1. Jovens, pensem grande. No pensem pequeno. No acreditem no
impossvel. O impossvel torna-se possvel, se voce quiser. Ele vira
possvel. Plnio de Arruda Sampaio Contribuio da juventude ao VI
Encontro da APS Leonardo Reis e Thiago Bessa O presente texto
pretende ser uma Reflexo sobre aquilo que nos propomos a construir,
demonstrando onde avanamos ou no, sem pretenses de fechar o debate,
mas sim de abri-lo para que possamos olhar para o futuro com ps
firmes na construo presente, pois quem sabe onde quer chegar, no se
perde no caminho. A conjuntura ora colocada em que a classe
trabalhadora vem sofrendo ataques que comprometem o presente de
nossa juventude, que h muito vem sendo exterminada e que hoje
diante do congresso mais conservador que tivemos desde a ditadura,
comandado pelas bancadas da Bala, do Boi e da Bblia, que aprofundam
e intensificam os ataques aos trabalhadores e em especial aos
segmentos mais vulnerveis da sociedade, colocando a juventude como
grande alvo da poltica de austeridade e do avano das pautas
conservadoras, nos impe a tarefa de intensificar a luta da
juventude, de lutar para sobreviver, de reafirmar que outro mundo
mais que possvel, necessrio e urgente. Por isso importante
relembrar que desde o junho de 2013, a juventude vem demonstrando
que est pronta para lutar, tomando as ruas e reivindicando seus
direitos. Mas isso no um elemento novo, j havamos apontado este
elemento em nosso ultimo ativo de nacional de juventude, realizado
em 2013 na cidade de Belm-PA, apontando para construo de um novo
instrumento para a luta da juventude, apontando a necessidade da
construo de um campo nacional de juventude, de carter amplo, de
massas, democrtico e anticapitalista, portanto importante destacar
que neste espao construmos s seguintes orientaes: Organizar o campo
de juventude Paje: resistncia em movimento Nosso campo nacional de
juventude deve sintetizar os elementos postos at aqui, bem como as
posies bsicas da APS no ltimo perodo. Dever ter um carter amplo,
isto , envolvendo no s os militantes orgnicos/prximos da APS ou do
PSOL, mas sim todos que compartilharem com as posies expressas em
seu documento fundacional, que ter
2. como base as resolues do IV Ativo Nacional da Juventude da
APS. Deve, se possvel, envolver coletivos de base, regionais e
semi-nacionais. Deve dividir-se em Grupos de Trabalho diversos e
ter funcionamento regular e democrtico. Ela deve identificar-se com
o PSOL, tendo esse aspecto como parte da sua identidade simblica.
Deve relacionar-se prioritariamente com os segmentos que fazem
oposio de esquerda aos governos federal, estaduais e municipais,
sejam eles partidrios ou independentes. Ela no se contradiz com a
existncia dos coletivos locais consolidados nos quais atuamos e que
podero relacionar-se com ele de forma orgnica, mas preservando sua
identidade local. Ele deve ser a superao do campo Contraponto,
especialmente onde ainda atuamos com essa identidade pblica.
Portanto, importante debater sobre nossa ferramenta de massas, no
caso o Paje e sua construo. Primeiramente, dentro desses dois anos
de construo do campo, onde tivemos um lanamento em novembro de 2013
e posteriormente um encontro nacional, ficou claro a dificuldade de
transpor nossas resolues e de superar o vicio organizativo de
federalizao que se materializou em nossa ao. Isso tornou ainda mais
difcil criar uma identidade nacional do campo e uma identificao com
o PSOL, pois recamos muitas vezes na dificuldade de equacionar
autonomia e identificao com a APS e com o PSOL. Nosso crescimento
no se deu como frente de massas como nos propomos. Na verdade o
Paje se tornou um campo de quadros, sem uma poltica organizada
nacionalmente, tendo um pouco mais que o dobro de militantes que a
JUVAPS e ficando algumas na dependncia das demandas aparecerem, o
que permitiu que atussemos algumas vezes de forma espontenesta, em
funo dos acontecimentos e das mudanas de conjuntura. Contudo
preciso afirmar tambm que quando agiu procurando formular e se
embasando em nossa leitura de conjuntura e formulando poltica para
intervir no movimento de maneira organizada, sempre obtivemos
respostas positivas e vitrias polticas. E apesar das dificuldades
organizativas que enfrentamos, as quais em geral so frutos dos
conflitos da APS, conseguimos nos consolidar como alternativa de
juventude no Par, construindo trabalho em diversos muncipios e
mostrando que nossa poltica tem espao para crescer na conjuntura;
prova principal disso foi a eleio do DCE da UFPA, onde a APS nunca
havia disputado sem uma atuao em conjunto com outra corrente
poltica, - e sendo o ME dessa universidade terreno incerto para nos
apresentarmos aps um veto por parte do MES a nossa participao na
chapa que as demais correntes do PSOL e o PCR construram. A eleio
nos rendeu um saldo poltico e organizativo grande, com a nossa
chapa Ousar sendo a terceira mais votada e conquistando votos para
alm de onde tnhamos trabalho
3. organizado e nos tornando a segunda fora poltica no DCE e
rompendo nosso isolamento poltico no ME, e nos colocando como a
fora poltica mais coerente no enfrentamento ao governismo. Tambm
importante destacar que em outros estados comeamos a construo do
campo como na Bahia, onde temos realizado trabalhos dentro e fora
do ME, no Ceara onde tivemos a entrada de militantes que antes
compunham o coletivo RAA, e que vem projetando a realizao de
trabalhos no secundarista e universitrio, mostrando um planejamento
ousado, entre outros estados que temos avanado na construo. Diante
dos desafios colocados para o Campo: 1 - Organizar encontro do
Campo no final deste ano ou incio do prximo; 2 - Estreitar nossa
atuao com outras frentes de Massa ( Avanar Na Luta ); 3 - Debater a
reorganizao do campo, sua atuao, e seu carter massas ou quadros; 4
- Ter uma linha nacional e espao nacional de atuao. A organizao da
Juventude da APS Nos prximos dois anos iremos encarar tarefas
complexas de reconstruo do trabalho de juventude da APS
nacionalmente e nos estados; de retomada do trabalho de base com
mais fora nos movimentos sociais e no PSOL; alm da construo de um
campo de juventude popular. Isso exige que envidemos os mximos
esforos da corrente para dar suporte a essa misso que ser posta em
movimento pela militncia jovem e que deve ser uma das prioridades
da corrente, mesmo ainda precisando de ajustes na aplicao dessa
deliberao nos estados. Para alcanar o objetivo necessria a liberao
poltica de militantes em todos os estados para construo exclusiva
do trabalho de juventude e, na medida das possibilidades,
viabilizar profissionalizaes para a construo estadual. Defendemos
uma liberao poltica e financeira para o trabalho nacional sem a
qual mais uma vez teremos dificuldade de dar andamento construo de
aes nacionalmente articuladas. Nas ruas a juventude exige seu lugar
nas decises polticas e isso se reflete na nossa organizao. No
possvel que disputemos na sociedade a insero da juventude nos
espaos de poder e em nossa corrente tenhamos uma prtica que ainda
no se sintoniza com isso. Atualmente, em nossa Coordenao Nacional
no h ningum que esteja construindo algum trabalho de juventude.
Indicamos que no prximo encontro aprovemos cotas para participao de
jovens nas coordenaes da corrente. A prxima Coordenao Nacional de
Juventude da APS deve superar o federalismo do perodo anterior e
construir uma instncia que efetivamente coordene as nossas aes nas
diversas frentes de interveno da juventude da APS, em sintonia com
as deliberaes do nosso Ativo de Juventude e da corrente. A composio
da nova CNJUVAPS deve levar em considerao a distribuio geogrfica de
nossa militncia e deve contribuir para superar a fragmentao
federativa, tnica do perodo anterior. No perodo ps ativo, um
conjunto de tarefas se sucedero exigindo que, alm de construir um
novo grupo de e-mail da Coordenao, a periodicidade das reunies
virtuais seja
4. quinzenal e as presenciais trimestrais, podendo haver outras
reunies extraordinrias a serem definidas pela instncia. Na primeira
reunio presencial da nova coordenao devero ser aprovadas: a)
Poltica de finanas (banco coletivo de milhas, produo e venda de
botton's, camisas, entre outras aes e atividades nos estados
articulados num plano nacional de finanas); b) Construo de um plano
de formao de base especfico para juventude e de um curso de formao
nacional de formadores e dirigentes; c) Balano das primeiras
tarefas de construo do Campo Paje; d) Plataforma base para discusso
de um programa de juventude para as eleies 2014. As plenrias da
JUVAPS sero regulares, acontecendo em todos os espaos nacionais que
construiremos no prximo perodo e de acordo com as necessidades
podero ser convocadas pela Coordenao. Realizaremos uma Coordenao
Nacional ampliada para balano da aplicao das resolues do ativo aps
as eleies de 2014. O IV Ativo Nacional da Juventude da APS elege
como Coordenao Nacional de Juventude os/as seguintes
companheiras/companheiros: Titulares: Davi Leite e Rafaela Cardoso
(BA); Derik Machado (ES); Deybe (PA); Felipe Maropo (SP) Suplentes:
Marcelo Fontenelle (MA); Allan Lewis (PI); Mariza Soares (PA).
Ousar lutar, ousar vencer! Ativo Nacional da Juventude da APS Aqui
fiz questo de separar Paje e JUVAPS. Os ltimos dois anos foram um
perodo de grandes mobilizaes de juventude onde alguns dos coletivos
de esquerda avanaram muito, a exemplo do Rua e Juntos e at os
setores mais prximos ao Governo como e o caso do Levante Popular da
Juventude. Mas devemos nos perguntar: j que o Brasil teve essa
grande mobilizao de juventude nesses anos, porque isso no se
materializou em saldo organizativo para nossa juventude como se deu
para outras? Talvez a resposta esteja colocada nos nossos problemas
e conflitos, os quais demos grandes passos para superao nesses
anos, contudo hora de nos debruarmos sobre as tarefas que so
imprescindveis para que nos tornemos uma alternativa de organizao
da juventude brasileira que se choca contra as perversidades e
ataques desse sistema Sendo assim, ressaltamos que a resoluo
construda h dois anos em nosso ultimo ativo de juventude, se faz
atual, e ainda no cumprimos um tero das tarefas que esta resoluo se
props, contudo preciso avanar ainda mais na formulao poltica, por
ocasio de uma conjuntura que se torna cada vez mais complexa.
Dissemos isso enquanto corrente, porque tarefa de todos desta
organizao zelar e contribuir para o fortalecimento do trabalho de
juventude, que elegemos como prioritrio em nossa formulao, contudo
caindo em contradio com a nossa prtica enquanto corrente. Contudo
importante que faamos a autocritica que no perodo que poderamos ter
crescido e despontado como a principal alternativa de organizao da
juventude brasileira estvamos nos digladiando internamente no Par
onde nosso trabalho estava demonstrando possibilidades de
crescimento. Tambm temos que reconhecer que houve algum avano para
juventude comparado ao perodo anterior ao racha, porm nada
suficiente para as demandas que a conjuntura impe para que avance
como alternativa nacional real, isso porque a crise do sindical
consumiu muito nossa organizao, impedindo no s o avano do trabalho
de juventude, como tambm o de mulheres, negros e negras e lgbtts.
Mesmo diante de outra possvel ciso, localizada sobretudo no
setorial sindical, ns que
5. construmos o setorial de juventude entendemos que o momento
de construir unidade com aqueles e aquelas que querem construir a
APS como projeto coletivo e no como projetos pessoais ou clube de
amigos. Sendo tarefa prioritria construir nossa organizao e dar a
ela a cara de juventude, somos hoje uma das poucas organizaes com
uma leitura coerente e consequente da realidade e ainda com acumulo
terico que a nossa experincia histrica nos proporcionou. Dessa
forma imprescindvel colocar nosso acumulo a servio da construo de
uma organizao que consiga ser uma fora aglutinadora e balizadora da
esquerda, que possa realmente intervir nos movimentos da sociedade
brasileira para que avancemos a cada dia rumo a construo da revoluo
socialista, para isso necessrio a fora de nossa juventude; sem ela
no conseguiremos ser o que nos propomos, sendo o fortalecimento
desse setorial um elemento imprescindvel que nos falta para superar
nossas fragilidades e avanar na construo de uma alternativa
revolucionaria . Apesar de todas nossas limitaes temos sido a
principal porta de entrada na organizao e o setorial que melhor se
organiza, mas isso tem que ser potencializado; para a APS o
trabalho de JUVENTUDE tem que ser prioridade, pois nela est o
presente e o futuro da Organizao. Para dar conta disso entendemos
como tarefa de todos : 1- Ampliar e garantir a participao da
juventude nos espaos de direo e deliberao da organizao, sugerimos
uma cota mnima de 25% de jovens na direo, para que avancemos na
superao de nossa debilidade em renovao geracional; 2 Ter militncia
liberada para atuar em esfera nacional e estadual; 3 Espao de
formao constante afim de formar novos quadros; 4- Espaos
inter-setoriais de convivncia e formulao; 5- Debater e
potencializar a relao de nossas ferramentas de massas;
6. construmos o setorial de juventude entendemos que o momento
de construir unidade com aqueles e aquelas que querem construir a
APS como projeto coletivo e no como projetos pessoais ou clube de
amigos. Sendo tarefa prioritria construir nossa organizao e dar a
ela a cara de juventude, somos hoje uma das poucas organizaes com
uma leitura coerente e consequente da realidade e ainda com acumulo
terico que a nossa experincia histrica nos proporcionou. Dessa
forma imprescindvel colocar nosso acumulo a servio da construo de
uma organizao que consiga ser uma fora aglutinadora e balizadora da
esquerda, que possa realmente intervir nos movimentos da sociedade
brasileira para que avancemos a cada dia rumo a construo da revoluo
socialista, para isso necessrio a fora de nossa juventude; sem ela
no conseguiremos ser o que nos propomos, sendo o fortalecimento
desse setorial um elemento imprescindvel que nos falta para superar
nossas fragilidades e avanar na construo de uma alternativa
revolucionaria . Apesar de todas nossas limitaes temos sido a
principal porta de entrada na organizao e o setorial que melhor se
organiza, mas isso tem que ser potencializado; para a APS o
trabalho de JUVENTUDE tem que ser prioridade, pois nela est o
presente e o futuro da Organizao. Para dar conta disso entendemos
como tarefa de todos : 1- Ampliar e garantir a participao da
juventude nos espaos de direo e deliberao da organizao, sugerimos
uma cota mnima de 25% de jovens na direo, para que avancemos na
superao de nossa debilidade em renovao geracional; 2 Ter militncia
liberada para atuar em esfera nacional e estadual; 3 Espao de
formao constante afim de formar novos quadros; 4- Espaos
inter-setoriais de convivncia e formulao; 5- Debater e
potencializar a relao de nossas ferramentas de massas;