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UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO SEMI-ÁRIDO
CAMPUS ANGICOS
DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS EXATAS,
TECNOLÓGICAS E HUMANAS
CURSO DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA
PEDRO DE LÉLIS BEZERRA NETO
IDENTIFICAÇÃO DO PERFIL E DO NÍVEL DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL DOS
TRABALHADORES DE LIMPEZA PÚBLICA DO MUNICÍPIO DE AFONSO
BEZERRA/RN
ANGICOS – RN
2012
PEDRO DE LÉLIS BEZERRA NETO
IDENTIFICAÇÃO DO PERFIL E DO NÍVEL DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL DOS
TRABALHADORES DE LIMPEZA PÚBLICA DO MUNICÍPIO DE AFONSO
BEZERRA/RN
Monografia apresentada à Universidade
Federal Rural do Semi-Árido – UFERSA,
Campus Angicos, para a obtenção do título de
Bacharel em Ciência e Tecnologia.
Orientador: Profº. M.Sc.Márcio Furukava.
ANGICOS – RN
2012
AGRADECIMENTOS
Á Deus em primeiro lugar, por ser a minha força, o meu porto seguro em horas de aperto, em
quem renovo minha esperança e poço confiar que tudo dará certo. A minha família pelo
encorajamento e força, pelo auxílio e mantimento. Aos meus amigos que em horas de
angústias se tornam irmão, obrigado companheirismo. Aos meus colegas de turma da qual
levo grandes amigos e companheiros de jornada em especial ao querido grupo de estudos há
vocês meu muito obrigado, A Universidade Federal Rural do Semi-Árido Campus Angicos,
assim também como todos os que a compõe, professores, técnicos, funcionários e alunos, ao
meu orientador pela compreensão e paciência para a obtenção deste projeto, enfim que Deus
na sua infinita graça abençoe aqueles que de uma forma ou de outra contribuíram direta ou
indiretamente para a conclusão desta etapa da minha vida.
RESUMO
Apesar da obrigatoriedade do uso de EPI’s em atividades que apresentam riscos, o objetivo
principal da legislação e do empenho dos empregadores devem ser a garantia da saúde do
trabalhador. A qualidade de vida no trabalho, em seu âmbito mais simplificado deve iniciar
com a garantia de boas condições para realização do trabalho. Diante do exposto, este
trabalho tem o objetivo de identificar o perfil dos trabalhadores de limpeza pública de Afonso
Bezerra, bem como o nível de proteção individual necessário para a realização de suas
atividades profissionais diárias. Para tanto, os estudos foram realizados através de
observações, levantamento bibliográfico e entrevistas realizadas com 13 colaboradores.
Através da análise das respostas foi possível verificar a deficiência que os funcionários têm
em tomar os cuidados necessários para o bom andamento das atividades desempenhadas e
com a responsabilidade que isso acarreta. Informar ao trabalhador da necessidade de
preservação da integridade física, através dos cuidados consigo mesmo no ambiente de
trabalho é parte fundamental, porém, acompanhar tal processo, ajuda a melhorar e corrigir
eventuais falhas na produção e no bem estar dos usuários de EPI. Portanto, com resultado
final do trabalho notou-se a necessidade de evidenciar a capacitação e sensibilização dos
funcionários em relação ao uso de EPI onde a real situação seria a realização de um programa
de treinamentos em que fossem abordados desde a obrigação legal do empregado e do
empregador, assim como também a finalidade e os tipos de EPI até a sua maneira correta de
utilizá-los contribuindo na melhoria da saúde, segurança eambiente de trabalho dos
colaboradores da limpeza pública do município.
Palavras-chave: Ambiente de trabalho. Riscos. Limpeza pública. Afonso Bezerra/RN.
LISTA DE GRÁFICOS
Gráfico 1 – Idade dos trabalhadores envolvidos na limpeza pública do município.................34
Gráfico 2 – Grau de escolaridade dos trabalhadores envolvidos na limpeza pública do
município..................................................................................................................................35
Gráfico 3 – Fornecimento dos equipamentos de seguranças dos trabalhadores.......................35
Gráfico 4 – Doenças adquiridas pelos trabalhadores................................................................36
Gráfico 5 – Problemas apresentados quanto ao odor na coleta dos resíduos............................37
Gráfico 6 – Frequência de cortes com vidros, materiais perfurocortantes ou pontiagudos.....37
Gráfico 7 – Treinamentos para utilização dos EPI’s.................................................................40
Gráfico 8 – Percepção social dos trabalhadores........................................................................40
LISTA DE FIGURAS
Figura 1 – Capacete de proteção...............................................................................................15
Figura 2 – Óculos de segurança para proteção.........................................................................15
Figura 3 – Protetor auditivo tipo concha...................................................................................16
Figura 4 – Protetor tipo inserção (plug)....................................................................................16
Figura 5 – Tipos de respirador purificador...............................................................................17
Figura 6 – Luvas de proteção em vaqueta.................................................................................17
Figura 7 – Luva de proteção em borracha nitrílica...................................................................18
Figura 8 – Luva de proteção em PVC.......................................................................................18
Figura 9 – Calçados de proteção...............................................................................................18
Figura 10 – Blusão e calça em tecido impermeável..................................................................19
Figura 11 – Creme protetor solar..............................................................................................19
Figura 12 – Vista área de Afonso Bezerra/RN.........................................................................28
Figura 13 – Mapa do Rio Grande do Norte..............................................................................28
Figura 14 – Coletoras distribuídas na cidade............................................................................31
Figura 15 – Lixão de Afonso Bezerra/RN................................................................................32
Figura 16 – Animais mortos encontrados no lixão...................................................................32
Figura 17 – Presença de animais no lixão.................................................................................33
Figura 18 – Colaboradores da limpeza pública no lixão em contato com os animais..............33
Figura 19 – Colaborador da limpeza em contato indireto com objetos cortante......................38
Figura 20 – Colaboradores de limpeza pública sem EPI..........................................................39
LISTA DE ABREVIATURA E SIGLAS
ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas
CA – Certificado de Aprovação
CIPA - Comissão Interna de Prevenção de Acidentes doTrabalho
CLT – Consolidação das Leis do Trabalho
CRF – Certificado de Registro de Fabricante
CRI – Certificado de Registro de Importador
EPI – Equipamento de Proteção Individual
IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
LER-DORT - Lesões por esforços repetitivos
MTE – Ministério do Trabalho e Emprego
NR – Norma Regulamentadora
SESMET - Serviço Especializado em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO.................................................................................................................11
2 REVISÃO DE LITERATURA........................................................................................12
2.1 LIMPEZA URBANA.........................................................................................................12
2.2 DEFINIÇÃO DE TRABALHADORES DE LIMPEZA PÚBLICA..................................12
2.3 EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO...................................................................................13
2.2.1 Definição de Equipamento de Proteção Individual..........................................................13
2.2.2 Tipos de equipamentos de proteção individual...........................................................15
2.2.2.1 Proteção da Cabeça.......................................................................................................15
2.2.2.2 Proteção dos olhos e face..............................................................................................15
2.2.2.3 Proteção auditiva...........................................................................................................16
2.2.2.4 Proteção respiratória.....................................................................................................17
2.2.2.5 Proteção dos membros superiores.................................................................................17
2.2.2.6 Proteção dos membros inferiores..................................................................................18
2.2.2.7 Vestimentas de segurança e proteção para pele............................................................19
2.3 ACIDENTES DE TRABALHO........................................................................................20
2.3.1 Consequência dos acidentes..........................................................................................20
2.3.2 Classificação das lesões..................................................................................................21
2.3.2.1 Lesões imediatas...........................................................................................................21
2.3.2.2 Lesões mediatas............................................................................................................21
2.4 RISCOS ACOMETIDOS AOS TRABALHADORES DE LIMPEZA PÚBLICA...........22
2.4.1 Classificação em relação aos riscos...............................................................................22
2.5 ALGUMAS IMPLICAÇÕES DO PROCESSO DE TRABALHO PARA A SAÚDE DO
TRABALHADOR....................................................................................................................25
3 MATERIAL E MÉTODOS..............................................................................................27
3.1 LOCAL DE ESTUDO........................................................................................................27
3.1.1 Descrição do local de estudo..........................................................................................28
3.2 INSTRUMENTOS METODOLOGICOS..........................................................................29
3.2.1 Levantamento de Dados.......................................................................................................29
3.2.1.1 Entrevista com os trabalhadores.....................................................................................29
3.2.1.2 Visitas ao Lixão do Município......................................................................................29
3.3 POPULAÇÃO E AMOSTRA..........................................................................................................30
4 RESULTADOS E DISCUSSÃO......................................................................................31
4.1 SERVIÇOS DE LIMPEZA URBANA OU COLETA DE LIXO......................................31
4.2 DESTINO FINAL DO LIXO NO MUNICÍPIO.................................................................31
4.3 IDENTIFICAÇÃO DO QUADRO DE COLABORADORES DA LIMPEZA PÚBLICA
DO MUNICÍPIO.......................................................................................................................34
4.4 DIAGNOSTICANDO OS RISCOS....................................................................................34
4.5 UTILIZAÇÃO DOS EPI’s TRABALHADORES DA LIMPEZA..................................................38
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS...........................................................................................41
6 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS............................................................................42
APÊNDICE A – Questionário aplicado com os colaboradores da limpeza pública
domunicípio de Afonso Bezerra/RN.........................................................................................45
ANEXO
11
1 INTRODUÇÃO
Atualmente os problemas oriundos da grande concentração de lixo nas sociedades
modernas vêm se tornando um dos principais problemas do planeta e com isso têm
sensibilizado cada vez mais as comunidades preocupadas desde a sua coleta até o seu
descarte. Diante disso, Netto (2011) fala sobre ointeresse da consciência social, assim como
do despertarpara a importância dessa atividade,o que vem provocando também o interesse não
somente quanto ás questões ambientais e sima respeito da situação dos trabalhadores
envolvidos no ciclo do lixo.
Sabe-se que a limpeza urbana tem a sua devida importância tanto para o meio
ambiente como para saúde da comunidade, e esta percepção muitas vezes não tem sido
expressaem ações efetivas quanto ás mudanças quantitativas e qualitativas na situação de
segurança e saúde dos trabalhadores de limpeza pública. Onde estes trabalhadores ao
exercerem sua função são os que mais enfrentam esse tipo de situação, por estarem com
frequência percorrendo ruas e bairros da cidade, expondo consequentemente a sua vida e sua
saúde a diversos riscos (OLIVEIRA; SANTOS, 2012).
Para Barroso (2007)apudMaciel e Nunes (2011), os problemas e as dificuldades
enfrentadas pelos trabalhadores de limpeza públicasão grandes e colocam em risco sua saúde,
ressaltando como principais causasa realização de movimentos repetitivos e a não utilização
de Equipamentos de Proteção Individual (EPI’s) adequados às atividades e ainda faz um alerta
quanto à participação da população neste processo, onde os mesmos não colaboram com a
forma correta do acondicionamento do lixo, mantendo materiais diversificados como
materiaisperfurocortantes, entre outros, que pode provocar um acidente de trabalho, que
segundo a lei nº 8213/1991 é o que ocorre pelo exercício do trabalho a serviço da empresa.
Diante do exposto, este trabalho tem o objetivo de identificar o perfil dos
trabalhadores de limpeza pública de Afonso Bezerra, bem como o nível de proteção
individual necessário para a realização de suas atividades profissionais diárias.
12
2 REVISÃO DE LITERATURA
2.1LIMPEZA URBANA
Segundo Silveira (2009), o aumento da população e da urbanização, o avanço da
tecnologia e da globalização, tem tornado mais frequente e maior a geração e a variedade de
resíduos produzidos e, consequentemente, a serem coletados, constituindo um grave problema
à sociedade.Com isso, a limpeza pública passa a ter a sua fundamental importância para a
conservação do meio, tornando-se responsável pela execução das atividades que permitem um
adequado estado de limpeza de uma cidade ou de uma região(FRANÇA; RUARO, 2009apud
C OELHO 2012).
Os trabalhadores que se encontram diretamente envolvidos nos processos de
manuseio, transporte e destinação final dos resíduos, consequentemente estão expostos a
inúmeros riscos provocados justamente pela falta de orientação, treinamento, assim como
condições adequadas para a realização do seu trabalho (FERREIRA, 1997; VELLOSO;
SANTOS; ANJOS, 1997apud COELHO 2012).
Santos (2008) apudCoelho (2012) nos traz uma reflexão em relação ao contato
quetrabalhadores que recolhem o lixo têm com os agentes nocivos à saúde, devido,
especialmente,frequência do contato, o que torna esse um trabalho arriscado e insalubre. E os
trabalhadores designados a essas atividades, geralmente, são consideradas pessoas humildes
que recebem pouco reconhecimento por parte da sociedade.
2.2 DEFINIÇÃO DE TRABALHADORES DE LIMPEZA PÚBLICA
Em25 de novembro de 1880, na cidade de São Sebastião do Rio de Janeiro, foi
iniciado oficialmente o serviço sistemático de limpeza urbana peloDecreto nº 3024,
aprovando-se o contrato de limpeza e irrigação da cidade, executado por Aleixo Gary.
Posteriormente, esse mesmo contrato foi ratificadopor Luciano Francisco Gary. O termo
“gari”,que hoje caracterizaem sua grande maioria ostrabalhadores da limpeza urbana recebeu
este nome devido ao sobrenome de Luciano, o ratificador do contrato(MONTEIRO et al.
2001apud FERRUZZI; MOREJON, 2011).
13
Segundo Chenna (1999) apudCoelho (2012) os serviços de limpeza urbana são
considerados os serviços destinados a manter e garantir tanto a limpeza como também a
higienização de todas as áreas e vias públicas, dando desta forma o tratamento edestinação
final adequada aos resíduos gerados por toda população. E neste caso, o trabalhador de limpeza
é peça chave para contribuir coma manutenção adequada dos ambientes, mantendo o controle da
contaminação ambiental pelos agentes químicos e biológicos, exercendo um papel relevante na
prevenção dos efeitos nocivos à saúde dos trabalhadores e usuários.
O lixo domiciliar, comercial e público, seja ele de varrição,capina, poda, e outros, que
fazem parte dos sistemas de limpeza urbana são de competência municipal, ou seja,
responsabilidade da prefeitura e os serviçosde saúde, industrial, portos, aeroportos e terminais
ferroviários e rodoviários,agrícola e entulho, estes são de responsabilidade do próprio gerador
(PRANDINI, 1995apud COELHO, 2012).
Diante do exposto, compreende-se que os profissionais de limpeza urbana estão
diretamente envolvidos com os processos de manuseio, transporte e destinação dos resíduos,
expondo-se a risco de acidentes de trabalho Lei nº 8213/1991, ocasionados pela falta de
capacitação e condições adequadas de trabalho.
2.3 EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO
Para Borba (2010) nas organizações, a segurança do trabalhador é um fator
preponderante por se tratar deuma forma de manter sua integridade física e mental. Com essa
preocupação, essas organizações consequentemente aumentam a sua produtividade e gera
uma possível diminuição de faltas de trabalhadores e falhas na produção.
O uso do EPI é uma exigência de lei, inserida nos arts. 166 e 167 da Consolidação de
Leis do Trabalho(CLT)e da portaria n. 3.214/78. Entretanto em determinados casos acontece
alguns problemas quanto ao procedimento adequado de utilização, relacionado ao tipo de
atividade que será desenvolvida(OLIVEIRA, 2009).
2.2.1 Definição de Equipamento de Proteção Individual
Pode-se definir Equipamento de Proteção Individualsegundo a NR 6como sendo todo
dispositivo utilizado individualmente pelo trabalhador para sua proteção no ambiente de
14
trabalho, protegendo a saúde e a integridade deste contrariscos suscetíveis e ameaças a
segurança e a saúde (NR ...2012).
De acordo com a NR 6 – EPI, os equipamentos de proteção individual (EPI) devem
proteger a cabeça, a respiração, o tronco e pele, além de proporcionar proteção contra quedas
e o EPI utilizado deve possuir o Certificado de Registro de Fabricante (CRF), Certificado de
Aprovação (CA) e Certificado de Registro de Importador (CRI). Todos esses documentos são
expedidos pelo Ministério do Trabalho e Emprego(LEGISLAÇÃO...2012).
Segundo - Associação Brasileira de Materiais Compósitos (ABMACO)(2007)
compete ao Serviço Especializado em Engenharia de Segurança e emMedicina do Trabalho
(SESMT), ou a Comissão Interna de Prevenção deAcidentes (CIPA), nas empresas
desobrigadas de manter o SESMT,recomendar ao empregador o EPI adequado ao risco
existente em determinada atividade. Nas empresas desobrigadas de constituir CIPA, cabe ao
designado,mediante orientação de profissional tecnicamente habilitado, recomendar oEPI
adequado à proteção do trabalhador.
De acordo com a Associação Brasileira de Materiais Compósitos (2007) cabe ao
empregador:
a) adquirir o adequado ao risco de cada atividade;
b) exigir seu uso;
c) fornecer ao trabalhador somente EPI’s aprovado pelo órgão nacionalcompetente em
matéria de segurança e saúde no trabalho;
d) orientar e treinar o trabalhador sobre o uso adequado, guarda econservação;
e) substituir imediatamente, quando danificado ou extraviado;
f) responsabilizar-se pela higienização e manutenção periódica; e,
g) comunicar ao MTE qualquer irregularidade observada.
Já em relação ao uso de EPI cabe ao empregado(ABMACO, 2007):
a) usar, utilizando-o apenas para a finalidade a que se destina;
b) responsabilizar-se pela guarda e conservação;
c) comunicar ao empregador qualquer alteração que o torne impróprio parauso; e,
d) cumprir as determinações do empregador sobre o uso adequado.
15
2.2.2Tipos de equipamentos de proteção individual
2.2.2.1 Proteção da Cabeça
O capacete de proteção (Figura 1) é utilizado para proteção da cabeça do empregado
contra agentes metereológicos(trabalho a céu aberto) e trabalho em local confinado, impactos
provenientes dequeda ou projeção de objetos, queimaduras, choque elétrico e irradiação solar.
Figura 1 – Capacete de proteção
Fonte: Equipamento ... (2012)
2.2.2.2 Proteção dos olhos e face
Figura 2 – Óculos de segurança para proteção
Fonte: Equipamento ... (2012)
Os óculos de segurança tanto de lente incolor quanto o com a tonalidade escura
(Figura 2) são utilizados para proteção dos olhos contra impactos mecânicos, partículas
volantese raios ultravioletas.
16
2.2.2.3 Proteção auditiva
As figuras a seguir Figura 3 e Figura 4, nos mostram os protetores utilizados para
proteção dos ouvidos nas atividades e nos locais que apresentem ruídos excessivos.
Figura 3 – Protetor auditivo tipo concha
Fonte: Equipamento ... (2012)
Figura 4 – Protetor tipo inserção (plug)
Fonte: Equipamento ... (2012)
2.2.2.4 Proteção respiratória
As proteções respiratórias são utilizadas em atividades e locais que apresentem tal
necessidade, em atendimento a Instrução Normativa Nº1 de 11/04/1994 –(Programa de
Proteção Respiratória - Recomendações/ Seleção e Uso de Respiradores). A seguir, na Figura
5 são apresentados o respirador purificador de ar descartável, com filtro e o respirador de
adução de ar (máscara autônoma) respectivamente.
Figura 5 – Tipos de respirador purificador
17
Fonte: Equipamento ... (2012)
2.2.2.5 – Proteção dos membros superiores
As luvas estão incluídas como equipamento para proteção dos membros superiorese na
Figura 6 é a apresentada as luvas de proteção em vaqueta, utilizada para proteção das mãos,
punhos e braços do empregado contra agentes abrasivoseescoriantes.
Figura 6 – Luvas de proteção em vaqueta
Fonte: Equipamento ... (2012)
Existem também outros tipos de luvas que serão mostradas a seguir, que são luva de
proteção em borracha nitrílica (Figura 7) utilizada para proteção das mãos e punhos do
empregado contra agentes químicos e biológicos e na Figura 8 a luva de proteção em PVC
(hexanol) utilizada para proteção das mãos e punhos do empregado contra recipientes
contendo óleo, graxa, solvente e ascarel.
Figura 7 – Luva de proteção em borracha nitrílica
18
Fonte: Equipamento ... (2012)
Figura 8 – Luva de proteção em PVC
Fonte: Equipamento ... (2012)
2.2.2.6 Proteção dos membros inferiores
Figura 9 – Calçados de proteção
Fonte: Equipamento ... (2012)
19
Os calçados (Figura 9) fazem partem dos equipamentos de proteção dos membros
inferiores dos trabalhadores, ou seja, são utilizados para proteção dos pés contra torção,
escoriações, derrapagens, umidadee ataque de animais peçonhentos, assim como também
proteção contra os agentesquímicos agressivos. Os tipos de calçados comuns são as botinas de
couro, bota de couro cano médio, bota de couro cano longo e bota de borracha cano longo.
2.2.2.7 Vestimentas de segurança e proteção para pele
No que se refere a vestimentas de segurança estão incluídos blusão e calça (Figura 10)
que são peças fundamentais utilizadas pelos trabalhadores para proteção do corpo contra
chuva, umidade e produto químico, não esquecendo também do uso de protetor solar (figura
11) julgado também de fundamental importância para proteger o empregado contra ação dos
raios solares.
Figura 10 – Blusão e calça em tecido impermeável
Fonte: Equipamento ... (2012)
Figura 11 – Creme protetor solar
Fonte: Equipamento ... (2012)
20
2.3 ACIDENTES DE TRABALHO
Acidente de trabalho é definido pela Associação Brasileira de Normas Técnicas
(ABNT) como sendo uma ocorrência relacionada ao exercício do trabalho não prevista e não
desejável. Como dados com relação a essa situação é possível destacar que no Brasil, segundo
as últimas estatísticas divulgadas pela Previdência Social os acidentes com lesão foram da
ordem de aproximadamente 500 mil no período de um ano, sendo que aproximadamente 2700
desses acidentes resultaram na morte do trabalhador (DOBROVOLSKI; WITKOWSKI;
ATAMANCZUK, 2008).
Segundo Oliveira (2009), o mesmo relata que em qualquer atividade econômica há a
ocorrência e consequentemente o registro dos acidentes de trabalho. A seguirserão dadas as
definições de acidentes de trabalho diante do conceito legal e prevencionista:
Legal: ocorrido no exercício do trabalho e a serviço da empresa, ou pelo exercício do
trabalho dos segurados, provocando lesão corporal ou perturbação funcional que cause
morte, perda, ou redução permanente ou temporária da capacidade para o trabalho
(OLIVEIRA, 2009).
Prevencionista: ocorrência não programada, inesperada ou não, que interrompe ou
interfere no processo normal de uma atividade, ocasionando perda de tempo útil e/ou
lesões nos trabalhadores, além de danos materiais (OLIVEIRA, 2009).
2.3.1 Consequência dos acidentes
Para Scaldelaiet al. (2010) do ponto de vista prevencionista, o acidente de trabalho é,
um evento negativo, onde o trabalhador não está esperando o acontecimentoresultando em
uma lesão pessoal ou dano material, podendo interferir no processo normal de uma atividade,
ocasionando perda de tempo útil. A autora ainda ressalta que mesmo que as ocorrências de
acidentes resultem unicamente em perda de tempo, mesmo assim, devem ser encaradas como
acidentes do trabalho, pois o gerenciamento dos riscos é fundamental para a preservação de
acidentes. Sabendo que os acidentes geram horas e dias perdidos os conceitos básicos de
segurança e saúde devem sempre estar incorporados em todas as etapas do processo
produtivo, do projeto à operação, tendo em vista serem de suma importância. Diante dessa
concepção, é possívelgarantir a continuidade e a segurança de tais processos. Entretanto, sabe-
21
se que em qualquer ambiente de trabalho há a possibilidade de ocorrência de acidentes e as
consequências destes acidentes são uma das maiores preocupações do pessoal técnico de
segurança, justamente por estarem ligados diretamente a vidas humanas, e as lesões merecem
destaque especial.
2.3.2 Classificação das lesões
Evidentemente, a extensão e a gravidade das lesões sofridas pelos trabalhadores
dependem da natureza do acidente, a qual pode ser segundo Scaldelaiet al. (2010):
Imediata (lesão traumática);
Mediata (doença profissional).
2.3.2.1 Lesões imediatas
São aquelas em que os traumas físicos ou psicológicos são observados por todos de
imediato, ou em outros casos, são apresentados num intervalo de algumas horas após a
ocorrência do acidente. Como exemplos podem ser citados as lesões traumáticas como cortes,
fraturas, escoriações, queimaduras, choques elétricos entre outras(SCALDELAIet al., 2010).
2.3.2.2 Lesões mediatas
São aquelas em que os estados patológicos, às vezes, demoram até anos para se
manifestarem. É o caso das intoxicações e da maioria das doenças profissionais decorrentes
de exposições cortantes e prolongadas a agentes ambientais agressivos.Convêm observar,
ainda, que as intoxicações agudas com substâncias tóxicas no trabalho podem levar
rapidamente a estados patológicos que também devem ser considerados doenças profissionais.
Em tais casos, as doenças do trabalho passam a constituir lesões mediatas(SCALDELAIet al.,
2010).
22
2.4 RISCOS AOS QUAISOS TRABALHADORES DE LIMPEZA PÚBLICA ESTÃO
SUJEITOS
O processo de saúde no trabalho refere-se aos fatores de riscos identificadose
quantificados no ambiente de trabalho, ocasionando doenças ocupacionais eacidentes
(COSTA, 2007).
2.4.1 Classificação em relação aos riscos
De acordo com Maciel e Nunes (2011) o Ministério do Trabalho do Brasil criou uma
norma referente à prevenção de acidentes de trabalho, NR-5 (COMISSÃO INTERNA
DE PREVENÇÃO DE ACIDENTES – CIPA), onde a partir dessas definições é possível
identificar os principais riscos sejam eles físicos, químicos, biológicos, ergonômicos e de
acidentes em cada uma das áreas do trabalho.
Os riscos físicos são os agentes causadores em potencial de doenças ocupacionais
como:
Ruído;
Vibrações;
Temperaturas (Frio e Calor);
Dentre os ruídos mais frequentes nas atividades estão o barulho dos motores dos
carros (caminhão, trator, enchedeira, entre outros) e também da aparelhagem que compõe para
prensa do lixo, assim como o barulho da aparelhagem utilizada no roçagem e capina dos
canteiros. De um modo geral, são considerados que quanto mais elevados os níveis de ruído
encontrados, maior o número de trabalhadores que apresentarão início de surdez profissional e
menor o tempo em que este e outros problemas se manifestarão (MACIEL; NUNES, 2011).
As vibrações podem ser detectadas nas trepidações do caminhão do lixo e nas
máquinas utilizadas para a capina dos canteiros gramados. Entretanto, exposições contínuas a
níveis intensos podem, em determinadas circunstâncias, produzir diversos males nos
trabalhadores (MACIEL; NUNES, 2011).
O calor ou o frio intenso é responsável por uma série de problemas que afetam a saúde
e o rendimento dos trabalhadores.Durante o inverno os fardamentospor si só não
23
sãosuficientes para esquentar os trabalhadores que estando diretamente expostos a céu aberto,
são sujeitos a ventos fortes, chuvas, e temperaturas baixas. Já no período do verão, mesmo
sendo utilizadas roupas mais curtas, o material do qual são compostas as camisetas e
bermudões, muitas vezes não colabora para que os trabalhadores sintam-se mais confortáveis
e menos encalorados. Entre as principais, mencionam-se a insolação, a prostração térmica, a
desidratação e as câimbras do calor (MACIEL; NUNES, 2011).
Os riscos químicos podem ser apresentados como:
Poeiras
Gases
Produtos químicos
As poeiras estão presentes em entulhos, nas ruas, praças e em sua grande maioria nas
dependências públicas. Com relação aos gases, sabe-se que cotidianamente são liberados
pelos motores dos carros, caminhões, ônibus e motos, liberam a maior quantidade de gás
nocivo, que é o de CO2. Já os produtos químicos na maioria das vezes são coletados nos lixos
hospitalares, mas também presentes no lixo doméstico(MACIEL; NUNES, 2011).
Os riscos biológicos podem ser apresentados como:
Insetos
Fungos
Vírus
Bactérias
Protozoários
Parasitas
Nas atividades diárias realizadas pelos trabalhadores, os mesmos irão encontrar insetos
em quase toda parte e com maior incidência, principalmente nos lixos comunitários, valas
públicas e lixões. Os fungos e os vírus estão presentes nos lixos em geral, porém com os vírus
a maior preocupação é atribuída ao lixo hospitalar. As bactérias apresentam-se principalmente
nos lixos domésticos e os protozoários com maior incidência nos lixões. Já os parasitas
24
apresentam-se com uma maior incidência principalmente em valas, lixões, aterros, e depósitos
de lixo comunitário (MACIEL; NUNES, 2011).
Os riscos de acidentes são apresentados a seguir sendo:
Iluminação deficiente
Arranjo físico inadequado
Conforto térmico
Escorpião, aranha, rato entre outros.
Muitos dos trabalhadores de limpeza pública estendem suas atividades até o período
noturno e outra parte realiza mesmo essas atividades à noite, e vale ressaltar que durante a
noite em algumas situações a falta de iluminação adequada pode colocar em risco a vida dos
trabalhadores, colocando os mesmos em situações inevitáveis. Quanto a arranjo físico
inadequado pode-se dizer que a realização muitas vezes de movimentos repetitivos e incorretos,
isso são situações em que prejudicam a saúde física do corpo do trabalhador, acarretando muitas
vezes em consequências como lesões e luxações entre outros problemas, assim como também o
conforto térmico, quando não está de acordo com as normalidades pode colocar em risco a saúde
e o bem estar dos trabalhadores(MACIEL; NUNES, 2011).
Escorpiões, aranhas e ratos merecem um determinado destaque por estarempresentes
principalmente nas valas, lixões a céu aberto e lixos públicos. Diante das diversas atividades
realizadas pelos trabalhadores, podemos destacar estes animais como sendo representantes de
grandes ricos à saúde dos mesmos,pois estão em contado diretamente como lixo,aumentando com
issoo grau de periculosidade por contaminação, acarretando ou desencadeando, devido à
existência desse contato, doenças graves (MACIEL; NUNES, 2011).
Os riscos ergonômicos são apresentados como:
Monotomia e repetitividade
Postura inadequada
Esforço físico intenso
Treinamento insuficiente
25
Durante a realização de atividades de limpeza como a varrição de rua, roçagem e
capina, estes trabalhadores estão sujeitos a movimentos repetitivos a posturas
inadequadaprincipalmente no manuseio de equipamentos de limpeza.Quanto ao esforço físico,
os trabalhadores se deparam constantemente com o carregamentode pesos muitas vezes
demasiado na remoção de alguns lixos além de agachamento, corrida, entre outros. Diante
dessas situações, a falta de treinamento, e consequentemente o pouco conhecimento por parte
de cada trabalhador no que se refere ao manuseio correto do equipamento, é que são
prejudicados, trazendo grandes e sérias consequências para sua própria saúde (MACIEL;
NUNES, 2011).
2.5 ALGUMAS IMPLICAÇÕES DO PROCESSO DE TRABALHO PARA A SAÚDE DO
TRABALHADOR
Segundo Costa (1999), a sociedade vive hoje a realidade do trabalho precário que se
caracteriza por várias formas de trabalho não regulamentadas, dentre estes estão o trabalho
informal por conta própria, o trabalho assalariado sem carteira assinada e o trabalho
temporário sem garantia dos direitos trabalhistas. Essas precarização do trabalho aliada às
altas taxas de desemprego configuram uma complexa questão social que agudiza a exclusão
social. Os trabalhadores que se mantém vinculados a esse tipo de trabalho submetem-se a um
intenso desgaste físico e psicológico pelo aumento da quantidade e diversidade de tarefas e
das novas formas de controle, além do estresse decorrente da instabilidade na manutenção do
emprego.
De acordo com Pires e Gelbcke (2001)apud Ribeiro (2008), os impactos das
transformações no mundo do trabalho repercutem no perfil de morbidade que ainda mantém
os casos de silicose, acidentes fatais, e amputações de membros superiores dos tradicionais
modos de produção e acrescem outros, tais como, os casos de Lesões por Esforços Repetitivos
– Doenças Osteomusculares Relacionadas ao Trabalho (LER-DORT). Esses autores apontam
várias causas para o crescimento desses problemas, tais como: ritmos intensos de trabalho;
longas jornadas de trabalho; ritmo mecânicos do trabalho com repouso insuficiente; condições
de trabalho e mobiliário inadequado; tensão para apresentar-se como produtivo, com vistas à
manutenção do emprego, entre outras. Afirmam que essas doenças são provocadas pelas
formas de organização do trabalho e pelas condições de trabalho impostas, que quanto mais
intensas e precárias, mais desgastam o trabalhador, anulando-o enquanto sujeito e cidadão.
26
As formas hoje utilizadas de disciplinamento para o aumento da produtividade da
qualidade dos produtos podem trazer consequências sérias e imediatas á saúde de trabalhador.
De acordo com Dejours (1999),a expressão de seus efeitos tem aumento das alterações
psicossomáticas do que pelas tradicionais manifestações avaliadas no campo da saúde
ocupacional como aquelas decorrentes de comportamento e estilo de vida, de riscos e
acidentes, numa relação de causa e efeito.
Ressalta-se que nem sempre é possível, de forma imediata, atribuir os problemas de
saúde tão frequentes como estresse, depressão, hipertensão arterial, insônia, doenças
psicossomáticas, doenças mentais a causas diretas do trabalho, até porque cada trabalhador
apresenta mecanismos distintos de resistência e defesa à intensificação do ritmo de trabalho,
às exigências de novas aptidões e aprendizagem, às regras disciplinares impostas, à
competitividade na equipe, entre outros aspectos comuns no mundo do trabalho
contemporâneo. Estas determinações vão mais além de um corpo doente que resulta de um
mau comportamento, da exposição a um produto tóxico, presente no ambiente de trabalho, ou
de um acidente decorrente de atos inseguros ou de condições físicas (ARAÚJO, 2004).
27
3 MATERIAL E MÉTODOS
Foi realizado no presente trabalho realizou uma pesquisa de cunho exploratório de
abordagem qualitativa que costuma-se ser direcionada, ao longo de seu desenvolvimento;
além disso, não busca enumerar ou medir eventos e, geralmente, não emprega instrumental
estatístico para análise dos dados. Dela faz parte a obtenção de dados descritivos mediante
contato direto e interativo do pesquisador com a situação objeto de estudo (NEVES, 1996).
Existe um conjunto de características essenciais capazes de identificar uma pesquisa
desse tipo (GODOY, 1995), a seguir:
(1) O ambiente natural como fonte direta de dados e o pesquisador como instrumentos
fundamental;
(2) O caráter descritivo;
(3) O significado que as pessoas dão às coisas e a sua vida como preocupação do
investigador;
(4) Enfoque indutivo.
Segundo Selltiz et. al. (1967), a pesquisa exploratória tem como objetivo uma relação
proximal com o participante, permitindo dessa forma, constituir hipóteses e aprimorar idéias.
Este modelo de pesquisa envolve levantamento bibliográfico, entrevistas e análise de dados,
visando uma compreensão da coleta realizada.
3.1 LOCAL DE ESTUDO
A pesquisa foi realizada na cidade de Afonso Bezerra (Figura 12), localizada no
Estado do Rio Grande do Norte, mais especificamente junto à sede da Secretaria Municipal de
Obras e Urbanismo, órgão da Prefeitura responsável pela coleta de lixo urbano do município,
comfuncionários registrados na Prefeitura Municipal e que exercem a função decoletores de
lixos.
28
Figura 12 – Vista área de Afonso Bezerra/RN
Fonte:Afonso ... (2012)
3.1.1 Descrição do local de estudo
O município de Afonso Bezerra situa-se na mesorregião Central Potiguar e na
microrregiãoAngicos, limitando-se com os municípios de Alto do Rodrigues, Macau,
Pendências, Ipanguaçu,Angicos, Pedro Avelino e Açu, abrangendo uma área de 558 km2. A
sede do município tem uma altitude média de 62m e apresenta coordenadas 05°29’52,8” de
latitude sul e 36°30’21,6” de longitude oeste, distando da capital cerca de 174 km, sendo seu
acesso,a partir de Natal, efetuado através das rodovias pavimentadas BR-304 e RN-
104(BRASIL, 2005).
Figura 13 – Mapa do Rio Grande do Norte
Fonte:Afonso ... (2012)
29
3.2 INSTRUMENTOS METODOLÓGICOS
Na construção do trabalho foi aplicado umroteiro de entrevistas semi-estruturado
(Apêndice A), sendo este de caráter exploratório, amparado pelos objetivos. Esta entrevista
foi composta de 23 perguntas fechadas e uma pergunta aberta. Segundo Boni e Quaresma
(2005), desse modo abre-se possibilidade ao pesquisador seguir um conjunto de questões
previamente definidas, mas também, pode transformar o contexto em uma conversa informal,
direcionada para o tema, intervindo para que os objetivos sejam alcançados.
3.2.1 Levantamento de dados
Os dados foram coletados no período de Julho a Agosto do corrente ano onde
inicialmente, através de um contato prévio com o Secretário de Obras e Urbanismo do
município, foi explicado o objetivo do estudo a ser realizado e consequentemente solicitando
consentimento do mesmo para a realização de entrevistas com os trabalhadores da referida
secretaria.
3.2.1.1 Entrevistas com os trabalhadores
Após a liberação para a realização das entrevistas com os trabalhadores, no mês de
Julho, sempre antes do início das suas atividades, no horário matutino, de 6:00 as 7:00 horas,
foi realizado esse contato entre entrevistado e entrevistador, com uma média de 3
questionários aplicados ao dia.
3.2.1.2 Visitas ao Lixão do município
No decorrer da elaboração do trabalho, foram feitas visitas ao lixão do município que
fica distante aproximadamente 2 km do centro da cidade. O objetivo das visitas seriam fazer o
registro do destino final dos resíduos sólidos recolhidos no município e as formas como essas
atividades eram realizadas pelos trabalhadores.Para registro desses acontecimentos foi
utilizado como instrumento uma câmera digital.
30
3.3 POPULAÇÃO E AMOSTRA
Para realizar a limpeza urbana a Prefeitura de Afonso Bezerra tem um total de 15
profissionais registrados, sendo 1 Secretário municipal, 2 supervisores de campo, 11trabalha
dores de limpeza pública e 2 motoristas.A amostra pesquisada foi de 13trabalhadores,
abrangendo os motoristas e os trabalhadores de limpeza pública.
31
4 RESULTADOS E DISCUSSÕES
4.1 SERVIÇOS DE LIMPEZA URBANA OU COLETA DE LIXO
A política de limpeza urbana é toda coordenada pela Administração PúblicaMunicipal,
reduzida à coleta de resíduos domésticos, coletade entulhos e à varrição de ruas da cidade.
Cabe ressaltar que esses serviços são feitos em roteirospré-definidos e no itinerário
diurnodurante todos os dias da semana das 7 às 17 horas.
A coleta do lixo é realizada através de veículos que são disponibilizados pela
Prefeitura Municipal, com o auxilio de 3caçambas e 3tratores, essa coleta percorre a cidade
juntando os resíduos.
As caçambas envolvidas neste processo recolhem o lixo doméstico e o lixo público,
sendo utilizada ainda na coleta de podas de árvores, quandonecessário. Já os tratoressão
utilizados no transporte das coletoras, levando-as para despejo no lixão que se encontra na
zona urbana do município. Essas coletoras estão espalhadas por vários pontos na cidade
(Figura 14), servindo como mais uma opção para os moradores, principalmente, por
encontrarem-se próximas de suas residências ou ponto comercial.
Figura 14 – Coletoras distribuída na cidade
Fonte: Acervo pessoal (2012)
4.2 DESTINO FINAL DO LIXO NO MUNICÍPIO
Segundo Conceição (2005), o lixão é uma forma inadequada de disposição final de
resíduos sólidos municipais, que se caracteriza pela simples descarga sobre o solo, sem
32
medidas de proteção ao meio ambiente e saúde pública. E no município de Afonso Bezerra
não tem sido muito diferente desta realidade, pois o destino final de todo o lixo coletado no
municípiovai para um lixão (Figura 15) existente, que por sua vez, encontra-se próximo do
centro da cidade.
Figura 15 – Lixão de Afonso Bezerra/RN
Fonte: Acervo pessoal (2012)
A composição dos resíduos sólidos gerados pela população do município em estudo,
de acordo com observações feitasem visitas ao lixão, apresenta uma significativa diversidade
no que diz respeito aos tipos de resíduos dispostos, tais como: resíduos domésticos, de
construção e demolição, da varrição, e ainda, alguns animais mortos (Figura 16).
Figura 16 – Animais mortos encontrados no lixão
Fonte: Acervo pessoal (2012)
33
Como consequência, existem no lixão de Afonso Bezerra/RN a presença de vários
animais como urubus, cachorros e porcos como pode ser observadona Figura 17e, por isso,foi
possível destacar também a presença de muitos insetos (baratas, moscas e mosquitos) que são
vetores de várias doenças como malária, dengue, leptospirose, entre outras. Um fato constante
é o contato desses animais com os trabalhadores da limpeza pública do município,
enfrentando vários riscos à sua saúde (Figura 18).
Figura 17 – Presença de animais no lixão
Fonte: Acervo pessoal (2012)
Figura 18 – Trabalhadores da limpeza pública no lixão em contato com os animais
Fonte: Acervo pessoal (2012)
34
4.3 IDENTIFICAÇÃO DO QUADRO DE COLABORADORES DA LIMPEZA PÚBLICA
DO MUNICÍPIO E O GRAU DE ESCOLARIDADE
O quadro de trabalhadores da limpeza urbana no município é composto 100% por
pessoas do sexo masculino e na sua grande maioria (46 %) com 40 anos ou mais de idade,
assim como demonstradono Gráfico 1.
Gráfico 1 – Idade dos trabalhadores envolvidos na limpeza pública do município
Fonte: Compilação do autor, baseada em entrevistas feitas com os trabalhadores (2012)
Quanto ao grau de escolaridade desses trabalhadores, pôde-se perceber um número
elevado de trabalhadores com um grau muito baixo de escolaridade. De acordo com o
levantamento e assim como está expresso no Gráfico 2, o índice detrabalhadores cursando o
ensino médio é muito inferior ao dos que cursam oucursaram o ensino fundamental eeste é um
item que causa muita preocupação, pois a falta de conhecimento básico é um dos fatores
preponderantes daineficácia na execução de tarefas, muitas vezes simples, mas que exigem o
mínimode conhecimento, principalmente, quando se trata das condições de trabalho
relacionadas à sua saúde.
4.4 DIAGNOSTICANDO OS RISCOS
Na avaliação no que se referea utilização dos Equipamentos de Proteção Individual
(EPI’s) ficou evidente, em decorrência da Administração Pública disponibilizar apenas
8%
15%
31%
46%
18 à 25 anos
26 à 35 anos
36 à 40 anos
Mais de 40 anos
35
quando necessário alguns EPI’s, os demais, de acordo com a necessidade do trabalhador é
adquirido por conta própria ou até mesmo emprestado de outras pessoas como mostra o
Gráfico 3.
Gráfico 2 – Grau de escolaridade dos trabalhadores envolvidos na limpeza pública do
município
Fonte: Compilação do autor, baseada em entrevistas feitas com os trabalhadores (2012)
Gráfico 3 – Fornecimento dos equipamentos de seguranças dos trabalhadores
Fonte: Compilação do autor, baseada em entrevistas feitas com os trabalhadores (2012)
As doenças identificadas nas entrevistas feitas com os trabalhadoresestão destacadas
no Gráfico4, onde nota-se que 53% dos entrevistados têm algum problema relacionado
69%
23%8%
Ens. Fundamental Incompleto
Ens. Fundamental Completo
Ens. Médio Incompleto
46%
39%
15%
A Prefeitura
Compra com dinheiro
próprio
Outros
36
àfatores ergonômicos como coluna e braços. Isto significa que na continuaçãodeste problema,
os trabalhadoresestarão sujeitos a uma aposentadoria prematura e de futuras complicações a
integridade física em decorrência dos serviços prestados.
Gráfico 4 – Doenças adquiridas pelos trabalhadores
Fonte: Compilação do autor, baseada em entrevistas feitas com os trabalhadores (2012)
Ressalta-se, que para diminuir esses casos, a sugestão seria adotar a Norma
Regulamentadora –NR4, que trata de Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e
Medicina doTrabalho – SESMT, que estabelece a obrigatoriedade das empresas públicas e
privadasde promover a saúde e proteger a integridade do trabalhador no local de
trabalho,embasados juridicamente pelo artigo 162 da Consolidação de Leis Trabalhistas –
CLT(MINISTÉRIO DO TRABALHO E EMPREGO, 2012).
Na identificação dos problemas decorrentes da inalação de odor dos resíduoscoletados,
observa-se no Gráfico5 que, 54% dos entrevistados já estão acostumados com omal cheiro do
lixo e que no início das atividades, ou seja, dos serviços da limpeza pública no município 46%
sentiam ou ainda sentem cefaléiasdiárias.
Um outro ponto abordado foi com relação ao manuseio e o transporte dos resíduos
diários, observou-se a frequência que o entrevistado se acidenta com objetos cortantes ou
perfurocortantes, ede acordo com as respostas dadas verificou-se que 76% dos entrevistados
nunca tiveram qualquer tipo de acidente dessa natureza (Gráfico 6). Pode-se dizer isto, pelo
fato de todos eles terem contato indireto com o objeto cortante, manuseando por meio de pás,
vassouras e/ou carrinho para coleta (Figura 19).
31%
8% 8%
53%
Gripe
Diarréia
Dermatites
Coluna e braços
37
Gráfico 5 – Problemas apresentados quanto ao odor na coleta dos resíduos
Fonte: Compilação do autor, baseada em entrevistas feitas com os trabalhadores (2012)
Gráfico 6 – Frequência de cortes com vidros, materiais perfurocortantes ou pontiagudos
Fonte: Compilação do autor, baseada em entrevistas feitas com os trabalhadores (2012)
Vale ressaltar que muitas vezes, erroneamente, os gestores ou empresários acreditam
que pelo simples ato de fornecimento dos EPI's, os mesmos estão isentando total e
irrestritamente as responsabilidades advindas do acidente de trabalho ou doença profissional.
Aliás, em caso de acidente de trabalho, onde a empresa negligenciou ou não forneceu o EPI,
esta, através de seus representantes, irão responder civil e criminalmente pela omissão.
46%
54%
Cefaléias
Sinte-se bem
76%
8%8%8%
Nunca
1 Vez/semana
1 vez/mês
3 ou mais vezes/semana
38
Figura 19 – Colaborador da limpeza em contato indireto com objetos cortante
Fonte: Acervo pessoal (2012)
4.5 UTILIZAÇÃO DOS EPI’s PELOS TRABALHADORES DA LIMPEZA
A Tabela 1 e a Figura 20 a seguir mostrama inadequação quanto aos Equipamentos de
Proteção Individual (EPI), na utilização diária pelos trabalhadores de limpeza pública. Isto se
deve pela desorganização da gestão doDepartamento de Limpeza Pública do município que
não fornece com frequência os equipamentosadequados a seus colaboradores e/ou a
desobediência dos trabalhadores envolvidos na limpeza quando estes equipamentos são
fornecidos.
Tabela 1 – Frequência do uso de Equipamentos de Proteção Individual
EPI
USO DIÁRIO
ÀS VEZES
RARAMENTE
NÃO USA
Botina 46% 8% - 46%
Luvas PVC 38% - - 62%
Respirador descartável 8% - - 92%
Calça de Brim 23% - 8% 69%
Camisa manga longa 23% 15% - 62%
Óculos de proteção - - 8% 92%
Capa de chuva - - 8% 92%
Capacete 8% 8% - 84%
Protetor auricular - - - 100%
Fonte: Compilação do autor, baseada em entrevistas feitas com os trabalhadores (2012)
39
Figura 20 – Colaboradores de limpeza pública sem EPI
Fonte: Acervo pessoal (2012)
Diante disso, é mostrad que estas condições estão em desacordo com as normas
regulamentadoras (NR’s), em particular asNR6 e NR26, que prevê a obrigatoriedade de
fornecimento de EPI’s a seus empregadossempre que as condições de trabalho o exigir e a
sinalização de segurança nos ambientesde trabalho, embasados juridicamente pelos artigos
166, 167 e 200 da CLT,respectivamente(MINISTÉRIO DO TRABALHO E EMPREGO,
2012). Mediante a essa situação, um vereador do município em 2011, fez um requerimento
(ANEXO I) junta a Câmara Municipal de Afonso Bezerra, solicitando a aprovação da
proposiçãoda aquisição dos Equipamentos de Proteção Individual (EPI), bem como, o
pagamento da insalubridade, periculosidade e de horas extras dos colaboradores da limpeza
pública municipal. O requerimento foi aprovado em 15 de agosto de 2011, mas até o presente
momento não obteve êxito na execução.
Merece destaque um outroponto bastante importante e que muitas vezesos
responsáveis não estão atentos.É que não adianta somente fornecer o EPI cercado de todos os
cuidados, se o trabalhador não recebeu treinamento para usá-lo. Como exemplo pode ser
citado à eficiência particularmente dos protetores auriculares e máscaras, que depende
essencialmente do modo como são usados, sob risco de não promoverem a atenuação
especificada. Assim, é igualmente importante que os trabalhadores sejam treinados com
recursos próprios, ou por meio dos fabricantes de EPI's que já fazem este trabalho
gratuitamente, através de palestras ou mini cursos.
Na presente pesquisa, quando questionados sobre treinamentos quanto ao uso de
EPI’s, os trabalhadores disseramnão terem recebido treinamento para fazerem uso dos
equipamentos de proteção individual e nem tão pouco as orientaçõesreferente aos riscos
40
ocasionados pelo ausência ou uso irregular dos mesmos (Gráfico 7). Os trabalhadores
ressaltaram também não serem fiscalizados quanto ao uso dos EPI’s.
Gráfico 7 – Treinamentos para utilização dos EPI’s
Fonte: Compilação do autor, baseada em entrevistas feitas com os trabalhadores (2012)
No Gráfico 8 é apresentado a percepção dos entrevistados em relação ao serviço dos
trabalhadores de limpeza pública e nota-se então, uma disparidade entre eles. Isso está
simbolizado na forma em que 15% dos trabalhadores relatam que sentem-se muito
discriminados pela população e uma outra maioria de 77% dizem que a sociedade gosta do
que fazem, ou seja, percebe-se que em uma mesma categoria ou classe de trabalhadores,
existem opiniões diferentes quanto à percepção social.
Gráfico 8 – Percepção social dos trabalhadores
Fonte: Compilação do autor, baseada em entrevistas feitas com os trabalhadores (2012)
8%
92% Sim
Não
77%
15%8%
Sente-se bem
Muito discriminado
Pouco discriminado
41
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Diante de todas as informações que foram coletadas, levantadasna execução da
pesquisapôde-se então, identificar diversos riscos que os colaboradores da limpeza pública do
município de Afonso Bezerra estão sujeitos por falta de uma estrutura de segurança adequada.
Por meio desses estudos, a pesquisa sugere medidas e recomendações para melhoria quanto à
saúde humana e social da categoria.
Percebe-se a necessidade de evidenciar a capacitação e conscientização dos
funcionários em relação ao uso de EPI onde a real situação seria a realização de um programa
de treinamentos em que fossem abordados desde a obrigação legal do empregado e do
empregador, assim como também a finalidade e os tipos de EPI até a sua maneira correta de
utilizá-los.
No ambiente de trabalho também podem ser feitos acompanhamentos juntamente com
os trabalhadores para se verificar quais EPI’s não estão sendo utilizados. A partir destas
verificações, pode-se então intensificar programas de treinamento e conscientização nos
pontos mais falhos, melhorando consequentemente as condições diárias do trabalhador
sempre com o foco na garantia da saúde do mesmo, pois a qualidade de vida no trabalho, em
seu âmbito mais simplificado deve iniciar com a garantia de boas condições para realização
do trabalho, ou seja, de um bom trabalho.
Deve-se salientar que o simples fornecimento de EPI’s e exigência de seu uso não
levam e nem podem evitar acidentes se utilizados isoladamente, pois, para que aconteça um
eficaz sistema de segurança não deverá apenas ser caracterizado pelo simples cumprimento de
exigências legais, mas principalmente, pela preocupação em fornecer aos trabalhadores um
ambiente seguro, os mais adequados equipamentos de proteção individual e um eficiente
treinamento do mesmo, sem levar em conta apenas a minimização dos custos, pois sabe-seque
o que se gasta com equipamentos de proteção é uminvestimento e não um gastodevido àfalta
de instrumentos que auxiliam na melhoria da qualidade coletiva e na otimizaçãodos serviços
prestados pelos trabalhadores.
Portanto, acredita-se que a elaboração deste trabalho venha contribuircom
desenvolvimento da percepção do risco aliado a umconjunto de informações e regras básicas
de segurança, que são as ferramentasmais importantes para evitar a exposição e assegurar o
sucesso dasmedidas individuais de proteção à saúde dos trabalhadores da limpeza pública no
municípiode Afonso Bezerra/RN.
42
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45
APÊNDICE A - Questionário aplicado com os colaboradores da limpeza pública do
município de Afonso Bezerra/RN
UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO SEMI-ÁRIDO – UFERSA
CAMPUS ANGICOS
CURSO BACHARELADO EM CIÊNCIA E TECNOLOGIA
QUESTIONÁRIO
ENTREVISTADO: _____________________________________________________
BLOCO I: Identificação do colaborador
1 - Qual a sua Idade?
( ) 18 à 25 anos ( ) 25 à 35 anos ( ) 35 à 40 anos ( ) 40 ou mais
2 - O seu sexo?
( ) Masculino ( ).Feminino
3 - Qual o grau de escolaridade?
( ) Analfabeto
( ) Ensino Fundamental Incompleto
( ) Ensino Fundamental Completo
( ) Ensino Médio Completo
( ) Ensino Médio Incompleto
( ) Ensino Superior Incompleto
( ) Ensino Superior Completo
4 - Qual a sua função?
( ) Agente de Limpeza ( ) Motorista ( ) Outros
5 - Quanto tempo você trabalha nos Serviços de Limpeza Pública?
( )Menos de 1 mês
( ) 6 meses à 12 meses
( ) 1 ano à 3 anos
( ) 3 anos à 4 anos
( ) 4 anos ou mais
BLOCO II: Questões com relação às condições de usos dos equipamentos de segurança
6 - Você utiliza algum tipo de (EPI)?
( ) Sim ( ) Não
7 - O equipamento que você utiliza no trabalho para a sua proteção, quem fornece?
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( )A Prefeitura
( )Compra com seu dinheiro
( )A empresa que lhe contratou
(terceirizada)
( )Outros
8 - Como você considera a qualidade dos equipamentos de proteção individual (EPI)?
( )Ótimo ( )Regular ( )Péssima
9 - Você já sofreu algum tipo de acidente por falta da utilização do equipamento de
segurança?
( )Sim ( )Não
10 - Caso sua resposta seja sim, assinale o período que ficou afastado do
trabalho?(atestado médico).
( )Menos de uma semana
( )Uma semana
( )Duas semanas
( )Mais de duas semanas
11 - Você é fiscalizado quanto ao uso de equipamentos de segurança no trabalho?
( )Sim ( )Não
12 - Observe os equipamentos abaixo e responda (1) uso diário ou freqüente, (2) uso às
vezes e (03) uso raramente (4) não usa.
( )Botina
( )Luvas de PVC
( )Respirador descartável
( )Calça de brim
( )Camisa manga longa
( )Óculos de proteção
( )Capa de chuva
( )Capacete
( )Protetor auditivo
13 - Os equipamentos da pergunta acima são colocados a sua disposição quando
necessário?
( )Sim ( )Não
BLOCO III: Treinamentos
14 - Você recebeu algum treinamento de como utilizar adequadamente os equipamentos
de proteção?
( )Sim ( )Não
15 - Caso a resposta anterior seja negativa, indique qual tipo de treinamento você
gostaria de receber para saber a importância do uso adequado dos equipamentos de
segurança no trabalho?
( )Aula Expositiva
( )Dramatização através de Teatro
( )Palestra
( )Oficina
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16 - Dê a sua sugestão para que possa ter uma mudança em relação, à utilização correta
do (EPI) Equipamento de Proteção Individual?
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BLOCO IV: Diagnosticando os Riscos
17 - Você recebeu algum tipo de orientação referente aos riscos ocasionados pelo seu trabalho?
( ) Sim ( ) Não
18 - Você já teve algum tipo das doenças relacionadas abaixo? Quais?
( )Gripes
( )Diarréia
( )Dermatites
( )Coluna e Braços (Osteomuscular)
19 - Quanto ao odor do resíduo no momento do manuseio e transporte, costuma sentir-
se:
( )Sinto-me bem, estou acostumado
( )Mal-estar
( )Cefaléias
( )Náuseas
20 - O que mais te incomoda no dia a dia de trabalho?
( )Não há incômodo
( )Odor
( )Poeira (olhos)
( )Poeira (Nariz)
21 - Já se feriu ou houve algum tipo de desconforto no manuseio ou transporte de Pilhas,
baterias, óleos e graxas, solventes, tintas, remédios e outros.
( )Nunca
( )Raramente
( )Poucas vezes
( )Freqüentemente
22 - Ao manusear ou transportar os resíduos diários, já houve acidentes (Cortes com
vidros, materiais perfurocortantes ou pontiagudos)?
( )Nunca
( )Sim, 1 vez/ mês
( )1 vez/ semana
( )3 ou mais vezes/ semana
23 - Na rotina diária já houve:
( )Má postura ao equipamento
( )Quedas
( )Ferimentos
( )Atropelamento
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24 - Qual é a percepção do seu serviço em relação a sociedade?
( )Sinto-me bem
( )Indiferente
( )Pouco discriminado
( )Muito discriminado