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UNIVERSIDADE SÃO JUDAS TADEU
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO STRICTO SENSU
ALMIR DE FRANÇA FERRAZ
FATORES DE RISCO ASSOCIADOS ÀS DOENÇAS
METABÓLICAS E CARDIOVASCULARES EM
POLICIAIS MILITARES DO ESTADO DE MATO GROSSO
SÃO PAULO, 2017
UNIVERSIDADE SÃO JUDAS TADEU PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO STRICTO SENSU
FATORES DE RISCO ASSOCIADOS ÀS DOENÇAS METABÓLICAS E
CARDIOVASCULARES EM POLICIAIS MILITARES DO ESTADO DE
MATO GROSSO
Dissertação apresentada ao Programa de
Pós-Graduação Stricto Sensu em Educação
Física da Universidade São Judas como
requisito parcial à obtenção do título de
Mestre em Educação Física.
Área de Concentração: Promoção e Prevenção em Saúde
Orientador: Prof. Dr. Aylton Figueira Junior
SÃO PAULO, 2017
Ficha catalográfica elaborada pela Biblioteca da
Universidade São Judas Tadeu
Bibliotecária: Claúdia Silva Salviano Moreira - CRB 8/9237
Ferraz, Almir de França
F381f Fatores de risco associados às doenças metabólicas e cardiovasculares em
policiais militares do Estado de Mato Grosso - São Paulo, 2016.
144f.: il.; 30 cm.
Orientador: Aylton José Figueira Júnior. Dissertação (mestrado) – Universidade São Judas Tadeu, São Paulo,
2016.
1. Policiais. 2. Atividade Física. 3. Aptidão Física. 4. Qualidade de Vida. 5. Doenças crônicas I. Figueira Júnior, Aylton José. II. Universidade São Judas Tadeu, Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu em Educação Física. III. Título.
CDD 22 – 796
AGRADECIMENTOS
Agradeço, em primeiro lugar, a Deus por ter me dado à graça e meios para enfrentar todos os
desafios e dificuldades.
Agradeço ao meu orientador Prof. Dr. Aylton Figueira Junior pelo exemplo de profissional que
dedicou na condução da minha pesquisa e a Profa Dra Maria Luiza de Jesus Miranda pelo
respeito, confiança e carinho em integrar no corpo de pesquisadores desta Nobre
Universidade.
A minha querida companheira Neli Maria Tirelli, amada esposa e amiga, que sempre me
estendeu as mãos para me ajudar dando todo suporte necessário para atingir os meus
objetivos. E ao meu querido filho Samuel Tirelli Ferraz, que completa ainda mais a minha
alegria, sendo o meu motivo, que me incentiva a vencer e torna-me a cada dia uma pessoa
melhor.
Aos meus pais, Marilza de França e Antônio Carlos Ferraz, sempre grato pela formação de
caráter, educação, incentivo e grandes momentos de oração, e aos meus sogros Vilma e
Menegildo por sempre terem certeza do meu potencial e crescimento profissional.
A todo corpo docente do programa de mestrado em Educação Física da Universidade São
Judas Tadeu (USJT): Prof. Dr. Danilo Sales Bocalini, Profª. Dra. Elisabete Santos Freire, Profa.
Cláudia Borim da Silva, Profa. Dra. Eliane Florêncio Gama, Profa Dra Graciele Massoli
Rodrigues, Profa Dra Iris Callado Sanches, Prof. Dr Érico Chagas Caperuto.
Aos Professores Doutores Douglas Roque Andrade e Erinaldo Luiz de Andrade por
contribuírem no aperfeiçoamento de trabalho e ajuda-me a produzir um trabalho com o melhor
detalhamento e análise reflexisiva.
Aos meus colegas de turma de mestrado, que sempre unidos proporcionaram importantes
momentos de ensinamentos e compartilhamentos de experiências, incertezas e alegrias. E
amigos e amigas da minha cidade de Cuiabá, São Paulo e da Polícia Militar, que sempre me
incentivaram à conquista deste título.
Ao 45° Batalhão de Polícia Militar do Estado de São Paulo, que me acolheu com muito apreço,
Unidade que fiz muitas amizades e aprendendo muito com seus policiais militares.
A gloriosa Polícia Militar do Estado de Mato Grosso pelo grande apoio institucional. A Escola
de Formação e Aperfeiçoamento de Praças (ESFAP), Unidade que tenho grande carinho e
cultivei grande experiência profissional. E em especial, Ao Batalhão de Operações Especiais e
3° Batalhão de Polícia Militar que deram o devido suporte para realização da pesquisa.
“A evolução do Homem passa, necessariamente, pela busca do conhecimento”.
Sun Tzu
LISTA DE QUADROS
QUADRO 1 Resumo de artigos da revisão sistemática........................................................... 25
QUADRO 2 Parâmetros sobre os determinantes individuais e socioambientais..................... 29
QUADRO 3 Informações sociodemográficas do Município de Cuiabá.................................... 41
QUADRO 4 Cargos Militares: Postos e Graduações da PMMT.............................................. 42
QUADRO 5 Resumo das unidades pesquisadas 3° BPM e BOPE......................................... 43
QUADRO 6 Critérios de exclusão de policiais militares da amostra de pesquisa................... 45
QUADRO 7 Representação quantitativa dos efetivos das UPMs e sujeitos pesquisados...... 45
QUADRO 8 Resumo das principais variáveis do estudo........................................................ 47
LISTA DE FIGURAS
FIGURA 01 Fluxograma de critérios de seleção dos artigos referente ao tema de estudo......... 24
FIGURA 02 O Modelo Ecológico da Atividade Física.................................................................. 32
FIGURA 03 Comandos Regionais da PMMT................................................................................ 43
FIGURA 04 Atuação de policiais militares do patrulhamento ostensivo....................................... 44
FIGURA 05 Base do BOPE e treinamento dos policiais militares especializados........................ 44
LISTA DE TABELAS
TABELA 1 Policiais militares do patrulhamento ostensivo e especializado organizados por funções
hierárquicas..................................................................................................................................
50
TABELA 2 Características por faixa etária, socioeconômico e ambiental entre grupos de policiais
militares.........................................................................................................................................
51
TABELA 3 Antropometria, idade e composição corporal dos policiais militares............................................ 52
TABELA 4 Comparação das médias dos testes de aptidão física dos policiais militares.............................. 52
TABELA 5 Comparação das médias dos testes de aptidão física dos policiais militares que atuam no
setor administrativo e operacional................................................................................................
53
TABELA 6 Comparação dos resultados da aptidão física entre oficiais e praças.......................................... 54
TABELA 7 Correlação entre idade, turnos de trabalho e carga horária de trabalho semanal com variáveis
de aptidão física............................................................................................................................
55
TABELA 8 Comparação entre tempo médio que policiais militares que permanecem sentados durante o
dia.................................................................................................................................................
56
TABELA 9 Comparação entre o tempo de atividade física e sentado de policiais militares do
patrulhamento ostensivo e especializado, administrativos e operacionais e Oficiais e
praças...........................................................................................................................................
56
TABELA 10 Perfil de consumo de álcool entre os cargos policiais militares.................................................... 58
TABELA 11 Associação da frequência de consumo e de quantidade de doses de álcool entre os policiais.. 59
TABELA 12 Níveis de dependência ao tabaco associados aos policiais militares de diferentes
batalhões.........................................................................................................................................
60
TABELA 13 Quantidade de cigarros que fuma por dia..................................................................................... 61
TABELA 14 Hábitos alimentares dos policiais militares de patrulhamento ostensivo e
especializado...................................................................................................................................
62
TABELA 15 Comparação dos perfis antropométricos com variáveis de fatores de risco de policiais
militares.........................................................................................................................................
63
TABELA 16 Fatores de risco associados à inatividade de policiais militares................................................... 64
TABELA 17 Co-morbidades que levam aos Fatores de risco associados à inatividade de policiais
militares.........................................................................................................................................
66
TABELA 18 Análise multivariada da somatória da prevalência de comportamento de risco em
policias.........................................................................................................................................
67
TABELA 19 Análise multivariada da simultaneidade de fatores de risco com as variáveis do estilo de vida
que afetam à saúde de policiais militares.....................................................................................
70
TABELA 20 Análise multivariada da estimativa de risco e de risco elevado dos somatórios de
comportamentos danosos à saúde.................................................................................................
73
TABELA 21 Análise associativa da inter-relação dos “odds ratio” dos fatores de risco................................... 74
TABELA 22 Análise correlativa da inter-relação das prevalências dos fatores de risco em policiais.............. 75
TABELA 23 Comparação das médias dos domínios da qualidade de vida entre policiais militares................ 78
TABELA 24 Comparação das médias dos domínios da qualidade de vida entre policiais militares ativos e
inativos..........................................................................................................................................
79
TABELA 25 Correlação entre os domínios da qualidade de vida com os índices antropométricos e de
aptidão física de policiais militares...............................................................................................
79
TABELA 26 Odds ratio, associação dos domínios da qualidade de vida e fatores de risco metabólicos e
cardiovasculares...............................................................................................................................
80
TABELA 27 Características sobre o sono de policiais militares....................................................................... 81
TABELA 28 Prevalência da somatória de comportamento de risco (seis fatores de risco) da qualidade de
vida e de sono em policias militares...............................................................................................
82
TABELA 29 Análise multivariada da simultaneidade de fatores de risco com as variáveis da qualidade de
vida e de sono que afetam à saúde de policiais militares............................................................
82
TABELA 30 Análise multivariada da estimativa de risco e de risco elevado dos somatórios de
comportamentos danosos à saúde..............................................................................................
83
TABELA 31 Associação entre fatores socioambientais e inatividade física de policiais militares.................. 85
TABELA 32 Prevalência da somatória de comportamento de risco (seis fatores de risco) associados com
os fatores socioambientais em policias militares do patrulhamento ostensivo..............................
87
TABELA 33 Análise multivariada da simultaneidade de fatores de risco com as variáveis dos aspectos
socioambientais que afetam à saúde de policiais militares............................................................
89
TABELA 34 Análise multivariada da estimativa de risco e de risco elevado dos somatórios de
comportamentos danosos à saúde em policiais militares............................................................
91
QUADRO DE ABREVIAÇÕES
1° CR 1° Comando Regional DSAU Diretoria de Saúde
3° BPM 3° batalhão de Polícia Militar ESFAP Escola de Formação e
Aperfeiçoamento de Praças
10° BPM 10° Batalhão de Polícia Militar HA Hábitos Alimentares
ADF Avaliação de Desempenho Físico MET Taxa de Equivalente Metabólico
ADM Administrativo IMC Índice de Massa Corporal
AF Atividade Física IC Intervalo de Confiança
APMCV Academia de Polícia Militar Costa Verde
OR Odds Ratio
AUDIT Alcohol use Disorders Identification Test
OPE Operacional
BOPE Batalhão de Operações Policiais Especiais
p “p-value”
CESP Comando Especializado PM Policial Militar
CFO Curso de Formação de Oficiais PMMT Polícia Militar
CIEF Curso de Instrutor de Educação Física
PSQI Pittsburgh Sleep Quality Index
CFSD Curso de Formação de Soldados RCQ Relação cintura quadril
DCNC Doenças Crônicas não comunicáveis TFM Treinamento Físico Militar
CEF Coordenadoria de Educação Física UPM Unidade Policial Militar
DGP Diretoria de Gestão de Pessoas WHOOL Protocolo de mensuração de qualidade
de vida
LISTA DE ANEXOS
ANEXO 1 Autorização do Comando Geral.................................................................... 117
ANEXO 2 Parecer de Aprovação do Comitê de Ética – USJT..................................... 118
ANEXO 3 Termo de Consentimento Livre e Esclarecido – TCLE................................ 122
ANEXO 4 Modelo de Questionário diagnóstico aplicado aos Policiais Militares.......... 124
ANEXO 5 Resumo dos artigos da revisão sistemática de fatores de risco em
policiais militares........................................................................................... 136
RESUMO
INTRODUÇÃO: Os fatores de risco são responsáveis pelo aumento da prevalência de doenças crônicas não comunicáveis (DCNC) trazendo prejuízos à saúde para uma considerável parcela de adultos. OBJETIVO: Identificar os fatores de risco associados ao desenvolvimento das doenças metabólicas e cardiovasculares em policiais militares de diferentes unidades do Estado de Mato Grosso. METODOLOGIA: Foram avaliados 146 policiais militares do Batalhão de Operações Policiais Especiais (policiais militares do especializado) e do 3° Batalhão de Polícia Militar (policiais do patrulhamento ostensivo), todos do sexo masculino, com média de idade de 33,49 ± 7,25 anos, compostos por: Soldados (41,10%), Cabos (26,70%), Sargentos (16,44%), Subtenentes (4,80%), Tenentes (4,80%), Capitães (2,74%), Majores (2,74%) e Tenente Coronel (0,68%). Utilizou-se questionário de levantamento transversal para coletar informações do estilo de vida dessa amostra referente ao consumo de álcool (AUDIT), utilização do tabaco (protocolo de Fargerström), hábitos alimentares (protocolo de frequência alimentar), qualidade de sono (protocolo de Pittsburgh), utilização de remédio, questionário de atividade física (IPAQ) versão 8 - longa. Foram realizadas avaliações antropométricas (Massa Corporal, Estatura, IMC, RCQ e percentual de gordura) e testes de aptidão física por meio de exercícios físicos de corrida 12 minutos, barra fixa, flexão de braço e abdominal remador. Os resultados foram analisados, estatisticamente, pelo Teste T e U Mann-Whitney, Qui quadrado com nível de significância de p<0,05. RESULTADOS: Encontramos média amostral da idade de 33 7 anos, tempo de serviço de 11 7 anos, massa corporal de 85,70 13,61 Kg; estatura 1,76 0,06 m; circunferência abdominal 0,92 0,01 cm; IMC 27,00 0,32 kg/m² e RCQ 0,92 0,18. O tempo médio acumulado de atividade física foi 122,72 90,79 min/sem. A média do tempo sentado entre ¼ a ½ do dia foi 356 165 min/dia, com 80% desses com alta prevalência de inatividade física. A classificação do nível de atividade física demonstrou que policiais militares ativos 59,6% e insuficientemente ativos 40,4%. Em relação aos testes de aptidão física, encontramos valores médios da corrida 12’ (2.242±341,78) metros, barra fixa (8±4) repetições, flexão de braço (35±14) repetições e abdominais (40±13) repetições. Resultados do estilo de vida demonstraram que o consumo de álcool obteve elevada prevalência (p=0,04; OR=0,50; IC 0,26-0,98), bem como, as quantidades de doses (p=0,00; OR=0,40; IC 0,20-0,79), demonstrando consumo de risco de policiais, “binge drinking”. O uso de tabaco teve associações entre grupos de policiais muito expressivas: fumantes e não fumantes (p=0,01); quantidade de cigarros (p=0,02). Com relação aos hábitos alimentares demonstraram várias associações e baixo consumo de frutas e verduras, com 78,1%, (p=0,00; OR=0,30; IC 0,13-0,72). A inatividade física influencia na associação dos fatores de risco de policiais de patrulhamento ostensivo e especializado com tabaco (p=0,03), excesso de massa corporal (p=0,03), circunferência abdominal (p=0,01), hábitos alimentares (p=0,01) e aptidão cardiorrespiratória (p=0,00). A análise bivariada demonstrou que os fatores de risco acumulados apresentaram associações com: tipo de serviço com álcool-inativo (p=0,00; OR=0,39; IC=0,20-0,78) e a circunferência abdominal com inativo-hábito alimentar (p=0,03; OR=0,48; IC=0,25-0,94). A capacidade funcional e vitalidade apresentaram as maiores médias de escore dos domínios da qualidade de vida. Não houve associação bivariada e somatórios de comportamento de risco com as variáveis de qualidade de vida e de sono. Os determinantes socioambientais apresentaram associações com inatividade física e as análises bivariadas e somatórios de comportamento de risco com o uso de transporte público, locomoção, moradia e condições e segurança para pratica de atividade física. CONCLUSÃO: Os resultados demonstraram que a associação entre o estilo de vida do policial militar, aspectos bio-socio-ambientais e fatores de risco contribui no possível desenvolvimento de doenças crônicas metabólicas e cardiovasculares em policiais militares, atribuindo resultados diferentes para as análise segmentadas e bivariadas/somatórias.
Palavras-chave: Policiais. Atividade Física. Aptidão Física. Qualidade de Vida. Doenças Crônicas.
ABSTRACT
INTRODUCTION: Risk factors are responsible for the increase in the prevalence of chronic noncommunicable diseases (NCD), resulting in health damages for a considerable portion of adults. OBJECTIVE: To identify the risk factors associated with the development of metabolic and cardiovascular diseases in military police officers from different units of the State of Mato Grosso. METHODS: A total of 146 military police officers from the Battalion of Special Police Operations (military police officers) and the 3rd Military Police Battalion (ostensible patrol officers) were evaluated, all males, with a mean age of 33.49 ± 7, (4,80%), Lieutenants (4,80%), Captains (2, 3, 74%), Majores (2.74%) and Lieutenant Colonel (0.68%). A cross-sectional questionnaire was used to collect lifestyle information from this sample regarding alcohol consumption (AUDIT), tobacco use (Fargerström protocol), eating habits, sleep quality (Pittsburgh protocol), Use of medication, physical activity questionnaire (IPAQ) version 8 - long. Anthropometric evaluations (Body Mass, Stature, BMI, WHR and percentage of fat) and physical fitness tests were performed through 12 - minute physical exercise, fixed bar, arm flexion and abdominal rower. The results were statistically analyzed by the Mann-Whitney T-test and U-test, Chi-square with significance level of p <0.05. RESULTS: We found a sample mean age of 33 7 years, length of service of 11 7 years, body mass of 85.70 13.61 kg; Stature 1.76 0.06 m; Abdominal circumference 0.92 0.01 cm; BMI 27.00 0.32 kg / m² and WHR 0.92 0.18. The mean accumulated physical activity time was 122.72 90.79 min / wk. The mean of sitting time between ¼ and ½ of the day was 356 165 min / day, with 80% of those with a high prevalence of physical inactivity. The classification of the level of physical activity showed that active military police 59.6% and insufficiently active 40.4%. In relation to physical fitness tests, we found mean values of running 12 '(2,242 ± 341,78) meters, fixed bar (8 ± 4) repetitions, arm flexion (35 ± 14) repetitions and abdominal (40 ± 13) repetitions . Results of lifestyle showed that alcohol consumption had a high prevalence (p = 0.04, OR = 0.50, CI 0.26-0.98), as well as the dose amounts (p = 0.00 , OR = 0.40, CI 0.20-0.79), showing police risk consumption, "binge drinking". Tobacco use had associations among very expressive police groups: smokers and nonsmokers (p = 0.01); Number of cigarettes (p = 0.02). Regarding dietary habits, there were several associations and low consumption of fruits and vegetables, with 78.1% (p = 0.00, OR = 0.30, CI 0.13-0.72). Physical inactivity influences the association of risk factors for ostensible and specialized police patrols with tobacco (p = 0.03), excess body mass (p = 0.03), abdominal circumference (p = 0.01), habits (P = 0.01) and cardiorespiratory fitness (p = 0.00). The bivariate analysis showed that the accumulated risk factors presented associations with: type of service with alcohol-inactive (p = 0.00, OR = 0.39, CI = 0.20-0.78) and waist circumference with inactive (P = 0.03, OR = 0.48, CI = 0.25-0.94). The functional capacity and vitality presented the highest mean scores in the domains of quality of life. There was no bivariate association and sum of risk behavior with the variables of quality of life and sleep. The socioenvironmental determinants presented associations with physical inactivity and bivariate and summative analyzes of risk behavior with the use of public transportation, locomotion, housing and conditions and safety for physical activity practice. CONCLUSION: The results showed that the association between the military police lifestyle, bio-socio-environmental aspects and risk factors contributes to the possible development of chronic metabolic and cardiovascular diseases in military police officers, assigning different results to segmented and bivariate analyzes / Sums.
Keywords: Police officers. Physical activity. Physical aptitude. Quality of life. Chronic diseases.
SUMÁRIO
CAPÍTULO I - INTRODUÇÃO
1.1 Entendendo o Caminho: Da Caserna à Epidemiologia……...... 16
1.2 Organização e Apresentação do Estudo ....................................... 17
1.3 Justificativa .................................................................................... 18
1.4 Objeto e Objetivos do Estudo......................................................... 19
1.4.1 Objetivo Geral ................................................................................... 19
1.4.2 Objetivos Específicos e Hipóteses................................................... 19
CAPITULO II - REVISÃO DE LITERATURA 22
2.1 Fatores Pessoais e Ambientais: Prevalência das Doenças Crônicas
não Comunicáveis................................................... 27
2.1.1 Estilo de Vida e o Desenvolvimento Doenças Crônicas não
Comunicáveis....
30
2.1.2 Fatores de risco e Condição de Saúde.................. 31
2.2 Fatores Comportamentais e as Doenças Crônicas não
Comunicáveis
32
2.2.1 O Papel da Atividade Física e os Efeitos negativos da Inatividade Física
e os efeitos negativos da inatividade física na saúde pública e policial....
33
2.2.2 Efeitos do Consumo de Álcool e Tabaco à saúde............................ 34
2.2.3 Influência do Sono na Saúde.......................................... 36
2.2.4 Determinantes Socioambientais............................................................ 37
2.3 Aspectos Epidemiológicos do Policial Militar 38
CAPÍTULO III – PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS 39
3.1 Modelo Experimental.................................................................. 39
3.2 Local de Estudo.................................................................... 40
3.3 Característica Institucional Pesquisada............................... 41
3.4 Característica Amostral.......................................... 43
3.4.1 Procedimentos para Coleta de Dados............................... 43
3.4.2 Características da amostra e sua justificativa...................... 43
3.4.3 Critérios de Inclusão e Exclusão.......................................... 44
3.4.4 Perfil de Aptidão Física ............................................. 45
3.4.4.1 Antropometria........................................................... 45
3.4.4.2 Testes cardiorrespiratórios e neuromotores................. 46
3.4.5 Instrumentos e Protocolos de Pesquisa............ 47
3.4.6 Análise Estatística................. 49
CAPÍTULO IV – RESULTADOS E DISCUSSÃO DOS ESTUDOS
4.1 ANÁLISE 1 - Comparação do perfil de aptidão física de policiais de
patrulhamento ostensivo e de policiais especializados do Estado de
Mato Grosso................................. 50
4.2 ANÁLISE 2 – Associação os fatores de riscos no desenvolvimento de
doenças metabólicas e cardiovasculares dos policiais militares de
patrulhamento ostensivo e de policiais militares especializados ....... 58
4.3 ANÁLISE 3 – Associação dos parâmetros de saúde, qualidade de vida
e de sono de policiais militares............................................................. 77
4.4 ANÁLISE 4 – Associação os níveis de atividade física e os aspectos
socioambientais de policiais militares...... 83
CAPÍTULO V – CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFLETINDO O FENÔMENO..... 98
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS......... 99
ANEXOS.... 117
16
INTRODUÇÃO
1.1 Entendendo o meu Caminho: Da Caserna à Epidemiologia
Iniciei a minha carreira na Polícia Militar do Estado de Mato Grosso (PMMT) em 2003,
quando ingressei no Curso de Formação de Oficiais (CFO) pela Academia de Polícia Militar Costa
Verde (APMCV), graduei-me Bacharel em Segurança Pública.
Servi, inicialmente, no 3° Batalhão de Polícia Militar (BPM) em Cuiabá - MT, sendo
transferido para o interior do Estado, no município de Tangará da Serra - MT onde fiquei por quatro
anos.
Quando retornei à Capital de Mato Grosso, servi no 10° BPM, em seguida, em Chapada dos
Guimarães (60 km da Capital), onde realizava palestras, eventos voltados à atividade física para o
condicionamento de policiais militares e estudos vinculados à temática.
No ano de 2011, frequentei o Curso de Educação Física Policial Militar (CIEF), em Curitiba-
PR, onde convivi com ótimos professores e profissionais civis e militares, os quais sempre nos
estimularam e incentivaram a buscar conhecimentos aplicados à pesquisa na área da Educação
Física e Saúde, realizando avaliações, experimentos e estudos, inclusive, foram ministradas
instruções e estudos com o corpo técnico, visitas à equipe do Coritiba Futebol Club e suas categorias
de base e aulas na Pontifícia Universidade Católica do Paraná.
Ao final deste ciclo, em 2012, retornei à Cuiabá-MT, quando fui designado à Escola Superior
de Formação e Aperfeiçoamento de Praças (ESFAP), uma das Unidades Escolares de Ensino
Superior da PMMT, cuja missão é formar e aperfeiçoar as praças da Instituição promovendo Cursos
Tecnológicos em Segurança Pública. Participei das comissões das atividades pedagógicas de Cursos
de Soldado PM (CFSD), Sargento PM (CFS), e Aperfeiçoamento de Sargento PM (CAS) e na
construção dos Planos Pedagógicos de Cursos (PPCs), Plano Desenvolvimento Institucional (PDI),
Plano Político Pedagógico (PPP).
Pertenço ao quadro de docente nas Unidades de Ensino Superior Policial Militar: Na
formação e aperfeiçoamento de Oficiais (APMCV) e Praças (ESFAP), bem como os cursos de
Bombeiro Militar. Por possuir o curso de Educação Física e atuar com frequência na área da
Educação Física Militar (Treinamento Físico Militar de policiais militares), que exerci a função de
Coordenador do Setor de Treinamento Físico da ESFAP, responsável pelo condicionamento físico e
acompanhamento da saúde física do efetivo e dos alunos da PMMT.
Participei de diversos processos de avaliação física e, observando, vários problemas de
saúde devido ao estilo de vida não saudáveis de policiais, e por ser um assunto inovador de pesquisa
com os policiais militares de Mato Grosso, isso me estimulou a pesquisar sobre as prevalências dos
17
fatores de risco no desenvolvimento das Doenças Crônicas Não Comunicáveis (DCNC), sendo um
motivador das causas de graves prejuízos à saúde e, também, as instituições.
Nesta perspectiva, na busca de qualificar-me para aprofundar mais os conhecimentos sobre
o fenômeno estudado, pesquisei na literatura artigos publicados em periódicos por autores de
diversos países que consideram os policiais como um dos grupos expostos aos fatores de risco
associados à inatividade física, uso de tabaco e consumo de álcool que podem desenvolver doenças
metabólicas e cardiovasculares impactando na saúde desses profissionais.
Diante deste percurso, é que ingressei no Programa de Pós-graduação orientado pelo
Professor Dr. Aylton José Figueira Junior, que me auxiliou com muita competência a sistematizar a
análise dos estudos das DCNC em policiais militares.
1.2 Organização e Apresentação do Estudo
O presente trabalho foi organizado em capítulos, que se baseiam na análise do estilo de
vida policial militar por meio dos fatores de risco que contribuem no desenvolvimento de doenças
metabólicas e cardiovasculares. No capítulo I, apresentamos à justificativa; objetivo geral, objetivos
específicos e as hipóteses.
No capítulo II aborda uma abrangente revisão da literatura com seus métodos e os devidos
critérios de inclusão e exclusão dos artigos, organização conceitual do tema, aspectos inerentes à
avaliação do estilo de vida e variáveis de estudo que estão na revisão de literatura compreendendo a
base de análise dos fatores de risco relacionado ao “policial” (contexto mundial) e “policial militar”
(Brasil).
Os procedimentos metodológicos estão organizados no capítulo III da seguinte forma:
apresentação do modelo experimental; característica local da pesquisa e amostral. Os instrumentos e
protocolos aplicados por meio do inquérito do nível de atividade física; qualidade de vida,
dependência de consumo de álcool e do uso do tabaco, hábitos alimentares, distúrbios de sono,
utilização de remédios e determinantes socioculturais-ambientais, avaliamos os parâmetros
antropométricos e de aptidão física pela análise estatística.
O capítulo IV aborda os resultados e discussão da pesquisa traçando o perfil físico e
identificando os fatores de risco associados ao desenvolvimento das doenças metabólicas e
cardiovasculares em policiais militares: Estudo 1 - Comparar o perfil de aptidão física de policiais de
patrulhamento ostensivo e especializado do Estado de Mato Grosso. Estudo 2 – Associar os fatores
de risco no desenvolvimento de doenças metabólicas e cardiovasculares dos policiais militares de
patrulhamento ostensivo e de policiais militares especializados. Estudo 3 – Associar os parâmetros
de saúde, qualidade de vida e de sono de policiais militares. Estudo 4 – Associar os níveis de
atividade física e os aspectos socioambientais dos policiais militares do patrulhamento ostensivo e
especializado.
18
1.3 Justificativa
Atualmente, grande proporção da população mundial mantem um estilo de vida que
aumentou o nível de morbidade, que está associada à diminuição do nível de atividade física,
herdada do processo evolutivo da sociedade (MALTA e SILVA Jr, 2013; WARBURTON et al, 2006).
Goulart (2011) e Brasil (2005) relatam que aumentos da prevalência das doenças crônicas,
estão associados ao sedentarismo e estilo de vida não saudáveis, desenvolvendo em pessoas de
diferentes faixas etárias, sexo, classes econômicas e profissões.
Os avanços tecnológicos da sociedade moderna proporcionam estilo de vida cada vez mais
voltado ao comportamento sedentário das pessoas representando uma ameaça à saúde do ser
humano. O estilo de vida alterou o processo de movimento humano necessário para manter-se ativo,
apresentando uma diferente configuração de convivência, mudanças nos fatores ambientais e
pessoais impulsionados pela globalização e modernização (OWEN et al, 2011, 2010; FERREIRA,
2009; BOOTH et al, 2002).
O processo de mudança do comportamento humano estimula a inatividade física que
promove consequências negativas na vida humana, pois as inovações tecnológicas tem o objetivo de
trazer o conforto e comodidade com a diminuição do esforço. Por consequência, disso, que as
prevalências da inatividade física estão associadas aos fatores de riscos que potencializam o
desenvolvimento das DCNC (OWEN et al, 2012; BOOTH et al, 2007; BOOTH et al, 2002).
Promover a saúde consiste em atividades dirigidas por todos, inclusive do Estado à
transformação de comportamentos de pessoas pelo processo educacional e ambiental, que visam
uma vida saudável. Portanto, busca-se recomendar condições favoráveis à saúde reduzindo os
impactos dos fatores de risco modificáveis e não modificáveis prevenindo, dessa forma, as
incidências das DCNC (NAHAS, 2013; BRASIL, 2007; CZERESNIA et al, 2003; BUSS, 2000;
CANDEIAS, 1997).
A prática regular de atividade física, não fumar, consumo moderado de bebidas alcoólicas,
pressão arterial em níveis normais, prevenção contra o excesso de massa corporal (obesidade) são
um dos fatores positivos associados à diminuição dos índices de mortalidade. Por outro lado, o estilo
de vida não saudável pode proporcionar maior probabilidade de desenvolver as DCNC, em especial,
as cardíacas entre homens de meia-idade (BOOTH et al, 2012; SIQUEIRA et. al, 2009; KOHL, 2001;
PAFFENBARGER, 1993).
A qualidade de vida e o bem estar podem ser medidas pelas condições de vida que
impactam na saúde das pessoas, de um modo específico, estão associados às questões alimentares,
comportamentais, regularidade da pratica de atividade física, segurança e a urbanização (SANTOS,
SIMÕES, 2012; FIGUEIRA JR; FERREIRA, 2008).
19
Estudos que abordam os efeitos e impactos da atividade e desempenho físico, composição
corporal, sono, nutrição, condições de trabalho na melhora das condições de saúde das pessoas
(CAN, HENRY, 2014; BAGRICHEVSKY et al, 2013; NAHAS, 2010; SÖRENSEN et al, 2000). Por
outro lado, necessita-se apontar as pesquisas do avanço dos índices pandêmicos da inatividade
física, fatores de risco e co-morbidades que se associam aos riscos de desenvolvimento de doenças
crônicas e, ainda mais, as evidências que mostram o surgimento de doenças no trabalho
(ANDERSEN et al, 2016; SALLIS et al, 2016; MINAYO et al, 2011).
A questão epidemiológica no ambiente de trabalho é um assunto relevante que
afetamtrabalhadores, acarretando aspectos negativos à saúde e a redução da participação da sua
força de trabalho (VIOLANTI et al, 2009; MINAYO et al, 2008; BOYCE et al, 2006; FRANKE et al,
2002; SMITH, MASON, 2001).
Ressaltamos o total de horas trabalhadas, rotatividades de turnos e de serviços,
aposentadorias precoces e o comprometimento de salários de policiais militares são variáveis que
apresentam maior risco no desenvolvimento das DCNC (FEKEDULEGN et al, 2013; RAMEY et al,
2012).
Os comportamentos que levam aos fatores de risco influenciam negativamente, a vida de
pessoas, também, afetam trabalhadores do mundo inteiro, incluindo policiais, apesar de serem
profissionais que devam estar preparados para exercer sua função, pesquisas apontam que são
profissionais em situação de risco (WESTERN et al, 2015; RAMEY et al, 2012; FERREIRA et al, 2011
WIRTH et al, 2011; AUSTIN-KETCH et al, 2010; LIPP, 2009; YOO et al, 2009).
A saúde dos policiais militares é tratada, ainda, com pouca importância, pois falta à devida
atenção e ações dos gestores frente às condições internas do sistema de organização das
Instituições de Segurança Pública (FERREIRA, 2009).
É inegável a importância do estudo da saúde na Segurança Pública relacionando temas
sobre as condições de trabalho, atividade física, estilo de vida, cargas horárias de serviço, a
interferência na saúde policial devido às pressões em enfrentar o aumento da criminalidade das
cidades brasileiras e o baixo nível de qualidade de vida desses profissionais (CORREA, GOMIDE,
2016; MINAYO et al, 2008; VIOLANT et al, 2008; SOUZA, MINAYO, 2005).
Pesquisas que analisam o estilo de vida possuem forte influência dos estudos de caso, que
associam diversas variáveis com os fatores de risco para diagnosticar o desenvolvimento de doenças
em policiais militares, tendo em vista, que são escassos os volumes de publicação nas bases de
dados referente ao público policial militar, incluindo, Mato Grosso.
Atualmente, os meios de comunicação noticiam que viver com qualidade e bem estar é
conscientizar e desestimular a manifestação dos agentes nocivos à saúde como: tabagismo,
alcoolismo, sedentarismo, obesidade, hipertensão, distúrbio de sono, condições de trabalho
estressante e entre outras (CZAJA-MITURAI et al, 2013; CESCHINI; FIGUEIRA JUNIOR, 2007;
QUINNEY et al, 1994).
20
A atividade profissional do policial militar tem importância na pesquisa associando o tipo de
trabalho realizado pelos PMs do BOPE e do 3° BPM, com os fatores de risco para verificar, se
existem diferenças entre estes integrantes, bem como, as chances de risco. O Estilo de vida dos
policiais militares é caracterizado por formas de convivências, comportamentos e hábitos. A
associação destas variáveis identifica os indicadores referentes aos fatores de risco à saúde do
policial militar no desenvolvimento das DCNC conduz ao mapeamento do perfil físico dessa amostra.
O Estilo de vida possui determinada interferência na saúde e condicionamento físico das
pessoas, que foi importante destacar o seguinte: Será que os determinantes bio-socio-ambientais,
tempo de caserna e estilo de vida dos Policiais Militares do Estado de Mato Grosso, se associam com
o desenvolvimento de doenças metabólicas e cardiovasculares?
1.4 Objetivos da Pesquisa
1.4.1 Objetivo Geral
Identificar os fatores de risco associados à possibilidade de desenvolvimento das doenças
metabólicas e cardiovasculares em policiais militares de diferentes Unidades do Estado de Mato
Grosso.
1.4.2 Objetivos Específicos
Os objetivos específicos do estudo e suas respectivas hipóteses estão dispostos da
seguinte forma:
ANÁLISE 1 - Comparar o perfil de aptidão física de policiais de patrulhamento ostensivo e
de policiais especializados do Estado de Mato Grosso;
a) Os resultados dos desempenhos físicos dos policiais militares especializados são
maiores que dos PMs que atuam no patrulhamento ostensivo.
b) O desempenho físico dos policiais militares administrativos são, estatisticamente,
menores que dos operacionais.
c) Os Oficiais PM têm maiores índices de força em membros superiores e aptidão
cardiorrespiratória que as praças;
ANÁLISE 2 – Associar os fatores de riscos a chance de desenvolver doenças metabólicas e
cardiovasculares dos policiais militares de patrulhamento ostensivo e de policiais militares do
especializado;
a) Policiais militares possuem associações com fatores de risco e estilo de vida no
desenvolvimento das doenças metabólicas e cardiovasculares.
b) Policiais militares que consumem álcool, tabaco e hábitos alimentares possuem as
maiores chances de risco para o desenvolvimento de doenças.
21
c) Policiais militares diabéticos ou hipertensos, a aptidão cardiorrespiratória,
diabetes/hipertensão, relação cintura quadril, circunferência abdominal, uso de tabaco e consumo de
álcool associam-se a combinação/agregação de comportamentos de risco.
d) Turnos de trabalho, tipo de serviço, idade, aptidão cardiorrespitória, utilização de
remédio associam-se com os fatores de risco bivariados.
e) O uso de tabaco e consumo de álcool são apontados com os mais elevados fatores
de risco.
ANÁLISE 3 – Associar os parâmetros de saúde, qualidade de vida e de sono de policiais
militares.
a) Os domínios da qualidade de vida têm correlação com tempo da pratica de atividade
física.
b) Os domínios da qualidade de vida associam-se com os fatores de risco.
ANÁLISE 4 - Associar os níveis de atividade física e os aspectos socioambientais de
policiais militares
a) Os determinantes bio-socio-ambientais associam-se com a inatividade física e fatores
de risco de policiais militares.
b) Haverá diferença em função de tempo de caserva e dimensões do trabalho
22
CAPITULO II – REVISÃO DE LITERATURA
A revisão literária delineou-se em pesquisar a associação entre o estilo de vida de policiais
e os seus fatores de risco na possibilidade de desenvolver doenças baseada na investigação dos
estilos de vida com protocolos validados, dados antropométricos e desempenho físico.
Os estudos epidemiológicos apontam avanços exponenciais do desenvolvimento das DCNC
na população mundial, em geral, por motivo do consumo de álcool, uso de tabaco, inatividade física,
dietas alimentares não saudáveis, baixa qualidade de sono, condições de trabalho inadequadas entre
outras, (SALLIS et al, 2016; CHOPRA et al, 2015; WHO, 2014; ALWAN et al, 2010;WARBURTON et
al, 2006), portanto, existe a relevância de se realizar o levantamento de periódicos dessa temática
envolvendo policiais militares (SONG et al, 2013; THAYYIL et al, 2012; COSTA et al, 2010; SASSEN
et al, 2009; CHARLES et al, 2007; LAM et al, 2000; DAVEY et al, 2000; DUBROW et al, 1988).
A revisão de literatura foi realizada a partir de pesquisas em cinco bases de dados: 1.
PUBMED, 2. MEDLINE, 3. SCIENCE DIRECT, 4. SCIELO e 5. Portal de Periódicos da CAPES, nos
períodos de janeiro de 1980 a janeiro de 2016.
Os descritores utilizados nas consultas - DeCS (descritores de assuntos em ciência da
saúde da BIREME) foram: Estilo de Vida/Lifestyle; Doenças Crônicas/Chronic Disease; Fatores de
Risco/Risk Factors; Síndrome metabólica/Metabolic Syndrome; Doenças
Cardiovasculares/Cardiovascular Disease e Policiais Militares/Officers Police.
Os resultados dos periódicos encontrados, preliminarmente, sem empregar qualquer critério
buscando artigos sobre fatores de risco em geral, foram de 21.118 (vinte um mil, cento e dezoito)
artigos de vários tipos de estudo incluindo temas envolvendo ou não policiais na amostra que
correlacionam com os fatores de risco e outras variáveis da pesquisa, incluindo a revisão. Nas
buscas, a seleção com critérios, recorreu-se aos operadores lógicos: “AND”, “OR” e “AND NOT” para
obterem combinações dos descritores no sentido de rastrear dados vinculados à pesquisa.
A seleção dos artigos ocorreu em três etapas: 1. O processo seletivo baseou no
levantamento combinando com as palavras-chave; 2. Leituras e análises de títulos que apresentam
correlação com o estudo foram selecionadas sendo quantificadas por bases de dados: 1. PUBMED,
(158 artigos); 2. MEDLINE, (146 artigos); 3. SCIENCE DIRECT, (49 artigos); 4. SCIELO, (15 artigos);
e 5. Portal de Periódicos da CAPES, (94 artigos). Resultaram no total desse processo 462
publicações que, potencialmente, são elegíveis no emprego dos critérios de inclusão e exclusão na
revisão.
Os critérios de inclusão que adotamos para revisão foram às leituras dos artigos através dos
procedimentos: 1. Artigos com título e resumo que expressam o nível de saúde e DCNC ou DCNT de
23
policiais militares que podem incluir as palavras-chave da pesquisa: obesidade/obesity; consumo de
álcool/ alcohol consumption e uso de tabaco ou fumantes/tobacco users or smokers. 2. Artigos
originais e de revisão. 3. Artigos que se relacionam com saúde e doenças crônicas analisando os
aspectos antropométricos e desempenho físico de policiais.
Os critérios de exclusão foram: 1. Artigos que descrevem amostras de policiais militares da
reserva e reformados; 2. Membros da segurança pública (policiais federais e civis, bombeiros
militares e guardas municipais) sem mencionar policiais militares, quando forem periódicos nacionais;
3. Artigos publicados em revistas sem critérios metodológicos de revisão, análise dos dados e
pontuação Qualis. Ao final das etapas seletivas resultaram em 61 artigos para utilização da revisão
literária.
A figura 01 apresenta o organograma que mostra as etapas de seleção, busca de periódicos
selecionados na revisão literária até o resultado final e o quadro 01 filtra as principais informações das
pesquisas vinculadas ao tema.
24
Fig
Figura 01: Fluxograma de critérios de seleção dos artigos referente ao tema de estudo.
25
AUTOR e
PERIODICO
TÍTULO OBJETIVO e PROCEDIMENTOS
METODOLOGICOS
RESULTADOS/CONCLUSÃO
DUBROW
Journal of
Occupational and
Environmental
Medicine 1988.
Ischemic heart disease
and acute myocardial
infarction mortality
among Police officers.
Relacionar o trabalho policial e
doença cardíaca isquêmica (DCI)
com a mortalidade foi examinado por
meio de estudos de caso-controle
utilizando registros de certidão de
óbito de 1968/78 em Rhode Island e
UTAH.
Estes resultados sugerem que o elevado risco para as
DCI entre policiais observados neste e em outros estudos,
devido a um risco elevado de Infarto Agudo do Miocárdio.
O padrão de diminuir o risco com a idade sugere um fator
de risco, de possível, estresse cujo efeito diminui quando
a exposição cessa no momento da aposentadoria.
FRANKE,.et al.
Journal of
Occupational and
Environmental
Medicine - Wolters
Kluwer – 2002.
Relationship between
cardiovascular disease
(DCV) morbidity, risk
factors, and stress in a
law enforcement (LEO)
cohort.
Os fatores de risco para DCV auto-
relatados entre LEOs (USA) do sexo
masculino atualmente empregados
de 9 estados (n = 2.818) foram
comparados com fatores de risco
cardiovascular entre os homens da
mesma com rendimentos
semelhantes nos mesmos estados
(n = 8.046). Em segundo lugar, a
prevalência de DCV foi comparada
entre LEOs (n = 1791) e mesma
faixa etária do sexo masculino com
rendimentos semelhantes (n =
2.575) de quatro destes estados.
No grupo só de LEO, os melhores preditores de doença
cardiovascular foram: tempo de profissão (OR = 1,07;
IC95% = 1,03-1,11), estresse percebido (OR = 1,05;
IC95% = 1,00-1,10), e hipertensão (OR = 0,33; IC 95% =
0,18-0,62). No grupo só de LEO, estresse percebido foi
associada com DCV (P = 0,008), e três fatores de risco
para DCV foram significativamente afetados por estresse
percebido: colesterol, hipertensão e atividade física.
Estresse percebido foi afetada pela duração do tempo na
profissão (P = 0,004), independente do efeito da idade (P
= 0,353). Entre os oficiais suscetíveis, estresse percebido
pode contribuir para DCV diretamente e através de
potenciar vários fatores de risco para DCV.
RAMEY.
AAOHN Journal:
Official Journal of
the American
Association of
Occupational
Health Nurses –
2003.
Cardiovascular disease
risk factors and the
perception of general
health among male law
enforcement officers:
encouraging behavioral
change
Relacionar a morbidade de doenças
cardiovasculares (DCV), fatores de
risco (incluindo o estresse), e a
percepção da saúde entre policiais
do sexo masculino, em comparação
com os homens na população em
geral foram examinadas neste
estudo. Os pesquisados são do sexo
masculino empregados de nove
estados (n = 2.818) policiais, foram
comparados com os de outros
homens nos mesmos estados (n =
9.650 para os fatores de risco para
DCV, n = 3.147 para a prevalência
de DCV). – Estados Unidos
No cruzamento de dados mostrou DCV foi menos
prevalente no grupo policial do que entre a população em
geral. As variáveis relacionadas com DCV foram
percebidos estresse, tempo de profissão, e hipertensão. O
grupo policial teve maior prevalência de
hipercolesterolemia, e uso de tabaco acima do peso do
que a população em geral. No entanto, grande parte dos
policiais tem a percepção da sua saúde como "bom a
excelente" em comparação com os homens na população
em geral. Usando (ANOVA) foi determinado que o
estresse percebido associa-se com as doenças
cardiovasculares no grupo policial e três fatores de risco
cardiovascular (colesterol, hipertensão e atividade física)
foram significativamente, afetados pelo estresse
percebido. Entre os policiais suscetíveis, o estresse pode
contribuir para o desenvolvimento de DCV, bem como
potencializar vários fatores de risco para DCV. No
entanto, uma aparente falta de associação existe entre a
percepção da saúde geral e risco de DCV em policiais.
RICHMOND
Addiction Journal - 1999.
Quantitative and
qualitative evaluations
of brief interventions to
change excessive
drinking, smoking and
stress in the police force
Avaliar os efeitos de uma
intervenção breve no sentido de
reduzir o excessivo consumo
alcoólico, fumar e estresse de
policiais.
As intervenções breves não produziram melhorias
significativas em três fatores de estilo de vida, além das
tendências positivas no consumo de álcool entre as
mulheres e as reduções gerais no tabagismo entre os dois
grupos de estudo. Combinando abordagens quantitativas
e qualitativas ajudaram a identificar fatores interativos
(individuais e organizacionais) que influenciam nas
normas comportamentais e culturais.
DAVEY.
European Addiction
Research – 2000.
Developing a profile of
alcohol consumption
patterns of police
officers in a large scale
sample of an Australian
police service.
Analisar a prevalência do uso de
álcool dentro de uma grande
amostra (n = 4.193) de policiais
australianos.
Protocolo de estudo: AUDIT
Os resultados indicaram que ambos os sexos na amostra
policial registraram altos índices de consumo excessivo
de álcool. A faixa etária de 18 a 25 anos apresentou
maiores níveis de frequência e quantidade de consumo
de álcool. Uma proporção alarmante da amostra (30%)
está em risco de consumo nocivo (AUDIT) enquanto mais
de 3% estão na categoria de dependentes do álcool.
Policias entre 4 e 10 anos de serviço são mais propensos
aos riscos no AUDIT.
26
LAM.
JAMA – 2000.
Environmental tobacco
smoke exposure among
police officers in Hong
Kong.
Examinar os efeitos respiratórios da
exposição ao FTA em casa e no
trabalho entre os adultos não-
fumadores.
Este estudo fornece mais provas dos perigos graves à
saúde associados com a exposição de fumaça de tabaco
no ambiente de trabalho policial. Os resultados apoiam a
proibição de fumar no local de trabalho para proteger
todos os trabalhadores.
SMITH; MASON.
Journal of human
ergology – J. Hum.
Ergol. (Tokyo) -
2001
Age and the subjective
experience of shiftwork.
Examinar os efeitos relacionados
tempo/regime de trabalho por turnos
policial.(Embora seja difícil de
separar os efeitos naturais do
envelhecimento e estilo de vida ou
comportamento, ou trabalho feito, ao
longo do tempo e as mudanças de
uma pessoa trabalha). (Dados da
pesquisa, n = 306, Universidade de
Leeds - Reino Unido).
Os participantes trabalharam em diferentes escalas em 6
meses. Três faixas etárias foram comparadas (1 = 20-
32,9, 2 = 33-39,9, 3 = 40 +), utilizando uma série de
medidas relacionadas com turnos de trabalho e análise
multivariada de covariância (controle de experiência de
trabalho por turnos e outras diferenças individuais).
Policiais mais jovens tendem a relatar significativamente,
melhores atitudes em relação ao seu trabalho por turnos,
uma melhor adaptação às mudanças ligadas à rotina
noturna, maior satisfação no trabalho e comprometimento
organizacional proporcionando menor fadiga e durações
de sono mais longo.
FRANKE.
Journal of
Occupational and
Environmental
Medicine - Wolters
Kluwer – 2002.
Relationship between
cardiovascular disease
(DCV) morbidity, risk
factors, and stress in a
law enforcement (LEO)
cohort.
Os fatores de risco para DCV auto-
relatados entre LEOs (USA) do sexo
masculino atualmente empregados
de 9 estados (n = 2.818) foram
comparados com fatores de risco
cardiovascular entre os homens da
mesma com rendimentos
semelhantes nos mesmos estados
(n = 8.046). Em segundo lugar, a
prevalência de DCV foi comparada
entre LEOs (n = 1791) e mesma
faixa etária do sexo masculino com
rendimentos semelhantes (n =
2.575) de quatro destes estados.
No grupo só de LEO, os melhores preditores de doença
cardiovascular foram: tempo de profissão (OR = 1,07;
IC95% = 1,03-1,11), estresse percebido (OR = 1,05;
IC95% = 1,00-1,10), e hipertensão (OR = 0,33; IC 95% =
0,18-0,62). No grupo só de LEO, estresse percebido foi
associada com DCV (P = 0,008), e três fatores de risco
para DCV foram significativamente afetados por estresse
percebido: colesterol, hipertensão e atividade física.
Estresse percebido foi afetada pela duração do tempo na
profissão (P = 0,004), independente do efeito da idade (P
= 0,353). Entre os oficiais suscetíveis, estresse percebido
pode contribuir para DCV diretamente e através de
potenciar vários fatores de risco para DCV.
RAMEY.
AAOHN Journal:
Official Journal of
the American
Association of
Occupational
Health Nurses –
2003.
Cardiovascular disease
risk factors and the
perception of general
health among male law
enforcement officers:
encouraging behavioral
change
Relacionar a morbidade de doenças
cardiovasculares (DCV), fatores de
risco (incluindo o estresse), e a
percepção da saúde entre policiais
do sexo masculino, em comparação
com os homens na população em
geral foram examinadas neste
estudo. Os pesquisados são do sexo
masculino empregados de nove
estados (n = 2.818) policiais, foram
comparados com os de outros
homens nos mesmos estados (n =
9.650 para os fatores de risco para
DCV, n = 3.147 para a prevalência
de DCV). – Estados Unidos
No cruzamento de dados mostrou DCV foi menos
prevalente no grupo policial do que entre a população em
geral. As variáveis relacionadas com DCV foram
percebidos estresse, tempo de profissão, e hipertensão. O
grupo policial teve maior prevalência de
hipercolesterolemia, e uso de tabaco acima do peso do
que a população em geral. No entanto, grande parte dos
policiais tem a percepção da sua saúde como "bom a
excelente" em comparação com os homens na população
em geral. Usando (ANOVA) foi determinado que o
estresse percebido associa-se com as doenças
cardiovasculares no grupo policial e três fatores de risco
cardiovascular (colesterol, hipertensão e atividade física)
foram significativamente, afetados pelo estresse
percebido. Entre os policiais suscetíveis, o estresse pode
contribuir para o desenvolvimento de DCV, bem como
potencializar vários fatores de risco para DCV. No
entanto, uma aparente falta de associação existe entre a
percepção da saúde geral e risco de DCV em policiais.
ADAB.
Revista:Social
Science & Medicine
– 2005.
Smoking, respiratory
disease and health
service utilisation: the
paradox.
Comparar a necessidade e utilização
de serviços de saúde entre jovens
fumantes saudáveis que não querem
deixar de fumar "os não motivados"
e "fumantes motivados", em relação
aos que nunca fumaram. Este
estudo transversal incluiu 9.915
policiais em Hong Kong policiais.
Após o ajuste para outros fatores, o Odds Ratio para a
utilização foi de 0,77 (95% IC, 64-0,93) para os fumantes
motivados e 0,62 (95%, IC: 0,50-0,77) para o não-
motivado, em relação aos que nunca fumaram (p<0,001 ),
fumantes relativamente saudáveis jovens, em particular,
os não-motivados, utilizam menos os serviços de saúde
em relação à quantidade de sintomas. Isto tem
implicações para o planejamento de serviços de cessação
do tabagismo.
CHARLES.
Policing: An
International
Journal of Police
Strategies
Obesity and sleep: The
Buffalo Police health
study
Observar a prevalência de
obesidade e sua associação com
problemas de sono entre os
policiais.
Estudo transversal da relação entre distúrbios obesidade
e sono entre 110 policiais selecionados, aleatoriamente, a
partir da Universidade Buffalo, Nova York, Departamento
Policial, em 1999. Os resultados mostram que várias
medidas de obesidade foram significativamente,
associadas com distúrbios respiratórios do sono em
27
&Management –
2007.
policiais, mas não com outros problemas de sono.
RAMEY.
AAOHN Journal:
Official Journal of
the American
Association of
Occupational
Health Nurses –
2008.
Developing strategic
interventions to reduce
cardiovascular disease
risk among law
enforcement officers:
the art and science of
data triangulation
Usar triangulação de dados para
informar as intervenções dirigidas a
reduzir a morbidade por doenças
cardiovasculares (DCV) e fatores de
risco associados entre agentes da
lei.
(Dados da pesquisa, n = 672, do
Departamento de Polícia de
Milwaukee)
Transcrições narrativas revelaram que policiais encontrar
potenciais barreiras e motivadores para um estilo de vida
saudável. Os resultados da pesquisa indicaram taxas de
sobrepeso (71,1% vs. 60,8%) e hipertensão arterial
(27,4% vs. 17,6%) foram significativamente (p < 0,001)
maior entre Milwaukee Departamento de Polícia de
agentes da Lei que a população geral de Wisconsin (n =
2.855). A maior significância para DCV foi o diabetes (p =
0, 030). Para identificação dos riscos para a saúde
precisa haver mudanças de políticas que melhorem a
saúde das pessoas empregadas na aplicação da Lei e
outras profissões de alto risco.
VIOLANT.
American Journal of
Industrial Medicine -
Wiley Online Library
– 2008.
Shift-work and suicide
ideation among police
officers.
Este estudo transversal avaliou a
associação do trabalho por turnos,
fatores de risco com ideação de
suicídio entre os policiais.
(Estados Unidos, n=110 policiais).
Prevalência de ideação suicida aumentou,
significativamente, entre os policiais com sintomas
depressivos mais elevados e crescentes horas turno do
dia, e entre os policiais com sintomas de PTSD mais
elevados com o aumento horas turno da tarde.
BRAGA FILHO,
D'OLIVEIRA.
American Journal of
Men's Health –
2014.
The Prevalence of
Metabolic Syndrome
Among Soldiers of the
Military Police of Bahia
State, Brazil.
Avaliar a prevalência de fatores de
risco individuais para doenças
cardiovasculares, bem como a
prevalência de síndrome metabólica
entre Policiais Militares do Estado da
Bahia, Brasil.
Estudo transversal entre os soldados da PM (n = 452) do
curso de formação da PM-Bahia, Brasil. Todos os
candidatos que participaram do processo de seleção
foram avaliados de acordo com os critérios do National
Cholesterol Programa de Educação Painel Adulto III, a fim
de avaliar a presença de problemas de saúde que podem
contribuir para as doenças cardiovasculares e síndrome
metabólica. Identificou uma alta prevalência de
hipertensão arterial (55,76%), hipertrigliceridemia
(50,85%), circunferência da cintura de> 102 cm (31,76%),
os níveis de colesterol de lipoproteína de baixa de alta
densidade (30,46%) e glicemia de jejum alterada
(28,15%). A prevalência global de SM foi 38,54%.
LEISCHIK.
PLos One, 2015.
Aerobic Capacity,
Physical Activity and
Metabolic Risk Factors
in Firefighters
Compared with Police
Officers and Sedentary
Clerks
Examinar a associação entre o
ambiente físico de trabalho e
medidas de desempenho fisiológicas
sobre os níveis de atividade física e
parâmetros metabólicos entre os
funcionários alemães. O foco
principal deste estudo foi examinar
as diferenças entre os grupos em
vez de medir os valores absolutos
em um grupo ocupacional.
198 funcionários do sexo masculinos alemães (97
bombeiros [FFs], 55 policiais [OP] e 46 funcionários
sedentários [SCs]). Os FFs mostraram níveis de AF
significativamente mais elevados em comparação com as
SCs. O grupo PO teve o maior risco cardiovascular de
todos os grupos porque incluía mais participantes com
SM; Além disso, as organizações de produtores tiveram
uma média de 2,75% mais elevada de gordura corporal,
os valores de HDL colesterol e circunferência da cintura
mais elevados em comparação com os FFs e valores de
colesterol elevado de LDL em comparação com o SCs.
Os dados indicam que as ocupações sedentárias
parecem estar ligadas à obesidade e síndrome metabólica
em homens de meia-idade.
FEKEDULEGH,
Journal of
Occupational and
Environmental
Medicine - Wolters
Kluwer – 2016.
Shift Work and Sleep
Quality Among Urban
Police Officers: The
BCOPS Study
Examinar associação de trabalho
por turnos com qualidade do sono
em policiais.
(Dados da amostra, n = 363,
Universidade de Buffalo, Estados
Unidos).
O estudo sobre Estresse Ocupacional e a condição
Cardio-Metabólico de Policiais. A prevalência geral de má
qualidade do sono foi de 54%; 44% para o dia, 60% para
a tarde, e 69% para o turno da noite. Má qualidade do
sono foi de 70% mais prevalente entre os policiais do
turno da noite (p <0,001) e 49% maior entre aqueles no
turno da tarde (P = 0,003) em relação aos funcionários
que trabalham no turno diurno. Conclui-se que os horários
de trabalho à noite estão associados com elevada
prevalência de má qualidade do sono entre os policiais.
Quadro 01. Resumo de Artigos da Revisão Sistemática
28
2.1 ASSOCIAÇÕES DOS FATORES INDIVIDUAIS E AMBIENTAIS NA
PREVALÊNCIA DAS DOENÇAS CRÔNICAS NÃO COMUNICÁVEIS
A sociedade enfrenta constante processo de transformação devido às dinâmicas
transformações dos estilos de vida e socioculturais, podem-se destacar as inovações tecnológicas
que influenciam no modo de vida de cada ser humano. Atualmente, atribui-se atenção às pesquisas
epidemiológicas, principalmente, àquelas relacionadas ao estilo de vida e socioculturais,
considerando a existência de associações e correlações entre atividade física, nutrição e saúde, que
são tópicos básicos do estilo de vida saudável, fatores que regulam às condições de vida da
população (WESTERN et al, 2015; MENDES, CUNHA, 2013; POLLOCK et al, 1994).
Os avanços tecnológicos permitiram à atual sociedade ter uma vida de relativo conforto, que
instituíram estruturas e condições para diminuir o seu esforço e aumentar a produtividade tornando o
modo de viver das pessoas, um risco a própria saúde caracterizada por um estilo de vida sedentário.
Por outro lado, vários estudos e alternativas indicam como a tecnologia e o “walkability” pode
contribuir para manter a atividade física e a manutenção da saúde, no entanto, os meios tecnológicos,
aplicativos e as estratégias ainda são pouco explorados para o uso devido à baixa aderência da
população com esses recursos (KOOIMAN et al, 2016; WESTERN et al, 2015; CARLUCCI et al,
2014; MENDES, CUNHA, 2013).
Dados do Ministério do Esporte realizado pelo diagnóstico Nacional do Esporte, entre os
anos de 2010 a 2014, apresentou que 45,9% da população brasileira são inativos (insuficientemente
ativos) corresponde uma parcela de 67 milhões de pessoas. Analisando, comparativamente,
constata-se que o índice de inatividade física entre as mulheres é maior (50,4%) que dos homens
(41,2%) (MINISTÉRIO DO ESPORTE, 2016).
A Organização Mundial de Saúde destaca, que a maioria dos óbitos prematuros por
doenças crônicas não comunicáveis são evitáveis diminuindo a exposição aos fatores de risco. Em
2012, registraram 38 milhões de mortes por DCNC em todo mundo, dessas, 16 milhões, representam
42% caracterizadas por serem prematuras e evitáveis, comparando com o relatório de 2000 e os
dados mais atuais, houve um aumento de 14,6 milhões mortes (WHO, 2014).
Estudos mostram que os fatores individuais e ambientais influenciam na condição física e
de saúde da população em geral (NAHAS, 2013). Os principais fatores pesquisados nos âmbitos
individuais são: sexo, idade, renda, sono, composição corporal, atividade física, hábitos alimentares
entre outros. E os ambientais são: ambiente, condições de trabalho, segurança, custo, consumo de
álcool e tabaco etc. (KIENTEKA et al, 2014; NAHAS, 2013;FERMINO et al, 2012; LYN, 2010; SALLIS
& HOVELL, 1990).
Os parâmetros de saúde são estabelecidos por aspectos individuais e socioambientais, que
ao longo da vida podem ser modificáveis ou não, caracterizando condições em que vive o ser
humano (NAHAS, 2013).
29
Parâmetros Socioambientais
Parâmetros Individuais
Moradia, transporte e segurança Assistência médica Condição de trabalho e remuneração Educação Opções de lazer Condições de trabalho
Hereditariedade Estilo de vida Hábitos alimentares Controle do Estresse Atividade Física Habitual Relacionamentos Comportamento
Quadro 2. Parâmetros sobre os determinantes individuais e socioambientais. Fonte: Nahas (2013)
O quadro 2 divide em dois parâmetros: individuais e socioambientais. Estes conjuntos de
fatores são básicos para análise de comportamento de risco (aspectos individuais e socioambientais),
que estão presentes em todos os parâmetros determinantes de saúde das pessoas (BRASIL, 2014;
MALTA et al, 2014; BUSS, 2000).
Estudos revelam que problemas relacionados às condições de estilo de vida e trabalho, os
quais podem afetar à saúde de policiais militares resultando no desenvolvimento das DCNC devendo
observar as ações de promoção à saúde nas Unidades Policiais para proporcionar qualidade de vida
a estes profissionais (GUFFEY et al, 2015; SOUZA et al, 2012; FERREIRA et al, 2011; MINAYO et al,
2011).
Atualmente, as Doenças Crônicas não Comunicáveis são responsáveis pela grande maioria
das doenças metabólicas e cardiovasculares, e elevados índices de mortes, em vários países,
atingindo indivíduos dos mais variados níveis socioeconômicos. As causas do desenvolvimento das
DCNC são justificadas pelos fatores individuais e socioambientais que alteram o processo normal do
funcionamento do corpo (WHO, 2014; GOULART, 2011).
A Organização Mundial da Saúde define que as DCNC são compreendidas pelas doenças:
cardiovasculares, renovasculares, cerebrovasculares, respiratórias, diabetes mellitus e neoplasias.
Possui uma característica epidemiológica, de não ser comunicável entre pessoas, são desenvolvidas
pelo motivo principal em decorrência do estilo de vida e fatores de risco: sedentarismo, obesidade,
consumo excessivo de álcool e tabaco entre outras (WHO, 2014; MALTA et al, 2013, WHO, 2005).
Os impactos que as DCNC provocam no mundo têm uma dimensão negativa na saúde
pública. As estatísticas de óbitos preocupam os órgãos internacionais de saúde pelo elevado nível de
prevalência que se manifestam nas pessoas.
30
2.1.1 ESTILO DE VIDA E DESENVOLVIMENTO DE DOENÇAS CRÔNICAS NÃO
COMUNICÁVEIS
Nahas (2013) define que o estilo de vida é composto por conjuntos de hábitos e
comportamentos que fazem parte do modo de viver que resulta da soma das atitudes, valores e as
oportunidades na vida das pessoas refletindo, de modo especial, na qualidade de vida e saúde
populacional.
O modo de vida têm suas características nos padrões de comportamentos que influenciam
na saúde das pessoas, que estão associados diretamente ao estilo de vida dos indivíduos
(FERREIRA et al, 2011; WHO, 2014). Portanto, o estilo de vida é caracterizado por hábitos e
comportamentos da rotina diária que podem impactar na saúde humana, principalmente, do policial.
Os componentes do estilo de vida são caracterizados pelas atitudes e comportamentos. A
atitude é a predisposição para agir motivadas por estímulos internos e externos, e os
comportamentos são atividades observáveis que influenciados por aspectos inerentes das pessoas,
hábitos, fatores sociais, ambientais e psicológicos, que podem ser mudados no decorrer da vida por
duas causas razões: cognitiva e a sentimental (NAHAS, 2013; NOVAES, 2002).
Freitas et al (2012) retrata o panorama da influência do estilo de vida não saudável no
Brasil, analisou que o coeficiente de prevalência do padrão de desenvolvimento do diabetes
aumentou de 2,9%, no ano de 1998, para4,3%, em 2008. Da mesma forma, o diabetes associado à
hipertensão obteve acréscimo de 1,7% para 2,8%, no mesmo período.
Goss et al (2013) compara estilo de vida e o planejamento de controle das neoplasias de
incidências registradas na América Latina e Caribe com outros continentes. Na América Latina possui
a prevalência de: (163/100.000 habitantes), enquanto nos outros territórios: Europa (264/100.000
habitantes) e os Estados Unidos (300/100.000 habitantes). O resultado deste estudo atribui-se ao
desenvolvimento de doenças crônicas, em sua maioria, ao estilo de vida das pessoas nessas regiões.
Avaliações em níveis populacionais sobre os benefícios à saúde ocorrem pelas análises dos
comportamentos negativos vinculados ao estilo de vida que podem levar riscos à saúde reconhecidos
por fortes evidências em pesquisas epidemiológicas (GUFFEY et al, 2015; FERREIRA et al, 2011;
LEE & PAFFENBARGER, 1996). Pode-se concluir que o estilo de vida tem influência direta na
condição de saúde das pessoas, no contexto individual e coletivo (FEKEDULEGN et al, 2013;
NAHAS, 2013; NARVAI, 2008).
Estudos epidemiológicos em todo mundo procura associar o estilo de vida com os
comportamentos de risco (medidas antropométricas, hábitos alimentares, consumo de álcool,
inatividade física, utilização de tabaco e qualidade de vida) identificando a probabilidade de
desenvolvimento das doenças crônicas não comunicáveis (POYNTER et al, 2013; JAYALAKSHMI et.
al, 2011; LENCE-ANTA et al, 2014; LUPI et al, 2015, XU et al, 2014, CHAIX & CHAUVIN, 2003).
31
Pesquisadores analisaram estilo de vida de policiais de várias regiões do mundo associando
aspectos individuais e coletivos (nível de atividade física, hábitos alimentares, consumo de álcool,
utilização de tabaco, ambiente ocupacional e outros fatores que influenciam na vulnerabilidade
desses profissionais – em sua maioria, análises segmentadas). São comportamentos que decorrem
em maior probabilidade de desenvolvimento de doenças crônicas não comunicáveis (GUFFEY et al,
2015; SMITH, 2007; FERREIRA et al, 2011; WHO, 2007; BRASIL, 2009; NAHAS, 2001).
2.1.2 FATORES DE RISCO E CONDIÇÃO DE SAÚDE
A Organização Mundial de Saúde define que saúde é caracterizada pelo bem estar de
acordo com os aspectos (físico, mental e social) com ausência de doenças, considerando assim uma
pessoa saudável (OMS, 2014).
Na perspectiva etiopatogênica, é fundamental observar os sistemas de atenção à saúde
com relação às questões condicionais que o ambiente oferece, sendo um fenômeno investigado
dentro do processo saúde-doença em níveis populacionais, observando determinantes básicos como:
nutrição, atividade física, aspectos ambientais e sociais entre outros, que são potenciais vetores dos
fatores de risco (MENDES, 2012; MINAYO et al, 2008; BUSS, FILHO, 2007; VON KORFF et al,
1997).
Os fatores de risco têm seu estudo direcionado à pesquisa e intervenção na questão
epidemiológica. O termo fator de risco surgiu pela primeira vez, quando Kannel et al (1961)
apresentou estudos de “Framingham Heart Study” nos Estados Unidos (FROHLICH, QUINLAN, 2014;
SHIOTAKI et al, 2013; GENEVE et al, 2003; KANNEL et al, 1961). Tornou-se muito importante, o
cálculo do risco no desenvolvimento e manifestações das doenças nas populações para o emprego
de métodos preventivos e promocionais de saúde (FROHLICH et al, 2014; BRASIL, 2007).
A definição de fatores de risco pode ser entendida como mecanismos fisiopatológicos
específicos, que aumentam a morbidade propícia ao desenvolvimento de doenças crônicas, levando
ao processo de mortalidade das pessoas. Os fatores de risco são classificados em modificáveis
(compreendem comportamentos de risco que podem ser alterados – atividade física, hábitos sociais,
padrões alimentares e aspectos físicos) e não modificáveis (são características individuais que levam
ao comportamento de risco – idade, hereditariedade, processos culturais e sexo). São alguns tipos de
fatores que levam ao risco à saúde que influenciam na qualidade de vida das pessoas,
principalmente, de policiais (FROHLICH et al, 2014; RADOVANOVIC et al, 2014; NAHAS, 2013;
VIOLANT et al, 2006; RAMEY et al, 2012; CASADO et al, 2009; FIGUEIRA JÚNIOR et al, 2008;
BOTREL et al, 2000).
O modelo de determinantes sociais de saúde de Dahlgren e Whitehead (1991),
compreendem as condições individuais e ambientais, que influenciam na saúde por segmentos das
relações sociais em níveis. A base do diagrama conta com as características biológicas, seguida por
aspectos do estilo de vida e de comportamento, no outro nível, são fatores relacionados às condições
32
de vida e de trabalho e, por último, as condições econômicas, culturais e ambientais da sociedade
que podem influenciar outros níveis mencionados. Os determinantes sociais de saúde são referências
importantes no estudo de saúde e análise de qualidade de vida.
Pesquisas nacionais e internacionais referentes à saúde apontam que a pratica regular de
exercícios físicos como fator associado à manutenção corporal e diminuição dos níveis de morbidade,
sendo importante para prevenção dos fatores de risco à saúde de uma determinada população
(WESTERN et al, 2016; LYN, 2010; HASKELL et al., 2007; JANSSEN, 2007; MATSUDO et al, 2007).
O nível de participação das pessoas no desenvolvimento da prática da atividade física, e
ações que levam às condições de vida saudáveis são construídos, ao longo da vida, fundamentada
em valores, hábitos e crenças, somados aos aspectos ambientais em que vivem as pessoas
resultando no impacto comportamental ativo ou não (OWEN et al, 2011; FIGUEIRA JUNIOR et al,
2008; SALLIS, OWEN, 1999).
Para explicar as relações complexas das condições, que influenciam uma vida saudável, em
nível populacional. Sallis & Hovell (1990) propuseram o modelo ecológico, na figura 02, demonstra os
fenômenos que podem alterar a condição de vida e atividade física das pessoas sendo processos de
ordem não hierarquizados de influência e, sim, possíveis interações múltiplas entre cada fenômeno
refletindo na condição física das pessoas (OWEN et al, 2011; ÁLVARES et al, 2010; FIGUEIRA
JUNIOR, 2009; MATSUDO, 2006).
Figura 02 – O Modelo Ecológico da Atividade Física. Fonte: Adaptado por FIGUEIRA JUNIOR & ROCHA FERREIRA (2009)
33
O modelo ecológico prevê os aspectos individuais e coletivos determinantes para influenciar
as condições de saúde das pessoas, modelo mais completo, principalmente, para explicar as
interações das condições físicas e de saúde de policiais militares. Um fator importante é que este
modelo analisa de forma global a forma de movimentação do indivíduo e sua pratica da atividade
física utilizada como parâmetros de estudos.
2.2 FATORES COMPORTAMENTAIS E AS DOENÇAS CRÔNICAS NÃO
COMUNICÁVEIS
Uma das principais causas de mortes no mundo tem sua origem pelas DCNC resultado de
impactos negativos do estilo de vida. Estima-se que 80% dos óbitos são ocasionados por este motivo.
Em 2008, as DCNC causaram 36 milhões de mortes no mundo (63% do total), diagnosticada por
motivo de câncer, diabetes, doenças cardíacas e de pulmão (WHO, 2011; ALWAN et al, 2010;
GOULART, 2011; WHO, 2005).
No Brasil, a realidade não é diferente do contexto mundial. As doenças crônicas traz uma
triste estatística das causas de mortalidade de pessoas, responsáveis por 72% dos óbitos, com
destaque para as doenças cardíacas e circulatórias (31,3%), neoplasias com (16,3%), diabetes
(5,2%) e as doenças respiratórias (5,8%) (SCHMIDT et al, 2011; GOULART, 2011).
Os fatores de risco que proporcionam o desenvolvimento de doenças crônicas giram em
torno do estilo de vida das pessoas (tabaco, hábitos alimentares não saudáveis, sedentarismo,
estresse, distúrbios de sono, consumo de álcool e nocivo de drogas lícitas e ilícitas) responde pela
prevalência da epidemia de sobrepeso e obesidade, hipertensão, colesterol alto, neoplasias,
dislipidemia, doenças cardíacas e metabólicas (MINAYO et al, 2011; COSTA et al, 2010; MALTA et
al, 2005).
Outro nível determinante que evidencia, o desenvolvimento das doenças crônicas é o fator
social e individual: educação, ocupação, renda, atividade laboral, gênero e etnia (WHO, 2008). A
população brasileira sofre este problema que é o fator social, de certa maneira, influência nos
resultados dos índices de risco no desenvolvimento de doenças crônicas (SCHMIDT et al, 2011).
Os policiais militares enquadram-se nas profissões mais estressantes e vulneráveis,
profissionalmente, refletindo na condição social e de saúde podendo desenvolver doenças
cardiovasculares e síndrome metabólica (FERREIRA, 2009; MINAYO et al, 2008). Pois, verifica-se a
existência de alta prevalência de sedentarismo, estilo de vida não saudáveis, consumo álcool e
tabaco e hábitos alimentares não saudáveis devido às condições de trabalho e estresse. O ambiente
laboral dos PMs pode ser em alguns casos fatores patogênicos de elevada prevalência de DCNC
(CHANG et al, 2015; CORDEIRO, 2015; CALAMITA et al, 2010; VIOLANTI et al, 2006).
34
2.2.1 O Papel da Atividade Física e os Efeitos negativos da Inatividade Física
na Saúde Pública e Policial
A atividade física é definida como quaisquer movimentos corporais, produzidos pela
musculatura esquelética o qual resulta em gasto energético, que pode ser utilizado como forma de
trabalho físico ou lazer, têm influência na composição corporal e aspectos da qualidade de vida sendo
fator determinante de ordem biopsicossocial, cultural e comportamental (SOROKA, SAWICKI 2014;
NAHAS, 2011; PESCATELLO, 2001; CASPERSEN et al, 1985).
Nahas (2013) e Matsudo (2006) descrevem que o estilo de vida é um fator que define o
nível de atividade física das pessoas. Booth et al (2012) apontam que a atividade física está
associada com a melhora da saúde, promovendo a redução da morbidade e mortalidade, além de
proporcionar equilíbrio nos aspectos psicológicos e sociais das pessoas.
Por outro lado, o comportamento sedentário é uma ameaça à saúde humana. O
sedentarismo pode ser definido pela falta ou diminuição de atividade com baixa demanda de gasto
energético não atingindo efeitos ideais recomendados à saúde. São definidos também por inativos ou
insuficientemente ativos (MARSHALL & RAMIREZ, 2011; OLBRICH et al, 2009; PATE et al, 2008).
A prática da atividade física deve ser prioridade nas intervenções de melhora da saúde
pública. Estudos comprovam que indivíduos fisicamente inativos, apresentam o dobro de risco em
desenvolver doença coronariana e três vezes mais incidências derrames comparado com as pessoas
ativas (HASKELL et al, 2007; DONALDSON, 2000; PATE et al, 1995).
Estudos epidemiológicos explicam reflexos negativos da inatividade física que atinge 70%
da população mundial, estimulando a incidência de doença arterial coronariana em 45%. As
evidências científicas sobre sedentarismo estão associadas à obesidade, dislipidemia e depressão
(FIGUEIRA JUNIOR, 2013; WHO, 2002; GREGG, PEREIRA & CASPERSEN, 2000; GUALANO &
TUNICCI, 2001).
A literatura aponta as causas que afetam a pratica de atividade física de policiais (barreiras)
que condicionam ao estado sedentário. Gershon et al (2002) relatam que o baixo nível de atividade
física incentiva o aumento das taxas de desenvolvimento de doenças em policiais militares. Portela e
Bughay Filho (2007) compararam os níveis de estresse entre policiais militares ativos e sedentários
em uma amostra composta por 20 PMs do gênero masculino, concluíram que o nível de estresse é
elevado entre policiais militares que estavam classificados no grupo “sedentários”, as causas
identificadas dessa diferença são as condições de trabalho, arrocho salarial e muita pressão.
Pesquisas orientam para intenções de limitar e interromper o comportamento sedentário
que é uma característica comum das intervenções contra fatores de risco, em especial inatividade
física, estabeleceram padrões mínimos (dose-resposta) para pratica de atividade física
35
(condicionamento físico e saúde), tais como: exercitar-se pelo menos 30 minutos de sessões
ininterruptas por dia ou praticantes estabelecerem metas pessoais para cessar o seu comportamento
sedentário. Atualmente, as recomendações da prática da atividade física estão entre 150 min/sem
(atividade moderada) e 75 min/sem (vigorosa) ou por meio do processo metabólico de 7,5 MET-
hora/semana para proporcionar benefícios à saúde (PANDEY et al, 2015; GARDINER et al, 2011;
WILMOT et al, 2012; SIMONSICK et al, 1993).
2.2.2 Efeitos do Consumo de Álcool e Tabaco à saúde
O consumo de álcool cresce a cada ano no mundo, entre as drogas psicotrópicas tem
consumo permitido na sociedade fazendo parte de um fator cultural. O consumo excessivo de álcool é
o fator de risco responsável pelo desenvolvimento de doenças crônicas na população que chega aos
índices de 5,9% (Mundo) e 6,2% (Brasil). Em 2012, ocorreram 3,3 milhões de mortes devido ao
elevado consumo de álcool, destacando as principais moléstias: acidente vascular cerebral, fibrilação
atrial e insuficiência cardíaca, doenças neurológicas, transtornos mentais, cirrose, pancreatite e
alguns tipos de câncer (SCHEIMANN & SOUZA, 2016; WHO, 2014; WHO, 2001; BRASIL, 2006;
BRASIL, 2004).
Estudos epidemiológicos mostraram que o álcool está entre os principais fatores de risco no
desenvolvimento de doenças em massa no mundo, como a cirrose hepática, miocardiopatia alcoólica
e entre outras e lesões decorrentes de acidentes (industriais e automobilísticos) não compõe
diretamente um fator de risco influenciados pela negativamente no desenvolvimento das DCNC
(REHM et al, 2016;LIM et al, 2012).
O consumo de álcool por policiais militares é frequente devido ao grande consumo de doses
trazendo problemas ao trabalho, relações sociais e familiares (SOUZA et al, 2013). Estudos mostram
que a prevalência de alcoolismo em policiais no mundo é de 76,3% a 91,0%, e no Brasil está entre
48,0% a 87,8%. E o nível de dependência alcoólica varia de 3% a 19,2% dos policiais brasileiros.
(FERREIRA, 2013; WHO, 2013; REZENDE et al, 2012; SMITH, 2007; SMITH et al, 2005).
O tabagismo é o fator de risco associado que tem a maior probabilidade de desenvolver
doenças no aparelho cardiopulmonar, constatado como um dos responsáveis por diversas doenças
crônicas - pulmonares e cardiorrespiratórias (WHO, 2014; BOYCE et al, 2006).
A Organização Mundial de Saúde considera que o tabaco é um dos fatores de risco de
principal causa de morte evitável em todo o mundo, uma das drogas mais utilizadas, que desenvolve
várias doenças crônicas: neoplasias, pulmonares e cardiovasculares. Estima-se que um terço da
população mundial adulta seja fumante, com o índice de mortalidade quinze vezes maior do que as
pessoas que nunca utilizaram o cigarro (WHO, 2008; WHO, 2005).
A utilização do tabaco gera danos à saúde, amplamente, publicados no âmbito científico, o
seu controle é considerado um dos maiores desafios da saúde pública, portanto, o uso do tabaco é
36
um fator de risco modificável com potencial risco ao desenvolvimento de doenças crônicas. As
principais causas do uso do tabaco em empresas e instituições são o estresse e as situações
conflitantes no trabalho, não sendo diferente, o resultado em policiais, constatado a elevada
prevalência, utilização e dependência ao tabaco sendo um comportamento de risco que afeta,
negativamente, à saúde desses profissionais (CHANG et al, 2015; PEREZ, BENSEÑOR, 2015; LAM
et al, 2000; ADAB et al, 2005).
Embora não seja apenas a nicotina, a substância responsável pela dependência ao ato de
fumar, não há dúvidas de que seja, o principal composto químico responsável pelo fator de
dependência. Instrumentos foram desenvolvidos para avaliar o nível de dependência à nicotina, um
deles é o “Fagerström Test for Nicotine Dependence” - FTND (Teste de Dependência a Nicotina
Fagerström), constituído por oito questões, ferramenta de avaliação de nicotino-dependência
(HUANG et al, 2006; FAGERSTRÖM, 1978).
2.2.3 Influência do Sono na Saúde
Carskadon e Dement (2011) descrevem sobre a definição de sono como "estado reversível
comportamental de desengajamento perceptual de ausência de resposta ao meio ambiente". Sob o
ponto de vista fisiológico, Gomes et al, (2010) definem o sono como um estado, condição fisiológica
de atividade cerebral, natural, funcional, reversível e cíclico, que possui características de
comportamentos de relativa imobilidade e redução da sensibilidade aos estímulos ambientais, que
frequentemente, acontecem variações dos parâmetros biológicos, correspondente às funções que
modificam a atividade mental.
A importância do sono é fundamental para função biológica de todos os seres vivos, pois,
possuem inúmeros benefícios ao corpo: na consolidação da memória, visão binocular,
termorregulação, conservação, restauração da energia e do metabolismo energético cerebral
(FERRARA & DE GENNARO, 2001; REIMÃO, 1996), além de ser responsável pelo crescimento,
alívio corporal e regenerador fisiológico que depende do processo sonífero normal quanto a: 1.
duração (tempo de sono); 2. Fases do sono (1, 2, 3, 4 – Não REM e REM - Rapid Eye Movement) e
3. ritmo circadiano (POYARES & TUFIK, 2002).
Um percentual considerável da população sofre com perturbações e distúrbios de sono
podem acarretar alterações significativas quanto ao funcionamento físico, ocupacional, cognitivo e
social do indivíduo diminuindo, consideravelmente, a qualidade de vida. Atualmente, 40% dos
brasileiros possuem insônia, sendo um tipo de distúrbio que o indivíduo tem dificuldade de iniciar o
sono (WHO, 2014; MARTINS et al, 2001; A CRITICA, 2016).
Os tipos de estudo referentes ao sono possuem protocolos de pesquisa, que são
amplamente utilizados, um deles é o “Pittsburgh Sleep Quality Index” (PSQI), instrumento
desenvolvido com o objetivo é avaliar a qualidade de sono em diversos aspectos qualitativa e
quantitativamente. O questionário PSQI é simples e fácil de ser respondido foi traduzido e validado
37
para o português capaz de atribuir diferenças entre as qualidades de sono dispostos em sete
domínios (BERTOLAZI et al, 2008; BUYSSE et al, 1989).
O trabalho policial é caracterizado por turnos, diuturno-noturnos fixos, rotativos ou em
regime de plantões, incluindo as escalas extras dependendo do tipo de função exercida influência
totalmente, na qualidade do sono. Garbarino et al (2002) avaliaram os efeitos dos turnos de trabalho
de policiais italianos e, toda forma de distúrbio de sono, conclui que as condições e turnos de trabalho
podem trazer sonolências em agentes da Lei.
2.2.4 Determinantes Socioambientais
Após as abordagens sobre o estilo de vida e saúde, insere-se um contexto muito importante
que é o estudo socioambiental na promoção da saúde das pessoas para enfrentamento do
desenvolvimento de doenças, principalmente, as crônicas, que inclui várias áreas de pesquisa no
campo conceitual e experimental relacionados aos aspectos físicos, econômicos, sociais e culturais
nos quais as pessoas possuem influências individuais e coletivas no ambiente urbano ou rural que
estão inseridos com ações complexas (LOEWENSON, 2014; SILVA et al, 2014).
A promoção e prevenção em saúde é uma pratica que melhora a qualidade de vida das
populações, historicamente, a abordagem socioambiental está concretizada em analisar as
necessidades humanas e os fatores de risco, sendo muito discutido na década de 70, no Canadá.
Procurou-se adotar estratégias de ações políticas para construção e desenvolvimento de espaços
saudáveis e intervir nas condições de promover habilidades, aquisição de conhecimentos e atitudes
favoráveis à saúde, medidos por instrumentos, um deles é o índice de desenvolvimento humano
(IDH). Por isso, é imprescindível que existam diálogos entre os moradores, profissionais de diversas
áreas e o Estado (SILVA et al, 2014; KOH et al, 2010).
As discussões sobre a influência da atividade física e saúde envolveram a inter-relação de
quatro grupos temáticos que atuam no fenômeno da saúde e prevenção de doenças: ambiente, estilo
de vida, biologia humana e organização dos serviços de saúde (CARVALHO, 2004).
Na década de 80, a abordagem behaviorista buscou-se a explicação sob a perspectiva
socioambiental, totalmente, diferente da anterior com novos pensamentos e conceitos sobre saúde.
No Brasil, os estudos ainda são recentes na área da saúde, bem como, as políticas públicas de
incentivo aos estilos de vida saudáveis. O Programa Agita São Paulo, é um modelo, que tem o
objetivo de estimular a pratica de atividade física no Estado de São Paulo, e conscientizar dos efeitos
benéficos de um estilo de vida saudável e ativo (MATSUDO et al, 2008; ANDRADE et al, 2012;
CARVALHO, 2004).
Andrade (2006) discute sobre a intersetorialidade de estratégias no desenvolvimento dos
diferentes setores sociais que impactam na vida das pessoas. Os estudos sobre modelo social de
doença (SOLAR, IRWIN, 2007), determinantes social de saúde de Dahlgren e Whitehead (CNDSS,
2008) e o modelo ecológico de atividade física (FIGUEIRA JUNIOR et al, 2008; DAVISON e BIRCH
38
2001) são instrumentos que analisam os aspectos de estilo de vida na perspectiva socioambiental
para a saúde da população.
Estudos com policiais militares mostram que as condições de vida são indicadores objetivos
e subjetivos na qualidade de vida dentro do contexto socioambiental que compreendem a moradia,
descanso e lazer, frequência de trabalho, estresse, tipo de trabalho desempenhado e outros, que são
determinantes para a qualidade de vida e saúde de profissionais (MINAYO et al, 2008).
2.3 PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DO POLICIAL MILITAR
Um dos fatores determinantes no estilo de vida que tem o caráter epidemiológico é a
atividade laboral (RAMEY et al, 2012; MINAYO et al, 2008; VIOLANT et al, 2006). Se os profissionais
segurança não seguem os parâmetros recomendados de estilo de vida saudável, pode comprometer
a qualidade de vida e bem estar desses interferindo, significativamente, na saúde. As condições de
vida são influenciadas pelos fatores socioambientais que podem ser vetores de desenvolvimento das
doenças crônicas.
Silva et al (2014) e Ferreira et al (2011) descreveram que a profissão policial militar é uma
das que possuem hábitos de vida com influencia dos fatores de risco na possibilidade de
desenvolvimento de doenças crônicas não comunicáveis, devido ao diferente estilo de vida
predominante pela alimentação não saudável, pouco tempo para prática de atividade física, lazer e
família, consumo de álcool e tabaco associado aos efeitos negativos da violência e criminalidade.
Estudos apontam que o exercício da função policial militar modela o determinante
epidemiológico desse profissional ficando expostos aos riscos de natureza física e psicológica, com a
devida redução da qualidade de vida impactando na saúde sendo justificada pela função conflitante
de intermediar com trabalho de resolução de diversos problemas das pessoas tensões sociais
(CHANG et al, 2015; SILVA et al., 2014; RAMEY et al, 2012; VIOLANT et al, 2008; MINAYO et al,
2008).
Minayo et al (2008) trataram da questão profissional do policial militar abordando os
aspectos de condições de vida e trabalho mostrando o desgaste físico e mental. Gonçalves et al
(2012) consideraram que a interferência negativa na qualidade de vida estão ligadas às elevadas
cargas de trabalho e o sofrimento em todos os níveis de função, que comparadas as outras
profissões, os efeitos negativos do trabalho policial, proporcionalmente, são maiores. Simões (2003)
alerta para os malefícios dos equipamentos de proteção individual (EPIs) policial: cinto de guarnição,
algemas e porte algemas, rádios HT, tonfa, coletes balísticos que contribuem para aumento de peso
do corpo do policial aumentando o cansaço.
Silva et al (2014) descreveram que o desgaste físico provocado pelo ritmo de trabalho
desempenhado a pé ou motorizado e pelo confronto físico pode trazer consequências negativas à
saúde policial. Vários trabalhos associam-se aos aspectos epidemiológicos com fatores físicos e
psíquicos que alteram a qualidade de vida desses trabalhadores (BORGES et al, 2016).
39
Calamita et al (2010) em seu estudo epidemiológico apontaram a prevalência de fatores de
risco para as doenças cardíacas em policiais do Estado de São Paulo, apartir do seu estilo de vida.
Cordeiro (2015), Filho, D’Oliveira (2014) e Oliveira (2009) pesquisaram sobre as prevalências de
fatores de risco no desenvolvimento de síndrome metabólica em policiais militares paraibanos,
baianos e paranaenses.
Mohr et al (2008) e Cheenan et al (2003) destacaram que o trabalho policial possui
condições não saudáveis em que vivem são mais vulneráveis em relação à população, apresentando
altas taxas de adoecimento. Constata-se que as incidências de fatores de risco: tabagismo,
sedentarismo, obesidade e alimentação inadequada respondem por 60% dos registros de câncer. O
estilo de vida saudável pode retardar ou prevenir doenças trazendo resultados preocupantes
(GAZIANO & PAGIDIPATI, 2013). Pesquisadores brasileiros avaliaram a prevalência de fatores de
risco: tabagismo, sedentarismo, obesidade e dieta alimentar irregular em policiais militares
(REZENDE et al, 2012, JESUS; JESUS, 2012; CALAMITA et al, 2010; PRANDO et al, 2012).
O sedentarismo é, atualmente, um dos principais fatores de risco no desenvolvimento das
DCNC, definido como falta ou a grande diminuição de atividade física (DING et al, 2012; OLBRICH et
al, 2010; CARVALHO et. al, 1996). O policial deve ter um bom desempenho físico para agir em
qualquer momento, vários estudos apontam que o trabalho policial militar exige habilidades físicas
(BRASIL, 2015; LAGESTAD & TILLAAR, 2014; JESUS et al, 2012; BISSETT, et al, 2012;
LAGESTAD, 2012; LÖNN et al, 2006; SHEPHARD & BONNEAU, 2003; LONSWAY, 2003; ARVEY et
al, 1992). Um dos critérios do recrutamento de policiais é exigida pela aptidão das habilidades físicas
importantes para a seleção e contratação desses profissionais.
Estudos em todo mundo relacionados à obesidade em policiais mostram que existe
associação à prevalência de risco de policiais acima dos padrões lipídicos com o desenvolvimento de
doenças cardiovasculares e síndrome metabólica (ALASAGHEIRIN et al, 2011; THARKAR et al,
2008) hipertensão, níveis anormais de glicemia, colesterol e triglicérides (GANESH et al, 2014;
BAUGHMAN et al, 2013; ALASAGHEIRIN et al, 2011; VIOLANTI et al, 2006) e interferências nas
condições de execução do trabalho e psicológicas (DA SILVA et al, 2014; VIOLANTI et al, 2006).
Estudos com policiais identificaram que a inatividade física com o consumo de álcool e uso
do tabaco, distúrbios de sono e alimentares podem aumentar sensivelmente a prevalência riscos às
doenças crônicas (CHANG et al, 2015; SOUZA et al, 2013; VIOLANTI et al, 2006; GU et al, 2012;
PRANDO et al, 2012).
40
CAPÍTULO III – PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
3.1 - Modelo Experimental
Trata-se de estudo transversal com caráter epidemiológico e abordagens quantitativas e
qualitativas.
As variáveis analisadas no presente estudo foram divididas em três blocos: 1. Bio-sócio-
demográficas, 2. Condições de trabalho e 3. Estilo de Vida.
Bio-sócio-demográficas: são aspectos físicos e socioculturais - gênero, idade, escolaridade,
renda salarial, aspectos socioambientais, características corporais (medidas e composição corporal) e
estilo de vida (neste caso: relação familiar e ambiental).
Condições de trabalho: Profissão, batalhão, local de trabalho (área de atuação), tempo de
serviço, tipo de serviço (operacional ou administrativo), carga horária de trabalho, horário de trabalho,
tipo de turno, folgas por semana e frequência de treinamento.
Estilo de vida: hábito de fumar (quantidade de cigarros/dia e nível de dependência),
consumo de bebidas alcoólicas (consumo, quantidade de doses e nível de dependência), nível de
atividade física, hábitos alimentares, utilização de remédios, aptidão física, qualidade de vida e do
sono.
3.2 - Local de Estudo
O estudo foi desenvolvido na cidade de Cuiabá-MT. Historicamente, a sua origem foi
concretizada pela expansão colonial, fundada com a chegada dos bandeirantes paulistas, liderados
por Antônio Pires de Campos e Pascoal Moreira Cabral em busca de índios e ouro.
No século XVIII, em 8 de abril de 1719, de Arraial foi chamada de Vila Real do Senhor Bom
Jesus de Cuiabá foi uma das primeiras cidades a serem colonizadas e fundadas após a descoberta
de ouro de aluvião (JESUS, 2012; SIQUEIRA, 2009; CUIABÁ, 2007).
Atualmente, o município de Cuiabá é a capital do Estado de Mato Grosso, pólo político-
administrativo do Estado (CUIABÁ, 2007). É a cidade mais populosa com locais históricos com
construções dos bandeirantes e grande quantidades de empresas que prestam serviços de diversas
naturezas para os cidadãos de total, sendo sede de várias instituições de saúde, turismo, educação,
segurança pública, obtendo importantes dados estatísticos que mostram indicadores de referências
para o estudo de acordo com o quadro 3.
41
Quadro 03- Informações sociodemográficas do Município de Cuiabá. Fonte: Portal Mato Grosso (2015), IBGE 2016, DATASUS, 2014, Ministério Das Cidades-DENATRAN (2015),IBGE - 2015, Prefeitura de municipal de Cuiabá (2013), Atlas Brasil 2013, Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento.
3.3 Características da Instituição Pesquisada
A Polícia Militar do Estado de Mato Grosso (PMMT) é uma instituição organizada,
legalmente, com base na hierarquia e disciplina militar (MATO GROSSO, 2014). A PMMT foi fundada
em 06 de novembro de 1720, justificada pela Lei n° 9.768 de 28 de junho de 2012, cujo objetivo é
manter e assegurar a ordem pública e a liberdade da população mato-grossense (MATO GROSSO,
2012).
A previsão constitucional da Polícia Militar está no seu artigo 144, § 5° da Constituição
Federal, cujas competências são a ordem pública, incolumidade das pessoas e do patrimônio. A
segurança pública é dever do Estado e responsabilidade de todos (BRASIL, 1988).
Para a devida compreensão das condições de vida dos policiais militares, é importante
conceituar os termos do trabalho policial militar: policiamento ostensivo e preservação da ordem
pública definido pelo Regulamento das Policiais Militares e Corpo de Bombeiros Militares, por meio do
Decreto Federal nº 88.777 de 30/09/1983, R-200, (BRASIL, 1983):
Dependência Genealógica O município de Cuiabá foi criado por Carta Régia.
População estimada – habitantes 2015 585.367
Densidade demográfica - habitantes/km² 157,66
Área – km² 3.291,816
IDH 0,785
Distritos Sede, Coxipó da Ponte, Coxipó do Ouro, N.Sª. da Guia.
Limites Chapada dos Guimarães, Campo Verde, Santo Antônio de
Leverger, Várzea Grande, Jangada e Acorizal.
Quantidade de escolas (total) 924 escolas
Quantidade de docentes (total) 14.740
Estabelecimentos de saúde - SUS 145
Casos de óbitos total do município (2014) 1481
Quantidade de óbitos – doenças nutricionais, metabólicas, respiratória e neoplasias (2014)
533
Quantidade de óbitos – cardiovasculares/circulatório (2014)
321
Equipamentos para diagnóstico metabólico e cardiovasculares (2014)
190
Quantidade de automóveis 192.789
Quantidade de ônibus 3.275
Quantidade de motocicletas 83.518
Quantidade de empresas 21.783
Quantidade de pessoal ocupado 277.080
Salário médio mensal (salários mínimos) 3,7
42
Art. 2º - (...) Preservação da Ordem Pública- é o exercício dinâmico do poder de polícia, no campo da segurança pública, manifestado por atuações predominantemente ostensivas, visando a prevenir, dissuadir, coibir ou reprimir eventos que violem a ordem pública; (...) Policiamento Ostensivo – ação Policial, exclusiva das Polícias Militares, em cujo emprego o homem ou a fração de tropa engajados sejam identificado de relance, quer pela farda, quer pelo equipamento, ou viatura, objetivando a manutenção/preservação da ordem pública.
A Lei Complementar n° 555 de 29/12/ 2014, dispõe sobre o Estatuto dos Militares do Estado
de Mato Grosso, que nos artigos 35 e 36, regulamenta, respectivamente, que as bases da Instituição
são a hierarquia e a disciplina. Artigo 35: “hierarquia é a ordenação da autoridade em níveis dento da
estrutura das instituições militares, ordenação é feita por posto ou graduação”. Artigo 36: “disciplina
militar consiste no exato cumprimento dos deveres, traduzindo-se na rigorosa observância e
acatamento integral das Leis, regulamentos, normas e ordens” (MATO GROSSO, 2014).
A ordenação da autoridade é determinada pelos círculos hierárquicos divididos em dois:
Oficiais e Praças que se dividem nos cargos militares (postos/graduação).
Oficiais PM
Postos Coronel PM – Cel PM
Tenente-Coronel PM – Ten Cel PM
Major PM – Maj PM
Capitão PM – Cap PM
1° Tenente PM – 1° Ten PM
2° Tenente PM – 2° Ten PM
Praças PM
Graduações
Aspirantes a Oficiais PM – Asp Of PM
Alunos Oficiais PM - Al Of PM
Sub Tenente PM – Sub Ten PM
1° Sargento PM – 1° Sgt PM
2° Sargento PM – 2° Sgt PM
3° Sargento PM – 3° Sgt PM
Cabo PM – Cb PM
Soldado PM – Sd PM Quadro 04- Cargos Militares: Postos e Graduações da PMMT. Fonte: PMMT
A Polícia Militar é a única Instituição do Estado que estão presentes em todos os municípios
do Estado, divididos em áreas de atuação com 15 Comandos Regionais, comandadas por Coronéis.
43
Figura 03. Imagem dos Comandos Regionais PMMT. Fonte: http://www.pm.mt.gov.br/mapa-comandos-regionais
3.4 Características Amostrais
3.4.1 - Procedimentos para Coleta de Dados
Previamente, foi realizada apresentação do projeto ao Estado Maior da PMMT e obtido o
consentimento institucional mediante Carta de Autorização (Anexo I). Em seguida, a pesquisa foi
submetida ao Comitê de Ética da Universidade São Judas Tadeu, sendo aprovada para a devida
realização de todas as etapas da coleta consignada pelo parecer n° 1.327.771, de 18/11/2015.
Os policiais do patrulhamento ostensivo e especializado foram convidados, no início do
expediente de trabalho, a participar do presente estudo mediante esclarecimentos sobre os objetivos
e importância da pesquisa de acordo com os preceitos éticos. Para uma maior adesão e garantia da
qualidade do seu preenchimento, o questionário foi aplicado em grupos de PMs, precedido de
explicações com a assinatura da ciência do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido - TCLE .
3.4.2 – Características da amostra e sua justificativa
A Instituição Polícia Militar do Estado de Mato Grosso possui o objeto do presente estudo:
os policiais militares. O levantamento de dados foi direcionado aos profissionais que atuam
exclusivamente no patrulhamento ostensivo e especializado.
Sigla Comando Unidades
1° CR 1° Comando Regional - Cuiabá 3° Batalhão de Polícia Militar
CESP Comando Especializado - PMMT Batalhão de Operações Policiais Especiais
Quadro 05 - Resumo das unidades pesquisadas 3° BPM e BOPE. Fonte: PMMT
44
A escolha dessas Unidades PM justifica-se pelo motivo de terem missões e
responsabilidades diferentes. O 3° BPM (Batalhão Ordinário – patrulhamento ostensivo) fundamenta-
se a sua escolha por ser o Batalhão de Área Metropolitano da Capital componente do 1° CR,
responsáveis pela segurança e manutenção da ordem, realizar a execução do policiamento
ostensivo. Sua localização geográfica está na região periférica da capital, no qual, estatisticamente,
possui a maior quantidade de ocorrências policiais do Estado devido à desigualdade social, violência,
falta de infraestrutura, desemprego, criminalidade (figura 4).
Figura 04. Atuação de policiais militares de patrulhamento ostensivo
O BOPE tem a sua atuação em missões específicas em todo Estado, executa as ações
policiais de alta complexidade, são denominados de especializados. Emprega ações e operações
táticas com técnicas especializadas de uso diferenciado da força e de maior complexidade. O tipo de
trabalho é aquartelado atuando externamente, quando acionados em ocorrências de crise e alta
complexidade em todo Estado (roubo a banco, ocorrências com refém ou bombas, terrorismo,
reintegração de posse, tráfico de drogas e repressão a grupos criminosos de alta periculosidade),
portanto, exige-se desses policiais um padrão elevado quanto ao aprimoramento físico e psicológico.
Figura 5. Base do BOPE e treinamento dos policiais militares especializados
3.4.3 - Critérios de Inclusão e Exclusão
Foram avaliados 146 policiais militares de dois Batalhões (patrulhamento ostensivo/ordinário
– 3° BPM e especializado – BOPE) representando 2,52% do efetivo total da PMMT, para seleção dos
participantes da pesquisa foram adotados critérios de inclusão e exclusão de coleta dos dados.
45
Participaram da pesquisa, policiais militares que preencheram os seguintes critérios
inclusão: A) ser policial militar do 3° BPM ou BOPE; B) policiais do sexo masculino; C) estar
enquadrado na condição de serviço “ativo”; D) ter pelo menos um ano de experiência nas Unidades
BOPE ou 3° BPM. Os enquadramentos dos critérios foram feitos antes da aplicação da coleta,
mediante acesso às relações dos efetivos dessas Unidades PM disponibilizadas pelas Seções
Administrativas (P1).
Os critérios de exclusão empregados durante ou após as coletas dos dados, após
identificados os sujeitos que não se enquadravam nas seguintes condições: a) Não ser capaz de
realizar atividades físicas intensas ou restrição médica; b) Estar respondendo processo administrativo
demissório; c) Faltar em qualquer uma das avaliações prescritas. A amostra inicial era de 178
participantes permaneceu somente 146 PMs, houve a exclusão de 32 participantes por motivos
(licença, férias e afastamentos) representando 21,92% do levantamento total, conforme quadro n° 5.
Critérios- causas da exclusão 3° BPM BOPE Total
Licença 3 2 5
Férias 3 3 6
Tratamento de saúde 6 1 7
Não participaram/faltaram 10 4 14
Total 22 10 32
Quadro 06 - Critérios de exclusão de policiais militares da amostra de pesquisa.
As características dos sujeitos exclui que não participaram de todas as etapas, com a
média de idade de 34 9 anos, tempo de serviço de 13 6 anos. Não foi possível calcular a média
geral das medidas antropométricas dos excluídos pelo motivo de não conseguir coletar de 17 PMs.
No final participaram de forma voluntária, no total de 146 policiais, (N=146. Amostra - 3° BPM, n=73 e
amostra - BOPE, n=73), classificando-se em amostra não probabilística.
Efetivo dos Batalhões Sujeitos pesquisados
Unidade n Oficiais Praças n Oficiais Praças
3° BPM 233 12 221 73 9 64
BOPE 104 9 95 73 7 66
TOTAL 337 21 316 146 16 130
Quadro 07 - Representação quantitativa dos efetivos das UPMs e sujeitos pesquisados. Fonte: DGP,
BOPE e 3° BPM, dados representam somente a quantidade de PMs.
O estudo foi realizado nos períodos de 2015 a 2016. Em 2015 ocorreu planejamento
preparativo para realização das coletas (projeto, encaminhamento de solicitações de documentações
aos órgãos competentes). Em 2016, foram realizadas efetivamente, todas as coletas e análises do
estudo, disponibilizadas pela Diretoria de Gestão de Pessoas da PMMT – DGP, Diretoria de Saúde
da PMMT - DSAU e nas Seções Administrativas do BOPE e 3° BPM.
A composição da amostra da pesquisa foi categorizada com relação às funções, idades e
46
círculos hierárquicos compostos por (Ten Cel PM, Maj PM, Cap PM, 1° e 2° Ten PM, Sub Ten PM, 1°, 2°
e 3° Sgt PM, Cb PM e Sd PM). Os coronéis PM não compõem a amostra, por que exercem funções que
estão acima, hierarquicamente, dos Comandantes de Batalhões, que são atribuídas aos Tenentes-
Coronéis PM (Comandantes do 3° BPM e BOPE).
3.4.4 Perfil de Aptidão Física
3.4.4.1 Antropometria
As coletas foram auxiliadas por integrantes da Diretoria de Saúde da PMMT (DSAU),
Coordenadoria de Educação Física da PMMT (CEF) e Membros das Unidades Escola da PMMT
(APMCV e ESFAP). Os participantes foram submetidos à coleta de dados da massa corpórea,
utilizada a balança digital portátil da marca Filizola, obtidas as medidas de estatura realizada por
procedimento de mensuração linear vertical em metros, utilizando o estadiômetro fixo na parede com
escala em milímetros (mm), que pode calcular e classificar o IMC utilizando a relação da massa
corporal e a estatura (massa corporal/estatura²), estabelecendo o estado nutricional categorizando
em: abaixo do normal, eutrófico, sobrepeso e obesidade (WHO, 2014, PETROSKI, 2007)
Foram obtidas as medidas de circunferência abdominal, cintura, quadril, braços, antebraços,
coxas, pernas por meio da fita métrica Sanny. Com relação às medidas, obtivemos dados sobre a
Relação Cintura-Quadril (RCQ). Em seguida, coletamos dados de oito dobras cutâneas
(subescapular, tricipital, peitoral, axilar média, supra ilíaca, abdominal, coxa e perna) de cada policial
militar para a obtenção do percentual de gordura, conforme os cálculos de Pollock (1993).
Charro et al (2010) descreve que as medidas das pregas cutâneas tem fundamento de que,
aproximadamente, a metade do conteúdo corporal total da gordura está localizada nos depósitos
adiposos abaixo da derme, desta forma, é diretamente associada com a gordura total corporal. As
dobras cutâneas foram mensuradas com um adipômetro científico da marca Sanny, com resolução de
0,1 mm, protocolo estabelecido por Pollock et al (1984) desenvolvidas para serem utilizadas em
amostras heterogêneas e adultas, aplicáveis em uma população mais abrangente.
3.4.4.2 Testes cardiorrespiratórios e neuromotores
As coletas foram auxiliadas por integrantes da DSAU, CEF e TAF. Os testes físicos foram
realizados aos policiais militares pelo Protocolo de Teste denominado: Avaliação de Desempenho
Físico da PMMT (ADF/PMMT), conforme a Portaria n° 001/QCG/CEF/2014 de 24 de março de 2015,
que prevê a aplicação dos seguintes testes: 1. Corrida 12’, 2. Flexão de braço, 3. Abdominais
remadores, 4. Barra fixa.
Os testes de Flexão de braço, abdominal remador e flexão na barra fixa foram realizados
em espaços físicos militares com estruturas para execuções apropriadas dos testes foram utilizada a
unidade de medida, repetições (reps).A corrida 12 minutos foi realizada na pista de atletismo de 400
metros.
47
O resultado deste teste foi obtido pelo deslocamento durante a atividade de corrida pelo
policial militar no tempo-limite de 12 minutos, a unidade de medida (metros), obtendo as variáveis
VO2máx e velocidade média. O VO2máx foi obtido indiretamente, pelo cálculo de Cooper e
categorizado pelo protocolo de Cooper (1982) organizado em níveis: excelente, boa, regular, fraca e
muito fraca.
3.4.5 - Instrumentos e Protocolos de Pesquisa – coleta de dados (Estilo de Vida)
FATORES INDIVIDUAIS E AMBIENTAIS PESQUISADOS NOS POLICIAIS MILITARES
Variáveis Grupos por Situações Variáveis/Desfechos Risco Maior risco
Condições de saúde Percepção do estado de saúde Positiva (muito bom/bom) Negativa (regular/ruim/muito ruim) Índice de massa corporal (IMC) Massa corporal desejada Excesso de massa corporal
Independentes/Exposições
Bio-sócio-demográficas
Idade (data de nascimento) < 45 anos ≥ 45 anos Posto/graduação (Sd a Ten Cel) Estilo de vida saudável Estilo de vida não saudável Escolaridade Ensino médio/Superior Ensino Fundamental Aspectos Socioculturais Estilo de vida saudável e não saudável Aspectos Ambientais Estilo de vida saudável e não saudável
Condições de trabalho
Caracterização do trabalho Tempo de serviço < 15 anos ≥ 15 anos Local de trabalho Administrativo Operacional Carga horária de trabalho < 48 horas/semana ou < 195 horas mensais ≥ 48 horas/semana ou ≥ 195 horas mensais
Horário de trabalho Diurno Noturno/alternado Tipo de Turno Fixo Escala Realizações de treinamentos Frequentemente/ às vezes Raramente/ nunca
Estilo de vida
Uso do fumo Não dependente/normal Dependente/risco Consumo de bebidas alcoólicas Não dependente/normal Dependente/risco Nível de atividade física Muito Ativo/Ativo Insuficientemente ativo/sedentário
Utilização de remédios Sim/analisar Não/analisar Hábitos alimentares Saudáveis Não saudáveis Distúrbio/qualidade do sono Sim/normal Não/risco
Condições de vida Nível econômico A ou B C, D ou E Número de pessoas na casa < 4 pessoas ≥ 4 pessoas Número de cômodos na casa ≥ 3 cômodos < 3 cômodos Propriedade da casa Própria Alugada ou cedida Características da casa Casa Apartamento
Quadro 08 - Resumo das principais variáveis do estudo.
A qualidade de vida foi um protocolo utilizado “Medical Outcome Study 36-item Short Form”
(MOS SF-36), método sensível à avaliação da saúde e pessoas. O questionário é constituído por 36
questões que classifica os níveis de saúde em oito domínios: capacidade funcional, limitações físicas,
dor, estado geral de saúde, vitalidade, aspectos sociais, aspectos emocionais e saúde mental. As
pontuações têm variação de zero a cem, quanto maior o escore do avaliado, maior é a percepção
positiva, consequentemente, melhor nível de saúde (LENARDT et al, 2016; CICONELLI et al, 1999).
O Protocolo de utilização de medicamento é um instrumento que tem objetivo de saber qual
o tempo e o nível de utilização de remédios no auxílio de prevenção e controle de doenças,
principalmente, focar nas doenças metabólicas e cardiovasculares.
48
O “Alcohol Use Disorder Identification Test” (AUDIT) é instrumento adotado na pesquisa,
que foi desenvolvido pela Organização Mundial de Saúde (OMS), em 1989, é composto por dez
questões (cada item possui uma determinada pontuação), que está incluído no questionário por
métodos simples para investigação do uso excessivo de álcool que identifica quatro tipos diferentes
de consumo: baixo risco, uso de risco, uso nocivo e provável dependência, além de definir policiais
que consomem ou não álcool. Ajuda a identificar comportamentos de consumo excessivo de álcool
(YIP et al, 2015; BABOR, et al, 2003; DAVEY et al, 2000).
Para mensurar o grau de dependência à nicotina, o “Fagerström Test for Nicotine
Dependence” (FTND), também, conhecido por questionário de tolerância de Fagerström (FTQ) é
utilizado no mundo como instrumento de avaliação. O teste é estruturado por seis perguntas de
escolha simples em que cada alternativa representa uma pontuação quando somados determina-se a
avaliação do grau de dependência (GERSTENKORN et al, 2009; PIETROBON et al, 2007).
Com relação à avaliação nutricional, foram coletados os dados referentes aos hábitos
alimentares de cada policial militar aplicado o questionário de frequência do consumo alimentar
(QFCA), no qual foram avaliados os tipos de alimentos consumidos e a sua frequência. Os itens do
questionário solicitam informações sobre: o que alimenta, consumo diário e semanal classificado de
acordo com as referências da pirâmide alimentar brasileira particularizando as características dos
hábitos nutricionais dos PMs (PRANDO et al, 2012; SICHIERI et al, 1998; RIBEIRO et al, 2006; HU et
al, 1999; PHILIPI et al, 1999).
Para análise do sono utilizou-se o Teste“Pittsburgh Sleep Quality Index” – PSQI, que foi
utilizado no questionário que compõe de 7 questões, com escores variando de zero a três pontos
somados totaliza de 0 a 21 pontos, quanto maior o escore, menor a qualidade do sono dos PMs. Os
oito domínios do sono foram avaliados: a qualidade subjetiva, latência, duração, eficiência, distúrbio
do sono e uso de medicamentos, a sonolência e entusiasmo (RAMEY et al, 2012).
Foi obtido o nível de atividade física dos policiais militares por meio do “Internacional
Physical Activity Questionnaire” (IPAQ-curto) que obtém dados sobre a prática habitual de atividade
física. As questões possuem perguntas relativas à frequência (dias/semana) e ao tempo (minutos/dia)
que realiza na prática de caminhadas e atividades de esforços físicos (moderada e vigorosa)
classificados em muito ativo, ativo, irregularmente ativo (A e B) e sedentário (LIMA et al, 2014; IPAQ,
2005; MATSUDO, 2005).
Os fatores socioambientais serão analisados por meio de questionário utilizando perguntas
sobre o meio social e ambiental em que vivem condições de trabalho, meio de locomoção-transporte,
relação familiar e outros por meio de protocolos validados Escala de Percepção do Ambiente para a
Prática de Atividade Física (FLORINDO, 2012), Escala de Mobilidade Ativa no Ambiente Comunitário
– NEWS (MALAVASI, 2007), Physical Activity Resource Assessment Instrument (LEE, 2005) e o
Instrumento de Avaliação Objetiva do Ambiente para aplicação em Estudos de Atividade Física
(BORTONI et al., 2009).
49
3.4.6 – Análise Estatística
As variáveis descritivas da pesquisa calculadas em: valor mínimo e máximo, frequência,
média e desvio padrão, para a realização do cálculo estatístico foi feito teste de Kolmogorov-Smirnov.
A utilização das medidas de associação para análise da relação entre variáveis categóricas foi
utilizada o teste de associação (qui-quadrado), correlação (r) e o test t o estabelecimento de nível de
significância e intervalos de confiança, utilização do software todos os bancos de dados foram
exportados para formato compatível com o Statistical Package for the Social Sciences – SPSS,
versão 22, adotado o critério de significância de 95%.Em todos os casos da análise estatística foram
utilizados os testes de normalidade para verificar as distribuições de dados para aplicação dos testes
de Wilconxon, teste de Wilcoxon-Mann-Whitney para amostras independentes, teste de Kruskal-
Wallis.
Nas análises de dados da aptidão física, antropometria e questionários foram utilizados:
1. Testes de Qui-quadrado: teste não paramétrico para verificar as frequências e proporções
das associações de variáveis dependentes e independências envolvidas no estudo de variáveis
categorizadas, determinação do Risco Relativo (Odds Ratio - OR) entre as variáveis, cálculo da razão
de chance.
2. Testes T: teste paramétrico que compara as médias das pontuações dos questionários,
aptidão física e medidas antropométricas obtendo resultados por escores e numéricos;
3. Correlações lineares: teste paramétrico que constatar a força e direção em que as variáveis
se interagem ou não, analisando os dados quantitativos.
50
CAPÍTULO IV – RESULTADOS E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS
4.1 Organizações das análises e perfil da amostra
O objetivo geral do estudo foi identificar os fatores de risco associados no possível desenvolvimento
das doenças metabólicas e cardiovasculares em policiais militares do Estado de Mato Grosso.
Logo, o objetivo específico dessa análise é:
ESTUDO 1: comparar o perfil de nível de atividade e aptidão física de policiais militares de
patrulhamento ostensivo e de policiais militares especializados do Estado de Mato Grosso.
A organização das análises foi dividida em quatro tópicos de estudos sobre os fenômenos
que influenciam na saúde e associação de doenças em policiais militares.
A participação dos policiais militares para composição da amostra envolveram dois
batalhões: 3° BPM - patrulhamento ostensivo com atuação em uma área específica de Cuiabá e
BOPE – especializado com a competência específica de atuar em todo território estadual.
Para a devida análise dos resultados, a amostra foi estratificada em dois grupos de policiais
militares do patrulhamento ostensivo e especializado apresentamos, preliminarmente, características
gerais da amostra como distribuição de policiais militares, idade, antropometria, características
socioambientais e atividade e aptidão física de policiais militares.
Tabela 1. Policiais militares do patrulhamento ostensivo e especializado organizados por funções hierárquicas (Cuiabá, 2016).
Patrulhamento ostensivo Especializado TOTAL n (%) n (%) n (%)
PRAÇAS 65(89,0) 66(90,4) 131(89,7) Soldado 36(49,3) 24(32,9) 60(41,1)
Cabo 16(21,9) 23(31,5) 39(26,7) Sargento 11(15,1) 13(17,8) 24(16,4)
Sub Tenente 1(1,4) 6(8,2) 7(4,8)
OFICIAIS 8(11,0) 7(9,6) 15(10,3)
Tenente 5(6,8) 2(2,7) 7(4,8) Capitão 1(1,4) 3(4,1) 4(2,7) Major 2(2,7) 2(2,7) 4(2,7)
Tenente Coronel 1(1,4) 0(0,0) 1(0,7) Total 73(100) 73(100) 146(100)
Estatística descritiva
Os soldados são a maioria dentro do total da amostra, 41,1% e cabos representam 26,7%,
(tabela 1), dos 146 policiais militares pesquisados, somando esses dois grupos que compõem a
maioria da amostra.
51
A menor proporção dos cargos é composta pelos oficiais. Essa considerável diferença pelas
proporções de cargos dentro da amostra é explicada pela própria estrutura hierárquica da Polícia
Militar, que o efetivo é composto por maioria de praças.
Tabela 2. Características por faixa etária, socioeconômico entre grupos de PMs (Cuiabá, 2016).
Variáveis Patrulhamento ostensivo Especializado Total p
n(%) n(%) n(%)
Faixa etária
20 - 29 anos 33(45,2) 19(26,0) 52(35,6)
30 - 39 anos 26(35,6) 35(47,9) 61(41,8) 0,05*
40 - + anos 14(19,2) 19(26,0) 33(22,6)
Tempo de serviço
1-10 anos 37(50,7) 24(32,9) 61(41,8)
0,04* 11-20 anos 33(45,2) 40(54,8) 73(50,0)
21-30 anos 3(4,1) 9(12,3) 12(8,2)
Tipo de serviço
Operacional 25(34,2) 34(46,6) 59(40,4) 0,12
Administrativo 48(65,8) 39(53,4) 87(59,6)
Turnos de serviço
8 e 12 horas 73(100) 44(60,3) 117(80,1) 0,00*
>12 horas 0(0,0) 29(39,7) 29(19,9)
Nível Socioeconômico
A1 (alto) 9(12,3) 7(9,6) 16(11,0)
0,09 A2 (médio) 28(38,4) 41(56,2) 69(47,3)
B1 (médio) 36(49,3) 25(34,2) 61(41,8)
*p≤0,05. Qui quadrado.
As características gerais da amostra estão dispostas, na tabela 2, mostra a faixa etária que
mais concentram sujeitos da pesquisa que está entre 20 a 39 anos de idade e o tempo de serviço na
instituição concentra-se na categoria de 11 a 20 anos de serviço com média de (11 7 anos), essas
proporções são significantes.
Com relação aos aspectos ambientais do trabalho, A maior parte dos policiais militares
trabalha no turno de serviço de 8 a 12 horas de serviço, 117(80,1%). Os policiais militares que
trabalham na administração é maior quantitativamente que os PMs que trabalham no setor
operacional. A maior parte dos participantes enquadra-se no nível socioeconômico médio de acordo
com Associação Brasileira de Empresas de Pesquisa (ABEP, 2008).
É importante ressaltar que analisar a idade, nível socioeconômico, tempo e tipo de serviço
tem influencia na condição física de policiais militares, apesar de ter poucas informações dessa
natureza desse público (BRASIL, 2015).
4.2 Análises da Aptidão Física e Antropométrica
A tabela 3 apresenta as médias antropométricas e características físicas dos policiais
militares com o respectivo valor total de cada coluna com a representação da média e o desvio
padrão de cada variável incluindo o resultado do “p-value”.
52
Tabela 3. Antropometria, idade e composição corporal dos policiais militares (Cuiabá, 2016).
Variáveis Patrulhamento
ostensivo
Especializado Total p
XS XS XS
Idade (anos) 31,96 7,77 34,41 7,00 33,18 7,25 0,04*
Massa Corporal (Kg) 86,44 14,36 84,91 12,87 85,70 13,61 0,49
Estatura (m) 1,76 0,70 1,76 0,63 1,76 0,06 0,77
Circunferência abdominal (cm) 0,93 0,12 0,92 0,09 0,92 0,01 0,57
Circunferência de cintura (cm) 0,92 0,10 0,88 0,07 0,90 0,09 0,03*
IMC (índice) 27,79 4,40 27,38 3,38 27,60 0,32 0,52
RCQ (índice) 0,93 0,36 0,88 0,40 0,92 0,18 0,00*
% Gordura (índice) 20,48 6,57 19,05 5,70 19,77 0,51 0,16
*p≤0,05. Test T. IMC – Índice de massa corporal. RCQ – Relação cintura quadril.
Os policiais militares do patrulhamento ostensivo apresentaram as maiores médias
antropométricas, quando comparado com os especializados. A Relação cintura quadril e a
circunferência de cintura são diferentes, estatisticamente significantes, quando comparados entre os
grupos de policiais (p<0,05). Os resultados das variáveis antropométricas assemelham-se com a
pesquisa de Berria et al (2011) com amostra do Batalhão de Operações Especiais da Região Sul do
Brasil.
Analisamos, comparativamente, os grupos de policiais militares com as variáveis de aptidão
física: aptidão cardiorrespiratória, força de membros superiores e de tronco.
Tabela 4.Comparação das médias dos testes de aptidão física dos policiais militares (Cuiabá, 2016).
APTIDÃO FÍSICA Patrulhamento
ostensivo
Especializado Total p
XS XS XS
N 73 73 146
APTIDÃO CARDIORRESPITÓRIA
VO2max (ml/Kg.min) 37,13 6,95 40,01 8,00 38,84 7,64 0,02*
Corrida Cooper 12 min (deslocamento - m) 2.165 310 2.318 356 2.242 341 0,02*
Velocidade Média (Km/h) 10,82 1,54 11,59 1,77 11,21 1,71 0,00*
FORÇA DE MEMBROS SUPERIORES
Barra Fixa (reps) 6 3 10 4 8 4 0,00*
Flexão de braço (reps) 28 12 42 13 35 14 0,00*
FORÇA DE TRONCO
Abdominal (reps) 36 14 44 10 40 13 0,00*
*p≤0,05, Test T.
A aptidão cardiorrespiratória da amostra tem uma média geral do VO2max de 38,84 7,64
ml/kg.min, (p<0,05). Os policiais do grupo especializado apresentaram maior média de (40,01 8,00
ml/kg.min) em relação aos do patrulhamento ostensivo (37,13 6,95 ml/kg.min), destaca-se que estes
53
possuem a média de idade menor que dos especializados, o mesmo ocorreu com os resultados nas
comparações da velocidade média e deslocamento em corrida 12 minutos (p<0,05). Santos et al
(2013) com 51 policiais do Estado de Roraima, com o mesmo método de análise apresentou média
de VO2max(42,1± 4,5 ml/kg/min) maior que da amostra.
Verificou-se que os policiais militares do patrulhamento ostensivo e especializado
apresentaram 89,0% com VO2max dentro da faixa de aptidão física boa-muito boa e 11,0% estão no
intervalo de muito fraca - regular. O estudo de Bezerra Filha (2004) que analisou a aptidão física de
policiais militares do patrulhamento ostensivo de João Pessoa-PB, cujos valores médios de VO2max
45% (boa-muito boa) e 55% (muito fraca - regular).
A tabela 4 apresenta comparação entre força de membros superiores e de tronco atribuindo
as maiores médias de repetições no grupo do especializado todas as variáveis de força são,
estatisticamente, diferentes entre os grupos. Ao investigar policiais militares especializados, Gomes-
Domingues et al (2016) e Gonçalves (2006) apresentaram os resultados maiores na aptidão
cardiorrespiratória (aeróbia - VO2max) e neuromuscular (flexão de braços e abdominais) do que os
policiais da amostra.
Analisando os dados de aptidão física de especializados e do patrulhamento ostensivo,
verifica-se as médias desses grupos existe diferença que pode ser explicada, que os especializados
possui uma constância da regulação do nível de treinamento físico e incentivo de aperfeiçoamento
das habilidades técnico-profissionais e o patrulhamento ostensivo pode ser uma atividade diária
externa, não aquartelada, fica mais dispersa para o controle e incentivo ao treinamento físico, bem
como, a cultura organizacional diferem entre os Batalhões, que em determinados tipos de
treinamento, os especializados utilizam tabelas de maior exigência para aptidão física.
Tabela 5. Comparação das médias dos testes de aptidão física dos policiais militares que atuam no setor administrativo e operacional (Cuiabá, 2016).
APTIDÃO FÍSICA ADM OPE Total p
XS XS XS
n 87 59 146
APTIDÃO CARDIORRESPIRATÓRIA
VO2max (ml/Kg/min) 38,00 8,28 38,94 7,08 38,47 7,68 0,01*
Corrida Cooper 12 min (deslocamento - m) 2.216 370 2.259 321 2.238 346 0,00*
Velocidade Média (Km/h) 11,08 1,84 11,29 1,60 11,18 1,72 0,45
FORÇA DE MEMBROS SUPERIORES
Barra Fixa (reps) 8 3 8 4 8 3 0,49
Flexão de braço (reps) 32 11 40 14 36 12 0,74
FORÇA DE TRONCO
Abdominal (reps) 39 11 40 14 39 12 0,74
*p≤0,05. Test T. ADM – Administrativo. OPE – Operacional.
54
Os policiais militares que trabalham no setor operacional apresentaram diferença das
médias de desempenho aeróbio (aptidão cardiorrespiratória) frente aos que atua na administração, a
diferença é estatisticamente significante, somente para as variáveis metabólicas (VO2max, corrida 12
minutos). Lira (2014) realizou testes de aptidão física em policiais militares, porém não analisou
comparação dividindo em grupos operacionais e administrativos.
As médias entre operacionais e administrativos são diferentes entre si na aptidão física
cardiorrespiratória, ambos os grupos ficam sentados por longo período, os operacionais (sentados no
banco da viatura) e administrativo (cadeira da seção administrativa), a aptidão física dos operacionais
reflete na rotina de trabalho mais desgastante e ativa, influenciada pelo estresse e interferência forte
do ambiente externo que os administrativos.
Na tabela 6, compara os resultados da aptidão física entre oficiais e praças atribuindo
resultados entre esses grupos na aptidão cardiorrespiratória e de força de membros superiores e de
tronco.
Tabela 6. Comparação dos resultados da aptidão física entre oficiais e praças (Cuiabá, 2016).
APTIDÃO FÍSICA Oficiais Praças Total p
XS XS XS
n 15 131 146
APTIDÃO CARDIORRESPIRATÓRIA
VO2max (ml/Kg/min) 41,77 5,88 38,20 7,68 40,00 6,80 0,08
Corrida Cooper 12 min (deslocamento - m) 2.383 240 2.225 348 2.304 294 0,09
Velocidade Média (Km/h) 11,91 1,20 11,12 1,73 11,60 1,46 0,45
FORÇA DE MEMBROS SUPERIORES
Barra Fixa (reps) 10 4 8 4 9 4 0,06
Flexão de braço (reps) 40 14 39 11 39 13 0,42
FORÇA DE TRONCO
Abdominal (reps) 48 9 39 12 43 10 0,00*
*p≤0,05.Test T.
O grupo das praças possui maior quantidade de participantes que os oficiais, no entanto,
estes obtiveram as maiores médias de aptidão física em todos os quatros testes de aptidão física, não
existindo diferença estatisticamente significante entre os grupos, exceto, no exercício de abdominal
(p<0,05), pode ser explicada pela menor média de idade dos Oficiais PM.
Nos testes de aptidão física da Polícia Militar, o padrão da avaliação é único para todos os
policiais militares que diferem apenas pelos índices de especificidades e individualidade: sexo, idade
(princípio da individualidade biológica), por funções especiais (especializados) e alunos de cursos de
formação na instituição (principio da especificidade). Não há critérios que dividem oficiais e praças em
relação ao enquadramento de nível de desempenho físico (BRASIL, 2015; SANTA CATARINA, 2013;
MATO GROSSO, 2007). Nas buscas literárias, não foram encontrados referências de comparações
55
de atividade e aptidão física entre oficiais e praças, bem como, operacionais e administrativos da
Polícia Militar, dentro dos mesmos padrões metodológicos da pesquisa.
A análise de correlação das variáveis da aptidão física entre idade, turnos de trabalho e
carga horária de trabalho semanal, de acordo com a tabela 7, cujos resultados estão expressos em r
(correlação) e p (nível de significância).
Tabela 7. Correlação entre idade, turnos de trabalho e carga horária de trabalho semanal com variáveis de aptidão física (Cuiabá, 2016).
Variáveis analisadas VO2max
(ml/Kg.min)
Barra fixa
(reps)
Abdominal
(reps)
Flexão de
braço (reps) Corrida 12’
(m)
Idade r(p) -0,29(0,00*) -0,15(0,05*) -0,21(0,00*) -0,23(0,00*) -0,27(0,00*)
IMC r(p) -0,30(0,00*) -0,18(0,02*) -0,18(0,02*) -0,18(0,02*) -0,32(0,00*)
% Gordura corporal r(p) -0,39(0,00*) -0,29(0,00*) -0,18(0,02*) -0,31(0,00*) -0,42(0,00*)
RCQ r(p) -0,06(0,42) -0,34(0,00*) -0,16(0,04*) -0,30(0,00*) -0,06(0,46)
Circunferência
Abdominal r(p) -0,27(0,00*) -0,26(0,00*) -0,21(0,01*) -0,22(0,00*) -0,29(0,00*)
*p≤0,05. Correlação Linear
Existe correlação (r) entre a idade e todas medidas antropométricas com todos os
exercícios da aptidão física (ADF) da amostra todas significantes (p), no entanto são fracas, na
correlação entre as variáveis RCQ x VO2max e corrida 12’ (p>0,05). A correlação negativa pode ser
explicado pelo baixo nível de atividade física que reflete nas variáveis antropométricas.
As informações da tabela 8 foram obtidas por meio do questionário do IPAQ, versão 8
longa, podem avaliar os aspectos de tempo de atividade física, classificar o nível de atividade física e
o tempo sentado (CRAIG et al., 2003; MATSUDO et al., 2001) e adaptado para análise das 5
categorias de tempo sentado pelo método de Katzmarzyk et al (2009) sendo uma das causas
indicativas de sedentarismo, risco de doenças cardiovasculares e de câncer.
Tabela 8. Comparação entre a quantidade de tempo médio que policiais militares do patrulhamento ostensivo e especializado que permanecem sentados durante o dia (Cuiabá, 2016).
Tempo médio sentado Patrulhamento Ostensivo Especializado Total
5 categorias n(%) n(%) n(%)
Menor parte do dia 1(1,4) 4(5,9) 5(3,6)
¼ do dia 33(46,5) 32(47,1) 65(46,8)
½ do dia 19(41,3) 27(58,7) 46(33,1)
¾ do dia 8(11,3) 3(4,4) 11(7,9)
Maior parte do dia 10(14,1) 2(2,9) 12(8,6)
Total 71(100) 68(100) 139(100)
*p≤0,05 – Qui quadrado.
A tabela 8 apresenta os resultados das prevalências dos grupos de patrulhamento ostensivo
e de especializado associando com o tempo médio sentado dividido em cinco categorias (p<0,05). A
categoria um quarto do dia sentado possuiu a maior proporção nos dois grupos de diferentes
56
batalhões, representam 46,8% do total da amostra, seguido da categoria metade do dia sentado com
33,1% do total.
Katzmarzyk et al (2009) apontaram o baixo nível de atividade física e o elevado tempo
sentado pode associar consequências indesejáveis à saúde. Minayo et al (2013) analisaram a tempo
sentado de policiais militares de Rio de Janeiro na viatura, que levam ao risco à saúde gerando
muitas dores articulares e futuros problemas cardiovasculares.
Na tabela 9, apresenta dados comparativos de dois grupos em três estratificações: 1.
Batalhões, 2. tipo de serviço e 3. cargos militares entre tempo de atividade física e tempo sentado,
organizados por resultados das médias e desvios padrões com nível de significância (p<0,05).
Tabela 9. Comparação entre o tempo de atividade física e sentado de policiais militares do patrulhamento ostensivo e especializado, administrativos e operacionais e oficiais e praças (Cuiabá, 2016).
Variáveis de atividade e
inatividade física
POLICIAIS: ESPECIALIZADOS E DE PATRULHAMENTO OSTENSIVO
3° BPM BOPE TOTAL p IC(95%)
Tempo médio por batalhão XS XS XS
n 71 68 139
Atividade física (min/sem) 108,33 91,92 137,11 89,67 122,72 90,79 0,01* 17,76 -125,96
n 73 73 146
Sentado (min/dia) 391,27 192,90 319,41 123,06 355,34 158,00 0,05* -58,69 - 1,13
Tempo médio por tipo de
serviço
POLICIAIS: ADMINISTRATIVOS E OPERACIONAIS
ADM OPE TOTAL
n 59 87 146
Atividade física (min/sem) 110,25 93,80 141,10 87,48 125,67 90,64 0,04* 0,41 - 61,28
n 73 73 146
Sentado (min/dia) 356,00 160,66 356,32 170,40 356,16 165,53 0,05* -58,69 - 1,13
Tempo médio por Cargos
militares
HIERARQUIA
Oficiais Praças TOTAL
n 15 131 146
Atividade física (min/sem) 139,00 80,84 120,85 93,57 122,72 91,94 0,47 -67,83 - 31,64
n 125 14 139
Sentado (min/dia) 394,30 161,71 351,84 166,44 356,12 165,30 0,36 -134,96 - 50,06
*p≤0,05, Test T
Com relação ao grupo batalhão, os policiais especializados apresentaram tempo de
atividade física (137,11 89,67 min/sem) maior que do patrulhamento ostensivo (108,33 91,92
min/sem), no entanto, a situação inverte-se quando compara o tempo sentado entre estes dois grupos
nos quais, os PMs do patrulhamento ostensivo expressaram a maior média de tempo sentado
(391,27 192,90 min/sem), sendo significantes, as diferenças das médias entre os grupos.
A comparação entre o tipo de serviço, na tabela 9, mostra que os policiais operacionais com
(141,10 87,48 min/sem) resultaram nas maiores médias de tempo de atividade física que os
administrativos (110,25 93,80 min/min), quando comparado o tempo sentado, esses grupos
apresentaram as médias praticamente iguais com a média geral (356,16 165,53 min/sem),
significantemente diferentes (p<0,05).
57
Os oficiais apresentaram maiores médias de tempo de atividade física e de tempo de
sentado, quando comparado com as praças, no entanto, não há diferenças significantes entre esses
grupos (p>0,05).
O serviço policial militar é determinado por turnos, que geralmente, trabalham 12 horas
consecutivas no interior da viatura (automóvel e motocicleta) em patrulhamento, sendo um serviço
que possui a maior identidade com o patrulhamento ostensivo por esse motivo que as médias de
tempo sentado do 3° BPM são maiores que do BOPE.
Verifica-se que as médias de todos os grupos da tabela 9, não atingem os níveis
recomendados de atividade física, pois são menores que 150 minutos por semana (LIMA et al, 2014;
HASKELL et al, 2007; BLAIR et al, 2004) . Os maiores índices de tempo sentado registraram-se entre
a categoria de ¼ e ½ do dia, verificando que uma maioria significante estava entre a faixa de risco
(KATZMARZYK et al., 2009).
Patel et al. (2010) pesquisaram os efeitos da atividade física e do tempo sentado nos fatores
das taxas de mortalidade através de um estudo longitudinal com adultos americanos, apontaram que
o tempo sentado (≥ 6 horas x < 3 horas/dia) estão associados com uma maior taxa de mortalidade em
homens (RR=1,17; IC95% 1,11-1,24). Verifica-se que a maioria dos policiais militares da pesquisa
está na faixa de risco por estarem no intervalo de risco.
A maioria da amostra é composta pelas praças 131(89,7%), seguida dos oficiais 15(10,3%).
As características desses participantes possuem idade média de 33 7 anos, com tempo de serviço
de 11 7 anos que concentra 91,8% desse público,87(59,6%) trabalham no setor administrativo e a
maior frequência de turnos trabalhada é de 8 a 12 horas de serviço com 117(80,51%).A média geral
das medidas antropométricas: massa corporal 85,70 13,61 Kg; estatura 1,76 0,06 m; circunferência
abdominal 0,92 0,01 cm; IMC 27,00 0,32 kg/m² e RCQ 0,92 0,18.
Com relação à aptidão física entre os grupos de diferentes batalhões, os policiais militares
especializados obtiveram as médias superiores que do patrulhamento ostensivo (p<0,05). As maiores
médias foram de policiais operacionais em comparação com os administrativos com diferenças
significantes, somente, nas avaliações metabólicas. A aptidão física dos oficiais mostrou maiores
médias que as praças, porém não há diferença significante entre suas médias. Quando comparamos
por função dos policiais podemos concluir que o policiais que fazem mais atividade física, tem menos
tempo de serviço.
A inatividade física é um fator muito preocupante, neste estudo, isto pode ser constatado na
análise do tempo sentado dessa amostra, que aproximadamente 80,0% permanecem sentados de ¼
a ½ do dia com a média de 356,00 16,00 min/dia, não atingem as recomendações de atividade física
semanais. Esse longo período que o policial permanece inativo é um dos fatores de risco, devido ao
hábito de realizar pouca atividade física durante a semana com uma média de atividade física
58
(125,67 91,00 min/sem) menor que 150 minutos/semana (LIMA et al, 2014; HASKELL et al, 2007;
BLAIR et al, 2004) aumentando as chances de risco à saúde de policiais.
Um dos fatores de risco identificado nesta análise é a inatividade física que está configurada
nos comportamentos de risco de elevado tempo da permanência sentado e a insuficiência da pratica
recomendada de atividade física de policiais militares em grupos de patrulhamento ostensivo e
especializado, constatando que essa amostra apresenta risco de desenvolvimento de doenças
cardiovasculares.
A inatividade física foi destacada pela Associação Americana de Cardiologia como fator de
risco de elevada possibilidade de desenvolvimento de doenças cardiovasculares, portanto, é
importante ressaltar o papel da atividade física aeróbica regular potencializa a capacidade de
execução de tarefas e prevenir doenças cardiovasculares (GONÇALVES, 2006; FLETCHER et al,
1992).
O comportamento sedentário está, altamente, prevalente em níveis mundiais, e não é
diferente dos resultados da pesquisa que envolve a análise da inatividade física de policiais do
patrulhamento ostensivo e especializado. Pesquisas epidemiológicas mostraram que o elevado tempo
de comportamento sedentário tem associado riscos à saúde para várias condições de
desenvolvimento de doenças crônicas e mortalidade prematura das pessoas de meia idade (EKLUND
et al, 2016; OWEN et al, 2010; SASSEN et al, 2009; BOOTH et al, 2012; PAFFENBARGER,1993).
Dentro dessa perspectiva de análise, deve haver um incentivo de mudança de
comportamento, buscando a vivência de hábitos saudáveis e um estilo de vida mais ativo, no sentido
de reduzir os fatores de risco à saúde potencializada pela inatividade física, que deve ser reforçada a
orientação aos grupos de profissionais, principalmente, aos policiais militares que necessitam estar
ativos.
A rotina de trabalho nas unidades policiais, permanência constante nas viaturas,
variabilidades de turnos e outros fatores internos que levam ao comportamento sedentário
caracterizam, progressivamente, num processo de inatividade física e redução da aptidão física
levando à condição preocupante de possível desenvolvimento das doenças crônicas não
comunicáveis.
ESTUDO 2: Associar os Fatores de Riscos no Desenvolvimento de Doenças Metabólicas e
Cardiovasculares dos policiais militares de patrulhamento ostensivo e de policiais militares
especializados.
O objetivo do presente estudo foi associar os fatores de riscos no possível desenvolvimento
das doenças metabólicas e cardiovasculares de policiais militares do patrulhamento ostensivo e de
policiais militares especializados.
59
No estudo foram analisadas as variáveis (consumo de álcool, utilização de tabaco, hábitos
alimentares, atividade física, uso de remédios, antropometria e aptidão física) justificadas a sua coleta
por verificar que estas variáveis estão nas principais referências bibliográficas relacionadas ao tema
referência à questão de associação. Na tabela 10, apresentamos os níveis de consumo de álcool dos
policiais militares divididos por cargos militares.
Tabela 10. Níveis de consumo de álcool entre os cargos policiais militares (Cuiabá, 2016).
Níveis de Consumo de Álcool
Posto/Graduação Baixo consumo Uso de risco Uso Nocivo Provável dep. Total Praças n(%) n(%) n(%) n(%) n(%)
Soldado 13(50,0) 26(46,4) 10(25,6) 11(44,0) 60(41,1) Cabo 4(15,4) 14(25,0) 12(30,8) 9(36,0) 39(26,7) Sargento 4(15,4) 10(17,9) 8(20,5) 2(8,0) 24(16,4) Sub tenente 3(11,5% 1(1,8) 2(5,1) 1(4,0) 7(4,8)
Oficiais Tenente 0(0,0) 3(5,4) 3(7,7) 1(4,0) 7(4,8) Capitão 1(3,8) 0(0,0) 3(7,7) 0(0,0) 4(2,7) Major 1(3,8) 2(3,6) 0(0,0) 1(4,0) 4(2,7) Tenente Coronel 0(0,0) 0(0,0) 1(2,6) 0(0,0) 1(0,7)
Total 26(100) 56(100) 39(100) 25(100) 146(100)
* p≤0,05. Qui quadrado
Os resultados das tabelas de consumo de álcool foram obtidos por meio do protocolo
“Alcohol Use Disorders Identification Test” – AUDIT revela que as praças consomem,
proporcionalmente, mais bebidas alcoólicas que os oficiais. Os soldados (3°BPM e BOPE)
apresentam percentual de 41,1% de todas as classes militares.
Calheiros et al. (2013) publicaram um resultado diferente da presente pesquisa, que
realizaram nas unidades da Polícia Militar de Alagoas e 75,0% dos oficiais fizeram uso de bebida
alcoólica consumo elevado de álcool. Halpern et al. (2008) pesquisaram o uso nocivo e dependência
de álcool nas forças armadas americanas, concluíram que é um problema crônico no efetivo que se
associa ao estresse.
O consumo de álcool vinculado à sua frequência e quantidade de doses, expresso na tabela
11. As frequências de bebidas alcoólicas estão divididas em dois parâmetros: “Não bebe/bebe
ocasionalmente” (57,7%) e “Bebe de três a mais vezes por mês” (42,5%), em porcentuais totais. O
BOPE possui o maior percentual entre essas duas frequências de consumo, logo, o 3° BPM
apresenta, consideravelmente, um percentual de aparente igualdade, com relação à frequência de
consumo de álcool e quantidades de doses.
Tabela 11. Associação da frequência de consumo e de quantidade de doses de álcool, (Cuiabá, 2016).
Características do consumo de álcool 3° BPM BOPE Total n(%) n(%) n(%) p OR IC
Frequência de consumo de álcool
Não bebe/bebe ocasionalmente 36(49,3) 48(65,8) 84(57,5) 0,04* 0,50 0,26 – 0,98 Bebe mais que três vezes por mês 37(50,7) 25(34,2) 62(42,5) 1,00
Quantidade de doses Não bebe/1 dose/ 2 doses 32(43,8) 48(65,8) 80(54,8) 0,00* 0,40 0,20 – 0,79 3 ou mais doses 41(56,2) 25(34,2) 66(45,2) 1,00
* p≤0,05.
60
Na quantidade de doses é apresentada, na tabela 11, mostrando que os especializados
(34,2%) consumem menos doses de bebidas alcoólicas que os integrantes do 3° BPM (56,2%).
As características do consumo alcoólico da tabela 11mostraram que 50% teriam associação
significante ao maior risco dentre os que “Bebe de três a mais vezes por mês” e aqueles que “Não
bebe/bebe ocasionalmente”. Verifica-se que existiu associação de 60% de chance de risco daqueles
policiais que consomem “3 ou mais doses” confrontado com aqueles que consomem 1 ou 2 doses de
bebida alcoólica.
Ferreira (2011) analisou policiais de Pernambuco obteve o resultado de 10,4% do efetivo
possui um consumo abusivo e houve cinco vezes maior de associação de chance de risco, quando
consume álcool, de forma abusiva, e estar na condição de obeso (OR 5,08; IC 1,08-23,8; p=0,03* -
análise multivariada) em relação aos que consumem ocasionalmente. Minayo et al (2008) com uma
pesquisa de coorte identificaram que 45% dos policiais militares do Rio de Janeiro estavam na
condição de consumo de álcool. Leino et al (2011) pesquisaram 1.734 policiais finlandeses
verificaram que a alta prevalência de álcool aumenta os casos de violência na atividade do serviço.
Ballenger et al (2011) associaram o consumo de álcool abusivo como estresse pesquisa com
(n=1.100) policiais americanos.
O consumo de álcool é um fator de risco influenciado por causas individuais e ambientais,
que é um problema de uma considerável parcela de policiais militares, isso, somado aos riscos da
atividade laboral, descontrole psíquico e problemas pessoais podem potencializar a chance de
desenvolvimento de doenças.
O uso do tabaco é um dos maiores fatores de risco à saúde das pessoas. Na tabela 12,
expressa os níveis de dependência ao tabaco de policiais militares do patrulhamento ostensivo e do
especializado.
Tabela 12. Níveis de dependência ao tabaco associados aos Policiais Militares, (Cuiabá, 2016).
* p≤0,05.
A maior prevalência de uso do tabaco é do patrulhamento ostensivo com 26,4%,apresentou
associação entre o nível de dependência e policiais de diferentes batalhões. Verificou-se que os
componentes da pesquisa que fumam e não fumam houve associação (OR=2,62; IC 1,31-5,25;
p=0,01*); nível de dependência categorizada em (sim e não) com PMs do 3°BPM e BOPE houve
associação com risco elevado (OR=6,19; IC 2,00-19,30; p=0,00) e nível de dependência categorizada
Níveis de dependência ao
tabaco 3°BPM BOPE Total p OR IC
n(%) n(%) n(%) p Sim 19(26,4) 4(5,5) 23(15,9) 0,01* 6,18 2,00-19,26 Não 53(73,6) 69(94,5) 122(84,1) Total 72(100) 73(100) 145(100)
61
em (muito baixo, baixo, médio, elevado e muito elevado) com oficiais e praças houve associação
(X²=9,16; p=0,05).
A tabela 13 é composta por quatrotipos de consumo diário de cigarros, existe associação
(p=0,02) entre o uso diário de cigarros entre os grupos de policiais de diferentes batalhões, sendo
prevalente o maior consumo de cigarros do patrulhamento ostensivo.
Tabela 13. Quantidade de cigarros que fuma por dia (Cuiabá, 2016).
* p≤0,05.
Constata-se que de 50 policiais militares são fumantes representando (34,4%). A maior
utilização de tabaco de policiais representa 23,4% que utilizam tabaco mais de 10 cigarros diários e
seguida de 7,6% quando utilizam de 11 a 20 cigarros e 3,4% de 21 a 30 cigarros. Logo, comparamos
utilização de tabaco de policiais militares e da população de Cuiabá, os índices são aproximados,
representam 3,4% e 3,0%, respectivamente (VIGITEL, 2014).
A prevalência do uso do cigarro, na PMERJ, é de 19,1%, e os que nunca fumaram de
68,6%, destaca que 25,4% que fumam são oficiais, suboficiais e sargentos. No presente estudo, a
prevalência de uso do tabaco é de 15,9%, e 8,22% são prevalentes de usuários de tabaco:
oficiais/suboficiais e sargentos, respectivamente, e 28,77% são soldados e cabos (MINAYO et. al,
2008),
Rzeźnicki et al (2009) pesquisaram na Polônia 102 policiais relataram que o nível de
prevalência é de 39,2%. Lam et al (2000) publicaram um estudo muito interessante com 4.468
policiais de Hong Kong expõem a elevada prevalência de riscos à saúde à exposição e consumo de
tabaco.
O estudo abordou os hábitos alimentares dos policiais militares sobre o seu tipo de
alimentação, frequência e quantidade de porções diárias coletadas pelo questionário de frequência
alimentar para população adulta amparada pelos parâmetros da VIGITEL (2014), que traz indicadores
de consumo alimentar em nível nacional, estadual e das capitais brasileiras, importante referencial
para análise dos hábitos alimentares de policiais, composta por método de análises que quantificadas
e categorizadas pelo método da pirâmide alimentar (WILLETT et al, 1985; ECK et al, 1996; HU et al,
1999; PHILIPI et al, 1999; PHILIPI et al, 2013).
Na tabela 14, apresenta os hábitos alimentares de policiais militares. As análises foram
divididas em seis categorizações principais (consumo sanduíches e lanches; alimenta fora de casa;
alimenta-se de frutas, verduras e legumes; consumo excessivo de refrigerantes e de doces).
Uso diário de cigarros 3° BPM BOPE Total p n(%) n(%) n(%) 0,02*
Não fumam ou menos de 10 39(54,2) 56(76,7) 95(65,5) Mais de 10 21(29,2) 13(17,8) 34(23,4) De 11 a 20 9(12,5) 2(2,7) 11(7,6) De 21 a 30 3(4,2) 2(2,7) 5(3,4)
Total 72(100,0) 73(100,0) 145(100)
62
Tabela 14.Hábitos alimentares dos policiais militares (Cuiabá, 2016).
3° BPM BOPE Total Alimenta-se de sanduíches e lanches? n(%) n(%) n(%) p OR IC95% Não 54(74,0) 55(75,3) 109(74,7) 1,00 Sim 19(26,0) 18(24,7) 37(25,3) 0,50 1,07 0,51-2,26
Alimenta fora de casa Não 18(25,0) 9(12,3) 27(18,6) 1,00 Sim 54(75,0) 64(87,7) 118(81,4) 0,05* 0,42 0,17-1,01
Alimenta-se de frutas e verduras? Sim 23(31,5) 9(12,3) 32(21,9) 1,00 Não 50(50,0) 64(87,7) 114(78,1) 0,00* 0,30 0,13-0,72
Alimenta-se de legumes? Sim 29(49,2) 13(19,7) 42(33,6) 1,00 Não 30(50,8) 53(80,3) 83(66,4) 0,00* 3,94 1,78-8,70
Consumo excessivo de refrigerante Não 12(16,7) 1(1,4) 13(9,0) 1,00 Sim 60(83,3) 71(98,6) 131(91,0) 0,00* 0,70 0,00-0,55
Consumo excessivo de doces Não 50(68,5) 64(87,7) 114(78,1) 1,00 Sim 23(31,5) 9(12,3) 32(21,9) 0,00* 3,27 1,39-7,69
* p≤0,05.
A prevalência do consumo excessivo de refrigerantes 114(78,1%), baixo consumo de frutas
e verduras 114(78,1%), legumes 83(66,4%) e a alta frequência de consumo alimentar fora de casa
118(81,4%), apresenta os principais hábitos alimentares dos policiais militares.
Das categorias analisadas, todas se associaram com os grupos de policiais de diferentes
batalhões (p<0,05), exceto, a alimentação de sanduíches e lanches. A chance de risco de não comer
frutas e verduras e beber excessivamente refrigerantes tem relação associativa com os policiais
militares do patrulhamento ostensivo e especializado que são de 70,0% e 30,0%, respectivamente.
Para servir de parâmetro para análise das recomendações saudáveis, selecionamos o
aspecto alimentar “consumo de frutas e hortaliças”, segundo World Health Organization recomenda a
ingestão diária de pelo menos 400 gramas (cinco porções ou unidades) de frutas e hortaliças. Os
indicadores da análise de hábito alimentar são adaptados da VIGITEL (2014). O consumo regular de
frutas é de 21,9% (IC 0,13-0,72), dos policiais participantes da pesquisa, enquanto, dos habitantes do
município de Cuiabá-MT resulta em 32,0% (IC 0,25-0,38).
Angelin e Brusnello (2015) investigaram o processo de consumo alimentar de policiais do
Sul do Brasil são alternados em virtude dos turnos de trabalho, sono e distúrbios relacionados à
saúde, mostraram que o consumo envolve gêneros alimentares não saudáveis com elevada
frequência e quantidade de lanches rápidos, “beliscadas” e excesso de doces e refrigerantes.
A comparação das médias da amostra referente às variáveis antropométricas. Na tabela 15,
apresentam as médias dos policiais militares fumantes possuem as maiores médias antropométricas:
IMC, RCQ e percentual de gordura (p<0,05) são maiores que dos não fumantes das categorias
denominadas álcool e hábitos alimentares.
63
Tabela 15. Comparação dos perfis antropométricos com variáveis de fatores de risco (Cuiabá, 2016).
* p≤0,05, Test t
O consumo de álcool resultou, somente, diferença significante na variável relação quadril-
cintura (p<0,05), no entanto, a comparação dos hábitos alimentares não houve nenhuma diferença
entre os grupos (p>0,05). Os níveis de associação e de comparação tabágica de policiais militares
mostraram que é um dos fatores de risco que tem forte ligação ao prejuízo à saúde desses
profissionais, apresentados nas tabelas 12,13,14 e 16.
A análise da comparação destes três fatores de risco com os principais perfis
antropométricos, tabela 15, percebe-se que o hábito de fumar associou-se aos referenciais nocivos à
saúde e diferem de outros grupos que possuem escores antropométricos dentro da normalidade. O
hábito de fumar é considerado um problema de saúde pública, vetor das principais causas de morte e
incapacidades na população mundial incluindo policiais (LEYK et al, 2015; WHO, 2014;
ZIMMERMANN et al, 2012; FERREIRA et al, 2011; INCA, 2006; ADAB et al, 2005).
A tabela 16 apresenta os fatores de risco vinculados ao estilo de vida de policiais militares
do patrulhamento ostensivo e especializado, associados com a variável independente, nível de
inatividade física, divididos em dois grupos (sim – insuficientemente ativos e não – ativos).
Variáveis de fatores de risco IMC RCQ G% n XS p XS p XS p
Álcool Consome álcool 66 27,48 3,50
0,75 0,91 0,04
0,01* 20,06 6,90
0,60 Consome abaixo do limite 80 27,70 4,27 0,90 0,04 19,53 5,52
Tabaco
Fuma 51 28,55 4,17 0,01*
0,92 0,04 0,03*
22,13 6,22 0,00*
Não fuma 95 27,02 3,67 0,90 0,05 18,40 5,73
Hábitos alimentar
Hábito alimentar irregular 101 27,72 4,04 0,42
0,90 0,04 0,38
19,68 6,36 0,86
Hábito alimentar regular 43 27,16 3,47 0,91 0,04 19,87 5,70
64
Tabela 16. Fatores de risco associados à inatividade de policiais militares (Cuiabá, 2016).
Fisicamente inativo
Fatores de risco Sim Não Total
n(%) n(%) n(%) p OR IC(95%)
Tabaco
0 cigarro 58(55,8) 44(73,3) 92(63,0) 0,03*
1,00** 1,06-4,44
>1 cigarro 38(44,2) 16(26,7) 54(37,0) 2,17
Consumo de álcool
<2doses de álcool 51(59,3) 29(48,3) 80(54,8) 0,19
1,00 0,80-3,02
> 2 doses de álcool 35(40,7) 31(51,7) 66(45,2) 1,55
Excesso de massa corporal
IMC < 25,9 39(45,3) 17(28,3) 56(38,4) 0,03*
1,00 0,23-0,96
IMC >26 47(54,7) 43(71,7) 90(61,6) 0,47
Circunferência abdominal
≤ 94 cm 50(58,1) 23(38,3) 73(50,0) 0,01*
1,00 0,23-0,88
> 94 cm 36(41,9) 37(61,7) 73(50,0) 0,44
Hábitos Alimentares < 5 porções de frutas e verduras
diárias/consumo irregular de 5 ou mais
dias de frutas e verduras
46(82,1) 55(62,5) 101(70,1)
0,01*
1,00
0,16-0,81 >5 porções de frutas e verduras
diárias/consumo regular de 5 ou mais
dias de frutas e verduras
10(17,9) 33(37,5) 43(29,9) 0,36
*p≤0,05. **Valores de referências.
Na tabela 16, o parâmetro de análise é a inatividade física por que é um parâmetro de base
epidemiológica para constatar o processo de desenvolvimento ou não de doenças crônicas. Estudos
vinculam o comportamento sedentário com risco à saúde (xxxxx) Desta forma, a associar o processo
sedentário do policial militar, com as variáveis dependentes (fatores de risco): utilização de tabaco,
consumo de álcool, excesso de massa corporal, circunferência abdominal e hábitos alimentares,
sendo, as principais variáveis analisadas com as categorias baseadas em protocolos validados
internacionalmente.
Observa-se que os fatores de risco que se associam com a inatividade física são utilização
de tabaco, excesso de massa corporal, circunferência abdominal e hábitos alimentares, logo, o
consumo de álcool não houve associação entre os grupos de ativos e inativos.
O uso do tabaco é a principal causa de mortes evitável no mundo (MUAKAD, 2014).
Periódicos apresentam a associação do tabaco com a inatividade física em policiais com potenciais
de fatores de risco (DATTA et al, 2015; WALTERMAURER, AKERS, 2013; RAJARATNAM et al,
2011; COSTA et al, 2007).
65
O excesso de massa corporal dos policiais militares é analisado pelo IMC, que neste caso, é
o excesso de massa corpórea, acúmulo de volume de tecido adiposo, representando risco à saúde
desenvolvendo doenças metabólicas e cardiovasculares (CALAMITA et al, 2010).
Comparando a prevalência de excesso de massa corporal, os policiais estão com 61,6%
enquanto a população de Cuiabá de 60,1% (VIGITEL, 2014). A proporção de prevalência do excesso
de massa corporal entre policiais e a população de Cuiabá são aproximados constatando que
possuem os mesmos estilos de vida para desenvolver este fator de risco. Para atividade policial
militar, o excesso de massa corporal representa problemas à saúde e prejuízo no desempenho
profissional observando que 53,0% dos policiais militares estão em situação de risco no
desenvolvimento de doenças metabólicas.
A obesidade abdominal é a quantidade de tecido adiposo visceral, que está diretamente,
associada aos fatores de risco no desenvolvimento de doenças cardiovasculares em policiais de todo
mundo, sendo determinado pela inatividade física e o estilo de vida não saudável (LEISCHIK et al,
2015; ZIMMERMAN et al, 2012; ZIMMERMAN et al, 2012; MINAYO et al, 2008; THARKAR et al,
2008).
Verificou-se que 50,0% de toda amostra da pesquisa está acima dos limites do perímetro
abdominal, sendo que 56,0% dos policiais militares estão em situação de risco de desenvolvimento
de doenças cardiovasculares. A proporção de PMs masculinos com obesidade abdominal tem uma
prevalência no Rio Grande do Sul de 37,0% (BARBOSA; SILVA, 2013), em uma cidade da região
Sudeste do Brasil de 32,10% (SANTANA et al, 2012), no Nordeste brasileiro (BRAGA FILHO;
D’OLIVEIRA JR, 2013) e estudos sobre os índices elevados de fatores de risco: obesidade,
circunferência abdominal e inatividade física (INÁCIO, 2012; JESUS e JESUS, 2012).
Com relação aos hábitos alimentares, existe associação com o nível de atividade física de
policiais militares que apresenta elevada prevalência de baixo consumo de frutas e verduras com
101(70,1%) com risco de 64,0% no desenvolvimento de doenças metabólicas. Observando os
resultados da comparação com antropométrica (p>0,05), tabela 15, e a associação dos hábitos
alimentares com a inatividade física (p<0,05), tabela 16, não possuem o mesmo resultado estatístico
esperado, apesar de serem cálculos estatísticos diferentes, no entanto, deve-se atentar que o
resultado da associação pode ser um fator preocupante de risco à saúde de policiais militares, pois
constata o provável desenvolvimento de fator de risco.
Na tabela 17, apresenta as co-morbidades que contribuem para ação dos fatores de risco
que confrontam com a associação da inatividade física de policiais militares, categorizadas pelo “sim”
que são os policiais insuficientemente ativos, e “não” ativos. A organização dos dados estatísticos foi
feita por linhas, diferente de outras tabelas que foram por coluna.
66
Tabela 17. Co-morbidades que levam aos Fatores de risco associados à inatividade de policiais militares
(Cuiabá, 2016).
INATIVIDADE FÍSICA
VARIÁVEIS Sim Não Total
n(%) n(%) n(%) p OR IC(95%)
IDADE
< 45 anos 76(88,4) 52(86,7) 128(87,7) 1,00
>45 anos 10(11,6) 8(13,3) 18(12,3) 0,75 0,85 0,31 - 2,31
USO DE TABACO
≤ 1 cigarro 48(55,8) 44(73,3) 92(63,0) 1,00
> 1 cigarro 38(44,2) 16(26,7) 54(37,0) 0,03* 2,17 1,06 - 4,44
CONSUMO DE ÁLCOOL
0 - 2 doses de álcool 51(59,3) 29(48,3) 80(54,8) 1,00
2 < doses de álcool 35(40,7) 31(51,7) 66(45,2) 0,19 1,55 0,80 - 3,02
HÁBITOS ALIMENTARES
Frequência de consumo de frutas
< 5 porções de frutas e verduras
diárias/consumo irregular de 5 ou mais dias
de frutas e verduras
46(82,1) 55(62,5) 101(70,1)
0,01*
1,00
>5 porções de frutas e verduras
diárias/consumo regular de 5 ou mais dias
de frutas e verduras
10(17,9) 33(37,5) 43(29,9) 0,36 0,16-0,81
EXCESSO DE MASSA CORPÓREA
IMC<26 39(45,3) 17(28,3) 56(38,4) 1,00
IMC>26 47(64,4) 43(71,7) 90(61,6) 0,03* 0,47 0,23 - 0,96
CIRCUNFERÊNCIA ABDOMINAL
<94 cm 50(58,1) 23(38,3) 73(50,0) 1,00
>94 cm 36(41,9) 37(61,7) 73(50,0) 0,01* 0,44 0,29 - 0,87
CIRCUNFERÊNCIA CINTURA
<90 cm 52(60,5) 28(46,7) 80(54,8) 1,00
>90 cm 34(39,5) 32(53,3) 66(45,2) 0,09 0,57 0,29 - 1,11
RELAÇÃO CINTURA QUADRIL
<94 cm 29(33,7) 19(31,7) 48(32,9) 1,00
>94 cm 57(66,3) 41(68,3) 98(67,1) 0,79 0,91 0,29 - 1,11
UTILIZAÇÃO DE REMÉDIOS
Não 38(59,4) 26(40,6) 64(100) 1,00
Sim 48(58,5) 34(41,5) 82(100) 0,91 0,96 0,45-1,84
DIABETES
Não 64(74,4) 41(68,3) 105(71,9) 1,00
Sim 22(25,6) 19(31,7) 41(28,1) 0,42 0,74 0,35 - 1,53
HIPERTENSÃO
Não 66(76,7) 49(81,7) 115(78,8) 1,00
Sim 20(23,3) 11(18,3) 31(21,2) 0,47 1,35 0,59 - 3,07
Aptidão cardiorrespiratória (VO2máx)
Boa 47(81,0) 83(94,3) 130(89,0) 0,01*
1,00 0,08-0,78
Ruim 11(19,0) 5(5,7) 16(11,0) 0,25
*p≤0,05
A presença das onze variáveis, na tabela 17, para analisar de maneira mais ampla, as
morbidades relacionadas ao estudo de fatores de risco, destacam-se as maiores prevalências dentro
dos grupos ativos e inativos são: aptidão cardiorrespiratória (89,0%), idade menor de 45 anos
(87,7%), não hipertensos (78,8%), policiais que não consumem frutas e verduras ou abaixo da
quantidade recomendada (78,1%) e não diabéticos com (71,9%).
67
Dos comportamentos investigados de comorbidades para verificar a atribuição do potencial
de fatores de risco e de desenvolvimento de doenças tem pouca influência em explicar os fenômenos
de risco em policiais militares: idade, álcool, circunferência de cintura, relação cintura quadril,
utilização de remédios, diabetes e hipertensão, não são significantes, quando associadas com a
inatividade física. Por outro lado, o uso de tabaco, medidas de circunferência abdominal, hábitos
alimentares, excesso de massa corporal e aptidão cardiorrespiratória tem associação com a
in/atividade física (p<0,05), na tabela 17.
Os policiais militares com excesso de massa corporal possuem uma chance de risco maior
de 53,0% a mais do que não estão acima dos limites de massa corporal. Da mesma forma, ocorrendo
com policiais que estão acima do perímetro de circunferência abdominal com 56,0% a mais de
chance de risco do que apresentam a circunferência dentro da normalidade. A amostra que possuem
a aptidão cardiorrespiratória “ruim” tem 75% de chance de risco, a mais que os policiais ativos e que
possuam a aptidão cardiorrespiratória classificada como “boa”.
Até a tabela 17, as análises ocorreram por meio de associações segmentadas entre os
fatores de risco com as variáveis independentes vinculadas ao estilo de vida de policiais militares. As
tabelas, a seguir, apresentaram análises associativas bivariadas ou de somatórias de fatores com as
respectivas chances de risco e intervalos de confiança de cada tópico associativo.
Quando envolver a associação entre hábitos alimentares serão realizadas, somente, pelo
consumo de frutas e verduras justificado pela delimitação das sub-variáveis e escolha uma
complexidade dos hábitos alimentares dos profissionais de segurança pública.
A tabela 18 traz a perspectiva de análise associativa das somatórias dos comportamentos
de risco, que ocorrem em simultaneidade dentre os policiais militares das diferentes unidades de
policiamento, cujo acúmulo das variáveis (soma) dos fatores de riscos ocorreram com tabaco, álcool,
inatividade física, excesso de massa corporal, circunferência abdominal e hábitos alimentares
enquadra cada policial militar que possuem um tipo de nível de conjunto de fatores de risco.
Os somatórios de comportamentos de riscos foram realizados pelo método de intersecções
de comportamentos enquadrando-os em categorias, que foram dispostas em níveis de quantidades
de fatores de risco. Inicia-se pelo nenhum tipo de fator de risco (zero comportamento de risco) até o
acúmulo de seis fatores de risco, de acordo com a quantidade torna o estilo de vida maior ou menor a
possibilidade de desenvolvimento de doenças crônicas não comunicáveis.
68
Tabela 18. Somatória da prevalência de comportamentode risco em policiais militares (Cuiabá, 2016).
Variáveis Somatório dos comportamentos de risco*
Zero 1 2 3 4 5 6 Total
Total p n(%) n(%) n(%) n(%) n(%) n(%) n(%)
3(2,1) 19(13,0) 30(20,5) 46(31,5) 30(20,5) 11(7,5) 7(4,8) 146(100)
Categoria de etária
≤45 anos 0,37
0(0,0) 2(11,1) 2(11,1) 5(27,8) 3(16,7) 5(27,8) 1(5,6) 18(100)
≥45 anos 1(0,8) 4(3,1) 20(15,6) 49(38,5) 33(25,8) 16(12,5) 5(3,9) 128(100)
Batalhão
3° BPM 0,68
1(1,4) 3(4,1) 11(15,1) 26(35,6) 15(20,5) 13(17,8) 4(5,5) 73(100)
BOPE 0(0,0) 3(4,1) 11(15,1) 28(38,4) 21(28,8) 8(11,0) 2(2,7) 73(100)
Cargos Militares
Oficiais 0,47
0(0,0) 2(13,3) 4(26,7) 2(13,3) 6(40,0) 1(6,7) 0(0,0) 131(100)
Praças 1(0,8) 4(3,1) 18(13,7) 52(39,7) 30(22,9) 20(15,3) 6(4,6) 15(100)
Escolaridade
Superior 0,80
0(0,0) 1(2,3) 5(11,6) 18(42,0) 10(23,3) 6(14,0) 3(7,0) 103(100)
Ensino médio 1(1,0) 5(4,9) 17(16,5) 36(35,0) 26(25,2) 15(14,6) 3(2,9) 43(100)
Tipo de serviço
Operacional 0,48
1(1,7) 2(3,4) 8(13,6) 18(30,5) 19(32,2) 8(13,6) 3(5,1) 59(100)
Administrativo 0(0,0) 4(4,6) 14(16,1) 36(41,4) 17(19,5) 13(14,9) 3(3,4) 87(100)
Turno de serviço
8 a 12 horas 0,06
1(0,9) 4(3,4) 17(14,5) 42(35,9) 29(24,8) 19(19,2) 5(4,3) 117(100)
24 horas 0(0,0) 2(6,9) 5(17,2) 12(41,4) 7(24,1) 2(6,9) 1(3,4) 29(100)
Percepção de saúde
Negativa 0,93
0(0,0) 0(0,0) 0(0,0) 2(40,0) 2(40,0) 1(20,0) 0(0,0) 5(100)
Positiva 1(0,7) 6(4,3) 22(15,6) 52(36,9) 34(24,1) 20(14,2) 6(4,3) 141(100)
VO2Máx
Ruim 0,49
0(0,0) 0(0,0) 2(12,5) 5(31,3) 4(25,0) 16(12,3) 0(0,0) 16(100)
Bom 1(0,8) 6(4,6) 20(15,4) 49(37,7) 32(24,6) 5(31,3) 6(4,6) 130(100)
Circunf. Abdominal
>94 cm 0,00*
0(0,0) 0(0,0) 5(6,8) 18(24,7) 25(34,2) 19(26,0) 6(8,2) 73(100)
<94 cm 1(1,4) 6(8,2) 17(23,3) 36(49,3) 11(15,1) 2(2,7) 0(0,0) 73(100)
Excesso de Massa
Corporal
IMC < 25,9
0,00* 0(0,0) 1(1,1) 6(6,7) 25(27,8) 31(34,4) 21(23,3) 6(6,7) 90(100)
IMC >26 1(1,8) 5(8,9) 16(28,6) 29(51,8) 5(8,9) 0(0,0) 0(0,0) 56(100)
RCQ
>0,90(risco) 0,89
1(1,0) 4(4,1) 15(15,3) 36(36,7) 25(25,5) 12(12,2) 5(5,1) 98(100)
<0,90 0(0,0) 2(4,2) 7(14,6) 18(37,5) 11(22,9) 9(18,8) 1(2,1) 48(100)
Presença de
diabetes/hipertensão
Sim 0,00*
0(0,0) 0(0,0) 9(14,1) 16(25,0) 20(31,3) 16(25,0) 3(4,7) 64(100)
Não 1(1,2) 6(7,3) 13(15,9) 38(46,3) 16(19,5) 5(6,1) 3(3,7) 82(100)
69
*p≤0,05. Os fatores de risco associados para a soma dos comportamentos são: 1.tabaco, 2.consumo de álcool,
3.hábitos alimentares, 4.inatividade física, 5.excesso de massa corpórea e 6.circunferência abdominal, com estimativa de chance de risco podem impactar na saúde incluindo os intervalos de confiança (IC95%).
A prevalência dos fatores de risco é maior entre os policiais militares que possuem três
comportamentos de risco acumulados (31,5%), seguido de dois e quatro fatores de risco (20,5%).
Os sujeitos que possuem somente um comportamento de risco (13,0%) ou nenhum (2,1%)
apresentam menores porcentagens, que as demais categorias são nocivas à saúde. Observa-se que
os policiais do patrulhamento ostensivo e especializado apresentam vários fatores de risco somados
ao seu estilo de vida, fato que pode impactar, negativamente, favorecendo o desenvolvimento de
doenças crônicas não comunicáveis (metabólicas e cardiovasculares).
Houveram associações entre variáveis de fatores de risco e as quantidades de
comportamentos de risco em policiais militares foram circunferência abdominal, obesidade e a
presença de diabetes e hipertensão.
Em outros estudos com população de trabalhadores civis de indústria analisaram quatro
fatores de risco: tabaco, consumo de álcool, inatividade física no lazer e consumo inadequado de
frutas e verduras para associar com o nível de atividade física (TASSITANO et al, 2010).
Tassitano et al (2010) apresentaram a prevalência da simultaneidade de comportamento de
risco à saúde com relação aos que possuem nenhum tipo de comportamento risco é 21,8% maior que
o resultado encontrado em policiais do patrulhamento ostensivo e especializado de 2,1%. E quando
se apresenta os resultados de três ou comportamentos agregados/combinados, os trabalhadores da
indústria possui 11,80%, enquanto, os policiais militares apresentam 64,30%, uma diferença de cinco
vezes maior que trabalhadores civis. Pode-se concluir os comportamentos de risco influenciam
negativamente policiais militares aos hábitos saudáveis. Verificam-se os referenciais que seguem a
mesma linha de análisede fatores de risco (BRITO et al, 2015; MUNIZ et al, 2012; LOCH et al, 2015;
FUKUDA et al, 2005).
A tabela 19 apresenta as análises bivariadas de simultaneidade das co-morbidades
(intersecção de fatores de riscos simultâneos) que afetam à saúde de policiais com suas chances de
risco estabelecidas nos intervalos de confiança e nível de significância de 95%.
70
Tabela 19. Análise bivariada da simultaneidade de fatores de risco com as variáveis do estilo de vida
que afetam à saúde de policiais militares (Cuiabá, 2016).
Variável
Fumo-Álcool Fumo-Inativo Fumo-HA** Álcool-Inativo Álcool-HA** Inativo-HA**
OR IC95%
p OR
IC95%
p OR
IC95%
p OR
IC95
p OR
IC95%
p OR
IC95%
p
Idade
≤45 anos 1,00 0,39-3,26 1,00 0,49-4,61 1,00 0,35-3,20 1,00 0,24-1,85 1,00 0,30-2,27 1,00 0,26-2,00
≥45 anos 1,14 p=0,80 1,50 p=0,46 1,06 p=0,91 0,67 p=0,44 0,82 p=0,70 0,72 p=0,52
Batalhão
3° BPM 1,00 0,99-4,20 1,00 1,10-5,88 1,00 0,67-3,00 1,00 0,95-3,60 1,00 0,58-2,76 1,00 0,61-2,26
BOPE 2,05 p=0,04* 2,54 p=0,02* 1,42 p=0,35 1,83 p=0,06 0,51 p=0,05* 1,18 p=0,61
Cargos Militares
Oficiais 1,00 0,14-1,97 1,00 0,54-2,53 1,00 0,02-1,37 1,00 0,24-2,14 1,00 0,26-2,34 1,00 0,18-1,71
Praças 0,53 p=0,33 0,54 p=0,43 0,17 p=0,06 0,72 p=0,55 0,78 p=0,66 0,55 p=0,30
Escolaridade
Superior 1,00 0,31-1,55 1,00 0,32-1,95 1,00 0,40-2,07 1,00 0,31-1,32 1,00 0,97-4,90 1,00 0,33-1,42
Ensino médio 0,69 p=0,37 0,80 p=0,61 0,92 p=0,84 0,64 p=0,22 2,81 p=0,05* 0,69 p=0,31
Tipo de serviço
Administrativo 1,00 0,31-1,35 1,00 0,18-1,06 1,00 0,42-1,89 1,00 0,20-0,78 1,00 0,37-1,48 1,00 0,31-1,22
Operacional 0,64 p=0,24 0,43 p=0,06 0,89 p=0,77 0,39 p=0,00* 0,74 p=0,39 0,62 p=0,16
Turno de serviço
8 a 12 horas 1,00 0,49-2,99 1,00 0,38-2,83 1,00 0,38-2,35 1,00 0,59-3,07 1,00 0,41-2,29 1,00 0,46-2,38
24 horas 1,21 p=0,67 1,04 p=0,58 0,94 p=0,90 1,34 p=0,47 0,97 p=0,95 1,05 p=0,89
Percepção de saúde
Positiva 1,00 0,57-21,93 1,00 0,41-16,13 1,00 0,30-11,70 1,00 0,51-42,90 1,00 0,56-2,13 1,00 0,18-4,80
Negativa 3,53 p=0,15 2,57 p=0,29 1,87 p=0,49 4,67 p=0,13 0,34 p=0,23 0,77 p=0,78
Aptidão
cardiorrespiratória
Bom 1,00 0,87-7,20 1,00 1,16-10,14 1,00 0,82-6,91 1,00 0,53-4,30 1,00 0,23-1,88 1,00 0,42-3,40
Ruim 2,51 p=0,07 3,43 p=0,02* 2,38 p=0,10 1,50 p=0,44 0,66 p=0,43 1,20 p=0,72
Circunf. Abdominal
<94 cm 1,00 0,77-3,20 1,00 0,58-2,84 1,00 0,78-3,44 1,00 0,28-1,04 1,00 0,53-2,09 1,00 0,25-0,94
>94 cm 1,57 p=0,21 1,28 p=0,54 1,64 p=0,19 0,54 p=0,06 1,06 p=0,86 0,48 p=0,03*
RCQ
<0,90 1,00 0,70-3,31 1,00 0,75-4,78 1,00 0,44-2,11 1,00 0,70-2,81 1,00 0,37-1,63 1,00 0,30-1,26
>0,90 1,52 p=0,28 1,90 p=0,16 0,97 p=0,94 1,40 p=0,34 0,78 p=0,51 0,61 p=0,16
Presença de
diabetes/hipertensão
Não 1,00 0,75-3,10 1,00 0,67-3,30 1,00 0,63-2,73 1,00 0,56-2,09 1,00 0,46-1,83 1,00 0,70-2,60
Sim 1,53 p=0,23 1,50 p=0,32 1,30 p=0,47 1,08 p=0,80 0,92 p=0,82 1,34 p=0,37
*p≤0,05. **HA – Hábitos alimentares;
A análise bivariada com utilização do “odds ratio” (OR) e intervalo de confiança (IC95%)
buscou-se fazer um estudo mais aprofundado de identificar os comportamentos de risco no
71
desenvolvimento de doenças crônicas em policiais militares de diferentes batalhões do Estado de
Mato Grosso.
As variáveis que associaram aos fatores de risco com intersecção/agregação simultânea
bivariada são: 1) grupo de policiais de diferentes batalhões com fumo-álcool, fumo-inativo e álcool-
hábito alimentar; 2) nível de escolaridade com álcool-hábito alimentar; 3) aptidão cardiorrespiratória
com fumo-inativo; 4) tipo de serviço e álcool-inativo e 5) circunferência abdominal e inativo-hábito
alimentar.
Os comportamentos de risco que produzem efeitos associativos são tipo de serviço com
álcool-inativo (OR=0,39; IC=0,20-0,78; p=0,00*) e a circunferência abdominal com inativo-hábito
alimentar (OR=0,48; IC=0,25-0,94; p=0,03*).
Os policiais militares que consomem álcool e são inativos associam-se com o tipo de
serviço realizado resultando em 61,0% de chance de risco à saúde, quando este atua na atividade
operacional em relação àqueles que atuam na atividade administrativa dos batalhões do
patrulhamento ostensivo e especializado.
Os policiais militares que estão no estado de inatividade física e possuem hábito alimentar
irregular (neste caso, não consumem o quantitativo de frutas e verduras dentro do recomendado)
associam-se com a medida da circunferência abdominal resultando em 52,0% de chance de risco à
saúde, quando a circunferência abdominal é igual ou maior que 94 centímetros.
A análise da simultaneidade de fatores de risco em policiais na literatura não foi encontrada,
o mesmo padrão de análise do presente estudo, vinculado à saúde foi encontrada quando associado
à questão de segurança, gerenciamento de conflito e questões psicológicas (ex: Violant et al, 2006).
Loch et al (2015) utilizaram análise multivariada envolvendo variáveis de fatores de risco
com uma pesquisa populacional, faixa etária, a partir de 40 anos ou mais, em uma cidade de médio
porte do Sul do Brasil, as bivariáveis: álcool+inatividade física e inatividade física+hábitos alimentares,
possuem os mesmos resultados de associação que o presente trabalho (mesmas variáveis de fatores
de risco trabalhadas) constata-se que ambas amostras encontra-se em situação de risco.
Tassitano et al (2010) pesquisaram trabalhadores da rede deindústria de confecções de
Caruaru-PE, realizaram análise multivariada de combinação de fatores de risco (hábito de fumo,
consumo de álcool, inatividade física, baixo consumo de frutas e verduras) não foi encontrado
significância entre álcool+inatividade física e inatividade física+baixo consumo de frutas e verduras.
Os mesmos autores publicaramuma pesquisa com 600 adolescentes da rede de escolas de
Caruaru-PE, foi observado que a simultaneidade de agregamento de quatro fatores de risco (hábito
de fumo, consumo de álcool, inatividade física, baixo consumo de frutas e verduras) estratificado por
sexo, nos rapazes, somente, o álcool e fumo estão em categorias (TASSITANO et al, 2014).
72
Destacaram-se outros trabalhos que possuíram análises multivariadas com as mesmas
formatações de pesquisa desta pesquisa contando com quatro variáveis principais com a realização
da análise estatística de odds ratio ou relação de prevalência (MUNIZ et al, 2012; PALOMO et al,
2014; HALLAL et al, 2006; LESSA et al, 2004; POORTINGA et al, 2007; SCHUIT et al, 2002; WIRTH
et al, 2013).
A tabela 20 categoriza em dois grupos de comportamentos de risco (risco elevado e risco)
que se relacionam com as variáveis dependentes bio-socio-ambientais de policiais militares,
estabelecendo o “odds ratio”, intervalo de confiança e nível de significância (p<0,05).
O critério de estabelecimento dos termos “risco elevado” e “risco” ao policial militar foi
determinado pelas quantidades de comportamentos de risco, sendo criado pelo pesquisador,
portanto, se o policial militar combinou de 1 a 2 fatores de riscos somados está enquadrado no “risco”,
e no caso de obter de 3 a 6 fatores de risco somados simultaneamente está no “risco elevado”.
73
Tabela 20. Análise dos Odds Ratio: estimativa de risco e de risco elevado dos somatórios de
comportamentos danosos à saúde (Cuiabá, 2016).
Variáveis Grupo de Comportamentos de menor e maior riscode desenvolvimento de DCNC
Risco elevado Risco Total
n(%) n(%) n(%) p OR (IC95%)
Idade
≥45 anos 13(72,2) 5(27,8) 18(100) 1,00
≤45 anos 47(36,7) 28(21,9) 128(100) 0,57 0,73 0,23 2,22
Batalhão
3° BPM 57(78,1) 16(21,9) 73(100) 1,00
BOPE 56(76,7) 17(23,3) 73(100) 0,84 1,08 0,50 2,35
Cargos Militares
Oficiais 9(60,0) 6(40,0) 15(100) 1,00
Praças 104(79,4) 27(20,6) 131(100%) 0,08 0,38 0,12 1,18
Escolaridade
Ensino médio 36(83,7) 7(16,3) 43(100) 1,00
Superior 77(74,8) 26(25,2) 103(100) 0,24 1,40 0,65 3,01
Tipo de serviço
Operacional 48(81,4) 11(18,6) 59(100) 1,00
Administrativo 65(74,7) 22(25,3) 87(100) 0,34 1,47 0,29 1,22
Turno de serviço
8 a 12 horas 94(80,3) 23(19,7) 117(100) 1,00
24 horas 19(65,5) 10(34,5) 29(100) 0,08 2,15 0,88 5,24
Percepção de saúde
Negativa 5(100,0) 0(0,0) 5(100) 1,00
Positiva 108(76,6) 33(23,4) 141(100) 0,21 1,30 1,19 1,43
Aptidão Cardiorrespiratória
(VO2Máx)
Ruim 13(81,3) 3(18,8) 16(100) 1,00
Boa 100(76,9) 30(23,1) 130(100) 0,69 1,30 0,34 4,90
Obesidade
Sim 79(87,8) 11(12,2) 90(100) 1,00
Não 34(60,7) 22(39,3%) 56(100) 0,00* 4,65 2,03 10,64
Circunf. Abdominal
<94 cm 68(93,2) 5(6,8) 73(100) 1,00
>94 cm(risco) 45(61,6) 28(38,4) 73(100%) 0,00* 8,46 3,04 23,54
RCQ
<0,90 75(76,5) 23(23,5) 98(100) 1,00
>0,90(risco) 38(79,2) 10(20,8) 48(100) 0,72 0,86 0,37 2,00
Presença de diabetes/hipertensão
Sim 55(85,9) 9(14,1) 64(100) 1,00
Não 58(70,7) 24(29,3) 82(100) 0,02* 2,53 1,08 5,92
*p≤0,05. Os fatores de risco associados para a soma dos comportamentos são: 1. tabaco, 2. consumo de álcool, 3. hábitos alimentares, 4. inatividade física, 5. excesso de massa corpórea e 6. circunferência abdominal, com estimativa de chance de risco no desenvolvimento das DCNCs, incluindo os intervalos de confiança (IC95%).
74
As variáveis dependentes: idade, batalhão, cargos militares, escolaridade, tipo de serviço,
turno de serviço, percepção de saúde, aptidão cardiorrespiratória, relação cintura quadril não
associação com os grupos de risco (comportamentos acumulados de fatores de risco).
A obesidade, circunferência abdominal e a presença de diabetes e hipertensão têm
associações significantes com os grupos de risco sendo prováveis causas determinantes das
doenças crônicas nesses grupos de profissionais de segurança.
A probabilidade de risco aos policiais militares está destacada pela significância e chance
de risco que são possíveis indicadores de desenvolvimento dos fatores de risco metabólicos e
cardiovasculares, tabela 20, evidenciados pela obesidade, circunferência abdominal e presença
diabetes e hipertensão, que podemos reforçar sua análise pelos seguintes pesquisadores (LEYK et
al, 2015; LEISCHIK et al, 2015; CHANG et al, 2015; ZIMMERMAN, 2012; MINAYO et al, 2011;
DONADUSSI et al, 2009; THARKAR et al, 2008; CHARLES et al, 2007).
Dessa forma, acrescentam a associação de indivíduos de múltiplos comportamentos de
risco (policiais) podendo ter um estilo de vida sedentário, hábitos alimentares inadequados e outros
que podem levar ao considerável aumento da prevalência ao risco de desenvolvimento de doenças
crônicas metabólicas e cardiovasculares.
A tabela seguinte referência sobre a análise associativa que inter-relaciona as prevalências
dos fatores de risco expressando os seus valores pela chance de risco, complementado pelo intervalo
de confiança e nível de significância.
Tabela 21. Análise associativa da inter-relação dos “Odds Ratio” dos fatores de risco (Cuiabá, 2016).
Álcool Insuficientemente ativos Hábitos alimentares
OR(IC95%) p OR(IC95%)p OR(IC95%)p
Fumo 0,45(0,23-0,90)p=0,02* 2,17(1,06-4,44)p=0,03* 0,35(0,16-0,80)p=0,01*
Álcool 1,56(0,80-3,03)p=0,19 1,77(0,80-3,90)p=0,15
Inativo 0,48(0,20-1,14)p=0,09
*p≤0,05. Os fatores de risco associados para o resultado dessa inter-relação são as seguintes variáveis:1.tabaco –
ato de fumar, 2.consumo de álcool, 3.hábitos alimentares, 4.inatividade física, com estimativa de chance de risco,
intervalos deconfiança e nível de significância (IC95%).
Constata-se que o ato fumar pode ter um impacto relevante no risco à saúde de policiais
militares, quando está associado ao álcool, hábitos alimentares e inatividade física. A inter-relação
do fumo-álcool de policiais representa um risco majorado de 45,0% em relação àqueles que não
possuem essa combinação de bivariável de fatores de risco.
Na tabela 21 descreve que os policiais inativos e fumam apresentam mais de duas vezes
chance de risco à saúde. Da mesma forma, essa análise pode ser feita da inter-relação entre
fumo-hábito alimentar que configura 35,0% maior de risco à saúde de policiais em relação aos que
somente fumam.
75
Palomo et al (2014) relataram no seu estudo transversal associações entre o estilo de
vida e os fatores de risco cardiovasculares de uma determinada população espanhola incluindo os
estudos de Nigg et al (2002) e Atkins; Clancy (2004), todos evidenciaram que existe risco
metabólico e cardiovascular na amostra.
A inter-relacionação dos fatores de risco que expressaramos seus valores pela correlação e
nível de significância, na tabela 22. Os valores das correlações bivariadas de comportamentos de
policiais militares.
Tabela 22. Análise correlativa da inter-relação dos fatores de risco em policiais (Cuiabá, 2016).
Correlaçõesdas intersecções dos comportamentos de riscos à saúde de policiais militares
n Fumo-inativo Fumo-HA Álcool-inativo
Álcool-HA Inativo-HA Diabetes-hipertensão
146 r(p) r(p) r(p) r(p) r(p) r(p)
Fumo-álcool 0,70 (0,00*) 0,77(0,00*) 0,25(0,00*) 0,02(0,78) 0,01(0,90) 0,09(0,24)
Fumo-inativo 0,51(0,00*) 0,41(0,00*) -0,76(0,36) 0,22(0,00*) 0,08 (0,32)
Fumo-HA 0,04(0,56) 0,15(0,07) 0,15(0,05*) 0,05 (0,47)
Álcool-inativo 0,11(0,15) 0,56(0,00*) 0,21 (0,80)
Álcool-HA 0,27(0,00*) -0,01 (0,82)
Inativo-HA 0,07(0,38)
*p≤0,05, HA – Hábitos Alimentares. Os fatores de risco correlacionados à soma dos comportamentos de
risco: 1. tabaco, 2. consumo de álcool, 3. hábitos alimentares e 4. inatividade física, com os resultados de
r=correlação e nível de significância de (IC95%).
Quando o policial é inativo e possui hábito alimentar não saudável correlaciona-se com
vários fatores bivariados que possui resultados significativos positivos, exceto aqueles os policiais
fuma e consume álcool.
Constata-se que quando ocorrem às análises de várias combinações de fatores de risco
existem correlações em: (fumo-hábitos alimentares; álcool-inativo e inativo-hábitos alimentares) todas
são fracas, exceto (fumo-HA x fumo-álcool r=0,77, fumo-HA x fumo-inativo r=0,51 e Inativo-HA x
álcool-inativo r=0,56), no entanto, não há como estimular o risco, neste caso, os resultados da tabela
22 é somente uma forma de visualizar o grau de relacionamento entre as combinações das variáveis
de fatores de risco.
A análise deste estudo identificou os principais fatores de risco (uso de tabaco, consumo de
álcool, excesso de massa corporal, circunferência abdominal e hábitos alimentares), próximo passo
associou os fatores de risco com o estilo de vida de policiais de diferentes unidades PM.
O consumo de risco de álcool de policiais é de 42,5% (elevada frequência) e 45,2% da
amostra consomem doses acima da recomendação da Organização Mundial de Saúde, constata-se
elevada prevalência dos soldados. A amostra de policiais está enquadrada em consumo de risco
“binge drinking” que pode ocasionar alterações bio-psico-sociais nesses consumidores pela forte
influência deste fator de risco (LARANJEIRA et al, 2007).
76
O tabaco é um dos fatores de risco que se destacou, nesta pesquisa,por haver elevadas e
expressivas associações com o estilo de vida dos participantes. Na análise, 15,9% estão em elevada
dependência ao tabaco é um índice nocivo à saúde desse público. Ressaltou-se que esta análise do
estudo com relação ao uso de tabaco que possuiu as maiores causas de mortalidade no mundo
associado a doenças cancerígenas e cardíacas. Por isto, é importante pesquisar as proporções e
riscos do uso de tabaco dentro da corporação policial.
Com relação aos hábitos alimentares todos foram associados menos alimentar-se de
sanduíches e lanches (tabela 14), e destaca-se, um item para análise do hábito alimentar sendo o
consumo de frutas e verduras.
Na comparação dos perfis antropométricos houve destaque na diferença de policiais
militares que fumam e não fumam, logo, o hábito alimentar e álcool não tiveram diferenças, exceto
consumo de álcool x RCQ (p<0,05).
Existiu associação entre os fatores de risco de policiais de patrulhamento ostensivo e
especializado com uso de tabaco (p=0,03), excesso de massa corporal (p=0,03), circunferência
abdominal (p=0,01) e hábitos alimentares (p=0,01), na tabela 15, e as co-morbidades dos fatores de
risco houve a aptidão cardiorrespiratória (p=0,00).
Na tabela 18, analisamos a quantidade de fatores de risco acumuladas/agregados,
simultaneamente, no estilo de vida de policiais. A maior prevalência é a soma de três
comportamentos de risco seguidos por dois e quatro comportamentos. Existiram associações entre
somatória de comportamento de risco com circunferência abdominal (p=0,00), excesso de massa
corporal (p=0,00), e da presença de diabetes/hipertensão (p=0,02), na tabela 20, todas com elevada
prevalência de risco à saúde.
A combinação do somatório dos fatores bivariados entre inatividade física, uso de tabaco,
consumo de álcool e hábitos alimentares, houve outras associações, mas destaca-se que os policiais
apresentaram os comportamentos de risco que produzem efeitos associativos e de risco: tipo de
serviço com álcool-inativo (OR=0,39; IC=0,20-0,78; p=0,00*) e a circunferência abdominal com
inativo-hábito alimentar (OR=0,48; IC=0,25-0,94; p=0,03*).
Percebe-se que quando não ocorreram associações em uma análise bivariada, pode ser
explicado este fenômeno pela existência de vários fatores de risco que influenciam, podem até
mesmo anular os resultados pelas diversas influências de outras variáveis, portanto, evidencia-se os
resultados daqueles que apresentaram forte influência de risco à saúde.
Outro ponto importante, é que nas análises segmentadas, o uso de tabaco, inatividade física
e hábitos alimentares foram fatores que possuíram associações e chances de risco expressivos
possuindo potenciais de risco à saúde. Logo, na análise acumulada de comportamento de risco e
77
bivariada tem outro tipo de relação de associação e chance de risco dependendo de outras variáveis
de análise.
Os dados apresentaram os resultados das influências dos fatores de risco em policiais
empregando meios associativos, comparativos e associativos que o estilo de vida impõe exposição
de influências negativas à saúde desses profissionais contribuindo ao desenvolvimento das doenças
crônicas metabólicas e cardiovasculares.
ESTUDO 3 – Associar os parâmetros de saúde, qualidade de vida e de sono de policiais
militares.
O objetivo deste estudo é associar os parâmetros de saúde, qualidade de vida e de sono de
policiais militares.
A qualidade de vida tem um conceito de entendimento amplo e subjetivo, é imprescindível
na atualidade, expressão que possui grande importância na vida das pessoas e, muito discutida,em
vários setores e meios sociais com inúmeros interesses para serem explorados como forma de
prevenir à saúde, marketing, hábitos alimentares saudáveis e estudos para avanço nesta área,
delimitaremos o foco analítico da qualidade de vida e de sono relacionado à saúde por meio dos
dados da coleta de pesquisa com policiais militares de patrulhamento ostensivo e especializado de
Mato Grosso.
Diversos fatores podem interferir na qualidade de vida pode ser devido ao trabalho
estressante diário, problemas do dia-a-dia, hábitos alimentares, influências dos fatores de risco entre
outras e pesquisar esses fatorestem um significado muito importante e interessante para a mudança
de estilo de vida, principalmente, de policiais militares que vive em constante exposição aos
problemas e insalubridades (BRAGA FILHO, D’OLIVEIRA, 2014; CRUZ et al, 2013; XU et al, 2012;
COSTA et al, 2010; LIPP, 2009).
Os dados de pesquisa da qualidade de vida foram obtidos por meio do questionário SF-36,
“Short Form Health Survey”, tem o objetivo de obter dados sobre as condições de saúde físico e
mental sendo realizada a análise por meio dos domínios da qualidade de vida: capacidade funcional,
limitação por aspectos físicos, dor, estado geral de saúde, vitalidade, saúde mental e aspectos sociais
e emocionais (OLIVEIRA, QUEMELO, 2014; CICONELLI et al, 1999).
As características do sono que é um importante marcador da qualidade de vida, saúde e
regulação fisiológica de policiais, fator que auxilia no desenvolvimento de suas atividades
profissionais (BERNARDO et al, 2015; ). O sono é extremamente importante com efeitos agudos e
associa-se com turno de serviço, humor e aptidão física impactando na qualidade de vida (CHARLES
et al, 2007; VIOLANT et al, 2012; GERBER et al, 2010). O protocolo utilizado na pesquisa foi
Pittssburgh Sleep Quality Index Questionnarie.
78
Analisando, preliminarmente, a associação dentre os grupos de policiais de diferentes
batalhões e os aspectos constantes no protocolo de qualidade de vida (questionário), que assim
destacamos os quais se obtiveram dentro do nível de significância: a dificuldade de realizar atividades
da vida diária, em “subir várias escadas” (p=0,01) e “andar vários quarteirões” (p=0,03).
Questionamentos sobre a condição de saúde de policiais, traduziram em algumas
perguntas, que descreveremos os resultados mais importantes: se o policial militar teve algum
problema no trabalho por motivo de saúde física? Ocorreu associação, quando realizou menos
tarefas do que ele gostaria de fazer (p=0,03), a saúde física e emocional interferiu nas atividades
sociais (p=0,02), a dor interferiu no trabalho (p=0,03), quanto ao vigor, vontade e força do policial
militar (p=0,01), se sente com muita energia (p=0,00) e quanto se sente uma pessoa feliz (p=0,03).
Na tabela 23, atribui a comparação entre o grupo de policiais militares de diferentes
batalhões e suas médias dos domínios da qualidade de vida.
Tabela 23. Comparação das médias dos domínios da qualidade de vida entre policiais (Cuiabá, 2016).
Domínios da Qualidade
de Vida
3° BPM BOPE TOTAL p IC(95%)
XS XS XS
Capacidade funcional 88,63 15,70 92,40 15,14 90,51 15,47 0,14 -8,80-1,27
Limitações aspectos físicos 73,63 33,82 78,42 31,54 76,03 32,68 0,37 -15,49-5,90
Dor 67,10 25,20 70,44 21,52 68,77 23,41 0,39 -11,00-4,32
Estado Geral de Saúde 66,18 16,51 68,74 14,77 67,46 15,66 0,32 -7,68-2,56
Vitalidade 60,62 22,60 71,64 15,57 66,13 20,11 0,00* -17,37- - 4,68
Aspectos Sociais 48,63 12,77 46,58 10,88 47,78 11,85 0,29 -1,82-5,93
Aspectos Emocionais 79,50 34,08 78,08 34,34 78,75 34,15 0,80 -9,82-12,56
Saúde Mental 69,00 19,51 74,60 19,05 71,78 19,42 0,08 -11,89-0,71
Pontuação Geral 69,18 15,48 72,63 12,60 70,90 14,16 0,14 -8,07-1,20
*p≤0,05.
A maior média geral de escore da comparação entre grupos de policiais foi da variável
“capacidade funcional” (90,51 15,47), enquanto que o menor foi “aspectos sociais” com
(47,78 11,85). As médias dos domínios da qualidade de vida dos policiais do BOPE foram maiores
do que dos policiais do 3°BPM, exceto a variável “aspectos sociais”. A “vitalidade” foi o domínio da
qualidade de vida que determina a diferença significante entre a comparação entre os grupos de
policiais de diferentes batalhões, enquanto aos demais não ocorrem.
No estudo de Oliveira, Quemelo (2014) numa pesquisa transversal com 262 policiais
militares de São Paulo obteve (86,1 ± 16,7) de escore médiode capacidade funcional e comparando
os dados da pesquisa de policiais de São Paulo com de Mato Grosso, as médias dos domínios
(limitações por aspectos físicos, dor e a pontuação totaldos escores) são muito próximos.
79
Tabela 24. Comparação das médias dos domínios da qualidade de vida entre policiais militares ativos e insuficientemente ativos (Cuiabá, 2016).
Domínios da Qualidade
de Vida
Ativos Inativos TOTAL p IC(95%)
XS XS XS
Capacidade funcional 93,47 13,63 86,03 17,06 89,75 15,35 0,00* 2,40-12,47
Limitações aspectos físicos 78,41 30,60 72,41 35,57 75,41 33,10 0,29 -5,29-17,30
Dor 71,70 22,14 64,40 24,80 68,05 23,47 0,06 0,48-15,04
Estado Geral de Saúde 69,33 14,60 64,62 16,92 67,00 16,00 0,07 -0,48-9,90
Vitalidade 70,90 18,30 59,00 20,81 67,22 19,40 0,00* 5,43-18,34
Aspectos Sociais 47,60 10,86 47,63 13,34 47,62 12,10 0,98 -4,20-4,12
Aspectos Emocionais 76,52 35,44 82,20 32,00 79,36 33,72 0,32 -17,07-5,73
Saúde Mental 74,60 19,10 67,60 19,30 71,10 19,20 0,03* 0,55-13,37
Pontuação Geral 72,81 12,83 68,01 15,63 70,41 14,23 0,04* 0,12-9,50
*p≤0,05.
Na tabela 24, a maior média foi a variável “capacidade funcional” (89,75 15,35).Na
comparação das médias de qualidade de vida de policiais militares, os ativos possuíram as maiores
médias quando comparado com os inativos. Existiramdiferençassignificantes entre as variáveis:
capacidade funcional, vitalidade,saúde mental e pontuação geral dos domínios da qualidade de vida.
A capacidade funcional estava ligada diretamente à pessoa com a pessoa ser ativa,
eapresentava média acima dos outros domínios deste estudo, pelo fato dos ativos terem maior uso do
corpo pela atividade física, dessa forma, se estende aos demais domínios da qualidade de vida, o
que pode ser melhorada pela prática regular de exercícios ou adoção de um estilo de vida mais ativo,
que previne o corpo dos efeitos nocivos causados pelo processo de envelhecimento (OLIVEIRA,
QUEMELO, 2014; NAHAS, 2006; MATSUDO, 2007).
As correlaçõesdas principais variáveis dos domínios da qualidade de vida que foram
significantescom as medidas antropométricas, nível de atividade física e de aptidão física, dispostos
na tabela 25.
Tabela 25. Correlação entre os domínios da qualidade de vida com os índices antropométricos e de aptidão física de policiais militares (Cuiabá, 2016).
Variáveis CF VIT SM Pontuação Domínio
r(p) r(p) r(p) r(p)
IMC (índice) -0,18(0,02*) -0,00(0,96) 0,03(0,69) 0,63(0,45)
RCQ (índice) -0,05(0,52) -0,15(0,05*) -0,11(0,17) -0,10(0,23)
G% (índice) -0,23(0,00*) -0,00(0,97) 0,01(0,88) 0,04(0,60)
Tempo de AF (min/sem) 0,21(0,01*) 0,22(0,00*) 0,11(0,17) 0,14(0,07)
Barra fixa (reps) 0,28(0.00*) 0,31(0,00*) 0,16(0,04*) 0,13(0,11)
Abdominal (reps) 0,18(0,02*) 0,23(0,00*) 0,11(0,17) 0,07(0,36)
Flexão de braço (reps) 0,29(0,00*) 0,30(0,00*) 0,18(0,02*) 0,17(0,03*)
VO2max (ml/kg/min) 0,25(0,00*) 0,16(0,04*) 0,14(0,08) 0,08(0,31)
Corrida 12 minutos (m) 0,27(0,00*) 0,16(0,04*) 0,14(0,07) 0,08(0,31)
80
*p≤0,05. CF – capacidade funcional, VIT – vitalidade e SM – Saúde Mental. AF – atividade física.
A capacidade funcional associou-se com o IMC, percentual de gordura, tempo de atividade
e todas as variáveis da aptidão física (p<0,05). A vitalidade associou com o RCQ, tempo de atividade
física e todas as variáveis da aptidão física (p<0,05). A saúde mental associou com o exercício de
barra fixa e a pontuação do domínio geral da qualidade de vida associou o exercício de flexão de
braço, todas as correlações significantes foram fracas.
As limitações por aspectos físicos, dor, estado geral de saúde, aspectos sociais e aspectos
emocionaisnão tiveram associações com os domínios da qualidade de vida. No entanto não houve
associação entre qualidade de vida e nível de atividade física de policiais militares das diferentes
unidades (p>0,05).
Na tabela 26, as associações que aconteceram entre os fatores de risco e co-morbidades
com os domínios da qualidade de vidapodendo estabelecer riscos metabólico e cardíaco, com os
valores respectivos de odds ratio e intervalos de confiança.
Tabela 26. Associação dos domínios da qualidade de vida e fatores de risco metabólicos e cardiovasculares (Cuiabá, 2016).
Fatores de risco
Metabólico
Domínio da
Qualidade de Vida
p OR IC
Fatores de risco
Cardíaco
Domínio da
Qualidade de Vida
p OR IC
Diabetes CF 0,00* 0,11 0,22-0,60
Hipertensão VIT 0,04* 0,50 0,25-0,98
SM 0,01* 0,44 0,21-0,88 Utilização de remédios
VIT 0,02* 0,46 0,23-0,92
Atividade física CF 0,03* 4,97 0,97-25,50
SM 0,05* 0,50 0,24-1,00 VIT 0,04* 2,01 1,02-3,94
Qualidade de sono
LAF 0,00* 4,14 2,63-15,60 Idade LAF 0,02* 7,44 0,95-57,96
EGS 0,02* 2,66 1,11-6,39 Utilização de remédios
EGS 0,01* 0,42 0,21-0,83 VIT 0,01* 2,93 1,24-6,93 VIT 0,02* 0,46 0,23-0,92 AE 0,05* 2,30 0,96-5,40 SM 0,05* 0,50 0,24-1,00
Atividade física CF 0,03* 4,97 0,97-25,50 Circunferência
abdominal CF 0,02* 0,13 0,01-1,00
VIT 0,04* 2,01 1,02-3,94
Capacidade aeróbia
CF 0,01* 0,17 0,03-0,80 Circunferência de
cintura CF 0,01* 0,10 0,01-0,89
VIT 0,02* 0,30 0,10-0,92 SM 0,04* 0,35 0,12-0,99 AE 0,04* 2,11 1,00-4,45
*p≤0,05. CF – capacidade funcional, LAF – Limitação por aspectos físicos, VIT – vitalidade, EGS – Estado geral de saúde, AE – Aspectos emocionais e SM – Saúde Mental.
Os fatores de risco metabólico possuíram uma variável a mais significante que a cardíaca.
Os fatores de risco metabólico queforam associados com os domínios da qualidade de vida (diabetes,
utilização de remédios e aptidão cardiorrespiratória)e os fatores de risco cardiovascular que
associaram aos domínios da qualidade de vida (hipertensão, utilização de remédios, circunferência
abdominal e de cintura).
A utilização de remédios foi o maior fator de chance de risco dentro das
associações,aqueles que utilizaram remédios tiveram 50%de chance de risco maior em relação à
saúde mental do policial militar do que os PMs que não usaram remédios.
81
Não se pode determinar qual fator de risco (metabólico ou cardíaco) que se manifeste o
maior risco dentre os domínios da qualidade de vida justificando pelo grande universo de variáveis de
co-morbidades que podem contribuir para determinação desse fenômeno.
A tabela 27 apresenta as variáveis independentes (grupos de policiais militares) e
dependentes (variáveis do sono) para verificar associação ou não desses fatores.
Tabela 27. Características sobre o sono de policiais militares (Cuiabá, 2016).
CARACTERISTICAS DO SONO DE POLICIAIS MILITARES Variáveis do sono 3° BPM BOPE Total Qualidade de sono n(%) n(%) n(%) p OR IC95%
Muito boa 10(13,9) 22(31,9) 32(22,7) 0,01*
Boa 45(62,5) 36(52,2) 81(57,4) Ruim 15(20,8) 6(8,7) 21(14,9) Muito ruim 2(2,8) 5(7,2) 7(5,0) Total 72(100,0) 69(100,0) 141(100,0) Qualidade de sono (categoria) Boa 55(76,4) 58(84,1) 113(80,1)
0,25 0,61 0,26-1,43 Ruim 17(23,6) 11(15,9) 28(19,9)
Latência Boa 48(50,0) 48(50,0) 96(100)
1,00 1,00 0,50-2,00 Ruim 25(50,0) 25(50,0) 50(100)
Duração Boa 32(50,0) 32(50,0) 64(100)
0,88 1,05 0,54-2,03 Ruim 39(48,8) 41(51,2) 80(100)
Distúrbio Sim 64(49,2) 66(50,8) 130(100)
0,59 0,75 0,26-2,15 Não 9(56,3) 7(43,8) 16(100)
Variáveis do sono Nível de Atividade Física (tempo de atividade física) Qualidade de sono Ativos Inativos Total p OR IC95%
Boa 65(79,3) 48(81,4) 113(80,1) 0,75 0,88 0,38-2,04 Ruim 17(20,7) 11(18,6) 28(19,9)
*p≤0,05.
Existiu associação entre a qualidade de sono e os grupos de policiais militares, com a
prevalência de 84,1% esteve entre boa e muito boa, porém quando se categorizou a qualidade de
sono em sim ou não, não houve associação (p=0,25), não se associou nível de atividade física de
policiais e a qualidade de sono (p>0.05). As demais variáveis da análise do sono: latência, duração e
distúrbio não possuiu associação entre os grupos de policiais militares.
Em referenciais em periódicos mostraram que estudos epidemiológicos, apresentaram
evidências que a qualidade de sono prejudicada pode diminuir significantemente, o estado de alerta e
atenção de policiais na sua função (SANTHI et al, 2014). A baixa qualidade de sono tem relação à
privação do sono ou qualquer distúrbio que podem associar aos riscos cardiovasculares, diabetes,
hipertensão com queda da condição de saúde física e aumento da mortalidade (VILA et al, 2006;
MARK et al, 2010; GUO et al, 2013; AKADEMIR et al, 2013; RAJARATNAM et al, 2011).
82
Tabela 28. Prevalência da somatória de comportamentode risco (seis fatores de risco) da qualidade
de vida e de sono em policias militares (Cuiabá, 2016).
Variáveis Somatório dos comportamentos de risco*
Zero 1 2 3 4 5 6 Total
Total p n(%) n(%) n(%) n(%) n(%) n(%) n(%)
Qualidade de vida
Sim 0,92
1(0,7) 6(4,4) 21(15,4) 49(36,0) 34(25,0) 19(14,0) 6(6,6) 136(100)
Não 0(0,0) 0(0,0) 1(10,0) 5(50,0) 2(20,0) 2(20,0) 0(0,0) 10(100)
Qualidade de sono
Sim 0,68
0(0,0) 3(2,8) 18(16,7) 35(32,4) 29(26,9) 17(15,7) 6(5,6) 108(100)
Não 1(2,6) 3(7,9) 4(10,5) 19(50,0) 7(18,4) 4(10,5) 0(0,0) 38(100)
*p≤0,05. Os fatores de risco associados para a soma dos comportamentos são: 1. tabaco, 2. consumo de álcool, 3.
hábitos alimentares, 4. inatividade física, 5. excesso de massa corpórea e 6. circunferência abdominal, com estimativa de chance de risco podem impactar na saúde incluindo os intervalos de confiança (IC95%).
Os maiores percentuais de qualidade de vida e de sono foram os que estão enquadrados no
“sim” (possui qualidade de vida e de sono), com a prevalência dos policiais com três comportamentos
de risco, no entanto, verifica-se que não existiu associação entre os comportamentos de risco e
qualidade de vida e de sono.
A análise da somatória dos comportamentos negativos, que envolveu a agregação de
quatro fatores de risco: inatividade física, uso de tabaco, consumo de álcool e hábitos alimentares
que se relacionam com a qualidade de vida e de sono de policiais militares na tabela 29.
Tabela 29. Análise bivariada da simultaneidade de fatores de risco com as variáveis da qualidade de vida e de sono que afetam à saúde de policiais militares (Cuiabá, 2016).
Variável
Fumo-Álcool Fumo-Inativo Fumo-HA** Álcool-Inativo Álcool-HA** Inativo-HA**
OR IC95%
p OR
IC95%
p OR
IC95%
p OR
IC95
p OR
IC95%
p OR
IC95%
p
Qualidade de vida
Sim 1,04
0,23-4,23
p=0,95 0,60
0,14-2,49
p=0,48 0,77
0,15-3,88
p=0,61 0,58
0,15-2,13
p=0,40 1,18
0,32-4,38
p=0,73 0,69
0,18-2,59
p=0,78 Não
Qualidade de sono
Sim 0,90 0,37-2,21
p=0,83 1,75
0,54-5,37
p=0,35 1,13
0,43-2,93
p=0,79 0,49
0,21-1,15
p=0,10 1,27
0,54-3,00
p=0,57 0,90
0,41-2,17
p=0,95
Não
*p≤0,05.
A tabela 29 mostra que na análise bivariada de fatores de risco com a qualidade de sono e
qualidade de sono não se associaram com as variáveis agregadas de fatores de risco.
Da mesma forma, ocorre que não existiu associação que constate a ligação de risco entre
qualidade de vida e de sono x comportamentos (elevado risco e de risco).
83
Tabela 30. Análise bivariada da estimativa de risco e de risco elevado dos somatórios de
comportamentos danosos à saúde (Cuiabá, 2016).
Variáveis Grupo de Comportamentos de maior e menor risca de desenvolvimento de DCNC
Risco elevado risco Total
n(%) n(%) n(%) P OR (IC95%)
Qualidade de vida
Sim 105(77,2) 31(22,8) 136(100) 1,00
Não 8(80,0) 2(20,0) 10(100) 0,84 0,85 0,17-4,20
Qualidade de sono
Sim 84(77,8) 24(22,2) 108(100) 1,00
Não 29(76,3) 9(23,7) 38(100) 0,85 1,08 0,45-2,60
*p≤0,05.
Os resultados das tabelas 29 e 30 não possuíram associações com as variáveis de
qualidade de vida e de sono, não sendo possível estimar a chance de risco.
Diante da temática qualidade de vida e de sono de policiais militares serem temas amplos
de estudos, a produção científica ainda é incipiente na literatura deste profissão, sendo muito
explorada com idosos, constatou-se que existe a maior utilização do protocolo de WHOOL do que SF-
36 para análise da qualidade de vida de policiais, e não foi encontrado análise de combinação e
multivariada dos fatores de risco com a qualidade de vida ou de sono.
Os resultados mostraram que as maiores médias dos domínios da qualidade de vida foram
dos policiais do especializados e ativos (tabela 23 e 24), ambas as tabelas possuem as maiores
médias para a capacidade funcional e a menor para os aspectos sociais, com poucas diferenças
significantes entre as médias dos escores.
A capacidade funcional e vitalidade foram variáveis que correlacionaram com as medidas
antropométricas, atividade física e aptidão física, verifica-se que os atributos físicos tem uma
importância reguladora na capacitação funcional e vitalidade de policiais militares.
Os odds ratio entre fatores de risco e os domínios da qualidade de vida mostraram
associaçõesque atribui àschances de risco metabólicas e cardiovasculares, na tabela 26, não houve
associação entre uso de tabaco e de consumo de álcool.
O nível de atividade física e os principais fatores de risco como uso de tabaco e o consumo
de álcool não se associaram à qualidade de vida e de sono de policiais militares de diferentes, diante
desses resultados, e discutindo com outros estudos, o nível de atividade física e a presença de
fatores de risco traz uma tendência de escores e associação de baixa qualidade de vida e de sono
(BERNARDO et al, 2015; FERREIRA et al, 2013; MINAYO et al, 2011; CALAMITA et al, 2010).
A falta de significância estatística nas análises de combinações de comportamento de risco,
na classificação de risco e bivariada pode estar relacionada à variabilidade dos grupos de
84
patrulhamento ostensivo e especializado e de ativos e inativos, pelos diferentes estilos de vida e do
emprego da metodologia de análises das variáveis.
ESTUDO 4 – Associar os níveis de atividade física e os aspectos socioambientais de policiais
militares.
O objetivo desta análise de estudo foi associar os níveis de atividade física e os aspectos
socioambientais dos policiais militares do patrulhamento ostensivo e especializado.
Os fatores sociais e ambientais têm grande relevância e importância nos estudos de saúde
pública com os modelos de indicadores para operacionalização dos determinantes socioambientais
em saúde que permitem analisar vários aspectos da vida pessoal, social, econômica, educacional, de
saúde e outras, que são muito importante para análise do estilo de vida das pessoas (SOBRAL et al,
2010; CNDSS, 2008; FIGUEIRA JR et al, 2008; SOLAR, IRWIN, 2007), e principalmente, daqueles
profissionais que trabalham para proteger o cidadão, policiais militares.
Neste estudo, delimitamos o tema aspectos socioambiental em protocolos para a pratica da
atividade física. A intenção é investigar a associação dos fatores socioambientais com o nível da
atividade física, o conjunto de comportamento de risco combinado/agregado, análise multivariada dos
principais fatores de risco e verificando os níveis de risco (elevado ou não) que representa à saúde de
policiais militares de Mato Grosso.
As variáveis socioambientais são itens de investigação do cotidiano que o policial pode viver
com frequênciano meio social e ambiental (FLORINDO, 2012;MALAVASI, 2007; LEE, 2005;
BORTONI et al., 2009). Os fatores socioambientais são variáveis que influenciam diretamente no
estilo de vida fisicamente ativo ou insuficientemente ativo de cidadãos e de policiais militares
Os resultados da tabela 31 mostram a associação das variáveis socioambientais
selecionadas com o nível de atividade física.
85
Tabela 31.Associação entre fatores socioambientais e inatividade física de policiais militares (Cuiabá, 2016).
Variáveis socioambientais
Inativos fisicamente
Ativos Inativos Total
n(%) n(%) n(%) p OR (IC95%)
Relação com a família
Boa 83(94,3) 49(86,0) 132(100,0) 1,00
Ruim 5(38,5) 8(61,5) 13(100,0) 0,08 0,71 0,84-8,75
Quando usa transporte público, atende as suas necessidades?
Sim 10(52,6) 9(47,4) 19(100) 1,00
Não 75(62,5) 45(37,5) 120(100) 0,41 0,66 0,25-1,77
Durante o dia, acha seguro caminhar, andar de bicicleta ou praticar esportes perto de sua casa?
Sim 44(73,3) 16(27,6) 60(100) 1,00
Não 44(51,8) 41(48,2) 85(100) 0,00* 2,56 1,25-5,23
Existem parques nas ruas perto de sua casa?
Sim 34(63,0) 20(37,0) 54(100) 1,00
Não 53(58,9) 37(41,1) 90(100) 0,62 1,19 0,59-2,38
O trânsito de carros, ônibus, caminhões e motos dificultam a prática de caminhada ou o uso de bicicleta perto da sua casa?
Sim 59(61,5) 37(38,5) 96(100) 1,00
Não 43(59,2) 38(40,8) 49(100) 0,79 1,10 0,54-2,22
Acha que as calçadas perto de sua casa são?
Boa 30(65,2) 16(34,8) 46(100) 1,00
Ruim 55(57,9) 40(42,1) 95(100) 0,40 1,36 0,66-2,83
Nos últimos 6 meses, tem participado de algum programa de exercício físico ou desporto organizado por alguma instituição ou programas de treinamento físico?
Sim 20(71,4) 8(28,6) 28(100) 1,00
Não 55(55,0) 45(45,0) 100(100) 0,11 2,05 0,82-5,08
Acha necessário praticar algum esporte ou exercício físico?
Sim 80(60,6) 52(39,4) 90(100) 1,00
Não 0(0,0) 3(100,0) 56(100) 0,03* 2,09 1,05-4,18
As ruas perto de sua casa são bem iluminadas à noite?
Sim 68(93,2) 5(6,8) 73(100) 1,00
Não 45(61,6) 28(38,4) 73(100) 0,00* 0,39 0,32-0,49
Onde mora?
Casa 82(62,1) 50(37,9) 132(100) 1,00
Apartamento 6(46,2) 7(53,8) 13(100) 0,26 1,91 0,61-6,02
Considera as ruas perto de sua casa boas para caminhar?
Sim 44(71,0) 18(29,0) 62(100) 1,00
Não 44(53,0) 39(47,0) 83(100) 0,02* 2,17 1,08-4,35
*p≤0,05.
Em todas as variáveis da tabela 31, existe a prevalência dos ativos fisicamente em relação
aos inativos. Dentre as variáveis socioambientais que se associam com os níveis deatividade física:
“Durante o dia, acha seguro caminhar, andar de bicicleta ou praticar esportes perto de sua casa?”
(p=0,00), “Acha necessário praticar algum esporte ou exercício físico?” (p=0,03), “As ruas perto de
86
sua casa são bem iluminadas à noite?” (p=0,00), “Considera as ruas perto de sua casa boas para
caminhar?” (p=0,02).
A variável de análise que representou a associação e odds ratio com fator de significância
para o nível de atividade física de policiais militares é “As ruas perto de sua casa são bem iluminadas
à noite?” como resultado (p=0,00; OR=0,39; IC 0,32-0,49), constando que quando as ruas são bem
iluminadas favorecem a pratica da atividade física desses sujeitos.
Gomes et al (2011) analisaram estilo de vida com idoso com variáveis combinadas ( com
amostras em três cidades do Brasil), a presença de calçadas nas ruas próximas foi o único fator
ambiental percebido associado à caminhada para lazer em sentido negativo na cidade de Vitória.
Os resultados do cálculo do Qui quadrado das somatórias entre os comportamentos de
risco (análise de seis fatores de risco) com os fatores de risco socioambientais de policiais militares
estão na tabela 32.
87
Tabela 32. Prevalência da somatória de comportamentode risco associados com os fatores socioambientais
em PMs (Cuiabá, 2016)..
Variáveis Somatório dos comportamentos de risco*
Zero 1 2 3 4 5 6 Total
Total P n(%) n(%) n(%) n(%) n(%) n(%) n(%)
Relação com a família
Boa 0,20
3(2,3) 19(14,4) 26(19,7) 44(33,3) 25(18,9) 8(6,1) 7(5,3) 132(100)
Ruim 0(0,0) 0(0,0) 4(30,8) 2(15,4) 5(38,5) 2(15,4) 0(0,0) 13(100)
Quando usa transporte público, atende as suas necessidades?
Sim 0,03*
0(0,0) 2(10,5) 3(15,8) 6(31,6) 2(10,5) 2(10,5) 4(21,1) 19(100)
Não 3(2,5) 14(11,7) 27(22,5) 38(31,7) 28(23,3) 8(6,7) 2(1,7) 120(100)
Durante o dia, acha seguro caminhar, andar de bicicleta ou praticar esportes perto de sua casa?
Sim 0,38
1(1,7) 7(11,7) 7(11,7) 23(38,3) 14(23,3) 5(8,3) 3(5,0) 60(100)
Não 2(2,4) 12(14,1) 23(27,1) 23(27,1) 16(18,8) 5(5,9) 4(4,7) 85(100)
Existem parques nas ruas perto de sua casa?
Sim 0,68
0(0,0) 5(9,3) 9(16,7) 18(33,3) 16(29,6) 3(5,6) 3(5,6) 54(100)
Não 3(3,3) 14(15,6) 21(23,3) 27(30,0) 14(15,6) 7(7,8) 4(4,4) 90(100)
O trânsito de carros, ônibus, caminhões e motos dificultam a prática de caminhada ou o uso de bicicleta perto da sua
casa?
Sim 0,25
3(3,1) 11(11,5) 19(19,8) 29(30,2) 20(20,8) 10(10,4) 4(4,2) 96(100)
Não 0(0,0) 8(16,3) 11(22,4) 17(34,7) 10(20,4) 0(0,0%) 3(6,1) 49(100)
Acha que as calçadas perto de sua casa são?
Boa 0,95
1(2,2) 6(13,0) 12(26,1) 14(30,4) 8(17,4) 3(6,5) 2(4,3) 46(100)
Ruim 1(2,2) 12(12,6) 17(17,9) 31(32,6) 22(23,2) 7(7,4) 4(4,2) 95(100)
Nos últimos 6 meses, tem participado de algum programa de exercício físico ou desporto organizado por alguma
instituição ou programas de treinamento físico?
Sim 0,92
3(2,3) 17(12,9) 28(21,2) 41(31,1) 27(20,5) 9(6,8) 7(5,3) 132(100)
Não 2(2,0) 0(0,0) 1(33,3) 1(33,3) 1(33,3) 0(0,0) 0(0,0) 3(100)
Acha necessário praticar algum esporte ou exercício físico?
Sim 0,97
0(0,0) 3(2,8) 18(16,7) 35(32,4) 29(26,9) 17(15,7) 6(5,6) 108(100)
Não 0(0,0) 3(7,9) 4(10,5) 19(50,0) 7(18,4) 4(10,5) 0(0,0) 38(100)
As ruas perto de sua casa são bem iluminadas à noite?
Sim 0,64
0(0,0) 10(15,6) 13(20,3) 22(34,4) 12(18,8) 5(7,8) 2(3,1) 64(100)
Não 3(3,7) 9(11,1) 17(21,0) 24(29,6) 18(22,2) 5(6,2) 5(6,2) 81(100)
Onde mora?
Casa 0,91
0(0,0) 2(15,4) 2(15,4) 5(38,5) 3(23,1) 0(0,0) 1(7,7) 13(100)
Apartamento 3(2,3) 17(12,9) 28(21,1) 41(31,1) 27(20,5) 10(7,6) 6(4,5) 132(100)
Considera as ruas perto de sua casa boas para caminhar?
Sim 0,67
1(1,6) 7(11,3) 15(24,2) 21(33,9) 12(19,4) 2(3,2) 4(6,5) 62(100)
Não 2(2,4) 12(14,5) 15(18,1) 25(30,1) 18(21,7) 8(9,6) 3(3,6) 83(100)
*p≤0,05.Os fatores de risco associados para a soma dos comportamentos são: 1.tabaco, 2.consumo de álcool,
3.hábitos alimentares, 4.inatividade física, 5.excesso de massa corpórea e 6.circunferência abdominal, com estimativa de chance de risco podem impactar na saúde incluindo os intervalos deconfiança (IC95%).
A prevalência de comportamento de risco ocorreu em maior frequência e porcentagem
quando policiais possuem três comportamentos que são negativos à saúde. A única associação que
ocorreu nessa análise que dentre os vários fatores de risco agregado/combinado simultaneamente foi
“Quando usa transporte público, atende as suas necessidades?” (p=0,03).
88
Silva (2015) percebeu que em entrevistas com idosos que a maior parte utilizar o transporte
público pode estar associado com o nível de atividade física, podendo ser um comportamento de
risco, que para alguns idosos são fator motivador de manter uma vida ativa, pois na volta na maioria
das vez, caminham para fazer a manutenção da saúde.
Hill et al (2013) descreveram vários fatores socioambientais que são determinantes para ser
fatores de risco, a soma desses comportamentos de risco podem trazer prejuízos à saúde e
desenvolver doenças crônicas.
A análise das combinações/agregações bivariadas dos fatores de risco e os aspectos
socioambientais estão descritas, na tabela 33, com as informações dos odds ratio, intervalo de
confiança e nível de significância em 95%.
89
Tabela 33. Análise multivariada da simultaneidade de fatores de risco com as variáveis dos aspectos
socioambientaisque afetam à saúde de policiais militares (Cuiabá, 2016).
Variável
Fumo-Álcool Fumo-Inativo Fumo-HA** Álcool-Inativo Álcool-HA** Inativo-HA**
OR IC95%
p OR
IC95%
p OR
IC95%
p OR
IC95
p OR
IC95%
p OR
IC95%
p
Relação com a família
Boa 0,47
0,15-1,50
p=0,19 0,37
0,11-1,24
p=0,09 1,16
0,30-4,45
p=0,83 0,36
0,10-1,23
p=0,09 0,98
0,25-3,80
p=0,97 0,93
0,24-3,64
p=0,92 Ruim
Quando usa transporte público, atende as suas necessidades?
Sim
Não 1,76
0,65-4,76
p=0,25 1,95
0,66-5,67
p=0,21 1,83
0,66-5,08
p=0,24 1,31
0,49-3,50
p=0,58 2,22
0,79-6,22
p=0,12 2,33
0,83-6,60
p=0,10
Durante o dia, acha seguro caminhar, andar de bicicleta ou praticar esportes perto de sua casa?
Sim
Não 1,50
0,71-3,00
p=0,30 1,60
0,69-3,49
p=0,28 1,73
0,81-3,66
p=0,15 1,10
0,57-2,14
p=0,77 2,00
0,91-4,38
p=0,08 0,47
0,60-2,94
p=0,47
Existem parques nas ruas perto de sua casa?
Sim
Não 2,13
1,03-4,39
p=0,04* 0,80
0,34-1,86
p=0,59 1,87
0,87-4,00
p=0,10 0,94
0,48-1,85
p=0,86 1,81
0,82-3,97
p=0,14 1,00
0,44-2,25
p=1,00
O trânsito de carros, ônibus, caminhões e motos dificultam a prática de caminhada ou o uso de bicicleta perto da sua
casa?
Sim
Não 1,14
0,53-2,24
p=0,74 0,85
0,37-1,97
p=0,70 0,79
0,36-1,71
p=0,55 1,28
0,64-2,56
p=0,49 0,73
0,33-1,63
p=0,43 0,97
0,42-2,21
p=0,93
Acha que as calçadas perto de sua casa são?
Boa
Ruim 1,16
0,54-2,47
p=0,71 0,91
0,38-2,20
p=0,83 1,04
0,46-2,33
p=0,91 0,90
0,44-1,81
p=0,75 1,32
0,58-3,01
p=0,50 0,81
0,34-1,93
p=0,62
Nos últimos 6 meses, tem participado de algum programa de exercício físico ou desporto organizado por alguma
instituição ou programas de treinamento físico?
Sim
Não 1,01
0,41-2,47
p=0,98 0,50
0,16-1,60
p=0,23 0,95
0,36-2,50
p=0,92 0,42
0,17-1,00
p=0,05* 0,86
0,31-2,38
p=0,77 0,65
0,22-1,90
p=0,43
Acha necessário praticar algum esporte ou exercício físico?
Sim
Não 0,90
0,08-10,22
p=0,93 0,54
0,04-6,16
p=0,61 0,69
0,06-7,90
p=0,76 0,42
0,04-4,71
p=0,46 0,54
0,05-6,16
p=0,61 0,54
0,05-6,16
p=0,61
As ruas perto de sua casa são bem iluminadas à noite?
Sim
Não 1,08
0,53-2,20
p=0,83 0,81
0,36-1,83
p=0,60 1,30
0,60-2,70
p=0,52 0,80
0,41-1,54
p=0,50 1,47
0,67-3,20
p=0,33 0,98
0,44-2,16
p=0,96
Onde mora?
Casa
Apartamento 1,50
0,39-5,75
p=0,55 3,38
0,42-27,08
p=0,22 2,00
0,42-9,40
p=0,38 0,52
0,16-1,68
p=0,27 1,69
0,36-8,03
p=0,50 0,75
0,68-0,83
p=0,04*
Considera as ruas perto de sua casa boas para caminhar?
Sim
Não 1,17
0,57-2,39
p=0,66 0,87
0,38-1,96
p=0,73 1,03
0,48-2,18
p=0,95 0,99
0,51-1,92
p=0,98 1,15
0,52-2,52
p=0,72 1,05
0,48-2,33
p=0,90
*p≤0,05.
A tabela 33 apresenta vários resultados de relações entre variáveis multivariadas e os
aspectos socioambientais, houve associação com três relações: 1. Existem parques nas ruas perto de
sua casa com a combinação simultânea do uso de tabaco e consumo de álcool (p=0,04); 2. Nos
últimos 6 meses, tem participado de algum programa de exercício físico ou desporto organizado por
90
alguma instituição ou programas de treinamento físico com a combinação de consumo de álcool e
inatividade física (p=0,05) e o local onde o policial mora (casa ou apartamento) com combinação de
inatividade física e hábitos alimentares (p=0,04).
As variáveis de associação com chance de risco,significantes são duas situações: 1. O
período em que participou de algum programa de exercício físico ou desporto organizado por alguma
instituição ou programas de treinamento físico com a combinação de consumo de álcool e inatividade
física (p=0,05; OR=0,42; IC 0,17-1,00) e o local onde o policial mora (casa ou apartamento) com a
combinação de inatividade física e hábitos alimentares (p=0,04; OR=0,75; IC 0,68-0,83).
Outra análise, bivariada que categoriza os riscos, somando os comportamentos de risco
(elevado risco e de risco) no mesmo sentido das tabelas 19 e 30, e associando com os fatores de
socioambientais desses profissionais.
91
Tabela 34. Análise multivariada da estimativa de risco e de risco elevado dossomatórios de comportamentos danosos à saúde em policiais militares (Cuiabá, 2016).
Variáveis Grupo de Comportamentos de maior e menor risco de desenvolvimento de DCNC
Risco elevado risco Total
n(%) n(%) n(%) p OR (IC95%)
Relação com a família
Boa 84(63,) 48(36,4) 132(100) 1,00
Ruim 9(69,2) 4(30,8) 13(100) 0,69 1,29 0,37-4,40
Quando usa transporte público, atende as suas necessidades?
Sim 14(73,7) 5(26,3) 19(100) 1,00
Não 76(63,3) 44(36,7) 120(100) 0,38 0,61 0,21-1,83
Durante o dia, acha seguro caminhar, andar de bicicleta ou praticar esportes perto de sua casa?
Sim 45(75,0) 15(25,0) 60(100) 1,00
Não 48(56,5) 37(43,5%) 85(100) 0,02* 0,43 0,21-0,89
Existem parques nas ruas perto de sua casa?
Sim 40(74,1) 14(25,9) 54(100) 1,00
Não 52(57,8) 38(42,2) 90(100) 0,04* 0,48 0,23-1,00
O trânsito de carros, ônibus, caminhões e motos dificultam a prática de caminhada ou o uso de bicicleta perto da sua casa?
Sim 63(65,3) 33(34,4) 96(100) 1,00
Não 30(61,2) 19(38,8) 49(100) 0,60 0,83 0,41-1,69
Acha que as calçadas perto de sua casa são?
Boa 27(58,7) 19(41,3) 46(100) 1,00
Ruim 64(67,4) 31(32,6) 95(100) 0,31 1,45 0,70-3,00
Nos últimos 6 meses, tem participado de algum programa de exercício físico ou desporto organizado por alguma instituição ou programas de treinamento físico?
Sim 16(57,1) 12(42,9) 28(100) 1,00
Não 63(63,0) 37(37,0) 100(100) 0,57 1,78 0,55-3,00
Acha necessário praticar algum esporte ou exercício físico?
Sim 84(63,6) 48(36,4) 132(100) 1,00
Não 2(66,7) 1(33,3) 3(100) 0,91 1,14 0,10-12,94
As ruas perto de sua casa são bem iluminadas à noite?
Sim 41(64,1) 23(35,9) 64(100) 1,00
Não 52(64,2) 29(35,8) 81(100) 0,99 1,00 0,51-2,00
Onde mora?
Casa 84(63,6) 48(36,4) 132(100) 1,00
Apartamento 9(69,2) 4(30,8) 13(100) 0,69 1,27 0,38-4,40
Considera as ruas perto de sua casa boas para caminhar?
Sim 39(62,9) 23(37,1) 62(100) 1,00
Não 54(65,1) 29(34,9) 83(100) 0,79 1,10 0,55-2,18
*p≤0,05.*p≤0,05, ***A.M.- Avaliação Metálica.Os fatores de risco associados para a soma dos comportamentos são:
1.tabaco, 2.consumo de álcool, 3.hábitos alimentares, 4.inatividade física, 5.excesso de massa corpórea e 6. circunferência abdominal, com estimativa de chance de risco no desenvolvimento das DCNCs incluindo os intervalos deconfiança (IC95%).
Dentro das características da amostra, que relaciona nessa tabela, à somatória de
quantidade de comportamentos de risco e aspectos socioambientais, verifica-se que dentro da
perspectiva dos policiais militares, os quais não acham durante o dia ser seguro caminhar, andar de
bicicleta ou praticar qualquer esporte próximo da sua casa e sobre a não existência de parques
92
próxima em locais públicos próximo de sua casa estão associados ao risco elevado com maior
número de comportamentos simultâneos de risco que podem levar ao desenvolvimento doenças
crônicas.
Constata-se que em 43,0% dos casos de policiais militares que não acham seguro praticar
atividade física em suas variadas formas próximo da sua casa (p=0,02; OR=0,43; IC 0,2-0,89) e em
48,0% não possuem parques próximos de casa (p=0,04; OR=0,48; IC 0,23-1,00) estão associados às
maiores somatórias de comportamentos de risco tornando sujeitos considerados em “elevado risco”
para possível desenvolvimento de doenças crônicas.
Silva (2015) questionou sobre a qualidade das calçadas nos arredores das residências dos
idosos, 50% dos participantes consideram “boa”. No entanto, 55,8% desses não consideram boa a
qualidade das ruas para caminhada ou prática de atividade física.
Gomes et al. (2011) descreveram que a prática da caminhada como atividade física está
associada aos fatores pessoais, pode-se destacar a menor idade, maior nível educacional e melhor
percepção de saúde dos resultados da pesquisa.
O tema que abordam os fatores determinantes sociais e ambientais é de grande relevância
para saúde pública e ganha cada vez mais espaço. Essa análise trata-se do dia-a-dia social e
ambiental do policial militar e a intenção verificarem as possíveis associações com a in/atividade
física e os fatores de risco.
Os resultados demonstraram que as variáveis de fatores ambientais foram mais prevalentes
que os sociais. Constatando que houve associações quando os policiais responderam “Durante o dia,
acha seguro caminhar, andar de bicicleta ou praticar esportes perto de sua casa?” (p=0,00), “Acha
necessário praticar algum esporte ou exercício físico?” (p=0,03), “As ruas perto de sua casa são bem
iluminadas à noite?” (p=0,00), “Considera as ruas perto de sua casa boas para caminhar?” (p=0,02).
Quando ocorre a análise das somatórias simultâneas dos comportamentos de risco com os
aspectos socioambientais, verifica-se que ocorreu associação com o uso de transporte público. E nas
análises multivariadas, as associações ocorrem entre a participação da pratica de exercício com a
combinação de consumo de álcool e inatividade física e o local onde o policial mora (casa ou
apartamento) com a combinação de inatividade física e hábitos, constata-se que são os fatores que
mais influenciam na saúde policial.
Os comportamentos de risco que associaram com o aumento da chance de risco para
desenvolvimento de possíveis doenças crônicas é não achar seguro caminhar e praticar atividade
física próximo da sua casa e não possuem parques próximos de casa (p=0,04; OR=0,48; IC 0,23-
1,00) estão associados às somatórias de comportamentos de risco tornando sujeitos considerados
em “elevado risco” para possível desenvolvimento de doenças crônicas.
93
O estudo dos aspectos socioambientais é escasso em produção científica atual, e
principalmente, quando envolvem policiais militares, incluindo ainda, com raras análises bivariadas e
envolvendo fatores de risco.
Os fatores socioambientais na associação com os fatores de risco são muito importantes
nas pesquisas epidemiológicas, nesta análise buscou-se sentido em compreender melhor o estilo de
vida de policiais militares ativos ou inativos para conhecer as características e comportamento de
risco dos policiais militares.
94
CAPÍTULO V – CONSIDERAÇÕES FINAIS
A observação das evidências que influenciam os fatores de risco no desenvolvimento de
doenças crônicas metabólicas e cardiovasculares em policiais militares, baseou-se em
questionamentos sobre associação dos determinantes bio-socio-ambientais, tempo de caserna e
estilo de vida de policiais com o desenvolvimento de doenças metabólicas e cardiovasculares. As
análises da presente pesquisa, de acordo com os pressupostos da estrutura dessa dissertação,
permitem concluir que os fatores de risco no desenvolvimento de doenças crônicas metabólicas e
cardiovasculares têm uma associação com o estilo de vida dos policiais militares do patrulhamento
ostensivo e especializado, aptidão física, qualidade de vida, tempo de caserna e aspectos sócio-
ambientais.
Desta forma, os fatores de risco que mais se associaram ao nível insuficiente de atividade
física foram a utilização de tabaco, hábitos alimentares não saudáveis, excesso de massa corporal,
tipo de serviço, circunferência abdominal sugerindo que policiais militares, com função de
patrulhamento, abordagem, buscas rotineira, em geral, policiais militares do patrulhamento ostensivo
geral, apresentaram elevados índices de vulnerabilidade em relação à saúde física, em função do
estilo de vida não saudável.
Esses resultados apontam para a necessidade de melhor utilização dos indicadores da
avaliação física, levantamento epidemiológico dos indicadores de risco no desenvolvimento de
doenças cardiometabólicas, em programas de intervenção para a mudança de comportamento que
estão em risco e podem levar à diversos prejuízos de ordem física, profissional, familiar, pessoal e
qualidade de vida.
Os policiais militares que estão em situação de risco possuem um probabilidade elevado de
chance desenvolver DCNCs devido ao estilo de vida não saudável que os resultados da pesquisa
mostram que o tempo sentado e falta da pratica de atividade física recomendável são alguns dos
parâmetros demonstram os problemas de saúde desses profissionais.
95
REFLETINDO O FENÔMENO
O estudo investigou os fenômenos relacionados o trabalho do policial militar frente aos
fatores de risco no desenvolvimento de doenças cardiometabólicas que são um problema de saúde
pública, que afetam esses profissionais geram custos e transtornos para administração estatal.
O ponto principal da presente análise, imaginamos que futuras intervenções devam focar no
provável inibição dos principais fatores de risco que foram prevalentes em policiais militares podendo
levar à problema de saúde, desenvolvimento de doenças crônicas.
O presente estudo permitiu, pioneiramente fazer uma análise diagnóstica de um grupo de
distintos de uma mesma instituição mostrou diferenças significantes entre esses, embora outros
batalhões pudessem apresentar resultados distintos em função do estilo de vida, aspectos
socioambiental, tempo de serviço, área de trabalho, condição e tipo de serviço.
Desta forma, ampliar a presente metodologia no diagnóstico de fatores de risco e policiais
militares, poderia contribuir no conhecimento e intervenção contra o desenvolvimento das doenças
crônicas não comunicáveis e chegar ao processo de prevenção contra as doenças crônicas,
significando menos custos com afastamentos, medicamentos, aposentadorias e prejuízo ao Estado e
à sociedade.
96
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113
ANEXO I – CARTA DE AUTORIZAÇÃO DO COMANDO GERAL
114
ANEXO II – PARECER DE APROVAÇÃO DO COMITÊ DE ÉTICA - USJT
115
116
117
118
ANEXO III – TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO - TCLE
TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO PARA PMs
Eu,________________________________________________________________
_____ portador (a) do RG:_____________________ e CPF:_______________________ fui convidado para participar da pesquisa intitulada “Fatores de Risco Associados às Doenças Metabólicas e Cardiovasculares em Policiais Militares do Estado de Mato Grosso” em Cuiabá-MT com os Policiais Militares do Batalhão Operações Policiais Especiais (BOPE) e 3° Batalhão de Polícia Militar (3° BPM), tendo sido esclarecido que a pesquisa: Identificará os fatores de risco associados ao desenvolvimento das doenças metabólicas e cardiovasculares de policiais militares do Estado de Mato Grosso.
Fui informado que participarei de uma pesquisa e estou ciente de que sou voluntário para participar das etapas da pesquisa de campo através de questionários, avaliações físicas, medidas antropométricas nos dias 11 janeiro a 29 de fevereiro de 2016 (Escola Superior de Formação de Praças da Polícia Militar – ESFAP - às 07h00min e no 44° Batalhão de Infantaria Motorizada do Exército Brasileiro – 44° BIMTZ – às 07h00min).
Os questionários de pesquisa possuem 78 (setenta e oito) questões que tem objetivo de identificar fatores de risco em policiais militares compreendendo os seguintes protocolos: qualidade de vida, utilização de remédios, dependência de álcool, dependência ao tabaco, hábitos alimentares, nível de atividade física, qualidade de sono e estilo de vida, a realização da coleta de dados e o tempo estimado para responder todas as questões é de 40 minutos.
As medidas antropométricas é outro procedimento de pesquisa para coleta de dados para obter as seguintes medidas: altura, peso, circunferência de: abdômen, braço e perna e dobras cutâneas será feita a coleta de dados e o tempo estimado é de 30 minutos.
A Avaliação de Desempenho Físico será outro procedimento de coleta de dados realizado no sentido de verificar o nível de aptidão física e desempenho conforme a prevê a Portaria n° 001/QCG/CEF/2014 de 24 de março de 2015, sendo aplicados os seguintes exercícios físicos: flexão de braço, abdominais, corrida 12 minutos, barra fixa e natação. Local de aplicação dos questionários e testes será na ESFAP, tempo estimado para realização de cada teste 2 minutos e no 44° BIMTZ, tempo para execução da barra fixa 1 minuto e corrida serão 12 minutos.
Todas as etapas das coletas de dados serão muito importante para atender aos objetivos da pesquisa e contribuição científica e institucional. Os riscos serão mínimos para a aplicação das quaisquer etapas da coleta de dados, prevendo o auxílio de equipe médica e ambulância da Diretoria de Saúde da PMMT, nos locais de realização dos testes físicos, e a presença de bombeiros militares para prestar socorro, caso alguns policiais militares não conseguirem nadar e de uma psicóloga da PMMT para todas as etapas da coleta de dados, caso haja alguma manifestação psicossomática detectada.
Os benefícios da pesquisa são: conhecimento científico sobre a saúde dos policiais militares, mapeamento de desenvolvimento de doenças metabólicas e cardiovasculares, diminuição da incidência de doenças, possíveis estratégias para melhoria da saúde policial militar e divulgação dos resultados à Instituição Policial Militar para conhecimento e aplicação de estratégias institucionais.
119
Em caso de dúvidas contatarem com os pesquisadores para Contato:Prof. Maj PM Almir de França Ferraz, (065) 9265 6074 e Prof. Dr. Aylton José Figueira Junior (011) 2799.1638 ou o Comitê de Ética em Pesquisa de Seres Humanos da Universidade São Judas Tadeu pelo endereço Rua Taquari, 546, Bairro Mooca, CEP 03166-000, UF: SP, município: São Paulo, email [email protected] ou pelo telefone (011) 27991944 e fax (011) 2694-2512.
Assim, assino o presente termo, entendendo que minha participação é voluntária, e que posso desistir da participação da pesquisa em qualquer momento sem prejuízo financeiro ou moral. Confirmo que recebi cópia deste termo de consentimento assinada, a qual manterei em meu poder.
Cuiabá-MT, 10/01/2016
__________________________________________________________________________ Nome do participante Assinatura
Prof. Almir de França Ferraz – Maj PM Prof. Dr. Aylton José Figueira Junior Pesquisador Orientador
120
ANEXO IV – MODELO DE QUESTIONÁRIO DIAGNÓSTICO APLICADO
AOS POLICIAIS MILITARES
UNIVERSIDADE SÃO JUDAS TADEU
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO STRICTO SENSU MESTRADO EM EDUCAÇÃO FÍSICA
QUESTIONÁRIO - DIAGNÓSTICO DE SAÚDE DO POLICIAL MILITAR DE MATO GROSSO
Este questionário é um estudo que investiga "Os indicadores de saúde física e os fatores de risco associados ao desenvolvimento de doenças metabólicas e cardiovasculares em policiais militares do Estado de Mato Grosso”. O estudo tem o objetivo de identificar os fatores de risco associados ao desenvolvimento das doenças metabólicas e cardiovasculares de policiais militares do Estado de Mato Grosso está sendo aplicado aos policiais militares do (BOPE e 3° BPM). Os conteúdos das questões estão vinculados indagações acerca do seu estilo de vida dentro e fora do seu ambiente profissional (policial militar). Responda todas as questões para que possamos obter as informações reais sobre os fenômenos da pesquisa.
Qualquer dúvida chame o aplicador do questionário para responder as dúvidas e questionamentos.
Data da aplicação do questionário _____/____/______ Hora de início: ____________ Nome do Orientador: Prof. Dr. Aylton Figueira Junior; Nome do pesquisador: Maj. PM Almir de França Ferraz;
Nº de identificação: _________________ Nome de identificação____________________________________; Posto/Graduação: _________ Sexo: F ( ) / M ( ) Idade atual: __________Data de nascimento: ____/____/_____Data de Inclusão na PMMT:____/____/_____
RESPONDA SOBRE SEUS NÍVEIS DE SAÚDE
1- Em geral você diria que sua saúde é:
Excelente Muito Boa Boa Ruim Muito Ruim
1 2 3 4 5
2- Comparada á um ano atrás, como você classificaria sua idade em geral, agora?
Muito Melhor Um Pouco Melhor Quase a Mesma Um Pouco Pior Muito Pior
1 2 3 4 5
3- Os seguintes itens são sobre atividades que você poderia fazer atualmente durante um dia
comum. Devido à sua saúde, você teria dificuldade para fazer estas atividades? Neste caso, quando?
Atividades Sim, dificulta
Muito Sim, dificulta um
pouco
Não, não dificulta de
modo algum
121
a)Atividades Rigorosas, que exigem
muito esforço, tais como correr, levantar
objetos pesados, participar em
esportes árduos.
1 2 3
b)Atividades moderadas, tais como
mover uma mesa, passar aspirador de pó,
jogar bola, varrer a casa. 1 2 3
c) Levantar ou carregar mantimentos 1 2 3
d) Subir vários lances de escada 1 2 3
e) Subir um lance de escada 1 2 3
f) Curvar-se, ajoelhar-se ou dobrar-se 1 2 3
g) Andar mais de 1 quilômetro 1 2 3
h) Andar vários quarteirões 1 2 3
i) Andar um quarteirão 1 2 3
j) Tomar banho ou vestir-se 1 2 3
4- Durante as últimas 4 semanas, você teve algum dos seguintes problemas com seu trabalho ou
com alguma atividade regular, como consequência de sua saúde física?
Sim Não
a) Você diminui a quantidade de tempo que se dedicava ao seu trabalho ou a
outras atividades?
1 2
b) Realizou menos tarefas do que você gostaria? 1 2
c) Esteve limitado no seu tipo de trabalho ou a outras atividades. 1 2
d) Teve dificuldade de fazer seu trabalho ou outras atividades (p. ex.
necessitou de um esforço extra).
1 2
5- Durante as últimas 4 semanas, você teve algum dos seguintes problemas com seu trabalho ou outra atividade regular diária, como consequência de algum problema emocional (como se sentir deprimido ou ansioso)?
Sim Não
a) Você diminui a quantidade de tempo que se dedicava ao seu trabalho ou a
outras atividades?
1 2
b) Realizou menos tarefas do que você gostaria? 1 2
c) Não realizou ou fez qualquer das atividades com tanto cuidado como
geralmente faz.
1 2
6- Durante as últimas 4 semanas, de que maneira sua saúde física ou problemas emocionais interferiram nas suas atividades sociais normais, em relação à família, amigos ou em grupo?
De forma nenhuma Ligeiramente Moderadamente Bastante Extremamente
1 2 3 4 5
7- Quanta dor no corpo você teve durante as últimas 4 semanas?
Nenhuma Muito leve Leve Moderada Grave Muito grave
1 2 3 4 5 6
8- Durante as últimas 4 semanas, quanto a dor interferiu com seu trabalho normal (incluindo o trabalho dentro de casa)?
De maneira alguma Um pouco Moderadamente Bastante Extremamente
122
1 2 3 4 5
9- Estas questões são sobre como você se sente e como tudo tem acontecido com você durante as últimas 4 semanas. Para cada questão, por favor, marque uma resposta que mais se aproxime com a maneira como você se sente, em relação às últimas 4 semanas.
Todo Tempo
A maior parte
do
tempo
Uma Alguma Uma pequen
a parte
do
tempo
Nunca
Boa parte
parte Do
Do tempo
tempo
a)Quanto tempo você tem se
sentindo cheio de vigor, de vontade, de
força?
1 2 3 4 5 6
b) Quanto tempo você tem se sentido
uma pessoa muito Nervosa? 1 2 3 4 5 6
c) Quanto tempo você tem se sentido
tão deprimido que nada pode anima-lo?
1 2 3 4 5 6
d) Quanto tempo você tem se sentido
calmo ou tranquilo? 1 2 3 4 5 6
e) Quanto tempo você tem se sentido
com muita energia?
1 2 3 4 5
6
f) Quanto tempo você tem se sentido
desanimado ou abatido? 1 2 3 4 5 6
g) Quanto tempo você tem se sentido
esgotado? 1 2 3 4 5 6
h) Quanto tempo você tem se sentido
uma pessoa feliz? 1 2 3 4 5 6
i) Quanto tempo você tem se sentido
cansado? 1 2 3 4 5 6
10- Durante as últimas 4 semanas, quanto de seu tempo a sua saúde física ou problemas emocionais interferiram com as suas atividades sociais (como visitar amigos, parentes, etc)?
Todo Tempo A maior parte do Alguma parte do Uma pequena Nenhuma parte do
tempo Tempo parte do tempo Tempo
1 2 3 4 5
11- O quanto verdadeiro ou falso é cada uma das afirmações para você?
Definitivamente A maioria Não A maioria Definitiva-
Verdadeiro das vezes sei das vezes mente falso
verdadeiro falso
a) Eu costumo adoecer um
pouco mais facilmente que as
outras pessoas
1 2 3 4 5
123
b)Eu sou tão saudável
quanto qualquer pessoa
que eu conheço
1 2 3 4 5
c)Eu acho que a minha
saúde vai piorar 1 2 3 4 5
d) Minha saúde é excelente 1 2 3 4 5
QUANTO A UTILIZAÇÃO DE REMÉDIOS, RESPONDA:
12 Você utiliza de algum medicamento de uso contínuo?
Medicamento Tempo de uso Doença tratada Dose diária Aumentou dosagem no último ano?
No último mês seu médico receitou algum medicamento novo? 13)Você já fez uso desse medicamento ? ( ) sim ( ) não Você possui diabetes? Você possui hipertensão? Tem histórico dessas doenças na família?________________qual? Qual foi esse (s) medicamento (s)? ___________________________________________ 14 Para qual doença?______________________________________________________ Quais das doenças abaixo você tem? Caso a resposta seja SIM, preencher a coluna: há quantos anos?
Doença Sim Não Há quantos anos?
Você tem alguma outra doença? Qual (is) doença (is)_________________________________________________________ Você já passou por alguma cirurgia? Para que foi realizada a cirurgia?________________________________________________________________ Qual o ano da cirurgia?____________________________________________________
RESPONDA AS QUESTÕES PERTINENTES AO CONSUMO DE ÁLCOOL
15. Com que frequência você toma bebidas alcoólicas?
a) Nunca b) uma vez por mês ou menos c) duas a quatro vezes por mês d) duas a três vezes por semanas e) quatro ou mais vezes por semana
16. Nas ocasiões em que bebe, quantas doses você costuma tomar? a) uma ou duas b) três ou quatro c) cinco ou seis d) de sete a nove
124
e) dez ou mais
17. Com que frequência você toma “seis ou mais doses” em uma ocasião?
a) nunca b) menos de um vez por mês c) pelo menos uma vez por mês d) pelo menos uma vez por semana e) diariamente ou quase diariamente
18. Com que frequência, durante o último ano, você achou que não seria capaz de controlar a quantidade de bebida depois de começar? a) nunca b) menos de um vez por mês c) pelo menos uma vez por mês d) pelo menos uma vez por semana e) diariamente ou quase diariamente
19. Com que frequência, durante o último ano, você não conseguiu cumprir com algum compromisso por causa da bebida?
a) nunca b) menos de um vez por mês c) pelo menos uma vez por mês d) pelo menos uma vez por semana e) diariamente ou quase diariamente
20. Com que frequência, durante o último ano, depois de ter bebido muito, você precisou beber pela manhã para se sentir melhor?
a) nunca b) menos de um vez por mês c) pelo menos uma vez por mês d) pelo menos uma vez por semana e) diariamente ou quase diariamente
21. Com que frequência, durante o último ano, você sentiu culpa ou remorso depois de beber? a) nunca b) menos de um vez por mês c) pelo menos uma vez por mês d) pelo menos uma vez por semana e) diariamente ou quase diariamente
22. Com que frequência, durante o último ano, você não conseguiu se lembrar do que aconteceu na noite anterior por causa da bebida? a) Nunca b) Menos de uma vez por mês c) Pelo menos uma vez por mês d) Pelo menos uma vez por semana e) Diariamente ou quase diariamente
23. Alguma vez na vida você ou alguma outra pessoa já se machucou, se prejudicou por causa de você ter bebido?
a) Não b) Sim, mas não nos últimos 12 meses c) Sim, aconteceram nos últimos 12 meses
125
24. Alguma vez na vida algum parente, amigo, médico ou outro profissional da saúde já se preocupou com você por causa de bebida ou lhe disse para parar de beber?
a) Não b) Sim, mas não nos últimos 12 meses c) Sim, aconteceram nos últimos 12 meses
RESPONDA AS QUESTÕES PERTINENTES À UTILIZAÇÃO DO TABACO
25. Quanto tempo após acordar você fuma o seu primeiro cigarro? ____ ( ) A. Dentro de 5 minutos B. Entre 6-30 minutos C. Entre 31-60 minutos D. Após 60 minutos 26. Você acha difícil não fumar em lugares proibidos, como igrejas, bibliotecas, cinemas, ônibus, etc.? ____ ( ) A. Sim B. Não 27. Qual cigarro do dia traz mais satisfação? ____ ( ) A. O primeiro da manhã B. Outros 28. Quantos cigarros você fuma por dia? ____ ( ) A. Menos de 10 B. De 11 a 20 C. De 21 a 30 D. Mais de 31 29. Você fuma mais frequentemente pela manhã? ____ ( ) A. Sim B. Não 30. Você fuma, mesmo doente, quando precisa ficar de cama a maior parte do tempo? ____ ( ) A. Sim B. Não
RESPONDA SOBRE SEUS HABITOS ALIMENTARES:
Questão n° 31
Sim Não O que come?
Quantas porções por dia?
Quantos dias na semana?
1 2 3 4 5 6
Todos os dias ou 1 ou mais vezes
por dia
Você come em fastfood pelo menos uma vez na semana?
Você come refeições fora de casa pelo menos uma vez na semana?
Você come doces ?
Você come frutas ?
Você come legumes?
Você come vegetais?
Você come frutas e vegetais?
Você come frituras?
Você come carne vermelha?
Você come frango?
Você come peixe?
Você bebe quantos copos de água por dia?
Você bebe refrigerante?
Você bebe sucos industrializados?
126
Você bebe café?
Você come enquanto assiste TV?
Você come salgadinhos fritos? Qual?_____________
Alimenta fora de casa?____________________________________________________________
RESPONDA AS QUESTÕES PERTINENTES AO SEU SONO A questão 32 traz quatro itens em que pergunta ao PM sobre: 1)Duranteo mêspassado,àquehorasvocêfoideitarànoitenamaioriadasvezes? HORÁRIODEDEITAR::
2)Duranteo mêspassado,quantotempo(minutos)vocêdemorouparapegarnosono,namaioriadas vezes?
QUANTOSMINUTOSDEMOROUPARAPEGARNOSONO:
3)Duranteo mêspassado,aquehorasvocêacordoudemanhã,namaioriadasvezes?
HORÁRIODEACORDAR::
4)Duranteo mêspassado,quantashorasdesonopornoitevocêdormiu?(podeserdiferentedo númerodehorasquevocêficounacama)
HORASDESONOPORNOITE: A questão 33, duranteo mêspassado,quantasvezesvocêteveproblemasparadormirporcausade: a)Demorarmaisde30minutosparapegarnosono
( )nenhumavez ( )menosdeumavezporsemana
( )umaouduasvezesporsemana ( )trêsvezesporsemanaoumais
b)Acordarnomeiodanoiteoude manhãmuitocedo
( )nenhumavez ( )menosdeumavezporsemana ( )umaouduasvezesporsemana ( )trêsvezesporsemanaoumais
c)Levantar-separairaobanheiro
( )nenhumavez ( )menosdeumavezporsemana
( )umaouduasvezesporsemana ( )trêsvezesporsemanaoumais
d)Terdificuldadepararespirar ( )nenhumavez ( )menosdeumavezporsemana
( )umaouduasvezesporsemana ( )trêsvezesporsemanaoumais
e)Tossirouroncarmuitoalto
( )nenhumavez ( )menosdeumavezporsemana ( )umaouduasvezesporsemana ( )trêsvezesporsemanaoumais
f)Sentirmuitofrio
( )nenhumavez ( )menosdeumavezporsemana ( )umaouduasvezesporsemana ( )trêsvezesporsemanaoumais g)Sentirmuitocalor ( )nenhumavez ( )menosdeumavezporsemana
( )umaouduasvezesporsemana ( )trêsvezesporsemanaoumais
h)Tersonhosruinsoupesadelos
( )nenhumavez ( )menosdeumavezporsemana
( )umaouduasvezesporsemana ( )trêsvezesporsemanaoumais
i)Sentirdores
( )nenhumavez ( )menosdeumavezporsemana
( )umaouduasvezesporsemana ( )trêsvezesporsemanaoumais
127
j)Outrarazão,porfavor,descreva: Quantasvezesvocêteveproblemasparadormirporestarazãoduranteomêspassado?
( )nenhumavez ( )menosdeumavezporsemana ( )umaouduasvezesporsemana ( )trêsvezesporsemanaoumais
A questão 34, duranteo mêspassado,comovocêclassificariaaqualidadedoseu sono? ( ) Muitoboa( ) ruim ( ) Boa ( ) muitoruim
A questão 35, duranteo
mêspassado,vocêtomoualgumremédioparadormir,receitadopelomédico,ouindicado
poroutrapessoa(farmacêutico,amigo,familiar)oumesmoporsuaconta? ( )nenhumavez ( )menosdeumavezporsemana
( )umaouduasvezesporsemana ( )trêsvezesporsemanaoumais Qual(is)?
A questão 36, duranteo
mêspassado,sevocêteveproblemasparaficaracordadoenquantoestavadirigindo, fazendosuasrefeiçõesouparticipandodequalqueroutraatividadesocial,quantasvezesisso aconteceu?
( )nenhumavez ( )menosdeumavezporsemana ( )umaouduasvezesporsemana ( )trêsvezesporsemanaoumais A questão 37, duranteo mêspassado,vocêsentiuindisposiçãooufaltadeentusiasmopararealizarsuas
atividadesdiárias? ( )Nenhumaindisposiçãonemfaltadeentusiasmo
( )indisposiçãoefaltadeentusiasmopequenas
( )Indisposiçãoe faltadeentusiasmomoderadas ( )muitaindisposiçãoe faltadeentusiasmo
Comentáriosdoentrevistado(sehouver):
38. Você cochila? ( ) sim ( ) não
CasoSim–Vocêcochilaintencionalmente,ouseja,pôrquequer? ( )Não ( )Sim
Comentáriosdoentrevistado(sehouver):
Paravocê,cochilaré ( )Umprazer( )Umanecessidade( )Outro–qual?
Comentáriosdoentrevistado(sehouver):
_ _
RESPONDA AS QUESTÕES PERTINENTES AO SEU ESTILO DE VIDA
ASPECTOS SOCIOCULTURAIS
NESSE ESPAÇO O(A) SR.(A) RESPONDERÁ SOBRE SUAS CONVIVÊNCIAS E COSTUMES 39) Quantas pessoas vivem com o(a) sr.(a) em sua casa? ____________________________ 40) Como é sua relação com seus familiares? Boa ( ) Razoável ( ) Ruim ( ) Não tem relação ( ) 41) Com que frequência o(a) sr.(a) encontra com seus familiares?
128
semana (_____) mês (_____) semestre (_____) ano (_____) 42) O(a) sr.(a) vai ao médico ou posto de saúde com qual frequência? semana (_____) mês (_____) semestre (_____) ano (_____) 43) Como o(a) sr.(a) vai ao médico ou posto de saúde? Vai sozinho/a ( ) Familiar ( ) Amigo ( ) Transporte Público ( ) Outros ( ) 44) Quando vai visitar seus amigos, quem o leva? Vai sozinho/a ( ) Familiar ( ) Amigo ( ) Transporte Público ( ) Outros ( ) 45) Quem o leva para fazer suas compras? Vai sozinho/a ( ) Familiar ( ) Amigo ( ) Transporte Público ( ) Outros ( ) 46) Em geral, quantas vezes por semana, utiliza algum transporte motorizado? Diariamente ( ) 1-3x semana ( ) a cada 15 dias ( ) 1x mês ( ) 46.1) Qual transporte? Carro próprio ( )Ônibus ( )Táxi ( )Moto táxi ( )Outros ( ) 47) Quando usa transporte público, ele atende as suas necessidades? Sim ( ) Não ( ) Parcialmente ( ) Não usa transporte público ( ) 47.1) Em sua opinião, qual é a qualidade do transporte público em relação à: Quantidade de linhas: Bom ( ) Razoável ( ) Ruim ( ) Qualidade dos ônibus: Bom ( ) Razoável ( ) Ruim ( ) Regularidade dos horários: Bom ( ) Razoável ( ) Ruim ( ) N° de pontos: Bom ( ) Razoável ( ) Ruim ( ) 48) Nos últimos 6 meses, tem participado de alguma atividade organizada por grupos locais, paróquia, etc.? (EX.: eventos beneficentes, bailes, grupos de caminha, jogos) Sim ( ) Não ( ) 48.1) CASO A RESPOSTA ANTERIOR SEJA SIM Quantas vezes por semana tem participado dessas atividades? Diariamente ( ) semana (_____) Quinzenalmente ( ) mês (_____) ano (_____) Ainda participa dessas atividades ou grupos? Sim ( ) Não ( ) O(a) sr.(a) acha importante participar dessas atividades ou grupos? Sim ( ) Não ( ) 49) Nos últimos 6 meses, tem participado de algum programa de exercício físico ou desporto organizado por alguma instituição ou programas de treinamento físico? Sim ( ) Não ( ) 49.1) CASO A RESPOSTA ANTERIOR SEJA SIM Quantas vezes por semana tem participado dessas atividades? Diariamente ( ) Semana (_____) Quinzenalmente ( ) mês (_____) ano (_____) 50) CASO A RESPOSTA DA PERGUNTA 52 SEJA NÃO Nos últimos 2 anos, participou de algum programa de exercício físico ou desporto organizado por alguma instituição ou programas dirigidos a idosos e aposentados? Sim ( ) Não ( ) 51) O(a) sr.(a) acha necessário praticar algum esporte ou exercício físico? Sim ( ) Não ( )
129
52) Nos últimos 6 meses, participou ou assistiu a algum curso de educação de adultos ou qualquer outro tipo de aprendizagem de habilidades pessoais, como ler, fazer artesanato, dançar, etc.? Sim ( ) Não ( ) 53) CASO A RESPOSTA ANTERIOR SEJA SIM Qual foi esse curso? _________________________________________ Quem o desenvolveu ou organizou? Prefeitura( ) Instituição privada ( ) Associação do bairro ( ) Outros ( )
ASPECTOS AMBIENTAIS NESSE ESPAÇO O(A) SR.(A) RESPONDERÁ SOBRE O AMBIENTE EM QUE VIVE 54) O(a) sr.(a) reside em: casa ( ) apartamento ( ) 55) CASO A RESPOSTA ANTERIOR SEJA CASA Quantos cômodos tem sua casa? ____________ Sua casa é plana ou tem mais de 1 andar? __________________________ Sua casa possui jardim ou quintal? __________ 56) CASO A RESPOSTA 57 SEJA APARTAMENTO Em que andar fica seu apartamento? ___________ O(a) sr.(a) costuma utilizar as escadas do prédio? S ( ) N ( ) 57) O sr.(a) acha que as calçadas perto de sua casa são: Boas ( ) Razoáveis ( ) Ruins ( ) 58) Existem parques nas ruas perto de sua casa? Sim ( ) Não ( ) 59) CASO A RESPOSTA ANTERIOR SEJA SIM Qual a distância desses parques? < 100m. ( ) > 100m. ( ) > 500m. ( ) < 1 km. ( ) > 1 km. ( ) 60) O(a) sr.(a) considera as ruas perto de sua casa boas para caminhar: Sim ( ) Não ( ) 61) O trânsito de carros, ônibus, caminhões e motos dificultam a prática de caminhada ou o uso de bicicleta perto da sua casa? Sim ( ) Não ( ) 62) As ruas perto de sua casa são bem iluminadas à noite? Sim ( ) Não ( ) 63) Durante o dia, o (a) sr. (a) acha seguro caminhar, andar de bicicleta ou praticar esportes perto de sua casa? Sim ( ) Não ( ) 64) O sr.(a) consegue fazer a maioria das suas compras no comércio local? Sim ( ) Não ( ) 65) As lojas estão a uma distância que o(a) sr. (a) possa caminhar até elas? Sim ( ) Não ( ) 66) Existem locais em que o(a) sr. (a) possa facilmente ir caminhando da sua casa (igrejas, pontos de ônibus, lotéricas, bancos)? Sim ( ) Não ( ) 67) Existem ciclovias/trilhas próximas da sua casa ou no seu bairro que são de fácil acesso para pedestres? Sim ( ) Não ( )
130
68) Existem faixas, sinais ou passarelas que auxiliam os pedestres a atravessarem as ruas movimentadas do seu bairro? Sim ( ) Não ( ) 69) Na sua opinião, o índice de criminalidade no seu bairro é: Alto ( ) Baixo ( ) Nem alto/Nem baixo ( )
NÍVEL DE ATIVIDADE FÍSICA Nós estamos interessados em saber que tipos de atividade física as pessoas fazem como parte do
seu dia a dia. Este projeto faz parte de um grande estudo que está sendo feito em diferentes países
ao redor do mundo. Suas respostas nos ajudarão a entender que tão ativos nós somos em relação à
pessoas de outros países. As perguntas estão relacionadas ao tempo que você gasta fazendo
atividade física na ÚLTIMA semana. As perguntas incluem as atividades que você faz no trabalho,
para ir de um lugar a outro, por lazer, por esporte, por exercício ou como parte das suas atividades
em casa ou no jardim. Suas respostas são MUITO importantes. Por favor responda cada questão
mesmo que considere que não seja ativo. Obrigado pela sua participação !
Para responder as questões lembre que:
atividades físicas VIGOROSAS são aquelas que precisam de um grande esforço físico e que
fazem respirar MUITO mais forte que o normal atividades físicas MODERADAS são aquelas que precisam de algum esforço físico e que fazem
respirar UM POUCO mais forte que o normal
Para responder as perguntas pense somente nas atividades que você realiza porpelo menos 10
minutos contínuosde cada vez. 70) Em quantos dias da última semana você CAMINHOU porpelo menos 10minutos contínuos em
casa ou no trabalho, como forma de transporte para ir de um lugar para outro, por lazer, por prazer ou
como forma de exercício? dias _____ por SEMANA ( ) Nenhum
71) Nos dias em que você caminhou porpelo menos 10 minutos contínuosquantotempo no total você
gastou caminhando por dia? horas: ______ Minutos: _____
72) Em quantos dias da última semana, você realizou atividades MODERADAS porpelo menos 10
minutos contínuos, como por exemplo pedalar leve na bicicleta, nadar, dançar, fazer ginástica
aeróbica leve, jogar vôlei recreativo, carregar pesos leves, fazer serviços domésticos na casa, no
quintal ou no jardim como varrer, aspirar, cuidar do jardim, ou qualquer atividade que fez aumentar
moderadamente sua respiração ou batimentos do coração (POR FAVOR NÃOINCLUA
CAMINHADA)
dias _____ por SEMANA ( ) Nenhum
72.1) Nos dias em que você fez essas atividades moderadas porpelo menos 10minutos contínuos,
quanto tempo no total você gastou fazendo essas atividades por dia? horas: ______ Minutos: _____
73) Em quantos dias da última semana, você realizou atividades VIGOROSAS porpelo menos 10
minutos contínuos, como por exemplo correr, fazer ginástica aeróbica, jogar futebol, pedalar rápido na
bicicleta, jogar basquete, fazer serviços domésticos pesados em casa, no quintal ou cavoucar no
jardim, carregar pesos elevados ou qualquer atividade que fez aumentar MUITO sua respiração ou
batimentos do coração.
131
dias _____ por SEMANA ( ) Nenhum
74) Nos dias em que você fez essas atividades vigorosas porpelo menos 10minutos contínuosquanto
tempo no total você gastou fazendo essas atividades por dia?
horas: ______ Minutos: _____
Estas últimas questões são sobre o tempo que você permanece sentado todo dia, no trabalho, na
escola ou faculdade, em casa e durante seu tempo livre. Isto inclui o tempo sentado estudando,
sentado enquanto descansa, fazendo lição de casa visitando um amigo, lendo, sentado ou deitado
assistindo TV. Não inclua o tempo gasto sentando durante o transporte em ônibus, trem, metrô ou
carro. 75) Quanto tempo no total você gasta sentado durante um dia de semana?
______horas ____minutos
76) Quanto tempo no total você gasta sentado durante em um dia de final de semana? ______horas ____minutos
DOMÍNIO 5 -Tempo gasto sentado? 77) Quanto tempo, no total, o(a) sr.(a) gasta sentado durante UM DIA de semana normal? Um dia____horas_____minutos
Final da Semana Um dia
Tempo gasto Horas / Minutos
Manhã Tarde Noite
78) Quanto tempo, no total, o(a) sr.(a) gasta sentado durante UM DIA de final de semana normal? Um dia____horas_____minutos
Final da Semana Um dia
Tempo gasto Horas / Minutos
Manhã Tarde Noite
132
ANEXO V – RESUMO DOS ARTIGOS DA REVISÃO SISTEMÁTICA DE FATORES DE
RISCO EM POLICIAIS MILITARES
AUTOR e
PERIODICO
TÍTULO OBJETIVO e PROCEDIMENTOS
METODOLOGICOS
RESULTADOS/CONCLUSÃO
DUBROW
Journal of
Occupational and
Environmental
Medicine 1988.
Ischemic heart disease
and acute myocardial
infarction mortality
among Police officers.
Relacionar o trabalho policial e
doença cardíaca isquêmica (DCI)
com a mortalidade foi examinado por
meio de estudos de caso-controle
utilizando registros de certidão de
óbito de 1968/78 em Rhode Island e
UTAH.
Estes resultados sugerem que o elevado risco para as
DCI entre policiais observados neste e em outros estudos,
devido a um risco elevado de Infarto Agudo do Miocárdio.
O padrão de diminuir o risco com a idade sugere um fator
de risco, de possível, estresse cujo efeito diminui quando
a exposição cessa no momento da aposentadoria.
RICHMOND
Addiction Journal -
1998.
How healthy are the
police? A survey of life-
style factors.
Examinar a prevalência de cinco
comportamentos de estilo de vida
entre a polícia de Nova Gales do Sul
(NGS).(Dados da amostra, n = 852,
Austrália, região metropolitana de
Sidney).
Uma maioria dos policiais de (NGS) é considerada
saudável (83%) tinha pelo menos um comportamento
estilo de vida pouco saudável, com relatórios 3-5 fatores
insalubres (19%). A alta prevalência de consumo
excessivo de álcool entre a polícia é preocupante.
Promoção da saúde mais ativa e prestação de
intervenções breves nos policiais podem reduzir a
morbidade e mortalidade associadas às insalubridades de
estilos de vida.
RICHMOND
Addiction Journal - 1999.
Quantitative and
qualitative evaluations
of brief interventions to
change excessive
drinking, smoking and
stress in the police force
Avaliar os efeitos de uma
intervenção breve no sentido de
reduzir o excessivo consumo
alcoólico, fumar e estresse de
policiais.
As intervenções breves não produziram melhorias
significativas em três fatores de estilo de vida, além das
tendências positivas no consumo de álcool entre as
mulheres e as reduções gerais no tabagismo entre os dois
grupos de estudo. Combinando abordagens quantitativas
e qualitativas ajudaram a identificar fatores interativos
(individuais e organizacionais) que influenciam nas
normas comportamentais e culturais.
DAVEY
European Addiction
Research – 2000.
Developing a profile of
alcohol consumption
patterns of police
officers in a large scale
sample of an Australian
police service.
Analisar a prevalência do uso de
álcool dentro de uma grande
amostra (n = 4.193) de policiais
australianos.
Protocolo de estudo: AUDIT
Os resultados indicaram que ambos os sexos na amostra
policial registraram altos índices de consumo excessivo
de álcool. A faixa etária de 18 a 25 anos apresentou
maiores níveis de frequência e quantidade de consumo
de álcool. Uma proporção alarmante da amostra (30%)
está em risco de consumo nocivo (AUDIT) enquanto mais
de 3% estão na categoria de dependentes do álcool.
Policias entre 4 e 10 anos de serviço são mais propensos
aos riscos no AUDIT.
LAM
JAMA – 2000.
Environmental tobacco
smoke exposure among
police officers in Hong
Kong.
Examinar os efeitos respiratórios da
exposição ao FTA em casa e no
trabalho entre os adultos não-
fumadores.
Este estudo fornece mais provas dos perigos graves à
saúde associados com a exposição de fumaça de tabaco
no ambiente de trabalho policial. Os resultados apoiam a
proibição de fumar no local de trabalho para proteger
todos os trabalhadores.
SMITH; MASON.
Journal of human
ergology – J. Hum.
Ergol. (Tokyo) -
2001
Age and the subjective
experience of shiftwork.
Examinar os efeitos relacionados
tempo/regime de trabalho por turnos
policial.(Embora seja difícil de
separar os efeitos naturais do
envelhecimento e estilo de vida ou
comportamento, ou trabalho feito, ao
longo do tempo e as mudanças de
uma pessoa trabalha). (Dados da
pesquisa, n = 306, Universidade de
Leeds - Reino Unido).
Os participantes trabalharam em diferentes escalas em 6
meses. Três faixas etárias foram comparadas (1 = 20-
32,9, 2 = 33-39,9, 3 = 40 +), utilizando uma série de
medidas relacionadas com turnos de trabalho e análise
multivariada de covariância (controle de experiência de
trabalho por turnos e outras diferenças individuais).
Policiais mais jovens tendem a relatar significativamente,
melhores atitudes em relação ao seu trabalho por turnos,
uma melhor adaptação às mudanças ligadas à rotina
noturna, maior satisfação no trabalho e comprometimento
organizacional proporcionando menor fadiga e durações
de sono mais longo.
133
FRANKE
Journal of
Occupational and
Environmental
Medicine - Wolters
Kluwer – 2002.
Relationship between
cardiovascular disease
(DCV) morbidity, risk
factors, and stress in a
law enforcement (LEO)
cohort.
Os fatores de risco para DCV auto-
relatados entre LEOs (USA) do sexo
masculino atualmente empregados
de 9 estados (n = 2.818) foram
comparados com fatores de risco
cardiovascular entre os homens da
mesma com rendimentos
semelhantes nos mesmos estados
(n = 8.046). Em segundo lugar, a
prevalência de DCV foi comparada
entre LEOs (n = 1791) e mesma
faixa etária do sexo masculino com
rendimentos semelhantes (n =
2.575) de quatro destes estados.
No grupo só de LEO, os melhores preditores de doença
cardiovascular foram: tempo de profissão (OR = 1,07;
IC95% = 1,03-1,11), estresse percebido (OR = 1,05;
IC95% = 1,00-1,10), e hipertensão (OR = 0,33; IC 95% =
0,18-0,62). No grupo só de LEO, estresse percebido foi
associada com DCV (P = 0,008), e três fatores de risco
para DCV foram significativamente afetados por estresse
percebido: colesterol, hipertensão e atividade física.
Estresse percebido foi afetada pela duração do tempo na
profissão (P = 0,004), independente do efeito da idade (P
= 0,353). Entre os oficiais suscetíveis, estresse percebido
pode contribuir para DCV diretamente e através de
potenciar vários fatores de risco para DCV.
RAMEY.
AAOHN Journal:
Official Journal of
the American
Association of
Occupational
Health Nurses –
2003.
Cardiovascular disease
risk factors and the
perception of general
health among male law
enforcement officers:
encouraging behavioral
change
Relacionar a morbidade de doenças
cardiovasculares (DCV), fatores de
risco (incluindo o estresse), e a
percepção da saúde entre policiais
do sexo masculino, em comparação
com os homens na população em
geral foram examinadas neste
estudo. Os pesquisados são do sexo
masculino empregados de nove
estados (n = 2.818) policiais, foram
comparados com os de outros
homens nos mesmos estados (n =
9.650 para os fatores de risco para
DCV, n = 3.147 para a prevalência
de DCV). – Estados Unidos
No cruzamento de dados mostrou DCV foi menos
prevalente no grupo policial do que entre a população em
geral. As variáveis relacionadas com DCV foram
percebidos estresse, tempo de profissão, e hipertensão. O
grupo policial teve maior prevalência de
hipercolesterolemia, e uso de tabaco acima do peso do
que a população em geral. No entanto, grande parte dos
policiais tem a percepção da sua saúde como "bom a
excelente" em comparação com os homens na população
em geral. Usando (ANOVA) foi determinado que o
estresse percebido associa-se com as doenças
cardiovasculares no grupo policial e três fatores de risco
cardiovascular (colesterol, hipertensão e atividade física)
foram significativamente, afetados pelo estresse
percebido. Entre os policiais suscetíveis, o estresse pode
contribuir para o desenvolvimento de DCV, bem como
potencializar vários fatores de risco para DCV. No
entanto, uma aparente falta de associação existe entre a
percepção da saúde geral e risco de DCV em policiais.
ADAB
Revista:Social
Science & Medicine
– 2005.
Smoking, respiratory
disease and health
service utilisation: the
paradox.
Comparar a necessidade e utilização
de serviços de saúde entre jovens
fumantes saudáveis que não querem
deixar de fumar "os não motivados"
e "fumantes motivados", em relação
aos que nunca fumaram. Este
estudo transversal incluiu 9.915
policiais em Hong Kong policiais.
Após o ajuste para outros fatores, o Odds Ratio para a
utilização foi de 0,77 (95% IC, 64-0,93) para os fumantes
motivados e 0,62 (95%, IC: 0,50-0,77) para o não-
motivado, em relação aos que nunca fumaram (p<0,001 ),
fumantes relativamente saudáveis jovens, em particular,
os não-motivados, utilizam menos os serviços de saúde
em relação à quantidade de sintomas. Isto tem
implicações para o planejamento de serviços de cessação
do tabagismo.
RALLINGS
Policing: An
International
Journal of Police
Strategies &
Management –
2005.
A prospective study of
alcohol consumption
rates of first‐year
Australian Police
officers
Investigar, prospectivamente, o
consumo de álcool e
comportamentos relacionados à
saúde de policiais australianos.
Protocolos de medidas: consumo
demográfico, ambiente de trabalho,
saúde geral, bem-estar e álcool com
100 policiais australianos em 2
tempos (T): (T1 – período de
formação) e o (T2 – após ter
passado um ano de formação
policial).
Um aumento significativo na quantidade e frequência de
consumo de álcool ao longo do tempo. Pontuações para
medir o consumo de álcool não foram associadas à idade,
estado civil, escolaridade, estado geral de saúde e bem-
estar, ou variáveis de trabalho com o ambiente. Fumar foi
associado com comportamento de beber prejudiciais no
tempo 1. Mas, não no momento 2. O número de
funcionários que relataram fumar aumentou,
significativamente, ao longo do tempo.
SMITH
Revista: The
Kurume Medical
Journal - J-Stage –
2005.
Alcohol and tobacco
consumption among
Police officers
Mostrar o consumo de álcool e
tabaco em comparação com a
população em geral.
Um fator causal significativo é o estresse ocupacional, e o
fato de que a polícia está regularmente exposta a
estressores além da gama de experiências humanas
normais. Dado este relacionamento contínuo e inevitável,
o reconhecimento e controle do estresse é primordial
dentro de aplicação da lei. Porque estressores policiais
são geralmente multi-facetada, as intervenções de
promoção da saúde deve se concentrar na redução do
estresse, tanto a nível institucional e individual. Exemplos
de estratégias de promoção da saúde podem incluir a
redução de horas extras, organizar cuidadosamente listas
turno, simplificando os processos administrativos e
permitindo intervalos de descanso para aqueles nos
134
turnos da noite. Intervenções que incidem sobre o
indivíduo também são importantes, porque o excesso de
níveis de consumo de álcool e tabaco, muitas vezes
refere-se a mecanismos de enfrentamento do estresse
individual.
BOYCE
Revista:
Occupational
medicine -Oxford,
England – 2006.
Physical fitness,
absenteeism and
workers' compensation
in smoking and non-
smoking police officers.
Comparar policial não-fumante e
fumante aptidão física, taxas de
absentismo e as reivindicações da
compensação dos trabalhadores.
(Dados da amostra, n = 514,
Universidade da Carolina do Norte –
Estados Unidos - USA).
Um teste de aptidão física foi realizado. Tabagismo, taxas
de absentismo anuais e pedidos de indenização foram
recolhidos. Os resultados: fumantes do sexo masculino
eram significativamente, mais velhos do que os não-
fumantes. ANOVA indicou que os fumantes tinham
significativamente (P <ou = 0,05) menores escores de
aptidão em sentar e alcançar flexibilidade, resistência em
sentar e levantar e bicicleta ergométrica para capacidade
de resistência cardiovascular. Estes dados não fornecem
uma base racional para a exigência de que os oficiais não
fumarem quando se considera a gordura corporal e as
condições econômicas de taxas de absentismo mais
baixas e compensação dos trabalhadores. Em certa
medida, as políticas de fumar podem ser justificadas pela
aptidão física de policiais, mas há considerações idade,
sexo e protocolo de teste.
CHARLES
Policing: An
International
Journal of Police
Strategies &
Management –
2007.
Obesity and sleep: The
Buffalo Police health
study
Observar a prevalência de
obesidade e sua associação com
problemas de sono entre os
policiais.
Estudo transversal da relação entre distúrbios obesidade
e sono entre 110 policiais selecionados, aleatoriamente, a
partir da Universidade Buffalo, Nova York, Departamento
Policial, em 1999. Os resultados mostram que várias
medidas de obesidade foram significativamente,
associadas com distúrbios respiratórios do sono em
policiais, mas não com outros problemas de sono.
RAMEY
AAOHN Journal:
Official Journal of
the American
Association of
Occupational
Health Nurses –
2008.
Developing strategic
interventions to reduce
cardiovascular disease
risk among law
enforcement officers:
the art and science of
data triangulation
Usar triangulação de dados para
informar as intervenções dirigidas a
reduzir a morbidade por doenças
cardiovasculares (DCV) e fatores de
risco associados entre agentes da
lei.
(Dados da pesquisa, n = 672, do
Departamento de Polícia de
Milwaukee)
Transcrições narrativas revelaram que policiais encontrar
potenciais barreiras e motivadores para um estilo de vida
saudável. Os resultados da pesquisa indicaram taxas de
sobrepeso (71,1% vs. 60,8%) e hipertensão arterial
(27,4% vs. 17,6%) foram significativamente (p < 0,001)
maior entre Milwaukee Departamento de Polícia de
agentes da Lei que a população geral de Wisconsin (n =
2.855). A maior significância para DCV foi o diabetes (p =
0, 030). Para identificação dos riscos para a saúde
precisa haver mudanças de políticas que melhorem a
saúde das pessoas empregadas na aplicação da Lei e
outras profissões de alto risco.
THARKAR
Journal of the
Association of
Physicians of India -
2008.
High prevalence of
metabolic syndrome
and cardiovascular risk
among police personnel
compared to general
population in India.
Determinar a prevalência da
síndrome metabólica e fatores de
risco cardiovasculares associados
entre o pessoal da polícia e
comparar com a população em geral
(PG).
(Dados da amostra, (n = 719),
(polícia n = 318, PG, n = 401).
Chennai, Índia).
Os participantes com idade> ou = 30 anos de Chennai
foram selecionados aleatoriamente. A prevalência de
síndrome metabólica (57,3 vs 28,2%; X² = 64,5, p
<0,0001) foi significativamente maior entre polícia em
relação ao PG. A análise de regressão mostrou que a
idade, índice de massa corporal, consumo de álcool e
tabagismo foram associados à síndrome metabólica
enquanto a idade, história familiar de diabetes, obesidade
abdominal e aumento do índice de massa corporal foram
associados com diabetes entre os policiais. A polícia teve
maior prevalência de anormalidades metabólicas e
diabetes nos indivíduos cardíacos em comparação com
PG (p <0,05). Conclui-se que a prevalência de síndrome
metabólica e outras anormalidades cardiometabólicas
foram significativamente maiores entre os policiais.
VIOLANTI
American Journal of
Industrial Medicine -
Wiley Online Library
– 2008.
Shift-work and suicide
ideation among police
officers.
Este estudo transversal avaliou a
associação do trabalho por turnos,
fatores de risco com ideação de
suicídio entre os policiais.
(Estados Unidos, n=110 policiais).
Prevalência de ideação suicida aumentou,
significativamente, entre os policiais com sintomas
depressivos mais elevados e crescentes horas turno do
dia, e entre os policiais com sintomas de PTSD mais
elevados com o aumento horas turno da tarde.
135
LIPP.
The Spanish
Journal of
Psychology – 2009.
Stress and Quality of
Life of Senior Brazilian
Police Officers
Examinar os níveis de estresse
ocupacional, qualidade de vida,
estressores relacionados ao trabalho
e estratégias de enfrentamento entre
os oficiais superiores da polícia no
Brasil.
(Realizado por questionários
quantitativos amostra de 418
policiais do Estado de São Paulo
com longo tempo de serviço).
43% dos policiais possuem sintomas de estresse
significativos, uma maior proporção é feminina (54%) do
que masculinos (40%) diagnosticados o estresse. Os
estressores mais frequentemente relatados é a interação
com outros departamentos dentro da força policial.
Qualidade de vida é baixa em nos profissionais. Este
estudo é o primeiro a mostrar uma clara associação entre
altos níveis de estresse emocional e má qualidade de vida
em policiais brasileiros. O grande número de sintomas de
estresse e má qualidade de vida identificadas no presente
estudo indicam que há uma necessidade de ações
preventivas dentro da força policial brasileira para motivar
mudanças de estilo de vida.
VIOLANTI.
Archives of
Environmental &
Occupational
Health – 2009.
Atypical work hours and
metabolic syndrome
among Police officers
Examinar se as horas de trabalho
atípicas estão associadas à
síndrome metabólica (SM) em uma
amostra aleatória de 98 policiais.
(Dados da amostra, n = 98,
Universidade de Buffalo, Estados
Unidos).
A SM foi definida como circunferência da cintura elevada
e triglicérides, colesterol HDL baixo, hipertensão e
intolerância à glicose. A análise multivariada de variância
e análise de modelos de covariância foi usada para
análises. Policiais que trabalham turnos da meia-noite
foram, em média, mais jovens e tinha um número
ligeiramente maior da média de componentes da
síndrome metabólica. Estratificação na duração do sono e
horas extras revelaram associações significativas entre
turnos de meia-noite e o número médio de componentes
da síndrome metabólica entre os agentes com menos
sono (p = 0,013) e mais horas extras (p = 0,007). Os
resultados sugerem menor duração do sono e mais horas
extras combinados com o trabalho por turnos da meia-
noite podem ser importantes contribuintes para a
síndrome metabólica.
SASSEN.
European journal of
cardiovascular
prevention and
rehabilitation –
2009.
Physical fitness matters
more than physical
activity in controlling
cardiovascular disease
risk factors
Associar a atividade física (AF) e de
aptidão física e outros componentes
com os fatores de risco de doenças
cardiovasculares.
(O estudo baseou-se em 1.298 (874
do sexo masculino e 424 do sexo
feminino) policiais (com idade entre
18-62 anos) que participaram no
estudo Lifestyle Intervenção de
ginástica e de Formação da Polícia
Utrecht).
A prevalência da SM foi de 18,6% (22,5% nos homens,
10,6% em mulheres). Após o ajuste para idade e sexo,
intensidade média AF, duração AF, o volume de AF e
aptidão física foram cada um associado com chances
reduzidas de SM. A análise de regressão mostrou ainda
uma relação inversa entre o escore total de risco de DCV
e intensidade média de AF, as horas do AF realizados em
alta intensidade (> 6 valores equivalentes metabólicos) e
aptidão física, mas nenhuma relação com o total de horas
ou as horas de AF realizada em baixa ou intensidade
moderada. Quando ajustadas as análises para aptidão, as
relações com os componentes da AF tornaram-se não
significativa. Na análise de dado, descobrimos que a
captação de oxigênio de pico mediada 78% do efeito de
intensidade média AF e 93% do efeito das horas
realizadas em alta intensidade na pontuação total risco de
DCV. AF e Aptidão física são inversamente associadas
com a aglomeração de anormalidades metabólicas. No
que diz respeito ao PA, parece que a intensidade e a
intensidade mais elevada, mais especificamente, são a
principal característica do PA determinar o seu efeito
sobre RF DCV. No entanto, em comparação com PA, PF
exerce efeitos maiores sobre cada uma delas
individualmente CVD RF e sua combinação.
YOO.
European journal of
cardiovascular
prevention and
rehabilitation –
2009.
Independent and
combined influence of
physical activity and
perceived stress on the
metabolic syndrome in
male law enforcement
officers.
Examinar as inter-relações
independentes e combinadas entre
atividade física, estresse percebido,
e a síndrome metabólica em
policiais.
(Dados da amostra, (n = 386),
(polícia n = 318, PG, n = 401).
Chennai, Índia).
Estresse percebido, a atividade física auto relatados, e
fatores de risco da síndrome metabólica foram avaliados
em 386 policiais, brancos do sexo masculino. Obteve-se
em 23,1% com síndrome metabólica. A síndrome
metabólica não foi significativamente associada com o
estresse percebido (r = 0,047), enquanto que a atividade
física foi (r = -0,225, P <0,0001). As Odds Ratio (IC 95%)
para possuir a síndrome metabólica nos grupos de
atividade física baixa e moderada em comparação com o
grupo de alta atividade física foram 3,13 (IC 95% = 1,56-
6,26) e 2,30 (IC 95% = 1,29-4,09) respectivamente.
Conclui-se que independentemente, do nível de estresse
o sedentarismo é um fator de risco importante na
síndrome metabólica entre este grupo ocupacional único.
136
BALLENGER. The American Journal on Addictions – 2010.
Patterns and predictors
of alcohol use in male
and female urban police
officers.
Apontar o consumo de álcool em
homens e mulheres policiais
urbanos.
(Estados Unidos, n=1.100 policiais)
Amostra de policiais urbanos, 18,1% dos homens e 15,9%
das mulheres relatou ter consequências adversas de uso
de álcool e 7,8% dos critérios atendidos mostram para o
abuso de álcool na vida ou dependência.
AUSTIN-KETCH.
The National
Institute for
Occupational Safety
and Health (NIOSH)
– 2010.
Examine metabolic
syndrome risk and
cortisol patterns in an
actively employed group
of urban police officers.
Examinar os padrões de risco de
síndrome e cortisol metabólicos em
um grupo de policiais em atividade
urbanos.
Entre oficiais do sexo masculino foram os fatores de risco
mais prevalentes do que nas policiais femininas. Várias
medidas de cortisol produzido resultados mistos. Área sob
a curva de cortisol fez demonstrar desregulação
moderada. A desregulação do cortisol é evidente entre os
oficiais do sexo masculino com síndrome metabólica que
participaram no estudo. Deve ser realizada a
monitorização contínua da população oficial para a
manifestação de doenças diabéticas e cardiovasculares.
GERBER.
Journal of Criminal
Justice – 2010.
The relationship
between shift work,
perceived stress, sleep
and health in Swiss
Police officers.
Examinar como um sistema de
mudança específica foi associado
com o estresse, sono e saúde entre
os policiais. Além disso, este estudo
investigou se o gênero moderado a
associação entre trabalho por turnos
e estresse, sono e saúde.
Trabalho por turnos foi associado com o aumento da
tensão social, o descontentamento trabalho e queixas de
sono. Por sua vez, os trabalhadores por turnos relatados
diminuíram utilização de cuidados de saúde primários.
Além disso, o estresse foi associado com o aumento de
queixas de sono e menor pontuação na saúde percebida.
A interação entre estresse e trabalho por turnos não
produziu quaisquer efeitos significativos.
AUSTIN-KETCH.
Diabetes &
Metabolic
Syndrome: Clinical
Research &
Reviews – 2010.
Metabolic syndrome
and salivary cortisol: is
there dysregulation
among a group of active
duty urban police
officers?
Examinar risco de síndrome
metabólica e os padrões de cortisol
em um grupo em atividade de
policiais urbanos.
(Dados da amostra, n = 102,
Universidade de Buffalo, Estados
Unidos).
Desregulação cortisol é evidente entre os oficiais do sexo
masculino com síndrome metabólica que participaram no
estudo. De interesse entre os oficiais com apenas duas
características da síndrome, desregulação da área de
despertar no âmbito das medidas de cortisol curva
também foi aparente. Deve ser realizada a monitorização
contínua da população oficial para a doença diabética e
cardiovascular manifesto.
COSTA.
Revista Brasileira
de Psiquiatria –
2010.
Survey on the use of
psychotropic drugs by
twelve military police
units in the
municipalities of Goiânia
and Aparecida de
Goiânia, State of Goiás,
Brazil
Verificar a prevalência do uso de
drogas psicotrópicas por membros
da Polícia Militar no Estado de
Goiás, Brasil.
Estudo realizado em 2008 (12 unidades PM da região
metropolitana de Goiânia). Participantes voluntários (n =
221). A frequência de uso foi: 1) qualquer época da vida:
tabaco – 39,9%, álcool – 87,8%, maconha – 8,1%,
cocaína – 1,8%, estimulantes – 7,2%, solventes – 10,0%,
sedativos, ansiolíticos e antidepressivos – 6,8%, LSD –
0,5%, Bentyl® – 0,5%; esteroides anabolizantes – 5,4%;
2) último ano: tabaco – 15,4%, álcool – 72,9%,
estimulantes – 6,3%, solventes – 0,5%, sedativos,
ansiolíticos e antidepressivos – 3,7%; 3) último mês:
tabaco – 14,5%, álcool – 57,5%, estimulantes – 5,0%,
solventes – 0,5, sedativos, ansiolíticos e antidepressivos –
3,7%. A alta prevalência do uso de drogas psicotrópicas
por membros da PM de duas cidades do Estado de Goiás,
Brasil, pode ser considerada um fator importante com
potencial influência sobre as atividades de trabalho.
WIRTH.
Chronobiology
International –
2011.
Shiftwork duration and
the awakening cortisol
response among Police
officers.
Examinar sono e os efeitos de
longos de turnos e curto prazo sobre
a resposta de cortisol que desperta
entre os policiais. Amostra de (n =
68).
Acordar os valores de cortisol era mais baixo entre os
policiais que trabalham a noite ou à tarde mudanças. A
duração do trabalho por turnos em longo prazo não foi
associada com a resposta de o cortisol despertar, embora
os valores fossem atenuados entre os oficiais com mais
mudanças de turno de carreira.
MINAYO.
Ciência & Saúde
Coletiva – 2011.
Impacto das atividades
profissionais na saúde
física e mental dos
policiais civis e militares
do Rio de Janeiro
Analisar o adoecimento físico e
mental de policiais civis e militares
do Estado do Rio de Janeiro,
segundo condições de trabalho e
atividades profissionais.
(Amostras de n= 1.108 policiais
militares e n1= 1.458 policiais civis)
Constata-se que o sobrepeso e obesidade, em especial,
na PM; e precária frequência de atividade física e
informação de elevados níveis de colesterol,
especialmente, na PJC. A presença de lesões físicas
permanentes foi relatada por 16,2% dos membros das
duas corporações, sendo mais relevantes entre os
militares, que também apresentam mais elevada
frequência de sofrimento psíquico (SRQ-20). Enfatiza-se a
necessidade de mudanças nas dimensões individuais e
profissionais e nos aspectos institucionais referentes às
condições e à organização do trabalho e dos serviços de
137
saúde.
FERREIRA.
Ciência & Saúde
Coletiva – 2011.
Factors associated with
the lifestyle of military
police officers
Analisar a associação entre estilo de
vida e sócio demográficas e
ocupacionais características entre
policiais militares (PMs).
(Amostra de 288 Policiais Militares –
praças, de cinco batalhões da região
metropolitana de Recife).
Entre os resultados de estilo de vida, 12% afirmaram que
fumavam, 10% foram classificados com suspeita de
consumo excessivo de bebidas alcoólicas, 73% foram
considerados insuficientemente ativos e 40% admitiram
que eles estivessem envolvidos em conflitos frequentes
ou ocasionais. Idade de 39 anos ou mais (RP = 1,39),
menor nível de escolaridade (RP = 1,68), o menor nível
econômico (RP = 1,49) e estar na profissão por 18 anos
ou mais (RP = 1,49) foram associados com estilos de vida
com maior risco para a saúde (com fatores de dois ou
mais insalubres). Portanto, devem ser adaptadas medidas
de promoção e prevenção, a fim de tentar reduzir as
vulnerabilidades de saúde desses trabalhadores.
RAMEY.
Workplace Health &
Safety – 2012.
The effects of work shift
and sleep duration on
various aspects of
Police officers' health.
Comparar os policiais que
trabalharam principalmente, em
turnos de dia e aqueles que
trabalharam à noite, e oficiais que
dormiam menos ou pelo menos 6
horas por dia.
O risco relativo de dormir menos de 6 horas por dia para
os policiais que trabalharam principalmente, em períodos
noturnos, em comparação com aqueles que trabalharam
período diurno, foi de 14,27 (95% [IC], 1,98-102,95,
p<0.001), e o risco relativo de má qualidade geral do sono
aos policiais que dormiam menos de 6 horas por dia, em
comparação com aqueles que dormiam mais horas.
ZIMMERMAN.
Cardiology in
Review - Wolters
Kluwer Health –
2012.
Cardiovascular disease
and risk factors in Law
enforcement personnel:
a comprehensive review
Pesquisar periódicos sobre fatores
de risco em policiais militares e
doenças cardiovasculares.
Os policiais empregados em serviço de patrulhamento
têm alta prevalência de fatores de risco: hipertensão,
hiperlipidemia, síndrome metabólica, tabagismo e
sedentarismo. A obesidade é mais comum em policiais
em comparação com os civis, enquanto que o diabetes
está presente com menos frequência. Policiais estão
expostos a fatores de risco específicos de ocupação, que
incluem o esforço repentino físico, estresse psicológico
agudo e crônico, trabalho por turnos, e ruído.
THAYYIL.
North American
Journal of Medical
Sciences – 2012.
Metabolic syndrome
and other
cardiovascular risk
factors among Police
officers.
Medir a prevalência de síndrome
metabólica e outros fatores de risco
cardiovasculares entre policiais.
(Dados da amostra, n = 900
Universidade de Calcutá, India).
Estudo transversal com questionário validado e protocolos
antropométricos e medições bioquímicas foram coletados.
SM foi diagnosticada através do National Cholesterol
Education Program critérios-Adult Treatment Panel III. SM
foi observada em 16,8% da amostra. A pressão arterial
elevada e hiper-trigliceridemia foram às anormalidades
mais comuns. A prevalência de outros fatores de risco
cardiovascular foi elevado índice de massa corporal
(65,6%), hipertensão (37,7%), diabetes (7%), tabagismo
(10%) e uso de álcool (48%).Concluiu-se que identificou
policiais como um grupo de alto risco para o
desenvolvimento de doenças cardiovasculares.
FEKEDULEGN.
Chronobiology
International –
2013.
Shiftwork and sickness
absence among Police
Officers: the BCOPS
study.
Comparar a taxa de incidência de
licença médica, dos trabalhadores
de turnos de serviço diuturno com os
noturnos e analisar o papel dos
fatores de estilo de vida como
potencial moderador da associação.
Participaram 464 policiais da pesquisa, que trabalhavam
em vários turnos, os policiais que trabalham no turno da
noite têm elevada incidência de licença médica. Além
disso, os policiais com excesso de peso que trabalham no
período da noite podem estar em risco de desenvolver
doenças.
SONG.
Chinese Journal of
Industrial Hygiene
and Occupational
Diseases – 2013.
A matched nested case-
control study on the risk
factors of metabolic
syndrome among male
criminal policemen
Explorar os fatores de risco e suas
diferenças de síndrome metabólica
(SM) em policiais do sexo masculino,
assim, proporcionar a base científica
para fazer as estratégias de
prevenção e controle sobre a
síndrome metabólica para a carreira
de polícia criminal.
(Amostra de 1.317 Policiais
chineses)
A amostra pesquisada por meio de análise de regressão
logística e descobriu que 12 fatores estão relacionados à
SM. A análise de regressão logística multivariada sugeriu
que seis fatores, tais como eventos de estresse (OR =
1,989, IC 95%: 1.467~2.696), o ronco (OR = 1.672, 95%
IC: 1.218~2.294), doces (OR = 0,562, 95% IC:
0.412~0.766), carnes e produtos (OR = 1,494, IC 95%:
1.065~2.094), situação depois do jantar para mais de 3 h
(OR = 1,399, IC 95%: 1.023~1.915). Concluiu-se que
identificou uma série de maus hábitos: estilo de vida
pouco saudável e problemas psicológicos se tornaram
importantes fatores de risco de SM em policiais. Devem
ser tomadas medidas de prevenção e controle
138
direcionados para reduzir a incidência de SM.
SHIOZAKI.
Journal of
Occupational
Health – 2013.
Assessment of the risk
of ischemic heart
disease and its relevant
factors among
Japanese police officers
Investigar a prevalência dos fatores
de risco para as doenças cardíacas
isquêmicas (DCI) entre policiais e
examinar sua associação com as
condições de trabalho e estilos de
vida.
58 policiais do sexo masculino que desenvolveram DCI
1996-2011 e o desenvolvimento de DCI em policiais foram
significativamente associadas com fatores de risco
tradicionais, especialmente, com hipertensão, dislipidemia
e intolerância à glicose. O aumento com a idade da
prevalência de fatores de risco DCI e a frequência de SM
foram maiores em policiais do que os trabalhadores de
escritório. Condição de trabalho irregular que trabalha em
turnos, carga horária longa, e estilos de vida
desfavoráveis (beber álcool e condições de sono pobres)
podem influenciar a maior prevalência de fatores de risco
para DCI em policiais.
YOO.
Journal of
Occupational and
Environmental
Medicine - Wolters
Kluwer – 2013.
Sleep Habits, Mental
Health, and the
Metabolic Syndrome in
Law Enforcement
Officers
Avaliar a associação de
características do sono e saúde
mental com a síndrome metabólica
(SM) em policiais.
(Pesquisa n = 106 – Universidade
IOWA - Estados Unidos).
A duração do sono dos policiais: (≤6, > 6 <8, ≥8 horas /
noite), qualidade do sono ("bom", "ruim"), saúde mental
(estresse, de burnout, depressão) e SM componentes
foram comparadas em 106 policiais. A prevalência de
síndrome metabólica foi de 33%. A longa duração do
sono foi associada com SM (odds ratio = 4,89, 95% de
intervalo de confiança = 1,32-18,13). Policiais com a
duração do sono curta ou má qualidade do sono
relataram ter mais estresse, esgotamento, e sintomas de
depressão. A duração do sono está mais fortemente
associada com a ocorrência de SM do que a qualidade do
sono, independente da saúde mental. No entanto, a
duração do sono curto e má qualidade do sono podem
afetar a saúde mental em LEO.
SCHMIDT;
MARTIN.
International
Journal of Exercise
Science – 2013.
Association of
Cardiovascular Fitness
and Metabolic
Syndrome in Male
Police Officers
Avaliar a associação da síndrome
metabólica e aptidão cardiovascular
em policiais do sexo masculino.
(Dados da amostra, (n = 51), idade
média de 39 anos, Universidade de
Texas, Estados Unidos).
Métodos e Resultados: circunferência da cintura> 40 ",
HDL Colesterol <40 mg / dL, triglicerídeos> 150 mg / dL,
glicemia> 110 mg / dL e pressão arterial de repouso>
130/85 mm . Hg. aptidão aeróbica foi determinada pela
estimativa VO2max de tempos em esteira durante um
protocolo de Bruce e Síndrome metabólica pelo NCEP III
resultados:. Os indivíduos foram classificados e divididos
em quartis com base em VO2max, cálculos através do
teste qui-quadrado (p <0,05) Prevalência de metabólica.
síndrome aumentou em quartis como a aptidão
cardiovascular diminuiu. Estes dados sugerem que a
aptidão cardiovascular aumenta, a probabilidade de
policiais do sexo masculino com diminuições da síndrome
metabólica.
SOUZA.
Ciência & Saúde
Coletiva – 2013.
Consumo de
substâncias lícitas e
ilícitas por policiais da
cidade do Rio de
Janeiro
Investiga-se o consumo de
substâncias psicoativas entre
policiais civis e militares da cidade
do Rio de Janeiro.
Os resultados mostram maiores frequências de consumo
regular de tabaco (23,3% dos civis versus 19,1% dos
militares), de uso diário de bebida alcoólica (12% dos civis
versus 11% dos militares) e de tranquilizantes no último
ano (13,3% dos civis e 10,1% dos militares). O consumo
de maconha envolveu 0,1% dos policiais civis e 1,1% dos
militares, e o uso de cocaína entre os militares foi de
1,1%. O consumo de álcool apresentou-se intenso e
acarretando problemas no trabalho e nas relações sociais
e familiares destes policiais. Ressalta-se a necessidade
de políticas públicas preventivas às adicções e a possível
subestimação das informações sobre as substâncias
139
ilícitas.
CZAJA-MITURAI.
Medycyna pracy
Journal – 2013.
Cardiovascular risk
factors and life and
occupational stress
among policemen.
Avaliar a relação entre o estresse
geral e relacionado com o trabalho,
e com o funcionamento do sistema
circulatório dos policiais.
(Dados da amostra, (n = 126), idade
média de 37,8 +/- 7,3 anos,
Universidade de Texas, Estados
Unidos).
O estudo compreendeu a avaliação do estado de saúde
de policiais. Foi encontrado hipertensão em 36% na
amostra. Desconforto no peito foi relatado por 60% dos
sujeitos. IMC, colesterol sérico e LDL, foram elevados
(22.7 +/- 4.1, 222,6 +/- 41,7 mg / dl e 142,7 +/- 39,7 mg /
dl, respectivamente). Significam que os níveis de
triglicerídeos, fração HDL e glicemia de jejum foram
normais em todo o grupo. Os níveis de estresse geral e
ocupacional foram altos, sendo maior do que em outros
grupos profissionais. No grupo com o maior nível de
estresse, houve um número significativamente mais
pessoas com problemas circulatórios (81%), o consumo
de álcool forte, pelo menos uma vez por semana (27%),
trabalhando em um sistema de turno (40,5%) e horas
extras de trabalho (44%). Conclui-se que os resultados
mostram que a polícia é um grupo de alto risco de
desenvolver doenças cardiovasculares devido ao estresse
relacionado com o trabalho.
BRAGA FILHO;
D'OLIVEIRA
JÚNIOR.
American Journal of
Men's Health –
2014.
Metabolic syndrome
and military policemen's
quality of life: an
interdisciplinary
comprehensive
approach
Fornecer uma base teórica para
outros estudos sobre a prevalência
de metabólica síndrome entre os
policiais. (Estudo Brasileiro)
Os autores apresentam um exame interdisciplinar com
base em estudos sobre a saúde ea qualidade de vida de
policiais em sua especificidade; estudos publicados foram
selecionados de acordo com as palavras-chave: homens,
saúde, qualidade de vida, polícia, síndrome metabólica;
publicados nos últimos 15 anos e disponíveis: Scielo -
Medline - PubMed. Conclui-se que policiais militares têm
uma profissão de risco, cujas condições podem contribuir
para a baixa qualidade de vida, doença e mortalidade por
causas cardiovasculares em virtude da elevada
prevalência da síndrome metabólica.
BRAGA FILHO,
D'OLIVEIRA.
American Journal of
Men's Health –
2014.
The Prevalence of
Metabolic Syndrome
Among Soldiers of the
Military Police of Bahia
State, Brazil.
Avaliar a prevalência de fatores de
risco individuais para doenças
cardiovasculares, bem como a
prevalência de síndrome metabólica
entre Policiais Militares do Estado da
Bahia, Brasil.
Estudo transversal entre os soldados da PM (n = 452) do
curso de formação da PM-Bahia, Brasil. Todos os
candidatos que participaram do processo de seleção
foram avaliados de acordo com os critérios do National
Cholesterol Programa de Educação Painel Adulto III, a fim
de avaliar a presença de problemas de saúde que podem
contribuir para as doenças cardiovasculares e síndrome
metabólica. Identificou uma alta prevalência de
hipertensão arterial (55,76%), hipertrigliceridemia
(50,85%), circunferência da cintura de> 102 cm (31,76%),
os níveis de colesterol de lipoproteína de baixa de alta
densidade (30,46%) e glicemia de jejum alterada
(28,15%). A prevalência global de SM foi 38,54%.
BARBOSA.
Revista Brasileira
de Cardiologia
2014.
Prevalência de Fatores
de Risco Cardiovascular
em Policiais Militares
Identificar a prevalência de fatores
de risco cardiovasculares
modificáveis e não modificáveis,
estratificados por sexo, em policiais
militares pertencentes ao 35°
Batalhão de Polícia Militar (BPM) do
Estado do Rio Grande do Sul (RS).
(Dados da amostra, (n = 112),
característica da amostra (87,50%),
com faixa etária entre 20-54 anos).
Observou-se que os PMs apresentam estresse em diferentes graus de intensidade e índices acima dos encontrados em outros estudos nacionais. A maior intensidade de estresse no sexo feminino é confirmada pela dupla jornada de trabalho, pois se soma à carreira profissional dessas policiais as atividades do lar, o que as torna mais vulneráveis. Entre os fatores de risco cardiovasculares não modificáveis, o estudo indicou a prevalência de homens com histórico familiar de DCV. Entre os fatores de risco modificáveis, observou-se o predomínio de homens etilistas, insuficientemente ativos, na faixa de sobrepeso e dislipidêmicos. Entre as mulheres, prevaleceram as inativas e estressadas. Esta pesquisa reforça a necessidade de adoção de medidas de promoção e prevenção específicas a fim de reduzir as vulnerabilidades à saúde e melhorar a qualidade de vida desses trabalhadores.
140
CHANG
International
Journal of
Occupational
Medicine and
Environmental
Health – 2015.
Association between
sleep duration and
sleep quality, and
metabolic syndrome in
Taiwanese police
officers.
Examinar a associação entre a
duração e qualidade do sono e
síndrome metabólica (SM) e seus
componentes em policiais do sexo
masculino de Taiwan.
A prevalência de SM em policiais do sexo masculino de
Taiwan foi de 24,5%. Os policiais que dormiam menos de
5 horas eram mais propensos a ter obesidade abdominal,
e aqueles com pontuações mais elevadas de distúrbios
do sono apresentaram maior prevalência de SM e
obesidade abdominal. Recomenda-se que policiais com a
duração do sono curto ou distúrbios do sono ser
rastreados para SM e circunferência da cintura, a fim de
prevenir doenças cardiovasculares.
PEREZ;
BENSEÑOR.
São Paulo Medical
Journal – 2015.
Tobacco and alcohol
use, sexual behavior
and common mental
disorders among
military students at the
Police Academy, São
Paulo, Brazil. A cross-
sectional study.
Este estudo avaliou as frequências
de uso de tabaco e álcool,
comportamento sexual e saúde
mental entre os estudantes militares.
[universo de N = 473 cadetes –
estudante; amostra de n= 429,
(89,5% homens; 10,5% mulheres). A
maioria era branca (76,6%), com
idade <30 anos, de classe média
alta (78,1%)]
A frequência de tabagismo foi de 6,5%, o consumo de
álcool 69,3%, DST 14% e TMC 15,6%. O uso de
preservativos foi baixo. CONCLUSION primeiro ano: As
frequências de tabagismo e TMC foram baixos, enquanto
que a frequência do consumo de álcool foi semelhante à
da população brasileira. O uso de preservativos foi baixo,
em comparação com estudos anteriores com amostras
semelhantes. Os resultados sugerem que houve certo
grau de proteção contra TMC e doenças sexualmente
transmissíveis durante os anos de graduação.
JANCZURA.
PLos One – 2015.
The Relationship of
Metabolic Syndrome
with Stress, Coronary
Heart Disease and
Pulmonary Function--An
Occupational Cohort-
Based Study.
Analisar se os níveis mais elevados
de estresse podem estar
relacionados com SM e presença de
placa, bem como se a síndrome
metabólica pode afetar a função
pulmonar.
O estudo abrangeu 235 policiais (idade média de 40,97
anos) do sul da Polônia. Exposição ao estresse
específicas de trabalho entre os agentes da polícia
aumentou a prevalência de SM e impactado presença da
placa coronária. Indivíduos com SM tinham piores
parâmetros de função pulmonar. No início da carreira, a
intervenção terapêutica global pode reduzir o risco global
de eventos cardiovasculares e evitar a deterioração da
função pulmonar nessa população ocupacional.
LEISCHIK.
PLos One, 2015.
Aerobic Capacity,
Physical Activity and
Metabolic Risk Factors
in Firefighters
Compared with Police
Officers and Sedentary
Clerks
Examinar a associação entre o
ambiente físico de trabalho e
medidas de desempenho fisiológicas
sobre os níveis de atividade física e
parâmetros metabólicos entre os
funcionários alemães. O foco
principal deste estudo foi examinar
as diferenças entre os grupos em
vez de medir os valores absolutos
em um grupo ocupacional.
198 funcionários do sexo masculinos alemães (97
bombeiros [FFs], 55 policiais [OP] e 46 funcionários
sedentários [SCs]). Os FFs mostraram níveis de AF
significativamente mais elevados em comparação com as
SCs. O grupo PO teve o maior risco cardiovascular de
todos os grupos porque incluía mais participantes com
SM; Além disso, as organizações de produtores tiveram
uma média de 2,75% mais elevada de gordura corporal,
os valores de HDL colesterol e circunferência da cintura
mais elevados em comparação com os FFs e valores de
colesterol elevado de LDL em comparação com o SCs.
Os dados indicam que as ocupações sedentárias
parecem estar ligadas à obesidade e síndrome metabólica
em homens de meia-idade.
FEKEDULEGH.
Journal of
Occupational and
Environmental
Medicine - Wolters
Kluwer – 2016.
Shift Work and Sleep
Quality Among Urban
Police Officers: The
BCOPS Study
Examinar associação de trabalho
por turnos com qualidade do sono
em policiais.
(Dados da amostra, n = 363,
Universidade de Buffalo, Estados
Unidos).
O estudo sobre Estresse Ocupacional e a condição
Cardio-Metabólico de Policiais. A prevalência geral de má
qualidade do sono foi de 54%; 44% para o dia, 60% para
a tarde, e 69% para o turno da noite. Má qualidade do
sono foi de 70% mais prevalente entre os policiais do
turno da noite (p <0,001) e 49% maior entre aqueles no
turno da tarde (P = 0,003) em relação aos funcionários
que trabalham no turno diurno. Conclui-se que os horários
de trabalho à noite estão associados com elevada
prevalência de má qualidade do sono entre os policiais.