56
CENOFISCO MANUAL Prático da Substituição TRIBUTÁRIA Livro I – Parte Teórica Livro I – Parte Teórica Capítulo I Conceitos Básicos sobre o Regime da Substituição Tributária Capítulo II Responsabilidade pela Retenção e Recolhimento do ICMS Capítulo III Inaplicabilidade do Regime de Substituição e Antecipação Tributária Capítulo IV Base de Cálculo Capítulo V Cálculo do Imposto Capítulo VI Procedimentos Fiscais – Operações Internas Capítulo VII Procedimentos Fiscais – Mercadorias Relacionadas nos Arts. 313-A a 313-Z do Ricms-SP Recebidas de Outra Unidade da Federação sem a Retenção do Imposto Capítulo VIII Procedimentos Fiscais – Demais Mercadorias Recebidas de Outra Unidade da Federação sem a Retenção do Imposto Capítulo IX Crédito do Imposto Capítulo X Ressarcimento e Complemento do Imposto Capítulo XI Levantamento do Estoque

VI_LI_Teoria_46-14

Embed Size (px)

DESCRIPTION

VI_LI_Teoria_46-14

Citation preview

  • CENOFISCO

    Manual

    Prtico da SubstituioT r i b u T r i a

    Livr

    o I

    P

    arte

    Te

    rica

    livro I Parte Terica Captulo I

    Conceitos Bsicos sobre o Regime da Substituio Tributria

    Captulo IIResponsabilidade pela Reteno e Recolhimento do ICMS

    Captulo IIIInaplicabilidade do Regime de Substituio e antecipao Tributria

    Captulo IVBase de Clculo

    Captulo VClculo do Imposto

    Captulo VIProcedimentos Fiscais Operaes Internas

    Captulo VIIProcedimentos Fiscais Mercadorias Relacionadas nos arts. 313-a a 313-Z do Ricms-SP Recebidas de Outra unidade da Federao sem a Reteno do Imposto

    Captulo VIIIProcedimentos Fiscais Demais Mercadorias Recebidas de Outra unidade da Federao sem a Reteno do Imposto

    Captulo IXCrdito do Imposto

    Captulo XRessarcimento e Complemento do Imposto

    Captulo XIlevantamento do Estoque

  • ILivro I Parte Terica

    Sumrio

    Atualizao Remessa Data

    Sumrio

    CAPTULO ICONCEITOS BSICOS SOBRE O REGIME DA

    SUBSTITUIO TRIBUTRIA

    1. Introduo ....................................................................... 1

    2. Base Legal....................................................................... 12.1. Substituio Tributria nas Operaes Internas...... 12.2. Substituio Tributria nas Operaes Interes-

    taduais..................................................................... 22.2.1. Convnios .................................................... 22.2.2. Protocolos .................................................... 22.2.3. Concluso .................................................... 2

    3. Substituio Tributria Conceito ............................... 33.1. Atribuio de Responsabilidade a Terceiro Contri-

    buinte....................................................................... 3

    4. Conceito de Contribuinte Substituto e Substitudo .... 34.1. Contribuinte Substituto Tributrio ............................ 34.2. Contribuinte Substitudo Tributrio .......................... 3

    5. Modalidades de Substituio Tributria....................... 35.1. Substituio Tributria Antecedente ou Para Trs 3

    5.1.1. Esquema Prtico da Substituio TributriaPara Trs.................................................... 4

    5.2. Substituio Tributria Concomitante...................... 45.2.1. Esquema Prtico da Substituio Tributria

    Concomitante............................................... 45.3. Substituio Tributria Subsequente ou Para

    Frente ..................................................................... 55.3.1. Esquema Prtico da Substituio Tributria

    Subsequente ou Para Frente..................... 5

    CAPTULO IIRESPONSABILIDADE PELA RETENO E

    RECOLHIMENTO DO ICMS

    1. Simples Nacional............................................................ 51.1. Excluso da Substituio Tributria do Regime do

    Simples Nacional..................................................... 51.2. Sujeio ao Regime Normal do ICMS Substituio

    Tributria.................................................................. 6

    2. Substituio Tributria nas Sadas Interestaduais ..... 62.1. Conhecendo a Legislao do Estado de Destino ... 62.2. Funcionamento na Prtica ...................................... 7

    3. Sadas Internas Produtos Relacionados nosArts. 313-A a 313-Z do RICMS-SP ................................. 73.1. Produtos Constantes nos Arts. 313-A a 313-Z do

    RICMS-SP............................................................... 73.2. Recolhimento do ICMS Substituio Tributria na

    Importao .............................................................. 8

    4. Sadas Internas Demais Produtos ............................. 84.1. Demais Produtos Sujeitos Substituio Tributria 84.2. Recolhimento do ICMS Substituio Tributria na

    Importao .............................................................. 8

    5. Antecipao Tributria Art. 426-A do RICMS-SP Recebimento de Outra Unidade da Federao sem aReteno do Imposto ..................................................... 85.1. Responsabilidade pela Antecipao ....................... 9

    5.1.1. Momento de Recolher o ICMS Antecipao 95.2. Armazm-Geral Depositante em Outra Unidade

    da Federao .......................................................... 9

    6. Recebimento de Outra Unidade da Federao sem aReteno do Imposto Produtos no Relacionadosnos Arts. 313-A a 313-Z do RICMS-SP.......................... 96.1. Observando a Regra do Prprio Artigo................... 96.2. Momento de Recolher o ICMS Antecipao ........... 9

    7. Quadro Resumo Responsabilidade........................... 9

    8. Centros de Distribuio Responsabilidade .............. 10

    CAPTULO IIIINAPLICABILIDADE DO REGIME DE SUBSTITUIO

    E ANTECIPAO TRIBUTRIA

    1. Sadas Internas ............................................................... 101.1. Adquirente Consumidor ou Usurio Final ............... 10

    2. Sadas Interestaduais..................................................... 102.1. Conhecendo a Legislao do Estado de Destino ... 11

    3. Recebimento de Outra Unidade da Federao sem aReteno do Imposto ..................................................... 113.1. Produtos Constantes nos Arts. 313-A a 313-Z do

    RICMS-SP............................................................... 113.2. Demais Produtos..................................................... 11

    CAPTULO IVBASE DE CLCULO

    1. Introduo ....................................................................... 11

    2. Base de Clculo.............................................................. 11

    27/12/11 33 2a.

  • II

    Livro I Parte Terica

    Sumrio

    Atualizao Remessa Data 27/12/11 33 4a.

    2.1. Fixada ou Autorizada por Autoridade Competente . 112.1.1. Sugerida pelo Fabricante ou Importador ..... 12

    3. Mdia Ponderada............................................................ 12

    4. Margem de Valor Agregado (MVA) ou ndice de ValorAdicionado Setorial (IVA-ST)......................................... 124.1. Impossibilidade de Incluso dos Valores de Frete,

    Seguro e Demais Encargos .................................... 12

    CAPTULO VCLCULO DO IMPOSTO

    1. Sadas Internas ............................................................... 131.1. Base de Clculo Fixada .......................................... 131.2. Inexistncia de Base de Clculo Fixada.................. 13

    1.2.1. Inexistncia de Base de Clculo Fixada Clculo pelo Contribuinte RPA..................... 14

    1.2.2. Inexistncia de Base de Clculo Fixada Clculo pelo Contribuinte do Simples Na-cional............................................................ 14

    2. Sadas Interestaduais..................................................... 152.1. Destinatrio Contribuinte Consumidor/Usurio Fi-

    nal Diferencial de Alquotas.................................. 162.2. Destinatrio Contribuinte Comerciante ................... 162.3. Destinatrio Industrializador.................................... 16

    3. Clculo do Imposto Sadas Interestaduais Reme-tente em Outra Unidade da Federao......................... 17

    4. Clculo do Imposto Recebimento de Outra Unidadeda Federao sem a Reteno do Imposto ProdutosRelacionados nos Arts. 313-A a 313-Z do RICMS-SP ... 184.1. IVA-ST ..................................................................... 184.2. IVA-ST Ajustado ...................................................... 18

    4.2.1. Ajuste do IVA-ST Clculo.......................... 194.2.2. Mercadorias com Reduo de Base de

    Clculo Hiptese de Inaplicabilidade doIVA-ST Ajustado........................................... 19

    5. Entradas Interestaduais sem Reteno do ImpostoEnvolvendo Optantes do Simples Nacional ................ 195.1. Contribuinte RPA ou do Simples Nacional Adquirindo

    de Optante do Simples Nacional .............................. 205.2. Contribuinte Optante do Simples Nacional Adqui-

    rindo de Contribuinte Normal .................................. 205.3. Contribuinte Optante do Simples Nacional Adqui-

    rindo de Optante do Simples Nacional.................... 215.4. IVA-ST Ajustado Simples Nacional ...................... 215.5. Operaes Envolvendo Optantes do Simples Na-

    cional Quadro Resumo......................................... 21

    6. Reduo da Base de Clculo da Substituio Tribu-tria .................................................................................. 22

    CAPTULO VIPROCEDIMENTOS FISCAIS OPERAES INTERNAS

    1. Procedimentos Fiscais Contribuinte Substituto ...... 231.1. Emisso da Nota Fiscal........................................... 231.2. Escriturao do Livro Registro de Sadas ............... 231.3. Escriturao do Livro Registro de Apurao do

    ICMS ....................................................................... 231.4. Recolhimento do Imposto........................................ 23

    1.4.1. Prazos Especiais de Recolhimento.............. 24

    2. Procedimentos Fiscais Contribuinte Substitudo .... 252.1. Nota Fiscal Emitida de Contribuinte Substitudo

    para Contribuinte Substitudo.................................. 252.1.1. ICMS Retido Cobrvel do Destinatrio

    Clculo ......................................................... 252.2. Nota Fiscal Emitida de Contribuinte Substitudo

    para Consumidor Final ............................................ 262.3. Escriturao do Livro Registro de Entradas............ 262.4. Escriturao do Livro Registro de Sadas ............... 26

    CAPTULO VIIPROCEDIMENTOS FISCAIS MERCADORIAS RELACIONADAS NOS ARTS. 313-A A 313-Z

    DO RICMS-SP RECEBIDAS DE OUTRA UNIDADE DA FEDERAO SEM A RETENO DO IMPOSTO

    1. Introduo ....................................................................... 26

    2. Estabelecimento Varejista Escriturao Fiscal ........ 272.1. Livro Registro de Entradas...................................... 272.2. Livro Registro de Apurao do ICMS...................... 272.3. Emisso e Escriturao da Nota Fiscal de Sada ... 28

    3. Estabelecimento Atacadista Escriturao Fiscal ..... 283.1. Livro Registro de Entradas...................................... 283.2. Livro Registro de Apurao do ICMS...................... 293.3. Emisso e Escriturao da Nota Fiscal de Sada ... 29

    4. Contribuinte Optante pelo Simples Nacional .............. 304.1. Contribuinte Optante pelo Simples Nacional Vare-

    jista ou Atacadista Adquirindo de Optante peloSimples Nacional Escriturao Fiscal .................. 30

    5. Recolhimento do Imposto ............................................. 325.1. Regime Especial de Recolhimento ......................... 325.2. Preenchimento da GNRE em Nome do Contribuinte

    Paulista.................................................................... 32

  • III

    Livro I Parte Terica

    Sumrio

    Atualizao Remessa Data 25/06/10 20 8a.

    CAPTULO VIIIPROCEDIMENTOS FISCAIS DEMAIS

    MERCADORIAS RECEBIDAS DE OUTRA UNIDADEDA FEDERAO SEM A RETENO DO IMPOSTO

    1. Introduo ....................................................................... 32

    2. Contribuinte RPA (Dbito e Crdito)............................. 332.1. Estabelecimento Varejista Escriturao Fiscal..... 33

    2.1.1. Livro Registro de Entradas........................... 332.1.2. Livro Registro de Apurao.......................... 342.1.3. Emisso e Escriturao da Nota Fiscal de

    Sada............................................................ 342.2. Estabelecimento Atacadista Escriturao Fiscal.. 34

    2.2.1. Livro Registro de Entradas........................... 342.2.2. Livro Registro de Apurao.......................... 352.2.3. Emisso e Escriturao da Nota Fiscal de

    Sada............................................................ 35

    3. Contribuinte Optante pelo Simples Nacional .............. 35

    CAPTULO IXCRDITO DO IMPOSTO

    1. Impossibilidade .............................................................. 36

    2. Hipteses de Aproveitamento ....................................... 362.1. Mercadoria Adquirida para Industrializao ............ 362.2. Combustvel............................................................. 372.3. Ativo Imobilizado ..................................................... 37

    CAPTULO XRESSARCIMENTO E COMPLEMENTO DO IMPOSTO

    1. Introduo ....................................................................... 37

    2. Ressarcimento do Imposto Retido ............................... 382.1. Operaes Interestaduais Imposto Retido ........... 392.2. Devoluo de Mercadoria Sujeita Substituio

    Tributria.................................................................. 39

    3. Complemento do Imposto Retido ................................. 42

    4. Apurao do Imposto a Ressarcir ou Complementar. 434.1. Mtodo Permanente Adoo................................ 434.2. Dispensa de Adoo da Sistemtica da Portaria

    CAT n 17/99 ........................................................... 444.2.1. Formalizao da Dispensa........................... 44

    5. Forma de Obteno do Ressarcimento ....................... 445.1. Nota Fiscal de Ressarcimento ................................ 45

    5.1.1. Escriturao da Nota Fiscal de Ressarci-mento ........................................................... 46

    5.1.2. Hipteses de Autorizao de Ressarcimentopor meio de Nota Fiscal ............................... 46

    5.2. Pedido de Ressarcimento ....................................... 465.2.1. Documentao Exigida ................................ 475.2.2. Ressarcimento por meio de Depsito em

    Conta Bancria ............................................ 475.2.2.1. Utilizao do Imposto Ressarcido

    por meio de Depsito em ContaBancria ......................................... 47

    5.3. Liquidao de Dbito Fiscal com Imposto a SerRessarcido .............................................................. 48

    6. Procedimentos Decorrentes da Majorao ou Redu-o de Alquota............................................................... 48

    CAPTULO XILEVANTAMENTO DO ESTOQUE

    1. Introduo ....................................................................... 49

    2. Produtos de Limpeza (Relacionados no Decreton 55.906/10).................................................................... 49

    3. Regra Comum a Todos os Produtos ............................ 503.1. Estabelecimentos Desobrigados do Levantamento

    de Estoque .............................................................. 503.2. Transmisso de Arquivo Digital ............................... 50

    3.2.1. Observaes quanto Entrega do ArquivoMagntico .................................................... 50

    3.3. Clculo do Imposto.................................................. 513.3.1. Existncia de Preo Final a Consumidor ..... 513.3.2. Saldo Credor Deduo sobre o Imposto a

    Pagar............................................................ 52

    4. Recolhimento do Imposto ............................................. 524.1. Prazo de Pagamento Parcelamento Lanamento

    no RAICMS ............................................................. 52

  • 1Livro I Parte Terica

    Captulo I Conceitos Bsicos sobre o Regime da Substituio Tributria

    Atualizao Remessa Data

    Livro IParte Terica

    CAPTULO ICONCEITOS BSICOS SOBRE O REGIME DA

    SUBSTITUIO TRIBUTRIA

    1. Introduo

    O regime de substituio tributria para frente oupelas operaes subseqentes tem sido amplamentediscutido no Estado de So Paulo, desde a publicaoda Lei n 12.681/07, que alterou a Lei Bsica do ICMS-SPn 6.374/89, com a finalidade de incluir diversos setoreseconmicos na sujeio ao regime jurdico da substituiotributria.

    At ento poucos produtos estavam sujeitos ao regi-me de substituio tributria no Estado de So Paulo,conseqentemente poucos contribuintes tinham interesseem entender de forma detalhada o tratamento fiscal aplic-vel aos produtos sujeitos a esse regime.

    Com a incluso de mais setores, muitos contribuin-tes, que desconheciam, na prtica, como aplicar o referidoregime, tiveram que se adaptar as novas regras em curtoespao de tempo. A grande maioria se via incapacitada deaplicar de forma correta a norma que a surpreendeu.

    Dessa forma, considerando a dificuldade do contri-buinte na aplicao correta da substituio tributria pelasoperaes subseqentes com antecipao do recolhimen-to do imposto, esta obra tem a finalidade de abordar osaspectos gerais relativos substituio tributria nas sa-das internas e interestaduais, bem como sobre a substitui-o e antecipao tributria no recebimento de mercadori-as de outra Unidade da Federao sem a retenoantecipada do imposto, com fundamento nos arts. 313-A a313-Z, 426-A, 277 do RICMS-SP e na legislao correlata.

    Sero abordados os procedimentos fiscais passo apasso, em linguagem simples e objetiva, visando demons-trar ao contribuinte os procedimentos desde a emisso eescriturao da nota fiscal at o pagamento do imposto ea entrega das obrigaes acessrias.

    2. Base Legal

    Nos termos do art. 155, 2, XII, a e b, daConstituio Federal de 1988, cabe Lei Complementardispor sobre substituio tributria relativamente s opera-es e prestaes sujeitas ao ICMS.

    Anteriormente, em razo da falta de edio de LeiComplementar a respeito, prevaleciam as regras contidasno Convnio ICM n 66/88, muitas vezes discutidas emtribunais no tocante a sua inconstitucionalidade.

    Um dos pontos discutidos foi a alegao de que paraque a substituio tributria fosse aplicada haveria a ne-cessidade da publicao de Lei Complementar, conformedeterminava a Constituio Federal.

    Um dos argumentos da inconstitucionalidade tam-bm seria de que o regime estabelece a exigncia doimposto antes da ocorrncia do seu fato gerador.

    Contudo, com a publicao da Lei Complementarn 87/96, a matria ficou devidamente regulamentada, es-tabelecendo regras para a definio de responsabilidade,base de clculo para fins de substituio tributria, aplica-o nas operaes interestaduais e direito ao contribuintesubstitudo restituio do valor do imposto pago por forada substituio tributria, correspondente ao fato geradorpresumido que no se realizar.

    Neste sentido, ficou claro que a substituio tribut-ria para frente tem como escopo a figura do fato geradorpresumido definido no 7 do art. 150 da ConstituioFederal na redao dada pela Emenda Constitucional n 3,de 17/03/93. Dessa forma, tornou-se definitivamente regu-lamentada a cobrana do imposto por substituio tribut-ria relativamente a fatos geradores futuros, ou seja, aindano ocorridos.

    2.1. Substituio Tributria nas Operaes Internas

    A Lei Estadual pode atribuir, a contribuinte do ICMSou a depositrio a qualquer ttulo, a responsabilidade pelareteno e seu recolhimento por antecipao, hiptese em

  • 2Livro I Parte Terica

    Captulo I Conceitos Bsicos sobre o Regime da Substituio Tributria

    Atualizao Remessa Data

    que esse contribuinte assumir a condio de substitutotributrio.

    A referida disposio est prevista na ConstituioFederal (art. 150, 7, acrescentado pela EC n 3/93), nosseguintes termos:

    A responsabilidade tributria poder ser atribudaem relao ao imposto incidente sobre uma ou mais ope-raes ou prestaes subseqentes, inclusive ao valordecorrente da diferena entre alquotas interna e interesta-dual (diferencial de alquotas) nas operaes que destinembens e servios a consumidor final, localizado em outroEstado, e que seja contribuinte do imposto.

    A atribuio de responsabilidade dar-se- em rela-o a mercadorias ou servios previstos em lei de cadaEstado. Portanto, nas operaes internas pode o Estadoatribuir a responsabilidade pelo recolhimento do ICMS attulo de substituio tributria sobre qualquer mercadoriaou servio. O importante que haja expressa previso emlei nesse sentido, inclusive sendo fixada a margem de lucropara fins de determinao da base de clculo do imposto.

    O Estado de So Paulo disciplina a regra bsica deaplicao da substituio tributria de acordo com o dete-minado na Lei n 6.374/89, no Regulamento do ICMS, apro-vado pelo Decreto n 45.490/00 por meio dos arts. 40-A a44, 260 a 283, alm dos diversos arts. com tratamentoespecfico para determinados produtos e prestaes, bemcomo na legislao complementar, como o caso dasPortarias CAT.

    2.2. Substituio Tributria nas Operaes Interestaduais

    Importante mencionar que o art. 9 da Lei Comple-mentar n 87/96 dispe que a adoo do regime de substi-tuio tributria em operaes interestaduais depender deacordo especfico celebrado pelos Estados interessados.Esses acordos so denominados Convnios e Protocolos.

    Assim, para que o regime de substituio tributriaseja aplicado nas operaes interestaduais, em relao amercadorias ou servios, deve ser celebrado Convnio ou

    Protocolo no mbito do Confaz, determinando as regraspara atribuio de responsabilidade, procedimentos e de-mais aspectos relacionados ao referido regime.

    As regras comuns pertinentes ao regime de substi-tuio tributria, aplicveis a todos os contribuintes queoperam com mercadorias sujeitas a esse regime de tribu-tao, so determinadas pelos seguintes atos legais:

    a) Convnio ICMS n 81/93 traz as normas gerais aserem aplicadas ao regime de substituio tributria,institudos por Convnios ou Protocolos firmados entreos Estados e o Distrito Federal;

    b) Ajuste Sinief n 4/93 estabelece normas comuns apli-cveis para o cumprimento de obrigaes tributriasrelacionadas com mercadorias sujeitas ao regime desubstituio tributria.

    2.2.1. Convnios

    So convnios os atos praticados no mbito do Con-faz, assinados por todos os representantes de cada umdos Estados e Distrito Federal, que deliberam sobre aconcesso de benefcios, incentivos fiscais e regimes detributao que tero aplicao no mbito interno de cadaente federativo e tambm no mbito interestadual.

    Posteriormente, os Estados podem denunciar asdisposies do Convnio celebrado, por intermdio de umDecreto estadual, no absorvendo as disposies do con-vnio. Contudo, a denncia deve ser devidamente justifica-da junto ao Confaz.

    2.2.2. Protocolos

    So Protocolos os atos celebrados no mbito doConfaz, assinados apenas por alguns dos Estados, paradeterminar a aplicao de benefcios, incentivos fiscais eregimes de tributao nas operaes e prestaes inter-nas e interestaduais.

    Da mesma forma que, nos convnios, os protocolospodem ser denunciados pelo Estado signatrio, por inter-mdio de ato interno, tambm devidamente justificado aoConfaz.

    2.2.3. Concluso

    Assim sendo, pode ocorrer que determinado Estadoou o Distrito Federal estabelea, por meio de lei interna, a

    Art. 150 ......................................................................................... 7 A lei poder atribuir a sujeito passivo de obrigao tributria

    a condio de responsvel pelo pagamento de imposto ou contribuio,cujo fato gerador deva ocorrer posteriormente, assegurada a imediata epreferencial restituio da quantia paga, caso no se realize o fatogerador presumido.

  • 3Livro I Parte Terica

    Captulo I Conceitos Bsicos sobre o Regime da Substituio Tributria

    Atualizao Remessa Data

    aplicao do regime de substituio tributria por antecipa-o do recolhimento do imposto em operaes internas einterestaduais.

    Contudo, tratando-se de operaes interestaduais, oremetente somente estar obrigado reteno e recolhi-mento antecipado do imposto, se houver entre o Estadoremetente e destinatrio acordo celebrado para esse fim,ou seja, um Convnio ou Protocolo.

    Nos casos em que a operao interestadual tenhaorigem em Estado no signatrio de acordo para aplicaoda substituio tributria em operaes interestaduais, aresponsabilidade pelo recolhimento antecipado do impostoem regra no poder ser imposta ao contribuinte remeten-te da mercadoria.

    3. Substituio Tributria Conceito

    3.1. Atribuio de Responsabilidade a Terceiro Contribuinte

    No regime de substituio tributria para frente oupelas operaes subseqentes, o Estado atribui, a deter-minado contribuinte, a responsabilidade pela reteno erecolhimento do ICMS incidente nas operaes que vierema ser realizadas pelos prximos contribuintes da cadeia decomercializao com a mesma mercadoria, at que estachegue ao consumidor final.

    Nesta hiptese, o contribuinte eleito como respons-vel, a quem chamamos de substituto tributrio, alm derecolher o ICMS da chamada operao prpria reter dosdemais contribuintes o ICMS devido pelos fatos geradoresque vierem a ocorrer.

    Temos ento que substituio tributria a atribui-o, por fora de dispositivo legal, a determinado contri-buinte do ICMS, da responsabilidade pela reteno e reco-lhimento do imposto que, regra geral, somente seria devidonas operaes subseqentes.

    Essa a modalidade mais comum, denominadasubstituio tributria para frente, ou pelas operaessubseqentes que ser objeto de estudo desta obra.

    4. Conceito de Contribuinte Substituto e Substitudo

    Para compreenso das normas pertinentes a subs-tituio tributria necessrio que o contribuinte tenhaconhecimento em relao a quem considerado pelo regi-

    me como substituto tributrio e quem o substitudo tri-butrio.

    4.1. Contribuinte Substituto Tributrio

    Denomina-se substituto tributrio ou sujeito passivopor substituio tributria, o contribuinte eleito como res-ponsvel pela reteno e recolhimento do ICMS.

    Na substituio tributria por antecipao (para fren-te), o substituto tributrio o contribuinte responsvel peloclculo, reteno e recolhimento do imposto incidente emrelao s operaes subseqentes com a mesma merca-doria, praticadas pelos demais contribuintes at a opera-o com o consumidor final.

    Em outras palavras, podemos dizer que o contri-buinte substituto substitui os demais contribuintes naobrigatoriedade de recolhimento do imposto por ocasioda sada da mercadoria mediante a reteno e recolhimen-to do imposto antecipadamente, razo pela qual aqueleque recebe a mercadoria com o imposto retido denomi-nado substitudo.

    4.2. Contribuinte Substitudo Tributrio

    Ser denominado substitudo, o contribuinte que so-frer a reteno do imposto, ou seja, que adquirir mercado-rias com o imposto j retido pelo substituto e promoversubseqentes operaes com a mesma mercadoria.

    5. Modalidades de Substituio Tributria

    A substituio tributria do ICMS, relativamente soperaes e prestaes, ocorre em trs modalidades: an-tecedente (para trs); subseqente (para frente); e conco-mitante.

    5.1. Substituio Tributria Antecedente ou Para Trs

    A substituio tributria antecedente, conhecidacomo substituio tributria para trs, consiste na poster-gao do pagamento do imposto, ou seja, o imposto serpago por uma terceira pessoa, em momento futuro, relati-vamente a fato gerador j ocorrido.

    Neste caso, o contribuinte que recebe a mercadoriafica responsvel pelo recolhimento do imposto devido emrelao s etapas anteriores. o que ocorre nas opera-es com previso de diferimento do ICMS.

  • 4Livro I Parte Terica

    Captulo I Conceitos Bsicos sobre o Regime da Substituio Tributria

    Atualizao Remessa Data

    o caso, por exemplo, da operao com sucata na qual o imposto fica diferido na sada para estabelecimentoindustrial, que ser responsvel pelo seu recolhimento quando da entrada da mercadoria no estabelecimento paraemprego no processo industrial.

    5.1.1. Esquema Prtico da Substituio Tributria Para Trs

    5.2. Substituio Tributria Concomitante

    Esta hiptese de substituio tributria caracteriza-se pela atribuio da responsabilidade pelo pagamento do ICMSa terceiro contribuinte (substituto tributrio), no mesmo momento da ocorrncia do fato gerador do imposto pelocontribuinte que esteja realizando a operao/prestao (substitudo tributrio).

    Um exemplo claro de substituio tributria concomitante o da substituio tributria do servio de transporteprestado por transportadores autnomos ou empresas transportadoras no inscritas no Cadastro de Contribuintes doICMS no Estado em que se inicia a prestao (Convnio ICMS n 25/90 e art. 316, do RICMS-SP).

    5.2.1. Esquema Prtico da Substituio Tributria Concomitante

    Emite nota fiscal de venda

    para a indstria adquirente

    sem destaque do ICMS. Recebe a mercadoria com a nota fiscal sem

    destaque do ICMS e fica responsvel pelo

    recolhimento do valor do ICMS devido pelo

    remetente.

    Indstria adquirente de sucata para produo de

    mercadorias

    2 Contribuinte (substituto)

    Comrcio de

    Sucata

    1 Contribuinte (substitudo)

    Transportadora de outra UF

    ou autmomos

    (Substitudo Tributrio)

    Tomador do Servio

    (Substituto Tributrio)

    Destinatrio

    Recebedor da mercadoria

    Sada da Mercadoria =

    Incio da Prestao

  • 5Livro I Parte Terica

    Captulo II Responsabilidade pela Reteno e Recolhimento do ICMS

    Atualizao Remessa Data

    5.3. Substituio Tributria Subsequente ou Para Frente

    A substituio tributria subsequente, tambm cha-mada de substituio tributria para frente, consiste nareteno e antecipao do recolhimento do imposto, porum contribuinte denominado substituto, em relao aterceiro por fato gerador ainda no praticado, ou seja, pelasoperaes subsequentes que sero praticadas pelos de-mais contribuintes at a operao com o consumidor final.

    O objetivo desta modalidade de substituio tribut-ria a facilidade na fiscalizao e o recebimento anteci-

    pado do imposto, haja vista que, em regra, as mercadoriastm pequeno nmero de fabricantes e grande nmero deatacadistas e varejistas.

    Essa a hiptese mais conhecida e refere-se substituio tributria com reteno do imposto por anteci-pao. Nesta modalidade, o primeiro contribuinte da ca-deia produtiva e/ou comercial, fica responsvel pela reten-o e pelo recolhimento do imposto incidente nas opera-es subsequentes com a mesma mercadoria, at quechegue ao consumidor final.

    5.3.1. Esquema Prtico da Substituio Tributria Subsequente ou Para Frente

    CAPTULO IIRESPONSABILIDADE PELA RETENO E

    RECOLHIMENTO DO ICMS

    1. Simples Nacional

    1.1. Excluso da Substituio Tributria do Regime do Simples Nacional

    Conforme dispe o art. 13 da Lei Complementarn 123/06, o estabelecimento optante pelo Simples Na-cional dever adotar a sistemtica prevista na legislao

    estadual quando realizar operaes sujeitas ao regimeda substituio tributria. Vejamos a descrio do textolegal:

    Indstria

    Importador

    ou Outro

    1 contribuinte

    (substituto)

    Varejista

    3 contribuinte

    (substitudo)

    Consumidor

    Final

    Recolhe o ICMS devido pela prpria operao; e retm e recolhe o imposto devido por antecipao pelo atacadista e pelo varejista.

    Emite nota fiscal

    para o varejista

    sem destaque do

    ICMS.

    Emite nota fiscal

    para o

    consumidor final

    sem destaque do

    Atacadista

    2 contribuinte

    (substitudo)

    ICMS.

    Art. 13 O Simples Nacional implica o recolhimento mensal, medi-ante documento nico de arrecadao, dos seguintes impostos e contri-buies:

    1 O recolhimento na forma deste art. no exclui a incidncia dosseguintes impostos ou contribuies, devidos na qualidade de contri-buinte ou responsvel, em relao aos quais ser observada a legisla-o aplicvel s demais pessoas jurdicas:

    XIII ICMS devido:a) nas operaes ou prestaes sujeitas ao regime de substituio

    tributria; ()

  • 6Livro I Parte Terica

    Captulo II Responsabilidade pela Reteno e Recolhimento do ICMS

    Atualizao Remessa Data 16/01/09 2 1a.

    1.2. Sujeio ao Regime Normal do ICMS Substituio Tributria

    As operaes ou prestaes enquadradas no regi-me de sujeio passiva por substituio tributria, desti-nadas a estabelecimento de contribuinte sujeito s normasdo Simples Nacional, submetem-se regularmente reten-o do imposto incidente sobre as operaes ou presta-es subsequentes (art. 263 do RICMS-SP), aplicando-separa a reteno do imposto a alquota interna a que estiversubmetida a mercadoria ou servio.

    Ou seja, o estabelecimento de contribuinte do ICMS,que efetuar sada de mercadoria sujeita substituiotributria para estabelecimento tambm contribuinte doICMS, porm enquadrado no regime Simples Nacional,dever calcular e reter o imposto incidente pelas opera-es subsequentes normalmente aplicando-se as regrasestabelecidas na legislao comum do ICMS.

    No caso de sada de mercadoria de estabelecimentooptante do Simples Nacional o valor do imposto a serrecolhido a ttulo de sujeio passiva por substituio sercalculado, mediante aplicao da alquota interna, sobre abase de clculo da substituio tributria, submetendo-seo optante deste regime aplicao da substituio tribut-ria em relao s operaes subsequentes.

    2. Substituio Tributria nas Sadas Interestaduais

    Nas operaes interestaduais j vimos que, paraque haja a aplicao da substituio tributria necess-rio que o Estado remetente e o Estado destinatrio sejamsignatrios de Convnio ou Protocolo.

    Alguns contribuintes confundem a aplicao do regi-me nas operaes interestaduais, haja vista que, mesmoque um Estado participe de Convnio ou Protocolo, poderno aplicar a substituio tributria em relao s opera-es praticadas em seu territrio.

    O Estado de So Paulo poder, por exemplo, sersignatrio de determinado Protocolo juntamente com o Es-

    tado da Bahia. Contudo, So Paulo poder denunciar oProtocolo em relao s sadas com destino ao seu ter-ritrio.

    Isso significa que o Protocolo determina que noser aplicada a substituio tributria nas sadas interesta-duais com destino ao Estado de So Paulo. Neste caso ocontribuinte paulista ao remeter esses produtos para o Es-tado da Bahia estar obrigado a reter e antecipar o impostoa favor deste.

    Ao contrrio disso, quando um contribuinte baianoestiver remetendo esses produtos para contribuinte esta-belecido no Estado de So Paulo, no ser aplicada asubstituio tributria e tributar normalmente a operaode acordo com as regras comuns.

    2.1. Conhecendo a Legislao do Estado de Destino

    Nos casos em que o Convnio ou Protocolo seaplicar nas sadas do territrio paulista com destino aoutra Unidade da Federao, o contribuinte paulista deve-r observar a legislao interna da UF destinatria. Noscasos em que o Convnio ou Protocolo se aplicar nassadas destinadas ao territrio paulista, o contribuinte re-metente dever observar a regra estabelecida no Estadode So Paulo.

    Vejamos exemplos de Acordos que preveem a subs-tituio tributria somente nas operaes promovidas porcontribuinte paulista com destino a contribuinte localizadoem outra Unidade Federada.

    g) nas operaes com bens ou mercadorias sujeitas ao regime deantecipao do recolhimento do imposto, nas aquisies em outrosEstados e Distrito Federal: (Redao dada pela Lei Complementarn 128, de 2008)1. com encerramento da tributao, observado o disposto no inci-

    so IV do 4 do art. 18 desta Lei Complementar; (Includo pelaLei Complementar n 128, de 2008)

    2. sem encerramento da tributao, hiptese em que ser cobradaa diferena entre a alquota interna e a interestadual, sendovedada a agregao de qualquer valor; (Includo pela Lei Com-plementar n 128, de 2008)

    Art. 261 O contribuinte que realizar operaes ou prestaessubmetidas ao pagamento do imposto pelo regime jurdico-tributrio desujeio passiva por substituio com reteno do imposto, sem preju-zo do cumprimento de disciplina complementar estabelecida pela Se-cretaria da Fazenda, observar, alm de outras cabveis, as disposiesdeste captulo (Convnio ICMS n 81/93, clusula nona).

    Pargrafo nico O contribuinte paulista que, na condio deresponsvel, retiver imposto em favor de outro Estado:1. dever observar a disciplina estabelecida pelo Estado de destino da

    mercadoria;2. ter seu estabelecimento, relativamente s operaes ou presta-

    es com reteno do imposto, sujeito fiscalizao pelos Estadosde destino das mercadorias ou servios, cujos agentes, para tanto,sero previamente credenciados pela Secretaria da Fazenda desteEstado, salvo se a fiscalizao for exercida sem a presena fsica doagente fiscal no estabelecimento fiscalizado (Convnio ICMSn 81/93, clusula nona, na redao do Convnio ICMS n 16/06).(Redao dada pelo inciso III do art. 1 do Decreto n 50.769, de09/05/06; DOE de 10/05/06, efeitos a partir de 18/04/06)

    Art. 262 O disposto no caput do artigo anterior aplica-se, tambm,a contribuinte estabelecido em outro Estado, quando, na condio deresponsvel, efetuar reteno do imposto em favor deste Estado (Con-vnio ICMS n 81/93, clusula stima, 2).

  • 7Livro I Parte Terica

    Captulo II Responsabilidade pela Reteno e Recolhimento do ICMS

    Atualizao Remessa Data

    Protocolos que estabelecem a aplicao do regimepara bebidas quentes, conforme previsto na tabela XXV doAnexo VI do RICMS-SP.

    2.2. Funcionamento na Prtica

    Os critrios para aplicao da substituio tributria,nas operaes interestaduais, tm como escopo a regracomum, aplicvel de acordo com a Constituio Federal, aLei Complementar n 87/96, os Convnios e os Protocolos.

    Contudo, h casos em que o contribuinte se encon-tra em situao de exigncia, pelo fisco da Unidade Fede-rada de destino das mercadorias, de recolher o imposto nomomento em que passa pelos postos de fiscalizao defronteira em situaes no previstas nem reguladas porconvnios ou protocolos firmados entre os Estados envol-vidos na operao.

    Importa observar neste caso que, como regra, nose cuida de imposio de responsabilidade pela retenoe recolhimento do imposto decorrente do regime que orase discute, mas sim de antecipao tributria, atribuda aoadquirente das mercadorias, prevista na legislao do Es-tado a que esteja localizado.

    Portanto, recomenda-se que, em caso de prtica deoperaes interestaduais, o contribuinte remetente verifi-que previamente a legislao do Estado destinatrio quan-to eventual exigncia nesse sentido, acordando com oadquirente das mercadorias o melhor procedimento parasatisfao da obrigao, de sorte a se resguardar de qual-quer procedimento fiscal.

    Muitas vezes, percebe-se que o remetente sente-seforado a recolher o imposto antecipadamente a favor doEstado destinatrio sem sequer discutir o aspecto legal daoperao. Isso porque discutir a responsabilidade pelareteno e recolhimento do imposto pode gerar problemas

    de ordem comercial como, por exemplo, o cumprimento deprazo de entrega, que poder lev-lo inclusive a perder ocliente.

    O contribuinte como medida paliativa opta, por meiode acordo comercial com o destinatrio, em recolher oimposto antecipadamente mediante ressarcimento finan-ceiro efetuado pelo destinatrio. Quando isso ocorre oimposto retido e recolhido antes da sada da mercadoria,em regra, por meio de GNRE, preenchida em nome dodestinatrio e a favor do Estado de destino, porm a notafiscal de sada emitida mediante aplicao da regracomum, ou seja, tributada de acordo com a regra normal.

    3. Sadas Internas Produtos Relacionados nos Arts. 313-A a 313-Z do RICMS-SP

    Na sada interna de produtos classificados nas posi-es da Nomenclatura Brasileira de Mercadorias Siste-ma Harmonizado (NBM/SH) especificadas nos arts. 313-Aa 313-Z do RICMS-SP, com destino a estabelecimentolocalizado em territrio paulista, fica atribuda a responsa-bilidade pela reteno e pelo pagamento do imposto inci-dente nas sadas subseqentes:

    a) a estabelecimento de fabricante;

    b) a estabelecimento de importador;

    c) a arrematante de mercadoria importada do exterior eapreendida, localizado no Estado de So Paulo.

    Observe-se que, no caso de autopeas a responsa-bilidade pela reteno e recolhimento do imposto devidopelas sadas internas cabe tambm a estabelecimento defabricante de veculo automotor que, tendo recebido amercadoria, no aplic-la em processo produtivo.

    O clculo do imposto a ser retido e recolhido porsubstituio tributria atender ao disposto nos arts. 40-A,41 e 268 do RICMS-SP.

    3.1. Produtos Constantes nos Arts. 313-A a 313-Z do RICMS-SP

    Os produtos constantes nos arts. 313-A a 313-Z,observadas as respectivas posies da NBM, so os a

    Item Estado Acordo Efeitos

    1 Alagoas Protocolo ICMS n 37/07,de 06/07/08 a partir de 01/03/08

    2 Cear Protocolo ICMS n 14/08,de 14/03/08 a partir de 01/05/08

    3 Mato Grosso Protocolo ICMS n 6/08,de 05/03/08 a partir de 01/05/08

    4 Mato Grosso doSulProtocolo ICMS n 14/07,de 23/04/07 a partir de 01/05/08

  • 8Livro I Parte Terica

    Captulo II Responsabilidade pela Reteno e Recolhimento do ICMS

    Atualizao Remessa Data 03/07/09 10 1a.

    seguir relacionados (veja a lista completa das mercadoriasno Livro II):

    3.2. Recolhimento do ICMS Substituio Tributria na Importao

    importante observar que, no caso de importao,o imposto ser recolhido normalmente por ocasio do de-sembarao da mercadoria.

    A substituio tributria somente ser cabvel por oca-sio da sada da mercadoria do estabelecimento importador.

    4. Sadas Internas Demais Produtos

    O Regulamento do ICMS j trazia em seu texto aaplicao da substituio tributria interna para produtosno abrangidos pelos arts. 313-A a 313-Z.

    Para esses produtos, em regra, a responsabilidadepela reteno e recolhimento do imposto atribuda:

    a) a estabelecimento de fabricante;b) a estabelecimento de importador;c) a arrematante de mercadoria importada do exterior e

    apreendida, localizado no Estado de So Paulo;

    d) a estabelecimento localizado em outra Unidade da Fe-derao, signatrio de acordo junto ao Confaz.

    Porm importante observar a regra prevista no art.especificamente voltado para o produto.

    O clculo do imposto a ser retido e recolhido porsubstituio tributria atender ao disposto nos arts. 40-A,41 e 268 do RICMS-SP.

    4.1. Demais Produtos Sujeitos Substituio Tributria

    Os demais produtos sujeitos substituio tributriano Estado de So Paulo, so os a seguir relacionados (vejaa lista completa das mercadorias no Livro II):

    4.2. Recolhimento do ICMS Substituio Tributria na Importao

    No caso de importao, o imposto ser recolhidonormalmente por ocasio do desembarao da mercadoria.O ICMS devido por substituio tributria somente sercabvel por ocasio da sada da mercadoria do estabeleci-mento importador.

    5. Antecipao Tributria Art. 426-A do RICMS-SP Recebimento de Outra Unidade da Federao sem a Reteno do Imposto

    Os arts. 313-A a 313-Z do RICMS-SP atribuem aresponsabilidade por substituio tributria, no recebimen-to de outra Unidade da Federao de produtos nela rela-cionados, em alguns casos classificados nas posies daNomenclatura Brasileira de Mercadorias Sistema Harmo-nizado (NBM/SH) sem reteno antecipada do imposto, aqualquer estabelecimento localizado em territrio paulista.

    Produto Base LegalMedicamentos e contraceptivos de uso hu-mano

    Art. 313-A do RICMS-SP

    Bebida alcolica, exceto cerveja e chope Art. 313-C do RICMS-SPProdutos de perfumaria Art. 313-E do RICMS-SPProdutos de higiene pessoal Art. 313-G do RICMS-SPRaes tipo pet Art. 313-I do RICMS-SPProdutos de limpeza Art. 313-K do RICMS-SPFonogrficos Art. 313-M do RICMS-SPAutopeas Art. 313-O do RICMS-SPPilhas e baterias Art. 313-Q do RICMS-SPLmpadas e reatores Art. 313-S do RICMS-SPPapel Art. 313-U do RICMS-SPProdutos da indstria alimentcia Art. 313-W do RICMS-SPMateriais de construo Art. 313-Y do RICMS-SP

    Produto Base Legal

    Cigarros e derivados do fumo Art. 289 do RICMS-SPCimento Art. 291 do RICMS-SPRefrigerante, cerveja, chope e gua Art. 293 do RICMS-SPSorvete Art. 295 do RICMS-SPFrutas Art. 297 do RICMS-SPVeculo automotor de duas rodas Art. 299 do RICMS-SPDemais veculos automotores Art. 301 do RICMS-SPVeculo Faturamento diretamente ao con-sumidor Art. 303 do RICMS-SP

    Pneumticos e afins Art. 310 do RICMS-SPTintas, vernizes e outros produtos da inds-tria qumica Art. 312 do RICMS-SP

    Petrleo, combustveis ou lubrificantes, delederivados, e lcool carburante

    Arts. 412, 413, 414 e 418do RICMS-SP

    O combustvel o nico produto em que se exige o ICMS devido porsubstituio tributria no momento do desembarao aduaneiro.

  • 9Livro I Parte Terica

    Captulo II Responsabilidade pela Reteno e Recolhimento do ICMS

    Atualizao Remessa Data 07/10/09 14 2a.

    5.1. Responsabilidade pela Antecipao

    O art. 426-A disciplina a responsabilidade pela ante-cipao do imposto incidente pela prpria operao desada e da substituio tributria pelas operaes subse-quentes ao contribuinte paulista que receber essas merca-dorias de outra Unidade da Federao sem a reteno erecolhimento antecipado do imposto.

    Portanto, qualquer estabelecimento nessa situao,excetuadas as regras de inaplicabilidade da antecipao,ser responsvel tributrio, seja ele atacadista, varejista,industrial (aquisio para revenda), importador, optante doSimples Nacional ou contribuinte do Regime Peridico deApurao do ICMS (RPA).

    5.1.1. Momento de Recolher o ICMS Antecipao

    Neste caso, o recolhimento do imposto dever ocor-rer no momento em que a mercadoria entrar no territriopaulista. O art. 426-A do RICMS-SP determina que o im-posto dever ser recolhido no momento da entrada damercadoria no territrio paulista e no no momento daentrada da mercadoria no estabelecimento destinatriocomo entendem alguns contribuintes.

    5.2. Armazm-Geral Depositante em Outra Unidade da Federao

    O item 4 do 2 dos arts. 313-A a 313-Z determinaque, na hiptese de mercadoria armazenada em arma-zm-geral localizado em territrio paulista, por depositantelocalizado em outra Unidade da Federao, o armazm-geral dever calcular e pagar o imposto incidente na ope-rao prpria e nas subsequentes de acordo com as nor-mas relativas ao regime jurdico da substituio tributriaprevistas no RICMS-SP, no perodo de apurao em queocorrer a sada da mercadoria com destino a outro estabe-lecimento localizado em territrio paulista.

    6. Recebimento de Outra Unidade da Federao sem a Reteno do Imposto Produtos no Relacionados nos Arts. 313-A a 313-Z do RICMS-SP

    Ser atribuda, a responsabilidade pela reteno epelo recolhimento do imposto incidente pelas operaessubsequentes, a qualquer estabelecimento que recebermercadoria referida nos artigos que determinam a aplica-o da substituio tributria diretamente de outro Estado,sem a reteno do imposto.

    O imposto devido na condio de sujeito passivo porsubstituio dever ser pago segundo as normas comuns

    relativas ao regime jurdico da substituio tributria pre-vistas na legislao.

    6.1. Observando a Regra do Prprio Artigo

    Em regra, tratando-se dos demais produtos, ou seja,de produtos no relacionados nos arts. 313-A a 313-Z (vejatabela no subitem 4.1), o prprio artigo do RICMS, queregula a aplicao da substituio tributria especfica parao produto, determina que cabe a qualquer estabelecimentoque receber mercadoria diretamente de outro Estado, sem areteno do ICMS, a responsabilidade pelo recolhimento doimposto incidente na operao prpria e nas subsequentes.

    6.2. Momento de Recolher o ICMS Antecipao

    Na hiptese de recebimento sem reteno do ICMS,das mercadorias a que se refere o presente item, o valor doimposto ser pago no perodo de apurao em que tiverocorrido a entrada da mercadoria no estabelecimento, comobservncia do disposto no art. 277 do RICMS-SP.

    Observe-se que, neste caso, o recolhimento noser efetuado na entrada em territrio paulista, e sim noperodo de apurao em que tiver ocorrido a entrada damercadoria no estabelecimento.

    7. Quadro Resumo Responsabilidade

    Considerando o que foi mencionado at o momento,elaboramos um quadro com resumo contendo a obrigatorie-dade de reteno e recolhimento do imposto envolvendo ocontribuinte paulista, inclusive o optante do Simples Nacional:

    a) Responsabilidade atribuda ao contribuinte paulista:

    Sada Interestadual

    De SP para outra UFcom reteno do im-posto

    Base Legal Regra de Aplicao

    Convnio ou ProtocoloConvnio ou Protocoloe Legislao do Es-tado de destino

    Sada Interna

    De SP para SP comreteno do imposto

    Base Legal Regra de Aplicao

    Legislao internaRICMS-SP, Portarias,e demais normas cor-relatas

    Recebimento de Outra UF sem a Reteno do Imposto

    Remessa de outra UFpara SP sem a reten-o do imposto

    Base Legal Regra de Aplicao

    Inexistncia ou Inob-servncia de Convnioou Protocolo

    Arts. 277 e 426-A doRICMS-SP e demaisnormas correlatas

  • 10

    Livro I Parte Terica

    Captulo III Inaplicabilidade do Regime de Substituio e Antecipao Tributria

    Atualizao Remessa Data 27/12/11 33 2a.

    b) Responsabilidade atribuda ao contribuinte deoutra UF

    8. Centros de Distribuio Responsabilidade

    Com a publicao do Decreto n 57.608/11, foi conce-dido o regime especial aos centros de distribuio de redesde varejo para atuar como substitutos tributrios na sada demercadorias para seus estabelecimentos varejistas localiza-dos em So Paulo. Assim, o contribuinte varejista cujasoperaes resultem em acumulao de valores a seremressarcidos, decorrente da realizao de sadas interesta-duais de mercadorias recebidas com imposto retido anteci-padamente por substituio tributria, bem como de outrassituaes previstas no art. 269 do RICMS-SP/2000, poderrequerer regime especial para que seu estabelecimento,localizado neste Estado, que atue como centro de distri-buio, passe a ser o responsvel pela reteno e paga-mento do imposto incidente sobre as sadas subsequentes.

    Importante destacar que o referido regime espe-cial observar a disciplina estabelecida no art. 489 doRICMS-SP/2000, bem como o disposto em atos expedidospela Secretaria da Fazenda.

    CAPTULO IIIINAPLICABILIDADE DO REGIME DE SUBSTITUIO

    E ANTECIPAO TRIBUTRIA

    1. Sadas Internas

    As hipteses de inaplicabilidade da substituio tribu-tria nas sadas internas devem ser observadas no art. 264que traz as regras gerais de inaplicabilidade do regime.

    Nos termos do disposto no art. 264 do RICMS-SP,aprovado pelo Decreto n 45.490/2000, o imposto no serretido pelo regime de substituio tributria (para frente),nas hipteses que relaciona, conforme texto reproduzido aseguir:

    1.1. Adquirente Consumidor ou Usurio Final

    Cabe ressaltar que, tratando-se de operaes inter-nas, o substituto tributrio tambm no far a reteno doimposto por substituio tributria quando o adquirente forconsumidor ou usurio final da mercadoria, independente-mente de sua condio de contribuinte ou no do ICMS.

    Isso porque, a substituio tributria consiste nareteno e recolhimento do imposto incidente pelas opera-es subsequentes a serem realizadas pelos demais con-tribuintes com a mesma mercadoria at a operao com oconsumidor final. Desta forma, se o substituto tributrio dera sada diretamente para consumidor ou usurio final, nocaber a reteno do imposto, haja vista que no haveroperao subsequente com a mercadoria.

    2. Sadas Interestaduais

    Nas sadas interestaduais, nos termos da clusulaquinta do Convnio ICMS n 81/93, o regime de substitui-o tributria no se aplica:a) s operaes que destinem mercadorias a sujeito pas-

    sivo por substituio da mesma mercadoria;b) s transferncias para outro estabelecimento, exceto vare-

    jista, do sujeito passivo por substituio, hiptese em quea responsabilidade pela reteno e recolhimento do im-posto recair sobre o estabelecimento que promover asada da mercadoria com destino empresa diversa.

    Sada Interestadual

    De outra UF para SPcom reteno do im-posto

    Base Legal Regra de aplicao

    Convnio ou ProtocoloConvnio ou Protocoloe Legislao do Es-tado de So Paulo

    Art. 264 Salvo disposio em contrrio, no se inclui na sujeiopassiva por substituio, subordinando-se s normas comuns da legis-lao, a sada, promovida por estabelecimento responsvel pela reten-o do imposto, de mercadoria destinada a (Lei n 6.374/89, art. 66-F, I,na redao da Lei n 9.176/95, art. 3, e Convnio ICMS n 81/93,clusula quinta):

    I integrao ou consumo em processo de industrializao;II estabelecimento paulista, quando a operao subseqente

    estiver amparada por iseno ou no-incidncia; (Redao dada peloart. 1 do Decreto n 52.104, de 29/08/07; DOE 30/08/07)

    III outro estabelecimento do mesmo titular, desde que no varejista;IV outro estabelecimento responsvel pelo pagamento do imposto

    por sujeio passiva por substituio, em relao mesma mercadoria oua outra mercadoria enquadrada na mesma modalidade de substituio;

    V estabelecimento situado em outro Estado. 1 Na hiptese do inciso III ou IV, a responsabilidade pela reteno

    do imposto ser do estabelecimento destinatrio, devendo tal circunstnciaser indicada no campo Informaes Complementares do respectivodocumento fiscal. (Redao dada pelo inciso II do art. 1 do Decreton 45.824, de 25/05/01; DOE 26/05/01; efeitos a partir de 26/05/01)

    2 O disposto nos incisos III e IV no autoriza o estabelecimentodestinatrio atacadista a receber, sem a reteno antecipada do impos-to, mercadoria de outro contribuinte responsvel por tal reteno.

    3 O disposto no inciso IV no se aplica na hiptese em que oestabelecimento destinatrio da mercadoria tenha a responsabilidade tribu-tria atribuda pela legislao apenas pelo fato de receber mercadoria deoutro Estado. (Acrescentado o 3 pelo inciso I do art. 2 do Decreton 45.824, de 25/05/01; DOE 26/05/01; efeitos a partir de 26/05/01)

    4 Na ocorrncia de qualquer sada ou evento que descaracteri-zar situao prevista nos incisos, o imposto relativo substituiotributria ser exigido do remetente, podendo o fisco exigi-lo do destina-trio. (Acrescentado o 4 pelo inciso I do art. 2 do Decreto n 45.824,de 25/05/01; DOE 26/05/01; efeitos a partir de 26/05/01)

  • 11

    Livro I Parte Terica

    Captulo IV Base de Clculo

    Atualizao Remessa Data 27/12/11 33 2a.

    Deve-se observar tambm as hipteses previstasnos Convnios ou Protocolos especificamente voltadospara o produto.

    2.1. Conhecendo a Legislao do Estado de Destino

    Importante lembrar que o remetente da mercadoriadever ainda, observar a regra estabelecida na legislaointerna de cada Estado, inclusive no que se refere basede clculo e alquota do imposto conforme dispe oart. 261 do RICMS-SP.

    3. Recebimento de Outra Unidade da Federao sem a Reteno do Imposto

    3.1. Produtos Constantes nos Arts. 313-A a 313-Z do RICMS-SP

    A obrigatoriedade de antecipao do recolhimento doICMS, na entrada em territrio paulista de mercadoria cons-tante nos arts. 313-A a 313-Z do RICMS-SP oriunda de outraUnidade da Federao sem a reteno do imposto, conformedisposto nos 6 e 6-A do art. 426-A, no se aplica naentrada de mercadoria destinada a:

    a) integrao ou consumo em processo de industrializao;b) estabelecimento responsvel pelo pagamento do im-

    posto por sujeio passiva por substituio, em relao mesma mercadoria ou a outra mercadoria enquadra-da na mesma modalidade de substituio, hiptese emque a respectiva sada da mercadoria subordinar-se-ao regime jurdico da substituio tributria previsto noRICMS-SP, exceto na hiptese em que o estabeleci-mento destinatrio da mercadoria seja atacadista outenha a responsabilidade tributria atribuda pela legis-lao apenas pelo fato de receber mercadoria de outraUnidade da Federao;

    c) estabelecimento paulista pertencente ao mesmo titulardo estabelecimento remetente, hiptese na qual a res-ponsabilidade pela reteno do imposto ser do estabe-lecimento destinatrio, que dever observar as demaisnormas relativas ao regime jurdico da substituio tribu-tria previsto no RICMS-SP, se, cumulativamente:

    c.1) esse estabelecimento no for varejista;c.2) a mercadoria entrada tiver sido fabricada, importa-

    da ou arrematada, quando importada do exterior eapreendida, por qualquer estabelecimento domesmo titular.

    Na ocorrncia de qualquer sada ou evento quedescaracterize a situao prevista nas letras a a c.2, orecolhimento do imposto devido por antecipao ser exi-

    gido do estabelecimento paulista que recebeu a mercado-ria procedente de outra Unidade da Federao.

    No sendo aplicvel o recolhimento antecipado previstono art. 426-A, o imposto devido na condio de sujeito passivopor substituio dever ser pago segundo as normas comunsrelativas ao regime jurdico da substituio tributria previstasna legislao (art. 426-B do RICMS-SP).

    3.2. Demais Produtos

    Relativamente aos produtos no relacionados nosarts. 313-A a 313-Z do RICMS-SP, observar-se- a regraestabelecida no art. 264 do RICMS-SP para fins de verifica-o das hipteses de inaplicabilidade da reteno e recolhi-mento do imposto (veja tpico 1, do Captulo III, do Livro I).

    CAPTULO IVBASE DE CLCULO

    1. Introduo

    A base de clculo do imposto devido por substitui-o tributria, inclusive com reteno antecipada, poderser determinada por autoridade competente, sugerida pelofabricante ou importador, ou ainda na falta dessas hipte-ses, atender a regra especfica para sua formao, confor-me detalhamos a seguir.

    2. Base de Clculo

    2.1. Fixada ou Autorizada por Autoridade Competente

    A base de clculo do imposto devido por substitui-o tributria corresponde, em regra, ao preo final a con-sumidor, nico ou mximo, autorizado ou fixado por autori-dade competente (art. 40-A do RICMS-SP).

    No caso de preo final a consumidor, nico ou mxi-mo, autorizado ou fixado por autoridade competente, ovalor do imposto a pagar ser obtido mediante a multiplica-o do preo de venda a consumidor pela alquota internado produto, deduzindo-se o valor do imposto cobrado naoperao anterior.

    No caso de entrada em operao interestadual sema reteno do imposto relativo aos produtos constantesnos arts. 313-A a 313-Z do RICMS-SP, o imposto cobradona operao anterior o IC, a que se refere o art. 426-A, 2, 1, e, do RICMS-SP.

    No caso de sadas internas, o imposto cobrado naoperao anterior o ICMS devido pela operao prpriado contribuinte eleito como substituto tributrio.

  • 12

    Livro I Parte Terica

    Captulo IV Base de Clculo

    Atualizao Remessa Data 01/09/12 39 4a.

    2.1.1. Sugerida pelo Fabricante ou Importador

    O fabricante ou o importador poder sugerir ao fisco ovalor correspondente ao preo final a consumidor que servircomo base de clculo da substituio tributria por antecipao.

    Contudo, a adoo dos preos sugeridos como basede clculo do imposto devido por antecipao fica condi-cionada a que (pargrafo nico do art. 41 do RICMS-SP):a) a entidade representativa do fabricante ou importador

    apresente pedido formal, nos termos de disciplina esta-belecida pela Secretaria da Fazenda, devidamente do-cumentado por cpias de notas fiscais e demais ele-mentos que possam comprovar o preo praticado;

    b) na hiptese de deferimento do pedido, o preo sugeridoser aplicvel somente depois de ser editada a legisla-o correspondente.

    3. Mdia Ponderada

    A Secretaria da Fazenda poder fixar como base declculo da substituio tributria com reteno antecipada doimposto, a mdia ponderada dos preos a consumidor final,usualmente praticados no mercado considerado, apurada porlevantamento de preos, ainda que por amostragem oupor meio de dados fornecidos por entidades representativasdos respectivos setores (art. 43, 1, do RICMS-SP).

    Neste caso, o levantamento de preos:a) dever apurar, no mnimo, o preo de venda vista no

    varejo, incluindo o frete, seguro e demais despesascobradas do adquirente;

    b) no dever considerar os preos de promoo, bemcomo aqueles submetidos a qualquer tipo de comercia-lizao privilegiada;

    c) poder ser promovido pela Secretaria da Fazenda ou, a seucritrio, por entidade representativa do setor que realizaoperaes ou prestaes sujeitas substituio tributria;

    d) poder ser adotado pela Secretaria da Fazenda combase em pesquisas j realizadas por instituto de pesqui-sa de mercado de reputao idnea.

    Importante destacar que o Comunicado CAT n 19/12esclarece sobre o levantamento de preos promovido por enti-dade representativa de setor, destinado a substituir a fixao dabase de clculo do imposto em razo da substituio tributria.

    4. Margem de Valor Agregado (MVA) ou ndice de Valor Adicionado Setorial (IVA-ST)

    Na falta de preo fixado ou autorizado por autoridadecompetente ou sugerido pelo fabricante, a base de clculo serobtida pelo preo praticado pelo contribuinte substituto, incluin-

    do-se os valores de frete carreto, seguro, impostos (IPI) e outrosencargos transferveis ao adquirente, acrescido do valor resul-tante da aplicao de percentual de margem de valor agregadofixado de acordo com o disposto na legislao para cadamercadoria sujeita reteno (art. 41 do RICMS-SP).

    Para determinao da base de clculo, o percentualde margem de valor agregado poder ser, em alguns casos,o ndice de Valor Adicionado Setorial (IVA-ST) divulgadopela Secretaria da Fazenda com base nas informaesprestadas pelos contribuintes, conforme a seguir:a) IVA-ST aplicvel aos produtos constantes nos

    arts. 313-A a 313-Z do RICMS-SP;b) MVA aplicvel aos demais produtos.

    4.1. Impossibilidade de Incluso dos Valores de Frete, Seguro e Demais Encargos

    Na impossibilidade de incluso dos valores referentesa frete, seguro ou outro encargo na base de clculo do ICMSrelativo substituio tributria formada pela aplicao deMVA ou IVA-ST, por serem esses valores desconhecidos dosujeito passivo por substituio (responsvel pela retenodo ICMS), o pagamento do imposto sobre esses valores quedeixaram de ser includos na base de clculo do ICMS(substituio tributria) dever ser efetuado pelo contribuintesubstitudo que receber a mercadoria diretamente do res-ponsvel pela reteno do ICMS (art. 42 do RICMS-SP).

    Neste caso, o estabelecimento responsvel pela reten-o do imposto dever indicar no documento fiscal que aco-bertar a sada da mercadoria a condio de que os valoresreferentes a frete, seguro ou outro encargo no foram inclu-dos na base de clculo da substituio tributria para que odestinatrio possa ter a cincia de que ser o responsvel porefetuar o pagamento do imposto relativo a esses valores.

    No entanto, esse procedimento no ser adotado nahiptese de ter sido aplicado percentual de margem devalor agregado especfico para operaes sem a inclusodo valor do frete na base de clculo da reteno, como ocaso de alguns materiais de construo, em que o IVA-STvaria quando o frete estiver incluso ou no base de clculodo ICMS, ou seja, em situaes especficas e identificadasna Portaria CAT que divulgar os percentuais de IVA-ST.

    EXEMPLO:Portaria CAT n 109/08 Itens 20 E 20-A20. caixas d'gua, tanques e reservatrios e suas tampas, telhas,

    calhas, cumeeiras e afins, de fibrocimento, cimento-celulose ou seme-lhantes, contendo ou no amianto, COM FRETE INCLUDO NA BASEDE CLCULO DE RETENO NBM/SH: 68.11

    20-A. caixas d'gua, tanques e reservatrios e suas tampas,telhas, calhas, cumeeiras e afins, de fibrocimento, cimento-celulose ousemelhantes, contendo ou no amianto, SEM FRETE INCLUDO NABASE DE CLCULO DE RETENO NBM/SH: 68.11

  • 13

    Livro I Parte Terica

    Captulo V Clculo do Imposto

    Atualizao Remessa Data 01/06/11 28 2a.

    Para fins de pagamento do ICMS relativo aos valo-res que deixaram de ser includos na base de clculo doICMS relativo substituio tributria, o contribuinte quereceber a mercadoria diretamente do responsvel pelareteno do imposto dever lanar o imposto a pagar nolivro Registro de Apurao do ICMS, no quadro Dbito doImposto Outros Dbitos, com a expresso Subst. Tribu-tria sobre parcelas do frete, seguro ou outro encargo, noperodo em que a mercadoria entrar no seu estabelecimento,observando-se que ser vedado o crdito desse imposto.

    Para calcular o valor a ser lanado do livro Registro deApurao do ICMS o contribuinte dever somar as parcelasreferentes a frete, seguro ou outro encargo, acrescido dovalor resultante da aplicao do percentual de margemde valor agregado e aplicar, sobre o resultado, a alquotaprevista para a operao interna com a mercadoria.

    Exemplo prtico:

    Uma indstria vende mercadoria para um atacadista eao calcular o ICMS-ST no inclui os valores referentes a frete,seguro ou outro encargo na base de clculo do ICMS-ST, nestecaso, o atacadista, ao receber a mercadoria diretamente daindustria, dever somar esses valores, aplicar sobre o resulta-do o MVA ou IVA-ST e, em seguida, sobre esse resultadoaplicar a alquota interna prevista para a mercadoria:

    CAPTULO VCLCULO DO IMPOSTO

    1. Sadas Internas

    Na sada interna, ou seja, realizada dentro do Estadode So Paulo por contribuinte paulista eleito como respons-vel pela reteno e recolhimento do ICMS devido pelos fatosgeradores que vierem a ocorrer, praticados pelos demaiscontribuintes, o imposto devido por substituio tributriaser calculado na forma prevista no art. 268 do RICMS-SP.

    Conforme dispe o art. 268 do RICMS-SP, o valor doimposto a ser recolhido a ttulo de sujeio passiva porsubstituio consiste na diferena entre o valor do impostocalculado, mediante aplicao da alquota interna, sobre abase de clculo da substituio tributria e o valor doimposto devido pela operao prpria do remetente.

    Lembramos que a base de clculo da substituiotributria de alguns produtos determinada pela aplicaode MVA ou IVA-ST e outros por preo de venda a consu-midor final sugerido.

    1.1. Base de Clculo Fixada

    Na hiptese em que a base de clculo for fixada, ovalor desta ser definido no ato legal que a divulgou.

    Tomemos como exemplo a bebida denominadaAmarula cujo preo de venda a consumidor esteja sugeridosupostamente em R$ 52,23.

    Considerando a venda interna de dez garrafas deAmarula no valor de R$ 300,00 temos o seguinte:

    Convm esclarecer que, em regra, os produtos combase de clculo fixada com base no preo de venda aconsumidor final so divulgados por meio de PortariasCAT e com perodo estabelecido para a utilizao dospercentuais divulgados. de suma importncia que o con-tribuinte acompanhe regularmente as publicaes oficiais.

    1.2. Inexistncia de Base de Clculo Fixada

    No caso de inexistncia de base de clculo fixada, ovalor do imposto a ser recolhido a ttulo de sujeio passivapor substituio a diferena entre o valor do impostocalculado, mediante aplicao da alquota interna, sobre abase de clculo acrescida do MVA ou IVA-ST, divulgadopor meio de Portaria CAT, e o valor do imposto devido pelaoperao prpria do contribuinte.

    Tomemos como exemplo um estabelecimento pau-lista fabricante de autopeas, que efetuar sada de merca-doria de sua prpria produo sujeita ao regime, comdestino a outro contribuinte paulista:

    a) sobre a base de clculo relativa operao prpria,aplicar a alquota interna do produto, obtendo o valordo ICMS a pagar sobre sua prpria operao;

    b) sobre o preo de venda includas todas as despesas eencargos suportados somar o IVA-ST previsto na Porta-ria CAT especfica do produto, obtendo o valor da basede clculo do imposto devido por substituio tributria;

    c) sobre o valor da base de clculo da substituio tributria obtidana forma da letra b, aplicar a alquota interna do produto;

    Valores no Includos na Base de Clculo da

    Substituio TributriaClculo do ICMS Substituio Tributria

    Frete = 100,00 300,00 (total) + 40% (IVA-ST ou MVA) =420,00

    Seguro = 150,00 420,00 (base de clculo) x 18% (alquotainterna do ICMS) = 75,60Encargos = 50,00 Valor a ser lanado a dbito no livro

    Registro de Apurao do ICMS 75,60Total = 300,00

    valor da operao prpria R$ 300,00alquota interna 25%ICMS operao prpria R$ 75,00preo unitrio fixado por meio de Portaria CAT R$ 52,23base de clculo da ST (R$ 52,23 x 10) R$ 522,30

    Imposto a recolher por antecipao:522,30 x 25% = 130,57 - 75,00 = R$ 55,57

  • 14

    Livro I Parte Terica

    Captulo V Clculo do Imposto

    Atualizao Remessa Data 02/01/14 45 6a.

    d) do valor obtido na forma da letra c, subtrair o valorobtido na forma da letra a.

    Esclarea-se que o imposto da prpria operao pa-ra fins do disposto no item a o imposto devido peloprprio estabelecimento substituto, que seria devido in-dependentemente da substituio tributria.

    1.2.1. Inexistncia de Base de Clculo Fixada Clculo pelo Contribuinte RPA

    Nota: O IPI no compe a base de clculo da operao prpria, haja vistaque, quando cabvel a aplicao da substituio tributria, o substitutotributrio no estar praticando a operao com consumidor ou usuriofinal, nos termos dos itens 3 e 4 do 1 do art. 37 do RICMS-SP.

    Nota: O IPI compe a base de clculo da substituio tributria, hajavista que, quando cabvel a aplicao da substituio tributria, oIPI pago e cobrado pelo substituto tributrio ser incorporado aocusto da mercadoria pelo contribuinte substitudo.

    1.2.2. Inexistncia de Base de Clculo Fixada Clculo pelo Contribuinte do Simples Nacional

    De acordo com o art. 28, 1, da Resoluo CGSNn 94/11, a ME ou a EPP optante pelo Simples Nacio-nal dever recolher a parcela dos tributos devidos porresponsabilidade tributria diretamente ao ente deten-tor da respectiva competncia tributria que no casodo ICMS o Estado.

    O Estado de So Paulo reafirma esse procedimentomencionando que as operaes ou prestaes enquadra-das no regime de substituio tributria, destinadas a esta-

    belecimento de contribuinte sujeito s normas do SimplesNacional, submetem-se regularmente reteno do im-posto incidente sobre as operaes ou prestaes subse-quentes (art. 263 do RICMS-SP).

    Portanto, da leitura dos dispositivos mencionadosconcluimos que o estabelecimento optante do SimplesNacional tanto sofrer a reteno do imposto, quanto serconsiderado substituto tributrio quando a operao esti-ver sujeita ao regime, conforme o caso.

    O clculo do imposto devido por substituio tribut-ria, pelo estabelecimento optante do Simples Nacional,no se difere do contribuinte RPA pelo fato de que serpermitido o abatimento do imposto pelo montante equiva-lente a alquota interna ou interestadual aplicado sobre ovalor relativo operao prpria (art. 28, 2, da Resolu-o CGSN n 94/11).

    Para o clculo do imposto, as receitas relativas operao prpria, decorrentes da revenda de mercadoriassujeitas substituio tributria, devero ser segregadas.

    Tambm devem ser segregadas as receitas relativas venda de mercadorias industrializadas, pela prpria em-presa ou industrializadas por encomenda, sujeitas subs-tituio tributria.

    O valor do imposto devido por substituio tributriacorresponder diferena entre (art. 268, 2, item 1, doRICMS-SP):a) o valor resultante da aplicao da alquota interna do

    ICMS prevista na legislao do Estado sobre a base declculo da substituio tributria; e

    b) o valor resultante da aplicao da alquota interna ouinterestadual sobre o valor da operao ou prestaoprpria do remetente.

    Na hiptese de inexistncia dos preos fixados, ovalor do ICMS devido por substituio tributria ser cal-culado da seguinte forma:

    Onde:

    No clculo dos tributos devidos no Simples Nacional,no ser considerado receita de venda ou revenda de mercado-rias, o valor do tributo devido a ttulo de substituio tributria.

    DADOS INICIAIS1. Valor da mercadoria: R$ 200,002. Valor do frete: R$ 60,003. Despesas acessrias: R$ 20,004. Alquota de IPI: 10%5. Valor do IPI: R$ 28,00 = (1 + 2 + 3 x 4)6. Base de clculo da operao prpria: R$ 280,00 = (1 + 2 + 3)7. Alquota de ICMS: 18%8. Valor do ICMS operao prpria: R$ 50,40 = (1 + 2 + 3 x 7)9. IVA-ST: 40,00%10. Base de clculo da substituio tributria: R$ 431,20 = (1 + 2 + 3 + 5 + 9)11. Valor do ICMS-ST: R$ 27,22 = (10 x 7) - (6 x 7)12. Valor total da nota fiscal: R$ 335,22 = (6 + 5 + 11)

    COMPOSIO DA BASE DE CLCULOOperao Prpria Substituio Tributria

    200,00 + 60,00 + 20,00 = 280,00

    280,00 + 28,00 (IPI) = 308,00308,00 + 123,20 (IVA-ST 40,00%) = 431,20

    CLCULO DO IMPOSTOOperao Prpria Substituio Tributria

    280,00 x 18% = 50,40431,20 x 18% = 77,616

    77,616 - 50,40 = ICMS retidoICMS retido = 27,22

    VALOR TOTAL DA NOTA FISCAL:335,22 [280,00 + 28,00 (IPI) + 27,22 (ICMS-ST)] Imposto Devido = [base de clculo x (1,00 + MVA)x alquota interna] - deduo

    base de clculo o valor da operao prpria realizada pela ME ouEPP substituta tributriaMVA a margem de valor agregado divulgada pelo Estadoalquota interna a determinada na legislao do Estado

    deduo o valor resultante da aplicao da alquota internaou interestadual sobre o valor da operao ou presta-o prpria do substituto tributrio

  • 15

    Livro I Parte Terica

    Captulo V Clculo do Imposto

    Atualizao Remessa Data 02/01/14 45 5a.

    Assim, para obteno dos valores para emisso danota fiscal, temos o seguinte exemplo:

    Valor da mercadoria: R$ 200,00Valor do frete: R$ 60,00Despesas acessrias: R$ 20,00Alquota de ICMS: 18%MVA: 40,00%Deduo: 18%

    Imposto Devido = [280,00 x 1,40 x 18%] - deduoImposto Devido = [392,00 x 18%] - 50,40Imposto Devido = 70,56 - 50,40Imposto Devido = 20,16

    Nota: O IPI no ser computado no clculo, tendo em vista que serrecolhido de forma unificada com os demais impostos pelo optantedo Simples Nacional. Na formao do preo da mercadoria, ocontribuinte considera o valor da mercadoria, o lucro e os impostos,e a receita proveniente dessas operaes que tributada direta-mente na Tabela de Repartio de Receitas constantes na Resolu-o CGSN n 51/08.

    O Convnio ICMS n 35/11, publicado no Dirio Ofi-cial da Unio (DOU) de 05/04/2011, com ratificao nacio-nal por meio do Ato Declaratrio Confaz n 06/11, dispeque, a partir de 1/06/2011, o contribuinte optante peloregime simplificado e diferenciado do Simples Nacional, nacondio de substituto tributrio, no aplicar IVA Ajus-tado previsto em Convnio ou Protocolo que instituir asubstituio tributria nas operaes interestaduais comrelao s mercadorias que mencionam.

    Para efeitos de determinao da base de clculo da subs-tituio tributria nessas operaes, o percentual de IVA ado-tado ser aquele estabelecido a ttulo de IVA-ST original emConvnio ou Protocolo ou pela unidade federada destinatria damercadoria.

    Salientamos que nas operaes interestaduais pro-movidas por contribuinte optante do Simples Nacional, emque o adquirente da mercadoria, optante ou no por esseregime, seja o responsvel pelo recolhimento do impostodevido por substituio tributria, nos termos do art. 426-A doRICMS-SP (Antecipao tributria), na determinao dabase de clculo ser adotado o IVA-ST original.

    Observe-se que o optante do Simples Nacional no debi-ta ICMS relativo sua prpria operao no documento fiscal.

    Nos termos do art. 57, 2, da Resoluo CGSNn 94/11, a utilizao dos documentos fiscais fica condicio-nada inutilizao dos campos destinados base declculo e ao imposto destacado, de obrigao prpria,constando, no campo destinado s informaes comple-mentares ou, em sua falta, no corpo do documento, porqualquer meio grfico indelvel, as expresses:a) DOCUMENTO EMITIDO POR ME OU EPP OPTANTE

    PELO SIMPLES NACIONAL; eb) NO GERA DIREITO A CRDITO FISCAL DE IPI.

    O valor da base de clculo da substituio tributria eo valor do ICMS retido sero indicados nos campos prprios.

    2. Sadas Interestaduais

    Ser considerado substituto tributrio, o contribuinteque promover a remessa de mercadoria sujeita ao regimeda substituio tributria com destino a contribuinte locali-zado em outra Unidade da Federao.

    Diferentemente das operaes internas, qualquer con-tribuinte que remeta para outro Estado mercadoria sujeita substituio tributria com destino a contribuinte do impostoser revestido da qualidade de contribuinte substituto, ou seja,dever reter e recolher o imposto devido pelos fatos geradoresque vierem a ocorrer com a mesma mercadoria at que estachegue ao consumidor/usurio final, inclusive no que se refereao diferencial de alquotas, quando for o caso.

    Importante observar que mesmo que o contribuintetenha recebido mercadoria com o ICMS retido, ou seja, figurecomo substitudo tributrio, na operao de sada interestadualdever ser feito novo recolhimento, haja vista o ICMS-ST serdevido ao Estado de consumo final da mercadoria.

    Para que o contribuinte paulista proceda ao corretorecolhimento do ICMS devido por substituio tributriapara outra Unidade da Federao, dever:a) verificar a existncia de convnio ou protocolo entre as

    Unidades da Federao envolvidas;

    Imposto Devido = [base de clculo x (1,00 + MVA) x alquota interna] - deduo

    base de clculo 280,00 (200,00 + 60,00 + 20,00)MVA 40%alquota interna 18%deduo 18% sobre o valor da operao prpria (280,00 x 18% = 50,40)

    Imposto Devido = [280,00 x (1,00 + 40%) x 18%] - deduo

    COMPOSIO DA BASE DE CLCULOOperao Prpria Substituio Tributria

    200,00 + 60,00 + 20,00 = 280,00

    200,00 + 60,00 + 20,00 = 280,00280,00 + 112,00 (IVA-ST 40,00%) = 392,00

    CLCULO DO IMPOSTOOperao Prpria Substituio Tributria

    280,00 x 18% = 50,40 392,00 x 18% = 70,56ICMS retido = 20,16

    VALOR TOTAL DA NOTA FISCAL:300,16 (280,00 + 20,16)

  • 16

    Livro I Parte Terica

    Captulo V Clculo do Imposto

    Atualizao Remessa Data 01/06/11 28 3a.

    b) analisar na legislao interna do Estado de destino dasmercadorias, os elementos necessrios ao recolhimen-to do ICMS-ST, como: formao da base de clculo; alquota interna; forma de recolhimento do ICMS-ST.

    Alm disso, o contribuinte remetente dever analisarna legislao interna do Estado destinatrio as hiptesesde inaplicabilidade do regime de substituio tributria.

    As hipteses mais comuns de recolhimento doICMS-ST em operao de sada para outro Estado so:

    destinatrio contribuinte consumidor/usurio final; e destinatrio contribuinte comerciante.

    2.1. Destinatrio Contribuinte Consumidor/Usurio Final Diferencial de Alquotas

    Numa operao interestadual praticada pelo contribuin-te substituto tributrio ou pelo contribuinte substitudo com des-tino a contribuinte usurio final caber a aplicao da substitui-o tributria em relao ao valor do diferencial de alquotas.

    Contudo, somente ser cabvel quando a legislaoassim dispuser, ou seja, quando houver na legislao dis-positivo que mencione a aplicao da substituio tribut-ria, quando o produto se destinar ao ativo ou a uso dodestinatrio, o clculo ser realizado da seguinte forma:

    Valor da mercadoria: R$ 200,00Valor do frete: R$ 60,00Despesas acessrias: R$ 20,00Alquota de IPI: 10%Alquota interestadual de ICMS: 7% (regies norte, nordes-

    te, centro-oeste e ES)Margem de valor agregado: no h, tendo em vista que o

    produto se destina a uso final ou ativoAlquota interna do Estado destinatrio: 17% (hipottica)

    2.2. Destinatrio Contribuinte Comerciante

    Nas sadas interestaduais de mercadorias de esta-belecimento paulista, seja ele substituto tributrio ou subs-titudo com destino a contribuinte, cuja aquisio se desti-ne comercializao, caber a reteno e recolhimento doimposto incidente pelas operaes subsequentes anteci-padamente a favor do Estado destinatrio na forma indica-da no art. 261 do RICMS-SP, bem como na legislaointerna do Estado destinatrio. O clculo ser efetuado demodo a se apurar a diferena entre o valor do impostocalculado, mediante aplicao da alquota interna vigenteno Estado destinatrio, sobre a base de clculo da substi-tuio tributria e o valor do imposto devido pela operaoprpria do remetente, conforme exemplificado a seguir:

    Valor da mercadoria: R$ 200,00Valor do frete: R$ 60,00Despesas acessrias: R$ 20,00Alquota de IPI: 10%Alquota interestadual de ICMS: 7%Margem de valor agregado: 56,9% (hipottica)Alquota interna de ICMS vigente no Estado destinatrio: 17%

    2.3. Destinatrio Industrializador

    Nas sadas interestaduais, cuja finalidade do adqui-rente seja o emprego em processo de industrializao, hque se observar a regra estabelecida na legislao internade cada Estado, conforme dispe o art. 261 do RICMS-SP.

    Alguns Estados no exigem a aplicao do regimequando a mercadoria se destinar industrializao, porma mesma regra no aplicada para todos, principalmentequando o instituto aplicado for a antecipao tributria.

    No Estado de So Paulo, o art. 264 do RICMS-SPdetermina que, salvo disposio em contrrio, no se incluina sujeio passiva por substituio, subordinando-se snormas comuns da legislao, a sada, promovida porestabelecimento responsvel pela reteno do imposto, demercadoria destinada integrao ou consumo em pro-cesso de industrializao.

    COMPOSIO DA BASE DE CLCULO

    Operao Prpria Substituio Tributria

    200,00 + 60,00 + 20,00 + 28,00 (IPI) = 308,00

    200,00 + 60,00 + 20,00 + 28,00 (IPI) = 308,00

    CLCULO DO IMPOSTO

    Operao Prpria Substituio Tributria

    308,00 x 7% = 21,56 308,00 x 17% = 52,3652,36 - 21,56 (ICMS operao prpria) = 30,80

    VALOR TOTAL DA NOTA FISCAL:338,80 (308,00 + 30,80 (ICMS retido))

    COMPOSIO DA BASE DE CLCULOOperao Prpria Substituio Tributria

    200,00 + 60,00 + 20,00 = 280,00

    200,00 + 60,00 + 20,00 + 28,00 (IPI) + 175,25 (margem de valor agregado 56,9%)

    = 483,25

    CLCULO DO IMPOSTOOperao Prpria Substituio Tributria

    280,00 x 7% = 19,60 483,25 x 17% = 82,1582,15 - 19,60 (ICMS operao prpria) = 62,55

    VALOR TOTAL DA NOTA FISCAL:370,55 (280,00 + 28,00 (IPI) + 62,55 (ICMS retido))

    ICMS devido para SP = 19,60ICMS devido para o Estado destinatrio = 62,55

  • 17

    Livro I Parte Terica

    Captulo V Clculo do Imposto

    Atualizao Remessa Data 07/02/09 3 1a.

    3. Clculo do Imposto Sadas Interestaduais Remetente em Outra Unidade da Federao

    No caso de operao interestadual, em que o desti-natrio seja contribuinte localizado no Estado de So Pau-lo e o remetente esteja localizado em algum Estado com oqual So Paulo participe de convnio ou protocolo, caberao remetente o recolhimento do ICMS-ST obedecendo alegislao do Estado de So Paulo.

    Para que o contribuinte de outra Unidade da Federa-o proceda ao correto recolhimento do ICMS devido porsubstituio tributria a So Paulo, dever:

    a) verificar a existncia de convnio ou protocolo entre asUnidades da Federao envolvidas;

    b) analisar na legislao interna do Estado de So Paulo,os elementos necessrios ao recolhimento do ICMS-ST,como:

    formao da base de clculo; alquota interna; forma de recolhimento do ICMS-ST.

    Alm disso, o contribuinte remetente dever analisarna legislao paulista as hipteses de inaplicabilidade doregime de substituio tributria.

    As hipteses mais comuns de recolhimento doICMS-ST em operao de sada para So Paulo so:

    destinatrio contribuinte consumidor/usurio final; e destinatrio contribuinte comerciante.

    Numa operao interestadual praticada pelo contri-buinte substituto tributrio ou pelo contribuinte substitudode outra Unidade da Federao com destino a contribuinteusurio final localizado no Estado de So Paulo, caber aaplicao da substituio tributria em relao ao valor dodiferencial de alquotas.

    Contudo, somente ser cabvel quando a legislaoassim dispuser, ou seja, quando houver dispositivo quemencione a aplicao da substituio tributria. Na hip-tese em que o produto se destinar ao ativo ou a uso dodestinatrio, o clculo ser realizado da seguinte forma:

    Valor da mercadoria: R$ 200,00Valor do frete: R$ 60,00Despesas acessrias: R$ 20,00Alquota de IPI: 10%Alquota interestadual de ICMS: 12% (contribuinte de qual-

    quer Unidade da Federao enviando mercadoria paraSo Paulo)

    Margem de valor agregado: no h, tendo em vista que oproduto se destina a uso final ou ativo

    Alquota interna do Estado de So Paulo: 18% ou 25%(dependendo do produto, haja vista que quando a al-quota interna for 12% ou 7% no haver diferencial dealquotas)

    No nosso exemplo, vamos utilizar a alquota de 18%.

    Nas sadas interestaduais de mercadorias de esta-belecimento localizado em outra Unidade da Federao,seja ele substituto tributrio ou substitudo com destino acontribuinte paulista, cuja aquisio se destine a comer-cializao caber a reteno e recolhimento do impostoincidente pelas operaes subsequentes antecipadamen-te a favor do Estado de So Paulo na forma indicada noart. 262 do RICMS-SP. O clculo ser efetuado de modoa se apurar a diferena entre o valor do imposto calcula-do, mediante aplicao da alquota interna vigente noEstado de So Paulo, sobre a base de clculo da substi-tuio tributria e o valor do imposto devido pela operaoprpria do remetente, conforme exemplificado a seguir:

    Valor da mercadoria: R$ 200,00Valor do frete: R$ 60,00Despesas acessrias: R$ 20,00Alquota de IPI: 10%Alquota interestadual de ICMS: 12% (contribuinte de qual-

    quer Unidade da Federao enviando mercadoria paraSo Paulo)

    Margem de valor agregado: 50,2% (hipottica)Alquota interna do Estado de So Paulo: 7%, 12%, 18%

    ou 25% (dependendo do produto)

    COMPOSIO DA BASE DE CLCULO

    Operao Prpria Substituio Tributria

    200,00 + 60,00 + 20,00 + 28,00 (IPI) = 308,00

    200,00 + 60,00 + 20,00 + 28,00 (IPI) = 308,00

    CLCULO DO IMPOSTO

    Operao Prpria Substituio Tributria

    308,00 x 12% = 36,96308,00 x 18% = 55,44

    55,44 - 36,96 (ICMS operao prpria) = 18,48

    VALOR TOTAL DA NOTA FISCAL:326,48 (308,00 + 18,48 (ICMS retido))

  • 18

    Livro I Parte Terica

    Captulo V Clculo do Imposto

    Atualizao Remessa Data 07/10/09 14 2a.

    No nosso exemplo, vamos utilizar a alquota de 18%.

    No Estado de So Paulo, o art. 264 do RICMS-SPdetermina que, salvo disposio em contrrio, no se incluina sujeio passiva por substituio, subordinando-se snormas comuns da legislao, a sada, promovida porestabelecimento responsvel pela reteno do imposto, demercadoria destinada a:

    a) integrao ou consumo em processo de industrializao;b) estabelecimento paulista, quando a operao subse-

    quente estiver amparada por iseno ou no-incidncia;

    c) outro estabelecimento do mesmo titular, desde que novarejista;

    d) outro estabelecimento responsvel pelo pagamento doimposto por sujeio passiva por substituio, em rela-o mesma mercadoria ou a outra mercadoria enqua-drada na mesma modalidade de substituio;

    e) estabelecimento situado em outro Estado (neste caso,pelo fato de que o imposto caber ao Estado destinat-rio de acordo com a legislao interna deste, conformedispe o art. 261 do RICMS-SP).

    4. Clculo do Imposto Recebimento de Outra Unidade da Federao sem a Reteno do Imposto Produtos Relacionados nos Arts. 313-A a 313-Z do RICMS-SP

    No caso de preo final a consumidor, nico ou mxi-mo, autorizado ou fixado por autoridade competente, ousugerido pelo fabricante ou importador, aprovado e divul-gado pela Secretaria da Fazenda, o valor do imposto apagar ser obtido mediante a multiplicao do preo devenda a consumidor pela alquota interna do produto,

    deduzindo-se o valor do imposto cobrado na operaoanterior, constante no documento fiscal relativo entrada(item 2, 2, art. 426-A do RICMS-SP).

    Verifica-se que a base de clculo da substituiotributria de alguns produtos determinada pela aplicaodo IVA-ST e outros por preo de venda a consumidor finalsugerido, assim tomemos como exemplo a bebida denomi-nada Amarula cujo preo de venda a consumidor estejafixado em R$ 52,23.

    Considerando a aquisio de fora do Estado de dezgarrafas de Amarula no valor de R$ 300,00, temos o se-guinte:

    a) valor total da NF de aquisio .................... R$ 300,00b) alquota interestadual ................................. 12%c) ICMS destacado na NF de aquisio ......... R$ 36,00d) preo unitrio fixado por meio de Portaria

    CAT (hipottico) .......................................... R$ 52,23e) base de clculo da ST (R$ 52,23 x 10) ...... R$ 522,30f) alquota interna........................................... 25%

    4.1. IVA-ST

    No caso de entrada de mercadoria oriunda de outraUnidade da Federao cuja base de clculo da substitui-o tributria seja determinada por ndice de Valor Adicio-nado Setorial, aplicar-se- a seguinte frmula:

    Observe-se que:

    4.2. IVA-ST Ajustado

    No caso de aquisio interestadual de produtos cujaalquota interna seja superior a 12%, o valor do imposto apagar antecipadamente por substituio tributria ser obtidomediante a utilizao do IVA-ST Ajustado, conforme deter-minam as Portarias CAT que disciplinam a formao dabase de clculo do imposto, cuja frmula reproduzimos aseguir:

    COMPOSIO DA BASE DE CLCULO

    Operao Prpria Substituio Tributria

    200,00 + 60,00 + 20,00 = 280,00

    200,00 + 60,00 + 20,00 + 28,00 (IPI) + 154,61 (margem de valor agregado 50,2%)

    = 462,61

    CLCULO DO IMPOSTO

    Operao Prpria Substituio Tributria

    280,00 x 12% = 33,60462,61 x 18% = 83,26

    83,26 - 33,60 (ICMS operao prpria) = 49,66

    VALOR TOTAL DA NOTA FISCAL:357,66 (280,00 + 28,00 (IPI) + 49,66 (ICMS retido))

    ICMS devido para outra UF = 33,60ICMS devido para o Estado de SP = 49,66

    Imposto a recolher por antecipao: 522,30 x 25% - 36,00 = R$ 94,58

    IA = VA x (1 + IVA-ST) x ALQ - IC

    IA o imposto a ser recolhido por antecipao

    VA o valor constante no documento fiscal relativo entrada,acrescido dos valores correspondentes a frete, carreto, segu-ro, impostos e outros encargos suportados pelo contribuinte

    IVA-ST o ndice de valor adicionadoALQ a alquota interna aplicvel

    IC o imposto cobrado na operao anterior