ N S/ N S/ N S/ N
6. Temperatura S/ N S/ N S/ N S/ N
7. Biológicos S/ N S/ N S/ N S/ N
8. Ergonômicos S/ N S/ N S/ N S/ N
9. Stress S/ N S/ N S/ N S/ N
10. Outro S/ N S/ N S/ N S/ N
9.3.3. São aplicados controles incluindo procedimentos de trabalho seguro para
cada material e substância química com propriedades perigosas
conhecidas ou suspeitas, com respeito a: (N2) Sim/ Não
S/N
1. Aquisição? ___
2. Manuseio? ___
3. Armazenamento? ___
4. Transporte? ___
5. Disposição? ___ 9.3.4. É usado um sistema para assegurar que uma lista atualizada de todas as
substâncias químicas é mantida, a qual identifica seus nomes químicos e
exposições a riscos relacionados? (N1)
Sim/ Não
340
9.3.5. São mantidos registros da composição química de todas as substâncias
designadas perigosas usadas, fabricadas, armazenadas, ou transportadas
nas operações da organização? (N3) Sim/ Não
9.3.5.1 Estes registros indicam as quantidades de substâncias perigosas? (N4)
Sim/ Não
S/N1. Fabricadas? ___
2. Armazenadas? ___
3. Utilizadas? ___
4. Transportadas? ___
5. Depositadas? ___
6. Deixadas no meio ambiente? ___ 9.3.6. É usado um sistema para assegurar que todos os materiais perigosos,
usados, fabricados, armazenado ou transportados estejam rotulados
apropriadamente? (N1) Sim/ Não
9.3.6.1. Os rótulos: (N1) Sim/ Não
S/N1. Identificam o material perigoso? ___
2. Incluem símbolos de risco e legendas de risco apropriados? ___
3. Incluem precauções a serem tomadas durante o manuseio? ___
4. Incluem procedimentos para o tratamento de emergências? ___
5. Incluem referências à ficha de segurança? ___
341
9.3.6.2. São adequadamente rotulados contêineres aprovados e usados para a
distribuição de materiais perigosos? (N2) Sim/ Não
9.4. CONTROLE DE SAÚDE E HIGIENE DO TRABALHO 9.4.1. Para quais dos seguintes perigos potenciais à saúde identificados, foi
estabelecido um sistema regular de controle de área para medir e
assegurar se os perigos estão sendo controlados a um nível seguro:
(N3/ OHSAS) Sim/ Não
S/N1. Riscos químicos? ___
2. Riscos de ruídos? ___
3. Riscos de radiação? ___
4. Riscos de iluminação? ___
5. Riscos de vibração? ___
6. Temperaturas extremas? ___
7. Riscos biológicos? ___
8. Riscos ergonômicos? ___
9. Riscos relacionados ao estresse? ___
10. Outros riscos? ___ 9.4.2. Para empregados expostos a riscos específicos, foi estabelecido um
sistema regular de controle individual para medir as exposições e verificar
que perigos estão sendo controlados a um nível seguro? (N3) Sim/ Não
9.4.3. São realizados exames/ testes médicos regulares em empregados
expostos a riscos à saúde identificados, para verificar se os controles
preventivos estão fornecendo proteção adequada sem efeitos adversos?
(N1)
Sim/ Não
342
9.4.4. São mantidos registros atualizados de todos os dados gerados, pelo
controle dos riscos à saúde identificados, como requerido pelo regulamento
e praticas aceitável da industria e/ ou do país? (N3) Sim/ Não
9.5. INFORMAÇÃO E TREINAMENTO 9.5.1. Existem programas de informação ou treinamento para conscientizar a
administração e os empregados dos perigos potenciais à saúde e a
higiene no trabalho relacionada com o seu trabalho? (N1) Sim/ Não
9.5.2. É fornecido a cada empregado, que possa estar exposto a perigos
potenciais de saúde, instrução adequada de tarefa, com ênfase em saúde
e higiene do trabalho? (N1) Sim/ Não
9.5.3. Está prontamente disponível a todos os empregados a informação
necessária relacionada com materiais e substâncias químicas necessária
relacionadas com materiais e substâncias químicas perigosas?
(N2/ OHSAS) Sim/ Não
9.5.4. Os empregados expostos a perigos potenciais à saúde recebem
treinamento de revisão ou atualização toda vez que são feitas
modificações no ambiente de trabalho, ou pelo menos uma vez ao ano?
(N4) Sim/ Não
9.6. SISTEMA DE CUIDADOS DA SAÚDE 9.6.1. Existe na empresa um sistema de cuidados da saúde que inclua exames
ou teste periódicos, que enfoquem princípios de bem estar geral? (N2)
Sim/ Não
343
9.7. ASSISTÊNCIA PROFISSIONAL 9.7.1. Existe disponível na organização, um profissional qualificado no campo de
cuidados da saúde? (N1) Sim/ Não
Se afirmativo, que percentual do tempo? _____________ 9.7.2. São mantidos, adequadamente, os relatórios de primeiros socorros? (N3)
Sim/ Não
9.7.3. Existe um sistema para examinar cada relatório de primeiros socorros, para
determinar a necessidade de uma investigação? (N2) Sim/ Não
9.8. COMUNICAÇÕES 9.8.1. Existe um sistema para que os empregados possam informar,
confidencialmente, os problemas suspeitos de falta de saúde no trabalho?
(N3) Sim/ Não
9.8.2. Os trabalhadores são informados, confidencialmente, quando os exames
médicos ou as atividades de controle de perigo à saúde descobrem
problemas potenciais de saúde? (N3) Sim/ Não
9.8.3. Os assuntos de restrição ao trabalho devido a problemas de saúde são
comunicados à administração correspondente? (N3) Sim/ Não
9.8.4. É publicada diretriz obrigando os empregados a reportarem,
imediatamente, todas as lesões/ enfermidades? (N1)
Sim/ Não
344
9.8.4.1. Esta diretriz é traduzida em suficientes idiomas de modo que todos
os empregados possam entendê-la? (N2) Sim/ Não
9.8.5. São realizadas reuniões de saúde ocupacionais entre o pessoal de
segurança e saúde no trabalho para determinar a efetividade das ações de
prevenção? (N5) Sim/ Não
Se afirmativo, com que freqüência? _____________ 9.9. REGISTROS
9.9.1. Os registros de saúde dos empregados são mantidos e guardados em um
arquivo confidencial permanente e/ ou como requerido pelos
regulamentos? (N2) Sim/ Não
9.9.2. É usado um sistema para assegurar o controle de acesso apropriado dos
registros de saúde? (N1) Sim/ Não
345
ELEMENTO - 10
EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO INDIVDUAL
Este elemento avalia o processo de escolha, distribuição e controle dos
EPI’s.
RESUMO DO ELEMENTO - 10
Numeração
Sub elementos
Níveis de Classificação do
Programa
Total de Padrões
do SGMSS
Total de Padrões
ISO/OHSAS
1 2 3 4 5 10.1 Identificação das Necessidades
de Equipamento de Proteção Individual
3 3 2 1 1 10 -/ 2
10.2 Registros de Equipamento de Proteção Individual
- - 2 1 - 3 -
10.3 Cumprimento dos Padrões - 1 - - 1 2 -/ 1 TOTAL GERAL 3 4 4 2 2 15 -/ 3
346
10.1. IDENTIFICAÇÃO DAS NECESSIDADES DE EQUIPAMENTO DE
PROTEÇÃO INDIVIDUAL 10.1.1. Foram identificadas todas as necessidades de equipamento de proteção
individual para a organização por meio de avaliações sistemáticas? (N1)
Sim/ Não 10.1.2. Foram definidos, por escrito, padrões, regras e/ ou procedimentos de
equipamentos de proteção individual para as tarefas apropriadas, para o
seguinte: (N1)
Sim/ Não
S/ N1. Empregados? ___
2. Contratados, fornecedores, visitantes, etc.? ___
10.1.3. Existe algo preparado para a participação do empregado na identificação
das necessidades e na seleção dos equipamentos de proteção individual?
(N2)
Sim/ Não
10.1.4. Os equipamentos de proteção individual apropriados encontram-se à
disposição dos empregados? (N2)
Sim/ Não
10.1.4.1 Os componentes dos equipamentos de proteção individual são
regularmente guardados e mantidos em boas condições? (N3)
Sim/ Não
9.1.4.2 Existem instalações apropriadas para armazenamento e/ ou limpeza dos
equipamentos de proteção individual? (N3) Sim/ Não
347
10.1.5. Existe algum sistema usado para assegurar que os empregados, que
necessitem de equipamento de proteção individual sob medida, tenham
uma atenção especial? (N1/ OHSAS)
Sim/ Não 10.1.6. O sistema de equipamentos de proteção individual inclui o seguinte:
(N2/ OHSAS)
Sim/ Não
S/ N1. Instruções sobre a necessidade e o uso dos equipamentos
de proteção individual? ___
2. Instrução sobre a limpeza e a manutenção dos equipamentos de proteção individual? ___
3. A manutenção dos registros das instruções? ___
10.1.7. Pede-se a avaliação e adequação dos equipamentos de proteção
individual,como parte do seguinte: (N5)
Sim/ Não
S/ N 1. Inspeção gerais planejadas? ___
2. Responsabilidades dos supervisores/ líderes de grupo? ___ 10.1.8. É exigida dos empregados a devolução dos equipamentos de proteção
individuais usados ou danificados para recebimento de um novo? (N4)
Sim/ Não
10.2. REGISTROS DE EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL 10.2.1. A entrega de equipamento de proteção individual não descartável, aos
empregados, é registrada? (N3) Sim/ Não
348
10.2.2. É realizada uma análise de utilização de equipamentos de proteção
individual? (N4)
Sim/ Não 10.2.3. Existe um sistema para registrar a limpeza adequada, a substituição de
partes, o controle de uso repetitivo, etc., de equipamentos de proteção
individual, tal como respiradores? (N3)
Sim/ Não
10.3. CUMPRIMENTO DOS PADRÕES 10.3.1. Os funcionários cumprem com os padrões estabelecidos de utilização de
equipamentos de proteção individual? (N2/ OHSAS)
Sim/ Não Se afirmativo, qual o percentual de cumprimento? _____________ 10.3.2. É dado conhecimento aos funcionários quando o equipamento de
proteção individual previne e/ ou minimiza lesões? (N5)
Sim/ Não
349
ELEMENTO - 11
CONTRATAÇÃO E COLOCAÇÃO
Este elemento avalia o que é feito para a recepção dos novos funcionários,
bem como os meios para encontrar a melhor correspondência entre as
exigências.
RESUMO DO ELEMENTO - 11
Numeração
Sub elementos
Níveis de Classificação do
Programa
Total de Padrões
do SGMSS
Total de Padrões
ISO/ OHSAS
1 2 3 4 5 11.1 Requisitos de Capacitação Física - - 1 1 3 5 -/ 1 11.2 Exames Médicos 2 2 2 1 1 8 -/ 2 11.3 Orientação/ Iniciação Geral 2 - - - - 2 -/ 1 11.4 Verificação de Qualificações na
Pré-Admissão/ Pré-Colocação - - 2 - - 2 -/ -
TOTAL GERAL 4 2 5 2 4 17 -/ 4
350
11.1 REQUÍSITOS DE CAPACITAÇÃO FÍSICA 11.1.1. Foram realizadas análises de capacitação física para determinar
os requisitos físicos e de saúde? (N5)
Sim/ Não Se afirmativo, qual a porcentagem? _____________ 11.1.2. São fornecidas ao médico, que realiza o exame físico,
informações sobre a análise de capacidade física? (N5)
Sim/ Não
11.1.3. Foram realizadas análises de capacidade para identificar a
existência daquelas que podem ter fatores adicionais de meio
ambiente e de segurança e saúde relacionado com o ambiente de
trabalho ? (N3/ ISO/ OHSAS) Sim/ Não
11.1.4. São fornecidas ao médico, que realiza o exame físico,
informações sobre os riscos adicionais de meio ambiente e de segurança
e saúde no trabalho ? (N4) Sim/ Não
11.1.5. As informações obtidas das análises de capacidade física são usadas
nos procedimentos de colocação, durante a etapa de pré-
colocação/ pré-admissão? (N5)
Sim/ Não
351
11.2. EXAMES MÉDICOS 11.2.1. Todas as ocupações foram examinadas por um profissional médico
para determinar aquelas que requerem exames médicos
gerais de pré-admissão ou pré-colocação? (N2/ OHSAS)
Sim/ Não 11.2.1.1. Os funcionários, que necessitam exames médicos gerais pré-admissão
ou pré-colocação, recebem os exames médicos? (N1) Sim/ Não
Se afirmativo, qual a porcentagem? _____________ 11.2.2. O exame médico de pré-admissão/ pré-colocação inclui testes
para detectar condições pré-existentes, que possam, mais tarde,
resultar em doença, ferimentos ou outras perdas? (N3/ OHSAS)
Sim/ Não
11.2.3. Os exames de vista de pré-admissão/ pré-colocação são realizados por
pessoas qualificadas? (N3)
Sim/ Não 11.2.3.1. Baseado nos resultados de exames de vista, são tomadas medidas
adequadas para assegurar a boa execução e o desempenho apropriado
no trabalho? (N4) Sim/ Não
11.2.4. São realizados exames médicos específicos de pré-admissão de
acordo com o estipulado pela lei (p. ex., testes audiométricos, etc.),
onde tenham sido identificados certos perigos à saúde, no local de
trabalho? (N1) Sim/ Não
11.2.5. Existe um sistema para manter os registros destes exames? (N2)
Sim/ Não
352
11.2.6. Os exames médicos de pré-admissão/ pré-colocação
incluem considerações de fatores “adicionais” de SSO onde apropriado?
(N5) Sim/ Não
11.3. ORIENTAÇÃO/ INICIAÇÃO GERAL 11.3.1. Existe uma orientação geral, quando da admissão do
novo funcionário? (N1)
Sim/ Não Se afirmativo, em que período de tempo é realizado esta orientação? _____________
11.3.2. Estão incluídas na orientação/ iniciações gerais, oferecidas aos
novos, os assuntos apropriados de SSO com vistas à prevenção
de acidentes, incidentes e ocorrências ambientais ? (N1/ OHSAS) Sim/ Não
Se afirmativo, indique a quantidade total de tempo dedicada à seção de
orientação/ iniciação? _____________
11.4. VERIFICAÇÃO DE QUALIFICAÇÕES NA PRÉ-ADMISSÃO/ PRÉ-COLOCAÇÃO
11.4.1. São feitos contatos com empregados antigos e outras referências, para
determinar o desempenho no trabalho anterior, para empregados onde o
desempenho de habilidades é requerido? (N3)
Sim/ Não 11.4.2. São feitas verificações, com agências e autoridades, apropriadas,
para determinar a validade e o estado das qualificações, licenças e
certificados, etc., apresentados pelo candidato a empregados?
(N3) Sim/ Não
353
ELEMENTO - 12
ADMINISTRAÇÃO DE MATERIAIS E SERVIÇOS
Este elemento avalia a dimensão do meio ambiente e da segurança e
saúde no trabalho nos atos de compra e verificação do que é feito para garantir
que os equipamentos, produtos, serviços (empresa externas), ao entrarem na
organização, não venham a provocar perdas por não atenderem as
especificações.
RESUMO DO ELEMENTO - 12
Numeração
Sub elementos
Níveis de Classificação do
Programa
Total de Padrões
do SGMSS
Total de Padrões
ISO/ OHSAS
1 2 3 4 5 12.1 Compras de Mercadorias 1 1 4 4 1 11 3/ 3 12.2 Seleção de Contratados - - - 1 1 2 - 12.3 Administração de Contratados /
Terceiros - - 2 3 1 6 -/ 1
TOTAL GERAL 1 1 6 8 3 19 3/ 4
354
12.1. COMPRAS DE MERCADORIAS 12.1.1. A administração demostra, adequadamente, o seu compromisso em
assegurar que as considerações dos requisitos de MSS estão integradas,
consistentemente, nos sistemas de compras/ aquisições?
(N3/ ISO/ OHSAS)
Sim/ Não 12.1.1.1. Os indivíduos responsáveis pelas atividades dentro dos sistemas
de administrações de materiais receberam treinamento apropriado? (N4)
Sim/ Não 12.1.2. Foram realizadas inspeções para determinar quais dos seguintes itens
têm especificação escrita de compras/ aquisições que satisfaçam os
requisitos de controle de MSS? (N3/ ISO/ OHSAS) Sim/ Não
12.1.3. É requerido aos fornecedores apresentar informação de SSO para
maquinaria e equipamentos?(N4) Sim/ Não
12.1.3.1. Os exames de MSS de todos os equipamentos/ maquinaria, materiais
e produtos novos são realizados por pessoas qualificadas?(N4)
Sim/ Não
12.1.4. É usado um sistema que exija dos fornecedores informar sobre a
composição química e as propriedades perigosas de substâncias, na
forma das Fichas de Dados de Segurança de Materiais (Material Safety
Data Sheets) ou outros formulários aprovados? (N1/ ISO/ OHSAS)
Sim/ Não
355
12.1.4.1. É usado um sistema para assegurar que as propriedades de produtos
químicos e outros materiais perigosos sejam examinados e
aprovados antes de serem utilizados na empresa? (N2) Sim/ Não
12.1.4.2. Como parte deste exame, existe um sistema para assegurar que
práticas de manuseio ou procedimentos apropriados são
desenvolvidos e comunicados, antes da utilização de substâncias
químicas e outras substâncias perigosas? (N3)
Sim/ Não
12.1.4.3. São mantidos registros das quantidades compradas de
produtos químicos e materiais? (N5) Sim/ Não
12.1.5. É usado um sistema que requeira que itens recebidos devem ser
inspecionados: (N3) Sim/ Não
S/ N
1. Para verificar a obediência às especificações? ___
2. Para verificar a obediência aos requisitos legais dos rótulos? ___
3. Para detectar evidências de vazamentos, odores, defeitos, etc.? ___
12.1.5.1. Existe um sistema de acompanhamento para tratar os casos
de condições abaixo dos padrões, identificados durante a inspeção
dos itens recebidos? (N4)
Sim/ Não
356
12.2. SELEÇÃO DE CONTRATADOS 12.2.1. Os requisitos mínimos do sistema de perdas são: (N4)
Sim/ Não
S/N 1. Incluídos nos documentos de licitação? ___
2. Cobertos nas discussões de pré-contrato com os potenciais
contratados? ___
3. Estipulados nos contratos? ___ 12.2.2. Os contratos exigem que os contratados reconheçam, se engajem e
cumpram os requisitos de MSS da organização, incluindo? (N5)
Sim/ Não
S/N 1. Procedimento aplicável de operação e manutenção? ___
2. Planos de resposta a emergências? ___
3. Regras de trabalho gerais e especializadas? ___
4. Sistema de permissão de trabalho no local? ___
12.3. ADMINISTRAÇÃO DE CONTRATADOS/ TERCEIROS 12.3.1. Foram nomeados indivíduos habilitados como coordenadores de
contratos, para acompanhar o desempenho dos contratados quando se
encontrarem na organização? (N4)
Sim/ Não
12.3.2. São realizadas reuniões anteriores ao trabalho com os contratados, para
revisar os requisitos de MSS da organização e a compatibilidade do
sistema do contratado? (N3)
Sim/ Não
357
12.3.3. Estão sendo dadas informações adequadas aos empregados contratados
antes de começar o trabalho, para notificá-los sobre: (N3/ ISO/ OHSAS)
Sim/ Não
S/N1. Aspectos e impactos ambientais e perigos e riscos
conhecidos relacionados ao trabalho dos contratados? ___
2. Planos de emergências e contingência aplicáveis? ___
12.3.4. Existe um sistema de acesso formal para assegurar que todo o pessoal
contratado, presente na organização, tenha participado de integração de
MSS ? (N4) Sim/ Não
12.3.5. A empresa contratante envia as informações abaixo, para que o
contratado avalie seu programa de controle de perdas? (N5)
Sim/ Não
S/ N1. Relatórios de investigações de acidentes, incidentes
e ocorrências ambientais? ___
2. Relatórios de inspeções gerais planejadas? ___
3. Minutas das reuniões do comitê conjunto de MSS ? ___
4. Registro de atividades de MSS? ___
5. Outros (descreva)? __________________ ___
12.3.6. Uma vez realizado o contrato, faz-se uma inspeção na área de trabalho do
contratado para assegurar a limpeza do lugar e o controle dos riscos
residuais apropriados? (N4)
Sim/ Não
358
ELEMENTO - 13
ENGENHARIA E GESTÃO DAS MODIFICAÇÕES Este elemento avalia como o meio ambiente e a segurança e a saúde no
trabalho são inter-relacionadas nas etapas de concepção de um novo
empreendimento, unidade ou processo e de adequação dos existentes.
RESUMO DO ELEMENTO - 13
Numeração
Sub elementos
Níveis de Classificação do
Programa
Total de Padrões
do SGMSS
Total de Padrões
ISO/ OHSAS
1 2 3 4 5 13.1 Administração do Programa - - 2 - - 2 1/ 1 13.2 Identificação de Aspectos e
Impactos e de Perigos e Riscos - - 3 - - 3 -/ -
13.3 Exame de Projetos e Gestão das Modificações
- - 3 2 - 5 -/ -
13.4 Controles de processo de operação e Trabalho
- - - 2 - 2 -/ -
TOTAL GERAL - - 8 4 - 12 1/ 1
359
13.1. ADMINISTRAÇÃO DO PROGRAMA 13.1.1. A administração demonstra o seu compromisso às revisões de MSS do
local de trabalho existente, assim como às etapas de concepção e projeto
de todos os novos planos de desenvolvimento, construção e modificação? (N3)
Sim/ Não
13.1.2. São revisados, periodicamente, os regulamentos de engenharia, códigos e
padrões da indústria relevantes para assegurar o cumprimento e, onde
possível, que estas revisões levem em conta as legislações potenciais
futuras (N3) Sim/ Não
13.2. IDENTIFICAÇÃO DE ASPECTOS E IMPACTOS E DE PERIGOS E
RISCOS 13.2.1. São usados métodos sistemáticos para identificar os aspectos e impactos
ambientais e os perigos e riscos de MSS, com a finalidade de adotar
medidas de controles adequadas ? (N3/ ISO/ OHSAS) Sim/ Não
Aspectos/ Impactos
Ambientais
Perigo/ Riscos do Trabalho
Controles Apropriados identificados
1. Sistemas elétricos S/ N S/ N S/ N
2. Sistemas mecânicos S/ N S/ N S/ N
3. Sistemas hidráulicos S/ N S/ N S/ N
4. Ferramentas manuais e à
energia
S/ N S/ N S/ N
5. Caminhos e superfícies de
trabalho
S/ N S/ N S/ N
6. Entradas e saídas S/ N S/ N S/ N
7. Alturas e buracos S/ N S/ N S/ N
8. Objetos caindo S/ N S/ N S/ N
9. Incêndio e explosão S/ N S/ N S/ N
10. Empilhar e armazenar S/ N S/ N S/ N
11. Limpeza e ordem S/ N S/ N S/ N
12. Lixo, sucata e refugo S/ N S/ N S/ N
13. _______________ S/ N S/ N S/ N
14. _______________ S/ N S/ N S/ N
15. _______________ S/ N S/ N S/ N
16. _______________ S/ N S/ N S/ N
360
13.2.2. É usado um sistema de acompanhamento para:(N3)
Sim/ Não
S/N
1. Desenvolver um plano de ação para a implementação de
controles? ___
2. Assegurar a implementação apropriada de controles? ___
3. Conduzir revisões regulares de perigos existentes para
identificar os riscos significativos, com o propósito de redução
contínua de riscos? ___
13.2.3. Para conduzir estas avaliações, as organizações selecionam métodos apropriados baseados em um critério estabelecido? (N3)
Sim/ Não 13.3. EXAME DE PROJETOS E GESTÃO DAS MODIFICAÇÕES 13.3.1. As revisões de engenharia/ gestão das modificações envolvem
considerações permanentes de controle de perdas em novos projetos,
modificações dos existentes e mudanças operacionais, incluindo o
impacto que estas mudanças terão no meio ambiente na segurança e
saúde das pessoas ? (N3) Sim/ Não
13.3.2. São feitas revisões formais de todas as instalações, novas ou modificadas, antes de iniciar a identificação de qualquer risco residual,
que não seja controlado de modo aceitável? (N4) Sim/ Não
13.3.3. É usado um sistema de acompanhamento para assegurar que todos
os riscos identificados sejam controlados de modo aceitável, antes de
iniciar as operações? (N4)
Sim/ Não
361
13.3.4. É usado um sistema para assegurar que regulamentos, códigos e padrões
de projetos apropriados sejam usados no projeto, na modificação e na
manutenção de qualquer instalação, incluindo qualquer sistema de
“pacote de venda”, que controle ou armazene substâncias perigosas? (N3)
Sim/ Não
13.3.4.1. O sistema exige a identificação de todas as substâncias e condições
perigosas designadas, que requeiram a aplicação de regulamentos
específicos, códigos ou padrões de engenharia para
controlar os riscos? (N3) Sim/ Não
13.4. CONTROLES DE PROCESSOS DE OPERAÇÃO E TRABALHO 13.4.1. São usados exames sistemáticos para identificar perigos e avaliar riscos
associados com: (N4) Sim/ Não
S/N
1. Procedimentos de operação e processo de trabalho existente? ___
2. Novos procedimentos de operação e processos de trabalho? ___
3. Modificações relativas aos procedimentos de operação e
processo de trabalho existente? ___ 13.4.2. O sistema de revisão de procedimentos de operação e processo de trabalho inclui a identificação e a avaliação dos seguintes perigos: (N4)
Sim/ Não
S/ N 1. Perigos existentes no ambiente de trabalho? ___
2. Perigos introduzidos no ambiente de trabalho pelo processo
ou trabalho a ser adotado? ___
3. Perigos resultantes das interações planejadas e potenciais entre
as pessoas, equipamentos, materiais e ambiente, nos quais o
processo é operado e o trabalhado é realizado? ___
362
ELEMENTO - 14
REUNIÕES DE MEIO AMBIENTE E DE SEGURANÇA E SAÚDE NO TRABALHO
Este elemento avalia se as reuniões de MSS esta sendo realizadas como
um meio para aumentar, ou colocar em dia, o conhecimento dos empregados
sobre como trabalhar preservando o meio ambiente e a segurança e saúde no
trabalho. A intenção deste programa é que os supervisores executem palestras
formais sobre MSS com todos os seus empregados e com freqüência aceitável.
RESUMO DO ELEMENTO - 14
Numeração
Sub elementos
Níveis de Classificação do
Programa
Total de Padrões
do SGMSS
Total de Padrões
ISO/ OHSAS
1 2 3 4 5 14.1 Reuniões de MSS 3 2 1 1 1 8 -/ - 14.2 Manutenção de Registros 1 1 1 - - 3 -/ -
TOTAL GERAL 4 3 2 1 1 11 -/ -
363
14.1. REUNIÕES DE GRUPOS DE MSS 14.1.1. A responsabilidade de realizar reuniões de grupos de MSS foi atribuída
a indivíduos habilitados? (N1) Sim/ Não
14.1.2. São realizadas reuniões de grupos de MSS com os empregados para
discutir temas atuais relacionados com questões de MSS? (N1)
Sim/ Não
14.1.3. Os indivíduos foram treinados em técnicas de comunicação em grupos?
(N4) Sim/ Não
14.1.4. A freqüência e a duração média das reuniões de grupos MSS são
adequadas? (N1) Sim/ Não
14.1.5. Existe um fornecimento adequado de materiais temas e pontos-chaves
convenientes para serem usados pelos indivíduos responsáveis por
conduzir reuniões de MSS? (N3) Sim/ Não
14.1.6. É usado um sistema que assegure que os itens levantados nas reuniões
de grupos de MSS sejam seguidos? (N2) Sim/ Não
14.1.7. Os funcionários contribuem com sugestão de temas para as reuniões de
grupos de MSS? (N5)
Sim/ Não
364
14.1.8. O conteúdo e a estrutura das reuniões de grupos de MSS são
adequados? (N2) Sim/ Não
14.2. MANUTEÇÃO DE REGISTROS 14.2.1. São mantidos registros que indicam quando as reuniões de grupos de
MSS foram realizadas, os temas específicos discutidos, quem estava
presente e quem as conduziu? (N2)
Sim/ Não 14.2.2. Os registros das reuniões de grupos de MSS indicam que as questões
levantadas pelos empregados foram consideradas apropriadamente, e
que as ações de acompanhamento foram comunicadas aos empregados?
(N3)
Sim/ Não
14.2.3. Os registros das reuniões de grupos de MSS indicam que foram distribuídos materiais para reforçar a mensagem fornecida? (N1)
Sim/ Não
365
ELEMENTO - 15
COMUNICAÇÕES PESSOAIS O elemento de comunicações pessoais estabelece o intercâmbio de
informação entre as pessoas. Isto pode ser entre a gerência de primeira linha e
um empregado, ou entre os empregados, um dos quais tem um conhecimento
maior sobre um tema em particular. As comunicações pessoais são o meio pelo
qual o pessoal desenvolve níveis maiores de conhecimento e habilidades e
compartilha o conhecimento com os outros.
RESUMO DO ELEMENTO - 15
Numeração
Sub elementos
Níveis de Classificação do
Programa
Total de Padrões
do SGMSS
Total de Padrões
ISO/ OHSAS
1 2 3 4 5 15.1 Treinamentos em Técnicas de
Comunicação Pessoal - 1 - - - 1 -/ -
15.2 Integração ao Posto de Trabalho 2 4 1 1 1 9 -/ - 15.3 Formação no Posto de Trabalho - 1 - 1 - 2 -/ -
TOTAL GERAL 2 6 1 2 1 12 -/ -
366
15.1. TREINAMENTOS EM TÉCNICAS DE COMUNICAÇÃO PESSOAL 15.1.1. Que porcentagem de indivíduos responsáveis por supervisionar, lidar ou
treinar empregados (incluindo empregados contratados sob administração
direta do pessoal da área) completaram os programas de treinamento
para desenvolver o seguinte: (N2) Sim/ Não
S/N
1. Capacidade para dar instruções adequadas de tarefas? ___
2. Capacidade para dar treinamento de desenvolvimento
de habilidades? ___
3. Capacidade para dar conselhos sobre pontos-chaves
assim como contatos pessoais planejados? ___
4. Capacidade para usar habilidades efetivas de apresentação? ___
5. Capacidade para dar orientações de trabalho? ___ 15.2. INTEGRAÇÃO AO POSTO DE TRABALHO 15.2.1. A pessoa que conduz a integração ao posto de trabalho para empregados
novos e transferidos são designados por nome ou posição? (N1)
Sim/ Não 15.2.2. É realizada uma integração no posto de trabalho para cada empregado
novo ou transferido? (N1) Sim/ Não
Se afirmativo, qual é a duração da integração? _____________
15.2.3. A organização identificou os tópicos a serem considerados, na integração
ao posto de trabalho, dados aos empregados novos e transferidos? (N2)
Sim/ Não
367
15.2.4. É registrada, nos arquivos pessoais dos empregados novos ou
transferidos, a presença na integração ao posto de trabalho? (N2)
Sim/ Não
15.2.5. Existe uma sessão de acompanhamento durante o primeiro mês do
empregado novo e transferido no trabalho, para revisar os aspectos chave
da integração ao posto de trabalho? (N3)
Sim/ Não
15.2.6. É designada, pelo nome ou posição, a pessoa responsável por realizar a
sessão de acompanhamento da integração ao posto de trabalho do
empregado novo ou transferido? (N5)
Sim/ Não
15.2.7. O período de tempo da sessão de acompanhamento de integração ao
posto de trabalho é adequado? (N4) Sim/ Não
15.2.8. É registrada, nos arquivos pessoais, a presença do empregado na sessão
de acompanhamento integração ao posto de trabalho? (N2)
Sim/ Não
15.2.9. Os empregados são testados, oralmente ou por escrito, após a integração
ao posto de trabalho ou de acompanhamento? (N2)
Sim/ Não
368
15.3. FORMAÇÃO NO POSTO DE TRABALHO 15.3.1. É usado um sistema formal para dar instrução de tarefas aos empregados,
quando da designação de uma nova tarefa ou diferente da anteriormente
designada? (N2)
Sim/ Não
15.3.2. Foram dadas aos indivíduos responsáveis pelas instruções de tarefas,
guias escritas de como dar instruções e tarefas? (N4)
Sim/ Não
369
ELEMENTO - 16
PROMOÇÃO GERAL DE MEIO AMBIENTE E DE SEGURANÇA E SAÚDE NO TRABALHO
Este elemento compreende todas as atividades para reforçar o
conhecimento sobre o meio ambiente e a segurança e saúde no trabalho
mediante incentivos aos empregados, exposições, eventos especiais e
publicações. Este é o elemento que foca os programas dirigidos para as
mudanças das atitudes dos empregados.
RESUMO DO ELEMENTO - 16
Numeração
Sub elementos
Níveis de Classificação do
Programa
Total de Padrões
do SGMSS
Total de Padrões
ISO/ OHSAS
1 2 3 4 5 16.1 Quadros de Avisos de MSS - - 3 2 4 9 -/ - 16.2 Uso de Estatística de Acidentes/
Incidentes e Ocorrências Ambientais
- 1 - - - 1 -/ -
16.3 Promoção de Temas críticos - - - - 3 3 -/ - 16.4 Prêmios e Reconhecimentos
Individuais - - - 1 - 1 -/ -
16.5 Publicações de Informações de MSS
- - - 2 - 2 -/ -
16.6 Prêmios e Reconhecimentos a Grupos
- - - 1 2 3 -/ -
16.7 Sistema de Promoção de Ordem e Limpeza
- - - - 3 3 -/ -
TOTAL GERAL - 1 3 6 12 22 -/ -
370
16.1. QUADRO DE AVISO DE MSS 16.1.1. Existem quadros de avisos adequados a propósito de MSS? (N3)
Sim/ Não
16.1.1.1. O material de MSS é afixado nos quadros de avisos traduzidos
em suficientes idiomas para que todos os empregados
possam entender? (N3) Sim/ Não
16.1.2. Os quadros de aviso de MSS são colocados em lugares estratégicos para
que cada empregado tenha a oportunidade de ver pelo menos um durante
o dia de trabalho? (N3)
Sim/ Não
16.1.3. Existem diretrizes determinando que artigos serão afixados nos quadros
de aviso de MSS, e estas diretrizes incluem artigos requeridos pela
legislação? (N4)
Sim/ Não
16.1.4. O aspecto geral dos quadros de aviso de MSS é adequado? (N5)
Sim/ Não
16.1.5. São usados cartazes de MSS para apoiar programas dirigidos às causas
de acidentes, incidentes e ocorrências ambientais e eles são colocados
em lugares apropriados? (N5) Sim/ Não
16.1.6. Os cartazes de MSS são atualizados regularmente? (N5)
Sim/ Não
371
16.1.7. Está claramente designada uma pessoa responsável para atualizar os
cartazes de MSS? (N4) Sim/ Não
16.1.8. Os assuntos dos cartazes são planejados com antecipação? (N5) Sim/ Não
16.2. USO DE ESTATÍSTICAS DE ACIDENTES, INCIDENTES E OCORRÊNCIAS AMBIENTAIS
16.2.1. As estatísticas de acidentes, incidentes e ocorrências ambientais são
comunicadas a todos os empregados, ou publicadas/ afixadas de tal
maneira que possam ser vistas por todos os empregados? (N2) Sim/ Não
Se afirmativo, com que freqüência? _____________ 16.3. PROMOÇÃO DE TEMAS CRÍTICOS 16.3.1. São organizadas campanhas de MSS sobre temas críticos? (N5)
Sim/ Não
Se afirmativo, com que freqüência? _____________ 16.3.2. As campanhas de MSS foram promovidas durante os últimos doze
meses? (N5) Sim/ Não
Se afirmativo, quantas campanhas foram? _____________ 16.3.3. A escolha dos temas das campanhas foi baseada em problemas críticos
de MSS? (N5) Sim/ Não
372
16.4. PRÊMIOS E RECONHECIMENTOS INDIVIDUAIS 16.4.1. Os indivíduos recebem reconhecimento ou prêmios baseados na sua
contribuição para motivar o interesse pelo programa de MSS? (N4)
Sim/ Não
16.5. PUBLICAÇÕES DE INFORMAÇÕES DE MSS 16.5.1. A organização publica um boletim ou periódico que incluam materiais
relacionados com a MSS? (N4) Sim/ Não
16.5.2. O boletim ou periódico contendo material de MSS é publicado? (N4)
Sim/ Não
Se afirmativo, com que freqüência? _____________ 16.6. PRÊMIOS E RECONHECIMENTOS A GRUPOS 16.6.1. Existem atividades promocionais como concursos, competições ou
reconhecimento de desempenho, baseadas nas avaliações do
cumprimento dos padrões de MSS? (N4) Sim/ Não
16.6.2. Estas atividades como concursos/ competição/ reconhecimento de
desempenho de MSS é dirigido ao desempenho do grupo? (N5) Sim/ Não
16.6.3. São dados prêmios ou reconhecimentos baseados no cumprimento dos
padrões gerais do programa de MSS? (N5) Sim/ Não
Se afirmativo, com que freqüência? _____________
373
16.7. SISTEMA DE PROMOÇÃO DE ORDEM E LIMPEZA 16.7.1. Existe na organização um sistema de promoção de ordem e limpeza? (N5)
Sim/ Não
16.7.2. O sistema de promoção de ordem e limpeza inclui todas as áreas de
trabalho e armazenamento?(N5) Sim/ Não
16.7.3. Os sistemas de promoção da ordem e limpeza, enfatizam tanto a ordem
como a limpeza? (N5)
Sim/ Não
374
ELEMENTO - 17
AVALIAÇÃO DO PROGRAMA
Este elemento avalia o plano de longo prazo e os diferentes elementos do
programa para correção das não-conformidades. Avalia como o programa de
MSS é percebido e executado pelos empregados
RESUMO DO ELEMENTO - 17
Numeração
Sub elementos
Níveis de Classificação do
Programa
Total de Padrões
do SGMSS
Total de Padrões OHSAS
1 2 3 4 5 17.1 Avaliação dos Requisitos de MSS - - 2 4 2 8 5/ 5 17.2 Controle Regular do Sistema - - - - 1 1 -/ - 16.3 Avaliação do Cumprimento com
os Padrões do Sistema de MSS - - 5 3 - 8 1/ 1
17.4 Manutenção de Registros - - - - 2 2 - TOTAL GERAL - - 7 7 5 19 6/ 6
375
17.1. AVALIAÇÃO DOS REQUISITOS DE MSS 17.1.1. A organização tem um plano de longo prazo que identifica o nível
desejado de implementação do sistema de MSS e como este nível de
implementação será atingida? (N4/ ISO/ OHSAS) Sim/ Não
17.1.2. Os empregados ou seus representantes estão envolvidos no processo de
planejamento de longo prazo? (N5) Sim/ Não
17.1.3. O plano de longo prazo foi comunicado a todo pessoal? (N5) Sim/ Não
17.1.4. Os recursos são formalmente alocados pela administração superior para
que se atinjam os objetivos do plano de longo prazo? (N4) Sim/ Não
17.1.5. O nível de implementação do programa de MSS é avaliado em relação ao
plano de longo prazo, para identificar o progresso contra os objetivos
anuais e as metas de longo prazo?(N4/ ISO/ OHSAS) Sim/ Não
Se afirmativo, com que freqüência é avaliado? _____________ 17.1.6. A efetividade do sistema de MSS é avaliada em relação ao plano de longo
prazo para identificar o processo, os objetivos anuais e as metas de longo
prazo? (N4/ ISO/ OHSAS) Sim/ Não
Se afirmativo, com que freqüência é avaliado? _____________
376
17.1.7. As avaliações do sistema de MSS são avaliadas em relação ao plano de
longo prazo, que resultam em ação de acompanhamento apropriado
visando o: (N3/ ISO/ OHSAS) Sim/ Não
S/ N 1. Melhoramento contínuo? ___
2. Modificação do plano estratégico? ___ 17.1.8. Estas ações de acompanhamento foram comunicadas à administração e
aos empregados ou aos seus representantes antes da sua
implementação, para permitir a discussão e a retroalimentação?
(N3/ ISO/ OHSAS) Sim/ Não
17.2. CONTROLE REGULAR DO SISTEMA 17.2.1. São realizadas as seguintes avaliações imparciais para as unidades
principais da organização, comunicando os resultados ao pessoal
apropriado? (N5) Sim/ Não
Se afirmativo, com que freqüência? _____________ S/ N
1. Política de MSS ? ___
2. Liderança e Administração ? ___
3. Planejamento ? ___
4. Implementação e Operação ? ___
5. Verificação e Ação Corretiva ? ___
6. Analise Critica Pela Administração? ___
7. Regras de Permissões Para Trabalho ? ___
8. Inspeções Planejadas e Manutenção ? ___
9. Controle da Saúde e Higiene do Trabalho ? ___
10. Equipamento de Proteção Individual ? ___
11. Contratação e Colocação? ___
12. Administração de Materiais e Serviços? ___
13. Engenharia e Gestão das Modificações? ___
377
14. Reuniões de Meio Ambiente e de Seg. e Saúde no Trabalho? ___
15. Comunicações Pessoais? ___
16. Promoção Geral de Meio Ambiente e de Seg. e Saúde no Trab.? ___
17. Avaliação do Programa de MSS? ___
17.3. AVALIAÇÃO DO CUMPRIMENTO COM OS PADRÕES DO SISTEMA DE
MSS 17.3.1. Com que freqüência são realizadas auditorias completas, imparciais e
estatisticamente válidas do cumprimento da empresa dos padrões do
sistema de controle de perdas? (N3/ ISO/ OHSAS) Sim/ Não
17.3.2. O pessoal que realiza a auditoria do sistema de MSS foi treinado nas
técnicas de avaliação do sistema? (N4) Sim/ Não
17.3.3. São usadas técnicas adequadas para assegurar a validade estatística
destas auditorias? (N4) Sim/ Não
17.3.4. Indique qual dos seguintes elementos estão incluídos na auditoria
completa do cumprimento dos padrões do sistema de MSS? (N3) Sim/ Não
S/ N1. Política de MSS ? ___
2. Liderança e Administração ? ___
3. Planejamento ? ___
4. Implementação e Operação ? ___
5. Verificação e Ação Corretiva ? ___
6. Analise Critica Pela Administração? ___
7. Regras de Permissões Para Trabalho ? ___
8. Inspeções Planejadas e Manutenção ? ___
9. Controle da Saúde e Higiene do Trabalho ? ___
378
10. Equipamento de Proteção Individual ? ___
11. Contratação e Colocação? ___
12. Administração de Materiais e Serviços? ___
14. Reuniões de Meio Ambiente e de Seg. e Saúde no Trabalho? ___
15. Comunicações Pessoais? ___
16. Promoção Geral de Meio Ambiente e de Seg. e Saúde no Trab.? ___
17. Avaliação do Programa de MSS? ___
17.3.5. Existem outros elementos do sistema de MSS incluídos na auditoria
completa? (N4) Sim/ Não
Se afirmativo, quais são? 1. _____________________________
2. _____________________________
3. _____________________________
4. _____________________________
5. _____________________________ 17.3.6. Foi desenvolvido um plano de ação para satisfazer às necessidades do
sistema como indicado pela última auditoria completa? (N3) Sim/ Não
17.3.7. O plano de ação foi comunicado a todo o pessoal envolvido?(N3) Sim/ Não
17.3.8. Os planos de ação elaborados após a auditoria são revisados para
determinar o progresso? (N3) Sim/ Não
Se afirmativo, com que freqüência? _____________
379
17.4. MANUTENÇÃO DOS REGISTROS 17.4.1. A empresa tem um arquivo central atualizado com as avaliações,
auditorias e/ ou pesquisas do sistema de controle de perdas? (N5)
Sim/ Não
17.4.2. Os arquivos centrais, pelo menos das duas últimas auditorias do sistema
de MSS, são mantidos por um mínimo de cinco anos? (N5)
Sim/ Não
380
PADRÕES DE
CONDIÇÕES FÍSICAS
DAS INSTALAÇÕES
381
PADRÕES PARA INSPECIONAR CONDIÇÕES AMBIENTAIS DE MEIO AMBIENTE E DE SEGURANÇA E SAÚDE NOS LOCAIS DE TRABALHO
A - Condições Gerais do Local de Trabalho
1. Pisos (Superfície de trabalho e de caminhar)
Em condições de ordem, limpeza e arrumação?
Sistema de drenagem adequado?
Livre de desníveis, ressaltos e saliências?
As aberturas encontram-se fechadas e/ou cercadas?
Os limites de carregamento encontram-se identificados?
2. Passagens e Corredores
As passagens encontram-se demarcadas?
Desobstruídas e iluminadas?
Espaço suficiente para movimentos normais?
3. Escadas
Ângulos de inclinação entre 25 e 45 graus?
Degraus obedecem à uniformidade entre largura e altura?
Piso e pontas resistentes ao deslize?
Degraus e/ou com anti-derrapantes?
Providas de corrimãos em lados abertos?
Provida de corrimãos, no mínimo, de um lado se de lados fechados?
Escada iluminada?
Degraus limpos e desobstruídos?
Espaço entre corrimão e roda pé não permite passagem de
pessoas?
382
4. Escadas Portáteis
Degraus seguros?
Isenta de óleo, graxa e sem pintura?
Posicionada adequadamente?
Fixada na parte superior?
Apenas uma pessoa na escada?
Portas abertas bloqueadas, fechadas, ou protegidas, se em frente à
escada?
Extensão superior da escada encontra-se acima, se usada para
atingir o telhado ou plataforma?
Em trabalhos com eletricidade é proibida utilização de escada
de metal?
As interligações das escadas de abrir são seguras e
resistentes?
Existe anti-derrapantes nas bases das escadas para evitar o
deslize?
5. Trabalhos em Altura (plataformas fixas e andaimes)
Os montadores de andaimes estão devidamente habilitados e
capacitados?
As sapatas dos andaimes estão sobre bases sólidas?
Piso do andaime com forração completa e fixada?
Madeira do piso isenta de nó e rachaduras que comprometam
sua resistência?
Andaimes com guarda corpos adequados?
Andaime contraventado?
Andaime escorado ou estaiado?
Andaimes moveis com rodízios travados?
Todos os executantes estão com cintos de segurança do tipo pára-
383
Quedista?
É necessária a utilização de cabo guia para fixar o cinto de
segurança?
Corrimão de acordo com os padrões técnicos/ legais?
Nenhum acumulo de ferramentas e materiais sobre os mesmos?
Tela de rede colocada sobre a plataforma se a construção for aberta?
6. Saídas de Emergência
Abertas para o exterior?
Ao nível do Piso?
Limpas e desobstruídas?
Suficiente para o escape rápido?
Claramente sinalizada/ demarcada?
Com boa iluminação?
Largura adequada para o escape?
Existe mais de uma saída no local de trabalho?
7. Ruas/ Estradas
Superfície dos pisos em bom estado?
Drenagem adequada?
Capacidade de resistência do piso adequada ao transito?
Sinalizações (placas, cartazes, sinais, quebra-molas, limitadores de
velocidade, etc.) adequadas?
Largura e espaço vertical suficiente?
B - Equipamentos
8. Ferramentas Manuais e Portáteis
Boas condições gerais, cabos elétricos, mangueiras de ar,
384
conectores, etc?
Armazenamento adequado quando em uso?
Armazenamento adequado quando não estiver em uso?
Dispositivos de proteção de segurança, adequados e em uso?
As ferramentas estão aterradas eletricamente ou dispõem de duplo
isolamento protegido?
As ferramentas encontram-se ajustadas corretamente?
9. Proteção de Máquinas e Ferramentas Boas condições gerais, nenhuma evidência de danos; limpeza e
lubrificação adequadas?
Pontos de contato que ofereçam riscos operacionais protegidos?
Proteção fixas seguras na posição?
Controles de operação protegidos contra atuação inadvertida?
Proteções automáticas e de operação devidamente ajustadas?
Controles de operações bloqueados e chaves removidas quando
não estão em uso?
Botões de parada de emergência operáveis, corretamente
posicionados, etiquetados, e codificados com cor?
Isolamento e bloqueio providos para uso, instalação, lubrificação,
etc?
Instalações de proteção para partes rotativas, fragmentos,
partículas, centelhas, reações violentas, etc?
São realizados testes de dispositivos de segurança?
Existem manuais disponíveis de operação?
Os empregados foram devidamente treinados para operarem as
máquinas e/ ou ferramentas?
10. Equipamento Móvel
Utilizados por empregados qualificados?
385
Boas condições gerais dos equipamentos?
Realizados testes dos dispositivos de segurança?
Dispõem de extintores de incêndio portáteis?
11. Equipamento de Levantamento de Carga
Boas condições gerais, nenhum dano, lubrificação adequada e
limpo?
Identificada a capacidade de carga?
Acesso seguro (degraus ou plataformas) à cabine/ assento?
Controles ergonomicamente operáveis?
Freio e motores dos guinchos em boas condições?
Cabos de aço, corrente, cordas, cintas, etc., em boas condições de
uso (ausência de nós, desgastes, corrosão, torções, etc.)?
Ganchos e garras em boas condições de uso?
12. Equipamento de Manuseio de Materiais
Equipamento de içamento devidamente armazenado?
Cabos de aço, correntes, cordas cintas adequadas e em bom estado
de conservação?
Estrados e guias para carga, de tipo correto e em bom estado?
Registro de inspeção de segurança e manutenção realizados e
disponíveis?
Calços adequados para utilização em equipamentos que dispõem de
rodas?
13. Condutores
Pontos críticos protegidos (engrenagens, eixos, roldanas, pontos
mordentes, etc.)?
Controles de parada de emergência localizados adequadamente e
386
em condições operacionais?
Acesso adequado?
14. Vasos de Pressão
Válvulas de segurança testadas e operáveis?
Drenos e coletores de amostras limpos e com válvulas de duplo
bloqueio?
Tubulações, válvulas, conexões e vaso em boas condição de
utilização?
Parada automática/ remota para as bombas?
Proteções, plataformas, escadas e patamares apropriados?
Equipamentos de respiração/ resgate disponível para a entrada no
interior do vaso em situação anormal?
Foram realizados testes de pressão conforme determinação legal /
técnica?
15. Sistemas de Energia Elétrica
Painéis de controle e alta-voltagem fechados e seguros?
Painéis de controle identificáveis e seguros?
Condições adequadas de ligações, isolamento e fixações?
Aterramento Adequado?
Fios livres de emendas?
Equipamento elétrico à prova de explosão quando em áreas com
vapor ou pó inflamáveis?
Procedimentos de interrupção de trabalhos prescritos?
Os executantes de tarefas estão devidamente habilitados a trabalhar
com eletricidade?
Existem equipamentos de proteção coletiva e individual que diminua
387
o risco de trabalho?
Os empregados que realizam o trabalho com eletricidade foram
treinados em segurança, primeiros socorros e combate a incêndio?
16. Sistemas de Energia Mecânica
Manutenção e acondicionamento adequado?
Velocidade mantida dentro dos limites permissíveis?
Bom controle operacional para parada de emergência?
Correntes de movimento e correias protegidas?
Parada de emergência operacional e de segurança dos
equipamentos adequada?
17. Sistema de Energia Hidráulica Boas condições, ausência de vazamentos, fendas, entalhes e
arranhões de linhas de pressão e acessórios?
Pressão de trabalho regulada adequadamente dentro dos limites de
potência?
As linhas de pressão de fluídos encontram-se identificadas?
Existe a possibilidade de desligamento remoto?
Existem registros de inspeções de segurança realizadas?
18. Sistema de Energia Pneumática
Pressão regulada dentro dos limites?
São realizados testes e drenagem de compressores?
As mangueiras e conexões encontram-se em boas condições de
uso?
As linhas de ar encontram-se identificadas?
388
19. Controles Mecânicos e Válvulas
Etiquetados e codificados por cores?
Operáveis?
Acessíveis?
C - Materiais 20. Armazenamento e Empilhamento
Caminhos e corredores limpos e desobstruídos?
Pilhas seguras e estáveis contra quedas e deslizes?
Iluminação adequada, área limpa e desobstruída de objetos e
materiais inservíveis?
Limites de carga de piso, prateleiras e plataformas afixados e
observados?
Altura de armazenamento adequada sem obstruir equipamento de
proteção contra incêndio?
21. Substâncias Químicas Inflamáveis e Combustíveis
Os tanque e/ ou tambores de aço são de materiais apropriados?
Os tanques encontram-se adequadamente ventilados?
Válvulas de alivio de pressão adequadas e testadas?
Sistemas e materiais para o controle de derramamento adequados?
Suporte de tanques e tambores adequados?
Temperatura de controle adequadas?
Providenciados reservatórios de armazenagem adequados,
resistentes a incêndio e ventilado?
Sinalização de proibido fonte de calor/ ignição nas proximidades dos
reservatórios?
389
Materiais incompatíveis encontram-se separados para evitar
reações?
Existem procedimentos para agir em situações de emergência?
22. Gases Comprimidos
Os cilindros encontram-se armazenados em posição vertical e
seguros contra queda?
Os cilindros vazios encontram-se separados dos cheios?
Existem sinalizações adequadas nos locais de estocagem e
armazenamento de gases?
Os cilindros encontram-se protegidos com tampas?
Os cilindros estão em boas condições (pintura, ausência de
corrosão, etc.) ?
Os locais de armazenamento são distantes de fontes de calor?
Existe uma boa circulação/ ventilação de ar nas áreas de
armazenamento de cilindros de gases?
Os cilindros encontram-se armazenados em locais afastados de
cavidades, vias de passagem, entradas, saídas, escadas e
elevadores?
Os cilindros encontram-se dentro dos prazos de validade dos testes
hidrostáticos?
23. Resíduos Sólidos
A quantidade de recipientes é adequada aos postos de trabalho?
Existe separação do lixo por tipos (papel, plásticos, papelão, etc.). e
categorias (tais como : inflamável, não inflamável)?
390
Os acessórios de deposição de lixo são seguros?
No caso de derramamento de produtos químicos, existem materiais
absorventes para limpeza dos locais de trabalho?
D - Instalações 24. Aerodispersoide, Gases e Vapores
Existem avaliações ambientais dos postos de trabalho?
As avaliações ambientais das monitorações encontram-se abaixo
dos limites técnicos/ legais estabelecidos?
Nos locais de trabalho, onde existem substâncias químicas,
os empregados utilizam máscaras e/ ou respiradores
apropriadas?
Existem sistemas de captação de ar que elimine e/ou minimize a
exposição às substâncias químicas?
São realizados exames médicos necessários à prevenção de
doenças ocupacionais decorrentes das substâncias químicas
utilizadas?
25. Agentes Biológicos
Os trabalhos realizados expõem os empregados ao contato com
riscos biológicos?
Os empregados utilizam os equipamentos de proteção individual
indicados aos riscos da atividade?
O ambiente de trabalho encontra-se em ordem, limpo e arrumado?
São realizados exames médicos necessários ao controle da saúde?
26. Ventilação/ Exaustão
Existem sistemas adequados de ventilação/ exaustão no local de
391
trabalho?
O sistema de ventilação/ exaustão encontra-se em condição de
funcionamento?
As coifas direcionam o ar para longe das pessoas?
Os dutos de ar são de materiais não combustíveis?
Os dutos de ar encontram-se vedados e bem suportados?
Existem filtros nas saídas dos dutos de ar dos sistemas de exaustão
de materiais/ produtos considerados nocivos/ perigosos?
Existem planos de manutenção/ limpeza dos dutos de ar, filtros,
bandejas, etc?
27. Iluminação
As áreas de caminhar e de trabalho estão devidamente iluminadas?
Os níveis de iluminação são suficientes para trabalhos que envolvam
riscos que exijam detalhes?
Existem planos de manutenção/ trocas de lâmpadas queimadas/
danificadas?
28. Umidade
Existem locais de trabalhos em que os empregados necessitem
permanecer constantemente molhados, encharcados e/ou úmidos?
São realizadas trocas de roupas, equipamentos de proteção,
calçados; etc., sempre que for necessário trabalhar em locais que
exponham o empregado a condições de umidade?
Existem equipamentos de proteção individual para o controle dos
riscos de exposição à umidade?
São realizados exames médicos necessários ao controle da saúde?
29. Ruído e Vibrações
392
As áreas ruidosas encontram-se identificadas e demarcadas?
Existem avisos nos locais de trabalho informando sobre a
necessidade de uso de abafadores de ruído?
São fornecidos equipamentos de proteção auditiva quando o nível
de ruído ultrapassa os limites legais/ técnicos?
Os trabalhadores receberam treinamento para utilização correta da
proteção auditiva?
Os trabalhadores realizam exames audiometricos?
As máquinas e equipamentos dispõem de dispositivos de controle
de ruído na fonte?
30. Calor
Os limites de temperatura do ambiente de trabalho, encontram-se
dentro dos níveis de conforto térmico estabelecidos tecnicamente e/
ou legalmente?
Existem sistemas de ventilação que melhore o conforto do ambiente?
A quantidade de equipamento de ventilação do ambiente, é
suficiente e encontram-se em bons estados de conservação?
São fornecidos aos empregados repositores energéticos para se
evitar problemas de saúde?
31. Radiações (Ionizante e Não Ionizante)
Existe plano de proteção radiológica para o caso de acidente?
Os empregados, que realizam atividades com fonte de radiação
ionizante, são monitorados, constantemente, e os filmes
dosimétricos são encaminhado ao órgão responsável para
avaliação e controle dos resultados?
Foram providenciados balizamento e sinalizações de advertência
393
nos locais onde existem fontes de radiação ionizante?
São realizados exames médicos necessários ao controle da saúde?
32. Agente Ergonômicos
O projeto dos locais de trabalho permite posições normais do corpo
quando sentado ou em posição vertical?
Os painéis de controle das máquinas e equipamentos permitem uma
fácil visualização e operação?
Os controles seguem padrões de resposta normais (para baixo
desligado, etc.) ?
As máquinas e equipamentos estão pintados nas cores padrões de
segurança prescrito em legislações e normas técnicas?
Os pesos e tamanho dos materiais levantados, carregados
puxados e empurrado por pessoas são limitados e compatíveis
para o ser humano?
Existem movimentos repetitivos no desempenho do trabalho?
E - Sistemas de Emergência
33. Instruções de Emergência
Existe telefone exclusivo para emergência?
O numero do telefone de emergência é conhecido pelos
empregados?
Existem procedimentos/ etiquetas sobre o que deve ser feito em
situações de emergência distribuídos nos locais de trabalhos e/ ou
por toda a organização?
Existem avisos/ etiquetas nos controles de emergência que oriente o
que fazer nestas situações ( liga/ desliga, abre/ fecha, entrada/
saída, etc. )?
Existem sinalização de risco de incêndio em lugares que contenham
394
substâncias perigosas?
Existem sistemas de comunicações auxiliares disponíveis?
34. Proteção Contra Emergência (Incêndio, Explosão, Vazamentos, Derramamentos, etc.)
Os extintores de incêndio são adequados à proteção aos riscos e
encontram-se disponíveis?
Os extintores são inspecionados com as devidas periodicidade,
conforme determina a legislação e normas técnicas?
As mangueiras de incêndio encontram-se apropriadas, montadas,
acessíveis e mantidas em bom estado de conservação?
Os acessórios, tais com esguichos, canhões, chaves, etc?
encontram-se em bom estado de conservação e são em numero
suficiente?
Os locais onde ficam os equipamentos de proteção contra
incêndio (extintores, caixas de mangueira, abrigos, etc.), encontram-
se demarcados e sinalizados adequadamente?
Outros equipamentos e sistemas de combate a incêndio tais como :
porta corta-fogo, sprinkeleres, válvulas, detetores de fumaça,
painéis de controle, sistemas fixos, encontram-se em bom estado de
conservação e com programas de testes e manutenção preventiva e
corretiva?
Existem equipamentos autônomos de ar e roupas especiais para
caso de radiações térmicas e/ ou contato com produtos químicos?
Existem equipamentos especiais de controle de emergência, tais
como : Viaturas de incêndio, ambulância, moto-bombas, etc., em
condições de operação quando em situações de emergência?
Existe brigada de controle de emergência formada e treinada,
sistematicamente, para atuar nesta situação?
35. Lava Olhos e Chuveiro de Emergência
395
Existem mapas/ formulários indicando a localização dos lava olhos e
chuveiros de emergência?
Existem programa de manutenção preventiva e testes destes
equipamentos?
Estão prontamente disponíveis e acessíveis em áreas onde se
utilizam substâncias químicas cáusticas e/ ou corrosivas?
Estes equipamentos encontram-se sinalizados e possuem instruções
adequadas afixadas nos locais onde estão instalados?
Abastecimento destes equipamentos fornece água durante um
período mínimo de dez minutos de fluxo contínuo a uma
temperatura confortável?
36. Estações de Primeiros Socorros
Existem mapas/ formulários indicando a localização das estações de
primeiro socorros?
Existem planos de vistoria que possibilite verificar a validade dos
medicamentos para posterior substituição/ reposição?
Os materiais, equipamentos e medicamentos estão disponíveis e
são adequados?
Existe um controle da área de saúde/ profissional qualificado que
acompanha e controla o programa?
Existem pessoas treinadas em primeiros socorros?
Existe uma lista com o nome das pessoas aptas a prestar primeiros
socorros, afixadas em locais considerados importantes pela
organização?
Existem instruções para reportar acidentes afixadas em locais
considerados importantes pela organização?
37. Equipamentos para Controle de Emergência e Resgate
396
Existem equipamento adequado disponível e propriamente
localizado?
Existem testes e programas de manutenção preventiva realizados?
F - Avaliação de Perigos e Controle dos Riscos
38. Código de cores
Código de cor vermelho para indicar perigo imediato, materiais
inflamáveis/ explosivos e proteção contra incêndio?
Código de cor laranja usado para indicar áreas sob modificação,
partes perigosas, quando proteções forem removidas?
Código de cor azul usados para sinais e etiquetas de informações?
Código de cor verde usado para indicar instruções de segurança e
equipamentos de primeiros socorros?
Código de cor amarela usado para indicar atenção?
Sistemas de código de cores usados para indicar o conteúdo e o
fluxo de sistemas de fluídos e gases?
39. Etiquetas e Sinais
Sinais e etiquetas consistentes e em uso por toda a organização?
Etiquetas afixadas em todos os equipamentos com defeitos não
protegidos contra uso?
Aviso de risco, sinais e etiquetas direcionados e informativos usados
onde existem perigos imediatos, riscos potenciais, ou há
necessidade de instruções gerais?
Etiquetas padrões afixadas em todos os recipientes de
substâncias armazenadas e em uso?
Etiquetas afixadas em veículos transportando materiais perigosos,
que vão de encontro a requisitos legais onde prescrito?
397
40. Sistemas de Bloqueio
Bloqueios múltiplos?
Etiquetas ou código de cores indicam ao usuário o bloqueio?
Sistemas de bloqueio oferecem meios para reduzir o sistema/
equipamento a um estado de energia zero, por exemplo, vapor, ar,
elétrico, hidráulico, etc?
41. Sistemas de Advertência
Sistemas de alarme de incêndio/ emergência operáveis?
Sistemas de advertência de perigo em veículos e equipamentos
apropriados?
Sistemas de advertência de excesso de pressão em vasos de
pressão?
Sistemas de advertência de excesso de temperatura em vasos de
pressão aquecidos, armazenamento de material perigoso,
equipamento energizados?
42. Sistemas de Permissões para Trabalho
Existem sistemas de permissão para trabalho?
Os emitentes das permissões para trabalho, encontram-se
qualificados e foram treinados para esta finalidade?
Os executantes são habilitados, foram treinados na função e em
segurança?
Os executantes foram orientados sobre os riscos existentes no local,
e os meios de proteção e as medidas de segurança em caso de
acidentes e/ ou emergência?
Existem questionários para serem preenchidos, estabelecendo os
padrões mínimos de segurança para realização dos trabalhos?
398
Foi designado um observador para acompanhar o trabalho?
A área onde se realiza o serviço foi sinalizada e o pessoal
desnecessário afastado?
Os equipamentos de proteção individual e coletivos foram
especificados?
Faz-se necessário à realização de medições de explosividade e/ou
toxidez para liberação dos serviços?
43. Regras e Regulamentos
Foram estabelecidas e publicadas as regras básicas de segurança
da organização?
As regras básicas estão afixadas em lugares visíveis em toda a
organização, possibilitando aos empregados terem acesso/
conhecimento delas?
Os empregados foram treinados e conhecem as regras básicas de
segurança?
Existem regras e regulamentos estabelecidas para trabalhos
especializados.
Existe um sistema que possibilite o empregado recusar um trabalho
que ele julga perigoso à sua integridade física ou a dos demais, e a
organização disponha de um meio para averiguar a situação de
recusa e tomar as devidas ações corretivas ou não.
399
AVALIAÇÕES DAS CONDIÇÕES AMBIENTAIS DE MSS
A - Condições Gerais do Local de Trabalho
Quantidade Inspecionada
(X)
Quantidade Abaixo do Padrão
(Y) 1 - Pisos (superfície de trabalho e de caminhar)
2 - Passagens e Corredores
3 - Escadas
4 - Escadas Portáteis
5 - Trabalho em Altura
6 - Saídas de Emergências
7 - Ruas e Estradas
Somatório
X =
Y =
% Parcial do índice de
condições Físicas
(WA)
WA = (1-Y/ X) x FV
Formulário (WA) - Condições gerais do local de trabalho
400
AVALIAÇÕES DAS CONDIÇÕES AMBIENTAIS DE MSS
B - Equipamentos
Quantidade Inspecionada
(X)
Quantidade Abaixo do Padrão
(Y) 8 - Ferramentas Manuais Portáteis
9 - Proteção de Máquinas e Equipamentos
10 - Equipamentos Móveis
11 - Equipamento de Levantamento de Cargas
12 - Equipamento de Manuseio de Materiais
13 - Condutores
14 - Vasos de Pressão
15 - Sistemas de Energia Elétrica
16 - Sistemas de Energia Mecânica
17 - Sistemas de Energia Hidráulica
18 - Sistema de Energia Pneumática
19 - Controles Mecânicos e Válvulas
Somatório
X =
Y =
% Parcial do índice de
condições Físicas
(WB)
WB = (1-Y/ X) x FV
Formulário (WB) - Equipamentos
401
AVALIAÇÕES DAS CONDIÇÕES AMBIENTAIS DE MSS
C - Materiais
Quantidade Inspecionada
(X)
Quantidade Abaixo do Padrão
(Y) 20 - Armazenamento e
Empilhamento
21 - Substâncias Químicas Inflamáveis e Combustíveis
22 - Gases Comprimidos
23 - Resíduos Sólidos
Somatório
X =
Y =
% Parcial do índice de
condições Físicas
(WC)
WC = (1-Y/ X) x FV
Formulário (WC) - Materiais
402
AVALIAÇÕES DAS CONDIÇÕES AMBIENTAIS DE MSS
D - Instalações
Quantidade Inspecionada
(X)
Quantidade Abaixo do Padrão
(Y)
24 - Aerodispersoides, Gases e Vapores
25 - Agentes Biológicos
26 - Ventilação e Exaustão
27 - Iluminação
28 - Umidade
29 - Ruído e Vibrações
30 - Calor
31 - Radiação (Ionizante e Não
Ionizante
32 - Agentes Ergonômicos
Somatório
X =
Y =
% Parcial do índice de
condições Físicas
(WD)
WD= (1-Y/ X ) x FV
403
Formulário (WD) - Instalações
AVALIAÇÕES DAS CONDIÇÕES AMBIENTAIS DE MSS
E - Sistemas de Emergência
Quantidade Inspecionada
(X)
Quantidade Abaixo do Padrão
(Y)
33 - Instrução de Emergência
34 - Proteção Contra Emergência
35 - Lava Olhos e Chuveiros de Emergência
36 - Estações de Primeiros Socorros
37 - Equipamentos para Controle de Emergência e Resgate
Somatório
X=
Y=
% Parcial do índice de
condições Físicas
(WE)
WE = (1-Y/ X) x FV
Formulário (WE) - Sistemas de emergência
404
AVALIAÇÕES DAS CONDIÇÕES AMBIENTAIS DE MSS
F - Avaliação de Perigos e
Controle dos Riscos
Quantidade Inspecionada
(X)
Quantidade Abaixo do Padrão
(Y)
38 - Código de Cores
39 - Etiquetas e Sinais
40 - Sistemas de Boqueio
41 - Sistemas de Advertência
42 - Sistemas de Permissões paraTrabalho
43 - Regras Regulamentos
Somatório
X =
Y =
% Parcial do índice de
condições Físicas
(WF)
WF = (1-Y/ X) x FV
Formulário (WF) - Avaliação de perigos e controle dos riscos
405
PADRÕES DA UTILIZAÇÃO DOS
EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO
INDIVIDUAL (EPI’s)
406
PADRÕES PARA INSPECIONAR A UTILIZAÇÃO DOS EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL (EPI´s)
Abaixo se encontram os EPI`s padronizados para as diversas partes do
corpo a serem protegidas.
Os funcionários, prestadores de serviços e visitantes deverão sempre
utilizar os EPI`s recomendados pela organização.
1. PROTEÇÃO PARA A CABEÇA
Capacetes de segurança para proteção do crânio nos trabalhos
sujeitos a :
Agentes meteorológicos (trabalhos a céu aberto).
Impactos provenientes de quedas, projeções de objetos ou
outros;
Queimaduras ou choque elétrico;
2. PROTEÇÃO VISUAL E FACIAL
Protetores faciais destinadas à proteção dos olhos e da face contra
lesões ocasionadas por partículas, respingos, vapores de produtos
químicos e radiações luminosas intensas;
Óculos de segurança para trabalhos que possam causar irritação
nos olhos provenientes de impacto de partículas;
Óculos de segurança para respingos, para trabalhos que possam
causar irritação nos olhos e outras lesões decorrentes da ação de
líquidos agressivos e metais em fusão;
Óculos de segurança para trabalhos que possam causar irritação
nos olhos provenientes de poeiras;
Óculos de segurança para trabalhos que possam causar irritação
nos olhos e outras lesões decorrentes de radiações perigosas;
407
Máscaras para soldadores nos trabalhos de soldagem e corte ao
arco elétrico.
3. PROTEÇÃO RESPIRATÓRIA
Para exposições a agentes ambientais em concentrações prejudiciais à
saúde do trabalhador, de acordo com os limites estabelecidos na NR-15 :
Respiradores contra poeiras, para trabalhos que impliquem em
produção de poeiras;
Máscaras para trabalhos de limpeza por abrasão, utilizando
jateamento de areia;
Respiradores e máscaras de filtro químico para exposição a agentes
químicos prejudiciais à saúde;
Aparelho de isolamento (autônomo ou de adução de ar), para locais
de trabalho onde o teor de oxigênio seja inferior a 18% (dezoito por
cento) em volume.
4. PROTEÇÃO AUDITIVA
Protetores auriculares, para trabalhos realizados em locais em que o
nível de ruído seja superior ao estabelecido na NR-15, Anexo 1 e 2.
5. PROTEÇÃO PARA O TRONCO
Aventais, jaquetas, capas e outras vestimentas especiais de
proteção para trabalhos em que haja perigo de lesões provocadas
por :
Risco de origem térmica;
Risco de origem radioativa;
Risco de origem mecânica;
Agentes químicos;
408
Agentes meteorológicos;
Umidade proveniente de operação de lixamento a água e outras
operações de lavagem;
6. PROTEÇÃO PARA OS MEMBROS SUPERIORES
Luvas e/ou mangas de proteção devem ser usadas em trabalhos em
que haja perigo de lesões provocadas por;
Materiais ou objetos escoriantes, abrasivos, cortantes ou
perfurantes;
Produtos químicos corrosivos, cáusticos, tóxicos alergênicos,
oleosos, graxos, solventes orgânicos e derivados de petróleo;
Materiais ou objetos aquecidos;
Choque elétrico;
Radiações Perigosas;
Frio;
Agentes Biológicos.
7. PROTEÇÃO PARA OS MEMBROS INFERIORES
Calçados de proteção contra riscos de origem mecânica;
Calçados impermeáveis, para trabalhos realizados em lugares
úmidos, lamacentos ou encharcados;
Calçados impermeáveis e resistentes a agentes químicos
agressivos;
Calçados de proteção contra riscos de origem térmica;
Calçados de proteção contra radiações perigosas;
Calçados de proteção contra agentes biológicos agressivos;
Calçados de proteção contra risco de origem elétrica;
Perneiras de proteção contra riscos de origem mecânica;
Perneiras de proteção contra riscos de origem térmica;
Perneiras de proteção contra radiações perigosas;
409
8. PROTEÇÃO CONTRA QUEDAS COM DIFERENÇA DE NÍVEL
Cinto de segurança para trabalhos em alturas superiores a 2 (dois)
metros em que haja risco de queda;
Cadeira suspensa para trabalhos em alturas em que haja
necessidade de deslocamento vertical, quando a natureza do
trabalho assim o indicar;
Trava-queda de segurança acoplado ao cinto de segurança ligado a
um cabo de segurança independente, para trabalhos realizados com
movimentação vertical em andaimes suspensos de qualquer tipo;
9. PROTEÇÃO PARA O CORPO INTEIRO
Aparelhos de isolamento (autônomos ou de adução de ar) para
locais de trabalho onde haja exposição a agentes químicos ,
absorvíveis pela pele, pelas vias respiratórias e digestivas,
prejudiciais a saúde;
10. OUTROS TIPOS DE PROTEÇÃO
Quaisquer outros tipos de proteção, que não as especificadas acima
e que se façam necessárias à utilização para garantir a integridade
física do trabalhador.
410
VERIFICAÇÃO DA UTILIZAÇÃO DOS EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL (EPI’s)
Tipos
de Proteção
Quantidade
Inspecionada
(X)
Quantidade
Abaixo do Padrão
(Y)
% de Utilização por tipo
individual de EPI’s
Z = (1-Y/ X) x 100
1 - Proteção para a Cabeça
2 - Proteção Visual e Facial
3 - Proteção Respiratória
4 - Proteção Auditiva
5 - Proteção para o Tronco
6 - Proteção para os Membros Superiores
7 - Proteção para os Membros Inferiores
8 - Proteção Contra Quedas, com Diferença de Nível
9 - Proteção para o Corpo Inteiro
10 - Outros Tipos de Proteção
Somatório
Xt =
Yt =
% Total do índice de
utilização de EPI’s
(W)
W = (1-Yt/ Xt ) x 100
Formulário - Índice de utilização de EPI’s
411
PADRÕES DE
ENTREVISTAS
COM PESSOAS
412 Entrevista com Empregados e/ ou Prestadores de Serviço ______________________________ ___/___/___
Organização _________________ __________ ________
Departamento Setor Área __________________________ _________________________
Nome do Entrevistado Nome do Entrevistador
Aplique o seguinte critério para cada pergunta realizada:
S = SIM N = NÃO NA = NÃO APLICÁVEL
Envolva uma única reposta com um círculo e/ ou marque com X em cima.
Perguntas utilizadas para conferir a existência do Programa de Meio Ambiente e de Segurança e Saúde no Trabalho
1. A organização possui uma política de MSS? S N NA 2. Você conhece a política de MSS? S N NA 3. Quais os principais itens que você considera importantes na S N NA política de MSS? 4. Na sua descrição de posto, foram estabelecidos requisitos de S N NA
MSS que você tenha que atender? 5. Você tem conhecimento e/ ou é informado dos objetivos de S N NA MSS de sua área e da organização? 6. Você tem conhecimento e/ ou é informado das estatísticas de S N NA
Acidentes, incidente e de ocorrências Ambientais de sua área e da organização?
7. Os gerentes superiores e médios e/ ou líderes estão S N NA
comprometidos com a gestão de MSS?
Formulário 1
413 8. Existem regras e regulamentos gerais estabelecidos sobre MSS?
S N NA
9. Cite algumas regras e regulamentos gerais sobre MSS? S N NA 10. Existem regras específicas sobre MSS que são requeridas para o seu posto de trabalho e/ ou tarefas que necessitem ser realizadas?
S N NA
11. Cite algumas regras específicas de MSS que sejam requeridas? S N NA 12. Você recebeu formação em MSS sobre regras e regulamentos gerais?
S N NA
13. Você recebeu formação específica em MSS com relação aos
riscos específicos, existentes em seu posto de trabalho, e/ ou tarefas que realiza?
S N NA
14. Para ocupar seu posto de trabalho é necessário formação estabelecida em lei?
S N NA
15. Você recebeu esta formação e atualiza-se dentro dos prazos de validade Legal?
S N NA
16. Você tem participado de palestras e/ ou treinamentos de MSS em sua área e/ ou na organização?
S N NA
17. Você considera os treinamentos que tem recebido em MSS
suficientes para desenvolver suas atividades profissionais com
segurança?
S N NA
18. Você conhece os perigos de seu posto de trabalho e/ ou de suas tarefas?
S N NA
19. Antes de iniciar suas tarefas, você faz uma analise dos riscos
inerentes ao seu trabalho e adota medidas de controle para evitar acidentes?
S N NA
20. Você sabe quais os EPI`s recomendados para seu posto de trabalho e/ ou tarefas que realiza?
S N NA
21. Você recebeu formação de como utilizar, higienizar e guardar os EPI`s?
S N NA
22. Os EPI`s encontram-se disponíveis quando necessários? S N NA 23. É necessário devolver os EPI`s utilizados, quando do recebimento de novos EPI´S?
S N NA
414 24. Você é convocado para realizar exames médicos periódicos? S N NA 25. Você realiza/ conclui todos os exames médicos estabelecidos pelo serviço médico da organização?
S N NA
26. O serviço médico informa o resultado dos exames médicos, após a realização dos mesmos?
S N NA
27. Você participa de algum grupo de meio ambiente e/ ou de
segurança e saúde em sua área de trabalho?
S N NA
28. Existem reuniões de MSS em sua área de trabalho? S N NA 29. Você participa das reuniões de MSS em sua área de trabalho? S N NA 30. Você já participou de alguma analise de acidentes, incidentes e/ ou ocorrências ambientais?
S N NA
31. Você já sofreu algum acidente de trabalho? S N NA 32. Caso já tenha sofrido um ou mais acidentes de trabalho; você
registrou os mesmos no serviço médico da organização? S N NA
33. Você tem conhecimento de como proceder, caso ocorra um
acidente de trabalho consigo ou com um colega de trabalho?
S N NA
34. Você realiza testes dos dispositivos de segurança das máquinas e equipamentos necessários à realização de seu trabalho?
S N NA
35. Quando um dispositivo de segurança apresenta-se inoperante, à máquina e/ ou equipamento, é posto fora de operação e há prioridade para o seu conserto?
S N NA
36. Ao se verificar uma condição de risco, você reporta ao seu
superior imediato e/ ou a área de meio ambiente e segurança do trabalho?
S N NA
37. Você participa e/ ou já participou da elaboração e/ ou revisão de procedimentos de tarefas que envolvam riscos de acidentes ou ocorrências ambientais em seu posto de trabalho e/?
S N NA
38. Na realização de sua tarefa, faz-se necessária à utilização de algum tipo de equipamento, móvel?
S N NA
39. Você recebeu treinamento específico para utilização de equipamento móvel?
S N NA
40. Você verifica as condições gerais dos equipamentos móveis antes e durante a colocação dos mesmos em funcionamento?
S N NA
415 41. Existe necessidade de se obter alguma permissão de trabalho especial, antes de iniciar determinadas tarefas?
S N NA
42. Você sabe se a organização dispõem de áreas específicas para o controle de situações de emergências?
S N NA
43. Existem telefones específicos para serem acionados em situações de emergência?
S N NA
44. Cite alguns números e/ ou onde ficam disponíveis estas
informações? S N NA
45. Você conhece os membros da Comissão Interna de
Prevenção de Acidentes (CIPA), do seu Departamento/ Setor/ Área?
S N NA
46. A CIPA funciona na sua área e/ ou organização? S N NA 47. Você considera adequados os prazos para as resoluções dos problemas de MSS, detectados nas inspeções de meio
ambiente e de segurança?
S N NA
Nº. de Perguntas propostas (X)
_______
Nº. de Respostas obtidas como “Não” (Y) _______
% Individual do índice de conhecimento do Programa de Gestão de MSS (Ιi)
_______
Ιi = (1-Y/ X) x 100
416
OBSERVAÇÕES: ______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
417
Entrevista com Gerentes Superiores e Médios e/ ou Líderes ______________________________ ___/___/___
Organização _________________ __________ ________
Departamento Setor Área __________________________ _________________________
Nome do Entrevistado Nome do Entrevistador
Aplique o seguinte critério para cada pergunta realizada:
S = SIM N = NÃO NA = NÃO APLICÁVEL
Envolva uma única reposta com um círculo e/ ou marque com X em cima.
Perguntas utilizadas para conferir a existência do Programa de Meio Ambiente e de Segurança e Saúde no Trabalho
1. Você realiza reuniões gerenciais de MSS com os seus
subordinados imediatos? S N NA
2. Nas reuniões gerenciais, são abordados os programas e os
indicadores de desempenho de MSS? S N NA
3. Existem objetivos de MSS a serem atingido pelo seu
Departamento/ Setor/ Área? S N NA
4. Você participou da elaboração dos objetivos de MSS do seu
Departamento/ Setor/ Área? S N NA
5. Os objetivos do seu Departamento/ Setor/ Área, têm como base
as avaliações de aspectos/ impactos ambientais e de perigos/ riscos levantados nos postos de trabalho?
S N NA
6. Você realizou formação gerencial em MSS? S N NA 7. Você avalia as necessidades de formação de seus subordinados
em MSS? S N NA
Formulário 2
418 8. Na sua descrição de posto de trabalho, foram estabelecidos
requisitos de MSS que você tenha que atender? S N NA
9. Você recebe as estatísticas mensais de MSS? S N NA
10. Você divulga para seus subordinados imediatos as
estatísticas mensais de MSS?
S N NA
11. Você participa das analises de acidentes, incidentes e
ocorrências ambientais do seu Departamento/ Área?
S N NA
12. Você alocou recursos (financeiros, materiais e humanos), no
seu Departamento/ Setor/ Área para tratar dos assuntos de MSS no decorrer do ano?
S N NA
13. Você realiza e/ ou participa de inspeções planejadas de MSS em seu Departamento/ Setor/ Área?
S N NA
14. Você se empenha junto aos seus subordinados, para que os
mesmos façam com que os empregados cumpram com as normas de MSS e utilizem os EPI`s?
S N NA
15. Você solicita/ exige que as empresas prestadoras de serviços,
que estejam sob sua responsabilidade, adotem os mesmos padrões de MSS igual ao da organização?
S N NA
16. Existe em seu Departamento/ Setor/ Área uma pessoa designada formalmente para tratar dos assuntos de MSS?
S N NA
17. Você considera a atuação da CIPA em seu Departamento/ Setor/ Área adequada?
S N NA
18. Você se empenha junto aos seus subordinados para que eles façam com que os empregados cumpram com a realização dos exames médicos periódicos?
S N NA
19. Você prioriza a parada de máquinas e equipamentos, enquanto
os dispositivos de MSS não estiverem em perfeitas condições de garantir seu perfeito funcionamento?
S N NA
Nº. de Perguntas propostas (X)
_______
Nº. de Respostas obtidas como “Não” (Y) _______
% Individual do índice de conhecimento do Programa de Gestão de MSS (Ιi)
_______
Ιi = (1-Y/X) x 100
419
OBSERVAÇÕES: ______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
420
ANEXO 2
421
Tabela 52 - Consumo de energia associado à produção – Indicador (GJ/ t)
Mês Gás Natural
(GJ)
Energia
Elétrica (GJ)
Óleo Diesel
(GJ) Produção (t)
Indicador
(GJ/ t)
Janeiro 25.546,70 29.669,50 175,60 6.307,90 9,10
Fevereiro 18.583,90 21.715,60 105,90 4.123,10 9,80
Março 29.158,70 27.054,70 78,20 6.816,40 8,30
Abril 27.187,00 30.211,30 87,30 6.594,70 8,70
Maio 31.116,40 27.442,60 23,20 6.934,50 8,40
Junho 29.540,30 26.515,10 66,60 6.793,00 8,30
Julho 30.052,90 30.541,10 86,80 6.909,00 8,80
Agosto 28,016,70 28.407,80 448,50 6.920,80 8,20
Setembro 30.052,90 21.875,90 130,70 6.504,50 8,10
Outubro 27.008,10 26.573,10 156,40 5.624,60 9,60
Novembro 22.521,60 23.795,50 141,80 4.378,00 10,60
Dezembro 18.059,50 19.953,40 57,90 2.675,00 14,20
Total Anual 318.844,60 313.755,40 1.558,80 70.590,80 -
2005
Média Anual - - - - 9,00
Janeiro 28.810,11 29.704,70 98,90 5.058,70 11,60
Fevereiro 25.640,50 26.490,00 49,50 4.975,90 10,50
Março 27.364,20 31.885,20 97,00 5.986,30 9,90
Abril 28.216,00 32.606,00 133,60 6.552,10 9,30
Maio 28.312,20 32.709,90 72,40 6.541,20 9,30
Junho 25.324,70 30.444,50 62,20 6.777,60 8,20
Julho 28.590,50 32.819,00 57,90 6.799,80 9,10
Agosto 28.258,80 32.288,80 60,80 6.848,20 8,90
Setembro 27.977,10 33.179,70 92,1 6.634,10 9,20
Outubro 27.286,10 33.519,50 52,10 6.613,30 9,20
Novembro 29.788,90 33.544,40 104,20 6.328,00 10,0
Dezembro 22.786,60 33.519,50 40,50 5.930,10 9,50
Total Anual 328.266,10 382.731,20 921,00 75.045,20 -
2006
Média Anual - - - - 9,50
422
Tabela 53 - Consumo de água associado à produção – Indicador (m3/ t)
Ano Mês Volume de Água
necessário à
produção(m3)
Produção (t) Indicador (m3/ t)
Janeiro 27.472,00 6.307,90 4,36
Fevereiro 25.747,00 4.123,10 6,24
Março 36.128,00 6.816,40 5,30
Abril 28.501,00 6.594,70 4,32
Maio 29.501,00 6.934,50 4,25
Junho 29.566,00 6.793,00 4,35
Julho 27.440,00 6.909,00 3,97
Agosto 27.847,00 6.920,80 4,02
Setembro 28.786,00 6.504,50 4,43
Outubro 30.136,00 5.624,60 5,36
Novembro 29.457,00 4.378,00 6,71
Dezembro 26.361,00 2.675,00 9,85
Total Anual 346.942,00 70.590,80 -
2005
2005
2005
Média Anual - - 4,90
Janeiro 30.823,00 5.058,70 6,09
Fevereiro 30.545,00 4.975,90 6,14
Março 31,353,00 5.986,30 5,24
Abril 29.939,00 6.552,10 4,57
Maio 30.701,00 6.541,20 4,69
Junho 30.870,00 6.777,60 4,55
Julho 30.580,00 6.799,80 4,5
Agosto 30.322,00 6.848,20 4,43
Setembro 29.854,00 6.634,10 4,50
Outubro 29.584,00 6.613,30 4,47
Novembro 30.243,00 6.328,00 4,78
Dezembro 31.408,00 5.930,10 5,30
Total Anual 366.223,00 75.045,20 -
2006
2006
Média Anual - - 4,900
423
Tabela 54 - Avaliações de pH - 2005
Dia/ Mês Valores
Encontrados Dia/ Mês
Valores
Encontrados Dia/ Mês
Valores
Encontrados Dia/ Mês
Valores
Encontrados
Dia/
Mês
Valores
Encontrados Dia/ Mês
Valores
Encontrados
01/01 7,4 01/02 7,9 01/03 7,0 01/04 6,9 01/05 8,7 01/06 8,3
02/01 7,3 02/02 7,3 02/03 7,0 02/04 5,7 02/05 8,2 02/06 7,3
03/01 7,0 03/02 - 03/03 7,1 03/04 7,0 03/05 7,9 03/06 7,8
04/01 7,0 04/02 - 04/03 7,1 04/04 7,5 04/05 7,9 04/06 7,2
05/01 7,3 05/02 - 05/03 6,0 05/04 6,2 05/05 7,2 05/06 7,6
06/01 7,2 06/02 - 06/03 6,0 06/04 7,2 06/05 7,8 06/06 7,9
07/01 7,3 07/02 - 07/03 6,0 07/04 6,8 07/05 7,8 07/06 7,8
08/01 7,3 08/02 - 08/03 5,8 08/04 6,6 08/05 7,5 08/06 8,0
09/01 7,2 09/02 6,8 09/03 5,9 09/04 7,4 09/05 7,7 09/06 5,7
10/01 6,8 10/02 6,7 10/03 6,6 10/04 6,0 10/05 7,0 10/06 7,5
11/01 6,5 11/02 6,6 11/03 6,6 11/04 7,0 11/05 7,0 11/06 6,2
12/01 6,9 12/02 6,6 12/03 7,3 12/04 6,3 12/05 7,2 12/06 7,5
13/01 7,1 13/02 6,7 13/03 6,8 13/04 7,3 13/05 7,3 13/06 5,5
14/01 7,2 14/02 6,4 14/03 6,5 14/04 6,2 14/05 7,2 14/06 6,5
15/01 7,2 15/02 6,4 15/03 6,6 15/04 7,1 15/05 7,2 15/06 8,2
16/01 6,3 16/01 5,8 16/03 6,9 16/04 7,0 16/05 5,4 16/06 7,0
17/01 6,1 17/02 6,2 17/03 6,6 17/04 7,0 17/05 7,8 17/06 7,1
18/01 6,5 18/02 6,8 18/03 7,8 18/04 7,0 18/05 6,8 18/06 8,8
19/01 5,4 19/02 6,8 19/03 7,5 19/04 7,0 19/05 7,5 19/06 8,3
20/01 5,8 20/02 6,1 20/03 7,7 20/04 7,2 20/05 7,8 20/06 7,7
21/01 6,1 21/02 6,5 21/03 6,8 21/04 7,1 21/05 5,0 21/06 6,6
424
22/01 7,5 22/02 7,5 22/03 7,0 22/04 6,6 22/05 8,0 22/06 6,3
23/01 7,3 23/02 7,9 23/03 6,8 23/04 7,5 23/05 7,7 23/06 6,4
24/01 6,5 24/02 8,1 24/03 6,9 24/04 7,4 24/05 8,3 24/06 7,0
25/01 5,7 25/02 6,4 25/03 7,0 25/04 6,6 25/05 7,6 25/06 6,5
26/01 6,8 26/02 8,5 26/03 6,9 26/01 7,5 26/05 8,0 26/06 6,6
27/01 7,7 27/02 8,2 27/03 6,9 27/04 7,4 27/05 8,8 27/06 6,7
28/01 7,7 28/02 6,6 28/03 6,9 28/04 8,4 28/05 8,1 28/06 6,8
29/01 7,9 29/02 7,2 29/03 7,2 29/04 7,0 29/05 8,1 29/06 6,9
30/01 8,0 30/02 - 30/03 6,1 30/04 8,2 30/05 8,2 30/06 6,5
31/01 7,2 31/02 - 31/03 6,6 31/04 - 31/05 8,2 31/06 6,9
Dia/ Mês Valores
Encontrados Dia/ Mês
Valores
Encontrados Dia/ Mês
Valores
Encontrados Dia/ Mês
Valores
Encontrados
Dia/
Mês
Valores
Encontrados
Dia/
Mês
Valores
Encontrados
01/07 6,9 01/08 9,0 01/09 7,4 01/10 6,0 01/11 5,2 01/12 7,8
02/07 6,7 02/08 5,3 02/09 6,9 02/10 6,1 02/11 5,0 02/12 7,3
03/07 7,5 03/08 5,8 03/09 6,1 03/10 7,2 03/11 5,4 03/12 6,9
04/07 7,9 04/08 6,1 04/09 6,0 04/10 7,5 04/11 6,5 04/12 7,1
05/07 7,1 05/08 7,2 05/09 5,7 05/10 7,3 05/11 5,6 05/12 7,5
06/07 6,9 06/08 7,2 06/09 6,0 06/10 7,3 06/11 6,4 06/12 7,4
07/07 7,5 07/08 7,5 07/09 7,1 07/10 6,0 07/11 7,0 07/12 7,7
08/07 7,2 08/08 6,1 08/09 7,1 08/10 5,5 08/11 6,7 08/12 7,0
09/07 8,0 09/08 6,0 09/09 7,1 09/10 5,6 09/11 6,7 09/12 8,0
10/07 8,1 10/08 6,1 10/09 6,1 10/10 5,7 10/11 7,2 10/12 7,0
11/07 8,5 11/08 6,2 11/09 6,7 11/10 5,1 11/11 6,5 11/12 7,6
425
12/07 6,8 12/08 6,1 12/09 6,7 12/10 6,0 12/11 5,8 12/12 6,0
13/07 7,2 13/08 6,9 13/09 6,4 13/10 7,1 13/11 6,6 13/12 7,0
14/07 8,4 14/08 6,3 14/09 6,9 14/10 6,3 14/11 6,5 14/12 7,1
15/07 6,0 15/08 6,1 15/09 6,2 15/10 7,3 15/11 6,6 15/12 6,9
16/07 6,5 16/08 6,7 16/09 6,9 16/10 7,3 16/11 6,7 16/12 6,0
17/07 6,6 17/08 6,5 17/09 7,0 17/10 7,1 17/11 6,4 17/12 6,3
18/07 6,3 18/08 5,5 18/09 6,8 18/10 7,1 18/11 6,7 18/12 5,7
19/07 6,0 19/08 6,6 19/09 7,9 19/10 7,1 19/11 6,9 19/12 6,1
20/07 6,5 20/08 5,6 20/09 7,6 20/10 7,3 20/11 6,7 20/12 5,8
21/07 6,8 21/08 6,5 21/09 7,2 21/10 6,7 21/11 7,0 21/12 5,4
22/07 6,7 22/08 5,5 22/09 7,4 22/10 6,5 22/11 7,1 22/12 5,2
23/07 6,7 23/08 5,5 23/09 7,5 23/10 7,0 23/11 7,0 23/12 5,1
24/07 6,6 24/08 6,2 24/09 7,6 24/10 6,7 24/11 7,0 24/12 6,8
25/07 6,4 25/08 7,1 25/09 6,0 25/10 6,2 25/11 7,8 25/12 7,3
26/07 7,2 26/08 7,8 26/09 6,7 26/10 6,5 26/11 7,7 26/12 7,2
27/07 5,0 27/08 7,5 27/09 6,8 27/10 6,5 27/11 7,1 27/12 7,1
28/07 5,5 28/08 7,5 28/09 6,7 28/10 6,8 28/11 6,9 28/12 6,1
29/07 5,2 29/08 6,7 29/09 6,5 29/10 6,8 29/11 6,5 29/12 6,7
30/07 6,7 30/08 6,5 30/09 6,8 30/10 6,7 30/11 7,2 30/12 6,9
31/07 6,9 31/08 7,0 31/09 - 31/10 5,3 31/11 - 31/12 7,2
426
Tabela 55 - Avaliações de pH - 2006
Dia/ Mês Valores
Encontrados Dia/ Mês
Valores
Encontrados Dia/ Mês
Valores
Encontrados Dia/ Mês
Valores
Encontrados
Dia/
Mês
Valores
Encontrados Dia/ Mês
Valores
Encontrados
01/01 7,2 01/02 7,2 01/03 6,6 01/04 6,3 01/05 6,0 01/06 5,5
02/01 6,9 02/02 6,4 02/03 6,7 02/04 6,6 02/05 6,1 02/06 5,7
03/01 7,1 03/02 6,7 03/03 6,7 03/04 6,1 03/05 6,0 03/06 5,6
04/01 7,0 04/02 5,3 04/03 6,7 04/04 6,1 04/05 6,1 04/06 5,8
05/01 7,7 05/02 5,5 05/03 6,7 05/04 5,2 05/05 5,9 05/06 6,0
06/01 6,6 06/02 5,7 06/03 6,5 06/04 6,2 06/05 6,0 06/06 6,2
07/01 6,8 07/02 5,9 07/03 6,9 07/04 6,3 07/05 6,1 07/06 6,0
08/01 6,6 08/02 5,7 08/03 6,5 08/04 6,3 08/05 6,8 08/06 6,0
09/01 7,1 09/02 5,7 09/03 6,5 09/04 6,2 09/05 6,6 09/06 6,1
10/01 7,0 10/02 5,8 10/03 5,0 10/04 6,2 10/05 6,0 10/06 6,2
11/01 5,1 11/02 5,7 11/03 5,0 11/04 6,2 11/05 5,5 11/06 6,0
12/01 5,1 12/02 6,0 12/03 5,8 12/04 6,1 12/05 5,4 12/06 5,7
13/01 5,1 13/02 5,4 13/03 5,7 13/04 6,3 13/05 5,4 13/06 5,7
14/01 5,6 14/02 5,2 14/03 5,8 14/04 6,3 14/05 5,8 14/06 5,6
15/01 6,0 15/02 5,7 15/03 6,0 15/04 6,4 15/05 6,1 15/06 5,8
16/01 6,2 16/01 6,1 16/03 5,9 16/04 6,2 16/05 5,7 16/06 5,9
17/01 6,1 17/02 5,8 17/03 5,9 17/04 6,0 17/05 5,8 17/06 5,9
18/01 5,9 18/02 6,0 18/03 5,8 18/04 6,1 18/05 5,9 18/06 5,9
19/01 5,5 19/02 6,0 19/03 5,9 19/04 6,5 19/05 5,3 19/06 5,9
20/01 6,2 20/02 5,9 20/03 5,7 20/04 5,8 20/05 6,6 20/06 6,0
21/01 5,7 21/02 5,9 21/03 5,6 21/04 5,9 21/05 5,8 21/06 6,1
22/01 5,9 22/02 5,5 22/03 5,6 22/04 6,3 22/05 5,8 22/06 5,4
427
23/01 6,1 23/02 6,1 23/03 5,6 23/04 6,2 23/05 6,0 23/06 5,7
24/01 6,2 24/02 6,7 24/03 5,4 24/04 6,9 24/05 5,7 24/06 5,9
25/01 6,2 25/02 6,7 25/03 5,4 25/04 6,4 25/05 5,7 25/06 5,4
26/01 6,2 26/02 6,8 26/03 5,4 26/01 5,9 26/05 5,5 26/06 5,2
27/01 6,1 27/02 7,0 27/03 6,5 27/04 5,8 27/05 5,7 27/06 5,2
28/01 6,0 28/02 6,8 28/03 6,7 28/04 5,8 28/05 6,0 28/06 5,4
29/01 6,2 - - 29/03 6,6 29/04 5,9 29/05 5,8 29/06 5,4
30/01 6,3 - - 30/03 6,3 30/04 5,9 30/05 5,7 30/06 5,0
31/01 6,9 - - 31/03 6,5 - - 31/05 5,4 - -
Dia/ Mês Valores
Encontrados Dia/ Mês
Valores
Encontrados Dia/ Mês
Valores
Encontrados Dia/ Mês
Valores
Encontrados
Dia/
Mês
Valores
Encontrados
Dia/
Mês
Valores
Encontrados
01/07 5,3 01/08 6,3 01/09 6,6 01/10 5,7 01/11 5,2 01/12 6,8
02/07 6,0 02/08 6,6 02/09 5,5 02/10 6,2 02/11 5,1 02/12 6,7
03/07 6,8 03/08 6,5 03/09 5,8 03/10 5,9 03/11 5,1 03/12 6,5
04/07 6,7 04/08 6,4 04/09 6,1 04/10 5,7 04/11 5,2 04/12 6,6
05/07 5,7 05/08 6,2 05/09 6,0 05/10 5,4 05/11 5,4 05/12 6,4
06/07 5,2 06/08 6,2 06/09 6,2 06/10 5,3 06/11 5,4 06/12 6,3
07/07 5,5 07/08 6,5 07/09 6,0 07/10 5,2 07/11 6,6 07/12 6,2
08/07 4,6 08/08 6,1 08/09 5,7 08/10 6,1 08/11 6,2 08/12 6,4
09/07 5,2 09/08 6,1 09/09 5,0 09/10 6,2 09/11 5,5 09/12 6,5
10/07 6,2 10/08 5,9 10/09 5,2 10/10 6,6 10/11 6,1 10/12 6,5
11/07 6,8 11/08 6,0 11/09 5,0 11/10 5,9 11/11 6,5 11/12 6,5
428
12/07 6,3 12/08 6,2 12/09 5,1 12/10 5,8 12/11 6,3 12/12 6,4
13/07 6,1 13/08 6,1 13/09 5,2 13/10 6,2 13/11 6,2 13/12 5,0
14/07 6,1 14/08 6,1 14/09 5,4 14/10 6,8 14/11 6,0 14/12 5,0
15/07 6,2 15/08 6,1 15/09 6,2 15/10 6,8 15/11 6,1 15/12 5,1
16/07 6,2 16/08 6,1 16/09 5,7 16/10 6,4 16/11 5,9 16/12 5,3
17/07 5,8 17/08 6,2 17/09 5,3 17/10 6,6 17/11 5,9 17/12 5,0
18/07 7,0 18/08 6,6 18/09 5,5 18/10 6,7 18/11 6,1 18/12 5,1
19/07 6,9 19/08 6,5 19/09 5,3 19/10 6,6 19/11 5,0 19/12 5,8
20/07 6,8 20/08 6,7 20/09 6,7 20/10 5,4 20/11 5,0 20/12 6,1
21/07 6,7 21/08 6,5 21/09 6,4 21/10 6,4 21/11 5,7 21/12 6,1
22/07 5,5 22/08 6,7 22/09 6,5 22/10 6,3 22/11 5,1 22/12 5,1
23/07 5,8 23/08 5,7 23/09 7,2 23/10 5,7 23/11 5,7 23/12 5,6
24/07 5,9 24/08 5,5 24/09 6,9 24/10 5,8 24/11 6,1 24/12 5,8
25/07 6,1 25/08 6,2 25/09 6,3 25/10 5,5 25/11 6,3 25/12 5,8
26/07 5,0 26/08 5,9 26/09 5,5 26/10 5,7 26/11 6,0 26/12 5,8
27/07 5,5 27/08 6,0 27/09 5,6 27/10 5,7 27/11 5,5 27/12 5,9
28/07 6,0 28/08 6,0 28/09 6,0 28/10 6,1 28/11 5,2 28/12 5,8
29/07 5,3 29/08 5,8 29/09 6,2 29/10 6,0 29/11 5,6 29/12 5,7
30/07 5,0 30/08 5,9 30/09 6,0 30/10 6,6 30/11 5,7 30/12 5,9
31/07 6,6 31/08 6,7 - - 31/10 6,6 - - 31/12 6,0
429
Tabela 56 - Avaliações de temperatura em oC - 2005
Dia/ Mês Valores
Encontrados Dia/ Mês Valores Encontrados Dia/ Mês Valores
Encontrados Dia/ Mês Valores Encontrados
Dia/ Mês
Valores Encontrado
s
Dia/ Mês
Valores Encontrados
01/01 29 01/02 27 01/03 28 01/04 29 01/05 25 01/06 25
02/01 31 02/02 28 02/03 27 02/04 29 02/05 25 02/06 27
03/01 29 03/02 - 03/03 25 03/04 28 03/05 25 03/06 25
04/01 28 04/02 - 04/03 28 04/04 28 04/05 25 04/06 26
05/01 28 05/02 - 05/03 28 05/04 28 05/05 26 05/06 28
06/01 28 06/02 - 06/03 28 06/04 28 06/05 27 06/06 27
07/01 29 07/02 - 07/03 27 07/04 28 07/05 26 07/06 29
08/01 29 08/02 - 08/03 31 08/04 27 08/05 26 08/06 25
09/01 29 09/02 28 09/03 29 09/04 27 09/05 26 09/06 27
10/01 29 10/02 29 10/03 29 10/04 29 10/05 28 10/06 27
11/01 28 11/02 29 11/03 29 11/04 28 11/05 28 11/06 26
12/01 29 12/02 31 12/03 29 12/04 29 12/05 27 12/06 26
13/01 27 13/02 30 13/03 29 13/04 29 13/05 27 13/06 27
14/01 31 14/02 30 14/03 29 14/04 28 14/05 28 14/06 26
15/01 28 15/02 25 15/03 30 15/04 29 15/05 27 15/06 27
16/01 30 16/01 27 16/03 29 16/04 20 16/05 28 16/06 26
17/01 30 17/02 27 17/03 29 17/04 28 17/05 30 17/06 28
18/01 28 18/02 27 18/03 29 18/04 28 18/05 29 18/06 26
19/01 32 19/02 27 19/03 29 19/04 29 19/05 28 19/06 26
20/01 31 20/02 25 20/03 28 20/04 29 20/05 27 20/06 26
430
21/01 30 21/02 28 21/03 28 21/04 29 21/05 28 21/06 24
22/01 27 22/02 28 22/03 29 22/04 27 22/05 26 22/06 24
23/01 27 23/02 28 23/03 27 23/04 28 23/05 25 23/06 23
24/01 28 24/02 28 24/03 28 24/04 27 24/05 28 24/06 25
25/01 27 25/02 29 25/03 28 25/04 28 25/05 25 25/06 26
26/01 26 26/02 28 26/03 27 26/01 26 26/05 24 26/06 26
27/01 26 27/02 28 27/03 28 27/04 25 27/05 26 27/06 25
28/01 23 28/02 28 28/03 29 28/04 26 28/05 26 28/06 25
29/01 26 29/02 30 29/03 30 29/04 26 29/05 25 29/06 25
30/01 27 - - 30/03 29 30/04 26 30/05 25 30/06 26
31/01 27 - - 31/03 28 - - 31/05 26 - -
Dia/
Mês
Valores
Encontrados
Dia/
Mês
Valores
Encontrados
Dia/
Mês
Valores
Encontrados
Dia/
Mês
Valores
Encontrados
Dia/
Mês
Valores
Encontrados
Dia/
Mês
Valores
Encontrados
01/07 28 01/08 26 01/09 28 01/10 28 01/11 27 01/12 30
02/07 26 02/08 26 02/09 29 02/10 27 02/11 27 02/12 29
03/07 28 03/08 26 03/09 26 03/10 27 03/11 27 03/12 32
04/07 25 04/08 27 04/09 26 04/10 26 04/11 26 04/12 29
05/07 26 05/08 26 05/09 26 05/10 26 05/11 29 05/12 30
06/07 26 06/08 26 06/09 26 06/10 28 06/11 27 06/12 30
07/07 24 07/08 24 07/09 27 07/10 27 07/11 27 07/12 31
08/07 25 08/08 24 08/09 27 08/10 30 08/11 24 08/12 30
09/07 25 09/08 23 09/09 26 09/10 28 09/11 26 09/12 30
10/07 24 10/08 25 10/09 28 10/10 28 10/11 27 10/12 30
431
11/07 24 11/08 26 11/09 27 11/10 29 11/11 25 11/12 31
12/07 26 12/08 24 12/09 26 12/10 29 12/11 26 12/12 30
13/07 25 13/08 24 13/09 26 13/10 29 13/11 27 13/12 30
14/07 26 14/08 26 14/09 28 14/10 29 14/11 29 14/12 31
15/07 25 15/08 26 15/09 27 15/10 27 15/11 29 15/12 29
16/07 25 16/08 24 16/09 29 16/10 27 16/11 28 16/12 28
17/07 26 17/08 26 17/09 29 17/10 28 17/11 28 17/12 27
18/07 26 18/08 26 18/09 28 18/10 27 18/11 29 18/12 30
19/07 25 19/08 25 19/09 27 19/10 28 19/11 30 19/12 30
20/07 25 20/08 26 20/09 26 20/10 28 20/11 29 20/12 30
21/07 25 21/08 25 21/09 26 21/10 28 21/11 26 21/12 30
22/07 26 22/08 26 22/09 26 22/10 29 22/11 27 22/12 30
23/07 27 23/08 25 23/09 27 23/10 29 23/11 30 23/12 30
24/07 26 24/08 25 24/09 28 24/10 29 24/11 29 24/12 29
25/07 26 25/08 26 25/09 27 25/10 29 25/11 31 25/12 29
26/07 26 26/08 25 26/09 23 26/10 28 26/11 30 26/12 29
27/07 24 27/08 27 27/09 23 27/10 28 27/11 31 27/12 29
28/07 26 28/08 28 28/09 25 28/10 28 28/11 30 28/12 29
29/07 26 29/08 30 29/09 25 29/10 29 29/11 30 29/12 29
30/07 26 30/08 34 30/09 27 30/10 29 30/11 30 30/12 29
31/07 25 31/08 28 - - 31/10 26 - - 31/12 29
432
Tabela 57 - Avaliações de temperatura em oC - 2006
Dia/ Mês Valores
Encontrados Dia/ Mês Valores Encontrados Dia/ Mês Valores
Encontrados Dia/ Mês Valores Encontrados
Dia/ Mês
Valores Encontrados
Dia/ Mês
Valores Encontrados
01/01 29 01/02 31 01/03 30 01/04 30 01/05 30 01/06 28
02/01 29 02/02 32 02/03 30 02/04 29 02/05 30 02/06 28
03/01 29 03/02 31 03/03 31 03/04 30 03/05 30 03/06 28
04/01 29 04/02 32 04/03 31 04/04 30 04/05 30 04/06 28
05/01 28 05/02 32 05/03 31 05/04 30 05/05 30 05/06 29
06/01 29 06/02 32 06/03 32 06/04 30 06/05 30 06/06 29
07/01 30 07/02 32 07/03 32 07/04 29 07/05 30 07/06 29
08/01 30 08/02 33 08/03 32 08/04 30 08/05 30 08/06 30
09/01 30 09/02 30 09/03 33 09/04 30 09/05 30 09/06 30
10/01 30 10/02 31 10/03 31 10/04 30 10/05 29 10/06 30
11/01 31 11/02 30 11/03 32 11/04 30 11/05 28 11/06 29
12/01 30 12/02 32 12/03 31 12/04 31 12/05 28 12/06 28
13/01 31 13/02 30 13/03 30 13/04 31 13/05 28 13/06 28
14/01 32 14/02 32 14/03 31 14/04 30 14/05 28 14/06 28
15/01 32 15/02 31 15/03 30 15/04 31 15/05 27 15/06 28
16/01 32 16/01 31 16/03 30 16/04 31 16/05 27 16/06 28
17/01 30 17/02 30 17/03 30 17/04 31 17/05 28 17/06 29
18/01 32 18/02 30 18/03 30 18/04 30 18/05 27 18/06 28
19/01 31 19/02 30 19/03 30 19/04 29 19/05 28 19/06 28
20/01 31 20/02 31 20/03 30 20/04 29 20/05 27 20/06 29
21/01 32 21/02 30 21/03 30 21/04 29 21/05 28 21/06 28
433
22/01 32 22/02 31 22/03 30 22/04 29 22/05 29 22/06 29
23/01 32 23/02 30 23/03 31 23/04 29 23/05 29 23/06 29
24/01 31 24/02 32 24/03 32 24/04 31 24/05 29 24/06 29
25/01 32 25/02 30 25/03 31 25/04 29 25/05 29 25/06 30
26/01 31 26/02 32 26/03 31 26/01 29 26/05 29 26/06 29
27/01 32 27/02 32 27/03 32 27/04 30 27/05 30 27/06 29
28/01 30 28/02 31 28/03 30 28/04 30 28/05 30 28/06 29
29/01 31 - - 29/03 29 29/04 30 29/05 29 29/06 29
30/01 30 - - 30/03 30 30/04 30 30/05 29 30/06 27
31/01 31 - - 31/03 31 - - 31/05 25 - -
Dia/
Mês
Valores
Encontrados
Dia/
Mês
Valores
Encontrados
Dia/
Mês
Valores
Encontrados
Dia/
Mês
Valores
Encontrados
Dia/
Mês
Valores
Encontrados
Dia/
Mês
Valores
Encontrados
01/07 27 01/08 26 01/09 26 01/10 30 01/11 29 01/12 31
02/07 29 02/08 26 02/09 28 02/10 28 02/11 28 02/12 30
03/07 29 03/08 27 03/09 29 03/10 28 03/11 28 03/12 30
04/07 29 04/08 28 04/09 28 04/10 28 04/11 29 04/12 32
05/07 29 05/08 29 05/09 27 05/10 30 05/11 28 05/12 31
06/07 27 06/08 29 06/09 27 06/10 30 06/11 30 06/12 32
07/07 28 07/08 29 07/09 28 07/10 30 07/11 31 07/12 31
08/07 28 08/08 29 08/09 27 08/10 30 08/11 31 08/12 32
09/07 28 09/08 30 09/09 26 09/10 30 09/11 30 09/12 31
10/07 29 10/08 30 10/09 27 10/10 30 10/11 28 10/12 31
434
11/07 29 11/08 30 11/09 27 11/10 30 11/11 28 11/12 31
12/07 29 12/08 29 12/09 28 12/10 29 12/11 28 12/12 31
13/07 28 13/08 30 13/09 29 13/10 30 13/11 32 13/12 30
14/07 29 14/08 30 14/09 30 14/10 30 14/11 31 14/12 30
15/07 29 15/08 30 15/09 29 15/10 30 15/11 31 15/12 31
16/07 29 16/08 31 16/09 28 16/10 31 16/11 30 16/12 31
17/07 29 17/08 29 17/09 27 17/10 28 17/11 30 17/12 31
18/07 28 18/08 30 18/09 27 18/10 27 18/11 31 18/12 30
19/07 27 19/08 29 19/09 27 19/10 29 19/11 31 19/12 29
20/07 28 20/08 29 20/09 28 20/10 29 20/11 31 20/12 30
21/07 29 21/08 29 21/09 28 21/10 29 21/11 30 21/12 31
22/07 28 22/08 28 22/09 29 22/10 30 22/11 30 22/12 32
23/07 28 23/08 27 23/09 29 23/10 28 23/11 30 23/12 30
24/07 27 24/08 27 24/09 29 24/10 28 24/11 32 24/12 29
25/07 27 25/08 28 25/09 24 25/10 29 25/11 29 25/12 29
26/07 27 26/08 29 26/09 28 26/10 29 26/11 28 26/12 29
27/07 28 27/08 29 27/09 28 27/10 28 27/11 30 27/12 31
28/07 27 28/08 29 28/09 28 28/10 30 28/11 30 28/12 31
29/07 27 29/08 28 29/09 29 29/10 28 29/11 31 29/12 31
30/07 27 30/08 28 30/09 29 30/10 30 30/11 30 30/12 30
31/07 26 31/08 27 - - 31/10 30 - - 31/12 28
435
Tabela 58 - Avaliações de Demanda Biológica de Oxigênio (DBO) - 2005
Ano Avaliação Entrada da Estação Saída da Estação % de Eficiência Janeiro 306,0 8,2 97,3 Janeiro 220,0 6,3 97,1
Fevereiro 404,0 45,3 88,8 Fevereiro 242,0 14,0 94,2
Março 394,0 10,9 97,2 Março 222,0 15,5 93,0 Abril 368,0 11,9 96,8 Abril 224,0 13,4 94,0 Maio 406,0 37,5 90,8 Maio 798,0 42,7 94,6 Junho 386,0 60,3 84,4 Junho 340,0 6,5 98,1 Julho 358,0 8,9 97,5 Julho 524,0 10,3 98,0
Agosto 397,0 60,4 84,8 Agosto 174,0 32,0 81,6
Setembro 474,0 23,5 95,0 Setembro 270,0 57,3 78,8 Outubro 226,0 52,1 76,9 Outubro 438,0 58,7 86,6
Novembro 250,0 8,6 96,6 Novembro 470,0 5,1 98,9 Dezembro 220,0 6,3 97,1
2005
Dezembro 312,0 19,0 81,5
Tabela 59 - Avaliações de Demanda Biológica de Oxigênio (DBO) - 2006 Ano Avaliação Entrada da Estação Saída da Estação % de Eficiência
Janeiro 140,0 9,0 93,6 Janeiro 130,0 7,7 94,1
Fevereiro 236,0 4,0 98,3 Fevereiro 214,0 15,0 93,0
Março 138,0 9,7 93,0 Março 348,0 13,6 96,1 Abril 244,0 43,8 82,0 Abril 364,0 6,9 98,1 Maio 208,0 6,7 96,8 Maio 140,0 10,4 92,6 Junho 164,0 9,3 94,3 Junho 194,0 8,8 95,5 Julho 224,0 9,6 95,7 Julho 166,0 10,9 93,4
Agosto 222,0 8,8 96,0 Agosto 218,0 3,7 98,3
Setembro 196,0 8,4 95,7 Setembro 178,0 6,0 96,6 Outubro 330,0 8,2 97,5 Outubro 230,0 8,5 96,3
Novembro 190,0 10,8 94,3 Novembro 200,0 6,1 97,0 Dezembro 216,0 14,0 93,5
2006
Dezembro 234,0 6,0 97,4
436
Tabela 60 - Avaliação mensal de óleos e graxas, resíduos sedimentáveis, demanda química de oxigênio e zinco
Mês de
Realização da Avaliação
Óleo e Graxas (mg/ l)
Resíduos Sedimentáveis
(mg/ l)
Demanda Química de
Oxigênio (DQO) (mg/ l)
Zinco (mg/ l)
Janeiro 11,2 0,1 64,9 0,6 Janeiro 10,0 0,1 72,0 0,4 Janeiro 10,2 0,1 40,0 0,5 Janeiro 8,8 0,1 31,6 0,2
Fevereiro 13,2 0,1 32,9 0,3 Fevereiro 4,0 0,1 33,1 0,1 Fevereiro 6,0 0,4 53,7 0,5 Fevereiro 2,8 0,1 65,3 0,2
Março 11,2 0,1 35,9 0,5 Março 10,0 0,1 44,5 0,2 Março 16,4 0,1 31,5 0,6 Março 6,0 0,1 23,9 0,5 Abril 5,6 0,2 44,2 0,2 Abril 11,2 0,1 15,8 0,6 Abril 12,4 0,1 44,7 0,4 Abril 14,0 0,1 19,8 0,4 Maio 1,2 0,1 23,7 0,3 Maio 1,6 0,1 36,3 0,3 Maio 2,4 0,1 24,1 0,0 Maio 18,5 2,0 58,0 0,2 Junho 5,2 0,1 20,2 0,5 Junho 3,6 0,1 24,1 0,5 Junho 11,6 0,1 162,0 0,5 Junho 8,0 0,1 20,2 0,2 Julho 12,4 0,1 66,1 0,3 Julho 10,8 0,2 65,6 0,1 Julho 5,6 0,8 25,0 0,2 Julho 6,0 0,1 24,4 0,4
Agosto 6,0 0,4 68,3 0,7 Agosto 12,0 0,1 86,9 0,3 Agosto 12,4 0,1 52,6 0,3 Agosto 15,6 0,1 50,3 0,3
Setembro 13,6 3,0 79,3 0,2 Setembro 10,0 0,1 49,2 0,3 Setembro 18,4 0,1 23,9 0,2 Setembro 5,2 0,1 74,4 0,1 Outubro 6,4 0,1 56,5 0,2 Outubro 15,2 0,1 44,0 0,2 Outubro 9,6 0,5 43,5 0,2 Outubro 4,0 0,1 40,3 0,4
Novembro 8,4 0,1 21,0 0,4 Novembro 11,6 0,1 41,2 0,1 Novembro 10,0 0,3 32,1 0,1 Novembro 18,0 0,1 53,0 0,3 Dezembro 11,6 0,1 12,1 0,3 Dezembro 5,2 0,1 88,0 0,3 Dezembro 12,8 0,3 131,2 0,7
2005
Dezembro 7,2 0,1 75,7 0,2 Janeiro 13,6 0,1 12,0 0,4
Janeiro 6,8 0,1 149,2 0,3
437
Janeiro 2,8 0,1 32,6 0,4 Janeiro 16,0 0,1 12,1 0,4
Fevereiro 18,8 0,1 20,7 0,3 Fevereiro 18,0 0,3 180,0 0,3 Fevereiro 14,8 0,1 8,4 0,3 Fevereiro 18,0 0,3 112,9 0,3
Março 28,0 0,4 21,0 0,4 Março 10,0 0,4 19,6 0,6 Março 17,6 0,3 22,8 0,2 Março 27,6 0,2 8,1 0,2 Abril 24,8 0,1 15,7 0,2 Abril 10,4 0,1 16,1 0,4 Abril 15,2 0,2 34,6 0,5 Abril 8,0 0,1 21,7 0,2 Maio 8,4 0,1 124,0 0,3 Maio 10,8 0,1 16,3 0,4 Maio 10,0 0,1 20,0 0,2 Maio 14,8 0,1 16,2 0,4 Junho 11,6 0,2 23,4 0,4 Junho 11,6 0,5 48,2 0,3 Junho 9,6 0,1 25,0 0,4 Junho 12,4 0,3 28,8 0,3 Julho 8,8 0,1 16,3 0,1 Julho 16,0 0,1 52,2 0,5 Julho 10,4 0,6 27,4 0,5 Julho 16,4 0,1 46,3 0,2
Agosto 9,2 0,1 34,4 0,2 Agosto 8,0 0,1 150,9 0,9 Agosto 8,4 0,2 25,3 0,2 Agosto 4,8 0,5 37,3 0,4
Setembro 11,6 0,4 28,9 0,2 Setembro 7,2 0,1 40,0 0,2 Setembro 5,2 0,1 31,3 0,3 Setembro 7,2 0,1 38,5 0,1 Outubro 5,6 0,1 37,3 0,3 Outubro 1,6 0,1 62,2 0,2 Outubro 10,4 0,1 36,0 0,2 Outubro 6,0 0,1 31,4 0,6
Novembro 3,2 0,1 31,1 0,5 Novembro 6,4 0,1 19,2 0,7 Novembro 8,0 0,1 22,8 0,4 Novembro 9,6 0,1 16,3 1,0 Dezembro 11,2 0,1 12,2 0,5 Dezembro 6,8 0,1 32,6 0,4 Dezembro 14,4 0,1 31,5 0,8
2006
Dezembro 8,8 0,1 40,0 1,0
438
Tabela 62 - Óleo e graxa, associada à quantidade de água descartada – Indicador (t)
Mês
Concentração
média diária de
Óleo e Graxa (kg)
Concentração
mensal de Óleo e
Graxa (kg)
Vazão saída da
estação de
tratamento (m3)
Indicador (t)
Janeiro 10,05 311,55 16.973,00 5,3
Fevereiro 6,50 188,50 15.046,20 2,8
Março 10,90 337,90 16.988,70 5,7
Abril 10,80 324,00 16.515,80 5,4
Maio 5,93 183,83 16.992,50 3,1
Junho 7,10 213,00 16.513,60 3,5
Julho 8,70 269,70 15.947,60 4,3
Agosto 11,50 356,50 14.443,00 5,1
Setembro 11,80 354,00 15.182,70 5,4
Outubro 8,80 272,80 13.953,50 3,8
Novembro 12,00 360,00 14.536,80 5,3
Dezembro 9,20 285,20 15.010,40 4,2
Média Anual - - - 4,5
2005
Total Anual - - 188.094,00 54,00
Janeiro 9,80 303,80 18.408,00 5,6
Fevereiro 17,40 487,20 16.442,00 8,0
Março 27,00 837,00 15.312,00 12,8
Abril 10,50 315,00 16.621,90 5,5
Maio 11,80 141,60 18.072,40 2,6
Junho 14,60 438,00 16.557,50 7,3
Julho 11,00 341,00 15.738,30 5,3
Agosto 9,30 288,30 21.816,40 6,3
Setembro 6,20 186,00 15.096,40 2,8
Outubro 5,90 182,90 16.904,00 3,1
Novembro 12,70 381,00 17.856,00 6,8
Dezembro 9,20 285,20 19.560,00 5,6
Média Anual - - - 6,0
2006
Total Anual - - 208.025,20 71,70
439
Tabela 63 - Resíduo Sedimentável (RS), associado à quantidade de água descartada – Indicador (kg)
Mês
Concentração
média diária de
RS (kg)
Concentração
mensal de
RS (kg)
Vazão na saída da
estação de
tratamento (m3)
Indicador (kg)
Janeiro 0,100 3,10 16.973,00 52,60
Fevereiro 0,175 5,10 15.046,20 76,70
Março 0,100 3,10 16.988,70 52,70
Abril 0,125 3,90 16.515,80 64,40
Maio 0,575 17.83 16.992,50 303,00
Junho 0,100 3,00 16.513,60 49,54
Julho 0,300 9,30 15.947,60 148,30
Agosto 0,175 5,43 14.443,00 78,43
Setembro 0,825 25,58 15.182,70 388,40
Outubro 0,200 6,20 13.953,50 86,51
Novembro 0,150 4,50 14.536,80 65,37
Dezembro 0,150 4,65 15.010,40 70,00
Média Anual - - - 120,00
2005
Total Anual - - 188.094,00 1.436,00
Janeiro 0,100 3,10 18.408,00 57,10
Fevereiro 0,200 5,60 16.442,00 92,08
Março 0.350 10,85 15.312,00 166,14
Abril 0,125 3,75 16.621,90 61,00
Maio 0,125 3,88 18.072,40 70,12
Junho 0,275 8,25 16.557,50 136,60
Julho 0,225 6,98 15.738,30 109,85
Agosto 0,325 10,08 21.816,40 219,91
Setembro 0,100 3,00 15.096,40 45,29
Outubro 0,100 3,10 16.904,00 52,40
Novembro 0,150 4,50 17.856,00 17,86
Dezembro 0,150 6,20 19.560,00 121,27
Média Anual - - - 96,00
2006
Total Anual - - 208.025,00 1.150,00
440
Tabela 64 - Demanda Química de Oxigênio (DQO), associada à quantidade de água descartada – Indicador (kg)
Mês
Concentração
média diária de
DQO (kg)
Concentração
mensal de
DQO (kg)
Vazão saída da
estação de
tratamento (m3)
Indicador (kg)
Janeiro 52,13 1.616,03 16.973,00 27.428,88
Fevereiro 46,25 1.341,25 15.046,20 20.180,72
Março 33,95 1.052,45 16.988,70 17.879,76
Abril 31,16 934,80 16.515,80 15.438,97
Maio 35,53 1.101,43 16.992,50 18.716,05
Junho 56,63 1.698,90 16.513,60 28.055,00
Julho 45,28 1,403,68 15.947,60 22.385,33
Agosto 64,53 2.000,43 14.443,00 28.892,21
Setembro 56,70 1.701,00 15.182,70 25.825,78
Outubro 46,08 1.428,48 13.953,50 19.931,58
Novembro 36,83 1.104.90 14.536,80 16.050,66
Dezembro 76,75 2.379,25 15.010,40 35.713,49
Média Mensal - - - 23.041,37
2005
Total Anual - - 188.094,00 276.498,43
Janeiro 51,50 1.596,50 18.408,00 29.388,37
Fevereiro 80,48 2.253,44 16.442,00 37.051,06
Março 21,80 675,80 15.312,00 10.347,85
Abril 49,10 1.473,00 16.621,90 23.953,78
Maio 19,98 619,38 18.072,40 11.193,68
Junho 42,63 1.278,90 16.557,50 21.175,39
Julho 64,00 1.984,00 15.738,30 31.224,79
Agosto 40,70 1.262,70 21.816,40 27.525.75
Setembro 43,50 1.305,00 15.096,40 19.700,80
Outubro 26,13 810,03 16.904,00 13.692,75
Novembro 58,15 1.744,50 17.856,00 31.150,00
Dezembro 28,75 891,25 19.560,00 17.432,85
Média Mensal - - - 22.819,76
2006
Total Anual - - 208.025,20 273.837,17
441
Tabela 65: Zinco (Zn), associado à quantidade de água descartada – Indicador (kg)
Mês
Concentração
média diária de
Zinco (kg)
Concentração
mensal de
Zinco (kg)
Vazão saída da
estação de
tratamento (m3)
Indicador
(kg)
Janeiro 0,425 13,18 16.973,00 223,70
Fevereiro 0,275 7,98 15.046,20 120,07
Março 0,450 13,50 16.988,70 229,34
Abril 0,400 12,00 16.515,80 198,20
Maio 0,200 6,20 16.992,50 105,35
Junho 0,425 12,75 16.513,60 210,55
Julho 0,250 7,75 15.947,60 123,60
Agosto 0,400 12,40 14.443,00 179,09
Setembro 0,200 6,00 15.182,70 91,10
Outubro 0,250 7,75 13.953,50 108,14
Novembro 0,225 6,75 14.536,80 98,06
Dezembro 0,375 11,63 15.010,40 174,57
Média Anual - - - 155,00
2005
Total Anual - - 188.094,00 1.861,47
Janeiro 0,360 11,25 18.408,00 207,09
Fevereiro 0,280 7,84 16.442,00 128,91
Março 0,320 9,92 15.312,00 151,90
Abril 0,330 10,23 16.621,90 166,36
Maio 0,320 9,92 18.072,40 179,28
Junho 0,400 12,00 16.557,50 198,69
Julho 0,250 7,75 15.738,30 121,97
Agosto 0,400 12,40 21.816,40 270,52
Setembro 0,200 6,00 15.096,40 90,58
Outubro 0,250 7,75 16.904,00 131,00
Novembro 0,230 6,90 17.856,00 123,21
Dezembro 0,380 11,78 19.560,00 230,42
Média Anual - - - 174,00
2006
Total Anual - - 208.025,20 2.090,45
442 Tabela 66 - Totais de resíduos a destinar ano de 2005 (toneladas)
Ano 2005 JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ TOTAL CLASSIFICAÇÃO
Alumínio 0,0 2,0 0,0 2,4 0,0 4,9 0,0 1,1 0,9 0,0 0,7 0,0 12,0 RIV
Amianto (*) 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 RIV
Aro 0,0 46,6 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 46,6 RIV
Big-bag usado 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 13,8 0,0 0,0 0,0 7,6 0,0 0,0 21,4 RIV
Câmara de ar (*) 0,0 0,0 0,0 2,8 0,0 0,0 0,0 2,6 0,0 0,0 0,0 1,3 6,7 DFBV
Detrito de correias e tapetes 4,3 5,8 10,1 8,5 6,5 8,7 4,1 7,5 5,6 8,9 4,2 7,1 81,2 RIV
Detrito de papel 1,5 2,6 1,2 3,0 1,5 1,5 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 11,4 RI
Detrito de pneu (*) 81,0 42,9 63,4 66,8 45,6 69,6 62,7 52,3 68,1 73,3 57,3 49,2 732,3 DFBV
Embalagem pesticidas e produto químico 3,7 0,0 0,0 11,7 0,0 1,7 0,0 5,3 0,0 8,2 3,4 1,2 35,2 RI
Entulho 0,0 29,1 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 29,1 RI
Flap (*) 0,0 0,7 1,4 1,4 0,6 0,0 0,0 0,6 0,0 0,7 0,0 0,7 6,0 DFBV
Fuligem 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 RIV
Goma natural (*) 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 DFBV
Lâmpada usada 0,0 1,5 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 1,2 2,7 RIV
Lixo ambulatorial 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,1 RI
Lixo comum 12,3 12,8 14,5 15,3 13,8 14,4 14,8 15,0 15,3 13,9 14,2 20,4 176,6 RI
Lixo do restaurante 22,5 20,1 22,2 20,5 21,6 20,9 20,7 22,1 21,4 22,4 21,1 20,5 255,9 RI
Lodo industrial 20,0 22,6 19,1 27,2 25,0 51,7 0,0 34,7 45,2 40,3 21,5 20,5 327,7 RIV
Madeira 15,0 15,2 22,5 27,7 70,7 43,2 28,1 54,8 77,7 33,9 72,8 34,2 495,7 RI
Material confidencial 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 RI
Material de informática 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 RIV
Mercúrio 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 RI
Mistura crua (*) 60,0 24,4 56,2 44,7 69,6 62,1 36,0 42,8 35,7 64,0 70,3 62,5 628,2 DFBV
Mistura de limpeza (*) 1,7 2,5 1,4 0,0 7,1 4,4 4,4 4,8 3,9 2,7 2,6 4,1 39,6 DFBV
443
Mistura butyl (*) 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 4,6 0,2 0,0 4,7 DFBV
Mobília 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 RI
Negro de carbono (*) 11,2 6,2 15,7 19,5 6,2 10,4 10,7 8,4 6,0 6,4 5,0 5,7 111,3 DFBV
Óleo e gordura saturada 0,2 0,0 0,4 0,3 0,1 0,2 0,3 0,2 0,2 0,2 0,2 0,0 2,4 RIV
Óleo industrial usado (*) 12,3 17,7 15,9 13,9 14,7 27,4 0,0 24,7 27,6 12,1 13,6 9,8 189,6 DFBV
Óleo isolante mineral 0,0 3,3 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 3,3 RIV
Óleo lubrificante usado 4,0 2,4 5,3 3,5 4,3 5,1 2,5 3,8 6,0 3,3 3,1 4,6 47,9 RIV
Papel 0,0 0,7 0,6 0,7 0,9 1,3 0,7 0,9 1,2 1,1 0,8 3,8 12,6 RIV
Papelão 18,1 12,3 16,9 11,8 21,8 14,2 18,9 21,6 25,5 29,0 44,7 13,2 248,0 RIV
Palete de madeira 53,6 55,4 69,6 51,3 31,3 31,6 34,3 38,4 42,9 33,2 0,0 0,0 441,7 RIV
Pilhas e baterias 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 RIV
Plástico 5,1 3,1 8,3 5,4 8,1 7,4 6,7 6,4 5,0 5,6 6,2 4,0 71,3 RIV
Pneus cortados (*) 29,8 24,8 34,9 21,3 50,5 31,0 25,3 32,6 30,7 21,0 21,5 15,3 338,6 DFBV
Pós-diversos de produtos químicos (*) 0,0 2,2 0,8 0,9 1,4 2,0 0,3 2,8 0,4 0,6 0,2 0,4 11,9 DFBV
Produto químico (*) 0,0 1,1 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,4 0,0 0,0 1,5 DFBV
Resíduo de caixa de gordura 6,4 0,0 4,9 5,1 7,6 4,5 6,7 7,1 6,0 0,0 13,5 13,5 75,2 RI
Sobras de produtos químicos (*) 2,7 2,4 2,9 4,3 1,5 3,6 0,0 5,6 5,3 3,8 1,3 5,0 38,4 DFBV
Sucata de bateria 0,0 0,0 0,0 0,0 23,7 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 23,7 RIV
Sucata metálica 18,5 59,6 55,8 44,6 19,8 57,4 55,1 91,7 43,6 25,1 31,8 41,3 544,4 RIV
Tecido têxtil (*) 6,4 0,0 21,1 9,0 0,0 7,9 17,2 10,3 14,1 8,3 7,1 0,0 101,3 DFBV
Tinta usada 0,2 0,0 0,6 0,8 0,0 0,4 0,0 1,0 0,0 0,0 0,0 0,4 3,4 RIV
Varreduras diversas (*) 32,7 33,6 36,0 40,8 32,5 40,8 28,9 24,6 54,8 18,3 33,9 20,0 396,8 DFBV
Vidro 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 RIV
TOTAL MENSAL 423,20 453,60 501,80 464,90 486,50 542,00 378,30 523,70 542,90 448,80 451,10 359,60 5.576,20 -
(*) Resíduos de produção (perda matéria)
444 Tabela 67 - Totais de resíduos a destinar ano de 2006 (toneladas)
2006 JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ TOTAL CLASSIFICAÇÃO
Alumínio 0,0 1,5 2,3 0,0 0,0 1,2 0,0 0,7 0,0 1,6 0,0 0,0 7,2 RIV
Amianto 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 23,6 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 23,6 RIV
Aro (*) 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 37,9 0,0 29,1 67,0 RIV
Big-bag usado 0,0 0,0 0,0 3,1 5,7 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 11,3 20,1 RIV
Câmara de ar (*) 0,0 0,0 0,0 1,3 0,0 0,0 1,8 0,0 0,0 1,1 0,0 0,0 4,1 DFBV
Detrito de correias e tapetes 3,0 4,7 10,3 8,1 8,5 3,8 1,5 7,5 6,0 4,8 5,0 7,9 71,0 RIV
Detrito de papel 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 RIV
Detrito de pneu (*) 40,4 54,7 44,2 65,6 74,6 55,7 43,7 69,7 76,7 34,2 81,5 59,3 700,2 DFBV
Emb. pest. e prod. químicos 0,0 4,6 0,0 0,0 6,7 0,0 0,9 0,0 0,0 0,0 0,0 20,6 32,8 RIV
Entulho 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 RI
Flap (*) 0,7 0,0 0,0 1,4 0,7 2,6 0,0 0,5 0,0 0,0 0,6 0,0 6,3 DFBV
Fuligem 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 RIV
Goma natural (*) 5,3 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 5,3 DFBV
Lâmpada usada 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 1,0 0,0 0,0 1,0 RIV
Lixo ambulatorial 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,1 RI
Lixo comum 14,2 12,9 16,0 21,0 16,9 15,9 16,3 16,9 14,4 15,6 14,0 15,4 189,3 RI
Lixo do restaurante 21,4 18,4 26,4 19,7 21,7 21,8 22,4 24,1 20,6 24,0 24,1 20,2 264,6 RI
Lodo industrial 20,9 22,9 20,7 22,5 22,0 1,3 46,4 21,7 46,8 47,6 60,9 0,9 334,5 RIV
Madeira 39,0 46,0 38,8 44,3 40,2 40,0 44,3 34,5 11,3 9,7 0,0 0,0 348,1 RI
Madeira (cerâmica) 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 18,2 30,7 38,9 65,6 153,3 RIV
Material confidencial 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 RI
Material de informática 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 RIV
Mercúrio 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 RI
Mistura crua (*) 75,7 52,2 81,5 69,1 89,9 42,5 47,2 38,7 31,3 49,4 62,8 54,4 694,6 DFBV
Mistura de limpeza (*) 3,0 1,4 4,8 4,1 1,6 1,0 2,0 2,8 5,5 3,5 4,2 6,4 40,3 DFBV
445
Mistura butyl (*) 0,0 0,0 0,0 7,4 4,9 1,1 2,0 2,0 1,7 4,0 2,9 3,6 29,6 DFBV
Mobília 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 RIV
Negro de carbono (*) 4,7 4,9 9,6 10,0 11,1 5,6 5,3 8,1 3,8 5,1 10,2 6,0 84,5 DFBV
Óleo e gordura saturada 0,2 0,0 0,0 0,0 0,5 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,6 0,0 1,3 RIV
Óleo industrial usado (*) 14,8 7,8 32,2 59,4 52,7 8,4 29,8 19,1 15,0 0,0 41,9 15,5 296,6 DFBV
Óleo isolante mineral 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 RIV
Óleo lubrificante usado 2,3 4,3 3,0 1,7 2,7 2,7 2,6 2,1 2,4 3,5 2,4 4,6 34,4 RIV
Papel 1,6 0,0 2,2 1,5 1,4 3,1 0,4 2,7 0,0 1,7 0,0 0,0 14,6 RIV
Papelão 27,3 26,0 21,9 24,0 25,6 24,9 27,7 18,0 19,9 21,2 25,9 22,5 284,7 RIV
Palete de madeira 26,7 27,6 27,6 30,7 36,3 37,4 35,1 27,4 34,4 35,7 25,2 19,4 363,5 RIV
Pilhas e baterias 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 RIV
Plástico 5,3 4,4 5,0 3,9 3,8 5,6 4,5 4,7 6,3 5,7 5,3 6,1 60,5 RIV
Pneus cortados (*) 13,2 32,7 19,4 48,8 27,7 12,8 37,6 26,4 39,8 15,7 42,7 26,2 342,8 DFBV
Pós div produto químico (*) 0,0 0,5 0,9 2,8 1,3 0,0 0,0 1,0 2,6 0,0 2,7 1,3 13,1 DFBV
Produto químico (*) 2,8 0,6 0,0 2,1 0,1 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 5,6 DFBV
Refugo de bloco 0,0 0,0 4,1 0,0 0,8 0,3 0,0 1,6 0,2 1,5 0,5 0,4 9,4 DFBV
Resíduo de caixa de gordura 0,0 21,5 7,2 7,6 6,0 8,5 6,4 0,0 7,1 10,6 19,3 0,0 94,2 RI
Sobras de prod. químico (*) 1,7 1,8 2,0 3,97 3,2 1,2 4,8 1,25 3,1 0,0 0,0 5,1 28,2 DFBV
Sucata de bateria 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 RIV
Sucata metálica 29,0 14,5 136,0 30,03 83,2 73,2 89,4 41,43 22,0 25,5 34,8 31,6 610,6 RIV
Tecido têxtil (*) 9,1 8,3 0,0 9,8 18,4 9,0 15,1 8,2 8,3 7,7 7,7 7,9 109,7 DFBV
Tinta usada 0,0 0,0 0,2 0 0,0 0,0 0,0 3,45 0,0 0,0 0,0 0,2 3,8 RIV
Varreduras diversas (*) 19,4 38,2 39,3 24,1 33,6 28,9 28,3 25,7 24,1 22,7 25,8 21,5 331,6 DFBV
Vidro 0,0 12,9 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 1,2 0,0 0,0 0,0 0,0 14,1 RIV
TOTAL MENSAL 381,5 425,4 555,3 527,9 601,9 432,0 515,5 410,9 421,2 421,7 539,8 462,9 5.696,1 -
(*) Resíduos de produção (perda matéria)
446
Tabela 68- Percentuais de resíduos de fabricação – ano 2005
DFB DFBV DBFG RI RIV RIG TOTAL DBFG +
RIG (t)
Janeiro 0,0 237,7 237,7 61,50 124,00 185,50
% 100,0 66,80 423,20
Fevereiro 0,0 158,40 158,40 79,80 215,40 295,20
% 100,0 73,00 453,60
Março 0,0 249,7 249,7 65,40 186,70 252,10
% 100,0 74,10 501,80
T1 0,0 645,80 645,80 206,70 526,10 732,80
% 100,0 71,80 1.378,60
Abril 0,0 225,30 225,30 83,20 156,40 239,60
% 100,0 65,20 464,90
Maio 0,0 229,70 229,70 115,30 141,50 256,80
% 100,0 55,10 486,50
Junho 0,0 259,00 259,00 86,30 196,80 283,10
% 100,0 69,50 542,00
T2 0,0 714,00 714,00 284,80 494,70 779,30
% 100,0 63,50 1.493,4
Julho 0,0 185,40 185,40 70,30 122,60 192,90
% 100,0 63,6 378,30
Agosto 0,0 212,00 212,00 104,30 207,40 311,70
% 100,0 66,50 523,70
Setembro 0,0 246,50 246,50 120,30 176,00 296,30
% 100,0 59,30 542,90
T3 0,0 643,90 643,90 294,90 506,00 800,90
% 100,0 63,20 1.444,90
Outubro 0,0 216,10 216,10 78,40 154,30 232,70
% 100,0 66,30 448,80
Novembr
o 0,0 213,00 213,00 124,90 113,10 238,00
% 100,0 45,5
451,10
Dezembr
o 0,0 173,90 173,90 89,60 96,10 185,70
% 100,0 51,80
359,60
T4 0,0 603,00 603,00 292,90 363,50 656,50
% 100,0 55,40 1.259,30
447
DFB DFBV DBFG RI RIV RIG
ANUAL 0,0 2.606,70 2.606,70 1.079,30 1.890,30 2.969,50
100 % 63,50 %
448
Tabela 69 - Percentuais de resíduos de fabricação – ano 2006
DFB DFBV DBFG RI RIV RIG
TOTAL
DBFG +
RIG (t)
Janeiro 0,0 190,7 190,7 74,6 116,2 190,8
% 100,0 60,9 381,5
Fevereiro 0,0 203,2 203,2 98,8 123,4 222,2
% 100,0 55,5 425,4
Março 0,0 237,9 237,9 88,4 229,0 317,4
% 100,0 72,2 555,3
T1 0,0 631,8 631,8 261,7 468,6 730,4
% 100,0 64,2 1362,2
Abril 0,0 309,8 309,81 92,6 125,5 218,13
% 100,0 57,6 527,9
Maio 0,0 320,7 320,68 84,8 196,5 281,25
% 100,0 69,9 601,9
Junho 0,0 169,0 169,02 86,2 176,8 262,952
% 100,0 67,2 432,0
T2 0,0 799,5 799,5 263,6 498,8 762,3
% 100,0 65,4 1561,8
Julho 0,0 217,8 217,773 89,2 208,5 297,747
% 100,0 70,0 515,5
Agosto 0,0 204,9 204,86 75,4 130,7 206,07
% 100,0 63,4 410,9
Setembro 0,0 211,9 211,94 53,4 155,8 209,25
% 100,0 74,5 421,2
T3 0,0 634,6 634,6 218,1 495,0 713,067
% 100,0 69,4 1347,6
Outubro 0,0 145,0 145,01 59,9 216,8 276,68
% 100,0 78,4 421,7
Novembro 0,0 283,4 283,38 57,4 199,0 256,44
% 100,0 77,6 539,8
Dezembro 0,0 207,6 207,6 35,6 219,7 255,3
% 100,0 86,1 462,9
T4 0,0 636,0 635,969 152,9 635,5 788,46
% 100,0 80,6 1424,4
449
DFB DFBV DBFG RI RIV RIG
ANUAL 0,0 2701,9 2701,9 896,3 2097,9 2994,2
100,0% 70,1%
450
Tabela 70 - Indicadores de resíduos
Meses/ Anos
(DFBV/ DFBG)
x 100
(RIV/ RIG)
x 100 DFBG + RIG Produção
[(DFBG + RIG)
/ Produção] x
1.000
Janeiro 2005 100,0 66,80 423,20 6.307,90 67,00
Fevereiro 2005 100,0 73,00 453,60 4.123,10 110,00
Março 2005 100,0 74,10 501,80 6.816,40 74,00
Abril 2005 100,0 65,20 464,90 6.594,70 70,00
Maio 2005 100,0 51,10 486,50 6.934,50 70,00
Junho 2005 100,0 69,50 542,00 6.793,00 80,00
Julho 2005 100,0 63,60 378,30 6.909,00 55,00
Agosto 2005 100,0 66,50 523,70 6.920,80 76,00
Setembro 2005 100,0 59,30 542,90 6.504,50 83,00
Outubro 2005 100,0 66,30 448,80 5.624,60 80,00
Novembro 2005 100,0 45,50 451,10 4.378,00 103,00
Dezembro 2005 100,0 51,80 359,60 2.675,00 134,00
Total - - 5.576,20 70.590,80 -
Média - - - - 84,00
Janeiro 2006 100,0 60,90 381,50 5.058,70 75,00
Fevereiro 2006 100,0 55,50 425,40 4.975,90 86,00
Março 2006 100,0 72,20 555,30 5.986,30 93,00
Abril 2006 100,0 57,60 527,90 6.552,10 81,00
Maio 2006 100,0 69,90 601,90 6.541,20 92,00
Junho 2006 100,0 67,20 432,00 6.777,60 64,00
Julho 2006 100,0 70,00 515,50 6.799,80 76,00
Agosto 2006 100,0 63,40 410,90 6.848,20 60,00
Setembro 2006 100,0 74,50 421,20 6.634,10 63,00
Outubro 2006 100,0 78,40 421,70 6.613,30 64,00
Novembro 2006 100,0 77,60 539,80 6.328,00 85,00
Dezembro 2006 100,0 86,10 462,90 5.930,10 80,00
Total - - 5.696,1 75.045,20 71,00
Média - - - - 71,00
451
Tabela 71- NOx associado à produção – Indicador (kg/ t)
Mês Gás Natural
(GJ)
Óleo Diesel
(GJ) NOx (t) Produção (t)
Indicador
(kg/ t)
Janeiro 25.546,70 175,60 1,670 6.307,90 0,265
Fevereiro 18.583,90 105,90 1,126 4.123,10 0,273
Março 29.158,70 78,20 1,757 6.816,40 0,258
Abril 27.187,00 87,30 1,640 6.594,70 0,248
Maio 31.116,40 23,20 1,869 6.934,50 0,270
Junho 29.540,30 66,60 1,779 6.793,00 0,262
Julho 30.052,90 86,80 1,812 6.909,00 0,262
Agosto 28,016,70 448,50 1,726 6.920,80 0,249
Setembro 30.052,90 130,70 1,816 6.504,50 0,279
Outubro 27.008,10 156,40 1,636 5.624,60 0,291
Novembro 22.521,60 141,80 1,365 4.378,00 0,311
Dezembro 18.059,50 57,90 1,089 2.675,00 0,407
Total Anual 318.844,60 1.558,80 19,285 70.590,80 -
2005
Média Anual - - - - 0,273
Janeiro 28.810,11 98,90 1,738 5.058,70 0,344
Fevereiro 25.640,50 49,50 1,543 4.975,90 0,310
Março 27.364,20 97,00 1,652 5.986,30 0,276
Abril 28.216,00 133,60 1,706 6.552,10 0,260
Maio 28.312,20 72,40 1,706 6.541,20 0,261
Junho 25.324,70 62,20 1,520 6.777,60 0,224
Julho 28.590,50 57,90 1,721 6.799,80 0,253
Agosto 28.258,80 60,80 1,702 6.848,20 0,248
Setembro 27.977,10 92,1 1,688 6.634,10 0,254
Outubro 27.286,10 52,10 1,642 6.613,30 0,248
Novembro 29.788,90 104,20 1,789 6.328,00 0,284
Dezembro 22.786,60 40,50 1,371 5.930,10 0,231
Total Anual 328.266,10 921,00 19,787 75.045,20 -
2006
Média Anual - - - - 0,246
452
Tabela 72 - SOx associado à produção – Indicador (kg/ t)
Mês Gás Natural
(GJ)
Óleo Diesel
(GJ) SOx (t) Produção (t)
Indicador
(kg/ t)
Janeiro 25.546,70 175,60 0,0284 6.307,90 0,004
Fevereiro 18.583,90 105,90 0,0191 4.123,10 0,005
Março 29.158,70 78,20 0,0295 6.816,40 0,004
Abril 27.187,00 87,30 0,0276 6.594,70 0,004
Maio 31.116,40 23,20 0,0312 6.934,50 0,005
Junho 29.540,30 66,60 0,0299 6.793,00 0,004
Julho 30.052,90 86,80 0,0305 6.909,00 0,004
Agosto 28,016,70 448,50 0,0303 6.920,80 0,004
Setembro 30.052,90 130,70 0,0307 6.504,50 0,005
Outubro 27.008,10 156,40 0,0278 5.624,60 0,005
Novembro 22.521,60 141,80 0,0232 4.378,00 0,005
Dezembro 18.059,50 57,90 0,0183 2.675,00 0,007
Total Anual 318.844,60 1.558,80 0,0272 70.590,80 -
2005
Média Anual - - - - 0,005
Janeiro 28.810,11 98,90 0,0293 5.058,70 0,006
Fevereiro 25.640,50 49,50 0,0260 4.975,90 0,005
Março 27.364,20 97,00 0,0278 5.986,30 0,005
Abril 28.216,00 133,60 0,0289 6.552,10 0,004
Maio 28.312,20 72,40 0,0287 6.541,20 0,004
Junho 25.324,70 62,20 0,0257 6.777,60 0,004
Julho 28.590,50 57,90 0,0289 6.799,80 0,004
Agosto 28.258,80 60,80 0,0286 6.848,20 0,004
Setembro 27.977,10 92,1 0,0284 6.634,10 0,004
Outubro 27.286,10 52,10 0,0275 6.613,30 0,004
Novembro 29.788,90 104,20 0,0303 6.328,00 0,005
Dezembro 22.786,60 40,50 0,0230 5.930,10 0,004
Total Anual 328.266,10 921,00 0,0254 75.045,20 -
2006
Média Anual - - - - 0,005
453
Tabela 73 - CO2 associado à produção – Indicador (t/ t)
Mês Gás Natural
(m3) x 202
Óleo Diesel
(l) x 266
Soma dos
consumos (t)
3.600 x
Produção (t)
CO2
(t/ t)
Janeiro 161.615.554,00 1.289.302,00 162.904.856,00 22.708.440,00 7,17
Fevereiro 109.031.318,00 777.252,00 109.808.806,00 14.843.160,00 7,40
Março 171.073.396,00 574.028,00 171.647.424,00 24.539.040,00 7,00
Abril 159.505.260,00 640.794,00 160.164.054,00 23.740.920,00 6,74
Maio 182.559.318,00 169.974,00 182.729.292,00 24.964.200,00 7,32
Junho 173.312.162,00 488.908,00 173.801.070,00 24.454.800,00 7,10
Julho 176.319.538,00 637.602,00 176.957.140,00 24.872.400,00 7,11
Agosto 164.373.258,00 3.292.814,00 167.666.072,00 24.914.880,00 6,72
Setembro 176.319.538,00 959.462,00 177.279.000,00 23.415.660,00 7,57
Outubro 158.456.072,00 1.148.056,00 159.604.128,00 20.248.560,00 7,88
Novembro 132.133.654,00 1.041.390,00 133.175.044,00 15.793.920,00 8,43
Dezembro 105.954.656,00 425.068,00 106.379.724,00 9.630.000,00 11,05
Média Anual - - - - 7,62
2005
Total Anual 1.925.929.610,10
6.762.074,00
1.932.700.729,00
254.162.832,00
-
Janeiro 169.028.348,00 725.914,00 169.745.262,00 22.708.376,00 7,48
Fevereiro 150.432.228,00 363.365,00 150.795.584,00 14.843.305,40 10,16
Março 160.545.156,00 712.028,00 161.275.238,00 24.539.142,00 6,57
Abril 165.544.050,00 981.008,00 166.525.058,00 23.740.925,30 7,01
Maio 166.107.226,00 531.202,00 166.638.428,00 24.964.102,50 6,68
Junho 148.051.658,00 456.456,00 148.508.114,00 24.454.862,50 6,07
Julho 167.739.992,00 425.068,00 168.165.060,00 24.872.398,20 6,76
Agosto 165.793.924,00 446.082,00 166.240.006,00 24.951.046,80 6,67
Setembro 164.140.756,00 675.906,00 164.816.662,00 23.416.331,30 7,04
Outubro 160.087.020,00 382.375,00 160.469.395,00 20.248.544,00 7,92
Novembro 174.770.602,10 765.282,00 175.535.884,00 15.793.765,00 11,11
Dezembro 133.688.650,00 297.388,00 133.986.038,00 9.630.033,00 13,91
Média Anual - - - - 8,10
2006
Total Anual 1.925.929.610,10
6.762.074,00
1.932.700.729,00
254.162.832,00
-
454
Tabela 74 - Composto orgânico volátil associado à produção – Indicador (g/ kg)
Mês Emissão de COV (t) Produção da área
que utiliza COV (t) Indicador (g/ kg)
Janeiro 32,80 5.560,00 5,90
Fevereiro 21,70 3.602,50 6,00
Março 34,30 6.069,00 5,70
Abril 35,00 5.829,50 6,00
Maio 35,70 6.157,20 5,80
Junho 33,70 5.996,50 5,60
Julho 33,60 6.110,30 5,50
Agosto 32,00 6.137,00 5,20
Setembro 34,50 5.771,90 6,00
Outubro 25,00 4.141,40 5,10
Novembro 22,40 3.688,30 6,10
Dezembro 15,20 2.069,00 7,40
Total Anual 355,90 61.932,70 -
2005
Média Anual - - 5,80
Janeiro 27,10 4.491,00 6,00
Fevereiro 26,40 4.502,90 5,90
Março 32,20 5.343,50 6,0
Abril 33,10 5.839,50 5,70
Maio 30,90 5.796,50 5,30
Junho 31,80 6.059,90 5,30
Julho 32,60 6.070,10 5,40
Agosto 31,90 6.139,00 5,20
Setembro 32,10 5.942,10 5,40
Outubro 31,00 5.997,50 5,20
Novembro 32,50 5.769,50 5,60
Dezembro 30,60 5.507,50 5,60
Total Anual 372,20 67.469,00 -
2006
Média Anual - - 5,50
455
Tabela 76 - Indicadores de Segurança e Saúde no Trabalho
Ano Mês
N. Acidente
com
Afastamento
N. Acidente
sem
afastamento
Total de
Acidentes
Com e Sem
Afastamento
Horas
Homens
Trabalhadas
Numero de
Empregados
Dias
Perdidos TF TG TF2
% de
Empregados
Acidentados
Janeiro 0 2 2 249.580 1.902 0 0,00 0 8,01 0,11
Fevereiro 0 2 2 226.717 1.909 0 0,00 0 8,40 0,10
Março 0 5 5 252.239 1.910 0 0,00 0 12,35 0,26
Abril 0 4 4 287.934 1.913 0 0,00 0 12,79 0,21
Maio 0 1 1 267.184 1.929 0 0,00 0 10,91 0,05
Junho 1 6 7 291.703 1.929 0 0,00 0 12,70 0,31
Julho 0 7 7 286.659 1.946 2 0,54 1 15,04 0,41
Agosto 0 4 4 281.633 1.957 3 0,47 2 14,93 0,20
Setembro 0 5 5 301.359 1.960 0 0,41 2 15,13 0,26
Outubro 0 7 7 282.395 1.991 0 0,37 2 16,13 0,35
Novembro 0 4 4 260.263 2.022 0 0,33 2 16,07 0,20
Dezembro 0 6 6 241.821 2.036 0 0,31 2 16,72 0,29
2005
Total Anual 1 53 54
3.229.487
1.950 5 - - - 0,23
Janeiro 0 4 4 234.526 2.023 0 0,0 0 17,06 0,20
Fevereiro 1 1 2 308.074 1.995 6 1,84 11 11,06 0,10
456
Março 2 3 5 252.650 2.011 15 3,77 26 13,83 0,25
Abril 0 3 3 310.221 2.011 60 2,71 73 12,66 0,15
Maio 0 4 4 297.314 2.006 62 2,14 102 12,83 0,20
Junho 2 2 4 323.412 2.013 76 2,90 127 12,74 0,20
Julho 0 6 6 299.275 2.028 104 2,47 159 13,82 0,30
Agosto 1 5 6 314.055 2.036 70 2,56 168 14,53 0,30
Setembro 1 3 4 320.030 2.041 71 2,63 174 14,29 0,20
Outubro 0 5 5 296.633 2.069 62 2,37 178 14,55 0,24
Novembro 0 5 5 321.208 2.080 60 2,14 179 14,65 0,24
Dezembro 0 3 3 310.479 2.146 62 1,95 181 14,21 0,14
2006
Total Anual 7 44 51
3.587.877
2.023 - - - - 0,21