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Vecina & Malik | Gestão em Saúde

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Gestão em Saúde

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O GEN | Grupo Editorial Nacional reúne as editoras Guanabara Koogan, Santos, LTC, Forense, Método e Forense Universitária, que publicam nas áreas científica, técnica e profissional.

Essas empresas, respeitadas no mercado editorial, construíram catálogos inigualáveis, com obras que têm sido decisivas na formação acadêmica e no aperfeiçoamento de várias gerações de pro fissionais e de estudantes de Administração, Direito, Enfermagem, Engenharia, Fisioterapia, Medicina, Odontologia e muitas outras ciências, tendo se tornado sinônimo de seriedade e respeito.

Nossa missão é prover o melhor conteúdo científico e distribuí-lo de maneira flexível e conve-niente, a preços justos, gerando benefícios e servindo a autores, docentes, livreiros, funcionários, colaboradores e acionistas.

Nosso comportamento ético incondicional e nossa responsabilidade social e ambiental são refor-çados pela natureza educacional de nossa atividade, sem comprometer o crescimento contínuo e a rentabilidade do grupo.

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Gestão em Saúde

Gonzalo Vecina NetoMédico pela Faculdade de Medicina de Jundiaí – SP (1977). Mestre em Administração de Empresas pela EAESP – Fundação Getulio Vargas – SP (1986). Atualmente é Superintendente Corporativo do Hospital Sírio-Libanês e Professor Assistente da Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo.

Ana Maria MalikMédica pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (1978). Mestre em Administração de Empresas pela EAESP – Fundação Getulio Vargas – SP (1983) e Doutora em Medicina Preventiva pela Universidade de São Paulo (1991). Atualmente é Professora Adjunta e Pesquisadora da FGV-EAESP, Coordenadora do GVsaúde, Diretora Adjunta do PROAHSA, Presidente do Conselho da ALASS – Associação Latina para Análise de Sistemas de Saúde. Atua como Professora Convidada da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo e da Faculdade de Ciências Médicas da Universidade Nova de Lisboa.

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Os autores deste livro e a EDITORA GUANABARA KOOGAN LTDA. empenharam seus melhores esforços para assegurar que as informações e os procedimentos apresentados no texto estejam em acordo com os padrões aceitos à época da publicação, e todos os dados foram atualizados pelo autor até a data da entrega dos originais à editora. Entretanto, tendo em conta a evolução das ciências da saúde, as mudanças regula-mentares governamentais e o constante fl uxo de novas informações sobre terapêutica medicamentosa e reações adversas a fármacos, recomendamos enfaticamente que os leitores consultem sempre outras fontes fi dedignas, de modo a se certifi carem de que as informações contidas neste livro estão corretas e de que não houve alterações nas dosagens recomendadas ou na legislação regulamentadora. Adicionalmente, os leitores podem buscar por possíveis atualizações da obra em http://gen-io.grupogen.com.br.

Os autores e a editora se empenharam para citar adequadamente e dar o devido crédito a todos os de-tentores de direitos autorais de qualquer material utilizado neste livro, dispondo-se a possíveis acertos posteriores caso, inadvertida e involuntariamente, a identifi cação de algum deles tenha sido omitida.

Direitos exclusivos para a língua portuguesaCopyright © 2011 byEDITORA GUANABARA KOOGAN LTDA.Uma editora integrante do GEN | Grupo Editorial Nacional

Travessa do Ouvidor, 11Rio de Janeiro – RJ – CEP 20040-040Tels.: (21) 3543-0770/(11) 5080-0770 | Fax: (21) 3543-0896www.editoraguanabara.com.br | www.grupogen.com.br | [email protected]

Reservados todos os direitos. É proibida a duplicação ou reprodução deste volume, no todo ou em parte, em quaisquer formas ou por quaisquer meios (eletrônico, mecânico, gravação, fotocópia, distribuição pela Internet ou outros), sem permissão, por escrito, da EDITORA GUANABARA KOOGAN LTDA.

Capa: Bruno SalesEditoração Eletrônica: A N T H A R E S

CIP-BRASIL. CATALOGAÇÃO NA FONTESINDICATO NACIONAL DOS EDITORES DE LIVROS, RJ

V515g

Vecina Neto, GonzaloGestão em saúde / Gonzalo Vecina Neto, Ana Maria Malik. – Rio de Janeiro : Guanabara Koogan, 2011. il. Inclui bibliografi aISBN 978-85-277-1708-3

1. Serviços de saúde – Administração. I. Malik, Ana Maria. II. Título.

10-4087. CDD: 362.11068 CDU: 614.2:658

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Afonso José de MatosAdministrador de Empresas pela Universidade de Caxias do Sul. Doutor em Saúde Pública pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo. Diretor Presidente da Planisa Pla-nejamento e Organização de Instituições de Saúde S/S Ltda

Alessandra Santana DestraEspecialização em Infectologia e Epidemiologia Hospitalar pela UNIFESP

Álvaro Escrivão JuniorMédico pela Faculdade de Medicina de Botucatu da UNESP. Doutor em Medicina Preventiva pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo. Professor da Escola de Admi-nistração de Empresas de São Paulo da Fundação Getulio Var-gas – FGV-EAESP

Ana Maria MalikMédica pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo. Doutora pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (Medicina Preventiva). Professora da Escola de Administração de São Paulo da Fundação Getulio Vargas – FGV-EAESP. Coordenadora do GVsaúde – FGV-EAESP

André Alexandre OsmoGraduado em Medicina pela Faculdade de Medicina da Uni-versidade de São Paulo. Doutorado pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo. Especialização em Administra-ção de Serviços de Saúde pela Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo. Diretor Executivo do Instituto da Criança do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo

André Cezar MediciAdministrador Público pela Escola Brasileira de Administração Pública da Fundação Getulio Vargas – FGV-EBAP. Doutor em História Econômica pela Universidade de São Paulo. Mestre em Economia pela Universidade de Campinas. Economista Sênior de Saúde do Banco Mundial em Washington (EUA)

Antonieta Elisabete Magalhães OliveiraBacharel em Química pelo Instituto de Química da Univer-sidade Federal do Rio de Janeiro. Mestre em Administração Contábil-Financeira pela Escola de Administração de Empre-

Colaboradores

sas de São Paulo da Fundação Getulio Vargas – FGV-EAESP. Doutora em Administração de Empresas pela FGV-EAESP. Professora do Departamento de Contabilidade, Finanças e Con-trole da FGV-EAESP

Antonio Carlos CascãoEngenheiro Civil pela Faculdade de Engenharia da Universida-de Federal de Uberlândia. Diretor de Engenharia e Manutenção do Hospital Israelita Albert Einstein

Antonio Carlos Onofre de LiraMédico pela Universidade Federal da Paraíba. Doutor em In-formática Médica pelo Depto. de Patologia da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo. Diretor Técnico Hos-pitalar do Hospital Sírio-Libanês

Antonio Gibertoni JuniorFormado em Engenharia Elétrica e Eletrônica pela Fundação Educacional de Barretos (1986). Pós-Graduação em Engenha-ria Clínica pela Univesidade de Campinas (1997). Gerente de Engenharia Clínica no Hospital Israelita Albert Einstein des-de 2003

Antonio Tadeu FernandesMestre em Medicina Preventiva pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo

Ariane Nadólskis SeverineNutricionista pela Universidade São Camilo. Mestre em Ciên-cias da Saúde pela Unifesp. Gerente de Serviços de Alimentação do Hospital Sírio-Libanês

Audry Elizabeth dos SantosEnfermeira graduada em Enfermagem pela Escola Paulista de Medicina – Unifesp. Mestre em Enfermagem pela Escola de Enfermagem da Universidade de São Paulo. Gerente de En-fermagem do Hospital Sírio-Libanês

Bárbara do Nascimento CaldasGraduação em Medicina pela Universidade Federal Fluminense (UFF). Mestre em Administração de Empresas pela Escola de Administração de Empresas de São Paulo da Fundação Getulio Vargas – FGV-EAESP. Médica do Instituto Nacional de Car-diologia/Ministério da Saúde

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Beatriz de Faria LeãoMédica pela Faculdade de Medicina da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (1977). Doutora pela Unifesp (1988). Pós-Doutorado pela Universidade Erasmus de Rotterdam – Holanda (1990). Consultora em Informática em Saúde – B Leão Informática em Saúde S/C Ltda

Claudia Valentina de Arruda CamposFormada em Administração de Empresas, pela Escola de Ad-ministração de Empresas de São Paulo da Fundação Getulio Vargas, e em Psicologia, pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP). Mestre em Administração Pública e Governo pela Fundação Getulio Vargas. Atual especialista em Cooperação Internacional no Instituto Nacional de Proprie-dade Industrial

Denise SchoutMédica pela Faculdade de Medicina de Santo Amaro. Douto-ra – Departamento de Medicina Preventiva – pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo. Coordenadora do Serviço de Epidemiologia do Núcleo de Informações em Saúde do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Univer-sidade de São Paulo

Eugênio Vilaça MendesCirurgião-Dentista pela Faculdade de Odontologia da Univer-sidade Federal de Minas Gerais. Doutor em Odontologia pela Universiade Federal de Minas Gerais. Consultor Independente em Saúde Pública

Fábio Patrus Mundim PenaAdministrador de Empresas pela Faculdade de Ciências Eco-nômicas da Universidade Federal de Minas Gerais. Mestre em Administração de Empresas pela Escola de Administração de Empresas de São Paulo da Fundação Getulio Vargas. Superin-tendente de Gestão de Pessoas e Qualidade do Hospital Sírio-Libanês

Fábio Ricardo Loureiro SatoAdministrador de Empresas pela Escola de Administração de Empresas da Fundação Getulio Vargas. Mestre em Adminis-tração de Empresas pela Escola de Administração de Empresas de São Paulo da Fundação Getulio Vargas

Gastão Wagner de Sousa CamposMédico pela Faculdade de Ciências da Saúde da Universi-dade de Brasília. Professor titular em Saúde Coletiva pela Faculdade de Ciências Médicas da Universidade de Campi-nas – Unicamp

Gizelma de Azevedo Simões RodriguesGraduada em Enfermagem Médico-Cirúrgica pela Pontifícia Universidade Católica de Petrópolis. Pós-Graduação em Saú-de Pública pela Universidade Estadual do Rio de Janeiro. Pós-Graduação em Administração Hoteleira pelo Senac-SP. Gerente de Hospedagem do Hospital Sírio-Libanês

Gonzalo Vecina NetoMédico pela Faculdade de Medicina de Jundiaí em 1977. Mes-tre pela Escola de Administração de Empresas de São Paulo da Fundação Getulio Vargas em 1986. Professor assistente da Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo e Superintendente Corporativo do Hospital Sírio-Libanês

Helen Maria Benito Scapolan PetrolinoGraduação em Enfermagem e Obstetrícia pela Escola de En-fermagem da Universidade de São Paulo. Mestrado em Enfer-magem na Saúde do Adulto Institucionalizado pela Escola de Enfermagem da Universidade de São Paulo. Gerente de De-senvolvimento de Enfermagem da Sociedade Benefi cente de Senhoras – Hospital Sírio-Libanês

Inês PereiraAdministradora Pública pela Escola de Administração de Empresas de São Paulo da Fundação Getulio Vargas – FGV-EAESP. Doutora pela FGV-EAESP. Professora da FGV-EAESP

Ivana Lucia Correa Pimentel de SiqueiraGraduada em Enfermagem pela Escola de Enfermagem da Uni-versidade de São Paulo – USP. Doutora em Enfermagem pela Escola de Enfermagem da USP. Superintendente de Atendi-mento e Operações do Hospital Sírio-Libanês

João Carlos BrossArquiteto pela Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da atual Universidade Presbiteriana Mackenzie (1956). Professor do De-partamento de Produção e Operações Empresariais da Escola de Administração de Empresas de São Paulo da Fundação Getulio Vargas e do PROAHSA – Programa de Estudos Avançados em Administração Hospitalar e da Saúde –, de 1977 a 2009. Pro-fessor da Pós-Graduação de Economia e Gestão em Saúde do Centro Paulista de Economia em Saúde, da Unifesp – Univer-sidade Federal de São Paulo. Fundador e Primeiro Presidente da ABDEH – Associação Brasileira para o Desenvolvimento do Edifício Hospitalar. Diretor da empresa BROSS Consultoria e Arquitetura S/C Ltda, fundada em 1960

José Augusto BarretoResidência Médica em Hematologia e Hemoterapia pela Facul-dade de Medicina da Universidade de São Paulo. Doutor em Ciências pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo. Superintendente Geral da Colsan

José Marcelo Amatuzzi de OliveiraMédico pela Escola Paulista de Medicina da Universidade Fe-deral de São Paulo – Unifesp. Doutor pelo Departamento de Diagnóstico por Imagem da Escola Paulista de Medicina da Unifesp. Clinical Fellowship na Cleveland Clinic Foundation, Ohio (EUA). MBA Executivo Internacional na Fundação Ins-tituto de Administração – FIA. Diretor do Fleury Medicina Diagnóstico (Grupo Fleury)

Lincoln Assis de Moura JuniorEngenheiro Eletrônico pela Escola de Engenharia de São Car-los da Universidade de São Paulo. PhD pelo Imperial College, London. Presidente da Zilics eHealth

Lucila Pedroso da CruzMédica pela Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo. Mestre em Administração de Empresas, área de concentração em Administração Hospitalar e de Sistemas de Saúde, pela Escola de Administração de Empresas de São Pau-lo da Fundação Getulio Vargas – FGV-EAESP. Diretora do PROAHSA (Programa de Estudos Avançados em Administra-ção Hospitalar e de Sistemas de Saúde): cooperação entre a Fa-culdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP), o Hospital das Clínicas da FMUSP e FGV-EAESP. Diretora do Hospital Auxiliar de Cotoxó do HCFMUSP

viii Colaboradores

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Luis Fernando FigueiredoMédico graduado pela Faculdade de Medicina de Jundiaí (1985). Residência Médica em Medicina Social e Comunitá-ria pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (1987). Especialista em Administração em Saúde pela FGV-PROAHSA (1987). Atual Diretor Executivo da Tempo Soluções em Saúde 2008-2010

Marcelo Henrique Wood FaulhaberFormado em Medicina pela Faculdade de Ciências Médicas da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (1978). Especialista em Patologia Clínica pela SBPC/AMB (1982). MBA Execu-tivo pela Coppead – Universidade Federal do Rio de Janeiro (1988). Assessor da Direção da Divisão de Laboratório Central do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Univer-sidade de São Paulo

Márcia Aparecida do AmaralMédica pela Escola Paulista de Medicina da Unifesp. Mestre em Saúde Coletiva pela Faculdade de Ciências Médicas da Uni-camp. Doutoranda em Saúde Coletiva pela Faculdade de Ci-ências Médicas da Unicamp. Médica Sanitarista da Secretaria Municipal de Saúde de Campinas da Prefeitura Municipal de Campinas

Marcos Bosi FerrazMédico formado pela Unifesp. Mestre e Doutor em Reumato-logia pela Unifesp. Mestre em Epidemiologia Clínica pela Mc-Master University, Canadá. Pós-Doutorado em Economia da Saúde pela McMaster University, Canadá. Professor Adjunto do Depto. de Medicina, Unifesp. Professor e Diretor do Gru-po Interdepartamental de Economia da Saúde (GRIDES) da Unifesp. Professor e Diretor do Centro Paulista de Economia da Saúde (CPES) da FapUnifesp. Diretor de Economia Médica da AMB 2009-2011

Marcos Fumio KoyamaMédico pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo. Mestre em Administração de Empresas pela Escola de Administração de Empresas de São Paulo da Fundação Getulio Vargas. Diretor Executivo do Instituto do Câncer do Estado de São Paulo – ICESP

Maria Olivia Vaz FernandesEspecialização em Administração e Planejamento de Sistemas de Saúde pela Faculdade de Medicina de Marília. Docente da Faculdade de Medicina de Marília

Paulo Antonio de Carvalho FortesMédico Pediatra e Sanitarista. Professor Titular da Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo. Presidente da Sociedade Brasileira de Bioética (2009-2011)

Paulo Roberto de Mendonça MottaBacharel em Administração Pública pela Escola Brasileira de Administração Pública da Fundação Getulio Vargas. Doutor (PhD) em Administração Pública pela University of North Ca-rolina (EUA). Professor Titular da Escola Brasileira de Admi-nistração Pública e de Empresas da Fundação Getulio Vargas – EBAPE/FGV

Pedro Ribeiro BarbosaVice-Presidente de Gestão e Desenvolvimento Institucional da Fiocruz. Doutor em Saúde Pública pela Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca – Fiocruz

Pedro ZanniAdministrador de Empresas pela Escola de Administração de Empresas de São Paulo da Fundação Getulio Vargas – FGV-EAESP. Mestre em Administração de Empresas pela FGV-EAESP. Professor da FGV-EAESP

Pubenza López CastellanosMédica formada pela Universidade de São Paulo. Mestre em Administração de Empresas pela Escola de Administração de Empresas de São Paulo da Fundação Getulio Vargas – FGV-EAESP. Diretora Hospitalar do Instituto de Responsabilidade Social Sírio-Libanês

Regina Maria Yatsue ConishiEnfermeira pela Escola de Enfermagem da Universidade de São Paulo. Mestre em Administração de Serviços de Enfermagem pela Escola de Enfermagem da Universidade de São de Paulo. Gerente Administrativa de Enfermagem da Sociedade Benefi -cente de Senhoras – Hospital Sírio-Libanês

Roberto de Queiroz PadilhaMédico formado pela Faculdade de Medicina de Marília – FAMEMA. Doutor em Medicina pela Universidade Federal de São Paulo – Unifesp. Diretor de Ensino do Instituto Sírio-Libanês de Ensino e Pesquisa. Professor Adjunto do Depar-tamento de Medicina da Universidade Federal de São Carlos – UFSCAR

Rodrigo Almeida de MacedoAdministrador de Empresas pela Escola de Administração de Empresas de São Paulo da Fundação Getulio Vargas – FGV-EAESP. Mestre em Administração de Empresas pela FGV-EAESP. Superintendente de Engenharia e Logística do Hospi-tal Sírio-Libanês

Saide Jorge CalilEngenheiro Elétrico pela Universidade Mackenzie. PhD em En-genharia Biomédica pela Universidade de Londres. Professor Titular da Universidade Estadual de Campinas – Unicamp

Salim Lamha NetoEngenheiro industrial pela Faculdade de Engenharia Indus-trial – FEI. Acadêmico da Academia Brasileira de Adminis-tração Hospitalar. Sócio-fundador e ex-presidente da ABDEH – Associação Brasileira para o Desenvolvimento do Edifício Hospitalar. Sócio-fundador da MHA Engenharia Ltda, fun-dada em 1975

Wilson Reinhardt FilhoFarmacêutico bioquímico pela Universidade de São Paulo. Es-pecialista em Administração Hospitalar pela Fundação Getulio Vargas. Sócio da empresa de consultoria NC Administração em Sistemas de Saúde

Colaboradores ix

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Que livro é este? Ambicioso, multi-institucional e com abor-dagens multifacetadas. E que não teria sido possível se não fos-sem duas pessoas, a quem efusivamente agradecemos: Aline Cassi Yukimitsu, com sua incansável gentileza e prontidão, e Ramilson Almeida, com sua paciência infi nita.

Antes mesmo de sua publicação, já o reconhecemos como incompleto. Afi nal, estamos cansados de dizer, de escrever e de ensinar que a realidade é mutável, que, antes de conhecer algo, a situação já mudou. É com esse cenário que nos defrontamos agora, ao apresentar este trabalho. Esse tipo de comentário tem a ver com uma área que optamos por não ser abordada no con-teúdo explícito do livro: a gestão do conhecimento. Há 30 anos não parecia razoável ver o conhecimento como algo adminis-trável, nem no campo pessoal nem na atividade organizacional. Depois, começou a ser visto, como senso comum, que conhe-cimento e informação são fontes de poder. Pior, como tal, em vez de serem difundidos, na busca de fortalecer a posição da organização no contexto, eram escondidos, preservados, quase guardados no cofre, evidenciando a visão do poder como um recurso fi nito, como um jogo de soma zero (se eu lhe cedo um pouco, fi co com menos, em vez de ambos fi carmos mais fortes se ambos soubermos).

De fato, nossa proposta foi produzir um livro visando auxi-liar aqueles que se interessam pela gestão em (ou de) serviços de saúde, para aprenderem ou, pelo menos, terem a oportuni-dade de conhecer sobre o que se fala. O conceito de livro não é conter necessariamente a bibliografi a mais atual (porque ela se desatualiza e nunca é, de fato, a mais recente), mas sim o de abordar assuntos clássicos ou que tendem a se tornar clássicos. É apresentar aquilo que quem começa a estudar não pode afi r-mar não ter ouvido ou não encontrar no seu livro de referência. É saber selecionar questões básicas, ainda, mas que já estão fora do escopo da gestão direta por gerentes dos serviços de saúde. O assunto lavanderia hospitalar, por exemplo, enquadra-se per-feitamente nessa categoria. Já foi uma preocupação central, alvo de pesados investimentos, uma das áreas em relação às quais se começou a discutir terceirização. No século XXI, seus servi-ços continuam sendo importantes, mas passou ela a constituir objeto de áreas técnicas extremamente especializadas, como Química e Biologia, além de Logística. Sua sede preferencial passou a ser externa aos serviços, e, idealmente, a atuar como prestador para clientes muito diversifi cados. Por essa razão, mantivemos esse tema fora destas páginas.

Outras atividades, como serviço social, não foram aqui consideradas por outro motivo. Embora importantes para o funcionamento dos serviços, suas características são bastan-

te diversas em relação aos setores público e privado, e mais ainda quando se trata de serviços ambulatoriais, de urgência/emergência, de internação ou, ainda, de assistência domiciliar. Não há um único modelo de organização aplicável a todos os tipos de serviço.

O vocabulário e os termos da moda podem nos criar pro-blemas ou, no mínimo, armadilhas. Por exemplo, não faz par-te deste texto o conceito de governança, no que diz respeito à sua área mais operacional, ligada à Hotelaria. Essa área é mais bem trabalhada por pessoas ligadas à atividade de hospitali-dade, que concentra já muitos estudos e aplicações práticas. Assim, é comum os serviços de saúde buscarem profi ssionais dessa área em faculdades de hotelaria ou em serviços que lidam com recepção, acolhimento, cuidados no andar. Governança, no âmbito deste livro, tem mais a ver com a proposta de bem governar, e é aplicada serviço a serviço, unidade a unidade. Mais uma vez, há quem diga que, entre as características que diferenciam os hospitais públicos dos privados (e isso vale para serviços de diagnóstico, clínicas e outros), estão os serviços de hotelaria, dos quais os privados dispõem e os valorizam, e os públicos simplesmente os ignoram. Já é consenso que essa re-alidade mudou, que as necessidades dos clientes e dos demais atores organizacionais dos serviços de saúde mudaram, o mes-mo acontecendo com suas exigências (aliás, estas acabam tendo mais peso do que aquelas, o que não necessariamente é correto na escala de prioridades; mas a discussão do que é correto entra na grande nuvem da gestão do conhecimento).

Nosso livro apresenta quatro casos, todos eles escritos por jovens executivos, integrantes da área pública e da área priva-da. Tratam-se de casos representativos da realidade deste início de segunda década do século XXI. Certamente, serão situações para as quais as possibilidades de encaminhamento discutidas serão diferentes, dependendo de onde e quando o caso seja discutido. No entanto, vemos com muita clareza que os casos representam uma das melhores maneiras de tentar aplicar na realidade cotidiana o conhecimento descrito, e que, eventual-mente, na discussão dos casos, pode-se considerar irrelevante o conhecimento, porque as soluções o extrapolam, trabalhando no âmbito das pessoas e das suas aspirações e vaidades.

Um assunto que se tornou mais relevante no novo século, visto hoje mais como politicamente correto que como parte de uma realidade desejada, e polêmico, devido à maneira pela qual tem sido utilizado, é o da Responsabilidade Social. O termo ca-rece de uma defi nição singular e, até mesmo, mais aceitável. Seu glossário depende do grupo com quem se fala. São traduções da família da conveniência mais que do conhecimento. Por isso,

Introdução

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xii Introdução

por mais que o consideremos relevante, optamos por não tomar um partido nesta obra, pelo menos nesta edição.

Finalmente, assumimos como uma das nossas missões na elaboração deste livro a proposta de trabalhar na fronteira do conhecimento. Temos, porém, a humildade de reconhecer que, nos seus diferentes capítulos, a fronteira não se coloca de ma-neira homogênea, até porque a priorização é vista de diversas maneiras. Dependendo do ponto de vista assumido, cada ca-pítulo, e até a tradução dos assuntos, teve uma dimensão espe-cífi ca. A visão de um especialista em determinado serviço não é igual à do seu gestor. Por exemplo, o médico intensivista tem uma visão distinta comparativamente à de um enfermeiro do setor. O seu gestor vê a unidade de um terceiro modo ainda, que não é o mesmo contemplado pelo gestor de custos ou pelo gestor de qualidade. Assim, as fronteiras sempre precisam ser testadas e, quando prontas para o novo paradigma, forçadas. A prontidão para a mudança deveria ser uma característica dos gestores. Por outro lado, um capítulo específi co (ou determina-

da parte do livro) dedicado a essas fronteiras obrigaria a uma revisão pelo menos anual da obra, sob pena de não merecer o título que ostenta.

Esperamos ter atingido nosso objetivo, que é oferecer aos leitores uma obra útil, que ajude quem não conhece os serviços de saúde a entendê-los, que sirva para quem os conhece per-ceber melhor o que ocorre na sua gestão, e, principalmente, que este texto constitua uma base para estudos mais profun-dos. Esperamos ter apontado para o respeito ao cidadão, ao usuário dos serviços de saúde, ao paciente, aos profi ssionais e a todos os envolvidos – não circunstancialmente, mas de ma-neira profunda. Esperamos ter respeitado, também, todos os tipos de leitor que este livro terá. E aguardamos a sua crítica e a sua contribuição!

Boa leitura.

Ana Maria & [email protected] & [email protected]

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PARTE 1 O PROCESSO DE ASSISTÊNCIA À SAÚDE

CAPÍTULO 1 A Evolução da Assistência à Saúde no Mundo e no Brasil até o SUS, 3

Gonzalo Vecina Neto

CAPÍTULO 2 A Epidemiologia e o Processo de Assistência à Saúde, 15

Álvaro Escrivão Junior

CAPÍTULO 3 As Redes de Atenção à Saúde: Uma Mudança na Organização e na Gestão dos Sistemas de Atenção à Saúde, 32

Eugênio Vilaça Mendes

CAPÍTULO 4 Sistemas de Financiamento e Gestão Hospitalar: Uma Aplicação ao Caso Brasileiro, 50

André Cezar Medici

CAPÍTULO 5 Organização do Trabalho e Gestão do Cuidado em Saúde: Uma Metodologia de Cogestão, 73

Márcia Aparecida do Amaral e Gastão Wagner de Sousa Campos

CAPÍTULO 6 A Estrutura dos Serviços Privados de Saúde no Brasil, 85

Luis Fernando Figueiredo e Gonzalo Vecina Neto

PARTE 2 GESTÃO NA ASSISTÊNCIA À SAÚDECAPÍTULO 1 Formulação de Políticas e Defi nição de Objetivos: Imposições do Contexto Administrativo, 105

Paulo Roberto Motta

CAPÍTULO 2 Gestão Estratégica em Saúde, 113Fábio Patrus Mundim Pena e Ana Maria Malik

CAPÍTULO 3 Processo Gerencial, 127André Alexandre Osmo

CAPÍTULO 4 Avaliação de Resultados, 138Antonieta Elisabete Magalhães Oliveira e Ana Maria Malik

CAPÍTULO 5 Estruturas Jurídico-institucionais e Modelos de Gestão para Hospitais e Outros Serviços de Saúde, 144

Pedro Ribeiro Barbosa e Gonzalo Vecina Neto

CAPÍTULO 6 Gestão de Pessoas em Hospitais, 158Claudia Valentina de Arruda Campos e Ana Maria Malik

CAPÍTULO 7 Gestão Financeira e de Custos, 168Afonso José De Matos

CAPÍTULO 8 Avaliação Econômica em Saúde, 184Marcos Bosi Ferraz

CAPÍTULO 9 Gestão de Suprimentos e Medicamentos, 191

Wilson Reinhardt Filho

CAPÍTULO 10 Marketing e Saúde, 203Inês Pereira

PARTE 3 ORGANIZAÇÃO E FUNCIONAMENTO DOS SERVIÇOS DE SAÚDE

CAPÍTULO 1 Serviços de Assistência Direta ao Paciente, 209

1.1 Abertura, 209 Gonzalo Vecina Neto

1.2 Assistência Ambulatorial, 210 Gonzalo Vecina Neto e Pubenza L. Castellanos

1.3 Pronto-socorro, 213 Gonzalo Vecina Neto

Sumário

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1.4 Centro Cirúrgico, 215 Gonzalo Vecina Neto

1.5 Cirurgia Ambulatorial, 219 Gonzalo Vecina Neto

1.6 Centro Obstétrico, 220 Gonzalo Vecina Neto

1.7 Internação, 221 Gonzalo Vecina Neto

1.8 Unidade de Tratamento Intensivo – UTI, 224

Gonzalo Vecina Neto

1.9 Desospitalização, 226 Gonzalo Vecina Neto e Lucila Pedroso da Cruz

CAPÍTULO 2 Serviços Técnicos, 230Gonzalo Vecina Neto

2.1 Gerenciamento do Serviço de Enfermagem, 230

Ivana Lucia Correa Pimentel de Siqueira, Helen Benito Scapolan Petrolino e Regina Conishi

2.2 Serviço de Reabilitação, 238 Gonzalo Vecina Neto

2.3 Gestão do Serviço de Alimentação, 240

Ariane Nadólskis Severine

2.4 Serviço de Arquivo Médico e Estatística – SAME, 244

Gonzalo Vecina Neto

2.5 Central de Material Esterilizado – CME, 246

Gonzalo Vecina Neto

2.6 Serviço de Higiene e Limpeza Hospitalar, 249

Ivana Lucia Correa Pimentel de Siqueira e Gizelma de Azevedo Simões Rodrigues

CAPÍTULO 3 Serviços Diagnósticos e Terapêuticos, 253

Lucila Pedroso da Cruz

3.1 Gestão de Laboratórios Clínicos, 259 Marcelo Henrique Wood Faulhaber e Lucila Pedroso da Cruz

3.2 Gestão de Serviços de Diagnóstico por Imagem, 263

José Marcelo Amatusi Oliveira e Lucila Pedroso da Cruz

3.3 Banco de Sangue, 269 José A. Barreto e Gonzalo Vecina Neto

CAPÍTULO 4 O Edifício do Serviço de Saúde, 272João Carlos Bross e Salim Lamha Neto

CAPÍTULO 5 Gestão da Tecnologia de Informação, 281

Lincoln de Assis Moura Jr., Beatriz de Faria Leão e Antonio Carlos Onofre de Lira

CAPÍTULO 6 Gestão de Tecnologias Hospitalares, 289

Saide Jorge Calil

CAPÍTULO 7 Gestão de Risco: Controle de Infecção Hospitalar e Biossegurança em Serviços de Saúde, 298

Antonio Tadeu Fernandes, Maria Olivia Vaz Fernandes e Alessandra Santana Destro

CAPÍTULO 8 Conceito de Segurança em Serviços de Saúde, 314

Antonio Carlos Cascão

CAPÍTULO 9 Manutenção de Edifícios e Equipamentos, 317

Antonio Gibertoni Junior

PARTE 4 FRONTEIRAS DA ASSISTÊNCIA À SAÚDE

CAPÍTULO 1 Qualidade e Acreditação, 325Ana Maria Malik e Laura Maria Cesar Schiesari

CAPÍTULO 2 Gestão do Cuidado, 329Denise Schout

CAPÍTULO 3 Breve Refl exão Ética Sobre Aspectos da Gestão de Serviços de Saúde, 343

Paulo Antonio de Carvalho Fortes

CAPÍTULO 4 Ensino e Pesquisa nos Hospitais, 346Roberto de Queiroz Padilha

CAPÍTULO 5 O Futuro dos Serviços de Saúde no Brasil, 351

Gonzalo Vecina Neto e Ana Maria Malik

PARTE 5 CASOSCAPÍTULO 1 Liderança na Mudança de Gestão, 361

Rodrigo Macedo de Almeida e Pedro Zanni

CAPÍTULO 2 O Hospital de Clínicas da Universidade Figueirense, 367

Bárbara do Nascimento Caldas

CAPÍTULO 3 O Hospital Especializadíssimo, 371Marcos Fumio Koyama e Ana Maria Malik

CAPÍTULO 4 Processo de Incorporação de uma Policlínica à Rede de Atenção à Saúde de um Hospital, 374

Fábio Ricardo Loureiro Sato

BIBLIOGRAFIA GERAL, 379

ÍNDICE ALFABÉTICO, 381

xiv Sumário

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PARTE 1O processo de assistência à saúde

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1 A evolução da assistência à saúde no mundo e no Brasil até o SUSGonzalo Vecina Neto

“O que lembro tenho.” (Sagarana – João Guimarães Rosa)

A EVOLUÇÃO DA ASSISTÊNCIA À SAÚDE �

NO MUNDO UMA SÍNTESEComo descrito no Capítulo 3 da Parte 2, a assistência à saúde

antes do século XX repousava sobre conhecimentos bastante limitados. Obtinham-se informações por meio da observação e estas eram usadas, no máximo, para evitar as doenças. A cura era um resultado eventual.2

Apesar da evolução do conhecimento médico a partir da Renascença, pode-se dizer que, somente após a descoberta da anestesia por Norton (1845), da assepsia por Lister (1865) e do conjunto de conhecimentos desenvolvidos principalmente por Koch (1843 – ano de nascimento) e Pasteur (1822 – ano de nascimento) sobre microbiologia e Claude Bernard (1813 – ano de nascimento) sobre fi siologia, é possível considerar atribuir à prática médica um signifi cado semelhante ao atual.3

Os conceitos modernos da área de saúde pública apareceram durante a construção do Estado alemão, sob a mão de Bismarck. Antes disso, a Inglaterra e a França construíram em seus países

as bases para uma nova prática da saúde pública (Rosen, 1994). Na verdade, o cadinho da história mixou uma fase em que mui-tos conhecimentos foram sendo construídos: ocorreu o início da revolução industrial e, com ele, o surgimento de um novo padrão de exploração da força de trabalho a partir da constru-ção dos modernos estados unitários. Nesse contexto, ocorreu a necessidade de aumentar as populações e preservá-las para a produção e para a guerra, dando início ao desenvolvimento de um novo conjunto de funções do Estado moderno, que atual-mente recebe o nome de welfare state.

A prática da recuperação da saúde conforme conhecida no século XXI pode ser defi nida pelos eventos descritos. No mesmo período, começa-se a estruturar o hospital tal qual é conhecido hoje. Ele deixa paulatinamente de ser um local onde se separam os pobres da comunidade e onde se presta a eles algum tipo de assistência, ao mesmo tempo em que vai absorvendo tecnologia e conhecimentos, deslocando o centro do processo de atenção da casa das pessoas para dentro de si.

Rosen (1994, p. 364) compara o número de páginas de um prontuário e o número de médicos e outros profi ssionais que atendem dois pacientes com diagnósticos semelhantes em um mesmo hospital americano, em 1908 e em 1938. No primeiro, foram escritas duas páginas, por dois médicos. No segundo, foram escritas 29 páginas, por cerca de 30 profi ssionais.

Nesse contexto, se começa a divisar e construir o conceito de saúde pública que, a partir do século XX, foi sendo aperfeiçoa-do e que pode ser resumido na defi nição ditada por Charles-Edward Amory Winslow – “Saúde Pública é a arte e a ciência de prevenir a doença, prolongar a vida e promover a saúde física e mental, por meio de esforços organizados do estado para saneamento do meio ambiente, o controle das doenças infecciosas, a educação dos indivíduos em princípios de higiene pessoal, a organização de serviços médicos e de enfermagem para o diagnóstico precoce e tratamento preventivo da doença e o desenvolvimento da maquinaria social de modo a assegurar a cada indivíduo da comunidade um padrão de vida adequado

1O autor busca fazer um relato dos principais fatos que construíram o atual estado do processo de assistência médica no Brasil. Paralelamente, apontará o conjunto mais relevante de fatos econômicos, políticos e/ou sociais que, em sua opinião, contribuem para entender o contexto a partir do qual aquela re-alidade foi construída. Não é objetivo do autor escrever sobre história política e/ou econômica, e sim destacar a história do setor saúde com eventos relevan-tes para a sua compreensão.2Ao fi nal deste capítulo, é apresentada uma linha do tempo para melhor po-sicionar o leitor.3Certamente, ainda cabe lembrar Semmelweis, que é fundamental para a his-tória do controle da infecção hospitalar, e Harvey, que descobriu o processo da circulação do sangue etc., mas, no caso, o objetivo foi traçar um corte para identifi car o início da moderna assistência médica e não escrever uma histó-ria da Medicina.

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6 Capítulo 1 / A evolução da assistência à saúde no mundo e no Brasil até o SUS

doenças imunopreveníveis. Foram desenvolvidas ações restri-tivas contra as doenças mentais, estruturando hospícios pelo país afora (em quase todos os estados, existe a marca de um hospício: em São Paulo, o Juqueri foi inaugurado em 1898 e chegou a ter doze mil internos no início dos anos setenta). Também se estruturou grande capacidade de atender, por meio de hospitais segregados, os tuberculosos e os hansenianos, em condições de atendimento não muito melhores que as dos pa-cientes psiquiátricos.

Apenas a partir do fi nal da década de setenta, esta mancha na saúde pública começou a ser removida, com o fechamento das instituições asilares que mantinham estas pessoas reclusas.

Timidamente, a partir da década de quarenta teve início um movimento de atenção diferenciada à mãe e à criança. Este movimento ganhou impulso a partir da década de sessenta, em particular graças aos convênios realizados com a Aliança para o Progresso (Usaid). No entanto, no que respeita a assistência médica e, em particular, a assistência hospitalar, esta se res-tringia aos indivíduos cobertos pelas caixas e pelos institutos. Tiveram papel de relevo na época a FSESP (Fundação Serviços Especiais de Saúde Pública) e, em particular em São Paulo, as Santas Casas e os poucos hospitais escola que atendiam à po-pulação sem direito a outra cobertura, que eram identifi cados como indigentes (esta denominação perdurou até a criação do SUDS, em 1987).

O resumo da situação assistencial pode ser feito da seguin-te maneira: o trabalhador formal tinha assistência médica na Previdência Social; o Estado operava a polícia sanitária, se res-ponsabilizava pelas campanhas de saúde pública, realizava al-gumas ações na área da promoção e proteção para grupos mais sensíveis da população (mãe e criança), segregava e mantinha segregados os loucos, tuberculosos e hansenianos (desde que pobres); a caridade, por meio das Santas Casas, e o ensino, por meio dos poucos hospitais escola, preenchiam parte da lacuna assistencial decorrente desse arranjo.

O golpe militar de 1964 foi uma resposta das elites conserva-doras e dos militares ao projeto de sociedade que estava sendo construído, com forte infl uência dos trabalhadores organizados em sindicatos, dos partidos de esquerda (ainda que clandes-tinos), dos movimentos populares no campo (como as Ligas Camponesas), dos movimentos na igreja católica (as bases da Teologia da Libertação) e dos movimentos dentro das forças armadas (movimento dos sargentos). Falava-se da necessida-de das reformas de base, que criariam as condições de instalar no Brasil um forte movimento socializante. Mas a economia ia mal, o Estado gastou muito com a construção de Brasília, havia desemprego e a infl ação chegou a 100% ao ano.6

O golpe tinha um projeto de, em no máximo 2 anos, devol-ver o poder aos civis, promovendo eleições livres, após a nor-malização da vida política e a criação de condições com vista a sustentar o desenvolvimento, gerando capacidade exportadora de manufaturados e livrando o país de sua dependência exter-na em muitos setores econômicos (química fi na, máquinas, motores, farmacêutico, petroquímico, exploração de petróleo, agroindústria etc.).

A realidade foi diferente. O primeiro ditador – Castelo Bran-co – iniciou a reforma política (criação de regime de dois par-tidos, Arena e MDB), realizou a reforma das leis trabalhistas (extinção da estabilidade no emprego e criação do FGTS – Fun-do de Garantia por Tempo de Serviço), a reforma educacional

(criou condições para a expansão do ensino privado – somente na área da medicina, isso signifi cou passar em 1967 de formar 3.000 médicos ao ano para 9.000 médicos ao ano na década seguinte). Ele criou o Banco Central, o BNH – Banco Nacio-nal da Habitação – e lançou as bases de uma profunda refor-ma administrativa, ao publicar o Decreto-lei 200/67, além de impor uma nova Constituição ao país. Também neste período foi autorizado que as empresas que contratassem assistência médica para seus funcionários não recolhessem a parte da as-sistência médica da cota parte patronal da previdência social (os empregadores contribuíam com 8% sobre a folha de paga-mento e aqueles que comprassem assistência médica recolhe-riam apenas 3%). Esta medida perdurou até o início dos anos setenta, quando o valor foi congelado e os empresários tiveram que voltar a fazer o recolhimento integral. Este valor, alguns anos mais tarde, já corroído pela infl ação, foi extinto. Naque-le momento, aquele valor, na ausência de qualquer regulação, criou um grande incentivo à contratação dos serviços da me-dicina de grupo, incluindo o atrativo adicional de um melhor controle da mão de obra.

Na área da previdência, em 1966 ocorreu uma profunda re-forma por meio da unifi cação das caixas e dos institutos em um único órgão – Instituto Nacional de Previdência Social, o INPS. Os objetivos dessa unifi cação foram: acabar com a interferên-cia dos empregados na gestão dessas entidades (todas tinham gestão tripartite – Estado, patrões e empregados); equalizar as concessões, muito díspares e dependentes da capacidade de fi nanciamento dos diferentes institutos e, principalmente, as-sumir a gestão fi nanceira dos recursos dessa arrecadação, que, unifi cada, passou a constituir o segundo maior valor do orça-mento da União. Para a saúde, este movimento redundou no recrudescimento do modelo do IAPI, de prestação de serviços de saúde por meio da contratação de terceiros, uma vez que seus burocratas, predominantes na máquina do novo órgão, assumiram o seu controle. Esse modelo consistiu basicamente em comprar os serviços assistenciais e reforçar a capacidade do setor privado.

Em março de 1967, assumiu o segundo ditador, Artur da Costa e Silva. Nesse período, ocorreu um aumento importan-te da resistência à revolução por meio de grupos armados e de atentados terroristas. Houve um paulatino endurecimento do regime, culminando com a promulgação do AI-5, que sus-pendeu as liberdades individuais. Complementado por outras medidas (Decreto-lei 477 na área da educação), aumentou a repressão no meio acadêmico.

Na área da saúde, o evento a ser destacado é o Plano Leonel Miranda. Esse Ministro da Saúde publicou um plano, que não saiu do papel, mas que, em última análise, propunha a total privatização dos serviços de saúde no Brasil. Nesse mesmo ano, em agosto-setembro, foi realizada a 4a Conferência Nacional de Saúde, que discutiu a formação de recursos humanos para a saúde e como os profi ssionais e técnicos que vinham sendo formados eram inadequados para as necessidades do país. Em 1969, também foi publicado o Decreto-lei 986, que ainda vige e regulamenta a produção e o controle sanitário de alimentos no Brasil. No século XXI, este Decreto-lei está anacrônico, em pé de igualdade com o Decreto que rege a produção de alimentos no campo, que remonta à década de cinquenta!

Costa e Silva adoeceu em agosto de 1969, tendo sido subs-tituído por uma junta militar, cuja principal ação foi dar uma nova Constituição ao país, que durou até 1988. A Junta ainda escolheu o novo ditador, Emílio Garrastazu Médici. Este foi o período de maior crescimento econômico e de maior repres-

6Sobre este período, consultar Gaspari, Elio – As Ilusões Armadas. 4 vols., São Paulo, Editora Companhia das Letras, 2002-2004.

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8 Capítulo 1 / A evolução da assistência à saúde no mundo e no Brasil até o SUS

Também é deste período o início das experiências incentivadas pela Fundação WK Kellogg e pela Opas de Integração Docente Assistencial – IDA com importantes contribuições do professor Mario Chaves. Muitas escolas médicas desenvolveram nesse momento suas primeiras experiências de ir até à comunidade. Estas mesmas instituições também apoiaram a criação de dois centros (FGV em São Paulo e no Rio de Janeiro) de formação de administradores de saúde. Nasceram em 1976 os Proahsa (Programa de Estudos Avançados em Administração Hospita-lar e Sistemas de Saúde); o do Rio era sem o H. O de São Pau-lo, fruto de um convênio entre o HCFMUSP e a EAESP/FGV, cujos primeiros diretores foram o doutor Humberto Moraes Novaes (HC) e o professor Carlos José Malferrari (EAESP), existe até hoje.

Teve início o processo de eleição indireta de governadores. Em São Paulo, o escolhido foi Paulo Egydio Martins, que de-senvolveu um governo orientado para o saneamento básico, praticamente promovendo o acesso universal à rede de água tratada nas áreas urbanas. Como secretário da saúde, ele teve um sanitarista, o professor Walter Leser. Ao lado da política de saneamento, ele produziu uma importante reorientação e expansão da rede de serviços básicos de saúde no estado, priori-zando a criança e a mãe, aprofundando as ações de imunização e atacando a desnutrição, com a entrega de leite nas unidades sanitárias. Essa ação era muito malvista pelos sanitaristas de esquerda da época, pois era considerada foquista. Essas ações derrubaram a mortalidade infantil no estado e serviram de mo-delo para o restante do país.

Nesse mesmo ano, teve início uma epidemia de meningite que, além de seus efeitos sanitários, demonstrou a incapacida-de do estado em atender as necessidades emergenciais. A rede hospitalar entrou em colapso e era proibido falar da epidemia – a imprensa continuava sob grave censura.

Em agosto de 1977, foi realizada a 6a Conferência Nacional de Saúde, em que foram discutidas as grandes endemias, a vi-gilância epidemiológica e a interiorização das ações de saúde. Ainda em 1977, o MPAS passou por uma profunda reformula-ção, com a criação do Sistema Nacional de Previdência e Assis-tência Social – Sinpas, que remodelou os órgãos do ministério e passou a se estruturar da seguinte maneira:

Iapas – Instituto de Administração da Previdência e Assis-tência Social (em 1990, foi fundido ao INPS; dessa fusão, nasceu o INSS – Instituto Nacional de Seguridade Social).

INPS – Instituto Nacional de Previdência Social, responsável por aposentadorias e outros benefícios.

Inamps – Instituto Nacional de Assistência Médica da Pre-vidência Social (englobado à estrutura do MS em 1993).

Dataprev – empresa de processamento de dados do sistema, da qual nasceu o Datasus.

Ceme – Central de Medicamentos (extinta em 1997).LBA – Legião Brasileira de Assistência (criada em 1942, vol-

tada para a assistência à saúde e social da mãe e da criança. Foi extinta após escândalos do governo Collor, quando presidida pela então primeira-dama, Rosane Collor).

Funrural – Fundo de Assistência ao Trabalhador Rural.O Sinpas possibilitou separar a função saúde das demais

atividades. Em um segundo momento, permitiu dar início a profundas transformações no modelo assistencial.

Em 1979, assumiu o ditador João Baptista Oliveira de Figuei-redo, o último da série. Durante seu governo, o Brasil entrou na segunda crise do petróleo e elevou substancialmente sua divida externa, além de desenvolver uma infl ação que atordoaria o país até 1994. A experiência do Proálcool e a expansão da fronteira agrícola para o oeste foram sua marca.

Na área da saúde, foi o tempo de colher os frutos da refl exão acumulada na academia e explorar as alternativas da experiên-cia da municipalização e do PIASS. No Inamps, tenta-se criar um sistema mais coordenado, sob seu comando.

Em 1978, tinha sido realizada em Alma-Ata uma conferência de ministros da saúde do mundo todo, patrocinada pela OMS. Seu relatório fi nal enfatiza a importância da Atenção Primá-ria à Saúde e coloca na agenda os temas da regionalização e da integralidade.

Neste fi nal – início de década, é formulado um ambicioso e sonhador plano denominado Prev-Saúde, entre outros, pelo sanitarista Eleutério Rodrigues Neto. No entanto, o resultado desse plano foi apenas o acúmulo das discussões. É da mesma época a constituição da Comissão Interinstitucional de Plane-jamento – Ciplan, que reunia os ministérios que atuavam na área da saúde e constituiu-se em uma experiência importante de gestão colegiada.

Em março de 1980, foi realizada a 7a Conferência Nacional de Saúde, em que foram discutidos onze temas, com destaque para RH, papel das três esferas de governo e a integração entre os níveis primário e secundário. Grande parte da discussão foi realizada em torno das experiências do PIASS e dos ecos do Prev-Saúde.

Mas a crise econômica estava tendo consequências. Na área médica da previdência, ela era potencializada pela corrupção que grassava no Inamps, principalmente em superintendên-cias regionais. A partir de 1981, assume a presidência do órgão um acadêmico e médico de renome (era também o médico do presidente de então) – o professor Aluysio Salles Fonseca. Ele propôs a criação de um órgão composto por representantes de seis ministérios, representante da secretaria de Planejamento da Presidência da República, representantes de seis confederações de trabalhadores e empresários, e um representante do Con-selho Federal de Medicina, ou seja, 14 membros. Sua missão era desenhar um diagnóstico da situação e propor as medidas saneadoras. Seu nome era Conasp – Conselho Consultivo de Administração da Saúde Previdenciária, e de fato apresentou um diagnóstico e um plano, que introduziu um conjunto de medidas moralizadoras (substituição do sistema vigente, GIH – guias de internação hospitalar, pelo da AIH – Autorização de Internação Hospitalar, o que signifi cava pagar por procedimen-tos e não mais por serviços prestados ou US – unidade de ser-viço) e racionalizadoras (um plano de assistência ambulatorial que somente vingou no Paraná e foi descontinuado, mas cujo subproduto foi transformado em uma estratégia que fi cou co-nhecida como AIS – Ações Integradas de Saúde). Existiu ainda um componente de valorização diferenciada dos hospitais, não executado como previsto, e um plano de auditoria composto por auditores em dedicação exclusiva, não implantado.

Passou a existir melhor controle sobre as contas, e a corrup-ção fi cou mais controlada. Quanto às AIS, foram um sucesso, propiciando transferência de recursos da previdência para os municípios em troca da expansão da rede básica e de serviços prestados universalmente por esta. Além disso, ensejaram a criação de comissões gestoras mistas. As CIS, CRIS e Cimis – Comissões Interinstitucionais de Saúde nos âmbitos esta-dual, regional e municipal (nas grandes cidades, podia ocorrer a CLIS – local). Essa experiência foi importante para algumas propostas da construção do SUS.

No ano de 1982, foi criado o Conselho Nacional dos Secre-tários Estaduais de Saúde – Conass, que se transformou rapi-damente em um importante instrumento de diálogo com o governo federal. Os secretários municipais criaram seu órgão

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12 Capítulo 1 / A evolução da assistência à saúde no mundo e no Brasil até o SUS

ressonância da militância organizada das mais distintas corpo-rações, e as maiorias são formadas das maneiras mais esdrúxu-las. Basta ver a posição sobre o aborto na conferência de 2008, quando o plenário votou contra a sua legalização e, portanto, contra o direito das mulheres sobre seu próprio corpo. Quanto aos Conselhos, de uma visão extrema, ou são governistas ou são de tal maneira instrumentalizados por discursos sectários e corporativistas que tornam impossível o exercício do sonho da gestão participativa. Não há dúvidas sobre a importância do controle social, mas a forma de sua implantação tem que ser revisitada e recomposta.

Apesar de tudo, o SUS continua a prestar um inestimável serviço à população brasileira. Tem áreas muito desenvolvidas, como os transplantes, o fornecimento de medicamentos de alto custo, o tratamento de nefropatias, a atenção a portadores de hemofi lia etc. Mas ainda há muito a fazer e a repensar.

LINHA DO TEMPO �

2500 a.C. – Código de Hamurabi prescreve punições para os médicos que mutilam seus pacientes;

420 a.C. – Hipócrates de Cós, considerado pai da medicina, realiza sua prática no mundo helênico;

129 – Nasce Galeno de Pérgamo, médico que produziu uma síntese de conhecimento da antiguidade e que dirigiu os rumos da medicina nos seguintes 1.500 anos;

980 – Nasce Avicena – Abu Ali al Husain ibn Sina (falecido em 1073) – grande médico árabe;

1543 – Vesalius publica De Humani Corpori Fabrica, o pri-meiro grande tratado de anatomia humana;

1543 – Brás Cubas funda a primeira Santa Casa do Brasil;1546 – Girolamo Fracastoro, médico de Verona, elabora

uma teoria sobre a infecção, em contraposição à teoria da abio-gênese;

1628 – William Harvey descreve o processo da circulação do sangue;

1676 – Anton van Leeuwenhoek comunica a descoberta do microscópio à sociedade real de Londres;

1700 – Bernardino Ramazzini publica o primeiro tratado sobre doença do trabalhador;

1714 – Gabriel David Fahrenheit apresenta o primeiro ter-mômetro de mercúrio;

1776 – Lazaro Spallanzani publica obra que põe por terra a abiogênese e se constitui na base da bacteriologia;

1779 – Johann Peter Frank, médico alemão, realiza um con-junto de publicações sobre uma polícia médica e é considerado como um dos pioneiros da saúde pública;

1798 – Edward Jenner publica a descoberta do processo de vacinação contra a varíola;

1801 – Philippe Pinel, considerado o pai da psiquiatria mo-derna, propõe um tratamento mais humano aos doentes men-tais;

1808 – Chegada de D. João VI ao Rio de Janeiro e criada a estrutura considerada precursora do Ministério da Saúde;

1813 – Nasce Claude Bernard, considerado um dos pais da moderna fi siologia;

1813 – Criada no Rio de Janeiro a primeira escola de medi-cina, logo seguida em 1815 pela de Salvador;

1818 – Nasce Ignaz Philipp Semmelweis, médico húnga-ro considerado o patrono da infecção hospitalar, que desen-volveu em Viena um conjunto de teorias sobre a infecção de parturientes;

1822 – Nasce Louis Pasteur, que descobre o processo de pasteurização, desenvolveu a ideia de esterilização pela água fervente, a vacina contra o antraz e a vacina antirrábica, e é considerado o pai da bacteriologia;

1838 – Na Inglaterra tornam-se compulsórios os atos de registro de nascimentos, mortes e casamentos;

1842 – Edwin Chadwick publica o relatório sobre a condi-ção sanitária dos trabalhadores da Grã-Bretanha, estabelecendo relação entre pobreza e saúde;

1843 – Nasce Robert Koch, que divide com Pasteur a criação da bacteriologia médica. Propõe os postulados da microbiologia e é o responsável pela descoberta dos microrganismos causa-dores da tuberculose e do cólera, entre outros;

1846 – William Morton usa o éter como anestésico pela pri-meira vez em um hospital;

1847 – James Simpson usa o clorofórmio como agente anes-tésico;

1851 – Nasce Walter Reed, que estabeleceu o mecanismo de transmissão da febre amarela pelo Aedes aegypt;

1854 – John Snow, um dos primeiros epidemiologistas da história, demonstra a natureza da transmissão do cólera ao analisar o perfi l da distribuição da mortalidade e das fontes de água em Londres;

1855 – Nasce Adolfo Lutz, pioneiro da zoologia médica no Brasil;

1858 – Rudolf Virchow, patologista alemão que desenvol-veu o conceito de patologia celular, publica seu trabalho Pa-tologia Celular;

1859 – Charles Darwin publica A Origem das Espécies, como resultado de suas pesquisas durante a viagem a bordo do HMS Beagle, iniciada em 1831;

1865 – Joseph Lister publica resultados sobre a assepsia e o uso do fenol para evitar infecções cirúrgicas;

1865 – Claude Bernard publica o essencial Introdução à Me-dicina Experimental;

1866 – O frade Gregor Mendel publica trabalhos com er-vilhas, que vêm a se constituir na base da moderna genética médica;

1869 – Florence Nightingale, como resultado de suas obser-vações durante a guerra de Crimeia (1854-1856), cria a Escola de Enfermagem do Hospital Saint Th omas;

1877 – Nasce Charles Edward Amory Winslow, considerado um dos grandes nomes da saúde pública moderna;

1889 – Criado em São Paulo o Instituto Serumtherápico, que se estrutura a partir de 1901 e tem como seu primeiro di-retor o médico Vital Brazil. Mais tarde, ele é nomeado para o Instituto Butantã e desempenha um crucial papel no desen-volvimento da autonomia brasileira na área de vacinas e soros antipeçonhentos;

1890 – Halsted promove o uso, pela primeira vez, de luvas de látex em uma cirurgia;

1892 – Criado o Instituto Bacteriológico de São Paulo, que em 1940 é fundido ao Laboratório de Análises Químicas e Bro-matológicas, passando a se chamar Instituto Adolfo Lutz;

1895 – Wilhelm Röentgen descobre os raios X;1900 – Sigmund Freud lança A Interpretação dos Sonhos;1900 – Karl Landsteiner publica a descoberta dos quatro

grupos sanguíneos do homem;1900 – Criado no Rio de Janeiro o Instituto Soroterápico

Nacional, que a partir de 1902 passa a ser dirigido por Oswaldo Cruz. A partir de 1907, ele empresta seu nome à organização, que hoje constitui a Fundação Oswaldo Cruz, complexo de ins-tituições que pesquisam e produzem vacinas e medicamentos, além de ser um centro de formação de profi ssionais de saúde;

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Capítulo 1 / A evolução da assistência à saúde no mundo e no Brasil até o SUS 13

1904 – Oswaldo Cruz, em sua batalha para sanear o porto do Rio de Janeiro, enfrenta a Revolta da Vacina e consegue a erradicação da febre amarela a partir de 1907;

1904 – Emilio Ribas combate com sucesso e consegue a er-radicação da febre amarela do porto de Santos;

1908 – Sintetizada a primeira sulfa;1909 – Carlos Chagas descreve a tripanossomíase que virá

a ter seu nome e passa a ser o único cientista a descrever todo o ciclo de uma enfermidade;

1910 – Paul Ehrlich anuncia a síntese do primeiro trata-mento proposto para sífi lis – Salvarsan. É considerado um dos instituidores da moderna quimioterapia;

1915 – Frederick William Torte, bacteriologista inglês, e d’Hérelle, bacteriologista francês, em 1917, trabalhando inde-pendentemente, descobrem a existência dos bacteriófagos e criam as bases da moderna virologia;

1919 – Vital Brazil, pioneiro na produção de soros antipe-çonhentos no Brasil, é convidado a criar no Rio de Janeiro o instituto que leva seu nome;

1920 – Idealizado, entre outros, por Carlos Chagas, é publi-cado o Decreto no 3.987, que cria o Departamento Nacional de Saúde Pública, que reorganiza a saúde pública no país;

1922 – Retorno ao Brasil de Geraldo Horácio de Paula Sou-za que terminara o curso de saúde pública realizado na Uni-versidade de Johns Hopkins e assume a diretoria do Instituto de Higiene de São Paulo (hoje Faculdade de Saúde Pública da USP) onde fi cará até 1951;

1923 – Albert Calmett e Camille Guérin desenvolvem a va-cina do BCG para tuberculose;

1928 – Alexander Fleming descobre a penicilina;1930 – Criação do Ministério dos Negócios da Educação e

Saúde Pública;1933 – Começam a ser criados os IAPs – Institutos de Apo-

sentadorias e Pensões, ligados ao Ministério do Trabalho cria-do em 1930;

1941 – É realizada a 1a Conferência Nacional de Saúde;1941 – O Decreto-lei 3.171, de 2/4/1941, reorganiza o De-

partamento Nacional de Saúde e cria, entre outros órgãos, o Serviço Nacional de Fiscalização de Medicina e Farmácia (e que será estruturado através do Decreto 3.174, em 2/4/1943, e, em 1976, dará origem à Secretaria Nacional de Vigilância Sanitária);

1942 – William Beveridge propõe as ideias que viriam a compor o Serviço Nacional de Saúde da Grã-Bretanha;

1942 – Em cooperação com o Institute of Interamerican Aff airs do governo americano, é autorizada a organização do Serviço Especial de Saúde Pública, mais tarde transformado em fundação (1960);

1943 – É promulgada a Consolidação das Leis do Traba-lho – CLT;

1944 – Criada a CASSI – empresa responsável por prestar assistência médica aos funcionários do Banco do Brasil em ca-ráter suplementar ao IAPB;

1948 – A Organização das Nações Unidas cria a Organiza-ção Mundial da Saúde;

1950 – Realizada a II Conferência Nacional de Saúde;1951 – John Gibbon desenvolve o primeiro coração-pulmão

artifi cial, que é usado em 1953;1951 – Primeiro curso de Administração Hospitalar da FSP/

USP coordenado pelo professor Odair Pacheco Pedroso;1953 – James Watson e Francis Crick determinam a estru-

tura da dupla hélice do DNA;1953 – Graham e Wynder demonstram que o tabaco causa

câncer em camundongos;

1953 – É criado o Ministério da Saúde;1957 – Albert Sabin desenvolve a vacina contra a poliomie-

lite;1960 – Criada a empresa Samcil, para prestar serviços de

assistência médica a indústrias, que é a primeira medicina de grupo do Brasil;

1960 – Promulgada a LOPS – Lei Orgânica da Previdência Social, que parametriza o funcionamento dos institutos e caixas de pensões e aposentadorias;

1962 – A talidomida é condenada após causar milhares de casos de focomielia e inaugura uma nova era na vigilância sa-nitária de medicamentos;

1963 – Criado o Fundo de Assistência ao Trabalhador Ru-ral – Funrural;

1963 – Realizada a III Conferência Nacional de Saúde;1967 – Christiaan Barnard, médico sul-africano, realiza o

primeiro transplante de coração em homem;1967 – René Favaloro, médico argentino, desenvolve a ci-

rurgia de pontes de safena;1967 – Marburg propõe a causa viral de doenças;1967 – Realizada a IV Conferência Nacional de Saúde;1968 – O então ministro da saúde, Leonel Miranda, propõe

a privatização do setor saúde;1970 – Criada a partir de órgãos existentes, no Ministério da

Saúde, a Superintendência de Campanhas de Saúde Pública – Sucam, voltada para o controle das grandes endemias;

1970 – A ditadura militar realiza a cassação e aposentadoria compulsória de dez renomados pesquisadores do IOC (reinte-grados em 1985), ato que passou a ser conhecido como Mas-sacre de Manguinhos;

1970 – Instituída a Fundação Oswaldo Cruz através da jun-ção do Instituto Oswaldo Cruz, Fundação de Recursos Huma-nos para a Saúde (mais tarde, Escola Nacional de Saúde Pública) e Instituto Fernandes Figueira;

1971 – Criação da Central de Medicamentos – Ceme;1972 – Introduzida a tomografi a computadorizada como

meio de diagnóstico;1974 – Criado o Mapas – Ministério da Previdência e As-

sistência Social;1975 – Realizada a V Conferência Nacional de Saúde;1975 – Promulgada a Lei do Sistema Nacional de Saúde –

no 6.229;1975 – Criado o PPA – Plano de Pronta Ação, que institui

que todos os cidadãos que procurarem uma unidade de atendi-mento de emergência privada devem ser atendidos independen-te de comprovar a sua situação de fi liado à previdência social;

1976 – Criado o PIASS – Programa de Interiorização das Ações de Saúde e Saneamento;

1976 – É fundado o Centro Brasileiro de Estudos da Saú-de – Cebes;

1977 – Realizada a VI Conferência Nacional de Saúde;1977 – Criação do Instituto Nacional de Assistência Médica

da Previdência Social – Inamps dentro de um movimento legal que reestrutura a previdência social e cria o Sinpas – Sistema Nacional de Previdência e Assistência Social;

1979 – A OMS declara o mundo livre da varíola;1979 – Criada a Associação Brasileira de Saúde Coletiva;1979 – Realizado na Câmara de Deputados do Congresso

Nacional o I Simpósio de Políticas de Saúde, em que o Cebes apresenta pela primeira vez a tese da criação do que viria ser o SUS;

1980 – Realizada a VII Conferência Nacional de Saúde;1980 – Criada a Ciplan – Comissão Interministerial de Pla-

nejamento, com a participação do MS e do MPAS, que, entre

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14 Capítulo 1 / A evolução da assistência à saúde no mundo e no Brasil até o SUS

outras, edita nesse ano a Resolução Ciplan no 3, que dispõe so-bre a cobertura de serviços de saúde;

1981 – Descrita a síndrome da imunodeficiência adqui-rida;

1981 – Criado o Conselho Consultivo de Administração da Saúde Previdenciária – Conasp;

1982 – Implantado o SAMHPS – Sistema de Atenção Médi-ca Hospitalar da Previdência Social, que substitui o pagamento por serviço prestado (GIH – Guia de Internação Hospitalar) pelo pagamento por procedimento (AIH – Autorização de In-ternação Hospitalar);

1983 – Começam a ser assinados os convênios que implan-tam as Ações Integradas de Saúde – AIS;

1986 – Início ofi cial do Projeto do Genoma Humano, que co-meçará a ser viabilizado em 1990 e será completado em 2003;

1987 – Criado o Sistema Unifi cado e Descentralizado de Saúde – SUDS;

1988 – Promulgada em 5/10 a nova Constituição Federal que reestrutura a saúde através de seus artigos 196 a 200;

1989 – Registrado o último caso de poliomielite brasileiro e publicado o documento PNI – 15 anos, Uma Análise Crítica;

1990 – Criada por medida provisória a Fundação Na-cional de Saúde – Funasa a partir da junção da Sucam e da FSESP;

1990 – Promulgadas as Leis 8.080 de 19/9 e 8.142 de 28/12 que regulamentam a Constituição Federal e dão origem ao SUS;

1991 – A Portaria 1.180 de 22/7 cria as Comissões Tri e Bi-partites, que somente serão regulamentadas em 1992 com a edição da NOB–SUS 1/92;

1992 – Realizada a IX Conferência Nacional de Saúde; 1993 – Extinto o Inamps;1994 – A partir da experiência de trabalhar com o ACS –

Agente Comunitário de Saúde, o MS dá início ao Programa de Saúde da Família que será fortemente incentivado a partir de 1998;

1994 – A Opas declara as Américas livres da poliomielite;1996 – Realizada a X Conferência Nacional de Saúde;

1996 – Publicada NOB 01/96 através da Portaria 2.203 de 5/11 que redefi ne o modelo de gestão do SUS, estabelecendo novos parâmetros para as transferências de recursos;

1998 – Promulgada a Lei no 9.658, que regulamenta o fun-cionamento da assistência médica suplementar;

1999 – O Ministério da Saúde incorpora na Funasa a saú-de do índio;

1999 – Criada a Anvisa – Agência Nacional de Vigilância Sanitária e extinta a Secretaria de Vigilância Sanitária através da Lei 9.782/00;

2000 – Realizada a XI Conferência Nacional de Saúde;2000 – Criada a ANS – Agência Nacional de Saúde Suple-

mentar através da Lei 9.961/00;2000 – Publicada em 13/9 a Emenda Constitucional 29, que

estabelece um novo modelo de fi nanciamento da saúde;2001 – Publicada através da Portaria 373 de 27/2 a NOAS

01/2002, que estabelece um rearranjo no processo de atenção em particular no marco da regionalização;

2003 – Realizada a XII Conferência Nacional de Saúde;2006 – Publicada a Resolução 399 de 22/2 que criou o Pac-

to pela Saúde;2008 – Realizada a XIII Conferência Nacional de Saúde.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS �

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Entralgo, PL. Historia de La Medicina. Ed. Masson, Barcelona, 2001.Oliveira, AB. A Evolução da Medicina. Livraria Pioneira Editora/Secretaria de

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lo, 2002.Rosen, G. Da Polícia Médica à Medicina Social. Editora Graal, Rio de Janeiro,

1979.Rosen, G. Uma História da Saúde Pública. Editora Unesp/Hucitec, São Paulo,

1994.

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