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Edição #25 | Distribuição gratuita AXé IVETE NAVIOS Brasil perde posição no ranking mundial de cruzeiros marítimos ESPECIAL SALVADOR O melhor do verão e da gastronomia na cidade mais festeira do país BIG DATA Como transitar em tempos de muita informação compartilhada A cantora celebra os 20 anos de carreira e se consolida como empresária no mercado de entretenimento

Viagens S/A Edição 25

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O clima entre nós já é de festa e de agradecimento. Não apenas pela celebração de mais um fim de ano, mas especialmente por pequenas conquistas, que nos trazem grandes alegrias. Sim, temos muito o que comemorar nesta 25ª edição, a última de 2013. A matéria “Reforma Geral”, de autoria do jornalista e de nosso colunista Fabio Steinberg, publicada na edição 19, abordando a situação dos aeroportos do país, ganhou o 1º Prêmio Abear de Jornalismo, na categoria Competitividade. Parabéns ao Fabio e à Associação Brasileira das Empresas Aéreas por reconhecer os trabalhos jornalísticos! Outro gol marcado: Viagens S/A é hoje a revista de bordo do Aiport Bus Service, a linha executiva de ônibus que há mais de duas décadas liga o Aeroporto de Guarulhos a diversos pontos estratégicos de São Paulo, entre eles o Aeroporto de Congonhas, transportando em média 160 mil passageiros por mês. Ficamos felizes em compartilhar o conteúdo com nosso principal público-alvo.

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Edição #25 | Distribuição gratuita

axéivete

NaviOSBrasil perde posição

no ranking mundial de cruzeiros marítimos

eSPeCiaL SaLvaDOR

O melhor do verão e da gastronomia na cidade

mais festeira do país

BiG DataComo transitar em tempos de muita

informação compartilhada

A cantora celebra os 20 anos de

carreira e se consolida como empresária no

mercado de entretenimento

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YQ 0005-12 Anúncio ST DE LISBOA-PRAIA DA JOAQUINA 420X275 VIAGENS SA_ok.pdf 1 12/16/13 12:26 PM

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O clima entre nós já é de festa e de agradecimento. Não apenas pela cele-

bração de mais um fim de ano, mas especialmente por pequenas con-

quistas, que nos trazem grandes alegrias. Sim, temos muito o que comemo-

rar nesta 25ª edição, a última de 2013. A matéria “Reforma Geral”, de autoria

do jornalista e de nosso colunista Fabio Steinberg, publicada na edição 19,

abordando a situação dos aeroportos do país, ganhou o 1º Prêmio Abear de

Jornalismo, na categoria Competitividade. Parabéns ao Fabio e à Associação

Brasileira das Empresas Aéreas por reconhecer os trabalhos jornalísticos! Ou-

tro gol marcado: Viagens S/A é hoje a revista de bordo do Aiport Bus Service,

a linha executiva de ônibus que há mais de duas décadas liga o Aeroporto de

Guarulhos a diversos pontos estratégicos de São Paulo, entre eles o Aeroporto

de Congonhas, transportando em média 160 mil passageiros por mês. Fica-

mos felizes em compartilhar o conteúdo com nosso principal público-alvo.

Já que estamos falando em conquistas, nada melhor do que mostrar a

trajetória bem-sucedida de Ivete Sangalo, estrela de nossa capa, e que festeja a

partir deste mês, com uma super produção, seus 20 anos de carreira. A editora

executiva Simone Galib relata todos os preparativos para o mega show na Are-

na Fonte Nova, em Salvador, que será levado, em 2014, às principais capitais

do país. E mostra também a veia empreendedora da cantora baiana, que repo-

siciona sua empresa e sua marca no mercado com a garra que lhe é peculiar.

Ainda em ritmo de Bahia e das férias de verão, a colaboradora Ana Paula

Garrido traz um roteiro completo com o melhor de Salvador, assunto tam-

bém da nossa gastronomia. Traçamos ainda um perfil completo do mercado

de cruzeiros marítimos no Brasil, que está perdendo passageiros e posições

no ranking internacional em razão de dificuldades com infraestrutura portu-

ária e altas taxas, conforme relata Fabio Steinberg. Mesmo assim, transatlân-

ticos cinco-estrelas já estão em águas brasileiras para mais uma temporada

de grandes viagens.

Boa leitura e feliz 2014!

PublisherAndrea Magalhães

Diretora ExecutivaAdriana Pompeu

Editora ExecutivaSimone Galib

Direção de ArteMarcelo Max

ColaboradoresAna Paula Garrido, André Webber, Chuca Cardoso, Fábio Steinberg, Felipe Boni, Isabel Liberalquino, Juliana Pessoa, Kelen Feitosa, Luciano Pinho, Luiz Fantin, Mario Potomati e Toni Sando

Administrativo / FinanceiroAdriana Magalhães

Contato e [email protected].: +55 11 2355.2606 / +55 11 98633.1111

Impressão e acabamento

Tiragem20.000 exemplares

Distribuição gratuita nos ônibus Airport Bus Service, ações em aeroportos, feiras e eventos (definidos por edição), mailing direcionado, hotéis, bares e restaurantes.

A revista Viagens S/A respeita a liberdade de expressão. As matérias, reportagens e artigos são de responsabilidade exclusiva de seus signatários.

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Edição #25 | Distribuição gratuita

AXÉIVETE

NAVIOSBrasil perde posição

no ranking mundial de cruzeiros marítimos

ESPECIAL SALVADOR

O melhor do verão e da gastronomia na cidade

mais festeira do país

BIG DATAComo transitar em tempos de muita

informação compartilhada

A cantora celebra os 20 anos de

carreira e se consolida como empresária no

mercado de entretenimento

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Andrea MagalhãesPublisher

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CARTA AO LeITOR

®

6 | Edição #25 |

É HORA DECELEBRAR

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Page 8: Viagens S/A Edição 25

10. CRuzeIROSMar revolto 18. BOLSA De VIAGenSMercado e tendências 22. CAPAO furacão Ivete 30. COnexãODestino, gente e afins 34. CuLTuRA 36. GASTROnOMIAComer, beber e trabalhar 38. CheF S/A 40. eSPAçO FéRIASSalve Salvador 48. MunDO DIGITALA revolução da informação 52. MeRCADOViagens de incentivo em alta

54. DIáRIO De BORDOO barato que sai caro

56. PenSATABalanço geral

58. CuRTAS 60. BASTIDOReS

62. TeCnOLOGIA 64. CALenDáRIOFeiras e eventos 66. IMPReSSõeSOs ‘troféus’ do Pantanal

SuMáRIO

10.

22.

40.

38.

Page 9: Viagens S/A Edição 25
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10 | Edição #25 |

CRuzeIROSSh

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• por Fabio Steinberg

A maré anda baixa para o mercado de cruzeiros no Brasil: o país contabiliza queda de 30% no número de navios. Segundo especialistas do setor, os motivos são os altos custos operacionais, os entraves burocráticos, as taxações e a precária infraestrutura dos portos

10 | edição #25 |

MARREVOLTO

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12 | Edição #25 |

CRuzeIROS

Cabine inspirada na atriz Sophia Loren do navio MSC Divina

partir daí, uma soma de fatores

favoráveis fez com que a ativida-

de ganhasse o gosto popular. “A

estabilidade econômica do país, o

clima e os destinos nacionais con-

tribuíram para tornar o Brasil um

importante mercado para o setor”,

comenta Adrian Ursilli, diretor co-

mercial e de marketing da armado-

ra italiana MSC.

Seis anos depois, o número de

navios mais que triplicou para 20

e o de passageiros quase sextupli-

cou para 800 mil. Durante essa fase

áurea, o país tornou-se o quinto

principal mercado de cruzeiros do

mundo. “O setor registrou um cres-

cimento de cerca de 600% na últi-

ma década, sendo que na tempo-

rada 2010/2011 contribuiu com R$

1,4 bilhão e 20 mil empregos para

a economia brasileira”, comen-

ta Ricardo Amaral, presidente da

CLIA Abremar e da empresa de ori-

gem norueguesa Royal Caribbean.

Estima-se que para cada tripulan-

te contratado surgem outros três

postos de trabalho indiretos, sejam

associados a gastos dos turistas

nas cidades portuárias ou na pró-

pria cadeia produtiva do setor. “Isso

Paciência tem limites. Este

bem que poderia ser o lema

da CLIA Abremar, associação

que representa as armadoras e opera-

doras de turismo marítimo no Brasil,

porque melhor traduz os ânimos de

seus associados. Sem muito alarde,

o número de navios que vinham ao

país nos verões passados reduziu-se a

quase metade diante de um estima-

do menor movimento de passageiros.

Com graves problemas de infraestru-

tura e custos operacionais nem um

pouco competitivos, a rota dos cruzei-

ros repete o mesmo percurso já per-

corrido pela aviação no Brasil. Para

superar barreiras de lucratividade,

há menor oferta. Com isso, os preços

tendem a aumentar – ou, no eufemis-

mo de vendas, é o fim das promoções

com descontos.

Também pudera. Um mercado

imenso que tinha tudo para deslan-

char vem a cada temporada se desfa-

zendo como espuma diante do mar

de incertezas, falta de perspectiva,

estímulos e baixa prioridade dado

ao assunto pelas autoridades. É uma

pena. Os cruzeiros são cortejados pe-

los governos do mundo inteiro, pois

promovem um impacto econômico

global estimado em US$ 100 bilhões

e geram mais de 753 mil empregos.

O Brasil tinha todas as condi-

ções para manter idêntica trajetó-

ria de sucesso. O crescimento da

indústria no país foi vertiginoso.

Em 2004 e 2005, seis navios trans-

portaram 140 mil passageiros. A

demonstra que os cruzeiros marí-

timos têm um papel fundamental

para a economia e o turismo brasi-

leiros”, conclui Amaral.

DIFICULDADESDefinitivamente, os ventos mu-

daram de direção. Cansados de sin-

grar um oceano de empecilhos in-

transponíveis e jamais solucionados

com afinco pelos vários governos

brasileiros, o círculo virtuoso da ex-

pansão dos cruzeiros no país come-

çou a apresentar ano a ano sinais

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Adrian Ursilli, diretor comerciale de marketing da MSC

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Piscina com borda infinita do MSC Divina

Piscina do navio Costa Fascinosa, da Costa Cruzeiros

invertidos. “Desde 2010 houve que-

da de 30% na operação de navios no

Brasil e a tendência futura é de mais

queda”, revela Ursilli, da MSC. As-

sim, a temporada 2013/2014 deve se

reduzir a apenas 11 navios e 640 mil

passageiros. “Os altos custos opera-

cionais, os entraves burocráticos, as

taxações e a infraestrutura portuá-

ria precária acarretaram essa queda.

Além disso, não houve uma renova-

ção nas opções de cidades turísticas

capazes de receber navios, seja por

condições de atracação e ancoragem

ou por conta do impacto ambiental”,

lamenta Renê Hermann, presidente

da Costa Cruzeiros, a veterana ar-

madora italiana. Resultado do ma-

rasmo: o Brasil perdeu duas posições

no ranking mundial de transporte de

passageiros em cruzeiros marítimos

desde 2011. “Embora tenhamos aler-

tado o governo há algum tempo para

esse cenário, muito pouco foi feito”,

conclui Hermann.

Um estudo encomendado pela

Abremar à Fundação Getúlio Vargas,

em 2011, ressalta as oportunidades

de negócios que os cruzeiros marí-

timos geram no país. Não se tratam

apenas do progresso das cidades

portuárias, mas também das dife-

rentes cidades não litorâneas. Essas

condições são promovidas pela ca-

deia produtiva ao contratar serviços

e comprar insumos em diferentes

regiões do Brasil. O trabalho da FGV

alerta sobre três grupos de entraves

ao desenvolvimento dessa indústria.

A primeira dificuldade é a res-

trita infraestrutura portuária. Assim

como o nanismo crônico provoca-

do pela ausência de planejamento

dos aeroportos brasileiros provoca

graves dificuldades operacionais, o

exponencial crescimento dos cruzei-

ros não foi acompanhado por uma

correspondente expansão dos portos

brasileiros. Com isto, perderam a ca-

pacidade de receber o crescente fluxo

de navios e turistas com a qualidade

existente no resto do mundo. O estu-

do confirma a situação caótica diante

da ausência de intervenções e inves-

timentos dos terminais de passagei-

ros, estrutura de atracação e serviços

gerais. Ressalta que muitos destinos

com grande potencial turístico não

oferecem instalações mínimas para

que os grandes transatlânticos - a

maioria com capacidade para até 4

mil passageiros - possam atracar.

No porto de Santos, o maior

do país, quando há mais de um

Renê Hermann, presidente da Costa Cruzeiros

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14 | Edição #25 |

Alexandre Zachello, CEO da Pullmantur

CRuzeIROS

14 | edição #23 |

navio de passageiros, a atracação

é feita na área de cargas, por vezes

a alguns quilômetros do terminal,

obrigando ao fretamento de ôni-

bus e vans que fazem o transpor-

te entre os dois pontos (veja box).

Mesmo considerando as condições

precárias, portos como Santos, Rio

e Salvador ainda têm espaço para

atracar. Pior é o que ocorre com a

maioria dos destinos turísticos bra-

sileiros, onde o desembarque é feito

no mar com apoio de barcos auxi-

liares ou, nos casos menos graves,

em cais ou marinas privadas.

“Dentre os pontos críticos evi-

denciados nos terminais portuários,

elencam-se: falta de sinalização; di-

visão entre terminal de passageiros

e de carga; logística; estrutura re-

ceptiva; área destinada à bagagem;

falta de informação sobre atracação

do navio; painel de informações; es-

trutura de alimentos e bebida e co-

mércio em geral, entre outros”, re-

porta a FGV. “O Brasil possui mais de

8 mil quilômetros de costa, mas in-

felizmente há poucos lugares onde

podemos levar nossos passageiros

devido à falta de infraestrutura”,

complementa Alexandre Zachello,

CEO da espanhola Pullmantur.

OUTROS VILÕESNo segundo grupo de proble-

mas apontados pelo relatório estão

as pesadas taxas operacionais. Não

se tratam apenas da cobrança de

pernoites dos navios, mas também

de um extorsivo pagamento de pra-

ticagem, que é a operação de ma-

nobra de entrada e saída de navios

dos portos (leia o box). Há ainda

taxas de embarque e desembarque,

que em Recife chegam a R$ 68,00 e

em Salvador, 87,00 por passageiro.

Esses valores afugentam cruzeiros

e levam o Brasil a perder mercado.

“O terminal de Santos, que cobra

R$ 100,00 por embarque, deve ser o

mais caro do mundo”, desabafa Mil-

ton Sanches, dirigente da BCR Cru-

zeiros e um dos mais experientes

profissionais do setor. “Com esses

custos exorbitantes, os minicruzei-

ros, sucesso também no segmen-

to corporativo, não se expandem

como poderiam”, revela Guilherme

Paulus, fundador e maior acionista

individual da CVC, a maior agência

de viagens do país. Hermann, da

Costa Cruzeiros, reclama também

de tarifas no último minuto para a

retirada de cargueiros em locais de

atracação previamente agendados

para os navios de cruzeiros.

O estudo da FGV aponta ainda

um terceiro grupo de vilões dos cru-

zeiros: dez órgãos públicos que, por

sua vez, criam regulamentações e

controles próprios. Isto gera para a

indústria de navios de cruzeiro um

cipoal burocrático complexo, custoso

e por vezes impossível de desfazer.

“As condições brasileiras limitam o

crescimento do setor e isso prejudica

o desempenho do segmento e com-

promete cenários futuros”, comenta

Ricardo Amaral. Some-se aos pro-

blemas a equiparação dos cruzeiros

náuticos à cabotagem, o que obriga

a contratar 25% da mão de obra no

Brasil. “Nem tem tanta gente prepa-

rada no país para ocupar essas va-

gas”, desabafa Guilherme Paulus.

Conspirando contra esse deses-

timulante ambiente de negócios no

Brasil, surgiram novos mercados

que oferecem condições bem mais

Deck do Monarch Sun, da Pullmantur

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Guilherme Paulus, fundador e maior acionista individual da CVC

vantajosas para conquistar o mer-

cado sazonal dos navios no Hemis-

fério Sul que surge a cada inverno

europeu. É o caso de Dubai, Emira-

dos Árabes, Austrália e Ásia, além

de Punta del Este e Valparaíso, na

América do Sul. “Há uma junção de

fatores para a queda de oferta, que

vai da falta de infraestrutura até

incentivos dados por outros países

para colocarmos nossos navios lá”,

resume o dirigente da Pullmantur.

Como interromper essa san-

gria? Adrian Ursilli, da MSC, acredi-

ta que o mercado brasileiro voltará

a crescer tão logo ocorram mudan-

ças na visão do governo, dando

maior apoio ao setor. Ele cita ainda

a necessidade de planejamento e

medidas de estímulo, como permi-

tir a livre concorrência na prestação

de serviços portuários para baixar

os custos, diminuir a carga tributá-

ria aplicada ao setor e investimen-

tos na área de infraestrutura por-

tuária para os navios de cruzeiros.

Amaral, da CLIA Abremar, diz que

é preciso eliminar distorções, como

consolidar uma legislação que de-

fina que um navio em viagem de

longo curso não pode ser confun-

dido com um roteiro doméstico de

cabotagem. Enfim, é preciso tornar

os cruzeiros nacionais competitivos

em relação aos outros mercados.

O fato é que não existe no Brasil

um único porto voltado exclusiva-

mente ao turismo. Guilherme Pau-

lus sonha com soluções híbridas,

com navios que sejam um misto

de carga e passageiros, uma práti-

ca comum na Europa. Quanto aos

cruzeiros de grande envergadura,

enquanto portos adequados para

abrigá-los não existirem, cidades

como Recife, João Pessoa, Natal,

Fortaleza, Manaus e Belém vão fi-

car a ver navios de longe. Esse nicho

abandonado por questões técnicas

começa a ser explorado pela BCR

Cruzeiros. A empresa freta navios

menores, capazes de cobrir várias

cidades inviáveis para a atracação

de transatlânticos, e dali vai a Fer-

nando de Noronha.

FORA DO BRASILEnquanto os problemas estrutu-

rais não são superados, viajar de na-

vio para o exterior está se tornando

uma tendência. Paulus revela que em

2013, a CVC deve enviar 15 mil pas-

sageiros para fora do Brasil, o que re-

presenta um crescimento de 40% em

relação ao ano anterior. Alexandre

Zachello, da Pullmantur, confirma o

movimento. “Nosso grande objetivo

AS TAXAS MAIS CARAS DO MUNDOProtegida por monopólio, a

manobra de entrada e saída

dos navios em portos, co-

nhecida como praticagem,

aplica no Brasil as taxas mais

caras do mundo. Um navio

de 137 mil toneladas paga

R$ 109 mil em Salvador, R$

44 mil em Santos e R$ 23 mil

no Rio. Enquanto isso em Pe-

quim (um dos mais caros do

exterior) sai por R$ 17 mil;

em Nova York, por R$ 14 mil;

em Miami, por R$ 11 mil e

em Atenas, por R$ 5 mil. Se

compararmos com o porto

de Barcelona (o mais bara-

to, cerca de R$ 3 mil), Santos

chega a custar 1080% a mais,

Ilhabela 892% e Rio 521%.

Esses dados fazem parte de

um levantamento da CLIA

Abremar, preocupada com

a desvantagem nacional em

cruzeiros. O problema se

estende a regiões da Amé-

rica do Sul, com taxas mais

camaradas. É o caso de Val-

paraíso, no Chile (R$ 7 mil)

e Montevidéu, no Uruguai

(quase R$ 9 mil).

O navio Oasis, da Royal Caribbean

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16 | Edição #25 |

é ampliar o número de viajantes em-

barcados nos roteiros internacionais,

principalmente no Caribe onde man-

temos dois navios com itinerários di-

ferentes. Não há necessidade de visto

americano, e um deles permanece

por lá o ano inteiro”, conclui. “Temos

investido cada vez mais na estratégia

de levar o turista brasileiro para fé-

rias no exterior, em especial no Cari-

be e na Europa, e cresce o número de

hóspedes brasileiros a bordo de nos-

sos navios Oasis e Allure of the Seas”,

complementa Ricardo Amaral, da

Royal Caribbean. “Observamos que

há interesse em explorar cidades in-

ternacionais a bordo de um navio e

já tivemos um aumento de 20% no

número de brasileiros embarcados

em cruzeiros no exterior”, confirma

Hermann, da Costa Cruzeiros. Sur-

gem afinal os primeiros roteiros en-

tre Miami e Brasil, com escalas no

Caribe e cidades nordestinas, como é

o caso do MSC Divina.

CRuzeIROS

EMBARQUE COMPLICADO

O que para qualquer porto do mundo seria um simples embarque em

um navio, torna-se pesadelo no porto de Santos. Depois do trânsito

infernal em São Paulo, o ônibus enfrenta uma Via Anchieta saturada e

repleta de caminhões lentos ou parados. Duas horas depois, o veículo,

cheio de passageiros, atravessa com dificuldade a área decadente nas

redondezas do porto santista. A cena lembra o fim do mundo, como

um set fantasmagórico do filme Blade Runner. Há áreas abandonadas

e já tomadas pelo mato, caminhos feios e esburacados, edifícios deso-

cupados e em ruínas. No terminal de passageiros, milhares de pessoas

se espremem na espera. Parece rodoviária (no caso brasileiro, aeropor-

to) em véspera de feriadão. Mas o sacrifício não acaba aí. É preciso ain-

da entrar em outro ônibus que levará o turista ao seu navio, atracado a

dois a três quilômetros dali. É que em Santos só há lugar em frente ao

terminal de passageiros para um navio de cruzeiro por vez. Pombos,

trens de carga, guindastes, mar poluído e uma favela em frente são

os únicos companheiros involuntários dessa jornada deprimente. Ao

embarcar no navio estado-da-arte, o turista recebe o derradeiro cho-

que cultural: ele deixa Nova Delhi e, em segundos, entra em Londres.

Porto de Santos: uma experiência que é melhor esquecer.

Ricardo Amaral, presidente da CLIA Abremar e da Royal Caribbean

Que uma coisa fique clara:

quem trabalha com turismo no

Brasil é antes de tudo um otimista.

Isto é particularmente verdadeiro

quando o assunto são os cruzeiros.

“Com o crescimento do mercado, os

benefícios serão imensos. Esse seg-

mento contribui para o fluxo de tu-

ristas nas cidades-escala, gera um

impacto econômico local positivo

com o comércio e com os passeios

turísticos, além de criar empregos.

Se seguirmos essa cartilha, o Brasil

terá condições de voltar ao posto de

quinto lugar no ranking e alcançar

com rapidez a marca de 1 milhão de

passageiros transportados”, anima-

-se Renê Hermann. “As autoridades

vêm realizando constantes investi-

mentos em infraestrutura no país.

O que falta é acelerá-los”, comple-

menta Alexandre Zachello. “Apesar

da atual realidade, o nosso país tem

um potencial incrível como destino

de cruzeiro marítimo, e não pode-

mos desperdiçar esta oportunida-

de”, conclui Ricardo Amaral.

Parece que nem tudo está per-

dido. Alguns passos, ainda que

tímidos, estão sendo dados com

a construção de novos terminais

marítimos em cidades como Ma-

naus, Fortaleza, Natal, Salvador e

Recife. A questão é saber se esse é

um movimento governamental que

gravita apenas por conta da Copa

do Mundo e embalado pelos in-

centivos do PAC, ou é fruto de uma

decisão estratégica em relação ao

turismo brasileiro. Só o tempo dirá.

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18 | Edição #25 |

BOLSA De VIAGenS MeRCADO e TenDênCIAS• por Fabio Steinberg

[email protected]

AEROPORTO INÉDITO

É na cidade paulista de Caça-

pava, no Vale do Paraíba, que

está surgindo o primeiro aeroporto

privado do Brasil. Entre as rodo-

vias Carvalho Pinto e Dutra, depois

de sete anos para obter licenças e

investimentos da própria Constru-

tora Penido de R$ 250 milhões, o

projeto Aerovale finalmente saiu

do papel. Com uma pista de 1.530

metros, menor que a de Congo-

nhas, mas maior que a do Santos

Dumont, o aeroporto incluirá um

terminal de passageiros, heliportos

e um conjunto de hangares. Previs-

to para entrar em operação antes

da Copa do Mundo, a meta do em-

preendimento é receber voos regio-

nais de empresas aéreas comerciais

e da aviação geral, entre aeronaves

privadas e táxi aéreo.

ESTRADAS EM BAIXA

Más notícias para quem depende das

estradas brasileiras: elas pioraram

de um ano para cá. É o que aponta relató-

rio da CNT, depois de avaliar 96 mil quilô-

metros de rodovias. O problema se agrava

nas que são controladas pelos governos,

fora de concessões. Há deficiências no

pavimento, sinalização ou geometria.

Também aumentaram erosões na pis-

ta, buracos, quedas de barreira e pontes

caídas, com graves riscos à segurança. A

entidade estima que em 2013 dos R$ 355

bilhões necessários, menos de 4% foram

investidos em estradas pelo governo fede-

ral. Apenas um lembrete: no Brasil, 66%

da movimentação de cargas e 90% de

passageiros dependem das rodovias.

18 | edição #25 |

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19| www.viagenssa.com |

FERIADOS EM CASA

Quando chegam as festas de fim de ano, em vez de viajar os

nova-iorquinos preferem ficar por lá. Eis o que revela uma

pesquisa do site NewYork.com: diferente do resto do mundo, 80%

dos residentes querem permanecer e se integrar ao clima mágico

que toma conta da cidade nessas ocasiões. E mais: 75% que vivem

distantes até 300 quilômetros planejam visitar Nova York no final

do ano. E qual seria o “hotel dos sonhos” tanto para moradores

como para visitantes? Acertou quem pensou no Plaza, que con-

segue ser ainda mais popular que outros ícones, como o Waldorf-

-Astoria, Four Seasons e St. Regis. Já a decisão de restaurante é

bem mais complexa. É que existem milhares de opções e, se al-

guém quiser comer todas as noites em um lugar diferente, vai

levar 54 anos para cumprir a missão.

XADREZ AÉREO

Comprar mais barato passagens da clas-

se executiva pela internet lembra um

jogo de gato e rato entre as companhias aé-

reas e consumidores. Dependendo do mo-

mento, os preços chegam a cair até 70%. De

olho nesse fato, surgiu a Passport Premiere

(www.passportpremiere.com), que é espe-

cializada em obter o melhor negócio para

o passageiro. Nesse tremendo xadrez, a es-

tratégia é ocupar rapidamente a janela que

se abre por instantes cada vez que um voo

está vazio e as empresas decidem cortar o

preço para garantir um mínimo de ocupa-

ção. O site promete compensar os custos da

taxa individual de US$ 399 ou com acom-

panhante de US$ 599 por ano em troca do

acesso aos benefícios da business class a

preços bem reduzidos.

SEM SIMPATIA

Bolívia, Venezuela e Rússia (foto) ganharam o duvidoso títu-

lo dos países que pior recebem turistas. Na direção oposta,

Islândia, Nova Zelândia e Marrocos levaram o título dos mais

simpáticos. Estas conclusões fazem parte de um estudo do WEF

(World Economic Forum), que avaliou a atratividade e a compe-

titividade da indústria do turismo em 140 países, considerando

fatores como infraestrutura, atrações, preservação do meio am-

biente, destino de viagens de negócios e segurança. Os Estados

Unidos ocuparam a 104º posição, enquanto China e Coréia do

Sul ficaram entre os piores. Já o Brasil, se não fez feio, tampouco

fez bonito: estacionou no meio do caminho.

Page 20: Viagens S/A Edição 25

CLASSE ECONÔMICA REVISITADA

As companhias aéreas não param de inovar em bus-

ca de mordomias para seus passageiros de primeira

classe e business. Em Paris, recepcionistas uniformiza-

das da Air France acolhem passageiros nos carros para

os instalar em área especial. Não é um caso isolado. De

mesas de bilhar em Istambul a estações de música em

Atlanta, a imaginação é o limite das aéreas quando se tra-

ta de agradar este tipo de cliente. Mas a realidade é que

a maioria viaja mesmo é em classe econômica. Depois de

levar surra das aéreas asiáticas e do Oriente Médio, como

a Etihad que, além de comida e bebida grátis ainda ofere-

ce até babá a bordo inclusive para a classe econômica, as

empresas ocidentais aprenderam a lição. A começar pela

própria Air France, que promete melhorar o espaço entre

as fileiras e as refeições na classe econômica, um modelo

que começa a ser copiado pelas concorrentes.

QUEM PRECISA DE ROOM SERVICE?

A maioria esmagadora (77%) dos viajantes raramen-

te ou nunca usa o serviço de quarto dos hotéis.

A revelação, que não chega a ser surpresa para quem

viaja, é de uma pesquisa da empresa de transportes

GO Group, de Chicago. O interesse pelo assunto surgiu

diante da notícia de que vários hotéis decidiram redu-

zir e até eliminar os serviços de quarto, muitos deles

substituídos por lojas de conveniência nas próprias ins-

talações. Dos 23% que usam room service, apenas 3%

sempre fazem isto como rotina quando se hospedam.

20 | Edição #25 |

BOLSA De VIAGenS

OLHOS NOS OLHOS

Uma pesquisa mundial sobre reuniões de negócios,

patrocinada pelo Crown Plaza Hotels & Resorts,

revelou que empresas deixam de ganhar dinheiro ao

não investir o suficiente em contatos pessoais. Quase

metade dos entrevistados lamentou não fechar con-

tratos ou clientes se foram pela carência de relações in-

terpessoais. Não é pouca coisa. Com médias estimadas de

perdas da ordem de 24% dos resultados anuais, é como jogar

no lixo um trimestre de vendas. Dos participantes, 81% acham que

as reuniões cara a cara são ideais para construir relacionamentos de con-

fiança e longo prazo entre as partes. Apesar disso, 63% contam que as reuniões de

trabalho virtuais cresceram nos últimos anos, em uma demonstração de que as empresas adotam cada

vez mais tecnologias para reduzir custos, como as videoconferências.

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An ViagensSA Ed25 dez-jan

segunda-feira, 9 de dezembro de 2013 18:24:38

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22 | Edição #25 |

CAPA

22 | edição #25 |

Page 23: Viagens S/A Edição 25

Ivete Sangalo comemora os 20 anos de carreira com um mega show e gravação de DVD no Arena Fonte Nova, em Salvador, e uma empresa própria reposicionada no mercado, que amplia os negócios. Com uma média de 100 shows por ano, a cantora também será uma das maiores estrelas do verão no país e no Carnaval da Bahia

• por Simone Galib

O FURACÃO

IVETE!

23| www.viagenssa.com |

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Page 24: Viagens S/A Edição 25

24 | Edição #25 |

CAPA

Enquanto muitos já entram

em ritmo de final de ano, de-

sacelerando, Ivete Sangalo,

na contramão, vai levantar poeira

- leia-se multidões - a exemplo do

que vem fazendo ao longo de sua

bem sucedida trajetória no cenário

musical do país e até mesmo fora

dele. Ela está comemorando neste

dezembro 20 anos de carreira. Claro

que a data não poderia passar em

branco na vida dessa baiana de Ju-

azeiro, dona de uma voz poderosa,

muito carisma e grande capacidade

de incendiar os palcos. O bom mo-

mento será festejado com o público

em um mega show no estádio Are-

na Fonte Nova, em Salvador, onde

grava mais um DVD, o quarto ao

vivo, e que estima atrair uma pla-

teia de 40 mil pessoas. Depois, ela

emenda com o Réveillon, faz shows

durante o verão e o ápice da mara-

tona é o Carnaval da Bahia, onde

mantém uma programação reple-

ta de adrenalina, na qual qualquer

um perderia o fôlego - menos ela.

Em clima de contagem regres-

siva e de muitos preparativos para

a gravação do seu DVD no último

dia 14, que incluíam ensaios com

convidados, coletivas de impren-

sa e a uma agenda sempre lotada,

Ivete falou a Viagens S/A, reve-

lando o quanto a atual fase está

sendo importante, tanto na vida

pessoal, quanto na profissional.

“Com certeza será mais um mo-

mento especial. São 20 anos de his-

tória, cantando e compartilhando

com o público. Tantas músicas, os

fãs mandando sugestões”, diz ela,

acrescentando que se sentia ainda

mais feliz por dividir o palco com

convidados, como os cantores Ale-

xandre Pires, Alexandre Carlo, Bell

Marques e Saulo. “É uma data que

merece ser celebrada. São momen-

tos de alegria, de conquistas incrí-

veis. E isso tinha que ser em Salva-

dor, na Bahia, onde tudo começou

e onde encontro inspiração para

o meu trabalho”, conta. Para ela,

nada poderia ser melhor do que co-

memorar duas décadas de carreira

fazendo o que mais gosta: música.

“Faço porque amo. Quando eu can-

to, sempre imagino as pessoas ou-

vindo e captando a mensagem da

forma que tem de ser”, diz.

A direção do vídeo é de Nick

Wickham, que trabalhou com Ivete

no DVD do Madison Square Garden,

um complexo de quatro arenas em

Nova York, e já assinou trabalhos

com Madonna, Shakira e Beyoncé.

Não é pouca coisa. Serão oito músi-

cas inéditas e 43 no total do projeto.

Fã confessa de Stevie Wonder, Ivete

diz que vai homenagear o cantor

norte-americano com uma canção,

que ela mantém em segredo, mas

promete muita emoção. Nesta su-

per produção, 16 músicos e 13 baila-

rinos acompanharão a cantora, que

usará figurinos inspirados nos anos

1970, em referência ao Hip Hop,

moda de rua e tradições populares.

“Será uma estrutura nunca vista no

Brasil para apenas um artista”, diz

ela. O show no Fonte Nova, no qual

estima-se que a cantora investiu R$

3 milhões, posteriormente vai se

repetir nas principais arenas bra-

sileiras e será adaptado para todo

o país. Ou seja: o furacão Ivete vai

continuar a mil por hora em 2014!

NO SUPERLATIVOCorpão, vozeirão, multidão, ma-

lhação, consolidação e consagração.

Aliás, com Ivete tudo é assim mes-

mo - no superlativo. A cantora tem

15 milhões de fãs em suas redes so-

ciais (Facebook, Twitter e Instagram),

mas é no Twitter que se sente mais

à vontade para interagir pessoal-

mente com os fãs e se manter em

linha direta com a imprensa. Ela já

vendeu ao longo de duas décadas

mais de 6 milhões de CDs e DVDs.

Seu site recebe cerca de 350 mil vi-

sitas por mês e existem mais de 200

fã-clubes espalhados pelo país. Na

Ivete Sangalo Shop, a loja virtual,

são comercializados seus produ-

tos oficiais, como camisetas, capas

para iPhones, adesivos, bijouterias e

muito mais. Em 2012, foi eleita pela

revista Rolling Stone a 100ª maior voz

do Brasil e comparada, pelo jornal

The New York Times, às cantoras Tina

Turner e Janis Joplin (veja box). Ivete

nasceu mesmo para a arte. Além de

cantar como poucas, ela toca violão,

guitarra, piano e é fera na percussão.

Viveu também seu lado atriz, estre-

Page 25: Viagens S/A Edição 25

25| www.viagenssa.com |

ando, em 2012, na Rede Globo onde

interpretou Maria Machadão, a dona

do bordel Bataclã, no remake de Ga-

briela, baseada na obra homônima de

Jorge Amado. E se saiu muito bem.

Na publicidade, é uma espécie

de musa das grandes campanhas e

mais de 30 marcas, entre elas algu-

mas das mais poderosas do país, já

tiveram a artista estrelando as suas

peças, tanto na TV como na mídia

impressa. Além disso, seu nome com

frequência é vinculado a eventos que

têm a cara do Brasil. No final de no-

vembro, por exemplo, foi uma das

São 20 anos de história, cantando

e compartilhando com o público. É uma data que merece ser celebrada. São momentos de alegria, de conquistas incríveis. Faço porque amo. Quando eu canto, sempre imagino as pessoas ouvindo e captando a mensagem da forma que tem de ser.

MULHER DE NEGÓCIOSNa paralela, a cantora se posi-

ciona cada vez mais como empre-

sária, administrando com pulso

firme e tino empreendedor os ne-

gócios, que não se limitam à pró-

convidadas na festa de lançamento

do uniforme da seleção para a Copa

do Mundo de 2014, realizada no Ater-

ro do Flamengo, no Rio de Janeiro.

Vestindo uma calça super colada de

couro preto, que ressaltava as cur-

vas bem esculpidas do seu corpo, ela

cantou com o pagodeiro Thiaguinho.

Aliás, vale lembrar que Ivete é tam-

bém a musa dos jogadores de futebol

brasileiros.

25| www.viagenssa.com |

Page 26: Viagens S/A Edição 25

26 | Edição #25 |

pria marca. Estima-se hoje que seu

patrimônio já ultrapasse os R$ 500

milhões e que ela cobre entre R$

500 mil e R$ 700 mil por uma apre-

sentação. A cantora faz em média

nove shows por mês e 100 ao longo

do ano. A empresa que comanda

- a antiga produtora Caco de Tel-

lha - também ganhou novo nome.

“Depois de a reposicionarmos no

mercado, percebemos que era ne-

cessário expressar isso também na

marca que, desde 1o de novembro,

se chama IESSI Music Entertain-

ment”, diz a cantora. “Hoje, Ivete

é quem responde unicamente pela

carreira, a marca tem a sua cara,

sua personalidade e também tem

a ver com o novo momento”, com-

pleta Cynthia Sangalo, irmã, fiel

escudeira e diretora administrati-

va da IESSI. Segundo ela, “a agen-

da de Ivete já está fechada para o

primeiro semestre de 2014 e temos

mais 17 contratos, entre publicida-

de e licenciamento”. Aliás, a IESSI

já assina a gravação do novo DVD.

“Estamos cada vez mais focados

em nosso segmento e acreditamos

que a mudança de nome reforça a

maneira com que temos nos comu-

nicado com empresas parceiras e o

público”, afirma Fabio Almeida, di-

retor comercial.

Cynthia Sangalo diz ainda que a

empresa agencia o cantor Saulo e a

banda Filhos de Jorge, com perspec-

tiva de novos produtos e projetos

para os próximos dois anos. Sobre a

relação das duas, irmãs de sangue

e parceiras comerciais, a diretora

administrativa da IESSI vai direto

ao ponto: “Ela é dividida em duas

partes: a profissional, que é igual a

MUITO AMORCasada com o nutricionista

Daniel Cady, 12 anos mais jovem,

Ivete, aos 41 anos, é mãe de Marce-

lo Sangalo Cady, de 4 anos. E o que

muitos se perguntam - e a questio-

nam também - é onde ela consegue

tamanha energia para manter esse

ritmo alucinante de shows e ainda

conciliar tantos papéis - mãe, can-

tora, empresária, esposa, empreen-

dedora. Vale lembrar que, mesmo

quando estava grávida, a popstar

Fábio Almeida e Cynthia Sangalo,

diretores da IESSI

Ivete Sangalo durante entrevista, em Salvador, fala sobre o mega show dos 20 anos de carreira

CAPA

todas as outras. Eu trabalho, faço

bem feito, dou retorno e ela não

briga comigo (risos). O diferencial

é que há uma pitada de amor em

tudo, é mais prazeroso trabalhar

para a irmã. A relação fraternal é

100% vitoriosa, tudo é pautado no

carinho, no cuidado e, principal-

mente, no respeito, afinal nos sen-

timos responsáveis uma pela outra

para sempre.”

Page 27: Viagens S/A Edição 25

27| www.viagenssa.com |

Terminada a gravação do DVD, Ivete já começa a aquecer as turbinas para a virada do ano, o verão e o Car-

naval. Ela conta que vai participar do Réveillon Absolutto, em Maceió, e de vários eventos da temporada mais

fervida do ano. “É uma fase intensa. No Carnaval de Salvador, vou cantar, pela primeira vez, no camarote

Cerveja&Cia, na quinta-feira, no próprio bloco Cerveja&Cia, no sábado, e no bloco Coruja, na segunda-feira

e no domingo”, diz. Recentemente, o marido de Ivete, Daniel Cady, revelou em um evento, em Salvador,

alguns dos segredinhos que garantem a ela fôlego, disposição e beleza para encarar essa maratona: a do-

bradinha exercícios físicos e alimentação regrada. “Ivete ama o cortadinho de quiabo e todos os tipos de

saladas, além de feijão verde. Também é apaixonada por frango.” Ele contou ainda que eles priorizam uma

alimentação mais saudável, à base de alimentos orgânicos, azeite e óleo de girassol. Legumes e banana da

terra também não faltam no cardápio da família.

TEMPERATURA MÁXIMA

27| www.viagenssa.com |

Page 28: Viagens S/A Edição 25

28 | Edição #25 |

PRESTÍGIOINTERNACIONAL

Caçula de outros cinco irmãos, Ivete Maria Dias de Sangalo Cady nasceu em uma família de músicos, em 27 de maio de 1972, na cidade de Juazeiro, no interior da Bahia. Mal poderia imaginar que seu nome seria conhecido internacionalmente. Em junho deste ano, durante turnê por cinco cidades dos Estados Unidos, ela foi capa do caderno de Artes do The New York Times, um dos mais influentes jornais norte-americanos, em reportagem assinada por Larry Rohter (aquele mesmo jornalista envolvido na polêmica do ex-presidente Lula e a cachaça). Ele disse que Ivete faz parte de uma linhagem de cantoras ousadas, que inclui Tina Turner, Janis Joplin e Bette Midler.A matéria relembrou toda a trajetória da cantora brasileira e incluiu depoimentos dos autores do livro The Sound of Brazil, de Ricardo Pessanha e Chris McGowan. Todos eles destacaram a voz poderosa, o carisma e presença de palco da rainha do axé. Entrevistada em Manhattan, ela se disse reticente em investir de fato em uma carreira internacional, porque isso a obrigaria a passar temporadas longe do Brasil. Indagada por Viagens S/A sobre qual o show que mais a marcou fora do país, ela não tem uma lembrança específica. “É impossível dizer um só, pois quando você canta fora, lida com diversas emoções. É um público que está com saudade de casa e quer mostrar para os amigos o som e um pouco de sua cultura.”

CAPA

gravou e lançou o CD e DVD Pode

Entrar: Multishow Registro, feito no

estúdio de sua própria casa, em Sal-

vador. “Tem que conciliar as atua-

ções. É uma delícia estar presente,

porque há amor em cada uma des-

sas funções. E eu tenho uma estru-

tura que me permite fazer tudo isso,

sem que nenhuma das partes saia

prejudicada ou tenha menos da mi-

nha atenção. A de mãe é prioridade,

sempre. Mas, consigo conciliar tudo

e dar o máximo de mim em todas.

Aliás, esse não é um mérito só meu.

Tantas mulheres se dividem assim.

Faço o que toda mulher faz”, revela.

Sim, Ivete realmente protagoni-

za o que muitas mulheres vivem no

cotidiano, ou seja, tarefas múltiplas,

mas em seu caso específico há al-

guns ingredientes a mais. Quer saber

quais? “O amor dos fãs! São eles que

me dão energia! E também ativida-

de física constante, alimentação ba-

lanceada e muito líquido”, entrega a

cantora. Tamanho sucesso e expo-

sição também acabam colocando-a

frequentemente no centro de polêmi-

cas. Uma delas é a diferença de idade

entre ela e o marido. Ivete, esbanjan-

do bom humor e respostas certeiras

para perguntas indiscretas, disse re-

centemente à imprensa que, com o

passar do tempo, conseguiu tirar isso

de letra. “No começo eu estranhava

nossa diferença de idade, mas hoje

acho que é duas vezes mais velho do

que eu. Ele é espírito velho”, brinca.

Assim, de DVD em DVD, de

show em show, contando todos os

seus passos e compassos, cheios de

detalhes, em várias páginas das re-

des sociais e no site, onde os fãs inte-

ragem loucamente, emendando um

sucesso no outro e soltando o vozei-

rão para multidões, Ivete Sangalo

merece, sim, celebrar com muita

festa esses 20 anos de trajetória pro-

fissional. Indagada sobre o que gos-

taria de fazer e que ainda não fez, ela

responde, à queima-roupa: “Eu sem-

pre descubro que tenho ainda muito

mais para fazer”. O Brasil agradece –

canta e dança junto. Axé Ivete!

Tem que conciliar

as atuações. É uma delícia estar presente porque há amor em cada uma dessas funções. A de mãe é prioridade sempre.

Page 29: Viagens S/A Edição 25

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Page 30: Viagens S/A Edição 25

30 | Edição #25 |

AS MARAVILHAS DE VÊNETO

COnexãO DeSTInO, GenTe e AFInS• por Simone Galib

[email protected]

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Cortina D´Ampezzo, em Belluno, famosa pela estação de esqui

Vista de Bassano del Grappa, na província de Vicenza

Lago Fedaia, na província de Belluno

Passo di Falzarego, a 2.105 metros do nível do mar

Padova, repleta de paisagens bucólicas

Burano, na lagoa de Veneza

Pensou em um destino reple-

to de cidades lúdicas, praias,

montanhas, lagos e paisagens ci-

nematográficas? Acertou se ima-

ginou Vêneto, região formada por

sete províncias - Belluno, Rovigo,

Vicenza, Pádua, Treviso, Verona e

Veneza -, no nordeste da Itália, e

que recebe anualmente cerca de

15 milhões de turistas. Todas essas

cidades esbanjam história, cultura

e arte. Verona, por exemplo, vive

até hoje do mito Romeu e Julieta e

tem como símbolo a Arena, um dos

mais importantes anfiteatros do

país. A medieval Pádua abriga a Ba-

sílica de Santo Antônio, onde se en-

contram as relíquias do santo que é

um dos mais amados e celebrados

do mundo. E Veneza, uma das mais

românticas, dispensa comentários

por seus cenários de gôndolas, ca-

nais e antigos palácios. Tem mais:

a região oferece boas compras, com

produtos vindos diretamente das

principais fábricas da indústria da

moda, além de visitas aos produ-

tores de vinhos. Não por acaso, os

brasileiros estão entre os 15 países

que mais a visitam e a tendência,

segundo as autoridades do turismo

local, é que esse índice cresça ain-

da mais. Benvenuto!

Page 31: Viagens S/A Edição 25

31| www.viagenssa.com |

GRANDE ANGULAR

O grupo Shangri-La, sinônimo de hotéis me-

moráveis na Ásia, colocou o pé no Ociden-

te, com muito estilo: escolheu para sua primei-

ra propriedade europeia um antigo palácio que

foi residência da família de Napoleão Bonapar-

te, em Paris, com excelente localização e uma

das melhores vistas da Torre Eiffel: você abre

sua janela e dá de cara com o símbolo máximo

da cidade, como se ela estivesse em seu jardim.

Sem contar com a panorâmica do rio Sena e

seus arredores. O palácio – hoje um hotel bu-

tique de luxo - foi cuidadosamente restaurado

e o estilo da época, mantido em seus restau-

rantes, lobby e suítes, onde há uma boa conju-

gação da hospitalidade asiática com a arte de

viver francesa. No verão, o lounge do terraço é

também aberto aos não hóspedes. Vale a pena

conhecer, nem que for só para tomar uma taça

de champanhe.

www.shangri-la.com/paris

NEGÓCIOS E PÉ NA AREIA

Inaugurado há pouco mais de dois anos na praia de Boa Viagem, em Recife, o Transamérica Prestige Beach Class Inter-

national desbancou alguns hotéis clássicos locais, tornando-se uma das mais concorridas opções de hospedagem na

capital pernambucana. Com uma localização privilegiada, todos os amplos quartos e suítes, envidraçados, escancarados

para o mar, bons serviços e academia, o hotel vive lotado e, além dos executivos, também virou um dos prediletos das

noivas: aos finais de semana, chega a hospedar até 20 delas, que vivem o seu dia de princesa e saem de lá direto para a

igreja. Além disso, está localizado em uma área mais tranquila de Boa Viagem onde os tubarões não costumam aparecer

com frequência. Ótima opção para negócios e melhor ainda para o lazer!

www.transamericagroup.com.br

Page 32: Viagens S/A Edição 25

32 | Edição #25 |

COnexãO

ÁSIA DE LUXO

Para quem ainda está planejando as férias do começo de ano e quer visitar a Tailândia, a Tereza Perez Tour tem um

programa de dez dias, que inclui algumas das principais atrações do país. Ele inclui três noites em Bangkok, a cidade

moderna, ocidentalizada e com boa vida noturna; duas noites em Chiang Mai; e outras quatro na paradisíaca ilha de

Koh Kood. O roteiro inclui ainda um passeio de meio dia em Bangkok, traslados e algumas refeições, além de hospeda-

gem em hotéis estrelados, como o Four Seasons Chiang Mai. Custa por pessoa a partir de US$ 9.676 (parte terrestre, em

apartamento duplo) e tem validade de 15 de janeiro a 31 de março de 2014.

www.teresaperez.com.br

BELEZA BRASILEIRA

O shopping JK Iguatemi, em São Paulo, que reúne algumas

das marcas internacionais mais descoladas do planeta,

ganha outro endereço elegante: uma filial do Studio W, do

cabeleireiro Wanderley Nunes, o preferido das celebridades

e consultor da Rede Globo. O espaço de 700 metros quadra-

dos, todo envidraçado, esbanja conforto e tecnologia. Há, por

exemplo, uma área específica de coloração, onde as clientes

podem acompanhar o preparo das tintas. O serviço de mani-

cure e pedicure, em parceria com a Natura, oferece também

massagens com os produtos da linha Ekos, e os homens têm

um espaço especial, além de uma barbearia super charmosa.

Para sair de lá novinho em folha!

Page 33: Viagens S/A Edição 25

33| www.viagenssa.com || www.viagenssa.com | 33

UNIVERSO PARTICULAR

O que já era bom ficou ainda melhor: a Galeries Lafayet-

te, a loja de departamentos com 70 mil metros qua-

drados e que é o segundo lugar mais visitado de Paris (só

perde para o Museu do Louvre), tem no Boulevard Hauss-

mann um andar inteiramente dedicado às mulheres e den-

tro dele, no 4º andar da loja Coupole, um setor só de linge-

ries. São 50 marcas de underwear para o dia e noite, roupas

de banho e meias, nos mais variados tamanhos. As cole-

ções estão agrupadas em espaços coloridos: azul-roxo para

as tendências; rosa-claro para estilistas de luxo e contem-

porâneos; e vermelho para meias e meias-calças. No espaço

azul-roxo, também funciona uma área de beleza com mais

de 60 metros quadrados de maquiagem e acessórios -há

nada menos que 300 tipos de esmalte. Para enlouquecer!

PROTEÇÃO MÁXIMA

Preparados para o verão? Não basta apenas usar bloqueador solar.

É preciso também preparar a pele antes de tomar sol. Um bom re-

curso são as cápsulas do Bio Soler Tan, da Eccor Nutrition, feitas à base

de antocianinas, um antioxidante natural derivado da casca de uvas

italianas. Elas contêm ainda bio-carotenóides naturais e vitamina E,

protegendo a pele contra a radiação ultravioleta, além de oferecer um

bronzeado mais duradouro.

HOMENS ELEGANTES

Atenção rapazes de fino trato: acaba de desem-

barcar em São Paulo, mais precisamente no

Shopping Pátio Higienópolis, a primeira loja da reno-

mada maison francesa Rochas, fundada em 1925 por

Marcel Rochas, que criou um império de lifestyle sob

a sua assinatura. Nestes novos tempos, enquanto a

linha feminina passa por uma repaginação, a mascu-

lina está em plena forma. Na filial brasileira, há um

mix completo do prêt-a-porter: são blazers, ternos,

suéteres, camisas, jaquetas de couro e acessórios. En-

tre as matérias-primas principais estão as legítimas

lãs frias italianas, Loro Piana e Marzotto.

www.rochasweb.com.br

Page 34: Viagens S/A Edição 25

34 | Edição #25 |

SEGUINDO PISTAS

Baseado no livro homônimo, que

vendeu mais de 2,5 milhões de

exemplares e ficou entre as listas dos

mais vendidos da Alemanha, Trem

Noturno para Lisboa, estrelado por

Christopher Lee, Jeremy Irons e Me-

lanie Laurent, conta a história de Rai-

mund Gregorius, professor em Berna,

na Suíça, que é surpreendido, num dia

de chuva, pela visão de uma mulher

que está prestes a pular de uma pon-

te. Ele a salva e depois ela desaparece,

deixando com ele uma capa verme-

lha, um livro e uma passagem para

Lisboa. Naquela noite, o protagonista

embarca no trem e segue a pista do

escritor Amadeu do Prado, cuja obra

conheceu quando ficou com o livro da

misteriosa mulher. Em Portugal, inicia

uma busca pelo passado de Amadeu,

descobrindo uma história de amor,

amizade, paixão, conflitos familiares e

agitações políticas.

BAÚ DE MEMÓRIAS

A história contemporânea do país

pode ser relembrada sob a ótica

de alguém que participou ativamen-

te dela. Em O Improvável Presidente

do Brasil (Ed. Civilização Brasileira,

368 págs.), Fernando Henrique Car-

doso traz uma visão mais pessoal dos

acontecimentos nas últimas décadas.

Ao revisitar sua infância, a relação

com os pais e a juventude, ele revela

como, sem saber, já se preparava para

ser um dos presidentes mais emble-

máticos da democracia brasileira.

A obra foi publicada primeiro, e em

2006, nos Estados Unidos, com pre-

fácio de Bill Clinton. “É mais fácil, às vezes, entrar em pormenores pessoais em

uma língua estrangeira do que na própria”, explica ele. Aliás, o livro é considerado

por FHC como a sua narrativa mais íntima. Foi o último, diz ele no prefácio, que

contou com a participação da mulher, Ruth Cardoso. A crítica norte-americana

gostou. “É uma leitura estimulante e prazerosa”, publicou a The Economist.

CuLTuRA• por Simone Galib

À MODA ANTIGA

Quem gosta de filmes de épo-

ca, pode apostar em Um Final

de Semana em Hyde Park. Nos anos

1930, Margaret Suckley, prima do

presidente Franklin D. Roosevelt, é

chamada por ele a sua casa, em Hyde

Park. Pouco a pouco, estabelece-se

entre os dois uma intimidade clan-

destina. Nesta condição de amante

secreta, ela assiste à histórica visita

dos reis ingleses aos Estados Unidos,

às vésperas da 2ª Guerra Mundial.

Dirigido por Roger Michell, o longa é

estrelado por Bill Murray, Laura Lin-

ney e Samuel West, entre outros.

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s: di

vulg

ação

Page 35: Viagens S/A Edição 25
Page 36: Viagens S/A Edição 25

36 | Edição #25 |

• por Andrea Magalhães

OS MELhORES E MAIS DESCOLADOS RESTAuRANTES DE

GASTROnOMIA COMeR, BeBeR e... TRABALhAR

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vulg

ação

CASA DE TEREZAÉ um espaço para vivenciar uma Bahia elegante,

cheia de conteúdo histórico e muita arte. A chef

Tereza Paim mostra por meio de sua gastrono-

mia autoral o melhor da culinária local. Focada

na tradição da boa mesa, ela utiliza ingredientes

regionais, mas com técnicas internacionais. Am-

bientado em um amplo casarão, tem vários am-

bientes temáticos e ainda uma vendinha típica do

início do século passado, com grande variedade

de produtos baianos. Funciona todos os dias para

almoço e jantar.

Rua Odilon Santos, 45, Rio Vermelho, tel.: (71) 3329-3016www.terezapaim.com.br

SALVADORRESTAURANTE AMADO BAHIA

Contemporâneo e brasileiro, está locali-

zado em um antigo trapiche na praia da

Preguiça, na Cidade Baixa de Salvador.

Os vários ambientes aconchegantes ofe-

recem uma vista deslumbrante da Baía

de Todos os Santos. Sempre tem gente

elegante, bonita e descolada. A cozinha

é assinada pelo chef e proprietário Edi-

nho Engel, que, com “alma brasileira”,

utiliza ingredientes de alta qualidade e

técnicas precisas. Funciona de segunda

a sábado, das 12h à meia-noite e, aos

domingos, das 12h às 17h.

Av. Contorno, 660, Dois de Julho,tel.: (71) 3322-3520www.amadobahia.com.br

Page 37: Viagens S/A Edição 25

37| www.viagenssa.com |

THE BEEFO restaurante tem como carro-chefe os cortes es-

peciais das raças Red e Black Angres e pratos da

culinária contemporânea portuguesa, como os já

consagrados Bacalhau Lagareiro e Arroz de Pato. A

casa também abriga uma adega com cerca de 200

rótulos das principais procedências e dispõe de um

pequeno empório gourmet com queijo serra da es-

trela, presunto ibérico Pata Negra e chouriços, além

de queijos franceses e italianos e uma produção pró-

pria de pão rústico, terrines e patês. Abre de segun-

da a quinta, das 12h às 23h, sexta e sábado, das 12h

à meia-noite, e aos domingos, das 12h às 17h.

Rua São Paulo, 498, Pituba,tel.: (71) 3248-3477, www.thebeef.com.br

PEREIRAO restaurante surgiu em 2004, na Barra, ocupando uma bela mansão estilo colonial, em um ambiente que une

o clássico ao moderno. Seu cardápio contemporâneo é bem variado: entradas, saladas, pastas, risotos, pescados,

carnes, aves e sobremesas, todos impecáveis. É de sua varanda que se pode ver o maravilhoso pôr do sol na Barra,

o que faz da casa um dos melhores e mais agitados endereços para happy hour de Salvador, com muita gente

bonita e animada. Abre todos os dias, das 12h à meia-noite.

Av. 7 de Setembro, 3959, Barra, tel.: (71) 3264-6464www.pereirarestaurante.com.br

PARAÍSO TROPICALÉ de uma renovadora e

revolucionária culinária

baiana, feita à base de

frutos e ervas exóticas,

cultivadas em sua horta

e pomar orgânico. Seu

proprietário, o chef Beto

Pimentel, um homem

simples, amante da na-

tureza e de alegria conta-

giante, é considerado um

alquimista gastronômico.

Premiado de 2000 a 2013

pelo Guia Brasil 4 Rodas

como o “melhor da co-

mida regional do Brasil”,

ele oferece experiências,

como trocar o azeite de

dendê pela polpa do próprio fruto; no lugar do tra-

dicional leite de coco, a polpa e água do coco verde,

e ainda aproveita as frutas, além de folhas e flores

para complementar os sabores e aromas. Funciona

de segunda a sábado, das 12h às 22h e, aos feriados e

domingos, das 12h às 17h.

Rua Edgar Loureiro, 98 B, Resgate – Cabula,Tel.: (71) 3384-7464www.restauranteparaisotropical.com.br

Page 38: Viagens S/A Edição 25

38 | Edição #25 |

INGREDIENTES

PARA o Filé 200 g de filé 150 ml de molho escuro 20 g de açúcar mascavo 40 g de polpa de tamarindo 10 ml de azeite 20 g de manteiga para o filé 20 g de manteiga para o molho 30 ml de vinho branco Sal Pimenta preta moída

MoDo De FAzeRFilé Tempere o medalhão de filé com sal e frite na manteiga com azeite. Reserve.MolhoDerreta a manteiga e junte o açúcar mascavo, a polpa de tamarindo e deixe reduzir um pouco, depois acrescente o molho escuro.

PARA o RiSoto 80 g de arroz arbório 10 g de cebola picada 10 g de azeite para fritar a cebola 1 litro de caldo de legumes 30 g de manteiga 30 g de queijo tipo parmesão 30 ml de azeite 10 g de raspa de limão siciliano

MoDo De FAzeRFrite a cebola com o azeite até dourar, depois acrescente o arroz e deixe fritar ligeiramente, acrescente o vinho e deixe evaporar o álcool; coloque o caldo de legumes aos poucos até o arroz ficar consistente. Retire do fogo, acrescente a manteiga gelada, o azei-te e o queijo parmesão, batendo ate ficar cremoso e, por último, a raspa do limão siciliano. Finalizar com mini cebola caramelizada.

FILÉ COM MOLHO DE ALECRIM E RISOTO DE LIMÃO SICILIANO

Chuca Cardosoé consultora gastronômica e

proprietária da Chef em Casa.

GASTROnOMIA CheF S/Afo

tos d

ivulg

ação

MISTURA FINA • por Chuca Cardoso

Page 39: Viagens S/A Edição 25
Page 40: Viagens S/A Edição 25

40 | Edição #25 |

eSPAçO FéRIAS

O que é que a Bahia tem? Além de muita festa, a capital do estado, cheia de personalidade, já está em ritmo de verão. Ali há um pouco de tudo: praias, história, bons museus, restaurantes sofisticados e muito sincretismo religioso. Embarque nesse roteiro mágico!

• por Ana Paula Garrido

40 | edição #25 |

SALVE

Page 41: Viagens S/A Edição 25

41| www.viagenssa.com | 41| www.viagenssa.com |

SALVADOR!

Vista aérea de Salvador, uma das capitais mais festeirasdo país, que já entra em ritmo de verão e se aquece para o Carnaval

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ters

tock

Page 42: Viagens S/A Edição 25

42 | Edição #25 |

eSPAçO FéRIAS

Esse trecho da música de Mo-

raes Moreira, eternizada por

Dodô e Osmar, criadores do

trio elétrico e precursores do que vi-

ria a ser o maior festival a céu aber-

to do mundo, define bem como é a

Bahia, principalmente sua capital,

Salvador. Alegria nessa terra é um

estado de espírito e é difícil não se en-

cantar com essa energia. As pessoas

são felizes e festeiras, adoram rece-

ber o turista e se orgulham em mos-

trar toda a beleza que a cidade tem.

Já na saída do aeroporto, um

cheiro de azeite de dendê desper-

ta o olfato e atrai o olhar para um

tabuleiro de uma baiana vestida

de branco que, sorridente, o con-

vida a experimentar a iguaria mais

famosa da Bahia. “Vai um acarajé

aí, meu rei”? E assim, já contagiado

pela informalidade e alegria sote-

ropolitana, degustando a culinária

típica, você começa a desvendar os

encantos da cidade.

Salvador é uma das maiores ci-

dades no Brasil, mas ainda guarda

traços provincianos e costumes de

uma vila antiga que parece ter con-

gelado no tempo. O roteiro esco-

lhido é uma seleção de locais para

uma primeira impressão do que a

Bahia tem de melhor.

PÔR DO SOL NO FAROLPara conhecer as belezas dessa

cidade litorânea sem perder as atra-

ções históricas, comece o tour por um

dos ângulos mais deslumbrantes de

Salvador. Do bairro de Ondina em di-

reção à Barra, passando pelo morro

do Cristo, um lindo cenário se abre

com um mar ora azul, ora verde, com

ondas na maré cheia ou deliciosas

piscinas naturais na maré vazia. Em

frente, o Farol da Barra, construído

no século 17 em local estratégico na

entrada da baía, servia como forte de

proteção de possíveis ataques inva-

sores, enquanto que o farol, consi-

derado o mais antigo do continente,

até hoje auxilia as embarcações na

entrada e saída da cidade.

Além da torre de 22 metros de

altura, também estão abertos para a

O pôr do sol, no Farol da Barra, costuma arrancar aplausos de baianos e visitantes

O acarajé, um dos símbolos da culinária local

“ah, imaGiNa Só Que LOuCuRa é eSSa miStuRaaLeGRia, aLeGRia O eStaDO Que ChamamOS BahiaDe tODOS OS SaNtOS, eNCaNtOS e axéSaGRaDO e PROfaNO, O BaiaNO é CaRNavaL!”

visitação pública o museu náutico e

as dependências do forte. Mas é no

fundo do Farol, olhando na direção

da ilha de Itaparica, que você terá

uma experiência inesquecível: as-

sistir a um pôr do sol no mar. De tão

bonito, o espetáculo costuma arran-

car aplausos da plateia no final.

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Page 43: Viagens S/A Edição 25

43| www.viagenssa.com |

Continue o passeio pela orla em

direção ao Porto da Barra, uma pe-

quena e charmosa praia entre os

Fortes Santa Maria e São Diego. Suas

águas são calmas e cristalinas e, com

sorte, você ainda pode encontrar

Caetano Veloso ou outros artistas

que, quando pousam na terra, pas-

sam por lá para beber uma água de

coco ou renovar as energias no mar.

Subindo a Ladeira da Barra,

tem a linda igreja de Santo Antônio

e o tradicional Yate Clube. Para os

privilegiados sócios, além de uma

marina e enorme piscina, o clube

oferece praia particular e até um

flutuador para os que preferem se

bronzear no mar. Para os que não

são sócios, o restaurante envidraça-

do é uma boa alternativa para curtir

a vista da Baía de Todos os Santos.

CORREDOR LUXUOSOO próximo trecho é o Corredor

da Vitória, uma avenida cheia de ár-

vores centenárias, onde antigamen-

te estavam os belos casarões da aris-

tocracia baiana, alguns deles ainda

preservados, como os que abrigam o

Museus de Arte da Bahia, o Geológi-

co e o belíssimo Carlos Costa Pinto.

Hoje, o bairro é um dos metros

quadrados mais caros da cidade, com

luxuosos edifícios à beira-mar que

têm acesso exclusivo a píeres, onde

os moradores podem sair dos aparta-

mentos direto para suas lanchas.

No fim da Vitória, fica a pra-

ça do Campo Grande onde está o

teatro Castro Alves e o antigo Ho-

tel da Bahia, que já teve suas me-

moráveis festas e hospedou muita

gente famosa. Esse trecho é tam-

bém conhecido como o início do

circuito tradicional do Carnaval.

Praia da Barra, uma das mais bem frequentadas da capital baiana

Descendo a avenida Contorno

em direção à Cidade Baixa, surge

outra paisagem fantástica do mar

e da parte antiga da cidade. Está

ali o Solar do Unhão, belíssima

construção do século 17, composta

por casa-grande, senzala, capela e

alambique, cercado por um belís-

simo gradil de ferro, projetado por

Carybé. Hoje abriga o Museu de

Arte Moderna com mais de 2 mil

obras de pintores, como Di Caval-

canti, Tarsila do Amaral e Portinari,

e também o Parque das Esculturas,

que exibe obras a céu aberto de ar-

tistas como Mario Cravo Neto, Tatti

Moreno e Bel Borba. Além disso, aos

sábados no horário do pôr do sol,

há o jam session no MAM, agradável

show com público descolado.

É também nesse trecho que se

nota a divisão da Cidade Baixa e da

Cidade Alta, como Salvador foi ini-

Page 44: Viagens S/A Edição 25

44 | Edição #25 |

eSPAçO FéRIAS

da prefeitura e, ao fundo, o antigo

Paço Municipal que abriga hoje a

Câmara de Vereadores. Faça uma

pausa na Cubana, uma das sorvete-

rias mais antigas da cidade, e cur-

ta a vista da balautrada, programa

descolado dos anos 30, quando a

praça e adjacências eram um dos

locais preferidos da elite baiana.

Seguindo em direção ao Pelou-

rinho pelo Terreiro de Jesus, aprecie

a beleza da construção da primeira

faculdade de medicina do Brasil, ao

lado da Catedral de Salvador e da

imponente igreja de São Francisco,

uma das mais ricas e espetaculares

em estilo barroco, com seu interior

coberto de ouro.

O Pelourinho e seus arredores

são um capítulo à parte. Ali está a

alma da antiga Bahia refletida nos

casarões, becos e igrejas repletas de

história e de simbologias da cultura

baiana e do Brasil Colônia. Foi tam-

bém o local onde os escravos eram

castigados no meio da praça e em

que os primeiros casarões da aristo-

cracia foram erguidos. Vale a visita

às igrejas, aos museus, às galerias, à

cialmente construída. Pouco a pou-

co revitalizada, com construções

mais novas como a Marina, uma

das mais modernas do Brasil, com

badalados bares e restaurantes com

varandas à beira-mar, como o Soho,

Lafayette e o Acqua, sempre cheios

e bem frequentados. A vista para a

Baía de Todos os Santos é sensacio-

nal e chama a atenção o Forte São

Marcelo, pela localização e origina-

lidade da construção circular, a es-

cultura de Mario Cravo, a bela sede

da Marinha e a igreja da Conceição

da Praia, toda em pedra sabão.

Outra atração da região é o

Mercado Modelo, com o melhor do

artesanato baiano, esculturas de

santos e orixás, carrancas, comi-

das típicas etc. Também é lá que se

pode assistir a uma roda de capoei-

ra, sempre acompanhada pelo som

dos berimbaus, encontrados em di-

ferentes materiais e tamanhos por

todo o mercado.

CIDADE ALTASuba o Elevador Lacerda até a

praça Municipal, onde o governa-

dor-geral Tomé de Sousa escolheu

para construir os primeiros prédios

da administração pública do Brasil.

De um lado, está o belíssimo palácio

Rio Branco, em frente à sede atual

Vista do Solar do Unhão, uma construção do século 17

A Cidade Baixa com a marina, à esquerda, e o Mercado Modelo, no centro

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Page 45: Viagens S/A Edição 25

45| www.viagenssa.com |

Fundação Jorge Amado e, claro, não

saia de lá sem ouvir ao menos algum

batuque, de preferência do Olodum.

Dizem que Salvador tem 365

igrejas, uma para cada dia do ano,

mas lenda ou não, o que chama a

atenção é o sincretismo religioso.

Igrejas católicas e terreiros de can-

domblé convivem na mais perfeita

harmonia. Seus santos e entidades,

mesmo não cultuados por uma

maioria, são respeitados por todos.

O sagrado e o profano se confun-

dem e estão presentes nas manifes-

tações populares e até mesmo nos

seus monumentos, como os vistos

no Dique do Tororó, local onde está

o reformado estádio da Fonte Nova,

que receberá os jogos da Copa do

Mundo. A lagoa, único manancial

O Carnaval é o evento mais es-

perado do ano, onde milhares de

foliões invadem as ruas para ver

seus ídolos, como o furacão Ivete

Sangalo, o divertido Durval Lelys e

o irreverente Carlinhos Brown que,

do alto dos trios elétricos, arrastam

multidões no meio da rua e fazem a

cidade inteira dançar. Outra ótima

experiência é ver os desfiles dos blo-

cos afros, como o lindo Ilê Aiyê e o

tapete branco que se forma na ave-

nida com a passagem dos Filhos de

Gandhy. A festa carnavalesca dura

sete dias, intensos, até a quarta-

-feira de cinzas. Somente na quinta,

segundo os baianos, é quando final-

mente começa o ano na cidade.

RIO VERMELHODiariamente, o boêmio Rio Ver-

melho, bairro onde moraram Jorge

Amado e Zélia Gattai, recebe cente-

nas de pessoas que lotam as mesas

dos bares da praça na happy hour,

para beber cerveja gelada acompa-

nhada dos acarajés mais disputa-

dos da cidade, os das baianas Regi-

na, Cira e Dinha.

Mas é no dia 2 de fevereiro

que o bairro vira uma grande festa

para comemorar o dia de Yeman-

já. Baianos e turistas, filhos e mães

de santo, babalorixás e gente de to-

das as tribos reverenciam a rainha

O Elevador Lacerda, marco da arquitetura local

Performances de blocos afros no Pelourinho

natural da cidade, cercada de ár-

vores e espaço para a prática de es-

portes, tem 12 orixás, obra do artis-

ta Tatti Moreno, que flutuam sobre

as águas, consideradas sagradas

para os praticantes do candomblé.

EM RITMO DE ESQUENTAÉ entre dezembro e fevereiro

que Salvador ferve em festas, mui-

tas delas religiosas e conhecidas

como festas de largo, onde mis-

sas e procissões misturam-se com

música, dança e muita animação.

Também começam os ensaios de

verão, shows semanais das grandes

bandas de axé que servem de ter-

mômetro para o Carnaval, com as

músicas, danças e ritmos que farão

sucesso na temporada de verão.

Page 46: Viagens S/A Edição 25

46 | Edição #25 |

eSPAçO FéRIAS

do mar, levando flores, perfumes e

oferendas, colocados em grandes

balaios de palha e levados pelos

pescadores em um cortejo.

Muitos já conhecem as famo-

sas e coloridas fitinhas do Bonfim,

cada cor representando um santo

ou orixá, que são amarradas no

pulso com direito a três pedidos. O

que poucos sabem é que, Senhor do

Bonfim para os católicos e Oxalá,

para os adeptos do candomblé, é

o padroeiro da cidade. E é na festa

da Lavagem do Bonfim que se vê a

maior expressão do sincretismo re-

ligioso desse povo, quando os devo-

tos seguem a pé por cerca de 8 qui-

lômetros, acompanhando o cortejo

de baianas que, com suas saias ro-

dadas e jarros de flores na cabeça,

sobem a Colina Sagrada para lavar

as escadarias da igreja.

É nessa parte da cidade, onde

fica o templo sagrado, que se tem

a sensação que a Bahia parou no

tempo. Vale um passeio por seus

arredores para conhecer a Ribeira e

se refrescar com os saborosos sor-

vetes de frutas tropicais da antiga

sorveteira que leva o nome do bair-

ro. Siga para a Ponta de Humaitá,

onde há uma igreja e um pequeno

farol, com uma vista incrível para

o lado da agitada Salvador que não

parou. Ali, ao contrário, parece a

pacata Bahia do início do século.

Uns barquinhos no mar, pescado-

res com tarrafas tentando pescar o

almoço do dia, mulheres pegando

marisco na praia, bares com mesas

e cadeiras nas calçadas da orla e

gente sem pressa admirando o mar

calmo e a tranquilidade de uma ci-

dade provinciana.

SEM PRESSAQue tal tirar um dia inteiro para

conhecer as praias? Mudando a

rota e seguindo em direção ao lito-

ral norte, faça um passeio pela orla

para conhecer as praias, passando

pelo Jardim de Alá, Jaguaribe, Ale-

luia, Stella Maris até o Farol de Ita-

poã, e as dunas da lagoa do Abaeté,

locais cantados em prosa e verso

por Vinícius de Moraes e Caymmi.

Sem pressa, siga pelo litoral norte,

na Estrada do Coco, e conheça ou-

tras praias gostosas, como Ipitanga,

Jauá, Villas, Guarajuba, e algumas

quase desertas, como Arembepe e

Tacimirim. Encerre a visita na Praia

do Forte. Entre um mergulho e ou-

tro, não deixe de conhecer a caipi-

rinha de mangaba e o bolinho de

peixe do bar do Souza para fechar o

dia com chave de ouro!

CIRCUITO DAS ILHASTem mais um tempinho? Alu-

gue uma lancha ou escuna e faça

um passeio nas águas tranquilas

da Baía de Todos os Santos. Além

de ver a cidade pelo mar, explore as

ilhas próximas e surpreenda-se com

os locais paradisíacos da região.

Distante apenas 30 minutos de

lancha, ou 50 minutos de ferryboat,

ou ainda 275 km pela estrada, Itapa-

rica, a maior ilha da baía, tem praias

paradisíacas. Completam o cenário

um conservado centro histórico, en-

cantadoras pracinhas, ruas de pa-

ralelepípedos bem arborizadas, ca-

O Dique do Tororó com as imagens flutuantes de 12 orixás

Igreja de São Francisco, em estilo barroco e folheada a ouro

Foto

s Shu

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Page 47: Viagens S/A Edição 25

47| www.viagenssa.com |

sinhas antigas, onde os moradores

e veranistas colocam suas cadeiras

nas portas para conversar com os

vizinhos, em um clima bucólico. A

ilha, que já foi palco de lutas histó-

ricas da Bahia, também é famosa

pela fonte de água mineral. Segun-

do os moradores locais, “a água é

fina e faz véia virar menina”. Quem

não quer experimentar?

A 270 km de Salvador e também

acessada por barco pela baía, vizinha

à ilha de Itaparica, está o municí-

pio de Salinas das Margaridas, com

praias deliciosas. Anualmente, pro-

move o Festival do Marisco, oportuni-

dade de degustar a a melhor culinária

típica da região. Outra ilha é Madre

de Deus. Além da culinária, organiza

um festival de música no verão, que

vem atraindo mais turistas.

NO RECÔNCAVODa Baía de Todos os Santos, su-

bindo o leito do rio Paraguaçu em

direção ao Recôncavo Baiano, está

Maragogipe, cidade situada em

uma área de manguezais, no en-

contro das águas do rio Guaí e Pa-

raguaçu. Ali ainda são construídos

saveiros, embarcações muito utili-

zadas para transporte de mercado-

rias pela baía. Mas, a cidade ficou

conhecida principalmente pela tra-

dicional arte em cerâmicas, a maior

atividade econômica da região.

São Felix e Cachoeira, também

no Recôncavo, foram muito im-

portantes para a economia baiana.

Consideradas cidades irmãs e sepa-

radas pelo rio Paraguaçu, tiveram

seu apogeu entre os séculos 18 e

19, quando escoava de seus portos

a riqueza da produção agrícola da

região, principalmente o açúcar e o

fumo. O charuto até hoje movimen-

ta a economia local. Com status de

“Cidade Monumento Nacional” teve

sua identidade cultural preservada

e ainda hoje é possível apreciar a

arquitetura do Brasil Império em

suas casas e monumentos.

E, para finalizar, uma visita a

Salvador não estaria completa sem

conhecer as delícias do tabuleiro de

uma baiana. Acarajé com vatapá,

camarão seco, abará, cocada, boli-

nho de estudante, lelê, mingau de

mungunzá e cuscuz de tapioca. E o

que dizer de outras iguarias, como

sarapatel, moqueca de siri mole e

xinxim de galinha? O verão está

chegando, os tambores já tocam e

todos os santos estão chamando! Vá

descobrir e se surpreender com toda

essa magia. A gente se vê por lá!

A Praia do Forte, uma das mais famosas da linha verde do litoral norte

MELHORES ENDEREÇOS

CliMaTemperatura média anual é de 25°. nos meses de verão pode superar 30°. Chuva nos meses de junho e julho. A Bahia não aderiu ao horário de verão.

BaRES,RESTaURaNTES E CaFéSSoFiSTiCadoS E CoM viSTaAmado, Pereira e Yate Clube, Soho, Lafayette, Acqua (na Marina) Culinária típicaYemanjá, Bargaço, Sorriso da Dadá, alternativoParaíso Tropical, Boteco do França, Boca de GalinhaacarajéDas baianas Cira, Dinha e ReginaBar pé na areiaBarraca do Lôro, na praia de Aleluia Souza, na Praia do ForteCaranguejo da Celylambreta do PapitoCafé com culturaPalacete das Arte e Museu Carlos Costa Pinto

ENSaioS dE CaRNavalalavontê: com Ricardo Chaves, Durval Lelys, Manno Goes, Magary Lord, Ramon Cruz e Jonga Cunha, todas as terças até o Carnaval, no bar Red River, Rio VermelhoEnsaio do harém: com Tuca Fernandes, no Alto do AndúTerreiros de Candomblé: Gantois, da Mãe Menininha, Casa Branca e o Ilê Axé Opô Afonjá, de Mãe Stella de Oxossi.

Page 48: Viagens S/A Edição 25

O uso de smartphones, tablets e laptops permite que usuários compartilhem produtos e serviços em tempo real, o que faz do mundo hoje um grande banco de dados. Aqui, especialista mostra como as empresas devem transitar nesse novo processo

• por Luciano Pinho

A REVOLuçãO DA

MunDO DIGITAL

INFORMAçãO

48 | edição #25 |

Page 49: Viagens S/A Edição 25

49| www.viagenssa.com |

Até alguns anos atrás os da-

dos não eram tão relevan-

tes no processo de desen-

volvimento de sistemas e, mesmo

no processo de tomada de decisão

das empresas, o caminho a ser tri-

lhado era definido pelo empirismo

metodológico de muitos e pela ins-

piração de alguns.

Em meados dos anos 1990,

ocorreu uma grande mudança

principalmente graças ao advento

da internet em larga escala, fazen-

do com que os dados ficassem cada

vez mais acessíveis.

A partir daí, notava-se que o in-

sumo principal para os anos seguin-

tes seria a informação, as empresas

tinham que lidar com um volume de

dados cada vez maior. As fronteiras

diminuíram e a competição entre os

mercados forçou uma mudança de

postura dentro das empresas, que

viram a necessidade preeminente

de oferecer aos seus dirigentes me-

lhores informações como forma de

preparar para um mercado cada

vez mais competitivo.

Esta necessidade de busca dos

dados também se mostrou neces-

sária, pois os clientes estavam mais

municiados de informações sobre

os produtos e serviços e com isso

passaram a exigir melhor quali-

dade, mais opções, menor preço e

mais velocidade na entrega.

O novo contexto empresarial le-

vava em consideração a fidelização, a

customização e sedução do cliente e

a inteligência aplicada aos negócios.

BIG DATAEssa mudança no ambiente

informacional das empresas que a

esta altura havia ganhado mais im-

portância, tamanho e complexida-

de forçou uma adaptação na forma

de tratar estas informações. Surgiu

um conceito chamado business in-

telligence (BI), que alia a criação de

armazéns de dados (datawarehou-

ses), além de uma metodologia pró-

pria para conseguir reunir os dados

de todas as áreas da empresa de

forma precisa, íntegra e no tempo

certo do negócio.

Com a maturidade dos ambien-

tes de BI estamos presenciando a

ocorrência de um novo fenômeno,

comparável a popularização da in-

ternet: migramos agora para a era

do Big Data. E o que vem a ser isso?

Big Data é um fenômeno tecno-

lógico provocado pelo rápido cres-

cimento de dados, novos tipos de

dados complexos em paralelo aos

avanços da tecnologia. Estes deram

origem a um ecossistema de pro-

dutos de software e hardware, que

permitem que sejam analisados

novos níveis de detalhamento das

informações, além das já existentes

e antes impossíveis de serem anali-

sadas em conjunto com as demais,

em um tempo muitas vezes menor.

Tratar esta nova complexidade é

algo que os sistemas de BI não esta-

vam preparados.

Para entendermos a lógica des-

te crescimento, podemos apontar a

popularização dos dispositivos mó-

veis com acesso à internet, como

smartphones, tablets e laptops,

contribuindo diariamente para que

usuários utilizem e compartilhem

de serviços e produtos de forma co-

laborativa e em tempo real, geran-

do um grande volume de informa-

ção a cada segundo.

Segundo pesquisas de mercado,

cerca de 90% dos dados do mun-

do foram criados nos últimos dois

anos. E outra grande responsável

por isso é a adesão massiva nas re-

des sociais, aumento do uso de víde-

os, imagens, dados orientados por

GPS, e outros formatos não textuais.

Estes dados têm valor, e valor

real. Quando um usuário curte a pá-

gina de uma empresa ou um novo

produto, ou ainda, posta um comen-

tário na rede, ele pode ser identifi-

cado como um potencial comprador

ou no mínimo uma influência posi-

tiva para aquele produto ou marca.

Isso pode atuar de forma negativa

também. Essas redes têm o poder de

multiplicar este potencial.

Page 50: Viagens S/A Edição 25

50 | Edição #25 |

Luciano Pinhoé consultor de Business Intelligence e Big Data

na Accenture e professor no MBA de gestão

empresarial, de projetos e de finanças da universidade

Católica de Salvador.

BANCO DE DADOSOs casos de Big Data têm tido o

poder de transformar radicalmente

como as empresas usam suas in-

formações. Um bom exemplo foi o

seu uso na campanha do atual pre-

sidente dos Estados Unidos, Barack

Obama. A utilização das redes so-

ciais pode ser descrita como peça-

-chave na disputa. A equipe de sua

campanha montou um gigantesco

banco de dados, com detalhes de

cada eleitor e de como as pessoas

reagiam a diferentes abordagens.

As informações orientaram volun-

tários, indicaram as melhores for-

mas de arrecadar fundos e aponta-

ram quem poderia ser convencido

a apoiar a reeleição do presidente.

Os modelos de campanha usados

antes disso foram descartados, e

as ações eram concentradas no re-

sultado de cada ato, pois agora era

possível perceber as reações de for-

ma mais detalhada e muito mais

rápida. Foram registrados dados em

níveis de detalhe impressionantes e

mensagens acabaram direcionadas

para públicos bem específicos.

Outros exemplos de casos bem

aplicados podem dar a real dimen-

são do alcance potencial do Big

Data, como o da companhia que

tira fotos de satélite e vende aos

seus clientes informações em tem-

po real sobre a disponibilidade de

vagas de estacionamento livres em

uma cidade em uma determinada

hora ou quantos navios estão an-

corados. Ainda podemos ver casos

como o de um hospital no Canadá,

que utilizou a tecnologia para mo-

nitoramento dos quadros dos bebês

prematuros, permitindo aos médi-

cos antecipar as ameaças às vidas

das crianças e diminuir a mortali-

dade significativamente. Isso não

era possível de ser feito antes devi-

do ao volume dados e a velocidade

que se fazia necessária neste caso.

Big Data está evoluindo como

um conceito de negócio em con-

junto com a evolução da tecnolo-

gia. As organizações estão tornan-

do os dados como um elemento

central da estratégia e, portanto,

ele é percebido como um estágio

evolutivo para a próxima geração

de gerenciamento de informações

e análises avançadas.

É importante entender que Big

Data não é simplesmente grande

volume e que projetos podem fa-

lhar se não prestar atenção na va-

riedade dos dados, velocidade de

resposta para os usuários e comple-

xidade dos dados a serem tratados,

tanto quanto no volume.

Big Data é enorme e impres-

sionante, mas seu valor depende

da capacidade de uma organiza-

ção para analisá-lo de forma útil.

As empresas devem utilizar este

potencial de analisar grandes vo-

lumes e novos tipos de informação

para detectar oportunidades e ris-

cos que, de outra forma, passariam

despercebidos. O processo ajudará

a ter uma nova visão do mundo,

mas fazer as análises corretas vão

mostrar a você o que está olhando

e ajudá-lo a compreender o que sig-

nifica isso para a organização.

MunDO DIGITAL

Page 51: Viagens S/A Edição 25
Page 52: Viagens S/A Edição 25

52 | Edição #25 |

O setor de marketing promocional apresentou

um crescimento médio de 3,5% em 2012 e es-

pera, no Brasil, um faturamento bruto de mais

de US$ 22,323 bilhões em 2013. Com destaque para

ações de marketing voltadas a criar experiências abso-

lutamente exclusivas e que não podem ser encontradas

à venda em agências de viagens, as chamadas “viagens

de incentivo” cada vez mais contribuem para a profis-

sionalização dos destinos turísticos mundo afora.

Muitas vezes erroneamente tratadas como simples

viagens de premiação, as de incentivo têm como

diferencial a capacidade de potencializar a união de

equipes, melhorar a autoestima de colaboradores,

aprofundar o senso de identidade entre os envolvidos e

seus empregadores e ainda aumentar a produtividade.

O aumento dessa modalidade e a conscientização

dos gestores sobre as diferenças entre uma premiação

e um pacote dado gratuitamente são uma questão

fundamental, discutida na IMEX, a maior feira deste

segmento, realizada em Frankfurt, na Alemanha. Com

quase 15 mil participantes, 4 mil potenciais compra-

dores de 75 países e 3.500 empresas de 157 nações, o

evento posicionou o Brasil no top 10 dos mais aque-

cidos destinos em questão de vendas e trouxe lições

valiosas que podem ser aplicadas a nossa realidade.

Sem exageros, pode-se dizer que uma viagem de

incentivo séria preza pela exclusividade e pelo ineditis-

mo, sendo customizada propositalmente para atingir os

premiados. Um exemplo é oferecer um jantar na Mura-

lha da China ao som da Ópera de Pequim ou participar

de um banquete medieval em um castelo na Irlanda.

É a construção de uma memória única e que não está

disponível para ser comprada em um balcão de agência.

Ao mesmo tempo, é possível notar que o que conta

verdadeiramente é a criatividade da proposta. E o Brasil

com isso? Simples, nosso país esbanja opções turísticas.

Faltam o entendimento de que não se trata de premia-

ção e a capacidade de fazer eventos adequados a cada

público. São incontáveis possibilidades, desde um al-

moço em plena Pinacoteca ao som da Osesp até um fim

de semana de degustação de queijos e vinhos com espe-

cialistas internacionais, em uma fazenda de arquitetura

europeia em Santa Catarina.

O mercado mundial de incentivo está aquecido, a

posição de destaque de destinos brasileiros no exterior

é um fato e a diversidade cultural e ambiental de nossa

nação é reconhecida junto com a conhecida criatividade

brasileira para solucionar desafios. Esta é a receita para

que destinos famosos e outros encantadores, mas des-

conhecidos, se destaquem com propostas inovadoras.

MeRCADO

• por André Webber

O setor de marketing promocional está aquecido internacionalmente e deve faturar no Brasil mais de uS$ 22 bilhões este ano

VIAGENSDE INCENTIVOS

EM ALTA

André Webberé diretor da unidade de incentivo da Tour house.

Page 53: Viagens S/A Edição 25
Page 54: Viagens S/A Edição 25

54 | Edição #25 |

Quem nunca entrou em uma roubada

só para conseguir alguma pequena e

hipotética vantagem e acabou se dan-

do conta de que o custo benefício não valeu

a pena? Ofertas relâmpago. Passagens a um

custo baixíssimo e com conexões sem pé

nem cabeça. Hotéis lindos, ao menos na

foto, é claro! Compras coletivas. Excursões

com grandes grupos. Cruzeiros em períodos

festivos. São inúmeras as modalidades dis-

poníveis no mercado. Basta escolher a sua e literal-

mente “ser feliz”, se é que o leitor me entende.

Tenho de admitir, talvez por não me prender muito

aos detalhes de tais ofertas, tal qual nas linhas finas de

um contrato diabólico, que constantemente acabo em-

barcando em uma dessas furadas e aí, quando me dou

conta de que aconteceu de novo, prometo para mim

mesmo que essa vai ser a última vez. Como se fosse as-

sim, fácil. Sejamos francos! Escapar de uma roubada é

quase como ganhar na loteria sozinho. E o autoengano

é um dom! Conheço gente que, do alto de sua esperteza,

já teve até que dormir em aeroporto só para pagar mais

barato a passagem. E aí eu me pergunto: será que isso

realmente é ser esperto?

Não faz muito tempo tive de comprar passagens

para ir a um congresso no exterior. Como a viagem es-

tava próxima de acontecer e considerei os preços apre-

sentados pela agente de viagens um absurdo, decidi

que tentaria a façanha de salvar meu orçamento em

um daqueles sites de leilão de passagens. Digitei as in-

formações necessárias para busca e as ofertas começa-

ram a saltar na tela do computador feito pipoca. Como

era possível que os preços fossem tão inferiores aos das

próprias companhias aéreas?

Não tive dúvida, comprei a passagem com uma

diferença de R$ 500. Era inacreditável. Tinha econo-

mizado uma pequena fortuna. Eu me sentia o próprio

Mel Gibson interpretando o guerreiro escocês William

Wallace em Coração Valente. Ninguém

naquele momento poderia ter sido mais

inteligente e habilidoso do que eu. Ou será

que eu descobriria justamente o oposto?

Chegou o dia da viagem e lá fui com

minhas duas malas para o aeroporto. Até o

momento do embarque, tudo absolutamente dentro da

normalidade. Eu realmente era muito esperto! Eu me

acomodei ‘confortavelmente’ em meu assento e lá fo-

mos nós. Em poucas horas, chegaria ao meu destino.

Poucas horas? Só então me dei conta de que ao comprar

a passagem, não havia me atentado para a duração da

viagem. De repente, comecei a suar frio. Poderia eu ter

sido tão ingênuo?

Foi aí que descobri onde estava a pegadinha! De

fato, eu havia entrado numa Brastemp, pois um voo que

em média é de 18 horas, para mim duraria 28. Como

assim 28 horas num avião? Não podia acreditar! Pior: de

repente, caiu a ficha que tudo que vai, volta. Eu teria de

encarar outras 28 horas para regressar ao Brasil.

É, meu caro leitor, vida de viajante não é fácil. Ainda

mais para aqueles que se julgam mais espertos, como

foi o meu caso. Agora, se por ventura você fizer o mes-

mo, fica aqui a dica de uma ilustre brasileira que já es-

teve à frente do Ministério do Turismo, Marta Suplicy:

“relaxe e ...” Boa viagem!

DIáRIO De BORDO

• por Felipe Boni

Cuidado com promoções relâmpago e paisagens baratas. Nem sempre são o que parecem!

O BARATO QUE SAI

CARO!

Felipe Boni é empresário, jornalista, escritor, blogueiro, roteirista e autor de peças teatrais. Atualmente, conduz os

trabalhos da B2F, uma agência boutique de relações públicas, e escreve semanalmente para o Blog do Boni.

!

Page 55: Viagens S/A Edição 25

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Page 56: Viagens S/A Edição 25

56 | Edição #25 |

Quando nos deparamos com a condução de mais

um ano que se finaliza e percebemos como esta-

mos cada vez mais apressados, acumulados de

ideias, pensamentos, compromissos e aflições, verifica-

mos como tudo isso nos tira do centro, do foco, da aten-

ção em nós mesmos.

A realidade sempre começa na

mente. Para suas ideias e projetos se-

rem realizados, sua mente tem que

estar limpa e, para tanto, é necessário

abrir espaço. A clareza dos pensamen-

tos, o otimismo, a alegria e a certeza da

concretização dependem da sua força

e tranquilidade.

A tecnologia facilitou muito nos-

sas vidas, mas por outro lado, nos apri-

sionou, criou dependência e fez com

que nossa distração aumentasse ainda

mais, dificultando que voltemos a nós mesmos para nos

perceber. Toda essa aparelhagem, hoje necessária, “rou-

ba” a atenção e a energia vital. Perdemos, muitas vezes, a

capacidade de nos relacionar pessoalmente e de nos in-

tegrar à própria natureza. Poderíamos dizer que estamos

nos tornando apenas “mente e corpo”!

Diariamente, devemos nos perguntar: “O que faço

realmente me autorrealiza, me faz feliz, me torna uma

pessoa melhor e mais saudável”? Todas nossas ideias de-

vem alimentar nossa força interior com alegria e autorre-

alização para se tornar um veículo saudável à vida que es-

tamos escolhendo viver. Tudo deve acompanhar a ordem

da unidade. Não existe separação, tudo está sempre unido

por uma grande força divina vital. Precisamos estar mais

unidos com o todo para, então, sentirmos que aprendemos

a nos construir com todos. É um exercício que começa em

nós mesmos, nessa casa que chamamos de “corpo”.

Os valores atribuídos ao que buscamos não devem

contrariar nossa saúde nem a perda da consciência pro-

gressiva da vida e do sucesso. Atribuímos valores exces-

sivos às coisas desnecessárias que,

quando acabam, nos causam sofri-

mento. Precisamos não ter medo de

nos absorver nas coisas boas, como

por exemplo, no amor.

Viva feliz, seja feliz, celebrando

sua vida, como sendo o que você pos-

sui de mais precioso para avançar em

direção ao maior ponto que você qui-

ser. Não negue sua realidade, ela é a

soma de grandes esforços gerados na

sua existência. Acredite em você, o

caminho dado na sua direção interna

é a sua maior aspiração, a mais sustentável de todas as

vidas, porque ela é sua e de mais ninguém.

Aproveite... respire e avance; expire e se aceite; ins-

pire e abra espaço; expire e se expanda para se encon-

trar e viver em paz, dentro e fora de você.

Todo final gera um lindo começo. Celebre o ano que

está se finalizando da mesma forma que festeja o novo

que chega. Alegria na partida. Alegria na chegada!

PenSATA

• por Isabel Liberalquino

A realidade sempre começa na mente. Para concretizar ideias e realizar projetos, ela deve estar limpa. Abra espaço e celebre com alegria mais um fim de ano e começo de outro

BALANçO GERAL

Isabel Liberalquinoé astróloga, taróloga cabalista e ioguini do Instituto de Alquimia

e elementoterapia. www.unialmantiga.org.br

Page 57: Viagens S/A Edição 25

Tropical Manaus - Manaus/AM

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Page 58: Viagens S/A Edição 25

58 | Edição #25 |

CuRTAS

MAGIA DO NATAL

As apresentações da Árvore Encantada devem

atrair milhares de pessoas ao Radisson Ho-

tel, em Curitiba, em frente à praça do Japão. Em

meio a luzes, imagens e pirotecnia, 60 crianças

do Coral Curumim compõem a árvore musical,

uma das maiores atrações da cidade nesta épo-

ca do ano. Elas cantam desde clássicas canções

natalinas até sucessos da MPB. O público ainda

pode doar brinquedos, que serão encaminhados

a instituições. As apresentações acontecem às

sextas-feiras até 20 de dezembro.

ROTEIRO DE FÉ

De olho na programação mundial do

turismo religioso, a CVC está lançan-

do roteiros para a canonização dos papas

João Paulo 2º e João 23, que acontecerão

conjuntamente, em Roma, na Itália, em

27 de abril de 2014. Os roteiros Canoni-

zação e Itália Tradicional e Canonização

e Rota Franciscana com Cascia oferecem,

além dos traslados para a cerimônia, um

mergulho na cultura e história do país,

com passeios em Roma, Florença, Vene-

za, Milão e Assis. Os pacotes custam a

partir de 918 euros por pessoa e podem

ser parcelados em até 12 vezes, sem juros.

www.cvc.com.br

PARAÍSO MEXICANO

Considerado o terceiro porto mais importante do Mé-

xico e um dos destinos preferidos de férias, Puerto

Vallarta tem ruas pitorescas, praias charmosas, merca-

dos de artesanato, boutiques, joalherias, bares e restau-

rantes estrelados. Além disso, oferece todo tipo de ativi-

dades ao ar livre. E uma das maneiras mais rápidas de

chegar lá é pela Aeromexico, que tem voos a partir de

Guarulhos para a Cidade do México e, de lá, para Puerto

Vallarta. Para se planejar!

Page 59: Viagens S/A Edição 25
Page 60: Viagens S/A Edição 25

60 | Edição #25 |

BASTIDOReS

SuPER FESTIVALConsiderado um dos principais eventos de negócios para o turismo da América Latina, o Festival de Gramado (Festuris) reuniu, em sua 25ª edição, mais de 14 mil participantes e 2.500 expositores. Segundo Rosa helena Volk, secretária de Turismo de Gramado, “o festival abriu as portas do mundo e trouxe à tona um assunto que hoje é nossa principal fonte econômica, o turismo”. Para o presidente da Abav-RS, Danilo Martins, “o nível de informação e de organização foram espetaculares”. A próxima edição será de 6 a 9 de novembro de 2014.

Marcus V Rossi, Marta Rossi e Eduardo Zorzanello, diretores do Festuris

Luís Sobrinho, gerente geral Brasil da AirEuropa.

Córa Chiappetta, chefe de gabinete, e Camila Mumbach, diretora de marketing da Secretaria de Turismo do Rio Grande do Sul

Foto

s divu

lgaç

ão

Page 61: Viagens S/A Edição 25

61| www.viagenssa.com |

Marisa Guilger, gerente de vendas leisure travel, e Priscila Toledo, executiva de contas do Meliá Hotels International

Vanda de Almeida, comercial da Aiport Bus Service

Nathalia Lemeszenki, gerente de contas Sul, e Carla Reis, gerente de marcas Brasil do Iberostar Hotels & Resorts

Page 62: Viagens S/A Edição 25

62 | Edição #25 |

• por Mario PotomatiTeCnOLOGIA

CENTRAL MULTIMÍDIA

Muito mais que um console, o X Box One vai mu-

dar a maneira de você interagir com a sua TV.

Poderá usar o comando de voz do Kinect para mudar de

canal, ter um menu personalizado com canais a cabo

que mais gosta, além dos ondemand de vídeo, como

Netfliz e HBO Go, entre outros. Outra grande vantagem

é a integração com

SkyDrive para arma-

zenar seu conteúdo

multimídia nas nu-

vens. E as novida-

des não param

por aí, mas

agora é hora

de comprar o

seu e desco-

brir. O valor de

lançamento no

país é de R$ 2.299,00.

CONTROLADA POR IPHONE OU IPAD

A Canon EOS 70D tem como novidade a compa-

tibilidade com o iPhone ou iPad, que permite

fotografar por meio dos gadgets, visualizar as fotos

ou transferir o conteúdo para a web, utilizando o

aplicativo EOS Remote (gratuito). Mas, para que

tudo funcione, você precisa estar conectado à in-

ternet via Wi-Fi. Ela tem ainda um sen-

sor CMOS de 20,2 megapixels e pro-

cessador de imagem

DIGIC 5+ e permite

gravar vídeos em

Full HD (1080p).

No Brasil, cus-

ta a partir de R$

3.100,00.

SEGURANÇAPORTÁTIL

O sensor Spotter é um

pequeno gadget que

promete ajudar a proteger

sua casa ou escritório. Ele detecta

movimentos, luzes, sons e temperatura.

Você configura os alertas, que são enviados para seu

iPhone 4 ou superior e para smartphones com siste-

ma Android a partir da versão 2.2. Custa nos Estados

Unidos US$ 50 e no Brasil ainda não tem data de lan-

çamento prevista.

PARA FANÁTICOS POR TV

Com o Slingbox 350 é possível assistir TV em qual-

quer lugar a partir do seu smartphone, tablet ou

PC. Para que isso ocorra, o aparelho precisa estar co-

nectado à internet e ao decodificador de TV a cabo do

usuário, permitindo o streaming de todo conteúdo via

Wi-Fi, 3G ou 4G. O equipamento é compatível com PC,

Mac, dispositivos móveis Android, iOS, Windows Phone

e Kindle Fire, e dispositivos conectados, como Smart-

TVs e AppleTV. O produto é compatível com SD, HD

e FullHD. No Brasil, tem preço sugerido de R$ 799,00.

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44° CONGRESSO NACIONAL DO SkAL INTERNACIONAL DO BRASIL26 a 30 de marçoLocal: Foz do Iguaçu (PR)Informações: www.skalbrasil.org.br/congressos

Page 65: Viagens S/A Edição 25

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Page 66: Viagens S/A Edição 25

66 | Edição #25 |

Está nervoso? Vá pescar! Conselho bom demais! E

foi assim que rumei para Cuiabá dia desses e, de

lá, para Cáceres, 250 quilômetros adiante, às mar-

gens do rio Paraguai, a bordo de um barco-hotel e seguin-

do o curso desse rio, uma das veias pulsantes do Pantanal

mato-grossense. O bom é que você embarca à noitinha,

se acomoda em cabines duplas com ar condicionado e

banheiro, janta bem e vai dormir cedo, apesar da ansie-

dade de não ver a hora de a pescaria começar. Às 5h, já

tem gente fazendo barulho na parte superior do barco. O

café da manhã regional farto é servido e, às 5h30, todos

já estão dentro dos botes de alumínio. O piloteiro é seu

guia, protetor e amigo. Ele cuida de tudo, sabe onde tem

os “poços” para pescar, coloca a isca, ajuda na reta final

da retirada do peixe da água e alerta sobre a melhor for-

ma de fisgar e trazer para dentro do barco os “troféus”.

É claro que a gente pega bastante peixe, fácil mesmo

até para os neófitos (que não era o meu caso), com a asses-

soria segura do piloteiro e, claro, com uma certa dose de

sorte. Mas há regras a serem observadas pelos pescadores.

Pintado (o grande troféu) só embarca de 85 cm para cima

(mais ou menos 7 kg). Barbado, outro excelente peixe de

couro, só acima de 60 cm. Dourado? Nenhum nesta épo-

ca do ano. Mas, há muitas piranhas: elas devoram a isca

e atrapalham a pescaria. Algumas mais graúdas, a gente

embarca e depois faz um sashimi maravilhoso, à margem

do rio. Os piloteiros tiram o filé sem espinhos, preparam

o molho à base de shoyu, gengibre, limão e um pouco de

pimenta verde. O “prato” é o copo vazio de água mineral.

Nessa pescaria, o meu troféu foi o pintado, de 10,3 kg,

que trouxe para casa com mais 5 kg de outros peixes, a

cota máxima. Se antes de terminar a pescaria, a cota ge-

ral estiver completa, todos os peixes pescados devem ser

soltos. No último dia, o piloteiro nos levou a uma pequena

clareira na margem do rio e nos mostrou uma cruz com

um nome de um rapaz, de 22 anos, que morreu naquele

local, em 2008. Ele foi pego de surpresa por uma onça.

Pantanal tem disso também, mas é maravilhoso!

IMPReSSSõeS

• por Luiz Fantin

OS ‘TROFÉUS’DO PANTANAL

Luiz Fantiné diretor de marketing da

Allia hotels.

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PRÊMIOS SÃO UMA EXCELENTE MANEIRA DE MOSTRAR QUE ESTAMOS NO CAMINHO CERTO. E DE CAMINHO A GENTE ENTENDE MELHOR QUE NINGUÉM.CVC, A MARCA MAIS LEMBRADA E ADMIRADA DA CATEGORIA DE TURISMO DO BRASIL.

A CVC foi a marca mais lembrada na categoria turismo no ano de 2013. Por isso, além de comemorar, queremos agradecer nossos colaboradores, parceiros e, principalmente, a todos os clientes que souberam reconhecer nosso trabalho. Foram diversas conquistas nacionais e regionais que são o resultado do compromisso, da dedicação e da vontade de sempre fazer tudo por uma boa viagem.