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KPDS 155306 Vale do Tijuco Açúcar e Álcool S.A. Demonstrações financeiras em 31 de março de 2016 e 2015

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KPDS 155306

Vale do Tijuco Açúcar e Álcool S.A. Demonstrações financeiras em 31 de março de 2016 e 2015

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Demonstrações financeiras em 31 de março de 2016 e 2015

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Conteúdo Relatório dos auditores independentes sobre as demonstrações financeiras 3

Balanços patrimoniais 5

Demonstrações de resultados 6

Demonstrações de resultados abrangentes 7

Demonstrações das mutações do patrimônio líquido 8

Demonstrações dos fluxos de caixa - Método indireto 9

Notas explicativas às demonstrações financeiras 10

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KPMG Auditores Independentes, uma sociedade simples brasileira e firma-membro da rede KPMG de firmas-membro independentes e afiliadas à KPMG International Cooperative (“KPMG International”), uma entidade suíça.

KPMG Auditores Independentes, a Brazilian entity and a member firm of the KPMG network of independent member firms affiliated with KPMG International Cooperative (“KPMG International”), a Swiss entity.

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KPMG Auditores Independentes Passeio das Castanheiras, 431 - Salas 407 a 411 Condomínio Tríade - Torre Nova York - Parque Faber Castell 13561-384 - São Carlos/SP - Brasil Caixa Postal 708 - CEP 13560-970 - São Carlos/SP - Brasil Telefone 55 (16) 2106-6700, Fax 55 (16) 2106-6767 www.kpmg.com.br

Relatório dos auditores independentes sobre as demonstrações financeiras Aos Diretores e aos Acionistas da Vale do Tijuco Açúcar e Álcool S.A. Uberaba - MG Examinamos as demonstrações financeiras da Vale do Tijuco Açúcar e Álcool S.A. (“Companhia”), que compreendem o balanço patrimonial em 31 de março de 2016 e as respectivas demonstrações do resultado, do resultado abrangente, das mutações do patrimônio líquido e dos fluxos de caixa para o exercício findo naquela data, assim como o resumo das principais práticas contábeis e demais notas explicativas. Responsabilidade da administração sobre as demonstrações financeiras A administração da Companhia é responsável pela elaboração e adequada apresentação dessas demonstrações financeiras de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil, assim como pelos controles internos que ela determinou como necessários para permitir a elaboração de demonstrações financeiras livres de distorção relevante, independentemente se causada por fraude ou erro. Responsabilidade dos auditores independentes Nossa responsabilidade é a de expressar uma opinião sobre essas demonstrações financeiras com base em nossa auditoria, conduzida de acordo com as normas brasileiras e internacionais de auditoria. Essas normas requerem o cumprimento de exigências éticas pelos auditores e que a auditoria seja planejada e executada com o objetivo de obter segurança razoável de que as demonstrações financeiras estão livres de distorção relevante.

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Uma auditoria envolve a execução de procedimentos selecionados para obtenção de evidência a respeito dos valores e divulgações apresentados nas demonstrações financeiras. Os procedimentos selecionados dependem do julgamento do auditor, incluindo a avaliação dos riscos de distorção relevante nas demonstrações financeiras, independentemente se causada por fraude ou erro. Nessa avaliação de riscos, o auditor considera os controles internos relevantes para a elaboração e adequada apresentação das demonstrações financeiras da Companhia para planejar os procedimentos de auditoria que são apropriados nas circunstâncias, mas não para fins de expressar uma opinião sobre a eficácia desses controles internos da Companhia. Uma auditoria inclui, também, a avaliação da adequação das práticas contábeis utilizadas e a razoabilidade das estimativas contábeis feitas pela administração, bem como a avaliação da apresentação das demonstrações financeiras tomadas em conjunto. Acreditamos que a evidência de auditoria obtida é suficiente e apropriada para fundamentar nossa opinião. Opinião Em nossa opinião, as demonstrações financeiras, acima referidas, apresentam adequadamente, em todos os aspectos relevantes, a posição patrimonial e financeira da Vale do Tijuco Açúcar e Álcool S.A. em 31 de março de 2016, o desempenho de suas operações e os seus fluxos de caixa para o exercício findo naquela data, de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil. Ênfase Sem modificar nossa opinião, chamamos a atenção para a nota explicativa nº 1 às demonstrações financeiras, onde demonstra que o total do passivo circulante da Companhia excedeu o total do ativo circulante em R$ 323.992 mil em 31 de março de 2016. Essa condição, juntamente com outros assuntos, conforme descrito na nota explicativa nº 1, indicam a existência de incerteza significativa que pode levantar dúvida significativa quanto à capacidade de continuidade operacional da Companhia. Nossa opinião não contém ressalva relacionada a esse assunto. São Carlos, 27 de junho de 2016 KPMG Auditores Independentes CRC 2SP014428/O-6 André Luiz Monaretti Contador CRC 1SP160909/O-3

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Balanços patrimoniais em 31 de março de 2016 e 2015

(Em milhares de Reais)

Ativo Nota 2016 2015 Passivo Nota 2016 2015Circulante Circulante

Caixa e equivalentes de caixa 8 63.697 141.271 Empréstimos e financiamentos 16 335.616 448.172 Aplicações financeiras vinculadas 9 36.008 - Debêntures 17 40.486 93.042 Contas a receber de clientes e outros recebíveis 10 14.311 7.369 Fornecedores e outras contas a pagar 18 61.055 59.479 Estoques 11 26.763 19.841 Instrumentos financeiros derivativos 23 40.046 31.999 Impostos e contribuições a recuperar 12 19.368 16.024 Provisões e encargos trabalhistas 12.584 19.296 Instrumentos financeiros derivativos 23 11.679 - Obrigações fiscais 2.555 2.472 Adiantamento a fornecedores e outros ativos 13 58.891 34.316 Adiantamento de clientes 19 58.532 46.761

Outros passivos circulantes 3.835 7.854 Total do ativo circulante 230.717 218.821

Total do passivo circulante 554.709 709.075 Realizável a longo prazo

Contas a receber de clientes e outros recebíveis 10 4.443 3.213 Não CirculanteAdiantamento a fornecedores e outros ativos 13 6.923 7.908 Empréstimos e financiamentos 16 217.397 164.750 Depósitos judiciais 1.539 880 Debêntures 17 51.439 - Instrumentos financeiros derivativos 23 5.479 - Fornecedores e outras contas a pagar 18 751 - Impostos e contribuições a recuperar 12 42.511 29.817 Instrumentos financeiros derivativos 23 10.496 - Imposto de renda e contribuição social diferidos 24 7.118 28.142 Ouros passivos 1.913 -

Provisões para contingências 20 787 818 Total do realizável a longo prazo 68.013 69.960

Total do passivo não circulante 282.783 165.568 Investimentos 2 2 Ativo biológico 14 207.553 190.328 Patrimônio líquidoImobilizado 15 450.025 463.827 Capital social 21 273.718 173.718 Intangível 4.407 4.225 Ajuste de avaliação patrimonial (23.129) (59.000)

Prejuízos acumulados (127.364) (42.198) Total do ativo não circulante 730.000 728.342

Total do patrimônio líquido 123.225 72.520

Total do passivo 837.492 874.643

Total do ativo 960.717 947.163 Total do passivo e patrimônio líquido 960.717 947.163

As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras.

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Demonstrações de resultados

Exercícios findos em 31 de março de 2016 e 2015

(Em milhares de Reais)

Nota 2016 2015

Receita operacional 25 422.180 476.430 Variação do valor justo de ativo biológico 14 21.310 1.223 Custo das vendas e serviços 26 (379.068) (351.325)

Lucro bruto 64.422 126.328

Despesas com vendas 26 (34.065) (35.909) Despesas administrativas 26 (9.605) (13.841) Outras receitas operacionais (1.993) 1.450

(45.663) (48.300)

Resultado antes das receitas (despesas) financeiras líquidas e impostos 18.759 78.028

Despesas financeiras 27 (211.242) (83.770) Receitas financeiras 27 109.804 13.107

Despesas financeiras líquidas 27 (101.438) (70.663)

Resultado antes dos impostos (82.679) 7.365

Imposto de renda e contribuição social diferidos 24 (2.487) 373

(2.487) 373

(Prejuízo) lucro líquido do exercício (85.166) 7.738

As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras.

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Demonstrações de resultados abrangentes

Exercícios findos em 31 de março de 2016 e 2015

(Em milhares de Reais)

2016 2015

(Prejuízo) lucro do exercício (85.166) 7.738

Ganhos (perdas) líquidos de hedge de fluxo de caixa 35.871 (53.209)

Resultado abrangente total (49.295) (45.471)

As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras.

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Demonstrações das mutações do patrimônio líquido

Exercícios findos em 31 de março de 2016 e 2015

(Em milhares de Reais)

Ajuste Total doCapital de avaliação Prejuízos patrimônio

Nota social patrimonial acumulados liquido

Saldo em 1º de abril de 2014 21 173.718 (5.791) (49.936) 117.991

Outros resultados abrangentes:Perdas líquidas de hedge de fluxo de caixa - (53.209) - (53.209) Lucro líquido do exercício - - 7.738 7.738

Saldo em 31 de março de 2015 21 173.718 (59.000) (42.198) 72.520

Aumento de capital por integralização, conforme ata de reunião de 27 de novembro de 2015 100.000 - - 100.000 Outros resultados abrangentesGanhos líquidos de hedge de fluxo de caixa - 35.871 - 35.871 Prejuízo do exercício - - (85.166) (85.166)

Saldo em 31 de março de 2016 21 273.718 (23.129) (127.364) 123.225

As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras.

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Demonstrações dos fluxos de caixa - método indireto

Exercícios findos em 31 de março de 2016 e 2015

(Em milhares de Reais)

Nota 2016 2015Fluxo de caixa das atividades operacionaisResultado do exercício (85.166) 7.738 Ajustes para conciliar o resultado:Variação do valor justo do ativo biológico (21.310) (1.223) Depreciação e amortização 38.741 37.771 Redução do ativo biológico pela colheita da cana de açúcar 39.246 37.040 Amortização de entressafra 36.503 36.792 Amortização de tratos cana soca 34.868 22.051 Valor residual de ativo imobilizado baixado 7.363 9.649 Juros sobre empréstimos e financiamentos 72.660 64.921 Variação cambial sobre empréstimos e aplicações não realizados 16.487 (5.092) Perdas não realizadas com instrumentos financeiros derivativos 43.861 19.608 Reversão da provisão para créditos de liquidação duvidosa - 3 Constituíção/reversão de provisão para contingências e outros passivos (31) (390) Imposto de renda e contribuição social diferidos 2.487 (373)

185.709 228.495

(Aumento) redução em contas a receber de clientes e outros recebíveis (8.831) 18.661 (Aumento) redução em estoques (6.922) 1.051 (Aumento) em impostos e contribuições a recuperar (16.038) (330) (Aumento) em adiantamento a fornecedores e outros ativos (23.590) (14.604) Aumento (redução) em fornecedores e outras contas a pagar 2.327 (31.032) (Redução) aumento em provisões e encargos trabalhistas (6.712) 3.216 Aumento em obrigações fiscais 83 199 Aumento em adiantamento de clientes 11.771 46.501 (Redução) aumento em outros passivos (2.106) 5.516

Caixa proveniente das atividades operacionais 135.691 257.673

Pagamento de juros sobre empréstimos e financiamentos (71.365) (63.788)

Fluxo de caixa proveniente das atividades operacionais 64.326 193.885

Fluxo de caixa das atividades de investimentosAumento de aplicações financeiras vinculadas (36.008) - Formação do ativo biológico (70.029) (69.786) Aquisição de ativo imobilizado 31 b (58.400) (44.674) Aquisição de ativo intangível (1.055) (1.694) Recebimentos proveniente da alienação de ativo imobilizado - 9.764

Fluxo de caixa (utilizado nas) atividades de investimentos (165.492) (106.390)

Fluxo de caixa das atividades de financiamentosCaptação de empréstimos e financiamentos 317.580 242.354 Pagamento de principal de empréstimos e financiamentos (394.252) (248.987) Aumento de capital 100.000 -

Fluxo de caixa proveniente das (utilizado nas) atividades de financiamentos 23.328 (6.633)

(Redução) aumento líquido em caixa e equivalentes de caixa (77.838) 80.862

Caixa e equivalentes de caixa em 1º de abril 141.271 60.409 Efeito da variação cambial sobre o caixa e equivalentes de caixa 264 -

Caixa e equivalentes de caixa em 31 de março de 2016 31 a 63.697 141.271

As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras.

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Notas explicativas às demonstrações financeiras (Em milhares de Reais)

1 Contexto operacional A Companhia, localizada na Rodovia BR 050 (KM 21) - Bairro Industrial de Uberaba, tem como objeto a produção, comercialização e exportação de açúcar, etanol e outros produtos derivados do processamento de cana-de-açúcar; a prestação de serviços a terceiros e a industrialização por ordem destes; a co-geração e a comercialização de energia elétrica, podendo atuar com a exploração e comercialização de cultivo de cana-de-açúcar, em terras próprias ou de terceiros; a intermediação de venda de cana-de-açúcar e a participação em outras sociedades, como sócia ou acionista. A Vale do Tijuco Açúcar e Álcool S.A. teve suas operações iniciadas em 12 de abril de 2010. Sua planta industrial possui capacidade de moagem aproximada para 4 milhões de toneladas de cana-de-açúcar por safra, produzindo açúcar, etanol anidro, etanol hidratado e energia, bem como os subprodutos óleo fusel e bagaço de cana. O plantio de cana-de-açúcar requer um período de até 18 meses para maturação e início de colheita, a qual ocorre, geralmente, entre os meses de abril a novembro. A comercialização da produção ocorre durante todo o ano e não sofre variações decorrentes de sazonalidade, mas somente da variação da oferta e demanda normais de mercado (preço de commodity e variação cambial). A administração como forma de alongar o perfil da dívida da Companhia, a qual, em 31 de março de 2016, apresenta o passivo circulante em excesso ao ativo circulante, no montante de R$ 323.992 já está em renegociação dos saldos de financiamentos e captação de recursos adequados ao financiamento da atividade além de alongamento do perfil da dívida, junto aos principais bancos credores cujo endividamento encontra-se classificado no passivo circulante, de forma a readequar seu fluxo de caixa operacional. Dentre as principais ações tomadas, destaca-se as seguintes medidas:

• Em 27 de novembro de 2015 foi aportado pela acionista um montante já previsto de R$ 100.000 como aumento de capital.

• Busca de uma linha de longo prazo de R$ 200.000 junto a bancos de primeira linha para adequação do capital de giro e redução das despesas financeiras, sendo que conforme mencionado na nota explicativa nº 33 a Companhia já obteve sucesso em parte de suas negociações e captou novos recursos de longo prazo no montante de R$ 95.385.

• Fluxo de caixa projetado com redução da dívida para próximas safras, sendo R$ 18.000 para safra 16/17.

• Negociação de waiver referente a índices financeiros que não foram atingidos e consequentemente, o montante de R$ 106.911 foi reclassificado do passivo não circulante para o passivo circulante em 31 de março de 2016. O planejamento estratégico que a Companhia vem implementando, tem como objetivo a geração de resultados positivos nos próximos exercícios.

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Essas estratégias foram aprovadas pelos acionistas da Companhia.

2 Base de preparação Declaração de conformidade (com relação às normas do CPC) As demonstrações financeiras foram preparadas de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil (BR GAAP) que seguem os pronunciamentos emitidos pelo Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC). A emissão das demonstrações financeiras foi autorizada pela Administração em 27 de junho de 2016. Detalhes sobre as principais políticas contábeis da Companhia, estão apresentadas na nota explicativa nº 6.

3 Moeda funcional e moeda de apresentação Estas demonstrações financeiras estão apresentadas em Reais, que é a moeda funcional da Companhia. Todas os saldos foram arredondados para o milhar mais próximo, exceto quando indicado de outra forma.

4 Uso de estimativas e julgamentos Na preparação das demonstrações financeiras a Administração utilizou julgamentos, estimativas e premissas que afetam a aplicação de políticas contábeis da Companhia e os valores reportados de ativos, passivos, receitas e despesas. Os resultados reais podem divergir dessas estimativas. As estimativas e premissas são revistas de forma maneira contínua. As revisões das estimativas são reconhecidas prospectivamente.

a. Incertezas sobre premissas e estimativas As informações sobre incertezas relacionadas a premissas e estimativas que possuem um risco significativo de resultar em um ajuste material dentro no exercício a findar-se em 31 de março de 2017 estão incluídas nas seguintes notas explicativas:

• Nota explicativa nº 10 - realização do contas a receber e outros recebíveis;

• Nota explicativa nº 20- reconhecimento e mensuração de provisões para contingências: principais premissas sobre a probabilidade e magnitude das saídas de recursos; e

• Nota explicativa nº 24 - reconhecimento de ativos fiscais diferidos: disponibilidade de lucro tributável futuro contra o qual prejuízos fiscais possam ser utilizados. Mensuração do valor justo Uma série de políticas e divulgações contábeis da Companhia requer a mensuração de valor justo, para os ativos e passivos financeiros e não financeiros. A Companhia estabeleceu uma estrutura de controle relacionada à mensuração do valor justo. Isso inclui uma equipe de avaliação que possui a responsabilidade geral de revisar todas as mensurações significativas de valor justo.

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A Companhia revisa regularmente dados não observáveis significativos e ajustes de avaliação. Se a informação de terceiros, tais como cotações de corretoras ou serviços de preços, é utilizada para mensurar os valores justos, a equipe de avaliação analisa as evidências obtidas de terceiros para suportar a conclusão de que tais avaliações atendem os requisitos do CPC, incluindo o nível na hierarquia do valor justo em que tais avaliações devem ser classificadas. Ao mensurar o valor justo de um ativo ou um passivo, a Companhia usa dados observáveis de mercado, tanto quanto possível. Os valores justos são classificados em diferentes níveis em uma hierarquia baseada nas informações (inputs) utilizadas nas técnicas de avaliação da seguinte forma:

• Nível 1: preços cotados (não ajustados) em mercados ativos para ativos e passivos e idênticos.

• Nível 2: inputs, exceto os preços cotados incluídos no Nível 1, que são observáveis para o ativo ou passivo, diretamente (preços) ou indiretamente (derivado de preços).

• Nível 3: inputs, para o ativo ou passivo, que não são baseados em dados observáveis de mercado (inputs não observáveis). A Companhia reconhece as transferências entre níveis da hierarquia do valor justo no final do período das demonstrações financeiras em que ocorreram as mudanças. Informações adicionais sobre as premissas utilizadas na mensuração dos valores justos estão incluídas nas seguintes notas explicativas:

• Nota explicativa nº 14 - Ativo biológico; e

• Nota explicativa nº 23 - Instrumentos financeiros.

5 Base de mensuração As demonstrações financeiras foram preparadas com base no custo histórico, com exceção dos seguintes itens materiais reconhecidos nos balanços patrimoniais:

• Os instrumentos financeiros derivativos são mensurados pelo valor justo;

• Os instrumentos financeiros não derivativos designados pelo valor justo por meio do resultado são mensurados pelo valor justo; e

• Os ativos biológicos são mensurados pelo valor justo menos o custo das vendas.

6 Principais políticas contábeis A Companhia aplicou as políticas contábeis descritas abaixo de maneira consistente a todos os exercícios apresentados nestas demonstrações financeiras.

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a. Receita operacional

(i) Venda de produtos A receita operacional é reconhecida quando (i) os riscos e benefícios mais significativos inerentes a propriedade dos bens forem transferidos para o comprador, (ii) for provável que os benefícios econômicos financeiros fluirão para a Companhia, (iii) os custos associados e a possível devolução de mercadorias puderem ser estimados de maneira confiável, (iv) não haja envolvimento contínuo com os bens vendidos, e (v) o valor da receita possa ser mensurado de maneira confiável. A receita é medida líquida de devoluções, descontos comerciais e bonificações. O momento da transferência de riscos e benefícios varia dependendo das condições individuais de cada contrato de venda. Para as vendas de açúcar e etanol no mercado interno, a transferência normalmente ocorre quando o produto é entregue no estabelecimento do cliente ou quando é retirado pelo cliente nas dependências da Companhia. No caso das vendas no mercado externo a transferência ocorre mediante o carregamento das mercadorias no transportador pertinente no porto do vendedor.

(ii) Venda de energia elétrica A receita proveniente da venda da geração de energia elétrica é registrada com base na energia assegurada e com tarifas especificadas nos termos dos contratos de fornecimento ou no preço do mercado em vigor, conforme o caso. Conforme mencionado na nota explicativa nº 25 a Companhia possui contrato futuro para comercialização de energia elétrica no volume total de MWh 61.320 por ano/safra.

b. Receitas financeiras e despesas financeiras As receitas e despesas financeiras da Companhia compreendem:

• Ganhos/perdas com instrumentos financeiros derivativos;

• Ganhos/perdas líquidos de variação cambial sobre ativos e passivos financeiros;

• Despesas com juros sobre empréstimos e financiamentos; e

• Outras receitas e despesas financeiras. As receitas e as despesas financeiras são reconhecidas no resultado através do método dos juros efetivos.

c. Moeda estrangeira Transações em moeda estrangeira Transações em moeda estrangeira são convertidas para a moeda funcional da Companhia pelas taxas de câmbio nas datas das transações. Ativos e passivos monetários denominados e apurados em moedas estrangeiras na data do balanço são reconvertidos para a moeda funcional à taxa de câmbio naquela data. Ativos e passivos não monetários que são mensurados pelo valor justo em moeda estrangeira são

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reconvertidos para a moeda funcional à taxa de câmbio na data em que o valor justo foi determinado. Itens não monetários que são mensurados com base no custo histórico em moeda estrangeira são convertidos pela taxa de câmbio na data da transação. As diferenças de moedas estrangeiras resultantes da conversão são geralmente reconhecidas no resultado. No entanto, as diferenças cambiais resultantes da reconversão do hedge de fluxo de caixa efetivo são reconhecidas em outros resultados abrangentes.

d. Benefícios a empregados

(i) Benefícios de curto prazo a empregados Obrigações de benefícios de curto prazo a empregados são reconhecidas como despesas de pessoal conforme o serviço correspondente seja prestado. O passivo é reconhecido pelo montante do pagamento esperado caso a Companhia tenha uma obrigação legal ou construtiva de pagar esse montante em função de serviço passado prestado pelo empregado e a obrigação possa ser estimada de maneira confiável.

(ii) Plano de contribuição definida As obrigações por contribuições aos planos de contribuição definida são reconhecidas no resultado como despesas com pessoal quando os serviços relacionados são prestados pelos empregados. As contribuições pagas antecipadamente são reconhecidas como um ativo na extensão em que um reembolso de caixa ou uma redução em pagamentos futuros seja possível. A Companhia não possui outros benefícios pós-emprego.

(iii) Plano de benefício definido A obrigação líquida da Companhia para os planos de benefício definido é calculada para cada um dos planos com base na estimativa do valor do benefício futuro que os empregados receberão como retorno pelos serviços prestados no período atual e em períodos anteriores. Esse valor é descontado ao seu valor presente e é apresentado líquido do valor justo de quaisquer ativos do plano. O cálculo da obrigação de plano de benefício definido é realizado anualmente por um atuário qualificado utilizando o método de crédito unitário projetado. Quando o cálculo resulta em um potencial ativo para a Companhia, o ativo a ser reconhecido é limitado ao valor presente dos benefícios econômicos disponíveis na forma de reembolsos futuros do plano ou redução nas futuras contribuições ao plano. Para calcular o valor presente dos benefícios econômicos são levadas em consideração quaisquer exigências mínimas de custeio aplicáveis.

e. Imposto de renda e contribuição social O imposto de renda e a contribuição social do exercício corrente e diferido são calculados com base nas alíquotas de 15%, acrescidas do adicional de 10% sobre o lucro tributável excedente de R$ 240 (base anual) para imposto de renda e 9% sobre o lucro tributável para a contribuição social sobre o lucro líquido, e consideram a compensação de prejuízos fiscais do imposto de renda e a base negativa de contribuição social, limitada a 30% do lucro tributável no exercício. A despesa com imposto de renda e contribuição social compreende os impostos de renda e contribuição social correntes e diferidos. O imposto corrente e o imposto diferido são reconhecidos no resultado a menos que estejam relacionados a itens diretamente reconhecidos no patrimônio líquido ou em outros resultados abrangentes.

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(i) Despesa de imposto de renda e contribuição social corrente A despesa de imposto corrente é o imposto a pagar ou a receber calculado sobre o lucro ou prejuízo tributável do exercício e qualquer ajuste aos impostos a pagar com relação aos exercícios anteriores. É mensurado com base nas taxas de impostos decretadas na data do balanço. Os ativos e passivos fiscais correntes são compensados somente se alguns critérios forem atendidos.

(ii) Despesas de imposto de renda e contribuição social diferido Ativos e passivos fiscais diferidos são reconhecidos com relação às diferenças temporárias entre os valores contábeis de ativos e passivos para fins de demonstrações financeiras e os usados para fins de tributação. Um ativo fiscal diferido é reconhecido em relação aos prejuízos fiscais e diferenças temporárias dedutíveis não utilizados, na extensão em que seja provável que lucros tributáveis futuros estarão disponíveis, contra os quais serão utilizados. Ativos fiscais diferidos são revisados a cada data de balanço e são reduzidos na extensão em que sua realização não seja mais provável. Ativos e passivos fiscais diferidos são mensurados com base nas alíquotas que se espera aplicar às diferenças temporárias quando estas forem revertidas, baseando-se nas alíquotas que foram decretadas até a data do balanço. A mensuração dos ativos e passivos fiscais diferidos reflete as consequências tributárias decorrentes da maneira sob a qual a Companhia espera recuperar ou liquidar seus ativos e passivos. Ativos e passivos fiscais diferidos são compensados somente se alguns critérios forem atendidos.

f. Ativo biológico Os ativos biológicos são mensurados pelo valor justo, deduzidos das despesas de venda, sendo que quaisquer alterações são reconhecidas no resultado. Custos de venda incluem todos os custos que seriam necessários para vender os ativos, incluindo despesas de transporte. A cana-de-açúcar é transferida para o custo de produção pelo seu valor justo, deduzido das despesas estimadas de venda apurados na data de corte.

g. Estoques Os estoques são mensurados pelo menor valor entre o custo e o valor realizável líquido. Os custos dos estoques são avaliados ao custo médio de aquisição ou de produção e inclui gastos incorridos na aquisição de estoques, custos de produção e transformação e outros custos incorridos em trazê-los às suas localizações e condições existentes. O valor realizável líquido é o preço estimado de venda no curso normal dos negócios, deduzido dos custos estimados de conclusão e despesas de vendas. A cana-de-açúcar consumida no processo produtivo é avaliada pelo seu valor justo menos as despesas de venda apuradas na data de corte.

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h. Imobilizado

(i) Reconhecimento e mensuração Itens do imobilizado são mensurados pelo custo histórico de aquisição ou construção, deduzido de depreciação acumulada e quaisquer perdas acumuladas por redução ao valor recuperável (impairment). Quando partes significativas de um item do imobilizado têm diferentes vidas úteis, são registradas como itens separados (componentes principais) de imobilizado. Quaisquer ganhos e perdas na alienação de um item do imobilizado são reconhecidos no resultado.

(ii) Custos subsequentes Custos subsequentes são capitalizados apenas quando é provável que benefícios econômicos futuros associados com os gastos serão auferidos pela Companhia. Gastos de manutenção e reparos recorrentes são reconhecidos no resultado quando incorridos.

(iii) Custos de manutenção O custo de manutenção de um componente do imobilizado é reconhecido no valor contábil do item caso seja provável que os benefícios econômicos incorporados dentro do componente irão fluir e que o seu custo pode ser medido de forma confiável. O valor contábil do componente que tenha sido reposto por outro é baixado. Os custos de manutenção no dia a dia do imobilizado são reconhecidos no resultado conforme incorridos. A Companhia realiza anualmente manutenções em sua unidade industrial, aproximadamente no período de dezembro a março. Os principais custos de manutenção incluem custos de mão de obra, materiais, serviços externos e despesas gerais indiretas alocadas durante o período de entressafra. Tais custos são contabilizados como um componente do custo do equipamento e depreciados durante a safra seguinte. Qualquer outro tipo de gasto, que não aumente sua vida útil ou mantenha sua capacidade de moagem, é reconhecido no resultado como despesa.

(iv) Depreciação A depreciação é calculada para amortizar o custo de itens do ativo imobilizado, líquido de seus valores residuais estimados, utilizando o método linear baseado na vida útil estimada dos itens. A depreciação é reconhecida no resultado e no custo de produção. Terrenos não são depreciados. As vidas úteis estimadas bem como as taxas médias ponderadas anual, para os exercícios corrente e comparativo são as seguintes: Anos Taxas

Equipamentos industriais 19 5,40%Construções e edificações 36 2,75%Máquinas agrícolas e tratores 5 18,75%Pavimentação 10 10%Veículos 5 20%Equipamentos agrícolas 6 17,06%Máquinas, equipamentos e ferramentas 6 18,06%Móveis e utensílios 7 15,12%Computadores e periféricos 5 19,85%Outros 6 16,10%

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Os métodos de depreciação, as vidas úteis e os valores residuais são revistos a cada data de balanço e ajustados caso seja apropriado.

i. Ativos intangíveis

(i) Outros ativos intangíveis Outros ativos intangíveis que são adquiridos pela Companhia e que têm vidas úteis finitas são mensurados pelo custo, deduzido da amortização acumulada e quaisquer perdas acumuladas por redução ao valor recuperável.

(ii) Gastos subsequentes Os gastos subsequentes são capitalizados somente quando eles aumentam os benefícios econômicos futuros incorporados ao ativo específico aos quais se relacionam. Todos os outros gastos são reconhecidos no resultado conforme incorridos.

(iii) Amortização A amortização é calculada utilizando o método linear baseado na vida útil estimada dos itens para amortizar o custo de itens do ativo intangível, líquido de seus valores residuais estimados. A amortização é reconhecida no resultado. A vida útil média estimada para os exercícios corrente e comparativo é de 5 anos. Os métodos de amortização, as vidas úteis e os valores residuais são revistos a cada data de balanço e ajustados caso seja apropriado.

j. Instrumentos financeiros A Companhia classifica ativos financeiros não derivativos nas seguintes categorias: ativos financeiros mensurados pelo valor justo por meio do resultado e empréstimos e recebíveis. A Companhia classifica passivos financeiros não derivativos na categoria de outros passivos financeiros.

(i) Ativos e passivos financeiros não derivativos - reconhecimento e desreconhecimento A Companhia reconhece os empréstimos e recebíveis e instrumentos de dívida inicialmente na data em que foram originados. Todos os outros ativos e passivos financeiros são reconhecidos na data da negociação quando a Companhia se tornar parte das disposições contratuais do instrumento. A Companhia desreconhece um ativo financeiro quando os direitos contratuais aos fluxos de caixa do ativo expiram, ou quando a Companhia transfere os direitos ao recebimento dos fluxos de caixa contratuais sobre um ativo financeiro em uma transação na qual substancialmente todos os riscos e benefícios da titularidade do ativo financeiro são transferidos. Qualquer participação que seja criada ou retida pela Companhia em tais ativos financeiros transferidos, é reconhecida como um ativo ou passivo separado. A Companhia desreconhece um passivo financeiro quando sua obrigação contratual é retirada, cancelada ou expirada.

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Os ativos ou passivos financeiros são compensados e o valor líquido apresentado no balanço patrimonial quando, e somente quando, a Companhia tenha atualmente um legalmente executável de compensar os valores e tenha a intenção de liquidá-los em uma base líquida ou de realizar o ativo e liquidar o passivo simultaneamente.

(ii) Ativos financeiros não derivativos - mensuração Ativos financeiros mensurados pelo valor justo por meio de resultado Um ativo financeiro é classificado como mensurado pelo valor justo por meio do resultado caso seja classificado como mantido para negociação ou designado como tal no momento do reconhecimento inicial. Os custos da transação são reconhecidos no resultado conforme incorridos. São mensurados pelo valor justo e mudanças no valor justo, incluindo ganhos com juros e dividendos, são reconhecidos no resultado do exercício. Empréstimos e recebíveis Esses ativos são reconhecidos inicialmente pelo valor justo acrescido de quaisquer custos de transação atribuíveis. Após o reconhecimento inicial, os empréstimos e recebíveis são medidos pelo custo amortizado utilizando do método dos juros efetivos. Caixa e equivalentes de caixa Nas demonstrações de fluxo de caixa, caixa e equivalentes de caixa são exigíveis imediatamente e são parte integrante da gestão de caixa da Companhia.

(iii) Passivos financeiros não derivativos - mensuração Um passivo financeiro é classificado como mensurado pelo valor justo por meio do resultado caso seja classificado como mantido para negociação ou designado como tal no momento do reconhecimento inicial. Os custos da transação são reconhecidos no resultado conforme incorridos. Passivos financeiros mensurados pelo valor justo por meio do resultado são mensurados pelo valor justo e mudanças no valor justo desses passivos, incluindo ganhos com juros e dividendos, são reconhecidos no resultado do exercício. Outros passivos financeiros não derivativos são mensurados inicialmente pelo valor justo deduzidos de quaisquer custos de transação atribuíveis. Após o reconhecimento inicial, esses passivos financeiros são mensurados pelo custo amortizado utilizando o método dos juros efetivos.

(iv) Capital social Ações ordinárias Custos adicionais diretamente atribuíveis à emissão de ações são reconhecidos como redutores do patrimônio líquido. Efeitos de impostos relacionados aos custos dessas transações estão contabilizadas conforme o CPC 32 - Tributos sobre o lucro. Dividendos O estatuto social da Companhia determina um percentual não inferior a 25% ao pagamento dos dividendos mínimos obrigatórios.

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(v) Instrumentos financeiros derivativos, incluindo contabilidade de hedge A Companhia mantém instrumentos financeiros derivativos para proteger suas exposições aos riscos de variação de moeda estrangeira e taxa de juros. No momento da designação inicial do derivativo como um instrumento de hedge, a Companhia documenta formalmente o relacionamento entre os instrumentos de hedge e os itens objeto de hedge, incluindo os objetivos de gerenciamento de riscos e a estratégia na realização da transação de hedge e o risco objeto do hedge, juntamente com os métodos que serão utilizados para avaliar a efetividade do hedge. A Companhia faz uma avaliação, tanto no início do relacionamento de hedge, quanto em uma base contínua, se existe a expectativa que os instrumentos de hedge sejam “altamente eficazes” na compensação de variações no valor justo ou fluxos de caixa dos respectivos itens objeto de hedge durante o período para o qual o hedge é designado, e se os resultados reais de cada hedge estão dentro da faixa de 80% -125%. Para um hedge de fluxos de caixa de uma transação prevista, a transação deve ter a sua ocorrência como altamente provável e deve apresentar uma exposição a variações nos fluxos de caixa que no final poderiam afetar o resultado reportado. Derivativos são mensurados inicialmente pelo valor justo; quaisquer custos de transação atribuíveis são reconhecidos no resultado quando incorridos. Após o reconhecimento inicial, os derivativos são mensurados pelo valor justo e as variações no valor justo são registradas no resultado. Hedges de fluxos de caixa Quando um derivativo é designado como um instrumento de hedge para proteção da variabilidade dos fluxos de caixa, a porção efetiva das variações no valor justo do derivativo é reconhecida em outros resultados abrangentes e apresentada na conta de ajustes de avaliação patrimonial no patrimônio líquido. Qualquer porção não efetiva das variações no valor justo do derivativo é reconhecida imediatamente no resultado. O valor acumulado mantido em ajustes de avaliação patrimonial é reclassificado para o resultado no mesmo período em que o item objeto de hedge afeta o resultado. Caso (i) a ocorrência da transação prevista não seja mais esperada, (ii) o hedge deixe de atender aos critérios de contabilização de hedge, (iii) o instrumento de hedge expire ou seja vendido, encerrado ou exercido, ou tenha a sua designação revogada, a contabilidade de hedge é descontinuada prospectivamente. Se não houver mais expectativas quanto à ocorrência da transação prevista, o saldo em outros resultados abrangentes é reclassificado para resultado.

k. Redução ao valor recuperável (impairment)

(i) Ativos financeiros não-derivativos Ativos financeiros não classificados como ativos financeiros ao valor justo por meio do resultado, incluindo investimentos contabilizados pelo método da equivalência patrimonial, são avaliados em cada data de balanço para determinar se há evidência objetiva de perda por redução ao valor recuperável.

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Evidência objetiva de que ativos financeiros tiveram perda de valor inclui:

• Inadimplência ou atrasos do devedor;

• Reestruturação de um valor devido a Companhia em condições que não seriam aceitas em condições normais;

• Indicativos de que o devedor ou emissor irá entrar em falência/ recuperação judicial;

• Mudanças negativas na situação de pagamentos dos devedores ou emissores;

• O desaparecimento de um mercado ativo para o instrumento devido a dificuldades financeiras; ou

• Dados observáveis indicando que houve um declínio na mensuração dos fluxos de caixa esperados de um grupo de ativos financeiros. Ativos financeiros mensurados ao custo amortizado A Companhia considera evidência de perda de valor de ativos mensurados pelo custo amortizado tanto em nível individual como em nível coletivo. Todos os ativos individualmente significativos são avaliados quanto à perda por redução ao valor recuperável. Aqueles que não tenham sofrido perda de valor individualmente são então avaliados coletivamente quanto a qualquer perda de valor que possa ter ocorrido, mas não tenha sido ainda identificada. Ativos que não são individualmente significativos são avaliados coletivamente quanto à perda de valor com base no agrupamento de ativos com características de risco similares. Ao avaliar a perda por redução ao valor recuperável de forma coletiva, a Companhia utiliza tendências históricas do prazo de recuperação e dos valores de perda incorridos, ajustados para refletir o julgamento da Administração sobre se as condições econômicas e de crédito atuais são tais que as perdas reais provavelmente serão maiores ou menores que as sugeridas pelas tendências históricas. Uma perda por redução ao valor recuperável é calculada como a diferença entre o valor contábil e o valor presente dos fluxos de caixa futuros estimados, descontados à taxa de juros efetiva original do ativo. As perdas são reconhecidas no resultado e refletidas em uma conta de provisão. Quando a Companhia considera que não há expectativas razoáveis de recuperação, os valores são baixados. Quando um evento subsequente indica uma redução da perda, a provisão é revertida através do resultado. Investidas contabilizadas pelo método da equivalência patrimonial Uma perda por redução ao valor recuperável referente a uma investida avaliada pelo método de equivalência patrimonial é mensurada pela comparação do valor recuperável do investimento com seu valor contábil. Uma perda por redução ao valor recuperável é reconhecida no resultado e é revertida se houve uma mudança favorável nas estimativas usadas para determinar o valor recuperável.

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(ii) Ativos não financeiros Os valores contábeis dos ativos não financeiros da Companhia, que não os ativos biológicos, estoques e ativos fiscais diferidos, são revistos a cada data de balanço para apurar se há indicação de perda no valor recuperável. Caso ocorra tal indicação, então o valor recuperável do ativo é estimado. No caso do ágio, o valor recuperável é testado anualmente. Para testes de redução ao valor recuperável, os ativos são agrupados no menor grupo possível de ativos que gera entradas de caixa pelo seu uso contínuo, entradas essas que são em grande parte independentes das entradas de caixa de outros ativos, ou UGCs (unidades geradoras de caixa). O valor recuperável de um ativo ou UGC é o maior entre seus valores em uso ou seu valor justo menos custos para vender. O valor em uso é baseado em fluxos de caixa futuros estimados, descontados ao seu valor presente usando uma taxa de desconto antes dos impostos que reflita as avaliações atuais de mercado do valor do dinheiro no tempo e os riscos específicos do ativo ou da UGC. Uma perda por redução ao valor recuperável é reconhecida se o valor contábil do ativo ou UGC exceder o seu valor recuperável. A administração da Companhia não identificou qualquer evidência que justificasse a necessidade de provisão para recuperabilidade em 31 de março de 2016.

l. Provisões As provisões são determinadas por meio do desconto dos fluxos de caixa futuros estimados a uma taxa antes de impostos que reflita as avaliações atuais de mercado quanto ao valor do dinheiro no tempo e riscos específicos para o passivo relacionado. Os efeitos do desreconhecimento do desconto pela passagem do tempo são reconhecidos no resultado como despesa financeira.

7 Novas normas e interpretações ainda não efetivas Uma série de novas normas, alterações de normas e interpretações serão efetivas para exercícios iniciados após 1º de janeiro de 2016 e não foram adotadas na preparação destas demonstrações financeiras. Aquelas que podem ser relevantes para a Companhia estão mencionadas abaixo. A Companhia não planeja adotar esta norma de forma antecipada. IFRS 9 Financial Instruments (Instrumentos Financeiros) A IFRS 9, publicada em julho de 2014, substitui as orientações existentes na IAS 39 Financial Instruments: Recognition and Measurement (Instrumentos Financeiros: Reconhecimento e Mensuração). A IFRS 9 inclui orientação revista sobre a classificação e mensuração de instrumentos financeiros, incluindo um novo modelo de perda esperada de crédito para o cálculo da redução ao valor recuperável de ativos financeiros e novos requisitos sobre a contabilização de hedge. A norma mantém as orientações existentes sobre o reconhecimento e desreconhecimento de instrumentos financeiros da IAS 39. A IFRS 9 é efetiva para exercícios iniciados em ou após 1º de janeiro de 2018, com adoção antecipada permitida.

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IFRS 15 Revenue from Contracts with Customers (Receita de Contratos com Clientes) A IFRS 15 exige que uma entidade reconheça o montante da receita refletindo a contraprestação que se espera receber em troca do controle desses bens ou serviços. A nova norma vai substituir a maior parte da orientação detalhada sobre o reconhecimento de receita que existe atualmente em IFRS e quando a nova norma for adotada. A nova norma é aplicável a partir de ou após 1º de janeiro de 2018, com adoção antecipada permitida pela IFRS. A norma poderá ser adotada de forma retrospectiva, utilizando uma abordagem de efeitos cumulativos. A Companhia está avaliando os efeitos que o IFRS 15 vai ter nas demonstrações financeiras e nas suas divulgações. A Companhia ainda não escolheu o método de transição para a nova norma nem determinou os efeitos da nova norma nos relatórios financeiros atuais. Agricultura: Plantas Produtivas (alterações a CPC 27 / IAS 16 e CPC 29 / IAS 41) Estas alterações exigem que plantas produtivas, definidas como uma planta viva, deva ser contabilizada como imobilizado e incluída no âmbito da CPC 27 / IAS 16 Imobilizado, e não mais no escopo do CPC 29 / IAS 41 Agricultura. As alterações são efetivas para exercícios iniciados em ou após 1º de janeiro de 2016, com adoção antecipada permitida. Adicionalmente, não se espera que as seguintes novas normas ou modificações possam ter um impacto significativo nas demonstrações financeiras da Companhia. IFRS 16 Arrendamentos A IFRS 16, publicada em janeiro de 2016, inclui orientação sobre modelo único, sem teste de classificação do arrendamento e todos os arrendamentos reconhecidos no balanço:

• Arrendatário reconhece um ativo de direito de uso (right-of-use, ROU) e um passivo de arrendamento e tratamento igual à compra financiada de um ativo. A IFRS 16 é efetiva para exercícios iniciados em ou após 1º de janeiro de 2019, com adoção antecipada permitida somente se a IFRS 15 for também aplicada. A Companhia está avaliando os efeitos que a IFRS 16 vai ter nas demonstrações financeiras da Companhia. Adicionalmente, não se espera que as seguintes novas normas ou modificações possam ter um impacto significativo nas demonstrações financeiras da Companhia.

• IFRS 14 - Regulatory Deferral Accounts (Ativos e Passivos Regulatórios);

• Acceptable Methods of Depreciation and Amortization (Métodos Aceitáveis de Depreciação e Amortização) (alterações do CPC 27 / IAS 16 e CPC 04 (R1)/ IAS 38);

• Melhorias anuais das IFRSs de 2012-2014 - várias normas; e

• Disclosure Initiative (Iniciativa de Divulgação) (Alteração do CPC 26 (R1)/ IAS 1). O Comitê de Pronunciamentos Contábeis ainda não emitiu pronunciamento contábil ou alteração nos pronunciamentos vigentes correspondentes a todas as novas IFRS. Portanto, a adoção antecipada dessas IFRS não é permitida para entidades que divulgam as suas demonstrações financeiras de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil.

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8 Caixa e equivalentes de caixa

2016 2015 Caixa e bancos 9.062 21.021 Aplicações financeiras 54.635 120.250

Total

63.697 141.271

O saldo de caixa e bancos é decorrente de recebimentos de transações comerciais e são recursos disponíveis para fazer frente às necessidades imediatas de caixa da Companhia. Todos os recursos são depositados em bancos de primeira linha. As aplicações financeiras são equivalentes de caixa por serem prontamente conversíveis em um montante conhecido de caixa e estarem sujeitas a um insignificante risco de mudança de valor. Essas aplicações financeiras referem-se a Certificados de Depósito Bancário - CDB, em diversas instituições financeiras, cuja taxa de remuneração varia entre 95% e 100% da variação do Certificado de Depósito Interbancário - CDI. As aplicações não possuem data de vencimento mensal, podendo ser resgatadas a qualquer momento. As informações sobre a exposição da Companhia a riscos de mercado, de crédito e de mensuração do valor justo relacionados a caixa e equivalentes de caixa estão incluídas na nota explicativa nº 23.

9 Aplicações financeiras vinculadas Refere-se a aplicações financeiras vinculadas a entrega de 40.000 mil toneladas de açúcar VHP até julho de 2016 com taxa de remuneração de 100,20% do Certificado de Depósito Interbancário - CDI. As informações sobre a exposição da Companhia a riscos de mercado, de crédito e de mensuração do valor justo relacionados a caixa e equivalentes de caixa estão incluídas na nota explicativa nº 23.

10 Contas a receber de clientes e outros recebíveis

2016 2015 Decorrentes da venda de etanol 276 728 Decorrentes da venda de energia 10.900 4.322 Decorrentes da venda de açúcar 54 -Decorrentes da venda de cana-de-açúcar 39 1.257 Outros 3.042 1.062

Contas a receber de clientes

14.311 7.369 Créditos com partes relacionadas (nota 29) 4.443 3.213Outros recebíveis Total 18.754 10.582

Ativo circulante 14.311 7.369Ativo não circulante 4.443 3.213

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A Companhia em 31 de março de 2016 não possuía nenhuma operação que gerasse efeito significativo de ajuste a valor presente. As informações sobre a exposição da Companhia a riscos de crédito, de mercado, mensuração do valor justo e perdas por redução ao valor recuperável relacionados ao contas a receber e outros recebíveis está divulgada na nota explicativa nº 23.

11 Estoques 2016 2015 Produto acabado Etanol anidro 11.653 5.624 Açúcar VHP 3.041 96 Etanol hidratado 673 179Almoxarifado Almoxarifado diversos (a) 9.876 7.794 Estoque nosso em poder de terceiros 1.520 2.882 Adiantamentos a fornecedores diversos - 2.222 Outros - 1.044

26.763 19.841Total

(a) Os valores mais representativos do almoxarifado referem-se a insumos e defensivos agrícolas para serem utilizados nas áreas de plantio em lavouras próprias e de terceiros.

12 Impostos e contribuições a recuperar 2016 2015 COFINS a recuperar 32.716 21.722 ICMS a recuperar - compra de insumos 10.150 4.779 ICMS a recuperar - aquisição de ativo imobilizado 8.315 9.103 PIS a recuperar 5.031 7.849 IRRF sobre aplicações financeiras 4.918 1.388 Outros impostos a recuperar 749 1.000

Total

61.879 45.841

Ativo circulante 19.368 16.024Ativo não circulante 42.511 29.817

PIS e COFINS O saldo é composto por créditos originados da cobrança não cumulativa do PIS e da COFINS, referentes às aquisições de partes de peças utilizadas na manutenção das instalações industriais e da frota agrícola, serviços de manutenção das instalações industrial e agrícola, fretes e armazenamento nas operações de vendas, energia elétrica, e outros créditos, sobre aquisições de máquinas e equipamentos e edificações e construções destinados à produção. Estes créditos poderão ser compensados com outros tributos federais e não possuem prazos de prescrição. ICMS O saldo é composto basicamente por créditos apurados nas operações de aquisição de bens integrantes do ativo imobilizado, que estão sendo realizados na razão de 1/48, podendo ser compensado com tributos da mesma natureza.

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IRRF Corresponde ao imposto de renda na fonte sobre aplicações financeiras e antecipações no recolhimento de imposto de renda e contribuição social realizáveis mediante a compensação com impostos e contribuições federais a pagar.

13 Adiantamento a fornecedores e outros ativos 2016 2015 Adiantamento a fornecedores de cana terceiros 59.665 35.446 Adiantamento a fornecedores de cana partes relacionadas (nota 29) 2.279 1.896 Outros 3.870 4.882

Total

65.814 42.224 Ativo circulante 58.891 34.316Ativo não circulante 6.923 7.908 O saldo de adiantamento a fornecedores refere-se à celebração de contratos para fornecimento de cana-de-açúcar, firmado pela Companhia com seus fornecedores. O saldo classificado no não circulante refere-se a contratos de adiantamentos de fornecimento de cana que se realizarão mediante o recebimento da cana-de-açúcar a partir da safra de 2016/17, precificada com base no índice de Açúcar Total Recuperado (ATR) divulgado pelo Consecana - Conselho dos Produtores de Cana-de-açúcar, Açúcar e Etanol do Estado de São Paulo, no final da safra.

14 Ativo biológico O ativo biológico da Companhia compreende o cultivo e plantio de cana-de-açúcar, através de contratos com parceiros de cana e cana própria, para utilização como matéria em seus processos industriais de etanol e açúcar. O cultivo de cana-de-açúcar é iniciado pelo plantio de mudas em terras de terceiros, e o primeiro corte ocorre após um período de 12 a 18 meses do plantio, quando a cana é cortada e a raiz (“soqueira”) continua no solo. Após cada corte ou ano/safra, a soqueira tratada cresce novamente, dando em média um total de cinco ou seis safras, variando com base na cultura e material genético a que se refere. A seguir, estão demonstradas as movimentações do ativo biológico: Saldo em 1° de abril de 2014 178.410

Aumento devido adições de plantio

69.786Diminuição devido a colheita (59.091)Valor justo menos despesas estimadas de venda 1.223

Saldo em 31 de março de 2015

190.328

Aumento devido adições de plantio

70.029Diminuição devido a colheita (74.114)Valor justo menos despesas estimadas de venda 21.310

Saldo em 31 de março de 2016

207.553

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O ativo biológico possui sua realização nos seguintes anos safras: 2016/2017 89.6992017/2018 56.4542018/2019 37.3542019/2020 20.3632020 em diante 3.683

207.553

Lavouras de cana-de-açúcar As áreas cultivadas representam apenas as lavouras de cana-de-açúcar, sem considerar as terras em que estas lavouras se encontram. As seguintes premissas foram utilizadas na determinação do valor justo:

2016 2015 Área estimada de colheita (hectares) 21.637 21.911Produtividade prevista (tons de cana/hectares) 78,48 81,22 Quantidade total de açúcar recuperável - ATR (kg) 133 140 Valor do Kg de ATR (R$) 0,6515 0,4763 A taxa de desconto utilizada no fluxo de caixa de cada exercício, denominada como “Custo Médio Ponderado de Capital”, correspondeu a 5,25% ao ano (6,11% em 31 de março de 2015), a qual foi revisada e aprovada pela Administração da Companhia. A Companhia está exposto a uma série de riscos relacionados às suas plantações: Riscos regulatórios e ambientais A Companhia está sujeito a leis e regulamentos e estabeleceu políticas e procedimentos ambientais voltados ao cumprimento de leis ambientais e outras. A administração conduz análises regulares para identificar riscos ambientais e para garantir que os sistemas em funcionamento sejam adequados para gerenciar esses riscos. Riscos de oferta e demanda A Companhia está exposto a riscos decorrentes da flutuação de preços e do volume de venda de suas plantações. Quando possível, a Companhia administra esse risco alinhando seu volume de extração com a oferta e demanda do mercado. A administração realiza análises regulares da tendência da indústria para garantir que a estrutura de preço da Companhia esteja de acordo com o mercado, e para garantir que os volumes projetados de extração estejam consistentes com a demanda esperada. Riscos climáticos e outras As plantações da Companhia estão expostas aos riscos de danos causados por mudanças climáticas, doenças, incêndios florestais e outras forças naturais. A Companhia possuiu processos extensos em funcionamento voltados ao monitoramento e à redução desses riscos, incluindo inspeções regulares da saúde do canavial e análises de doenças e pragas da indústria. A Companhia também se assegura contra desastres naturais.

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15 Imobilizado

Equipamentos industriais

Construções e edificações

Máquinas agrícolas e

tratores Pavimentação VeículosEquipamentos

agrícolas Terras

Máquinas, equipamentos e ferramentas

Móveis e utensílios

Computadores e periféricos

Imobilizações em andamento

(a)

Gastos manutenção entressafra Outros Total

Custo Saldo em 1º de abril de 2014 352.500 69.101 33.602 6.739 9.231 17.253 1.080 3.459 1.224 1.228 31.839 31.465 5.046 563.767 Adições 4.614 77 7.019 - 1.185 1.291 - 260 118 431 23.250 44.217 1.324 83.786 Baixas (267) (290) (562) - (686) (1.979) - (1) (50) - (15.354) (36.792) (978) (56.959) Transferências 23.298 3.851 (162) 1.123 10 163 - 171 37 (61) (28.497) - 67 -

Saldo em 31 de março de 2015

380.145 72.739 39.897 7.862 9.740 16.728 1.080 3.889 1.329 1.598 11.238 38.890 5.459 590.594 Adições 899 1.574 3.287 - 1.430 392 - 770 25 127 14.928 38.561 5.939 67.932 Baixas - (1.045) (1.538) - (445) (1.052) - - - - (304) (36.503) (5.080) (45.967) Transferências 7.038 4.569 312 - 97 823 - (229) 15 - (12.280) - (345) -

Saldo em 31 de março de 2016

388.082 77.837 41.958 7.862 10.822 16.891 1.080 4.430 1.369 1.725 13.582 40.948 5.973 612.559

Depreciação Saldo em 1º de abril de 2014 (55.245) (5.952) (14.925) (2.696) (2.780) (3.997) - (1.907) (658) (813) - - (1.402) (90.375) Depreciação no exercício (20.447) (2.032) (7.443) (740) (1.986) (2.809) - (612) (182) (171) - - (724) (37.146) Baixas - 73 345 - 309 - - 1 22 - - - 4 754 Transferências (38) - 68 - (1) (68) - 38 (3) 1 - - 3 -

Saldo em 31 de março de 2015

(75.730) (7.911) (21.955) (3.436) (4.458) (6.874) - (2.480) (821) (983) - - (2.119) (126.767) Depreciação no exercício (21.822) (2.281) (6.642) (788) (1.883) (2.963) - (510) (124) (213) - - (642) (37.868) Baixas - - 1.451 - 219 421 - - - - - - 10 2.101

Saldo em 31 de março de 2016

(97.552) (10.192) (27.146) (4.224) (6.122) (9.416) - (2.990) (945) (1.196) - - (2.751) (162.534)

Valor contábil líquido Saldo em 31 de março de 2015 304.415 64.828 17.942 4.426 5.282 9.854 1.080 1.409 508 615 11.238 38.890 3.340 463.827 Saldo em 31 de março de 2016 290.530 67.645 14.812 3.638 4.700 7.475 1.080 1.440 424 529 13.582 40.948 3.222 450.025

(a) Refere-se basicamente a obras para ampliação da planta industrial e aquisições de equipamentos.

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Garantia Os bens do ativo imobilizado foram concedidos em garantia de empréstimos e financiamentos, conforme descrito na nota explicativa nº 16. Análise do valor de recuperação De acordo com o CPC 01 (R1) Redução ao Valor Recuperável dos Ativos, a Companhia avaliou em 31 de março de 2016 os indicativos e concluiu não haver necessidade de determinação do valor recuperável.

16 Empréstimos e financiamentos Essa nota divulga informações contratuais sobre a posição de empréstimos e financiamentos da Companhia. A nota explicativa nº 23 divulga informações adicionais com relação à exposição da Companhia aos riscos de taxa de juros e moeda. A Companhia obteve empréstimos, contratados em moeda nacional, com o objetivo de financiar a aquisição de sua planta industrial e suas operações. Em 31 de março de 2016 e 2015, o saldo de empréstimos e financiamentos é composto como segue:

Linha de crédito Ref. Moeda Indexador Juros e encargos

Ano de vencimento 2016

2015

médios a.a.

Finame (a) R$ TJLP 14,97% 2021 19.897 29.417Finame (a) R$ Pré - fixada 5,81% 2026 138.516 165.006Finame (a) R$ SELIC 18,75% 2023 1.225 -Capital de giro (b) R$ CDI 17,11% 2017 11.721 24.552Capital de giro (b) USD Pré - fixada 9,50% 2016 - 29.035Capital de giro (b) R$ Pré - fixada 10,07% 2020 384 6.861Capital de giro (b) R$ SELIC 17,25% 2016 - -Repasse indireto BNDES (c) R$ TJLP 12,43% 2022 33.995 42.825Repasse indireto BNDES (c) R$ Pré - fixada 5,23% 2022 34.099 44.133ACC (d) USD CDI 15,62% 2016 5.374 99.636ACC (d) USD Pré - fixada 5,50% 2016 36.163 -PPE (d) USD Pré - fixada 7,06% 2016 - 61.870PPE (d) USD CDI 13,64% 2016 40.226 17.490PPE (d) USD CDI 6,86% 2017 47.548 -CRA (e) R$ Pré - fixada 17,13% 2019 77.747 -NCE (d) USD Pré - fixada 3,75% 2016 - 99.874NCE (d) R$ Pré - fixada 5,00% 2016 5.000 -NCE (d) R$ CDI 19,64% 2017 10.071 PASS (f) R$ TJLP 13,80% 2016 1.677 -PASS (f) R$ SELIC 20,63% 2016 5.212 -CCE (d) USD Pré - fixada 7,40% 2020 53.394 -CCE (d) R$ CDI 18,63% 2020 40.036 -

562.285 620.699Custos de transação (9.272) (7.777)

Total

553.013 612.922

Passivo circulante

335.616 448.172Passivo não circulante 217.397 164.750

(a) Refere-se a empréstimos contratados com o objetivo de financiar a aquisição de equipamentos industriais e agrícolas. Os empréstimos possuem carência para pagamento da primeira parcela do principal, juros e encargos de 6 a 18 meses da data de assinatura do contrato. Os contratos estão garantidos pela cessão fiduciária em alienação dos bens como objeto de financiamento e de vinculação de direitos creditórios de recebíveis de energia elétrica.

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(b) Refere-se a empréstimos de capital de giro, os juros são pagos mensalmente a partir da assinatura do contrato. Os empréstimos estão garantidos pelo aval da Companhia Mineira de Açúcar e Álcool Participações que na sua maioria referem-se a 100% da linha contratada.

(c) Refere-se a uma operação de crédito firmada pela Companhia junto aos bancos Banco do Brasil S.A., Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais - BDMG e Bradesco S.A., sendo estes os agentes financeiros do contrato, no qual o Banco do Brasil S.A. figura como líder dos agentes financeiros. O montante foi liberado pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social - BNDES com a prerrogativa de financiar projeto de implantação de uma usina com capacidade de moagem de 1,8 milhões de toneladas de cana-de-açúcar. Os recursos obtidos foram aplicados na aquisição de bens industriais, para ampliação da capacidade produtiva da unidade. Os contratos estão garantidos pela cessão fiduciária em alienação dos bens como objeto de financiamento e de vinculação de direitos creditórios de recebíveis de energia elétrica e possuem aval da Companhia Mineira de Açúcar e Álcool Participações. O contrato de repasse indireto de recursos do BNDES possui cláusula restritiva que obriga a Companhia a manter Índice de Cobertura do Serviço da Dívida (ICSD), de no mínimo 1,30 durante a vigência do contrato, o qual é calculado quando do encerramento do exercício social como segue: EBITDA (-) imposto de renda e contribuições sociais (-) variação de capital de giro / amortização do principal + pagamento de juros.

(d) Os adiantamentos de contrato de câmbio e as notas de crédito foram firmados com diversas instituições financeiras e serão liquidados através de exportações efetuadas durante os exercícios de 2016 e 2017.

(e) Refere-se a Certificados de Direitos Creditórios do Agro negócio (“CDCA”), em regime fiduciário registrados na BM&F Bovespa e na CETIP. A liberação ocorreu em 07 de outubro de 2014. As parcelas do CDCA serão acrescidas de juros remuneratórios, incidentes de forma anual, a partir da data de integralização dos CRA até a respectiva data de pagamento de cada parcela de juros do CDCA, apurados sobre o valor nominal, equivalentes a 100% da variação acumulada das taxas médias diárias do DI over extra grupo - Depósitos Interfinanceiros de um dia, calculadas pela CETIP. Foram contratadas instituições financeiras e agentes como segue: banco coordenador Líder: BB-Banco de Investimentos S/A; agente emissor credor: Gaia Agro Securitizadora S.A.; agente fiduciário: Planner Trustee Distribuidora de Títulos e Valores Mobiliários Ltda; agente registrador: BNY Mellon Serviços Financeiros Distribuidora de Títulos e Valores Mobiliários S.A.; agente custodiante: SLW Corretora de Valores de Câmbio Ltda. Os contratos estão garantidos pela cessão fiduciária em alienação dos bens como objeto de financiamento, de vinculação de direitos creditórios de recebíveis de Açúcar VHP, penhor agrícolas e possuem aval da Companhia Mineira de Açúcar e Álcool Participações. O contrato de R$ 97.850 possui cláusula restritiva que obriga a Companhia manter os seguintes índices financeiros: Dívida Bancária Líquida (/) EBITDA menor que 5,00; e o volume de Dívida Bancária Líquida: o volume de dívida bancária líquida da Emitente, não poderá ultrapassar o valor total de R$ 600.000 (seiscentos milhões de reais), durante a vigência do contrato, o qual é calculado quando do encerramento do exercício social.

(f) Refere-se ao repasse do “PASS” - Programa de Apoio ao Setor Sucroalcooleiro junto ao “BDMG’ - Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais S/A, liberados pelo BNDES em 24 de novembro de 2015. Os contratos possuem carência para pagamento da primeira parcela do principal, juros e encargos da assinatura do contrato até 15 de janeiro de 2016. Os contratos estão garantidos pela cessão de propriedade fiduciária em alienação e de vinculação no volume estocado fixados em contrato de etanol anidro. Os empréstimos e financiamentos possuem os seguintes vencimentos: 31 de março de 2016 Valor Até 1 a 2 2 a 3 3 a 4 4 a 5 Mais de contábil 12 meses anos anos anos anos 5 anos Empréstimos e financiamentos 553.013 335.616 51.330 50.848 46.821 29.219 39.179 31 de março de 2015 Valor Até 1 a 2 2 a 3 3 a 4 4 a 5 Mais de contábil 12 meses anos anos anos anos 5 anos Empréstimos e financiamentos 612.922 448.172 36.870 37.379 30.559 27.192 32.750

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Cronograma de amortização do custo de transação A seguir é apresentado o montante de custos de transação registrado em empréstimos e financiamentos, a ser apropriado ao resultado em cada exercício subsequente:

31 de março de 2016 Valor

contábil 12 meses1 a 2anos

2 a 3anos

3 a 4 anos

4 a 5 anos

Mais de5 Anos

Custo de transação 9.272 2.830 2.608 2.538 1.247 16 33

31 de março de 2015 Valor

contábil 12 meses1 a 2anos

2 a 3anos

3 a 4 anos

4 a 5 anos

Mais de5 Anos

Custo de transação 7.777 1.579 2.335 1.538 1.527 769 29 Cláusulas contratuais A Companhia possui obrigações contratuais decorrentes de empréstimos e financiamentos e não atingiu o indicador financeiro referente ao índice de cobertura sobre o serviço da dívida, que deve ser igual ou maior a 1,30 contido no Contrato de Financiamento mediante repasse indireto de recursos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (“BNDES”) que entre si fazem Banco Bradesco S.A., Banco do Brasil S.A. e Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais (“BDMG”), tendo obtido waiver para o exercício encerrado em 31 de março de 2016. Em 31 de março de 2015 o montante de R$ 126.734 foi reclassificado do passivo não circulante para o passivo circulante em função da falta de waiver. A Companhia possui ainda contratos de empréstimos CCE-Créditos de Exportação entre as instituições financeiras: Banco Panamericano S/A, Banco Itaú S/A e Banco Rabobank S/A, com cláusulas restritivas referente a índices financeiros que não foram atingidos e para os quais não há waiver. Consequentemente, o montante de R$ 106.911 foi reclassificado do passivo não circulante para o passivo circulante.

17 Debêntures

Linha de crédito Moeda Indexador Juros e encargos

2016 2015a.a. médios Vencimento Debentures R$ CDI 3,00% 2017 94.296 94.181Custos de transação (2.371) (1.139) 91.925 93.042 Passivo circulante 40.486 93.042Passivo não circulante 51.439 - Em 11 de novembro de 2013, a Companhia emitiu 12.000 mil unidades de debêntures conforme instrumento particular de escritura da emissão de debêntures simples, não conversíveis em ação, em série única, da espécie em garantia real e com garantia fidejussória adicional, no valor nominal de R$ 120.000. Entre as partes contratadas ficou como fiadora a controladora “Companhia Mineira de Açúcar e Álcool Participações” e como representante a comunhão dos titulares a “Pentágono S/A - Distribuidora de Valores Mobiliários”. Foram contratadas as instituições financeiras como segue: Banco Liquidante: Itaú Unibanco S/A; Banco Coordenador Líder: Banco Itaú BBA S.A.; Bancos Coordenadores: Banco Rabobank International Brasil S.A., em conjunto com o Banco Votorantim S.A. e Banco Itaú BBA S.A. A liberação financeira

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entre as instituições financeiras e o emissor concretizou-se no dia 20 de janeiro de 2014 com vencimento da primeira parcela para novembro de 2016. Os vencimentos ocorrem de junho a novembro de cada ano. A Companhia renegociou as cláusulas da escritura de emissão junto aos debenturistas em junho de 2015, através da Assembleia Geral dos Titulares de Debêntures realizada em 10 de junho de 2015. Foi deliberado a exclusão da cláusula da Escritura de Emissão que versa sobre o índice financeiro “Patrimônio Líquido e o Total de Ativos” dos covenants financeiros. Em 31 de março de 2015 a Companhia não atingiu o referido índice, até então vigente, consequente o montante de R$ 40.079 foi reclassificado do passivo não circulante para o passivo circulante. No exercício corrente de 31 de março de 2016 devido a alteração contratual a Companhia está cumprindo com todos os índices. As debêntures possuem os seguintes vencimento: Valor Até 1 a 231 de março de 2016 contábil 12 meses anos Debêntures 91.925 40.486 51.439 Valor Até 31 de março de 2015 contábil 12 meses Debêntures 93.042 93.042 Cronograma de amortização do custo de transação A seguir é apresentado o montante de custos de transação registrado em empréstimos e financiamentos, a ser apropriado ao resultado em cada período subsequente:

31 de março de 2016 Valor

contábil 12 meses 1 a 2 anos Custo de transação 2.371 1.658 713

31 de março de 2015 Valor

contábil 12 meses Custo de transação 1.139 1.139 As informações sobre a exposição da Companhia a riscos de liquidez e mensuração do valor justo relacionados as debêntures está divulgada na nota explicativa nº 23.

18 Fornecedores e outras contas a pagar

2016 2015 Fornecedores nacionais de materiais e serviços 51.984 46.213Fornecedores de cana-de-açúcar 9.071 13.266Fornecedores de cana-de-açúcar partes relacionadas (nota 29) 751 -

Total

61.806 59.479 Passivo circulante 61.055 59.479Passivos não circulante 751 -

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O período de safra da cana-de-açúcar, o qual ocorre entre abril e dezembro de cada ano, em média, tem impacto direto sobre o saldo com fornecedores de cana-de-açúcar e respectivos serviços de corte, carregamento e transporte. Os valores a pagar aos fornecedores de cana-de-açúcar e a parceiros agrícolas levam em consideração a cana-de-açúcar entregue e ainda não paga, bem como o complemento de preço calculado com base no preço final de safra através do índice de Açúcar Total Recuperado (ATR) divulgado pelo Consecana - Conselho dos Produtores de Cana-de-açúcar, Açúcar e Etanol do Estado de São Paulo. A Companhia avaliou o ajuste a valor presente dos seus saldos de fornecedores nas datas de 31 de março de 2016 e 2015 e concluiu que os valores não geram ajustes materiais a valor presente nas informações contábeis. As informações sobre a exposição da Companhia a riscos de liquidez e mensuração do valor justo relacionados a fornecedores e outras contas a pagar está divulgada na nota explicativa nº 23.

19 Adiantamento de clientes

2016 2015 Adiantamento de clientes - açúcar 52.043 40.502Adiantamento de clientes - etanol 6.467 1.536Adiantamento de clientes - outros 22 4.723

Total

58.532 46.761

20 Provisão para contingências A Companhia é parte em processos judiciais envolvendo contingências trabalhistas, cíveis e tributárias. Para fazer face às perdas futuras vinculadas a esses processos, foi constituída provisão em valor considerado pela Administração da Companhia como suficiente para cobrir as perdas avaliadas como prováveis. A avaliação da probabilidade de perda nessas ações, assim como a apuração dos montantes envolvidos, foi realizada considerando-se os pedidos dos reclamantes, a posição jurisprudencial acerca das matérias e a opinião dos consultores jurídicos da Companhia. As principais informações dos processos estão assim apresentadas. 2016 2015 Saldo inicial 818 1.208Adições 2.606 1.135Baixas (2.637) (1.525)

Saldo final 787 818

A Administração, com base em informações de seus assessores jurídicos, análise das demandas judiciais pendentes, e com base nas experiências anteriores referentes às quantias reivindicadas, constituiu provisão em montante considerado suficiente para cobrir as perdas potenciais com as ações em curso.

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Contingências passivas não provisionadas As contingências passivas não reconhecidas nas demonstrações financeiras são processos avaliados pelos assessores jurídicos como sendo de risco possível, no montante de R$ 3.916 em 31 de março de 2016 (R$ 4.603 em 31 de março de 2015), para os quais nenhuma provisão foi constituída tendo em vista que as práticas contábeis adotadas no Brasil e as normas internacionais de relatório financeiro não requerem sua contabilização.

21 Patrimônio líquido

a. Capital social Em 31 de março de 2016, o capital social está dividido em 515.925.556 (173.717.627 em 31 de março de 2015) ações ordinárias, nominativas e sem valor nominal, pertencente a seguinte acionista: 2016 2015 Ações R$ Ações R$ Companhia Mineira de Açúcar e Álcool Participações 515.925.556 273.718 173.717.627 173.718 Em 27 de novembro de 2015, a acionista em Assembleia Geral Extraordinária, aprovou o aumento do capital social no montante de R$ 100.000 mediante a emissão de 342.207.929 novas ações.

b. Reserva legal É constituída à razão de 5% do lucro líquido apurado em cada exercício social nos termos do art. 193 da Lei nº 6.404/76, até o limite de 20% do capital social.

c. Reserva estatutária A Companhia deverá manter uma reserva estatutária para desenvolvimento ou expansão de seus negócios, cujos propósitos deverão ser: (i) assegurar recursos para investimentos em pesquisa e tecnologia; (ii) incrementar o capital de giro a fim de assegurar condições operacionais apropriadas para o alcance dos objetivos sociais da Companhia; e (iii) a fim de financiar o crescimento do negócio da Companhia. Após os ajustes e deduções legais, até 100% do lucro líquido remanescente poderão ser alocados à reserva estatutária, até o limite do capital social, caso aprovado por Assembleia Geral de Acionistas.

d. Ajuste de avaliação patrimonial Inclui a parcela efetiva da variação líquida cumulativa da variação cambial dos passivos em dólar e derivativos designados como instrumentos de hedge de fluxo de caixa de suas futuras exportações (item protegido), conforme nota explicativa nº 23.

e. Dividendos O estatuto social da Companhia determina um percentual não inferior a 25% ao pagamento dos dividendos mínimos obrigatórios. Em função dos prejuízos acumulados, não ocorreram declarações e pagamentos de dividendos.

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22 Gerenciamento do capital A gestão de capital da Companhia é feita para equilibrar as fontes de recursos próprias e terceiras, balanceando o retorno para os acionistas e o risco para acionistas e credores. A dívida da Companhia para a relação ajustada do capital ao final do exercício é apresentada a seguir: 2016 2015

Total do passivo

837.492 874.643(-) Caixa e equivalente de caixa e aplicações financeiras vinculadas (99.705) (141.271)

(=) Dívida líquida (A)

737.787 733.372Patrimônio líquido (B) 123.225 72.520Índice de endividamento líquido (A) / (B) 5,99 10,11

23 Instrumentos financeiros

a. Classificação contábil e valores justos A tabela a seguir apresenta os valores contábeis e os valores justos dos ativos e passivos financeiros, incluindo os seus níveis na hierarquia do valor justo. Não inclui informações sobre o valor justo dos ativos e passivos não mensurados ao valor justo, se o valor contábil é uma aproximação razoável do valor justo. 31 de março 2016 Valor contábil Valor justo

Designados ao

valor justo Empréstimos

e recebíveis

Outros passivos

financeiros Total Nível 1 Nível 2 Nível 3 TotalAtivos financeiros mensurados ao valor justo Aplicações financeiras 54.635 - - 54.635 - 54.635 - 54.635Aplicações financeiras vinculadas 36.008 - - 36.008 - 36.008 - 36.008Instrumentos financeiros derivativos 17.158 - - 17.158 - 17.158 - 17.158

Total

107.801 - - 107.801 - 107.801 - 107.801

Ativos financeiros não-mensurados ao valor justo Caixa e equivalentes de caixa - 9.062 - 9.062 Contas a receber e outros recebíveis - 18.754 - 18.754

Total - 27.816 - 27.816

31 de março 2016 Valor contábil Valor justo

Designados ao valor justo

Empréstimos e recebíveis

Outros passivos

financeiros Total Nível 1 Nível 2 Nível 3 TotalPassivos financeiros mensurados ao valor justo Empréstimos e financiamentos - - 553.013 553.013 - 553.013 - 553.013Instrumentos financeiros derivativos 50.542 - - 50.542 - 50.542 - 50.542Debêntures - - 91.925 91.925 - 91.925 - 91.925 Total 50.542 - 644.938 695.480 - 695.480 695.480

Passivos financeiros não-mensurados ao valor justo Fornecedores - - 61.806 61.806 Total - - 61.806 61.806

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31 de março 2015 Valor contábil Valor justo

Designados ao

valor justo Empréstimo

s e recebíveis

Outros passivos

financeiros Total Nível 1 Nível 2 Nível 3 TotalAtivos financeiros mensurados ao valor justo Aplicações financeiras 120.250 - - 120.250 - 120.250 - 120.250

Total 120.250 - - 120.250 - 120.250 - 120.250

Ativos financeiros não-mensurados ao valor justo Caixa e equivalentes de caixa - 21.021 - 21.021

Contas a receber e outros recebíveis - 10.582 - 10.582

Total

- 31.603 - 31.603

31 de março 2015 Valor contábil Valor justo

Designados ao valor justo

Empréstimos e recebíveis

Outros passivos

financeiros Total Nível 1 Nível 2 Nível 3 TotalPassivos financeiros mensurados ao valor justo Empréstimos e financiamentos - - 612.922 612.922 - 612.922 - 612.922Instrumentos financeiros derivativos - - 31.999 31.999 - 31.999 - 31.999Debêntures - - 93.042 93.042 - 93.042 - 93.042 Total - - 737.963 737.963 - 737.963 - 737.963Passivos financeiros não-mensurados ao valor justo Fornecedores - - 59.479 59.479 Total - - 59.479 59.479

b. Mensuração do valor justo

Os valores contábeis referentes aos instrumentos financeiros constantes no balanço patrimonial, quando comparados com os valores que poderiam ser obtidos na sua negociação em um mercado ativo ou, na ausência destes, com o valor presente líquido ajustado com base na taxa vigente de juros no mercado, se aproximam, substancialmente, de seus correspondentes valores de mercado. Não ocorreram transferências entre níveis a serem consideradas em 31 de março de 2016.

c. Gerenciamento de riscos financeiros A Companhia participa de operações envolvendo instrumentos financeiros que se destinam a atender as necessidades próprias. Em 31 de março de 2016, a Companhia não mantém instrumentos financeiros não registrados contabilmente e não efetua operações envolvendo instrumentos financeiros que tenham caráter especulativo. Os principais riscos relacionados com a operação da Companhia são os seguintes:

• Risco de crédito;

• Risco de liquidez; e

• Risco de mercado.

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Essa nota explicativa apresenta informações sobre a exposição da Companhia a cada um dos riscos supramencionados, os objetivos da Companhia, políticas e processos para a mensuração e gerenciamento de risco, e seu gerenciamento de capital.

d. Estrutura do gerenciamento de risco O Conselho de administração é responsável pelo acompanhamento das políticas de gerenciamento de risco da Companhia, e os gestores de cada área se reportam regularmente ao Conselho sobre as suas atividades. As políticas de gerenciamento de risco da Companhia são estabelecidas para identificar e analisar os riscos aos quais a Companhia está exposto, para definir limites e controles de riscos apropriados, e para monitorar riscos e aderência aos limites definidos. As políticas e os sistemas de gerenciamento de riscos são revisados frequentemente para refletir mudanças nas condições de mercado e nas atividades da Companhia. A Companhia, através de suas normas e procedimentos de treinamento e gerenciamento, objetivam desenvolver um ambiente de controle disciplinado e construtivo, no qual todos os funcionários entendem os seus papéis e suas obrigações. Risco de crédito Risco de crédito é o risco da Companhia incorrer em perdas decorrentes de um cliente ou de uma contraparte em um instrumento financeiro, decorrentes da falha destes em cumprir com suas obrigações contratuais. O risco é basicamente proveniente das contas a receber de clientes e de instrumentos financeiros conforme apresentados abaixo. Exposição a risco de crédito O valor contábil dos ativos financeiros representa a exposição máxima do crédito. A exposição máxima do risco do crédito na data das demonstrações financeiras foi:

2016 2015

Caixa e equivalentes de caixa

63.697 141.271Aplicações financeiras vinculadas 36.008 -Contas a receber de clientes e outros recebíveis 18.754 10.582Instrumentos financeiros derivativos 17.158 -

Total 135.617 151.853

Ativo circulante 125.695 148.640 Ativo não circulante 9.922 3.213 Caixa e equivalentes de caixa A Companhia tem como princípio trabalhar com um número reduzido de instituições financeiras e busca negócios com aquelas que apresentam maior solidez. Além disso, outra política que busca mitigar o risco de crédito é manter saldos de aplicações financeiras proporcionalmente ao saldo de empréstimos e financiamentos com cada uma das instituições. Não existe na história da Companhia registro de perdas em caixa e equivalentes de caixa. Empréstimos e recebíveis A exposição da Companhia ao risco de crédito é influenciada, principalmente, pelas características individuais de cada cliente. Além disso, as vendas se realizam de forma bem

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distribuída durante todo o exercício societário (principalmente no período de safra, que vai de março a dezembro de cada ano calendário), o que possibilita à Companhia interromper entregas a clientes que porventura se apresentarem como potencial risco de crédito. Perdas por redução no valor recuperável A composição por vencimento dos recebíveis de clientes registrados no ativo circulante, na data das demonstrações financeiras para os quais não foram reconhecidas perdas por redução no valor recuperável, era a seguinte:

2016 2015

A vencer

13.183 5.019Vencidos em até 30 dias 239 1.349Vencidos entre 31 e 90 dias 420 13Vencidos entre 91 e 180 dias 476 988Vencidos acima de 181 dias 7 7

Total

14.325 7.376

A Companhia avaliou o ajuste a valor presente dos seus saldos de contas a receber de clientes nas datas de 31 de março de 2016 e 2015 e concluiu que os valores se equiparam ao valor contábil, pois o giro do contas a receber é de curto prazo. A provisão para créditos de liquidação duvidosa é constituída com base nos títulos vencidos há mais de 180 dias, em montante considerado suficiente pela Administração para cobrir as perdas prováveis na realização de contas a receber de clientes. Em 31 de março de 2016 e 2015 o montante provisionado é R$ 7. Para clientes que apresentam histórico de não cumprimento de suas obrigações financeiras, a Companhia e suas controladas procuram trabalhar com pagamentos antecipados.

Garantias A Companhia é garantidora junto a entidades financeiras e cooperativas de créditos, de operações de compra de insumos e financiamentos a serem utilizados no plantio e colheita de cana-de-açúcar de seus fornecedores. Em 31 de março de 2016, o valor total garantido monta em R$ 7.387. A Companhia assumirá o débito de seus fornecedores, no limite da garantia prestada, em caso de não pagamento de suas obrigações. Os eventuais valores desembolsados pela Companhia para pagamento das obrigações dos fornecedores, em caso de inadimplência, serão corrigidos pela TJLP (Taxa de juros de longo prazo), acrescido de 5,5% ao ano “pro-rata dia” e serão descontados quando do fornecimento da cana-de-açúcar pelo fornecedor. Em 31 de março de 2016, a Companhia não possuía registro contábil de valor justo de garantia, em função de não existirem fornecedores inadimplentes junto à Companhia, nem de haver probabilidade de utilização dessas garantias por parte dos fornecedores.

Risco de liquidez Risco de liquidez é o risco em que a Companhia irá encontrar dificuldades em cumprir com as obrigações associadas com seus passivos financeiros que são liquidados com pagamentos à vista ou com outro ativo financeiro. A responsabilidade pelo gerenciamento do risco de liquidez é da Administração da Companhia, que gerencia o risco de liquidez de acordo com as necessidades de captação e gestão de liquidez de curto, médio e longo prazos mantendo linhas de crédito de captação de acordo com suas necessidades de caixa combinando os perfis de vencimento de seus ativos e passivos financeiros.

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A Companhia utiliza sistemas de informação e ferramentas de gestão que propiciam a condição de monitoramento de exigências de fluxo de caixa e da otimização de seu retorno de caixa em investimentos. A Companhia têm como política operar com alta liquidez para garantir o cumprimento de obrigações operacionais e financeiras pelo menos por um ciclo operacional; isto inclui o impacto potencial de circunstâncias extremas que não podem ser razoavelmente previstas, como desastres naturais e movimentos cíclicos do mercado de commodities. Não é esperado que fluxos de caixa, incluídos nas análises de maturidade da Companhia, possam ocorrer significantemente mais cedo ou em montantes significantemente diferentes. Exposição ao risco de liquidez O valor contábil dos passivos financeiros com risco de liquidez está representado abaixo: 2016 2015 Empréstimos e financiamentos 553.013 612.922 Debêntures 91.925 93.042 Fornecedores e outras contas a pagar 61.806 59.479 Instrumentos financeiros derivativos 50.542 31.999 Total

757.286

797.442

Passivo circulante 477.203 632.692Passivo não circulante 280.083 164.750 A seguir, estão os vencimentos contábeis dos passivos financeiros: 31 de março de 2016 Valor Fluxo Até 1 a 2 2 a 3 3 a 4 4 a 5 Mais de contábil Contratual 12 meses anos anos anos anos 5 anos Empréstimos e financiamentos 553.013 661.130 402.269 59.814 60.946 56.120 35.022 46.959Debêntures 91.925 105.240 46.350 58.890 - - - -Fornecedores e outras contas a pagar 61.806 61.806 61.055 751 - - - -Instrumentos financeiros derivativos 50.542 50.542 40.046 10.496 - - - - 31 de março de 2015 Valor Fluxo Até 1 a 2 2 a 3 3 a 4 4 a 5 Mais de contábil contratual 12 meses anos anos anos anos 5 anos Empréstimos e financiamentos 612.922 704.361 516.046 40.905 43.040 35.187 31.310 37.873Debêntures 93.042 106.475 106.475 - - - - -Fornecedores e outras contas a pagar 59.479 59.479 59.479 - - - - -Instrumentos financeiros derivativos 31.999 31.999 31.999 - - - - -

Não é esperado que fluxos de caixa, incluídos nas análises de maturidade da Companhia, possam ocorrer significativamente mais cedo ou em montantes significativamente diferentes. Em 31 de março de 2016, a Companhia apresentou saldo de passivo circulante superior ao saldo do ativo circulante em R$ 323.992 e os planos estão endereçados na nota explicativa n° 1.

Risco de mercado Risco de mercado é o risco que alterações nos preços de mercado, tais como as taxas de câmbio e taxas de juros têm nos resultados da Companhia ou no valor de suas participações em instrumentos financeiros. Por meio de suas atividades, a Companhia também fica exposta a riscos financeiros decorrentes de: mudança no valor do ATR (Açúcar Total Recuperável), utilizado para cálculo do valor justo do ativo biológico e do valor do açúcar VHP (Very High Polarized).

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Risco de taxa de juros A Companhia está exposto a riscos relacionados às taxas de juros, em função de empréstimos e financiamentos contratados e aplicações financeiras, expostas, principalmente, à variação do CDI, Selic e da TJLP. A direção da Companhia monitora as flutuações das taxas de juros variáveis atreladas a algumas dívidas, utilizando-se de instrumentos derivativos com o objetivo de minimizar o impacto destes riscos.

Perfil Na data das demonstrações financeiras, o perfil dos instrumentos financeiros remunerados por juros da Companhia:

2016 2015Ativos financeiros

Caixas e equivalentes de caixa 54.635 120.250Aplicações financeiras vinculadas 36.008 -

Passivos financeiros Empréstimos e financiamentos 553.013 612.922Debêntures 91.925 93.042

Análise de sensibilidade de fluxo de caixa para instrumentos de taxa variável A análise de sensibilidade é determinada com base na exposição às taxas de juros dos instrumentos financeiros não derivativos no final do exercício findo em 31 de março de 2016. Conforme determinado pela Instrução CVM 475/08, que requer que sejam apresentados dois cenários com deterioração de 25% e 50% da variável de risco considerado, apresentamos abaixo os possíveis impactos de quanto teriam aumentado (reduzido) o patrimônio e o resultado do exercício de acordo com os montantes mostrados a seguir. Esses cenários poderão gerar impactos no resultado e nos fluxos de caixa futuros da Companhia conforme descrito a seguir:

• Cenário I: Corresponde ao cenário considerado mais provável nas taxas de juros, na data das demonstrações financeiras;

• Cenário II: Deterioração de 25% no fator de risco principal do instrumento financeiro em relação ao nível verificado no cenário provável; e

• Cenário III: Deterioração de 50% no fator de risco principal do instrumento financeiro em relação ao nível verificado no cenário provável.

Risco de taxa de juros sobre ativos e passivos financeiros - apreciação das taxas Cenários

Provável Variação do índice

em 25% Variação do índice

em 50% Instrumentos Exposição

em 2016

Ativos financeiros Risco % Valor % Valor % Valor Aplicações financeiras 54.635 CDI 10,09% 5.513 12,61% 1.376 15,14% 2.759Aplicações financeiras vinculadas 36.008 CDI 10,09% 3.633 12,61% 908 15,14% 1.819

Passivos financeiros Finame (19.897) TJLP 5,13% (947) 6,41% (254) 7,69% (509) Finame (1.225) SELIC 14,02% (172) 17,53% (43) 21,03% (86) Repasse indireto BNDES (33.995) TJLP 5,13% (1.742) 6,41% (435) 7,69% (870) Capital de Giro (11.721) CDI 10,09% (1.183) 12,61% (295) 15,14% (592) PASS (1.677) TJLP 5,13% (86) 6,41% (21) 7,69% (43) PASS (5.212) SELIC 14,02% (731) 17,53% (183) 21,03% (365) ACC, CCE, PPE e NCE (143.255) CDI 10,09% (14.454) 12,61% (3.610) 15,14% (7.235) Debêntures (94.296) CDI 10,09% (9.514) 12,61% (2.377) 15,14% (4.762) Impacto no resultado e patrimônio líquido (4.934) (9.884)

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Risco de taxa de juros sobre ativos e passivos financeiros - depreciação das taxas Cenários

Provável Variação do índice

em 25% Variação do índice

em 50% Instrumentos Exposição

em 2016

Risco % Valor % Valor % ValorAtivos financeiros Aplicações financeiras 54.635 CDI 10,09% (5.513) 7,57% (1.376) 5,05% (2.759)Aplicações financeiras vinculadas 36.008 CDI 10,09% (3.633) 7,57% (908) 5,05% (1.819) Passivos financeiros Finame (19.897) TJLP 5,13% 947 3,84% 254 2,56% 509 Finame (1.225) SELIC 14,02% 172 10,52% 43 7,01% 86 Repasse indireto BNDES (33.995) TJLP 5,13% 1.742 3,84% 435 2,56% 870 Capital de Giro (11.721) CDI 10,09% 1.183 7,57% 295 5,05% 592 PASS (1.677) TJLP 5,13% 86 3,84% 21 2,56% 43 PASS (5.212) SELIC 14,02% 731 10,52% 183 7,01% 365 PPE e NCE (143.255) CDI 10,09% 14.454 7,57% 3.610 5,05% 7.235 Debêntures (94.296) CDI 10,09% 9.514 7,57% 2.377 5,05% 4.762

Impacto no resultado e patrimônio líquido 4.934 9.884

Fonte: A informação da CDI foi extraída da base da CETIP, a TJLP foi extraída da Receita Federal e a SELIC do Banco Central do Brasil.

Risco de moeda A Companhia está sujeita ao risco de moeda (dólar norte-americano) em parte de seus empréstimos tomados em moeda diferente da moeda funcional. Com relação a outros ativos e passivos monetários denominados em moeda estrangeira, a Companhia garante que sua exposição líquida é mantida a um nível aceitável, comprando ou vendendo moedas estrangeiras a taxas à vista, quando necessário, para tratar instabilidades de curto prazo. As parcelas de curto prazo dos passivos monetários denominados em moeda estrangeira estão respaldadas por ativos também denominados em moeda estrangeira (exportação de açúcar com preço fixado em moeda estrangeira). Com relação à parcela de longo prazo desses passivos, ela está respaldada pelas exportações de açúcar da Companhia, que representam 100% das exportações, e possui preços denominados em moeda estrangeira e com pouca volatilidade às variações da taxa de câmbio. Exposições a riscos cambiais A exposição líquida em moeda estrangeira está demonstrada no quadro a seguir, pelos montantes de principal (em USD mil): 2016 2015

Caixa e equivalente de caixa 2.295 3.416Swap e opções (15.395) -Empréstimos e financiamentos (49.958) (61.971)NDF - Non-Deliverable Forward (19.500) (34.700)

(82.558)

(93.255)Exposição líquida

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Análise de sensibilidade - risco de moeda A análise de sensibilidade é determinada com base na exposição dos empréstimos e financiamentos à variação monetária do dólar norte americano no final do período de 31 de março de 2016. Conforme determinado pela Instrução CVM 475/08, que requer que sejam apresentados dois cenários com deterioração de 25% e 50% da variável de risco considerado, apresentamos abaixo os possíveis impactos de quanto teriam aumentado (reduzido) o patrimônio e o resultado do período de acordo com os montantes mostrados a seguir. Esses cenários poderão gerar impactos no resultado e/ou nos fluxos de caixa futuros da Companhia conforme descrito a seguir:

• Cenário I: Para o cenário provável em dólar norte americano foi considerada a taxa de câmbio da data de 31 de março de 2016;

• Cenário II: Deterioração de 25% no fator de risco principal do instrumento financeiro em relação ao nível verificado no cenário provável; e

• Cenário III: Deterioração de 50% no fator de risco principal do instrumento financeiro em relação ao nível verificado no cenário provável. Cenários Nocional Valor justo Elevação (R$) Redução (R$) USD mil R$ 25% 50% 25% 50%Instrumentos financeiros Ativo Caixa e Equivalente de Caixa 2.295 17.914 4.479 8.957 (4.479) (8.957)Instrumentos financeiros Opções de compra e venda 19.500 17.051 4.263 8.526 (4.263) (8.526)Swap 12.000 107 27 54 (27) (54)Passivo Empréstimos e financiamentos (49.958) (142.480) (35.620) (71.240) 35.620 71.240Instrumentos financeiros NDF - Non-Deliverable Forward (19.500) (25.714) (6.427) (12.857) 6.427 12.857Opções de compra e venda (19.500) (17.124) (4.281) (8.562) 4.281 8.562Swap (27.395) (7.704) (1.926) (3.852) 1.926 3.852

Impacto no resultado e patrimônio líquido (39.485) (78.974) 39.485 78.974

As informações utilizadas para a apuração da análise de sensibilidade apresentada acima, foram obtidas junto as fontes externas de mercado, como Bloomberg e BM&F Bovespa. Contabilidade de hedge Hedge de fluxo de caixa envolvendo as exportações da Companhia A Companhia adota uma estrutura de hedge accounting de fluxo da caixa que consiste na cobertura de uma transação prevista, altamente provável, de exportação em moeda estrangeira (dólar norte americano - USD), contra o risco cambial de flutuação de taxa de câmbio USD versus BRL, usando como instrumento de cobertura, instrumentos financeiros não derivativos como ACC (Adiantamento de Contratos de Câmbio) e NCE (Nota de Crédito à Exportação) e derivativos como NDF (Non-Deliverable Forward), em valores e vencimentos equivalentes as exportações. Abaixo está demonstrada a relação de hedge designada para hedge accounting:

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42

2016 2015

RealizadoResultado

Não realizadoPatrimônio

LiquidoRealizado Resultado

Não realizado

Patrimônio Liquido

(nota 25) (nota 25)

ACC e NCE (46.221) (9.331) (12.377) (31.610)NDF (23.712) (25.713) - (57.784)

Exposição líquida (69.333) (35.044) (12.377) (89.394)

(-) IR/CS diferidos - 11.915 - 30.394

Exposição líquida (69.333) (23.129) (12.377) (59.000)

A parcela efetiva da variação no valor justo de derivativos designados e qualificados como hedge de fluxo de caixa, e não liquidada, bem como a variação cambial dos instrumentos de hedge não derivativos é reconhecida no patrimônio líquido como “Ajustes de avaliação patrimonial”. Esta parcela é realizada quando da eliminação do risco para o qual os instrumentos de hedge foram designados. Quando da liquidação dos instrumentos financeiros, os ganhos e as perdas previamente diferidos em outros resultados abrangentes são transferidos para o resultado.

Instrumentos financeiros derivativos A Companhia está exposto ao risco cambial do fluxo de caixa futuro em moeda estrangeira, devido à receita proveniente de exportações de açúcar. Com o objetivo de mitigar este risco, a Companhia adota procedimentos de cobertura baseada na exposição cambial calculada pelo valor dos créditos comerciais para os próximos 12 meses, revistos mensalmente. A cobertura do fluxo de caixa futuro é analisada e discutida pelo Conselho de Administração da Companhia, que aprova e autoriza a contratação e designação de instrumentos financeiros derivativos para a contabilidade de hedge.

O quadro abaixo apresenta todas as operações de instrumentos financeiros derivativos contratados, assim como os respectivos valores justos calculados pela Administração da Companhia:

2016

Derivativo VencimentoNocional (U$$ mil)

Nocional (R$)

Valor justo(R$)

Swap de principal

mai/16 12.000 40.103 107

Nocional(U$$ mil)

Nocional (R$)

Valor justo (R$)Derivativo Vencimento

Swap de principal mai/16 625 2.410 (222)Swap de juros mai/16 1.593 5.000 (757)Swap de principal jun/16 4.325 16.136 (1.270)Swap de principal jul/16 1.450 5.595 (517)Swap de principal ago/16 1.450 5.595 (523)Swap de principal set/16 1.450 5.597 (512)Swap de principal out/16 2.950 11.375 (1.028)Swap de principal nov/16 2.950 11.528 (1.219)Swap de principal mar/17 3.000 10.755 (199)Swap de principal nov/17 7.602 28.599 (1.457)

Total passivos 27.395 102.590 (7.704)

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2016

Derivativos Compra/ Venda Mercado Contrato Vencimento

Nocional (U$$ mil)

Valorjusto (R$)

Termo Vendido CETIP NDF 30/06/2016

150 178Termo Vendido CETIP NDF 29/07/2016 3.800 4.531Termo Vendido CETIP NDF 31/08/2016 3.800 4.567Termo Vendido CETIP NDF 30/09/2016 2.000 2.377Termo Vendido CETIP NDF 28/04/2017 2.300 3.564Termo Vendido CETIP NDF 30/05/2017 1.500 2.298Termo Vendido CETIP NDF 30/06/2017 3.650 5.012Termo Vendido CETIP NDF 30/05/2017 2.300 3.187

Total

19.500 25.714

2015

Derivativos Compra/Venda Mercado Contrato Vencimento

Nocional (U$$ mil)

Valor justo(R$)

Termo Vendido CETIP NDF 29/05/2015

500 (426)Termo Vendido CETIP NDF 30/06/2015 500 (430)Termo Vendido CETIP NDF 30/09/2015 500 (436)Termo Vendido CETIP NDF 31/07/2015 500 (433)Termo Vendido CETIP NDF 31/08/2015 500 (436)Termo Vendido CETIP NDF 30/10/2015 500 (435)Termo Vendido CETIP NDF 30/12/2015 500 (438)Termo Vendido CETIP NDF 30/11/2015 500 (437)Termo Vendido CETIP NDF 29/12/2015 1.250 (1.137)Termo Vendido CETIP NDF 30/09/2015 250 (224)Termo Vendido CETIP NDF 30/10/2015 250 (225)Termo Vendido CETIP NDF 30/11/2015 250 (227)Termo Vendido CETIP NDF 30/04/2015 500 (444)Termo Vendido CETIP NDF 29/05/2015 1.500 (1.308)Termo Vendido CETIP NDF 30/06/2015 1.500 (1.324)Termo Vendido CETIP NDF 30/07/2015 1.500 (1.339)Termo Vendido CETIP NDF 31/08/2015 1.500 (1.353)Termo Vendido CETIP NDF 30/09/2015 1.500 (1.364)Termo Vendido CETIP NDF 30/10/2015 1.500 (1.371)Termo Vendido CETIP NDF 30/11/2015 1.500 (1.379)Termo Vendido CETIP NDF 29/12/2015 1.500 (1.384)Termo Vendido CETIP NDF 30/04/2015 300 (256)Termo Vendido CETIP NDF 29/05/2015 300 (259)Termo Vendido CETIP NDF 30/06/2015 300 (262)Termo Vendido CETIP NDF 30/07/2015 300 (265)Termo Vendido CETIP NDF 31/08/2015 300 (268)Termo Vendido CETIP NDF 30/09/2015 300 (270)Termo Vendido CETIP NDF 30/10/2015 300 (271)Termo Vendido CETIP NDF 30/11/2015 300 (273)Termo Vendido CETIP NDF 29/12/2015 300 (274)Termo Vendido CETIP NDF 30/04/2015 1.500 (1.357)Termo Vendido CETIP NDF 29/05/2015 1.500 (1.370)Termo Vendido CETIP NDF 30/06/2015 1.500 (1.384)Termo Vendido CETIP NDF 30/07/2015 1.500 (1.399)Termo Vendido CETIP NDF 31/08/2015 1.500 (1.412)Termo Vendido CETIP NDF 30/09/2015 1.500 (1.422)Termo Vendido CETIP NDF 30/10/2015 1.500 (1.431)Termo Vendido CETIP NDF 30/11/2015 1.500 (1.440)Termo Vendido CETIP NDF 29/12/2015 1.500 (1.836)

34.700 (31.999)

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44

As opções de compra e venda (call e put) possuem os seguintes vencimentos:

2016

Contratado Vencimento

Nocional (U$$ mil)

Valor justo (R$)

Opção de compra (Call) 29/04/2016

2.300 1.424Opção de compra (Call) 31/05/2016 3.800 7.224Opção de compra (Call) 30/06/2016 3.800 2.296Opção de compra (Call) 29/07/2016 3.800 2.400Opção de compra (Call) 31/08/2016 3.800 2.390Opção de compra (Call) 31/08/2016 2.000 1.317

Total

19.500 17.051

Contratado VencimentoNocional

(U$$ mil ) Valor

justo (R$)

Opção de venda (Put) 30/06/2016

(150) (6.463)Opção de venda (Put) 29/07/2016 (3.800) (2.527)Opção de venda (Put) 31/08/2016 (3.800) (2.663)Opção de venda (Put) 30/09/2016 (2.000) (1.458)Opção de venda (Put) 28/04/2017 (2.300) (712)Opção de venda (Put) 30/05/2017 (3.800) (1.525)Opção de venda (Put) 30/06/2017 (3.650) (1.776)

Total

(19.500) (17.124)

O quadro abaixo apresenta todas as operações de instrumentos financeiros derivativos contratados, assim como os respectivos valores justos calculados pela Administração da Companhia:

2016 2015 Ativos

Nocional (U$$ mil)

Valor justo(R$)

Nocional (U$$ mil)

Valor justo (R$)

Opções de compra e venda 19.500 17.051 - -Swap 12.000 107 - -Total

31.500 17.158 - -

Ativo circulante 11.679 -Ativo não circulante 5.479 -

2016 2015

Passivos Nocional (U$$ mil)

Valor justo(R$)

Nocional (U$$ mil)

Valor justo (R$)

NDF - Non-Deliverable Forward 19.500 25.714 34.700 31.999Opções de compra e venda 19.500 17.124 - -Swap 27.395 7.704 - -Total

66.395 50.542 34.700 31.999

Passivo circulante 40.046 31.999Passivo não circulante 10.496 -

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Análise de sensibilidade dos instrumentos financeiros derivativos Abaixo está apresentado análise de sensibilidade sobre a variação do valor justo dos instrumentos financeiros derivativos da Companhia nos cenários provável, possível e remoto. Risco de taxa de juros sobre ativos e passivos financeiros - apreciação das taxas Cenário 1 Cenário 2 Cenário 3

Instrumento Valor Risco % Valor % Valor % ValorInstrumentos financeiros derivativos - ativo Opções de compra e venda 17.051 CDI 14,13% 17.051 17,66% 14.040 21,20% 13.436Swap 107 CDI 14,13% 107 17,66% 88 21,20% 84

Instrumentos financeiros derivativos - passivo NDF - Non-Deliverable Forward (25.714) Câmbio 3,56 (25.714) 4,45 (6.429) 5,34 (12.857)Opções de compra e venda (17.124) Câmbio 3,56 (17.124) 4,45 (4.281) 5,34 (8.562)Swap (7.704) CDI 14,13% (7.704) 17,66% (1.924) 21,20% (3.855)Impacto no resultado e no patrimônio (variação) (33.384) 1.494 (11.754)

Risco de taxa de juros sobre ativos e passivos financeiros - depreciação das taxas Cenário 1 Cenário 2 Cenário 3

Instrumento Valor Risco % Valor % Valor % ValorInstrumentos financeiros derivativos - ativo Opções de compra e venda 17.051 CDI 14,13% 17.051 10,60% (15.244) 7,07% (15.845)Swap 107 CDI 14,13% 107 10,60% (96) 7,07% (99)

Instrumentos financeiros derivativos - passivo NDF - Non-Deliverable Forward (25.714) Câmbio 3,56 (25.714) 2,67 6.429 1,78 12.857Opções de compra e venda (17.124) Câmbio 3,56 (17.124) 2,67 4.281 1,78 8.562Swap (7.704) CDI 14,13% (7.704) 10,60% 553 7,07% 1.115Impacto no resultado e no patrimônio (variação) (33.384) (4.077) 6.590

Resultado com instrumentos financeiros derivativos A Companhia efetuou registro dos ganhos e perdas oriundos dessas operações no resultado do exercício. Em 31 de março de 2016, os impactos contabilizados no resultado estão demonstrados a seguir: Derivativo Mercado Risco 2016 2015 Swap CETIP USD 6.017 (389)(-) IR/CS diferidos (2.046) 132 Efeito líquido no resultado da Companhia 3.971 (257)

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24 Imposto de renda e contribuição social diferidos

Ativo/ Passivo Resultado Patrimônio Líquido

2016 2015 2016 2015 2016 2015 Provisão para contingências 918 278 640 (132) - -Provisão para créditos de liquidação duvidosa 2 2 - (8) - -Provisão atuarial - - - - - -Efeitos de contratos de swap (993) 132 (1.125) (5) - -Prejuízo fiscal e base negativa (a) 3.086 1.167 1.919 (222) - -Valor justo do ativo biológico (10.285) (3.889) (6.396) 740 - -

Efeitos de contratos de forward (NDF) de câmbio 14.390 30.452 2.475 - (18.537) 27.422 Ativo líquido 7.118 28.142 (2.487) 373 (18.537) 27.422

(a) A Administração da Companhia reconheceu imposto de renda e contribuição social diferidos ativos sobre prejuízos fiscais do imposto de renda e base

negativa de contribuição social até o limite de 30% do imposto de renda e contribuição social diferidos passivos - limite anual de compensação de prejuízo fiscal, conforme a legislação tributária, decorrentes do ganho apurado na determinação do valor justo do ativo biológico. O saldo remanescente de imposto de renda e contribuição social diferidos sobre prejuízo fiscal do imposto de renda e base negativa de contribuição social não registrado é de aproximadamente R$ 79.368.

Conciliação do imposto de renda e contribuição social diferidos Reconciliação da taxa efetiva 2016 2015 Resultado do exercício antes dos impostos (82.679) 7.365Alíquota nominal 34% 34%

Despesa com imposto à alíquota nominal

28.111 (2.504) Ajuste do imposto de renda e contribuição social Despesas não dedutíveis (12.061) (24.545)Efeitos de instrumentos financeiros reconhecidos diretamente no patrimônio líquido (18.537) 27.422

Imposto diferido (2.487) 373

Alíquota efetiva 3,05% 4,36% A alíquota nominal dos impostos é de 34% sobre o lucro ajustado conforme a legislação vigente do Brasil para o lucro tributável anual. A alíquota efetiva demonstrada acima apresenta a melhor estimativa da administração da alíquota anual esperada. As distorções observadas decorrem dos efeitos da não contabilização dos créditos tributários mencionados no item (a) desta nota explicativa. As diferenças temporárias dedutíveis e os prejuízos fiscais acumulados não prescrevem de acordo com a legislação tributária vigente.

25 Receita operacional líquida As receitas operacionais da Companhia são compostas pela venda de açúcar e etanol para o mercado interno e externo e energia elétrica.

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Abaixo é reproduzida a conciliação entre as receitas brutas para fins fiscais e as receitas apresentadas na demonstração de resultado do exercício: 2016 2015Receita bruta de vendas e serviços: Etanol mercado interno 237.540 204.227 Açúcar mercado externo 226.762 208.577 Energia elétrica (a) 43.640 98.450 Açúcar mercado interno 1.507 128 Outras receitas - 1.904CPC 38 - Hedge accounting (nota 23) (69.933) (12.377)

Receita bruta fiscal

439.516 500.909 Impostos sobre vendas (17.331) (24.479)Abatimentos e devoluções (5) -

Receita operacional líquida

422.180 476.430

(a) Refere-se ao fornecimento de energia elétrica à Câmara de Comercialização de Energia Elétrica - CCEE, conforme

contrato firmado através de leilão promovido pela Agência Nacional de Energia Elétrica - ANEEL. O contrato de fornecimento de energia prevê o fornecimento de 876.000 Mwh, durante o período compreendido entre abril de 2010 e março de 2025, conforme demonstrado a seguir: Ano de Contratada Exportadasuprimento (Mwh) (Mwh) 2010 / 2011 17.520 17.5202011 / 2012 61.320 61.3202012 / 2013 61.320 61.3202013 / 2014 61.320 61.3202014 / 2015 61.320 61.3202015 / 2016 61.320 61.3202016 / 2017 61.320 -2017 / 2018 61.320 -2018 / 2019 61.320 -2019 / 2020 61.320 -2020 / 2021 61.320 -2021 / 2022 61.320 -2022 / 2023 61.320 -2023 / 2024 61.320 -2024 / 2025 61.320 -

Total

876.000 324.120

A receita de energia está dividida entre fixa e variável. Receita Fixa A Companhia tem direito ao recebimento de uma receita fixa anual de R$ 9.412, com correção monetária pelo IPCA - Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo. O pagamento da receita fixa é realizado mensalmente na proporção de um duodécimo. No caso da entrega de energia em montantes inferiores ao compromissado, será exigido da Companhia ressarcimento anual a ser apurado pela CCEE ao final de cada período de entrega. A Companhia já entregou 100% da quantidade contratada pela CCEE para o exercício referente ao montante de 61.320 Mwh.

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26 Gastos por natureza A Companhia apresentou as demonstrações do resultado utilizando uma classificação das despesas baseada na sua função. As informações sobre a natureza dessas despesas reconhecidas nas demonstrações do resultado são apresentadas a seguir: 2016 2015Custo dos produtos vendidos CPV - Açúcar (188.271) (175.318) CPV - Etanol Anidro (115.511) (107.141)CPV - Etanol Hidratado (74.721) (62.979) CPV - Energia Elétrica (15.125) (22.864) Custo dos serviços prestados - (1.500) CPV - Cana de Açúcar (655) (238) Outras despesas (231) (471) Recuperação de Pis e Cofins 15.446 19.186

(379.068) (351.325)Total

Despesas com vendas Fretes, gastos portuários e comissões (30.274) (32.507)Despesas com pessoal (1.737) (1.654)Depreciação e amortização (972) (957)Outras despesas comerciais (1.082) (791)

(34.065) (35.909)Total

Despesas administrativas Despesas com pessoal (4.295) (8.788)Serviços de terceiros (3.996) (3.622)Depreciação, amortização e exaustão (1.212) (1.033)Outras despesas administrativas (102) (398)

(9.605) (13.841)Total

27 Receitas (despesas) financeiras líquidas 2016 2015Despesas financeiras: Juros sobre empréstimos e financiamentos (72.239) (69.488)IOF (743) (430)Perdas não realizadas com instrumentos financeiros derivativos: - Perdas com ajuste a valor justo (71.597) (1.891) - Perdas efetivas - liquidação de operações (2.233) (2.049)Variação cambial líquida (55.079) (6.700)Outras despesas financeiras (9.351) (3.212)

(211.242) (83.770) Receitas financeiras: Ganhos com instrumentos financeiros derivativos: - Ganhos com ajuste a valor justo 66.734 1.904 - Ganhos efetivos - liquidação de operações 8.250 4 - Variação cambial ativa 31.132 7.112 Outras receitas financeiras 3.688 4.087

109.804 13.107

Resultado financeiro líquido (101.438) (70.663)

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28 Compromissos com contratos Compromisso de venda A Companhia opera principalmente no mercado de commodities. As vendas são substancialmente efetuadas ao preço da data da transação. Entretanto, a Companhia possui diversos acordos no mercado de açúcar, através dos quais se compromete a vender volumes desses produtos em safras futuras. Os compromissos de venda de açúcar, em 31 de março de 2016, são de 220.000 toneladas contratadas para safra 2016/2017. Adicionalmente a Companhia possui contratos para venda de etanol anidro no volume de 87.384 m3 para safra 2016/2017. Contratos de parceria agrícola A Companhia possui contratos de parceria agrícola para cultivo de cana-de-açúcar, que tem a duração média de 5 anos. Esses contratos têm a finalidade de garantir parte de sua produção futura, a qual está estimada da seguinte forma:

• Safra 2016/2017 em diante - 49.658 toneladas por safra. Os pagamentos referentes a essas obrigações são calculados linearmente, de acordo com os contratos, levando em consideração o compromisso com a cota parte do parceiro, a qual será valorizada pelos preços a serem fixados a cada safra pelo sistema CONSECANA - SP.

Arrendamento mercantil operacional A Companhia possui contratos de arrendamento operacional de terras, para cultivo de cana-de-açúcar, que tem a duração média de 5 anos. Os pagamentos referentes a essas obrigações são calculados linearmente, de acordo com os contratos, os pagamentos são realizados mensalmente, ou conforme previsto em cada contrato. Os gastos relativos a esses contratos somam R$ 208 por mês até 31 de dezembro de 2022.

29 Partes relacionadas A Controladora dessa Companhia onde são consolidadas essas demonstrações financeiras é a Companhia Mineira de Açúcar e Álcool Participações.

a. Remuneração de pessoal chave da Administração O pessoal chave da Administração da Companhia é composto pela Diretoria e pela Assembleia Geral Ordinária. Os montantes referentes à remuneração do pessoal chave da Administração durante o exercício findo em 31 de março de 2016 a título de benefícios de curto prazo foram de R$ 2.658 (R$ 3.653 em 31 de março de 2015), registrados no grupo de despesas administrativas e gerais, e incluem salários, bônus, remunerações variáveis e benefícios diretos e indiretos. A Companhia não possui outros tipos de remuneração, tais como benefícios pós-emprego, outros benefícios de longo prazo ou benefícios de rescisão de contrato de trabalho.

b. Principais saldos de transações As transações efetuadas junto às partes relacionadas, excetuando a compra de matéria-prima, a qual é feita de acordo com o preço de mercado, são realizadas com base em condições negociadas entre a Companhia e as companhias relacionadas, as quais poderiam ser diferentes caso fossem realizadas com partes não relacionadas. Os saldos com partes relacionadas estão apresentados como seguem:

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2016 2015Ativo não circulante Créditos com partes relacionadas (Nota 10) (a) Triângulo Mineiro Açúcar e Álcool S/A. 1.692 617Companhia Mineira de Açúcar e Álcool Participações S/A. 2.751 2.596Adiantamento fornecedores de cana (Nota 13) Marco Otavio Galvão (b) 2.279 1.896

Total 6.722 5.109

Passivo não circulante JF Citrus Agropecuária (nota 18) (c) 751 - 2016 2015Resultado Compra de matéria prima (cana-de-açúcar) (c) Marco Otavio Galvão 2.279 4.005JF Citrus Agropecuária - 22

Total 2.279 4.027

(a) Montante concedido às respectivas controladas, sem que haja incidência de juros, e que será quitado por esta

controlada conforme sua disponibilidade de caixa.

(b) Montante concedido a Marco Otávio Galvão, sem incidência de juros, e que será quitado mediante a entrega de cana-de-açúcar, na safra 2016/2017.

(c) O Sr. Marco Otávio Galvão e a JF Citrus Agropecuária Ltda., possuem propriedades canavieiras próximas à Vale do Tijuco Açúcar e Álcool S/A. e, portanto, atuam como fornecedores regulares de cana-de-açúcar. Eles se caracterizam como parte relacionada pelo fato de figurar como acionista da Companhia Mineira de Açúcar e Álcool Participações. A Companhia concede garantias financeiras para operações de fornecedores, conforme descrito na nota explicativa nº 23.

30 Cobertura de Seguros A Companhia adota a política de contratar cobertura de seguros para os bens sujeitos a riscos por montantes considerados suficientes para cobrir eventuais sinistros, considerando a natureza de sua atividade. Em 31 de março de 2016, a Companhia possui cobertura de seguros por valores considerados suficientes pela sua Administração para cobrir eventuais perdas, os quais se encontram demonstrados a seguir: Bens segurados Importância segurada Responsabilidade civil 15.000Penhor rural 5.856Veículos 100% tabela FIPEMáquinas e equipamentos diversos 35.524Patrimonial 200.000

31 Demonstrações dos fluxos de caixa As demonstrações dos fluxos de caixa foram elaboradas de acordo com o pronunciamento técnico CPC 03 R2.

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a. Caixa e equivalentes de caixa Caixa e equivalentes de caixa consistem em numerário disponível na Companhia e saldos em poder de bancos.

b. Ativo imobilizado Durante o exercício findo em 31 de março de 2016, a Companhia adquiriu ativo imobilizado ao custo total de R$ 67.932 (R$ 83.820 em 31 de março de 2015), dos quais R$ 9.532 (R$ 23.750 em 31 de março de 2015) foram por meio de captação de empréstimos e financiamentos não afetaram o caixa.

32 Riscos ambientais As instalações da Companhia e suas atividades industriais e agrícolas estão sujeitas a regulamentações ambientais. A Companhia diminui os riscos associados com assuntos ambientais, por procedimentos operacionais e controles com investimentos em equipamento de controle de poluição e sistemas, que são procedimentos técnicos/ operacionais e não foram objeto de análise dos auditores independentes por tratar-se de itens não financeiros, além de acreditarem que nenhuma provisão para perdas relacionadas a assuntos ambientais é requerida atualmente, baseada nas atuais leis e regulamentos em vigor.

33 Eventos subsequentes Entre 25 de abril a 17 de maio de 2016 a Companhia firmou contratos de financiamentos de longo prazo no montante de R$ 95.385.

* * *

Conselho de Administração

Conselheiros

José Francisco de Fátima Santos Presidente

Luiz Gustavo Turchetto Santos

Hansjorg Suelzle Moleonoto Tjang

Surjadi Tirtarahardia Mark Julian Wakeford

Diretoria executiva

Carlos Eduardo Turchetto Santos Celso Oliveira

Sylvio Ortega Filho Eduardo Scandiuzzi Lopes

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Contador

Anderson César Augusto Alves CRC/SP nº 1SP206284/O-8