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UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANÁ
ALEXANDRE MEISTER PINHEIRO
ASPECTOS DO REGIME DIFERENCIADO DE CONTRATAÇÃO
PÚBLICA LEI 12.462/2011
CURITIBA
2012
ALEXANDRE MEISTER PINHEIRO
ASPECTOS DO REGIME DIFERENCIADO DE CONTRATAÇÃO
PÚBLICA LEI 12.462/2011
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Curso de Direito da Universidade de Ciências Jurídicas da Universidade Tuiuti do Paraná para a obtenção de Grau de Bacharel em Direito. Orientador: Prof. Dr. Paulo Roberto Ferreira Motta
CURITIBA
2012
TERMO DE APROVAÇÃO
ALEXANDRE MEISTER PINHEIRO
ASPECTOS DO REGIME DIFERENCIADO DE CONTRATAÇÃO
PÚBLICA LEI 12.462/2011
Esta monografia foi julgada e aprovada para a obtenção do grau de Bacharel em Direito no curso de Ciências Jurídicas da Universidade Tuiuti do Paraná.
Curitiba, de Outubro de 2012.
________________________________________________
Curso de Bacharelado em DireitoUniversidade Tuiuti do Paraná
Orientador:
Prof. Dr. Paulo Roberto Ferreira Motta.UTP – Faculdade de Ciências Jurídicas
Prof._______________________________UTP – Faculdade de Ciências Jurídicas
Prof._______________________________UTP – Faculdade de Ciências Jurídicas
Dedico este Trabalho de Conclusão de Curso à minha
família em especial minha mãe que me incentivou a
voltar à vida acadêmica.
In memoriam,
Minha irmã, Simonne Meister Pinheiro.
“A aplicação das leis é mais importante que a sua
elaboração”.
Thomas Jefferson
“Licitação não é padecimento, mas, sim
enriquecimento cultural”.
Marçal Justen Filho
LISTA DE SIGLAS
ADI Ação Direta de Inconstitucionalidade
AGU Advocacia Geral da União
ANAC Agência Nacional de Aviação Civil
ANATEL Agência Nacional de Telecomunicações
APO Autoridade Pública Olímpica
CGCOPA 2014 Comitê Gestor da Copa de 2012
DENIT Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes
GEOCOPA 2014 Grupo Executivo da Copa 2014
INFRAERO Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária
LGT Lei Geral de Licitações (8.666/1993)
LNL Lei Nacional de Licitações (8.666/1993)
PAC Programa de Aceleração do Crescimento
PPP Parceria Público Privada
RDC Regime Diferenciado de Contratações (12.462/2011)
STF Supremo Tribunal Federal
TCU Tribunal de Contas da União
TI Tecnologia da Informação
LISTA DE TABELAS
TABELA 1 - LICITAÇÕES DOS ESTÁDIOS DA COPA DO MUNDO 2014..............14
TABELA 2 - DISPOSITIVOS DA 8.666/1993, APLICÁVEIS AO RDC...................19
TABELA 3 - COMPARAÇÃO DO ANTEPROJETO E PROJETO BÁSICO........….26
RESUMO
Trata de estudo referente a alguns aspectos da nova legislação atinente à licitações, o
Regime Diferenciado de Contratações Públicas (RDC) - Lei 12.462/2011. O estudo
surgiu da necessidade de gerar uma maior compreenção sobre este novo instituto
jurídico, que gerou e gera debates sobre algumas de suas caracteristicas. Pretende-se
entender algumas dessas caracteristiscas para desmistificar algumas compreenções
erradas sobre a nova legislação. Desta maneira buscou-se nas primeiras Doutrinas a
respeito do tema bem como pesquisas na internet (licitações realizadas via RDC)
acerca do conteúdo proposto. A análise do estudo permitiu identificar que o RDC, é
uma compilação das melhores técnicas acerca de licitações extraídas de outras
legislações correlatas como (Lei do Pregão, Lei das PPP'S e do Decreto que
regulamenta as licitações da Petrobrás) com o fim de acelerar o processo licitatório.
Palavras-chave: Licitações, Copa do Mundo, Olimpíadas, RDC, Lei 12.462/2011.
SUMÁRIO
1
1.1
2
2.1
2.2
2.3
3
4
5
5.1
5.2
5.3
5.4
5.5
5.6
5.7
6
O REGIME DIFERENCIADO DE CONTRATAÇÃO PÚBLICA – RDC....10
HISTÓRICO.............................................................................................................11
APLICAÇÃO DO RDC........................................................................................12
O RDC E AS OLIMPIADAS.................................................................................13
O RDC E A COPA DO MUNDO...............................................................................................14
O RDC E OUTRAS ÁREAS.......................................................................................................15
MATRIZ DE RESPONSABILIDADES E CARTEIRA DE PROJETOS.......16
O RDC E A LEI GERAL DE LICITAÇÕES....................................................17
ASPECTOS DO RDC.........................................................................................20
INDICAÇÃO DE MARCA E MODELO.............................................................20
EXIGÊNCIA DE AMOSTRA E DE CERTIFICAÇÃO.......................................22
SIGILO DO ORÇAMENTO ESTIMADO............................................................23
CONTRATAÇÃO INTEGRADA.........................................................................25
DISPUTA ABERTA E FECHADA.......................................................................28
PREVISÃO DE REMUNERAÇÃO VARIÁVEL................................................29
PRÉ QUALIFICAÇÃO PERMANENTE.............................................................29
CONSIDERAÇÕES FINAIS...................................................................................30
REFERÊNCIAS...........................................................................................................32
10
1 O REGIME DIFERENCIADO DE CONTRATAÇÕES PÚBLICAS - RDC
O Regime Diferenciado de Contratações (RDC) aparece em nosso
ordenamento jurídico com o fim de enfrentar questões referentes a infraestrutura
nacional, a palavra aqui é celeridade, ou seja, dar velocidade nos tramites licitatórios
do governo frente a exigência de promover os dois maiores eventos esportivos do
planeta, o qual atuará como sede da Copa do Mundo de 2014 e como consequência a
Copa das Confederações de 2013, assim como as Olimpíadas e as Paralimpíadas1 de
2016 na cidade do Rio de Janeiro, contudo antes mesmo do fim do presente trabalho
já vislumbramos o aumento do escopo do RDC no que tange na inclusão das obras do
Programa Nacional de Crescimento (PAC)2, o que possivelmente gerará debates mais
acalorados uma vez que o governo começa a “afastar” a 8.666/93 Lei de Licitações,
que alguns autores durante o presente estudo chamam por Lei Geral de Licitações
(LGL) e Lei Nacional de Licitações (LNL).
O presente trabalho pretende apresentar alguns aspectos e tópicos inerentes ao
RDC trazido ao ordenamento jurídico pela lei3 e regulamentado pelo decreto4, pois é
cediço que nos deparamos com um tema controvertido e gerador de uma gama de
teorias a respeito, as quais devem intrigar estudiosos da área de Direito Administrativo,
seja na aplicação do Regime Diferenciado de Contratação Pública, bem como a
importância desta lei frente ao ordenamento pátrio para a realização destes grandes
eventos mundiais e suas consequências no plano jurídico nacional.
Tamanha repercussão que destaco as declarações dadas acerca do tema do
Ministro Beijamin Zymler5 Presidente do Tribunal de Contas da União (TCU), que vê
o RDC como uma via para “licitações mais transparentes, mais rápidas e
eventualmente por preços menores” afirmou ainda que o RDC “...é uma evolução em
relação à Lei 8.666/93 e a ponta de lança para um novo regime de licitações”.
1 Por determinação do Comitê Paralímpico Internacional (em inglês, International Paralympic
Committee), não usa o termo "olímpico" e por a palavra ser marca registrada do Comitê Olímpico Internacional.O Brasil adotou a escrita dos outros países lusófonos.
2 Lei 12.688 em seu artigo 28 – Inclui no Art. 1 da Lei 12.462/2011 o inciso IV - das ações integrantes do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).
3 Lei 12.462/20114 Decreto 7.560/2011, de 8 de setembro de 2011. 5 Declarações dadas a imprensa e fornecidas pela Agência Brasil ao Portal 2014 On-line.
11
E em sentido oposto ZOCKUN6 (2011 Ibid CAMMAROSANO 2011 p.25)
“Essa disciplina não encontra espaço no castelo das instituições republicanas. A Lei
Federal n° 12.462/2011 edificou um castelo, mas um castelo de cartas que deverá ruir
como tal”.
Neste universo de contradições que avançamos sobre os principais e
polêmicos tópicos do Regime Diferenciado de Contratações Públicas, que geraram
criticas antagônicas, na imprensa, bem como nas primeiras publicações da doutrina
sobre o assunto, este autor e discente não tem como finalidade abarcar todo o RDC e
esgotar o tema, pois com certeza encontraram obras mais abalizadas que também não o
fazem, contudo o englobam de maneira mais substancial.
1.1 HISTÓRICO
A Lei 12.462/2011 deu-se por conversão de Medida Provisória número 527,
após outras tentativas da Presidência da República em editá-la com outras duas
Medidas Provisórias 488 e 489 sem sucesso no ano de 2010.
Atualmente tramitam no Supremo Tribunal Federal Federal duas Ações
Diretas de Inconstitucionalidades (ADI'S), ADI/4645 e a ADI/4655, dispondo sobre
possível inconstitucionalidade formal e material da referida Lei.
Em breve síntese essas ADI's versam pela inconstitucionalidade formal da Lei,
que por ter advindo de uma Medida Provisória que dispunha sobre à Organização
Administrativa Federal a mesma não poderia dispor como foi o caso na sua tramitação
no Congresso e da adição de conteúdo referente ao RDC e que por isso haveria
impertinência temática da Lei, o que seria uma afronta ao devido processo legislativo
conforme os artigos 59 e 62 da Constituição Federal e ao princípio da separação dos
poderes artigo segundo da Constituição Federal, nesta seara:
6 ZOCKUN, Maurício. Apontamentos do Regime Diferenciado de Contratação à luz da Constituição da República. In: CAMMAROSANO, Márcio; DAL POZZO, Augusto Neves; VALIM, Rafael. Regime Diferenciado de Contratações Públicas – RDC (Lei n°12.462/11): aspectos fundamentais. Belo Horizonte: ed. Fórum, 2011. p.13-25.
12
A insurgência goza de relevância jurídica, pois o art. 7°,II, da Lei Complementar Federal 95 assinala, para além de qualquer espécie de dúvida ou entredúvida, que “a lei não conterá matéria estranha a seu objeto ou a este não vinculada por afinidade, pertinência ou conexão”.Desta feita, como a Medida Provisória n° 527 versava apenas sobre organização administrativa federal, emenda aglutinativa ou supressiva apresentada no curso do seu processo legislativo de conversão também deveria versar sobre esse tema. (CAMMAROSANO,2011, p.18 apud Zockun Ibid).
No aspecto material da legislação a Procuradoria da República7 levanta a
possibilidade da inconstitucionalidade frente a contratação integrada, possibilidade de
promover a licitação sem projeto básico (apenas o anteprojeto), além da previsão de
pré qualificação para qualquer situação que envolva fornecimento de bem e execução
de serviço ou obra tópico este que teria servido apenas para reduzir a competição na
licitação invertendo uma exceção em regra.
Na ADI dos partidos políticos8 questiona-se além da inconstitucionalidade
formal, a material frente a regra do sigilo do orçamento, a previsão de remuneração
variável que também terão seus aspectos mais detalhados oportunamente.
Além de ambas ADI's atacarem a possibilidade do Poder Executivo escolher o
regime de licitação aplicável e que esta forma de delegação seria inconstitucional,
como já citado houve a inclusão no RDC das obras referentes ao PAC.
2 APLICAÇÃO DO RDC
A aplicabilidade do RDC é elencada no Art.1° da Lei 12.462/2011. Nota-se a
inversão cronológica dos eventos desportivos, que destaca em seu inciso primeiro a
Carteira de Projetos Olímpicos a ser definida pela Autoridade Pública Olímpica (APO)
para depois prever o plano estratégico das ações do Governo Brasileiro para a
realização da Copa do Mundo 2014, no terceiro inciso é acrescentado as obras de
infraestrutura aeroportuárias das capitais sede e das cidades até 350 KM (trezentos e
cinquenta quilômetros) destas capitais.
7 ADI/4655 ajuizada pela Procuradoria Geral da República 8 ADI/4645 ajuizada pelos partidos políticos PSDB, DEM, E PPS– ambas distribuídas ao Ministro Relator.
Luiz Fux. (sem data para julgamento até o presente momento).
13
2.1 O RDC E AS OLIMPIADAS
A APO9 integra a administração indireta de cada um dos entes da Federação
consorciados: A União,o Estado do Rio de Janeiro e o Município do Rio de Janeiro, as
principais atividades da APO são de natureza técnica e de planejamento, embora possa
sub-rogar-se em todos os direitos e obrigações inerentes às licitações, como também
realizar novas licitações, contratos e convênios.
A extensão de sua influência está no Decreto10, conforme o artigo 3° que
preconiza “acesso aos sistemas de pessoal, orçamento, estatística, administração
financeira,contabilidade e auditoria, e serviços gerais”. No artigo 4° determina "as
requisições de pessoal da Administração Pública Federal pela APO serão irrecusáveis e
deverão ser prontamente atendidas".
Em sua estrutura como instância máxima da APO está o Conselho Público
Olímpico, formado pelos chefes dos Poderes Executivos da União, do Estado do Rio
de Janeiro e do Município do Rio de Janeiro. Aqui nomeado Henrique de Campos
Meirelles representante da União no Conselho Público Olímpico, quando da
impossibilidade da Presidente da República.
O responsável direto da autarquia, o presidente propriamente dito da APO e do
Conselho de Governança, foi escolhido e nomeado pela Presidente da República após
aprovação pelo Senado Federal (art. 52, III, "f", da Constituição Federal) com mandato
de quatro anos, o escolhido foi Márcio Fontes de Almeida11, observa-se ainda que APO
lentamente caminha rumo a sua finalidade, cuja as únicas licitações realizadas foram a
de compra para transporte aéreo dos membros da APO e computadores para a sua
operacionalização conforme publicação em seu sítio da internet oficial12 e não definiu
a sua Carteira de Projetos e a Matriz de Responsabilidades até a presente pesquisa.
9 http://www.apo.gov.br/ - Sitio eletrônico com a promessa de se tornar um Portal, contendo apenas os atos da APO até o fim da presente pesquisa.
10 Decreto 7.560/2011, de 8 de setembro de 2011. Dispõe sobre os procedimentos dos órgãos da Administração Pública Federal, quanto a ações de Poder Executivo Federal no âmbito da Autoridade Pública Olímpica – APO; vinculada ao Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão.
11 http://www.apo.gov.br/wp-content/uploads/2012/01/ANEXO-DA-PORTARIA-01-DE-CARGOS-E-FUN%C3%87%C3%95ES.pdf
12 http://www.apo.gov.br/diretoria-executiva/contratos/
14
2.2 O RDC E A COPA DO MUNDO
No que tange a aplicação do RDC, a Copa das Confederações de 2013 e a
Copa do Mundo de 2014 elencada no segundo inciso do art. 1° da Lei 12.462/2011,
observa-se que as licitações e contratos necessários a realização da Copa do Mundo
serão definidos por um Grupo Executivo (GECOPA 2014) que por sua vez faz parte
um Comitê Gestor (CGCOPA 2014), algo semelhante aos conselhos da APO
(Conselho Público Olímpico e Conselho de Governança) embora estes últimos não
previstos expressamente na legislação.
Assim o GECOPA 2014, é coordenado pelo Ministério dos Esportes e formado
por membros da Casa Civil da Presidência da República e de vários outros Ministérios
como membros da Advocacia Geral da União (AGU), que em conjunto executarão o
chamado Plano Estratégico das Ações do Governo Brasileiro para a realização da Copa
do Mundo FIFA 2014, e as deliberações serão publicadas nos órgãos oficiais de
imprensa e na internet e o Comitê Gestor dará a operacionalização do plano estratégico
conforme sua atribuição legislativa.
Durante a pesquisa foi observado que nenhum dos estádios que estão em fase
de construção se utilizaram do RDC, na sua licitação restando apenas para as obras de
mobilidade urbana.
TABELA 1 – LICITAÇÕES DOS ESTÁDIOS DA COPA DO MUNDO 2014
Cidades/Sede Estádio Valor da Obra Licitação
Belo Horizonte Mineirão 695,0 R$ Milhões PPP (Concessão de 27 anos)
Brasília Mané Garrincha 986,1 R$ Milhões Diversas licitações durante a Construção e a Administração do DF
Cuiabá Arena Pantanal 518,9 R$ Milhões Diversas licitações durante a Construção e a Administração do MT
Curitiba Arena da Baixada 183,0 R$ Milhões Privado – Estádio Particular
Fortaleza Castelão 518,3 R$ Milhões PPP (Concessão de 8 anos)
15
Manaus Arena Amazônia 532,2 R$ Milhões Diversas licitações durante a Construção e a Administração do AM
Natal Arena Dunas 417,0 R$ Milhões PPP (Concessão de 20 anos)
Porto Alegre Beira Rio 330,0 R$ Milhões Privado – Estádio Particular
Recife Arena Pernambuco
500,2 R$ Milhões PPP (Concessão de 33 anos)
Rio de Janeiro Maracanã 859,9 R$ Milhões Diversas licitações e concessão de uso separada da construção.
Salvador Fonte Nova 591,7 R$ Milhões PPP (Concessão de 35 anos)
São Paulo Arena Corinthians
820,0 R$ Milhões Privado – Odebrecht Construtora
Tabela extraída com informações do Portal2014.org.br
Como observado preferiu-se no caso dos estádios de Brasília, Manaus, Cuiabá
e Rio de Janeiro pela licitação da obra em separado da Concessão Administrativa, bem
como algumas etapas da construção como é o caso dos painéis eletrônicos, assentos e
infraestrutura de tecnologia da informação (TI) como por exemplo câmeras de
monitoramentos e sistema de som.
É notório que a nova legislação do RDC chegou atrasada no que tange aos
principais palcos da próxima Copa do Mundo, a última licitação referente a construção
dos estádios foi realizada em março de 2011, sendo a Arena das Dunas da cidade sede
de Natal/RN13.
2.3 O RDC E OUTRAS ÁREAS
O inciso III do artigo 1° da Lei 12.462/2011 que contempla "de obras de
infraestrutura e de serviços para os aeroportos das capitais distantes até 350Km
(trezentos e cinquenta quilômetros) das cidades sede dos incisos I e II", tornou-se letra
morta pela inclusão do dispositivo do inciso IV que abre o leque para as obras
referentes ao PAC, uma vez que o próprio abrange no seu eixo o PAC Transportes14,
fazendo justiça com as capitais excluídas (distantes 350KM das cidades sedes).
13 Conforme sítio eletrônico: http://www.portal2014.org.br/cidades-sedes/NATAL/ 14 PAC - http://www.brasil.gov.br/pac/o-pac/conheca-o-pac
16
Observa-se que exatamente nesta área de transportes aéreos que abrange os
poderes de licitar da Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (INFRAERO)
a maior utilização deste novo instituto jurídico relativo a modernização e ampliação
dos aeroportos nacionais15
Durante a execução deste trabalho foi anunciado o primeiro edital do RDC
com escopo no PAC, sendo o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes
(DNIT)16 a anunciar Regime Diferenciado de Contratação será adotado nas obras de
revitalização de 388 quilômetros da BR-242 na Bahia.
3 MATRIZ DE RESPONSABILIDADES E CARTEIRA DE PROJETOS
A Matriz de responsabilidades e a Carteira de Projeto são os instrumentos que
contemplam os objetos e as obras públicas a serem licitadas pelo RDC, ou seja, dão a
eficácia ao RDC, esta observação pode ser retirada da legislação17.
Na Matriz de Responsabilidades e Carteira de Projetos deve conter
pormenorizado o rol de obras públicas a serem construídas e a parcela de
responsabilidade atribuída a cada ente da federação.
Doutrinadores como CAMAROSANO e ZOCKUN veem com desconfiança o
que consideram um excesso de discricionariedade das autoridades públicas aos
administradores terem à faculdade da adoção do RDC, contudo destaca-se a lição de
Vanice Lírio do Valle18, ao legitimar, juridicamente, o espaço decisório do
Administrador Público:
Administrador deverá em concreto proceder a essa análise da adequação entre o regime especial e a potencialização da eficiência da ação administrativa para, a partir disso, empreender a sua opção pela normatização diferenciada, ou valer-se da moldura jurídica genérica da Lei 8.666/93.Com isso se tem por refutado, igualmente , um argumento que é manejado
15 INFRAERO - http://licitacao.infraero.gov.br/portal_licitacao/details/licitacao/pesquisa_licitacao.jsp .16 DNIT - http://www.dnit.gov.br/noticias/dnit-anuncia-primeiro-edital-de-obras-pelo-rdc 17 Incisos I e II do artigo 1° da Lei 12.462/201118 VALLE, Vanice Regina Lírio do. Viabilidade jurídica do regime diferenciado de contratações: sobre a arte de
evitar que a cauda abane o cachorro. Fórum de Contratação e Gestão Pública, Belo Horizonte, v. 10, n. 117, set. 2011.
17
na multi referida ADI n°4.645 – a saber, aquele de que a indeterminação do universo de contratações sobre as quais efetivamente recairá o RDC possa implicar violação aos termos do art. 22, XXVII CF. Tal tese não deve prosperar e por dois motivos : primeiro, o fechamento absoluto, pela norma geral, das hipóteses de contratações que se submeteriam a este ou aquele regime pode importar em supressão do espaço de deliberação política do poder legislativo das demais entidades federadas, que, já se viu, é ínsito às hipóteses de competência concorrente limitada.O segundo argumento é de que a especificação de qual regime jurídico que deva incidir na hipótese por intermédio de uma escolha pública legitimada pela observância do devido ônus argumentativo é atividade típica da função administrativa – e não do legislador.(VALLE, 2011)
4 O RDC E A LEI GERAL DE LICITAÇÕES
A discussão do afastamento da Lei Geral de Licitações 8.666/93 contido no
art.1° §2° “A opção pelo RDC deverá constar de forma expressa do instrumento
convocatório e resultará no afastamento das normas contidas na Lei 8.666, de 21 de
junho de 1993, exceto nos casos expressamente previstos nesta Lei”.
Artigo este combinado com o Art. 39 da mesma Lei in verbis: “Os Contratos
Administrativos celebrados com base no RDC reger-se-ão pelas normas da Lei
n°8.666/93, de 21 de junho de 1993, com exceção da regras especificas previstas nesta
Lei”, conclui-se que apenas as regras de Licitações são afastadas, subsistindo no que
refere-se aos Contratos a serem regidos pela da Lei Federal 8.666/93 no regime do
RDC19, quando este for silente em alguma parte assevera :
Não é a primeira vez que isso acontece em torno das regras sobre licitações públicas. A Lei Geral de Telecomunicações (LGT) (Lei Federal 9.472/97) afastou expressamente a incidência de ambas, da Lei Federal n°8.666/93 e da Lei Federal n° 8.987/95 (Lei Geral de Concessões de Serviços e Obras Públicas). No caso da LGT havia a previsão que a ANATEL criaria regras sobre o seu procedimento de licitação, o que foi feito pela sua Resolução 65/98, na qual alias apareceram no nosso sistema jurídico, pela primeira vez, vários temas que ainda são considerados inovações para os cultores do Direito mais afeitos ao mundo das licitações tradicionais, como a inversão de fases entre habilitação e julgamento de propostas, a possibilidade de saneamento de vícios formais na documentação dos participantes da licitação etc. (RIBEIRO, 2012, p 14)
Vale ressaltar que o RDC é direcionado para a realização dos eventos
esportivos restritos a uma temporalidade de ação e com finalidade delineada, o
19 Dedução lógica de aplicação do RDC.
18
afastamento da Lei de Licitações não pode ser lida no sentido de exclusão total, como
observado no próprio RDC que prevê no seu art. 39 a utilização nos contratos da
mencionada lei, contudo como a boa hermenêutica ensina: no caso de silêncio, busca-
se na lei geral as respostas de suas lacunas bem como na sua finalidade legal,
conforme ensina BANDEIRA DE MELLO20:
Encarta-se no principio da legalidade o princípio da finalidade. Não se compreende uma lei, não se entende uma norma, sem entender qual é o seu objetivo. Donde, também não se aplica uma lei corretamente se o ato de aplicação carecer de sintonia com o escopo por ela visado.Implementar uma regra de Direito não é homenagear exteriormente a sua dicção, mas dar satisfação a seus propósitos. Logo, só se cumpre a legalidade quando se atende à sua finalidade. A atividade administrativa desencontrada com o fim legal é inválida e por isso judicialmente censurável. (BANDEIRA DE MELLO, 2005, p 67)
Extrai-se que a edição do RDC foi realizada por a 8.666/03 não atender os fins
da Administração Pública que é revestida do interesse público que além da contratação
de serviços e obras busca a celeridade entre outros princípios o qual, tais eventos
carecem, neste ínterim DALLARI21:
Esta expressão "observados os princípios da administração pública" não significa que basta atender aos princípios expressamente referidos no art.37, caput, da constituição Federal. Na verdade, devem ser observados todos os princípios da Administração Pública, tanto aqueles do art. 37 quanto os contidos em outros dispositivos constitucionais e, ainda, os princípios doutrinários da Administração Pública. DALLARI(2007, p.80)
Pode-se fazer uma ressalva aqui no que trata da utilização subsidiária da Lei
de Licitações no RDC, conforme quadro extraído da doutrina para dimensionar os
dispositivos aplicáveis ao RDC.
20 BANDEIRA DE MELLO, Celso Antônio, Manual de Direito Administrativo. São Paulo: ed. Malheiros, 2005
21 DALLARI, Adílson Abreu. Aspectos Jurídicos da Licitação. São Paulo: ed. Saraiva, 7° edição, 2 tiragem, 2007.
19
TABELA 2 – DISPOSITIVOS DA LNL, EXPRESSAMENTE APLICÁVEIS AO
RDC
Dispositivo RDC Dispositivos aplicáveis da LNL
Conteúdo expressamente aplicável
Art. 9° Art. 65, §1°
O contratado fica obrigado a aceitar, nas mesmas condições contratuais, os acréscimos ou supressões nas obras, serviços ou compras, até 25% do valor inicial atualizado do contrato,e,no caso de reforma de edifício ou de equipamento, até o limite de 50% para acréscimos.
Art. 14 ressalva no art. 22, §1°
Art. 27 a 33, no que couber
Documentos para habilitação e para consórcio, quando admitido.
Art. 25 Art. 3°, §2°
No elenco das regras de desempate aplicam-se também aquelas referentes aos bens: produzidos no país; produzidos/prestados por empresas brasileiras; produzidos/prestados por empresas que invistam em pesquisa e no desenvolvimento de tecnologia no país.
Art. 35Art. 24 e 25 no que
couber Art. 26
Casos de dispensa e inexigibilidadeProcedimento de contratação por dispensa e inexigibilidade
Art. 38 Art. 3 Preferências para fornecedores (v.decreto 7.546/11)
Art. 39 Art. 54 a 80Contratos regem-se pela LNL, exceto regras especificas previstas no RDC
Art. 42 Art.57,IContratos de obras previstas no PPA podem ter vigência estendida, com duração de (4) períodos.
Art. 43 Art. 57,II
Prestação de serviços contínuos, duração prorrogada por iguais e sucessivos períodos, limitada a sessenta meses. Admitida: vigência até a extinção da APO, (até 31.12.2018, podendo ser prorrogada por mais 2 anos, até 2020, Anexo I da Lei 12.396/11, cl.24 do protocolo)
Art. 44 Art. 49Revogação da licitação por fato superveniente, e anulação por ilegalidade
Art. 45, II, f Art. 79, inc, IHipóteses de rescisão unilateral do contrato, tremetendo art.78 LNL, incisos I a XII e XVII
Art. 46 Art. 113 Controle Tribunal de Contas e representação
Art. 47, §2° O caput cria nova
sanção
Art. 81 a 108 Especialmente Art. 87
Sanções administrativas, criminais e demais regras previstas no capítulo IV da LNL, as quais foi acrescentada a sanção de impedimento de licitar/contratar com o ente federativo pelo prazo de 5 anos.
FONTE: MOTTA, 2012 p.75
Conforme22 o quadro comparativo acima, vê-se claramente dispositivos que
praticamente foram enxertados da 8.666/93 para o RDC.
22 MOTTA, Carlos Pinto Coelho; BICALHO, Alécia Paolucci Nogueira. RDC: Contratações para as copas e jogos olímpicos: Lei n°12.462/2011, Decreto n°7.581/2011. Belo Horizonte: ed. Fórum, 2012.
20
5. ASPECTOS DO RDC
Alguns tópicos da nova Lei 12.462/2011 receberam críticas da grande
imprensa como a remuneração variável e a contratação integrada, talvez por
desconhecimento do nosso ordenamento jurídico que alias já prevê alguns deles em
outras legislações sobre o tema licitações.
Mas afinal o que é o RDC ? Uma pergunta de difícil resposta certamente visto
que autores ainda buscam classificá-lo na ordem jurídica como por exemplo se a lei
seria geral ou especial, discussão esta, que não é o norte deste trabalho e se satisfaz
com a explicação de Ricardo Barreto de Andrade e Vitor Lanza Veloso23 (2012 Ibid.
JUSTEN FILHO 2012 p.27) “...no seu âmbito de incidência, o RDC constitui
modalidade procedimental autônoma, abrangendo a seleção e contratação necessária à
obtenção do bem ou serviço demandado pela Administração”.
5.1 DA INDICAÇÃO DE MARCA E MODELO
A indicação de Marca e Modelo na leitura do art. 25, inciso I da lei 8.666/93 é
vedada, contudo a parcela balizada da doutrina defende a sua utilização quando não é
meramente utilizada para vedar a concorrência na licitação, pois seria inconstitucional,
a construção é sistemática com o art. 15, I da lei 8.666/93, atendendo ao princípio da
eficiência.
Assim como defende Antônio Carlos Cintra do Amaral desde o ano de 2002
em comentário e reafirmado no sítio eletrônico do Centro de Estudos sobre Licitações
e Contratos24:
23 ANDRADE, Ricardo Barreto de; VELOSO, Vitor Lanza. Uma Visão Geral sobre o Regime Diferenciado de Contratações Públicas: Objeto, objetivos, definições, princípios e diretrizes In:
JUSTEN FILHO, Marçal; PERREIRA, Cesar A. Guimarães (Coord.). O Regime Diferenciado de Contratações Públicas (RDC): Comentários à Lei n° 12.462 e ao Decreto n° 7.581. Belo Horizonte. Fórum, 2012. p. 27-42.
24 CINTRA DO AMARAL, Antônio Carlos. Especificação de Marca no Regime Diferenciado de Contratações Publicas (RDC) comentário 181 de 15/09/2011, Disponível em <http://www.celc.com.br/comentarios/181.html >. Acesso 14 de julho de 2012.
21
além do princípio da eficiência, a Constituição contempla o princípio da economicidade (art. 70), que se traduz na relação custo-benefício. O administrador público deve observar a lei, pois se não o fizer estará descumprindo o princípio constitucional da legalidade. Mas ao interpretar e aplicar a lei é importante que observe os demais princípios constitucionais, que não se excluem nem estão entre si em posição de hierarquia.É nesse quadro teórico que tenho sustentado que o administrador público pode especificar a marca no instrumento convocatório nos seguintes casos:a) quando a marca especificada seja a única que atenda às especificações técnicas (princípio da economicidade, aliado à noção de discricionariedade técnica);b) quando a especificação seja necessária à manutenção da padronização adotada (princípios da eficiência e da economicidade, em consonância com o art. 15, I, da Lei 8.666/93);c) quando o bem especificado seja elemento de um sistema (caso similar — e até mais evidente — ao da manutenção da padronização); ed) quando se trata de peça original de reposição (princípios da eficiência e da economicidade).É claro que ninguém de bom senso defenderia uma especificação de marca que tivesse por objetivo a r e s t r i ç ã o à competição, dirigindo a licitação para um determinado fornecedor . Mas também não me parece razoável a opinião de que a lei proíbe, em qualquer caso, a especificação de marca. Nem razoável nem legal, e muito menos constitucional. (CINTRA DO AMARAL, 2011)
Observando o decreto25 que regulamenta o RDC, a alternativa deve ser
justificada conforme o art. 4°, IV alínea b.
O exemplo comumente utilizado pela doutrina é a compra de cartuchos de
impressoras contudo parece que aqui pode-se aplicar o conceito de inexigibilidade de
licitação pelos valores do objeto em questão, a maior questão referente a este ponto
são as cautelas no que é denominado “marketing de emboscada”, “por associação” ou
“por intrusão” previsto como criminalização da conduta com tipificação penal na Lei
de Licitações.
Contudo, para apreciação deve ser vistada a Lei 9.279/199626, que não é a
finalidade do presente estudo.
Embora marcas tendem por definição serem produtos exclusivos de empresas,
com o fito de promover competitividade há muito o TCU considera válida a utilização
25 Decreto 7.560/2011, de 8 de setembro de 2011.26 Lei relativa a direitos e obrigações à propriedade intelectual.
22
da marca como referência apenas, conforme Acordão 431/199327, que aprovou o
seguinte item para os editais: “Nos itens que contiverem, fica facultado aos
interessados apresentar material similar”, a natureza de material similar pode ser
extraída:
O termo "produto similar" será entendido como produto idêntico, igual sob todos os aspectos ao produto que se está examinado, ou, na ausência de tal produto, outro que, embora não exatamente igual sob todos os aspectos, apresente características muito próximas às do produto em consideração. (Decreto 1.751/1995 – Art. 4° paragrafo único)
Devido a grande margem de interpretações somente no caso em concreto
através de parâmetros técnicos que dará por se estabelecer com maior clareza o
conceito de similar, sem uma definição extensa.
5.2 EXIGÊNCIA DE AMOSTRA E DE CERTIFICAÇÃO
Assim como na exigência editalícia de marca ou modelo a apresentação de
amostra e de certificação devem ser justificadas conforme o decreto28.
A exigência da amostra justifica-se quando o objeto tende por delimitação o
modelo e a marca na jurisprudência do TCU observa-se uma certa condenação com a
exigência de amostra como exigência para a habilitação, mas, em determinados casos
aceitava como requisito justificável desde que fossem apreciados na fase de
classificação de propostas ou julgamento.
Critérios de certificação do estilo ISO 900129 por exemplo, não podem servir
de obstaculo para habilitação de licitantes. Tais requisitos, em face da constituição em
seu art. 37, XXI estaria ferida. Entretanto tem um condão de ser utilizado quando o
critério for de técnica e preço ou melhor técnica, ressalvado não com o efeito de
habilitação do certame.
27 Acordão do Processo n° 341/1993 do processo 019.589/1992-1 Relator: Paulo Affonso Martins de Oliveira28 7.581/2011 no seu artigo 4°, inciso IV alíneas “c” e “d”.29 A sigla "ISO" refere-se à denominação de igualdade, pois o sistema prevê que os produtos detenham o
mesmo processo produtivo para todas as peças. Apesar disso, muitas pessoas confundem com a denominação da própria organização, porém não se atentam que a sigla da entidade é IOS International
Organization for Standardization, organização não-governamental fundada em 1947, em Genebra.
23
A Lei de 12.232/2010 (Lei do Pregão), traz em seu bojo possibilidade para ser
contratada como prestadora de serviços de publicidade, que determinada agência
detenha certificado de qualidade técnica de funcionamento30.
Como visto, não se trata de uma novidade do RDC estes requisitos, uma vez
que o primeiro pode se justificado doutrinariamente e o segundo pela própria Lei do
Pregão.
No prisma da exigência da certificação no âmbito do Pregão que podem ser
trazidas na aplicação do RDC podemos tecer um paralelo com os apontamentos de
Rafael Wallbach Schwind31, o qual cita Pedro Gonçalves:
A organização de sistemas de certificação voluntária é, em geral, um meio de que o Estado se serve para incutir nos particulares uma 'cultura de qualidade e de exigência': tais sistemas, geralmente associados a campanhas públicas de promoção dos sinais que distinguem os aderentes, procuram criar nos consumidores um espírito que os leve a adquirir preferencialmente produtos e serviços certificados ou produzidos e prestados por empresas certificadas" (SCHWIND, 2010 apud COIMBRA, 2005).
As certificações de forma geral buscam imbuir nos empresários que buscam
contratar com a Administração Pública um critério de excelência nos seus produtos e
serviços, com isso melhorando as suas instalações fabris na busca de sofisticar e
implementar as linhas produção, pois a ideia de certificação é vantajosa para as
organizações uma vez que lhes confere maior organização, produtividade e
credibilidade, elementos facilmente identificáveis pelos clientes, aumentando a sua
competitividade nos mercados nacional e internacional.
5.3 SIGILO DO ORÇAMENTO ESTIMADO
Seria inconstitucional o sigilo do orçamento estimado devido ao princípio da
publicidade reger os atos administrativos ? André Guskow Cardoso assevera: “A rigor,
30 Lei 12.232/2010 – artigo 4°.31 SCHWIND, Rafael Wallbach. Breves comentários à nova lei de licitações de serviços publicidade (Lei
12.232/2010). Informativo Justen, Pereira, Oliveira e Talamini, Curitiba, nº 40, jun./2010, disponível em <http://www.justen.com.br//informativo.php?l=pt&informativo=40&artigo=249, acesso em 28/07/2012.
24
o diferimento da publicidade do orçamento estimado estabelecido pelo art.6° da Lei n°
12.462 é válido e compatível com a Constituição”(2012, ibid JUSTEN FILHO 2012
p.87) em via oposta parte da doutrina diz que seria uma afronta ao principio do
contraditório e da ampla defesa e para CAMMAROSANO32 “terão eventualmente de
recorrer da decisão que tenha desclassificado suas propostas tendo como parâmetro
orçamento prévio, mas ainda para eles desconhecido”(2011, p.36).
De um lado, tem-se o princípio da publicidade, que tem como objetivos precípuos, no caso das licitações públicas,(i) a participação do maior número de interessados,(ii) a proteção à igualdade entre os licitantes e (iii) viabilizar o amplo controle da atividade administrativa na licitação e do contrato dela decorrente. De outro (a) a busca da maior competição entre os licitantes, tendo como consequência (b) a redução da possibilidade de conluio entre eles na participação em licitações e (c) a obtenção de propostas mais vantajosas.Ressalte-se que nenhum dos objetivos buscados com a ampla publicidade é atingido pela regra do art. 6° da Lei n° 12.462.Não se pode afirmar que não divulgação do orçamento estimado com o edital possa automaticamente reduzir a participação de eventuais interessados. Tampouco é válido reputar que haveria a possibilidade de tratamento desigual entre os licitantes ou redução do controle da atividade da Administração.(JUSTEN FILHO, 2012 p.87)
Como dito, não há que se falar de ferir o princípio da publicidade, pois estaria
atendendo outros princípios constitucionais e “parece evidente que a mitigação do
princípio da publicidade pode se dar sempre que haja risco concreto de frustração dos
objetivos ou finalidades perseguidos com a prática de determinada ação estatal, na
hipótese de sua prévia divulgação”(CARDOSO, 2012, p.83 ibid JUSTEN FILHO
2012).
Acrescenta RIBEIRO33 “caso sejam superiores aquele estimado em sigilo pela
Administração Pública. Neste caso, o RDC prevê a possibilidade da administração
publica negociar com os participantes da licitação, na ordem de sua
classificação”(2012, p.71).
32 CAMMAROSANO, Márcio; DAL POZZO, Augusto Neves; VALIM, Rafael. Regime Diferenciado de Contratações Públicas – RDC (Lei n°12.462/11): aspectos fundamentais. Belo Horizonte: ed. Fórum, 2011.
33 RIBEIRO, Maurício Portugal; PRADO, Lucas Navarro; PINTO JUNIOR, Mario Engler. Regime Diferenciado de Contratação: Licitação de infraestrutura para Copa do Mundo e Olimpíadas. São Paulo: ed. Atlas S.A, 2012.
25
5.4 CONTRATAÇÃO INTEGRADA
No rastro do sucesso da regulamentação para obras e serviços atinentes a
Petrobrás34, que de forma simples significa que a elaboração do projeto básico e a
execução ficam a encargo de apenas um contratante responsável com o fim de
aumentar a eficiência da prestação, sem que para isso haja desvios durante a sua
execução, como mudanças estruturais que acabam por aumentar o valor do objeto.
Contudo respeitando-se as situações supervenientes, conforme :
A contratação integrada compreende a elaboração e o desenvolvimento dos projetos básico e executivo, a execução de obras e serviços de engenharia, a montagem, a realização de testes, a pré-operação e todas as demais operações necessárias e suficientes para a entrega final do objeto.(art.9° §1, da Lei 12.462/2011).
Como dito a contratação integrada em si não é novidade no ordenamento
pátrio uma vez que é prevista no Regulamento Licitatório Simplificado da Petrobrás:
Sempre que economicamente recomendável, a PETROBRÁS poderá utilizar-se da contratação integrada, compreendendo realização de projeto básico e/ou detalhamento, realização de obras e serviços, montagem, execução de testes, pré-operação e todas as demais operações necessárias e suficientes para a entrega final do objeto, com a solidez e segurança especificadas.(Decreto Federal n° 2.745/98 item 1.9)
“Promove-se o deslocamento de uma parcela maior de riscos relativos à
execução do contrato ao particular, na proporcional medida das novas
responsabilidades assumidas em razão da concepção do projeto a ser implementado”
(JUSTEN FILHO, 2012, p.153).
A critica esta no fato que o RDC exige a elaboração de um anteprojeto, que
detêm um nível menor de detalhamento do que o projeto básico das obras, e que o
anteprojeto apresentado não estaria de acordo com os princípios da Administração
34 Decreto Federal n° 2.745/98 item 1.9
26
Pública, pois sem os requisitos do projeto básico se descaracterizaria ou tornar-se-ia
impraticável o objeto do certame, garantia esta que não poderia ser afastada e portanto
necessária a qualquer licitação, o que até então não se configura devido ao próprio
modelo de licitar da Petrobras para uma maior e melhor compreensão e distinção do
projeto básico e anteprojeto, segue:
TABELA 2 – COMPARAÇÃO DE PRODUTOS GERADOS PELO ANTEPROJETO
E PROJETO BÁSICO
Anteprojeto Projeto BásicoO que o Projeto Básico
produz a mais que o Anteprojeto
Conceituação e plantas baixas esquemáticas de todos os níveis
Plantas detalhadas e ampliadas de todos os níveis e memoriais descritivos
Plantas detalhadas (vs.plantas esquemáticas)Memoriais descritivos
Corte transversal e longitudinal
Cortes transversais e longitudinais
-
Elevação das fachadas principais
Elevação de todas as fachadas Elevação de todas as fachadas (vs das fachadas principais)
Perspectivas externas e internas
Perspectivas externas e internas
-
Simulações e estudos básicos de layout interno
Estudos definitivos do layout Estudos definitivos do layout (vs. Estudos básicos layout
interno)
Considerações e conceituação quanto às premissas e necessidades para instalações prediais
Projetos básicos e memoriais descritivos de todas as instalações prediais (ar-condicionado, elétrica, hidráulica, incêndio,gás, circuito fechado de TV, controle de acesso,paisagismo etc.)
Projetos básicos e memoriais descritivos de todas as instalações prediais (vs.conceituação das premissas e necessidades de instalações prediais)
Estimativa macro de custos Estimativa detalhada de custos
Estimativa detalhada de custos (vs. Estimativa macro de custos)
FONTE: RIBEIRO,2011, p 40.
No caso de obras públicas em que a responsabilidade de gestão e manutenção
é do poder público vê-se que a contratação integrada é arriscada e impertinente para
27
ser utilizada, assim como enuncia35 “a contratação integrada poderá ser realizada
quando técnica e economicamente justificada”, assim teria que ter em seu contexto e
parâmetro a Concessão e a Parceria Público Privada (PPP), no qual o concessionário é
responsável não apenas pela construção, mas também pela operação e manutenção.
Uma obra que poderia ter ser utilizado da contratação integrada, mas não
houve tempo hábil foi da Arena do Rio Grande do Norte (Arena das Dunas) utilizando
a Lei das PPP's36, que em seu processo licitatório contemplou a concessão
administrativa por 20 anos37.
Neste sentido:
O único modo de compensar a falta de projeto básico em uma contratação de obra, a única forma de proteger o poder público adequadamente contra a delegação ao contrato de decisões importantes sobre o projeto da obra, é transferindo ao contratado a responsabilidade por cuidar da obra por prazos longos (pelo menos 4-5 anos).Por isso, podemos iniciar esse tópico afirmando que a contratação integrada será técnica e economicamente justificável quando for transferido ao contrato da obra a responsabilidade de implanta lá, em conjunto com a responsabilidade de operá-la e mantê-la. (RIBEIRO,2011, p.45).
Este exemplo, se torna importante e ao mesmo esclarecedor no que se trata a
delimitação do objeto licitado, pois in loco assevera no processo que o objeto da
licitação é a demolição e remoção das estruturas existentes e a edificação do Estádio
das Dunas – Novo Machadão e de seu Estacionamento bem como estruturas
necessárias à prestação do serviço objeto desta concessão administrativa de 20 (vinte
anos).
Uma questão que precisa ser abordada é a viabilidade jurídica da realização de licitação única para dois contratos, que seriam assinados conjuntamente pelo vencedor da licitação. A indagação interessa tanto aos empreendimentos enquadráveis no RDC, quanto aos demais sujeitos à legislação comum sobre contratos administrativos e concessões em geral.Apesar de essa estrutura ser ainda incomum na prática administrativa nacional, não vislumbramos nenhum impedimento para sua adoção.(RIBEIRO,2011, p.47).
35 Art. 9 da Lei 12.462/2011.36 Lei 11.079/2004 – Lei das Parcerias Público Privadas37 Contrato de Concessão Administrativa n.º 001/2011 (Governo do RN - Arena de Dunas – Novo Machadão
http://www.portaltransparencia.gov.br/copa2014/natal/estadio/saiba-mais/contrato%20concess%C3%A3o%20n%C2%BA%201-2011%20-%20arena%20das%20dunas%20concess%C3%A3o%20e%20eventos.pdf
28
Embora o exemplo citado não tenha se utilizado do RDC, por causa do Edital
de licitação ter saído no dia 28/02/2011 e da necessidade de pressa uma vez que era
necessário demolir, retirar entulhos e construir, pode-se dizer que acabou abarcado, no
que tange ao espirito da contratação integrada, embora não tenha se utilizado da
simples apresentação do anteprojeto, tendo que realizar projeto básico o que levou a
adjudicação do objeto só no ano de 2011.
5.5 DISPUTA ABERTA E FECHADA
As formas de disputa podem se dá de forma aberta ou fechada ou por
combinação destas, enquanto a forma aberta é feita através de lances ou lances
eletrônicos, a disputa fechada é quando os concorrentes o fazem de forma escrita e em
envelopes fechados, sendo esta a forma ordinária e tradicional.
No caso do RDC, autorizou-se o uso do sistema aberto ou do fechado
conforme a escolha do agente público, a forma busca trazer a experiência da Lei do
Pregão38, pois como observa-se na redação do art.17,I, a disputa, aparentemente, já se
inicia por meio de lances, inexistindo apresentação prévia de propostas fechadas e
classificação inicial, contudo nas licitações de obras e serviços o licitante deverá
apresentar planilhas com indicação dos quantitativos e dos custos unitários bem como
detalhamento das bonificações e despesas indiretas e encargos sociais com os
respectivos valores adequados ao lance vencedor conforme39.
Joel de Menezes Niebuhr diz, claramente, que a Lei 10.520/2002 desencoraja o licitante a propor de imediato, o menor preço, pois seria mais prudente guardar fôlego para a disputa verbal, mas para a Administração isso seria inconveniente: "Com a previsão de oferecimento de lances verbais, comprometem-se, sem dúvida alguma, o rigor e a seriedade das propostas. No Afã de celebrar o contrato, envolto no clima de disputa aberta que será decidida naquele momento, não se pode imaginar que todos os licitantes mantenham a serenidade e calculem adequadamente as condições de exeqüibilidade dos lances ofertados, antevendo seus efeitos econômicos e operacionais. Corre-se, mais uma vez, risco considerável.Não interessa-lhe à Administração preço abaixo do razoável, do justo. Interessa-lhe apenas o preço compatível com o do mercado, que possa ser mantido e cumprido. DALLARI (2007, p.168 apud NIEBUHR 2005)
38 Lei do Pregão 10.520/2002.39 Lei 12.462/2011 – art.17, inciso III
29
Cabe ao órgão licitante responsável, optar pela forma de disputa
(aberta,fechada ou combinação delas)40.
5.6 PREVISÃO DE REMUNERAÇÃO VARIÁVEL
Assim como a contratação integrada geradora de grandes debates na mídia por
todo o país a remuneração variável, a lei 8.666, não apresenta nada neste sentido, ou
seja, vincular o particular a obtenção de determinados resultados afixados por metas.
Não há que se falar em discricionariedade uma vez que determinadas metas
devem ser previstas no edital e no contrato com a administração e deverá ser motivada
conforme o art.10 da Lei 12.462 e na forma do art. 70 §1 do Decreto 7.581,
observando-se o limite do orçamento e o conteúdo dos projetos.
As contratações integradas parecem ser um campo fértil para a utilização da remuneração variável, uma vez que retratam uma maior preocupação com a obtenção de resultados do que com o controle propriamente de meios. Dispondo de maior liberdade para a definição das condições para se atingir as finalidades almejadas pela Administração, o contratado poderá empregar a sua expertise inclusive para atingir metas e padrões que justifiquem um incremento na sua remuneração. SCHWIND(2012, JUSTEN FILHO 2012 p.185)
5.7 PRÉ QUALIFICAÇÃO PERMANENTE
O art. 3041 e seus incisos da Lei do RDC conceitua pré qualificação
permanente, que trata de um procedimento destinado a identificar fornecedores
habilitados de bens a serem fornecidos à Administração, ou seja, um cadastro da
Administração de possíveis fornecedores que atendam a determinadas demandas, para
a realização mais ágil da licitação.
Observa-se que a pré qualificação é uma figura jurídica que já existe na Lei
40 Conforme o Decreto 7.581/2011 em seus artigos 4,II, “f” e art. 8,III.41 Art 30 da Lei 12.462/2011 - Considera-se pré-qualificação permanente o procedimento anterior à licitação
destinado a identificar:
30
8.666/199342, de sorte que é deixada aos órgãos da Administração a sua
procedimentalidade, contudo no RDC o Decreto43 dá diretrizes para a pré qualificação
que ficará permanentemente aberto para a inscrição dos eventuais interessados e a
validade que é de um ano deste cadastro e dos documentos apresentados.
A restrição de uma licitação só com os pré-qualificados que entra em voga
pelo artigo 86 do Decreto 7.581/11, desde logo em caráter justificado e obedeça os
incisos e parágrafos do mencionado artigo.
Sobre a pré-qualificação, parece contraditório realizar esses cadastros
justamente para as obras da copa e olimpíadas apenas, conforme Ivan Barbosa
Rigolin: “O que se estranha é a lei tratar tão detidamente de pré-qualificação, quando
se sabe da urgência do governo federal em garantir estádios e obras para os
campeonatos anunciados, sabendo-se que a pré-qualificação costuma ser lenta e
arrastada”(2012, ibid JUSTEN FILHO, 2012), embora faça sentido quando da
inclusão das obras do PAC ao RDC44.
6 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Parte do micro universo do RDC, foi explanado no presente trabalho e
observa-se que a partir de uma novidade legislativa explode paixões de diversas
correntes doutrinárias, até pessoas leigas começam a emitir opiniões a respeito do
tema, sabe-se que o ordenamento pátrio passa por diversas modificações não apenas
no ramo de Direito Administrativo bem como em outras áreas do Direito conforme os
anteprojetos apresentados ao Congresso Nacional do Novo Código de Processo Civil e
do novo Código Penal.
Essa década na história nacional não será apenas dos grandes eventos
esportivos será a década a qual o Brasil irá promover a transformação do seu
ordenamento jurídico e toda novidade encontra resistência dos já acostumados com a
42 Art. 114. - O sistema instituído nesta Lei não impede a pré-qualificação de licitantes nas concorrências, a ser procedida sempre que o objeto da licitação recomende análise mais detida da qualificação técnica dos interessados.
43 Decreto 7.581/2011 – art. 81e 8244 Lei 12.242/2011 – art1° inciso IV
31
legislação vigente, como visto o Regime Diferenciado de Contratações Públicas têm
divergências entre os doutrinadores e outros ainda mantêm uma postura neutra com
relação ao tema visto as ações diretas de inconstitucionalidades que estão tramitando
no Supremo Tribunal Federal.
Contudo a novidade da nova legislação nada mais é que a incorporação de
certos institutos de outras leis a respeito de licitações e que as grandes diferenças de
pensamento se baseiam em princípios, os quais devem ser ponderados e não serem
julgados absolutos.
Sobre o julgamento dessas ADI's parece-me que dificilmente o STF julgue
inconstitucional a lei que começa a ter eficácia, ao menos no plano de atuação da
Infraero, já que chegou tardiamente para as obras dos estádios das cidades sede da
copa do mundo de 2014, sendo que até a metade do ano de 2012 não se vislumbrou
sua aplicação prática nas obras de mobilidade urbana sendo apenas aplicada nos
aeroportos e possíveis licitações complementares já que fracionaram a licitação global
de algumas das arenas esportivas.
Por outro lado foi anunciado o primeiro edital do RDC com escopo no PAC
pelo Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT)45, parecendo que
enfim irá engrenar a utilização do instituto.
Como dito embora revestida de novidade os principais aspectos do RDC
vieram da Lei do Pregão, das PPP's e a Contratação Integrada da Lei que rege as
contratações realizadas pela Petrobrás, A primeira experiência com o RDC no Governo
Federal, foi feita pela Infraero. “A estatal já realizou seis licitações em obras de
aeroportos. O prazo médio dessas licitações caiu de 250 para 80 dias.” A ministra do
Planejamento, Míriam Belchior46 enfatiza: “que o Regime Diferenciado de
Contratação, além de dar mais agilidade nas licitações e nas execuções, aumenta a
competição entre as empresas interessadas nas licitações”.
Com estes primeiros resultados da 12.462/2011 parece que a 8.666/1993 está
com os seus dias contados, bem como outros diplomas do sistema jurídico nacional.
45 DNIT - http://www.dnit.gov.br/noticias/dnit-realiza-primeira-sessao-publica-atraves-do-rdc46 PAC - http://www.pac.gov.br/noticia/9949fa59
32
REFERÊNCIAS
BRASIL. Supremo Tribunal Federal – STF. Ação Direta de Inconstitucionalidade relativa à Lei 12.462/2011, ADI/4645. Brasília : Supremo Tribunal Federal, 2011a.
______. Ação Direta de Inconstitucionalidade relativa à Lei 12.462/2011, ADI/4655. Brasília : Supremo Tribunal Federal, 2011b.
______, Agência, Portal 2014 On-Line, Brasília, 8 dez. 2011. Disponível em : <http://www.portal2014.org.br/noticias/> Acesso em: 28 Abr. 2012.
______. Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária - Infraero, Brasília, 12 Jul. 2012. Disponível em: <http://licitacao.infraero.gov.br/> Acesso em: 11 Ago. 2012.
______. Autoridade Pública Olímpica – APO, Brasília, 15 Jul. 2012. Disponível em : http://www.apo.gov.br/
______. Portal Transparência On-Line, Brasília, 8 dez. 2011. Disponível em : <http://www.portaltransparencia.gov.br/> Acesso em: 16 Jun. 2012.
BANDEIRA DE MELLO, Celso Antônio, Manual de Direito Administrativo. São Paulo: ed. Malheiros, 2005
CAMMAROSANO, Márcio; DAL POZZO, Augusto Neves; VALIM, Rafael. Regime Diferenciado de Contratações Públicas – RDC (Lei n°12.462/11): aspectos fundamentais. Belo Horizonte: ed. Fórum, 2011.
CINTRA DO AMARAL, Antônio Carlos. Especificação de Marca no Regime Diferenciado de Contratações Publicas (RDC) comentário 181 de 15/09/2011, Disponível em <www.celc.com.br>. Acesso 14 de julho de 2012.
DALLARI, Adílson Abreu. Aspectos Jurídicos da Licitação. São Paulo: ed. Saraiva, 7° edição, 2 tiragem, 2007.
FREITAS, Juarez. Controle dos Atos Administrativos e os Princípios Fundamentais. São Paulo: ed. Malheiros, 4 edição, 2009.
JUSTEN FILHO, Marçal; PERREIRA, Cesar A. Guimarães (Coord.). O Regime Diferenciado de Contratações Públicas (RDC): Comentários à Lei n° 12.462 e ao Decreto n° 7.581. Belo Horizonte. ed.Fórum, 2012.
MOREIRA, Egon Bockmann. Processo Administrativo Princípios Constitucionais e a Lei 9.784/1999.São Paulo: ed. Malheiros, 3° edição, 2007.
MOTTA, Carlos Pinto Coelho; BICALHO, Alécia Paolucci Nogueira. RDC: Contratações para as copas e jogos olímpicos: Lei n°12.462/2011, Decreto n°7.581/2011. Belo Horizonte: ed. Fórum, 2012.
33
RIBEIRO, Maurício Portugal; PRADO, Lucas Navarro; PINTO JUNIOR, Mario Engler. Regime Diferenciado de Contratação: Licitação de infraestrutura para Copa do Mundo e Olimpíadas. São Paulo: ed. Atlas S.A, 2012.
SCHWIND, Rafael Wallbach. Breves comentários à nova lei de licitações de serviços publicidade (Lei 12.232/2010). Informativo Justen, Pereira, Oliveira e Talamini, Curitiba, nº 40, jun./2010, disponível em <http://www.justen.com.br//informativo.php?l=pt&informativo=40&artigo=249, acesso em 28/07/2012.
VALLE, Vanice Regina Lírio do. Viabilidade jurídica do regime diferenciado de contratações: sobre a arte de evitar que a cauda abane o cachorro. Fórum de Contratação e Gestão Pública, Belo Horizonte, v. 10, n. 117, set. 2011.