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(UNI)VERSO MAGMÁHTICO (Magmah) Trovart Publications

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Magmah Rio de Janeiro/Rio de Janeiro: Edição Independente, 2011. 40p. Rio de Janeiro 2011. Todos os direitos reservados Esta obra está licenciada sob uma Licença Creative Commons Capa: Axills Revisão e Formatação: Alessandra Bertazzo Produção Editorial: Samuel Achilles 2011 Trovart Publications

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SUMÁRIO

Prefácio ..................................................................................................................................... 5 (Uni) verso magmáhtico ...................................................................................................... 6 Elucubrações.......................................................................................................................... 7 Traço sutil ............................................................................................................................... 8 O que é o amor? .................................................................................................................... 9 Pandora .................................................................................................................................. 10 Apelo ao deus chronos ...................................................................................................... 11 Decrepitude .......................................................................................................................... 12 Um quê de caos ................................................................................................................... 13 Mãos que tecem ................................................................................................................... 14 Palavra mágica ..................................................................................................................... 15 Nada ........................................................................................................................................ 16 Dançando com a vida ........................................................................................................ 17 Continuum ............................................................................................................................ 18 Meros arquejos .................................................................................................................... 19 Balada em lá bemol ............................................................................................................ 20 O que escrevo ....................................................................................................................... 21 Simbólico ............................................................................................................................... 22 O canto da sereia ................................................................................................................ 23 Placebo ................................................................................................................................... 24 Salto quântico ...................................................................................................................... 25 Mormaço ................................................................................................................................ 26 Porta fechada ....................................................................................................................... 27 Pai lírico ................................................................................................................................. 28 A letra e a serpente ............................................................................................................ 29 Letras embriagadas ............................................................................................................ 30 Transmutação ...................................................................................................................... 31 Círculos de fogo ................................................................................................................... 32 Só ............................................................................................................................................. 33 Pássaro sulista .................................................................................................................... 34 Desabrochar ......................................................................................................................... 35 Cyclus ..................................................................................................................................... 36 Vento norte ........................................................................................................................... 37 Posfácio .................................................................................................................................. 38 Minibiografia ........................................................................................................................ 39 Contatos com a autora...................................................................................................... 40

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No ato da criação poética há um oscilar entre a realidade e a fantasia e inexiste senso ou lógica. Estar nele é colocar a alma na vitrine, acarinhar a Musa, dar-lhe colo, entregar-se a ela. No silêncio que antecede a inspiração, permitir-se ser simbiótica e mutante, vestir-se de nudez e sonhar mesmo estando acordada.

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PREFÁCIO

Meus versos são para mim pais, filhos, irmãos, amantes e amores. Educam-me, rejeitam, abraçam; ora me estupram, ora fazem amor comigo. São homens cujo olhar me enxerga a essência.

Gritos que ressoam mesmo mudos, transformando a realidade em

fantasia: passeios pelas profundezas de uma alma inquieta e desassossegada; melancólicos suspiros de saudade e a busca incessante pelo sagrado.

São os passos de uma dança insana com o tempo e a vida, o flerte entre

a morte e a loucura. São voos de um pássaro criando asas sem saber voar. Dão à luz criaturas mágicas e lendárias, em meio ao vômito involuntário que precede o ato... Há náuseas e há anseios. Piruetas num trapézio, malabares, navios atracados num só porto, lançando âncoras ao acaso, com destempero: “lucidezes” perigosas e cortantes.

Compô-los é embriaguez de sentidos: pesadelos, maldições e bruxarias.

É o alto risco com toques de mistério, overdose de incoerências e impropérios.

Por sabê-los meus, tais versos são ebulições “magmáhticas”

derramando-se em meu solo, incandescendo-o como num fluxo explosivo de emoção. Rios de lavas líricas que, fluindo, tecem manto no meu peito, aquecem-no e libertam-se sob a fúria de um vulcão.

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(UNI) VERSO MAGMÁHTICO Assim eu quereria o meu último poema [...] que fosse ardente como um soluço sem lágrimas [...] A paixão dos suicidas que se matam sem explicação. Manuel Bandeira Ele é meu pai, amante, filho, amigo, Um homem cuja essência me abstrai. Me estupra e também faz amor comigo, Educa-me, rejeita, abraça e trai. Compasso de uma dança insana e espúria, O alto risco, a overdose, o riso sério; Um breve flerte com a dor e a fúria, Vilipêndio à incoerência e o impropério. Constrói um muro em volta como escudo, Se esconde e só se mostra quando incauto, Silencia e se desnuda ainda mudo. Entrego-me em suas mãos ao escrevê-lo, Sanando a náusea que antecede o ato. Compô-lo está entre o sonho e o pesadelo.

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ELUCUBRAÇÕES Para não serdes os escravos martirizados do Tempo, embriagai-vos: embriagai-vos sem cessar! De vinho, de poesia ou de virtude, à vossa maneira. Charles Baudelaire Precisamos de umas doses de abstração, O poeta, com razão, já bem dizia, Que nos turve a mente em bafos de ilusão, Seja o ópio, seja o vinho, ou poesia. Quando ébria, olvidadas as defesas, Ouço música bem alta, me regalo. Sem cuidados, subterfúgios, sutilezas, Digo tudo que quiser e nem me abalo. Eu rejeito o equilíbrio... não que eu queira, Mas por falta de opção, como em delito. Sobriedade não é boa companheira, Ela e os sonhos se debatem num conflito. - Lucidez, me deixe agora, se recolha, Pois a vida não me deu uma outra escolha.

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TRAÇO SUTIL Arranco do meu crânio as nebulosas. E acho um feixe de forças prodigiosas Sustentando dois monstros: a alma e o instinto! Augusto dos Anjos Meu traço é sutil, entre o instinto e a razão, Sou bruxa e princesa, sou ilusionista. De pele macia, veneno em poção, Qual Eva que um deus esculpiu como artista. Siso de senhora, sorriso em menina, Mistério contido por baixo véu. Capricho, incoerência e ilusão, minha sina, Criatura pagã e tão perto do céu! Me levas contigo qual bênção divina, Habito recintos do teu coração, Fatio tua alma em camadas bem finas. Sou anjo e animal, sou pra ti sedução, A esfera sublime no vão da retina. Meus tons: cor-de-rosa e vermelho-paixão.

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O QUE É O AMOR? É um não querer mais que bem querer É um andar solitário entre a gente É nunca contentar-se de contente É um cuidar que ganha em se perder. Camões É a nostalgia do que não se sabe. Um sentimento a mais do que paixão Vem, nos preenche, até que já não cabe, Por si se basta e é prenhe de ilusão. Um paradoxo e a única certeza, O frenesi da gargalhada triste, A fome com banquete sobre a mesa. Mais redundante e intenso, não existe. Pro cético, é um bafo de existência; Na língua, a polpa da fruta, pro crente; Pra quem o busca, a louca experiência. Velou-me os olhos pleno anoitecer E um sumo ácido inundou-me a boca: Enfim o Amor que eu quis conhecer...

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PANDORA E desde então, sou porque tu és E desde então és, sou e somos E por amor serei... serás... seremos... Pablo Neruda Halo de vida que te toma e contamina, qual brisa indômita em seu sopro benfazejo, que tu não sabes de onde vem, mas que ilumina uma faísca, nos teu olhos, de desejo... Sou eu, que às vezes me transformo em animal e até assusto... Desmascaro e deixo exposta a fera solta que é volátil, que faz mal, te prejudica, que é danosa, mas tu gostas. Conceito vago que é abstrato, sem sentido, - faca afiada, perigosa e fascinante - casta imprudência visitante de ti mesmo... É deliciosa essa certeza de ter sido gosto de sangue na tua boca delirante, o susto atávico que mais te pôs a esmo.

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APELO AO DEUS CHRONOS Se me fosse dado um dia, outra oportunidade, eu nem olhava o relógio. Seguiria sempre em frente e iria jogando pelo caminho a casca dourada e inútil das horas... Mário Quintana Ah, tempo, tu consomes meus ensejos, Somente fazes deles o desvelo Teórico, calado por meus pejos, E acalmas-me o espírito ao não crê-lo. Então dá-me o arrimo e o consolo Na cura pra melancolia vã, Pro ter saudade, sentimento tolo, Que é febre inulta, estéril e tão malsã! Desdém pra crença na felicidade, Ignoto desespero em agonia, De um’alma torturada e assim vencida. Abstém-me da absurda hilaridade, Do escárnio e da ridícula ironia De eu reputar-me morta em plena vida.

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DECREPITUDE A sorte deste mundo é mal segura; [...] Sem que o possam deter, o tempo corre; E para nós o tempo, que se passa, Também, Marília, morre. Tomás Antonio Gonzaga O tempo fez em mim os seus estragos: Flor murcha, alma ferida, asa quebrada. Eu, hoje, sem carinho e sem afagos, Outrora, até podia ser amada. De mim, a juventude, num crescendo, Esvai-se em cotidiano desencanto. Ausências, solidões se vão tecendo, Deixando-me somente mágoa e pranto. Segredos esquecidos e eu calada, Janelas se fechando pro horizonte, Mil sonhos se perdendo nessa estrada. Minh’alma é imortal e se faz ponte, E eu preciso aprender novas toadas, Bem antes qu’outra vida em mim desponte.

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UM QUÊ DE CAOS Que farás, meu Deus, se eu perecer? Eu sou o teu vaso – e se me quebro? Eu sou tua água – e se apodreço? [...] Comigo perdes Tu o teu sentido. Rainer Maria Rilke Eu calo a minha alma a Vos ouvir, Pois que sois Deus, renascereis em mim. E se criastes meu começo e fim, Cá dentro então Vos poderei sentir. Quero um resumo em Vossa mente ser, Pois também sou do mundo esse pulsar. Já acrescento a um tão sagrado olhar Um quê de caos, de místico prazer. Quero o infinito como enfim meu lar, Estar no cosmo mesmo que transverso, E conhecer-me, ser meu bem-estar; Ser consciência livre no Universo, Todo o mistério abrir e clarear, Saber que o céu só se descreve em verso.

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MÃOS QUE TECEM A cada qual, como a ‘statura é dado A justiça: uns faz altos O fado, outros felizes Nada é prêmio, sucede o que acontece. Ricardo Reis Repente, a Roda faz andar a nossa vida e, ponto a ponto, vai cosendo num bordado, feito por dedos calejados com a lida, um só destino, crochetado e costurado, em fios de renda, refazendo os nós desfeitos. Se a linha é curta, o Artesão põe mãos à obra, desfia e monta mais um rolo que é imperfeito. A perfeição é a perspectiva que não sobra, pois não existe e nós sabemos que não há, mas disfarçamos, aos remendos, nossos panos e nos cobrimos com farrapos destroçados. Se a fibra é forte, no tecido ficará firme o sagrado, emaranhado com o profano. Não cabe a nós o palpitar nesse traçado.

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PALAVRA MÁGICA Eu... Imperfeito? Incógnito? Divino? Não sei... Eu... Álvaro de Campos Eu hoje sinto um mal estar de tudo, Lâmina fria em toque de metal. Ouço um silêncio que se faz mais mudo Na abstração desse sentir-me mal. Pedi pra vida um pouco e nada tive: Não me pesar o conhecer que existo, O respeitar a todo o ser que vive, E um riso puro ou sentimento misto... Pir lim pim pim ou uma palavra mágica Pra desfazer o mal estar de tudo E transportar-me dessa fase trágica. Pedi tão pouco! Aliviar o peito Desse pesar, que se transforme em arte e Metaforize o podre no perfeito.

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NADA Tudo o que vemos ou parecemos não passa de um sonho dentro de um sonho. Edgar Allan Poe Eu mato em minha alma uma ara santa, No que antes era já silêncio e espanto. Tão firme e forte o brado na garganta, Querendo diluir a dor em pranto. Há um fogo de paixões que só me rende, Cativa a mim, qual fosse seu refém. E de onde vem, me diz, por que me prende? Por que me impede de eu sentir-me alguém? Eu sigo meu destino reservado, Preservo a mente sã e condenada A um mundo vão de sonho e sem pecado. Mas trago aqui a dúvida calada: Por que cumprir à risca o lasso fado, Se tudo é pó e se resume a nada?

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DANÇANDO COM A VIDA Tão perto que tua mão sobre o meu peito é minha Tão perto que se fecham teus olhos com meu sonho. Pablo Neruda Seguindo o compasso sonoro e atonal, Esgrima sem armas... Pra frente e pra trás... Num jogo de corpo, a promessa que jaz De vida e de morte, começo e final. São passos pra lá e pra cá, tanto faz, Apenas um tango, uma valsa, um aval. Num fogo cruzado e uma ginga fatal, Vã troca de pernas já não satisfaz. Desenho de giz é esse brilho fugaz, Ao som do atabaque, bongô, berimbau, Nos braços que calam, trançados em paz. A mão sobre a pélvis, abrindo um portal, Estouro de fogos e um som pertinaz: Do olho no olho se faz carnaval.

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CONTINUUM Porque o tempo é uma invenção da morte não o conhece a vida em que basta um momento de poesia para nos dar a eternidade inteira. Mário Quintana Sabes aquele meio de segundo Que há entre o inspirar e o expirar, Sustado e já sumido desse mundo, Mensura não captada num piscar? Aquele lapso e tempo que só há No espaço paralelo, como o halo Da vela que acabamos de soprar, Do sino, o vão suspenso do badalo. Por invisível, tende a ser perdido, Etéreo, em nossa falta de atenção, Levado pro outro lado e esquecido. À nossa volta, sempre profusão De indícios e sinais despercebidos, Mas falta-nos o tino e a percepção...

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MEROS ARQUEJOS Todas as vozes que procuro e chamo Ouço-as dentro de mim porque eu as amo Na minha alma volteando arrebatadas. Cruz e Souza Há veios de anseios nas aras Dos parcos e esparsos solfejos Que entôo, em notas tão caras Qual súplicas, meros arquejos. Procuro canções em searas, Aquelas que sinto e que vejo; Que cheguem-me puras e claras E banhem-me a alma no ensejo. Somente as encontro em escaras, Sem lira, sem rimas... sobejos... Canônico som que não pára, Que fere os ouvidos sem pejo, Avilta a ferida e não sara, Transforma o suspiro em bafejo.

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BALADA EM LÁ BEMOL E a música cessa como um muro que desaba Pelo despenhadeiro dos meus sonhos interrompidos... Fernando Pessoa Vertendo do passado e traduzida, Escrita hieroglifada em pergaminho... Ness’hora eu não estava prevenida Pro vento norte e o cheiro de azevinho. Bem dizem que um sentido sempre fixa Em micros, quântuns, píxeis, decibéis, Aquela imagem n’alma, a mais prolixa: Memórias que são elos, são anéis. Estava com Chopin meu pensamento E não deixou passar esse momento: Enleado no compasso, em lá bemol. Um óleo perfumado então me ungiu O misto de um calor fractal e frio Enregelante, termo ativo - um Sol...

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O QUE ESCREVO Que se eu levo dentro n’alma quanto devo, de transladar em papéis, vede qual melhor lereis: se a mim, se aquilo que escrevo? Camões O que escrevo vem de mim, me subjuga. Já até tentei calar, manter silente Esse fogo que o meu prantear enxuga. Mas de nada me valeu até o presente. Vaidade nunca tive com meus versos, Eles surgem logo após a contração Ventre lírico num parto bem transverso, Pois que nascem sempre gêmeos e pagãos. Sem magia, o amadorismo rege a pena e De uma fonte, que eu não sei qual é, respinga Rima fácil, poesia que é tão plena! Então deixo que eles venham desse jeito: Doloridos, iguaizinhos e impacientes. Só assim sinto limpar-me o inulto peito...

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SIMBÓLICO Além do livro, colossal, enorme, Que nunca dorme perscrutando os céus!. Acima dele supernal, potente Está somente, tão-somente Deus! Cruz e Sousa A vida ensina, pondo pedras nos caminhos. Os pés sangrando, cabe a nós, por nossa vez, Filtrar nos karmas mais cruéis e mais mesquinhos Crueza e intentos de perfídia e insensatez... Se tropeçamos ou caímos, pouco importa, Pois isso em nada o fluxo do universo altera. Ponta de pedra amputa, talha, extirpa e corta, Purgando as crostas, vinho impuro na cratera. Fica pra trás toda a lisura do que é findo. Pisando em cacos, evitando-os se o pudermos, Em carne viva ou ilesos, vamos indo. Textos akáshicos, em prosa ou poesia, Vão registrando no entre mundos, dimensões, Formando o Livro que é composto de energia.

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O CANTO DA SEREIA Basta-me um pequeno gesto, feito de longe e de leve, para que venhas comigo e eu para sempre te leve... Cecília Meireles Sou eu os tons de rosa em teu vermelho, Teu estado alterado de consciência, Reflexo bem no fundo lá do espelho Que ainda põe à prova tua incoerência. A droga que circula na tua veia E o assunto que te faz sair do sério. O canto cego e surdo da sereia, A que será eterna em seu mistério. Por ti desconsidero regras várias, Permeias os meus sonhos mais secretos E somos um do outro, é lei sumária. Fartaste minha vida como um deus E, inspiração nas noites solitárias, Serei pra sempre a Lira em versos teus.

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PLACEBO Rasgas os meus versos... Pobre endoidecida! Como se um grande amor cá nessa vida Não fosse o mesmo amor de toda gente! Florbela Espanca Soluços sufocados, mãos crispadas, Mil grutas dentre o peito, nebulosas Qu’expandem e se encolhem alternadas, Inflando-me as moléculas nervosas... A vastidão de um sonho malsinado, Falácia sem sentido e essa cegueira, Que rende a nós somente um triste fado E dores que se tornam rotineiras... Teimo em manter os olhos ora enxutos, E a voz então insiste em se calar. Cultivo sentimentos que são brutos, Destarte ‘inda eu não soube lapidar. O amor se faz presente, esse resiste, Malgrado o jeito meu de estar tão triste.

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SALTO QUÂNTICO Ah, quanto do meu passado Foi só a vida mentida De um futuro imaginado! Fernando Pessoa Não importa a longitude dessa vida Nem o tempo que levar pra que esmoreça, Encho o cálice com o fel da despedida Nele cuspo, o quebro e deixo que feneça. Corrosiva a flor magoada na ferida, Que se espalha, com a intenção de que apodreça Corpo e mente que não servem mais pra lida, Pois que então lhes foi lavrada tal sentença. Já descrente, com arroubos de homicida, Perco a fé e peço a Deus que me enlouqueça, Pra evitar a dor de ver-me assim perdida. Desafeta condição, até que eu esqueça E que molde uma existência já parida, Paralelamente rasa, vã e travessa.

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MORMAÇO Por muito tempo achei que a ausência é falta E lastimava, ignorante, a falta. Hoje não a lastimo [...] Porque a ausência assimilada Ninguém a rouba mais de mim. Carlos Drummond de Andrade Busquei na memória naquele segundo Pela calmaria, após tempestade. Se o tempo parasse - nem vão nem fecundo - Restolhos havidos viraram saudade. Ninguém pra contar, dividir sentimentos. Pecados guardados em quantuns possíveis Ficaram na tela só em bits, fomentos Pra serem lembrados... nem mesmo mais críveis... Comicham mormaços e geram descrença: Se tudo foi sonho e a memória me trouxe, O tempo se conta a partir da lembrança? Passado ou futuro? Não faz diferença, Podia ser hoje e é como se fosse, Pois foram momentos sentidos - herança.

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PORTA FECHADA E mais eleva o coração de um homem Ser de homem sempre e, na maior pureza, Ficar na terra e humanamente amar. Olavo Bilac Deixaste minha vida como um homem que sente que perdeu, não teve escolha. E foi assim da forma como somem as gostas do orvalho sobre a folha e as pétalas das flores, quando, ativo, o sol se mostra forte e incandescente. Ficaste, os olhos quedos, pensativo, sabendo que era a hora e consciente. Então, retendo o uivo e meio mudo, o lobo que havia no teu peito, rosnando em sua fúria e seu lamento, usou do teu silêncio como escudo, sem sábia eloqüência e tão sem jeito! Saíste... Fecho a porta aqui de dentro...

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PAI LÍRICO Só quem embala no peito Dores amargas e secretas É que em noites de luar Pode entender os poetas. Florbela Espanca Em teus escritos, música e magia, nascidas dos acordes do violão. Eu sempre me perdi na poesia das asas que voavam de tua mão, pousavam na tua alma, que é tua casa, pois alma de poeta é como um templo. Senti que poetando é que estravasas e não escondes nada, és meu exemplo de sensibilidade e transparência. Um Pai com tantas filhas! Coração confuso entre os amores e as carências. Teus versos e tuas prosas: a paixão, um tanto de nostálgica vivência e uísque pra molhar a Solidão.

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A LETRA E A SERPENTE Se Narciso se encontra com Narciso e um deles finge que ao outro admira (para sentir-se admirado), o outro pela mesma razão finge também e ambos acreditam na mentira. Ferreira Gullar Eis que hoje de mim mesma fui senhora, assim tão tolamente, que assustei! Olhava-me no espelho como outrora, num lapso, fui-me vendo, me espreitei de um jeito que jamais havia feito. Havia um brilho extra e eu era aquela, a outra, a estranha - nunca a vi direito - que sempre esteve lá, como a aquarela que prende-se à parede e então se esquece, e todo mundo a vê e se acostuma. Mas eis que hoje as duas, feito um “esse”, serpentearam-se e se confundiram. Sou ambas, esse “esse” e essa serpente as metaforizaram e se viram.

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LETRAS EMBRIAGADAS Mas que na forma se disfarce o emprego Do esforço: e trama viva se construa De tal modo, que a imagem fique nua Rica mas sóbria, como um templo grego. Olavo Bilac Compor para um poeta é mais sublime, Porque ele sabe que a palavra é só: Solidão que liberta e que reprime, Costura a inspiração e dá um nó; Que em letras um poema faz amor, Carinho consoante entre vogais; Que diz tão pouco quem só fala em flor, E quem descreve a dor já diz demais. Que hiatos e ditongos abraçados Transformam sobriedade em histeria, Misturam versos brandos com pecados... Compor para um poeta em lucidez, - Joelhos postos a pedir perdão - Redime o turbilhão da embriaguez.

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TRANSMUTAÇÃO Ah! Mais cem vidas! com que ardor quisera Mais viver, mais penar e amar cantando! Olavo Bilac Sim, tem a morte, sobre a qual pouco falei, Que quando vem machuca fundo, nos destrói, Causa feridas que não curam, mas não sei Até que ponto nos ensinam quanto sói O não saber que a vida e a morte é uma só: Uma termina, a outra vem e continua. São tudo ciclos... Quando o corpo vira pó, A alma ascende pra que nutra e reconstrua Um outro ciclo, e isso nunca tem um fim. É transcendência o compreender esse caminho, Pureza d’alma amar os corpos que se esvaem, Mesmo sabendo que são findos e são sim... Porém espíritos não perdem o carinho, Se reencontram, reconhecem-se e se atraem.

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CÍRCULOS DE FOGO Se eu soubesse que no mundo Existia um coração Que só por mim palpitasse De amor em terna expansão... Casimiro de Abreu Por inóspitos caminhos percorridos, Tateando, passo firme e olhar tão brando, Invadiu, mediu o espaço e foi ficando. Fez-se ímpeto e bravura: um aguerrido. Soube ser, estar presente e esperar Que emergisse bem do centro desse chão - Cada pétala, uma nova sensação - Flor exótica, crescendo devagar. Como em círculos de fogo no sentido Do limite que ultrapassa dimensões, Mas sem susto, sem pensar e num instante, Territórios antes meio que escondidos E cavernas habitadas por dragões Abraçaram corajoso visitante.

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SÓ Quem ama inventa as penas em que vive; E, em lugar de acalmar as penas, antes Busca novo pesar com que as avive. Olavo Bilac Distância que se fez do que era perto cingiu na mente a comoção do frio, a despedida e o súbito arrepio, ditando o medo de um futuro incerto. A tela em branco a remexer vazios, temor da sensação de estar liberto, da repentina Luz do espaço aberto, da falta que farão os desvarios... Já nos tornamos irritante grito, um eco que ressoa e se repete. Que mais dizer, se tudo já foi dito? A silhueta nas paredes nuas pra sempre há de assombrar-nos, ao luar: apenas uma sombra e nunca as duas.

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PÁSSARO SULISTA Mas nós sabemos por que é Que o vento xucro não pára: São suspiros da Jussara Chamando o índio Sepé! Jaime Caetano Braun Desfolham-se os umbus ao minuano Nas curvas das estradas do meu Pampa. Ventaneira que se desloca e escampa, Gelando os prados nesse mês do ano. Como gemidos e lamentos, chora Um eco de queixume e solidão: Som de fundo às querelas do peão, Das paredes da cabana, espaço afora. Pelas coxilhas, longe, já se avista O poncho serpenteante do campeiro, Como as asas de um pássaro sulista Que volta ao lar num voo bem ligeiro, Deixando para trás somente a pista Dos rastros do bagual pelo atoleiro.

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DESABROCHAR Nem acredites se pensas que te falo: palavras São meu jeito mais secreto de calar. Lya Luft Meu canto vem em gotas virginais, Orquídeas num jardim d’água repleto. E crescem no meu peito, feito abeto, Incautas fantasias ancestrais. Crisálida ‘inda dentro do casulo, Eclipse parcial, lua encoberta, Qual cálida manhã que me desperta, Sou flor que desabrocha em chão seculo. Tu vens cheio de afagos e carinhos, Cortejos, galanteios, desatinos... Eu sinto, te aproximas mais e mais. Por mais que te convoquem meus caminhos, Só peço: não surpreendas o destino. Não venhas sem convites, sem sinais.

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CYCLUS Um poeta é sempre irmão do vento e da água: deixa seu ritmo por onde passa. Cecília Meireles Soprou em mim selvagem, forte vento daqueles que ao passar promove estragos, as árvores caídas ao relento os rios turvos, oceanos, lagos... E foi-se inverno, retornou verão, de vendaval, passou à brisa leve. Mas não importa o tempo ou a estação, a força que é in natura não prescreve. Ainda o sinto, trança o meu cabelo - o meu e o seu - emaranhando os fios, dá nós, transpassa, os costurando em teia. Assim como as marés e a lua cheia, as regras da mulher, o parto e o cio, o vento vem e vai, não sei detê-lo...

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VENTO NORTE Deixa que o vento corra coroado de espuma, que me chame e me busque, galopando nas sombras (...) Pablo Neruda Redemoinho com força de homem, Que excita o corpo e arrepia os cabelos, Mexe comigo, desperta-me apelos De sexo, angústia, de sede e de fome. Bolhas no estômago e febre que ferve É a inspiração na essência do vento. Pesa no peito, me move em intentos, Faz-se poesia, alimenta-me a verve. É inevitável a comparação, Provocas em mim o mesmo que o vento, Os meus desejos mais caros tu apuras. Meu sentimento eu atrelo à paixão, Se me bolinas a alma é um alento E eu gozo... sinto o prazer e a fissura...

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POSFÁCIO

Esmiuçados os versos, rimados, diversos, restamos posseiros de temas tidos e havidos como nossos próprios, nossos ópios a nos emular as emoções que tantos sabemos sentir mas poucos de nós ousamos registrar.

Assim são os versos de Magmah. Parecem coisas vindas de nossas

próprias sensações, mas são de tal forma bem escritos, de tal forma construídos e tão musicais que superam os sentimentos, sempre iguais a toda a humanidade.

Nesse aspecto o poema bem ritmado e tecido se torna mais do que o

som e o tema supostamente conhecido, a apologia da verdade.Não do óbvio, mas daquela verdade que trazemos escondida, lutando para ser revelada, embora renegada por vanguardistas de oportunidade.

O poema, o bom poema, é a expressão maior de uma vontade. A vontade

do mate, do frio sulista, do coração que nos passa em revista e aponta o pó no coturno e, a seu turno, embora marcando a espora a nossa pele igual, o faz com maestria, com rimas perfeitas, com métricas estreitas entre si, revelando a construção esmerada de uma arquitetura tão conhecida quanto inesperada.

Se a forma nos é familiar, o conteúdo, contemporâneo e por tantas vezes

invulgar, tanto surpreende quanto afaga, tanto embala que fica difícil separar da forma clássica e bem elaborada a atualidade e a profundidade inequívoca dos sentimentos dissecados.

Assim nos chegam recados, para que nunca nos esqueçamos do

cuidado na elaboração dos versos, mesmo quando acontece de querermos fazer uma simples prece.

Ruy Villany, poeta.

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MINIBIOGRAFIA

Meu eu lírico é intenso, irracional e vive noutro mundo, uma espécie de universo paralelo. É apaixonado, egocêntrico e voraz. Daí o pseudônimo, inspirado no “magma”, a rocha ígnea localizada no interior da terra que está em constante estado de ebulição e só é lançada à superfície por atividade vulcânica, sempre iminente, de cuja solidificação se formam pedras preciosas.

Eu própria não passo de uma mulher simples, nascida nos pagos

gaúchos, que ama poesia e gosta do exercício lírico como distração e desabafo. Desenvolvi o pouco que sei sobre a teoria e a prática da Poesia em comunidades orkutianas, como o “Cadafalso Poético” (criada em junho/2007), da qual eu tenho o maior orgulho de participar, em meio a tantos jovens talentos que amam a Literatura e possuem uma veia poética como poucos nos nossos dias.

Também orgulho-me de estar na comunidade e nas primeira e segunda

Antologias Poéticas do “Bar do Escritor”, com colegas poetas do Brasil todo.

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CONTATOS COM A AUTORA Blogs: (Uni)Verso Magmáhtico http://sarahsarah-magmah.blogspot.com Fazendo Amor em Versos http://safoapoetisa.blogspot.com Violetas e Açafrão http://sarah-magmah.blogspot.com Site na Web: http://recantodasletras.uol.com.br/autor.php?id=31744

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Esmiuçados os versos, rimados, diversos,

restamos posseiros de temas tidos e havidos como nossos próprios, nossos ópios a nos emular as emoções que tantos sabemos sentir mas poucos de nós ousamos registrar.

Assim são os versos de Magmah. Parecem coisas

vindas de nossas próprias sensações, mas são de tal forma bem escritos, de tal forma construídos e tão musicais que superam os sentimentos, sempre iguais a toda a humanidade.

Ruy Villany, poeta.