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UNIVERSIDADE PARANAENSE CURSO SUPEROR DE ENFERMAGEM JACKLINE BORGES DA SILVA VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER: ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO GUAÍRA, PR, BRASIL 2017 U N I P A R

UNIVERSIDADE PARANAENSE CURSO SUPEROR DE … · saúde e essencial para que se estabeleça um relacionamento de forma adequada entre o profissional e a cliente (HOGA, 2004). ... Desde

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UNIVERSIDADE PARANAENSE

CURSO SUPEROR DE ENFERMAGEM

JACKLINE BORGES DA SILVA

VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER: ATUAÇÃO DO

ENFERMEIRO

GUAÍRA, PR, BRASIL

2017

U

N

I

P

A

R

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JACKLINE BORGES DA SILVA

VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER: ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO

Projeto de Conclusão de curso

apresentado a banca examinadora -

UNIPAR Universidade Paranaense, como

exigência parcial para obtenção do título

enfermeiro, sobre a orientação do prof.

Me. Eduardo Henrique Sandim.

GUAIRA

2017

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JACKLINE BORGES DA SILVA

VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER: ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO

Trabalho de Conclusão de Curso aprovado em ___/___/___, como requisito parcial

para obtenção do grau de Bacharel em Enfermagem da Universidade Paranaense –

UNIPAR, pela seguinte banca examinadora:

________________________________________

Prof./ Enfermeiro Ms. Eduardo Henrique Sandim

Universidade Paranaense - UNIPAR

________________________________________

Prof./ Enfermeiro

Universidade Paranaense - UNIPAR

_________________________________________

Prof./ Enfermeiro

Universidade Paranaense - UNIPAR

Guaíra, ___de novembro de 2017.

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DEDICATÓRIA

Dedico este trabalho primeiramente a Deus, segundo ao

meu pai, mãe, e meu marido que estiveram ao meu lado e

me acompanharam todo este tempo de graduação.

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AGRADECIMENTO

Agradeço por primeiro lugar a Deus por ter me sustentado do começo ao fim

deste curso, por ele sempre me reerguer quando eu precisava e por ainda o fazer.

Ao meus amados pais agradeço pelo tempo em que esteve presente em vida,

que pela sua presença permanente, amor e dedicação me mostrou com exemplos

no dia a dia, e em especial durante os quatro anos do meu curso, seus

ensinamentos me mantiveram forte e me deram forças para continuar.

Aos meus amigos, que me ajudaram e escutaram minhas reclamações,

amenizaram meu choro e me aconselharam nos momentos em que mais precisei.

Agradeço ao meu orientador pela paciência e pela colaboração em cada

orientação e correção do meu Trabalho de Conclusão de Curso. Que sorte a minha

tê-lo na construção deste trabalho, me orientando e impondo desafios com

determinação e confiança no meu potencial.

A todos os meus professores sendo eles de sala de aula e os de estágio

supervisionado sem o conhecimento passado por cada um de vocês eu jamais

saberia ao menos aferir uma pressão ou escutar o relato de queixas de um paciente

ou até mesmo atender com carinho, com destreza e atenção pela qual aprendi, e

nunca vou me esquecer do olhar holístico que um enfermeiro precisa ter.

Enfim, agradeço a todo incentivo que recebi da parte de cada pessoa que

colaboraram para minha formação, minha gratidão será eterna.

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APRESENTAÇÃO

Este Trabalho de Conclusão de Curso, está sendo apresentado ao Colegiado do

Curso de Enfermagem do Campus de Guaíra da Universidade Paranaense –

UNIPAR na forma de Artigo Científico conforme regulamento específico. Este artigo

está adequado as instruções para autores da revista Arquivos de Ciências da Saúde

da Unipar (ISSN– 1415–076X) e baseado nas Normas ABNT–NBR-6023 as quais

encontram – se anexo.

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VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER: ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO

Acadêmica: Jackline Borges da Silva*

Orientador: Eduardo Henrique Sandim**

Como se percebe por vários anos a violência contra a mulher foi aceita pela

sociedade, impregnando as evoluções culturais, o que fez gerar um alto grau de

tolerância, fato é que a aceitação foi tão bem posta em meio as culturas que até hoje

mesmo a lei reconhecendo a mulher como vitima de violência, torna-se difícil

reconhecer crime nos casos reais, bem como punir seus agressores. O estudo terá

caráter reflexivo, discorrendo acerca da temática do papel da enfermagem na

violência contra a mulher. Assim o objetivo do presente estudo é demonstrar todos

os meios que a enfermagem pode utilizar para melhor cuidar de uma mulher vítima

de violência, para tanto, optou-se pelo método da revisão bibliográfica, utilizando-se

um levantamento bibliográfico em revistas, livros e periódicos. Conclui-se com este

trabalho que ao enfermeiro tem papel determinante no cuidado e restabelecimento

da mulher vitima de violência, estando presente, nas fases iniciais de seus

tratamento, tanto físico quanto mental e psicológico.

Palavra chave: violência, enfermeiro, lei, acompanhamento.

*Acadêmica – Orientanda do Curso de Graduação em Enfermagem – Unipar **Docente – Orientador do Curso de Garduação em Enfermagem – Unipar

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VIOLENCE AGAINST WOMEN: THE NURSE'S PERFORMANCE

Academic: Jackline Borges da Silva * Advisor: Eduardo Henrique Sandim **

As it is perceived for several years the violence against the woman was accepted by

the society, impregnating the cultural evolutions, which caused to generate a high

degree of tolerance, fact is that the acceptance was so well put in the middle of the

cultures that to this day even the law recognizing the woman as a victim of violence,

it becomes difficult to recognize crime in real cases, as well as punish their

aggressors. The study will be reflective, discussing the theme of the role of nursing in

violence against women. Thus, the objective of the present study is to demonstrate

all the means that nursing can use to better care for a woman victim of violence.

Therefore, the literature review method was used, using a bibliographic survey in

magazines, books and periodicals . It is concluded with this work that the nurse plays

a decisive role in the care and restoration of the woman victim of violence, being

present, in the initial phases of their treatment, both physical, mental and

psychological.

Key words: violence, nurse, law, monitoring.

*Acadêmica – Orientanda do Curso de Graduação em Enfermagem – Unipar **Docente – Orientador do Curso de Garduação em Enfermagem – Unipar

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SUMÁRIO

INTRODUÇÃO .........................................................................................................................9

2 DESENVOLVIMENTO .........................................................................................................10

2.1 VIOLENCIA CONTRA A MULHER .......................................................................................... 10

2.2 O CUIDADO DO ENFERMEIRO COM A MULHER VÍTIMA DE VIOLÊNCIA SEXUAL ..... 11

2.3 O CUIDAR EM ENFERMAGEM NA DIMENSÃO TÉCNICA ................................................. 12

3 O CUIDAR EM ENFERMAGEM NA DIMENSÃO DO ACOLHIMENTO .................... 14

3.1 O CUIDAR EM ENFERMAGEM NA DIMENSÃO DA EXISTÊNCIA HUMANA ................... 15

4. OS DESAFIOS DAS REDES DE ATENÇÃO A MULHER VITIMA DE VIOLÊNCIA

SEXUAL. ................................................................................................................................17

5. NOTIFICAÇÃO DE VIOLÊNCIAS.......................................................................................20

6 CONCLUSÃO ......................................................................................................................23

7. REFERÊNCIAS ..................................................................................................................25

6. ANEXOS.............................................................................................................................28

ANEXO 1 – REVISTA ARQUIVOS DE CIÊNCIAS DA UNIPAR. ................................................ 28

ANEXO 2 – FICHA CATALOGRÁFICA. ........................................................................................ 29

ANEXO 3 – INSTRUÇÕES PARA AUTORES. ............................................................................. 30

ANEXO 4 – FICHA CATALOGRÁFICA. ........................................................................................ 31

ANEXO 5 .......................................................................................................................................... 32

DECLARAÇÃO DE CORREÇÃO DE INGLÊS .............................................................................. 32

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INTRODUÇÃO

São inúmeras as campanhas públicas a favor da igualdade de gêneros e a

importância de uma escuta e um acolhimento de qualidade a mulher vitima de

agressão. Toda essa repercussão da mídia mediante um assunto não se deu ao

acaso, mas sim por ser uma realidade diária na vida de muitas brasileiras, em

especial mulheres com índice social menos favorecidos. Em diferentes meios e

costumes sociais, o tratamento pessoal é diferenciado, diante disso diversas

"conceituações acerca desse tipo de violência são feitas por diferentes perspectivas

de estudos: sociais, antropológicos e econômicos."(THAISA, et. al. 2007, p. 25)

No Brasil, assim como em diversos países do mundo, a violência sexual

constitui um sério problema de saúde pública por ser uma das principais causas de

morbidade e mortalidade feminina(HEISE, 1994). A violência baseada em questões

de gênero é também uma violação dos direitos humanos. Acomete mulheres de

todas as idades, de diferentes níveis econômicos e sociais, em espaço público ou

privado e em qualquer fase de sua vida (BRASIL, 1999).

Nos serviços de saúde, a mulher violentada sexualmente necessita de

acolhimento(BRASIL, 1999), fator fundamental para a humanização da assistência à

saúde e essencial para que se estabeleça um relacionamento de forma adequada

entre o profissional e a cliente (HOGA, 2004).

Mesmo sendo um assunto muito pautado em diversos programas de

prevenção, comerciais na mídia, alerta em cartazes de campanha, a violência contra

mulher ainda é muito impune para os agressores " as diferenças de gênero que nos

são socialmente impostas propiciam situações para que ocorra a violência

doméstica" (THAISA, et. al. 2007, P.26)

Segundo dados da Organização Mundial de Saúde (OMS) 69% das

mulheres já foram agredidas ou violadas, "..a impotência da vítima, que não

consegue ver o agressor punido, gera nos filhos a consciência de que a violência é

um fato natural." (DIAS, 2007, p.16).

Deste modo o presente estudo tem como objetivo traçar os meios que a

enfermagem possui para ajudar a mulher que foi vitima de violência, o trabalho terá

como foco o desenvolvimento da enfermagem no contexto técnico, humano e de

acolhimento da vitima.

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Segundo o Ministério da Saúde (BRASIL, 1999), muitos serviços de saúde

têm oferecido atendimento multidisciplinar às mulheres vítimas de violência sexual,

no entanto, as atribuições da enfermeira parecem não estar bem estabelecidas, uma

vez que o Ministério da Saúde não definiu o papel da enfermeira nesta assistência

(Braga, 2004).

2 DESENVOLVIMENTO

2.1VIOLENCIA CONTRA A MULHER

Desde o início da civilização, a violência contra a mulher vem sendo

disseminada em quase todos os países. Sua prevalência é maior nos locais onde a

cultura masculina prevalece, e em consequência a mulher é tida como ser

subordinado e desvalorizado, mas ao longo dos tempos com muita luta ganhou

espaço significativo na sociedade, conquistaram o direito ao voto e a liberdade para

trabalhar fora de casa, ganhando sua independência financeira, mesmo com muitos

ideais machistas que ainda predominam em algumas sociedades provocando casos

de ira masculina (ANDRADE, 2009, p. 12).

A violência contra a mulher, também chamada violência de gênero é

qualquer atitude que venha causar sofrimento psicológico, físico ou sexual, ocorre

tanto no espaço privado quanto no espaço público e pode ser cometida por

familiares ou outras pessoas que vivem no mesmo domicílio, sendo como relação

interpessoal, em que o agressor conviva ou tenha convivido com a mesma, que

tenha sofrido entre outros, estupro, maus tratos, violação e abuso sexual

(ANDRADE, 2008).

A criação da lei nº10. 778 de 24 de Novembro de 2003 estabelecem a

notificação compulsória, no território nacional, do caso de violência contra a mulher

que for atendida em serviços de saúde público ou privado, a lei obriga aos serviços

públicos e privados notificar sobre os atendimentos que fizeram a quem sofrer este

tipo de violência. Essa notificação pode ser realizada por pessoa física, entidades

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públicas ou privadas, a exemplo de enfermeiros, assistentes sociais, médicos,

hospitais, unidades de saúde e instituto de medicina legal.( DESLANDES, 1999).

No Primeiro Relatório Mundial sobre Violência e Saúde, a violência foi

definida como o uso intencional da força física, do poder real, ou em ameaça contra

si próprio, contra outra pessoa, ou contra um grupo ou uma comunidade, que resulte

ou tenha possibilidade de resultar em lesão, morte, dano psicológico, deficiência de

desenvolvimento ou privação de liberdade (DESLANDES; MENDES, 2011).

A violência acontece no mundo todo e atinge pessoas de todas as idades;

independe de sexo, raça, religião, nacionalidade, escolaridade, opção sexual ou

condição social. No entanto, a violência apresenta-se nas classes menos

favorecidas com mais facilidade devido às condições precárias de sobrevivência. Ela

está presente na vida de todas as pessoas, sejam como vítimas sejam como

agressores. Reproduz-se nas estruturas e subjetividades em diferentes espaços,

como na família, escola, comunidade, trabalho e instituições (REIS, 2010).

Na perspectiva das enfermeiras, a violência contra a mulher foi

representada, majoritariamente, como uma ação de covardia associada à agressão

psicológica, agressão física, tristeza e maus-tratos (LEAL, 2009).

2.2 O CUIDADODO ENFERMEIRO COM A MULHER VÍTIMA DE VIOLÊNCIA SEXUAL

A enfermagem, como ciência do cuidar, vem, ao longo das últimas décadas,

buscando aprofundar discussões sobre sua prática, reconhecendo que o cuidar é

um processo e, dessa forma, em evolução e sujeito às mudanças que ocorrem no

sistema de saúde e no modo de significância para o ser cuidado. (Waldow, 20016).

A mulher, por ser alvo preferencial desse tipo de violência, tem merecido a

atenção por parte de profissionais, principalmente os de enfermagem que, na sua

trajetória prática e em qualquer ambiente de trabalho, podem defrontar-se com essa

situação, exigindo conhecimento específico e habilidade para realizar esse cuidar

como expressão humanizadora da enfermagem, com poder transformador, que deve

ser sentido e vivido por parte de quem cuida e de quem é cuidado. (Waldow, 20016).

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Nessa concepção, o primeiro contato da mulher no serviço de saúde deve

acontecer com os profissionais de enfermagem, que farão um acolhimento

humanizado, a realização da anamnese, coleta de material para exames

laboratoriais, agendamento de retorno e administração de medicações. Esses são

passos que garantem a aderência ao seguimento ambulatorial.

Para o atendimento, a equipe de enfermagem recebe capacitação periódica

e participa de oficinas de apoio psicológico (realizado pela equipe responsável pelo

programa) para agir de forma imparcial, sem preconceitos, sem fazer julgamentos,

sem atuar de forma comiserativa e conhecer as implicações legais, somáticas,

psicológicas e sociais da violência sexual e colaborar para que a mulher não tenha

que repetir várias vezes a sua história. (BRASIL, 2005).

A enfermeira acolhe, realiza triagem e faz encaminhamentos de acordo com

a avaliação do tipo de violência: no caso de violência física e/ou psicológica em

mulher, criança e adolescente e/ou violência sexual em menor de 14 anos não

púbere, deve-se encaminhar ao pronto-socorro adulto ou pediátrico. É preciso

atentar para os casos em que a menor de 18 anos confirma o consentimento da

relação sexual, porém, se o responsável legal considerar que a menor não estava

apta para consentir o ato, deve-se realizar atendimento de violência sexual.

(BRASIL, 2005).

Portanto, o cuidar em enfermagem à mulher na situação de violência sexual

na dimensão técnica volta-se para uma ação que exige um domínio da habilidade do

profissional, ou seja, no saber-fazer. Entretanto, é nessa relação do ser cuidador e

do ser cuidado, que se incorpora a intersubjetividade, no momento em que é

estabelecida uma interação através da linguagem. Assim, esse cuidar técnico em

enfermagem também permite uma aproximação do ser na sua existência humana

(MORAES, 2010, p. 157).

2.3 O CUIDAR EM ENFERMAGEM NA DIMENSÃO TÉCNICA

Na busca de apresentar o cuidar na dimensão técnica, deve se apoiar na

compreensão da habilidade técnica do profissional de enfermagem em saber-fazer

os cuidados à mulher vítima de violência sexual em conformidade com a Norma

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Técnica (NT) do Ministério da Saúde (MS), sendo medidas preventivas que a mulher

dispõe para evitar uma gravidez indesejada e o aparecimento das doenças

sexualmente transmissíveis. (MORAES; MONTEIRO; ROCHA, 2010, p.156).

A mulher ao buscar o serviço de saúde, recebe uma assistência que envolve

outros profissionais, como médico legista e ginecologista, assistente social,

psicólogo, que em conjunto planejam o tratamento dos agravos que podem ser

imediatos ou a longo prazo, de ordem física e psicológica. Os agravos físicos são

decorrentes do trauma genital, evidenciado por lacerações, hematomas, equimoses

e edemas, principalmente nas mulheres de maior idade, e nos casos das crianças

vitimizadas, que podem ainda apresentar lesões na vagina, no períneo, no ânus e no

reto.(Bedone; Oshikata, 2005, p.21 Inoue; Ristum, 2008, p. 25).

Já nos casos de lesões extragenitais, encontram-se escoriações, equimoses

e fraturas da face. Além dessas lesões, as vítimas podem apresentar distúrbios

emocionais, como insônia, pesadelo, depressão, fobias, pânico, ansiedade, medo da

morte, sensação de solidão, cefaléia, fadiga, transtorno do apetite, risco para uso de

drogas ilícitas e suicídio, pois em algumas situações a severidade da agressão da

violência sexual é conjugada com relações anais e orais.(OLIVEIRA, 2006, p. 2).

Compreende-se que nessa ação do cuidar realizado pela enfermagem em

conformidade com a NT/MS, direciona-se para um saber técnico, em que suas

ações estão voltadas para o tratamento das lesões, prevenções das Doenças

Sexualmente Transmitidas e da hepatite B, bem como para a prevenção de uma

gravidez indesejada. (FAÚNDES, 2006, p.28).

Portanto, o cuidar em enfermagem à mulher na situação de violência sexual

na dimensão técnica volta-se para uma ação que exige um domínio da habilidade do

profissional, ou seja, no saber-fazer. Entretanto, é nessa relação do ser cuidador e

do ser cuidado, que se incorpora a intersubjetividade, no momento em que é

estabelecida uma interação através da linguagem. Assim, esse cuidar técnico em

enfermagem também permite uma aproximação do ser na sua existência humana.

(MORAES; MONTEIRO; ROCHA, 2010, p. 157).

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3 O CUIDAR EM ENFERMAGEM NA DIMENSÃO DO ACOLHIMENTO

O significado do cuidar em enfermagem como uma ação acolhedora se

refere à qualidade e humanização da atenção como um conjunto de medidas,

posturas e atitudes dos profissionais de saúde na sua relação com o cliente.

(TAKEMOTO; SILVA, 2007, p. 23).

No caso da enfermagem, significa compreender o indivíduo em sua

plenitude, ouvi-lo com sensibilidade, criatividade e solidariedade, o que caracteriza a

qualidade do cuidado. Sendo assim, a prática do acolhimento no trabalho de

enfermagem é no sentido de realizar atitudes humanizadoras que se revelam no ato

de receber, escutar e tratar. (SOBRAL; TAVARE; SILVEIRA, 2004, p.65).

Assim, o cuidar em enfermagem como uma ação na dimensão do

acolhimento pode ser vivenciado pelo profissional e pela vítima de violência sexual,

desde o momento da entrada no serviço de atendimento, percorrendo todo o

processo assistencial realizado. Nesse sentido, o cuidado de enfermagem e dos

demais profissionais a essa clientela é assegurado de forma que a vítima e a família

sintam-se protegidas e seguras no atendimento prestado, na garantia do sigilo e dos

encaminhamentos adequados. (BRASIL, 2005).

Por conseguinte, infere-se que o cuidar é indispensável para a existência

humana e que ele é desvelado no processo de viver e de sobreviver. Nessa

perspectiva, a enfermagem ao realizar o cuidado à mulher vítima de violência sexual,

tem a possibilidade de descortinar outros problemas que possam afetar a integridade

física e emocional dessa mulher. Assim, o profissional de enfermagem, ao adotar a

postura de ouvir a mulher que busca o serviço de saúde, com suas queixas variadas,

tem nesse momento, condições de rastrear situações de violência que estejam

contidas no silêncio, no medo e na vergonha. (MORAES; MONTEIRO; ROCHA,

2010, p. 158)

Portanto, esse cuidar acolhedor pela enfermagem permite um olhar sensível

e humano para a saúde da mulher vítima de violência sexual, com a finalidade de

recuperar sua autoestima, sua saúde mental e sua qualidade de vida. (MORAES;

MONTEIRO; ROCHA, 2010, p. 158).

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3.1 O CUIDAR EM ENFERMAGEM NA DIMENSÃO DA EXISTÊNCIA HUMANA

O conceito apresentado sobre cuidar em enfermagem na perspectiva da

dimensão da existência humana, se processa no encontro entre o ser cuidador e o

ser cuidado, cujos objetivos envolvem o conforto, ajuda, promoção,

restabelecimento, no sentido de aliviar o sofrimento humano. (WALDOW, 2006).

Para o filosófico Leonardo Boff, o significado de cuidar implica em duas

definições, a primeira como gesto de desvelo, de solicitude e de atenção, e como

segunda, refere-se à preocupação e inquietação. Também traz para a reflexão que o

cuidado é mais do que um ato, é uma atitude. O filósofo recorre ao pensamento de

Martin Heidegger ao explanar a natureza do cuidado como o modo de ser e de

solicitude, por permitir uma relação de preocupação, guiada pela consideração e

pela tolerância. (Boff, 1999).

Na enfermagem, essa discussão tem também as contribuições valiosas das

teorias de Jean Watson e de Paterson e Zderad. Na perspectiva de Jean Watson, o

cuidado é entendido numa abordagem humanística e comportamental, na qual a

enfermagem consiste na ciência e na filosofia do cuidado e, para tal, precisa ter o

cultivo da sensibilidade, da autoconfiança, da promoção e aceitação de sentimentos

positivos e negativos, utilização de um processo de cuidar criativo de resolução de

problemas, assistir nas necessidades humanas e admitir forças existenciais,

fenômeno lógicas e espirituais nesse cuidar. Dessa forma, o fundamento sólido para

a ciência do cuidado está pautado na habilidade do pensamento crítico e da visão

expandida do mundo, por enfocar mais a promoção da saúde do que a cura.

(GEORGE, 2000).

Tomando por base a teoria de Jean Watson, o cuidar em enfermagem à

mulher vítima de violência sexual pode ser planejado a partir do momento em que se

estabelece um vínculo do ser cuidador com o ser cuidado numa perspectiva

humanística, que focalize a unicidade do ser na sua facticidade. (BOFF, 1999).

A teoria de Paterson e Zderad tem como foco central a Enfermagem

Humanística, pois se preocupa com as experiências fenomenológicas vividas pela

enfermeira e pela pessoa que recebe o cuidado. É uma metodologia para

compreender e descrever as situações de enfermagem, numa abordagem filosófica

da fenomenologia e do existencialismo. (PERSEGONA, ZAGONEL, 2008, p.12).

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O cuidado a que Heidegger se refere se mostra, portanto, a partir do

relacionar-se com o outro e se manifesta na relação do ser-aí com o ser-no-mundo,

guiado pela consciência e pela paciência. Para Heidegger, o ser-aí significa Dasein,

que é o modo de existir do homem, que constrói o seu modo de ser, a sua existência

e historicidade a partir da presença. Assim, todo ser é sempre ser-com, pois o

mundo é sempre mundo compartilhado e de convivência, e é nas relações do

Dasein, com ser-no-mundo, que emerge o cuidado.(MORENO; JORGE; GARCIA,

2004, p. 8).

Nesse relacionar-se, a maneira de cuidar do outro é entendida como

solicitude, é ter consideração, paciência e preocupação com o outro, sob duas

formas básicas de cuidado, o dominador e o libertador. No pensamento

heideggeriano, o termo consideração é entendido como aceitação das tensões,

limites e as características diferenciais das situações e modos de ser, enquanto que

tolerância pressupõe uma expectativa de algo que possa vir a

acontecer.(HEIDEGGER, 2006)

Realizar o cuidar em enfermagem à mulher vítima de violência sexual, numa

abordagem heideggeriana, é resgatar um cuidado autêntico que se revela no

momento em que esse profissional interage com essa mulher e a ajuda a se ver

como ser de possibilidade e compreender que é possível ultrapassar essa

facticidade e dela retirar modos de superação para se compreender como além

daquilo que ela própria não se compreendia. (MORAES; et. all., 2010, p. 159).

Ainda segundo os autores (MORAES; et. al., 2010, p. 159), percebe-se

quena evolução da prática profissional da enfermagem – tem prevalecido o cuidado

técnico, resultando no distanciamento do cliente, o que remete à necessidade do

resgate desse cuidar na abrangência de sua dimensão que interagindo com essas

mulheres que passam por momentos de profunda angustia veem-se abusivamente

corrompidas naquilo que as machucam intimamente e sem autorização.

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4. OS DESAFIOS DAS REDES DE ATENÇÃO A MULHER VITIMA DE VIOLÊNCIA SEXUAL.

Desde a origem da profissão do Serviço social se observa que tanto o

profissional quanto as conquistas dos movimentos feministas caminham juntos na

busca de melhorias para as condições de vidas das mulheres sempre priorizando

seu valor na sociedade, onde aos poucos foram conquistando seu espaço. É nesta

linha de pensamento que até hoje os Assistentes Sociais trilham sua atuação e cada

vez mais se atualizando frente às transformações da sociedade. (LOBO;

CARVALHO, 2007, p. 10).

A proteção social especial é a modalidade de média complexidade, que trata

de alta vulnerabilidade e risco pessoal e social. Estes, decorrentes do abandono,

privação, perda de vínculos, exploração, violência e etc. Para tanto o Serviço de

Atendimento Especializado à Famílias e Indivíduos realiza um trabalho de

atendimento qualificado através da: Acolhida; escuta; estudo social; diagnóstico

socioeconômico; monitoramento e avaliação do serviço; orientação e

encaminhamentos para a rede de serviços locais; construção de plano individual

e/ou familiar de atendimento; orientação sócio-familiar; atendimento psicossocial;

orientação jurídico-social; referência e contra-referência; informação, comunicação e

defesa de direitos; apoio à família na sua função protetiva; acesso à documentação

pessoal; mobilização, identificação da família extensa ou ampliada; articulação da

rede de serviços socioassistenciais; articulação com os serviços de outras políticas

públicas setoriais; articulação interinstitucional com os demais órgãos do Sistema de

Garantia de Direitos; mobilização para o exercício da cidadania; trabalho

interdisciplinar; elaboração de relatórios e/ou prontuários; estímulo ao convívio

familiar, grupal e social; mobilização e fortalecimento do convívio e de redes sociais

de apoio. (PAULA; BICHARRA, 2014, p.14).

O assistente social utiliza alguns instrumentos técnicos para uma melhor

avaliação dos casos de violência contra a mulher. Pode-se citar a entrevista, que é

feita com a mulher vítima da violência, onde se desenvolve através do processo de

escuta e observação, sempre priorizando a atenção aos sentimentos expressos pela

mulher. Também a visita domiciliar é utilizada para conhecer a realidade da qual a

mulher vive. A reunião com grupos de mulheres que sofrem violência tem

contribuído muito para retirá-las do processo de angústia e baixa estima onde elas

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acabam sendo inseridas depois da violência sofrida. (LOBO; CARVALHO, 2007, p.

10).

A afirmação da agressão é a imposição da vontade de uma pessoa sobre a

outra, sem, no entanto, respeitar os limites físicos e morais. Podendo existir na forma

física contra a pessoa e contra bens ou verbal, contra pessoa (Silva, 1992, p. 239).

Atualmente, e como consequência de diversas discussões tidas no interior

da profissão, entende-se que o profissional Assistente Social deve apresentar um

perfil voltado a atuação junto ao usuário. O assistente social através de seus

conhecimentos e habilidades profissional consegue intervir na questão social que

possa ser apresentada, desenvolvendo assim seu saber ser profissional, que é

desenvolvido com seu perfil de profissão e conhecimentos teóricos –práticos.

(PAULA; BICHARRA, 2014, p.14).

É importante destacar que as melhorias na qualidade dos serviços

oferecidos as mulheres em situação de violência bem como mudanças na legislação,

a criação de novas leis que atendam a essa dificuldade, as campanhas, eventos,

seminários e passeatas destinadas à defesa da mulher, tudo isso fez com que

sensibilizasse a sociedade nesta luta pelos direitos das mulheres, contribuindo muito

para as vitórias já alcançadas. (LOBO; CARVALHO, 2007, p. 12).

O Assistente Social diante a realidade de suas demandas cumpre suas

ações de acordo com o código de Ética profissional, realiza com competência e

responsabilidade suas ações profissionais em seu cotidiano. De acordo com o

Código de Ética o assistente social tem o compromisso de respeitar o usuário diante

dos seus valores conforme rege as leis determinada pela Ética do profissional.

(PAULA; BICHARRA, 2014, p.14).

O Assistente Social realiza participação na administração municipal, diante

de trabalhos de inclusão social, sendo estes, de desenvolvimento dos projetos de

participação e acessibilidade aos direitos concernentes ao cidadão, fatos estes

decorrentes da valorização do profissional, que busca assentar-se no âmbito

profissional da classe de maneira clara, transparente e objetiva, demonstrando

sempre a sua importância para o equilíbrio das relações usuário e Governo em prol

do bem estar social. (PAULA; BICHARRA, 2014, p.14).

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A ação de intervenção é a visita domiciliar, atendimento, entrevista, nas

visitas a outras instituições, fazer pesquisas, aplicar questionário; desempenhar ação

de orientação, proteção e acompanhamento sócio-assistencial individualizado e

sistemático às mulheres e sua família em situações de risco ou violação de direitos.

Contribuir para a promoção, defesa e garantias de direito de cada cidadão vítima da

violação de direitos. (PAULA; BICHARRA, 2014, p.14).

A partir das buscas por essa rede, foram identificados os órgãos e serviços

que atuam no apoio às mulheres e suas famílias apresentados: O Conselho

Nacional dos Direitos da Mulher (CNDM) foi criado em 1985, vinculado ao Ministério

da Justiça, para promover políticas que visassem eliminar a discriminação contra a

mulher e assegurar sua participação nas atividades políticas, econômicas e culturais

do país. No atual governo, passou a integrar a estrutura da Secretaria Especial de

Políticas para Mulheres da Presidência da República, contando em sua composição

com representantes da sociedade civil e do governo, o que amplia o processo de

controle social sobre as políticas públicas para as mulheres. É também atribuição do

CNDM apoiar a Secretaria na articulação com instituições da administração pública

federal e com a sociedade civil (SECRETARIA ESPECIAL DE POLÍTICAS PARA AS

MULHERES, 2009).

A Promotoria de Justiça Especializada no Combate à Violência Doméstica e

Familiar Contra Mulher atende diariamente mulheres que a procuram tanto para

tomar conhecimento do andamento processual e das medidas protetivas, como para

dar início ao atendimento às vitimas de violência. O objetivo central dessa instância

é atender às vitimas que necessitam de amparo legal para garantia de sua

integridade física, moral, psicológica e patrimonial. A Promotoria conta com três

promotores de justiça (duas promotoras e um promotor), uma secretaria, um centro

de apoio técnico, um centro de atendimentos às vitimas, uma sala de reuniões e

uma sala de atendimento psicológico. (PASSOS, 2010, p. 16).

E a coordenação da Política Municipal de Enfrentamento à Violência

Doméstica e Intrafamiliar existente em alguns municípios que geralmente é feita pela

Secretaria Adjunta de Direitos de Cidadania, Coordenadoria de Direitos Humanos e

CAVIV (Centro de Atendimento às Vitimas de Violência).A formulação e a pactuação

das ações são construídas intersetorialmente por meio de um grupo de trabalho

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indicado pelas secretarias de assistência social, saúde, direitos humanos e

educação. (PASSOS, 2010, p. 16).)

5. NOTIFICAÇÃO DE VIOLÊNCIAS

O Ministério da Saúde, reconhecendo que as violências e os acidentes se

tornaram um gravíssimo problema de saúde pública, que exercem grande peso

social e econômico, em especial, sobre o Sistema Único de Saúde – SUS, que as

intervenções pautadas na vigilância, prevenção e promoção da saúde são

fundamentais para o enfrentamento desse problema, implantou em 2001, a Política

Nacional de Redução da Morbimortalidade por Acidentes e Violências. Sendo que,

em 2006, as ações de prevenção de violências e acidentes e de promoção da saúde

e cultura de paz foram priorizadas na Política Nacional de Promoção da Saúde.

(BRASIL, 2016, p. 16).

A Organização Mundial de Saúde (OMS) entende que um Sistema de

Informação é de suprema necessidade como um mecanismo de coleta,

processamento, análise e transmissão de informações necessárias para o

planejamento, a organização, operacionalização e a avaliação dos serviços em

saúde, e muito embora desde o ano de 1990, o Estatuto da Criança e do

Adolescente já no seu art. 13, sinalize a obrigatoriedade de realizar a comunicação

ao Conselho Tutelar, nos casos suspeitos ou confirmados de maus-tratos na

respectiva localidade, a institucionalização compulsória, ficou vulnerável as

realidades regionais. Somente no ano de 2001, o MS, institucionaliza a notificação

compulsória, declarando que as violências e os acidentes exercem efeitos danosos,

em especial, sobre o Sistema Único de Saúde – SUS, e observando os baixos níveis

dos registros do fenômeno da violência, e que as intervenções pautadas na

vigilância, prevenção e promoção da saúde são fundamentais para o enfrentamento

desse problema. (BRASIL, 2014).

A notificação da violência torna-se um importante instrumento para subsidiar

o planejamento e a execução de políticas públicas integradas e intersetoriais para a

redução da morbimortalidade decorrente das violências e, efetivamente, promover a

saúde, a cultura de paz, a equidade e a qualidade de vida. (BRASIL, 2016, p. 16).

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Por meio da Portaria MS/GM nº 1.863, de 29 de setembro de 2003, o MS

pôs em vigor a Política Nacional de Atenção às Urgências, que orienta o

componente assistencial do plano de enfrentamento das causas externas, prevendo

o aprimoramento e a expansão dos atendimentos pré, intra e pós--hospitalares das

vítimas de acidentes e violências, dentre os outros eventos que requerem esse tipo

de atenção. (Instrutivo VIVA). (BRASIL, 2014).

A notificação das violências foi estabelecida como obrigatórias por vários

atos normativos: Estatuto da Criança e do Adolescente –ECA, constituído pela Lei

8.069/1990; a Lei nº 10.778/2003, que institui a notificação compulsória de violência

contra a mulher; a Lei nº 10.741/2003, que institui o Estado do Idoso; a Lei nº

12.461, de 26 de julho de 2011, que altera a Lei 10.741, de 1º de outubro de 2003,

que estabelece a notificação compulsória dos atos de violência praticados contra a

pessoa idosa atendida em serviço de saúde; O Decreto nº 5.099, de 03 de julho de

2004, que regulamenta em todo o território nacional, a notificação compulsória dos

casos de violência contra a mulher, atribuindo ao MS a coordenação do plano

estratégico de ação para a instalação dos serviços de referência sentinela.(BRASIL,

2016, p. 17).

Em 2006, o MS implantou o Sistema de Vigilância de Violências e Acidentes

em Serviços Sentinela –Viva, por meioda Portaria MS/GM nº 1.356, de 23 de junho

de 2006, com base em dois componentes: vigilância contínua e vigilância por

inquérito. A vigilância contínua capta dados de violência de notificação compulsória

que são registrados no SINAN –Sistema de Informação de Agravos de Notificação.

(BRASIL, 2016, p. 18).

Em 2011, com a publicação da Portaria nº 104, de 25 de janeiro de 2011, e

posteriormente da Portaria nº 1.271 de 06 de junho de 2014, a notificação de

violências passou a integrar a lista de notificação compulsória, universalizando a

notificação para todos os serviços de saúde. A notificação compulsória e universal

foi reiterada pela Portaria MS nº 204 de 17 de fevereiro de 2016. Deve ser notificado

pelos serviços de saúde qualquer caso suspeito ou confirmado de violência

interpessoal e autoprovocada. Esta notificação tem o objetivo de produzir

informações para gerar intervenções que protejam e garantam o cuidado às pessoas

que sofreram violências por meio de uma ação local intersetorial com o envolvimento

da saúde, da educação, da assistência social, da segurança pública, dos conselhos

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tutelares e de defesa de direitos, das defensorias e ministério público, dentre outras.

(BRASIL, 2016, p. 18).

O fim precípuo é criar um banco de dados que possam subsidiar ações de

prevenção e combate a violência, fornecer elementos para que politicas públicas

sejam aperfeiçoadas e/ou criadas para evitar e erradicar esse problema. O Objetivo

da notificação é também fornecer informações para que os municípios possam

formular ações envolvendo uma rede de apoio, com a participação de outros órgãos

públicos além da saúde, a exemplo da assistência social, educação, Policia Militar,

Policia Rodoviária, Policia Civil entre outros. (BRASIL, 2014).

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6 CONCLUSÃO

Sabemos que a maneira como somos educados influência diretamente no

nosso convívio social, seja para o bem ou para o mal. Ainda hoje muitas meninas

são ensinadas a viver de forma submissa aos seus companheiros, e este é um dos

motivos pelo qual são submetidas a determinadas situações, sejam elas de violência

psicológica, sexual ou física.

As obras utilizadas nesta pesquisa demonstram os motivos desse

problema social ainda existir em tão grande escala, em uma sociedade que luta e

demonstra tanta empatia pela causa feminina, o por que de muitas mulheres ainda

sentirem desamparo e insegurança em denunciar estes tipos de violência.

Nossa sociedade muitas vezes molda meninas a se tornarem mulheres

dependentes, obedientes, submissas e reservadas ao bem estar de seu lar. Esse

modo de pensar passa de geração a geração e coloca os homens em um papel

social de força e poder sobre a mulher, dando-lhe assim a liberdade de tratá-la como

menor, um ser inferior ao seu gênero, e muitas vezes sentir que sua esposa é uma

verdadeira propriedade sua. Diante desses problemas torna-se necessário

mecanismos que ajudem a vitima em sua recuperação, tanto física como mental e

emocional, nesse contexto surge as enfermeiras, que possuem papel importante na

recuperação das mulheres vitimas de violência domestica.

A violência contra as mulheres vem sendo abordada de maneira diferente na

saúde, e isso é visto em estudos escritos a anos atrás. Sendo tratada de maneira

diferente e com mais atenção e cuidado quando o ato violento se coloca sobre uma

criança ou uma mulher vítima de um homem por exemplo. Ainda podemos citar

fatores que associados a vulnerabilidade aumentam ainda mais o índice de

violência, são mais propensas a se tornarem vítimas pessoas com menores

condições socioeconômicas, menor escolaridade, uso de drogas ou antecedentes

familiares, analisando rapidamente vemos que estes fatores colocam a vítima em um

grau maior de dependência de seu companheiro, sendo esse o motivo que as leva

aguentar calada, já que não tem uma independência seja ela financeira ou até

mesmo não se vê vivendo sozinha, sem alguém em quem se apoiar.

Os serviços de saúde estão disponíveis para todo cidadão que necessita de

ajuda profissional, seja para um problema físico ou psicológico. Porém nesse

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momento vivemos uma realidade que os problemas físicos são colocados à frente

dos psicológicos na maioria das vezes, e cabe a nós profissionais de saúde aguçar

nosso sentido de empatia, e enxergar uma paciente em crise por exemplo.

Ao contrário do que muitos pensam e justificam, a natureza humana não

vem carregada da violência, somos seres pensantes e com raciocínio, sendo esta

justamente a característica que nos difere de primatas ou outros animais presentes

na natureza. Carregamos conosco uma carga genética que interfere em nossos

comportamentos até certo ponto, mas nossa principal formação moral, virá de

convívio social, experiências em sociedade, exemplos dados por nossos genitores, e

assim segue a formação de caráter de cada indivíduo que o torna único na

sociedade.

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6. ANEXOS

ANEXO 1 – REVISTA ARQUIVOS DE CIÊNCIAS DA UNIPAR.

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ANEXO 2 – FICHA CATALOGRÁFICA.

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ANEXO 3 – INSTRUÇÕES PARA AUTORES.

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ANEXO 4 – FICHA CATALOGRÁFICA.

G322mGemelli, Inês

Manual de normas e padrões para elaboração de documentos científicos da

UNIPAR / Inês Gemelli. – Umuarama : Universidade Paranaense, 2016.

89 f.

ISBN 1. Metodologia científica. 2. Pesquisa científica - metodologia. 3.

Trabalho científico - metodologia. I. Universidade Paranaense. II. Título.

(21 ed.) CDD: 001.42

Obs: Imprimir a ficha catalográfica sempre no verso da folha de rosto.

O Texto poderá ser impresso para uso individual.

Fica vetado sua reprodução e distribuição.

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ANEXO 5

DECLARAÇÃO DE CORREÇÃO DE INGLÊS

Declaro, para os devidos fins, que procedi à verificação do Abstract do Artigo

Científico, referente ao Estágio Supervisionado Curricular Obrigatório da

acadêmico: Jackline Borges da Silva, RA: 0014, graduando do curso de

Enfermagem junto à Unipar – Universidade Paranaense – Campus Guaíra,

com o título: TCC APRESENTADO NO CURSO DE ENFERMAGEM COM O

TÍTULO: VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER: ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO

Atesto que o Abstract encontra-se bem redigido, em inglês conciso e

adequado, gramaticalmente correto, estando apto para o uso que a referida

instituição julgue conveniente.

Guaíra, 31 de outubro de 2017.