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1 UNIVERSIDADE SÃO JUDAS TADEU PROGRAMA DE PÓS GRADUÇÃO EM CIENCIAS DO ENVELHECIMENTO MARCOS RODOLFO RAMOS PAUNKSNIS RESPOSTAS METABÓLICAS E HORMONAIS DE IDOSOS SUBMETIDOS A DIFERENTES SISTEMAS DE TREINAMENTO DE FORÇA Orientador: Prof. Dr. Danilo Sales Bocalini SÃO PAULO 2017

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UNIVERSIDADE SÃO JUDAS TADEU

PROGRAMA DE PÓS GRADUÇÃO EM CIENCIAS DO ENVELHECIMENTO

MARCOS RODOLFO RAMOS PAUNKSNIS

RESPOSTAS METABÓLICAS E HORMONAIS DE IDOSOS SUBMETIDOS A

DIFERENTES SISTEMAS DE TREINAMENTO DE FORÇA

Orientador: Prof. Dr. Danilo Sales Bocalini

SÃO PAULO

2017

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UNIVERSIDADE SÃO JUDAS TADEU

PROGRAMA DE PÓS GRADUÇÃO EM CIENCIAS DO ENVELHECIMENTO

MARCOS RODOLFO RAMOS PAUNKSNIS

RESPOSTAS METABÓLICAS E HORMONAIS DE IDOSOS SUBMETIDOS A

DIFERENTES SISTEMAS DE TREINAMENTO DE FORÇA

Dissertação de mestrado apresentado ao

programa de pós-graduação em Ciências do

Envelhecimento para qualificação.

Orientador: Prof. Dr. Danilo Sales Bocalini

SÃO PAULO

2017

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MARCOS RODOLFO RAMOS PAUNKSNIS

RESPOSTAS METABÓLICAS E HORMONAIS DE IDOSOS SUBMETIDOS A

DIFERENTES SISTEMAS DE TREINAMENTO DE FORÇA

Dissertação de mestrado apresentado ao

programa de pós-graduação em Ciências do

Envelhecimento para qualificação.

Orientador: Prof. Dr. Danilo Sales Bocalini

BANCA EXAMINADORA

___________________________________________________ Prof. Dr. Danilo Sales Bocalini

Universidade São Judas Tadeu (orientador)

___________________________________________________ Prof. Dra. Angélica Castilho Alonso

Universidade São Judas Tadeu

___________________________________________________ Prof. Dr. Francisco Luciano Pontes Junior

Universidade de São Paulo

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DEDICATÓRIA

Dedico este trabalho a uma pessoa única e exclusiva em minha vida, pessoa essa que me

motiva e me faz vencer todos os desafios que a vida me prega. Ao meu filho amado CAUÃ

BRUNACCI RAMOS PAUNKSNIS, dedico a você, meu amor.

As únicas pessoas que você precisa na sua

vida são aquelas que provam que precisam

da sua presença na vida delas.

(Autor desconhecido)

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AGRADECIMENTOS:

Primeiramente gostaria de agradecer a Deus, por ser a força maior que nos guia por

caminhos tortuosos e sempre ilumina nosso caminho.

A minha linda família, composta pelos meus amores. Minha esposa Natália Sanches

Brunacci Paunksnis (amor obrigado por estar sempre ao meu lado, desde o ensino

médio até o mestrado, sempre compreendendo meus momentos de ausência e

também todas as nossas jornadas caseiras afins de concluir mais uma etapa de

nossas vidas. Te amo.

Ao meu filho que é e sempre será o meu maior motivador. Obrigado por existir em

minha vida e por entender os momentos que o papai não brincou com você, porque

precisava terminar de escrever a dissertação. Te amo para todo sempre meu

''tuinguinho''.

A minha mãe Jatiacy de Assunção Ramos, (Rainha) da minha vida, e ao meu Pai

Marcos José Paunksnis, obrigado por juntos me passarem todos os ensinamentos de

vida e educação para que hoje eu esteja sempre em busca dos patamares mais altos

de da profissão que eu escolhi ser, professor.

Obrigado a minha irmã Patrícia Ramos Paunksnis, não sei o que seria da minha vida

sem ela, por isso agradeço todos os dias a deus pela irmã extraordinária que tenho,

sem ela não teria resolvido métodos dos problemas da minha vida e talvez nem aqui

nessa condição de mestrando estaria. Obrigado ''Menina''

Gostaria de agradecer ao meu irmão Adolfo Ramos Paunksnis, a grande maioria das

pessoas ao meu redor me acham inteligente no que desrespeito a minha prática

profissional e pessoal, mas sempre digo a elas ''é por que vocês não conhecem meu

irmão'' realmente esse é um cara fora de série. Obrigado ''Cururu''

Meu orientador Danilo Sales Bocalini, se hoje eu chego a mais essa etapa

acadêmica, com toda certeza ele tem culpa, neste caso uma culpa boa, pois lembro

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até hoje do primeiro convite feito por ele há mim para frequentar o laboratório da

Universidade São Judas Tadeu quando eu ainda era seu aluno de graduação, a partir

dai só adquiri bons colegas, grandes conquistas profissionais e grandes amigos.

Prof. Dr. Frank Suzuki, muito obrigado por sempre acreditar em meu potencial como

professor acadêmico, saiba que alem de uma grande referencia para mim você é um

amigo que a vida e a educação física me deu, muito obrigado ''mestre''

Prof. Dr. Alexandre Evangelista, vulgo ''together'' saiba que você é referencia não só

para mim mas também para diversos profissionais da área, muito obrigado pela

confiança depositada a mim e por sempre manter as portas abertas para que

pudesse acompanha-lo e aprender sempre mais com você, afinal ''cá estamos nós''

Obrigado aos meus colegas da turma de mestrado, Geisa, Roberta, Milena e as

demais.

Obrigado a todo corpo docente envolvido nesse processo pela qual passei e adquiri

muitas experiências boas pessoais e profissionais.

Obrigado a minha amiga Mariana Teixeira dos Santos ''Mari veia'' por todo apoio e

ajuda a mim concedido durante esses 24 meses como mestrando, sempre disposta a

me ajudar todas as vezes que necessário.

Obrigado a todos aqueles que de alguma maneira contribuirão direta ou

indiretamente para que tudo isso se tornasse possível hoje.

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RESUMO

Respostas metabólicas e hormonais de idosos submetidos a diferentes sistemas de

treinamento de força

Introdução: Com o intuito de assegurar a continuidade das adaptações ao

treinamento, que tendem a diminuir caso um dado estímulo permaneça constante por

período de treinamento diverso sistemas de treino podem ser utilizados com a finalidade de

provocar adaptações em vários sistemas fisiológicos, sobretudo hormonais. Objetivo:

Comparar as respostas agudas e subagudas no perfil hormonal e parâmetros metabólicos

em pessoas idosas que participaram de dois métodos de treinamento de força (TF) com

cargas equalizadas. Métodos e materiais: um total de 12 indivíduos idosos (65 ± 3 anos)

foram distribuídos aleatoriamente em dois métodos de treinamento: intensidade constante

(IC, 3 séries de 10 repetições com 75% de 1RM) e intensidade variável (VI, 1º conjunto : 12

repetições a 67% de 1RM> 2º conjunto: 10 repetições a 75% de 1RM e 3º conjunto: 8

repetições a 80% de 1RM). Ambos os métodos incluíram os seguintes exercícios: pressão

na perna, extensão do joelho e agachamento com 1 minuto de intervalos de descanso entre

conjuntos. A velocidade de execução livre e o alcance máximo de movimento foram

incentivados em cada conjunto para ambos os protocolos. As amostras de sangue foram

analisadas, incluindo glicose, testosterona (T), cortisol (C), relação T/C, hormônio do

crescimento (GH) e lactato 2 e 24 h após a intervenção. Resultados: Não houve diferenças

observadas nas concentrações de glicose, testosterona, GH e lactato tanto a 2 e 24 h após

a execução dos dois métodos de treinamento. No entanto, foram observados aumentos

significativos nos níveis da relação T/C e diminuição no cortisol imediatamente pós-

exercício para ambos os protocolos. Conclusão: embora não tenham sido observadas

diferenças significativas entre as duas intervenções em relação aos parâmetros hormonais e

metabólicos analisados, ambos os métodos de treinamento promoveram uma resposta

favorável, com uma ligeira superioridade observada no método CI em relação ao perfil

hormonal.

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Palavras-chave: treinamento de força, treinamento de resistência, hormônios,

pirâmide, testosterona.

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ABSTRACT

Metabolic and hormonal responses to different resistance training systems in elderly

men.

Introduction: In order to ensure the continuity of adaptations to training, which tend

to decrease if a given stimulus remains constant for several training periods, training systems

can be used with the purpose of provoking adaptations in various physiological systems,

especially hormonal systems. Objective: To compare acute and sub-acute responses in

hormonal profile and metabolic parameters in elderly people who participated in two methods

of strength training with equalized loads. Methods and materials: 12 elderly individuals (65±

3 years) were randomly assigned to 2 training methods: constant intensity (CI, 3 sets of 10

repetitions with 75% of 1RM) and variable intensity (VI, 1st set: 12 repetitions at 67% of

1RM> 2nd set: 10 repetitions at 75% of 1RM and 3rd set: 8 repetitions at 80% of 1RM). Both

methods included the following exercises: leg press, knee extension and squat with 1 minute

rest intervals between sets. Free speed of execution and maximum range of movement were

encouraged throughout each set for both protocols. Blood samples analyzed included

glucose and lactate at 2 and 24 hours post intervention. Results: There were no observed

differences in glucose and lactate concentrations both at 2 and 24 hours after the execution

of the two training methods. However, significant increases in the levels of cortisol were

observed immediately post exercise for both protocols. Effect size analysis revealed

superiority for the CI method in the hormonal profile. Conclusion: Although no significant

differences were observed between the two interventions in relation to the hormonal and

metabolic parameters analyzed, both training methods promoted a favorable response, with

a slight superiority noted for the CI method relative to the hormonal profile.

Key-words: strength training, resistance training, hormones, pyramid, testosterone

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SUMÁRIO

LISTA DE ABREVIATURAS

LISTA DE TABELAS

ANEXOS

1. PROBLEMATIZAÇÃO .................................................................................................... 12

2. REVISÃO DE LITERATURA ........................................................................................... 14

2.1. Demografia do envelhecimento ..................................................................................... 14

2.2. Treinamento de força e resposta endócrina .................................................................. 17

3. OBJETIVO ...................................................................................................................... 32

3.1. Objetivos específicos .................................................................................................... 32

4. HIPÓTESES.................................................................................................................... 33

5. MATERIAIS E MÉTODOS............................................................................................... 34

5.1 Amostra ........................................................................................................................ 34

5.2 Avaliações antropométricas .......................................................................................... 34

5.3 Avaliação da resistência dinâmica máxima. .................................................................. 34

5.4 Determinação dos níveis plasmáticos de testosterona, cortisol, hormônio do crescimento

(GH), lactato e glicose. ........................................................................................................ 35

5.5 Esforço percebido e carga de treino .............................................................................. 35

6. PROCEDIMENTOS ......................................................................................................... 36

6.1 Análise estatística ......................................................................................................... 36

7. RESULTADOS ................................................................................................................ 37

8. DISCUSSÃO ................................................................................................................... 40

9. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ............................................................................... 43

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LISTA DE ABREVIATURAS

GH - Hormônio do crescimento

IGF1 - Fator de Crescimento Insulínico

TF- Treinamento de força

T:C - Testosterona cortisol

RM - Repetição máxima

CI - Intensidade constante

VI - Intensidade variável

LISTA DE TABELAS

Tabela 1. Caracterização da amostra. ............................................................................... 37

Tabela 2. Parâmetros metabólicos antes, 2 e 24 horas após a execução de protocolos

de intensidade variável e constante. ................................................................................ 38

Tabela 3. Tamanho do efeito em relação ao repouso. ..................................................... 39

ANEXOS

ANEXO A - Termo de Consentimento Livre e Esclarecido para Participação em

Pesquisa ............................................................................................................................. 57

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1. PROBLEMATIZAÇÃO

O treinamento de força (TF) é considerado um dos mais populares entre as

atividades físicas profissionais. As rotinas de treinamento de força são realizadas por

indivíduos interessados no desenvolvimento de força para fins profissionais, como atletas,

ou pessoas que desejam estar em forma e saudável. A maioria dessas atividades é

realizada em academias e ginásios (THOMPSON, 2016). Além disso, TF também serve para

melhorar o estado de saúde e reabilitação e os benefícios do TF estão bem documentadas

na literatura científica (GARBER et al., 2011, BOCALINI et al., 2010; BOCALINI et al., 2009).

O (TF) promove alterações significativas nos marcadores metabólicos associados à

adaptações musculares como lactato, glicose, testosterona, cortisol, a razão testosterona-

cortisol (T:C) e o hormônio de crescimento (GH) (RAASTAD et al., 2000; TREMBLAY et al.,

2004; LU et al., 1997; MARIN & FIGUEIRA JUNIOR, 2007). Estas adaptações podem ser

consideradas significativas no acompanhamento, na avaliação e sucesso dos programas de

treinamento (CREWTHER & COOK, 2010) T:C tem sido usado como marcador hormonal

relacionado ao corpo anabólico-catabólico homeostase (GAVIGLIO & COOK, 2014).

No entanto, não está claro como T:C responde aos diferentes métodos de

treinamento. Apenas alguns estudos realizados até à data investigaram as variadas cargas

de trabalho de TF (volume e intensidade) em T:C. Sabe-se que uma variedade de diferentes

sistemas de treinamento são capazes de promover adaptações musculoesqueléticas (LA

SCALA TEIXEIRA, 2016). No entanto, quando TF é executado utilizando o mesmo longo

prazo, as plataformas de resposta adaptativa motivam os indivíduos a considerarem

métodos alternativos de treinamento (HARRIS et al., 2004, SCHOENFELD, 2011).

Apesar da evidência de que a variação dos estímulos é necessária para adaptação

neuromuscular, a caracterização das respostas hormonais, em particular a de T:C, para

vários métodos de TF, ainda é relativamente inexplorada na ciência e na literatura,

especialmente em relação à população idosa. Considerando a praticidade de diferentes

sistemas de treinamento, o de múltiplas séries de intensidade constante (IC) e o de múltiplas

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séries de intensidade variável (IV) (CHARRO et al., 2012) são frequentemente usadas para

o propósito de melhorar a aptidão muscular. No entanto, as respostas hormonais tanto

agudas quanto subagudas, utilizando esses métodos em idosos com experiência em TF,

está em falta.

Alguns estudos como (SPIRDUSO, 1995; GOBI et al., 2007) já demonstraram os

efeitos positivos do TF na melhora da força muscular, qualidade de vida, capacidade

funcional e respostas tanto metabólicas quanto inflamatórias. Porém, as mais recentes

tendências científicas sobre estratégias ideais, sugerem várias alternativas aos métodos

tradicionais já conhecidos sendo que, uma dessas recomendações, inclui o uso de treinos

que combinam diferentes formas de divisão na frequência semanal. Dessa forma, acredita-

se que a aplicação do treinamento utilizando diversas variações metodológicas, no que

tange a divisão semanal dos grupamentos musculares é uma estratégia recomendada para

trabalhos alternativos visando adaptações musculares positivas.

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2. REVISÃO DE LITERATURA

2.1. Demografia do envelhecimento

O processo de envelhecimento populacional trata-se de um fenômeno mundial.

Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE, 2015) essa mudança

demográfica está relacionada a diminuição das taxas de natalidade e mortalidade bem como

o aumento da expectativa de vida em quase todas as regiões do mundo (OPAS, 2007). No

caso da África por exemplo, as taxas caíram de 5,1 nascimentos por mulher de 2000 a 2005

para 4,7 nascimentos de 2010 a 2015.

Estimativas do (IBGE 2015) apontam que uma criança nascida hoje no Brasil tem

expectativa de vida 20 anos a mais quando comparada a uma criança nascida em 1950.

Dados da Organização Mundial de Saúde (OMS) demonstram que nas próximas décadas a

população mundial com mais de 60 anos ultrapassará de 841 milhões para 2 bilhões até

2050, tendo um aumento na expectativa de vida entre 2000 e 2015, sendo considerado o

crescimento mais rápido desde os anos 1960. Dentre os países, o Japão é considerado

com maior expectativa de vida, com uma média de 83,7 anos, seguido da Suíça, com 83,4

anos. Adicionalmente, países como Espanha, Itália, Islândia, Israel, França, Suécia,

Cingapura, Austrália e Coreia do Sul têm expectativas de vida acima dos 82 anos.

Segundo o (IBGE, 2015) atualmente no Brasil, a expectativa de vida para mulheres é

de 79,1 anos, e para os homens de 71,9. Se seguirmos desta forma é possível estimar que

o Brasil ocupará o sexto pais com o maior número de idosos, com 33,4 milhões de idosos

(OMS, 2002).

De acordo com os dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) o

envelhecimento populacional ocorre de forma desigual entre os países, sendo mais rápida

nos países em desenvolvimento e com um tempo prolongado nos países desenvolvidos,

permitindo que países em desenvolvimento se adaptem gradativamente as necessidades

desta população, com melhores estratégias sociais e de saúde (WHO, 2002).

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Associado a estas mudanças epidêmicas relacionadas ao processo de

envelhecimento, atualmente o sedentarismo é considerado um importante fator de risco para

doenças em geral. Adicionalmente, uma perda progressiva da capacidade funcional é

frequentemente acompanhada com reduções da capacidade de realizar as atividades da

vida diária (BASSUK et al. 2003; CHU et al. 2004). Tais mudanças relacionadas à idade

contribuem também para alterações na composição corporal, como o aumento da massa de

gordura e diminuição da massa magra. Somado a isso, a prevalência de obesidade

aumentou entre os idosos, com perspectivas de acentuação deste fenômeno para os

próximos anos (NETO et al.; 2008). Atualmente a obesidade é considerada um importante

fator de risco para o desenvolvimento de doenças crônicas (CASADO et al.; 2009), além de

apresentar mais comorbidades variadas como diabetes, osteoartrite, osteoporose, distúrbios

ventilatórios dentre outras em comparação com pessoas não obesas da mesma idade e

menor força muscular em relação à massa corporal (GIGANTE et al.; 2009).

É consenso que a prática de atividade física regular melhora a ansiedade, a

depressão, gera adaptações fisiológicas, como melhora da função pulmonar e

cardiovascular e aumento da força muscular (HAGBERG et al. 1989; FRANCHI et al. 2008;

NOBREGA et al. 2010; BOCALINI et al. 2008a; BOCALINI et al. 2008b; BOCALINI et al.

2009; BOCALINI et al. 2010; BOCALINI et al. 2012a; BOCALINI et al. 2012b; RICA et al.

2012). Estas alterações levam a um aumento da autonomia para realização das atividades

de vida diária, prevenindo, portanto, a incapacidade funcional e condições de dependência

(WILLENHEIMER et al 1998; SHEPHARD 1994; BELLARDINELLI et al 1999;

WILLENHEIMER et al 2001).

Alterações na composição corporal podem induzir a diminuição no nível de atividade

física, a redução do efeito mais importante sobre a massa muscular, bem como de

predisposição para o balanço energético positivo e ganho de massa gorda. O exercício

físico aeróbico tem demonstrado ser um meio não farmacológico eficaz para reduzir o peso

corporal e a incapacidade física, além disso, sua prática tem sido considerada a principal

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estratégia para diminuir o risco de diversas doenças, combinando a ingestão de alimentos

de forma adequada e exercícios de resistência. Adicionalmente, a pratica de atividade física

tanto para exercícios com predominância aeróbia bem como de predominância anaeróbia é

uma estratégia eficaz para promoção de saúde (HAGBERG et al. 1989; FRANCHI et al.

2008; NOBREGA et al. 2010), ajudando a aliviar os sintomas e até prevenir doenças como a

depressão (SOUZA et. al. 2012), hipertensão (FARINATTI et al. 2005), distúrbios osteo-

metabólicos (BOCALINI et al. 2010, BOCALINI et al. 2011), obesidade (BOCALINI et al.

2012) e doenças cardiovasculares (FARINATTI et al. 2005) e por diminuir o uso de

medicamentos (SILVA et al. 2012).

As orientações de exercícios básicos recomendados pelo American College of Sports

Medicine (ACSM, 2009) para adultos saudáveis e idosos enfatiza que o programa de

treinamento deve consistir de resistência, força, exercícios aeróbicos e de flexibilidade.

Sabemos que o envelhecimento é um processo irreversível e inevitável a todos os

indivíduos (BERNARDI; REIS; LOPES, 2008). Este processo é gradual e composto por

alterações morfológicas, fisiológicas, bioquímicas e psicológicas, tornando o indivíduo mais

vulnerável e suscetível a adquirir problemas patológicos com consequente perda das

capacidades físicas podendo até chegar a óbito (ALMEIDA; VALENTIM; DIEFENBACH,

2004; CIVINSKI; MONTIBELLER; BRAZ, 2011). De maneira geral, durante este processo o

organismo é afetado com diferentes comprometimentos, sendo que as modificações dos

órgãos, tecidos e células acontecem em diferentes momentos (WEINECK, 1991).

As alterações fisiologias decorrentes do envelhecimento tais como acentuada

redução da massa muscular com consequente redução da força muscular com a presença

ou não da sarcopenia estão intimamente associadas a inatividade física, alterações nas

estruturas que compõem a unidade motora, alterações no sistema endócrino e diminuição

da síntese de proteína (ROTH 2000, NARICI E MAFULLI, 2010 FECHINE & TROMPIERI

2012).

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Frente às estas alterações o treinamento de força vem sendo considerado uma

importante estratégia de combate as alterações morfofuncionais decorrentes do

envelhecimento (KRAEMER & RATAMESS 2004). Metodologicamente, fatores como ordem

dos exercícios escolhidos na sessão de treino, volume do treinamento, frequência semanal

das sessões, músculos recrutados durante a realização dos exercícios, velocidade da

execução, intervalo entre as séries realizadas, bem como a intensidade do esforço realizado

durante o exercício determinada pela quantidade de peso a ser deslocado pelo praticante

são consideradas variáveis determinantes para a eficácia do programa de treinamento.

De acordo com a diretriz do American College of Sports Medicine (ACSM)

recomenda-se para indivíduos iniciantes uma intensidade próxima de 70% da carga obtida

no teste de 1RM, porém para treinados a intensidade deva ser maior podendo chegar até a

100% (KRAEMER & RATAMESS 2004, WERNBOM et al. 2007).

2.2. Treinamento de força e resposta endócrina

Com o avançar da idade ocorrem diversas modificações nos mais variados sistemas

do corpo humano. Trata-se de um processo dinâmico e individual, tais modificações não são

atribuídas a um único fator, mas sim a um conjunto de alterações que levam a essas

mudanças desde o nível celular a todo o organismo (GALLAHUE e OZMUN, 2001). Alguns

autores acreditam que em partes algumas modificações fisiológicas e psicológicas

observadas no idoso tem relação com o estilo de vida sedentário (Nóbrega et al., 1999). A

falta da pratica de exercícios físicos no envelhecimento causa sedentarismo que pode levar

a fragilidade do sistema músculo esquelético (LEITE, 1996).

Dentre as alterações clássicas do processo de envelhecimento, destaca-se a

diapenia. Conceitualmente a diapenia é a perda de força muscular em maior magnitude do

que a perda da massa muscular sendo associada à idade (MITCHELL et al., 2012). A

diapenia predispõe idosos a um risco aumentado de limitações funcionais e mortalidade não

tendo necessariamente relação direta com a redução da massa magra como na sarcopenia

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(MICHAEL et al., 2012)

Já a sarcopenia trata-se de um aspecto complexo e multifatorial que contribui para o

acometimento dessa doença, como o estilo de vida inativo e má alimentação. Tais

modificações morfológicas são caracterizadas principalmente por alterações no sistema

musculoesquelético (MORLEY et al., 2001). Outros fatores como tabagismo, mudanças

hormonais e níveis de citocinas catabólicas, além da suscetibilidade genética contribuem

para a perda de massa muscular e ocorrência da sarcopenia (ROLLAND et al., 2008).

O músculo esquelético é constituído por fibras musculares, classificadas em Tipo I e

Tipo II. As fibras musculares Tipo I, ou comumente conhecidas como fibras vermelhas são

de contração lenta gerando pequenas quantidades de força porem com longa duração. As

fibras musculares do tipo II (IIA e IIB), ou fibras brancas, de contração rápida, com alta

capacidade na produção de força, velocidade ou potência. (GUYTON; HALL, 1997).

A diminuição tanto da força muscular como na potência muscular não se apresentam

de forma homogênea, considerando o sexo, os diferentes tipos de fibras musculares e tipos

de contração (LAURETANI et al., 2005). FLECK & KRAMER (1999) sugerem que as

mulheres apresentam um declínio mais acentuado da força em relação aos homens, sendo

expressa por uma diminuição na força de preensão manual, em cerca de 3% ao ano em

homens e 5% em mulheres, após um estudo longitudinal de quatro anos.

Durante o processo de envelhecimento ocorre além da diminuição da massa

muscular e aumento na massa gorda, redução na massa óssea que causando alterações

significativas na qualidade de vida de idosos (DELMONICO et al., 2009; GALLAGHER et al.,

2000; HUGHES, 2002).

Por volta dos 25 a 30 anos de idade temos um ápice na concentração de massa

muscular, com o aumento da idade ocorre uma queda linear na função na sua quantidade.

Estimasse que a massa muscular diminui entre 3,7% a 4,7% por década em média após os

30 anos de idade (MICHAEL et al., 2012). Essa perda é atribuída à um aumento do número

de fibras do tipo I e acentuada redução do número de fibras musculares do tipo II (MORLEY

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et al., 2001; TÓRAN, 2010).

A função do sistema endócrino é controlar as funções metabólicas corporais. A

homeostasia depende do funcionamento adequado em conjunto do sistema nervoso e

endócrino juntos desempenham importante função na regulação do metabolismo do

crescimento, desenvolvimento do equilíbrio hidroelétrico e reprodução (VANDERVOORT,

2000).

Devido ao processo de envelhecimento ocorrem modificações no sistema endócrino

que levam a alterações orgânicas (LUSTRI, 2007). O processo envelhecimento é a

resultante de modificações das funções neurais e endócrinas chamada de teoria

neuroendócrina, Tal teoria sugere a existência de um marca-passo central que induz a

falência do sistema endócrino e se baseia na presença de alterações morfológicas,

funcionais e bioquímicas tais como: osteoporose, diminuição da secreção de hormônio do

crescimento, hipogonadismo entre outras.

O declínio das funções fisiológicas decorrentes do processo de envelhecimento é

inevitável. Contudo, para que ocorra um auxílio na manutenção da qualidade de vida e de

um envelhecimento saudável é fundamental o conhecimento de tais processos.

O conjunto de glândulas que secretam hormônios é conhecido como sistema

endócrino. Os hormônios são moléculas biologicamente ativas que respondem a órgãos de

maneira especificas (GUYTON, 1981). São direcionados a células alvo para o controle do

trabalho metabólico podendo ser entendidos como substancias mensageiras. Os hormônios

atuam em uma ou mais funções celulares responsáveis por ativar enzimas, regular a

permeabilidade das membranas e funções nucleares. A maioria dos tecidos é alvo para um

ou mais hormônios dos órgãos endócrinos que estão espalhados por todo o corpo, sendo

assim absorção de nutrientes, o equilíbrio hidrelétrico e a reprodução são coordenados

pelas secreções endócrinas, junto com o sistema nervoso.

Os estímulos que provocam liberação hormonal podem causar hipertrofia da

glândula endócrina, o que gera aumento a quantidade de hormônio produzida e liberada. A

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concentração de um Íon, os parâmetros físicos (como elevação da pressão sanguínea) e a

própria concentração de hormônios compõe a alça de feedback negativo e possibilitam o

controle das secreções endócrinas (GUYTON & HALL, 1997).

O processo de envelhecimento implica na diminuição da síntese de determinados

hormônios, principalmente o hormônio do crescimento (GH), o estrogênio e a

deidroepiandrosterona (DHEA), cujos níveis séricos são utilizados como indicadores do grau

de envelhecimento. Esse declínio hormonal é explicado pela diminuição da mensagem que

o sistema nervoso central (hipotálamo) envia as glândulas, bem como o próprio

envelhecimento glandular.

Entre as principais as modificações fisiologias decorrentes do envelhecimento no

sistema endócrino levam a redução das concentrações de hormônios anabólicos como a

testosterona, GH e IGF-I causando redução do tamanho e da força muscular além de

redução na síntese de proteíca (JONES 1995, MARCUS et al., 1990)

Parte dessas alterações descritas se devem principalmente a mudanças agudas nas

concentrações de hormônios anabólicos como a Testosterona, o Hormônio do Crescimento

(GH) e o Fator de Crescimento Insulínico -1 (IGF – 1) (KRAEMER et al., 1991; HAKKINEN;

PAKARINEN, 1993; 1995; AHTIAINEN et al., 2003; RATAMESS et al., 2005) contudo o efeito

crônico nas concentrações basais de Testosterona ainda é controverso (MARX et al., 2001;

AHTIAINEN et al., 2003).

A testosterona é um hormônio esteroide sexual, nos homens produzido nos

testículos. A formação da testosterona ocorre nas células intersticiais de Leyding, situadas

nos interstícios, e constituem aproximadamente 20% da massa dos testículos adultos (FOX,

1996, E GUYTON & HALL, 1997).

As alterações hormonais que acorrem durante o processo de envelhecimento como o

declínio do hormônio do crescimento (GH), do fator de crescimento relacionado à insulina

(IGF-1) e dos hormônios sexuais testosterona e estrogênio contribuem para o acometimento

da sarcopenia, pois estão relacionadas ao metabolismo muscular e síntese proteica. De

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acordo com MORLEY et al. (2001) a diminuição dos níveis destes hormônios (GH e IGF-1)

estão relacionadas ao declínio na massa, forca e função muscular. Nos homens a

diminuição dos níveis de testosterona causa redução na síntese de proteína levando a

perda de massa muscular, sendo a prevalência de sarcopenia em homens elevada do que

em mulheres (KENNY et al., 2003; PELAEZ, 2006).

Segundo (KRAEMER e RATAMESS, 2004) nas últimas duas décadas o treinamento

de força tem apresentado aumento do número de praticantes, tendo como principal objetivo

o aumento da força e o aumento da massa muscular tendo como consequência a melhora

da capacidade funcional (KRAEMER e RATAMESS, 2004).

O exercício físico estimula a produção de vários hormônios pelo sistema endócrino, a

resposta hormonal ao exercício dependente de diversos fatores tais como, intensidade,

duração, modo e nível de treinamento (KARKOULIAS et al., 2008) o exercício contribui para

que ocorra um aumento da massa magra, atividade metabólica nos tecidos e também

aumento da síntese proteica (BELL et al., 2000; TRAPPE et al., 2000; AHTIAINEN et al.,

2003).

Parte dessas alterações descritas se devem principalmente a mudanças agudas nas

concentrações de hormônios anabólicos como a Testosterona, o Hormônio do Crescimento

(GH) e o Fator de Crescimento Insulínico -1 (IGF – 1) (KRAEMER et al., 1991; HAKKINEN;

PAKARINEN, 1993; 1995; AHTIAINEN et al., 2003; RATAMESS et al., 2005). Contudo o

efeito crônico nas concentrações basais de Testosterona ainda é controverso (MARX et al.,

2001; AHTIAINEN et al., 2003).

De acordo com FOX (1996) e GUYTON & HALL (1997) a testosterona é classificada

como um hormônio esteroide anabólico e sexual, produzida nos testículos, sendo secretada

pelo córtex adrenal, androgénios, que compreendem a dihidroesterona, a androsterona e a

testosterona. As células de intersticiais de Leyding são responsáveis pela formação da

testosterona, localizada nos interstícios, entre os túbulos seminíferos, e constituem 20% da

massa dos testículos em adultos. Após secretada pelos testículos, circula na corrente

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sanguínea aproximadamente entre 30min a 1h.

A testosterona é um hormônio responsável pelas características do gênero

masculino. A partir do início da puberdade, a produção deste hormônio aumenta

significativamente e seu declínio inicia-se de maneira acentuada a partir dos 50 anos de

idade (CAIROLI, 2004).

A testosterona é responsável pelo desenvolvimento das características sexuais

primárias como pénis, escroto e testículos, e simultaneamente pelas características sexuais

secundárias como aumento de pêlos pelo corpo, engrossamento da voz no gênero

masculino em fase adulta; desenvolvimento de acne devido a um aumento da espessura da

pele, aumento da massa muscular após o período de puberdade, aumento do metabolismo

basal até 15%, crescimento ósseo e retenção de cálcio e diversas outras funções (FOX,

1996).

O controlo das funções sexuais tem início com a secreção da hormonal de libertação

da gonadotrofina (GnRH) pelo hipotálamo, que por sua vez, estimula outros dois hormônios

provenientes da glândula hipófise anterior: a luteína a (LH) que é o estimulo primário para a

secreção de testosterona pelos testículos e a folículo-estimulante (FSH), responsável pelo

estimulo da espermatogénese.

O aumento dos níveis de Testosterona se dá principalmente por uma redução no

volume plasmático, estimulação adrenérgica e aumento da concentração de lactato que

estimulam as células de Leydig nos testículos (JEZOVA; VIGAS, 1981; TSITOURAS; BULAT,

1995; FRY; KRAEMER, 1997; LU et al., 1997; LIN et al., 2001), devido há um aumento na

via de receptores androgênicos, ocorre uma maior eficiência da captação desse hormônio

(HULMI et al., 2008).

Diversos estudos (AHTIAINEN et al, 2003; AHTIANEN et al, 2005; MCCAULLEY et

al, 2009; STEFANOVIĆ, JAKOVLJEVIĆ, & JANKOVIČ, 2010; ZACIORSKY & KRAEMMER,

2009; LINNAMO et al, 2005) demonstraram que o TF pode elevar os níveis de GH e a

testosterona quando o esforço é submáximo, porem tendo as seguintes características:

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falha muscular, intensidade equivalente a 70-80% de 1RM, número de séries variando entre

seis a oito e repouso entre séries duradouras entre 60-120 segundos.

O GH, também conhecido como somatotropina ou hormônio somatotrófico, é o mais

abundante hormônio secretado pela adenohipófise (BAUMANN, 1991). Em sua forma

principal, o GH contém 191 aminoácidos e pesa 22 kilodaltons (kDa) (STROBL, THOMAS,

1994). Cerca de 75% do total do GH secretado pelas células acidófilas ou somatotrofos da

adenohipófise estão em sua forma principal (BAUMANN, 1994). Existe uma segunda forma

do GH no organismo; esta contém 176 aminoácidos, pesa 20 kDa e sua concentração pode

variar entre 5 e 10% do total do GH secretado (BAUMANN, 1991; STROBL, THOMAS,

1994). Além destes dois peptídeos, outras isoformas e fragmentos da molécula principal de

GH estão presentes em quantidades variáveis na circulação em consequência de

modificações após a etapa de tradução protéica (BAUMANN, 1991).

O GH é bastante conhecido pelos seus efeitos anabólicos, estimulando o

crescimento tecidual, e levando a alterações metabólicas, como o fluxo, a oxidação e o

metabolismo de praticamente todos os nutrientes na circulação (STROBL, THOMAS, 1994).

Contudo, sabemos que os mecanismos envolvidos com estas ações são de alta

complexidade e podem ser divididos em: ações diretas, que são mediadas pela cascata de

sinalizações intracelulares, desencadeadas pela ligação do GH ao seu receptor na

membrana plasmática; e ações indiretas, mediadas principalmente pela regulação da

síntese dos fatores de crescimento semelhantes à insulina (IGF, insulin-like growth factors) e

de suas proteínas transportadoras plasmáticas (IGFBP, insulin-like growth factor binding

proteins)

No que desrespeito ao metabolismo lipolítico e glicolítico, as ações diretas do GH são

antagonistas aos efeitos provocados pela insulina (GHANAAT, TAYEK, 2005). São

justamente esses efeitos que caracterizam o GH como um hormônio “diabetogênico”,

causando aumentos na concentração de glicose circulante estimulando a liberação de mais

insulina para manter a glicemia adequada (PELL, 1990). Sendo assim, o GH promove

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diminuição da oxidação da glicose e de sua captação em vários tecidos, aumento da lipólise

e da oxidação de ácidos graxos no tecido adiposo e na musculatura esquelética e cardíaca

e estímulo para a produção hepática de glicose, principalmente pela ativação da

glicogenólise (PELL, 1990; GHANAAT, TAYEK, 2005).

A pratica do exercício físico causa diversos efeitos que são influenciados pelo GH,

incluindo a redução no catabolismo protéico e a oxidação de glicose, concomitantemente ao

aumento da mobilização de AGL (Ácidos Graxos Livres) do tecido adiposo, para gerar

energia (RIBEIRO, TIRAPEGUI, 1995). Sendo assim tais fatores sugerem o GH como

importante hormônio liberado em diversas situações de estresse (Lange, 2004). Contudo,

estudos demonstram que o GH também tem efeitos “anabólicos”, dentre eles a promoção do

balanço protéico positivo (FRYBURG, GELFAND, BARRETT, 1991) e o aumento na

quantidade de massa muscular (MACHIDA, BOOTH, 2004) e na liberação de IGF-1 (Adams,

2000), o qual está envolvido na estimulação do processo hipertrófico muscular (MACHIDA,

BOOTH, 2004; CHEN, ZAJAC, MACLEAN, 2005). Apresenta alguns dos principais efeitos do

GH no metabolismo protéico e desempenho.

Os efeitos do GH no metabolismo protéico dependem da interação entre o GH, as

IGFs e os substratos, em especial, as proteínas (RENNIE, 2003). Em situações de ausência

ou redução acentuada da síntese do GH, verifica-se diminuição na quantidade de massa

muscular, força e resistência muscular (RUDMAN et al., 1990; RENNIE, 2003).

Normalmente, em indivíduos deficientes de GH ou idosos (≥ 60 anos), a reposição do

hormônio resulta em aumento na força, na massa muscular e no Volume Máximo de

Oxigênio (VO2máx) e submáximo (CUNEO et al., 1991A; CUNEO et al., 1991B; BORST,

2004).

Estudos utilizando diferentes níveis de intensidades vem sendo realizados com o

intuito de verificar os efeitos do exercício físico resistido na liberação do GH. Na maioria

destes estudos, coletas de sangue para a determinação da concentração do GH ocorrem

antes e após as atividades, ao passo que apenas alguns trabalhos apresentam resultados

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durante a realização dos exercícios (WIDEMAN et al., 2002; KRAEMER, RATAMESS, 2005).

Além disso, a cinética de liberação do GH induzida pelo exercício físico resistido é com

freqüência avaliada por períodos não mais longos que 12-24 h após a atividade (KANALEY

et al., 2001; RAASTAD et al., 2001).

Semelhantemente aos exercícios aeróbios, a concentração do GH, tanto em homens

como em mulheres jovens, pode variar entre 5-25 µg/L dependendo do protocolo

empregado; contudo, na maioria dos casos, a concentração de pico do GH nos exercícios

resistidos ocorre imediatamente após o término da sessão (HAKKINEN et al., 2000).

Gradualmente, esta concentração de pico pós-exercício vai diminuindo até retornar aos

valores pré-exercício. Este processo normalmente duro entre 60 e 90 min após o fim da

atividade física (MCMURRAY, EUBANK, HACKNEY, 1995; BOSCO et al., 2000; HAKKINEN

et al., 2000; WIDEMAN et al., 2002).

Tem sido proposto que o aumento na quantidade de estresse mecânico, produzido

pelo elevado número de repetições, a maior síntese e liberação de ácido lático e o processo

de hipóxia durante exercícios resistidos podem estimular a liberação de GH (VANHELDER,

GOODE, RADOMSKI, 1984; KRAEMER, RATAMESS, 2005).

Em relação aos efeitos do treinamento resistido sobre a liberação do GH, estudos

demonstram uma resposta atenuada na secreção do GH, seja imediatamente após

atividades físicas ou mesmo sobre a concentração em estado de repouso (HURLEY et al.,

1990; BELL et al., 2000). Esse perfil de liberação é muito similar ao observado nos

treinamentos com exercícios aeróbios. Entretanto, a resposta do GH pode ser diferente

quando indivíduos sedentários são submetidos a treinamento resistido. AHTIAINEN et al.

(2003) observaram que, após 21 semanas de treinamentos com exercícios resistidos,

indivíduos não treinados apresentaram aumento discreto na concentração do GH

imediatamente, 15 e 30 min após o exercício. Em atletas de força, submetidos ao mesmo

período de treinamento, a concentração do GH foi significativamente atenuada 30 min após

a atividade. Em mulheres sedentárias também pode ser observado aumento na

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concentração de GH em resposta ao treinamento resistido (KRAEMER et al., 1998; MARX et

al., 2001).

O treinamento resistido também tem se tornado uma importante opção no processo

de envelhecimento, com o intuito de atenuar ou mesmo de reverter a redução da força e da

massa muscular, bem como a síntese de diversos hormônios, tais como o GH (CRAIG,

BROWN, EVERHEART, 1989). De acordo com estudo realizado por COPELAND et al.

(2002), exercícios resistidos realizados por mulheres com idades de 19 a 69 anos foi eficaz

em aumentar a liberação de GH após a atividade, principalmente se comparada a um

protocolo de exercícios aeróbios. Apesar disso, a resposta do GH induzida por exercícios

resistidos é menor em homens e mulheres idosos (CRAIG, BROWN, EVERHEART, 1989;

COPELAND, CONSITT, TREMBLAY, 2002). Quando exercício resistido são realizados

cronicamente, em um estudo verificou-se que após um período de 24 semanas de

treinamento, nenhuma alteração na concentração de GH foi observada (HAKKINEN et al.,

2000).

Outro hormônio que possui relevância fisiológica sobre tudo por sua função

catabólica principalmente em fibras musculares do tipo II as mais responsivas em um treino

voltado a força hipertrófica é o cortisol (KRAEMER et al., 1993). De acordo com MCARDLE,

KATCH e KATCH (2008), o cortisol, é o principal glicocorticóide produzido pelo córtex da

supra-renal (10-20 mg diários), que está envolvido na resposta ao estresse, aumento da

pressão arterial e da glicose do sangue.

A importância do cortisol para determinar força e resistência muscular, está em seus

efeitos católicos, sobretudo por causar aumento da degradação e redução da síntese

protéica nas fibras musculares e estimula a lipólise no tecido adiposo, (BOTTARO et al.;

2008).

O cortisol é um hormônio glicocorticoide produzido pelo córtex adrenal, secretado

pela zona fasciculada do córtex adrenal. Exerce papel importante no metabolismo através

do fígado, potencializando a capacidade de estimular a glicogênese em aproximadamente

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seis a dez vezes, formando glicose a partir de aminoácidos e outras substâncias.

A secreção deste hormônio mostra uma diminuição moderada, apesar da sua causa

ser desconhecida, da taxa de utilização da glicose pelas células em todo o corpo, exceto

nas células hepáticas. O cortisol também exerce efeito sobre o metabolismo das gorduras,

bem como em situações de stress e de inflamação. Promove a mobilização de ácidos

gordos acumulados no tecido adiposo, aumentando a sua concentração no plasma,

utilizando-os para produção de energia, e aumenta a secreção de cortisol pelo córtex

adrenal, bloqueando os estágios iniciais do processo inflamatório mesmo antes da

inflamação começar, ou se já iniciada, aumentar a rapidez do processo anti-inflamatório.

A regulação da secreção do cortisol é feita pelo hormônio adrenocorticotrófico

(ACTH), com origem na hipófise anterior, sendo este, por sua vez, controlado pelo

hipotálamo, através do chamado facto de libertação da corticotrófica. Nesse sentido, quando

o cortisol atinge níveis altos de concentração, reduz através de efeitos inibidor, no

hipotálamo, a formação de facto de libertação da corticotrófica e na glândula hipófise

anterior, o ACTH a um nível normal de controle, seu aumento acarreta em degradação e

decréscimo da síntese proteica levando a aumentos dos os níveis de lipídeos e aminoácidos

o que pode estimular a a lipólise (KRAEMER; RATAMESS, 2005), gliconeogênese no fígado,

e um efeito deletério no sistema imunológico (NIEMAN, 1997; CASTELL, 2002).

Quando há uma priorização dos grupos musculares no treinamento, como por

exemplo, a escolha de grupos muscular mais híbrido, quem envolva durante sua realização

uma maior quantidade de massa muscular, são obtidos maiores aumentos nos níveis desse

hormônio (VOLEK et al., 1997; HANSEN et al., 2001; KRAEMER; RATAMESS, 2005).

Sendo assim exercícios com maior quantidade de massa envolvida são importantes

estressores metabólicos (BALLOR et al., 1987; RATAMESS et al., 2005). Além disso, outras

variáveis do treinamento devem ser consideradas, como a intensidade e o volume, que

exercem um papel fundamental na expressão desse hormônio (KRAEMER et al., 1990;

HAKKINEN; PAKARINEN, 1993; GOTSHALK et al., 1997), bem como o estado nutricional

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do indivíduo (KRAEMER et al., 1998).

Programas que aumentaram os níveis de cortisol, também contribuíram para

aumento dos níveis de GH e Lactato (KRAEMER et al., 1989; RATAMESS et al., 2005).

Dessa forma, um alto volume, moderada ou alta intensidade e um curto período de

descanso, são variáveis que podem influenciar nas respostas agudas de lactato e cortisol

(HAKKINEN; PAKARINEN, 1993; KRAEMER et al., 1993).

A glicose é a principal fonte de energia tendo seu comportamento regulado pelos

hormônios catecolaminas, cortisol, insulina e glucagon, que desencadeiam os processos de

glicólise, glicogênólise e gliconeogênese. (WILMORE & COSTILL 2011). No processo da

glicólise, a glicose ou o glicogênio é degradado em ácido pirúvico pela ação das enzimas

glicolíticas. Quando as reações são realizadas sem a presença de oxigênio, o ácido pirúvico

é convertido em ácido lático que rapidamente se dissocia formando um sal. O lactato é

qualquer sal oriundo do ácido lático (WILMORE & COSTILL 2011).

A glicogenólise é definida como o processo de transformação do glicogênio hepático

para glicose, isso costuma ocorrer quando o organismo passa pelo estado de stress

ocasionado pelo exercício físico, resultando assim uma maior atividade simpática.

Fisiologicamente, ela é desencadeada quando o sistema nervoso manda o impulso nervoso

simpático que chega até os nervos simpáticos na medula adrenal, liberando assim as

catecolaminas, que são norepinefrina e por sua vez epinefrina que estimula a enzima

glicogênio fosforilase, diminuindo a concentração de insulina e estimulando a ação o

glucagon (McARDLE et. al., 2011).

A gliconeogênese se descreve como a síntese da glicose, principalmente a partir das

fontes não glicídicas. Este processo ocorre quando os estoques de glicose e glicogênio não

são mais suficientes para ressintetizar o ATP, portanto torna-se necessário a conversão de

não carboidratos em glicose (BUENO et. al., 2011). Com um trabalho muscular intenso, o

músculo utiliza o glicogênio de reserva como fonte de energia, via glicogenólise. Durante o

exercício de curta duração e alta intensidade o excesso de ácido pirúvico é transformado em

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lactato e esse lactato é ressintetizado para formação de glicose-6-fosfato que serve para

repor o glicogênio perdido pelo fígado, para então ser introduzido novamente na corrente

sanguínea como glicose. Dessa forma o lactato pode ser considerado o principal substrato

da gliconeogênese durante uma sessão de exercício resistido (WILMORE & COSTILL 2011).

Uma característica importante dos exercícios resistidos é a grande participação da

atividade glicolítica, com a utilização do glicogênio muscular como fonte energética

(ROBERTS & ROBERGS, 2002). Fisiologicamente pode-se dizer que ao efetuar os

exercícios de cargas crescentes o metabolismo de glicose ocorre imediatamente uma

captação de glicose pelo músculo esquelético, resultando em aumento da quantidade de

transportadores de glicose ou transportador insulinosensível (GLUT4), ocorrendo à queda da

glicemia plasmática até o instante onde aconteça a diminuição mínima de glicose no sangue

(LUCATELLI et. al., 2011).

SILVA & MOTA (2015), analisaram através de uma revisão sistemática a influência

dos programas de treinamento nos níveis de glicose no sangue. Após o treino resistido

observou-se que, em 100% da amostra, os programas de treinamento contribuíram para a

redução dos níveis de glicose sanguínea. YARDLEY et. al. (2013), examinaram os impactos

agudos do exercício de resistência na glicemia durante e pós o exercício e também constou

uma queda da glicemia

O lactato é o produto final da glicólise e tem seu valor modificado na circulação

sanguínea medida que a intensidade do exercício é alterada. Quando a intensidade é baixa

ou moderada, a frequência de formação do piruvato está em equilíbrio com sua oxidação, se

a intensidade do exercício é elevada, a formação do piruvato ultrapassa sua oxidação,

aumentando a quantidade de piruvato transformado em lactato. Nestas condições de

exercício, a quantidade de lactato oxidado no é compatível com sua produção, aumentando

a concentração no sangue (VIRU; VIRU, 2001; WELTMAN, 1995).

Desta forma, o lactato é um indicador qualitativo do grau de estresse do metabolismo

anaeróbio após o exercício, entretanto não mensura precisamente a geração de energia

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glicólitica (WELSMAN; ARMSTRONG, 1998).

Diversos métodos de treinamento foram elaborados por treinadores e atletas o que

significa que não foram elaborados em laboratórios e por sua vez não tem um embasamento

de cunho científico. Na prática, indivíduos respondem de maneira diferentes ao tipo de

estímulo preconizado por certo método de treinamento, o que leva a um falso julgamento

sobre o que é supostamente mais eficiente para determinado objetivo.

Para FLECK & KRAEMER (2006) os métodos normalmente são criados por

treinadores a fim de suprir necessidades de grupos específicos em geral são utilizados por

adultos jovens e saudáveis, e que são populares não por terem demonstrado ser superiores

a outros métodos e sim por serem promovidos por treinadores, grupos ou companhias.

GENTIL, 2006) sugere que vários métodos de treinamento de força foram desenvolvidos no

intuito de manipular os estímulos de treinamento e alcançar melhores resultados.

Os métodos de treinamento manipulam as variáveis de treinamento de diferentes

maneiras, basicamente através de alterações de estímulos mecânicos e metabólicos

(BOMPA, 2004).

FLECK & KRAEMER (2006) afirmam que o conhecimento mais profundo de diversos

métodos de treinamento aumenta-se as possibilidades de manipulação dessa variável, logo

as combinações de diferentes métodos de treinamento favorecem ganhos na força ou

hipertrofia e não alcançando um platô ou um excesso de treinamento.

UCHIDA et al. (2008) apresentam diferentes sistemas de treinamento de forma a

aumentar as possibilidades de inclusão dessa variável na montagem dos programas de

treinamento, dentre eles destacam-se:

- Séries múltiplas ou método convencional: método onde se utiliza mais de uma série

por grupo muscular com esse número variando com relação ao objetivo e da condição

atlética desse aluno. Fica a critério do profissional a interpretação de quais variáveis serão

aplicadas ao seu aluno dentro deste método. É o método mais utilizando em estudos de

médio e longo prazo que visam investigar modificações na manifestação da força.

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- Pirâmide: método em pirâmide consiste em realizar uma variação da carga utilizada

em cada série. Na pirâmide crescente observa-se um aumento da carga e uma diminuição

no número de repetições e no caso da pirâmide decrescente o inverso acontece.

Geralmente utiliza-se inicialmente uma serie de 10 a 12 repetições e a carga é aumentada

nas séries subsequentes até atingir 1 repetição máxima, no entanto, muito similar ao método

de pirâmide, a literatura científica evidencia o método DeLorme que é caracterizado pelo

aumento da carga progressivamente na realização de três séries para 10 repetições em

diferentes intensidades.

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3. OBJETIVO

Avaliar as concentrações agudas dos parâmetros hormonais e metabólicos de idosos

submetidos a dois métodos de treinamento com cargas equalizadas

3.1. Objetivos específicos

Descrever o perfil metabólico e hormonal de idosos submetidos ao protocolo de

Intensidade constante (IC, 3 séries de 10 repetições com 75% de 1RM) utilizando em ambos

os sistemas os exercícios leg pres., cadeira extensora e agachamento.

Descrever o perfil metabólico e hormonal de idosos submetidos ao protocolo de

Intensidade variável (IV, 1º serie 12 repetições a 67% de 1RM; 2º serie: 10 repetições a 75%

de 1RM e 3º serie: 8 repetições a 80% de 1RM) utilizando em ambos os sistemas os

exercícios leg pres., cadeira extensora e agachamento.

Comparar as concentrações agudas dos parâmetros hormonais e metabólicos de

idosos submetidos a dois métodos de treinamento com cargas equalizadas.

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4. HIPÓTESES

Os idosos submetidos ao protocolo de múltiplas series apresentarão distintas

variações nas concentrações de hormônios e metabolitos após sessão aguda.

Os idosos submetidos ao protocolo de pirâmide apresentarão distintas variações nas

concentrações de hormônios e metabolitos após sessão aguda.

Os valores dos parâmetros hormonais e metabólicos após a realização do sistema de

pirâmide serão superiores em relação ao sistema de múltiplas series após sessão aguda.

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5. MATERIAIS E MÉTODOS

5.1 Amostra

Após aprovação do Comitê de Ética (nº 2044487-2017) e preenchimento do termo de

consentimento livre e esclarecido pertinentes, 20 homens com experiência em treinamento

de força, mas inativo entre 6 meses e um ano, foram convidados voluntariamente para

participar do estudo. Foram excluídos da amostra indivíduos com história conhecida de

doença cardiometabólica, lesão muscular (nos últimos 12 meses), uso de medicação ou

suplementação dietética por até seis meses ou mais.

5.2 Avaliações antropométricas

A composição corporal e os parâmetros antropométricos foram avaliados de acordo

com os parâmetros utilizados previamente pelo nosso grupo (BOCALINI et al., 2010;

BOCALINI et al., 2008). A massa corporal foi determinada utilizando uma balança digital

Toledo (calibrada 2096PP/2). A estatura foi medida com um estadiômetro SANNY (modelo

ES2030).

5.3 Avaliação da resistência dinâmica máxima.

Para estabelecer a intensidade utilizada para os dois protocolos de treinamento foi

necessário determinar os valores (carga) de 1 repetição máxima (1RM) para todos os

exercícios utilizados no treinamento programa. Antes da primeira sessão, todos os

participantes foram submetidos a testes de 1RM para os seguintes exercícios: Leg pres.,

cadeira extensora e agachamento. Todos os testes foram feitos na mesma hora do dia,

numa tentativa de controlar a influência da variação diurna (manhã teste) como descrito na

publicação anterior do nosso grupo (CAVALCANTE et al., 2015).

Uma sessão de testes foi considerada adequada para a determinação de 1RM, pois

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todos os sujeitos estavam familiarizados com os exercícios e todos tinham conhecimento de

seus próprios esforços e máximo individual. Antes do teste de 1RM, todos os participantes

foram solicitados a evitar realizar exercício durante 72 horas antes do teste. O teste foi

conduzido de acordo com as diretrizes estabelecidas pela Associação Nacional de Força e

Condicionamento (BAECHLE 2000). Resumidamente, o teste envolveu uma série de

aquecimento, com 20 repetições, seguido de aumentos adequados na carga até os

indivíduos atingirem 1RM sem fadiga indevida. Um assistente de pesquisa determinou o

sucesso ou fracasso de cada 1RM teste.

5.4 Determinação dos níveis plasmáticos de testosterona, cortisol, hormônio do

crescimento (GH), lactato e glicose.

Para determinar as concentrações plasmáticas de cortisol, testosterona e GH foram

utilizados kits específicos (DSL-10- 2000, Diagnostic Systems Laboratories, EUA). Os níveis

de lactato e glicose foram obtidos utilizando o Accutrend Plus. Amostras de sangue foram

coletadas antes e após 2 e 24 horas do exercício. Por intermédio de um profissional de

enfermagem 30 ml do sangue foi retirado sendo 20 ml num tubo com EDTA fluoretado e 10

ml em tubo seco. Após a coleta, o sangue foi armazenado sob refrigeração controlada a 4ºC,

e foi então centrifugado e congelado a -20ºC (SHEIKHOLESLAMI-VATANI et al., 2016;

CADORE et al., 2010).

5.5 Esforço percebido e carga de treino

Todos os sujeitos relataram sua classificação de esforço percebido conforme a

escala CR-10 em publicação anterior (McGUIGAN & FOSTER, 2004). Além disso, em

ambas as sessões experimentais (CI ou VI), a carga de treinamento interno foi calculada

pela multiplicação do total de repetições e esforço percebido.

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6. PROCEDIMENTOS

As duas sessões individuais experimentais foram realizadas aleatoriamente. A

primeira sessão foi realizada 72 horas após a determinação da carga máxima a ser utilizada

na sessão experimental (CI ou VI), ambos com cargas equalizadas. Adicionalmente, o

intervalo da sessão experimental foi repetido cinco dias após a última sessão. Ambos os

protocolos incluíram os seguintes exercícios: leg pres., extensão do joelho e agachamento.

Durante o protocolo CI todos os participantes realizaram 3 séries de 10 repetições com 75%

de 1RM em cada exercício. Durante o protocolo IV, os voluntários realizaram 3 séries em

cada exercício, na seguinte ordem: 1) 12 repetições com 67% - 1RM; 2) 10 repetições com

75% -1RM; 3) 8 repetições com 80% -1RM. A velocidade de execução bem como a

amplitude máxima do movimento foi incentivada ao longo de cada repetição em ambos os

protocolos com intervalo de 1 minuto entre as séries.

6.1 Análise estatística

Foi aplicado um teste de Shapiro-Wilks para verificar a normalidade dos dados. Para

comparar as diferentes fases do exercício, foi utilizado o teste ANOVA e o post hoc de Tukey

para medidas repetidas. O nível de significância estabelecido foi 5% (p≤0,05) e os

resultados foram apresentados como a média ± erro padrão. Adicionalmente, o tamanho do

efeito (d) foi calculado e os testes estatísticos foram realizados usando um pacote de teste

estatístico, software Graph Pad Prism (versão 4.0, San Diego, CA, USA).

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7. RESULTADOS

Os resultados relativos aos parâmetros de composição corporal estão descritos na

tabela 1. Não foram encontradas diferenças (p <0,05) no esforço percebido (MS: 7,6 ± 0,8,

PI: 7,8 ± 0,6) e carga interna (MS: 683 ± 71, PI: 705 ± 52; UA.) Demonstrando carga similar

em ambos sistemas.

Tabela 1. Caracterização da amostra.

Parâmetros Média ± DP

Idade (anos) 65 ± 3

Massa corporal (kg) 86 ± 18

Estatura (m) 1,75 ± 0,07

IMC (kg/m2) 28 ± 4

Valores expressos como a média ± desvio padrão. IMC: índice de massa corporal.

Na tabela 2 estão descritos os valores relativos aos parâmetros metabólicos e

hormonais. Não foi observado diferenças significativas (p> 0,05) nas concentrações de

glicose e lactato 2 e 24h após ambas intervenções.

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Tabela 2. Parâmetros metabólicos antes, 2 e 24 horas após a execução de protocolos de intensidade variável e constante.

Parâmetros Múltiplas series Pirâmide

Antes 2h 24h Antes 2h 24h

Gli (m/dL) 99,4 ± 4,2

(0,04) 103,1 ± 4,7

(0,04) 100,4 ± 4,8

(0,04) 100,1 ± 2,1

(0,02) 102,1 ± 3,5

(0,03) 99,2 ± 2,4

(0,02)

Testo (ng/dL)

36,0 ± 12,5

(0,34)

48,4 ± 9,3 (0,19)

34,4 ± 14,1 (0,40)

37,4 ± 13,1 (0,35)

47,7 ± 9,1 (0,19)

35,4 ±13,3 (0,37)

Cort (ug/dL) 6,7 ± 3,1

(0,46) 6,4 ± 4,8*

(0,75) 7,1 ± 2,3

(0,32) 6,4 ± 4,3

(0,67) 6,1 ± 3,1*

(0,50) 5,4 ± 2,7

(0,50)

Testo:Cort 5,3 ± 6,2

(1,16) 7,8 ± 3,4*

(0,43) 4,8 ± 7,1

(1,47) 5,7 ± 7,1

(1,24) 7,7 ± 3,1*

(0,40) 6,4 ± 2,7

(0,42)

GH (ng/mL) 0,89 ± 2,2

(2,47) 0,70 ± 3,1

(4,42) 0,80 ± 1,3

(1,62) 0,99 ± 2,2

(2,22) 0,85 ± 5,1

(6,00) 0,87 ± 1,9

(2,18)

Lac (mMol/L)

0,9 ± 0,8 (0,88)

1,26 ± 2,34 (1,85)

1,1 ± 1,2 (1,09)

1,1 ± 0,7 (6,36)

1,46 ± 1,67 (1,14)

1,0 ± 0,9 (9,00)

Valores expressos como a média ± desvio padrão e (coeficientes de variação) dos parâmetros glicose (Gli), testosterona (Testo), cortisol (Cort), relação testosterona cortisol (Testo:Cort), hormônio do crescimento (GH) e lactato (Lac) antes, 2 e 24 horas após realização da sessão de exercícios com os protocolos múltiplas series e pirâmide. *p< 0,01 versus antes.

No entanto, houve uma diminuição significativa no cortisol e aumento de T: C após 2

horas usando ambos os métodos de treinamento. Após 24 horas, não foram observadas

diferenças entre as intervenções. Além disso, não foram observadas alterações significativas

nas classificações do tamanho do efeito independentemente do protocolo de treinamento

usado em todos os parâmetros (Tabela 3).

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Tabela 3. Tamanho do efeito em relação ao repouso.

Parâmetros

CI VI

Correlação Correlação

2h 24h 2h 24h

Glicose (m/dL) 0,88

(Grande) 0,23

(Médio) 0,95

(Grande) 0,42

(Médio)

Testosterona (ng/dL) 0,99

(Grande) 0,12

(Pequeno) 0,78

(Médio) 0,15

(Pequeno)

Cortisol (ug/dL) 0,41

(Pequeno) 0,12

(Pequeno) 0,06

(Pequeno) 0,16

(Pequeno)

Testosterona:Cortisol 0,40

(Pequeno) 0,22

(Médio) 0,28

(Médio) 0,09

(Pequeno)

GH (ng/mL) -0,08

(Pequeno) 0,04

(Pequeno) 0,06

(Pequeno) 0,05

(Pequeno)

Lactato (mmMol) 0,45

(Pequeno) 0,33

(Médio) 0,51

(Médio) 0,14

(Pequeno)

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8. DISCUSSÃO

A partir dos resultados obtidos no presente estudo fica evidente que o TF quando

realizado no sistema de treinamento CI é igualmente eficaz como o sistema VI para gerar

respostas metabólicas de glicose e lactato, bem como hormonais de testosterona, GH e

cortisol em homens idosos. Considerando o volume bem como a intensidade de treinamento

são duas variáveis primárias importantíssimas e diretamente relacionadas com a

estimulação das adaptações neuromusculares (SCHOENFELD, 2010), acreditávamos

inicialmente que o método de pirâmide proporcionaria resultados superiores quando

comparados ao de múltiplas series.

Especulou-se que o sistema de treinamento de piramide permitiria o uso de maiores

intensidades nas séries finais dos exercícios sem causar prejuízos no volume treinamento,

razão considerada a mais eficaz em promover hipertrofia muscular. Já é consenso na

literatura que treinamentos realizados com cargas mais elevadas geram maiores ganhos na

força máxima quando comparados a treinamentos realizados com baixas cargas.

Sabe-se que existe relação dose-resposta entre magnitude da carga e força

muscular em adultos mais velhos (CSAPO & ALEGRE, 2016; FATOUROS et. al., 2005;

RAYMOND et. al., 2013; STEIB & PFEIFER, 2010). Contrariamente à nossa hipótese, os

resultados deste estudo não conseguiram demonstrar superioridade do piramidal sobre o

sistema tradicional.

Hunter et al (2001) observaram que uma abordagem variação de carga diária (80, 65

e 50% de 1RM) em adultos mais velhos contribuiu positivamente para realização de

atividades da vida diária quando comparado ao treinamento com carga constante (80% de

1RM) contudo, foram encontrados aumentos similares na força muscular bem como na

redução da massa livre de gordura em ambos os grupos. No entanto, algumas diferenças

metodológicas entre este estudo e o estudo de HUNTER et al. (2001) devem ser

ressaltados. HUNTER et al. (2001) tiveram uma variância mais ampla de carga e incluíam

homens e mulheres mais velhos, o que pode afetar os resultados porque as mulheres mais

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velhas respondem de maneira diferente dos homens mais velhos para um programa de

treinamento (MARTEL et al., 2006).

Os estudos que comparam diferentes intensidades de treinamento geram uma certa

confusão ao avaliar o aumento da massa muscular, isso se dá devido ao volume total de

treinamento, ser em sua grande maioria diferente entre os modelos (SILVA et al., 2014).

Quando o objetivo é analisar respostas hipertróficas, os estudos demonstram que o

volume total de treinamento tem relação com a resposta hipertrófica.

Já ao considerar diferentes intensidades porem com volumes correspondentes, não

apresentam diferenças na hipertrofia muscular entre altas e baixas intensidades

(CHESTNUT & CHERTY, 1999; SCHOENFELD et al., 2014). Porem, em estudos sem

equalização de volume o treinamento de força realizado com baixa intensidade resulta em

ganhos hipertróficos de menor magnitude quando comparado com intensidades moderadas

(CHOI et al., 1998; MASUDA et al., 1999).

Do ponto de vista da zona de carga de treinamento o sistema de intensidade variável

em suas séries finais de um exercício teoricamente nos permite considerar que a utilização

de cargas mais elevadas sem que ocorra a redução do volume de treinamento.

Considerando a equalização do volume total de treinamento em ambos os sistemas de

treino, os resultados observados no presente estudo indicam que as alterações metabólicas

bem como hormonais foram semelhantes entre os sistemas de treinamento de intensidade

constante e variável.

As concentrações sanguíneas de hormônios anabolizantes são diminuídas com o

envelhecimento (COPELAND et al., 2004; HORSTMAN et al., 2012; SONNTAG et al., 2012),

o que pode levar à atenuação dos efeitos anabólicos nos músculos. Não foram observadas

alterações estatisticamente significativas em relação aos níveis de testosterona e GH em

ambos os sistemas após o período de treinamento.

É importante notar que este estudo possui algumas limitações. Os achados do

presente estudo são específicos para idosos não treinadas e não pode necessariamente ser

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extrapolado para outras populações. Além disso, os resultados podem ser diferentes para

indivíduos mais jovens, homens, ou aqueles com experiência em treinamento de força. E

por fim nossos resultados estão limitados as respostas agudas do treinamento resistido, não

podemos descartar a possibilidade de diferenças considerando abordagens crônicas.

Conclusão

A realização dos sistemas de treinamento pirâmide e tradicional induziu alterações

em parâmetros metabólicos e hormonais em idosos, contudo, com a equalização da carga

treino não foi encontrado diferenças nas concentrações de lactato, glicose, GH,

testosterona, cortisol e na relação testosterona cortisol.

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ANEXO A - Termo de Consentimento Livre e Esclarecido para Participação em

Pesquisa

Nome do Voluntário: _______________________________________________________

Endereço: ________________________________________________________________

Tel, para contato: ____________________Cidade:_________CEP:__________________

E-mail: _________________________________________________________________

As Informações contidas neste prontuário serão fornecidas pelo Prof, Dr, Danilo Sales

Bocalini, objetivando firmar acordo escrito mediante o qual, o voluntário da pesquisa autoriza

sua participação com pleno conhecimento da natureza dos procedimentos e riscos a que se

submeterá, com a capacidade de livre arbítrio e sem qualquer coação.

1. Título do Trabalho Experimental: Respostas metabólicas e hormonais de idosos

submetidos a diferentes sistemas de treinamento de força.

2. Objetivo: Comparar respostas agudas no perfil hormonal e parâmetros metabólicos em

idosos submetidos a dois métodos de treinamento com cargas equalizadas.

3. Justificativa: Vários estudos já demonstraram os efeitos do treinamento resistido na me-

lhora da força, qualidade de vida, capacidade funcional e respostas tanto metabólicas quan-

to inflamatórias, Porém, as mais recentes tendências científicas sobre estratégias ideais,

sugerem várias alternativas aos métodos tradicionais já conhecidos sendo que, uma dessas

recomendações, inclui o uso de treinos que combinam diferentes formas de divisão na fre-

quência semanal ,Dessa forma, acredita-se que a aplicação do treinamento utilizando diver-

sas variações metodológicas, no que tange a divisão semanal dos grupamentos musculares

é um estratégia recomendada para trabalhos alternativos visando adaptações musculares

positivas.

4. Procedimentos da Fase Experimental: Após aprovação do Comitê de Ética e

preenchimento do termo de consentimento livre e esclarecido pertinentes, 20 homens com

experiência em treinamento de força, mas inativo entre 6 meses e um ano, serão

convidados voluntariamente para participar do estudo, Serão excluídos da amostra

indivíduos com história conhecida de doença cardiometabólica, lesão muscular (nos últimos

12 meses), uso de medicação ou suplementação dietética por até seis meses ou mais, As

duas sessões individuais experimentais serão realizadas aleatoriamente, A primeira sessão

será realizada 72 horas após a determinação da carga máxima a ser utilizada na sessão

experimental (CI ou VI), ambos com cargas equalizadas, Adicionalmente, o intervalo da

sessão experimental será repetido cinco dias após a última sessão, Ambos os protocolos

incluirão os seguintes exercícios: leg pres., extensão do joelho e agachamento, Durante o

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protocolo CI todos os participantes realizarão 3 séries de 10 repetições com 75% de 1RM

em cada exercício, Durante o protocolo IV, os voluntários realizaram 3 séries em cada

exercício, na seguinte ordem: 1) 12 repetições com 67% - 1RM; 2) 10 repetições com 75% -

1RM; 3) 8 repetições com 80% -1RM, A velocidade de execução bem a amplitude máxima

do movimento será incentivada ao longo de cada repetição em ambos os protocolos com

intervalo de 1 minuto entre as séries.

5. Desconforto ou Riscos Esperados: Os voluntários não serão submetidos a riscos

importantes durante o período de avaliação, uma vez que serão supervisionados, de forma

individual, durante todas as sessões de treino, mesmo assim, alguns desconfortos podem

ser esperados como: dor muscular tardia (gerada pelos protocolos de treinamento) e

pequeno desconforto físico durante os dias que procedem os protocolos de treinamento.

6. Benefícios: Os protocolos de treinamento aplicados podem estimular os voluntários a

buscar um estilo de vida mais ativo mesmo após o fim do estudo.

7. Informações: O voluntário tem garantia que receberá respostas a qualquer pergunta ou

esclarecimento de qualquer dúvida quanto ao procedimento e resultados da análise clínica,

também os pesquisadores supracitados assumem o compromisso de proporcionar

informação atualizada obtida durante o estudo, ainda que esta possa afetar a vontade do

indivíduo em continuar participando.

8. Retirada do Consentimento: o voluntário tem a liberdade de retirar seu consentimento a

qualquer momento e deixar de participar do estudo.

9. Aspecto Legal: Elaborados de acordo com as diretrizes e normas regulamentadas de

pesquisa envolvendo seres humanos atendendo à Resolução n, º 196/97, de 10 de outubro

de 1996, do Conselho Nacional de Saúde do Ministério de Saúde – Brasília – DF.

10. Garantia do Sigilo: Os pesquisadores asseguram a privacidade dos voluntários quanto

aos dados confidenciais envolvidos na pesquisa.

11. Local da Pesquisa: O estudo será realizado na academia da Universidade São Judas

Tadeu, Localizada na Rua Taquari, 546 - Mooca, São Paulo - SP, 03166-000.

12. Comitê de Ética em Pesquisa (CEP) é um colegiado interdisciplinar e independente, que

deve existir nas instituições que realizam pesquisas envolvendo seres humanos no Brasil,

criado para defender os interesses dos participantes de pesquisas em sua integridade e

dignidade e para contribuir no desenvolvimento das pesquisas dentro dos padrões éticos

(Normas e Diretrizes Regulamentadoras da Pesquisa envolvendo Seres Humanos – Res,

CNS nº 466/12), O Comitê de Ética é responsável pela avaliação e acompanhamento dos

protocolos de pesquisa no que corresponde aos aspectos éticos.

Endereço do Comitê de Ética da Universidade São Judas Tadeu, Localizada na Rua

Taquari, 546 - Mooca, São Paulo - SP, 03166-000, Fone: 2799-1944, cep@usjt,br

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13. Telefones do Pesquisador para Contato: Prof, Dr, Danilo Sales Bocalini: celular (11)

99892-3897.

14. eventuais intercorrências que vierem a surgir no decorrer da pesquisa poderão ser

discutidas pelos meios próprios.

Consentimento Pós-Informação:

Eu, ________________________________________________, após leitura e

compreensão deste termo de informação e consentimento, entendo que minha participação

é voluntária, e que posso sair a qualquer momento do estudo, sem prejuízo algum, confirmo

que recebi cópia deste termo de consentimento, e autorizo a execução do trabalho de

pesquisa e a divulgação dos dados obtidos neste estudo no meio científico.

* Não assine este termo se ainda tiver alguma dúvida a respeito

São Paulo, ______de ________________________de 2017.

Nome (por extenso): _____________________________________________________

Assinatura: ____________________________________________________________