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Participantes apresentando o mapa Vindos de várias partes do mundo, cerca de 50 pessoas participaram, no dia 23 de março passado, de uma oficina de compartilhamento da metodologia da Plataforma dos Centros Urbanos durante o . Incluída na programação oficial do Fórum e facilitada por técnicos do CEDAPS, UNICEF e Instituto Paulo Montenegro, a oficina ofereceu aos participantes a oportunidade de vivenciar todas as etapas do diagnóstico participativo da PCU: Mapeamento Comunitário, Google Earth, Consulta Comunitária, Fórum e Plano de Ação. Organizados em grupos, os participantes foram inicialmente convidados a desenhar o mapa do lugar onde viveram na infância ou em que vivem hoje, destacando os recursos comunitários disponíveis para a garantia dos direitos das crianças e identificando problemas. Foram produzidos, desta forma, vários mapas de territórios imaginários em que se misturaram realidades de diferentes comunidades, bairros e cidades do mundo. O aplicativo do Google Earth, desenvolvido especificamente para o mapeamento das comunidades em que atuam os Grupos Articuladores da Plataforma, também foi apresentado aos participantes. “Quase não existem dados oficiais sobre as comunidades. Daí a importância de os GALs terem criado essa base de Fórum Mundial Urbano dados qualitativa, identificando recursos e potencialidades de suas comunidades”, disse acoordenadora do CEDAPS Kátia Edmundo. Outra etapa da Plataforma, a Consulta Comunitária, foi apresentada através de dramatizações. Cada participante assumiu o papel um ator local, como médico do posto de saúde, dona de casa, professor, dono do comercio local ou outro. Reunidos em torno de quatro das seis metas da Plataforma: Crescer sem Violência, Proteger-se do HIV, Aprender e Participação do Adolescente puderam vivenciar a experiência de serem entrevistados e entrevistadores. “O processo de contato com pessoas de referência, proporcionado pela aplicação da consulta, estimula e facilita a reflexão sobre a vida das crianças e dos adolescentes. Isso é tão importante quanto os resultados obtidos”, afirmou Ana Lima, coordenadora do Instituto Paulo Montenegro. A metodologia do Fórum e do Plano de Ação foi apresentada de forma a dar destaque a um dos maiores desafios da Plataforma, que é fazer com os diferentes se relacionem de forma criativa, construtiva e complementar. “A integração que vivemos aqui, com pessoas de diferentes nacionalidades tendo que se comunicar e promover o entendimento, é o maior desafio que enfrentamos na Plataforma, que tem o objetivo de fazer convergir os interesses de diferentes atores sociais para a garantia dos direitos das crianças e dos adolescentes”, afirmou a coordenadora do UNICEF/RJ, Luciana Phebo. Rio de Janeiro, 16 de abril de 2010 - nº 6 - Ano 2 Participantes desenhando os mapas

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Page 1: Vindos -   · PDF fileParticipantes apresentando o mapa Vindos de várias partes do mundo, cerca de 50 pessoas participaram, no dia 23 de março passado, de uma oficina

Participantes apresentando o mapa

Vindos de várias partes do mundo, cerca de 50 pessoas

participaram, no dia 23 de março passado, de uma oficina

de compartilhamento da metodologia da Plataforma dos

Centros Urbanos durante o . Incluída

na programação oficial do Fórum e facilitada por técnicos

do CEDAPS, UNICEF e Instituto Paulo Montenegro, a oficina

ofereceu aos participantes a oportunidade de vivenciar

todas as etapas do diagnóstico participativo da PCU:

Mapeamento Comunitário, Google Earth, Consulta

Comunitária, Fórum e Plano de Ação.

Organizados em grupos, os participantes foram

inicialmente convidados a desenhar o mapa do lugar onde

viveram na infância ou em que vivem hoje, destacando os

recursos comunitários disponíveis para a garantia dos

direitos das crianças e identificando problemas. Foram

produzidos, desta forma, vários mapas de territórios

imaginários em que se misturaram realidades de diferentes

comunidades, bairros e cidades do mundo. O aplicativo do

Google Earth, desenvolvido especificamente para o

mapeamento das comunidades em que atuam os Grupos

Articuladores da Plataforma, também foi apresentado aos

participantes.

“Quase não existem dados oficiais sobre as comunidades.

Daí a importância de os GALs terem criado essa base de

Fórum Mundial Urbano

dados qualitativa, identificando recursos e potencialidades

de suas comunidades”, disse acoordenadora do CEDAPS

Kátia Edmundo.

Outra etapa da Plataforma, a Consulta Comunitária, foi

apresentada através de dramatizações. Cada participante

assumiu o papel um ator local, como médico do posto de

saúde, dona de casa, professor, dono do comercio local ou

outro. Reunidos em torno de quatro das seis metas da

Plataforma: Crescer sem Violência, Proteger-se do HIV,

Aprender e Participação do Adolescente puderam vivenciar

a experiência de serem entrevistados e entrevistadores.

“O processo de contato com pessoas de referência,

proporcionado pela aplicação da consulta, estimula e

facilita a reflexão sobre a vida das crianças e dos

adolescentes. Isso é tão importante quanto os resultados

obtidos”, afirmou Ana Lima, coordenadora do Instituto

Paulo Montenegro.

A metodologia do Fórum e do Plano de Ação foi apresentada

de forma a dar destaque a um dos maiores desafios da

Plataforma, que é fazer com os diferentes se relacionem de

forma criativa, construtiva e complementar. “A integração

que vivemos aqui, com pessoas de diferentes

nacionalidades tendo que se comunicar e promover o

entendimento, é o maior desafio que enfrentamos na

Plataforma, que tem o objetivo de fazer convergir os

interesses de diferentes atores sociais para a garantia dos

direitos das crianças e dos adolescentes”, afirmou a

coordenadora do UNICEF/RJ, Luciana Phebo.

Rio de Janeiro, 16 de abril de 2010 - nº 6 - Ano 2

Participantes desenhando os mapas

Page 2: Vindos -   · PDF fileParticipantes apresentando o mapa Vindos de várias partes do mundo, cerca de 50 pessoas participaram, no dia 23 de março passado, de uma oficina

Aos 18 anos, Renato Gardel,

adolescente comunicador e

p r o m o t o r d e s a ú d e d a

Plataforma, teve importante

participação na abertura da

Assembléia Mundial da Juventude

Urbana, no dia 19 de março:

representou a juventude urbana mundial e foi responsável pelo

discurso inspirador do evento. O

jovem foi escolhido pela ONU-

Habitat, por atuar como

adolescente comunicador e p r o m o t o r d e s a ú d e d a

Plataforma.

já pensadas. Nós jovens, de

qualquer lugar do mundo,

não somos apenas uma faixa

etária, nós somos a ponte, a

sinalização, o convite, o

desejo e a possibilidade de

transformações que habita a

alma de todos nós”.

A Assembléia Mundial da

J u v e n t u d e f o i p a r t e

integrante do Fórum Urbano

Mundial e teve a participação

de vários adolescentes

Renato compõe a mesa de Abertura da Assembléia Mundial da Juventude

Em sua fala, Renato destacou a importância dos jovens

como agentes propulsores de mudanças. “Nós jovens

temos um olhar que não está limitado pelo estabelecido.

Temos uma capacidade de ver, arriscar e ir além das idéias

da Plataforma. A jovem Janice Delfim do GAL Mosaico

reforçou a importância do acesso a eventos como esse à

adolescentes moradores de favelas, pois muitas vezes

espaços hierarquizados acabam afastando este público.

“Estou aqui para dizer ao mundo, que a favela faz parte da

cidade”, disse Janice.

No último dia 31, aconteceu a 3ª reunião do Comitê

Municipal da Plataforma dos Centros Urbanos que teve

a participação de vários setores da sociedade civil.

Nesta reunião, as Secretarias Municipais de Educação e

de Saúde e Defesa Civil apresentaram as metas

quantificadas que deverão ser pactuadas com o

Prefeito Eduardo Paes e o UNICEF. A expectativa é que

as metas sejam alcançadas até 2011, quando será

concluído o primeiro ciclo da PCU.

Entre as metas da Saúde estão: a redução da

mortalidade neonatal precoce de 7,12% para 6,8%; a

ampliação da cobertura do Programa Saúde da Família

de 7,2% para 49,67%; a redução da taxa de fecundidade

de adolescentes grávidas de 50,1 para 47,1 entre as

meninas de 15 a 19 anos e de 3,2 para 2,7 entre as

meninas de 10 a 14 anos.

A Secretaria de Educação apresentou metas

relacionadas a: evolução da matrícula da população de

0 a 3 anos em creches; crescimento da adequação da

idade de conclusão do Ensino Fundamental; evolução

do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica

(IDEB) no Município do Rio de Janeiro para os Anos

Iniciais.

A Secretaria Municipal de Assistência Social apresentou

a quantificação de suas metas, entre elas: aumento de

número de Conselhos Tutelares e aumento de número

de Centros de Referência em Assistência Social - CRAS.

Sobre a meta referente aos homicídios entre crianças e

adolescentes, o articulador Municipal da Plataforma e

Secretário Municipal de Assistência Social Fernando

Willian afirmou que dependerá da articulação entre as

secretarias e órgãos estaduais, mas acrescentou:

“Vamos buscar uma forma de fechar esses dados, pois

acreditamos neste trabalho”, disse. O secretário também

se comprometeu a fechar a meta sobre acidente de

transito.

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Solidariedade aos GALs atingidos

Os adolescentes comunicadores e promotores de saúde

da Plataforma entregaram ao prefeito Eduardo Paes,

através do articulador Municipal da Plataforma

Fernando Willian um documento chamado Papo Reto,

que aponta problemas e apresenta soluções para a

cidade.

A sugestão foi do próprio prefeito que, durante o

encontro que teve com os adolescentes no final de 2009,

pediu aos jovens que enviasse regularmente um

levantamento dos problemas que vivenciam em suas

comunidades e escolas.

Questões como falta de corpo docente na escola,

aumento do acesso à cidade através da substituição do

Riocard pelo transito livre dos estudantes também nos

finais de semana, ampliação do acesso livre à internet

através de parceria com telecentros e aumento da

cobertura wireless pela cidade, assim como a ampliação

dos programas de saúde dos adolescentes foram as

reivindicações apresentadas pelos jovens.

Iniciativa:

Várias comunidades participantes da Plataforma

foram fortemente atingidas pelas chuvas. As pessoas

interessadas em fazer doações à essas comunidades

p o d e m a c e s s a r o b l o g d a P C U -

www.pordentrodacidade.blogspot.com.br. Lá, poderão

encontrar os contatos e necessidades específicas de

cada comunidade.

Dia 8 de abril aconteceu a reunião da equipe de

coordenação da Plataforma dos Centros Urbanos com a

equipe de coordenadores dos programas da Secretaria

Municipal de Saúde e Defesa Civil. O objetivo da reunião

foi de facilitar a aproximação dos GALs com os serviços

público de saúde, através de encontros regionais entre os

GALs e representantes das Coordenadorias das Áreas

Programáticas, Programa Saúde da Família e Núcleo de

Saúde na Escola.

“É importante que se entenda que a PCU não traz mais

trabalho para os profissionais de saúde, pelo contrário,

facilita a execução do seu trabalho”, disse a coordenadora

do UNICEF Luciana Phebo.

A idéia do encontro é também aproximar os serviços dos

Planos de Ação dos GALs, promovendo a intercessão entre

as demandas da comunidade e as ações dos serviços. “Para

a implantação do PSF em uma comunidade, por exemplo, é

necessário que as pessoas entendam o que de fato é PSF,

seus alcances, etc. Não adianta implantar o PSF quando a

comunidade cobra da equipe ações de emergência. A PCU

pode levar essa informação a comunidade e preparar todos

para a implantação do PSF, por exemplo”, disse a

coordenadora do CEDAPS Kátia Edmundo.

A Universidade Veiga de Almeida apóia a PCU

cedendo espaços e infraestrutura para a

r e a l i z a ç ã o d e o f i c i n a s d a P l a t a f o r m a .

Em função das chuvas, a Veiga de Almeida

também se mobilizou para arrecadar junto aos alunos

doações para as comunidades atingidas.

A coordenação da Plataforma se reuniu também com as

coordenadoras das Coordenações Regionais de Educação

do município do Rio de Janeiro. A demanda dos Grupos

Articuladores por reuniões regionalizadas com as CRE foi

muito bem recebida, dependendo, agora, da elaboração

de um calendário descentralizado. Ficou combinado

também que a coordenação da Plataforma será convidada

a participar das próximas reuniões que as CRE terão com as

diretoras e diretores das escolas de sua área. Na ocasião,

serão apresentados aos/às diretores/as das escolas os

Planos de Ação desenvolvidos pelos GAL que atuam na área

de gestão de cada CRE. Será encaminhada também a

aplicação, em cada uma das escolas da rede, dos

questionários sobre a Lei 10 639 (obrigatoriedade da

inclusão da história da África e dos africanos no Brasil nos

currículos escolares).

Parceiros Técnicos:

Aliados:

Parceiros: Apoiadores: