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“Cristo amou a igreja e a si mesmo se entregou por ela para a santificar”. Efésios 5:25b e 26a PROJETO Mensagem Bíblica para o último sábado do 2º trimestre de 2011 25 de junho LIDANDO COM O DESPREZO 10 Vidas que Ensinam Santidade

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“Cristo amou a igreja e a si mesmo se entregou por ela para a santificar”.Efésios 5:25b e 26a

PROJETO

Mensagem Bíblica para o último sábado do 2º trimestre de 2011 25 de junho

LIDANDO COM O

DESPREZO

10Vidas que Ensinam Santidade

LIDANDO COM O

DESPREZO

“Cristo amou a igreja e a si mesmo se entregou por ela para a santificar”.Efésios 5:25b e 26a

PROJETO

Vidas que Ensinam Santidade

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da Igreja Adventista da Promessa.

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“Cristo amou a igreja e a si mesmo se entregou por ela para a santificar”.Efésios 5:25b e 26a

PROJETO

Lidando com o desprezo .................................................. 6

Introdução .............................................................................. 6

I. Ao lidar com o desprezo, lembre-se da presença de Deus ................................ 7

II. Ao lidar com o desprezo, aceite a orientação de Deus ....................................... 9

III. Ao lidar com o desprezo, confie na justiça de Deus ...........................................11

Conclusão ........................................................................... 14

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LIDANDO COM O DESPREZO Texto bíblico: Gn 21:8-21

INTRODUÇÃO: O sermão desta manhã é a continua-ção da série Vidas que ensinam santidade. Algumas perso-nagens bíblicas já foram estudadas nesta série, dentre es-tas: Ana (mãe de Samuel), Daniel, Davi, José (pai de Jesus), Rute e Ana, a profetisa. Hoje, através da situação vivida por Agar e Ismael, vamos tratar do assunto Lidando com o desprezo, com base no relato de Gn 21:8-21. O importante é sabermos, já de antemão, que, mais do que apresentar princípios para lidarmos positivamente com o desprezo, que aqui significa desvalorização do ser humano, nossa reflexão de hoje sobre esse texto nos levará a crescer em santidade, porque nos trará conhecimento de Deus.

Os versículos 14-21 do nosso texto-base apresentam uma cena caótica: uma escrava e seu filho são expulsos da casa dos seus senhores e passam a perambular pelo deserto, sem garantia alguma de sobrevivência. Ela fora mandada embora sem nenhuma recompensa pelos anos de serviço prestado a sua senhora; o moço teve de deixar a casa de seu pai riquíssimo com nada mais que pão e água. A situação foi tão extrema que a única saída pare-cia ser esperarem a morte. O que duas pessoas sedentas

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e famintas poderiam fazer num deserto, a não ser cho-rar? Mas é aí que vemos o agir direto de Deus em seu favor. Assim, a partir da ação divina em relação a Agar e seu filho, gostaríamos de apresentar a você que tem en-frentado o desprezo três princípios que fortalecerão sua confiança no Senhor e o ajudarão a crescer em santidade, enquanto lida com essa situação. O primeiro deles é:

I. AO LIDAR COM O DESPREZO,LEMBRE-SE DA PRESENÇA DE DEUS

Talvez a maioria, aqui, já tenha ouvido ou lido, algu-ma vez, a respeito do envolvimento de Agar na vida de Abraão e Sara. Estes eram idosos e não tinham filhos. Mas Deus havia prometido a Abraão um herdeiro (Gn 15:3-5). Acontece que o tempo passava e o filho não vinha. Sara, ansiosa por ser mãe, tomou a iniciativa de propor a seu marido que tivesse um filho com a escrava dela, Agar. Abraão aceitou a proposta, e, assim, nasceu Ismael (Gn 16:1-4, 15). Mas, no tempo devido, Deus cumpriu a promessa de dar a Abraão e Sara o filho que eles tanto queriam. Nasceu, então, Isaque (Gn 21:1-3).

O nosso texto base diz que, quando Isaque foi desma-mado, seu pai deu um grande banquete para comemorar o acontecimento (Gn 21:8). Nesse banquete, ocorreu um evento desagradável: Sara se ressentiu de certa atitude de Ismael em relação a Isaque. Talvez se tratasse de uma brincadeira ou de uma zombaria. O texto diz que ela pe-diu a Abraão que expulsasse Agar e Ismael de casa, pois não queria que o garoto fosse herdeiro com Isaque. O au-tor conta que Abraão, mesmo triste por causa de Ismael, despediu, na manhã seguinte, este e sua mãe. Os dois an-daram sem rumo pelo deserto de Berseba (Gn 21:11-14).

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É no deserto que Agar prova o cuidado de Deus, exa-tamente quando não havia mais perspectiva alguma de sobrevivência para ela e seu filho, de acordo com os ver-sículos 15-16. No versículo 17, nós lemos: Deus, porém, ouviu a voz do menino; e o Anjo de Deus chamou do céu a Agar e lhe disse: Que tens, Agar? Não temas, porque Deus ouviu a voz do menino, daí onde está. Observe o verbo ouvir usado duas vezes nesse versículo. Não se trata, aqui, apenas de percepção auditiva, mas de dedicação, de aten-ção voltada para alguém. Foi assim que Deus se mostrou a Agar: dedicado e atencioso. Ele a encorajou, dizendo: Não temas. A razão por que ela não precisava temer era a presença do Deus que ouve, que ama primeiro e vai ao encontro do ser humano, onde quer que esteja. Foi essa mensagem que o Anjo de Deus levou a Agar, no deserto, quando disse: Deus ouviu a voz do menino, daí onde está.

No momento em que parecia não haver ninguém aten-to ao que se passava naquele lugar, Agar ouviu aquele que ouve e vê todas as coisas. Não era qualquer pessoa que falava com ela, mas aquele que habita nas alturas. O texto diz que ele a chamou do céu. No Salmo 113, também lemos: Não há ninguém como o Senhor, nosso Deus, que tem o seu trono nas alturas, mas se inclina para ver o que há no céu e na terra. Ele livra da humilhação os pobres e tira da miséria os necessitados (vv. 5-7). É assim que Deus lida com os desprezados: ouvindo-os, onde quer que es-tejam; mostrando-se atento ao que se passa com eles.

Por amar demais o ser humano, Deus detesta vê-lo desvalorizado. Sendo assim, não lhe agrada nem um pou-co que pessoas sejam tratadas como objetos e sejam ex-postas à humilhação. Ele nos tem por alvos da sua aten-ção constante, mesmo sem sermos úteis, atraentes, caris-máticos, ricos ou qualificados aos olhos humanos. Esse

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amor foi demonstrado claramente na atenção que Jesus dispensou às pessoas desvalorizadas pela sociedade. Os evangelhos nos dizem que ele se encheu de íntima com-paixão (Mt 20:34; Lc 7:13), quando as encontrou. Portanto, a presença constante do Senhor conosco é a maior garan-tia do seu amor e do valor que ele nos dá. Lembre-se dis-so sempre, e especialmente quando for alvo de desprezo.

Ao mostrar a atuação direta de Deus em favor daqueles dois moribundos, o texto não apenas nos ensina a lem-brar da presença de Deus. O segundo princípio que ele traz a você que tem enfrentado o desprezo é o seguinte:

II. AO LIDAR COM O DESPREZO,ACEITE A ORIENTAÇÃO DE DEUS

Depois de encorajar Agar, com sua presença e sua atenção, o Senhor passou a orientá-la para restabelecê--la daquele caos. Leia o que dizem os versículos 18-19: Ergue-te, levanta o rapaz, segura-o pela mão, porque eu farei dele um grande povo. Abrindo-lhe Deus os olhos, viu ela um poço de água, e, indo a ele, encheu de água o odre, e deu de beber ao rapaz. É importante observarmos que, apesar de poder poupar Agar de qualquer esforço, Deus lhe requer ação. Nisso, percebemos que ele a conside-rou capaz da atitude nobre de vencer sua debilidade física para socorrer seu filho.

Há, na sabedoria popular, um ensino que se aplica a essa situação: Em vez de darmos o peixe a alguém, de-vemos ensinar-lhe pescar. De certo modo, foi assim que o Senhor agiu com Agar: não lhe deu a água na boca, mas ensinou-lhe lutar, e ela aceitou a orientação divina. O primeiro passo foi ordenar que ficasse de pé, levantas-se o garoto e o segurasse pela mão, porque isto era o

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que Agar podia fazer. Porém, o que ela era incapaz de ver, Deus lhe mostrou: Abrindo-lhe Deus os olhos, viu ela um poço de água (v. 18). Contudo, ainda havia algo que Agar podia fazer e fez: caminhar até o poço. Leia o que o texto diz: ... indo a ele, encheu de água o odre, e deu de beber ao rapaz (v. 19). Imagine essa mulher desidratada e castigada pelo calor do deserto caminhando até o poço. Deus po-deria tê-la poupado disso.

Perceba, porém, que Deus não poupou Agar de esfor-ço porque não a tratou como desprezível, mas valorizou--a a ponto de permitir que ela própria desse os primei-ros passos rumo à reconstrução de sua vida. Essa é uma imagem de Deus diferente daquela que alguns costumam ter: aquele Pai bonachão que poupa seus filhos de todo e qualquer sofrimento, que faz tudo por eles, mesmo o que podem fazer. Essa imagem de Deus indo ao encontro de Agar e colocando-a em ação é o que a palavra de Deus nos revela sobre ele: um Deus que nos tem tanto amor que nos valoriza, até mesmo, e especialmente, quando es-tamos no pior estado imaginável.

Nosso Deus não nos trata como incompetentes e inú-teis. Por isso, não fará o que está em nossas condições e o que é de nossa responsabilidade, mas nos orientará quan-to ao que devemos fazer, porque conhece o limite das nossas forças e quer que confiemos nele. Deus tem pra-zer em nos ver superar os desafios que ele nos dá e nos encoraja a darmos o primeiro passo. Assim ele faz com aqueles que se sentem vazios de recursos próprios. Como agiu com Agar, neste texto em que estamos meditando, agiu com Moisés (Êx 3–4:1-17), Gideão (Jz 6), Jeremias (Jr 1:4-10) e outras personagens bíblicas.

Deus não alimenta nossa autocompaixão, não nos mima, mas nos torna ativos na construção da nossa histó-

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ria. Essa postura ativa diante da vida e, ao mesmo tempo, submissa a Deus torna-se evidente a partir do momento em que aceitamos as suas orientações, em sua palavra, e as seguimos, conscientes de que ele tem uma grande obra a fazer através de nós, que não pode ser interrom-pida pela opinião ou pela atitude de desprezo de outros. Foi essa atitude que levou Neemias a prosseguir com a construção dos muros de Jerusalém (Ne 3-4). Deus lida com os desprezados instruindo-os, em vez de deixá-los acomodados, e dando-lhes novas forças para levantarem e viverem para a sua glória.

Até aqui, você aprendeu a lembrar-se da presença de Deus e a aceitar suas orientações, diante desprezo. Mas há, ainda, um terceiro princípio que o agir de Deus sobre Agar e Ismael também ensina:

III. AO LIDAR COM O DESPREZO, CONFIE NA JUSTIÇA DE DEUS

Você lembra como Agar fora parar no deserto com seu filho: Sara requerera de Abraão que os expulsasse de casa. Vamos ler novamente os versículos 9-10. Talvez ela já estivesse bastante preocupada em garantir que Isaque fosse o único herdeiro de Abraão e só esperava um mo-tivo para requerer a rejeição de Agar e Ismael, ou, talvez, as frequentes intrigas familiares, pela situação privilegia-da de Isaque, tenham-na levado a pedir que Abraão os expulsasse. O fato é que o texto não dá condições para entendermos que a atitude do garoto tenha sido digna do castigo que ele recebeu.

A postura arrogante da esposa de Abraão levou-a a usar sua situação de poder para desprezar quem depen-dia de seu favor. Sendo assim, ainda que Deus ordenasse

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a Abraão que mantivesse em casa Agar e Ismael, a atitude de Sara não seria reparada, porque justiça imposta jamais será justiça de fato. Também precisamos considerar que, se entendemos justiça como a vontade de Deus cumpri-da, a atitude de Sara está, definitivamente, bem longe de ser justa – ainda que tal atitude fosse considerada legíti-ma, naquela época e naquele meio social –, pois o uso do poder para privar pessoas de seus direitos fundamentais e condená-las à desolação não se harmoniza com a vonta-de de Deus. Isso porque o uso indevido do poder tem sua raiz na soberba e é maléfico ao ser humano.

Mas o fato é que Deus disse a Abraão: Não te pareça isso mal por causa do moço e por causa da tua serva; atende a Sara em tudo o que ela te disser; porque por Isaque será chamada a tua descendência (v. 12). Todavia, não precisamos ficar confusos porque esse mesmo Deus ama a justiça (Sl 33:5) e detesta o desprezo ao ser huma-no, que ele criou a sua imagem e semelhança. Portanto, quando ele disse para Abraão atender Sara (vv. 12-13), não estava sendo conivente com a injustiça dela, mas garantindo que iria agir com justiça e cumprir suas pro-messas – e não há nada mais justo que o cumprimento das promessas divinas.

Deus não esquecera o que havia prometido a Abraão, mas, por ser justo, jamais deixaria Agar e Ismael sem a ga-rantia de um futuro abençoado: ... eu farei dele um grande povo (v. 18). Deixá-los, portanto, sair de debaixo do teto de Abraão e colocá-los em liberdade era o início do cum-primento dessa promessa. Leia os versículos 20-21: Deus estava com o rapaz, que cresceu, habitou no deserto e se tornou flecheiro; habitou no deserto de Parã, e sua mãe o casou com uma mulher da terra do Egito. O que Deus queria mesmo era dar-lhes um rumo digno, tornando-os

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livres para construírem suas vidas, pois a sua justiça pro-move salvação e restauração do ser humano.

Não esqueça que nenhuma injustiça está oculta aos olhos de Deus. Ele vê se tratamos ou se somos tratados com desprezo. Por isso, não se engane: Deus, cujo nome é santo, jamais será conivente com a injustiça, e não es-moreça: Deus, cujo nome é santo, ouve o gemido dos in-justiçados. Você não precisa e não deve revidar; tampou-co precisa guardar mágoa. Basta confiar no Deus que faz justiça aos desprezados, pois, assim como Agar não podia imaginar que todo aquele caos a que fora submetida era o início da sua liberdade e da liberdade de seu filho, você também não consegue entender por que Deus lhe per-mitiu passar por humilhações e chegar ao estado em que você se encontra. Mas ele sempre está fazendo o que é justo: está tornado você livre e colocando outros em liber-dade, ao mesmo tempo.

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CONCLUSÃO: Para encerrarmos esta reflexão, é opor-tuno lembrarmos o que o escritor de Provérbios diz: Quando cair o teu inimigo, não te alegres, e não se regozije o teu coração quando ele tropeçar; para que o Senhor não veja isso, e lhe desagrade, e desvie dele a sua ira (Pv 24:17-18). O sentido dessa advertência é que Deus está sempre presente, vê o ofensor e o ofendido, e sempre se coloca em defesa de quem sofre o insulto, ainda que se trate de um inimigo nosso. A partir do momento em que agimos com arrogância diante daqueles que nos tratam mal, dei-xamos de ser inocentes aos olhos de Deus. Ele sempre prefere ser o defensor daqueles que não têm defensor. Foi assim que ele se revelou a Agar.

Deus jamais nos rejeita porque nunca nos mede pela régua humana. Ele sonda os corações, sabe, de fato, quem somos e nos concede valor inestimável, a despeito das nossas falhas. Conhecer, hoje, as atitudes que caracteriza-Conhecer, hoje, as atitudes que caracteriza-ram o seu tratamento a Agar e Ismael é encorajador. É de fé e coragem que precisamos para confiar que Deus ouve o nosso gemido, quando passamos por situações de des-prezo e incompreensão por parte daqueles que deveriam nos amar. Portanto, prossigamos em conhecer esse Deus, que é sempre presente, orientador e justo.

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