Vida Após a Morte Na Mitologia Grega

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Um estudo sobre a mitologia

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Extrado Seguindo os passos da histria de quinta-feira, 17 de janeiro de 2013

VIDA APS A MORTE NA MITOLOGIA GREGAA religio grega antiga, hoje conhecida mais como mitologia grega, embora mitologia e religio no sejam a mesma coisa, pois nem todos os mitos possuem uma ligao religiosa no sentido de referir-se ao culto e rito. O que difere principalmente o mito da religio, o fato que o mito narra uma histria que possa envolver ou no algum deus ou divindade, a qual essa era cultuada por algum povo. No entanto, independente dos deuses gregos aparecem em vrios mitos, tais mitos no explicavam propriamente o lado ritualstico e litrgico, mas de certa forma esboava a crena e a f nessas divindades. Para ns, habitantes do sculo XXI, os antigos mitos so falsos, so histrias mentirosas. No entanto, da mesma forma que temos f e acreditamos nas histrias contidas em livros sagrados, esses povos do passado tambm tinham f em seus deuses e acreditavam nos mitos, embora entre os gregos j houvesse a ideia de histria mentirosa.No caso dos antigos gregos, estes desenvolveram ritos e crenas que explicavam para onde a alma iria aps a morte do corpo, o que haveria no Alm. Provavelmente vocs j devem ter ouvido falar do Hades, do Trtaro, dos Campos Elsios e do Olimpo, mas nesse texto apresentarei alguns assuntos j conhecidos por alguns, mas com alguns detalhes e aspectos que passam desapercebidos.

Espritos e almasOs gregos antigos j possuam uma noo sobre a existncia de uma alma, pois consideravam locais para onde as almas iriam aps a morte. Por outro lado, eles tambm consideravam a existncia de fantasmas, onde era dito que se tratavam das pessoas que no receberam os ritos fnebres adequados, pois para eles o papel dos ritos era mais do que simblico, era uma forma de guiar os mortos para seu destino aps a morte, e se isso no fosse devidamente feito, as almas seriam barradas em sua viagem e ficariam presas no mundo dos vivos, os atormentado. Aristteles (384-322 a.C) dizia que o mundo e os seres vivos eram formados por uma mistura dos quatro elementos (gua, fogo, terra e ar) com ter (suposto quinto elemento), e no caso dos seres vivos, vinha a chamada "centelha da vida" ou "ar da vida", o qual seria uma metfora ou aluso para a alma. No mito de Prometeu, quando esse criou o primeiro homem, esse o moldou do barro e lhe soprou o "ar da vida".A teoria atmica, surgida na Grcia Antiga, entre os filsofos Leucipo, Demcrito e depois desenvolvida por Epicuro e Lucrcio, dizia que toda a matria do universo era formada por pequenas partculas invisveis chamadas de tomos, os quais consistiam na base da matria, nesse caso, o corpo seria o recipiente para a alma. Plato (428-347 a.C) concebia a alma como sendo imortal e divina, ele a concebia dividida em trs partes: razo, que era personificada pela cabea, representando a sabedoria e o conhecimento; o irascvel, personificada pelo trax que simbolizava a impetuosidade e os sentimentos; e a concupiscncia, personificada pelo ventre, representando o desejo. Para ele a alma era perfeita e pura, mas era corrompida pela prpria pessoa por suas escolhas e desejos errados. Plato tambm acreditava na reencarnao e no que ele chamava de "Mundo das Ideias", um local transcendental onde apenas a alma poderia ir. Tal local personificaria a verdadeira realidade em detrimento do mundo ilusrio e imperfeito que era a Terra.

Pitgoras (570?-496 a.C) foi um importante filsofo e matemtico grego, o qual defendia a ideia de que a alma era imortal, e que aps a morte, passado um tempo, a alma reencarnaria em outro corpo. Pitgoras, segundo Bulfinch [2006] comparava a alma com a cera, onde ele dizia que assim como a cera pode ser moldada e depois derretida para ser reutilizada, a alma seria a mesma coisa nesse contexto. A essncia que apenas transferida de um corpo para o outro. Pitgoras tambm acreditava na ideia da metempsicose, literalmente a transmigrao da alma humana para um corpo no humano, nesse caso, os gregos acreditavam (pelo menos alguns) que a alma humana poderia reencarnar no corpo de um animal. Tal crena era compartilhada por outros povos e ainda hoje existem, especialmente entre o Hindusmo e o Jainismo, antigas religies indianas. Atualmente o Hindusmo, o Jainismo, o Budismo e o Espiritismo Kardecista, so algumas religies que acreditam em reencarnao e karma. Outro aspecto importante era que os gregos antigos concebiam a existncia de espritos, chamados de daemons, palavra que acabou posteriormente sendo corrompida, dando origem a palavra demnio. No entanto, os daemons personificavam espritos bons (eudaimons) e espritos maus (kakodaimons); tais espritos poderiam tanto conviver com uma pessoa, como tambm habitavam locais naturais e locais construdos pelos homens. As ninfas eram personificaes da natureza, embora no fossem espritos propriamente como os daemons, j que se mostravam como seres mais fsicos. Scrates (469-399 a.C) embora no fala-se muito em religio, costumava dizer que seus ensinamentos e conselhos, consistiam em palavras que ele ouvia de seu daemon.

O Paraso no ficava no CuDiferente de outras religies aonde geralmente o Paraso, o local para onde vo as almas justas e bondosas, para um descanso pacfico e alegre, o qual comumente referido ficar localizado num plano celestial; para os gregos antigos, o cu era o local da morada dos deuses, mais especificamente falando do Monte Olimpo, lar dos deuses gregos.

O Monte Olimpo com seus quase trs mil metros de altitude a montanha mais alta das Grcia e uma das mais altas da Europa. Para os gregos antigos, o seu topo era a morada dos deuses.

Os gregos concebiam dois tipos de cus: Urano que representava o cu visvel, e de cor azul, e ter o "cu superior", o qual entendido como sendo o espao. Tanto Urano quanto ter so deuses primordiais que personificam tais lugares. No caso do Olimpo, que representava a moradia divina no Cu, era local exclusivo dos deuses, logo, o Paraso no ficaria l cima, pelo menos no o paraso para os mortais.O Monte Olimpo representando como um conjunto de esplendorosos e magnficos palcios, geralmente diz-se que eram doze, fazendo referncia aos Doze Olimpianos, ou seja, os doze deuses que possuam residncia fixa no Olimpo, embora algumas verses tambm digam que Poseidon e Hades ali possussem seus palcios, embora necessariamente no residissem com frequncia no Olimpo. descrito que na entrada do Olimpo, se encontrava um grande e belo porto de ouro, feito pelo prprio Hefesto, deus do fogo, das forja e dos artfices. Os palcios eram feitos de reluzente mrmore e em algumas verses dizem que eram feitos tambm de cristais. Eram adornados com ouro e prata, alm de possurem esplendorosos mveis de madeira de lei e luxuosos tecidos, como cortinas, toalhas de mesa, almofadas, lenis, tapetes, etc. Havia tambm jardins e fontes, alm de outras construes adjacentes. O palcio de Zeus e Hera ficava acima dos demais, pois ambos eram os soberanos do universo.

Pintura retratando os doze principais deuses do Olimpo.

O clima era como de primavera, no entanto o cu mudava entre dia e noite, e dependendo do humor de Zeus poderia ficar nublado e tempestuoso. descrito que os deuses se alimentavam principalmente de um manjar chamado Ambrosia, um alimento doce que dizia conceder muita alegria e que se um mortal o come-se, ganharia a imortalidade. Como bebida, os deuses comumente bebiam Nctar, uma mstica bebida que dizia-se ser nove vezes mais doce do que o mel, mas muito saborosa.

Curiosamente, apenas dois mortais chegaram a viver no Olimpo, o primeiro fora o prncipe troiano Ganimedes o qual fora raptado por Zeus, o qual se transformou em uma gigantesca guia e capturou o jovem prncipe. Ganimedes fora levado ao Olimpo, recebeu a imortalidade a fim que se torna-se o copeiro dos deuses, passando a eternidade para servi-los. O segundo mortal a chegar ao Olimpo fora o heri Hracles (Hrcules para os romanos), o qual em seu leito de morte, fora poupado pelo seu pai Zeus, o qual lhe concedera a imortalidade e um local no Olimpo. Hracles passou a viver entre os deuses, casando-se como sua meia-irm Hebe, a deusa da juventude, outrora copeira dos deuses, substituda por Ganimedes.

O heri Belerofonte aps ter derrotado a Quimera com a ajuda de Pgaso, chegou a voar no cavalo alado na tentativa de chegar ao Olimpo, mas Zeus indignado com a imprudncia do heri o derrubou do cavalo, porm Belerofonte fora poupado de morrer naquele instante pela interveno de Atena. Na Titanomaquia, histrias que narram o confronto dos tits contra os deuses, os tits chegaram a tentar subir no Olimpo, mas foram repelidos pelos raios de Zeus. No caso do tit Prometeu, esse conseguiu chegar ao Olimpo, de onde roubou o fogo para d-lo a humanidade.Ilustrao do Monte Olimpo para o jogoGod of War.Assim, se o Cu era o lar exclusivo dos deuses, aonde ficava o Paraso? Mas antes de chegar a ele, primeiro desceremos ao Inferno para conhec-lo melhor.

O Inferno: o Reino de Hades

Hades

Aps a vitria dos deuses contra os tits o mundo fora dividido entre os trs irmos; Zeus o caula dos deuses-tits Cronos e Reia, acabou se tornando senhor do cu e da terra. A Poseidon, o filho do meio, este ficou com o governo dos mares, e ao primognito Hades a quem caberia o direito de governar o cu e a terra, lhe restou o mundo inferior, mas pelo fato de Zeus ser o deus mais poderoso e mais astuto que seus irmos, soube convenc-los dessa diviso. No entanto, embora a Hades fora legado o reino inferior, ele no era retratado como sendo um deus cruel e revoltado, diferente do que vemos em algumas outras histrias. Poseidon, era mais genioso e esquentado do que ele, no por acaso que ele tambm era o deus dos terremotos e das tempestades. Hades (Pluto para os romanos) era casado com sua sobrinha, a deusa Persfone, filha de Zeus com a sua irm, a deusa Demter, deusa da agricultura, das estaes e dos alimentos. A histria de Persfone e Hades um tanto trgica, pois Hades sequestrou Persfone e a levou ao mundo inferior a obrigando a se casar com ele, mas depois de todas as reviravoltas, Persfone acabou se apaixonando por Hades e aceitou se tornar sua esposa, porm Zeus estipulou uma condio, metade do ano, Persfone viveria com o marido no Inferno e a outra metade ela viveria com os pais no Olimpo. Logo, o perodo que marca a estadia de Persfone com o marido, simboliza o outono e o inverno, pois chateada, a deusa Demter, esquece de dar as benos aos campos e a natureza. Mas, quando a filha est em casa, representa a primavera e o vero, da dizer que Persfone personificava a chegada da primavera.

Pintura em um vaso grego, retratando os soberanos do Inferno, Hades e Persfone.

Hades possua alguns eptetos bem interessantes: era chamado de o "invisvel", aspecto este reforado no mito de Perseu onde diz que o deus possua um capacete que concedia a invisibilidade, capacete esse que o deus emprestou a Perseu em sua misso de encontrar a Medusa. Era tambm chamado de "Senhor dos Mundo Inferior", "Rei dos Mortos", "Soberanos de Muitos", "Zeus do submundo", etc. Embora Hades no fosse um dos deuses mais cultuados, era respeitado por sua condio como senhor dos mortos, esse aspecto to marcante que o Inferno entre os gregos tambm era chamado de Hades, revelando a influncia do deus sobre aquele lugar, que curiosamente era o destino de quase todos os mortais. Dizia que a vida fora dada pelos deuses, mas aps a morte, sua alma pertenceria a Hades.Embora o Inferno fosse um lugar sombrio e nada agradvel, Hades tinha uma vantagem, era o senhor de todas as riquezas que brotavam da terra, logo, as minas, os metais preciosos e as pedras preciosas pertenciam a ele. Alm disso, sua funo no se resumia apenas em reinar sobre o mundo inferior, mas tambm, julgar as almas e impedir que elas tentassem fugir do Inferno. No jogo God of War III, depois que Kratos mata Hades, o Inferno entra em caos, e os mortos comeam a voltar para a superfcie. O caminho para o InfernoQuando as pessoas morriam de uma morte sem ser grave, os deuses gmeos, Tnatos, o deus da morte e Hipnos, o deus do sono iam buscar a alma e conduzi-la at a entrada do Inferno. Porm, quando a morte havia sido grave, como um assassinato ou um terrvel acidente, as deusas Queres eram as responsveis por irem buscar as almas, pois as Queres estavam associadas as "mortes violentas". Em algumas verses, diz que Hermes tambm guiava os mortos ao Inferno. Um aspecto interessante que se poder tirar dessas histrias, que tanto Tnatos, Hipnos e as Queres so representados como seres alados, logo, se passarmos para a Bblia, dito que os anjos guiavam os mortos ao Cu e os demnios os jogavam ao Inferno, e ambos so retratados como seres alados.

Aps serem convocadas pelos deuses, as almas eram guiadas ao mundo inferior; nos mitos existem relatos de vrias passagens que levavam at esse lugar, mas curiosamente independente de onde essas passagens comeavam, acabavam por chegar ao mesmo local, as margens do Rio Aqueronte. O Aqueronte era um dos cinco rios que cruzavam o mundo inferior, dizia-se que possua afluentes na superfcie, mas sua maior parte ficava sob a terra.No existem muitas descries sobre tal rio, mas diz-se que suas guas eram sombrias, que a regio por onde ele passava no mundo inferior era escura, fria, pedregosa e inspita. O Aqueronte era considerado a fronteira entre o mundo dos vivos e o mundo dos mortos, pois para se chegar ao Hades propriamente, teria que atravess-lo, e a nica forma de fazer isso era atravs do barco do barqueiro Caronte. Caronte era descrito como tendo uma aparncia cadavrica e envelhecida. Era dito que era filho de Nyx, a deusa da noite. Caronte era o responsvel por levar os recm-mortos at o Hades, porm a travessia no era de graa, havia uma quantia a ser paga. As verses variam entre se pagar uma moeda ou duas, mas de qualquer forma, se tal singela quantia no fosse paga, a alma no poderia atravessar e ficaria presa no mundo dos vivos, retornando como um fantasma, como fora dito inicialmente. No Canto VI da Eneida, poema escrito pelo poeta romano Virglio (70-19 a.C), o qual narra as aventuras do heri troiano Eneias; nesse captulo, Eneias desce ao Inferno a fim de encontrar a alma de seu pai Anquises. O heri realiza a viagem auxiliado pela sacerdotisa Sibila, a quem o guia naquele mundo. No poema descrito que Eneias v vrias almas postadas nas margens do Aqueronte, quando questiona quem seriam aquelas pessoas, lhe respondido que aqueles eram as almas das pessoas que no haviam tido ritos fnebres, logo suas almas no podiam cruzar o rio. Era dito que se uma alma aguarda-se cem anos, Caronte fazia a cortesia de atravess-la.

Ilustrao de Caronte para aDivina Comdia,feita por Gustavo Dor.

Para ns, pode parecer estranho algum se lamentar em no poder entrar no Inferno, o problema so dois: primeiro, no Inferno onde as pessoas de bem seriam julgadas para irem aos Campos Elsios, o paraso dos mortais. Segundo, no poder realizar a travessia, era como interromper um ciclo obrigatrio, que todos os mortais deveriam fazer, a no ser que os deuses intercedessem. As Moiras, as quais eram as deusas do destino, viviam no Inferno. Elas eram responsveis por determinar o destino dos mortais e por um fim em suas vidas.Logo, quando a alma no podia cruzar o rio, ou ela ficava se lamentado nas margens do Aqueronte ou retornava para a superfcie indo atormentar os vivos ou se lamentar para os mesmos. Seria um sofrimento a mais, ficar ao lado da famlia e dos amigos, mas no poder interagir com eles, como uma pessoa viva.Algumas verses dizem que alm de atravessar o rio Aqueronte, Caronte tambm navegava pelo Rio Estige, outro dos cinco rios infernais, no entanto, tais verses so menos aceitas, pois consideravam que o Estige no se misturaria com o Aqueronte. No mang/anime Os Cavaleiros do Zodaco: A Saga de Hades - Captulo do Inferno, Caronte retratado como um dos cavaleiros de Hades, e segundo a histria, o rio Aqueronte era to vasto que parecia um mar, no sendo possvel enxergar a outra margem. E apenas Caronte quem conseguia fazer a travessia de barco. Porm, tendo atravessado o rio, as almas voltavam a pisar em terra, ficando diante de um grande porto de ferro ou de bronze, dependendo da verso; era retratado como sendo enferrujado e bem antigo, e de aparncia retorcida e sinistra. Aqueles eram os Portes do Inferno, e do outro lado, vigiando com seus seis olhos, estava o co de guarda do Inferno, Crbero. Sobre os Portes do Inferno, uma dos relatos clssicos sobre esse local, se encontra no Canto III da Divina Comdia, poema escrito pelo poeta italiano Dante Alighieri (1265-1321). Nesse canto, na estrofe trs, versculo nove, Dante descreve uma frase que se encontra escrita no porto o qual seria feito de pedra e no de metal. A frase marca propriamente o incio de sua jornada pelos nove Ciclos do Inferno, assim como ele concebe o local em seu poema. A frase que ele leu diz o seguinte: "Deixai, vs, que entrais, toda a esperana!".

Ilustrao de Crbero, o co de guarda do Inferno.

Crbero era filho do temvel tit Tfon e da horrvel Equidna, conhecida como a "Me de todos os monstros". Crbero normalmente retratado como sendo um gigantesco cachorro com trs cabeas, embora seu tamanho e sua raa nunca foram especificados, logo, dependendo de quem o represente ele pode variar de tamanho absurdamente. Alm disso, outro aspecto que o marca, que Crbero tambm era retratado como possuindo a cauda sendo a cabea de um drago ou de uma serpente, e possuindo cabeas de serpentes que brotavam de seus pescoos ou das costas, cabeas estas que cuspiriam fogo ou veneno.

Crbero costuma ficar de prontido diante dos Portes do Inferno, sempre alerta, mas curiosamente sua funo no era manter os intrusos do lado de fora, mas pelo contrrio, impedir que os mortos tentassem fugir do Inferno. Mesmo assim, no significa que Crbero deixa-se qualquer um entrar de bom grado no Inferno. Alguns heris que ali desceram tiveram que se valer de artimanhas ou da ajuda dos deuses para poder entrar e depois sair.

Orfeu quando desceu ao Inferno, no intuito de trazer sua esposa, Eurdicede volta a vida, fizera Crbero adormecer ao som de sua lira. Eneias quando ali tambm teve que passar, contou com a ajuda de Sibila, a qual jogou um "bolo" para Crbero, o qual acabou caindo no sono. Odisseu (Ulysses para os romanos), Teseu e Psiqu (esposa de Eros) tambm entraram no Inferno, porm os mitos no detalham como eles fizeram para entrar e sair, com exceo de Teseu que ficara preso e fora solto por Hracles. Uma histria conhecida diz respeito ao dcimo segundo trabalho de Hracles, o qual o rei Euristeu que lhe incumbia dos trabalhos, lhe dera a difcil misso de capturar o co infernal, Crbero. Hracles aceitou a misso e desceu ao Inferno, sendo guiado por seus irmos Atena e Hermes. Ele passou por Crbero e fora procurar seu tio Hades em seu palcio, l ele lhe falou acerca de sua vinda ali. Hades concordou, porm Persfone pediu para que o heri no maltrata-se o animal. Outras verses atribuem tal pedido feito pelo prprio Hades. Hracles concordou em no usar nenhuma arma para ferir o co, apenas usaria sua colossal fora, assim depois de lutar contra o cachorro e subjug-lo, Hracles o acorrentou e o carregou sobre os ombros, o levando para a superfcie, em direo a Micenas, onde reinava Euristeu. Depois disso, o heri devolveu o co para seu lugar. Na Divina Comdia, Dante retira Crbero do seu posto diante dos portes, e o transfere para o Terceiro Ciclo, no qual so castigados os gulosos, ou seja, os pecadores que cometeram o pecado da gula. No entanto, a gula diferente do que comumente pensamos em se referir apenas ao excesso em se comer alimentos, a gula tambm refere-se a se beber muito, independente de ser bebidas alcolicas ou de outro tipo, pois em essncia a gula, refere-se ao descontrole em se consumir alimentos e bebidas. Nesse caso, Dante diz que Crbero devorava os gulosos, os aprisionando em seu estmago. Tal viso tambm compartilhada pelo desenho Os Cavaleiros do Zodaco (Saint Seiya), no captulo do Inferno, o qual tem como inspirao a Divina Comdia.

Os JuzesPassando pelos portes, as almas recm-chegadas adentravam a regio infernal chamada de rebo. rebo, tambm era o nome do deus primordial da escurido, sendo que uma das referncias dadas a essa regio era de "mundo das sombras", por dois sentidos: primeiro, por ser escura, e segundo, porque os mortos tambm eram chamados de sombras. Pelo rebo correm os rios Estige e o Ccito, o rio das lamentaes. O poeta grego Homero, autor da Ilada e da Odisseia, utiliza a referncia "sombra" para referir-se aos mortos. Na Odisseia, Odisseu acaba tendo que ir ao Inferno para encontrar a alma do vidente Tirsias o qual lhe poderia ajudar a encontrar o caminho de volta para sua casa, na ilha de taca. Odisseu diz que viu vrias sombras do seus companheiros de guerra enquanto andava pelo rebo.

Na Eneida, Eneias e Sibila avistam vrias almas se lamentando no chamado "Campo das Lamentaes" que ficaria em algum lugar do rebo. No poema, Eneias tem a infelicidade de encontrar a falecida rainha Dido, a quem outrora havia amado e quase chegara a se casar com esta. Dido havia cometido suicdio, pois Eneias a abandonara. E agora passaria a eternidade vagando pelo rebo em profundo remorso. Atravessando os campos sombrios e estreis do rebo, as almas recm-chegadas, so guiadas por demnios, ou pelas Queres, ou pelas Ernias, deusas da tortura, da vingana, do rancor e do castigo. Embora, Hades e Persfone fossem os soberanos do lugar, necessariamente eles no presidiam os julgamentos, para isso havia trs juzes que cuidavam desses assuntos.

Pintura retratando as Ernias perseguindo Orestes. Orestes era filho do rei Agammnon, e depois que descobriu que sua prpria me havia assassinado o seu pai, decidiu ving-lo, ento Orestes a matou junto com seu amante que havia participado da conspirao. Porm, as Ernias foram pessoalmente atormentar o prncipe, pois tal ato no era justificvel.

Na Eneida, Virglio descreve que Eneias e Sibila percorreram uma estrada pedregosa at chegaram a um grande porto de bronze, o qual dava entrada para o tribunal do juiz Minos. O local descrito como um grande ptio, guardado por uma hidra de cinquenta cabeas. Ao centro se encontrava uma grande mesa, sentada atrs dessa, estava Minos e diante dele a fila dos recm-chegados. No ptio, tambm havia um grande buraco, o qual dava acesso ao Trtaro, a parte mais profunda do Inferno, como veremos mais a frente. Eneias questiona para Sibila o quo profundo estaria o Trtaro, e essa responde que ele estava mais longe de seus ps do que o cu de sua cabea.Os trs juzes do Inferno no eram deuses, mas sim mortais que receberam essa recompensa e dever. Minos, em vida fora o rei de Creta, o mesmo que ordenara a construo de um labirinto, projetado por Ddalo, onde ele aprisionou o monstro chamado Minotauro. Embora fosse considerado um tirano para os atenienses, era considerado um bom monarca para seu povo. Minos era filho de Zeus e da princesa fencia Europa. O segundo juiz era irmo de Minos, este se chamava Radamanto. A Radamanto lhe atribudo a origem das leis cretenses, pois o mesmo era um homem justo e honesto. Radamanto acabou tendo que fugir de Creta, devido a inveja que Minos nutria por ele. Porm, quando morreu, Zeus o nomeou juiz do Inferno, assim como seu irmo.

O terceiro juiz era aco, o qual era filho de Zeus e da ninfa Egina. aco se tornou rei da ilha de Egina, a qual fora homenageada com o nome de sua me. aco casara-se com Endeis com quem teve dois filhos, Peleu e Telamon, respectivamente, os pais de Aquiles e Ajax, logo, aco era av desses heris. aco era descrito como tendo sido um governante honesto e justo, e isso lhe rendeu indicao para assumir o terceiro cargo de juiz no Inferno. aco tambm retratado tendo em mos, as Chaves do Inferno.

Pintura antiga, retratando os trsJuzesdo Inferno. Da esquerda para direita: Radamanto, Minos e aco.

Cada um dos juzes realizava um julgamento especfico. aco julgava as almas dos europeus; Radamanto julgava as almas dos asiticos, porm, dependendo das verses, uns atribuem a aco tambm julgar as almas dos africanos e outras atribuem tal dever a Radamanto, pois, aco julgaria o Ocidente e Radamanto o Oriente, logo, a frica oscilava entre essas duas perspectivas para os gregos antigos. Quanto a Minos, esse dava o veredicto final.Na Divina Comdia, Dante e Virglio encontram Minos no Segundo Ciclo. No poema ele exerce sua funo de juiz, condenando os pecadores de acordo com seus pecados a cada um dos ciclos. No h relatos claros dizendo se cada um dos juzes possuam seu prprio tribunal ou ambos julgavam em um s tribunal. Em Os Cavaleiros do Zodiaco: A Saga de Hades, os trs juzes so tambm cavaleiros, e cada um possui seu tribunal. Mas, independente de no se saber se cada um possua seu tribunal, o mesmo ficaria na regio do rebo, local onde a maioria dos mortos vagavam pela eternidade. Alm de ser tambm o local onde Hades e Persfone e outros deuses do Mundo Inferior possuam seus palcios.

Pintura retratando o Hades, talvez a regio do rebo.

O julgamento feito pelos trs juzes sentenciariam as almas a trs locais: rebo: Ou seja, em geral a grande maioria das almas ficavam residindo no prprio rebo, vagando como "sombras" por aqueles campos obscuros. Ao meu ver, tal sentena seria um "meio-termo", pois no seria to pavoroso e sofrvel como ir para o Trtaro, mas por outro lado, no seria bom como ir para os Elsios. Trtaro: Para l eram enviadas as pessoas que foram muito cruis em vida, grandes pecadoras ou que tiveram afrontado os deuses. Campos Elsios: As almas boas e bem-aventuradas, seriam enviadas para esse local de paz e felicidade.

O TrtaroTrtaro era tambm o nome de um deus primordial, ligado ao local da morte. Era filho do deus Caos, o deus primordial. Trtaro chegou a ter alguns filhos com Gaia, deusa da terra, sendo um deles, o terrvel tit Tfon, considerado o mais poderoso dos tits. No entanto, Trtaro tambm era o nome dado ao local mais profundo da terra, e normalmente era descrito como sendo uma priso envolta em escurido. O poeta grego Hesodo, dissera que o Trtaro era cercado por um gigantesco muro de bronze. J Virglio na Eneida, dissera que eram trs grandes muralhas que cercavam o local, e alm disso, o Trtaro seria um lugar muito quente e abafado, pois um dos rios do inferno, o Flegetonte, o rio de fogo, por ali passaria.

Pintura retratando o Trtaro. Ao centro ficaria uma espcie de fortaleza ou cidade, onde eram castigados os condenados.

No passado, Cronos, o deus do tempo e um dos tits, nascidos de Urano e Gaia, foi incentivado por sua me a destronar seu pai, pois Urano tinha horror aos seus filhos, e os aprisionou no Trtaro. No entanto, Gaia conseguiu libert-los e Cronos liderou seus irmos, assim ele usurpou o trono do pai Urano, e depois o castrou. No entanto, Cronos tambm chegou a prender alguns dos seus irmos, como os ciclopes-uranianos, os Hecatnquiros (gigantes de cinquenta cabeas e cem braos) e outros gigantes no Trtaro, pois os considerava como abominaes. Porm, assim como seu pai foi destronado, foi previsto que Cronos teria o mesmo destino, e com isso ele passou a engolir os prprios filhos, os aprisionando em seu estmago. Porm, sua esposa Reia, conseguiu poupar o caula, Zeus. Zeus cresceu escondido em uma ilha, e quando chegou a fase adulta foi confrontar seu pai. Aps conseguir libertar seus irmos do estmago do pai, Zeus reuniu os deuses, libertou os gigantes presos no Trtaro e iniciaram uma guerra. Com a vitria dos deuses, os tits que apoiaram Cronos, assim como ele, foram todos jogados de volta ao Trtaro, sendo definitivamente presos pelo resto da eternidade.

A Queda dos Tits. Cornelis van Harrlem.

Como pode se ver, desde o incio o Trtaro j apresentava uma funo de priso, e aps a vitria dos deuses, ele no apenas voltou a abrigar os tits e outros monstros, mas tambm passou a ser o local para onde os maiores pecadores e criminosos era enviados. De fato, alguns consideram o Trtaro como sendo a verdadeira essncia do Inferno.L, segundo conta Virglio, do alto de uma torre, ficava em constante viglia a Ernia, Alecto, a qual seu nome significa "interminvel", uma referncia ao sofrimento eterno que aqueles condenados teriam que suportar. Virglio, tambm dissera que as Grgonas (Medusa, Eurale e Esteno), como tambm hidras, quimeras e demnios, atormentavam os condenados no Trtaro. Curiosamente os castigos oferecidos no Trtaro no so bem descritos nos mitos. Sabe-se que os tits ficavam acorrentados, e em algumas verses, ficariam presos dentro de poos, algo que Dante fizera aluso em seu poema, no Oitavo Ciclo, quando encontrara alguns gigantes presos dentro de poos. Mas, diferente de Dante que soube detalhar os castigos sofridos em sua verso do Inferno, na mitologia grega, alguns dos castigos so um tanto peculiares, e os trs mais famosos, dizem respeito a trs mortais.

Tntalo, Ssifo e xion.

Tntalo era um rei que fora agraciado com a honra de realizar um banquete aos deuses, porm acabou matando um de seus filhos e servindo sua carne no banquete. Os deuses descobriram terrvel ato, ento Zeus matou Tntalo e o restante de seus filhos. O rei fora condenado diretamente ao Trtaro, onde fora aprisionado em um poo com gua at a altura do pescoo. Seu castigo, fora sofrer de fome e sede pelo resto da eternidade. Toda vez que Tntalo tentasse beber gua, o poo se secava. E toda vez que ele tenta-se pegar um dos frutos que se encontrava em uma rvore sobre o poo, o vento afastava os galhos dele. No caso de Ssifo, esse fora rei de Corinto, e existem muitas verses sobre sua vida e os crimes que cometera, desde adultrio, tentativa de matar o prprio irmo, delatar Zeus, e enganar o deus Tnatos e o deus Hades. Com isso, ele fora condenado ao Trtaro, a ter que empurrar ou carregar uma pedra de mrmore montanha acima, mas quando se aproximava do topo, uma fora jogava a pedra abaixo, e Ssifo, tinha que voltar todo o trajeto e comear tudo de novo. O castigo de Ssifo era realizar todos os dias, todas as horas, todo o tempo a mesma rdua tarefa, pelo resto da eternidade. Tal histria originou o provrbio "trabalho de Ssifo", onde a rotina se torna uma tortura.

xion fora um traioeiro rei que para se casar com Dia, filha de Eioneu, prometera como dote, seus melhores cavalos, mas depois de realizado o casamento, xion no deu o dote, isso levou Eioneu a se irar, o qual tomou a fora o dote prometido, xion, se irou e jurou vingana. Ele acabou engando o sogro e o trancou dentro de uma casa, onde a queimou. O mesmo acabou se arrependendo e enlouqueceu. Porm, posteriormente, Zeus lhe restitura a sanidade e realizara um banquete para ele, no entanto, xion j embriagado, comeou a cortejar Hera. A deusa revoltada com aquilo, fora contar para seu marido. Zeus pediu que Nfele, a deusa das nuvens, cria-se uma nuvem na forma de Hera e a envia-se para xion. O tolo mortal achando que a rainha dos deuses cedera a suas investidas, a possuiu. Segundo o mito, tal nuvem teria dado origem aos centauros. Porm, Zeus indignado com a afronta que xion havia feito a sua esposa, o matou e o lanou ao Trtaro, onde o mesmo fora preso em uma roda em chamas, condenado a girar nesta pela eternidade. O Trtaro para alguns estudiosos se assemelharia mais a ideia de Inferno, passada pelas religies abramicas (Judasmo, Cristianismo e Islamismo), como sendo um local quente, cheio de fogo, fumaa e enxofre, onde os gritos de dor dos pecadores eram ouvidos, enquanto demnios os castigavam severamente.

Os Campos Elsios Os chamados Campos Elsios, lugar onde o vento sereno de Zfiro (deus do vento oeste) sopra, onde prados verdejantes se estendem alm da onde a vista alcana. Um lugar onde sempre dia (em algumas verses diz-se que a noite existe), onde parece que a primavera no vai embora, pois os bosques so verdejantes e cheio de frutas e os campos ficam coloridos com as flores silvestres. Um lugar onde as pessoas cantam, danam, leem, declamam poesias, praticam exerccios, correm, brincam. Um lugar onde no h dor, sofrimento, e nenhum sentimento ruim e pecaminoso. Um lugar, onde as pessoas vivem em paz e felizes.

Pintura retratando os Campos Elsios.

Tais campos so na mitologia grega, o que concebemos como Paraso em outras religies, como j fora dito anteriormente nesse texto. Mas, um fato interessante que a localizao dos Elsios no certa. Virglio, diz que tais campos ficavam no prprio Hades, pois fora para l que Eneias e Sibila se dirigiram para encontrar Anquises. No jogo God of War: Chains of Olympus, os Campos Elsios tambm ficavam localizados no Hades. No jogo, tambm diz que o pilar que sustenta o mundo se encontra nos Elsios, e esse pilar era a base do Monte Olimpo.Em alguns mitos antigos, os Elsios seriam cercados por gigantescas muralhas, a fim de separ-lo do rebo. E tal lugar seria governado pelo juiz Radamanto. E tendo como guardio o prprio Cronos. Porm, tal verso no fora muito aceita posteriormente, pois Cronos estava preso no Trtaro, e no seria poupado de seus crimes, no entanto, os Elsios mesmo assim se manteriam no Inferno.Porm, para outros poetas como Homero, Hesodo e Pndaro (522-443 a.C), os Elsios no ficariam no mundo inferior, mas seriam ilhas localizadas no Ocidente, no Mar Oceano, nome dado ao atual Oceano Atlntico. Hesodo, chega a se referir aos Campos Elsios como Ilhas dos Afortunados ou Ilhas dos Bem-aventurados. Homero refere-se ao local brevemente na Odisseia, mas alega que o mesmo seriam ilhas localizadas no grande oceano, onde o juiz Radamanto as governaria. O historiador grego Plutarco (46-120), defende a ideia de que os Elsios seriam ilhas localizadas a oeste da costa africana. Em Os Cavaleiros do Zodaco: A Saga de Hades, os Campos Elsios ficariam em uma espcie de outra "dimenso". Embora, que um dos caminhos para l se chegar, se encontra-se atrs de uma grande parede no Inferno. Na Divina Comdia, Dante no chega a falar propriamente dos Elsios, mas faz meno ao local, fazendo aluso ao encontro de Eneias com Anquises, descrito na Eneida.

Pintura retratando o encontro de Eneias com seu pai Anquises nos Campos Elsios.

Outro aspecto que marca os campos que um dos cinco rios infernais por ali passava. Nesse caso, o Rio Lete, o rio do esquecimento. Dizia-se que aps mil anos, a alma poderia reencarnar em outro corpo. Ao se beber da gua do Lete, a alma acabaria esquecendo sua vida passada. Na Divina Comdia, o rio Lete no fica localizado no Inferno, mas sim na Montanha do Purgatrio, onde as almas que recebiam o perdo, bebiam-lhe da gua, antes de poderem entrar no Cu. O rio possua a mesma funo de fazer esquecer aquele a quem bebe-se de suas guas. Os Campos Elsios posteriormente alm de terem sido associados ao Paraso, tambm chegaram a serem comparados ao Jardim do den, ao jardim das delcias. NOTA: Os Crnidas, designao dada aos filhos de Cronos e Reia eram: Hades, Poseidon, Hera, Demter, Hstia e Zeus. NOTA 2: As Moiras, as deusas do destino eram: tropos, Lquesis e Cloto.NOTA 3: As Ernias eram: Tsifone, Megera e Alecto. NOTA 4: Ambrosia o nome de um doce feito base de ovos, bem comum em Portugal, Espanha e em alguns estados no Brasil, especialmente no interior desses. NOTA 5: Nctar o nome pelo qual so chamadas as bebidas alcolicas no jogo The Sims 3. Alm disso, h tambm o doce ambrosia, o qual concede grande felicidade e rejuvenesce o Sim em alguns dias de vida. NOTA 6: Ambrosia o nome de uma famlia de plantas.NOTA 7: Existem muitas avenidas com o nome de Campos Elsios. Em Paris existe a famosa Champs-lyses, a qual passa sob o Arco do Triunfo construdo por Napoleo Bonaparte. Na cidade de So Paulo, alm de existir uma avenida com esse nome, tambm existe o bairro dos Campos Elsios, fundado no sculo XVIII por ricos empresrios e fazendeiros, constituindo um bairro nobre na poca.

Referncias Bibliogrficas:BULFINCH, Thomas. O livro de ouro da mitologia: histrias de deuses e heris. Traduo de David Jardim, Rio de Janeiro, Ediouro, 2006. VIRGLIO, Pblio. Eneida. Traduo de Manuel Odorico Mendes. So Paulo, Martin Claret, 2011. ALIGHIERI, Dante. Divina Comdia. Traduo de J. P. Xavier Pinheiro, Rio de Janeiro, W. M. Jackson, 1964. (volume I). HOMERO. Odisseia. Traduo de Jaime Bruna. Rio de Janeiro, Otto Pierre Editores, 1980. HESODO. Teogonia. Nitroi, UFF, 1979. Grande Enciclopdia Larousse Cultural, v. 9, So Paulo, Nova Cultural, 1998. Grande Enciclopdia Larousse Cultural, v. 12, So Paulo, Nova Cultural, 1998. Grande Enciclopdia Larousse Cultural, v. 14, So Paulo, Nova Cultural, 1998. Grande Enciclopdia Larousse Cultural, v. 16, So Paulo, Nova Cultural, 1998. Grande Enciclopdia Larousse Cultural, v. 20, So Paulo, Nova Cultural, 1998.Grande Enciclopdia Larousse Cultural, v. 21, So Paulo, Nova Cultural, 1998. Grande Enciclopdia Larousse Cultural, v. 23, So Paulo, Nova Cultural, 1998.

Impresso por Julio Celestino 20/02/2015 do site http://seguindopassoshistoria.blogspot.com.br/2013/01/vida-apos-morte-na-mitologia-grega.html