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Louise Bourgeois, 1950
I Seminário Internacional “Amor, Medo e Poder” FPCEUP, Maio 2011 _________________________________________________
Carminda Morais
VIOLÊNCIA DE GÉNERO E SAÚDE:
A INTERVENÇÃO NUMA PERSPECTIVA SISTÉMICA
Louise Bourgeois, 1950
UM ESBOÇAR DESTE ESPAÇO/MOMENTO:
Introdução
Problemática
Intervenção em saúde
. perspectiva sistémica
. vozes de profissionais de saúde
acolhimento
acompanhamento
interpelações
sucesso
impacto deste trabalho nas suas vidas
Conclusão
Louise Bourgeois, 1950
INTRODUÇÃO:
• Violência de género:
- Direito humanos
- Grave problema de saúde pública
SAÚDE INDIVIDUAL E COLECTIVA
Louise Bourgeois, 1950
PROBLEMÁTICA: violência de género e saúde
Tentativa de suicídio - 600%
Intoxicações 79%.
Probabilidade de terem os filhos duplica
(In)sucesso escolar das próprias e os filhos
(Barros, 2008)
CRISE
Louise Bourgeois, 1950
VIOLÊNCIA DOMÉSTICA E SAÚDE
Sofrimento físico, psicológico e espiritual
Repercussões sociais, familiares, culturais e económicas
Replicação intergeracional
Cercear do exercício da cidadania
Promoção da Saúde
paradigma salutogénico (Antonovsky, 1991)
fases da vida
settings
Prevenção aos diferentes níveis
SAÚDE: INTERVENÇÃO NUMA PERSPECTIVA SISTÉMICA
-INFORMAÇÃO PRELIMINAR –
A violência é perspectivada em resultado de uma
interacção complexa entre factores multivariados e, como
tal, é abordada numa lógica de “responsabilidade
partilhada” E1
Modelo Ecológico
Vítimas
Agressores
Redes sociais de apoio (primárias e secundárias)
Louise Bourgeois, 1950
SAÚDE: INTERVENÇÃO NUMA PERSPECTIVA SISTÉMICA
-INFORMAÇÃO PRELIMINAR –
Acolhimento: “leitura abrangente nas várias áreas profissionais”
Recurso a estratégias diversas em função da singularidade e
estadio dos casos:
“acolhimento é determinante para a relação com os técnicos(…)
Louise Bourgeois, 1950
SAÚDE: INTERVENÇÃO NUMA PERSPECTIVA SISTÉMICA
-INFORMAÇÃO PRELIMINAR –
“(…) Realizamos logo o mapa de rede e Genograma
(…) salvaguardar que esta gente não vai, de todo, agudizar a
situação”
(…) acolhimento, esta intervenção com a rede primária, outras
vezes, é com a rede secundária e outras com a rede mista
(…) alguns agressores não têm perfil para integrar um grupo,
(…) relaxamento e a massagem (…)” E.
Louise Bourgeois, 1950
“Acompanhamento: Intervenções diferentes”
“juntamente com as redes de suporte, com as redes de serviço
vamos reunindo e delineando estratégias que permitam
o esbatimento das tensões do próprio risco.
percebemos que há outras pessoas também a necessitarem de uma
intervenção específica para si própria (…)são chamados à
consulta ” E
“intervenções grupais (…) psicoterapias individuais de orientação
Dinâmica” E2.
Louise Bourgeois, 1950
“Acompanhamento: intervenções diversas”
“intervenção com outras vítimas, em fases diferentes (…) algumas
já andaram em anos anteriores” E
“A ideia é nós limitarmos estes espaços muito claros . (…)
Nós estamos sempre a frisar que é muito importante cada um deles
ter o seu espaço enquanto pessoas e terem também o seu espaço
em casal” E2
Louise Bourgeois, 1950
Problematizações:
“ A perspectiva sistémica foi sempre vista de forma redutora“
“Mecanismo de corrupção para com os profissionais,
nomeadamente mulheres”
“ Denúncia mas a par com outras estratégias…”
Louise Bourgeois, 1950
Sucesso: “testemunhar o reverso da medalha”
“(…) relativo (…) seria arriscadíssimo estar-lhe a dar um tempo
. É o tempo delas
(…) que voltam a pedir ajuda (…) pedem ajuda mais precocemente.
(…) melhor qualidade de vida. O sofrimento foi esbatido (…)
Empowerment das próprias famílias” E
Louise Bourgeois, 1950
Impacto na vida dos profissionais
faço (…) auto-análise (E2)
(…) apoio familiar (E, E1, E2)
supervisão formal, que também existe, mas também a supervisão
informal(…) e dos colegas (E, E1; E2) horizontalidade na forma como
as decisões são tomadas e reflectidas, muita partilha (E1)
“pessoas que vivem ou viveram de perto situações de violência tenham
as suas violências bem resolvidas” E
Louise Bourgeois, 1950
Conclusão:
Violência doméstica e saúde,
sob a perspectiva sistémica,
fazendo emergir as especificidades,
as regularidades mas também as singularidades
de discursos de profissionais de saúde
Louise Bourgeois, 1950
BIBLIOGRAFIA ANTONOVSKY, A. (1987). Unravelling the mystery of health: how people Manage stress and stay well. San Francisco: Jossey-Bass. ANTONOVSKY, A. (1990). Studying Health Vs. Studying Disease. Lecture at the Congress for Clinical Psychology and Psychotherapy. Berlin, 19 February. Retrieved [2002-04-02] from http://www.angelfire.com/OK/SOC/ aberlim.html 232 ANTONOVSKY, A. (1991).The salutogenic approach to family system health: Promise and danger. European Congress on Mental Health in European Families. Prague, 5-8 May. Retrieved [2002-04-02] from http://www.angelfire.com/OK/SOC/agolem.html ANTONOVSKY, A. (1993a). The Sense of Coherence: An Historical and Future Perspective. Social Science and Medicine, 36, pp. 3-20.
Louise Bourgeois, 1950
BIBLIOGRAFIA ANTONOVSKY, A. (1996). The salutogenic model as a theory to guide health promotion. Health Promotion International, 1, pp. 13-17. BARROS, Pedro Pita (2008). Custos Sociais e Económicos da Violência Exercida Contra as Mulheres em Portugal: dinâmicas e processos socioculturais. Comunicação apresentada no VI Congresso Português de Sociologia. LISBOA, Manuel (2007). Prevenir ou Remediar. Os custos sociais da violência contra as mulheres.Lisboa: Gabinete de Investigação em Sociologia Aplicada. Ciêncais Sociais e Humanas da Universidade de Lisboa. OMS, 2005. Estudio multipaís de la OMS sobre salud de la mujer y violencia doméstica
Louise Bourgeois, 1950
OBRIGADA A TODOS/AS!
Carminda Morais