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UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ
CURSO DE BACHARELADO EM ZOOTECNIA
MÔNICA ADRIANA PRZYVARA
ACOMPANHAMENTO TÉCNICO NA SECRETARIA DE DESENVOLVIMENTO
RURAL DA PREFEITURA MUNICIPAL DE FRANCISCO BELTRÃO-PR
RELATÓRIO DE ESTÁGIO
DOIS VIZINHOS
2013
2
MÔNICA ADRIANA PRZYVARA
ACOMPANHAMENTO TÉCNICO NA SECRETARIA DE DESENVOLVIMENTO
RURAL DA PREFEITURA MUNICIPAL DE FRANCISCO BELTRÃO-PR
Relatório de estágio apresentado
ao curso de bacharelado em Zootecnia da
Universidade Tecnológica Federal do
Paraná – Campus Dois Vizinhos, como
requisito para a conclusão da disciplina
de estágio obrigatório.
Orientador: Prof. Sidemar Presotto Nunes
DOIS VIZINHOS
2013
3
SUMÁRIO
1.APRESENTAÇÃO................................................................................................................04
2. INTRODUÇÃO....................................................................................................................05
3. DESCRIÇÃO DA EMPRESA.............................................................................................06
3.1 SITUAÇÃO DO MUNICÍPIO DE FRANCISCO BELTRÃO..........................................06
4. ATIVIDADES DESENVOLVIDAS....................................................................................07
4.1 CONCURSO DE PERDAS DA SOJA..............................................................................07
4.2 DIAGNÓSTICO DE PROPRIEDADE..............................................................................08
4.3 ASSISTÊNCIA TÉCNICA A PROPRIEDADE DE CRIAÇÃO DE BEZERRAS...........09
4.4 ATIVIDADES DENTRO DA VIA TECNOLOGICA DO LEITE....................................10
4.5 PROGRAMA DE COMBATE A BRUCELOSE E TUBERCULOSE..............................11
4.6 PROGRAMA DE INSEMINAÇÃO ARTIFICIAL...........................................................11
4.7 ATENDIMENTO AOS PRODUTORES NA SECRETARIA...........................................12
5. DIFICULDADES ENCONTRADAS...................................................................................12
6. ÁREAS DE IDENTIFICAÇÃO COM O CURSO...............................................................12
CONCLUSÃO..........................................................................................................................14
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS......................................................................................15
ANEXOS..................................................................................................................................16
4
1 APRESENTAÇÃO
Nome do estagiário: Mônica Adriana Przyvara
R.A: 10.46110
Instituição de Ensino: Universidade Tecnológica Federal do Paraná
Curso: Bacharelado em Zootecnia
Período: 9° semestre
Título do relatório: Acompanhamento técnico da Secretaria de Desenvolvimento Rural
Local de realização do estágio: Prefeitura Municipal de Francisco Beltrão – Secretaria de
Desenvolvimento Rural, área de agricultura, assistência técnica.
Período do estágio: 06/05/2013 a 13/08/2013
5
2 INTRODUÇÃO
A relação entre extensão rural e o poder público se altera em virtude dos interesses
presentes em cada momento histórico, mesmo se tratando de múltiplos objetivos, assim se
explicada uma política agrícola para intervir no meio rural, visando atingir objetivos que tem
variado historicamente, mas sempre voltados para aspectos econômicos, aumento da produção
e produtividade agropecuárias e para o bem-estar social das famílias, associada à melhoria das
condições de saúde, alimentação, educação e organização da população rural (RODRIGUES,
1997).
A Região Sudoeste do Paraná está entre as maiores bacias leiteiras nacionais, sendo a
bovinocultura de leite uma das atividades agropecuárias socioeconômicas mais importantes e
que se encontra em franca expansão. A estrutura fundiária da região é baseada em pequenos
estabelecimentos agrícolas de até 20 ha, compostos por mão-de-obra familiar.
Apesar de a exploração leiteira ser uma atividade complexa, essas características
amenizam as dificuldades financeiras dos agricultores familiares, ou até mesmo, viabilizam a
sua permanência no meio rural (EMATER, 2007).
Dentro deste contexto está o trabalho do técnico, zootecnista, médico veterinário,
agrônomo, extencionista no planejamento e acompanhamento em relação a produção,
sanidade e administração da propriedade.
A sala de aula do extencionista é o campo, a lavoura, a casa do agricultor ou qualquer
ambiente adequado para a mensagem do momento. O conteúdo tem a ver com o objetivo
central de transferir tecnologia agropecuária, gerencial e social (saúde, habitação,
alimentação).
O extencionista, ao participar da administração pública, deverá ter consciência de seu
papel, de sua responsabilidade perante aqueles que são os seus clientes, para os quais trabalha
que são os beneficiários dos programas públicos que executa (OLIVEIRA, 1988, p.195).
O Estágio Curricular Obrigatório em Zootecnia foi realizado na Secretaria de
Desenvolvimento Rural da Prefeitura Municipal de Francisco Beltrão, região sudoeste do
Paraná. A principal fonte de renda do município é proveniente da pecuária leiteira. Tendo um
número aproximado de 2661 propriedades rurais, com uma produção atual de 405.400
milhões de litros\ano, com 12.000 vacas em lactação (SEAB/DERAL, 2012). O plantel
leiteiro desenvolveu-se, sobretudo na partir da década de 1990, com a chegada da primeira
agroindústria do leite instalada no Bairro Pinheirinho. A sua instalação visava à compra do
excedente de leite da “agricultura de subsistência”.
6
O Estágio foi realizado sob a supervisão do médico veterinário Sidney Pasqualetto
Júnior e a orientação do professor Sidemar Presotto Nunes, no período de 06 de Maio a 13 de
Agosto de 2013.
O estágio teve como objetivo, por em prática as atividades vivenciadas durante o
período acadêmico, onde acompanhar as atividades desenvolvidas dentro da Secretaria de
Desenvolvimento Rural, acompanhando os trabalhos dos veterinários no Projeto Leite + vida
no campo, na remodelagem do Programa de Inseminação Artificial do município, na
realização da Via Tecnológica do Leite e do Programa de Controle de Tuberculose e
Brucelose, foram de fundamente importância para a formação profissional, que ao confrontar
o teórico com o prático se tem muito a aprender desde a parte técnica, como de ética,
profissionalismo, realidade dos produtores.
3 DESCRIÇÃO DA EMPRESA
A Secretaria de Desenvolvimento Rural da Prefeitura de Francisco Beltrão, Paraná.
Onde o setor foi reformulado com a fusão de dois setores: Secretaria de Agricultura e
Secretaria de Interior. A secretaria de Interior é responsável por cuidar da logística da zona
rural realizando a manutenção das estradas dando condições para o escoamento da safra; a
Secretaria de Agricultura é responsável pelo fomento das atividades agrícolas através de
programas práticos que visem mostrar ao agricultor quais são os caminhos para a
rentabilidade e sustentabilidade. Esta junção busca cuidar do homem do campo e sua família,
melhorando as condições de vida, contribuindo para sua permanência no campo e no
município.
Entre as atividades desenvolvidas pela secretaria em relação aos programas de
fomento à atividade agrícola, estão: o “Projeto Leite” de apoio à bacia leiteira de Francisco
Beltrão; o apoio às agroindústrias (implantação do SUASA - Sistema Único de Atenção à
Sanidade Agropecuária); a associação dos Feirantes (estrutura física); o programa de combate
a Brucelose e tuberculose no município, aumentar a adesão dos produtores ao PNAE
(programa nacional de alimentação escolar) e ao PAA (programa de aquisição de alimentos)
onde atualmente 30% da merenda escolar do município são provenientes da agricultura
familiar; projeto de piscicultura; concurso de perdas da soja; projeto de ervas medicinais que
deverá representar uma maior participação da mulher dentro da propriedade; Estudo de caso
sobre um centro de criação de novilhas; Realização da Via Tecnológica do Leite e atividades
dentro da Expobel.
7
Durante o período de estágio as principais atividades desenvolvidas se concentraram
na elaboração final do Projeto de apoio à bacia leiteira do município, foi realizada a 5° Via
Tecnológica do Leite, iniciado acompanhamento das propriedades inscritas no projeto,
acompanhamento de cursos do SENAR, nas agroindústrias e atendimento dos produtores nas
dependências da secretaria.
Situação agropecuária do município de Francisco Beltrão
Francisco Beltrão aparece no cenário estadual como uma das principais regiões
leiteiras com uma produção atual de 405.400 milhões de litros\ano, com 12.000 vacas em
lactação (SEAB/DERAL, 2012). Atualmente o município tem um plantel leiteiro de 12.000
cabeças em lactação, de um total de 52.827 cabeças (entre leiteiro e de corte), distribuídas em
2661 propriedades, sendo destas, 2224 com prioridade para a produção de leite. Além da
comercialização com empresas, o município conta com agroindústrias familiares que
produzem e processam o leite, acompanhadas pelo serviço de inspeção municipal.
A primeira iniciativa de melhoramento genética foi implantada no início da década de
90, quando a prefeitura municipal adquiriu um botijão de nitrogênio com sêmen para atender
a demanda de todo o município. Atualmente o município realiza os trabalhos do Programa de
Inseminação Artificial, com 142 inseminadores todos com curso preparatório, onde recebem
da prefeitura sêmen, nitrogênio e material para inseminação (luva, bainha).
Pela LEI N° 3823/2011 DE 11/05/2011 foi instituído o programa de combate à
brucelose e tuberculose, com o subsídio de 50% no valor dos exames para bovinos de leite.
4 ATIVIDADES DESENVOLVIDAS
4.1 Concurso de Perdas da Soja:
Para incentivar os operadores de colheitadeiras a evitarem, ao máximo o desperdício
da soja no momento da colheita, o que deixa de ser colhido pelas máquinas e o que se perde
no transporte até os armazéns e silos. O Concurso é realizado anualmente desde 2011, sendo
coordenado pela SEAB e o Instituto Emater, com apoio de outras entidades. A área de
abrangência da ação são os 27 municípios da Região Sudoeste.
Com objetivo de avaliar a perdas de grãos no momento da colheita realizadas pelos
produtores. Que visa incentivar os operadores a maior eficiência técnica na hora da colheita.
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Este evento tem relação direta com os índices de produtividade, onde reduzir as perdas na
lavoura significa aumentar a produção.
A metodologia utilizada é a desenvolvida pela EMBRAPA-Soja de Londrina, com 4
repetições em cada ponto amostrado, determinando a área para se fazer a coleta dos grãos. Os
grãos são coletados num copo, denominado copo medidor volumétrico que determina a perda
em sacos/hectare (anexo 01).
Durante o estágio fui membro da comissão examinadora, pesando cada amostra com
balança de precisão e anotação dos resultados, para classificação geral dos operadores e
produtores para posterior premiação.
A perda média aceitável no Brasil é de “1,0 sc/ha”; esta estabelecida pela EMBRAPA-
Soja, a partir de vários trabalhos desenvolvidos a nível de pesquisa e de agricultores. A
plataforma de corte é responsável pelo maior percentual de perdas, ao redor de 80%, na
colheita se soja. Outras causas das perdas estão relacionadas com a velocidade excessiva de
deslocamento da máquina e da rotação, que corrigindo estas falhas, as perdas são reduzidas a
mais de 50%. Isto indica que os esforços para reduzir perdas, deverão ser concentrados na
orientação dos operadores para realizar a colheita dentro de uma velocidade adequada para
diminuir as perdas (MAURINA, 2012).
4.2 DIAGNÓTICOS REALIZADOS NAS UNIDADES DE PRODUÇÃO FAMILIAR
O diagnóstico de uma propriedade é fundamental no acompanhamento técnico, onde
se identifica as potencialidades e dificuldades dentro da propriedade. Logo o diagnóstico
zootécnico é a base para as condições da propriedade e o que melhorar. A interpretação dos
dados zootécnicos e econômicos é imprescindível nas tomadas de decisão.
Foi elaborado e está sendo aplicado um diagnóstico de propriedade (anexo 02) que
envolve principalmente os dados de produção da propriedade, que servirá de ponto inicial
para o acompanhamento dos produtores e de dados atualizados sobre a realidade da zona rural
do município.
Este diagnóstico foi aplicado inicialmente aos produtores que participaram das
atividades da Via Tecnológica do Leite e outros que já haviam procurado a secretaria para
acompanhamento técnico, tendo um número aproximado de 20 diagnósticos, sendo que esta
atividade continuará sendo aplicado conforme as visitas as comunidades do interior.
O acompanhamento das propriedades iniciou-se com visitas de identificação da
propriedade e interesse do produtor; posteriormente feito um diagnóstico e acompanhamento
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técnico procurando verificar dos dados relevantes e as iniciativas do produtor com objetivo
de:
Garantir a segurança alimentar da família;
Aumentar a renda total da família e por unidade de trabalho;
Garantir o emprego da mão-de-obra familiar;
Investir na melhoria e ampliação das condições de trabalho e produção.
Estes dados nos serviram de apoio na decidida de quais atividades serem de imediato
trabalhadas.
4.3 ASSISTÊNCIA TÉCNICA A PROPRIEDADE DE CRIAÇÃO DE BEZERRAS
A atividade mais importante dentro da exploração leiteira, tendo em vista uma
reposição de fêmeas no plantel com maiores características a produção de leite, é a criação de
bezerros.
Busca-se melhorar a eficiência de produtiva, levando em conta os custos de produção
e otimização de todos os fatores que os envolvem. Um deles é a criação de bezerras, fase em
que os animais não possuem uma produção e retorno de capital rápido, sendo de grande
importância estudar formas de diminuir seus custos de produção com manejo, viabilizando a
criação e diluindo os custos fixos da propriedade.
Esse período de cria é considerado curto e não necessita de grande investimento, pois
os animais sobrevivem de leite e com uma dieta de pequenas quantidades de volumoso e de
concentrado. O que torna esse investimento essencial para a criação é o animal apresentar um
desenvolvimento rápido, garantindo um ganho expressivo nas fases seguintes da criação,
formando-se em um animal precoce e produtivo.
Durante a visita na propriedade o produtor nos repassou que já fazia vacinas
obrigatórias, mochar os animais, controle básico dos animais onde faz pesagens mensais e
anotação da altura dos animais, sempre comparando com a tabela de padrões de raças (anexo
03).
Onde a avaliação do perímetro torácico pode ser utilizada para predizer com acurácia o
peso corporal. O acesso à taxa de crescimento pode ser feita durante todo o período de recria
(do nascimento ao primeiro parto) para melhor acompanhar os animais (AZEVEDO et.al.;
2008). Para medir a altura de cernelha, mede-se entre as paletas. A régua deve ser colocada
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próxima aos membros anteriores da novilha (logo a frente de onde se coloca a fita métrica
para medir perímetro torácico), (AZEVEDO et.al.; 2008).
O ato de mochar as bezerras é necessário para evitando traumatismos no corpo dos
animais causados por brigas; necessita de menos espaço de curral e cochos para alimentação;
idade ideal para descorna dos bezerros é em torno de 30 dias após o nascimento, pois nesta
idade apresentará somente o “botão” do chifre, o qual ainda se encontra fixado somente na
pele não tendo ainda se fixado ao osso da cabeça e sendo a cicatrização mais rápida, evitando
o estresse do animal.
4.4 ATIVIDADES RELACIONADAS A 5° VIA TECNOLÓGICA DO LEITE
É um evento que acontece a cada dois anos e nasceu com a necessidade de promover o
crescimento do setor leiteiro no sudoeste do Paraná, assim, com intuito de aproximar os
produtores de Francisco Beltrão ao evento a secretaria buscou produtores para expor seus
animais em um julgamento didático.
Foi feito um levantamento diretamente com os produtores interessados de expor seus
animais. Houve resistência no início pelo fato de nunca terem participado de um evento deste
gênero, mas durante as demais visitas a curiosidade em participar tomou conta da resistência e
toda a família se interessou em preparar os animais. O objetivo da participação dos produtores
municipais é mostrar o resultado de vários anos de incentivo ao melhoramento genético do
plantel leiteiro do município, ou seja; mostrar seu potencial.
O julgamento foi apenas didático onde os produtores que estavam presentes aprenderem a
visualizar os potenciais de um animal, através das explicações de cada item julgado. A
preparação e a correta apresentação dos animais no concurso são essenciais para que estes
evidenciem as suas reais qualidades e possam alcançar os melhores resultados. Antes de
qualquer coisa, devemo-nos assegurar que o meio de transporte cumpre todas as normas
sanitárias e legais. Devendo os animais ser permanentemente vigiados para evitar que se
sujem.
Na preparação dos animais a aparência deve ser correspondente à sua idade e deve evitar-
se a seleção de animais pequenos e numa condição corporal excessiva. Assim, dar-se-á
prioridade a animais harmoniosos e bem balanceados. Tendo em mente que a melhorar
condição corporal só ocorrerá com o tempo e qualquer alteração desejável deve ser
providenciada bem antes do dia da exposição.
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A orientação passada aos produtores foi de que o treinamento deve ser feito com sessões
frequentes. Iniciando com uma corda para amarrar a cabeça do bezerro para frente, num nível
em que conduza a cabeça para ser demonstrado no caminhar durante o julgamento. Ao treinar
o bezerro a caminhar, utilizar a mesma velocidade com a qual você caminharia na exposição.
Ensine a bezerra a sair, parar e movimentar sua pata. Certifique-se que os animais estão
acostumados com antecedência à exposição. Lavar o animal sempre antes da tosa. A tosa é
uma arte que deve ser aprendida com a observação e prática. A tosa deve ser feita para
minimizar os defeitos do animal e enfatizar seus pontos fortes.
Usualmente nos julgamentos os animais são apresentados deslocando-se no sentido
dos ponteiros do relógio. O juiz observará os animais parados e em movimento, para avaliar a
sua mobilidade e morfologia.
O produtor ao expor seus animais, mostra seu “produto”, valorizando sua propriedade,
abrindo caminhos para o mercado, agregando valor aos seus animais.
4.5 PROJETO DE COMBATE A BRUCELOSE E TUBERCULOSE
Considera-se a Tuberculose uma zoonose, sendo assim, também um problema de
saúde pública. Quando acometem bovinos e bubalinos, caracterizam-se pelo desenvolvimento
progressivo de lesões de formas nodulares, denominados tubérculos, que se localizam em
qualquer órgão ou tecido corpóreo (BRASIL, 2006).
A brucelose é uma doença infecciosa causada por diferentes gêneros da bactéria
Brucella, que causa aborto no terço final da gestação, podendo ser transmitida dos animais
aos homens. A infecção ocorre quando eles entram em contato direto com animais doentes ou
ingerem leite não pasteurizado, produtos lácteos contaminados (queijo e manteiga) carne mal
passada e seus subprodutos.
Este programa tem o objetivo de futuramente tornar Francisco Beltrão território livre
de Brucelose e Tuberculose, fato que influenciará diretamente na renda dos produtores e na
saúde da população, onde médicos veterinários credenciados farão os exames de brucelose e
tuberculose em todos os animais das propriedades rurais, tendo o produtor subsídio de 50%
do valor dos exames, sendo esta uma forma mais eficiente de ter um panorama da situação no
município em relação a estas zoonoses.
A tomada de decisão para iniciar este trabalho foi o baixo número de exames feitos
anualmente no município, como por exemplo, no ano de 2012 foram feitos somente 4 mil
exames.
12
Assim sendo elaborada uma cartilha informativa sobre tuberculose e brucelose, para
distribuição aos produtores, além de seminários dentro do município tratando de assuntos
importantes ligados a toda a sistemática da propriedade, como zoonoses, período de pré e pós-
parto e qualidade da água dentro da propriedade.
4.6 PROGRAMA DE INSEMINAÇÃO ARTIFICIAL
Acompanhamento das recargas de nitrogênio e entrega de sêmen, luvas e bainhas aos
inseminadores mensalmente, onde neste mesmo dia os inseminadores comunitários entregam
um relatório de controle das inseminações realizadas no mês, sendo estes dados tabulados
para avaliação do processo que se dá anualmente. Também é feito o recadastramento dos
inseminadores tanto particulares como comunitários para controlar e melhorar cada vez mais
o programa. Para isso será formada uma comissão de estudos que pensará em mudanças
estratégicas, principalmente em relação a controle de relatórios para que estes recursos sejam
bem aplicados dentro deste programa.
A secretaria tem uma média de 15.000 doses de sêmen distribuídas durante o ano para
uma média de 150 inseminadores distribuídos no município que atendem cerca de 70% da
zona rural, sendo este um investimento de aproximadamente R$ 250.000,00.
4.7 ATENDIMENTO AOS PRODUTORES NA SECRETARIA MUNICIPAL DE
DESENVOLVIMENTO RURAL
A secretaria é de fácil acesso, pois está no primeiro piso do prédio da prefeitura
municipal, foi realizada orientação técnica aos produtores, cadastramento de piscicultor no
Ministério da Pesca e Aquicultura, para posterior elaboração de projeto na área, orientações
sobre PRONAF, cadastro de novos inseminadores e outras atividades.
5 DIFICULDADES ENCONTRADAS
No período de estágio houve pouca atividade a campo diretamente com mais
produtores que era o grande intuito do trabalho, visto que o período era de programação e
realização da via Tecnológica do Leite.
Mas os pontos positivos foram relevantes, onde em relação a eventos agropecuários
foi muito produtivo, aprendendo e atuando em todos os trabalhos que envolveram o evento,
13
desde a preparação dos animais, coordenando trabalhos, na organização técnica como um
todo. E falando em assistência técnica no setor público, o aprendizado foi satisfatório,
podendo aprender como funciona políticas públicas, a área administrativa e mais burocrática
até mesmo na elaboração do Plano Plurianual da secretaria entre outras atividades.
6 ÁREA DE IDENTIFICAÇÃO COM O CURSO
Os assuntos abordados em sala de aula durante o período acadêmico foram de
fundamental importância na convivência com os produtores, profissionais da área, modo de
trabalhar no setor público durante o estágio. Principalmente em ações em relação a aplicar
métodos de participação dos produtores, enxergar as necessidades do desenvolvimento das
comunidades rurais, sentindo na pele o que é extensão rural nos dias de hoje.
As matérias relacionadas á nutrição, manejo, noções de ezoognósia, higiene e profilaxia
animal, comportamento e bem estar animal foram fundamentais ao conduzir os trabalhos
durante o evento, pois os produtores presentes nunca haviam participado de exposições.
Melhoramento Genético, Reprodução Animal foram importantes para os trabalhos
desenvolvidos em relação ao programa de inseminação artificial.
14
CONCLUSÕES
O estágio curricular obrigatório é extremamente necessário para a formação do
profissional, além de ampliar seus conhecimentos torna possível a prática de conteúdos
teóricos dos anos de graduação. Essa fase de transição da graduação para o campo de trabalho
é essencial para expor o futuro profissional aos extremos e potenciais da profissão e o estágio
faz com que essa passagem ocorra de forma mais segura e proveitosa.
O conhecimento adquirido neste período, vai desde o relacionamento entre
profissionais, aspectos administrativos do setor até o convívio dia-a-dia com produtores,
pondo em prática o aprendizado acadêmico, onde a simplicidade e atenção dos funcionários
fizeram com que o trabalho realizado no estágio, dessem bons frutos profissionalmente.
15
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
AZEVEDO; Rafael Alves de.; FERNANDES, Rejane Castro.; PIRES Jr. Otaviano de Souza.;
DUARTE, Eduardo Robson. Manejo e instalações para cria de bezerros leiteiros.
Zootecnia Brasil - O portal da Zootecnia, 2008.
BRASIL. Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Programa Nacional de
Controle e Erradicação da Brucelose e da Tuberculose Animal (PNCEBT). Brasília, p.
184, 2006.
EMATER. A atividade leiteira na agricultura familiar do sudoeste do Paraná resultados
econômicos. Pato Branco, 2007.
MAURINA, Antoninho C. Perdas na Colheita Mecanizada da SOJA- Safra 2011/2012.
EMATER-SEAB, EMBRAPA-Soja, Londrina. Curitiba, Julho de 2012.
OLIVEIRA, M. M. A utopia extensionista: ensaios e notas. Brasília: Embrater, 1988. 314p.
RODRIGUES, Cyro Mascarenhas. Conceito de seletividade de políticas públicas e sua
aplicação no contexto da política de extensão rural no Brasil. Cadernos de Ciência &
Tecnologia, Brasília, v. 14, n. 1, p. 113-154, 1997.
WATTIAUX; Michel A. Criação de Novilhas-Desmama ao primeiro parto 35) Avaliação
da taxa de crescimento. Instituto Babcock para Pesquisa e Desenvolvimento da Pecuária
Leiteira Internacional University of Wisconsin-Madison. Pag 137-140.
18
PREFEITURA DE FRANCISCO BELTRÃO
SECRETARIA MUNICIPAL DE DESENVOLVIMENTO RURAL
DIAGNOSTICO DA PROPRIEDADE
Data: ___/___/____
Produtor(a):__________________________Conjuge:_________
____________ Comunidade:________________________
Telefone:____________________
GPS: Latitude:_________Longitude:_________Proprietário ( )
Arrendatário ( )
Mão de obra: familiar ( ) Contratada ( )
Nº de filhos que trabalham na propriedade
:____________________________
Área total de terra:______ há. Área utilizada em leite:______
há.
Área de Pastagem _____há. Área de Silagem:_____há.
Arrendamento:_____há.
Sistema de utilização: Pastoreio ( ) Semi - confinado ( )
Confinado ( )
Alimentação: Silagem ( ) Ração ( ) Pastagem ( ) Irrigação ( )
Raça: Jersey( ) Holandesa( ) Pardo Suíço( ) Gir( ) Mista( )
Tipo do Terreno: Plano ( ) Declivoso ( ) Semi – Declivoso ( )
Numero de Animais na Propriedade:_____ Vacas em
lactação:_____ Secas:_____ Novilhas:_____ Bezerras:_____
Machos:_____ Reprodutor:_____
Inseminação: PIA ( ) Particular ( ) Possui botijão de sêmen ( )
Produção de leite mensal (atualizado):___________Litros/mês.
Destino da Produção: Agroindústria ( ) Laticínio ( )
Qual:__________________
Assistência técnica: Particular ( ) Prefeitura ( ) Emater ( )
Outros ( )
19
ANEXO 03
Crescimento de fêmeas leiteiras para parição aos 24 meses
IDADE RAÇAS GRANDES RAÇAS MÉDIAS RAÇAS PEQUENAS
(meses) Peso (kg) Peso (kg) Peso (kg)
nascimento 40 35 30
1 55 48 42
2 73 65 57
3 91 81 72
4 115 101 87
5 136 119 102
6 160 138 117
7 183 157 132
8 205 176 147
9 226 194 162
10 247 212 177
11 268 230 192
12 289 249 209
13 312 269 226
14 334 288 243
15 (cobrição) 356 (340 - 360) 310 (300 - 320) 266 (260 - 280)
16 380 330 280
17 404 351 298
18 428 372 316
19 452 394 337
20 476 417 358
21 500 439 379
22 527 465 403
23 555 491 427
24(parição) 580 510 450
GRANDE - holandês e pardo suíço
MÉDIA - girolando e jersolando
PEQUENA - jersey
20
ANEXO 04
Foto 01: Manejo dos animais durante os dias do evento
Fonte: Przyvara. M. A. 2013
Foto 02: Banho diário dos animais durante a Via
Fonte: Przyvara, M.A. 2013
21
ANEXO 05
Foto 03: Treinamento dos animais para desfile no momento do julgamento.
Fonte: Przyvara, M.A. 2013
Foto 04: Classificação (escolha) dos animais para participação no evento
Fonte: Przyvara,M.A. 2013