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UNIVERSO MAÇÔNICO 29

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  • Os artigos assinados e publicados no refletem, necessariamente, a opinio da revista. Ficam proibidas as reprodues de qualquer natureza, sendo todos os direitos reservados Editora Domnio e Distribuidora Ltda.

    A Revista Universo Manico uma publicao trimestral da Editora Domnio distribuda para anunciantes, assinantes, Lojas Manicas e Gro-Mestrados.

    Assessoria: Edicase (www.edicase.com.br)Distribuda no Brasil por: DINAP LTDA. - Distribuidora Nacional de Publicaes, So Paulo

    Coordenadora de Diagramao: Aline MoreiraEquipe de Arte: Ambile A. Pezete, Carolina R. dos Santos e Cristina Graziela MeloJornalistas: Ir\ Wagner V. Costa (MTB: 35032)Sobr\ Vitria Neves Alves (MTB: 71762)Reviso Geral: Bruno NunesWeb-Sites: Diego Rossini Vieira e Rafael dos Santos Nunes

    FILIADO ASSOCIAO BRASILEIRA DE IMPRENSA MANICA (ABIM)

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    Presidente: Ir\ Jos Aleixo Vieira Vice Presidente: Sobr\ Diego Rossini VieiraDiretora Financeira: Cunh\ Elvira Rossini VieiraDiretora de Marketing: Sobr\ Joyce Rossini VieiraDiretor Comercial: Willami Sindeaux

    Publicaes da Editora Domnio: Guia Manico Nacional, Revista Universo Manico, Guia Domnio de Negcios, Revista Estilo Fashion e Revista Universo Mstico

    DEPARtAMEnto JURDiCo: R&nV Consultoria e Participaes Ltda.Ir\ Dr. Antonio Carlos Naves (OAB-SP 249.915)Ir\ Dr. Flavio Rocchi Junior (OAB-SP: 249.767)Ir\ Dr. Joo Arnaldo Torres Filho (OAB-SP: 249.790)

    Atendimento ao Cliente: Dbora Passeri, Dbora Pinho Viana, Edineusa Silva e Eunice Carvalho

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    impresso e Acabamento: Vox Grfica e Editora

    Editorial

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    www.universomaconico.com.brrevistauniversomaconico@revistauniversomaconico.com.brSenha de Acesso ao Site: UNIAO

    Edio 29

    ir\ Jos Aleixo Vieira (Editor)Gr\ insp\ G\ da ord\ 33

    Prezados IIr\ Mais um ano se passou e agora saudamos o ano de 2015, bus-cando sempre a esperana de tempos melhores, mais fraterno, igualitrio e tambm na busca constante do conhecimento. preciso acordar do justo descanso e recomear o trabalho in-cessante no lapidar da Pedra Bruta.

    2015 ser um ano importante para a comunidade mani-ca Gobiana, com a escolha dos novos Gro-Mestres que iro representar os Grandes Orientes estaduais por mais quatro anos. importante a ponderao na hora de cumprir com a obrigao do voto para a escolha certa do novo Governante, que ser determinante para o futuro de nossas lojas. Vamos tambm refletir o que estamos edificando para as futuras ge-raes e, se de fato, contribumos para uma sociedade mais justa, solidria e tica. Desejamos a todos os Irmos candi-datos, boa sorte e que se mantenham dedicados a doutrina manica, pois ao final do pleito no haver vencedor ou per-dedor, continuaremos sendo Irmos, lutando pelos mesmos ideais da Ordem Manica.

    Na seo Nosso Destaque, prestigiamos o evento do GOB/MA, que ocorreu em novembro de 2014, na cidade de So Luiz, para comemorar 50 anos de fundao e atividades do Grande Oriente do Brasil/MA, com a coordenao do Eminente Irmo Jos de Jesus Bllio Mendes, que recebeu com sua costumeira hospitalidade diversas autoridades Ma-nicas e Civis, que abrilhantaram o evento.

    Nesta edio entrevistamos o Ir\ T\ Santiago Ansal-do de Arstegui de Lern y de Contreras, G. Representante permanente da GL. da Espanha na Confederao Manica Interamericana-CMI, o qual relata, detalhadamente, o cami-nho percorrido para trazer ao Brasil as diversas Ordens de Aperfeioamento Manico.

    Para finalizar destacamos o artigo: Sindicncia em nossa Instituio. Uma reflexo de como devemos ser criteriosos e rigorosos quanto indicao de um candidato para adentrar a nossa Ordem.

    Pedimos aos Irmos que continuem contribuindo com a Revista Universo Manico enviando-nos matrias de no mximo duas pginas, fonte times, tamanho 12 e fotos em alta resoluo.

    Artigos, Crticas ou Suges-tes enviem para: [email protected]

    Independentemente de to-dos serem atendidos, na medida do possvel, a amizade e o res-peito continuar a ser um vncu-lo eterno entre ns.

    Fiquem com o meu T\F\A\

    Administrao, Redao,Publicidade e AssinaturasRua Dr. Zuquim, 576 Santana CEP 02035 020 So Paulo SPFone: (11) 2974-8299www.editoradominio.com.brjosealeixo@editoradominio.com.br

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    14. A Histria Revelada por quem a Vivenciou

    21. A Participao do Movimento Iluminista Manico no Evento Abolio da Escravatura

    HISTRIA

    42. Morri, e Agora?44. O Livro dos Livros46. Orao dos IIr\ Cavaleiros de Ao

    ESPIRITUALIDADE

    48. A Abbada Celeste

    ESOTERISMO E ASTROLOGIA

    52. Sindicncia em nossa Instituio56. A Verdade ao meu Alcance58. O Grande Inimigo da Humanidade chama-se Impunidade!

    60. O Paradigma do Despertar

    REFLEXES

    64. A Terceira Viagem do C\M\ (Rgua e Alavanca)

    68. Anlise da RepresentaoSimblica da Estrela Flamejante

    SIMBOLOGIA

    70. Um Grande Discurso72. O Nmero do Mestre76. Estudo Aprofundado do Salmo 133

    TEMPO DE ESTUDOS

    81. Glria do GrandeArquiteto do Universo

    POESIA

    37. Cdigo Landmarks de Mackey-Anotado - Artigos 19 e 20

    38. Preleo ao Grau 3340. Minha Iniciao

    RITUALSTICA

    24. A Oficina26. As Tradies Manicas Esquecidas30. O Maom precisa ser um Homem de Ao

    34. Comportamento tico de um Maom

    VIVNCIA MANICA

    6. GOB/MA comemora50 anos de fundao

    DESTAQUE

    SUMRIO

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    DEST

    AQUE

    GOB/MA COMEMORA 50 ANOS DE FUNDAO

    O Gro-Mestre do GOB/MA, Eminente Irmo JOS DE JESUS BLLIO MENDES rece-beu no ultimo dia 15 de novembro de 2014, em grande estilo, diversas Autoridades Manicas e Civis, para comemorar o 50 aniversrio do GOB-MA e seus 8 anos de administrao, contribuio social e beneficente em grande porte. A cerimnia de abertura aconteceu com o Hino Nacional Brasileiro e do Hino do Estado do Maranho e contou com a presena Ilustre de vrios Gro-Mestres de diversos estados, entre eles: O Gro-Mestre Geral do GOB Soberano Irmo Mar-cos Jos da Silva, Gro-Mestre Geral Adj\ Sapients-simo Irmo Eurpedes Barbosa Nunes, Gro-Mestre do GOB-MG Eminente Irmo Amintas de Arajo Xavier, Gro-Mestre do GOB-PA Eminente Irmo Raimundo Farias, Gro-Mestre GOB-GO Eminente Irmo Luis Carlos de Castro, Gro-Mestre do GOB-MT Eminen-te Irmo Julio Tardin, Gro-Mestre do GOB-PI Emi-nente Irmo Francisco Jos de Sousa, Gro-Mestre do GOB-PA Eminente Irmo Aderaldo Pereira de Oliveira, Gro-Mestre do GOB-CE Eminente Irmo Jos Anzio de Arajo, Poderoso Irmo Jos Aleixo Vieira, Assessor Executivo do Gro-Mestre do Grande Oriente de So Paulo, editor chefe da Revista Universo Manico e do Guia Manico Nacional, entre outras autoridades.

    Durante a celebrao do 50 aniversrio do GOB/MA e do 125 aniversrio da Proclamao da Repblica, foi assinado um documento por todos os Gro-Mestres presentes declarando apoio Re-forma Poltica, sendo signatrios em nome de todo o Grande Oriente do Brasil, o Gro-Mestre Geral Soberano Irmo Marcos Jos da Silva e todos os Gro-Mestres presentes, j nominada acima, bem como o autor do Projeto Ficha Limpa e agora tra-balhando incisivamente pela Reforma Poltica, Ir-mo Mrlon Jacinto Reis, membro e fundador do Movimento de Combate Corrupo Eleitoral e agora da Coalizo Nacional, que fez um pronun-ciamento quando das assinaturas, esclarecendo que o projeto em pauta atua em dois eixos: No primei-ro, passando a cidadania financiar as campanhas eleitorais, tornando essas eleies menos onerosas, sem a prevalncia do poder econmico; no segun-do eixo, a mudana do sistema eleitoral, para dois turnos no primeiro o voto no partido (Listas de candidatos); no segundo turno, voto no candidato.

    Para marcar esta data foi lanado pelo Correios um selo comemorativo do 50 aniversrio, regis-trando assim, esta data importante da Instituio Manica.

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    Fundao doGoB-MaO Grande Oriente do Brasil no Maranho GOB--MA, antes Grande Oriente do Maranho GOM, nasceu de uma incomensurvel demonstrao de vontade de abnegados Irmos, que apesar de todas as dificuldades encontradas para a elaborao da docu-mentao necessria, souberam super-las com deno-

    do. Se hodiernamente, com as mutaes verificadas em todo o Estado do Maranho, com estradas s vezes em condies de trafegabilidade (outras, nem tanto) com a evoluo constante da tecnologia da inform-tica, ainda encontramos dificuldades na elaborao e fluxo de documentos to necessrios ao perfeito funcionamento da Instituio Manica, imaginem meus Amados Irmos, o sofrimento daqueles que se dedicaram de forma audaciosa e determinada no cumprimento das formalidades legais exigidas pelo Grande Oriente do Brasil para a to sonhada ideia da Fundao do Grande Oriente do Maranho GOM, utilizando, apenas e to somente, o servio ainda efi-caz dos Correios e Telgrafos nos idos de 1964.

    As Augustas Respeitveis Lojas Simblicas Re-nascena Maranhense n 0621, Beckmam n 0801, Rio Branco 4 n 0811, Atalaia Codoense n 0895 De-zessete de Outubro n 897, Godofredo Viana 1474, Cruzeiro do Sul 6 n 1513 Rodrigues Neves 3 n 1566 So Joo da Esccia III n 1587 Accia Mara-nhense n 1528 Harmonia e Trabalho n 1588, Renas-cena Pedreirense n 1589 e Verdadeira Luz n 1599,

    Galeria de eX Gro-Mestres anteriores do GoB/Ma

    Gro-Mestre Geral do GOB, Sob\ Ir\ Marcos Jos da Silvae o Gro-Mestre Estadual atual, Emin\ Ir\ Jos Bllio Mendes (2011~2015) em seu 2 mandato.

    Jos de Jesus Bllio Mendes2007-2011-2015

    Aristdes Simas C. de Sousa1984-1987-1991

    Heli Lopes de Moraes1999-2003-2007

    Henrique de Arajo Pereira1980-1984

    Jayro Lins Cordeiro1996-1999

    Enor Almeida Vieira1975-1980

    lvaro do Livramento S. Leite1991-1996

    Jos de Ribamar G. de Sousa1965-1975

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    formaram os grupo de 13 Lojas para a fundao do Grande Oriente do Maranho em 15 de Novembro de 1964, conforme consta de registro nas folhas 51 e 52 do Anurio do Grande Oriente do Brasil de 1970, criado por fora do Decreto n 1980 de 23/03/1965, do Soberano Gro Mestre Geral da Ordem e somente foi Instalado em Sesso Magna de 07/09/1965.

    Sua primeira diretoria ficou assim constituda:Gro Mestre Estadual Jos de Ribamar Guimares de SouzaGro Mestre Adjunto Augusto Monteiro da RochaGr\ Sec\ de Adm\ Huerta Edmundo VasconcelosGr\ Sec\ de Afm Adj\ Hiran AugustoReis e MatosGr\ Sec\ de Finanas Samuel Dria de CarvalhoGr\ Sec\ Adj\ de Fin\ Carlos Augusto MendesGr\ Sec\ da GS\ Lourival Borba SantosGr\ Sec\ de Relaes Mac\ Rosalvo Mendes SantosGr\ Sec\ de Rel\ Mac\ Adj\ SebastioMorais e SilvaGr\ Mestre de Cerimnias Mariano Arajo FilhoGr\ Hospitaleiro Croce do Rego Cstelo BrancoGr\ Cob\ Arnaldo Lopes Alberelle

    IluStRE ConSElHo EStAduAl:Presidente Augusto Monteiro da Rocha1 GR\ Vig\ Luiz Magno Portela Passos2 GR\ Vig\ Esmeraldo Jos RodriguesGr\ orador Jos Joaquim Ramos FilgueiraGr\ orador Adj\ Jos Carlos Roberto tRIbunAl ElEItoRAl MAnICo:Jurandy Theophilo de Moraes lvaro RochaAntnio Ribeiro Silva Joo Elzimar da Costa MachadoMiguel Archanjo dos Anjos Foch de Sousa TocantinsAntnio Machado Neves da Costa EGRGIo tRIbunAl dE JuStIA MAnICo:Presidente Dr. Moacyr Sipaba da RochaJuzes: Dr. Aristides Simas Coelho de SousaDr. Francisco de Assis Gaiso Neves TrintaPonciano Borges de CarvalhoJoo Elzimar da Costa MachadoFoch de Sousa TocantinsAntnio Machado Neves da Costa

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    o estado doMaranhoO Maranho uma das 27 unidades federativas do Brasil. Localiza-se no extremo oeste da Regio Nordeste. Limita-se com trs estados brasileiros: Piau (leste), Tocantins (sul e sudoeste) e Par (oes-te), alm do Oceano Atlntico (norte). Sua rea de 331 937,450 km, sendo o segundo maior estado da Regio Nordeste do Brasil e o oitavo maior es-tado do Brasil. Tem uma populao de 6 794 298 habitantes. Em termos de produto interno bruto, o quarto estado mais rico da Regio Nordeste do Brasil e o 16 estado mais rico do Brasil. A ca-pital e cidade mais populosa do Maranho So Lus. Outros municpios com populao superior a cem mil habitantes so Imperatriz, So Jos de Ribamar, Timon, Caxias, Cod, Pao do Lumiar, Aailndia e Bacabal. Com reduo de altitudes e regularidade da topografia, apresentado um rele-vo modesto, superior a 90% da superfcie inferior a 300 metros. Tocantins, Gurupi, Pindar, Mearim, Parnaba, Turiau e Itapecuru so os rios mais im-portantes e pertencem s bacias hidrogrficas do

    Parnaba, do Atlntico Nordeste Ocidental e do Tocantins-Araguaia. As principais atividades eco-nmicas so a indstria (o trabalho de transformar alumnio e alumina, alimentcia, madeireira), os servios, o extrativismo vegetal (babau), a agri-cultura (mandioca, arroz, milho) e a pecuria.

    O Rei de Portugal Dom Joo III dividiu a re-gio do Maranho em duas capitanias heredit-rias, que o monarca entregou a Aires da Cunha e Fernando lvares de Andrade, no ano de 1535. A partir de ento, at os franceses se estabelecerem em 1612 (Frana Equinocial), o conhecimento da rea no foi tomado por Portugal. Em 1615, pelos portugueses, sob a liderana de Jernimo de Albu-querque, foram expulsos os franceses e, em 1621, foi institudo o Estado do Maranho e Gro-Par. Em 1641, foi ocupada pelos neerlandeses a ilha de So Lus, de onde os portugueses os expulsaram em 1644. Desde ento, foi consolidado o domnio portugus. Em 1774, o Maranho se desmembrou do Gro-Par. O Maranho apenas aceitou a in-dependncia do Brasil em 1823, porque Portugal

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    influiu muito fortemente, e depois que o almiran-te Lord Cochrane interveio, a pedido de Dom Pe-dro I. Em 1831, foi irrompida a Setembrada, que pregou que fossem expulsos os portugueses e os frades franciscanos, e em 1838, a Balaiada, um movimento popular que contrariava a aristocracia rural. A economia declinou devido ao fato de que Princesa Isabel aboliu a escravido, s vindo re-cuperao na poca da 1 Guerra Mundial.

    Localizado entre as regies Norte e Nordeste do Brasil, o Maranho possui uma grande diver-sidade de ecossistemas. So 640 quilmetros de extenso de praias tropicais, floresta amaznica, cerrados, mangues, delta em mar aberto e o ni-co deserto do mundo com milhares de lagoas de guas cristalinas. Essa diversidade est organizada em cinco plos tursticos, cada um com seus atrati-vos naturais, culturais e arquitetnicos. So eles: o plo turstico de So Lus, o Parque Nacional dos Lenis Maranhenses, o Parque Nacional da Cha-pada das Mesas, o Delta do Parnaba e o plo da Floresta dos Guars.

    GRANDE ORIENTE DO BRASIL DECLARA APOIO REFORMA POLTICA O Brasil reclama h tempos uma Reforma Poltica que encare a necessidade de combate ao abuso do po-der econmico nas eleies e que defina o sistema eleitoral segundo regras claras e transparentes.

    O Grande Oriente do Brasil alia-se a 104 organi-zaes da sociedade civil brasileira que, reunidas na Coalizo pela Reforma Poltica Democrtica e Elei-es Limpas, apresentam sociedade brasileira um projeto de Reforma Poltica por iniciativa popular, inspirados na exitosa experincia, tambm apoiada pela Maonaria, de conquista da Lei da Ficha Limpa.

    A Reforma Poltica deve ser protagonizada pela sociedade brasileira, na defesa estrita dos interesses dos cidados-eleitores que a compem.

    Defendemos, como todos da Coalizo, a proibio das doaes empresariais. o cidado quem pode cum-prir o papel de robustecer o caixa de campanha da can-didatura de sua preferncia, desde que o faa dentro dos limites e na forma a ser preconizada em lei.

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    De outra parte, precisamos mudar a forma como elegemos os membros dos nossos Parlamentos. H muitas propostas na mesa, todas com suas virtudes e defeitos. Entre elas no se formou o menor con-senso. Optamos por propor um aprimoramento do modelo atual. Em lugar de votar ao mesmo tempo no partido e no candidato, defendemos que a vota-o parlamentar em dois turnos. No primeiro turno, vota-se no partido. No segundo, nos candidatos, pre-enchendo as vagas conquistadas pelas agremiaes no primeiro turno. Com isso valorizaremos o debate programtico (primeiro turno) e daremos ao eleitor a palavra final sobre os eleitos (segundo turno). um passo simples, possvel. E que consideramos uma grande conquista, por agregar transparncia ao pro-cesso. Alm disso, fortaleceremos os partidos, que precisam ser engrandecidos e democratizados para que cumpram o importante papel que lhes outorga a Constituio da Repblica.

    Nosso projeto, por outro lado, impede partidos de comercializarem tempo de televiso. Juntas, essa medi-da e e a votao em dois turnos, faro desaparecer par-tidos eventualmente destitudos de representatividade, que no tero espao adequado no novo sistema.

    Precisamos de um Congresso que tenha o rosto da sociedade brasileira, no de uma parcela alimentada por relaes que precisam ser definitivamente deixa-das no passado.

    Temos plena cincia de que essas propostas no alcanam a unanimidade. Mas elas representam um consenso nacional em torno de ideias que represen-tam um avano efetivo e possvel. Assim agindo, a Maonaria Gobiana atende aos reclamos de seus obreiros pela participao protagonista nos grandes processos de transformao da histria do Pas, na

    esteira dos passos dos nossos antepassados. mais do que simblica a apresentao e subscrio deste documento no dia em que se comemora o 125 Ani-versrio da Proclamao da Repblica e os 50 anos do Grande Oriente do Brasil no Maranho.

    O Grande Oriente do Brasil abraa todos esses valores, que fortalecem e promovem a Repblica e a Democracia.

    So Lus-MA, 15 de novembro de 2014.

    Marcos Jos da SilvaGro-Mestre GeralEurpedes Barbosa NunesGro-Mestre Geral AdjuntoJos de Jesus BllioGOB-MaranhoAderaldo Pereira de OlveiraGOB-PBAmintas de Arajo XavierGOB-Minas GeraisFrancisco Jos de SouzaGOB-PiauJulio TardinGOB-Mato GrossoLus Carlos de Castro CoelhoGOB-GoisRaimundo FariasGOB-ParMrlon Jacinto ReisMembro da Coalizo Nacional

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    Em primeiro lugar estou muito agradecido ao editor da Revista Universo Manico, que me ofereceu a oportunidade mpar, para tornar p-blico fatos por mim vivenciados durante os meus 17 anos de moradia neste maravilhoso pas, chamado Brasil. Efetivamente, sou um arquivo vivo da historia manica das Ordens de Aperfeioamento Manico e sua chegada ao Brasil.

    Durante estes 17 anos que aqui estou j escutei verdades, inverdades e verses interessadas. Muitas vezes pensei em escrever a verdade vivida, mas sem-pre pensei que algum dia apareceria. Agora mudei de opinio e estou confessando Revista universo Manico, a verdade vivida, pois diante de egos

    incrveis, mritos incertos, infundados e referncias depreciativas minha pessoa, vou expor para o co-nhecimento geral dos maons brasileiros a realidade de alguns fatos desconhecidos para a maioria.

    A histria no pode mudar, pois sempre aparecer a verdade. Sempre haver um investigador srio que a descobrir. Agradeo a todos aqueles que esto jun-tos comigo, pois foram graas a eles, que as ideias e as intenes se transformaram em fatos. Ningum faz nada sozinho; o sucesso do grupo, nunca individual.

    Antes de 1998, eu visitava o Brasil frequentemen-te por motivos familiares. Quando eu e minha esposa decidimos morar permanentemente no Brasil, j co-nhecia bastante a Maonaria Regular brasileira e, por

    A HISTRIAREVELADA

    POR QUEM A VIVENCIOU

    HIST

    RI

    A

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    este motivo, sempre me surpreendeu a no existn-cia de Ordens Manicas no Brasil, como Arco Real, Templrios, Marca, Cavaleiros Benfeitores da Cida-de Santa (CBCS), Sacerdotes Cavaleiros Templrios (KTP) e tantas outras, das quais eu fazia parte e que j estavam fortemente implantadas, tanto na Europa como nos Estados Unidos e em outros pases.

    Por causa do meu sentido de Quixote, que s ve-zes me deu grandes alegrias, mas tambm em outras situaes, foi de tristeza. Solicitei ajuda ao M.R.G.M. da G.L. da Espanha Ir\ T. Sarobe para que, se as Obedincias Regulares brasileiras aceitassem, fos-se possvel aportar algumas das Ordens Manicas complementares do Simbolismo. E assim foi como tudo comeou a caminhar.

    Naquela poca, no podia ser membro do Grande Oriente do Brasil (GOB) por no estar reconhecido pela maioria do Mundo Manico Regular. Afiliei--me Grande Loja do Estado de So Paulo, que na poca estava reconhecida. Hoje sou membro regular do GOB, com muita honra. Para ser mais especfico na Loja Madras, 3359.

    Em 1999, celebrou-se em Honolulu (Hawaii) a reu-nio mundial de Grandes Lojas, a qual acudiu, entre outras, a GlESP e o Gob. Nesse evento houve dois fatos transcendentais. O primeiro foi uma reunio com o Grande Secretrio da G.l. unida de Inglaterra, R. Ir. J. daniels, o M.R.G.M. da G.L. da Espanha, o S.G.M. da GLESP e eu mesmo, quando o G.M. da GLESP solicitou o reconhecimento da Inglaterra com a ajuda da G.L. da Espanha. O outro fato ocorreu no quar-to do hotel, onde se alojava o Sob\ Gro Mestre do GOB, que estava doente. Reunimo-nos com o Soberano Ir\ Francisco Murilo Pinto, tambm o G.M. da G.L. da Espanha e eu mesmo, para tratar da possibilidade de um Tratado de Amizade entre o GOB e a GLESP.

    O Soberano Murilo Pinto respondeu muito po-sitivamente e solicitou ajuda da G.L. da Espanha para obter os reconhecimentos mundiais, pois o GOB possua muito poucos. Ele teve o mrito de abrir o GOB ao mundo. Queria o melhor para os IIr\ do GOB, que naquele tempo no podiam visitar a maioria das Obedincias mundiais. A G.L. da Espanha, em fevereiro de 2000, cumpriu com sua palavra e apresentou a solicitao na reunio anual das GG. LL. da Amrica do Norte.

    Em outubro desse mesmo ano, foi assinado o Tra-tado entre o GOB e GLESP, onde tive a honra de assi-

    Diante de egos incrveis, mritos

    incertos, infundados e referncias depreciativas

    minha pessoa, vou expor para

    o conhecimento geral dos maons

    brasileiros a realidade de alguns fatos desconhecidos para a maioria

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    nar por ltimo na representao da G.L. da Espanha. Foram negociadores pelo GOB o Emin\ Ir\ Ru-bens Barbosa de Mattos (OE) e pela GLESP o Resp\ Ir\ William Boucheb. No meu caso, realizei os labores de intermediao. A seguir, o GOB obte-ve os reconhecimentos mundiais e a GLESP da G.L. Unida da Inglaterra, que assim foi alcanado o obje-tivo fundamental.

    Em novembro tive a honra de aportar ao Brasil primeira Ordem fora do Distrito da Inglaterra, que foi a do Santo Arco Real, ao consagrar e constituir o Su-premo Grande Captulo da Espanha, trs Captulos e o Supremo Grande Captulo do Estado de So Paulo, jurisdicionado GLESP. Ajudei na cerimnia, do Su-premo Grande Captulo da Espanha, celebrada na ci-dade de So Paulo, como Segundo Grande Principal. Em 05 de fevereiro de 2003, a Inglaterra constituiu o Supremo Grande Captulo do Arco Real do GOB.

    Estou muito honrado do ttulo de Primeiro G. Principal Passado do S. G. Captulo do GOB, que me outorgou o G.M. e Primeiro G. Principal S. e M. Ex. Cp. Q. Ir\ Marcos Jos da Silva, por haver sido Primeiro G. Principal do Supremo Grande Captulo do Estado de So Paulo.

    Chegamos a maro de 2003. Em Madri, o E. e S. G.M. do Grande Priorado da Espanha outorgou Car-tas Patentes de quatro Preceptrios Templrios e Priorados de Malta, para o Brasil: Hugo de Payns n 9, Duque de Caxias n 10, Baro de Mau n 11 e Dom Pedro I n 12, e consagrou a Provncia do Bra-sil designando ao que subscreve que era G. Senescal Passado da Espanha, como primeiro G. Prior Provin-cial, realizando a Armadura a Cavaleiros Templrios

    e Malta de Companheiros do Arco Real, membros do GOB a seguir: Sapientssimo Ir\ Cludio Roque Buono Ferreira, na poca E. Gro-Mestre do Grande Oriente do Es-tado de So Paulo, federado ao GOB, que logo seria Sapient\ Gro-Mestre Geral Adjunto do GOB. E. Ir\ Fernando Tullio Colacioppo Jr., Grande Se-cretrio de Relaes Exteriores do GOB. P\ Ir\ Manoel Oliveira Leite, logo G.M. do Gran-de Priorado do Brasil das Ordens Unidas, entre ou-tros cargos. E outros cinco IIr\ sendo todos instalados como Preceptores e Priores.

    Nesse mesmo ms, em So Paulo/SP, tive a honra de armar Cavaleiro Templrio o Sobera-no G\M\ Geral do Grande Oriente do Brasil, Q. Ir\ Laelso Rodrigues, sendo-lhe outorgado pelo G.M. da Espanha o ttulo de Grande Senescal Passa-do e G. Capito Geral de Malta do G.P. da Espanha. Igualmente receberam honras o Sap\ Ir\ Claudio Roque Buono Ferreira e o E. Ir\ Fernando Tullio Colacioppo Junior, como Comendadores do Templo e Tenentes Gerais de Malta.

    A Ordem do Templo havia chegado ao Brasil.Em 2004, o G. Priorado da Espanha tinha a inten-

    o de constituir um G. Priorado Nacional no Brasil, com base nos Preceptrios e Provncias existentes, mas tendo notcia de que a Inglaterra tambm pre-tendia criar outro somente para o GOB, propus ao E.S.G.M. E.S. do G.P. da Espanha que visse a pos-sibilidade, com a Inglaterra, de constituir um nico G. Priorado. Havendo sido aceita a ideia, reuni-me no Rio de Janeiro com o logo E. e S. Cavaleiro Fran-

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    cis McCormick, OMS, que, infelizmente para todos, e especialmente para a Maonaria brasileira, recente-mente voltou ao O.E. Eu lhe fiz essa proposta, tendo como testemunha o G.M. de Distrito R. Ir\ Colin V. Foster e outros Grandes Oficiais do Distrito ingls, de que ele fosse o R.G.M. de apenas um G. Prio-rado. A ideia foi imediatamente aceitada e me foi oferecido o cargo de G. Senescal. (Em meu poder encontra-se a carta demonstrativa do G.M. do G.P. da Espanha ao E. e S. Cav. McCormick, datada 13 de maro). Sem entrar no mrito, a proposta no chegou a um bom fim.

    30 de Junho de 2004 - Sendo naquele momento, o que subscreve Primeiro G. Principal do S. G. Ca-

    ptulo do Estado de So Paulo e havendo a Inglaterra constitudo um S. G. Captulo para o GOB, e sempre com a idia de unidade, fiz a proposta ao GOB e GLESP para fusionar os dois Supremos e criar um nacional, comum para GOB e GG.LL. regulares e re-conhecidos por ambas as partes, celebrando-se uma reunio na GLESP com a presena do S.G.M. Ge-ral Q. Ir\ Laelso Rodrigues e do E. Ir\ Fernando Tullio Colacioppo Jr. por parte do GOB, e do S. G.M. Ir\ Pedro Ricardo Gallardi e R. Ir\ Giulio Cesa-re Cortese por parte da GLESP, e eu mesmo. Todas as partes aceitaram a proposta (em meu poder encon-tram-se os documentos demonstrativos), chegando--se a consagrar o novo Corpo Nacional, mas outra vez, e sem entrar no mrito, o assunto no foi adiante.

    Nesse mesmo ano, em 14 de novembro, o G. Prio-rado da Espanha, pelo seu E. e S.G.M., constituiu e consagrou o G. Priorado do Brasil das Ordens Uni-das, outorgando Carta Patente em 13 de novembro. Foi assim consagrado em So Paulo o G. Priorado do Brasil, com jurisdio nacional, sendo instalado como primeiro G.M. este que subscreve Santiago An-saldo de Arstegui de Lern y de Contreras, GCT, na presena de diversos GG. MM. estrangeiros.

    Mais tarde, em 18 de janeiro de 2005, em So Paulo, capital, foi consagrado o G. Priorado do GOB pelo E. e S.G.M. do G. Priorado da Inglaterra, sendo instalado como seu G.M. o Q. Ir\ Francis McCor-mick, GCT, e como Grande Senescal o Ir\ Fernan-do Tullio Colacioppo Junior, GCT. Esteve presente em todos os atos, a convite do G.M. Geral do GOB, Sob\ Ir\ Laelso Rodrigues, e do G.M. da Inglater-

    Ordem dos Sacerdotes Cavaleiros Templrios:tenho a honra deser o mais antigo daAmrica do Sul

    GG. MM. dos GG. Priorado da Inglaterra e Brasil na posse do E. e SS. GM Francis McCormick

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    ra, M. E. e S. Kt. Leslie Felgate Dring (OE), GCT, com a presena do G. Senescal da Frana, MADE Cav. Andr Bassou, GCT.

    O Grande Priorado do Brasil consagrado pela Es-panha obteve todos os reconhecimentos mundiais, in-clusive o da Inglaterra, comunicado em 13 de junho de 2006, com o qual a Inglaterra reconhecia dois GG. Priorados no mesmo pas.

    O Soberano G.M. Geral do GOB, Ir\ Lael-so Rodrigues, em 2006, e logo com minha suges-to, tive o mrito histrico de conceder Cartas Constitutivas Provisrias para Lojas Simblicas do Rito Escocs Retificado, um novo Rito no GOB. Outra meta conseguida tambm graas ajuda do M. Rev. Cav. Ir\ Nuno Nazareth Fernandes de Cerqueira, G. Prior e GM Nacional do G. Priorado Retificado de Lusitania. Este Rito no existia no Brasil. Descende da Ordem da Estreita Observn-cia Templria da Alemanha, com antiguidade de 1760, consolidando-se em 1782.

    Ordem dos Sacerdotes Cavaleiros Templrios (KTP). Tenho a honra de ser o mais antigo da Amrica do Sul. Fui membro do Kingsway Tabernacle em Londres e, por esse motivo, tambm tive a honra de trazer a Or-dem ao Brasil com a ajuda de um numeroso grupo de Cavaleiros Templrios. Em 2006 foram consagrados dois Tabernculos em So Paulo, sendo o primeiro High Priest (Presidente) de um o S.G.M. Geral Ad-junto Claudio Roque Buono Ferreira e do segundo Taber-nculo este que subscreve, sendo os dois instalados pelo M.E.G. High Priest e empossados ambos como III G. Pilar

    Passado do G. Conclave da Inglaterra. Hoje a maioria dos fundadores no pertence mais, pois no podemos depender de um Distrito comandado por algum que foi expulso do G. Priorado do Brasil, em transito jul-gado e suspenso por onze anos no GOB.

    Chegamos a 2008. Seguindo com minha proposta de unio, propus ao G.M. Geral do GOB, Soberano e Q. Ir\ Marcos Jos da Silva, para conversarmos e estudarmos a possibilidade de uma fuso dos dois GG. Priorados Nacionais das Ordens Unidas. Decla-ro que a ideia foi aceita de imediato. O G. Priorado consagrado pela Espanha aportou todos os reconhe-cimentos mundiais, e todos os registros de marcas, patentes e domnios de internet. O Soberano Ir\ Marcos Jos da Silva me solicitou que continuas-se como G.M. e assim ocorreu durante um tempo, sucedendo-me o G. Senescal, na poca, MADE Ir\ Manoel Oliveira Leite, GCT; logo depois o E. Ir\ Mario Sergio Nunes da Costa, GCT, e a seguir o E. Ir\ Wagner Veneziani Costa, GCT, atual E. e S. G.M. Todos foram eleitos por unanimidade da As-semblia, instalados e empossados na presena, dos EE. e SS GG MM. De Honra do Grande Priorado do Brasil, Soberano Ir\ Marcos Jos da Silva, GCT, do Sapientssimo G.M. Geral Adjunto Cav. Claudio Roque Buono Ferreira, GCT, e do E. Secretrio de Relaes Exteriores Cav. Fernando Tullio Colaciop-po Jr., GCT, de GG.OO. da Inglaterra, inclusive o R. E. G. Prior para Amrica do Sul Cav. John Collakis, e do G. Superintendente para Amrica do Sul, M. Ex. Cp. Malcom Leo Curtis.

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    O G. Priorado do Brasil das Ordens Unidas e o G. Priorado Retificado do Brasil dos CBCS so pesso-as jurdicas com Estatutos registrados, desde 2004, e respectivamente desde 2008, e aprovados por unani-midade das Assemblias, possuem CNPJ. So entida-des sem fins lucrativos.

    Seguindo com meu desejo de ajudar o GOB e como G. Representante permanente, na poca, da GL. da Es-panha na Confederao Manica Interamericana-CMI, e com a sua autorizao, apresentei a candidatura do GOB como membro na reunio do Conselho em Mon-tevidu acompanhado pelo E. Ir\ Tullio Colacioppo Jr\. Foi admitida.

    Tenho a honra de haver recebido do GOB a Estrela da Distino Manica e de Grande Benemrito da Or-dem, e da GLESP sua Comenda.

    Como continuao da minha meta de aportar novas Ordens ao Brasil, em 2008, tomando como base nove Lojas de Santo Andr, Grau IV, e trs Prefeituras, Grau VI, foi constitudo o Grande Priorado Retificado do Brasil CBCS pelo G. P. Independente de Helvetia, me do mundo, sendo instalado como seu primeiro G. Prior e G.M. Na-cional este que subscreve. As Cartas Constitutivas dos GG. Priorados Retificados so outorgadas pelo de Helvetia e assinadas pelos MM. RRev. GG. Priores e GG. MM. Nacionais do Mundo. Fomos apadrinhados pelo G. Priorado Retificado da Lusi-tnia, cuja ajuda foi fundamental.

    Em 4 de junho de 2010, o S.G.M. da G.L. do Estado de So Paulo criou um G. Priorado Templrio e CBCS

    esprio, por ningum reconhecido. Em 21 de outubro, por este motivo, o Supremo G. Captulo do Arco Real do GOB rescindiu o Tratado de Amizade com o S. G. Captulo da GLESP.

    2011 o ano em que o Grande Priorado Retificado de Brasil CBCS assina Tratado de Amizade com o Supremo Conselho do Brasil do Grau 33 para o Rito Escocs Antigo e Aceito, e aqui agradecemos de for-ma muito especial ao Soberano Grande Comendador, Enyr de Jesus da Costa e Silva. Tambm se assina o Tratado de Amizade pelo Grande Priorado Retifica-do de Brasil CBCS com o G. Priorado do Brasil das Ordens Unidas. Agradecemos igualmente aos EE. e SS. GG. MM. Mario Sergio Nunes da Costa, GCT, e Wagner Veneziani Costa, GCT.

    No ms de fevereiro de 2012, foi instalado como G. Prior e GM Nacional, meu sucessor, o M. Rev. Ca-valeiro Wagner Veneziani Costa, GCCS, MH, tive o mrito de que pela primeira vez e no ms de outubro celebrar em So Paulo, a Reunio Mundial dos GG. Priorados Retificados - CBCS. No mundo existem at a data de hoje 11 GG. Priorados.

    No ms de setembro de 2012, em Avignon (Fran-a), celebrou-se a Reunio Trienal dos Grandes Prio-rados das Ordens Unidas do Mundo, sendo eleito por unanimidade o Brasil para sediar a prxima Reunio em 2015. Este um mrito especial do E. e S. G.M. Cav. Wagner Veneziani Costa, GCT, sempre presti-giando ao GOB em qualquer lugar do Mundo, como testemunha durante todos estes anos, recebeu a Espa-da Templria, smbolo da Sede Mundial.

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    Pela primeira vez na Histria uma Potncia Re-gular brasileira, consagrou fora de seu territrio na-cional outro Corpo tambm nacional. Grande honra para o Brasil, pois um fato pouco comum no sculo XXI. Tudo comea quando, em 2012, a pedido de Ir-mos peruanos e com o consentimento da G.L. do Peru, o Grande Priorado do Brasil das Ordens Uni-das constitui trs Preceptrios Templrios no Peru e, a seguir, uma Provncia. Foi no dia 19 outubro de 2013, que o G. Priorado do Brasil das Ordens Unidas, por meio de seu E. e S. G.M. Cav. Wagner Veneziani Costa, GCT, sempre lutando pelo Brasil, consagrou o G. Priorato del Per de las Ordenes Unidas na Cida-de de Lima, instalando o seu primeiro E. e S. G.M. Cav. Carlos Ivn Tantalen Rojas, GCT. Hoje, reco-nhecido pelos Grandes Priorados Mundiais, inclusive a Inglaterra.

    Para finalizar, dou conhecimento de que o Grande Priorado Retificado do Brasil CBCS, em 2012, pelo seu M. Rev. Cav. Wagner Veneziani Costa, GCCS, MH, outorgou trs Cartas Patente de Lojas Escocesas de Santo Andr, Grau IV, e de uma Prefeitura, Grau VI, para o Peru. No futuro, pela segunda vez, uma Potncia brasileira, neste caso o G. Priorado Retifica-do do Brasil CBCS consagrar um Grande Priorado Retificado, e ser no Peru.

    Tudo o que antecede ao que aqui est nin-gum pode negar ou mudar, pois est tudo docu-mentado. fato!

    Muito obrigado Ir\Santiago Ansaldo de Arstegui de Lern y de Contreras, GCT,

    GCCS, PGPP, PGM, PGPrior e PGM Nacional, PIIIGP, por nos conceder esta entrevista, mostran-

    do-nos os caminhos percorridos para trazer ao GOB, o Grande Priorado do Brasil das Ordens

    Unidas Manicas e complementares do Simbo-lismo. Desejamos que a Fraternidade, exercida

    com muito Amor, leve cada Irmo a refletir sobre o futuro da Maonaria Gobiana nos prximos

    anos, deixando em sua direo Irmos realmen-te comprometidos com o GOB, que dedicam

    diuturnamente ao seu crescimento, no s pela divulgao de sua doutrina, mas principalmente

    pelo exemplo de sua conduta.

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    "Era um dia abafadio e aborreci-do. A pobre cidade de So luiz do Maranho parecia entorpe-cida de calor. Quase que se no podia sair rua: as pedras escaldavam; as vidraas e os lampies faiscavam ao sol como enormes diamantes; as paredes tinham reverberaes de prata polida; as folhas das rvores nem se mexiam; as carroas d'gua passavam rui-dosamente a todo instante, abalando os pr-dios; e os aguadeiros, sem mangas de camisa e pernas arregaadas, invadiam sem cerim-nia as casas para encher as banheiras e os potes. Em certos pontos no se encontrava viva alma na rua; tudo estava concentrado, adormecido; s os pretos faziam as compras para o jantar os andavam no ganho." (Alu-sio de Azevedo. o Mulato, de 1881).

    consabido de que a manuteno da escravido no Brasil durante o Imprio servia apenas aos in-teresses de poucos latifundirios membros da elite poltica da poca. Ter escravos era forma de status dentro da sociedade, pois a quantidade de peas (termo que tornava o ser humano um objeto) signi-ficava que o proprietrio tinha mais terras para eles trabalharem. Como exemplo, vale a pena assistir ao filme 12 anos de escravido, que retrata fiel-mente o processo de escravido americana.

    A Maonaria, sem poltica, nem partidos, diri-giu-se tambm naquela poca seus esforos re-soluo do problema. Os ideais iluministas de li-berdade do homem foram percebidos no Imprio brasileiro como o caminho para a evoluo social

    A PARTICIPAO DO MOVIMENTO ILUMINISTA MANICO NO EVENTO

    ABOLIO DA ESCRAVATURA

    HIST

    RI

    AO tipo da escravido a que se reportava o poeta dos escravos Castro Alves em Navio negreiro no mais existe graas, sobretudo, ao empenho da nossa e sublime ordem reportada nas vozes dos valorosos irmos Baro do Rio Branco, Rui Barbosa e Luis Gama

    Baro do Rio Branco

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    e intelectual do mesmo. A solidariedade ao sofri-mento dos escravos pensar em um homem sen-do privado de seu bem mais precioso: a liberdade foi o caminho da maonaria, que tomou para si a bandeira da abolio. Segundo o eminente Rui Barbosa: A libertao dos cativos passa a ser questo moral, uma questo interna do que ser maom, valorizando princpios bsicos como a li-berdade (Exposio de motivos a um projeto de lei apresentado para a Loja Manica Amrica, em 4 de abril de 1870).

    A maonaria patrocinou muitas cartas de alfor-rias conforme fartamente documentado na po-

    ca. Existem fontes dando conta da ocorrncia de cotizao entre os seus membros para a compra de liberdade de escravos, o que fazia, vez por outra, escravos fugidos se dirigissem s lojas. Vrias ses-ses solenes foram abertas com a leitura de cartas de alforria patrocinadas pela coleta de dinheiro en-tre os membros, contribuio que era comumen-te feita pelos maons por intermdio do chamado tronco de solidariedade.

    A maonaria na ocasio lanou o seu repto: Nenhum erro mais antigo, nenhuma instituio mais hedionda do que a escravido, entretanto est quase extirpada este medonho cancro social.

    Ter escravos era forma de status dentro da sociedade, pois a quantidade de peas (termo que tornava o ser humano um objeto) significava que o proprietrio tinha mais terras para eles trabalharem

    Mulher sendo carregada na liteirapor seus escravos, em So Paulo, 1860.VASQUEZ, Pedro Karp

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    Autor: Ir\ Raimundo Cssio G. LimaARLS Aerpago Itabunense n 9Oriente de ItabunaGLMEBA/CMSB

    Bibliografia:- Aslan, Nicola. Pequenas biografias de grandes

    maons brasileiros. Rio de Janeiro: Aurora, 1993.- Castellani, Jos. Os maons e o movimento abolicionista bra-sileiro. In: Caderno de Pesquisas Manicas. Londrina: A Trolha, 1989, p. 102.- Buarque, Cristovam. Abolio incompleta. (http://portal.mec.gov.br) . Acessado em 22.09.14.- Azevedo, Alusio. O Mulato.- Boletim do Grande Oriente do Brasil: ao Vale do Lavradio, Rio de Janeiro, 1872.

    A Maonaria unida reassume de hoje em diante seu posto de honra; ella ser a guarda avanada do progresso da humanidade. Educando o filho, emancipando o escravo, amparando a viva, pro-tegendo as classes desvalidas e libertando a cons-cincia do homem de frreo jugo do despotismo clerical, ella se recomendar a posteridade pelos relevantes servisos em prol da civilisao (sic) (Boletim do Grande Oriente do Brasil: ao Vale do Lavradio. Rio de Janeiro, p. 187, maio 1872).

    cedio que na atualidade, meus prezados ir-mos, o tipo da escravido a que se reportava o po-eta dos escravos Castro Alves em Navio negreiro no mais existe graas, sobretudo, ao empenho da nossa e sublime ordem reportada nas vozes dos va-lorosos irmos Baro do Rio Branco, Rui Barbosa e Luis Gama entre outros, como assinalado.

    Contudo, no se despiciendo lembrar de que outras formas de escravido branca do homem ain-da persistem em pleno sculo XXI. Portanto, cabe a ns maons como verdadeiros homens livres - combat-las mediante aes visando a colocao de luz sobre as trevas - mormente por nossa instituio preconizar a evoluo do homem em to-dos os aspectos como uma das suas bandeiras. O homem verdadeiramente livre apenas quer o que pode e faz o que lhe agrada, segundo o filsofo iluminista Jean Jacques Rousseau.

    Como disse o respeitado professor Cristovam Bu-arque - quando Ministro da Educao - em um artigo denominado Abolio incompleta: O Brasil no libertou os escravos. Abandonou-os. ...E a escravi-do continuou no Brasil, sob outras formas. ...No Brasil, o racismo e a escravido no acabaram. Mu-daram de nome. Passaram a chamar-se excluso e pobreza. ...A verdadeira libertao dos escravos s vir quando todo brasileiro tiver um emprego que lhe permita atender s necessidades bsicas de sua fam-lia; um lugar onde viver, com gua potvel e sanea-mento; um sistema de sade eficiente e, sobretudo, uma escola de qualidade para os seus filhos.

    Para uma viso acerca do que verdadeira-mente uma batalha travada em prol da liberdade de conhecimento e contra o jugo da prepotncia e, sobretudo, da alienante ignorncia, indico o filme Hiptia de Alexandria (destruio da maior Bi-blioteca da antiguidade, a de Alexandria, por en-sandecidos Cristos durante a Idade Mdia).

    Enfim, usando a mesma linguagem da narrati-va de Alusio Azevedo no romance O Mulato, de-vemos sempre lembrar que o desiderato da nossa misso exotrica como maom a de zelar e velar com nossa autoridade para que os pretos espo-liados (os excludos, na viso do eminente pro-fessor Cristovam Buarque) da pobre cidade de So Luiz do Maranho como de nenhum rinco desse nosso pas - no sirvam mais apenas como escra-vos e marionetes em face dos nobres e caridosos interesses dos atuais senhorios em suas ps-mo-dernas formas, colaborando no escopo de fazer a virem - por intermdio da conscientizao poltica que se adquire, sobretudo, mediante o processo da educao - a se tornarem verdadeiros cidados li-vres de todos os grilhes que, porventura, ainda os mantm aprisionados. Ou seja, colaborando verda-deiramente para colocar Ordo ab Chao!.

    Educando o filho, emancipando o

    escravo, amparando a viva, protegendo

    as classes desvalidas e libertando a

    conscincia do homem de frreo jugo do

    despotismo clerical

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    O que estamos fazendo reunidos na loja Manica? a oficina de lapidao mo-ral e intelectual humana? E qual nosso desgnio?

    Tudo tem que ter um objetivo nesta vida.A oficina intelectual e moral Manica, onde o

    nosso objetivo vencer as paixes, submeter a minha vontade, fazer progresso na Maonaria, construindo templos as virtudes e masmorras ao vcio, combater, matando e exterminando a ignorncia, o preconceito e o erro.

    E s malho e cinzel que vai comendo as pe-dras brutas.

    Para vencer as minhas paixes (o primeiro passo - vcios) necessrio o sacrifcio, vontade de mudar, persistncia, firmeza, mudana de vida, matar o ho-mem velho e comear uma nova vida com o homem novo (Sr. Paulo de Tarso, h dois mil anos, j brigava consigo mesmo e dizia: o que eu quero eu no posso, o que posso eu no quero). recomear, renascer, ou seja, nascer de novo, pois quero mudar. A vida como estava no estava boa, quero uma vida melhor, mais feliz, pois sei que mudando, o mundo vai ser melhor. Porm mudar vai doer, di.

    E s malho e cinzel que vai comendo as pe-dras brutas.

    A OFICINAVI

    VNC

    IA M

    A

    NICA

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    Para mudar necessrio que eu submeta a minha vontade (o segundo passo), o que no fcil, pois estvamos acostumados a outra vida, e mudar um sacrifcio danado como todos ns sabemos, pois usar os prazeres da vida sem moderaes, faz no final a taa ficar muito amarga. Podemos ser afastados ou retirados da sociedade muito bruscamente, ou da pr-pria vida. E se eu conseguir submeter minha vonta-de, direi igual a PAULO DE TARSO: combati o bom combate, mantive a f.

    E s malho e cinzel que vai comendo as pe-dras brutas.

    Estou fazendo o terceiro passo, que o progres-so na Maonaria: uma vida livre do sofrimento, sem dependncias, sem escravido, livre e de bons costu-mes, construindo templos s virtudes e as masmorras ao vcio (o quarto passo). Esses templos so: novos Irmos, demolay, Filhas de J, Escudeiros, loja de Perfeio e Captulo Rosa Cruz.

    Para construir exige esforo, muito sacrifcio e responsabilidade, pois no existe progresso sem sa-crifcio de quem pode dar. Este o que est disposto a construir, mas sem ser obrigado e sim porque quer, pensando em fazer feliz a humanidade.

    E s malho e cinzel que vai comendo as pe-dras brutas.

    Agora j posso combater a ignorncia, que o quinto passo, tendo conhecimento de causa, sem ter pr-conceito, que o sexto passo, pois tenho co-nhecimento, no julgo sem saber com pr-conceito, achando que estou certo, que minha vontade tem que sobrepor a todos por imposio, achando que eu que mando, e no a assemblia de irmos.

    Se no sou mais ignorante de conhecimentos, no tenho mais pr-conceito, se no sou mais preconcei-tuoso, respeito as opinies, as religies e as raas, no vou errar, que o stimo passo, e no deixar de fazer o bem, pois deixar de fazer o bem pior que fazer o mal.

    E s malho e cinzel que vai comendo as pe-dras brutas.

    Se fizermos pelo menos estes sete passos, estare-mos caminhando para sermos bons aprendizes, e po-deremos ser bons companheiros, chegando a ser at venerados mestres.

    Geralmente estes Irmos so atacados, caluniados, encarcerados e at mortos, mas ficam para sempre na Histria como precursores de tempos novos, de be-

    nficas reformulaes sociais, de valiosas conquistas no campo moral, da cincia, da Arte, situando-se, no raro, como autnticos representante da Maonaria.

    O Verdadeiro reformador aquele que jamais desce agressividade, reconhecendo que nenhum ideal nobre se realizar em plenitude sob orientao da violncia, e que jamais as foras do Bem se cor-porificaro na Terra seno atravs daqueles que se disponham a agir com bondade, como verdadeiros irmos.

    ESTE UM BOM CAMINHO PARA SER UM bom APRENDIZ

    E MAlHo E CInZEl que vai comendo as pedras brutas.

    Autor: Ir\ Antonio de Pdua da CostaARLS Monte das Accias n 161Oriente de Santo Antnio do Monte GLMMG/CMSB

    Para vencer asminhas paixes

    o primeiro passo (vcios) necessrio

    o sacrifcio, vontade de mudar,

    persistncia, firmeza, mudana

    de vida, matar o homem velho

    e comear uma nova vida com o

    homem novo

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    Nos Rituais, Manuais e Catecismos Mani-cos pululam em todas as pginas, persona-lidades, smbolos, tradies, mitos e lendas plenos de mistrios, mas que se completam de forma autnoma, ao longo dos Graus, enriquecendo, no s a Literatura Manica, mas o aprendizado e a Cultura da Arte Real. Alguns desses personagens, smbolos e tradies, lendas e mitos esto por completos ou parcialmente esquecidos. A ideia caminhar em sua direo com o objetivo de promover resgates.

    O Rito Escocs Antigo e Aceito, formatado em 33 Graus, apresenta-se como um conjunto harmnico, entrementes, cada Grau possui sua prpria ritualsti-

    ca, personagens, simbolismo, lendas, tradies e mis-trios que se de desvelam aos iniciados em cada um dos Graus respectivos, e no momento preciso, como num jogo de juntar peas. O mesmo se pode afirmar com relao aos demais Ritos que tiveram origens no Velho Continente, notadamente Inglaterra, Esccia, Frana e Alemanha.

    No nosso modesto e humilde entender, as tradi-es, em especial, as lendas, os personagens, os fatos e acontecimentos que serviram (e ainda servem) de repositrio de conhecimentos e/ou informaes acu-muladas pela Ordem na sua longa marcha civiliza-tria, esto perdidas e/ou se perdendo em face das

    AS TRADIES MANICAS ESQUECIDAS

    Deb

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    alteraes desfigurativas dos Rituais; da ausncia de mtodos instrucionais eficazes na transmisso dos sa-beres; e da falta de interesse dos maons em se apro-fundarem no conhecimento das tradies manicas.

    A meu entender, no h fora capaz de sustentar uma instituio como a nosso sem o apoio do conhe-cimento, sem a transmisso da tradio, dos usos e costumes, e do simbolismo subjacente, que passam a representar, essencialmente, a pedra angular, a ar-gamassa, o elemento de coeso da Maonaria e dos Maons. Neles se exprimiram todos os sbios antigos e neles deixaram os seus rastros luminosos de saberes que chegaram at ns. A manuteno da Tradio de nossa Ordem faz com que a pratiquemos, no scu-lo XXI, a ritualista estabelecida nos sculos XVII e XVIII. Se assim no fosse a nossa Ordem j teria se pulverizado.

    Ento, diante deste cenrio, parece-nos excessiva-mente oportuno escrever sobre este assunto as tra-dies esquecidas na tardia esperana de reacender o fogo do interesse pelas coisas da Ordem, ainda que, para isto, tenhamos que inscrever no preambulo intelectual de cada maom, marcas que expressem o sentimento de que precisamos reencontrar nas tra-dies manicas, a chave que serve para abrir e/ou fechar o cofre do tesouro do conhecimento dessas coisas que a Maonaria conserva.

    Focando na questo da tradio manica, vamos, inicialmente, perquirir os dicionrios para averiguar o que eles dizem. No meu velho e bom Aurlio, por exemplo, encontro: tradio o ato de transmitir ou entregar (algo ou alguma coisa a outrem); transmis-so oral de lendas, fatos, etc., de idade em idade, ge-rao em gerao; transmisso de valores espirituais atravs de geraes; conhecimento ou prtica resul-tante de transmisso oral ou de hbitos inveterados; e, por fim, recordao, memria.

    Poderia me contentar, apenas, com as duas l-timas palavras: recordao e memria. Mas, pre-cisamos evoluir, ento, recorremos ao meio mais moderno de consulta da atualidade, o Google, e l encontramos: tradio (do latim: traditio, tradere = entregar; em grego, na acepo religiosa do termo, a expresso paradosis ) a transmisso de prticas ou de valores espirituais de gerao em gerao, o conjunto das crenas de um povo, algo que seguido conservadoramente e com respeito atravs das geraes.

    Procurando refgio e apoio nas obras manicas, recorro a Nicola Aslan e ao seu Grande Dicionrio Enciclopdico de Maonaria Simblica, que a partir do verbete especifico transcrevo:

    tradio Palavra de origem latina usada, em Di-reito, para indicar a ao de entrega e particularmente de uma propriedade. Por extenso esta palavra aplica-se transmisso de fatos puramente histrico, de doutrinas religiosas, de acontecimentos de qualquer ordem, de idade em idade, e que sem qualquer prova autentica se tem conservado de boca em boca, constituindo, porm, uma das bases da histria e da religio

    E prossegue aquele autor: por meio da tradio que os grupos humanos

    transmitem suas crenas, suas ideias, seus costumes, alm de todas as conquistas artsticas, tcnicas e cien-tificas. Desta forma, a tradio um fator de progres-so, pois transmite uma herana de cultura, que se re-nova atravs das geraes (...).

    Observa-se, contudo, nas consultas efetivadas, que a ideia central perpassada a mesma, a tradio uma forma de perenizar conceitos, experincias e prticas entre as geraes, a transmisso do co-nhecimento; a conservao dos costumes, dos h-bitos, de tudo o que no passado era observado. Os aspectos especficos da tradio devem ser vistos em seus contextos prprios, enquanto forma de perenizar conceitos, experincias e prticas entre as geraes. A tradio toma feies peculiares em cada crena e grupamentos humanos.

    Fica registrado, ento, que por meio da Tradio que os grupos humanos mantm seus costumes, seus hbitos, suas conquistas morais e sociais. A cultura manica adquirida assim mantida. A manuteno dos parmetros estabelecidos em nossos Rituais, Landamarks e Antigos Deveres o que permite que a Maonaria seja secular. Em resumo, o termo tradio significa Transmisso.

    As crenas, as lendas e os mitos, gostem ou no gostem alguns historiadores da Ordem, so formas de transmisses orais, cujas personagens podem mudar segundo a geografia, padro social e a cultura de po-ca, mas a componente moral permanecem e transmi-te-se na conscincia das geraes. Permito-me, nesse pargrafo complementar, sem pretender me contradi-zer ou confundir o leitor, asseverar que a tradio no s regras, constituies, estatutos, rituais, e normas da Ordem, mas os usos e costumes e simbolismo que

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    neles se inserem e que regulam a vida dos maons e suas condutas atuais e futuras.

    Trazendo esses conceitos e argumentos para o inte-rior da Ordem, podemos entender que a tradio ma-nica, no s diz respeito como se imagina, aos Lan-dmarks, Constituies de Anderson e aos antigos usos e costumes da Maonaria Universal, mas as Constitui-es em geral, regulamentos, regimentos, rituais, leis, decretos e normas que se relacionam, principalmente, com matrias ritualsticas. Tambm, se afigura como tradio, o farto simbolismo que permeia em nossas Lojas, seus adornos e objetos de uso interno, e joias e paramentos que ilustram os maons. Neste particular, o smbolo, a lenda e o mito permanecem como uma ne-cessidade viva, por cujo instrumento se poderiam tornar acessveis as representaes intelectuais do enunciado deste pargrafo e texto.

    Daqui partindo, professa Manoel Aro, que a ma-onaria quis manter na sua simbologia, o essencial da sua tradio e as regras gerais que so a base de

    seu ensino filosfico e moral. Porque Ela sabe bem que, ao lado das coisas que evoluem, que mudam constantemente de direo, qual ampliam e se mo-dificam, obedecendo a critrios dos intrpretes e s correntes mentais que criam as doutrinas e as escolas, h o princpio fixo e imutvel que pode ser conhecido amanh em outros detalhes, ora ignorados, mas cuja base constituem a prpria essncia inaltervel e eter-na que o homem consegue apreender e fixar. Estas razes justificam o smbolo que resume e fixa e que j inseparvel da transmisso dos conhecimentos e princpios manicos (Aro, Histria da Maonaria no Brasil: desde os tempos coloniais at nossos dias, Recife, 1926, p. 35).

    As diversas Escolas do Pensamento Manico (Autntica, Antropolgica, Mstica e Ocultista) no se omitiram no estudo das antigas tradies, lendas e mitos da Maonaria, pelo contrrio, as tradies manicas foram dissecadas, reviradas, examinadas minuciosamente analisados em face de registros do-cumentais, e do muito, pouco foi afastado pelos his-toriadores, estudiosos e defensores e propagandistas de cada Escola. Em resumo, no puderam refutar documentos conhecidos como as Old Charges, ou Antigos Deveres ou Antigas Constituies e nem outros documentos e relatos, na defesa da busca de autenticidade.

    Neste diapaso, resta indicar, na conformidade do t-tulo, quais tradies manicas esto ou foram esqueci-das, ou para ser menos dramtico, quais tradies esto ido para o esquecimento pela prpria descura mani-ca. Impossvel relacionar todas as tradies manicas a que podemos nos referir neste espao de leitura, mas uma anlise atenta dos documentos antigos e atuais da Ordem permitem que iniciemos apresentando um elen-co dos principais princpios (sem comentrios) tradicio-nais da Maonaria Universal:

    Reconhecer o Grande Arquiteto do Universo, como Fora Superior, Princpio Criador, Causa Pri-meira de Todas as Coisas;

    Admitir a Moral Universal e a Lei Natural, dita-das pela razo e definidas pela Cincia que obriga o Maom a ser bom, sincero, modesto, honrado, gene-roso e caridoso;

    Admitir a prevalncia do Esprito sobre a Matria; Ser Tolerante, no combater ningum por sua

    crena religiosa, reconhecer direito e liberdade iguais a todas as religies e cultos;

    A Tolerncia, a Crena no Grande Arquiteto do Universo, a ideia manica da perfectibilidade individual e social, e o trabalho pelo aperfeioamento dos costumes so algumas das principais regras da maonaria que esto sendo relegadas a segundo ou terceiro planos

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    No discutir sobre questes religiosas no recinto das Lojas;

    No impor limites livre e constante investiga-o da verdade;

    Proclamar o sagrado e inviolvel direito de todo o indivduo de pensar livremente e Ser livre pensador;

    Reconhecer que os homens maons e no-ma-ons deve dirigir seus atos e sua vida exclusiva-mente de acordo com a sua prpria razo;

    Reconhecer que todos os homens so livres, iguais entre si e irmos;

    Combater e aniquilar o obscurantismo, a hipo-crisia, o fanatismo, a superstio e os preconceitos;

    Praticar as virtudes domesticas e cvicas, na fa-mlia, na sociedade;

    Respeitar as leis do Pas; Ser absolutamente fiel aos juramentos, deveres e

    princpios manicos; Reconhecer o trabalho manual e intelectual

    como um deve essencial do homem; Proscrever sistemtica e terminantemente o re-

    curso fora e violncia; Tornar feliz a humanidade pelo aperfeioamento

    dos costumes.Esses princpios podem ser interpretados e escritos

    de vrias formas, gerando controvrsias de reconheci-mento, mas so clausulas tidas como ptreas, portanto, no passiveis de discusso. Alter-los significaria rom-per a sintonia manica mundial. Neste diapaso, a To-lerncia, a Crena no Grande Arquiteto do Universo, a ideia manica da perfectibilidade individual e social, e o trabalho pelo aperfeioamento dos costumes so algu-mas das principais regras da maonaria que esto sendo relegadas a segundo ou terceiro planos.

    No simbolismo, por seu turno, h muitos termos, relatos, lendas e costumes, que muitos maons des-conhecem, embora finja conhecer, e no caso, para no me alongar, destaco e listo apenas doze (sem co-mentrios), a saber: Arca da Aliana; Mar de Bronze; Sanctum Sanctorum; o Silncio Manico; os Ban-quetes Solsticiais e Ritualsticos; a Taa Sagrada; a Cadeia de Unio; o Simbolismo das Velas; a pala-vra Xibbolet e os fundamentos histricos do grau de Companheiro; a simbologia do pavimento de mosai-co; do Delta Luminoso; e da corda de 81 ns. Mas bem que poderia dizer da Abelha, artes liberais, cr-neo, cruz, hexagrama, menorah, quadrado dentro de um crculo, quatro coroados, e etecetera e tal.

    Autor: Ir\ Luiz Gonzaga da RochaARLS Antonio Francisco Lisboa n 3793Oriente de Braslia GOB/DF

    aos maons mais antigos, aos maons mais sbios, atravs de processos que assegurem a conti-nuidade de uma cadeia ininterrupta, a quem compete transmitir o conhecimento, a sabedoria, a cultura, as lendas, os mistrios e impedir que as tradies ma-nicas se percam ou caiam no esquecimento, e para que a memria das novas levas de maons retenha o essencial a fim de que possa ser transmitido, como uma herana. A Maonaria refere-se aos " Antigos Deveres " e aos " Landmarks " da Fraternidade, espe-cialmente quanto ao absoluto respeito das tradies especficas da Ordem, essenciais regularidade das Lojas e Maons de cada Jurisdio.

    Na abertura dos trabalhos do Rito Brasileiro desenvolve-se o seguinte dilogo entre o Venervel Mestre o Primeiro Dicono (Derly Halfeld Alves, Revelaes manicas, Trolha, 2011, p. 79):

    - Por que usa a Maonaria de Smbolos, 1 Di-cono?- Porque se origina dos antigos mistrios, onde os Smbolos e as Alegorias eram a chave da cincia. Conserva-os por tradio e para auxiliar a memria a reter os seus ensinamen-tos pela impresso que causam ao esprito e aos sentidos.

    A guisa de concluso, a nota triste e final que leio em Wellington B. de Oliveira (Um conceito de Maonaria, Trolha, 1994, p. 24), a afirmativa de que os Mestres ... j no merecem assim ser chamados, perderam o amor pela escola, j no ensinam, no sabem o que ensinar. No transmite confiana ou mo-tivao, pois, a apatia tomou conta de seus nimos.

    Para os Mestres, Companheiros e Aprendizes, este um desafio que precisa ser superado, vencido, derrotado, afastado das mentes dos maons, para ce-der lugar ao entendimento de que, efetivamente, Os Mestres merecem assim ser chamados e reverencia-dos, por seu amor e dedicao pela escola e pelo co-nhecimento, pelo ensino e por tudo que ensinam, por transmitirem confiana e motivao, pois, a alegria da expanso do saber tomou conta de seus nimos. Fica lanado o desafio: aprender para ensinar e ensi-nar para aprender.

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    grande maioria dos homens comuns no gosta que sejam promovidas mudanas em sua rotina, em seu dia a dia e, por isso

    mesmo, no nutre nenhuma simpatia pela luta, pelo embate, pela contenda, seja ela fsica, moral ou intelectual. Por isso, ela age naturalmente, de forma neutra em todos os campos, de forma a dei-xar que as coisas se resolvam por si ss.

    Como maons que somos, no podemos nos ilu-dir: ns no somos homens comuns. Porque, por algum motivo (ainda que desconhecido por ns), fomos pinados, escolhidos de dentro da comuni-dade profana para ingressar numa entidade que, por sculos e mais sculos vem atuando, de forma intensa, em diversos setores da sociedade (ainda que de maneira discreta).

    Frise-se, por oportuno, que em nosso Ritual de Companheiro existe uma determinao no sentido de que temos que estar prontos para lutar contra as tiranias sociais, ao dispor, como finalidade da Ma-onaria: o combate sem trguas ao perigo cons-tante, que o esmagamento de uns pela ambio desenfreada e o orgulho de outros (fl. 34).

    E nos incita a estudar, de forma que o conheci-mento adquirido pelo Maom, deve tender ao desen-volvimento intelectual e moral do indivduo, visando ao aperfeioamento da sociedade em que vivemos.

    Aquele, portanto, que pretende alcanar o sucesso nesta empreitada, ser um vencedor, tem que aprender a enfrentar as dificuldades, tem que se dispor a lutar contra as barreiras que se apresentam no caminho de seu progresso. Por

    isso, as escolhas que vamos fazendo ao longo da vida levam-nos para esta luta diria, e a maneira como conduzimos esta luta diria que nos far crescer como seres humanos.

    Como maons que somos, no podemos nos acomodar, no podemos nos dar ao luxo de sentar sombra e esperar que as coisas aconte-am ou, pior ainda, que elas deem errado: este o papel do pessimista, daquele que cr, piamen-te, que nada vai dar certo.

    No podemos, tambm, nos escondermos numa bolha, nos isolarmos do mundo, nos refugiarmos numa redoma de vidro (como a flor do Pequeno Prncipe, na obra prima de Antoine de Saint-Exu-pry, que buscava, assim, fugir ao ataque das lagar-tas). Aproveitando a figura literria, Exupry nos deixou a lio de que, para conhecermos a beleza do voo das borboletas necessrio que suportemos os ventos, as mazelas, as intempries e, tambm, algumas lagartas.

    Os estudiosos da natureza humana sempre buscaram entender esta averso que o homem comum tem pelo desconhecido, a necessidade arraigada e obstinada que ele tem em manter os antigos padres e paradigmas, o incomensurvel medo das mudanas.

    O homem maom, a despeito de tambm no gostar desta sensao de desconforto que advm das mudanas, precisa aprender que elas so resul-tado de suas prprias escolhas e que exatamente neste ponto que ganha destaque uma caracterstica mpar que o diferencia do homem comum: o ma-

    O MAOM PRECISA SER UM HOMEM

    DE AOVIV

    NCI

    A M

    A

    NICA

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    om tem que ter coragem para mudar aquilo que pode e deve ser mudado; tem que ter a humildade para aceitar aquilo que no pode e no deve ser mudado; e tem que ter a sabedoria necessria, para conseguir diferenciar uma situao da outra.

    Contudo, ele no pode esquecer que h uma grande diferena entre a humildade (necessria para aceitar o que no pode e no deve ser mu-dado) e o comodismo, a preguia e a inrcia, que caracterizam aqueles que se limitam a aceitar, pas-sivamente, o que lhe imposto pelos outros.

    A humildade, como paradoxo da natureza hu-mana, eleva e destaca quem a possui, enquanto que o comodismo e a inrcia rebaixam e diminuem aquele que no luta contra eles e sucumbe a seus encantos (como os marinheiros atrados pelo canto e os encantos das sereias da mitologia).

    Frise-se, por oportuno, que o homem, seja ele profano ou maom, no pode acovardar-se e apequenar-se diante dos problemas que surgem no dia a dia.

    Neste sentido, temos que lembrar que inme-ras pessoas so portadoras das mais diversas limi-taes: fsicas ou psicolgicas (por problemas de respirao, locomoo, viso, audio, perderam pernas, braos, rgos internos) e, mesmo assim, no se entregam, porque no perdem suas integri-dades morais e se apresentam como pessoas hbeis em construir novas situaes de sucesso, e nos ser-vem como exemplos a serem seguidos, nas suas formas simples de viver.

    WIllIAM SHAkESPEARE no teve condi-es de frequentar uma escola, e teve que aprender sozinho a ler e a escrever e, ainda assim, tornou-se o maior dramaturgo e poeta da lngua inglesa de todos os tempos, sendo considerado, pelos estudiosos do idioma ingls, como o responsvel pela identificao e estruturao do ingls como idioma.

    ludWIG VAn bEEtHoVEn, um dos maio-res compositores da msica clssica mundial, comps muitas de suas obras (inclusive aquela que conside-rada sua obra prima Sinfonia n 9, em R menor) quando j se encontrava, praticamente surdo, tendo quase toda a obra ps surdez, sido criada com o ou-vido colado na madeira do piano, onde aprendera a diferenciar as vibraes das notas musicais.

    MAdRE tERESA, com sua figura corporal dbil e doente, mas com um esprito cheio de fibra e coragem, mudou a concepo mundial com rela-o ao trabalho de caridade, ao levar aos pobres, doentes e esquecidos de Calcut, na ndia, o traba-lho desenvolvido com a criao de escolas ao ar li-vre, centros para cegos, idosos, leprosos, aleijados e necessitados em geral.

    AntonIo FRAnCISCo lISboA (o AlEI-JAdInHo) esculpiu suas mais belas obras de arte, nas pedras sabo mineiras, com o martelo e o cin-zel amarrados em seus punhos, porque a zampari-na (doena que ataca o sistema nervoso), aliado

    William Shakespeare no teve condies de frequentar uma escola, e teve que aprender sozinho a ler e a escrever e, ainda, assim, tornou-se o maior dramaturgo e poeta da lngua inglesa de todos os tempos

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    hansenase (lepra) j lhe haviam corrodo os dedos e considerveis partes das mos.

    loRdE CAVAnAuGH e nICk VuJICIC so duas pessoas que nasceram com a rara sndro-me de Tetra-amelia: ausncia dos quatro membros (pernas e braos). Contudo, o primeiro tornou-se um importante membro do Parlamento ingls, aps ser eleito sem contar com a ajuda financeira de nin-gum (afora o voto de seus eleitores, por bvio).

    O segundo, nICk VuJICIC, um evangelista australiano e, atualmente, aos 31 anos, considerado um dos maiores palestrantes motivacionais do plane-ta. Por sua condio fsica, teve uma vida cheia de dificuldades e privaes e, por alguns anos de sua infncia, cultivou um grande apreo pelo suicdio, como uma forma de livrar-se do pesado fardo de ser um deficiente fsico. Todavia, j aos 17 anos de idade, fundou a Life without limbs (Vida sem membros), uma organizao sem fins lucrativos, que busca le-var palavras de esperana e f em dias melhores, para milhes de pessoas em todo o planeta sendo que suas palestras j foram ouvidas em mais de 44 pa-ses. Frise-se, que aos 21 anos de idade, concluiu dois cursos superiores: um de Contabilidade e outro de Planejamento Financeiro.

    StEPHEn WIllIAM HAWkInG fsico te-rico e cosmlogo britnico, e um dos mais consa-grados cientistas da atualidade, estando com 73 anos. Desde os 21 anos portador de uma doena chamada esclerose lateral amiotrfica, que provoca a perda to-tal do controle da musculatura, sendo que, h mais de 30 anos, ele est preso em uma cadeira de rodas, e s consegue movimentar um dos dedos da mo direita. Mesmo assim, tendo controle total de sua mente ocu-pou at 2009, a cadeira de Fsica que pertenceu a Sir Isaac Newton, na Universidade de Cambridge. Com a ajuda de um sintetizador de voz, consegue produzir palestras disputadssimas, junto s plateias mais sele-tas do mundo cientfico, e ditar livros e artigos com suas revolucionrias e fascinantes teorias, nos cam-pos da Cosmologia e da Fsica quntica (com maior nfase na Mecnica quntica).

    E ns, maons, o que pretendemos fazer da nossa vida, sendo portadores de todas as felici-dades com as quais a vida nos premiou e que ns, muitas vezes, sequer conseguimos enxer-gar? o que pretendemos fazer com nossos cor-pos perfeitos, com braos, pernas, olhos, ouvi-

    Stephen William Hawking fsico terico e cosmlogo britnico, e um dos mais consagrados cientistas da atualidade. Desde os 21 anos portador de uma doena chamada esclerose lateral amiotrfica, que provoca a perda total do controle da musculatura

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    dos, rgos internos que sofreram, apenas, o desgaste natural de nossas idades, mas que funcionam perfeitamente?

    claro que no nosso cotidiano vivemos, muitas vezes, situaes desconfortveis, desagradveis, in-justas, dolorosas, que nos obrigam a modificar nos-sa rotina, para que possamos nos adequar a tais si-tuaes e poder enfrent-las. Todavia, muitas destas situaes nos so impostas pelas circunstncias da vida em sociedade, so resultado da forma como uma pessoa, ou outra, age com relao a ns, sendo que o reflexo da atitude dela atinge o conforto de nosso dia a dia. Da mesma forma, nossas aes tambm provo-cam reflexos nas vidas de outras pessoas.

    ningum escapa desta lei social! Contudo, a criao de situaes adversas pode

    ser resultado, to somente, de nossas prprias aes: como fruto da imutvel lei da ao e da reao.

    Tudo, no mundo cientificamente conhecido, sofre a influncia desta lei. Tem-se a impresso, na verdade, que ela dita o ritmo dos acontecimentos. Assim, desde a exploso inicial que formou nosso Universo, ele con-tinua se expandido, at o momento em que a energia dispendida alcance seu limite, neutralize-se e comece o indefectvel movimento inverso, de contrao, em ve-locidade cada vez maior, at que ocorra uma inevitvel e imensa coliso, que provocar nova exploso, com a consequente nova expanso e tudo recomear.

    Do mesmo modo, o corao dos seres vivos, com suas constantes sstoles e distoles, bombeando o sangue para todas as partes do corpo, e recebendo-o de volta; a expanso e a contrao dos pulmes, bus-cando efetuar, com maestria, a troca dos gases neces-srios manuteno da vida; o ciclo das guas, que vo dos rios ao mar, voltando aos rios, por diversas formas, recomeando sua corrida de volta ao mar.

    Assim como na natureza, o que diferencia uma pessoa ativa de uma passiva como ela reage a es-tas transformaes fsicas e sociais: se as utiliza para melhorar sua vida e a de outrem, ou se apenas procu-ra no ser influenciado por tais mudanas.

    O verdadeiro maom, em hiptese alguma pode acomodar-se com as transformaes sociais e fingir que no est sendo influenciado por elas. No pode fugir do compromisso de assumir seu papel de personagem ati-vo e importante nas mudanas necessrias de seu pas, seu estado, de sua cidade, seu bairro, da escola de seus filhos e, mais importante ainda, de seu ncleo familiar.

    Autor: Ir\ Antonio Cledson Saraiva CardosoARLS Cavaleiros de Nostradamus n 312Oriente de LinsGOP/COMAB

    Bibliografia: MUNIZ, Andr Otvio Assis. Novo Manual do

    Rito Moderno (Grau de Companheiro). 1 edio. LUZ, Daniel Carvalho. Insight 2. So Paulo: DVS Editora Ltda., 2002. Ritual de companheiro maom - Rito Moderno. Grande Oriente Paulista, 2005.

    Como agente modificador da sociedade, o ma-om deve estar sempre pronto para sofrer as dores que toda transformao acarreta, deve suport-las dignamente, de forma a servir de exemplo para aqueles que lhe seguem os passos: a esposa, os fi-lhos, os amigos, os parentes, os discpulos, etc. Ele no pode ter medo de passar por estas dificuldades, estas dores necessrias para seu prprio cresci-mento: como maom e como homem.

    Como as dores do parto so preliminares quase certas do nascimento de um novo ser, as dores so-ciais anunciam o alvorecer de uma nova forma de ver o mundo, de nascer para a luz, de aprender a conviver com esta luz, de forma a conduzir a so-ciedade para um amanh mais feliz e mais fraterno.

    Como verdadeiros maons, temos que nos conscientizar que precisamos tirar a Maonaria da apatia em que ela se encontra, e ajud-la a se tornar um farol que indique o caminho para a nossa sociedade que se encontra doente, violen-tada, massacrada e sem rumo - sem lderes real-mente comprometidos com o bem estar de todos.

    A Maonaria tem que agir socialmente; tem que cumprir seu valoroso papel secular; tem que respeitar sua histria de ao e rejeitar a postura de passividade em que se encontra.

    Como maons, temos a obrigao de agir so-cialmente; e o medo de errar no nos pode impe-dir, porque melhor errar tentando, do que mor-rer sem tentar acertar.

    No podemos esquecer a lio deixada por Sir Josiah Stamp, que foi presidente do Ban-co da Inglaterra, nos difceis anos da dcada de 1920, ao dizer que fcil fugir de nossas res-ponsabilidades, mas no podemos evitar as con-sequncias de nossa irresponsabilidade.

    Nas palavras de Daniel de Carvalho Luz, em sua obra Insight 2 pessoas srias assu-mem responsabilidade, as outras, procuram culpados.

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    Para desenvolver o tema aqui sugerido, gostaria de lembrar a definio de determinadas pala-vras constantes nos seguintes dicionrios:1. PEQUENO DICIONRIO BRASILEIRODA LNGUA PORTUGUESA

    COMPORTAMENTO:Maneira de se comportar, procedimento, conjun-to de atitudes e reaes do individuo em face do meio social.

    CONDUTA:Conduo de pessoas, procedimento moral (Bom ou Mal) comportamento.

    COMPOSTURA:Comedimento e seriedade de maneiras.

    MORAL:Parte da Filosofia que trata dos costumes ou deveres do homem; concluso moral que se tira de um fato; conjunto das nossas faculdades morais; o que h de

    COMPORTAMENTO TICO DE UM MAOM

    VIV

    NCIA

    MA

    NI

    CA

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    moralidade em qualquer coisa; relativo aos bons costumes; relativo ao domnio espiritual.

    2. GRANDE DICIONRIO ENCICLOPDICO DE MAONARIA E SIMBOLOGIA DE NICOLA ASLAN

    MORAL:Da raiz latina Mores, costumes, conduta, compor-tamento, modo de agir. um sistema de costumes ordenado para um fim de convenincia humana, e o conjunto de normas que orientam o homem para a realizao de seu fim. A Moral ordenada e pra-ticada segundo trs pontos de vista: - Religioso Social Individual

    MORAL RELIGIOSA OU TEOLGICA:Fundamenta-se no cumprimento da vontade de Deus, ou seja, dirigir os atos humanos de acordo com a ordenao universal.

    MORAL SOCIAL:Consiste na realizao de tudo aquilo que re-dunda em benefcio da coletividade e de sua harmonia.

    MORAL INDIVIDUAL:Tem sua fonte no dever e na razo; portanto na conscincia.

    As trs formas de Moral so compatveis e de-vem caminhar de acordo; porm, seus princpios variam com os tempos, os povos e as religies, dentro de certos limites. No obstante, existem certos princpios de Moral Universal que consti-tuem uma espcie de cdigo aceito pelo consen-so de toda humanidade.

    TICA:Palavra que vem do Grego Ethiks, de thos, costume e significa a Cincia da Moral Individu-al e Social. Este termo tem, sobre a palavra mo-ral, do latim Mores, a vantagem de melhor pre-cisar a relao entre a ao reta, o procedimento honrado, ntegro e o carter virtuoso. A tica a arte de criar um carter moral, de contrair hbi-tos de que resulte, naturalmente, um porte con-forme as leis do dever. Esta concepo da moral,

    que liga a virtude com o carter e os costumes, parece um tanto distante de certas concepes modernas, tendendo, no entanto, a predominar cada vez mais sobre todas as outras.

    COMPOSTURA MANICA: o decoro e a circunspeco com que se devem conduzir os Maons em todos os atos, e muito especialmente durante os trabalhos da loja.

    COMPORTAMENTO MANICO FORA DE LOjA:As obrigaes de um Maom, compiladas por Anderson dos antigos manuscritos, con-tm todas as regras para o comportamento dos Maons fora de Loja, sob vrios tpi-cos, ou seja, o comportamento do Maom em qualquer lugar. Estas regras se referem ocasio em que os Irmos se renem sem a presena de estranhos, tambm, na presena de estranhos, em casa, etc...

    Um Irmo Maom no deve comportar-se apenas em Loja, mas tambm fora dela, como um Irmo perante seus Irmos; felizes so aqueles que esto convencidos de que devem, neste particular, obedecer sempre s leis da Ordem.

    Como podemos notar, existe uma correla-o entre todas estas palavras, que se redunda no procedimento individual, que cada um deve ter, para ser considerada uma pessoa digna pe-rante toda Humanidade.

    Se formos Maons, ou seja, se temos uma trade como lema: - Liberdade Igualdade Fraternidade. E somos vistos por todos como exemplos de honestidade, moral, respeito, integridade, etc..., espera-se de ns atitudes compatveis com esta condio.

    Muitos falam do comportamento e conduta do Maom, apenas durante as reunies. Quase nada se fala do antes e depois das reunies. No podemos e nem devemos ser Maons du-rante duas horas que giram em torno da sesso, mas sim, 24 horas por dia e sete dias por sema-na; isto no sentido de nosso comportamento e conduta diria.

    O quanto nos preocupa a Caridade, o Amor, a Fraternidade e o respeito pelo prximo?

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    Autor: Ir\ Marco Antonio SellaniARBLS Portal de Minas n 3911Oriente de Extrema GOB/MG

    Bibliografia:- Pequeno Dicionrio da Lngua Portuguesa- Grande Dicionrio Enciclopdico de Maonariae Simbologia Nicola Aslan- Coletnea de Trabalhos Loja Cinquentenrio N 192

    Quanto disto faz parte verdadeiramente de nossos coraes e mentes?

    De nada adianta termos ternos, Balandraus, aventais, faixas, abraos calorosos e precei-tos preparatrios para as sesses, se quando a mesma termina tiramos nossos paramentos e nos esquecemos de todas as palavras, ensi-namentos, instrues e orientaes recebidas durante a reunio.

    No podemos sair de nossos Templos, achando que nossa misso e papel termina-ram ali e, consequentemente, no aplicamos o aprendizado adquirido.

    Sendo a Maonaria extremamente prtica, temos o dever e a obrigao de execut-la.

    Como? Tendo um comportamento e uma conduta

    compatvel com nossa condio de ter sido es-colhido para ser Maom, como tal, devemos

    agir dentro e fora dos Templos. No podemos nos deixar envaidecer acreditando que saber a ritualstica de cor, ocupar altos graus filosfi-cos e estar sempre presentes nas reunies de sua Loja, substituem o comportamento moral correto, Honestidade de propsitos, Caridade e Humildade.

    No! Em absoluto, No! No h parmetros nem os acima, que subs-

    tituam um corao nobre, caridoso, honesto e sincero. Para que os preceitos de nossa Arte Real surtam efeito, fundamental a coerncia entre o que est sendo feito e quem est fazen-do ou recebendo.

    Urge nos tornarmos Homens e Maons me-lhores. Devemos nos preocupar menos com o que vestir, com os paramentos, com o cami-nhar dentro dos Templos; e mais com o com-portamento moral.

    Devemos aprender primeiro a oferecermo--nos, pois como sabido, todo aquele que realmente iniciado em nossos Augustos Mis-trios, somos o melhor presente que pode-mos oferecer aos nossos Irmos e Amigos. Mas precisamos ser dignos de sermos pre-senteados.

    Lembremo-nos sempre, que somos os ni-cos responsveis pelas atitudes que atramos e mantemos.

    Cabe, portanto, a cada um de ns, respeitar-mos a Maonaria, atravs de atos nobres, cor-retos e coerentes com seus preceitos, dentro e fora de nossos Templos; pois, se no agirmos assim, seremos os piores malfeitores de nossa prpria Ordem.

    Finalmente, se para cada um de ns, Ma-ons, existe uma esperada conduta, certa-mente a intolerncia e a vaidade, dela no fazem parte.

    No podemos e nem devemos ser Maons durante duas horas que giram em torno da sesso, mas sim, 24 horas por dia e sete dias por semana; isto no sentido de nosso comportamento e conduta diria

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    RITU

    ALS

    TICACDIGO LANDMARkS

    de Mackey-anotadoARTIGOS 19 E 20

    N esta oportunidade estudaremos os artigos dcimo nono e vigsimo de um total de vin-te e cinco dos selecionados por Albert Gal-letin Mackey em 1856, lembrando ao estimado leitor que este seriado iniciou-se no nmero 18 deste espe-cializado e conceituado peridico.

    DCIMO NONO ARTIGOA crena no Grande Arquiteto do Universo um dos importantes Landmarks da Ordem. A nega-o dessa crena impedimento absoluto e insu-pervel para a iniciao.

    ANOTAO DO ARTIGODCIMO NONOA crena no Ser Supremo do Universo, seja o nome que se queira dar e vida eterna depois da morte do corpo fsico, so condies essenciais para a iniciao, alm de outros requisitos so-ciais de honradez, bons costumes, cultivo da mo-ralidade, tica e amor ao prximo.

    Qualquer rito que no exija esses requisi-tos essenciais do candidato no considera-do rito manico, fazendo-se necessrio que o candidato declare solene e expressamente que realmente acredita no exigido por este Land-mark. Alis, a expresso Grande Arquiteto do Universo tem sua fonte na prpria Bblia: He-breus (Novo Testamento) 11 e 10:Porque es-perava a cidade que tem fundamento, da qual o artfice e construtor Deus.

    V-se, pois, que a Sublime Ordem tem como alicerce a crena no Ser Supremo do Universo que chamado de Grande Arquiteto do Univer-

    so, nomenclatura genrica para ser denomina-dor comum de todos os elos com a Divindade, independentemente de religiosidade, embora respeite essas entidades que esto ligadas com esse Ser Supremo de Todos os Mundos, para usar uma linguagem alegrica ou de simbolis-mo. Tambm tem como essencial que se acredite na vida espiritual que prossegue aps o fim do corpo fsico.

    Em linguagem manica diz-se, partiu para o Oriente Eterno, quando ocorre a morte de uma pessoa.

    VIGSIMO ARTIGOSubsidiariamente essa crena, exigida a crena de uma vida futura.

    ANOTAO DOVIGSIMO ARTIGOEste Landmark j foi comentado no anterior, ou seja, no dcimo nono artigo. Poderia dele fazer parte e realmente o faz, mas preferiu seu cria-dor destac-lo para outorgar-lhe importncia isolada.

    Continua no prximo nmero.

    Autor: Ir\ Jos Geraldo de Lucena SoaresARLS Fraternidade Judiciria n 3614Oriente de So Paulo GOB/SP

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    Soberano Grande Comendador com muita honra que vos sado.Soberano Lugar Tenente Comendador, Gran-de Ministro de Estado, Grande Secretrio de Adminis-trao, Grande Chanceler, Grande Capito das Guardas e Mui Comandante em Chefe do Consistrio - 37...

    Meu nome Walter Aparecido Rodrigues, ini-cialmente devo agradecer ao GADU por ter me dado a oportunidade de ser Maom e membro da ARLS Estrela dos Campos Elsios n. 2649 - Oriente de Ri-beiro Preto/SP, na qual fui iniciado em 23.05.2006, elevado em 22.05.2007 e exaltado em 29.01.2008.

    Tomo neste momento, a liberdade, de em nome de todos os iniciados hoje no grau 33, dizer que senti-mos muito orgulho em pertencer a Ordem Manica, pois pudemos aprimorar nossos conhecimentos para a lapidao da Pedra Bruta que ainda somos, em prol da nossa perfeio moral, tica, do nosso profissiona-lismo, e principalmente, para a melhoria no relacio-namento com todos queles que nos cercam, seja na nossa vida familiar, profissional ou social.

    Agradecemos do fundo de nossos coraes aos Mestres que nos guiaram no simbolismo manico, e tambm nas Cmaras de Perfeio, Capitular, Ka-dosch e que juntamente com outros grandes mestres e muita pacincia nos conduziram a galgar o posto mximo da maonaria escocesa - O GRAU 33, e nos regozijamos tambm como novos Inspetores Gerais,

    que por nossa dedicao e perseverana chegamos a este grande momento.

    Quero dizer, que todos os nossos Mestres nos ensi-naram que a FORA de um homem/maom no est somente na BELEZA de suas palavras, mas sim, e prin-cipalmente na SABEDORIA de suas atitudes, atitudes estas onde devemos diferenciar o BEM e o MAL.

    Esta questo do BEM e do MAL sempre se cons-tituiu em um problema de difcil soluo em todos os sistemas filosficos e religiosos.

    Mas para ns maons que acreditamos em um Ser Supremo, O GADU, o problema bastante simplificado diante das qualificaes infinitas deste Ser Divino.

    Se o Pai Celestial infinitamente bom, sbio, jus-to, perfeito, poderoso e misericordioso, ele no criou o mal, em nenhuma de suas formas.

    Sua criao toda voltada para o BEM.Entretanto, o mal existe e se existe tem uma causa.E esta causa que ns devemos combater.O que ns aprendemos, com nossos mestres, que

    no estamos aqui por acaso, mas um dia, quem sabe, seguindo seus ensinamentos alcanaremos a Jerusa-lm Celeste.

    Dos males que afligem a humanidade em todos os quadrantes do globo terrestre, os flagelos naturais escapam ao controle dos homens.

    Os terremotos, maremotos, as erupes vulc-nicas, as tempestades devastadoras, as inundaes

    RITU

    ALS

    TICA PRELEO AO GRAU 33

    EM SO PAULO, DIA 29/11/2014

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    so fenmenos prprios da natureza, e no podemos evit-los, mas com nossa inteligncia podemos mini-mizar suas consequncias desastrosas.

    As cincias cultivadas e aplicadas melhoram as condies de habitabilidade da Terra, entretanto, os piores males so criados pelos vcios e paixes humanas e, a esto as respostas das causas do mal: o orgulho, o egosmo, a cupidez, a ambio desme-dida, a vaidade, a incompreenso do semelhante, a opresso do forte contra o fraco, a indiferena com relao ao sofrimento alheio e a ignorncia da realidade espiritual.

    Todas essas causas esto no homem e ns maons devemos levantar templos as virtudes e masmorras aos vcios.

    Essas causas so responsveis pelas guerras entre naes e povos, quando uns poucos indivduos des-preparados para o exerccio da liderana e do poder, decidem sobre o destino de milhes de criatura.

    So tambm os despreparados os responsveis pela m organizao das sociedades humanas, nas quais predominam o egosmo feroz, com a indi-ferena dos ricos e dos poderosos e dos governos comprometidos com as classes dominantes perante as massas humanas carentes de sade, educao, trabalhos dignos e tudo mais que caracteriza uma pseudo civilizao.

    A essas causas se deve o mau funcionamento das instituies humanas, polticas, sociais, religiosas, cientficas, educacionais e, por mais idealistas que sejam seus propsitos, uma vez que, sendo admi-nistradas por homens, estes fazem nelas refletir suas prprias condies intelectuais, morais e espirituais.

    Est bem claro, portanto, que o mal no provm do GADU, o que seria um absurdo total.

    A origem do mal est no homem e no deve existir no homem/maom.

    Obviamente que este pode escolher agir no bem ou no mal, segundo sua prpria escolha, com as con-sequncias naturais das Leis Divinas.

    Tomemos como exemplo a Organizao Poltica do Estado:

    De todos os sistemas polticos experimentados pelos povos - imprios, reinados, principados, dita-duras civis e militares, repblicas unitrias e federa-tivas, autocracias diversas, democracias - a experin-cia mostrou que a democracia a melhor soluo, por se basear na representatividade do povo, atravs de

    escolha de representantes dignos, trabalhadores ho-nestos, e conhece