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VAMOS EMPREENDER ? O sucesso e o futuro de uma empresa dependem: - Nível de aceitação dos seus produtos e serviços pelos consumidores. - Da sua capacidade de tornar acessíveis esses produtos nos pontos de venda adequados ao mercado potencial. - Na quantidade e na qualidade desejadas pelos consumidores e com preço competitivo. - Do grau de diferenciação entre sua oferta de produtos e serviços frente à concorrência direta e indireta. - Da identificação precisa do perfil dos clientes e consumidores atuais e potenciais.

VAMOS EMPREENDER - USP · diferentes (ex. broto de feijão e bambu para cozinha asiática) e cortes que atendam às expectativas em termos de apresentação dos pratos. Alternativas

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VAMOS EMPREENDER ?

O sucesso e o futuro de uma empresa dependem:

- Nível de aceitação dos seus produtos e serviços pelos consumidores.

- Da sua capacidade de tornar acessíveis esses produtos nos pontos devenda adequados ao mercado potencial.

- Na quantidade e na qualidade desejadas pelos consumidores e com preçocompetitivo.

- Do grau de diferenciação entre sua oferta de produtos e serviços frente àconcorrência direta e indireta.

- Da identificação precisa do perfil dos clientes e consumidores atuais epotenciais.

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VAMOS EMPREENDER ?

- Dos Meios e ferramentas que podem ser utilizadas para atingir e atender esses mercados.

- O empresário deve concentrar seus investimentos, suas ações e seus esforços demarketing e vendas nos produtos/serviços, mercados, canais de comercialização edistribuição que garantam maior probabilidade de aceitação e, principalmente,fidelização de consumidores.

- O Estudo de Mercado torna o empresário capaz de descortinar cenários futuros e deantecipar tendências que o auxiliarão a definir suas estratégias de atuação, tantoindividuais quanto coletivas.

Todas estas são indiscutivelmente, as principais razões do sucesso das empresas de qualquer porte.

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ANÁLISE DE MERCADO - MATRIZ F.O.F.A.

AMEAÇAS

• Estradas rurais sem condição de tráfego de veículos refrigerados;

• Clima tropical favorece desenvolvimento de micróbios, insetos e macroorganismos (matérias-

primas);

• Mercado valoriza volume e custo baixo dos produtos (CEASAS E CEAGESP);

• CEASAS E CEAGESP) não valorizam marca e embalagens diferenciadas;

• Varejo expõe produtos ao lado de outros que nem sempre são MP;

• Consumidores de maior poder aquisitivo diminuem o potencial de mercado;

• Grau de automação de grandes processadores;

• Falta de fiscalização para avaliação da logística de frio adequada;

• Falta de treinamento no varejo e no food service gera interrupção na cadeia de frio e

conseqüentes problemas às HMP;

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AMEAÇAS• Feiras livres e mercados municipais não apresentam refrigeração adequada e manipulam

produto de forma errada;

• Baixo volume de compra pelo food service afeta logística de distribuição;

• Alta freqüência de entrega para unidades de food service que dispõem de pouco espaço para

estocagem, gerando aumento de custos ao processador;

• Falta de uma legislação específica para o setor;

• Alimento in natura no Brasil é muito barato comparado ao alimento processado;

• Inexistência de fornecedores de serviço de logística refrigerada operando carga composta para

as grandes cidades do interior do Brasil;

• Poucas ações de Marketing em relação às características e benefícios de HMP;

• Risco de ingestão de produto MP que não atendam às características sanitárias exigidas,

influenciando negativamente a imagem do setor.

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OPORTUNIDADES

• Certificação ABNT-ISO pode agregar valor ao produto ou certificação orgânica;

• Interesse por parte do varejo e do food service por HMP;

• Fornecimento ao segmento de food-service, cujo crescimento é grande, sobretudo nos grandes

centros (

• Alta frequência de entrega para as unidades de food service que dispõem de pouco espaço para

estocagem, atendendo a uma importante necessidade desse segmento;

• Baixo índice de ruptura de fornecimento de matéria-prima (regularidade na oferta);

• Baixo custo da produção agrícola;

• Oferta de grande variedade de HORTALIÇAS e FRUTAS eventualmente;

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OPORTUNIDADES• Pesquisa e desenvolvimento constantes no setor, em relação aos processos e a novas

variedades , cultivares ou híbridos apropriados);

• Investimento em gôndolas refrigeradas para exposição das HMP;

• Pesquisas realizadas junto aos fornecedores de HMP, melhorando a qualidade dos fornecedores

e dos produtos;

• Universidades e Institutos de pesquisa atuando na busca de soluções para o segmento;

• As maiores redes de varejo de supermercado ampliando espaço dos produtos minimamente

processados nas gôndolas.

• Aumento do número de lojas de proximidade (minimercados de bairro, lojas de conveniência).

• Interesse por várias redes de supermercados do interior do Brasil em terem HMP;

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OPORTUNIDADES

• Mercado institucional oferece oportunidades em vários segmentos, com necessidades

específicas, podendo ser atendido por empresas com maior flexibilidade (Programas de aquisição

de Alimentos: PAA e PNAE);

• Consumo maior de refeições fora de casa;

• Tendência a consumo de produtos frescos , com quantidade individualizada e prontos para o

consumo (praticidade e conveniência);

• Valorização dos produtos naturais por parte de nutricionistas e médicos.

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FRAGILIDADES

• Número insuficiente de produtores especializados na produção agrícola direcionada para

minimamente processados;

• Agrônomos sem capacitação para manejo da produção agrícola voltada ao processamento

mínimo;

• Pouca variedade de hortaliças adaptadas ao processamento mínimo;

• Más condições da matéria-prima resultam numa vida útil limitada dos PMP, havendo

dificuldades na padronização das frutas e hortaliças;

• Ausência de câmaras frias para a estocagem de matéria-prima nas áreas de produção agrícola;

• Existência de casos de contaminação microbiológica cruzada (sanitização ineficiente);

• Acesso ao canal de distribuição (regularidade na oferta X logística X ponto de venda);

• Existência de processadores pouco qualificados, resultando em produtos de baixa qualidade;

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FRAGILIDADES

• Poucas empresas podem investir em equipamentos com alto nível tecnológico;

• Uso de equipamentos e processos inadequados para remoção de insetos e macroorganismos;

• Falta de escala produtiva não oferece opção de redução de custo final;

• Logística cara de distribuição.

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POTENCIALIDADES

• Existência de processadores qualificados e em

condições de produzir com qualidade

• Adoção de novos processos;

• Grande variedade de produtos disponíveis;

• Criatividade do empresário brasileiro na criação e adaptação

de equipamentos para processamento mínimo;

• Diálogo entre os processadores para a melhoria da cadeia;

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Alternativas Estratégicas

A) PARA COMPETIR CONTRA LIDERANÇA DE CUSTO

- Os pequenos processadores devem buscar caminhos para diferenciação junto a nichosde mercado, seja pela forma dos produtos, combinação de ingredientes e, ou inclusãode certificados de origem e qualidade (Fazenda X, Região Y).

- Além disso, atendendo a um segmento de alta gastronomia os empresários podemdesenvolver linhas especiais (gourmet), com ingredientes específicos para “cozinhas”diferentes (ex. broto de feijão e bambu para cozinha asiática) e cortes que atendam àsexpectativas em termos de apresentação dos pratos.

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Alternativas Estratégicas

B) Para propiciar maior escala

- A partir de acordos desenvolvidos junto ao varejo, para fornecimento para marca própria domesmo, os processadores podem buscar um caminho de custos mais competitivos e de aumentode escala produtiva.

Nesse caminho, pode-se atuar de forma associada, via coopetição, para atender à demandadesejada.

C) Para minimizar força do varejo

- A associação de processadores pode levar a uma estratégia de integração para frente, criandoum canal de vendas porta-a-porta, especialmente focando consumidores finais.

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Alternativas Estratégicas

D) PARA MINIMIZAR VANTAGENS DE GRANDESPROCESSADORES

- Sugere-se a adoção de segmentação geográfica por conveniência, ou seja, focalizar no mercadogeográfico mais próximo do processador, minimizando os problemas gerados pela cadeia defrio.

- Dessa forma, buscando atender clientes do middle-market, não atendido como esperado pelosgrandes processadores, o pequeno processador pode buscar alguns acordos com varejistas depequeno e médio porte, além de restaurantes e lanchonetes.

- Outra vantagem que um pequeno processador pode utilizar é de sua agilidade em atender apequenos pedidos, na frequência e volumes desejados por pequenos varejistas.

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EMBALAGEM X PRODUTO Fluxograma de Processamento Mínimo

Manuseio pós-colheita (INTRODUÇÃO DA CADEIA DO FRIO)

Descascamento ou corte (Injúrias)

Sanitização e enxágue

Centrifugação

Seleção Final , Resfriamento e Acondicionamento (Embalagem)

Armazenamento

Distribuição

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O DESENVOLVIMENTO DO MERCADO DE HMP ACONTECEU COM A PESQUISA EM EMBALAGENS ADEQUADAS:

- QUE AUMENTASSEM A VIDA ÚTIL DOS PRODUTOS

- QUE FOSSEM PRODUZIDAS EM ESCALA INDUSTRIAL

- QUE ATENDESSE AS EXIGÊNCIAS DESSE NOVO CONSUMIDOR (MARKETING: APARÊNCIA , QUANTIDADE, COMODIDADE E VISUAL)

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EMBALAGEMOBJETIVOS: CONSERVAR AO MÁXIMO AS CARACTERÍSTICAS DOS PRODUTOS IN

NATURAMANTER A QUALIDADE E A SEGURANÇA MICROBIOLÓGICA

CONSUMIDOR: QUALIDADE PERCEBIDA DO PRODUTO: (APARÊNCIA DE FRESCOR , COR , SABOR e AROMA)

QUALIDADE PERCEBIDA DOS SERVIÇOS: (CONVENIÊNCIA E PRATICIDADE, )

INJÚRIAS: TRAUMATISMOS OU DANOS EM GERAL PRODUZIDOS POR FORÇA EXTERNA (MECÂNICO)

HMP É UM PRODUTO VIVO: respira , transpira e produz etileno

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PROCESSAMENTO MÍNIMO: INJÚRIAS MECÂNICAS AO REVESTIMENTO NATURAL DAS PLANTAS (PROTEÇÃO) , CAUSANDO:

- PERDA DE ÁGUA

- ESCURECIMENTO E ESBRANQUIÇAMENTO

- TECIDOS INTERNOS FICAM EXPOSTOS A MICROORGANISMOS E ENZIMAS ENDÓGENAS

- AUMENTO DA TAXA RESPIRATÓRIA E PRODUÇÃO DE ETILENO (RESFRIAMENTO)

O PROCESSAMENTO MÍNIMO TORNA O PRODUTO MAIS PERECÍVELPARA PRESERVAR A QUALIDADE DURANTE A VIDA DE PRATELEIRA : SANITIZAÇÃO , CENTRIFUGAÇÃO,

ACONDICIONAMENTO E RESFRIAMENTO

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EMBALAGEM: PARTE ESSENCIAL DO PROCESSAMENTO E DISTRIBUIÇÃO DO PRODUTO

FUNÇÕES DA EMBALAGEM: - PROTEGER O PRODUTO CONTRA CONTAMINAÇÕES E DANOS FÍSICOS

- PROTEGER DE CONTAMINAÇÕES MICROBIANAS , POR INSETOS, ROEDORES E OUTROS ANIMAIS

- FACILIDADE DE USO , CONVENIÊNCIA E AS INFORMAÇÕES DE RÓTULO SEGUINDO A LEGISLAÇÃO E FORNECENDO OS VALORES NUTRICIONAIS PARA BALANÇO DA DIETA

- CONTROLAR A PERMEAÇÃO DOS COMPONENTES DO AMBIENTE INTERNO DURANTE A ESTOCAGEM:

GASES E VAPOR DE ÁGUA

GASES: ETILENO, GÁS CARBÔNICO , OXIGÊNIO E OUTROS COMPOSTOS VOLÁTEIS: ETANOL E ACETALDEIDOS

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EMBALAGEM INADEQUADA: DIMINUI A VIDA DE PRATELEIRA

FILMES E EMBALAGENS DISPONÍVEIS NO MERCADO:

- BANDEJAS DE PLÁSTICO COM TAMPA

- BANDEJAS DE POLIESTIRENO (ISOPOR) ENVOLTAS EM FILME PLÁSTICO

- SACOS PLÁSTICOS DE DIFERENTES COMPOSIÇÕES

- FILMES PLÁSTICO EMPREGADOS: CLORETO DE POLIVINILA (PVC), POLIPROPILENO (PP), POLIETILENO (PE), ETILENO VINIL ACETATO

(DIFERENTES TAXAS DE TRANSMISÃO DE GASES) E FILMES MICROPERFURADOS

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1. ATMOSFERA MODIFICADA

MODIFICAR A COMPOSIÇÃO GASOSA DO INTERIOR DA EMBALAGEM : AUMENTA A VIDA ÚTIL DE PRATELEIRA

PODE SER DE 2 FORMAS:

1) PASSIVA: A COMPOSIÇÃO GASOSA INTERNA É ALTERADA NATURALMENTE APÓS O ACONDICIONAMENTO DO PRODUTO NA EMBALAGEM

SÃO DIVERSOS OS FATORES RESPONSÁVEIS:

- TAXA RESPIRATÓRIA DO PRODUTO (CONSUMO DE O2 E PRODUÇÃO DE CO2)- TAXA DE PERMEABILIDADE DA EMBALAGEM- ÁREA DA EMBALAGEM (TROCA GASOSA) – MEMBRANAS PERMEÁVEIS EM ALGUNS PONTOS- PESO DO PRODUTO (+ÁGUA)

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B) ATIVA- ATMOSFERA MODIFICADA ATIVA consiste em , durante o processo de

acondicionamento do produto, remover parcial ou totalmente o ar do interior da embalagem e injetar uma mistura de gases: associação dos gases O2 , CO2 e N2 em proporções adequadas a cada produto.

FUNÇÃO: Evitar baixos níveis de O2 e níveis elevados de CO2 que levem a

respiração anaeróbica e ao desenvolvimento de odores, aumentando a velocidade de deterioração.

- Outros gases podem se formar devido ao processo de anaerobiose principalmente com produtos de alta taxa de respiração e acondicionados em embalagens com baixa permeabilidade a gases.

- A espessura do filme também é um fator do controle de permeabilidade

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ARMAZENAMENTO:

HMP devem ser armazenadas em temperatura adequada o tempo todo:

- Retardamento da perda de umidade, - Alteração da composição da atmosfera ao redor do produto, - Redução da perda das características nutricionais,- Minimização da contaminação microbiológica, - Manutenção da qualidade sensorial dos mesmos.

Refrigeração Adequada: Promove a manutenção e prolongamento do tempo de estocagem, minimizando os efeitos das injúrias provocadas pelo processamento.

A temperatura próxima a 0°C é considerada a ideal para o armazenamentode hortaliças folhosas.

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ARMAZENAMENTO

- Os PMP geralmente são mais perecíveis que os produtos que lhes deram origem e, por isso, devem ser mantidos a baixas temperaturas, sendo 0ºC considerada a ideal.

- Entretanto, por razões econômicas, normalmente são utilizadas temperaturas ao redor de 5°C a 10°C, que interferem negativamente na manutenção da cadeia do frio, acelerando o processo de deterioração dos PMP.

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Operações básicas do

Processamento Mínimo

Allan Patrick de Abreu Vieira

Eng. Agrônomo (ESALQ/USP)

Piracicaba, 19 de Agosto de 2017

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Introdução

Processamento

Mínimo

Alteração da forma

Etapas de produção

Produto fresco (vivo)

Pronto para o consumo

Produto estressado

Menor durabilidade

Agregação de valor

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Etapas do Processamento Mínimo

RecepçãoRemoção do

calor de campoColheita e

Transporte

Sanitização EnxágueDrenagem ou

centrifugação

DescascamentoSanitizaçãoCorte

Seleção

finalAcondicionamentoArmazenamento

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1. Colheita e Transporte

- Qualidade do produto minimamente

processado começa no campo.

- Cuidados na colheita:

▪ Evitar ferimentos;

▪ Horário da colheita;

▪ Acondicionamento;

▪ Armazenamento no campo.

4

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1. Colheita e Transporte

- Transporte até o local de processamento deve ser o

mais rápido possível e de forma cuidadosa.

- Caminhões refrigerados ou com lona térmica.

- Transporte está relacionado com o rendimento final.

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2. Recepção

- Quantificar Noção de rendimento

- Selecionar descarte de material impróprio para o

consumo e de partes não processáveis, retirar produtos

com ferimentos ou injúrias mecânicas.

- Classificação homogeneidade do lote a ser

processado, quanto a forma, tamanho e peso.

- Lavagem e Sanitização lavagem com água corrente

e detergente diluído e sanitização a base de cloro para

redução de contaminação microbiológica.

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3. Remoção do Calor de Campo

- Esfriamento rápido água gelada (5ºC) alguns minutos

Ex: Algumas folhosas, como alface e rúcula

- Esfriamento lento câmara fria (0 a 20ºC, de acordo

com o produto) entre 12 e 24 horas

Ex: maioria das frutas e hortaliças

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4. Descascamento

- Finalidade: remover a casca de frutas e hortaliças

- Pode ser manual ou mecanizada

8

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5. Sanitização

- Finalidade: reduzir a carga microbiana, resultando em

alimentos seguros e próprios para o consumo.

- Produtos permitidos: a base de cloro (ex: dióxido de

cloro), ozônio, ácido peracético.

- Entre 5 e 10 minutos de imersão em solução clorada

Água sanitária

não é permitida!

Seguir

recomendações

do fabricante!

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6. Corte

- Finalidade: alterar a forma original do produto, de

modo a ser facilmente consumido ou preparado.

- Corte manual ou mecanizado.

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6. Corte

- Tipos de corte: depende do produto, do mercado de

destino e do público alvo.

- Tamanhos e formas diferentes a

partir do mesmo produto!

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Etapas do Processamento Mínimo

RecepçãoRemoção do

calor de campoColheita e

Transporte

Sanitização EnxágueDrenagem ou

centrifugação

DescascamentoSanitizaçãoCorte

Seleção

finalAcondicionamentoArmazenamento

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8. Enxágue

- Finalidade: remover o excesso de cloro residual.

- Utilizar solução mais diluída de cloro ou água

gelada: imersão por 5 minutos.

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9. Drenagem ou Centrifugação

- Finalidade: remover o excesso de água

- Depende do produto e da sua sensibilidade

- Superfície de inox perfurada: principalmente para

frutas mais sensíveis.

- Ventiladores ou exaustores podem ser utilizados

para ajudar a remover o excesso de água.

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9. Drenagem ou Centrifugação

- Centrífuga industrial para alimentos

- Tempo: depende do equipamento, tipo de produto e

do grau de ressecamento

- Branda acúmulo de água e crescimento microbiano

- Excesso desidratação

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10. Seleção Final

- Finalidade: retirada de pedaços com defeito,

irregulares ou impurezas, garantindo produto uniforme

e adequado ao consumo.

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11. Acondicionamento

- Porcionamento e apresentação dos produtos em

embalagens adequadas, visando a conservação,

valorização da aparência, facilitando a distribuição,

comercialização e consumo.

- Grande variedade de embalagens disponíveis

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11. Acondicionamento

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11. Acondicionamento

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12. Armazenamento

Câmara fria

5ºC e 80-90%UR

Durabilidade

- Alguns dias

- Depende do produto

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Obrigado!

Allan Patrick de Abreu Vieira

Eng. Agrônomo (ESALQ/USP)

[email protected]

21

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Boas Práticas de Fabricação (BPF)

Palestra e Prática: Processamento Mínimo de Hortaliças - Casa do Produtor Rural - 19/08/2017

Natalia Dallocca BernoCientista dos Alimentos

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O que é um produto

de qualidade?

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Introdução

O que é qualidade?

• É a capacidade de um produto ou serviço satisfazer as necessidades do consumidor a um custo competitivo e de forma segura

O que é um alimento seguro?

• É aquele que não causa nenhum dano à saúde quando ingerido

Segurança dos alimentos

• É um atributo de qualidade

• É a garantia de um produto livre de contaminantes químicos, físicos e microbiológicos

• É essencial para a prevenção de doenças3

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Contaminantes alimentares

Contaminantes químicos

• O que são? Substâncias químicas que não fazem parte do produto final

• De onde vem? Podem ser introduzidos na obtenção de matéria-prima e durante a produção de alimentos

• Exemplo: Insumos agrícolas, pesticidas, alergênicos, resíduos químicos de higienização, aditivos químicos acima do limite indicado

Contaminantes físicos

• O que são? São corpos estranhos, visíveis a olho nu, que possam causar danos ao consumido

• De onde vem? Podem ser introduzidos na matéria-prima ou durante a produção do alimento

• Exemplo: Vidros, ossos, metais, plásticos, pedras, galhos, terra, pragas, pelos/cabelos

Contaminantes microbiológicos

• O que são? São microrganismos: bactérias, fungos e vírus

• De onde vem? Podem vir pelo contato com os manipuladores, com superfícies mal higienizadas, água contaminada, solo

• A estocagem e/ou manipulação inadequada dos alimentos contribuem para um aumento na quantidade desses microrganismos

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Qual o problemas

das contaminações

microbianas?

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Contaminação microbiana

Empresa:

Rápida deterioração dos produtos

Depreciação da aparência

Produtos sem padronização de qualidade

Perda de fidelização à marca

Consumidor:

Doenças transmitidas pelos alimentos (DTA’s)

Prejuízos financeiro

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Tipos de MO’s

• Deteriorantes:

– Causam alterações químicas prejudiciais como alteração de cor, odor, sabor, textura

– O tipo de deterioração depende:

• Tipo de alimento

• Microrganismo envolvido

• Número de microrganismos presentes

• Indicadores:

– MO’s que fornecem informações sobre:

– Condições higiênico-sanitárias,

– Possível presença de patógenos,

– Potencial de deterioração do alimento

– MO’s que não oferecem risco direto à saúde

– MO’s que oferecem risco baixo e indireto à saúde

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Tipos de MO’s

• Patogênicos:

– MO’s que oferecem risco

direto, moderado e com

difusão limitada:

• Causam doenças quando

alcançam populações

elevadas

– MO’s que oferecem risco

direto, moderado e com

difusão potencialmente

extensa:

• Causam doenças, mesmo

quando ingeridos em

pequenas quantidades e se

difundirem com facilidade

pelos alimentos

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– MO’s que oferecem risco direto e grave:

• Altamente patogênicos cuja presença é intolerável nos alimentos

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Intoxicação x Infecção

Intoxicação Alimentar:

• Ingestão das toxinas pré-formadas nos alimentos, não há necessidade de ingerir o patógeno

• Exemplo: Staphylococusaureus, Clostridium botulinum, Bacillus cereus

Infecção Alimentar:

• Necessita ingerir o microrganismo patogênico (agente causal)

• Pode ou não produzir toxina dentro do nosso organismo, pode causar doença por várias outras vias

• Ex.: Salmonella, Shigella, Vibrio cholerae, Ecoli, Listeria

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O que fazer para

impedir

contaminações?

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Impedir contaminações

• Adoção de procedimentos e atitudes que minimizem as concentrações de microrganismos no ambiente, no pessoal e no alimento

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Boas Práticas de Fabricação

(BPF)

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O que são Boas

Práticas de

Fabricação (BPF)?

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BPF: Introdução

• Importante ferramenta da qualidade

– Níveis adequados de segurança dos alimentos

• É um requisito da legislação vigente

• Faz parte dos programas de garantia da qualidade do produto final

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São normas de procedimentos que visam atingir um determinado padrão de identidade e qualidade de um

produto e/ou serviço na área de alimentos, cuja eficácia e efetividade deve ser avaliada através de inspeção

e/ou investigação

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BPF: Introdução

• Devem ser aplicadas em todas as fases da produção...

– Recepção da matéria-prima, processamento, até a expedição de produtos

• ... e contemplar diversos aspectos da indústria

– Qualidade da matéria-prima e dos ingredientes, incluindo a especificação de produtos e a seleção de fornecedores, a qualidade da água

• O programa de BPF é dividido nos seguintes itens:

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Instalações industriais

Pessoal OperaçõesLimpeza e

SanitizaçãoCondições ambientais

Controle de pragas

Controle da matéria-prima

Garantia e controle da qualidade

Registros e documentações

Rastreabilidade

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BPF: Introdução

• A implantação da BPF:

– Atende a legislação nacional e internacional;

– São pré-requisito para ferramentas mais aprofundadas como Análise de Pontos Críticos de Controle (APPCC – HACCP)

– Importância para os Procedimentos Operacionais Padronizados (POP)

– Auxilia na organização e elaboração de processos produtivos

– Possui vertentes para a conservação do meio ambiente

– Proporciona ações planejadas e lógicas visando a qualidade

– Auxilia na economia de custos operacionais e em gastos com o controle de qualidade do produto acabado

– Previne contaminação por microrganismos emergentes

– Possui interação com a NBR ISO 9000 e NBR ISO 22 000

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BPF: Legislação nacional

Legislação Geral

• Resolução - RDC nº 275, de 21 de outubro de 2002Essa Resolução foi desenvolvida com o propósito de atualizar a legislação geral, introduzindo o controle contínuo das BPF e os Procedimentos Operacionais Padronizados, além de promover a harmonização das ações de inspeção sanitária por meio de instrumento genérico de verificação das BPF. Portanto, é ato normativo complementar à Portaria SVS/MS nº 326/97.

Portaria SVS/MS nº 326, de 30 de julho de 1997Baseada no Código Internacional Recomendado de Práticas: Princípios Gerais de Higiene dos Alimentos CAC/VOL. A, Ed. 2 (1985), do Codex Alimentarius, e harmonizada no Mercosul, essa Portaria estabelece os requisitos gerais sobre as condições higiênico-sanitárias e de Boas Práticas de Fabricação para estabelecimentos produtores/industrializadores de alimentos.

• Portaria MS nº 1.428, de 26 de novembro de 1993Precursora na regulamentação desse tema, essa Portaria dispõe, entre outras matérias, sobre as diretrizes gerais para o estabelecimento de Boas Práticas de Produção e Prestação de Serviços na área de alimentos.

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Higienização:

fundamental para

as BPF

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Higienização

• O que é Higiene?– É a ciência que tem como objetivo preservar a saúde e prevenir doenças

através de práticas de limpeza

• Se aplica ao ambiente de trabalho, equipamentos, utensílios, colaboradores...

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A higienização tem como objetivo manter as condições higiênico-sanitárias adequadas, realizada com

frequência adequada

Ambiente e equipamentos limpos melhoram o ambiente de trabalho, aumentam a produção e os lucros

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Higienização do ambiente de trabalho

• Equipamentos, móveis e utensílios– Não devem permitir o acúmulo de sujidades: superfícies lisas,

impermeáveis, laváveis, sem rugosidades, frestas e outras imperfeições

– Fabricados em materiais não tóxicos, insípidos e inodoros, resistentes a corrosão, limpeza e desinfecção

– Não podem ser fontes de contaminação: estar sempre limpos

• As edificações e instalações devem ser:

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Paredes: lisas, de fácil limpeza e sem falhas de revestimento

Piso: claro, liso, antiderrapante, resistente, lavável,

impermeável, bem conservado e de fácil limpeza

Ralos: sifonados, dotados de dispositivos que permitam seu

fechamento

Portas e janelas: ajustadas aos batentes. Portas com

fechamento automático e as janelas com telas milimetradas

removíveis

Lâmpadas e luminárias: com proteção contra quedas acidentais ou explosão

Instalações elétricas: devem ser embutidas ou protegidas

por tubulações presas

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Higienização de equipamentos e utensílios

• Etapas do processo de higienização

• Obs.: sanitizantes devem ser autorizados pela Anvisa21

A lavagem apenas com água não elimina os microrganismos

1. Limpeza: Fazer pré-lavagem com água para eliminar sujidades;

2. Desinfecção: Lavar com detergente e enxaguar com água potável para reduzir o número de microrganismos;

3. Sanitização: Aplicar saneante para eliminar microrganismos.

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Higienização

Recomendações fundamentais para a realização da Higienização• Utilizar sempre água potável;

• Utilizar detergente solúvel em água, registrado no Ministério da Saúde, não corrosivo, não irritante e não tóxico;

• Armazenar os produtos utilizados na higienização identificados e em locais próprios;

• Não misturar produtos químicos: reação entre os produtos = risco para o alimento e manipulador;

• Devem ser utilizados de acordo com as instruções do fabricante, observando diluição, tempo de contato e modo de uso.

Periodicidade da limpeza • Diária: pisos, rodapés, ralos, todas as

áreas de lavagem e de produção, maçanetas, lavatórios (pias), sanitários, recipientes de lixo, equipamentos, utensílios e bancadas;

• Semanal: paredes, portas, janelas, prateleiras (armários), coifa, geladeiras, câmaras e freezers;

• Quinzenal: estoques e estrados;

• Mensal: luminárias, interruptores, tomadas e telas;

• Semestral: reservatório de água, teto ou forro, caixa de gordura e filtro de ar.

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Higiene pessoal

• O manipulador de alimentos também é uma grande fonte de

contaminação dos alimentos

• É portador natural de muitos microrganismos

• Risco aumenta quando houver alguma enfermidade

– Transmissão para os alimentos por meio das secreções corpóreas

• Manipuladores devem realizar exames periódicos

– Humanos são portadores assintomáticos de doenças

• Processos de higiene pessoal adequada aliado ao controle médico

de saúde são itens obrigatórios

• Realização efetiva das BPF

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Higiene pessoal: Regras básicas

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Higienização

• Lembretes fundamentais para o bom andamento do processo de

higienização

– Realizar o processo de higienização com antecedência, pois o agente

desinfetante necessita de um tempo de ação para fazer efeito;

– No processo de higienização de utensílios como facas, deve-se garantir que

os mesmos sejam submersos na solução sanitizante;

– O local de manipulação deve ser mantido rigorosamente higienizado, os lixos

devem ser mantidos em latões limpos, tampados e esvaziados diariamente;

– Não é permitida a presença de animais e pessoas “estranhas” nas áreas de

trabalho;

– Devem ser afixados cartazes sobre o procedimento correto de higienização

das mãos em pias exclusivas para este fim, instaladas estrategicamente na

linha de produção e inclusive, nos lavatórios dos banheiros e vestiários.

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Higienização

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Higienização: adendos

Água

• Substância principal no processo de higienização

• Veículo na remoção das sujidades

• Contato direto do agente sanificante e o objeto a ser higienizado

• Deve ser obrigatoriamente potável, passado por um processo de tratamento

• Local de armazenamento deve ser limpo periodicamente e ser documentado (detalhes do procedimento e data da realização)

Resíduos

• Armazenados em recipientes identificados e íntegros, de fácil higienização e transporte, em quantidade e capacidade suficiente, com tampas acionadas sem contato manual

• Ser estocados em local fechado, isolado da área de preparo e armazenamento, para evitar focos de contaminação e atração de vetores e pragas urbanas

• Separação conforme categorias (orgânico e reciclável) é uma alternativa que facilita a organização do lixo e ainda preserva o meio ambiente

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Legislação para

PMP

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Legislação para PMP

• Não possuem legislação específica

– Não há padrão de identidade e qualidade, normativas para produção, armazenamento e comercialização

• Seguem legislação para agroindústria

– Condições Higiênico-sanitárias e de Boas Práticas de Fabricação

– Procedimentos Operacionais Padronizados

– Plano Nacional de Segurança e Qualidade dos Produtos de Origem Vegetal

– Uso de saneantes autorizados

– Porcionamento

– Rotulagem nutricional

– Padrões microbiológicos

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Legislação para PMP

• Resolução da Secretaria de Agricultura e Abastecimento (SAA) nº 42, de 19 de junho de 2009, do Governo do Estado de São Paulo

– Norma Técnica para Produtos Hortifrutícolas Minimamente Processados e Frescos Cortados, de âmbito estadual e de caráter não obrigatório.

– Reconhecimento da falta de legislação vertical, desamparo de produtores, e risco para os consumidores

• Resolução SAA nº 42

– “Aplica-se aos estabelecimentos que realizam as atividades de processamento, fracionamento, acondicionamento, armazenamento, transporte e/ou exposição à venda”

– Estabelece as definições pertinentes e os atos normativos bases

– Descreve as etapas de elaboração dos produtos, aspectos de rotulagem, como termos e denominações

– Aborda sobre responsabilidade técnica, transporte, armazenamento e comercialização

– Fornece lista de verificação para avaliação do processamento

– Não é abordado o padrão microbiológico desses produtos30

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Mais informações

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