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CÂMARA MUNICIPAL APROVA CRIAÇÃO DE MAIS CINCO VAGAS PARA 2013 GOVERNO ESTUDA VIABILIDADE DE EXTENSÃO PREFEITA QUER SÓ MICRO-ÔNIBUS NA CIDADE METRÔ ATÉ PORTÃO

Vilas Magazine | A revista de Lauro de Freitas | Ed 153 | Outubro de 2011 | 28 mil exemplares

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Vilas Magazine | A revista de Lauro de Freitas | Ed 153 | Outubro de 2011 | 28 mil exemplares

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  • CMARA MUNICIPAL APROVA CRIAO DE MAIS CINCO VAGAS PARA 2013

    GOVERNO ESTUDA VIABILIDADE DE EXTENSOPREFEITA QUER S MICRO-NIBUS NA CIDADE

    METR AT PORTO

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    Publicao mensal de propriedade da EDITAR - Editora Accioli Ramos Ltda. Rua Praia do Quebra Coco, 33. Vilas do Atlntico. Lauro de Freitas. Bahia. CEP 42700-000. Tels.: 0xx71/3379-2439 e 3379-2206.

    Diretor-Editor: Carlos Accioli [email protected] to ra: Tnia Ga zi neo Accioli [email protected] de Negcios: lvaro Accioli [email protected] de Produo: Thiago Accioli [email protected]

    PUBLICIDADESimone Gazineo [email protected] Cunha de Souza (Assistente)

    REDAOAnthero Eloy Fer reira Lins (Reg. Prof. 699 DRT/PA), Rogrio Borges (coordenador).Colaboradores: Marvin Kennedy, Mrio Espi-nheira e Gilka Bandeira (freelancers), Gil Ramos (fotografia), Lilian Silva, Mrcia Tude.

    FALE COM A [email protected]

    FINANCEIROGerente: Miri Morais Gazineo [email protected] da Cruz Santos (Assistente)

    DISTRIBUIOlvaro Gazineo (Responsvel)

    Tratamento de imagens e finalizao de arqui-vo para CTP: Diego MachadoImpresso: Quad/Graphics Nordeste (Recife-PE)

    Informativo mensal de servios e facilidades, com tiragem de 28.000 exemplares por edio, distribudos gra tuitamente em todos os domiclios de Vilas do Atln-tico e condomnios residenciais da Es trada do Coco e ad jacncias (Lauro de Freitas, Ipi tanga, Miragem, Bura-quinho, Busca Vida, Abran tes, Ja u, Ja cu pe, Gua ra juba), Stella Maris, Pra ia do Flamengo e parte de Itapu. Dis-ponvel tambm em pontos de distribuio selecionados na regio. As opinies expressas nos artigos publicados so de responsabilidade de seus autores e no refletem, necessariamente, as da Edi tora. proibida a reproduo total ou parcial de matrias, grficos e fotos publi cadas nesta edio, por qualquer me io, sem autorizao expres-sa, por escrito da Editora, de acordo com o que dispe a Lei N 9.610, de 19/2/1998, sobre Di reitos Autorais.

    A revista Vilas Magazine no tem qualquer responsabilidade pelos servios e produtos das em-presas anunciados em suas edies, nem assegura que promessas divulgadas como publicidade sero cumpridas. Cabe ao leitor avaliar e buscar informaes sobre os produtos e servios anunciados, que esto sujeitos s normas do mercado, do Cdigo de Defesa do Consumidor e do CO NAR Conselho Nacional de Auto-regulamentao Publicitria. A revista no se enquadra no conceito de fornecedor, nos termos do art. 3 do Cdigo de Defesa do Consumidor e no pode ser responsabilizada pelos produtos e servios oferecidos pelos anunciantes, pela impossibilidade de se deduzir qualquer ilegalidade no ato da leitura de um anncio.

    No entanto, a revista Vilas Magazine, com o objetivo de zelar pela integridade e cre di bilidade das mensagens publicitrias publicadas em suas edies se reserva o direito de recusar ou suspender a vei-culao de anncios enganosos ou abusivos que cau-sem constrangimentos ao consumidor ou a empresas.

    Vilas Magazine u ti liza contedo edi to ri al fornecido pela Agncia Folhapress (SP). Os ttulos Vilas Ma-gazine e Boa Dica - Facilidades e Servios, constan-tes desta edio, so marcas regis tradas no INPI, de propriedade da EDITAR - Editora Accioli Ramos Ltda.

    www.vilasmagazine.com.br

    Cena da Cidade

    Cena de Sua Incelna, Ricardo III, dos Clowns de Shakespeare, de Natal (RN), em apresentao nica, em setembro, na Praa da Matriz, Centro de Lauro de Freitas. Foi grtis para o pblico de cerca de 500 pessoas, mas custou R$ 18,4 mil aos cofres do municpio. Antes deles, por R$ 43,3 mil, apresentou-se na praa o Grupo Galpo, de Minas Gerais, com Till, A Saga de um Heri Torto. Produes da mais alta qualidade, os espetculos faziam parte da programao do Festival Latino Americano de Teatro da Bahia, dirigido por Luis Alberto Alonso e produzido por Rafael Magalhes, diretor do Oco Teatro Laboratrio e da secretaria municipal de Cultura.

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    ESPAO ABERTO

    Joaci Ges

    Diariamente, quando leio ou ouo o noticirio sobre as aes dos partidos polticos, observo uma nota comum entre todos eles,

    com rarssimas excees: a ausncia da menor preocupao com o tema da educao e dos valores morais.

    A agenda quase sempre a mesma: articulaes de bastidores, de carter ostensivamente menor, objetivando a ampliao dos espaos polticos, mediante a ocupao de cargos pbli-cos, com o propsito exclusivo de ali colocar apaniguados, para melhor se aparelharem com vistas s prximas eleies. Nenhuma palavra destinada ao aperfeioamento de nossa prtica poltica; nada, absolutamente nada, voltado para assegurar o primado do mrito na conquista das posies de relevo que importam para a conso-lidao dos valores que so a base de sustentao e do florescimento das sociedades maduras, cultas e prsperas.

    O ominoso rebaixamento do m-rito, derivado da competncia e da moralidade, encarado como um entrave ao avano dos indivduos dentro das estruturas partidrias, apontado como a principal causa do crescente afastamento, da seara poltica, dos melhores nomes, em franca oposio com as prticas de um passado relativamente recente, quando os vares assinalados da so-ciedade eram buscados para integrar as chapas partidrias, com empenho assemelhado diuturna caa de talen-tos pelas empresas modernas, Brasil e mundo afora.

    O resultado o que a est: personalidades pequenas pousando de fanais a iluminar os caminhos do futuro, quando, em verdade, condu-zem a sociedade brasileira ao lodo da corrupo desenfreada e violncia das ruas.

    J no sem tempo que a socie-dade brasileira enceta os primeiros passos no sentido de reclamar a converso desses assaltos ao Errio

    categoria de crime hediondo, na medida em que sua ocorrncia representa a perda de vidas preciosas, pela subtrao de recursos indispensveis prestao de um servio mdico de qualidade, e pela negao s camadas mais carentes da sociedade do acesso a uma educao de qualidade, nico passaporte ao usufruto de uma verdadeira cidadania, que no

    Poltica com p minsculo

    Joaci Ges empresrio eescritor, membro da Academia

    de Letras da Bahia.E-mail: [email protected]

    Blog: www.joacigoes.com.br

    pode dissociar-se da efetiva possibilidade de auferir uma renda que lhes assegure um padro de vida digno.

    Como tem sido divulgado, o Tribunal de Contas da Unio identificou, entre 2002 e 2006, um desvio para as burras de marginais da poltica de mais de seis bilhes de reais. Imagine-se o tamanho verdadeiro do roubo que o TCU no teve como identificar!

    Essa gritante perda de qualidade, mo-ral e intelectual, dos nossos quadros polticos de hoje, prospera merc de uma impunidade afrontosa, que faz do crime organizado no Brasil um ne-gcio sem riscos e com alta margem de lucros. Afinal de contas, passar alguns dias na priso j no causa de oprbrio quando testemunhamos que vrios nomes da poltica nacional tm assento garantido na curul do poder, no obstante os processos que respondem como peculatrios, ou a despeito de algemados ou presos em flagrante desvio do dinheiro do povo.

    Recente diagnstico que o FMI fez da economia mundial veio acabar com o tolo ufanismo eleitoreiro que apontava o Brasil como uma ilha de prosperidade, num ambiente reces-sivo das economias mais prsperas: o crescimento previsto para o Brasil em 2011 e 2012, 3,8% ao ano, ser inferior mdia mundial, de 4,1%. Segundo a avaliao unnime dos expertos, o gargalo que atravanca o desenvolvimento brasileiro est na m educao e seus consectrios, violncia e corrupo.

    Desgraadamente, no se v qual-quer mobilizao partidria consisten-te, destinada a alterar esse mrbido estado de coisas. Por ora, a esperana reside no r pido recrudescimento do embrionrio movimento popular que pede o fim da corrupo e o retorno meritocracia.

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    REGISTROS

    O 1 Encontro de Ex-Alunos do Impacto acontece dia 15, a partir das 12 horas, na sede da instituio, na Luiz Tarqunio. A festa, que marca a fundao da Associao dos Ex-Alunos do Colgio Impacto, vai contar com a animao da banda Dona Jil e do DJ Ges. num dia que promete ser de muitas recordaes e reencontros. Ingressos esto venda na recepo do Colgio Impacto. Mais informaes sobre o encontro podem ser obtidas pelo telefone 3379-1011 ou visite a pgina virtual no facebook.

    Aconteceu dia 24 de setembro, na sede de Pitangueiras, o lanamento do Projeto Social Show de Bola, Show de Vida, uma iniciativa da Congregao Batista de Pitangueiras, AGS Escola de Futebol e da comunidade do bairro de Pitangueiras que abraou o Projeto, que j conta com 48 crianas da loca-lidade inscritas e participando das aulas de futebol, sobre a coordenao do professor Andr Galvo Sande, da AGS Escola de Futebol. O futebol para meninas est na pauta da iniciativa.

    Tendo como coordenador do curso de Medicina Veterinria, o professor Eliel Judson Duarte de Pinheiro, a Unime graduou, dia 17 de setembro, 16 novos profissionais mdicos em Veterinria (dir.).

    Homenageando o professor Marco Tlio Rodrigues Brasileiro, fa-lecido este ano, os alunos batizaram a turma com seu nome.

    Os novos mdicos Veterinrios so: Andresa Arajo Ribeiro da Sil-va, Antnio Simes de Arajo Silva, Clvis Macedo Mattos, Daniela Bodra de Oliveira, Danilo dos Santos Jesus, Elma Caires Lima, Flvia Gazineo Accioli Ramos, Flvia Luciana Pal-meira Lima, Gabriel Felipe Oliveira de Menezes, Larissa Tavares de Mattos Oliveira, Lorena Cardoso Jacobina Rocha, Pedro Paulo Matos Guerreiro, Priscila Conceio Lobo Sacramento, Tamiles de Andrade Dias, Tereza Bernadete Mata de Britto Moreira e Wanderlon Cames Nunes.

    Unime gradua novos mdicos veterinrios

    Projeto social em Ipitanga Encontro de ex-alunos do Colgio Impacto

    O jovem diego (dir.) em absoluta concentrao na

    aula de karat na Academia AKVA, de Vilas do Atlntico,

    quando mudou da faixa amarela para a vermelha,

    com a superviso do mestre 4 DAN, Randolfo Almeida.

    Os empresrios Jamil e Lidiana Abdalla estenderam por vrios dias as comemora-es pelo transcurso do pri-meiro ano da sua academia, a Corpo Ativo.

    Comemorao

    Dia 14 de setembro, jo-vens integrantes do Rotaract Club Lauro de Freitas co-memoraram os nove anos de atividades da instituio, reu-nindo integrantes de outros clubes da Bahia, amigos e simpatizantes, num churrasco em Vilas do Atlntico.

    O Rotaract um clube de servios formado por jo-vens e supervisionado pelo Rotary Club. O evento teve o patrocnio das empresas Magic Clean, Novo Clean, Ge laguela e Riobel.

    Rotaract Clubcelebra aniversrio

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  • Vilas Magazine - Outubro 2011 | 7

    NEGCIOS & EMPRESAS

    Power amplia servios de

    assistncia tcnicauuA Power foi cre-

    denciada pe la Pa na so nic para oferecer servios de assistn-cia tcnica autorizada a seus clientes em Lauro de Freitas. Fundada em janeiro de 2003, a empresa j credenciada como autorizada LG, tendo contrato de garantia estendida com algumas das maiores lojas varejistas do Brasil.

    Rede Multicoisas abre vagas para temporada

    de final de ano uuA Multicoisas,

    rede especializada em solu-es para o dia a dia, j pre-para o quadro de temporrios para a chegada do final de ano. As lojas de Salvador e Lauro de Freitas, por exemplo, tm a expectativa de abrir 10 vagas nesse perfil para aten-der a demanda da poca mais festiva do ano.

    As vagas so para os car-gos de vendedor e operador de caixa e os interessados em se candidatar devem acessar o link: http://rh.multicoisas.com.br/ para obter mais informaes ou entregar os currculos pessoalmente nas unidades de Salvador.

    Na Bahia, a rede inaugu-rou recentemente mais duas lojas: no Paralela Shopping, em Salvador, e no Shopping Boulevard, em Feira de San-tana. As novas lojas ofere-cem cerca de trs mil itens, entre as sees de eltrica, hidrulica, ferramentas, qu-micos, informtica, utilidades do lar, segurana e lazer.

    A rede Multicoisas iniciou suas atividades em 1984 em Campo Grande (MS) e pos-sui, hoje, mais de 120 lojas instaladas no Brasil.

    Mil Cores abreloja na regio

    Interessados em arte po-dem contar com mais uma opo na regio para desen-volvimento dos seus traba-lhos, com a inaugurao da loja Mil Cores, no centro de Lauro de Freitas, trazendo uma experincia de mais de 30 anos no segmento, em Salvador.

    Com uma diversificada linha de produtos para arte-sanato, como pincis, tintas, papis, telas, peas em MDF e imagens de gesso, entre outros, a unidade de Lauro de Freitas pretende ainda promover cursos de artesa-nato para os clientes.

    Revista destaca Construtora

    Andrade Mendona como segunda em

    resultados positivos no Brasil

    A construtora baiana An-drade Mendona a se-gunda empresa do pas em variao positiva de receita, segundo ranking da Revista Empreiteiro, especializada no segmento. Entre os anos de 2009 e 2010, a Andrade Mendona conseguiu um incremento de 537% na sua receita. O resultado positivo fruto de diversas obras que esto sendo realizadas pela empresa no pas. A exemplo do Estdio Castelo, em For-taleza, em consrcio com a Galvo Engenharia, e do Pa-vilho de Feiras e Eventos, tambm em Fortaleza. Ser o maior centro de conven-es do Brasil, num projeto orado em R$ 279,7 milhes com previso de ficar pronto em novembro de 2011.

    Os empresrios Tadeu e Ana Marta Coqueiro (ao centro), co-memoram a inaugurarao da loja franqueada da gua de Cheiro, no Shopping Estrada do Coco, com Diego Vargas, (dir.) e Dinor Arago (esq.), respectivamente gerente e sub-gerente regional da franquia, a filha Marina, a gerente Del e a vendedora Raquel. A rede a maior marca brasileira na linha de cosmticos e perfu-maria e mantm a atriz Debora Secco como garota propaganda.

    gua de Cheiro inaugura loja em Lauro de Freitas

    Foi inaugurado no ms passado em Lauro de Freitas um novo Ponto de Atendimento do Servio de Apoio s Micro e Pequenas Empresa (Sebrae). De acordo com o superintendente da entidade Edival Passos, o espao vai ampliar os servios e permitir o apri-moramento do que j desenvolvido no municpio. Alm de realizar o atendimento da demanda espontnea, o Ponto de Atendimento equipado para desenvolver curso e palestras. Vai ajudar no es-treitamento das relaes com associaes comerciais e entidades empresariais, frisou Passos. Durante o evento de inaugurao, o superintendente entregou proposta prefeita Moema Gramacho (PT) para capacitar mil empreendedores individuais. Programas como o Sebrae Mais e o Empresa Amiga do Trabalhador garantem capacitao para empresrios e para quem pretende abrir algum negcio. Estiveram presentes no evento, entre outras autoridades, o vice-prefeito Joo Oliveira (PT) e o superintendente regional da Caixa Econmica Federal Aristteles Menezes.

    Sebrae abre novo escritrioem Lauro de Freitas

    Edival Passos entrega proposta para capacitao de empreendedores prefeita Moema Gramacho, durante abertura do escritrio do Sebrae

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    CIDADE

    O secretrio estadual do Plane-jamento Zezu Ribeiro esteve em Lauro de Freitas no dia 22 de setembro para dizer que a

    favor da extenso da linha de metr da Paralela at Porto, mas que no basta ter vontade poltica. Existem implicaes tcnicas, disse. preciso espao, com ptio de manobra, maior volume de re-cursos e articulao deste terminal com o transporte urbano da cidade, explicou, ao garantir que estamos estudando todas estas variveis.

    O governador Jaques Wagner (PT) disse reportagem da Vilas Magazine, em agosto, que o metr chegaria ao Km 3,5 da Estrada do Coco, na altura da segunda ponte sobre o rio Ipitanga. Naquele ponto existe hoje uma grande rea ocupada pelos depsitos de uma loja de varejo.

    O posicionamento do governo foi revelado platia de cerca de 200 pes-soas que compareceu audincia p-blica organizada pela Cmara Municipal para reivindicar que o metr chegue a Porto. Grande parte das pessoas que participaram da audincia, realizada no Cine Teatro de Lauro de Freias, no cos-tuma aparecer em eventos semelhantes.

    Nessas ocasies, o pblico costuma ser formado por agentes pblicos e pessoas que orbitam a administrao pblica.

    A grande afluncia de populares resultado de uma campanha organizada pelo presidente da Cmara Antnio Ro-salvo no Facebook. Mais que discutir a mobilidade urbana no mbito do projeto do governo estadual, Rosalvo convidou as pessoas a ir defender o metr at Porto.

    Logo na abertura da audincia, o presidente da Cmara defendeu que o metr da Paralela metropolitano e no de Salvador, sublinhando que a avenida Paralela no tem demanda prpria de passageiros para alimentar o sistema. A demanda da Paralela nasce em Lauro de Freitas, em Porto, afirmou com base em dados da Queiroz Galvo durante uma apresentao em que foi exibida uma entrevista com a senadora Marta Suplicy (PT).

    A senadora apresentou o conceito de governo metropolitano, propondo a criao de um novo ente federativo, acima da esfera municipal e abaixo da estadual, para gerenciar questes como sade e transporte de massa, que dizem respeito a mais de um municpio numa regio metropolitana.

    Classificando as propostas apresenta-das ao governo como incompletas por no levar Lauro de Freitas em considera-o, Rosalvo demonstrou que todos os ar-

    gumentos a favor do metr na Paralela se aplicam tambm ou principalmente aos problemas da Estrada do Coco: a poluio ambiental causada por milhares de nibus em circulao, o congestionamento per-manente, a exploso da frota veicular, que dobrou nos ltimos seis anos, a expanso imobiliria e os novos plos geradores de trfego de passageiros.

    A prefeita Moema Gramacho (PT) tam-bm disse que o problema de transporte de massas tem que ser pensado numa perspectiva metropolitana: o metr tem que chegar a Porto. Mesmo que no num primeiro momento, mas o projeto tem que ser pensado para isso desde j, afirmou. A prefeita foi mais longe do que nunca, dizendo que o ideal que em Lau-ro de Freitas s circulem micro-nibus destinados a alimentar o metr.

    Completamente alheios a essa re-alidade, diversos debatedores com assento na mesa preferiram ater-se aos problemas de Salvador, remoendo a j resolvida questo do corredor de nibus anteriormente proposto. O vereador Jorge Jambeiro, representando a Cmara Mu-nicipal de Salvador, chegou a apresentar platia o projeto j descartado pelo governo estadual.

    Um excesso de pronunciamentos ofi-ciais abordando temas alheios audincia acabou por desperdiar a presena de Ze-zu Ribeiro e uma preciosa oportunidade para aprofundar a concepo do metr

    Governo estuda variveis tcnicaspara levar metr at o bairro de Porto

    Moema Gramacho defende que apenas micro-nibus circulem

    em Lauro de Freitas

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  • Vilas Magazine - Outubro 2011 | 9

    A prefeita Moema Gramacho fala ao lado de Lula, Rosalvo e Zezu Ribeiro: s micro-nibus em Lauro de Freitas. Na outra pgina, Marta Suplicy fala sobre governo metropolitano na apresentao de Antnio Rosalvo

    como assunto metropolitano. O secretrio do Planejamento da Bahia ainda teve que ouvir intervenes de populares que nada tinham a ver com o assunto em pauta an-tes de responder a duas ou trs questes efetivamente relevantes na ocasio.

    Antnio Rosalvo justificou a falta de foco dizendo que a audincia pblica e no posso impedir ningum de dizer o que quiser, mas garantiu que o assunto no fica encerrado. De acordo com ele, a mobilizao popular continuar a ser

    estimulada at alcanarmos um resultado concreto.

    Alguns dos vereadores presentes bus-caram retomar o eixo da discusso. Entre eles Lula Maciel (PT), que disse que no podemos imaginar cidades desenvolvidas com transporte subdesenvolvido e des-tacou que a qualidade de vida das pes-soas tem que ser elemento central nessa questo. Mrcio Paiva (PP) lembrou que a Cmara Municipal j havia solicitado, por indicao sua, que o sistema de transporte de massa chegasse a Porto de imediato. Quem sabe quando teremos essa oportunidade de novo, perguntou o vereador, referindo-se ao investimento que ser feito em nome da Copa 2014.

    Dagoberto Muniz, presidente da Co-opelotao, que rene os empresrios do transporte complementar de Lauro

    de Freitas, quis saber se o projeto de transporte de massa inclua a qualificao do sistema alternativo. Zezu Ribeiro garantiu que haver uma integrao, mas descartou apoio financeiro especfico.

    Uma das propostas pertinentes ao as-sunto foi apresentada por Wicttor Picano, Presidente do Conselho da Juventude do Municpio de Lauro de Freitas e membro do Movimento Tranca Ruas, dedicado discusso do transporte pblico. O movi-mento desenhou um mapa para mostrar o que seria, do ponto de vista dos usurios, a rede ideal de transporte de massa na Regio Metropolitana de Salvador, com passe livre e integrao multimodal. Para o Tranca Ruas, o metr deve passar pelo Largo do Caranguejo, ponto central de Itinga, antes de seguir pela Estrada do Coco e alcanar Porto.

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  • 10 | Vilas Magazine - Outubro 2011

    CIDADE

    A Cmara Municipal de Lauro de Freitas aprovou em primeiro turno, por oito votos a qua-tro, emenda Lei Orgnica do

    Municpio que altera a composio do Legislativo de 12 para 17 vereadores. Voto vencido, os vereadores Lula Maciel (PT), Jos Alves da Cruz, o Bitinho (PR), Mrcio Paiva (PP) e Fausto Franco (PDT) defendiam a ampliao para 19 cadei-ras. O nmero afinal aprovado contraria consenso das lideranas partidrias da base governista, que pediam 19 vagas para 2013.

    O resultado contraria tambm uma legio de pr-candidatos Cmara: quanto maior o nmero de vagas, menos votos seriam necessrios para garantir um mandato. Quem quer ser prefeito tambm prefere ter mais cadeiras em disputa na Cmara o que resulta em mais candida-tos a vereador trabalhando o seu nome.

    Antes favorvel eleio de apenas 15 vereadores para 2013, o presidente da Cmara Municipal Antnio Rosalvo (PSDB) diz que cedeu para impedir a

    aprovao da emenda que propunha 19 vagas. Votada em dois turnos, a alterao exige maioria absoluta. Ro-salvo afirma que uma das suas preocupaes com a aplicao da verba da C-mara: no podemos gastar toda ela com o custeio de mandatos de pessoal, diz. Precisamos investir na qualificao da administra-o e do prprio processo legislativo, sublinha. Alm disso, para o presidente, a nica justificativa para ampliar o nmero de vagas o crescimento populacio-

    nal e por isso teria proposto 15, nmero que guarda proporo com o aumento da populao.

    Embora supostamente sensvel pregao pela qualidade do processo legislativo, a maioria dos atuais vereado-res segue uma outra lgica: quanto mais vagas, mais candidatos. As chamadas lideranas comunitrias, cabos eleitorais que carreiam votos para a liderana poltica do bairro, diante da facilitao poderiam animar-se a lanar candidatura prpria, pulverizando assim os sufrgios e inviabilizando a eleio de todos.

    Para os vereadores que esperam uma reeleio tranquila caso do prprio Ro-salvo e do pastor Edilson Ferreira (PRB), por exemplo quanto menos vagas, melhor. Para os que ainda tm que traba-lhar pela reeleio, o essencial manter os cabos eleitorais e ao mesmo tempo rebaixar a votao necessria. Da 17 e no 15, nem 19 cadeiras. Menos ainda 21, o teto legal.

    A emenda ainda ter que passar por votao em segundo turno, mas mesmo que a deciso seja confirmada o Judici-rio poder mudar tudo mais adiante. Na audincia pblica promovida pela Cmara Municipal no ltimo dia 19, cerca de 200 pr-candidatos ouviram a prefeita Moe-ma Gramacho (PT) lembrar que isso j aconteceu antes e que os partidos devem estar unidos para defender a deciso da Cmara caso o Tribunal Superior Eleitoral resolva interferir.

    A possibilidade muito real. O n jurdico que vem por a definir o nmero mnimo de cadeiras. De acordo com a lei, para cidades com populao entre 160 mil e 300 mil habitantes, caso de

    Cmara aprova ampliaode 12 para 17 vereadores

    ELEIO 2012

    Pedro Assncio destaca o oramento vistoso sob o olhar de Antnio Rosalvoe a prefeita Moema Gramacho

    Abaixo: O advogado AugustoVasconcelos argumenta a favor do

    aumento de vagas para 21

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  • Vilas Magazine - Outubro 2011 | 11

    Lauro de Freitas, que tem 163 mil, o teto so 21 vereadores. Para centenas de pr-candidatos, o mnimo deve ser nada menos que o mximo.

    Para municiar a audincia pblica com fatos, Antnio Rosalvo, que advogado e especialista em direito eleitoral, consultou o Tribunal Regional Eleitoral. Mas o TRE resolveu arquivar, no responder, a nossa consulta sobre qual seria o mnimo, con-tou o procurador Mrcio Leo. O Judicirio prev que o tema poder ser objeto de posterior abordagem e por isso opta por no se pronunciar agora.

    A deciso d uma sobrevida impor-tante aos argumentos de Augusto Vas-concelos, advogado que trabalha pelos

    interesses dos pr-candidatos e defendeu as 21 cadeiras na audincia pblica. Com Juracy Alves e Gean Nunes, do mesmo escritrio, Vasconcelos promete ir l-tima instncia para obrigar a Cmara a criar cada uma das 21 vagas que a lei permite e, para ele, at exige. O advoga-do, especialista em direito constitucional, argumenta ainda que um Legislativo maior seria mais independente do Poder Execu-tivo e mais representativo da sociedade.

    Mas o grande desafio dos pr-candi-

    datos dialtico, no jurdico. Trata-se de convencer essa mesma sociedade, sempre pouco disposta a ouvir falar de poltica, de que preciso haver mais po-lticos. H argumentos de todos os tipos. O ex-vereador Pedro Assncio, homem da velha guarda, por exemplo, foi audi-ncia pblica defender o aumento para 21 cadeiras. Para ele, no haveria qualquer problema em termos mais vereadores, j que a dotao oramentria da Cmara sempre um percentual da receita do municpio hoje muito mais vistosa do que era no passado: cerca de R$ 800 mil mensais. Essa linha de argumentao, mais frequente do que se pensa, comea a ser exposta em pblico.

    Na platia repleta de pr-candidatos, todos a favor do aumento para 21 vagas

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  • 12 | Vilas Magazine - Outubro 2011

    CIDADE

    O espao do entorno das lagoas do Joquei Clube est para se tornar mais uma rea residen-cial: vai abrigar um conjunto

    habitacional de quatro prdios de dez andares. Definido pelo Plano Diretor de Desenvolvimento Municipal (PDDM) como Zona Especial de Interesse Am-biental (ZEIA), o remanescente do Jquei consta das diretrizes bsicas para a sustentabilidade da qualidade de vida na cidade, estando prevista a recuperao das lagoas e a implantao do Parque Municipal no seu entorno, o que exigiria desapropriao.

    O PDDM prev ainda a preservao e manuteno das nascentes, afluentes e

    Lagoas do Joquei Clube seroparte de nova rea residencial

    mananciais das lagoas. Sete dos atuais 12 vereadores aprovaram o Plano Diretor no final de 2008. Apesar disso, a ampla maioria governista de 10 parlamentares deve garantir a modificao, com ate-nuantes propostas pelo vereador Lula Maciel (PT). O vereador Mrcio Araponga Paiva (PP), de oposio, um dos que se mostram favorveis a uma soluo de compromisso: reduzir a ZEIA ao entorno do espelho dgua.

    Entre as medidas atenuantes que vm sendo negociadas por Lula Maciel na Cmara est a recuperao e garantia de acesso pblico s lagoas, que no poderiam ser privativas dos moradores dos prdios. Embora seja propriedade

    privada, a comunidade do entorno usa o local para lazer e pescaria. Jlio Santos Souza um dos frequentadores da lagoa que teme ver o acesso impedido. Alm disso, diversas contrapartidas devero ser cumpridas pelo empreendedor, todas aplicadas na prpria regio.

    Novo empreendimento habitacionalpoderia incorporar o entorno daslagoas do Joquei.

    Abaixo: Julio Souza dos Santos pescaem lagoa da rea remanescente doJoquei Clube, propriedade privadaque o PDDM destina a um parque

    HENDRIK AQUINO

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  • 14 | Vilas Magazine - Outubro 2011

    CIDADE

    O vice-prefeito Joo Oliveira, de Lauro de Freitas, foi apresen-tado como mais novo filiado ao Partido dos Trabalhadores na

    abertura do Congresso Municipal do PSB, em 25 de setembro. O processo de admis-so havia sido concludo na sexta-feira anterior. A cerimnia de filiao acontece no dia sete de outubro.

    Joo Oliveira deixa o PSDB para se credenciar a representar o PT, com o apoio da prefeita Moema Gramacho, na eleio do ano que vem. Formalmente, os partidos da base de sustentao da prefeita comeam a discutir o candidato do grupo governista no dia dez de outubro. No prprio PT, outros nomes pretendem reivindicar a representao da legenda.

    Alm do nome do PT, estaro na mesa os de Chico Franco (PC do B) e de Manoel Carlos dos Santos, o Carlucho (PSB). Os trs pr-candidatos compare-cem queda-de-brao secundados pelas respectivas madrinhas: a prpria Moema Gramacho (PT), a deputada federal Alice

    Ldice da Mata lana candidatura de Carlucho prefeitura de Lauro de Freitas

    Vice-prefeito Joo Oliveira j est filiado ao PT

    Carlucho (de amarelo), ao lado de Ldice (dir.) e do secretrio estadual, Domingos Leonelli (esq.): credenciado a disputar o

    apoio de Moema Gramacho

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    Portugal (PCdoB) e a senadora Ldice da Mata (PSB).

    O PSB tem o direito de lanar seu candidato para dar continuidade ao mode-lo de gesto democrtica implantado por Moema Gramacho em Lauro de Freitas, disse a senadora Ldice da Mata no con-gresso dos socialistas. Esse candidato o vereador Carlucho, sentenciou. Esta-vam presentes, entre outros, o secretrio estadual Domingos Leonelli, Moema Gramacho, Joo Oliveira e o secretrio de Governo pio Vinagre.

    Dois dias antes, o PC do B reafirmara o seu projeto para Lauro de Freitas, com a candidatura de Chico Franco prefeitura. Os deputados federais Alice Portugal e Daniel Almeida voltaram a garantir o apoio partidrio. Estava presente o vereador Mr-cio Paiva (PP), ele prprio pr-candidato prefeitura em 2012.

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  • Vilas Magazine - Outubro 2011 | 15

    O vereador Lula Maciel (PT) apre-sentou ao plenrio da Cmara Municipal de Lauro de Freitas dois filtros de ar condicionado

    usados em automveis: um novo, outro usado. Trouxe estes filtros para que vo-cs pudessem ver a qualidade do ar que estamos respirando, disse o vereador, que apresentou na semana passada uma indicao ao Executivo, j aprovada pela Cmara, para que sejam tomadas medi-das de controle dos nveis de poluio emitida pelos veculos na cidade.

    Para ele, o vertiginoso aumento da frota de veculos em Lauro de Freitas sublinha a necessidade de um planeja-mento detalhado, condizente com o rpido crescimento. Circulam hoje na cidade, segundo dados do Detran, quase 30 mil automveis, 6,6 mil camionetas, 2,4 mil caminhes, cerca de mil nibus e micro-nibus e mais de sete mil motos, alm de

    A secretaria de Trnsito e Transporte de Lauro de Freitas tem novo titular. Saiu o pastor Paulo Arajo, entrou Abrao dos Reis Santos (dir.), igualmente ligado a lide-ranas da Assemblia de Deus e ao PSC, partido da base de sustentao da prefeita Moema Gramacho (PT) que j controlava a pasta.Sem informar o motivo da substi-tuio, a prefeitura anunciou que a meta do novo secretrio trabalhar incansa-velmente buscando reforar a segurana, acessibilidade e investir em educao e na melhoria do transporte pblico.

    Secretaria de Trnsito temnovo titular

    Aumento explosivo da frota requer controle

    da qualidade do ar

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    O 2,7 mil outros veculos, num total de mais de 49 mil.Quase 70% dessa frota mais de 34 mil veculos chegou

    s ruas apenas nos ltimos dez anos. De acordo com o pesqui-sador Paulo Saldiva, do Laboratrio de Poluio Atmosfrica Experimental (LPAE), da Faculdade de Medicina da Universi-dade de So Paulo (USP), ainda que perfeitamente regulados, s esses novos veculos produzem a cada 50 dias um volume de emisses equivalente ao de uma termeltrica a gs, que altamente poluidora.

    Lula Maciel destaca que os veculos de transporte coletivo, em especial os que dependem de concesso do municpio, deveriam dar o exemplo. O mais comum, no entanto, ver as vans e micro-nibus do transporte alternativo emitindo grandes quantidades de fumaa negra no ar, diz.

    O Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama) j tornou obrigatria a inspeo veicular, mas apenas nos estados e mu-nicpios com uma frota de mais de trs milhes de veculos. De acordo com dados do Detran, a Bahia contava pouco mais de 2,6 milhes em julho ltimo.

    Lula Maciel exibe no plenrio da Cmara de Vereadores, filtros de ar condicionado automotivo: qualidade do ar no tem controle

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    CIDADE

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  • Vilas Magazine - Outubro 2011 | 17

    O diretor do Worldwatch Institute (WWI) no Brasil Eduardo Athay-de foi o destaque do primeiro Frum de Sustentabilidade da

    Bacia do Rio Joanes, organizado pela Rio Limpo, Organizao da Sociedade

    Diretor do WWI prope amplo diagnstico da Bacia do Joanes

    Civil de Interesse Pblico (Oscip) de Lauro de Freitas que rene moradores de condomnios ribeirinhos. Numa apre-sentao do conceito de econegcios, Athayde abordou o relatrio O Estado do Mundo do WWI e exps exemplos de

    solues ambientais economicamente sustentveis.

    J no artigo Econegcios na Bacia do Joanes - Rumo a 2030, publicado pela Vilas Magazine na edio de setembro, Athayde perguntava: Como ser que a gerao presente vai entregar a Bacia do Joanes aos seus filhos, comandantes das prximas dcadas?. Para ele, talvez um diagnstico prospectivo, levantando pro-blemas e solues, batizado de Joanes 2030, seja o caminho a seguir. O nome remete ao Projeto Cairu 2030, ou Prin-cipado de Cairu (http://www.cairu2030.com.br/snewsMU/index.php), um modelo de desenvolvimento sustentvel ainda lar-gamente ignorado pelas administraes municipais. O Plano de Desenvolvimento Estratgico Cairu 2030 foi elaborado pela Universidade Livre da Mata Atlntica em parceria com o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), com apoio do Fundo de Cooperao Portugus e transformado em lei municipal.

    A platia contou com expressiva pre-sena de membros do Rotary Club Lauro de Freitas, que cancelou a sua reunio se-u

    O diretor do WWI no Brasil Eduardo Athayde, que props um diagnstico Joanes 2030

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  • 18 | Vilas Magazine - Outubro 2011

    CIDADE

    manal para participar do evento. As mesas redondas que estavam previstas no chegaram a ser realizadas, mas no segundo dia o gestor da rea de Proteo Ambiental (APA) Joanes-Ipitanga Gene-ci de Souza apresentou o estado da bacia, apontando as principais ameaas observadas no territrio que se estende de Candeias a Buraquinho, em Lauro de Freitas. Os problemas que afetam o maior aqufero da Bahia vo de lanamentos de efluentes industriais e urbanos ao risco de derramamento de produtos qumicos, passando por ocupaes irregulares e conflitos de uso.

    Geneci de Souza mostrou o vertiginoso crescimento da ocupao na rea de Proteo Ambiental a partir de 2008, medido pelo nmero de processos de licenciamento ambiental. Entre 2003 e 2011, o setor que mais demandou anlises foi o de empreendimentos urbansticos, tursticos e de lazer, com 205 processos, seguido pelo de servios com 53 e pelo de minera-o com 45. Indstrias (37), obras civis (16) e transporte (10) tambm originaram mais processos que o setor de agricultura, florestas, caa e pesca (3).

    Camila Menezes e Mary Burman, estudantes da Unime, apre-sentaram dados preliminares de estudos da qualidade da gua no rio Sapato que, sem novidades, apontam contaminao. J o

    presidente da Associao de Dirigentes de Empresas do Mercado Imobilirio da Bahia (Ademi-BA) Nilson Sarti apresentou um plano de trabalho da entidade destinado a assessorar os associados. O objetivo do plano, de acordo com Sarti, profissionalizar a conduo das aes relativas ao tema sustentabilidade no m-bito da Ademi. Houve ainda uma apresentao sobre as reas de atuao da Cetrel, empresa de proteo ambiental que presta servios ao polo industrial de Camaari. A equipe da Embasa que vem realizando palestras ligadas implantao do esgotamento sanitrio de Lauro de Freitas tambm participou do forum.

    Eugnio Badar, da secretaria municipal de Meio Ambiente e Recursos Hdricos, falou a respeito das atividades do rgo e fez uma homenagem a Jonas Toms dos Santos, o Touro, lder da colnia de pescadores de Buraquinho, co-responsvel pelo evento. Na abertura, a prefeitura Moema Gramacho (PT) relem-brou o tempo em que era operria da Tibras, atual Millennium, em Arembepe, no litoral de Camaari. Recuperando uma frase que na poca simbolizava o embate ambiental preciso pre-servar as tartarugas sem extinguir os petroqumicos a prefeita destacou que trabalhava no controle da qualidade do ar.

    Moema Gramacho discursa na abertura do evento, ao lado do presidente da Rio Limpo, Humberto Pinto de Carvalho. Ao lado, integrantes do Rotary Club Lauro de Freitas, Jos Bonifcio (esq.), Accioli Ramos (tambm diretor da Vilas Magazine) e Jaime Ferreira

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    Moradores de Vilas do Atlntico fizeram uma caminhada no dia 24 de setembro para protestar contra a proposta de construo de um terminal de nibus na rea do Villas Tenis Clube. Comandado por Vernica Tambon e com o apoio de coordenadoras da Salva, o grupo percorreu ruas do bairro distribuindo panfletos a pedestres e motoristas.

    H oito anos a comunidade, apoiada pela Sociedade de Amigos do Loteamento de Vilas do Atlntico (Salva), a associao de moradores do bairro, pede que a prefeitura transfira o fim de linha da avenida Praia de Copacabana para a avenida Praia de Tra-manda, em frente ao Equus Clube do Cavalo, onde no h residncias a incomodar. Os moradores reclamam da permanente sujeira e perturbao do sossego no local que ainda funciona o final de linha, na avenida Praia de Copacabana, esquina da Praia de Tamba. Mais de dez nibus por vezes permanecem estacionados no local, atraindo vendedores ambulantes e carros particulares com equipamento de som no porta-malas.

    A transferncia do final de linha para a frente do clube tambm no atende o de-sejo dos moradores, que temem ver os incmodos apenas transferidos de um local residencial para outro.

    Moradores de Vilas do Atlnticovoltam a reivindicar terminal na

    avenida Praia de Tramanda

    DESTAQUE

    Armazm Vilas volta com nova estrutura, maior e

    mais confortvelGente bonita, casa cheia e muito ax

    tornaram a noite de 23 de setembro muito especial que vai ficar marcado na histria de Vilas do Atlntico e regio. A reinau-gurao do Armazm Vilas superou as expectativas.

    Festa e alegria coloriram a casa de shows que teve como atrao principal a banda Filhos de Jorge. A noite, inaugura-da pela banda Do Outro Jeito, tambm teve participao especial de Margarteh Menezes e Tatau. No intervalo, uma banda de sopro tocou marchinhas de carnaval aquecendo a entrada da atrao principal, transformando a noite numa alegre e contagiante folia momesca.

    Um dos points mais conhecidos e bem frequentados, o Armazm Vilas con-tinua proporcionando as melhores noites, s que agora com mais charme, requinte e glamour. Alm de seu tradicional res-taurante, que traz petiscos deliciosos, um sofisticado sushi bar e um moderno clube do whisky esto aptos a satisfazer o paladar requintado dos clientes.

    O que mais chama ateno na nova casa do Armazm a mega estrutura que comporta mais de 1.800 pessoas. Com uma iluminao especial que torna o cli-ma aconchegante e atraente, o Armazm apostou em construir um camarote luxu-oso que fica em frente ao palco, alm de dispor de uma espaosa pista de dana.

    Fachada luminosa e com plantas ornamentais, banheiros climatizados, se-gurana e atendimento qualificado, alm de estacionamento exclusivo e fechado, com 400 vagas, so ainda caractersticas que completam os atrativos da casa.

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  • 20 | Vilas Magazine - Outubro 2011

    CIDADE

    Maior e melhor estrutura da rede pblica de ensino de Lauro de Freitas, o CAIC sigla de Centro de Atendimento Integrado Criana e ao Adolescente em Itinga, poder voltar a fazer jus ao nome. Parte de um projeto nacional do governo Fernando Henrique Cardoso que beneficiou tambm Lauro de Freitas, o CAIC deixar de abrigar a secretaria municipal de Educao para dar lugar a uma escola pblica de tempo integral j a partir de 2012.

    Numa rea de 30 mil m, Itinga receber tambm a unidade do Instituto Federal destinada a Lauro de Freitas. O local escolhido mesmo o Espao Cidado, uma rea pblica junto ao Parque Santa Rita, em frente Escola Municipal 2 de Julho. Com capacidade para atender 1.200 alunos, o projeto inclui um ginsio de esportes que estar disponvel para a comunidade. O Governo Federal vai investir R$ 10 milhes na unidade.

    Atraindo cerca de 30 mil pessoas, a tradicional Festa de Porto abriu o ciclo de eventos populares de Lauro de Freitas, no primeiro final de semana de outubro. Os blocos Bankoma, Pagodart, O Troco e Gruv Gueto foram algumas das atraes que desfilaram nos trs quilmetros da rua Santo Antnio, a principal do bairro. Dezenove trios e oito blocos garantiram a animao.

    Parte mais tradicional da festa, realiza-da h 30 anos, a Lavagem de Porto deu origem ao evento atual. A ocasio rene baianas, capoeiristas e a comunidade, que desfilam ao som dos tambores do Bankoma e de grupos culturais.

    Este ano, no final do cortejo, o bloco

    A praia de Ipitanga recebeu no dia 18 de setembro a sexta edio da parada gay local. O Grupo Gay de Lauro de Freitas, que organiza o des-file, registrou cerca de 40 mil pessoas atrs de quatro trios eltricos. Tudo comeou h 42 anos, em Manhattan, Nova York. Depois de violenta batida policial no famoso Stonewall Inn, a comunidade homossexual nova-iorquina resolveu insurgir-se, dando origem aos movimentos de defesa dos direitos civis dessa minoria.

    Daquele momento na histria de-correm todos os avanos civilizatrios j registrados nesse setor. Vale destacar a interpretao que o Judicirio vem fazen-do da Constituio, luz da qual nenhum brasileiro tem menos direitos que outro. Em Lauro de Freitas o tema da parada ainda o combate homofobia, quando exigir respeito lei seria mais que suficiente.

    Apesar do vento forte e ameaa de chuva, a populao prestigiou a festa, paga com verbas da prefeitura de Lauro de Freitas. Quatro trios e um palco, DJs e as bandas Nossa juventude, Pegadeira, Zumbahia, 3d, Samba na Cozinha anima-ram a parada.

    Parada gayrene 40 milem Ipitanga

    Uma multido seguiu quatro trios eltricos na sexta

    edio da parada gay local

    Itinga ganha Instituto Federal e escola de tempo integral

    Moema Gramacho aponta rea do futuro Instituto Federal, em Itinga

    Micareta de Porto abre poca de festas populares no municpio

    A espontaneidade dos blocos populares uma das marcas da Micareta de Porto

    Joo Expresso desceu o circuito com mais de mil integrantes. Na frente do So Jorge Filho da Gomia, o vocalista Jadson Ne-ves, do Bankoma, subiu ao trio convidado e fez a mistura ficar mais bonita. O bloco, que home-nageia o homem que implantou a primeira linha de nibus do mu-nicpio, trouxe para a sua o tema da sustentabilidade. A Micareta de Porto seguiu pela tarde com o desfile dos blocos Trilha da Cachaa, Arrasta Rapp, Bloco Mirim, Furaco, P de Samba, Primeiro Beijo e As Perigosas.

    A Lavagem foi idealizada por trs moradores antigos do bairro. Um deles Valmir Pereira dos Santos, 59 anos, atual presidente da Associao de Moradores do Bairro. Hoje, temos 30 anos de lava-gem e 23 anos com a participao dos blocos e trios, recorda.

    Baianas, fanfarras, grupos de capoeira e blocos afros desfilaram ao som do ijex e do samba, no auge da sua micareta. Foram 15 grupos de toda a cidade. O cortejo cultural do domingo foi aberto pelas baianas, capoeiristas e charangas. Na sequncia se misturaram os grupos de dana Aznia, Bankoma, Ax Lata, Zam-bi, Vem Danar, Toque Mania, Atikum, Comando Negro, as fanfarras Renascer do Sol e Renovao da Bahia, e os samba de roda Saia Rendada de Areia Branca e Renascer do Quingoma.

    JOO RAIMUNDO

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    DO

    JOO RAIMUNDO

    PAZA micareta de Porto, que reuniu mais

    de 30 mil pessoas nas ruas do bairro nos trs dias de festa, foi regida pela paz. De acordo com o Major Paulo Sergio Simes Ribeiro, comandante da 81 Companhia da Polcia Militar, de Itinga, no houve nenhuma ocorrncia de grande vulto. Festa tranquila, dentro da normalidade. Para ns, foi muito positiva. Sistema de videomonitoramente reforado com cmaras extras instaladas s para o evento, alm dos policias da 81 CIPM, Polcia de Choque, Cavalaria e Guarda municipal, deram suporte para a tranqui-lidade da festa.

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  • Vilas Magazine - Outubro 2011 | 21

    Desde o ms de setembro, os associados da SALVA Associao de Mo-radores de Vilas do Atlntico, contam com os servios de uma nova empresa de vigilncia, a TOPSEG SEGURANA. Fundada em 2009 e sediada em Lauro de Freitas, foi escolhida pela SALVA pela sua proposta moderna e inovadora. Disposta a oferecer um algo a mais, pelo mesmo custo que as demais empresas de segurana concorrentes. Alm do servio de vigilncia preventiva, a TOPSEG prestar ao associado da SALVA o monitoramento eletrnico residncias, atravs de uma central, localizada na sede e operada 24 horas por profissionais treinados. O monitoramento remoto de alarmes possibilitar que a central de segurana 24 horas inicie procedimentos previamente estabelecidos, tais como, enviando viatura de apoio, acionando atravs de informao, quando for preciso, a polcia, bombeiros, etc. O associado que aderir ao monitoramento remoto de alarme poder contar com um dispositivo, para em situaes de extremo risco, acionar e enviar uma mensagem de prioridade para atendimento.

    Para o associado que j possua o equipamento de monitoramento eletrnico em sua residncia apenas o conectar na central da TOPSEG, sem nus. Para o associado que deseje este servio e no tenha o equipamento, este dever ser adquirido e instalado

    pelo morador, com investimento prprio e orientao da empresa TOPSEG. Este servio de monitoramento pela TOPSEG estar incluso e no acrescer na mensalidade da SALVA.

    A TOPSEG prope tambm que o associado acompanhe e fiscalize cons-tantemente o servio de vigilncia, atravs do sistema de rastreamento (GPS) de seus veculos, que poder ser realizado em casa, pela internet. Para tanto, o associado receber uma senha e um login de acesso pgina da internet.

    Cientes dos desafios enfrentados, mas otimistas em relao aos novos procedimentos de vigilancia implementados, a SALVA solicita a colaborao e a compreenso de todos, lembrando que quanto maior o nmero de associados, menores sero os custos mensais e maiores os benefcios.

    Contamos com mais associados para aumentarmos o nmerode vigilantes. Associe-se! Ligue agora para 3379-1343 ou 3379-2434.

    Salva contrata nova empresa de vigilnciaINFORMATIVO PROMOCIONAL

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  • 22 | Vilas Magazine - Outubro 2011

    COMPORTAMENTO

    Juliana Vines / Folhapress

    Qualquer um que provar um pedao de jil sentir o amar-go em alguns milissegundos. Muitos rejeitaro esse sabor,

    o que uma pena.A cincia pesquisa o tema, mas no

    se sabe ao certo o que faz algum gos-tar ou desgostar de certos alimentos.

    H uma nuvem de fatores que envolvem a degustao, diz o neurofi-siologista brasileiro Ivan Eid de Arajo. Existem os fatores biolgicos -como os receptores gustativos da lngua, o olfato e at a temperatura do alimento-, mas tambm os genticos, pouco conheci-dos, e os socioculturais, muito variveis.

    A quantidade de influncias extra-orais enorme. Crianas que comem com a famlia vrias vezes por semana, por exemplo, se alimentam melhor, diz o especialista, que pesquisador na Universidade Yale (EUA).

    Para complicar, o jeito que cada um processa um gosto influenciado por sensaes psicolgicas e fsicas de prazer. Alguns alimentos ativam regies ligadas sensao de bem-estar. Quanto mais energtica for a comida, mais sentimos prazer. uma questo biolgica, para garantir nossa sobrevivncia, afirma o neuropsiclo-go Paulo Jannuzzi Cunha, do Hospital das Clnicas de So Paulo.

    Sobre o prazer psicolgico, a lgica simples: preferimos alimentos ligados a memrias positivas. E a que o sabor doce sai ganhando: alm de ser energti-co, quase sempre traz boas lembranas. Se no h certeza sobre o porqu das preferncias, uma coisa certa: quanto mais sabores tem uma dieta, melhor.

    Gostos diferentes significam nu-trientes diferentes. Frutas ctricas tm esse sabor por causa do cido ascr-bico, explica a nutricionista Cludia Lobo, autora do livro Comida de Crian-a (MG Editores, 248 pgs., R$ 69,90).

    Protenas e minerais tambm tm gostos prprios.

    EXERCITE A LNGUA A variedade boa no s para o corpo. Cada gosto ativa

    grupos de receptores especficos na lngua e em regies cere-brais distintas.

    Degustar o amargo, o doce e o azedo uma boa maneira de exercitar o crebro, segundo a pesquisadora espanhola Ana San Gabriel, que estuda a fisiologia do sabor. parecido com falar diferente lnguas ou ver diferentes cores.

    San Gabriel coordenadora do Centro de Informao do Uma-

    Um gosto a maisUltrapassar velhas preferncias, variando sabores,

    significa melhorar a qualidade daalimentaoe mandar novos estmulos para o crebro

    CIDO l P r e s e n t e

    nas frutas ctricas, que tm cido as-crbico (vitamina C). O gosto tam-bm est em vina-gres e alimentos industrializados com substncias acidulantes, como balas

    UMAMI lltimo gosto re-

    conhecido cientifica-mente, o sabor das protenas. Est pre-sente em alimentos que tm aminocidos, como o feijo

    DOCE lRelacionado

    energia, est em car-boidratos integrais (cereais e gros), refinados (acar) e frutas. Alimentos mais doces tm maior afinidade com os re-ceptores das papilas gustativas

    SALGADO lO sabor vem

    dos sais minerais, incluindo o cloreto de sdio (sal de cozinha), que so importantes para o equilbrio dos lquidos do corpo

    AMARGO lSabor que re-

    mete a venenos e re-mdios, pouco apre-ciado. diferente do picante, que tambm sentido na lngua, mas no conside-rado um sabor por no ser reconhecido por nenhum receptor gustativo

    EDUARDO KNAPP / FOLHAPRESS

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  • Vilas Magazine - Outubro 2011 | 23

    mi, organizao internacional que divulga o quinto gosto reconhecido pela cincia (alm de doce, salgado, azedo e amargo).

    O gosto umami (que quer dizer sa-boroso em japons) foi reconhecido como tal no comeo dos anos 2000. A descoberta, porm, foi feita h mais de cem anos por um japons que ficou intri-gado com o sabor nico de uma sopa de algas, diferente de tudo que ele conhecia. Ele comeou a pesquisar e descobriu a molcula responsvel por aquele gosto.

    Hoje, o umami definido como o gosto de aminocidos tipo glutamato, presente em protenas. Est entre o salgado e o doce, mas permanece por mais tempo na boca.

    O queijo parmeso curado tem alta concentrao de umami, presente tam-bm em cogumelos, carnes e legumes.

    Para Ricardo Maranho, professor de histria da gastronomia da Universidade Anhembi Morumbi, apesar de o umami ser pouco reconhecido, popular. A comida brasileira tem muito desse gosto. Feijo com carnes embutidas, por exemplo.

    Alm do umami in natura, h produtos industrializados que ganham esse sabor a partir da adio de glutamato monos-sdico. A substncia est presente no trio ketchup, salsicha e macarro instantneo, unanimidade entre as crianas, coitadas.

    EDUCAO DE GOSTO Contra essa armadilha do saboroso

    preciso treinar o paladar infantil. No verdade que as crianas so mais fres-cas do que os adultos para comer, o que acontece que elas so mal acostumadas com o mais fcil.

    Os primeiros alimentos so adocica-dos. Leite da me, mamadeiras prepa-radas com farinhas, papinhas de frutas aguadas e doces, diz a nutricionista Cludia Lobo.

    Perder o costume difcil. Uma forma fazer com que a criana prove de oito a 12 vezes um mesmo alimento preparado de formas diferentes: cozido, grelhado, assado. S assim ela poder dizer se gosta ou no do sabor. Se fizermos isso, a minoria dos alimentos ser rejeitada.

    Se h resistncia a algum sabor, mesmo depois de adulto vale usar o velho truque de enfeitar a comida (um bolinho de espinafre), abusar de temperos naturais e se aproveitar de industrializados que deixam a comida mais gostosa e no so to viles.

    No vejo problemas no uso de tem-peros prontos, maionese ou ketchup, se for para melhorar a variedade da dieta, diz a nutricionista Carolina Godoy. u

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  • 24 | Vilas Magazine - Outubro 2011

    COMPORTAMENTO

    Para fazer batatas chips com sabor de estrogonofe, uma marca de salgadinhos gasta mais de seis meses entre preparar receitas diferentes do prato, degust-las e reproduzir o sabor

    RECEITA

    MACARRO UMAMI

    INGREDIENTES 1 litro de gua fervente; 250 g de espaguete

    integral; 3 dentes de alho em metades; 1 colher (sopa) de sal; 1 xcara de beterraba, cenoura e abobrinha picadas; 1 colher (sopa) de leo; 1 dente de alho amassado; 2 colheres (sopa) de cebola; lata de sardinhas em molho de tomate, escorridas; 1 raminho de tomilho fresco.

    PREPARO Cozinhe o espaguete, o alho, o sal e os le-

    gumes na gua fervente . Refogue o alho amas-sado e a cebola no leo, junte as sardinhas e o tomilho e bata no liquidificador. Devolva a mistura panela e deixe apurar por 2 minu-tos, com um copo da gua do cozimento do macarro. Misture com a massa cozida e sirva.

    Fonte: Cludia Lobo, nutricionista.

    Batatinha sabor strogonofre ou carne assada?

    Pessoas mais velhas ou pacientes de quimioterapia podem perder o prazer pela comida. Isso acontece porque as papilas gustativas deixam de se renovar com a frequncia ideal.

    Para essas pessoas, conhecer o sabor umami pode ser til. A nutricionista Ilana Elman, em sua tese de doutorado, constatou que crianas com dificuldades alimentares so sensveis ao quinto gos-to e aceitam melhor a comida com esse sabor, industrializada ou no.

    Mas o uso exagerado de realadores de gosto esconde o alimento e causa dependncia, alerta a bioqumica e nutri-cionista Lucyanna Kalluf. A pessoa pode s gostar de comer brcolis se for com tempero artificial.

    Para Elman, os industrializados j fa-zem parte da dieta e esse um caminho sem volta, viciamos no sabor e na facilida-de. Para as crianas, ela recomenda o pre-paro mais caseiro de pratos considerados trash food, como hambrguer ou nuggets.

    em laboratrio. Isolamos os gostos para saber em qual momento surge a cremo-sidade do leite, o sabor da carne frita e o gosto do alho, explica Srgio Jlio, diretor da PepsiCo Brasil.

    Depois, os gostos so combinados em essncias naturais e artificiais. J sabemos reproduzir exatamente o sabor do alho, diz. O resultado so sabores complexos, como frango grelhado e carne assada.

    O molho umami do hambrguer da foto acima no tem essncias artificiais ou reala-dores de sabor, segundo o chef de cozinha Marcelo Favaro, do restaurante Amrica. Fizemos uma combinao de alimentos que tm o quinto gosto naturalmente.

    UmamiburgerCebolas, tomaste

    assado, cogumelose crosta de queijo

    ED

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    CARLOS CECCONELLO / FOLHAPRESS

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  • Vilas Magazine - Outubro 2011 | 25

    SOLIDARIEDADE

    Elisabeth Sousa, presidenteda Master Glasses

    O Rotary Club Lauro de Freitas, sob a presidncia do empre-srio Ademilson Mendona, promoveu na manh do dia 1 de outubro, no Restaurante D Meg, a 10 edio do Encontro dos Idosos, direcionado h cento e dez associados da Associao Pr Lar do Idoso, sob a presidncia de Airton Marques.

    O encontro, organizado pelo Ncleo de Senhoras do Ro-tary, tem como objetivos estreitar os laos entre o Rotary e a comunidade, alm de proporcionar momentos de alegria e de confraternizao entre as pessoas da melhor idade.

    Na programao aconteceu apresentao de grupo de samba de roda, cantoria, desfile de Miss Simpatia alm de recital de poesias. Os idosos ganharam brindes e cestas bsicas.

    A iniciativa solidria contou com apoios das empresas Riobel, revista Vilas Magazine, Empresa de Transporte Rio Vermelho, Salva, Restaurante DMeg, DJs Srgio e Hosana, Delicatessen Bella Massa, Lagos Corretora de Seguros, Maison Vilas e Far-mcia Sol Nascente.

    Rotary Club Lauro de Freitas homenageia idososFOTOS: MARIVALDO PAIXO

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  • 26 | Vilas Magazine - Outubro 2011

    GASTRONOMIA

    Crdito da foto: Mikio Okamoto/Divulgao

    O desperdcio de alimentos no acontece apenas no momento em que sobras do prato ou da panela vo para o lixo. Quando compramos ingredientes e no os utilizamos enquanto esto em perfeitas condies, estamos desperdian-do qualidade. Quando no guiamos nossas compras pela poca do ano, o

    desperdcio acontece no bolso. Se preparamos cardpios desequilibrados em termos nutricionais, desperdiamos sade. Se manipulamos nossos ingredientes de maneira inadequada, estamos desperdiando bom-senso.

    A administrao da alimentao em casa mais complexa do que pode parecer. O planejamento do cardpio e uma previso correta de ingredientes e de produtos um bom comeo para elevar o aproveitamento dos alimentos.

    Uma dose de tempo e de energia necessria para garantir a melhor alimentao que a sua casa pode oferecer, mas esse custo baixo quando pensamos no prazer e na sade que essa atitude pe mesa. Veja a seguir algumas receitas com produtos que esto em plena safra e preparados com aproveitamento total.

    Dica Tenha sempre mo um pacote de fub. A polenta pode substituir o arroz e dar cara nova aos pratos.

    Combate ao desperdcioFazer compras inteligentes e um uso racional dos alimentos ajuda a

    economizar; confira receitas preparadas com produtos que esto na safra

    BOLINHO GRELHADODE AVEIA E ESPINAFRE

    Ingredientes 1 cebola picada; 2 dentes de alho

    picados; 3 colheres (sopa) de azeite; Folhas de 1 mao de espinafre picadas; 3 colheres (sopa) de queijo parmeso ralado; 1 xcara (ch) de flocos finos de aveia; 3

    POLENTA COM CARNE-SECAE CROCANTE DE COUVE

    Ingredientes Para a carne-seca 2 colheres (sopa) de

    manteiga; 1/2 cebola pequena; 100 g de carne-seca limpa; Azeite para fritar; 4 folhas de couve; 300 g de polenta cremosa.

    Para a polenta 250 g de farinha de milho moda grossa; 750 g de gua; 650 g de caldo de legumes; 50 g de parmeso; 50 g de manteiga; 1 colher (sopa) de salsa picada; Sal.

    Modo de preparo Carne-seca: aquea a manteiga e refogue a

    cebola cortada em rodelas finas. Junte a carne-seca e salteie at que fique bem sequinha. Se-paradamente, frite a couve (cortada bem fininha) em abundante azeite quente (por imerso) e no deixe que escurea. Passe no papel-absorvente para retirar o excesso de gordura.

    Polenta: misture a farinha de milho gua (fria) aos poucos, leve ao fogo e, sempre mexendo, deixe chegar fervura. Diminua o fogo e continue misturando por mais 40 minutos, acrescentando mais gua e/ou caldo quentes quando necessrio. Finalize com a manteiga, o parmeso e a salsa. Coloque a carne-seca e a couve sobre a polenta cremosa e sirva bem quente.

    Dica Se quiser fazer polenta com rapidez, use as farinhas para polenta pr-cozidas e siga as instrues do fabricante para o cozimento.

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  • Vilas Magazine - Outubro 2011 | 27

    BATATAS AO MURRO

    Ingredientes 4 batatas grandes; 1 colher (ch) de sal grosso; 4 colheres (sopa)

    de azeite de oliva; 2 ramos de alecrim fresco.

    Modo de preparo Lave bem as batatas e seque, sem retirar a casca. Coloque as bata-

    tas em uma panela, cubra com gua e cozinhe at que fiquem macias (cerca de 50 minutos). Escorra as batatas. Estenda um pano de prato sobre uma mesa. Disponha as batatas sobre ele. Cubra com outro pano de prato e d um murro em cada uma. Coloque as batatas em uma frma refratria. Salpique o sal grosso, espalhe o alecrim, regue com o azeite e leve ao forno na funo gratinar. Deixe at que as batatas fiquem ligeiramente douradas e sirva-as bem quentes

    Dica Essas batatas so um timo acompanhamento para carnes, aves e peixes.

    PUDIM DE CLARAS

    Ingredientes Calda: 2 xcaras (ch) de acar; 1/4 xcara

    (ch) de gua.

    Pudim: 1 1/2 xcara (ch) de claras em tem-peratura ambiente; 1 1/2 xcara (ch) de acar; Raspas limo a gosto.

    Modo de preparo Calda: coloque o acar na frma para pudim.

    Leve ao fogo e, quando dourar, junte a gua. Abaixe o fogo e deixe ferver at obter uma calda. Espalhe pela lateral da frma.

    Pudim: coloque 1 xcara do acar e as claras em uma panela. Misture bem. Leve ao fogo baixo e continue mexendo at que o acar fique comple-tamente incorporado s claras, mas no deixe que a temperatura suba para no cozinhar as claras. A operao estar terminada quando uma espuma for formada na superfcie da mistura. Trabalhe a preparao na batedeira at que as claras estejam em ponto de neve firme. Acrescente a 1/2 xcara de acar restante e as raspas de limo. Bata apenas o suficiente para incorporar.

    Montagem: coloque as claras batidas na frma de pudim com a calda de acar e leve ao forno mdio, preaquecido em banho-maria, por cerca de uma hora.

    claras em neve; 1 co-lher (caf) de fermento qumico em p; Sal e noz-moscada a gosto.

    Modo de preparo Aquea bem uma

    frigideira e refogue a cebola e o alho no azeite. Junte o espi-nafre e refogue-o at murchar e secar a gua do fundo da fri-gideira. Deixe esfriar.

    Transfira a preparao para uma tigela, acres-cente o restante dos ingredientes e misture bem. Divida a massa em 15 pores iguais e achate-as como um hambrguer de 5 cm de dimetro. Aquea uma frigideira antiaderente e grelhe os bolinhos dos dois lados, at ficarem dourados. Sirva em seguida.

    Dica Use as folhas e os talos do espina-fre, que pode ser substitudo por agrio ou por couve-manteiga.

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  • 28 | Vilas Magazine - Outubro 2011

    SADE & BEM-ESTAR

    O Viagra e outras drogas do g-nero esto longe de resolver todos os problemas sexuais masculinos, afirma um grupo de

    mdicos nos EUA. Ao analisar dados obtidos com mais

    de 12 mil homens que participaram de testes de remdios para disfuno ertil, os pesquisadores verificaram que mesmo os que tinham problemas muito leves de ereo muitas vezes tinham dificuldades de ejaculao ou sofriam para atingir o orgasmo.

    Os dados sugerem que os proble-mas sexuais masculinos transcendem a disfuno ertil, escrevem os autores do estudo, liderados por Darius Paduch e Alexander Polyakov, da Faculdade Mdi-ca Weill Cornell.

    Os homens estudados vivem em todos os continentes menos a frica. Os dados foram colhidos durante testes clnicos da droga tadalafila, cujo nome comercial Cialis. Seu mecanismo para enfrentar problemas de ereo lembra muito o do Viagra.

    No total, 65% dos homens com dis-funo ertil tambm no conseguem ter orgasmo (mesmo tendo sucesso na ereo), enquanto 58% tm problemas de ejaculao. Alis, 15,6% dos homens que ejaculam normalmente dizem que o evento no acompanhado da sensao de orgasmo.

    preciso lembrar que se trata de uma

    Disfuno ertil tambm impede orgasmolMais de 50% dos que tomavam remdio para ereo em teste no atingiam clmax ou tinham problema para ejacular

    Tels.: 8876-1332 / 3369-2011

    lEstudo feito com 12 mil homens do mundo todo sugere mudana de foco sobre doenas sexuais masculinas, diz grupo

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  • Vilas Magazine - Outubro 2011 | 29

    amostra viciada. Esses homens j tinham problemas de ereo, destaca o urologista Sidney Glina, do Hospital Ipiranga e da Faculdade de Medicina do ABC.

    De fato, segundo Glina, os fenmenos da ereo, do orgasmo e da ejaculao no esto necessaria-mente ligados. Paraplgicos podem ter orgasmo sem ereo, e um camarada muito ansioso pode ejacular sem orgasmo.

    O grupo da Weill Cornell sugere que seria interes-sante buscar drogas que atuem diretamente sobre o orgasmo.

    Mas, para o urologista Carlos Alberto Bezerra, tambm da Faculdade de Medicina do ABC, a expe-rincia clnica mostra que muitos homens no chegam ao clmax por falta de desejo pela parceira. preciso tratar o relacionamento tambm, com psicoterapia, por exemplo, diz ele.

    Reinaldo Jos Lopes / Folhapress

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  • 30 | Vilas Magazine - Outubro 2011

    LITERATURA

    Mrcia Tude escritora,produtora cultural e empresria

    dos ramos livreiro e editorial.

    Fontes: Veja, Bravo e PiauSites: www. Ipm.com.br publishnews.com.br

    com questionamentos pecu-liares aos seres pensantes que Martha Medeiros apre-senta, em novo livro lanado

    pela LPM, o seu olhar em relao aos sentimentos que permeiam o incons-ciente coletivo da sociedade contem-pornea: A vida no um question-rio de Proust. Voc no precisa ter que responder ao mundo quais so suas qualidades, sua cor preferida, seu prato favorito, que bicho seria. Que mania de se autoconhecer. Chega de se autoconhecer. Voc o que , um imperfeito bem-intencionado e que muda de opinio sem a menor culpa.

    Em Feliz por Nada (o ttulo surgiu numa troca de e-mails com uma gran-de amiga), a experiente romancista, cronista e poeta, que j teve obras adaptadas para o cinema, para a tev e para o teatro, parece conversar com os leitores como se fosse uma amiga de longos tempos, revelando e materializando as angstias e os anseios da sociedade ps-tudo, que vive encarcerada entre desejo de ser quem se e os aspectos limitadores do tempo.

    Nesta coletnea de mais de oitenta crnicas, publicadas originalmente nos jornais Zero Hora e O Globo, de onde colunista, Martha Medeiros retrata as-suntos muito comuns e ao mesmo tempo muito complexos para o leitor. Afinal, a simplicidade com a qual a autora escreve, retratando o cotidiano e a fluncia do pen-samento atravs da emoo presente em sua opinio, to coerente que assusta. Martha tem o dom para aproximar assun-tos por vezes fugidios como prprio do cotidiano de questes universais, como o amor, a famlia e a amizade, es-tabelecendo cadeias de reconhecimento para o leitor, como ao falar de Deus, dos romances antigos e novos, da mulher, de escritores e cineastas que so imortais, de se perder e se reencontrar, do que a vida oferece e, muitas vezes, deixa passar. Feliz por nada, afirma Martha

    Medeiros, fazer a opo por uma vida conscientemente vivida, mais leve, mas nem por isso menos visceral. Dessa for-ma, quando uma pessoa exclama Estou to feliz!, porque engatou um novo amor, conseguiu uma promoo, ganhou uma bolsa de estudos, perdeu os quilos que precisava ou algo do tipo. H sempre um porqu. Martha costuma torcer para que essa felicidade dure, sabendo que as novi-dades envelhecem e que no seguro se sentir feliz apenas por algo. Muito melhor ser feliz por nada, sem ficar se cobrando desumanamente.

    Um livro para ser lido a qualquer tem-po, demonstrando a capacidade da escri-tora em transformar, tanto o seu quanto o universo do leitor numa saborosa crnica. Mas no estando alegre, possvel ser feliz tambm. No estando realizado, tambm. Estando triste, felicssimo igual. Porque felicidade calma. Conscincia.

    ter talento para aturar o inevitvel, tirar algum proveito do imprevisto, ficar debochadamente assombrado consigo prprio: como que eu me meti nessa, como que foi acontecer comigo? Pois , so os efeitos colaterais de se estar vivo. Benditos os que conseguem se deixar em paz. Os que no se cobram por no terem cumprido suas resolues, que no

    se culpam por terem falhado, no se torturam por terem sidos contradit-rios, no se punem por no terem sido perfeitos. Apenas fazem o melhor que podem. (trecho do livro).

    UM POUCO MAISSOBRE A AUTORAMartha Medeiros (1961) gacha

    de Porto Alegre, onde reside desde que nasceu. Fez sua carreira pro-fissional na rea de Propaganda e Publicidade, tenho trabalhado como redatora e diretora de criao em vrias agncias daquela cidade. Em 1993, a literatura fez com que a autora, que nessa ocasio j tinha publicado trs livros, deixasse de lado essa carreira e se mudasse para Santiago do Chile, onde ficou por oito meses apenas escrevendo poesia.

    De volta ao Brasil, comeou a colaborar com crnicas para o jornal Zero Hora, de Porto Alegre, onde at hoje mantm coluna no caderno ZH Donna, que circula aos domingos, e outra s quartas feiras no Segundo Caderno. Escreve, tambm, uma co-

    luna semanal para o stio Almas Gmeas e colabora com a revista poca.

    Seu primeiro livro, Strip-Tease (1985), Editora Brasiliense - So Paulo, foi o primeiro de seus trabalhos publicados. Seguiram-se Meia noite e um quarto (1987), Persona non grata (1991), De cara lavada (1995), Poesia Reunida (1998), Gerao Bivolt (1995), Topless (1997) e Santiago do Chile (1996). Seu livro de cr-nicas Tem-Bala (1999), j na 9. Edio, foi adaptado com sucesso para o teatro, sob direo de Irene Brietzke.

    A autora casada e tem 2 filhas.

    Viver Feliz por Nada,assim como Martha Medeiros

    Mrcia Tude | Especial para a Vilas Magazine

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  • Vilas Magazine - Outubro 2011 | 31

    FICO1 A Tormenta de Espadas George R. R. Martin / Leya Brasil.2 A Guerra dos Tronos George R. R. Martin / Leya Brasil.3 A Fria dos Reis George R. R. Martins / Leya Brasil.4 A Cabana William Young / Sextante.5 Paixo Lauren Kate / Galera Record.6 gua para Elefantes Sara Gruen / Sextante.7 Filhos do den Eduardo Spohr / Verus.

    NO FICO

    1 Guia Politicamente Incorreto da Amrica Latina Leandro Narloch e Duda Teixeira Leya Brasil.

    2 Feliz por Nada Martha Medeiros / L&PM.

    3 Guia Politicamente Incorreto da Histria do Brasil Leandro Narloch / Leya Brasil.

    4 1822 Laurentino Gomes / Nova Fronteira.

    5 1808 Laurentino Gomes / Planeta.

    6 Os ltimos Soldados da Guerra Fria Fernando Morais / Companhia das Letras.

    7 Saga Brasileira Miriam Leito/ Record.

    AUTO AJUDA E ESOTERISMO1 gape Padre Marcelo Rossi / Globo.

    2 A Vida Sabe o que Faz Zibia Gasparetto / Vida & Conscincia.

    3 Tempo de Espera Padre Fbio de Melo / Planeta.

    4 Mulheres Inteligentes, Relaes Saudveis Augusto Cury / Academia de Inteligncia.

    5 Problemas? Oba! Roberto Shinyashiki / Gente.

    6 Niettzsche para Estressados Allan Percy / Sextante.

    7 O Monge e o Executivo James Hunter / Sextante.

    OS MAIS VENDIDOS

    Jos Nilton Carvalho Pereira professor de lngua portuguesa, literatura e redao,conselheiro estadual de educao durante 15 anos, membro da Academia Baiana

    de Educao e diretor do Colgio Apoio de Vilas do Atlntico.

    ENVIE SUA DVIDA PARA [email protected]

    Lngua Portuguesa na PrticaJos Nilton Carvalho Pereira

    1. Preliminar: histrico das reformas ortogrficas na Lngua Portuguesa

    a) Do sculo XIII a meados do XVI: ortografia fontica;

    b) Do sculo XVI ao incio do sculo XX: ortografia etimolgica (ou pseudoetimolgica): influncia inicial do Renascimento e dos estu-dos humansticos (mantinham-se as grafias de origem grega ch, ph, rh, th e y (archiduque, pharmcia, rhetrica, theatro, estylo) e as de origem latina: ct, gm, gn, mn, mpt (aucthor, fruc-to, phleugma assignatura, damno, prompto...);

    c) Aps a implantao da Repblica (5/10/1910), Portugal nomeou uma comisso de notveis (Aniceto dos Reis Gonalves Viana, Carolina Michalis, Cndido de Figueiredo, Adolfo Coelho, Leite de Vasconcelos, entre outros, para estabelecer uma ortografia simplifi-cada, afinal oficializada por portaria de 1/9/1911;

    d) Essa reforma fez desaparecer muitas consoantes dobradas e grupos como ph, th, rh e representou um retorno ortografia fontica medieval, porm com uniformidade de aplicao;

    e) O no-envolvimento brasileiro na reforma portuguesa implicou a existncia de duas ortografias diferentes: o Brasil continuou com a velha ortografia pseudoetimolgica;

    f) Aps sete anos de discusso, acordo preliminar entre a Academia das Cincias de Lisboa e a Academia Brasileira de Letras permitiu implantar, no territrio nacional, a partir de 1931, a reforma portuguesa de 1911, iniciando-se o processo de convergncia da ortografia dos dois pases;

    g) Surgem os vocabulrios ortogrficos: Academia de Cincias de Lisboa, 1940; Academia Brasileira de Letras, 1943. Nova conveno originou o Acordo Ortogrfico de 1945, que se tornou lei em Portugal, mas no foi ratificado pelo Congresso brasileiro. Assim, em nosso pas, o regulamento con-tinuou sendo o Vocabulrio Ortogrfico de 1943, editado pela multicidada Academia;

    h) A Lei n.o 5.765, de 18/12/1971, aboliu o acento grave - exceto na crase - alm de um caso de trema (sadade - como licena potica) e o acento diferencial circunflexo (acrto - acerto; acrdo -acordo), sempre que houvesse oposio de timbre. Algumas excluses ficaram registra-das (pr - verbo; por - preposio) e a exceo (ele pode - presente; ele pde - passado);

    i) finalmente, adveio o atual Acordo Or-togrfico, em gestao desde 1990, previsto para entrar em vigor a partir de 1/1/1994, e

    A nova reforma ortogrfica da lngua portuguesa (1)que s recentemente passou a ser oficializado no Brasil, com prazo de quatro anos para implantao obrigatria. (Fonte: Whikpedia).

    2.1 Por que um hiato de mais de 20 anos para a Reforma entrar em vigor?

    lOs oito pases da CPLP (Comunidade de Pases de Lngua Portuguesa) deveriam ratificar o Acordo, mas as constantes guerras civis impediram alguns pases africanos de faz-lo. Os chefes de estado da CPLP, em meados de 2004, decidiram que bastaria a concordncia de apenas trs pases-mem-bros para a implantao das mudanas;

    lAto contnuo, Brasil, Portugal e Cabo Verde assinaram esse Protocolo. A partir de 2004, outros pases africanos, como So Tom e Prncipe, validaram as mudanas. Posteriormente, Portugal retirou a adeso, mas seu Conselho de Ministros reti-ratificou-a em maro de 2008. O Brasil, por diplomacia, esperou o apoio de Portugal;

    lA atual Reforma Ortogrfica implicou simplificao, mesmo sem unificar o vo-cabulrio usado na comunidade lusfona. Basta lembrar que, no Brasil, as mudanas na escrita limitam-se a 0,5% das palavras correntes; em Portugal, em torno de 1,6%.

    2.2 Ato solene para implantar nova Reforma Ortogrfica e seus efeitos

    lO presidente Lus Incio Lula da Silva, associando a nao brasileira s comemo-raes pr-Machado de Assis, houve por bem oficializar o Acordo (Decreto 6.583, de 29/9/08) em sesso solene da Academia Brasileira de Letras, na data do centenrio de morte do bruxo do Cosme Velho;

    lLivros didticos adaptados nova Re forma chegaro s escolas pblicas a partir de 2010, mas o MEC promete levar aos alunos da rede dicionrios j atualizados, at o fim de 2009;

    lAs mudanas ortogrficas estaro em vigor, de forma facultativa, durante um pouco mais de quatro anos, tornando-se obrigatrias a partir de 1.o de janeiro de 2013;

    lAt dezembro de 2012, a forma vigente de escrita ser admitida em concursos pbli-cos, vestibulares, provas escolares, livros, rgos de imprensa, etc.

    lO Brasil o primeiro pas a implementar a Reforma, mas as novas regras sero aceitas em todas as naes lusfonas: Angola, Brasil, Cabo Verde, Guin-Bissau, Moambique, Portugal, So Tom e Prncipe, alm de Timor Leste.

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  • Quero que meus filhos es-tudem numa boa escola. E quem no quer?A pergunta ... Boa esco-

    la para quem? O que faz com que uma escola seja classificada como boa e outra no? Acabamos de ver os resultados do ENEM. Alis, muito a melhorar, ainda: apenas 6% das escolas ficaram acima de 600 (patamar equivalente mdia das escolas da OCDE Organizao para Co-operao e Desenvolvimento Econmico). Mas no vamos pensar no ruim, no que no deu certo de acordo com os critrios do tal exame; importante analisar o que d resultado e quais os caminhos viveis para atingi-lo.

    Lendo o ranking das escolas, vemos, dentre as que obtiveram melhores resul-tados, tanto escolas bem tradicionais, quanto outras mais progressistas. E a, qual o caminho para o sucesso escolar e, se tudo der certo, profissional? focar os objetivos na transmisso de contedos conceituais, informaes ou investir no desenvolvimento de competncias? escola puxada, que obriga o estudante a aprender o que ele no tem o menor interesse nem v possibilidade de aplicao - em saber naquele momento, mas que ser til ao prestar exames que abriro portas ou a que visa aprofunda-mento e aplicao de conhecimentos selecionados? a que usa tecnologia de ponta com lousa inteligente nas mos do professor e palm nas dos alunos ou a que investe na formao do corpo docente?

    a que segue as ltimas tendncias peda-ggicas? A que promove festas, eventos e exposies ou a que foca o processo na sala de aula? a que tem poucos alunos por sala para que seja vivel um atendi-mento personalizado ou a com muitos alunos por classe porque isso atesta o sucesso da instituio?

    Uma vez, assisti a uma palestra de um genial educador espanhol. Ele dizia que, h tempos, tinha-se um planejamento com coisas a serem ensinadas, basicamente informaes e fatos, tal como a maneira de classificar seres vivos, o peso atmico de elementos, reconhecer e definir tipos de predicados, enumerar os afluentes da margem esquerda do rio Amazonas, citar os magistrados da Repblica Romana...

    Depois, pensou-se melhor e ampliou-se o objetivo: notamos que tambm devamos ensinar a fazer coisas, assim como estudar, pesquisar, opinar, usar rgua, usar calculadora, apreciar arte, analisar filme, trabalhar em grupo, redigir um editorial, posicionar-se e argumentar logicamente, ouvir e respeitar opinies diversas da prpria, organizar eventos... E claro que o ano no se expandiu, portanto, aquele primeiro currculo, o de coisas (conceitos e informaes), deve-ria ser encurtado para que pudssemos tambm ensinar a fazer (habilidades e competncias).

    Algum tempo depois, comeamos a entender que ensinar coisas e a fazer coisas ainda no era suficiente. Necess-rio era tambm fazer intervenes e criar

    ENEM, aprendizagens & escolhas

    Lilian Silva licenciada e bacharel em Histria pela USP, professora da rede

    pblica e privada de Ensinos Fundamental e Mdio. Publicou colees didticas de Portugus Interao & Transformao

    pela Editora do Brasil e de Histria Histria da Bahia pela Editora tica

    ([email protected]).

    EDUCAO

    situaes no sentido de ensinar a ser e a conviver, ou seja, ser tico, valorizar a diversidade, exercer a cidadania, sentir-se parte integrante e atuante do grupo, ter e vivenciar a conscincia ecolgica e por ai vai... bvio que o ano no se expandiu, de forma que aquele primeiro currculo - o de coisas - teve, novamente, que ser encurtado.

    Sbio educador, aquele!! Notou que h caminhos diversos e opes distintas equilibrando ou no informao e formao.

    Retomemos ento a questo inicial: qual a boa escola?

    A boa escola a que tem valores se-melhantes aos seus, pais. A boa escola aquela que os pais apiam e confiam. Se papai e mame desejam que filhote saiba muita coisa, melhor optar por es-cola que no passou nem pela primeira reforma do currculo. Se papai e mame desejam prole que saiba sobreviver num mundo cujo saber socialmente constru-do dobra a cada par de anos e que a criana pode vir a trabalhar em profisso que ainda nem foi inventada, melhor procurar instituio que ensine a pessoa a aprender autonomamente. Importante: nenhum educando consegue valorizar o conhecimento adquirido e construdo em instituio que desqualificada pelos pais. E isso acaba at resvalando para o autoconceito do estudante: se to ruim, por que eu estudo l?

    Em qualquer caso, resultados do ENEM ajudam muito!! - na deciso. Leia as provas, as notas em cada rea das escolas que obtiveram resultados relevantes. Informe-se... Necessrio analisar todos os dados, da mdia geral aos desempenhos em cada rea (http://saber.folha.com.br/2010/enem/ranking).

    Afinal, outubro, hora de fazer a ma-trcula para 2012!

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  • Esto abertas at o dia 20 as ins-cries para a sexta edio do Festival Nacional Ipitanga de Teatro (FIT), que ser realizado de 21 a 26 de novembro. A ficha de inscrio e o regulamento po-dem ser solicitados por meio do e-mail: [email protected]

    De acordo com Duzinho Nery (foto), diretor da Sociedade Cultural Tvola, responsvel pelo FIT, em 2011 o festival

    CULTURA

    Inscries para o FIT 2011esto abertas at o dia 20

    prioriza o debate sobre a realidade do teatro brasileiro, as polticas pblicas apli-cadas nas cidades e estados dos grupos participantes e o processo criativo das montagens.

    Nery promete que as categorias de teatro de rua, teatro adulto e teatro in-fantil vo tornar o FIT ainda mais plural, democratizando o acesso do pblico com entradas gratuitas para os espetculos de rua, e ingressos a preos populares, para os espetculos apresentados no Cine Teatro de Lauro de Freitas. Toda a renda dos espetculos infantis ser destinada ao Grupo de Apoio Criana com Cncer (GACC), de Salvador.

    Uma das novidades desta edio est na ajuda de custo que o FIT destinar aos grupos de outros estados, contribuindo

    para a sua locomoo at Lauro de Frei-tas. O festival continua a ser competitivo e premiar os destaques nas diversas categorias com prmios em dinheiro.

    O Festival Nacional Ipitanga de Teatro conta com o apoio financeiro do governo da Bahia, da prefeitura de Lauro de Frei-tas e da Fundao Cultural do Estado da Bahia (Funceb). Mais informaes podem ser obtidas na Sociedade Cultural Tvola, por meio dos telefones (71) 9115-4462 e (71) 8704-3494.

    Inscreva-se J:Salvador: (71) 3616 2000

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    vivA bem

    Problema na viso e dor decabea podem indicar AVC

    Doena uma das que mais matam no Brasil; tcnico

    Ricardo Gomes se recuperade tipo mais grave

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  • Vilas Magazine - Outubro 2011 | 35

    Uma das doenas que mais ma ta no pas, o AVC (acidente vascular cerebral) tambm a principal causa de incapacidade no mun-do, segundo a OMS (Organizao Mundial

    de Sade). Segundo dados do Ministrio da Sade, somente em 2008, 70.232 pessoas morreram vtimas dos dois tipos de AVC isqumico ou hemorrgico no Brasil. O SUS (Sistema nico de Sade) registrou, em 2009, cerca de 170 mil internaes por AVC.

    Em agosto, Ricardo Gomes, 46 anos, tcnico do Vasco, sofreu um AVC hemorrgico beira do campo, quando comandava o time num jogo contra o Flamengo.

    Menos comum, o AVC hemorrgico (quando um vaso do crebro se rompe) tem altos ndices de mor-talidade e requer atendimento imediato. Na maioria das vezes, como no caso de Gomes, preciso uma neurocirurgia para drenar o sangue, aliviando a pres-so na caixa craniana.

    Por ser uma doena silenciosa (veja quadro), a preveno a melhor estratgia. preciso ficar atento e tentar controlar os fatores de risco, que so colesterol alto, diabetes, hipertenso, problemas cardacos, alcoolismo, fumo, entre outros, explica Salomon Rojas, coordenador da UTI Neurolgica da Beneficncia Portuguesa.

    (Fabio Saraiva / Folhapress)

    ViSo Um AVC pode danificar partes do crebro que recebem, processam e interpretam informao que os olhos emitem. Algumas vezes, pessoas que sofreram um AVC podero ter viso dupla ou perder metade do seu campo de viso - podem ver tudo para um lado, mas so cegos do outro. Isto pode causar alguma atrapalhao e evidente comportamento estranho (tal como no comer a comida de um lado do prato).

    PercePo e interPretao As pessoas podero ter dificuldade em reconhecer objectos familiares ou saber como os usar. Tambm podero ter problemas com algumas capacidades, por exemplo como dizer as horas j que o crebro no consegue interpretar o que os olhos vem.

    eqUilbrio A perda de equilbrio pode ser causada por danos na parte do c-rebro que controla o equilbrio. Ou pode acontecer devido paralisia consequente da fraqueza muscular.

    engolir Cerca de 50% das pessoas tm dificuldades de deglutio aps o AVC (disfagia). Isto pode ser perigoso se os alimentos forem pelo sentido errado e descerem pela traqueia. Algumas pessoas podero necessitar de espessantes para auxiliar a sua alimentao durante algum tempo.

    Sono e canSao A maioria das pessoas sofrem de um cansao extremo (fadiga) nas primeiras semanas aps o AVC. Muitas tambm tm dificuldades de sono, o que as faz sentirem ainda mais cansadas.

    DiScUrSo e lingUagem Muitas pessoas sofrem de problemas de discurso e compreenso, e de leitura e escrita. Esta dificuldade com a linguagem designa-se de disfasia (tambm conhecida por afasia). Quando uma pessoa tem dificuldades em perceber o que lhe est a ser dito, sofre de disfasia de recepo. Algumas vezes, uma pessoa pode perceber o que lhe est a ser dito mas no consegue encontrar as palavras certas para expressar o que quer dizer - neste caso sofre de disfasia de expresso. Normalmente as pessoas sofrem de um misto destes tipos de disfasia. A disfasia mais comum nas pessoas que sofreram um AVC no lado esquerdo do crebro.

    ProblemaS comUnS

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    beLeZA & eSTTiCA

    escovar os dentes aps as refeies uma lio que se aprende na infncia, mas esse processo de hi-giene ganhou, ao longo dos anos,

    muitos aliados. Um deles o enxaguante bucal, com vrias verses e sabores que tm o poder de auxiliar no combate s bac-trias que atacam os dentes e as gengivas.

    Os enxaguantes, de um modo geral, trazem benefcios, pois previnem o apa-recimento de cries e ajudam a diminuir as bactrias que provocam a gengivite, explica Felipe Arcas, consultor da Asso-ciao Brasileira de Odontologia.

    Segundo o especialista em periodontia Daniel Vasconcellos, esse produto pode ser usado mais de uma vez por dia, mas alguns detalhes devem ser observados antes da aquisio do enxaguante. Ele pode ser usado aps as trs refeies. [Ao comprar], no entanto, importante checar se ele tem flor e se no contm lcool.

    A dentista Renata Mendes recomen-da esses produtos para seus pacientes

    Alm da escovao

    em casos especficos. Costumo indicar enxaguatrios aps cirurgias, limpezas, casos de alta incidncia de crie e para pacientes que esto fazendo tratamento de clareamento dental ou para a manu-teno do clareamento.

    Para quem acredita que os enxaguantes podem substituir a escovao, a endodon-tista Tatiane Gonalves deixa um recado: Os enxaguantes bucais no substituem a escovao. A escovao e o fio dental so os mtodos mais eficazes para a limpeza dos dentes. Os enxaguantes no so es-senciais sade oral e devem ser apenas coadjuvantes na higiene bucal.

    (Paula Felix / Folhapress)

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