Upload
doque
View
220
Download
0
Embed Size (px)
Citation preview
11.ª ESCOLADE CIÊNCIASDA VIDAE DA SAÚDEUMA INTRODUÇÃOÀ INVESTIGAÇÃONA U.PORTO
Promovida pela Universidade do
Porto no quadro do programa “Uni-
versidade Júnior”, a Escola de Ciên-
cias da Vida e da Saúde (ECVS) nas-
ceu com o propósito de familiarizar
os estudantes do ensino secundário
– especificamente os do 11.º ano –
com o trabalho académico e com a
investigação nas áreas de ciências
da saúde e de biologia, nas suas di-
versas vertentes.
A ECVS estrutura-se em torno do de-
senvolvimento de pequenos projetos
de investigação com a duração de
cinco dias, executados sob a orien-
tação de docentes e investigadores
das seguintes unidades da Univer-
sidade do Porto: Faculdade de Ciên-
cias da Nutrição e Alimentação, Fa-
culdade de Desporto, Faculdade de
Engenharia, Faculdade de Farmácia,
Faculdade de Medicina, Instituto de
Ciências Biomédicas Abel Salazar
(ICBAS), Instituto de Biologia Mole-
cular e Celular (i3S/IBMC), Instituto
de Engenharia Biomédica (i3S/INEB)
e Instituto de Patologia e Imunologia
Molecular (i3S/Ipatimup).
Em 2015 decorrerá a 11.ª edição da
Escola, de 31 de agosto a 5 de se-
tembro. No primeiro dia, no decurso
da sessão de abertura, os vários pro-
jetos serão apresentados aos jovens
participantes. No último dia terá
lugar o congresso de encerramento,
competindo, então, a cada grupo de
participantes apresentar os resulta-
dos da sua investigação, no âmbito
do projeto que lhes coube desenvol-
ver, discutindo-os posteriormente
com os seus pares e com os profes-
sores e investigadores que conduzi-
ram as atividades.
A 11.ª ECVS será composta por pro-
jetos que se inserem em áreas como
os biomateriais e a regeneração ós-
sea, a biologia molecular, a bioquí-
mica, a cardiologia, a ética médica, o
exercício e a saúde, a farmacologia,
a fisiologia, a genética, a microbio-
logia, a nutrição, a oncologia ou a
veterinária. Um dos pressupostos
subjacentes a esta Escola é, preci-
samente, promover a perceção da
multidisciplinaridade destas áreas
das Ciências da Vida e da Saúde.
PROJETOS
1. Mecanismos de diferenciação de adipócitos brancos em adipócitos beges/castanhos Alexandra Gouveia – FCNAUP/FMUP
2. A Nutrição na prevenção e no auxílio do tratamento de doenças Olívia Pinho – FCNAUP
3. Fitness mitocondrial José Magalhães – FADEUP
4. O efeito do stress oxidativo na formação da placenta humanaMaria de Fátima Martel – FMUP
5. Biomateriais: o osso feito por nósDiana Nascimento – i3S/INEB
6. Vírus da Hepatite E: à procura de novos reservatórios animaisMaria de São José Alexandre – FFUP
7. Resistência aos antibióticos – uma perspetiva ecológicaHelena Ferreira – FFUP
8. BioMicroMundo: como se identificam microrganismos?Olga Nunes – FEUP
9. Avaliação da adesão e formação de biofilme em diferentes espécies do género CandidaAcácio Rodrigues – FMUP
10. Gene mutado, fenótipo alterado?Acácio Rodrigues – FMUP
11. A prática clínica veterinária – animais de companhiaAugusto de Matos – ICBAS
12. Quando o coração falha: do laboratório à clínicaAdelino Leite Moreira – FMUP
13. Arquitetando o circuito da dorFilipe Monteiro – FMUP
14. Moléculas envolvidas no controlo da atividade da bexiga – qual é o papel do ATP?Paulo Correia de Sá – ICBAS
15. Dos cromossomas aos genesAlberto Barros – FMUP
16. Alterações genéticas em tumores da tiroidePaula Soares – i3S/Ipatimup
17. Doença dos pezinhos: aspetos genéticos, éticos e psicossociaisMilena Paneque – i3S/IBMC
18. Vem descobrir se és um atleta resistente ou velozRosália Sá – ICBAS
01.
COLABORADORES
Adriana Rodrigues
Liliana Matos
Maria João Salazar
CONTACTOS
Departamento de Biologia Experimental
ALEXANDRA GOUVEIA
[email protected] | 22 042 67 43
Faculdade de Ciências da Nutrição e Alimentação
da Universidade do Porto (FCNAUP)
RUA DR. ROBERTO FRIAS | 4200-465 PORTO
TEL.: 22 507 43 20 | E-MAIL: [email protected]
WWW.FCNA.UP.PT
Faculdade de Medicina da Universidade do Porto (FMUP)
ALAMEDA PROF. HERNÂNI MONTEIRO | 4200-319 PORTO
TEL.: 22 551 36 00 | E-MAIL: [email protected]
WWW.MED.UP.PT
EQUIPA
PROFESSORA/INVESTIGADORA PROPONENTE
Alexandra Gouveia
01. MECANISMOS DE DIFERENCIAÇÃO DE ADIPÓCITOS BRANCOS EM ADIPÓCITOS BEGES/CASTANHOS
A obesidade e patologias associadas
constituem hoje uma epidemia nos
países desenvolvidos e uma ameaça
à saúde humana, sendo urgente o de-
senvolvimento de novas terapias. Neste
contexto, foi importante a (re)descober-
ta do tecido adiposo castanho em huma-
nos adultos e a identificação de um novo
tipo de tecido adiposo, designado de
bege. A transformação de tecido adiposo
branco em bege/castanho, importante
no dispêndio energético, é considerada
uma estratégia inovadora e atrativa no
combate à obesidade. Dados prelimina-
res em adipócitos in vitro mostram que
uma classe de neuropéptidos, designa-
da de melanocortinas, apresenta essa
capacidade. Pretende-se neste projeto
verificar se as melanocortinas apresen-
tam o mesmo efeito in vivo. Para isso,
murganhos C57BL/6 serão tratados com
melanocortinas e alterações estruturais,
transcricionais e funcionais, sugestivas
de diferenciação em adipócitos beges/
castanhos, serão avaliadas no tecido
adiposo subcutâneo e visceral.
O trabalho será maioritariamente realiza-
do no Departamento de Biologia Experi-
mental (DBE) da Faculdade de Medicina
da Universidade do Porto (FMUP). Este
departamento, para além da atividade
docente desempenhada na FMUP, presta
apoio logístico e docente à licenciatura
em Ciências da Nutrição, da Faculdade
de Ciências da Nutrição e Alimentação da
Universidade do Porto (FCNAUP). O DBE
compreende quatro grupos que se dedi-
cam especialmente à investigação na área
da Dor, Divisão Celular, Envelhecimento e
Stress e Neuro-urologia.
02.
COLABORADORES
Patrícia Padrão Andreia Lemos
CONTACTOS
Olívia Pinho
Andreia Lemos
Patricia Padrão
Faculdade de Ciências da Nutrição e Alimentação
da Universidade do Porto (FCNAUP)
RUA DR. ROBERTO FRIAS | 4200-465 PORTO
TEL.:22 507 43 20 | E-MAIL: [email protected]
WWW.FCNA.UP.PT
EQUIPA
PROFESSORA/INVESTIGADORA PROPONENTE
Olívia Pinho
02. A NUTRIÇÃO NA PREVENÇÃO E NO AUXÍLIO DO TRATAMENTO DE DOENÇAS
Os hábitos alimentares estão sujeitos a
uma constante evolução, que acompanha
o dinamismo de cada sociedade. As doen-
ças crónicas – como as cardiovasculares
– são a principal causa de morte em Por-
tugal e é crucial que se aprenda a comer e
a fazer escolhas saudáveis.
A presença equilibrada de sais minerais
no organismo, como o sódio e o potássio,
é essencial para uma vida saudável. A
insuficiência renal diminui a capacida-
de do organismo eliminar potássio, pelo
que o consumo de alimentos ricos neste
micronutriente pode provocar proble-
mas a nível cardíaco e a nível de condu-
ção nervosa. Por outro lado, a elevada
ingestão de sódio está associada à pres-
são arterial elevada e a um maior risco
de doença cardiovascular.
Os objetivos principais deste trabalho
passam por dosear os micronutrientes
(sódio e potássio), proceder à avaliação
nutricional de alheiras desenvolvidas
para doentes renais versus alheiras de
receita tradicional e, ainda, modificar nu-
tricionalmente uma receita tradicional,
tornando-a mais equilibrada.
Este projeto será desenvolvido no Labo-
ratório de Gastrotecnia da Faculdade de
Ciências da Nutrição e Alimentação da
Universidade do Porto (FCNAUP), onde
se apresentam condições e equipamen-
tos que possibilitam a inovação alimentar
– nomeadamente avaliando a desidrata-
ção, branqueamento, textura e análise
sensorial de preparados alimentícios –, o
desenvolvimento de preparados culiná-
rios, bem como o doseamento de sódio e
potássio em alimentos. Este laboratório
apoia as aulas da unidade curricular de
Gastrotecnia.
03.
COLABORADORES
David Rizo
Estela Alves
Jorge Beleza
Sílvia Rodrigues
CONTACTOS
José Magalhães
Sílvia Rodrigues
[email protected] | 22 042 52 59
Faculdade de Desporto da Universidade do Porto (FADEUP)
RUA DR. PLÁCIDO COSTA, 91 | 4200-450 PORTO
TEL.: 22 042 52 00 | E-MAIL: [email protected]
WWW.FADE.UP.PT
EQUIPA
PROFESSOR/INVESTIGADOR PROPONENTE
José Magalhães
03. FITNESS MITOCONDRIAL
Nesta atividade os estudantes terão um
primeiro contacto com diferentes técni-
cas bioquímicas que permitem analisar
o impacto do exercício físico a nível or-
gânico. No âmbito de projetos em curso
no laboratório, centrarão a sua atenção
na relevância da prática sistemática de
exercício físico na funcionalidade de di-
ferentes tecidos, nomeadamente tecido
adiposo e hepático. Recorrendo ao mode-
lo animal (rato), analisarão o impacto de
um programa de exercício na funcionali-
dade mitocondrial. Nos tecidos extraídos
será avaliado o consumo de oxigénio a ní-
vel mitocondrial, a formação de potencial
transmembranar, o swelling mitocondrial,
bem como a atividade de algumas enzi-
mas e o conteúdo de algumas proteínas,
recorrendo a técnicas de immuno-blot-
ting. Será, ainda, analisado o impacto do
exercício como estratégia terapêutica
contra os efeitos deletérios induzidos por
dietas ricas em gordura.
Este projeto é proposto pelo Laboratório
de Fisiologia e Bioquímica do Exercício
da Faculdade de Desporto da Universi-
dade do Porto (FADEUP), que se encon-
tra associado ao Gabinete de Biologia do
Desporto (Faculdade de Desporto) e ao
Centro de Investigação em Atividade Físi-
ca, Saúde e Lazer (CIAFEL), sediado nesta
mesma faculdade.
COLABORADORES
Ana Cristina Branco
Cláudia Silva
CONTACTOS
Ana Cristina Branco
[email protected] | 22 042 66 58 | 91 887 01 75
Cláudia Silva
[email protected] | 22 042 66 58 | 91 557 61 44
Faculdade de Medicina da Universidade do Porto (FMUP)
ALAMEDA PROF. HERNÂNI MONTEIRO | 4200-319 PORTO
TEL.: 22 551 36 00 | E-MAIL: [email protected]
WWW.MED.UP.PT
04.
EQUIPA
PROFESSORA/INVESTIGADORA PROPONENTE
Fátima Martel
04. O EFEITO DO STRESS OXIDATIVO NA FORMAÇÃO DA PLACENTA HUMANA
A placenta humana é um órgão alta-
mente proliferativo e invasivo durante a
primeira metade da gravidez, sendo os
trofoblastos extravilositários (EVTs) da
placenta o principal tipo de células en-
volvidas no processo de placentação. O
stress oxidativo designa uma situação
de desequilíbrio entre a produção de
espécies reativas de oxigénio e os níveis
de antioxidantes. Diversas patologias da
gravidez estão associadas a um aumento
nos níveis de stress oxidativo placentário.
Neste trabalho os estudantes investiga-
rão o efeito do stress oxidativo, induzido
com o composto tert-butilhidroperóxido,
sobre a capacidade proliferativa e mi-
gratória de uma linha celular de EVTs hu-
manos de primeiro trimestre, as células
HTR8/SVneo.
O Departamento de Bioquímica da Fa-
culdade de Medicina da Universidade do
Porto (FMUP) tem como principais mis-
sões o ensino, a investigação e transfe-
rência de conhecimento para a sociedade.
O ensino da bioquímica e do metabolis-
mo a estudantes do Mestrado Integrado
em Medicina e a estudantes de outros
domínios das Ciências da Saúde, como
as Ciências da Nutrição, é uma das ta-
refas fundamentais deste departamento.
Na pré-graduação o departamento tem
a seu cargo as unidades curriculares de
Estrutura Molecular da Célula e Bioquí-
mica do Metabolismo da FMUP e Química
Orgânica, Bioquímica I, II e III da Faculda-
de de Ciências da Nutrição e Alimentação
da Universidade do Porto (FCNAUP). Co-
ordena, ainda, o Programa doutoral em
Metabolismo – clínica e experimentação
– e várias unidades optativas de 2.º e 3.º
ciclo de estudos da FMUP e da FCNAUP.
As linhas de investigação do departa-
mento centram-se na síndrome meta-
bólica, um problema de saúde pública de
incidência crescente a nível mundial.
COLABORADORES
Susana Santos Ana Catarina Silva
Catarina Pereira
Daniela Vasconcelos
João Pedro Martins
CONTACTOS
Diana S. Nascimento
INEB – Instituto de Engenharia Biomédica (i3S/INEB)
RUA DO CAMPO ALEGRE, 823 | 4150-180 PORTO
TEL.: 22 607 49 00 | E-MAIL: [email protected]
WWW.INEB.UP.PT
05.
EQUIPA
PROFESSORA/INVESTIGADORA PROPONENTE
Diana S. Nascimento
05. BIOMATERIAIS: O OSSO FEITO POR NÓS
Durante este estágio os alunos irão des-
cobrir um pouco do fascinante mundo
dos biomateriais, criando numa placa
de Petri uma estrutura viva que imita as
interacções celulares na medula óssea
após uma lesão.
As atividades a desenvolver incluem a
preparação e caraterização de um bio-
material 3D com estrutura porosa, no
qual vão ser colocadas células respon-
sáveis pela formação do osso. O com-
portamento celular será monitorizado
pela avaliação da viabilidade celular, da
atividade metabólica e do citoesquele-
to. Os participantes terão oportunidade
de experienciar diferentes tipos de téc-
nicas, nomeadamente a cultura celular,
microscopia confocal e a microscopia
eletrónica de varrimento.
O Instituto de Engenharia Biomédica
(i3S/INEB) é uma instituição privada sem
fins lucrativos com o estatuto de utilida-
de pública. O principal objetivo do i3S/
INEB é estabelecer uma interface entre
a universidade e os setores da saúde e
da economia na área da Engenharia Bio-
médica. O Instituto foi fundado por seis
instituições, incluindo a Universidade
do Porto, em 1989. A sua missão é gerar
conhecimento, promovendo investiga-
ção, formação avançada e transferência
de tecnologia em engenharia biomédica.
A sua visão é ser uma referência interna-
cional na aplicação da engenharia à reso-
lução de problemas na área da saúde.
O i3S/INEB adotou o lema “Engenharia
para a Vida”, por forma a traduzir o nosso
empenho no desenvolvimento de tecno-
logias e dispositivos destinados a melho-
rar a qualidade de vida dos pacientes e a
aprendizagem contínua com organismos
vivos. A transdisciplinaridade do i3S/INEB
é a sua principal caraterística, envolvendo
especialistas nas áreas dos biomateriais,
bioengenharia, nanomedicina, bioimagem,
simulação médica, biologia e medicina.
COLABORADORES
João Rodrigo Mesquita
Ricardo Oliveira
Diogo Almeida
Joana Silva
CONTACTOS
Maria de São José Garcia Alexandre
Diogo Almeida
Joana Silva
Ricardo Oliveira
Faculdade de Farmácia da Universidade do Porto (FFUP)
RUA DE JORGE VITERBO FERREIRA, 228 | 4050-313 PORTO
TEL.: 22 042 85 00 | E-MAIL: [email protected]
WWW.FF.UP.PT
06.
EQUIPA
PROFESSORA/INVESTIGADORA PROPONENTE
Maria de São José Alexandre
06. VÍRUS DA HEPATITE E: À PROCURA DE NOVOS RESERVATÓRIOS ANIMAIS
Este projeto visa a deteção do vírus da
hepatite E (HEV) em amostras biológicas
de diferentes animais domésticos e sel-
vagens e a sua caraterização molecular,
a fim de avaliar a sua relação genética
com estirpes de HEV humanas. Nesta
atividade os alunos terão a oportunidade
de entrar no mundo da biologia molecu-
lar. O plano de trabalho engloba a extra-
ção do RNA (ácido ribonucleico) do HEV
de amostras biológicas de várias espé-
cies animais, a deteção do RNAHEV (ge-
noma do vírus da hepatite E) por RT-PCR
(reação em cadeia da polimerase prece-
dida de transcrição reversa) em tempo
real e RT-PCR convencional, a realização
de eletroforese em gel de agarose para
observação dos produtos amplificados
e, finalmente, a análise de sequências
genómicas do vírus da hepatite E e cons-
trução de árvores filogenéticas com se-
quências provenientes do banco de da-
dos GenBank. Os resultados do trabalho
da semana serão apresentados oralmen-
te pelos alunos no último dia da Escola.
O Laboratório de Microbiologia (LM)
pertence ao Departamento de Ciências
Biológicas da Faculdade de Farmácia da
Universidade do Porto (FFUP). As ativi-
dades de ensino e investigação do LM co-
brem as diferentes áreas da microbiologia,
nomeadamente bacteriologia, micologia,
parasitologia e virologia. Este trabalho
será realizado na unidade de Virologia do
LM, cujas áreas de investigação são: viro-
logia clínica; virologia do ambiente e do
alimento; seroepidemiologia e epidemio-
logia molecular de vírus entéricos animais
e humanos. O projeto aqui proposto inse-
re-se nesta última área de investigação.
COLABORADORES
Daniela Gonçalves
Josman Palmeira
Margarida Machado
CONTACTOS
Helena Ferreira
[email protected] | 22 042 85 83
Faculdade de Farmácia da Universidade do Porto (FFUP)
RUA DE JORGE VITERBO FERREIRA, 228 | 4050-313 PORTO
TEL.: 22 042 85 00 | E-MAIL: [email protected]
WWW.FF.UP.PT
07.
EQUIPA
PROFESSORA/INVESTIGADORA PROPONENTE
Helena Ferreira
07. RESISTÊNCIA AOS ANTIBIÓTICOS
– UMA PERSPETIVA ECOLÓGICA
A Organização Mundial de Saúde re-
conhece a questão da resistência aos
antibióticos como uma das mais preo-
cupantes em termos de Saúde Pública.
Também o Fórum Económico Mundial
reconhece esta questão como um risco
global, capaz de modificar os sistemas
de saúde, com fortes impactos económi-
cos e sociais. Os estudos do microbioma
humano vieram alertar para a importân-
cia da microbiota intestinal dos animais
na disseminação de bactérias resisten-
tes aos antibióticos. Esta dispersão não
conhece fronteiras nem obstáculos e a
saúde depende da manutenção do equi-
líbrio com os nossos “comensais”. Somos
verdadeiros ecossistemas, coexistindo
numa mesma ecosfera. Este projeto pre-
tende sensibilizar os candidatos para a
circulação de bactérias resistentes aos
antibióticos e dos genes responsáveis
pela resistência, em diferentes nichos
ecológicos, incluindo os humanos, o am-
biente natural e os animais, tendo em
conta o conceito de “One Health”.
O Laboratório de Microbiologia (LM)
pertence ao Departamento de Ciências
Biológicas da Faculdade de Farmácia
da Universidade do Porto (FFUP). As
atividades de ensino e investigação do
LM cobrem as diferentes áreas da micro-
biologia, nomeadamente bacteriologia,
micologia, parasitologia e virologia. Este
grupo de trabalho tem vindo a dar aten-
ção ao estudo da resistência aos anti-
bióticos e dos mecanismos envolvidos,
particularmente em bactérias da flora
intestinal de mamíferos, que por vezes
podem funcionar com agentes responsá-
veis por doença infecciosa. Com o intuito
de interpretar a disseminação destas
bactérias resistentes aos antibióticos, o
seu estudo tem sido realizado em vários
nichos. O estudo da resistência tem sido
levado a cabo em bactérias isoladas de
infeções humanas, de colonização intes-
tinal de humanos e animais, de ambien-
tes naturais, como rios e mar e, também,
estações de tratamento de águas residu-
ais, numa tentativa de “construir o puzzle”
da sua disseminação.
COLABORADORES
Carla Ferreira
Paula Pinheiro
Patrícia Reis
Sílvia Faia
CONTACTOS
Olga Nunes
[email protected] | 22 508 19 17
Carla Ferreira
[email protected] | 22 508 47 15
Paula Pinheiro
[email protected] | 22 508 47 15
Patrícia Reis
[email protected] | 22 508 47 15
Sílvia Faia
[email protected] | 22 508 47 15
Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto
RUA DR. ROBERTO FRIAS | 4200-465 PORTO
TEL.: 22 508 14 00 | E-MAIL: [email protected]
WWW.FE.UP.PT
08.
EQUIPA
PROFESSORA/INVESTIGADORA PROPONENTE
Olga Nunes
08. BIOMICROMUNDO: COMO SE IDENTIFICAM MICRORGANISMOS?
A identificação de microrganismos pre-
sentes num determinado ambiente é
crucial em diversas áreas de ativida-
de. São exemplos a identificação de
agentes infecciosos ou de organismos
cujas caraterísticas podem ser usadas
em benefício da Humanidade, como os
produtores de antibióticos ou os que
são usados na descontaminação de lo-
cais poluídos com substâncias tóxicas.
Nesta atividade os estudantes terão a
oportunidade de isolar e caraterizar mi-
crorganismos presentes numa amostra,
tendo por objetivo a sua identificação.
Para além das técnicas básicas de mi-
crobiologia (métodos de esterilização,
preparação de meios de cultura gerais
e seletivos, propagação de microrga-
nismos, caraterização da morfologia
colonial e celular, caraterização do tipo
metabolismo, suscetibilidade a anti-
-sépticos e desinfetantes), os estudan-
tes utilizarão técnicas de biologia mo-
lecular (tipagem por RAPD - Random
Amplified Polymorphic DNA’ -, sequen-
ciação do gene que codifica para o gene
rRNA 16S) para identificar os organis-
mos dessa amostra.
O Departamento de Engenharia Química
da Faculdade de Engenharia da Univer-
sidade do Porto (FEUP) é responsável
pela lecionação de unidades curriculares
do Mestrado Integrado em Bioengenharia,
do Mestrado Integrado em Engenharia do
Ambiente e do Mestrado Integrado em
Engenharia Química. Adicionalmente é
responsável pelo Programa Doutoral em
Engenharia Química e Biológica.
COLABORADORES
Ana Silva Dias
CONTACTOS
Serviço e Laboratório de Microbiologia
[email protected] | 22 551 36 62
Ana Silva Dias
[email protected] | 96 488 82 44
Faculdade de Medicina da Universidade do Porto (FMUP)
ALAMEDA PROF. HERNÂNI MONTEIRO | 4200-319 PORTO
TEL.: 22 551 36 00 | E-MAIL: [email protected]
WWW.MED.UP.PT
09.
EQUIPA
PROFESSOR/INVESTIGADOR PROPONENTE
Acácio Rodrigues
09. AVALIAÇÃO DA ADESÃO E FORMAÇÃO DE BIOFILME EM DIFERENTES ESPÉCIES DO GÉNERO CANDIDA
As leveduras do género Candida são os
principais agentes de infeções fúngi-
cas em humanos. O grande aumento de
infeções fúngicas, relacionadas com
cuidados de saúde, resulta em elevada
mortalidade (30-50%) associada a inter-
namentos mais prolongados, apesar do
seu tratamento com antifúngicos. Mui-
tas destas infeções relacionam-se com
a capacidade de adesão e formação de
biofilme por parte dos microrganismos.
Os biofilmes são comunidades de micror-
ganismos envolvidos numa matriz extra-
celular polisacarídica, com elevada to-
lerância ao tratamento antifúngico. Para
que se dê a formação de biofilme é fun-
damental que os microrganismos adiram
a um substrato, biótico ou abiótico.
Neste projeto serão utilizadas várias
técnicas laboratoriais, desde as clássi-
cas metodologias microbiológicas até
às técnicas mais recentes como a cito-
metria de fluxo, de modo a avaliar estes
fatores de virulência em várias espécies
do género Candida.
A Faculdade de Medicina da Universi-
dade do Porto (FMUP) apresenta uma
posição de destaque na educação e inves-
tigação biomédica. O Serviço de Micro-
biologia integra os departamentos aca-
démicos da FMUP e tem como principais
missões o ensino pré e pós-graduado, a
investigação científica e a transferência
de conhecimento para a sociedade. Esta-
belece interface entre as ciências básicas
e clínicas, sendo uma unidade multidis-
ciplinar. Tal facto traduz-se na investiga-
ção em diferentes áreas, nomeadamente
micologia (principal área de investigação),
virologia, bacteriologia e parasitologia mé-parasitologia mé-
dica. Integra uma equipa constituída por
elementos de diversas áreas como medi-
cina, bioquímica, biologia e microbiologia.
Colaboram, ainda, na investigação desen-
volvida estagiários, estudantes de mestra-
do, de doutoramento e pós-doutoramento,
bem como estudantes da pré-graduação
de variados setores do conhecimento.
COLABORADORES
Elisabete Ricardo
CONTACTOS
Serviço e Laboratório de Microbiologia
[email protected] | 22 551 36 62
Elisabete Ricardo
Faculdade de Medicina da Universidade do Porto (FMUP)
ALAMEDA PROF. HERNÂNI MONTEIRO | 4200-319 PORTO
TEL.: 22 551 36 00 | E-MAIL: [email protected]
WWW.MED.UP.PT
10.
EQUIPA
PROFESSOR/INVESTIGADOR PROPONENTE
Acácio Rodrigues
10. GENE MUTADO, FENÓTIPO ALTERADO?
Candida krusei (C. krusei) é um fungo unicelular, comensal oportunista do hos-
pedeiro e patogénico em indivíduos cujo
sistema imunológico se encontra debi-
litado. Quando estes indivíduos são tra-
tados com fármacos antifúngicos nem
sempre estes são eficazes. Algumas es-
tirpes de C. krusei possuem mecanismos
de resistência que lhes permitem esca-
par à ação dos antifúngicos – por exem-
plo, a existência de mutações em genes
alvo dos antifúngicos utilizados. A alte-
ração estrutural das proteínas interfere
na ligação do antifúngico ao centro ativo
da enzima, permitindo à célula escapar
da atividade antifúngica. Neste proje-
to pretende-se explorar a existência de
mutações no gene ERG11, que codifi-
ca para a enzima da família citocromo
P-450 lanosterol 14α- desmetilase. Esta
enzima é essencial na via biossintética
do ergosterol, um dos constituintes mais
abundantes da membrana plasmática,
sendo também uma enzima alvo dos an-
tifúngicos da classe dos azoles.
A Faculdade de Medicina da Universi-
dade do Porto (FMUP) apresenta uma
posição de destaque na educação e inves-
tigação biomédica. O Serviço de Micro-
biologia integra os departamentos aca-
démicos da FMUP e tem como principais
missões o ensino pré e pós-graduado, a
investigação científica e a transferência
de conhecimento para a sociedade. Esta-
belece interface entre as ciências básicas
e clínicas, sendo uma unidade multidis-
ciplinar. Tal facto traduz-se na investiga-
ção em diferentes áreas, nomeadamente
micologia (principal área de investigação),
virologia, bacteriologia e parasitologia mé-parasitologia mé-
dica. Integra uma equipa constituída por
elementos de diversas áreas como medi-
cina, bioquímica, biologia e microbiologia.
Colaboram, ainda, na investigação desen-
volvida estagiários, estudantes de mestra-
do, de doutoramento e pós-doutoramento,
bem como estudantes da pré-graduação
de variados setores do conhecimento.
11.
COLABORADORES
Jorge Ribeiro
Liliana Martins
CONTACTOS
UPVet - Cliníca Veterinária do Instituto de Ciências
Biomédicas Abel Salazar (ICBAS) da Universidade do Porto
[email protected] | 22 042 84 00
Jorge Ribeiro
Liliana Martins
Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar (ICBAS)
RUA DE JORGE VITERBO FERREIRA, 228 | 4050-313 PORTO
TEL.: 22 042 80 00 | E-MAIL: [email protected]
WWW.ICBAS.UP.PT
EQUIPA
PROFESSOR/INVESTIGADOR PROPONENTE
Augusto de Matos
11. A PRÁTICA CLÍNICA VETERINÁRIA
– ANIMAIS DE COMPANHIA
Os participantes deste projeto acompa-
nharão a atividade médico-cirúrgica da
UPVet – Clínica Veterinária do Instituto
de Ciências Biomédicas Abel Salazar, da
Universidade do Porto –, nomeadamente
a nível da consulta externa, da medicina
interna, do diagnóstico por imagem, de
eventuais cirurgias e terapêutica nas
espécies animais alvo. Trata-se de uma
atividade não programável, dependente
da afluência e casuística apresentada
pelos utentes na semana em questão.
A UPVet – Clinica Veterinária do Insti-
tuto de Ciências Biomédicas Abel Sa-
lazar (ICBAS), da Universidade do Porto,
foi criada em 1998, com a finalidade de
proporcionar um ensino prático aos es-
tudantes da então licenciatura em Me-
dicina Veterinária. É um centro de aten-
dimento veterinário vocacionado para a
clínica de animais de companhia (cães,
gatos, espécies exóticas).
Reconhecida como Clínica pela Ordem dos
Médicos Veterinários de Portugal em maio
de 2003, viu esse reconhecimento confir-
mado pela Direcção Geral de Veterinária
em 2010. Integrada desde o seu início no
Departamento de Clínicas Veterinárias,
a atual UPVet mantém o seu objetivo de
apoio ao ensino clínico dos estudantes
do Mestrado Integrado em Medicina Ve-
terinária, prestando, também, serviços à
população em geral e apoio aos médicos
veterinários privados.
Com a mudança para as novas instalações,
junto ao Palácio de Cristal, e a recente
abertura do serviço permanente de urgên-
cia, é intenção da UPVet constituir-se bre-
vemente em hospital veterinário.
COLABORADORES
Amândio Rocha Sousa
Inês Falcão Pires
Ana Filipa Silva
Gabriel Costa
Manuel Neiva de Sousa
Manuel Santos
Sara Leite
CONTACTOS
Departamento de Fisiologia e Cirurgia Cardiotorácica
22 551 36 44
Ana Filipa Silva
Manuel Santos
Faculdade de Medicina da Universidade do Porto (FMUP)
ALAMEDA PROF. HERNÂNI MONTEIRO | 4200-319 PORTO
TEL.: 22 551 36 00 | E-MAIL: [email protected]
WWW.MED.UP.PT
12.
EQUIPA
PROFESSOR/INVESTIGADOR PROPONENTE
Adelino Leite Moreira
12. QUANDO O CORAÇÃO FALHA: DO LABORATÓRIO À CLÍNICA
A cardiomiopatia diabética é definida
como uma disfunção ventricular em do-
entes diabéticos, podendo, tardiamente,
induzir disfunção diastólica e progressão
para insuficiência cardíaca. A carateri-
zação dos mecanismos fisiopatológicos
subjacentes à sua progressão reveste-
-se de particular relevância. Este projeto
pretende estimular o espírito científico,
dando aos alunos a oportunidade de par-
ticipar em experiências laboratoriais, na
análise de um artigo científico e na obser-
vação e discussão de um caso clínico. As
atividades a desenvolver incluem apre-
sentações multimédia e estudos labora-
toriais para análise metabólica, funcional
e histológica em animais saudáveis e dia-
béticos, após administração de estrep-
tozoticina. A metodologia experimental
a utilizar inclui a avaliação funcional de
músculos papilares, caraterização mor-
fológica por microscopia e avaliação he-
modinâmica in vivo. Paralelamente serão,
também, desenvolvidas outras técnicas
como cultura celular e a de perfusão car-
díaca isolada segundo Langendorff.
O Departamento de Fisiologia e Cirurgia
Cardiotorácica da Faculdade de Medi-
cina da Universidade do Porto (FMUP) é
um departamento académico e situa-se
na interface entre as ciências básicas e
clínicas. O departamento tem uma forte
intervenção no ensino e na investigação
científica no âmbito da fisiologia, da fisio-
patologia e da cirurgia cardiotorácica. As
ciências cardiovasculares constituem a
sua principal área de investigação, estan-
do os seus investigadores adstritos à uni-
dade de Investigação e Desenvolvimento
Cardiovascular. Esta unidade reúne mais
de 50 investigadores doutorados, tendo
sido classificada três vezes com “exce-
lente” e uma com “muito bom” nas avalia-
ções a que foi submetida. Os docentes e
investigadores possuem formação muito
diversificada em áreas do conhecimento
distintas, mas complementares. Cola-
boram, ainda, na investigação do de-
partamento estagiários, estudantes de
mestrado, de doutoramento, bem como
estudantes da pré-graduação de áreas
variadas do conhecimento.
COLABORADORES
Carlos Reguenga César Monteiro
Luís Midão
CONTACTOS
Filipe Monteiro
[email protected] | 22 042 67 43 (LABORATÓRIO) | 22 551 36 54 (DBE)
Carlos Reguenga
César Monteiro
Luís Midão
Faculdade de Medicina da Universidade do Porto
ALAMEDA PROF. HERNÂNI MONTEIRO | 4200-319 PORTO
TEL.: 22 551 36 00 | E-MAIL: [email protected]
WWW.MED.UP.PT
13.
EQUIPA
PROFESSOR/INVESTIGADOR PROPONENTE
Filipe Monteiro
13. ARQUITETANDO O CIRCUITO DA DOR
A correta perceção da informação sen-
sitiva pelo cérebro envolve tipos di-
ferentes de neurónios e necessita de
circuitos funcionais. Como se desen-
volvem os neurónios sensitivos nos
vários subtipos? E como formam si-
napses? Para responder a estas ques-
tões torna-se necessário desvendar
processos celulares ao nível molecular,
ou seja, conhecer os genes interve-
nientes e de que forma estes interagem.
Na formação do circuito nervoso noci-
ceptivo, o qual permite a perceção da
dor em resposta a um estímulo doloroso,
existem dois genes que desempenham
um papel muito importante: o Prrxl1 e o
Tlx3. No entanto, os mecanismos mole-
culares que controlam a sua função e in-
teração são ainda pouco compreendidos.
Neste trabalho, propõe-se avaliar de
que forma o gene Tlx3 interage com o
Prrxl1. Para isso, serão executadas di-
ferentes metodologias, nomeadamente
cultura e transfeção (com plasmídeos
recombinantes) de uma linha celular
neuronial, ensaios repórter de lucifera-
se e western blotting.
O trabalho será maioritariamente realiza-
do no Departamento de Biologia Experi-
mental (DBE) da Faculdade de Medicina
da Universidade do Porto (FMUP). Este
departamento, para além da atividade
docente desempenhada na FMUP, presta
apoio logístico e docente à licenciatura
em Ciências da Nutrição, da Faculdade
de Ciências da Nutrição e Alimentação
da Universidade do Porto (FCNAUP). O
DBE compreende quatro grupos que se
dedicam especialmente à investigação
na área da Dor, Divisão Celular, Envelheci-
mento e Stress e Neuro-urologia.
COLABORADORES
Isabel Silva Alexandrina Timóteo
Cátia Vieira
Fátima Ferreirinha
CONTACTOS
Laboratório de Farmacologia e Neurobiologia
Secretariado (Dr.ª Milaydis Napolskij)
Diretor (Professor Paulo Correia-de-Sá)
Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar (ICBAS)
RUA DE JORGE VITERBO FERREIRA, 228 | 4050-313 PORTO
TEL.: 22 042 80 00 | E-MAIL: [email protected]
WWW.ICBAS.UP.PT
14.
EQUIPA
PROFESSOR/INVESTIGADOR PROPONENTE
Paulo Correia-de-Sá
14. MOLÉCULAS ENVOLVIDAS NO CONTROLO DA ATIVIDADE DA BEXIGA - QUAL É O PAPEL DO ATP?
O reflexo miccional é complexo e os meca-
nismos que o regulam ainda não estão to-
talmente esclarecidos. Aparentemente, o
sinal que desencadeia o reflexo miccional
resulta da libertação de ATP (adenosina
5’-trifosfato) devida à distensão mecâni-
ca das células uroteliais durante a fase
de enchimento da bexiga. Em situações
patológicas, como na síndrome de bexiga
hiperativa, verificou-se um aumento da
quantidade de ATP libertado para a urina
a partir do urotélio, sendo considerado um
biomarcador promissor no diagnóstico
desta patologia (Silva-Ramos et al., 2013).
Neste projeto realizar-se-ão experiências
in vitro com bexiga isolada de ratos da
estirpe Wistar, no sentido de investigar os
mecanismos que controlam a libertação
de ATP para dentro da bexiga e, também,
qual a sua origem. Para efeitos de com-
paração, será avaliada a libertação de
[3H]-ACh por espectrometria de cintilação
líquida e, paralelamente, serão realizadas
experiências de cistometria (avaliação das
pressões no interior da bexiga) num mode-
lo in vivo de rato anestesiado.
O Laboratório de Farmacologia e Neu-
robiologia está integrado no Centro de
Investigação Farmacológica e Inovação
Medicamentosa (MedInUP) do Instituto
de Ciências Biomédicas Abel Salazar (IC-
BAS) da Universidade do Porto. O princi-
pal objetivo do grupo de investigação de
Farmacologia e Neurobiologia é estudar
o papel fisiopatológico das purinas (ATP
e seus metabolitos) na sinalização celu-
lar no Homem e em modelos animais de
doenças humanas, tentando encontrar
novos alvos para intervenção terapêutica
(medicamentos). Por outro lado, é também
objetivo do grupo tentar compreender qual
a origem do ATP e de outros mediadores
que estão envolvidos na atividade da be-
xiga. Neste sentido, foi recentemente de-
monstrado o papel dos recetores P2Y6 lo-
calizados no urotélio de rato que, quando
ativados, facilitam a libertação de ATP por
via de hemicanais (pannexina-1) (Timóteo
et al., 2014), aumentando a frequência
miccional (Carneiro et al., 2014).
COLABORADORES
Sofia Dória
Susana Fernandes
Ana Paula Neto
Berta Carvalho
Carolina Almeida
Filipa Carvalho
Joel Pinto
CONTACTOS
Departamento de Genética
[email protected] | 22 551 36 47
Faculdade de Medicina da Universidade do Porto (FMUP)
ALAMEDA PROF. HERNÂNI MONTEIRO | 4200-319 PORTO
TEL.: 22 551 36 00 | E-MAIL: [email protected]
WWW.MED.UP.PT
15.
EQUIPA
PROFESSOR/INVESTIGADOR PROPONENTE
Alberto Barros
15. DOS CROMOSSOMAS AOS GENES
Uma das áreas de diagnóstico e inves-
tigação do Departamento de Genética é
o estudo da infertilidade masculina. No
diagnóstico efetua-se, por rotina, o estu-
do dos cromossomas humanos (carióti-
pos) e as microdeleções do cromossoma Y.
O projeto proposto remete para a par-
ticipação nas atividades quotidianas
do laboratório, com aprendizagem de
técnicas de cultura celular, realização
de preparações cromossómicas e mon-
tagem de cariótipos, na área da cito-
genética. Na componente de genética
molecular os participantes terão opor-
tunidade de realizar extração de DNA
de sangue periférico, amplificação por
PCR de genes localizados no cromos-
soma Y e visualização, por eletroforese
capilar, dos produtos de PCR respetivos.
O Departamento de Genética está inte-
grado na Faculdade de Medicina da Uni-
versidade do Porto (FMUP). Presta servi-
ços à comunidade na área do diagnóstico
genético de diversas patologias, colabora
na formação pré-graduada de alunos de
Medicina e pós-graduada de alunos de
várias áreas e desenvolve trabalho de
investigação laboratorial nas áreas da
genética da reprodução e do desenvolvi-
mento embrio-fetal.
CONTACTOS
Paula Soares
Ana Pestana
Instituto de Patologia e Imunologia Molecular
da Universidade do Porto (i3S/ Ipatimup)
RUA JÚLIO AMARAL DE CARVALHO, 45 | 4200-465 PORTO
TEL.: 22 557 07 00; E-MAIL: [email protected]
WWW.IPATIMUP.PT
16.
EQUIPA
PROFESSORA/INVESTIGADORA PROPONENTE
Patrícia Castro
COLABORADORES
Ana Pestana
16. ALTERAÇÕES GENÉTICAS EM TUMORES DA TIROIDE
Os participantes deste projeto serão inte-
grados num grupo de investigação e acom-
panhados pelos investigadores responsá-
veis. Numa primeira fase, pretende-se que
cada participante tome conhecimento dos
procedimentos básicos do laboratório. Pos-
teriormente, irão desenvolver as técnicas
básicas de biologia molecular, como extra-
ção de ADN a partir de material biológico,
realização de um PCR (polymerase chain
reaction) específico das referidas amostras,
observação do produto de PCR e posterior
sequenciação. Numa fase final, interpre-
tarão os resultados obtidos, que discutirão
com o investigador responsável.
O grupo de Biologia do Cancro do Institu-
to de Patologia e Imunologia Molecular
da Universidade do Porto (i3S/Ipatimup)
procura identificar mecanismos de etio-
patogénese molecular do cancro humano
com potenciais aplicações no diagnósti-
co precoce e na seleção de terapêuticas
específicas, utilizando como modelo pre-
ferencial as neoplasias da tiroide. Para
além deste componente de investigação
de translação, o grupo tem-se interessado,
em termos de investigação básica, pelo
esclarecimento do significado carcinogé-
nico de alterações das vias de transdu-
ção do sinal, metabolismo mitocondrial,
mecanismos apoptóticos e mecanismos/
moléculas envolvidos em motilidade e
invasão. A validação e identificação de
novos alvos moleculares para tratamento
do cancro, utilizando inibidores químicos
da sinalização intracelular, ou suprimindo
seletivamente a expressão de genes por
siRNA (método), é também uma área abor-
dada pelo grupo. Alguns destes estudos
usam como modelos biológicos tumores
neuroendócrinos e hematológicos, para
além das neoplasias da tiroide.
COLABORADORES
Álvaro Mendes
Joana Barros
Paula Magalhães
Tânia Meireles
Nuno Franco
CONTACTOS
Milena Paneque
Álvaro Mendes
Paula Magalhães
Instituto de Biologia Molecular e Celular (i3S/IBMC)
RUA DO CAMPO ALEGRE, 823 | 4150-180 PORTO
TEL.: 22 607 49 00 | E-MAIL: [email protected]
WWW.IBMC.UP.PT
17.
EQUIPA
PROFESSORA/INVESTIGADORA PROPONENTE
Milena Paneque
17. DOENÇA DOS PEZINHOS: ASPETOS GENÉTICOS, ÉTICOS E PSICOSSOCIAIS
O diagnóstico molecular de uma doen-
ça hereditária não fica concluído com a
obtenção de um excelente resultado de
laboratório. A transmissão da informação
genética, a tomada de decisões face às al-
ternativas existentes e a vivência pessoal,
familiar e social da condição estudada
são, ainda, elementos deste processo.
Neste projeto serão abordados o pro-
cesso de diagnóstico, as técnicas de ge-
nética molecular e as peculiaridades da
realização do teste pré-sintomático em
doenças neurodegenerativas de início
tardio. Pretende-se que os participantes
adquiram noções acerca do impacto psi-
cossocial das doenças hereditárias, bem
como acerca dos aspetos éticos e legais
envolvidos na transmissão da informa-
ção médica. No final do módulo, deverão
ser capazes de identificar boas práticas
do aconselhamento genético e os prin-
cípios éticos que o regem, bem como as
leis portuguesas ao abrigo das quais esta
atividade profissional é desenvolvida.
O IBMC – Instituto de Biologia Molecu-
lar e Celular (i3S/IBMC) é uma associa-
ção sem fins lucrativos, com estatuto
de utilidade pública e um Laboratório
Associado do Ministério da Ciência e Tec-
nologia (MCTES). Com mais de 30 grupos
de investigação e mais de 400 investiga-
dores, o Instituto fomenta a investigação
básica que está na origem de aplicações
na biomedicina e biotecnologia. O i3S/
IBMC atua no setor da saúde através do
Centro de Genética Preditiva e Preventiva
(CGPP), nas áreas dos testes genéticos
moleculares, consulta de diagnóstico e
aconselhamento genético de doenças
hereditárias. O Serviço de Culturas Ce-
lulares e Genotipagem (CCGen) colabora
na melhoria das condições em culturas
celulares, genotipagem e expressão ge-
nética. Oferece os serviços de análise
de expressão genética por real-time
PCR, determinação da qualidade de
RNA (ácido ribonucleico), extração auto-
mática e purificação de ADN, análise e
quantificação de ADN/RNA e proteínas.
As atividades decorrerão no IBMC, espe-
cificamente no CGPP e no CCGen.
CONTACTOS
Departamento de Microscopia
Laboratório de Biologia Celular
Rosália Sá
[email protected] | 22 042 82 42
Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar (ICBAS)
RUA DE JORGE VITERBO FERREIRA, 228 | 4050-313 PORTO
TEL.: 22 042 80 00| E-MAIL: [email protected]
WWW.ICBAS.UP.PT
18.
EQUIPA
PROFESSORA/INVESTIGADORA PROPONENTE
Rosália Sá
COLABORADORES
Ana Martins
Jorge Oliveira
18. VEM DESCOBRIR SE ÉS UM ATLETA RESISTENTE OU VELOZ
A descodificação do genoma humano e
os avanços da sequenciação genómica
permitem, entre outros aspetos, a iden-
tificação de biomarcadores de prognós-
tico essenciais à compreensão de pro-
cessos biológicos, estados patológicos
ou resposta a determinados fármacos.
A capacidade do músculo esquelético
para produzir força/velocidade ou resis-
tência, crucial para o desempenho e su-
cesso dos atletas, é fortemente influen-
ciada por fatores genéticos. Diversas
variantes genéticas têm sido associadas
com a performance de atletas de elite e o
paradigma atual é que este desempenho
de elite é um traço poligénico. Uma asso-
ciação direta entre o genótipo e o desem-
penho em vários grupos de atletas de elite
é dada pelo gene do α-actinina 3 (ACTN3).
Nesta atividade, os participantes utiliza-
rão algumas metodologias de biologia e
genética molecular para avaliar a expres-
são do polimorfismo p.Arg577* do gene
(ACTN3) e as implicações deste fator ge-
nético no seu desempenho muscular.
A atividade decorrerá no Laboratório de
Biologia Celular do Departamento de
Microscopia do Instituto de Ciências
Biomédicas Abel Salazar (ICBAS) da Uni-
versidade do Porto.
Este laboratório, para além de assegurar
o ensino de várias unidades curriculares
ao nível do ensino pré-graduado (licen-
ciaturas em Ciências do Meio Aquático e
em Bioquímica e mestrados integrados
em Medicina, Medicina Veterinária e Bio-
engenharia) e pós-graduado, encontra-se
igualmente envolvido em diversas ativi-
dades de prestação de serviços internos
e externos e de investigação científica.