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UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANÁ Gracielle F. de Souza INVESTIGAÇÃO SOBRE CONHECIMENTOS DE SAÚDE VOCAL EM ESTUDANTES DE JORNALISMO CURITIBA 2009

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UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANÁ

Gracielle F. de Souza

INVESTIGAÇÃO SOBRE CONHECIMENTOS DE SAÚDE VOCAL EM ESTUDANTES DE JORNALISMO

CURITIBA

2009

Gracielle Fernanda de Souza

INVESTIGAÇÃO SOBRE CONHECIMENTOS DE SAÚDE VOCAL EM ESTUDANTES DE JORNALISMO

Trabalho de conclusão de curso do curso de Fonoaudiologia da Faculdade de Ciências de Saúde da Universidade Tuiuti do Paraná,como requisito parcial para obtenção do título de Graduação. Orientador Dra. Kelly C. A. Silvério.

CURITIBA

2009

INVESTIGAÇÃO SOBRE CONHECIMENTOS DE SAÚDE VOCAL EM ESTUDANTES DE JORNALISMO

RESEARCH ON HEALTH KNOWLEDGE IN VOCAL STUDENTS OF JOURNALISM

Gracielle F. de Souza (1), Kelly Cristina Alves Silvério (2), Jair Mendes Marques (3), Ana Paula Ferreira (4), Maria Regina Franke Serratto (5)

(1) Estudante do Curso de Fonoaudiologia da Universidade Tuiuti do Paraná, UTP, Curitiba, PR

(2) ,Fonoaudióloga, Docente do Curso de Fonoaudiologia e do programa de Pós-Graduação em Distúrbios da Comunicação da Universidade Tuiuti do Paraná – UTP, Curitiba, PR; doutora em Ciências pela FOP/UNICAMP

(3) ,Matemático, Docente do Programa de Pós-Graduação em Distúrbios da Comunicação da Universidade Tuiuti do Paraná – UTP, Curitiba, PR; Doutor em Ciências Geodésicas pela Universidade Federal do Paraná - UFPR

(4) ,Fonoaudióloga, Discente do Programa de Pós-Graduação – nível mestrado, em Distúrbios da Comunicação da Universidade Tuiuti do Paraná – UTP, Curitiba, PR

(5) ,Fonoaudióloga, Docente do Curso de Fonoaudiologia da Universidade Tuiuti do Paraná – UTP, Curitiba, PR; Mestre em Distúrbios da Comunicação pela Universidade Tuiuti do Paraná

Gracielle Fernanda de Souza. Rua Ary Cardoso da Silva, 325 – casa 04. 41-3357-1315, [email protected].

Área: VOZ

Tipo do manuscrito: ARTIGOS ORIGINAIS DE PESQUISA

Fonte de auxílio: INEXISTENTE

Conflito de Interesse: INEXISTENTE

Resumo

Objetivo: avaliar o conhecimento de estudantes do 4º ano de cursos de Jornalismo a respeito de cuidados com a voz e hábitos vocais e de saúde, bem como investigar o conhecimento sobre a Fonoaudiologia no seu campo de atuação.

Métodos: Foram estudados 76 estudantes de ambos os sexos do sétimo e oitavo semestres de cursos de Jornalismo de três universidades da cidade de Curitiba no Estado do Paraná. Após assinarem o termo de consentimento livre e esclarecido os mesmos responderam um questionário com 19 questões, individualmente. Resultados: 44,7% dos sujeitos apresentaram um ou mais tipo de queixa vocal; 75% dos sujeitos apresentaram sintoma vocal ou laríngeo. Houve correlação significativa entre presença de queixa e o sintoma ressecamento na garganta (p=0,0356). Entretanto, 88,2% dos estudantes declararam realizar um ou mais de um tipo de cuidados vocais. Houve correlação significativa entre cuidados vocais e ausência de queixa vocal. Quanto aos hábitos vocais 93,5% dos estudantes apresentaram hábito vocal e de saúde inadequados. Não houve correlação significativa entre a presença de hábitos vocais e de saúde e a presença ou não de queixa vocal. Quanto ao conhecimento do trabalho da Fonoaudiologia na profissão de Jornalismo, 73,7% dos estudantes relataram conhecer o trabalho do fonoaudiólogo em sua profissão. Conclusão: Dentre a população estudada 54,3% dos estudantes não apresentou queixa vocal, porém apresentou algum tipo de sintoma vocal/laríngeo. Em relação aos cuidados com a voz 88,2% revelou ter algum tipo de cuidados com a voz, porém, também realiza hábitos vocais e de saúde inadequados (93,5%). Em relação ao conhecimento sobre a Fonoaudiologia, 73,7% dos sujeitos relatou ter conhecimento do trabalho realizado em seu campo de atuação.

DESCRITORES: Voz, Jornalismo, Cuidados com a voz, H ábitos vocais e de saúde.

ABSTRACT

Objective: To evaluate the knowledge of students in 4th year of Journalism courses about care of the voice and vocal habits and health as well as on the knowledge of speech therapy in their field.

Methods: We studied 76 students of both sexes of the seventh and eighth semesters of Journalism courses at three universities in the city of Curitiba in Parana State. After signing the consent form they answered a questionnaire with 19 questions individually.

Results: 44.7% of subjects had one or more types of vocal complaints, 75% of subjects had symptoms or laryngeal vocal. There was significant correlation between presence of symptoms and symptom dryness in the throat (p = 0.0356). However, 88.2% of students reported holding one or more of one type of vocal care. Significant correlation between vocal care and lack of vocal complaints. As for vocal habits 93.5% of students had vocal habits and inadequate health. There was no significant correlation between the presence of vocal habits and health and the presence or absence of vocal complaints. The knowledge of the work of speech therapy in the profession of journalism, 73.7% of students reported knowing the speech therapists work in their profession

Conclusion: Most students had no vocal complaints, but there were some kind of symptom voice / throat. Most proved to be careful with the voice, but also performs vocal habits and inadequate health. In relation to knowledge about the speech pathology, the majority of subjects reported having knowledge of the work done in your field.

DESCRITORES: Voz, Jornalismo, Cuidados com a voz, H ábitos vocais e de saúde.

KEYWORDS: Voice, Journalism, skin care, voice, vocal habits and health.

Introdução

A voz é produzida pelo aparelho fonador, composto por órgãos dos aparelhos respiratórios e digestivos, que são adaptados para essa função. Adaptação depende de comportamento, portanto nem sempre se utiliza a melhor maneira de falar, mas sempre se pode modificar e melhorar. O resultado final depende de fatores físicos, emocionais e sócio-culturais. Além de ser o meio de comunicação mais efetivo, a voz transmite características do individuo, seu estado emocional e seus valores. Ela compõe nossa identidade e é realizada de maneira única, realmente individual (KYRILLOS, 2003).

Segundo definição do Conselho Nacional sobre Voz profissional, em 2002, voz profissional é a forma de comunicação oral utilizada por indivíduos que dela dependem para sua atuação profissional. Há varias classificações para os chamados profissionais da voz, de acordo com critérios distintos.

O sujeito que utiliza sua voz profissionalmente passa a ter maior demanda vocal e também maior exigência de qualidade,variável de acordo com sua profissão (KYRILLOS, 2003).

Koufman e Isaacson (1991) classificaram os profissionais da voz em vários níveis, de acordo com a demanda vocal e o impacto da disfonia na carreira. Assim, repórteres, apresentadores e locutores fazem parte do Nível I, em que a disfonia causa impacto na carreira. Segundo Ferreira (2004), que propõe a classificação dos profissionais da voz segundo a área de atuação, o grupo de jornalistas insere-se nos profissionais de comunicação.

Na classificação de Costa, Duprant, Eckley e Silva (2000), que estabelece as categorias segundo o uso vocal, repórteres, apresentadores e locutores utilizam a voz com grande demanda, têm a necessidade de muito requinte na voz, apresentam alto grau de dependência do desempenho comunicativo e qualquer pequeno problema vocal provoca alta repercussão na sua atuação.

Kyrillos (2004) ao discorrer sobre a profissão de jornalismo afirmou que esta profissão tem um crescimento anual significativo, e geralmente tem que seguir um padrão de comunicação, onde o jornalista deve passar clareza e verdade em sua notícia, e como sofrem pressão nessa transmissão pode prejudicá-los em relação a sua saúde vocal.

Em relação à saúde vocal, Pinho (1997) relatou que a voz deve ser pensada em relação à saúde geral do sujeito, em relação a seu corpo como um todo, ao seu estado de saúde geral. Além disso, cada indivíduo tem sua singularidade e que o que pode prejudicar um indivíduo, pode não prejudicar outro.

Segundo vários autores (BEHLAU e PONTES, 1995; PINHO, 1997; BEHLAU organizadora, 2001), alguns hábitos de saúde e de voz são mais discutidos na literatura e podem atrapalhar o uso vocal. São eles: fumo, álcool, drogas, uso de sprays ou pastilhas, auto-medicação, sofrer mudanças bruscas de temperatura, uso de ar condicionado, falta de cuidados com o vestuário na região de pescoço e cintura, alimentação, prática de exercícios físicos, ingestão de água, sono, bem como alterações hormonais e alergias, pigarrear, tossir, gritar, fazer uso da voz sob competição sonora.

Teixeira et al. (2003), verificaram o aproveitamento de 31 alunos de um curso de jornalismo, após a realização de um programa de orientação e treinamento vocal. Realizaram o treinamento em forma de palestras sobre fisiologia do aparelho fonador e cuidados com a voz. Em relação ao treinamento vocal os alunos foram orientados sobre articulação, aquecimento e desaquecimento vocal. Após esse procedimento os alunos responderam um questionário sobre o que haviam aproveitado sobre o trabalho realizado. Os resultados foram favoráveis ao estudo, mostrando que os alunos de jornalismo demonstraram maior noção quanto aos hábitos nocivos e benéficos à voz, julgando essencial o trabalho fonoaudiológico aos alunos da área.

Chun, Sevilha, Santos, Sanches (2007), realizaram análise quali- quantitativa do conhecimentos de 45 alunos do último ano de um curso de Jornalismo sobre suas vozes. Neste estudo os alunos deveriam fazer um desenho e uma redação sobre sua voz. Os resultados foram em relação ao desenho representando-a por meio de objetos e eventos, de modo a caracterizar, por analogia, o que conheciam de suas vozes. Já no texto escrito mencionaram parâmetros de tonalidade, intensidade, velocidade de fala, articulação, modulação e ressonância, além de repercussões sociais e emocionais da voz. Além disso, valorizam ou criticam algum aspecto vocal de suas vozes relacionando com o exercício profissional futuro. Conclui-se que os sujeitos tinham uma gama diversificada de conhecimento sobre sua a própria voz, principalmente aquela relacionada ao senso comum. Pode-se afirmar que os discentes estavam atentos as qualidades vocais e se preocupavam com elas levando em consideração o futuro profissional. Os achados reiteram a importância da atuação fonoaudiológica com essa população, com foco na promoção de saúde e desenvolvimento da potencialidade e expressão vocal.

Atualmente, pela necessidade de se manter no mercado de trabalho, surgem novas exigências em relação ao aprimoramento profissional. Comunicar-se bem e transmitir credibilidade é uma necessidade de qualquer indivíduo, mas no caso da profissão de jornalismo nos dias atuais a cobrança é bem maior (COTES, 2004). Assim, embora a comunicação seja cuidadosamente construída com objetivos específicos, necessita ser transmitida de maneira natural. O fonoaudiólogo é um dos profissionais envolvidos neste processo, que trabalha para minimizar as interferências, a fim de garantir o sucesso da comunicação (PANICO, 2005).

O trabalho fonoaudiológico com grupos de profissionais da voz vem ganhando cada vez mais espaço. Cada grupo de profissionais da voz vive realidades diferentes, portanto as necessidades vocais devem ser adaptadas

ao tipo de trabalho, número de horas, local, modelos pré-existentes e características pessoais (PINHO, 1997). Sabe-se que o trabalho fonoaudiológico direcionado a telejornalistas visa corresponder às necessidades e expectativas do telejornalismo, garantir a atenção e o interesse por parte do telespectador, transmitir credibilidade e informar de maneira precisa (KYRILLOS et al, 2002).

Em estudo realizado com estagiários de uma televisão universitária, as autoras Azevedo, Ferreira e Kyrillos (2009), fizeram uma proposta onde os estagiários deveriam gravar um programa normalmente e após essa gravação seria realizada uma intervenção fonoaudiologica e novamente seria gravado o programa. Estes materiais seriam expostos aos telespectadores e os mesmos deveriam escolher a melhor gravação. No julgamento dos telespectadores observou-se que dos seis telejornalistas, quatro apresentaram um percentual estatisticamente significante de preferência dos telespectadores na situação de intervenção. Conclui-se que tal dado demonstra um efeito positivo da intervenção fonoaudiológica realizada com os telejornalistas.

Os profissionais da voz são susceptíveis às mesmas alterações de voz do que o restante da população, porém representam um grupo específico de alto risco para desenvolver alterações vocais (KYRILLOS, 2004). Portanto, trabalhar o assunto uso da voz e noções de saúde vocal junto a graduandos de Jornalismo é um meio de promover a saúde entre estes futuros profissionais e prevenir problemas vocais.

Frente ao exposto, o objetivo deste estudo é avaliar o conhecimento de estudantes do 4º ano de cursos de Jornalismo a respeito de cuidados com a voz e hábitos vocais e de saúde, bem como investigar o conhecimento sobre a Fonoaudiologia no seu campo de atuação.

Metodologia

Casuística

Participaram deste estudo, estudantes do 7° e 8° se mestres de Cursos de Jornalismo da cidade de Curitiba no Estado do Paraná. Foram incluídos estudantes de Cursos de Jornalismo que estavam em processo de finalização do mesmo. Foram excluídos estudantes de cursos de Jornalismo cujo processo de desenvolvimento não atingia a finalização do mesmo ou cursos que não permitiram a coleta dos dados com seus estudantes. Desta forma, do total de sete cursos, foram coletados dados de cursos pertencentes a três Universidades e uma Faculdade da cidade de Curitiba.

Após a aplicação dos critérios de exclusão, participaram deste estudo, 76 estudantes de cursos de Jornalismo com idades entre 20 e 45 anos (22,6), de ambos os sexos – 48 estudantes do sexo feminino e 28 estudantes do sexo masculino, que estavam cursando o último ano do curso, independentemente do período: manhã, tarde ou noite.

Procedimento

Após a apresentação e esclarecimento dos objetivos desta pesquisa os sujeitos assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (CEP/UTP nº 000074/2009), respeitando o resguardo das informações obtidas.

Em seguida foi aplicado um questionário sobre alguns aspectos vocais (Anexo 1), com o objetivo de observar presença ou não de queixa vocal, sintomas vocais e/ou laríngeos, cuidados com a voz, hábitos vocais e de saúde e o conhecimento dos estudantes em relação à Fonoaudiologia em seu campo de atuação. Os questionários foram entregues aos sujeitos que os responderam individualmente e sem interrupção, sendo que a pesquisadora ficou à disposição dos sujeitos, caso apresentassem qualquer dúvida.

A pesquisa recebeu aprovação do Comitê de Ética de Pesquisa da Universidade Tuiuti do Paraná sob o nº 000074/2009.

Os resultados foram organizados em tabelas e tratados por meio da estatística descritiva (porcentagem) e por meio de testes de diferença de proporções (nível de significância para o teste foi de 0,05 (5%), ou seja, a diferença é significativa se p < 0,05.) e análise de prevalência.

Resultados

Os resultados deste trabalho encontram-se descritos nas tabelas de 01 a 10.

Tabela 1. Distribuição de sujeitos de acordo com a queixa vocal apresentada.

Queixa Número de sujeitos %

Pigarro 01 1,3%

Muito fina 10 13,1

Muito grave 07 9,2%

Não gosto da minha voz 02 2,6%

Baixa 06 7,8%

Dificuldade de pronúncia 02 2,6%

Falhas na voz 02 2,6%

Sotaque muito carregado 02 2,6%

Voz Nasal 02 2,6%

Dor ao falar 01 1,3%

Melhorar a Entonação 01 1,3%

Respiração 01 1,3%

Rouquidão 02 2,6%

Obs.:há possibilidade de mais de uma resposta.

Tabela 2. Distribuição dos sujeitos de acordo com o s tipos de sintomas vocais e laríngeos relatados .

Sintomas vocais e laríngeos Número de Sujeitos %

Cansaço ao falar 11 14,4%

Falhas na voz 19 25%

Rouquidão 19 25%

Pigarro 14 18,4%

Dor na Garganta 13 17,1%

Aperto na garganta 03 3,9%

Ardência na garganta 11 14,4%

Ressecamento na garganta 18 23,6%

Nenhum 19 25%

• Obs.:há possibilidade de mais de uma resposta.

Tabela 3 – Distribuição de sujeitos com queixas (n= 34) e sem queixas(n=42) em relação aos sintomas vocais/larín geos relatados.

SINTOMAS VOCAIS/LARÍNGEOS COM QUEIXAS SEM QUEIXAS P

Pigarro 7 (20,6%) 7 (16,7%) 0,6642

Cansaço ao falar 6 (17,6%) 5 (11,9%) 0,4844

Falha na voz 12 (35,3%) 7 (16,7%) 0,0667

Dor na garganta 6 (17,6%) 7 (16,7%) 0,9178

Rouquidão 8 (23,5%) 11 (26,2%) 0,7877

Aperto na garganta 2 (5,9%) 1 (2,4%) - Ardência na garganta 7 (20,6%) 4 (9,5%) - Ressecamento na garganta 12 (35,3%) 6 (14,3%) 0,0356*

Teste de diferença de proporções (nível de signific ância para o teste foi de 0,05 (5%).

Tabela 4. Distribuição dos sujeitos em relação ao t ipo de cuidado com a voz relatado

Cuidados com a voz Número de sujeitos

%

Ingere no mínimo 2 litros de água por dia 25 32,8%

Não grita muito 30 39,4%

Dorme no mínimo 8 horas por dia 22 28,9%

Aquecimento vocal antes das locuções 20 26,3%

Desaquecimento vocal após as locuções 03 3,9%

Não ingere alimentos gordurosos antes das locuções

09 11,8%

Faz repouso vocal 13 17,1%

Não ingere bebidas gasosas durante a locução 14 18,4%

Não ingere bebida alcoólica freqüente 13 17,1%

Obs: há possibilidade de mais de uma resposta.

TABELA 5 – Distribuição dos sujeitos com e sem quei xas vocais em relação aos cuidados com a voz/saúde relatados.

QUEIXAS VOCAIS CUIDADOS COM A VOZ NÃO SIM

p

Ingerir no mínimo 2 litros de água 21 (61,8%) 13 (38,2%) 0,0559 Não gritar muito 22 (64,7%) 12 (35,3%) 0,0181* Dorme no mínimo 8 h 25 (73,5%) 9 (26,5%) 0,0002* Aquecimento vocal antes das locuções 22 (64,7%) 12 (35,3%) 0,0181* Desaquecimento vocal após as locuções 32 (94,1%) 2 (5,9%) - Não ingere alimentos gordurosos antes das locuções

30 (88,2%) 4 (11,8%) -

Faz repouso vocal 29 (85,3%) 5 (14,7%) 0,0000* Não ingere bebidas gasosas durante as locuções 28 (82,4%) 6 (17,6%) 0,0000* Não ingere bebida alcoólica frequentemente 29 (85,3%) 5 (14,7%) 0,0000*

Teste de diferença de proporções (nível de signific ância para o teste foi de 0,05 (5%).

Tabela 6. Distribuição dos sujeitos de acordo com o tipo de maus hábitos vocais e de saúde relatados

Maus hábitos vocais e de saúde Número de sujeitos %

Faz uso de pastilhas 18 23,6%

Grita 17 22,3%

Ingere alimentos gordurosos 16 21%

Ingere bebidas gasosas frequentemente 25 32,8%

Fuma 19 25%

Ingere bebida alcoólica 23 30,2%

Ingere água gelada 30 39.4%

Receitas caseiras 01 1,3%

Faz uso de spray 08 1,0%

Não ingere água 06 0,7%

Fala alto 16 21%

Dorme pouco 10 13,1%

Obs.:há possibilidade de mais de uma resposta.

Tabela 7 – Sujeitos com queixas e sem queixas voca is em relação aos maus hábitos vocais e de saúde.

HÁBITOS VOCAIS COM QUEIXAS SEM QUEIXAS P

Faz uso de pastilha 10 (29,4%) 9 (21,4%) 0,4257

Grita 7 (20,6%) 10 (23,8%) 0,7402

Ingerir alimentos gordurosos 7 (20,6%) 9 (21,4%) 0,9324

Ingerir bebidas gasosas 10 (29,4%) 15 35,7%) 0,5628

Fuma 7 (20,6%) 12 (28,6%) 0,4259

Bebidas alcoólicas 10 (29,4%) 13 (31,0%) 0,8804

Bebe água gelada 13 (38,2%) 17 (40,5%) 9,8389

Receitas caseiras 1 (2,9%) - (0,0%) - Uso de spray 2 (5,9%) 5 (11,9%) - Não bebe água 2 (5,9%) 4 (9,5%) - Fala alto 8 (23,5%) 8 (19,0%) 0,6335

Dorme pouco 7 (20,6%) 3 (7,1%) -

Teste de diferença de proporções (nível de signific ância para o teste foi de 0,05 (5%).

Tabela 8. Distribuição dos sujeitos de acordo com o problema de saúde relatado.

Problema de saúde Números de sujeitos %

Rinite 32 42,1%

Sinusite 18 23,6%

Bronquite 09 11,8%

Asma 07 9,2%

Refluxo gastro esofágico 09 11,8%

Queimação 06 7,8%

Azia 12 15,7

Má digestão 06 7,8%

Obs.:há possibilidade de mais de uma resposta.

Tabela 9 – Distribuição dos sujeitos de acordo com o relato do que gostaria modificar em sua voz.

Tipo de melhora Número de Sujeitos %

Melhora no sotaque 07 9,6%

Melhora na dicção 07 9,6%

Melhora tonalidade 08 11,0%

Melhora freqüência 12 16,5%

Melhora modulação 08 11,0%

Melhorar Pausas respiratórias 05 6,9%

Melhora rouquidão 04 5,5%

Outros 10 13,0%

Obs: há possibilidade de mais de uma resposta.

.

Tabela 10 - Distribuição dos sujeitos de acordo com o relato de conhecer ou não o trabalho fonoaudiológico em sua profissão.

Resposta Número de Sujeitos %

Sim 56 73,7%

Não 20 26,3%

Total 76 100%

Discussão

Quanto à presença de queixa vocal 44,7% dos estudantes apresentam algum tipo de queixa, sendo que alguns relataram mais de uma queixa (Tabela 1). De forma descritiva os sujeitos classificaram suas queixas conforme conhecimento próprio. Dentre as queixas, as mais relatadas foram voz muita fina (13,1%), voz muito grave (9,2%) e voz baixa (7,8%), pois a maioria dos sujeitos (55,2%) não apresentou queixa vocal. Apesar de não terem sido encontrados na literatura estudos que contemplem tal achado em estudantes de jornalismo, estes dados revelam uma crítica em relação à própria voz, tomando-se por base uma referência de voz do jornalista que deve seguir um padrão vocal. A voz do jornalista tem uma exigência em termos de qualidade e quantidade. Desta forma, o padrão vocal mais requerido por esta profissão é de uma voz além de saudável, deve ser atraente, transmitir clareza e garantir a atenção do interlocutor (KYRILLOS, COTES E FEIJÓ, 2003).

Quanto aos sintomas vocais e laríngeos, 75% dos sujeitos apresentaram algum tipo destes sintomas, isoladamente (somente vocal ou somente laríngeo) ou associados (vocal e laríngeo). Foi possível observar que 14,47% dos sujeitos apresentaram mais de 2 sintomas vocais ou laríngeos, sendo que a média de sintomas relatados foi de 1,64. Apenas 25% dos sujeitos não apresentaram nenhum tipo de sintoma vocal/laríngeo (Tabela 2). Estes resultados estão de acordo com os dados de Ferreira, Santos e Lima (2009) que ao estudar uma população sem queixa vocal de um shopping center, encontraram sintomas de: rouquidão (34,2%), ardor na garganta (24,7%), garganta seca (21,6%) e tosse seca (21,6%), sendo que 74 (39%) fizeram referência à ocorrência de três ou mais sintomas. Da mesma forma, o estudo de Silverio et al (2008) em população de professores, os sintomas laríngeos mais relatados foram: cansaço ao falar (13 professores - 30,95%), ardor ou irritação na garganta (20 professores - 47,61%), sensação de garganta seca/raspando (26 professores - 61,90%), falta de ar para falar (12 professores - 28,57%), tosse (12 professores - 28,57%) e pigarro (18 professores - 42,85%). É importante salientar que 34 professores (87%) apresentaram relato de dois ou mais sintomas. O presente estudo também corrobora com estudo realizado durante a Campanha da Semana Nacional de Voz (FERREIRA JB, FERREIRA DS.,2001) que constatou maior número de queixas vocais no sexo feminino, com referências a rouquidão, dor de garganta, pigarro e ardor na garganta, porém em porcentagem menor aos achados de pesquisas realizadas com os chamados profissionais da voz

Observa-se na tabela 3, que os sujeitos com queixas vocais em relação aos sujeitos sem queixas apresentam maior proporção de sintomas vocais/laríngeos, porém somente no casos de ressecamento de garganta é que essa correlação é significativa (p=0,0356). Houve uma tendência de correlação significativa no sintoma falha na voz e a presença de queixa (p=0,0667). Não houve correlação significativa entre queixa vocal e os demais

sintomas relatados. A eficácia da hidratação para a boa produção vocal é descrita em muitos estudos que a apontam como um dos fatores importantes na diminuição das queixas vocais e, conseqüentemente, na melhora da produção vocal (BEHLAU, PONTES,1994). Segundo Verdolini, Titze e Fennel (1994), uma mucosa hidratada pode apresentar maior flexibilidade, aumentando o contato durante a fase fechada da emissão vocal e diminuindo o tempo de abertura glótica na fase aberta. Manter o corpo hidratado é um dos fatores que contribuem para a saúde orgânica e funcional da laringe, principalmente nos profissionais que utilizam a voz como instrumento de trabalho.

Em relação aos cuidados com a voz, 88,2% dos estudantes declararam realizar um ou mais de um tipo de cuidado com a voz (Tabela 4). Dentre os sujeitos, os cuidados vocais mais relatados foram não gritar muito (39,4%), ingerir no mínimo dois litros de água por dia (32,8%) e dormir no mínimo 8 horas por dia (28,9%). O resultado mais significativo dentre os cuidados assinalados foi de que 26,3% dos sujeitos realizam aquecimento vocal antes das locuções e apenas 3,9% dos sujeitos realizam desaquecimento vocal após as locuções. Na população estudada o índice de cuidados com a voz é bem significativo (88,2%), sendo que apenas 11,8% não apresentam algum tipo de cuidado com a voz, e dentre os cuidados pode-se observar na tabela 4 que os sujeitos estudados realizam um ou mais tipo de cuidados com a voz. Estes resultados estão de acordo com os dados de Silvério et al (2008) que encontraram 61,9% de sujeitos sem queixa vocal que ingerem água durante as aulas, ao estudar professores de uma escola de São Paulo. Na literatura não foram encontrados estudos relacionados aos bons hábitos vocais e de saúde e cuidados com a voz e sim, hábitos considerados nocivos a saúde.

Verifica-se que o fato dos sujeitos manterem algum tipo de cuidados com a voz e com a saúde interferiu na presença ou não de queixa vocal (Tabela 5). Foi possível observar que 35,3% dos sujeitos com queixa vocal relataram realizar aquecimento vocal antes das locuções e apenas 5,9% relataram desaquecimento vocal. Em relação ao hábito de saúde foi possível observar que os sujeitos que dormem no mínimo oito horas tem menos propensão à queixa vocal (73.5%) do que os sujeitos que não possuem este hábito (26,5%). O fato de não gritar muito, não ingerir alimentos gordurosos, fazer repouso vocal, não ingerir bebida gasosas durante a locução e não ingerir bebida alcoólica frequentemente contribui significativamente para o não aparecimento de queixa vocal nesta população estudada (Tabela 5). O fato dos sujeitos sem queixa vocal Ingerirem no mínimo dois litros de água diariamente, confirma que a hidratação é eficaz para uma boa produção e saúde vocal. Estes resultados estão de acordo com os dados de Fujita, Ferreira e Sarkovas (2004), que analisaram profissionais da voz sem ingestão de líquidos por quatro horas e após ingestão de líquidos, e observaram que a hidratação é um dos fatores importantes na diminuição das queixas vocais e, conseqüentemente, na melhora da produção.

Quanto aos hábitos vocais 93,5% dos estudantes apresentam algum tipo de hábito vocal ou de saúde inadequado, sendo que 67,6% apresentam mais de um tipo de hábito vocal inadequado (Tabela 6). Dentre os maus hábitos,

ingerir água gelada (39,4%), ingerir bebidas gasosas freqüente (32,8%) e ingerir bebida alcoólica (30,2%) foram os mais citados. Estes resultados não corroboram com o estudo de Silvério et al (2008) que encontraram na população de professores, 11,9% com uso de álcool 7,14% com uso de fumo. Entretanto, no estudo de Silvério et al (2008) a maioria relatou associação destes hábitos (76,19%) que são considerados fatores de risco para a disfonia. E de acordo com Ferreira, Luciano e Akutusu (2008), que ao estudar população de vendedores de eletrodoméstico encontraram 24% dos sujeitos estudados fumantes e 73% qe relataram ingerir bebida gelada. Tal diferença pode ser decorrente da característica da população estudada, pois entre os estudantes, os hábitos de uso de fumo e álcool podem ser mais comuns. Em pesquisa realizada por Silva et al (2006) onde ao estudar 926 alunos da área de Ciências Biológicas de uma universidade do Município de São Paulo, os autores confirmaram que o consumo de substâncias psicoativas entre os alunos estudados foi comum. O álcool foi a substância mais utilizada nos últimos 12 meses pelos alunos pesquisados (84,7%), seguido do tabaco (22,8%).

Não houve correlação significativa entre a presença de hábitos vocais e de saúde e a presença ou não de queixa vocal (Tabela 7). Estes resultados não estão de acordo com alguns estudos (BEHLAU e PONTES, 1995; PINHO, 1997; BEHLAU organizadora, 2001), que relataram que alguns hábitos de saúde e de voz são mais discutidos na literatura e podem atrapalhar o uso vocal. Curiosamente no presente estudo o que se verificou foi que os sujeitos que apresentam cuidados com a voz, mesmo praticando alguns abusos vocais, não apresentaram queixa vocal. O que se tem enfatizado na Fonoaudiologia são estudos que investigaram maus hábitos (FERREIRA, LUCIANO E AKUTUSU,2008, SILVÉRIO et al,2008,FERREIRA, SANTOS,LIMA 2009) vocais, sem valorização dos cuidados com a voz, o que significa uma visão voltada à doença e não às questões de promoção à saúde vocal. Ueda, Santos e Oliveira (2008) ao estudar 100 profissionais da voz de diversas áreas, observaram que o relevante desconhecimento por parte dos profissionais da voz estudados em relação aos cuidados com a saúde vocal pode ser atribuído a pouca importância e participação do profissional fonoaudiólogo em programas de prevenção de saúde, principalmente em outros cursos de formação de profissionais que irão utilizar a voz profissionalmente.

Quanto a problemas de saúde, 69,7% declararam apresentar algum tipo de problema de saúde. Foi possível observar que os problemas respiratórios e digestórios foram os mais citados (Tabela 8). Dentre os problemas respiratórios mais citados foram: rinite (42,1%), sinusite (23,6%) e bronquite (11,8%). E os problemas digestórios foram: azia (15,7%) e refluxo gastro esofágico (11,8%). Estes resultados corroboram com resultados de Ferreira, Luciano e Akutusu (2008) que encontraram rinite (28%), sinusite (17%) e problemas digestivos (25%) em de sujeitos com queixa vocal, ao estudar uma população de 100 vendedores de eletrodoméstico. E não estão de acordo com estudo de Ferreira, Santos e Lima (2009), que estudaram população de shopping center sem queixa. Os autores encontraram que a maioria dos sujeitos da pesquisa (64%) referiu apresentar boa saúde. Em outro estudo Behlau et al,organizadora (2001) ainda relacionaram uma série de causas que podem influenciar, contribuir ou desencadear crises disfônicas. As principais dizem respeito aos

distúrbios alérgicos, faríngicos, bucais, nasais, otológicos, pulmonares, digestivos, hormonais e neurovegetativos. Apontaram ainda que os distúrbios alérgicos (rinite; obstrução nasal; resfriados constantes; secreção aquosa intensa, entre outros) constituem a causa mais frequente de aumento do tempo de terapia; os distúrbios faríngicos (dores de garganta, faringites e amigdalites) podem ser de origem inflamatória ou infecciosa, como também de um ajuste motor hipertônico; os distúrbios bucais (aftas e estomatites frequentes) interferem na ressonância e na articulação dos sons da fala na cavidade oral; os distúrbios nasais (rinite, sinusite e desvios de septo) alteram a ressonância e podem modificar o padrão vibratório da laringe.

Quanto à vontade de melhorar a voz, 72,36% dos sujeitos relataram o desejo de obter melhorias. As respostas mais evidentes foram: sotaque, dicção, tonalidade, freqüência, modulação, pausas respiratórias e rouquidão (tabela 9). Na literatura não foram encontrados estudos com estudantes de jornalismo ou jornalistas que investigaram tal questão. Apenas o estudo de Chun et al (2007) que por meio de desenho da voz, investigaram relatos de como os sujeitos estudantes de jornalismo percebiam suas vozes. Os autores que estudaram o conhecimentos dos sujeitos através de desenho encontraram na população estudada um conhecimento em relação a voz, conseguindo expressá-la em termos técnicos e termos utilizados de senso comum.

Quanto ao conhecimento do trabalho da Fonoaudiologia na profissão de Jornalismo 73,7% dos estudantes relataram conhecer o trabalho do fonoaudiólogo em sua profissão. (Tabela 10). Estes resultados estão de acordo com os dados de estudo realizados com 100 profissionais da voz sem queixa vocal onde em análises estatísticas mostraram que o Fonoaudiólogo foi referido como fonte de orientação em todas as modalidades de profissionais da voz (UEDA,SANTOS E OLIVEIRA,2008).

A intervenção fonoaudiologica talvez possa ser o caminho para que o indivíduo dê continuidade no aperfeiçoamento de sua comunicação oral posteriormente, e possa entender os conceitos apresentados, quando as práticas fonoaudiologicas são educativas.

A orientação para uma boa saúde vocal é uma forma de prevenir as disfonias, que muitas vezes caracterizada pelo mau uso ou abuso vocal, sem cuidados com a voz. Cabe ao Fonoaudiólogo a responsabilidade de orientar quanto a cuidados com a voz, evitando com isso maiores transtornos para voz (SOARES et al, 2007)

Chieppe e Zabala (2005) diz que trabalho fonoaudiológico quando dirigido a promoção e prevenção de alterações vocais, ou mesmo outras alterações atendidas pelo fonoaudiólogo, tem sua função diretamente relacionada ao ensino e à aprendizagem, uma vez que pretende intervir nas mudanças das condições de vida e de trabalho dos sujeitos, criando oportunidades para que se tornem agentes de sua saúde e bem estar, com otimização de suas habilidades potenciais.

Conclusões

Foi possível observar que 54,3% dos estudantes não apresentaram queixa vocal. Entretanto, 75% apresentaram algum tipo de sintoma vocal ou laríngeo. Houve correlação significativa entre o sintoma ressecamento na garganta e a presença de queixa vocal.

A maioria dos estudantes (88,2%) revelou ter cuidados com a voz, porém, também realiza hábitos vocais e de saúde inadequados (93,5%).

Nesta população o fato de se manter cuidados com a voz teve correlação significativa com o não aparecimento de queixa vocal. Os cuidados que tiveram significativa relação com a ausência de queixas entre os estudantes foram: ingerir dois litros de água por dia, não gritar muito, dormir no mínino oito horas por dia, fazer aquecimento vocal antes das locuções, fazer repouso vocal, não ingerir bebidas gasosas durante as locuções e não ingerir bebidas alcoólicas frequentemente.

Não houve correlação significativa entre maus hábitos vocais e de saúde praticados e a presença de queixa vocal.

Em relação ao conhecimento sobre a Fonoaudiologia, a maioria dos sujeitos 73,7% relatou ter conhecimento do trabalho realizado em seu campo de atuação.

Agradecimentos

Agradeço imensamente a produção deste material a Profa. Dra Kelly Cristina Alves Silvério, que esteve comigo e com muita dedicação e sabedoria ajudou-me a compreender como se produz um material de estudo. Agradeço por ter acreditado no meu potencial e me incentivar a mostrar o meu melhor, e fazer parte do meu crescimento.

Agradeço a professora Ms. Maria Regina Franke Serrato, que quando necessário se fazia presente para colaborar no crescimento do meu estudo.

A fonoaudióloga Ana Paula Ferreira que se prontificou e contribui com seu conhecimento na avaliação desse estudo.

A minha amiga Thais Guimarães de Francisco, que mesmo gestante me ajudou a iniciar a escrita do meu trabalho e com muita dedicação deu o ponta pé inicial neste crescimento.

A fonoaudióloga Fga. Ms.Juliana Bueno Azevedo, que foi muito solicita e contribui com seu conhecimento literário para melhoria do trabalho.

Aos meus pais, irmã e esposo que estiveram presentes nesse momento me apoiando e me ajudando no necessário. REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS:

1. AZEVEDO J.M.A.;FERREIRA L.P.;KYRILLOS L.R. Julgamento de Telespectadores a partir de uma proposta de intervenção fonoaudiológica com telejornalistas. S.P. Rev. CEFAC. 2009.

2. BEHLAU M, PONTES P. Avaliação e tratamento das disfonias. São Paulo: Ed. Lovise; 1994.

3. BEHLAU, M; PONTES, P. Abordagem Global na reabilitação vocal. In :Avaliação e tratamento das disfonias - S.P. Editora Lovise.1995.

4. BEHLAU M, MADAZIO G, FEIJÓ D, PONTES P. Avaliação de voz. In: Behlau M, organizador. Voz: o livro do especialista. vol. 1. Rio de Janeiro: Revinter; 2001.

5. CHIEPPE D.,ZABALA A. Quando as práticas fonoaudiológicas são educativas. Rev Dist Comun. 2005; 17(1):123-6.

6. COSTA,H; DUPRAT,A.;ECKLEY,C.;SILVA,M. O enfoque otorrinolaringológico no acompanhamento do profissional da voz.In:FERREIRA,L;COSTA,H. Voz Ativa: falando sobre o profissional da voz. São Paulo: Roca,2000.

7. COTES CGS. Gesto corporal e articulatório.In: Anais do XIII Congresso Brasileiro de Fonoaudiologia;2004;Foz do Iguaçu, BR: Sociedade Brasileira de Fonoaudiologia,2004.

8. FERREIRA JB, FERREIRA DS. Estudo descritivo de 451 atendimentos na campanha nacional de voz. Rev Bras Otorrinolaringol. 2001; 67(1):90-3

9. FERREIRA, LESLIE P. –Tratado de Fonoaudiologia/ Leslie Picolotto Ferreira, Débora M. Befi Lopes, Suely Cecília Olivan Limongi – São Paulo: Roca, 2004.

10. FERREIRA L.P.,LUCIANO P.,AKUTSU C.M. Condições de produção vocal de vendedores de móveis e eletrodomésticos: correlação entre questões de saúde, hábitos e sintomas vocais. S.P.Rev. CEFAC. 2008.

11. FERREIRA L.P.,SANTOS J.G.,LIMA M.F.B. Sintoma vocal e sua provável causa: levantamento de dados em uma população.S.P.Rev. CEFAC. 2009.

12. FUJITA R, FERREIRA AE, SARKOVAS C. Avaliação videoquimográfica da vibração de pregas vocais no pré e pós hidratação. Rev Bras Otorrinolaringol. 2004: 70(6):742-6.

13. KOUFMAN, J.A.; ISAACSON,G. Voice Disorders. Philadephia: WB Saunders, 1991

14. KYRILLOS L, FEIJÓ DA,COTES C. A Fonoaudiologia no telejornalismo.In Ferreira LP, Andrada e Silva MA: Saúde vocal: práticas Fonoaudiológicas. São Paulo: Rocca, 2002. p. 251-66

15. KYRILLOS L, Fonoaudiologia e Telejornalismo:Relatos de experiência na rede globo de televisão. Rio de Janeiro. Editora Revinter,2003.

16. KYRILLOS L, COTES C. FEIJÓ D. Voz e Corpo na TV: a fonoaudiologia a serviço da comunicação. São Paulo: Globo,2003.

17. KYRILLOS, L. C. R. . Expressividade. 1. ed. Rio de Janeiro: Revinter, 2004. v. 1. 389 p.

18. Pânico ACB: Comunicação Profissional: Fonoaudiologia e Telejornal. Revista da Fonoaudiologia.2005; 18:60.

19. PINHO, S. Manual de higiene vocal para profissionais da voz. São Paulo: Pró-Fono, 1997.

20. SILVA L.V.E.,MALBERGIER A.,STEMPLIUK V.A.,ANDRADE A.G. Fatores associados ao consumo de álcool e drogas entre estudantes universitários.S.P. Rev. Saúde Publica. 2006.

21. SILVÉRIO K.C.A,GONÇALVES C.G.O,PENTEADO R.Z., VIEIRA T.P.G.,LIBARDI A.,ROSSI D. Ações em saúde vocal: proposta de melhoria do perfil vocal de professores.S.P. Rev. Pró Fono, 2008.

22. SOARES E.B.,BORBA D.T.,BARBOSA T.K.,MEDVED D.M.,MONTENEGRO A.C.A. Habitos vocais m dois grupos de idosos.SP. Rev. CEFAC, 2007.vol 19.

23. TEIXEIRA S, Krause O, Pinto. Efetividade do trabalho de orientação vocal junto aos alunos de telejornalismo. In: Anais do X Congresso Internacional, XI Congresso Brasileiro de Fonoaudiologia, I Encontro Cearense de Fonoaudiologia; 2003;Ceará, BR: Sociedade Brasileira de Fonoaudiologia, 2003.

24. UEDA K.H.,SANTOS L.Z.,OLIVEIRA I.B.O. 25 anos de cuidados com a voz profissional: avaliando ações.S.P. Rev. CEFAC. 2008. vol 10.

25. VERDOLINI K, TITZE I, FENNEL A. Dependence of Phonatory Effort on Hydration Level. Journal of Speech Hearing Research 1994; 37: 1001-7.

26. CHUN RYS, SERVILHA EAM, SANTOS LMA, SANCHES MH. Promoção da Saúde: O conhecimento do aluno de jornalismo sobre sua voz. Rev Dist Comun. 2007; 19(1):73-80.

Anexo 1

QUESTIONÁRIO TCC – VOZ

Nome:

Instituição: Período:

Idade: Sexo: Turno:

1) Trabalha na área de jornalismo, radio ou TV?

( ) SIM ( ) NÃO

2) Conhece o trabalho da fonoaudiologia em sua profissão?

( ) SIM ( ) NÃO

3) O que acha que o fonoaudiólogo pode colaborar com sua profissão?

( ) Nada ( ) Não sei

( ) Ajuda a falar melhor ( ) Ajuda falar mais alto

( ) Ajuda a curar rouquidão ( ) Melhora o jeito de falar

4) Tem alguma disciplina do seu curso que trabalhe com a VOZ?

( ) SIM ( ) NÃO

5) Se sim, ela é ministrada por quem?

( ) Fonoaudiólogo ( ) Professor de canto

( ) Preparador vocal ( ) Jornalista

( ) Prof. Oratória ( ) Outros __________________

6) Já fez algum trabalho fonoaudiológico?

( ) SIM ( ) NÃO

7) Tem alguma queixa em relação a sua voz?

( ) SIM ( ) NÃO

Se sim qual?

8) Assinale algum sintoma vocal que possa apresentar:

( ) Pigarro( ) Rouquidão ( ) Cansaço ao falar ( ) Aperto na garganta ( ) Falha na voz ( ) Ardência na garganta ( ) Dor na garganta ( ) Ressecamento na garganta( ) Nenhuma( ) Outros__________________

_______________________________________________________

9) Considera sua voz apropriada para sua profissão?

( ) SIM ( ) NÃO

10) O que as outras pessoas acham de sua voz?

_______________________________________________________

_______________________________________________________

11) Imita algum modelo de voz de outro profissional?

( ) SIM ( ) NÃO

12) Sua voz de locução é diferente da voz do dia-a-dia?

( ) SIM ( ) NÃO

13) Você gostaria de melhorar algo na sua voz ou fala?

( ) SIM ( ) NÃO

Se sim o que?____________________________________________

14) Quando você fala em público/apresentações sua voz/fala fica:

( ) normal ( ) falhas na voz( ) com piora da articulação( ) com melhora da articulação( ) com piora da respiração ( ) com melhora da respiração ( ) com piora da modulação ( ) com melhora da modulação( ) com piora da entonação ( ) com melhora da entonação ( ) fica trêmula ( ) não fica trêmula( ) aumenta velocidade de fala ( ) diminui velocidade de fala

15) Já procurou cursos de preparo vocal?

( ) SIM ( ) NÃO

Se sim quais?

( ) Falar em público ( ) Dicção ( ) Oratória ( ) Canto ( ) Fonoterapia ( ) Teatro ( ) Impostação ( ) Outros____________________________

16) Pratica algum cuidado com sua voz como:

( ) ingerir no mínimo 2 litros de água/ dia

( ) Não gritar

( ) Dorme no mínimo 8 horas/ dia

( ) Aquecimento vocal antes das locuções

( ) desaquecimento vocal após as locuções

( ) não ingere alimentos gordurosos antes de locuções

( ) Faz repouso vocal

( ) não ingere bebidas gasosas durante locução

( ) não ingere bebida alcoólica freqüentemente

17) Em relação aos hábitos vocais assinale qual apresenta:

( ) Faz uso de pastilhas ( ) Faz uso de spray

( ) Grita ( ) Não bebe água

( ) Ingere alimentos gordurosos ( ) Fala alto

( ) Ingere bebidas gasosas freqüente

( ) Exposição a lugares com ar condicionado

( ) Fuma –O quê ___________ Quanto_______ Tempo__________

( ) Bebida alcoólica -O quê _________ Quanto___ Tempo________

( ) Bebe água gelada ( ) dorme pouco

( ) Receitas caseiras – o quê _______________________________

18) Apresenta algum destes problemas?

( ) Rinite ( ) Refluxo gastro-esofágico

( ) Sinusite ( ) Queimação

( ) Bronquite ( ) Azia

( ) Asma ( ) Má digestão

19) Faz uso de algum medicamento?

( ) SIM ( ) NÃO

Se sim Qual____________________________________________________