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UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANÁ
PÓS-GRADUAÇÃO EM GESTÃO DA COMUNICAÇÃO PÚBLICA E
EMPRESARIAL
THAYSE HELENA MACHADO
DIA A DIA DA ESCOLA NO MUNICÍPIO: HÁBITOS DE LEITURA NO QUINTO
ANO
FLORIANÓPOLIS
2011
THAYSE HELENA MACHADO
DIA A DIA DA ESCOLA NO MUNICÍPIO: HÁBITOS DE LEITURA NO QUINTO
ANO
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Curso de Especialização em Gestão da Comunicação Pública e Empresarial, da Faculdade de Ciências Sociais Aplicadas, da Universidade Tuiuti do Paraná, como requisito para obtenção do grau especialista. Orientadora: Prof.ª Andréa de Albuquerque de Lima.
FLORIANÓPOLIS
2011
3
“Os verdadeiros analfabetos são
os que aprenderam a ler e não
lêem”
Mario Quintana
4
RESUMO
O presente trabalho foi realizado com o objetivo principal de identificar o que desperta o interesse de leitura dos estudantes de quinto ano das escolas municipais de Brusque - SC, para propor adequação da parte editorial do Caderno Especial “Dia a Dia da Escola no Município”, encartado mensalmente no Jornal Município Dia a Dia, já que a autora é a jornalista responsável pela publicação. O tipo de pesquisa utilizada para a realização do trabalho foi a Quantitativa Descritiva, com abordagem transversal única. A pesquisa teve como população envolvida os 971 estudantes de quinto ano, de 17 escolas municipais. A amostragem estabelecida para a pesquisa foi de 18 alunos por escola, o que totalizou 306 pesquisados e contemplou todos os bairros com oferta de ensino municipal da faixa etária pretendida. O número pesquisado, porém, ficou em 302, já que a Escola de Ensino Fundamental Alexandre Merico possui uma quantidade reduzida de alunos participantes do projeto Dia a Dia da Escola no Município e nem todos estavam presentes na sala de aula no dia em que foi aplicado o questionário. Para a coleta de dados foi elaborado um questionário auto-preenchível estruturado com 12 perguntas fechadas e uma aberta, com objetivo de identificar o perfil dos entrevistados, hábitos de leitura e questões específicas de conhecimento e leitura do caderno especial Dia a Dia da Escola no Município. Os dados foram digitados no software Excel e processados em software estatístico específico – SPSS 15.0. Os resultados revelam que 49% dos respondentes foram meninos e 51% meninas, com idades entre 9 e 15 anos e a maioria (77%) mora com os pais. Dos 302 pesquisados, 92% afirmam gostar de ler, sendo os livros a principal leitura, com 54,2% de preferência. O jornal aparece em terceira posição, tendo sido lembrado, em questão de múltipla escolha, por 39,9% dos pesquisados. A falta de leitura das famílias foi apontada por 67% dos respondentes. Referente ao conhecimento do Jornal Município Dia a Dia, 86% afirmaram conhecer a publicação e apenas 67% declararam conhecer o caderno Dia a Dia da Escola no Município. O principal tema de interesse para leitura na opinião dos adolescentes são os que se referem à prática de esportes.
Palavras-chave: hábitos de leitura, jornal, escolas municipais, quinto ano do ensino fundamental.
5
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO ........................................................................................................ 9
1.1 APRESENTAÇÃO DO TEMA E PROBLEMA DE PESQUISA .............................. 9
1.2 OBJETIVO .......................................................................................................... 10
1.2.1 Objetivo Geral ................................................................................................. 10
1.2.2 Objetivos Específicos...................................................................................... 10
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ............................................................................ 12
2.1 HÁBITOS DE LEITURA ...................................................................................... 12
2.1 JORNAL NA SALA DE AULA E A FORMAÇÃO DO FUTURO LEITOR ............. 15
2.2 JORNAL REGIONAL .......................................................................................... 17
2.3 QUINTO ANO: CRIANÇAS, PRÉ-ADOLESCENTES E ADOLESCENTES ........ 18
2.4 JORNAL MUNICÍPIO DIA A DIA ......................................................................... 21
2.5 CADERNO ESPECIAL DIA A DIA DA ESCOLA NO MUNICÍPIO ....................... 21
3 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS ............................................................. 23
3.1 TIPO DE PESQUISA .......................................................................................... 23
3.2 POPULAÇAO E AMOSTRAGEM ....................................................................... 24
3.3 COLETA DE DADOS .......................................................................................... 26
3.4 TRATAMENTO DE DADOS ................................................................................ 27
3.5 LIMITAÇÕES DA PESQUISA ............................................................................. 27
4 APRESENTAÇÃO DOS RESULTADOS .............................................................. 29
4.1 PERFIL DOS ALUNOS ....................................................................................... 29
4.2 HÁBITOS DE LEITURA ...................................................................................... 32
4.3 CONHECIMENTO E INTERESSE DE LEITURA EM RELAÇÃO AO JORNAL
MUNICÍPIO DIA A DIA .............................................................................................. 37
4.4 OUTRAS INFORMAÇÕES ................................................................................. 41
4.4.1 Problemas de Comunicação Evidenciados ..................................................... 43
5 PLANO DE COMUNICAÇÃO ............................................................................... 44
5.1 AÇÕES DE DIVULGAÇÃO E RELACIONAMENTO ........................................... 44
5.2 INSTRUMENTOS DE COMUNICAÇÃO ............................................................. 47
5.3 ORÇAMENTO ..................................................................................................... 49
5.4 LINHA EDITORIAL ............................................................................................. 49
6 CONCLUSÃO ....................................................................................................... 53
REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 55
6
APÊNDICE A – QUESTIONÁRIO ......................................................................... 58
ANEXO A – JORNAL “DIA A DIA DA ESCOLA NO MUNICÍPIO – DEZEMBRO
2011” 59
7
LISTA DE GRÁFICOS
GRÁFICO 1 – SEXO DOS ENTREVISTADOS ......................................................... 29
GRÁFICO 2 – IDADE DOS ENTREVISTADOS ........................................................ 30
GRÁFICO 3 – QUANTIDADE DE IRMÃOS............................................................... 31
GRÁFICO 4 – COM QUEM MORAM OS ENTREVISTADOS ................................... 32
GRÁFICO 5 – SEXO DOS ENTREVISTADOS ......................................................... 33
GRÁFICO 6 – FREQUÊNCIA DE LEITURA .............................................................. 35
GRÁFICO 7 – HÁBITOS DE LEITURA DA FAMÍLIA ................................................ 36
GRÁFICO 8 – FREQUÊNCIA À BIBLIOTECA .......................................................... 37
GRÁFICO 9 – CONCHECIMENTO DO JORNAL MDD ............................................ 38
GRÁFICO 10 – CONHECIMENTO DO ENCARTE “DIA A DIA DA ESCOLA NO
MUNICÍPIO” .............................................................................................................. 39
GRÁFICO 11 – SEÇAO FAVORITA .......................................................................... 41
8
LISTA DE TABELAS
TABELA 1- POPULAÇÃO DAS ESCOLAS MUNICIPAIS DE BRUSQUE (SC) ........ 24
TABELA 2- REPRESENTATIVIDADE DA AMOSTRA PESQUISADA ...................... 25
TABELA 3 – PREFERÊNCIA DE LEITURA .............................................................. 34
TABELA 4- O QUE GOSTA DE LER ........................................................................ 42
TABELA 5- O QUE GOSTA DE LER (AGRUPADA) ................................................. 50
9
1 INTRODUÇÃO
1.1 APRESENTAÇÃO DO TEMA E PROBLEMA DE PESQUISA
Desenvolver o interesse e o hábito de leitura é um processo constante, que
começa em casa, é aperfeiçoado na escola e continua pela vida afora, por meio das
influências da atmosfera cultural geral e do esforço consciente da educação e das
bibliotecas públicas (BAMBERGER, 1995).
Para se viver bem em sociedade, a habilidade da leitura é necessária: do
rótulo dos alimentos às placas de publicidade nas ruas, as fachadas das lojas, a
sinalização de trânsito, a bula dos remédios. Também se dedica parte do tempo à
leitura de jornais, revistas e livros.
Conforme Paulo Freire “a leitura do mundo precede a leitura da palavra”
(1992 p. 11). Sendo assim, quando uma criança aprende as primeiras letras, tal
informação precisa ter referência com o contexto em que ela vive. Somente ao fazer
conexões com a sua realidade é que uma criança é capaz de compreender o que lê.
Neste contexto o presente trabalho buscou identificar entre os alunos de
quinto ano das escolas municipais de Brusque o que lhes desperta o interesse de
leitura, para propor, com base em uma pesquisa, adequações ao projeto “Dia a Dia
da Escola no Município” que, desde 2010, é distribuído mensalmente pelo Jornal
Município Dia a Dia aos estudantes desta série.
Pela complexidade e amplitude do tema não se pretende com esta pesquisa
esgotar o assunto, já que tanto os leitores quanto os meios de comunicação mudam
a cada dia. Nicole Herr, por exemplo, diz que a imprensa é o efêmero, o móvel, a
surpresa, o relance e o estranho. “É o folhetim da vida” (REVISTA PRESENÇA
PEDAGÓGICA, 1998).
10
Ou seja, é nas páginas dos jornais que os estudantes podem fazer uma
leitura do seu cotidiano e da vida na comunidade onde estão inseridos. O caderno
especial “Dia a Dia da Escola no Município” aposta na realidade vivida pelos pré-
adolescentes na escola e no bairro em que vivem para compor seu conteúdo, com a
expectativa de que, ao se identificarem com as páginas do jornal, sejam despertados
a ler todo o seu conteúdo. Sua linha editorial prevê que, ao se verem no jornal, os
estudantes sejam despertados para o prazer da leitura.
Diante dessa contextualização, a problemática desse estudo consiste em
responder: O que desperta o interesse de leitura nos pré-adolescentes de quinto ano
das escolas municipais de Brusque - SC?
1.2 OBJETIVO
1.2.1 Objetivo Geral
Este trabalho tem como principal objetivo identificar o que desperta o
interesse de leitura nos pré-adolescentes de quinto ano das escolas municipais de
Brusque- SC, para propor adequação da parte editorial do Caderno Especial “Dia a
Dia da Escola no Município”, encartado mensalmente no Jornal Município Dia a Dia.
1.2.2 Objetivos Específicos
Para que o principal objetivo deste trabalho seja alcançado, foram elaborados
alguns objetivos específicos como:
11
˗ Identificar o perfil dos estudantes;
˗ Verificar o hábito de leitura dos estudantes;
˗ Descobrir o que desperta o interesse de leitura dos estudantes;
˗ Verificar o grau de conhecimento dos estudantes em relação ao jornal
Município Dia a Dia e do Caderno Especial “Dia a Dia da Escola no Município”;
˗ Propor ações de adequação ao conteúdo do Caderno Especial “Dia a
dia da Escola no Município”, com base na percepção dos pré-adolescentes,
conforme resultados da pesquisa.
12
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
Esta revisão teórica visa resgatar questões importantes relacionadas aos
hábitos de leitura, à influência do jornal em sala de aula como uma ferramenta
auxiliadora na formação de pré-adolescentes, destacar algumas características de
jornais regionais, apresentar um pouco sobre o comportamento dos pré-
adolescentes que estão cursando o quinto ano do ensino médio e, por fim,
apresentar o histórico e estrutura do Jornal Município Dia a Dia, bem como
informações sobre a circulação do caderno especial “Dia a Dia da Escola no
Município”.
2.1 HÁBITOS DE LEITURA
O ideal seria se todas as crianças crescessem cercadas de opções de leitura:
livros coloridos, com muita cor, dobraduras e todo o encanto necessário para criar
um laço eterno com aquele pequeno leitor que ainda não entende das letras. Mas,
no Brasil, essa realidade está longe de ser alcançada, seja pela falta de cultura do
da população ou mesmo pelo custo de aquisição deste tipo de material, conforme
retrata a Pesquisa de Orçamentos Familiares, do Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística, a qual aponta que o percentual de brasileiros que costumam comprar
livros não-didáticos é de apenas 7,47% (IBGE, 2009).
Em um país onde milhares de pessoas recebem ajuda do governo Federal
para dar conta das necessidades básicas da família, comprar livros é algo
impensado. Desta forma, a escola tem a responsabilidade de apresentar aos
pequenos a literatura infantil. É na sala de aula que a maioria das crianças têm
contato com o famoso “era uma vez” e descobre que quando um livro é aberto
13
espalha no ambiente, através da voz da professora, um mundo cheio de encanto,
aventuras e possibilidades.
A escola é, hoje, o espaço privilegiado, em que deverão ser lançadas as bases para a formação do indivíduo. E, nesse espaço, privilegiamos os estudos literários, pois, de maneira mais abrangente do que quaisquer outros, eles estimulam o exercício da mente; a percepção do real em suas múltiplas significações; a consciência do eu em relação ao outro; a leitura do mundo em seus vários níveis e, principalmente dinamizam o estudo e conhecimento da língua, da expressão verbal significativa e consciente. (COELHO, 2000 p. 16).
Porém é importante lembrar que, de acordo com Freire (1992), a leitura do
mundo sempre vem antes da palavra. O bebê se afeiçoa pela mãe sem saber como
chamá-la, tampouco de que forma escrever seu nome. Do mesmo modo que elege
um brinquedo favorito sem ter consciência de que ele tem uma nomenclatura, uma
marca, etc. O autor acredita que a compreensão de um texto conquistada por sua
leitura crítica implica na percepção das relações com o contexto. Ou seja, a criança
aprende a entender o que lê quando já está familiarizada com o tema abordado.
Sendo mais fácil compreender, por exemplo, uma história sobre uma menina e seu
cachorrinho se em algum momento da vida tenha tido contato com um animal de
estimação, até mesmo na vizinhança. Entenderá a importância de preservar o meio
ambiente, se tiver em sua rua ou quintal, uma árvore cheia de flores ou com sombra
para quem transita sob suas folhas.
Os jornais diários também podem ter um papel importante na criação do
hábito de leitura, principalmente a partir dos 10 anos, quando a criança começa a
desenvolver uma leitura mais crítica do seu mundo. Para Piaget (2003), apenas
depois desta idade é que o indivíduo desenvolve um pensamento formal e se torna
possível a construção dos sistemas que caracterizam a adolescência. As operações
formais permitem que eles construam suas próprias reflexões e teorias.
14
Os estudos de Piaget demonstram que o conhecimento evolui
progressivamente por meio de estruturas de raciocínio que se integram umas às
outras através de diferentes níveis hierárquicos. O que significa que a lógica e as
formas de pensar de uma criança são muito diferentes da lógica e do pensamento
dos adolescentes, e também dos adultos.
Com esta percepção, o autor recomenda que os adultos adotem abordagens
diferentes ao lidar com adolescentes, que seriam os próprios construtores ativos do
conhecimento, constantemente criando e testando teorias sobre o mundo.
Empresas jornalísticas já descobriram a importância de cativar seus leitores
desde cedo e passaram a desenvolver cada vez mais constantemente projetos em
parcerias com as escolas. Em Santa Catarina o grupo RBS (maior empresa de
comunicação do Estado) possui uma publicação deste gênero em cada um de seus
jornais: A Notícia, Diário Catarinense e Jornal de Santa Catarina. Tendência seguida
por empresas regionais, de menor porte, como o Jornal Município Dia a Dia.
Para Gagliari (1995) a leitura é uma atividade ligada essencialmente à escrita
e, como há vários tipos de escrita, assim também haverá correspondentes tipos de
leitura. Ele enfatiza que um sistema de escrita baseado no significado terá um tipo
de leitura diferente da leitura de um sistema de escrita, baseado no significante, ou
seja, o que é escrito só faz sentido se for lido, interpretado e compreendido. Por este
motivo, é comum nas publicações dos jornais voltadas aos estudantes a utilização
de textos e desenhos produzidos por eles.
Após ressaltar a importância de possuir um hábito de leitura, apresenta-se o
jornal como uma ferramenta auxiliar na formação dos pré-adolescentes.
15
2.1 JORNAL NA SALA DE AULA E A FORMAÇÃO DO FUTURO LEITOR
O jornal é um instrumento cada dia mais utilizado pelos professores em sala
de aula quando o assunto é criar o hábito da leitura entre os alunos. A Revista Nova
Escola (2011, p. 68) na reportagem “Ler Jornal com um olhar crítico” trata dessa
prática e destaca que “mais que ler as palavras e compreender o significado
semântico delas, os estudantes precisam se acostumar a entender as escolhas
feitas por quem escreveu o material”, ou seja, a ideia é formar leitores críticos,
capazes de ler nas entrelinhas.
Conforme a Revista Nova Escola (2011, p. 68), de nada adianta selecionar
uma notícia para trabalhar em sala de aula só porque ela apresenta todos os
elementos que o professor quer trabalhar. “Se o objetivo é leitura crítica, o assunto e
o vocabulário precisam ser familiares ao grupo”.
É preciso considerar, porém, que o processo de familiarização e o gosto pela
leitura não acontecem de forma rápida. Na maioria das vezes, é uma conquista lenta
e que exige paciência dos educadores. Martins (1993) afirma que este processo
inicia desde o nascimento de um indivíduo.
Desde os nossos primeiros contatos com o mundo, percebemos o calor e o aconchego de um berço diferentemente das mesmas sensações provocadas pelos braços carinhosos que nos enlaçam. A luz excessiva nos irrita, enquanto a penumbra tranqüiliza. O som entristece ou um grito nos assusta, mas a canção de ninar embala nosso sono. Uma superfície áspera desagrada, no entanto, o toque macio de mãos ou de um pano como se integram à nossa pele. (...) Começamos assim, a compreender e a dar sentido a quem nos cerca. Esses também são os primeiros passos para aprender a ler. (Martins, 1993, p. 13)
Os professores não devem deixar que as situações adversas que enfrentam
para ensinar seus alunos influenciem no trabalho de incentivo à leitura, mesmo que
as escolas não ofereçam as condições ideais. Para Silva, “falta biblioteca, falta livros
16
para o povo, falta atualização dos acervos (...) falta o hábito de leitura, etc, etc, etc.”
e, neste contexto, a utilização do jornal em sala de aula pode ser uma aliada (1985.
P. 66-7).
A leitura é uma das chaves do acesso à informação na sociedade. Ler é muito
mais que interpretar signos que representam fonemas. Como dizia Freire (1990),
implica ler o contexto, compartilhar espaços, construir pensamentos e aumentar seu
conhecimento.
Ferreiro (1992) diz que as crianças e adolescentes interpretam por si mesmas
a leitura e a escrita. Para a autora, os pequenos já têm conhecimento sobre a leitura
e a escrita antes da escola, pois formulam hipóteses desde o início da vida,
passando pela escrita silábica e depois pela alfabética. “A escola e os adultos com
sua concepção tradicional de alfabetização não entendem essa interpretação deles,
achando que a criança só começa a pensar na leitura e na escrita a partir das
imposições escolares” (1992. P. 151)
De acordo com Machado (Revista Nova Escola, 2001), exemplo e curiosidade
demonstrados pelos adultos estimulam o gosto e o interesse da criança e
adolescente pela leitura. Para ela, a leitura abre caminhos para a criança
desenvolver a imaginação, a mente e a criatividade. “Crianças leitoras criam ideias
próprias e sabem superar melhor as dificuldades (...) são aventureiras num mundo
de fantasia”.
17
2.2 JORNAL REGIONAL
Para se ter uma leitura crítica, o assunto e o vocabulário precisam ser
familiares ao grupo (Nova Escola, 2011). Desta forma, o jornal regional seria o mais
indicado para ser trabalhado em sala de aula quando o objetivo é incentivar o hábito
da leitura.
Fernandes diz que para o cidadão que busca a informação no jornal local, a
notícia não é apenas uma forma de atualizar-se ou manter-se informado sobre os
fatos correntes em sua comunidade, mas uma maneira de inteirar-se em relação a
estes acontecimentos. Para o pesquisador, esta interação acontece de modo bem
mais profundo que o simples fato de estar atualizado, pois “abre a possibilidade do
leitor participar ou interferir diretamente nestes acontecimentos, isto quando ele
mesmo (o leitor) ou alguém muito próximo não é o próprio protagonista do fenômeno
social gerador da notícia” (2003, p.150).
O autor diz, ainda, que no cenário globalizado deste período da história, o
local se torna cada vez mais necessário para que o homem não perca suas raízes,
sua identidade e interação com a comunidade. Fernandes completa seu raciocínio
dizendo que é na sua comunidade que o cidadão vive, trabalha, fortifica seus laços
culturais, define sua personalidade, se forma um cidadão, constitui família e pode
interferir na construção de um futuro melhor. É “neste contexto que os meios de
comunicação locais desempenham um papel fundamental”, (2003, p. 152).
Brito e Pedreira chamam atenção para a força que ganharam nos últimos
tempos os meios de comunicação digitais, que exercem na sociedade uma
possibilidade de interação maior que a possibilitada pelos jornais locais em suas
comunidades. Para eles, as mídias digitais podem sim, representar a morte das
mídias tradicionais, mas também podem significar a imediata ressurreição do jornal e
18
das demais formas de expressão (livros, jornais, revistas, rádios). “Ao absorver todos
os meios ela (Internet) será tudo ao mesmo tempo agora” (2009. P. 126).
Para os autores, as crianças de hoje nascem digitais, mas devem continuar
lendo livros e jornais impressos. “Muito se tem falado no emburrecimento das
crianças e jovens, todos enfeitiçados pela comunicação digital”, (2009. P. 127). Esse
emburrecimento pode ser um dos contextos de fortalecimento dos jornais locais
como instrumento de ensino-aprendizado nas escolas.
Nada melhor para incentivar o hábito de leitura do que inicialmente conhecer
o comportamento do leitor e o que é prioritário para ele na fase em que se encontra.
Dessa forma, destacam-se algumas questões relevantes na transição da infância
para a adolescência, denominada de pré-adolescência.
2.3 QUINTO ANO: CRIANÇAS, PRÉ-ADOLESCENTES E ADOLESCENTES
O quinto ano de uma escola pública divide o espaço da sala de aula entre
alunos na faixa etária prioritária de 11 e 12 anos, lembrando que há casos de
repetência em que o estudante pode estar nesta fase da escola com uma idade mais
avançada. Sabe-se que este é um período de mudanças na vida de qualquer
pessoa, mas que mudanças são essas? E até que ponto elas podem influenciar na
escolhas dos alunos, inclusive nos que gostarem de ler?
Harris explica que, de um modo geral, por volta dos 11 anos a infância
começa a chegar ao fim. “Essa idade marca o início da puberdade e é o primeiro
passo para a adolescência”. (1975, p. 31). A psicoterapeuta diz que é preciso
lembrar que há sempre diferenças entre as crianças. Algumas aprendem a ler, por
exemplo, muito mais cedo que outras, enquanto algumas amadurecem fisicamente
19
antes que outras da mesma idade. Desta forma, “cada criança precisa ser
considerada individualmente”.
Aberastury e Knobel reiteram que a despedida da infância é uma imposição
nesta idade e que a criança se vê obrigada a entrar no mundo do adulto. “O
adolescente entra numa crise de temporalidade. (...) É um verdadeiro estado
caótico”, (1981, p. 85).
Carr-Gregg e Shale (1981) acrescentam que toda pessoa enfrenta três
enormes dilemas nesta fase. No início da adolescência ela se questiona “sou
normal?”, no meio da adolescência “quem sou eu?” e no final da adolescência “qual
é o meu lugar no mundo?”, dizem os estudiosos.
Para os autores é na pré-adolescência que o indivíduo torna-se capaz de
pensar de forma abstrata e desenvolve a capacidade de manipular todo tipo de
informação. “Comunicação sincera é prioridade número um dos jovens”, (1981, p.
88).
É justamente neste contexto que o adolescente sente que deve planejar a sua
vida, controlar as mudanças e se adaptar ao mundo, o que explica, segundo
Aberastury e Knobel (1981), a sua necessidade de reformas sociais. Os autores
também ressaltam a necessidade das pessoas, nesta fase da vida, de falarem de
suas conquistas.
O adolescente de hoje, como o de todos os tempos, está farto de conselhos, precisa fazer suas experiências e comunicá-las, mas não quer, não gosta nem aceita que suas experiências sejam criticadas, qualificadas, classificadas, nem confrontadas com as dos pais. O adolescente passa por desequilíbrios e instabilidades extremas de acordo com o que conhecemos dele. Em nosso meio cultural, demonstram períodos de elação, de introversão, alternando com audácia, timidez, descordenação, urgência, desinteresse ou apatia. (ABERASTURY; KNOBEL, 1981, p.21)
20
Com tantas mudanças, a idade de pré-adolescência e adolescência requer de
pais, professores, meios de comunicação e da própria sociedade muita dedicação
em ajudar estudantes dessa faixa etária a passar por elas da melhor forma possível.
Carr-Gregg e Shale (2004, p. 5) lembram que, embora os adolescentes englobem
apenas uma pequena parcela da população, eles representam 100% do futuro.
Para eles, educar adolescentes é uma tarefa instigante, emocionante e de
retornos extraordinários. Esslinger e Kovács (2001) dizem que “os professores,
muitas vezes, temem trabalhar com as turmas de quinta a oitava série porque têm
de enfrentar questionamentos, indisciplina, bagunça, dificuldade de controle”, (p.23).
Mas não é só de aspectos negativos que são feitos os adolescentes. Pelo
contrário, todos os aspectos desta idade podem ser positivos se todos apreenderem
a respeitar as suas características e despertar seu interesse para assuntos a serem
estudados (WEIL, 1986, P. 111). Para Weil, discussões e debates prendem a
atenção dos adolescentes.
Já Harris ressalta a tendência dos adolescentes em colecionar coisas, como
pedras coloridas, tocos de lápis, passagens de ônibus, figurinhas em álbuns. “A
criança de 11 anos apega-se aos tesouros de sua própria experiência infantil. (...) É
capaz de usar o hábito de colecionar para fazer contatos e trocas” (1977. P. 32).
A autora destaca, ainda, o gosto desta faixa etária por jogos, animais de
estimação e competições de modo geral. Quando o assunto é leitura Harris (1977)
diz que ler é a maior habilidade técnica que os pais esperam dos filhos. E que se
uma criança de 11 anos tem dificuldade com a leitura e não encontra prazer nela, há
necessidade de ajuda por parte dos pais e professores, que devem sempre
incentivar e oferecer opções de leitura a este pré-adolescente.
21
2.4 JORNAL MUNICÍPIO DIA A DIA
O Jornal Município Dia a Dia é uma referência entre os jornais diários do
interior de Santa Catarina e é a principal fonte de notícias da população de Brusque
e região.
De acordo com o site da publicação www.municipiodiaadia.com.br o Jornal,
que surgiu em 1954 com o nome de “O Município”, foi criado pelo radialista Raul
Schaefer. Nessa época, era semanal, possuía quatro páginas, sendo composto em
tipos móveis e impresso em papel jornal.
Em 1993, o semanal ingressou em uma nova fase ao aposentar a linotipo e
publicar sua primeira edição em off-set, adotando o formato Standard. Em 1997, a
publicação passou por uma grande reforma gráfica, adotando conceitos estéticos e
jornalísticos dos grandes jornais mundiais. As páginas coloridas deram mais vida ao
periódico.
Em 11 de março de 2002, um passo decisivo transformou O Município em
Município Dia a Dia, tornando diário o compromisso de informar à comunidade
brusquense e da região.
O jornal circula diariamente nas cidades de Brusque, Botuverá, Guabiruba,
Nova Trento e São João Batista, com uma tiragem de 8,2 mil exemplares, conforme
expediente da edição 4.832, Ano 57, de 29 de setembro de 2011.
2.5 CADERNO ESPECIAL DIA A DIA DA ESCOLA NO MUNICÍPIO
A abordagem proposta pelo caderno especial “Dia a Dia da Escola no
Município” - cuja publicação é composta por 12 páginas mensais, encartadas no
Jornal Município Dia a Dia, de Brusque (SC) - é desenvolvida com estudantes na
22
fase da pré-adolescência, que freqüentam o quinto ano de escolas municipais da
cidade.
O caderno começou a ser produzido em março de 2010 com apoio da
Secretaria de Educação de Brusque. Desde o início do projeto a linha editorial foi
pensada de modo que retratasse a realidade dos estudantes, respeitando sua leitura
de mundo. Por isso, a publicação conta com editorias que tratam do bairro onde a
instituição de ensino é inserida, do meio ambiente, através de perfis sobre alunos e
seus animais de estimação, além de projetos desenvolvidos pela escola junto aos
estudantes.
A intenção do projeto é estimular o hábito de leitura e criar, em conjunto com
a escola, futuros leitores críticos. Para Abramovich “ao ler uma história a criança
desenvolve todo um potencial crítico. A partir daí ela pode pensar, duvidar, se
perguntar, questionar... Pode se sentir inquietada, cutucada, querendo saber mais e
melhor”. (1991, p.143)
A autora, porém, alerta que a leitura não pode ser feita uma vez ao ano pelas
crianças, mas sim, fazer parte de uma rotina escolar. Por isso, o Dia a Dia da Escola
no Município tem periodicidade mensal, o que possibilita que até a próxima edição o
professor possa trabalhar a leitura do caderno com a turma.
Um exemplar é distribuído gratuitamente pelo Jornal Município Dia a Dia a
todos os alunos participantes do projeto. Inicialmente apenas os quintos anos eram
contemplados, mas atualmente por conta de projetos semelhantes implantados por
outros meios de comunicação, os estudantes envolvidos podem ser do sexto ano
(eventualmente), conforme decisão da escola.
23
Atualmente a publicação conta com quatro anunciantes, os quais têm espaço
de meia página cada para divulgação institucional, com um custo de R$ 700
mensais.
3 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
3.1 TIPO DE PESQUISA
O tipo de pesquisa utilizada para a realização deste trabalho foi a Quantitativa
Descritiva, com abordagem transversal única. Esse modelo foi escolhido por apurar
opiniões e atitudes explícitas e conscientes dos entrevistados, utilizando um
instrumento estruturado (questionário) para responder sobre o tema pesquisado.
Desta forma, os resultados são mais concretos e, conseqüentemente, menos
passíveis de erros de interpretação. (IBOPE, 2004). Para Malhotra a pesquisa
quantitativa é uma metodologia “que procura quantificar os dados, e, geralmente,
aplica alguma forma de análise estatística” (2006, p. 155). O autor também explica
como é feita a forma transversal única em que “é extraída da população-alvo uma
amostra de entrevistados e as informações são obtidas desta amostra somente uma
vez (2006, p. 103)”.
O presente trabalho contou ainda, com a pesquisa exploratória por meio de
levantamento bibliográfico sobre o tema abordado. Fachin afirma que a pesquisa
bibliográfica é uma “fonte inesgotável de informações, pois auxilia na atividade
intelectual e contribui para o conhecimento cultural em todas as formas do saber”
(2006, p.119). A autora diz também que a pesquisa bibliográfica constitui um dos
primeiros passos na vida do explorador.
24
Para realização da pesquisa foi necessária a definição do universo e da
amostragem necessária para que os objetivos do presente trabalho pudessem ser
alcançados.
3.2 POPULAÇAO E AMOSTRAGEM
A presente pesquisa teve como população envolvida os 971 estudantes de
quinto ano, de 17 escolas municipais de Brusque (SC), conforme tabela abaixo,
fornecida pela Secretaria de Educação do município.
TABELA 1- POPULAÇÃO DAS ESCOLAS MUNICIPAIS DE BRUSQUE (SC) Nº Escola Alunos Bairro Diretor (a) Telefone 1 E.E.F Alexandre Merico 16 Limeira Christiani 3350-8996 2 E.E.F. Angelo Dognini 34 Planalto Mirella 3350-1094 3 E.E.F. Cedro Alto 53 São João Eliane 3350-5455 4 E.E.F. Carlos Moritz 40 Zantão Tatiane 3351-8367 5 E.E.F. Paquetá 125 Paquetá Fátima 3351-8414 6 E.E.F. Pe. Luiz Gonzaga Steiner 45 Souza Cruz Sueli 3351-2774 7 E.E.F. Theodoro Becker 58 Bateas Maria 3350-7200 8 E.E.F. Poço Fundo 46 Poço Fundo Nilo 3355-8187 9 E.E.F. Prof. Augusta Dutra de Souza 143 Limeira Gisela 3350-8917 10 E.E.F. Prof. Augusta knorring 70 Cerâmica Reis Graziela 3355-1778 11 E.E.F. Prof. Georgina de Carvalho
Ramos da Luz 46 São Pedro Fernando 3351-1370
12 E.E.F.Prof. Isaura Gouvêa Gevaerd 57 Tomaz Coelho Jean 3355-3347 13 E.E.F. Prof. José Vieira Corte 54 Santa Luzia Itamara 3351-8135 14 E.E.F. Rio Branco 30 Rio Branco Ana Maria 3350-5339 15 E.E.F. Rotary Club Companheiro
Ayres Gevaerd 39 Volta Grande Geovani 3350-0713
16 E.E.F. Lions Club Companheiro Oscar Maluche
54 Steffen Valdeci 3355-3263
17 E.E.B. João Hassmann 61 Guarani Airton 3351-2923 TOTAL 971 Fonte: Secretaria de Educação do Município de Brusque (SC)
De acordo com a referida secretaria, Brusque conta atualmente com 26
escolas municipais, porém nove delas não atendem a faixa etária pesquisada e
conseqüentemente não participam do projeto Dia a Dia da Escola no Município, e
por esses motivos não foram contempladas neste trabalho.
25
Zikmund (2006) explica de maneira coloquial que se alguém morde um bife e
conclui que ele precisa de mais sal, esta pessoa conduziu uma amostra. “A
amostragem envolve qualquer procedimento que use um pequeno número de itens
ou partes da população para obter uma conclusão relativa à população inteira” (p.
68).
Desta forma, a amostragem estabelecida para a presente pesquisa foi de 18
alunos por escola, o que totaliza 306 pesquisados e contempla todos os bairros com
oferta de ensino municipal da faixa etária pretendida. O número pesquisado, porém,
ficou em 302, já que a Escola de Ensino Fundamental Alexandre Merico possui uma
quantidade reduzida de alunos participantes do projeto Dia a Dia da Escola no
Município e nem todos estavam presentes na sala de aula no dia em que foi
aplicado o questionário. A tabela 2 apresenta a representatividade da amostra
pesquisada em cada escola em relação ao total de alunos.
TABELA 2- REPRESENTATIVIDADE DA AMOSTRA PESQUISADA Nº Escola População –
nº de alunos Amostra - nº de alunos
Representatividade (%)
1 E.E.F Alexandre Merico 16 14 87,5 2 E.E.F. Angelo Dognini 34 18 52,9 3 E.E.F. Cedro Alto 53 18 33,9 4 E.E.F. Carlos Moritz 40 18 45,0 5 E.E.F. Paquetá 125 18 14,4 6 E.E.F. Pe. Luiz Gonzaga Steiner 45 18 40,0 7 E.E.F. Theodoro Becker 58 18 31.0 8 E.E.F. Poço Fundo 46 18 39,1 9 E.E.F. Prof. Augusta Dutra de Souza 143 18 12,5 10 E.E.F. Prof. Augusta knorring 70 18 25,7 11 E.E.F. Prof. Georgina de Carvalho
Ramos da Luz 46 18 39,1
12 E.E.F.Prof. Isaura Gouvêa Gevaerd 57 18 31,5 13 E.E.F. Prof. José Vieira Corte 54 18 33,3 14 E.E.F. Rio Branco 30 18 46,1 15 E.E.F. Rotary Club Companheiro
Ayres Gevaerd 39 18 46,1
16 E.E.F. Lions Club Companheiro Oscar Maluche
54 18 33,3
17 E.E.B. João Hassmann 61 18 29,5 TOTAL 971 302 31,1 Fonte: Secretaria de Educação do Município de Brusque (SC)
26
3.3 COLETA DE DADOS
Para a coleta de dados foi elaborado um questionário auto-preenchível
estruturado com 12 perguntas fechadas e uma aberta (APÊNDICE A), sendo as
quatro primeiras com objetivo de estabelecer o perfil dos entrevistados. Já da sexta
a nona pergunta a intenção foi descobrir os hábitos de leitura e as quatro últimas
específicas para coleta de dados sobre o projeto Dia a Dia da Escola no Município.
Malhotra (2006, p. 315) diz que o “planejamento de um questionário é mais
uma arte que uma ciência”. O autor afirma que vários cuidados devem ser tomados
na elaboração do questionário e explica de forma detalhada os seus objetivos:
Qualquer questionário tem três objetivos específicos. Em primeiro lugar, deve conter a informação desejada em um conjunto de perguntas específicas que os entrevistados tenham condições de responder (...). Um questionário precisa motivar e incentivar o entrevistado a se deixar envolver pela entrevista (...). Um questionário deve sempre minimizar o erro de resposta. (MALHOTRA, 2006 p. 291).
A autora deste trabalho se ateve as considerações acima durante a
elaboração do questionário aplicado com os estudantes. Inicialmente, a proposta era
que a aplicação do instrumento de pesquisa fosse realizada pelos professores por
intermédio da Secretaria de Educação de Brusque, porém, para um melhor
aproveitamento a autora optou por ir pessoalmente a cada escola para fazer a
entrega dos mesmos nas salas de aula de quinto ano.
A aplicação dos 302 questionários foi realizada durante o mês de maio de
2011. Com autorização da direção das unidades escolares, 18 estudantes (o número
foi menor na Escola Alexandre Merico) seguiam para o pátio, para salas vazias ou
permaneciam na sala de aula.
27
Durante o preenchimento os alunos puderam esclarecer eventuais dúvidas
sobre as perguntas do instrumento de pesquisa, o que garantiu que todas as
perguntas fechadas fossem respondidas. Já a última questão (aberta) não foi
respondida por grande parte dos pesquisados.
3.4 TRATAMENTO DE DADOS
As informações preenchidas nos questionários foram digitadas no software
Excel e processadas em software estatístico específico pelo total e segmentado por
escola. Os resultados foram apresentados por meio de gráficos e tabelas com
comentários descritivos no corpo do trabalho. Para maior detalhamento das
informações aqui apresentada, havendo a necessidade, consta no ANEXO A – a
tabulação completa dos dados por escola pesquisada.
3.5 LIMITAÇÕES DA PESQUISA
Embora a autora tenha acompanhado pessoalmente a aplicação dos
questionários, o que garantiu maior qualidade no preenchimento, deparou-se com
um baixo nível de instrução dos pesquisados. Questionamentos como: “o que é
mensalmente?”, e comentários como “eu até vou à biblioteca, mas não leio nada”
foram ouvidos durante a coleta de dados.
O fato do nome do jornal ser “Município Dia a Dia” e do caderno especial
chamar-se Dia a Dia da Escola no Município confundiu os estudantes durante o
preenchimento do questionário.
28
A idade e falta de comprometimento dos pesquisados também foram
considerados limitações para a presente pesquisa, já que muitos estudantes não
pareceram levar a atividade de preenchimento a sério, enquanto outros copiavam
respostas do colega da classe ao lado.
No preenchimento da questão número 13 muitos estudantes fugiram da
proposta, tendo respondido que gostariam de ler sobre o “aquecimento global”, por
exemplo, ou mesmo, repetindo as opções que já contam na publicação elencadas
na questão acima. Contudo, os resultados foram bastante representativos da
população em estudo, fornecendo assim os subsídios necessários para as ações de
adequação no caderno especial.
29
4 APRESENTAÇÃO DOS RESULTADOS
Considerando-se o embasamento teórico e a metodologia de pesquisa
utilizada, a apresentação dos resultados foi segmentada em três partes: Perfil dos
alunos, Hábitos de leitura e Conhecimento e Interesse de ler o Jornal “Dia a Dia da
Escola no Município”.
4.1 PERFIL DOS ALUNOS
No total 302 estudantes de 17 escolas responderam o questionário, sendo
que de acordo com o Gráfico 1, 49% são meninos e 51% meninas. O percentual
acompanha os dados apontados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
(IBGE, 2007), que mostra que a população brasileira é composta por 51,28%
mulheres.
GRÁFICO 1 – SEXO DOS ENTREVISTADOS
F Fonte: Dados da pesquisa de campo (2011)
Base: 302 entrevistados
Os entrevistados têm
representativo, 43%, tem 12 anos
anos, 6% com 14, 5% com 10
conforme dados apresentados no Gr
Os números demonstram que é consideráve
acima da média para o quinto ano, o que poderia indicar um índice de repet
que 17% dos entrevistados têm entre 13 e 15 anos
GRÁFICO
Fonte: Dados da pesquisa de campo (2011)
Dos alunos pesquisados
irmãos. De acordo com o Gráfico 3
número acima da média nacional, pois conforme
Estatística – IBGE (2008) a
índice de fecundidade (quantidade média de filhos)
mulher, em 2000 caiu para
Pode-se afirmar então, que
dois filhos o que se aproxima da média nacional brasileira. Enquanto mais de 30%
das famílias de estudantes pesquisados
Os entrevistados têm entre nove e 15 anos, sendo que
tem 12 anos, seguidos de 32% com 11 anos, 11% com 13
, 6% com 14, 5% com 10, 3% com 15 e 0,6% com nove anos de idade,
conforme dados apresentados no Gráfico 2.
Os números demonstram que é considerável o número de crianças com idade
acima da média para o quinto ano, o que poderia indicar um índice de repet
que 17% dos entrevistados têm entre 13 e 15 anos.
GRÁFICO 2 – IDADE DOS ENTREVISTADOS
Fonte: Dados da pesquisa de campo (2011) Base: 302 entrevistados
Dos alunos pesquisados, apenas 9,6% são filhos únicos e
e acordo com o Gráfico 3 a maior quantidade de irmãos citada foi
número acima da média nacional, pois conforme o Instituto Brasileiro de Geografia e
IBGE (2008) a fecundidade no Brasil diminuiu ao longo dos anos
índice de fecundidade (quantidade média de filhos) em 1991
caiu para 2,39 e em 2008 foi para 1,86 filho por mulher.
se afirmar então, que 62% dos entrevistados compõem famílias de até
dois filhos o que se aproxima da média nacional brasileira. Enquanto mais de 30%
de estudantes pesquisados têm mais filhos.
0,6% 5%
32%
43%
11%
6% 3%
Idade
30
15 anos, sendo que percentual
, seguidos de 32% com 11 anos, 11% com 13
e 0,6% com nove anos de idade,
l o número de crianças com idade
acima da média para o quinto ano, o que poderia indicar um índice de repetência, já
% são filhos únicos enquanto 90,4% têm
maior quantidade de irmãos citada foi 8, um
o Instituto Brasileiro de Geografia e
ao longo dos anos. O
era 2,89 filhos por
1,86 filho por mulher.
62% dos entrevistados compõem famílias de até
dois filhos o que se aproxima da média nacional brasileira. Enquanto mais de 30%
Nove
Dez
Onze
Doze
Treze
Quatorze
Quinze
31
GRÁFICO 3 – QUANTIDADE DE IRMÃOS
Fonte: Dados da pesquisa de campo (2011)
Base: 302 entrevistados
A pesquisa apontou que 77% dos entrevistados moram com os pais,
conforme dados apontados no Gráfico 4. Do total dos respondentes 17% moram
apenas com a mãe, enquanto 4% moram com outros parentes e apenas 2% com o
pai.
Os dados demonstram que em caso de separação dos casais as mães
assumem mais a casa e os filhos do que os pais, o que vai de encontro aos dados
da pesquisa "Estatísticas do Registro Civil", do Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística - IBGE (2008) divulgada em reportagem do site G1, que indica que em
89% dos divórcios brasileiros a responsabilidade pela guarda dos filhos fica com as
mulheres.
Apesar da referida pesquisa do IBGE indicar um aumento expressivo de
divórcios nos últimos anos (200% entre 1984 e 2007), o índice de estudantes de
quinto ano que moram com os pais é positivo em Brusque (77%).
32
GRÁFICO 4 – COM QUEM MORAM OS ENTREVISTADOS
Fonte: Dados da pesquisa de campo (2011) Base: 302 entrevistados
4.2 HÁBITOS DE LEITURA
Do total de respondentes, 92% informaram durante a pesquisa que gostam de
ler, contra 6% que afirmam não gostar de ler. O percentual é surpreendente e
reforça a ideia de que se a maioria tem interesse pela leitura é preciso abastecê-los
com material que desperte o seu interesse de forma positiva.
Para Strasburger “os adolescentes não são nem crianças grandes nem
adultos pequenos. Eles têm sua própria fisiologia e psicologia únicas. Assim, eles
podem ser singularmente suscetíveis à influência da TV e outros meios de
comunicação” (1999 p. 24). Tal pensamento reafirma a necessidade dos veículos de
imprensa em agradar seus leitores e telespectadores desta faixa etária, mas
também contribuir cada vez mais para sua formação como cidadãos.
33
GRÁFICO 5 – GOSTO PELA LEITURA
Fonte: Dados da pesquisa de campo (2011)
Base: 302 entrevistados
Em relação à preferência dos pesquisados quanto ao tipo de leitura que mais
gostam, conforme a Tabela 3 verifica-se que o livro é o preferido dos estudantes na
hora de escolher algo para ler com 54,2%, seguido dos gibis com 51,3%. Nesta
pergunta o questionário permitia que os entrevistados assinalassem mais de uma
opção.
O jornal aparece em terceira colocação com 39,9%, enquanto as revistas
foram citadas por 29,1% dos pesquisados. Os resultados demonstram que os jornais
precisam intensificar suas ações para cativar os leitores na idade pesquisada,
considerando-se que todos os entrevistados têm acesso a este meio de
comunicação em suas escolas.
Observa-se ainda que a Escola Theodoro Becker apresentou os maiores
índices de leitura. Nesta unidade o jornal aparece com 72,2% de preferência de
escolha de leitura.
34
TABELA 3 – PREFERÊNCIA DE LEITURA
Fonte: Dados da pesquisa de campo (2011)
Base: 302 entrevistados
Quanto a freqüência de leitura dos entrevistados (Gráfico 6), 35% declaram
ler de duas a três vezes por semana, seguido de outros 30% dos estudantes
pesquisados que afirmam se dedicarem a leitura diariamente, enquanto 21% dizem
ler apenas uma vez por semana. O referido gráfico informa ainda, que 6% dos
adolescentes pesquisados lêem apenas uma vez por mês e reafirma os dados
demonstrados no Gráfico 5, pois praticamente o mesmo percentual de estudantes
que não gosta de leitura, declara nunca ler (9% e 8% respectivamente).
Cagliari acredita ser mais fácil aprender a ler do que escrever, desta forma a
faixa etária pesquisada seria um momento propício para o investimento da escola,
da sociedade e dos meios de comunicação para o incentivo deste hábito.
Escola
O que gosta de ler:
Total Livro Gibi Jornal Revista
n % n % n % n % n % Total 275 100,0% 149 54,2% 141 51,3% 108 39,3% 80 29,1% E.E.F Alexandre Merico 13 100,0% 9 69,2% 5 38,5% 5 38,5% 4 30,8% E.E.F. Angelo Dognini 16 100,0% 12 75,0% 8 50,0% 6 37,5% 6 37,5% E.E.F. Cedro Alto 12 100,0% 8 66,7% 4 33,3% 4 33,3% 3 25,0% E.E.F. Carlos Moritz 13 100,0% 6 46,2% 7 53,8% 7 53,8% 2 15,4% E.E.F. Paquetá 15 100,0% 5 33,3% 8 53,3% 6 40,0% 4 26,7% E.E.F. Pe. Luiz G. Steiner 18 100,0% 8 44,4% 5 27,8% 7 38,9% 3 16,7% E.E.F. Theodoro Becker 18 100,0% 14 77,8% 9 50,0% 13 72,2% 7 38,9% E.E.F. Poço Fundo 17 100,0% 5 29,4% 13 76,5% 3 17,6% 1 5,9% E.E.F. Augusta D.Souza 16 100,0% 8 50,0% 12 75,0% 7 43,8% 9 56,3% E.E.F. Augusta knorring 18 100,0% 7 38,9% 5 27,8% 8 44,4% 4 22,2% E.E.F. Prof. Georgina de Carvalho Ramos da Luz 18 100,0% 9 50,0% 8 44,4% 6 33,3% 1 5,6%
E.E.F.Prof. Isaura Gouvêa Gevaerd
17 100,0% 11 64,7% 12 70,6% 8 47,1% 8 47,1%
E.E.F. Prof. José V. Corte 18 100,0% 13 72,2% 6 33,3% 8 44,4% 7 38,9% E.E.F. Rio Branco 18 100,0% 7 38,9% 9 50,0% 8 44,4% 5 27,8% E.E.F. Rotary Club Companheiro Ayres Gevaerd
14 100,0% 7 50,0% 8 57,1% 1 7,1% 1 7,1%
E.E.F. Lions Club C.Oscar Maluche 17 100,0% 6 35,3% 6 35,3% 4 23,5% 7 41,2%
E.E.B. João Hassmann 17 100,0% 14 82,4% 16 94,1% 7 41,2% 8 47,1%
35
É preciso os procedimentos em relação à leitura na escola, dando um lugar de maior prestígio à leitura desde o início do processo de alfabetização. Uma criança que aprende a ler toma velocidade no aprendizado da primeira série. Um aluno que não lê aprenderá o resto com dificuldade e pode passar a ter uma relação delicada com a escrita, não entendendo muito bem o que é nem como funciona. (Cagliari, 1995 p. 169).
GRÁFICO 6 – FREQUÊNCIA DE LEITURA
Fonte: Dados da pesquisa de campo (2011)
Base: 302 entrevistados
É possível observar através dos resultados da pesquisa (Gráfico 7) que os
estudantes não são incentivados a leitura em casa, ou pelo menos não têm o
exemplo de pais leitores, pois 67% informaram que a família lê pouco e 6% que os
familiares nunca lêem, contra 27% que disseram observarem em casa que a família
lê muito.
O exemplo negativo ou a falta de bons hábitos dos pais com certeza reflete na
formação dos filhos, inclusive quando o assunto é leitura. Pedrini é firme ao afirmar
que muitas vezes os pais podem se tornar um problema na vida dos filhos, mesmo
que de forma inconsciente. “Acontece realmente que os pais, ou um deles, sejam o
problema da família” (1987, p. 9). Claro que a afirmação generaliza, mas é senso
comum na sociedade que os filhos tendem a seguir os exemplos familiares. Desta
36
forma, é possível arriscar a afirmação de que só teremos novas gerações leitoras
quando as famílias lerem.
GRÁFICO 7 – HÁBITOS DE LEITURA DA FAMÍLIA
Fonte: Dados da pesquisa de campo (2011)
Base: 302 entrevistados
Ainda tratando sobre o hábito de leitura dos pesquisados, é possível observar
que a maioria, 41% dos entrevistados, afirma visitar a biblioteca da escola
semanalmente confirmando a informação disponibilizada no Gráfico 6 onde a maior
parte dos pesquisados (33%) declara ler de duas a três vezes por semana.
O Gráfico 8 demonstra que 25% visitam a biblioteca mensalmente, enquanto
12% visitam todos os dias. O dado que mais chama atenção é que embora o Gráfico
5 demonstre que apenas 8% dos pesquisados não gosta de ler 22% deles nunca vai
à biblioteca escolar, as quais (nas escolas pesquisadas) são mantidas pela
Secretaria de Educação de Brusque e recebem diariamente jornais por assinatura,
entre eles o Jornal Município Dia a Dia.
37
GRÁFICO 8 – FREQUÊNCIA À BIBLIOTECA
Fonte: Dados da pesquisa de campo (2011)
Base: 302 entrevistados
4.3 CONHECIMENTO E INTERESSE DE LEITURA EM RELAÇÃO AO JORNAL
MUNICÍPIO DIA A DIA
Os próximos gráficos demonstram o nível de conhecimento dos alunos
pesquisados sobre o referido jornal e sobre o caderno especial publicado pelo
mesmo, intitulado “Dia a Dia da Escola no Município”.
Verifica-se que 86% dos entrevistados conhecem o Jornal Município Dia a Dia
(Gráfico 9). O número é expressivo, mas se considerarmos que todas as escolas
recebem a publicação diariamente, o número pode ser considerado baixo, já que a
pergunta não foi se os estudantes lêem o jornal, e sim, se conhecem.
38
GRÁFICO 9 – CONCHECIMENTO DO JORNAL MDD
Fonte: Dados da pesquisa de campo (2011)
Base: 302 entrevistados
Quando o assunto refere-se ao conhecimento do caderno especial publicado
pelo Jornal Município Dia a Dia, intitulado “Dia a Dia da Escola no Município” e
encartado no corpo do jornal mensalmente, verifica-se que o percentual cai para
63%, conforme Gráfico 10.
Os números demonstram que embora haja um esforço do Jornal em distribuir
gratuitamente a todos os alunos atendidos pelo projeto, um grande número deles
(37%) não toma conhecimento da publicação. O problema pode estar nas escolas
onde os professores não trabalham o encarte, embora ele fale das unidades
escolares municipais e bairros da cidade ou na distribuição dos periódicos, que
podem não estarem chegando ao seu destino final – os estudantes.
39
GRÁFICO 2 – CONHECIMENTO DO ENCARTE “DIA A DIA DA ESCOLA NO MUNICÍPIO”
Fonte: Dados da pesquisa de campo (2011)
Base: 302 entrevistados
Avaliou-se também as editorias do caderno “Dia a Dia da Escola no
Município” que mais chamam atenção dos alunos (Gráfico 11). Vale lembrar que ao
responderem o questionário os estudantes podiam assinalar mais de uma opção.
Verifica-se que 29% dos pesquisados gostam mais da editoria de consciência
ambiental, publicada sempre nas páginas 8 e 9, do “Dia a Dia da Escola no
Município”. Nestas páginas sob a chamada “Meu amigo e eu” mensalmente dois
estudantes são fotografados e entrevistados com seus bichinhos de estimação.
Harris destaca que para os adolescentes “ter animais de estimação é uma
forma especial de brinquedo” (1975. P. 33). A autora diz que os animais oferecem às
pessoas desta faixa etária a possibilidade de expressão de sentimentos como
ternura e simpatia. “Para a criança solitária, o coelhinho, ou cãozinho, ou pombo,
submissos e sem críticas, são ouvintes confortadores”, (1975. P.33).
40
Já 25% dos entrevistados preferem a editoria “Quando crescer, quero ser”
onde a cada edição um estudante fala da profissão que pretende seguir quando
adulto e um profissional da área é entrevistado para dar dicas sobre aquela
atividade. Weil (1986) afirma que a fase da adolescência é decisiva para que uma
pessoa descida que profissão exercer no futuro e que tal escolha deve ser deixada
livre por pais e professores, que devem apenas orientar. “(...) quarenta a cinqüenta
por cento dos que escolheram a profissão forçados por circunstâncias alheias e
contra o seu gosto, fracassaram e mudaram de atividade na primeira oportunidade”
(1986. P. 150).
Esslinger e Kovács (2001) complementam dizendo que algumas crianças já
sabem desde pequenas o que querem ser, enquanto outras não têm a mínima ideia
e nem querem saber ou sofrem com a dúvida. Neste contexto a iniciativa do jornal
de abordar a cada mês uma profissão pode auxiliar muitos leitores na sua própria
decisão.
Na sequência da análise percebe-se que 24% dos pesquisados afirmam
gostar de ler sobre a escola, seguidos de 13% que preferem as fotografias
publicadas a cada mês e 9% que têm preferência na página de “Reconhecimento e
mérito”, onde são publicadas fotos de alunos que se destacam de alguma forma,
indicados pelos professores. A opção “outros” não foi assinalada nenhuma vez.
41
GRÁFICO 3 – SEÇAO FAVORITA
Fonte: Dados da pesquisa de campo (2011)
Base: 302 entrevistados
4.4 OUTRAS INFORMAÇÕES
Além dos resultados obtidos por meio dos gráficos anteriormente
apresentados, no questionário aplicado aos estudantes, quase 60% dos
entrevistados responderam a última pergunta, que questionava sobre o que eles
gostariam de ler no caderno Dia a Dia da Escola no Município. Tais sugestões foram
codificadas e tabuladas, conforme Tabela 4.
Observa-se que os respondentes têm grande interesse por esportes, tendo
15,5% dos entrevistados escrito esta opção como assunto que gostariam de ler no
Dia a Dia da Escola no Município e 9% especificamente sobre futebol. Em seguida,
14,9% dos entrevistados afirmaram que gostariam de ler sobre sua escola, neste
42
aspecto, tratam-se de alunos que ainda não vivenciaram o projeto, apenas
receberam as publicações impressas.
Piadas, charadas (9,9%) e histórias em quadrinhos (3,9%) também foram
apontadas por diversos estudantes.
TABELA 4- O QUE GOSTA DE LER - CONTINUA
O que gostaria de ler: Citações abertas n % Esportes 28 15,5% Nossa escola 27 14,9% Piadas / charadas 18 9,9% Futebol 12 6,6% Gibi 10 5,5% Histórias sobre professores 9 5,0% Histórias em quadrinhos 7 3,9% Mais coisas sobre profissões 7 3,9% Poemas/Poesias/Rimas/fábulas 5 2,8% Policiais 5 2,8% Entrevista com famosos 5 2,8% Sobre o bairro 5 2,8% Mais fotografias 4 2,2% Sobre como os alunos se sentem na escola 4 2,2% Fotos dos alunos com a família 4 2,2% Histórias de português e ciências 3 1,7% Charges 3 1,7% Caça-palavras 3 1,7% Sobre os amigos 3 1,7% Coisas para adolescentes 3 1,7% Meio ambiente 3 1,7% Acidentes 2 1,1% Notícias boas 2 1,1% Dica de filmes 2 1,1% Moda 2 1,1% Acontecimentos da música e teatro 2 1,1% Desenhos para pintar 2 1,1% Desenvolvimento da educação 2 1,1% Onde é aplicado o dinheiro da mensalidade escolar 2 1,1%
Clima / enchente 2 1,1% Aquecimento global / poluição 2 1,1% Contos e lendas 1 0,6% Signos 1 0,6% Dicas de saúde 1 0,6% Dicas de livros 1 0,6% Dicas de jogos de computador 1 0,6% Racismo 1 0,6% Cultura de outros países 1 0,6% Resumo de novela 1 0,6%
43
TABELA 5- O QUE GOSTA DE LER O que gostaria de ler: Citações abertas n % Autores que lançam livros 1 0,6% Alimentos 1 0,6% Receitas 1 0,6% Fotos de carros 1 0,6% Fotos de aventura em Brusque 1 0,6% Tirinhas 1 0,6% Cartum 1 0,6% Cruzadinhas 1 0,6% Namorados 1 0,6% Os pais falando como é a vida dos filhos e suas obrigações 1 0,6%
Sistema solar 1 0,6% Tênis de Mesa 1 0,6% Basquete 1 0,6% Vôlei 1 0,6% Base 181 100,0%
Fonte: Dados da pesquisa de campo (2011) Base: 302 entrevistados
4.4.1 Problemas de Comunicação Evidenciados
A partir da presente pesquisa é possível afirmar a necessidade de melhoria na
comunicação do caderno especial Dia a Dia da Escola no Município com seu
principal público: os estudantes de quinto ano das escolas públicas de Brusque. É
preciso encontrar mecanismos para ter os professores, diretores e bibliotecários
como multiplicadores do projeto, para assim, incentivarem a leitura do mesmo, bem
como, melhorar o índice de reconhecimento da publicação, sendo que 37% dos
pesquisados afirmam não conhecer a publicação.
Com esse propósito, o próximo capítulo apresenta um plano de comunicação
propondo as devidas adequações ao caderno especial “Dia a Dia da Escola no
Município” com base na percepção dos próprios leitores, os estudantes de 5º ano
das escolas públicas de Brusque-SC.
44
5 PLANO DE COMUNICAÇÃO
O plano de comunicação apresentado a seguir está ancorado em três pilares
básicos: o primeiro deles refere-se ao desenvolvimento de ações de divulgação e
relacionamento do jornal para com os leitores. Em um segundo momento, a
utilização de diferentes instrumentos de comunicação para fortalecer a divulgação
dessa ferramenta junto à comunidade, bem como os custos necessários para que tal
mobilização aconteça e, por fim, apresentam-se as propostas de adequação no
editorial do caderno com base na percepção dos alunos, já que os mesmos
destacaram os assuntos que mais gostariam de ler.
5.1 AÇÕES DE DIVULGAÇÃO E RELACIONAMENTO
No cenário cada vez mais complexo e globalizado, o maior bem de uma
empresa é sua marca e não seus bens, sendo a sua imagem e reputação de maior
relevância que seus próprios produtos e serviços (BUENO, 2009).
Para alcançar tal objetivo, as organizações, cada vez mais, demonstram
interesse e preocupação em possuir seus próprios canais de comunicação para
transmitir seus valores e conceitos à comunidade em que estão inseridos. O Jornal
Município Dia a Dia é uma empresa de comunicação, ou seja, possui um canal
direto de diálogo com seus públicos, tendo interesse de captar novos leitores, ao
mesmo tempo em que necessita manter os atuais.
Para isso, a presente pesquisa contribui com objetivo, em curto e médio prazo,
de tornar o encarte mensal Dia a Dia da Escola no Município mais conhecido entre
seu público alvo, já que apenas 63% dos estudantes de quinto ano (envolvidos
diretamente no projeto) declaram conhecer a publicação.
45
A autora desta pesquisa, que também é a jornalista responsável pelo Dia a Dia
da Escola no Município, vê com base no presente trabalho a necessidade de tornar
a publicação mais atrativa ao seu público prioritário para que ele desenvolva o hábito
de ler e se identifique com o Jornal Município Dia a Dia, tornando-se leitor ao longo
prazo desta publicação, em preferência às demais oferecidas no mercado
jornalístico, seja ele regional, estadual ou nacional.
Para isso, com base na pesquisa realizada nas escolas envolvidas no projeto,
sugere-se um acompanhamento mais próximo do recebimento do caderno nas
escolas e da sua entrega aos alunos. O acompanhamento nas unidades escolares
poderia ser feito por uma pessoa da equipe comercial do Jornal, que dedicaria um
dia por semana para visitar escolas e estreitar os laços com o público envolvido. Ou
ainda, poderia ser contratado um funcionário especificamente para esta função, o
qual conseguiria, ainda, estreitar os laços com a Secretaria de Educação do
município.
A segunda opção é a mais indicada, pois o funcionário contratado apenas para
trabalhar com o caderno estaria atento às necessidades do público e suas
impressões sobre a publicação a cada mês. Com a visita constante do jornal nas
escolas (por meio deste colaborador) o feedback necessário para a elaboração das
edições seguintes seria diário, diferente do que ocorre atualmente, já que
normalmente o jornal não recebe nenhuma informação sobre a aceitação do material
na comunidade escolar.
Em todas as visitas o colaborador teria em mãos materiais explicativos (folders)
com informações sobre a publicação mensal e dicas de leitura. Além dos
professores a distribuição seria realizada entre os alunos para incentivá-los à leitura
46
do Dia a Dia da Escola no Município e do Jornal Município Dia a Dia presente em
todas as bibliotecas escolares.
Também se sugere o treinamento de professores e diretores para o uso do
encarte e do jornal diário como ferramenta pedagógica durante as aulas, através de
palestras e workshops. Desta forma, os estudantes teriam contato com a marca
Município Dia a Dia periodicamente por meio de seus professores.
A sugestão de treinamento é a realização de eventos semestrais (um no início e
outro no final do ano letivo) com os professores e diretores das escolas envolvidas
no projeto, para que falem da sua relação com o Jornal, bem como, participem de
palestras ou workshops com profissionais de educação sobre temas relacionados ao
uso de publicações jornalísticas em sala de aula.
Para viabilizar o evento o Jornal deve buscar o apoio de universidades locais
para utilização de espaço físico e contratar profissionais da área de educação aptos
a falar sobre o tema, cujo custo depende de quem será contratado. Sugere-se que
os profissionais sejam diferentes a cada semestre para tornar o evento mais atrativo
aos professores participantes. É importante para o sucesso da iniciativa que a
Secretaria de Educação participe da escolha dos palestrantes para que inclua o
evento no calendário de formações continuadas, garantindo 100% de participação
do público envolvido.
Outra sugestão para que o projeto se fortaleça é ampliar o número de
apoiadores – atualmente o Dia a Dia da Escola no Município conta apenas com
quatro anunciantes. A proposta é mudar a forma de relacionamento com as
empresas que pagam anúncios, para que elas sintam-se parte do projeto e não
apenas paguem mensalmente por um espaço comercial.
47
Uma maneira sugerida para que esta aproximação ocorra é envolver os
anunciantes na linha editorial, deixando que eles opinem sobre o formato e
resultados alcançados pela publicação em reuniões periódicas. Cada anunciante
poderia nomear um representante para participar dos encontros no jornal e conhecer
os resultados do projeto.
No fim de cada ano, os apoiadores poderiam receber selos de empresas
socialmente responsáveis e amigas da leitura, com a marca do Jornal Município Dia
a Dia e da Secretaria de Educação de Brusque, com ampla divulgação do evento
nas páginas do jornal.
Outra proposta é criar um selo de participação no projeto a ser deixado em todas
as escolas após a publicação do caderno. O objetivo é deixar o projeto na cabeça
dos alunos durante todo o ano letivo.
O selo trata-se de um quadro com moldura a ser fixado em local visível na
escola e empresa patrocinadora para demonstrar sua participação no projeto Dia a
Dia da Escola no Município. O texto do selo deve conter um slogan do projeto
referente à importância do apoio à leitura em todas as idades.
5.2 INSTRUMENTOS DE COMUNICAÇÃO
Juntamente com a realização das ações, faz-se necessária a utilização de
algumas ferramentas e materiais de comunicação:
a) Folder impresso, para ser utilizado em visitas nas escolas e entregue nos
eventos semestrais. O material deve conter explicação sobre o projeto Dia a Dia da
48
Escola no Município, como calendário de publicação, escolas já contempladas e
dicas de leitura. Além de divulgar o endereço do hot site do projeto;
.
b) Criação de um hot site do Dia a Dia da Escola no Município dentro do site
do Jornal Município Dia a Dia, que promova interação com o público. Tendo um
visual moderno e conteúdo atualizado referente ao projeto. O referido site deve ter o
conteúdo atualizado diariamente com pequenas notas de interesse do público alvo e
atividades como quiz, caça-palavras, desenhos para colorir, espaço para deixar
recados, etc;
c) Impressão de selos de empresas socialmente responsáveis e amigas da
leitura, com moldura branca para entrega aos apoiadores do projeto no final de cada
ano.
d) Impressão de selos de participação das escolas, com moldura branca.
e) Organização de eventos semestrais para professores e diretores
envolvidos no projeto (coffe e palestrante). A sugestão é que se busque apoio de
universidades locais para não ter custo com o local e se possível com o palestrante.
49
5.3 ORÇAMENTO
*Valores podem variar conforme o fornecedor e escolha dos produtos
5.4 LINHA EDITORIAL
As sugestões apontadas no item 5.1 visam melhorar a divulgação e o
relacionamento do projeto com seus públicos, mas o objetivo central da presente
pesquisa foi identificar o que desperta o interesse de leitura dos estudantes de
quinto ano para propor adequação da linha editorial da publicação.
Materiais Quantidade Valor Total
Folder 5.000 unidades R$ 2.500,00
Hot site 1 unidade R$ 3.500,00
Selos para
empresas
R$ 400,00
(R$ 100,00 cada – quantidade
conforme número de apoiadores.
Atualmente quatro)
Selos para
escolas
R$ 900,00
(nove escolas por ano)
Coffee R$2.400,00
(pães de queijo, cuca, biscoito, bolo,
pão, queijo, geléia, suco e café)
Palestrantes Parceria
Local para
palestras
Parceria
Total anual: R$ 9.700,00*
50
Observou-se que 29% dos pesquisados se identificam mais com a editoria
que aborda perfis com os animais de estimação dos estudantes, por isso, a proposta
é que ela seja mantida no próximo ano. Assim como a editoria que trata das
profissões, citada por 25% dos entrevistados, em questão de múltipla escolha. Foi
observado que os assuntos referentes à escola também chamam atenção dos
alunos, com 24% de preferência.
Durante a pesquisa os alunos puderam relacionar seus temas de interesse
em questão aberta do questionário, conforme tabela a seguir. Desta forma, faz-se
necessário, de acordo com os resultados obtidos que a linha editorial da publicação
aborde mensalmente temas relacionados aos estudantes, como questões
enfrentadas na adolescência e na escola.
A pesquisa aponta que 36,5% dos entrevistados têm preferência por estes
temas (tabela 5), o que reforça a opinião de Paulo Freire quando diz que “a leitura
do mundo precede a leitura da palavra” (1992 p. 11). Ou seja, a criança prefere ler
sobre aquilo que tem referência com o contexto em que ela vive, proposta já
executada pelo jornal que traz na página 3 da publicação a história da escola e da
comunidade na qual está inserida.
Vale lembrar que a referida tabela apresenta os interesses dos entrevistados
agrupados por tema, por exemplo, todas as citações referente a futebol, basquete,
entre outros, foram agrupados no item esportes.
TABELA 5 - O QUE GOSTA DE LER (AGRUPADA) - CONTINUA Sugestões de temas de Leitura N % ESTUDANTES/ADOLESCENTES/ESCOLA 66 36,5% ESPORTES 43 23,8% DIVERSÃO 21 11,6% ATIVIDADES EDUCATIVAS 21 11,6% POEMAS E HISTÓRIAS 9 5,0% NOTÍCIAS 9 5,0%
51
TABELA 5 - O QUE GOSTA DE LER (AGRUPADA) Sugestões de temas de Leitura N % FAMOSOS 9 5,0% MEIO AMBIENTE 8 4,4% DICAS DIVERSAS 6 3,3% INSERÇÃO DE FOTOS 6 3,3% CURIOSIDADES 4 2,2% GASTRONOMIA 2 1,1% Base 181 100,0%
Após análise dos assuntos citados pelos estudantes quando perguntados
sobre o que gostariam de ler no Dia a Dia da Escola no Município e levando-se em
conta o que a publicação já oferece, sugere-se a criação de uma coluna nas páginas
centrais, contendo mensalmente uma tirinha (história em quadrinhos), uma charge
(podendo ser referente a assuntos da própria escola ou temas de relevância
nacional, como cidadania, bulling, drogas, entre outros), uma piada (sob o título:
Risada do Mês) e pequenas notas sobre novidades para adolescência e artistas
teens. Preferencialmente utilizar fotos de celebridades teens ou produtos novos no
mercado, novidades tecnológicas, para chamar atenção dos leitores. Desta forma, a
publicação atenderia ainda mais a necessidade dos 36,5% de alunos que gostariam
de ler sobre temas relacionados à adolescência e a escola e os 11,6% que buscam
diversão.
Como a publicação possui 12 páginas mensais a coluna somente pode ser
viabilizada com o corte de editorias, que atualmente possuem páginas duplas. Desta
forma, propõe-se cortar uma entrevista referente ao animal de estimação
(atualmente são duas), o que tornaria a editoria mais cobiçada entre os estudantes e
uma página para os projetos da escola.
Outra possibilidade seria uma coluna nos mesmos moldes, mas com uma
página, que poderia ser a página 11, sendo necessária apenas a diminuição de um
52
dos perfis de animais de estimação e mantendo-se as páginas centrais (mais
nobres) para os projetos da escola.
Conforme a pesquisa 23,8% dos entrevistados gostariam de ler sobre
esportes. Para contemplar o tema esporte a sugestão é que todos os meses a
contracapa do encarte traga uma matéria de meia página sobre o tema. Os textos
devem ser curtos, com foto e temas inéditos, como novas modalidades (rugby, por
exemplo) ou histórias de atletas. Para isso é necessário cortar a editoria
“Reconhecimento e mérito” apontada com preferência por apenas 9% dos
pesquisados (gráfico 11)
53
6 CONCLUSÃO
“Mas se estas crianças, coitadas, nunca adquiram o hábito da leitura, como
saberão um dia escrever?”. O questionamento é de Quintana (2005), mas traduz a
preocupação da autora deste trabalho quanto ao futuro da leitura nas próximas
gerações.
Espera-se que a presente pesquisa contribua para novos estudos sobre o
tema e que ações conjuntas entre pais, educadores, governantes e meios de
comunicação não meçam esforços para tornar a leitura uma realidade no dia a dia
de crianças e jovens.
Embora a pesquisa tenha apresentado diversas limitações mostrou que há um
interesse dos estudantes de quinto ano pela leitura, mas também denunciou que
eles precisam de incentivo para torná-la um hábito, principalmente nesta fase da
vida em que passa por diversas mudanças.
A sugestão de criação de uma coluna englobando diversos assuntos de
interesse da faixa etária pesquisada deve contribuir para uma maior identificação
dos estudantes com a publicação Dia a Dia da Escola no Município, sem que ele
deixe de apresentar ao público textos que requerem maior atenção na hora de
folhear o jornal.
Na opinião da autora o estreitamento de laços entre a publicação e seus
públicos, entre eles os leitores, anunciantes e professores é primordial para o
sucesso do projeto.
A preocupação com o público prioritário – os estudantes de quinto ano – deve
ser constante por todos profissionais envolvidos no projeto Dia a Dia da Escola no
Município, não somente por eles representarem o futuro do país, mas pelas
peculiaridades que apresentam na faixa etária em que se encontram.
54
De acordo com Aberastury e Knobel os adolescentes precisam se despedir da
infância, sendo esta uma imposição da idade, vendo-se obrigado a entrar no mundo
do adulto. “O adolescente entra numa crise de temporalidade. (...) É um verdadeiro
estado caótico”, (1981, p. 85).
Caótico ou não, se trata de um período em que eles precisam como nunca ser
valorizados e incentivados a pratica da leitura. Tarefa que está nas minhas e nas
suas mãos.
55
REFERÊNCIAS
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ABRAMOVICH, Fanny. Literatura Infantil: gostosuras e bobices. São Paulo: Scipione, 1991. (Série pensamento e ação no magistério).
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FACHIN, Odília. Fundamentos de metodologia. 5 ed. São Paulo: Saraiva, 2006.
FERNANDES, Mário Luiz. A Força do Jornal do Interior. Itajaí: Univali, 2003.
FERREIRO, Emília. Reflexões sobre alfabetização. 20 ed. São Paulo: Cortez, 1992.
56
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FREIRE, Paulo. Alfabetização: leitura da palavra, leitura do mundo. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1990.
G1 BRASIL NOTÍCIAS, 2008. Disponível em http://g1.globo.com/Noticias/Brasil/0,,MUL909873-5598,00-TAXA+DE+DIVORCIOS+CRESCE+EM+ANOS+DIZ+IBGE.html. Acessado em outubro de 2011.
HARRIS, Martha. Seu Filho de 11 anos. Rio de Janeiro: Imago, 1975.
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57
QUINTANA, Mario. 80 anos de poesia. São Paulo: Globo, 2005.
Revista Presença Pedagógica, Editora Dimensão. SP. V.4. n. 19, jan/fev 1998.
Revista Nova Escola, Editora Abril. São Paulo. Ano XXVI. N. 245. Setembro 2011.
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STRASBURGER, Victor C. Os adolescentes e a mídia: impacto psicológico. Porto Alegre: Artes Médicas Sul, 1999.
ZIKMUND, Willian G. Princípios da pesquisa de marketing. São Paulo: Pioneira Thomson Learning, 2006.
WEIL, Pierre. A criança, o lar e a escola. Petrópolis: Vozes, 1986.
58
APÊNDICE A – QUESTIONÁRIO
PESQUISA “HÁBITOS E INTERESSES DE LEITURA DOS ESTUDANTES DE 5ª SÉRIE DAS ESCOLAS MUNICIPAIS DE BRUSQUE”
Prezado Estudante, esta pesquisa tem como objetivo verificar os seus hábitos e interesses de
leitura. É importante que você responda todas as perguntas.
Escola: _____________________________________________ Bairro: __________________ Turno: 1.�Manhã 2. �Tarde
PERFIL DO ALUNO
1. Sexo: 1.�Feminino 2. �Masculino 2. Idade:_________________
3. Mora com: 1.�Os
Pais 2.�O pai 3.�A mãe 4.�outros parentes
4. Tem irmãos: 1.�Sim 2. �Não 5. Quantos irmãos:_________________
HÁBITOS DE LEITURA
6. Você gosta de ler? 1.� Sim O que? 1.�Jornal 2.� Revista 3.�Livro 4.� Gibi
2.�Não
7. Com que freqüência você costuma ler: 1.� Todos os dias 2.� De duas a três vezes por semana 3.� Uma vez por semana 4.� Mensalmente 5.� Praticamente não leio
8. As pessoas da sua família lêem: 1.� Muito 2.� Pouco 3.� Nunca lêem
9. Com que freqüência você vai à biblioteca? 1.� Todos os dias 2.� Todas as semanas 3.� Todo mês 4.� Nunca vai
CONHECIMENTO SOBRE O JORNAL E INTERESSE DE LEITURA
10. Você conhece o Jornal Município Dia a Dia? 1.�Sim 2. �Não
11. Você conhece o caderno “Dia a Dia da Escola no Município” encartado uma vez por mês no Jornal Município Dia a Dia? 1.�Sim 2. �Não (Pule para pergunta 13)
12. Se você conhece o caderno “Dia a Dia da Escola no Município”, o que mais gosta nele? 1.�Dos textos sobre a escola
2.�Dos textos sobre os estudantes e seus animais de estimação
3.�Dos textos sobre profissão – o que quer ser quando crescer?
4.�Das fotografias dos alunos
5.�Da página de reconhecimento e mérito
�Outros ___________________________________________________________________
13. O que você gostaria de ler no caderno Dia a Dia da Escola no Município? _________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________
Obrigada pela sua participação!!!
59
ANEXO A – JORNAL “DIA A DIA DA ESCOLA NO MUNICÍPIO – DEZEMBRO
2011”
Especial O Dia a Dia da Escola no MunicípioDistribuição gratuita
Brusque SC8 de dezembro de 2011
Escola Rio Branco
Da DireçãoFalar de educação é falar de amor...
Ver os pequenos da Educação Infantil correrem ao
encontro da “prô”... 1º, 2º, 3º, 4º e 5º ano são crianças e
pré-adolescentes que querem atenção e contam como
foi o seu dia. 6ª, 7ª e 8ª série, olhares desconfiados, malícia
no ar, jeito maroto, fase dos encontros e desencontros,
todos nós já passamos por isso. Ah, como foi bom...
Tudo o que fizermos pela educação fará a diferença para
os nossos alunos. Família e escola devem caminhar
juntas, pois ambas educam e ensinam, porém o mundo
cobra. E quando não preparamos nossos filhos e
alunos para a vida, as consequências deixam cicatrizes
doloridas neles e em nós também.
Sejamos pais e profissionais aptos a fazer a
diferença. Os alunos anseiam por um novo olhar,
um novo gesto. Que possamos fazer esta diferença.
Futuramente veremos a mudança de atitudes dos
jovens que, muitas vezes, hoje nos recriminam.
Chega de jovens sem direção, indiquemos o caminho
de forma simples e com amor.
“Se teus projetos forem para um ano, semeie o grão. Se
forem para 10 anos, planta uma árvore. Se forem para
100 anos instrui o povo” (Provérbio Chinês).
Ana Maria Basso dos Santos - diretora
2 | BRUSQUE | QUINTA-FEIRA, 8 DE DEZEMBRO DE 2011Escola Rio Branco O Dia a Dia da Escola no Município
Perfil
institucional
DiretorCláudio José Schlindwein
Editora-chefeLetícia Schlindwein
Redação e FotografiaThayse Helena Machado
Projeto gráfico e DiagramaçãoJornal Município Dia a Dia
ImpressãoJornal de Santa Catarina
Tiragem 7100 exemplaresPáginas 12
Números desta edição
Escola de Ensino Fundamental Rio Branco
3 | BRUSQUE | QUINTA-FEIRA, 8 DE DEZEMBRO DE 2011 Escola Rio Branco O Dia a Dia da Escola no Município
Escola de Ensino Fundamental Rio Branco
Escola de Ensino Fundamental Rio Branco
Endereço: Rua Ernesto Bianchini, 829
Bairro: Rio Branco, Brusque – SC
Data de fundação: ano de 1930
Número de funcionários: 24
Diretora: Ana Maria Basso dos Santos
Coordenadora: Dhébora Alves Nogueira
Número de alunos: 205
Estrutura: A escola atende da Educação Infantil; Infantil II e III, Pré; até o Ensino Fundamental: 1º Ano até a 8ª Série. Para isso, conta com cinco salas de aula, uma secretaria, uma sala de professores, um espaço pedagógico informatizado –ESPIN, uma cozinha, uma lavação, dois depósitos, uma quadra, banheiros, pátio coberto e parque.
Quem somos
Editorial
A escola faz história...A história da Escola Rio Branco
iniciou em 1930, época em que era chamada: Escola Mista Provisória de Grosser-Fluss, como também era chamado o bairro. Naquele ano estu-daram 45 alunos, distribuídos de 1ª à 4ª série, e o professor responsável era Celso Schaefer.
Dezoito anos mais tarde dois fatos marcaram a história da es-
cola: a aquisição de um novo local para o funcionamento (onde exis-te hoje a Tecelagem Atlântica) e a troca de nome do bairro e da esco-la para Rio Branco.
Em 1972 a escola adquiriu um novo e definitivo local de funcionamento, no qual permanece edificada até hoje, sendo que somente em 1998 é que foi municipalizada, ou seja, deixou de ser
responsabilidade do Estado para ser do Município.
Ao longo dos anos a escola passou por diversas ampliações e reformas. Em 2008 foi inaugurada a amplia-ção do prédio de dois andares. Um dos orgulhos da escola é a bibliote-ca, que hoje conta com um acervo de 2.185 livros. É a escola, contando muitas histórias!
Como diria minha avó “abacabou-se o que era doce”. Para ela, a frase com verbo escrito de forma errada sem-pre foi ótima para descrever o fim de algo bom, divertido e que deixaria saudade. Nesse contexto terminou 2011. Logo será Natal e vamos ter uma nova chance no ano que vem - mais 12 meses para fazer diferente e por que não, fazer a diferença. O Dia a Dia da Escola no Município se despede deste ano com a sensação de dever cumprido. Contamos muitas histórias. Nos emocionamos e com certeza, em algum momento, emocionamos você leitor.Concluímos as publicações deste ano com uma edição linda como árvore de Natal decorada. Aliás, a escola Rio Branco já estava no clima natalino durante o mês de novembro, quando o tema invadiu o pátio, os cartazes e
as salas de aula, que ganharam até presépios. Fim de ano é tempo de agradecer, por isso, agradecemos a todos que colaboraram com esta publicação ao longo de 2011 e que nos deram um pouquinho do seu tempo para conceder entrevistas e posar para fotos. Obrigada! Agradecemos também a cada leitor que dedicou alguns minutos por mês para ler sobre o dia a dia, os desafios e os sonhos de pequenos grandes estudantes. A vocês, muitas vezes obrigada! Que o Papai Noel seja generoso com todo mundo e além de presentes traga muita paz, amor e sonhos realizados. Um grande abraço a todos, e, pela última vez este ano, ótima leitura!
THAYSE HELENA MACHADO – Jornalista
4 | BRUSQUE | QUINTA-FEIRA, 8 DE DEZEMBRO DE 2011Escola Rio Branco O Dia a Dia da Escola no Município
Minha escola tem tudo... tem recreio e diversão, tem papel, tem lápis e caneta
e tem muita união, tem professor e professora
chatos e legais tem brincadeira, tem caderno e muito mais, tem correria e tem parquee muita lição.
Na minha escola tem papel, lápis e canetae muita união... tem meu mundo de faz de conta,tem risada quando todo mundo apronta.
Minha escola tem continha e mapas, tem música e poesia, mas eu gosto mesmo é do recreio, onde todos brincam com muita alegria.
Meu bairro é muito legal porque perto da minha casa tem um campinho. Lá meu irmão e eu jogamos futebol, e, às vezes, vôlei.
Aqui também eu posso reciclar porque tem uma casinha de coleta. Na minha rua eu só conheço um amigo da sala e nós sempre jogamos futebol ou brincamos de queimada.
Também andamos de bicicleta quando nossas mães deixam ou jogamos bola. Andar de bicicleta nem pensar, se tiver muitos caminhões, rolos e escavadeiras. Dá para andar na nossa rua onde não tem asfalto, por enquanto.
Quando tiver asfalto a rua não vai ficar com lama e nem poeira e o dono do campinho, Rogério, ficará feliz com o asfalto.
O Rogério é muito engraçado e brincalhão, por isso gosto do meu bairro.
Minha escola tem...
O texto sobre a escola é da estudante
Franciele Figueira Lopes, 11 anos, que
gosta de escrever, mas prefere matemática.
Ela foi orientada pela professora Valzete
Maria Maestri
Quem escreveu este texto contando sobre
o bairro onde mora foi Igor de Oliveira Santos, 11 anos. O garoto conta
que gosta de ler livros de história, revistas de
carro e jornais.
Desenvolvimento
literário
5 | BRUSQUE | QUINTA-FEIRA, 8 DE DEZEMBRO DE 2011 Escola Rio Branco O Dia a Dia da Escola no Município
A estudante Milena Cristina da Silva Gomes, 12 anos, é a dona dos traços que deram vida ao desenho da Escola Rio Branco. Ela conta que quando começou a desenhar estava difícil, mas depois a professora levou a turma para frente da escola. “Aí ficou fácil”, afirma.
MEU BAIRRO E EUDesenvolvimento
artístico
6 | BRUSQUE | QUINTA-FEIRA, 8 DE DEZEMBRO DE 2011Escola Rio Branco O Dia a Dia da Escola no Município
Biblioteca: UMA UNANIMIDADE
Na Escola Rio Branco a biblioteca é o local preferido dos alunos
Dizem por aí que “as biblio-tecas são jardins de livros regados a olhares”. Na es-cola Rio Branco esse jar-dim é florido, movimen-
tado, vivo... o local está sempre cheio de alunos de olhar atento e curioso.
Quem rega essas flores é a gestora de biblioteca, Angela Maria da Silva, 35 anos. Para ela é um prazer traba-lhar entre os livros, rodeada de au-tores, tendo como principal objetivo incentivar o gosto dos estudantes pela leitura.
Para isso, ela não se limita a empres-tar livros aos estudantes. Essa é apenas uma das possibilidades de uma pessoa quando entra na biblioteca. Quer saber por quê? Acompanhe abaixo alguns dos projetos que ela desenvolveu com os estudantes de toda a escola.
Qualidade de
ensino
7 | BRUSQUE | QUINTA-FEIRA, 8 DE DEZEMBRO DE 2011 Escola Rio Branco O Dia a Dia da Escola no Município
Na Escola Rio Branco a biblioteca é o local preferido dos alunos
Dia da Criança e Trânsito No mês de outubro as atividades realizadas com os alunos pela gestora de biblioteca Angela tiveram o Dia da Criança e o trânsito como temas. Para trabalhar o segundo tema, inicialmente, ela conversou com os estudantes sobre os tipos de meios de trans-porte. Depois todos construíram carros, motos, bicicletas, cami-nhões, e outros meios utilizando material reciclado. Uma festa! No final cada um criou uma frase de conscientização (veja Box).
Lições de criança para adulto lembrarCuide do trânsito para ele ficar melhor – Gabrielly Gonçalves da Silva
Se dirigir, não beba – Jéssica Bianchessi
O trânsito não é brincadeira – Matheus Beifuss
Ande na velocidade permitida – Valdir Knies Jr.
Preste atenção ao atravessar a rua – Thais Fernanda Ferreira da Luz
Não fale ao celular quando estiver dirigindo – Diogo Rocha de Lucas
Pátria Querida Uma grande bandeira do Brasil foi confeccionada por alunos do Infantil ao quinto ano por meio de colagem. “A cada etapa do trabalho conversávamos a respeito do significado de cada cor “, explica Angela, que também ensaiou com os alunos do primeiro ano o poema Pátria, de Olavo Bilac.
Folclore O folclore foi trabalhado por Angela com os alunos no mês de agosto, quando personagens como Saci, Mula-Sem-Cabeça, Iara, Boitatá e Cuca foram expostos por meio de desenhos em toda a es-cola. “Os alunos também fizeram marcadores de página e dedoches dos personagens, os quais levaram para casa”, recorda.
Livros infantis Abril foi o mês escolhido para comemorar o Dia Nacional do Livro e na escola esta data não poderia passar em branco. “Foi neste mês que trabalhamos o projeto Monteiro Lobato, onde realizamos uma apresentação sobre a vida do autor suas obras”, explica a gestora. Alguns alunos também confeccionaram máscaras do Visconde e da Emilia, enquanto outros fizeram marcadores de páginas ou cartazes com os personagens do Sítio do Picapau Amarelo, expostos por toda a escola.
Alegria do circo No início do ano a turma do terceiro ano matutino abordou o tema Circo. Eles trabalharam a poesia do Palhaço. Cada um recebeu uma parte e leu em silêncio, depois todos leram em voz alta. “Foi muito engraçado e no final muitos queriam saber o significado de picadeiro e marmelada, ou seja, aprenderam coisas novas”, conta Angela. Logo depois, os alunos confeccionaram seus próprios palhaços com EVA colorido, tesoura, cola, lápis de cor, copinho plástico, bola de isopor, papelão e guache. No final tudo foi exposto e cada um levou sua obra de arte para casa.
Mulher valorizadaPara marcar o Dia Internacional da Mulher, comemorado em março, os estudantes confeccionaram uma flor. “Os meninos passaram perfume e as meninas deram um beijo com batom”, revela Angela. Depois das flores prontas todos participaram de uma home-nagem no pátio onde foram recitados poemas. “No final cada um entregou sua flor a uma mulher que faz parte da sua vida: a professora, a diretora, etc.”.
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MEU AMIGO E EUConsciência
ambiental
Lista de amigos Pity | Loro | Pank | Nego | Laila | Bimbo
Esta é a lista de ani-mais de estimação de Suelen de Olivei-ra, 10 anos, que divi-de sua atenção entre
cães e pássaros. Com uma lista do tamanho desta de bichos em casa ela só podia mesmo sonhar em ser veterinária. “Tenho jei-to com eles. Só vou ficar com pena na hora de dar as vaci-nas”, comenta.
A estudante de sorriso fácil e olhar alegre conta que, às vezes, os cachorros dormem dentro de casa e, também às vezes, tomam banho no pet shop.
Filha querida de Édia e Gilson e irmã de Luiz Miguel, 17 anos, ela explica que o cuidado com a gaio-la dos pássaros é de toda a família, assim como a função de alimentar os cachorros da casa.
A brusquense posou para a foto que ilustra esta página com a ami-ga Pity e não deixou de mostrar os acessórios que usa diariamente: em um dos braços o relógio que troca de pulseiras, presente de Natal da dinda Giovana e no ou-tro o rosário que ganhou no fim de outubro, quando tomou a primei-ra comunhão.
Na escola a menina é querida por todos e tem muitos amigos. “Gosto de Inglês, Artes, Edu-cação Física e alguns professo-res”, afirma.
Mas voltando a sua lista de ami-gos bichos Suelen diz que adora brincar com eles de pega-pega. É assim correndo de um lado para o outro que ela vive cada dia.
Não precisa correr para alcan-çar o futuro, mas quem a conhece torce para que, quando ele che-gar, ela cuide de outra lista: a dos pacientes da sua clínica. E que tenha ainda, uma lista enorme de sonhos realizados. Suelen mostra Pity, um dos animaizinhos da sua casa
“Tenho jeito com eles. Só
vou ficar com pena na hora de dar as vacinas”
9 | BRUSQUE | QUINTA-FEIRA, 8 DE DEZEMBRO DE 2011 Escola Rio Branco O Dia a Dia da Escola no Município
MEU AMIGO E EUConsciência
ambiental
O galo do meu avôT
er um animal de estimação é re-quisito para ocupar este espaço, mas em alguns casos é possí-vel dividir a “propriedade” em questão com alguém da família.
Nossos personagens de hoje são Matheus Pelois Coelho, 11 anos, e o galo do seu avô Alonso.
O galo não tem nome, mas é como se ti-vesse relógio. É ele, na companhia de outro galo que não apareceu na foto, quem des-perta a família logo cedo. “Às cinco da ma-drugada eles já estão cantando, mas eu só acordo lá pelas oito”, conta ele, que sonha em ser jogador de futebol.
Vascaíno, o garoto também se declara torcedor do Bruscão. “Eu estava treinando futebol, mas tive que parar para fazer cate-quese”, conta ele, que no dia da comunhão ganhou da madrinha Irene um relógio de led. Agora nem precisa mais do galo para acordar!
Além do avô Alonso, Matheus mora com a mãe Maria, a irmã Ana Paula e a avó Ana. “Meus pais se separaram antes de eu nas-cer”, comenta.
O garoto conta que a família nem sempre criou galos. “Uma mulher ofereceu e mi-nha mãe pagou R$ 10”, depois o galinheiro cresceu um pouco e ele jura que ninguém vai parar na panela.
“Às cinco da madrugada eles já
estão cantando, mas eu só acordo lá
pelas oito”
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QUANDO EU CRESCERQuando eu
crescer
O quadro onde Miriã Rodrigues da Silva, 11 anos, escreve não é de uma sala de aula comum. É o quadro de giz da biblioteca da Escola Rio Branco. É nesse
espaço, cercado por livros, que a estudante observa o trabalho da gestora de biblioteca, Angela Maria da Silva, e sonha em crescer para ser como ela e outras tantas pessoas que dedicam a carreira a emprestar livros na escola e tem o poder de levar os alunos para um mundo incrível, o da leitura.
Mais que isso, essas profissionais muitas vezes auxiliam os professores no dia a dia das aulas. “Imagino que quando começar a trabalhar vou sempre fazer coisas diferen-tes com os alunos e se a professora das salas precisar da minha ajuda na biblioteca esta-rei sempre pronta a ajudar”, explica Miriã.
A menina quer fazer faculdade, mas não sabe de que. Poderia fazer Pedagogia como Angela ou Biblioteconomia, como a nossa
entrevistada da página ao lado, a biblio-tecária e escritora Suzana Mafra. Ela ainda tem tempo para decidir.
Sabe que escolher uma profissão é bem mais difícil do que formar palavras em um prato de sopa de letrinhas. “O que sei é que quero ser professora de biblioteca”, afirma decidida, embora ainda não tenha comen-
tado com os pais a profissão de deseja seguir. Filha única do operário Agnaldo e da
costureira Denize, Miriã conta que eles estudaram até a quarta e oitava série, mas sempre se preocuparam com os seus es-tudos. Mesmo que ainda falte alguns anos para realizar o sonho de se formar na facul-dade a estudante diz que quando ganhar
dinheiro com seu trabalho quer ajudar os pais em casa. Aliás, em casa não, pois seu desejo é morar em um prédio.
Questionada sobre os ensinamentos que pretende passar aos estudantes que visi-tarem a sua biblioteca Miriã afirma que o mais importante é dizer a eles que “sempre tenham boa leitura, mesmo que trabalhem em fábricas”.
Para a estudante, a biblioteca é o am-biente mais legal da escola. “Ficar somente na sala de aula enjoa”, afirma ela, que por meio da escola já visitou a Biblioteca Mu-nicipal, no centro de Brusque. “Achei bem legal os livros e as brincadeiras que o pesso-al que trabalha lá fez com a gente. Também gostei de saber como cego lê (braile).
“A Biblioteca é muito importante para os alunos”, ressalta. Sobre os livros que já leu ela destaca “Eneida” onde lembra princi-palmente sobre a guerra de Troia. Mas essa já é outra história.
Quero ser “professora de biblioteca”
“Imagino que quando começar a trabalhar vou
sempre fazer coisas diferentes com os alunos”
Miriã Rodrigues da Silva ainda não sabe que quer cursar biblioteconomia ou pedagogia
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“professora de biblioteca”
Ser bibliotecária Q
uando se fala em biblioteca na ci-dade de Brusque o primeiro nome lembrado é o de
Suzana Mafra, 45 anos. Forma-da em Biblioteconomia e mestre em Literatura pela Universida-de Federal de Santa Catarina – UFSC ela adora a profissão que escolheu.
Servidora pública municipal há 13 anos, sendo 11 deles na Biblioteca Pública, atualmente Suzana trabalha na Secretaria de Educação, onde coordena as bibliotecas escolares e arti-cula projetos e ações de incen-tivo à leitura.
Entres os prêmios literários que coleciona, ela destaca o Palco Habitasul, o Franklin Cascaes e o OFF FLIP, todos de poesia. Suzana também recebeu menção honro-sa no Prêmio Hernâni Cidade, de Portugal.
Para ela o sucesso de uma bi-blioteca depende de: profissional competente, acervo condizente com a necessidade dos usuários e estrutura adequada. Confira o que Suzana tem a dizer sobre a sua profissão:
Como define sua história com os livros?
O universo encontrado nos livros sempre me fascinou. Na minha casa havia uma estan-te com livros diversos. Quan-do chovia e eu não precisava ajudar minha mãe na roça, me trancava no quarto com um dos livros daquele pequeno acervo. Minha mãe e meu pai contavam histórias e mais tarde descobri que muitas delas estavam regis-tradas em livros.
Qual a importância do conta-to das crianças desde cedo com a leitura?
Estudos apontam que o conta-to desde cedo com a leitura traz inúmeros benefícios à criança. Cada uma vivencia a leitura de um jeito particular, assim como os adultos. É um encontro de sub-jetividades.
Quando criança, você já sabia o que queria ser quando crescesse?
Não. Descobri que queria ser bibliotecária quando trabalhei numa empresa e percebi que o ambiente de escritório não combinava comigo. Gostava dos ambientes das bibliotecas e tinha uma parente bibliote-cária, então decidi estudar Bi-blioteconomia.
Como é o seu trabalho à fren-
te das bibliotecas de Brusque? Quantas são?
O meu trabalho consiste em coordenar e acompanhar o tra-balho desenvolvido pelas 25
bibliotecas escolares munici-pais, isso acontece por meio de encontros mensais de formação com os profissionais que nelas atuam e suporte às bibliotecas.
Qual mensagem você deixa para os estudantes que querem
seguir seus passos profissionais, como a Miriã?
O ideal é que façam um curso superior de Biblioteconomia. Em Santa Catarina temos na UDESC e na UFSC, ambos em Floria-nópolis e gratuitos. O mercado para bibliotecários (as) está em
expansão. Há vagas sobrando, principalmente no interior. Que procurem ler bons livros, se in-formar sobre a profissão e visitar as universidades. Após formados, nos dois primeiros anos, busquem aprender e conciliar teoria com prática. Sem esquecer de ser feliz.
“Minha mãe e meu pai contavam histórias e mais tarde descobri
que muitas delas estavam registradas em livros”
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Conforme a professora Gabriel Calefi Sebold, 11 anos, é
um bom aluno em todas as disciplinas e recebe muito
incentivo da família #Nota10
Jeziel Almeida dos Anjos é organizado com seus materiais e preocupado com suas tarefas! #bomexemploparatodos
A aluna Emily da Silva Gomes, 11 anos, gosta de Artes, Português e Inglês. Segunda a professora ela escreve muito bem!
Mateus Marcos de Oliveira, 13 anos, é ótimo para fazer amizades. Não é à toa que a professora fala dele como um menino querido. É isso ai rapaz!
Participar de todas as atividades é com o estudante
Lucas Quevedo Segantin, 10 anos. #sucessogaroto
Carlos Henrique Coelho, 11 anos, se destaca
entre os colegas pela leitura. Segundo a
professora ele adora literatura infantil e vive
no mundo da fantasia
O estudante Alexandre Henrique Rocha Pereira, 10 anos, começou a estudar este ano na Escola Rio Branco e segundo a professora ele é muito educado pela família e muito participativo durante as aulas. Continue assim garoto!
Aos 10 anos João Pedro Nazario do Carmo é bom de raciocínio lógico. Tanto que adora matemática. Quem sabe temos não temos aqui um futuro engenheiro? #ficadica
Reconhecimento
e mérito
Nos
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ço
1A1B1C1234566.16.26.36.4789101112.112.212.312.412.513.
Escola: Bairro:Turno: Sexo: Idade:Mora com: Tem irmãos: Quantos irmãos:Você gosta de ler?O que gosta de ler?O que gosta de ler?O que gosta de ler?O que gosta de ler?Com que freqüência você costuma ler: As pessoas da sua família lêem: Com que freqüência você vai à biblioteca? Você conhece o Jornal Município Dia a Dia? Você conhece o caderno "Dia a Dia da Escola no Município" encartado uma vez por mês no Jornal Município Dia a Dia? Se você conhece o caderno "Dia a Dia da Escola no Município", o que mais gosta nele? Se você conhece o caderno "Dia a Dia da Escola no Município", o que mais gosta nele? Se você conhece o caderno "Dia a Dia da Escola no Município", o que mais gosta nele? Se você conhece o caderno "Dia a Dia da Escola no Município", o que mais gosta nele? Se você conhece o caderno "Dia a Dia da Escola no Município", o que mais gosta nele? O que você gostaria de ler no caderno Dia a Dia da Escola no Município?
1 2 3 4 5 6 7 8 9 101 1 1 1 1 1 1 1 1 11 1 1 1 1 1 1 1 1 11 1 1 1 1 1 1 1 1 12 1 1 1 2 2 2 1 2 1
11 11 11 11 11 11 11 11 11 91 3 1 1 1 1 1 1 1 11 1 1 1 1 1 2 1 1 14 10 1 5 6 1 4 1 11 1 1 1 1 1 1 1 1 1
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2 1 1 2 3 2 2 1 3 11 2 2 2 2 1 1 1 1 22 2 2 3 2 2 2 2 1 11 1 1 1 1 1 1 1 1 11 1 1 2 1 1 1 1 1 2
12.1 12.1 12.112.212.3 12.3 12.312.4 12.4 12.4 12.412.5 12.5
9 22 20 22 17 29 22
11 12 13 14 15 16 17 18 19 201 1 1 1 2 2 2 2 2 21 1 1 1 2 2 2 2 2 21 1 1 1 2 2 2 2 2 21 2 2 2 2 2 2 2 2 2
10 10 10 12 11 11 12 12 11 121 4 1 3 1 1 1 1 1 11 1 1 1 1 1 1 1 1 13 3 2 3 1 2 3 2 1 21 1 1 2 1 1 1 2 1 1
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1 3 2 5 1 2 2 3 4 32 2 2 2 2 2 3 1 2 22 2 2 4 2 2 4 4 3 11 1 1 1 2 1 1 2 1 21 2 1 1 2 2 2 2 1 2
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12 12 12 12 13 11 11 11 12 111 3 1 1 1 1 3 1 1 11 1 1 2 1 1 1 1 1 13 3 1 3 1 2 6 1 51 1 1 2 1 1 1 1 1 1
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5 1 3 5 4 2 2 1 1 12 2 2 2 2 2 2 2 3 24 3 2 4 2 2 3 2 1 21 2 2 1 2 1 1 1 1 11 2 2 2 2 1 2 1 1 1
12.112.2 12.2 12.2
12.3 12.3 12.312.412.5 12.5
2 16, 29 20
31 32 33 34 35 36 37 38 39 402 2 3 3 3 3 3 3 3 32 2 3 3 3 3 3 3 3 32 2 2 2 2 2 2 2 2 21 1 2 2 2 1 1 2 2 2
13 11 11 12 11 12 14 14 13 121 3 1 1 2 1 3 1 3 11 1 1 1 1 1 1 1 1 11 2 3 4 1 1 6 2 4 21 1 2 1 1 1 1 1 2 2
6.1 6.1 6.1 6.1 6.16.2 6.2 6.2 6.26.3 6.3 6.3 6.3 6.3
6.4 6.4 6.42 1 3 1 2 2 2 2 5 52 2 2 2 2 2 2 2 2 13 2 3 3 2 3 3 3 4 41 2 1 1 1 1 1 1 1 12 2 1 1 1 2 2 2 2 2
12.112.2
12.3
3 20 16 19 1
41 42 43 44 45 46 47 48 49 503 3 3 3 3 3 3 3 3 33 3 3 3 3 3 3 3 3 32 2 2 2 2 2 2 2 2 21 1 1 1 2 1 1 2 2 1
11 11 11 11 14 11 13 13 13 111 1 4 1 1 1 1 1 1 31 2 1 1 1 1 1 1 1 11 1 1 2 4 3 1 4 31 1 1 1 2 2 2 1 1 1
6.3 6.3 6.3 6.3 6.36.4 6.4
1 1 1 5 5 5 5 3 3 11 2 1 3 2 2 2 2 2 21 2 2 2 4 4 4 4 4 21 1 1 1 2 2 2 2 2 22 2 1 2 2 2 2 2 2 2
12.2
13 34 34
51 52 53 54 55 56 57 58 59 604 4 4 4 4 4 4 4 4 44 4 4 4 4 4 4 4 4 42 2 2 2 2 2 2 2 2 22 2 2 2 1 2 2 2 1 2
14 11 14 14 15 14 12 12 15 143 1 1 1 3 4 3 1 1 11 1 1 1 1 2 1 2 1 13 1 12 2 3 5 3 21 1 1 1 2 1 2 1 1 1
6.1 6.1 6.16.26.3 6.3 6.3
6.4 6.4 6.4 6.4 6.42 3 3 3 2 3 3 4 4 22 2 2 1 2 2 1 1 2 14 3 4 3 4 4 4 4 3 31 1 1 1 2 1 1 1 1 11 1 1 1 2 2 2 2 2 1
12.112.2 12.2
12.312.4
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61 62 63 64 65 66 67 68 69 704 4 4 4 4 4 4 4 5 54 4 4 4 4 4 4 4 5 52 2 2 2 2 2 2 2 2 21 1 2 2 1 2 1 2 11 1
12 11 14 13 14 13 12 13 11 121 1 1 1 1 1 1 1 1 11 1 1 1 1 1 1 1 1 13 2 2 4 2 3 1 2 2 32 1 1 1 2 1 1 2 1 1
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6.4 6.4 6.4 6.43 1 1 3 5 2 1 2 4 12 2 2 2 3 2 2 1 2 24 2 4 3 4 4 2 3 3 11 1 1 2 1 1 1 1 1 11 1 1 1 1 1 1 1 1 1
12.1 12.1 12.1 12.112.2 12.2 12.212.3 12.3 12.3 12.3 12.3 12.3
12.4 12.4
37 11 13
71 72 73 74 75 76 77 78 79 805 5 5 5 5 5 5 5 5 55 5 5 5 5 5 5 5 5 52 2 2 2 2 2 2 2 2 22 11 1 2 1 1 1 1 1 2
12 11 12 14 12 12 12 11 12 121 1 1 1 3 3 1 1 1 31 1 1 1 1 2 1 2 1 13 1 1 4 1 2 1 22 1 1 1 1 1 1 1 1 1
6.1 6.1 6.16.2 6.2 6.2
6.3 6.3 6.36.4 6.4 6.4 6.4 6.4
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12.1 12.1 12.1 12.112.2 12.2
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16 11 16 14 13 1 16
81 82 83 84 85 86 87 88 89 905 5 5 5 5 5 6 6 6 65 5 5 5 5 5 6 6 6 62 2 2 2 2 2 2 2 2 22 2 2 1 2 1 1 2 2 2
12 13 12 12 11 14 11 13 12 141 3 1 1 1 1 1 1 1 31 1 1 1 2 1 1 1 1 13 2 1 2 1 2 1 2 41 2 2 1 1 1 1 1 1 1
6.1 6.1 6.16.2 6.2
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1 5 3 2 2 2 1 3 2 42 2 1 1 2 1 3 1 2 12 4 4 2 2 3 2 2 2 21 2 1 1 1 1 1 2 2 11 2 1 2 2 2 2 2 2 1
51 1 16 2 1 8 8
91 92 93 94 95 96 97 98 99 1006 6 6 6 6 6 6 6 6 66 6 6 6 6 6 6 6 6 62 2 2 2 2 2 2 2 2 22 2 1 2 1 1 1 1 2 2
11 12 12 11 11 12 11 12 14 122 3 1 1 1 1 4 1 1 11 2 2 2 1 2 1 1 1 11 2 10 3 5 11 1 1 1 1 1 1 1 1 1
6.1 6.1 6.1 6.1 6.1
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271 272 273 274 275 276 277 278 279 28016 16 16 16 16 16 16 16 16 1616 16 16 16 16 16 16 16 16 162 2 2 2 2 2 2 2 2 21 1 1 2 1 1 1 1 1 1
11 11 12 13 12 12 12 12 12 123 1 1 1 1 3 1 1 1 12 1 1 1 1 1 1 1 1 1
3 2 1 2 3 2 3 4 31 1 1 1 1 1 1 1 1 1
6.1 6.1 6.16.2 6.2 6.2 6.2 6.2 6.2
6.3 6.3 6.3 6.36.4 6.4 6.4
1 2 1 3 2 1 2 2 3 21 2 2 2 2 1 2 2 2 22 4 4 4 4 2 4 4 4 31 1 1 1 1 1 2 1 1 11 1 1 1 1 1 2 2 2 2
12.112.2 12.2 12.2 12.2 12.2 12.2
12.312.4
23, 25 23, 24, 26 50 23, 25, 30 11, 30
281 282 283 284 285 286 287 288 289 29016 16 16 16 17 17 17 17 17 1716 16 16 16 17 17 17 17 17 172 2 2 2 2 2 2 2 2 21 1 2 2 2 2 1 2 2 1
11 12 12 13 10 11 11 11 11 111 3 1 1 1 1 1 1 1 11 1 1 1 1 2 1 1 1 21 1 1 1 1 2 2 11 1 1 1 1 1 1 1 1 2
6.1 6.16.2
6.3 6.3 6.3 6.36.4 6.4 6.4 6.4 6.4 6.4 6.4 6.4
3 3 4 3 1 2 2 2 3 52 1 1 2 1 1 1 1 3 22 4 3 4 2 2 2 2 2 41 2 1 2 1 1 1 1 1 12 2 1 2 2 2 2 2 2 2
12.4
53 30
291 292 293 294 295 296 297 298 299 30017 17 17 17 17 17 17 17 17 1717 17 17 17 17 17 17 17 17 172 2 2 2 2 2 2 2 2 22 2 2 2 2 1 1 1 1 1
10 10 12 10 11 10 10 11 11 111 1 1 1 3 2 1 1 3 11 1 1 1 1 2 1 1 1 11 2 2 1 4 5 1 1 41 1 1 1 1 1 1 1 1 1
6.1 6.1 6.1 6.1 6.1 6.16.2 6.2 6.2 6.2 6.2
6.3 6.3 6.3 6.3 6.3 6.3 6.3 6.36.4 6.4 6.4 6.4 6.4 6.4 6.4 6.4 6.4 6.4
2 1 3 5 2 5 1 1 1 22 2 1 2 2 2 1 2 1 23 2 4 3 3 3 2 1 2 11 1 1 1 1 1 1 1 1 22 2 1 1 1 2 1 1 1 2
12.1 12.1 12.112.2 12.2
12.3 12.3 12.312.4 12.4 12.4
15 29, 54 47 28 39 15 1
301 30217 1717 172 21 1
12 111 11 221 1
6.2 6.26.3 6.36.4
3 33 21 22 12 1
12.212.3
12.529, 40 20
1 E.E.F Alexandre Merico2 E.E.F. Angelo Dognini3 E.E.F. Cedro Alto 4 E.E.F. Carlos Moritz 5 E.E.F. Paquetá 6 E.E.F. Pe. Luiz Gonzaga Steiner7 E.E.F. Theodoro Becker8 E.E.F. Poço Fundo 9 E.E.F. Prof. Augusta Dutra de Souza
10 E.E.F. Prof. Augusta knorring 11 E.E.F. Prof. Georgina de Carvalho Ramos da Luz 12 E.E.F.Prof. Isaura Gouvêa Gevaerd 13 E.E.F. Prof. José Vieira Corte14 E.E.F. Rio Branco 15 E.E.F. Rotary Club Companheiro Ayres Gevaerd 16 E.E.F. Lions Club Companheiro Oscar Maluche 17 E.E.B. João Hassmann
P1C
1 Manhã 2 Tarde
P13ESPORTES
1 Esportes 0k2 Futebol ok3 Vôlei 0k4 Basquete 0k5 Tênis de Mesa ok
MEIO AMBIENTE6 Meio ambiente ok7 Aquecimento global / poluição ok8 Clima / enchente ok9 Sistema solar
10 Poluição na cidade que cresce todos os dias ESTUDANTES/ADOLESCENTES/ESCOLA
11 Coisas para adolescentes ok12 Fotos dos alunos com a família ok13 Sobre o bairro 0k14 Sobre como os alunos se sentem na escola ok15 Sobre os amigos ok16 Nossa escola ok17 Onde é aplicado o dinheiro da mensalidade escolar 0k18 Os pais falando como é a vida dos filhos e suas obrigações ok19 Desenvolvimento da educação ok20 Mais coisas sobre profissões 0k21 Namorados 0k22 Histórias sobre professores ok
ATIVIDADES EDUCATIVAS23 Caça-palavras 0k24 Histórias em quadrinhos 0k25 Desenhos para pintar ok26 Cruzadinhas ok27 Cartum ok28 Tirinhas ok29 Gibi 0k
DIVERSÃO30 Piadas / charadas 0k31 Charges ok
INSERÇÃO DE FOTOS32 Fotos de aventura em Brusque ok33 Fotos de carros 0k34 Mais fotografias ok
GASTRONOMIA35 Receitas36 Alimentos 0k
FAMOSOS37 Entrevista com famosos ok38 Autores que lançam livros ok39 Acontecimentos da música e teatro 0k40 Resumo de novela ok
CURIOSIDADES
41 Cultura de outros países ok42 Moda ok43 Racismo ok
DICAS DIVERSAS44 Dica de filmes ok45 Dicas de jogos de computador 0k46 Dicas de livros ok47 Dicas de saúde 0k48 Signos ok
NOTÍCIAS49 Notícias boas 0k50 Acidentes ok51 Policiais ok
POEMAS E HISTÓRIAS52 Contos e lendas53 Histórias de português e ciências ok54 Poemas/Poesias/Rimas/fábulas 0k
BAIRRO1 Limeira23 São João4 Zantão5 Paquetá6 Souza Cruz 7 Bateas 8 Poço Fundo 9 Limeira
10 Cerâmica Reis11 São Pedro12 Thomaz Coelho13 Santa Luzia 14 Rio Branco 15 volta Grande 16 Steffen17 Guarani