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Folheto e guia da viagem literária por Vila do Conde
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Um grande número de escritores e poetas
nasceram, viveram e inspiraram-se em Vila
do Conde. Esta viagem literária pela cidade é
memória e louvor a estes artistas e à cidade
que os acolheu.
Abril 2015
Ruy Belo nasceu em S. João da Ribeira, con-celho de Rio Maior, em 1933, e morreu em 1978. Foi aluno do curso de Direito, na Uni-versidade de Coimbra e depois na Universi-dade de Lisboa, onde se diplomou em 1956. Em Lisboa, viria a frequentar também a Faculdade de Letras, a licenciatura em Filolo-gia Românica. Casa-se em 1966 em Vila do Conde e apai-xona-se por esta cidade e pelo seu mar.
O lugar onde o coração se esconde e a mulher eterna tem a luz na fronte
fica no norte e é vila do conde
Ruy Belo
José Régio, pseudónimo literário de José Maria dos Reis Pereira, nasceu em Vila do Conde em 1901. Licenciado em Letras em Coimbra, ensinou durante mais de 30 anos no Liceu de Portalegre. Foi um dos funda-dores da revista Presença. Foi romancista, dramaturgo, ensaísta e crítico.
Vila do Conde, espraiada Entre pinhais, rio e mar! - Lembra-me Vila do Conde,
Já me ponho a suspirar.
José Régio
Joaquim Maria Pacheco Neves, nascido em Vila do Conde em 1910, foi um autor multi-facetado. Escreveu romances, contos, nove-las, peças de teatro e, ainda, ensaios sobre História. Foi, também, memorialista, investi-gador e editor, para além de exercer a profis-são de médico dentista. Faleceu em 1998.
Vila do Conde não é só, seguramente, o que dela digo nem o que os outros já dela disseram - é também o que nem eu
nem eles conseguimos até agora dizer.
Joaquim Pacheco Neves
Saul Dias (1902-1983), pseudónimo de Júlio Maria dos Reis Pereira, irmão de José Régio, nasceu e faleceu em Vila do Conde. Fre-quentou a Faculdade de Engenharia e a Escola de Belas-Artes do Porto. Colaborou na revista Presença com poemas e desenhos. Conjugou as artes plásticas com a poesia. Assinava os seus desenhos e pinturas com a rubrica Júlio, tendo ilus-trado alguns dos textos de seu irmão.
Quisera dormir eternamente,
embalado nos sonhos em que me aparecesses!
Saul Dias
Um olhar literário sobre Vila do Conde
Biblioteca Escolar / Departamento de Línguas
Casa de Joaquim Pacheco Neves
Avenida Júlio Graça 4480 Vila do Conde
Casa de Júlio
Avenida Sacadura Cabral 4480 Vila do Conde
Casa de Ruy Belo
Rua de S. Bento 4480 Vila do Conde
Casa de José Régio
Avenida José Régio 4480 Vila do Conde
GUIÃO DO ROTEIRO
Casa de Antero de Quental
Camilo Castelo Branco nasceu em Lisboa a 16 de março de 1825, na fre-guesia dos Mártires. Foi poeta, panfle-tário, polemista, prefaciador, crítico, tradutor, romancista, dramaturgo, bibliógrafo, historiador, cultor de todos os géneros, sendo o conjunto da sua obra literária o mais vasto e diver-sificado de todo o século XIX. Veio para Vila do Conde em 1870, devido a problemas
de saúde e manteve-se até 1871. Em Vila do Conde,
escreveu a peça de teatro “O Condenado”.
Em boa paz com teólogos e filósofos, a mim se me afigura que o homem é um composto de grandeza e pequenez, uma dualidade de gigante e de pigmeu.
Camilo Castelo Branco
Eça de Queirós nasceu a 25 de novembro de 1845 numa casa da Pra-ça do Almada, na Póvoa de Varzim, sendo batizado na Igreja Matriz de Vila do Conde, onde viveu até aos quatro anos de idade.
Não há ideia mais consoladora do que esta - que eu, e tu, e aquele monte, e o Sol que, agora, se esconde são moléculas do mesmo Todo, governadas pela mesma Lei, rolando para o mesmo Fim.
in Contos - Civilização
Eça de Queirós
Abílio de Guerra Junqueiro (1850-1923) nasceu em Freixo de Espada à Cinta, formando-se em Direito na Uni-versidade de Coimbra. Foi funcionário público e deputado, aderindo em 1891, com o Ultimatum inglês, aos ideais republicanos. Residiu em Vila do Con-de entre 1899 e 1905.
O homem é um resumo ideal da natureza. Andou o infinito e lembra-se; andará o infinito e já o sonha.
Guerra Junqueiro
Robert Delaunay (1885 - 1941), pintor francês, com influências abstracionis-tas e cubistas, casado com Sonia Stern, pintora e designer de origem ucrania-na. No início da I Guerra Mundial, os Delaunay mudaram-se para Portugal, fixando-se, com o filho Charles, em Vila do Conde, entre o verão de 1915 e inícios de 1917, numa casa a que chamaram La Simultané.
Largo Antero de Quental 4480 Vila do Conde
Antero de Quental nasceu em Ponta Delgada a 18 de abril de 1842. Foi poeta e guia espiritual da geração de 70, um agitador político que se afir-mou pelo desejo de intervenção e renovação da vida política e cultural portuguesa. Em 1881, instalou-se em Vila do Conde, onde escreveu os treze sonetos de Vila do Conde.
Aqui as praias são amplas e belas, e por elas me passeio ou estendo ao sol com a voluptuosidade que só conhecem os poetas e os lagartos adoradores da luz.
Anthero de Quental
Casa de Camilo Castelo Branco
Largo Antero de Quental 4480 Vila do Conde
Casa de Eça de Queirós
Rua da Costa 4480 Vila do Conde
Casa de Guerra Junqueiro
Rua Dr Artur Cunha Araújo 4480 Vila do Conde
Casa de Sonia e Robert Delaunay
Rua Bento de Freitas 4480 Vila do Conde