Argumentação da campanha da Equipe Rambo

O câncer é responsável por milhões de mortes. Por ano, estima-se que oito milhões e 200 mil pessoas são vítimas da doença, o que corresponde a 13% da totalidade de mortes no mundo. Em 40 anos, os tipos de cânceres que tiveram o maior número de ocorrências foram: câncer de pulmão, mama, intestino, próstata e estômago. Os mais recentes dados, divulgados em 2012, revelam que no mundo há 32,6 milhões de pessoas que lutam contra o câncer. (Dados disponíveis em http://www.bbc.com/portuguese/noticias/2016/02/160204_gch_graficos_cancer_fn).

A partir destas informações, partimos de um intuito principal, sendo ele o da prevenção do câncer. Assim, passamos a buscar sair dos modos comuns de sensibilização publicitária, de campanhas que envolvem doenças e utilizam de depoimentos de pacientes para explicar como se sentem, como foi saber que estava com a doença, como é o tratamento, entre outras questões. Nosso objetivo era encontrar algo que fosse uma característica ou um objeto que remetesse à ideia do câncer, sem precisar expor pessoas. Desse modo, tivemos a ideia de utilizar um objeto que, ao mesmo tempo que choca pela realidade, aborda o assunto câncer de uma forma mais leve: a cadeira utilizada na realização da quimioterapia. A cadeira foi a forma que encontramos para representar o câncer, já que a maioria dos pacientes que são diagnosticados com a doença utilizam a cadeira para o tratamento quimioterápico.

Seguindo esta linha de raciocínio e criatividade, utilizamos a cadeira como símbolo em todas as peças publicitárias. Além disso, por nosso público primário ter idade entre 9 e 24 anos, precisávamos chamar-lhes a atenção. Por isso, fizemos uma espécie de “linha do tempo das cadeiras”, na qual utilizamos cadeiras de diferentes fases da vida, até chegar na cadeira de hospital. Utilizamos também o slogan: “Esta cadeira não precisa fazer parte da sua vida”, procurando alertar às pessoas sobre as práticas diárias saudáveis que podem ser decisivas na prevenção contra o câncer. Acreditamos que o público secundário seria mais fácil de atingir, pelo provável conhecimento da existência da cadeira e da sua utilidade.

Para a produção da campanha, foram produzidas peças para as mídias sociais Facebook e Instagram, no formato de posts e vídeo, um cartaz para ser distribuído nos murais, corredores e paradas de ônibus onde nosso público-alvo se encontra, além de um outdoor estilo front light.

As cores utilizadas nas peças foram o branco e o preto que remetem a dramaticidade e morbidade da situação, fazendo as pessoas pensarem no problema que está sendo abordado, que tem um viés de gravidade.

A fonte utilizada é (Edo SZ), sem serifa e em caixa alta, com o corpo mais grosso, justamente com o intuito de impactar o público-alvo após a leitura, e gerar a mudança de hábito de seu comportamento.

Com isso, buscamos atingir nosso público de forma a conscientizá-los sobre a importância da prevenção do câncer.