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TERCEIRA AULA DE FRUTICULTURA - I
CULTURA DA BANANEIRA
Professor: Adriano de Almeida Franzon
UNITRI
Despistilagem
A despistilagem é a eliminação dos pistilos, que são os
restos florais que ficam secos (pretos ou acinzentados)
nas pontas das bananas, quando elas já estão
desenvolvidas.
Esta prática possibilita que as bananas fiquem com sua
extremidade distal mais cheia, principalmente nos
cultivares do subgrupo Cavendish e em especial os do
subgrupo Prata, que reduzem muito, com isto, o
aspecto tão acentuado de gargalo de garrafa. Para que
esta modificação ocorra no fruto, é necessário que a
despistilagem seja feita quando o pistilo estiver
começando a secar ou seja, por volta da segunda
semana do aparecimento da inflorescência.
Eliminação de pencas e da falsa penca
A última penca do cacho é, em geral, defeituosa e
formada por bananas muito curtas ou até mesmo por
bananas femininas e masculinas e por isso são
descartadas durante a embalagem em caixas. A sua
eliminação é uma técnica de manejo do cacho que, para
ser adotada necessita de uma ponderação, onde se leva
em conta as exigências dos mercados compradores.
Se a comercialização é feita em cachos, como ainda
ocorre em algumas cidades brasileiras e até
recentemente no mercado uruguaio, esta é uma prática
que não justifica ser feita. Entretanto, nas
comercializações feitas em caixas, onde as bananas
devem ser melhor apresentadas, isto é válido e muito
mais ainda, quando as pencas são transformadas em
buquês.
As múltiplas pesquisas feitas sobre este assunto
indicam que ao se eliminar todas as bananas em flor, da
última penca da inflorescência, exceto uma, faz-se com
que as bananas das demais outras pencas tenham
pequeno aumento de tamanho e engordamento mais
rápido.
Eliminação do “coração”
A eliminação do “coração” (botão floral de flores
masculinas) que, no Nordeste brasileiro é chamado de
“mangará”, é, para a fisiologia da bananeira, o mesmo
que se dar a ela uma ordem para que, a partir desse
momento, ela cuide apenas de promover o
desenvolvimento do cacho, pois a sua fase produtiva já
acabou.
A retirada do coração acelerando o processo de
desenvolvimento ou “engordamento” das bananas,
abrevia o tempo de colheita. Esta eliminação aumenta
um pouco o comprimento das bananas das últimas
pencas e ainda se consegue um ganho de peso do
cacho.
Esse ganho é real, porém esse índice da porcentagem
de ganho, relatada pelos diversos autores, é variável, os
quais dizem ter encontrado de 3 a 5% e até mais. Para
que se obtenha esse ganho, o quebramento do coração
tem que ser feito quando o cacho ainda estiver em flor.
A eliminação do coração deve ser feita por meio do
quebramento do rabo-do-cacho bem junto a ele, por
volta do 15° ao 20° dia, após a abertura da última penca
de flores, ocasião em que elas se voltam para o alto,
indicando que estão se transformando em bananas.
Nessa ocasião, o rabo do cacho já estará com
comprimento entre 10 a 12 cm.
Ensacamento dos cachos
Este título não corresponde a realidade do que se faz
propriamente, pois esta operação consiste em se vestir
um tubo de polietileno na inflorescência em
desenvolvimento. Seu comprimento deve ser
condizente com o vigor da bananeira, pois não se pode
determinar de outra forma qual será o tamanho do
cacho, que está nascendo, salvo se esta operação
estiver sendo feita depois da despistilagem. No início da
implantação dessa prática, ela foi feita com sacos, mas
em pouco tempo foi abandonada.
Ele formava uma câmara super úmida e quente,
condições ideais para os fungos, como a fumagina
(Capnodium spp.), se desenvolvessem, quando não
acabava ficando com água no seu fundo, o que era
muito pior.
Na América Central, a aplicação do tubo, saco ou bolsa
(que são termos comumente empregados) somente
começou a ser usado após ao início do plantio (princípio
da década de 60) dos cultivares do subgrupo Cavendish.
A principal justificativa para isso, foi a necessidade de
se proteger os cachos contra os atritos nas cascas das
bananas. O cultivar Gros Michel que fora muito
plantado anteriormente, tem sua casca muito mais
resistente aos atritos e também aos impactos do que os
cultivares do subgrupo Cavendish.
O saco tem ainda a finalidade de proteger a fruta dos
ataques de predadores, trips, fungos e até mesmo das
visitas de insetos como a mariposa da traça-das-
bananeiras ou de irapuás (transmissores da bactéria do
moko).
Ele também reduz o ataque das lesmas, dos pássaros e
dos morcegos, principalmente durante o inverno,
quando há falta de alimentos para esses animais, que
chegam a se alimentar de bananas ainda bem verdes.
Além disso, o ensacamento também evita que as cobras
venham a se aninhar nos cachos.
Além dessas proteções físicas contra danos de
parasitos, animais, morcegos, e ainda os mecânicos,
como as chuvas de pedras e o atrito causado pelo roçar
das folhas, o embolsamento também pode ser usado,
nas regiões onde há ocorrência de baixas temperaturas,
com a finalidade de manter o cacho um pouco
agasalhado.
O embolsamento feito com polietileno de cor mais
escura, tendendo para preto dá ao cacho uma maior
proteção contra o frio, porém provoca o aparecimento
de bananas com uma coloração verde apagado.
Várias pesquisas feitas evidenciaram que, o uso de
sacos de coloração azulada e semi-opacos são os mais
indicados nos bananais com densidade de l.500 a 2.500
famílias/ha, quando cultivados em regiões com
insolação de l.000 a 2.000 lux (horas de luz/ano
queimada no heliógrafo). Se a densidade é menor e ou
a insolação é maior, a tonalidade do saco deve ser mais
forte para evitar queimamentos. Porém, se as condições
são inversas, ela deve ser mais suave, podendo-se até
mesmo ser usado sacos incolores.
Limpeza do cacho
Após a despistilagem e o embolsamento do cacho
deve-se, periodicamente, a cada 30 dias, fazer-se uma
inspeção nele para verificar se, por acaso, aconteceu de
alguma folha estar caída sobre o mesmo.
Nos bananais onde não se faz o ensacamento dos
cachos, ao se quebrar os corações deve-se retirar
também as brácteas que estejam entre as pencas. A
cada duas semanas faz-se uma inspeção no bananal e
todas as folhas que estiverem entre as pencas ou
simplesmente roçando no cacho, precisam ser cortadas
parcial ou inteiramente, para se evitar que isto
aconteça.
A época de se realizar o embolsamento depende dos
objetivos a que se propõe. Se a finalidade é proteger a
fruta contra ataques da traça-das-bananeiras por
exemplo, o embolsamento deve ser feito quando o
botão floral emerge de dentro da planta e ainda não
abriu a bráctea da primeira penca.
Se ela tem a finalidade de apenas evitar atritos, ganhar
aumento de peso ou mesmo melhorar sua aparência,
pode ser feita logo depois da despistilagem; se é para
proteger a fruta de baixas temperaturas deve ser feita
apenas no período de abril a setembro, tão logo as
primeiras brácteas comecem a se soltar..
Se a finalidade é encurtar o tempo de colheita, o
embolsamento deve ser feito como se fora para
proteger a fruta contra a traça-das-bananeiras; se já
houve uma queda de granizo e a planta ficou com
poucas folhas, deve-se cobrir o cacho com jornal e em
seguida aplicar-se o saco. São múltiplas as situações
para se determinar quando fazer o embolsamento.
Escoramento da bananeira
Basicamente o escoramento da bananeira é feito para
se reduzir as perdas por tombamento. Ele é necessário,
principalmente em regiões onde há ventos fortes,
porém, se houver um quebra-vento bem planificado e
um bom controle dos nematóides, ele poderá até
mesmo ser dispensado.
Há outros fatores que podem determinar a sua
realização, como por exemplo, quando se tem bananais
velhos ou quando eles são cultivados em condições
adversas as suas exigências edafofitossanitárias ou seja,
quando eles estão muito atacados por nematóides,
pela broca-das-bananeiras ou ainda se houver
drenagem deficiente, falta de nutrientes que impeçam
o bom desenvolvimento do seu sistema radicular ou
quando não se fez o desbaste de forma bem criteriosa.
O escoramento das bananeiras deve ser feito de forma
preventiva, logo após a planta ter formado seu cacho,
porém antes do ensacamento. Entretanto, se o bananal
estiver com os rizomas muito aflorados ou seu sistema
radicular anormal, poderá ser necessário fazer-se o
escoramento, antes mesmo da emissão da
inflorescência.
Basicamente, o escoramento pode ser feito colocando-
se escoras como varas de bambu (Bambusa spp.), ubá
(Elettatria cadamamomum) , madeira serrada, conduite
de ferro com meia polegada ou ainda amarrando-se um
cordel de fibras vegetais, náilon, polietileno, plásticos,
etc. na roseta foliar de uma planta com cacho e a outra
extremidade na base do pseudocaule de uma outra
planta próxima ou a um pontalete fixo no terreno.
Pode-se usar uma ou duas varas no escoramento das
bananeiras, sendo o mais recomendável e usual‚ o
emprego de duas. Somente por motivo de economia de
material e também de mão-de-obra é que se usa
apenas uma. Isto pode ser válido nos plantios feitos em
várzeas com alta densidade, desde que a região não
seja sujeita a ventos fortes, o que é bastante difícil de
existir.
Convém lembrar que a melhor solução para o
escoramento das bananeiras é cuidar corretamente da
sanidade do seu sistema radicular e com isto não ser
preciso fazer-se nada. Um bananal saudável dispensa
qualquer tipo de escoramento.
Corte do pseudocaule
Por ocasião da colheita, os pseudocaules serão
cortados para a retirada do cacho. Trabalhos feitos para
se determinar o comprimento do pseudocaule a ser
deixado, após a colheita, permitem concluir que quanto
mais longo ele for, mais rapidamente o “filho” se
desenvolverá. Concluíram-se também que,
praticamente, essa influência quase cessa, por
completo, de 50 a 60 dias após a colheita.
Baseando-se nessas pesquisas é válido recomendar que
o pseudocaule, a ser deixado por ocasião da colheita,
deverá ter o maior comprimento possível e que a partir
do 60° dia, ele poderá ser totalmente eliminado, uma
vez que as translocações de seiva da “mãe” para “filho”
já se processaram e, portanto, ela em nada mais irá
contribuir para o seu desenvolvimento.
Desta forma, os nematicidas, fungicidas e fertilizantes
aplicados no interior do pseudocaule da “mãe”, logo
após a colheita, também já tiveram tempo suficiente
para se translocarem para o “filho” e o “neto”.
Fazendo-se a eliminação total do pseudocaule, nessa
ocasião (após ao 60o dia), o rendimento de serviço é
maior e ele será mais rapidamente transformado em
matéria orgânica, para benefício de todo o bananal.
Na execução desta operação, é boa prática abrir-se o
pseudocaule no seu comprimento, em duas partes, de
cima para baixo, com uma roçadeira, foice ou penado.
Posto isto ele será retalhado em toletes com 50 a 60
cm, até chegar ao rizoma. Fazendo-se estes
seccionamentos no pseudacule, estando ele ainda em
pé, evita-se ocasionais acidentes com os operários e é
mais fácil de fazê-lo.
Colheita
A colheita é a última prática agrícola do cultivo das
bananeiras e é uma operação básica e da mais alta
importância, independentemente do destino que se
pretenda dar à fruta.
Tem sido mencionado que as bananas brasileiras são,
perfeitamente, comparáveis com aquelas produzidas
pelos líderes da comercialização mundial dessa fruta,
mas somente enquanto ela está na planta.
Logo, já na colheita, devido à má qualidade dos serviços
executados, inicia-se a destruição de todo o esforço
feito até então pelo homem e a natureza, durante o
período de produção.
A tendência do mercado consumidor brasileiro e
mundial é tornar-se cada vez mais exigente na
qualidade de todas as frutas, pois é, principalmente,
pela boa aparência que se consegue boa
comercialização.
Têm-se verificado que as grandes empresas brasileiras
e as internacionais vêm se aperfeiçoando, dia a dia, nas
técnicas de cultivo. Porém, é preciso ressaltar a
especial atenção que elas tem dado ao cacho, já logo
após a emergência da inflorescência e,
particularmente, na colheita, visando sempre evitar o
aparecimento de injúrias de qualquer natureza nos
frutos.
Múltiplos fatores ligados à ecologia e à planta impedem
que se generalize a informação de quanto tempo o
cacho leva para chegar ao ponto de colheita, a partir da
data do nascimento da inflorescência. Na primeira
colheita, esse período é o mais curto. O avanço da
idade do bananal é um dos fatores de alongamento
desse período. Pode-se dizer, contudo, que esse
período varia entre 80 a 150 dias, para as condições
climáticas do Estado de São Paulo, que tem o verão e o
inverno bem definidos.
A padronização do tipo do cacho é feita entre nós
usando um calibrador, em geral, confeccionado em
chapa de aço inoxidável ou em alumínio, em forma da
letra U. A abertura é expressa em milímetros, sendo
que os modelos variam, em geral, de 30 a 38 mm.
Processamento e utilização da banana
A banana tem sido tradicionalmente consumida como
fruta fresca em mesas das mais diferentes classes
sociais, quer como sobremesa ou mesmo como
complemento da alimentação.
O tanino que ela possui quando ainda verde, possibilita
seu uso sem restrições, como controlador das diarréias
em crianças ou adultos, principalmente quando se
utiliza o cultivar Maçã, quando ainda “verdolengas”.
No meio rural, a cica da banana tem sido aplicada
como anti-séptico, nos ferimentos feitos a faca, dada a
sua capacidade de estancar hemorragias.
Na farmacologia caseira, seu uso é citado
constantemente como auxiliar no tratamento das vias
respiratórias, principalmente contra asma, tuberculose,
pneumonia e também, hepatite.
A banana permite a elaboração de alguns produtos
industrializados ou na culinária doméstica, tais como:
a - purê - concentrado de polpa de banana, que pode
ser apresentado para consumo sob as formas
congelada, acidificada ou enlatada assepticamente;
b - flocos de banana verde (banana ships);
c - banana em pó liofilizada;
d - banana desidratada (passa);
e - bananada;
f - banana em calda;
g - geléias;
h - bananas com merengue;
i - suflê de banana;
j - bolo de banana;
k - torta de banana;
l - sorvete de banana ao rum.
As bananas do subgrupo Prata não têm sido utilizadas
para a produção de banana desidratada e também para
o purê devido seu elevado teor de água. Entretanto, a
banana “Branca” é muito usada junto com as do
subgrupo Cavendish, para melhorar a textura e também
o ponto de corte das bananadas.
Da bananeira, dos restos do cacho e da casca da
banana podem ser obtidos os seguintes produtos:
a - “palmito” em salmoura;
b - torta doce de casca de banana;
c - torta doce de engaço;
d - torta doce do “coração”.
Nutrição da bananeira
- N
* Vela encaixada na nervura principal da folha I.
* Folha nova sem pecíolo.
* Pecíolo de folha nova c/ bordo róseo.
* Pecíolo de folha velha c/ bordo fendilhado, fino,
longo e s/ cera.
* Folhas s/ cera, s/ brilho, cor verde-amarelado
pálido c/ secamento precoce.
* Roseta compacta, bainhas secas, poucas folhas e
quase eretas.
* Cacho pequeno em tudo c/ brácteas róseo-pálido.
* Planta pequena em tudo.
* Poucos “filhos” c/ folhas pequenas abrindo
precocemente.
+ N
* Folha verde escura c/ muita cera.
* Pecíolo grosso, longo c/ bastante cera e s/ manchas
ou secamento.
* Bainhas se soltando c/ folhas vivas.
* Roseta longa, frouxa e harmoniosa.
* Cacho grande em tudo c/ brácteas bem rósea.
* Planta grande em tudo.
* Muitos “filhos” c/ folhas longas e lanceoladas.
- P
* Folhas levemente bronzeadas c/ necrose iniciando
na nervura de bordo, c/ cor palha de milho, c/ estreita
moldura preta contornada por outra igual c/ cor
amarelo vivo.
* Pecíolo verde limão.
* Roseta da “mãe” e “filho” c/ menor ângulo foliar.
* Folhas envassouradas.
+ P
* Folhas c/ verde escuro, pseudocaule intensamente
pigmentado (subgrupo Cavendish) ou verde claro
intenso (subgrupo Prata).
* Todos os frutos curvos em ½ lua principalmente
quando novos (subgrupo Prata).
- K
* Pecíolo tendo na base cor violácea que acaba
invadindo a nervura principal.
* Folhas mais velhas amarelo-canário c/ necrose
negra na ponta, havendo enrolamento da nervura
principal p/ baixo, ao contrário da folha de samambaia.
* Salpicamento de ferrugem por baixo da folha,
começando junto da nervura principal.
* Folha c/ pecíolo quebrado no seu 1° terço.
* Todos os sintomas se agravam quando o cacho está
engordando.
+ K
* Ausência de folha senil.
* Folhas verde-bronzeado e coriácea.
* Engaço e rabo longo e grosso.
* Cicatrizes proeminentes.
- Ca
* Áreas da vela ou do cartucho c/ tecido fino e
queimado pelo sol.
* Folha coriácea, s/ brilho, ásperas e c/ ápice
guilhotinado.
* Folha depois da posição III c/ lóbulos ondulados.
* Folhas velhas c/ desverdecimento geral sendo um
pouco mais acentuado nos bordos e c/ nervuras
secundárias intumescidas junto à principal que se
desintumesce gradativamente p/ a de bordo, s/
contudo chegar nela.
* Folhas velhas c/ manchas esparsas necróticas
pardo-avermelhada-escuras ± circulares c/ moldura
negra ou com triângulo necrótico negro c/ base
pequena e c/ amarelo esmaecendo dela para a nervura
principal, ou c/ necrose preta em faixas c/ moldura
negra ligando a nervura principal c/ a de bordo.
* Lóbulos foliares parcial e irregularmente atrofiados
a partir da nervura de bordo s/ brilho e levemente
desverdecido.
* Os sintomas se acentuam quando há inundações.
+ Ca
* Pouco freqüente e s/ sintomas típicos.
- Mg
* Folhas novas e velhas s/ brilho e ásperas.
* Folhas velhas c/ faixa desverdecida em degradê, ao
longo dos dois semibordos, avançando p/ a nervura
principal.
* Folhas mais velhas c/ apenas uma faixa central
verde.
* Roseta foliar estrangulada e prensada
verticalmente, abrindo em leque.
* Bainhas e pecíolos c/ epiderme desidratada e c/
pequenos fendilhamentos no seu comprimento.
* Bananas maduras separando os três lóculos
facilmente.
* Babo e coração fino e desidratado c/ secamento
prematuro.
+ Mg
* Pouco freqüente e s/ sintomas típicos.
- Mg e - Ca (Azul-da-bananeira)
* Todos os sintomas de - Mg.
* Pecíolos c/ manchas roxeadas na sua base que se
ampliam e se tornam violáceas e depois arroxeadas até
atingir a nervura principal.
* Roseta compacta quase em leque.
* Lóbulos secos das folhas velhas de plantas c/ cacho
tendo apenas a nervura principal arroxeada.
* Pseudocaule violáceo e brilhante.
* Rabo do cacho igual rabo de gato velho.
* Mais freqüente no subgrupo Cavendish.
- S
* Folha recém aberta c/ amarelo pálido brilhante.
* Desaparecimento de nervuras secundárias
alternadamente.
* Redução do espaço entre nervuras secundárias.
* Nervuras secundárias espessas e enrugadas em
quase toda sua extensão.
* Lóbulos parcialmente atrofiados a partir da nervura
de bordo c/ brilho intenso e verde-dourado.
* Ápice da folha terminando guilhotinado
+ S
* Não ocorre em condições de campo.
- Zn
* Cor rósea do verso da folha nova desaparece logo.
* Lóbulos da folha nova zebrada em verde e amarelada.
* Igual sintoma na vela ou no cartucho.
* Planta adulta c/ folha nova amarela-esverdeada c/ verso da nervura principal rósea.
* Folha verde c/ bordos c/ necrose preta irregular, c/ moldura amarela degradê, c/ pecíolo quebrado ou não junto ao pseudocaule.
* Pecíolos curtos c/ ou s/ riscos longitudinais escuros e necrosados.
* Pseudocaule da “mãe” e “filho” fortemente desidratado e fino c/ roseta envassourada e compacta c/ folhas eretas, principalmente nos “filhos”.
* “Mãe” c/ formação de bolsa de líquido abaixo da gema apical.
* Bananas curtas c/ pontas como gargalo de garrafa, principalmente no cultivar Prata.
+ Zn
* Não foi observado no campo.
- B
* Vela recurvada ou frouxa c/ aparência de amassada.
* Folha c/ ponta guilhotinada e ápice fendilhado.
* Nervuras terciárias visíveis por transparência c/ ou s/ epiderme rompida.
* Folha c/ vincos perpendiculares às nervuras secundárias formando quadrado.
* Vela seca e enrolada como folha de samambaia.
* Lóbulos foliares irregularmente atrofiados a partir da nervura de bordo c/ verde escuro e pouco brilho.
* Inflorescência em posição horizontal por mais
tempo c/ eventuais quebra de engaço.
* Necrose ferruginosa e ou preta horizontal nas
bainhas internas do pseudocaule.
+ B
* No campo só c/ excesso de adubação, o que deixa a
vela branca e as folhas amareladas c/ necroses pretas
nos seus bordos, nas regiões medianas e do ápice.
* Folhas mais velhas c/ necrose negra em toda ela.
- Mn
* Folhas opacas c/ amarelecimento nas margens c/
estreita faixa verde junto a nervura de bordo.
* Nervura principal amarelada c/ pontuações negras
(Deightoniella torulosa) e lóbulos levemente
desverdecido.
* Nervura secundária amarelada c/ verde claro entre
elas.
* Pontuações negras nas folhas e bananas verdes
(Deightoniella torulosa).
* Sintomas mais intensos nos “filhos”.
+ Mn
* Planta toda com verde opaco semelhante a - N.
* Nervuras de bordo realçadas c/ faixa amarelo pálido em dente de serra.
* Folhas com faixa ferruginosa, salpicada de plaquetas douradas fosca, apenas nos 2 a 5 cm da nervura de bordo.
* Últimos 20 a 30 cm do ápice da folha velha c/ ferrugem.
* Folhas mais velhas c/ pecíolo quebrado junto ao pseudocaule.
* Folhas caídas acabam ficando c/ amarelo senil, impregnadas de ferrugem contendo salpiques de plaquetas douradas.
* Bananas curtas e magras despencando após a
climatização, como se tivesse faltado oxigênio.
* Cachos finos, compridos c/ engaços longos e muito
finos.
* Brácteas c/ intensas estrias verdes no seu
comprimento.
- Cu
* Em condições de campo é raro.
+ Cu
* Pode ocorrer devido a aplicação de fungicidas que o contenham.
- Fe
* Folhas quase que só lanceoladas sendo, quando novas, branco amareladas c/ nervura principal verde acinzentado.
* Só ocorre em solos c/ pH maior que 7.
+ Fe
* Pouco freqüente e só em solos ácidos.
* Folha c/ estreita faixa necrosada negra no bordo.
* Folha velha c/ faixa semelhante a + Mn s/ plaquetas douradas.
* Esparsas estrias negras salpicando a parte não necrosada.
* Aparecimento de tênues nervuras secundárias paralelas às normais.
- Cl
* Não se tem notícias em condições de campo.
+ Cl
* Cloroses bem marginais que lembram início de +
Mn.
* Planta pequena c/ clorose amarela generalizada.
* Ocorre mais facilmente perto do litoral.
- Na
* Não se têm notícias em condições de campo.
+ Na
* Folhas mais velhas c/ faixa amarela irregular no sub bordo, c/ 1 a 2 cm tendo no seu lado interno contorno parecido a dente de serra.
* Nervura de bordo necrosada.
* A faixa amarelada fica necrosada em palha de milho até 30% do lóbulo.
* Folhas adultas do “filho” ainda c/ folha lanceolada c/ manchas lembrando as necroses de CMV ou excesso de Fe.
- P e Zn
* Folhas velhas c/ bordos verdes e c/ áreas
amareladas na página superior, próximo da nervura
principal, salpicadas de ferrugem, sendo mais intenso
sobre as nervuras secundárias.
* Pecíolo verde limão por bloqueio de P e Zn devido à
calagem recente.
PRAGAS DA BANANEIRA
Trípes da Ferrugem Chaetanaphothrips spp
São insetos pequenos (1 a 1,2 mm de comprimento), que vivem nas inflorescências, entre as brácteas do coração e os frutos. Seu ataque provoca o aparecimento de manchas de coloração marrom (semelhante à ferrugem). O dano é causado pela oviposição e alimentação do inseto nos frutos jovens. Em casos de forte infestação, a epiderme pode apresentar pequenas rachaduras em função da perda de elasticidade.
Trípes aderido ao fruto
Controle
Para o controle desses insetos, deve-se efetuar o
ensacamento do cacho e a remoção das plantas
invasoras, tais como Commelina sp. e Brachiaria
purpurascens,, hospedeiras alternativas dos insetos.
Danos causados pelo trípes em relevo branco no fruto.
Lagarta desfolhadora
caligo spp
As principais espécies de Caligo que ocorrem no Brasil são brasiliensis, beltrao e illioneus. No estágio adulto, Caligo spp é conhecida como borboleta corujão. As lagartas, no máximo desenvolvimento, chegam a medir 12 cm de comprimento e apresentam coloração parda. amareladas. O As lagartas pertencentes ao gênero Caligo provocam a destruição de grandes áreas.
Lagarta caligo spp
Controle
O controle é feito com a aplicação de Inseticidas
indicados para seu controle.
Ácaros de teia Tetranichus spp
Na forma adulta, medem cerca de 0,5 mm de comprimento. Apresentam coloração avermelhada, com pigmentação mais acentuada lateralmente. Os ácaros formam colônias na face inferior das folhas, tecendo teias no limbo foliar normalmente em torno da nervura principal. São favorecidos por umidade relativa baixa. O ataque dessa praga torna a região infestada inicialmente amarelada; posteriormente, torna-se necrosada, podendo secar a folha. Sob alta infestação, podem ocorrer danos aos frutos.
Controle
Não há produtos indicados para o combate dos ácaros
de teia, apenas a descartagem da planta infectada
pode prevenir possível infestação.
Pulgão da Bananeira Pentalonia nigronervosa
Outras espécies de pulgões podem transmitir viroses à
cultura, entretanto apenas Pentalonia nigronervosa
desenvolve-se na bananeira. As colônias desse inseto
localizam-se na porção basal do pseudocaule,
protegidas pelas bainhas foliares externas. Medem
cerca de 1,2 a 1,6 mm de comprimento, sendo que as
formas adultas apresentam coloração marrom,
enquanto que as formas jovens são mais claras.
Os danos diretos são devidos à sucção de seiva das
bainhas foliares externas (próximo ao nível do solo),
levando à clorose das plantas e deformação das folhas.
Em altos níveis populacionais, podem ser encontrados
no ápice do pseudocaule, provocando o enrugamento
da folha terminal. Os danos indiretos são devidos à
transmissão do mosaico da bananeira (CMV).
Controle
Os inimigos naturais são fundamentais para a
manutenção das populações do pulgão da bananeira
em níveis não prejudiciais à cultura.
Abelha Arapua Trigona Spinipes
Causa pequenas suturas na superfície do fruto devido á
suga de seiva vegetal. Gera a má nutrição do fruto o
tornando de péssima qualidade.
Controle
Destruição das colméias da abelha.
Traça da Bananeira Opogona Sacchari
Ataca quase todas as partes da planta com exceção das raízes e folhas. O adulto é uma mariposa que coloca os ovos nas flores antes de secarem. Os danos são causados pelas larvas que abrem galerias na polpa, causando seu apodrecimento. Sua presença pode ser detectada caso haja resíduos acumulados na extremidade apical dos frutos.
Controle:
Aplicação de inseticida e eliminação dos pistilos.
6
Broca Rajada Metamasuis hemipterus
Assim como a broca do rizoma, a broca rajada alimenta-
se em seu estágio de largata do rizoma e partes de
sustentação da planta, ocorre em menor escala mas é
preocupante para a cultura da bananeira.
Controle:
O tipo de controle mais indicado é o através de inimigos
naturais da praga.
Broca do Rizoma Cosmopolites sordidus
É um besouro preto, que mede cerca de 11 mm de comprimento e 5 mm de largura . Durante o dia, os adultos são encontrados em ambientes úmidos e sombreados junto às touceiras, entre as bainhas foliares e nos restos culturais. Os danos são causados pelas larvas, as quais constróem galerias no rizoma, debilitando as plantas e tornando-as mais sensíveis ao tombamento. Plantas infestadas normalmente apresentam desenvolvimento limitado, amarelecimento e posterior secamento das folhas, redução no peso do cacho e morte da gema apical.
Controle A utilização de mudas sadias é o primeiro cuidado a ser
tomado para controle dessa praga. O emprego de iscas atrativas tipo telha ou queijo é
bastante útil no monitoramento/controle do moleque. Estas devem ser confeccionadas com plantas recém-cortadas (no máximo até 15 dias após a colheita). Recomenda-se o emprego de 20 iscas/ha (monitoramento) e de 50 a 100 iscas/ha (controle), com coletas semanais e renovação quinzenal das iscas. Os insetos capturados podem ser coletados manualmente e posteriormente destruídos. As iscas também podem ser tratadas com inseticida biológico à base de um fungo entomopatogênico (Beauveria bassiana), dispensando-se, nesse caso, a coleta dos insetos.
Quanto ao emprego de inseticidas, estes podem ser introduzidos em plantas desbastadas e colhidas através de orifícios efetuados pela lurdinha. Também podem ser aplicados na superfície das iscas e em cobertura . A utilização de quaisquer produtos químicos deve ser realizada de acordo com os procedimentos de segurança recomendados pelo fabricante.
O controle por comportamento preconiza o emprego de armadilhas contendo Cosmolure® , o qual atrai adultos da broca para um recipiente do qual o inseto não consegue sair. Recomenda-se o uso de 4 armadilhas/ha para o monitoramento da broca, devendo-se renovar o sachê contendo o feromônio a cada 30 dias.
DOENÇAS DA BANANEIRA
Mal do Panamá Fusarium oxysporum
As principais formas de disseminação desta doença
fúngica, são o contato dos sistemas radiculares de
plantas sadias com esporos liberados por plantas
doentes e, em muitas áreas, o uso de material de
plantio contaminado. O fungo também é disseminado
por água de irrigação, de drenagem, de inundação,
assim como pelo homem, por animais e equipamentos.
Sintomas
Plantas infectadas exibem um amarelecimento
progressivo das folhas mais velhas para as mais novas,
começando pelos bordos do limbo foliar e evoluindo no
sentido da nervura principal. Posteriormente, as folhas
murcham, secam e se quebram junto ao pseudocaule
dando-as a aparência de um guarda-chuva fechado.
É comum constatar-se que as folhas centrais das
bananeiras permanecem eretas mesmo após a morte
das mais velhas. É possível notar, próximo ao solo,
rachaduras do feixe de bainhas, cuja extensão varia com
a área afetada no rizoma.
Danos e distúrbios fisiológicos
O mal-do-Panamá, quando ocorre em variedades
altamente suscetíveis como a banana ‘Maçã’, provoca
perdas de 100% na produção. Já nas variedades tipo
Prata, que apresentam um grau de suscetibilidade bem
menor do que a ‘Maçã’, a incidência do mal-do-Panamá,
geralmente, situa-se num patamar dos 20% de perdas.
Por outro lado, o nível de perdas é também influenciado
por características de solo, que em alguns casos
comporta-se como supressivo ao patógeno.
Controle
O melhor meio para o controle do mal-do-Panamá é a
utilização de variedades resistentes, dentre as quais
podem ser citadas as cultivares do subgrupo Cavendish
e do subgrupo Terra, a ‘Caipira’, ‘Thap Maeo’ e ‘Pacovan
Ken’.
Como medidas preventivas recomendam-se as
seguintes práticas:
Evitar as áreas com histórico de alta incidência do mal-
do-Panamá;
Utilizar mudas comprovadamente sadias e livres de
nematóides;
Corrigir o pH do solo, mantendo-o próximo à
neutralidade e com níveis ótimos de cálcio e magnésio,
que são condições menos favoráveis ao patógeno;
Dar preferência a solos com teores mais elevados de
matéria orgânica, isto aumenta a concorrência entre as
espécies, dificultando a ação e a sobrevivência de F.
oxysporum cubense no solo;
Manter as populações de nematóides sob controle, eles
podem ser responsáveis pela quebra da resistência ou
facilitar a penetração do patógeno, através dos
ferimentos;
Manter as plantas bem nutridas, guardando sempre
uma boa relação entre potássio, cálcio e magnésio.
Nos bananais já estabelecidos e que a doença comece a
se manifestar recomenda-se a erradicação das plantas
doentes, utilizando herbicida. Isto evita a propagação
do inóculo na área de cultivo. Na área erradicada aplicar
calcário ou cal hidratada.
Ruptura das bainhas do pseudocaule, formando rachadura, em plantas afetadas pelo
mal-do-Panamá.
Sigatoka Negra Mycosphaerella fijiensis
Essa doença assusta mais do que a Sigatoka-amarela
por sua maior capacidade de destruição dos bananais,
ou seja, pela sua grande virulência.
O Engenheiro Agrônomo Luiz Antônio de Campos
Penteado, da Secretaria da Agricultura e Abastecimento
– Coordenadoria de Assistência Técnica Integral – CATI –
Registro – SP, testemunhou que os motivos para o medo
são extremamente justificáveis e que se a vigilância
sanitária não conseguir retardar a progressão da
doença, muitos pomares com plantas susceptíveis ou
tolerantes serão completamente dizimados, ou que
obrigaria os consumidores a ter que mudar o hábito de
consumir banana maçã por exemplo para aquelas
bananas oriundas de bananeiras resistentes a Sigatoka-
negra.
O simples fato da presença dessa doença poderia levar
o produtor a modificar por completo seus tratos
fitossanitários como por exemplo ter que pulverizar
com atomizadores costais ou tratorizados, diminuir pela
metade ou menos ainda o intervalo de aplicações em
relação a Sigatoka-amarela e redobrar o cuidado no
manejo do pomar, com técnicas já descritas
anteriormente no combate a essas doenças. Os
sintomas da doença são descritos em relação ao estádio
de desenvolvimento, na publicação da EMBRAPA –
FRUPEX – Banana para Exportação: Aspectos Técnicos
da Produção da seguinte forma:
Descrição dos Sintomas
1 Pequena descoloração ou despigmentação só
observada na face inferior da folha. Inclui uma pequena
estria de cor café dentro da área descolorida. Não é
visível através da luz.
2 Pequena estria de cor café visível nas faces inferior e
superior da folha.
3 A estria aumenta em diâmetro e comprimento,
mantendo-se de cor café.
4 A estria muda de cor café para preto, sendo
considerada como mancha.
5 A mancha negra está rodeada por um halo amarelo.
6 A mancha muda de cor novamente, deprime-se e nas
áreas mais claras (cinza claro) se observam os peritécios
(pontos negros).
Todas as medidas de controle citados para a Sigatoka-amarela poderão ser adotados para a Sigatoka-negra lembrando-se que por ser mais intensa a capacidade de destruição do limbo foliar portanto da conseqüente capacidade fotossintética da planta, tais cuidados deverão ser intensificados até 4 meses mais, por exemplo onde se faz 12 aplicações de óleo mineral + fungicida por ano com o controle da Sigatoka-negra poderá chegar a 48 pulverizações desses produtos por ano, onerando o custo de produção; aumentando o risco de contaminação de pessoas e animais; dando mais chance para o aparecimento de fungos com resistência aos fungicidas do mercado.
Moko Ralstonia solanacearum Smith
No Brasil, o moko ou murcha bacteriana está presente
em todos os Estados da região Norte com exceção do
Acre. Surgiu também no Estado de Sergipe em 1987 e
posteriormente em Alagoas, onde vem sendo mantida
sob controle, mediante erradicação dos focos que têm
surgido periodicamente.
A transmissão e disseminação da doença pode ocorrer
de diferentes formas, dentre as quais se destaca o uso
de ferramentas infectadas nas várias operações que
fazem parte do trato dos pomares, bem como a
contaminação de raiz para raiz ou do solo para a raiz.
Outro veículo importante de transmissão são os insetos
visitadores de inflorescências, tais como as abelhas
(Trigona spp.), vespas (Polybia spp.), mosca-das-frutas
(Drosophyla spp.) e muitos outros gêneros.
Sintomas
Nas plantas jovens e em rápido processo de
crescimento, uma das três folhas mais novas adquire
coloração verde-pálida ou amarela e se quebra próximo
à junção do limbo com o pecíolo. No espaço de poucos
dias a uma semana muitas folhas se quebram. O
sintoma mais característico do moko, entretanto, se
manifesta nas brotações novas que foram cortadas e
voltaram a crescer. Estas escurecem, atrofiam e podem
apresentar distorções. As folhas, quando afetadas,
podem amarelecer ou necrosar.
A descoloração vascular do pseudocaule é mais intensa
no centro e é menos aparente na região periférica, ao
contrário do que ocorre na planta atacada pelo mal-do-
Panamá. Os sintomas em frutos aparecem na forma de
podridão seca, firme, de coloração parda.
Descoloração do rizoma.
Danos e distúrbios fisiológicos
As perdas causadas pela doença podem atingir até
100% da produção, mas com vigilância permanente e
erradicação de plantas afetadas, é possível conviver
com a doença e mantê-la em baixa percentagem de
incidência.
Frutos exibindo os sintomas de podridão seca, observada na polpa, típica dos
casos de moko.
Controle
Como na região não há casos relatados de ocorrência
de moko, a base do controle é evitar a introdução da
doença, não introduzindo na área do projeto, mudas de
banana ou de qualquer outra musacea, oriundas das
regiões de ocorrência.
Podridão Mole Fusaruim roseum
Brechas na planta como rachaduras provocadas por
pragas ou por causas naturais podem favorecer a
entrada da bactéria causadora da podridão mole,
doença que ataca as partes de sustentação da planta,
deixando-as podres e amolecidas.
Rizoma atacado por podridão mole.
Controle:
Eliminação da planta infectada para evitar o
alastramento da doença e controle de pragas que
provocam suturas ou rachaduras como as brocas e a
abelha arapuá.
Nematóide Cavernícola Radopholus similis
Ataca as raízes e o rizoma, causando enormes galerias e
necroses o que deixa a planta muito vulnerável ao
tombamento pela ação do vento causado pelo seu
próprio peso.
Controle:
Detecta-se a presença de nematóides através de exame
laboratorial, se confirmado aplicar nematicidas.
Nematóide de lesões tipo “galha” Meloidogyne spp
Devido á alimentação á base do rizoma este tipo de
nematóide causa o aparecimento de nódulos no rizoma,
que associado á outros tipos de nematóides causa o
apodrecimento do rizoma e das raízes.
Controle:
Aplicação de Nematicidas.