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SOCIEDADE MARANHENSE DE HISTÓRIA DA MEDICINA SOCIEDADE DE PARASITOLOGIA E DOENÇAS TROPICAIS DO MARANHÃO V CONGRESSO MARANHENSE DE HISTÓRIA DA MEDICINA XXV JORNADA DE PARASITOLOGIA E MEDICINA TROPICAL DO MARANHÃO Tema: Doenças Infecciosas e Parasitárias na Saúde Maranhense. 19, 20 e 21 de Outubro de 2017 | CRM-MA São Luís - MA

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SOCIEDADE MARANHENSE DE HISTÓRIA DA MEDICINA

SOCIEDADE DE PARASITOLOGIA E DOENÇAS TROPICAIS DO MARANHÃO

V CONGRESSO MARANHENSE DE HISTÓRIA DA MEDICINA

XXV JORNADA DE PARASITOLOGIA E MEDICINA TROPICAL

DO MARANHÃO

Tema: Doenças Infecciosas e Parasitárias na Saúde

Maranhense.

19, 20 e 21 de Outubro de 2017 | CRM-MA

São Luís - MA

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V CONGRESSO MARANHENSE DE HISTÓRIA DA MEDICINA XXV JORNADA DE PARASITOLOGIA E MEDICINA TROPICAL DO MARANHÃO.

PROMOÇÃO

SOCIEDADE MARANHENSE DE HISTÓRIA DA MEDICINA

SOCIEDADE DE PARASITOLOGIA E DOENÇAS TROPICAIS DO MARANHÃO

APOIO

Conselho Regional de Medicina do Maranhão

Sindicato dos Médicos do Estado do Maranhão

Universidade Ceuma

Universidade Federal do Maranhão

São Luís - MA 2017

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V CONGRESSO MARANHENSE DE HISTÓRIA DA MEDICINA XXV JORNADA DE PARASITOLOGIA E MEDICINA TROPICAL DO MARANHÃO.

Tema: Doenças Infecciosas e Parasitárias na Saúde Maranhense.

LOCAL: Conselho Regional de Medicina do Maranhão, São Luís-MA

PERÍODO: 19, 20 e 21 de outubro de 2017.

EXECUÇÃO: Departamento de Patologia – Universidade Federal do Maranhão

PRESIDENTE DA SMHM: Aymoré de Castro Alvim

PRESIDENTE DA SPDT-MA: Andréa Marques da Silva Pires

PRESIDENTE DO V CONGRESSO: Aldir Costa Ferreira.

COORDENADOR DA XXV JORNADA: Graciomar Conceição Costa.

PATRONESSE: Dra. Luzimar Costa Sampaio.

São Luís - MA 2017

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APRESENTAÇÃO

A realização do V Congresso Maranhense de História da Medicina e XXV Jornada de

Parasitologia e Medicina Tropical do Maranhão, conforme se tem constatado nas edições anteriores,

será bastante oportuna para sedimentar os conhecimentos e unir os pesquisadores que trabalham,

nas respectivas áreas, buscando despertar, nos profissionais e nos estudantes da Área da Saúde e

afins, o interesse para o estudo das Doenças infecciosas e Parasitárias, ainda de grande importância

para o nosso país e sua evolução histórica, haja vista a grande desinformação observada,

principalmente, frente às epidemias ou surtos epidêmicos que com frequência têm ocorrido entre

nós.

Dessa forma, buscamos incentivar os nossos jovens estudantes a optarem por esse campo de

atuação no intuito de implementar a qualificação de profissionais no Estado.

O tema central selecionado para o evento: Doenças Infecciosas e Parasitárias, na Saúde

Maranhense, nos proporciona uma visão interdisciplinar, multidisciplinar e transdisciplinar das

doenças parasitárias. Desta forma, um mesmo tema será abordado por vários profissionais,

permitindo-nos assim construir um todo mais realista.

Esperamos, assim, que os referidos eventos nos permitam a troca de experiências com os

profissionais presentes ao encontro de forma a termos uma visão mais crítica dos problemas

sanitários do nosso Estado e, assim, podermos contribuir com o Poder Público na busca de soluções e

prepararmos profissionais dentro da nossa realidade.

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V CONGRESSO MARANHENSE DE HISTÓRIA DA MEDICINA XXV JORNADA DE PARASITOLOGIA E MEDICINA TROPICAL DO MARANHÃO.

Tema: Doenças Infecciosas e Parasitárias, na Saúde Maranhense.

PROMOÇÃO: Sociedade Maranhense de História da Medicina, Sociedade de Parasitologia e Doenças Tropicais do Maranhão

PRESIDENTE DO V CONGRESSO: Aldir Costa Ferreira. COORDENADOR DA XXV JORNADA: Graciomar Conceição Costa. COMISSÃO ORGANIZADORA Presidente: Graciomar Conceição Costa. - Membros:

Aldir Penha Costa Ferreira, Andrea Marques Silva Pires, Anne Karine Martins Assunção, Aymoré de Castro Alvim, Graciomar Conceição Costa e Izabel Cristina Portela Bogéa Serra

COMISSÃO CIENTÍFICA Presidente: Maria do Desterro Soares Brandão Nascimento, - Membros:

Diego de Sousa Arruda Lopes, Eloisa da Graça do Rosário Gonçalves, Flávia Raquel Fernandes Nascimento, Geusa Felipa de Barros Bezerra, Helena Santos, Igor Marcelo Castro e Silva, Ivone Garros Rosa, Joicy Cortez de Sá, José Eduardo Batista, José Márcio Soares Leite, Lívio Martins Costa Junior, Lucilene Amorim Silva, Luís César Ferreira Cunha, Paulo Vitor Soeiro Pereira, Valério Monteiro Neto, Walbert Edson Muniz Filho e Walder Jansen de Mello Lobão.

COMISSÃO DE TECNOLOGIA E INFORMÁTICA Coordenação: Nélio Alves Guilhon - Membros:

Ana Paula de Castro Ahid Cesar Alejandro Salazar Cuzcano José Braz Costa Castro Junior Luís Victor Moraes de Moura

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COMISSÃO DE APOIO ACADÊMICO Coordenação: Profa. Ma. Anne Karine Martins Assunção. - Membros:

Ana Paula de Castro Ahid, Cesar Alejandro Salazar Cuzcano, Fabíola Nassar Sousa Frazão, Flávia Cristina Lima de Sousa, Gabriel Costa Ferreira Andrade, Isadora Léda Braga, João Victor de Sousa Garcia, José Braz Costa Castro Junior, Lorena de Albuquerque Pinheiro Oliveira, Luís Victor Moraes de Moura, Matheus Cardoso Silva, Mirella Fontenele de Castro, Myrian Linhares, Rebecca Cruz de Moraes Rego Samuel Rodrigues de Morais Cunha.

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PROGRAMA CIENTÍFICO

DIA 19 /10/2017 (quinta-feira).

08:00 – 09:00h. CREDENCIAMENTO.

09:00 – 9:45h. SESSÃO SOLENE DE ABERTURA

9:45 – 10:00h Coquetel de Abertura

10:00 – 10:30h. CONFERÊNCIA: As Doenças Infecciosas e Parasitárias, na História da

humanidade.

- Conferencista: Aymoré de Castro Alvim.

Presidente: Aldir Penha Costa Ferreira

10:30 – 11:00h. CONFERÊNCIA: Acidentes por Animais peçonhentos no Maranhão.

- Conferencista: Daniel Soares Saraiva.

Presidente: Graciomar Conceição Costa

11:00 - 12:00h. MESA REDONDA: Malária e Febre Amarela.

Presidente: Eloisa da Graça do Rosário Gonçalves

- Temas e Expositores:

➢ Malária: Situação da resistência das drogas antimaláricas. - Antônio Rafael da Silva.

➢ Aspectos clínico-epidemiológicos da Febre Amarela no Brasil e perspectivas de nova vacina. - Maria dos Remédios Freitas Carvalho Branco.

12:00 – 14:00h. INTERVALO

14:00 – 16:00h. TEMAS LIVRES

Local: Auditório CRM – Apresentações orais

Salão Nobre José Sarney Uniceuma – Apresentações pôster

16:30 – 18:30h. MESA REDONDA: Leishmanioses

Presidente: Livio Martins Costa Júnior

- Temas e Expositores:

➢ Urbanização da Lutzomyia longipalpis. - José Manoel Macário Rebelo.

➢ Aspectos zoonóticos das Leishmanioses - Ana Lúcia Abreu Silva.

➢ Panorama atual dos óbitos causados por leishmaniose visceral (Calazar), no Estado do Maranhão.

- Monique Pinheiro Maia Silva

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➢ Situação atual da coinfecção leishmaniose e HIV no Estado do Maranhão. - Jackson Maurício Lopes Costa.

DIA 20/10/2017 (sexta-feira).

08:30 – 09:00h. CONFERÊNCIA: A Evolução Histórica dos Modelos de Atenção à Saúde no Brasil

- Conferencista: José Márcio Soares Leite.

Presidente: Aymoré de Castro Alvim

09: 00 – 09:30h CONFERÊNCIA: Qualidade de vida e Espiritualidade.

- Conferencista: Wildete Carvalho Mayrink.

Presidente: Andréa Marques da Silva Pires

10:00 – 10:30h. Coffee Break

10:30 – 12:15h. MESA REDONDA: Avanços técnico-científicos: do passado à atualidade.

Presidente: José Eduardo Batista

- Temas e Expositores:

➢ Imagenologia - José Manoel Ribeiro Bastos. ➢ Oncologia - Igor Marcelo Castro e Silva. ➢ Infectologia- Conceição Maria Pedrozo e Silva Oliveira. ➢ Cardiologia- Vinícius José da Silva Nina.

12:15 – 14:00h. INTERVALO.

14:00 – 17:00h. TEMAS LIVRES: Salão Nobre José Sarney Uniceuma - Apresentações pôster

17:00 – 17:30h. CONFERÊNCIA: Hepatites: do diagnóstico à conduta terapêutica.

- Conferencista: Adalgisa de Souza Paiva Ferreira.

Presidente: Flávia Raquel Fernandes do Nascimento

DIA 21/10/2017 (sábado).

08:00- 10:00 –TEMAS LIVRES: Auditório 1 e 2 CRM – Apresentações orais

10:00 – 10:30- CONFERÊNCIA: Abordagem biomolecular no estudo das doenças infecciosas.

- Conferencista: Lídio Gonçalves Lima Neto.

Presidente: Maria do Desterro Soares Brandão Nascimento

11:00 – 11:30h - Sessão Solene de Encerramento com Premiação.

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DISTRIBUIÇÃO DAS APRESENTAÇÕES DOS TRABALHOS DIA 19/10/2017 – QUINTA-FEIRA

APRESENTAÇÃO ORAL

Local: Auditório I, CRM-MA

Horário: 14:00 – 16:30

PMT05 DETECÇÃO DO VÍRUS HPV E LESÕES CERVICO-VAGINAIS EM MULHERES QUILOMBOLAS EM SÃO JOSÉ DE RIBAMAR – MARANHÃO. SILVA, A, Y, A; CUNHA, C, C; ROJAS, J, D, S; MACHADO, A, M, D; LOBÃO, W, J, M; BATISTA, J, E.

PMT07 ISOLAMENTO DE SUBSTÂNCIAS RARAS DE Arrabidaea brachypoda E SEU POTENCIAL PARA O TRATAMENTO DE CHAGAS. Carla D.P.Rodrigues, Ana L.P.A.Santos, Lenivaldo J. A. Martins, Jessyane R. Nascimento, Cláudia Q. Rocha.

PMT14 PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DA HANSENÍASE NO MARANHÃO. Edson Belfort Filho, Walquíria do Nascimento Silva,

Kelven Ferreira dos Santos, Wanessa Pinto de Sousa.

PMT17 MIOCARDIOPATIA CHAGÁSICA EM EVOLUÇÃO COM TRYPANOSOMA CRUZI POSITIVO NA CORRENTE

SANGUÍNEA. Regivaldo de Melo Gonçalves, Paulo Rogério Lobão de Araújo Costa, Flávia Regina Vieira da Costa, Eliene Sá Sodré

Sampaio; Débora Feitosa de Assunção.

PMT18 UTILIZAÇÃO DE OVITRAMPAS COMO SUBSÍDIO AO MONITORAMENTO DE Aedes sp. (DIPTERA: CULICIDAE) EM UM PERÍODO CHUVOSO DE UMA REGIÃO DO SUL MARANHENSE. Guilherme Silva Miranda, João Victor

Oliveira Noleto, João Gustavo Mendes Rodrigues, Maria Gabriela Sampaio Lira, Ranielly Araújo Nogueira, Richardson Soares de Souza Melo

PMT33 CHECKLIST DAS ESPÉCIES DE BESOUROS DO GÊNERO Paederus (COLEOPTERA: STAPHYLINIDAE) ASSOCIADOS A DERMATITES LINEARES EM CHAPADINHA, NORDESTE DO ESTADO DO MARANHÃO. Luzivan Costa

Reis, João Vitor Castro Aguiar, Islana Silva Ponte, Francinaldo Soares Silva.

MODALIDADE PÔSTER

Local: Salão Nobre José Sarney, UNICEUMA

Horário: 14:00 – 16:30

HM01 VIDA E OBRA DE ACHILLES LISBOA. Aldir Penha Costa Ferreira.

HM02 VIDA E OBRA DE CLEMENTINO MOURA. Aldir Penha Costa Ferreira.

HM03 HISTÓRIA DA LEISHMANIOSE NO BRASIL E NO MARANHÃO. Ana Paula Beatriz Mendes Silva, Yasmine Pi Lien Wang,

Mateus Victor Pereira Lima, José Rodolfo Teixeira da Cunha, Lailson Oliveira de Castro, Maria do Desterro Soares Brandão Nascimento.

HM05 HISTÓRIA DA MEDICINA: HIGIENE E MEDICINA SOCIAL. Anne Karynne da Silva Barbosa, Igor Vinícius Pimentel

Rodrigues, Jessica Marques da Hora Rocha.

HM07 RELATO DE EXPERIÊNCIA NO AMBULATÓRIO DO NIBA. Débora Pereira Lemos, Lailson Oliveira de Castro, Liwerbeth

dos Anjos Pereira, João Paulo Pimentel de Sousa, Mateus Victor Pereira Lima, Maria do Desterro Soares Branjão Nascimento.

HM08 HISTÓRIA DA CIRURGIA LAPAROSCÓPICA: O DESENVOLVIMENTO DE UMA TÉCNICA SEGURA E CONFORTÁVEL PARA O PACIENTE. Marcelo Martins Aragão, Débora Pereira Lemos, Maria do Desterro Soares Brandão

Nascimento, Lailson Oliveira de Castro, José Rodolfo Texeira da Cunha, Mateus Victor Pereira Lima.

HM10 EPILEPSIA EM PERSONAGENS DE DESTAQUE NA HISTÓRIA. Érico Murilo Monteiro Cutrim, Antonio de Pádua

Gonçalves Costa, Cláudio Henrique de Melo Pereira Filho, Jefferson Mateus Oliveira Silva, Lidmar Costa Lima Júnior, Sheila Ri cci Lobão Amaral.

HM11 ESTADO DA ARTE EM SAÚDE COLETIVA NO BRASIL: HÁ MESMO UMA INTERCOMUNICAÇÃO EFICAZ ENTRE SUAS SUBÁREAS? Igor Vinícius Pimentel Rodrigues, Jéssica Marques da Hora, Katia Regina Assunção Borges, Anne Karynne da

Silva Barbosa, Geusa Felipa de Barros Bezerra.

HM12 CENÁRIO DA MICOLOGIA MÉDICA NO BRASIL: AVANÇOS, RETROCESSOS E DESAFIOS. Igor Vinícius Pimentel

Rodrigues, Jéssica Marques da Hora, Katia Regina Assunção Borges, Anne Karynne da Silva Barbosa, Geusa Felipa de Barros Bezerra.

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HM13 HISTÓRIA DA MEDICINA: SUPORTE DA ORTOPEDIA NO ESPORTE. João Paulo Pimentel de Sousa, Mateus Victor

Pereira Lima, Lailson Oliveira de Castro, Liwerbeth dos Anjos Pereira, Walter Hugo Soares Brandão Nascimento, Maria do Desterro Soares Brandão Nascimento.

HM14 Aedes aegypti AO LONGO DA HISTÓRIA. José Rodolfo Texeira da Cunha, Liwerbeth dos Anjos Pereira, Lailson oliveira de

castro, Yasmine Pi Lien Wang, João Paulo Pimentel de Sousa, Maria do Desterro Soares Brandão Nascimento.

HM16 PREVENÇÃO E CONTROLE DA MICROCEFALIA: ESTRATÉGIA DE PROMOÇÃO EM SAÚDE E EXTENSÃO UNIVERSITÁRIA. Lailson Oliveira de Castro, Débora Pereira Lemos, Israel Martins do Nascimento, Fabiola Nassar Sousa Frazão , Isabella

Pontes, Maria do Desterro Soares Brandão Nascimento.

HM18 DOS GRANDES COMPLEXOS HOSPITALARES AO ATENDIMENTO INDIVIDUALIZADO: O PROCESSO DE HUMANIZAÇÃO DA ASSISTÊNCIA HOSPITALAR. PEREIRA, L. A., CASTRO L.O., LIMA, M.V.P., WANG, Y.P.L., PONTES, I.,

NASCIMENTO, M.D.S.B.

HM19 HISTÓRIA DA UTILIZAÇÃO DOS FLAVONOIDES NA PREVENÇÃO DO CÂNCER. Liwerbeth dos Anjos Pereira, Lailson

Oliveira de castro, João Paulo Pimentel de Sousa, Walbert Edson Muniz Filho, Geusa Felipa de Barros Bezerra, Maria do Desterro Soares Brandão Nascimento.

HM23 BIOGRAFIA DO MÉDICO, PESQUISADOR E POLÍTICO DO ESTADO DO MARANHÃO, SALOMÃO METTRE FIQUENE: PATRONO DA ACADEMIA MARANHENSE DE MEDICINA E CIÊNCIAS. Yasmine Pi Lien Wang, Walbert Edson

Muniz Filho, Aymoré de Castro Alvim, João Paulo Pimentel de Sousa, José Rodolfo Teixeira da Cunha, Maria do Desterro Soares Brandão Nascimento.

PMT02 FUNGOS DO AR E DO SOLO DE SÃO LUÍS – MA. Geusa Felipa de Barros Bezerra, Ana Paula Beatriz Mendes Silva,

Lailson Oliveira de Castro, João Paulo Pimentel de Sousa, Liwerbeth dos Anjos Pereira, Maria do Desterro Soares Brandão Nasci mento.

PMT25 LESÕES INTRAEPITELIAIS DE CÉLULAS ESCAMOSAS NO SERVIÇO DE CITOLOGIA ONCÓTICA DO AMBULATÓRIO DO NÚCLEO DE IMUNOLOGIA BÁSICA E APLICADA. João Paulo Pimentel de Sousa, Fabíola Nassar Sousa

Frazão, Mateus Victor Pereira Lima, Liwerbeth dos Anjos Pereira, Thállisso Martins da Silva Rodrigues, Maria do Desterro Soares Brandão do Nascimento.

DIA 20/10/2017 – SEXTA-FEIRA

MODALIDADE PÔSTER

Local: Salão Nobre José Sarney, UNICEUMA

Horário: 14:00 – 17:00

PMT01 SITUAÇÃO EPIDEMIOLÓGICA DA ESQUISTOSSOMOSE MANSONI NO MUNICÍPIO DE SÃO LUÍS - MA DE 2006 A 2016. Aline de Jesus Lustosa Nogueira, Karla Regina Freitas Araújo, Iramar Borba de Carvalho, Renato Juvino de Aragão Mendes,

Ivone Garros Rosa.

PMT03 EFEITO MOLUSCICIDA DAS FOLHAS DE CHAPÉU DE NAPOLEÃO E PIÃO ROXO SOBRE Biomphalaria glabrata, SÃO BENTO – MA. Andrea Teles dos Reis, Carla Fernanda do Carmo Silva, Raynara Fernanda Silva Soares, João Gustavo

Mendes Rodrigues, Guilherme Silva Miranda, Nêuton Silva Souza.

PMT04 AÇÃO MOLUSCICIDA DAS FOLHAS DE Ficus benjamina NO COMBATE AO CARAMUJO TRANSMISSOR DA ESQUISTOSSOMOSE. Andrea Teles dos Reis, Carla Fernanda do Carmo Silva, Raynara Fernanda Silva Soares, João Gustavo Mendes

Rodrigues, Guilherme Silva Miranda, Nêuton Silva Souza.

PMT06 PERFIL CLÍNICO-EPIDEMIOLÓGICO DE PACIENTES COINFECTADOS POR TUBERCULOSE-HIV ATENDIDOS EM HOSPITAL DE REFERÊNCIA DO MARANHÃO. Antenor Bezerra Martins, Daniel Pontes, Danilo de Araújo, Ariosvaldo

Guimaraes Gaioso Neto, Adrielle Zagmignan, Eduardo Martins de Sousa.

PMT09 ÍNDICE DE POSITIVIDADE DE CALAZAR EM UMA UNIDADE DE INTERNAÇÃO PEDIÁTRICA NO MUNICÍPIO DE SÃO LUÍS – MA. Carla Gianna Alves Carvalho, Brenda Karolina Frazão Dutra, Erika Teixeira Gonçalves, Carolyna Lopes Leitão Couto.

PMT10 ASPECTOS EPIDEMIOLÓGICOS DA LEISHMANIOSE TEGUMENTAR AMERICANA NO ESTADO DO MARANHÃO NO PERÍODO DE 2010 A 2015. Caroline Martins de Jesus, Alice de Sá Ferreira, Cauby Arthur Moreno Ramos,

Francisco Assis Nascimento Pereira, Lucilene Amorim Silva.

PMT12 EFEITOS DO PARASITISMO EM BRÂNQUIAS DE Centropomus undecimalis (PISCES, CENTROPOMIDAE) DE UMA ÁREA PROTEGIDA EM SÃO LUÍS (MARANHÃO, BRASIL). Danielle Jordany Barros Coutinho, Sildiane Martins

Cantanhêde, Almerinda Macieira Medeiros, Raimunda Nonata Fortes Carvalho Neta, Débora Martins Silva Santos.

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PMT13 ESTRUTURAS PARASITÁRIAS EM ALFACES COMERCIALIZADAS EM UMA FEIRA LIVRE DA CIDADE DE SÃO LUÍS – MA. Danielle Jordany Barros Coutinho, Aurea Valéria Neves, Selma Patrícia Diniz Cantanhede, Nêuton Silva Souza.

PMT24 LARVAS DE TREMATÓDEOS DE Biomphalaria spp. (GASTROPODA: PLANORBIDAE) DE DOIS MUNICÍPIOS DO ESTADO DO MARANHÃO. João Gustavo Mendes Rodrigues, Guilherme Silva Miranda, Maria Gabriela Sampaio Lira, Ranielly

Araújo Nogueira, Irlla Correia Lima Licá, Nêuton Silva-Souza.

PMT26 Ascaris lumbricoides: CONHECER PARA PREVENIR. Joao Victor Ferreira Araujo, Andrea Marques da Silva Pires.

PMT27 OS GENÓTIPOS DO PAPILOMAVÍRUS HUMANO 68 E 58 SÃO OS MAIS PREVALENTES EM MULHERES DE COMUNIDADES QUILOMBOLAS NO ESTADO DE MARANHÃO-BRASIL. Caio da Costa Cunha, Andrew Yuri de Almeida da

Silva, Aurea Mariane de Deus Machado, Breno Facundes Bonfim, Walder Jansen de Mello Lobão, José Eduardo Batista.

PMT28 ESTUDO DE CASO DE DERMATITE SERPIGINOSA EM SÃO LUÍS, MARANHÃO. Juliana Abenante Fernandes

Ferreira, Andrea Marques da Silva Pires.

PMT29 ADESÃO E FORMAÇÃO DE BIOFILME DE ISOLADOS DE Candida parapsilosis DE SECREÇÃO VAGINAL AO COBRE DE DIU. Lidiane Cristina Lima dos Santos Lucena, Katia Regina Assunção Borges, Igor Vinícius Pimentel Rodrigues, Cristina

Andrade Monteiro, Geusa Felipa de Barros Bezerra.

PMT32 SITUAÇÃO EPIDEMIOLÓGICA DA LEISHMANIOSE NO MARANHÃO, COM ÊNFASE NOS NÚMEROS DE ÓBITOS, NO PERÍODO DE 2014 A 2016. Luana Câmara da Silva, Kelven Ferreira dos Santos, Graciomar Conceição Costa.

PMT34 HELMINTOFAUNA DE EQUINOS DA MESORREGIÃO NORTE MARANHENSE, BRASIL. Tássia L. do Vale, Edvaldo

F. Amorim Filho, Ronald Luis V. Silva, Francisco C. Lima; Rita de Maria Seabra Nogueira, Ana Clara G. Santos.

PMT35 AVALIAÇÃO DA EFICÁCIA IN VITRO DO EXTRATO BOTÂNICO AQUOSO (EBAD) E HIDROALCÓOLICO (EBHD) DO Eucalyptus sp. E DA Morinda citrifolia (NONI), COMO LARVICIDA DE HELMINTOS GASTRINTESTINAIS EM EQUINOS DA BAIXADA MARANHENSE. Ronald Luis V. Silva, Tássia L. do Vale, Ana Clara G. Santos

PMT37 ANALISE ESPACIAL DA HANSENÍASE NO ESTADO DO MARANHÃO. Walquíria do Nascimento Silva, Edson Belfort

Filho, Adriana Soraya Araújo, Kelven Ferreira dos Santos, Érica Natacha Batista, Wanessa Pinto de Sousa.

PMT38 PREDOMÍNIO DAS ESPÉCIES DE PLASMODIUM QUE INFECTAM O HOMEM NO MARANHÃO NO PERÍODO

DE 2014 A 2017. Wanessa Pinto de Sousa, Kelven Ferreira dos Santos, Edson Belfort Filho, Walquíria do Nascimento Silva.

PMT39 CONTAMINAÇÃO EM AREIA DE PRAIA POR PARASITOS: PRAIA DE SÃO MARCOS, SÃO LUIS, MA. Leila

Cristina Almeida de Sousa, Maria Raimunda Chagas Silva, Thais Nayra da Silva Macedo.

HM21 FEBRE AMARELA NO BRASIL: UMA REVISÃO DE LITERATURA. Felipe Leite Neto, Rebecca Cruz de Moraes Rego.

DIA 21/10/2017 – SÁBADO

APRESENTAÇÃO ORAL

Local: Auditório I, CRM-MA

Horário: 8:00 – 10:00

HM04 HISTÓRIA DA MEDICINA: REFORMA DO ENSINO MÉDICO E O SURGIMENTO DE MEDICINA PREVENTIVA.

Anne Karynne da Silva Barbosa, Igor Vinícius Pimentel Rodrigues, Jessica Marques da Hora Rocha

HM09 NEOPLASIAS GÁSTRICAS: UMA ABORDAGEM HISTÓRICA. Denise Ailine Monteiro Lopes, Carolina Nivea Moreira

Guimarães, Juliana Conceição Oliveira Lima, Marcus Vinicius Lindoso Silva Veloso, Vitória Evelen Oliveira Silva, Sheila Amaral.

HM15 HISTÓRIA DA MEDICINA DO TRABALHO: RELEVÂNCIA DO EXAME ADMISSIONAL NA EMPRESA. José Rodolfo

Texeira da Cunha, Lailson Oliveira de Castro, Anna Cyntia Brandão Nascimento, Ana Paula Beatriz Mendes Silva, Yasmine Pi Lien Wang,

Maria do Desterro Soares Brandão Nascimento.

HM17 BIOGRAFIA DO MÉDICO, POETA E POLÍTICO DO ESTADO DO MARANHÃO, FERNANDO RIBAMAR VIANA:

PATRONO DA ACADEMIA MARANHENSE DE MEDICINA E CIÊNCIAS. Lailson Oliveira de Castro, João Paulo Pimentel de

Sousa, Mateus Victor Pereira Lima, Yasmine Pi Lien Wang, Débora Pereira Lemos, Maria do Desterro Soares Brandão Nascimento.

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HM20 MARIA MONTESSORI, A MÉDICA QUE VALORIZOU O ALUNO. Rebeca Costa Castelo Branco, Marcos Antonio

Custódio Neto da Silva, Ayala Gervásio Campos Faria, Maria do Desterro Soares Brandão Nascimento.

HM22 ABORDAGEM CRONOLÓGICA DOS MÉTODOS DE ESTUDO DOS FUNGOS NA MEDICINA. Yasmine Pi Lien Wang,

Liwerbeth dos Anjos Pereira, José Rodolfo Teixeira da Cunha, Walbert Muniz Filho, Maria do Desterro Soares Brandão Nascimento , Geusa

Felipa de Barros Bezerra.

APRESENTAÇÃO ORAL

Local: Auditório II, CRM-MA

Horário: 8:00 – 10:00

PMT19 ESTUDO DO ROEDOR Holochilus sciureus COMO RESERVATÓRIO SILVESTRE DE Schistosoma mansoni NA

BAIXADA OCIDENTAL MARANHENSE, BRASIL. Guilherme Silva Miranda, João Gustavo Mendes Rodrigues, Maria Gabriela

Sampaio Lira, Ranielly Araújo Nogueira, Gleycka Cristine Carvalho Gomes, Nêuton Silva-Souza.

PMT20 PARASITISMO EM BRÂNQUIAS DE PEIXES COMO FERRAMENTA NA AVALIAÇÃO DA CONTAMINAÇÃO

AMBIENTAL DA BACIA DO BACANGA, SÃO LUÍS, MA. SOARES, H. K. S. S.; MEDEIROS, A.M.; SILVA, N.D.; PEREIRA, N.J.;

CANTANHÊDE, S.M.; SANTOS, D. M. S.

PMT23 ATIVIDADE LEISHMANICIDA EM MODELOS IN VITRO DE SUBSTÂNCIAS RARAS ISOLADAS Fridericia

platyphylla (SIN. Arrabidaea brachypoda). Jessyane Rodrigues do Nascimento, Carla Danielle Pinheiro Rodrigues, Felipe Costa

Vieira, Cláudia Quintino da Rocha.

PMT30 IDENTIFICAÇÃO DE FUNGOS FILAMENTOSOS ISOLADOS DE LESÕES SUPERFICIAIS EM PACIENTE COM

HIV. Willkaro White Halley Soares da Silva, Katia Regina Assunção Borges, Igor Vinícius Pimentel Rodrigues, Cristina Andrade Monteiro.

PMT31 SITUAÇÃO EPIDEMIOLÓGICA DA MALÁRIA NO MARANHÃO NO PERÍODO DE 2014 A 2017. Kelven Ferreira

dos Santos, Wanessa Pinto de Sousa, Edson Belfort Filho, Walquíria do Nascimento Silva.

PMT36 O MÉTODO DA PROBLEMATIZAÇÃO NA DISCUSSÃO SOBRE ACIDENTES COM ARANHA-MARROM

(Loxosceles spp.) EM SÃO LUÍS-MA. Vanessa Vieira Pinheiro, Andressa Araújo Santos, Andressa Rocha Pereira, Marcos Vinicius

Brito, Thifanny Rodrigues De Oliveira, Sheila Ricci Lobão Amaral.

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ANAIS

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V Congresso Maranhense de História da Medicina e XXV Jornada de Parasitologia e Medicina Tropical do Maranhão

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HM01 - VIDA E OBRA DE ACHILLES LISBOA Aldir Penha Costa Ferreira

Médico, ex-Professor da UFMA, membro da Sociedade Maranhense de História da Medicina.

1 – NATURALIDADE E FILIAÇÃO. ACHILLES DE FARIA LISBOA, nascido em 28.09.1872, era natural do município de Cururupu, localizado no Litoral Norte Ocidental do Maranhão. Filho de João Antônio de Faria Lisboa e Cândida Braga de Faria Lisboa. 2 – FORMAÇÃO. Cursou as primeiras letras na sua terra natal e, transferindo-se para São Luís, fez o Curso Primário no Seminário das Mercês e o Secundário no Liceu Maranhense. Formou-se em Farmácia pela Universidade da Bahia, que era, na época, a capital da República. Iniciou, no mesmo estabelecimento, o curso de Medicina e, ao atingir o segundo ano, transferiu-se para o Rio de Janeiro. Obteve o doutorado em 1912, com a defesa da tese “Da mestiçagem vegetal e suas leis”. Consta que foi o primeiro trabalho desse gênero elaborado no Brasil. 3 – CARÁTER Contestador, estudioso e muito inteligente. Metia-se, com frequência, em polêmicas. 4 – TRAJETÓRIA- Como acadêmico de medicina, na Bahia, serviu como voluntário na Guerra de Canudos;- Como acadêmico de medicina, no Rio de Janeiro, fez parte do Serviço de Profilaxia da Febre Amarela, nomeado por Osvaldo Cruz; 1912 – No mesmo ano de sua formatura, tornou-se ajudante na Seção de Botânica no Jardim Botânico do Rio de Janeiro; 1913 – Trabalhou na Diretoria Geral de Agricultura, Indústria e Comércio do Rio de Janeiro; 1914 – Ajudante na Seção de Fisiologia Vegetal e Ensaios de Sementes do Jardim Botânico do Rio de Janeiro; 1916 – Professor de Botânica da Escola de Agricultura, e auxiliar técnico do Serviço do Algodão do Rio de Janeiro; 1918 – Criou o Posto de Socorro aos Ulcerados, em São Luís. Consta que foi o primeiro serviço de assistência médica gratuita do Maranhão; 1919 – Chefe da Estação Experimental (agricultura) do município de Coroatá, no Maranhão; 1920 – Delegado Geral do Recenseamento do Maranhão; 1922 – Um dos fundadores da Faculdade de Farmácia do Maranhão; 1925 – Prefeito do município de Cururupu. Consta que foi aí o início da sua carreira política; 1931 – Diretor do Jardim Botânico do Rio de Janeiro; 1935 – Governador do Maranhão.- Um dos fundadores da Sociedade Maranhense de Agricultura;- Membro da Academia Maranhense de Letras;- Membro do Instituto Histórico e Geográfico do Maranhão. 5 – ATIVIDADES Estudioso da hanseníase, tornou-se uma autoridade no assunto. Pesquisava um tratamento à base do óleo de pequi, em parceria com um laboratório francês, mas o trabalho foi interrompido pela 2ª Guerra Mundial; Preocupava-se com o problema das drogas, especialmente a maconha. Publicou vários trabalhos. Foi o primeiro médico a usar microscópio no Maranhão; Foi o introdutor do estudo da patologia tropical no Maranhão (uma pesquisa sobre a esquistossomose na região da Baixada Maranhense).Escrevia em jornais e revistas; Segundo o professor João Mendonça Cordeiro (UFMA), “Achilles Lisboa foi um sábio, como poucos, no Maranhão. Profundo conhecedor, como se depreende dos escritos que nos legou, de um saber multidimensional, quase enciclopédico, sobre vários ramos da ciência humana: Antropologia, Biologia, Física, Química, Matemática, Pedagogia, Sociologia, sem falar em Farmácia e Medicina, em que e graduou”. 6 – BIBLIOGRAFIA- SOUSA, Haroldo Silva e. Achilles Lisboa-Glória do Maranhão e do Brasil. São Luís, Edição do autor, Lithograf, 2000;- CORDEIRO, João Mendonça. O Impeachment do Governador Achilles Lisboa. São Luís, edições AVL (Academia Vianense de Letras), 2013;- MEIRELES, Mário Martins. Dez Estudos Históricos. São Luís, ALUMAR, Documentos Maranhenses, AML (Academia Maranhense de Letras), 1994.

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HM02 - VIDA E OBRA DE CLEMENTINO MOURA

Aldir Penha Costa Ferreira

Médico, ex-Professor da UFMA, membro da Sociedade Maranhense de História da Medicina.

1 – NATURALIDADE E FILIAÇÃO. BENEDITO CLEMENTINO DE SIQUEIRA MOURA nasceu em OEIRAS, Piauí, no dia 23 de abril de 1909. Filho de Clementino Gentil da Silva Moura e de Maria da Purificação de Siqueira Moura. Aos 3 anos de idade ficou órfão de pai e aos 4 também de mãe. Passou a morar em casas de parentes e, aos 9 anos de idade, foi viver como interno no Colégio 24 de Fevereiro, na cidade de Floriano (PI). Lá conheceu e se tornou amigo de Pedro Neiva de Santana, futuro governador do Maranhão. 2 – FORMAÇÃO Em 1923 foi morar em Teresina (PI), em companhia do seu irmão mais velho, Raimundo Clementino de Siqueira Moura, a quem chamava Mundico. Matriculou-se no Liceu Piauiense, onde fez o Curso Secundário. Graças à ajuda do Mundico, seguiu depois para Belém (Pará), onde ingressou na Faculdade de Medicina. Lá conheceu e se tornou amigo de Antônio Pires Ferreira, futuro médico anestesista que viveu em São Luís por toda a sua vida. No final do 2º ano de medicina Clementino Moura se transferiu para a Faculdade de Medicina da Praia Vermelha, Rio de Janeiro, onde conheceu João Bacelar Portela, futuro primeiro diretor da Faculdade de Ciências do Maranhão. Tornou-se também acadêmico-residente do Hospital São João Batista, em Niterói, onde conheceu o oficial do Exército Lourival Seroa da Motta, futuro Interventor Federal do Maranhão, nomeado por Getúlio Vargas. Formou-se em Medicina em 1932 e, atendendo a um convite de Seroa da Motta, veio para o Maranhão. 3 – COMEÇO DIFÍCIL Foi nomeado para um posto médico no município de Caxias (MA) e, em maio de 1933, transferiu-se para São Luís. Foi trabalhar no Serviço de Pronto Socorro, instalado num prédio onde funcionava a Diretoria de Saúde, à Rua da Palma. Pouco tempo depois Seroa da Motta deixou o Maranhão e o novo interventor decidiu transferir para o interior os médicos solteiros. Clementino Moura não aceitou a transferência e foi demitido. Passou vários meses desempregado, tentando a clínica particular, tendo recebido o auxílio do médico Alarico Pacheco, na época já famoso no Maranhão. Meses depois foi reconduzido para o Serviço de Pronto Socorro. Permaneceu nesse emprego até a era do interventor Paulo Ramos (1937-1945), quando foi lotado no recém-criado ambulatório estadual de pré-natal. Foi o primeiro serviço desse gênero no Maranhão. 4 – ATIVIDADES a) Médico chefe da Maternidade “Neto Guterres”; b) Chefe do Serviço Médico do Serviço Social da Indústria – SESI; c) Fundador e diretor da Maternidade Benedito Leite; d) Médico da Junta Médica do Estado do Maranhão; e) Médico do antigo IAPETC; f) Médico do antigo IPASE; g) – Presidente da Soc. de Medicina e Cirurgia do Maranhão; h) – Chefe do Departamento de Ginecologia e Obstetrícia da Faculdade de Ciências Médicas do Maranhão; i) Professor Assistente de Fisiologia da Faculdade de Farmácia e Odontologia de São Luís; j) Membro do Colégio Brasileiro de Cirurgiões; k) Membro da Soc. de Genecologia e Obstetrícia do Maranhão; l) Chefe do Serviço Médico de Pessoal do antigo INPS; m) Presidente da Associação de Assistência e Proteção à Infância; n) Membro do Conselho Regional de Medicina do Maranhão; o) Fundador do Lions Clube no Maranhão; p) Fundador da Academia Maranhense de Medicina; q) Membro do Instituto Histórico e Geográfico do Maranhão r) Patrono da Cadeira Nº 43 Academia Maranhense de Medicina. s) Membro Correspondente do Instituto Histórico de Oeiras. 5 – TRABALHOS E LIVROS PUBLICADOS a) Aborto e Planejamento Familiar b) Sinais e Manobras em Obstetrícia (em colaboração com a Dra. Maria do Socorro Moreira de Sousa) c) Quarenta Anos Vendo a Vida Nascer d) O Leonismo e a Responsabilidade com a Realidade e) O Tempo de Minha Vida f) Fragmentos de Ontem e de Hoje g) Síntese Histórica da Obstetrícia h) Roteiro Leonístico (em colaboração com o Dr. Merval de Oliveira Melo) i) Oeiras – Monumento Nacional j) Rua dos Remédios – Morada e Inspiração k) Inúmeros artigos e crônicas publicados em jornais e revistas. 6 – BIBLIOGRAFIA - MOURA, Clementino – Todos os seus livros - Revista do Instituto Histórico e Geográfico do Maranhão – 1998 - Jornal “O Imparcial” – diversos números.

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HM03 - HISTÓRIA DA LEISHMANIOSE NO BRASIL E NO MARANHÃO

Ana Paula Beatriz Mendes Silva, Yasmine Pi Lien Wang, Mateus Victor Pereira Lima, José Rodolfo Teixeira da Cunha, Lailson Oliveira de Castro, Maria do Desterro Soares Brandão Nascimento.

Universidade Federal do Maranhão, São Luís, MA.

Introdução: As leishmanioses são doenças causadas por protozoários do gênero Leishmania, transmitidas por meio de vetores flebotomíneos infectados. Essas doenças possuem um espectro grande de manifestações clínicas, e essas diferenças estão relacionadas à espécie envolvida. Objetivos: Perpetuar o conhecimento sobre os aspectos históricos das leishmanioses tegumentar e visceral, e a evolução, do ponto de vista epidemiológico, dessas doenças no BRA. Métodos: O método adotado consistiu na realização de pesquisa bibliográfica por meio de artigos científicos, sites e livros. Resultados: No BRA, o primeiro registro histórico sobre a Leishmaniose tegumentar encontra-se no documento da Pastoral Religiosa Político-Geográfica de 1827. Entretanto, a doença só foi confirmada no país, em 1909 por Lindemberg, que isolou formas semelhantes da Leishmania tropica (variação do parasito encontrada na Europa), em SP. Gaspar Vianna, por considerar o parasito diferente da L. tropica, batizou-o de L. braziliensis, denominado o agente etiológico da Leishmaniose Tegumentar Americana. Atualmente existem sete espécies de leishmanias envolvidas na ocorrência da LTA no BRA, e mais de 200 espécie de Flebotomíneos implicados em sua transmissão. O primeiro caso de Leishmaniose Visceral autóctone do BRA foi registrado em 1913 por Migone. Teorias indicam que o parasito pode ter chegado ao Brasil através de cães infectados trazidos por colonizadores no século XVI. Casos esporádicos continuaram acontecendo, até que em 1934, Henrique Penna detectou 41 casos através de exames de tecido hepático durante pesquisa sobre febre amarela. Neste evento, foram registrados 15 casos em 7 estados do NE. Os primeiros casos registrados no MA, datam de 1982, quando foram diagnosticados 4 casos no Bairro São Cristóvão em São Luís. Nesse período houve uma epidemia tanto em SL, quanto em Teresina (PI), o que marcou a disseminação da LV no Brasil. Antes restrita a zona rurais e pequenas cidades no interior do NE, o parasito se espalhou por todo o território, incluindo grandes cidades. Conclusão: Apesar da existência de inúmeros estudos abordando diferentes aspectos da Leishmaniose, algumas questões cruciais para a implementação das medidas de controle continuam sem resposta. As medidas de atuação devem ser flexíveis e distintas, baseadas nas características epidemiológicas em particular, aliadas a um sistema de saúde básico capacitado para diagnóstico precoce e tratamento adequado.

Palavras-chave: Leishmaniose, História, Medicina, Brasil.

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HM04 - HISTÓRIA DA MEDICINA: REFORMA DO ENSINO MÉDICO E O SURGIMENTO DE MEDICINA PREVENTIVA

Anne Karynne da Silva Barbosa1, Igor Vinícius Pimentel Rodrigues1, Jessica Marques da Hora Rocha1

1- Mestrado em Saúde do Adulto - PPGSAD, Universidade Federal do Maranhão – UFMA, São Luís, Ma. E-mail: [email protected]

INTRODUÇÃO: Entre as raízes da história da medicina estão dois movimentos de reforma da medicina no século XX que objetivaram reorientações na prática médica, por meio de transformação na formação dos médicos nas escolas de medicina, os quais foram: o movimento com interesse em uma Medicina Integral que culminou no surgimento de uma nova disciplina na grade e currículo médico, a Medicina Preventiva, e o movimento pela Medicina Comunitária. Esses movimentos surgiram nos Estados Unidos, e se constituíram como base crítica de como a prática médica era ensinada, esses movimentos planejavam que os médicos, na sua prática não tratassem apenas da cura em estágios específicos, mas que tratassem os pacientes de maneira global. OBJETIVO: Verificar a relação da reforma do ensino médico e medicina preventiva como partes integrantes da história da medicina. MÉTODOS: Foi realizada uma revisão de literatura, nas línguas portuguesa e inglesa, com busca de artigos nos últimos cinco anos, utilizando os termos História da Medicina, Reformas Médicas e Medicina Preventiva, contidos na lista de termos do DeSC (Descritores em Ciência da Saúde), nas bases de dados, Scielo, Pubmed e Periódico Capes. Os critérios de inclusão foram artigos dos últimos cinco anos, que tratavam de História da Medicina com enfoque na Reforma do Ensino Médico e surgimento da Medicina Preventiva, foram excluídos os que não abrangiam o assunto do presente estudo, ou aqueles que não abordavam a Medicina Preventiva. RESULTADOS: A Medicina Integral tinha uma proposta de uma formação mais ampla e integral, com as disciplinas que rearticulassem o social a que os pacientes pertencem, na Medicina Comunitária que sucedeu a Medicina Integral, além de adotar as mesmas referências, enfatizava apenas o ensino voltado para os âmbitos hospitalares, aonde os alunos tinham contato com as patologias, porém ficavam distantes da sociedade, surgiu então a proposta de levar os alunos de medicina para experiências além da esfera acadêmica, levando-os para a comunidade, de preferência as populações mais carentes. CONCLUSÃO: Desse modo, a Medicina Preventiva e a Comunitária, orientaram modificações nos conhecimentos médicos, na dimensão social e populacional, o que amplia a concepção de saúde-doença, abordando a comunidade de forma coletiva e não apenas individual, visando o ensino dos aspectos preventivos e sociais da medicina, relacionando com a prática médica e o eixo social.

Palavras-chave: História da Medicina; Ensino Médico; Medicina Preventiva.

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HM05 - HISTÓRIA DA MEDICINA: HIGIENE E MEDICINA SOCIAL

Anne Karynne da Silva Barbosa1, Igor Vinícius Pimentel Rodrigues1, Jessica Marques da Hora Rocha1

1- Mestrado em Saúde do Adulto - PPGSAD, Universidade Federal do Maranhão – UFMA, São Luís, Ma. E-mail: [email protected]

INTRODUÇÃO: O termo higiene na Grécia antiga era um adjetivo que designava uma pessoa sadia, até meados do século XVIII, os manuais que continham referências a saúde, tratavam a cuidados e conservação, a transformação desse material em disciplina médica e em conhecimentos específicos se deu entre os séculos XVIII e XIX na Europa. O movimento higienista segundo alguns autores era considerado como sinônimo de medicina social, termo empregado em 1948 por Jules Guerin. OBJETIVO: Verificar a relação da higiene e medicina social como partes integrantes da história da medicina. MÉTODOS: Foi realizada uma revisão de literatura, nas línguas portuguesa e inglesa, com busca de artigos nos últimos cinco anos, utilizando os termos História da Medicina, Higiene e medicina social, contidos na lista de termos do DeSC (Descritores em Ciência da Saúde), nas bases de dados, Scielo, Pubmed e Periódico Capes. Foram utilizados os artigos seguindo os critérios de inclusão e exclusão, os critérios de inclusão foram artigos dos últimos cinco anos, que tratavam de História da Medicina com enfoque na Higiene e Medicina Social, foram excluídos os que não abrangiam o assunto do presente estudo, ou aqueles que não abordavam a Medicina Social. RESULTADOS: Na França, em 1829 foi publicada uma revista que trazia a higiene como sendo parte integrante da saúde dos homens em sociedade, e como parte da medicina, pois a mesma estaria apta a reger leis no sentindo de higienizar a sociedade, para a manutenção da saúde pública. A medicina social francesa tinha suporte nos trabalhos sobre a situação de saúde em sociedade, e lutavam por mudanças sociais para erradicação de problemas de saúde. CONCLUSÃO: Nesse sentido a medicina não teria apenas a finalidade de curar doenças, mas teria relações diretas com o social, com as organizações sociais, visto que atuando na sociedade através das campanhas de higienização, estaria prevenindo o surgimento de doenças e contribuindo com as práticas sociais.

Palavras-chave: História da Medicina; Higiene; Medicina Social.

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HM06 - O ENSINO DE MEDICINA NOS PRIMEIROS TRES SÉCULOS DO BRASIL

ALVIM, Aymoré de Castro.

Sociedade Maranhense de História da Medicina / UFMA.

INTRODUÇÃO: Não obstante as informações históricas de que o ensino médico, no Brasil, teve início com a chegada da família real, em 1808, pode-se constatar que arte de curar já vinha sendo praticada, de há muito, pelos nativos e, consequentemente, ensinada. Com a chegada dos jesuítas, a partir de meado do século XVI, alguns deles com formação superior em Universidades Europeias, novos conhecimentos foram incorporados às práticas da medicina indígena e, ao mesmo tempo, recebiam informações sobre o poder curativo da flora brasileira. Há registros de que esses padres ofereciam curso superior aos filhos dos colonos, bem como de outros cursos, autorizados ou não que foram instalados em diferentes partes da Colônia. Com a vinda da família real portuguesa foram criadas as escolas de medicina da Bahia e Rio de Janeiro que foram transformadas em faculdades, em 1832. Juntamente com a Faculdade de Medicina do Rio Grande do Sul de 1898, foram estas as três únicas escolas de formação médica criadas, no Brasil no século XIX. OBJETIVOS: Resgatar a memória do ensino de medicina no Brasil como contribuição à História da Medicina do país. MÉTODOS: Revisão bibliográfica de textos e documentos sobre o tema. RESULTADOS E CONCLUSÃO: O ensino médico, no Brasil, pelo que se pode constatar é bem anterior a 1808, ano em que o príncipe regente D. João autorizou o funcionamento das escolas de medicina da Bahia e do Rio de Janeiro. Até então, a arte de curar fora exercida pelos raros físicos ou licenciados preparados pela Universidade de Coimbra e em outras Universidades da Europa, bem como ainda pelos cirurgiões-barbeiros, cirurgiões aprovados após cursos de treinamento, parteiras, sangradores, todos com aprendizado na Colônia, além das práticas da medicina indígena e africana exercida por pajés e curandeiros. O ensino médico das faculdades aqui instaladas, com a reforma de 1891, foi estruturado dentro do modelo filosófico mecanicista de Descartes e alinhado ao pensamento positivista de Comte, cujos resquícios perduram até nossos dias. Destarte, conclui-se que o ensino médico no Brasil é bem anterior a 1808 quando aqui aportou a família real lusitana.

Palavras-chave: 1. História 2. Ensino médico 3. Escola de medicina.

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HM07 - RELATO DE EXPERIÊNCIA NO AMBULATÓRIO DO NIBA

Débora Pereira Lemos, Lailson Oliveira de Castro, Liwerbeth dos Anjos Pereira, João Paulo Pimentel de Sousa, Mateus Victor Pereira Lima, Maria do Desterro Soares Branjão Nascimento.

Universidade Federal do Maranhão, São Luís, MA.

Introdução: A formação básica de profissionais da saúde impõe a compreensão precoce das circunstâncias ambientais, socioculturais e econômicas das quais emergem as condições de saúde e seus agravos. Seguindo essa visão, o ambulatório do NIBA (Núcleo de Imunologia Básica e Aplicada) vem propiciando ao aluno uma visão holística, a mais próxima possível do processo saúde-doença, o que ocorre e como ocorre no seio da família e da comunidade, valorizando-se as ações de promoção e prevenção, tanto quanto as de recuperação e de reabilitação. Descrição da experiência: O ambulatório do NIBA (atua como estimulador de diversas atividades que valorizam o aprendizado e o autoconhecimento para a compreensão e atualização cotidiana das práticas em Atenção Básica, de acordo com os mais recentes aportes científicos e teóricos disponíveis. Nesse sentido, e atendendo à necessidade de promover atenção em saúde na comunidade do entorno da cidade Universitária da Dom Delgado (UFMA), que mantém um ambulatório de prática clínica e adequada inserção comunitária no âmbito social, todos os meses é ofertado pela coordenação local do programa um conjunto de aulas e palestras de caráter formador complementar para os discentes do ambulatório. O ambulatório promove a inserção dos discentes através do contato dos graduandos com a comunidade por meio de palestras e prestação de atendimento médico e farmacêutico sob supervisão dos coordenadores. Além disso é ofertado orientações e estímulo da realização de exames preventivos de neoplasias de alta morbimortalidade, como o câncer de colo de útero (É fornecida orientações sobre medidas profiláticas de infecção por HPV) Considerações finais: O aumento dos saberes, sob os seus diversos aspectos, leva a uma melhor compreensão do ambiente, favorece o despertar da curiosidade intelectual, estimula o senso crítico e permite a compreensão do real mediante a aquisição de autonomia na capacidade de discernir por meio das práticas no ambulatório do NIBA.

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HM08 - HISTÓRIA DA CIRURGIA LAPAROSCÓPICA: O DESENVOLVIMENTO DE UMA TÉCNICA SEGURA E CONFORTÁVEL PARA O PACIENTE

Marcelo Martins Aragão, Débora Pereira Lemos, Maria do Desterro Soares Brandão Nascimento, Lailson Oliveira de Castro, José Rodolfo Texeira da Cunha, Mateus Victor Pereira Lima.

Universidade Federal do Maranhão, São Luís, MA.

Introdução A cirurgia laparoscópica é uma técnica minimamente invasiva que proporciona, ao paciente, recuperação rápida e diminuto trauma interno. Philipp Bozzini, médico alemão, é considerado o pai da laparoscopia. No Brasil, desde 1967, o ginecologista Claudio Basbaum realiza essa técnica. Objetivo Conhecer a História da Laparoscopia, entendendo seu surgimento, sua evolução e os impactos na prática médica. Métodos Revisão Narrativa por meio de pesquisa na base de dados Biblioteca Virtual em Saúde – BVS e Google Acadêmico com a estratégia de busca (laparoscopia) e (história da medicina). As buscas foram realizadas em setembro de 2017. Foram selecionados onze estudos por meio da leitura dos títulos e resumos, que tratassem com clareza e relevância do tema. Resultados Philipp Bozzini, em 1806, inspecionou a uretra com uma cânula de duplo lúmen. Georg Kelling, porém, é apontado como primeiro a realizar, em 1901, um procedimento semelhante à laparoscopia atual: a visualização das vísceras de um cão vivo. Bertram Bernheim, em 1911, fez a primeira laparoscopia de diagnóstico nos EUA. Em 1929, KalK, advogou o uso do trocar duplo, permitindo simultaneamente a visão e a introdução de instrumentos no abdómen. Forrestier e Gladue Valmiere, em 1952, na França, usaram quartzo para transmitir a luz da fonte à extremidade do endoscópio. Em 1987, o francês Philippe Mouret fez a primeira colecistectomia laparoscópica. A prática da cirurgia por videolaparoscopia está há mais de 25 anos no Brasil, onde o ginecologista Claudio Basbaum é pioneiro nas técnicas de laparoscopia com “luz fria”, 1967, e de videolaparoscopia e de videohisteroscopia, 1988. No Maranhão, o Prof. José Valadão realizou a primeira cirurgia bariátrica via videolaparoscópica, em 1990. Dentre suas vantagens estão: redução da perda sanguínea, do tempo de internação, da dor e do risco de infecção. Enquanto formação de hérnias incisionais, capnoperitônio, hipercapnia e resposta adrenérgica estão entre complicações comuns, ainda que em baixas incidências. Conclusão Enquanto a cirurgia convencional padece de pouca evolução nas suas técnicas e abordagens, a cirurgia laparoscópica continua a aperfeiçoar-se a nível tecnológico e de instrumentação, corroborando benefícios funcionais, estéticos e financeiros.

Palavras-chave. História da Medicina. Laparoscopia. Segurança. Conforto do paciente.

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HM09 - NEOPLASIAS GÁSTRICAS: UMA ABORDAGEM HISTÓRICA

Denise Ailine Monteiro Lopes, Carolina Nivea Moreira Guimarães, Juliana Conceição Oliveira Lima, Marcus Vinicius Lindoso Silva Veloso, Vitória Evelen Oliveira Silva, Sheila Amaral.

Universidade Federal do Maranhão, São Luís, MA.

Introdução: O câncer gástrico são tumores gerados por células anormais em qualquer parte do estômago. Segundo o INCA, ele representa o terceiro mais incidente entre os homens e quinto entre as mulheres no Brasil. A partir dessa análise, surge a premissa de analisar como ocorreu seu curso ao longo da história e a necessidade de explanar os avanços em prol do diagnóstico e tratamento. Objetivo: O presente trabalho tem como objetivo compreender o contexto histórico e o desenvolvimento do conhecimento a respeito do câncer gástrico, concomitantemente ao desenvolvimento das tecnologias de identificação e tratamento do mesmo. Metodologia: Procurou-se sistematizar o conhecimento a respeito do câncer gástrico por meio da revisão bibliográfica de artigos encontrados nas bases de dados como PubMed, Scielo, base de dados do INCA e livros. Ao final foram obtidas 6 referências que abordassem na língua portuguesa os objetivos do trabalho com as palavras-chave “história do câncer” “história do câncer gástrico” “neoplasias do estômago”. Resultados: O primeiro relato de um possível caso de câncer gástrico estava no Papiro de Ebers, escrito em 1600 a.C . No quarto século a.C, foi atribuído à Hipócrates o fato de ser o primeiro a utilizar a palavra câncer. A neoplasia de estômago só foi descrita novamente no final no primeiro na Enciclopédia médica de Avicenna, um expoente da Medicina árabe. Apesar disso, essa neoplasia ainda era pouco conhecida no século XVIII devido a descoberta das úlceras benignas e malignas do estômago que foram descobertas apenas em 1835. Em relação ao tratamento, a primeira tentativa ocorreu por meio de uma ressecção gástrica em 1879 feita por Jules Pean, um famoso cirurgião francês, mas não houve sucesso. A paciente morreu 5 dias após a intervenção. Apenas em 1881, uma ressecção subtotal foi realizada com sucesso. De maneira geral, a história dessa patologia se confunde com a história de grandes figuras como Napoleão Bonaparte e Papa João XXIII ao ter sido a possível causa de suas mortes. Ainda hoje, essa história está sendo escrita ao se descobrir formas mais eficientes de diagnóstico e tratamento. Conclusão: Assim sendo, estudos que abordam o câncer gástrico com o objetivo de informar a respeito de sua situação no contexto histórico e epidemiológico desempenham um papel importante para a implementação de políticas preventivas em saúde pública que objetivem diminuir as atuais taxas de morbimortalidade decorrentes do câncer de estômago.

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HM10 - EPILEPSIA EM PERSONAGENS HISTÓRICOS DE DESTAQUE – RELATOS E COMPREENSÃO

Érico Murilo Monteiro Cutrim1, Antônio de Pádua Gonçalves Costa1, Cláudio Henrique de Melo Pereira Filho1, Jefferson Mateus Oliveira Silva1, Lidmar Costa Lima Júnior1, Sheila Ricci Lobão Amaral2.

Universidade Federal do Maranhão, São Luís, MA. 1 Acadêmico do Quarto Período de Medicina da Universidade Federal do Maranhão. 2 Professora associada do Departamento de Medicina I (DEMED I) da Universidade Federal do Maranhão. Coordenadora do Terceiro Período do Curso de Medicina.

Introdução: A epilepsia (do grego “epilepsen”, “abater-se de cima”) se conceitua como sendo um conjunto de doenças que possuem como denominador comum a crise epiléptica, a saber, um distúrbio de condução neuronal do encéfalo. No entanto, muito antes de ser compreendida como uma disfunção somática, a epilepsia recebeu toda uma carga de significação cultural, que variou amplamente ao longo da história. Muitos dos indivíduos notáveis das páginas da história do mundo ocidental possuíam epilepsia – e conviviam de formas bastante diferentes com sua doença. Ao mesmo tempo, a comunidade médica e científica evoluiu grandemente na compreensão acerca da epilepsia. Objetivos: Relatar os casos de personagens históricos de destaque com epilepsia. Buscar entender qual o impacto dessa condição para suas vidas, em seu respectivo contexto. Relatar os avanços da Medicina na compreensão da epilepsia enquanto doença. Métodos: Consulta de artigos relatos disponíveis nas bases de dados Scielo e NCBI. Uso de livros com relatos históricos dos personagens. Resultados: Diversos personagens da história clássica foram, de acordo com os relatos que hoje possuímos, portadores de epilepsia. Até mesmo personagens dos mitos parecem possuir características bastante semelhantes às das crises convulsivas (como é o caso do semideus Hércules, quando era “tocado do alto pelos deuses”, conforme costumava descrever Eurípedes em sua tragédia). Alguns personagens de destaque na história antiga acometidos por epilepsia foram homens como Sócrates (que se dizia “guiado por um espírito” em suas decisões) e Júlio César (do qual temos dois relatos de crise epiléptica). Em momento histórico posterior, temos o controverso caso de Joana d’Arc – que alguns acreditam tratar-se de uma epilepsia musicogênica reflexa. No Brasil, tem-se o interessante caso de d. Pedro I, cujo conhecido espírito intempestivo só era quebrantado diante das crises que o acometiam sem o seu controle. No mesmo século, temos o caso de Machado de Assis, o literato brasileiro de maior destaque no século XIX – diversos relatos dão conta de seu acometimento pela epilepsia. Conclusão: O impacto da doença em diversos cenários e épocas se modifica drasticamente, muito em decorrência do contexto cultural. Foi importante dimensionar a relevância dessa entidade clínica nos mais diversos ambientes temporais e avaliar a sociedade na qual se encontrava.

Palavras-chave: Epilepsia, História da Medicina, Estigma Social.

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HM11 - ESTADO DA ARTE EM SAÚDE COLETIVA NO BRASIL: HÁ MESMO UMA INTERCOMUNICAÇÃO EFICAZ ENTRE SUAS SUBÁREAS?

Igor Vinícius Pimentel Rodrigues¹, Jéssica Marques da Hora², Katia Regina Assunção Borges², Anne Karynne da Silva Barbosa², Geusa Felipa de Barros Bezerra³.

¹Mestrando do Programa de Pós-Graduação em Saúde do Adulto – PPGSAD, Universidade Federal do Maranhão – UFMA, São Luís – MA. ²Mestranda do Programa de Pós-Graduação em Saúde do Adulto – PPGSAD, Universidade Federal do Maranhão – UFMA, São Luís – MA. ³Professora Doutora do Programa de Pós-Graduação em Saúde do Adulto – PPGSAD, Universidade Federal do Maranhão – UFMA, São Luís – MA. E-mail: [email protected]

Introdução: A Saúde Coletiva é definida como um campo interdisciplinar de produção de conhecimentos que busca compreender o processo saúde-doença e explicar os seus determinantes sociais, bem como desenvolver ações que promovam a saúde e previnam os agravos e as enfermidades, tendo como objeto de estudo não apenas os indivíduos, mas a coletividade. A história da Saúde Coletiva no Brasil remonta a dois movimentos de reforma da Medicina, que buscaram reorientar a prática médica através de mudanças curriculares nas escolas de Medicina: o movimento em prol de uma Medicina Integral e o movimento a favor da Medicina Comunitária. Objetivo: Esse estudo busca elucidar em quais subáreas da Saúde Coletiva (Epidemiologia, Ciências Sociais e Políticas, Planejamento e Gestão em Saúde) concentra-se o maior número de publicações científicas. Metodologia: Estudo de revisão de literatura. Foram consultados artigos científicos e dissertações sobre a temática no PubMed, publicados entre 2002-2017. Resultados: Em 2005, a Revista Ciência & Saúde Coletiva apresentou porcentuais de publicação de artigos sobre as ciências sociais e planejamento em saúde de 36.8% e 28.3%, respectivamente. Comparativamente, no mesmo período, Cadernos de Saúde Pública teve 49,1% de sua produção em epidemiologia, Revista de Saúde Pública 57,5% e Ciência & Saúde Coletiva 20,8%. Em 2006, o número de artigos em epidemiologia aumentou em todas essas publicações, principalmente na Revista Ciência & Saúde Coletiva, atingindo um porcentual de 32,7%. Outra pesquisa apontou que os periódicos Revista de Saúde Pública, Cadernos de Saúde Pública, Ciência & Saúde Coletiva, Saúde e Sociedade, Physis, Interface e História e Ciência e Saúde, no período de janeiro de 2011 a agosto de 2012 (20 meses), publicaram 1757 artigos, dos quais 545 (31,0%) realizaram a interface entre as ciências sociais as ciências da saúde. Conclusão: Houve um aumento pontual na publicação de artigos científicos que discutem as ciências sociais e sua influência na Saúde Coletiva. Entretanto, quando o número amostral de periódicos analisados aumenta, observa-se uma diluição nessa porcentagem. Faz-se necessário então que se faça mais uso dessa abordagem, uma vez que o profissional da área da Saúde Coletiva precisa conhecer os fatores sociais que implicam no quadro epidemiológico de uma determinada população, a fim de que o mesmo formule e execute políticas públicas em saúde que sejam eficazes para a sua promoção na coletividade.

Palavras-chave: Epidemiologia; Ciências Sociais; Política, Planejamento e Gestão em Saúde; interdisciplinaridade; revisão de literatura.

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HM12 - CENÁRIO DA MICOLOGIA MÉDICA NO BRASIL: AVANÇOS, RETROCESSOS E DESAFIOS

Igor Vinícius Pimentel Rodrigues¹, Jéssica Marques da Hora², Katia Regina Assunção Borges², Anne Karynne da Silva Barbosa², Geusa Felipa de Barros Bezerra³.

¹Mestrando do Programa de Pós-Graduação em Saúde do Adulto – PPGSAD, Universidade Federal do Maranhão – UFMA, São Luís – MA. ²Mestranda do Programa de Pós-Graduação em Saúde do Adulto – PPGSAD, Universidade Federal do Maranhão – UFMA, São Luís – MA. ³Professora Doutora do Programa de Pós-Graduação em Saúde do Adulto – PPGSAD, Universidade Federal do Maranhão – UFMA, São Luís – MA. E-mail: [email protected]

Introdução: A Micologia Médica é a ciência que estuda os fungos de importância médica. Segundo Olympio da Fonseca Filho, quem realizou o primeiro estudo envolvendo fungos patógenos de homens e animais foi Silva Arauto, em 1889, que descreveu o favo das galinhas e um caso humano de “tinha favosa”, provocado pela espécie Tricophyton schoenleinii. Já em 1980, Adolpho Lutz descobriu a blastomicose sul-americana, hoje conhecida como paracoccidioidomicose, dando uma das mais importantes contribuições à Micologia Médica. Objetivo: Esse estudo visa elucidar o cenário da Micologia Médica no Brasil, descrevendo seus avanços, retrocessos e desafios a nível nacional e global. Metodologia: Estudo de revisão de literatura. Foram consultados artigos e editoriais sobre a temática nos últimos cinco anos nas bases de dados PubMed e Scielo. Resultados: Um estudo realizado em 2012 mostrou que houve um crescimento da contribuição científica de Instituições brasileiras para a área de Micologia Médica. Usando como modelo fungos patogênicos pertencentes ao gênero Cryptococcus, observou-se um salto na contribuição de artigos científicos brasileiros da área publicados no mundo: de 1% em 1991 para cerca de 20% em 2010. Com isso, o Brasil alcançou a segunda posição no ranking internacional de geração de conhecimento científico na área, atrás apenas dos Estados Unidos da América. No campo Biomédico, o país é responsável por cerca de 2% das publicações científicas, demonstrando a relevância da produção brasileira na Micologia Médica. O fator de impacto médio dos periódicos nos quais os artigos brasileiros foram publicados foi, até 2012, de 2,58, o que representou aproximadamente metade do valor dos artigos de autoria americana. Artigos escritos por cientistas brasileiros mostraram médias relativamente baixas de citações quando comparadas com papers publicados por pesquisadores dos EUA, França, Austrália, Holanda, Alemanha, entre outros. Conclusão: Esta pesquisa demonstra que a contribuição dos micologistas brasileiros, especialmente no campo da criptococcose, vem aumentando significativamente. Entretanto, tais trabalhos mostram pouca repercussão quando comparados aos gerados nos países desenvolvidos, revelando que existe uma barreira sociocultural a ser vencida, a fim de que os estudos brasileiros em Micologia Médica sejam vistos com bons olhos pelos pesquisadores internacionais da área.

Palavras-chave: Micologia Médica, Cryptococcus, fungos.

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HM13 - HISTÓRIA DA MEDICINA: SUPORTE DA ORTOPEDIA NO ESPORTE

João Paulo Pimentel de Sousa, Mateus Victor Pereira Lima, Lailson Oliveira de Castro, Liwerbeth dos Anjos Pereira, Walter Hugo Soares Brandão Nascimento, Maria do Desterro Soares Brandão Nascimento

Universidade Federal do Maranhão, São Luís, MA.

A medicina possui papel fundamental na história e evolução do esporte; de início aplicando-se somente ao tratamento de lesões e recuperação dos atletas, até os dias atuais com o aprimoramento das condições físicas, garantindo aos mesmos, rendimento máximo em suas atividades. Nesse contexto a ortopedia, obtém lugar de destaque como especialidade médica aliada aos cuidados no esporte, uma vez que trata um amplo espectro de leões associadas a tal prática. O termo ortopedia, como forma de corrigir deformidades ósseas, foi usado primeiramente pelo francês Nicholas Andry em 1741, em sua obra: “Orthopaedia: The Art of Correcting and Preventing Deformities in Children”. No entanto, o suporte da medicina no tratamento de fraturas relacionadas ao esporte, possui um histórico que remete à antiguidade, no período greco-romano. Os relatos mais antigos de injúrias relacionadas a atividades esportivas são encontrados nos poemas homéricos, (Ilíada e Odisseia), com a descrição de ferimentos e fraturas durante competições de boxe na Grécia clássica. E é deste período, também, outra figura importante na história da ortopedia no esporte: O filósofo Galen (129-199 aC.). Referido como “o pai da medicina do esporte”, ele foi um cirurgião de gladiadores na era romana, e realizou, dentre outros feitos, a contagem de ossos e músculos, a descrição de aspectos anatomopatológicos da osteomielite, além de métodos para a correção de deformidades da coluna (cifose, lordose, e escoliose).Na modernidade, a história da ortopedia no suporte esportivo esteve muito atrelada ao desenvolvimento da medicina do esporte em si; que teve início, como especialidade médica, na Alemanha do início do século XX, como resposta a reintrodução dos Jogos Olímpicos no ano de 1896. Atualmente, a ortopedia e traumatologia do esporte, é uma subespecialidade médica responsável pela prevenção e tratamento (clínico ou cirúrgico) de lesões do sistema músculo - esquelético, em atletas, sejam eles profissionais, ou não. Tal ramo, tem obtido destaque pela alta frequência de traumas que acometem os atletas; tendo, portanto, uma excelente perspectiva para o esporte de alto rendimento, uma vez que trata uma das principais causas de abandono dos esportes competitivos.

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HM14 - Aedes aegypti AO LONGO DA HISTÓRIA

José Rodolfo Texeira da Cunha, Liwerbeth dos Anjos Pereira, Lailson oliveira de castro, Yasmine Pi Lien Wang, João Paulo Pimentel de Sousa, Maria do Desterro Soares Brandão Nascimento.

Universidade Federal do Maranhão, São Luís, MA.

Um mosquito e três doenças: dengue, chikungunya e zika. Todas desenvolvidas a partir do Aedes aegypti, mosquito com enorme capacidade de adaptação ao meio ambiente. Se antes colocava larvas apenas em água limpa, agora elas são encontradas em qualquer tipo de água, parada ou não. Vive em média um mês, ataca durante o dia, das 7 às 17h, embora haja relatos da Fiocruz de que o mosquito também é ativo à noite. A incidência é maior nas mulheres e nas crianças porque o mosquito voa baixo, na altura das pernas. O mosquito transmissor das três doenças é originário do Egito, na África, e vem se espalhando pelas regiões tropicais e subtropicais do planeta desde o século XVI, por meio de navios que traficavam escravos. O vetor foi descrito cientificamente pela primeira vez em 1762, mas o seu nome definitivo, Aedes aegypti, só seria estabelecido em 1818. No Brasil, os primeiros relatos de dengue são do século XIX, em Curitiba/PR e do início do século XX, em Niterói/RJ. No início de século XX, o mosquito já era um problema, mas não por conta da dengue: na época, a principal preocupação era a transmissão da febre amarela urbana. Em 1955, o Brasil erradicou o Aedes aegypti como resultado de medidas para controle da doença. No entanto, no final da década de 1960, foi verificado que o vetor estava presente novamente em território nacional. Hoje, o mosquito é encontrado em todos os estados brasileiros.

Palavras chave: história, Aedes aegypti, mosquito.

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HM15 - HISTÓRIA DA MEDICINA DO TRABALHO: RELEVÂNCIA DO EXAME ADMISSIONAL NA EMPRESA

José Rodolfo Texeira da Cunha, Lailson Oliveira de Castro, Anna Cyntia Brandão Nascimento, Ana Paula Beatriz Mendes Silva, Yasmine Pi Lien Wang, Maria do Desterro Soares Brandão Nascimento.

Universidade Federal do Maranhão, São Luís, MA.

Introdução: A Medicina do Trabalho surgiu durante a Revolução Industrial na Inglaterra. Em 1830, Backer institui o primórdio do serviço de Medicina do Trabalho numa fábrica têxtil. Destaca-se o médico como elo de confiança do empresário e o responsável direto por agravos à saúde dos trabalhadores. Após 1945, iniciam-se diversos movimentos de insatisfação relacionados com adoecimentos e sequelas oriundas de trabalhos insalubres, nesse contexto, surge a Saúde Ocupacional baseada em modelo multiprofissional de intervenção no ambiente de trabalho. Após a década de 60 e alicerçado no reconhecimento dos direitos universais dos trabalhadores, questiona-se o reconhecimento e a exigência da participação dos empregados nos assuntos relacionados à saúde e segurança do trabalho. No Brasil, esse marco ocorreu através da Consolidação das Leis do Trabalho e se fortaleceu com a Constituição Federal de 88, originando articulações de diversos campos disciplinares que sedimentaram novos conceitos de prevenção de doenças laborais. Entre essas, ressalta-se a relevância do exame admissional nas empresas, cujo extrapolou sua função social a medida que promoveu a adequação da empresa às necessidades físicas e psíquicas do funcionário. Objetivo: Destacar acontecimentos que envolvam a evolução da Medicina do Trabalho, ressaltando a relevância do exame admissional na empresa. Métodos: Revisão das principais literaturas que abordaram a temática. Resultados: A História da Medicina do Trabalho acompanha as transformações sociais, políticas e econômicas mundiais e é permeada por conquistas oriundas dos anseios da classe trabalhadora. Dentre essas, o advento da Saúde do Trabalhador rompeu o limite estabelecido pelo ambiente de trabalho e o responsabiliza como elemento de adoecimento, logo, viabilizou medidas preventivas para a coletividade. Entre elas, o exame admissional configura-se importante para a identificação e gerenciamento de estratégias de adequação laboral. Conclusão: A relevância do exame admissional nas empresas reflete o contexto de melhorias adquiridas e centradas na participação e responsabilização do trabalhador como sujeito ativo das condições de trabalho. Em tese, esse exame constitui-se no primeiro exame periódico a que o trabalhador é submetido e possui função primordial de adequar trabalhadores e serviços, salvaguardar a saúde e segurança da classe trabalhadora e permiti o contato inicial do empregado com os propósitos de saúde ocupacional da empresa.

Palavras chave: medicina do trabalho, exame admissional, Saúde do Trabalhador

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HM16 - PREVENÇÃO E CONTROLE DA MICROCEFALIA: ESTRATÉGIA DE PROMOÇÃO EM SAÚDE E EXTENSÃO UNIVERSITÁRIA

Lailson Oliveira de Castro, Débora Pereira Lemos, Israel Martins do Nascimento, Fabiola Nassar Sousa Frazão, Isabella Pontes, Maria do Desterro Soares Brandão Nascimento.

Universidade Federal do Maranhão, São Luís, MA.

Introdução: Microcefalia é definida como um perímetro cefálico com mais de 2 desvios- padrões abaixo para a idade, sexo e tempo de gestação. Agentes infecciosos como herpes simples, togavírus (rubéola), citomegalovírus humano (CMV), treponema pallidum (sífilis), toxoplasma (toxoplasmose) e mais recentemente o Zika Vírus estão envolvidos com malformação fetal relacionadas à microcefalia. O objetivo do trabalho foi promover educação em saúde ao esclarecer a população sobre a relação entre a microcefalia e doenças infecciosas congênitas. Metodologia: O presente estudo foi realizado em duas diferentes localidades da cidade de São Luis, Maranhão: Ambulatório do Núcleo de Imunologia Básica e Aplicada (NIBA) do Centro de Ciências Biológicas e da Saúde (CCBS) / UFMA que promove atendimento médico e assistência farmacêutica às comunidades residentes no entorno da cidade Universitária Dom Delgado/ UFMA e no Colégio Antônio Ribeiro, localizado na região do Itaqui-Bacanga. As atividades foram desenvolvidas durante o período de junho a setembro de 2016. Foi realizado também um estudo através da aplicação de um questionário padrão objetivando avaliar o nível de conhecimento antes e após as palestras. Foram desenvolvidas palestras de esclarecimento sobre a relação entre a microcefalia e doenças infecciosas congênitas para alunos, pacientes e demais funcionários do ambulatório do NIBA e escolas envolvidas. Resultados: Observou-se que houve maior número de acertos no questionário aplicado após a palestra: 23,8% (38) dos espectadores acertaram 3 ou mais questões no primeiro questionário, contra 42,4% (67) após a intervenção. Conclusão: Medidas preventivas de promoção da saúde de maior ou menor grau podem evitar infecções por esses microrganismos na mulher durante o período gestacional.

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HM17 - BIOGRAFIA DO MÉDICO, POETA E POLÍTICO DO ESTADO DO MARANHÃO, FERNANDO RIBAMAR VIANA: PATRONO DA ACADEMIA MARANHENSE DE MEDICINA E CIÊNCIAS

Lailson Oliveira de Castro, João Paulo Pimentel de Sousa, Mateus Victor Pereira Lima, Yasmine Pi Lien Wang, Débora Pereira Lemos, Maria do Desterro Soares Brandão Nascimento.

Universidade Federal do Maranhão, São Luís, MA.

Cursou Medicina pela Faculdade de Medicina da Bahia. Colou grau em 1934, fazendo jornalismo ligeiro de Salvador. Foi transferido para o Ministério da Fazenda em 1939, no cargo de Contador, passando posteriormente, em 1941, para o cargo de Médico Clínico daquele Ministério. Exerceu clínica em São Luís até o ano de 1955, época em que se aposentou do Serviço Público para se recolher gloriosamente ao bucolismo da vida rural no antigo município de Macapá, hoje denominado de Perimirim. Foi Deputado Estadual em duas legislaturas, chegando a ocupar interinamente a Presidência da Assembleia Legislativa, na ausência do seu Titular. Entrou para o quadro de Membros Efetivos da Academia Maranhense de Letras em 1941, ocupando naquele Sodalício a Cadeira nº 02, vaga pela morte do Acadêmico Fundador Domingos Barbosa. Em 1945 publicou o seu primeiro livro de poesia” Folhas Soltas”; em 1979 publicou “Seara” e em 1991, foi lançado “Passarela” & outros Perfis”, como parte das comemorações pelos 83 anos de fundação da Academia Maranhense de Letras.

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HM18 - DOS GRANDES COMPLEXOS HOSPITALARES AO ATENDIMENTO INDIVIDUALIZADO: O PROCESSO DE HUMANIZAÇÃO DA ASSISTÊNCIA HOSPITALAR

PEREIRA, L. A., CASTRO L.O., LIMA, M.V.P., WANG, Y.P.L., PONTES, I., NASCIMENTO, M.D.S.B.

Universidade Federal do Maranhão, São Luís, MA.

Introduçao: A humanização da assistência hospitalar consiste na construção participativa de um ambiente que possibilite englobar os anseios e necessidades do assistido a prestação de serviço de qualidade e integrada pela equipe de saúde. Objetivo: Analisar a evolução da implementação dos objetivos da humanização no ambiente hospitalar. Metodologia: Para esta investigação, contamos com uma pesquisa bibliográfica através de artigos científicos, livros e sites. Resultados: Com o aparecimento da medicina científica, da tecnologia e da infraestrutura mais sofisticada, os hospitais, deixaram de ser espaço para abrigarem pobre e doentes, e assumiram um modelo de assistência predominantemente curativa, de enfoque tecnológico, técnico e positivista (MELLO, 2008). Porém, o interesse da sociedade em participar das decisões das condutas e assistência a ser prestada atrelado a otimização de gastos pelos gestores retiram do hospital e do médico a centralização das decisões introduzindo-o em um sistema onde estão presentes serviços que vão da menor a maior complexidade e que estejam aptos a atender de forma integrativa, e levando em consideração o contexto biopsicossocial que envolve o ser e a equipe de atendimento. Conclusão: A humanização consiste no entrelace dos aspectos que envolvem o assistente e o assistido, no intuito de diminuir os pontos de tensões entre tais, e aumentar a troca de informações. Tal conduta, visa que os profissionais e clientes possam construir um olhar que perpassa as necessidades fisiológicas e abranja o contexto em que estão inseridos e suas influencias no processo de saúde-doença.

Palavras-Chave: Humanização, SUS, ambiente hospitalar

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HM19 - HISTÓRIA DA UTILIZAÇÃO DOS FLAVONOIDES NA PREVENÇÃO DO CÂNCER

Liwerbeth dos Anjos Pereira, Lailson Oliveira de castro, João Paulo Pimentel de Sousa, Walbert Edson Muniz Filho, Geusa Felipa de Barros Bezerra, Maria do Desterro Soares Brandão Nascimento.

Universidade Federal do Maranhão, São Luís, MA.

Introdução: O uso de plantas medicinais tem sido significativo nas últimas décadas, dentre os compostos conhecidos os flavonoides se destacam devido ao seu poder anti-oxidativo, citoprotetor e a diversidade de formas encontradas na natureza. Objetivo: Ilustrar os acontecimentos no estudo dos flavonoides que reforçaram seu poder anti-carcinogênico. Metodologia: Para esta análise, contamos com uma pesquisa bibliográfica através de artigos científicos, livros e sites. Resultados: Os flavonoides foram descobertos em 1930 pelo prêmio Nobel Szent-Gyongy, que extraia citrina das cascas de limão sendo primeiramente identificado como vitamina P, porém descartado logo após devido a seu comportamento bioquímico. As pesquisas com os flavonoides intensificaram-se após a descoberta do paradoxo francês, que apesar do alto consumo de gorduras e o hábito de fumar tem baixos índices de doenças coronarianas devido ao hábito regular de tomar vinho. O primeiro trabalho publicado sobre o assunto foi de Romeo et.al (1977) com uma revisão sistemática sobre o assunto, porém o primeiro trabalho foi de autoria de Baker em 1992. Desde então, foram publicados 277 artigos entre os anos de 1977 a 2015 (MICHELINI et.al, 2015). Conclusão: O câncer é uma doença que grande preocupação pública, devido ao grande número de casos novos, por isto a análise de substancias com propriedades antineoplásicas ou protetoras é de extrema importância. Atrelado a isto, o Brasil apresenta grande biodiversidade e conhecimentos populares que ainda não foram investigados os seus princípios terapêuticos, mas que se mostram relevantes a comunidade científica.

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HM20 - MARIA MONTESSORI, A MÉDICA QUE VALORIZOU O ALUNO

Rebeca Costa Castelo Branco, Marcos Antônio Custódio Neto da Silva, Ayala Gervásio Campos Faria, Maria do Desterro Soares Brandão Nascimento.

Universidade Federal do Maranhão, São Luís, MA.

Introdução: Maria Montessori foi uma educadora, médica, católica e pedagoga e desenvolveu um importante método educativo, que ainda hoje é utilizado em algumas escolas. Objetivo: Promover e estimular o estudo da vida e obra de Maria Montessori e seu método por ela desenvolvido, através do conhecimento dos aspectos históricos. Metodologia: Realizou-se um estudo retrospectivo, através de levantamento de dados por meio de artigos da base de dados Scielo e de livros sobre o assunto. Resultados: Maria Tecla Artemisia Montessori nasceu em 31 de agosto de 1870 em Chiaravalle, Itália. Seu pai, Alessandro Montessori, era oficial do Ministério das Finanças, trabalhando na época numa fábrica de tabaco estatal. Sua mãe, Renilde Stoppani, era bem-educada para a época e provavelmente parente do geólogo italiano Antonio Stoppani. Desde muito jovem, manifestou interesse pelas matérias científicas, principalmente matemática e biologia, resultando em conflito com seus pais, que desejavam que ela seguisse a carreira de professora. Indo contra as expectativas familiares, inscreveu-se na Faculdade de Medicina da Universidade de Roma, escolha que a levou a ser, em 1896, uma das primeiras mulheres a formar-se em medicina na Itália. Após sua formatura, não pode exercer como médica, pois na época não se admitia uma mulher examinando o corpo de um homem. Então iniciou um trabalho com crianças com necessidades especiais na clínica da universidade, vindo posteriormente dedicar-se a experimentar em crianças, sem comprometimento algum, os procedimentos usados na educação dos que tinham comprometimento. Observou, também, crianças que brincavam nas ruas e criou um espaço educacional para estas crianças - a Casa dei Bambini. Responsável também pela criação do método montessori de aprendizagem, composto especialmente por um material de apoio em que a própria criança (ou utilizador) observa e faz as conexões corretas. Conclusão: Maria Montessori ficou conhecida pelo método educativo que desenvolveu e que ainda é usado hoje em escolas públicas e privadas mundo afora. Destacou a importância da liberdade, da atividade e do estímulo para o desenvolvimento físico e mental das crianças. Para ela, liberdade e disciplina se equilibrariam, não sendo possível conquistar uma sem a outra. Adaptou o princípio da auto-educação, que consiste na interferência mínima dos professores, pois a aprendizagem teria como base o espaço escolar e o material didático.

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HM21 - FEBRE AMARELA NO BRASIL: UMA REVISÃO DE LITERATURA

Felipe Leite Neto, Rebecca Cruz de Moraes Rego.

Universidade Federal do Maranhão, São Luís, MA.

INTRODUCAO: A febre amarela é uma patologia febril aguda de curta duraçã e de gravidade variável, cujo agente etiológico é um arbovírus do gênero Flavivirus, família Flaviviridae. O período de incubação é de três a seis dias, seguido do tempo de infecção, que dura de um a três dias e caracteriza-se pelo surgimento dos primeiros sintomas. Nos casos registrados no Brasil nos últimos tempos, os sintomas mais identificados foram: febre, calafrios, cefaleia, mialgia generalizada, prostração, anorexia e emises. A febre amarela é transmitida ao homem exclusivamente através da mordida do mosquito infectado. Este contato entre o homem e o vetor pode ocorrer em duas situações epidemiológicas diferentes, os chamados ciclos selvagens e urbanos. Em ambos os casos, o vírus e as manifestações clínicas são estritamente iguais. OBJETIVO: Conhecer as formas de como a febre amarela é contraída, os sintomas e tratamento e Identificar a população mais afetada, reconhecendo as regiões com maior freqüência de febre amarela no Brasil e classificar a ocorrência de febre amarela METODOLOGIA: Trata-se de um estudo cuja a abordagem é de revisão bibliográfica descritivo com foco prospectivo transversal e qualitativa, que teve início nos meses de Julho a Setembro de 2016; através de artigos científicos coletados nas bases de dados eletrônicas: SCIELO, Bireme. RESULTADOS: No Brasil, a doença surgiu inicialmente no estado do Nordeste em Pernambuco em 1685, ocasionando, no período de um ano, a morte de aproximadamente 600 pessoas e permanecendo por 10 anos. Foram promovidas grandes campanhas preventivas, que possibilitaram controlar epidemias. A última grande epidemia urbana no Brasil ocorreu no Rio de Janeiro em 1929, totalizando 738 casos notificados com 478 mortes. A partir desse momento, casos esporádicos foram relatados em outros estados do país, e o último caso de febre amarela urbana foi detectado em 1942 no Acre. É necessário compreender a diferença entre a febre amarela selvagem e urbana, uma vez que as espécies de hospedeiros e vetores envolvidos, o padrão de medidas de transmissão e controle são distintos. CONCLUSÃO: A descoberta de que a Febre Amarela era causada por um vírus e que sua transmissão estava associada à presença de um vetor específico foi decisiva para o início do controle de uma doença que assolou o Brasil a partir do século XVII. Além da reurbanização das cidades, a partir da observação de que as condições higiênicas favoreciam a dispersão da doença (uma vez que a proliferação do vetor é facilitada em condições sanitárias inadequadas), o desenvolvimento da vacina antiamarílica foi decisivo para que, em meados do século 20, a doença urbana fosse eliminada. Tendo em vista que a vacina da febre amarela, de acordo com os relatos mundiais, apesar de ser considerada altamente segura, vem apresentando um crescente número de relatos de reações adversas graves pós-vacinais, faz-se necessário o aumento das investigações acerca da segurança do vírus vacinal 17D, O risco de ser infectado pelo vírus da febre amarela existe, principalmente nas áreas endêmicas. Pessoas que vivem nesses locais de risco devem receber a vacina contra a doença e serem revacinadas a cada 10 anos. Os viajantes devem receber a imunização pelo menos 10 dias antes de viajar para essas áreas. Não existe um medicamento capaz de curar a doença. O que pode ser feito é um tratamento à base de medicamentos de suporte. Por fim, parece que o grande desafio enfrentado pelas agências sanitárias para que se continue mantendo a febre amarela urbana sob controle reside em algumas medidas: 1) combate ao vetor, dificultado pelo crescimento desordenado das cidades na atualidade; 2) desenvolvimento de pesquisas mais profundas acerca de possíveis reações adversas graves para os vacinados e 3) desenvolvimento de uma nova vacina que seja tão potente quanto a existente e mais segura para os hospedeiros imunizados (menos reatogênica).

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HM22 - ABORDAGEM CRONOLÓGICA DOS MÉTODOS DE ESTUDO DOS FUNGOS NA MEDICINA

Yasmine Pi Lien Wang, Liwerbeth dos Anjos Pereira, José Rodolfo Teixeira da Cunha, Walbert Muniz Filho, Maria do Desterro Soares Brandão Nascimento, Geusa Felipa de Barros Bezerra.

Universidade Federal do Maranhão, São Luís, MA.

Introdução: As atividades humanas sempre estiveram atreladas a fungos, desde a sua alimentação até as patologias associadas. Conhecê-los nos possibilitou, e ainda possibilita, galgar degraus na escala evolutiva do conhecimento. Objetivo: Caracterizar os avanços obtidos na Micologia Médica. Metodologia: Para esta investigação, contamos com uma pesquisa bibliográfica através de artigos científicos, livros e sites. Resultados: Os fungos e as enfermidades que produzem remontam a antiguidade, os gregos e romanos já descreviam algumas manifestações clínicas das dermatofitoses. Atribui-se a Hipócrates (460-377 a.C.) a primeira documentação de uma doença atrelada a fungos. Após anos de apenas descrição de sinais clínicos e sintomas, com o advento do microscópio foi possível um estudo científico dos fungos e outros microorganismos. No início do século XIX, com as buscas de “causa e efeito” das doenças microbianas, Agostino Bassi, conhecido como “pai da micologia”, fez esclarecimentos importantes para as doenças microbianas, porém a micologia médica humana, propriamente dita, foi iniciada por Robert Remak. Após tais descobertas, a micologia mergulhou em ostracismo com a aplicabilidades de novos conceitos advindos da bacteriologia tendo somente voltado à tona com os estudos de Sabouraud e seus sucessores. No Brasil, destacam-se os estudos de Adolfo Lutz em 1908, sendo precedido por mais tarde por Alfonso Splendore e Floriano Paulo. Destaca-se também, os estudos Osvaldo Fidalgo sobre a história da micologia no Brasil, desde os períodos pré-coloniais até meados de 1970. Atualmente, a biotecnologia e os estudos moleculares trouxeram uma nova visão e aplicabilidade a micologia. Conclusão: A micologia trouxe grandes avanços para a medicina, visto que através dos seus estudos foi possível relacionar doenças até outrora muito comuns e bem descritas no âmbito da comunidade, mas que eram obscuras ao meio científico. Além disso, conhecer os fungos e sua capacidade não apenas de adoecimento, mas também de cura e sua aplicabilidade no tratamento de outras doenças através da biotecnologia.

Palavras-chave: Micologia, História, Medicina, Brasil.

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HM23 - BIOGRAFIA DO MÉDICO, PESQUISADOR E POLÍTICO DO ESTADO DO MARANHÃO, SALOMÃO METTRE FIQUENE: PATRONO DA ACADEMIA MARANHENSE DE MEDICINA E CIÊNCIAS

Yasmine Pi Lien Wang, Walbert Edson Muniz Filho, Aymoré de Castro Alvim, João Paulo Pimentel de Sousa, José Rodolfo Teixeira da Cunha, Maria do Desterro Soares Brandão Nascimento.

Universidade Federal do Maranhão, São Luís, MA.

Salomão Mettre Fiquene, patrono da cadeira nº 31 da AMC e da cadeira nº 38 da AMM, nasceu em Itapecuru-Mirim, no interior do estado do Maranhão, em 27 de outubro de 1907. Filho dos libaneses Darwech Fiquene e Zarifa Fiquene, concluiu o curso fundamental no ano de 1919, em uma escola pública municipal de Itapecuru-Mirim. Em 1924, ingressou na FMB-UFBA, por meio de vestibular, onde cursou o primeiro ano. Deu prosseguimento no curso depois de transferir-se para a UFRJ, na qual colou grau em 1929. Foi interno e assistente em Dermatologia, Sifilografia e Radioterapia no período de 1928 a 1931. Prestou serviços à Santa Casa do Rio de Janeiro no setor de Dermatologia e trabalhou na assistência pública, na Policlínica em Botafogo. Foi assistente em parasitologia dos cursos de Medicina e Farmácia, sob direção do Prof. Olympio da Fonseca, de 1933 a 1936. Através de concurso público tornou-se Docente Livre na disciplina de parasitologia na Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro. Entretanto, preferiu permanecer em sua terra. Após seu retorno à diretoria do instituto Oswaldo Cruz, iniciou a produção de vacinas anti-tífica e antirrábica, baseada em estudos de autores europeus. Foi membro do primeiro conselho da UFMA. A ANM do Maranhão o elegeu Membro Correspondente daquele sodalício, após analisar os títulos e trabalhos científicos da profícua atividade do magistério superior do país. Foi Presidente da SMC do Maranhão por várias vezes, lutando constantemente contra a mercantilização da Medicina e exploração do Médico. Publicou livros e desenvolveu importantes trabalhos na área da educação e da medicina. Foi ocupante da cadeira nº 21 da AML, ressaltando em seu discurso de posse que “Em Medicina, não é fácil distinguir onde termina a arte médica e onde começa a ciência”. É patrono da cadeira nº 38 da AMM. Faleceu em 04 de Junho de 1984, aos 77 anos de idade, em São Luís. Toda a sua vida foi voltada para a ciência e para o trabalho. Foram edificantes os ensinamentos legados à sociedade.

Palavras-chave: Biografia. Salomão Mettre Fiquene. Academia Maranhense de Ciências. Academia Maranhense de Medicina.

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PMT01 - SITUAÇÃO EPIDEMIOLÓGICA DA ESQUISTOSSOMOSE MANSONI NO MUNICÍPIO DE SÃO LUÍS - MA DE 2006 A 2016

Aline de Jesus Lustosa Nogueira¹, Karla Regina Freitas Araújo¹, Iramar Borba de Carvalho¹, Renato Juvino de Aragão Mendes¹, Ivone Garros Rosa².

¹Núcleo de Imunologia Básica e Aplicada - NIBA/UFMA; ²Departamento de Patologia – Universidade Federal do Maranhão – UFMA. E-mail: [email protected]

INTRODUÇÃO: A esquistossomose é uma doença parasitária causada pelo helminto Schistosoma mansoni. O ser humano (hospedeiro definitivo) é infectado quando entra em contato com águas infestadas pelas formas larvais do parasita (cercárias), as quais são eliminadas por caramujos planorbídeos do gênero Biomphalaria spp. (hospedeiro intermediário). Essa parasitose afeta quase 240 milhões de pessoas mundialmente e mais de 700 milhões vivem em áreas endêmicas. A infecção é prevalente em regiões tropicais e subtropicais, em comunidades pobres, sem água potável e saneamento básico. OBJETIVO: Descrever a situação epidemiológica da esquistossomose mansoni no município de São Luís entre os anos de 2006 e 2016. MÉTODOS: Foi realizado um estudo ecológico, retrospectivo e com abordagem quantitativa dos dados obtidos através do Programa de Controle da Esquistossomose referentes aos anos de 2006 a 2016 na cidade de São Luís. Foram analisadas as seguintes variáveis: população trabalhada, exames realizados, casos positivos, percentual de positividade e indivíduos tratados. Os dados foram acessados através da plataforma online do DATASUS no mês de setembro de 2017. RESULTADOS: No período do estudo, a população trabalhada no município foi de 127.179 pessoas. No ano de 2006 foi registrada a maior quantidade de pessoas trabalhadas (50.836), reduzindo-se para 5.198 no ano de 2016. Realizou-se um total de 126.353 exames (99,4%); desses, 738 foram diagnosticados como positivos (0,58%). Observou-se também um decréscimo do número de exames realizados, caindo de 50.073 em 2006 para 5.198 em 2016. A maior taxa de positividade foi registrada no ano de 2009, com 123 casos (2,83%). O menor percentual foi observado no ano de 2006, com 84 casos registrados (0,17%). A média geral de positividade foi de 0,58%. Em relação ao número de pessoas tratadas, em geral houve uma boa cobertura de tratamento, próxima a 100%. CONCLUSÃO: Os resultados obtidos demonstram uma subnotificação de casos, visto que os dados do programa não refletem a situação epidemiológica da parasitose no município. Portanto, um adequado registro dos mesmos possibilitará a otimização do tratamento de esquistossomóticos e maior eficiência do Programa de Controle da Esquistossomose em São Luis.

Palavras-chave: Esquistossomose, epidemiologia, diagnóstico.

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PMT02 - FUNGOS DO AR E DO SOLO DE SÃO LUÍS – MA

Geusa Felipa de Barros Bezerra, Ana Paula Beatriz Mendes Silva, Lailson Oliveira de Castro, João Paulo Pimentel de Sousa, liwerbeth dos Anjos Pereira, Maria do Desterro Soares Brandão Nascimento.

Universidade Federal do Maranhão, São Luís, MA.

Introdução: Investigações sobre a biodiversidade dos fungos do ar têm demonstrado que alérgenos são de interesse como importantes agentes sensibilizantes em pacientes com doenças respiratórias. A biodiversidade do solo é cada vez mais reconhecida pelo fornecimento de benefícios como ar limpo, água, nutrientes e mudanças ambientais. Objetivos: Analisar e identificar a microbiota de fungos do ar e do solo em diferentes ambientes de São Luís - MA. Métodos: 1510 unidades formadoras de colônia (UFC) de fungos do ar foram isoladas das áreas Norte, Sul, Centro, Leste e Oeste de São Luís – MA entre Janeiro e dezembro de 2007. As amostras foram coletadas em placas de Petri e as placas foram expostas utilizando o método gravitacional. Em relação aos fungos do solo, a coleta ocorreu entre janeiro e dezembro de 2014 no Aterro Sanitário da Ribeira. As amostras de solo foram coletadas até 20 cm de profundidade, em cinco pontos aleatórios, com auxílio de colher estéril. Resultados: 20 gêneros de fungos do ar foram isolados, sendo os mais comuns Aspergillus (33,5%), Penicillium (18.8%), Cladosporium (14,2%) e Curvularia (10.6%). Em relação aos fungos do solo, seis gêneros de foram isolados no norte, sul, centro, leste e oeste, destacando-se Aspergillus (92,7%), Neurospora (2,1%), e Fusarium (2,1%) como gêneros mais frequentes no município de São Luís. Conclusões: Os fungos do ar isolados nesse estudo podem contribuir para uma melhor compreensão acerca da exposição e desenvolvimento de doenças respiratórias alérgicas. Os fungos do solo podem servir em estudos de biorremediação para melhorar a própria área de estudo.

Palavras-chave: Biodiversidade, Meio Ambiente, Fungos do Ar, Fungos do Solo.

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PMT03 - EFEITO MOLUSCICIDA DAS FOLHAS DE CHAPÉU DE NAPOLEÃO E PIÃO ROXO SOBRE BIOMPHALARIA GLABRATA, SÃO BENTO – MA

Andrea Teles dos REIS1, Carla Fernanda do Carmo SILVA1, Raynara Fernanda Silva SOARES1, João Gustavo Mendes RODRIGUES2, Guilherme Silva MIRANDA3, Nêuton Silva SOUZA4

Universidade Estadual do Maranhão (UEMA) 1,4; Universidade Federal do Maranhão (UFMA) 2; Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) 3.

INTRODUÇÃO. A esquistossomose mansônica é uma doença parasitária negligenciada, causada no Brasil pelo trematódeo Schistosoma mansoni. Apresenta o homem como hospedeiro definitivo e caramujos do gênero Biomphalaria como hospedeiros intermediários. É uma parasitose endêmica e silenciosa, que afeta milhões de pessoas. A transmissão do parasito pode ser reduzida consideravelmente ou impedida por meio da implantação de medidas de controle voltadas para o caramujo vetor. Tendo em vista a biodiversidade no território brasileiro, acredita-se que uma dessas medidas pode ser feita através de substâncias denominadas de moluscicidas de origem vegetal. A aplicação de moluscicidas pode diminuir ou eliminar a população de caramujos, interrompendo o ciclo do parasito. Tais substâncias constituem alternativa viável por preencherem requisito como biodegradabilidade, menor impacto ambiental e menor custo. OBJETIVO. Investigar o efeito moluscicida das folhas de Chapéu de Napoleão e Pião Roxo sobre Biomplaharia glabrata. MÉTODOS. Para a realização dos experimentos, foram utilizadas folhas de T. peruviana (Chapéu de Napoleão) e J. gossypiifolia L. (Pião Roxo) coletadas no município de São Bento. O extrato hidroalcoólico foi obtido por método extrativo. Os espécimes de caramujos do gênero B. glabrata foram coletados e em seguida foram analisados quanto à sua positividade para S. mansoni. Assim, somente os negativos ao teste foram utilizados no experimento. Os dados referentes à curva de mortalidade (gráficos com eixos X e Y) foram analisados a partir do teste Log-rank (Mantel-Cox). Foram considerados significativos os valores de p<0,05. Todos os dados foram analisados e os gráficos construídos com a utilização do software GraphPad-Prism 6 (Prism Software, Irvine, Califórnia, EUA). RESULTADOS. Fez-se inicialmente um teste piloto na concentração de 100 ppm utilizando-se 20 moluscos, sendo 10 para o teste com os extratos vegetais e 10 para o grupo controle. Depois de verificada a presença ou não de mortalidade para os diferentes extratos no período de 48 horas, os testes experimentais foram subdivididos em concentrações menores de 25, 50, 75 e 100 ppm ou em concentrações maiores de 150 e 200 ppm. Nesses novos testes, cada grupo experimental e o controle foram compostos por 10 caramujos cada. A partir da análise da mortalidade do estudo piloto, verificou-se que O extrato de T. peruviana não houve mortalidade dos caramujos. Dessa forma, foi preciso aumentar as concentrações nos testes posteriores. Para o extrato de J. gossypiifolia L, houve mortalidade de todos os espécimes em 24 horas, indicando um potencial moluscicida. Nesse caso, diminuiu-se as concentrações nos testes posteriores. Para J gossypiifolia L nas concentrações de 25, 50 e 75 ppm, o mesmo padrão de mortalidade foi verificado em 24 horas. Entretanto para T. peruviana mesmo após aumento das concentrações, nenhuma moralidade foi registrada. CONSIDERAÇÕES FINAIS. Portanto o extrato hidroalcoólico de T. peruviana não causou mortalidade nos moluscos, diminuindo a viabilidade do mesmo para ser utilizado como moluscicida. Contudo, o extrato de J. gossypiifolia L demonstrou potencial para ser utilizado como moluscicida para combater os caramujos adultos da espécie B. glabrata, o que poderia ajudar no combate ao vetor da esquistossomose no Brasil.

Palavras-chave: Esquistossomose, Jatropha gossypiifolia L, Thevetia peruviana.

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PMT04 - AÇÃO MOLUSCICIDA DAS FOLHAS DE FICUS BENJAMINA NO COMBATE AO CARAMUJO TRANSMISSOR DA ESQUISTOSSOMOSE

Andrea Teles dos REIS1, Carla Fernanda do Carmo SILVA1, Raynara Fernanda Silva SOARES1, João Gustavo Mendes RODRIGUES2, Guilherme Silva MIRANDA3, Nêuton Silva SOUZA4

Universidade Estadual do Maranhão (UEMA) 1,4 ; Universidade Federal do Maranhão (UFMA) 2; Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) 3.

INTRODUÇÃO. A esquistossomose mansoni é uma doença infecciosa parasitaria, causada pelo helminto Schistosoma mansoni. O ciclo biológico desse parasito envolve o homem e roedores silvestres (Holochilus spp. e Nectomys spp.) como hospedeiros definitivos e planorbídeos do gênero Biomphalaria como hospedeiros intermediários. No Maranhão uma área endêmica para ocorrência desta doença é a Baixada Maranhense, apresentando áreas periodicamente alagadas e cobertas por vegetação, favorecendo a reprodução e manutenção dos caramujos, com saneamento ausente, ou precário, além de outros fatores que influenciem na transmissão. Como forma de combater as populações de Biomphalaria spp., diversos moluscicidas têm sido produzidos a partir de substâncias nocivas e específicas para esses invertebrados. OBJETIVO. Nesta perspectiva o trabalho visou avaliar a ação moluscicida das folhas da figueira (Ficus benjamina) em B. glabrata, provenientes de São Bento - MA. MÉTODOS. Os exemplares da planta F. benjamina foram coletados na Fazenda Escola no Município de São Bento – MA, sob coordenadas S 02° 42’ 06.4’’ e O 044° 49’ 55.0 ”, após a obtenção das folhas, algumas foram prensadas e secas em estufa para a confecção da exsicata, na qual foi utilizada a metodologia de Leite e Soares (2003), e as demais trituradas com auxílio de tesouras, pesadas e lavadas. A exsicata encontra-se depositada no Herbário Rosa Mochel - UEMA, sob o N° de tombamento de 4269. Posteriormente, o material foi pesado obtendo-se um total de 500g. As folhas foram colocadas em maceração durante 15 dias em álcool 70%. . O extrato dessa planta após todo o processo de evaporação obteve um rendimento de 5%. Como o extrato não foi totalmente solúvel em água, adicionou-se ao mesmo 1,4% de etanol e fez-se a diluição. Os moluscos foram coletados em São Bento, com aplicação de técnica manual e com auxílio de pinças metálicas e conchas de captura apropriadas, e submetidos ao processo de análise de positividade. Todos os caramujos coletados, encontravam-se negativos para a eliminação de cercárias de S.mansoni. Através da identificação específica, a espécie de molusco encontrada foi a B. glabrata. O teste de atividade moluscicida foi realizado utilizando extrato hidroalcoólico das folhas de F. benjamina nas concentrações de 50, 100, 150 e 200 ppm. Para a verificação de significância dos resultados, utilizou-se o teste Mann-Whitney através do programa GraphPad Prism 6, com um valor de confiança de p<0,05. RESULTADO. De acordo com os testes realizados, pode-se verificar que em todas as concentrações, não houve diferenças estatísticas significativas entre o grupo controle e o teste em relação à mortalidade dos moluscos. CONCLUSÃO. Assim, o extrato hidroalcoólico de F. benjamina apresentou baixa atividade moluscicida em caramujos de São Bento, com base nos parâmetros estabelecidos pela WHO (1983) que considera a planta moluscicida ativa quando houver 90% de mortalidade de caramujos na concentração de 100 ppm para vegetal bruto.

Palavras-chave: Biomphalaria glabrata, Figueira, Maranhão.

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PMT05 - DETECÇÃO DO VÍRUS HPV E LESÕES CERVICO-VAGINAIS EM MULHERES QUILOMBOLAS EM SÃO JOSÉ DE RIBAMAR – MARANHÃO

SILVA, A, Y, A1; CUNHA, C, C1; ROJAS, J, D, S1; MACHADO, A, M, D1; LOBÃO, W, J, M1; BATISTA, J, E2.

1 Universidade Federal do Maranhão; 2 Professor do Departamento de Patologia da Universidade Federal do Maranhão.

Introdução: O Papilomavírus Humano é reconhecido como o principal agente causador do câncer do colo do útero. A identificação de HPV de alto risco pode auxiliar na prevenção de lesões do colo uterino. Objetivo: Identificar os tipos de HPV oncogênicos da região do Quilombo de Juçatuba, no município de São José de Ribamar (MA), e avaliar os fatores de risco associado à infecção do HPV com anormalidades citológicas. Métodos: Estudo transversal com 150 mulheres quilombolas residentes no município de São José de Ribamar (MA), para rastreamento do câncer do colo uterino. A coleta foi realizada no período de março a julho de 2012. Foram coletadas amostras da cérvice uterina por meio do exame citopatológico. A tipagem molecular de HPV foi realizada por meio da Reação em Cadeia da Polimerase e para a genotipagem do HPV-DNA foi utilizado ensaio de hibridização reversa em pontos. Este estudo é parte integrante da pesquisa “Alterações morfológicas, tipos de HPV e carga viral em mulheres quilombolas” aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa do Hospital Universitário – CEP/HUUFMA com o Parecer Nº 233/2011. Resultados: Das 150 amostras, 16 (10,6%) foram positivas para HPV, sendo identificados os tipos 33, IS39, 52, 54, 56, 58, 59, 62, 66, 68, 70, 72, 73 e 84, além de infecções múltiplas. A maior prevalência foi para o HPV 58 (25%), considerado de alto risco. O HPV foi identificado em 5,5% (2/36) dos esfregaços inflamatórios de mulheres com 30 anos de idade ou menos (p<0,0001). A infecção por HPV, segundo variáveis demográficas comportamentais e reprodutivas, não apresentou variável estatisticamente significante. Conclusão: A presença de HPV e o câncer de colo uterino destacam a importância de ações específicas para a prevenção na transmissão desse vírus e rastreamento nos Quilombos maranhenses. Enfatiza-se a necessidade de programas de controle e prevenção nessa população contribuindo para a detecção e tratamento precoces do câncer colo do útero.

Palavras-chaves: Lesões cérvico-vaginais, HPV, Citologia

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PMT06 - PERFIL CLÍNICO-EPIDEMIOLÓGICO DE PACIENTES COINFECTADOS POR TUBERCULOSE-HIV ATENDIDOS EM HOSPITAL DE REFERÊNCIA DO MARANHÃO

Antenor Bezerra Martins, Daniel Pontes, Danilo de Araújo, Ariosvaldo Guimaraes Gaioso Neto, Adrielle Zagmignan, Eduardo Martins de Sousa.

Universidade CEUMA, São Luís, MA.

Caracterizar o perfil clínico-epidemiológico dos pacientes com coinfecção Tuberculose-HIV (TB-HIV) atendidos no Hospital Presidente Getúlio Vargas entre 2000-2017 no estado do Maranhão. A tuberculose (TB) é uma doença infecto contagiosa, responsável pela principal causa de morte em pacientes portadores de HIV. No ano de 2015 foram estimados 10,4 milhões de casos novos de TB, sendo que destes 1,2 milhão eram coinfectados com HIV. Este foi um estudo transversal, observacional, retrospectivo e quantitativo de base populacional de pacientes com TB ativa coinfectados com HIV, obtidos pelos registros no Sistema de Tratamentos Especiais da TB (SITE TB). A população de referência foi composta de 339 casos de TB ativa notificados. Dentre esses, 277 casos foram encerrados , 84 (30,32%) casos evoluíram para cura, 63 (22,75%) casos abandonaram o tratamento e 49 (17,68 %) evoluíram para o óbito, sendo que 62 (18,28 %) casos continuam em tratamento. Do total de casos notificados de TB ativa, 38 (11,30%) eram coinfectados TB-HIV. Desses, 27 (71,05 %) eram do sexo masculino, e 15 (39,47%) tinham idade entre 34-45 anos. A forma clínica predominante nos pacientes coinfectados TB-HIV foi a pulmonar 26 (68,42%), e 19 (50%) apresentaram mudança de esquema terapêutico, sendo que a maioria 15 (78,94%) migraram para o esquema de hepatopatia 3 (3SEO / 9EO). Em conjunto, os dados demonstram que a TB continua sendo um grave problema de saúde pública, principalmente quando associada a coinfecção TB-HIV, sendo necessária a realização de estratégias para minimizar as taxas de prevalência e incidência da doença.

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PMT07 - ISOLAMENTO DE SUBSTÂNCIAS RARAS DE Arrabidaea brachypoda E SEU POTENCIAL PARA O TRATAMENTO DE CHAGAS

Carla D. P. Rodrigues1, Ana L. P. A.Santos1, Lenivaldo J. A. Martins1, Jessyane R. Nascimento 1, Cláudia Q. Rocha1.

1LEAF - Laboratório de Estudos Avançados em Fitomedicamentos. Departamento de Química – CCET. Universidade Federal do Maranhão

INTRODUÇÃO. As espécies de Arrabidaea brachypoda são comumente conhecidas como “cervejinha do campo” e são nativas do "cerrado" possuindo diversos fins terapêuticos como antimicrobianos, anti-inflamatórios e adstringentes. Estudos comprovam uma promissora atividade para o tratamento da doença de Chagas, causada pelo protozoário do Trypanosoma cruzi, transmitida para humanos através de fezes infectadas de insetos triatomíneos. OBJETIVO. A dificuldade da obtenção de novos medicamentos e os efeitos colaterais dos fármacos existentes no mercado para a doença de Chagas, juntamente com alto potencial farmacológico de Arrabidaea brachypoda, foi o que objetivou este estudo. METODOLOGIA. Para identificar os constituintes e avaliar as suas atividades biológicas, o extrato da raiz de A. brachypoda foi fracionado utilizando cromatografia de média pressão de fase reversa (MPLC-UV), purificando, em uma etapa cromatográfica, centenas de miligramas de 3 substâncias denominadas: brachydin 1, brachydin 2, brachydin 3. Para avaliação da atividade anti T. cruzi as substâncias foram submetidas a ensaios de inibição de cruzaína, ensaio de invasão em macrófagos do exsudato peritoneal e citotoxicidade em células mamárias. RESULTADOS. A fração apolar (DCM) do extrato hidroetanólico das raízes de Arrabidaea brachypoda demonstrou atividade in vitro significativa contra o T. cruzi, apresentando um valor de IC50 de 14,4 ^ g/mL contra tripomastigotas, enquanto o benzonidazol apresentou IC50 11.3 μg/mL. O fracionamento dos constituintes ativos levou ao isolamento de três novos flavonóides diméricos (1-3). Estudos em modelo in vitro e in vivo revelaram que dois dos flavonóides diméricos apresentam um alto potencial anti T. Cruzi, sem propriedades tóxicas. CONCLUSÃO. Com as novas substâncias isoladas, observou-se um potencial para formulação de fármacos inovadores derivados da A. brachypoda com atividade antiprotozoária, sobretudo para a doença de Chagas.

Palavras-chave: Arrabidaea brachypoda, Doença de Chagas, brachydins.

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PMT08 - ANÁLISE MICROBIANA E FISICO-QUÍMICA DA ÁGUA DE CRIADOUROS NATURAIS DE CARAMUJOS TRANSMISSORES DA ESQUISTOSSOMOSE NO MUNICÍPIO DE SÃO BENTO-MA

Carla Fernanda do Carmo SILVA1, Andrea Teles dos REIS1, Raynara Fernanda Silva SOARES1, João Gustavo Mendes RODRIGUES2, Guilherme Silva MIRANDA3, Nêuton Silva SOUZA4

Universidade Estadual do Maranhão (UEMA) 1,4 ; Universidade Federal do Maranhão (UFMA) 2; Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) 3.

INTRODUÇÃO. A esquistossomose é uma parasitose de veiculação hídrica, causada pelo helminto Schistosoma mansoni e está associada a falta ou precariedade no saneamento básico . Essa parasitose é causada pelo helminto Schistosoma mansoni que tem como hospedeiros intermediários algumas espécies de moluscos do gênero Biomphalaria e como hospedeiros definitivos o homem e alguns roedores. A doença destaca-se nos campos alagados da Baixada Ocidental Maranhense, devido apresentar áreas periodicamente alagadas e cobertas por vegetação, favorecendo a reprodução e manutenção de caramujos transmissores. A dinâmica de populações de Biomphalaria está relacionada à estrutura física, química e biológica do ambiente como solo, oxigênio (diluído na água), água, pH e nutrientes e a fatores regionais, por exemplo, o regime de chuvas. OBJETIVO. Analisar os parâmetros físicos, químicos e microbiológicos da água que determinam a distribuição de caramujos Biomphalaria sp. em seus criadouros naturais no município de São Bento-MA. MÉTODOS. Durante o levantamento malacológico, compreendido entre os meses de agosto de 2015 e junho de 2016, foi detectado em ambos os pontos de coleta a presença dos macroinvertebrados bentônicos pertencentes ao gênero Biomphalaria. Os moluscos foram coletados com aplicação de técnica manual e com auxílio de pinças metálicas e conchas de captura apropriadas; analisados quanto a eliminação de cercária de S. mansoni. Através da análise de positividade, constatou-se que alguns moluscos de São Bento – MA do ponto Porto Grande, apresentaram-se positivos para a eliminação de cercária de S.mansoni., em contrapartida, os moluscos de Outra Banda estavam negativos. As análises bacteriológicas e fisico-químicas foram feitas de acordo com a APHA (1992). Na série de 3 tubos, em todas as coletas, o número de tubos positivos foi equivalente a 3. Todos os meses de coleta o número mais provável de todas as bactérias foi semelhante correspondendo a 2400. Além de bactérias do tipo coliformes, tanto totais como termotolerantes, foi possível a identificação de colônias de bactérias do tipo Pseudomonas sp. e Enterococcus sp. RESULTADOS. No mês de agosto, os parâmetros físico-químicos foram superiores em Porto Grande quando comparados à Outra Banda que apresentou valores reduzidos. Em contrapartida, no mês de abril Outra Banda apresentou valores maiores, com exceção do parâmetro turbidez que foi inferior. Nos demais meses, a quantidade de água foi insuficiente para as análises devido ao período seco da região. CONCLUSÃO. Os pontos adotados para coleta possuem condições físico-químicas e microbiológicas da água que favorecem a infecção dos moluscos coletados.

Palavras-chave: Biomphalaria spp., Criadouro, Baixada Maranhense.

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PMT09 - ÍNDICE DE POSITIVIDADE DE CALAZAR EM UMA UNIDADE DE INTERNAÇÃO PEDIÁTRICA NO MUNICÍPIO DE SÃO LUÍS – MA

Carla Gianna Alves Carvalho, Brenda Karolina Frazão Dutra, Erika Teixeira Gonçalves, Carolyna Lopes Leitão Couto.

Faculdade Pitágoras, São Luís, MA. Email: [email protected].

A leishmaniose visceral (LV) ou calazar é uma doença crônica grave, potencialmente fatal ao homem sendo causada por espécies do gênero Leishmania. Os sintomas consistem: febre, hepatoesplenomegalia, perda de peso, tosse, diarreia, dor e distensão abdominal. Apesar desta patologia não ser considerada prioridade para o setor público e privado, tem-se propagado de forma assustadora devido às interferências nos ecossistemas e, por esse fato, encontra-se classificada como problema de saúde pública, afetando principalmente as regiões Norte e Nordeste do país. O Maranhão foi o Estado do Nordeste com maior número de notificações durante o período de 2000 a 2008, totalizando 5052 casos, uma média de mais de 500 casos por ano. O presente trabalho tem como objetivo descrever o índice de positividade de leishmaniose visceral em crianças internadas em uma unidade de internação pediátrica do município de São Luís – MA. Realizou-se um levantamento de dados no mapa de registro de resultados do laboratório de análises clínicas da unidade. A metodologia utilizada foi anônima, não vinculada, com material coletado na rotina da unidade, excluindo qualquer forma de identificação. O diagnostico utilizado pelo laboratório é a técnica imunocromatográfico, conhecida como teste rápido para Calazar, chamada It Leish. Foram incluídas 293 casos com suspeita de calazar que deram entrada na unidade de saúde pediátrica no período de janeiro a dezembro de 2016, onde 40,95% obtiveram resultados positivos e 59,05% negativos. Este resultado mostra a necessidade da implantação de ações voltadas para as intervenções e educação em saúde, para abordagem dos fatores condicionantes e determinantes que levam o indivíduo a adquirir a doença e assim diminuição dos casos de calazar no município.

Palavras-chave: calazar, leishmaniose visceral, teste rápido.

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PMT10 - ASPECTOS EPIDEMIOLÓGICOS DA LEISHMANIOSE TEGUMENTAR AMERICANA NO

ESTADO DO MARANHÃO NO PERÍODO DE 2010 A 2015

Caroline Martins de Jesus1, Alice de Sá Ferreira1, Cauby Arthur Moreno Ramos2, Francisco Assis Nascimento Pereira1, Lucilene Amorim Silva3.

1 Graduando(a) em Farmácia pela Universidade Federal do Maranhão (UFMA), 2Graduando em Medicina pela Universidade Federal do Maranhão (UFMA), 3 Doutorado em Patologia Experimental - Fiocruz-Salvador/Bahia.

A Leishmaniose Tegumentar Americana (LTA) é uma doença infecciosa causada por várias espécies de protozoário do gênero Leishmania e transmitida ao homem durante o repasto sanguíneo das fêmeas de flebotomíneos infectadas, sendo o gênero Lutzomya o mais comum. Na região Nordeste, ocorreu o maior número de casos dessa doença no período de 1980 a 1996, onde o estado do Maranhão foi o mais acometido. A atualização dos dados epidemiológicos, nos trazem um retrato de como esta doença tem se comportado nos últimos anos, bem como se as medidas de controle estão sendo eficientes nesta região. Nesta pesquisa, foi efetuado um levantamento dos casos de LTA no estado do Maranhão notificados no período de 2010 a 2015, ao Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN), analisando as variáveis como raça/cor, escolaridade, faixa etária, sexo e zona de residência. Foram registrados 14.135 casos de LTA neste período. O grupo de cor Parda (67,76%) e o de cor Amarela (2%) obtiveram o maior e menor número de casos, respectivamente. Quanto a escolaridade, 25,29% possuíam da 1ª a 4ª série incompletos e apenas 0,45% apresentaram Ensino Superior Incompleto. Na faixa etária, adultos com idade entre 20 e 39 anos (42,67%), e idosos com mais de 80 anos (1,53%) tiveram respectivamente, maior e menor incidência de casos. O gênero masculino (71,93%) apresentou maior acometimento quando comparado ao feminino (28,06%). Ademais, houve maior concentração de casos na zona rural (56,57%). Com base no IBGE, a população maranhense encontra-se em sua maioria na cor parda, o que justificaria maior incidência da doença. No que se refere a escolaridade, o menor grau de instrução e consequente condições insalubres de moradia, podem estar relacionados com a maior porcentagem encontrada em pessoas com menor escolaridade. Na faixa etária, uma possível explicação para o menor número de casos em idosos, é o cuidado com esta população devido sua baixa imunidade, além de fazerem uso adequado de repelentes, ao passo que em adultos com idades entre 20 e 39, sendo a população mais ativa, tem maior contato com o vetor nos locais onde esse se desenvolve, assim também os homens são mais acometidos, pela mesma justificativa. A LTA é considerada um problema de saúde pública, contudo ainda é classificada como uma doença negligenciada. Sendo assim, o número de casos desta parasitose no Maranhão é relevante, sendo necessária a implantação de políticas públicas que visem diminuir o número de casos.

Palavras-chave: Leishmaniose, SINAN, Epidemiologia, Adulto.

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PMT11 - IMPORTÂNCIA DO ESTUDO DA PREVALÊNCIA DE ENTEROPARASITOSES E ESTADO NUTRICIONAL DE CRIANÇAS MATRICULADAS EM CRECHES DE REDE PÚBLICA E PRIVADA

Andressa Coelho Ferreira¹; Bruna Martins Licar da Silva¹; Daniela Talissa Lobo Boaz¹; Jessica Helen dos Santos Carvalho¹; Haynne Pamella Alves Araujo¹, Tatiana Franco²; Carolina Xavier²; Fernanda Rosa².

1. Graduandas em Biomedicina da Faculdade Estácio São Luís. 2. Docentes da Faculdade Estácio São Luís.

As enteroparasitoses são consideradas um problema de saúde pública no Brasil e, habitualmente, estão associadas ao baixo nível socioeconômico da população. As precárias condições socioeconômicas e higiênico-sanitárias são fatores importantes que contribuem para sua elevada prevalência no Brasil, afetando grande parte dos indivíduos de todas as faixas etárias, principalmente crianças. De acordo com dados levantados pela Organização Mundial da Saúde, estima-se que no Brasil pelo menos metade das crianças que frequentam creches encontra-se parasitadas, revelando-se um dos fatores que podem desencadear alterações tanto no estado físico quanto psicossomático e social, interferindo diretamente na qualidade de vida de seus portadores. Entre os parasitas mais comumente encontrados estão os nematelmintos Ascaris lumbricoides e Trichuris trichiura e os ancilostomídeos, principalmente o Ancylostoma duodenalis. Entre os protozoários destacam-se Entamoeba histolytica e a Giardia lamblia. Os artigos estudados, disponíveis na base de dados citados no trabalho, mostrou que a grande maioria das crianças diagnosticadas com enteroparasitoses em creches era do sexo masculino, a faixa etária predominante foi a de 0 a 3 anos de idade e as crianças portadoras das enteroparasitoses tinham um maior agravamento no quadro nutricional, causado pela desnutrição, diarreia, anemias, diminuição do desenvolvimento físico e consequentemente afetando seu desenvolvimento escolar. Quando essas acometem crianças em idade escolar se torna necessária uma maior atenção, especialmente quando instalado um quadro de carência alimentar. Este estudo trata-se de uma revisão literária, que teve como objetivo analisar e fornecer informações detalhadas sobre a importância do estudo da prevalência de enteroparasitoses e estado nutricional de crianças matriculadas em creches de rede pública e privado, mostrando a importância da educação em saúde como uma das principais medidas profiláticas para diminuição dos índices de parasitoses em crianças de idade pré-escolar.

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PMT12 - EFEITOS DO PARASITISMO EM BRÂNQUIAS DE Centropomus undecimalis (PISCES, CENTROPOMIDAE) DE UMA ÁREA PROTEGIDA EM SÃO LUÍS (MARANHÃO, BRASIL)

Danielle Jordany Barros Coutinho, Sildiane Martins Cantanhêde, Almerinda Macieira Medeiros, Raimunda Nonata Fortes Carvalho Neta, Débora Martins Silva Santos.

Universidade Federal do Maranhão, São Luís, MA.

O Centropomus undecimalis (BLOCH, 1972), camurim, é uma espécie estuarina de grande importância econômica na cidade de São Luís, Maranhão, comumente encontrada na Laguna da Jansen. Tendo em vista os impactos que acometem esse local, neste trabalho objetivou-se identificar os danos causados por parasitos à estrutura tecidual das brânquias de Centropomus undecimalis (BLOCH, 1972) e avaliar a qualidade da comunidade de peixes do Parque Ecológico Laguna da Jansen, em São Luís, Maranhão. Os exemplares foram coletados durante o período chuvoso de 2012. Estes foram armazenados, imersos em gelo e transportados ao Laboratório de Morfofisiologia Animal da UEMA, onde 33 exemplares foram necropsiados e o primeiro arco branquial direito de cada animal foi retirado para o preparo de lâminas histológicas conforme a inclusão em parafina. A pesquisa parasitológica foi realizada sob microscopia de luz. As alterações histológicas branquiais foram avaliadas semiquantitativamente pelo cálculo do Índice de Alteração Histológica (IAH), adaptado de POLEKSIC E MITROVIC – TUTUNDZIC (1994), baseado na severidade de cada lesão. A estrutura do arco e filamentos branquiais da espécie C. undecimalis possui o mesmo padrão de peixes teleósteos. Das amostras, 50% apresentaram alterações parasitárias associadas a alterações branquiais. Ao exame microscópico, os parasitos diagnosticados foram do grupo Monogenea (VAN BENEDEN, 1858) Monopisthocotylea, bem como excesso de muco nas brânquias e presença de cistos de mixosporídios na parte central do filamento. Vários monogenóides apresentavam-se dispersos entre as lamelas, nesses casos havia hiperplasia epitelial e mucosa em resposta à infecção. O IAH por indivíduo variou de 3 a 138 e o valor médio obtido foi de 53,3 demonstrando que as brânquias dos indivíduos da espécie C. undecimalis coletados apresentaram modificações severas no tecido. As lesões mais frequentes encontradas nas brânquias de C. undecimalis foram o levantamento e hiperplasia do epitélio lamelar e a fusão lamelar. As alterações por parasitos indicam que os peixes coletados desenvolveram mecanismos de defesa contra estressores e a um provável desequilíbrio parasito-hospedeiro-ambiente, gerando várias alterações nas brânquias, o que pode ocasionar um déficit na qualidade do pescado e consequentemente prejuízos para a economia e saúde pública das comunidades do Parque Ecológico da Laguna da Jansen, São Luís, MA.

Palavras chave: ambiente lagunar, parasitos, peixes.

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PMT13 - ESTRUTURAS PARASITÁRIAS EM ALFACES COMERCIALIZADAS EM UMA FEIRA LIVRE DA CIDADE DE SÃO LUÍS – MA.

Danielle Jordany Barros Coutinho; Aurea Valéria Neves; Selma Patrícia Diniz Cantanhede; Nêuton Silva Souza.

Universidade Federal do Maranhão, São Luís, MA.

A realização de uma alimentação equilibrada é de suma importância para o bom funcionamento do nosso organismo. No entanto, alguns alimentos possuem estrutura física que favorecem a adesão de agentes contaminantes causando doenças principalmente quando consumidos in natura. Este trabalho teve como objetivo detectar e identificar estruturas parasitárias nas alfaces comercializadas em uma feira livre da cidade de São Luís. As amostras foram coletadas de três bancas de vendas diferentes, sendo 2 amostras para cada ponto. Estas, embaladas com sacos plásticos fornecidos pelos próprios vendedores e armazenadas em caixa de isopor para transporte ao Laboratório de Parasitologia Humana - LPH. Em laboratório, as alfaces foram desfolhadas e o talo desprezado, as folhas foram lavadas com 10 mL de detergente Triton X 100 diluído em 250mL de água destilada. A água resultante da lavagem foi centrifugada a 3.500 rpm, o sobrenadante foi descartado. Uma gota do sedimento mais uma gota e lugol foram colocadas em lâminas para varredura em microscópio óptico. Foram encontrados larvas e alguns artrópodes, além de outros elementos contaminantes. Os parasitos intestinais identificados foram da família Rhabdiasidae sendo o do gênero Strongyloides que se mostrou presente em 75% das amostras e vermes da espécie Ascaris lumbricoides que se apresentou em apenas 25%. O aparecimento desses parasitos supõe a contaminação através do solo ou da água para irrigação e, também por fezes humanas ou de animais portadores das doenças. Outros contaminantes como ácaros e insetos, se destacaram por aparecerem em grande parte das amostras, podendo esta contaminação se fazer por conta da infra-estrutura das feiras livres, pela exposição nas bancadas, pouca higienização e falta de cuidados com o manuseio dos alimentos. O estudo mostra a susceptibilidade aos riscos que alguns alimentos fornecem para a comunidade, principalmente quando consumidos in natura. Para tanto, medidas profiláticas devem ser adquiridas como hábitos higiênicos básicos e a correta assepsia das estruturas e ferramentas de manuseio.

Palavras-chave: Contaminação; Vegetais; Alimentos.

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PMT14 - PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DA HANSENÍASE NO MARANHÃO.

Edson Belfort Filho¹, Walquíria do Nascimento Silva², Kelven Ferreira dos Santos1, Wanessa Pinto de Sousa1.

¹ Graduação em Enfermagem – UFMA. ² Mestrado em Saúde e Ambiente – UFMA. E-mail: [email protected]; [email protected]

INTRODUÇÃO: A hanseníase se caracterizada como doença infectocontagiosa, de caráter crônico. A transmissão ocorre por contato íntimo e prolongado com pessoas portadoras de formas mais infectantes e ainda não tratadas O agente etiológico é o Mycobacterium leprae. O bacilo causador apresenta capacidade acentuada de infectar um grande número de indivíduos, entretanto, poucos desenvolvem a patologia. As características patogênicas e de efetividade não se relacionam efetivamente com o agente etiológico, mas, sobretudo, pelas relações entre o hospedeiro, o agente, o grau endêmico e o meio onde situam. Embora, até pouco tempo motivo de estigma e exclusão, a doença tem obtido avanços consideráveis, dentre eles a eficácia do tratamento capaz de curar a totalidade dos casos. Baseado no contexto histórico presume-se que nenhuma outra doença causou tanto estigma e exclusão social como a hanseníase, devido às associações com castigos, impurezas e pecados. A falta de conhecimento sobre a doença, o medo e o receio dos portadores são sentimentos que podem dificultar o tratamento. Os lugares com elevada concentração de pessoas são mais propícios ao contágio, no entanto existem fatores individuais que favorecem os pacientes expostos tais como: o perfil imunológico do indivíduo, o diagnóstico e tratamento precoce e condições socioeconômicas e demográficas. Estudos epidemiológicos realizados na Região Nordeste mostraram que, mesmo com a intensificação das ações de controle da doença, são muitos os municípios que ainda não cumpriram as metas estabelecidas pelo Programa Nacional de Combate a Hanseníase. Estudos realizados no maranhão mostram que a população com maior taxa de prevalência é adolescente, com média de 15 anos e crianças. PALAVRAS-CHAVE: Hanseníase. Epidemiologia. Maranhão. OBJETIVO: Descrever o perfil epidemiológico da hanseníase no maranhão, compreendida entre os anos de 2010 a 2016. MÉTODOS: Trata-se de um estudo descritivo, retrospectivo com abordagem quantitativa da hanseníase no maranhão entre os anos de 2010 a 2016, com bases nos dados coletados do SINAN (Sistema de Informação de Agravos e Notificação). RESULTADOS: O maranhão é classificado, de acordo com o ministério da saúde, como estado hiperendêmico para Hanseníase. No ano de 2016, registrou-se 2.805 casos ativos e 3.298 casos novos, bem como uma taxa de prevalência atual de 4,03 a cada 10.000 habitantes. Entre os estados da região nordeste, o maranhão apresenta-se como campeão em casos ativos. A taxa de detecção geral, no mesmo ano, corresponde a 47,43/100.000 habitantes no estado, superando indicador nacional (TD-12,23/10.000 hab). A partir da análise coleta com base nos dados do SINAN, observou-se uma variação na taxa de prevalência da infecção durante os anos de 2010 a 2016, apresentando uma média de 5,595; sendo que entre os anos de 2010 a 2013 as taxas superam os 5/10.00 hab, enquanto os anos posteriores há uma queda, mantendo-se em 4 à 3 por 10.000. Durante o período, verificou-se uma redução gradual da taxa de detecção de hanseníase em menores de 15 anos, de 19,22 em 2010 para 15,15 por 100.000 hab em 2016. CONCLUSÃO: Portanto, evidencia-se o aspecto prevalente da hanseníase no estado do maranhão que, em muitos dados, superaram indicadores nacionais. Assim sendo, torna-se necessário a efetivação de medidas de controle e vigilância em saúde para o alcance de metas em programas do ministério da saúde.

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PMT15 - ANÁLISE ESPACIAL APLICADA EM ESTUDOS DE LEISHMANIOSE VISCERAL: UMA REVISÃO SISTEMÁTICA

Érica Natacha Batista Cabral, Adriana Soraya Araújo, Walquíria do Nascimento Silva, José Aquino Júnior.

Universidade Federal do Maranhão, São Luís, MA.

Foi realizada uma revisão sistemática dos métodos de análises geoespaciais que têm sido utilizados em estudos de leishmaniose visceral nos artigos publicados nos bancos de dados LILACS, PUBMED e SCIELO. Utilizou-se os descritores: Spatial Analysis and Leishmaniasis Visceral. O objetivo do estudo é analisar a quantidade e a abordagem dos estudos utilizando a ferramenta geoprocessamento em favor da saúde. Tendo como critério de exclusão os artigos que apresentaram somente um dos descritores. Foram encontrados nos bancos de dados: LILACS (12), PUBMED (20) e SCIELO (14). Depois de seguir critérios específicos de seleção, quarenta e dois estudos foram selecionados para inclusão na revisão. Foram identificados oito métodos diferentes nos respectivos estudos. Os resultados apontam um número pequeno de artigos, que aplicaram métodos de análise espacial em estudos epidemiológicos de leishmaniose visceral. É inquestionável o entendimento quea análise espacial oferece para melhor compreensão da difusão geo-espacial da leishmaniose visceral.

Palavras chave: Geoprocessamento. Leishmaniose Visceral. Saúde. Revisão.

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PMT16 - LEISHMANIOSE TEGUMENTAR AMERICANA NO ESTADO DO MARANHÃO: ASPECTOS CLÍNICOS-EPIDEMIOLÓGICOS

Flávia Regina Vieira da Costa¹; Ingredy Eylanne Monroe Carvalho¹; Cintia Daniele Machado de Morais¹; Mayra de Oliveira Barroso¹; Michael Jackson Ferreira da Silva¹; Guilherme Vidigal Fernandes da Silva²

¹Mestrando (a) em Saúde e Ambiente pela Universidade Federal do Maranhão-UFMA; ² Departamento de Medicina da Universidade Ceuma - UNICEUMA

INTRODUÇÃO: A Leishmaniose Tegumentar Americana (LTA) é uma doença infecciosa causada por protozoários do gênero Leishmania e transmitida pela picada de flebotomíneos de fêmas infectadas. A LTA apresenta-se sob duas formas: a cutânea que pode apresentar lesões indolores, bordas bem delimitadas e elevadas, fundo avermelhado e com granulações grosseiras, e a forma mucosa que apresenta formação de úlceras infiltrativas, metastáticas, acometendo a região da laringe, nasofaringe e cavidade oral. A doença apresenta incidência em mais de 88 países, sendo conceituada pela OMS, como umas das seis mais importantes doenças infecciosas, devido seu alto índice de casos e sua capacidade de deformação e comprometimento de órgãos como nariz e boca. No Brasil, foram 137.510 casos no período de 2010 a 2015, deste 14.052 no estado do Maranhão. OBJETIVOS: Descrever os aspectos clínicos-epidemiológicos da Leishmaniose Tegumentar Americana no estado do Maranhão. MÉTODOS: Foi realizado um estudo descritivo, retrospectivo e com abordagem quantitativa dos dados obtidos através do Sistema de Informação de Agravos e Notificação referente aos casos notificados de Leishmaniose Tegumentar Americana no de 2015 no estado do Maranhão. RESULTADOS: Foram 1.820 casos notificados de Leishmaniose Tegumentar Americana no estado do Maranhão no ano de 2015. Em relação ao sexo, foram 1.333 (73%) casos masculinos e 484 (37%) femininos. Quanto ao tipo de entrada, 1.712 (94,7%) eram casos novos, 82 (4,51%) recidiva e 26 (1,43%) não foram identificados. No que concerne a forma clínica, 1.749 (96%) encontrava-se na forma cutânea e 71 (4%) na forma mucosa. Referente a evolução, 910 (50%) obtiveram cura, 842 (46,5%) não forma identificados, 27 (1,5%) foram transferidos, 16 (0.9%) por abandono, 12 (0.7%) foram a óbito por outras causas e 9 (0.5%) tiveram mudança de diagnóstico. Quanto a zona de residência, 955 (53%) residiam em área rural, 791 (44%) em aérea urbana e 64 (3%) não foram identificados. CONCLUSÃO: A LTA é um grave problema de saúde pública. Notou-se o elevado número de casos novos da doença no período do estudo, o que demonstra uma fragilidade de medidas para o controle da doença. Por isso, é fundamental que as autoridades de saúde mantenham o monitoramento e a vigilância epidemiológica desta patologia, atuando na detecção e controle da doença, promovendo ações de educação em saúde e ambiental à população para que sejam eficazes na redução de novos casos.

Palavras-chave: leishmaniose cutânea; doenças tropicais negligenciadas; doenças endêmicas; epidemiologia.

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PMT17 - MIOCARDIOPATIA CHAGÁSICA EM EVOLUÇÃO COM Trypanosoma cruzi POSITIVO NA CORRENTE SANGUÍNEA

Regivaldo de Melo Gonçalves1; Paulo Rogério Lobão de Araújo Costa2; Flávia Regina Vieira da Costa3 ; Eliene Sá Sodré Sampaio;1Débora Feitosa de Assunção1

Hospital Presidente Getúlio Vargas –HPV1 ; Mestrando em Saúde do Adulto e da Criança pela Universidade Federal do Maranhão 2 ; Mestranda em Saúde e Ambiente pela Universidade Federal do Maranhão-UFMA 3.

INTRODUÇÃO: Trata-se de um relato de caso de um paciente internado em Unidade de Terapia Intensiva (UTI) com Insuficiência Cardíaca Descompensada (ICD) por Miocardiopatia Chagásica com achado de Trypanosoma cruzi. O caso em questão converge com a literatura mundial, porém tem-se a presença de T. cruzi na corrente sanguínea em atividade, concomitantemente com miocardiopatia em curso. Assim, o estudo tem um caráter inédito, cujos resultados encontrados contribuem de forma relevante para a saúde coletiva. A Cardiopatia Chagásica Crônica (CCC) é essencialmente uma miocardiopatia dilatada em que a inflamação crônica, usualmente de baixa intensidade, mas incessante, provoca destruição tissular progressiva e fibrose extensa no músculo cardíaco. Pacientes com cardiopatia avançada estão sob maior risco de morte súbita elétrica. Infelizmente, esse evento não se restringe a um grupo de maior risco, acometendo também pacientes com função sistólica preservada e, em número absolutos, supera a mortalidade encontrada nos pacientes com disfunção miocárdica, na medida em que os pacientes sem disfunção constituem a grande maioria da população chagásica crônica . A relevância do trabalho consiste no fato de que a doença de Chagas é uma doença debilitante e incurável e constitui ainda hoje no Brasil um grave problema de saúde pública, especialmente pelo tratamento dos pacientes já infectados no passado. Segundo dados da Organização Mundial de Saúde, ainda que a transmissão vetorial tenha sido interrompida em países como o Brasil, Chile e Uruguai, a prevalência de doentes com cardiopatia chagásica crônica foi estimada em 18 a 20 milhões de indivíduos na América Latina, com 300.000 novos casos a cada ano e 50.000 mortes anuais associadas à doença. DESCRIÇÃO DO CASO: Paciente R. C. S. S., sexo masculino, 17 anos de idade, natural de Turiaçu (MA), residente da zona rural (povoado de Cotia), morava em casa de barro situada nas proximidades de um jussaral (palmeiras de açaí) e criadouro de galinhas (galinheiro), procurou atendimento médico no Hospital de referência em Urgência e Emergência do Município de São José de Ribamar, interior do Estado do Maranhão, dia 29 de maio de 2016, com histórico de febre, dispnéia, edema de membros inferiores (MMII) e cefaléia há 20 dias, evoluindo com Injuria Renal aguda (IRA), o ECG apresentava: bloqueio de ramo direito (BRD); hemibloqueio anterior esquerdo e padrão de sobrecarga biventricular; exame radiológico do tórax evidenciou aumento da área cardíaca e congestão pulmonar. No dia 18 de maio de 2016 no laboratório de base em Turiaçu (MA) foi diagnosticado Trypanosoma cruzi na lâmina de gota espessa para exame de plasmodium (200 a 300 formas de Trypanosoma cruzi). Admitido na UTI do Hospital Presidente Vargas (HGV-MA), referência estadual em doenças infecciosas e tropicais, dia 1 de junho de 2016. Apresentando diagnóstico de ICD perfil hemodinâmico B, Classe Funcional IV, hipoperfundido, extremidades frias, oligúrico, com presença de estertores difusos; Insuficiência Respiratória em Ventilação Mecânica Invasiva (VMI) com Escala de Coma de Glasgow = 9T (abertura ocular 3 pontos; resposta verbal 1T e resposta motora 5 pontos) com Choque cardiogênico em uso de drogas vasoativas (noradrenalina e dobutamina), IRA com urgência dialítica (anasarcado, acidose metabólica grave e oligúrico). Ao exame físico, apresentou ausculta cardiovascular com ritmo cardíaco irregular, desdobramento e hipofonese de bulhas, presença de extrassístoles, sem sopros. À ausculta respiratória murmúrios vesiculares presentes, estertores crepitantes difusos. Abdome distendido, tenso, sem visceromegalias palpáveis. Membros inferiores com edema bilateral +++/4. Ecodopplercardiograma aumento moderado das câmaras cardíacas, veia cava inferior dilatada (2,7 cm), disfunção sistólica biventricular severa, refluxo mitral discreto, reflexo tricúspide discreto e espessamento pericárdico com derrame moderado, com Fração de Ejeção de VE de 20%. O

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tratamento inicial na UTI consistiu na administração de Pentacarinat 300 mg, mantida infusão de drogas vasoativas, instalada Pressão Arterial Invasiva (PAI), prescrita a analgesia, solicitadas culturas e avalição da nefrologia que indicou hemodiálise de urgência, paciente conseguiu ser submetido a Terapia dialítica, mas seguiu sem melhoras clínicas após 72 horas de internação. Progrediu com grande instabilidade hemodinâmica, choque refratário o que contraindicou a diálise, fez taquicardia Ventricular Não sustentada (TVNS), anúrico, sem condições hemodinâmicas de diálise, fez acidose metabólica e às 18 horas e 20 minutos do dia 7 de junho de 2016, apresentou parada cardiorrespiratória (PCR), em atividade elétrica sem pulso (AESP), tendo sido reanimado por 22 minutos, sem sucesso, evoluindo a óbito às 18 horas e 42 minutos do mesmo dia. O escore que avalia risco de óbito em pacientes chagásicos, leva em consideração: classe funcional III e IV da NYHA (5 pontos), evidência de cardiomegalia na radiografia de tórax (5 pontos), disfunção sistólica do ventrículo esquerdo no ecocardiograma (3 pontos), taquicardia ventricular não sustentada no Holter (3 pontos), baixa voltagem do QRS no eletrocardiograma (2 pontos) e sexo masculino (2 pontos). Nessa análise, R. C. S. obteve pontuação 17, sendo incluído no grupo de alto risco, com mortalidade de 84,0% em dez anos. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Portanto, o caso em questão converge com a literatura mundial vigente dos estudos sobre o tema, porém tem-se a presença de T. Cruzi na corrente sanguínea em atividade. Caso raro de ser encontrado; contudo há que se ressaltar a importância de mais estudos sobre o tema para orientar a prevenção e tratamento no intuito de se evitar as formas mais graves que levam a cardiopatias com mau prognóstico e óbito.

Palavras-chaves Cardiopatia Chagásica Crônica, miocardiopatia, Trypanosoma cruzi

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PMT18 - UTILIZAÇÃO DE OVITRAMPAS COMO SUBSÍDIO AO MONITORAMENTO DE Aedes sp. (DIPTERA: CULICIDAE) EM UM PERÍODO CHUVOSO DE UMA REGIÃO DO SUL MARANHENSE

Guilherme Silva Miranda1,2, João Victor Oliveira Noleto1, João Gustavo Mendes Rodrigues3, Maria Gabriela Sampaio Lira3, Ranielly Araújo Nogueira3, Richardson Soares de Souza Melo1

1 – Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Maranhão (IFMA), campus São Raimundo das Mangabeiras. 2 – Programa de Pós-Graduação em Parasitologia, Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). 3 – Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde, Universidade Federal do Maranhão (UFMA). Email: [email protected]

Introdução: As principais arboviroses que determinam extensas áreas endêmicas em todo o mundo são disseminadas por mosquitos do gênero Aedes. Como forma de prever possíveis áreas de risco para a disseminação dessas doenças, o Ministério da Saúde promoveu a vigilância entomológica desses insetos por meio de armadilhas de oviposição, denominadas de ovitrampas. Objetivo: Sendo assim, objetivou-se realizar o monitoramento populacional de culicídeos do gênero Aedes através de ovitrampas no município de São Raimundo das Mangabeiras, sul do Maranhão, Brasil. Métodos: Para tanto, um total de 10 ovitrampas foram distribuídas no peridomicílio de duas casas de cada um dos cinco bairros selecionados. As armadilhas permaneceram em campo por sete dias e foram vistoriadas mensalmente durante os seis primeiros meses de 2017. O atraente utilizado foi feito a partir de uma infusão de gramíneas da espécie Panicum maximum e água. Como substrato de oviposição, utilizaram-se pedaços de TNT. Foram calculados os seguintes parâmetros entomológicos: a) Positividade de Ovitrampas (IPO); b) Índice de Densidade de Ovos (IDO); c) número médio de ovos/ovitrampa (NMO). Cerca de 10% de ovos de cada localidade foram estimulados para eclosão para identificação da espécie de Aedes sp. Os valores de temperatura e precipitação da área de estudo foram utilizados para cálculos de correlação com os parâmetros entomológicos. Resultados: A quantidade de ovos coletados variou entre 56 e 913, com uma mediana de 384. O bairro com a maior quantidade de ovos foi o Centro. Já o mês com a maior quantidade foi março. Não houve diferenças estatísticas nessa quantidade entre os bairros (p>0,99). Durante os seis meses, as seguintes médias dos índices entomológicos foram obtidas: IPO=75%, IDO=51,72 e NMO=41,68. Os maiores índices foram registrados também para o mês de março. Em todos os bairros ocorreu a presença das espécies A. aegypti e A. albopctus. Houve correlação positiva e significativa em relação à quantidade de ovos coletados em cada mês e a pluviometria da região (p<0,01). Conclusão: O município apresenta índice de infestação bem elevado, havendo interferência direta da quantidade de chuvas na propagação desses mosquitos. Portanto, a armadilha mostrou-se como uma metodologia promissora para o monitoramento populacional desses culicídeos, o que pode auxiliar a Secretaria de Saúde da localidade na determinação das áreas prioritárias para a realização de intervenções.

Palavras-chave: armadilhas; arboviroses; controle vetorial.

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PMT19 - ESTUDO DO ROEDOR Holochilus sciureus COMO RESERVATÓRIO SILVESTRE DE Schistosoma mansoni NA BAIXADA OCIDENTAL MARANHENSE, BRASIL

Guilherme Silva Miranda1,2, João Gustavo Mendes Rodrigues3, Maria Gabriela Sampaio Lira3, Ranielly Araújo Nogueira3, Gleycka Cristine Carvalho Gomes4, Nêuton Silva-Souza4

1 – Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Maranhão (IFMA), campus São Raimundo das Mangabeiras. 2 – Programa de Pós-Graduação em Parasitologia, Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). 3 – Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde, Universidade Federal do Maranhão (UFMA). 4 – Universidade Estadual do Maranhão (UEMA) - campus Paulo VI, Departamento de Química e Biologia (DQB), Laboratório de Parasitologia Humana (LPH) Email: [email protected]

Introdução: A ocorrência de mamíferos não humanos como reservatórios da esquistossomose é um fator agravante a ser estudado. Roedores da família dos cricetídeos, como o Nectomys sp., parecem desempenhar importante papel na disseminação dessa parasitose. No entanto, para Holochilus sciureus (Rodentia: Cricetidae), encontrado no Maranhão, estudos com essa finalidade parecem pouco elucidativos. Objetivos: Dessa forma, o objetivo desse estudo foi analisar o índice de infecção natural de S. mansoni nesses roedores na cidade de São Bento – MA, além de caracterizar o curso da infecção nesses animais por meio de infecções experimentais. Métodos: Para a captura (SISBIO nº40025/1) foram utilizadas gaiolas do tipo Tomahawk (de agosto de 2013 a julho de 2014) e para a análise de positividade para S. mansoni, triplicatas de lâminas coprológicas foram confeccionas através do Kit Kato-Katz. Em laboratório, 20 roedores dessa espécie foram infectados individualmente com 150 cercárias provenientes de caramujos B. glabrata. Após um mês, os animais foram submetidos ao teste de Kato-Katz ao longo de 68 dias. Logo após, foram sacrificados e tiveram seus fígados e intestinos retirados para a verificação de vermes adultos (CEEA/UEMA nº05/2013). O lobo esquerdo do fígado de cada animal foi destinado à confecção de lâminas histológicas. Resultados: Para o monitoramento, foram contabilizados 101 roedores, sendo que 28,7% apresentaram-se naturalmente infectados para S. mansoni. A cada cinco roedores, pelo menos dois estavam infectados. A positividade foi próxima dos 100% em todas as coletas, indicando alto grau de disseminação ao longo de todo o ano. Para as análises laboratoriais, nenhuma mortalidade foi registrada. O número de ovos/g. de fezes variou entre 24 a 144, dentre os 7 animais positivos ao teste de Kato-Katz. A primeira eliminação ocorreu no 45º dia pós-infecção. Após a necropsia dos animais, foi obtido um total de 700 vermes adultos (629 machos e 71 fêmeas), com maior quantidade no fígado. Em relação à histopatologia, as lesões hepáticas foram semelhantes à patologia nos humanos. Conclusão: Dessa forma, provavelmente o roedor H. sciureus esteja atuando como reservatório silvestre da esquistossomose na Baixada Maranhense, pois além de apresentar-se altamente parasitado na natureza, não foi afetado pela infecção experimental.

Palavras-chave: esquistossomose, mamífero silvestre, vigilância epidemiológica.

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PMT20 - PARASITISMO EM BRÂNQUIAS DE PEIXES COMO FERRAMENTA NA AVALIAÇÃO DA CONTAMINAÇÃO AMBIENTAL DA BACIA DO BACANGA, SÃO LUÍS, MA

SOARES, H. K. S. S.1; MEDEIROS, A.M.2; SILVA, N.D.3; PEREIRA, N.J.3; CANTANHÊDE, S.M4.; SANTOS, D. M. S.5

1. Graduanda em Ciências Biológicas, Universidade Estadual do Maranhão – UEMA Campus Paulo VI; [email protected] 2. Mestre em Ciência Animal, Universidade Estadual do Maranhão – UEMA Campus Paulo VI. 3. Graduada em Ciências Biológicas, Universidade Estadual do Maranhão – UEMA Campus Paulo VI. 4. Doutoranda em Ecologia Aquática e Pesca pela Universidade Federal do Pará- UFPA. 5. Professor Adjunto IV Departamento de Química e Biologia e do Mestrado em Recursos Aquáticos e Pesca Universidade Estadual do Maranhão.

Os peixes são susceptíveis aos parasitos e já foram identificadas várias espécies capazes de produzir danos à estrutura das brânquias, tais como Ichthyophthirius multifiliis, Trichodina sp. e os do grupo Monogenea e Nematóides (UEDA et al., 2013; SCHALCH et al., 2006). Tendo em vista esses impactos, objetivou-se identificar os danos causados por parasitos ao tecido branquial de peixes e avaliar a contaminação ambiental da Bacia do Bacanga, São Luís-MA. A pesquisa teve aprovação da Comissão de Ética e Experimentação Animal da Universidade Estadual do Maranhão protocolo n0 16/2016 aprovado em 05/08/2016. Foram avaliados 75 exemplares, sendo 58 de C. undecimalis e 17 de Bagre sp. Os peixes foram coletados nas sub-bacias do rio das Bica, rio Gapara, Bacia do rio Bacanga e rio Santo Antônio deitado sendo realizadas quatro coletas nos períodos secam e chuvoso. Em laboratório, os fragmentos foram submetidos à técnica de inclusão em parafina e coloração. A pesquisa de parasitos e o estudo das alterações histológicas nas brânquias foram realizados sob microscopia de luz. As alterações histopatológicas das brânquias foram avaliadas semiquantitativamente pelo cálculo do Índice de Alteração Histopatológica (IAH), baseado na severidade de cada lesão. Dos peixes coletados, 34,62% apresentaram parasitos associados à alterações branquiais. Nos espécimes de C. undecimalis e Bagre sp. foram visualizados parasitos do grupo Monogenea, Monopisthocotylea. As lesões branquiais mais frequentes foram: congestão, levantamento do epitélio respiratório, hiperplasia do epitélio lamelar, fusão incompleta e completa de várias lamelas, dilatação do seio sanguíneo, hiperplasia e hipertrofia das células de muco, aneurisma e necrose. Vários monogenóides apresentavam-se dispersos entre as lamelas nesses casos havia hiperplasia epitelial e das células de muco. A produção de muco aumentada combinada com a secreção das glândulas cefálicas provoca redução na capacidade respiratória do hospedeiro. O valor médio do IAH das brânquias de C. undecimalis foi de 17,53, com danificação leve para moderada do tecido e em Bagre sp. foi de 21,52, com modificação moderada para severa do tecido. As alterações histológicas associadas a parasitos observadas indicam ainda que os peixes coletados desenvolveram mecanismos de defesa contra a ação de estressores presentes na água e a um provável desequilíbrio parasito-hospedeiro-ambiente.

Palavras-chave: parasitos, peixes, qualidade ambiental.

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PMT21 - PERFIL SÓCIOEPIDEMIOLÓGICO E CLÍNICO DE PACIENTES COM HANSENÍASE

Jessica Marques da Hora Rocha, Igor Vinícius Pimentel Rodrigues, Anne Karynne da Silva Barbosa.

Mestrandos do Programa de Pós-graduação em Saúde do Adulto-UFMA.

Introdução: A Hanseníase, doença infectocontagiosa crônica causada pelo Mycobacterium leprae, é endêmica no Brasil. Acomete homens e mulheres de todas as idades, principalmente em fase economicamente ativa e se manifesta por meio de sinais e sintomas dermatológicos e neurológicos como lesões de pele e de nervos periféricos, principalmente nos olhos, nas mãos e nos pés, ocasionando incapacidades. Objetivo: descrever o perfil sócioepidemiológico e clínico de pacientes com hanseníase no Brasil. Metódos: realizado uma revisão de literatura, foi feita uma busca nas principais bases de dados eletrônicos de artigos, foram incluídos artigos originais em português indexados no período entre o ano de 2013 a 2017. Selecionou-se como dados socioepidemiológicos sexo, cor, estado civil e escolaridade, como dados clínicos a classificação operacional, a forma clínica e a presença de algum grau de incapacidade no momento do diagnóstico. Resultados: a maioria dos pacientes são homens, de cor parda, casados e com ensino fundamental incompleto, apresentavam a classificação operacional multibacilar, forma clínica dimorfa e algum grau de incapacidade no momento do diagnóstico. Conclusão: a presença da forma clínica dimorfa, classificação operacional multibacilar e de algum grau de incapacidade no momento do diagnóstico sugere que o diagnóstico está sendo feito de forma tardia, que pode ser resultante da dificuldade que a rede de atenção à saúde possui na detecção dos casos nas formas iniciais da doença. Portanto, faz-se necessário que os recursos humanos da atenção básica, por ser esta a porta de entrada no Sistema de saúde, sejam capacitados para identificarem precocemente a hanseníase durante sua assistência ao paciente, evitando assim que a cadeia de transmissão continue e que o paciente apresente sequelas no futuro.

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PMT22 - EVOLUÇÃO DOS CASOS DE HANSENÍASE NO MARANHÃO

Jessica Marques da Hora Rocha, Igor Vinícius Pimentel Rodrigues, Anne Karynne da Silva Barbosa.

Mestrandos do Programa de Pós-graduação em Saúde do Adulto-UFMA

A hanseníase é uma doença infecto-contagiosa causada pelo bacilo Mycobacterium leprae de evolução crônica que se manifesta, principalmente, por lesões cutâneas com diminuição de sensibilidade térmica, dolorosa e tátil. É uma doença de alta contagiosidade e baixa morbidade. O Maranhão é um dos estados com maior taxa de incidência (51,26/100 mil) e prevalência (3,76/10mil) de hanseníase e a UF com o maior número de casos novos no país (3.500 casos novos em 2015) (MS, 2016). Segundo dados do Ministério da Saúde em 2014, o indicador das metas pactuadas não foi alcançado: o percentual de cura de casos novos da doença foi de 80,32%), para uma meta de 85% em 2012 (MS/DataSUS, 2015) Objetivo: descrever a situação de registro dos casos de hanseníase no Maranhão. Métodos: estudo descritivo com abordagem quantitativa, utilizou-se dados secundários do sistema DATASUS referente aos anos de 2011 a 2015. Resultados: dos 23.108 pacientes diagnosticados com hanseníase, 15.730 evoluíram para cura, 589 foram transferidos para o mesmo município, 887 foram transferidos para outro município, 445 para transferidos para outro estado, 6 foram transferidos para outro país, 339 evoluíram para óbito e 1027 abandonaram o tratamento, 3. 911 não tiveram sua ficha preenchida Alta por cura 15.730. Conclusão: observa-se que muitos pacientes evoluíram para a cura, demonstrando que houve um acompanhamento eficiente por parte da equipe de saúde. Uma pequena porcentagem abandonou o tratamento, constituindo-se uma preocupação, pois esses pacientes contribuem para a permanência da cadeia de transmissão e a resistência da bactéria aos medicamentos. Muitas fichas não possuíam o registro quanto à evolução do paciente, o que dificulta conhecer a real situação da hanseníase no Maranhão. É necessário que a equipe de saúde continue a fazer um bom acompanhamento dos pacientes com hanseníase e dê um retorno à vigilância epidemiológica sobre a evolução dos pacientes, para que dessa maneira a taxa de abandono seja reduzida e haja mais curas, bem como se possa ter dados que elucidem a real situação da doença no Maranhão e as intervenções por meio da vigilância epidemiológica sejam bem planejadas e consequentemente realizadas.

Palavras-chave: hanseníase, evolução, Maranhão

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PMT23 - ATIVIDADE LEISHMANICIDA EM MODELOS IN VITRO DE SUBSTÂNCIAS RARAS ISOLADAS Fridericia platyphylla (SIN. Arrabidaea brachypoda)

Jessyane Rodrigues do Nascimento, Carla Danielle Pinheiro Rodrigues, Felipe Costa Vieira, Cláudia Quintino da Rocha.

LEAF-Laboratório de Estudos avançados em Fitomedicamentos, Universidade Federal do Maranhão Email: [email protected]

As leishmanioses são um grupo de doenças causadas por diversas espécies de protozoários do gênero Leishmania e transmitidas através da picada de insetos de diferentes espécies de flebotomíneos. Os protozoários do gênero Leishmania são capazes de produzir alterações na pele, mucosas e cartilagens, caracterizando a forma tegumentar da doença. Apesar dos esforços, poucos avanços ocorreram no desenvolvimento de novos tratamentos para a doença. Aliada à necessidade de desenvolvimento de medicamentos inovadores, eficazes e a hipótese de moléculas isoladas de Fridericia platyphylla, uma espécie do cerrado brasileiro; apresentarem atividade frente às formas tripomastigotas, realizou-se ensaios em modelos in vitro com tais substâncias. As raízes da Fridericia platyphylla foram trituradas em moinho de facas até obtenção de um granuloso pó, submetido a agitação constante por 10 h, filtrado, concentrado e seco sob vácuo. Parte desse extrato foi submetido à partição liquido liquido com diclorometano (DCM). As substâncias presentes na fração DCM foram isoladas e duas delas; brachydin A e brachydin B foram avaliadas através da medida da viabilidade das Leishmanias pelo metabolismo do AlamarBlue após o período de tratamento com os compostos em concentrações de 0.2 a 20 µM. Obteve-se os IC50 contra promastigotas e amastigotas para a brachydin-A, brachydin-B e para o medicamento de referência Amphotericin B, os resultados indicaram que os dois compostos são ativos, mas a brachydin-A apresentou-se mais potente inibindo 100% dos macrófagos, comprovando que essa substância apresenta potencial para desenvolvimento de um futuro medicamento para tratamento dessa enfermidade.

Palavras Chave: Fridericia platyphylla, brachydin, Leishmania.

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PMT24 - LARVAS DE TREMATÓDEOS DE Biomphalaria spp. (GASTROPODA: PLANORBIDAE) DE DOIS MUNICÍPIOS DO ESTADO DO MARANHÃO

João Gustavo Mendes Rodrigues1; Guilherme Silva Miranda2,3; Maria Gabriela Sampaio Lira1; Ranielly Araújo Nogueira1; Irlla Correia Lima Licá 1; Nêuton Silva-Souza4

1-Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde, Universidade Federal do Maranhão – UFMA; 2-Programa de Pós-Graduação em Parasitologia, Universidade Federal de Minas Gerais – UFMG 3-Instituto Federal de Educação Ciência e Tecnologia do Maranhão – IFMA, Campus São Raimundo das Mangabeiras; 4-Professor adjunto I/ Departamento de Química e Biologia, Universidade Estadual do Maranhão – UEMA Campus Paulo VI. E-mail: [email protected]

Introdução: Larvas de trematódeos em sua maioria são organismos de vida livre que emergem dos moluscos geralmente em grande quantidade. São organismos que apresentam grande importância médica e veterinária por transmitirem doenças através da penetração direta na pele ou adquiridas pela ingestão de água e alimentos crus ou malcozidos. Os caramujos Biomphalaria spp além de atuarem como hospedeiros intermediários da esquistossomose mansoni, desempenham esse mesmo papel em ciclos biológicos de outros trematódeos. Os moluscos desse gênero são encontrados no Maranhão em diversos criadouros naturais e próximos a residências, tornando-se o risco de infecção iminente. Objetivo: Realizar um levantamento da biodiversidade de larvas de trematódeos oriundas de caramujos Biomphalaria spp. obtidos de criadouros naturais de dois municípios de São Luís e São Bento, Maranhão. Métodos: Os gastrópodes foram coletados bimestralmente em três pontos distintos de São Luís e São Bento, de fevereiro de 2015 a janeiro de 2016. Os moluscos obtidos foram identificados por meio de morfologia externa e interna. As cercárias obtidas foram fixadas, coradas e identificadas com o auxílio de chaves taxonômicas. Todas as coletas foram autorizadas pelo Instituto Brasileiro de Meio Ambiente - IBAMA, de acordo com a licença N°40025/1 e registro 54354, válida para o período de 2015/2016. Resultados: Foram coletados 2.661 moluscos em São Luís e 1.726 em São Bento, obtendo-se 3,72% (99/2.661) e 4,87% (84/1.726) de planorbídeos positivos para larvas de trematódeos, respectivamente, nas cidades estudadas. A helmintofauna foi representada, em São Luís, por Clinostomidae (0,41%), Diplostomidae (0,56%), Echinostomatidae (0,90%), Schistosomatidae (0,71%), Spirorchiidae (0,41%) e Strigeidae (0,71%); e, em São Bento, por Echinostomatidae (1,80%), Schistosomatidae (0,75%), Spirorchiidae (1,56%) e Strigeidae (0,75%). Entre as cercárias da família Schistosomatidae de ambos os municípios, relatou-se apenas a espécie Schistosoma mansoni. Em São Luís, as espécies de Biomphalaria apresentaram as seguintes taxas de infecção: 1,95% (52/2.661) para B. straminea e 1,76% (47/2.661) para B. glabrata; em São Bento, essas taxas foram de 4,46% (77/1.726) para B. glabrata e 0,40% (7/1.726) para B. straminea. Conclusão: As cercárias identificadas, com exceção de S. mansoni, foram consideradas primeiros relatos para São Luís, enquanto que, para São Bento, obteve-se o primeiro relato para a família Strigeidae.

Palavras-chave: Cercárias; Diversidade; Parasitos; Doenças; Baixada Maranhense.

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PMT25 - LESÕES INTRAEPITELIAIS DE CÉLULAS ESCAMOSAS NO SERVIÇO DE CITOLOGIA ONCÓTICA DO AMBULATÓRIO DO NÚCLEO DE IMUNOLOGIA BÁSICA E APLICADA (NIBA)

João Paulo Pimentel de Sousa, Fabíola Nassar Sousa Frazão, Mateus Victor Pereira Lima, Liwerbeth dos Anjos Pereira, Thállisso Martins da Silva Rodrigues, Maria do Desterro Soares Brandão do Nascimento.

Universidade Federal do Maranhão, São Luís, MA.

Introdução: O câncer cervical representa o segundo câncer mais comum entre as mulheres no mundo. No Brasil, o câncer de colo do útero está entre as 4 primeiras taxas de incidência e mortalidade, representando um sério problema de saúde pública que pode ser evitado se lesões pré-cancerosas forem detectadas em estágios precoces. A história natural do câncer cervical como um processo contínuo de desenvolvimento que progride desde uma neoplasia intraepitelial escamosas de baixo grau (LSIL) para uma neoplasia mais acentuada de alto grau (LSIL) e finalmente para invasão, tem sido base para diagnóstico, tratamento e estratégias preventivas. Metodologia: No presente estudo, participaram pacientes atendidas no serviço de citologia oncótica associado ao Núcleo de Imunologia Básica e Aplicada da UFMA, na faixa etária de 18 a 65 anos e utilizou-se apenas o método citológico convencional para sugerir os diagnósticos das lesões intraepitelias escamosas de baixo grau, lesões intraepiteliais escamosas de alto grau e microinvasão. Resultados: Durante o período de um ano (2016) de estudo, os exames citológicos de 206 pacientes foram interpretados e classificados conforme o Sistema Bethesda. 168 (81,55%), tiveram resultados citológicos negativos para lesões intraepiteliais escamosas ou malignidade. 36 pacientes que apresentaram resultados citológicos alterados, 5 (2,42%) com lesão intraepitelial de baixo grau, 29 (14,07%) com leão intraepitelial de alto grau (HSIL) e 4 (1,94%) com Lesão intra-epitelial de alto grau, não podendo excluir microinvasão. Conclusão: O trabalho em questão mostrou grande prevalência de lesões intraepiteliais de alto grau quando comparado a outros trabalhos, mostrando que mesmo com a implementação do programa de rastreio do câncer cervical, muitas mulheres procuram os serviços com quadros mais avançados, ratificando a extrema importância o rastreio do CCU como, também, da prevalência das suas lesões precursoras.

Palavras-chave: HPV; Lesões Intraepiteliais; Câncer de colo.

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PMT26 - Ascaris lumbricoides: CONHECER PARA PREVENIR

Joao Victor Ferreira Araújo1, Andrea Marques da Silva Pires2.

1 Aluno do curso de Farmácia da Universidade CEUMA de São Luís – MA. 2 Departamento de Farmácia da Universidade CEUMA de São Luís – MA. E-mail: [email protected]

Os helmintos são parasitas transmitidos por diversas vias, sendo o intestino de hospedeiros o seu habitat natural. Ascaris lumbricoides é um nematódeo da família Ascarididae conhecido vulgarmente como lombriga. O parasita apresenta ciclo monoxeno, dispondo como único hospedeiro o homem, além de possuir distribuição geográfica mundial causando em seus hospedeiros a ascaridíase, helmintíase de maior incidência e prevalência no planeta. Diante de sua distribuição este estudo tem como objetivo discutir os principais aspectos de importância médico-sanitárias relacionados ao Ascaris lumbricoides. Foram realizadas pesquisas nas bases de dados Scielo, PubMed e Google Acadêmico entre os anos de 2010 e 2017 nos idiomas inglês, português e espanhol, além da consulta de livros especializados sobre assunto. Uma pesquisa feita por Maia & Hassum (2016) sobre a Região Nordeste demonstrou que pelo menos 50% dos indivíduos estudados possuem algum tipo de infecção causada por Ascaris lumbricoides. O diagnóstico da doença é feito por exames de sedimentação espontânea, que tem como objetivo detectar a presença de ovos nas fezes do hospedeiro. Infelizmente, constatou-se a falta de registros sobre ascaridíase no Brasil, limitados a localidades e populações isoladas. Como sugestão recomenda-se que mais estudos epidemiológicos sejam feitos sobre o assunto com o intuito de diminuir o número de infecções parasitárias no país.

Palavras-chave: Helmintos. Ascaris lumbricoides. Ascaridíase.

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PMT27 - OS GENÓTIPOS DO PAPILOMAVÍRUS HUMANO 68 E 58 SÃO OS MAIS PREVALENTES EM MULHERES DE COMUNIDADES QUILOMBOLAS NO ESTADO DE MARANHÃO - BRASIL

Caio da Costa Cunha, Andrew Yuri de Almeida da Silva, Aurea Mariane de Deus Machado, Breno Facundes Bonfim, Walder Jansen de Mello Lobão, José Eduardo Batista.

Universidade Federal do Maranhão, São Luís, MA.

Introdução: A infecção do trato genital pelo Papilomavírus humano (HPV) é considerada a infecção sexualmente transmissível (IST) mais comum em diversos países. A prevalência dos genótipos do HPV em mulheres pode variar de acordo com a população, principalmente em comunidades com isolamento geográficos como as quilombolas. Objetivos: determinar a freqüência de tipos de vírus do papiloma humano (HPV) e comportamentais, características relacionadas a anormalidades citológicas em mulheres descendentes de escravos, que vivem em isolados comunidades conhecidas como quilombos no estado do Maranhão, no Brasil. Métodos: espécimes cervicovaginais de 353 mulheres foram analisados por citologia convencional e genotipagem. A detecção e genotipagem de HPV foi realizada com iniciadores PGMY09/11, usando um kit teste de genotipagem por hibridização reversa em linha. Fatores comportamentais e sua associação com anormalidades citológicas foram analisados, bem como a associação entre anormalidades citológicas e infecção por HPV. Resultados: A freqüência de infecção por HPV foi de 13% e a infecção por tipos de HPV de alto risco foi mais freqüente do que com tipos de baixo risco (10,2% e 2,8%). Os genótipos mais prevalentes foram HPV 68 (3,1%) e HPV 58 (2,6%). As mulheres positivas para o HPV eram 6.5 vezes mais propensas que as mulheres com HPV-negativas a serem diagnosticado com anormalidades citológicas. Houve associação significativa entre a infecção por HPV e a presença de anormalidades citológicas em mulheres de 31 a 40 anos de idade e em mulheres de 51 a 60 anos de idade. Conclusões: Foi detectado um perfil distinto de genótipos de HPV de alto risco, com predominância de tipos 68 e 58. É possível que os resultados do presente estudo sejam devidos a características específicas da população, que é geograficamente isolada e mantém hábitos sexuais conservadores.

Palavras chaves: Papilomavirus humano, Citologia, Quilombolas

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PMT28 - ESTUDO DE CASO DE DERMATITE SERPIGINOSA EM SÃO LUÍS, MARANHÃO.

Juliana Abenante Fernandes Ferreira¹; Andrea Marques da Silva Pires².

1 Discente de Biomedicina da Universidade Ceuma. 2 Docente de Biomedicina da Universidade Ceuma.

Introdução: A larva migrans é uma Dermatozoonose proveniente da presença de helmintos de animais domésticos, com destaque ao Ancylostoma braziliense e A.caninum, que têm como reservatórios cães, gatos e eventualmente humanos, a transmissão ocorre pelo contado de terra, areia ou locais contaminados por fezes de animais infectados. Representa a segunda maior geohelmintose do Brasil, devido ao clima e ambiente favoráveis ao desenvolvimento do helminto. No início deste estudo, a paciente recebeu orientações e assinou o termo de consentimento livre e esclarecido tornando-se apta a participar deste estudo de caso. Descrição do caso: Paciente de 49 anos, sexo feminino, relatou sintomas de prurido intenso e constante na região dorsal do pé direito, seguido de ardor, lesões crostosas e feridas. Os sintomas surgiram após uma atividade de lazer, no bairro Bequimão, localizado em São Luís-MA, no início de agosto, no qual a paciente relatou ter pisado em um terreno arenoso durante o evento. Logo no dia subsequente a esse episódio, relatou início de sintomas, iniciando auto-medicação com: Cetoconazol 20mg/g, pomada, uso alternativo, porém esta droga foi ineficaz, portanto, ainda persistia os sintomas, após 3 semanas, procurou auxílio médico (clínico geral) em um hospital privado da região e foi diagnosticada com dermatite serpiginosa linear ou ‘bicho-geográfico’ popularmente conhecida. Foi prescrito: thiabendazol, 50 mg/g, pomada, 3x ao dia até o desaparecimento dos sintomas, o que só ocorreu após duas semanas do início do tratamento. A paciente relatou desaparecimento completo, reduzindo a coceira e lesões mediante o uso ininterrupto da medicação. Após 1 mês do tratamento, a paciente apresentou ausência de achados clínicos, e encontra-se em bom estado. Considerações finais: O uso persistente de medicações “administradas por conta própria” pode gerar sérios riscos à saúde da população, pois geralmente não há o conhecimento prévio acerca dos perigos causado, podendo evoluir para danos graves como interações medicamentosas, surtos alérgicos entre outros, afetando diretamente a saúde do indivíduo e em casos mais graves levando a óbito. Medidas de promoção e prevenção de saúde devem ser tomadas pelos órgãos públicos, visando orientar a população quanto a transmissão e locais suscetíveis a contaminação bem como programas de controle de infecções e parasitoses.

Palavras-Chaves: Geohelmintoses, Sintomas, Parasitoses.

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PMT29 - ADESÃO E FORMAÇÃO DE BIOFILME DE ISOLADOS DE Candida parapsilosis DE SECREÇÃO VAGINAL AO COBRE DE DIU

Lidiane Cristina Lima dos Santos Lucena¹, Katia Regina Assunção Borges², Igor Vinícius Pimentel Rodrigues³, Cristina Andrade Monteiro4, Geusa Felipa de Barros Bezerra5.

¹Graduada em Enfermagem, Universidade CEUMA, São Luís – MA. ²Mestranda do Programa de Pós-Graduação em Saúde do Adulto – PPGSAD, Universidade Federal do Maranhão – UFMA, São Luís – MA. ³Mestrando do Programa de Pós-Graduação em Saúde do Adulto – PPGSAD, Universidade Federal do Maranhão – UFMA, São Luís – MA. 4Professora Doutora do Mestrado em Biologia Parasitária, Universidade CEUMA, São Luís – MA. 5Professora Doutora do Mestrado em Saúde do Adulto, da Universidade UFMA, São Luís – MA.

Introdução: A microbiota vaginal normal constitui-se predominantemente por lactobacilos, os quais promovem acidez adequada do ambiente vaginal (pH em torno de 4,5) que dificulta a proliferação da maioria dos microrganismos que podem ser patogênicos. Embora haja esse equilíbrio, vários fatores contribuem para a colonização da vagina por espécies de Candida como: uso de antibióticos que diminui a população de L. acidophilus, uso de espermicida, uso de contraceptivos orais e antifúngicos sem prescrição médica. Objetivo: O objetivo deste estudo foi avaliar o perfil de aderência e formação de biofilme de oito isolados de C. parapsilosis em metal utilizado em DIU. Metodologia: Estudo descritivo, de caráter experimentar e prospectivo abrangendo uma análise quantitativa dos dados. Para o teste foram utilizadas 8 cepas de C. parapsilosis isoladas de secreção vaginal, que apresentaram grande capacidade de adesão e biofilme em trabalho previamente realizado. Para o ensaio de adesão foram confeccionados fragmentos de cobre, onde cada fragmento foi cultivado em tubos contendo 3ml de PBS 1X, os quais foram incubados por 6 horas a 37ºC. Para o ensaio de formação de biofilme cada fragmento foi cultivado em tubos contendo 3ml de BHI+GLICOSE, onde foram incubados por 24 horas a 37ºC. No ensaio de interferência do Bicarbonato de Sódio na adesão ao cobre, foram utilizados 2 tubos para cada isolado, onde um verificou a interferência e o outro foi utilizado como teste controle sem o bicarbonato. Para cada ensaio realizou-se o cultivo de 100 µl em duplicata para a posterior contagem das UFCs. Resultados: Todos os isolados foram capazes de aderir ao cobre, porém o isolado Cp9 foi o que melhor apresentou capacidade de aderência ao mesmo. Com relação à formação de biofilme ao cobre, todos foram capazes de forma biofilme, sendo o isolado Cp62 que apresentou maior número de células planctônicas ao cobre. Ao teste de interferência de Bicarbonato de Sódio observou-se que todos os isolados sofreram uma considerável diminuição de células aderentes ao cobre. Estatisticamente houve interferência significativa (p < 0,05) do bicarbonato de sódio a 6% na aderência de todos os isolados ao cobre. Conclusão: Esta pesquisa mostra que os isolados clínicos estudados são capazes de aderir ao cobre de DIU e formar biofilme, o que aumenta ainda mais o seu poder de virulência. De antemão, o bicarbonato de sódio a 6% demonstrou ser uma boa escolha na interferência desta propriedade de aderência.

Palavras-chave: Aderência; Biofilme; Candida parapsilosis; Diu.

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PMT30 - IDENTIFICAÇÃO DE FUNGOS FILAMENTOSOS ISOLADOS DE LESÕES SUPERFICIAIS EM PACIENTE COM HIV

Willkaro White Halley Soares da Silva¹, Katia Regina Assunção Borges², Igor Vinícius Pimentel Rodrigues³, Cristina Andrade Monteiro4.

¹Graduado em Enfermagem, Universidade CEUMA, São Luís – MA. ²Mestranda do Programa de Pós-Graduação em Saúde do Adulto – PPGSAD, Universidade Federal do Maranhão – UFMA, São Luís – MA. ³Mestrando do Programa de Pós-Graduação em Saúde do Adulto – PPGSAD, Universidade Federal do Maranhão – UFMA, São Luís – MA. 4Professora Doutora do Mestrado em Biologia Parasitária, Universidade CEUMA, São Luís – MA.

Introdução: As dermatomicoses são infecções fúngicas humanas que acometem a pele, pelos e unhas, além de mucosas e zonas cutaneomucosas. Em portadores do vírus HIV essas micoses ocasionam várias lesões devido à baixa imunidade no seu sistema imunológico. Metodologia: Estudo de natureza exploratório-descritiva, prospectivo, com levantamento de dados quantitativos. Os alvos da pesquisa foram pacientes imunodeprimidos tanto do sexo masculino quanto do feminino com diagnóstico de HIV e dermatomicose. As coletas de dado ocorreram entre Agosto e Setembro de 2014 por meio da técnica de microcultivo. Objetivo: A pesquisa teve como objetivo a identificação de fungos filamentosos isolados de lesões superficiais em pacientes com HIV. Resultados: Um total de 60 pacientes com HIV/AIDS foram analisados, destes foram coletados em estudo anterior amostras clínicas de diferentes sítios, as quais foram classificadas de acordo com o local e a característica das lesões. A seguir, foram realizados exames diretos e culturas das lesões, onde foi observado crescimento de fungos filamentosos e leveduriformes. Após exame direto, 28(24.4%) pacientes tiveram lesões sugestivas para fungos filamentosos. Para esta pesquisa foram utilizadas culturas de fungos de 20 pacientes (10%), com crescimento para fungos filamentosos. Entre estes 7 eram do sexo feminino e 13 do sexo masculino com faixa etária variando entre 30 a 68 anos para o feminino e entre 22 a 51 anos para o sexo masculino. Foram classificadas de acordo com o sítio 21 lesões, dentre estas as onicomicoses foram as mais frequentes com 5 ocorrências para as unhas das mãos e 9 para unhas dos pés, e as demais para pele distribuída no abdômen, face, dorso do pé, braço e perna. Os fungos não-dermatófitos mais frequentes foram: Aspergillus niger, Aspergillus flavus e Penicillium sp. Indivíduos com HIV/aids apresentam variadas manifestações clínicas oriundas de micoses que podem ser causadas por fungos emergentes, bem como, diferentes agentes espécies. a necessidade Portanto se faz necessário a identificação ao nível da espécie, com a finalidade de orientar uma melhor abordagem terapêutica e minimizar a exposição desses pacientes a condições de risco de uma infecção disseminada.

Palavras-chave: Taxonomia, Fungos, imunodeprimidos.

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PMT31 - SITUAÇÃO EPIDEMIOLÓGICA DA MALÁRIA NO MARANHÃO NO PERÍODO DE 2014 A 2017

Kelven Ferreira dos Santos1 Wanessa Pinto de Sousa2 Edson Belfort Filho3 Walquíria do Nascimento Silva4

1 Graduação em Enfermagem – UFMA E-mail: [email protected]; 2 Graduação em Enfermagem – UFMA E-mail: [email protected]; 3 Graduação em Enfermagem – UFMA E-mail: [email protected]; 4 Mestrado em Saúde e Ambiente – UFMA E-mail:[email protected]

INTRODUÇÃO: A malária é caracterizada como uma doença infecciosa causada por esporozoítas infectantes pertencentes à família Plasmodiidae e ao gênero Plasmodium, responsáveis por hemoparasitose ao atingir a corrente sanguínea do hospedeiro após a picada de uma fêmea do gênero Anopheles. De maneira habitual, a malária em humanos é causada pelas espécies falciparum, vivax, ovale e malariae, dentre esses, destacam-se no Maranhão os casos de infecção por P. falciparum e P.vivax. De acordo com o Centro de Referência em Doenças Infecciosas e Parasitarias/UFMA (CREDIP), o estado manteve-se eficaz no que diz respeito ao controle do número de casos nos últimos anos. Mas, ainda assim, o território maranhense apresenta números significativos de casos de malária, com distribuição irregular por toda extensão, o que nos mostra a relevância do estudo abordando o referido tema, relatando os dados referentes ao estado do Maranhão e os municípios com maior ocorrência de casos notificados da malária. OBJETIVO: Descrever a situação epidemiológica da malária no Maranhão entre os anos de 2014 e 2017. MÉTODOS: Trata-se de um estudo quantitativo, retrospectivo com abordagem descritiva, analise do contexto ambiental. RESULTADOS: O Maranhão apresenta números significativos de exames positivos para pessoas infectadas com o Plasmodium, apresentando um total de 1.396 casos no ano de 2014, 552 em 2015 e 767 apresentados em 2016, além de janeiro a julho de 2017 com 411 casos. Alguns municípios destacam-se por sua presença constante de exames positivos nos últimos 4 anos, como Amapá do Maranhão, Cândido Mendes, Centro Novo do Maranhão, Governador Nunes Freire, Maracaçumé, Santa Helena e Turilândia, todos localizados nas mesorregiões do Oeste e Norte maranhense, locais próximos a uma região de fronteiras com o Norte brasileiro, onde apresentam-se números substanciais de casos positivos para malária. CONCLUSÃO: Portanto, os dados descritos poderão contribuir para melhor reflexão sobre o controle da malária no estado assim como viabilizar as políticas e ações para eficientizar o controle da malária na saúde pública profilática, ressaltando a importância da detecção e notificação dos casos.

Palavras-Chave: Parasitologia. Infecção. Malária.

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PMT32 - SITUAÇÃO EPIDEMIOLÓGICA DA LEISHMANIOSE NO MARANHÃO, COM ÊNFASE NOS NÚMEROS DE ÓBITOS, NO PERÍODO DE 2014 A 2016

Luana Câmara da Silva, Kelven Ferreira dos Santos, Graciomar Conceição Costa.

Universidade Federal do Maranhão, São Luís, MA.

INTRODUÇÃO:A leishmaniose visceral é caracterizada como uma doença infecciosa sistêmica causada por parasitos do gênero Leishmania. Em seu ciclo evolutivo apresentam as formas promastigotas, localizadas em grandes quantidades no intestino do vetor, o flebotomíneo. Ao realizar o repasto sanguíneo, esse aglomerado de promastigotas são regurgitadas e inoculadas no hospedeiro. Do ponto de vista clínico a infecção apresenta uma evolução crônica com presença de esplenomegalia, hepatomegalia, anemia, hipoalbuminemia, linfadenopatia, emagrecimento, debilidade e óbito. O território maranhense apresenta números significativos de casos de leishmaniose visceral, com distribuição irregular por toda extensão, com uma mudança de habitat significativa do vetor, que se encontra cada vez mais presente na área urbana, o que nos mostra a relevância do estudo abordando o referido tema, relatando os dados referentes ao estado do Maranhão e os municípios com maior ocorrência de casos notificados da leishmaniose. OBJETIVO: Descrever a situação epidemiológica da Leishmaniose no Maranhão, destacando os casos de óbito entre os de 2014 e 2016. MÉTODOS: Trata-se de um estudo quantitativo, retrospectivo com abordagem descritiva, analise do contexto ambiental. RESULTADOS: O Maranhão apresenta números significativos de exames positivos para a Leishmaniose visceral, onde apresentou um total de 484 casos e 24 evoluções para óbito em 2014, 520 com 47 evoluções para óbito no ano de 2015 e 630 em 2016, além números significativos em alguns municípios como São Luís, Santa Inês, Presidente Dutra, Barra do Corda, Codó e Imperatriz. Quando relacionado aos óbitos, apresentaram 13 evoluções confirmadas em 2012, 42 em 2013, 25 no ano de 2014, 65 em 2015 e 57 em 2016. CONCLUSÃO: Portanto, os dados descritos poderão contribuir para melhor reflexão sobre o controle da leishmaniose no estado assim como viabilizar as políticas e ações para eficientizar o controle da doença na saúde pública profilática, ressaltando a importância da detecção e notificação dos casos.

Palavras-chave: Parasitologia, leishmaniose, incidência, óbitos.

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PMT33 - CHECKLIST DAS ESPÉCIES DE BESOUROS DO GÊNERO Paederus (COLEOPTERA: STAPHYLINIDAE) ASSOCIADOS A DERMATITES LINEARES EM CHAPADINHA, NORDESTE DO ESTADO DO MARANHÃO

Luzivan Costa Reis, João Vitor Castro Aguiar, Islana Silva Ponte, Francinaldo Soares Silva.

Universidade Federal do Maranhão, Chapadinha, MA.

INTRODUÇÃO: Na ordem Coleoptera está a família Staphylinidae, nela tem-se o gênero Paederus no qual possui espécies relacionadas com agressões dermatológicas. Popularmente são conhecidos como potó, trepa-moleque e fogo-selvagem. No Brasil 28 espécies de Paederus são identificadas, sendo que algumas dela são vesicantes. Os casos de dermatites vésico-bolhosas ocorrem com o contato da pele humana com a hemolinfa que contém pederina, isto de forma inadvertida. A pederina causa danos ao DNA proporcionado alterações dérmicas acompanhadas pelo surgimento de bolhas e vesículas denominadas de pederismo. Estas lesões apresentam evolução lenta, moderada ou grave e são comumente observadas nas áreas descobertas do corpo. Os indivíduos lesionados apresentam vesiculação, eritema, ulceração e dor no local. No Maranhão tem-se trabalhos sobre biologia e ecologia, mas os registros científicos ainda são escassos, portanto o objetivo desse estudo é listar as espécies de Paederus do Município de Chapadinha, estado do Maranhão, associadas a dermatites lineares na população na época de aparecimento desses besouros. MATERIAL E MÉTODOS: Os potós foram coletados de Abril à Julho de 2017 entre 18h:00 e 06h:00, em área domiciliar e no campus IV da UFMA no município de Chapadinha situada aproximadamente 247 km de distância da capital São Luís. Os insetos foram capturados manualmente e com armadilha luminosa à base de luz florescente negra, depois preservados em álcool 70% e identificados. No total foram capturados 463 indivíduos do gênero Paederus, sendo eles: P. protensus (66,3%), P. columbinus (20,5%), P. brasiliensis (12,9%) e P. mutans (0,21%). Quanto ao percentual por sexo verificou-se que P. protensus apresentou (49,7%) de machos e (16%) de

fêmeas, enquanto a P. brasiliensis (1,7%♂;11,3%♀), P. columbinus (5,3%♂;15,2%♀) e P. mutans com (0,21%). As espécies P. brasiliensis, P. ferus e P. columbinus são identificadas no Brasil como causadoras do pederismo, já P. mutans e P. protensus há registros apenas no estado do Maranhão, levando assim, a inferir que elas podem está causando lesões dérmicas na população da região, mas ainda se estudam os seus reais papeis epidemiológicos. CONCLUSÃO: A partir desse checklist tem-se uma atualização das espécies de besouros vesicantes que ocorrem na microrregião de Chapadinha, onde muitas delas têm importância epidemiológica.

Palavras-chaves: Pederismo, pederina, potó, Chapadinha.

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PMT34 - HELMINTOFAUNA DE EQUINOS DA MESORREGIÃO NORTE MARANHENSE, BRASIL

Tássia L. do Vale1, Edvaldo F. Amorim Filho1, Ronald Luis V. Silva2, Francisco C. Lima3; Rita de Maria Seabra Nogueira1, Ana Clara G. Santos1

1 Mestrado em Ciêncial Animal, Universidade Estadual do Maranhão (UEMA), Cidade Universitária Paulo VI – Caixa Postal 09, São Luís, MA. 2 Discente do Curso de Medicina Veterinária, Universidade Estadual do Maranhão (UEMA), Cidade Universitária Paulo VI – Caixa Postal 09, São Luís, MA. 3 Doscente do Curso de Zootecnia, Universidade Estadual do Maranhão (UEMA), Cidade Universitária Paulo VI – Caixa Postal 09, São Luís, MA.

Os equinos denominados popularmente de “Equino Baixadeiro” é um elemento importante no manejo extensivo da criação de gado da região da Baixada Maranhense, visto que, raças de puro sangue não demonstram bom desempenho às adversidades ambientais típicas da região. Considerando, a inexistência de pesquisas realizadas sobre a helmintofauna nestes animais, justificou-se a realização dessa pesquisa para fornecer informações a fim de melhorar o manejo antiparasitário.O presente estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética de Experimentação Animal da Universidade Estadual do Maranhão sobre o registro de nº 09/2012. A pesquisa teve como objetivo avaliar o parasitismo de helmintos gastrintestinais e pulmonares nos períodos seco e chuvoso em um período de dois anos em equinos da Baixada Maranhense. Foram colhidas 300 amostras de fezes para avaliação da carga parasitária através das técnicas de Willis-Mollay (1921); contagem de ovos por grama de fezes (OPG) através da câmara de McMaster, segundo Gordon & Whitlock modificado (1939), cultivo de larvas segundo Robert & O’ Sullivan (1950) e técnica de Baermann (Cort et al. 1922). Os animais apresentaram mono e poliparasitismo para helmintos gastrintestinais, com carga parasitária nos períodos seco e chuvoso para a Superfamília Strongyloidea (837,33, 1102,66, 1040 e 525,33), Rhabdiasoidea (62,16, 56, 200 e 48) e Ascarioidea (13,33, 16, 34,66 e 50,66), com maior intensidade no período chuvoso para a Superfamília Strongyloidea. Ovos de cestódeos só foram encontrados no período chuvoso. Os animais foram negativos para helmintos pulmonares pelo método de Baermann; entretanto nesse exame foi verificado a presença de larva de Habronema sp. Conclui-se que os eqüinos da Baixada Maranhense são naturalmente parasitados por helmintos gastrintestinais, com cargas parasitárias elevadas para a Superfamília Strongyloidea e que as condições ambientais influenciaram diretamente na helmintofauna.

Palavras-chave: cavalo baixadeiro, helmintos, OPG e cultivo de larvas.

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PMT35 - AVALIAÇÃO DA EFICÁCIA IN VITRO DO EXTRATO BOTÂNICO AQUOSO (EBAD) E HIDROALCÓOLICO (EBHD) DO Eucalyptus sp. E DA Morinda citrifolia (NONI), COMO LARVICIDA DE HELMINTOS GASTRINTESTINAIS EM EQUINOS DA BAIXADA MARANHENSE.

Ronald Luis V. Silva1, Tássia L. do Vale2, Ana Clara G. Santos2.

1 Discente do Curso de Medicina Veterinária, Universidade Estadual do Maranhão (UEMA), Cidade Universitária Paulo VI – Caixa Postal 09, São Luís, MA. 2 Mestrado em Ciêncial Animal, Universidade Estadual do Maranhão (UEMA), Cidade Universitária Paulo VI – Caixa Postal 09, São Luís, MA.

O controle de endoparasitos de equinos é realizado com diferentes classes de anti-helmínticos. Entretanto, existe uma preocupação mundial sobre a resistência dos helmintos. Desta forma busca-se ativamente por formas alternativas de controle que possuam eficácia e baixa ecotoxidade. A pesquisar objetivou avaliar in vitro, a eficácia do Extrato Botânico Aquoso Desidratado (EBAd) e Hidroalcoolico Desidratado (EBHd) das folhas do Eucalyptus sp. e das folhas e fruto com sementes da Morinda citrifolia (noni), como larvicida de helmintos gastrintestinais em equinos da Baixada Maranhense. Pesquisa foi aprovado pelo Comitê de Ética de Experimentação Animal da Universidade Estadual do Maranhão sobre o registro de nº09/2012. As amostras de fezes foram processadas pelos métodos de Willis-Mollay (1921) e Gordon Whitlock modificado (1939). O cultivo de larvas se deu a partir de 1000 OPG pelo método de Robert O’ Sulivan (1950), para a realização dos testes anti-helminticos. Considerar-se-á eficaz o EBAd e EBHd que apresentar percentual de mortalidadede ovo e/ou larva acima de 95% (BRASIL, 1990). O EBAd-Eucalipto apresentou eficácia de 86,16%na concentração de 0,03125g/mL (5%). A maior ação do EBHAd-Eucalipto foi de 27,96% para a concentração de 0,00625g/mL. Contudo essa ação não atingiu a eficácia dos 95% (BRASIL, 1990). O EBAd-Noni demonstrou eficácia de 73,00%, na concentração de 0,0625g/mL (50%), indicando uma possível sensibilidade ao princípio ativo com uma redução de larvas de 86,23%. O Controle Positivo a base de Albendazol-0,033µl/mL apresentou uma eficácia de 100%, demonstrando que os helmintos gastrintestinais de equinos da região da Baixada Maranhense ainda não apresentam resistência a esse princípio ativo. Conclui-se assim que o Eucalipto e o Noni não demonstraram uma eficácia acima de 95% para o controle de helmintos gastrintestinais de equinos, porém possuem uma eficiência significativa. Logo, ambos os extratos demonstraram resultados promissores e mais estudos devem ser realizados.

Palavras-chave: helmintos, cultivo de larvas, fitoterápico e equino.

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PMT36 - O MÉTODO DA PROBLEMATIZAÇÃO NA DISCUSSÃO SOBRE ACIDENTES COM ARANHA-MARROM (Loxosceles spp.) EM SÃO LUÍS-MA

Vanessa Vieira Pinheiro1, Andressa Araújo Santos1, Andressa Rocha Pereira1, Marcos Vinicius Brito1, Thifanny Rodrigues De Oliveira1, Sheila Ricci Lobão Amaral2.

1 Discentes do 4º período da graduação em Medicina da Universidade Federal do Maranhão. 2 Graduada em Medicina pela Universidade Federal do Maranhão. Docente na Universidade Federal do Maranhão. E-mail: [email protected]; [email protected]

INTRODUÇÃO: Acidentes com animais peçonhentos são frequentes no Maranhão. Entre 2010 e 2016, foram registrados 15894 casos do tipo, conforme dados da Secretaria de Zoonoses do estado. Este quadro, associado a fatores como falta de informação da população e de profissionais, constitui um grave problema de saúde pública. Diante disso, alunos do curso de medicina da Universidade Federal do Maranhão propuseram-se a analisar o tema usando o método de problematização, o Arco de Maguerez, que determina etapas baseadas na observação da realidade, elaboração de postos-chave, teorização, hipóteses de solução e aplicação ao contexto. DESCRIÇÃO DA EXPERIÊNCIA: A disseminação, em redes sociais e grandes mídias, de supostos casos de acidentes com aranha-marrom (Loxosceles spp.), em São Luis-MA, em 2017 foi o ponto inicial para atenção ao problema. A partir dessa constatação, buscou-se encontrar informações factuais com levantamento de dados históricos e epidemiológicos sobre o assunto, além de aspectos acerca do envenenamento, como fisiopatologia e tratamento. Opiniões de especialistas consolidaram o que fora visto na literatura anteriormente. As informações obtidas com as entrevistas com esses profissionais possibilitaram o levantamento dos seguintes pontos: A) Apesar do que havia sido divulgado nos meios de comunicação, não houve nenhum surto de Loxosceles no estado. B) O problema dos acidentes com animais peçonhentos no Maranhão é, na verdade, antigo e negligenciado. C) Havia uma falta generalizada de informação sobre o assunto entre a população e os profissionais de saúde. A partir dessas observações, decidiu-se promover uma aula aberta sob o título “Doenças Tropicais Negligenciadas - acidentes com animais peçonhentos no Maranhão”, lecionada pelo Chefe do Departamento de Zoonoses, com público alvo profissional e estudantil da área de saúde, com o objetivo de alertar para a existência dos casos, das subnotificações e informar acerca das principais ações a serem adotadas. CONSIDERAÇÕES FINAIS: A iniciativa mostrou-se de grande importância por incentivar a discussão deste assunto no círculo acadêmico. O processo educativo crítico e reflexivo permite aos participantes ultrapassarem a simples retenção de informações, desenvolvendo habilidades criativas em prol de uma causa.

Palavras-chave: animais peçonhentos; medicina tropical; problematização

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PMT37 - ANALISE ESPACIAL DA HANSENÍASE NO ESTADO DO MARANHÃO.

Walquíria do Nascimento Silva¹, Edson Belfort Filho², Adriana Soraya Araújo1, Kelven Ferreira dos Santos2, Érica Natacha Batista3, Wanessa Pinto de Sousa2.

¹ Mestrado em Saúde e Ambiente – UFMA. ² Graduação em Enfermagem – UFMA 3 Graduação em Geografia – UFMA. E-mail: [email protected]

INTRODUÇÃO: A hanseníase é uma doença crônica, infectocontagiosa, causada por um bacilo capaz de infectar grande número de indivíduos (alta efetividade), embora poucos adoeçam (baixa patogenicidade). Essas propriedades não ocorrem em função apenas das características intrínsecas do agente etiológico, mas dependem, sobretudo, da relação com o hospedeiro e o grau de endemicidade do meio. A hanseníase parece ser uma das mais antigas doenças que acomete o homem. Embora, até pouco tempo motivo de estigma e exclusão, a doença tem obtido avanços consideráveis, dentre eles a eficácia do tratamento capaz de curar a totalidade dos casos. Baseado no contexto histórico, presume-se que nenhuma outra doença causou tanto estigma e exclusão social como a hanseníase, devido as associações com castigos, impurezas e pecados. A falta de conhecimento sobre a doença, o medo e o receio dos portadores são sentimentos que podem dificultar o tratamento. O principal agente etiológico da hanseníase é o Mycobacterium leprae, transmitido por contato íntimo e prologado com pessoas portadoras de formas mais infectantes e ainda não tratadas. Estudos realizados no maranhão mostram que a população com maior taxa de prevalência é adolescente, com média de 15 anos e crianças. A forma clínica mais prevalecente é a multibacilar. OBJETIVO: Descrever a prevalência da hanseníase no maranhão no ano de 2015 através de uma análise espacial. MÉTODOS: Trata-se de um estudo descritivo utilizando dados do SINAN (Sistema de Informação de Agravos e Notificação) que foram analisados no programa ArcGis 10.1 para confecção da análise espacial da prevalência de hanseníase no ano de 2015. RESULTADOS: Estudos epidemiológicos realizados na Região Nordeste mostraram que, mesmo com a intensificação das ações de controle da doença, são muitos os municípios que ainda não cumpriram as metas estabelecidas pelo Programa Nacional de Combate a Hanseníase. O Relatório técnico emitido pelo Centro de Referência em Doenças Infecciosas e Parasitárias (CREDIP) do Maranhão, em consonância com as considerações feitas pela Organização Mundial de Saúde mostram que Brasil é o segundo país em prevalência de hanseníase no mundo, com 33.303 casos novos e coeficiente de detecção (17,17/100.000 Habitantes). Dentro desta estatística, o Maranhão ocupa o terceiro lugar entre os estados brasileiros, com o coeficiente de detecção (5,22 /10.000 Habitantes), sendo classificado como hiperendêmico para hanseníase. Presume-se que em regiões de clima temperado e tropical, a hanseníase apresenta altas taxas de incidência. O Brasil mantém nas últimas décadas a situação mais desfavorável da América, como apontam os boletins epidemiológicos. CONCLUSÃO: Portanto o alto coeficiente de prevalência registrado no ano de 2015 em consonância com estudos realizados entre os anos de 2001 e 2014, demonstram que a hanseníase entre os brasileiros é um problema de saúde pública, associado na maioria das vezes a condições desfavoráveis tais como: padrões sanitários, ambientais, biológicos e econômicos. A meta da Secretaria Estadual de Saúde do Maranhão SES/MA é de controle da incidência até 2018, tendo como principais estratégias o apoio de pesquisas locais e ações junto aos diversos serviços de atenção básica e controle da hanseníase.

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PMT38 - PREDOMÍNIO DAS ESPÉCIES DE Plasmodium QUE INFECTAM O HOMEM NO MARANHÃO NO PERÍODO DE 2014 A 2017

Wanessa Pinto de Sousa ¹ Kelven Ferreira dos Santos² Edson Belfort Filho³ Walquíria do Nascimento Silva4

¹ Graduação em Enfermagem – UFMA. 2 Mestrado em Saúde e Ambiente – UFMA E-mail: [email protected]; [email protected]

INTRODUÇÃO: A malária é uma doença infecciosa febril aguda, causada por protozoários, transmitidos pela fêmea infectada do mosquito Anopheles. O agente etiológico é um protozoário do gênero Plasmodium e quatro espécies são capazes de infectar o homem: Plasmodium vivax, Plasmodium falciparum, Plasmodium malariae e Plasmodium ovale. O período de incubação da malária varia de 7 a 14 dias, podendo, contudo, chegar a vários meses em condições especiais, no caso de P. vivax e P. malariae. A maioria dos casos de malária se concentra na região Amazônica (Acre, Amapá, Amazonas, Maranhão, Mato Grosso, Pará, Rondônia, Roraima e Tocantins), área endêmica para a doença. No Maranhão, cujas características ambientais são altamente favoráveis à permanência de plasmódios, a malária é uma doença endêmica, principalmente porque há bons criadouros naturais do anofelino vetor e a exposição de grandes contingentes populacionais. A malária no Maranhão atinge as populações rurais ou semi-rurais e as recentemente fixadas em áreas de difícil acesso onde desenvolvem atividades na lavoura, na pesca, em desmatamentos para extração da madeira, no plantio de capim, em projetos de reflorestamento e em garimpos. OBJETIVO: Descrever o predomínio das espécies parasitárias de plasmodium no Maranhão entre os anos de 2014 a 2017. MÉTODOS: Trata-se de um estudo quantitativo, retrospectivo com abordagem descritiva. RESULTAODOS: Foram notificados 3.126 casos de malária no estado do Maranhão no período de 01 de janeiro de 2014 a 31 de junho de 2017, dos quais 2.706 (86,5%) foram causados pela espécie plasmodium vivax, 325 (10,8%) pela espécie P. falciparum, 86 (2,7%) ocorreu de forma mista pelas espécies P. falciparum e P. vivax, 8 pela espécie P. malarie (0,02%) e 1 (0,003%) pela espécie P. ovale; 995 desses casos são autóctones, os demais são importados de outra federação ou país. No período analisado, o predomínio maior foi por P. vivax. Os dados mostram diminuição do número de casos de malária por P. Vivax e P. falciparum no ano de 2015 em relação a 2014, porém em 2016 o número volta a aumentar. Em 2017, foram analisados de janeiro a junho, e o número de casos já se aproximava dos verificados em 2015. A cidade com maior prevalência de P. vivax foi Amapá do Maranhão, com 153 casos e índice parasitário de 22,7 em 2014. E a cidade com maior prevalência de P. falciparum foi Itaipava do Grajau com 10 casos em 2017, mas o índice parasitário é de 0,6. CONCLUSÃO: Portanto, o estado do Maranhão conseguiu êxito no combate da malária, comparando 2014 e 2016, mas é necessário aperfeiçoar as medidas de controle da doença, pois a concentração de casos em determinadas cidades no decorrer dos anos sinaliza a vulnerabilidade para a malária no estado. Assim, é indispensável o combate ao vetor, o diagnóstico precoce da doença e tratamento eficaz, para evitar novos casos.

Palavras-chave: Malária. Plasmodium. Maranhão.

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V Congresso Maranhense de História da Medicina e XXV Jornada de Parasitologia e Medicina Tropical do Maranhão

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PMT39 - CONTAMINAÇÃO EM AREIA DE PRAIA POR PARASITOS: PRAIA DE SÃO MARCOS, SÃO LUIS, MA.

Leila Cristina Almeida de Sousa1, Maria Raimunda Chagas Silva1, Thais Nayra da Silva Macedo2.

1 Professora-Universidade Ceuma. 2 Graduanda curso de enfermagem - Universidade Ceuma.

Introdução:O crescimento urbano desordenado nas áreas litorâneas vem provocando a degradação ambiental das praias, com a introdução de bares, a falta de saneamento básico, e a especulação imobiliária vem alterando o equilíbrio natural das praias, contribuindo para o surgimento de problemas decorrente da falta de sensibilidade dos frequentadores das praias. A contaminação das areias em áreas de lazer constitui assim um problema de saúde pública, devido ao elevado número de pessoas que podem contrair alguma doença ou infecção causada pelos agentes patológicos. Os cães errantes contribuem potencialmente como hospedeiros definitivos para algumas espécies de helmintos, que são transmissores de doenças que acometem o homem essa contaminação ocorre principalmente em crianças, por manusear areias em praias e praças públicas, levando em consideração que dentre os diversos helmintos o de maior facilidade de contaminação são os agentes etiológicos da Larva Migrans Visceral (LMV), Larva Migrans Cutânea (LMC), ambos com potencial zoonótico. Objetivo: O trabalho teve como objetivo identificar os principais grupos de parasitos presentes no local e conscientizar a população quanto às medidas de higiene durante a recreação. Método: O ambiente da pesquisa foi à praia de São Marcos, praia de localização urbana, de fácil acesso. É uma pesquisa qualitativa e visa pesquisar a presença de estruturas infectantes de parasitos que podem acometer humanos. Os procedimentos metodológicos baseiam-se no método de Hoffman, em função do baixo custo que estes métodos dispõem, a coleta ocorreu nos meses de julho a setembro de 2017, em três pontos, coletando-se areia superficial, totalizando 40 amostras. Foi registrada nos dias de coleta a presença de cães e a saída de esgoto doméstico. Resultados: A análise das sub amostragens revelaram a presença de Ancylostoma spp, em todas as amostras, seguido pelos protozoários Balantidium sp. e Euplotes sp., em amostras próximas aos esgotos domésticos. Conclusão: Observa-se a extrema necessidade de instalação de redes de esgoto no local, além do controle de animais errantes que frequentam e defecam nas áreas de recreação humana. Assim, deve-se contactar com a zoonoses para realizar a retirada dos animais errantes da região, diminuindo a possibilidade de realização de um ciclo de um parasita, e uma possível infecção humana posteriormente.

Palavras-Chave: parasitos, praia, São Luís, contaminação.

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CRM - MA CONSELHO REGIONAL DE MEDICINA DO M AR ANHÃO