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REPÚBLICA DE MOÇAMBIQUE ________ PROVÍNCIA DE MAPUTO GOVERNO DO DISTRITO DE MATUTUINE BELA VISTA

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REPÚBLICA DE MOÇAMBIQUE________

PROVÍNCIA DE MAPUTOGOVERNO DO DISTRITO DE MATUTUINE

BELA VISTA

PLANO ESTRATÉGICO DE DESENVOLVIMENTODO DISTRITO DE MATUTUINE

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Plano Estratégico de Desenvolvimento do Distrito de Matutuine (2009 – 2013) Matutuine, Setembro/2008

Bela Vista, Setembro de 2008

ELEMENTOS QUE PARTICIPARAM NA ELABORAÇÃO E ACTUALIZAÇÃO DO PLANO DE DESENVOLVIMENTO DO DISTRITO DE MATUTUINE

Administrador do Distrito: Mário Daniel Feliciano Bombi

Secretário Permanente Distrital: Lourino Rafael Bonzo

Membros da Equipa Técnica:

Técnico do Governo Distrital: Amâncio Francisco ChilengueTécnico do Governo Distrital: Dércio José Nunes MassingaTécnica do Serviço Distrital de Actividades Económicas (Agricultura): Uabassa MatolaTécnico dos Serviço Distrital de Actividades Económicas (I.C.T.): Vicente Américo FunzamoTécnico do Serviço Distrital da Saúde, Mulher e Acção Social: Sansão João Uamba ManganhelaTécnico do Serviço Distrital do Planeamento e Infraestruturas: Sérgio Azarías SumbaneTécnico do Serviço Distrital da Educação, Juventude e Tecnologia: Venâncio José Tembe

Assistência Técnica:Direcção Provincial do Plano e Finanças

Almeida ZacaríasRita MabotaIbraimo Chaleca

Áreas de Conservação Transfronteiriço (ACTF )Paulo Bento Nhamposse

Coordenação:Secretaria Provincial

Financiador:Direcção Provincial do Plano e FinançasOrçamento de Investimento

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Plano Estratégico de Desenvolvimento do Distrito de Matutuine (2009 – 2013) Matutuine, Setembro/2008

Agradecimentos

O Plano Estratégico de Desenvolvimento do Distrito (PEDD) de Matutuine, é um instrumento valioso para diversas entidades que desejam conhecer a realidade deste Distrito, pois, indica e analisa o panorama geral do distrito, traça os objectivos a alcançar e as actividades a realizar no período desejado.

O horizonte temporal do plano é de 5 anos, indo de 2009 a 2013. Foi concebido principalmente como instrumento de trabalho para o Distrito. É um instrumento público, de e para o distrito, apresentando uma visão para o desenvolvimento integral do distrito.

O Governo do Distrito de Matutuine endereça sinceros agradecimentos a todos os actores que tomaram parte neste trabalho, pela grande contribuição dada durante a colecta de dados e participação nas discussões.

Especial agradecimento vai para as comunidades locais, os líderes comunitários, os conselhos consultivos, os fóruns locais, o sector privado e as ONG’s pelo esforço e predisposição em dar o seu contributo neste processo.

Estendemos os agradecimentos aos técnicos da Direcção Provincial do Plano e Finanças, aos técnicos afectos ao Projecto das Áreas de Conservação Transfronteiriço (ACTF) pela orientação, assessoria e acompanhamento deste trabalho.

Agradecemos também a todas as instituições que directa ou indirectamente deram o seu apoio moral, material e financeiro para a elaboração e finalização deste Plano.

Em particular os agradecimentos são extensivos ao Governo da Província de Maputo, que escolheu este distrito como experiência piloto na província para a implementação do processo de Planificação Distrital e Descentralizada para o desenvolvimento Sócio-Económico local.

O ADMINISTRADOR,

________________________________Mário Daniel Feliciano Bombi

LISTA DE ABREVIATURAS

ACNUR Agencia da Nações Unidadas para os RefugiadosACTF Areas de Conservação TransfronteiraAPs Agentes polivalentes

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Plano Estratégico de Desenvolvimento do Distrito de Matutuine (2009 – 2013) Matutuine, Setembro/2008

CDPRM Comando Distrital da Policia da Republica de MoçambiqueCFM Caminhos-de-ferro de MoçambiqueCL’s Conselhos LocaisCNCS Conselho Nacional de Combate ao SIDACOVs Crianças Órfãs e VulneraveisDPS Direcção Provincial de SaudeDPOPH Direcção Provincial de Obras Públicas e HabitaçãoEDM Electricidade de MoçambiqueDPPF Direcção Provincial de Planoe FinançasEP1 Ensino Primário do 1º GrauEPC Escola Primária CompletaESG1 Ensino Secundário Geral do 1º cicloFAO Fundo da Nações Unidas Para a Agricultura e AlimentaçãoFARE Fundo de Apoio à Reabilitação EconomicaATS Atendimento e Testagem em SaúdeIIAM Instituto de Investigação Agronómica em MoçambiqueINE Instituto Nacional de EstatísticaITS’s Infecções de Transmissão SexualIPCC’s Instituições de participação e consulta comunitariaLOLE Lei dos Órgãos Locais do EstadoMcel Moçambique Celular, Operadora de telefonia móvelMINAG Ministério da AgriculturaONGs Organizações Não GovernamentaisPARPA Plano de Acção Para Redução da Pobreza AbsolutaPEDD Plano Estratégico de Desenvolvimento DistritalPNUD Programa das Nações Unidas para o DesenvolvimentoPPFD Programa de Planificação e Finanças DescentralizadasPQG Programa Quinquenal do GovernoPRM Policia da República de MoçambiqueREM Reserva Especial de MaputoSDAE Serviço Distrital de Actividades EconómicasSDEJT Serviço Distrital de Educação, Juventude e TecnologiaSDPI Serviço Distrital de Planeamento e Infra-estruturasSDSMAS Serviço Distrital de Saude, Mulher e Acção SocialSPFFB Serviço Provincial de Floresta e Fauna BraviaTDM Telecomunicações de MoçambiqueVodacom Vodacom Moºçambique, Operadora de telefonia móvel

ÍndiceConteúdo

PáginaI. PRÂMBULO …………………………………………………………………………………………............... 7II. INTRODUÇÃO …………………………………………………………………………………..................... 8III. ESTRUTURA DO DOCUMENTO....................................................................................................... 9IV. ANTECEDENTES............................................................................................................................... 9IV.1 Razões para Planificação Estratégica do Distrito…………………………...................................... 9IV.2 Vantagens do Plano de Desenvolvimento Distrital........................................................................... 9

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Plano Estratégico de Desenvolvimento do Distrito de Matutuine (2009 – 2013) Matutuine, Setembro/2008

IV.3 Políticas e Estratégias Nacionais Relevantes a Planificação do Desenvolvimento do Distrito........ 10IV.4 Plano de Acção para a Redução da Pobreza Absoluta em Moçambique (PARPA)......................... 10a) Estratégia Global da Reforma do Sector Público, Decreto 30/2001, de 15 de Outubro................... 10b) Programa de Planificação e Finanças Descentralizada (PPFD)………………..……….................... 10IV. 5 Instrumentos Legais de Suporte ao PEDD..……………..………….................................................. 11V. OBJECTIVOS E RESULTADOS......................................................................................................... 11VI. METODOLOGIA ……………………………………............................................................................. 11VI.1 Processo de Planificação………………………………………………………...................................... 11SECÇÃO I : DIAGNÓSTICO.................................................................................................................... 131. CARACTERÍSTICAS GERAIS DO DISTRITO..................................................................................... 131.1 Localização Geográfica e Limites...................................................................................................... 131.2.1. Limites dos Postos Administrativos............................................................................................... 142. ENQUADRAMENTO REGIONAL……………………………................................................................. 173. CONDIÇÕES FÍSICO-NATURAIS....................................................................................................... 194. ASPECTOS HISTÓRICOS E SÓCIO-CULTURAIS............................................................................. 254.1 Organização e Estruturação Social.................................................................................................... 285. ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA............................................................................................................... 285.2 Infra-Estruras da Administração Pública............................................................................................ 306. POPULAÇÃO E DEMOGRAFIA.......................................................................................................... 317.CONCESSÕES E USO DA TERRA...................................................................................................... 358.DESCRIÇÃO E ANÁLISE SECTORIAL................................................................................................ 368.1. Turismo............................................................................................................................................. 368.1.3 O PROJECTO ACTF E O PAPEL DA REM NO DESENVOLVIMENTO DO TURISMO ................ 429. ACTIVIDADES ECONÓMICAS............................................................................................................ 539.1 Agricultura.......................................................................................................................................... 539.1 Campanhas agrícolas........................................................................................................................ 549.1.1 O Associativismo na Produção agrícola do Distrito........................................................................ 559.1.2 Impacto do fundo de investimento local na produção agrícola...................................................... 559.2 Pecuária............................................................................................................................................ 569.3 Pescas................................................................................................................................................ 579.4 Exploração florestal, de fauna bravia e apicultura............................................................................. 589.5 Indústria.............................................................................................................................................. 599.6 Comércio............................................................................................................................................ 6010. PLANEAMENTO E INFRAESTRUTURAS ........................................................................................ 6110.1 Rede de Estradas............................................................................................................................. 6110.2 Pontes.............................................................................................................................................. 6310.3 Rede ferroviária................................................................................................................................ 6310.4 Aeródromos...................................................................................................................................... 6310.5 Telecomunicações e Correios.......................................................................................................... 6410.6 Abastecimento de Água................................................................................................................... 6410.7 Energia Eléctrica.............................................................................................................................. 6611. EDUCAÇÃO, JUVENTUDE E TECNOLOGIA................................................................................... 6611.1 Educação....................................................................................................................................... 6611.2 Juventude e Desporto...................................................................................................................... 6812. SAÚDE, MULHER E ACÇÃO SOCIAL.............................................................................................. 7012.1 Saúde............................................................................................................................................... 7012.2 Acção Social..................................................................................................................................... 7213. SERVIÇOS AUTÓNOMOS................................................................................................................ 7213.1 Registo Civil e Notariado.................................................................................................................. 7213.2 Procuradoria da República Distrital, Tribunal Judicial Distrital e Tribunais Comunitários................ 7213.3 Segurança e Tanquilidade Públicas................................................................................................. 7314. FINANÇAS PÚBLICAS E INSTITUIÇÕES FINANCEIRAS............................................................... 7314.1 Investimento, Financiamento de Iniciativas Locais.......................................................................... 7514.2 O papel das instituições financeiras no desenvolvimento do distrito............................................... 7815. ASSUNTOS TRANSVERSAIS........................................................................................................... 79

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Plano Estratégico de Desenvolvimento do Distrito de Matutuine (2009 – 2013) Matutuine, Setembro/2008

15.1 Relação de Género.......................................................................................................................... 7915.2 Hiv/Sida............................................................................................................................................ 7915.3 Calamidades naturais....................................................................................................................... 8015.3.1 Seca.............................................................................................................................................. 8015.3.2 Cheias........................................................................................................................................... 8115.3.3 Ciclones......................................................................................................................................... 8215.4 Meio Ambiente................................................................................................................................ 8216. TENDÊNCIAS………………………………………………………………………………………………... 8316.1 HLUVUKU -ADSEMA - Micro Credito.............................................................................................. 8317. CRITÉRIOS A TER EM CONTA NA DETERMINAÇÃO DA VIABILIDADE DE GRANDES INICIATVAS DE CONSERVAÇÃO E DE DESENVOLVIMENTO SÓCIO-ECONÓMICO NO DISTRITO 8417.1 Iniciativa Espacial dos Libombos e Projecto ACTF.......................................................................... 8417.2 Área de Património Mundial............................................................................................................. 8517.3 Projecto do Porto Dobela................................................................................................................. 86VII. ESTRATÉGIA DE DESENVOLVIMENTO......................................................................................... 88VII.1 Missão Do Governo Do Distrito....................................................................................................... 88VII.2 Estrategia De Desenvolvimento....................................................................................................... 88VIII. OBJECTIVOS .................................................................................................................................. 88IX. MATRIZ DE ANÁLISE DE PROBLEMAS E POTENCIALIDADES…………………………………….. 89IX.1 PROBLEMAS E POTENCIALIDADES............................................................................................. 92IX.2 PROBLEMA CENTRAL E POTENCIALIDADES DE CADA ZONA................................................. 94X. VISÃO DAS ZONAS............................................................................................................................ 94X.1 VISÃO DO DISTRITO ....................................................................................................................... 95XI. PLANO DE ACÇÃO............................................................................................................................ 96XI.1 Boa Governação............................................................................................................................... 96XI.2 Actividades Económicas................................................................................................................... 102XI.3 Saúde, Mulher e Acção Social.......................................................................................................... 110XI.4 Educação, Juventude e Tecnologia.................................................................................................. 116XI.5 Planeamento e Infraestruturas.......................................................................................................... 124XI.6 Registos Civil e Notariado................................................................................................................. 134XI.7 Ordem, Segurança e Tranquilidade Públicas................................................................................... 137XI.8 Procuradoria Distrital........................................................................................................................ 139XI.9 Tribunal Judicial Distrital................................................................................................................... 141XI.10 Turismo ( Projecto ACTF e outras actividades do Sector do Turismo)........................................... 142XI.11 Desenvolvimento Comunitário ....................................................................................................... 146XI.12 Reserva Especial de Maputo, Corredor do Futi e Area Marinha Protegida.................................... 148XI.13 ASSUNTOS TRANSVERSAIS....................................................................................................... 151XI.13.1 HIV/SIDA...................................................................................................................................... 151XI.13.2 Calamidades Naturais.................................................................................................................. 153

I. PREÂMBULO

PROCESSO DE PLANIFICAÇÃO DISTRITAL E DESCENTRALIZADA

Matutuíne é um Distrito da Província do Maputo com poucas intervenções sócio-economicas, sobretudo nas zonas do interior, e na Vila sede Bela Vista; em contrapartida, nas zonas da costa ocorrem investimentos na área de Turismo e mesmo nas zonas tampão da Reserva Especial de Maputo. Importa sublinhar que este Distrito é bastante rico em recursos naturais (Pesqueiros, Florestais, Faunísticos, Inertes e de certa forma agrícolas) que constituem o leque das vantagens comparativas em relação a outros Distritos.

No período 2002/2006 o Governo da Província de Maputo, escolheu este distrito como experiência piloto na província para a implementação do processo de Planificação Distrital e Descentralizada para o desenvolvimento Sócio-Económico local.

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Plano Estratégico de Desenvolvimento do Distrito de Matutuine (2009 – 2013) Matutuine, Setembro/2008

Nessa altura foram estabelecidas parcerias entre o Programa de Desenvolvimento Humano Local (PDHL/UNOPS), a Direcção Provincial do Plano e Finanças (DPPF) e a Direcção Provincial de Apoio e Controlo (DPAC) actual Secretaria Provincial, foi assinado o memorando de entendimento para a introdução do processo de planificação participativa ao nível distrital, no âmbito da componente Gestão dos Recursos Territoriais, processo este que envolveu Técnicos das Direcçoes Provinciais de Plano e Finanças e da então Direcçao Provincial de Apoio e Controlo, trabalho que resultou na elaboração do então PLANO ESTRATEGICO DE DESENVOLVIMENTO DISTRITAL 2002/2006.

Para o presente Plano Estratégico foram envolvidos os Técnicos que estiveram na elaboração do Plano 2002/2006, devido ao facto de terem adquirido experiências valiosas na aplicação da metodologia de Diagnóstico Rápido Rural Participativo e de identificação e priorização de problemas, e de outros que ao longo tempo deste período foram escalando o Distrito.

Na base destas metodologias e de outras técnicas complementares e com vista a tornar o processo de Planificação o mais integrado possível, iniciamos com o processo de elaboração do Plano Distrital de Desenvolvimento (PEDD) do distrito de Matutuíne para o período 2009/2013. Foi reconstituída a Equipa Técnica do Gabinete Distrital de Planificação para a elaboração do Plano Estrategico de Desenvolvimento do Distrito. Os Conselhos Consultivos Distrital e dos Postos Administrativos e Fóruns Locais participaram na identificação e priorização de Problemas segundo reza o nº 2 do artº 2 do Decreto 15/2000 de 20 de Junho.

O Diagnóstico Rural Participativo (DRP) foi realizado em todos os Postos Administrativos do Distrito; Foram feitas observações in loco no terreno; Foi usada Informação cartográfica e elaborados esboços cartográficos sobre Riscos e Recursos. Estas técnicas e metodologias de recolha de informação associadas à revisão bibliográfica, permitiram produzir um diagnóstico realístico do distrito de Matutuíne, pressuposto para a definição da estratégia de desenvolvimento do distrito no período retro mencionado.

A Equipa Técnica realizou consultas à algumas Direcções Provinciais e instituições de nível central para o aprofundamento, compatibilização e harmonização das políticas e estratégias sectoriais com vista a adequação de acções realísticas ao Plano Estratégico de Desenvolvimento do Distrito de Matutuíne.

II. INTRODUÇÃO

O Plano Estratégico de Desenvolvimento Distrital (PEDD) é um instrumento de trabalho donde se podem buscar acções para a elaboração e implementação dos PLANOS DE INVESTIMENTO e ECONÓMICO-SOCIAL. Este plano foi elaborado pelo Governo Distrital (Gabinete Técnico de Planificação Distrital), submetido ao Conselho Consultivo Distrital para debate e posterior aprovação. Com o mesmo, pretende-se promover e apoiar as iniciativas locais de desenvolvimento que se pretende sejam integrado e sustentável.

A Planificação do desenvolvimento assenta na análise das potencialidades e constrangimentos do Distrito, formulação de uma visão do seu futuro desenvolvimento, definição de objectivos com base numa avaliação realista dos recursos disponíveis e elaboração da estratégia para alcançar esses objectivos. A perspectiva temporal é necessariamente de médio e longo prazos, no sentido de que o Plano é revisto de cinco em cinco anos estando, contudo, focalizado a realizar uma visão de longo prazo (Plano Estratégico de Desenvolvimento Distrital: Orientações para elaboração dos Planos Distritais, Setembro/98, Ministérios da Administração Estatal e do Plano e Finanças).

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Plano Estratégico de Desenvolvimento do Distrito de Matutuine (2009 – 2013) Matutuine, Setembro/2008

Este Plano é operacionalizado através do Plano Económico e Social e Plano de Investimentos e Orçamento do Estado, instrumentos que devem ser actualizados anualmente. Assim, o Plano de Desenvolvimento é um instrumento orientador do sistema de planificação, que aponta para o que deve ser feito, coordena os vários intervenientes, determina as grandes linhas de afectação de recursos e a sua forma de mobilização.

O Plano Estratégico de Desenvolvimento Distrital não deve ser visto apenas como um documento escrito, mas fundamentalmente como um fórum onde se aglutinam as várias iniciativas de desenvolvimento; um fórum de debate contínuo sobre como melhorar a integração e coordenação das Políticas, Programas, Planos e Acções de todos os intervenientes no processo de desenvolvimento equilibrado e sustentável do Distrito.

A grande preocupação com o alto nível de pobreza da população do Distrito de Matutuine, a reforma do Sector Público em curso com destaque para a descentralização e desconcentração e as experiências adquiridas na elaboração do Plano Estratégico 2002/2006 serviram de fonte de inspiração para este segundo exercício de elaboração do Plano Distrital de Desenvolvimento de Matutuine.

As orientações emanadas pelos órgãos centrais, nomeadamente sobre “Plano Estratégico de Desenvolvimento Distrital”, a nova abordagem e Estratégia de Desenvolvimento Rural tendo em conta que “O Distrito é o Polo de Desenvolvimento”, constituem os pilares em que assenta e se prioriza a “LUTA CONTRA A POBREZA ABSOLUTA” na República de Moçambique, para se atingir os objectivos do milénio.

A participação activa dos diferentes actores locais, nomeadamente instituições económicas, sociais, humanitárias, políticas e habitantes do Distrito de Matutuine, na elaboração do presente Plano Distrital, constitui garantia do seu cometimento nas acções de implementação, pelo que se apela às instituições governamentais de nível provincial e central bem como às organizações não governamentais nacionais e Internacionais a dar o seu melhor contributo para a implementação efectiva do Plano.

III. ESTRUTURA DO DOCUMENTOO presente Plano compreende três secções, nomeadamente:

Diagnostico do Distrito; Síntese dos Principais Problemas, Potencialidades e Áreas Prioritárias; Estratégia de Desenvolvimento Distrital e Programa de Acção

IV. ANTECEDENTESNo passado, os planos de desenvolvimento eram elaborados centralmente sem ter em conta as necessidades e aspirações locais. Os actores da sociedade civil e as comunidades rurais eram envolvidos apenas na fase da implementação de projectos e outras actividades já definidas.

Por outro lado, os Planos resultavam de iniciativas sectoriais que visavam responder a objectivos específicos de curto ou médio prazos, resultando daí a ausência de um enfoque estratégico de longo prazo, a desintegração económica e territorial e a descoordenação a todos os níveis, bem como o uso irracional dos recursos devido à extrema competição entre os sectores e nalguns casos à sobreposição de acções.

Com a publicação das orientações para a elaboração e implementação dos PEDD’s produzidas pelos Ministérios do Plano e Finanças e da Administração Estatal, este processo começou a ser realizado no Distrito e com tendência a cada vez maior coordenação e integração.

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Plano Estratégico de Desenvolvimento do Distrito de Matutuine (2009 – 2013) Matutuine, Setembro/2008

A Lei 8/2003, de 19 de Maio, que estabelece os princípios, normas de organização, competências e funcionamento dos Órgãos Locais do Estado, veio reforçar o papel do Distrito na planificação do desenvolvimento sócio-económico e cultural. Perante este novo quadro legal, a planificação distrital assume uma importância ainda maior na materialização das políticas governamentais e no desenvolvimento do Distrito em particular e do País em geral. O distrito passa a ser o local onde a coordenação das diferentes políticas sectoriais e a integração das actividades sócio-económicas dos actores de desenvolvimento deve ser materializada.

Deste modo, o distrito gradualmente passa a ter uma maior autonomia para o desenvolvimento de actividades próprias a partir das decisões locais.

IV.1 Razões para Planificação Estratégica do Distrito

Uma das razões que determinou a elaboração do plano estratégico, foi a ausência de um instrumento orientador que focalizasse as reais necessidades e aspirações das populações e dos agentes económicos do Distrito de Matutuíne. Além disso, o Governo do Distrito sempre teve um grande interesse em assumir uma maior responsabilidade na promoção de um processo de desenvolvimento equilibrado, coordenado e sustentável. De um modo geral, estes foram os principais fundamentos que levaram o Distrito a iniciar o processo de planificação.

IV.2 Vantagens do Plano de Desenvolvimento Distrital

O Plano de Desenvolvimento Distrital apresenta as seguintes vantagens:

Permite maior envolvimento e participação de todos actores; Possibilita a existência de um instrumento de monitoria e avaliação; Promove a racionalização e o uso sustentável dos recursos humanos, financeiros e materiais.

IV.3 Políticas e Estratégias Nacionais Relevantes a Planificação do Desenvolvimento do DistritoOs principais instrumentos de auxílio a planificação estratégica distrital são o Plano de Acção para a Redução da Pobreza Absoluta (PARPA), o Programa Quinquenal do Governo (PQG), a Estratégia Global da Reforma do Sector Público (EGRESP), os Planos Estratégicos Sectoriais, Programa de Planificação e Finanças Descentralizada (PPFD) e o Plano Estratégico Provincial (PEP). Estes documentos apresentam as políticas de desenvolvimento sectorial, que traçam objectivos ao nível nacional, cuja a implementação é da responsabilidade de todos os órgãos do Estado.

IV.4 Plano de Acção para a Redução da Pobreza Absoluta em Moçambique (PARPA)O PARPA define políticas específicas e instrumentos de gestão orientados a melhorar as condições de vida de todos os Moçambicanos, em particular os mais pobres. O objectivo central do PARPA é a redução dos níveis de pobreza absoluta através da promoção de um crescimento económico acelerado e amplamente participativo e o acesso aos serviços básicos. Além disso, o PARPA apresenta principais acções e prioridades a serem implementadas nos diferentes sectores e níveis.

Programas SectoriaisOs programas sectoriais visam o combate a pobreza e o crescimento económico através do aumento da cobertura e da qualidade de serviços básicos. Tem como princípio básico a programação e gestão de fundos externos através dos sistemas do Estado. Igualmente, definem as competências dos órgãos dos níveis Provincial e Distrital e priorizam a capacitação das

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Plano Estratégico de Desenvolvimento do Distrito de Matutuine (2009 – 2013) Matutuine, Setembro/2008

respectivas direcções. Os programas sectoriais de um modo geral enfatizam a desconcentração, planificação e gestão dos serviços básicos para os níveis Provincial e Distrital’.

a) Estratégia Global da Reforma do Sector Público, Decreto 30/2001, de 15 de OutubroEsta estratégia enfatiza a descentralização como um meio para alcançar a transferência e prestação de contas à sociedade civil, a todos os níveis. Igualmente, prevê o desenvolvimento das capacidades que permitem aos distritos assumirem maior protagonismo na planificação e gestão dos recursos públicos e serviços.

A estratégia define a Administração Pública como servidora dos cidadãos e a sociedade em geral, exige a aproximação da administração aos utentes e prestação de serviços de melhor qualidade. Ao Estado, cabe a responsabilidade de modernizar os seus serviços e melhorar a gestão e funcionamento dos seus órgãos.

b) Programa de Planificação e Finanças Descentralizada (PPFD)O objectivo geral do PPFD é contribuir para a redução da pobreza através da melhoria da governação local. O PPFD enfatiza o fortalecimento da capacidade das instituições locais de planificar participativamente e realizar de forma transparente as iniciativas de âmbito público ao nível distrital.

No Distrito de Matutuine, o PPFD procura criar um ambiente de coordenação e integração com outros programas como o Plano Estratégico para o Desenvolvimento do Turismo em Moçambique (2004-2013) que está a ser materializado com o apoio do Projecto das Áreas de Conservação Transfronteira (ACTF).

IV. 5 Instrumentos Legais de Suporte ao PEDDA elaboração, aprovação e a consequente implementação do presente Plano requer a observância de um conjunto de Leis, regulamentos e normas.

Por ser um Plano de carácter multissectorial, vários instrumentos legais deverão ser combinados de forma harmonizada no processo de gestão e implementação do mesmo, o que vai requerer que o presente Plano esteja permanentemente conectado com outros instrumentos de Planificação como os Planos de Turismo, Planos de Ordenamento Territorial, entre outros.

Do conjunto de pacotes legislativos (inclui regulamentos e normas) a serem tomados em conta, destacam-se a Lei dos Órgãos Locais do Estado, a Lei do Ordenamento Territorial, a Lei do Turismo, A Lei Quadro do Ambiente, a Lei de Terras, a Lei das Florestas e Fauna Bravia.

V. OBJECTIVOS E RESULTADOSV.1 ObjectivosCom o PEDD pretende-se atingir os seguintes objectivos:

Promover o desenvolvimento económico e social equilibrado; Elaborar planos de forma mais transparente e com base nas necessidades reais da

população; Facilitar a angariação de fundos adicionais para a promoção do desenvolvimento sustentável; Integrar o nível distrital nos processos de planificação Distrital.

V.2 ResultadosOs resultados esperados do exercício de planificação distrital compreendem:

Assegurar o uso racional dos recursos; Melhorar a coordenação das actividades de desenvolvimento ao nível do Distrito.

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Plano Estratégico de Desenvolvimento do Distrito de Matutuine (2009 – 2013) Matutuine, Setembro/2008

VI. METODOLOGIA USADA

A metodologia usada foi baseada nos princípios de planificação participativa que privilegiam a participação directa em todas as fases de planificação de todos os actores da sociedade na identificação das reais necessidades, prioridades e estratégias de desenvolvimento do Distrito.

VI.1 Processo de Planificação

VI.1.1 Etapas:

1. Constituição da Equipa Técnica

Para levar a cabo esta actividade, foi constituída uma Equipa Técnica de planificação composta por 8 elementos dos quais 1 é mulher, todos seleccionados e provenientes da Secretaria Distrital, dos Serviços Distritais de Actividades Económicas; Planeamento e Infra-estruturas; Educação, Juventude e Tecnologia; Saúde, Mulher e Acção Social. Esta funciona com 7 subcomissões de trabalho a destacar: Secretariado, Formação, Infra-estruturas Sociais (Estradas, Obras e Água), Produção de Alimentos, Comércio e Turismo, Área Social e Finanças, tendo como Presidente o Administrador Distrital e o Secretário Permanente Distrital como seu coordenador. Esta equipa é o corpo executivo distrital do processo de planificação com seguintes funções: Elaborar planos de trabalho; Realizar diagnósticos nos sectores e nas comunidades; Harmonizar os dados e informações recolhidas; Elaborar a proposta da visão e objectivos estratégicos; Elaborar a proposta do Plano Estratégico do Distrito de Matutuine; Elaborar a proposta do programa de acção e orçamento.

Formação da Equipa TécnicaEsta equipa, beneficiou-se de seminários de formação sobre criação das Instituições de Participação e Consulta Comunitária (IPCCs), técnicas de recolha de dados, planificação distrital estratégica, temas transversais (HIV/SIDA, género e Gestão de riscos de calamidades), elaboração de projectos, bem como a moderação de reuniões públicas no âmbito da planificação participativa.

Diagnóstico SectorialApós a formação, o primeiro trabalho que a equipa levou a cabo, foi o diagnóstico sectorial no qual os técnicos subdivididos em grupos de trabalho efectuaram a recolha de dados sectoriais e com base em questionários previamente elaborados realizaram entrevistas aos representantes das instituições. Estas entrevistas foram realizadas com o intuito de conhecer as políticas e as estratégias sectoriais, os problemas que o sector e o grupo alvo enfrentam, bem como o potencial existente para a materialização das actividades sectoriais.

Implantação das IPCCs em todo o DistritoSeguindo os critérios estabelecidos no Guião de Participação e Consulta Comunitária foram implantados no Distrito 6 Fóruns Locais (FLs): 5 Conselhos Consultivos de Posto (CCPAs) e o respectivo Conselho Consultivo Distrital (CCD) no âmbito da organização das comunidades com vista a sua participação na planificação distrital.

Diagnóstico ComunitárioAs reuniões públicas de planificação tiveram uma função especial neste processo. Foram realizadas reuniões públicas nos cinco (5) Postos Administrativos, nomeadamente: Bela Vista, nas

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4 Localidades; Catembe- Nsime, nas 2 Localidades; Catuane, nas 2 Localidades; Machangulo nas 2 Localidades e Zitundo em uma das 2 Localidades. e mais concretamente nos 6 Fóruns Locais onde a comunidade e seus representantes discutiram e identificaram as suas necessidades e definiram as suas principais prioridades. Nas reuniões públicas realizadas, registou-se uma participação activa de todas camadas sociais e em particular das mulheres e jovens .

Diagnóstico do Sector PrivadoPara integrar o sector privado foi realizado um diagnóstico específico, em que tomaram parte comerciantes, agricultores nacionais, transportadores bem como os que se dedicam a actividade hoteleira e pequena indústria. A metodologia utilizada consistiu num encontro aberto com o objectivo de discutir e identificar os problemas do sector com base num formulário de perguntas-chave elaborado para o efeito.

Temas transversaisForam diagnosticados o impacto do HIV/SIDA, os principais riscos de calamidades que ocorrem, bem como a sua localização, os problemas ambientais e sua localização, as relações de género.

SECÇÃO I : DIAGNÓSTICO

1. CARACTERÍSTICAS GERAIS DO DISTRITO

1.1. LOCALIZAÇÃO GEOGRÁFICA E LIMITES

O Distrito de Matutuine localiza-se no extremo Sul da Província do Maputo e do País, entre os paralelos 26º e 27º de latitude Sul e entre 32º e 33º de longitude Este.

A Norte é limitado pela baía com a Cidade do Maputo,A Sul é confinado pela República da África do Sul, através da Província de Kuazulo-Natal, A Este é banhado pelo Oceano Índico, e A Oeste limita-se com os distritos de Namaacha e Boane e é confinado com o Reino da Suazilândia.

O Distrito possui uma superfície de 5,403 km2 com uma população de 37,166 habitantes, segundo dados preliminares do Censo de População e Habitação de 2007, sendo 51.5% de mulheres. A densidade populacional é de 6.8 habitantes por km2.

1.2. DIVISÃO ADMINISTRATIVA

O Distrito de Matutuíne tem cinco (5) Postos Administrativos, nomeadamente: Bela Vista, Catembe-Nsime, Catuane, Machangulo e Zitundo e, estes por sua vez subdividem -se em Localidades, sendo: O Posto Administrativo de Bela Vista – (Sede do Distrito), tem quatro (4) localidades: Madjuva, Misssevene (Bela Vista), Salamanga e Tinonganine; O Posto Administrativo de Catembe-Nsime tem duas (localidades): Mungazine e Nsime (Sede do Posto); O Posto Administrativo de Catuane tem duas (2) localidades: Manhangane e Phazimane (Catuane-Sede); O Posto Administrativo de Machangulo tem duas (2) localidades: Ndelane e Nhonguane (Santa Maria-Sede do Posto) e o Posto Administrativo de Zitundo com duas localidades: Manhoca e Zitundo-Sede.

Mapa nº 1 – Divisão Administrativa

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1.2.1. LIMITES DOS POSTOS ADMINISTRATIVOS

1.2.1.1 POSTO ADMINISTRATIVO DE BELA VISTA

a) Situação Geográfica

O Posto Administrativo de Bela Vista- sede fica situado no centro do Distrito de Matutuine, limita-se a Norte com o Posto Administrativo de Catembe-Nsime através da Povoação de Kufa, a Sul com o Posto Administrativo de Zitundo através da Povoação de Mucule, a Nordeste com o Posto Administrativo de Machangulo, através do Centro Histórico conhecido por Tinguene, a Este é banhado pelo Oceano Indico e a Oeste com a Povoação de Ncassane-Posto Administrativo de Catuane e tem uma superfície de 2.623Km2..

b) Divisão Administrativa

O Posto Administrativo de Bela Vista subdivide-se por 4 Localidades, a saber: Madjuva, Missevene (Bela Vista-Sede), Salamanga e Tinonganine:

Localidade de Madjuva

A localidade de Madjuva com sede em Madjuva, a Norte limita-se com a Localidade de Nsime através da Povoado de Kufa, a Sul com a Localidade de Missevene, através da Povoação de Mugadine, a Este com a Povoação de Buingane, Localidade de Salamanga através do rio Maputo e a Oeste com a Localidade de Mungazine, área do Posto Administrativo de Catembe-Nsime.

Esta Localidade subdivide-se por sua vez em 5 Povoações a saber: Madjuva-Sede, Madjuva “2”, Madjuva-Kambe, Massale e Mazinho.

Localidade de Missevene (Bela Vista)

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Com sede em Missevene, localiza-se na Sede do Posto Administrativo de Bela Vista, limita-se a Norte com a Localidade de Madjuva através da Povoação de Mugadine, a Sul com a Localidade de Salamanga através do rio Maputo, a Este com o Povoado de Tsolombane (Localidade de Salamanga) através do rio Maputo e a Oeste com a Localidade de Tinonganine (Santaca) através do Povoado de Djabula e com o Distrito da Namaacha através do rio Tembe.

A Localidade de Missevene, com a sede na Vila de Bela Vista é composta por 7 Bairros; Bairro “A”, “B”, “C”, “D”, “E” (Chelene), Mudissa “A” e “B” e é composta ainda pelas Povoações de Capezulo, Hindane, Mabilibili, Manhihe, Mudada “23”, Mudada-Samiel e Pochane.

Localidade de Salamanga

Com sede em Salamanga, a Norte limita-se com o Povoado de Mudada-Samiel, Localidade de Missevene, através do rio Maputo, a Sul Limita-se com o Povoado de Mucule e Mussongue, Posto Administrativo de Zitundo, a Este é banhado pelo Oceano Índico e a Sul limita-se com a Localidade de Tinonganine (Santaca) através do rio Maputo.

Esta Localidade é composta por 12 Povoados, a saber: Buingane, Chia, Chidzukuine, Fábrica de Cal, Madjadjane, Machia, Massohane, Mucule, Muvucuza, Ngovoza, Salamanga-Sede e Tsolombane.

Localidade de Tinonganine (Santaca)

A Localidade de Tinonganine localiza-se a Sudoeste do Posto Administrativo de Bela Vista, limita-se a Norte com o Povoado de Manhihane, a Sul com o Posto Administrativo de Catuane através do Povoado de Madubula, a Este com a Localidade de Missevene através do Povoado de Mudada-Samiel e a Norte com a Localidade de Salamanga através do rio Maputo.

Esta, por sua vez, subdivide-se por 7 Povoados a saber : Djabula, Chiacho, Macassane, Ncuvane, Nguenha, Thanga e Santaca (Sede da Localidade).

1.2.1.2.POSTO ADMINISTRATIVO DE CATEMBE-NSIME

a) Situação Geografica

Geograficamente, o Posto Administrativo de Catembe-Nsime, localiza-se a Norte do Distrito de Matutuine, limitando-se a Norte com o Distrito Municipal da Catembe-Cidade, a Sul com a Localidade de Madjuva através do Povoado de Kufa, a Este pela Baía de Maputo e a Oeste com os Distritos de Boane e Namaacha através do rio Tembe e tem uma superfície de 430Km2..

Divisão Administrativa

O Posto Administrativo de Catembe-Nsime encontra-se subdividido em 2 Localidades, nomeadamente; Mungazine e Nsime, Sede do Posto.

Localidade de Mungazine

Situa-se a Oeste do Posto Administrativo, limita-se a Norte com o Distrito Municipal da Catembe, a Sul com o Posto Administrativo de Bela Vista através do Povoado de Hindane a Este com a Localidade de Nsime e Localidade de Madjuva e a Oeste com o Distrito de Boane e Namaacha através do rio Tembe.

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A Localidade subdivide-se por 4 Bairros: Mungazine-Sede com 1 o, 2o, 3o e 4o Bairros, conta ainda com 5 Povoados, sendo; Cuahle, Djabissa, Filipe, Maguaza e Muchocolote.

Localidade de Nsime

É a Sede do Posto Admnistrativo de Catembe-Nsime, localiza-se a Este do Posto, limita-se a Norte com a Baía de Maputo, a Noroeste com o Município da Catembe, a Sul com a Localidade de Majuva, a Este com a Baía de Maputo e a Oeste com a Localidade de Mungazine.

A Localidade comporta 7 Povoados, nomeadamente: Chiacanimize, Gocane, Indluane (Mondoene Km 18), Lhaphu, Machampfane, Malhacazela e Muchuvulo.

1.2.1.3. POSTO ADMINISTRATIVO DE CATUANE

a) Situação Geografica O Posto Administrativo de Catuane localiza-se a Oeste do Distrito de Matutuine, limita-se a Norte com o Distrito da Namaacha através do Posto Administrativo de Changalane, a Sul com o Posto Administrativo de Zitundo através do rio Maputo e confina com a República da África do Sul, a Este com o Posto Administrativo de Bela Vista através da Localidade de Tinonganine (Santaca) e a Oeste faz fronteira com o Reino da Suazilândia e tem uma superfície de 1.258Km2.

b) Divisão Admiistrativa

Administrativamente este Posto é dividido por duas (2) Localidades, a saber; Manhangane e Phazimane (Catuane-Sede).

Localidade de ManhanganeA Localidade limita-se ao Norte com o Posto Administrativo de Changalane (Distrito de Namaacha) através do Povoado de Mahau, a Sul com a Localidade de Phazimane (Catuane-Sede) através do Povoado de Ndlala, a Este com o a Localidade de Tinonganine Posto Administrativo de Bela Vista através do Povoado de Ncassane e a Oeste com o Reino da Suazilândia.

A Localidade comporta três (3) Povoados, nomeadamente: Mahau, Manhangane (Sede da Localidade) e Ncassane.

Localidade de Phazimane (Catuane-sede) Esta Localidade limita-se ao Norte com a Localidade de Manhangane, a Sul é confinado com a República da África do Sul, a Sudoeste com o Posto Administrativo de Zitundo através do rio Maputo, a Este com a Localidade de Tinonganine Posto Administrativo de Bela Vista através do Povoado de Ncassane e a Oeste com o Reino da Suazilândia.1.2.1.4. POSTO ADMINISTRATIVO DE MACHANGULO

a) Situação Geografica O Posto Administrativo de Machangulo localiza-se a Este de Bela Vista Sede do do Distrito de Matutuine, limita-se a Norte com o Distrito Urbano da Ilha da Inhaca através da Baía de Maputo, a Sul com o Posto Administrativo de Zitundo e a oeste é banhado pelo Oceano Índico e tem uma superfície de 162Km2.

b) Divisão Administrativa

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Administrativamente este Posto é dividido por duas (2) Localidades, a saber: Ndelane e Nhonguane. Localidade de Ndelane

A Localidade com sede em Ndelane, limita-se ao Norte com a Localidade de Nhonguane através do Povoado de Mabuluco, a Sul com o Posto Administrativo de Zitundo através do Povoado de Gala, a Este com o Oceano Índico e a Oeste com o Posto Administrativo de Bela Vista através do Povoado de Tsolombane.

A Localidade comporta três (3) povoados nomeadamente: Mabuluco, Ndelane e Ngomene.

Localidade de Nhonguane

Com sede em Santa Maria, fica situado a norte do Posto Administrativo de Machangulo limitando-se a Norte com a Ilha de Inhaca através da Baia de Maputo, prolongando para oeste, a este é banhado pelo Oceano Índico e a Sul pelo Povoado de Ngomene.

Subdivide-se em três (3) povoados; Maphanga, Mhala e Nhonguane (Santa Maria) sede do Posto.

1.2.1.5. POSTO ADMINISTRATIVO DE ZITUNDO

a) Situação Geografica

Zitundo situa-se a Sul do Distrito de Matutuine e é limitado ao Norte pelo Posto Administrativo de Bela Vista; a Sul pela República da África do Sul, Provincia de Kuazulo Natal; a Oeste pelo rio Maputo que o separa do Posto Administrativo de Catuane e a Oeste pelo Oceano Índico e tem uma superfície de 864Km2.

O Posto Administrativo de Zitundo, encontra-se subdividido em duas Localidades, a saber: Manhoca e Zitundo-Sede.

b) Divisão Administrativa

Localidade de Zitundo Sede

Situa-se a Sul do Distrito de Matutuíne e é limitado ao Norte pela Localidade de Salamanga, Posto Administrativo de Bela Vista através da população de Mucule e a Sul pela República da África do Sul a Este pelo Oceano Índico e a Oeste com a Localidade de Manhoca através do rio Futi.

Encontra-se subdividida em seis povoações e 10 Bairros, nomeadamente: Gala, Mabucute, Malongane, Ponta Mamole, Ndjovo, Phuza e Bairros comunais de Chicululo, Gogoza, Liguaguene, Cimento “A” e “B” , Ponta D’ Ouro “A”,”B”,”C” e “D” e Xitevelene.

Localidade de Manhoca

Situa-se a Oeste da Sede do Posto Administrativo de Zitundo, e é limitado ao Norte pela localidade de Salamanga Posto Administrativo de Bela-Vista, através do povoado de chia; a Sul pela República da África do Sul; a Oeste pelo Posto Administrativo de Catuane, através do rio Maputo; e a Este pela Localidade de Zitundo Sede através do rio Futi.

Encontra-se dividida em 8 povoados, nomeadamente: Gueveza, Huco, Massale, Mugovene Mussongue, Tchovane, Vumindava e Xibalhine.

2. ENQUADRAMENTO REGIONAL

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Do ponto de vista físico, o distrito é definido pelas bacias dos rios Maputo e Tembe. O distrito está directamente ligado ao desenvolvimento destas importantes bacias na província onde decorre a implementação de Projectos de Desenvolvimento Rural com base no aproveitamento dos recursos hídricos e outros naturais.

A região de influência directa que é considerada no enquadramento do distrito, é a que abrange o Grande Maputo bem como os países vizinhos; descrevendo-se da seguinte maneira: Mapa Nº 2 – Enquadramento Regional

Fonte: V&L Landscape Architects, 2006

A Cidade de Maputo, com influência política e económica, envolve-se na gestão da decisão da vida do distrito, muitas das vezes, com iniciativas tendentes a solucionar alguns problemas da Capital do país. O distrito apresenta condições naturais, riqueza ecológica e paisagística que constitui um enorme atractivo de investimentos por parte do capital fortemente concentrado na Cidade de Maputo, principalmente nas áreas agrícola e agro-pecuária.

Na Cidade de Maputo está localizado um dos melhores Aeroportos Internacionais ao nível da Região Austral de África, que constitui a porta de entrada para Turistas Internacionais cujo fluxo tende a subir gradualmente.

O Distrito tem uma fronteira com Suazilândia e África do Sul, a maior potência económica na Região da África Austral, o que à partida previlegia os investidores Sul-Africanos com grandes interesses nas áreas de turismo, comércio, agricultura e pecuária.

Actualmente, foi lançado o Projecto Âncora da Ponta D’ouro, Iniciativa de Desenvolvimento Espacial dos Libombos, representando a única oportunidade para investir em agricultura e turismo em Moçambique, Africa do Sul e Swazilândia, cuja área de acção abrangerá o Distrito de Matutuíne, através da projectada rota dos Libombos e projecto Rodoviário.

No âmbito da Iniciativa de Desenvolvimento Espacial dos Libombos (IDEL), um programa conjunto de desenvolvimento dos Governos de Moçambique, África do Sul e Suazilândia, A criação da rota dos Libombos beneficiou de desenvolvimentos recentes na região, incluindo, a isenção de vistos entre os três países, o melhoramento de postos fronteiriços, um programa de controlo da malária

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altamente bem sucedido e a construção da Estrada dos Libombos (R22) ligando Hluhluwe à fronteira de Moçambique e eventualmente Maputo. Essa rota tem um elemento único regional, incorporando Moçambique, África do Sul e Swazilândia, atravessando florestas, vales, desfiladeiros e descendo até a costa.

A estrada Maputo-Witbank no âmbito do Projecto do Corredor de Maputo é uma iniciativa que veio reforçar as influências regionais sobre o Distrito de Matutuine através de uma via ampla e bem sinalizada que permite maior escoamento de tráfego turístico e comercial de e para Matutuine.

Acordos Regionais entre Moçambique, África do Sul e Swazilândia permitiram o estabelecimento da ACTF de Usuthu/Tembe/Futi que se espera venha a permitir maior circulação e livre movimento de fauna bravia destes países, e consequentemente um cada vez mais crescente desenvolvimento turístico e económico da Região em Geral e do Distrito de Matutuine em particular.

Acresce-se a esta iniciativa de Conservação e Desenvolvimento, a proposta de estabelecimento da Zona Marinha Protegida da Ponta do Ouro no âmbito da Aplicação do Conceito de Zona Marinha Protegida Transfronteira dos Libombos

Para além da maior circulação e movimento de fauna bravia entre os países, os Acordos regionais preconizam o desenvolvimento da Rota Turística dos Libombos que vai permitir a ligação rápida entre os diferentes locais turísticos que caracterizam a Região e, consequentemente um maior fluxo de turistas a escalar o Distrito de Matutuine em particular.

3. CONDIÇÕES FÍSICO-NATURAIS

3.1. Clima

O Clima do Distrito de Matutuíne, não foge ao padrão geral prevalecente no Sul de Moçambique e que de uma forma geral é classificado de sub-tropical. Ocorrem ao longo do ano, duas principais estações: a chuvosa e quente que vai de Outubro a Abril; e a seca e fria que vai de Maio a Setembro.

Do ponto de vista do comportamento das variáveis climáticas como sejam a temperatura, a precipitação e a evapotranspiração verifica-se a ocorrência de uma significativa variabilidade espacial.

A precipitação apresenta uma variabilidade espacial significativa quando se caminha da costa para o interior. Ao longo da orla costeira observam-se valores médios de precipitação anual na ordem dos 1000mm decrescendo à medida que se caminha para o interior até aos níveis de 600mm. Ao longo da fronteira ocidental verifica-se uma ligeira subida dos níveis pluviométricos justificada pelos efeitos da altitude.

Registam-se temperaturas elevadas, com valor médio anual superior a 24º C, com amplitude térmica anual inferior a 10º C e com uma média anual de humidade relativa entre 55% e 75%.

3.2. Geologia

As características geológicas da região assemelham-se ao padrão comum da faixa costeira do Sul de Moçambique. Predominam a formação terciário e quaternário resultantes dos vários ciclos de transgressão e regressão marinhas que ocorrem desde o pleistocénico.

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Ao longo das formações do terciário e quaternário predominam os depósitos sedimentares com distintos estágios de consolidação. Na faixa ao longo dos sopés dos Libombos predominam os riolitos.3.3. Geomorfologia

A geomorfologia do distrito é caracterizada pela prevalência da planície litoral grandemente modelada pelos processos de deposição oceânica (sedimentos arenosos) e Fluvial (aluviões).

Esta porção do distrito pode ser caracterizada como uma zona que forma fundamentalmente o regime oceânico através dos movimentos de transgressão e regressão marinhas e os regimes de erosão e deposição ligados aos principais sistemas fluviais dos rios Maputo e Tembe. É ao longo destes sistemas fluviais que ocorrem os principais depósitos aluvionares o que determina a conformação de unidades ecológicas específicas na forma de corredores.

No interior destaca-se a cadeia dos Libombos que é de origem vulcânica e de uma configuração geomorfológica da orla fronteriça, bem diferente da do resto do Distrito. Sendo constituida por um embasamento geológico de rochas riolíticas, apresenta evidências de maior resistência aos processos de meteriorização e erosão o que determina a ocorrência de solos aluvionares tiónicos ou seja, salinizados.

3.4. Solos

Os solos do distrito são maioritariamente arenosos ao longo da costa que se carecterizam pela fraca capacidade de retenção da água e consequentemente uma taxa elevada de infiltração. Ao longo dos principais vales fluviais ocorrem solos aluvionares com elevadas concentrações de argila, o que determina uma significativa capacidade de retenção de água. Nas porções mais próximas ao sistema oceânico, os índices de intrusão salina são de certo modo consideráveis nestes vales fluviais, o que determina a ocorrência de solos salinizados.

Nas regiões correspondentes ao sopé da cordilheira dos Grandes Libombos, a natureza basáltica do embassamento geológico, determina a formação dos solos basálticos e argilosos. Estes tipos de solos são geralmente muito férteis e com significativa capacidade de retenção da água.

As características dos solos influenciam os padrões de desenvolvimento agrícola no distrito, de tal forma que as áreas localizadas ao longo do Rio Maputo são as que proporcionam maior produção e produtividade agrícola.

3.5. Hidrografia

Do ponto de vista físico a região é definida pelas bacias dos rios Maputo e Tembe. Os principais rios são Maputo, Tembe, Futi, Nsele e Chilichili. Estes são por sua vez condicionados pelo regime climático prevalecente na zona, o que lhes confere um carácter marcadamente sazonal. Também, uma vez que a maior parte destes rios tem a sua origem fora dos limites do território nacional, tal regime hídrico é igualmente condicionado pelo padrão de exploração destes rios nos países em que nascem. Na conformação dos seus caudais médios anuais, grande contributo é determinado pelas quedas pluviométricas além fronteiras sendo, também de destacar as quedas pluviométricas ao longo da cordilheira dos Grandes Libombos. Esta cordilheira determina também um padrão de rede de drenagem dentrífico.

Ao longo da faixa central do distrito até a costa, a topografia, natureza sedimentar do substrato geológico, constituem os principais reguladores do regime hídrico dos rios uma vez que tratando-se já da parte terminal dos rios, as quedas pluviométricas não têm expressão de realce sobre os caudais.

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O fenómeno da intrusão salina é prevalecente nos períodos de estiagem a corresponderem às fases de marés vivas. Sendo uma zona de baixa topografia e fundamentalmente plana, o lençol freático encontra-se próximo da superfície o que determina a ocorrência de formações lacustres ao longo da globalidade da faixa costeira.

O distrito conta com as seguintes Lagoas; Phiti, Chunguti, Sotiva, Malongane, Mandlene, Tsebjane, Gamane e Mangalipse.

3.6 Hidrogeologia

Os atributos hidrogeológicos do distrito são governados pelas características do embasamento geológico e características hidroclimáticas e determinam as possibilidades de ocorrência de águas subterrâneas. Para o distrito de Matutuíne, ocorrem três áreas hidrogeológicas, nomeadamente: a) áreas pertencentes a bacia sedimentar ao sul do Save (formações meso-cenzóicas) com sub-unidades da cintura dunar, b) áreas pertencentes a bacia sedimentar ao sul do Save (formações meso-cenzóicas) com sub-unidade das planícies denudadas ao longo da cordilheira dos Libombos e c) áreas de terrenos vulcânicos.

A primeira zona localiza-se ao longo da faixa costeira sobre as formações sedimentares que se estendem até a parte central do Distrito. As áreas porosa-eolinas formam o aquífero freático regional de águas doces. A permeabilidade descrece da costa para o interior como consequência do incremento nos teores de argila. A faixa de dunas ao longo da costa contém aquíferos que podem ser muito produtivos particularmente na zona da Ponta D´Ouro. Contudo, dada a pequena distância da costa e das lagoas costeiras, em muitos casos se encontram aquíferos com águas salobres ou mesmo salgadas. Assim, estes aquíferos são integrados na categoria do grupo A3 (Vide classificação de Ferro e Bouman, 1987) o que significa que pertencem a classe dos aquíferos produtivos com rendimentos médios na ordem dos 3-10m3/h.

A segunda zona localiza-se na área de transição para a cordilheira dos Grandes Lbomnbos sobre as formações basálticas. Desenvolvem-se com aquíferos bastante mineralizados e, em decorrência da textura fina dos sedimentos do cretácio marinho e terciário inferior, têm uma baixa produtividade. Pertencem ao grupo C2 e por conseguinte com inferiores a 3m3/h apesar da água de boa qualidade.

A última zona localiza-se exactamente na cordilheira dos Grandes Libombos com rochas riolíticas, hidrogeologicamente asssemelham-se ao complexo de base. As fracturas primárias e secundárias são os elementos mais importantes do ponto de vista das possibilidades de ocorrências de águas subterrâneas. A espessura do manto meteorizado é geralmente mais fina, raramente excedendo os 10 metros. A qualidade das águas destes aquíferos geralmente muito boa com mineralizações abaixo do 50 mg/l. Contudo, a produtividade das mesmas é muito baixa pertencendo ao grupo C3 o que determina rendimentos médios inferiores a 1m3/h.

A avaliação da capacidade e da qualidade dos aquíferos é extremamente importante em áreas onde o abastecimento de água com base em fontes como rios e lagoas é insustentável.

3.7 Vegetação

A vegetação deste Distrito está localizada no Mosaico Regional Tongoland-Pondoland. Esta é muito diversa e com características únicas, representando um encontro das floras Zambesiaca e da África temperada (tipo sul-africano), por isso, é qualificada centro de diversidade florística

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designada por Região de Maputaland-Pondoland. Esta região estende-se ao longo do oceano índico, desde a foz do rio Limpopo a norte até Great River na África do Sul. Este centro foi proposto no âmbito da convenção de Ramsar, como uma das 84 áreas de conservação ao nível do continente Africano. De referir que das áreas de conservação seleccionada, apenas esta ocorre no território Moçambicano, representando assim a única relíquia mundial de biodiversidade que ocorre em Moçambique.

Foto nº1 Beleza da Vegetação natural típica do Ecossistema da RE

Fonte: Trabalho de campo, Dezembro de 2007

De uma forma geral, a vegetação do distrito mostra um padrão que varia com o tipo de solo. A presença de cursos de água e de lagoas, constitui também factores de variação das condições edáficas e, consequentemente, da vegetação. Assim, encontramos os seguintes tipos de vegetação:

a) – Florestas densas e Brenhas (Ricas em diversidade botânica)

Ocorrem florestas dominadas principalmente por elementos lenhosos e pela sua localização, desempenham um papel preponderante na fixação dos solos e delas dependem a estabilidade dos eco-sistemas interiores. Junto à costa, ocorre o mangal que desempenha um papel importante na reprodução de muitas espécies de peixe, crustâceos e outras espécies marinhas.

Outras formações, deste tipo ocorrem ao longo dos rios, sendo de especial destaque, a galeria florestal do rio Nsele que se estende da fronteira com a África do Sul até a lagoa Sotine ou Sotiva e a floresta ribeirinha do rio Fúti. Este tipo é bastante rico em diversidade biológica e comporta espécies endémicas e em risco de extinção na região.

No interior ocorrem alguns tipos de florestas e brenhas que albergam uma diversidade de plantas e constituem um santuário da comunidade circunvizinha, como por exemplo os que se localizam na Reserva Florestal de Licuáti.

Existem também florestas densas, dentro delas encontram-se as áreas designadas sagradas, onde as comunidades realizam os seus rituais tradicionais.

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Abaixo apresenta-se as espécies de árvores comuns neste distrito.

Tabela Nº 1: Espécie de árvores Nome local Nome científico

MicaiaMicaiaMicaiaMicaiaChanfuta-CajueiroCimbirreMondzoMalonheMaholeleM'cuaMahimbeChirimbateLalaFunguraMangueiraKindzoCanhuMutchoN’salaKonolaMafurreiraMapfilo

Acácia burkeiAcácia heteracanthaAcácia nigrescensAcácia subalataAfzelia quazensisAloe marlothiiAnacardium occidentalisAndrostachys johnsoniiCombretum imberbeEuphorbia sp.FaidherbiaFicus sycomorusGarcinia livingstoneiHelichrysum krausiiHyphaene crinitaKigelia pinnataMagífera indicaPhoenix reclinataSclerocarya birreaSiyzigium cordatumStrychnos spinosaTerminalia sericeaTrichilia emeticaVangueria tormentosa

Normalmente elas retiram dela produtos e materiais de construção, medicinal e lenha.

b) - Florestas Abertas e Savanas arbóreas

Ocorrem um pouco por todo lado e podem-se distinguir dois tipos: aqueles que são ditados pelas condições ecológicas do local e as que são o resultado da degradação de florestas densas. E as outras que ocorrem na zona de transição entre graminais e as florestas densas. As populações locais usam produtos destes tipos de vegetação para lenha e materiais de construção.

c) - Graminais

Os graminais que ocorrem no distrito são de características muito peculiares e representam uma base de diversidade biológica importante. Ocorrem dois tipos de graminais: os graminais costeiros e aluvinais. Os primeiros ocorrem atrás das dunas e nas regiões lacustres e os últimos no interior, principalmente nas margens dos rios e em extinção devido ao desbravamento para a agricultura e pecuária

3.8 Fauna Terrestre

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Dentro das referidas formações vegetais, em especial na Reserva Especial do Maputo (REM) com cerca de 70.000 hectares encontra-se uma variedade de espécies de animais, tais como: Elefantes, Hipopótamos, Fococeros, Cudos, Pivas, Inhalas, Imbavalas, Macacos, Cães do mato, Simbas, Esquilos, Coelhos, Antílopes (changos, cabritos vermelhos,cinzentos,xipenes), Ratazanas (vondues), Artrópodes, Aracnídeos, Batráquios, Coleópteros, Répteis (crocodilos, cobras diversas tais como jiboias e mambas), Pássaros diversos, Moluscos, Tartarugas marinhas, Câgados, Platemintas, Insectos, Sapos, rãs, entre outros.

Um estudo realizado na Reserva Especial do Maputo (REM), em 1973, revelou a existência de 62 espécies de mamíferos, 30 espécies de anfíbios, 43 de répteis e 337 espécies de aves, o que reflecte, em si, altos níveis de bio-diversidade.

3.9 Recursos Costeiros

A zona costeira do Distrito, localiza-se na região costeira tropical oriental e engloba uma diversidade de ecosistemas de entre os quais há a destacar: recifes de corais (Ponta Dobela, Milibangala, Techobamine, Chemucane e Baixo São João até Ponta de D´Ouro), pequenas baías, tapetes de ervas marinhas, lindas praias, mangais, lagoas permanentes (Satine ou Sotiva, Xinguti, Sugi, Massanguane e Xambanhane) e não permanentes (Siconcovenhe, Cuvuca, e Nhengueleti), sendo os mais extensos (Piti-3043ha, Xinguti-1323.4ha e Satine-5534.7ha), terras húmidas, florestas e graminais das dunas, graminais costeiros e zonas intermarés,etc. Estes sistemas aquáticos são de importância económica e social para as comunidades locais, dado o seu potencial pesqueiro. A linha da costa é caracterizada por longas extensões de praias arenosas.

De entre os recursos costeiros característicos da zona, há a assinalar o seguinte: peixes de água doce e de estuário nas lagoas de Piti e Satine, caranguejos nocturno e de areia, ostras e ostra do sol, lagostas espinhosa das águas profundas, das rochas, mexilhão costanho, búzio, etc.

3.10 Recursos Marinhos

Há bastante variedade de recursos marinhos no distrito de Matutuíne. Encontram-se os atuns, garoupas, peixes de coral, camarão, golfinhos, baleias, tartarugas marinhas, etc.

3.11 Recursos Minerais

A região de Mudada na Salamanga contém importantes reservas de calcário que está sendo explorado para a produção de cimento.

4. ASPECTOS HISTÓRICOS E SÓCIO-CULTURAIS

Na primeira metade do Sec. XVII a faixa de terra compreendida entre a margem Este do rio Maputo e o Cabo de Santa Maria, e a fronteira com o Kwazulu a Sul, era habitada pelos Machabane. No Sec. XVIII, Maputsu, filho do Hossi Nwangove Tembe que residia entre os rios Umbelúzi e Maputo, conquistou as terras dos Machabane para o seu pai (Menezes in: Brito & Fernandes, 1996). Por meados do Sec. XVIII, altura em que Nwangove Tembe faleceu, o território foi dividido pelos seus três filhos, ficando Nkupo com a região Norte (hoje Posto Administrativo da Sede) e Maputsu com as terras que tinha conquistado (hoje a faixa costeira de Machangulo até Zitundo. No final do Sec. XVIII Mpanyeia perdeu o seu domínio a favor de um dos seus irmãos, passando, até meados do Sec. XIX a haver sómente duas chefiaturas, Tembe e Maputsu, nessa altura, ambas foram conquistadas pelos Nguni passando a pagar tributo ao Shaka Zulu (Menezes in: Brito & Fernandes, 1996).

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Segundo a crónica da história dos reis do Maputo, foram Reis da região de Maputsu, actual Distrito de Matutuine: Maputsu, Mussongue, Nózinguile, Nguanaze que fugindo os portugueses dirigiu-se para Zululândia, tendo nascido Muzimba e com a morte do pai “Nguanaze”, ficou no seu lugar Muhlupheki e Madubula e Capezulo reinaram com os portugueses.

Foram guerreiros em defesa da soberania dos Mapustus: Midjinninjdi, Mibhogodo, Miphefeni, Mibhanjela e Mathuthu que ajudou a fuga de Nguanaze para Zululândia, Migobokanabe, Migobokanashelela, Misholaweti, Minhossi, entre outros.

Data somente do final do Sec. XIX, depois da Conferência de Berlim, que os Portugueses conquistaram a administração política da região de Maputsu, acutal distrito de Matutuíne. Para António Enes a relação legal entre as famílias rurais e a terra não era clara, uma vez que elas não eram usurpadoras, arrendatárias ou rendeiras, mas somente utilizadoras não reconhecidas pelo Estado Português como proprietárias. Assim sendo, o Estado deveria atribuir áreas para os “nativos” cujo usufruto deveria ser pago em dinheiro e/ou em trabalho.

A garantia de acesso seria assegurada através da emissão de títulos de uso da terra (Martins, 1888; Enes, 1971(1893). A legislação de 1891 (Portaria Provincial, 2 de Maio de 1891; Decreto, 25 de Maio de 1891) estipulava ainda que as famílias rurais que vivessem dentro das terras dos colonos teriam direito a um (1) hectare por palhota (Negrão, 1995).

Dez anos mais tarde, em 1901, (Carta de Lei 9 de Maio de 1901. Decreto, 2 Setembro 1901) foi estabelecida a diferença entre terras já concedidas à jurisdição do Estado. Nas primeiras era reconhecido o direito de obtenção de título sob as parcelas que estavam a ser trabalhadas pelos índigenas. Nas terras ainda não concedidas, os indígenas eram autorizados a comprar, arrendar ou a ceder temporariamente as terras que ocupavam.

Em 1909 a lei que vigorava mais uma vez foi alterada. O direito à obtenção de um título foi retirado e foi criada uma nova categoria de terras para as famílias rurais – as reservas indígenas (Decreto, 9 Setembro 1909). Nas reservas, os indígenas poderiam ocupar qualquer parcela, seguindo as normas dos direitos consuetudinários, mas tal ocupação nunca daria direito à obtenção de um título ou qualquer forma de propriedade plena da terra. Ainda neste ano, foi declarada reserva a área da Catembe.

O Distrito de Matutuíne foi reservado para os indígenas, até aos anos 1940-50, toda a faixa costeira de Machangulo até Zitundo, tendo por limite, uma linha que passava a cerca de 2,5 Kms da margem Este do rio Maputo, excluindo a REM, a zona de Catuane compreendida entre a estrada, o rio Maputo e o rio Coane, uma mancha a Sul da floresta do Licuáti e a 1 Km da margem Oeste do rio Maputo; e uma mancha a Norte do distrito compreendida entre o rio Tembe, o rio Maputo, a estrada e 5 Kms para o interior da Vila da Catembe (actual Catembe-Cidade).

As restantes terras, aquelas que tinham maior potencial agro-pecuário (as margens do rio Maputo e as terras altas ao longo da fronteira com a Swazilândia) foram reservadas para a colonização europeia. Pouco e pouco, as áreas reservadas aos indígenas foram diminuindo, quer pela expansão das reservas de elefante e florestal, quer pelo desenvolvimento do turismo e da agricultura empresarial no Zitundo e em Catuane.

As terras sob administração dos régulos, enquanto gestores consuetudinários, eram somente aquelas que lhes iam sendo definidas pela administração colonial.

Nos anos 1940 havia 3 Postos Administrativos (Bela-Vista, Catembe e Catuane), onze régulos e quarenta e nove ndunas (Simões, 1947).

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Nos anos 1960 os Postos Administrativos aumentaram para quatro, os régulos reconhecidos pelas autoridades coloniais para sete e os indunas passaram somemte a Vinte e nove (MIAM, 1968; AHM/FGG Cx. 900; DPSP, 1970). Esta diminuição do número de régulos e de indunas está relacionada com a reforma do sistema administrativo introduzida em 1961 por Adriano de Moreira.

Tabela Nº2 Postos Administrativos e Regulados Postos Administrativos e Regulados – 1947Posto Régulo Número de Indunas

Bela-Vista

CapezuloUamongoMadjajaneMussumbulucoMahanhaneBaleneZitundo

8170006

Sub-total (Bela-Vista) 7 22

CatembeSamo MachabaJoelChiacaminige

1243

Sub-total (Catembe) 3 19Catuane Catuane 8Sub-total (Catuane) 1 8TOTAL 11 49

Fonte: Administração Distrital de Matutuine, 2006

A Portaria nº 17 743, de 21 de Abril de 1964, do Governo-Geral, publicada no Boletim Oficial nº 16, I Série e assinado pelo então Governador-Geral, Manuel Maria Sarmento Rodrigues, eleva a Povoação de Bela Vista à categoria de Vila, cujo o teor da mesma é o seguinte:

“Tornando-se necessário instituir, em algumas divisões administrativas da Província, autarquias locais de harmonia com as disposições constantes do Artº 59º do Estatuto Político-Administrativo de Moçambique e da base XLVII da Lei Orgânica do Ultramar Português; Tendo em vista o disposto no artigo 6º do Diploma Legislativo nº 1860, de 23 de Maio de 1959, com a redacção que lhe foi dada pelo Diploma Legislativo nº2 471, de 31 de Março de 1964;

E, considerando o estabelecido no nº 1 do artigo 57º do Estatuto Político-Administrativo da Província;

Ouvido o Conselho Económico e Social e no uso da competência atribuida pelo artigo 155º da Constituição, o Governador-Geral de Moçambique manda:

Artigo 1º. É extinta a Circunscrição de Maputo, no Distrito de Lourenço Marques, e criado em sua substituição o Concelho de Maputo, que fica com a mesma área da referida Circunscrição.

Artigo 2º. O Concelho de Maputo terá a sua sede na Povoação de Bela Vista, que é elevada à categoria de Vila.

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Artigo 3º. A Junta Local de Bela Vista é substituida pela Comissão Municipal de Maputo, no Concelho do mesmo nome, a qual será presidida pelo Administrador do Concelho e terá a composição referida no artigo 511º da Reforma Administrativa Ultramarina.

§ Único. Enquanto não forem eleitos e investidos os vereadores da Comissão Municipal, os actuais vogais da Junta Local de Bela Vista, continuarão em funções na Comissão Municipal.

Artigo 4º. Constituem receitas da Comissão Municipal do Maputo, além de outras estabelecidas na lei:

a) Uma percentagem de 20% sobre o imposto domiciliário cobrado na área do Concelho;b) Um adicional de 25% sobre a contribuição predial urbana cobrada na área do Concelho;c) Um adicional de 20% sobre a contribuição comercial e industrial cobrada na área do

Concelho;d) O subsídio que venha a ser-lhe atribuido, nos termos do artigo 3º do Decreto nº 30 146, de 30

de Dezembro de 1950;e) A compensação que lhe venha a caber nos termos do nº 1, do artigo 63º do Regulamento do

Código de Estradas, aprovado pela Portaria nº 13469, de 6 de Novembro de 1959.

Artigo 5º. O Presidente da Comissão Municipal do Maputo será abonado de uma gratificação mensal de 1.500$00, com início na data em que entrarar em execução o primeiro orçamento daquela Comissão.

Artigo 6º. A Junta Local de Bela Vista fará entrega à Comissão Municipal do Maputo de todo o seu património.

Artigo 7º. A presente Portaria entra em vigor em 1 de Junho de 1964.”

O Diploma Legislativo nº 2.694, de 21 Maio de 1966, publicado na I Série do Boletim Oficial desse mês e ano, em observância do critério directivo do Conselho Ultramarino de 14 de Dezembro de 1955, ouvido o Conselho Económico e Social e usando das competências atribuidas pelo artigo 151º da Constituição, o Governador de Moçambique determinou “Feriado Municipal do Conselho de Maputo (actual Distrito de Matutuine) o dia 24 de Julho, data em que, no ano de 1875, foi pronunciada a sentença arbitral, pelo MARECHAL MAC-MAHON, então Presidente da República Francesa, reconhecendo a soberania portuguesa em grande parte das terras que actualmente constituem o mesmo Conselho.

Do ponto de vista Cultural, existe uma diversidade muito ampla. Os nativos desta região prestam culto aos seus antepassados em locais chamados sagrados, que são pequenas matas que nelas jazem restos mortais dos antigos Régulos Tradicionais, Indunas (Chefes de Terras) e outros Madodas (Conselheiros) da família real do Regulado.

No contexto familiar, estes locais são representados em pequenos cemitérios e em árvores de espécies diversas, destacando o canhoeiro, o embondeiro e outras espécies nativas. Sendo a mata de Capezulo, a principal zona sagrada do distrito, onde jazem os restos mortais do Nwangove e outros como Maputso seu filho.

De notar que contribui igualmente para esta diversidade as mais antigas confissões religiosas nomeadamente a Católica, Presbeteriana e a Welyciana. A população do distrito professa também outras religiões como Assembleia de Deus, Velhos e Novos Apóstolos, Espírito Santo, Testemunha de Jeóva, Adventista do 7º Dia.Contudo, assiste-se ainda a crescente prática de mitos religiosos africanos "Ziones", com mais de 20 sinagogas de propaganda religiosa distintas, que em suma favorecem o radicalismo cultural da região.

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4.1 Organização e Estruturação Social

No distrito de Matutuíne encontramos o poder predominante do Estado e o tradicional (régulos, chefes de terra e indunas), o último ficou enfraquecido depois da Indepedência Nacional, agravado pelo conflito e, estando actualmente, em recuperação.

Os Grupos Dinamizadores continuam a ser representantes do Estado junto das comunidades. Existem também os Chefes Tradicionais que dirigem as cerimónias tradicionais.

A família é a base da organização social. Os homens é que são responsáveis pelos agregados familiares. Aparecem no distrito nos últimos tempos famílias chefiadas pelas mulheres.

O casamento tem duas formas: tradicional (Muthimba) e o Civil. O primeiro é antecedido do pagamento do Lobolo que é simbólico e consiste na entrega de bens e/ou dinheiro aos pais da mulher.

5. ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA

No Distrito de Matutuine, o sistema de governação vigente é baseado no Governo Distrital com a aprovação da Lei nº 8/2003 de 19 de Maio, que cria a Lei do Órgãos Locais do Estado (LOLE) que resulta da revogação das Leis 6/78 e 7/78 que criaram os Conselhos Executivos Distritais, as quais substituiam a extinta Câmara Municipal local que era dirigida pelo Administrador do Distrito, por acumulação de funções por força do artigo 491 da reforma Administrativa Ultramarina (RAU).

O Governo Distrital não é um órgão distinto do Aparelho do Estado no escalão correspondente, com as seguintes funções: Dirigir as tarefas políticas do Estado, bem como as de carâcter económico, social e cultural. Dirigir, coordenar e controlar o funcionamento dos órgãos do Aparelho do Estado.

O Governo Distrital é dirigido por um Administrador Distrital, que geralmente por acumulação de funções é o Administrador do Distrito, o qual é nomeado pelo Ministro da Administração Estatal.

Ao nível do distrito os órgãos do Estado são constituidos pelo Administrador e o Governo Distrital. Por sua vez, o Aparelho do Estado é composto pela Secretaria Distrital, Gabinete do Administrador Distrital e de Serviços Distritais.

O Administrador por sua vez responde perante o Governo Provincial e Central, pelos vários sectores de actividades do Distrito organizados em Serviços e Sectores Distritais.

Ao nível do Distrito o Governo é composto por:

Administrador Distrital; Secretário Permanente Distrital; Serviço Distrital de Actividades Económicas; Serviço Distrital de Planeamento e Infraestruturas; Serviço Distrital de Saúde, Mulher e Acção Social; Serviço Distrital de Educação, Juventude e Tecnologia; e 5 Postos Administrativos.

Serviços ou Funções especiais

Serviço Distrital de SISE

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Comando Distrital da P.R.M.

Serviços para o Público

Correios de Moçambique (CDM – EP) Telecomunicações de Moçambique (TDM – EP) Electricidade de Moçambique (EDM – EP) Acção Social (I.N.S.S.) Caminhos de Ferro de Moçambique (CFM – EP)

Instituições da Justiça

Conservatória dos Registos e Notariados Procuradoria Distrital da República Tribunal Judicial Distrital Cadeia Distrital

As acções destes órgãos são coordenadas através de reuniões periódicas do Governo Distrital.

5.1 Formas de Designação das Autoridades Comunitáris, Participação e Consulta Comunitárias

Existem duas formas de designação e legitimação das autoridades comunitárias em todos os Postos Administrativos do Distrito, a saber:

Designação e legitimação a um Líder comunitário que comultivamente é autoridade tradicional que se realiza com base nos usos e costumes tradicionais e que se manifesta em sucessão pela linhagem famíliar em casos de incapacidade ou morte do respectivo Líder.

Designação e legitimação a um Secretário do grupo dinamizador que se realiza na base de eleição pela população da respectiva área territorial e reconhecimento pelo Estado, onde em caso de incapacidade ou morte do respectivo líder realiza-se nova eleição sem obedecer o processo da linhagem familiar.

Legitimação e Duração de Mandatos das Autoridades Comunitáris

Quanto a duração de mandatos, para os dois casos não existe nenhum período definido acontecendo a sucessão apenas em caso de incapacidade ou morte do respectivo Líder

Critérios de Divisão Territorial e de Organização Politico- AdministrativaExistem três critérios ou causas que determinam a criação de Postos Administrativos e Localidades que são:

Distância para as sedes do poder Administrativo; Crescimento demografico nos respectivos territórios e Crescimento Socio-económico dos mesmos territórios

As mudanças que se verificam no distrito causadas pela combinação destes 3 factores, obrigam a que se repense o actual Status de certos aglomerados populacionais. Tal é o caso da Ponta de Ouro que apesar de ser praticamente uma urbe que vem crescendo rapidamente, continua a ter a

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designação de localidade, o que de certo modo enfraquece o papel do Estado nas suas funções de Controle e Ordenamento de actividades turísticas e administrativas.

5.2 INFRA-ESTRURAS DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA

No Distrito existem 5 Postos Administrativos cujas sedes dispõem de 1 edifício público cada, onde são prestados os serviços administrativos requeridos pelo público.

Os edifícios foram construídos com material convencional. Embora os mesmos aparentem um estado razoável ou bom, em alguns casos reclamam obras de ampliação, reparação e manutenção, tal é o caso do de Bela Vista-Sede.

A tabela seguinte descreve a situação das residências para funcionários do Estado. É preocupante o estado em que se encontra boa parte dos edifícios que igualmente reclamam por reabilitação e manutenção. Com o processo de descentralização e desconcentração, impõe-se que recursos humanos e quadros de diferentes especialidades sejam atraídos a residir no distrito, pelo menos durante a semana de trabalho, contudo tal poderá ser contrariado se não forem construídas novas residências e reabilitação das existentes.

Tabela Nº3 – Residências de Funcionários

Posto Administrativo

Tipo de Infraestrutura Quantidade

Tipo de Construção (convencional,

Material Precário)Estado

Físico ActualBela Vista Residências 16 Convencionais 4 bom, 7 raz.

e 5 mauCatembe-Nsime

Residências 2 1 Convencional e 1 Mat. Precário

1 bom e 1 razoável

Catuane Residências 2 Convencionais 1 Reab. 1 razoável

Machangulo Residências 2 1 Convencional e 1 Mat. Precário

1 bom e 1 razoável

Zitundo Residências 3 Convencionais 1 razoável 2 mau

Fonte: Governo Distrital,2007

6. POPULAÇÃO E DEMOGRAFIA

Segundo dados preliminares do Censo Geral da População e Habitação de 2007, a população do Distrito de Matutuine é de 37166 habitantes, o que significa um aumento de 5.7% em relação à população de 1997 que foi de 35,161 habitantes.

Tabela Nº4 – População do Distrito de MatutuinePOPULAÇÃO POR POSTOS ADMINISTRATIVOS- II Recens. de População e Habitação de 1997

Posto Censo pop. 1997 Censo pop. 2007 Administrativo População

Masculina PopulaçãoFemenina Total População

Masculina PopulaçãoFemenina Total Diferenç

a (%)Bela-Vista 6,849 7,423 14,272 7,038 7,995 15,034 5.3%Catembe N´sime 2,198 2,532 4,730 2,700 2,812 5,512 16.5%

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Plano Estratégico de Desenvolvimento do Distrito de Matutuine (2009 – 2013) Matutuine, Setembro/2008

Catuane 5,390 3,699 9,089 3,639 3,478 7,117 -21.6%Machangulo 1.125 1,770 2,895 1,469 1,864 3,333 15.1%Zitundo 2,110 2,065 4,175 3,172 2,998 6,170 47.7%Total 21,371 13,790 35,161 18,018 19,147 37,166 5.7%

Fonte: Recenseamento Geral de População e Habitação de 1997 e 2007

6.1 População e sua distribuição

A população do distrito de Matutuine pertence maioritariamente á etnia Ronga, componente do grande grupo populacional Tsonga. segundo Junod, os verdadeiros Ronga a Sul da baía do Maputo são os dos Clãs Tembe e de dois subclãs que se tornaram independentes: Matutuíne e Maputo.

Todavia, para além dos Rongas, encontramos ainda outras etnias, nomeadamente Nguni (ligados quer à família Zulo da região do Natal, quer a famílias Suazi) Tsuas de Inhambane (localmente chamados de "Vatsua"), e os Changanas da Província de Gaza e norte de Maputo. Desta forma, os contactos com os países vizinhos (África do Sul e Suazilândia) são muito frequentes. Realizam-se casamentos mistos e alguns grupos populacionais possuem família de ambos os lados da fronteira.

As populações deste distrito tem contactos frequentes com países vizinhos também por falta de oportunidade de emprego no mercado local, o trabalho migratório (principalmente para a África do Sul) torna-se uma fonte importante de rendimento.

Os habitantes do Distrito de Matutuíne não se distribuem de forma homogénea por todo o território. O Posto Administrativo de Bela Vista contém 40,5% da população do distrito, seguido depois do Posto administrativo de Catuane com 19,14%, Catembe-Nsime com 14,8%, Zitundo com 16,60%, e por último Machangulo com 8,96% do total da população do distrito. Um exemplo de baixa densidade populacional é a que encontramos na região a Sul da REM e entre o litoral e o Rio Futi, que é de 1,5 hab./Km2.

As áreas densamente povoadas encontram-se ao longo do Rio Maputo e nas Vilas de Salamanga e Bela Vista. O aspecto da baixa densidade e dispersão populacional que se verifica em algumas áreas deve ser tomado em conta nas acções de disponibilização de serviços de Saúde, Educação e Infra-estruturas como Redes de Abastecimento de Água, Rede eléctrica, mercados entre outros.

Os Sistemas de Planeamento e Ordenamento Territorial jogam um papel importante, pois, estes poderão contribuir para a eficiência e racionalidade no uso do espaço através de acções integradas que optem por uma maior concentração de assentamentos humanos em zonas com condições adequadas de vida e de habitação.

O padrão de distribuição da população pelas diferentes actividades económicas não se alterou. Mais de 80% da população dedica-se à produção agrícola, principalmente de subsistência.

Importa realçar que o crescimento populacional no Posto Administrativo de Zitundo que de 4175 habitantes em 1997 subiu para 6170 em 2007 (47% de aumento), constitui um indicador da importância da actividade turística naquela Zona, sendo no entanto, necessário estudar os

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factores específicos que ditam esta subida e o nível de absorção da população local nos projectos turísticos.

6.2 Situação demográfica do Distrito de Matutuine

Segundo o Censo de População e Habitação de 1997, o distrito possuia 3.9 pessoas por família enquanto que no de 2007, 3.8 em média. Se atendermos que o distrito já chegou a apresentar um número de 5 pessoas por agregado familiar em 1980, a actual redução pressupõe haver influência de factores como incremento de migração aos países vizinhos e cada vez mais preferência por um tamanho de família menor. O efeito do HIV/SIDA é provável, mas difícil de aferir.

Tabela Nº5 – Estrutura da População do Distrito por grupos de idade

GRUPO DEIDADE

P. Adm/vo B. Vista P. Adm/vo Catembe- Nsime

P. Adm/vo Catuan

e

P. Adm/voMachangulo

P. Adm/vo

de Zitundo

Localidade LocalidadeLocalid

ade

Localidade Localidade

Bela Vista

Miss/ne

Salam/ga

Tinonga/ne Felipe Mung

/ne Nsime Catuane

Mabu/co

Nde/ne

Nhonguene Zitundo

0 48 135 73 71 9 42 48 179 10 15 19 871-4 287 727 325 301 54 194 275 839 54 157 199 4835-9 355 1,002 447 362 75 229 331 877 79 164 199 590

10-14 356 879 458 366 88 194 376 862 52 110 187 51215-19 244 663 333 281 69 180 270 1,079 35 90 137 43120-24 160 391 169 177 38 103 163 1,318 32 64 72 34925-29 129 339 112 136 29 68 94 1,044 20 52 59 31630-34 132 300 140 121 28 75 104 717 18 41 60 28935-39 107 306 124 114 28 77 124 596 24 41 49 23340-44 101 250 119 91 39 62 122 373 27 30 61 18945-49 72 242 174 134 35 72 133 313 26 43 56 17350-54 62 231 144 94 17 36 128 218 24 48 29 13955-59 74 186 150 95 22 52 106 214 15 42 41 11760-64 52 161 124 78 9 37 117 168 7 54 41 7665-69 44 153 115 59 12 26 84 146 16 43 44 9070-74 23 96 81 39 10 23 81 62 11 37 38 3675-79 30 68 54 30 2 22 58 41 12 24 24 3380 e + 29 63 65 19 7 11 42 43 11 30 22 32

Total 2,305 6,192 3,207 2,568 571 1,503 2,656 9,089 473 1,085 1,337 4,175Fonte: Instituto Nacional de Estatística(INE)

Tendo em conta que a população de uma região é o principal beneficiário das acções de Planificação, torna-se importante analisar minuciosamente estes factores na sua relação com as políticas de Educação, Saúde, Emprego e Acção Social.

Em relação à Educação e Emprego, dois grandes problemas da população jovem do Distrito, importa reflectir sobre a Estratégia e acções capazes de reverter a actual situação caracterizada pela existência de Jovens com certo nível de escolaridade que não são absorvidos pelo mercado de emprego local e outros que após concluir o nível Secundário não encontram escolas para prosseguir os estudos no Distrito, conduzindo-os a optar por migrar para os países vizinhos.

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0

500

1000

1500

2000

2500

3000

Homens mulheres

Plano Estratégico de Desenvolvimento do Distrito de Matutuine (2009 – 2013) Matutuine, Setembro/2008

Gráfico Nº1 Estrutura etária da população

População

Fonte: INE, 1997

O gráfico acima, embora tenha se baseado em dados do Censo de 1997, mostra que o Crescimento populacional do Distrito continuará a ser expressivo nas faixas etárias relativas à população jovem, pelo menos nos próximos cinco anos.

Os Planos de Operacionalização do PEDD deverão ter em conta este aspecto no dimensionamento das necessidades futuras como áreas para Habitação, para construção de

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Faixa

eta

ria

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escolas e edifícios de Saúde, para a produção agrícola; Número de professores e agentes da Saúde; furos de água, infra-estruturas diversas, etc.

O dimensionamento das necessidades para pessoas idosas, famílias chefiadas por mulheres e crianças bem como para deficientes deverá ser igualmente considerado.

7. CONCESSÕES E USO DA TERRA

A análise do Mapa de Concessões de Terra (SPGC, 2007) e da tabela seguinte indica que o uso de terra para fins agro-pecuários é que ocupa a maior parte da área concessionada, seguido do uso para Pecuária e Agricultura. O uso para fins turísticos ocupa o lugar seguinte.

Tabela Nº- 6 Concessões no Distrito de Matutuine

Finalidade Total de Pedidos(DINATEF)

Área atribuída (Ha)(DINATEF)

Total de Pedidos(SPGF)

Área Atribuída (Ha)(SPGC)

Agro-Pecuária

160 141,638.18 127 141,766.95

Pecuária 125 107,588.59 116 115,776.22Turismo 65 11,922.96 79 14,691.72Eco-Turismo 2 19,950.00 51Fazenda de Bravio

2 10,600.00 51

Habitação e Agricultura

518 7,852.11 478 19,165.11

Agricultura 83 32,034.00 69 31,576.35Outros 30 30,346.64 58,567.09Total 361,873.34 381,543.00

Fonte: KPMG, 2007

A distribuição espacial efectiva dos usos da terra foi feita com base na análise do mapa de Concessões, mapas de Uso da Terra anteriores e recurso à observação directa do padrão de assentamentos ao longo do espaço, tendo se concluido o seguinte:

Agricultura comercial irrigada, praticada ao longo do Rio Maputo Agricultura de sequeiro, disperso, um pouco por todo o distrito mas com maior predominância

a Oeste do Rio Maputo e no Posto Administrativo de Catembe Nsime. Agro-Pecuária e Pecuária, fundamentalmente ao longo do Corredor do Rio Maputo, Corredor

do Futi e na extensão do Posto Administrtaivo de Catuane Reserva Especial de Maputo e Corredor de Futi; Zona de Vigilância Especial a Sul da REM e

Floresta Licuáti, são Áreas de Conservação. Terras habitadas com densidade elevada associada à agricultura praticada ao longo do Rio

Maputo e às Vilas da Bela Vista e Salamanga; Terras habitadas com densidade baixa, associadas ao Turismo na Ponta do Ouro, Zitundo-

Sede e Machangulo.

Observando o Mapa de Concessões (SPGC, 2007), pode-se incorrer ao erro de se pensar que a actividade agro-pecuária e pecuária são praticadas com grande dinâmica no Distrito. Na verdade, poucos concessionários tem estado a usar a terra e aqueles que a usam, fazem-no abaixo das suas reais capacidades.

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Plano Estratégico de Desenvolvimento do Distrito de Matutuine (2009 – 2013) Matutuine, Setembro/2008

Segundo um estudo da KPMG (2007), Outros problemas concernentes às Concessões e Uso da Terra incluem:

Existência de mais de 1000 pessoas vivendo no interior da REM; Sobreposição de DUATS (Direito de Uso e Aproveitamento da Terra) e outros Títulos em

algumas áreas. Falta de Clareza sobre Certos Pedidos e Concessões, relativamente à situação de Vigência

ou Revogação. Falta de um Registo Sistemático e Actualizado sobre Pedidos e Concessões. A falta de Observância dos esquemas e regulamentos de Zoneamento no processo de

atribuição e Concessão de Terra.

A implementação de Estratégias de Desenvolvimento nas áreas da Agricultura, Agro-pecuária, Pecuária e Turismo só poderá ser bem sucedida se o problema de disponibilização de Terra para novos investimentos for resolvido, o que vai exigir cooperação e ‘’ Trade-Offs ’’ entre os vários actores de desenvolvimento no Distrito.

8. DESCRIÇÃO E ANÁLISE SECTORIAL

8.1. Turismo

O Turismo no Distrito de Matutuine deverá assumir um papel preponderante e de catalisador do desenvolvimento económico e social. O sector de Turismo deve ser analisado tendo sempre em conta as suas ligações com os outros sectores, o papel que desempenha na integração espacial e regional e na conservação do ambiente.

O Projecto das Áreas de Conservação Transfronteira estabelece o quadro de desenvolvimento do Turismo no Distrtito de Matutuine onde a planificação e desenvolvimento integrado merece especial destaque.

8.1.1.QUADRO GERAL DE ORGANIZAÇÃO E GESTÃO DO TURISMO NO DISTRITO

As seguintes instituições são as que maior influência exercem neste âmbito:

Ministério do TurismoOrganizações Nacionais Ministério da Agricultura Ministério Para a Coordenação da Acção Ambiental

Governo da Província do MaputoOrganizações Provinciais Direcção Provincial da Agricultura

Direcção Provincial da Indústria, Comércio e Turismo Direcção Provincial Para a Coordenação da Acção Ambiental

Organizações Regionais Coordenação Regional dos Libombos do projecto ACTF

Organizaçoes Locais Admnistração do Distrito de Matutuine Agência de Desenvolvimento da Costa dos Elefantes

Serviços Distritais das Actividades Económicas (Incluso Agricultura e Turismo) Administração da REM

Outras instituições existem que duma ou doutra forma influenciam o desenvolvimento do Turismo no Distrito aos vários níveis. (por ex: Migração, Segurança, Obras públicas, Associação dos Operadores Turísticos da Ponta do Ouro, etc.)

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Uma breve análise das capacidades e do desempenho destas instituições indica que existem diferenças marcantes entre elas, principalmente no que concerne a meios de trabalho e recursos humanos. Por exemplo, se as instituições que operam com o apoio do Projecto ACTF estão razoavelmente apetrechadas no que concerne a meios de trabalho e recursos humanos, o mesmo não acontece com as instituições financiadas pelo Orçamento do Estado que se queixam da falta de recursos para criar condições capazes de atrair técnicos qualificados para o distritio e permitir melhor prestação de serviços.

De um modo geral, estas instituições operam de forma descoordenada e sem comunicação entre as mesmas. Esta situação pode ser exemplificada com o que normalmente acontece na área de atribuição e concessão de terras. A Direcção Provincial da Agricultura e a Direcção Distrital das Actividades Económicas são as que mais tem se envolvido no terreno, contudo, são frequentes as vezes em que estas instituições trabalham separadamente sem comunicarem uma com outra e muito menos com instituições relevantes como a ADCE, mesmo quando as demarcações e concessões recaem em áreas com vocação turística.

Outro exemplo de descoordenação e falta de comunicação entre instituições pode ser visto quando certas instituições de nível central procedem ao levantamneto de dados sobre o turismo sem informarem ou envolverem instituições de nível distrital que deveriam ser os principais depositários e utilizadores da informação recolhida.

A organização e gestão sustentável do Turismo implica também a existência e implementação de instrumentos legais e normativos que regulem as relações entre os diferentes actores, bem como a situação legal destes com relação a Terra, aos Recursos Naturais e ao Meio Ambiente em geral.

Vários dispositivos legais e normativos estão já disponíveis, tais como a Lei de Terras, a Lei Quadro do Ambiente, a Lei do Ordenamento Territorial, a Lei dos Orgãos Locais do Estado, a Lei do Turismo, vários regulamentos afins entre outros instrumentos normativos.

O grande problema diagnosticado prende-se com a fraqueza institucional em fazer implementar os dispositivos legais vigentes. Vários factores concorrem para esta situação, destacando-se o baixo nível de conhecimento e a fraca capacidade de interpretação dos conteúdos legislativos por parte dos poucos funcionários do Estado e técnicos em serviço no distrito; a fraca divulgação dos instrumentos legais e o seu desconhecimento por parte dos Operadores turísticios, Comunidades locais e Turistas; a falta de técnicos com o mínimo de conhecimentos sobre legislação vigente ao nível dos Postos Administrativos e localidades.

A povoação da Ponta do Ouro constitui um exemplo inequívoco desta realidade, pois, apesar de poder ser considerada uma urbe relativamente desenvolvida e com uma actividade turística intensa, os órgãos do Estado e as instituições gestoras do turismo praticamente não se fazem sentir.

8.1.2. AS PRINCIPAIS ZONAS TURÍSTICAS DO DISTRITO (ATRACTIVOS, ACESSOS E MERCADOS)

Mapa Nº2 Acesso às zonas turísticas do Distrito

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Fonte: V&L Landscape Architects 2006

As zonas turísticas foram, neste âmbito, definidas com base em trabalhos já efectuados que incluem o Plano de Uso da Terra do Distrito de Matutuine, Plano de Maneio da REM, Plano de Desenvolvimento Turístico da REM e Corredor do Futi e o recentemente elaborado Plano de Ordenamento Territorial para os Postos Administrativos de Zitundo e Machangulo. Sem obedecer a critérios científicos rigorosos, a apresentação destas zonas visa mostrar suas características específicas em termos de localização, o ambiente natural envolvente, os principais atractivos e actividades turísticas desenvolvidas, bem como os mercados que elas servem.

Zona Turística da Ponta do Ouro

É a zona mais antiga do ponto de vista de desenvolvimento turístico ao nível do distrito. Mesmo no período colonial, turistas Sul Africanos e Portugueses vindos da cidade de Maputo afluíam a esta zona.

Seus principais atractivos são as lindas praias que favorecem os banhos de sol, o mergulho, a pesca desportiva, a contemplação de golfimhos e da exuberante paisagem conferida pelas dunas e a vegetação que elas sustentam.

Foto Nº2 Praia da Ponta D’Ouro e a beleza natural envolvente

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Plano Estratégico de Desenvolvimento do Distrito de Matutuine (2009 – 2013) Matutuine, Setembro/2008

Fonte: Trabalho de Campo, Outubro 2007

O acesso a Ponta do Ouro faz-se fundamentalmente por terra. O acesso é fácil para os turistas vindos da África do Sul pelas estradas localizadas a Sul da Fronteira com Ponta do Ouro, uma vez que as estradas do lado Sul Africano estão em boas condições.

O acesso por terra é também feito através da estrada Boane - Ponta do Ouro que, como se referiu anteriormente, apresenta precárias condições de transitabilidade principalmente no período chuvoso.Turistas Sul Africanos, da Swazilândia e até mesmo internacionais usam esta via que é também usada por turistas domésticos provenientes fundamentalmente da Cidade de Maputo.

A estrada Catembe-Ponta do Ouro que inicia após a travessia da Baía de Maputo, constitui também um dos acessos, com a vantagem de ser relativamente curta. Esta via apresenta também condições precárias, reclamando por reabilitação e melhoramento.

Ponta do Ouro tem um aeródromo que está em estado de abandono, cuja reabilitação poderá colocar ao Distrito uma alternativa de acesso aéreo requerido a certos segmentos de turistas, incluindo os internacionais (não regionais). O acesso por mar não está a ser utilizado, mas impõe-se que tal seja analisado de modo a determinar a viabilidade de instalar infra-estruturas e serviços necessários.

Zona de Malongane e Mamole

Embora não distante da Ponta D’Ouro, esta zona distingue-se por possuir estabelecimentos turísticos implantados ao longo da orla dominada pela vegetação dunar. Estes estabelecimentos são fundamentalmente de madeira.

O maior atractivo é o ambiente natural (a vegetação e o mar) e a calma, característica que proporciona bons momentos de lazer e relaxamento.

O acesso a esta zona é feito por terra, sendo relativamente mais fácil aos turistas Sul Africanos que entram via Ponta D’Ouro. O acesso é também possível através da estrada Bela-Vista - Ponta

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Plano Estratégico de Desenvolvimento do Distrito de Matutuine (2009 – 2013) Matutuine, Setembro/2008

D’ouro, embora com grandes dificuldades devido ao estado do terreno. Turistas Regionais, com maior destaque para os Sul Africanos são os que mais visitam a zona.

Foto Nº3 Estância turística de Mamole com a vista projectada à beleza da vegetação e do mar

Fonte: Trabalho de campo Outubro 2007

Zona da REM e Corredor do Futi

Embora actualmente pouco desenvolvida do ponto de vista turístico, esta zona pode ser considerada o coração do turismo no Distrito de Matutuine. Esta zona define a Área de Conservação Transfronteira do lado moçambicano e beneficiou recentemente de um Plano de Desenvolvimento do Turismo.

Os maiores atractivos são a fauna bravia em que se destacam os efectivos de elefantes, para além de outros animais como changos, gazelas, cabritos do mato, porcos do mato, entre outros.

Esta zona possui a particularidade de poder associar diferentes actividades turísticas pelo facto de exibir diversos atractivos tais como vegetação exuberante, lagoas, praias lindas e a própria fauna num único ecossistema.

O acesso é feito por terra, podendo receber turistas vindos de Machangulo, da parte Sul e os que usam o troço de Bela-Vista passando por Salamanga. O Plano de Desenvolvimento do Turismo para esta zona prevê estudos de viabilidade com vista a possibilitar o acesso por mar a esta importantíssima relíquia por explorar. Actualmente visitam esta zona turistas regionais e em menor número internacionais e nacionais.

Foto Nº 4 Casal de elefantes passeando a sua classe no interior da REM

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Fonte: Trabalho de campo, Dezembro 2007

Zona de Machangulo

Trata-se de uma zona pouco desenvolvida do ponto de vista de infra-estruturas turísticas, mas segundo Planos iniciais dos promotores do Projecto turístico da Península de Machangulo e Reserva de Elefantes, se pretende criar um grande destino turístico internacionalmente competitivo no sul da Província de Maputo. Este projecto implica o desenvolvimento de infraestruturas turísticas ao longo da Inhaca-Santa Maria-Península de Machangulo, bem como a expansão e revitalização da Reserva de Elefantes de Maputo (???). Está prevista a implantação de um casino, uma estância do tipo Club Med, uma série de estâncias balneares e de caça, operações de mergulho, um vasto programa de repovoamento de caça, incluindo os animais selvagens de grande porte e a criação de uma reserva de caça privada na Península de Machangulo.

Está sendo construída uma plataforma que será usada para desembarque de turistas vindos por mar. O acesso a Machangulo faz-se fundamentalmente por terra através das picadas que atravessam a REM, via Gala e via Acampamento principal. Existe uma pista de aterragem que parece pertencer a um privado e cuja utilização é ainda restritiva.

Actualmente, Machangulo é mais visitado por turistas Sul Africanos, esperando-se que um grande fluxo de turistas internacionais comece a escalar a zona logo que estiverem criadas as condições previstas no projecto em acção.

Zona da Bela Vista-Sede

Talvez porque se trata de uma área urbanizada e com características bastante diferentes das demais, não tem sído vista como uma zona turística. Contudo, desenvolvimentos recentes que incluem a implantação de casas de alojamento rondáveis, modestas salas de conferências, serviços de restauração e bares tem servido de fonte de atracção de turistas que vem visitar familiares ou participar em seminários e conferências.

Trata-se de uma zona que possui o potencial de fornecer diversos serviços necessários ao bom funcionamento da actividade turística em todo o Distrito. Tem também a particularidade de poder

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servir de alternativa viável de alojamento e alimentação para um segmento de turistas com poucas posses, os turistas domésticos.

O Plano de Desenvolvimento do Turismo da ACTF Libombos em preparação, deve ter em conta o potencial que esta zona oferece no contexto das ligações com outras zonas e mercados de nicho. Devido à sua localização, o desenvolvimento desta zona vai implicar investimentos significativos em estradas, pois todos os troços que dão acesso a ela estão presentemente em condições precárias. Tais são os casos da estrada Boane-Bela Vista; Catembe-Bela Vista e Ponta D’Ouro-Bela Vista.

8.1.3 O PROJECTO ACTF E O PAPEL DA REM NO DESENVOLVIMENTO DO TURISMO O projecto das Áreas de Conservação Transfronteiriças (ACTF) e Desenvolvimento do Turismo é o segundo de várias fases de um processo a ser implementado durante os próximos 15-20 anos. O projecto foi concebido com base na primeira experiência do Projecto de Áreas de Conservação Transfronteira financiado pelo Fundo Global do Meio Ambiente (FGMA) que tinha por enfoque as áreas de conservação transfronteiriças e a capacitação institucional e em que o principal objectivo era o de ajudar Moçambique a capitalizar as suas oportunidades únicas de conservação da biodiversidade como base para o desenvolvimento do turismo e zonas rurais

O projecto actua com 4 componentes, a saber: Componente 2 : Plano Integrado de Desenvolvimento do Distrito de Matutuine - Capacitação

Institucional e Monitoria Componente 3: Parceria entre o Sector Privado e as Comunidades no Desenvolvimento do

Turismo e Conservação - Capacitação em Turismo Componente 4: Conservação da Biodiversidade e Gestão das Áreas protegidas- Reserva

Especial de Maputo, Corredor do Futi e Área Marinha Protegida Componente 5: Gestão do Projecto (Vide anexo... sobre detalhes de cada Componente)

Segundo o Secretário Permanente do Distrito de Matutuine (Entrevista, Dezembro 2007) o Projecto ACTF destacou-se no concernente à alocação de técnicos superiores no Distrito, o que a ser capitalizado poderá dar um maior impulso nas acções de dinamização do desenvolvimento local. A mesma fonte referiu que muito há, ainda, por fazer para que o desenvolvimento turístico e a conservação da Biodiversidade alcancem níveis satisfatórios.

A REM e o Corredor do Futi são o coração do projecto ACTF que apesar de terem beneficiado de acções como a construção da vedação eléctrica, o fortalecimento da capacidade de fiscalização entre outras, continua a espelhar uma imagem desoladora onde impera ainda a caça furtiva, o conflito homem/animal e baixos níveis de investimento nas áreas destinadas ao desenvolvimento turístico.

A Agência de Desenvolvimento da Costa dos Elefantes (ADCE), uma instituição criada para promover o desenvolvimento turístico através do apoio ao sector privado e comunidades locais, está ainda à procura de se implantar no terreno. Com apenas 2 técnicos que também desempenham tarefas administrativas, esta instituição tem se revelado impotente perante a premente necessidade de mobilização de iniciativas de desenvolvimento turístico. O já referido caso da Ponta D'ouro constitui um exemplo claro de que uma maior implantação da ADCE no terreno é requerida.

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a) A Reserva Especial de Maputo e o Corredor do Futi

A Reserva Especial de Maputo constitui uma das principais atracções turísticas do Distrito de Matutuine. Ela foi estabelecida em 1932 para proteger a população de elefantes na área e suas fronteiras, e foram legalmente estabelecidas pelo Diploma Legal n. 22314 de 9 de Agosto de 1969. A Reserva é composta por duas áreas distintas e contíguas, a costeira e a continental, as quais comportam uma variedade de tipos de habitats.

O principal atractivo turístico são os elefantes que tem passeado a sua classe num ecossistema com alto valor de biodiversidade, onde se pode observar uma diversidade de espécies de flora, fauna, avifauna, herpetofauna e ichthyofauna. A existência de lindas praias em um ambiente costeiro paradisíaco confere à REM um enorme potencial dada a possibilidade de diversificação das actividades turísticas.

A REM ocupa uma área de cerca de 80,000 ha sem contar com a área da Extensão do Corredor do Futi.

O Plano de Maneio da REM 2001-2006, identificou os seguinte problemas como sendo os mais preocupantes:

Baixos números de espécies e da diversidade de grandes mamíferos Aumento da população humana no interior da reserva Continuação de caça ilegal Continuação de queimadas descontroladas Continuação do Conflito homem/Animal fora da Reserva Inexistência do Turismo Mudança da situação hidrológica Limites não apropriados Uso do território da Reserva para acesso ao Posto Administrativo de Machangulo Fraca capacidade de Maneio.

Apesar de o projecto ACTF que se tornou mais efectivo em 2006 estar a contribuir para a minimização destes e outros problemas que afectam a REM, esforços deverão ser redobrados no sentido de tornar esta zona sustentável ecológica e economicamente.

O processo de vedação eléctrica ora iniciado tem vindo a surtir efeitos positivos na minimização do conflito Homem/Animal, contudo, impõe-se que este seja urgentemente continuado para cobrir toda a extensão da REM e Corredor do Futi, para evitar que os elefantes se escapem para áreas contíguas como Mamole, Gueveza e até mesmo Ponta Douro.

A existência de população local no Interior da REM em número de 1017 habitantes é um problema que deve ser equacionado com cautela, de modo que se tome a melhor decisão possível. Embora o número de pessoas actualmente vivendo na reserva não se considere excessivo, seu impacto poderá vir a ser maior nos próximos anos dado o factor crescimento natural da população e o aumento das actividades extractivas e primárias.

Considerando que os efectivos da fauna bravia também tendem a crescer, prevê-se maior competição na conquista do espaço e no uso dos recursos naturais como água e vegetação, podendo resultar conflitos Homem/Animal insuportáveis no interior da REM.

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Plano Estratégico de Desenvolvimento do Distrito de Matutuine (2009 – 2013) Matutuine, Setembro/2008

Uma das possíveis soluções que tem sído consideradas é o reassentamento da população que vive no interiror da Reserva em locais alternativos. Segundo informação da Oficial de Ligação Comunitária que fez um trabalho de auscultação às comunidades afectadas, a ideia de reassentamento não foi bem vinda pelos membros da comunidade e muito menos por parte dos líderes tradicionais cujos pensamentos e atitudes pesam sobremaneira na decisão final que for tomada por toda a comunidade.

Uma pesquisa aplicada e participativa deverá ser feita para apurar as reais causas da recusa da comunidade local em ser reassentada, mesmo com a promessa de melhores condições de vida nos locais alternativos.

A caça furtiva tem sído um constragimento difícil de estancar. Apenas sabe-se que tal tem vindo a acontecer mas ainda não é possível medir a magnitude em que esta actividade ilícita é desenvolvida. O indicador geral da continuidade desta prática é a presença de carne de caça nos mercados periféricos como Salamanga, Bela-Vista e Zitundo.

No âmbito do Projecto ACTF foi assinado um memorando entre o MITUR e o Ministério da Defesa Nacional que resultou na colocação de um contigente de militares armados para apoiarem as acções de fiscalização e segurança na REM.

Alguns avanços foram conseguidos no que respeita a contratação de novos fiscais e reciclagem dos mais antigos, contudo, a performance geral destes parece estar ainda aquém do desejável a avaliar pela ainda propalada caça furtiva na zona da REM.

Uma estratégia de Fiscalização foi desenvolvida pela Administração e técnicos da REM mas sua implementação está a encarar dificuldades que vão até a falta de mantimentos necessários a manutenção física dos fiscais.

Segundo afirmações de alguns quadros em serviço na REM, a lentidão na resolução dos vários problemas da REM tem a ver com a excessiva centralização da gestão financeira do projecto ACTF que tem afectado os Planos desenvolvidos pela REM no âmbito da Coordenação Regional dos Libombos do mesmo projecto.

Tendo em conta que o projecto ACTF tem um horizonte temporal definido, o maior problema da REM é a sua sustentabilidade a longo prazo.

De facto, algumas acções tem estado a ser desenvolvidas neste sentido, tais como a extensão dos limites da Reserva para o Corredor do Futi e o já elaborado Plano De Desenvolvimento do Turismo da REM e Corredor do Futi (MITUR, 2006). Este Plano define o quadro em que o Turismo deverá ser desenvolvido nos contornos da REM e Corrredor do Futi, considerando também as ligações e influências regionais ao nível micro.

Foram definidas as principais zonas com base na identificação das seguintes principais atracções dentro da ACTF Libombos:

A costa do Oceano Índico com as suas baías e sistema de lagoas adjacente (Curto, Médio e Longo prazos).

O Rio Futi e as planícies aluvionares da Extensão do Futi (Médio e Longo Prazo) O Rio Maputo com os seus lagos da Planície inundável (Potencial inclusão como reservas de

fauna bravia da comunidade) (Médio e Longo Prazos)

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Plano Estratégico de Desenvolvimento do Distrito de Matutuine (2009 – 2013) Matutuine, Setembro/2008

A Reserva de Elefantes de Tembe e a Reserva de Caça de Ndumo (Médio e Longo prazos) O Usuthu gorge (Médio e Longo Prazos)

As vantagens comparativas oferecidas por esta combinação de atractivos turísticos são inúmeras e que poderão proporcionar um turismo de alta qualidade, baixo Impacto e alto rendimento.

Paradoxalmente, o nível de investimentos turísticos nas zonas identificadas tem sído baixo. Sabe-se que uma companhia turística internacional de renome (a VIRGIN) tem estado a contactar as autoridades do Ministério do Turismo de Moçambique. Era esperança das autoridades moçambicanas que esta companhia se instalasse no terreno o mais cedo possível para dar credibilidade e confiança a outros investidores e assim se iniciar o processo de desenvolvimento conforme preconizado no Plano.

Alguns investidores de menor calibre tem estado a contactar a ADCE manifestando suas intenções de investir na zona, mas a realidade no terreno mostra que das intenções á efectiva implementação dos seus projectos vai ainda uma grande distância devido ao facto destes não reunirem os requisitos exigidos no Plano de Desenvolvimento do Turismo.

Só a combinação entre Conservação e Desenvolvimento é que poderá conduzir a REM a um estado de sustentabilidade, sabido que é, a incapacidade do Estado em assegurar a operacionalidade das Reservas e Parques com os recursos do erário público.

O nível actual de arrecadação de receitas na REM em 2007 foi o seguinte:Data Valor Usd Valor Zar Valor Mtn

Janeıro 0.00 210.00 1,400.00Fevereıro 0.00 31,335.00 26,610.00

Marco 0.00 57,150.00 102,640.50Abrıl 0.00 55,620.00 109,885.00Maıo 0.00 3,706.00 1,160.00Junho 20.00 24,277.00 32,180.00Julho 100.00 27,740.00 22,725.00

Agosto 271.00 28,920.00 17,747.75Setembro 0.00 19,545.00 38,206.50Outubro 47.00 12,490.00 40,610.00

Novembro 0.00 20,776.00 28,950.00Dezembro 0.00 78,389.00 47,803.00

TOTAL 438.00 360,158.00 469,917.75Fonte: REM 2007

Embora o nível de arrecadação de receitas tenha aumentado consideravelmente na REM, as actuais fontes de receitas não são suficientes para criar sustentabilidade financeira, pelo que urge adoptar medidas com vista a eliminar as barreiras e ameaças aos investimentos turísticos que serviriam de fonte adicional de arrecadação de receitas próprias para a REM.

8.1.4 Capacidade e oferta turísticaA capacidade e oferta turística no Distrito de Matutuine tem vindo a aumentar nos últimos anos, com maior destaque para as povoações da Ponta do Ouro, Ponta Malongane e Ponta Mamoli.

Segundo dados processados em 2007, pelo Sector do Turísmo do SDAE existem no Distrito 38 Estâncias turísticas com 229 quartos e 1.416 tendas com uma capacidade de 1.024 camas. Nas obras de construção de novas estâncias estão empregados 85 operários em Machangulo (Cabo Santa Maria) e Zitundo/ Ponta de Ouro.

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Registamos no Distrito a entrada de 1.849 de turístas maioritariamente Sul –Africanos durante a Páscoa.

No total, estes estabelecimentos turísticos geraram 492 postos de trabalho, dos quais 275 são de trabalhadores locais. 71 trabalhadores foram contratados em regime eventual para atender a períodos de pico. Cerca de 60% dos trabalhadores estão empregues nos estabelecimentos da Ponta d' Ouro, um indicador que revela haver extremas diferenças na dinámica de desenvolvimento entre as diferentes zonas turísticas.

Dadas as diferenças na qualidade de prestação de serviços e nos preços praticados por estes estabelecimentos, pode-se afirmar que a capacidade e oferta turísticas durante os períodos de pico tem sído baixa, com maior impacto nos turistas domésticos que devido ao fraco poder aquisitivo disputam lugares nos estabelecimentos que apresentam preços relativamente baixos.

Foto Nº5 Estabelecimento informal com impacto no emprego indirecto e maior servidor de turistas domésticos em Machangulo

Fonte: Trabalho de Campo,Dezembro 2007

Importa referir que do ponto de vista de planificação do desenvolvimento integrado e turístico estes dados não são suficientes para diagnosticar a real situação da capacidade e oferta turística no Distrito, tendo em conta que existe um número considerável de estabelecimentos turísticos não licenciados e informais cujo impacto deve ser medido com vista a delinear estratégias e acções que conduzam a um desenvolvimento turístico e integrado sustentável.

8.1.5 A demanda turística

Sabe-se que a procura pelos atractivos turísticos existentes no Distrito de Matutuine tem vindo a aumentar consideravelmente. Dados estatísticos disponíveis indicam que a maior percentagem de turistas que visitam o Distrito é proveniente da África do Sul, estando a Swazilândia em segundo lugar.Embora de forma lenta, o Distrito tem sído visitado por turistas provenientes de países Europeus com destaque para o Reino Unido, Alemanha e França. Segundo dados apurados do Inquérito Á Despesa do Turista (INE, 2007), no período que vai desde o primeiro ao terceiro trimestre de 2007 entraram no posto fronteiriço da Ponta Douro 742 turistas e 2,256 acompanhantes, totalizando 2,998. A duração média da visita é de 6 dias.

Segundo o mesmo estudo, cerca de 65.3% dos turistas hospeda-se em estabelecimentos turísticos convencionais, sendo Lodge (24.5%), Hotel (20.7%) e Resorts (20.0%). As faixas

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etárias de turistas que mais se destacam são dos 36 aos 55 anos (53.5%), seguida da dos 25 aos 35 anos (27%).

A REM também tem registado um aumento no número de turistas que a visitam.

comparacao do movimento turistico

0

500

1000

1500

2000

2500

3000

2006 2007

ano

n tu

rista

s

Series2

Fonte: REM 2007

O gráfico abaixo mostra de uma forma detalhada em percentagem, países emissores, onde nota-se claramente que a Africa do Sul lidera com maior número de visitantes a Reserva.

turista por paises

26%

71%

3%

MocambiqueAfirica do SulOutros

O turismo de lazer associado a praias e atractivos naturais é o que tem atraído grande parte dos turistas. Tem vindo a revelar-se a vinda ao distrito de turistas domésticos que vêm participar em seminários e conferências, o que demonstra que o distrito possui vantagens comparativas que devem ser convenientemente exploradas e potenciadas de modo a competir com centros de turismo de négócios como a Cidade de Maputo.

8.1.6 Impactos sócio-económicos e ambientais do turismo no Distrito de Matutuine

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O nível de integração do Turismo no contexto do desenvolvimento sócio-económico, espacial e ambiental local mede-se pelo impacto resultante da implantação de actividades e negócios turísticos sobre uma gama variada de aspectos ligados a economia, ao desenvolvimento de infra-estruturas, à capacitação e desenvolvimento dos recursos humanos, ao desenvolvimento comunitário e sócio-cultural, ao ordenamento territorial e qualidade do Meio Ambiente.

Normalmente, a informação que permite aferir a magnitude do impacto do Turismo nestas variáveis é recolhida através de Inquéritos e Entrevistas sobre o Turismo. Na ausência de dados qualitativos e quantitativos que deveriam resultar de Inquéritos mais abragentes e multifacetados, a análise dos impactos será feita com base na informação disponível.

8.1.7 Impactos sócio-económicos do turismo no Distrito de Matutuine

Segundo dados preliminares do último Censo Geral da População e Habitação, o Distrito de Matutuine possui cerca de 37,166 habitantes, a maioria dos quais são jovens em idade de trabalhar.

Devido ao fraco desenvolvimento industrial e agro-empresarial, grande parte da população do distrito dedica-se a actividades primárias com destaque à agricultura de subsistência, pecuária e pesca artesanal. Apesar de o Turismo estar em franco desenvolvimento no Distrito o seu impacto na economia e na vida social dos habitantes do distrito é ainda bastante fraco.

No que concerne à geração de emprego, a povoação da Ponta D 'Ouro, por sinal a mais desenvolvida do ponto de vista turístico é a que oferece mais postos de trabalho que são disputados não apenas por residentes locais, mas também por pessoas vindas de locais distantes incluindo a Cidade de Maputo.

Embora se entenda que o Turismo não é capaz de absorver toda a mão de obra disponível no distrito, a actual contribuição do Turismo na geração de emprego directo (492 postos segundo Projecto ACTF, 2007) é ainda muito ínfima se considerarmos que o distrito possui um potencial turístico invejável que o eleva à categoria de Área Prioritária de Investimento Turístico.

O emprego indirecto relaciona-se com o conjunto de actividades à jusante que servem o Turismo, tais como a venda de artesanato, de artigos diversos em lojas e barracas entre outras. Neste âmbito, a povoação da Ponta D'Ouro está de novo na dianteira, sem contudo podermos avançar dados quantitativos que nos permitam avaliar o impacto do Turismo neste segmento ocupacional.

Não existe informação que nos permita avaliar o impacto com base nos rendimentos auferidos pelos trabalhadores tanto no sector formal como no informal, sabendo-se apenas que em média, cada trabalhador empregue contribui para a subsistência de 4 ou mais pessoas.

A questão da formação está intimamente ligada com a preferência ou não por trabalhadores locais. Conversas informais que mantivemos com alguns membros da comunidade que residem em bairros periféricos da Ponta D'Ouro revelaram que os proprietários dos estabelecimentos turísticos preferem empregar pessoas vindas da Cidade de Maputo ou mesmo de Cidades mais distantes como Beira nos postos fulcrais e de maior responsabilidade, pois, segundo eles, o conhecimento da Língua Inglesa e a desenvoltura de comunicação e de costumes urbanos são elementos fundamentais no contacto com os turistas.

A povoação da Ponta D'Ouro deve ser vista como uma zona turística específica devido à sua maior dinâmica de desenvolvimento turístico e urbano, pelo que o caso acima descrito não deve ser generalizado.

Embora o Turismo no Distrito de Matutuíne tenha influenciado a vertente dos Recursos Humanos através do projecto ACTF que permitiu a alocação de mais de 5 técnicos superiores, o mesmo

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ainda não surtiu efeitos positivos no que concerne a iniciativas e projectos de formação local em matérias de Turismo, facto que deve ser considerado na elaboração de estratégias e definição de acções de desenvolvimento turístico e integrado. A formação e capacitação de operadores de pequenos negócios e empresários locais em Turismo deve merecer especial atenção.

Não existem dados que nos permitam aferir o rendimento que os estabelecimentos turísticos obtém das despesas feitas pelos turistas ao nível do Distrito. O Inquérito à despesa do Turista (INE, 2007), revela que cada turista gasta por dia, em média, 1,359.85 MT, durante a sua estadia em Moçambique, indicador geral que não nos permite calcular o impacto das despesas dos turistas no Distrito de Matutuine, dadas as suas especificidades no que concerne ao perfil dos turistas que o visitam.

Dados faltam que nos permitam estimar a contribuição económica líquida do Turismo na economia local, mas factores como fuga ao fisco, fraca capacidade de controle e fiscalização, sonegação de informação por parte de operadores turísticos que organizam pacotes turísticos e fazem transacções fora do país indicam haver altos níveis de leakage.

O impacto do turismo nas comunidades locais é ainda fraco. Na zona Turística da Ponta d' Ouro, Malongane e Mamole domina um sector privado altamente individualizado, sem espaço para parcerias com as comunidades locais e onde o conceito de responsabilidade social é quase inexistente.

Existem 2 projectos turísticos comunitários (Madjadjane e Gala) que no total beneficiam menos de 100 membros comunitários, número ainda bastante baixo no contexto de todo o distrito. Estes projectos enfrentam sérios problemas de gestão, o que poderá conduzir a um estado de insustentabilidade e consequente queda.

As lições apreendidas e experiências ganhas com estes 2 projectos devem ser capitalizadas na concepção, desenho e implementação dos outros 2 projectos comunitários previstos no âmbito do Plano de Desenvolvimento de Turismo da REM e Corredor do Futi.

Em 2007, na REM, foram alocados às comunidades locais os 20% dos rendimentos resultantes da exploração do empreendimento segundo preconiza a Lei 10/99 de 7 de Julho (Lei de Florestas e Fauna Bravia). O relatório de actividades da REM em 2007 indica haver ainda grandes constragimentos que impedem que as comunidades afectadas beneficiem desta parceria, tais como a falta de clareza sobre como usar o dinheiro, a falta de informação sobre a existência destes valores e nalguns casos até existe dinheiro por levantar e que permanece nos Bancos por muito tempo.

O impacto do Turismo no desenvolvimento de actividades económicas como Agricultura, Pecuária e Pesca pode ser avaliado com base na percentagem de aquisições dos estabelecimentos turísticos locais de produtos locais como carne, peixes, mariscos, legumes, frutas, etc.

Não foi feito este levantamento mas o conhecimento geral sobre esta situação indica que poucos são os produtos adquiridos localmente, principalmente em estabelecimentos turísticos localizados na Ponta d' Ouro.

Se considerarmos que Matutuine foi um distrito com elevados índices de produção de carne (bovina e caprina) e leite e que os actuais planos e projectos de fomento pecuário apontam para uma recuperação rápida dos níveis de produção, importa encontrar mecanismos que permitam o

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aumento da quantidade e qualidade dos produtos locais para competir com os que são importados e servidos nos estabelecimentos turísticos do distrito.

O turismo pode contribuir na criação da cadeia de valores através do surgimento de pequenas empresas de serviços e bens requeridos pelos estabelecimentos e projectos turísticos e pelos turistas. No Distrito de Matutuine ainda não se observa a implantação destas empresas, o que revela não haver uma estratégia que impulsione o surgimento do empresariado local na área do Turismo.

As Infra-estruturas constituem a base física para o desenvolvimento do turismo. A construção de novas infra-estruturas como estradas, pontes, aterros sanitários, infra-estruturas de abastecimento de água, linhas de energia e aeródromos bem como a reabilitação das já existentes indica o cometimento e a seriedade com que o Estado encara o papel estratégico do Turismo no desenvolvimento de uma região.

Experiências internacionais indicam que o sector privado não tem respondido favoravelmente quando convidado a participar no desenvolvimento de infra-estruturas básicas. O papel do Estado torna-se preponderante neste processo.

É de louvar o contributo do Estado Moçambicano em expandir a rede de energia eléctrica e de comunicações para zonas turísticas como Ponta D 'Ouro, Machangulo, REM e Bela Vista. A Política e posicionamento do Governo e Estado Moçambicanos em relação às estradas secundárias e terceárias que dão acesso aos destinos turísticos em Matutuine precisa ser clarificada e debatida em fóruns alargados, sendo a discussão do PEDD uma das melhores oportunidades para o efeito.

A actual condição destas estradas beneficia apenas turistas sul africanos e outros regionais que possuem viaturas com tracção a quatro rodas.

No período chuvoso, mesmo com chuvas de pequena intensidade, os troços Boane-Bela Vista (64km) e Catembe-Bela-vista (43km) colocam grandes dificuldades de locomoção a qualquer tipo de viatura, obrigando que se conduza a velocidades inferiores a 20km/h, sob pena de o ‘’infractor’’ ver a sua máquina derrampar e perder a direcção.

Estas duas vias são extremamente importantes, sendo a via Boane-Bela-Vista frequentemente usada por turistas sul africanos e outros estrangeiros. Esta via serve também o tráfego comercial, cuja intensidade espera-se que aumente com o desenvolvimento de projectos agro-pecuários e outros previstos.

O único troço asfaltado no Distrito é o Bela-Vista-Salamanga (cerca de 18km). O troço Salamanga-Ponta do Ouro (56km) é de terra batida que é também estratégico do ponto de vista de desenvolvimento turístico mas que se encontra em condições precárias.

Os troços que dão acesso a Machangulo através da REM estão também em péssimas condições, contudo seu melhoramento precisa ser bem estudado tendo em conta que estas vias estão no interior de uma área de Conservação.

O Plano de Desenvolvimento do Turismo da REM e Extensão do Futi (MITUR, 2006), identifica a Rota Ponta d' Ouro-Maputo como tendo implicações para o desenvolvimento do Turismo no Distrito e na ACTF em geral.

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Segundo o referido Plano, uma decisão consensual deve ser tomada sobre se a via Ponta d ' Ouro-Maputo irá comportar tráfego comercial após o seu melhoramento, tendo em conta os impactos neagtivos que um maior volume de tráfego comercial poderá causar no potencial de turismo da REM que se encontra á beira da estrada (vide mapa de Infra-estruturas).

Considerando que o Governo de Moçambique definiu o Distrito de Matutuine como Área Prioritária de Investimento Turístico e que acordos Regionais priorizaram o estabelecimento de uma ACTF, seria razoável que a estrada Boane-Ponta do Ouro fosse asfaltada e que o troço que passa pela REM ficasse condicionado apenas ao tráfego turístico.

Alternativas de estabelecimento de uma rota comercial no âmbito da integração Regional, principalmente com a África do Sul e Swazilândia deverão ser encontradas num fórum de debate aberto e participativo no âmbito do PEDD e em Fóruns Regionais.

Em relação às infra-estruturas de abastecimento de água e segundo informações da Direcção Distrital das Infra-estruturas e Planeamento a situção geral é precária. Na Ponta do Ouro, por exemplo, o sistema de abastecimento de água potável se encontra inoperacional. Os estabelecimentos turísticos recorrem a soluções individuais através da abertura de furos. Consta que mesmo a população que vive nos bairros periféricos não tem acesso à água potável, recorrendo muitas vezes aos favores dos operadores turísticos para suprir esta necessidade.

A zona turística de Machangulo também carece de um sistema de abastecimento de água funcional capaz de suportar o desenvolvimento turístico que se espera. A zona da REM, incluindo as Pontas Chemucane, Dobela, Milibangalala e Membene foi sujeita, como se referiu, a um Plano de Desenvolvimento Turístico. Segundo este Plano, a Ponta Milibangalala possui 10 locais para acampar, sem contudo possuir água canalizada.

Com o aumento do número de turistas que visitam a área e com a provável implantação de investimentos de grande vulto, importa repensar sobre os mecanismos a serem adoptados com vista a disponibilização de Infra-estruturas de abastecimento de água e outras relevantes.

8.1.8 Impactos do Turismo no Ordenamento Territorial e no Meio Ambiente

Quando o desenvolvimento turístico se faz de forma desordenada, descoordenada e desintegrada resulta em impactos negativos na estrutura e organização espacial, bem como no ambiente. A Localidade da Ponta d' Ouro constitui um exemplo vivo de como as acções de Ordenamento Territorial e de gestão ambiental foram negligenciadas durante muitos anos.

O crescimento de qualquer zona, seja ela turística ou habitacional deve ocorrer sugundo um Plano de Ordenamento que precisa ser actualizado periodicamente.Para o Caso da localidade da Ponta d' Ouro, o Plano original com base no qual foi implantada a actual zona turística não beneficiou de actualização tendo em conta a implantação de novos empreendimentos turísticos e o crescimento da população vivendo nos bairros contíguos e periféricos.

O Plano de ordenamento que define as macro-zonas requer, em alguns casos, um Plano de loteamento ou parcial que define o tipo de emprendimentos admissíveis num determinado lote, o tipo e a dimensão de infra-estruturas de suporte entre outros elementos de detalhe.

Em algumas zonas turísticas incluindo Ponta do Ouro, este trabalho foi negligenciado, resultando na ocupação desordenada do espaço, obstrução de vias de acesso, abertura descontrolada de

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novos acessos, ausência de áreas bem definidas para construção de aterros sanitários ou lixeiras entre outros problemas.

A falta de um Plano de Ordenamento Territorial ou a fraqueza na sua implementação pode conduzir a conflitos de terras entre os seus utilizadores, situações que ocorrem frequentemente nas zonas turísticas do Distrito de Matutuine.

Do ponto de vista Ambiental, o impacto do turismo no ambiente é bem visível nas áreas onde a vegetação dunar foi destruída pela circulação de Quad Bikes ou pela implantação de emprendimentos turísticos sem a observância de Planos de Gestão Ambiental. Outros impactos incluem a poluição sonora provocada pelos imponentes Quad Bikes, concentração de lixo em locais inapropriados, extracção ilegal de recursos naturais, Compactação e erosão devido à condução de veículos nas praias, entre outros.

Foto Nº6 Estabelecimento turístico sobre uma duna de protecçao Costeira na Ponta Malongane

Fonte: Trabalho de campo, Outubro 2007 Sob pena de aumentarmos a probleza absoluta que atinge grande parte da população do distrito de Matutuine e de hipotecar o futuro das gerações vindouras, importa que se comece desde já a procurar soluções alternativas para os problemas de Ordenamento Territorial e Ambientais resultantes da actividade turística e outras.

O Governo da Província de Maputo manifestou esta preocupação em 2007, tendo mandatado a Direcção Provincial Para a Coordenação da Acção Ambiental a trabalhar em coordenação com as autoridades locais na elaboração de Planos de Ordenamento Territorial das Zonas Turísticas do Distrito de Matutuine.

Os Planos foram elaborados mas sua implementação está a encarar sérias dificuldades.

9. ACTIVIDADES ECONÓMICAS

9.1 Agricultura

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O distrito tem uma área física de 5,403 km2 que correspondem a 540,300 hectares, dos quais cerca de 32,700 ha (6%) são de terra arável, sendo 16,705 ha correspondentes a áreas irrigáveis e 15,995 a agricultura de sequeiro.

Cerca de 80% da população do Distrito dedica-se à actividade agrícola, sendo a agricultura de sequeiro a que ocupa a maior parte, praticando-se um pouco por todo distrito.

Observando o mapa de aptidão agro-ecológica do distrito, pode-se verificar facilmente que as áreas onde se pratica a agricultura de sequeiro pelo sector familiar correspondem às manchas de solos pobres e com pouca capacidade de retenção de água, o que condiciona os baixos níveis de produção e produtividade agrícola. Esta situação faz com que a maioria da população consiga apenas sobreviver entre 3 a 8 meses com os produtos obtidos da agricultura, sendo necessário recorrer a outras estratégias de sobrevivência como o consumo de frutos e plantas silvestres, ganho-ganho em troca de dinheiro ou alimentos de donativos nos períodos de severidade. A venda de lenha e carvão, de bebidas alcoólicas tradicionais e a venda de carne de caça constituem outras formas de estratégias de sobrevivência da maioria da população do Distrito.

A situação de carências alimentares tem sído notória mesmo ao nível de cereais como milho e arroz que constituem a base alimentar de muitas famílias. Segundo dados avançados pela Administração Distrital, em 2007 a cifra de produção de cereais fixou-se em 3949 toneladas contra 4051 que seriam necessários.

O mapa de Concessões de terras para fins agrícolas indica haver uma forte apetência pelas terras situadas ao longo do Rio Maputo (As mais férteis e com disponibilidade de água) por parte do sector privado e Associações.

9.1.1 Campanhas agrícolas

As culturas mais praticadas são a banana, cana-doce, alho, tomate, couve, cebola, alface, ananás, feijão nhemba, feijão vulgar, amendoim, batata-doce, batata-reno, mandioca, arroz, milho (vide tabela de distribuição espacial e período de cultivo, em anexo).

A precipitação média registada nas campanhas agrícolas 2004/05,2005/06 e 2006/2007 foi de 640.58 mm, não havendo diferenças significativas ao longo das zonas do distrito. De referir que as campanhas agrícolas no distrito são de Setembro a Fevereiro e Março a Agosto.

O período de sementeira varia consoante o tipo de culturas, em função das sua exigências no que concerne a condições edáficas e hídricas.

A tabela seguinte indica o desempenho agrícola verificado na campanha 2006/2007.

Tabela Nº7 – Resultados da Campanha Agrícola 2006/2007CULTURA Área (Ha) Produção (Ha) Produção

(Ton.) Rend. / MtPlanificada Semeada Perdida ColhidaMilho 6.628 5.700 301 5.399 3.259 19.554,00Arroz 500 306 38 268 690 7.590,00Fejão-nhemba 2.080 1.850 40 1.810 453 2.265,00Feijão-manteiga 625 641 121 520 336 8.400,00Amendoim 1.018 1.930 10 1.920 576 20.160,00Mandioca 2.618 2.550 52 2.498 19.984 199.840,00Batata-reno 75 22 4 32 96 1.440,00Batata-doce 1.008 1.000 50 950 7.600 76.000,00Girassol - - - - - 00,00

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Plano Estratégico de Desenvolvimento do Distrito de Matutuine (2009 – 2013) Matutuine, Setembro/2008

Tomate 386 369 9 360 1.621 16.610,00Cebola 465 463 11 451 3.223 32.230,00Hortícolas 897 838 14 824 5.998 35.988,00Ananás 27 26 - 38 252 2.520,00Outras culturas - -Jatropfa 150 5 - - - - -T O T A L 16477 15700 650 15070 44088 422.597,00Fonte: Serviço Distrital de Actividades Económicas

Uma comparação com as campanhas agrícolas 2004/05 e 2005/06 indica que a produção não tem aumentado de modo desejável mesmo nas áreas agrícolas férteis situadas ao longo do Rio Maputo. Se observarmos o mapa de Concessões de terras do distrito concluiremos facilmente que as faixas ao longo do Rio Maputo encontram-se ocupadas, revelando haver muito pouca disponibilidade de terras para novas atribuições.

A realidade indica, porém, que muitas destas terras estão em estado de ócio e aquelas que estão sendo utilizadas são operadas abaixo das suas capacidades reais de produção e produtividade.Muitos factores concorrem para esta situação, destacando-se a descapitalização dos investidores, a falta de disponibilidade de insumos agrícolas, o calor intenso, o encarecimento de combustíveis e as pragas.

A situação do mercado para a colocação de produtos deve constituir um dos factores que desestimula o aumento das áreas de cultivo. Este facto foi constatado durante a visita de Sua Excia. Governadora da Província de Maputo às terras agrícolas da Associação de Tinonganine.

No âmbito das ligações económicas e formação de cadeia de valores, importa encontrar mecanismos que conduzam ao aumento da produção e produtividade agrícolas, nas áreas de concessões de terras, acesso ao crédito e política de preços, infra-estruturas (Acessos, Sistemas de regadio), apetrechamento em insumos e sementes de qualidade e extensão rural.

Uma das grandes apostas seria permitir que a produção agrícola local fosse absorvida pelo mercado local principalmente nos estabelecimentos turísticos e comerciais.

9.1.2 O Associativismo na Produção agrícola do Distrito

Apesar dos inúmeros problemas com que se tem debatido, o associativismo no Distrito de Matutuine está a ganhar ímpeto. Existem actualmente 12 associações agrícolas locais que trabalham uma área total de cerca de 1.094ha.

As Associações da Fábrica de Cal, Tinonganine, Brasília, Manhangane, Chucha e de Salamanga possuem uma moto-bomba cada e a de Macassane possui, para além de duas moto-bombas, duas maquinetas de agro-processamento de arroz.

9.1.2 Impacto do fundo de investimento local na produção agrícola

O Fundo de investimento local constituíu a primeira medida de descentralização financeira no âmbito da nova abordagem que coloca o distrito como base de planificação e pólo de Desenvolvimento. O Fundo visa apoiar o distrito nas suas iniciativas de alívio à pobreza absoluta através da geração de emprego, geração de renda e produção de alimentos.

No ano de 2007, segundo ano de sua implementação, a iniciativa beneficiou um número considerável de Associações agrícolas e empresários Agro-Pecuários. Das 12 Associações

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existentes, 8 beneficiaram do fundo, num valor de 1,528,717.00 MT, o que corresponde a 20% do valor total do fundo que foi de 7,640,000.00 MT.

Importa referir que o distrito de Matutuine tem estado a aplicar uma modalidade diferente na atribuição dos valores solicitados, que consiste em adquirir os bens e equipamentos no montante solicitado pelos requerentes.

Apesar de ser ainda cedo para avaliar o real impacto das iniciativas de desenvolvimento financiadas pelo fundo, pode-se registar o aumento do número de postos de trabalho criados pelas associações de 731 na campanha 2005/06 para 1028 na campanha 2006/07 (40.6%).

Considerando que a agricultura de sequeiro praticada de forma individual pelos camponeses não tem estado a surtir os efeitos desejados no concernente ao aumento da produção e produtividade, pode-se inferir que a estratégia acertada seria de apoiar a multiplicação de associações de camponeses através de um conjunto de medidas que estimulem o aumento da produção, da produtividade e a colocação do produto no mercado em moldes que beneficiem os camponeses.

Se atendermos que parte considerável dos associados são mulheres que em alguns casos são chefes de família, podemos então visualisar o impacto que esta actividade tem no contexto do agregado familiar, sabido que a mulher é mais sensível e preocupa-se mais com a estabilidade dos filhos que o próprio homem.

9.2 Pecuária

O Distrito de Matutuine possui um potencial considerável de terras para a produção agro-pecuária.

Segundo o estudo de Mirs (1971), o sopé dos Libombos é classificado como uma área de pastos de primeira classe. Fora desta faixa ocorrem manchas territoriais descontínuas ao longo dos principais vales fluviais e planícies de inundação (Vide mapa de vegetação). Timberley e Reddy (1992), apresentam resultados da capacidade de carga expressos em termos de produção primária de pastos em toneladas por hectar/ano de matéria sêca.

Os sopés dos Libombos e o vale do rio Maputo atingem níveis na ordem dos 3.5 – 4.0 ton/ha/ano. A preferência por estas áreas por parte de investidores agro-pecuários é bem ilustrada no mapa de Concessões de terras do Distrito de Matutuine (SPGC, 2007). A faixa central do Distrito apresenta valores moderados, enquanto que a faixa costeira apresenta valores mais baixos de capacidade de carga.

Existem no distrito, 21 tanques carracicidas, dos quais funcionam apenas 4, sendo 3 do Estado e 1 privado, distribuidos do seguinte modo: 1 em Catuane, 1 em Filipe, 1 em Zitundo e 1 em Mahau, este último privado. São feitos banhos de mergulho em tanques carracicidas uma vez por semana durante o tempo do pasto abundante.

A tabela seguinte mostra a evolução da produção pecuária nos últimos 3 anos, no distrito.

Tabela Nº8 Produção Pecuária no Distrito de MatutuineEspécie 2005 2006 % 2006 2007 %Bovina 13 270 15 245 13 15 245 19 819 23,1Caprina 24 714 26 141 5,4 26 141 30 062 13,0Ouvina 1 035 1 871 44,6 1 817 2 114 11,4Suina 3 497 2 003 -74,5 2003 2 303 13,0Bufalina 147 05 -284 05 09 44,4Cavalar 18 16 -12,5 16 18 11,1

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Avícola 29 589 34 400 13,9 34 400 37 496 8,2Fonte: Serviços Distritais de Actividades Económicas

Apesar da tabela mostrar algum crescimento na produção de bovinos, tal está muito aquém das capacidades do distrito se recorrermos à História de produção de gado bovino desde os tempos passados.

Projectos de Fomento pecuário e Actividades de Extensão Rural tem estado a apoiar os produtores através de campanhas de vacinação, distribuição de cabeças de gado e treinamento específico.

O distrito conta com uma equipa de 7 extensionistas que tem estado a trabalhar nas comunidades dos Postos Administrativos de Bela-Vista, Catembe-Nsine, Catuane e Zitundo, assistindo mais de 3200 famílias, das quais 2560 são chefiadas por mulheres e 640 por homens.

Para além da Pecuária, os Extensionistas dão seu apoio a outras actividades, tais como: treinamento e formação na Apicultura, no combate a NewCastle, desparasitação, plantio de árvores de fruta e de sombra em wood-lotes, tendo fomentado no seu programa nas espécies de abacateiras, bananeiras, goiabeiras, laranjeiras, limoeiros, mangueiras, papaieiras, toranjeiras, ananaseiros, coqueiros, casuarinas, eucalíptos e abertura de campos de multiplicação de sementes nas comunidades e escolas. Promovem a instalação de pequenos sistemas de regadio nas associações de Fábrica de Cal, Macassane área de expansão, Machia, Tinonganine, Brasília, Nguenha, Manhangane e Salamanga, com uma área média de 20 ha cada.

9.2.1 Impactos no aumento de produção e produtividade

Em 2007, o Fundo de Investimento Local atribuíu aos produtores pecuários e agro-pecuários um total de 2,046,600.00 MT, o que perfaz 26.7% do Fundo total de 7,640.000,00.Espera-se que as atribuições de cabeças de gado aos produtores venham a surtir efeitos positivos nos próximos anos, com a elevação dos níveis de produção e produtividade como se impõe no Distrito.

A actividade de divulgação da produção de Feno que iniciou em 2006 e que foi prosseguida em 2007 poderá contribuir para uma maior disponibilização de pastos alternativos ao pasto natural.O impacto da actividade pecuária no aumento da renda e produção de carne é ainda muito menor.

Provavelmente, devido a questôes culturais muitos dos produtores do sector familiar preferem amealhar grandes quantidades de gado por muito tempo. Apenas ocasionalmente na quadra festiva é que alguns procedem ao abate.

9.3 Pescas

A actividade pesqueira no distrito de Matutuine constitui uma das alternativas económicas e de sobrevivência usada fundamentalmente pelas comunidades locais. Ela é praticada pelas comunidades costeiras em Machangulo e as que vivem junto dos Rios Maputo, Tembe e Futi e das lagoas Piti, Chingute, Gala, Nwachane e Nwachembe.

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Foto Nº7 Pescadores em Machangulo preparando uma embarcação para mais uma faina

Fonte: Trabalho de Campo, Dezembro 2007

O potencial pesqueiro do distrito ainda não é suficientemente explorado, apenas em Machangulo se verifica uma relativa dinâmica de exploração dos recursos pesqueiros, onde para além de servirem de fonte alimentar, os mesmos são comercializados nos mercados da Cidade de Maputo.

A tabela seguinte, indica os resultados da Campanha de Pesca no período 2006/07.

Tabela Nº 9 Campanha de Pesca 2006/07Produto Set Out Nov Dez Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Aug Total Rend/Mt

Peixe(Ton) 300 290 400 450 350 290 309 490 470 319 300 500 4.468 312.760,

Camarão(Ton) 600 100 50 60 45 150 250 500 601 350 300 250 3.256 162.800,

Caranguejo(Ton) 100 99 78 150 300 280 265 309 380 319 315 501 3.096 92.980,

Améjoa(Ton) 35 42 26 60 39 29 47 90 66 94 88 99 715 17.875,

Fonte: Serviço Distrital de Actividades Económicas

Através do Fundo de Investimento de Iniciativas Locais alguns pescadores organizados em Associações tem beneficiado de instrumentos de trabalho como redes de pesca, motores para barcos, etc. que tem contribuído para o aumento da produtividade e produção pesqueiras.

Apesar da existência destes beneficiários, a situação geral no distrito é de extrema carência de meios de trabalho e de ausência de conhecimentos sobre como desenvolver a actividade pesqueira de forma sustentável. A falta de observância de épocas de defeso e a prática de pesca em lagoas proibidas para o exercício da actividade são ainda prevalecentes.

Do ponto de vista institucional, o sector das pescas tem sído negligenciado, o que se revela pela inexistência de programas de fomento pesqueiro, controle e acompanhamento adequado.

9.4 Exploração florestal, de fauna bravia e apiculturaEstas são actividades subsidiárias que as comunidades tem praticado para aumentar a renda e suprir as necessidades diárias de sobrevivência.

A Exploração florestal consiste no abate de árvores para a produção de lenha e carvão. Apesar de conferir alguns benefícios aos praticantes locais, esta actividade tem resultado em maiores benefícios aos que procedem à venda de carvão e lenha nos mercados da Cidade de Maputo,

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pois, estes o fazem a preços bastante elevados relativamente ao custo de aquisição. Para além deste inconveniente, o abate deste recurso precioso deixa no Distrito sérios problemas ambientais. Existem evidências de que mesmo a Floresta de Licuáti, considerada uma área de conservação, não tem escapado ao abate indiscriminado de árvores para efeitos de comercialização.

No que concerne à exploração faunística, o Distrito enfrenta o dilema de, por um lado, por razões históricas as comunidades locais preferirem a carne de caça para alimentação, e por outro, ter que pôr em prática acções de controlo e fiscalização para evitar o abate de muitas das espécies faunísticas que são actualmente protegidas por Lei.

Facto interessante é que grandes quantidades de carne de caça tem sído comercializadas nos mercados locais e também na Cidade de Maputo, o que pressupõe haver outras motivações para além do simples consumo por parte das comunidades locais.

As queimadas descontroladas associam-se à caça furtiva e ameaçam os esforços de conservação dos preciosos recursos naturais que o distrito ainda possui.

A Apicultura, apesar de ainda ser uma actividade pouco praticada, ela merece ser estimulada e divulgada por todas as comunidades do distrito nas áreas onde sua prática é possível.

Actualmente esta actividade é mais praticada em Bela–Vista, Madjadjane, Ngomene (Machangulo), Gala e Madubula.

Para além de apicultores tradicionais, existem também alguns que tem beneficiado de acções de formação sobre formas mais avançadas de desenvolver a actividade. Os produtos resultantes da prática da apicultura, como o mel, tem sído vendidos nos mercados locais e também nos da Província e Cidade de Maputo, embora em pequena escala.

Parece não haver ainda um conhecimento e informação adequados sobre as propriedades terapéuticas do mel e as suas vantangens na saúde humana. A actividade apícola, se fosse bem divulgada e apoiada poderia oferecer múltiplas vantangens não apenas às comunidades locais, mas também aos consumidores das áreas periféricas.

Uma das vantagens da apicultura é o seu reduzido impacto no Meio Ambiente, comparativamente a outras actividades como a exploração florestal e faunística.

9.5 Indústria

No que respeita à indústria, o distrito conta com uma unidade de extracção de calcário para o fabrico de cimento localizada na zona de Mudada, uma fábrica de cal degradada na zona de Salamanga, uma fábrica de descasque de arroz (orizícola), na sede do distrito, e 3 unidades de panificação, sendo uma em Salamanga e duas na vila de Bela Vista.

Existem também indústrias de Pequena escala e Artesanais, como ilustra a tabela seguinte:

Tabela Nº10 Indústria de Pequena Escala e ArtesanalPanificação 3 OperacionalMoageira 1 OperacionalOlaria 1 Operacional

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Serralharia 3 OperacionalSerração 1 OperacionalCarpintaria 5 Operacional

Fonte: Serviço Distrital de Actividades Económicas

A avaliar pela História de implantação de actividades económicas no distrito e pelas características ambientais de grande parte do seu território, pode-se inferir que a estratégia de desenvolvimento económico local com base na intensificação da actividade industrial não é a mais adequada, contudo, indústrias de pequena e média escalas bem localizadas e com reduzidos impactos ambientais podem ser implantadas, se economicamente viáveis.

9.6 ComércioO comércio funciona com 139 estabelecimentos comerciais localizados nos 5 Postos Administrativos, contra 72 que existitam em 1992. O gráfico seguinte mostra a evolução da rede comercial no distrito.

Gráfico Nº2 Evolução da Rede Comercial no Distrito de Matutuine

Fonte: Serviço Distrital de Actividades Económicas, 2007

Do gráfico se depreende que os Postos Administrativos de Bela-Vista Sede e de Zitundo são os que apresentam uma maior dinâmica de desenvolvimento da actividade comercial.

Para além da rede comercial formal, o distrito conta com 318 estabelecimentos comerciais informais, contra 90 que existitam em 1999. Nos postos Administrativos de Bela Vista, Zitundo e Catuane, o comércio informal está intimamente ligado ao turismo. Artigos de artesanato são mais preferidos por turistas estrangeiros, enquanto produtos alimentares e bebidas são adquiridos por turistas domésticos em bancas, barracas e estabelecimentos pouco formais.

Este é um exemplo de como o turismo pode contribuir para alargar a cadeia de valores e incrementar as ligações económicas com outros sectores, contribuindo para o auto-emprego e minimizacão dos efeitos da pobreza.

Foto Nº8 Vendedores informais em Machangulo

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Fonte: Trabalho de Campo, Dezembro 2007

Nos Postos Administrativos de Catuane e Zitundo, pratica-se o comércio fronteiriço de produtos alimentares diversos, em Manhoca, Phuza, Gueveza, Mabondoene e Catuane.

10. PLANEAMENTO E INFRAESTRUTURAS

10.1 Rede de Estradas

A rede de estradas no Distrito é maioritariamente de terra batida, extende-se por cerca de 734 Km, dos quais 60 Km, não são actualmente transitáveis. O Distrito possui também várias pontes na sua maioria em betão, transitáveis, e em menor escala em madeira e ferro que reclamam por reabilitação.

No Distrito de Matutuine, as vias de acesso rodoviário são importantes na medida em que é através delas que se faz grande parte dos movimentos de pessoas e bens. Um aspecto que afecta sobremaneira o andamento normal da vida no distrito é a deficiente rede viária, agravada pelo arruimento de taludes das pontes e abertura constante de buracos nas plataformas das vias na época chuvosa.

O Estado actual das estradas do Distrito tem também impactos negativos na actividade agrícola e agro-pecuária bem como no desenvolvimento do turismo. A acentuada degradacão das vias de acesso afecta negativamnte os esforços de provisão de serviços básicos e infra-estruturas

complementares às comunidades locais, bem como a comercialização de excedentes de produção.

Foto Nº9 Estrada Boane-Bela-Vista, reclamando por obras de asfaltagem e sinalização

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As comunidades de Gueveza, Phuza e as que vivem nas áreas fronteiriças em Catuane, são exemplo desta realidade, sendo obrigadas a procurar serviços e mercados nos países vizinhos.Observando-se o mapa do Potencial de recursos e de Infra-estruturas, constata-se que as áreas com maior potencial de desenvolvimento económico (Turismo, Agricultura, Agro-pecuária) estão distantes dos principais centros urbanos e de mercados, requerendo-se deste modo esforços redobrados para sua reabilitação e melhoramento.

Actualmente, o distrito conta apenas com um troço de 17Km asfaltado na EN201 Bela Vista-Salamanga

A tabela a seguir indica as condições reais das estradas no distrito. Tabela N º 11 Condição das Estradas

Localização Dimens. Km Classific Transitável ReabilitadaSim Não Sim Não

Bela-Vista-Ponta D`Ouro 71 EN 201 X XCatembe-Bela-Vista 45 EN 201 X - X -Porto Henrique-Bela Vista 35 EN 202 X - X -Porto Henrique-Catuane 78 EN 3 X - - -Salamanga-Manhoca 63 EN X - - XZitundo-Manhoca 48 NC - X - XGala-Machangulo 81 NC X - - XSalamanga-Catuane via Tinong. 65 ER 573 X - - XBela Vista-Machangulo 95 NC X - - XHindane-Munganzine 32 ER X - - XBela Vista-Mabilibili 07 NC X - X -Salamanga-Massohane 12 NC X - - XHindane-Djabula 25 ER X - X -Djabula-Tinonganine 20 ER X - - XManhoca-Chovane 30 NC X - - XSalamanga-Reserva 12 NC - X - XNsime-Mungazine via Filipe 10 NC X - X -

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Plano Estratégico de Desenvolvimento do Distrito de Matutuine (2009 – 2013) Matutuine, Setembro/2008

Catuane-Madubula 2/ Ncassane 41 NC X - XNcassane-Djabula 13 NC X - X -Mahau-Ncassane 11 NC X - - X

Fonte: Serviço Distrital de Planeamento e Infraestruturas Nota: EN - Estrada Nacional, ER - Regional, NC - Não Classificada

10.2 Pontes

Para além de diversos aquedutos ao longo das vias, o distrito possui (10) dez pontes das quais (2) duas não transitáveis, segundo ilustra a tabela a seguir:

Tabela Nº12 Pontes Existentes no distrito de MatutuineNº de

OrdemLocalizaçào Classificação Transitabilidade

1 Sob a linha ferrea Chelene Betão - armado Transitável2 Sob o rio Futi – Zitundo Betão - armado Transitável3 Sob o rio Maputo- Salamanga Betão - armado Transitavel4 Sob o rio Tembe Hindane Betão - armado Transitavel5 Sob o rio Nsele – Zitundo Madeira Transitavel6 Sob o rio Futi – Madjadjane Madeira Destruida7 Sob a linha férrea Mudada Betão - armado Transitavel8 Sob o rio Futi – Manhoca Ferro Destruida 9 Mahau – Catuane Betão - armado Transitavel10 Manhangane – Catuane Betão - armado Transitavel

Fonte: Serviço Distrital de Planeamento e Infraestruturas

Tendo em conta que as pontes tem um tempo de vida determinado, maior ou menor em função da qualidade e robustez da estrutura que as forma, urge efectuar uma avaliação da capacidade de grande parte das pontes do Distrito que se tornam cada vez mais importantes com a maior dinâmica de desenvolvimento sócio-económico.

10.3 Rede ferroviária

O Distrito dispõe de uma linha férrea, o Ramal de Salamanga, que parte do entroncamento da Linha de Goba em Boane ao Distrito de Matutuíne junto à mina de extracção de calcário no Povoado de Mudada e possui uma extensão de 60 Km. Antes do conflito armado, esta linha serviu para circulação de comboios de passageiros e de carga, revelando grande importância para a economia do DIstrito. Actualmente, esta linha serve para a circulação de comboio de carga para escoamento do calcário que é usado no fabrico de cimento.

10.4 Aeródromos

Existem dois aeródromos, o da Ponta d' Ouro com pista asfaltada que muito recentemente mereceu de algumas obras de beneficiação e o de Machangulo em terra batida inaugurado em 2007, os quais são de capital importância para o turismo.

10.5 Telecomunicações e Correios

No Distrito de Matutuine existem 4 centrais telefónicas com a capacidade instalada de 24 linhas cada, em Bela Vista, Salamanga e Zitundo e de 48 na Ponta D’Ouro. Destas, 32 utilizam o sistema Pré-Pago.

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A diminuição de utilizadores de telefonia fixa que se regista, deve-se ao aumento do uso da telefonia móvel nos locais onde esta se encontra instalada, com 4 torres repitidoras. Salientar ainda que, para além da operadora da Mcel, opera também a Vodacoom que conta com 3 torres repitidoras.

No Posto Administrativo de Catuane existem 2 terrenos reservados para a instalação de torres de telefonia fixa e móvel, que ainda não foram montadas.

Embora a cobertura da telefonia móvel se considere razoável, existem áreas importantes que ainda não estão cobertas, como são os casos da REM, grande parte do troço Boane-Bela Vista, Catembe-Bela Vista, Gala-Machangulo e Salamanga-Ponta do Ouro.

10.5.1 Correios de Moçambique

Funciona uma Estação de Serviço Postal na vila Sede do Distrito, cuja prestação é deveras deficiente devido ao fraco movimento de utentes por um lado, e ao desenvolvimento tecnológico que se regista no sector das comunicações no País em particular e no mundo em geral.

10.5.2 Rádios de Comunicação

O Distrito dispõe de rádios de comunicação com as quais estabelece comunicação com a Província de Maputo e Distritos. Existem três rádios de comunicação, sendo 1 do Governo Distrital, avariado, 1 do Comando Distrital da Polícia e 1 dos C.F.M, operacionais. Internamente, os Postos Administrativos de Catuane, Machangulo e de Zitundo possuem Rádios Transmissores-Receptores, avariados, com a excepção dos do corpo da polícia em Catuane e Ponta D’Ouro que se encontram operacionais

10.6 Abastecimento de Água

No âmbito de abastecimento de água, Bela Vista-sede, Catuane e Salamanga beneficiam de PSAA operacionais e os de Zitundo e Ponta D’Ouro encontram-se avariados, enquanto que os de Catembe-Nsime e de Machangulo não possuem nenhum sistema de abastecimento de água.

Fontes alternativas de abastecimento de água às populações incluem a abertura de 52 furos com bombas manuais dos quais 6 ainda mantêm-se selados, e 17 poços em algumas povoações dos Postos Administrativos, não tendo atingido a totalidade das necessidades devido à exiguidade de recursos.

A água usada para o consumo doméstico no Distrito é fundamentalmente de fontenários, poços e furos, estes equipados com bombas manuais. Em geral, a qualidade da água destas fontes é baixa, sendo salobre em muitos casos, resultante do fundo calcário típico de quase todo o Distrito de Matutuine, especialmente no Posto Administrativo de Bela Vista. A água dos furos é turva na Ponta D’Ouro.

Persiste o problema do acesso das populações à água potável principalmente nas zonas rurais, com realce nos Postos Administrativos de Catembe-Nsime (Kwalhe, Km 18, Mulhuvula) e de Catuane (Manhangane, Ncassane, Malachote, Maduvula 1 e 2, Malanguene e Zicale). Esta situação agravou-se com a estiagem que assola o distrito.

Apesar deste constragimento, o Distrito conta com 89 fontes dispersas equipadas com bombas manuais. Destas, 72 são furos dos quais 60 operacionais e 12 inoperacionais, sendo as restantes 17, poços tambem munidos com bombas manuais.

Existem 08 PSAA, sendo 06 em funcionamento (Bela-vista, Salamanga, Tinonganine, Zitundo, Machangulo e Catuane), com uma cobertura de 28,5%, os restantes 02 (Ponta Douro e Djabula)

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estão avariados. De salientar que os PSAA da Bela-vista e de Zitundo encontram-se se no processo de ampliação que consiste na montagem de um depósito elevado de 40.000 litros na Vila de Bela-Vista sede; 5.000 litros o de Missão Roque e 10.000 litros o de Zitundo.

Os furos inoperacionais localizam-se nos seguintes povoados: Ponta Douro 02, Mudada Chichaquene 1, Madjuva 02, Djabissa 01, Hindane 02, Manhihane 01, Huco 01 e Mahau 02 .

No que se refere a gestão do PSAA, na sede de Bela vista, foi criada uma equipe de gestão do sistema que tem estado a contribuir para a minimização das dificuldades que o mesmo enfrenta. No presente, o sistema conta com 450 ligações ao domicílio e 10 fontenários, dos quais 1 não operacional.

Persiste ainda o problema de fraca pressão de água, o que impede a expansão da rede para mais consumidores.

A tabela seguinte indica o número de beneficiários do PSAA ao nível do distrito. Tabela Nº 13 Número de Beneficiários do PSAA no DistritoPosto Administrativo PSAA População

servida %Lig. Domicil. FontenariosBela vista 53 16 8.265 69,7Catuane 20 03 1.600 13,5Machangulo 00 03 1.500 12,6Zitundo 00 01 500 4,2Total 73 23 11.865 100

Fonte: Serviço Distrital de Planeamento e Infra-Estruturas P.S.A.A. – Pequeno Sistema de Abastecimento de Água

O Posto de Bela-Vista Sede perfaz mais de metade dos beneficiários do PSAA, sendo os restantes distribuídos pelos outros Postos.

A situação continua crítica em algumas áreas periféricas da Bela Vista Sede, de Catuane, Zitundo, Machangulo e Catembe Nsime, onde ainda existem pessoas que galgam longas distâncias à procura do precioso líquido. Se considerarmos que estas mesmas pessoas possuem outras grandes preocupações como procurar alimentos, lenha ou carvão para cozinha, cuidados de saúde, etc, podemos antever o grau de sofrimento a que estão sujeitas e consequentemente a forma de priorização de acções com vista a minorar o impacto negativo das extremas dificuldades que enfrentam.

10.7 Energia Eléctrica

No distrito existe a Área de Distribuição da Electricidade de Moçambique, Empresa Pública que presta os devidos serviços.

O fornecimento de energia na sede do distrito funcionou, até finais de 2003, com 2 grupos geradores eléctricos que abasteciam 130 consumidores, dentre industriais e domésticos que se revelavam insuficientes, obrigando a severas restrições no período entre as 09,00 e 12,00 horas e entre 18,00 e 24,00 horas.

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Desde o ano de 2003 o Distrito vem se beneficiando da energia da rede nacional (Cahora-Bassa), por onde ela passa, nomeadamente Bela Vista, Salamanga e Reserva Especial de Maputo no Posto Administrativo de Bela Vista; Nhonguane (Santa Maria) no Posto Administrativo de Machangulo, Mamoli, Ponta D’Ouro e Zitundo, Posto Administrativo do mesmo nome, no âmbito do Projecto Electricidade II.

Esforços adicionais deverão ser feitos no sentido de se expandir a rede de energia eléctrica a áreas como Gueveza e outras cujas comunidades tem reclamado insistentemente.

Em 1992, beneficiaram de energia eléctrica 51 famílias, ou seja 255 habitantes. Em 2004, 1,915 famílias ou 9,575 habitantes correspondendo a uma taxa de crescimento de 97,3% e em 2007, foram beneficiadas cerca de 2,514 famílias ou seja 12,570 habitantes o que corresponde a um crescimento na ordem de 23,8%.

Embora se tenha registado um crescimento assinalável de expansão da rede de energia eléctrica ao domicílio (12,570 habitantes em 2007), se compararmos com o total da população do distrito em 2007 (37,166 habitantes) podemos concluir que muito há ainda por fazer para permitir que mais habitantes do distrito tenham acesso a este importante serviço.

A dispersão populacional e o fraco poder económico de grande parte dos habitantes do distrito são factores que devem ser tomados em conta na planificação da expansão e fornecimento de energia eléctrica.

11. EDUCAÇÃO, JUVENTUDE E TECNOLOGIA

11.1 Educação

A educação no distrito oferece uma cobertura razoável para os níveis do EP1 e EP2. O Ensino Secundário Geral enfrenta grandes dificuldades devido ao facto de apenas existir uma escola deste nível para responder as necessidades de todo o distrito, que lecciona o I ciclo, e a mesma localiza- se no Posto Administrativo de Bela- Vista.

A tabela seguinte ilustra a evolução do número de estabelecimentos de ensino no distrito:

Tabela Nº 14 Estabelecimentos de Ensino

Posto Administrativo

ESTABELECIMENTOS DE ENSINOEP1 EP2 ESG

2004 2005 2006 2004 2005 2006 2004 2005 2006Bela-Vista-Sede 20 20 20 3 7 8 1 1 1Catuane 8 8 9 1 2 2 0 0 0Catembe Nsime 9 9 9 2 2 2 0 0 0Machangulo 5 5 5 0 1 1 0 0 0Zitundo 9 9 9 1 1 1 0 0 0Total 51 51 52 7 13 14 1 1 1

Fonte: Serviço Distrital de Educação, Juventude e Tecnologia de Matutuíne

Foram construídas 18 escolas com material precario (22 salas); 31 com material convencional (112 salas) e 5 com material misto (18 salas).

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A distribuição espacial dos estabelecimentos de ensino (Vide mapa....) indica haver mais escolas nos aglomerados populacionais mais habitados, fundamentalmente do nível EP1.

Se tomarmos como exemplo que no Posto Administartivo de Zitundo existe apenas uma EPC localizada na povoação da Ponta d’Ouro, podemos prever o grau de dificuldades enfrentado pelos alunos que procuram ingressar no 2º grau e que vivem nas povoações periféricas.

Segundo dados dos Serviços Distritais de Educação, Juventude e Desportos, O Posto Administrativo de Zitundo é um dos que apresenta níveis relativamente mais baixos de ingressos escolares por parte da rapariga (43.5%), principalmente no nível EP2, o que pode indicar a existência de muitas crianças que não estudam ou desistem a este nível (vide anexo sobre indicadores de desempenho - Educação).

Os alunos que terminam o EP2 também enfrentam grandes dificuldades para ingressar na única Escola Secundária Geral, que só é viavél em regime de internato.

A problemática da educação e formação deve ser vista com muita sensibilidade na Zona da REM e Corredor do Futi onde a população que ali habita vive fundamentalmente da exploração dos recursos naturais existentes. A não existência de escolas próximo pode fazer com que muitos pais decidam não enviar seus filhos às escolas e também optarem por fazer desistir os que vão à escola. Os pais destas crianças poderão preferir engajá-las em actividades primárias ligadas à exploração dos recursos naturais, com sérias implicações no meio ambiente, para além de pôr em causa o grande objectivo de alívio à pobreza absoluta através da educação.

Acções integradas envolvendo a Administração Distrital, o Projecto ACTF e as comunidades locais deverão ser levadas a cabo no sentido de identificar e implementar iniciativas de desenvolvimento sustentável para as comunidades que vivem dentro ou muito próximo à ACTF. São as seguintes as comunidades afectadas: Fora da Reserva Especial de Maputo - Hashu, Gala, Machangulu, Massale, Mussongue, Massohane, Madjadjane, Tchia, MaTchia, Huco, Gueveza, Phuza, Twengu e dentro da REM- Mabika, Muvukuza, Tsolombane.

O já estabelecido Comité de Gestão da REM é uma instituição que muito pode dar neste sentido, devendo ser mais agressiva na mobilização de apoios técnico e financeiro, bem como na mobilização das comunidades afectadas a participarem activamente no processo.

Dados adicionais do Sector da Educação no distrito indicam que cerca de 48% do total dos alunos são raparigas e que as graduações cifram-se em 85% no EP1 e 90% no EP2.

A rede escolar é assistida por um razoável número de professores, o que contribui para reduzir paulatinamente o funcionamento do regime de duas turmas por professor. A maior parte dos docentes existentes no distrito são do nível médio (53.2%) seguindo os do nível básico (38.4%). A parte mais ínfima, é referente aos docentes do nível superior (4.2%) e elementar (4.2%). Esforços devem ser continuados no sentido de permitir a elevação do nível de conhecimentos e de formação pedagógica dos professores, o que vai contribuir para a subida da qualidade dos alunos graduados. Dos 375 docentes existentes 78 são mulheres o que representa uma cifra de 21.8%.

11.1.1 Ensino Privado/Comunitário

Existe o Colégio Ambiental de Salamanga, localizado na Localidade do mesmo nome em estado de abandono e a Comunitária (Missão de São Roque) em Capezulo que acolhe crianças órfãs e desfavorecidas em regime de internato. Este Centro funciona como EPC.

11.1.2 Ensino Técnico Profissional

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No Distrito não existe nenhuma escola do Ensino Técnico Profissional. Muito poucos candidatos conseguem admissão nas escolas da Cidade da Matola e dos Distritos de Boane e Namaacha.

O projecto ACTF e o Governo Distrital deverão estudar a viabilidade de implantar no distrito uma Escola Técnico-Profissional virada à formação prática em Turismo, como forma de materializar uma das componentes da Visão do Distrito de Matutuine de fazer do distrito um Destino Turístico Privilegiado. Importa recordar que a Missão do distrito inclui o Desenvolvimento de um Turismo Competitivo Internacionalmente.

11.2 Juventude e Desporto

Grande parte dos jovens do distrito enfrenta problemas de falta de habilidades para concorrer no mercado de emprego devido à fraca preparação académica e profissional. Após a conclusão do nível escolar mais alto no Distrito (10ª classe) muitos jovens ficam desocupados. Este factor contribui em grande medida para a subida dos índices do desemprego e da migração de jovens para os países vizinhos (África do Sul e Suazilândia) e Cidade de Maputo onde vão procurar melhores condições de vida.

Nota- se ainda no seio da camada jovem, a proliferação de abuso do álcool, consumo de tabaco, drogas, violação de fronteira, em suma, a prática de deliquência juvenil em ambos os sexos, favorecendo sobremaneira a propagação das ITS’s / SIDA e Tuberculose, o que de certa forma agudiza o índice de pobreza para o Distrito e para os jovens em particular.

Como forma de minimizar o impacto destas dificuldades que apoquentam os jovens, várias acções tem sido levadas a cabo, como por exemplo intercâmbios culturais entre jovens provenientes dos Postos Administrativos locais e entre estes e jovens de outros Distritos onde são proferidas palestras em torno do Associativismo Juvenil como passo importante para criar o auto-emprego através de actividade de geração de rendimentos.

Uma parte considerável de jovens tem se mostrado receptivo a esta ideia de tal forma que alguns já se encontram organizados em associações. Exitem no presente momento as seguintes associações juvenis: Kutsemba (legalizada), Sukuma (em vias de legalização), Desafio Jovem de Moçambique (legalizada) e HIPROMO (em vias de legalização).

Para que as acções dos jovens tenham continuidade e sustentabilidade, é requerido apoio institucional que pode ser através da advocacia e facilitação da legalização das suas organizações, formação prática em gestão e apoio financeiro, pelo menos para a fase inicial dos projectos.

Ao nível do Desporto, nas zonas urbanas e semí-urbanas, os jovens tem se organizado em equipas e tem praticado Futebol e Atletismo.

Destacam-se as seguintes equipas: Hluvuka, Académica, SS Ranger, Fenómeno, ES Mabilibili, Pedreira, Salamanga e Pochane.

Dentre vários torneios que são promovidos no distrito destacam-se os seguintes: Geração BIZ, Menina BIZ, Bebec. São iniciativas que tem ocupado os jovens praticantes que deste modo se afastam de acções de deliquência ao mesmo tempo que contribuem para a sua própria saúde.

Nota-se igualmente a crescente participação femenina na prática de desporto (torneios quadrangulares), principalmente nas escolas, o que contribuirá para o despontar de talentos que futuramente poderão elevar o nome de Moçambique, mesmo além fronteiras.

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Segundo o sector que trata dos Desportos, ao nível do distrito persistem vários constragimentos que dificultam a prática de outras modalidades como o Basquetbol, Andebol e Futsal, nomeadamente a falta de infra-estruturas adequadas. 11.3 Acção Cultural O Distrito, possui muitas formas de expressões culturais, podendo destacar dentre elas a dança Xigubo, que é uma das formas que mais caracteriza o nosso Distrito. O Xigubo, constitui a nossa identidade, a nível nacional. Existem igualmente no Distrito, outras formas de manisfestações culturais, dentre as quais podendo-se enumerar o Teatro, a Makwaela, Gwazamuthimba, Xingomana, Obras de artes, etc.

Devido à vários factores, muitos grupos culturais tem se desfeito, porque quando o seu líder não poder mais fazer parte, pela tentativa ir ao encontro de um emprego na vizinha RSA ou outros factores motivacionais. A semelhança, muitos grupos tem surgido, devido à várias motivações. Contudo, torna-se difícil, estimar o nº de grupos existentes no Distrito, porém, em todas as escolas (54) existem grupos culturais, cada um destes com a sua forma de expressão cultural. Segundo dados em nosso poder, temos cerca de 68 grupos, incluíndo os da comunidade. Dentre estes, o mais influente é o grupo Xigubo de Bela-Vista, devido a sua forma caracteristica de se apresentar. O mesmo, é composto por 25 elementos, dentres os quais, 6 são do sexo feminino. De referir, que todos esses grupos, tem contribuido activamente nas suas localidades, através de diversas manifestações culturais.

12. SAÚDE, MULHER E ACÇÃO SOCIAL

12.1 Saúde

A rede sanitária no Distrito é composta por 10 unidades, a qual ainda não é suficiente para atender as necessidades da população. Grande parte das suas infra-estruturas estão em condições que reclamam por reabilitação e melhoramento.

Tabela Nº15 Distribuição da Rede Sanitária por Posto AdministrativoPosto Adm/vo Nome da U.S. Tipo de

Const.Estado Físico

Actual Tipo de Serviço

Bela Vista

C.S. Matututuine Conv. Razoável Rural Tipo IC.S. Hindane Conv. Bom Rural Tipo IIC.S. Salamanga Conv. Razoável Rural Tipo IIC.S. Mabilibili Conv. Bom Rural Tipo II

Catembe-Nsime C.S. Nsime Conv. Bom Rural Tipo II

Catuane C.S. Catuane Conv. Razoável Rural Tipo IIC.S. Manhangane Conv. Razoável Rural Tipo II

Machangulo C.S. Ndelane Conv. Razoável Rural Tipo II

Zitundo C.S. Zitundo Conv. Razoável Rural Tipo IIC.S. Ponta D’Ouro Conv. Razoável Rural Tipo II

Fonte: Serviço Distrital de Saúde, Mulher e Acção Social

Esta rede é auxiliada por 12 Postos de Saúde Comunitários a saber: Tsolombane, Reserva Especial do Maputo; Manhihane, Pochane, Tinonganine, Madjuva e Djabula no Posto Administrativo de Bela Vista; Gueveza no Posto Administrativo de Zitundo; Mahau no Posto

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Administrativo de Catuane; e Muchocolote, Cuache e Djabissa no Posto Administrativo de Catembe-Nsime. De referir que estes postos de saúde comunitários funcionam apenas para primeiros socorros, pelo que não chegam a resolver os problemas de saúde mais preocupantes às comunidades.

Existem várias localidades onde em média a população é obrigada a caminhar mais de 20km para uma unidade sanitária mais próxima. Observando a tabela seguinte e o mapa de equipamentos sociais, pode se depreender que os Postos Administrativos de Zitundo, Catuane e Machangulo são os que apresentam grandes problemas de cobertura da Rede Sanitária.

Se considerarmos que as comunidades afectadas pela escassez de serviços de saúde também enfrentam problemas graves de escassez de água, de escolas e de emprego, podemos tirar ilações sobre a real dimensão da pobreza a que elas estão submetidas, havendo então necessidade de delinear estratégias com vista a aliviar o fardo do sofrimento destes nossos compatriotas.

Tabela Nº 16 Distribuição da Rede Sanitária por Posto AdministrativoPosto Adm/vo Localidade Nome da Povoado Nome da U.S. Distância

percorrida / Km

Bela Vista

Missevene MadjuvaC.S. Matututuine

20

Tinonganine Santaca 25Chihacho/Nguenha 35

Missevene Pochane C.S. Hindane 07Djabula 20

SalamangaChia C.S. Salamanga 20Tsolombane C.S. Ndelane 18

C.S. Mabilibili

Catembe-Nsime Mungazine Mungazine / Filipe C.S. Nsime 20Djabissa C.S. Hindane 17

CatuanePhazimane Madubula C.S. Catuane 20

Mabondoene 15

Manhangane Mahau C.S. Manhangane 22Ncassane 35

Machangulo Nhonguane Nhonguane C.S. Ndelane 20Mhala 12

Zitundo Zitundo Phuza C.S. Zitundo 25C.S. Ponta D’Ouro

Manhoca Mussongue C.S. Salamanga 35 Fonte: Serviço Distrital de Saúde, Mulher e Acção Social

O Centro de Saúde de Matutuine, localizado em Bela Vista, é o único que dispõe de mais infra-estruturas tais como uma sala de vacinação e controlo de crescimento, um gabinete de consultas pré-natal,1 Maternidade, 1 gabinete de consultas de estomatologia, 3 gabinetes de consulta externas, 1 cozinha,1 lavandaria, 3 enfermarias , 2 armazéns, 1 morgue, 3 gabinetes de Direcção, 1 farmacia e 18 casas rondáveis. É o único que têm condições para internamento, TARV e PTV.

Os Centros de Saúde de Matutuine, Salamanga, Mabilibili (Bela-Vista); de Nsime (Catembe Nsime); de Zitundo e Ponta D’Óuro (Zitundo) são servidos pela rede de energia eléctrica nacional (HCB). Os Centros de Matutuine e de Catuane beneficiam do P.S.A.A.

Em relação ao pessoal de saúde existente no distrito constata-se haver muita escassez de pessoal qualificado como médicos e técnicos de sáude de nível médio, como se observa na tabela seguinte:

Tabela Nº 17 Pessoal de Saúde existente em cada Unidade SanitáriaUn. Sanit Méd Téc. Enfrº Enfrº Parteiras Ag Medic Agent Ag./Téc Ag/ Outros

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c Med.G S.M.I. Laborat Estom.

Téc Med. Prev.

U.S. Matutuine 1 2 6 2 2 2 2 1 4 35C.S. Hindane - - - 1 1C.S. Salamanga - 1 1 1 1C.S. Mabilibili - - 1 - 1C.S. Nsime - - - 1 1 1C.S. Catuane - - 1 1 1C.S. Manhangane - - - 1 1C.S. Ndelane - - 1 - 1C.S. Zitundo - - 1 - 1C.S. Ponta D’Ouro - - - 1 3Total 1 2 11 7 3 2 2 1 5 46

Fonte: Serviço Distrital de Saúde, Mulher e Acção Social

Se no Centro de Saúde de Bela-Vista Sede (Categoria I) existe apenas 1 médico e 2 técnicos de medicina a situação é ainda mais grave nos restantes Centros de Saúde, o que coloca imensas dificuldades aos pacientes do distrito de encontrar tratamento para uma gama variada de doenças.

Do ponto de vista epidemológico, as doenças mais frequentes são a malária, Diarreias, Desinteria e o HIV/SIDA. Em relação à saúde materno-infantil os dados dos Serviços Distritais de Saúde, Mulher e Acção Social indicam haver deficiências na cobertura de partos institucionais (38%), 1ª consulta (23.9%).

12.2 Acção Social

A forma como a população se encontra distribuída ao longo do distrito dificulta a assistência equilibrada em todas as áreas, mormente nas áreas de Educação, Saúde, Comércio e Abastecimento de água potável.

O Governo Distrital em parceria com a Igreja Católica Missão de São Roque em Capezulo, assiste cerca de 48 crianças abandonadas / orfãos de idades compreendidas entre os 6 e os 14 anos. A assistência aos jovens é ainda muito ínfima, pelo que muitos tem se sentido abandanados e tem preferido migrar para os países vizinhos ou para a Cidade de Maputo.

Parte considerável dos jovens que permanecem no distrito sem ocupação enveredam facilmente pelos caminhos da deliquência, onde praticam a prostituição e consomem bebidas alcoólicas e estupefacientes.

O Governo Distrital em parceria com o Programa Mundial da Alimentação, está implementando o Programa de Assistência alimentar a pessoas vulneráveis num total de 5,900, sendo 1,998 idosos, 1,308 crianças órfãs, doentes crónicos e pessoas portadoras de deficiência, distribuindo produtos alimentares.

O apoio das organizações doadoras ao Distrito tem vindo a decrescer, o que se reflecte na drástica redução do número de benenficiários. De 10.000 em 2006, o número passou para 5.900 em 2007.

Apesar deste constragimento, o Governo distrital tem vindo a mobilizar alguns apoios a necessitados como portadores de deficiências, doentes crónicos e idosos.

13. SERVIÇOS AUTÓNOMOS

13.1 Registo Civil e Notariado

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A Conservatória dos Registos e Notariado é uma instituição que se ocupa da vida social, registando os factos fundamentais da vida das pessoas, a partir do nascimento até à morte, incluindo casamentos e outros actos previstos no artigo 2º do Código Civil. (Vide tabela em anexo sobre desempenho desta instituição).

13.2 Procuradoria da República Distrital, Tribunal Judicial Distrital e Tribunais Comunitários

As duas primeiras instituições funcionam no mesmo edifício na Bela–Vista Sede. Dispõe de uma Procuradora Distrital e uma juiíza de Direito, respectivamente, para além de pessoal de apoio. Com base na Lei nº 4/92 de 6 de Maio, em 2006, foi criada e legitimada o Tribunal Comunitário de Mungazine, Posto Administrativo de Catembe-Nsime, faltando a selecção e capacitação de pessoal para os restantes Postos Administrativos.

13.3 Segurança e Tanquilidade Públicas

A Polícia da República de Moçambique, está representada no Distrito pelo Comando Distrital sedeado na Vila sede do Distrito, que funciona nas instalações pertencentes à Cadeia Distrital e em avançado estado de degradação. Está também representada nos Postos Policiais em Catembe-Nsime, Catuane, Machangulo, Ponta D’Ouro e Zitundo e conta com um Posto de Controlo Rodoviário em Salamanga, que está presentemente a beneficiar de obras de modernização com o apoio da Contra-Parte Sul Africana.

Igualmente funcionam os serviços de Alfândegas e Migração no Posto Fronteiriço de Matendene (Ponta D’Ouro), Posto Administrativo de Zitundo, para além da Polícia de Guarda Fronteira que opera ao longo da fronteira com a República da África do Sul em Zitundo e com o Reino da Suazilândia no Posto Administrativo de Catuane.

Os crimes mais frequentes no Distrito são a violação de fronteira, roubo de gado bovino, roubo e tráfico de viaturas, produção, venda e consumo de drogas (canabis-sativa, vulgo sorruma) e agressões físicas.

14. FINANÇAS PÚBLICAS E INSTITUIÇÕES FINANCEIRAS

A Lei dos Órgãos Locais do Estado (LOLE) no seu artigo 52 (orçamento), contém a seguinte premissa: ‘’1. Os Órgãos Locais do Estado de escalões provincial e Distrital são dotados de orçamento próprio. 2. O orçamento dos Órgãos Locais do Estado prevê receitas e fixa despesas a realizar num determinado exercício económico. 3. As dotações orçamentais para o Posto Administrativo e Localidade são estabelecidos no orçamento do Governo Distrital ’’.

Receitas Fiscais Receita Própria Imposto de Reconstrução Nacional Receitas Fiscais do Distrito

Estas provém de cobranças de taxas de viaturas que transportam carvão e lenha nos Postos Administrativos, taxas cobradas aos tranportadores de passageiros (vulgos chapas cem) de Bela Vista/Catembe; Bela Vista/Boane e vice-versa; Licenças de Construção, barracas, mercados, do I.R.N .

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O Imposto de Reconstrução Nacional (IRN) foi estabelecido em 1987 através da lei nº 3/87 de 19 de janeiro, no seu artigo 2 nº 2, elaborada pela entao assembleia popular e revogada pela lei nº 15/2002 de 26 de junho, no seu artigo 74 e volta a ser reiterado pela mesma lei no seu nº 1, alínea e) do artigo 70.

A capacidade do distrito de arrecadar receitas está muito aquém do desejável, sendo necessário implementar medidas combinadas que possibilitem elevar o nivel de cobranças. O papel dos líderes tradicionais e das estruturas legitimadas pelas comunidades é essencial na mobilização das comunidades a aderirem ao processo de pagamento dos deveres.

O Governo Provincial, em coordenação com as autoridades provinciais deve apertar o cerco contra empresários desonestos que fogem ao fisco através de acções de controlo e fiscalização permanente.

As fontes de receitas dos Postos Administrativos são os mercados, locais de concentração de pequenos vendedores e do I.R.N. Esta receita é canalizada mensalmente aos cofres do Governo do Distrito que depois são entregues à Repartição de Finanças, na Província. Os Postos Administrativos não dispõem de um orçamento próprio. Os fornecimentos são feitos pelo Governo do Distrito com base em requisições.

Embora insuficientes o Distrito tem autonomia de arrecadação de receitas, o mesmo não acontecendo com a gestão das mesmas, pois, deve ser entregues á Direcção Provincial do Plano e Finanças e recebendo desta em forma de subsídio, o que obriga a Administração a estabelecer limites na sua utilização.

Uma comparação dos anos de 2004, 2005 e 2006 indica que houve aumentos ligeiros na arrecadação de receitas e nos subsídios de orçamento provincial alocados ao distrito (Vide tabelas em anexo).

Tabela Nº 19 – Nível de Arrecadação de Receitas no Distrito de Matutuíne Art Cap Sect Designição da Receira 2004 2005 2006 Tx Cres 06O2 O5 1 Imposto de Reconstrução Nacional 16.650,00 1.795,00 25.050,00 92%O3 O3 1 Receita de Reclames 0,00 250,00 440,00 43%O3 O3 2 Aferição de Balanças 0,00 4,00 210,00 ,O3 O3 3 Receitas de Mercado 4.660,00 250,00 2.196,00 88%O3 O4 1 Licença de Circulação de Velocípedes 10.650,00 100,00 4.450,00 97%O3 O5 1 Licença de Construção 106.802,19 12.351,00 350.711,39 96%O3 O6 2 Rendimentos do Cemitério 580,00 65,00 327,50 80%O3 O7 2 Emolumentos Diversos 54188,09 2.070,94 24.311,55 91%O4 O1 3 Receitas Não Especificadas 249.640,30 28.386,50 259.812,00 89%

      TOTAL 443.215,58 45.272,44 669.514,44 93%

De Janeiro a Setembro 2007, o Distrito arrecadou uma receita no valor de 498.426,00 Mt da dotação de 422,800,00 Mt o que corresponde a 11,81% contra 545.837,00 Mt da dotação de 422.800,00MT ano anterior o que corresponde a uma taxa de 1,29%, esta receita é proveniente do pagamento de diversas taxas (IRN, terrenos, mercados, licenças de construção, etc.).

Comparativamente ao mesmo período do ano anterior, a receita decresceu em 11,81%. Relativamente ao subsídio do orçamento Provincial, o Distrito recebeu um montante no valor de

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2.764.449,77 Mt, contra 2.535.191,06 Mt do ano anterior o que corresponde a uma taxa de crescimento na ordem de 1,09%.

Relativamente ao IRN, da dotação de 40.000,00MT realizou até Setembro uma receita de 23.200,00MT o que corresponde a uma percentagem de 58,%.

Tabela Nº 20 – Nível de Despesas do Governo DistritalCódigo Designição da Despesa 2004 2005 2006 Tx Cres 05 Tx Cres 0611,10,01 Salário Pessoal do Quadro 1.921.397,39   #VALUE!11,10,04 Salário Pessoal qua Aguarda Aposent.   61.618,65   #VALUE!11,20,01 Ajudas de Custos   88.050,00 259.500,00   66%11,20,99 Outras Despesas com Pessoal   19.077,50    12,10,01 Combustíveis e Lubrificantes   131.836,72 420.000,00   69%12,10,02 Manutenção e Reparação de Imóveis   4.718,44 123.915,89   96%12,10,03 Manut.Reparação de Equipamento   44.879,29 115.549,13   61%12,10,05 Material Não Duradouro de Escritório   56.295,71 79.199,66   29%12,10,06 Material Duradouro de Escritório   - 18.434,50   ,12,10,07 Fardamento e Calçado   40.000,00 37.038,70   -8%12,10,08 Outros Bens Não Duradouros   172.565,31 369.039,43   53%12,10,09 Outros Bens Duradouros   - 63.074,75   ,12,20,01 Comunicação   79.926,28 114.328,45   30%12,20,02 Passagens dentro do País   53.096,13 48.458,64   -10%12,20,05 Manunetnção e Reparação de Imóveis   - 3.950,00   ,12,20,06 Manutenção e Repar. de Equipamento   - 37.405,05   ,12,20,08 Seguros   -     ,12,20,12 Água e Electricidade   32.225,00 45.504,67   29%12,20,99 Outras Despesas   36.092,83 33.269,00   -8%14,33,03 Subsídio de Funeral   40.766,48 5.000,00   -715%      TOTAL 2.782.545,72 1.773.667,87   -57%

Fonte: Administração Distrital de Matutuine

14.1 Investimento, Financiamento de Iniciativas Locais

O Fundo de Investimento de Iniciativas locais veio reforçar o orçamento de investimento do Distrito, necessário para dinamizar acções de desenvolvimento local.

O Governo Distrital recebeu 106 projectos de pedido de financiamento no valor global de 13,019,274.85 mt tendo sido remetidos ao CCD para a sua análise e aprovação, ficando aprovados 33 projectos. Destes receberam fundos 23 projectos na primeira tranche.

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Tabela nº 21 – Projectos aprovados e financiados no âmbito do OIIL

ROJECTOS DE FINANCIAMENTO APROVADOS 2007  ACTIVIDADE Nome do Projecto Tipo de Activ. Localização Valor Solicitado V. Atribuido Saldo

1 AGRICULTURA 1 Ass Camp Manhangane Cultivo de Arroz Catuane 784.921,50 784.908,62 12,88   2 Ass Camp Tinonganine Cultivo de Arroz Tinonganine 676.250,00 278.222,00 398.028,00   3 Assoc Camp Macassane Cultivo de Arroz Pedreira 108.590,00 108.590,00 0,00   4 Ass. Camp. Macassane Horticolas Pedreira 310.861,02 310.861,00 0,02   5 Ass. Fabrica de Cal Cultivo de Arroz Salamanga 420.900,00 318.859,50 102.040,50   6 Ass. de Brazilia Horticolas Tinonganine 365.388,98 357.652,90 7.736,08   7 Assoc. Camp. Tinonganine Horticolas Tinonganine 117.590,00 117.590,00 0,00   8 Assoc. Camp. Machia Cultivo de Arroz Salamanga 334.544,27 334.544,27 0,00   9 Mussagi Omar Horticolas Salamanga 37.400,00 37.175,29 224,71   10 Lopes Chinda Horticolas Bela Vista 202.940,00 0,00 202.940,00   11 Renascer Horticolas Chia 51.325,00 51.291,00 34,00   12 Inácio Tembe Horticolas Salamanga 87.119,30 87.119,30 0,00   13 Hipromo Horticolas Bela Vista 91.316,50 87.817,20 3.499,30   14 João Bosco Casimiro Horticolas Bela Vista 79.200,00 0,00 79.200,00   14 Calisto Mondlane Horticolas Bela Vista 57.670,00 57.670,00 0,00   15 Ernesto Gumende Horticolas Catuane 220.103,60 220.103,60 0,00

2 APICULTURA 1 Henrique Lucas Malenda Apicultura Machia 110.960,00 110.960,00 0,00 3 PLANTIO DE ARVORES 1 Grupo de Solid Kubdjala Reflorestamento Macassane 40.700,00 40.700,00 0,00 4 PESCA 1 Ass. Bela Vista Pesca Bela Vista 203.031,00 61.481,00 141.550,00

  2 Bernardo João Zahone Pesca Bela Vista 63.000,00 0,00 63.000,00   3 Ass. Catembe Nsime Pesca Catembe Nsime 249.691,20 249.461,00 230,20   4 George Jonas Singa Pesca Machangulo 21.799,00 21.799,00 0,00   5 Machecane Nhaca Pesca Machangulo 24.550,00 22.576,00 1.974,00   6 Fenias Jonas Singa Pesca Machangulo 12.950,00 11.479,00 1.471,00   7 Uamutuana Zef Maquele Pesca Machangulo 10.498,00 10.498,00 0,00   8 Ass. de Zitundo Pesca Zitundo 537.810,00 534.000,00 3.810,00   9 Ass Jovens Pescadores Pesca Bela Vista 23.412,00 0,00 23.412,00

5 CARPINTARIA 1 Basílio Ismael Jamnadas Carpintaria Salamanga 127.199,00 127.199,00 0,00   2 Andre Paulo Muiánga Carpintaria Zitundo 143.594,90 143.588,14 6,76

6 CABLEREIRO 1 Armando Alfredo Tembe Cablereiro Salamanga 25.400,00 25.000,00 400,00

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Plano Estratégico de Desenvolvimento do Distrito de Matutuine (2009 – 2013) Matutuine, Setembro/2008

7 SERRALHARIA CIVIL 1 Francisco G. Munguambe Oficina Ponta d`Ouro 75.420,00 0,00 75.420,00 8 FAB. BLOCOS 1 José António Langa Prod Blocos Salamanga 34.983,00 34.983,00 0,00

  2 Mateus Chembene Prod Blocos Pochane 26.300,00 24.964,00 1.336,00   3 Problocos-Jordina Abdala Prod Blocos Bela Vista 53.772,60 53.772,60 0,00   4 Rodrigues F. Xerinda Prod Blocos Bela Vista 32.065,00 27.350,00 4.715,00   5 Armando Mali Maquele Prod Blocos Machangulo 12.930,00 12.776,00 154,00

9 COMERCIO 1 Quinta Mila Comercio Bela Vista 50.000,00 50.000,00 0,00 2 Salimone Tembe Comercio Bela Vista 41.870,00 41.870,00 0,00 3 Joaquim Arnaldo Comercio Bela Vista 60.000,00 60.000,00 0,00

  4 Marta Macamo Comercio Catuane 10.145,00 10.145,00 0,00   5 Carmecida Paulo Ubisse Comercio Catuane 30.000,00 30.000,00 0,00   6 Maria Nhaca Comercio Machangulo 20.325,00 20.325,00 0,00   7 Margarida Mário Nhaca Comercio Salamanga 11.704,00 9.878,30 1.825,70   8 Fabião Nhabomba Comercio Machangulo 12.930,00 12.930,00 0,00 10 CRIAÇÃO DE PINTOS 1 Ass.Tintomb ka Macassana Criação Bela Vista 25.188,90 13.794,30 11.394,60

2 Cecília Gumende Criação Bela Vista 30.000,00 30.000,00 0,00   3 Vitória Artur Cumbana Criação Bela Vista 24.940,00 24.940,00 0,00

  4 Luis Hunguana Criação Bela Vista 133.661,62 132.496,00 1.165,62   5 Raimundo Savanguana Criação Catuane 30.000,00 0,00 30.000,00 11 PECUÁRIA (Fomento)-1 Junta de Boi Tração animal Distrito 2.046.600,00 2.046.600,00 0,00    1 SUKUMA Cerramica Olaria Bela Vista 35.000,00 35.000,00 0,00    1 Tubagem Ass. Camp Bela Vista 32.713,20 32.713,20     1 Charruas tracção animal Comunidades Distrito 157.058,13 157.058,13    DESPESAS BANCÁRIAS 1 Cheques e extractos Outros Distrito 1.375,00 1.375,00 0,00 50 TOTAL       8.529.696,72 7.340.000,00 1.124.414,75   2ª REQUISIÇÂO         7.340.000,00 7.340.000,00 0,00 NB. Esse mapa reflete os projectos financiados levados a cabo pelo Governo Distrital em coordenação com os orgãos Locais, de acordo com as orientações do MPD e MFnos termos da Lei n° 08/2003

Fonte: Administração Distrital de Matutuine

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O fundo financiou um total de 52 projectos, dos quais 17 são de Produção de Alimentos, 9 de Geração de Emprego e Alimentos, 11 de Emprego e 9 de Geração de Rendimento. Ainda deste OIIL foram adquiridas 72 juntas de bois para lavoura, tendo beneficiado o mesmo número de famílias e 50 charruas que beneficiaram igualmente 50 famílias.

Com estes projectos foram beneficiadas um total de 238 pessoas, das quais 50.4% são mulheres. Destaca-se o esforço que está sendo feito ao nível das associações agrícolas que beneficiaram 164 pessoas, das quais 61% são mulheres. O Acesso à renda e alimentos por parte da mulher significa melhoria das condições de vida de todo o agregado familiar, fundamentalmente nos casos em que a mulher é chefe do agregado.

A avaliar pela envergadura das obras que estão sendo realizadas no terreno (abastecimento de água, construção de estradas, de diques, represas, pontes, escolas, unidades sanitárias, linhas de energia, etc), confrontadas com as necessidades das comunidades e dos sectores do Estado ao nível do Distrito, pode-se concluir que os orçamentos sectoriais de investimento executados pela província são bastante exíguos.

Esta situação nos leva a repensar sobre como garantir financiamentos para a implementação das acções propostas no presente Plano. A nova metodologia de Elaboração do Cenário Fiscal de Médio Prazo poderá ser um instrumento útil de suporte às iniciativas de Planificação Estratégica e implementação das Acções previstas.

É, porém, necessário que se repense na forma como as comunidades que vivem nas áreas com maior desenvolvimento de negócios deve beneficiar dos fundos resultantes da utilização dos recursos naturais existentes. É inconcebível, por exemplo, que comunidades vivendo em bairros próximos de uma mini-cidade turística tenham seus filhos a estudar em salas de aulas precárias ou mesmo ao relento.

A Planificação dos recursos financeiros para a implementação do Plano requer a existência de um fluxo permanente de informação e comunicação entre os agentes financiadores (Estatais, ONG’s, Privados) e entre estes e os gestores do Plano para se evitar casos de sobreposição que resultam no esbanjamento de recursos.

14.2 O papel das instituições financeiras no desenvolvimento do distrito

O Distrito de Matutuíne possui apenas uma instituição financeira denominada HLUVUKU-ADSEMA (Associação de Desenvolvimento Sócio Económico de Matutuine). Esta agência micro-financeira, tem financiado créditos para diversas actividades de interesse das populações para desenvolvimeneto de projectos económicos locais, nomeadamente agricultura, comércio, construção, serviços, etc.

Com a sede em Bela Vista, a HLUVUKU-ADSEMA possui sucursais na Ponta D’Ouro, Distrito de Matutuine e nos Distritos de Boane, Namaacha e Catembe-Cidade. A ausência de uma instituição bancária no distrito constitui um factor que faz atrasar cada vez mais o desenvolvimento sócio-económico local. Já foram reportados casos de Empresários que sofreram ataques na sua longa viagem para depositar valores em Maputo.

A crescente monetarização da economia do distrito implica uma cada vez maior circulação de dinheiro mesmo ao nível do cidadão comum, o que requer formas modernas e mais seguras de manuseamento e transacções financeiras.

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Plano Estratégico de Desenvolvimento do Distrito de Matutuine (2009 – 2013) Matutuine, Setembro/2008

A implementação do presente Plano vai depender grandemente da mobilização de recursos financeiros, pelo que a ausência de uma instituição bancária no distrito constitui desde já um constragimento a ultrapassar.

15. ASSUNTOS TRANSVERSAIS

15.1 Relação de Género

Género não é sinónimo de sexo. Reflecte as expectativas e normas amplamente disseminadas numa sociedade no que se refere ao comportamento, características e papéis atribuídos às mulheres e homens. É uma construção sócio-cultural que define as maneiras pelas quais ambos se relacionam. A relação de género varia de cultura para cultura, isto é, há coisas que homens e mulheres podem fazer numa determinada cultura, mas não em uma outra.

Nas comunidades rurais as actividades continuam a ser realizadas em função do sexo, isto é, existem actividades para homens, para mulheres e para ambos. De uma forma geral, os homens são vistos como responsáveis pelas actividades produtivas fora de casa enquanto se espera das mulheres que se responsabilizem pelas actividades reprodutivas e produtivas dentro da casa. As mulheres têm menor acesso ao controlo sobre os recursos que os homens. Estes recursos incluem renda, terra, crédito e a educação.

Nas cerimónias e nas reuniões, as mulheres se juntam num lado e os homens no outro. Os homens são preponderantes na tomada de decisões. Entretanto, nos Postos Administrativos de Machangulo, Zitundo e Catuane por razões de migrações para África do Sul, divórcio, viuvez ou abandono dos lares por parte dos homens, as mulheres desempenham o papel de chefes de família. Estas marcam grande peso no comércio informal e na actividade piscatória colhendo molúsculos e crustâceos para alimentar as famílias.

Para que os programas e projectos de desenvolvimento local tenham sucesso, é necessário que tomem em conta estes aspectos sócio-culturais de relacionamento entre homens e mulheres.

15.2 Hiv/Sida

O HIV/SIDA continua a ser preocupante no distrito. A disponibilização do TARV ao Distrito tem contribuído para facilitar o diagnóstico dos casos de infecção com o vírus do HIV.

A tabela seguinte mostra a evolução do HIV/SIDA no distrito de Matutuine, nos últimos anos.

Tabela Nº 22 Evolução dos casos de HIV/SIDA

Indicador Casos Notificados Óbitos Taxas de Letalidade2004 2005 2006 2004 2005 2006 2004 2005 2006

SIDA 49 109 167 3 5 9 11.5 23.8 30 Fonte: Serviço Distrital de Saúde, Mulher e Acção Social

Nos primeiros 6 meses de 2007 foram notificados 171 casos, o que indica que a tendência tem sído de subida galopante dos casos de infecções. Importa referir que estes dados reflectem apenas os casos conhecidos oficialmente, prevendo-se que muito mais casos estejam ainda por revelar.

O Distrito de Matutuine possui condições favoráveis ao alastramento desta pandemia devido a sua localização geográfica e ao baixo nível de desenvolvimento sócio-económico. Para além do

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Plano Estratégico de Desenvolvimento do Distrito de Matutuine (2009 – 2013) Matutuine, Setembro/2008

Distrito constituir um corredor por onde passam jovens e adultos que viajam para os países vizinhos, o mesmo tem recebido variedade de pessoas que se deslocam por vários motivos, incluindo o Turismo.

O facto de o distrito possuir um grande número de jovens desocupados que de vez em quando deslocam-se para a África do Sul e retornam para casa constitui também um factor adicional que condiciona o aumento dos casos de contaminação.

A pobreza que caracteriza a vida de grande parte de mulheres jovens e adultas, a maioria das quais são solteiras ou tem os maridos longe do distrito cria condições de vulnerabilidade perante o sexo ocasional por motivos de sobrevivência.

Algumas acções visando minimizar os impactos negativos da pandemia tem sído desenvolvidas, incluindo a constituição de Associações juvenis, iniciativas de tipo geração BIZ que procuram dar ocupação aos jovens e desta forma se afastarem da deliquência que favorece a propagação do HIV/SIDA.

No ano passado, por exemplo, o Distrito recebeu 12 projectos analisados e encaminhados para apreciação a nível do Núcleo Provincial de Combate ao HIV/SIDA. 6 projectos foram aprovados dos quais 4 aguardam o desembolso dos respectivos fundos e 2 estão em execução nos Postos Administrativos de Bela-Vista, Catuane e Zitundo.

Apesar destas iniciativas, os casos continuam a subir, o que obriga o distrito a encarar o HIV/SIDA não apenas como problema de saúde mas sim de desenvolvimento, onde todos os sectores, comunidades, famílias e indivíduos devem ser mobilizados no sentido de contribuir para a erradicação deste mal.

15.3 Calamidades naturaisDevido às suas características, nomeadamente a localização geográfica, solos, clima entre outros, o Distrito de Matutuine é propenso a ocorrência de fenómenos calamitosos tais como:

Secas, Cheias Ciclones

As calamidades naturais são fenómenos cuja ocorrência não é absolutamente previsível, o que coloca o distrito numa situação de extrema vulnerabilidade dada a falta de um Plano de Contigências para a minimização de seus efeitos destrutivos.

15.3.1 Seca

Durante as últimas campanhas agrícolas 2002/03, 2003/04 e 2004/05, no Distrito não se registou precipitação considerável, facto que originou uma drástica redução dos níveis de produção nas três épocas.

Este cenário levou a que as populações sobrevivessem e continuam a sobreviver na base de produtos de comercialização adquiridos em estabelecimentos comerciais. O apoio alimentar foi direccionado a pessoas mais necessecitadas nomeadamente idosos, crianças órfãs de pais vítimas de HIV/SIDA e infectados, em número muito reduzido, ficando a maior parte dos afectados pela estiagem sem apoio alimentar.

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Plano Estratégico de Desenvolvimento do Distrito de Matutuine (2009 – 2013) Matutuine, Setembro/2008

Devido à contínua escassez de chuvas e ao elevado número de necessitados, as autoridades distritais chegaram mesmo a declarar Emergência em todos os Povoados, Localidades e Postos Administrativos.

Quando a precipitação é abaixo do normal nos meses de Outubro, Novembro e Dezembro, meses prováveis para a queda das chuvas, o distrito vê-se na contigência de solicitar apoio em alimentos, sementes, instrumentos de produção, combustíveis e lubrificantes, entre outros.

Acções de prevenção e mitigação dos efeitos da seca incluiram a construção e conclusão de 3 Represas, das quais 1 em Mudada-Samiel, no Posto Administrativo de Bela Vista e 2 em Mondene e Cuache no Posto Administrativo de Catembe-Nsime. 2 represas foram iniciadas mas não concluídas em Manhihane e Mungazine nos Postos Administrativos de Bela Vista e Catembe-Nsime, respectivamente devido ao término do financiamento no âmbito do projecto "Comida pelo Trabalho" dirigido pelo Programa Mundial De Alimentação. Quanto à mitigação dos efeitos da seca, há necessidade de concluir os projectos ora iniciados bem como a distribuição e plantio de culturas tolerantes à seca, nomeadamente: estacas de mandioca e ramas de batata-doce, cujo processo é exequível no âmbito do programa " Comida pelo Trabalho ".

As áreas do distrito que mais se ressentem dos efeitos da seca são as que se localizam no interior, nos Postos Administartivos da Bela Vista, Catembe Nsime, Catuane e Machangulo.

15.3.2 Cheias

Neste contexto, 6 Localidades são propensas a esta calamidade, nomeadamente: Tinonganine, Salamanga e Missevene; Phazimane e Chucha; e Manhoca, nos Postos Administrativos Bela Vista, Catuane e Zitundo, respectivamente.

Para fazer face a esta situação, o Distrito elaborou um plano de resposta para socorrer as pessoas que poderão ser afectadas. Do referido Plano, constam as seguintes acções:

Aprovisionamento de meios necessários para o salvamento de pessoas e bens e de combustíveis que deverão ser disponibilizados aos Postos Administrativos.

Fornecimento de barcos e viaturas para a sua utilização imediata em caso de cheias. Treinamento de pessoas para o resgate. Apoio multifacetado às pessoas resgatadas; e Preparação e início do processo de reassentamento.

Os apoios a serem dados às pessoas afectadas, cujo número é de cerca de 11,391 inclui a utilização das infra-estruturas existentes, alimentos para o período de duração da emergência, bens de socorro, sementes, utensílios agrícolas, combustíveis e lubrificantes e fundos para manuseamento.

15.3.3 Ciclones

Os ciclones são fenómenos que acontecem com certa raridade no distrito de Matutuine. As áreas mais propensas e que mais efeitos sofrem são as que se localizam na zona costeira, nos distritos da Catembe Nsime, Machangulo, Bela – Vista e Zitundo.

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Plano Estratégico de Desenvolvimento do Distrito de Matutuine (2009 – 2013) Matutuine, Setembro/2008

Com vista a minorar os impactos nefastos das calamidades naturais sobre pessoas, infra-estruturas e recursos naturais impõe-se a elaboração de um Plano de Contigências do Distrito de Matutuine. Este Plano deve ser elaborado com o envolvimento de todos os sectores e comunidades locais e deve estar intimamente ligado ao Plano Estratégico Distrital e aos Planos Estratégico e de Contigências do Instituto Nacional de Gestão de Calamidades.

15.4 Meio Ambiente

Os problemas ambientais que assolam o distrito estão ligados com actividades sócio-económicas exercidas pela população, tais como a exploração florestal, faunística, agricultura e turismo.

O abate indiscriminado de vegetação para produção de lenha e carvão ocorre fundamentalmente em áreas do interior nos Postos Administrativos de Bela–Vista, Catembe Nsime e Catuane. Algumas fontes revelam que mesmo a Floresta de Licuati, declarada área de conservação, não tem escapado a acção dos lenheiros e carvoeiros. Estas áreas são também palco de queimadas descontroladas por motivo de caça de animais de pequeno porte como ratazanas. A erosão é também um problema ambiental que ameaça estas áreas, sendo maior ou menor em função do tempo em que as mesmas ficam desnudadas, o tipo de solos e o tipo e magnitude de chuvas que caem sobre elas.

As áreas costeiras, nos Postos Administrtivos de Machangulo, Zitundo e Bela-Vista sofrem o impacto de problemas ambientais relacionados com a prática do turismo. De entre eles, se destacam a remoção da vegetação dunar para dar lugar a construções e pistas de Quad Bikes, compactação das areias das praias devido à condução de veículos sobre os mesmos, poluição sonora causada pelos Quad Bikes, poluição devida a concentração de lixo em locais impróprios e extinção de espécies marinhas devido à pesca ilegal.

A Área de Conservação da REM e Corredor do Futi tem sído igualmente sujeita à acção nefasta do homem, resultando em problemas ambientais como a redução das espécies faunísticas como gazelas, changos, cabritos do mato, porcos do mato, entre outros, devido à caça furtiva. As áreas localizadas na Cadeia dos Libombos, nas margens dos principais rios e na faixa costeira com vegetação dunar poderão sofrer os efeitos da erosão quando sujeitas à intensa actividade humana e medidas de gestão ambiental não forem tomadas.

A fraca educação ambiental por parte dos utilizadores de recursos, dos turistas e da população em geral; o fraco controle e fiscalização e a falta de meios adequados para o efeito; a falta de observância dos planos e esquemas de ordenamento territorial e zoneamento são algumas das principais causas que facilitam a reprodução dos vários problemas ambientais identificados, sem no entanto negligenciar o efeito estimulador da pobreza em que vive grande parte da população do distrito.

O conflito Homem/Animal é um problema que tem muito a ver com a disputa do espaço e dos recursos entre ambos. Resulta na destruição de machambas, casas, viaturas e abate de elefantes e hipopótamos.

As áreas mais afectadas são Macassane, Malongane, Mamole e Gueveza. Algumas medidas tem sído tomadas para minimizar os impactos ambientais, que incluem a criação de Comités comunitários de gestão dos recursos naturais em Manhihane, Madjadjane, Chia, Machia, Mussongue, Huco, Gueveza e Massale nos Postos Administrativo de Bela Vista e Zitundo; plantio de árvores, sensibilização das comunidades contra as queimadas descontroladas e solução por via legal de casos de violação das Normas do Ambiente.

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Plano Estratégico de Desenvolvimento do Distrito de Matutuine (2009 – 2013) Matutuine, Setembro/2008

Embora alguns resultados positivos estejam a ser alcançados tais como uma maior consciência de valorização dos recursos naturais e do Ambiente, redução das queimadas descontroladas, diminuição de condução de Quad Bikes sobre as dunas entre outros, a situação geral do Ambiente no Distrito é ainda bastante preocupante, requerendo acções coordenadas e multifacetadas para a minimização dos problemas e os seus impactos.

16. TENDÊNCIAS

16.1 HLUVUKU-ADSEMA- Micro Credito

Visao: A falta dos serviços financeiros nas zonas rurais continua como o principal constrangimento para o desenvolvimento sócio económico, condicionando o governo a atingir os objectivos do Milénio.

Objectivo Geral: Contribuir para o desenvolvimento sustentável da população do Distrito de Matutuine e zonas afins, através da provisão de serviços financeiros.

1. Objectivos e resultados esperados

Específico - Melhorar as condições sócio-económicas da população do Distrito de Matutuine e zonas afins, providenciando serviços financeiros sustentáveis de alta qualidade à pessoas de baixos rendimentos com capacidade e actividades viáveis.

Actividades:

Concessao de emprestimos para populacao de baixa renda Licenciamento como Micro Banco tipo caixa financeira rural

Indicadores

Até Dezembro 2013 terão sido desembolsados 31.800 empréstimos no valor de 506.050.704,00MT (Quinhentos E Seis Milhoes, Cinquenta Mil, Setecentos E Quatro Meticais).

Sendo para Matutuine: 6.360 empréstimos no valor de 75.907.606,00 MT ( Setenta e Cinco Milhoes, Novecentos E Sete Mil, Seiscentos E Seis Meticais)

Até Dezembro 2013 HLUVUKU terá se transformado em micro banco.

Tabela nº 23 – Quadro financeiro da HLUVUKUAnos 2009 2010 2011 2012 2013Numero de Emprestimos 4.700 5.640 6.486 7.135 7.850 Valor em Meticais 82.889.831,00 91.178.814,00 100.296.695,00 110.326.364,00 121.359.000,00

Fontes de verificação- Contratos de empréstimos com clientes.- Relatórios de actividades da HLUVUKU. - Licença de micro banco.- Relatórios financeiros e de auditoria externa.

Tabela nº 24 – Orçamento

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Plano Estratégico de Desenvolvimento do Distrito de Matutuine (2009 – 2013) Matutuine, Setembro/2008

Anos 2009 2010 2011 2012 2013Custos em Meticais 11.354.345,00 13.057.497,00 14.363.247,00 15.799.572,00 17.379.529,00

17. CRITÉRIOS A TER EM CONTA NA DETERMINAÇÃO DA VIABILIDADE DE GRANDES INICIATVAS DE CONSERVAÇÃO E DE DESENVOLVIMENTO SÓCIO-ECONÓMICO NO DISTRITO

Com base na análise dos prováveis impactos de algumas iniciativas de Desenvolvimento propostas para o Distrito de Matutuine, um estudo realizado pela IUCN (2004) propõe os critérios que deverão ser tomados em conta na determinação da viabilidade da implantação de empreendimentos em determinadas áreas.

17.1 Iniciativa Espacial dos Libombos e Projecto ACTF

Parte do protocolo trilateral dos Libombos, assinado por ministros relevantes de Moçambique, Swazilândia, e África do Sul a 22 de Junho de 2000 no Fórum Económico Mundial e conta com o apoio do Banco Mundial e do GEF. Esta iniciativa tem como bandeira o desenvolvimentoecologicamente sustentável das Áreas de Conservação que ligam os 3 países, tendo ainda a vantagem de abarcar outras actividades como agricultura, infra-estruturas e urbanização.

Tabela nº 24IMPACTOS SOCIAIS IMPACTO ECONÓMICO IMPACTO AMBIENTAL

• INICIATIVA DOS LIBOMBOS• Compatibilidade com Plano de

desenvolvimento sócio-económico do distrito.

• Compatibilidade com extensão da REM, FUTI e WHS.

• Redução da incidência da malária

• Aumento da oferta de emprego

• Melhoria de infra-estruturas

• Aumento médio de oferta de emprego

• Diversificação das fontes de receita

• Migração temporária ou permanente dentro e entre países vizinhos

• Melhoria de conhecimento e capacitação das comunidades locais relativamente ao ambiente

• Promoção de pequenos negócios satélite à iniciativa

• VEDAÇÃO DA ÁREA DO FUTI• Reassentamento/Condicionamento

das actividades sócio-económicas das comunidades de Madjadjane

• Condicionamento das actividades das Comunidades de Chia, Machia, Salamanga e Massindla

Aumento do rendimento familiar Promoção de actividades eco-

turísticas Ligação com África do Sul e

Swazilândia impulsionará desenvolvimento económico.

Alocação de fundos para conservação, capacitação, protecção, restauração e intercâmbio

Promoção de emprego nas áreas de Conservação

Custos de Investimento Aumento parcial do rendimento

familiar na fase de estabelecimento e em menor escala de operacionalização

Aumento do potencial turístico Aumento de rendimentos

familiares (actividades complementares)

Aumento do fluxo de turistas

Promoção equilibrada da conservação e desenvolvimento sócio-económico

Conservação da BD, recursos naturais e culturais

Conservação dos recursos marinhos e Costeiros

Oportunidade de realização de estudos detalhados sobre a importância ecológica e decisão informada sobre opções de desenvolvimento futuras.

Conservação da fauna e Flora (Aumento da área de flora sob conservação em 841km2, incluindo áreas de Zitundo)

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Plano Estratégico de Desenvolvimento do Distrito de Matutuine (2009 – 2013) Matutuine, Setembro/2008

• Limitação de acesso ao Futi

• Limitado acesso a terras e fontes de água

• Aumento de emprego na fase de estabelecimento e em menor escala na fase operacional

• Limitada circulação e comercialização informal com A.S.

• Conflitos geográficos e de interesses com concessões agro-pecuárias

• Conflitos oom áreas de produção agrícola locais

• Migração temporária ou permanente

• EXTENSÃO DA REM• Migração permanente

• Realocação de comunidades

• Aumento de competição por terras

• Agrícolas

• Melhoria de infra-estruturas

• Aumento médio de oferta de emprego

Fonte: IUCN, 2004

17.2 Área de Património Mundial

Património Mundial é designado como um legado natural ou cultural que seja fonte insubstituível de vida ou inspiração, um ponto de referência e de identidade que pertence a todos, independentemente do país onde esteja localizado. Por este motivo, é obrigatoriedade de todos de contribuirem para sua protecção e preservação (IUCN, 2004).

Moçambique iniciou em 1998 esforços no sentido de declarar largas áreas da zona costeira de Matutuine em Património Mundial que a serem eleitas beneficiarão de programas e projectos de conservação e de desenvolvimento sustentável.

Tabela nº 25 IMPACTOS SOCIAIS

IMPACTO ECONÓMICO IMPACTO AMBIENTAL

Compatibilidade com Plano distrital de Desenvolvimento

Compatibilidade com extensão da REM, FUTI e IDEL

Aumento da oferta de emprego

Melhoria de Infra-estruturas

Aumento médio de oferta de emprego

Diversificação das

Alocação de fundos para conservação, capacitação, protecção, restauração e intercãmbio

Promoção de emprego na área de conservação

Promoção equilibrada da conservação e desenvolvimento sócio-económico

Conservação da BD, recursos naturais e culturais

Conservação dos recursos marinhos e costeiros

81

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Plano Estratégico de Desenvolvimento do Distrito de Matutuine (2009 – 2013) Matutuine, Setembro/2008

fontes de receitas Migração temporária ou

permanente dentro e entre países vizinhos

Aumento da consciencialização e capacitação das comunidades locais sobre o ambiente

Promoção de pequenos negócios satélite à iniciativa

Ligação e promoção da área com outros WHS

Fonte: IUCN, 2004

17.3 Projecto do Porto Dobela

Ao abrigo da alínea c) do N º 1 do Artigo 15 do Regulamento da Lei N º 3/93, de 24 de Junho, o Conselho de Ministros autorizou a realização e implementação do Projecto ‘’Ponta Dobela’’, numa área de 22,000 ha, que inclui a construção e operação de um Porto, de uma Zona Franca Industrial e de uma Zona comercial.

Fracassada que foi a primeira tentativa de implantação na área inicialmente proposta, há agora indícios do reaparecimento do projecto numa área diferente mas próxima da anterior.

Tabela nº 26IMPACTOS SOCIAIS

IMPACTO ECONÓMICO IMPACTO AMBIENTAL

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Plano Estratégico de Desenvolvimento do Distrito de Matutuine (2009 – 2013) Matutuine, Setembro/2008

o Criação de cerca de 10000 postos de trabalho

o Influxo de pessoas associadas directa ou indirectamente ao projecto estimado em 70000

o Melhoria de Infra-estruturas

o Migraçãoo Conflitos

e especulação de terras

Aumento do rendimento familiar na fase de estabelecimento

Ruptura do potencial eco-turístico na região do Porto, a montante e a jusante.

Perca de cerca de 6.7 ha de habitats essenciais maioritariamente, florestas, húmidas, de areia e outros.

Provável impacto em areas de vegetação adjacentes ao projecto devido à mudança do sistema hidrográfico.

Aumento do fluxo de águas para o lençol freático e terras húmidas costeiras em resultado da remoção da vegetação e substituição de superfícies transpiráveis e consequente redução da evapotranspiração.

Aumento dos níveis das águas dos lagos, alteração da salinidade, nutrientes, disponibilidade de oxigénio.

Alteração do regime das terras húmidas. Absorção de água do Rio Maputo para estabelecimento e

funcionamento cuja capacidade quantitativa é questionada. Redução da qualidade da água, principalmente para os micro-

organismos em resultado do Leaching e Run off, deficiente gestão de resíduos ou na eventualidade de condições ambientais extremas.

Migração da fauna, mamíferos da região, particularmente em lagos em resultado do declíneo da qualidade de água.

Migração da população residente de golfinhos na região de implantação do Porto.

Interrupção e ruptura da circulação de elefantes ao pôr barreiras físicas ao longo do transecto Tembe-Futi-REM.

Redução da população da avifauna em resultado da alteração do mosaico de habitates, particularmente a salinidade dos lagos e lagoas.

Rupturas potencialmente finitas no sistema de nidificação de tartarugas, algumas das quais endémicas.

Redução e rupturas nas populações de répteis que habitam os lagos (crocodilos), dunas costeiras em resultado do fluxo de pessoas e declíneo da qualidade de água.

Perca de cerca de 1/3 da área do LSDI

Fonte: IUCN, 2004

De referir que os dados acima são indicativos, sendo necessário efectuar estudos mais detalhados para avaliar a viabilidade sócio-económica e a magnitude dos impactos ambientais previsíveis.

Segundo ainda o estudo da IUCN (2004), os seguintes aspectos deveriam ser tomados em conta pelos decisores, antes de se tomar a decisão final sobre um pedido de concessão de terra, fundamentalmente quando se trata de grandes projectos.

Registo do pedido e Extensão da área solicitada Localização da área e verificação da Unidade ecológica em que a mesma recai Verificação da disponibilidade de terra para esse fim Avaliação da compatibilidade entre o fim solicitado e a proposta de uso da terra indicada no

esquema de Zoneamento Avaliação da severidade dos impactos e identificação de possíveis medidas de mitigação Decisão final ou parecer sobre o pedido.

Quando os estudos de avaliação dos impactos são feitos por equipas técnicas independentes e imparciais poder-se-á com mais segurança determinar se dois ou mais projectos são compatíveis ou não, numa dada zona.

VII. ESTRATÉGIA DE DESENVOLVIMENTO

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Plano Estratégico de Desenvolvimento do Distrito de Matutuine (2009 – 2013) Matutuine, Setembro/2008

VII.1 MISSÃO DO GOVERNO DO DISTRITO:

Assegurar a exploração sustentável de actividades turísticas e agro-pecuária, atingindo o nível máximo de exploração bem como a conservação de recursos naturais para garantir o bem-estar e direitos de cidadãos.

VII.2 ESTRATEGIA DE DESENVOLVIMENTO

Para o desenvolvimento do Distrito é definida uma nova abordagem que vem criar uma hierarquia clara de objectivos desde os objectivos do PQG, PARPA, planeamento Sectorial, por meios de programas e sectoriais e prioridades definidas pelas comunidades que se desdobraram em acções e programas do Governo do Distrito.

VIII. OBJECTIVOS

Melhorar o acesso da População do Distrito as Infra-Estruturas Sociaias, Serviços Basicos e Informações;

Impulsionar o desenvolvimento económico e social equilibrado do Distrito, desenvolvendo acções concretas e possíveis com vista a resolver os problemas priorizados pelas comunidades locais;

Garantir o uso sustentavel dos recursos naturais, segurança alimentar e comercialização dos productos Agricólas;

Melhorar o fornecimento de serviços de qualidade no âmbito da reforma do sector Público; Aumentar o ritmo de crescimento económico das zonas rurais, com impacto na melhoria de

qualidade de vida das populações Fortalecer o diálogo local entre o Governo Distrital e as comunidades;

Orientar/Mobilizar os recursos financeiros para a implementacao do Plano Estratégico de Desenvolvimento do Distrito para 2009-2013, com destaque para as áreas que concorrem em grande medida para a redução da pobreza absoluta.

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IX. MATRIZ DE ANÁLISE DE PROBLEMAS

ZONA A

PROBLEMA CAUSAS EFEITOS SITUAÇÃO IDEAL PASSO/ MEDIDASMá transitabilidade das vias de acesso

Limitado o acesso as estâncias turísticas

Pouca rentabilidade das estâncias turísticas

Aproveitamento da capacidade turística Melhor as vias de acesso

Salinidade do lençol friático Insuficiência das fontes de água

Várias doenças (diarreias, cólera, hipertensão...)

Desponibilidade das fontes de abasteciemnto de água potável.

Construir represas, diques, casas com sistema de recolha de águas pluviáis

Insuficiência da rede sanitária.

Alto crescimento demográfico que não é acompanhado pelo investimento na construção de unidades sanitárias

Fraco acesso aos cuidados sanitários

Despor de unidade Sanitárias ou brigadas móveis regulares.

Construir Unidades Sanitárias e afectar recursos humanos.

Inexistência de sistema de frio para o pescado.

Falta de investimento na instalação do sitema de frio para a conservação do pescado.

Fraca capacidade de conservação do pescado.Fraca rendibilidade na actividade pesqueira.

Pescadores capazes de conservar o pescado.

Investir na colocação do sistema do frio.

Erosão dos solos ao longos das praias. Destruição das dunas.

Invasão do continente pelo mar.Destruição de infraestruturas.

Utilização e gestão sustentável das áreas das dunas.

Divulgar e ficalizar o cumprimento constante da legislação ambiental e turística.

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Plano Estratégico de Desenvolvimento do Distrito de Matutuine (2009 – 2013) Matutuine, Setembro/2008

ZONA B

PROBLEMA CAUSAS EFEITOS SITUAÇÃO IDEAL PASSO/ MEDIDAS

Baixa produção agrícola Fraco aproveitamento das terras férteis Insegurança alimentar.

Comunidade capaz de trabalhar.Aproveitamento integral das terras férteis.

Intensificar a fiscalização.

Rios temporários Insuficiência das fontes de água Insegurança alimentar

Queimadas descontroladas

Aumento de áreas de cultivo, caça e afugentamento de repteis e de outros animais

Empobrecimento de solos e escassêz de pasto

Sensibilização das populações para o uso, prática e abertura de quebra fogos com vista a controlar as queimadas

Aplicar medidas correctivas sobre a protecção ambiental e recursos naturais

Abate indiscriminado de árvores

Procura e venda excessiva de combustível lenhosos, madeira e outro material de construção

Desmatamento da floresta Conservação da fauna e flora Formar e capacitar fiscais comunitários

Insuficiência da rede sanitária

Alto crescimento demográfico que não é acompanhado pelo investimento na construção de unidades sanitárias

Fraco acesso aos cuidados sanitários

Despor de unidade Sanitárias ou brigadas móveis regulares

Construir Unidades Sanitárias e afectar recursos humanos.

ZONA C

PROBLEMA CAUSAS EFEITOS SITUAÇÃO IDEAL PASSO/ MEDIDASInsegurança alimentar Solos pobres; Salinidade de Fraca produção Garantida a segurança Incentivar o

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Plano Estratégico de Desenvolvimento do Distrito de Matutuine (2009 – 2013) Matutuine, Setembro/2008

solos alimentar

desenvolvimento de outras actividades (trocas comerciais e pesca, etc.)

Baixo rendimentoInsuficiencia de empresas empregadoras e outras actividades de subsistência

Insegurança alimentar Garantido o aumento de rendimento

Incentivar o auto-emprego e fomentar micro-finanças

Salinidade do lençol friático

Insuficiência das fontes de água

Várias doenças (diarreias, cólera, hipertensão...)

Desponibilidade das fontes de abasteciemnto de água potável

Construir represas e montadas em casas sistemas de recolha de águas pluviáis (caleiras)

Moedas mal conservadas

Inexistência de instituição bancária

Má conservação e valorização da moeda nacional

Existência de uma instituição bancária

Construir um edifício para o funcionamento da banca

Insuficiência da rede sanitária

Alto crescimento demográfico que não é acompanhado pelo investimento na construção de unidades sanitárias

Fraco acesso aos cuidados sanitários

Despor de unidade Sanitárias ou brigadas móveis regulares

Construir Unidades Sanitárias e afectar recursos humanos

87

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IX.1 PROBLEMAS E POTENCIALIDADES

ZONA A

PROBLEMAS POTENCIALIDADES Má transitabilidade das vias de acesso; Fraco ordenamento turístico; Insufuciências das fontes de água

potável; Insuficiência da rede sanitária; Inexistência do sistema de frio para

conservação do pescado; Destruição de donas de protecção; Inexistência do Ensino Secundário Geral.

Turismo; Fronteira com a RSA; Abundância de produtos pesqueiros; Florestas naturais para a prática do eco-

turismo; Praias com águas limpas;

ZONA B

PROBLEMAS POTENCIALIDADES Insegurança alimentar aliado ao fraco

aproveitamento de solos férteis; Insuficiência de fontes de água; Dificuldade de transitabilidade das vias de

acesso; Queimadas descontroladas; Fraca fiscalização da fauna e flora; Inexistência do Ensino Secundário Geral.

Florestas naturais para a prática do eco-turismo;

Solos férteis para a prática de agricultura e pastorícia;

Rios e lagoas; Vegetação natural;

ZONA C

PROBLEMAS POTENCIALIDADES Solos pobres; Desemprego; Consumo de água imprópria Inexistência de instituição bancária;

Florestas naturais para a prática do eco-turismo;

Corredor do FUTI; Reserva Especial de Maputo (REM); Calcário.

88

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DISTRITO

PROBLEMAS POTENCIALIDADES Dificuldades de transitabilidade das vias

de acesso; Fraco ordenamento turístico; Fraco fomento pecuário; Devastação da floresta; Erosão dos solos ao longos das praias; Fraco aproveitamento de terras; Fraca rede escolar do ensino secundário; Inexistência do Ensino Técnico

Profissional; Inexistência de instituição bancária; Insuficiência da rede sanitária;

Actrativos turísticos, (Florestas naturais para a prática do eco-turismo, REM, Corredor do Futi e Praias com águas limpas):

Recursos hídricos; Fronteira com a RSA; Solos férteis para aprática de agricultura

e pastorícia; Vegetação natural; Rios e lagoas; Calcário; Espaço disponível para a construção do

edifício da banca.

IX.2 PROBLEMA CENTRAL E POTENCIALIDADES DE CADA ZONA

89

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ZONA “A” Fraco ordenamento turístico;

Má transitabilidade das vias de acesso;

Atractivos turísticos (Praias, dunas, flora e fauna, lagoas, rios e culturas locais).

ZONA “B” Fraco aproveitamento das terras férteis.

Existência de terras férteis e recursos hídricos.

ZONA “C” Insegurança alimentar.

Florestas naturais para a prática do eco-turismo

X. VISÃO DAS ZONASZONA “A”

Boa transitabilidade das vias de acesso com vista a incentivar o turismo. (ainda por

melhorar)

ZONA “B”

Aproveitas no máximo as terras férteis para aumento de produção e produtividade.

ZONA “C”

Incrementado o desenvolvimento de outras actividades tais como as trocas

comerciais, serviços urbanos, ect.

90

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X.1 VISÃO DO DISTRITO

MATUTUINE É UM DESTINO TURÍSTICO PREVILEGIADO E UM DOS DISTRITOS DE DESTAQUE NA PRODUÇÃO AGRO-PECUÁRIA NA PROVÍNCIA DE MAPUTO

91

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XI. MATRIZ DE PLANO DE ACÇÃO

MATRIZ DE OBJECTIVOS E ACTIVIDADES

XI.1 Boa GovernaçãoObjectivo Estratégico 1: Melhorada a prestação de serviços públicos através da criação de oportunidades de acesso, qualidade e eficiência no âmbito da Reforma do Sector Público

Objectivo Específico

Descrição Sumária das Actividades

Indicadores de verificação

Meios de verificação

Cronograma de actividadesBeneficiários Respons

ável Fonte de Recurso

Orç. Global (10^3)2009 2010 2011 2012 2013

1.1 Criadas as condições de trabalho para a boa prestação de serviços públicos através de aquisição de equipamento de escritório

1.1.1 Adquirir equipamento informático

Adquiridos 10 computadores

Recibos de aquisição e relatórios balanços X X X X X

Gabinete do Administrador, Secretaria Distri-tal e 5 Pos-tos Administra-tivos

Secretaria Distrital

Parceiros/DPPF-OGE 627,00

Adquiridas 5 impressoras

Recibos de aquisição e relatórios balanços

X X X X XPara 5 Postos Administrativos Secretari

a DistritalParceiros/

DPPF 120,00

Adquiridos 4 Notebook

Recibos de aquisição e relatórios balanços X X

Gabin do Adm-/dor e Secre-taria Distrital

Secretaria Distrital

Parceiros/DPPF 140,00

Adquiridos 2 Datashow

Recibos de aquisição e relatórios balanços X X

Gabin do Adm-/dor e Secre-taria Distrital

Secretaria Distrital

Parceiros/DPPF 170,00

1.1.2 Adquirir equipamento de escritório

Adquiridas 2 fotocopiadoras

Recibos de aquisição e relatórios balanços X X X

Gabin do Adm-/dor e Secre-taria Distrital

Secretaria Distrital

Parceiros/DPPF 300,00

Adquiridas 24 cadeiras

Recibos de aquisição e relatórios balanços

X X X X XPara as 12 Localidades do Distrito

Secretaria Distrital

Parceiros/DPPF 288,00

Adquiridas 48 cadeiras

Recibos de aquisição e relatórios balanços

X X X X XPara as 12 Localidades do Distrito

Secretaria Distrital

Parceiros/DPPF 360,00

Sub-Total. . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2.005,00

92

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Objectivo Específico

Descrição Sumária das Actividades

Indicadores de

verificaçãoMeios de

verificaçãoCronograma de actividades Beneficiários Responsá

vel Fonte de Recurso Orç. Global (10^3)2009 2010 2011 2012 2013

1.2 Reforçada a capacidade das instituições do Estado a nível de base através de construção e ou reabilitação de infraestru-turas públicas

1.2.1 Construir infraestruturas públicas

Construidos 12 edifícios para funciona-mento da Administra-ção nas Loca-lidades

Relatórios balanços e Termos de entrega X X X

Para as 12 Localidades do Distrito Secretaria

Distrital Parceiros/DPPF 8.100,00

Construidos 12 edifícios de tipo II para residência de Chefes de Localidade

Relatórios balanços e Termos de entrega X X X X

Para as 12 Localidades do Distrito Secretaria

Distrital Parceiros/DPPF 7.500,00

Construidas 20 casas de tipo II para funcionários afectos na sede Distrital e nos Postos Adm/tivos

Relatórios balanços e Termos de entrega

X X X X X

Postos Administrativos de Bela Vista, Catembe-Nsime, Catuane, Machangulo e Zitundo

Secretaria Distrital Parceiros/DPPF 12.900,00

Construida uma sala de reuniões do Gover Distrital

Relatórios balanços e Termos de entrega

X X Governo Distrital

Secretaria Distrital 1.600,00

1.2.2 Reabilitar infraestruturas públicas e apetrechá-las em mobiliário

Reabilitado o edifício do Posto Adm/tivo de Zitundo

Relatórios balanços e Termos de entrega

X

Posto Adminis-trativo de Zitundo

Secretaria Distrital Parceiros/DPPF 1.250,00

Sub-Total. . . . . . . . . . . . . . . . . . . 31.350,00

Objectivo Descrição Indicadores Meios de Cronograma de actividades Beneficiários Responsáve Fonte de Recurso Orç.

93

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Específico Sumária das Actividades

de verificação verificação l Global

(10^3)2009 2010 2011 2012 20131.2 Reforçada a capacidade das instituições do Estado a nível de base através de construção e ou reabilitação de infraestru-turas públicas

1.2.2 Reabilitar infraestruturas públicas e apetrechá-las em mobiliário

Reabilitada a residência do Chefe d Posto Adm/tivo de Zitundo

Relatórios balanços e Termos de entrega

X

Posto Adminis-trativo de Zitundo Secretaria

Distrital Parceiros/DPPF 1.250,00

Reab/das 7 casas de fun-cionários, das quais 3 são geminadas 2 a 2, nos 5 P. Adm/tivos

Relatórios balanços e Termos de entrega X X X X Distrito Secretaria

Distrital Parceiros/DPPF 2.750,00

1.2.3 Adquirir e fornecer mobiliá-rio para residên-cia de funcioná-rios públicos

Fornecido mobiliário pa-ra residências de Chefes de Localidades

Recibos de aquisição e relatórios balanços

X X Distrito Secretaria Distrital Parceiros/DPPF 950,00

1.3 Garantido o contacto permanente com as comu-nidades atra-vés de aloca-ção de meios circulantes

1.3.1 Adquirir e forncer meios circulantes aos Postos Administrativos e Localidades

Fornecidas 7 viaturas de tipo 4X4, sen-do 2 para a sede Distrital e 5 Postos Adm/tivos

Recibos de aquisição e relatórios balanços X X X Distrito Secretaria

Distrital Parceiros/DPPF 10.500,00

Fornecidas 6 motos XL125 e 6 moto-baik’s em 12 Loca/des

Recibos de aquisição e relatórios balanços

X X Distrito Secretaria Distrital Parceiros/DPPF 5.400,00

Sub-Total. . . . . . . . . . . . . . . . . . . 20.850,00

Objectivo Específico

Descrição Sumária das Actividades

Indicadores de

verificaçãoMeios de

verificaçãoCronograma de actividades Beneficiários Responsável Fonte de

RecursoOrç. Global

(10^3)2009 2010 2011 2012 20131.4 Reforçada a capacidade

1.4.1 Capacitar técnicos em

Capacitados 12 funcioná-

Relatório de balanço

X X X X X Gabinete do Administrador,

Secretaria Distrital

Parceiros/DPPF 1.080,00

94

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institucional do Governo Local, através da implementação de programas de capacitação

matéria de gestão de RH, gestão Finan-ceira, Planifi-cação,

rios por ano até 2013

Secretaria Distrital, Postos Adm/tivos e Localidades

1.4.2 Capacitar técnicos de Planificação Distrital no âm-bito de Finan-ças Descentra-lizadas

Capacitados 7 técnicos por ano Relatório de

balanço X X X X X

Secretaria Distrital, Postos Adm/tivos e Serviços Distritais

Secretaria Distrital Parceiros/DPPF 360,00

1.5 Melhorada a prestação de serviço aos utentes através de recrutamento de novos técnicos

1.5.1 Lançar concurso para admissão de novos técnicos

Admitidos 3 técnicos superiores de N1, 5 de N2, 10 técnicos, 20 Assisten-tes técnicos, 42 Auxiliares Adm/tivos, 22 Agentes de Serviço, 66 Auxiliares

Relatório de balanço X X X X X

Gabinete do Administrador, Secretaria Distrital, Postos Adm/tivos e Localidades Secretaria

Distrital Parceiros/DPPF 504,00

Sub-Total. . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1.944,00

Objectivo Específico

Descrição Sumária das Actividades

Indicadores de

verificaçãoMeios de

verificaçãoCronograma de actividades Beneficiários Responsável Fonte de

RecursoOrç. Global

(10^3)2009 2010 2011 2012 20131.6 Promovidas formações

1.6.1 Atribuir subsídios esco-

Atribuidos subsídios e

Relatórios de balanço

X X X X Todos funcionários com

Secretaria Distrital

Parceiros/DPPF 264,98

95

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técnica-profis-sionais dos fun-cionários públi-cos para gerirem de forma eficien-te e eficaz a Adm/ção Pública

lares (bolsas de estudo) para ingresso de funcionários no IFAPA, ISAP e nas Universida-des Públicas e / ou Privadas

integrados para formados 4 técnicos/ano

nível para ingresso

1.6.2 Formar e capacitar técni-cos em matéria de informática

Formados 8 técnicos/ano Relatórios de

balanço X X X X X Todos os Postos Administrativos

Secretaria Distrital Parceiros/DPPF 350,00

1.7 Promovida a boa governação através da parti-cipação da co-munidade na to-mada de deci-sões

1.7.1 Terminar o processo de reconhecimen-to das Autori-dades Comu-nitárias e sua capacitação em matéria sobre a legislação

Concluido o Reconhecimento das Auto-ridades Comu-nitárias do 1º e 2º escalões

Relatórios de balanço X Todos os Postos

AdministrativosGoverno Distrital Parceiros/DPPF 60,00

Capacitados as Autorida-des Comunitá-rias em todas Localidades

Relatórios de balanço X

Todos os Postos Administrativos

Secretaria Distrital Parceiros/DPPF 60,00

1.7.2 Operacio-nalizar o grupo de Combate à Corrupção e burocratismo

Operacionali-zados 7 gru-pos Relatórios de

balanço X Todos os Postos Administrativos

Governo Distrital Governo Distrital 00,00

Sub-Total. . . . . . . . . . . . . . . . . . . 734,98

Objectivo Específico

Descrição Sumária das Actividades

Indicadores de

verificaçãoMeios de

verificaçãoCronograma de actividades Beneficiários Responsável Fonte de

RecursoOrç. Global

(10^3)2009 2010 2011 2012 20131.7 Promovida a boa governação através da parti-cipação da co-

1.7.3 Operacio-nalizar o grupo do BAUD ao nível Distrital

Reativado o grupo Distrital de BAUD

Relatórios de balanço

X Todos os Postos Administrativos

Governo Distrital

Governo DistritalParceiros

00,00

96

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munidade na to-mada de deci-sões através de capacitação e realização de sessões

1.7.4 Realizar reuniões de BAUD

Realizadas 6 reuniões/mês

Relatórios de balanço X X X X X Todos os Postos

AdministrativosSecretaria

Distrital Parceiros/DPPF 135,80

1.7.5 Criar, revitalizar e Capacitar os membros dos Conselhos Consultivos em de Localidades e Postos Admi-nistrativos

Criados, revi-talizados e capacitados 331 membros de Localida-des, Postos Adm/tivos e de Distrito

Actas de participação X X Todos CCL’s,

CCPA’se CCDSecretaria

Distrital Parceiros/DPPF 375,00

Realizdas 65 sessões de C. C/tivos/ ano

Actas de participação X X X X X Todos CCL’s,

CCPA’se CCDSecretaria

Distrital Parceiros/DPPF 3.228,00

1.7.6 Realizar seminários de capactação dos CCL em maté-ria de elabora-ção de projec-tos de desen-volvimento

Realizados 6 seminários por ano

Actas de participação X X X X Todos CCL’s,

CCPA’se CCDSecretaria

Distrital Parceiros/DPPF 49,66

Sub-Total. . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3.788,46

Objectivo Específico

Descrição Sumária das Actividades

Indicadores de

verificaçãoMeios de

verificaçãoCronograma de actividades Beneficiários Responsável Fonte de

RecursoOrç. Global

(10^3)2009 2010 2011 2012 20131.8 Melhorada a eficiência no sis-tema de recolha de receitas e impostos

1.8.1 Capacitar os funcionários públicos liga-dos a cobrança de receitas em matéria de efi-ciência na re-colha de im-postos e recei-

90% de fun-cionários e Autoridades Comunitárias capacitados

Actas de reuniões de participação

X X XFuncionários públicos e Autoridades Comunitárias

Secretaria Distrital Parceiros/DPPF 62,60

Garantido que 80% da popu-lação activa pague impos-

Actas de reuniões de participação

X X X X Todos os Postos Administrativos

Secretaria Distrital

Parceiros/DPPF 62,60

97

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tas, envolvendo as Autoridades Comunitárias

tos e outras taxas colectá-veis

1.9 Melhorado o sistema de troca de informação entre os Postos Administrativos

1.9.1 Adquirir e instalar Rádio de Comunica-ções Emissor-Receptor

Instalados 5 Rádios Emis-sor-Receptor nos P. Admi-nistrativos

Recibos de aquisição e relatórios balanços

X Postos Administrativos

Sec.Prov / Sec Distrital OGE 50,00

Sub-Total. . . . . . . . . . . . . . . . . . . 175,20Total Sector. . . . . . . . . . . . . . . . . . . 60.846,66

XI.2 Actividades EconómicasObjectivo Estratégico 1: Aumentar a produção e productividade Agro-Pecuaria para garantir a segurança alimentar,o provimento de serviços de apoio a produção agricola de forma eficiente, e a construtução e rebilitação de infra-estruturas agrárias.

Objectivo Específico

Descrição Sumária das Actividades

Indicadores de

verificaçãoMeios de

verificaçãoCronograma de actividades Beneficiários Responsável Fonte de

RecursoOrç. Global

(10^3)2009 2010 2011 2012 20131.1 Aumentada a produção e pro-dutividade agri-cola para garan-tir a segurança alimentar

1.1.1 Aumentar a produção de tomate, cebola, repolho batata reno, arroz, mandioca e feijao nhemba

Produzidas 500 ton de to-mate, 250 ton de cebola, 450 de repolho, 3.500 de bata-ta-reno, 200 de ar-roz, 250 de mandioca e 50 de feijão nhemba

Relatorios anuais e visitas aos campos

X X X X X Todo Distrito SDAE/G.distrital/DPA OGE 4.500,00

1.2 Construidas e reabilitadas infraestruturas agrarias

1.2.1Expandir, construir e/ou reabilitar os sistemas de regadio e diques de protecção

Expandido sis-tema de rega-dio

Relatorios anuais e Vi-sitas aos regadios

X X X Nguenha SDAE/G.distrital/DPA OGE 60,00

Construidos e reabilitados 15 sistemas de regadio

Relatorios anuais e Vi-sitas aos regadios

X X X Brazilia, Manhangane,

SDAE/G.distrital/DPA OGE 60,00

Reabilitadas diques de pro-

Termos de entrega

X X X X Ao longo do rio Maputo

SDAE / Gov Distrital/DPA

OGE 80,00

98

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tecção d áreas agricultáveis ao longo do rio Maputo

1.3 Revitalizada a cadeia de produ-ção e processa-mento local de se-mentes melhora-das envolvendo sector familiar as-sociativo e privado com vista a melho-rar a larga disponi-bilidade de insumos agricolas

1.3.1 produzir sementes de arroz, feijoes milho, amen-doim e girassol

Produzidas 90 ton de semen-te de arroz, 57,5 feijoes, 100 milho, 15 amendoim e 48 ton de girassol

Relatorios Tri-mestrais, se-mestrais, anu-ais e Visitas aos campos

X X X Todo distrito SDAE/G.distrital/DPA OGE 5.000,00

1.3.2 Multiplica-ção rapida de material vege-tativo de cultu-ras tolerantes a seca

Multiplicado o material vege-tativo para be-neficiar 200 produtores

Relatorios Tri-mestrais, se-mestrais, anu-ais e Visitas aos campos

X X X X X Todo distrito SDAE/G.distrital/DPA OGE 5.000,00

1.4 Promovida a mecanisação agricola convista a aumentaras areas de produ-ção com recur-sos mecanicos

1.4.1 Adquirir tractores e di-versas alfaias agricolas para beneficiar as associaçoes

Adquiridos dois(2) tracto-res com res-pectivas alfa-ias

Termos de entrega X X X Distrito SDAE/

G.distrital/DPA OGE 3.000,00

1.5 Elevados os niveis de produ-ção e produtivi-dade da batata reno no distrito convista a abas-tecer os merca-dos de Maputo e Matola

1.5.1 Aumentar a produção de batata reno nos campos com sistemas de regadio

Produzidas 600 ton de batata reno em 15 regadios

Relatorios Tri-mestrais, se-mestrais, anu-ais e Visitas aos campos

X X X Todo distrito SDAE/G.distrital/DPA OGE 1.500,00

1.6 Reduzidas perdas pos-co-lheita e melhora-da a geração de

1.6.1 Adquirir 4 maquinetas de Agro-Processa-mento e consu-miveis

Adquiridas 4 maquinetas de agro-proces-samento

Termos de entrega

X X X X Todo distrito SDAE/G.distrital/DPA

OGE 8,00

99

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rendimentos aos beneficiarios através de ma-quinetas e for-mação na área de agrocessa-mento.

1.6.2 Formar produtores em tecnicas Agro-Processamento

Formados 266 produtores em técnicas de agro-proces-samento

Relatorios de Formação X X X Todo distrito SDAE/Gov.

Distrital OGE 2,00

1.7 Garantido o control eficiente de pragas e doencas e elevar o nivel de produção e productividade

1.7.1 Formar produtores em tecnicas de proteção de plantas usando pestecidas na-turais e indus-triais

Formados 50 produtores

Relatorios de Formação X X X X X Todo distrito SDAE/DPA OGE 2,00

Sub-Total. . . . . . . . . . . . . . . . . . . 19.212,00Objectivo Estratégico 2: Diversificada a dieta alimentar através de incremento do Fomento Pecuário no Distrito 2.1 Aumentado a produção e pro-ductividade pecuária incre-mentando os efectivos bovinos de corte e leite, caprinos e outros animais de pe-quena escala

2.1.1 Adiquirir bovinos e pe-quenos romi-nantes e aves para fomeno pecuário

Fomentados bovinos, caprinos e aves e beneficiados 175 criadores por ano

Contratos e Relatorios X X X X X

875 criadores no Distrito

beneficiados

SDAE e Gov. Distrital OGE 45,00

2.2 Aumentadas as areas de pro-dução com uso de tracção animal

2.2.1 Adiquirir juntas de bois para tracção animal

adquiridas 200 juntas para tracção animal

Contratos e Relatorios X X X X X Todo o Distrito SDAE e Gov.

Distrital OGE 2.800,00

2.2.2 Formar camponeses em matéria de uso de juntas de bois de trac-ção animal

Formados 200 beneficiarios

Contratos e Relatorios X X X X X Todo o Distrito SDAE e Gov.

Distrital OGE 1.000,00

Adquirir alfaias Adquiridas Contratos e X X X X X Todo o Distrito SDAE e Gov. OGE 5.600,00

100

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para tracção animal

200 alfaias de tracção animal Relatorios Distrital

2.3 Diminuido a mortalidade do gado na epoca seca garantindo-lhes alimentos suplimentares

2.3.1 Promover a produção de feno para suplimentação do gado

Produzidos 10.800 fardos de feno

Relatorios e visita aos currais

X X XBela Vista,

Catembe-Nsi-me e Catuane

SDAE / DPA OGE 1.200,00

Produzidos 12.000 blocos de sais mine-rais em Bela Vista, Catem-be-Nsime e Catuane

Relatorios e visita aos currais

X X XBela Vista,

Catembe-Nsime e Catuane

SDAE / DPA OGE 1.200,00

Sub-Total. . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11.845,00Objectivo Estratégico 3: Feito o cadastro de terras, florestas e recursos faunísticos e reduzido o conflito de terras 3.1 Promovido informação sobre o uso sustentá-vel dos recursos naturais existen-tes(Terra, Flores-tas e fauna) e combate às queimadas descontroladas

3.1.1 Elaborar e implementar projectos de reflorestamento

Produzidas plantas a nivel dos regadios escolas e comunidades

Relatorios e visitas X X X X X Todo o Distrito SDAE / DPA OGE 10,00

3.1.2 Produzir Plantas das es-pecies exoticas e nativas para fins energeticos e de conserva-ção nas comu-nidades, priva-dos e escolas

Implementado o lema uma criança uma planta/árvore Relatorios e

visitas X X X X X Todo o Distrito SDAE / DPA OGE 5,00

3.2 Melhorada gestao dos recursos naturais através da produção de mel.

3.2.1 Adquirir colmeias para os postos de

Adiquiridas 2.000 colmei-as para cres-tação de mel

Relatorios e visitas X X X

Bela Vista, Catembe-Nsime,

Catuane e Machangulo

SDAE OGE 9,00

3.3 Garantido a disponibilidade de fruta nas co-munidades e ge-ração de renda

3.3.1 Adiquirir coroas de ananaseiros distribuir às famílias

Adiquiridas 200.000 coroas de ananaseiros

Relatorios e visitas X X X Todo o Distrito SDAE OGE 4,50

101

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3.4 Reduzido o nivel de conflito de Terra através de demarcação

3.4.1 Demarcar Terras nas zonas de maior procura

Demarcadas parcelas de Terras em Chia, Ponta de Ouro, Salamanga e Zitundo

Relatorios e visitas X X X

Chia, Ponta de Ouro, Salamanga

e ZitundoSDAE OGE 1,50

3.5 Incrementa-da a exploração sustentavel dos recursos hidricos com o fomento da Piscicultura

3.5.1 Abrir tan-ques piscículas

Abertas 40 tanques

Relatorios X X XBela Vista,

Catembe-Nsime, Catuane e

Zitundo

SDAE OGE 40,00

Sub-Total. . . . . . . . . . . . . . . . . . . 70,00Objectivo Estratégico 4: Promovido o crescimento das redes comercial, industrial e turístico, através de simplificação do seu licenciamento mais simplificado4.1 Promovido o crescimento da rede Industrial, criando peque-nas indústrias artesanais

4.1.1 Sensibili-zar os agentes economicos e a comunidade para criar pe-quenas Indus-trias artesanais

Garantido o crescimento da Industria de Transformação em 72%

Relatorios e informações trimestrais

X X X X X Todo Distrito SDAE / Gov. Distrital OGE 25,00

Recenciado 90% a Indus-tria artesanal para control estatistico

Relatorios e informações trimestrais

X X X X X Todo Distrito SDAE / Gov. Distrital OGE 45,00

Recebidos, instruidos e tramitados em 100% os pro-cessos de pe-dido de lecen-ciamento

Relatorios e informações trimestrais

X X X X X Todo Distrito SDAE / Gov. Distrital OGE 5,00

Motivadas as comunidades a utilizar os produtos cera-micos para melhorar suas habitações

Relatorios e informações trimestrais

X X X X X Todo Distrito SDAE / Gov. Distrital OGE 15,00

102

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4.1.2 Aumentar a renda de pro-dutores através da promoção d indústria de transformaçao de pequena es-cala

Promovida a pequena In-dustria de transformação de produtos localmente produzidos

Relatorios e informações trimestrais

X X X X X Todo Distrito SDAE / Gov. Distrital OGE 40,00

4.2 Realizados seminários de capacitação em gestão económica em parceria com as ONG’s e insentivar o associativismo

4.2.1 Aumentar a capacidade de gestão económica e financeira

Melhorada em 80% a quali-dade de exer-cicio de activi-dade comer-cial

Relatorios de seminários X X X X X Todo Distrito SDAE / Gov.

Distrital OGE 35,00

4.2.2 Incitados os pequenos e grandes agen-tes economicos ao associativismo

Relatorios OGE 5,00

4.3 Garantida a melhor prestação de serviço e con-troloda a qualida-de de produtos de 1ª necessida-de

4.3.1 Realizar campanhas de fiscalização em todos os esta-belecimentos comerciais for-mais e infor-mais

Fiscalizados maior nº de estabelecimentos no Distrito Relatorios e

informações trimestrais

X X X X X Todo o Distrito SDAE OGE 40,00

4.4 Promovido o potencial turistico e cinegetico no Distrito através de melhor pres-tação de servi-ços a turistas e mantida estatís-tica sempre ac-tualizada de es-tâncias turísti-cas e de funcio-

4.4.1 Melhora-do o controlo da rede de alo-jamento turisti-co, restauração e bebidas

Mais turistas actraídos nos centros turísticos do Distrio

Relatorios e informações trimestrais

X X X X X Todo o Distrito SDAE OGE 35,00

4.4.2 Realizar seminarios de capacitação a trabalhadores da area turisti-ca e melhorado

Realizados 10 seminários de capacitação

Relatorios e informações trimestrais

X X X X X Todo o Distrito SDAE OGE 40,00

Feito o arolamento em 95% dos

Relatorios e informações trimestrais

X X X X X Todo o Distrito SDAE OGE 45,00

103

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nários o atendimento ao Publico em parceria com as ONGs

estabelecimentos deste ramo e seus traba-lhadores

4.2.3 Reduzir o índice de con-taminação de HIV/SDA

Realizadas 10 reunioes de sencibilização dos operado-res e trabalha-dores sobre HIV/SIDA e outras doen-ças infeccio-sas

Relatorios e informações trimestrais

X X X X X Todo o Distrito SDAE OGE 45,00

Sub-Total. . . . . . . . . . . . . . . . . . . 375,00

Objectivo Estratégico 5: Melhorada a capacidade institucional, técnica e Administrativa através de construção e reabilitação de infraestruturas e admissão de mais técnicos qualificados para melhor prestção de serviço ao público

Objectivo Específico

Descrição Sumária das Actividades

Indicadores de

verificaçãoMeios de

verificaçãoCronograma de actividades Beneficiários Responsável Fonte de

RecursoOrç. Global

(10^3)2009 2010 2011 2012 20135.1 Melhorada a capacidade téc-nica, Administra-tiva e Melhorado o desempenho do Serviço

5.1.1 Construir um edifício pa-ra o funciona-mento do SDAE, casas para técnicos, armazém e Postos de controlo para observação da circula-ção de produtos de origem vegetal e animal

Construido o edifíci para funcionamento do SDAE

Termos de entrega e relatórios

X SDAE – Bela Vista DPA / SDAE OGE 500,00

Reabilitadas 4 casa para técnicos do SDAE

Termos de entrega e relatórios

X X XBela Vista, Catuane, Tononganine e Salamanga

DPA / SDAE OGE 1.500,00

Construidas 16 casas para técnicos do SDAE

Termos de entrega e relatórios

X X X Todo o Distrito DPA / SDAE OGE 3.200,00

Construido 2 armazéns para o SDAE

Termos de entrega e relatórios

X X X Bela Vista e Catuane DPA / SDAE OGE 400,00

Construídos 7 Termos de X Todo o Distrito DPA / SDAE OGE 3.500,00

104

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postos de observação

entrega e relatórios

5.1.2 Adquirir meios de loco-moção melho-rando as visitas para cumpri-mento das me-tas do trabalho

Adquiridas 15 Motos para Extensionistas

Termos de entrega X X X X X Todo o Distrito DPA / SDAE OGE 1.800,00

Adquiridas 3 viaturas 4x4 para sectores de extensão agrária pecuá-ria e Adminis-trativos

Termos de entrega X X X SDAE Bela Vista DPA / SDAE OGE / Parceiros 1.000,00

5.1.3 Admitir técnicos para aumentar e melhorar a prestação de serviço o SDAE

Admitidos 20 técnicos para Agricultura

Relatórios X X X Todo o Distrito DPA / SDAE OGE 400.000,00

Admitidos 3 agentes de serviço

Relatórios X SDAE Bela Vista DPA / SDAE OGE 37.500,00

Sub-Total. . . . . . . . . . . . . . . . . . . 449.400,00Total Sector . . . . . . . . . . . . . . . . . . 480.902,00

XI.3 Saúde, Mulher e Acção SocialObjectivo Estratégico 1: Melhorado o acesso aos cuidados de saúde através da expansão da rede sanitária, saneamento de meio e prestação de serviço de qualidade

Objectivo Específico

Descrição Sumária das Actividades

Indicadores de

verificaçãoMeios de

verificaçãoCronograma de actividades Beneficiários Responsável Fonte de

RecursoOrç. Global

(10^3)2009 2010 2011 2012 20131.1 Melhoradas condições de assistência às Comunidades através de aumento da rede sanitária

1.1.1 Construir e equipar Uni-dades Sani-tárias e resi-dências de Enfermeiros

Construidos 5 US e 16 residências Relatóris de

entrega X X X X X

Localidades de Bela Vista, Nhonguane, Mungazine, Mahau, Madjuva e Tinonganine

SDSMAS/DPS SDSMAS/DPS 51.866,00

Construida e equipada uma maternidade

Relatóris de entrega X

Localidade de Manhangane SDSMAS/DPS DPPF/OGE/Par-

ceiro 1.765,00

Construidas 6 casas de Mãe-Espera

Relatóris de entrega X X X X X

Catuane, Manhangane, Ndelane, Nsime

SDSMAS/DPS SDSMAS/DPS 2.217,40

105

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P.D’Ouro e Salamanga

1.1.2 Reabilitar Unidades Sanitárias e residências de Enfermeiros

Reabilitadas 6 Unidades Sanitárias

Relatóris de entrega X X X

Bela Vista, Ca-tuane, Ndelane, P.D’Ouro, Sala-manga e Zitundo

SDSMAS/DPS DPPF/OGE/Par-ceiros 2.217,40

Reabilitar e ampliar com sistema de frio a morgue com capacidade de 2 corpos

Relatóris de entrega X Bela Vista SDSMAS/DPS DPPF/OGE/Par-

ceiros 739,20

Reabilitadas 12 casas de Enfermeiros

Relatóris de entrega X X X

Bela Vista, Ca-tuane, Ndelane, P.D’Ouro, Sala-manga e Zitundo

SDSMAS/DPS DPPF/OGE/Par-ceiros 4.434,75

1.2 Melhoradas as condições hegiénicas nas US e residências através de saneamento de meio, Educação em Saúde na comunidade

1.2.1 Abrir e equipar fontes de abasteci-mento de água

Abertas e equipadas 8 fontes de água em US

Relatóris de entrega X X X X X

Ndelane, Nhon-guane, Manhan-gane, Mungazi-ne, Mahau, Ma-djuva, P’Douro e Tinonganine

SDSMAS/DPSDPPF/OGE

DPPF/OGE/Par-ceiros

1.680,00

1.2.2 Construir latrinas melho-radas

Construidas 30 latrinas melhoradas nas US e residências de funcionários

Relatóris de entrega X X X X X Idem SDSMAS/DPS DPPF/OGE/Par-

ceiros 15.000,00

1.2.3 Promovi-da a educação sanitária na comunidade

Realizadas palestras men-sais em todas as localidades no âmbito de saneamento de meio

Relatório mensais X X X X X Todas as

Localidades SDSMAS/DPS DPPF/OGE/Par-ceiros 1.071,00

Promovido o uso de latrinas nas comunida-des através de

Relatório mensais

X X X X X Todas as Localidades

SDSMAS/DPS DPPF/OGE/Par-ceiros

1.071,00

106

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palestrasRealizadas palestras junto às comunida-des sobre hi-giene indidual e colectiva

Relatório mensais X X X X X Todas as

Localidades SDSMAS/DPS DPPF/OGE/Par-ceiros 1.071,00

1.2 Melhoradas as condições hegiénicas nas US e residências através de saneamento de meio, Educação em Saúde na comunidade

1.2.4 Expandir actividades de PTV , cuidados domiciários e TARV em todas US

Expandida a actividade de PTV, cuidados domiciários e TARV em todas as US envolvendo os adolescentes e jovens

Relatório mensais

X X X X X Todo Distrito SDSMAS/DPS DPPF/OGE/Par-ceiros 498,10

1.2.5 Disponibi-lizar anteretro-virais e garantir o apoio nutri-cional as PPHIV/SIDA

Disponibilizados atnteretrovirais as PPHIV/SIDA

Relatório mensais X X X X X Todo Distrito SDSMAS/DPS DPPF/OGE/Par-

ceiros 36,50

Garantido o apoio nutricional aos pacientes PHIV/SIDA

Relatório mensais

X X X X X Todo Distrito SDSMAS/DPS DPPF/OGE/Par-ceiros 36,50

1.2.6 Realizar campanhas de sensibilização em matéria de combate e prevenção do HIV/SIDA, envolvendo os adolescentes e jovens

Realizada 2 campanhas por mês em cada Locali-dade e junto às US em matéria de prevenção do HIV/SIDA

Relatório mensais

X X X X X Todo Distrito SDSMAS/DPS DPPF/OGE/Par-ceiros 11.475,00

1.3 Criadas as condições de trabalho para a boa prestação de serviços públicos

1.3.1 Adquirir equipamento informático

Adquiridos 10 computadores

Recibos de aquisição e relatórios balanços

X X X X X Centros de Saúde SDSMAS/DPS DPPF/OGE/Par-

ceiros 120,00

Adquiridas 5 Recibos de X X X Centros de SDSMAS/DPS DPPF/OGE/Par- 140,00

107

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através de aquisição de equipamento de escritório

impressoras aquisição e relatórios balanços

Saúde ceiros

Adquiridos 4 Notebook

Recibos de aquisição e relatórios balanços

X X X X Bela Vista SDSMAS/DPS DPPF/OGE/Par-ceiros 170,00

1.1.2 Adquirir equipamento de escritório

Adquiridas 2 fotocopiadoras

Recibos de aquisição e relatórios balanços

X X X Bela Vista SDSMAS/DPS DPPF/OGE/Par-ceiros 300,00

Adquiridas 24 cadeiras

Recibos de aquisição e relatórios balanços

X X X X X Centros de Saúde do Distrito SDSMAS/DPS DPPF/OGE/Par-

ceiros 288,00

1.3 Garantido o contacto perma-nente com as co-munidades atra-vés de aloca-ção de meios circu-lantes

1.3.1 Adquirir e forncer meios circulantes

Fornecidas 4 viaturas de tipo 4X4, sen-do 2 ambulâncias

Recibos de aquisição e relatórios balanços X X X Distrito SDSMAS/DPS Parceiros/DPPF 2.657,00

1.5 Melhorada a prestação de serviço aos utentes através de capacitação e recrutamento de novos técnicos

1.5.1 Lançar concurso para admissão de novos técnicos

Admitidos 3 médicos gene-ralistas, 8 téc-nicos médios, 8 enfermeiras de SMI, 8 en-fermeiros bási-cos

Relatório de balanço X X X X X US do Distrito SDSMAS/DPS Parceiros/DPPF 0,00

Adminitidos 4 condutores de automóveis

Relatório de balanço X X X X SDSMAS SDSMAS/DPS Parceiros/DPPF 0,00

1.5.2 Capacitar técnicos em matéria d ges-tão hospitalar

Capacitados 8 técnicos em gestão hosp-italar por ano

Relatório de balanço X X X X X SDSMAS SDSMAS/DPS Parceiros/DPPF 1.328,50

Formados 30 agentes de

Relatório de balanço

X X X X X SDSMAS SDSMAS/DPS Parceiros/DPPF 7.004,50

108

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saúde comunitária por ano

Sub-Total. . . . . . . . . . . . . . . . . . . 107.150,35Objectivo Estratégico 2: Reduzido o número de população vulnerável através da assistência social

Objectivo Específico

Descrição Sumária das Actividades

Indicadores de

verificaçãoMeios de

verificaçãoCronograma de actividades Beneficiários Responsável Fonte de

RecursoOrç. Global

(10^3)2009 2010 2011 2012 20132.1 Garantir a assistência à população vulnerável através de apoio social

2.1.1 Formar activistas para a sensibiliza-ção das famí-lias para evitar isolamento de idosos

Formados 50 activitas, sen-do 10 por ano

Relatório de balanço X X X Todas

LocalidadesSDSMAS /

DPMAS Parceiros/DPPF 49,85

Sensibilizadas 1.500 famílias sobre cuidados ao idoso

Relatório de balanço X X X Todas

LocalidadesSDSMAS /

DPMAS Parceiros/DPPF 1.494,30

2.1.2 Construir um centro de apoio à velhice

Construido um centro d apoio à velhice

Relatóris de entrega X X Catuane SDSMAS /

DPMAS Parceiros/DPPF 1.210,00

2.1.3 Integrar mulheres che-fes de família em actividades produtivas

Integradas 200 mulheres em activida-des produti-vas, sendo 40 por ano

Relatório de balanço X X X X X Em todo o

DistritoSDSMAS /

DPMAS Parceiros/DPPF 35,00

2.1.4 Criar projectos de rendimento pa-ra auto-susten-to

Criados 10 projectos de rendimento para auto-em-prego, sendo 2/ano

Relatório de balanço X X X X X Em todo o

DistritoSDSMAS /

DPMAS Parceiros/DPPF 17,40

Criados 3 projectos de produção de mel

Relatório de balanço X X Machangulo SDSMAS /

DPMAS Parceiros/DPPF 50,75

2.1 Garantir a assistência à po-pulação vulnerá-vel através de

2.1.5 Integrar PPD’s em projectos de geração de

Integradas 50 PPD’s em projectos de rendimento,

Relatório de balanço X X X X X Todo o Distrito SDSMAS /

DPMAS Parceiros/DPPF 3,41

109

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apoio social e multiforme

rendimento sendo 10/ano2.1.6 Capacitar PPD’s (Auditiva) em língua de sinais

Capacitadas 50 PPD’s em língua de sinais

Relatório de balanço X X Todo o Distrito SDSMAS /

DPMAS Parceiros/DPPF 1,65

2.1.7 Docu-mentar COV’s e reintegrar nas famílias e/ou Centros Orfanatos

200 COV’s documentadas, serndo 40/ano

Relatório de balanço X X X X X Todo o Distrito SDSMAS /

DPMAS Parceiros/DPPF 330,00

200 COV’s integradas nas famílias e/ou Centros Orfa-natos, sendo 40/ano

Relatório de balanço X X X X X Todo o Distrito SDSMAS /

DPMAS Parceiros/DPPF 330,00

2.1.8 Integrar o idoso no pro-grama-subsí-dio de alimento

Mais 700 ido-sos Integrados no pro-grama-subsí-dio de alimento

Relatório de balanço X X X X X Todo o Distrito SDSMAS /

DPMAS Parceiros/DPPF 210,00

2.1.9 Garantir a Assistência Médica e Medi-camentosa a Pessoa Idosa

Garantida As-sistência Mé-dica a mais de 1.227 pessoas idosas

Relatório de balanço X X X X X Todo o Distrito SDSMAS /

DPMAS Parceiros/DPPF 13,50

Sub-Total. . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3.755,86Total Sector 110.906,21

XI.4 Educação, Juventude e Tecnologia

110

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OBJECTIVO ESTRATÉGICO 1: Melhorada a prestacão de servicos e atendimento ao publico baseado no Decrecto 30/2001

111

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Objectivos Especificos

Descrição Sumária das Actividades

Indicadores de verificação

dos ObjectivosFontes de

Verificação

Cronogr.Localização Responsável Orç. Global

(10^3)2009 2010 2011 2012 2013

Ensino Básico1.1 Aumentdo o acesso as opor-tunidades edu-cativas e retenção dos alunos nas escolas através da construção de infraestruturas educacionais, abertura e eleva-ção de escolas, aquisição de equipamento e admissão de novos técnicos.

1.1.1 Construir salas de aulas através do FASE (Fundo de Apoio ao Sector da Educação)

Construidas 33 salas de aulas com os respectivos blocos administrativos.

Visitas de trabalho, informes quinzenais, mensais e relatorios anuais.

X X X

Chia, Machia, Thanga, Tsolombane, Maduvula1, Maduvula2, Mussongue, Huco, Nhonguane, Massohane e Lihundo

SDEJT-Matutuine 30.000,00

1.1.2 Abrir es-colas primárias e elevar outras para o nível de EP2.

Abertas 5 escolas primárias e elevadas 8 escolas a nível EPC.

Relatórios anuais e Despachos de abertura ou elevação das escolas.

X X X Postos administrativos de: Catuane, Zitundo e Nsime

SDEJT-Matutuine

750,00

1.1.3 Recrutar docentes e Pessoal não docentes

Contratados 150 docentes e 100 Pessoal não docente

Relatórios anuais X X X X X Distrito de Matutuine 15.000,00

1.1.4 Construção de 1 edifício para o funcionamento do SDEJT- Matutuine

Construido o edifício para funcionamento do SDEJT-Matutuine

Construido o edificio X X Bela- Vista SDEJT-Matutuine 140.000,00

1.1.5 Reabilitar o campo da EPC de Bela- Vista de forma a tornar polivalente.

Reabilitado o campo da EPC de Bela-Vista com vista a torná-lo polivalente.

Campo reabilitado e visitas de trabalho.

X X

Bela- Vista SDEJT-Matutuine 1.500,00

1.1.6 Contratar alfabetizadores voluntários para a Alfa Rádio e presencial.

Contratados 250 alfabetizadores voluntários para os dois tipos de alfabetização

Relatórios X X X X X Distrito de Matutuine SDEJT-Matutuine 12.000,00

112

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(Presencial e Alfa Rádio)

Sub-Total. . . . . . . . . . . . . . . . . . . 199.250,00

Cultura1.2 Promovido e fortalecimento da cultura Moçambi-cana e do Distrito em particular.

1.2.1 Realizar Festivais Cultu-rais ao nível do Distrito.

Realizados 5 Festivais Cultu-rais ao nível do Distrito.

Relatórios X X X X X Distrito de Matutuine SDEJT-Matutuine 200,00

1.2.2 Preservar e valorizar o património cultural do Distrito

Preservados e valorizados to-dos os lugares históricos do Distrito

X X X X X Distrito de Matutuine

SDEJT-Matutuine

500,00

1.2.3 Promover intercâmbios Cul-turais entre ZIP’s

Promovidos 5 intercâmbios entre as ZIP’s

Relatórios X X X X X Zip’s

1.2.4 Promover intercâmbios inter- Distritais

Realizados 2 intercâmbios com dois Distritos

Relatórios X

X X SDEJT- Matutuíne 1.500,00

1.2.5 Capacitar responsáveis da cultura nas escolas

Capacitados 56 responsáveis da culturas em todas as escolas.

Relatórios

X

X Distrito SDEJT-Matutuine 2.500,00

1.2.6 Realizar excursão para locais históricos

Realizada uma excursão para um local histórico.

Relatórios

X

Distrito/ Maputo SDEJT-Matutuine 5.000,00

1.2.7 Promover feiras de exposições (Artesanato e esculturas).

Realizadas duas feiras de exposições em dois Postos Administrativos.

Relatórios X

X

Postos Administrativos SDEJT-Matutuine 5.000,00

Sub-Total. . . . . . . . . . . . . . . . . . . 14.700,00 Ensino Secundário1.3 Aumenta da retenção dos

1.3.1 Introduzir o ESG do II grau.

Elevada a ESG I a categoria de

Visitas de trabalho,

X X

Mabilibili SDEJT-Matutuine 100,00

113

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alunos na escola através da introdução do ESG do II ciclio, implantação de Escolas Secundária Pequenas, construções de campo e laboratório

ESG do II Ciclo relatórios anuais

1.3.2 Introduzir Escolas Secun-dárias Pequenas ou salas anexas nas EPC’s.

Introduzidas dua Escolas Secundárias Pequenas nos Postos Adm/tivos de Catuane e Zitundo.

Visitas de trabalho, relatórios anuais

X

Catuane e Zitundo SDEJT-Matutuine 25.000,00

1.3.3 Construir 1 campo polivalen-te na ESG de Mabilibili

Construído 1 campo polivalente na ESG de Mabilibli.

Campo construído e visistas a escola.

X X

Mabilibili SDEJT-Matutuine 15.000,00

1.3.4 Construir laboratório na ESG de Mabilibili.

Construído 1 laboratório na ESG de Mabilibili

Laboratório construído e visitas a escola

X X Mabilibili SDEJT-Matutuine 25.000,00

1.4 Melhorada a qualidde de ensino através de capacitações, atribuição de bolsas e supervisão pedagógica.

1.4.1 Realizar seminários de capacitação de professores

Realizados 15 (3 em cada ano) capacita-ções de profes-sores no âmbito do CRESCER.

Relatorios de formacao X X X X X

Distrito de Matutuine SDEJT-Matutuine

500,00

1.4.2 Realizar Reuniões Distritais de Planificação

Realizadas 5 Reuniões Distritais de Planificação

Comunicados finais X X X X X 500,00

1.4.3 Capacitar alfabetizadores voluntários para a AEA- presencial e via Rádio.

Capacitados 250 alfaetizadores para os dois tipos de alfabetização.

Relatório das capacitações.

X X X X X 15.000,00

114

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1.4.4 Capacitar DAP’s em matéria de planificação e gestão escolar.

Realizadas três capacitações para os DAP’s em matéria de gestão escolar.

Relatório das capacitações.

X

X X 15.000,00

1.4.5 Atribuir bolsas de estudo a professores

Atribuidas bolsas de estudo

X X X X X EPC’s 5.000,00

1.4.6 Supervisar escolas visando a melhoria da qualidade do ensino.

Todas escolas supervisionadas. Relatórios de

supervisão X X X X X Distrito de Matutuine SDEJT-Matutuine 9.000,00

Sub-Total. . . . . . . . . . . . . . . . . . . 110.100,00 Apoio da capacidade institucional1.5 Apoiada a ins-tituição através da aquisição do mate-rial informático, mobiliários para o SDEJT e regulari-zação dos espaços físicos

1.5.1 Adquirir material informá-tico

Adquidos 30 computadores para o SDEJT, EPC’s e ESG

Visitas de trabalho e Relatórios

X X X X X

Distrito de Matutuíne

SDEJT-Matutuine 500.000,00

1.5.2 Adquirir loptop’s e retroprojectores

Adquiridos 2 loptop’s e 1 retroprojector para o SDEJT- Matutuíne

Visitas de trabalho e Relatórios

X

SDEJT-Matutuine 80.000,00

1.5.3 Capacitar os Chefes de secretaria em matéria de Gestão Financeira.

Capacitados 20 chefes de secretaria em matéria de Gestão Financeira.

Relatório de capacitações.

X

X

SDEJT-Matutuine 2.500,00

1.5.4 Regularizar terrenos das escolas sem títulos de propriedade.

Regularizados todos os terre-nos que não possuem títulos de propriedades

Títulos de propriedades criados.

X X X

SDEJT-Matutuine 45.000,00

1.5.5 Troca de experiência com outros distritos.

Promover 2 visitas de trocas de experiências

Relatórios de troca de experiências

X

X

SDEJT-Matutuine 25.000,00

115

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com 2 distritos da provícnia do maputo.

1.5.6 Adquirir máquina fotocopiadoras

Adquiridas 5 máquinas fotocopiadoras para 5 EPC’s

Visistas de trabalho X X X X X SDEJT-Matutuine 150.000,00

1.5.6 Apetrechar o SDEJT- Matutuíne e as salas de aulas recém contruidas em mobiliário.

Aquisição do mobiliário diverso para apetrechar o SDEJT- Matutuíne e as salas de aulas contruídas.

Existência de mobiliário no SDEJT

X X X X X SDEJT-Matutuine 150.000,00

Sub-Total. . . . . . . . . . . . . . . . . . . 952.500,00 Saúde Escolar1.6 Melhoria nas condições de saneamento nas escolas

1.6.1 Promover campanhas de limpeza nas escolas

Promovidas campanhas de limpeza no Distrito

Escolas limpas X X X X X

Distrito de Matutuine

SDEJT-Matutuine 150,00

1.6.2 Capacitar os Conselhos de Escolas em matéria de manutenção escolar e saneamento do meio

Capacitados 56 Conselhos de Escolas em matéria de manutenção escolar.

Relatórios de capacitações.

X

X SDEJT-Matutuine 25.000,00

1.6.3 Montar caleiras nas escolas

Montadas caleiras em todas escolas que não as possuem.

Caleiras montadas e visitas de trabalho

X X

X SDEJT-Matutuine 1.000,00

1.6.4 Construir sisternas para a captação de águas

Construidas sisternas em 26 escolas

Sisternas escolares construidas

X X Escolas SDEJT-Matutuine 200.000,00

116

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1.6.5 Construir latrinas melhoradas nas escolas

Construídas latrinas melhoradas em 26 escolas.

Latrinas construídas e visitas de trabalho.

X X X X X Escolas SDEJT-Matutuine 250.000,00

Sub-Total. . . . . . . . . . . . . . . . . . . 476.150,00

Prevenção e combate ao HIV/SIDA1.7 Intensificar a mudança de atitude em relação ao HIV/ SIDA nos seio dos alunos através das capacitações aos activistas.

1.7.1 Formar activistas em todas escolas.

Formados 120 activistas formados em todas as EPC’s.

Activistas formados e Relatórios dos activistas

X X X X X EPC’s SDEJT-Matutuine 15.000,00

1.7.2 Garantir a retenção de crianças órfãs e vulneráveis nas escolas.

Distribuido o material escolar às crianças órfãs e vulneráveis com vista a reté-los nas escolas.

Permanências dos alunos órfãos e vulneráveis nas escolas.

X X X X X Escolas SDEJT-Matutuine 1.500,00

1.7.3 Realizar seminários de capacitação aos professores e alunos em matéria de prevenção do HIV/ SIDA e mitigação.

Realizados 2 seminários de capacitação.

Relatórios de capacitações.

X

X Distrito SDEJT-Matutuine 40.000,00

Sub-Total. . . . . . . . . . . . . . . . . . . 56.500,00Ensino Técnico Profissional1.8 Expandido o acesso ao ensino técnico profissional

1.8.1 Reabilitar as infraestruturas de Salamanga

Reabilitadas infraestruturas de Salamanga para a introdução o Ensino Técnico Profissional.

Informes quinzenais, mensais e visitas à escola.

X X

Salamanga SDEJT-Matutuine 900,00

117

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1.8.2 Introduzir o Ensino Técnico Profissional.

Introduzido o Ensino Técnico Profissional na Localidade de Salamanga.

Existência de condições básicas

X

Salamanga SDEJT-Matutuine 500,00

Sub-Total. . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1.400,00Alfabetização e Educação de Adultos1.9 Redução do índice do analfabetismo através da implementação da AEA- presencial e via rádio

1.9.1 Contratar alfabetizadores voluntários para a Alfa Rádio e presencial.

Contratados 250 alfabetizadores voluntários para os dois tipos de alfabetização (Presencial (150) e Alfa Rádio (100))

Relatórios de supervisão nos centros.

X X X X X Distrito de Matutuine SDEJT-Matutuine 25.000,00

1.9.2 Abertura de Centros de Alfabetização (Presencial e via rádio)

Abertos 25 centros de alfabetização sendo 15 presencial e 10 via rádio

Relatórios de supervisão nos centros.

X

Distrito de Matutuine SDEJT-Matutuine 15.000,00

Sub-Total. . . . . . . . . . . . . . . . . . . 40.000,00Juventude e Desportos1.10 Promovido o desporto nas escolas através da formação dos responsáveis do desporto nas escolas

1.10.1 Capacitar os responsáveis dos Núcleos nas escolas em matéria de desporto

Capacitados 25 responsáveis dos Núcleos de cultura em matéria de desporto.

Relatório da capacitação X X Distrito de Matutuine SDEJT-Matutuine 25.000,00

1.11 Incentivado e promovvida a prática do desporto nas crianças.

1.11.1 Criar uma escola de desporto

Criada uma escola de práticano Posto Administrativo de Bela- Vista

Alunos com práticas no desporto

X X Distrito de Matutuine SDEJT-Matutuine 20.000,00

118

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1.12 Consolidado o Associativismo juvenil através da capacitação dos jovens em matéria de Associativismo Juvenil e empreendorismo

1.12.1 Capacitar jovens em matéria de Associativismo Juvenil e empreendedorismo

Realizadas 2 capacitações para 100 jovens dos 5 Postos Administrativos

Relatório da capacitação X

X

Distrito de Matutuine SDEJT-Matutuine 50.000,00

Sub-Total. . . . . . . . . . . . . . . . . . . 95.000,00Produção Escolar e Alimentação1.13 Estimulada a produção escolar através da plantio de árvores e aqui-sição de meios.

1.13.1 Implentar o programa de produção escolar, plantio de árvores de frutas e sombra.

Implementado o programa de plantio de árvores de fruta e sombra em nas escolas.

Visitas as escolas e relatório de produção.

X X Distrito de Matutuine SDEJT-Matutuine 12.000,00

1.13.2 Capacitar os responsáveis da Produção Escolar em maté-ria de Produção Escolar.

Capacitados 25 responsáveis de Produção Escolar

Relatório de capacitações. X X Distrito de Matutuine SDEJT-Matutuine 15.000,00

1.13.3 Adquir tractor e charrrua

Adquirido 1 tractor e uma charrua

Campos lavrados X

X

Distrito de Matutuine SDEJT-Matutuine 1.800.000,00

Sub-Total. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1.827.000,00Total Geral - - - - - - - - - - - - - - - - - - - 4.971.950,00

XI.5 Planeamento e InfraestruturasObjectivo Estratégico 1: Melhorados e reformulados os processos de atendimento e de prestação de serviço ao Público, para que sejam mais simples, acessiveis e satisfaçam as necessidades do público tendo como guião as Normas de Funcionamento dos Servicos da Administração Pública. Decreto30/2001.

Objectivo Específico

Descrição Sumária das Actividades

Indicadores de verificação

Meios de verificação

Cronograma de actividades Beneficiários Responsável Fonte de Recurso

Orç. Global (10^3)2009 2010 2011 2012 2013

1.1 Criada a capacidade técnica e administrativa,

1.1.1 Admitir tec. Sup. Plan-ificador fisico, tec. Me-dios

11 técnicos admitidos, 1 tec. Sup, 5 tec. Medios 2

Mapas do quadro pessoal

X X SDPI/ G. Distrital

OE 6.635,00

119

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com a admissão de pessoal qualificado e capacitado o efectivo existente..

(Estradas e pontes, trans-porte e comun, recur minerais e energia, administrativo e hidraúlico), operários, ser-ventes e guar-da.

operários, 2 serventes e 1 guarda.

SDPI-Matutuine

1.1.2 Capacitar e reciclar fun-cionários do quadro em ma-térias relativa as Normas de Funcionamento dos Servicos da Administra-ção Pública.

06 funcioná-rios capacita-dos

Relatórios de capacitação x X

SDPI-Matutuine

SDPI, G. Distrital e G. Provincial

OE 2.000,00

1.2 Divulgada a LOLE ao nivel dos 5 C.L.P.As.

1.2.1 Realizar 2 encontros ordi-nários de divu-lgação daLOLE nos 5 Postos Administrativos

10 encontros com os CL’s.

Relatórios de seminarios

xCLPAs SDPI e G.D OE e Parceiros 30,00

Sub-Total. . . . . . . . . . . . . . . . . . . 8.665,00Objectivo Estratégico 2: Aumentado o acesso a água potável e os serviços de saneamento as populações da zonas rurais e urbanas.2.1 Construidas e reabilitadas mais fontes de agua num raio proximo das po-pulações, de mo-do a diminuir dis-tâncias de per-curso.

2.1.1 Construir 2 PSAA, 40 Furos, 10 Po-ços, 4 repre-sas e 20 calei-ras

76 fontes construidas

Relatórios anuais x x x x x

Todo o DistritoSDPI, G.D, DPOPH e Parceiros

OE e Parceiros 5.005,00

2.2 Criadas e treinadas equi-pas comunitárias de gestão de

2.2.1 Criar equipas d ges-tão comunitá-ria de fontes

12 equipas formadas

Relatórios das localidades x x x x x

Em todas as localidades

SDPI e DPOPH, G.D e Parceiros

OE e Parceiros 25,00

120

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fontes de água em todas as lo-calidades do distito.

2.2.2 Realizar 12 sessões de treinamento das equipas de gestão das fontes.

12 equipas treinadas

Relatórios de capacitações x x x x x Em todas as

localidades

SDPI e DPOPH, G.D e Parceiros

OE e Parceiros 60,00

2.3 Aumentado o acesso da popu-laçãoo aos servi-ços de sanea-mento em todo o distrito e em par-ticular junto das fontes de água.

2.3.1 Realizar 12 palestras de treinamento in-tegral sobre o saneamento das equipes de gestao das fon-tes para poste-rior réplica nas comunidades rurais/urbanas.

12 palestras realizadas

Actasx x x x x

Todas as Localidades SDPI, G.D,

SDSMAS e Parceiros

OE e Parceiros 60,00

2.3.2 Promover 4 jornadas de limpeza por ano nas vias públicas, cemi-térios particu-lares, terminais dos autocarros e mercados.

20 jornadas realizadas Relatórios

trimestraisX X X X X Todo o Distrito

SDPI, G.D, SDSMAS e Parceiros

OE e Parceiros 200,00

2.4 Divulgada e incentivada a cons-trução do sistema de colecta e con-servação das águas pluviais e lajes de latrinas de baixo custo, para isso integrando co-mo uma das condi-ções de aprovação de projecto de construção apre-sentar o projecto do sistema.

2.4.1 Divulgar esta actividade em 2 sessões ordinárias por ano e em todas as extraordinárias

Divulgada em 6 sessoes ordinarias

Relatórios semestrais X X X Em todas as

localidadesSDPI/ G. Distrital OE 135,00

2.4.2 Realizar visitas semes-

Realizar visitas semestrais de

6 visitas realizadas

Em todas as localidades

SDPI/ G. Distrital

OE 50,00

121

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trais de incen-tivo aos serra-lheiros locais dos PA’s para produção de caleras metá-licas

incentivo aos serralheiros locais dos PA’s para produção de caleras metálicas

X X X

Sub-Total. . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5.535,00Objectivo Estratégico 3: Melhorada a trasintabilidade nas vias de acesso, de modo a garantir a circulação da populaçãoo e de bens.

Objectivo Específico

Descrição Sumária das Actividades

Indicadores de verificação

Meios de verificação

Cronograma de actividades Beneficiários Responsável Fonte de Recurso

Orç. Global (10^3)2009 2010 2011 2012 2013

3.1 Garantido o acesso em todas as estradas, e em particular as que têm acesso aos aglomerados populacionais, campos agrícolas, centros comerciais e hospitais.

3.1.1 Reabilitar 310 km de es-trada de terra batida em todo o Distrito

Reabilitados 310 Km de terra batida

Relatórios anuais

X X X X XTodo o Distrito SDPI, G.D e

DPOPH OE 1.085.000 ,00

3.1.2 Construir 2 Pontecas, 16 aquedutos e 19 drifts.

Construidas 37 obras de arte.

Relatórios anuais X X X X X Todo o Distrito SDPI, G.D e

DPOPH OE 2.580,00

3.1.3 Reparar 4 aquedutos e 7 drifts

Reparadas 11 obras de arte

Relatórios anuais X X X X X Todo o Distrito SDPI, G.D e

DPOPH OE 800,00

3.1.4 Reabi-litar 19 km das ruas as-faltadas nas sedes dos 5 Postos Adm-inistrativos e na localidade da ponta de ouro.

19 km de estradas asfaltadas

Relatórios anuais

X X X X X

Todo o Distrito SDPI, G.D e DPOPH OE 66.500,00

3.1.5 Fazer 2 manuntenções periódicas dentro dos 5 anos, de 310 km de estradas de

329 Km mantida rotinamente.

Relatórios periódicos

X X X

Todo o Distrito SDPI, G.D e DPOPH

OE 11.700,00

122

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terra batida e 19 km de estradas asfaltadas.3.1.6 Fazer 5 manutenções de rotina durante o ano de 310 km de estrada de terra batida e 19 km de estradas asfaltadas.

329 Km mantida rotinamente.

Relatórios trimestrais X X X X X Todo o Distrito SDPI, G.D e

DPOPH OE 6.000,00

Sub-Total. . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1.172.580,00Objectivo Estratégico 4: Assegurar a comunicação e o transporte da população e de bens com seguranca dentro e fora do Distrito

Objectivo Específico

Descrição Sumária das Actividades

Indicadores de verificação

Meios de verificação

Cronograma de actividades Beneficiários Responsável Fonte de Recurso

Orç. Global (10^3)2009 2010 2011 2012 2013

4.1 Promovida junto das empre-sas telefónicas a expansão da re-de para P. Adm-/tivos de Catua-ne e Machangulo

4.1.1 Apresen-tar propostas junto da TDM, Mcel e Voda-Com, na ex-pansão da rede para os 2 P.As.

Instalados os serviços de telefonia nos 2 P.A’s.

Relatórios anuais

X X X X X

PA’s de Catuane e Machangulo

SDPI, G.D e DPTC OE 11,25

4.2 Construido o parque de esta-cionamento e terminal dos au-tocarros e garan-tida a sinalização rodoviária nas vi-las e povoações

4.2.1 Construir 5 terminais de autocarros em todos os postos administrativos em particular nas vilas.

Construidas 5 terminais

Relatórios anuais

X X X X X

Em todas as vilas sedes

SDPI, G.D e DPTC OE 50.000,00

4.2.2 Repor si-nalização em todas as 5 vilas sedes e nas povoações.

Reposta a sinalização nas 5 vilas e povoações.

Relatórios anuais

X X X X XEm todas as vilas

sedesSDPI, G.D e DPTC OE 20.000,00

4.3 Promovidas outras alternati-vas de transpor-te, convista a di-minuir a depen-

4.3.1 Rrealizar 2 encontros or-dinários p/ ano no CLD de Pro-moção de uso

Relatórios semestrais

Todo o Distrito SDPI, G.D e DPTC

OE 18,00

123

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dência dos trans-portes a motores nas deslocações dentro das locali-dades.

de veiculos de tracção animal para o traspor-te de carga, produtos agrí-colas e comer-ciais em locali-dades em parti-cular de dificíl acesso.

15 encontros realizados.

X X

4.3.2 Realizar 2 encontros de Promoção de uso da bicicleta para transpor-te de pessoas em todas as localidades com dificuldades de acesso ao transporte.

15 encontros realizados.

Relatórios semestrais

X X

Todo o Distrito SDPI, G.D e DPTC OE 18,00

4.4 Reabilitada o Aerodromo da Ponta de Ouro de modo a garantir o acesso nas zonas turisticas.

4.4.1 asfaltar a pista de aterragem e repor a iluminaçao e a sinalizaçao, com o objectivo de garantir asegurança dos tripulantes.

1,5 Km asfaltado.

Relatorios

X X X X X

Zitundo/Ponta de Ouro

SDPI, GD e DPTC. OE 5.350,00

4.5 Construido o Angar no Aerodromo da ponta de ouro convista a permanecer os passageiro.

4.5.1 Construir um angar convista a permanecer os passageiro.

Um edificio com 4

compartimentos e um salao

para o atendimento ao

publico.

Relatorios

X X X

Zitundo/Ponta de Ouro

SDPI, GD e DPTC. OE 2.500,00

Sub-Total. . . . . . . . . . . . . . . . . . . 77.897,25

124

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Objectivo Estratégico 5: Melhorada as condições habitacionais da pouplação e seguranca nas infraestruturas públicas e particulares, Promovendo construções definitivas de baixo custo com o uso de material convencional produzida localmente.

Objectivo Específico

Descrição Sumária das Actividades

Indicadores de verificação

Meios de verificação

Cronograma de actividades Beneficiários Responsável Fonte de Recurso

Orç. Global (10^3)2009 2010 2011 2012 2013

5.1 Elaborados planos de orde-namento e reor-denamento terri-torial convis-ta a garantir a opera-cionalização dos planos e a oucu-pação racional d terra.

5.1.1 Reorde-nar e parcela-mento nas 5 vilas sedes de Postos Admi-nistrativos.

5 localidades reordenadas.

Relatórios trimestrais

X

Bela Vista, Catembe-Nsime,

Catuane, Machangulo e

Zitundo

SDPI, G.D e DPCAM OE 1.250,00

Ordenar 7 loca-lidades em todos os postos administrativos.

7 localidades ordenadas.

Relatórios trimestrais X

Em todas as Localidades

SDPI, G.D e DPCAM

OE 1.730,00

Divulgar a lei do ordenamen-to territorial ao nivel de CLPA’s e n localidades.

17 Encontros realizados

Relatórios semestrais

X X X X XEm todos os PA’s SDPI, G.D e

DPCAM OE 300,00

Sub-Total. . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3.280,00Objectivo Estratégico 6: Melhorada as condições habitacionais da pouplação e seguranca nas infraestruturas públicas e particulares, Promovendo construções definitivas de baixo custo com o uso de material convencional produzida localmente.6.1 Divulgado junto do CLD, o programa de me-lhoramento habi-tacional através do acesso ao fundo do fomento habitacional em instituições vocacionadas.

Realizar 2 en-contros ordiná-rios junto CLD anualmen-te de modo a divulgar fontes e procedimentos de crédito habitacional.

2 encontros trimestrais

Relatórios semestrais

X

Todo o Distrito SDPI, G.D e Parceiros - 00,00

Elaborar 3 pro-jectos (T1, T2 e T3), “Do tipo evolutivo” e di-vulga-los na vetrina dos serviços.

3 Tipos de projecto elaborados

Projectos

XTodo o Distrito SDPI, G.D e

DPOPH -00,00

6.2.1 Efectuar Relatórios Em todos os PA’s SDPI, GD e 150,00

125

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6.2 Garantida a durabilidade da habitação através da implementação e controlo de programas de melhoramento habitacional.

visita semanal em cada trimestre aos PA’s para Controlo da qualidade dos materiais e as técnicas de construção de infraestruturas civis, públicas e particulares dotadas para o efeito.

20 Visitas regulares por ano. trimestrais

X X X X X

DPOPH OE

6.3 Promovido o uso de material local como alternativa para minimizar o custo de transporte dos materiais de forma a tornar as construções de baixo custo.

6.3.1 Realizar encontros tri-mestrais de Incentivo aos empresários lo-cais e as popu-lações ao nivel dos PA’s a pro-duzirem tijolos e blocos com recurso a mate-rial localmente disponivel.

10 encontros realizados

Relatórios semestrais

X XTodo o Distrito SDPI, GD e

DPRME OE 87,50

Sub-Total. . . . . . . . . . . . . . . . . . . 237,50Objectivo Estratégico 7: Garantido que as actividades de carácter sócio-economico a serem desenvolvidas no Distrito sejam reguladas para que não contribuam para a degradação do meio ambiente mais sim, que concorram para a sua manutenção.7.1 Divulgada a lei e as politicais de gestão ambiental nos CLPA’s, convista a participar todas entidades da classe social a preservar um ambiente saudável ao Distrito.

7.1.1 Realizar 10 palestras ordinárias da divulgação da lei e políticas do ambiente junto dos 5 CLPA’S por ano.

10 palestras realizadas Actas

X X

Em todos os PA’s SDPI, G.D e DPCAM OE 27,00

126

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7.2 Promovida a prática de gestão comunitária dos recursos naturais como ganho da população no âmbito do au-mento da renda familiar e bene-ficio dos 5% .

7.2.1 Realizar encontros nos CLPA’s de modo a Criar associações de gestão dos recursos natu-rais nas áreas de reserva flo-restal/faunística

24 encontros realizados.

Relatórios trimestrais

X X

Em todos os PA’s

SDPI, G.D, SDAE, DPA e DPCAM

OE 60,00

7.2.2 Realizar 12 encontros nas áreas de reservas com vista a promo-ver a constru-ção de colmei-as junto áreas da reserva.

24 encontros realizados Relatórios

trimestraisX X

Comunidades circunvizihas da REM.

SDPI, G.D, SDAE, DPA e DPCAM

OE 60,00

7.3 Assegurados os mecanismos de gestão da ac-ção devastadora e perigosa dos animais selva-gens, assim co-mo a defesa das espécies faunís-ticais e florestais protegidas.

7.3.1 Manter encontros tri-mestrais com a REM para a coordenação dos trabalhos de vedação e treinamento das populações a proteger-se da perigosida-de da fauna bravia.

8 encontros ordinários realizados

Relatórios trimestrais

X X X X X

REMSDPI, REM, SDAE, DPA e DPCAM

OE 70,00

Sub-Total. . . . . . . . . . . . . . . . . . . 217,00Objectivo Estratégico 8: Garantida a exploração organizada e o uso racional dos recursos minerais e energéticos de modo a contribuir na melhoria das condições de vida das populações.

8.1 Promovida a exploração dos jazigos de argila e areia pelos em-presários nacio-nais e associa-

8.1.1 Realizar palestras tri-mestrais de di-vulgação do impacto dos recursos nas vidas da popu-lação e do Distº

16 palestras realizadas

Relatórios trimestrais

X X X X

Todo o Distrito SDPI, GD e DPRME

OE 40,00

127

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ções locais para a produção de materiais d cons-trução e de uten-sílios domésticos.

8.1.2 Realizar encontros nos CLD para a di-vulgação e in-centivar o em-prego destes materiais.

4 encontros realizados

Relatórios semestrais

X XTodo o Distrito SDPI, GD e

DPRME - 00,00

8.2 Criada a capacidade nas associações em técnicas de exploração e transformação dos recursos minerais para a produção dos materiais de construção e de utensílio doméstico.

8.2.1 Capacitar e treinar 5 associações locais na transformação dos recursos para o fabrico de materiais de construção e utensílios domesticos.

5 associações capacitadas Relatórios

trimestraisX X

Associações de todos os PA’s

SDPI, GD e DPRME OE 57,00

8.2.2 Realizar encontros de intercâmbios interdistritais, semestralmente aos membros das associações .

4 encontros realizados

Relatórios trimestrais

X X X

Associações de todos os PA’s

SDPI, GD, DPRME OE 90,00

8.3 Promovida a construcao de Postos de revenda de gas de cozinha ao nivel dos postos administrativo, em particular Zitundo, Bela vista e Machangulo.

8.3.1 Realizar encontros junto dos empresarios locais a aderirem a comercializacao do gas de cozinha em todos os Postos Administrativos

20 encontros realizados

Relatorios anuais

X X

Toda a populacao do distrito e em particular as das

vilas sedes

SDPI, GD, DPRME OE 2º,00

8.3.2 Realizar encontro junto das populacoes para a divulgacao do uso do gas de

15 encontros realizados

Relatorios anuais

X X X

A populacao urbanistica

SDPI, GD, DPRME

OE 16,00

128

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cozinha8.4 Promovida o uso de energia renovavel (paineis solares) ao nivel do Distrito particular nas zonas em que nao sao abraginda pela rede de energia electrica

Realizar encontros de parceria com a FUNAE e outras institui-coes voca-cionadas com o intuito de abrangir zonas onde a rede electrica nao e acessivel

10 encontros realizados

Relatorios anuais

X X X

Todas as populacoes das

zonas recondidas em particular

Catembe Nsime

SDPI, GD, DPRME OE 12,00

Sub-Total. . . . . . . . . . . . . . . . . . . 235,00Total Geral . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1.268.646,75

XI.6 Registos Civil e NotariadoObjectivo Estratégico 1: Garantido acesso dos servicos de registos e notariados aos cidadaos do distrito atraves da expansao dos servicos ate ao nivel dos Postos Administrativos

Objectivo Específico

Descrição Sumária das Actividades

Indicadores de

verificaçãoMeios de

verificaçãoCronograma de actividades

Beneficiários Responsável

Fonte de Recurso

Orç. Global (10^3)2009 2010 2011 201

2 20131.1 Melhorado o desempenho ins-titucional através de capacitação dos recursos hu-manos e apetre-chamento em meios materiais e circulantes

1.1.1 Adquirir material de escritório

Adquiridos 3 computadores

Relatório de Balanço mensais

X X X Sede do Distrito Bela Vista

CRC Distrital e DPRC OGE 110,00

Adquirida 1 máquina fotocopiadora

Relatório de Balanço mensais

X Sede do Distrito Bela Vista

CRC Distrital e DPRC OGE 84,00

Adquiridas 26 secretárias

Relatório de Balanço mensais

X X X X Sede do Distrito Bela Vista

CRC Distrital e DPRC OGE 164,70

1 mesa para o palacio dos casamentos e 2 cadeiras

Relatório de Balanço mensais

X X X X Sede do Distrito Bela Vista

CRC Distrital e DPRC OGE 312,00

3 maquinas Relatório de X X X Sede do Distrito CRC Distrital OGE 11,50

129

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de escrever Balanço mensais Bela Vista e DPRC

Adquiridos 2 ar condicionados

Relatório de Balanço mensais

X X Sede do Distrito Bela Vista

CRC Distrital e DPRC OGE 75,00

Adquiridoas 5 ventoinhas

Relatório de Balanço mensais

X X Sede do Distrito Bela Vista

CRC Distrital e DPRC OGE 3,00

Alocar meios circulantes meio

Alocada 1 viatura 4x4 para cobertura ao Distrito

Termos de entrega X Sede do Distrito

Bela Vista DPRC OGE 1.500,00

Alocaddas 4 motos

Termos de entrega X X X X X Postos

Administrativos DPRC OGE 280,00

1.1.2 Adquirir meios circulantes para o funcionamento pleno da instituicão

Adquiridas 1 viatura

Relatório de Balanço mensais

X Sede do Distrito Bela Vista

CRC Distrital e DPRC OGE 1.500,00

Adquiridas 5 motorizadas Relatório de

Balanço mensais

X X X X X Sede do Distrito Bela Vista

CRC Distrital e DPRC OGE 650,00

1.2 Melhorasa as infraestruturas publicas atraves de reabilitacao e construcao de mais infraestruturas

1.2.1 Construir residencia para o conservador

Construida 1 residencia para o conservador

Termo de entrega X Sede do Distrito

Bela VistaCRC Distrital

e DPRC OGE 700,00

1.2.2 Construir residencias para alojar tecnicos

Construidas 6 residencias do T2 Termo de

entrega X X X X X

2 na sede e 1 em cada Posto Administrativo CRC Distrital

e DPRC OGE 3.000,00

1.2.3 Reabilitar o edificio dos

Reabilitado 1 edificio

Termo de entrega

X Sede do Distrito Bela Vista

CRC Distrital e DPRC

OGE 430,00

130

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Registos e Notariado1.2.4 Construir postos ate ao nivel dos Postos Administrativos

Construidos 5 Postos sendo 1/ano Termo de

entrega X X X X X Postos Administrativos

CRC Distrital e DPRC OGE 3.827,25

1.3 Garantido o registo dos cidadaos do distrito

1.3.1 Admitir 12 tecnicos e afecta-los em cada Posto de Registos

Admitidos 12 tecnicos e afectos em cada Posto de Registos

Relatório de Balanço mensais

X X X X X Postos Administrativos

CRC Distrital e DPRC OGE 1.450,00

1.3.2 Reativar o funcionamen-to de brigadas moveis

Reativadas 13 brigadas moveis

Relatório de Balanço mensais

X X Todo o Distrito CRC Distrital e DPRC OGE 2.325,45

1.3.3 Contratar brigadistas

Contratatos 26 brigadistas

Relatório de Balanço mensais

X X Todo o Distrito CRC Distrital e DPRC OGE 44.928,00

1.3.4 Capacitar brigadistas em materias de registos

Realizadas 5 capacitacoes sendo 1/ano Relatórios de

seminários X X X X X Todo o Distrito CRC Distrital e DPRC OGE 1.500,00

1.4 Revitalizados e capacitados os Tribunais Comunitários

1.4.1 Revitali-zar Tribunais Comunitários

Revitalizados 17 Tribunais Comunitários

Relatório de Balanço mensais

X X X X X Todo o Distrito CRC Distrital e DPRC OGE 150,00

1.4.2 Capacita-tados juizes dos Tribunais Comunitários

Capacitados 34 juizes de Tribunais Comunitários

Relatórios de seminários X X X X X Todo o Distrito CRC Distrital

e DPRC OGE 25,50

Sub-Total. . . . . . . . . . . . . . . . . . 63.026,40

131

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Total Sector 63.026,40

XI.7 Ordem, Segurança e Tranquilidade PúblicasObjectivo Estratégico 1: Garantida a Ordem, Seguranca e Tranquilidade dos cidadaos, atraves da protecao das propriedades e bens, da melhoria das relacoes entre a forca policial e a comunidade e melhoria do desempenho institucional

Objectivo Específico

Descrição Sumária das Actividades

Indicadores de

verificaçãoMeios de

verificaçãoCronograma de actividades Beneficiários Responsável Fonte de

RecursoOrç. Global

(10^3)2009 2010 2011 2012 20131.1 Garantida a prestacao dos servicos aos utentes atraves de aquisicao de material de trabalho

1.1.1 Adquirir equipamento de escritorio

Adquiridas 10 secretarias e 20 cadeiras

Relatorios de Balanco X X X X X

CDPRM e Postos Policiais CD/CPPRM OGE 144,00

Adquiridos 2 computadores

Relatorios de Balanco X X CDPRM CD/CPPRM OGE 83,00

Adquirida 7 maquinas de escrever

Relatorios de Balanco X X

CDPRM e Postos Policiais CD/CPPRM OGE 12,00

Adquirida 1 fotocopiadora

Relatorios de Balanco X CDPRM CD/CPPRM OGE 74,00

Adquiridos 8 cacifes

Relatorios de Balanco X X CDPRM CD/CPPRM OGE 60,00

1.2 Garantida a seguranca ao publico atraves do aumento do efectivo e oficializacao dos policiamentos comunitarios

1.2.1 Aumentar o efectivo policial

Aumentado o efectivo policial em cerca de 90%

Relatórios mensais e trimestrais

X X X X XCDPRM e Postos Policiais MINT /

CPPRM OGE 00,00

1.2.2 Revitali-zar nucleos de policiamento comunitario

Oficializados e em funcionamento 60 nucleos de policiamento comunitario

Relatórios mensais e trimestrais

X X X X X

Todas as 12 localidades do Distrito CDPRM OGE 60,00

1.3 Aumentadas as infraestruturas

1.3.1 Construir o edifício do Comando Distrital

Construido 1 Comando Distrital da PRM

Relatórios e Termos de entrega

X XBela Vista MINT /

CPPRM OGE 1.478,25

1.3.2 Construir edifícios de Postos Policiais

Construidos 4 edifícios de Postos Policiais

Relatórios e Termos de entrega

X X X XCatembe-Nsime, Catuane, Machangulo e Zitundo

MINT / CPPRM OGE 2.956,50

1.3.3 Construir Construidas Relatórios e X X X X X Todo Distrito MINT / OGE 2.956,50

132

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residencias para alojar os agentes

16 residencias do T2 Termos de

entrega

CPPRM

1.3.4 Construir celas

Construidas 5 celas, sendo 1 em cada Postos Adm/tivo

Relatórios e Termos de entrega

X X X X X

Todo Distrito

MINT / CPPRM OGE 3.695,63

1.4 Garantido o patulhamento atraves de alocacaode meios circulantes e de comunicacao

1.4.1 Alocar meios circulantes

Alocar 4 viatu-ras ao Coman-do Distrital pa-ra o patrulha-mento e fisca-lização rodovi-ária

Relatórios e Termos de entrega

X X

Bela Vista, Machangulo e Zitundo MINT /

CPPRM OGE 6.000,00

Alocadas 6 motorizadas Relatórios e

Termos de entrega

X X X X XCatembe-Nsime, Catuane, Machangulo e Zitundo

MINT / CPPRM OGE 450,00

1.4.2 Adquirir meios de comunicacao

Adquirir 6 radios de comunicacao

Relatórios e Termos de entrega

X X X X X Todo o Distrito MINT / CPPRM OGE 34,50

Sub-Total. . . . . . . . . . . . . . . . . . . 18.004,38Total Sector 18.004,38

XI.8 Procuradoria DistritalObjectivo Estratégico 1 : Melhorado o desempenho da Justiça através de afectação de meios materiais, humanos e equipamentos.

Objectivo Específico

Descrição Sumária das Actividades

Indicadores de

verificaçãoMeios de

verificaçãoCronograma de actividades Beneficiários Responsável Fonte de

RecursoOrç. Global

(10^3)2009 2010 2011 2012 20131.1 Melhorada a capacidade institucional através do recrutamento de recursos humanos qualificados e

1.1.1 Acompa-nhar todos os julgamentos no Tribunal Distri-tal

Acompanhados 100% dos julgamentos no TD

Relatórios X X X X X Sede Distrital Procuradoria Distrital OGE 25,00

1.1.2 Garantir maior interven-ção nos

Relatórios Relatórios X X X X X Sede Distrital Procuradoria Distrital OGE 25,00

133

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apetrechamento em meios de transporte e materiais

processos de jurisdição voluntaria e laboral

1.2 Melhorada a capacidade institucional através de apetrechamento em meios materiais e de transporte

1.2.1 Apetre-char a institui-ção em mobi-liário, equipa-mento de escri-tório e informá-tico

Adquiridos 2 computadores, 4 secretárias, 8 cadeiras, 1 fotocopiadora e 2 ar condicionados

Recibos de aquisicão X X X X X Sede Distrital Procuradoria

Provincial OGE 30,00

1.2.2 Construir residências para procuradora e técnicos

Construidas 1 residência para procuradora e 2 de tipo 2 para técnicos

Auto de entrega X See Distrital Procuradoria

Provincial OGE 2.956,50

1.2.3 Alocar uma viatura para a Procuradoria

Alocada 1 viatura Recibos de

aquisicão X Sede Distrital Procuradoria Provincial OGE 850,00

1.2.4 Alocar 1 moto para oficial de deligências

Alocada 1 moto Recibos de

aquisicão X Sede Distrital Procuradoria Provincial OGE 75,00

1.3 Sensibilizada a populacão sobre os meios de acesso à justica

1.3.1 Realizar campanhas de sensibilizacão sendo 2/ano

Realizadas 10 campanhas de sensibilizacão

Relatórios e monitoria e avaliacão

X X X X X Todo o Distrito Procuradoria Distrital OGE 750,00

1.3.2 Formar facilitadores da justica sendo 1 p/ Localidade

Formados 12 facilitadores Relatórios e

monitoria e avaliacão

X X Todo o Distrito Procuradoria Distrital OGE 129,60

1.4 Reduzidos dos níveis de infecção com HIV/SIDA

1.4.1 Sensibili-zar funcioná-rios para a mudança de comportamento como forma de

Sensibilizados 90% dos funcionários

Relatórios e monitoria e avaliacão

X X X X X Todo o Distrito Procuradoria Distrital

NP/NDC/ HIV/SIDA/ OGE

75,00

134

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redução dos índices de infecção pelo HIV/SIDA.

Total. . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4.891,10Total Sector . . . . . . . . . . . . . 4.891,10

XI.9 Tribunal Judicial DistritalObjectivo Estratégico 1: Melhorada a Capacidade Institucional Através de construção e Apetrechamento em Infra-estruturas e Recursos Humanos

Objectivo Específico

Descrição Sumária das Actividades

Indicadores de

verificaçãoMeios de

verificaçãoCronograma de actividades Beneficiários Responsável Fonte de

RecursoOrç. Global

(10^3)2009 2010 2011 2012 20131.1 Aumentado o desempenho ins-titucional através de construção de infra-estruturas e apetrechamento em equipamento e pessoal qualifi-cado e meios de transporte

1.1.1 Construir residências para juiz e técnicos

Construidas 1 residência para juiz e 2 de tipo 2 para técnicos

Auto de entrega X See Distrital Tribunal

Provincial OGE 2.956,50

1.1.2 Aumentar o efectivo de recursos humanos

Recrutados 4 funcionários (1 guarda, 1 servente, 1 oficial de deligências e 1 escriturário)

Recrutados 4 funcionários X See Distrital Tribunal

Provincial OGE 40,00

1.1.3 Alocar uma viatura para a Juiza

Alocada 1 viatura Recibos de

aquisicão X Sede Distrital Tribunal Provincial OGE 850,00

1.1.4 Alocar 1 moto para oficial de deligências

Alocada 1 moto Recibos de

aquisicão X Sede Distrital Tribunal Provincial OGE 75,00

1.1.5 Capacitar membros dos tribunais

Capacitados 17 membros dos Tribunais

Relatórios de capacitacão e Monitoria e

X X X X X Todo o DistritoTribunal Distrital e Regis.

OGE 62,50

135

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comunitários das Localidades.

ComunitáriosAvaliacão Notariado

1.2 Reduzidos os níveis de infecção com HIV/SIDA

1.2.1 Sensibili-zar funcioná-rios para a mu-dança de com-portamento co-mo forma de redução dos índices de in-fecção pelo HIV/SIDA

Sensibilizado 95% dos funcionários

Relatórios de capacitacão e Monitoria e Avaliacão

X X X X X Todo o Distrito Trinunal Distrital

NP/NDC/ HIV/SIDA/ OGE 10,00

Total. . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3.996,00Total Sector . . . . . . . . . . . . . 3.996,00

XI.10 Turismo ( Projecto ACTF e outras actividades do Sector do Turismo)Objectivo Estratégico 1: Impulsionado o desenvolvimento do Turismo no distrito e a conservação dos recursos naturais com a participação do sector privado e Comunidades locais

Objectivos Específicos

Descrição Sumaria das Actividades

Indicadores de verificação dos

objectivosCronograma Beneficiário Resp. Fonte de

RecursoOrc. Global

(10^3)Orc.

Garantido (10^3)

Orc Não Gar(10^3

)Gestão da ADCE, Supervisão e Apoio 2009 2010 2011 2012 2013 1.1 Reforçada a capacidade institucional da ADCE através da gestão adequada do pessoal, aquisição de equipamentos, Gestão de instalações e activiades de planeamento, monitoria e

1.1.1.Remunerar o pessoal em serviço na ADCE

Asseguradas despesas com o pessoal directi-vo, técnico e de apoio

x Pessoal da ADCE ACTF, ADCE Parceiros 2.120,60 0.00 0.00

1.1.2.Formar técnicos da ADCE e parceiros em Turismo e Conservação

Garantida a for-mação técnica do pessoal da ADCE e parcei-ros em Turismo e Conservação

x Pessoal da ADCE e parceiros

ACTF,ADCE Parceiros 239,20 0.00 0.00

1.1.3.Alugar o edifício para o Garantido o

aluguer de edifí-x Pessoal da

ADCE e ACTF, ADCE Parceiros 5.880,80 0.00

136

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avaliação escritório da ADCE em 2009

cio para funcio-namento da ADCE na Ponta Douro

parceiros

1.1.4.Adquirir 1Desktop, 1Laptop e 1 GPS

Assegurada aquisição de equipamentos: Desktop, laptop, GPS

x Pessoal da ADCE ACTF, ADCE Parceiros 5.500,00 0.00

4.2.3 Realizar trabalho de campo para planeamento, monitoria e avaliação.

Realizado tra-balho de campo para planea-mento, monitoria e avaliaçào

X Pessoal da

ADCE e Parceiros

ACTF, ADCE Parceiros 195.,00 0,00

1.1.6. Participar no merccado turístico regional

Garantida a participação da ADCE e parceiros no mercado turístico regional

x Pessoal da ADCE e parceiros

ACTF, ADCE Parceiros 246,10 0.00

1.2 Elaborada a Avaliação Ambienatal Estratégicae Plano de Gestão Ambiental para o Distrito de

1.2.1 Elaborar a Avaliação Ambiental Estratégica do Distrito de Matutuine

Documento da Avaliação Ambiental estratégica e Plano de Gestão Ambiental aprovado

x Todos os actores de desenvolvimento no distrito

ACTF, ADCE, DPCA

Parceiros 1.485,80 0.00

137

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Matutuine1.3 Divulgada legislação para seu cumprimento efectivo

1.3.1 Realizar seminários e outros eventos para divulgar a legislação

Realizados seminários e outros eventos de divulgação de legislação

x

Todos actores de desenvolvimento no distrito

ACTF, ADCE, DPCA, DPICT Parceiros 312,80 0.00 0.00

1.4 Estimulada a participação do sector privado no desenvolvimento sustentável do turismo

1.4.1 Realizar seminários e trabalho de campo conjunto com o sector privado sobre turismo sustentável

Realizados seminários de parcerias com o sector privado e trabalho de campo conjunto

x Sector privado e parceiros

ACTF, ADCE, Sector privado Parceiros 1.955,00 0.00

1.5 Implementado o Plano de Expansão da Ponta Douro e Urbano de Zitundo

1.5.1 Realizar actividades de angariação de fundos

Realizado seminário de angariação de fundos x

Comunidades locais, Sector

privado local, Governo distrital

ACTF, ADCE,DPCA, SDPI Parceiros 23,00 0.00

1.5.2 Actualizar o Plano de Ordenamento Territorial e implementar

Actualizado o Plano de Ordenamento Territorial e feita sua implementação

x

Comunidades locais, Sector

privado local, Governo distrital

ACTF, ADCE, DPCA, SDPI

OGE/Parceiros 0.00 0.00 500,.00

1.6 Implementado o Plano de negócios da ADCE

1.6.1 Implementar o Plano de negócios da ADCE

Plano de negócios da ADCE amplamente divulgado e implementado

x

Sector privado,

Comunidades locais, ADCE,

Governo distrital

ACTF, ADCE, Sector privado Parceiros 1.168,40 0.00

1.7 Desenvolvidas infra-estruturas da ADCE na

1.7.1 Adquirir, vedar e demarcar terreno da

Adquirido, demarcado e vedado terreno da ADCE*

Sector privado,

Comunidades locais,

ACTF, ADCE, Governo distrital

Parceiros 46,00 0,00

138

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Ponta Douro ADCE ADCE, Governo distrital

1.7.2 Elaborar projecto de Engenharia, Elaborar EIA e abrir concurso- de empreitada-

Elaborado projecto de Engenharia, EIA, Concursos para as obras

x

Sector privado, ADCE,

Governo distrital

ACTF, ADCE,DPCA Parceiros 715,30 0,00

4.2.3 Construir infra-estruturas da ADCE

Construído Escritório da ADCE, Casas para acomoda-ção de técnicos, Balcão único de atendimento, Centro de Infor-mação turistica, Centro de negócios

x x

Sector privado, ADCE,

comunidades locais,

turistas, Governo distrital

ACTF, ADCE, Governo distrital

Parceiros 47.297,20 0,00

1.8 Demarcadas áreas de extensão no terreno da ADCE

1.8.1 Demar-car as parce-las das áreas de extensão da ADCE

Parcelas das áreas de extensão do terreno da ADCE demarcadas*

Sector privado, ADCE,

Comunidades locais, Governo distrital

ACTF, ADCE, Governo distrital

Parceiros 241,50 0,00

1.9 Desenvolvido Sistema de Saneamento de meio na Ponta Douro, incluindo lixeira

1.9.1 Realizar obras de im-plantação da lixeira e siste-ma de esgotos da Ponta Douro

Implantados Lixeira, sistema de esgotos

x

Sector privado,

Comunidades locais, turistas, Governo distrital

ACTF, ADCE, Governo distrital

Parceiros 2.334,50 0,00

Sub-Total. . . . . . . . . . . . . . . . . . . 69.762.20 0,00 500,00

XI.11 Desenvolvimento Comunitário

139

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Objectivo Estratégico 1: Impulsionado o desenvolvimento do Turismo no distrito e a conservação dos recursos naturais com a participação do sector privado e Comunidades locais

Objectivos Específicos

Descrição Sumaria das Actividades

Indicadores de verificação

dos objectivos

CronogramaBeneficiário Resp. Fonte de

RecursoOrc. Global

(10^3)

Orc. Garantido (10^3

)

Orc Não Gar(10^

3)

2009 2010 2011 2012 20131.10 Implementa-do o processo Participatório e de facilitação às comunidades locais

1.10.1 Imple-mentar o pro-cesso participa-tório e de facili-tação às comu-nidades benefi-ciárias

Comunidades beneficiárias organizadas participam na planificação e desenvolvimento turístico

x x x Comunidades locais

ACTF, PPF Parceiros 9.832,50 0.00 0.00

1.11 Providen-ciado apoio mí-nimo às Comu—nidades vivendo dentro e fora da REM

1.11.1 Desenvolver infra-estruturas comunitárias mínimas

Infra-estruturas comunitárias mínimas desenvolvidas e em posse das comunidades beneficiárias

x x x Comunidades locais

ACTF, PPF Parceiros 4.100,90 0.00 0.00

1.11.2 Com-pensar as co-munidades pe-las restrições impostas ao acesso a recursos

Comunidades Beneficiárias em posse de bens de compensação acordadas

x x x Comunidades locais

ACTF, PPF Parceiros 4.600,00 0.00

1.12 Demarcadas

1.12.1 Delimitar e

Comunidades Beneficiárias

x Comunidades locais

ACTF, PPF

Parceiros 1.382,30 0.00

140

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terras comunitárias dentro e fora da REM

demarcar ter-ras comunitá-rias para comu-nidades benef-iciárias dentro e fora da REM

em posse de certidões de delimitação

1.13 Disponibilizado Fundo para o desenvolvimento de Empresas Comunitárias

1.13.1 Disponi-bilizar fundos para os projec-tos comunitá-rios

Projectos comunitários aprovados,instalados e operacionais

x x x Comunidades locais

ACTF,PPF Parceiros 27.140,00

1.13.2 Facilitar e Assessorar os Projectos comunitários

Trabalhos de Facilitação e Assessoria aos projectos comunitários efectuados

x x x Comunidades locais

ACTF, PPF Parceiros 1.357,00

1.13.3 Auditar os projectos Comunitários

Trabalhos de Auditoria efectuados aos projectos comunitários

x x x Comunidades locais

ACTF, PPF Parceiros 825,70

Sub-Total. . . . . . . . . . . . . . . . . . . 49.238,5

XI.12 Reserva Especial de Maputo, Corredor do Futi e Area Marinha Protegida

Objectivo Estratégico 2: Garantida a Conservação da Biodiversidade e a Gestão das Áreas ProtegidasObjectivos Específicos

Descrição Sumaria das Actividades

Indicadores de verificação dos

objectivos

Cronograma Beneficiário

Resp. Fonte de Recurso

Orc. Global (10^3)

Orc. Garantid

o (10^

Orc Não

Gar(10^3)

141

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3)Reserva Especial de Maputo, Corredor do Futi e Area Marinha Protegida 2009 2010 2011 2012 20132.1 Estabelecida a delimitação da Rem e melhorada a Planificação da Área Protegida

2.1.1 Actualizar o Plano de Gestão da REM e Corredor do Futi

Plano de Gestão da REM e Corredor do Futi Aprovado e Implementado x

Comunidades locais, Autoridades do Distrito, Investidores, Meio Ambiente local

ACTF, REM Parceiros 351,90 0.00

2.1.2 Elaborar o Plano de Gestão da Area Marinha Protegida

Plano de Gestão da Area Marinha Protegida Aprovado e Implementado x

Comunidades Locais, Autoridades distritais, Investidores, Meio Ambiente Local

ACTF, REM, PPF

Parceiros 71,30

2.1.3 Elaborar o mapeamento para os Planos

Mapas dos Planos Elaborados

xACTF, REM, PPF

Parceiros 466,90

2.2 Implementado Processo Participativo para as Comunidades vivendo dentro da REM

2.2.1 Contratar ONG’s para facilitar o Processo Participativo às comunidades vivendo

ONG’s contratadas e comunidades beneficiadas de capacitação, informação, sensibilização e resolução de conflitos

x

Comunidades locais

ACTF, REM

Parceiros 1.734,20 0.000.00

0.00

142

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dentro da REM

2.3 Assistido o Reassentamento Involuntário na REM

2.3.1 Contratar ONG’s para facilitar o processo Participativo às Comunidades vivendo dentro da REM

ONG’s contratadas e comunidades beneficiadas de capacitação, informação, sensibilização e resolução de conflitos

x x x Comunidades locais

ACTF, REM Parceiros 5.324,50

2.3.2 Compensar as famílias abrangidas pelo reassentamento involuntário

Famílias afectadas compensadas segundo critérios acordados

x x x Comunidades locais

ACTF, REM Parceiros 6.168,60

2.4 Construídas ou reabilitadas Infra-estruturas essenciais na REM

2.4.1 Construir blocos residenciais, escritórios e acampamentos

Blocos residenciais, escritórios, acampamentos construídos

x x x

Pessoal da REM, Investidor

es, Turistas

ACTF, REM Parceiros 14.464,70

2.4.2 Construídas estradas e pontes

Estradas e pontes construídas e operacionais

x x xInvestidor

es, Turistas

ACTF, REM Parceiros 1.214,40

2.4.3 Concluídas x x x Comunida ACTF, Parceiros 30.224,30

143

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Construídas outras infra-estruturas como vedação e removidas minas

todas as fases da vedação, removidas as minas e concluídas outras infraestruturas

des locais, Investidor

es, turistas

REM

2.5 Instalado Sistema de Comunicação eficiente na REM

2.5.1 Instalar Sistema de Radio e Repetidora

Sistema de Radio e Repetidora instalados e operacionais

x

Pessoal de REM, Investidor

es, Turistas

ACTF, REM Parceiros 1.189,10

2.5.2 Instalar e subscrever Sistema V-Sat

Sistema V-Sat instalado e subscrito x x x x x

Pessoal da REM, Investidor

es, Turistas

ACTF, REM Parceiros 630,20

2.6 Reforçada a capacidade Institucional da REM

2.6.1 Remu-nerar condi-gnamente o pessoal já existente e por contratar

Pessoal da REM condignamente remunerado se-gundo vínculos e acordos contratuais

x x xPessoal da REM, Parceiros

ACTF, REM Parceiros 10.628,30

2.6.2 Formar e capacitar o Pessoal da REM aos vários níveis

Quadros e técni-cos da REM beneficiados de formação e capacitação

x x xPessoal da REM, Parceiros

ACTF, REM Parceiros 1.444,40

Sub-Total. . . . . . . . . . . . . . . . . . . 73.912,80 0,00 500,00Total geral. . . . . . . . . . . . . . . . . . 192.913,50 0,00 500,00

XI.13 ASSUNTOS TRANSVERSAIS

XI.13.1 HIV/SIDAObjectivo Estratégico 1: Reduzido o estigma e descriminacao ligados a HIV/SIDA, malária e tuberculose

144

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Objectivo Específico

Descrição Sumária das Actividades

Indicadores de

verificaçãoMeios de

verificaçãoCronograma de actividades Beneficiários Responsável Fonte de

RecursoOrç. Global

(10^3)2009 2010 2011 2012 20131.1 Encorajadas e apoiadas as PVHS que decidam tornar publico o seu estado de seropositividade

1.1.1 Melhorar o acesso a in-sumos agrico-las, a extensão e a crédito das PVHs

Adquiridos e distribuidos insumos agricolas aos PVHs

Maior número de afectados tornam-se públicos e falam sobre si mesmo

X X X X X Todo o Distrito NDC HIV/SIDA NPCHIV/SIDA e Parceiros 3.500,00

1.1.2 Criar as-sociações de PVHs e financiá-las

Criadas 5 Associacoes/ano X X X X X Todo o Distrito NDC HIV/SIDA NPCHIV/SIDA e

Parceiros 00,00

1.1.3 Enqua-drar PVHs em micro projectos sustentáveis

Enquadrados 20 PVHs X X X Todo o Distrito NDC HIV/SIDA NPCHIV/SIDA e

Parceiros 34,00

1.1.4 Prestar apoio psico-social às PVHS

Prestado apoio psico-social

X X X X X Todo o Distrito NDC HIV/SIDA NPCHIV/SIDA e Parceiros 00,00

1.1.5 Promover participação de PVHs no com-bate contra o estigma e discriminação

Realizadas 10 palestras de sesibilizacao /ano X X X X X Todo o Distrito NDC HIV/SIDA NPCHIV/SIDA e

Parceiros 500,00

1.1.6 Dinamizar e promover ac-ções com vista a criação de projectos de sustentabilidade e geração de rendimento

Criados 30 projectos de geracao de rendimento X X X X X Todo o Distrito NDC HIV/SIDA NPCHIV/SIDA e

Parceiros 00,00

1.2 Reduzida a incidência de transmissão das ITS/HIV/SIDA

1.2.1 Realizar reuniões ou palestras de di-vulgação dos métodos de

Realizadas 10 reuniões divulgação dos métodos de prevenção

X X X X X Todo o Distrito NDC HIV/SIDA NPCHIV/SIDA e Parceiros

500,00

145

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prevenção e combate às doenças endémicas

e combate às doenças endémicas

1.2.2 Promover palestras sobre o perigo das ITS, HIV/SIDA, Tuberculose, malária, drogas e consumo ex-cessivo de bebidas alcóoli-cas

Realizadas 6 palestras por ano

X X X X X Todo o Distrito NPCHIV/SIDA e Parceiros 450,00

1.2.3 Capacitar activistas em matéria de cuidados ao domicílio e aconselhamento

Capacitados 100 activistas

X X X Todo o Distrito NPCHIV/SIDA e Parceiros 230,00

Sub-Total. . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4.714,00Total Sector 4.714,00

XI.13.2 CALAMIDADES NATURAISObjectivo Estratégico 1: Reduzido o número de pessoas que sofre de calamidades naturais através de criação de comités de gestão de risco e de treinamento das populações

Objectivo Específico

Descrição Sumária das Actividades

Indicadores de

verificaçãoMeios de

verificaçãoCronograma de actividades Beneficiários Responsável Fonte de

RecursoOrç. Global

(10^3)2009 2010 2011 2012 20131.1 Criadas as condições para o controle de emergencias

1.1.1 Criar em todos Postos Adm/tivos Co-mités de Ges-tão de Risco

Criados 17 Comités Relatórios de

calamidades X X X X X Todo o Distrito INGC/CDGR OGE / Parceiros 6.000,00

1.1.2 Alocar nos Postos Adm/tivos meios e

Alocados meios e materiais em todos os potos

Relatórios mensais

X X X X X Todo o Distrito INGC/CDGR OGE / Parceiros 8.000,00

146

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materiais de socorro

Adm/tivos

Sub-Total. . . . . . . . . . . . . . . . . . . 14.000,00Total Sector 14.000,00

Total Distrito 7.197.797,00

147