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VIABILIDADE ECONÔMICA, SOCIAL E AMBIENTAL DA COOPERATIVA DE RECICLAGEM DE LIXO - COOPREC Benônimo Ferreira Vaz Júnior 1 Antônio Pasqualetto 2 Universidade Católica de Goiás – Departamento de Engenharia – Engenharia Ambiental Av. Universitária, n º 1440 – Setor Universitário – Fone: (62) 3227-1351 CEP: 74.605-010 – Goiânia – GO. RESUMO Dentre as técnicas capazes de propiciar diversos benefícios ambientais, sociais e econômicos destaca-se a reciclagem. Um novo modelo de organização que utiliza a reciclagem como uma forma de tratamento de seus resíduos sólidos é apresentado neste trabalho: O Núcleo Industrial de Reciclagem – NIR / Cooperativa de Reciclagem de Lixo – COOPREC, um projeto desenvolvido na Região Leste de Goiânia, o qual foi criado pela Sociedade Goiana de Cultura e Instituto Dom Fernando. Este trabalho aborda os fatores ambientais, sociais e econômicos visando à verificação da viabilidade de operação da cooperativa de reciclagem de lixo no desenvolvimento da sustentabilidade. PALAVRAS-CHAVE: resíduos, sustentabilidade, meio ambiente, viabilidade. ECONOMIC, AMBIENT AND SOCIAL VIABILITY OF THE COOPERATIVE OF GARBAGE RECYCLING - COOPREC ABSTRACT Amongst the techniques capable to propitiate diverse ambient benefits, social and economic it is distinguished recycling. A new model of organization that they use the recycling as a form of treatment of its solid residues is presented in this work: The Industrial Nucleus of Recycling - Cooperative NIR/of Garbage Recycling - COOPREC, a project developed in the Region East of Goiânia/GO, which was created by the Society Goiana de Cultura and Instituto Dom Fernando. This work approaches the ambient, social and economic factors mainly aiming at the verification of the viability of operation of the cooperative of garbage recycling in the development of the sustentabilidade. KEY-WORDS: residues, sustentablility, environmement , viability. Goiânia, 2007/1 1 Acadêmico do curso de Engenharia Ambiental da Universidade Católica de Goiás. ([email protected]) 2 Orientador, Dr. Professor do Departamento de Engenharia da Universidade Católica de Goiás – UCG e Centro Federal de Educação Tecnológica - CEFET Goiás. ([email protected]).

VIABILIDADE ECONÔMICA, SOCIAL E AMBIENTAL DA COOPERATIVA D…

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VIABILIDADE ECONÔMICA, SOCIAL E AMBIENTAL DA COOPERATIVA DE RECICLAGEM DE LIXO - COOPREC

Benônimo Ferreira Vaz Júnior 1 Antônio Pasqualetto 2

Universidade Católica de Goiás – Departamento de Engenharia – Engenharia Ambiental Av. Universitária, nº 1440 – Setor Universitário – Fone: (62) 3227-1351

CEP: 74.605-010 – Goiânia – GO. RESUMO Dentre as técnicas capazes de propiciar diversos benefícios ambientais, sociais e econômicos destaca-se a reciclagem. Um novo modelo de organização que utiliza a reciclagem como uma forma de tratamento de seus resíduos sólidos é apresentado neste trabalho: O Núcleo Industrial de Reciclagem – NIR / Cooperativa de Reciclagem de Lixo – COOPREC, um projeto desenvolvido na Região Leste de Goiânia, o qual foi criado pela Sociedade Goiana de Cultura e Instituto Dom Fernando. Este trabalho aborda os fatores ambientais, sociais e econômicos visando à verificação da viabilidade de operação da cooperativa de reciclagem de lixo no desenvolvimento da sustentabilidade. PALAVRAS-CHAVE: resíduos, sustentabilidade, meio ambiente, viabilidade.

ECONOMIC, AMBIENT AND SOCIAL VIABILITY OF THE COOPERATIVE OF GARBAGE RECYCLING - COOPREC

ABSTRACT Amongst the techniques capable to propitiate diverse ambient benefits, social and economic it is distinguished recycling. A new model of organization that they use the recycling as a form of treatment of its solid residues is presented in this work: The Industrial Nucleus of Recycling - Cooperative NIR/of Garbage Recycling - COOPREC, a project developed in the Region East of Goiânia/GO, which was created by the Society Goiana de Cultura and Instituto Dom Fernando. This work approaches the ambient, social and economic factors mainly aiming at the verification of the viability of operation of the cooperative of garbage recycling in the development of the sustentabilidade. KEY-WORDS: residues, sustentablility, environmement , viability. Goiânia, 2007/1

1 Acadêmico do curso de Engenharia Ambiental da Universidade Católica de Goiás. ([email protected]) 2 Orientador, Dr. Professor do Departamento de Engenharia da Universidade Católica de Goiás – UCG e Centro Federal de Educação Tecnológica - CEFET Goiás. ([email protected]).

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1 INTRODUÇÃO

Os resíduos sólidos gerados nas cidades estão sendo considerados a principal

questão do saneamento urbano, devido à sua intensa degradação ao meio ambiente. Com o

crescimento das cidades, estes resíduos têm sido dispostos de maneira menos dispendiosa, já

que a maioria das prefeituras não priorizam o seu tratamento e correta disposição final.

O poder de aquisição das mercadorias pelo público e o crescente índice

populacional, podem definir a quantidade de resíduos sólidos gerados pelo município, assim,

isso torna-se imprescindível estabelecer soluções ambientalmente seguras para os problemas

da acelerada produção do lixo.

Dos 70 milhões de quilos do lixo doméstico produzido por dia no Brasil, 76% são

lançados a céu aberto, 13% em “lixões” controlados pelos municípios, 9% em aterros

sanitários e apenas 2% são reciclados (BARBOSA e RABELO, 2005), ou seja, a maior parte

dos municípios brasileiros possuem disposição final inadequada dos resíduos sólidos urbanos.

No caso dos lixões, os resíduos são lançados no solo acarretando problemas à saúde pública

(proliferação de vetores), geração de maus odores, poluição do solo e das águas superficiais e

subterrâneas. Já no caso dos aterros controlados existem medidas de controle que minimizam

os impactos ambientais, mas com custo elevado para sua construção e operação diária.

Como novas áreas para aterros sanitários são escassas na maioria dos municípios e

os custos de implantação são ainda mais elevados que o aterro controlado, destaca-se a

reciclagem como alternativa para diminuir o excessivo volume de resíduos gerados.

No processo de gestão dos resíduos, as questões econômicas, sociais e ambientais

são muito evidenciadas, tendo em vista o alto potencial poluidor do lixo e a situação de

degradação social das famílias que sobrevivem do reaproveitamento de materiais. Além disso,

deve-se destacar o potencial econômico ainda pouco explorado pelo setor de reciclagem de

resíduos.

A Cooperativa de Reciclagem (COOPREC) criada para ser um novo modelo de

desenvolvimento sustentável é responsável pelo gerenciamento e execução dos trabalhos no

Núcleo Industrial de Reciclagem (NIR). A prática desse projeto fez com que as atividades de

reciclagem dos resíduos sólidos urbanos se tornasse uma fonte de pesquisa nas áreas sociais,

ambientais e econômicas.

Por assim dizer, este projeto despertou interesse para estudo e tem como objetivo

abordar os fatores ambientais, sociais e econômicos da COOPREC, visando a verificação da

viabilidade da cooperativa de reciclagem de lixo no desenvolvimento da sustentabilidade.

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2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

Qualquer atividade humana é por natureza geradora de resíduos sólidos. Estes por

sua vez, são a denominação genérica para determinados tipos de lixo produzido pelo ser

humano e são representados por materiais que não possuem nenhuma utilidade. Podem ser

classificados em domiciliar, comercial, industrial, hospitalar, radioativo, agrícola, entulhos, de

portos, aeroportos, terminais rodoviários e ferroviários (AMBIENTEBRASIL, 2007).

Denomina-se lixo os restos das atividades humanas, considerados pelos geradores

como inúteis, indesejáveis ou descartáveis. Conforme a Associação Brasileira de Normas

Técnicas-ABNT (2004) e a Norma Brasileira de Regulamentação (NBR 10004), apresentam-

se em estado sólido, semi-sólido ou semi-líquido, e esta também classifica-os como perigosos

(Classe I), não-inertes (Classe II), e inertes (Classe III). Estes últimos, resíduos sólidos

inertes, são caracterizados pela ausência de seus contribuintes solubilizados a concentrações

superiores aos padrões de aspecto, cor, turbidez, dureza e sabor.

Com a produção excessiva de resíduos sólidos, os aterros existentes na maioria

das cidades não conseguirão atender a esta demanda por muito tempo. O que agrava ainda

mais a situação é que não se conseguem encontrar nas cidades outras áreas adequadas para

implantação de novos aterros (CALDERONI, 2003a).

Segundo o D’Almeida e Vilhena (2000), aterro sanitário é um processo utilizado

para a disposição de resíduos sólidos no solo, particularmente lixo domiciliar, que

fundamentado em critérios de engenharia e normas operacionais específicas permite a

confinação segura em termos de controle de poluição ambiental e proteção à saúde pública. A

necessidade de tratamento do lixo surge devido a fatores como: escassez de áreas para a

destinação final do lixo; disputa pelo uso das áreas remanescentes com as populações da

periferia; valorização dos componentes do lixo como forma de promover a conservação de

recursos e inertização de resíduos sépticos.

A alternativa principal para diminuir a quantidade de resíduos reside na adoção de

programas de coleta seletiva e reciclagem, que podem garantir a proteção ambiental e a

sustentabilidade econômica dos envolvidos. Em São Paulo, por exemplo, a reciclagem é

praticada há décadas em escala apreciável pelo setor privado, envolvendo catadores,

carrinheiros, sucateiros e indústrias (CALDERONI, 2003a).

De uma forma mais abrangente, Monteiro et al (2001) descreve que reciclagem é

o resultado de uma serie de atividades através do qual materiais que se tornariam lixo, ou

estão no lixo, são desviados, sendo coletados, separados e processados parem usados como

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matéria-prima na manufatura de bens, feitos anteriormente apenas com matéria-prima virgem.

Para Duston (1993), citado por Calderoni (2003a), reciclagem é um processo

através do qual qualquer produto ou material que tenha servido para os propósitos a que se

destinava e que tenha sido separada do lixo é reintroduzido no processo produtivo e

transformado em um novo produto, seja igual ou semelhante ao anterior, seja assumindo

características diversas das iniciais.

O crescimento e a consolidação do mercado para produtos recicláveis oferece

oportunidade de obter grandes ganhos econômicos, seja para a sociedade como um todo, seja

para cada um dos segmentos envolvidos, sobretudo para a indústria. Contudo, a reciclagem,

por maior que seja sua importância ambiental e econômica, não pode desenvolver-se de modo

automático (CALDERONI, 2003b).

O processo de reciclagem envolve a coleta seletiva, triagem, beneficiamento e

acondicionamento e armazenamento. A coleta seletiva consiste na separação, na própria fonte

geradora, dos componentes que podem ser recuperados, mediante um acondicionamento

distinto para cada componente ou grupo de componentes. Na etapa de triagem, o lixo é

novamente separado por tipo de material (papel e papelão, plástico, vidro e sucatas metálicas)

para o posterior reaproveitamento do mesmo (COMPROMISSO EMPRESARIAL PARA

RECICLAGEM – CEMPRE, 1998).

O sucesso e a sustentabilidade na implantação de um sistema de coleta seletiva e

reciclagem dos resíduos domésticos são atribuídos às características peculiares de cada

cidade, buscando avaliar um modelo que melhor atenda suas necessidades, e evidenciando

fatores ambientais, sociais, econômicos e direcionados à legislação vigente (LUNA FILHO,

2001).

A reciclagem dos materiais plásticos encontrados no lixo urbano traz vários

benefícios ambientais, sociais e econômicos para a sociedade, dentre os quais destaca-se a

redução do volume do lixo coletado que é removido para os aterros sanitários; economia de

energia e petróleo; geração de empregos; menor preço para o consumidor dos artefatos

produzidos com plástico reciclado e melhorias sensíveis no processo de decomposição da

matéria orgânica nos aterros sanitários (CASTELNUOVO, 1992). Um exemplo deste

processo de reciclagem é observado no Núcleo Industrial de Reciclagem (NIR), do Instituto

Dom Fernando, em Goiânia.

Em 1995, a Sociedade Goiana de Cultura – SGC, fase civil da Arquidiocese de

Goiânia, criou o Instituto Dom Fernando – IDF, uma instituição sem fins lucrativos, com a

missão de contribuir com a construção da cidadania e com o desenvolvimento sócio-

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ambiental dentro de uma perspectiva sustentável. Após sua criação surgiram projetos dentro

os quais destaca-se a COOPREC.

O NIR entrou em fase de pré-funcionamento em janeiro de 1998 e é gerido pela

COOPREC que foi constituída em 25 de março do mesmo ano pela SGC e o IDF.

A cooperativa, uma das células do Projeto Meia Ponte – PMP, foi criada como

alternativa de trabalho e renda para os moradores dos bairros Dom Fernando I e II, Jardim

Aroeiras I e II e Jardim Conquista, áreas pertencentes à região leste da cidade. A COOPREC é

uma sociedade cooperativa com forma e natureza civil, regida pelas disposições da lei nº 5764

de 16/12/71 e por seu Estatuto Social, estabelecida no Jardim Conquista – Goiânia /GO,

inscrita no CNPJ nº02502454/0001-96, representada por seu Diretor Presidente Lúcia Ivani

Pinheiro.

A Figura 1 demonstra a abrangência do Projeto Meia Ponte e os bairros, já

mencionados atendidos pela iniciativa.

Figura 1: Área de abrangência do Projeto Meia Ponte. Fonte: Cia de Processamento de Dados de Goiânia – COMDATA/2003.

Inserido no PMP, o núcleo industrial de resíduos sólidos do IDF constitui-se em

uma usina de reciclagem de lixo, unidade que surgiu com o intuito de atender às demandas

sócio-ambientais e como alternativa para o melhoramento da qualidade de vida das

COOPREC

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comunidades que integram esta região do município. Com a estruturação da unidade de

produção do NIR, a COOPREC implantou a coleta e a reciclagem do lixo: papel, plástico,

sucatas metálicas e rejeitos orgânicos.

A cooperativa de reciclagem é um projeto auto-sustentável que recebeu um

investimento de R$ 600.000 (seiscentos mil reais) financiados pelo Ministério do Meio

Ambiente (MMA). A estrutura física conta com: 2 (dois) caminhões, 1 (uma) balança com

capacidade para 30 t (trinta toneladas), 2 (duas) prensas enfardadeiras, 1 (uma) empilhadeira,

1 (um) mini-trator, escritório e galpões para fabricação de produtos reciclados, maquinário

completo para confecção desses produtos (WEB-RESOL, 2006).

A cooperativa é pioneira no sistema de reciclagem e fabricação de produtos

comercializáveis, tendo como “carro-chefe” a transformação de papel e papelão em telhas de

fibro-asfáltica (visualizada na figura 2), utilizadas em galpões, acampamentos, garagens,

tapume de obras, casas populares e outros, produzindo em média 10 mil unidades por mês

(COOPREC, 2007).

Figura 2: Telhas de papel e papelão (fibro-asfáltica).

Também, a partir dos plásticos são produzidos grânulos de material plástico

reciclado (polietileno de alta e baixa densidade: PEAD e PEBD), matéria-prima vendida para

indústrias de fabricação de mangueiras, sacos para lixo e outros. A capacidade mensal de

produção dos grânulos é de 40 toneladas, estes grãos podem ser observados na figura 3.

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Figura 3: Grânulos plásticos produzidos no NIR.

A COOPREC tem condições de produzir também o húmus (adubo orgânico),

utilizado sem contra indicação em diversos seguimentos da agricultura, porém o mesmo

encontra-se desativado, mesmo possuindo estrutura física para tal atividade.

Observou-se que outros materiais também fazem parte do contexto da coleta,

porém, são apenas estocados e comercializados (garrafas PET’s, tubos e embalagens de

PVC’s, vidros, sucatas ferrosas e sucatas em geral).

Além desses produtos, há uma oficina de artesanato em desenvolvimento, que já

produz alguns itens como porta-jóias, porta retratos, caixas de presentes, confeccionados a

partir da reutilização de caixas de papelão e fibras de bananeira. Estes produtos podem ser

observados na figura 4.

Figura 4: Artesanato fabricado na COOPREC.

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3 METODOLOGIA APLICADA

Este estudo teve como base pesquisas bibliográficas, informações adquiridas com

a diretoria da cooperativa nas visitas de campo e dados coletados nas entrevistas de opinião

com os cooperados. Tal fato contribuiu com a visualização real da situação do objeto de

estudo.

No dia 11 de março de 2006 realizou-se a primeira visita na COOPREC, onde

foram colhidos dados e informações sobre as condições, perspectivas, interesses e problemas

da cooperativa. Estes foram fornecidos pela coordenadora da cooperativa.

Segundo a senhora Nair Rodrigues Vieira3, a cooperativa atualmente é constituída

por 41 (quarenta e um) cooperados (homens e mulheres) este número oscila muito, e já

chegou ao número máximo de 72 (setenta e dois) cooperados no ano de 2000.

Dentre estes dados tem-se o Relatório Mensal de Coleta de Resíduos Sólidos e

Produtos Comercializados, referentes ao ano de 2005. Este Relatório quantifica mensalmente

os resíduos coletados na região de abrangência do NIR, como também os produtos fabricados

e/ou comercializados. O período de análise dos dados, janeiro a dezembro de 2005, foi

adotado neste estudo por se tratar do ano em que as informações administrativas estão mais

completas e organizadas pela diretoria da cooperativa, o que justifica a utilização neste

intervalo de tempo.

Com base nos dados do Relatório Mensal, 2005, realizou-se cálculos para

quantificar o peso do lixo que deixa de ser encaminhado ao aterro mensalmente,

caracterizando assim o ganho ambiental e econômico. Para quantificar este peso, subtraiu-se o

peso bruto coletado por mês e o peso dos itens produzidos e/ou comercializados no período

em questão.

Nos fatores ambientais considerou-se a quantidade de lixo que deixariam de ser

enviado ao aterro sanitário, calculado através da quantidade de resíduos coletados, processado

e encaminhados novamente ao aterro.

Utilizando-se ainda os dados do Relatório Mensal, quantificou-se o valor da renda

bruta anual da cooperativa, considerando os valores de mercado obtidos na própria

cooperativa, avaliando desta maneira a variável econômica da COOPREC, alem da ordenação

dos dados em forma de quadro, destacando assim a representatividade da coleta e

comercialização de resíduos e produtos, respectivamente, no ano de 2005.

3 Coordenadora da Cooperativa. Informação pessoal cedida em entrevista realizada em 11/03/2006.

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Com a finalidade de qualificar as variáveis do projeto em questão (aspecto social:

estrutura familiar, escolaridade e etc; aspecto econômico: renda familiar, poder de compra e

etc; aspecto ambiental: consciência ecológica de modo geral) aplicou-se uma pesquisa de

opinião a todos os cooperados do NIR, no dia 23 de maio de 2007.

O fator social, e/ou sócio-econômico, foi avaliado com base nos resultados do

questionário aplicado, esta gama de análise é atrelada ao fator econômico dos cooperados

(renda familiar, poder de compra ou obtenção de produtos), após análise dos dados objetivou-

se delinear o perfil do cooperado do NIR.

O questionário sócio-econômico, ambiental aplicado na cooperativa foi composto

por perguntas objetivas, as quais seguem abaixo:

Figura 5: Questionário aplicado na COOPREC.

Os resultados obtidos após aplicação da metodologia deste estudo foram

organizados e dispostos em quadros e figuras.

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4 RESULTADOS E DISCUSSÃO

O primeiro resultado obtido foi à quantificação de lixo que deixa de ser

encaminhado ao aterro mensalmente, representando assim um ganho ambiental e econômico.

Conforme a Figura 5 o somatório do peso total de lixo não destinado ao aterro sanitário, em

2005, corresponde a 574,46 toneladas.

40.000

42.000

44.000

46.000

48.000

50.000

52.000

54.000

JAN

EIR

O

FEV

ER

EIR

O

MA

O

AB

RIL

MA

IO

JUN

HO

JUL

HO

AG

OST

O

SET

EM

BR

O

OU

TU

BR

O

NO

VE

MB

RO

DE

ZE

MB

RO

COOPREC - QUANTIDADE DE LIXO PROCESSADO (Kg) EM 2005

Figura 6: Lixo não disposto no meio ambiente, fator ambiental e econômico.

Através desta figura, nota-se que a reciclagem é uma atividade econômica que não

pode ser analisada como a única alternativa para o lixo gerado pela população, mas esta deve

ser vista como um elemento essencial dentro de um conjunto de soluções, visto que nem todos

os materiais são tidos como recicláveis, pelo fato de não serem técnica ou financeiramente

viáveis.

A reciclagem torna-se necessária para diminuir a quantidade de lixo depositada

em lixões e/ou aterros; preservar os recursos naturais; economizar energia e matéria-prima;

reduzir a poluição dos solos, do ar e das águas; e contribuir para a geração de empregos

através de recicladoras e catadores.

A figura anterior fundamenta a viabilidade econômica e ambiental do

empreendimento, pois ao mesmo tempo em que gera capital e movimenta a economia local,

gera um ganho ambiental considerável: o aumento na vida útil do aterro.

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Analisou-se a rentabilidade do empreendimento, não levando em consideração os

custos fixos da cooperativa, estes podem ser melhor analisados em outro estudo a ser

realizado.

No Quadro 1 pôde-se notar a rentabilidade anual da cooperativa, que por sua vez

promove a sustentabilidade e viabilidade econômica e social. Neste quadro, foram

apresentados os valores de venda dos produtos comercializados, bem como sua renda bruta

anual correspondente à R$ 349.590,10 (trezentos e quarenta e nove mil, quinhentos e noventa

reais e dez centavos), qualificando o NIR como projeto auto-suficiente.

Quadro 1: Rentabilidade anual da COOPREC – 2005, fator sócio-econômico do estudo.

PRODUTO TOTAL ANUAL PREÇO MÉDIO DE VENDA (R$)

RECEITA BRUTA TOTAL (R$)

PAPÉIS DIVERSOS 25.842 Kg 0,22 / Kg 5.685,24

PLÁSTICO FILME -PEBD 37.186 Kg 0,60 / Kg 22.311,60

SUCATA DE FERRO 30.634 Kg 0,20 / Kg 6.126,8

LATAS DE ALUMÍNIO 2.270 Kg 3,60 / Kg 8172,00

TELHAS DIVERSAS 42.280 un 5,30 / Unidade 224.084,00

GRÂNULO PLASTICO 50.660 Kg 1,60 / Kg 81056,00

SUCATAS EM GERAL 19.586 Kg 0,11 / Kg 2154,46

RECEITA BRUTA ANUAL 349.590,10

A organização autônoma desses trabalhadores é um elemento que garante a

sustentabilidade e o trabalho cooperativo, que evolui para a formação de uma rede de

economia solidária, confirmando mais uma vez os fatores sócio-econômicos propostos neste

estudo.

A análise global, que incluiu os fatores sociais, econômicos e ambientais, é

nitidamente positiva. Do ponto de vista econômico e social são igualmente viáveis, levando-

se em consideração o montante dos custos dos trabalhos de educação ambiental e reciclagem.

Entretanto, os demais benefícios gerados como: conscientização da população, crescente

adesão, divulgação da reciclagem, inclusão dos cooperados no mercado de trabalho,

evidenciados neste estudo devem ser relevados e contabilizados como ganho.

O quadro demonstrativo de rentabilidade do empreendimento demonstra não só

aspectos ambientais ou econômicos, ele prediz que este montante é rateado entre os

colaboradores (cooperados) após os pagamentos das devidas despesas(custos fixos e

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variáveis), este rateio caracteriza uma melhoria da qualidade de vida do cooperado através da

inclusão social concedido pelo trabalho exercido neste local.

Através da interpretação e organização dos dados obtidos nos relatórios mensais

de coleta de resíduos e venda de produtos, colhidos na COOPREC, obteve-se o Quadro 2, que

demonstra a coleta e comercialização de resíduos e produtos no ano de estudo.

Na organização destes dados através de um único quadro, pôde-se notar que a

diferença entre o peso total (Kg/mês) coletado e o peso dos produtos comercializados (sem

considerarmos o peso das telhas) tem um ótimo aproveitamento com pouca geração de

rejeitos, atestando com esta metodologia aplicada, mais uma vez, a viabilidade econômica e

ambiental.

Quadro 2: Relatório de Coleta e Comercialização de Resíduos e Produtos, respectivamente

PRODUTOS COMERCIALIZADOS NOS MESES DE 2005 PRODUTO

JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ

PAPÉIS DIVERSOS (Kg)

21.150 25.000 20.676 20.000 21.336 19.680 20.000 22.000 22.000 23.000 25.000 18.000

PLÁSTICO FILME (Kg)

2.850 3.150 3.520 2.900 4.542 4.212 2.350 2.600 2.550 2.813 3.699 2.000

SUCATA DE FERRO (Kg)

1.980 2.780 3.150 2.952 3.050 2.980 2.780 3.000 1.974 1.952 2.056 1.980

LATAS DE ALUMÍNIO (Kg)

165 152 215 170 182 165 159 182 210 235 245 190

TELHAS DIVERSAS (un)

-- 7.000 6.780 -- -- -- -- -- 9.500 9.500 9.500 --

GRÂNULO PLASTICO (Kg)

3.800 4.500 4.750 4.700 3.780 4.260 4.800 5.300 4.240 4.130 1.800 4.600

SUCATAS EM GERAL (Kg)

16.608 12.704 14.713 14.953 15.260 14.674 15.400 17.653 14.886 18.900 20.250 19.864

PESO TOTAL (Kg)

46.553 48.286 47.024 45.675 48.150 45.971 45.489 50.735 45.860 51.030 53.050 46.634

TOTAL DE RESÍDUOS

COLETADOS (Kg)

49.870 49.230 48.580 47.383 50.800 48.000 47.289 53.000 48.000 55.000 58.000 47.000

No Quadro 3, são apresentados os resultados da pesquisa no qual nota-se que

64,10% dos entrevistados encontram-se na faixa etária de 18 – 40 anos, e que o sexo

predominante na cooperativa é feminino, correspondendo a 71,80%.

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Quadro 3: Respostas ao questionário realizado na COOPREC. 18 - 40 anos Mais de 41 anos

Perguntas Fem (%) Masc (%) Fem (%) Masc (%)

1 - Quantas pessoas residem em seu domicílio?

Até 04 42,86 50 57,14 71,43 05 a 06 47,62 50 28,57 28,57 Acima de 06 9,52 0 14,29 0 2 - Quantas pessoas na sua família trabalham?

1-2 57,14 25 42,86 71,43 3-5 38,10 75 57,14 28,57 Mais de 5 4,76 0 0 0 3 - Qual o seu grau de escolaridade?

1º Grau completo 14,29 0 28,57 14,29 1º Grau incompleto 19,05 25 14,29 85,71 2º Grau completo 28,57 25 42,86 0 2º Grau incompleto 33,33 25 0 0 Não Alfabetizado 4,76 25 14,29 0 4- Por quê você escolheu esta profissão? Desemprego 57,14 50 57,14 85,71 Opção própria 28,57 50 28,57 14,29

ASP

EC

TO

SO

CIA

L

Outros 14,29 0 14,29 0 5 - Qual o seu tipo de Moradia?

Própria 28,57 50 71,43 57,14 Alugada 23,81 50 0 28,57 Outras (Cedida, Invadida) 47,62 0 28,57 14,29 6 - Qual a renda mensal da sua família?

Menos de um salário 4,76 0 28,57 14,29 01 salário 71,43 25 28,57 42,86 02 salários 19,05 75 28,57 42,86 Mais de 03 salários 4,76 0 14,29 0 7- Possuí veículo próprio?

Não 76,19 100 0 85,71 Sim 23,81 0 100 14,29 8 - Quantos aparelhos de “TV” você possuí em casa?

Nenhum 14,29 0 14,29 0 01 71,43 75 57,14 85,71 02 14,29 25 28,57 0

ASP

EC

TO

EC

ON

ÔM

ICO

Mais de duas 0 0 0 14,29 9 - Você faz a separação do Lixo Seco e Molhado em sua residência?

Sim 95,24 75 100 85,71 Não 4,76 25 0 14,29 10 - Assinale quem se beneficia com a reciclagem de materiais descartados no lixo.

Meio Ambiente 66,67 50 85,71 100 Empresários 23,81 0 0 0 Catadores 9,52 50 14,29 0 Governo 0 0 0 0 11 - Você reutiliza algum tipo de embalagem descartada?

Sim 85,71 25 85,71 14,29 Não 14,29 75 14,29 85,71 12 - Você acha devemos contribuir com meio ambiente de alguma maneira? Sim 100 100 100 85,71 Não 0 0 0 14,29 % TOTAL POR SEXO E FAIXA ETÁRIA. 53,85 10,25 17,95 17,95

ASP

EC

TO

AM

BIE

NT

AL

% TOTAL DOS ENTREVISTADOS 64,10 35,90

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14

Com base na interpretação dos resultados do questionário apresentado no Quadro

3, pode-se obter o perfil do cooperado do presente objeto de estudo, além de evidenciar as três

variáveis estabelecidas no projeto.

Assim, verificou-se que predomina na cooperativa o sexo feminino (64,10%), com

idade entre 18 a 40 anos e composição familiar de 05 a 06 membros, sendo até 02 pessoas são

ativas (que trabalham) 47,62%.

A escolaridade mais evidente entre os cooperados está na faixa do 1° grau

incompleto para homens acima de 41 anos (85,71%), com motivação de escolha para a atual

profissão ocasionada pelo desemprego para todas as respostas. Estas informações obtidas

caracterizam aspectos sociais e como descrito anteriormente é viabilizado pela geração de

emprego, renda e inclusão social do indivíduo.

Em relação aos aspectos econômicos o poder aquisitivo e de compra foram

explicitados através das respostas dos entrevistados.

Os cooperados constitituem-se em sua maioria, como pessoas de baixo poder

aquisitivo, isto pode ser observado já que o tipo de moradia declarada pela maioria dos

cooperados está descrito como “Outras (cedida ou invadida)”, quantificados em 47,62%, entre

18-40 anos de idade. A uma renda mensal familiar de 01 salário mínimo em todos os sexos e

faixa etária dos entrevistados,

A questão econômica dos cooperados é muito difusa tendo em vista que 71,43%

das mulheres com mais de 41 anos e os homens nesta mesma faixa etária, 57,14%, possuem

casa própria, então esta variável é dominada por sua vez, na questão de geração de economia

pessoal para o entrevistado, ficando então longe da margem que tange a sociedade atual.

As questões ambientais no NIR/COOPREC são bem identificadas e caracterizadas

pela consciência ambiental da grande massa dos cooperados. Diariamente equipes de

cooperados são encaminhados aos setores de abrangência do projeto, onde aplicam os

conceitos de desenvolvimento sustentável, coleta seletiva, importância do meio ambiente,

enfim, trabalhando com a educação ambiental nestes bairros.

A separação do lixo seco (recicláveis) e molhado (orgânico) é realizado na

maioria das residências, ou seja, existe entre os cooperados uma própria coleta seletiva.

Para eles o maior beneficiado com a reciclagem é o meio ambiente, e os mesmos

reutilizam embalagens descartáveis, por exemplo, potes e garrafas PET’s. A grande maioria

dos cooperados acredita que deve-se ajudar o meio ambiente de alguma forma, seja na coleta

seletiva, na destinação correta dos resíduos sólidos, preservando encostas de rios e etc. Com

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15

isso verifica-se a viabilidade ambiental para os cooperados, para a administração pública e

também para garantia do desenvolvimento sustentável.

Observou-se que todos os resíduos coletados nas dependências dos campus I a V

da Universidade Católica de Goiás-UCG, são previamente selecionados e encaminhados ao

núcleo de reciclagem da COOPREC, recebendo assim os devidos tratamentos, deixando de

ser dispostos no aterro do município.

A reciclagem de lixo do ponto de vista social gera trabalho e renda para a

comunidade, mas também reduz a quantidade de lixo lançados nos aterros, lixões ou em

quintais, por isso muda o quadro de degradabilidade humana, melhorando a auto estima do

indivíduo.

Somado a esses benefícios pode-se citar também a economia de energia

elétrica aliado às atuais políticas econômicas do País, portanto os aspectos econômicos,

sociais e ambientais deste estudo foram satisfatórios.

5 CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES

Modelos de projetos como da cooperativa, representam uma ameaça se não

forem acompanhadas de efetivas campanhas de conscientização, principalmente pelos

resíduos que não reciclam. Um exemplo constitui as garrafas plásticas de refrigerantes, pneus

e outros, que sem um sistema de reciclagem, são jogadas e passam a entupir bueiros e

aumentar a disposição inadequada dos resíduos.

Por assim dizer, em um breve momento, as variáveis, fatores e/ou aspectos

descritos neste artigo demonstram, conforme metodologia aplicada, viabilidade Econômica,

Social e Ambiental.

Além dos resultados e conclusões obtidos, é de extrema valia que novos

estudos sejam realizados com a finalidade de promover uma melhoria continua dos processos

e organizações na cooperativa.

Apesar da COOPREC ser uma cooperativa auto-sustentável, há a necessidade

de existir uma maior participação técnica da Universidade Católica de Goiás, representada por

seus cursos através dos próprios departamentos.

Dentre as recomendações mais urgentes que se fazem necessárias, podemos

citar:

• Atuação da “Empresa Júnior de Administração”, como forma de organizar a

cooperativa financeiramente, com busca de novos mercados e planos marketing;

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• Atuação do Departamento de Engenharia inserindo os cursos de Engenharia

Ambiental (para aspectos de poluição e destinação incorreta de rejeitos), Engenharia

de Produção (melhoramento das tecnologias e processos produtivos) e Engenharia

Civil (construção de casas para famílias de baixa renda, com materiais reciclados);

• Atuação do Departamento de Computação, inserindo os cursos de engenharia e

ciências da computação, com vistas à informatizar todos os procedimentos produtivos

e organizacionais do NIR;

• Apóio médico, psicológico e de assistência social aos cooperados que possuem

problemas familiares, com álcool, drogas, saúde, entre outros.

• Treinamento e capacitação dos cooperados;

• Incentivos à complementação de escolaridade;

• Inserção do NIR/COOPREC no Programa Incubadora Social;

• Ampliação da rota de coleta de lixo para bairros próximos a região de abrangência da

cooperativa.

Estas medidas podem garantir a sustentabilidade da COOPREC, assim como

prevenir aspectos ambientais negativos como poluição do solo, da água, do ar, ruídos,

visual, que prejudicam o desenvolvimento sustentável do projeto.

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