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EUA Obama desiste do escudo anti-míssil Varsóvia e Praga confirmaram o fim dos pla- nos norte-americanos de instalar escudos an- ti-mísseis na Europa de Leste. O aviso chegou a estas capitais via telefone, pela voz do pró- prio Barack Obama. Nesta edição, a análise do general Loureiro dos Santos. Pág.9 » OPINIÃO Novas forças D. Manuel Martins Os super-políticos Ângela Silva Pág.5 » Forças Armadas PR almoçou com chefes e ouviu queixas Os chefes dos três ramos das Forças Armadas estiveram reunidos num almoço com o Presi- dente da República, ontem, em Belém. O encontro foi dominado pela polémica questão da integração dos salários dos militares na tabela geral da Função Pública. Pág. 6 » Futebol: Liga Europa traz novidades na arbitragem Pág.14 » Amanhã Hoje Porto Lisboa man Am h h oje H Li Lisboa boa Sábado Por Po to o Porto Lisboa Sexta Gratuito VATICANO: Papa não quer sacerdotes na política - PAÍS BASCO: Português morre em acidente de trabalho Leia mais ÚLTIMAS Directora Graça Franco Editor Raul Santos Grupo Renascença www.rr.pt www.rfm.pt www.mega.fm www.radiosim.pt Quinta-feira 17 Setembro de 2009 A 17 de Setembro... 1929: nasce Stirling Moss Pág.15 » PUB Tatiana Carvalho/RR

VATICANO: Futebol: Liga Europa traz novidades na arbitragemmediaserver.rr.pt/rr/others/20411755013a04b.pdf · para a EDP e outros grupos”, acusa, exemplifi cando ainda com o programa

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EUA

Obama desiste do escudo anti-míssilVarsóvia e Praga confi rmaram o fi m dos pla-nos norte-americanos de instalar escudos an-ti-mísseis na Europa de Leste. O aviso chegou a estas capitais via telefone, pela voz do pró-prio Barack Obama. Nesta edição, a análise do general Loureiro dos Santos. Pág.9»

OPINIÃO

Novas forças

D. Manuel Martins

Os super-políticos

Ângela SilvaPág.5»

Forças Armadas

PR almoçou com chefes e ouviu queixasOs chefes dos três ramos das Forças Armadas estiveram reunidos num almoço com o Presi-dente da República, ontem, em Belém. O encontro foi dominado pela polémica questão da integração dos salários dos militares na tabela geral da Função Pública. Pág. 6 »

Futebol: Liga Europa traz novidades na arbitragem

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Gratuito VATICANO: Papa não quer sacerdotes na política - PAÍS BASCO: Português morre em acidente de trabalho Leia mais ÚLTIMAS

DirectoraGraça Franco

EditorRaul Santos

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www.rfm.ptwww.mega.fm

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Quinta-feira17 Setembro de 2009

A 17 de Setembro...

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PSD

Ferreira Leite desconhece compra de votos

Manuela Ferreira Leite diz desconhecer o caso da ale-gada compra de votos no interior do PSD mas condena esse tipo de atitudes, Confrontada com a notícia de que é prática corrente a “compra” de votos a militantes das várias secções de Lisboa do PSD - dado revelado pela revista “Sábado”, a presidente social-democrata sugeriu que o tema só agora é abordado pelo facto do o país estar em período eleitoral.

Já Pacheco Pereira, cabeça-de-lista do PSD por San-tarém, disse não ter dúvidas de que as estruturas in-teriores dos principais partidos - PSD e PS - estarão dominadas por práticas reprováveis. Sublinhando que ele próprio combateu o problema, en-quanto no PS ninguém o fez, Pacheco Pereira recusou discutir o caso em concreto, alegando que não há ino-cência na acusação.

Desmentido “veemente”Desmentido “veemente”

A deputada social-democrata Helena Lopes da Costa desmente a informação segundo a qual tem conheci-mento de casos de compra de votos no seio do PSD, considerando, ainda, estranho que a notícia surja em pleno período eleitoral.“Condeno e desminto veementemente as declarações infundamentadas feitas por militantes do PSD que não

conheço”, disse Helena Lopes da Costa à agência Lusa, em reacção ao artigo hoje publicado pela “Sábado”. A deputada garante que irá actuar judicialmente con-tra a “única pessoa que refere na notícia o seu nome”, a ex-militante social-democrata Ana Paula Silva. A “Sábado” afi rma, no seu artigo, que os candidatos a deputado António Preto e Helena Lopes da Costa sa-biam e pactuaram com as práticas de compra de votos, que segundo uma militante, chegaram a envolver pro-messas de emprego em órgãos autárquicos a quem se fi liasse no PSD. A revista cita algumas secções em que tal terá aconte-cido. Helena Lopes da Costa, candidata nas listas pelo círculo de Lisboa, afi rma que “não é militante em ne-nhuma das secções mencionadas”, mas na secção de Algés, a que preside. “Desconheço por completo as formas de angariação de militantes e de votação adoptadas por outras secções do distrito e do país. Não tenho quaisquer responsabi-lidades políticas na distrital de Lisboa há quatro anos e durante o período em que tive, os presidentes de sec-ções referidos não eram sequer os actuais”, revela. A deputada e candidata acrescenta conhecer os actu-ais presidentes das três secções, mas salienta que não acreditar que “nas suas secções os militantes votem mediante qualquer tipo de contrapartida”. A deputada e ex-vereadora da Câmara de Lisboa ex-pressou ainda solidariedade ao presidente da secção Oriental, Ismael Ferreira, que, na sequência da notí-cia, entregou uma queixa à Entidade Reguladora da Comunicação Social e ao presidente do Sindicato dos Jornalistas. “Não posso deixar ainda de estranhar que este artigo apareça mais uma vez em pleno período da campanha eleitoral”, rematou.

PS e CDS-PP à margem da polémica PS e CDS-PP à margem da polémica

O cabeça-de-lista do PS pelo círculo eleitoral do Por-to às eleições legislativas, Alberto Martins, considera a polémica um problema que tem de ser clarifi cado pelos sociais-democratas. “Esse é um problema do PSD. O PSD é que tem de cla-rifi car as regras de transparência interna”, limitou-se a comentar o socialista, em declarações à Lusa.Paulo Portas, por seu lado, prefere não comentar o caso. “Eu faço uma campanha de ideias, não faço uma campanha de casos. Estamos a falar de um país que terá 650 mil desempregados se nada for feito”, afi r-mou aos jornalistas no fi nal de uma visita à metalúrgi-ca Progresso, em Vale de Cambra, onde alertou para a necessidade de corrigir o rumo seguido pelo Primeiro-ministro na política económica.

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Entrevista

Os Verdes” rejeitam a acusação de serem satélite do PCP

Na série de entrevistas da Renascença aos partidos de menor expressão eleitoral, a Renascença ouviu hoje Heloísa Apolónia, líder do Partido Eco-logista “Os Verdes” (PEV).A formação é um caso sui generis: está habitualmente no Parlamento, à bo-leia das listas da CDU, sem nunca se ter sujeitado isoladamente a votos.Heloísa Apolónia rejeita, contudo, a acusação de partido satélite do PCP, sublinhando que a CD é uma coligação “meramente eleitoral”, sendo os grupos parlamentares “distintos”.Noutro plano, a deputada sublinha que o PEV não é um partido ambientalis-ta “porque não resume as suas ideias ao ambiente”. Para Heloísa Apolónia, o que distingue a sua formação dos outros partidos “é o peso que damos às matérias ambientais, que não são secundárias, mas pilares estruturantes, porque quando falamos de ambiente falamos de segurança das populações, de desenvolvimento económico e de promoção da qualidade das popula-ções. Quando estas questões são menorizadas é o país que perde”.Heloísa Apolónia critica, assim, a acção do Governo em matéria energéti-ca, considerando que os grandes grupos económicos foram benefi ciados. “O que o Governo fez com as energias alternativas foi garantir mais lucros para a EDP e outros grupos”, acusa, exemplifi cando ainda com o programa dos painéis solares: “Quando conhecemos o programa em concreto, aper-cebemo-nos que estava restrito a algumas empresas e não incluía as micro e pequenas empresas, devido aos critérios que estabelecidos”. No que toca aos chamados “temas fracturantes”, que deverão marcar a próxima legislatura, Heloísa Apolónia diz que a questão da eutanásia ainda não “está fechada” no partido. “Consideramos que deve ser lançada de uma forma séria e envolvendo toda a sociedade civil” para, no fi nal da próxima legislatura, poder haver uma conclusão. Outra questão que ainda obteve consenso no PEV é a da adopção de crian-ças por homossexuais. Já no que respeita à equiparação das uniões entre pessoas do mesmo sexo ao casamento, o PEV é a favor e tem pressa: “Não há tempo a perder”.

António Pinto Leite

Pensar no TGV é insensatez

António P i n t o L e i t e , membro do mo-vimento “ C o m -promis-so Por-t u g a l ” , conside-ra insen-sato que se coloque o projecto do TGV como prioridade nacional. “Dar prioridade ao TGV, num qua-dro de crise como este, não é sen-sato. Portugal está perigosamente endividado, o défi ce voltou a ultra-passar os 6% e o desemprego está no limiar de um drama social. Cor-rer o risco de agravar esta situação é insensato”, argumenta o advoga-do e antigo dirigente do PSD. “É como, numa família que já não tem dinheiro para comer, o marido dizer à mulher que quer trocar de carro e pelo mais caro do mundo”, acrescenta Pinto Leite, para quem “o que está em causa nestas elei-ções é escolher a pessoa que pode-rá tirar o país da crise em que se encontra”.

Podiam não estar a ser discutidos os te-mas mais interessantes ou os que mais preocupam os eleitores, mas a verdade é que esta campanha até tem tido dis-cussão política a sério. E, coisa rara, os programas eleitorais estavam a ser discutidos e escrutinados. Até que, on-tem à noite, entraram na campanha os casos.

António Preto é uma pedra no sapato de Ferreira Leite de que ela, primei-ro, não quis e, depois, não tem sabido livrar-se. Não há como arrumar o as-

sunto e nenhuma das suas justifi cações colhe. A única solução teria sido não ter imposto António Preto e Helena Lo-pes da Costa nas listas de candidatos a deputado por Lisboa. Ferreira Leite viu este caso tomar conta da pré-cam-panha e corre o risco de continuar a ser perseguida por ele durante a cam-panha.

Foi já depois de se saber que a revis-ta Sábado traria novidades sobre este caso, que o líder da JSD decidiu, ontem à noite, recuperar um caso que não é

uma pedra no sapato de Sócrates, é o verdadeiro pedregulho que abanou a credibilidade do primeiro-ministro e marcou uma viragem nesta legislatura: a qualidade da sua licenciatura.

Caso contra caso – quantos vezes têm sido feitas assim as campanhas. Muitas vezes são casos importantes, que mos-tram o carácter e a fi bra de que são fei-tos os líderes. Mas, para além de todas as dúvidas éticas e jurídicas que estes casos levantam, seriam bom que não tomassem conta desta campanha.

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Até estava a correr bem

Eunice Lourenço

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Novas forças

Com Setembro, começamos um ano a que, em diversas áreas, poderemos mesmo chamar novo. Entre tais áreas, permito-me destacar a pastoral, a escolar e a política.Na área pastoral, sentimo-nos todos tocados por muitos desafi os, uns vindos de dentro, outros vindos de fora (que se tornam de dentro como os primeiros). O mundo transforma-se a olhos vistos ou até nunca vistos, de tal forma que muitas vezes nem sabemos em que terra e em que tem-po estamos. Se teimamos em não nos querermos soltar dos grandes e es-truturantes valores que nos fi zeram, logo nos apodam de conservadores e retrógrados. Hoje, ser moderno su-põe negar ou agredir a vida, também brincando à vida; supõe rasgar dos di-cionários o vocábulo família com toda a riqueza que a estrutura, encanta e embeleza; supõe dispor-se a recorrer a impensáveis habilidades para passarmos por ou-tros e para enganarmos toda a gente; supõe criar e adorar os ídolos que a cada momento nos pode-rão satisfazer. Ser moderno a sério, será também negar o próprio Deus com a sanha e a raiva com que tantos o vêm fazendo.Será que tal modernidade não nos incomoda e não nos interpela? – Depois, e ao mesmo tempo, temos os apelos vindos da Igreja que se vão repetindo, como vindos de Pedro ou de Paulo. Pedro, amiúde

nos alerta e nos aponta novos caminhos; os Bispos com os seus presbitérios e o seu povo entusias-mam-nos para novos programas pastorais. Será que, perante estes alertas, desafi os e propostas, estamos mesmo dispostos a responder? Chegamos à área da escola, e logo nos sentimos tentados a perguntar qual é o seu lugar

a nível do aluno, da família, da socie-dade. Se quisermos, e isso torna-se cada vez mais urgente, teremos que nos perguntar primeiro o que se en-tende por educação. Quando nos de-paramos com o que vem acontecendo no nosso país, logo a nível de um Es-tado que se arroga o direito de ser o único educador (não esqueçamos que por aqui começam as ditaduras), não é desculpável que nos calemos ou que simplesmente nos comportemos com indiferença. A família, que é a primeira e insubstituível escola, tem

que estar na escola, tem que acompanhar a es-cola, tem que integrar a escola, nem que seja para protestar. A escola, como família alongada ou prolongada, costuma ser o primeiro alvo da-queles que querem abrir as portas à dita moder-nidade.Finalmente, viria a área política. Sem me enten-der a mim mesmo, deixo a refl exão para outras calendas. Sinto-me sobre o quente e tenho medo de me queimar…

Os super-políticosEstá na moda dizer mal dos políticos, mas a frené-tica campanha eleitoral que aí está prova a injusti-ça. Não pelos milhares de quilómetros que galgam, pelos beijos e apertões que levam, pelos riscos da gripe A ou pelos cabelos brancos que crescem. Tudo isso é o menos.O que impressiona é a lista de desempenhos que en-grossa. Já não basta ter um ideia para o país, saber explicá-la e cumpri-la. Os novos políticos têm que falar muito bem (embora não convenha serem pica-retas falantes); não podem cometer gaffes (embora algumas ponham o país a rir e quem ri vota); são obrigados a passar bem na televisão (mas não po-dem perder autenticidade); têm que ter boa ima-gem (apesar do ar estoirado de certos dias) e agora, como se não bastasse, têm que ir a programas de humor, rir e fazer rir.

Dizer que não a uma televisão é um crime público. Recusar um programa de humor? Ninguém se atre-ve. Estar indisponível para debater com tudo e to-dos é suspender a democracia.A série de debates televisivos entre os vários líde-res partidários foi um sinal de maturidade demo-crática, é um facto. E ver Manuela Ferreira Leite, a sisuda, divertidíssima no Gato Fedorento foi uma descoberta. E tudo ajuda a decidir o voto que, como o amor, tem razões que a razão desconhece.Mas quando esta campanha eleitoral acabar, não vale escamotear. Político sofre!

Ângela Silva

Se teimamos em não nos querermos soltar dos grandes e estruturantes valores que nos fi zeram, logo nos apodam de conservadores e retrógrados

D. Manuel MartinsBispo Emérito de Setúbal

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IMI

Proprietários não suportam custosA Associação de Profi ssionais da Me-diação Imobiliária de Portugal (APE-MIP) denuncia que há proprietários que estão a vender as suas habitações por não suportarem os custos do Im-posto Municipal sobre Imóveis (IMI).Vários municípios têm vindo a baixar

o imposto, mas, do ponto de vista da APEMIP, a medida, apesar de positiva, não é sufi ciente. A associação sustenta que só com a baixa dos impostos será possível ocorrer a recuperação do mercado imobiliário.Em declarações à Renascença, o secretário de Estado da Administração Local admitiu possibilidade de serem revistos os coefi cientes de avaliação de prédios, que são fundamentais para a aplicação do IMI. Eduardo Cabrita lembrou que o Governo tem em curso um estudo sobre os coefi cientes de avaliação, que permitirá ao próximo executivo rever a actual lei.Noutro plano, o presidente da APEMIP, Luís Lima, diz que gostaria de ver a reabilitação urbana como tema prioritário na campanha eleitoral em curso, advertindo que o sucesso da reabilitação urbana estará sempre de-pendente de uma revisão da lei do arrendamento.Neste ponto, o secretário de Estado da Administração Local garante que a prioridade do Governo, na legislatura que agora termina, foi a de colo-car no mercado mais de 400 mil habitações que estão vazias, estando o mercado de arrendamento a registar algum crescimento, fruto da última revisão da lei das rendas.

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Forças Armadas

Queixas à mesa em almoço de chefes militares com Cavaco

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Os chefes dos três ramos das Forças Armadas estiveram reunidos num al-moço com o Presidente da Republica, ontem, em Belém, num encontro dominado pela polémica questão da integração dos salários dos militares na tabela geral da Função Pública.O descontentamento dos militares não é de agora, mas a tensão tem vindo a crescer, já que, até às eleições, haverá apenas dois Conselhos de Minis-tros, estando, ainda, por aprovar os tão aguardados valores dos suplemen-tos. A isto junta-se a proposta do Governo para o sistema remuneratório, que os militares garantem criar a ilusão de que vão ser aumentados quan-do, na verdade, isso não acontecerá.Para o almoço de ontem, o Presidente da República chamou os chefes mi-litares dos três ramos, mas não convidou o ministro da Defesa. Severiano Teixeira foi excluído de modo a que as queixas dos militares pudessem ser apresentadas sem constrangimentos.A Renascença apurou que Cavaco Silva fi cou a saber que os militares não vão aceitar “de cara alegre” a integração na Função Pública, já que as posições remuneratórias criam desequilíbrios internos graves. Além disso, no plano salarial, os militares passariam a estar abaixo dos ofi ciais técnicos da administração pública. Outro ponto polémico neste processo prende-se com a equiparação à GNR.Depois de se inteirar do que está em causa, o Presidente da República vai decidir o que fazer ao diploma que tem na sua mesa, à espera de promul-gação.

Conjuntura

Clima económico mantém recuperação

O indicador de clima económico em Portugal regista, nos últimos quatro meses, uma recuperação signifi cati-va.De acordo com o Instituto Nacional de Estatística (INE), foi registado, em Abril, o valor mais baixo da série. Na síntese económica de conjuntu-ra, relativa a Agosto, o INE avança que o indicador de consumo priva-do tem vindo a apresentar reduções menos intensas desde esse mês.Noutro plano, a taxa de variação homóloga dos preços ao consumi-dor contraiu, em Agosto, 1,3%, mais 0,2% do que em Julho. Também o indicador de infl ação subjacente aumentou 0,2%.

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Auto-estradas

Greve nas portagens a 24 de Outubro

Os trabalhadores das portagens aprovaram um pré-aviso de greve nacional para dia 24 de Outubro.O protesto é convocado contra a in-trodução de chips nas matrículas dos automóveis, medida que, segundo o sindicato do sector, coloca em causa cerca de dois mil postos de trabalho em todo o país, ao permitir o paga-mento de portagens sem a presença de qualquer trabalhador.A greve foi marcada para depois dos actos eleitorais, na expectativa de existir uma mudança política em Portugal.

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Alcácer do Sal

Produtores de arroz protestaram contra baixa de preços

Cerca de quatro dezenas de agricultores protesta-ram, hoje, junto à Câma-ra Municipal de Alcácer do Sal contra os preços baixos pagos pelo arroz aos produtores e exigin-do uma estrada de aces-so aos secadores daquele cereal naquela região. Os produtores de arroz concentraram-se em pro-testo com tractores e carrinhas agrícolas junto à autarquia porque “não há um preço fi xo de in-tervenção para o arroz, ao contrário do que tem acontecido em anos ante-riores”, explicou à agência Lusa Custódio Baptista, um dos organizadores.A inexistência de um preço fi xo de pagamento ao agricultor “coloca em causa a sobrevivência de centenas de produtores”, referiu, lamentando que “o Governo não tivesse ainda correspondido aos anseios dos agriculto-res” da região. Os produtores “estão a concorrer com o arroz proveniente de países asiáticos e não sabem se têm ou não certifi cado de qualidade”, acrescentou Custódio Baptista. Segundo a Associação de Agricultores do Distrito de Setúbal, em 2008, o valor pago ao agricultor era de 40 cêntimos por quilo, mas os produtores receiam que este ano seja muito mais baixo.

Região Norte

Carlos Lage alerta espanhóis para necessidade de prosseguir obras

Num momento em que as relações com Espanha entraram em força – e com polémica – na campanha das Legislativas, o presidente da Comis-são de Coordenação e Desenvolvi-mento Regional do Norte (CCDRN) participou numa reunião plenária da Comunidade de Trabalho Norte de Portugal-Castela e Leão, realiza-da em Valladolid, tendo chamado a atenção da Junta Autonómica para a necessidade de ligar Bragança a Zamora por auto-estrada.Lage sublinhou, perante os vizinhos espanhóis, que, do lado português, estão em construção o Túnel do Marão e a auto-estrada de Trás-os-Montes.Depois do acordo para reabilitar a ferrovia entre Pocinho e Barca de Alva, Lage procurou sen-sibilizar a Junta de Castilla e León para a necessidade de continuar a obra do outro lado da fronteira.

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Gripe A

Ministério rectifi ca balanço de novos casos

O Ministério da Saúde emitiu hoje uma rectifi cação sobre o ponto de situação da evolução da gripe A em Portugal, descendo para 2105 o número de novos casos registados entre 7 e 13 de Setembro. “Entre 7 e 13 de Setembro foram diagnosticados 2105 casos novos de síndrome gripal”, corrige uma nota do gabinete de Ana Jorge que ontem, no habitual balanço semanal, tinha fi xado os novos casos em 2983. “Nessa semana estiveram hospitalizadas 19 pessoas. Destas, cinco em unidades de cuidados intensivos, das quais três se mantinham internadas desde a semana anterior”, acrescenta a mesma nota, indicando ainda o Ministério que, “relativamente à situação clínica, a maioria dos casos diagnosticados não registou gravida-de”. “A maioria dos casos (92%) registou-se em Portugal Con-tinental. Na Região Autónoma dos Açores verifi caram-se 7% dos casos e 1% na Região Autónoma da Madeira”, explicita a tutela. O Ministério da Saúde faz, semanalmente, o ponto de situação da evolução da infecção da gripe A no seu site, em www.portaldasaude.pt.

Todas as manhãs, a Informação da Renascença responde a dúvidas dos ouvintes sobre gripe A. Hoje, Graça Frei-tas, sub-Directora Geral de Saúde, respondeu à seguinte questão: As crianças com historial de problemas respiratórios vão ter acesso à vacina da gripe A?“Depende muito do historial dos problemas respirató-rios. Há crianças que, de facto, fazem algumas infec-ções respiratórias repetidas, que podem até ter formas de asma pouco severas, portanto, nessas situações será o seu médico assistente que, perante os critérios que vão ser fornecidos pela Direcção Geral de Saúde, deci-dirá se é uma criança que tem risco acrescido para ter complicações da gripe.Dentro de uma mesma doença, por exemplo, dentro dos diabéticos é diferente fazer insulina e não fazer insuli-na, dentro dos asmáticos é diferente fazer corticóides diariamente e não fazer. Portanto, a gravidade da doen-ça é que vai ditar a necessidade da vacinação e isso é o médico assistente que terá que, em consciência, defi nir esse critério e emitir uma declaração nesse sentido.

Gripe A: perguntas e respostas

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Fundação da Juventude

Tertúlias procuram esclarecer os abstencionistas

Apresenta-se como um debate, mas funciona como uma tertúlia. A Fundação da Juventude promove uma série de seis encontros de líderes das juventudes dos partidos com assento parlamentar, na sede da institui-ção, no Porto, com o objectivo de esclarecer os mais jovens e contribuir para diminuir os elevados valores de abstenção entre as camadas mais jovens em época de preparação para as eleições legislativas. O públi-co-alvo destes encontros é a juventude, mas também todos aqueles que lidam directamente com os jovens, como professores e encarregados de educação.O modelo do encontro não confronta os políticos, como nos habituais debates, mas procura esclarecer pelo contacto directo do público com um membro de cada partido em momentos diferentes. “Um modelo para trabalharmos numa forma de tertúlia que não é en-tre políticos, com siglas e um discurso menos acessível aos jovens”, explica Maria Geraldes, directora-geral da Fundação da Juventude. Pretende-se “conhecer o

programa de cada partido de forma individualizada”, permitindo “questionar as opções”, por oposição “ao confronto entre as políticas dos partidos”. O intercâmbio de ideias entre jovens e políticos visa, segundo Maria Geraldes, fazer com que os jovens fi -quem esclarecidos sobre as propostas de cada partido com assento na Assembleia da República para as cama-das mais jovens e que estes sejam também responsá-veis pela sugestão de ideias a incluir no trabalho dos deputados. Depois de PS e PCP (com a presença do secretário-geral da JS, Duarte Cordeiro, e por Paulo Raimundo, da JCP), ontem, hoje é a vez do Bloco de Esquerda, com a pre-sença do candidato à Assembleia da República, José Soeiro, às 18h30, e do membro do conselho nacional d’ Os Verdes, Júlio Sá, às 21h30. Nos mesmos horários, mas amanhã, é a vez do presidente da JSD, Pedro Ro-drigues, e do presidente da Juventude Popular, Michael Seufert, respectivamente.

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Livro

Maioria das notícias políticas parte de “fontes sofi sticadas”

A infl uência dos assessores de imprensa contribui para 60% das notícias sobre política presentes nos jornais nacionais. A conclusão resulta de um estudo que ana-lisou a imprensa nacional durante 15 anos (de 1990 a 2005) da autoria do assessor de imprensa Vasco Ribei-ro, que publica agora os dados em livro. “Fontes Sofi sticadas de Informação”, o livro, mostra também que as fontes ofi ciais (governantes e princi-pais dirigentes políticos) constituem de resto, no caso dos jornais chamados de referência analisados, 90% dos “fornecedores” de informação identifi cados no caso das secções de política e nacional. Estes jornais “cultivam uma relação sustentada e duradoura com as fontes mais próximas do poder e da oposição, de for-ma a conseguir extrair a maior quantidade possível de informação”, refere o autor, Vasco Ribeiro, assessor de imprensa e Mestre em Jornalismo Político pela Facul-dade de Letras da Universidade do Porto.“Há poucos elementos de uma redacção a investigar e produzir informação” que é cara e muitas vezes não tem resultado noticioso, por isso, acrescenta, a maior parte das notícias têm por base os “press release” que chegam às redacções e “resultam de conferências e vi-sitas de imprensa, show-off montados à volta de um acontecimento político que marca hora e local para a comunicação social aparecer”, sublinha o autor.O livro “Fontes Sofi sticadas de Informação” é hoje apresentado, às 18h30, no Norteshopping, no Porto, e mostra, diz o autor à Renascença, uma conclusão

comum a outros estudos le-vados a cabo na Alemanha, no Reino Unido e nos Esta-dos Unidos. Neste último, em 1974, a conclusão foi idêntica depois da análise do “The New York Times” e no “Washington Post”.80% das notícias sobre po-lítica apresentam as suas fontes, e são os jornais diá-rios de referência, Diário de Notícias e Público, que mais recorrem a fontes anónimas. “Quanto mais de referência é um jornal, mais pode abusar das fontes anónimas”, aponta Vasco Ribeiro. Nos anos estudados, os jornais mais populares recorriam a mais notícias de agências e que partiam de assessores, por exemplo, do que agora, acrescenta, uma vez que, neste aspecto tem havido, nos últimos anos, uma aproximação de todos os órgãos de comunicação.O estudo, que deu origem à tese de mestrado do au-tor, incide nos anos de 1990, 1995, 2000 e 2005, em quatro jornais nacionais: Correio da Manhã, Diário de Notícias, Jornal de Notícias e Público. Foram analisa-das as seccções de política/nacional ao longo de 208 semanas, num total de 832 edições, 5054 notícias, com 7841 fontes de informação.

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EUA

Obama desiste de escudo anti-míssil

A Polónia e a República Checa já confi rmaram o fi m dos planos norte-americanos de instalar escudos anti-mísseis na Europa de Leste, admitindo-se que a revela-ção possa ser confi rmada pelo Presidente Obama numa intervenção pública ao longo da tarde de hoje, nos Es-tados Unidos. O próprio Primeiro-ministro checo, Jan Fischer, confi r-mou que o Presidente norte-americano anunciou, por telefone, que os Estados Unidos desistiram do projec-to.“O Presidente americano Barack Obama ligou-me de-pois da meia-noite para dizer que o seu Governo aban-donou a intenção de construir uma base de radar no território checo”, declarou.Fischer disse, ainda, que Obama confi rmou que Wa-shington não pretende colocar os dez interceptores que estavam previstos para a Polónia, nem o sistema de radares na República Checa.A Casa Branca recua, desta forma, no plano da an-terior administração Bush que previa a instalação do escudo anti-míssil nos dois países. Na análise do general Loureiro dos Santos, a confi rmar-se, esta decisão da administração Obama é da máxima importância para a questão do Irão e do Afeganistão e para a aproximação entre Washington e Moscovo.

Ameaça iraniana desvalorizadaAmeaça iraniana desvalorizada

A nova posição nesta matéria foi, também, revelada hoje na edição online do diário norte-americano “Wall Street Journal”. Washington desiste deste plano por considerar que “o programa de mísseis de longo alcance do Irão não pro-grediu tão rapidamente como fora anteriormente pre-

visto” – explicava o jornal – esvaziando desta forma as justifi cações apresentadas pelos Estados Unidos para colocar um radar na República Checa e os dez mísseis interceptores na Polónia. A muito usada “ameaça” iraniana – a que Bush lançou mão para fazer avançar a aceitação dos planos de ex-pansão do escudo junto dos aliados da NATO e também dos países membros da União Europeia – deixa, assim, de ser relevante tanto para os Estados Unidos como para as mais importantes capitais europeias, sublinha-rá o relatório, escrito pela equipa nomeada pelo Presi-dente Obama, para averiguar da necessidade e efi ciên-cia técnica daquele projecto.

Moscovo aguarda confi rmaçãoMoscovo aguarda confi rmação

A Rússia espera uma confi rmação ofi cial da decisão da administração norte-americana de renunciar à instala-ção de elementos do escudo antimíssil (ABM) na Europa Oriental, declarou hoje à Ria-Novosti um porta-voz da diplomacia russa. ”Esperamos a confi rmação dessas informações. Em princípio, esse desenrolar dos acontecimentos corres-ponde aos interesses das nossas relações bilaterais com os Estados Unidos”, assinalou o interlocutor da agên-cia.

PÁG.

UE/Cimeira

Líderes querem travar bónus dados pela banca

Os líderes da União Europeia (UE) deverão apelar hoje, em Bruxelas, às maiores economias do mundo para que ameacem o sistema fi nanceiro com sanções aos exces-sivos pagamentos de prémios aos administradores. O projecto de conclusões do Conselho Europeu, que hoje começa na capital belga, prevê a limitação da atribuição de bónus pela banca e pede ao G20 que abra a porta à possibilidade de haver “sanções a nível na-cional”. A UE visa, particularmente, a “remuneração variável” paga aos bancários, que quer ver sujeita a regras mais rígidas. Os 27 deverão, ainda, sustentar que os prémios e bónus pagos no sistema fi nanceiro passem a ser calculados em função “do desempenho a longo prazo” da instituição.

Portugal propõe nova taxaPortugal propõe nova taxa

Na cimeira, “Portugal vai defender que a União Euro-peia proponha, na reunião do G20, a criação, ao nível internacional, de uma taxa generalizada sobre opera-ções fi nanceiras realizadas entre operadores fi nancei-ros”, revelou ao “Diário Económico”, o Primeiro-minis-tro. José Sócrates justifi cou a medida com o objectivo de “o sector fi nanceiro suportar parte dos custos que os países tiveram que incorrer com a crise fi nanceira”. “O sector fi nanceiro deve ser chamado a fazer a sua parte no pagamento dos custos da crise, uma vez que esteve na sua origem”, explicou.

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Alemanha

Onze feridos em ataque a escola

Onze alunos fi caram feridos, três dos quais com gravidade, num ataque de um jovem de 19 anos com cocktails molotov a um liceu de Ansbach, na Baviera, comunicou a polícia local, que deteve o agressor e conseguiu controlar a situação.Os feridos foram transportados para hospitais da região e nenhum corre risco de vida, disse um porta-voz da defesa civil de Ansbach à cadeia de televisão N24.A escola, o Liceu Carolinum de Ansbach, com cerca de 700 alunos, já tinha sido evacuada e os alunos foram para casa.

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Afeganistão

Seis italianos mortos em atentadoPelo menos seis soldados italianos morreram numa explosão que ocorreu esta manhã, na zona das embaixadas em Cabul, no Afeganistão. Um carro armadilhado explodiu ao embater num veículo militar da NATO, provocando ainda dezenas de feridos.Testemunhas oculares dizem que a ex-plosão abalou os edifícios próximos. O atentado, o quarto nas últimas cinco semanas no centro da capital afegã e que ocorreu às 12h10 locais, incen-diou dezenas de viaturas.O Presidente afegão, Hamid Karzai, estava a dar uma conferência de im-prensa no palácio presidencial, à hora da explosão. Os talibã multiplicaram, nos últimos meses, os atentados suicidas no cen-tro de Cabul, apesar da presença de um cada vez maior número de solda-dos de forças internacionais.

Iémen

Ataque faz 80 vítimas civis

Mais de 80 civis foram mortos na sequência de um ataque aéreo do exército iemenita sobre um campo improvisado de deslocados de guer-ra, indicaram hoje testemunhas. “Mais de 80 civis, a maioria dos quais mulheres e crianças, foram mortos quando um avião de combate atin-giu famílias de refugiados reunidas na região de Adi”, na província de Omrane, a 120 quilómetros a norte de Sana, segundo uma testemunha citada pela AFP.

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ONU/Estudo

Maioria obrigada a calar opiniões impopularesA maioria da população mundial as-segura que, nos seus países, não se podem expressar opiniões políticas impopulares e que os partidos opo-sitores têm poucas oportunidades de expor as suas ideias, de acordo com um inquérito de uma agência das Nações Unidas. O estudo da União Inter-parlamen-tar (UIP), divulgado nas Nações Uni-das, revela que há um grande apoio à democracia como sistema de Go-verno, apesar de persistir a dúvida sobre o seu funcionamento prático e sobre a vontade de os estados res-peitarem os seus princípios. Cerca de 86% dos inquiridos consi-derou muito importante poder ex-pressar posições políticas e apenas 24% afi rmou que, no seu país, pode exercer esse direito sem temer qualquer punição. Em 21 dos 24 países abrangidos pelo estudo, a maioria das pessoas inquiridas considera que os partidos da oposição não têm “uma oportu-nidade justa para expressar a sua opinião e procurar infl uenciar o Go-verno”. A empresa responsável pelo inqué-rito, entrevistou mais de 21 mil pessoas de 24 países, entre eles Estados Unidos, China, Indonésia, Índia, Brasil, Argentina e México.

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Diálogo inter-religioso

Muçulmanos usam sinagoga durante o Ramadão

Durante o mês do Ramadão os muçulmanos esforçam-se por rezar diariamente com a sua comunidade, o que leva a que muitas mesquitas sejam demasiado peque-nas para acolher as multidões.É o que se passa com a comunidade islâmica de Dulles, na Virgínia, nos Estados Unidos, que se vê obrigada a alugar espaços alternativos para albergar os seus fi éis nesta fase do ano.Contudo, ao contrário de outras comunidades que pro-curam espaços como ginásios ou centros comunitários, o Imã Mohamed Magid recorreu ao seu bom amigo, Ra-bino Robert Nosanchuk, que lhe cedeu espaço na sina-goga local.“As pessoas vêem as relações entre o Judaísmo e o Is-lão como espaço de confl ito”, explica o Imã Mohamed Magid. “Este caso abala esse estereótipo”.

Para o rabino Nosanchuk, cuja comunidade inclui cerca de 500 famílias judias, esta é uma forma de ultrapassar preconceitos. “Só conhecemos verdadeiramente alguém quando as recebemos em casa, aprendemos a reconhecê-las e aprendemos os nomes dos seus fi lhos”, declarou Ro-bert Nosanchuk.Numa prova de que as relações entre as duas comu-nidades não são superfi ciais, os dois líderes religiosos já foram convidados a pregar nas assembleias um do outro e estão a planear uma viagem conjunta ao Médio Oriente.O Ramadão é o mês mais sagrado do calendário mu-çulmano, durante o qual os fi éis jejuam durante todo o dia. Termina este fi m-de-semana com a festa de Eid Al-Fitr.

Paquistão

Luto e revolta após a morte de jovem cristão apaixonado por muçulmana

Vários movimentos de defesa dos direitos humanos juntam-se à comunida-de de Robert Fanish, exigindo a verdade sobre a morte do jovem cristão, detido por acusação de blasfémia, por ter profanado um exemplar do Al-corão.A acusação levou uma multidão de muçulmanos a incendiar uma igreja local e a atacar casas de cristãos. No rescaldo, a polícia deteve Fanish para interrogação. Terça-feira, apareceu morto na prisão. A polícia alega suicídio, mas os familiares e algumas personalidades, incluindo o ministro para as minorias do Governo Regional do Punjab, Kamran Michael, garan-tem que o cadáver tem marcas de tortura.A directora da Comissão dos Direitos Humanos do Paquistão, Asma Jahan-gir, aponta o dedo à polícia e aos políticos e fala de um padrão de conivên-cia, que impede os agressores de serem levados à justiça.Ontem, durante as cerimónias fúnebres, a polícia disparou gás lacrimo-géneo contra a multidão enlutada, provocando confrontos. Registaram-se alguns feridos e houve mais detenções de cristãos. Líderes religiosos, incluindo o Arcebispo de Lahore, Lawrence Saldanha, também expressaram a sua revolta e pedem uma investigação credível para apurar os responsáveis.Grande parte do problema, garantem, está na própria lei da blasfémia. Esta é habitualmente abusada e usada para perseguir minorias religiosas, incluindo os cristãos, mas não só. No caso de Fanish, garante o padre da sua aldeia, a acusação é, mais uma vez, falsa. A verdadeira razão da re-volta dos muçulmanos derivava de um suposto romance entre o cristão e uma jovem muçulmana.“Para as minorias religiosas estas leis têm-se revelado uma catástrofe, que pode emergir em qualquer lado, a qualquer altura”, afi rma o Arcebispo.Os cristãos representam apenas cerca de 2% da população deste país, ofi -cialmente muçulmano, e estão, por exemplo, impedidos de ocupar o posto de presidente.

China

Polícia destrói igreja protestante

Cerca de 400 polícias agrediram violentamente dezenas de cristãos, na China. A acção das autoridades chinesas deu-se a 13 de Setembro.Os fi éis da pequena igreja clandesti-na, que estava sedeada numa cape-la construída dentro de uma fábrica de sapatos e vestuário, estavam a pernoitar no local, esperando as-sim evitar a acção policial. Apesar disso, a polícia procedeu à demoli-ção da capela, que alegam ser uma construção ilegal.Enquanto o edifício era demolido, os polícias atacaram ferozmente os cristãos presentes, segundo teste-munhas citadas pela AsiaNews. Pelo menos 100 pessoas fi caram fe-ridas e várias perderam os sentidos. A polícia terá ordenado aos médicos das urgências que não atendessem os cristãos, chegando ao ponto de proibir transfusões de sangue para quem precisasse. Estima-se que haverá cerca de 50 milhões de protestantes que se reú-nem em pequenas igrejas clandesti-nas, localizadas em locais de traba-lho, ou em casas privadas, fora do controlo do Ministério dos Assuntos Religiosos, que procura dominar toda a actividade religiosa.

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CULT

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Internet

AFP defende leis mais severas contra pirataria, à semelhança do que prepara a França

A Associação Fonográfi ca Portuguesa (AFP) defende a aplicação em Portugal de leis mais severas contra a pirataria digital, à semelhança do que está a ser equacionado em França e Inglaterra. Em Paris, os deputados preparam-se para aprovar uma lei polémica que permite, entre outras puni-ções, o corte do acesso à Internet e penas de prisão efectivas. Depois de suscitadas dúvidas do ponto de vista cons-titucional, aquela que é já entendida como a mais repressiva lei do género na União Europeia (UE) deve ser aprovada na próxima semana. Quem fi zer des-carregamentos ilegais de fi cheiros protegidos por direitos de autor arrisca-se a uma multa até 300 mil euros e prisão.Em Inglaterra, as autoridades equacionam a aprovação de uma lei que corte o acesso à Internet a quem faça downloads ilegais, apressando, face à dimensão que atingiu o fenómeno, um processo que deveria aconte-cer apenas em 2012. A proposta não é pacífi ca mesmo dentro da indústria: alguns músicos, autores, composi-tores e produtores emitiram um comunicado conjunto contra as intenções do Executivo.

Morte lentaMorte lenta

À Renascença, Eduardo Simões, presidente da AFP, diz

que a legislação que deverá ser aprovada em França é, até à data, o melhor exemplo de “uma solução para o problema”. “É um dado adquirido que a situação da Internet não pode continuar como está: estamos a as-sistir à morte lenta de uma série de indústrias culturais e actividades culturais”.Já Miguel Guedes, vocalista da banda Blind Zero, du-vida que as leis mais repressivas sejam a forma mais efi caz para conseguir “respeito pelo trabalho de quem cria”. O músico e jurista lamenta a “inércia legislativa” neste domínio e a “falta de vontade política para actuar”.

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Teatro

Artistas Unidos regressam a Pirandello

Maria João Costa »

A companhia de Teatro dos Artistas Unidos volta a en-cenar Pirandello, depois de ter levado “Esta noite im-provisa-se” ao Teatro D. Maria II. “Seis Personagens à Procura de Autor”, uma refl exão sobre o teatro de Luigi Pirandello, estreia hoje e abre a temporada 2009-2010 do Teatro Municipal São Luiz, em Lisboa.A peça começa numa sala de ensaios, onde uma com-panhia tradicional prepara a encenação de uma nova

peça até que se vê interrompida por uma estranha fa-mília que invade o palco. O porta-voz dos invasores faz as apresentações: são seis personagens à procura de autor, cuja tragédia real e vivida está pronta para ser mostrada em cima de um palco, sem ser necessário en-cenador ou actores. No elenco estão João Perry, Sylivie Rocha e Lia Gama.O encenador Jorge Silva Melo explica que há muito queria encenar “Seis Personagens à Procura de Autor”. “É a única peça que quis fazer de que já tinha visto muitas versões. Acho que tem a ver com a característi-ca do texto”, justifi ca. “Mais do que sobre a minha profi ssão é um texto fi losó-fi co, que debate o problema da realidade e da ilusão”, refl ecte.A peça será apresentada de quarta a sábado, às 21h00, e aos domingos às 17h30, até 18 de Outubro. É um dos temas do Ensaio Geral de hoje, depois das 23h00, na Renascença.D

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Paula Rego

“As histórias existem dentro de nós”EN

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Página1 – Estão aqui muitos dos seus trabalhos, de toda a sua carreira...Paula Rego – É pena o resto não estar exposto também, há muito mais coisas. Há tantas outras coisas!... Mas não cabem. As coisas melhores estão cá.

P1 – Muitas das peças são da sua colecção?PR – Algumas delas, sim. Tenho guardado durante os anos. É o caso do “Anjo”. Tinha também vários quadros enrolados no meu estúdio, guardados uns em cima dos outros, nunca se viam.

P1 – Quando pinta, cria histórias. O que nasce primeiro? A ideia dos desenhos ou a história?PR – As histórias existem dentro de nós. Sobretudo os portugueses estão cheios de histórias cá dentro. Histórias que vêm de há muitos anos, coleccionadas por Leite Vasconcelos, Adolfo Co-elho. Mas o Leite Vasconcelos é melhor. Eu já estudei histórias folclóricas de vários países e as mais vigorosas, mais cheias de vida, são as portuguesas. São extraordi-nárias. Eu estou a dizer este palavreado todo porque quero dizer que o que vem primeiro é o que já existe lá dentro, que são as histórias. Olhe, existe nos seus joelhos, nos sapatos dela, no nariz dela... Existe dentro de todas as portuguesas.

P1 – Sentiu por isso, que tinha de chamar a esta casa a Casa das Histórias e não “museu”?PR – São muito mais importantes as histórias que os museus. Eu detesto arte, a arte é uma fantochada. De modo que o nome Casa das Histórias é certo.

P1 – Mas, agarrado às histórias, vem a arte do dese-nho. Identifi cam-na como pintora, mas o que está nos seus quadros é, sobretudo, o desenho?PR – Sim, eu não sei pintar. Não sei pintar a óleo. Só quando era muito nova. Tenho aquele quadro daquela mulher nua, modelo. Mas não pinto a óleo. Alguns des-tes quadros são a acrílico e, ultimamente, são todos feitos a pastel, porque o pastel é o mais parecido com o desenho.

P1 – O pincel é mais difícil de dominar?

PR – É, anda para trás e para a frente. Não tem fi rmeza nenhuma. O pastel faz o risco. O risco é muito impor-tante. Tal como o lápis. Eu fi z muitos quadros a lápis, há pouco tempo. Dá mais fi rmeza e mais certeza.

P1 – É muito violento pintar, fi sicamente? Alguns dos seus quadros são de grandes dimensões... PR – É muito físico, mas não é violento. Porque não há nenhum quadro, excepto os muito antigos, que seja

expressionista. Porque eu gosto de copiar. Todos os quadros que estão aqui são monta-dos no meu atelier. São bonecos feitos por mim, mais a Lila, que é o meu modelo pre-ferido. Depois, copio os bonecos com todo o cuidado possível e a maior certeza que eu possa. É isso que me interessa.

P1 – O realismo? PR – Não sai realismo, sai outra coisa qualquer.

P1 – Aqui, no Estoril, na sua casa, costuma pintar?PR – Não. Estão lá fantasmas! Eu não me dou bem com eles.

P1 – Prefere trabalhar no seu atelier, em Londres...PR - Prefi ro. Aqui no Estoril, faço azulejos, porque os azulejos só se podem fazer em Portugal.

P1 – Sente que há consenso à volta do seu trabalho?PR – Gosto muito mais que gostem, do que não gostem! É raro haver uma pessoa que diz que não gosta. Sobre-tudo, porque não tem coragem!

P1 – Sente que a sua arte diz mais às mulheres do que aos homens? PR – Sem duvida. Pelo menos para mim é mais dirigida às mulheres do que aos homens.

P1 – Gosta de ouvir fado? PR – Muito! Gosto muito de ouvir fados. De manhã, ao sábado, ouvimos ópera e à tarde ouvimos fados antigos. Beatriz Costa, Hermínia Silva...

P1 – E dos mais novos? PR - Camané e Mariza. E muitos outros.

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Eu detesto arte, a arte é uma fantochada

Detesta arte, diz que não sabe pintar, mas é uma das artistas portu-guesas mais internacionais. Paula Rego inaugura esta sexta feira, em Cascais, a “Casa das Histórias”, uma espécie de museu de toda a sua obra. Projectada pelo arquitecto Eduardo Souto Moura, a casa vai estar aberta ao público diariamente, entre as 10h00 e as 22h00. Paula Rego diz que antes do desenho, surgem as histórias e as dos portuguesas são as melhores. Esta entrevista tem versão vídeo disponível na página da Renascença, em www.rr.pt.

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Liga Europa

Portugueses “experimentam” seis árbitros

Sporting, Benfi ca e Nacional iniciam hoje a sua parti-cipação na nova Liga Europa. Os primeiros a entrar em campo são os sportinguistas que, na Holanda, defron-tam, a partir das 18h00, o Heerenveen.Mais tarde, às 20h05, o Benfi ca recebe o BATE Borisov, actual líder do campeonato da Bielorússia. Espera-se uma “boa assistência”, mesmo tendo em conta que o “adversário não tem grande cotação europeia”, diz Mi-guel Bento, director de marketing, que acrescenta que são “esperados cerca de 40 mil espectadores”.À mesma hora, o Nacional joga, na Madeira, com os alemães do Werder Bremen. Para o jogo da Choupana,

o técnico Manuel Machado não pode contar com o capi-tão Patacas, que está castigado. Do lado dos alemães, o grande ausente é Hugo Almeida que está lesionado.

Seis árbitros em cada jogoSeis árbitros em cada jogo

Pela primeira vez, estes jogos da Liga Europa vão ter equipas de arbitragem com seis elementos. Aos quatro árbitros habituais, juntam-se dois árbitros assistentes adicionais, colocados nas duas linhas de fundo.Estes árbitros vão estar especialmente atentos aos lan-ces dentro da área e junto às balizas.

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Fórmula 1

Prost pode suceder a Briatore

O antigo piloto de Fórmula 1, Alain Prost, pode suce-der a Flavio Briatore no cargo de director geral da Re-nault. A notícia é avançada, hoje, pelo diário francês “L´Equipe”.Prost, actual director da Racing Citröen e Peugeot Sport, prefere não se alongar sobre o assunto, referin-do que “são apenas rumores”. “Sinto-me muito hon-rado mas ninguém da Renault falou comigo”, disse o antigo piloto.

Já o ex-piloto Niki Lauda é bastante duro para com a Renault e, em especial, para com Flavio Briatore e Pat Symonds, considerando que este escândalo é o pior de sempre da Fórmula 1.Briatore e Symonds abandonaram a equipa na sequên-cia das investigações às alegadas pressões da Renault sobre Nelson Piquet Jr., obrigando este a despistar-se na Grande Prémio de Singapura de 2008, de modo a favorecer o colega de equipa, Fernando Alonso.

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Olhar

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A 17 de Setembro de 1929...

Nasce Stirling Moss, o gentleman driver por excelênciaRaul Santos »

Stirling Moss, que hoje completa 80 anos de idade, competiu durante 11 épocas, entre 1951 e 1961, na Fórmula 1. Foi, pois, um pioneiro da categoria. Ele e um lote de pilotos, onde se destacou Juan Manuel Fangio, campeão mundial por cinco vezes, nessa dé-cada de 50.Ser campeão foi algo que Moss nunca conseguiu: foi por quatro vezes segundo e por três vezes terceiro classifi cado. Um “eterno segundo”, portanto, mas tão popular e tão admirado, nesses tempos dos gen-tlemen drivers, como o argentino super-campeão. Para isso contribuiram a classe do piloto britânico, as suas muitas vitórias nas pistas e o facto de ser um verdadeiro desportista. A 24 de Agosto de 1958, no Circuito da Boavista, no Porto, o grande rival de Moss nessa temporada, Mike Hawthorn, foi desclassifi cado por, alegadamente, o seu carro ter sido empurrado após uma saída de pista. Um depoimento de Moss, desmentindo a ilegalidade, fez com que Hawthorn recuperasse os pontos. No fi -nal da época, Moss foi segundo classifi cado do campe-onato, a um ponto do campeão, Mike Hawthorn.Por várias vezes, Moss confi rmou a veracidade do episódio, mas sobre ele contam-se muitos outros. Como aquele que reza que, numa corrida em que foi dominador, Moss partiu na frente, ganhou vantagem e foi passando todos os adversários, dando-lhes uma volta de avanço. Depois de ultrapassar o terceiro classifi cado, o britânico colou-se à traseira do segun-

do, Juan Manuel Fangio, mas não tentou a ultrapas-sagem. No fi nal da corrida, a pergun-ta dos jornalistas era incontornãvel: “Porque não ultra-passou o Fangio?”. Resposta, seca, de Stirling Moss: “Porque ninguém dá uma volta de avanço ao Fangio”.Numa mensagem por e-mail, enviada através do seu site ofi cial (http://www.stirlingmoss.com), Página1 tentou confi rmar a veracidade da história. Até ao iní-cio da tarde, não obtivemos resposta. Retirado da competição, Stirling Moss continua a marcar presença nas pistas e “dá um perninha” nas corridas de clássicos. Ainda em Julho esteve no nosso país, no Grande Prémio Histórico do Porto, revendo a pista onde correu e viveu a glória. “Este é um dos circuitos mais bonitos em que já estive, porque é de estrada. Gostamos muito disso. Lembro-me deste circuito nos anos 50 e agora ele é muito mais seguro. É muito bom voltar aqui e receber este entusiasmo das pessoas”, disse, então, numa entrevista à Renas-cença, que pode rever em http://www.rr.pt/multi-media_video.aspx?fi d=167&fi leID=69538.

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A cidade alemã de Estugarda recebe, por estes dias, o Campeonato da Europa de

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PS/Campanha em Paris

Sócrates pede nova atitude aos emigrantes antes de entrar no TGV

José Sócrates almoçou, hoje, em Paris com algumas dezenas de re-presentantes da comunidade portu-guesa em França.Aos portugueses, pediu “uma atitu-de de confi ança, não uma atitude de descrença. Uma atitude de von-tade e de ambição, não de pessi-mismo e de negativismo”. O secretário-geral do PS segue, à hora de fecho desta edição, para Bruxelas, a bordo do TGV, para par-ticipar no Conselho Europeu.

Autárquicas

Elisa culpa Rio por perda de infl uência do Porto

A candidata do PS à Câmara do Por-to, Elisa Ferreira, considera que a voz do Porto deixou de ser respeita-da porque se faz ouvir por motivos menores. Numa crítica directa a Rui Rio, a candidata acusa o presidente de ter assistido à perda de impor-tância da cidade, sem enfrentar devidamente o problema.Numa conferência de imprensa, em que apresentou um conjunto de medidas para promover o emprego na cidade, Elisa Ferreira defendeu o regresso ao Porto das grandes em-presas públicas. Aproveitou, tam-bém, para acusar o actual presi-dente de ter acordado muito tarde para os problemas de desemprego na cidade.Sobre a questão do TGV, Elisa Fer-reira disse que não merece discus-são a linha entre Porto e Lisboa e a ligação da cidade à Galiza.

Vaticano

Papa não quer sacedotes na vida políticaO Papa Bento XVI recomendou hoje aos sacerdotes que não se envol-vam em política, reiterou o valor do celibato e pediu aos Bispos que se esforcem para despertar novas vocações sacerdotais. O Papa falava, na residência de Verão de Castelgandolfo, aos Bis-pos que participam da Conferência Episcopal do Brasil Nordeste 2, rea-lizada a cada cinco anos.“Os laicos podem comprometer-se com a política, enquanto os sacer-dotes devem permanecer afastados da política. O objectivo dos religio-sos é promover a unidade e a co-munhão de todos os fi éis, para que possam ser um ponto de referên-cia”, sublinhou Bento XVI.

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Página1 é um jornal registado na ERC, sob o nº 125177. É propriedade/editor Rádio Renascença Lda, com o nº de pessoa colectiva nº 500725373. O Conselho de Gerência é constituído por João Aguiar Campos, José Luís Ramos Pinheiro, Luís Manuel David Soromenho de Alvito e Luiz Gonzaga Torgal Mendes Ferreira. O capital da empresa é detido pelo Patriarcado de Lisboa e Conferência Episcopal Portuguesa. Rádio Renascença. Rua Ivens, 14 - 1249-108 Lisboa.

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Obama deixa cair anti-míssil

O presidente dos EUA confi rmou, esta tarde, o fi m do programa de construção do escudo de defesa anti-míssil da administração Bush. Obama prometeu um programa renovado, mais adaptado às actuais ameaças.

Trabalhador morre em Espanha

Um trabalhador português, de 35 anos, morreu ao cair de uma altura de 20 metros, nas obras de construção do novo edifício do Corte Inglês, em Eibar, no País Basco.

STCP: mais de metade em greve

A greve de hoje na Sociedade de Transportes Colectivos do Porto (STCP) regista uma adesão de “70% a 75%”, de acordo com o Sindicato Nacional de Motoristas.

Santa Maria: doentes ouvidos

A comissão que acompanha o caso dos doentes que ce-garam já ouviu os seis doentes e começa a trabalhar no processo que vai determinar as indemnizações na próxi-ma terça-feira.